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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
DENSIDADES DE PLANTIO E IRRIGAÇÃO NAS
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DO
ABACAXI CULTIVAR SMOOTH CAYENNE
OLEGÁRIO PINHEIRO DE SOUZA
2006
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OLEGÁRIO PINHEIRO DE SOUZA
DENSIDADES DE PLANTIO E IRRIGACÃO NAS CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS E QUÍMICAS DO ABACAXI CULTIVAR SMOOTH CAYENNE
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Uberlândia, como parte das exigências do
Programa de Pós-graduação em Agronomia
Mestrado, área de concentração em Fitotecnia,
para obtenção do título de “Mestre”.
Orientador
Prof. Dr. Reges Eduardo Franco Teodoro
Co-orientador
Prof. Dr. Berildo de Melo
UBERLÂNDIA
MINAS GERAIS – BRASIL
2006
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da UFU / Setor de
catalogação e Classificação
S729d
Souza, Olegário Pinheiro de, 1959-
Densidades de plantio e irrigação nas características físicas e
químicas do abacaxi cultivar Smooth cayenne / Olegário Pinheiro de
Souza. - Uberlândia, 2006.
58 f. : il.
Orientador: Reges Eduardo Franco Teodoro.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Uberlândia,
Pro-grama de Pós-Graduação em Agronomia.
Inclui bibliografia.
1. Abacaxi - Cultivo - Teses. I. Teodoro, Reges Eduardo Franco.
II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós- Gradu-
ação em Agronomia. III. Título.
CDU:634.774
OLEGÁRIO PINHEIRO DE SOUZA
DENSIDADES DE PLANTIO E IRRIGAÇÃO NAS CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS E QUÍMICAS DO ABACAXI CULTIVAR SMOOTH CAYENNE
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Uberlândia, como parte das exigências do
Programa de Pós-graduação em Agronomia
Mestrado, área de concentração em Fitotecnia,
para obtenção do título de “Mestre”.
APROVADA em 04 de abril de 2006.
Prof. Dr. Berildo de Melo UFU
(co-orientador)
Prof. Dr. Pedro Henrique Ferreira Tomé EAFU
Prof. Dr. Otavio Álvares de Almeida EMBRAPA
Prof. Dr. Reges Eduardo Franco Teodoro
ICIAG – UFU
(Orientador)
UBERLÂNDIA
MINAS GERAIS – BRASIL
Dedico a minha esposa Maria Amélia, a
meus filhos, Gustavo Henrique e
Eduardo Luís, pelo amor, carinho e
tolerância nesta caminhada.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que através dos meus pais, deu-me a vida.
Aos meus pais, que sempre lutaram arduamente para minha formação,
dando-me como exemplo o amor ao próximo e respeito pelos direitos humanos.
À minha irmã, Maria Tereza, que sempre batalhou para que eu realizasse
os meus sonhos e tornasse-me um ser íntegro em todos os meus passos.
Aos Professores Doutores Reges Eduardo Franco Teodoro, Berildo de
Melo pela acolhida desde os primeiros dias como aluno especial.
À Universidade Federal de Uberlândia, através do seu corpo docente,
que trabalhou para o engrandecimento profissional.
Aos professores e companheiros de jornada, que muito contribuíram
para a realização deste trabalho, em especial a Elaine, Cléia, Vera Abdala,
Barreto, Othon e Pedro Henrique.
Aos alunos dos cursos de Irrigação e Drenagem, de Agroindústria e
Agricultura, que trabalharam incansavelmente para que atingisse o meu objetivo,
mas que também tiveram um aprendizado na convivência do dia a dia, em
especial a Ana Mara, Bianca, Isabela, Joyce, João e Lucas.
Aos servidores Paulo Aveiro, Onildo e Pedro Martins, e a todos que
direta ou indiretamente, contribuíram de alguma forma para a realização deste
trabalho, meus sinceros agradecimentos.
Ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Uberaba, que nos
apoiou uma vez que tem como missão promover a construção, divulgação e
aplicação de conhecimentos nas mais diversas áreas.
À Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG-MG), pelo
fornecimento de todo o conjunto de irrigação para a execução do trabalho.
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................. i
ABSTRACT ........................................................................................................ ii
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 3
2.1 Necessidades hídricas................................................................................. 3
2.2 Densidades de plantio ................................................................................ 5
2.3 Características químicas........................................................................... 11
3 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................... 13
3.1 Caracterização da área experimental........................................................ 13
3.2 Instalação e condução da cultura.............................................................. 14
3.3 Delineamento experimental ..................................................................... 16
3.4 Manejo da irrigação ................................................................................. 18
3.5 Características avaliadas .......................................................................... 20
3.5.1 Peso médio do fruto com coroa e sem coroa .................................... 20
3.5.2 Diâmetro médio do fruto................................................................... 21
3.5.3 Diâmetro médio do pedúnculo.......................................................... 21
3.5.4 Firmeza do fruto ............................................................................... 21
3.5.5 Rendimento de suco.......................................................................... 21
3.5.6 Densidade de suco (DS).................................................................... 22
3.5.7 Potencial hidrogeniônico (pH).......................................................... 22
3.5.8 Sólidos solúveis totais (SST)............................................................ 22
3.5. 9 Acidez total titulável (ATT) ............................................................ 22
3.5.10 Relação SST/ATT........................................................................... 23
3.5.11 Sólidos totais (ST) .......................................................................... 23
3.5.12 Ácido ascórbico (AA)..................................................................... 23
3.5.13 Número de filhotes e rebentões ...................................................... 24
3.5.14 Rendimento total de frutos com e sem coroa.................................. 24
3.6 Análise estatística..................................................................................... 24
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................. 25
4.1 Peso médio do fruto com e sem coroa ..................................................... 25
4.2 Diâmetro médio do fruto e do pedúnculo ................................................ 26
4.3 Firmeza do fruto com e sem casca ........................................................... 28
4.4 Rendimento de suco................................................................................. 29
4.5 Potencial hidrogeniônico.......................................................................... 32
4.6 SST, ATT, Relação SST/ATT, AA, DS e ST .......................................... 34
4.7 Mudas tipo filhote e rebentão................................................................... 37
4.8 Rendimento total de frutos com e sem coroa........................................... 39
5 CONCLUSÕES ............................................................................................. 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 42
ANEXOS ........................................................................................................... 49
i
RESUMO
SOUZA, Olegário Pinheiro de. Densidades de plantio e irrigação nas
características físicas e químicas do abacaxi cultivar Smooth Cayenne. 2006.
58 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Fitotecnia) Universidade Federal
de Uberlândia, Uberlândia
1
.
O abacaxizeiro é uma fruteira tropical que exige cuidados especiais com a
irrigação e escolha da densidade de plantio. O emprego de densidade de plantio
maior deverá satisfazer a exigência do produtor quanto ao rendimento e do
consumidor na qualidade do fruto. Este trabalho teve como objetivo estudar a
influência de diferentes densidades de plantio e irrigação com reposição da
evapotranspiração da cultura (ETc) sobre a produtividade e a qualidade do fruto
do abacaxi cultivar Smooth Cayenne, em Uberaba-MG. O trabalho foi
conduzido no Centro Federal de Educação Tecnológica de Uberaba MG, num
solo de topografia plana, do tipo latossolo vermelho, textura média, pluviosidade
média anual de 1600 mm, temperatura média anual de 22,6°C e umidade relativa
do ar média de 68%. O experimento foi instalado utilizando o delineamento em
blocos ao acaso com 6 tratamentos de densidade de plantio e 5 repetições. Foram
aplicadas duas minas de irrigações diárias, repondo 100 e 120 % da ETc. O
sistema de irrigação utilizado foi o de aspersão convencional. A parcela
experimental foi constituída de três linhas duplas, com 5 m de comprimento,
4,20 m de largura. Foram utilizadas 10 plantas centrais de cada parcela como
plantas úteis. Os resultados obtidos mostraram que as lâminas de irrigação
correspondentes a reposição de 120% da ETc, proporcionaram em média
diminuição da firmeza do fruto, do diâmetro do fruto, pedúnculo do fruto, do
número de mudas tipo filhote e elevou a relação SST/ATT e acidez total
titulável e não resultou em alterações no peso e diâmetro médio do fruto, sólidos
solúveis totais, sólidos totais, densidade e rendimento de suco, ácido ascórbico,
rendimento total dos frutos pelo teste F (p < 0.05). O uso de maiores densidades
de plantio elevou a produção de frutos, reduziu o peso e diâmetro médio do fruto
e número de mudas do tipo filhote, porém não influenciou na firmeza do fruto,
acidez total titulável (ATT), sólidos solúveis totais (SST), sólido totais (ST),
relação SST/ATT, ácido ascórbico e número de mudas tipo rebentão.
1
Orientador : Reges Eduardo Franco Teodoro – UFU.
ii
ABSTRACT
SOUZA, Olegário Pinheiro de. Planting densities and irrigation on the
physical and chemical characteristics of the pineapple cultivar Smooth
cayenne. 2006. 58 p. Uberlândia: UFU, 2006. 58 p. Disssertation (Master
Program Agronomy/Crop Science) Federal University of Uberlândia,
Uberlândia
1
.
Pineapple is a tropical plant which requires special care with irrigation and
choice of planting density. The use of a greater planting density should meet the
farmer’s requirement for yield and the consumer’s desire for fruit quality. This
study analyzed the effect of different planting densities and irrigation
replenishing the culture’s evapotranspiration (Etc) on fruit yield and productivity
of pineapple Smooth cayenne cultivar in Uberaba, MG. The study was done at
Centro Federal de Educação Tecnológica de Uberaba MG, on red latosol,
medium texture, flat topography, 1600 mm average annual rainfall, 22.6°
average annual temperature, and 68%average air relative humidity. The
experimental design was randomized blocks with six planting densities
treatments and five repetitions. Two levels of irrigation at 100 and 120%
replenishment of ETc were applied daily. Irrigation was done by conventional
aspersion. The experimental unit consisted of three 5-m long double lines, 4.2 m
wide. The 10 middle plants in each plot were used for evaluation. The results
indicated that using a irrigation level corresponding to 120% ETc led to a
decrease in fruit firmness, diameter, fruit stem and number of “filhote
seedlings; to an increase in the relation SST/ATT, and titratable acidity; and did
not result in differences on fruit weight, average fruit diameter, total soluble
solids, total solids, juice density and yield, ascorbic acid, total fruit yield by the
F test (p<0.05). The use of greater planting densities increased fruit production,
reduced fruit weight and average diameter and the number of “filhote” seedlings;
however, it did not affect fruit firmness, total titratable acidity (ATT), total
soluble solids (SST), total solids (ST), relation SST/ATT, ascorbic acid, and
number of ratoon seedlings.
