Download PDF
ads:
DESEMPENHO DE SUÍNOS NAS FASES DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO
ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO
DO FARELO DA AMÊNDOA DA CASTANHA DE CAJU E FORMAS DE
ARRAÇOAMENTO
PAULO ROBERTO DE LIMA CARVALHO
FORTALEZA-CEARÁ
2005
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
DESEMPENHO DE SUÍNOS NAS FASES DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO
ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO
DO FARELO DA AMÊNDOA DA CASTANHA DE CAJU E FORMAS DE
ARRAÇOAMENTO
PAULO ROBERTO DE LIMA CARVALHO
FORTALEZA-CE
2005
ads:
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
DESEMPENHO DE SUÍNOS NAS FASES DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO
ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO
DO FARELO DA AMÊNDOA DA CASTANHA DE CAJU E FORMAS DE
ARRAÇOAMENTO
AUTOR: PAULO ROBERTO DE LIMA CARVALHO
ORIENTADOR: Prof. Dr. LUIZ EUQUERIO DE CARVALHO
Dissertação apresentada à Coordenação do
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia,
como parte dos requisitos para obtenção do
Título de Mestre em Zootecnia – Área de
Concentração: Produção e Nutrição Animal.
FORTALEZA-CE
Março de 2005
iv
Esta dissertação foi submetida como parte dos requisitos necessários à
obtenção do grau de Mestre em Zootecnia, outorgado pela Universidade Federal do
Ceará, e encontra-se à disposição dos interessados na Biblioteca Central da referida
Universidade.
A citação de qualquer trecho da dissertação é permitida, desde que seja feita
de conformidade com as normas da ética científica.
_________________________________________________
PAULO ROBERTO DE LIMA CARVALHO
DISSERTAÇÃO APROVADA EM ____ / ____ / ______
_________________________________________
Prof. Dr. LUIZ EUQUERIO DE CARVALHO
ORIENTADOR
_________________________________________
Prof. Dr. GASTÃO BARRETO ESPÍNDOLA
CONSELHEIRO
_________________________________________
Prof. Dr. JOSÉ NAILTON BEZERRA EVANGELISTA
CONSELHEIRO
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me guiado e dado força nesse longo caminho.
Aos meus pais, Ruy Carvalho e Maria Zélia de Lima Carvalho, e irmã Eveliny pelo
apoio, carinho e incentivos dedicados a mim, por estes anos de curso de mestrado.
Aos meus avós, Ismael Vieira de Carvalho e Maria Garcia de Carvalho (in
memorian), Anita Marcelino de Lima e Francisco Marques de Lima, tios e primos,
pelo apoio e confiança.
Ao Professor e amigo Dr. Luiz Euquerio de Carvalho, pela orientação pessoal e
profissional e apoio durante todo o período de realização do curso de mestrado.
Ao pessoal do Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia, pelos
conhecimentos valiosos que me passaram, que com certeza foram de grande
importância para minha vida profissional.
À Indústria de beneficiamento de castanha de caju “CIONE” na pessoa do Sr. Jaime
Aquino que nos cedeu gentilmente o farelo da amêndoa da castanha de caju usado
no experimento.
Ao Departamento de Zootecnia (DZ) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da
Universidade Federal do Ceará (UFC), através da Coordenação do Programa de
Pós-Graduação em Zootecnia, pela realização do curso.
À toda a equipe do Setor de Suinocultura e alunos voluntários, pela ajuda e apoio
durante a realização do experimento.
A CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior) pela
concessão da bolsa de estudo.
Aos amigos, sempre muito importantes nos meus passos, por terem me dado apoio
para conseguir vencer todos os obstáculos durante o curso de Mestrado.
A todos os Professores e funcionários do Departamento de Zootecnia da UFC, assim
como aqueles que direta ou indiretamente me ajudaram, meu muito obrigado.
vi
SUMÁRIO
página
RESUMO.............................................................................................................. viii
ABSTRACT.......................................................................................................... ix
LISTA DE TABELAS ............................................................................................x
LISTA DE FIGURAS............................................................................................ xi
LISTA DE ANEXOS............................................................................................. xii
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1
2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................... 3
2.1 Considerações gerais.................................................................................. 3
2.2 Subprodutos da cultura do cajueiro............................................................. 5
2.3 Composição e valor nutricional do farelo da amêndoa da castanha
de caju (FACC)............................................................................................. 7
2.4 Farelo da amêndoa da castanha do caju (FACC) na alimentação de
monogástricos ............................................................................................. 11
2.5 Formas de arraçoamento (dietas secas x úmidas) para suínos .................. 13
3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................ 15
3.1 Localização.................................................................................................. 15
3.2 Instalações experimentais........................................................................... 15
3.3 Animais utilizados........................................................................................ 16
3.4 Período experimental................................................................................... 16
3.5 Controle sanitário ........................................................................................ 16
3.6 Rações experimentais................................................................................. 17
3.7 Manejo alimentar......................................................................................... 17
3.8 Planejamento estatístico.............................................................................. 20
3.9 Coleta de dados .......................................................................................... 21
3.10 Análise bioeconômica .................................................................................. 21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 23
4.1 Fase de crescimento ................................................................................... 23
4.1.1 Desempenho zootécnico........................................................................ 23
4.1.2 Viabilidade econômica ........................................................................... 27
vii
4.2 Fase de terminação..................................................................................... 28
4.2.1 Desempenho zootécnico........................................................................ 28
4.2.2 Viabilidade econômica ........................................................................... 33
4.3 Período total (crescimento e terminação).................................................... 34
4.3.1 Desempenho zootécnico........................................................................ 34
4.3.2 Viabilidade econômica ........................................................................... 38
5. CONCLUSÕES ................................................................................................ 39
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 40
7. ANEXOS .......................................................................................................... 43
viii
RESUMO
Foram utilizados 32 leitões machos castrados de linhagem comercial, com 70 dias
de idade e com peso médio de 27,53 kg, com o objetivo de avaliar os efeitos de
diferentes níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC) e
formas de arraçoamento sobre o desempenho zootécnico de suínos nas fases de
crescimento (70 a 104 dias e peso de 27,53 a 61,4 kg) e terminação (104 a 137 dias
e peso de 61,4 a 93,7 kg), bem como sua viabilidade econômica. O delineamento
experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com esquema fatorial 4 X 2 (quatro
níveis de inclusão de FACC (0; 6; 12 e 18%) e duas formas de arraçoamento - dietas
secas e úmidas) com quatro repetições por tratamento e um animal por parcela. O
critério para formação dos blocos foi o peso inicial dos animais. Os resultados
mostraram que para a fase de crescimento e o período total, o ganho de peso médio
diário (GPMD), consumo de ração médio diário (CRMD) e a conversão alimentar
(CA) não foram afetados (P > 0,05) pelos diferentes níveis de inclusão de FACC e
formas de arraçoamento. Para a fase de terminação, o ganho de peso médio diário e
a conversão alimentar também não apresentaram diferença significativa (P > 0,05),
porém, houve efeito linear decrescente (Y = 3.372,6 - 24,56x) com R
2
= 0,82 para o
consumo de ração médio diário dos suínos à medida que aumentaram os níveis de
FACC nas rações. Para o ganho de peso médio diário nas fases de crescimento e
período total, a interação entre os níveis de farelo da amêndoa da castanha de caju
e as formas de arraçoamento mostrou efeito linear crescente para a ração úmida, (Y
= 938,65 + 6,90x) com R
2
= 0,79 e (Y = 980,75 + 3,79x) com R
2
= 0,73,
respectivamente, já para o consumo de ração médio diário na fase de terminação
houve efeito linear decrescente (Y = 3.470 - 38,33x) com R
2
= 0,81. Conclui-se que é
tecnicamente viável a utilização do farelo da amêndoa da castanha de caju até o
nível de 18% nas rações para suínos nas fases de crescimento e terminação
independente da forma de arraçoamento, e que o nível de 12% de inclusão de
FACC foi o que mostrou melhor resposta bioeconômica.
Palavras-chave: Castanha. Dieta. Suíno.
ix
ABSTRACT
It was 32 piglets castrated males of commercial lineage, with 70 days old and with
mean weight of 27,53 kg, with objective to evaluate the effect of the inclusion of
different levels of cashew nut meal (CNM) and feeds forms on the performance
zootecnic of swines in the phases of growth (from 70 to 104 days and weight from
27,53 to 61,4 kg) e termination (from 104 to 137 days and weight from 61,4 to 93,7
kg), how so your economic viability. The experiment design used was randomized
blocks with scheme factorial 4 X 2, four levels of inclusion of CNM (0; 6; 12 e 18%)
and two feed forms (humid and dry diets) with four replications to treatment and one
animal to part. The criterion used for block formation was the initial weight of animals.
In the phase of growth and during the total period, the daily mean weight gain
(DMWG), daily mean feed intake (DMFI) and the feed conversion (FC) weren´t
affected (P > 0,05) by inclusion of different levels of cashew nut meal (CNM) and
humid and dry diets. In the phase of termination, the daily mean weight gain (DMWG)
and the feed conversion (FC) didn´t exhibited different significant, but, there was
decrescent linear effect (Y = 3.372,6 – 24,56x) with R
2
= 0,82 to the daily mean feed
intake (DMFI) of swines while increased the levels of CNM. There was significant
different in the interation between the inclusion levels of CNM and humid diets,
exhibiting crescent linear effect (Y = 938,65 + 6,9x) with R
2
= 0,79 and (Y = 980,75 +
3,79x) with R
2
= 0,73 to the daily mean weight gain (DMWG) in the phase of growth
and during the total period, respectivement, and to the dry diets, decrescent linear
effect (Y = 3.470 - 38,33x) with R
2
= 0,81, to the daily mean feed intake (DMFI) in the
phase of termination. Concluded that the utilization of cashew nut meal until the level
of 18% in the feeds is viable technicament for swines in the phases of growh and
termination, and that the inclusion levels of CNM of 12% obtained the best
bioeconomic response.
Keywords: Chestnut. Diet. Swine.
