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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
MESTRADO EM AGRONOMIA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE BANANEIRA (Musa sp. AAB) EM
FUNÇÃO DA PODA E DOSES DE NITROGÊNIO E BORO
JOSÉ PIRES RIBEIRO NÓBREGA
AREIA – PARAÍBA
2006
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
MESTRADO EM AGRONOMIA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE BANANEIRA (Musa sp. AAB) EM
FUNÇÃO DA PODA E DOSES DE NITROGÊNIO E BORO
JOSÉ PIRES RIBEIRO NÓBREGA
AREIA – PARAÍBA
2006
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JOSÉ PIRES RIBEIRO NÓBREGA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE BANANEIRA (Musa sp. AAB) EM
FUNÇÃO DA PODA E DOSES DE NITROGÊNIO E BORO
Dissertação apresentada ao Centro de
Ciências Agrárias, Universidade Federal
da Paraíba, como requisito parcial para
a obtenção do título de Mestre em
Agronomia, área de concentração
Agricultura Tropical.
Orientador: Prof. Dr. Walter Esfrain Pereira
Co-orientador: Prof. Dr. Roberto Wagner Cavalcante Raposo
AREIA - PARAÍBA
2006
N 754p Nóbrega, José Pires Ribeiro.
Produção de mudas de bananeira (Musa sp. AAB) em função da poda e doses de
nitrogênio e boro / José Pires Ribeiro Nóbrega. – 2006.
98 f.: il.; 30 cm.
Dissertação (Mestrado em Agronomia)- Centro de Ciências Agrárias, Universidade
Federal da Paraíba, Areia – PB, 2006.
Bibliografia: f. 71-90.
Orientador: Walter Esfrain Pereira.
Co-orientador: Roberto Wagner Raposo Cavalcante.
1. Bananeira – mudas. 2. Bananeira - crescimento. 3. Bananeira - nutrição. 1. Título.
Palavras-chave: Banana Pacovan
Mudas
Poda
Nitrogênio
Boro
CDU: 634.773
JOSÉ PIRES RIBEIRO NÓBREGA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE BANANEIRA (Musa sp. AAB) EM
FUNÇÃO DA PODA E DOSES DE NITROGÊNIO E BORO
Dissertação aprovada em 29 de maio de 2006
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Prof. Dr. Walter Esfrain Pereira
Orientador
______________________________________
Prof. Dr. Roberto Wagner Cavalcante Raposo
Co-orientador
______________________________________
Prof. Dr. Francisco Assis de Oliveira
Examinador
______________________________________
Profa. Dra. Raunira da Costa Araújo
Examinadora
AREIA – PARAÍBA
2006
À minha esposa:
Maria Aleuda de Oliveira Nóbrega;
Aos meus pais:
Lourival Ribeiro da Nóbrega, “in memorian” e
Maria do Céu Pires Ribeiro;
Aos meus avós paternos, “in memorian”:
Joaquim Ribeiro Dias e Severina Nóbrega da
Silva;
Aos meus avós maternos, “in memorian”:
Bianor Pires e Epifânia Dantas Sobral Pires;
Aos meus afilhados e afilhadas
Ofereço.
ii
AGRADECIMENTOS
Fim de uma etapa vencida. Dedicação, determinação, dias e noites a fio.
Hoje, sensação de um dever cumprido, realização de um desejo. Trabalho realizado,
produto final: uma dissertação.
Uma dissertação não é só um produto final de uma ação individual de um
pesquisador. É trabalho coletivo, construção partilhada entre diversas pessoas que
contribuíram de forma direta e indireta para a sua elaboração e que prefiro chamá-
los de co-autores.
Fatigado, cansado pela intensa dedicação, com risco de esquecer alguém,
peço minhas desculpas, mas mesmo correndo esse risco, gostaria de agradecer:
A DEUS, pela vida e por tudo;
À Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em especial ao Centro de
Ciências Agrárias (CCA), pela oportunidade e realização do Curso de Pós-
Graduação em Agronomia;
Ao Centro de Formação de Tecnólogos (CFT) e Colégio Agrícola Vidal de
Negreiros (CAVN) da UFPB, pelo apoio e condições favoráveis que proporcionaram
a minha participação como estudante de Pós-Graduação e ,conseqüente, realização
deste trabalho;
Ao Professor Dr. Walter Esfrain Pereira, meus sinceros agradecimentos
pela excelente e valiosa orientação, estímulo, fidalguia e dedicação;
Ao Professor Dr. Roberto Wagner Cavalcante Raposo pela valiosa co-
orientação, estímulo e compreensão;
Aos Diretores do CFT e CAVN da Universidade Federal da Paraíba,
Professores Antônio Eustáquio R. Travassos e Genival Alves de Azeredo, pelo
irrestrito apoio, estímulo e consideração;
Aos meus Professores dos Programas de Pós-Graduação em Agronomia
e Manejo e Conservação do Solo e Água do CCA/UFPB, pelos inestimáveis
ensinamentos, incentivo e dedicação ao ensino e à pesquisa. São eles: Ademar
iii
Pereira de Oliveira, Walter Esfrain Pereira, Roberto Wagner Cavalcante Raposo,
Francisco Assis de Oliveira, Ítalo de Sousa Aquino, Jacinto de Luna Freire, Napoleão
Esberard de Macedo Beltrão, Antônio Lucineudo Freire, Luciana Cordeiro e Julita M.
F. C. Carvalho;
Aos caros colegas e contemporâneos de Pós-Graduação, em especial a
Severino do Ramo (Professor Raminho), João Filinto dos Santos, Noelma Miranda
de Brito, Harlan Fonseca, Ailton Melo de Moraes, Carlos Henrique de Brito, Maria
Elessandra, Luciene Arruda, Mônica Porto, Cynthia M. de Lyra, Valéria Ribeiro,
Gibran Alves, Maurício Melo, Carlos Ganthus, Ovídio Dantas Júnior, Valdemir de
Lima, João Damasceno, Mácio Farias, Aldeni Barbosa, Hélio Beretta; George
Ribeiro, Felipe, Cícero e Hipólito;
Aos Professores Dr. Francisco Assis de Oliveira (Departamento de Solos
do CCA/UFPB) e Dra. Raunira da Costa Araújo (Departamento de Agropecuária do
CFT/UFPB), que tão gentilmente aceitaram o convite para participarem da nossa
Banca Examinadora, abrilhantando-a com valiosas e lúcidas sugestões;
Aos Professores do CCA/UFPB, que muito me incentivaram: Ademar
Pereira de Oliveira, Leila Rocha Sarmento Coelho, Silvanda de Melo e Silva, Djail
Santos, Adailson Pereira, Lourival F. Cavalcante, Rejane Nunes, José Ferreira C.
Filho, Ivandro de França, Mauro Nóbrega, Antônio O. Galvão e Leonaldo Andrade;
Ao ex-Coordenador e à atual Coordenadora do Programa de Pós-
Graduação em Agronomia do CCA/UFPB, Professores Dr. Genildo Bandeira Bruno,
in Memorian”, e Dra. Riselane de Lucena Alcântara B. Bruno, pela distinta atenção e
dedicação;
À Secretária do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Cícera
Eliane de Araújo, que sempre presente, dedicada e prestativa, muito colaborou;
À Secretária do Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação
do Solo e Água, Cláudia Oliveira, pela distinta atenção;
Aos funcionários do Programa de Pós-Graduação em Agronomia e do
Departamento de Fitotecnia do CCA, pelos bons préstimos e dedicação, em especial
a José R. D. Filho (Seu Zezinho), Severino J. Numeriano (Nino) e Solon;
iv
Aos Técnicos e funcionários do Laboratório de Solos e Laboratório de
Análises de Plantas e Tecidos Vegetais do CCA/UFPB, pelo apoio e valioso auxílio
nas análises. São eles: Maria Cristina Pereira, Ednaldo Jerônimo, Gilson Batista,
Montesquieu, Sebastião de S. Primeiro (Seu Castor) e o Engenheiro Agrônomo José
do Patrocínio Alves;
À estudante de Pós-graduação e estagiária dos Laboratórios de Solos e
de Análises de Plantas e Tecidos Vegetais do CCA/UFPB, Selma Feitosa, que
gentilmente me auxiliou nas análises;
Aos funcionários da Biblioteca Setorial do CCA, pela distinta atenção e
dedicação: Elisabete Sirino da Silva e Márcia Maria Marques (Bibliotecárias); João
Pequeno de Souza, Heronides Elias da Silva, Paulo Gomes da Silva, Gentil Dias,
Admilson Gomes, Maria das Mercês B. Santos, Maria das Vitórias F. Lima, Maria
Isabel O. Silva, Jorge Luiz e Pedro Raimundo Ribeiro;
Aos funcionários da Estação Agrometeorológica do CCA, Senhores Lula e
Benedito, pela presteza e colaboração no fornecimento de dados climatológicos;
Aos funcionários do Departamento de Ciências Fundamentais do CCA, em
especial a Antônia Barbosa (Dona Toinha), “Pequeno”, “Seu” Antônio e Eduardo;
Aos funcionários do Setor de Olericultura do CCA, Genival Gomes, José
Barbosa, Francisco de Castro e Francisco S. Nascimento;
Ao proprietário e funcionários do Setor de Reprografia do CCA, em
especial a Paulo Ricardo, Carlos Alberto e André Ribeiro, pela distinta atenção e
colaboração;
Aos funcionários da Casa de Hóspedes do CCA, em especial à Raimunda
Félix, Saulo Alves, Marielza Rodrigues, Maria Cícera Souza e Nazareno Vieira;
Aos Professores do CFT-CAVN/UFPB, que sempre me incentivaram:
Arinaldo Frazão, Silvestre Fernández Vásques, José Humberto Vilar, Gerson
Azeredo Alves, Marcos Barros de Medeiros, Otávio do Carmo de Oliveira Neto, Ítalo
de Sousa Aquino, João Argenaldo, Raunira da Costa Araújo, Ana Cláudia
Rodrigues, Terezinha Domiciano, Edson Cavalcanti da Silva, Marcelo Ribeiro,
Chateaubriand Pinto Bandeira, Cléber Brito, José Iran Costa, José Eduardo
v
Espínola, Alcides Marcelino, Roberto Germano, Laésio Martins, Elenice Duarte e
Inaldo dos Anjos;
Ao chefe do Setor de Agricultura do CFT/UFPB, Prof. Ivan Teixeira Maia,
pelo irrestrito apoio e colaboração;
Aos funcionários do Setor de Agricultura do CFT/UFPB – Bananeiras, pela
colaboração. São êles: Raimundo Nonato da S. Barbosa, Eliab Pessoa, Maria Lúcia
da Silva e Thatiana M. B. Silva;
Aos incansáveis trabalhadores rurais, pela inestimável colaboração nos
trabalhos de implantação e tratos culturais da cultura estudada, em especial a
Compadre Plácido Pereira da Silva, João Batista Alves da Silva (Jotinha), Adauto
Rodrigues (Operador de máquinas), José Vanderley L. Silva (Peba), José Carlos
Duarte (Xiola), Elício Borges, Antônio Eugênio Pereira, Marcosuel Bruno Neves,
Carlos Antônio Magari, Edmilson Pereira, Ginaldo Pereira, João Ribeiro (Seu Doca),
Jurandir de Dito, “Menininho”, Zé Carlos e Marciano;
Ao Técnico do Laboratório de Análises de alimentos do CFT/UFPB,
Jerônimo Galdino dos Santos e ao Sr. José Paulo Alves da Silva, pelo apoio e
valioso auxílio nas análises ali realizadas;
Ao funcionário do Setor de Avicultura do CFT/UFPB, Fabiano Dantas;
Aos funcionários da Biblioteca Setorial do CFT/UFPB – Bananeiras, pela
distinta atenção e colaboração: Maria do Socorro Azevedo Fernández Vásques e
Geisa Câmara (Bibliotecárias), Maria do Socorro Silva, Francisco França do Amaral,
“in memorian”; Celso Cosmo, Luiz Cavalcante, Rubens Souza e “Novato”;
Aos funcionários do CFT/CAVN – UFPB, pela colaboração e presteza, em
especial à Cláudia de Lima Silva (Secretária da Direção do CFT), Maria de Fátima
Aragão (Secretária do CAVN), Maria do Socorro Dantas Germano (Secretária do
DAP); Maria José Cirne, Edjane Maria G. Rocha, Liliane Farias R. Guimarães,
Francisco Edvaldo C. Silva (Manga), Mário Cardoso de Moura, José Miguel Luciano,
Tadeu Amaro, Edson Lindolfo e aos eletricistas Delsinho e Djalma;
Aos vigilantes do CFT/UFPB e da Empresa de Vigilância Elforte, pelo
inestimável apoio e constante colaboração, em especial a Antônio Soares (Antônio
vi
de Lero), Luiz Moreira da Silva, Francisco Enéas da Silva, José de Arimatéia
(Mateinha), Daniel Pereira, Josimilson G. do Nascimento (Dorge), Francisco A. Leal,
Manoel Pedro, Alexandre Belarmino de Souza, José Humberto de Oliveira (Maestro
Humberto), Rafael Euriques de Vasconcelos, Edvaldo Luciano (Vavá), Ronilson
Batista Fontes, João Batista Estanislau, Glaucus Varagnat, Fernando Luiz da Silva,
Gerson Euriques, Joseilton Martins, André Mendes e Anísio;
Aos estudantes do CFT/CAVN – UFPB, pela colaboração, em especial a
Valdimar Emídio de Jesus e Edna Alencar (Administração de Empresas); Valério
Damásio (Licenciatura em Ciências Agrícolas); Antoniel Tertuliano (Toninho)
(Técnico em Agroindústria); Christiane Marques, Joseilton de Macena, Roberto
Santos Moura, Manoel Ferreira e José Genuíno de M. Nóbrega (Técnico em
Agropecuária);
Pela colaboração e presteza, agradeço à Maria Helena, Francisco Edvaldo
S. Sousa (Felipe), José Jordão Filho, Alberto de Giane, Dé da oficina, Edílson de
Sousa, Moisés Alves (“irmão” Moisés), Manoel Bananeiras do Tabuleiro (CCA),
Aleksandro Marques, Diniz, Novinho, Antônio Cobrinha, Everaldo, Evandro, Dino,
Lucélio Barros, Paulo da cantina (SINTESPB /CCA), Ricardo da New Editoração,
Francisco, Romário, Sylas, Ísis e Júnior;
Aos funcionários da Emepa – PB, Engenheiros Agrônomos Edson Batista
Lopes e Élson Soares dos Santos, pela inestimável colaboração e presteza; e à Sra.
