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ESTIMADOR DE ESTADO E PARÂMETROS
DE LINHA DE TRANSMISSÃO, BASEADO NAS
EQUAÇÕES NORMAIS
MADELEINE ROCIO MEDRANO CASTILLO
Dissertação apresentada à Escola de
Engenharia de São Carlos, da
Universidade de São Paulo, como parte
dos requisitos para a obtenção do título
de Mestre em Engenharia Elétrica.
ORIENTADOR: Prof. Dr. João Bosco A. London Junior
São Carlos
2006
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A meus queridos pais, Lucio e Maria, e meus irmãos Flor Rosário, Yenny
e Lucio.
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Agradecimentos
A Deus por dar-me forças e ajudar-me a vencer os obstáculos e alcançar
mais este objetivo em minha vida.
À minha família, raízes da liberdade, que incentivaram em mim o gosto
por novas buscas e por que me ensinaram a lutar pelo que queria com
perseverança e muito trabalho.
A meu querido pai por ter sido sempre meu ponto de apoio em todos os
momentos, por ter me dado à oportunidade de escolher e acreditado em
min.
A minha querida mãe Maria Pilar pelo seu imenso amor e sabedoria que
sempre me motivaram a seguir em frente, e por nunca medir esforços
pensando sempre no melhor para min.
Ao Prof. Dr. João Bosco London, pela orientação.
Ao Prof. Dr. Newton Geraldo Bretas, pelos ensinamentos.
A todos os amigos do LACO, pela amizade e união.
A todos os colegas, professores e funcionários do Departamento de
Engenharia Elétrica da EESC/USP, pela colaboração.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS i
LISTA DE TABELAS iii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS v
LISTA DE SIMBOLOS vi
RESUMO viii
ABSTRACT ix
CAPÍTULO 1
1. INTRODUÇÃO 1
1.1 Objetivos e Discriminação dos próximos capítulos 4
CAPÍTULO 2
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA 9
2.1 Etapas envolvidas no processo de Estimação de Estado em
Sistemas Elétricos de Potência
9
2.2 Métodos para o tratamento de erros de parâmetros 14
2.2.1 Métodos baseados na análise de sensibilidade dos
resíduos
14
2.2.2 Métodos que aumentam o vetor de estado 16
CAPÍTULO 3
3. ESTIMAÇÃO DE ESTADO EM SISTEMAS ELÉTRICOS DE
POTÊNCIA
18
3.1 Estimador de estado estático baseado no método dos
mínimos quadrados
19
3.2 Detecção e identificação de medidas com erros grosseiros 21
3.2.1Detecção de medidas com erros grosseiros 22
3.3 Identificação de medidas com erros grosseiros 22
CAPÍTULO 4
4. ANALISE DE OBSERVABILIDADE BASEADA NA FATORAÇÃO
TRIANGULAR DA MATRIZ GANHO E EM CONCEITOS DE
CAMINHOS DE GRAFO
26
4.1 Desacoplamento do modelo 27
4.2 Analise de observabilidade baseada na fatoração triangular
da matriz ganho e em conceitos contidos em caminhos de grafo
29
4.2.1 Algoritmo para analise de observabilidade 31
4.2.2 Algoritmo para identificação de ilhas observáveis 31
4.3 Exemplo 32
CAPÍTULO 5
5. METODOLOGIA PARA ESTIMAÇÃO DE ESTADO E
PARÂMETRO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO, BASEADA NAS
EQUAÇÕES NORMAIS
40
5.1 Introdução 40
5.2 Fase 1: Determinação do conjunto de medidas a ser
utilizado
41
5.3 Fase 3: Estimação de estado e parâmetros 42
5.4 Fase 2: Analise de observabilidade para o estimador de
estado e parâmetros proposto
44
5.4.1 Obtenção da matriz GAum 50
5.4.2 Algoritmo para analise de observabilidade para o
estimador de estado e parâmetro proposto
50
5.5 Exemplo 51
CAPÍTULO 6
6. TESTES E ANALISE DOS RESULTADOS 66
6.1 Testes com o sistema de 6 barras do IEEE 66
6.2 Testes com o sistema de 14 barras do IEEE 74
6.3 Testes com o sistema de 30 barras do IEEE 86
6.4 Analise dos resultados 97
CAPÍTULO 7
7. CONCLUSÕES 99
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 103
APÊNDICE A – Escalonamento de linhas e colunas 109
i
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.1 Parte do Sistema Elétrico Sul do Peru 4
FIGURA 1.2 Comparação entre a potências de transferência
registrada e a simulada computacionalmente
4
FIGURA 4.1 Sistema de 6 barras do IEEE associado a um conjunto
de medidas (exemplo 1)
33
FIGURA 4.2
Caminho de grafo associado com a matriz
θ
U
35
FIGURA 4.3 Sistema de 6 barras do IEEE, associado a um conjunto
de medidas (exemplo 2)
36
FIGURA 4.4
Caminhos de grafo associados com a matriz
θ
U
.
37
FIGURA 4.5 Rede de 6 barras utilizada 38
FIGURA 4.6
Caminhos de grafo associados com a matriz
θ
U
.
39
FIGURA 5.1 Modelo П- Equivalente generalizado 46
FIGURA 5.2 Sistema teste de 3 barras (1º exemplo) 52
FIGURA 5.3 Matriz G
Aum
fatorada 54
FIGURA 5.4 Caminho de grafo 54
FIGURA 5.5 Sistema teste de 3 barras (2° exemplo) 55
FIGURA 5.6 Matriz G
Aum
fatorada 56
FIGURA 5.7 Caminho de Grafo 56
FIGURA 5.8 Matriz G
Aum
fatorada 57
FIGURA 5.9 Caminho de grafo 57
FIGURA 5.10 Sistema de 5 barras (3º exemplo) 58
FIGURA 5.11 Matriz G
Aum
fatorada 60
FIGURA 5.12 Caminho de grafo 60
FIGURA 5.13 Sistema teste de 5 barras (4° exemplo) 62
FIGURA 5.14 Matriz G
Aum
fatorada 62
FIGURA 5.15 Caminho de grafo 63
FIGURA 5.16 Matriz G
Aum
fatorada 63
FIGURA 5.17 Caminho de grafo 64
FIGURA 6.1 Sistema teste de 6 barras(teste1) 67
FIGURA 6.2 Matriz G
Aum
fatorada 68
FIGURA 6.3 Caminho de grafo 69
ii
FIGURA 6.4 Sistema teste de 6 barras(teste 2) 71
FIGURA 6.5 Matriz G
Aum
fatorada 72
FIGURA 6.6 Caminho de grafo 72
FIGURA 6.7 Matriz G
Aum
fatorada 73
FIGURA 6.8 Caminho de grafo 73
FIGURA 6.9 Sistema de 14 barras do IEEE (teste 3) 75
FIGURA 6.10 Matriz G
Aum
fatorada 77
FIGURA 6.11 Caminho de grafo 78
FIGURA 6.12 Sistema de 14 barras do IEEE (teste 4) 81
FIGURA 6.13 Matriz G
Aum
fatorada 82
FIGURA 6.14 Caminho de grafo 82
FIGURA 6.15 Matriz G
Aum
fatorada 83
FIGURA 6.16 Caminho de grafo 84
FIGURA 6.17 Sistema de 30 barras do IEEE 86
FIGURA 6.18 Matriz G
Aum
fatorada 8
FIGURA 6.12 Sistema de 14 barras do IEEE (teste 4) 81
FIGURA 6.13 Matriz G
Aum
fatorada 82
FIGURA 6.14 Caminho de grafo 82
FIGURA 6.15 Matriz G
Aum
fatorada 83
FIGURA 6.16 Caminho de grafo 84
FIGURA 6.17 Sistema de 30 barras do IEEE 86
FIGURA 6.18 Matriz G
Aum
fatorada 89
iii
LISTA DE TABELAS
TABELA 5.1 Parâmetros de linha do sistema de 3 barras 53
TABELA 5.2 Tensões complexas obtidas via um estimador de estado
convencional WLS
53
TABELA 5.3 Valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 5.2 54
TABELA 5.4 Resultados do 1° exemplo 55
TABELA 5.5 Valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 5.5 58
TABELA 5.6 Resultados do 2º exemplo 58
TABELA 5.7 Parâmetros de linha do sistema de 5 barras 59
TABELA 5.8 Dados das magnitudes de tensão e ângulo do sistema
de 5 barras
59
TABELA 5.9 Valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 5.10 61
TABELA 5.10 Resultados do 3º exemplo, os parâmetros e tensões
estão dados em p.u. e os ângulos em radianos.
61
TABELA 5.11 Valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 5.13 64
TABELA 5.12 Resultados do 4º exemplo, os parâmetros e tensões
estão dados em p.u. e os ângulos em radianos.
65
TABELA 6.1 Parâmetros de linha do sistema de 6 barras 67
TABELA 6.2 Tensões complexas obtidas via um estimador de estado
convencional WLS
68
TABELA 6.3 Valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 6.1 69
TABELA 6.4 Resultados do teste 1 70
TABELA 6.6 Resultados do teste 2 74
TABELA 6.7 Parâmetros de linha do sistema de 14 barras 76
TABELA 6.8 Tensões complexas utilizadas para a obtenção da
matriz G
Aum
77
TABELA 6.9 Valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 6.9 79
TABELA 6.10 Resultados do teste 3 (os valores dos ângulos estão em
radianos e das demais variáveis em p.u.)
80
iv
TABELA 6.11 Resultados do teste 4 (os valores dos ângulos estão
em radianos e das demais variáveis em p.u.)
85
TABELA 6.12 Parâmetros de linha do sistema de 30 barras do IEEE
(os valores dos ângulos estão em radianos e das
demais variáveis em p.u.)
87
TABELA 6.13 Dados das magnitudes de tensão e ângulo do sistema
de 30 barras.
88
TABELA 6.14 Valores do conjunto de medidas ilustrado na figura
6.17
90
TABELA 6.15 Resultados do teste 5 (os valores dos ângulos estão
em radianos e das demais variáveis em p.u.)
91
TABELA 6.16 Resultados do teste 6 (os valores dos ângulos estão
em radianos e das demais variáveis em p.u.)
93
TABELA 6.17 Valores do conjunto de medidas utilizado no teste 7 95
TABELA 6.18 Resultados referentes à situação 1 (estimador
proposto)
96
TABELA 6.19 Resultados referentes à situação 2 (estimador
proposto)
96
TABELA 6.20 Resultados referentes à situação 1 (estimador
proposto em [Liu&Wu(1992)])
97
TABELA 6.21 Resultados referentes à situação 2 (estimador
proposto em [Liu&Wu(1992)])
97
v
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SEP Sistema Elétrico de Potência
PEPCO Potomac Electric Power Company -USA
EGs Erros Grosseiros
UTRs Unidades Terminais Remotas
SCADA Sistema de Aquisição e Supervisão de Dados
EMS Sistema de Gerenciamento de Energia
EESEP Estimação de Estados em Sistemas Elétricos de Potência
COES Comitê de Operação Econômica do Sistema
WSCC Western Systems Coordinating Council
WLS Mínimos quadrados ponderados
FPA Fluxo de Potência Ativa
FPR Fluxo de Potencia Reativa
PZ Pivô zero
IEEE Institute of Electrical and Electronic Engineer
vi
LISTA DE SIMBOLOS
km
G
Condutâncias série de Linha de Transmissão Aéreas
km
B
Susceptâncias série de Linhas de Transmissão Aéreas
Z
Vetor de medidas
(.)h
Vetor de funções não lineares
v
X
Vetor das variáveis de estado verdadeiras
w
Vetor dos erros das medidas
m
Numero de medidas
n
Numero de variáveis de estado a serem estimadas
W
Matriz de ponderação para as medidas
)(xJ
Função Quadrática
)(xH
Matriz Jacobiana
z
Erro de estimação
r
Vetor resíduo de estimação
Γ
Matriz sensibilidade do resíduo
I
Matriz Identidade
R
Matriz de covariância
i
τ
Resíduos normalizados
ii
ρ
Desvio Padrão unitário
j
b
Erro grosseiro da medida j
Média do resíduo de estimação
ij
γ
Elemento (i,j) da matriz
Γ
max
i
τ
Maior resíduo normalizado
α
Limite de identificação
km
P
Fluxo de potencia ativa, da barra k para a barra m
km
Q
Fluxo de potencia reativa, da barra k para a barra m
vii
θ
G
Matriz Ganho
θ
P
H
Matriz Jacobiana, relacionada apenas às medidas de potência ativa
p
Z
Vetor de medidas de potência ativa
p
W
Matriz de ponderação das medidas de potência ativa
k
V
Magnitude de tensão da barra k
m
V
Magnitude de tensão da barra m
km
θ
Ângulo de defasagem entre a barra k e a barra m
nb
Numero de barras
θ
U
Matriz ganho superior fatorada
Aum
Z
Vetor de medidas aumentado
(.)
Aum
h
Vetor de funções não lineares, que relaciona as medidas com as
variáveis de estado aumentado.
vAum
X
Vetor de estado aumentado verdadeiro
Aum
w
Vetor dos erros nas medidas
Aum
n
Número de variáveis de estado e parâmetros, a ser estimado.
Aum
m
Número de medidas selecionadas na Fase1.
L
Ramos
Aum
H
Matriz Jacobiana aumentada
Aum
W
Matriz de Ponderação das medidas aumentadas
km
y
Admitancia série da linha de transmissão k-m
sh
km
y
Susceptância shunt
pj
km
ea
θ
A relação de transformação
Aum
G
Matriz ganho aumentada
viii
RESUMO
O processo de estimação de estado em sistemas elétricos de potência está
sujeito a três tipos de erros: erros nas medidas analógicas (erros grosseiros);
erros devido a informações erradas quanto aos estados de chaves e/ou
disjuntores (erros topológicos) e erros causados por informações erradas de
algum parâmetro do sistema (erros de parâmetros). É drástico o efeito de erros
de parâmetros, para o processo de estimação de estado, normalmente
intolerável, sendo, entretanto, menos evidente que os erros grosseiros e
topológicos. Aproveitando o fato de que certas medidas não sofrem mudanças
significativas de valor, durante um determinado intervalo de tempo, propõe-se
uma metodologia para estimação de estado e parâmetros de linhas de
transmissão. Na metodologia proposta, que se baseia nas equações normais, o
vetor de estado convencional é aumentado para a inclusão dos parâmetros a
serem estimados. Este vetor de estado “aumentado” é então estimado através
de uma grande quantidade de medidas, obtidas em diversas amostras, durante
um intervalo de tempo em que as variáveis de estado do sistema não tenham
sofrido alterações significativas de valor. Esta situação ocorre tipicamente à
noite, fora dos horários de pico. Propõe-se também uma metodologia para
análise de observabilidade para o estimador proposto. Para comprovar a
eficiência das metodologias propostas, vários testes foram realizados,
utilizando os sistemas de 6, 14 e 30 barras do IEEE.
Palavras-chave: Sistemas Elétricos de potência, Estimação de Estado,
Estimação de Parâmetro, Análise de Observabilidade.
ix
ABSTRACT
The process of power system state estimation is subjected to three types of
errors: errors in analogical measurements (gross errors), incorrect information
about the status of switching devices (topology errors) and incorrect information
about the model of the systems equipment (parameter errors). The effects of
parameter errors on the process of power system state estimation are drastic
and less evident to detect than gross and topology errors. Taking advantage of
the fact that a certain fraction of the measurements varies over a small range in
a certain period of time, a methodology to estimative transmission line
parameters and state based on normal equations has been proposed. In such
methodology, which is based on normal equations, the traditional state vector is
expanded to include the parameters to be estimated. This “augmented” state
vector is estimated through a large collection of measurements, recorded within
several snapshots of the power system, during which the actual system state
varies over a small range. This situation typically occurs during the night off-
peak periods. An observability analysis methodology is also proposed for the
presented estimator. To prove the efficiency of the methodologies, several tests
were made using the systems of 6, 14 and 30 buses from IEEE.
Key-words: Electrical Power Systems, State Estimation, Parameters Estimation,
Observability Analysis.
1
Capítulo 1
Introdução
Em vários países ao redor do mundo, mudanças importantes estão
acontecendo na estrutura da indústria de potência. As estruturas reguladoras
estão sendo modificadas para permitir negócios sem limites de geração,
transmissão e distribuição, abrindo caminho para competição. Na América do
Sul, razões distintas, peculiares a cada país, também estão motivando a
reestruturação do setor de energia elétrica [RUDNICK H. (1996)]. Este é o caso
do Brasil, que lançou um programa de privatização das empresas elétricas
nacionais e mudou seus regulamentos para atrair investimentos privados ao
setor elétrico [VENTURA F (1996)].
O impacto do crescimento da demanda de energia elétrica, bem como
da expansão dos Sistemas Elétricos de Potência (SEP), sobre o volume de
informações oriundas do Sistema de Aquisição e Supervisão de Dados,
SCADA (do inglês Supervisory Control and Data Aquisition), vem evidenciando
a necessidade do tratamento destes dados através de aplicativos
computacionais avançados de análise em tempo-real. Segue-se, deste modo, a
tendência mundial de evolução em direção aos denominados Sistemas de
Gerenciamento de Energia, EMS (do inglês, Energy Management System),
para auxiliar o operador no tratamento das informações, viabilizando a
verificação rápida das condições de operação do sistema.
Através do EMS torna-se possível executar funções relacionadas com a
segurança da operação dos SEP, que possuem o objetivo de determinar o
estado operativo corrente dos SEP, isto é, se os sistemas estão ou não
operando adequadamente e, caso não estejam, devem indicar o que deve ser
feito para corrigir essa operação inadequada.
2
Um SEP não está operando da forma adequada quando existem cargas
não atendidas, equipamentos com limites de operação desrespeitados, etc.
A primeira função executada pelo EMS é a modelagem da rede elétrica
em tempo-real, e, para isto, o processo de Estimação de Estado em Sistemas
Elétricos de Potencia (EESEP) é de fundamental importância.
A finalidade do processo de EESEP é fornecer, em tempo-real, as
variáveis de estado do sistema, isto é, as tensões complexas nas barras do
mesmo, a partir do processamento de informações obtidas em tempo-real
(medidas analógicas
1
e lógicas
2
), provenientes do sistema SCADA e de
informações estáticas, disponíveis no banco de dados das companhias de
energia elétrica (os parâmetros do sistema
3
). Através das variáveis de estado
do SEP, define-se o estado operativo corrente do mesmo.
O sucesso do processo de EESEP depende da qualidade das
informações que lhe são fornecidas, pois, erros nessas informações podem
levar o processo de estimação à variáveis de estado muito distantes das
verdadeiras, ou, até mesmo, à não convergência.
Tendo em vista as informações fornecidas ao processo de EESEP,
supracitadas, o mesmo está sujeito a três tipos de erros: erros grosseiros (erros
nas medidas analógicas); erros topológicos (erros devido a informações
erradas quanto aos estados de chaves e/ou disjuntores) e erros de parâmetros
(erros causados por informações erradas de algum parâmetro do sistema).
É drástico o efeito de um erro de parâmetro, para o processo de EESEP,
normalmente intolerável, sendo, entretanto, menos evidente que os erros
grosseiros e topológicos [ZARCO & EXPÓSITO (2000); MEZA et al (2006)].
Os parâmetros do sistema podem estar incorretos fruto de [ZARCO &
EXPÓSITO (2000); MEZA et al (2006)]: dados imprecisos fornecidos pelos
fabricantes; estimativas grosseiras do comprimento de linhas de transmissão;
alterações de projeto não atualizadas na base de dados; preenchimento
incorreto da base de dados; variação de parâmetros devido ao envelhecimento
de componentes do sistema, etc.
1
Medidas de fluxo de potência ativa e reativa nas linhas, injeção de potência ativa e reativa e algumas
magnitudes de tensão nas barras.
2
Consistem em estados de chaves e disjuntores.
3
Impedância de linhas de transmissão e posição de taps de transformadores.
3
Como mencionado anteriormente, a partir das variáveis de estado obtidas pelo
processo de EESEP, determina-se o estado operativo corrente do sistema, e,
em seguida, determinam-se as ações de controle cabíveis. Em razão disto, os
erros de parâmetros podem trazer conseqüências drásticas para a operação de
um SEP.
Na seqüência apresentamos dois exemplos reais de problemas
causados por erros de parâmetros, que demonstram a importância do
desenvolvimento de metodologias que possibilitem a obtenção de parâmetros
mais confiáveis.
Sistema Elétrico do Peru: Após a interligação do sistema Centro-Norte
com o sistema Sul, em Setembro de 2000, apareceram muitos problemas
relacionados à estabilidade do sistema. Vários estudos foram feitos para
determinar a margem de estabilidade, porém, não se tem tanta confiabilidade
nos resultados devido a inúmeras incertezas nos parâmetros daquele sistema.
No evento acontecido em nove de Junho de 2002
4
, durante um teste de
estabilidade (inclusão de uma pequena perturbação) após o desligamento da
linha de transmissão L-1011 (vide figura 1.1), o sistema apresentou oscilações
interárea trazendo como conseqüência o desligamento das linhas L-1005 e L-
1006 e interrupção do fornecimento da energia em muitas áreas do sistema.
Tais acontecimentos não puderam ser previstos através das simulações
computacionais. A principal razão deste problema, de acordo com o COES
(comitê de operação econômica do sistema), é a não disponibilidade dos dados
corretos do sistema.
4
Dados obtidos da página do COES-PERU, www.coes.org.pe
4
Figura 1.1 Parte do Sistema Elétrico Sul do Peru. Os testes
computacionais com os dados fornecidos pelas empresas geradoras não
puderam predizer as oscilações após a abertura da linha L-1011.
Sistema WSCC (Western Systems Coordinating Council): Conforme relatado
em [DEMITRY, (2004)], no dia 10 de agosto de 1996 ocorreu um blecaute de
energia no sistema WSCC (Western Systems Coordinating Council), enquanto
as simulações computacionais prediziam operação normal (sistema estável)
nas mesmas condições de perturbação. Na figura 1.2, mostra-se a comparação
entre as curvas de potência de transferência (interligação Califórnia-Oregon)
real (registrada) e a obtida computacionalmente.
Figura 1.2 Comparação entre a potências de transferência registrada e a
simulada computacionalmente.
5
Dentre os métodos desenvolvidos para o tratamento de erros de
parâmetros, destacam-se aqueles que aumentam o vetor de estado para
incluírem os parâmetros do sistema, como se eles fossem variáveis de estado
independentes. Assim, os parâmetros são estimados juntamente com os
ângulos e as magnitudes de tensão. Considerando o tratamento que se dá a
esse modelo aumentado, tais métodos podem ser divididos em dois grupos: (1)
Métodos que utilizam as Equações Normais; (2) Métodos que utilizam a teoria
do Filtro de Kalman.
A limitação dos métodos que utilizam as equações normais está
relacionada à observabilidade, isto é, raramente o número de medidas
disponível é suficiente para estimar todas as variáveis de estado “aumentadas”,
uma vez que o vetor de estado aumenta, mas o conjunto de medidas continua
o mesmo.
Na tentativa de superar essa limitação, os métodos que utilizam o Filtro
de Kalman aumentam também o vetor de medidas, através de pseudo-
medidas, que correspondem ao vetor de estado aumentado estimado no
instante anterior. Entretanto, a grande limitação desses métodos está na
determinação da matriz transição de estado. Na maioria das pesquisas
realizadas, essa matriz é considerada como sendo uma matriz identidade,
admitindo-se que o sistema seja quase-estático.
Vale destacar ainda o estimador generalizado desenvolvido por [ALSAÇ
et al (1998)]. Neste estimador, o vetor de estado convencional ganha novas
variáveis de estado, que são os fluxos de potência ativa e reativa, através dos
disjuntores e dos ramos cujos parâmetros serão estimados. Novas pseudo-
medidas são também introduzidas no modelo, permitindo assim uma melhor
discriminação entre erros grosseiros, topológicos e erros de parâmetros.
Devido à grande quantidade de informações, envolvidas no processo de
estimação generalizada de estado, tal estimador pode tornar-se inviável para
aplicação em tempo-real. Em razão disto, os autores indicam a sua utilização
apenas em situações especiais, isto é, quando existe a suspeita da existência
de erros topológicos ou de parâmetros [ALSAÇ et al (1998)].