x
LISTA DE TABELAS
página
TABELA 1 - Composição químico-bromatológica da amêndoa da castanha
de caju (ACC) ....................................................................................8
TABELA 2 - Perfil de ácidos graxos do farelo da amêndoa da castanha
de caju (FACC)..................................................................................9
TABELA 3 - Aminograma do farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC) ..10
TABELA 4 - Médias de temperatura e umidade relativa do ar durante o
período experimental .......................................................................15
TABELA 5 - Composição percentual e custo das rações experimentais
na fase de crescimento....................................................................18
TABELA 6 - Composição percentual e custo das rações experimentais
na fase de terminação .....................................................................19
TABELA 7 - Médias de desempenho de suínos alimentados com dietas
contendo diferentes níveis de FACC e formas de arraçoamento
durante a fase de crescimento.........................................................23
TABELA 8 - Avaliação bioeconômica dos custos dos suínos na fase de
crescimento utilizando diferentes níveis de inclusão do
farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC)............................ 27
TABELA 9 - Médias de desempenho de suínos alimentados com dietas
contendo diferentes níveis de FACC e formas de arraçoamento
durante a fase de terminação ..........................................................28
TABELA 10 - Avaliação bioeconômica dos custos dos suínos na fase de
terminação utilizando diferentes níveis de inclusão do
farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC)............................ 33
TABELA 11 - Médias de desempenho de suínos alimentados com dietas
contendo diferentes níveis de FACC e formas de arraçoamento
durante o período total.....................................................................34
TABELA 12 - Avaliação bioeconômica dos custos dos suínos no período total
do experimento utilizando diferentes níveis de inclusão do
farelo da amêndoa da castanha de caju..........................................38
xi
LISTA DE FIGURAS
página
FIGURA 1 - Fluxograma do beneficiamento da castanha de caju...........................6
FIGURA 2 - Efeito da ração úmida sobre o ganho de peso médio diário de
suínos na fase de crescimento alimentados com rações contendo
diferentes níveis de farelo da amêndoa da castanha de caju.............25
FIGURA 3 - Consumo de ração médio diário de suínos na fase de
terminação em função dos níveis do farelo da amêndoa
da castanha de caju nas dietas..........................................................30
FIGURA 4 - Efeito da ração seca sobre o consumo de ração médio diário de
suínos na fase de terminação alimentados com rações contendo
diferentes níveis de farelo da amêndoa da castanha de caju.............31
FIGURA 5 - Efeito da ração úmida sobre o ganho de peso médio diário de
suínos no período total alimentados com rações contendo
diferentes níveis de farelo da amêndoa da castanha de caju.............36
xii
LISTA DE ANEXOS
página
TABELA 1A - Dados individuais de peso inicial (PI) e final (PF), ganho
de peso médio diário (GPMD), consumo de ração médio
diário (CRMD) e conversão alimentar (CA) de suínos na
fase de crescimento.........................................................................43
TABELA 2A - Dados individuais de peso inicial (PI) e final (PF), ganho
de peso médio diário (GPMD), consumo de ração médio
diário (CRMD) e conversão alimentar (CA) de suínos na
fase de terminação...........................................................................44
TABELA 3A - Dados individuais de peso inicial (PI) e final (PF), ganho
de peso médio diário (GPMD), consumo de ração médio
diário (CRMD) e conversão alimentar (CA) de suínos
no período total ................................................................................45
TABELA 4A - Análise de variância para o ganho de peso médio diário
de suínos alimentados com dietas contendo diferentes
níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de
caju e formas de arraçoamento durante a fase de crescimento ......46
TABELA 5A - Análise de variância para o consumo de ração médio diário
de suínos alimentados com dietas contendo diferentes
níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de
caju e formas de arraçoamento durante a fase de crescimento ......46
TABELA 6A - Análise de variância para conversão alimentar de suínos
alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão
do farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de
arraçoamento durante a fase de crescimento..................................47
TABELA 7A - Análise de variância para o ganho de peso médio diário
de suínos alimentados com dietas contendo diferentes
níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de
caju e formas de arraçoamento durante a fase de terminação........47
xiii
TABELA 8A - Análise de variância para o consumo de ração médio diário
de suínos alimentados com dietas contendo diferentes
níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de
caju e formas de arraçoamento durante a fase de terminação........48
TABELA 9A - Análise de variância para conversão alimentar de suínos
alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão
do farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de
arraçoamento durante a fase de terminação ...................................48
TABELA 10A - Análise de variância para o ganho de peso médio diário
de suínos alimentados com dietas contendo diferentes
níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de
caju e formas de arraçoamento durante o período total ..................49
TABELA 11A - Análise de variância para o consumo de ração médio diário
de suínos alimentados com dietas contendo diferentes
níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de
caju e formas de arraçoamento durante o período total ..................49
TABELA 12A - Análise de variância para conversão alimentar de suínos
alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão
do farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de
arraçoamento durante o período total..............................................50
1
1. INTRODUÇÃO
Na suinocultura industrial, a alimentação constitui um fator limitante para o
desenvolvimento da atividade suinícola, devido a grande participação nos custos das
rações, chegando a representar até 70 a 80% dos gastos totais neste segmento da
produção.
A dependência dos cereais, milho e soja, considerados produtos nobres para a
alimentação humana, cuja produção é bastante desfavorável em algumas regiões do
país, notadamente na região Nordeste, encarece ainda mais o custo final da
atividade sendo um dos motivos principais pelos quais, deve se buscar
constantemente produtos alternativos que consigam suprir esta dependência, desde
que possuam qualidades nutricionais favoráveis ao desempenho dos animais e
sejam economicamente viáveis.
Muitos subprodutos da agroindústria não podem ser utilizados como alimento
humano, embora a alimentação animal possa convertê-lo em fonte de proteína para
a alimentação humana. É a partir deste princípio de busca de alimentos alternativos
para o setor que o farelo da amêndoa da castanha do caju (FACC), resultante do
processo de classificação industrial da amêndoa, se coloca como ingrediente
possível de substituição na ração animal, onde o Ceará ocupa lugar de destaque no
contexto econômico e social, sendo responsável por 57% da produção nordestina.
O processo de industrialização do caju é feito em indústrias de grande porte e
dentre os vários subprodutos obtidos, encontra-se o FACC que é um produto de
disponibilidade energética e protéica. (SANTOS JR., 1999).
Estudos sobre a utilização de diferentes formas de arraçoamento, com o intuito
de melhorar o desempenho zootécnico dos animais e diminuir a perda de ração
pelos mesmos são estratégias que podem melhorar a performance produtiva dos
animais.
A utilização de ração úmida na alimentação de suínos merece especial
atenção, pois pode trazer efeitos positivos sobre o desempenho dos mesmos.
Assim, qualquer tentativa que vise reduzir o custo de alimentação pode refletir,
diretamente, sobre a eficiência econômica da empresa suinícola.
Os objetivos neste trabalho foram avaliar o desempenho zootécnico de suínos
nas fases de crescimento e terminação alimentados com dietas contendo diferentes
2
níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de
arraçoamento, bem como sua viabilidade bioeconômica.
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Considerações gerais
No Nordeste brasileiro o aproveitamento de matérias-primas de origem vegetal
regionalmente adaptados, se reveste de grande importância como alternativas
alimentares para a melhoria da oferta de alimentos que possam substituir
parcialmente ou totalmente o binômio milho-soja na composição das dietas dos
animais. Entretanto, tem-se observado um grande desperdício de subprodutos
oriundos do beneficiamento de frutos que apresentam excelente potencial de
utilização na alimentação dos animais como é o caso do caju. (PINHEIRO et al.,
1998).
O cajueiro (Anacardium occidentale), planta nativa encontrada no litoral do
Nordeste, sobretudo nos estados do Ceará (68%), Rio Grande do Norte (11%) e
Piauí (8%). Há ocorrências espontâneas e plantios comerciais da referida cultura no
Pará, Roraima, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia e em menos escala, porém com
alta tecnologia, em São Paulo, no município de Valinhos. (EMBRAPA, 1993).
A agroindústria processadora de castanha de caju possui grande importância
econômica para o nordeste brasileiro. Emprega cerca de vinte mil pessoas e
oportuniza em torno de 280 mil postos de trabalho no campo. As exportações de
amêndoa de castanha de caju nos últimos anos movimentaram, em média, 130
milhões de dólares em divisas anuais, destacando-se como o primeiro produto na
pauta de exportação do estado do Ceará e o terceiro do Nordeste. (LEITE, 1994).
A agroindústria do caju possui uma ocupação geográfica produtiva bem
definida, concentrando-se em poucos países do terceiro mundo, como Índia, Brasil e
alguns países do leste africano. O grande resultado na exploração do caju está na
comercialização da amêndoa, que movimenta em torno de meio bilhão de dólares
por ano, tendo em vista as exportações globais que se destinam, notadamente, para
os Estados Unidos, Europa e alguns países asiáticos. A castanha de caju do Ceará
é responsável por aproximadamente 20 mil empregos diretos na indústria e 280 mil
temporários na época da colheita. A indústria de beneficiamento da castanha possui
uma capacidade instalada em torno de 280 mil toneladas concentradas em 27
empresas de grande porte e mais de uma centena de unidades de pequeno porte,
4
com corte manual da castanha. As flutuações de oferta desta matéria-prima indicam
também o nível de ociosidade dessas agroindústrias, que atinge até 65%. (LEITE,
1994).
De acordo com PAIVA et al. (1996), o caju compõe-se da castanha (verdadeiro
fruto) e do pedúnculo hiperatrofiado (pseudofruto). A castanha é um aqüênio
reniforme que corresponde a 10% do peso do caju. A castanha é constituída de três
partes: a casca, que representa 65-70% do peso da castanha, constituída por um
epicarpo coriáceo, atravessado por um mesocarpo esponjoso, cujos alvéolos são
preenchidos por um líquido cáustico e inflamável, o líquido da casca da castanha
(L.C.C); a película, ou tegumento da amêndoa, que representa cerca de 3% do peso
da castanha, rico em tanino; a amêndoa, que é a parte comestível da castanha,
formada por dois cotilédones de cor marfim, representando cerca de 28-30% do seu
peso, porém no processo industrial o rendimento médio é de apenas 23%.
A amêndoa da castanha de caju apresenta elevado valor nutritivo. É
considerada fonte de proteína de alta qualidade, rica em ácidos graxos poli-
insaturados e altamente energéticos, rica em gorduras e carboidratos, apresentando
ainda elevados teores de cálcio, ferro e fósforo.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2004) a área
total plantada no ano de 2003 com a cultura do caju atingiu 682.516 hectares (ha) no
Brasil, onde a região Nordeste representou 679.366 ha e o Ceará com 364.601 ha. A
produção anual brasileira deste mesmo ano foi de 183.094 toneladas (ton), sendo
que os estados do Nordeste, representaram 179.856 ton e o estado do Ceará
representou 108.051 ton, provando assim a força da cultura para o estado, pois a
agroindústria do caju ocupa lugar de destaque no contexto econômico e social com
grande geração de inúmeros empregos.
Segundo PIMENTEL citado por SANTOS JR. (1999), dados censitários
mostram que a área média plantada por estabelecimento é de 50 hectares ou seja,
esta atividade é conduzida em grande parte por pequenas e médias propriedades. A
maioria dessas propriedades utiliza mão-de-obra familiar. Em geral, a família é
utilizada na época da safra, em que mulheres e crianças são responsáveis pela
maior parte da colheita da castanha de caju, enquanto os homens são utilizados nas
tarefas consideradas mais pesadas, tais como, poda e roço. A mão-de-obra
assalariada é usada no período de limpeza dos cajueirais e apanha das castanhas.
5
2.2. Subprodutos da cultura do cajueiro
A indústria do caju (pedúnculo e castanha) pode ser dividida em, pelo menos,
dois grandes ramos: a indústria de beneficiamento da castanha e a indústria de
transformação do pedúnculo. A primeira tem por objetivo a obtenção da amêndoa da
castanha do caju (ACC), tendo como principais subprodutos o líquido da castanha
do caju (LCC), a casca da castanha, a película (rica em tanino) e o óleo da
amêndoa. A indústria de transformação do pedúnculo, por sua vez, possui
segmentos na indústria de bebidas, doces, condimentos, farinhas, ração, entre
outras. (LEITE, 1994).
De acordo com o fluxograma de beneficiamento da castanha de caju citado por
PAIVA et al. (1996), a castanha de caju segue as etapas de secagem, classificação,
podendo ser frita ou embalada crua. As castanhas fora do padrão de qualidade para
o consumo humano são moídas para a obtenção da farinha, destinada à
alimentação animal. Figura 1.
6
Castanha de caju
Secagem
Classificação
Autoclavagem
Corte
Secagem
Despeliculagem Película
Seleção/Classificação →→→→ Castanhas quebradas
Amêndoa In natura Fritura FACC
Salga
Embalagem
Amêndoa frita
FIGURA 1 - Fluxograma do beneficiamento da castanha de caju (PAIVA et al., 1996).
7
2.3. Composição e valor nutricional do farelo da amêndoa da castanha de caju
(FACC)
O produto de maior expressão econômica do cajueiro é a amêndoa. Constitui
um produto tipicamente de exportação, sendo em geral destinado a países de renda
per capita mais elevada. (LEITE, 1994).
De acordo com SOARES (1986) citado por LEITE (1994), a amêndoa da
castanha de caju destaca-se pela sua riqueza em proteínas (em média 25%),
gorduras (46%) e carboidratos (25%). Na sua composição encontram-se nove dentre
os dez aminoácidos essenciais. As gorduras são compostas de ácidos
predominantemente monoinsaturados, a exemplo do ácido oléico, cujo consumo
pode influenciar na redução do teor de colesterol no sangue. De acordo com a
Tabela 1, podemos observar a composição química da amêndoa da castanha de
caju, mostrando ser um produto com percentuais protéicos e de extrato etéreo
maiores do que o milho.