Maria da Conceição, pela distinta atenção;
À funcionária da EMATER de Solânea – PB, Maria das Neves M. Carvalho
(Mara), pela presteza e colaboração no fornecimento de dados climatológicos;
Aos caríssimos amigos, pelo apoio e colaboração, em especial a Plácido
Cunegundes e Jandira Cirne Cunegundes, Chagas Sarmento e Zelita Nóbrega
Sarmento, João Batista de Medeiros e Alzira Cunegundes de Medeiros (Tatiana),
Plácido Pereira da Silva e Maria do Socorro Lima (Mariinha) (meus compadres),
Braz Torres e Terezinha Flor Dantas (meus compadres), Luciano Renê Sarmento
Coelho, Lara Maria Sarmento Coelho, Professor Severino do Ramo (Raminho),
Professores Francisco Xavier Pereira e Rosilene Pereira, Leão Carlos Moreira, Maria
de Fátima Moreira; Videlma Moreira, Dr. Airton Gonçalves de Abrantes, João
vii
Pinheiro Sobrinho, Professores Gilvando Cavalcante e Magna de F. Ribeiro
Cavalcante, Professores Josemar Batista de Sena e Maria Goreth D. Guerra Batista,
Jackson Tiago de Sousa, Damiana Tertuliano, Jackeline Tertuliano, Mariza Sousa,
Marcílio Ramalho e Professora
Marizelha P. Vieira, Evanilson Nunes, Naldo e Rosani
Lourenço dos Santos, Vitória Nunes, Emanuelle Azeredo, Tiago Azeredo, Fabiano
Azeredo, Luanna Ramalho, Pollyanna Ramalho, Professora Socorro Melo, Mary de
Fátima, Livramento de Araújo (nena), José M. Porto e Rita de Cássia Porto, Genilson
Azeredo e Lúcia Azeredo, Herculano Neto, Dyana Ramalho e Wagner H. Leite;
Às pessoas de minha família, pelo inestimável apoio e estímulo, em
especial aos meus tios: Antônio M. da Nóbrega (Tozinho) e Valdelice Ribeiro da
Nóbrega, Irismar Ribeiro de Sousa (tia Dé), Luiz Ribeiro da Nóbrega; à minha sogra
Maria Fernandes de Santana; aos meus cunhados: comadre Lenira de Oliveira Pires
e compadre Airton Pires de Sousa, Sônia Fernandes e Agamenon Fernandes; ao
meu Sobrinho Surrelyson P. Oliveira; aos meus primos: Rosângela Moreira Ribeiro e
João Jácome de Araújo Filho, Padre Alberto Antônio Moreira, Antônio Batista
Ribeiro, Normando Nóbrega da Silva, comadre Derivan Ribeiro Jerônimo e
compadre Adriano Jerônimo Dias;
Aos meus afilhados, pela colaboração: Laisson Lourenço Sarmento
Coelho, Victor de Saulo Dantas Torres; Max Mason Ribeiro Fernandes, Felipe
Fernandes Moreira, Tamires de Albuquerque Oliveira e Diana Trindade;
Agradeço também de uma maneira toda especial, em sinal do meu
reconhecimento, a algumas pessoas que colaboraram mais diretamente e muito me
incentivaram, sem as quais certamente este trabalho não teria sido concretizado.
São elas os queridos amigos: Maria Aleuda de Oliveira Nóbrega, minha esposa;
João Batista Alves da Silva (Jotinha); Walter Esfrain Pereira; Genival Alves de
Azeredo; Derivanyr Ribeiro de Sousa, minha prima; José Alberto Santos e Rosa
Guedes de Medeiros Santos, meus compadres; Luciano Lourenço Coelho e Leila
Rocha Sarmento Coelho, meus compadres.
viii
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS .................................................................................................x
LISTA DE QUADROS................................................................................................xi
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................xii
RESUMO .................................................................................................................xiv
ABSTRACT ..............................................................................................................xv
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................1
2 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................3
2.1 A cultura da bananeira (Musa spp.)...................................................................3
2.1.1 Origem e distribuição geográfica ...................................................................3
2.1.2 Botânica e morfologia......................................................................................3
2.1.3 Exigências edafoclimáticas.............................................................................5
2.1.3.1 Condições edáficas.......................................................................................5
2.1.3.2 Condições climáticas....................................................................................6
2.1.3.2.1 Temperatura................................................................................................6
2.1.3.2.2 Precipitação pluvial....................................................................................6
2.1.4 Métodos de propagação da bananeira. ..........................................................7
2.1.4.1 Propagação sexuada.....................................................................................7
2.1.4.2 Propagação vegetativa .................................................................................7
2.1.4.2.1 Propagação convencional .........................................................................8
2.1.4.2.2 Fracionamento do rizoma..........................................................................9
2.1.4.2.3 Propagação in vitro ..................................................................................10
2.1.4.2.4 Propagação rápida in vivo ou ferimento de gemas...............................12
2.1.5 Qualidade das mudas ....................................................................................15
2.1.6 Dominância apical..........................................................................................16
2.1.7 Nutrição mineral, N e B .................................................................................18
2.1.7.1 Interação entre nutrientes. .........................................................................18
2.1.7.2 Marcha de absorção....................................................................................18
2.1.7.3 Diagnose foliar ............................................................................................19
2.1.7.3.1 Procedimentos de amostragem ..............................................................20
2.1.7.3.2 Interpretação dos resultados ..................................................................20
2.1.7.4 Nitrogênio ....................................................................................................22
ix
2.1.7.5 Boro..............................................................................................................24
3 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................27
3.1 Localização do experimento ............................................................................27
3.2 Características do clima ...................................................................................27
3.3 Características do solo.....................................................................................28
3.4 Origem e aclimatização das mudas.................................................................30
3.4.1 Origem.............................................................................................................30
3.4.2 Aclimatização .................................................................................................30
3.5 Delineamento experimental..............................................................................31
3.6 Implantação do experimento e manejo da cultura no campo .......................32
3.6.1 Preparo do solo e adubações .......................................................................32
3.6.2 Plantio e tratos culturais................................................................................34
3.7 Adubações aplicadas e poda ...........................................................................35
3.7.1 Adubações .....................................................................................................35
3.7.2 Poda.................................................................................................................37
3.8 Coleta dos perfilhos ou rebentos ....................................................................38
3.9 Características avaliadas..................................................................................38
3.9.1 Características vegetativas ...........................................................................38
3.9.2 Determinação de clorofila e teores foliares de nutrientes..........................39
3.10 Análise estatística ...........................................................................................40
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................42
4.1 Número de Perfilhos .........................................................................................42
4.2 Altura do Pseudocaule dos perfilhos ..............................................................46
4.3 Diâmetro do Rizoma dos perfilhos ..................................................................49
4.4 Peso da Matéria Seca Foliar dos perfilhos......................................................52
4.5 Clorofila total .....................................................................................................55
4.6 Nutrientes...........................................................................................................58
4.6.1 Macronutrientes .............................................................................................58
4.6.2 Boro.................................................................................................................64
5 CONCLUSÕES......................................................................................................70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................71
ANEXOS ...................................................................................................................91
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Características climáticas do período de aclimatização das mudas
(abril a 28 de junho/2005) e do período experimental (29 de
junho/2005 a 13 de fevereiro/2006).......................................................28
Tabela 2.Características químicas do solo da área experimental, nas
profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm .......................................29
Tabela 3. Teores de micronutrientes do solo da área experimental, nas
profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm........................................29
Tabela 4.Características físicas do solo da área experimental, nas
profundidadesde 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm.........................................30
Tabela 5. Cronograma das atividades relativas às adubações aplicadas, poda
do pseudocaule com eliminação da gema apical do rizoma e coleta
de perfilhos para análises e avaliações.................................................37
Tabela 6. Média dos teores de macronutrientes na matéria seca foliar (MSF) de
perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’, em função dos
tratamentos............................................................................................59
Tabela 7. Médias dos teores de boro na matéria seca foliar (MSF) de perfilhos
de plantas da bananeira ‘Pacovan', com e sem poda, por
tratamentos............................................................................................65
xi
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Níveis e doses de Nitrogênio (N) e de Boro (B) combinados de acordo
com a matriz experimental Composto Central de Box...........................32
Quadro 2.Características químicas do esterco bovino aplicado na adubação de
fundação da bananeira...........................................................................34
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Número de perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’, com e sem
poda, em três períodos pós-plantio..........................................................42
Figura 2. Efeito de doses de nitrogênio sobre o número de perfilhos de plantas
da bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 201 dias após o plantio.............44
Figura 3. Efeito de doses de boro sobre o número de perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 229 dias após o plantio..................46
Figura 4. Altura do pseudocaule de perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’,
com e sem poda, em três períodos pós-plantio .......................................47
Figura 5. Efeito de doses de boro sobre a altura do pseudocaule de perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’, sem poda, aos 229 dias após plantio ...48
Figura 6. Efeito de doses de boro sobre a altura do pseudocaule de perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 201 dias após o
plantio.......................................................................................................49
Figura 7. Diâmetro do rizoma de perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’,
com e sem poda, em três períodos pós-plantio .......................................50
Figura 8. Efeito de doses de nitrogênio sobre o diâmetro do rizoma dos perfilhos
de plantas da bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 201 dias após o
plantio.......................................................................................................51
Figura 9. Efeito de doses de boro sobre o diâmetro do rizoma dos perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 201 dias após o
plantio.......................................................................................................52
Figura 10. Peso da matéria seca foliar (MSF) dos perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, com e sem poda, em três períodos pós-plantio ..53
xiii
Figura 11. Efeito de doses de nitrogênio sobre a matéria seca foliar (MSF) dos
perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 173 dias
após o plantio ........................................................................................54
Figura 12. Efeito de doses de boro sobre a matéria seca foliar (MSF) dos
perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 201 dias
após o plantio ........................................................................................54
Figura 13. Teor de clorofila total foliar de perfilhos de plantas da bananeira
‘Pacovan’, em função dos tratamentos com e sem poda, aos 229
dias após o plantio.................................................................................56
Figura 14. Teor de clorofila total foliar de perfilhos de plantas da bananeira
‘Pacovan’, com e sem poda, em dois períodos pós-plantio...................57
Figura 15. Efeito de doses de boro sobre o teor de clorofila total foliar de
perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 229 dias
após o plantio .........................................................................................58
Figura 16.Teor foliar de potássio em perfilhos de plantas da bananeira
‘Pacovan’, sem poda, em função das doses de N.................................62
Figura 17. Teor foliar de boro em perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’,
sem poda, em função das doses de B...................................................66
xiv
PRODUÇÃO DE MUDAS DE BANANEIRA (Musa sp. AAB) EM FUNÇÃO DA
PODA E DOSES DE NITROGÊNIO E BORO. NÓBREGA, José Pires Ribeiro.
Dissertação (Mestrado em Agronomia. Área de concentração: Agricultura Tropical)-
CCA, UFPB, Areia – PB, 2006.
