213
A gente ali representa os interesses do sindicato dos trabalhadores da educação. Trazemos para os
nossos fóruns a discussão da questão da política educacional, como também realizamos um
trabalho de crítica acerca das competências do Conselho, que é levada para as reuniões do
Conselho, então, procuramos um ir e vir dialético. Nossa preocupação é que as decisões do
Conselho não sejam tomadas unilateralmente, como conselheiro, mas sim como Conselho,
respaldado pelos segmentos representados. Se já temos a autorização da categoria, porque já
analisamos e deliberamos anteriormente, não precisamos consultar, mas nós não nos posicionamos
quando não temos isso, nós não deliberamos nada sem uma autorização do sindicato.
(Representação da CUT)
Nós fazemos o planejamento, em que cada uma de nossas representações participa da discussão e
da programação. Em nossas reuniões cada representante do sindicato num desses organismos
apresenta as questões polêmicas para serem debatidas. Tudo é discutido. Quando é uma reunião da
diretoria que trata de assuntos que atingem a categoria como um todo, nós levamos para as
instâncias da categoria, para o conselho de representação e para a assembléia. (Representação do
SINTEP)
A entidade sindical recebia o meu comunicado, mas ela não deliberava, recebia e comunicava para
o grupo a realização das atividades. Nós discutíamos aquelas questões polêmicas e solicitávamos o
encaminhamento de algumas questões. Eu conversava com esse grupo, eram quarenta e três
professores, a gente dialogava por telefone ou internet, conversávamos com os dirigentes da
própria universidade sobre os assuntos polêmicos, com isso nossa participação foi se tornando
cada vez mais importante. (Representação do Sindicato dos Professores do Ensino Superior)
Eu tenho acesso às comunidades indígenas, o que me ajuda e facilita porque eu estou na Secretaria
de Educação do Estado. Como a Secretaria de Educação é responsável, é competência dela dar
atendimento às escolas indígenas, então, lidamos com 39 povos, isso me ajuda a ter acesso às
comunidades indígenas. Eu já estive no Xingu, eu já aprovei o projeto dele de reconhecimento de
escola, eu estive no Bororo, de todos os outros povos. Então, a gente tem esse acesso por conta
dessa história. Outra coisa foi por conta da minha própria militância por eu ser uma pessoa muito
conhecida no Estado e também pelos índios, eles já me conhecem e eu já estou envolvida em
vários projetos que nós estamos lutando para implementar, que é o projeto de formação dos
agentes de saúde. Então, eu não lido só com a categoria professor indígena, mas eu lido com todo
poder da comunidade, da categoria, que de certa forma tem a ver com a educação. É o caso
também da saúde, eu elaborei um projeto para eles agora, que é um projeto de formação de técnica
de enfermagem, com formação escolar de ensino médio, e que no final vão receber uma formação
de técnico em enfermagem. Nós estamos trabalhando com política, não só com política de
educação, mas a política de formação. Provavelmente, virão outras demandas que indiretamente
tem a ver com a educação. Hoje, nós estamos lidando com o ensino superior, eu também lido com
essa demanda e virão as universidades, porque eu hoje não lido só com o estado de Mato Grosso,
hoje eu lido com 200 e poucas escolas do país, por eu estar no CNE, por eu estar dentro de uma