Segundo dados da EMBRAPA (1991), o farelo da amêndoa da castanha do
caju (FACC) apresenta valores energéticos, protéicos, de cálcio e de fósforo mais
altos que o do milho. O alto valor de energia metabolizável (4.654 Kcal EM/Kg) do
FACC se deve ao alto teor do extrato etéreo que é 10,75 vezes mais alto que o do
milho (3,84%). A proteína bruta do FACC (23,7%) é 2,73 vezes mais alta que a do
milho (8,68%), apresentando também um valor mais alto de aminoácidos essenciais
que o do milho.
De acordo com MILITÃO (1999), amostras da amêndoa da castanha de caju
analisadas pelo Laboratório da Trouw Nutrition - Espanha mostraram que:
a) A composição centesimal foi: umidade 5,40%, proteína bruta 23,70%, fibra bruta
4,20%, extrato etéreo 41,30% e taninos 0,26%.
b) A composição de polissacarídeos não amiláceos (PNA) e de carboidratos,
presentes no FACC, foi 0,07% de arabinose, 0,02% de xilose, 0,20% de
galactose, 0,08% de glicose e 0,23% de ácido urônico para a porção solúvel e
0,09% de ramnose, 0,58% de arabinose, 0,33% de xilose, 0,09% de manose,
0,48% de galactose, 1,33% de glicose e 1,01% de ácido urônico para a porção
insolúvel.
c) A energia bruta determinada foi de 6.764 kcal/kg do produto.
8
TABELA 1 - Composição químico-bromatológica da amêndoa da castanha de caju.
Componentes
Valores Médios
Umidade 10
Proteína Bruta (%) 29.9
Extrato Etéreo (%) 47.0
Ácidos graxos saturados (%) 18.5
Ácidos graxos insaturados (%) 81.5
Carboidratos totais (%) 27.2
Fibra bruta (%) 1.2
Sais minerais (%) 1.7
Cálcio (mg/100g) 165
Fósforo (mg/100g) 490
Ferro (mg/100g) 5
Tiamina (mg/100g) 140
Riboflavina (mg/100g) 150
Ácido nicotínico total (mg/100g) 2200
Fonte: Soares (1986).
9
O perfil de ácidos graxos e o aminograma, segundo as análises da Trouw Nutrition -
Espanha encontram-se nas Tabelas 2 e 3, respectivamente.
TABELA 2 - Perfil de ácidos graxos do farelo da amêndoa da castanha de caju
(FACC).
Ácidos Graxos
Valores percentuais
Acido mirístico (C14:O) 0,02
Ácido palmitoléico (C16:1) 0,40
Ácido palmítico (C16:0) 9,10
Ácido linolênico (C18:3) 0,20
Ácido linoléico (C18:2) 19,90
Ácido oléico (C18:1) 61,90
Ácido margárico (C18:1) 0,10
Ácido esteárico (C 18:0) 7,60
Ácido Araquidônico (C20:0) 0,50
Fonte: Trouw Nutrition - Espanha (1998).
10
TABELA 3 - Aminograma do farelo da amêndoa da castanha do caju (FACC).
Aminoácidos Valores percentuais
Cistina 0,39
Metionina 0,41
Ácido aspártico 1,99
Treonina 0,77
Serina 1,07
Ácido glutâmico 3,04
Prolina 0,91
Glicina 0,98
Alanina 0,90
Valina 1,17
Isoleucina 0,93
Leucina 1,64
Tirosina 0,63
Fenilalanina 1,00
Histidina 0,49
Lisina 0,94
Arginina 2,46
Fonte: Trouw Nutrition - Espanha (1998)
11
2.4. Farelo da amêndoa da castanha do caju (FACC) na alimentação de
monogástricos
Trabalhando com diferentes níveis de inclusão (0; 7; 14 e 21%) de farelo da
amêndoa da castanha de caju (FACC) na ração de suínos na fase de crescimento
(24 a 46 kg de peso vivo), CASTRO (2001) concluiu que o FACC pode ser incluído
até o nível de 21 % sem afetar o desempenho dos animais, ficando sua utilização
dependente da relação do preço de mercado entre o FACC e farelo de soja.
Observou que houve diferenças significativas (P < 0,05) entre os tratamentos,
indicando uma melhor conversão alimentar média (CAM) nos níveis crescentes de
farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC) em relação ao tratamento com 0% e
não houve diferenças significativas para o ganho de peso médio diário em função da
inclusão dos níveis crescentes de 0 a 21% de farelo da amêndoa da castanha de
caju (FACC) nas rações de suínos na fase de crescimento. Observou que houve
diferenças significativas (P < 0,05) entre os tratamentos, apresentando maior
consumo de ração o tratamento com 0% quando comparado com os demais (7, 14,
e 21%) que possuíam níveis crescentes do farelo da amêndoa da castanha do caju.
RODRIGUES (2001) avaliou o efeito da inclusão de diferentes níveis (0; 7; 14 e
21%) de farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC) nas dietas de leitões de 43
a 63 dias de idade e período total, observando uma piora no ganho de peso médio
diário e consumo de ração médio diário, porém, não encontrou diferença significativa
para conversão alimentar de leitões de 43 a 63 dias de idade e período total.
Avaliando a inclusão de diferentes níveis (0; 7; 14 e 21%) de farelo da amêndoa
da castanha de caju (FACC) nas dietas de leitões de 21 a 42 dias de idade,
RODRIGUES et al. (2003), constataram que não houve diferença significativa (P >
0,05) para ganho de peso médio diário, consumo de ração médio diário e conversão
alimentar.
São raros os estudos sobre a utilização do FACC para suínos não só no Brasil
como em outros países. Por esta razão, serão também utilizados para discussão,
trabalhos com outras espécies de monogástricos, notadamente aves.
Trabalhando com diferentes níveis (0; 5; 10; 15; 20 e 25%) de inclusão de
farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC) em rações para frangos de corte
nas fases inicial e de engorda, SANTOS JR. (1999) observou que o ganho de peso
(GP) e a conversão alimentar (CA) foram afetados pelos níveis de inclusão do
12
FACC. Foi observado um efeito quadrático para GP e a CA na fase inicial.
Entretanto, para a fase de engorda, foi observado um efeito linear crescente para o
GP e efeito quadrático para a CA. A inclusão de 10% ou mais de FACC melhorou o
ganho de peso e a conversão alimentar das aves aos 42 dias de idade. As variáveis
consumo de ração, rendimento de carcaça e percentagem de gordura abdominal
não foram afetadas pelos níveis de inclusão do FACC nas dietas. Análise econômica
evidenciou um decréscimo no custo de produção do quilograma de peso vivo com o
aumento dos níveis de inclusão de FACC nas dietas, podendo-se concluir que foi
viável a inclusão do FACC em níveis de até 25% nas dietas de frangos de corte.
MILITÃO (1999) avaliou o efeito de dietas contendo diferentes níveis de farelo
da amêndoa da castanha de caju (FACC) com ou sem adição de um complexo
enzimático (0% de FACC, 0% FACC + 0,1% enzimas, 7,5 de FACC, 7,5% de FACC
+ 0,1% enzimas, 15% de FACC, 15% de FACC + 0,1% enzimas) sobre o
desempenho zootécnico, o teor de colesterol e o perfil de ácidos graxos da gordura
abdominal de frango de corte de um dia de idade aos 42 dias e observou que o
ganho de peso e a conversão alimentar foram afetados pelo nível de inclusão de
FACC nas dietas não suplementadas com enzimas. Aves alimentadas com a dieta
contendo 15% de FACC apresentaram melhores GP e CA que aquelas que
receberam a dieta contendo 0% de FACC. Houve piora no consumo de ração para a
dieta de 15% de inclusão de FACC. A inclusão de FACC ocasionou uma redução no
custo de produção do quilograma do frango vivo.
13
2.5. Formas de arraçoamento (dietas secas x úmidas) para suínos
Na criação de suínos, a alimentação tem sido responsável pela maior parcela
do custo de produção, representando, aproximadamente 70-80% do custo total
médio. Assim, qualquer tentativa que vise reduzir o custo de alimentação pode
refletir, diretamente, sobre a eficiência econômica da empresa suinícola. A utilização
de ração úmida na alimentação de suínos merece especial atenção, pois pode trazer
efeitos positivos sobre o desempenho dos mesmos.
A água é considerada um dos nutrientes mais importantes para os suínos,
sendo o principal elemento da estrutura dos tecidos do organismo, perfazendo em
torno de 77% do peso vivo de um leitão recém-nascido. (WHITTEMORE, 1993).
Resultados encontrados por SPERS et al. (1970/1971) demonstraram menor
consumo de ração, melhor conversão alimentar e menor custo da alimentação de
suínos nas fases de crescimento e terminação quando compararam ração seca
contra ração diluída na proporção de 1 : 1.
Porcas em lactação consomem 12% mais ração sob a forma molhada, do que
ração seca. Com isso, melhoram seu consumo de energia e perdem menos peso
durante a lactação. (O'GRADY E LINCH, 1978).
Trabalhando com tipos de alimentação seca ou úmida, KORNEGAY e THOMAS
(1981) não encontraram diferenças significativas no desempenho dos suínos até os
90kg de peso vivo. HOLLIS (1985) utilizando ração seca ou úmida para suínos na
fase de crescimento, constatou maior desperdício de ração quando os animais foram
alimentados com ração seca, quando comparada com ração úmida, afetando
negativamente a conversão alimentar.
Uma das práticas mais eficientes para aumentar o consumo dos suínos nos
períodos de calor é molhar a ração com água. Avaliando o efeito da ração seca e
úmida na performance de suínos dos 35 aos 87 kg de peso e constatou uma
melhora o consumo, menor desperdício, melhor ganho de peso e melhor conversão
alimentar.
( WALKER, 1990).
STOCKILL (1990), que inicialmente utilizou água com edulcorante na
alimentação de suínos para promover o consumo hídrico e de ração, obteve
resultados elevados de ganho de peso até a fase de crescimento.
14
Há tempo, pesquisadores têm avaliado também os sistemas de alimentação
com elevada participação de água para leitões desmamados precocemente. Essas
alternativas alimentares ganharam muitos adeptos, tendo em vista a aparente
receptividade fisiológica dos leitões para rações com alto teor de umidade. Trabalhos
indicaram um maior consumo de rações líquidas em relação às secas.
Freqüentemente, os valores de consumo são 35% maiores nos primeiros sete dias
depois do desmame, e para um período de 28 dias depois do desmame com quatro
semanas, a melhora no consumo tem sido de 9,5 a 11%. (HEIMIG, 1996).
Segundo DUKES (1996), um suíno consome de 2 a 4 kg de ração por dia,
dependendo de sua idade, com 10 a 15% de umidade, que pode ser fornecida 2 a 3
vezes, no entanto sua capacidade estomacal é de 8 litros em média, o que sugere
ser possível a adição de água à ração. A diluição da ração em água permite que os
suínos não procurem água, logo após a ingestão, evitando gasto de energia para
satisfazer as suas necessidades de água.
VIEIRA et al. (1996) testaram o fornecimento de ração seca e úmida na
alimentação de suínos dos 13 aos 30 kg de peso vivo com adição de 0 até 50% de
água na fase inicial de crescimento e observaram que não houve diferença
significativa para as variáveis ganho de peso médio diário, consumo de ração médio
diário e conversão alimentar.
Avaliando o efeito do fornecimento de ração seca e úmida para leitões nas
fases inicial I (21 a 42 dias), inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70 dias),
crescimento, terminação e período total, SILVA, et al. (2002), não observaram
diferenças significativas para os parâmetros de ganho de peso diário, consumo de
ração diário e conversão alimentar.
De acordo com as vantagens e com o crescente uso da automatização, a
alimentação com ração úmida ou molhada passa a ser adotada por um número cada
vez maior de criadores. (ROOPA, 2003).