RESUMO
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de banana (Musa spp.), sendo a região
Nordeste a maior produtora. Entretanto, a expansão da bananicultura encontra uma
série de entraves, dentre os quais a falta de mudas em quantidade e qualidade,
necessárias para implantação de novos bananais. Objetivou-se avaliar a influência
da poda no pseudocaule com eliminação da gema apical do rizoma e doses de
nitrogênio e boro, sobre a produção, crescimento e nutrição mineral de mudas de
bananeira (Musa sp. AAB). O experimento foi instalado em um Latossolo Amarelo de
textura média, no município de Bananeiras - PB. O delineamento foi em blocos
casualizados, com quatro blocos e nove plantas matrizes (originadas de cultura de
tecidos) por parcela, sendo duas plantas úteis. Os fatores avaliados foram doses de
N (0 a 240 g planta
-1
) e de B (0 a 2,2 g planta
-1
) combinados de acordo com a matriz
experimental Composto Central de Box, originando nove combinações, as quais
foram combinadas fatorialmente com poda e sem poda no pseudocaule da planta
matriz. Após calagem e adubação de fundação, fez-se o plantio nos espaçamentos
para viveiro, 1,5 x 1,5 m, e covas com 0,40 x 0,40 x 0,40 m. As doses de N e de B
foram parceladas em quatro e duas vezes, respectivamente. A poda com a
eliminação da gema apical do rizoma foram executadas aos 151 dias após o plantio.
As avaliações foram feitas aos 145, 173, 201 e 229 dias após o plantio. Foram
avaliadas, nos perfilhos coletados, as seguintes características: número de perfilhos;
altura do pseudocaule; diâmetro do rizoma; massa da matéria seca foliar; e teores
foliares de clorofila, N, P, K, Ca, Mg e B. Os dados obtidos foram submetidos à
análise de variância e de regressão. A poda do pseudocaule da planta principal, com
a eliminação da gema apical do rizoma promoveu aumento do número de perfilhos,
com maior crescimento, exceto do diâmetro do rizoma o qual diminuiu. Os teores
foliares de clorofila total e de B também foram diminuídos, nos perfilhos das
bananeiras podadas. O aumento das doses de N, nas plantas com poda no
pseudocaule, aumentou o número e a massa da matéria seca foliar e diminuiu o
diâmetro do rizoma dos perfilhos. Nas folhas dos perfilhos das plantas sem poda,
diminuiu o teor de K. O incremento das doses de B, nas plantas não podadas,
aumentou a altura do pseudocaule dos perfilhos. Nas plantas com poda, diminuiu o
número de perfilhos os quais apresentaram menor crescimento. Por outro lado,
aumentou o teor foliar de clorofila total. Para a produção de mudas da bananeira
Pacovan’, recomenda-se a poda do pseudocaule da planta principal, com a
eliminação da gema apical do rizoma e a aplicação do N.
xv
PRODUCTION OF SUCKERS OF BANANA (Musa sp. AAB) IN FUNCTION OF
THE PRUNING AND DOSES OF NITROGEN AND BORON. NÓBREGA, José Pires
Ribeiro. Dissertation (Master's degree in Agronomy. Concentration area: Tropical
agriculture)- CCA, UFPB, Areia – PB, 2006.
ABSTRACT
Brazil is the second world producing largest of banana (Musa spp.), being the
Northeast region the largest producer. However, the expansion of the banana culture
finds a series of difficulty, among the ones which the lack of suckers in amount and
quality, necessary for implantation of new banana plantations. It was aimed at to
evaluate the influence of the pruning in the pseudostem with elimination of the
meristem apical of the rhizome and doses of nitrogen and boron, about the
production, growth and mineral nurition of banana (Musa sp. AAB) suckers. The
experiment was installed in a Yellow Latossolum of medium texture, in Bananeiras -
City (PB). The delineation was in randomized blocks, with four blocks and nine
mother plants (original of tissue culture) for portion, being two useful plants. The
valued factors were doses of N and of B combined in agreement with the
experimental matrix ‘Composto Central of Box’, originating nine combinations, which
were combined factorially with pruning and without pruning in the pseudostem of the
mother plant. After foundation manuring, it was made the planting in the spacings for
nursery, 1,5 x 1,5 m, and holes with 0,40 x 0,40 x 0,40 m. The doses of N (0 a 240 g
plant
-1
) and of B (0 a 2,2 g plant
-1
) were parceled out in four and twice, respectively.
The pruning with elimination of the meristem apical of the rhizome it was executed to
the 151 days after the planting. The evaluations were made to the 145; 173; 201; and
229 days. It was evaluated, in the collected perfilhos, the following characteristics:
perfilhos number; height of the pseudostem; diameter of the rhizome; mass of the dry
matter of the leaves; and chlorophyll contents, N, P, K, Ca, Mg and B. The data were
submitted the variance analysis and of regression. The pruning in the pseudostem of
the mother plant with elimination of the meristem apical of the rhizome propitiated
increase of the perfilhos number, with larger growth, except of the diameter of the
rhizome which it reduced. The contents of total chlorophyll and B also were reduced.
The increase of the doses of N, in the banana plants with pruning in the pseudostem,
increased the perfilhos number and the mass of the dry matter of the leaves, but it
reduced the diameter of the rhizome of the perfilhos. In the plants without pruning, it
reduced the K content in the leaves of the perfilhos. The increase of the doses of B,
In the plants without pruning, increased the height of the pseudostem of the perfilhos.
In the plants with pruning, it reduced the perfilhos number which presented smaller
growth. On the other hand, it increased the content of total chlorophyll. For the
production of 'Pacovan' banana suckers, is recommended the pruning in the
pseudostem of the mother plant with elimination of the meristem apical of the
rhizome and the application of the N.
1 INTRODUÇÃO
A cultura da bananeira (Musa spp.) ocupa, no mundo, área de quatro
milhões de hectares, estimando-se uma produção anual de sessenta milhões de
toneladas de banana (EMBRAPA, 2005). Principal produto do comércio internacional
de frutas frescas movimenta, aproximadamente, US$ 5,00 bilhões anuais. A Índia,
Equador, Brasil e Filipinas são os maiores produtores. Entretanto, o comércio
exportador de banana é liderado por Equador, Costa Rica, Colômbia e Filipinas
(SILVA e CORDEIRO, 2000), apesar do Brasil ser o segundo maior produtor da fruta
e possuir a maior área plantada do planeta (560.000 ha) (EMBRAPA, 2005).
A banana ocupa, no Brasil, o segundo lugar em volume de frutas
produzidas (CORDEIRO, 2000; EMBRAPA, 2005; SILVA e CORDEIRO, 2000),
perdendo apenas para a laranja (CORDEIRO, 2000; SILVA e CORDEIRO, 2000).
Assim como acontece no mundo, é cultivada predominantemente em pequenas
propriedades, onde são colhidos 60% da produção nacional (EMBRAPA, 2005),
sendo de grande importância por fixar o homem no campo e gerar emprego e renda,
especialmente para as camadas carentes da população e com menor grau de
qualificação.
No Brasil, a bananicultura representa uma importante atividade agrícola,
ocupando, em 2003, área cultivada de 514.647 ha, com produção de 6.422.855
toneladas e produtividade de 12,48 t ha
-1
(BRAZILIAN FRUIT YEARBOOK, 2004). A
despeito dessa grande produção, a produtividade é baixa e as exportações têm
oscilado, nos últimos anos, em torno de apenas 1% do total produzido internamente.
Barros e Pizzol (2001) sugerem que este baixo índice pode estar relacionado ao
elevado consumo interno, além de outros fatores.
Trata-se de fruta saborosa que, segundo Soto Ballestero (1985 apud
BORGES et al., 1994) apresenta, em sua parte comestível, água, fibra, gordura,
proteína, amido, açúcar, calorias, vitaminas (principalmente a vitamina C) e sais
minerais, destacando-se o potássio. A banana é, portanto, a fruta mais consumida
no mundo (ALMEIDA et al., 2000; TORRES, 1999) e no Brasil (ALMEIDA et al.,
2000; CORDEIRO, 2000; SILVA e CORDEIRO, 2000), contudo, ainda é baixo o
consumo per capita nacional, estimado em torno de 20 kg hab.
-1
ano
-1
(ALMEIDA et
al., 2000; CORDEIRO, 2000). Assume importância essencialmente como alimento
2
de consumo interno, onde participa da dieta alimentar de todas as classes sociais e
faixas de idade, sendo consumida, em especial, sob a forma in natura, ou na forma
de doces e passas, além de assada, frita e cozida.
A produção de banana é distribuída por todas as regiões do Brasil, sendo
a região Nordeste a maior produtora (ALMEIDA et al., 2000; IBGE, 2003), com 2,27
milhões de toneladas, representando cerca de 30% da produção nacional (IBGE,
2003). Apesar disso, a região ainda é caracterizada, de um modo geral, pelo baixo
nível tecnológico empregado nos cultivos e, conseqüentemente, baixa produtividade
e qualidade dos frutos (EMBRAPA, 2003).
No Brasil, além dos genótipos do subgrupo Cavendish, diversas
variedades “regionais” são consideradas de interesse comercial, levando-se em
conta a preferência do consumidor (SOUTO et al., 1999). Nas últimas décadas, tem
sido crescente a ampliação da área plantada com a bananeira cultivar Pacovan
(Musa sp. AAB, subgrupo Prata), a qual ocupa uma expressiva fatia do mercado
Nordestino, parte desta antes ocupada pela bananeira ‘Prata’ (Musa sp. AAB),
variedade semelhante, mas menos produtiva que aquela. Linden (1985) afirma que,
na microrregião do Brejo Paraibano, a cultivar Pacovan destaca-se em termos de
área plantada em relação às demais, sendo considerada uma variedade “regional”.
Essa predominância ainda perdura na atualidade.
Não obstante a grande produção nacional, o crescimento da bananicultura
encontra uma série de obstáculos, que têm contribuído para os baixos índices de
produtividade e qualidade do fruto. Dentre esses entraves, encontra-se a falta de
mudas em quantidade e qualidade necessárias para implantação de novos bananais
(RUGGIERO et al., [entre 1986 e 1996]). A grande expansão desta cultura, ocorrida
nos últimos anos, concorreu para uma forte demanda por mudas, muitas vezes de
origem e qualidade duvidosas (SILVA, C. R. de R. e. et al., 1999). Todavia, a
qualidade da muda é de suma importância, pois está relacionada à precocidade de
produção, uniformidade do material, vigor, sanidade das plantas, custos de produção
e produtividade (COUCEIRO et al., 2001).
Elaborou-se esta pesquisa com o objetivo de avaliar a influência da poda
do pseudocaule, com aplicação de doses de nitrogênio e boro sobre a produção,
crescimento e nutrição mineral de perfilhos (mudas) da bananeira ‘Pacovan’.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A cultura da bananeira (Musa spp.)
2.1.1 Origem e distribuição geográfica
Não é possível precisar com exatidão, mas admite-se que a bananeira
(Musa spp.) seja oriunda do Oriente, do sul da China ou da Indochina. Há
referências da sua presença na Índia, na Malásia e nas Filipinas, onde tem sido
cultivada há mais de 4.000 anos (MOREIRA, 1999).
A bananeira é uma espécie tipicamente tropical exigindo, para um bom
desenvolvimento, calor constante, umidade elevada e adequada distribuição de
chuvas. Essas condições são registradas entre os paralelos de 30
o
de latitude norte
e sul, nas regiões onde as temperaturas situam-se entre os limites de 15
o
C e 35
o
C.
Desde que a temperatura e o regime de precipitação pluvial sejam adequados, é
possível, entretanto, o seu cultivo em latitudes superiores a 30
o
de latitude norte e
sul (MOREIRA, 1987). A bananeira está presente em quase todos os países
tropicais (DANTAS e SOARES FILHO, 2000).
2.1.2 Botânica e morfologia
As bananeiras que produzem frutos comestíveis pertencem à classe
Monocotyledoneae, ordem Scitaminales, família Musaceae, subfamília Musoideae,
gênero Musa, série ou seção (Eu-)Musa (SIMMONDS, 1973).
A classificação proposta por Cheesman (1948 apud DANTAS e SOARES
FILHO, 2000) para o gênero Musa, aceita atualmente em todo o mundo, baseia-se
no número básico de cromossomos dividido em dois grupos: as espécies com n = 10
cromossomos; e as com n = 11 cromossomos que integram as seções
Rhodochlamys e (EU-)Musa. Estas duas seções englobam as espécies com
potencialidade como germoplasma útil para o melhoramento genético das
variedades cultivadas.
A bananeira ‘Pacovan’ (Musa sp. AAB, subgrupo Prata) é uma mutação
da cultivar Prata e apresenta pseudocaule um pouco mais alto do que a sua forma
4
ancestral. As folhas são menos eretas, o engaço tem cor verde clara, a
inflorescência é posicionada a 45
o
, a ráquis masculina é compacta, mais ou menos
vertical e suas cicatrizes são proeminentes e limpas (ALVES et al., 1999).