___________________________
1
Orientador : Reges Eduardo Franco Teodoro – UFU.
1
INTRODUÇÃO
O abacaxizeiro (Ananas comosus (L.) Merrill) pertencente à família
Bromeliaceae é uma planta originária de regiões de clima quente e de
pluviosidade irregular, da América do Sul. As variedades comerciais plantadas
descendem de abacaxizeiros selvagens ainda presentes nessas regiões.
Anteriormente eram considerados plantas rústicas e que necessitavam de tratos
culturais mínimos para o seu crescimento e produção. Na realidade, essa espécie
vegetal apresenta uma série de estruturas fisiológicas, anatômicas e morfológicas
que lhe permite sobreviver em condições adversas em ambientes com déficit
hídrico. Quando se trata de produção econômica, o abacaxizeiro torna-se uma
planta exigente, requerendo tratos culturais adequados e freqüentes.
A cultura do abacaxi sempre se destacou na fruticultura pelo papel
importante no desenvolvimento social devido a sua rentabilidade e fonte de
geração de empregos. A melhoria das suas técnicas de cultivo vem ao encontro
do mercado consumidor exigente de qualidade e altamente competitivo.
Com a expansão da abacaxicultura irrigada no país, tanto em regiões
tradicionalmente produtoras como em novas áreas de plantio, vem gerando
crescentes demandas por tecnologias e informações que permitem um manejo
adequado da cultura. Na maioria das áreas produtoras de abacaxi, ocorre um
período seco, o que ocasiona um déficit hídrico para a cultura. Nessas regiões, o
uso da irrigação conjugada com densidades adequadas, torna-se primordial para
possibilitar a elevação da produtividade e melhorar a qualidade dos frutos. A
irrigação do abacaxizeiro facilita o manejo cultural, permitindo dirigir a
produção para períodos de entressafra, com preços mais favoráveis dos produtos.
Assim sendo, o uso de irrigação pode tornar a oferta de abacaxi mais uniforme
ao longo do ano, o que facilita a conquista e manutenção de novos mercados do
produto. Para as regiões semi-áridas e as de cerrado, onde irregularidade na
2
distribuição das chuvas, dentro da fruticultura, o cultivo do abacaxi irrigado
pode ser uma alternativa para projetos agroindustriais.
Com a constante valorização da terra e do elevado custo de produção
agrícola, a utilização de espaçamentos menores, de densidades maiores, tornou-
se também uma prática cada vez mais comum na fruticultura como fator de
produção.
A densidade de plantio por unidade de área é um dos fatores de
produção de grande importância e está relacionada com o rendimento e ao custo
de produção. Sabe-se que o aumento de densidade eleva o rendimento e em
determinado limite pode provocar redução no peso do fruto, devido à
concorrência entre as plantas por nutrientes, água e luminosidade, fazendo-se
necessário levar em conta a escolha do espaçamento/densidade.
A carência de informações sobre o comportamento do abacaxizeiro
irrigado e com altas densidades nas condições edafoclimáticas do Estado de
Minas Gerais, principalmente na região do Triângulo Mineiro, evidencia-se a
necessidade de intensificar as pesquisas sobre a cultura.
Diante das tendências de mercado e considerando elevar a
produtividade, sem afetar a qualidade do fruto, e assim aumentar a renda dos
produtores, é que este trabalho teve por objetivo estudar a influência de
diferentes densidades de plantio e lâminas de irrigação correspondentes à
reposição da evapotranspiração da cultura (ETc) sobre as características físicas e
químicas do abacaxi cultivar Smooth Cayenne em Uberaba-MG.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Necessidades hídricas
O abacaxizeiro (Ananas comosus (L.) Merril), originário das Américas
pertence à família Bromiliaceae, é cultivado na Ásia, na África e nas Américas
(norte, central e sul). A Tailândia, as Filipinas, o Brasil, China e a Índia
destacam-se como os principais países produtores (IBGE, 2004).
O sistema radicular do abacaxizeiro pode chegar até a 1m de
profundidade em solos profundos, porém, geralmente concentra-se nos primeiros
30 a 60 cm. O fruto contém cerca de 80 a 85% de água e de 10 a 14% de açúcar
sendo esta influenciada pela irrigação. O excesso de água na floração favorece o
desenvolvimento do talo e a formação de um miolo grande, que é desfavorável.
A chuva e irrigação em excesso no período de colheita podem deteriorar o fruto
e tornar a cultura susceptível a fungos, levando à podridão do miolo (COSTA;
SOUTO; MENEGUCI, 2000).
O abacaxizeiro é sensível ao encharcamento, necessitando de solos bem
drenados e com boa aeração. O excesso de água afeta diretamente o
abacaxizeiro, principalmente por asfixiar as raízes e por favorecer o ataque de
pragas e doenças. Contudo se a água disponível para a planta for limitada,
haverá queda de produção, baixa qualidade e desuniformidade dos frutos
(CARVALHO, 1998).
A aplicação de lâminas de água crescentes na irrigação causa um efeito
positivo sobre a diferenciação floral natural, antecipando a época de colheita do
fruto, resultando encurtamento do ciclo da planta. A antecipação do
florescimento e da colheita não prejudica o peso médio do fruto onde são
aplicadas maiores lâminas de irrigação. Aplicação de maiores lâminas de
4
irrigação permitiu uma distribuição mais eqüitativa da colheita. (ALMEIDA;
SOUZA; REINHARDT 2002).
Em estudo conduzido por Souto et al. (1998), na área experimental da
EPAMIG, em Jaíba-MG, com quatro níveis de água, utilizando aspersão
convencional com lâminas aplicadas definidas pela evaporação acumulada do
tanque “Classe A”, relataram que as lâminas de água aplicadas causaram efeitos
significativos no vigor das plantas, caracterizado pelo peso da matéria fresca e
seca da folha “D” (folhas mais novas entre as adultas, mais ativas
fisiologicamente e compridas na planta) na produção de mudas dos tipos filhote
e rebentão, no peso médio do fruto e na produtividade (t ha
-1
e frutos ha
-1
) do
abacaxizeiro ‘Pérola’, nos quais foram detectados efeitos estaticamente
significativos das lâminas de água sobre a acidez, os teores de sólidos solúveis
totais e a relação sólidos solúveis totais e acidez dos frutos. Quanto à adubação,
esta foi menos limitante do que a irrigação para a produção e qualidade do fruto
do abacaxizeiro Pérola, afirmando ser impossível a produção para fins
comerciais naquela região sem utilização de irrigação.
Mesmo possuindo características morfológicas e fisiológicas, as quais
permitem adaptação ao déficit hídrico, quando cultivada em regiões de clima
tropical, local de grande evapotranspiração diária, as densidades de plantio vêm
aumentando, com cultivos comerciais acima de 70.000 plantas ha
-1
. Nestas
condições, somente é possível obter um bom rendimento por hectare com frutos
de primeira qualidade, quando a planta tem um adequado nível de água
disponível no solo quando essa é fornecida pela chuva ou pela irrigação durante
todos os estádios fonológicos (MANICA, 1999).
Nas áreas de maior concentração de produção de abacaxizeiro em Minas
Gerais, principalmente do Triângulo Mineiro, nos municípios de Monte Alegre
de Minas, Frutal, Canápoles e Centralina, a estação chuvosa concentra-se nos
5
meses de outubro a março havendo um alto déficit de abril a setembro, o que
leva as lavouras de sequeiro apresentar um baixo rendimento e frutos de inferior
qualidade. Com essa situação, a irrigação é essencial para aumentar a produção,
frutos mais padronizados e de melhor qualidade, com isto maior retorno
econômico, além de permitir colocar frutos no mercado no período de
entressafra e exploração da segunda safra, com aumento de até 30% na
produtividade em relação ao sequeiro. Contudo, as fases críticas para cultura do
abacaxi se concentram no período de crescimento vegetativo (tamanho e
características da frutificação) e da floração á colheita, pois o déficit hídrico
pode acarretar quedas no peso, às quais variam de 250 a 300 g / fruto. Assim
sendo, a irrigação permite plantio mais adensado e a prática de fertirrigação
(CARVALHO et al., 1980).
2.2 Densidades de plantio
Devido à valorização da terra e do aumento de custo de produção
agrícola, o emprego de espaçamentos menores com densidades maiores, vem se
tornando uma prática cada vez mais aplicada na fruticultura. A densidade de
plantio/unidade de área é um dos fatores de produção mais importantes e está
correlacionado ao rendimento e ao custo de produção. O aumento da densidade
eleva o rendimento e depois de um certo limite provoca redução do peso do
fruto, devido à concorrência entre plantas, por água, luminosidade e nutrientes
minerais. Em função disso, deve-se levar em conta a escolha do
espaçamento/densidade para uma determinada cultura, a preferência do mercado
consumidor, no que diz respeito ao tamanho do fruto, ao peso, a qualidade e ao
aspecto econômico da sua produção. Todavia essa escolha não depende apenas
do destino da produção (consumo in natura e industrialização), mas também da
cultivar, do solo, da topografia, fatores climáticos, tecnologia empregada,
6
máquinas e implementos agrícolas empregados e disponibilidade de mão de obra
(CUNHA; CABRAL; SOUZA, 1999).
Em Pernambuco, na região de tabuleiros costeiros, o espaçamento em
filas duplas de 1,0 m x 0,40 m x 0,30 m (47.600 plantas ha
-1
) da cv. Smooth
Cayenne, com adubação de 10 g N, 25 g P
2
O
5
e 8 g de K
2
O planta
-1
, permitiu a
obtenção de um rendimento de 77,4 t ha
-1
(testemunha 54 t ha
-1
), e 55% dos
frutos apresentaram peso acima de 1500g, com peso médio de 1625g
(BEZERRA et al., 1981).