15
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização
O experimento foi realizado no Setor de Suinocultura do Departamento de
Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará,
situado no Campus do Pici, em Fortaleza-CE.
As medidas de temperaturas médias, máximas, mínimas e a umidade relativa
do ar foram obtidas junto ao Setor de Meteorologia Agrícola do Departamento de
Engenharia Agrícola (CCA/UFC), situado a 300 metros do galpão experimental
sendo apresentadas na Tabela 4.
TABELA 4 - Médias de temperatura e umidade relativa do ar durante o período
experimental.
Elemento climático Fase de
Crescimento
Fase de
Terminação
Período
Total
Temperatura média (ºC) 28,6 29,2 28,9
Temperatura máxima (ºC) 30,7 31,1 30,9
Temperatura mínima (ºC) 26,5 27,4 26,9
Umidade relativa do ar média (%) 66,8 67,5 67,1
Umidade relativa do ar máxima (%) 68,2 68,9 68,5
Umidade relativa do ar mínima (%) 65,4 66,1 65,7
Fonte: Estação Meteorológica do DEA/CCA/UFC. (2004).
3.2. Instalações experimentais
Para execução do experimento foi utilizado um galpão aberto, construído de
alvenaria, pé direito com altura de 2,5 metros, cobertura com telha de barro e piso
compacto de cimento com rugosidade média, dividido em boxes com paredes de
alvenaria e área física disponível de 1,0 m
2
/ animal.
16
Cada boxe continha um comedouro de cimento e um bebedouro tipo chupeta
instalados em extremidades opostas.
As pesagens dos animais durante o experimento foram realizadas em balança
de braço tipo gaiola com capacidade de 350 kg, localizada no corredor do galpão
experimental.
3.3. Animais utilizados
Foram utilizados 32 suínos, machos castrados, de linhagem comercial
(Landrace X Large White), com idade média de 70 dias e peso médio de 27,53 kg.
3.4. Período experimental
O período experimental foi dividido em duas fases (crescimento e terminação).
Fase de crescimento: 27,53 a 61,46 kg de PV.
Fase de terminação: 61,46 a 93,76 kg de PV.
A fase de crescimento teve duração de 34 dias (70 à 104 dias de idade), com
início em 07/11/2003 e final em 11/12/2003 e a fase de terminação com duração de
32 dias (104 à 137 dias de idade) com início em 11/12/2003 e final em 12/01/2004.
3.5. Controle sanitário
Por ocasião da instalação do experimento o galpão recebeu uma limpeza com
lavagem, desinfecção e esterilização do piso com o uso de lança-chamas e caiação
de muretas e piso dos boxes.
Durante o período experimental foram retirados diariamente todos os dejetos
produzidos pelos animais com auxílio de jatos d’água e conduzidos para uma
canaleta coletora.
No início do período experimental os animais foram vacinados contra peste
suínos clássica e vermifugados com vermicidas de largo espectro.
17
3.6. Rações experimentais
As rações experimentais foram formuladas utilizando o software “SUPER
CRAC” (2003) e elaboradas na Fábrica Escola de Rações Balanceadas do
Departamento da UFC. Foram compostas de milho, farelo de soja, farelo da
amêndoa da castanha de caju, premix mineral e vitamínico, lisina, metionina,
calcário, fosfato bicálcico, óleo vegetal e sal comum.
As rações foram formuladas para atender às exigências nutricionais dos
animais nas fases de crescimento e terminação, de acordo com ROSTAGNO et al.
(2000).
A composição e custo das rações experimentais da fase de crescimento e de
terminação estão apresentadas nas Tabelas 5 e 6, respectivamente.
3.7. Manejo Alimentar
O arraçoamento foi administrado à vontade e fornecido na forma farelada em
comedouros de cimento. Os tratamentos correspondentes às dietas com inclusão de
água obedeceram à relação de mistura de duas partes de ração para uma parte de
água, sendo as quantidades pesadas a cada manejo. O fornecimento de água para
os animais foi feito em bebedouros automáticos tipo chupeta durante todo o período
experimental.
18
TABELA 5 - Composição percentual e custo das rações experimentais da fase de
crescimento.
Ingredientes(%)
Custo/Ingrediente
Níveis de Inclusão de FACC*(%)
(R$)/kg 0 6 12 18
Milho 0,40 70,892 67,377 63,862 60,345
Farelo de soja 0,64 24,692 22,175 19,658 17,141
FACC* 0,35 0,000 6,000 12,000 18,000
Calcário 0,10 0,925 0,935 0,946 0,957
Óleo vegetal 2,00 1,005 0,992 0,979 0,967
Fosfato Bicálcico 1,22 1,440 1,442 1,444 1,446
Sal 0,10 0,333 0,340 0,347 0,354
Suplemento mineral
1
1,50
0,100 0,100 0,100 0,100
Suplemento
vitamínico
2
4,00 0,400 0,400 0,400 0,400
DL-Metionina 6,94 0,065 0,062 0,059 0,056
L-Lisina HCL 7,60 0,148 0,177 0,205 0,234
Total
100,000 100,000 100,000 100,000
Custo do kg da ração (R$)
0,513 0,506 0,499 0,491
Nutrientes:
Energia digestível (kcal/kg)
b
3.400 3.400 3.400 3.400
Proteína bruta (%)
a
17,500 17,500 17,500 17,500
Gordura (%)
b
3,798 5,788 7,777 9,766
Fibra (%)
b
2,844 3,001 3,158 3,315
Cálcio (%)
b
0,780 0,780 0,780 0,780
Fósforo total (%)
b
0,582 0,588 0,593 0,598
Fósforo disponível (%)
b
0,370 0,370 0,370 0,370
Lisina (%)
b
0,980 0,980 0,980 0,980
Metionina + Cistina (%)
b
0,640 0,640 0,640 0,640
Metionina (%)
b
0,345 0,344 0,344 0,343
Sódio (%)
b
0,170 0,170 0,170 0,170
*Farelo da amêndoa da castanha de caju
a
- Laboratório de Nutrição Animal do DZ/CCA/UFC
b
- ROSTAGNO et al. (2000)
1
. Suplemento mineral suprindo as seguintes quantidades por kg de ração: 15 mg de
Mn, 45 mg de Fe, 8 mg de Cu, 70 mg de Zn, 0,425 mg de I, 0,3 mg de Se e 1.000 g
de veículo q.s.p.
2
. Suplemento Vitamínico suprindo as seguintes quantidades por kg de ração: 5.250
UI de vit. A; 1.000 UI de vit. D
3
; 12 UI de vit. E; 1,5 mg de vit. K
3
; 0,5 mg de vit. B
1
;
2,6 mg de vit. B
2
; 0,7 mg de vit. B
6
; 15 mcg de vit. B
12
; 10 mg de ácido pantotênico;
22 mg de niacina; 0,2 mg de ácido fólico; 100 mg de colina; 0,2 mg de biotina; 0,01 g
de antioxidante e 1.000 g de veículo q.s.p.
19
TABELA 6 - Composição percentual e custo das rações experimentais da fase de
terminação.
Ingredientes(%)
Custo/Ingrediente
Níveis de Inclusão de FACC*(%)
(R$)/kg 0 6 12 18
Milho 0,40 73,714 70,163 66,611 63,060
Farelo de soja 0,64 22,514 20,034 17,554 15,074
FACC* 0,35 0,000 6,000 12,000 18,000
Calcário 0,10 0,805 0,815 0,826 0,836
Óleo vegetal 2,00 0,748 0,736 0,724 0,712
Fosfato Bicálcico 1,22 1,234 1,236 1,238 1,240
Sal 0,10 0,334 0,341 0,348 0,355
Suplemento mineral
1
1,50
0,100 0,100 0,100 0,100
Suplemento
vitamínico
2
2,90 0,400 0,400 0,400 0,400
DL-Metionina 6,94 0,062 0,059 0,055 0,052
L-Lisina HCL 7,60 0,089 0,116 0,144 0,171
Total
100,000 100,000 100,000 100,000
Custo do kg da ração (R$)
0,494 0,486 0,479 0,471
Nutrientes:
Energia digestível (kcal/kg)
b
3.400 3.400 3.400 3.400
Proteína bruta (%)
a
16,500 16,500 16,500 16,500
Gordura (%)
b
3,609 5,598 7,587 9,576
Fibra (%)
b
2,770 2,929 3,087 3,245
Cálcio (%)
b
0,680 0,680 0,680 0,680
Fósforo total (%)
b
0,538 0,543 0,549 0,554
Fósforo disponível (%)
b
0,330 0,330 0,330 0,330
Lisina (%)
b
0,880 0,880 0,880 0,880
Metionina + Cistina (%)
b
0,620 0,620 0,620 0,620
Metionina (%)
b
0,333 0,332 0,331 0,330
Sódio (%)
b
0,170 0,170 0,170 0,170
*Farelo da amêndoa da castanha de caju.
a
- Laboratório de Nutrição Animal do DZ/CCA/UFC.
b
- ROSTAGNO et al. (2000).
1
. Suplemento mineral suprindo as seguintes quantidades por kg de ração: 15 mg de
Mn, 45 mg de Fe, 8 mg de Cu, 70 mg de Zn, 0,425 mg de I, 0,3 mg de Se e 1.000 g
de veículo q.s.p.
2
. Suplemento Vitamínico suprindo as seguintes quantidades por kg de ração: 3.500
UI de vit. A; 750 UI de vit. D
3
; 10 UI de vit. E; 1,2 mg de vit. K
3
; 0,2 mg de vit. B
1
; 2,0
mg de vit. B
2
; 0,5 mg de vit. B
6
; 10 mcg de vit. B
12
; 8 mg de ácido pantotênico; 15 mg
de niacina; 0,15 mg de ácido fólico; 50 mg de colina; 0,025 mg de biotina; 0,01 g de
antioxidante e 1.000 g de veículo q.s.p.
20
3.8. Planejamento estatístico
Foi utilizado o delineamento experimental em blocos ao acaso, num esquema
fatorial 4 X 2 (quatro níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju
(0; 6; 12 e 18%) e duas formas de arraçoamento (dietas secas e úmidas) com quatro
repetições por tratamento com um animal por parcela.
Os blocos foram formados com base no peso inicial dos animais no início da
fase de crescimento e conduzidos até o final do experimento.
A avaliação do desempenho dos animais foi feita em função do estudo das
variáveis de ganho de peso médio diário (GPMD), consumo de ração médio diário
(CRMD) e conversão alimentar (CA).
Os dados médios foram submetidos à análise estatística pelo programa
estatístico SAS - Statystical Analyses System (1996), obedecendo o seguinte
modelo matemático:
Y
ijk
= m + T
i
+ D
j
+ (TxD)
ij
+ B
k
+ E
ijkl
Sendo:
Y
ijk
: valor da parcela com inclusão de FACC i e dieta j no bloco k;
m : representando a média geral;
T
i
: representando o efeito dos níveis de inclusão de FACC (i = 1,...,4);
D
j
: representando o efeito dos tipos de dietas (j = 1, 2);
(TxD)
ij
: representando o efeito da interação;
B
B
k
: representando o efeito do bloco ( k = 1,...,4);
E
ijkl
: representando o efeito do acaso
Os dados médios obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias
dos tratamentos comparados pelo teste Tukey a 5%. Foram realizados estudos de
regressão para as variáveis que mostraram efeito significativo, sendo representados
pelas equações de regressão.
21
3.9. Coleta de dados
Durante o período experimental a coleta de dados foi realizada a cada período
de 14 dias, obedecendo sempre o mesmo horário para o início, procedendo-se da
seguinte forma:
Os dados de ganho de peso foram obtidos com a pesagem individual dos
animais, no início da manhã, através da diferença entre o peso da coleta e o peso do
animal no início do período.
Os dados de consumo de ração foram obtidos através da diferença do peso de
ração total fornecida e o peso das sobras e desperdícios durante cada fase do
período experimental.
