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ALEXANDRE KLUGE PEREIRA
FATORES TÉRMICOS AMBIENTAIS E QUALIDADE DO AR NO
DESEMPENHO PRODUTIVO DE FRANGOS DE CORTE CRIADOS EM
ALTA DENSIDADE SOB SISTEMAS DE VENTILAÇÃO POSITIVA.
Dissertação apresentada à
Universidade Federal de Viçosa,
como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Agrícola, para a
obtenção do título de “Magister
Scientiae”
VIÇOSA
MINAS GERAIS – BRASIL
2006
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Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e
Classificação da Biblioteca Central da UFV
T
Pereira, Alexandre Kluge, 1965-
P436f Fatores térmicos ambientais e qualidade do ar no
2006 desempenho produtivo de frangos de corte criados
em alta densidade sob sistemas de ventilação positiva
/ Alexandre Kluge Pereira. – Viçosa : UFV, 2006.
xix, 76f. : il. ; 29cm.
Inclui apêndice.
Orientador: Ilda de Fátima Ferreira Tinôco.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de
Viçosa.
Referências bibliográficas: f. 52-57.
1. Construções rurais - Aspectos ambientais. 2. Frango
de corte - Instalações - Aquecimento e ventilação.
3. Frango de corte - Registros de desempenho.
4. Ar - Controle de qualidade. 5. Qualidade ambiental.
I. Universidade Federal de Viçosa. II.Título.
CDD 22.ed. 631.2
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ALEXANDRE KLUGE PEREIRA
FATORES TÉRMICOS AMBIENTAIS E QUALIDADE DO AR NO
DESEMPENHO PRODUTIVO DE FRANGOS DE CORTE CRIADOS EM
ALTA DENSIDADE SOB SISTEMAS DE VENTILAÇÃO POSITIVA.
Dissertação apresentada à
Universidade Federal de Viçosa,
como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Agrícola, para a
obtenção do título de “Magister
Scientiae”
APROVADA: 22 de agosto de 2006.
Prof. Paulo Roberto Cecon
(Co-orientador)
Profª. Cecília de Fátima Souza
Prof. Fernando da Costa Baêta
Profª. Regina Célia Santos Mendonça
Profª. Ilda de Fátima Ferreira Tinôco
(Orientadora)
ii
A DEUS, por seu imenso amor e por dar-me condições para
realização de mais um grande sonho.
A Santa Rita de Cássia por amparar-me em todos os momentos de
minha vida.
OFEREÇO
Aos meus pais, Velcy e Francisco, pelos ensinamentos de vida...
Aos meus irmãos Andréa e Adriano, pela amizade...
iii
A Joesse, minha amada esposa, grande amor da minha vida,
amiga, companheira e cúmplice dos meus erros e acertos, exemplo de
dedicação à família, aos estudos, a mim, pelo amor incondicional, carinho,
respeito, minha maior incentivadora em todas as horas e quem me
auxiliou e contribuiu de todas as formas possíveis para que este sonho
pudesse ser concretizado, fazendo parte de mais esta conquista.
DEDICO
...Me leva amor,
Por onde for quero ser seu par...
(Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi e Edmundo Souto)
iv
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela presença e proteção constantes no meu dia a dia.
À Universidade Federal de Viçosa e ao Departamento de
Engenharia Agrícola, pela oportunidade de realização deste curso.
À Escola Agrotécnica Federal de Ceres, pela oportunidade de
treinamento concedida.
À empresa Rivelli Alimentos LTDA, nas pessoas dos senhores
Carlos Rivelli e Antonio Marcos de Andrade, pela oportunidade de
realização do experimento em suas instalações, viabilizando a
concretização do trabalho e o intercâmbio da pesquisa e sua
aplicabilidade no setor produtivo.
À professora Ilda de Fátima Ferreira Tinôco, pela orientação,
amizade, confiança durante o desempenho deste trabalho, por acreditar
num ilustre desconhecido, desvendando-me o universo da ambiência
animal e sua aplicabilidade como importante ferramenta de análise da
qualidade na cadeia produtiva.
Ao professor Jadir Nogueira da Silva pela contribuição,
aconselhamento e sugestões na condução deste trabalho.
Ao professor Paulo Roberto Cecon, pelos aconselhamentos,
sugestões, atenção sempre que se fez necessário, por ajudar-me a
compreender o SAEG, e decifrar as informações contidas em meus
disquetes.
Aos professores Cecília de Fátima Souza e Fernando da Costa
Baêta, pelos ensinamentos, sugestões durante o desenvolvimento do
trabalho e participação da banca de defesa de tese.
v
À Professora Regina lia Santos Mendonça, pelas sugestões
oportunas na melhoria deste trabalho e participação da banca de defesa
de tese.
Ao estagiário Daniel, pela ajuda na montagem e coleta dos dados.
Aos mestres, pela contribuição na formação da minha cidadania.
Aos funcionários do Departamento de Engenharia Agrícola, pela
ajuda e suporte dispensados.
A todos os colegas da pós-graduação, do Ambiagro, pela amizade,
companheirismo sempre presente.
Aos amigos Socorro, Nathália, Selene, Nédio e Paulo Henrique
pela amizade e agradável convivência.
A Eliane, José Antônio, Gabriel, Guilherme, “Tiquinho” e , pela
convivência agradável.
Aos amigos Ruth, Moacil, Nádia, Adriana e Douglas, pela amizade
incondicional.
A Terezinha e Welington, pela amizade, conselhos, respeito e por
serem grandes incentivadores para realização deste trabalho.
À minha família, pelo carinho, respeito e consideração;
especialmente à minha mãe, Velcy, pelo amor dedicado aos filhos, em
especial a mim, com seus exemplos valiosos de honestidade,
perseverança, superação como pessoa, profissional e principalmente
como mãe que, para mim, sempre foi, é e será.
À família da minha esposa, pelo incentivo, respeito e consideração,
em especial a Ziláh pelo constante carinho e orações sempre
dispensados a mim e a Joesse.
Às minhas sobrinhas Joés, Samara e Ana Lara, por serem tão
carinhosas, dedicadas, pela alegria e esperança que sempre me
transmitiram, tornando a vida mais alegre.
À Joesse, minha eterna namorada, que abrilhanta minha vida,
sempre disponibilizando de sua amizade, atenção, carinho, sinceridade e
ainda por sugestões durante o período deste trabalho.
Àqueles que por ventura não foram citados, mas que direta ou
indiretamente, contribuíram para realização deste trabalho.
vi
CONTEÚDO
Página
LISTA DE QUADROS...............................................................................IX
LISTA DE FIGURAS.................................................................................XI
LISTA DE TABELAS...............................................................................XIII
RESUMO ............................................................................................... XVI
ABSTRACT.......................................................................................... XVIII
1. INTRODUÇÂO....................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................... 3
2.1. Panorama da avicultura brasileira....................................................... 3
2.2. A ave e o ambiente ............................................................................. 4
2.3. Acondicionamento térmico das instalações avícolas .......................... 6
2.3.1. Sistema de ventilação positiva em modo túnel............................. 7
2.3.2. Sistema de ventilação positiva lateral........................................... 8
2.4. Bem-estar animal.............................................................................. 10
2.5. Qualidade do ar ................................................................................ 11
vii
2.6. Índices de ambiente térmico ............................................................. 14
2.6.1. Índice de temperatura de globo negro e umidade ...................... 14
2.6.2. Carga térmica radiante............................................................... 17
2.6.3. Umidade relativa do ar ............................................................... 18
3. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................... 19
3.1. Características das construções....................................................... 19
3.2. Características dos sistemas de acondicionamento de ambiente..... 20
3.2.1. Sistema de ventilação positiva lateral......................................... 20
3.2.2. Sistema de ventilação positiva em modo túnel........................... 20
3.3. Manejo das aves nos galpões experimentais ................................... 23
3.4. Manejo dos sistemas de acondicionamento de ambiente................. 23
3.4.1. Sistema de ventilação lateral...................................................... 23
3.4.2. Sistema de ventilação em modo túnel........................................ 23
3.5. Instrumentos e medições.................................................................. 24
3.5.1. Interior dos galpões.................................................................... 24
3.5.1.1. Temperatura de globo negro ............................................... 24
3.5.1.2. Temperatura de bulbo seco e temperatura de bulbo úmido 25
3.5.1.3. Velocidade do ar.................................................................. 27
3.5.1.4. Temperatura máxima e mínima ........................................... 27
3.5.2. Área externa aos galpões........................................................... 27
3.6. Índice de conforto térmico................................................................. 28
3.7. Qualidade do ar ................................................................................ 29
3.8. Avaliação do desempenho das aves ................................................ 30
3.9. Análise Estatística............................................................................. 31
3.9.1. Análise dos índices de conforto térmico..................................... 31
3.9.2. Análise da qualidade do ar......................................................... 31
3.9.3. Análise de desempenho animal ................................................. 31
viii
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................... 32
4.1. Avaliação dos índices conforto térmico ambiente............................. 32
4.1.1. Temperatura bulbo seco............................................................. 34
4.1.2. Umidade relativa ........................................................................ 36
4.1.3. Índice de temperatura de globo negro e umidade ...................... 37
4.1.4. Carga térmica radiante............................................................... 39
4.2. Avaliação da qualidade do ar............................................................ 41
4.2.1. Análise da concentração de amônia .......................................... 42
4.2.2. Análise da concentração de dióxido de carbono........................ 45
4.2.3. Análise da concentração de monóxido de carbono.................... 46
4.3. Avaliação do desempenho das aves ................................................ 47
4.3.1. Peso vivo, ganho de peso e taxa de mortalidade....................... 47
4.3.2. Consumo de ração ..................................................................... 48
4.3.3. Conversão alimentar .................................................................. 49
5. CONCLUSÕES.................................................................................... 51
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................... 52
7. APÊNDICE........................................................................................... 58
ix
LISTA DE QUADROS
Página
Quadro 01
Resumo da análise de variância referente ao efeito
dos sistemas de ventilação positiva em modo túnel
(SVT) e lateral (SVL), em relação à de temperatura de
bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar (UR) e índice
de temperatura globo e umidade (ITGU), present
em galpões avícolas.....................................................
33
Quadro 02
Valores médios de temperatura de bulbo seco (Tbs),
umidade relativa do ar (UR) e índice de temperatura
de globo negro e umidade (ITGU) para os dois tipos
de si
stemas de ventilação positiva em modo túnel
(SVT) e lateral (SVL), em galpões avícolas, no mês
de março de 2005.........................................................
33
Quadro 03
Resumo da análise de variância referente ao efeito
dos sistemas de
ventilação positiva em modo túnel
(SVT) e lateral (SVL), em relação à carga térmica
radiante (CTR), presentes em galpões avícolas. .........
39
Quadro 04
Valores médios de carga térmica radiante (CTR) para
os dois tipos de sistemas de ventilação posit
iva em
modo túnel (SVT) e lateral (SVL), em galpões
avícolas, no mês de março de 2005. ...........................
40
x
Quadro 05
Resumo da análise de variância referente ao efeito
dos sistemas de ventilação positiva em modo túnel
(SVT) e lateral (SVL),
em relação à concentração de
gases de amônia (NH
3
), dióxido de carbono (CO
2
) e
monóxido de carbono (CO), presentes em galpões
avícolas. .......................................................................
42
Quadro 06
Valores médios dos gases de amônia (NH
3
), dióxido
de carbono (CO
2
) e monóxido de carbono (CO), para
os sistemas de ventilação positiva em modo túnel
(SVT) e lateral (SVL), nas duas alturas (30 cm e 170
cm) e horários observados (09:00 e 15:00 horas).
43
Quadro 07
Resumo da an
álise de variância referente ao efeito
dos sistemas de ventilação positiva em modo túnel
(SVT) e lateral (SVL), em relação ao peso vivo (PV),
ganho de peso (GP) e taxa de mortalidade (TM) nas
três semanas de observação de galpões avícolas.......
47
Quadro 08
Valores de peso vivo (kg/ave) para a respectiva
densidade utilizada e produção obtida ao final dos 42
dias de vida das aves, para os sistemas de ventilação
positiva em modo túnel e lateral. .................................
48
Quadro 09
Consu
mo de ração (kg/ave), durante os 42 dias de
vida das aves, nos sistemas de ventilação positiva em
modo túnel (SVT) e lateral (SVL). ................................
49
Quadro 10
Valores médios de conversão alimentar (CA), obtidos
no período de 42 dias
de vida das aves, submetidas
aos dois sistemas de ventilação positiva em modo
túnel (SVT) e lateral (SVL). ..........................................
49
xi
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 01A
Vista interna do galpão equipado com sistema de
venti
lação lateral, mostrando a disposição dos
ventiladores....................................................................
21
Figura 01B
Vista interna do galpão equipado com sistema de
ventilação em modo túnel, mostrando a disposição dos
ventiladores....................................................................
21
Figura 02
Disposição dos ventiladores e das linhas de
nebulização para os dois sistemas de arrefecimento de
temperatura, a saber:
A
: Sistema de Ventilação Lateral
e B: Sistema de Ventilação em modo Túnel..................
22
Figura 03
Vista interna do galpão com a instalação dos
instrumentos de aquisição de dados..............................
25
Figura 04
Esquema da disposição dos instrumentos (globo
negro:
e datalogger:
) no
interior dos galpões
avícolas, para coleta de dados na fase de pós-
aquecimento, ao longo do período experimental...........
26
Figura 05
Vista do abrigo meteorológico instalado próximo ao
galpão para a coleta de dados, visando caracterização
do ambiente externo.......................................................
28
Figura 06
Coleta de dados para análise de gases (amônia e
dióxido de carbono) no interior do galpão......................
30
Figura 07 Estimativa dos valores de temperatura de bulbo s
eco
(Tbs), em função dos horários de observação, para os
ambientes interno (SVT e SVL) e externo.....................
34
xii
Figura 08
Estimativa da umidade relativa do ar (UR %), em
função dos horários de observação, para os ambientes
interno (SVT e SVL) e externo........................................
36
Figura 09
Estimativa do índice de temperatura de globo e
umidade (ITGU), para os ambientes interno (SVT e
SVL) e externo, em função dos horários de
observação. ....................................................................
38
Figura 10
Estimativa da carga térmica radiante (CTR), em função
dos diferentes horários de observação, para os
ambientes interno e externo. .........................................
40
xiii
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 01
Valores diários e médias semanais para os
principais horários de observação da temperatura
de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar (UR),
índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
sistema
de ventilação positiva em túnel (SVT), na
primeira semana experimental..................................
59
Tabela 02
Valores diários e médias semanais para os
principais horários de observação da temperatura
de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do
ar (UR),
índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
sistema de ventilação positiva em túnel (SVT), na
segunda semana experimental.................................
61
Tabela 03
Valores diários e méd
ias semanais para os
principais horários de observação da temperatura
de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar (UR),
índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
sistema de ventilação positiva em túnel (SV
T), na
terceira semana experimental. .................................
63
xiv
Tabela 04
Valores diários e médias semanais para os
principais horários de observação da temperatura
de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar (UR),
índice de temperatura
de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
sistema de ventilação positiva lateral (SVL), na
primeira semana experimental. ................................
65
Tabela 05
Valores diários e médias semanais para os
principais
horários de observação da temperatura
de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar (UR),
índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
sistema de ventilação positiva lateral (SVL), na
segunda semana experimental. ...............................
67
Tabela 06
Valores diários e médias semanais para os
principais horários de observação da temperatura
de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar (UR),
índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e ca
rga térmica radiante (CTR), para o
sistema de ventilação positiva lateral (SVL), na
terceira semana experimental. .................................
69
Tabela 07
Valores diários e médias semanais para os
principais horários de observação da temperat
ura
de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar (UR),
índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
ambiente externo, na primeira semana
experimental. ............................................................
71
xv
Tabela 08
Valores diários e médias semanais para os
principais horários de observação da temperatura
de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar (UR),
índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para
o
ambiente externo, na segunda semana
experimental..............................................................
73
Tabela 09
Valores diários e médias semanais para os
principais horários de observação da temperatura
de bulbo seco (Tbs), umidade r
elativa do ar (UR),
índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
ambiente externo, na terceira semana
experimental..............................................................
75
Tabela 10
Valores d
rios e médias semanais da temperatura
máxima, mínima e amplitude térmica registradas no
exterior dos galpões, durante o período
experimental. ............................................................
76
xvi
RESUMO
PEREIRA, Alexandre Kluge Pereira, Universidade Federal de Viçosa,
agosto de 2006.
Fatores térmicos ambientais e qualidade do ar no
desempenho produtivo de frangos de corte criados em alta
densidade sob sistemas de ventilação positiva.
Orientadora: Ilda
de Fátima Ferreira Tinôco. Co-orientadores: Paulo Roberto Cecon e
Jadir Nogueira da Silva.