Souza et al. (1991), no município de Coração de Maria-BA, observou os
efeitos significativos da densidade de plantio sobre o rendimento médio do
abacaxi, que aumentou de 21,5 t ha
-1
(20.000 plantas ha
-1
) para 41,5 t ha
-1
(50.000 plantas ha
-1
). Quanto ao peso médio do fruto, o aumento da densidade
reduziu de 1.361 g para 1.085 g.
Entretanto, tem-se observado, regularmente, um retardamento de
maturação do fruto (e de colheita) quando as densidades são aumentadas
(WANG; CHANG, 1958; CARDINALLI; ANDERSEN, 1971; SINGH et al.,
1974; CUNHA et al., 1978; PY et al., 1984).
A densidade no plantio deve variar de acordo com as cultivares e a
fertilidade do solo. Densidade em torno de 50.000 plantas ha
-1
tem demonstrado
que não afetam significativamente na redução de tamanho e/ou peso dos frutos,
quando se compara com densidades menores. Não é recomendável plantio
comercial com menos de 35 mil e 40 mil plantas por hectare para as variedades
‘Pérola’ e ‘Smooth Cayenne’ o que vem a atender a exigência do mercado
quanto ao peso dos frutos, sendo 1400 a 2000 g para a variedade Smooth
Cayenne’ e 1200 a 1800 g para a variedade ‘Pérola’ (SILVA, 1998).
As densidades mais comuns variam de 20 a 75 mil plantas ha
-1
de acordo
com o cultivar, o tipo de muda e o espaçamento adotado. Assim, no Brasil, onde
a cultivar Pérola é a mais cultivada, as mudas são do tipo filhote e plantadas nas
7
distâncias de 1,20 a 0,70 m x 0,40 m. Na Costa do Marfim, as mudas são do tipo
rebentão, da cultivar. Smooth Cayenne, e os espaçamentos ficam em torno de
0,90 x 0,30 x 0,22 m (67 mil a 75 mil plantas ha
-1
). Já na Martinica, que também
cultiva a Smooth Cayenne, as mudas empregadas são coroas (95%) plantadas no
espaçamento duplo de 0,68 m x 0,30 m x 0,30 m (60 a 65 mil plantas ha
-1
), e a
produção é destinada somente para a indústria (CUNHA, 1983).
No Havaí e em Taiwan, não foram observados decréscimos importantes
nos pesos da planta nem na folha “D”, com aumentos das densidades de plantio
em níveis acima de 60000 plantas ha
-1
(SU, 1969). No Brasil, de acordo com
Rodrigues e Koller (1978), o peso seco da folha “D” do abacaxizeiro Pérola
aumentou com a diminuição da densidade, o mesmo ocorrendo com a
quantidade total de nitrogênio na referida folha.
Dodsom (1968) e Wee (1969) relatam um decréscimo linear do peso do
fruto para cada aumento de 1000 plantas ha
-1
, o que foi em função da cultivar e
do ambiente, incluindo o manejo da cultura. Na Costa do Marfim, Lacoeuille
(1974) demonstrou que podia passar da densidade de 63.500 para 70.500
plantas/ha (em linhas duplas) sem que houvesse variação significativa no peso
médio do fruto. De acordo com Selamat (1995), na Malásia pode-se aumentar a
densidade de 43.000 para 61.000 plantas ha
-1
, elevando, assim, o rendimento da
cultura de 63 t para 84 t ha
-1
, sem afetar a qualidade do fruto da cultivar Gandul.
Em São Paulo, Giaconelli (1972) observou uma queda no peso médio do
fruto de 1900 para 1600 g, quando a densidade aumentou de 24.700 para 55.600
plantas ha
-1
. Entretanto, o aumento do rendimento ha
-1
foi expressivo (47,1 t para
88,7 t).
Cunha et al. (1978) recomendaram espaçamentos maiores quando a
produção tem por destino consumo in natura e mais densos se o objetivo é
indústria. Entretanto, se for destinado ao mercado internacional de frutas frescas,
recomendam o uso de densidades maiores, haja vista que esse mercado prefere
8
frutas pequenas com 1300 a 1500 g, o que facilita o seu transporte e outro item a
ser observado na escolha do espaçamento é a cultivar a ser explorada. Para a
cultivar Smooth Cayenne, o espaçamento pode ser reduzido porque ela não
apresenta espinhos nas suas folhas. Essas mesmas recomendações são válidas
para plantio conduzido mecanicamente com emprego de herbicidas.
Sampaio (1991) relatou que a densidade de plantio influenciou na
produtividade, no tamanho e número de frutos e também no número de mudas
produzidas por área cultivada. Entretanto, é importante saber escolher
adequadamente o sistema de plantio a ser usado, sendo que este depende de
vários fatores como: cultivar empregado e destino da produção.
Em uma plantação de abacaxizeiro o tamanho do fruto é uma das
maiores preocupações, pois, tanto para consumo “in natura” quanto para
industrialização tamanhos mais procurados até 2 kg ou acima de 2 kg; para
venda interna como fruta fresca de 1,30 a 1,5 kg; exportação ao natural para o
mercado consumidor da Europa Ocidental de 1,5 a 1,8 kg; industrialização de
rodelas de diâmetro grande (95 mm) e de 1,8 a 2 kg para rodelas de diâmetro
médio (79 mm) e a densidade de plantio pode influenciar em muito no peso dos
frutos e na produção de frutos por área plantada, segundo Giacomelli (1981).
Santana et al. (2001) relataram que apesar dos mercados consumidores
preferirem frutos grandes (acima de 1,5 kg), existe atualmente no mercado
internacional uma forte tendência por frutos menores (abaixo de 1 kg ou, até
mesmo, abaixo de 500 g), cuja vantagem maior consiste no consumo mais
rápido em domicílios cada vez menores. Acrescentaram que tais nichos de
mercado tendem a surgir no Brasil, onde frutos são atualmente aproveitados
apenas para extração de suco ou polpa.
Mello et al. (2004) observaram que em área plantada com densidade
0,90 m x 0,30 m x 0,30 m (55.555 plantas h
-1
) houve maior rendimento de frutos,
contudo as densidades estudadas (31.250, 41.666, 35.714, 47.619, 38.461 e
9
55.555 ha
-1
) não influenciaram nas características físicas e químicas dos frutos
de abacaxizeiro cv.Pérola.
Choairy e Cunha (1980) observaram, também, que o aumento da
densidade (49.000 para 90.000 plantas h
-1
) não influenciou de forma
significativa nos pesos do fruto com e sem coroa, havendo uma leve tendência
para sua redução (de 1437g para 1322g). Entretanto, a produção em t ha
-1
foi
significativamente maior nos espaçamentos mais densos (106 t), contra apenas
67 t na densidade menor. Com relação ao diâmetro e características químicas do
fruto, não foram observados efeitos significativos.
Baixas densidades produziram frutos maiores e com alto teor de sólidos
solúveis totais (SST), enquanto o conteúdo de ácido ascórbico foi maior em
frutos obtidos de altas populações (MUSTAFFA, 1988). Dodson (1968) e Wee
(1969) observaram uma diminuição no teor de sólidos solúveis totais e um
aumento na acidez do fruto, à medida que a densidade foi aumentada, o que não
foi observado por Reinhardt e Sanches (1979). Selamat (1995) observou que o
aumento da densidade não afetou nem na altura da planta nem nas características
físico-químicas do fruto, mas elevou o rendimento da cultura, em virtude do
maior número de frutos colhidos.
Em experimentos conduzidos com a cultivar Smooth Cayenne, em East
London e Bathurst, Dalldorf (1978) observou que as densidades de 39.141
plantas ha
-1
(1,07 m x 0,61 m x 0,35 m), 41.667 (1,00 m x 0,60 m x 0,30 m) e
43.141 (0,99 m x 0,53 x 0,305 m) apresentaram maiores produções e a partir do
momento que excederam 45.000 plantas ha
-1
, aumenta a proporção de frutos de
baixa qualidade. Em Porto Rico, Ramirez e Gandia (1982) obtiveram maiores
rendimentos com altas densidades, porém sem afetar o peso médio do fruto nem
a qualidade do suco.
Experimento conduzido no Centro de Pesquisa e Extensão em
Fruticultura Tropical (CEPEX), em Porto Lucena, RS, com cinco densidades de
10
plantio do abacaxi cv. Smooth Cayenne com espaçamento de 90 x 40 x 25; 90 x
40 x 30; 90 x 40 x 35; 90 x 40 x 40 e 90 x 40 x 45 cm, com densidades de
61.540, 51.280, 43.955, 38.460 e 34.190 plantas ha
-1
, os resultados mostraram
que houve aumento em toneladas por hectare com aumento da densidade, não
afetando o peso médio dos frutos. A densidade maior usada no plantio
apresentou maior acidez e menor relação sst/acidez do suco dos frutos e o grau
Brix não sofreu alteração (KIST et al., 1991). A composição geral do abacaxi
maduro segundo Dull (1971) o °Brix varia de 10,8 a 17,5%, acidez em ácido
cítrico de 0,6 a 1,62% e ao ácido ascórbico de 10 a 25 mg/100g para a variedade
Smooth Cayenne.
Em dois experimentos conduzidos em Cruz das Almas e Conceição de
Maria-BA, com o cultivar Smooth Cayenne, com densidades de plantio e
adubação com N-P-K, a redução do espaçamento com maior número de plantas
ha
-1
aumentou a produção nos dois locais, com leve decréscimo no peso do fruto
em Conceição de Maria-BA. A densidade de plantio não influenciou sobre a
produção de mudas por planta, altura e diâmetro do fruto, peso e comprimento
da coroa do fruto, sólidos solúveis totais, acidez e relação sólidos solúveis
totais/acidez (REINHARDT,1980).
De acordo com Giacomelli (1982), a densidade de plantio e o tipo de
substância empregada na indução floral podem afetar a produção de mudas.
Maiores densidades de plantio determinam, geralmente, tendência para redução
do número de mudas produzidas por planta.