Os dados de conversão alimentar foram obtidos, em função da relação entre o
consumo de ração e o ganho de peso adquirido pelos animais durante o período
experimental.
3.10. Análise bioeconômica
Custo do quilograma do suíno
A análise do custo do quilograma do suíno foi medida a partir da conversão
alimentar obtida, multiplicada pelo custo do quilograma da ração (R$) no
tratamento de cada fase experimental, seguindo a metodologia descrita por
CASTAGNA (1999).
Custo total da ração consumida
A análise do custo total da ração consumida foi medida a partir do preço do
quilograma de ração (R$), multiplicado pelo consumo de ração total consumida
no tratamento de cada fase experimental, segundo CASTAGNA (1999).
22
Índice de eficiência econômica (IEE)
Para calcular o índice de eficiência econômica utilizou-se a metodologia
descrita por BARBOSA (1992), conforme a fórmula:
IEE = Mce x 100
Ctei
Onde:
Mce = é o menor custo médio da ração, por quilograma de peso vivo, observado
entre os tratamentos; e
CTei = custo médio do quilograma de peso vivo do leitão em função do tratamento i
considerado.
Índice de custo médio da ração (IC)
Para calcular o índice de custo médio da ração dos leitões utilizou-se a
metodologia descrita por BARBOSA (1992), conforme a fórmula abaixo:
IC = CTei x 100
Mce
23
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Fase de Crescimento
4.1.1. Desempenho zootécnico
Os resultados de ganho de peso médio diário (GPMD), consumo de ração
médio diário (CRMD) e conversão alimentar (CA) dos suínos na fase de crescimento
estão apresentados na Tabela 7.
TABELA 7 - Médias do desempenho de suínos alimentados com dietas contendo
diferentes níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de
caju (FACC) e formas de arraçoamento durante a fase de
crescimento.
Fatores Ganho de peso
médio diário (g)
Consumo de ração
médio diário (g)
Conversão
alimentar
Níveis de FACC (%)
0 1.022
a (1)
2.534
a
2,49
a
6 964
a
2.460
a
2,56
a
12 1.021
a
2.387
a
2,35
a
18 985
a
2.359
a
2,39
a
Formas de arraçoamento
Ração seca 995
a
2.421
a
2,44
a
Ração úmida 1.000
a
2.449
a
2,45
a
CV (%)
(2)
10,89 11,48 6,91
(1)
Médias seguidas de mesma letra e na mesma coluna não diferem entre si (P > 0,05) pelo
teste Tukey.
(2)
CV – Coeficiente de variação.
Para a fase de crescimento, a análise de variância dos dados (Tabelas 4A, 5A
e 6A dos anexos) mostrou que não houve diferença significativa (P > 0,05) para
ganho de peso médio diário, consumo de ração médio diário e conversão alimentar
dos animais submetidos às dietas contendo diferentes níveis de farelo da amêndoa
da castanha de caju (FACC) e formas de arraçoamento (dietas secas x úmidas).
24
Os resultados obtidos para ganho de peso concordaram com os de CASTRO
(2001) e RODRIGUES (2003) que utilizaram quatro níveis (0; 7; 14 e 21%) de farelo
da amêndoa da castanha de caju (FACC) em rações de suínos nas fases de
crescimento e inicial (21 a 42 dias), respectivamente, e não encontraram diferença
significativa entre os diferentes níveis de inclusão de FACC e discordaram com os
encontrados por RODRIGUES (2001) que observou piora no ganho de peso médio
diário de leitões de 43 a 63 dias alimentados com dietas contendo diferentes níveis
de FACC.
Para as formas de arraçoamento, os dados de ganho de peso concordaram
com KORNEGAY e THOMAS (1981) e VIEIRA et al. (1996) que não encontraram
diferença significativa para ganho de peso no fornecimento de ração seca e úmida
para suínos até os 90kg de peso vivo e para o fornecimento de ração seca e úmida
(0; 10; 20; 30; 40; 50% de inclusão de água) na alimentação de suínos dos 13 aos
30 kg de peso vivo, respectivamente, e de SILVA et al. (2002) que não encontraram
diferença significativa para o ganho de peso de suínos na fase de crescimento
quando os mesmos foram alimentados com rações secas e úmidas nas fases inicial I
(21 a 42 dias), inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70 dias).
Houve interação significativa (P < 0,05) entre os diferentes níveis de inclusão
do farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento, observando
uma melhora no ganho de peso dos animais à medida que aumentaram os níveis de
inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju nas rações úmidas, conforme a
equação Y = 938,65 + 6,9X com R
2
ajustado de 0,79, como mostra a Figura 2.
25
y = 938,65 + 6,9x
R
2
= 0,79
900
950
1000
1050
1100
0 6 12 18
Níveis de inclusão de FACC (%)
GPMD (g)
úmida
FIGURA 2 Efeito da ração úmida sobre o ganho de peso médio diário de suínos na
fase de crescimento alimentados com rações contendo diferentes níveis
de farelo da amêndoa da castanha de caju.
Os dados obtidos para consumo de ração concordaram com RODRIGUES et
al. (2003) que não observaram diferença significativa à medida que aumentaram os
níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC) nas dietas de
leitões de 21 a 42 dias de idade e discordaram de RODRIGUES (2001) que avaliou
o efeito do farelo da amêndoa da castanha de caju na alimentação de leitões de 43 a
63 dias de idade e observou piora no consumo de ração médio diário e de CASTRO
(2001) que obteve uma diminuição no consumo de ração de suínos na fase de
crescimento, alimentados com níveis crescentes de FACC.
Para as diferentes formas de arraçoamento, os dados de consumo de ração
concordaram com KORNEGAY e THOMAS (1981) e VIEIRA et al. (1996) que não
encontraram diferença significativa para ganho de peso no fornecimento de ração
seca e úmida para suínos até os 90kg de peso vivo e para o fornecimento de ração
seca e úmida (0; 10; 20; 30; 40; 50% de inclusão de água) na alimentação de suínos
dos 13 aos 30 kg de peso vivo, respectivamente, e de SILVA et al. (2002) que não
encontraram diferença significativa para o consumo de ração médio diário de suínos
na fase de crescimento quando os mesmos foram alimentados com rações secas e
26
úmidas nas fases inicial I (21 a 42 dias), inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70
dias).
Os dados de conversão alimentar obtidos concordaram com RODRIGUES
(2001) e RODRIGUES et al. (2003) que avaliaram o efeito do farelo da amêndoa da
castanha de caju na alimentação de leitões na fase inicial e não encontraram
diferença significativa e discordaram de CASTRO (2001) que constatou uma
melhora na conversão alimentar à medida que os níveis de inclusão de FACC
aumentaram.
Para as formas de arraçoamento, os dados de conversão alimentar
concordaram com KORNEGAY e THOMAS (1981) e VIEIRA et al. (1996) que não
encontraram diferença significativa quando forneceram ração seca e úmida para
suínos até os 90kg de peso vivo e para o fornecimento de ração seca e úmida (0;
10; 20; 30; 40; 50% de inclusão de água) na alimentação de suínos dos 13 aos 30
kg de peso vivo, respectivamente, e de SILVA et al. (2002) que não encontraram
diferença significativa para a conversão alimentar de suínos na fase de crescimento
quando os mesmos foram alimentados com rações secas e úmidas nas fases inicial I
(21 a 42 dias), inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70 dias).
27
4.1.2. Viabilidade econômica
As médias dos parâmetros custo do quilograma dos suínos, custo total de
ração consumida, índice de eficiência econômica (IEE) e índice de custo médio de
ração (IC) utilizada na presente pesquisa estão apresentadas na Tabela 8.
TABELA 8 - Avaliação bioeconômica dos custos dos suínos na fase de crescimento
utilizando diferentes níveis de inclusão do farelo da amêndoa da
castanha de caju (FACC).
Variáveis
Níveis
FACC
(%)
Custo do
quilograma do
suíno (R$)
Custo total de
ração
consumida
(R$)
Índice de
eficiência
econômica (%)
Índice de custo
médio de ração
(%)
0 1,28 44,20 91,34 109,48
6 1,29 42,32 89,92 111,20
12 1,16 40,50 100,00 100,00
18 1,17 39,38 99,15 100,86
Os resultados encontrados para a fase de crescimento mostraram que houve
decréscimo no custo do quilograma do suíno e custo total de ração consumida à
medida que aumentou o nível de inclusão de FACC nas dietas. De acordo com a
Tabela 8, observou-se que o nível de inclusão de 12% obteve o melhor IEE e IC.
Observou-se também que o nível de 18% de inclusão de FACC obteve valores bem
próximos de IEE e de IC, ao nível de 12% de inclusão nas dietas. O nível de 6% de
inclusão obteve o pior resultado econômico e o nível de 0% de inclusão seguiu a
mesma tendência apresentando valores semelhantes.
28
4.2. Fase de Terminação
4.2.1. Desempenho zootécnico
Os resultados de ganho de peso médio diário (GPMD), consumo de ração
médio diário (CRMD) e conversão alimentar (CA) dos suínos na fase de terminação
estão apresentados na Tabela 9.
TABELA 9 - Médias do desempenho de suínos alimentados com dietas contendo
diferentes níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de
caju (FACC) e formas de arraçoamento durante a fase de
terminação.
Fatores Ganho de peso
médio diário (g)
Consumo de ração
médio diário (g)
Conversão
alimentar
Níveis de FACC (%)
0 1.045
a (1)
3.456
a
3,31
a
6 1.023
a
3.117
ab
3,07
a
12 1.018
a
3.044
ab
3,00
a
18 952
a
2.989
b
3,17
a
Formas de arraçoamento
Ração seca 991
a
3.127
a
3,15
a
Ração úmida 1.028
a
3.176
a
3,12
a
CV (%)
(2)
8,27 10,46 8,66
(1)
Médias seguidas de letras distintas na mesma coluna diferem entre si (P < 0,05) pelo
teste Tukey.
(2)
CV – Coeficiente de variação.
Para a fase de terminação, a análise de variância dos dados (Tabelas 7A, 8A e
9A dos anexos) mostrou que não houve diferença significativa (P > 0,05) para ganho
de peso médio diário e conversão alimentar para os animais submetidos às dietas
contendo diferentes níveis de farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC) e
formas de arraçoamento (dietas secas x úmidas), no entanto, houve diferença
significativa (P < 0,05) para o consumo de ração médio diário dos suínos submetidos
às dietas contendo diferentes níveis de (FACC).
29
Os resultados obtidos para ganho de peso concordaram com CASTRO (2001)
e RODRIGUES et al. (2003) que utilizaram quatro níveis (0; 7; 14 e 21%) de farelo
da amêndoa da castanha de caju (FACC) em rações de suínos nas fases de
crescimento e inicial (21 a 42 dias), respectivamente, e não encontraram diferença
significativa entre os diferentes níveis de inclusão de FACC e discordaram com os
encontrados por RODRIGUES (2001) que observou piora no ganho de peso médio
diário de leitões de 43 a 63 dias alimentados com dietas contendo diferentes níveis
de FACC.
Para as formas de arraçoamento, os dados de ganho de peso concordaram
com KORNEGAY e THOMAS (1981) e VIEIRA et al. (1996) que não encontraram
diferença significativa no fornecimento de ração seca e úmida para suínos até os
90kg de peso vivo e para o fornecimento de ração seca e úmida (0; 10; 20; 30; 40;
50% de inclusão de água) na alimentação de suínos dos 13 aos 30 kg de peso vivo,
respectivamente, e de SILVA et al. (2002) que não encontraram diferença
significativa para o ganho de peso de suínos na fase de terminação quando os
mesmos foram alimentados com rações secas e úmidas nas fases inicial I (21 a 42
dias), inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70 dias).
Os dados obtidos para consumo de ração apresentaram diferença significativa
(P < 0,05) entre os diferentes níveis de farelo da amêndoa de castanha de caju
(FACC) observando piora no consumo de ração dos suínos à medida que
aumentaram os níveis de inclusão de FACC, conforme a equação de regressão Y =
3.372,6 - 24,56X com R
2
ajustado de 0,82, como mostra a Figura 3.