Com vistas à otimização do desempenho produtivo do setor
avícola, faz-se necessário a correta adequação do ambiente de criação
das aves à realidade climática brasileira. Para isto, busca-se planejar
sistemas de ventilação adequados que atendam simultaneamente a
questões térmicas e questões higiênicas do ambiente de criação. Em
razão da questão ambiental e no que diz respeito à questão higiênica,
atualmente a qualidade do ar, especialmente o nível de emissão de gases
pela atividade de produção animal, tem sido alvo de inúmeras pesquisas
em todo o mundo, visando a preservação da vida sobre o planeta. Tendo
em vista o exposto, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de dois
diferentes sistemas de ventilação positiva: em modo túnel (SVT) e lateral
(SVL), sobre o conforto térmico ambiente, sobre a qualidade do ar e,
conseqüentemente, sobre o desempenho produtivo de frangos de corte
criados em alta densidade de alojamento. A pesquisa foi realizada em
quatro galpões comerciais, em Barbacena-MG, no período de 10 a 30 de
março de 2005, utilizando-se frangos de corte, linhagem “Cobb”, na fase
pós-aquecimento. O conforto térmico ambiente foi avaliado por:
temperatura de bulbo seco (Tbs), índice de temperatura do globo negro e
umidade (ITGU), umidade relativa (UR) e carga térmica de radiação
xvii
(CTR). Os valores de Tbs, ITGU, UR foram obtidos em intervalos de 15
minutos, durante as 24 horas do dia; a CTR foi tomada diariamente, das
8:00 às 18:00 horas, em intervalos de duas horas. A qualidade do ar foi
avaliada com base em medições diárias instantâneas das concentrações
de amônia (NH
3
), dióxido de carbono (CO
2
) e monóxido de carbono (CO)
em ppm, nas alturas de 0,30 m e 1,70 m, às 9:00 e 15:00 horas. O
desempenho produtivo das aves foi avaliado com base no ganho de peso,
peso médio, consumo de ração, conversão alimentar e taxa de
mortalidade. Verificou-se com base no ITGU, UR e CTR diferença
significativa entre os sistemas de acondicionamento ambiente (P<0,05),
obtendo-se os maiores valores no sistema de ventilação lateral. Os
valores médios das concentrações de NH
3
e CO foram significativamente
diferentes (P<0,05) entre os sistemas de ventilação, tanto nas alturas
quanto nos horários de observação, apesar destes valores serem
menores do que aqueles indicados como críticos. Os valores médios de
concentração do CO
2
, nos dois sistemas de ventilação estudados, não
diferiram significativamente entre si (P>0,05), sendo também inferiores
aos limites máximos fixados pela União européia, para exposição
contínua de animais nas instalações. Os dois sistemas de ventilação não
influenciaram o desempenho produtivo das aves, garantindo condições
satisfatórias para o seu bem estar. Assim, pode-se afirmar que os dois
sistemas de ventilação positiva instalados nos galpões avícolas
estudados foram eficientes para manutenção do conforto térmico
ambiente e qualidade do ar, favorecendo assim um desempenho animal
satisfatório.
xviii
ABSTRACT
PEREIRA, Alexandre Kluge Pereira, M.S. Universidade Federal de
Viçosa, August, 2006. Environmental thermic factors and air quality
on productive performance of broilers created under high density
of positive ventilation systems.
Adviser: Ilda de Fátima Ferreira
Tinoco. Co-Adivisers: Paulo Roberto Cecon and Jadir Nogueira da
Silva.
In order to improve the productive performance of poultry, it’s
necessary to adjust the ambient of poultry creation to the Brazilian climate.
For this reason, there’s need to plan adequate ventilation systems that
solve simultaneously thermic and hygienic matters of ambient for creation.
On account of environmental matters and concerns of hygienic questions,
especially the gas emission level from animal production, nowadays air
quality is an issue of several researches all over the world about
preservation of living on the planet. Thus this work has the objective to
evaluate the effect of two positive ventilation systems: tunnel way (SVT)
and side way (SVL), about thermic comfort ambient, air quality and
consequently productive performance of commercial broilers created
under high density in the unit. This work was realized using four broilers
houses in Barbacena, MG, in the period of March 10 to 30, 2005. It was
used broilers of the race “Cobb”, in the post-heating phase. The thermic
comfort ambient was evaluated by temperature of bulb dry (Tbs),
temperature rate of black globe and humidity (ITGU), relative humidity
(UR) and thermic charge of radiation (CTR). The values for TBS, ITGU,
UR were obtained with intervals of 15 minutes during 24 hours/day; CTR
were obtained from 08 to 18:00 hours daily, with intervals of 2 hours. Air
quality was evaluated based on instantaneous daily measurements of
xix
ammonia concentrations (NH
3
), carbon dioxide (CO
2
) and carbon
monoxide (CO) in ppm, in the heights of 0,30 and 1,70 m at 9:00 and at
15:00 o’clock. The productive performance of commercial broilers was
evaluated based on weight gain, average weight, food consumption, food
convertion and mortality rate. The analyses based on ITGU, UR and CTR
showed a meaningful difference between the systems of housing
conditions (P<0,05) resulting in the highest value for side system. The
average values of NH
3
e CO concentrations were meaningfully different
(P<0,05) between the ventilation systems such for height as observation
time, in spite of these values had been lower than those indicated as
critical. The average values of CO
2
concentration on both systems didn’t
differ meaningfully from each other (P>0,05), which were lower than the
maximum stated by European Union for continuous exposure of animals in
units. Both systems didn’t influenciate the productive performance of
poultry what warranted satisfactory conditions to its wellfare. Thus it shows
that both positive ventilation systems installed on those intensive poultry
units were efficient to maintain a thermic comfort ambient and air quality
what promotes a satisfactory animal performance.
1
1. INTRODUÇÂO
A indústria avícola brasileira, nos últimos anos, tem apresentado
extraordinário desenvolvimento. As exportações, no último quinqüênio,
cresceram em média 20 % ao ano e, em 2004, o Brasil assumiu a
liderança absoluta nas exportações mundiais de carne de frango, detendo
42,8 % do mercado internacional (ABEF, 2005).
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de
frango, cuja produção de 2005 subiu para 9,348 milhões de toneladas,
volume 11,18 % superior a 2004, o que permitiu um consumo per capita
de 35,4 kg por habitante, representando assim um crescimento de 4,69 %
em relação a 2004, constituindo-se de uma área promissora e em
expansão (ABEF, 2005). Existe uma previsão de que ao final do ano de
2006, o Brasil venha a produzir 9,700 milhões de toneladas de carne de
frango (ABEF, 2006).
Entretanto, visando a otimização do desempenho produtivo do setor
avícola, torna-se necessária a correta adequação do ambiente de criação
das aves à realidade climática brasileira. Assim, nos últimos anos, houve
grande avanço no pensamento e na atitude da indústria avícola do país
com relação às técnicas de alojamento e, efetivamente, ao ambiente de
criação de aves. Esta evolução surgiu com a perspectiva do processo de
globalização que hoje movimenta a economia mundial, forçando o
incremento agressivo da competitividade como forma de garantir a
sobrevivência no mercado. Desta forma, a avicultura nacional teve que se
adaptar rapidamente a uma situação onde cada empresa ou integração
deve tomar decisões relativas à adoção de concepções arquitetônicas e
de manejos inovadores, associados ao sistema de acondicionamento
2
térmico compatíveis com a realidade climática e econômica de cada
região e unidade, visando a crescente exigência por condições de bem-
estar animal (TINÔCO, 2003). Essas decisões incluem sempre a
utilização de ventilação forçada no arrefecimento térmico dos galpões
avícolas, com destaque a sistemas de ventilação positiva lateral ou em
modo túnel, sistemas estes merecedores de maiores investigações
comparativas.
Simultaneamente, faz-se necessário a determinação e a
quantificação de poluentes aéreos em instalações de aves e suínos, bem
como estudos para compreender a interação desses gases com o
ambiente térmico da edificação, com o desempenho produtivo animal e
com a saúde dos animais e dos trabalhadores. Sabe-se que a demora em
obter e organizar tais informações de forma científica poderá, num futuro
próximo, prejudicar a participação do Brasil no mercado avícola
internacional, uma vez que alguns mercados internacionais atendidos
pelo Brasil vêm sinalizando a importância de tais informações.
Em vista ao exposto, é importante que se realizem avaliações
quanto à influência dos diferentes sistemas de ventilação forçada no
conforto térmico ambiente de galpões avícolas e na concentração de
gases emitidos. Estas informações poderão viabilizar, no futuro, um
inventário completo sobre emissão de gases gerados nas atividades
avícolas em nível nacional, gases estes que podem afetar a salubridade
dos trabalhadores, o bem-estar animal e o equilíbrio do planeta.
Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito
de dois diferentes sistemas de ventilação positiva (em túnel e lateral),
instalados em galpões avícolas comerciais, quanto ao conforto térmico
ambiente e à qualidade do ar e, conseqüentemente, o desempenho
produtivo de frangos de corte criados em alta densidade de alojamento,
visando adequar às condições de bem estar animal.
3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Panorama da avicultura brasileira
De acordo com o relatório de desempenho das exportações de carne
de frango durante o ano de 2005, o Brasil exportou 2,845 milhões de
toneladas, traduzindo-se em um crescimento de 15 % sobre o total
exportado no ano anterior, possibilitando uma receita cambial 35 %
superior a 2004. Os principais mercados consumidores da carne de
frango brasileira, neste período, foram o Oriente Médio, Ásia e União
Européia (ABEF, 2006).
Segundo TURRA (2006), para a moderna avicultura brasileira, a
exportação é como o alicerce de uma casa, uma vez que é neste
parâmetro que ela se sustenta e abriga todas as condições para atender
ao mercado interno. É no mercado internacional que se obtém os
melhores preços e rentabilidade.
De acordo com a ABEF (2005), o Brasil nos próximos anos sofrerá
forte pressão da concorrência internacional, assustada com o crescimento
das exportações brasileiras. Para manter a posição conquistada a nível
mundial, a cadeia produtiva deverá priorizar o plano nacional de sanidade
avícola, elevando os padrões de exigência dos níveis de qualidade e
segurança alimentar para certificações de exportadores e, também, para o
frango consumido no mercado interno. Diante dessa necessidade,
estudos sobre ampliação qualitativa, com seguridade na cadeia alimentar,
visando o ambiente animal têm sido desenvolvidos.
4
2.2. A ave e o ambiente
Para SILVA (2000), o ambiente pode ser resumido como sendo o
conjunto de tudo o que afeta a constituição, o comportamento e a
evolução de um organismo e este será sempre conseqüência do
ambiente em que vive. Os principais fatores causadores de efeitos sobre
a produção animal são: temperatura, umidade, radiação e vento, que
constituem o ambiente térmico animal. Deve-se pois, ao projetar-se a
instalação, buscar amenizar os efeitos extremos destes fatores.
A caracterização do ambiente térmico animal pode ser feita por meio
de uma única variável, chamada de temperatura efetiva. Para
determinada faixa de temperatura efetiva ambiental, o animal mantém
constante a temperatura corporal, com mínimo esforço dos mecanismos
termorregulatórios. É a chamada zona de conforto térmico ou de
termoneutralidade, em que não sensação de frio ou calor e o
desempenho do animal em qualquer atividade é otimizado (BAÊTA e
SOUZA, 1997).
Para ÃS (1994), o conceito de conforto térmico é muito amplo e
está diretamente relacionado ao microclima gerado dentro da instalação,
que é naturalmente influenciado pelas condições climáticas externas. As
condições climáticas variam de acordo com a localização de determinada
região, ou com a existência de variações no período de 24 horas. Como
as variáveis ambientais não são estáticas, as instalações não devem ser
iguais para regiões diferentes.
Entretanto, segundo BAÊTA e SOUZA (1997), o ambiente interno de
uma instalação é dependente das características construtivas, dos
materiais da instalação, da espécie, do número de animais, do manejo e
das modificações causadas pelos equipamentos do sistema produtivo e
por aqueles que visam o acondicionamento ambiental. Visando atender
as necessidades microambientais dos animais de forma a que os mesmos
possam expressar seu máximo desempenho produtivo, pode-se realizar
modificações ambientais primárias e secundárias. As modificações
primárias incluem proteção contra a exposição direta aos raios solares,
5
quebra-ventos, proteção contra a chuva, dentre outros, enquanto as
modificações secundárias correspondem ao manejo do microambiente
interno, compreendendo processos artificiais de ventilação, aquecimento
e refrigeração, isolados ou conjugados.
A característica mais utilizada por pesquisadores na determinação
da zona de termoneutralidade das aves de corte, é a idade das mesmas.
Com o desenvolvimento do sistema termorregulador e o aumento de sua
reserva energética, a ave modifica sua exigência de temperatura crítica
superior de 35 ºC para 24 ºC em quatro semanas, chegando a 21 ºC na
sexta semana de vida, período próximo ao abate. Entretanto, nesta fase,
a temperatura corporal dos frangos adultos na zona termoneutra é de 41
ºC. De maneira geral, aves adultas, com cinco semanas de idade,
sobrevivem a temperaturas ambientais de 27 ºC a 32 ºC, sem problemas
com o nível de umidade relativa ao qual estão sendo submetidas,
contudo, sofrem grandes prejuízos em sua performance produtiva.
Entretanto, sob temperaturas ambientais maiores que 32 ºC e taxas de
umidade relativa superiores a 75 %, as aves são severamente
estressadas e o óbito é eminente, dependendo da durabilidade do período
de desconforto (MOURA, 2001).
Segundo TINÔCO (2003), para manter a competitividade e atender à
crescente demanda de consumo do produto, torna-se imperativo o
aumento da produção de carne de frango, com o mínimo de investimento
em construção e a minimização dos custos fixos, como: mão de obra,
equipamentos, infra-estrutura de apoio e transportes. Dessa forma,
enquanto a realidade atual aponta para uma média brasileira de 11 a 13
aves/m
2
, com modificações ambientais satisfatórias, pode-se obter o
máximo de 15 a 18 aves/m
2
(no caso de alojamentos termicamente
menos favoráveis que o ideal ou providos de equipamentos e comedouros
mais simples), e de 18 a 22 aves/m
2
(no caso de galpões termicamente
confortáveis e providos de comedouros e bebedouros automáticos).
A alta densidade também pode ser entendida como a obtenção de
mais carne de ave por unidade de área construída, podendo-se chegar,
ao final da produção, a 40 kg/m
2
. A comunidade européia, contudo, tem
6
estipulado uma quantidade máxima de 30 kg de carne/m
2
como exigência
à importação do produto (UNIÓN EUROPEA, 2006), o que tem limitado o
aumento da densidade avícola brasileira para patamares compatíveis aos
mencionados. Valores superiores a 30 kg/m
2
de carne são
considerados alta densidade.
Do ponto de vista de ambiência, entretanto, deve-se observar que
maior número de aves alojadas por área de galpão significa, também,
maior dissipação de calor (das próprias aves) por metro
quadrado de
alojamento, o que poderá gerar sobreaquecimento do ambiente em níveis
incompatíveis com o bom desempenho animal. Assim, a criação de
frangos de corte em alta densidade nos próximos anos se tornará de
extrema importância. Entretanto, devido aos problemas decorrentes do
estresse calórico no desempenho avícola, faz-se necessário considerar
que a criação em alta densidade só é possível e viável com a utilização de
sistemas de acondicionamento de ambiente, compatíveis com a realidade
climática e com o tipo de instalações avícolas utilizadas em cada região
do Brasil (TINÔCO, 2003).
2.3. Acondicionamento térmico das instalações avícolas
Dentre os sistemas de arrefecimento térmico do ambiente de criação
existentes, pode-se destacar ventilação simples e ventilação associada à
nebulização. basicamente dois tipos de sistemas de ventilação: o de
pressão negativa e o de pressão positiva.
Sistema de ventilação de pressão negativa: é aquele em que o ar é
succionado por exaustores acarretando em vácuo parcial no interior do
galpão. Por sua vez, a diferença de pressão gerada entre o interior e o
exterior do abrigo succionará o ar externo para o interior da construção.
Sistema de ventilação de pressão positiva: Neste sistema, o ar é
forçado por ventiladores de fora para dentro da instalação, ocasionando
em aumento da pressão do ar. O gradiente de pressão interno-externo
gerado acarretará no deslocamento do ar interno para fora do galpão.
7
Este sistema, usualmente, é o mais utilizado nas instalações avícolas
abertas.
De acordo com TINÔCO (2003), o sistema de ventilação positiva
pode ser obtido de várias formas, destacando-se o sistema de ventilação
positiva lateral e sistema de ventilação positiva em modo túnel.