A deterioração que o erro de parâmetro pode causar ao processo de
estimação de estado foi analisada em [ZARCO & EXPÓSITO (2000)]. Naquele
trabalho, realizou-se ainda um detalhado estudo dos métodos já desenvolvidos
6
para estimação de parâmetros, a cujo respeito se relacionam, a seguir,
algumas conclusões:
1. Para obter-se uma estimação de parâmetros confiável, independentemente
do método utilizado, requer-se um adequado nível de redundância das
medidas, nas vizinhanças dos elementos suspeitos de estarem com erros de
parâmetros;
2. Os métodos baseados na análise da sensibilidade, relativa aos resíduos das
medidas, são os mais plausíveis de se incorporarem aos estimadores de
estado convencionais. Por outro lado, dentre os métodos que aumentam o
vetor de estado, aqueles que utilizam as Equações Normais são mais propícios
a se estenderem aos estimadores convencionais, em comparando-os com os
que utilizam a teoria do Filtro de Kalman, porquanto estes requerem rotinas
muito diferentes daquelas, utilizadas pelos estimadores convencionais;
3. Utilizar medidas de diversas amostras para o processo de estimação na
forma seqüencial ou no mesmo instante, possibilita a obtenção de estado e
parâmetros mais confiáveis;
4. Estimação da posição de Taps de transformadores, assim como a
determinação da posição de chaves e/ou disjuntores, que é uma tarefa a
realizar-se "on-line". Já a estimação dos parâmetros de um ramo, como a
indutância e a capacitância de linhas de transmissão, que permanecem
constantes por um longo período de tempo, são tarefas que podem ser
realizadas "off-line" (algumas vantagens do processamento off-line desses
parâmetros são apresentadas com mais detalhes em [ZARCO & EXPÓSITO
(2000)]);
5. Os métodos que aumentam o vetor de estado superam, claramente, aqueles
baseados na análise da sensibilidade dos resíduos das medidas. Entretanto,
importa lembrar que, para a identificação dos ramos suspeitos, a análise do
resíduo das medidas é ainda necessária. O que até então não se solucionou é
o dilema: se a melhor escolha, para a estimação dos parâmetros, é um método
utilizando as Equações Normais, ou um método fundamentado na teoria do
Filtro de Kalman. A opinião dos autores [ZARCO & EXPÓSITO (2000)] é de
que, para a estimação de parâmetros variáveis com o tempo, são mais
apropriados os métodos que utilizam a teoria do Filtro de Kalman. Já os
métodos que utilizam as Equações Normais são, por sua vez, mais atrativos
7
para a estimação dos parâmetros que permanecem constantes, por um longo
período de tempo;
6. A seleção dos ramos suspeitos pode ser realizada através da análise de
dados históricos.
1.1 Objetivos e Discriminação dos próximos capítulos
O presente trabalho tem como objetivo elaborar uma metodologia para
estimação de estado e parâmetros, baseado nas equações normais, que
aumente ambos os vetores de estado e de medidas. Aproveitando o fato de
certas medidas não sofrerem mudanças significativas de valor, durante um
determinado intervalo de tempo, o aumento do vetor de estado realizar-se-á
para a inclusão dos parâmetros a serem estimados; já o vetor de medidas será
aumentado para considerar medidas de diversas amostras, desde que não
tenham sofrido uma alteração significativa dos seus valores. Assim, a
ocorrência de problemas de observabilidade diminuirá, uma vez que o aumento
do vetor de estado será acompanhado pelo aumento do vetor de medidas.
Cumpre observar que, em razão de as medidas não mudarem
significativamente de valor, no período de tempo considerado, podemos
considerar que as respectivas variáveis de estado sejam “quase-estáticas”,
nesse intervalo de tempo, daí não se exigindo a determinação de uma matriz
transição de estado.
Os parâmetros a serem estimados, pela metodologia proposta, são as
condutâncias série
)(
km
G
e as susceptâncias série
)(
km
B
de linhas de
transmissão aéreas, classificadas como médias e longas, isto é, com
comprimento acima de 80 km (50 milhas). Decidiu-se estimar apenas esses
parâmetros, por serem os principais responsáveis pelas perdas em um SEP
[KUSIC & GARRISON (2004)].
Para verificar as porções observáveis do sistema, isto é, as variáveis de
estado aumentadas possíveis de serem estimadas pelas medidas disponíveis,
propõe-se, também, um método para análise de observabilidade. Para isto
8
pretendemos utilizar como base o método desenvolvido por BRETAS (1996)
5
,
isto em razão de o mesmo ser simples, de fácil implementação, rápida
execução e de não exigir a solução de equações algébricas.
Vale salientar que a idéia de atacar o problema de estimação de parâmetros,
da forma aqui proposta, surgiu em função da constatação dos engenheiros da
PEPCO (Potomac Electric Power Company - USA) de que certas medidas não
experimentavam mudanças significativas de valor, durante um determinado
intervalo de tempo, principalmente entre 1:00 e 4:00 horas da manhã, face à
pequena variação de carga nesse período de tempo; em função também das
conclusões apresentadas em [ZARCO & EXPÓSITO (2000)], descritas
anteriormente
6
.
Este trabalho está estruturado em sete capítulos, além desta introdução
e de mais um apêndice. No capitulo 2 apresenta-se uma ampla revisão
bibliográfica sobre as diferentes metodologias de estimação de estado, bem
como uma análise das vantagens e desvantagens das metodologias
desenvolvidas para o tratamento de erros de parâmetros. No capítulo 3
descreve-se a base teórica do processo de estimação de estado, por mínimos
quadrados ponderados. No Capítulo 4 apresenta-se, em linhas gerais, a
metodologia para análise de observabilidade desenvolvida por BRETAS (1996).
No Capítulo 5 encontra-se a proposição deste trabalho, que consiste no
estimador de estado e parâmetros e na metodologia para análise de
observabilidade, para o modelo aumentado. No Capítulo 6 são apresentados
os testes realizados para comprovar a eficiência das metodologias propostas.
As conclusões da dissertação estão no capítulo 7. Por fim, no Apêndice,
encontra-se um breve desenvolvimento teórico, sobre o método de
escalonamento que foi utilizado para melhorar o condicionamento numérico da
matriz Ganho Aumentada, que será apresentada no capítulo 5.
5
O método desenvolvido por BRETAS (1996) destina-se ao estimador de estado tradicional, isto é, sem a
inclusão dos parâmetros como variáveis de estado a serem estimadas.
6
Conclusões 1, 3 e 4, apresentadas na seção anterior.
9
Capítulo 2
Revisão Bibliográfica
Neste capítulo é apresentado um pequeno histórico, destacando as
principais características de algumas metodologias destinadas ao tratamento
das diversas etapas envolvidas no processo de estimação de estado, em
sistemas elétricos de potência. Em especial aquelas que tratam de erros de
parâmetros.
2.2 Etapas envolvidas no processo de Estimação de Estado em
Sistemas Elétricos de Potência
A estimação de estado em SEP abrange dois campos, o fluxo de
potência e a estatística.
O estimador destina-se a obtensão das variáveis de estado de um SEP,
através de um conjunto redundante de medidas imperfeitas. Em razão da
redundância e imperfeição dessas medidas, a estimação se baseia em
processos estatísticos, onde se tenta tornar mínimos ou máximos os critérios
estabelecidos, daí se determinando o valor mais provável das variáveis de
estado.
A estimação de estado em sistemas elétricos de potência vem sendo
alvo de inúmeras pesquisas, desde o final da década de 60 [SCHWEPPE
(1970); SCHWEPPE & DOUGLAS (1970); SCHWEPPE & WILDES (1970);
COUTTO FILHO et al. (1990); MONTICELLI (1999); ABUR & EXPÓSITO
(2004)].
Tradicionalmente são quatro as etapas envolvidas no processo de
estimação de estado [MONTICELLI (1999)]:
1ª Etapa: Obtenção da topologia do sistema, no modelo barra linha.
A partir das medidas lógicas, bem como de informações quanto ao tipo e
à localização dos medidores instalados no sistema, o configurador de sistemas
10
determina a topologia e a correspondente configuração de medidores, no
modelo barra linha.
2ª Etapa: Análise e Restauração da Observabilidade do Sistema
Através do modelo barra/linha, obtido pelo configurador de sistemas,
verifica-se se é possível, através das medidas analógicas e virtuais
7
disponíveis, determinar as variáveis de estado em todas as barras do sistema.
Em caso afirmativo, o sistema é dito observável. Caso contrário essa falta de
medidas pode ser suprida, em algumas situações, por pseudo-medidas, que
são dados de previsão de carga, previsão de geração, dados históricos, etc,
que fazem parte do banco de dados dos centros de operação através das quais
o sistema se torna observável como um todo. Uma alternativa, para essa
situação, é determinar as partes observáveis do sistema, isto é, as ilhas
observáveis.
A maioria dos métodos desenvolvidos para análise de observabilidade
pode dividir-se em dois grupos: os métodos topológicos e os numéricos.
Os métodos do primeiro grupo caracterizam-se pela criação de rotinas
específicas, que não exigem cálculos, mas que são de natureza combinatória
heurística e complexa [KRUMPHOLZ et al. (1980); QUINTANA et al. (1982)]. Já
os do segundo grupo são mais simples, visando à utilização de rotinas já
disponíveis nos programas de estimadores de estado. Entretanto, estão
sujeitos a erros numéricos [MONTICELLI & WU (1985a); MONTICELLI & WU
(1985b)].
O método para análise e restauração de observabilidade, apresentado
por [SLUTSKER & SCUDDER (1987)] baseia-se na redução simbólica da
matriz Jacobiana, caracterizando-se por ser extremamente simples e rápido.
Nesse método, os autores não levam em conta o valor real dos elementos não
nulos da matriz Jacobiana e sim a posição desses elementos. Três anos
depois, [CHEN (1990)] apresentou uma versão modificada do método,
considerando valores inteiros para os elementos não nulos da matriz
Jacobiana.
[CONTAXIS & KORRES (1988)] propuseram um algoritmo, utilizando em
conjunto as análises de observabilidade topológica e numérica. Assim, o
7
Medidas virtuais são medidas de injeção zero, em barras de passagem do sistema.
11
tamanho da rede é reduzido, através de processos topológicos, realizando-se
então a análise e restauração da observabilidade, por meio de processos
numéricos. Uma vez que a rede ficou reduzida, reduzir-se-á conseqüentemente
a quantidade de cálculos requeridos.
Em [MONTICELLI et al. (1992)], foram apresentados problemas que
podem aparecer nas análises de observabilidade, realizadas por métodos
fundamentados apenas em informações topológicas. Para tratar desta
limitação, os autores sugerem um método numérico de análise de
observabilidade, baseado na fatoração triangular da matriz Ganho.
Algum tempo depois, [BRETAS (1996)] desenvolveu um método
baseado em conceitos de caminhos de fatoração e na fatoração triangular da
matriz Ganho. É um método simples, que não exige a solução de equações
algébricas e de fácil implementação, uma vez que usa sub-rotinas já existentes
em programas destinados à estimação de estado.
3ª Etapa: Estimação de Estado
Considerando a topologia do sistema, obtida pelo configurador de
sistemas, e através dos seus parâmetros armazenados no banco de dados,
bem como do conjunto disponível de medidas, o estimador de estado permite
determinar as variáveis de estado de todas as barras do sistema.
Dos muitos estimadores desenvolvidos, os mais difundidos e
pesquisados são os Estimadores Estáticos
8
por Mínimos Quadrados
Ponderados, originalmente proposto por [SCHWEPPE (1970)].
Considerando a dinâmica do vetor de estado, algumas pesquisas
buscaram algoritmos para a estimação dinâmica de estado. Dentre elas,
algumas acompanham as mudanças das variáveis de estado com o tempo,
valendo-se do chamado estimador “tracking” [MASIELLO & SCHWEPPE
(1971); FALCÃO et al. (1982)]; outras adicionaram aos estimadores “tracking “
a teoria do filtro de Kalman [DEBS & LARSON (1970); LEITE da SILVA et al.
(1987); BRETAS (1989)].
8
O termo estático refere-se ao fato de o modelo de rede utilizada ser estático, não se considerando as
variações entre as grandezas e a variável tempo.
12
4ª Etapa: Processamento de Erros Grosseiros (EGs) em Medidas
Analógicas
Como mencionado no Capítulo 1, as medidas analógicas, fornecidas ao
estimador de estado, estão sujeitas aos EGs
9
. Na prática, esses erros são
causados, por exemplo, por problemas nos canais de comunicação,
instrumentos de medição defeituosos, erro na modelagem de pseudo-medidas,
etc.
Devido a essa fragilidade do conjunto de medidas, o estimador de
estado deve ser robusto o suficiente para detectar e identificar a ocorrência de
EGs. As medidas identificadas como portadoras de EGs são eliminadas e as
variáveis de estado estimadas novamente.
Dentre os diversos métodos desenvolvidos, para detecção e
identificação de medidas com EGs, os mais utilizados são aqueles baseados
na análise estatística dos resíduos das medidas que é a diferença entre entre o
valor medido e o valor estimado das medidas.
Apesar de esses métodos apresentarem um bom desempenho, para
diversas situações, possuem algumas limitações, como, por exemplo, o fato de
não detectarem EGs em medidas críticas as quais são as medidas que,
quando perdida, faz um sistema de potência observável tornar-se não
observável [CLEMENTS et al. (1981)] e não identificarem EGs em conjuntos
críticos de medidas o qual é formado por medidas não criticas, em que a
eliminação de uma qualquer, a ale pertencente, torna as demais críticas [MILI
et al. (1984)]. Isto em razão de as medidas críticas apresentarem resíduos
nulos e as medidas de um conjunto crítico possuírem resíduos normalizados
idênticos.
Para contornar essas limitações, foram desenvolvidos métodos que
permitem a obtenção de planos de medição isentos de medidas críticas e de
conjuntos críticos de medidas [CLEMENTS et al. (1982); KORRES &
CONTAXIS (1994); ABUR & MAGNAGO (1999); LONDON Jr. et al. (2003)].
9
Medidas portadoras de EGs são aquelas com grau de imprecisão muito maior do que é suposto pelo
modelo de medição.
13
Entretanto, possuir um plano de medição confiável não é uma condição
suficiente para o sucesso de um Estimador de Estado. É uma condição
necessária, mas não suficiente. Isto porque, durante a operação de um sistema
de potência, podem ocorrer problemas no sistema de aquisição de dados
(sistema de telemedição), acarretando a perda de medidas e/ou Unidades
Terminais Remotas (UTRs) o qual é um equipamento eletrônico de uso
dedicado, responsável pela leitura de informações dos sistemas, nas usinas e
subestações, e pelo seu envio aos Centros de Operação do Sistema,
dificultando, ou, até mesmo, impedindo a estimação de estado. Para tornar
ainda possível uma estimação de estado confiável, em situações como essa,
em [LONDON Jr. et al (2004a)] foi proposto um método que, com a máxima
brevidade possível, permite a obtenção das seguintes informações: (i) Se o
sistema em análise continua observável; (ii) Caso continue observável, quais
as características qualitativas do conjunto de medidas disponível naquele
momento (presença de medidas críticas e de conjuntos críticos de medidas);
(iii) Caso o sistema tenha perdido a observabilidade, quais as pseudo-medidas
necessárias à sua restauração.
Como vimos anteriormente, as Etapas 2, 3 e 4 baseiam-se na topologia
obtida na 1ª Etapa. Em razão disto, caso ocorra algum erro topológico e este
não tenha sido detectado pelo configurador de sistemas, tal erro pode causar
um aumento nos resíduos das medidas analógicas, localizadas nas
vizinhanças dos elementos erroneamente configurados do sistema. Assim, na
4ª Etapa, as medidas analógicas, com resíduos elevados, serão identificadas
como portadoras de erros grosseiros. Nessa situação, dar-se-á início a um
processo de eliminação de medidas analógicas, e, eventualmente, o processo
poderá reduzir a zero o nível de redundância local. Logo, não será mais
detectado erro grosseiro em medida analógica, mas o erro topológico
permanece. Conseqüentemente, o modelo do sistema não representará
corretamente a sua atual situação.
Similar análise pode realizar-se, considerando erros nos parâmetros do
sistema, pois, as Etapas 3 e 4 baseiam-se nos parâmetros fornecidos ao
estimador, na 3ª Etapa. Assim, caso a informação de algum parâmetro do
sistema tenha sido erroneamente fornecida ao estimador de estado, tal erro
causará um aumento nos resíduos das medidas analógicas, localizadas nas
14
vizinhanças do elemento, cujo parâmetro é o que forneceu aquela informação
errada.
Diante disto, vários autores realizaram então trabalhos, em busca de
métodos para a análise de erros topológicos e de parâmetros. Entretanto,
pouco se sabe sobre o sucesso da implantação prática desses métodos
[MONTICELLI (1999); ABUR & EXPÓSITO (2004)].
2.2 Métodos para o tratamento de erros de parâmetros
Em [KUSIC & GARRISON (2004)] mostra-se a razão por que, numa
proporção de 25% a 30%, os parâmetros do circuito equivalente das linhas de
transmissão de um sistema, armazenados nos bancos de dados das
companhias de energia elétrica, possuem erros. Através de um estudo
econômico, demonstra-se que tais erros podem acarretar prejuízos, na ordem
de milhões de dólares por ano, para essas companhias (a análise a que se
procedeu foi realizada para companhias americanas).
De uma forma geral, os métodos desenvolvidos para o tratamento de
erros de parâmetros podem ser divididos em dois grupos:
Grupo 1: Métodos baseados na análise da sensibilidade dos resíduos
10;
Grupo 2: Métodos que aumentam o vetor de variáveis de estado.
Os métodos referentes a esses dois grupos dependem de uma
estimação de estado convencional, para a determinação dos ramos suspeitos
os quais são ramos incidentes às medidas com resíduos elevados, de estarem
com erros de parâmetros.
Grupo 1: Métodos baseados na análise da sensibilidade dos resíduos
Os métodos deste grupo utilizam o vetor de estado convencional e
baseiam-se na análise da sensibilidade dos resíduos das medidas, incidentes
aos ramos suspeitos. Através dessa análise, identificam os parâmetros
suspeitos de estarem com erros em seus valores.
Uma das primeiras pesquisas buscando a identificação de erros de
parâmetros, através da análise estatística dos resíduos das medidas, foi
proposta em [ABOYTES & CORY (1975)]. Neste trabalho, desenvolveu-se um
10
Resíduo de estimação é a diferença entre o valor medido e o valor estimado das medidas.
15
estudo estatístico dos efeitos dos erros grosseiros, topológicos e de
parâmetros, no processo de estimação de estado, donde se obtiveram as
seguintes conclusões: (i) o uso de medidas de injeções nodais aumenta a
dificuldade de identificar erros de configuração e de parâmetros; (ii) os erros de
parâmetros podem ser identificados mais efetivamente, quando o fluxo de
potência de uma linha, cujo parâmetro está com erro, é medido somente em
um dos terminais.
Baseando-se na forte relação entre o fluxo de potência reativa, através
do transformador, e a posição do tap do mesmo, [FLETCHER & STADLIN
(1983)] lançaram um método para estimação da posição de taps de
transformadores. A diferença entre os fluxos de potência reativa, medidos e
calculados, através do transformador, é utilizada para verificar se a posição do
tap é correta ou não. Os autores definem a posição inicial do tap como sendo
metade da escala de variação do transformador em [SMITH (1985)], o valor
inicial do tap é definido como sendo 1 p.u.).
[CUTSEN & QUINTANA (1988)] propuseram um método para estimação
de parâmetros que se baseia na análise do efeito dos erros de parâmetros nos
resíduos das medidas. Embora o método se aplique a qualquer parâmetro da
rede, maior ênfase foi dada para erros na posição de tap de transformadores.
Em [LIU & LUN (1992)] propõe-se a estimação dos erros de parâmetros,
que, uma vez estimados, permitem a correção desses parâmetros errados do
sistema. Tal estimação realiza-se através de um novo tratamento do vetor de
resíduo. As limitações deste método são as seguintes: (i) número grande de
iterações, pois o algoritmo encerra duas estimações independentes, a primeira
para estimar os resíduos
11
e a segunda para estimar os erros de parâmetros;
(ii) as matrizes utilizadas no processo de estimação dos erros de parâmetros
são geralmente singulares, o que provoca problemas de observabilidade; e (iii)
os autores não consideram erros grosseiros nas medidas.
A grande limitação dos métodos, baseados na análise da sensibilidade
dos resíduos, é distinguir entre o resíduo causado por um erro grosseiro
daquele causado por um erro de parâmetro.
11
Através de um estimador por mínimos quadrados iterativo.
16
Grupo 2: Métodos que aumentam o vetor de variáveis de estado
Os métodos deste grupo aumentam o vetor de variáveis de estado, para
incluírem os parâmetros suspeitos, como se estes fossem variáveis
independentes. Desta maneira, os parâmetros são estimados juntamente com
as tensões complexas das barras do sistema de potência, o que se denomina
de estimação simultânea de estado e parâmetros.
Uma das alternativas para trabalhar com este modelo aumentado
realiza-se através das equações normais, o que corresponde exatamente à
mesma formulação do estimador de estado convencional, porém com o vetor
de estado aumentado.
Um dos primeiros métodos de estimação de estado e parâmetros, a
desenvolver-se dessa maneira, foi proposto por [ALLAN & LAUGHTON (1974)].
Além de estimar estado e parâmetros, através da diferença entre os valores
dos parâmetros, fornecidos pelo banco de dados, e os seus valores estimados,
esse método permite identificar se os ramos do sistema estão fora de operação
ou não.
[ALSAÇ et al (1998)] propuseram um estimador generalizado, que
melhora o processo de obtenção de informação; sua principal contribuição é a
inclusão de erros de topologia e erros de parâmetros, na estimação e no
processo de análise de erros. Este estimador permite a modelagem das
subestações suspeitas, ao nível de seção de barra.Para isto, o vetor de estado
convencional, formado pelas magnitudes e ângulos das tensões, ganha novas
variáveis de estado, que são os fluxos de potência ativa e reativa, através dos
disjuntores e dos ramos cujos parâmetros serão estimados. Novas pseudo-
medidas são também introduzidas no modelo, permitindo assim uma melhor
discriminação entre erros grosseiros, topológicos e erros de parâmetros.
Devido à grande quantidade de informações, envolvidas no processo de
estimação generalizada de estado, tal estimador pode tornar-se inviável para
aplicação em tempo real.
De uma forma geral, é possível afirmar que a limitação dos métodos que
usam equações normais está relacionada à observabilidade, isto é, raramente
o número de medidas disponível é suficiente para estimar todas as variáveis de
estado aumentadas, uma vez que as mesmas aumentam, mas o conjunto de
medidas continua o mesmo [ZARCO & EXPÓSITO (2000)].
17
Para evitar o problema de observabilidade, foram propostos também
métodos baseados na teoria do filtro de Kalman. Estes métodos aumentam o
vetor de medidas com pseudomedidas, referentes ao vetor de estado
aumentado, estimado no instante anterior.
A possibilidade de estimar-se o vetor de estado aumentado, através de
um algoritmo recursivo, baseado no filtro de Kalman, foi investigada
inicialmente por [DEBS (1974)]. Nesse trabalho, os parâmetros são modelados
como sendo constantes e as tensões complexas das barras são atualizadas
segundo o processo de Markov. As limitações de tal formulação são as
seguintes: - problemas de convergência, quando aplicada a sistemas grandes
e/ou com muitos parâmetros incorretos; - as medidas são tratadas como sendo
exatas e os parâmetros como constantes, limitando a flexibilidade do algoritmo,
visto que alguns parâmetros, em razão das perdas por efeito corona, são
variáveis no tempo.
Diferentemente do anterior, os parâmetros não são considerados
constantes em [SLUTSKER & CLEMENTS (1996)], pois, assim como as
tensões e os ângulos das barras do sistema, tais parâmetros são também
atualizados segundo o processo de Markov. Deste modo, permite-se a
estimação de parâmetros, variáveis com o tempo.