30
y = 3.372,6 - 24,567x
R
2
= 0,82
2.500
2.750
3.000
3.250
3.500
061218
Níveis de inclusão de FACC (%)
CRMD (g)
Obs.
FIGURA 3 - Consumo de ração médio diário de suínos na fase de terminação em
função dos níveis do farelo da amêndoa da castanha de caju nas
dietas.
Os dados obtidos para consumo de ração concordaram com RODRIGUES
(2001) que obteve piora no consumo de ração de leitões na fase inicial (43 a 63 dias
de idade) à medida que aumentou os níveis de inclusão do farelo da amêndoa da
castanha de caju e de CASTRO (2001) que obteve uma diminuição no consumo de
ração de suínos na fase de crescimento alimentados com níveis crescentes (0 a
21%) de FACC, e discordaram de RODRIGUES et al. (2003) que avaliaram o efeito
do farelo da amêndoa da castanha de caju na alimentação de suínos na fase inicial
(21 a 42 dias) e não encontraram diferença significativa para consumo de ração.
Para as formas de arraçoamento, os dados de consumo de ração concordaram
com KORNEGAY e THOMAS (1981) e VIEIRA et al. (1996) que não encontraram
diferença significativa no fornecimento de ração seca e
úmida para suínos até os
90kg de peso vivo e para o fornecimento de ração seca e úmida
(0; 10; 20; 30; 40;
50% de inclusão de água) na alimentação de suínos dos 13 aos 30 kg de peso vivo,
respectivamente, e de SILVA et al. (2002) que não encontraram diferença
significativa para o consumo de ração de suínos na fase de terminação quando os
31
mesmos foram alimentados com rações secas e úmidas nas fases inicial I (21 a 42
dias), inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70 dias).
Houve interação significativa (P < 0,05) entre os diferentes níveis de inclusão
do farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento, observando
uma piora no consumo de ração médio diário dos animais, à medida que
aumentaram os níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju nas
rações secas, conforme a equação Y = 3.470 – 38,33X com R
2
ajustado de 0,81.
Figura 4.
y = 3.470 - 38,33x
R
2
= 0,81
2.500
2.750
3.000
3.250
3.500
061218
Níveis de inclusão de FACC (%)
CRMD (g)
seca
FIGURA 4 - Efeito da ração seca sobre o consumo de ração médio diário de suínos
na fase de terminação alimentados com rações contendo diferentes
níveis de farelo da amêndoa da castanha de caju.
Os dados de conversão alimentar obtidos concordaram com RODRIGUES
(2001) e RODRIGUES et al. (2003) que avaliaram o efeito do farelo da amêndoa da
castanha de caju (FACC) na alimentação de leitões na fase inicial e não
encontraram diferenças significativas para esta variável e discordaram de CASTRO
(2001) que constatou uma melhora na conversão alimentar à medida que os níveis
de inclusão de FACC aumentaram.
32
Para as formas de arraçoamento, os dados de conversão alimentar
concordaram com KORNEGAY e THOMAS (1981) e VIEIRA et al. (1996) que não
encontraram diferença significativa no fornecimento de ração seca e úmida para
suínos até os 90kg de peso vivo e para o fornecimento de ração seca e úmida (0;
10; 20; 30; 40; 50% de inclusão de água) na alimentação de suínos dos 13 aos 30
kg de peso vivo, respectivamente e de SILVA et al. (2002) que não encontraram
diferença significativa para a conversão alimentar de suínos na fase de terminação
quando os mesmos foram alimentados com rações secas e úmidas nas fases inicial I
(21 a 42 dias), inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70 dias).
33
4.2.2. Viabilidade econômica
As médias dos parâmetros custo do quilograma dos leitões, custo total de ração
consumida, índice de eficiência econômica (IEE) e índice de custo médio de ração
(IC) utilizada nesta avaliação estão apresentadas na Tabela 10.
TABELA 10 - Avaliação bioeconômica dos custos dos suínos na fase de terminação
utilizando diferentes níveis de inclusão do farelo da amêndoa da
castanha de caju (FACC).
Variáveis
Níveis
FACC
(%)
Custo do
quilograma do
suíno (R$)
Custo total da
ração
consumida
(R$)
Índice de
eficiência
econômica (%)
Índice de custo
médio de ração
(%)
0 1,63 54,63 87,73 113,99
6 1,48 48,47 97,29 102,77
12 1,44 46,66 100,00 100,00
18 1,49 45,05 96,64 103,47
Conforme mostrado na Tabela 10, os resultados encontrados para a fase de
terminação mostraram que houve decréscimo no custo total da ração consumida à
medida que se aumentou o nível de inclusão de FACC. Também ocorreu um
decréscimo no custo do quilograma do suíno até o nível de 12%, sendo este custo
aumentado quando da inclusão de 18% de FACC. Observou-se que o nível de
inclusão de 12% obteve o melhor IEE e IC e que os níveis de 6 e 18% apresentaram
os valores bem semelhantes para IEE e IC. O nível de 0% de inclusão obteve o pior
índice de eficiência econômica e índice de custo médio de ração.
34
4.3. Período total (crescimento e terminação)
4.3.1. Desempenho zootécnico
Os resultados de ganho de peso médio diário (GPMD), consumo de ração
médio diário (CRMD) e conversão alimentar (CA) dos suínos no período total do
experimento estão apresentados na Tabela 11.
TABELA 11 - Médias do desempenho de suínos alimentados com dietas contendo
diferentes níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de
caju (FACC) e formas de arraçoamento durante o período total.
Fatores Ganho de peso
médio diário (g)
Consumo de ração
médio diário (g)
Conversão
alimentar
Níveis de FACC (%)
0 1.033
a (1)
2.995
a
2,90
a
6 993
a
2.789
a
2,81
a
12 1.020
a
2.716
a
2,67
a
18 968
a
2.674
a
2,78
a
Formas de arraçoamento
Ração seca
993
a
2.774
a
2,80
a
Ração úmida 1.014
a
2.812
a
2,79
a
CV (%)
(2)
8,99 17,44 15,84
(1)
Médias seguidas de mesma letra e na mesma coluna não diferem entre si (P > 0,05) pelo
teste Tukey.
(2)
CV – Coeficiente de variação.
Para o período total (crescimento e terminação), a análise de variância dos
dados (Tabelas 10A, 11A e 12A dos anexos) mostrou que não houve diferença
significativa (P > 0,05) para ganho de peso médio diário, consumo de ração médio
diário e conversão alimentar dos animais submetidos às dietas contendo diferentes
níveis de farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC) e formas de arraçoamento
(dietas secas x úmidas).
35
Os resultados obtidos para ganho de peso concordaram com CASTRO (2001)
e RODRIGUES et al. (2003) que utilizaram quatro níveis (0; 7; 14 e 21%) de farelo
da amêndoa da castanha de caju (FACC) em rações de suínos nas fases de
crescimento e inicial (21 a 42 dias), respectivamente, e não encontraram diferença
significativa entre os diferentes níveis de inclusão de FACC e discordaram com os
encontrados por RODRIGUES (2001) que observou piora no ganho de peso médio
diário de leitões de 43 a 63 dias alimentados com dietas contendo diferentes níveis
de FACC.
Para as formas de arraçoamento, os dados de ganho de peso concordaram
com KORNEGAY e THOMAS (1981) e VIEIRA et al. (1996) que não encontraram
diferença significativa para ganho de peso no fornecimento de ração seca e úmida
para suínos até os 90kg de peso vivo e para o fornecimento de ração seca e úmida
(0; 10; 20; 30; 40; 50% de inclusão de água) na alimentação de suínos dos 13 aos
30 kg de peso vivo, respectivamente, e de SILVA et al. (2002) que não encontraram
diferença significativa para o ganho de peso médio diário de suínos no período total
quando os mesmos foram alimentados com rações secas e úmidas nas fases inicial I
(21 a 42 dias), inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70 dias).
Houve interação significativa (P < 0,05) entre os diferentes níveis de inclusão
do farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento, observando
uma melhora no ganho de peso dos animais à medida que aumentaram os níveis de
inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju nas rações úmidas, conforme a
equação Y = 980,75 + 3,79x com R
2
ajustado de 0,73. Figura 5.
36
y = 980,75 + 3,79x
R
2
= 0,73
900
950
1000
1050
1100
061218
veis de inclusão de FACC (%)
GPMD (g)
úmida
FIGURA 5 - Efeito da ração úmida sobre o ganho de peso médio diário de suínos no
período total alimentados com rações contendo diferentes níveis de
farelo da amêndoa da castanha de caju.
Os dados obtidos para consumo de ração concordaram com RODRIGUES et
al. (2003) que não observaram diferença significativa à medida que aumentaram os
níveis de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju (FACC) nas dietas de
leitões de 21 a 42 dias de idade e discordaram de RODRIGUES (2001) que avaliou
o efeito do farelo da amêndoa da castanha de caju na alimentação de leitões de 43 a
63 dias de idade e observou piora no consumo de ração médio diário e de CASTRO
(2001) que obteve uma diminuição no consumo de ração de suínos na fase de
crescimento, alimentados com níveis crescentes de FACC.
Para as formas de arraçoamento, os dados de consumo de ração concordaram
com KORNEGAY e THOMAS (1981) e VIEIRA et al. (1996) que não encontraram
diferença significativa no fornecimento de ração seca e
úmida para suínos até os
90kg de peso vivo e para o fornecimento de ração seca e úmida
(0; 10; 20; 30; 40;
50% de inclusão de água) na alimentação de suínos dos 13 aos 30 kg de peso vivo,
respectivamente, e de SILVA et al. (2002) que não encontraram diferença
significativa para o consumo de ração de suínos no período total quando os mesmos
37
foram alimentados com rações secas e úmidas nas fases inicial I (21 a 42 dias),
inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70 dias).
Os dados de conversão alimentar obtidos concordaram com RODRIGUES
(2001) e RODRIGUES et al. (2003) que avaliaram o efeito do farelo da amêndoa da
castanha de caju na alimentação de leitões na fase inicial e não encontraram
diferença significativa, e discordaram de CASTRO (2001) que constatou uma
melhora na conversão alimentar à medida que os níveis de inclusão de FACC
aumentaram.
Para as formas de arraçoamento, os dados de conversão alimentar
concordaram com KORNEGAY e THOMAS (1981) e VIEIRA et al. (1996) que não
encontraram diferença significativa para a conversão alimentar fornecendo ração
seca e úmida para suínos até os 90kg de peso vivo e para o fornecimento de ração
seca e úmida (0; 10; 20; 30; 40; 50% de inclusão de água) na alimentação de suínos
dos 13 aos 30 kg de peso vivo, respectivamente, e de SILVA et al. (2002) que não
encontraram diferença significativa para a conversão alimentar de suínos no período
total quando os mesmos foram alimentados com rações secas e úmidas nas fases
inicial I (21 a 42 dias), inicial II (43 a 56 dias), inicial III (57 a 70 dias).
38
4.3.2 Viabilidade econômica
As médias dos parâmetros custo do quilograma dos leitões, custo total de ração
consumida, índice de eficiência econômica (IEE) e índice de custo médio de ração
(IC) utilizada nesta avaliação estão apresentadas na Tabela 12.
TABELA 12 - Avaliação bioeconômica dos custos dos suínos no período total
utilizando diferentes níveis de inclusão do farelo da amêndoa da
castanha de caju (FACC).