O número de filhotes produzido por planta de abacaxizeiro da cultivar
Smooth Cayenne com indução floral no mês de junho e época de colheita nos
meses de novembro/dezembro situa-se em torno de 2,61 (REINHARDT, 1980).
Na cultivar Smooth Cayenne, forma-se de 2 a 4 filhotes
e o fruto do abacaxi é
sustentado por um pedúnculo forte e curto, com comprimento de 8 a 30,3 cm,
possuindo 2,7 a 2,9 cm de diâmetro (MANICA, 2000).
11
2.3 Características químicas
Analisando a cv. Smootht Cayenne, Granada et al. (2001) perceberam
disparidade marcante em relação aos valores relatados por outros pesquisadores.
Encontraram conteúdo dos sólidos solúveis inferiores (6,8
o
Brix) quando
comparados com os resultados de 9,4 a 17,5
o
Brix obtidos por Medina (1987) e
de 12 ºBrix encontrado por Campos (1993). Para o pH (3,6) observaram valores
similares aos de Medina (1987), Jackix (1988), Pelegrine et al.(2000), os quais
encontraram valores entre 3,7 e 4,2; 3,2 e 3,5, respectivamente. Quanto à acidez
titulável, relataram valores superiores (1,44%) aos obtidos por Jackix (1988), o
qual cita conteúdo de 0,96% para o fruto no estádio maduro e de 0,47% para o
abacaxi verde. A elevada influência de fatores como cultivar, grau de maturação,
condições climáticas, irrigação e porção da fruta podem explicar a discrepância
encontrada por diferentes pesquisadores para determinados componentes do
fruto (CAMPOS, 1993).
A relação SST/ATT considerada ideal para consumo ao natural, segundo
Fagundes et al. (2000b), é de 3l,7 a 3l,8. Segundo Montenegro citado por
Santana e Medina (2000), a relação SST/ATT entre 36,7 e 39,3 é ideal para
consumo in natura.
Barreiro Neto et al. (1998) citaram que o peso da polpa representa em
média 73,12% do peso do fruto e obtiveram 1.051 g de peso médio da polpa com
71,01% do peso do fruto maduro.
Para a cultivar Smooth Cayenne, nos frutos maduros, os teores de
sólidos solúveis totais variam de 13,31 a 18,84; a acidez total titulável de 0,75%
a 1,15%; 15 a 25 g de ácido ascórbico por 100 mL de suco; pH variando de 2,9 a
3,9; relações °Brix/acidez de 13,18 a 48,7; % de suco de 49,1 a 56,0; diâmetro
médio de 11,1 a 14,0 cm e peso médio de 1,024 a 3,498 kg (MANICA 2000).
12
O pH da polpa do fruto maduro enquadra-se na faixa de 3,4 a 3,9
(CARVALHO et al., 1998b). Manica apud Fagundes et al., (2000a) encontrou
para a cultivar Pérola, 13,1 a 15,1
o
Brix, para frutos maduros.
O cloreto de cálcio é importante na manutenção da firmeza no fruto de
abacaxi da cultivar Pérola e pode variar de 6,49 a 7,63 N (PINHEIRO et al.,
2005). A utilização de ethephon que acelera o amarelecimento de frutos do
abacaxi, mas não afeta a firmeza da casca nem os principais atributos (firmeza,
coloração, translucidez, teores de sólidos solúveis totais, acidez total e relação
entre esses teores) da polpa (SANTANA et al., 2004).
13
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Caracterização da área experimental
O trabalho foi conduzido na Unidade I, do Centro Federal de Educação
Tecnológica de Uberaba (CEFET), localizado no município de Uberaba MG,
situado a 19° 39’ 19’’ S e 47° 57’ 27”W e altitude de 795 m, com pluviosidade
média anual de 1600 mm, temperatura média anual de 22,6 °C e umidade
relativa do ar média de 68%. O clima é classificado como AW, tropical quente
segundo a classificação de KÖPPEN, apresentando inverno frio e seco. O solo é
de topografia plana, do tipo latossolo vermelho. As análises químicas e físicas
podem ser observadas nas Tabelas 1 e 2, cultivado com abacaxi no ano de 2001
e sem cultivo no ano de 2002 e 2003.
TABELA 1 Caracterização química e física do solo da área experimental na
profundidade de 0 a 20 cm.
Amostra
pH
Água
P K
(mg dm
-3
)
Al Ca Mg Al+H SB t T
(cmol dm
-3
)
V m
(%)
Mat Org.
(dag kg
-1
)
1 6,0 4,4 114 0,1 1,3 0,6 1,7 2,2 2,3 3,9 56,3 4,4 0,9
Análise realizada em 08/09/2003 no laboratório de Análise de Solos EPAMIG-Uberaba-MG
TABELA 2 Caracterização química e física do solo da área experimental na
profundidade de 0 a 20 cm.
Análise realizada em 08/09/2003 no laboratório de Análise de Solos EPAMIG-Uberaba-MG
Amostra Relação entre bases
Relação entre bases
T(%)
SB V
(%)
Relação da análise
física (%)
Areia Silte Argila
Ca/Mg Ca/K Mg/K Ca/T Mg/T K/T
1
2,17 4,46 2,06 33,41 15,42 7,49
39,1 6,9 72,0 8,0 20,0
14
3.2 Instalação e condução da cultura
A cultivar foi a Smooth Cayenne, sendo as mudas do tipo rebentão
pesando aproximadamente 300 g e altura entre 30 cm a 40 cm, procedentes do
município de Frutal-MG. As mudas foram submetidas a uma cura (exposição
aos raios solares), com as bases voltadas para cima durante duas semanas antes
do plantio, com o objetivo de eliminar o excesso de umidade a fim de evitar seu
apodrecimento após o plantio e redução da infestação de cochonilhas. Após o
período da cura, as mudas foram selecionadas e padronizadas de acordo com o
peso e tamanho, descartando as que se apresentavam defeituosas (com podridão
e lesões mecânicas) e contaminadas com fusariose. Logo em seguida, todas as
mudas passaram por um tratamento em solução aquosa de fungicida a base de
Thiophanate methil (100g p.c./100L de água) mais inseticida a base de Parathion
methil (100 mL /100 L água), como medida preventiva contra o fungo Fusariun
subglutinans (fusariose) e Dysmicocus brevipes (cochonilha).
O preparo do solo constituiu-se de uma aração de 30 cm de
profundidade, seguida de duas gradagens. Baseado na análise química do solo,
não foi necessário realizar calagem
.
O plantio das mudas foi realizado na
primeira semana de agosto de 2004
.
As adubações de plantio e de cobertura
foram de acordo com a análise química do solo (Tabela 1 e 2), segundo as
recomendações para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais, 5
a
Aproximação, (CFSEMG, 1999).
No plantio, foi aplicado 3g de P
2
O
5
por cova. Em cobertura, foram
efetuadas seis adubações bimestrais com uréia e cloreto de potássio, aplicados
nas axilas das folhas mais velhas na base de 1,0 g de N e 1,2 g de K
2
O por planta
e mais três adubações foliares com formulações contendo 12% de N, 20% K,
10% Ca, 4% Mg, 5% Zn, 6,5% Fe, 8% S, 2% B aos 6, 8, e 12 meses após
15
plantio. Foram aplicadas doses totais de 9g de N, 3g de P
2
O
5
e 14g de K
2
O por
planta.
O primeiro controle das plantas invasoras foi realizado no primeiro mês
após o plantio, aplicando-se 3,0 kg do herbicida Diuron por hectare e a segunda
aplicação aos três meses após plantio com uma dosagem de 2,0 kg por hectare
do mesmo herbicida. Além da utilização do controle químico, foram realizadas
três capinas manuais.
Para controle da broca-do-fruto Strymon megarus, cochonilha
Dysmicocus brevipes e fungo Fusariun subglutinans (Fusariose) seguiu-se a
programação apresentada na Tabela 3.
TABELA 3 Épocas, defensivos e doses utilizados no controle fitossanitário.
Época Defensivos
Doses
L ha
-1
10 meses após plantio
Parationa Metílica (Inseticida)
Tebucunazole (Fungicida)
1,0
0,5
13 meses após plantio
Parationa Metílica (Inseticida)
Tebucunazole (Fungicida)
1,0
0,5
Uberaba, MG, 2006.
A indução floral foi realizada 300 dias após plantio, no final da tarde,
utilizando ethephon 40 na dosagem de 1L/1000 L de água, sendo aplicado 30
mL da solução na roseta foliar de cada planta mais adição de uréia (2%) com um
pulverizador costal. Para uma maior eficiência e uniformidade da inflorescência,
24 horas antes da indução de floração suspendeu-se a irrigação.
Para evitar a queimadura da casca dos frutos pela radiação solar,
faltando 60 dias para colheita, foi feita a proteção dos mesmos com folhas de
jornal.
16
3.3 Delineamento experimental
O experimento foi instalado utilizando o delineamento em blocos ao
acaso com seis tratamentos de densidades de plantio (Tabela 4), variando o
espaçamento entre plantas e cinco repetições. No experimento, foram aplicadas
duas lâminas de irrigação de reposição da ETc. Sendo feitas reposições da ETc
em valores de 100% e 120% (Figura 1), aplicadas diariamente.
A parcela experimental foi constituída de três linhas duplas, com as
plantas dispostas em quincôncio na linha de plantio, com 5 m de comprimento e
4,2 m de largura. Foram utilizadas 10 plantas centrais de cada parcela como
plantas úteis, retiradas das linhas da fileira dupla do meio.
TABELA 4 Densidades de plantio
Tratamento Espaçamento
População
(plantas ha
-1
)
Número de plantas por
parcela
T1 90 x 50 x 45 cm 31.746 67,00
T2 90 x 50 x 40 cm 35.714 75,00
T3 90 x 50 x 35 cm 40.816 86,00
T4 90 x 50 x 30 cm 47.619 100,00
T5 90 x 50 x 25 cm 57.143 120,00
T6 90 x 50 x 20 cm 71.429 150,00
Uberaba, MG, 2006.