A grande limitação dos métodos, baseados na teoria do filtro de Kalman,
está na determinação da matriz transição de estados. Muitos autores
consideram essa matriz como sendo uma matriz identidade, isto é, consideram
que os estados e parâmetros não sofram mudanças com o tempo.
18
Capítulo 3
Estimação de Estado em Sistemas Elétricos
de Potência
O problema de estimação de estado consiste em um conjunto de
algoritmos para processar tele-medidas realizadas em todo o sistema. Essas
tele-medidas são em geral redundantes e corrompidas por erros de medição,
erros de conversão analógico-digital e ruídos de transmissão. O estimador
processa essas tele-medidas com o objetivo de fornecer estimativas confiáveis
para as variáveis de estado do sistema. Para isto, dos muitos critérios
estatísticos existentes, o mais utilizado, para estimação de estado em sistemas
elétricos de potência, é o dos mínimos quadrados ponderados (W.L.S
12
).
O estimador de estado pode ser dinâmico ou estático. A grande
limitação do estimador dinâmico está na determinação da matriz transição de
estado. Na maioria dos artigos, essa matriz é considerada como sendo uma
matriz identidade, assumindo que o sistema seja quase estático.
No estimador estático, supõe-se que o sistema esteja em condições de
regime permanente, ou seja, não se considera a variação entre as grandezas
envolvidas com a variável tempo. Por isso, a rede é representada por um
conjunto de equações algébricas [LONDON Jr. (2000)].
A seguir apresenta-se a formulação do estimador de estado estático por
mínimos quadrados ponderados.
12
Do inglês W.L.S. – Weighted Least Square.
19
3.1 Estimador de Estado Estático baseado no Método dos Mínimos
Quadrados
A estimação de estados, através dos mínimos quadrados, formula-se
considerando:
wxhz
v
+= )(
(3.1)
Onde: z – vetor de medidas (mx1); h(.) - vetor de funções não lineares,
relacionando as medidas com os estados (mx1); xv – vetor das variáveis de
estado verdadeiras (nx1); w – vetor dos erros das medidas (mx1); m – número
de medidas; n – número de variáveis de estado a serem estimadas.
A melhor estimativa do vetor xv, designada por
x
ˆ
, é o valor de x que torna
mínimo o índice J(x), dado por:
wWwxJ
t
=)(
(3.2)
ou
)]([)]([)( xhzWxhzxJ
t
=
(3.3)
Onde W é uma matriz de ponderação para as medidas; é o inverso da
matriz covariância das mesmas. É uma matriz diagonal, cujos valores
diferentes de zero são os inversos das variâncias de cada medida
)(
1
ii
σ
2
[HANDSCHIN et al. (1975), HORISBERGER et al. (1976)]. Através dessa
matriz, as medidas são ponderadas conforme as suas qualidades.
Da equação (3.3) deduz-se que
)(xJ
é uma função quadrática. Considerando
que
v
x
torna mínimo
)(xJ
, podemos dizer que
)(xJ
é convexo nas
proximidades de
v
x
. Desta forma, para obter
x
ˆ
, que torne
)(xJ
mínimo,
fazemos:
0
)(
=
x
xJ
(3.4)
portanto
0)]
ˆ
([)
ˆ
(2 = xhzWxH
t
(3.5)
20
onde
)
ˆ
(xH
é a matriz Jacobiana, dada por:
x
x
xh
xH
ˆ
)(
)
ˆ
(
=
(3.6)
Como podemos ver, a solução da equação (3.5) fornece o vetor
x
ˆ
.
Devido à não linearidade de
)
ˆ
(xH
e
)
ˆ
(xh
, a solução direta dessa equação não é
possível. Assim, o vetor estimado
x
ˆ
é obtido através de técnicas iterativas.
Para isso, utiliza-se o método de Newton-Raphson.
Expandindo em série de Taylor a equação
)(xh
, e tomando apenas os
termos lineares em torno de um ponto inicial
0
x
, têm-se:
000
)()()( xxHxhxh +
(3.7)
Sendo:
00
xxx =
De (3.1) obtêm-se:
wxxHxhz ++=
000
)()(
(3.8)
Define-se:
)()(
00
xhzxz =
(3.9)
Onde
z
é o erro de estimação, obtendo-se:
wxxHxz +=
0
0
0
)()(
(3.10)
Assim, a função objetivo passa a ser:
])()([])()([)(
000000
xxHxzWxxHxzxJ
t
=
(3.11)
21
E o mínimo é encontrado fazendo-se:
0])()([)(
0000
= xxHxzWxH
t
(3.12)
Portanto:
)()()]()([
00
1
000
xzWxHxWHxHx
tt
=
(3.13)
Onde a matriz ganho é dada por:
)]()([)(
000
xWHxHxG
t
=
(3.14)
e
001
xxx +=
(3.15)
Assim, a estimativa de
v
x
corresponde ao valor de
x
para uma
determinada iteração, em que se verifique um índice de convergência pré
fixado.
3.2 Detecção e identificação de medidas com erros grosseiros
Conforme já mencionado, medidas analógicas com erros grosseiros
(EGs) podem inviabilizar o processo de estimação de estado. Assim, tais
medidas precisam ser identificadas e eliminadas e as variáveis de estado
estimadas novamente.
Como a maioria dos estimadores de estado são dependentes da análise
dos resíduos, são apresentados, nesta seção, os processos de detecção e
identificação de medidas com erros grosseiros, através da análise dos resíduos
de estimação.
O termo detecção é entendido aqui como o teste da hipótese de que não
há EG no conjunto de medidas. Se o resultado do teste é negativo, parte-se
então para o processo de identificação das medidas que contém EG.
22
3.2.1 Detecção de medidas com erros grosseiros
A detecção é feita através do índice
)
ˆ
(xJ
. Considerando a hipótese de
que não haja erro grosseiro, o valor do índice
)
ˆ
(xJ
, calculado para
x
ˆ
obtido
após a convergência do processo de estimação de estado, é comparado com
o parâmetro λ. O valor de λ é previamente determinado, supondo uma
distribuição
2
χ
, com (m-n) graus de liberdade
13
para o índice
)
ˆ
(xJ
e fixada uma
certa probabilidade
ρ
de se tomar a decisão errada, rejeitando-se a hipótese
quando ela é verdadeira.
Se
λ
>)
ˆ
(xJ
, rejeita-se a hipótese de que não haja erro grosseiro, e, se
λ
<)
ˆ
(xJ
aceita-se a mesma.
Se a hipótese de que não haja erro grosseiro for aceita, consideram-se
confiáveis os resultados obtidos pelo estimador de estado. Mas, se essa
hipótese for rejeitada, importa identificar e eliminar as medidas que estejam
com erros grosseiros.
3.3 Identificação de medidas com erros grosseiros
Os métodos mais empregados, para identificação de medidas com EGs,
têm sido aqueles que se baseiam na análise estatística dos resíduos de
estimação normalizados. O vetor resíduo de estimação pode ser definido como:
)
ˆ
(xhzr =
(3.16)
Que pode ser representado também da seguinte forma [HANDSCHIN et
al.(1975)]:
wr
Γ
=
(3.17)
Onde:
w
- é o vetor aleatório dos erros das medidas;
13
Lembrando que m e n representam, respectivamente, o número de medidas e variáveis de estado de um
sistema de potência.
23
Γ
- é a matriz sensibilidade do resíduo, dada por:
WxHxWHxHxHI
tt
)
ˆ
()]
ˆ
()
ˆ
()[
ˆ
(
1
=Γ
(3.18)
Sendo
I
uma matriz identidade.
A matriz covariância do vetor
r
é a matriz
R
dada por:
tt
xHxHWxHxHWR )
ˆ
()]
ˆ
()
ˆ
()[
ˆ
(
11
=
(3.19)
Considerando
ii
ρ
o elemento (i,i) da matriz
R
, os resíduos normalizados
i
τ
ficam definidos como:
ii
i
i
r
ρ
τ
=
(3.20)
com i=1,2,...m.
Onde
i
τ
é aproximadamente uma distribuição normal de média
i
τ
, dada
por:
ii
i
i
r
ρ
τ
=
(3.21)
E desvio padrão unitário.
Quando for detectada a presença de medidas com erros grosseiros, é
acrescentada à equação (3.1) um vetor determinístico b, para representar os
erros grosseiros. Assim a equação (3.1) toma a seguinte forma:
bwxhZ
v
++= )(
(3.22)
Considerando que apenas a medida j possua erro grosseiro, o vetor b
será dado por:
24
=
0
.
.
.
.
0
j
b
, sendo bj o erro grosseiro da medida j.
Assim, a média do resíduo de estimação é:
ijji
mj
ij
j
brbjbr
γ
γ
γ
γ
..
.
.
.
.
1
=
=Γ=
, i = 1,2,3,...,m.
onde
ij
γ
é o elemento (i,j) da matriz Γ, que é obtida pela equação (3.18).
Através da equação (3.20) chegamos à expressão:
ii
ijj
b
i
ρ
γ
τ
.
=
, i = 1,2,...,m (3.23)
Entretanto, para cada medida, somente um ρii é encontrado. Desta
forma, as médias dos resíduos normalizados de cada medida são diferentes,
mas com variâncias iguais e unitárias. Portanto, as distribuições de
probabilidade dos resíduos normalizados, de cada medida, diferem apenas no
que se refere às médias. Conseqüentemente, para a identificação de medidas
com erros grosseiros, basta examinar as médias dos resíduos normalizados de
cada medida. A medida que tiver o
i
τ
mais distante das demais, ou seja, a
medida que tiver o maior resíduo normalizado corresponderá à medida com
erro grosseiro [SCHWEPPE (1970), HANDSCHIN et al. (1975)].
Então,
max
i
τ
o maior resíduo normalizado, se
ατ
>
max
i
, a correspondente
medida "i" é portadora de erro grosseiro (
α
é o limite de identificação e
depende de níveis de probabilidade aceitáveis de falso-alarme e de não
identificação [MONTICELLI (2000)]).
25
Observação 3.1: Quando uma medida com erro grosseiro é identificada, a
mesma é eliminada do conjunto de medidas
14
, sendo necessário proceder-se
novamente à estimação de estado, através do novo conjunto de medidas. O
método de identificação de medidas, descrito acima, permite identificar uma
medida de cada vez; assim, para situações em que ocorram múltiplos erros,
esse processo torna-se muito pesado, pois, para cada medida com erro
grosseiro que se elimine, realizar-se-á uma nova estimação de estado, até que
todas as medidas com erros grosseiros sejam eliminadas.
Existem métodos que propiciam a eliminação de mais de uma medida de
cada vez, reduzindo assim o tempo de processamento, para detectar e
identificar medidas com erros grosseiros [MILI et al. (1984)].
14
Em [GARCIA et al. (1979)], ao invés de eliminar a medida com erro, elimina-se o efeito dessa medida.
26
Capítulo 4
Análise de Observabilidade, baseada na
fatoração triangular da matriz Ganho e em
conceitos de caminhos de grafo.
Neste capítulo será apresentado, em linhas gerais, o método para
análise e restauração da observabilidade, desenvolvido por [BRETAS (1996)],
que será utilizado como base para o desenvolvimento do novo método a ser
proposto, destinado à análise de observabilidade para o estimador de estado e
parâmetros.
Através do desacoplamento
QVP
θ
, conhecido como desacoplamento
do modelo, que é obtido considerando o fato de as sensibilidades
θ
P
e
V
Q
serem mais intensas que as sensibilidades
V
P
e
θ
Q
(este tipo de relação
verifica-se principalmente para redes com a relação
R
X
bem alta), podemos
realizar a análise de observabilidade algébrica separadamente, para cada um
dos modelos.
Em razão de o método de [BRETAS (1996)] realizar a análise
considerando o modelo Pθ
15
, também conhecido como modelo ativo ou linear,
apresenta-se a seguir uma análise do mencionado desacoplamento do modelo.
15
A maioria dos métodos desenvolvidos para análise e restauração da observabilidade utiliza o modelo
linear [MONTICELLI & WU (1985a) e MONTICELLI & WU (1985b)].
27
4.1 Desacoplamento do modelo
O número de variáveis de estado, a serem estimadas para um sistema
de potência com nb barras, é igual a (2nb-1), sendo:
- (nb-1) ângulos de fase, pois o ângulo de uma das barras é considerado
como referência angular;
- nb magnitudes de tensão;
Assim, para realizar a análise de observabilidade de um sistema de
potência, é necessário verificar se é possível, através do conjunto de medidas
disponível
16
, estimar as suas (2nb-1) variáveis de estado.
Então, considerando a equação (3.13), um sistema é observável se a
correspondente matriz G tiver posto igual ao número de variáveis de estado a
serem estimadas, isto é:
()
12 = nbGPosto
(4.1)
Entretanto, através do desacoplamento
QVP
θ
, conhecido como
desacoplamento do modelo, podemos realizar a análise de observabilidade
separadamente, para cada um dos modelos.
Logo, para determinar se o sistema é Pθ observável, importa verificar se
é possível, considerando apenas as medidas de potência ativa, estimar os
ângulos de fase de (nb-1) barras desse sistema.
Da mesma forma, para determinar se o sistema é QV observável, releva
verificar se é possível, considerando apenas as medidas de potência reativa e
as de magnitude de tensão, estimar as magnitudes de tensão em todas as nb
barras desse sistema.
Face ao exposto e considerando a equação (3.13), pode-se afirmar que:
Um sistema é Pθ observável se:
(
)
1= nbGPosto
θ
(4.2)
Um sistema é QV observável se:
(
)
nb
V
GPosto =
(4.3)
16
Como já mencionado, usualmente, as medidas disponíveis são: fluxo de potência ativa e reativa nas
linhas, injeção de potência ativa e reativa e algumas magnitudes de tensão nos barramentos.
28
Considerando o que se disse, para um sistema em que as medições de
potência ativa e reativa são realizadas aos pares, a existência de, pelo menos
uma medida de magnitude de tensão, faz com que o número de variáveis de
estado, a serem estimadas para o modelo
QV
, seja igual ao do modelo
θ
P
.
Assim, se tal sistema é
θ
P
observável, será também
QV
observável.
Usualmente, nos sistemas de potência, as medições de potência ativa e
reativa são realizadas aos pares, existindo mais de uma medida de magnitude
de tensão. Logo, garantindo-se que o sistema seja
θ
P
observável, garantir-se-
á que o mesmo será
QV
observável, embora a recíproca possa não ser
verdadeira.
Assim, restringir a análise ao modelo
θ
P
, ou ao modelo linear, é uma
medida conservadora.
Para o modelo linear, a equação (3.13) tem a seguinte forma:
PP
t
PPP
t
P
zWHHWH
θθθ
θ
=
(4.4)
com
θθθ
PP
t
P
HWHG ..=
(4.5)
logo
p
p
t
P
zWHG ..
θθ
θ
=
(4.6)
Onde:
θ
G
é a matriz ganho, correspondente às medidas de potência ativa;
θ
P
H
é a matriz Jacobiana, relacionada apenas às medidas de potência ativa;
P
z
é o
vetor de medidas de potência ativa e
p
W
é a matriz de ponderação das medidas
de potência ativa.
De acordo com o método proposto por [MONTICELLI & WU (1985a) e
MONTICELLI & WU (1985b)], um sistema é observável se qualquer fluxo na
rede possa ser observado, por algum tipo de indicação no conjunto de
medidas. Em outras palavras, se todas as medidas (fluxo e injeção de potência
ativa) forem zero, então todos os fluxos devem ser zero, quando o sistema é
observável. Por outro lado, se houver algum fluxo não zero, significa que esse
29
fluxo não recebe informação das medidas, ou seja, o ramo correspondente a
esse fluxo é não observável.
Para o modelo linear, o fluxo de potência ativa, da barra k para a barra
m, é dado pela seguinte expressão:
km
mk
km
x
P
θ
θ
=
(4.7)
Assim, para “
km
P
” ser nulo é necessário que
mk
θ
θ
=
.
Considerando essas observações, em [MONTICELLI & WU (1985a) e
MONTICELLI & WU (1985b)] demonstrou-se que, para analisar a
observabilidade de um sistema, basta verificar se a solução da equação (4.6);
para
0=
p
z
é do tipo
k
i
=
θ
,
nbi ...2,1=
, isto é, basta verificar se há uma única
referência de ângulo de tensão quando
0=
θ
θ
G
.
4.2 Análise de observabilidade, baseada na fatoração
triangular da matriz Ganho e em conceitos contidos em
caminhos de grafo.
Assim como foi feito em [PEREIRA (2005)], são apresentadas, a seguir,
algumas propriedades demonstradas em [BRETAS (1996)] e [MONTICELLI &
WU (1985a) e MONTICELLI & WU (1985b)].
Propriedade 1: Se o sistema é observável, a fatoração da matriz
θ
G
, dada
pela equação (4.5), quando não se define nenhum ângulo de fase como
referência, resulta em somente um caminho de fatoração conexo [BRETAS
(1996)]. A matriz
θ
G
, resultante dessa fatoração, apresenta a seguinte forma
[BRETAS (1996); MONTICELLI & WU (1985a) e MONTICELLI & WU (1985b)]:
U
θ
=
1........................
nb
1
0
(4.7)
30
Em que “nb” representa o número de barras do sistema (a área escura
corresponde aos possíveis elementos não nulos). A submatriz, sem a ultima
linha e a última coluna, é não singular, existindo apenas um caminho de grafo
associado a ela. É necessário que, pelo menos, um dos elementos da ultima
coluna de Uθ faça conexão com o grafo da submatriz anterior; caso contrário a
variável correspondente àquela coluna seria uma variável isolada do sistema.
Propriedade 2: Se durante a fatoração de
θ
G
, um pivô zero (PZ) aparecer na
diagonal
),( ii
, sendo
nbi <
, o sistema é não observável como um todo, sendo
os outros elementos da linha e coluna “i” nulos [MONTICELLI & WU (1985a) e
MONTICELLI & WU (1985b)]. Isto significa que os nós restantes,
correspondentes às colunas de
θ
U
, de
1+i
até
nb
, farão parte de outros
caminhos de fatoração, que não possuíram conexão com o caminho de
fatoração anterior [BRETAS (1996)]. A matriz
θ
G
, resultante dessa fatoração,
terá a seguinte forma [MONTICELLI & WU (1985b)]:
Observação 4.1: Com base nas Propriedade 1 e 2, [BRETAS (1996)]
demonstrou que o número de pivôs nulos, encontrados na fatoração da matriz
θ
G
, é igual ao número de caminhos de grafos associados a essa fatoração.
Propriedade 3: Identificação das ilhas observáveis: se, na fatoração triangular
de
θ
G
, existir mais de um caminho de grafo, podem ocorrer duas situações:
i) Não havendo medidas de injeção de potência, relacionando nós de diferentes
caminhos de grafos, o sistema como um todo é não observável e cada sub-
rede, associada a cada caminho de grafo isolado, constitui-se em uma ilha
observável da rede [BRETAS (1996)];
0
0
0
i
i
U
θ
=
(4.8)
31
ii) Havendo medidas de injeção de potência, relacionando nós de diferentes
caminhos de grafo, o sistema como um todo é não observável, não sendo
possível assegurar que as subredes, associadas a cada caminho de grafo
isolado, constituem ilhas observáveis. Para encontrar as ilhas observáveis,
aquelas medidas devem ser identificadas e descartadas17, para a obtenção da
nova matriz
θ
G
. Em seguida essa matriz deve ser fatorada.
O processo de descarte de medidas e de fatoração termina, quando não
existir medida de injeção relacionando nós de diferentes caminhos de grafo.
Cada sub-rede, associada a um caminho da grafo isolado, constituirá uma ilha
observável [BRETAS (1996)].
4.2.1 Algoritmo para Análise de Observabilidade
É apresentado, a seguir, o algoritmo desenvolvido em [BRETAS (1996)],
para análise de observabilidade de redes.
ALGORITMO:
PASSO 1: com o conjunto de medidas disponível, montar a matriz Jacobiana
θ
H
.
PASSO 2: obter a matriz ganho
θ
G
.
PASSO 3: realizar a fatoração triangular da matriz ganho
θ
G
.
PASSO 4: encontrar os caminhos de fatoração, associados à fatoração
triangular da matriz ganho
θ
G
. Se apenas um caminho de grafo for encontrado,
a rede é observável como um todo. Pare. Caso contrário, a rede como um todo
é não observável.
4.2.2 Algoritmo para identificação de ilhas observáveis
Em [BRETAS (1996)], um algoritmo para identificação de ilhas
observáveis foi apresentado.
17
Essas medidas são medidas irrelevantes, no que diz respeito à estimação de estado das ilhas
observáveis.
32
PASSO 1: Na medida em que se obtém mais de um caminho de grafo,
associado à fatoração triangular da matriz ganho
θ
G
, e:
Não existam medidas de injeção de potência, relacionando nós de diferentes
caminhos de grafos, então as sub-redes associadas a cada caminho de grafo
já constituem ilhas observáveis. Pare.
Existam medidas de injeção de potência relacionando nós de diferentes
caminhos de grafos, então nada poderá ser dito a respeito da observabilidade
das redes, associadas a estes caminhos de grafos. Vá para o passo 2.
PASSO 2: Identificar essas medidas e removê-las do conjunto de medidas
original. Estas são medidas irrelevantes, em termos de estimação de estado.
PASSO 3: Atualizar a matriz ganho
θ
G
e refazer a fatoração triangular.
PASSO 4: Identificar os caminhos de fatoração e retornar ao passo 1.
Observação 4.2: O algoritmo pode tornar-se um processo iterativo, no caso de
acontecer a situação b do passo 1. A razão disto é que, quando medidas
irrelevantes são identificadas e descartadas, outras medidas irrelevantes
podem aparecer.
4.3 Exemplo
Exemplo 1
O sistema da figura abaixo será usado para mostrar como o algoritmo de
análise de observabilidade e o de identificação de ilhas observáveis funcionam.
33
Figura 4.1: Sistema de 6 barras do IEEE associado a um conjunto de medidas (exemplo 1)
Conjunto de medidas: [P1, P2, P3, P4, P5, P6].
AGORITMO PARA ANÁLISE DE OBSERVABILIDADE:
Passo 1: A partir do conjunto de medidas disponível, montar a matriz
Jacobiana. Para facilitar o cálculo, as reatâncias das linhas são consideradas
unitárias, bem como os elementos da matriz de ponderação
W
.
=
011000
001100
000011
000011
113100
000112
6
5
4
3
2
1
P
P
P
P
P
P
H
θ
(4.9)
Passo 2: Obter a matriz Ganho.
34
=
113100
124100
3411400
114312
000134
000246
θ
G
(4.10)
Passo 3: Fazer a fatoração triangular da matriz
θ
G
.
=
000000
110000
33.067.01000
5.05.02100
000110
00033.067.01
θ
U
(4.11)
Passo 4: Identificar os caminhos de fatoração.
Os caminhos de fatoração são obtidos através da análise dos elementos não
nulos do triângulo superior da matriz
θ
U
. Percorre-se a linha (i), a partir do
elemento (i, i), até o primeiro elemento não nulo (i, j) e passa-se para a próxima
linha. O processo é repetido até à penúltima linha da matriz
θ
U
.
Voltando para a matriz
θ
U
, temos:
=
)0(00000
)1()1(0000
33.0)67.0()1(000
5.05.0)2()1(00
000)1()1(0
00033.0)67.0()1(
θ
U
35
Verificam-se as seguintes conexões
18
:
Linha 1: elementos [1, 1] e [1, 2] – barra 1 conectada com a barra 2.
Linha 2: elementos [2, 2] e [2, 3] – barra 2 conectada com a barra 3.
Linha 3: elementos [3, 3] e [3, 4] – barra 3 conectada com a barra 4.
Linha 4: elementos [4 ,4] e [4, 5] – barra 4 conectada com a barra 5.
Linha 5: elementos [5, 5] e [5, 6] – barra 5 conectada com a barra 6.
O caminho de fatoração associado com a matriz
θ
U
é mostrado,
graficamente, através do caminho de grafo da figura 4.2.
Figura 4.2: Caminho de grafo associado com a matriz
θ
U
Existe apenas um caminho de fatoração, associado com a fatoração
triangular da matriz
θ
G
, o caminho n1. Assim, de acordo com a propriedade 1,
o sistema é observável como um todo, em relação ao conjunto de medidas
disponível.