Variáveis
Níveis
FACC (%)
Custo do
quilograma do
suíno (R$)
Custo total da
ração
consumida
(R$)
Índice de
eficiência
econômica(%)
Índice de custo
médio de ração
(%)
0 1,46 99,43 89,04 112,31
6 1,39 91,30 93,52 106,92
12 1,30 87,66 100,00 100,00
18 1,34 84,89 97,74 103,08
Conforme mostrado na Tabela 10, os resultados encontrados para o período
total mostraram que houve decréscimo no custo total da ração consumida à medida
que se aumentou o nível de inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju
(FACC). Também ocorreu um decréscimo no custo do quilograma do suíno até o
nível de 12%, sendo este custo aumentado quando da inclusão do nível de 18% de
FACC. Observou-se que o nível de inclusão de 12% obteve o melhor IEE e IC, e que
o nível de 18% de inclusão de FACC obteve valores bem próximos de IEE e de IC,
ao nível de 12% de inclusão nas dietas. O nível de 0% de inclusão obteve o pior
índice de eficiência econômica e índice de custo médio de ração.
39
5. CONCLUSÕES
Levando-se em consideração as condições em que foi realizado o experimento,
pode-se concluir que:
1) O farelo da amêndoa da castanha de caju pode ser utilizado até o nível de 18%
nas rações de suínos em crescimento e terminação sem prejudicar o
desempenho zootécnico dos animais.
2) As rações secas fornecidas aos suínos nas fases de crescimento e terminação
proporcionaram resultados semelhantes àqueles obtidos com rações úmidas.
3) O ganho de peso médio diário nas fases de crescimento e período total,
apresentou efeito linear crescente para os animais alimentados com ração úmida
contendo diferentes níveis de farelo da amêndoa da castanha de caju, enquanto o
consumo de ração médio diário para a ração seca na fase de terminação mostrou
efeito linear decrescente.
4) A avaliação bioeconômica mostrou uma melhor resposta para o nível de 12% de
inclusão do farelo da amêndoa da castanha de caju para suínos nas fases de
crescimento e terminação.
40
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, H. P.; FIALHO, E. T.; FERREIRA, A. S. Triguilho para suínos nas fases
inicial, de crescimento e terminação. Revista da Sociedade Brasileira de
Zootecnia, v. 21, n. 5, p. 827-37, 1992.
BOLETIM AGROMETEOROLÓGICO, Instituto Nacional de Meteorologia –
Estação de Fortaleza, Departamento de Engenharia Agrícola/CCA/UFC, 2004.
CASTAGNA, C. D.; LOVATTO, P. A.; QUADROS, A. R. B. Níveis de aminoácidos na
dieta de suínos machos inteiros dos 25 aos 70 kg. Ciência Rural, v. 29, n. 1, p. 117-
122, 1999.
CASTRO, R. P. Desempenho de suínos recebendo na fase de crescimento
rações com diferentes níveis de farelo de amêndoa da castanha do caju. 2001.
24 p. Monografia (Graduação em Zootecnia) - Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza.
DUKES, H. H. The physiology of domestics animals. 11. ed. Rio de Janeiro:
Koogan, 1996. p. 297-302.
EMBRAPA. Tabela de composição química e valores energéticos de alimentos
para suínos e aves. 3. ed. Concórdia: EMBRAPA/CNPSA, 1991. 97 p.
(Documentos, 19).
EMBRAPA. Aspectos agroeconômicos sobre a cultura do cajueiro. Fortaleza:
EMBRAPA/CNPAT, 1993. 124 p.
FREITAS, H. T, FERREIRA, A. S., DONZELE, J. L. 1997. Manejo para desmame de
leitões aos 21 dias de idade. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, v. 26,
n.4, p. 753-758.
HEIMIG, D. Why 78% of feeds choose liquid system. Pigs, v. 12, n. 6, p.9. 1996.
HOLLIS, G. Alimentação: desperdício de ração. Suinocultura Industrial, São Paulo,
n. 78, p. 33-4, Julho/1985.
IBGE. Anuário Estatístico do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE - Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, v. 105, 2004. 98 p.
41
KORNEGAY, E. T.; THOMAS, H. R. Wet versus dry for weaned pigs. Journal
Animal Science. Champaign, v. 52, n. 1, p. 14-17, 1981.
LEITE, L. A. A. S. A agroindústria do caju no Brasil: políticas públicas e
transformações econômicas. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1994. 195p.
MILITÃO, S. F. Utilização do farelo da amêndoa da castanha de caju
suplementado com enzimas em dietas de frangos de corte. 1999. 113p.
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Ceará, Fortaleza.
O’GRADY J. F.; LYNCH, P. B. Voluntary feed intake by lactating sows: Influence of
system of feeding and nutrient density of the diet. Irish: Journal of Agricultural
Research n.17, p. 1-5. 1978.
PAIVA, F. F.; GARRUTTI, D. S.; SILVA NETO, R. M. Aproveitamento industrial do
caju. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1996. 73p.
PINHEIRO, M. J. P.; GALVÃO, R. J. D.; BEZERRA NETO, F. ESPÍNDOLA, G. B.
Película da amêndoa da castanha de caju na ração de suínos em terminação. In:
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 36, 1998,
Botucatu. Anais..., Botucatu. 1998. 374 – 376p.
RODRIGUES, M. A. M. Efeito do farelo da amêndoa da castanha de caju sobre o
desempenho e componentes sangüíneos de suínos na fase inicial. 2001. 36 p.
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza -
CE.
RODRIGUES, M. A. M. Efeito do farelo da amêndoa da castanha de caju sobre o
desempenho de leitões de 21 a 42 dias de idade. In: CONGRESSO DA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS DE SUÍNOS -
ABRAVES, 2003, Goiânia. Anais... Goiânia: ABRAVES, 2003, v. 2, 349p.
ROPPA, L. Alimentação de suínos em períodos de altas temperaturas
ambientais.. Pork World, São Paulo. 2003, p. 77. (Artigos técnicos)
ROSTAGNO, H. S.; ALBINO, L. F. T.; DONZELE, J. L.; GOMES, P. C.; FERREIRA,
A. S.; OLIVEIRA, R. F.; LOPES, D. C. Tabelas Brasileiras para aves e suínos;
composição de alimentos e exigências nutricionais. Viçosa – MG: UFV,
Imprensa Universitária, 2000. 141p.
42
SANTOS JR., A. S. Utilização de farelo da amêndoa da castanha de caju
(Anarcadium occidentale L.) em dietas de frangos de corte. 1999. 48p.
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
SAS USER’S guid. Statistics. Version 6.12 edition. SAS Institute Inc., Carry.
1996, v. 1, 956p.
SILVA, C. A., KRONKA, R. N.; THOMAZ, M. C.; KRONKA S. N.; SOTO, W. C.;
CARVALHO, L. E. Rações úmidas e água de consumo e racão com edulcorante
para leitões desmamados aos 21 dias e efeitos sobre o desempenho até os 90 kg de
peso vivo. Ciência Rural, v.32 n.4. Santa Maria, Julho/Agosto. 2002.
SOARES, J.B. O caju: aspectos tecnológicos. Fortaleza: Banco do Nordeste do
Brasil, 1986. 256 p.
SPERS, A.; CASTRO JUNIOR, F. G.; SILVEIRA, J. L. N.; KRONKA, R. N.;
RODRIGUES, A. J. Ração seca versus molhada na alimentação de suínos em
crescimento e terminação. B. Industr. Anim., São Paulo, n. 27/28, p. 91-100.
1970/1971.
STOCKILL, P. Water: whey it should not be the neglected nutrient for pigs. Feed Int,
v. 11, n. 10, p. 10-18, 1990.
VIEIRA, A. A., CARVALHO, C. A. B. Ração seca e úmida na alimentação de suínos
dos 13 aos 30 kg de peso vivo. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA
DE ZOOTECNIA, 33, 1996, Fortaleza. Anais..., Fortaleza. 1996. 176p.
WALKER, N. A comparison of single-and multi-space feeders for growing pigs fed
non-pelleted diets ad libitum. Animal Feed Science and Technology, v. 30, p. 169-
173, 1990.
WHITTEMORE, C. T. The science and practice of the pig production. Longman
Scientific & Technical: Essex, 1993. p. 4-44, 357-369, 370-392.
43
7. ANEXOS
TABELA 1A: Dados individuais de peso inicial (PI) e final (PF), ganho de peso
médio diário (GPMD), consumo de ração médio diário (CRMD) e
conversão alimentar (CA) de suínos na fase de crescimento.
Baia Tratamento
PI (kg)
PF (kg) GPMD (g) CRMD
(g)
CA
01 T
3
R
4
S 25,00 62,00 1.088 2.170 1,99
02 T
2
R
4
S 25,50 52,00 779 2.110 2,71
03 T
1
R
4
S 25,50 62,00 1.073 2.710 2,53
04 T
4
R
4
S 25,00 51,80 788 1.700 2,16
05 T
3
R
4
U 24,50 59,00 1.015 2.340 2,31
06 T
1
R
4
U 25,00 60,00 1.029 2.490 2,42
07 T
2
R
4
U 26,00 60,50 1.015 2.620 2,58
08 T
4
R
4
U 25,50 69,00 1.279 3.080 2,41
09 T
1
R
3
U 27,00 60,50 985 2.460 2,50
10 T
4
R
3
U 27,00 60,50 985 2.450 2,49
11 T
2
R
3
U 27,00 60,00 971 2.440 2,51
12 T
3
R
3
U 27,00 63,00 1.059 2.370 2,24
13 T
1
R
3
S 26,50 65,00 1.132 2.440 2,16
14 T
4
R
3
S 26,00 55,00 853 1.860 2,18
15 T
2
R
3
S 27,00 55,00 824 2.260 2,74
16 T
3
R
3
S 26,00 57,50 926 2.110 2,28
17 T
1
R
1
S 30,50 66,00 1.044 2.730 2,62
18 T
4
R
1
S 30,00 60,00 882 2.320 2,63
19 T
2
R
1
S 29,50 65,00 1.044 2.650 2,54
20 T
3
R
1
S 30,00 69,80 1.171 2.900 2,48
21 T
4
R
1
U 30,50 65,10 1.018 2.450 2,41
22 T
2
R
1
U 30,00 63,20 976 2.340 2,40
23 T
3
R
1
U 29,00 64,00 1.029 2.550 2,48
24 T
1
R
1
U 30,00 62,00 941 2.460 2,61
25 T
3
R
2
S 28,00 64,00 1.059 2.520 2,38
26 T
1
R
2
S 29,00 66,50 1.103 2.750 2,49
27 T
4
R
2
S 28,00 62,50 1.015 2.700 2,66
28 T
2
R
2
S 28,50 67,50 1.147 2.810 2,45
29 T
3
R
2
U 29,00 57,00 823 2.140 2,60
30 T
2
R
2
U 27,50 60,00 956 2.450 2,56
31 T
1
R
2
U 28,00 57,50 868 2.230 2,57
32 T
4
R
2
U 28,00 64,00 1.059 2.310 2,18
Tratamentos: níveis de inclusão (T, = 0; T
2
= 6; T
3
= 12 e T
4
= 18%) de FACC; repetições (R
1
,
R
2
, R
3
e R
4
) ; S (ração seca) e U (ração úmida).
44
TABELA 2A: Dados individuais de peso inicial (PI) e final (PF), ganho de peso
médio diário (GPMD), consumo de ração médio diário (CRMD) e
conversão alimentar (CA) de suínos na fase de terminação.