17
Reservatório
250m³
Casa de bomba
Adutora PVC 75mm
Derivação PVC 50mm
Aspersor NAAN 5022
150 m
60 m
12 m
12 m
T2
T6
T1
T4
T5
T3
T2
T6
T3
T4
T1
T5
T5
T2
T4
T3
T6
T1
T4
T4
T3
T6
T2
T5
T6
T5
T3
T1
T2
T4
T1
T2
T4
T6
T5
T3
T6
T2
T5
T4
T1
T3
T3
T6
T1
T5
T2
T4
T4
T1
T5
T2
T6
T3
T4
T5
T3
T2
T1
T6
B5 B4 B3 B2 B1
B1 B2 B3 B4 B5
Reposição de 100 % da ETc
Reposição de 120 % da ETc
Distribuição PVC 50 mm
FIGURA 1 Croqui da área experimental. Uberaba, MG, 2006.
18
3.4 Manejo da irrigação
Para o manejo de irrigação, foi feita, antes do plantio, uma avaliação do
sistema de irrigação e para tal utilizou-se uma linha lateral com 12 aspersores,
espaçados de 12 m, disposta no centro da área. Os coletores foram instalados
entre os dois aspersores centrais e dispostos em uma malha composta de 84
coletores dispostos de 2 x 2 m (Figura 2), garantindo que no mínimo 50
coletores sob os aspersores recebessem água. A borda do copo coletor ficou a
uma altura de 30 cm do nível do solo.
FIGURA 2 Avaliação de uniformidade de distribuição de água. Uberaba, MG, 2006.
Para calcular o coeficiente de uniformidade, foi realizada uma simulação
com os dados obtidos na avaliação, buscando simular a operação de quatro
aspersores funcionando simultaneamente. A simulação e os cálculos foram
realizados utilizando o software AVALIA, que também determinou
estatisticamente a aplicação média da lâmina (mm), o coeficiente de
uniformidade de Christiansen (CUC) e o coeficiente de uniformidade de
distribuição (CUD), Christiansen (1942) obtendo os respectivos valores 5,18
mm, 82,2% e 79,7%.
19
As lâminas de irrigação foram aplicadas por meio de um sistema de
irrigação por aspersão convencional, com aspersores tipo NAAN 5022, com
diâmetro dos bocais de 2,5 x 3,2 mm, espaçados de 12 x 12 m, sendo a pressão
na saída da bomba de 3,7 kgf cm
-2
e no aspersor de 2,0 kgf cm
-2
.
A irrigação foi realizada de forma a repor diariamente a
evapotranspiração da cultura, considerando-se a chuva ocorrida na área entre
irrigações consecutivas. Quando a chuva era maior ou igual à reposição a ser
aplicada, a irrigação não era realizada. Por outro lado, quando a chuva era menor
que a reposição a ser aplicada, a irrigação era realizada para complementar a
diferença. A evapotranspiração da cultura foi estimada a partir da evaporação
diária da água do tanque “Classe A”, sendo este circundado por solo nu,
corrigida pelo coeficiente de tanque (Kp) o que foi obtido pela média dos valores
propostos por Doorenbos e Kassan (1994). O coeficiente médio usado foi de 0,7.
Para o cálculo da evapotranspiração de referência (ETo) foi utilizada a
seguinte equação:
ETo = Kp . ECA Equação 1
Em que:
ETo = evapotranspiração de referência, em mm dia
-1
;
Kp = coeficiente do tanque, em decimal;
ECA = evaporação da água do tanque “Classe A”, em mm dia
-1
.
Na determinação de evapotranspiração da cultura (ETc), utilizou-se o
coeficiente da cultura (Kc) Tabela 5 e a equação:
ETc = Kc . ETo Equação 2
Onde:
ETc = evapotranspiração da cultura, em mm dia
-1
;
20
Kc = coeficiente da cultura, em decimal;
ETo = evapotranspiração de referência, em mm dia
-1
.
Durante o ciclo da cultura, de acordo com o estádio de desenvolvimento,
foram utilizados os coeficientes de cultivo (Kc) da Tabela 5. Estádio inicial Kc =
0,45; estádio secundário Kc = 0,8; estádio de produção Kc = 1,0 e de maturação
0,45.
TABELA 5 Coeficiente de cultivo (Kc), de acordo com o estádio de desenvolvimento
da cultura.
Estádio de
desenvolvimento
Caracterização do estádio Kc
Inicial
Da germinação até a cultura, cobrir 10%
da superfície do terreno.
0,4 a 0,6
Secundário ou de
desenvolvimento
vegetativo
Do final do primeiro estádio até a
cultura, cobrir 70% ou 80% da
superfície do terreno ou atingir 70% a
80% do seu desenvolvimento vegetativo.
Varia linearmente entre os
valores no primeiro e
terceiro estádio
Intermediário ou de
produção
Final ou de
maturação
Do final do segundo estádio até o início
da maturação (estádio de produção)
Do início da maturação até a colheita ou
final da maturação.
1,0 a 1,2
Varia linearmente entre o
terceiro estádio e 0,4 a 0,6.
Fonte: Bernado (1989).
3.5 Características avaliadas
3.5.1 Peso médio do fruto com coroa e sem coroa
As determinações do peso médio dos frutos (kg) foram efetuadas com o
uso de balança semi-analítica com precisão de 0,001g em 10 frutos por parcela.
21
3.5.2 Diâmetro médio do fruto
Os diâmetros médios de 10 frutos por parcela foram determinados
utilizando-se de um paquímetro em cm.
3.5.3 Diâmetro médio do pedúnculo
As medições do diâmetro médio do pedúnculo (cm) foram feitas com o
uso de paquímetro em 10 frutos por parcela.
3.5.4 Firmeza do fruto
As medições da firmeza dos frutos com casca e sem casca foram
realizadas com o aparelho penetrômetro para frutas FT 327, tendo como
resultado o valor médio obtido das medições da região mediana, apical e base
dos frutos, sendo expressa em kgf cm
-2
.
3.5.5 Rendimento de suco
As determinações do rendimento de suco foram realizadas em duas
etapas.
A primeira foi feita com 10 frutos por parcela sendo estes pesados com
casca e sem coroa.
Na segunda etapa, os frutos foram descascados com faca inoxidável e
colocados em uma despolpadeira marca Itametal, modelo 025DF, com
capacidade para despolpar 450 kg de frutos por hora. Após o suco ter sido
22
extraído, ele foi pesado e aferido a diferença entre os dois pesos a fim de
determinar o rendimento de suco em kg e porcentagem (%).
3.5.6 Densidade de suco (DS)
A densidade do suco foi medida através da relação peso/volume, em
picnômetro volumétrico (50 ml), conforme descrito pelo método número 13.6.10
do Instituto Adolfo Lutz (1985).
3.5.7 Potencial hidrogeniônico (pH)
O pH foi medido utilizando-se de pH metro digital PG2000, marca
GEHAKA do setor de Agroindústria, conforme normas analíticas do Instituto
Adolfo Lutz (1985).
3.5.8 Sólidos solúveis totais (SST)
A determinação de sólidos solúveis totais (SST) foi obtida por meio de
um refratômetro digital REICHERT, com compensação automática de
temperatura, conforme normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985) em que
os conteúdos de SST foram expressos em ºBrix, com precisão de 0,1 ºBrix.
3.5. 9 Acidez total titulável (ATT)
A acidez total titulável (ATT) foi obtida tomando-se 10 mL de suco, a
qual foram adicionados três gotas de um indicador (solução alcoólica de
23
fenolftaleína) e procedeu-se a titulação com solução de hidróxido de sódio 0,1N
padronizado segundo técnica estabelecida pelo Instituto Adolfo Lutz (1985) e
expressa em mg de ácido cítrico/100 g de sulco.
3.5.10 Relação SST/ATT
A relação SST/ATT foi obtida pela divisão dos resultados do sólido
solúveis totais pela acidez titulável total (% Ácido cítrico) conforme normas
analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985).
3.5.11 Sólidos totais (ST)
Com auxílio de uma pipeta coletou-se 10 mL de suco e foi colocado em
uma cápsula de 50 mL, previamente aquecida a 105
0
C por 2 horas, resfriada em
dessecador até a temperatura ambiente e pesada, em seguida colocada para secar
em estufa a 105ºC. Era efetuada pesagem a cada 3 horas até obter peso
constante, conforme normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985).
3.5.12 Ácido ascórbico (AA)
O método de determinação baseou-se na redução do 2,6 diclorofeno
indofenol-sódio (DCFI) pelo ácido ascórbico, segundo metodologia nº 43.605 da
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS - AOAC (1984),
modificada por BENASSI (1990), no qual se substituiu o solvente extrator ácido
metafosfórico por ácido oxalático.
24
3.5.13 Número de filhotes e rebentões
Na colheita, foi feita a contagem do número de filhotes e rebentões por
planta.
3.5.14 Rendimento total de frutos com e sem coroa
Calculou-se o rendimento total por hectare (t) através do peso médio dos
frutos com e sem coroa multiplicando pela densidade de plantio.
3.6 Análise estatística
Foi feita análise conjunta dos dados, por meio de uma análise de
variância no esquema em blocos casualizados. A análise conjunta foi feita em
função da não casualização das lâminas de água de reposição da ETc. Para os
efeitos qualitativos aplicou-se o teste t (Student) e para os efeitos quantitativos
para comparação das médias ajustou a um modelo de regressão (BANZATO;
KRONKA, 1989), com uma significância de 0,05. A análise estatística foi
realizada por meio do software SISVAR (FERREIRA, 2000).
25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Peso médio do fruto com e sem coroa
Na Figura 3, pode ser verificado que a densidade de plantio afetou esta
característica diminuindo o peso médio do fruto com e sem coroa diminuiu, na
medida em que aumentou o número de plantas por hectare. O mesmo
comportamento ocorreu também para o peso médio dos frutos sem coroa. O
motivo pode estar relacionado à concorrência das plantas por luz, temperatura e
nutrientes, onde o adensamento altera a uniformidade de crescimento das
plantas, causando maior sombreamento conforme Cunha et al. (1999).