Exemplo 2
Outro exemplo com o mesmo sistema será mostrado, mas com um
conjunto de medidas diferente, ilustrado na figura 4.3.
18
Os elementos não nulos [i, i] e [i ,j] indicam a existência de conexão entre as barras correspondentes às
suas colunas, isto é, conexão entre as barras “i” e “j”.
36
Figura 4.3: Sistema de 6 barras do IEEE, associado a um conjunto de medidas (exemplo 2)
Conjunto de medidas: [P1, P2, P3, P4].
AGORITMO PARA ANÁLISE DE OBSERVABILIDADE:
Passo 1: Obter a matriz Jacobiana.
=
101000
011000
000101
113100
4
3
2
1
P
P
P
P
H
θ
(4.12)
Passo 2: Obter a Matriz Ganho.
=
101000
011000
113311
0031034
001311
001412
θ
G
(4.13)
Passo 3: Fazer a fatoração triangular da matriz
θ
G
.
37
=
000000
110000
5.05.01000
000000
001210
005.025.01
θ
U
(4.14)
Passo 4: Identificar os caminhos de fatoração.
Como no exemplo anterior, verificam-se as seguintes conexões:
Linha 1: elementos [1, 1] e [1, 2] 7– barra 1 conectada com a barra 2.
Linha 2: elementos [2, 2] e [2, 3] – barra 2 conectada com a barra 3.
Linha 3: barra 3 não tem conexão com as barras 4, 5 e 6 (linha de zeros) .
Linha 4: elementos [4, 4] e [4, 5] – barra 4 conectada com a barra 5.
Linha 5: elementos [5, 5] e [5, 6] – barra 5 conectada com a barra 6.
Os caminhos de fatoração associados com a matriz
θ
U
são mostrados,
graficamente, através dos caminhos de grafo da figura 4.4.
Figura 4.4: Caminhos de grafo associados com a matriz
θ
U
.
Neste caso aparecem dois caminhos de fatoração, associados com a
fatoração triangular, o caminho n1 e o caminho n2.
De acordo com a propriedade 3, chega-se à conclusão de que o sistema
não é observável como um todo, com relação ao conjunto de medidas
disponível.
A partir deste ponto, importa identificar as ilhas observáveis do sistema.
AGORITMO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ILHAS OBSERVÁVEIS:
Passo 1: Através dos caminhos de fatoração, verificar se existem medidas de
injeção, relacionando nós de diferentes caminhos de fatoração: Medida P1:
relaciona os nós 3 e 4, que estão em caminhos de fatoração diferentes.
38
Passo 2: Remover essa(s) medida(s).
Figura 4.5 Rede de 6 barras utilizada
Conjunto de medidas atualizado: [P2, P3, P4].
Passo 3: Atualizar a matriz
θ
G
e refazer fatoração triangular.
=
000000
110000
5.05.01000
000000
000000
000101
DC
U
θ
(4.14)
Passo 4: Identificar caminhos de fatoração.
Linha 1: elementos [1, 1] e [1, 3] – barra 1 conectada com a barra 3.
Linha 2: barra 2 não tem conexão com as barras 3, 4, 5 e 6 (linha de zeros) .
Linha 3: barra 3 não tem conexão com as barras 4, 5 e 6 (linha de zeros) .
Linha 4: elementos [4, 4] e [4, 5] – barra 4 conectada com a barra 5.
Linha 5: elementos [5, 5] e [5, 6] – barra 5 conectada com a barra 6.
Os caminhos de fatoração associados com a matriz
θ
U
são mostrados,
graficamente, através dos caminhos de grafo da figura 4.6
.
39
Figura 4.6: Caminhos de grafo associados com a matriz
θ
U
.
Neste caso aparecem três caminhos de fatoração, associados com a
fatoração triangular de
θ
G
.
Passo 1: Através dos caminhos de fatoração, verificar se existem medidas de
injeção, relacionando nós de diferentes caminhos de grafos.
Como não existe medida de injeção com as características acima, de acordo
com a propriedade 3, chega-se à conclusão de que o sistema não é observável
como um todo e as sub-redes, associadas com cada caminho de fatoração
isolado, constituem ilhas observáveis.
Observação 4.3: Além dos algoritmos apresentados nesta seção, em
[BRETAS (1996)] é apresentado um algoritmo para restaurar a observabilidade
do sistema.
40
Capítulo 5
Metodologia para Estimação de Estado e
Parâmetros de Linhas de Transmissão,
baseada nas Equações Normais
5.1 Introdução
Propõe-se, neste capítulo, uma metodologia para estimação de estado e
parâmetros de linhas de transmissão, sendo que o vetor de estado será
expandido, para a inclusão dos parâmetros a serem estimados; já o vetor de
medidas será aumentado, para considerar medidas de diversas amostras,
desde que não tenham sofrido uma alteração significativa dos seus valores.
Em estimação de estado utiliza-se, para representação de linhas de
transmissão, o modelo equivalente, a ser apresentado na seção 5.4. Tal
modelo possibilita a representação de uma linha de transmissão, através de
parâmetros concentrados.
Importa destacar que, em termos de estimação de estado, como as
medidas são tomadas apenas nas extremidades da linha, não há diferença
entre a representação com parâmetros concentrados ou distribuídos, mesmo
para linhas de transmissão aéreas, classificadas como longas [STEVENSON
(1986)].
Como mencionado na introdução deste trabalho, os parâmetros a serem
estimados, pela metodologia proposta, são as condutâncias
)(
km
G
série e as
41
susceptâncias
)(
km
B
série de linhas de transmissão aéreas, classificadas como
médias e longas, isto é, com comprimento acima de 80 km (50 milhas)
19
.
Através dos parâmetros do modelo equivalente, distingue-se uma linha
aérea classificada como curta, das classificadas como médias e longas,
através da sua susceptância shunt, que será igual a zero. Isto porque uma
linha aérea classificada como curta, isto é, com comprimento de até 80 km (50
milhas), possui uma capacitância em derivação muito pequena, que pode ser
inteiramente desprezada, sem perda apreciável de precisão, sendo suficiente
considerar apenas a resistência em série e a indutância em série, para todo o
comprimento da linha.
A metodologia proposta compreende três fases:
Fase 1: Determinação do conjunto de medidas, a ser utilizado no processo de
estimação de estado e parâmetros, isto é, determinação das medidas que não
tenham sofrido uma alteração significativa dos seus valores, durante um certo
período de tempo;
Fase 2: Análise de Observabilidade, baseada na fatoração triangular da matriz
ganho e nos conceitos de caminho grafo, para o modelo aumentado, isto é, o
modelo correspondente aos vetores de estado e de medidas, aumentados;
Fase 3: Estimação de estado e parâmetros, propriamente dita.
A seguir será apresentada cada uma dessas fases.
5.2 Fase 1: Determinação do Conjunto de Medidas a ser
utilizado
Para determinar as medidas a serem utilizadas, o primeiro passo
consiste em determinar as variáveis de estado, não sujeitas a uma variação
significativa, durante um determinado intervalo de tempo. De posse dessas
variáveis de estado, as medidas das diversas amostras, obtidas naquele
intervalo de tempo, incidentes apenas às barras cujas variáveis de estado não
estejam variando significativamente, são selecionadas para serem utilizadas na
estimação de estado e parâmetros.
19
Decidiu-se estimar apenas esses parâmetros, em razão de serem os principais responsáveis pelas
perdas em um SEP [KUSIC & GARRISON (2004)].
42
Consideramos que uma variável de estado não está sujeita a uma
variação significativa, durante um determinado intervalo de tempo, se a
diferença entre o valor mais alto e o valor mais baixo, que a mesma assumiu
naquele período de tempo, for igual ou menor que 1% (o índice utilizado para
análise da convergência do estimador de estado).
Antes de apresentar o método proposto para analise de observabilidade do
modelo aumentado (Fase 2), será apresentada a formulação do proposto
estimador de estado e parâmetros (Fase 3).
5.3 Fase 3: Estimador de Estado e Parâmetros
O estimador de estado e parâmetros proposto baseia-se nas equações
normais. Conseqüentemente, a sua formulação é praticamente a mesma do
estimador de estado convencional, por mínimos quadrados ponderados,
descrita no capitulo 3.
Tomando essa formulação como base, os vetores de medidas e de
estado passam a ser chamados, respectivamente, de vetor de medidas
aumentado (
Aum
Z
) e de estado aumentado (
Aum
x
).
Considerando este modelo de medição aumentado, a equação (3.1)
torna-se:
Aum
Aum
v
Aum
Aum
wxhz += )(
(5.1)
Onde:
Aum
Z
: vetor de medidas aumentado (mAumx1);
(.)
Aum
h
: vetor de funções não lineares, que relaciona as medidas com as
variáveis de estado aumentado, a serem estimadas (mAumx1);
vAum
x
: vetor de estado aumentado verdadeiro (nAumx1);
Aum
w
: vetor dos erros nas medidas (mAumx1);
Aum
n
: número de variáveis de estado e parâmetros, a ser estimado.
Aum
m
: número de medidas selecionadas na Fase 1.
43
Neste trabalho, os parâmetros a serem estimados são as condutâncias
)(
km
G
e as susceptâncias
)(
km
B
série de linhas de transmissão médias e
longas, isto é, daquelas que apresentam a susceptância shunt não nula
(modelo equivalente). Conseqüentemente, para um sistema com “L” ramos e
“nb” barras, temos
"212" Lnbn
Aum
+=
variáveis de estado “aumentado”, a
serem estimadas (sendo “nb” magnitudes de tensão; “nb-1” ângulos de tensão
e “2L” parâmetros).
A melhor estimativa do vetor
Aum
v
x
, designada por
Aum
x
ˆ
, é o valor de
Aum
x
, que torna mínimo o índice J(x), dado por:
Aum
Aum
t
AumAum
wWwxJ =)(
(5.2)
ou
[][]
)()()(
Aum
Aum
Aum
Aum
t
Aum
Aum
Aum
Aum
xhzWxhzxJ =
,
(5.3)
Onde
Aum
W
é a correspondente matriz de ponderação das medidas
aumentadas.
Obtém-se o mínimo da expressão dada por (5.3), fazendo:
0
)(
=
Aum
Aum
x
xJ
(5.4)
portanto
[]
0)()( =
AumAum
Aum
Aum
t
AumAum
xhzWxH
(5.5)
onde
)(
AumAum
xH
é a matriz Jacobiana aumentada, dada por:
AumAum
Aum
AumAum
Aum
xx
x
xh
xH
ˆ
)(
)(
=
(5.6)
A solução da equação (5.5) fornece o estado estimado
Aum
x
ˆ
, mas, devido
à não linearidade de
)(
AumAum
xH
e
)
ˆ
(
Aum
Aum
xh
, a solução direta dessa equação
não é possível. Assim, o estado estimado
Aum
x
ˆ
é obtido através de técnicas
iterativas. Para isto, utiliza-se o método de Newton-Raphson.
Expandindo em série de Taylor a equação
)(
AumAum
xh
, e tomando apenas
os termos lineares, em torno de um ponto inicial
Aum
x
0
, têm-se:
44
000
)()()(
AumAum
Aum
AumAumAumAum
xxHxhxh +
(5.7)
De (5.1) obtêm-se:
AumAumAum
Aum
AumAum
Aum
wxxHxhz ++=
00
0
)()(
(5.8)
Define-se:
)()(
0
AumAum
Aum
o
AumAum
xhzxz =
(5.9)
Onde
Aum
z
é o erro de estimação, obtendo-se:
AumAumAumAumAum
Aum
wxxHxz +=
000
)()(
(5.10)
Assim, a função objetivo passa a ser:
[
]
000000
)()(])()([)(
AumAum
Aum
Aum
t
AumAum
Aum
AumAum
xxHxzWxxHxzxJ =
(5.11)
E o mínimo é encontrado fazendo-se:
0])()([)(
0
0
00
=
AumAumAum
Aum
Aum
t
AumAum
xxHxzWxH
(5.12)
Portanto:
[]
)()()()(
00
1
0
00
Aum
Aum
Aum
t
AumAumAumAum
t
AumAumAum
xzWxHxHWxHx =
(5.13)
Onde a matriz ganho aumentada é dada por:
[
]
)()()(
000
xHWxHxG
AumAum
t
AumAum
=
(5.14)
e
001
AumAumAum
xxx +=
(5.15)
A estimativa de estado
mAu
x
ˆ
é o valor de
Aum
x
, para uma determinada
iteração, em que se verifique um critério de convergência pré fixado.
A seguir, propõe-se um método para análise de observabilidade,
referente ao modelo aumentado.
5.4 Fase 2: Análise de Observabilidade para o Estimador de
Estado e Parâmetros
De posse do conjunto de medidas a ser utilizado, é necessário
determinar quais as variáveis de estado e parâmetros, a serem possivelmente
estimadas, isto é, determinar as ilhas observáveis do sistema. Isto se faz
45
necessário, uma vez que, possivelmente, diversas medidas sofram mudanças
significativas em seus valores, durante o intervalo de tempo considerado. Logo,
não será possível incluir todas as medidas realizadas no sistema, no conjunto
de medidas a ser utilizado no processo de estimação de estado e de
parâmetros.
Considerando a formulação do estimador de estado e parâmetros,
apresentada na seção anterior, a matriz Jacobiana Aumentada (
Aum
H
), dada
pela equação (5.6), contém as derivadas das funções, referentes a:
=
E
FPR
FPA
z
Aum
, onde “FPA”, “FPR” e “E” indicam, respectivamente, o vetor de
medidas de fluxo de potência ativa, reativa e medidas de magnitude de
tensão
20,
em relação a
=
θ
v
p
x
Aum
, em que “
θ
” e “
v
” são, respectivamente, os
vetores dos ângulos e das magnitudes das tensões das barras do sistema; e
“p” o vetor dos parâmetros a serem estimados.
=
=
θν
θν
θν
θ
θ
θ
EE
p
E
FPRFPR
p
FPR
FPAFPA
p
FPA
HHH
HHH
HHH
H
VVvVp
QQvQp
PPvPp
Aum
(5.16)
Das equações de fluxo de potência, considerando o modelo
Equivalente generalizado, apresentado a seguir na figura 5.1 [Monticelli
(1999)], tem-se:
20
Inicialmente não estão sendo consideradas medidas de injeção de potência.
46
Onde:
mpk
VVV
,
,
Magnitude de tensão das barras k, p e m.
mpk
θ
θ
θ
,
,
Ângulo de tensão das barras k,p e m.
+=
kmkmkm
jbgy
Admitância série da linha de transmissão k-m.
sh
km
y
susceptância shunt.
=
p
j
kmkm
eat
θ
:1
a relação de transformação
)()cos(
22
mkkmkmkmmmkkkmmkkmkmkmmmkkkmkmkkmkm
senbVaVagVaVagVaPFPA
ϕϕθϕϕθ
++==
(5.17)
(
)
() ()
mkkmkmkmmmkKkmmkkmkmkmmmkkkm
sh
km
km
kkmkm
sengVaVabVaVabbVaQFPR
ϕϕθϕϕθ
++++== cos
22
(5.18)
No caso de linhas de transmissão,
1==
mkkm
aa
e
0==
mkkm
ϕ
ϕ
; para
transformadores em-fase com tap no lado da barra
k
,
0==
sh
mk
sh
km
yy
,
0==
mkkm
ϕ
ϕ
, e
1=
mk
a
; e para os defasadores puros, com regulador no lado
da barra
k
,
0==
sh
mk
sh
km
yy
,
1==
mkkm
aa
, e
0=
mk
ϕ
.
Logo, os elementos da matriz Jacobiana Aumentada (
Aum
H
) são os
seguintes:
)cos(
22
mkkmkmmmkkkmkkm
km
km
VaVaVa
g
P
ϕϕθ
+=
(5.19)
k
m
k
j
k
eV
θ
m
j
m
eV
θ
sh
km
y
sh
mk
y
km
I
mk
I
p
q
p
j
p
eV
θ
q
j
q
eV
θ
km
y
1:t
km
t
mk
:1
Fi
g
ura 5.1. Modelo -E
q
uivalente
g
eneralizado
47
)(
mkkmkmmmkkkm
km
km
senVaVa
b
P
ϕϕθ
+=
(5.20)
()
mkkmkmkmmmkkmmkkmkmkmmmkkmkmkkm
k
km
senbVaagVaagVa
V
P
ϕϕθϕϕθ
++=
)cos(2
2
(5.21)
)()cos(
mkkmkmkmkmkkmmkkmkmkmkmkkm
m
km
senbVaagVaa
V
P
ϕϕθϕϕθ
++=
(5.22)
() ()
mkkmkmkmmmkkkmmkkmkmkmmmkkkm
k
km
bVaVasengVaVa
P
ϕϕθϕϕθ
θ
++=
cos
(5.23)
() ()
mkkmkmkmmmkkkmmkkmkmkmmmkkkm
m
km
bVaVasengVaVa
P
ϕϕθϕϕθ
θ
+++=
cos
(5.24)
()
mkkmkmmmkKkm
km
km
senVaVa
g
Q
ϕϕθ
+=
(5.25)
()
mkkmkmmmkkkmkkm
km
km
VaVaVa
b
Q
ϕϕθ
++=
cos
22
(5.26)
()
()
mkkmkmkmmmkkmmkkmkmkmmmkkm
b
kmkmkkm
k
km
sengVaabVaabbVa
V
Q
ϕϕθϕϕθ
++++=
)cos(2
2
(5.27)
)()cos(
mkkmkmkmkmkkmmkkmkmkmkmkkm
m
km
sengVaabVaa
V
Q
ϕϕθϕϕθ
++=
(5.28)
)cos()(
mkkmkmkmmmkkkmmkkmkmkmmmkkkm
k
km
gVaVasenbVaVa
Q
ϕϕθϕϕθ
θ
++=
(5.29)
)cos()(
mkkmkmkmmmkkkmmkkmkmkmmmkkkm
m
km
gVaVasenbVaVa
Q
ϕϕθϕϕθ
θ
+++=
(5.30)
48
Assim, de uma forma mais detalhada, a estrutura da matriz Jacobiana
Aumentada é a seguinte:
=
=
00000
00000
m
m
k
k
m
km
k
km
m
km
k
km
km
km
km
km
m
km
k
km
m
km
k
km
km
km
km
km
VVvVp
QQvQp
PPvPp
Aum
V
V
V
V
PP
V
P
V
Q
b
Q
g
Q
PP
V
P
V
P
b
P
g
P
HHH
HHH
HHH
H
θθ
θθ
θ
θ
θ
(5.31)
A matriz Ganho Aumentada (
Aum
G
), que será utilizada no processo de
estimação de estado e parâmetros, dada pela equação 5.14, tem a seguinte
forma:
==
θθθ
θ
θ
GGG
GGG
GGG
HWHG
vp
vvvp
ppvp
AumAum
t
AumAum
]][[][
(5.32)
Onde:
]][[][]][[][]][[][
]][[][]][[][]][[][
]][[][]][[][]][[][
]][[][]][[][]][[][
]][[][]][[][]][[][
VvV
T
VvQvQ
T
QvPvP
T
Pvv
VpV
T
VvQpQ
T
QvPpP
T
Pv
p
v
VV
T
VpQQ
T
QpPP
T
Ppp
VvV
T
VpQvQ
T
QpPvP
T
Pppv
VpV
T
VpQpQ
T
QpPpP
T
Ppp
HWHHWHHWHG
HWHHWHHWHG
HWHHWHHWHG
HWHHWHHWHG
HWHHWHHWHG
++=
++=
++=
++=
++=
θθθθ
49
]][[][]][[][]][[][
]][[][]][[][]][[][
]][[][]][[][]][[][
]][[][]][[][]][[][
θθθθθθθ
θθθθ
θθθθ
θθθ
θ
VV
T
VQQ
T
QPP
T
P
VvV
T
VQVQ
T
QPVP
T
P
v
VpV
T
VQpQ
T
QPpP
T
P
p
VV
T
VvQQ
T
QvPP
T
Pvv
HWHHWHHWHG
HWHHWHHWHG
HWHHWHHWHG
HWHHWHHWHG
++=
++=
++=
++=
O algoritmo ora proposto para análise de observabilidade baseia-se na
fatoração da matriz ganho aumentada
Aum
G
e nos conceitos de caminho
grafo21. Inicialmente, o método permite verificar se o sistema é observável.
Não o sendo, o mesmo permite a identificação das ilhas observáveis.
Para possibilitar a utilização dos caminhos de grafo, na determinação
das ilhas observáveis, é necessário que as equações em análise relacionem
pelo menos duas das variáveis a serem estimadas [TINNEY et al (1985)].
Face ao exposto, o método proposto para análise de observabilidade
não considera, em sua análise, as medidas de magnitude de tensão, nem
mesmo as variáveis de estado de magnitude de tensão, nas barras que
possuem pelo menos uma medida de tensão. Em razão dessas
particularidades, a nova matriz Jacobiana Aumentada (
Aum
H
), que será
considerada na análise de observabilidade, apresentará a seguinte estrutura:
=
θ
θ
Q
Qv
Qp
P
Pv
Pp
Aum
HHH
HHH
H
S
S
(5.33)
Onde “vS” indica as variáveis de magnitude de tensão a serem estimadas, isto
é, aquelas correspondentes às barras sem medidas de magnitude de tensão.
Tendo em vista essa nova matriz
Aum
H
, a matriz
Aum
G
, que será utilizada
para análise de observabilidade, terá a seguinte estrutura:
21
O método utiliza as propriedades descritas no capitulo 4, demonstradas em [BRETAS (1996)] e
[MONTICELLI & WU (1985a) e MONTICELLI & WU (1985b)].
50
==
θ
θ
θ
θ
θ
GGG
GGG
GGG
HWHG
S
SSS
S
v
p
vvpv
p
pv
p
AumAum
t
AumAum
]][[][
(5.34)
5.4.1. Obtenção da matriz G
Aum
A condição inicial usualmente utilizada no processo iterativo de cálculo
de fluxo de potência ou estimação de estado não linear é: θ
i
= 0 e v
i
= 1, para
i = 1,...,nb. Entretanto, essa condição inicial não pode ser utilizada nas Fases 2
e 3 da metodologia proposta. Isto em razão de tal condição zerar os elementos
da matriz H
Aum
, resultantes das derivadas das medidas de potência em relação
aos parâmetros que serão estimados [equações: (5.19), (5.20), (5.25) e (5.26)].
Face ao exposto, a condição inicial a ser considerada nas Fases 2 e 3
da metodologia proposta é assim constituída:
- Valores dos parâmetros do sistema: consideram-se os parâmetros
disponíveis;
- Valores das tensões complexas nas barras do sistema: são aquelas obtidas
por um estimador de estado convencional, por mínimos quadrados ponderados
(WLS), que é processado considerando os parâmetros e as medidas
disponíveis. Vale ressaltar que a condição inicial para este estimador WLS é a
usual (
θi = 0 e vi = 1, para i = 1,...,nb).
5.4.2. Algoritmo para análise de observabilidade para o estimador de
estado e parâmetros proposto
As propriedades apresentadas no capitulo 4, relacionadas à fatoração
triangular da matriz G e aos conceitos de caminhos de grafo, são válidas para a
matriz
Aum
G
, dada pela equação (5.33). Desta forma, propõe-se o seguinte
algoritmo, para análise de observabilidade do modelo aumentado:
Passo 1: Fazendo W=I obtenha a matriz
Aum
G
[veja equação (5.34)]
22.
Em
seguida executar a fatoração triangular dessa matriz. Se aparecer apenas um
22
De acordo com as observações contidas na seção 5.4.1.
51
PZ, o sistema é observável como um todo; PARE. Caso contrário, vá para o
próximo passo;
Passo 2: identificar os caminhos de grafo, associados com a matriz fatorada
Aum
U
. Se não existir medida de potência, relacionando nós de diferentes
caminhos de grafo, então cada sub-rede, associada a cada caminho de grafo
isolado, constitui uma ilha observável da rede; Pare. Caso contrário, vá para o
próximo passo.
