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Sachs L. Att Leva méd risk. Fem kvinnor, gentester och kusnskappens. Frukter
(Living with risks. Five women, genetics testand the fruits of kwnoledge). Smedjebacken,
Sweden: Gedins.
Eliasson R; Nygren P. (1981) Psykiatrisk Verksamhet....
Eliasson R; Nygren P. (1983)
Tema abordado sobre aspectos éticos em pesquisas com seres humanos: Ética
em pesquisa médica e ética em pesquisa em ciências sociais tem algumas semelhanças, mas
várias diferenças. Especificidades dos aspectos éticos da pesquisa médica: beneficência, não
produzir dano, consentimento informado, jamais sacrificar um indivíduo em nome de um
bem maior. A partir da década de 60 há uma grande valorização da autonomia individual.
Várias regras, documentos, têm colocado que a pessoa não só tem o direito de saber sobre a
pesquisa, mas também de aceitar ou recusar que sejam impostos riscos a seu corpo. O
consentimento informado passa a ter uma importância central na pesquisa médica.A ênfase
na proteção significa um desenvolvimento importante. Com base na intenção de
beneficência, coloca-se como essencial o balanço entre os diferentes interesses dos diversos
atores envolvidos: pacientes atuais e futuros, pesquisadores, sujeitos da pesquisa. Depois do
Estudo Tuskegee, ganha importância a não maleficência, modificando a compreensão entre
vários pesquisadores clínicos sobre o que é ética médica: no momento tem sido
freqüentemente reduzida a não provocar dano. Dessa maneira, isso é às vezes considerado
um obstáculo para a pesquisa e freqüentemente se transforma em regras entediantes e, às
vezes questionáveis, sobre o consentimento informado e os procedimentos de aprovação.
Muitos pesquisadores médicos, entretanto, são conscientes em assegurar os direitos dos
participantes da pesquisa. O consentimento é parte dessas aspirações e tem sido usado
mesmo em situações nas quais o direito inicial de acessar riscos impostos a seu corpo não
estão necessariamente colocados. As ciências sociais têm uma história mais curta que a
medicina e uma tradição de ética em pesquisa menos estabelecida (na minha opinião, menos
documentada). Estruturada como as ciências naturais, para muitos cientistas sociais o
conhecimento é um objetivo em si. E no caso da antropologia inglesa, as primeiras pesquisas
tiveram como estimulo a urgência em coletar e preservar informações sobre culturas que
podem ser extintas rapidamente. Preocupações mais profundas com beneficência têm se
colocado nas ultimas décadas. Porém, não tem resultado em códigos ou regras. Há uma
relutância em aceitar códigos de ética em antropologia, pois há o temor de que sirvam para
impedir a conscientização política e o ativismo. Pels (1993) argumenta que “ética, com seu
conceito, impossível/inatingível, de imparcialidade, apenas mascara a política” . Diferente
das pesquisas médicas, que expunham pessoas a riscos físicos, as pesquisas em ciências
sociais colaboravam para o exercício de poder sobre os desfavorecidos. Por isso mesmo, as
implicações políticas são parte do treinamento dos jovens antropólogos.Então, as custas da
autonomia individual, a ênfase metodológica na observação participante amplifica as
preocupações éticas relativas às implicações políticas.
Quais são os aspectos éticos a serem observados nas pesquisas: para os
antropólogos o foco são as implicações políticas que incluem debates sobre relativismo,
representação, métodos participativos, e a relação entre o antropólogo e seus informantes. A
qualidade da relação entre o antropólogo e seu informante é muito diferente da relação entre
o médico e o sujeito da pesquisa. Poucos antropólogos utilizam consentimento informado,
pois dão mais atenção a reciprocidade e ao rapport. Em contraste com a tradição médica,
observação participante não explicitadas tem sido consideradas como um método aceitável
para assegurar acesso a contexto de pesquisa. No lugar do consentimento informado, a
confidencialidade e a garantia de anonimato tem sido a maneira de proteger os participantes.
A relutância de aceitar como norma o consentimento informado relaciona-se com o fato de
que o antropólogo estabelece muitos contatos no campo, que tem intensidade e importância
diferentes, que o consentimento de todos é praticamente impossível. O trabalho do
pesquisador em ciências sociais depende muito do estabelecimento de um bom contato, e
portanto tradicionalmente o pesquisador tem a preocupação de não desrespeitar seus