Ambos os sistemas de ventilação positiva, em modo túnel e lateral
são constituídos por equipamentos que movimentam o ar, sistemas de
distribuição do ar e equipamentos de controle de acionamento dos
referidos sistemas. Os equipamentos usados para movimentar o ar
deverão promover as diferenças de pressão entre o interior e o exterior da
instalação. Segundo ABREU e ABREU (2000), estes equipamentos
devem ser capazes de movimentar certa quantidade de ar ao nível dos
animais; entretanto, a localização e o espaçamento destes são
determinantes para o bom desempenho do sistema.
Para a adequada manutenção do ambiente interno, deve-se usar
controles apropriados, obtidos pela mudança na capacidade do
equipamento de movimentação do ar e a área de entrada e saída do ar
(ABREU e ABREU, 2000).
2.3.1. Sistema de ventilação positiva em modo túnel
Este sistema consiste em criar um fechamento lateral do galpão por
meio de cortinas bem vedadas, permitindo duas aberturas similares, nas
duas extremidades do galpão. Algumas vezes, a utilização de um forro
para reduzir o volume de ar a ser carreado é desejável. Os ventiladores
são posicionados ao longo do comprimento do galpão de forma a
succionar o ar de uma extremidade e levá-lo para fora através da
extremidade oposta de modo uniforme. Este sistema criará uma corrente
de ar de alta velocidade, chegando a 2,5 m/s, gerando uma sensação
térmica para a ave de, no máximo, 6 a 8 abaixo da temperatura
registrada no termômetro de bulbo seco (CUNNINGHAM, 1995 e
DONALD, 1996).
8
A principal vantagem do sistema de ventilação em túnel é possibilitar
altas velocidades do ar por toda a instalação, não importando as
condições de vento, resultando assim, em melhor desempenho das aves
devido à redução dos efeitos do estresse calórico (BOTTCHER et al.,
1995).
2.3.2. Sistema de ventilação positiva lateral
Os ventiladores são localizados na lateral do galpão, promovendo o
fluxo de ar no sentido da largura do mesmo, de forma a ocorrer um fluxo
de ar no sentido da menor dimensão do galpão, succionando o ar externo,
injetando-o para o interior e expulsando o ar viciado pelo lado posterior.
Os equipamentos devem ser posicionados preferencialmente no sentido
do vento dominante, obtendo assim um melhor aproveitamento da
ventilação natural. Os ventiladores devem ser posicionados na altura
correspondente à metade do pé-direito da construção e com o jato
direcionado levemente para baixo. Desta maneira, conseguirão subtrair o
ar quente e úmido próximo à região de ocupação das aves. As cortinas
permanecerão abertas durante todo tempo em que o sistema estiver
funcionando. Para TINÔCO e RESENDE (1997), os ventiladores deverão
ser acionados quando a temperatura interna ultrapassar 25 ºC, que é
considerada como limite superior da zona de conforto para aves adultas.
Um aspecto a ser observado, independente do tipo de ventilação
forçada adotada, mesmo quando bem projetada, é que nem sempre este
sistema é suficiente para proporcionar um ambiente adequado; pois a
temperatura mínima que se poderá obter no interior do galpão será
exatamente aquela do ar externo usado na ventilação (TINÔCO,1996).
Quando ambos os sistemas (ventilação em túnel ou ventilação
lateral) forem equipados com um sistema de nebulização, ocorrerá um
arrefecimento adicional do ar, por meio do processo evaporativo que,
segundo TINÔCO (2003), poderá levar a uma queda na temperatura de
até 6 ºC.
9
BAÊTA, MEDEIROS e OLIVEIRA (2000), pesquisando a importância
do acionamento do sistema de resfriamento evaporativo, quando a
temperatura interna dos galpões estivesse acima de 21 ºC e a umidade
relativa fosse inferior a 80%, constataram que este acionamento favorece
aos animais obterem um maior ganho de peso.
Para TINÔCO (2003), dificilmente se encontram sobre o planeta dois
lugares de condições climáticas iguais. Desta forma, não existirá um tipo
de instalação avícola que seja ideal no combate ao estresse por calor ou
frio, que possa ser adotada em todas as regiões do mundo, pois cada
região climática impõe uma exigência própria de arranjos com vistas ao
conforto térmico por calor.
ZANOLLA (1998), avaliando o efeito de dois diferentes sistemas de
arrefecimento de temperatura (sistema de ventilação em modo túnel e
lateral), associados à nebulização interna, sobre o conforto térmico
ambiente de galpões avícolas e, conseqüentemente, sobre o
desempenho produtivo de frangos de corte de 15 a 42 dias de idade,
criados em densidade de 14 aves/m
2
, em condições de verão, na região
do Vale do Rio Doce, constatou que ambos os sistemas de ventilação
possibilitaram desempenho produtivo satisfatório.
FERREIRA (1996), baseando-se nos índices rmicos ambientais,
consumo de energia elétrica e índices zootécnicos, pesquisou o
desempenho da ventilação forçada no interior de galpões para frangos de
corte, no Município de Igarapé-MG, em função do posicionamento dos
ventiladores e orientação do fluxo de ar. Foi verificado que o
posicionamento do ventilador na lateral com fluxo de ar transversal ao
comprimento do galpão foi o que apresentou melhor desempenho, porém,
ressalta-se a influência dos ventos dominantes naturais, com relação ao
fluxo de ar, provido pelos ventiladores, o que reforça a necessidade de se
posicionar os ventiladores no sentido vento dominante.
Ao avaliar os efeitos da densidade de alojamento sobre o
desempenho de frangos de corte criados em sistemas de nebulização e
ventilação positiva em modo túnel sobre o conforto térmico ambiente,
determinado pelos índices de conforto térmico ambientais e desempenho
10
zootécnico, criados em três níveis de alta densidade (14, 16 e 18
aves/m
2
), em condições de verão, na região da Zona da Mata de Minas
Gerais, FONSECA (1998) verificou que o sistema de nebulização
associado à ventilação positiva em modo túnel permitiu a criação de
frangos de corte em alta densidade, sem comprometer os índices de
desempenho produtivo das aves.
MATOS (2000), pesquisando o efeito de dois diferentes sistemas
de ventilação (túnel e lateral) associados à nebulização interna e
aspersão sobre a cobertura, em dois níveis de alta densidade de
alojamento, 16 e 18 aves/m
2
, constatou que ambos os sistemas de
ventilação mostraram-se eficientes no sentido de manter satisfatórias as
condições térmicas no interior das instalações, em relação ao ambiente
externo.
2.4. Bem-estar animal
Atualmente, para a produção animal, aspectos como o bem-estar
têm sido considerados importantes. Em se tratando da avicultura
industrial, uma crescente preocupação dos países de primeiro mundo
com relação ao meio ambiente, às condições em que as aves são criadas,
dentre outros. Questões que, em outros tempos, eram deixadas em
segundo plano, como: qualidade do ar, bem-estar animal e bem-estar dos
operadores e qualidade de vida, hoje, são considerados de vital
importância, principalmente, pela União Européia, que é responsável
atualmente por 17,7 % das exportações brasileiras de carne de frango
(ABEF, 2005).
A União Européia recentemente apresentou uma proposta normativa
sobre as regras de bem-estar animal referente à criação de aves (UNIÓN
EUROPEA, 2006). O documento prevê o estabelecimento de regras
rigorosas, podendo-se citar:
-
Exigência de que as explorações não concentrem mais de 30 kg de
peso vivo por metro quadrado (m
2
). Com algumas exceções,
poderá chegar até 38 kg de peso vivo m
2
, como no caso de
11
explorações que for cumprido uma série de exigências extras de
bem estar, relativas aos limites de ventilação e temperatura e
naquelas que, mediante inspeções, for verificado não existir
problemas de bem estar (UNIÓN EUROPEA, 2006).
-
A cama dos animais deverá ser mantida seca e limpa, evitando-se
contaminações.
-
A ventilação, calefação, qualidade do ar e minimização do ruído
nas explorações devem ser asseguradas.
-
A iluminação deverá apresentar uma intensidade mínima de 20 lux
durante o dia e períodos nimos de obscuridade de oito horas,
garantindo quatro horas de escuridão consecutivas.
-
Os produtores deverão garantir a inspeção dos animais, pelo
menos duas vezes por dia, mantendo registros adequados.
-
Os estados-membros devem assegurar a formação dos
trabalhadores das explorações avícolas, contemplando, em
particular, ensinamentos sobre o bem-estar animal.
2.5. Qualidade do ar
A qualidade do ar, atualmente, tem sido alvo de inúmeras pesquisas
em todo o mundo. Este fato se deve, em grande parte, a uma mudança
de comportamento por parte do consumidor que, cada vez mais
esclarecido, fica mais exigente não somente com a qualidade do alimento,
mas também com relação ao custo ambiental gerado pela produção dos
mesmos.
Dentre os fatores que podem influenciar a qualidade do ar, os gases
são os principais. Muitos deles são odoríferos e, ao entrar em contato com
o trato respiratório, são absorvidos a nível de pulmões; sendo então
difundidos pelos vasos capilares, possibilitando a ocorrência de uma
intoxicação.
Para Morishita (1991, citado por FERREIRA, 2004), o confinamento
dos animais em instalações fechadas aumenta a possibilidade de
intoxicações por gases, dependendo da concentração existente, sendo os
12
principais envolvidos a amônia - proveniente da decomposição do ácido
úrico e fezes e o monóxido de carbono - proveniente da combustão
incompleta de combustíveis em aquecedores.
Segundo FERREIRA (2004), devido à qualidade do ar a que as aves
estão expostas no interior dos galpões, durante seu ciclo de vida podem
surgir problemas respiratórios. Entretanto, este processo pode ser
agravado devido aos gases produzidos tanto nas camas quanto aqueles
resultantes da combustão que ocorre nos sistemas de aquecimento.
De acordo com CURTIS (1983), os gases nocivos presentes no ar
podem ter efeitos primários e secundários nos animais. Os efeitos
primários afetam os tecidos, agindo diretamente sobre o trato respiratório,
pele e olhos, enquanto que os efeitos secundários referem-se a reações
sistêmicas após o gás ter sido absorvido pelos vasos sangüíneos. O
dióxido de carbono possui efeitos secundários metabólicos e respiratórios.
A presença de altos níveis desses gases na corrente sangüínea reduz o
conteúdo de oxigênio para níveis inferiores aos necessários à vida. A
amônia é um gás tóxico, considerado um irritante primário, que pode
acarretar efeitos metabólicos secundários, tal como envenenamento.
Visando um melhor desempenho animal, alguns sistemas de
ventilação positiva vêm sendo testados. FERREIRA (1996), FONSECA
(1998), ZANOLLA (1998) e MATOS (2000) avaliaram esses tipos de
sistemas de ventilação positiva, entretanto, não verificaram o efeito dos
mesmos na qualidade do ar associado ao desempenho animal. Neste
sentido, torna-se fundamental avaliar o nível de concentração de gases
poluentes com vistas a atender as exigências do mercado internacional.
Os limites máximos recomendados, em caso de exposição contínua
dos animais nas instalações, são: 20 ppm para amônia, 3.000 ppm para
dióxido de carbono e 10 ppm para monóxido de carbono. Entretanto, os
limites máximos de exposição para humanos, considerando em média oito
horas, de acordo com a BRASIL (1978), são: para amônia 25 ppm,
dióxido de carbono 5.000 ppm, monóxido de carbono 50 ppm, sulfeto de
hidrogênio 10 ppm, dióxido de nitrogênio 3 ppm e poeiras 10 ppm. Se o
tempo de exposição for de 15 minutos, esses limites passam a ser de 35,
13
15.000, 300, 30, 15, 05 e 30 ppm, respectivamente, refletindo desta
maneira o risco para a saúde humana, envolvido no processo produtivo
avícola, em razão dos gases gerados pela atividade (WHATES, 1999).
Desta forma, verifica-se que não apenas os níveis de amônia devem ser
monitorados nos ambientes de criação, mas também os de dióxido de
carbono, monóxido de carbono e oxigênio, de forma que se possa
caracterizar adequadamente a qualidade do ar no interior das instalações.
Geralmente, a concentração de gás carbônico presente no ar
atmosférico encontra-se na faixa de 300 ppm. Em instalações avícolas
industriais, este gás é produzido pela respiração dos próprios animais,
pela queima de combustíveis em sistemas de aquecimento e, em maior
quantidade, pela decomposição dos dejetos, porém sua concentração em
instalações avícolas abertas, tal como é o padrão do Brasil, dificilmente
atinge níveis que colocam em risco o bem estar animal (FERREIRA,
2004).
MILHAS, BRANTON e LOTT (2004) avaliaram o impacto da
concentração de amônia em aves. Durante o período de 0 a 4 semanas
de idade, os animais foram expostos a diferentes níveis de amônia 0
(controle), 25, 50, e 75 ppm. Os autores observaram um peso médio final
entre 6 e 9 % significativamente menor para os tratamentos com
concentrações de 50 e 75 ppm de amônia, quando comparados com 0
ppm. O índice de mortalidade foi significativamente maior em ambientes a
75 ppm de amônia, quando comparado a ambientes com ausência do
gás. O rendimento de carcaça por ave foi ligeiramente menor com a
crescente exposição a amônia, embora este diferencial não tenha sido
estatisticamente significativo. Este experimento demonstrou que
concentrações elevadas de amônia inibem o desempenho das aves.
A questão relativa à poluição do ar foi discutida na reunião de Kioto,
Japão, em 1997, onde vários países participantes, inclusive o Brasil, se
comprometeram a não poupar esforços na redução efetiva da emissão de
gases poluentes, incluindo aqueles provenientes da produção animal.
Os
princípios desta convenção foram normatizados no documento
denominado Protocolo de Kioto.
14
A avaliação das emissões de poluentes aéreos pelas instalações
de produção animal tem sido objeto de estudo de muitas pesquisas
(MENEGALI, 2005; CORDEIRO, 2003; MIRAGLIOTTA, et al., 2002), que
têm buscado dimensionar o volume da emissão de diversos poluentes
originados dessas instalações, visando aprimorar as técnicas de coleta
de dados, bem como os efeitos dos poluentes sobre a saúde animal e dos
humanos que transitam em tais instalações. Entretanto, para estimar o
quanto a produção brasileira de animais representa em termos de
poluição ambiental aérea, ou ainda, estimar as condições de salubridade
dos trabalhadores de granjas comerciais, é necessário conhecer os
poluentes aéreos existentes nestas granjas. Segundo NÃÃS (2004),
apesar das pesquisas em andamento, ainda falta muita informação sobre
a qualificação, a quantificação, a distribuição e os efeitos dos poluentes
aéreos, principalmente em edificações abertas de climas quentes.
2.6. Índices de ambiente térmico
A temperatura do ar, possivelmente, é um dos fatores bioclimáticos
que mais podem influenciar o ambiente físico animal (McDOWELL, 1975).
Apesar da temperatura do ar ser de extrema importância, esta variável
isoladamente não é suficiente para avaliar as condições térmicas
ambientais que influenciam o processo fisiológico do mesmo. Para se ter
uma avaliação mais completa do ambiente térmico ao qual o animal está
submetido, deve-se avaliar além da temperatura, fatores como a umidade
relativa do ar, radiação solar e velocidade do ar. Esta avaliação é
importante devido à atenção que vem sendo dispensada ao conforto
térmico animal, devendo sempre ser feita nas instalações zootécnicas
durante o período de criação, nas diferentes estações do ano e
localidades.
2.6.1. Índice de temperatura de globo negro e umidade
15
O Índice de Temperatura de Globo Negro e Umidade (ITGU),
segundo BUFFINGTON et al. (1981), considera em um único valor os
efeitos da temperatura de bulbo seco, da umidade relativa, da radiação e
da velocidade do ar. Este índice é usado para avaliar as condições de
conforto animal e pode ser representado pela seguinte expressão
(Equação 1):
ITGU = Tgn + 0,36Tpo – 330,08
(Equação 1)
Em que:
ITGU = Índice de Temperatura de Globo e Umidade, adimensional;
Tgn = temperatura de globo negro, K; e
Tpo = temperatura do ponto de orvalho, K.
A temperatura de globo negro é obtida a partir de uma esfera de
cobre, com 0,15 m de diâmetro e 0,0005 m de espessura, pintada
externamente com tinta fosca, contendo o elemento sensor de
temperatura em seu centro.
SOUZA et al. (2002) pesquisaram materiais alternativos para
confecção do termômetro de globo negro, onde foram testados globo-
termômetros confeccionados com diversos materiais, e concluíram que os
globo de plástico do tipo cloreto de polivinila (PVC), oco com 0,115 m de
diâmetro e espessura 0,0005 m e o globo de plástico do tipo cloreto de
polivinila (PVC), oco com 0,15 m de diâmetro e espessura 0,0005 m,
apresentam características físicas semelhantes às do globo de cobre,
com relação à absorção da radiação solar; desta forma, representam
opções satisfatórias para substituição do globo de cobre na confecção do
termômetro de globo negro utilizado em grande escala na montagem de
experimentos da área de ambiência animal e vegetal.
Segundo vários autores (TEIXEIRA, 1983; PIASENTIN, 1984;
TINÔCO, 1988; FERREIRA, 1996; ZANOLLA, 1998; FONSECA, 1998;
MATOS, 1999; SILVA, 2002; MORAES 2002; FERREIRA 2004), o ITGU é
um dos índices mais utilizados para expressar o conforto térmico
ambiental na produção de frangos de corte em climas tropicais.
16
TEIXEIRA (1983), pesquisando os índices de conforto térmico para
frangos de corte para as regiões de Viçosa e Visconde do Rio Branco,
Minas Gerais, observou que os valores de ITGU variando entre 65,0 e
75,9 da terceira à sexta semana de vida das aves, foram satisfatórios para
a produção avícola.
PIASENTIN (1984), pesquisando índices de conforto para dois tipos
de pisos suspensos na região de Viçosa, observou que valores de ITGU
variando entre 65,0 e 77,0 para o período de quatro a sete semanas, não
influíram na produção das aves.
TINÔCO (1988), pesquisando resfriamento adiabático na produção
de frangos de corte, na região de Uberaba-MG, verificou que valores de
ITGU superiores a 75,0 causam desconforto às aves acima dos quinze
dias de vida, sendo que a situação de estresse se agrava à medida que
as aves se desenvolvem.
ZANOLLA (1998), pesquisando sistemas de ventilação (túnel e
lateral) na produção de frangos de corte em alta densidade (14 aves/m²),
observou, em relação ao peso vivo, que as aves criadas com valores
máximos de ITGU de 84,2 obtiveram maior peso vivo final do que aquelas
aves criadas com valor máximo de ITGU de 84,9; contudo, em ambos os
casos, o desempenho foi prejudicado em relação ao que seria obtido em
condições de conforto.
SILVA (2002), pesquisando tipos de painéis evaporativos utilizados
em galpões avícolas com sistemas de resfriamento adiabático evaporativo
do ar, verificou que valores de ITGU superiores a 79,2 indicam que as
aves adultas estão em condições de conforto térmico acima da faixa
desejável, expressando estresse por calor.
Ao pesquisar sistemas de semiclimatização de ambiente, em
galpões para frangos de corte, no sudoeste de Goiás, MORAES (2002)
constatou que frangos de corte a partir de 21 dias de vida, no horário
entre 12 e 16 horas, estiveram em condições de estresse por calor,
quando avaliados pelos valores de ITGU que foram superiores a 76.
17
2.6.2. Carga térmica radiante
O índice de carga térmica radiante (CTR) representa a incidência
total de radiação proveniente de todo o ambiente circundante. Segundo
ESMAY (1982), a CTR pode ser expressa da seguinte maneira:
CRT = σ (TRM)
4
(Equação 2)
Em que:
CTR = carga térmica de radiação, em W.m
-2
;
σ = constante de Stefan-Boltzmann (5,67 x 10
-8
W.m
-2
.K
-4
); e
TRM = temperatura radiante média, em K.
A temperatura radiante média (TRM) é a temperatura ambiente de
uma circunvizinhança, considerada uniformemente negra para eliminar o
efeito de reflexão, com o qual o corpo (globo negro) troca tanta
quantidade de energia quanto a do ambiente atual considerado (BOND e
KELLY,1955)
Sendo:
TRM = 100 x {[2,51 x (V)
1/2
x (Tgn – Tbs)] + (Tgn/100)
4
}
1/4
(Equação 3)
Em que:
V = velocidade
do ar, em m/s;
Tgn = temperatura do globo negro, em K; e
Tbs = temperatura de bulbo seco (temperatura do ar), em K.
MORAES (2002), pesquisando sistemas de semiclimatização de
ambiente, em galpões para frangos de corte, no sudoeste de Goiás,
utilizou como parâmetro limite de conforto térmico para aves adultas, CTR
com valores de até 450 W.m
-2
, uma vez que acima deste valor foi
constatado que os animais apresentavam sintomas de estresse por calor.
18
2.6.3. Umidade relativa do ar
A umidade relativa do ar é um fator climático que auxilia na
determinação do conforto térmico do ambiente, podendo constituir-se num
fator negativo para produtividade avícola, quando atinge valores muito
baixos ou muito altos. Segundo BAIÃO (1995), o principal mecanismo de
dissipação de calor pelas aves em temperaturas elevadas, ocorre por
evaporação via respiratória; sendo assim, a capacidade da ave para
suportar o calor é inversamente proporcional ao teor de umidade relativa
do ar. Além disto, a alta umidade pode acelerar o processo de
decomposição microbiana do ácido úrico, uma vez que a forma dominante
de nitrogênio orgânico presente na cama é o íon amônio (NH
4
), que é
convertido em amônia (NH
3
) com a elevação do pH, resultando assim no
ambiente em amônia e gás carbônico.
A umidade dos galpões avícolas está presente o apenas no ar
ambiente, mas também na cama. Cerca de 60 70 % da água ingerida
pelas aves é eliminada nas fezes sendo que, em períodos quentes, esta
percentagem aumenta ainda mais (MACARI, 1996).
A determinação da umidade relativa do ar pode ser feita por meio
de psicrômetros, os quais consistem de dois termômetros idênticos
dispostos paralelamente. Um deles tem o bulbo envolvido por um
envoltório permanentemente umedecido; este termômetro é conhecido
por termômetro de bulbo úmido e o outro sem nenhum envoltório é o
termômetro de bulbo seco. Quando o ar não está saturado, a água
presente no tecido evapora retirando calor latente que circula o bulbo do
termômetro, o que provoca o resfriamento do elemento sensível. O
termômetro de bulbo seco mantém-se em equilíbrio com o ar. A diferença
de temperatura entre os dois termômetros (depressão psicrométrica) é
tanto maior quanto menor for a umidade. Por outro lado, estando o ar
saturado, nenhuma perda de calor será detectada e os dois termômetros
devem fornecer o mesmo valor de temperatura (ZOLNIER, 1994).
Segundo CURTIS (1983), a depressão psicrométrica varia com a
localização geográfica da instalação e com a hora do dia.
19
3. MATERIAL E MÉTODOS
A presente pesquisa foi conduzida em galpões comerciais da
Empresa Rivelli Alimentos LTDA, no município de Barbacena, Minas
Gerais, situada na latitude de 21° 15’ S e longitude de 43° 46’ W, altitude
de 1126 metros, no período de 10 a 30 de Março de 2005, durante a fase
de pós-aquecimento de um ciclo produtivo.
O clima da região é classificado segundo Köppen como Cwa.
3.1. Características das construções
Foram utilizados quatro galpões similares, de um mesmo núcleo,
posicionados lado a lado, com aproximadamente 40 m de afastamento um
do outro e orientados no sentido leste-oeste. Os galpões, com as mesmas
dimensões e características construtivas, possuem 8 m de largura por 60
m de comprimento (480 de área). As muretas laterais têm 0,20 m de
altura, e as laterais teladas são protegidas por duplo cortinado de
poliuretano. Os forros são de poliuretano, posicionados a 2,9 m de altura
a partir do piso, sendo a cobertura em telhas de cimento amianto, sem
lanternim, beirais de aproximadamente 1,5 m. A estrutura do telhado é em
madeira aparelhada, apoiada em pilares de concreto armado espaçados a
cada 2,66 m.
Dois destes galpões foram equipados, aleatoriamente, com
sistemas de ventilação positiva lateral (SVL) e dois com sistemas de
ventilação positiva em modo túnel (STV). Ambos os sistemas foram
dimensionados de maneira a garantir uma velocidade do ar de até 2,5
20
m/s, ao nível das aves e uma renovação de todo ar do galpão até uma
vez a cada minuto.
3.2. Características dos sistemas de acondicionamento de ambiente
3.2.1. Sistema de ventilação positiva lateral
O sistema de ventilação positiva lateral foi constituído por nove
ventiladores axiais com diâmetro de 0,95 m e vazão de 300 m³/min,
posicionados a 1,5 m de altura do piso e a cada 6 m, dispostos em uma
das laterais do galpão, com fluxo de ar no sentido dos ventos
predominantes no local (Figura 01 A).
O sistema de nebulização foi formado por duas linhas de
nebulizadores, dispostas no sentido do comprimento do galpão,
posicionadas próximas à linha dos ventiladores de forma a otimizar o
processo de nebulização. Uma das linhas fica na proximidade da linha
que acompanha o eixo central do galpão e a outra a 1,0 m da linha dos
ventiladores, sendo os bicos nebulizadores colocados a cada 2,5 m
(Figura 02 A).
3.2.2. Sistema de ventilação positiva em modo túnel
O sistema de ventilação positiva em modo túnel foi constituído por
ventiladores axiais com diâmetro de 0,95 m e vazão de 300 m³/min,
posicionados em duas linhas, com o fluxo no sentido do comprimento do
galpão e a 1,5 m de altura do piso (Figura 01 B). Nas duas linhas os
ventiladores foram posicionados iniciando a 2,0 m do lado frontal do
galpão e os seguintes colocados a cada 9,0 m de distância um do outro,
totalizando 14 ventiladores. As duas linhas de ventiladores eram
afastadas 2,0 m das laterais do galpão e 4,0 m entre si. O sistema de
nebulização foi formado por duas linhas de tubulação, dispostas no
sentido do comprimento do galpão, posicionadas no sentido do eixo dos
21
ventiladores, sendo os bicos nebulizadores colocados a cada 2,5 m
Figura 02 B.
Figura 01 A: Vista interna do galpão equipado com sistema de ventilação
lateral, mostrando a disposição dos ventiladores.
Figura 01 B: Vista interna do galpão equipado com sistema de ventilação
em modo túnel, mostrando a disposição dos ventiladores.
22
A
B
Figura 02: Disposição dos ventiladores e das linhas de nebulização para
os dois sistemas de arrefecimento de temperatura, a saber:
A:
Sistema de Ventilação Lateral e
B:
Sistema de Ventilação em
modo Túnel
23
3.3. Manejo das aves nos galpões experimentais
O experimento foi conduzido com frangos de corte dos 21 aos 42
dias de idade (fase pós-aquecimento), da linhagem “Cobb”, utilizando uma
densidade de 17,5 aves/m
2
, perfazendo um total de 33.500 aves, machos
e fêmeas, divididas proporcionalmente nos quatro galpões. O manejo foi
idêntico em todas as instalações.
3.4. Manejo dos sistemas de acondicionamento de ambiente
3.4.1. Sistema de ventilação lateral
Neste sistema, os ventiladores entravam em funcionamento
sempre que a temperatura do ar atingia valores iguais ou superiores a 25
ºC, pois segundo TINÔCO (1988), esta é a temperatura considerada
como aquela situada no limite superior da zona de conforto térmico para
aves adultas. Quando a temperatura atingisse 29 ºC, o sistema de
nebulização deveria ser acionado e mantido em funcionamento até que a
umidade relativa atingisse 80 % ou a temperatura atingisse patamares
inferiores a 29 ºC. Ao atingir umidade superior a 80 %, os nebulizadores
eram desligados, mantendo-se apenas os ventiladores em
funcionamento.
Este sistema era acionado manualmente, durante o dia (das 08:00
às 18:00 horas), todas as vezes que as condições ambientais de umidade
e temperatura do ar permitiam.
3.4.2. Sistema de ventilação em modo túnel
Neste sistema, os ventiladores entravam em funcionamento
sempre que a temperatura do ar atingisse valores iguais ou superiores a
25 ºC. Até valores de temperatura do ar menores ou iguais a 29 ºC, as
cortinas eram mantidas abertas e a nebulização desligada.
24
Quando a temperatura do ar ultrapassava 29 ºC, fechavam-se as
cortinas e ligava-se simultaneamente a nebulização interna, formando
assim o túnel de vento. Este sistema permanecia ligado enquanto a
umidade relativa do ar apresentasse valores inferiores ou iguais a 80 %. A
partir deste ponto, a nebulização era interrompida e as cortinas abertas
saindo das condições de túnel de vento.
Este sistema era acionado manualmente, durante o dia, todas as
vezes que as condições ambientais de umidade e temperatura do ar
permitiam.
3.5. Instrumentos e medições
Os dados de temperatura de globo negro, temperatura de bulbo
seco e temperatura de bulbo úmido foram coletados eletronicamente por
meio de sistemas de aquisição de dados, com registro automatizado,
onde foram utilizados dataloggers da marca HOBO®, modelo H 08-032-
08 e, a partir destes dados, obteve-se os valores de temperatura e
umidade do ar e conseqüentemente ITGU, a cada 15 minutos durante
todo o período experimental.
Também foi registrado, por 21 dias, diariamente, a cada duas
horas, no período de 8:00 às 18:00 horas, valores da velocidade do ar,
visando complementar os dados medidos eletronicamente para
determinação dos valores de carga térmica radiante nos respectivos
horários, nos quatro galpões e na área externa destes.
3.5.1. Interior dos galpões
3.5.1.1. Temperatura de globo negro
No interior dos galpões, foram utilizados termômetros de globo
negro, de material plástico do tipo cloreto de polivinila (PVC), oco com
0,115 m de diâmetro e espessura de 0,0005 m (SOUZA et al., 2002),
25
instalados na altura correspondente ao centro geométrico de massa das
aves (Figura 03).
Os dados de Tgn foram obtidos através de registros
automatizados, onde foi utilizado termistores fixados no interior do globo
negro e estes acoplados a dataloggers da marca HOBO®, modelo H 08-
006-04 (4 chanel External), com resolução de 0,1 ºC e acurácia de 0,7 ºC
e faixa de mensuração de 20 ºC a 70 ºC (Figura 03). As leituras foram
realizadas de forma contínua em intervalos de 15 minutos, durante todo o
período experimental.
Visando o controle para acionamento dos sistemas, também foram
realizados registros manuais, onde no interior de cada globo negro, foi
alojado um termômetro de vidro, com escala externa de leitura graduada
de -10 a +110 , que permitia a obtenção da temperatura de globo negro
em intervalos pré-determinados.
Figura 03: Vista interna do galpão com a instalação dos instrumentos de
aquisição de dados.
3.5.1.2. Temperatura de bulbo seco e temperatura de bulbo úmido
Os dados de temperatura de bulbo seco e de bulbo úmido foram
obtidos através de dataloggers, de leitura contínua em intervalos de 15
26
minutos, durante todo o período experimental, nas proximidades de cada
um dos globos negros, instalados em três pontos eqüidistantes dentro de
cada galpão, em relação ao comprimento do mesmo (Figura 04).
A partir dos valores de temperaturas, determinou-se a temperatura
do ponto de orvalho (Tpo) e a umidade relativa do ar (UR), para cada
horário de observação.
Figura 04: Esquema da disposição dos instrumentos (: globo negro e
: datalogger) no interior dos galpões avícolas, para coleta de
dados na fase de pós-aquecimento, ao longo do período
experimental.
8
60
30
15
15
4
4
4
27
3.5.1.3. Velocidade do ar
A velocidade do ar foi obtida com o uso de anemômetro digital de
conchas da marca LAMBRECHT®, modelo meteo digit I. As leituras foram
realizadas nas proximidades de cada um dos 12 globos negros.
3.5.1.4. Temperatura máxima e mínima
Para a obtenção das temperaturas máximas e mínimas, foram
utilizados termômetros tipo capela da marca incoterm®, escala -38 ºC a
50 ºC, divisão de 1 ºC, precisão de ± 1 ºC, com enchimento de mercúrio,
instalados no interior dos galpões, próximo ao globo negro e na área
externa ao galpão, dentro do abrigo meteorológico. As leituras foram
realizadas diariamente, às 18 horas.
3.5.2. Área externa aos galpões
Os dados externos foram obtidos em abrigo meteorológico
posicionado nas proximidades dos galpões experimentais, a uma altura
aproximada de 1,5 m com sua parte frontal voltada para o sul (Figura 05).
Os dados foram coletados por um sistema de registro automatizado,
onde foram utilizados sensores acoplados a um datalogger da marca
HOBO®, modelo H 08-006-04 (4 Channel External), com resolução de 0,1
ºC e acurácia de 0,7 ºC e faixa de mensuração de – 20 ºC a 70 ºC. Foram
habilitados três canais do datalogger, onde o canal 1 foi utilizado para a
mensuração da temperatura de globo negro através de um termistor
fixado no interior do mesmo e localizado nas proximidades do abrigo, o
canal 2 para a mensuração da temperatura de bulbo sêco e o canal 3
para a mensuração da temperatura de bulbo úmido através de um
termistor envolvido em um envoltório e este embebido em água. O
datalogger foi programado para coletar os dados a cada 15 minutos,
continuamente (24 horas por dia), durante todo o período experimental.
28
Figura 05: Vista do abrigo metereológico instalado próximo ao galpão
para a coleta de dados, visando caracterização do ambiente
externo.