Passo 3: eliminar as medidas de potência, relacionando nós de caminhos de
grafos diferentes (essas medidas são irrelevantes, em considerando estimação
de estado e parâmetros para as ilhas observáveis). Atualizar a fatoração de
Aum
G
e retornar ao passo 2.
Uma vez que as ilhas observáveis tenham sido determinadas, a
estimação de estado e parâmetros será realizada separadamente, para cada
uma destas ilhas.
5.5 Exemplo
Serão apresentados, nesta seção, quatro exemplos da aplicação da
metodologia proposta, utilizando-se dois sistemas, com três e cinco barras,
respectivamente.
Em todos os exemplos que serão apresentados nesta seção, considera-
se um erro de 3,33% para todos os parâmetros a serem estimados. Para se
chegar a esse valor de erro realizou-se uma análise das pesquisas já
desenvolvidas para o tratamento de erros de parâmetros. Verificou-se, então,
que a grande maioria dessas pesquisas não considera erro em todos os
parâmetros a serem estimados. Além disto, tendo em vista a grande variedade
de valores assumidos, naquelas pesquisas, para os erros de parâmetros,
observa-se que ainda não se definiu um valor padrão para ser considerado
como erro de parâmetro.
Face ao exposto, decidiu-se utilizar um erro de 3,33%, em razão de ser
esse o valor assumido, na maioria das pesquisas da área, para o desvio
padrão das medidas fornecidas ao estimado de estado.
Em todos os exemplos que serão apresentados partimos das seguintes
considerações:
52
2 3
P
21
,Q
21
P
23
,Q
23
Como já mencionado, considera-se um erro de 3,33% em todos os
parâmetros a serem estimados, isto é, as condutâncias
)(
km
G
e as
susceptâncias
)(
km
B
série das linhas de transmissão aéreas, classificadas
como médias e longas, isto é, aquelas com susceptâncias shunt não nulas
(modelo equivalente);
Valores corretos para todos os parâmetros que não serão estimados,
isto é, todas as susceptâncias shunt e os parâmetros de linhas curtas e
transformadores;
Para os ramos correspondentes a transformadores ou linhas de
transmissão curtas, o processo de estimação de estado e parâmetros vai
estimar apenas as tensões complexas nas barras adjacentes, funcionando,
para tais ramos, como um estimador de estado convencional;
Valores corretos para todas as medidas que serão utilizadas no processo de
estimação de estado e parâmetros (Fase 3). Esses valores são obtidos através
do programa de fluxo de potência Ana Rede.
1º exemplo: O método é aplicado ao sistema de três barras, ilustrado na figura
5.2. Os parâmetros de linha desse sistema, que serão considerados como
condição inicial, são apresentados na segunda coluna da tabela 5.1.
1
V3
P
12
,Q
12
P
32
,Q
32
V2
V1
C
G
G
G
Onde:
Î Par de medidores de fluxo d potência
Î Medidor de magnitude de tensão
Î Gerador
Î Compensador síncrono
C
Fi
g
ura 5.2: Sistema teste de 3 barras
(
1° exem
p
lo
)
53
Tabela 5.1: Parâmetros de linha do sistema de 3 barras.
Condição
inicial
Valores
verdadeiros
G12 (pu) 5.1657 4.9991
G23 (pu) 1.1728 1.1350
B12 (pu) -15.772 -15.263
B23 (pu) -4.9412 -4.7819
Bsh12 (pu) 0.0264 0.0264
Bsh 23(pu) 0.0219 0.0219
Fase 1: vamos considerar que as medidas indicadas na Figura 5.2 foram
previamente selecionadas para serem utilizadas.
Fase 2: Análise de observabilidade:
Passo 1: Obtenha a matriz G considerando: - as medidas ilustradas na Figura
5.2; - os parâmetros apresentados na coluna 2 da Tabela 5.1; - as tensões
complexas obtidas por um estimador de estado convencional WLS
23
, contidas
na Tabela 5.2; e, fazendo W = I.
Tabela 5.2: Tensões complexas obtidas via um estimador de estado
convencional WLS
Barra Tensão (pu) Ângulo (rad)
1 1.0593 0
2 1.0447 -0.0420
3 1.0108 -0.2197
Uma vez obtida a matriz
Aum
G
, faz-se a fatoração triangular da mesma
resultando em:
23
O estimador de estado tradicional foi processado considerando as medidas corretas apresentadas na
tabela 5.3.
54
Figura 5.3: matriz
Aum
G
fatorada
Como apareceu apenas um PZ (elemento
)3,3(
θ
θ
Aum
U
), o sistema é
observável como um todo, com relação ao conjunto de medidas disponível. O
caminho de fatoração associado com a matriz
Aum
U
é mostrado, graficamente,
através do caminho de grafo abaixo:
Figura 5.4: Caminho de grafo
Fase 3: Estimação de estado e parâmetros: considerando a configuração de
medidores, indicada na figura 5.2, e seus valores corretos (veja Tabela 5.3), o
vetor de variáveis de estado aumentado é estimado. Os resultados obtidos
nesta fase são apresentados na tabela 5.4.
Tabela 5.3: valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 5.2
Medidas de fluxo de
potência ativa (P.u.)
Medidas de fluxo de
potência reativa (P.u.)
Medidas de magnitude
de tensão (P.u.)
P12 0.812 Q12 -0.010 V1 1.060
P21 -0.801 Q21 -0.014 V2 1.045
P23 0.984 Q23 0.017 V3 1.010
P32 -0.942 Q32 0.112
G
12
θ
1
θ
2
G
23
θ
3
B
12
B
23
55
3 1
V3
V2
Tabela 5.4 Resultados do 1° Exemplo.
Condição
inicial
Valores
estimados
Valores
verdadeiros
θ1 (rad)
0 0 0
θ2 (rad)
-0.0420 -0.0430 -0.0436
θ3 (rad)
-0.2197 -0.2260 -0.2268
V1 (pu) 1.0593 1.0600 1.0600
V2 (pu) 1.0447 1.0450 1.0450
V3 (pu) 1.0108 1.0100 1.0100
G12 (pu) 5.1657 5.0096 4.9991
G23 (pu) 1.1728 1.1445 1.1350
B12 (pu) -15.771 -15.398 -15.263
B23 (pu) -4.9412 -4.7922 -4.7819
Bsh12 (pu) 0.0264 Fixo 0.0264
Bsh23 (pu) 0.0219 Fixo 0.0219
2º exemplo: O método é aplicado ao sistema de três barras, associado ao
conjunto de medidas ilustrado na Figura 5.5. Os parâmetros de linha desse
sistema, que serão considerados como condição inicial, esta na segunda
coluna da tabela 5.1.
Fase 1: Considerando o conjunto de medidas indicado na figura 5.5, que é o
mesmo do 1° exemplo, entretanto, sem as medidas
32
P
e
32
Q
, como foram
previamente selecionadas para serem utilizadas.
Fase 2: Análise de Observabilidade
G
Figura 5.5: Sistema teste de 3 barras(2° exemplo)
Onde:
Î Par de medidores de fluxo de potência
Î Medidor de magnitude de tensão
C
G
2
V1
P
23
,Q
23
P
12
,Q
12
P
21
,Q
21
56
Passo 1: obtêm-se a matriz
Aum
G
e faz-se a fatoração triangular da mesma
24
. A
estrutura da matriz
Aum
G
fatorada é apresentada na figura 5.6.
A estrutura da
Aum
G
fatorada é a seguinte:
Figura 5.6: matriz
Aum
G
fatorada
Como existem dois PZs, elementos
),(
22
θ
θ
Aum
U
e
),(
33
θ
θ
Aum
U
, o
sistema não é observável como um todo; vá para o passo 2.
O caminho de fatoração associado com a matriz
Aum
U
é mostrado,
graficamente, através do caminho de grafo abaixo:
Figura 5.7: Caminho de grafo
Passo 2: existem dois caminhos de grafos: CG1={G12, B12, G23, B23, θ1, θ2};
e CG2={θ3}; como as medidas de potência
23
P e
23
Q relacionam nós de
caminhos de grafo diferentes; vá para o seguinte passo.
Passo 3:
23
P e
23
Q são removidas. A nova
Aum
G
é obtida e fatorada.
24
Para montar
Aum
G consideramos:- as medidas ilustradas na figura 5.5;- W=I; - os parâmetros
apresentados na tabela 5.1;- os valores das tensões complexas apresentadas na tabela 5.2.
G
12
θ
1
θ
2
G
23
θ
3
B
12
B
23
57
A estrutura da nova matriz
Aum
G
fatorada é apresentada na figura 5.8:
Figura 5.8: Matriz
Aum
G
fatorada
Passo 2: existem quatro caminhos de grafos: CG1={G12, B12, θ1, θ2};
CG2={G23}; CG3={B23}; e CG5={θ3}.
Figura 5.9: Caminho de grafo
Não existe medida de potência relacionando os nós de diferentes caminhos de
grafos; então o sistema não é observável como um bloco e cada sub-rede,
associada a cada caminho de grafo isolado, constitui uma ilha observável da
rede.
Observação: a estimação de estado e parâmetros não é processada para ilha
observável, formada por apenas uma barra.
Fase 3: considerando as ilhas observáveis, formadas pelas barras 1 e 2, a
estimação de estado e parâmetros é processada. Utilizando apenas medidas
exatas (veja Tabela 5.5), o vetor de estado aumentado foi estimado (veja
Tabela 5.6).
G
12
θ
1
θ
2
G
23
θ
3
B
12
B
23
58
Tabela 5.5: Valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 5.5
Medidas de fluxo de
potência ativa (P.u.)
Medidas de fluxo de
potência reativa (P.u.)
Medidas de magnitude
de tensão (P.u.)
P12 0.812 Q12 -0.01 V1 1.060
P21 -0.801 Q21 0.014 V2 1.045
Tabela 5.6 Resultados do 2º Exemplo.
Condição
inicial
Valores
estimados
Valores
verdadeiros
θ1 (rad)
0 0 0
θ2 (rad)
-0.0420 -0.0427 -0.0436
V1 (pu) 1.0593 1.0600 1.0600
V2(pu) 1.0447 1.0450 1.0450
G12 (pu) 5.1657 5.0220 4.9991
B12 (pu) -15.771 -15.3920 -15.2631
3° exemplo: O método é aplicado ao sistema de cinco barras, ilustrado na
figura 5.10. Os parâmetros de linha desse sistema, que serão considerados
como condição inicial, são apresentados na segunda coluna da tabela 5.7
25.
25
A linha entre as barras 4-5 é uma linha curta (B
sh
=0). Em razão disso, os seus parâmetros não serão
estimados.
Figura 5.10: Sistema de 5 barras (3° exemplo)
Onde:
Î Par de medidas de fluxo de potência
Î Medidas de tensão
2
G
P
45
,Q
45
V2
G
V1
1
P
15
,Q
15
P
51
,Q
51
P
12
,Q
12
P
21
,Q
21
P
52
,Q
52
P
25
,Q
25
P
24
,Q
24
P
42
,Q
42
P
43
,Q
43
P
34
,Q
34
P
23
,Q
23
3
V3
C
P
54
,Q
54
5
V5
4
V4
P
32
,Q
32
59
Tabela 5.7: Parâmetros de linha do sistema de 5 barras
Condição
inicial
Valores
verdadeiros
G12 (pu) 5.1658 4.9991
G15 (pu) 1.0601 1.0259
G23 (pu) 1.1728 1.1350
G24 (pu) 1.7422 1.6860
G25 (pu) 1.7578 1.7011
G34 (pu) 2.0522 1.9860
G45 (pu) 6.8410 6.8410
B12 (pu) -15.7719 -15.2631
B15 (pu) -4.3762 -4.2349
B23 (pu) -4.9413 -4.7819
B24 (pu) -5.2864 -5.1158
B25 (pu) -5.3671 -5.1939
B34 (pu) -5.2378 -5.0688
B45 (pu) -21.578 -21.578
Bsh12 (pu) 0.0264 0.0264
Bsh15 (pu) 0.0246 0.0246
Bsh23 (pu) 0.0219 0.0219
Bsh24 (pu) 0.017 0.017
Bsh25 (pu) 0.0173 0.0173
Bsh34 (pu) 0.0064 0.0064
Bsh45 (pu) 0 0
Fase 1: considera-se o conjunto de medidas previamente selecionadas para
serem usadas, indicadas na figura 5.10.
Fase 2: Análise de observabilidade:
Passo 1: Obtenha a matriz G considerando: - as medidas ilustradas na figura
5.10; - os parâmetros apresentados na coluna 2 da Tabela 5.7; - as tensões
complexas obtidas por um estimador de estado convencional WLS
26
, contidas
na Tabela 5.8; - fazendo W = I.
Uma vez obtida a matriz
Aum
G
, faz-se a fatoração triangular da mesma.
26
O estimador de estado tradicional foi processado considerando as medidas corretas, apresentadas na
tabela 5.9.
60
θ
5
0
U
θ
DC
=
θ
Tabela 5.8: Dados das magnitudes de tensão e ângulo do sistema de 5 barras
Barra Tensão (pu) Ângulo (rad)
1 1.0591 0
2 1.0446 -0.0498
3 1.0106 -0.1577
4 1.0321 -0.1015
5 1.0381 -0.0808
A estrutura da
Aum
G
fatorada é a seguinte:
Figura 5.11: Matriz
Aum
G
fatorada
Como apareceu apenas um PZ (elemento
)5,5(
θ
θ
Aum
U
), o sistema é
observável como um todo, em relação ao conjunto de medidas disponível.
O caminho de fatoração associado à matriz
Aum
U
é mostrado
graficamente, através do caminho de grafo abaixo:
Figura 5.12: Caminho de grafo
Fase 3: Estimação de estado e parâmetros: considerando o conjunto de
medidas indicado na figura 5.10, e usando somente medidas corretas (veja
Tabela 5.9), o vetor de variáveis de estado aumentado é estimado. Os
resultados obtidos nesta fase são apresentados na Tabela 5.10.
B
23
B
15
G
25
θ
1
θ
2
θ
3
θ
5
θ
4
G
12
G
34
G
24
B
12
G
45
B
24
B
25
G
23
B
34
B
45
G
15
61
Tabela 5.9: valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 5.10
Tabela 5.10 Resultados do 3º Exemplo, os parâmetros e tensões estão dados
em p.u. e os ângulos em radianos.
62
P
45
,Q
45
V2
V1
P
21
,Q
21
P
25
,Q
25
P
24
,Q
24
P
42
,Q
42
P
43
,Q
43
P
34
,Q
34
P
23
,Q
23
V5
4º exemplo: O método proposto é aplicado ao sistema de 5 barras, associado
ao conjunto de medidas ilustrado na figura 5.13 (os parâmetros utilizados
como condição inicial estão na segunda coluna da tabela 5.7).
Fase 1: Análise de observabilidade
Passo 1: consideremos o conjunto de medidas indicado na figura 5.13, que é o
mesmo do 3° exemplo, mas sem as medidas
51
P
,
52
P
,
54
P
,
51
Q
,
52
Q
, e
54
Q
;
W=I; os parâmetros apresentados na coluna 2 da tabela 5.7; e, os valores das
tensões complexas apresentados na tabela 5.8, obtêm-se a matriz
Aum
G
e faz-
se a fatoração triangular da mesma (passo 1). A estrutura da matriz
Aum
G
fatorada é apresentada na figura 5.14.
θ
4
θ
5
.......0
0
0
θ
4
U
Aum
=
θ
5
Figura 5.14: Matriz
Aum
G fatorada
3
V3
C
Figura 5.13: Sistema de 5 barras (4° exemplo)
Onde:
Î Par de medidas de fluxo de potência
Î Medidas de tensão
5
1
P
12
,Q
12
G
G
P
15
,Q
15
4
V4
P
32
,Q
32
2
63
Como existem dois PZs: elementos
),(
44
θ
θ
Aum
U
e
),(
55
θ
θ
Aum
U
, o sistema não é
observável como um todo; vá para o passo 2.
Passo 2: Como ilustrado na figura 5.15, existem dois caminhos de grafos:
CG1={G12, G15, G23, G24, G25, G34, G45, B12, B15, B23, B24, B25, B34,
B45, θ1, θ2, θ3, θ4 }; e CG2={θ5}.
Como as medidas de potência
15
P
,
25
P
,
45
P
,
15
Q
,
25
Q
e
45
Q
, relacionam nós
de caminhos de grafo diferentes, vá para o seguinte passo.
Passo 3: as medidas
15
P
,
25
P
,
45
P
,
15
Q
,
25
Q
e
45
Q
, são removidas. A nova
matriz
Aum
G
é obtida e fatorada.
A estrutura da nova matriz
Aum
G
fatorada é apresentada na figura 5.16:
B
23
B
15
G
25
θ
1
θ
2
θ
3
θ
5
θ
4
G
12
G
34
G
24
B
12
G
45
B
24
B
25
G
23
B
34
B
45
Figura 5.15: Caminho de grafo
0
0......0
G
15
G
25
G
45
B
15
B
25
B
45
θ
4
θ
5
.........................0
0
θ
4
U
A
um
=
θ
5
0 .................................................0
0 ..........................................0
0 ..................................0
0 ...................0
0.............0 B
45
B
25
B
15
G
45
G
25
G
15
Figura 5.16: Matriz
Aum
G fatorada
G
15
64
Passo 2:
Existem oito caminhos de grafos: (veja figura 5.17) CG1={G12, G23, G24, G34,
B12, B23, B24, B34, θ1, θ2, θ3, θ4 }; CG2={G15}; CG3={G25}; CG4={G45},
CG5={B15}, CG6={B25}, CG7={B45}, CG8={ θ5} .
Não existe medida de potência relacionando os nós de diferentes caminhos de
grafos; então o sistema não é observável como um bloco e cada sub-rede,
associada a cada caminho de grafo isolado, constitui uma ilha observável da
rede.
Observação 5.1: a estimação de estados e parâmetros não é processada, em
caso que a ilha observável, é formada por somente uma barra isolada.
Fase 3: considerando as ilhas observáveis, formadas pelas barras 1, 2, 3 e 4,
a estimação de estado e parâmetros é processada. Utilizando apenas valores
corretos para as medidas ainda disponíveis (veja tabela 5.11), o vetor de
estado e parâmetros foi estimado (veja tabela 5.12).
Tabela 5.11: valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 5.13
Medidas de fluxos de
potencia ativa (P.u.)
Medidas de fluxo de
potencia reativa (P.u.)
Medidas de magnitude de
tensão(P.u.)
P12 0.955 Q12 -0.049 V1 1.060
P21 -0.939 Q21 0.039 V2 1.045
P23 0.610 Q23 0.049 V3 1.010
P32 -0.593 Q32 -0.027 V4 1.032
P24 0.318 Q24 -0.039
P42 -0.312 Q42 0.019
P25 0.195 Q25 -0.039
P52 -0.193 Q52 0.007
B
23
B
15
G
25
θ
1
θ
2
θ
3
θ
5
θ
4
G
12
G
34
G
24
B
12
G
45
B
24
B
25
G
23
B
34
B
45
Figura 5.17: Caminho de grafo
G
15
65
Tabela 5.12 Resultados obtidos do 4º exemplo, os parâmetros e tensões estão
dados em p.u. e os ângulos em radianos.
Condição
inicial
Valores
estimados
Valores
verdadeiros
θ1
0
0
0
θ2
-0.0498
-0.0518
-0.0506
θ3
-0.1577
-0.1631
-0.1623
θ4
-0.1015
-0.1055
-0.1047
V1 1.0591 1.0600 1.0600
V2 1.0446 1.0450 1.0450
V3 1.0106 1.0100 1.0100
V4 1.0321 1.0320 1.0320
G12 5.1657 4.9142 4.9991
G23 1.1728 1.1481 1.1350
G24 1.7422 1.6892 1.6860
G34 2.0521 2.0215 1.9860
B12 -15.771 -15.134 -15.263
B23 -4.9412 -4.7785 -4.7819
B24 -5.2863 -5.0421 -5.1158
B34 -5.2377 -5.1286 -5.0688
Observação 5.2: Neste capítulo, foram apresentados 4 exemplos de aplicação
do método proposto, que demonstram a sua eficácia. No próximo capítulo,
serão apresentados testes realizados com os sistemas de 6, 14 e 30 barras, do
IEEE.
66
Capítulo 6
Testes e Análise dos Resultados
Neste capítulo apresentam-se testes para comprovar a eficiência da
metodologia proposta, destinada à estimação de estado e parâmetros de linhas
de transmissão, com a utilização dos sistemas IEEE 6, 14 e 30 barras.
Analogamente ao que procedemos na seção 5.5, do capitulo 5, nos
testes 1, 2, 3, 4, 5 e 6, consideramos:
Erro de 3,33% em todos os parâmetros a serem estimados, isto é, as
condutâncias série
)(
km
G
e as susceptâncias série
)(
km
B
das linhas de
transmissão aéreas, classificadas como médias e longas (aquelas com
susceptâncias shunt não nulas);
Valores corretos para todos os parâmetros que não serão estimados,
isto é, todas as susceptâncias shunt e os parâmetros de linhas curtas e
transformadores;
Para os ramos correspondentes a transformadores, ou a linhas de
transmissão curtas, o processo de estimação de estado e parâmetros
destinar-se-á apenas às tensões complexas nas barras adjacentes,
funcionando, para tais ramos, como um estimador de estado
convencional;
Valores corretos para todas as medidas que serão utilizadas no
processo de estimação de estado e parâmetros (Fase 3). Estes valores
são obtidos através do programa de fluxo de potência Ana Rede.
6.1 Testes com o sistema de 6 barras do IEEE
Teste 1
O método é aplicado ao sistema de 6 barras, ilustrado na figura 6.1. Os
parâmetros de linha desse sistema, que serão considerados como condição
inicial, são apresentados nas colunas 2 e 5 da tabela
67
6.1.
Tabela 6.1: Parâmetros de linha do sistema de 6
Condição
inicial
Valores
verdadeiros
Condição
inicial
Valores
verdadeiros
G12 (pu) 5.1658 4.9991 B25 (pu) -5.3671 -5.1939
G15 (pu) 1.0601 1.0258 B34 (pu) -5.2378 -5.0688
G23 (pu) 1.1728 1.1350 B45 (pu) -21.5786 -21.5786
G24 (pu) 1.7422 1.6860 B56 (pu) -3.9679 -3.9679
G25 (pu) 1.7578 1.7011 Bsh12 (pu) 0.0264 0.0264
G34 (pu) 2.0522 1.9859 Bsh 15(pu) 0.0246 0.0246
G45 (pu) 6.8409 6.8409 Bsh23(pu) 0.0219 0.0219
G56 (pu) 0 0 Bsh 24(pu) 0.0170 0.0170
B12 (pu) -15.7719 -15.2630 Bsh25(pu) 0.0173 0.0173
B15 (pu) -4.3762 -4.2349 Bsh 34(pu) 0.0064 0.0064
B23 (pu) -4.9413 -4.7818 Bsh45 (pu) 0 0
B24 (pu) -5.2864 -5.1158 Bsh 56(pu) 0 0
P
23
Q
23
P
56
Q
56
P
65
Q
65
P
32
Q
32
P
34
Q
34
P
42
Q
42
P
43
Q
43
P
45
Q
45
P
24
Q
24
P
21
Q
21
P
52
Q
52
P
15
Q
15
P
51
Q
51
P
12
Q
12
V2
V1
V4
V6
3
4
6
5
2
1
G
C
Onde:
Medidas de tensão
C
Condensador síncrono
G
Gerador
G
Medidas de fluxo de potência ativa e reativa
V3
Figura 6.1: Sistema teste de 6 barras (teste 1)
C
68
Fase 1: vamos a considerar que as medidas indicadas na figura 6.1 foram
previamente selecionadas para serem utilizadas.
Fase 2: Analise de observabilidade:
Passo 1: Obtenha a matriz G considerando: - as medidas ilustradas na figura
6.1; - os parâmetros apresentados nas colunas 2 e 5 da Tabela 6.1; - as
tensões complexas obtidas por um estimador de estado convencional WLS
27
,
contidas na Tabela 6.2; - fazendo W = I.