Baia Tratamento PI (kg) PF (kg) GPMD (g) CRMD (g) CA
01 T
3
R
4
S 62,00 95,50 1.047 3.070 2,93
02 T
2
R
4
S 52,00 84,50 1.016 2.820 2,78
03 T
1
R
4
S 62,00 95,50 1.047 3.880 3,71
04 T
4
R
4
S 51,80 77,50 803 2.130 2,65
05 T
3
R
4
U 59,00 93,00 1.063 2.840 2,67
06 T
1
R
4
U 60,00 96,50 1.141 3.610 3,16
07 T
2
R
4
U 60,50 97,50 1.156 3.570 3,09
08 T
4
R
4
U 69,00 102,00 1.031 3.700 3,59
09 T
1
R
3
U 60,50 92,00 984 3.200 3,25
10 T
4
R
3
U 60,50 93,00 1.016 3.080 3,03
11 T
2
R
3
U 60,00 90,00 938 2.890 3,08
12 T
3
R
3
U 63,00 95,00 1.000 2.500 2,50
13 T
1
R
3
S 65,00 100,00 1.094 3.320 3,04
14 T
4
R
3
S 55,00 84,00 906 2.650 2,93
15 T
2
R
3
S 55,00 88,50 1.047 2.900 2,77
16 T
3
R
3
S 57,50 84,00 828 2.710 3,27
17 T
1
R
1
S 66,00 101,00 1.094 3.780 3,46
18 T
4
R
1
S 60,00 84,50 766 2.540 3,32
19 T
2
R
1
S 65,00 96,50 984 3.070 3,12
20 T
3
R
1
S 69,80 107,00 1.163 3.560 3,06
21 T
4
R
1
U 65,10 97,50 1.013 3.030 2,99
22 T
2
R
1
U 63,20 94,00 963 3.050 3,17
23 T
3
R
1
U 64,00 96,50 1.016 3.270 3,22
24 T
1
R
1
U 62,00 96,00 1.063 3.490 3,28
25 T
3
R
2
S 64,00 97,00 1.031 3.450 3,35
26 T
1
R
2
S 66,50 100,00 1.047 3.200 3,06
27 T
4
R
2
S 62,50 93,50 969 3.360 3,47
28 T
2
R
2
S 67,50 100,00 1.016 3.600 3,54
29 T
3
R
2
U 57,00 89,00 1.000 2.950 2,95
30 T
2
R
2
U 60,00 94,00 1.063 3.040 2,86
31 T
1
R
2
U 57,50 86,00 890 3.170 3,56
32 T
4
R
2
U 64,00 99,50 1.109 3.420 3,08
Tratamentos: níveis de inclusão (T, = 0; T
2
= 6; T
3
= 12 e T
4
= 18%) de FACC; repetições (R
1
,
R
2
, R
3
e R
4
) ; S (ração seca) e U (ração úmida).
45
TABELA 3A: Dados individuais de peso inicial (PI) e final (PF), ganho de peso
médio diário (GPMD), consumo de ração médio diário (CRMD) e
conversão alimentar (CA) de suínos no período total.
Baia Tratamento PI (kg) PF (kg) GPMD (g) CRMD (g) CA
01 T
3
R
4
S 25,00 95,50 1.068 2.620 2,45
02 T
2
R
4
S 25,50 84,50 894 2.460 2,75
03 T
1
R
4
S 25,50 95,50 1.061 3.290 3,10
04 T
4
R
4
S 25,00 77,50 796 1.910 2,40
05 T
3
R
4
U 24,50 93,00 1.038 2.590 2,50
06 T
1
R
4
U 25,00 96,50 1.083 3.050 2,82
07 T
2
R
4
U 26,00 97,50 1.083 3.090 2,85
08 T
4
R
4
U 25,50 102,00 1.159 3.390 2,93
09 T
1
R
3
U 27,00 92,00 985 2.830 2,87
10 T
4
R
3
U 27,00 93,00 1.000 2.760 2,76
11 T
2
R
3
U 27,00 90,00 955 2.660 2,79
12 T
3
R
3
U 27,00 95,00 1.030 2.430 2,36
13 T
1
R
3
S 26,50 100,00 1.114 2.880 2,59
14 T
4
R
3
S 26,00 84,00 879 2.250 2,56
15 T
2
R
3
S 27,00 88,50 932 2.580 2,77
16 T
3
R
3
S 26,00 84,00 879 2.410 2,74
17 T
1
R
1
S 30,50 101,00 1.068 3.250 3,04
18 T
4
R
1
S 30,00 84,50 826 2.430 2,94
19 T
2
R
1
S 29,50 96,50 1.015 2.860 2,82
20 T
3
R
1
S 30,00 107,00 1.167 3.230 2,77
21 T
4
R
1
U 30,50 97,50 1.015 2.740 2,70
22 T
2
R
1
U 30,00 94,00 970 2.690 2,77
23 T
3
R
1
U 29,00 96,50 1.023 2.910 2,85
24 T
1
R
1
U 30,00 96,00 1.000 2.970 2,97
25 T
3
R
2
S 28,00 97,00 1.046 2.980 2,85
26 T
1
R
2
S 29,00 100,00 1.076 2.970 2,76
27 T
4
R
2
S 28,00 93,50 992 3.030 3,05
28 T
2
R
2
S 28,50 100,00 1.083 3.200 2,95
29 T
3
R
2
U 29,00 89,00 909 2.540 2,79
30 T
2
R
2
U 27,50 94,00 1.008 2.740 2,72
31 T
1
R
2
U 28,00 86,00 879 2.700 3,07
32 T
4
R
2
U 28,00 99,50 1.083 2.860 2,64
Tratamentos: níveis de inclusão (T, = 0; T
2
= 6; T
3
= 12 e T
4
= 18%) de FACC; repetições (R
1
,
R
2
, R
3
e R
4
) ; S (ração seca) e U (ração úmida).
46
TABELA 4A: Análise de variância para o ganho de peso médio diário de suínos
alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão do
farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento
durante a fase de crescimento.
Fonte de Variação Graus de
Liberdade
Soma dos
Quadrados
Quadrado
Médio
F Pr > F
Tratamento ( T ) 3 0,01951075 0,00650358 0,55 0.6534 ns
Tipo de Dieta ( D ) 1 0,00020000 0,00020000 0.02 0.8977 ns
Interação T X D 3 0,12994375 0,04331458 3.67
0.0287 *
Bloco 3 0,01068525 0,00356175 0.30 0.8240 ns
Resíduo 21 0,24813225 0,01181582
Total 31 0,40847200
* = significativo (P < 0,05) CV = 10,89%
ns = não significativo (P > 0,05)
TABELA 5A: Análise de variância para o consumo de ração médio diário de suínos
alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão do
farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento
durante a fase de crescimento.
Fonte de Variação Graus de
Liberdade
Soma dos
Quadrados
Quadrado
Médio
F Pr > F
Tratamento ( T ) 3 0,14757500 0,04919167 0.63 0.6041 ns
Tipo de Dieta ( D ) 1 0,00605000 0,0060500 0.08 0.7836 ns
Interação T X D 3 0,49327500 0,16442500 2.10 0.1302 ns
Bloco 3 0,28587500 0,09529167 1.22 0.3273 ns
Resíduo 21 1,64122500 0,07815357
Total 31 2,57400000
ns = não significativo (P > 0,05) CV = 11,48%
47
TABELA 6A: Análise de variância para conversão alimentar de suínos alimentados
com dietas contendo diferentes níveis de inclusão do farelo da
amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento durante a
fase de crescimento.
Fonte de Variação Graus de
Liberdade
Soma dos
Quadrados
Quadrado
Médio
F Pr > F
Tratamento ( T ) 3 0,22673438 0,07557813 2,64 0.0759 ns
Tipo de Dieta ( D ) 1 0,00227813 0,00227813 0.08 0.7806 ns
Interação T X D 3 0,06168438 0,02056146 0.72 0.5519 ns
Bloco 3 0,11185938 0,03728646 1.30 0.2996 ns
Resíduo 21 0,60081562 0,02861027
Total 31 1,00337187
ns = não significativo (P > 0,05) CV = 6,91%
TABELA 7A: Análise de variância para o ganho de peso médio diário de suínos
alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão do
farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento
durante a fase de terminação.
Fonte de Variação Graus de
Liberdade
Soma dos
Quadrados
Quadrado
Médio
F Pr > F
Tratamento ( T ) 3 0,03895725 0,01298575 1,86 0.1667 ns
Tipo de Dieta ( D ) 1 0,01080450 0,01080450 1.55 0.2268 ns
Interação T X D 3 0,06051925 0,02017308 2.90 0.0593 ns
Bloco 3 0,01546875 0,00515625 0.74 0.5400 ns
Resíduo 21 0,14633025 0,00696811
Total 31 0,27208000
ns = não significativo (P > 0,05) CV = 8,27%
48
TABELA 8A: Análise de variância para o consumo de ração médio diário de suínos
alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão do
farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento
durante a fase de terminação.
Fonte de
Variação
Graus de
Liberdade
Soma dos
Quadrados
Quadrado
Médio
F Pr > F
Tratamento ( T ) 3 1,05700938 0,35233646 3,24
0.0425 *
Tipo de Dieta ( D
)
1 0,01852813 0,01852813 0.17 0.6838 ns
Interação T X D 3 1,04960937 0,34986979 3.22
0.0435 *
Bloco 3 0,66330937 0,22110312 2.04 0.1397 ns
Resíduo 21 2,28156562 0,10864598
Total 31 5,07002187
* = significativo (P < 0,05) CV = 10,46%
ns = não significativo (P>0,05)
TABELA 9A: Análise de variância para conversão alimentar de suínos alimentados
com dietas contendo diferentes níveis de inclusão do farelo da
amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento durante a
fase de terminação.
Fonte de
Variação
Graus de
Liberdade
Soma dos
Quadrados
Quadrado
Médio
F Pr > F
Tratamento ( T ) 3 0,44688437 0,14896146 2.02 0.1425 ns
Tipo de Dieta ( D
)
1 0,00750312 0,00750312 0.10 0.7531 ns
Interação T X D 3 0,22210938 0,07403646 1,00 0.4115 ns
Bloco 3 0,42450938 0,14150313 1.91 0.1581 ns
Resíduo 21 1,55181562 0,07389598
Total 31 2,65282188
ns = não significativo (P > 0,05) CV = 8,66%
49
TABELA 10A: Análise de variância para o ganho de peso médio diário de suínos
alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão do
farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento
durante o período total.
Fonte de Variação Graus de
Liberdade
Soma dos
Quadrados
Quadrado
Médio
F Pr > F
Tratamento ( T ) 3 0,04012737 0,01337579 1.64 0.1904 ns
Tipo de Dieta ( D ) 1 0,00697225 0,00697225 0.86 0.3589 ns
Interação T X D 3 0,18050887 0,06016962 7.39
0.0003 **
Bloco 3 0,02366988 0,00788996 0.97 0.4141 ns
Resíduo 53 0,43138963 0,00813943
Total 63 0,68266800
** = significativo (P < 0,001) CV = 8,99%
ns = não significativo (P > 0,05)
TABELA 11A: Análise de variância para o consumo de ração médio diário de suínos
alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão do
farelo da amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento
durante o período total.
Fonte de Variação Graus de
Liberdade
Soma dos
Quadrados
Quadrado
Médio
F Pr > F
Tratamento ( T ) 3 0,97646719 0,32548906 1,37 0.2613 ns
Tipo de Dieta ( D ) 1 0,02287656 0,02287656 0.10 0.7574 ns
Interação T X D 3 1,44030469 0,48010156 2.02 0.1217 ns
Bloco 3 0,84769219 0,28256406 1.19 0.3220 ns
Resíduo 53 12,57207031 0,23720887
Total 63 15,85941094
ns = não significativo (P > 0,05) CV = 17,44%
50
TABELA 12A: Análise de variância para conversão alimentar de suínos alimentados
com dietas contendo diferentes níveis de inclusão do farelo da
amêndoa da castanha de caju e formas de arraçoamento durante o
período total.
Fonte de
Variação
Graus de
Liberdade
Soma dos
Quadrados
Quadrado
Médio
F Pr > F
Tratamento ( T ) 3 0,42456875 0,14152292 0.72 0.5427 ns
Tipo de Dieta ( D
)
1 0,00075625 0,00075625 0.00 0.9507 ns
Interação T X D 3 0,05406875 0,01802292 0.09 0.9641 ns
Bloco 3 0,47690625 0,15896875 0.81 0.4928 ns
Resíduo 53 10,37279375 0,19571309
Total 63 11,32909375
ns = não significativo (P > 0,05) CV = 15,84%
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo