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HERNADES-OLIVARES et al (2002), estudando o comportamento estático e
dinâmico do concreto com borracha de pneu, apresentaram números que, dão uma me-
lhor compreensão da fibra de borracha em outros aspectos: comprimentos entre 0,85
mm e 2,15 mm, 4% de conteúdo retido na peneira 1,6 mm, 25 % de absorção d’água,
6,25% de umidade natural, impurezas de aço 0,05% em peso, temperatura de amoleci-
mento 175
o
C e temperatura de combustão de 200
o
C. A tabela 2.5 a seguir traz outras
propriedades.
Dentre as propriedades supracitadas, podem-se destacar as temperaturas de amo-
lecimento e de combustão. A imagem da borracha sempre esteve relacionada ao fogo;
logo, como o CAB vai se comportar diante de altas temperaturas, também deve ser uma
preocupação de quem o estuda.
Dados de HERNADES-OLIVARES & BARLUENGA (2003), analisando o
comportamento do concreto de alto-desempenho com adições de borrachas em percen-
tuais de 3%, 5% e 8% volumetricamente (4,9%, 8,19% e 13,1% - peso de cimento),
submetido ao fogo, demonstra que o CAB tem melhor desempenho em altas temperatu-
ras. Em seus trabalhos foram utilizadas fibras com comprimento variando entre 0,85 cm
e 2,15 cm e densidade de 0,84 g/cm
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.Verificou-se que o teor de borracha com 3% (4,9%
em relação ao cimento) foi considerada a dosagem ideal, uma vez que teve melhor
comportamento que o concreto com 0% e a redução na resistência não é tão considerá-
vel. Ainda com HERNADES-OLIVARES & BARLUENGA (2003), os ensaios mostra-
ram que à medida que a quantidade de borracha cresceu, o concreto apresentou menor
deterioração. Estes pesquisadores executaram ensaios com placas de 20cm por 30cm
com 5cm de espessura, onde apenas uma das faces fora submetida a uma temperatura
máxima de 1300
o
C. Observou-se, assim, que as placas apresentaram uma curvatura a-
pós o ensaio e que esta curvatura foi tanto menor quanto maior a quantidade de borracha
introduzida.
Para MEHTA & MONTEIRO (1994), uma das excepcionalidades do concreto é
a sua capacidade de suportar, sem impor maiores danos para a edificação, a temperatu-
ras acima de 700
o
C, em comparação a outros materiais. Ainda segundo MEHTA &
MONTEIRO (1994), sabe-se a que a água possui um considerável calor de vaporização.
Assim enquanto houver água evaporável dentro do concreto, a temperatura se mantém
constante, o que constitui uma proteção contra o fogo. Por isso, pode-se dizer que o e-