Tabela 6.2: Tensões complexas obtidas via um estimador de estado
convencional WLS
Barra Tensão (pu) Ângulo (rad)
1 1.0590 0
2 1.0444 -0.0541
3 1.0105 -0.1649
4 1.0254 -0.1084
5 1.0282 -0.0880
6 1.0699 -0.1119
Uma vez obtida a matriz
Aum
G
faz-se a fatoração triangular da mesma.
A estrutura da
Aum
G
fatorada é a seguinte:
Figura 6.2: Matriz
Aum
G
fatorada
27
O estimador de estado tradicional foi processado considerando as medidas corretas,apresentadas na
tabela 6.4.
θ
6
0
U
Aug
=
θ
6
69
Como apareceu apenas um PZ (elemento
),(
66
θ
θ
Aum
U
), o sistema é
observável como um todo, com relação ao conjunto de medidas disponível.
O caminho de fatoração associado com a matriz
Aum
U
é mostrado,
graficamente, através do caminho de grafo abaixo:
Figura 6.3: Caminho de grafo
Fase 3: Estimação de estado e parâmetros: considerando a configuração de
medidores indicada na figura 6.1, e seus valores corretos (veja Tabela 6.3), o
vetor de variáveis de estado aumentado é estimado. Os resultado obtidos nesta
fase são apresentados na tabela 6.4.
Tabela 6.3: Valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 6.1
G
15
θ
6
B
23
B
15
G
25
θ
1
θ
2
θ
3
θ
5
θ
4
G
12
G
34
G
24
B
12
G
45
B
24
B
25
G
23
B
34
B
45
G
56
B
56
70
Tabela 6.4: Resultados do teste 1
Condição
inicial
Valores
estimados
Valores
verdadeiros
θ1(rad)
0 0
0
θ2 (rad)
-0.0541 -0.0560
-0.0559
θ3 (rad)
-0.1649 -0.1695
-0.1693
θ4 (rad)
-0.1084 -0.1109
-0.1117
θ5 (rad)
-0.0880 -0.0906
-0.0907
θ6 (rad)
-0.1119 -0.1136
-0.1152
V1 (pu) 1.0590 1.0600 1.0600
V2 (pu) 1.0444 1.0450 1.0450
V3 (pu) 1.0105 1.0100 1.0100
V4 (pu) 1.0254 1.0250 1.0250
V5 (pu) 1.0282 1.0280 1.0280
V6 (pu) 1.0699 1.0700 1.0700
G12 (pu) 5.1658 4.9134 4.9991
G15 (pu) 1.0601 1.0306 1.0258
G23 (pu) 1.1728 1.1571 1.1350
G24 (pu) 1.7422 1.7004 1.6860
G25 (pu) 1.7578 1.6956 1.7011
G34 (pu) 2.0522 1.9327 1.9859
G45 (pu) 6.8409 Fixo 6.8409
G56 (pu) 0 Fixo 0
B12 (pu) -15.7719 -15.2283 -15.2630
B15 (pu) -4.3762 -4.2954 -4.2349
B23 (pu) -4.9413 -4.8133 -4.7818
B24 (pu) -5.2864 -5.2474 -5.1158
B25 (pu) -5.3671 -5.2663 -5.1939
B34 (pu) -5.2378 -5.0051 -5.0688
B45 (pu) -21.5786 Fixo -21.5786
B56 (pu) -3.9679 Fixo -3.9679
Bsh12 (pu) 0.0264 Fixo 0.0264
Bsh 15(pu) 0.0246 Fixo 0.0246
Bsh23(pu) 0.0219 Fixo 0.0219
Bsh 24(pu) 0.0170 Fixo 0.0170
Bsh25(pu) 0.0173 Fixo 0.0173
Bsh 34(pu) 0.0064 Fixo 0.0064
Bsh45 (pu) 0 Fixo 0
Bsh 56(pu) 0 Fixo 0
Teste 2
O método é aplicado ao sistema de 6 barras, associado ao conjunto de
medidas ilustrado na figura 6.4. Os parâmetros de linha desse sistema, que
71
serão considerados como condição inicial, estão nas colunas 2 e 5 da tabela
6.1.
Fase 1: Considerando o conjunto de medidas indicadas na figura 6.4, que é o
mesmo do teste 1, entretanto, sem as medidas P21, P43, P32, P54, Q21, Q43 ,
Q32 e Q54, como foram previamente selecionadas para serem utilizadas.
Fase 2: Analise de observabilidade:
Passo 1: Obtêm-se a matriz
Aum
G
e faz-se a fatoração triangular da mesma28.
A estrutura da matriz
Aum
G
fatorada é apresentada na figura 6.5.
28
Para montar
Aum
G consideramos as medidas ilustradas na figura 6.4; W=I; - os parâmetros
apresentados na tabela 6.1;- os valores das tensões complexas apresentadas na tabela 6.2.
P
56
Q
56
P
65
Q
65
P
32
Q
32
P
34
Q
34
P
42
Q
42
P
43
Q
43
P
45
Q
45
P
24
Q
24
P
21
Q
21
P
52
Q
52
P
15
Q
15
P
51
Q
51
P
12
Q
12
V2
V1
V4
V6
3
4
6
5
2
1
G
C
Onde:
Medidas de tensão
C
Condensador sincrono
G
Gerador
C
G
Medidas de fluxo de potência ativa e reativa
V3
Figura 6.4: Sistema teste de 6 barras (teste 2)
72
Figura 6.5: Matriz
Aum
G
fatorada
Como existem dois PZs, elementos
),(
33
θ
θ
Aum
U
e
),(
66
θ
θ
Aum
U
o sistema
não é observável como um todo; vá para o passo 2.
O caminho de fatoração associado com a matriz
Aum
U
é mostrado,
graficamente, através do caminho de grafo
abaixo:
Figura 6.6: Caminho de grafo
Passo 2: existem dois caminhos de grafos: CG1={G12, G15, G23, G24, G25,
G45, B12, B15, B23, B24, B25, B45, θ1, θ2, θ4, θ5, θ6}; e CG2={ G34, B34,
θ3}; como as medidas de potência
23
P
,
34
P
,
23
Q
e
34
Q
, relacionam nós de
caminhos de grafo diferentes; vá para o seguinte passo.
Passo 3:
23
P
,
34
P
,
23
Q
e
34
Q
, são removidas. A nova
Aum
G
é obtida e fatorada.
θ
3
θ
6
.......0
0
0
θ
3
U
Aum
=
θ
6
G
15
θ
6
B
23
B
15
G
25
θ
1
θ
2
θ
5
θ
4
G
12
G
24
B
12
G
45
B
24
B
25
G
23
B
45
G
56
B
56
θ
3
G
34
B
34
73
A estrutura da nova matriz
Aum
G
fatorada é apresentada na figura 6.7:
Figura 6.7: Matriz
Aum
G
fatorada
Passo 2:
Existem seis caminhos de grafos: CG1={G12, G15, G24, G25, G45,
G56, B12, B15, B24, B25, B45, θ1, θ2, θ4, θ5, θ6}; CG2={G23}; CG3={G34};
CG4={ B23}, CG5={B34}, CG6={θ3}.
Não existe medida de potência relacionando os nós de diferentes caminhos de
grafos, então o sistema é não observável como um bloco e cada sub-rede
associada a cada caminho de grafo isolado constitui uma ilha observável da
rede.
Observação 6.1: a estimação de estado e parâmetros não é processada para
ilha observável, formada por apenas uma barra.
θ
4
B
23
B
15
G
25
θ
1
θ
2
θ
3
θ
6
θ
5
G
12
G
34
G
24
B
12
G
45
B
24
B
25
G
23
B
34
B
45
Figura 6.8: Caminho de grafo
0......0
G
23
G
34
B
23
B
34
θ
3
θ
6
θ
3
U
A
um
=
θ
6
0 ................................................. 0
0 .................................. 0
0 ...................0
0.............0 B
34
B
23
G
34
G
23
0
G
15
74
Fase 3: considerando as ilhas observáveis, formadas pelas barras 1, 2, 4, 5 e
6, a estimação de estado e parâmetros é processada. Utilizando apenas
valores corretos para as medidas ainda disponíveis (veja Tabela 6.3), o vetor
de estado e parâmetro foi estimado (veja Tabela 6.6).
Tabela 6.6: Resultados do teste 2
Condição
inicial
Valores
estimados
Valores
verdadeiros
θ1 (rad)
0 0
0
θ2 (rad)
-0.0541 -0.0560
-0.0559
θ4 (rad)
-0.1084 -0.1099
-0.1117
θ5 (rad)
-0.0880 -0.0895
-0.0907
θ6 (rad)
-0.1119 -0.1134
-0.1152
V1 (pu) 1.0590 1.0600 1.0600
V2 (pu) 1.0444 1.0450 1.0450
V4 (pu) 1.0254 1.0250 1.0250
V5 (pu) 1.0282 1.0280 1.0280
V6 (pu) 1.0699 1.0700 1.0700
G12 (pu) 5.1658 4.9055 4.9991
G15 (pu) 1.0601 1.0356 1.0258
G24 (pu) 1.7422 1.6138 1.6860
G25 (pu) 1.7578 1.7186 1.7011
G45 (pu) 6.8409 Fixo 6.8409
G56 (pu) 0 Fixo 0
B12 (pu) -15.7719 -15.2235 -15.2630
B15 (pu) -4.3762 -4.3003 -4.2349
B24 (pu) -5.2864 -5.2576 -5.1158
B25 (pu) -5.3671 -5.2797 -5.1939
B45 (pu) -21.5786 Fixo -21.5786
B56 (pu) -3.9679 Fixo -3.9679
6.2 Testes com o sistema de 14 barras do IEEE
Teste 3
O método é aplicado ao sistema de 14 barras, associado com o conjunto de
medidas ilustrado na figura 6.9. Os parâmetros de linha desse sistema, que
75
serão considerados para a nossa análise, são apresentados nas colunas 2 e 5
da Tabela 6.7.
P
1314
Q
1314
P
87
Q
87
P
97
Q
97
P
94
Q
94
P
47
Q
47
P
49
Q
49
P
612
Q
312
P
126
Q
126
P
1213
Q
1213
P
1312
Q
1312
P
136
Q
136
P
1413
Q
1413
P
914
Q
914
P
149
Q
149
P
910
Q
910
P
109
Q
109
P
1110
Q
1110
P
1011
Q
1011
P
611
Q
611
P
116
Q
116
P
65
Q
65
P
56
Q
56
P
43
Q
43
P
32
Q
32
P
23
Q
23
P
34
Q
34
P
42
Q
42
P
45
Q
45
P
24
Q
24
P
51
Q
51
P
52
Q
52
P
54
Q
54
P
25
Q
25
P
21
Q
21
P
12
Q
12
P
15
Q
15
10
11
14
13
12
8
7
3
9
4
6
5
2
1
G
G
C
C
Onde:
Medidas de fluxo de pôtencia
Medidas de tensão
C
Condensador sincrono
G
Gerador
C
Fi
g
ura 6.9: Sistema de 14 barras do IEEE
(
teste 3
)
76
Tabela 6.7: Parâmetros de linha, do sistema de 14 barras
Condição inicial Valores verdadeiros Condição
inicial
Valores
verdadeiros
G12 (pu) 5.1658 4.9991 B611 (pu) -4.0940 -4.0940
G15 (pu) 1.0601 1.0258 B612 (pu) -3.1759 -3.1759
G23 (pu) 1.1728 1.1350 B613 (pu) -6.1027 -6.1027
G24 (pu) 1.7422 1.6860 B78 (pu) -5.6769 -5.6769
G25 (pu) 1.7578 1.7011 B79 (pu) -9.0900 -9.0900
G34 (pu) 2.0522 1.9859 B910 (pu) -10.3653 -10.365
G45 (pu) 6.8409 6.8409 B914 (pu) -3.0290 -3.0290
G47 (pu) 0 0 B1011 (pu) -4.4029 -4.4029
G49 (pu) 0 0 B1213 (pu) -2.2519 -2.2519
G56 (pu) 0 0 B1314 (pu) -2.3149 -2.3149
G611 (pu) 1.9550 1.9550 Bsh12 (pu) 0.0264 0.0264
G612 (pu) 1.5259 1.5259 Bsh15 (pu) 0.0246 0.0246
G613 (pu) 3.0989 3.0989 Bsh23 (pu) 0.0219 0.0219
G78 (pu) 0 0 Bsh24 (pu) 0.017 0.017
G79 (pu) 0 0 Bsh25 (pu) 0.0173 0.0173
G910 (pu) 3.9020 3.9020 Bsh34 (pu) 0.0064 0.0064
G914 (pu) 1.4240 1.4240 Bsh45 (pu) 0 0
G1011 (pu) 1.880 1.8808 Bsh47 (pu) 0 0
G1213 (pu) 2.489 2.4890 Bsh49 (pu) 0 0
G1314 (pu) 1.136 1.1369 Bsh56 (pu) 0 0
B12 (pu) -15.772 -15.263 Bsh611 (pu) 0 0
B15 (pu) -4.3761 -4.2349 Bsh612 (pu) 0 0
B23 (pu) -4.9412 -4.7818 Bsh613 (pu) 0 0
B24 (pu) -5.2864 -5.1158 Bsh78 (pu) 0 0
B25 (pu) -5.3671 -5.1939 Bsh79 (pu) 0 0
B34 (pu) -5.2378 -5.0688 Bsh910 (pu) 0 0
B45 (pu) -21.578 -21.578 Bsh914 (pu) 0 0
B47 (pu) -4.7819 -4.7819 Bsh1011 (pu) 0 0
B49 (pu) -1.7979 -1.7979 Bsh1213 (pu) 0 0
B56 (pu) -3.9679 -3.9679 Bsh1314 (pu) 0 0
Fase 1: vamos considerar que as medidas indicadas na figura 6.9 foram
previamente selecionadas para serem utilizadas.
Fase 2: Analise de observabilidade:
Passo 1: Obtenha a matriz G considerando: - as medidas ilustradas na figura
6.9; - os parâmetros apresentados nas colunas 2 e 5 da Tabela 6.7; - as
tensões complexas obtidas por um estimador de estado convencional WLS,
contidas na Tabela 6.8; - fazendo W = I.
77
Tabela 6.8: Tensões complexas utilizadas para a obtenção da matriz
Aum
G
.
Barra Tensão(pu) Ângulo (rad)
1 1.0588 0
2 1.0443 -0.0843
3 1.0103 -0.2154
4 1.0178 -0.1748
5 1.0196 -0.1481
6 1.0700 -0.2431
7 1.0616 -0.2281
8 1.0901 -0.2281
9 1.0560 -0.2556
10 1.0511 -0.2584
11 1.0569 -0.2531
12 1.0552 -0.2579
13 1.0504 -0.2593
14 1.0357 -0.2747
Uma vez obtida a matriz
Aum
G
, faz-se a fatoração triangular da mesma.
A estrutura da
Aum
G
fatorada é a seguinte:
Figura 6.10: Matriz
Aum
G
fatorada
Como apareceu apenas um PZ [elemento
),(
1414
θ
θ
Aum
U
], o sistema é
observável como um todo, com relação ao conjunto de medidas disponível.
O caminho de fatoração associado com a matriz
Aum
U
é mostrado,
graficamente, através do caminho de grafo abaixo:
θ
14
0
U
Aug
=
θ
14
78
Figura 6.11: Caminho de grafo
Fase 3: Estimação de estado e parâmetros: considerando a configuração de
medidores indicada na figura 6.9, e seus valores corretos (veja Tabela 6.9), o
vetor de variáveis de estado aumentado é estimado. Os resultado obtidos nesta
fase são apresentados na tabela 6.10.
B
15
B
23
B
24
B
25
B
34
B
45
B
47
B
49
B
56
B
611
B
612
B
613
B
78
B
79
B
910
B
914
B
1011
B
1213
B
1314
G
12
G
15
G
23
G
24
G
25
G
34
G
45
G
47
G
49
G
56
G
611
G
612
G
613
G
78
G
79
G
910
G
914
G
1011
G
1213
G
1314
θ
1
θ
2
θ
3
θ
4
θ
5
θ
6
θ
7
θ
8
θ
9
θ
10
θ
11
θ
12
θ
13
θ
14
79
Tabela 6.9: valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 6.9
Medidas de fluxo de potencia
ativa (P.u.)
Medidas de fluxo de potencia
reativa (P.u.)
Medidas de magnitude de
tensão (P.u.)
P12 1.569 Q12 -0.204 V1 1.060
P21 -1.526 Q21 0.277 V2 1.045
P15 0.755 Q15 0.039 V3 1.010
P51 -0.727 Q51 0.022 V4 1.018
P23 0.732 Q23 0.036 V5 1.020
P32 -0.709 Q32 0.016 V6 1.070
P24 0.561 Q24 -0.016 V7 1.062
P42 -0.545 Q42 0.03 V8 1.090
P25 0.415 Q25 0.012 V9 1.056
P52 -0.406 Q52 -0.021 V10 1.051
P34 -0.233 Q34 0.045 V11 1.057
P43 0.237 Q43 -0.048 V12 1.055
P45 -0.612 Q45 0.158 V13 1.050
P54 0.617 Q54 -0.142 V14 1.036
P47 0.281 Q47 -0.097
P74 -0.281 Q74 0.114
P49 0.161 Q49 -0.004
P94 -0.161 Q94 0.017
P56 0.441 Q56 0.125
P65 -0.441 Q65 -0.081
P611 0.074 Q611 0.036
P116 -0.073 Q116 -0.034
P612 0.076 Q612 0.025
P126 -0.077 Q126 -0.024
P613 0.177 Q613 0.072
P136 -0.175 Q136 -0.068
P78 0 Q78 -0.172
P87 0 Q87 0.176
P79 0.281 Q79 0.058
P97 -0.281 Q97 -0.050
P910 0.052 Q910 0.042
P109 -0.052 Q109 -0.042
P914 0.094 Q914 0.036
P149 -0.093 Q149 -0.034
P1011 -0.038 Q1011 -0.016
P1110 0.038 Q1110 0.016
P1213 0.016 Q1213 0.008
P1312 -0.016 Q1312 -0.007
P1314 0.056 Q1314 0.017
P1413 -0.056 Q1413 -0.017
80
Tabela 6.10 Resultados do teste 3 (os valores dos ângulos estão em radianos
e das demais variáveis em P.u.)
Condição
inicial
Valores
Estimados
Valores
Verdadeiros
Condição
inicial
Valores
Estimados
Valores
Verdadeiros
θ1
0 0 0
G45
6.8409 Fixo 6.8409
θ2
-0.0843 -0.0872 -0.0872
G47
0 Fixo 0
θ3
-0.2154 -0.2230 -0.2217
G49
0 Fixo 0
θ4
-0.1748 -0.1798 -0.1798
G56
0 Fixo 0
θ5
-0.1481 -0.1530 -0.1536
G611
1.9550 Fixo 1.9550
θ6
-0.2431 -0.2480 -0.2478
G612
1.5259 Fixo 1.5259
θ7
-0.2281 -0.2331 -0.2338
G613
3.0989 Fixo 3.0989
θ8
-0.2281 -0.2331 -0.2338
G78
0 Fixo 0
θ9
-0.2556 -0.2607 -0.2600
G79
0 Fixo 0
θ10
-0.2584 -0.2634 -0.2635
G910
3.9020 Fixo 3.9020
θ11
-0.2531 -0.2581 -0.2583
G914
1.4240 Fixo 1.4240
θ12
-0.2579 -0.2630 -0.2635
G1011
1.8808 Fixo 1.8808
θ13
-0.2593 -0.2644 -0.2653
G1213
2.4890 Fixo 2.4890
θ14
-0.2747 -0.2797 -0.2792
G1314
1.1369 Fixo 1.1369
V1
1.0588 1.0600 1.0600
B12
-15.7718 -15.2160 -15.263
V2
1.0443 1.0450 1.0450
B15
-4.37614 -4.2374 -4.2349
V3
1.0103 1.0100 1.0100
B23
-4.9412 -4.7591 -4.7818
V4
1.0178 1.0180 1.0180
B24
-5.2863 -5.1386 -5.1158
V5
1.0196 1.0200 1.0200
B25
-5.3670 -5.2249 -5.1939
V6
1.0700 1.0700 1.0700
B34
-5.2377 -4.9502 -5.0688
V7
1.0616 1.0620 1.0620
B45
-21.578 Fixo -21.578
V8
1.0901 1.0901 1.0900
B47
-4.7819 Fixo -4.7819
V9
1.0560 1.0560 1.0560
B49
-1.7979 Fixo -1.7979
V10
1.0511 1.0511 1.0510
B56
-3.9679 Fixo -3.9679
V11
1.0569 1.0570 1.0570
B611
-4.0940 Fixo -4.0940
V12
1.0552 1.0552 1.0550
B612
-3.1759 Fixo -3.1759
V13
1.0504 1.0504 1.0500
B613
-6.1027 Fixo -6.1027
V14
1.0357 1.0360 1.0360
B78
-5.6769 Fixo -5.6769
G12
5.1657 4.9946 4.9991
B79
-9.0900 Fixo -9.0900
G15
1.0600 1.0221 1.0258
B910
-10.365 Fixo -10.365
G23
1.1728 1.1186 1.1350
B914
-3.0290 Fixo -3.0290
G24
1.7422 1.6895 1.6860
B1011
-4.4029 Fixo -4.4029
G25
1.7578 1.7038 1.7011
B1213
-2.2519 Fixo -2.2519
G34
2.0521 1.9262 1.9859
B1314
-2.3149 Fixo -2.3149
81
Teste 4
O método é aplicado ao sistema de 14 barras, associado ao conjunto de
medidas ilustrado na figura 6.12.
Fase 1: Considerando o conjunto de medidas indicado na figura 6.12, que é o
mesmo do teste 3, entretanto, sem as medidas P51, Q51, P52, Q52, P54, Q54,
P
1314
Q
1314
P
87
Q
87
P
97
Q
97
P
94
Q
94
P
47
Q
47
P
49
Q
49
P
612
Q
312
P
126
Q
126
P
1213
Q
1213
P
1312
Q
1312
P
136
Q
136
P
1413
Q
1413
P
914
Q
914
P
149
Q
149
P
910
Q
910
P
109
Q
109
P
1110
Q
1110
P
1011
Q
1011
P
611
Q
611
P
116
Q
116
P
65
Q
65
P
56
Q
56
P
43
Q
43
P
32
Q
32
P
23
Q
23
P
34
Q
34
P
42
Q
42
P
45
Q
45
P
24
Q
24
P
51
Q
51
P
52
Q
52
P
54
Q
54
P
25
Q
25
P
21
Q
21
P
12
Q
12
P
15
Q
15
10
11
14
13
12
8
7
3
9
4
6
5
2
1
G
G
C
C
Onde:
Medidas de fluxo de potência
Medidas de tensão
C
Condensador sincrono
G
Gerador
C
Fi
g
ura 6.12: Sistema de 14 barras do IEEE
(
teste 4
)
82
P56, Q56, P32 , Q32, P34 e Q32, como foram previamente selecionadas para
serem utilizadas.
Fase 2: Analise de observabilidade:
Passo 1: Obtêm-se a matriz
Aum
G
e faz-se a fatoração triangular da mesma. A
estrutura da matriz
Aum
G
fatorada é apresentada na figura 6.13.
Figura 6.13: Matriz
Aum
G
fatorada
Como existem três PZs, elementos
),(
33
θ
θ
Aum
U
),
),(
55
θ
θ
Aum
U
e
),(
1414
θ
θ
Aum
U
, o sistema é observável como um todo; vá para o passo 2.
O caminho de fatoração associado com a matriz
Aum
U
é mostrado,
graficamente, através do caminho de grafo abaixo:
Figura 6.14: Caminho de grafo
θ
3
θ
5
θ
14
.......0
0
0
θ
5
U
Aum
=
θ
14
0...........................0
θ
3
B
15
B
23
B
24
B
25
B
34
B
45
B
47
B
49
B
56
B
611
B
612
B
613
B
78
B
79
B
910
B
914
B
1011
B
1213
B
1314
G
12
G
15
G
23
G
24
G
25
G
34
G
45
G
47
G
49
G
56
G
611
G
612
G
613
G
78
G
79
G
910
G
914
G
1011
G
1213
G
1314
θ
1
θ
2
θ
3
θ
4
θ
5
θ
6
θ
7
θ
8
θ
9
θ
10
θ
11
θ
12
θ
13
θ
14
83
Passo 2: existem três caminhos de grafos CG1= { G12, G15, G23, G24, G25,
G45, G47, G49, G611, G612, G613, G78, G79, G910, G914, G1011, G1213,
G1314, B12, B15, B23, B24, B25, B45, B47, B49, B611, B612, B613, B78,
B79, B910, B914, B1011, B1213, B1314, θ1, θ2, θ4, θ6, θ7, θ8, θ9, θ10, θ11,
θ12, θ13, θ14}; CG2={ G34, B34, θ3} e CG3={G56, B56, θ5}; como as
medidas de potência P15, P23, P25, P43, P45, P65, Q15, Q23, Q25, Q43, Q45
e Q65 relacionam nós de caminhos de grafo diferentes; vá para o seguinte
passo.
Passo 3: P15, P23, P25, P43, P45, P65, Q15, Q23, Q25, Q43, Q45 e Q65 são
removidos. A nova
Aum
G
é obtida e fatorada.
A estructura da nova matriz
Aum
G
fatorada é apresentada na figura 6.15.
Figura 6.15: Matriz
Aum
G
fatorada
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
θ
14
0 .........................................................................................................................................
0 ...........................................................................................................................
0
G
15
G
23
G
25
G
34
G
45
G
56
B
15
B
23
B
25
B
34
B
45
B
56
θ
3
θ
6
θ
14
0
.............................................
................................
............
...................
0..................................................................................................
0....................................................................................
0.......................................................................
0...........................................................
0.............................................
0................................
0..................
0....
0 ....................................................................................................................................................................
0 ........................................................................................................................................................
0 ...............................................................................................................................................................................
U
Aum
=
G
56
G
15
G
23
G
25
G
34
G
45
B
15
B
23
B
25
B
34
B
45
B
56
θ
6
θ
3
84
Passo 2: existem quinze caminhos de grafos: CG1= { G12, G24, G47, G49,
G611, G612, G613, G78, G79, G910, G914, G1011, G1213, G1314, B12, B24,
B47, B49, B611, B612, B613, B78, B79, B910, B914, B1011, B1213, B1314,
θ1, θ2, θ4, θ6, θ7, θ8, θ9, θ10, θ11, θ12, θ13, θ14}; CG2={ G15}; CG3={G23};
CG4={G25}; CG5={G34}; Cg6={G45}; CG7={G56}; CG8={B15}; CG9={B23};
CG10={B25}; CG11={B34}; CG12={ B45}; CG13={B56}; CG14={θ3};e
CG15={θ5};
Figura 6.16: Caminho de grafo
Não existe medida de potência relacionando os nós de diferentes
caminhos de grafos; então o sistema não é observável como um bloco e cada
sub-rede, associada a cada caminho de grafo isolado, constitui uma ilha
observável da rede.
Fase 3: considerando as ilhas observáveis, formadas pelas barras 1, 2, 4, 6, 7,
8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14 a estimação de estado e parâmetros é processada.
Utilizando apenas medidas exatas (veja tabela 6.9) o vetor de estado foi
estimado (veja tabela 6.11).
B
15
B
23
B
24
B
25
B
34
B
45
B
47
B
49
B
56
B
611
B
612
B
613
B
78
B
79
B
910
B
914
B
1011
B
1213
B
1314
G
12
G
15
G
23
G
24
G
25
G
34
G
45
G
47
G
49
G
56
G
611
G
612
G
613
G
78
G
79
G
910
G
914
G
1011
G
1213
G
1314
θ
1
θ
2
θ
3
θ
4
θ
5
θ
6
θ
7
θ
8
θ
9
θ
10
θ
11
θ
12
θ
13
θ
14
85
Tabela 6.11 Resultados do teste 4 (os valores dos ângulos estão em radianos
e das variáveis em P.u.)
Condição
inicial
Valores
Estimados
Valores
Verdadeiros
Condição
inicial
Valores
Estimados
Valores
Verdadeiros
θ1
0 0
0
G47
0 Fixo 0
θ2
-0.0843 -0.0871
-0.0872
G49
0
Fixo
0
θ4
-0.1748 -0.1788
-0.1798
G611
1.9550
Fixo
1.9550
θ6
-0.2431 -0.2470
-0.2478
G612
1.5259
Fixo
1.5259
θ7
-0.2281 -0.2320
-0.2339
G613
3.0989
Fixo
3.0989
θ8
-0.2281 -0.2320
-0.2339
G78
0
Fixo
0
θ9
-0.2556 -0.2596
-0.2601
G79
0
Fixo
0
θ10
-0.2584 -0.2624
-0.2635
G910
3.9020
Fixo
3.9020
θ11
-0.2531 -0.2570
-0.2583
G914
1.4240
Fixo
1.4240
θ12
-0.2579 -0.2619
-0.2636
G1011
1.8808
Fixo
1.8808
θ13
-0.2593 -0.2633
-0.2653
G1213
2.4890
Fixo
2.4890
θ14
-0.2747 -0.2786
-0.2793
G1314
1.1369
Fixo
1.1369
V1 1.0588 1.0600 1.0600 B12 -15.771 -15.2372 -15.263
V2 1.0443 1.0450 1.0450 B24 -5.2863 -5.1852 -5.1158
V4 1.0178 1.0180 1.0180 B47 -4.7819 Fixo -4.7819
V6 1.0700 1.0700 1.0700 B49 -1.7979 Fixo -1.7979
V7 1.0616 1.0620 1.0620 B611 -4.0940 Fixo -4.0940
V8 1.0901 1.0900 1.0900 B612 -3.1759 Fixo -3.1759
V9 1.0560 1.0560 1.0560 B613 -6.1027 Fixo -6.1027
V10 1.0511 1.0510 1.0510 B78 -5.6769 Fixo -5.6769
V11 1.0569 1.0570 1.0570 B79 -9.0900 Fixo -9.0900
V12 1.0552 1.0550 1.0550 B910 -10.365 Fixo -10.365
V13 1.0504 1.0500 1.0500 B914 -3.0290 Fixo -3.0290
V14 1.0357 1.0360 1.0360 B1011 -4.4029 Fixo -4.4029
G12 5.1657 4.9932 4.9991 B1213 -2.2519 Fixo -2.2519
G24 1.7422 1.7181 1.6860 B1314 -2.3149 Fixo -2.3149
Teste 5
O método é aplicado ao sistema de 30 barras, ilustrado na figura 6.17.
Os parâmetros de linha desse sistema, que serão considerados para a nossa
análise, são apresentados nas colunas 2 e 5 da tabela 6.12.
86
6.3 Testes com o sistema de 30 barras do IEEE
P
31
Q
31
P
62
Q
62
P
68
Q
68
P
76
Q
76
P
75
Q
75
P
34
Q
34
P
106
Q
106
P
1022
Q
1022
P
1920
Q
1920
P
2221
Q
2221
P
1523
Q
1523
P
2315
Q
2315
P
2324
Q
2324
P
86
Q
86
P
1815
Q
1815
P
828
Q
828
P
286
Q
286
P
288
Q
288
P
2224
Q
2224
P
2422
Q
2422
P
2425
Q
2425
P
2524
Q
2524
P
2625
Q
2625
P
2526
Q
2526
P
2725
Q
2725
P
2527
Q
2527
P
2927
Q
2927
P
2730
Q
2730
P
3027
Q
3027
P
3029
Q
3029
P
3029
Q
3029
10
29
30
27
26.
25
20
19
24
23
21
22
28
8
7
3
Onde:
Medidas de fluxo de potencia ativa e reativa
Medidas de tensão
C
Condensador sincrono
G
Gerador
13
11
16
15 18
Fi
g
ura 6.17: Sistema de 30 barras do IEEE
P
1518
Q
1518
P
1710
Q
1710
P
1514
Q
1514
P
1512
Q
1512
P
1215
Q
1215
P
1415
Q
1415
P
1412
Q
1412
P
1214
Q
1214
P
1612
Q
1612
P
1617
Q
1617
P
124
Q
124
P
610
Q
610
P
96
Q
96
P
46
Q
46
P
43
Q
43
P
26
Q
26
P
21
Q
21
P
24
Q
24
P
67
Q
67
P
25
Q
25
P
52
Q
52
P
13
Q
13
P
12
Q
12
P
64
Q
64
P
57
Q
57
17
14
9
5
6
12
4
2
1
G
C
C
C
G
87
Tabela 6.12 Parâmetros de linha do sistema de 30 barras do IEEE. (os valores
das ângulos estão em radianos e das demais variáveis em p.u.)
Condição
inicial
Valores
verdadeiros
Condição
inicial
Valores
verdadeiros
Condição
inicial
Valores
verdadeiros
G12 5.3988 5.2246 B12 -16.168 -15.646 B
sh
12 0.0264 0.0264
G13 1.5922 1.5408 B13 -5.8193 -5.6316 B
sh
13 0.0204 0.0204
G24 1.7624 1.7055 B24 -5.3706 -5.1973 Bsh24 0.0184 0.0184
G25 1.1738 1.1359 B25 -4.9315 -4.7724 Bsh25 0.0209 0.0209
G26 1.7423 1.6861 B26 -5.2870 -5.1164 Bsh26 0.0187 0.0187
G34 8.4686 8.1954 B34 -24.315 -23.530 Bsh34 0.0042 0.0042
G46 6.6268 6.4131 B46 -23.054 -22.311 Bsh46 0.0045 0.0045
G412 0 0 B412 -4.0364 -4.0364 Bsh412 0 0
G57 3.0524 2.9540 B57 -7.6975 -7.4492 Bsh57 0.0102 0.0102
G67 3.7099 3.5902 B67 -11.393 -11.026 Bsh67 0.0085 0.0085
G68 6.4989 6.2893 B68 -22.746 -22.012 Bsh68 0.0045 0.0045
G69 0 0 B69 -4.9679 -4.8076 Bsh69 0 0
G610 0 0 B610 -1.8585 -1.7985 Bsh610 0 0
G628 4.5083 4.3628 B628 -15.979 -15.463 Bsh628 0.0065 0.0065
G828 1.4921 1.4439 B828 -4.6921 -4.5408 Bsh828 0.0214 0.0214
G911 0 0 B911 -4.8076 -4.8076 Bsh911 0 0
G910 0 0 B910 -9.0909 -9.0909 Bsh910 0 0
G1020 1.7848 1.7848 B1020 -3.9853 -3.9853 Bsh1020 0 0
G1017 3.9560 3.9560 B1017 -10.317 -10.317 Bsh1017 0 0
G1021 5.1018 5.1018 B1021 -10.980 -10.980 Bsh1021 0 0
G1022 2.6193 2.6193 B1022 -5.4007 -7.1428 Bsh1022 0 0
G1213 0 0 B1213 -7.1428 -3.1734 Bsh1213 0 0
G1214 1.5265 1.5265 B1214 -3.1734 -4.1043 Bsh1214 0 0
G1215 3.0954 3.0954 B1215 -6.0972 -15.646 Bsh1215 0 0
G1216 1.9519 1.9519 B1216 -4.1043 -5.6316 Bsh1216 0 0
G1415 2.4909 2.4909 B1415 -2.2508 -2.2508 Bsh1415 0 0
G1518 1.8108 1.8108 B1518 -3.6874 -3.6874 Bsh1518 0 0
G1523 1.9683 1.9683 B1523 -3.9760 -3.9760 Bsh1523 0 0
G1617 1.3190 1.3190 B1617 -4.8407 -4.8407 Bsh1617 0 0
G1819 3.0757 3.0757 B1819 -6.2187 -6.2187 Bsh1819 0 0
G1920 5.8823 5.8823 B1920 -11.764 -11.764 Bsh1920 0 0
G2122 16.774 16.774 B2122 -34.127 -34.127 Bsh2122 0 0
G2224 2.5405 2.5405 B2224 -3.9544 -3.9544 Bsh2224 0 0
G2324 1.4614 1.4614 B2324 -2.9892 -2.9892 Bsh2324 0 0
G2425 1.3098 1.3099 B2425 -2.2876 -2.2876 Bsh2425 0 0
G2526 1.2165 1.2165 B2526 -1.8171 -1.8171 Bsh2526 0 0
G2527 1.9693 1.9693 B2527 -3.7602 -3.7602 Bsh2527 0 0
G2729 0.9955 0.9955 B2729 -1.8810 -1.8810 Bsh2729 0 0
G2730 0.6874 0.6874 B2730 -1.2939 -1.2939 Bsh2730 0 0
G2728 0 0 B2728 -2.5252 -2.5252 Bsh2728 0 0
G2930 0.9120 0.9120 B2930 -1.7233 -1.7233 Bsh2930 0 0
88
Fase 1: considera-se o conjunto de medidas previamente selecionadas para
serem usadas, indicadas na figura 6.17.
Fase 2: Analise de observabilidade :
Passo 1: Obtenha a matriz G considerando: - as medidas ilustradas na figura
6.17; - os parâmetros apresentados tabela 6.12 (condição inicial); - as tensões
complexas obtidas por um estimador de estado convencional WLS, contidas na
Tabela 6.13; - fazendo W = I.
Uma vez obtida a matriz
Aum
G
, faz –se a fatoração triangular da mesma.
Tabela 6.13: Dados das magnitudes de tensão e ângulo do sistema de 30
barras.
Barra Tensão(pu) Ângulo(rad)
1 1.0579 0
2 1.0415 -0.0906
3 1.0198 -0.1276
4 1.0111 -0.1572
5 1.0095 -0.2397
6 1.0097 -0.1873
7 1.0021 -0.2177
8 1.0095 -0.1999
9 1.0501 -0.2389
10 1.0446 -0.2659
11 1.0803 -0.2389
12 1.0567 -0.2530
13 1.0701 -0.2530
14 1.0422 -0.2681
15 1.0377 -0.2697
16 1.0441 -0.2629
17 1.0396 -0.2686
18 1.0284 -0.2801
19 1.0259 -0.2830
20 1.0299 -0.2797
21 1.0326 -0.2734
22 1.0331 -0.2732
23 1.0274 -0.2764
24 1.0218 -0.2797
25 1.0171 -0.2740
26 0.9999 -0.2809
27 1.0227 -0.2656
28 1.0063 -0.1978
29 1.0032 -0.2864
30 0.9921 -0.3013
89
A estrutura da
Aum
G
fatorada é a seguinte:
Figura 6.18: Matriz
Aum
G
fatorada
Como apareceu apenas um PZ (elemento
)(
3030
θ
θ
Aum
U
), o sistema é
observável como um todo, com relação ao conjunto de medidas disponível.
Observação 6.2: Devido à dimensão do sistema de 30 barras do IEEE, não
apresentar-se-ão todos os passos do processo de análise de observabilidade,
como tem sido feito até o momento. Assim, a partir de agora, vamos colocar
apenas os resultados dos testes realizados.
Fase 3: Estimação de estado e parâmetros: considerando a configuração de
medidores indicada na figura 6.17, e usando somente medidas exatas (veja
Tabela 6.14), o vetor de variáveis de estado aumentado é estimado. Os
resultado obtidos nesta fase são apresentados na Tabela 6.15.
θ
30
0
U
Aug
=
θ
30
90
Tabela 6.14: valores do conjunto de medidas ilustrado na figura 6.17
Medidas de fluxos de potencia
ativa (P.u.)
Medidas de fluxo de potencia
reativa (P.u.)
Medidas de magnitude
de tensão (P.u.)
P12 1.732 P1213 0 Q12 -0.211 Q1213 -0.105 V1 1.06
P21 -1.68 P1312 0 Q21 0.308 Q1312 0.106 V2 1.043
P13 0.877 P1214 0.079 Q13 0.046 Q1214 0.024 V3 1.021
P31 -0.846 P1412 -0.078 Q31 0.024 Q1412 -0.022 V4 1.012
P24 0.436 P1215 0.179 Q24 0.039 Q1215 0.068 V5 1.01
P42 -0.426 P1512 -0.177 Q42 -0.047 Q1512 -0.064 V6 1.01
P25 0.824 P1216 0.072 Q25 0.018 Q1216 0.034 V7 1.002
P52 -0.794 P1612 -0.072 Q52 0.062 Q1612 -0.032 V8 1.01
P26 0.603 P1415 0.016 Q26 0.004 Q1415 0.006 V9 1.051
P62 -0.584 P1514 -0.016 Q62 0.015 Q1514 -0.006 V10 1.045
P34 0.822 P1518 0.060 Q34 -0.036 Q1518 0.016 V11 1.082
P43 -0.813 P1815 -0.060 Q43 0.052 Q1815 -0.015 V12 1.057
P46 0.721 P1523 0.050 Q46 -0.163 Q1523 0.029 V13 1.071
P64 -0.715 P2315 -0.050 Q64 0.176 Q2315 -0.028 V14 1.042
P412 0.442 P1617 0.037 Q412 0.142 Q1617 0.014 V15 1.038
P124 -0.442 P1716 -0.037 Q124 -0.096 Q1716 -0.014 V16 1.044
P57 -0.148 P1819 0.028 Q57 0.117 Q1819 0.006 V17 1.04
P75 0.149 P1918 -0.028 Q75 -0.133 Q1918 -0.006 V18 1.028
P67 0.381 P1920 -0.067 Q67 -0.030 Q1920 -0.028 V19 1.026
P76 -0.377 P2019 0.067 Q76 0.024 Q2019 0.028 V20 1.030
P68 0.296 P2122 -0.018 Q68 -0.081 Q2122 -0.014 V21 1.033
P86 -0.294 P2221 0.018 Q86 0.076 Q2221 0.014 V22 1.033
P69 0.277 P2224 0.057 Q69 -0.082 Q2224 0.031 V23 1.027
P96 -0.277 P2422 -0.057 Q96 0.098 Q2422 -0.030 V24 1.021
P610 0.158 P2324 0.018 Q610 0.002 Q2324 0.012 V25 1.016
P106 -0.158 P2423 -0.018 Q106 0.011 Q2423 -0.012 V26 0.999
P628 0.187 P2425 -0.012 Q628 0 Q2425 0.020 V27 1.022
P286 -0.186 P2524 0.012 Q286 -0.015 Q2524 -0.020 V28 1.007
P828 -0.005 P2526 0.035 Q828 -0.004 Q2526 0.024 V29 1.002
P288 0.005 P2625 -0.035 Q288 -0.04 Q2625 -0.023 V30 0.991
P911 0 P2527 -0.048 Q911 -0.157 Q2527 -0.004
P119 0 P2725 0.048 Q119 0.162 Q2725 0.004
P910 0.277 P2729 0.062 Q910 0.059 Q2729 0.017
P109 -0.277 P2927 -0.061 Q109 -0.051 Q2927 -0.015
P1020 0.090 P2730 0.071 Q1020 0.037 Q2730 0.017
P2010 -0.089 P3027 -0.069 Q2010 -0.035 Q3027 -0.014
P1017 0.053 P2728 -0.181 Q1017 0.044 Q2728 0.050
P1710 -0.053 P2827 0.181 Q1710 -0.044 Q2827 -0.037
P1021 0.158 P2930 0.037 Q1021 0.100 Q2930 0.006
P2110 -0.157 P3029 -0.037 Q2110 -0.098 Q3029 -0.005
P1022 0.076 Q1022 0.046
P2210 -0.076 Q2210 -0.045
91
Tabela 6.15 Resultados do teste 5 (os valores dos ângulos estão em radianos
e das demais variáveis em
P.u.)
Condição
inicial
Valores
estimados
Valores
verdadeiros
Condição
inicial
Valores
estimados
Valores
verdadeiros
θ1 0 0 0 G69 0 0.0000 0
θ2 -0.0906 -0.0934 -0.0925 G610 0 0.0000 0
θ3 -0.1275 -0.1321 -0.1309 G628 4.5083 5.0808 4.3628
θ4 -0.1571 -0.1629 -0.1623 G828 1.4921 1.8127 1.4439
θ5 -0.2396 -0.2472 -0.2478 G910 0 0.0000 0
θ6 -0.1872 -0.1929 -0.1937 G911 0 0.0000 0
θ7 -0.2176 -0.2236 -0.2251 G1017 1.7848 1.8443 1.7848
θ8 -0.1998 -0.2070 -0.2059 G1020 3.9560 4.0879 3.9560
θ9 -0.2387 -0.2446 -0.2461 G1021 5.1018 5.2719 5.1018
θ10 -0.2665 -0.2717 -0.2740 G1022 2.6193 2.7065 2.6193
θ11 -0.2387 -0.2446 -0.2461 G1213 0 0.0000 0
θ12 -0.2531 -0.2589 -0.2618 G1214 1.5265 1.5773 1.5265
θ13 -0.2531 -0.2589 -0.2618 G1215 3.0954 3.1986 3.0954
θ14 -0.2687 -0.2740 -0.2775 G1216 1.9519 2.0171 1.9519
θ15 -0.2703 -0.2756 -0.2792 G1415 2.4909 2.5739 2.4909
θ16 -0.2633 -0.2688 -0.2705 G1518 1.8108 1.8711 1.8108
θ17 -0.2693 -0.2745 -0.2775 G1523 1.9683 2.0339 1.9683
θ18 -0.2811 -0.2859 -0.2897 G1617 1.3190 1.3630 1.3190
θ19 -0.2842 -0.2888 -0.2915 G1819 3.0757 3.1782 3.0757
θ20 -0.2807 -0.2856 -0.2879 G1920 5.8823 6.0784 5.8823
θ21 -0.2743 -0.2793 -0.2827 G2122 16.774 17.333 16.774
θ22 -0.2741 -0.2790 -0.2827 G2224 2.5405 2.6252 2.5405
θ23 -0.2774 -0.2822 -0.2862 G2324 1.4614 1.5101 1.4614
θ24 -0.2809 -0.2855 -0.2897 G2425 1.3098 1.3535 1.3099
θ25 -0.2755 -0.2796 -0.2827 G2526 1.2165 1.2570 1.2165
θ26 -0.2827 -0.2866 -0.2897 G2527 1.9693 2.0348 1.9693
θ27 -0.2671 -0.2714 -0.2740 G2729 0.9955 1.0286 0.9955
θ28 -0.1977 -0.2033 -0.2042 G2730 0.6874 0.7103 0.6874
θ29 -0.2886 -0.2922 -0.2949 G2728 0 0.0000 0
θ30 -0.3040 -0.3072 -0.3107 G2930 0.9120 0.9423 0.9120
V1 1.0583 1.0599 1.0600 B12 -16.168 -15.630 -15.646
V2 1.0418 1.0429 1.0430 B13 -5.8193 -5.6098 -5.6316
V3 1.0202 1.0207 1.0210 B24 -5.3706 -5.6098 -5.1973
V4 1.0115 1.0104 1.0120 B25 -4.9315 -4.7742 -4.7724
V5 1.0098 1.0098 1.0100 B26 -5.2870 -5.1324 -5.1164
V6 1.0101 1.0104 1.0100 B34 -24.315 -22.728 -23.530
V7 1.0024 1.0019 1.0020 B46 -23.054 -23.402 -22.311
V8 1.0098 1.0100 1.0100 B412 -4.0364 -4.0363 -4.0364
V9 1.0505 1.0505 1.0510 B57 -7.6975 -7.1676 -7.4492
V10 1.0448 1.0449 1.0450 B67 -11.393 -11.126 -11.026
V11 1.0816 1.0807 1.0820 B68 -22.746 -20.370 -22.012
V12 1.0572 1.0565 1.0570 B69 -4.8076 -4.9678 -4.8076
V13 1.0711 1.0699 1.0710 B610 -1.7985 -1.8585 -1.7985
V14 1.0423 1.0421 1.0420 B628 -15.979 -15.559 -15.463
V15 1.0376 1.0376 1.0380 B828 -4.6921 -3.2658 -4.5408
V16 1.0443 1.0442 1.0440 B910 -4.8076 -4.9678 -4.8076
V17 1.0396 1.0399 1.0400 B911 -9.0909 -9.3938 -9.0909
V18 1.0280 1.0285 1.0280 B1017 -3.9853 -4.1181 -3.9853
V19 1.0255 1.0261 1.0260 B1020 -10.317 -10.661 -10.317
V20 1.0296 1.0300 1.0300 B1021 -10.980 -11.347 -10.980
V21 1.0324 1.0329 1.0330 B1022 -5.4007 -5.5808 -5.4007
V22 1.0329 1.0333 1.0330 B1213 -7.1428 -7.3808 -7.1428
V23 1.0271 1.0274 1.0270 B1214 -3.1734 -3.2792 -3.1734
V24 1.0212 1.0218 1.0210 B1215 -6.0972 -6.3005 -6.0972
V25 1.0167 1.0168 1.0160 B1216 -4.1043 -4.2411 -4.1043
V26 0.9990 0.9996 0.9990 B1415 -2.2508 -2.3259 -2.2508
V27 1.0225 1.0221 1.0220 B1518 -3.6874 -3.8103 -3.6874
V28 1.0067 1.0066 1.0070 B1523 -3.9760 -4.1086 -3.9760
V29 1.0025 1.0027 1.0020 B1617 -4.8407 -5.0020 -4.8407
V30 0.9911 0.9916 0.9910 B1819 -6.2187 -6.4260 -6.2187
G12 5.3988 5.2293 5.2246 B1920 -11.764 -12.156 -11.764
G13 1.5922 1.5242 1.5408 B2122 -34.127 -35.265 -34.127
G24 1.7624 1.7313 1.7055 B2224 -3.9544 -4.0862 -3.9544
G25 1.1738 1.1362 1.1359 B2324 -2.9892 -3.0887 -2.9892
G26 1.7423 1.6799 1.6861 B2425 -2.2876 -2.3638 -2.2876
G34 8.4686 8.8915 8.1954 B2526 -1.8171 -1.8776 -1.8171
G46 6.6268 5.5408 6.4131 B2527 -3.7602 -3.8854 -3.7602
G412 0 0.0000 0 B2729 -1.8810 -1.9437 -1.8810
G57 3.0524 2.8418 2.9540 B2730 -1.2939 -1.3371 -1.2939
G67 3.7099 3.9122 3.5902 B2728 -2.5252 -2.6094 -2.5252
G68 6.4989 5.9646 6.2893 B2930 -1.7233 -1.7808 -1.7233
92
Teste 6
Fase 1: O método proposto é aplicado novamente ao sistema de 30 barras do
IEEE, associado ao conjunto de medidas ilustrado na figura 6.17, mas sem
considerar as medidas:
30,27
P
,
30,27
Q
,
27,30
P
,
27,30
Q
,
22,10
P
,
22,10
Q
,
10,22
P
,
10,22
Q
,
15,12
P
,
15,12
Q
,
12,15
P
e
12,15
Q
.
Fase 2: Análise de observabilidade: Considerando os parâmetros do sistema
de 30 barras apresentados nas colunas 2 e 5 da Tabela 6.7, bem como os
valores das tensões complexas apresentadas na tabela 6.13, obtêm-se a
matriz GAum. A fatoração triangular da mesma resulta em sete caminhos de
grafos, que são os seguintes: CG1={G12, G13, G24, G25, G26, G34, G46,
G412, G57, G67, G68, G69, G610, G628, G828, G910, G911, G1017, G1020,
G1021, G1213, G1214, G1216, G1415, G1518, G1523, G1617, G1819, G1920,
G2122, G2224, G2324, G2425, G2526, G2527, G2729, G2728, G2930, B12,
B13, B24, B25, B26, B34, B46, B412, B57, B67, B68, B69, B610, B628, B828,
B910, B911, B1017, B1020, B1021, B1213, B1214, B1216, B1415, B1518,
B1523, B1617, B1819, B1920, B2122, B2224, B2324, B2425, B2526, B2527,
B2729, B2728, B2930, θ1, θ2, θ3, θ4, θ5, θ6, θ7, θ8, θ9, θ10, θ11, θ12, θ13,
θ14, θ15, θ16, θ17, θ18, θ20, θ21, θ22, θ23, θ24, θ25, θ26, θ27, θ28, θ29,
θ30}; CG2={G2730}; CG3={G1022}; CG4={G1215}; CG5={B2730};
CG6={B1022}; e CG7={B1215};
Em razão de não existir medida de potência, relacionando os nós de caminhos
de grafos distintos, chega-se a conclusão de que o sistema não é observável
como um todo e as sub-redes, associadas com cada caminho de fatoração
isolado, constituem ilhas observáveis.
Fase 3: Estimação de estado e parâmetros: considerando a configuração de
medidores indicada na Fase 1 e usando somente os vetores corretos para
essas medidas (veja Tabela 6.14), o vetor de variáveis de estado aumentado é
estimado. Os resultado obtidos nesta fase são apresentados na Tabela 6.16.
93
Tabela 6.16 Resultados do teste 6 ( os valores dos ângulos estão em radianos
e das demais variáveis em P.u.)
94
Teste 7
Neste teste será analisada a capacidade do estimador proposto, no
sentido da obtenção de boas estimativas, para diferentes porcentagens de
erros, em um determinado parâmetro e na presença de medidas com ruído.
Face ao exposto, utilizar-se-á um conjunto de medidas que torne o
sistema em análise observável, não sendo necessário o processamento das
Fases 1 e 2, da metodologia proposta.
O estimador de estado e parâmetros proposto será aplicado ao sistema
de 30 barras do IEEE, associado ao conjunto de medidas ilustrado na figura
6.17, adicionando erros aleatórios (
2%)
29
, para todas as medidas
disponíveis, assim como foi realizado em [Liu&Wu(1992)]. Os valores dessas
medidas são apresentados na Tabela 6.17.
O desempenho do estimador de estado e parâmetros proposto será
avaliado quanto à variação do erro, nos seguintes parâmetros:
Situação 1: erro na susceptância série da linha entre as barras 10 e 20 (os
demais parâmetros do sistema sem erro). Os resultados estão na tabela 6.18;
Situação 2: erro na susceptância série da linha entre as barras 2 e 4 (os
demais parâmetros do sistema sem erro). Os resultados estão na tabela 6.19.
29
Gerado através da função “rand” do Matlab.
95
Tabela 6.17: Valores do conjunto de medidas utilizado no Teste 7
Medidas de fluxos de potencia ativa (P.u.) Medidas de fluxo de potencia reativa (P.u.) Medidas de magnitude
de tensão (P.u.)
P12 1.765 P1213 0 Q12 -0.2135 Q1213 -0.1053 V1 1.06
P21 -1.688 P1312 0 Q21 0.3084 Q1312 0.1061 V2 1.043
P13 0.887 P1214 0.0803 Q13 0.0463 Q1214 0.0242 V3 1.021
P31 -0.854 P1412 -0.0788 Q31 0.0243 Q1412 -0.0224 V4 1.012
P24 0.444 P1215 0.1815 Q24 0.0396 Q1215 0.0693 V5 1.01
P42 -0.432 P1512 -0.1785 Q42 -0.0477 Q1512 -0.0643 V6 1.01
P25 0.831 P1216 0.0724 Q25 0.0180 Q1216 0.0341 V7 1.002
P52 -0.794 P1612 -0.0723 Q52 0.0626 Q1612 -0.0326 V8 1.01
P26 0.613 P1415 0.0161 Q26 0.0040 Q1415 0.0060 V9 1.051
P62 -0.589 P1514 -0.0162 Q62 0.0151 Q1514 -0.0061 V10 1.045
P34 0.832 P1518 0.0604 Q34 -0.0361 Q1518 0.0163 V11 1.082
P43 -0.826 P1815 -0.0607 Q43 0.0527 Q1815 -0.0152 V12 1.057
P46 0.734 P1523 0.0502 Q46 -0.1653 Q1523 0.0295 V13 1.071
P64 -0.726 P2315 -0.0507 Q64 0.1786 Q2315 -0.0280 V14 1.042
P412 0.444 P1617 0.0373 Q412 0.1434 Q1617 0.0140 V15 1.038
P124 -0.446 P1716 -0.0376 Q124 -0.0971 Q1716 -0.0142 V16 1.044
P57 -0.151 P1819 0.0285 Q57 0.1173 Q1819 0.0061 V17 1.04
P75 0.152 P1918 -0.0283 Q75 -0.1342 Q1918 -0.0061 V18 1.028
P67 0.384 P1920 -0.0677 Q67 -0.0304 Q1920 -0.0284 V19 1.026
P76 -0.384 P2019 0.0682 Q76 0.0244 Q2019 0.0284 V20 1.030
P68 0.296 P2122 -0.0183 Q68 -0.0814 Q2122 -0.0141 V21 1.033
P86 -0.296 P2221 0.0182 Q86 0.0764 Q2221 0.0140 V22 1.033
P69 0.281 P2224 0.0579 Q69 -0.0834 Q2224 0.0311 V23 1.027
P96 -0.277 P2422 -0.0578 Q96 0.0985 Q2422 -0.0301 V24 1.021
P610 0.158 P2324 0.0181 Q610 0.0020 Q2324 0.0121 V25 1.016
P106 -0.158 P2423 -0.0181 Q106 0.0112 Q2423 -0.0122 V26 0.999
P628 0.188 P2425 -0.0121 Q628 0 Q2425 0.0202 V27 1.022
P286 -0.188 P2524 0.0121 Q286 -0.0151 Q2524 -0.0203 V28 1.007
P828 -0.005 P2526 0.0355 Q828 -0.0040 Q2526 0.0242 V29 1.002
P288 0.005 P2625 -0.0352 Q288 -0.0401 Q2625 -0.0232 V30 0.991
P911 0 P2527 -0.0488 Q911 -0.1590 Q2527 -0.0040
P119 0 P2725 0.0485 Q119 0.1626 Q2725 0.0040
P910 0.279 P2729 0.0625 Q910 0.0600 Q2729 0.0173
P109 -0.282 P2927 -0.0619 Q109 -0.0512 Q2927 -0.0150
P1020 0.091 P3027 0.0718 Q1020 0.0371 Q2730 0.0171
P2010 -0.089 P2730 -0.0696 Q2010 -0.0357 Q3027 -0.0140
P1017 0.054 P2728 0.1835 Q1017 0.0444 Q2728 0.0507
P1710 -0.054 P2827 -0.1832 Q1710 -0.0443 Q2827 -0.0375
P1021 0.159 P2930 0.0376 Q1021 0.1006 Q2930 0.0061
P2110 -0.159 P3029 -0.0377 Q2110 -0.0987 Q3029 -0.0051
P1022 0.077 Q1022 0.0464
P2210 -0.076 Q2210 -0.0455
96
Tabela 6.18 Resultados referentes à Situação 1 (estimador proposto)
Valor verdadeiro b=3.9854
Caso Condição inicial % error
(original)
Valor estimado
(b)
% error
(corregido)
1 3.785 5 3.8944 2.28
2 3.585 10 3.8944 2.28
3 3.185 20 3.8944 2.28
4 2.385 40 3.8944 2.28
5 0.785 80 3.8944 2.28
Tabela 6.19 Resultados referentes à Situação 2 (estimador proposto)
Valor verdadeiro b=5.1974
Caso Condição inicial % error
(original)
Valor estimado
(b)
% error
(corregido)
1 5.457 5 5.2045 0.137
2 5.717 10 5.2045 0.137
3 6.238 20 5.2045 0.137
4 7.274 40 5.2045 0.137
5 9.387 80 5.2045 0.137
É importante observar que o estimador proposto permite corrigir
significativamente o erro no parâmetro, mesmo na presença de um erro de até
80%.
Nas Tabelas 6.20 e 6.21, acham-se os resultados da aplicação do
estimador de parâmetros proposto em [Liu&Wu(1992)], para análise das
situações 1 e 2, respectivamente. Vale destacar que, conforme mencionado no
capítulo 2, em [LIU & LUN (1992)] propõe-se a estimação dos erros de
parâmetros, atravé da análise do vetor de resíduo, e, através dessas
estimativas, realiza-se a correção dos parâmetros errados do sistema.
97
Tabela 6.20 Resultados referentes à Situação 1 (estimador proposto em
[Liu&Wu(1992)])
Valor verdadeiro b=3.9854
Caso Condição inicial % error
(original)
Valor estimado
(b)
% error
(corregido)
1 3.785 5 3.970 0.38
2 3.585 10 3.950 0.88
3 3.185 20 3.893 2.30
4 2.385 40 3.685 7.51
5 0.785 80 2.531 36.47
Tabela 6.21 Resultados referentes à Situação 2 (estimador proposto em
[Liu&Wu(1992)])
Valor verdadeiro b=5.1974
Caso Condição inicial % error
(original)
Valor estimado
(b)
% error
(corregido)
1 5.457 5 5.192 0.1
2 5.717 10 5.187 0.19
3 6.238 20 5.176 0.43
4 7.274 40 5.148 0.96
5 9.387 80 5.082 2.23
6.4 Análise dos resultados
Apreciando os resultados coerentes, obtidos em todos os testes realizados,
permite-se-nos afirmar que:
- Está comprovada a eficiência do método proposto para análise de
observabilidade, para o modelo aumentado;
- Importa salientar que as estimativas de estado obtidas, pelo estimador de
estado e parâmetros proposto, levam-nos a valores mais próximos dos
verdadeiros, em relação àqueles oriundos das estimativas obtidas pelo
estimador de estado convencional, por mínimos quadrados ponderados. Isto
se comprova analisando as tabelas que apresentam os resultados das análises
(tabelas: 6.4, 6.6, 6.10, 6.11, 6.15 e 6.16), pois, as condições iniciais, de todos
os testes apresentados, foram obtidas através de um estimador de estado
convencional, por mínimos quadrados ponderados, processado com os
98
mesmos parâmetros incorretos e os mesmos valores das medidas, usados nos
testes. Comparando os valores correspondentes a essas condições iniciais,
com os respectivos valores fornecidos pelo estimador de estado e parâmetros
proposto, também apresentados naquelas tabelas, verifica-se a superioridade
deste, que, por permitir a estimação dos parâmetros das linhas de transmissão
médias e longas, permitiu a obtenção de estimativas melhores para as tensões
complexas, com poucas exceções. Acreditamos sejam essas exceções devidas
a problemas numéricos, resultantes do mau condicionamento da matriz GAum.
Para melhorar o condicionamento dessa matriz, já foi implementado o método
de escalonamento por linhas e colunas, que será apresentado no apêndice A.
- No teste 7 comprova-se a capacidade do estimador proposto, no sentido de
obter boas estimativas, para diferentes porcentagens de erro em um parâmetro
e na presença de medidas com ruído;
- Comparando os resultados obtidos pelo estimador aqui proposto, constantes
nas Tabelas 6.18 e 6.19, e os obtidos pelo estimador desenvolvido em
[Liu&Wu(1992)], apresentados nas Tabelas 6.20 e 6.21, comprova-se a
viabilidade do estimador proposto. Vale destacar, entretanto, que tomando por
base esses resultados, não podemos afirmar que o nosso estimador seja
superior ao desenvolvido em [Liu&Wu(1992)]. Isto porque, em razão de não ter
sido apresentado o conjunto de medidas utilizado naquela referência, não é
possível realizar uma comparação mais justa entre as duas metodologias.
Contudo, de qualquer forma, já é um indicativo da viabilidade da metodologia
proposta.
99
Capítulo 7
Conclusões
Este capítulo resume o trabalho apresentado e destaca as principais
contribuições do mesmo. Além disso, salienta algumas perspectivas de
extensão da metodologia proposta.
Inicialmente, se mostrou que os métodos desenvolvidos, para o tratamento de
erros de parâmetros, podem ser divididos em dois grupos: métodos baseados
na análise da sensibilidade dos resíduos e aqueles que aumentam o vetor de
variáveis de estado.
Os métodos referentes a esses dois grupos dependem de uma
estimação de estado convencional, para a determinação dos ramos suspeitos
de estarem com erros de parâmetros. A grande limitação dos métodos
baseados na análise da sensibilidade dos resíduos é a dificuldade para
distinguir entre o resíduo causado por um erro grosseiro daquele causado por
um erro de parâmetro.
Os métodos que aumentam o vetor de estado podem ser ainda divididos
em: métodos que utilizam as Equações Normais e métodos que utilizam a
teoria do filtro de Kalman.
A principal limitação dos métodos que usam Equações Normais está
relacionada à observabilidade, isto é, raramente o número de medidas
disponível é suficiente para estimar todas as variáveis de estado aumentadas,
uma vez que as mesmas aumentam, mas o conjunto de medidas continua o
mesmo.
Os métodos baseados na teoria do filtro de kalman supera tal limitação,
aumentando-se o vetor de medidas, através de pseudo-medidas, que
correspondem às variáveis de estado e aos parâmetros estimados no instante
anterior. Entretanto, a grande limitação destes métodos está na determinação
da matriz transição de estado.
100
Com o objetivo de contribuir para a solução do problema de estimação
de parâmetros, em sistemas elétricos de potência, iniciou-se esta pesquisa,
buscando desenvolver um estimador de estado e parâmetros baseado nas
equações normais. Vale destacar que, para o desenvolvimento deste trabalho,
contamos com a colaboração do professor Lamine Mili (Virginia Tech –
Alexandria Research Institute).
Os parâmetros a serem estimados, pela metodologia proposta, são as
admitâncias série de linhas de transmissão aéreas, classificadas como médias
e longas (com comprimento acima de 80 km).
O que se propôs, neste trabalho, foi um a metodologia para estimação
de estado e parâmetros, baseada nas equações normais, em que os vetores
de estado e de medidas são aumentados. O vetor de estado é aumentado para
a inclusão dos parâmetros a serem estimados, citados anteriormente; já o vetor
de medidas é aumentado para considerar medidas de diversas amostras,
desde que não tenham sofrido uma alteração significativa dos seus valores.
Face ao exposto, os vetores de medidas e de estado passam a ser
chamados, respectivamente, de vetor de medidas aumentado e de vetor de
estado aumentado.
Para determinar a porção do sistema, cujo vetor de estado aumentado
possa ser estimado, desenvolveu-se, também, um método para análise de
observabilidade. Este método baseia-se na fatoração triangular da matriz
ganho aumentada
Aug
G
e em conceitos de caminhos de grafo. Inicialmente, o
método permite verificar se o sistema é observável como um todo. Não o
sendo, o mesmo permite a identificação das ilhas observáveis. Para isto,
utilizou-se como base o método proposto por Bretas (1996), que se destina à
análise de observabilidade para o estimador de estado convencional. Decidiu-
se utilizar tal método como base, em razão de o mesmo ser simples, de fácil
implementação, rápida execução e não exigir a solução de equações
algébricas.
Além das técnicas estendidas para a estimação de estado e parâmetros,
apresentaram-se, de forma breve, as utilizadas para estimação de estado
convencional, destacando-se as diferenças existentes entre os dois processos.
101
Um ponto não abordado neste trabalho é a consideração das medidas
de injeção de potência ativa e reativa, no plano de medição, que poderiam
auxiliar na análise de observabilidade, em função de aumentar o nível de
redundância das medidas.
Importa destacar que o método proposto para análise de
observabilidade, para o modelo aumentado, pode ser utilizado para qualquer
outro estimador de estado e parâmetros, que trabalhe com o vetor de estado
aumentado.
A implementação, tanto do “observador”, quanto do estimador de estado
e parâmetros, foi realizada utilizando linguagem C, compilado em Builder C++,
em ambiente com sistema operacional Windows, num processador Pentium IV.
No estimador implementado utilizou-se a técnica de escalonamento, para
contornar o problema do mau condicionamento da matriz GAum. O relatório de
saída indica se o sistema é ou não observável como um todo, sendo que, em
caso negativo, indica as ilhas observáveis do sistema. Em seguida, estima-se o
vetor de estado aumentado de todo o sistema, ou, de cada uma das suas ilhas
observáveis.
Na maioria dos testes realizados, utilizaram-se medidas corretas, obtidas
através do programa de fluxo de potência Ana Rede, considerando, como
condição inicial, as tensões complexas obtidas por um estimador de estado
convencional, processado considerando um erro de 3.33% em todos os
parâmetros a serem estimados.
Conforme indicam as simulações efetuadas, o estimador de estado e
parâmetros proposto conseguiu estimar as variáveis de estado com melhor
precisão, relativamente a um estimador de estado convencional, submetido aos
mesmos valores de medidas e parâmetros.
No teste 7, comprovou-se a capacidade do estimador proposto, quanto à
obtenção de boas estimativas, para diferentes porcentagens de erro em um
parâmetro e na presença de medidas com ruído.
102
Observação 7.1: As idéias iniciais deste trabalho foram publicadas em
LONDON Jr. et al (2004b). A metodologia, da forma como foi apresentada
neste trabalho, acaba de ser aceita para publicação no XVI Congresso
Brasileiro de Automática, que será realizado em outubro deste ano, em
Salvador – BA.
Perspectivas Futuras
Embora o estimador de estado e parâmetros proposto se mostre eficiente nos
testes realizados, o mesmo apresenta as seguintes limitações: - a necessidade
de uma análise inicial, para a determinação do conjunto de medidas a ser
utilizado; - falta de robustez, quando se consideram todas as medidas e todos
os parâmetros com ruído. Entretanto, estudos realizados nas fases finais do
desenvolvimento deste trabalho indicam, através da utilização de técnicas de
sincronização de sistemas e Homotopia [LEE, J. & Chiang, H. D.(2001)] a
possibilidade de superarmos aquelas limitações.
Face ao exposto, pretendemos, num trabalho futuro, investigar a possibilidade
de utilizarmos o estimador proposto e as citadas técnicas, para a obtenção de
um estimador de estado e parâmetros, com capacidade para proporcionar-nos
boas estimativas, mesmo na presença de ruído em todas as medidas e
parâmetros, e que não exija uma análise inicial, para a determinação do
conjunto de medidas a ser utilizado.
103
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109
Apêndice A
Neste apêndice apresenta-se a técnica de escalonamento de linhas e
colunas que foi implementada neste trabalho.
Escalonamento de linhas e colunas
Se cada equação de um conjunto linear
bAx =
for escalonada, este tem
o efeito de escalonamento das linhas da matriz de coeficientes. Se
i
r
for o fator
de escalonamento para a equação
i
, então a equação torna-se-á:
=
nn
nnnnnnn
n
n
br
br
br
x
x
x
ararar
ararar
ararar
..
.
..............
..
..............
..............
22
11
3
2
1
21
22222212
11121111
(A.1)
Por outro lado, se cada variável
i
x
for substituída por
ii
cx /
, o efeito nos
coeficientes da matriz será o escalonamento nas colunas. Com ambas linhas e
colunas escalonadas a equação torna-se:
=
nnn
nnnnnnnn
nn
nn
br
br
br
cx
cx
cx
carcarcar
carcarcar
carcarcar
.
/
.
/
/
.
.............
..
..............
..............1
22
11
3
22
11
2211
2222221212
112121111
(A.2)
Se R e C forem matrizes diagonais de fatores de escalonamento de
linhas e colunas respectivamente, a equação modificada (A.2) poderá ser
escrita como :
bxA =
(A.3)
110
onde
RbbRACA == ,
e
xCx =
.
A matriz simétrica pode ser escalonada, simetricamente, fazendo
ii
cr =
.
Se uma matriz simétrica definida positiva for escalonada de tal modo que
,
2/1
==
iiii
acr
então a matriz resultante terá uma diagonal contendo apenas
elementos unitários. Alem disso, usando a propriedade de uma matriz definida
positiva que
jjiiij
aaa <
2
, define-se:
1
2/12/1
<==
ijjjiij
j
iiij
aaacara
(A.4)
Assim, o escalonamento simétrico, de uma matriz simétrica definida
positiva, que torna unitário todos os elementos da diagonal principal, assegura
que todos os elementos fora da diagonal tenham um módulo menor que a
unidade.
O escalonamento pode ter um efeito marcado na escolha de pivôs onde
a seleção de pivô é adotada. Por exemplo, se a matriz.
=
001
078125.01
11001.0
A
(A.5)
é escalonada usando as matrizes R=C=[2000 1 1], então
=
002000
078125.02000
200020004000
A
(A.6)
Conseqüentemente, o elemento não nulo menor de A será convertido
em um elemento maior de
A
. Na realidade, é possível converter qualquer
elemento não nulo de uma matriz no elemento de maior magnitude da matriz
escalonada, adotando fatores de escalonamento de linhas e colunas
satisfatórios.
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