A ‘Pacovan’, apresenta, entre outras, as seguintes características
agronômicas e tecnológicas, em condições de sequeiro: porte alto; bom
perfilhamento; ciclo vegetativo: 500 dias; peso do cacho: 16 kg; número de frutos por
cacho: 85; número de pencas: 7,5; comprimento do fruto: 14 cm; peso do fruto: 122
g; fruto apresentando cinco quinas bem visíveis, polpa de cor creme rosada,
excelente para o consumo in natura ou sob a forma de doces; rendimento: 15 t ha
-1
ciclo
-1
(BORGES et al., 1994); resistente a ‘nematóides’; moderadamente resistente
à ‘broca do rizoma’; moderadamente susceptível ao ‘mal-do-Panamá’; susceptível ao
‘moko’, à ‘sigatoka amarela’ e à ‘sigatoka negra’ (BORGES et al., 1994; EMBRAPA-
CNPMF, 1996 apud SILVA e ALVES, 1999; EMBRAPA MANDIOCA E
FRUTICULTURA, 1999 apud DANTAS e SOARES FILHO, 2000). Sob irrigação e
em cultivos bem manejados, esta cultivar pode alcançar 35 a 40 t ha
-1
ciclo
-1
(ALVES
et al., 1999).
A bananeira (Musa spp.) é um vegetal herbáceo completo, pois apresenta
raiz, caule (rizoma), folhas, flores, frutos e sementes (MOREIRA, 1987). O sistema
radicular é fasciculado, cujas raízes primárias saem do caule subterrâneo, em
grupos de três ou quatro, totalizando 200 a 500 raízes. Constituem um sistema
superficial, sendo que cerca de 80% delas se encontram nos primeiros 20 a 30 cm
de profundidade (RUGGIERO, 1984). Segundo Borges e Oliveira (2000),
concentram-se ao redor de 30 cm a 60 cm do pseudocaule.
O rizoma, caule verdadeiro da bananeira, é subterrâneo e atrofiado
(RUGGIERO, 1984), emitindo brotações laterais denominadas rebentos
(CHAMPION, 1975). Apresenta na região inferior forma semi-esférica e, na porção
superior, uma forma cônica que se alonga à medida que a planta torna-se mais
velha. Todas as demais estruturas se apóiam nele e, no centro do cilindro central do
rizoma, existe um conjunto de células meristemáticas denominado gema apical de
crescimento, responsável pelo desenvolvimento aéreo da planta (PADOVANI, 1986).
Inicialmente, o rizoma dá origem a um número de 30 a 70 folhas e,
simultaneamente a cada uma, forma também os primórdios de uma gema lateral
(MOREIRA, 1987). Portanto, o número de gemas laterais é idêntico ao de folhas
produzidas e, teoricamente, é possível a formação de rebentos em igual número ao
5
das folhas, mas em condições de campo, apenas de 15 a 20 se desenvolvem
(MOREIRA, 1995).
O pseudocaule da bananeira é formado pelas bainhas das folhas
(MOREIRA, 1987, 1999; SOTO BALLESTERO, 1992) e pode alcançar até 8 metros
de altura (MOREIRA, 1987).
O desenvolvimento das folhas é iniciado a partir do ponto de crescimento
do rizoma, sendo que cada uma se desloca por todo o interior do pseudocaule,
emergindo enrolada na forma de vela (SIMMONDS, 1966). O aparecimento de uma
nova folha ocorre a cada sete a onze dias (BORGES et al., 2000) e cada folha tem
uma vida útil de 100 a 200 dias (RUGGIERO, 1984), sendo composta de bainha,
pecíolo, limbo foliar, nervuras e aguilhão (MOREIRA, 1987).
A quantidade de folhas varia, segundo a cultivar, de 30 a 70, e é tanto
maior quanto maior for a fertilidade do solo e a temperatura ambiente. Próximo ao
lançamento da inflorescência, a bananeira emite de três a quatro folhas menores
(MOREIRA, 1987) e, após a emissão do cacho, produz uma última folha atrofiada
denominada “pitoca”, a qual tem função de protegê-lo.
Apesar da ausência de sementes em frutos de cultivares comerciais
(SHEPHERD et al., 1986), há ocorrência de sementes em espécies de bananeira, as
quais são muito usadas para o melhoramento genético (MOREIRA, 1987).
2.1.3 Exigências edafoclimáticas
2.1.3.1 Condições edáficas
Para a bananeira, a fertilidade e a estrutura física do solo são fatores
fundamentais. A parte superficial do solo deve possuir boas qualidades química e
física, haja vista que a maior porcentagem das raízes está nos primeiros 40 cm de
profundidade (CAVALCANTE et al., 1983) ou, segundo Ruggiero (1984),
aproximadamente 80% estão concentrados nos primeiros 20 a 30 cm.
A bananeira é uma planta com grande adaptabilidade a valores de pH,
pois chega a desenvolver-se em solos com pH entre 4,0 e 8,0. Contudo, obtém
maiores rendimentos numa faixa de pH entre 6,0 e 6,5.
A estrutura e a presença ou a ausência de elementos tóxicos são fatores
que determinam a aptidão de um solo para o cultivo da bananeira (CAVALCANTE et
6
al., 1983). São também importantes a topografia, profundidade e aeração do solo
(BORGES et al., 2000).
2.1.3.2 Condições climáticas
2.1.3.2.1 Temperatura
A temperatura ambiente é importante no desenvolvimento da bananeira,
influenciando direta ou indiretamente nos processos respiratórios e fotossintéticos da
planta. A temperatura ótima está em torno de 26°C, podendo a faixa ideal variar de
15°C a 35°C. Temperaturas abaixo de 15°C resultam na paralisação das atividades
vitais da planta e, acima de 35°C, seu desenvolvimento é inibido, devido à
desidratação dos tecidos (MARINATO, 1980).
No Brasil, a maioria das microrregiões produtoras de banana se enquadra
nos limites de 18°C a 35°C. Estas são temperaturas essencialmente tropicais
encontradas nas regiões Norte e Nordeste, assim como em parte das regiões
Sudeste e Centro-Oeste (BORGES et al., 2000).
2.1.3.2.2 Precipitação pluvial
A bananeira se caracteriza por ser altamente exigente em água, exigindo
constante disponibilidade de umidade no solo. A deficiência de água é altamente
prejudicial no início da inflorescência ou formação dos frutos. Chuvas em torno de
100 mm a 180 mm por mês, bem distribuídas, são satisfatórias, desde que o solo
não seja excessivamente arenoso (FIGUEIREDO, 1998). Quando a deficiência
hídrica anual é superior a 80 mm, a cultura não se desenvolve de maneira
satisfatória, afetando, conseqüentemente, a produtividade e a qualidade dos frutos
(BORGES et al., 2000).
Em regiões de escassa pluviosidade torna-se necessário complementar
sua necessidade de água com irrigação, do contrário, haverá diminuição nos
rendimentos. Em condições favoráveis, uma bananeira emite uma folha por semana.
Entretanto, a deficiência de água no solo pode levar a planta a emitir uma folha por
mês, sendo ainda de menor comprimento e largura. Um período seco retarda o
7
desenvolvimento da planta e dos rebentos, influindo diretamente na produção
(CAVALCANTE et al., 1983).
São também importantes para o crescimento e desenvolvimento da
bananeira, os seguintes fatores: umidade relativa do ar, ventos (BORGES et al.,
2000), luminosidade (BORGES et al., 2000; DOOREMBOS e KASSAM, 1994) e
altitude (ALVES et al., 1995; BORGES et al., 2000; FIGUEIREDO, 1998).
2.1.4 Métodos de propagação da bananeira
2.1.4.1 Propagação sexuada
A bananeira pode ser propagada sexuadamente e por via assexuada ou
vegetativa. A produção de mudas por via sexuada é o processo mais
freqüentemente usado para serem obtidas novas variedades, ou para o
melhoramento genético (MOREIRA, 1987).
2.1.4.2 Propagação vegetativa
A propagação da bananeira tem sido vegetativa, devido à bem conhecida
esterilidade das bananas comestíveis (SOUZA et al., 2000). As cultivares comerciais
não tëm sementes, em face da inexistência de pólen viável, ou, talvez, de
polinizadores naturais eficientes (SHEPHERD et al., 1986). Nos plantios comerciais
de bananeira, são usados como material de propagação o caule subterrâneo, a partir
do qual se originam as mudas, que são gemas vegetativas (GOMES, 1984).
De acordo com as tecnologias atualmente disponíveis, Cordeiro e
Mesquita (2000) citam que as mudas podem ser obtidas por quatro métodos
diferentes: mudas convencionais, mudas obtidas por fracionamento do rizoma,
mudas produzidas in vitro e mudas obtidas por ferimentos de gemas. Segundo esses
autores, não há método que apresente apenas vantagens, por isso, em qualquer um
deles é preciso tomar os devidos cuidados, para reduzir os riscos que podem estar
embutidos na produção da muda.
8
2.1.4.2.1 Propagação convencional
A propagação convencional da bananeira dá-se através de mudas, que
são gemas vegetativas desenvolvidas, brotadas do rizoma (ALVES, 1986 apud
SOUZA et al., 2000; BORGES et al., 1994; MARTINEZ et al., 1986). Essas mudas
são obtidas a partir da sua separação do rizoma-mãe (SOUZA et al., 2000).
É comum o agricultor usar mudas retirando-as de bananais já velhos,
quase sempre decadentes. Neste caso, mesmo com rigorosa seleção, a sanidade da
cultura fica comprometida (SILVA, 1992). A utilização própria de mudas provenientes
de lavouras comerciais, muitas vezes para a expansão da área, traz consigo uma
série de desvantagens, contribuindo para a disseminação de pragas e doenças na
mesma propriedade (MARTINEZ et al., 1986).
No caso da inexistência de viveiros, que seria o ideal, as mudas devem
ser oriundas de bananal com plantas bem vigorosas e em ótimas condições
fitossanitárias, cuja idade não seja superior a quatro anos e que não apresentem
mistura de variedades e presença de ervas infestantes de difícil erradicação, a
exemplo da tiririca (Cyperus rotundus) (ALVES, 1986 apud SOUZA et al., 2000;
BORGES et al., 1994). Estas mudas do sistema convencional, são encontradas, em
geral, em diferentes estágios ou tamanho, recebendo uma denominação que as
diferencia (“chifrinho”, “chifre”, “chifrão”, “adulta”, “pedaço de rizoma”, “rizoma com
filho aderido” e “guarda-chuva” ou “orelha de elefante”) conforme o seu estádio de
desenvolvimento (BORGES et al., 1994; SOUZA et al., 2000).
Destaca-se, dentre elas, a do tipo “chifrão” (SOUZA et al., 2000), muda
vigorosa, de formato cônico, com 60 cm a 150 cm de altura, a qual deve ser a
preferida na seleção para plantio (CHAMPION, 1975). Inversamente, a muda do tipo
“guarda-chuva” é pequena e com rizoma diminuto, mas com folhas típicas de planta
adulta. Deve ser evitada, pois além de possuir pouca reserva, aumenta a duração do
ciclo vegetativo da bananeira (BORGES et al., 1994; SOUZA et al., 2000).
O uso de um ou outro tipo exerce influência direta sobre a precocidade do
primeiro ciclo de produção e peso médio do cacho (BELALCÁZAR CARVAJAL et al.,
1991; BORGES et al., 1994; SOUZA et al., 2000). O efeito do tamanho da muda de
bananeira sobre componentes do desenvolvimento e rendimento da cultura foi bem
descrito por Belalcázar Carvajal et al. (1991), quando avaliaram 10 tamanhos de
muda de 0,25 m a 1,95 m de altura, cujos pesos variaram de 0,66 kg a 5,6 kg. Os
9
autores verificaram que nos dois primeiros ciclos de produção as mudas pequenas,
de menor peso, apresentaram período do plantio ao florescimento mais longo,
devido à emissão de maior número de folhas, no entanto, o período do florescimento
à colheita diminuiu. Os cachos dessas plantas (mudas de menor peso e tamanho)
apresentaram–se com maior peso, embora o seu ciclo de produção – plantio a
colheita - fosse mais longo. Esses autores afirmaram que as mudas de folhas
estreitas são mais fáceis de serem arrancadas, preparadas, transportadas e
plantadas, apresentando como única desvantagem a sua escassa disponibilidade.
As técnicas de propagação vegetativa disponíveis, foram melhoradas,
como o sistema convencional, em que as mudas são retiradas de bananais em
produção, na forma de “chifrinho”, “chifre”, etc, e também as técnicas mais modernas
em que as mudas são produzidas em laboratórios de cultura de tecidos,
possibilitando a produção de mudas de bananeira em maior quantidade e melhor
qualidade, isentas de problemas fitossanitários (SILVA, C. R. de R. e. et al., 1999).
Souto et al. (1999) comentam que as cultivares Pacovan, Prata, Maçã, Nanica e
Nanicão apresentam bom perfilhamento e nelas as brotações laterais começam a
surgir 30 a 45 dias após o plantio.
A despeito destes relatos, Souza et al. (2000) ressaltam que o sistema de
propagação convencional da bananeira é lento e apresenta baixa taxa de
multiplicação, além de permitir a disseminação de pragas e doenças para novas
áreas. Barker (1959 apud MENENDEZ e LOOR, 1979) relata que o melhor método
para estimular o desenvolvimento de gemas, no campo, produziu apenas 20 mudas
transplantáveis após um ano do plantio.