3.6. Índice de conforto térmico
Com os dados da temperatura do globo negro, bulbo seco, bulbo
úmido e velocidade do ar, foram calculados: umidade relativa do ar (UR),
índice de temperatura do globo negro e umidade (ITGU) e carga térmica
de radiação (CTR).
Os ITGUs foram calculados em intervalos de 15 minutos durante as
24 horas do dia, em cada galpão, utilizando-se os valores observados de
temperatura do globo negro, bulbo seco e bulbo úmido e a pressão
atmosférica da localidade, aproximadamente 897,00 hPa, na equação 1
(item 2.6.1).
Os valores de CTRs foram calculados a cada duas horas, das 8:00
às 18:00 horas, utilizando-se os valores coletados de temperatura do
globo negro, temperatura de bulbo seco e velocidade do ar, nas equações
2 e 3 (item 2.6.2.).
Os valores de UR (%) foram obtidos em intervalos de 15 minutos
durante as 24 horas do dia, em cada galpão, utilizando-se os valores
coletados das temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido.
29
3.7. Qualidade do ar
A qualidade do ar foi avaliada através de medições diárias
instantâneas das concentrações de amônia, monóxido de carbono e
dióxido de carbono, em ppm, a 0,30 m (nível respiratório das aves) e a
1,70 m (nível respiratório humano). As medições foram realizadas em dois
conjuntos representativos de horários (HINZ e LINKE, 1998) nos 4
galpões, durante todo o período experimental, às 9:00 e às 15:00 horas,
alternando aleatoriamente a seqüência de leitura nos galpões. As leituras
para cada um dos gases foram realizadas em três pontos diferentes por
galpão, sempre próximos aos globos negros.
A coleta de dados de CO
2
foi feita utilizando sensor da marca
Testo, modelo 535, de “princípio infravermelho”, com resolução de 1 ppm
e acurácia de ± 50 ppm que detecta a concentração instantânea em uma
faixa de medição de 0 a 10.000 ppm, cuja célula foi calibrada em empresa
cadastrada pelo inmetro (Figura 06).
A coleta dos dados de CO foi realizada utilizando sensor da marca
Testo, modelo 315-2, de “princípio eletroquímico”, com resolução de 1
ppm e acurácia de ± 1 ppm que detecta a concentração instantânea numa
faixa de medição de 0 a 100 ppm, cuja célula foi calibrada em empresa
cadastrada pelo inmetro.
As concentrações de NH
3
foram medidas utilizando um sensor da
marca Quest, modelo Safecheck 100, de “princípio eletroquímico”, com
resolução de 1 ppm e acurácia de ± 1ppm que detecta a concentração
instantânea numa faixa de medição de 0 a 50 ppm, cuja célula foi
calibrada em empresa cadastrada pelo inmetro (Figura 06).
30
Figura 06: Coleta de dados para análise de gases (amônia e dióxido de carbono)
no interior do galpão
3.8. Avaliação do desempenho das aves
O desempenho animal pode ser avaliado utilizando-se índices
zootécnicos. Para avaliar o desempenho das aves foi utilizado os índices
zootécnicos semanais de ganho de peso, peso médio, consumo de ração,
conversão alimentar e taxa de mortalidade, obtidos durante todo o ciclo
produtivo (42 dias). De acordo com ENGLERT (1987) e ALBINO (1998),
esses índices são assim definidos:
- Ganho de Peso: obtido pela diferença entre o peso vivo das aves ao
final e o peso vivo ao início de um período de tempo considerado.
- Peso Vivo: obtido pela divisão do peso total das aves amostradas
pelo número de aves da amostra.
- Consumo de ração: quantidade de ração consumida durante o
período considerado, valor este obtido por meio de pesagem.
- Conversão Alimentar: relação entre a quantidade de ração
consumida e o ganho de peso correspondente ao período
considerado. A relação inversa denomina-se eficiência alimentar.
- Taxa de Mortalidade: percentagem dos animais mortos durante o
ciclo produtivo ou período de tempo considerado.
31
3.9. Análise Estatística
A análise estatística dos resultados foi realizada utilizando o
programa SAEG 7.0 (Sistemas de Análises Estatísticas e Genéticas),
desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa.
3.9.1. Análise dos índices de conforto térmico
O experimento para análise do conforto térmico (ITGU, CTR e UR)
foi montado segundo um esquema de parcelas subdivididas, tendo nas
parcelas os sistemas de ventilação e nas subparcelas os horários, no
delineamento em blocos casualizados (D.B.C.) com 3 repetições
(semanas). Os dados foram analisados por meio de análise de variância e
análise de regressão. Para o fator qualitativo (tratamentos), as médias
foram comparadas utilizando-se o teste de Tukey, adotando-se o nível de
5% de probabilidade. Para o fator quantitativo (semana), os modelos
foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes de
regressão, utilizando-se o teste “t”, adotando-se o nível de 5 % de
probabilidade no coeficiente de determinação (R
2
=
S.Q.Regressão/S.Q.Horas).
3.9.2. Análise da qualidade do ar
O experimento para avaliação da qualidade do ar (
CO, CO
2
e NH
3
)
foi montado segundo um esquema de parcelas subdivididas, tendo nas
parcelas um esquema fatorial 2 X 2 e nas subparcelas os horários, no
delineamento de blocos casualizados (D.B.C.), com 3 repetições. Os
dados foram analisados por meio de análise de variância. As médias
foram comparadas utilizando-se o teste de F, adotando-se o nível de 5 %
de probabilidade.
3.9.3. Análise de desempenho animal
Para as variáveis que compõem o desempenho animal, foi feita
análise descritiva.
32
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Avaliação dos índices conforto térmico ambiente
Para avaliação do conforto térmico ambiente foram coletados
dados para obtenção de temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), em função dos horários (h)
observados no interior dos galpões, submetidos aos tratamentos
experimentais de sistema de ventilação positiva em túnel (SVT) e
ventilação positiva lateral (SVL), e no ambiente externo aos galpões. Além
destes dados, foram coletadas as temperaturas máximas e mínimas
diárias.
O resumo da análise de variância envolvendo os resultados de
temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar (UR) e índice de
temperatura de globo negro e umidade (ITGU), em função dos sistemas
de ventilação positiva em túnel (SVT) e lateral (SVL) e horários
observados, encontra-se no Quadro 01.
33
Quadro 01: Resumo da análise de variância referente ao efeito dos
sistemas de ventilação positiva em modo túnel (SVT), lateral
(SVL) e dos horários de observação, em relação à
temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade relativa do ar
(UR) e índice de temperatura globo negro e umidade (ITGU),
em galpões avícolas e os coeficientes de variação
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
Quadrado Médio
Tbs UR ITGU
Bloco 2 107,4456
711,6642 177,9376
Tratamento 1 0,2053
ns
16,6656** 2,9951**
Resíduo (a) 2 0,4535 1,1848 0,1248
Horário 47 13,0566
**
230,9645** 19,5153**
Horário x Tratamento
47 0,07117
ns
1,4559
ns
0,0570
ns
Resíduo (b) 188 0,286679
6,4822 0,3025
CV (%) parcela 2,89 1,38 0,49
CV (%) subparcela 2,29 3,23 0,77
ns
não significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F.
**significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F.
Os valores médios de temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR) e índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) para os dois tipos de sistemas de ventilação, SVT e SVL,
encontram-se no Quadro 02.
Quadro 02: Valores médios de temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR) e índice de temperatura de globo negro e
umidade (ITGU) para os dois tipos de sistemas de ventilação
estudados, sistema de ventilação em modo túnel (SVT) e
lateral (SVL), em galpões avícolas, em março de 2005
Tratamento Tbs UR ITGU
SVT 23,32
ª
78,55
b
71,21
b
SVL 23,26
ª
79,03
ª
71,41
ª
Médias seguidas por uma mesma letra na coluna, para cada variável, não
diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de F.
34
4.1.1. Temperatura bulbo seco
De acordo com o Quadro 01, verifica-se que os valores de Tbs não
apresentaram diferença significativa entre os tratamentos (SVT e SVL) e
na interação horário x tratamentos. Contudo, os valores de Tbs variaram
significativamente (P<0,01) entre os horários de observação.
Para estudar o efeito das horas de observação sobre os valores
medidos de Tbs, para o ambiente interno de ambos os sistemas de
acondicionamento e ambiente externo, testou-se modelos de regressão, e
o que melhor explicou o ajuste dos dados obtidos foi o modelo cúbico.
A Figura 07 ilustra o comportamento dos valores estimados da Tbs,
dos ambientes interno (SVT e SVL) e externo, em função dos horários de
observação.
De acordo com a equação de regressão ajustada para estes
valores, observa-se que os valores de Tbs do ambiente interno atingiram
o ponto máximo às 15 horas e 18 minutos (918,57 minutos), decrescendo
a partir daí.
15,0
16,0
17,0
18,0
19,0
20,0
21,0
22,0
23,0
24,0
25,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horário (horas)
Tbs (ºC)
Tbs interno Tbs externo
Ŷinterno = 21,7262 - 0,000992**x + 0,0000134**x² - 0,0000000094** R
2
= 0,6803
Ŷexterno = 17,5065 - 0,00282944
ns
x + 0,0000241632**x² - 0,0000000150398** R
2
= 0,7749
Figura 07: Estimativa dos valores de temperatura de bulbo seco (Tbs), em
afunção dos horários de observação, para os ambientes interno
a(SVT e SVL) e externo.
35
Segundo BAÊTA e SOUZA (1997), a radiação solar é transformada
em calor, que, por meio de processos diversos, é transferido para o
ambiente, produzindo alterações na temperatura. Essas alterações
seguem um ciclo característico senoidal durante as horas do dia. Os
valores de máximo e mínimo das senóides variam de local para local, em
função da latitude, clima e topografia local.
Dessa forma, o fato do valor máximo estimado de Tbs interna ter
atingido, em média, 24,83 ºC, às 15 horas e 18 minutos (918,57 minutos),
pode ser atribuído ao horário de maior incidência de radiação solar nos
galpões avaliados. Considerando-se que, segundo MORAES (2002), 26
ºC é o ponto limite para conforto térmico das aves e que a média máxima
estimada de Tbs interna encontrada neste trabalho foi de 24,83º C, pode-
se inferir que as aves avaliadas, estatisticamente, não estiveram
submetidas ao estresse térmico. Este fato pode ser explicado pelas
condições climáticas amenas durante todo o período experimental (10 a
30 de março de 2005).
Os valores ajustados de Tbs para o ambiente externo,
apresentaram comportamento semelhante àqueles encontrados no
ambiente interno. O ponto de máxima temperatura externa ocorreu às 14
horas e 48 minutos (888,31 minutos), com valor estimado de 23,5. Porém,
a amplitude térmica no ambiente externo foi maior que a apresentada pelo
ambiente interno.
O fato da amplitude térmica ter sido menor que a amplitude externa
pode ser atribuído ao tipo de cobertura utilizada nas instalações
zootécnicas, pois segundo TINÔCO (1996) e ZANOLLA (1998), para as
condições brasileiras, o sombreamento por meio de coberturas pode
favorecer a redução da troca de calor por radiação. Assim, pode-se inferir
que o alojamento contribuiu de forma significativa para redução da
amplitude térmica, favorecendo o bom desempenho das aves.
36
4.1.2. Umidade relativa
De acordo com os dados do Quadro 01, observa-se que, apesar da
interação entre os tratamentos e horários não ter tido efeito significativo
(P>0,05), a umidade relativa do ar variou tanto com o horário de
observação quanto com o tipo de sistema de ventilação (P<0,01).
Para este parâmetro, o modelo de regressão que melhor se ajustou
aos dados obtidos no período experimental foi o cúbico. A Figura 08
ilustra o comportamento dos valores estimados de umidade relativa, para
os ambientes interno e externo, em função dos horários de observação ao
longo do período experimental.
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horário (horas)
Umidade relativa (%)
UR interno UR externo
Ŷinterno = 85,8795 - 0,00103134**x - 0,000048297** + 0,0000000363172**x³ R
2
= 0,6874
Ŷexterno = 97,6518 + 0,00675052
ns
x - 0,0000918732** + 0,0000000610230**x³ R
2
= 0,7646
Figura 08: Estimativa da umidade relativa do ar (UR %), em função dos
horários de observação, para os ambientes interno (SVT e SVL)
e externo.
Com base nestes resultados, que representam um comportamento
médio estimado dos tratamentos quanto aos valores de umidade UR
interna e externa em função das horas, observa-se que os valores de
umidade relativa interna e externa foram decrescentes a partir dos
primeiros instantes da manhã. O ambiente interno atingiu o valor de
37
mínima umidade relativa (72 %) no horário de 14 horas e 57 minutos
(897,13 minutos), voltando a crescer a partir deste horário. Entretanto,
apesar de se verificar comportamento semelhante para a umidade relativa
externa, o valor de mínima umidade relativa externa (73,5 %) ocorreu no
horário de 16 horas e 05 minutos (965,28 minutos). A umidade relativa do
ar ambiente externo apresentou-se ligeiramente superior à umidade
relativa do ar interno na maioria dos horários de observação. Este fato
pode ser atribuído às freqüentes precipitações, características desta
época do ano (final de verão), ocorridas geralmente no período matutino,
no decorrer da coleta de dados.
Ao observar a curva de Tbs do ambiente externo aos aviários,
verifica-se que praticamente não houve durante todo o período
experimental, temperaturas superiores a 29 ºC, que é a temperatura de
acionamento dos sistemas de nebulização, explicando assim os
comportamentos similares entre as umidades relativas dos ambientes
externo e interno.
4.1.3. Índice de temperatura de globo negro e umidade
De acordo com os dados do Quadro 01, observa-se que apesar da
interação entre os tratamentos não ter tido efeito significativo (P>0,05), o
índice de temperatura de globo negro e umidade variou com o horário de
observação e com o tipo de sistema de ventilação (P<0,01).
Verifica-se que houve diferença entre os valores médios de ITGU
para os dois tratamentos. O sistema de ventilação em modo túnel obteve
valores médios de ITGU menores; assim, pode-se inferir que este
propiciou um melhor ambiente térmico aos animais em estudo.
Ao testar os modelos de regressão, para este parâmetro, o que
melhor explicou o ajuste dos dados obtidos para os ambientes interno e
externo foi o cúbico.
A partir das equações de regressão, traçou-se o gráfico com os
valores estimados do índice de temperatura de globo negro e umidade,
38
para os ambientes interno e externo aos galpões avícolas, em função dos
horários de observação no decorrer do período experimental (Figura 09).
56,0
58,0
60,0
62,0
64,0
66,0
68,0
70,0
72,0
74,0
76,0
78,0
80,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horário (horas)
ITGU
ITGU interno ITGU externo
Ŷinterno = 69,2519 + 0,0000231873**x + 0,0000144576**x² + 0,0000000106674** R
2
= 0,6811
Ŷexterno = 60,3292 + 0,0289738**x + 0,00000753386
ns
x² - 0,0000000189989**x³ R
2
= 0,6659
Figura 09: Estimativa do índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU), para os ambientes interno (SVT e SVL) e externo, em
função dos horários de observação.
De acordo com a equação de regressão ajustada para os índices
de temperatura de globo negro e umidade (Figura 10), observa-se que os
valores médios estimados de ITGU do ambiente interno atingiram o ponto
máximo às 15 horas e 4 minutos (904,39 minutos), com ITGU de 73,2,
decrescendo a partir daí.
Considerando que o valor limite de conforto térmico de ITGU, em
galpões avícolas, para frangos de corte, é igual a 76,0 (MORAES, 2002),
pode-se inferir que o ambiente interno manteve-se em condições de
conforto térmico para as aves de 21 a 42 dias de idade, no decorrer de
todo o período experimental.
Apesar dos valores de ITGU para o ambiente externo
apresentarem comportamento semelhante ao ambiente interno, o valor
máximo estimado encontrado foi 78,7 às 13 horas e 48 minutos (829
minutos). Este valor foi superior àquele considerado como limite para
conforto térmico de frangos adultos, citado por MORAES (2002),
39
demonstrando assim, que os sistemas de ventilação mantiveram as
condições de conforto térmico para as aves adultas, no decorrer de todo o
período experimental.
4.1.4. Carga térmica radiante
O resumo da análise de variância envolvendo os resultados de
carga térmica radiante, em função dos sistemas de ventilação positiva em
túnel (SVT) e lateral (SVL) e horários observados, encontra-se no Quadro
03.
Quadro 03: Resumo da análise de variância referente ao efeito dos
sistemas de ventilação positiva em modo túnel e lateral, e
dos horários de observação em relação à carga térmica
radiante (CTR), em galpões avícolas e o coeficiente de
variação
Fonte de Variação Graus de
Liberdade
Quadrado Médio
CTR
Bloco (semana de observação)
2
1298,794
Tratamento 1
946,7929
**
Resíduo (a) 2
29,1175
Horário 5
1230,024
**
Horário x Tratamento 5
43,9155
ns
Resíduo (b) 20
64,4307
CV (%) parcela
1,17
CV (%) subparcela
1,74
ns
não significativo ao nível de 5 % de probabilidade pelo teste F.
