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ANEXO 4 - TRANSCRIÇÕES DOS EVENTOS ANALISADOS:
EVENTO 1.7
TEMPO ENUNCIADOR
ENUNCIADO
33:45 JOSÉ A gente, a gente tem que pensar é (inaudível) que eu ouvi isso (inaudível) o que que os professores
devem passar para um aluno em sala de aula, o que que ele acha que vai ser importante para esse
aluno (inaudível) eu ouvi isso e até achei a palestra muito interessante (inaudível) o que que é
importante você ensinar, ééé como parte da educação ambiental você tem que ensinar ecologia, por
que que é importante? É pra você saber o que é legal e o que que não é legal pra você fazer no
ambiente em que você vive. Então tem tanta coisa legal pra gente partir tipo o que que vai ser
passado? É que justamente o que que tinha de errado acontecendo lá e que de repente, a gente passar
pra eles pra que isso não se repita, pra que as pessoas vejam que de repente aquele pequeno ato dela
possa se tornar uma coisa maior, depois (inaudível)/
JULIANA Acho que a gente partir, pra gente partir dessa história de o que que tava errado e o que vamos
depois fazer pra mudar a cultura a gente tem que pensar também em como, não só assim, no certo e
no errado, você não pode partir do princípio que sempre tem um ato errado que se não mudar pode
piorar a situação, de repente fazer, ééé, simplesmente fazer o funcionamento do, sei lá, entender o/
JOSÉ (inaudível) o que é legal e o que não é legal.
JULIANA Sim, sim, mas não necessariamente, o que eu quero dizer é não necessariamente a gente tem que
correr atrás de uma coisa errada pra mostrar pra eles olha isso aqui é o errado e isso aqui é o certo/
JOSÉ É porque a gente vai comparar (inaudível)
MARIA A gente tava né, agora, num congresso de educação ambiental lá no Hotel Glória sabe, e eu fiquei
pensando muito nisso, isso foi uma coisa assim que, eu fui muito pouco no congresso trabalhava em
outras coisas, isso foi acho que a maior contribuição que o congresso me trouxe assim, foi essa coisa
da educação ambiental tá meio na moda e tudo ser educação ambiental, se você falar pra alguém não
joga lixo no chão isso é educação ambiental, uma coisa que eles chamaram lá de armadilha
pragmática, ser uma coisa assim de ah, uma coisa que tá tão dentro que as pessoas não param mais
pra pensar sobre isso, sabe aquela história de vazio, ninguém sabe mais qual o sentido e qualquer
coisa virou isso, qualquer/
LUIZA Um bom exemplo disso que até me falaram lá no congresso é o seguinte, é a história das latinhas nas
escolas que aí você faz a campanha de reciclagem como educação ambiental, então no final o que
você tem é um consumo muito maior de latinhas porque todas as crianças tomam muito mais
refrigerante pra conseguir trocar as latinhas pelo computador da campanha então assim, você não tá
tocando no paradigma do problema que é o consumo, você ta dentro do próprio sistema neoliberal
consumista arrumando uma (inaudível)
MARIA
Ainda tá estimulando
LUIZA e chamando de educação ambiental. Então assim essa (inaudível) de em vez de discutir a raiz do
problema dos paradigmas em si você tá se mantendo dentro do paradigma, só institucionalmente
(inaudível)
JULIANA
Você não tá conscientizando as crianças
MARIA Em vez de tentar mudar a visão de mundo, a concepção, por que educação ambiental é uma coisa
muito ampla, se a gente pensar o sistema que a gente vive não permite a gente tentar e sim querer
consumir cada vez mais, criar uma desigualdade, esse sistema vive a partir da desigualdade social
tem gente que vai consumir cada vez mais tem gente que vai consumir cada vez menos daí isso é
assim que esse sistema vive. Isso é inconcebível com a sustentabilidade, então seria uma coisa de
transformar totalmente tudo que tá desse jeito, sabe, até totalmente a visão de mundo, essa
concepção de querer consumir cada vez mais, essa concepção de, sabe, de ser totalmente
individualista, então seria uma coisa muito mais ampla, então/
LUIZA É muito mais profundo
37:12 MARIA É muito mais profundo, sabe, é você vê como é que a gente pode, a gente pode chegar e falar ah o
mangue tá sujo, ah agora agente quer fazer uma mangue limpo por que vai ser mais bonito
, vale
mais a pena a gente/
JULIANA Uhum, fazer essa comparação
JOSÈ É, é, isso que eu falei, um lance meio até simplista, concordo, assim é bem simplista, mas/
LUIZA Mas tem que tomar cuidado com esse, é com (inaudível) /
DÉIA Deixa eu só, eu só vô, eu só vô colocar um pouquinho, três frasezinhas que tão relacionadas com a
concepção inicial, né, quer dizer com aquela aula introdutória do Reinaldo que (inaudível) que ele
fala sobre a educação ambiental mas assim é, tem uma pretensão inicial que aí sim é pra vocês