Densidade
31746 35714 40816 47719 571 43 71429
Peso do fruto (kg)
0,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
Com coroa y =1,8533 - 0,000008 X R
2
= 94,92%
Sem coroa y = 1,6986 - 0,000008 X R
2
= 95,61%
FIGURA 3 Peso médio de frutos de abacaxi da cultivar Smooth Cayenne com e sem
coroa em diferentes densidades de plantio. Uberaba, MG, 2006.
O peso médio de 1,4863 kg (Tabela 1D) supera ao peso médio de 1000
gramas apresentado por Cunha e Rocha (1993) em trabalho realizado na área do
projeto Jaíba-MG, para cultivar Smooth Cayenne e fica abaixo do peso médio de
26
1625 g obtido por Bezerra et al. (1981) no estado de Pernambuco em condições
de manejo e ambientais (Tabuleiros Costeiros) na densidade de 47.600
plantas ha
-1
. O resultado difere da média de 1310 g obtido por Souza et al.;
(2001) em densidade de 50.000 plantas ha
-1
.
Os resultados equivalem aos encontrados por Dodson (1968), We
(1969), Giacomelli (1972) e Sampaio (1991) em que o aumento da densidade de
plantio influencia no peso médio do fruto. Entretanto, o resultado difere daqueles
apresentados por Lacoeuilhe (1974), Reinhardt (1980a b), Kist et al. (1991),
Selamat (1995), Cunha et al. (1999) e Mello et al. (2004) com densidades
variando de 31.250 a 55.555 plantas ha
-1
quando afirmam que maior densidade
de plantio, não influência no peso médio do fruto. As lâminas de água de
irrigação de 100 e 120% da ETc (Tabela 1D) não influenciaram no peso médio
do fruto com e sem coroa. Estes resultados diferem daqueles obtidos por Souto
et al. (1998), na área experimental da EPAMIG em Jaíba-MG com cultivar
Pérola onde a aplicação de maiores lâminas de irrigação interferiu no peso
médio do fruto.
4.2 Diâmetro médio do fruto e do pedúnculo
Observa-se na Figura 4, que ocorreu uma diminuição no diâmetro médio
do fruto de abacaxi quando houve um aumento do número de plantas por
hectare, o mesmo comportamento observou-se no diâmetro médio do pedúnculo.
Provavelmente estas diferenças sejam em função da concorrência das plantas por
temperatura, luz e nutrientes. na irrigação quando se aumentou a lâmina de
água de irrigação de 100 para 120% da evapotranspiração da cultura, observou-
se uma redução média de 3,16% no diâmetro do pedúnculo (Figura 5).
27
Densidade
31746 35714 40816 47719 57143 71429
Diâmetro médio de fruto (cm)
0,0
11,0
11,5
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
Diâmetro médio pedúnculo (cm)
0,0
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
DM y =13,2713 - 0,000018 X R
2
= 88,98%
DMP y = 2,738 - 0,000008 X R
2
= 99,28%
FIGURA 4 Diâmetro médio do fruto e do pedúnculo de abacaxi cultivar Smooth
Cayenne em diferentes densidades de plantio. Uberaba, MG, 2006.
Lâm inas de reposição da ETc (%)
100 120
Diâmetro de Pedúnculo (cm)
0,0
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
100 %
120 %
FIGURA 5 Diâmetro médio do fruto e do pedúnculo de abacaxi cultivar Smooth
Cayenne em diferentes lâminas de água de reposição. Uberaba, MG, 2006.
28
Observa-se ainda na Tabela 1D que não foi significativo pelo teste de F
(p < 0,05) a influência das lâminas de água de irrigação de 100 e 120% da ETc
no diâmetro médio dos frutos, porém foi para o diâmetro médio do pedúnculo.
O diâmetro médio dos frutos de 12,4243 cm permite na industrialização obter
rodelas de diâmetro grande (95 mm) e diâmetro médio (79 mm), Giacomelli
(1982). O resultado difere do obtido por Choairy e Cunha (1980) em estudo
realizado na Paraíba, em condições de manejo e ambientes (Tabuleiros
Costeiros) e semelhantes aos de Reinhardth (1980b) com dois experimentos
conduzidos em Cruz das Almas e Conceição de Maria-BA, em que o aumento da
densidade de plantio não influenciou no diâmetro do fruto. O diâmetro médio do
pedúnculo de 2,3364 cm difere da variação da faixa (2,7 a 2,9 cm) apud Manica
(2000). Pode-se deduzir que também uma relação entre o aumento do
diâmetro do pedúnculo com diâmetro do fruto, pois quanto maior o fruto maior
será o diâmetro do pedúnculo visto nesse trabalho.
4.3 Firmeza do fruto com e sem casca
Na Figura 6, verifica-se que ocorreu diminuição da firmeza dos frutos
com e sem casca quando houve aumento da lâmina de água de irrigação de 100
para 120 % da ETc. Havendo diminuição da firmeza do fruto, por ocasião do
transporte a granel, poderá ocorrer danos mecânicos, ocasionando, assim, uma
maior perda de frutos com prejuízo para a comercialização e industrialização.
Provavelmente devido a uma maior absorção de água pelos frutos em função da
maior quantidade reposta ao solo.
29
Lâminas de reposicão da ETc (%)
100 120
Firmeza do fruto (Kgf cm
-2
)
0
1
2
3
4
5
6
Fruto c/ casca
Fruto s/ casca
FIGURA 6 Firmeza média de frutos de abacaxi da cultivar Smooth Cayenne com
e sem casca em diferentes lâminas de reposições de evapotranspiração da
cultura. Uberaba, MG, 2006.
Na Tabela 1D, observa-se que não houve efeito significativo da
densidade de plantio para a firmeza do fruto com e sem casca como também
para a interação entre os efeitos de densidades e lâmina de água de reposicão da
ETc. Entretanto, observou-se a diferença significativa ao vel de 5% de
probabilidade para lâmina de água de irrigação isoladamente para firmeza do
fruto tanto com casca quanto para sem casca.
4.4 Rendimento de suco
Para a indústria de alimentos, um dos parâmetros importantes é o
rendimento de suco. Na Figura 7, observa-se que a medida em que aumenta a
densidade de plantio ocorre um decréscimo médio no rendimento de suco de
30
Densidade
31746 35714 40816 47719 57143 71429
Rendimento de suco (Kg)
0,0
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
y =1,079 - 0,000006 X R
2
= 97,66%
abacaxi resultando em torno de 24.44%. A diferença média da maior densidade
para a menor densidade, (31.746 e 71.429 planta ha
-1
). Esta diferença pode ser
atribuída à redução do peso médio e do diâmetro do fruto.
FIGURA 7 Rendimento de suco (kg) de fruto de abacaxi da cultivar Smooth Cayenne
para as diferentes densidades de plantio. Uberaba, MG, 2006.
Na Tabela 2D, o rendimento médio de suco (%), não diferiu
estatisticamente pelo teste de F (p < 0.05) para nenhum dos fatores estudados. A
média geral de 61,42% supera a faixa de variação de 49,1 a 56,0%, apud Manica
(2000) em abacaxi cultivar Smooth Cayenne e fica abaixo dos encontrados na
Paraíba, por Barreiro Neto et al. (1998), com valores médios de peso de suco
representando 73,12% do peso do fruto em abacaxi pérola.
Em geral, na Tabela 6, a maioria das densidades de plantio de abacaxi,
não houve uma redução média de rendimento de suco a medida em que se
aumentou a lâmina de água de irrigação de 100 para 120% da ETc, porém, na
densidade de plantio de 71.429 plantas ha
-1
houve uma redução no peso médio
de suco por fruto. Estes resultados diferem daqueles obtidos por Souto et al.
31
(1998) na área experimental da EPAMIG, em Jaíba (MG), com cultivar Pérola
na qual a aplicação de maiores lâminas de irrigação interferiu no peso médio do
fruto. Havendo redução no peso e diâmetro médio do fruto, também redução
no rendimento de suco e isto pode influenciar na comercialização do fruto.
TABELA 6 Rendimento médio de suco (kg) de frutos de abacaxi em cultivar
Smooth Cayenne em diferentes densidades e lâminas de reposição da
evapotranspiração da cultura.
Densidade (Plantas ha
-1
) Reposição
(%)
31.746 35.714 40.816 47.719 57.143 71.429
100
0,8970 a 0,8162 b 0,8475 a 0,8622 a 0,7882 a 0,7529 a
120
0,8911 a 0,9360 a 0,8568 a 0,8168 a 0,7252 a 0,5980 b
Teste de t (p < 0.05). Uberaba, MG, 2006.
A densidade de 35.714 planta ha
-1
apresentou um comportamento
diferente das demais, visto que houve um aumento no rendimento médio de suco
à medida que aumentou a lâmina de irrigação de 100 para 120 % de reposicão da
ETc.
Houve uma interação estatística entre os diferentes tratamentos
estudados no rendimento médio de suco e potencial Hidrogeniônico, constatado
na Tabela 2D.
Na Figura 8, observa-se -se uma queda mais acentuada no rendimento
médio de suco na medida em que aumentou a densidade de plantio, sendo que a
menor lâmina de água de irrigação da ETc, foi a que obteve menor perda o que
reflete a estreita relação entre lâminas de irrigação na produção. Maiores lâminas
de irrigação de reposições da ETc juntamente com densidades maiores, resultam
em perda no rendimento em Kg de suco por fruto em relação a menor lâmina de
reposição.
32
Densidade
31746 35714 40816 47719 57143 71429
Rendimento de suco (kg)
0,0
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
Lâmina 100 y = 0,9679 - 0,000003 X R
2
=70,47%
mina 120 y = 1,1915 -0,000008 X R
2
= 95,65%
FIGURA 8 Rendimento médio de suco (kg) de frutos de abacaxi da cultivar
Smooth Cayenne em diferentes densidades de plantio. Uberaba, MG, 2006.
4.5 Potencial hidrogeniônico
Pela Tabela 2D, pode-se observar que não houve influência no potencial
hidrogeniônico, a medida em que aumentou a densidade de plantio. Sendo que o
pH médio de 3,3388 é comparável com os obtidos por Manica (2000), Gaspareto
(2000) e ficando abaixo do pH 3,6 obtido por Medina (2001) e da faixa de pH
3,4 a 3,9 citado por Carvalho et al. (1998). Com relação à lâmina de água de
irrigação de reposicão da Etc, pode-se notar uma elevação média do pH de 3.32
para 3.37, respectivamente, a medida em que se aumentou a lâmina de irrigação
de 100 para 120%, (Figura 9).
33
Lâ m ina d e re p os ic ã o da E T c (% )
100 120
pH
0,0
3,0
3,2
3,4
100%
120%
FIGURA 9 Potencial hidrogeniônico de suco de abacaxi da cultivar Smooth Cayenne
em duas lâminas de reposição de evapotranspiração da cultura.
Uberaba, MG, 2006.
Essas pequenas variações podem ser atribuídas ao efeito tamponante
ocasionado pela presença simultânea de ácidos orgânicos e de seus sais, o que
faz com que alterações na ATT não afetem significativamente os valores de pH
(LEHNINGER, 1990). Em geral, na Tabela 7, a maioria das densidades de
plantio de abacaxi, não houve uma redução média do pH à medida em que se
aumentou a lâmina de água de irrigação de 100 para 120% da ETc, porém, na
densidade de plantio de 31.746 e 35.714 plantas ha
-1
houve uma redução no pH
médio do fruto na lâmina de reposição de 100%.
TABELA 7 pH médio de suco de abacaxi cultivar Smooth Cayenne em
diferentes densidades e laminas de reposição da evapotranspiração da
cultura.
Densidades (Plantas ha
-1
) Reposição
(%)
31.746 35.714 40.816 47.719 57.143 71.429
100
3,304 b 3,316 b 3,302 a 3,324 a 3,350 a 3,348 a
120
3,382 a 3,366 a 3,338 a 3,340 a 3,364 a 3,332 a
Teste t (p < 0,05). Uberaba, MG, 2006.
34
Vários fatores tornam importante a determinação do pH de um alimento,
tais com: influência na palatabilidade, desenvolvimento de microrganismos,
definição da temperatura do tratamento térmico a ser utilizada, indicação da
embalagem, seleção do tipo de material de limpeza e desinfecção, definição do
equipamento com qual a indústria vai trabalhar e seleção de aditivo.
4.6 SST, ATT, Relação SST/ATT, AA, DS e ST
Na análise de variância (Tabela 3D), observa-se que a densidade de
plantio não interferiu nos sólidos solúveis totais (SST). O valor médio de
14,06% para SST foi considerado satisfatório, pois está dentro da variação de
faixa 9,4 a 17,5
o
Brix, Medina (1987); 10,8 a 17,5%, Dull (1971); 13,31 a 18,84,
Manica (2000) e acima dos 12
o
Brix encontrado por Campos (1993). Este
resultado não difere daqueles obtidos por Selamat (1995), Reinhardt (1980b),
Choairy e Cunha (1980), Dalldorf (1978), Reinhardt e Sanches (1979), Ramires
e Gandia (1982) em Porto Rico e Mello et al (2004) com densidades variando de
31.250 a 55.555 plantas ha
-1
, no qual a densidade de plantio não causou
influência sobre a produção de sólidos solúveis totais e com o mesmo
comportamento para ácido ascórbico, mas diverge dos resultados obtidos por
Dodson (1968a) e We (1969) que descreveram diminuição no teor de sólidos
solúveis totais à medida que elevou a densidade de plantio. Este valor é
considerado adequado para atender os mercados interno e externo que preferem
frutos com teores maiores de açúcares. A importância da análise de sólidos
solúveis totais é enorme, pois auxilia no controle de qualidade do produto final.
Na análise de variância (Tabela 3D), observa-se que a densidade de
plantio não interferiu na acidez total titulável (ATT), o que não ocorreu para
lâmina de irrigação ao nível de 5% de probabilidade. O percentual médio da
35
acidez total titulável do fruto (Figura 10) elevou a medida em que aumentou a
lâmina de irrigação de reposicão da ETc.
Lâmina de reposição (ETc)
100 120
ATT (%)
0,0
0,8
0,9
1,0
100%
120%
FIGURA 10 Acidez total titulável de frutos de abacaxi da cultivar Smooth Cayenne em
diferentes lâminas de reposição da evapotranspiração da cultura.
Uberaba, MG, 2006.
Estes resultados assemelham aos apontados por Souto et al. (1998) em
estudo conduzido na área experimental da EPAMIG, em Jaíba-MG, no qual
mostra efeitos significativos de lâminas de irrigação para cultivar Pérola. Não
houve influência das densidades na acidez total titulável (Tabela 3D). Estes
resultados não diferem dos apresentados por Dodson (1980), Wee (1969),
Choairy e Cunha (1980) em estudo realizado na Paraíba, em condições de
manejo e ambientes (Tabuleiros Costeiros) semelhantes e Selamat (1995) na
Malásia, em que com o aumento da densidade de plantio, não foram observados
efeitos significativos nas características químicas do fruto, o que não foi
observado por Reinhardt e Sanches (1979). Entretanto, o resultado difere do
obtido por Kist et al (1991) em experimento conduzido no Centro de Pesquisa e
36
Extensão em Fruticultura Tropical (CEPEX) em Porto Lucena-RS, onde a
densidade maior de plantio apresentou maior acidez.
Na Figura 11, percebe-se que ocorreu um aumento na relação SST/ATT
a medida em que aumentou a lâmina de reposição de 100 para 120% da ETc.
Lâmina de reposição (ETc)
100 120
SST/ATT
0
10
12
14
16
18
100%
120%
FIGURA 11 Relação sólidos solúveis totais e acidez total titulável de fruto de abacaxi
da cultivar Smooth Cayenne sob duas lâmina reposição da ETc. Uberaba,
MG, 2006.
A relação SST/ATT da média geral de 15,8531 (Tabela 3D) está dentro
da faixa 13,18 a 48,7, apresentada por Manica (2000), o que não é alta para fins
industriais e consumo in-natura, pois o mercado prefere frutos com alto teor de
açúcares. Neste trabalho encontrou-se um bom equilíbrio entre açúcares e
ácidos.
O ratio, que é o balanço entre doçura e acidez do fruto, é caracterizado
pela relação SST/ATT que influencia no sabor dos frutos e também indica o
grau de maturação do fruto.
Observando os dados obtidos, verifica-se na Tabela 3D a não
significância para ácido ascórbico (AA), sólidos totais (ST) em todas as
37
densidades de plantio e lâminas de água pelo teste F(p < 0.05). Analisando o
valor médio de 11,8227 mg/100g do ácido ascórbico também foi satisfatório e
está dentro da variação de faixa 10 a 25 mg/100g de acordo com Dull (1971) e
abaixo dos 15 a 25 mg/100g citados por Manica (2000). O resultado para ácido
ascórbico contradiz ao obtido por Mustaffa (1988), no qual o teor foi maior em
frutos oriundos de altas densidades de plantio.
4.7 Mudas tipo filhote e rebentão
Para o número médio de mudas tipo filhote diminuiu à medida que
aumentou a densidade de plantio (Figura 12).
D e n s id ade
3 1 74 6 35 71 4 4 0 81 6 4 7 71 9 57 1 43 7 1 4 29
Número de mudas/plantas
0,0
1,0
1,5
2,0
F (U n id ) Y = 2 .2 6 08 - 0.0 0001 9 X R
2
= 97.8 3 %
FIGURA 12 Número de mudas tipo filhote de abacaxi da cultivar Smooth Cayenne nas
diferentes densidades de plantio. Uberaba, MG, 2006.
A mesma diminuição ocorreu quando o número médio de mudas do tipo
filhote foi avaliado em função da lâmina de reposicão da ETc ( Figura 13),
contrariando os valores obtidos por Souto et al. (1998), com cultivar pérola e
38
confere com o resultado obtido por Sampaio (1991), Giacomelli (1982), no qual
a densidade de plantio influencia no número de mudas, mas difere do resultado
obtido por Reinhardt (1980b) com dois experimentos conduzidos em Cruz das
Almas e Conceição de Maria-BA, onde a densidade de plantio o influenciou
sobre produção de mudas
Lâmina de Reposicão (ETc)
100 120
Número de mudas/planta
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
100%
120%
FIGURA 13 Número de filhotes de abacaxi da cultivar Smooth Cayenne em diferentes
lâminas de reposições de evapotranspiração da cultura. Uberaba, MG, 2006.
Observa-se na Tabela 4D, que ocorreu a não significância para mudas do
tipo rebentão em todas as densidades de plantio e lâminas de reposição da ETc
pelo teste F(p < 0.05), também foi contrário ao obtido por Souto et al. (1998),
cm relação ao aumento das lâminas de irrigação, trabalhando com a cultivar
“pérola”.
39
4.8 Rendimento total de frutos com e sem coroa
Na análise de variância (Tabela 4D) nota-se a não significância ao nível
5% de probabilidade pelo teste F da influência das lâminas de reposições da
ETc no rendimento total em toneladas dos frutos, mas com interferência da
densidade no rendimento.
Pela Figura 13, vê-se que houve um aumento no rendimento total em
toneladas por hectare dos frutos de abacaxi com e sem casca, à medida em que
se elevou a densidade de plantio.
Em geral, os resultados obtidos foram similares àqueles encontrados por
Souza et al. (1991), em estudo realizado no município de Coração de Maria-BA;
Selamat (1995) na Malásia, para cultivar Gandul; Giacomelli (1972), no estado
de São Paulo; Dallorf (1978) em East London e Bathurst; Mello et al. (2004),
com densidades variando de 31250 a 55555 plantas ha
-1
; Choairy e Cunha
(1980) em estudo realizado na Paraíba, em condições de manejo e ambientes
(Tabuleiros Costeiros) semelhantes; Ramirez e Gandia (1982) em Porto Rico;
Kist et al. (1991), experimento conduzido no Centro de Pesquisa e Extensão em
Fruticultura Tropical (CEPEX), em Porto Lucena-RS; Reinhardt (1980), com
dois experimentos conduzidos em Cruz das Almas e Conceição de Maria-BA,
em que o aumento da densidade promoveu maior rendimento por hectare. Com
relação às lâminas de reposições da ETc (Tabela 4D), não houve influência no
rendimento total de abacaxi, segundo o teste de F (p < 0,05).