**significativo ao nível de 1 % de probabilidade pelo teste F.
Observa-se que, apesar da interação entre os tratamentos e
horários não ter tido efeito (P>0,05), o índice de carga térmica radiante
(CTR) variou tanto com o horário de observação quanto com o tipo de
sistema de ventilação (P<0,01).
Verifica-se que houve diferença entre os valores médios de CTR,
dos dois tratamentos, no decorrer do período experimental (Quadro 04).
40
Quadro 04: Valores médios de carga térmica radiante (CTR) para os dois
tipos de sistemas de ventilação estudados, SVT e SVL, em
galpões avícolas, no mês de março de 2005.
Tratamento CTR
SVT 454,22
b
SVL 464,48
a
Médias seguidas por uma mesma letra na coluna não diferem entre si a 1
% de probabilidade, pelo teste de F.
Para este parâmetro, o modelo de regressão que melhor explicou o
ajuste dos dados obtidos para o ambiente interno foi o quadrático,
enquanto que para o ambiente externo foi o cúbico (Figura 10).
A partir das equações de regressão, traçou-se o gráfico com a
estimativa da variação da CTR para os ambientes interno e externo aos
galpões avícolas, em função das horas, no decorrer do período de
observação (Figura 10).
400,0
425,0
450,0
475,0
500,0
525,0
550,0
575,0
600,0
625,0
650,0
6 8 10 12 14 16 18 20
Horário (horas)
CTR (Wm
-2
)
CTR interno CTR externo
Ŷinterno = 253,529 + 33,4247**x - 1,26585**x² R² = 0,9517
Ŷexterno = 3664,81 - 896,353**x + 79,2137** - 2,19225**x³ R² =0,8138
Figura 10: Estimativa da carga térmica radiante (CTR), em função dos
diferentes horários de observação para os ambientes interno e
externo.
Observa-se que, para o ambiente interno, o maior valor estimado
da carga térmica radiante, (474Wm
-2
) ocorreu às 13 horas e 16 minutos
(13,27 horas). Este fato pode ser atribuído à radiação advinda da
41
cobertura existente no galpão e radiação solar global que é mais elevada
nas horas mais quentes do dia, o que acarretou numa maior intensidade
de emissão de ondas longas para o ambiente avícola.
Comportamentos semelhantes foram encontrados por SILVA
(2002), ao comparar painéis evaporativos de argila expandida e celulose
para sistema de resfriamento adiabático evaporativo do ar em galpões
avícolas com pressão negativa em modo túnel.
Ao estudar a caracterização operacional de dois sistemas de
semiclimatização em galpões para frangos de corte, MORAES (2002)
também encontrou resultados semelhantes.
Ao avaliar o efeito de dois diferentes sistemas de ventilação
positiva (em túnel e lateral), MATOS (2001) observou que a CTR, para os
dois sistemas estudados, permaneceram relativamente homogêneos.
O maior valor de CTR externa estimado foi de 643 Wm
-2
e ocorreu
às 15 horas. Este valor foi 26,3 % maior que o maior valor estimado
encontrado no ambiente interno, demonstrando assim o efeito da
cobertura do galpão e dos sistemas de ventilação na redução da carga
térmica radiante. FONSECA (1998), avaliando o desempenho de frangos
de corte criados sob sistema de nebulização e ventilação em modo túnel,
também encontrou uma redução da CTR, de 26 %.
4.2. Avaliação da qualidade do ar
O resumo da análise de variância envolvendo os resultados de
amônia (NH
3
), dióxido de carbono (CO
2
) e monóxido de carbono (CO), em
função dos sistemas de ventilação positiva em túnel (SVT) e lateral (SVL),
altura de amostragem e horários observados, encontra-se relacionado no
Quadro 05.
Segundo o guia de manejo de frangos de corte (COBB-
VANTRESS, 2005), a qualidade do ar dentro dos galpões de criação deve
apresentar as seguintes características: concentração de dióxido de
carbono (CO
2
) menor que 0,3 %, monóxido de carbono (CO) menor que
10 ppm, amônia (NH
3
)menor que 10 ppm.
42
Quadro 05: Resumo da análise de variância referente ao efeito dos
sistemas de ventilação positiva em modo túnel e lateral, em
relação às alturas (30 e 170 cm) e aos horários de
observação (09:00 e 15:00 horas), para concentração de
gases de amônia, dióxido de carbono e monóxido de
carbono, presentes nos galpões avícolas, e os respectivos
coeficientes de variação
Fonte de Variação Graus de
Liberdade
Quadrado Médio
NH
3
CO
2
CO
Bloco 5 7,55 8910,11 1,27
Tratamento (Trat) 1 8,26* 18,23
ns
0,47**
Altura 1 19,91** 35729,34**
0,72**
Trat x Altura 1 1,47
ns
19,48
ns
0,32
ns
Resíduo (a) 15 1,08 476,98 0,56
Horário 1 8,82** 3859,57* 0,13
ns
Horário x Trat 1 0,17
ns
602,66
ns
0,31
ns
Horário x Altura 1 1,04
ns
140,36
ns
0,52
ns
Horário x Altura x Trat 1 0,24
ns
1175,95
ns
0,17
ns
Resíduo (b) 20 0,50 837,83 0,17
CV (%) parcela 30,52 6,28 152,38
CV (%) subparcela 20,82 8,33 47,63
ns
: não significativo ao nível de 5 % de probabilidade, pelo teste F.
*: Significativo ao nível de 5 % de probabilidade, pelo teste F.
**: Significativo ao nível de 1 % de probabilidade, pelo teste F.
4.2.1. Análise da concentração de amônia
Não houve efeito significativo da interação (P>0,05), entre os
tratamentos, horários e alturas observados, em relação ao NH
3
. Foram
significativos os efeitos do tratamento (P<0,05), da altura (P<0,01) e do
horário (P<0,01), indicando existência de diferença na concentração de
NH
3
para os tratamentos realizados, nas alturas avaliadas e nos horários
observados.
Os resultados médios de amônia (NH
3
), dióxido de carbono (CO
2
) e
monóxido de carbono (CO), para os sistemas de ventilação positiva em
43
túnel (SVT) e lateral (SVL) e alturas de amostragem, nos horários
observados encontram-se relacionados no Quadro 06.
Quadro 06: Valores médios de concentração de amônia (NH
3
), dióxido de
carbono (CO
2
) e monóxido de carbono (CO), em ppm, para os
sistemas de ventilação positiva em modo túnel (SVT) e lateral
(SVL), nas duas alturas (30 e 170 cm) e horários de
observação (09:00 e 15:00 horas)
Variável
Fator
Tratamento Altura (cm) Horário (horas)
NH
3
SVT 3,82
a
30 4,05
a
09:00 3,84
a
SVL 2,99
b
170 2,76
b
15:00 2,98
b
CO
2
SVT 347,35
a
30 374,64
a
09:00 356,32
a
SVL 346,74
a
170 320,07
b
15:00 338,39
b
CO SVT 0,77
b
30 0,99
a
09:00 0,92
a
SVL 0,97
a
170 0,74
b
15:00 0,81
a
Médias seguidas por uma mesma letra na coluna, para cada variável, não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste F.
Os valores médios das concentrações de amônia para os sistemas
de ventilação positiva em modo túnel e lateral foram respectivamente 3,82
e 2,99 ppm (Quadro 06), valores estes menores que aqueles que
poderiam causar danos ao trato respiratório, ou diminuir a produtividade
das aves. De acordo com COBB-VANTRESS (2005), exposição a 20 ppm
de amônia por mais de 3 minutos causa danos ao trato respiratório e
exposição a ambientes com concentrações iguais ou superiores a 25 ppm
causa diminuição da produtividade dos animais.
Os resultados encontrados neste experimento para o sistema de
ventilação em modo túnel (3,82 ppm), são próximos aos valores mais
baixos encontrados por REDWINE et al. (2002), que foi 2 ppm. Estes
autores avaliaram as concentrações de amônia presente nos galpões de
frangos de corte com sistema de ventilação em modo túnel e obtiveram
valores entre 2 e 45 ppm.
GROOT KOERKAMP et al. (1998), pesquisando sobre emissão de
amônia em instalações para animais no Norte Europeu, observaram que
os valores de concentração de amônia obtidos na Inglaterra, Países
44
Baixos, Dinamarca e Alemanha foram de 27,1, 11,2, 8,0 e 20,8 ppm,
respectivamente. Segundo estes autores, os cuidados relativos à emissão
de amônia das instalações animais não devem ser restritos apenas ao
ambiente de criação animal, mas sim ao ambiente como um todo,
considerando que a amônia provoca severos danos ao meio ambiente.
Valores baixos também foram encontrados por HAYES, CURRAN e
DODD (2006), ao avaliarem, na Irlanda, a emissão de amônia produzida
por unidades de criação avícola intensiva. Segundo estes autores,
numerosos aspectos podem influenciar na emissão de amônia, entre os
quais tipo e profundidade da cama, tipo e manejo dos bebedouros,
sistemas de ventilação e controles de temperatura utilizados.
GUIZIOU e BELINE (2004), pesquisando a concentração de
amônia presente em galpões de frango de corte, na França, no decorrer
do ciclo de criação, encontraram alguns resultados parecidos aos desta
pesquisa. Estes autores compararam dois tipos de sistemas de criação
quanto ao tipo de piso e cama, mais utilizados naquele país, concluindo
que a concentração de amônia variou com o passar do tempo entre 0,8 e
32 ppm e que o tipo de sistema de criação influenciou na emissão de
amônia.
JONES, WHATHES e WEBSTER (2005), pesquisando, no Reino
Unido, sobre a aversão de aves domésticas por ambientes com
concentrações elevadas de amônia, observaram que frangos de corte,
quando submetidos a ambientes com concentrações crescentes de
amônia apresentavam aversão aos ambientes que possuíam
concentrações superiores a 10 ppm. Assim, pode-se inferir que elevadas
concentrações de amônia, além de afetar a saúde dos animais, também
afetam o seu bem-estar.
Desta forma, os valores médios para concentração de amônia
encontrados nesta pesquisa estão abaixo dos níveis críticos citados por
COBB-VANTRESS (2005). Este fato pode ser atribuído ao tipo de
instalações utilizadas na granja pesquisada, cujas instalações são de
tipologia aberta e ventiladas, além dos sistemas de ventilação positiva
45
pesquisados que possibilitaram maior controle tanto da ventilação quanto
da temperatura dos galpões.
Os valores médios das concentrações de amônia para os sistemas
de ventilação positiva em modo túnel e lateral, nas duas alturas
observadas, 30 e 170 cm, foram respectivamente 4,05 e 2,76 ppm
(Quadro 06). Estes valores apresentaram diferença significativa (P<0,01).
Esta diferença encontrada na concentração de NH
3
pode ser resultante de
um efeito de arraste dos gases ocasionado pelo sistema de ventilação,
uma vez que, ao nível dos animais, a velocidade do ar tende a ser menor,
favorecendo uma maior concentração da amônia nesta altura.
Os valores médios das concentrações de amônia, nos dois
sistemas de ventilação estudados, nos dois horários avaliados, 9:00 e
15:00 horas, foram respectivamente 3,84 e 2,98 ppm (Quadro 06). Estes
valores apresentaram diferença significativa (P<0,01). Esta diferença
encontrada na concentração de NH
3
, nos horários de observação, pode
ser devido à abertura das cortinas logo pela manhã e ao acionamento do
sistema de ventilação. Assim, no início da manhã ainda um acúmulo
de gases remanescentes do período noturno, que ainda não foram
totalmente dissipados, indicando uma possível maior concentração de
NH
3
no período noturno.
4.2.2. Análise da concentração de dióxido de carbono
Verifica-se no Quadro 05 que houve diferença significativa entre os
valores de CO
2
para as diferentes alturas (P<0,01) e horários de
avaliação (P<0,05), sendo que os valores médios encontram-se no
Quadro 06.
Ao analisar no Quadro 06, os valores médios de concentração de
dióxido de carbono encontrados para as diferentes alturas, verifica-se que
o valor encontrado a 170 cm (320,07 ppm), também é inferior aos limites
máximos de tolerância para o homem que, de acordo com a Norma
Regulamentadora 15 do Ministério do Trabalho de 1998 (NR-15), é de
2500 ppm.
46
Por considerar a qualidade do ar da instalação avícola como um
dos parâmetros para certificação de bem estar animal, a União Européia,
por meio da sua comissão de bem-estar animal, fixou que, para galpões
avícolas, o limite máximo de concentração de dióxido de carbono medido
a 30 cm do chão, deve ser em média 3000 ppm (RONDÓN, 2005). No
presente experimento, os valores médios de concentração de gás
carbônico encontrados para os tratamentos variaram entre 346,74 (SVL) e
347,35 (SVT), valores estes bem inferiores aos limites máximos de
tolerância para exposição contínua de animais nas instalações, fixados
pela União Européia.
Valores superiores aos encontrados nesta pesquisa foram obtidos
por PEDERSEN et al. (1998), que pesquisaram a taxa de ventilação em
instalações para aves de postura no Norte Europeu, no período de verão,
cujos índices das concentrações de dióxido de carbono variaram entre
692 e 1457 ppm.
Assim, comparando os resultados dos valores médios da
concentração de dióxido de carbono encontrados nesta pesquisa, com
aqueles valores fixados pela Comissão de bem-estar animal da União
Européia, pode-se afirmar que a qualidade do ar dentro dos galpões
avícolas avaliados encontra-se dentro dos padrões qualitativos de bem-
estar animal.
4.2.3. Análise da concentração de monóxido de carbono
De acordo com os valores médios do monóxido de carbono
(Quadro 06), verifica-se que houve diferença significativa (P<0,01) na
concentração de cada um dos tratamentos e alturas avaliados, sendo que
não houve diferença significativa (P>0,05) entre os horários de
observação.
A concentração média de monóxido de carbono (ppm) presente
nos galpões avícolas encontra-se abaixo daqueles valores máximos
tolerados conforme sugeridos por COBB-VANTRESS (2005), que seria
de, no máximo, 10 ppm. Esta menor média de concentração de CO pode
47
ser atribuída à fase de criação dos frangos estudada, pós-aquecimento,
onde não necessidade de acionar o sistema de aquecimento. Além
disto, também o período do ano em que o experimento foi conduzido
(meia estação: verão-outono), onde não houve necessidade de alongar o
período de aquecimento.
4.3. Avaliação do desempenho das aves
4.3.1. Peso vivo, ganho de peso e taxa de mortalidade
O resumo da análise de variância envolvendo os resultados de
peso vivo (PV), ganho de peso (GP) e taxa de mortalidade (TM), em
função dos sistemas de ventilação positiva em modo túnel (SVT) e lateral
(SVL), para o período observado, encontra-se relacionado no Quadro 07.
De acordo com os dados mostrados neste quadro, verifica-se que não
houve diferença significativa entre os valores destas variáveis para os
diferentes tipos de ventilação. Por estes resultados, pode-se inferir que
ambos os sistemas de arrefecimento térmico comportaram-se de forma
equivalente em relação aos resultados de desempenho produtivo das
aves, para as condições avaliadas.
Quadro 07: Resumo da análise de variância referente ao efeito dos
sistemas de ventilação positiva em túnel (SVT) e lateral
(SVL), em relação ao peso vivo (PV), ganho de peso (GP) e
taxa de mortalidade (TM), nas três semanas de observação
de galpões avícolas, com respectivo coeficiente de variação
Fonte de
Variação
Graus de
Liberdade
Quadrado Médio
PV GP TM
Bloco 2 0,575415 4395,125 0,11735
Tratamento 1 0,000682
ns
8,166667
ns
0,000816
ns
Resíduo 2 0,000601 122,7917 0,001216
CV (%) 0,44 2,16 5,58
ns: não significativo ao nível de 5 % de probabilidade, pelo teste F.
Com base no peso vivo final das aves, obtido em ambos os
sistemas de acondicionamento de ambiente, fez-se uma comparação da
48
produção em kg de ave/m
2
final obtida, bem como taxa de mortalidade
(Quadro 08).
Quadro 08: Valores de peso vivo (kg/ave) para a respectiva densidade
utilizada e produção obtida ao final dos 42 dias de vida das
aves, para os sistemas de ventilação em modo túnel (SVT) e
lateral (SVL)
Sistema
Peso vivo
(kg/ave)
Densidade
final (ave/m²)
Produção
(kg ave/m²)
Taxa de
mortalidade (%)*
SVT 2,294 16,62 38,1 4,73
SVL 2,303 16,67 38,4 4,45
* dados obtidos nas fichas de registro diário dos galpões pesquisados,
fornecidos pela Empresa Rivelli Alimentos LTDA.