Apesar do rizoma poder produzir 40 ou mais brotos, nem todos se
desenvolvem satisfatoriamente. Devido a esse baixo rendimento no sistema
convencional, outros métodos de propagação começaram a ser trabalhados
(DANTAS et al., 1986; SOUZA et al., 2000).
2.1.4.2.2 Fracionamento do rizoma
A propagação baseada no fracionamento do rizoma é uma técnica
bastante simples, indicada para qualquer cultivar de bananeira (SOUZA et al., 2000).
Consiste, inicialmente, na limpeza do rizoma e exposição de suas gemas,
eliminando-se parte das bainhas do pseudocaule. A seguir, fraciona-se o rizoma em
10
tantos pedaços quantas forem as gemas nele existentes. Os pedaços são postos
para germinarem em canteiros cuidadosamente preparados, usando o espaçamento
de plantio de aproximadamente 20 cm x 5 cm (BORGES et al., 1994).
Afirmam Cordeiro e Soares Filho (1991) que, usando esta técnica, as
mudas estarão prontas para plantio no campo quatro a seis meses após o
encanteiramento dos pedaços de rizoma. O índice de pegamento é na faixa de 70%
e o rendimento apresentado é de 1:10, em bananeiras com nove a dez meses de
idade. A transferência das mudas para campo é feita com todo o sistema radicular.
São necessários oito meses do plantio para que, com a reaplicação desta
técnica, possam ser obtidas dez mudas a partir de uma touceira, confirmando,
portanto, relação média de 1:10 em bananeiras próximas à floração (BORGES et al.,
1994). As mudas resultantes de rizomas fracionados são desuniformes em tamanho
e peso e o uso excessivo de mão-de-obra no seu processo de formação as tornam
antieconômicas (ALVES e LIMA, 2000a).
2.1.4.2.3 Propagação in vitro
A propagação in vitro de plantas, também denominada micropropagação,
é uma técnica para propagar plantas dentro de tubos de ensaio ou similares de
vidro, sob adequadas condições de assepsia, nutrição e fatores ambientais como
luz, temperatura, O
2
e CO
2
(BARRUETO CID, 2001). Utilizada, segundo Bajav (1993
apud CARVALHO, 1999), principalmente naquelas espécies vegetais de difícil
propagação pelos métodos convencionais, possibilitando a obtenção de grande
número de plantas sadias e geneticamente uniformes, em curto espaço de tempo.
Para se fazer a propagação in vitro, utilizam-se várias metodologias ou
técnicas dentre as quais algumas são usadas com maior ou menor sucesso na
reprodução e melhoramento genético da bananeira, tais como: cultivo de anteras
(ASSANI et al., 2002; KERBELLEC, 1993; PEREA-DALLOS, 1992), cultivo de
embriões (SHEPHERD et al., 1994) e cultivo de meristemas (BORGES et al., 1994;
RUGGIERO et al., [entre 1986 e 1996]; Souza et al., 2000). A micropropagação
consiste no cultivo de explantes, segmentos muito pequenos de plantas, em meio
artificial e sob condições de luminosidade, temperatura e fotoperíodo totalmente
controladas em laboratório (BORGES et al., 1994; SOUZA et al., 2000).
11
Fontes de explantes as mais variadas são utilizadas na propagação in vitro
da bananeira, tais como: ápices caulinares, gemas laterais e gemas florais. O cultivo
in vitro de ápices caulinares é hoje a técnica mais utilizada e esses ápices,
preferivelmente, devem ser retirados de mudas do tipo “chifrinho” (SOUZA et al.,
2000).
A propagação in vitro possibilita a introdução rápida de novas cultivares ou
outras variedades de interesse comercial (KRIKORIAN e CRONAUER, 1984), a
conservação e o intercâmbio de germoplasma e a seleção in vitro (SOUZA et al.,
2000). Origina matrizes sadias, livres de bactérias, nematóides e fungos, apesar de
existir a possibilidade de propagar doenças vasculares ou sistêmicas, como ‘mal-do-
Panamá’, ‘moko’ e ‘viroses’ (ANGARITA e PEREA, 1991; MARCIANI-BENDEZÚ et
al., 1988). A tecnologia de detecção de vírus, em bananeira, carece de alguns
avanços, não podendo ainda oferecer garantias absolutas de limpeza viral
(CORDEIRO e MESQUITA, 2000).
Existem vários protocolos para micropropagação de bananeira, devido aos
tipos de explantes utilizados, aos meios de cultura e à forma de multiplicação (DE
GUZMAN et al., 1980). Contudo, ainda não estão bem definidos alguns aspectos,
haja vista que as respostas morfogênicas da planta variam com diversos fatores, tais
como: cultivar utilizada, balanço de nutrientes e hormônios do meio de cultura
(COUCEIRO et al., 2001).
Outro importante aspecto a considerar na escolha de mudas produzidas in
vitro é o problema de variação somaclonal. O controle dependerá, basicamente, da
idoneidade do laboratório (CORDEIRO e MESQUITA, 2000). É necessário um rígido
controle sobre a fidelidade genética das mudas de híbridos de bananeira obtidos
principalmente via propagação in vitro, a serem destinados aos campos de
produção, de forma a evitar a distribuição de variantes somaclonais que poderiam
trazer sérios prejuízos aos bananicultores (VILARINHOS et al., 1998).
Trabalhando com uma grande população de bananeiras micropropagadas
da variedade Grande Naine, Stover (1987) encontrou aproximadamente 25% de
plantas atípicas ou variantes. Segundo seus relatos, alguns tipos de variação foram
manifestar-se 5 ou 6 meses após o plantio e a maioria deles próximo à floração. A
variação mais comum encontrada em suas avaliações foi com relação ao porte,
variando desde um porte baixo até o gigantismo. De acordo com Smith (1988), a
12
taxa de variação deverá permanecer de 3 a 5%, para que essa técnica venha a ser
utilizada pelos produtores.
Mudas de bananeira produzidas in vitro apresentam preços elevados os
quais têm sido um dos maiores entraves ao seu uso. Vários são os fatores que
oneram o seu preço final, entre eles estão a necessidade de mão-de-obra
especializada, de laboratórios bem equipados, de estrutura de aclimatização
apropriada e também a baixa taxa de multiplicação de algumas variedades (LEMOS
et al., 2000).
2.1.4.2.4 Propagação rápida in vivo ou ferimento de gemas
Como exemplo de técnicas de propagação rápida, podem ser citadas a
cultura de meristemas, a cultura de tecidos e a propagação rápida propriamente dita
(RUGGIERO et al., [entre 1986 e 1996]). A propagação rápida in vivo é um método
de propagação da bananeira intermediário entre a propagação convencional e a
propagação in vitro nos laboratórios de cultura de tecidos (GODINHO, 1994). É um
método simples, mas requer pelo menos um telado para sua execução (SOUZA et
al., 2000).
Conforme Cordeiro e Mesquita (2000), mudas obtidas por ferimento de
gemas são conseguidas a partir das gemas laterais presentes no rizoma, mediante
subdivisão do meristema apical, formação de calo e conseqüente desenvolvimento
de mudinhas, que são retiradas e enraizadas em sacos plásticos sob condições de
câmara úmida. O cuidado principal está na escolha de rizomas de plantas livres de
doenças e pragas e no estabelecimento das mudas em substrato estéril.
O método de propagação rápida in vivo aproveita a tendência natural da
bananeira em produzir mudas adventícias, a partir de ferimentos em meristemas de
gemas laterais. A sua difusão surgiu da necessidade de suprir de mudas livres de
doenças e em números mais elevados os plantios em áreas virgens, como no caso
da bananeira ‘Maçã’ (DANTAS et al., 1986).
Este método propicia a produção, em áreas menores, de grande
quantidade de mudas livres de doenças e de ciclo mais curto (SAÚCO GALÁN e
CABRERA CABRERA, 1992). Apresenta como principal vantagem, a produção de
mudas em maior quantidade que o método convencional e o do fracionamento de
13
rizoma, além da obtenção de mudas isentas de problemas fitossanitários, desde que
os rizomas utilizados estejam livres deles (SOUZA et al., 2000).
Todavia, apesar de usualmente empregada, a propagação rápida in vivo é
um método limitado seriamente por sua baixa taxa de multiplicação, com cinco a 10
mudas por ano (VUYLSTEKE e DE LANGLE, 1985). Poderia proporcionar em torno
de seis a 18 mudas aos 4 a 5 meses de idade, embora faltando alguns ajustes
como, por exemplo, influência da cultivar e peso do rizoma utilizado (RUGGIERO et
al., [entre 1986 e 1996]).
Trabalhando com a propagação rápida da bananeira, cultivares Prata,
Mysore, Figo e Nanicão, Gottardi (1996) sugere também que a metodologia utilizada
precisa de aprimoramento. Dentre esses ajustes, destacam-se: a idade do rizoma,
preparo do rizoma, ferimento da gema apical, época do ano, recipientes de
multiplicação e substratos e reguladores do crescimento.
O período transcorrido do plantio ao florescimento da bananeira é,
aproximadamente, de oito a nove meses. Como os rizomas a serem utilizados no
método de propagação rápida devem ser obtidos antes do florescimento, dispõe-se
de um período muito longo, significando que podem ser utilizados rizomas com
grande variação de idade quando estes forem obtidos diretamente no campo
(GODINHO, 1994).
O diâmetro inicial dos rizomas revelou-se fator de grande importância no
método de propagação in vivo. Na variedade Maçã, rizomas com diâmetro de 8 a 11
cm produziram número baixo de brotos, enquanto que os diâmetros entre 17 e 20
cm originaram um maior número (TULMANN NETO et al., 1989). O ideal seria
utilizar rizoma, o mais uniforme possível, de plantios de, no máximo, 6 a 10 meses
de idade e com diâmetro entre 15 a 20 cm (GOTTARDI, 1996). A vida útil do rizoma
(do plantio a sua eliminação) é de 164 dias, sendo variável de acordo com a
variedade, de 116,3 a 280 dias (RUGGIERO et al., [entre 1986 e 1996]).
Utilizando um método de propagação rápida in vivo, Hamilton (1965 apud
MENENDEZ e LOOR, 1979) obteve 150 plantas de um único rizoma, num período
de cinco a sete meses. Este método proposto por Hamilton foi, de acordo com Silva,
G. D. da. (2000), adaptado e aplicado, no Brasil, por Dantas et al. (1986), Tulmann
Neto et al., (1989), Godinho (1991), Silva (1992) e Menegucci (1993).
Após compararem ‘Grande Naine’, ‘Figo-Cinza’, ‘Padath’, ‘Imperial’,
‘Nanicão’, ‘Maçã’ e ‘Prata-Anã’, Dantas et al. (1986) observaram que estas
14
variedades de banana produziram 72,8; 57,5; 45,0; 36,4; 17,0; 12,6; e 2,0 brotos
vigorosos por rizoma, respectivamente. O período médio utilizado no processamento
das diferentes fases do método de propagação rápida com a ‘Grande naine’,
variedade com maior produção de brotos vigorosos, foi de 176 dias, contados do dia
do plantio até a retirada dos últimos brotos e conseqüente eliminação do rizoma.
Esse mesmo período, para a ‘Prata-Anã’, variedade com menor produção de brotos
vigorosos, foi de 135 dias e, para a ‘Figo Cinza’ e ‘Padath’, foi de 201,5 e 280 dias,
respectivamente. O período compreendido entre o início dos tratamentos do rizoma
(ferimento do meristema) e o início da retirada dos brotos, em termos médios,
mostrou uma duração de 44,4 dias e, do plantio do rizoma ao início de retirada dos
brotos, gastou-se, aproximadamente, 111,8 dias.
Rizomas com diâmetros maiores apresentam um número superior de
gemas e brotos, mas, de modo geral, o diâmetro médio das gemas não exerce
influência muito acentuada sobre a produção final de brotos. Esses autores ainda
relataram que nem todas as gemas emergidas dos rizomas chegam a produzir
brotos, mesmo quando tratadas adequadamente. Este fato foi observado em
rizomas da variedade Prata-Anã, quando apenas 30% do total de gemas
conseguiram êxito (DANTAS et al., 1986).
Buscando métodos de propagação da bananeira que produzissem maior
número de mudas, Barker (1959) utilizou brotos jovens de 700 g de peso, oriundos
de plantas adultas, e, forçando a brotação pela retirada das bainhas das folhas
velhas, conseguiu um rendimento de 20,6 brotos por rizoma após seis meses.
Também em seis meses, De Langle (1961) obteve uma produção de seis a oito
mudas de 20 a 30 cm de altura da variedade Bosua, após ter decepado o
pseudocaule ao nível do solo e eliminado a gema apical do rizoma.
Foram obtidos da planta matriz da bananeira ‘Gros Michel’ 15,5 brotos,
em média, após nove meses do plantio (ASCENSO, 1967). Usando rizomas de
‘Grande Naine’, próximo à emissão da inflorescência, Arias (1987) realizou
descapamento dos brotos laterais com seis a sete cm de diâmetro na base e
conseguiu uma média de 6,3 mudas adventícias por broto tratado, o que resultou em
média de 29 mudas adventícias por rizoma. Trabalhando com propagação rápida
sob condições de cobertura com tela plástica com 50% de luminosidade, Menegucci
(1993) e Silva (1992) conseguiram 8,68 e 11,76 mudas por rizoma, respectivamente,
com as cultivares Prata e Mysore.