40
Densidade
31746 35714 40816 47719 57143 71429
Rendimento (t)
0,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Com coroa y =19,8869 + 0,0010 X R
2
= 97,05%
Sem coroa y = 20,2082 + 0,00086 X R
2
= 96,04%
FIGURA 13 Rendimento total de frutos com e sem coroa de abacaxi da cultivar
Smooth Cayenne em diferentes densidades de plantio.
41
5 CONCLUSÕES
a) Lâmina de irrigação correspondentes a reposição de 120% da ETc,
proporcionou em média diminuição da firmeza do fruto, do diâmetro do
fruto e do número de mudas tipo filhote e a elevou a relação SST/ATT e
acidez total titulável;
b) A aplicação da lâmina de irrigação correspondente a maior
evapotranspiração da cultura (120%), não resultou em alterações no peso e
diâmetro médio do fruto, sólidos solúveis totais, sólidos totais, densidade e
rendimento de suco, ácido ascórbico, rendimento total dos frutos;
c) O uso de maiores densidades de plantio elevou a produção de frutos, reduziu
o peso e diâmetro médio do fruto e número de mudas do tipo filhote, porém
não influenciou na firmeza do fruto, ATT, SST, ST, relação SST/ATT, ácido
ascórbico e número de mudas tipo rebentão.
42
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2
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48
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1969.
49
ANEXOS
ANEXO A
Pg
FIGURA 1A Mudas tipo rebentão 51
FIGURA 2A Cura de mudas 51
FIGURA 3A Tratamento de muda 51
FIGURA 4 A Irrigação tipo aspersão convencional 51
FIGURA 5A Parcela com linhas duplas 51
FIGURA 6 A Operação de plantio 51
FIGURA 7 A Proteção dos frutos com jornal 52
FIGURA 8 A Tanque “Classe A” circundado por solo nu. 52
FIGURA 9 A Determinação de acidez total titulável 52
FIGURA 10 A Determinação de pH 52
FIGURA 11 A Despolpamento para determinação de rendimento de suco. 53
FIGURA 12 A Determinação de densidade do suco 53
FIGURA 13 A Contagem de mudas tipo filhote
53
ANEXO B
TABELA 1 B Manejo diário da reposição da evapotranspiração da cultura
do abacaxi no experimento.
54
TABELA 2 B Consumo total mensal de água e tempo de irrigação.
55
ANEXO C
FIGURA 1C Relação entre evaporação, transpiração e evapotranspiração
da cultura.
56
FIGURA 2 C Consumo de água no experimento nas reposições da
evapotranspiração da cultura de 100 e 120 %.
56
50
ANEXO D
Pg
TABELA 1D Resumo da análise de variância para características de peso
médio de fruto com e sem coroa (PMCC, PMSC), diâmetro
médio do fruto e do pedúnculo (DMF, DMP), firmeza do
fruto com e sem casca (FFCC, FFSC) de abacaxi cultivar
Smooth Cayenne em diferentes densidades de plantio e
lâminas de água de reposição da ETc.
57
TABELA 2D Resumo da análise de variância para características de
rendimento de suco em percentagem (RS %), rendimento
de suco em quilograma (RS kg), densidade de suco (DS),
potencial hidrogeniônico (pH) de abacaxi cultivar Smooth
Cayenne em diferentes densidades de plantio e lâminas de
água de reposição da ETc.
57
TABELA 3D Resumo da análise de variância para características de
sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT),
relação sólidos solúveis totais e acidez total titulável
(ASS/ATT), sólido totais (ST), ácido ascórbico (AA), de
abacaxi cultivar Smooth Cayenne em diferentes densidades
de plantio e lâminas de água de reposição da ETc.
58
TABELA 4D Resumo da análise de variância para características de
mudas tipo filhote (F), mudas tipo rebentão (R), rendimento
total com e sem coroa (RTCC, RTSC) de abacaxi cultivar
Smooth Cayenne em diferentes densidades de plantio e
lâminas de água de reposição da ETc.
58
51
Figuras 1A Mudas tipo rebentão Figura 2A Cura das mudas
Figura 3A Tratamento de mudas Figura 4A Irrigação tipo aspersão
Figura 5A Parcela com linhas duplas Figura 6A Operação de plantio
52
Figura 7A Proteção do fruto com Figura 8A Tanque “classe A” circundado
jornal por solo nu
Figura 9A Determinação da acidez Figura 10A Determinação do pH
total titulável
53
Figura 11A Despolpamento para determinação do rendimento de suco
Figura 12A Determinação de densidadade Figura 13A Contagem de mudas tipo
do suco filhote
54
Tabela 1B Manejo diário da lâmina de irrigação da reposição da ETc no experimento no mês de dezembro de 2004.
55
Tabela 2B Consumo de água e tempos de irrigação no experimento ao longo do ciclo.
56
0
50
100
150
200
250
300
350
400
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
Meses
Evaporação (mm) Prec.(mm) Evapotransp.(mm)
FIGURA 1C Relação entre evaporação, transpiração e evapotranspiração da cultura.
0
20
40
60
80
100
120
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
Meses
Reposição (100%) Reposição (120%)
FIGURA 2C Consumo mensal de água no experimento nas reposições da
evapotranspiração da cultura de 100 e 120 %.
Lâmina (mm)
Lâminas de reposição
57
TABELA 1 Resumo da análise de variância para características de peso médio de fruto
com e sem coroa (PMCC, PMSC), diâmetro médio do fruto e pedúnculo
(DMF, DMP), firmeza do fruto com e sem casca (FFCC, FFSC) de abacaxi
cultivar Smooth Cayenne em diferentes densidades de plantio e lâminas de
água de reposição da ETc.
Quadrado Médio
Fator de
Variação
GL
PMCC
(Kg)
PMSC
(Kg)
DMF
(cm)
DMP
(cm)
FFCC
(Kgf cm
-2
)
FFSC
(Kgf cm
-2
)
Bloco 8 0,0104 0,0124 0,0518 0,0187 3,6457 0,9171
Densidade 5 0,1385* 0,1429* 0,7868* 0,1586* 0,9366
NS
0,6153
NS
Lâmina 1 0,0142
NS
0,0169
NS
0,0002
NS
0,0847* 5,2392* 2,0075*
Dens.x Lâm.
5 0,0201
NS
0,0205
NS
0,1152
NS
0,0077
NS
0,9697
NS
0,3319
NS
Erro 40 0,0096 0,0113 0,0732 0,0129 1,1539 0,3685
Cv (%) 6,6000 0,0124 2,1800 4,8700 20,1200 19,1600
MédiaGeral: 1,4863 1,4290 12,4243 2,3364 5,3398 3,1679
Teste de F – NS e *; não significativo e significativo ao nível de 5%, respectivamente. Uberaba, NG, 2006.
TABELA 2 Resumo da análise de variância para características de rendimento de suco
em percentagem (RS %), rendimento de suco em quiligrama (kg),
densidade de suco (DS), potencial hidrogeniônico (pH) de abacaxi cultivar
Smooth Cayenne em diferentes densidades de plantio e lâminas de água de
reposição da ETc.
QM
Fator de Variação GL
RS
(%)
RS
(KG)
DS pH
Bloco 8 80,9594 0,0283 0,000036 0,0013
Densidade 5 26,0319
NS
0,0697* 0,000004
NS
0,0015 ns
Lâmina 1 4,6616
NS
0,0082
NS
0,0000004
NS
0,0132 *
Densidade x Lâmina 5 24,5443
NS
0,0206* 0,00001
NS
0,0026 *
Erro 40 19,7171 0,0073 0,00002 0,0010
Cv (%) 7,2300 10,4900 0,38 0,95
Média Geral: 61,4229 0,8157 1,05851 3,3388
-
Teste de F – NS e *; não significativo e significativo ao nível de 5%, respectivamente.Uberaba,MG, 2006.
58
TABELA 3 Resumo da análise de variância para características sólidos solúveis
totais (SST), acidez total titulável (ATT), relação sólidos solúveis totais e
acidez total titulável (SST/ATT), sólidos totais (ST), ácido ascórbico
(AA) de abacaxi cultivar Smooth Cayenne em diferentes densidades de
plantio e lâminas de reposição da ETC.
Quadrado Médio
H
Fator de
a
variação
GL
SST
(
o
Brix)
ATT
(%)
SST/ATT ST AA
(mg/100G)
Bloco 8 0,0282 0,0042 1,3534 0,5816 3,8175
Densidade 5
0,0063
NS
0,0085
NS
2,9853
NS
0,8969
NS
0,9612
NS
Lâmina 1 0,000002
NS
0,0212* 9,1602* 0,2351
NS
0,0127
NS
Dens. x Lâmina 5 0,0247
NS
0,0050
NS
1,7163
NS
0,7594
NS
0,3435
NS
Erro 40 0,0186 0,0045 1,5027 0,6382 0,6907
Cv (%) 0,9700 7,5300 7,7300 6,2000 7,0300
Média Geral: 14,0637 0,8921 15,8531 12,8886 11,8227
Teste de F – NS e *; não significativo e significativo ao nível de 5%, respectivamente. Uberaba,
TABELA 4 Resumo da análise de variância para características de densidade de polpa
(DP), filhote (F), rebentão (R), rendimento total com e sem casca (RTCC,
RTSC) de abacaxi cultivar Smooth Cayenne em diferentes densidades de
plantio e lâminas de água de reposição da ETC.
QM
Fator de Variação GL
F R RTCC
(t)
RTSC
(t)
Bloco 8 0,2491 0,0683 28,5290 37,4275
Densidade 5 0,8426* 0,0351
NS
2430,6052* 1719,3497*
Lâmina 1 1,1482* 0,0807
NS
76,2810
NS
92,9930
NS
Densidade x Lâmina 5
0,
0434
ns
0,0575
NS
53,1963
NS
66,6163
NS
Erro 40 0,1959 0,0609 27,0620 34,6666
Cv (%) 32,9900 20,8500 7,5300 9,6000
Média Geral: 1,3417 1,1833 69,0570 61,3458
-
Teste de F – NS e *; não significativo e significativo ao nível de 5%, respectivamente. Uberaba, MG, 2006.
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