Pode-se observar que ambos os sistemas de acondicionamento de
ambiente proporcionaram uma boa produção, em kg de ave/m
2
. Apesar
desta produção ser considerada como de alta densidade, ela se posiciona
de forma aceitável pelas normas de bem-estar animal. Para DAWKINS,
DONNELLY e JONES (2004), o ambiente proporcionado às aves durante
o período de criação possui maior influência sobre o seu bem-estar, do
que a própria densidade de estocagem.
A soma da taxa de mortalidade da primeira à sexta semana de vida
das aves para o SVT foi de 4,73 %, enquanto que, para o SVL de 4,45 %
(Quadro 08). Ao comparar estes valores com aqueles citados por ALBINO
(1998) como índices de mortalidade aceitáveis para produção de frangos
de corte, pode-se verificar que os valores encontrados neste experimento
estão dentro da faixa aceitável, que é de 4 a 5 %, demonstrando assim a
eficiência dos dois sistemas de ventilação.
4.3.2. Consumo de ração
De acordo com os dados obtidos nas fichas de registro diário dos
galpões, fornecidos pela Empresa Rivelli Alimentos LTDA, pode-se obter
os valores médios de consumo de ração (kg/ave), durante os 42 dias de
vida das aves, em cada um dos sistemas estudados (Quadro 09).
49
Quadro 09: Consumo de ração (kg/ave), durante os 42 dias de vida das
aves, nos sistemas de ventilação em túnel (SVT) e lateral
(SVL)
Sistema de ventilação
Consumo de ração total dos 42 dias (kg/ave)
SVT 4,110
SVL 4,059
De acordo com os dados encontrados, verifica-se que as aves
criadas sob o sistema de ventilação em modo túnel consumiram em
média 51g a mais de ração em relação àquelas criadas sob o sistema de
ventilação lateral. Assim, pode-se inferir que as aves criadas sob SVL
obtiveram um melhor desempenho zootécnico.
4.3.3. Conversão alimentar
A partir dos dados gerados pelas fichas de registro diário dos
galpões, fornecidos pela Empresa Rivelli Alimentos LTDA, obteve-se os
valores médios para conversão alimentar, durante os 42 dias de vida das
aves, em cada um dos sistemas estudados, os quais encontram-se
apresentados no Quadro 10.
Quadro 10: Valores médios de conversão alimentar (CA) em kg de
ração/kg de peso, obtidos para aves no período de 42 dias de
vida das aves, submetidas aos dois sistemas de ventilação,
em modo túnel (SVT) e lateral (SVL)
Sistema de ventilação Conversão Alimentar total dos 42 dias
(kg de ração/de peso)
SVT 1,79
SVL 1,76
De acordo com os dados encontrados no Quadro 10, observa-se
que os valores absolutos de CA apresentaram comportamento pouco
diferenciado entre os sistemas de acondicionamento de ambiente.
Resultados semelhantes foram encontrados por ZANOLLA (1998),
ao avaliar os efeitos dos SVT e SVL, ambos associados à nebulização
interna, sobre o conforto térmico ambiente de galpões avícolas e
desempenho de frangos de corte de 15 a 42 dias de idade, criados em
50
densidade de 14 aves/m
2
, em condições de verão. Estes resultados
aproximam-se dos resultados esperados para as principais linhagens
comerciais utilizadas no país.
51
5. CONCLUSÕES
Com base nos resultados do experimento realizado no período de
10 a 30 de março de 2005, em altitude de 1,126 m, cuja temperatura
média, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, era de 21 ºC e
umidade relativa média de 85 %, pode-se concluir que:
-
As condições térmicas ambientais, avaliadas com base nos valores
médios de Tbs, UR, ITGU e CTR, obtidos para os galpões avícolas
submetidos aos sistemas de ventilação em modo túnel (SVT) e
lateral (SVL), foram considerados satisfatórios. Os galpões avícolas
equipados com SVT propiciaram valores estatisticamente menores
para as variáveis UR, ITGU e CTR.
-
A qualidade do ar, avaliada com base nos valores médios de
concentração de NH
3
, CO
2
e CO, obtidos no interior dos galpões
avícolas, submetidos aos sistemas de ventilação estudados (SVT e
SVL), foi considerada satisfatória. Detectou-se diferença
significativa na concentração de NH
3
e CO nos dois tratamentos.
-
Não houve diferença significativa da concentração de CO
2
nos
galpões estudados.
-
A concentração dos gases foi maior ao nível das aves e na parte
da manhã, estando sempre abaixo do limite de tolerância indicada
pelos órgãos oficiais.
-
Os sistemas de ventilação não influenciaram o desempenho
produtivo das aves, garantindo condições satisfatórias para o seu
bem estar. Todavia, a qualidade do ar proporcionada pelo sistema
de ventilação lateral foi ligeiramente melhor no que tange à
concentração de gases poluentes.
52
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, P. G.de; ABREU, V. M. N. Ventilação na avicultura de corte.
Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2000. 50p. (Embrapa Suínos e Aves.
Documentos, 63).
ALBINO, L. F. T.
Frango de corte: manual prático de manejo e
produção
. Viçosa: Aprenda Fácil, 1998; 72 p: il.
Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango - ABEF.
Disponível em http://www.abef.com.br/Abef_numeros.pdf. Acesso em 18
de Abril de 2005.
Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango - ABEF.
Disponível em http://www.abef.com.br/Abef_numeros.pdf. Acesso em 01
de Fevereiro de 2006.
BAÊTA, F. C.; MEDEIROS, C. M.; OLIVEIRA, R. F. M. Potencialidade do
uso do resfriamento evaporativo na criação de frangos de corte em função
da temperatura e umidade local. In:
XXXVII Reunião anual da sociedade
brasileira de zootecnia
, 2000, Viçosa. Anais... Viçosa: SBZ, 2000. CD
Rom.
BAÊTA, F. C.; SOUZA, C. F.
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58
7. APÊNDICE
59
Tabela 1: Valores diários e médias semanais para os principais horários
de observação da temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e
umidade (ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o sistema
de ventilação positiva em túnel (SVT), na primeira semana
experimental
Horas
Dias da
Semana
Tbs UR ITGU CTR
08:00 1 23,64 82,00 72,23 446,46
08:00 2 24,02 78,60 72,32 449,99
08:00 3 23,44 79,05 71,95 452,82
08:00 4 22,86 77,40 70,67 438,79
08:00 5 23,25 78,10 71,42 445,31
08:00 6 23,25 79,50 71,34 443,47
08:00 7 22,29 84,55 70,40 437,28
Média da Semana 1 23,25 79,89 71,47 444,87
10:00 1 26,34 66,95 74,90 466,63
10:00 2 24,98 76,40 73,26 450,30
10:00 3 25,18 73,20 73,66 462,50
10:00 4 25,18 69,25 73,72 473,02
10:00 5 25,37 69,25 73,99 477,10
10:00 6 25,18 73,20 74,04 460,10
10:00 7 24,40 75,65 72,80 457,99
Média da Semana 1 25,23 71,99 73,77 463,95
12:00 1 27,72 57,75 76,09 496,51
12:00 2 26,74 71,95 75,85 483,74
12:00 3 28,11 59,80 76,82 499,11
12:00 4 26,74 62,10 75,19 492,77
12:00 5 26,74 64,20 75,18 485,84
12:00 6 24,79 82,10 73,81 475,39
12:00 7 26,73 67,25 75,26 473,42
Média da Semana 1 26,79 66,45 75,46 486,68
14:00 1 28,91 54,65 77,37 459,35
14:00 2 26,93 63,95 75,62 446,81
14:00 3 29,31 50,50 77,43 457,17
14:00 4 28,31 54,65 76,57 449,12
14:00 5 27,92 63,70 76,73 478,78
14:00 6 27,13 64,70 75,56 472,22
14:00 7 26,93 65,20 75,34 490,72
Média da Semana 1 27,92 59,62 76,37 464,88
16:00 1 28,11 57,20 76,17 480,41
16:00 2 27,32 61,85 75,56 475,99
16:00 3 25,95 68,50 74,12 461,52
16:00 4 26,93 63,40 74,97 467,46
16:00 5 26,34 66,70 74,49 461,75
16:00 6 25,95 76,20 74,94 468,24
16:00 7 26,34 64,95 74,34 464,18
Média da Semana 1 26,71 65,54 74,94 468,51
60
Horas
Dias da
Semana
Tbs UR ITGU CTR
18:00 1 24,02 74,00 71,58 443,33
18:00 2 23,44 76,15 70,96 441,80
18:00 3 23,82 74,70 71,56 443,33
18:00 4 25,76 66,70 73,51 455,00
18:00 5 24,21 74,25 72,05 446,29
18:00 6 23,82 83,70 72,23 443,33
18:00 7 23,25 82,05 71,52 445,42
Média da Semana 1 24,04 75,94 71,91 445,50
61
Tabela 2: Valores diários e médias semanais para os principais horários
de observação da temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e
umidade (ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o sistema
de ventilação positiva em túnel (SVT), na segunda semana
experimental
Horas
Dias da
Semana
Tbs UR ITGU CTR
08:00 1 24,02 78,55 72,12 444,50
08:00 2 23,63 83,45 71,56 434,44
08:00 3 22,29 86,35 70,14 433,09
08:00 4 23,06 85,70 71,13 437,63
08:00 5 22,86 79,90 70,46 432,41
08:00 6 23,25 79,75 71,17 439,46
08:00 7 23,25 80,20 71,39 444,36
Média da Semana 2 23,19 81,99 71,14 437,98
10:00 1 26,34 66,70 74,68 470,30
10:00 2 23,44 84,55 72,34 460,14
10:00 3 25,76 72,50 74,39 466,47
10:00 4 23,25 78,60 71,46 449,99
10:00 5 24,98 73,20 73,40 456,63
10:00 6 24,98 72,50 73,34 461,44
10:00 7 25,18 70,00 73,39 461,89
Média da Semana 2 24,84 74,01 73,29 460,98
12:00 1 26,93 66,75 75,09 462,16
12:00 2 24,21 80,45 72,51 445,63
12:00 3 27,12 65,70 76,04 486,10
12:00 4 24,79 75,20 73,29 455,34
12:00 5 25,57 70,25 74,13 465,56
12:00 6 26,34 66,70 74,88 475,07
12:00 7 27,32 67,75 76,30 481,28
Média da Semana 2 26,04 70,40 74,61 467,31
14:00 1 25,95 74,70 74,62 459,35
14:00 2 24,40 75,20 72,39 446,81
14:00 3 25,18 78,05 73,83 457,17
14:00 4 24,79 77,10 73,05 449,12
14:00 5 26,93 68,75 75,85 478,78
14:00 6 26,93 66,20 76,02 472,22
14:00 7 28,91 59,30 77,64 490,72
Média da Semana 2 26,15 71,33 74,77 464,88
16:00 1 22,48 85,90 70,75 438,40
16:00 2 24,01 84,15 72,14 438,35
16:00 3 23,24 86,55 71,64 439,87
16:00 4 22,10 82,05 69,39 426,97
16:00 5 23,05 84,55 71,43 441,80
16:00 6 26,34 69,75 74,75 463,71
16:00 7 27,52 64,70 75,70 465,86
Média da Semana 2 24,10 79,66 72,26 444,99
62
Horas
Dias da
Semana
Tbs UR ITGU CTR
18:00 1 24,79 81,15 73,16 446,00
18:00 2 23,06 83,65 70,99 435,65
18:00 3 23,63 86,10 72,13 444,09
18:00 4 22,48 85,85 70,36 434,24
18:00 5 23,44 87,60 71,40 433,78
18:00 6 23,06 81,35 70,83 433,40
18:00 7 24,79 75,45 72,73 444,13
Média da Semana 2 23,60 83,02 71,66 438,76
63
Tabela 3: Valores diários e médias semanais para os principais horários
de observação da temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e
umidade (ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o sistema
de ventilação positiva em modo túnel, na terceira semana
experimental
Horas
Dias da
Semana
Tbs UR ITGU CTR
08:00 1 23,25 75,20 70,83 439,91
08:00 2 22,67 83,90 70,50 435,38
08:00 3 21,33 87,00 68,89 427,54
08:00 4 21,33 84,10 68,89 428,65
08:00 5 19,81 82,30 66,51 418,75
08:00 6 20,00 81,85 67,12 422,05
08:00 7 20,76 83,00 68,04 425,35
Média da Semana 3 21,31 82,48 68,68 428,23
10:00 1 26,15 67,25 74,47 463,71
10:00 2 23,82 80,70 72,40 454,17
10:00 3 21,71 86,10 69,53 430,86
10:00 4 22,67 77,10 70,96 444,88
10:00 5 19,81 83,45 67,17 425,89
10:00 6 21,33 75,95 69,07 442,98
10:00 7 23,82 71,75 71,91 446,82
Média da Semana 3 22,76 77,47 70,79 444,19
12:00 1 27,92 60,85 76,26 479,37
12:00 2 22,67 86,45 70,85 436,48
12:00 3 21,71 84,10 69,59 433,90
12:00 4 23,82 72,95 71,62 448,44
12:00 5 21,72 77,00 69,07 432,12
12:00 6 23,83 64,15 71,84 469,26
12:00 7 25,56 64,20 73,62 470,52
Média da Semana 3 23,89 72,81 71,84 452,87
14:00 1 24,40 71,20 72,63 463,62
14:00 2 24,02 81,35 72,32 444,50
14:00 3 23,24 79,25 71,32 443,01
14:00 4 24,21 72,20 72,08 450,66
14:00 5 25,56 60,60 73,48 475,29
14:00 6 24,59 62,60 71,78 454,36
14:00 7 24,02 69,00 71,55 450,17
Média da Semana 3 24,29 70,89 72,17 454,51
16:00 1 25,37 74,45 74,02 463,63
16:00 2 24,98 75,95 73,03 444,85
16:00 3 22,67 77,10 70,38 439,55
16:00 4 21,90 79,75 72,63 484,61
16:00 5 24,98 66,50 72,64 455,91
16:00 6 25,37 61,10 72,88 459,83
16:00 7 26,34 57,50 73,83 469,70
Média da Semana 3 24,52 70,34 72,77 459,73
64
Horas
Dias da
Semana
Tbs UR ITGU CTR
18:00 1 21,71 86,30 69,55 430,87
18:00 2 23,24 83,45 71,81 446,14
18:00 3 22,48 80,45 70,18 433,46
18:00 4 21,71 79,30 68,87 427,83
18:00 5 21,71 78,55 69,01 430,86
18:00 6 22,48 71,75 69,52 435,36
18:00 7 22,29 79,05 70,02 437,35
Média da Semana 3 22,23 79,84 69,85 434,55
65
Tabela 4: Valores diários e médias semanais para os principais horários
de observação da temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e
umidade (ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o sistema
de ventilação positiva lateral, na primeira semana experimental
Horas
Dias da
Semana
Tbs UR ITGU CTR
08:00 1 24,02 83,65 73,33 450,43
08:00 2 24,79 80,40 73,95 454,67
08:00 3 24,40 78,68 73,12 458,11
08:00 4 23,82 75,57 72,31 445,80
08:00 5 23,25 79,75 71,91 464,85
08:00 6 23,25 79,62 71,75 443,16
08:00 7 22,29 85,01 70,73 440,85
Média da Semana 1
23,69 80,38 72,44 451,12
10:00 1 25,76 69,06 75,04 472,90
10:00 2 24,98 79,73 73,93 467,21
10:00 3 25,18 72,00 74,33 474,79
10:00 4 25,18 70,70 73,91 462,83
10:00 5 24,98 69,65 73,75 467,82
10:00 6 24,59 80,29 73,56 461,86