15
Em trabalhos utilizados por diferentes autores, constata-se que as
variações obtidas neste processo de propagação rápida podem ser atribuídas à
época do ano. Essas observações estão evidenciadas em vários estudos
desenvolvidos em diferentes regiões do Brasil, como por exemplo, em Minas Gerais
(DANTAS et al., 1986), na Bahia (FARIA e RODRIGUES, 1991) e em São Paulo
(GOTTARDI, 1996).
Correlacionando as características vegetativas da bananeira, Iuchi et al.
(1979) e Siqueira (1984) comentam que o diâmetro do rizoma é a que mais se
correlaciona positivamente com as características de produção. Esses autores
encontraram correlações positivas entre diâmetro do rizoma e peso do cacho, para a
variedade Prata, aos 12 meses após o plantio.
2.1.5 Qualidade das mudas
Da qualidade das mudas, depende, em grande parte, o sucesso do
empreendimento bananícola (BORGES e ALVES, 1999; BORGES et al., 1994;
CORDEIRO e MESQUITA, 2000; SOUZA et al., 2000). Preferencialmente, devem
ser escolhidas mudas de bananeira procedentes de cultura de tecidos (BORGES e
ALVES, 1999) ou de viveiros com plantas em idade não superior a três anos (ALVES
et al., 1986), ou seja, mudas originárias de áreas estabelecidas com a finalidade
exclusiva de produção de material propagativo ou mudas de superior qualidade
(ALVES et al., 1986; BORGES e ALVES, 1999; BORGES et al., 1994; SOTO
BALLESTERO, 1992).
Na bananicultura, não existem viveiristas nem bananicultores que
multipliquem o material em suas propriedades. Os bananais já velhos ou muito
jovens é que têm fornecido as mudas para a expansão da cultura e as reformas de
bananais, o que é totalmente desaconselhável (COUCEIRO et al., 2001). A
propósito, Moreira (1987) cita que, por não haver no Brasil tradição de se adquirir
mudas de bananeira de viveiristas (por que não há viveiristas e, também, pelo fato
do bananicultor não querer pagar o real valor das mudas), é que esta atividade ainda
não se desenvolveu.
A medida que os novos métodos de propagação da bananeira
(fracionamento de rizoma, propagação rápida e os métodos de cultura de tecidos)
16
forem sendo aperfeiçoados e ajustados, será incrementada a produção de mudas de
melhor qualidade e elevada a taxa de multiplicação, contribuindo assim para o
desenvolvimento da bananicultura. Enfim, é de fundamental importância que a
fidelidade genética do material seja garantida e que produtos de melhor qualidade
sejam disponibilizados aos agricultores a preços cada vez mais baixos (SOUZA et
al., 2000).
2.1.6 Dominância apical
Uma característica de várias espécies de plantas é o desenvolvimento
relativamente muito limitado de muitos meristemas laterais. Estes aparentemente
permanecem como reserva para o caso de destruição da gema apical de
crescimento. Esta pode exercer um controle forte ou fraco sobre os meristemas
laterais. À medida que aumenta a distância da gema apical, em relação às laterais,
sua influência sofre uma redução progressiva (AWAD e CASTRO, 1983).
A dominância apical se manifesta por inibição do crescimento das gemas
axilares, ou laterais, pela presença da gema apical, sendo os meristemas apicais e
folhas jovens os principais sítios de síntese de auxinas na parte aérea da planta,
ocorrendo uma ação indireta na dominância de gemas e brotos (PHILIPS, 1969).
Um método simples de eliminar essa dominância seria a remoção da
porção apical, fazendo com que ocorra o crescimento vigoroso das gemas laterais
(HILLAMAN, 1984). O corte da gema apical resulta em uma rápida retomada da
divisão celular e do desenvolvimento dos meristemas laterais (AWAD e CASTRO,
1983). O efeito da poda depende da região de crescimento, parte da planta, tipo e
época de poda (MIKA, 1986).
Quando as bananeiras emitem 60% das suas folhas totais, ocorre a
diferenciação da gema apical de crescimento, dando origem à inflorescência. A partir
daí há paralisação da produção de folhas. O desenvolvimento da gema floral
resultará na formação do cacho. A diferenciação da gema provavelmente iniciou-se
em torno do sexto mês após o plantio, o que também corresponde à máxima taxa de
emissão de folhas, confirmando o possível dreno dos nutrientes, a partir daí, também
para a parte produtiva (MOREIRA, 1987 apud PEREIRA et al., 1999).
O controle da gema apical sobre os meristemas laterais é exercido através
de uma auxina, possivelmente o ácido indolacético, sintetizada na região apical e
17
transportada para os meristemas laterais (AWAD e CASTRO, 1983). Os hormônios
vegetais estão diretamente relacionados com os fatores que afetam a dominância
apical e a hipótese do controle hormonal do desenvolvimento de gemas laterais pelo
meristema apical sempre esteve entre as mais aceitas, sendo a auxina o principal
hormônio envolvido nesse processo (DEBIASI et al., 2000).
As citocininas, assim denominadas por promoverem, juntamente com a
auxina, a citocinese (PERES, 2002), ao contrário das auxinas e giberelinas, segundo
Ferri (1985), concorrem para a quebra da dominância apical, se aplicadas em gemas
laterais. A utilização da maioria das citocininas produzidas pela raiz no rápido
crescimento da gema apical poderia provocar uma deficiência deste hormônio
vegetal nas gemas laterais. A retirada da gema apical resultaria no aumento da
disponibilidade de citocininas nos meristemas laterais (AWAD e CASTRO, 1983).
As citocininas são indispensáveis para quebrar a dominância apical e
induzir a proliferação de gemas axilares (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998). De
acordo com Cline (1994), a maior relação auxina/citocinina tende a formar brotos
apicais e, a relação citocinina/auxina sendo maior, a tendência é formar brotos
laterais. A propósito, Skoog e Miller (1957) postularam que as concentrações
absolutas destes dois fitohormônios são menos importantes que suas concentrações
relativas na indução de organogênese.
Na bananeira, os brotos somente iniciam o desenvolvimento a partir do
surgimento dos primórdios da 9
a
à 11
a
folha, estando sujeitos a uma forte
dominância apical (DANTAS e PEREIRA, 1988). Esses autores acrescentam: vários
fatores indicam que as auxinas têm um papel preponderante no controle das
brotações. A forte dominância apical dessa Musaceae é quebrada quando ocorre a
decepa da planta principal, reduzindo o teor de auxinas. Enquanto essa planta
principal não florescer ou não for decapitada, a citocinina produzida no ápice das
raízes dirige-se ao ápice principal. Após estes fatos, o fitohormônio segue para o
“chifre”, que se desenvolve até o estado de muda adulta.
18
2.1.7 Nutrição mineral, N e B
2.1.7.1 Interação entre nutrientes
O potencial produtivo do solo está na dependência do equilíbrio de
diversos fatores (PRIMAVESI e PRIMAVESI, 1971). Esses fatores incluem os
minerais básicos à nutrição da planta, a sua disponibilidade no solo, a absorção e
metabolização por parte do vegetal.
Um elemento mineral quando tratado em seu nível de absorção difere
quando é estudado em relação à absorção de outros nutrientes (BUCKMAN e
BRADY, 1976; ORUKO,1976). A esse respeito, alguns autores (BAUR, 1971;
SPENCER, 1966) têm mostrado o comportamento antagônico na absorção de um
nutriente em relação a outro. No entanto, outros autores (DRAYCOOT e DURRANT,
1976; FALADE, 1973; MOUKNTAR et al., 1974) encontraram que em muitos casos
um mineral pode influenciar favoravelmente a absorção de outro.
A aplicação de fertilizantes resulta em efeitos de sinergismo ou
antagonismo na absorção de nutrientes pela planta (ROBINSON, 1996). O
crescimento e desenvolvimento das plantas são dependentes do fornecimento de
quantidades proporcionais entre os nutrientes, pois à medida que ocorre aumento
isolado de um elemento, os outros podem se tornar limitantes (GOMES, 1988). A
interação entre nutrientes em cultivos de banana pode ser positiva (sinergismo) ou
negativa (antagonismo) (SILVA, J. T. A. da. et al., 1999).
A bananeira é muito exigente em nutrientes, principalmente potássio,
nitrogênio, cálcio e magnésio. Todavia, o equilíbrio entre esses elementos no solo é
essencial para o desenvolvimento desta cultura. O excesso de um nutriente pode
induzir à deficiência de outro (‘antagonismo’), o que acarretaria o aparecimento de
distúrbios fisiológicos na planta, inclusive tornando-a mais susceptível ao ataque de
pragas e organismos causadores de moléstias (SILVA, J. T. A. da. et al., 1999).
2.1.7.2 Marcha de absorção
A bananeira é uma planta muito exigente em nutrientes, não só por
produzir grande massa vegetativa, mas também por apresentar elevadas
quantidades de elementos absorvidos pela planta e exportados pelos frutos (SILVA,
19
S. de O. e. et al., 1999). A pequena absorção de macronutrientes, que ocorre até o
quinto mês, dá-se, certamente, em face do crescimento lento da bananeira,
conforme constatado em trabalho realizado em Porto Rico (SAMUELS et al., 1978
apud SILVA, J. T. A. da. et al., 1999) com cultivar do grupo genômico AAB.
A marcha de absorção dos macro e micronutrientes pela bananeira é
maior após o quinto mês, quando há maior acúmulo de matéria seca (e,
conseqüentemente, de nutrientes), até o florescimento, estabilizando-se até a
colheita, exceção feita ao zinco e potássio, este último por acumular grande
quantidade nos frutos (BORGES e OLIVEIRA, 2000; SILVA, J. T. A. da. et al., 1999).
O nitrogênio exerce grande importância do início do desenvolvimento da
bananeira até a emissão da inflorescência, havendo, a partir dai, diminuição da sua
absorção até a colheita (MARTIN-PRÉVEL, 1977). Twyford e Walmsley (1968)
constataram, em bananeira ‘Robusta’ (Musa sp. AAA), aumento pequeno na
absorção de boro, após o quinto mês (um a dois meses antes do florescimento). A
maior absorção de boro ocorre, portanto, após o quinto mês até o florescimento,
estabilizando-se até a colheita (BORGES e OLIVEIRA, 2000; SILVA, J. T. A. da. et
al., 1999).
2.1.7.3 Diagnose foliar
A análise foliar consiste na utilização da planta como solução extratora
dos elementos disponíveis no solo. Como as folhas são os órgãos da planta em que
ocorre maior atividade química, essa análise tem por objetivo determinar deficiências
e, ou toxidez de nutrientes, notadamente quando sintomas visuais semelhantes
podem confundir o diagnóstico ou quando várias deficiências se manifestam
simultaneamente (BORGES e OLIVEIRA, 2000; SILVA, J. T. A. da. et al., 1999).
As folhas são consideradas como o foco das atividades fisiológicas dentro
das plantas. Variações na nutrição mineral, são de algum modo, refletidas nas
concentrações dos nutrientes nas folhas. O uso da análise foliar como critério
diagnóstico é respaldado na premissa de existir uma relação significativa entre o
suprimento de nutrientes no meio de crescimento e os teores dos elementos nas
folhas. Aumentos ou decréscimos nas concentrações se relacionam com produções
mais altas ou mais baixas, respectivamente (EVENHUIS e WAARD, 1980). Muitos
20
experimentos têm mostrado o relacionamento entre o conteúdo mineral nas folhas e
no meio de crescimento ou substrato (DECHEN et al., 1995).
2.1.7.3.1 Procedimentos de amostragem
Grande parte dos erros cometidos na interpretação de análises químicas
de plantas se deve aos procedimentos de amostragem. Esses procedimentos,
devido aos vários fatores que atuam sobre a planta, precisam ser completamente
padronizados a fim de que as variações de concentração que acontecem no interior
da própria planta, e mesmo por alguns efeitos exógenos como a sazonalidade e
outros, tenham sua influência minimizada (DECHEN et al., 1995).
Na literatura nacional e internacional existe ampla divulgação de
procedimentos de amostragem para diagnose foliar de muitas espécies, inclusive da
bananeira, que podem ser seguidos, destacando-se, entre outras, as publicações de
Malavolta (1981), Trani et al. (1983), Martin-Prével et al. (1987) e Malavolta et al.
(1989).
A análise foliar dá boas indicações do estado nutricional da bananeira e, a
folha analisada, deve ser a terceira mais nova totalmente aberta na época da plena
emissão do cacho ou perto da iniciação floral. Dessa folha deve-se retirar um
retângulo de tecido perto da nervura central, no terço médio, e que corresponda a
metade da largura da folha (MALAVOLTA, 1993).
Segundo norma internacional, a folha de bananeira a ser amostrada é a
terceira a contar do ápi,ce, coletando-a com a inflorescência no estádio de todas as
pencas femininas e não mais de três pencas de flores masculinas descobertas, isto
é, sem brácteas. Coleta-se 10 a 25 cm da parte interna mediana do limbo foliar,
eliminando a nervura central. Recomenda-se fazer amostras compostas,
amostrando-se 10 a 20 plantas em plantio com área entre 1,0 e 10,0 ha (BORGES e
OLIVEIRA, 2000).
2.1.7.3.2 Interpretação dos resultados
Faixas de concentrações de nutrientes foram observadas em folhas de
bananeira adulta em diferentes estudos (e em regiões geográficas distintas), a
saber: Macronutrientes e Cl (g kg
-1
): N: 27 a 36; P: 1,6 a 2,7; K: 32 a 54; Ca: 6,6 a
21
12; Mg: 2,7 a 6; S: 1,6 a 3; Cl: 9 a 18. Micronutrientes (mg kg
-1
): B: 10 a 25; Fe: 80 a
360; Mn: 200 a 1800; Zn: 20 a 50; Cu: 6 a 30 (TEIXEIRA et al., 1997);
Macronutrientes (g kg
-1
): N: 26; P: 2,2; K: 28; Ca: 6; Mg: 3; S: 2. Micronutrientes (mg
kg
-1
): B: 15; Fe: 100; Mn: 88; Zn: 20; Cu: 8 (RIBEIRO et al., 1999);
Macronutrientes (g kg
-1
): N: 35 a 45; P: 2 a 4; K: 38 a 50; Ca: 8 a 15; Mg: 2,5 a 8; S:
2,5 a 8. Micronutrientes, (mg kg
-1
): B: 10 a 50; Fe: 76 a 300; Mn: 100 a 1000; Zn: 20
a 200; Cu: 6 a 25 (JONES JR. et al. 1991).
Não obstante serem influenciados pela cultivar, pelas condições climáticas
e de cultivo, pela fertilização, etc (BORGES e OLIVEIRA, 2000), podem ser usados
como referência os seguintes teores-padrão de nutrientes na terceira folha da
bananeira ‘Prata’: Macronutrientes (g kg
-1
): N: 27 a 36; P: 1,8 a 2,7; K: 30 a 54; Ca:
2,5 a 12; Mg: 3 a 6; S: 2 a 3. Micronutrientes (mg kg
-1
): B: 10 a 25; Fe: 80 a 360; Mn:
20 a 200; Zn: 20 a 50; Cu: 6 a 30 (PREZOTTI, 1992).
Os teores foliares de nutrientes considerados adequados para a
bananeira são os seguintes: Macronutrientes (g kg
-1
): N: 27 a 36; P: 1,8 a 2,7; K: 35
a 54; Ca: 2,5 a 12; Mg: 3 a 6; S: 2 a 3. Micronutrientes (mg kg
-1
): B: 10 a 25; Fe: 80 a
360; Mn: 200 a 2000: Zn: 20 a 50; Cu: 6 a 30 (MALAVOLTA et al., 1989). Os teores-
padrão internacionais considerados ótimos para análise das folhas da bananeira, na
iniciação floral, são os seguintes: Macronutrientes (g kg
-1
): N: 33 a 37; P: >1,4; K: 45
a 50; Ca: 8 a 13; Mg: 3 a 4; S: >2,5. Micronutrientes (mg kg
-1
): B: 11; Fe: >100; Mn:
160 a 2500; Zn: >20; Cu: 9 (MALAVOLTA, 1993).
Os níveis críticos de deficiência de nutrientes para a bananeira são os
seguintes: Macronutrientes (g kg
-1
): N: 26; P: 2,2; K: 28; Ca: 6; Mg: 3; S: 2.
Micronutrientes (mg kg
-1
): B: 15; Fe: 70; Zn: 20; Cu: 8 (DECHEN et al., 1995),.
Os nutrientes na matéria seca foliar da bananeira ‘Prata-Anã, avaliados
em dois ciclos de produção, obedeceram a seguinte ordem decrescente de
concentração: K > N > Cl > Ca > Mg > S > P > Mn > Fe > B > Zn > Cu, na planta
“mãe” ou primeiro ciclo de cultivo. K > N > Cl > Ca > Mg > P > S > Mn > Fe > B > Zn
> Cu, na planta “filha” ou segundo ciclo de produção (FONTES et al., 2003).
A grande quantidade de cloro absorvida pela bananeira é função das
elevadas doses de cloreto de potássio aplicadas na cultura (SILVA, J. T. A. da. et al.,
1999). Segundo Lahav e Turner (1983) a bananeira absorve, em ordem decrescente
de concentração, os seguintes nutrientes: K > N > Ca > Mg > S > P > Cl > Mn > Fe >
Zn > B > Cu.
22
Observa-se, portanto, que a bananeira é uma espécie muito exigente em
nutrientes, principalmente potássio e nitrogênio. Ocorrem diferenças entre
variedades nas quantidades absorvidas, até mesmo entre cultivares de um mesmo
grupo genômico. Isto se deve, principalmente, às características da variedade, aos
teores de nutrientes no solo, ao manejo adotado, etc (BORGES e OLIVEIRA, 2000).
Avaliando cinco genótipos de banana, Faria (1997) ratificou diferenças nas
quantidades de nutrientes absorvidas entre os materiais, inclusive dentro do mesmo
grupo genômico.
2.1.7.4 Nitrogênio
A adubação mineral é indiscutivelmente um fator de produção agrícola
importante e, dos elementos minerais fornecidos via adubação química, o nitrogênio
é o que recebe maior atenção. Em razão da sua importância no crescimento e
desenvolvimento das plantas, é o nutriente que mais limita a produção das culturas
(MALAVOLTA, 1981) e o que tem maior interferência na composição da planta
(MARSCHNER, 1995), sendo, do ponto de vista quantitativo, o elemento mais
importante (RAIJ, 1981).
O nitrogênio é um dos componentes mais importantes na célula viva,
participando das funções vitais da planta como produção de nucleotídeos,
coenzimas e um grande número de outros compostos nos vegetais (MEYER et al.,
1983), tais como: aminas, amidas, aminoaçúcares, purinas e pirimidinas, alcalóides,
vitaminas, pigmentos e outros (MALAVOLTA et al., 1979 apud DECHEN et al.,
1995).
A principal fonte de nitrogênio é a matéria orgânica, embora pequenas
quantidades sejam fixadas (ALLISON, 1973; RUSSEL e RUSSEL, 1968). O
nitrogênio do solo encontra-se na forma orgânica em 95% ou mais, daí a sua baixa
disponibilidade, sendo somente uma pequena parte mineralizada pelos
microrganismos do solo durante o ciclo de determinada cultura (CAMARGO et al.,
1999).
O nitrogênio é absorvido predominantemente pelas raízes, nas formas de
amônio (NH
4
+
) e principalmente de nitrato (NO
3
-
). Também podem ser absorvidos o
N
2
(pelas leguminosas via nódulos radiculares), aminoácidos, amônia e uréia.
Normalmente o NO
3
-
é a fonte preferencial, mas a dependência da espécie vegetal e
23
alguns fatores ambientais devem ser considerados. Entre estes fatores destacam-se
o pH, a temperatura e o teor de carboidratos nas raízes (MARSCHNER, 1986;
MENGEL e KIRKBY, 1987). Malavolta et al. (1997) acrescentam que a absorção
deste elemento é feita quase na sua totalidade por fluxo de massa, na forma de NO
3
-
e NH
4
+
, embora a máxima absorção ocorra quando ambos estão presentes.
A bananeira não armazena nitrogênio, por isso, quando ela está com
deficiência deste nutriente, os sintomas logo aparecem (SILVA, J. T. A. da. et al.,
1999). O nitrogênio normalmente é o elemento cuja carência aparece mais cedo na
bananeira, podendo manifestar efeitos da carência ainda no primeiro mês e refletir
durante todo o ciclo da cultura (BENDEZÚ e GOMES, 1980).
O nitrogênio é o segundo elemento mais exigido pela cultura, sendo
superado apenas pelo potássio (SILVA, J. T. A. da. et al., 1999; SILVA et al., 2003).
Borges e Oliveira (2000) ratificam, quando citam que a bananeira é muito exigente
em nutrientes e, em ordem decrescente, absorve os seguintes elementos:
Macronutrientes: K > N > Ca > Mg > S > P. Micronutrientes: Cl > Mn > Fe > Zn > B >
Cu.
As fontes de nitrogênio mais utilizadas são a uréia (44% de N) e o sulfato
de amônio (20% de N). A primeira aplicação de nitrogênio deve ser feita cerca de 30
a 45 dias após o plantio. Em condições de sequeiro, o adubo deve ser aplicado
durante o período chuvoso. Sob irrigação, as aplicações devem ser parceladas
mensal ou quinzenalmente (SILVA, J. T. A. da. et al., 1999).
Avaliando o estado nutricional da bananeira ‘Prata-Anã’ em função da
aplicação de cinco doses de nitrogênio, Fontes et al. (2003) constataram que, com o
incremento das doses de nitrogênio, que variaram de 0 a 600 kg ha
-1
ano
-1
,
equivalentes a 0 a 540 g de N família
-1
ano
-1
, houve aumento de Mn, nas plantas da
primeira e segunda gerações, e diminuição do Cl, nas plantas da primeira geração.
No entanto, não provocou variação no teor de nitrogênio e nem dos demais
elementos, na folha analisada e, no primeiro ciclo de cultivo, não influenciou a altura
da roseta foliar e nem o intervalo entre o plantio e o florescimento. Observou-se
também, nesse experimento, que “houve diminuição na emissão de filhotes com o
incremento das doses de N”.
Nas regiões bananicultoras de todo o mundo, as doses de nitrogênio
recomendadas para a bananeira variam de 100 a 600 kg ha
-1
ano
-1
, dependendo do
solo e do clima de cada área (LOPEZ e ESPINOSA, 1995; SILVA et al., 2003). No
24
Oriente médio (Israel), Ásia (Índia e Formosa) e Austrália são empregados 110 a 600
kg ha
-1
ano
-1
de N; Na África (Costa do Marfim e Ilhas Canárias) são aplicados, por
ha ano, entre 300 e 800 kg de N (MALAVOLTA, 1993).
No Brasil, as recomendações de nitrogênio variam de 90 a 300 kg ha
-1
ano
-
1
(BORGES et al., 1997). Por outro lado, Borges e Oliveira (2000), afirmam que a
deficiência de nitrogênio pode ser corrigida com 50 a 300 kg do nutriente ha
-1
ano
-1
.
Malavolta (1993) cita que as doses anuais recomendadas por órgãos oficiais do
Brasil estão entre 111 e 266 kg N
-1
ha
-1
, dependendo dos teores do solo.
Na condução de viveiro de mudas de bananeira, em regime de irrigação,
Silva, C. R. de R. e. et al. (1999) recomendam a aplicação anual de 230 g e 360 g de
nitrogênio e potássio, respectivamente, em cobertura, por família, parceladas em 12
vezes, sendo, portanto, 10 g de N e 30 g de K
2
0 na primeira aplicação e 20 g de N e
30 g de K
2
0 nas demais. Sugerem ainda, que os adubos sejam colocados 10 a 15
cm de distância dos brotos laterais e, em solos arenosos, a adubação deverá ser
parcelada quinzenal ou semanalmente.
2.1.7.5 Boro
Embora a essencialidade do boro para o crescimento e desenvolvimento
de plantas seja bem conhecida, as suas funções principais ainda permanecem
desconhecidas (CAKMAK e RÖMHELD, 1997). O boro tem função no transporte de
açúcares e na síntese de ácidos nucléicos (MENGEL e KIRKBY, 1978) e tem um
papel importante na formação da parede celular da planta e, como conseqüência, é
crítico para o seu crescimento (MATOH, 1997). Este elemento participa dos
processos de divisão celular (SILVA, J. T. A. da. et al., 1999), organização e
funcionamento de membranas (POLLARD et al., 1977; TANADA, 1983), germinação
de grão de pólen e crescimento de tubo polínico (AGARWALA et al., 1981),
elongação celular, divisão e metabolismo de ácidos nucléicos (KOUCHI e
KUMAZAWA, 1976), metabolismo das auxinas (AIA), fenóis e lignificação da parede
(LEWIS, 1980) e transporte de auxinas (GAUCH, 1972; TANG e FUENTE, 1986).
Aparentemente, o boro em solução move-se para as raízes através do
fluxo massal, até que ocorra um equilíbrio entre as concentrações do nutriente nas
raízes e na solução. Em razão desta absorção passiva, quantidades tóxicas são
absorvidas pelos vegetais quando, na solução, a concentração de boro é alta
25
(MONTEIRO et al., 1995). O boro é absorvido pelos vegetais na forma de ácido
bórico ou de borato (MENGEL e KIRKBY, 1987).