10:00 7 24,21 76,25 73,42 475,08
Média da Semana 1
24,98 73,95 73,99 468,93
12:00 1 27,91 54,90 76,46 498,15
12:00 2 26,54 69,99 75,48 468,23
12:00 3 27,92 56,08 76,74 502,67
12:00 4 27,13 56,40 75,40 487,65
12:00 5 26,73 62,25 75,45 492,69
12:00 6 24,59 79,55 73,73 462,80
12:00 7 26,17 65,80 75,50 496,13
Média da Semana 1
26,71 63,57 75,54 486,90
14:00 1 29,10 52,85 77,59 503,09
14:00 2 26,34 57,42 74,86 475,35
14:00 3 29,51 50,20 77,19 493,55
14:00 4 28,70 53,35 77,46 505,56
14:00 5 28,31 60,85 77,19 486,94
14:00 6 27,32 61,20 75,78 469,53
14:00 7 27,32 60,29 75,57 495,50
Média da Semana 1
28,09 56,59 76,52 489,93
16:00 1 27,32 58,25 75,96 507,25
16:00 2 26,93 62,20 75,83 480,47
16:00 3 25,95 68,25 74,40 479,27
16:00 4 26,73 60,91 74,98 514,50
16:00 5 26,06 63,65 75,56 495,25
16:00 6 26,15 74,00 75,35 485,15
16:00 7 25,76 64,25 74,18 489,55
Média da Semana 1
26,41 64,50 75,18 493,06
66
Horas
Dias da
Semana
Tbs UR ITGU CTR
18:00 1 24,21 72,56 72,50 452,32
18:00 2 22,86 76,25 70,96 440,83
18:00 3 23,63 75,90 71,91 475,29
18:00 4 25,37 65,75 72,84 452,84
18:00 5 24,40 75,15 72,82 470,61
18:00 6 23,44 82,05 72,10 468,34
18:00 7 22,48 82,25 71,40 474,46
Média da Semana 1
23,77 75,70 72,07 462,10
67
Tabela 5: Valores diários e médias semanais para os principais horários de
observação da temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade relativa
do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e umidade
(ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o sistema de
ventilação positiva lateral, na segunda semana experimental
Horas
Dias da
Semana Tbs UR ITGU CTR
08:00 1 23,82 79,05 72,60 468,06
08:00 2 23,63 81,60 72,00 447,05
08:00 3 21,71 88,87 70,45 469,72
08:00 4 23,24 82,84 71,10 441,72
08:00 5 21,52 80,65 69,34 453,40
08:00 6 23,25 77,68 71,49 454,53
08:00 7 23,44 73,67 72,11 470,95
Média da Semana 2
22,94 80,62 71,30 457,92
10:00 1 25,95 63,25 74,99 468,38
10:00 2 23,63 78,51 72,16 475,85
10:00 3 25,37 73,75 74,54 471,66
10:00 4 22,86 78,36 71,27 487,05
10:00 5 24,98 73,28 73,80 466,01
10:00 6 25,70 74,25 74,01 444,14
10:00 7 25,95 66,80 74,54 471,09
Média da Semana 2
24,92 72,60 73,62 469,17
12:00 1 27,32 65,00 76,10 481,55
12:00 2 24,40 77,54 73,42 467,18
12:00 3 26,37 65,50 75,47 462,35
12:00 4 25,18 74,78 74,32 455,64
12:00 5 26,34 69,50 75,00 460,86
12:00 6 26,34 68,75 75,92 485,83
12:00 7 27,92 66,25 77,25 501,07
Média da Semana 2
26,27 69,62 75,35 473,50
14:00 1 25,56 71,60 74,19 499,36
14:00 2 24,98 72,66 73,34 464,26
14:00 3 24,40 75,99 73,75 471,51
14:00 4 24,60 75,50 73,36 491,92
14:00 5 26,34 69,80 75,55 471,66
14:00 6 27,32 65,00 76,84 511,39
14:00 7 29,10 60,05 76,63 497,84
Média da Semana 2
26,04 70,09 74,81 486,85
16:00 1 22,55 87,40 72,02 448,31
16:00 2 23,51 83,71 72,30 444,71
16:00 3 22,05 86,89 71,55 452,10
16:00 4 22,29 83,70 69,78 433,73
16:00 5 22,48 84,60 70,89 438,75
16:00 6 25,48 72,50 74,55 489,56
16:00 7 27,32 62,65 76,08 502,74
Média da Semana 2
23,67 80,21 72,45 458,56
68
Horas
Dias da
Semana TBS UR ITGU CTR
18:00 1 24,21 87,95 72,76 445,60
18:00 2 22,86 84,75 71,63 439,93
18:00 3 23,24 89,90 71,76 436,38
18:00 4 22,86 81,50 71,43 439,64
18:00 5 23,24 89,45 72,36 439,34
18:00 6 22,48 79,88 70,71 455,93
18:00 7 24,01 75,82 72,71 473,43
Média da Semana 2
23,27 84,18 71,91 447,18
69
Tabela 6: Valores diários e médias semanais para os principais horários
de observação da temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e
umidade (ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o sistema
de ventilação positiva lateral, na terceira semana experimental
Horas
Dias da
Semana Tbs UR ITGU CTR
08:00 1 23,24 78,96 71,86 455,87
08:00 2 23,05 87,23 71,62 441,12
08:00 3 21,53 85,66 69,05 428,77
08:00 4 21,71 81,86 69,14 430,22
08:00 5 19,81 86,45 66,87 419,23
08:00 6 20,38 82,38 67,38 422,11
08:00 7 20,95 86,60 68,79 423,84
Média da Semana 3
21,52 84,16 69,24 431,59
10:00 1 25,28 64,79 74,98 464,17
10:00 2 22,51 81,70 72,93 460,97
10:00 3 21,05 83,07 69,81 435,50
10:00 4 23,44 76,99 72,10 444,70
10:00 5 19,81 77,70 66,61 419,81
10:00 6 21,52 77,40 69,20 431,37
10:00 7 23,44 74,00 72,01 451,74
Média da Semana 3
22,43 76,52 71,09 444,04
12:00 1 27,26 57,75 76,70 506,40
12:00 2 21,90 86,60 70,59 453,77
12:00 3 22,86 86,80 70,58 439,04
12:00 4 23,25 73,50 70,89 453,96
12:00 5 23,63 68,00 70,87 442,61
12:00 6 23,25 66,00 70,58 454,04
12:00 7 24,98 61,40 72,50 446,17
Média da Semana 3
23,87 71,44 71,81 456,57
14:00 1 24,02 75,50 72,56 579,03
14:00 2 23,05 83,50 71,76 473,79
14:00 3 23,44 83,95 71,97 441,16
14:00 4 23,44 68,45 71,47 495,08
14:00 5 25,03 58,80 73,11 472,76
14:00 6 24,40 61,40 72,52 489,63
14:00 7 24,70 64,50 71,80 467,04
Média da Semana 3
24,01 70,87 72,17 488,36
16:00 1 24,28 73,55 73,01 469,84
16:00 2 23,70 76,50 72,73 454,54
16:00 3 22,09 80,21 70,54 438,75
16:00 4 22,29 79,22 69,05 430,22
16:00 5 23,90 63,29 72,25 486,38
16:00 6 24,79 58,80 71,79 457,26
16:00 7 26,34 55,20 73,60 477,16
Média da Semana 3
23,91 69,54 71,85 459,16
70
Horas
Dias da
Semana Tbs UR ITGU CTR
18:00 1 21,71 83,74 69,61 431,68
18:00 2 24,02 83,50 71,88 440,23
18:00 3 23,25 81,16 71,42 441,12
18:00 4 21,90 83,05 69,17 429,34
18:00 5 21,71 75,87 69,18 431,39
18:00 6 23,24 69,10 70,25 441,72
18:00 7 22,09 79,80 69,82 434,62
Média da Semana 3
22,56 79,46 70,19 435,73
71
Tabela 7: Valores diários e médias semanais para os principais horários
de observação da temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e
umidade (ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
ambiente externo, na primeira semana experimental
Horas
Dias da
Semana Tbs UR ITGU CTR
08:00 1 20,95 89,91 84,38 437,62
08:00 2 20,95 86,55 75,50 455,75
08:00 3 20,57 86,42 83,57 455,48
08:00 4 20,57 83,16 78,74 442,87
08:00 5 21,33 80,33 78,41 447,56
08:00 6 20,95 86,55 74,71 446,72
08:00 7 19,42 92,95 73,79 441,68
Média da Semana 1
20,68 86,55 78,44 446,81
10:00 1 25,17 68,02 88,72 464,08
10:00 2 22,86 81,05 77,38 449,15
10:00 3 24,01 72,85 83,80 457,97
10:00 4 23,24 69,51 83,26 470,53
10:00 5 23,63 72,61 82,78 472,82
10:00 6 23,24 75,32 80,35 469,88
10:00 7 23,63 72,61 84,95 461,90
Média da Semana 1
23,68 73,14 83,04 463,76
12:00 1 26,34 56,12 83,97 490,87
12:00 2 25,56 70,88 88,17 480,29
12:00 3 27,52 56,96 88,50 484,13
12:00 4 25,56 60,48 88,65 477,51
12:00 5 25,17 65,37 84,44 478,61
12:00 6 22,48 83,94 79,07 457,61
12:00 7 25,56 65,60 84,59 471,64
Média da Semana 1
25,46 65,62 85,34 477,24
14:00 1 28,31 55,19 88,12 781,35
14:00 2 25,56 63,02 85,68 794,64
14:00 3 29,50 43,20 92,42 922,17
14:00 4 27,12 56,72 93,18 970,32
14:00 5 26,34 63,52 87,34 730,96
14:00 6 26,34 63,52 88,26 825,80
14:00 7 25,56 63,02 81,37 720,24
Média da Semana 1
26,96 58,31 88,05 820,78
16:00 1 27,91 54,94 82,22 656,84
16:00 2 27,91 59,59 87,97 549,04
16:00 3 24,79 70,45 76,44 548,25
16:00 4 25,56 63,02 78,88 614,69
16:00 5 25,17 65,37 78,15 598,02
16:00 6 24,40 78,67 82,26 681,29
16:00 7 24,79 65,08 80,05 712,50
Média da Semana 1
25,79 65,30 80,85 622,95
72
Horas
Dias da
Semana Tbs UR ITGU CTR
18:00 1 22,86 72,11 71,22 467,14
18:00 2 19,42 86,09 66,44 417,63
18:00 3 22,48 77,85 69,23 430,86
18:00 4 21,71 77,43 68,93 430,86
18:00 5 22,48 77,85 70,00 435,38
18:00 6 22,09 87,00 70,11 433,09
18:00 7 21,71 86,88 69,97 439,29
Média da Semana 1
21,82 80,75 69,41 436,32
73
Tabela 08: Valores diários e médias semanais para os principais horários
de observação da temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e
umidade (ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
ambiente externo, na segunda semana experimental
Horas
Dias da
Semana Tbs UR ITGU CTR
08:00 1 21,71 80,51 77,34 446,80
08:00 2 19,81 96,40 72,59 439,87
08:00 3 18,28 100,00 72,25 433,09
08:00 4 18,66 100,00 70,46 430,88
08:00 5 19,42 89,50 71,25 424,20
08:00 6 20,95 82,98 83,25 446,22
08:00 7 21,33 88,38 84,23 445,31
Média da Semana 2
20,02 91,11 75,91 438,05
10:00 1 25,17 65,37 88,49 468,23
10:00 2 21,71 86,88 76,98 452,25
10:00 3 24,01 72,85 85,99 463,47
10:00 4 20,57 93,16 80,22 448,64
10:00 5 22,86 87,16 83,15 456,47
10:00 6 22,48 72,72 83,99 458,81
10:00 7 23,63 82,64 87,78 458,10
Média da Semana 2
22,92 80,11 83,80 458,00
12:00 1 25,95 71,06 86,07 460,96
12:00 2 22,48 80,87 77,63 444,46
12:00 3 25,17 71,91 81,90 478,37
12:00 4 22,48 93,39 83,00 465,38
12:00 5 24,01 76,06 85,79 473,52
12:00 6 24,01 76,06 84,48 474,35
12:00 7 25,56 72,93 86,09 483,71
Média da Semana 2
24,24 77,47 83,57 468,68
14:00 1 24,01 75,69 74,23 482,14
14:00 2 22,86 75,10 75,75 520,07
14:00 3 23,63 75,47 78,86 674,16
14:00 4 23,24 93,59 74,82 460,96
14:00 5 24,40 77,10 86,37 857,18
14:00 6 25,17 71,91 86,15 744,23
14:00 7 27,12 57,03 96,16 929,22
Média da Semana 2
24,35 75,13 81,76 666,85
16:00 1 19,42 92,95 66,87 417,63
16:00 2 19,04 96,42 66,19 403,89
16:00 3 20,57 96,56 75,60 542,86
16:00 4 19,04 91,22 66,25 415,47
16:00 5 20,57 91,30 68,71 430,28
16:00 6 24,01 76,06 78,62 651,95
16:00 7 25,56 72,93 81,99 664,45
Média da Semana 2
21,17 88,21 72,03 503,79
74
Horas
Dias da
Semana Tbs UR ITGU CTR
18:00 1 19,04 100,00 66,78 415,47
18:00 2 18,66 96,38 66,05 413,31
18:00 3 20,57 100,00 69,24 426,44
18:00 4 18,66 96,85 65,70 411,16
18:00 5 19,42 96,08 67,06 417,63
18:00 6 19,72 94,85 68,48 415,39
18:00 7 22,09 82,31 69,41 423,17
Média da Semana 2
19,74 95,21 67,53 417,51
75
Tabela 09: Valores diários e médias semanais para os principais horários
de observação da temperatura de bulbo seco (Tbs), umidade
relativa do ar (UR), índice de temperatura de globo negro e
umidade (ITGU) e carga térmica radiante (CTR), para o
ambiente externo, na terceira semana experimental
Horas
Dias da
Semana Tbs UR ITGU CTR
08:00 1 21,33 88,38 83,81 437,62
08:00 2 18,28 92,73 68,36 435,38
08:00 3 16,76 96,18 65,74 428,65
08:00 4 16,76 96,18 66,51 428,65
08:00 5 19,04 82,56 74,56 413,69
08:00 6 17,52 88,94 67,10 419,86
08:00 7 17,90 92,66 67,08 418,20
Média da Semana 3
18,23 91,09 70,45 426,01
10:00 1 24,79 65,08 86,06 466,46
10:00 2 20,19 86,28 72,09 444,46
10:00 3 17,52 96,26 67,16 438,55
10:00 4 19,04 82,56 73,77 455,25
10:00 5 19,42 82,73 73,13 439,61
10:00 6 19,81 76,31 74,38 436,52
10:00 7 21,71 74,39 83,12 447,77
Média da Semana 3
20,35 80,52 75,67 446,95
12:00 1 25,95 60,75 83,42 475,75
12:00 2 20,95 86,55 76,69 433,09
12:00 3 17,90 92,66 68,98 440,78
12:00 4 21,33 74,15 78,77 442,19
12:00 5 22,09 68,73 78,60 450,09
12:00 6 22,09 65,84 78,36 470,48
12:00 7 24,01 61,84 88,25 461,76
Média da Semana 3
22,05 72,93 79,01 453,45
14:00 1 20,95 77,00 70,55 442,19
14:00 2 21,71 83,72 74,78 554,95
14:00 3 19,42 86,09 73,75 616,09
14:00 4 21,71 74,39 73,72 562,53
14:00 5 24,01 61,84 85,05 826,00
14:00 6 23,24 61,21 76,72 643,30
14:00 7 23,24 66,71 77,21 554,90
Média da Semana 3
22,04 72,99 75,97 599,99
16:00 1 24,01 72,85 74,79 542,96
16:00 2 22,48 80,87 78,85 667,68
16:00 3 20,19 79,75 73,19 537,27
16:00 4 22,86 69,24 81,41 627,21
16:00 5 22,86 69,24 75,29 598,88
16:00 6 23,63 61,49 81,00 717,47
16:00 7 24,79 54,70 84,18 665,86
Média da Semana 3
22,97 69,73 78,39 622,48
76
Horas
Dias da
Semana Tbs UR ITGU CTR
18:00 1 17,52 90,00 64,11 397,08
18:00 2 19,81 92,93 67,01 417,63
18:00 3 17,90 92,66 64,79 409,02
18:00 4 18,66 85,81 65,39 413,31
18:00 5 18,66 89,28 65,61 413,31
18:00 6 19,04 82,56 64,17 406,89
18:00 7 20,19 86,28 66,72 417,63
Média da Semana 3
18,83 88,50 65,40 410,70
Tabela 10: Valores diários e médias semanais da temperatura máxima,
mínima e amplitude térmica registradas no exterior dos
galpões, durante o período experimental
Dia
Temperatura
maxima (ºC)
Temperatura
mínima (ºC)
Amplitude
Térmica (ºC)
10/03/2005
29,50 16,76 12,74
11/03/2005 28,31 17,90 10,41
12/03/2005 29,50 15,23 14,27
13/03/2005 28,31 16,38 11,93
14/03/2005 27,12 18,66 8,46
15/03/2005 26,34 18,66 7,68
16/03/2005 26,34 18,28 8,06
Média da Semana 1
27,92 17,41 10,51
17/3/2005 26,34 17,14 9,20
18/3/2005 23,63 17,52 6,11
19/3/2005 25,56 16,38 9,18
20/3/2005 24,40 17,52 6,88
21/3/2005 25,56 17,52 8,04
22/3/2005 25,95 18,28 7,67
23/3/2005 27,12 17,52 9,60
Média da Semana 2
25,51 17,41 8,10
24/3/2005 26,73 17,90 8,83
25/3/2005 22,86 17,14 5,72
26/3/2005 21,33 15,62 5,71
27/3/2005 24,01 15,62 8,39
28/3/2005 24,40 16,00 8,40
29/3/2005 24,40 16,38 8,02
30/3/2005 25,56 16,38 9,18
Média da Semana 3
24,18 16,43 7,75
Média do período
experimental
25,87 17,09 8,78
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