Historicamente, o boro tem sido considerado em ter mobilidade limitada
somente no floema (OERTLI e RICHARDSON, 1970). É aceito que o boro, bem
como o cálcio, não são móveis ou têm mobilidade muito limitada no floema (RAVEN,
1980). A sua remoção do meio de crescimento freqüentemente resulta em rápida
inibição do crescimento da planta (LOOMIS e DURST, 1992). Como o boro não pode
ser prontamente redistribuído dentro da planta na maioria das espécies, até uma
breve interrupção de suprimento do nutriente do solo resulta na depressão do
crescimento e perda de produção, cuja extensão depende da duração de deficiência
e o estágio de crescimento da planta no qual ocorre (DELL e HUANG, 1997).
O boro é considerado móvel no floema apenas em espécies de plantas
que utilizam polióis (açúcares simples) como um metabólito fotossintético primário,
pois nessas espécies (macieiras e nectarinas, por exemplo) um complexo poliol-B-
poliol é formado nos tecidos fotossintéticos e transportado no floema para drenos
ativos, como meristemas vegetativos ou reprodutivos. Porém, o mesmo não ocorre
nas plantas (milho, por exemplo) que não produzem quantidades significativas de
polióis. Nessas, o boro é transportado pelo xilema, através do fluxo transpiratório,
até um determinado órgão da planta onde permanece imóvel, não se redistribuindo
para outras partes (BROWN e HU, 1998). O movimento do boro junto com o fluxo
transpiratório explica o fato de sintomas de deficiência ocorrerem nos pontos de
crescimento (RAVEN, 1980).
As diferenças no local de acúmulo de boro nas plantas, a qual é
determinada pela mobilidade do elemento no floema, determinam em quais tecidos
(jovens ou velhos) serão mais evidentes os sintomas de deficiência e de fitotoxidez
(YAMADA e LOPES, 1998). Portanto, em espécies em que o boro é imóvel e não se
redistribui das partes mais velhas da planta para tecidos meristemáticos (raízes ou
extremidades das partes aéreas), os sintomas de deficiência são observados
primeiramente nas partes mais jovens, sendo caracterizado pela interrupção do
crescimento das partes terminais e pela secagem de folhas novas (RAIJ, 1991).
Uma das mais rápidas respostas à deficiência de boro é a inibição ou
paralisação do crescimento dos tecidos meristemáticos da parte aérea e das raízes.
Gupta (1979) observou que é necessário um contínuo suprimento de boro para a
manutenção da atividade meristemática.
26
A carência de boro em bananeira promove a dificuldade de brotação de
mudas e deformações morfológicas nas folhas novas. Essas deformações são
limbos estreitos com ondulações nos bordos; às vezes, permanece somente a
nervura central. Promove ainda outros sintomas tais como necrose nas margens das
folhas sem clorose prévia, principalmente na ponta a qual se encarquilha, clorose
internerval e estrias perpendiculares às nervuras secundárias na face inferior e
aparecimento de muitos filhotes com os sintomas ainda mais acentuados. Em
carência aguda há paralisação do crescimento. Por outro lado, excesso de boro
pode acarretar, na folha, clorose marginal seguida de necrose (LAHAV, 1995).
Para suprir a falta desse micronutriente, podem ser aplicados, no primeiro
ano de produção, 5,0 kg de bórax/ha (equivalentes a 0,55 kg de B/ha) e, nos ciclos
seguintes, 1,0 kg de bórax/ha ou, por outra, corrigir a sua deficiência, aplicando-se
ao solo 10,0 a 20,0 g de bórax por planta, ou então com a pulverização das folhas na
concentração de 1,0 a 3,0 g de bórax por litro de água. Além do bórax (11% de B),
são citadas também, como fontes de boro, o ácido bórico e o FTE BR12 (17% e
2,17% de B, respectivamente) (BORGES e OLIVEIRA, 2000).
27
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização do experimento
Este experimento foi instalado em condições de campo no período de
junho de 2005 a fevereiro de 2006, em área do Setor de Agricultura do Centro de
Formação de Tecnólogos (CFT) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no
município de Bananeiras - PB, microrregião do Brejo Paraibano, localizado próximo
ao ponto de coordenadas geográficas de 6
o
46’ latitude sul e 35
o
38’ longitude oeste
de Greenwich (BRASIL, 1972).
3.2 Características do clima
A área do experimento se encontra a uma altitude de 552 metros.
Apresenta clima quente e úmido que, de acordo com a classificação de Köpen, é do
tipo As’, o qual corresponde ao clima submediterrâneo (BRASIL, 1972).
Os índices pluviométricos correspondentes ao período de execução do
experimento, 29/06/2005 a 13/02/2006, totalizaram 268 mm. As variáveis climáticas
ocorridas durante o período de aclimatização das mudas de bananeira mais o
período de realização do experimento estão condensadas na Tabela 1, cujos dados
foram obtidos no Posto Meteorológico do Escritório Regional da Emater de Solânea -
PB (distante cerca de 0,5 km da área experimental) e, por inexistência de dados,
nesse Posto, relativos à temperaturas e umidade relativa do ar, também foram
incluídos dados da Estação Agrometeorológica do Centro de Ciências Agrárias
(CCA) da UFPB, em Areia - PB, a qual dista, aproximadamente, 40 km da área
experimental.
28
Tabela 1. Características climáticas do período de aclimatização das mudas (abril
a 28 de junho/2005) e do período experimental (29 de junho/2005 a 13
de fevereiro/2006)
Temperaturas
Máxima
Média
Compensada
Mínima
Precipitação
pluvial
Umidade
relativa do
ar
Mês/Ano
(°C) (mm) (%)
abr./2005
maio/2005
jun./2005
jul./2005
ago./2005
set./2005
out./2005
nov./2005
dez./2005
jan./2006
fev./2006
28,9
26,4
23,6
24,1
23,9
25,9
27,9
29,4
29,1
29,8
30,0
25,2
23,4
21,6
20,5
21,2
22,4
23,8
24,8
25,8
25,1
25,5
21,5
20,4
19,6
18,5
18,2
18,6
19,2
19,8
20,3
20,2
21,0
0,0
189,8
355,4 *
72,1
129,0
13,6
5,5
0,0
27,1
3,4
0,0 **
84
88
93
85
90
84
77
77
78
76
77
Fontes: Estação Agrometeorológica do CCA/UFPB, Areia - PB (Temperaturas máxima, média e
mínima e Umidade Relativa do ar); Posto Meteorológico do Escritório Regional da EMATER,
Solânea - PB (Precipitação pluvial).
Obs.: * A partir do dia do plantio das mudas (29.06.2005), na área experimental, até o dia
30.06.2005 a precipitação pluvial foi de apenas 17,3 mm. Este valor somado às
precipitações dos meses subseqüentes (até 13.02.2006), resultou em 268 mm de chuvas
ocorridas durante o período do experimento.
** A Precipitação pluvial relativa ao mês de fevereiro de 2006 (igual a zero), refere-se ao
período compreendido entre 01 e 13.02.2006 (data da última coleta de perfilhos para
análises e avaliações).
3.3 Características do solo
O solo da área experimental corresponde a um Latossolo Amarelo
Distrófico (EMBRAPA, 1999). Apresenta relevo suave ondulado, perfil muito
profundo, bem drenado, com capacidade de retenção de umidade moderada e
classe textural franco-argilo-arenosa.
Antes do preparo do solo para implantação do experimento, em março de
2005, foram coletadas amostras compostas às profundidades de 0 a 20 cm e de 20
29
a 40 cm utilizando-se um trado “holandês”. As análises químicas e físicas do solo
foram realizadas no Laboratório de Solos do CCA/UFPB, Areia - PB, cujos
resultados estão apresentados nas Tabelas 2, 3 e 4.
Tabela 2. Características químicas do solo da área experimental, nas profundidades
de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm
Profundidade pH P S-SO
4
-2
K
+
Na
+
H
+
+ Al
+3
Al
+3
Ca
+2
Mg
+2
SB CTC M.O. V
1
H
2
O
--cm-- (1:2,5) ------------------------------------cmol
c
/dm
3-
-------------------------------- -g/kg- -%-
0-20 6,2 0,06 0,03 0,20 0,12 2,48 0,00 3,75 1,55 5,62 8,10 37,89 69,38
20-40 5,0 0,01 0,13 0,19 0,10 4,79 0,50 0,85 0,75 1,89 6,68 19,05 28,29
P, K, Na : Extrator Mehlich 1;
H + Al : Extrator Acetato de Cálcio 0,5 M, pH 7,0;
Al, Ca, Mg : Extrator KCl 1M;
SB : Soma de Bases Tocáveis. SB = K
+
+ Ca
+2
+ Mg
+2
+ Na
+
;
CTC : Capacidade de Troca Catiônica. CTC = SB + H
+
+ AL
+3
(CHAPMAN, 1965);
M.O. : Materia Orgânica – Walkley-Black;
V
1
(%) :Saturação em bases do solo. V
1
(%) = SB/CTC x 100.
Tabela 3. Teores de micronutrientes no solo da área experimental, nas
profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm
Profundidade B Fe Cu Mn Zn
---cm--- ------------------------------------mg/kg---------------------------------------
0-20 0,17 43,04 1,04 29,36 15,62
20-40 0,52 42,97 0,11 3,81 14,85
30
Tabela 4. Características físicas do solo da área experimental, nas profundidades de
0 a 20 cm e de 20 a 40 cm
Areia Silte Argila Argila Grau de Densidade Densidade Porosidade
Profundidade Grossa Fina dispersa floculação do solo de partícula total
--cm-- ---------------------------g/kg------------------------ ------------g/cm
3
----------- --m
3
/m
3
--
0-20 408 197 41 354 51 856 1,31 2,60 0,50
20-40 324 191 69 416 82 803 1,23 2,61 0,53
3.4 Origem e aclimatização das mudas
3.4.1 Origem
Para implantação do experimento, foram utilizadas mudas (plantas
matrizes) de bananeira da cultivar Pacovan (Musa sp. AAB, subgrupo Prata),
originárias de cultura de tecidos de ápices caulinares e adquiridas, com cerca de 6 a
7 cm de altura, junto à Empresa privada “PAN-FLORA”, em Fortaleza, Ceará. Foram
transportadas para o local do experimento na forma de raiz nua, acondicionadas em
caixa de isopor.
3.4.2 Aclimatização
A etapa intermediária entre o Laboratório e o plantio das mudas no
campo, denominada de “aclimatização”, foi conduzida em dois viveiros, no Setor de
Agricultura do CFT/UFPB, em Bananeiras - PB, os quais estão a cerca de 250 m de
distância da área experimental. Ao chegarem, as mudas de bananeira foram
repicadas para sacos plásticos pretos de 20 cm de diâmetro x 30 cm de altura,
sanfonados e perfurados em seu terço inferior, contendo substrato peneirado e
solarizado (KATAN et al., 1976; RICCI et al., 1999) e sem fertilizantes químicos. O
mesmo foi preparado com terra argilo-arenosa de superfície mais composto orgânico
vegetal, na proporção, respectivamente, de 3:1, pesando em torno de 4,50 kg saco
-1
,
antes de ser regado. A repicagem foi efetuada ao entardecer, estando o substrato
úmido e as mudas túrgidas, com aproximadamente 6 a 7 cm de altura.
31
O tempo de aclimatização das mudas foi de 81 dias, sendo um período de
61 dias sob telado, com 50% de luminosidade, e outro de 20 dias em viveiro a céu
aberto, para completarem o seu “endurecimento”, até o plantio no campo.
Durante o desenvolvimento das mudas, foi feita uma adubação em
cobertura, via solo, aos 42 dias, aplicando-se por planta, em círculo e bem nas
bordas dos recipientes, uma mistura composta por 2,5 g de uréia, 4,0 g de
superfosfato simples e 1,2 g de cloreto de potássio. Com o objetivo também de
fornecer nutrientes, realizou-se quatro adubações via aplicação foliar, a alto volume,
sendo as duas primeiras com uréia mais sulfato de magnésio (2,5 g + 2,5 g,
respectivamente, para cada litro de água); uma com uréia mais sulfato de zinco (3,0
g + 2,0 g, respectivamente, para cada litro de água); e a última com sulfato de cobre
mais cal hidratada (2,5 g + 5,0 g, respectivamente, para cada litro de água). A
primeira aplicação (uréia + sulfato de magnésio) foi efetuada aos 35 dias após a
repicagem e todas a intervalos de aproximadamente 15 dias.
Inspeções fitossanitárias, nas mudas ainda em viveiro, eram realizadas
quase que diariamente e, em algumas ocasiões, foram capturadas manualmente e
destruídas várias lagartas desfolhadoras e pequenos gafanhotos.
Irrigações periódicas, seis capinas e algumas escarificações manuais
foram executadas, com o objetivo de manter o substrato úmido, livre de ervas
infestantes e arejado. Nos primeiros 15 dias de aclimatização as regas eram mais
freqüentes, porém usando-se uma menor lâmina de água. Foram inicialmente
executadas com pulverizador costal manual, para simular uma nebulização sobre as
folhas, em intervalos de aplicação de aproximadamente uma hora, os quais foram
sendo elastecidos a medida em que os dias se passavam. Posteriormente, passou-
se a utilizar o sistema de irrigação por microaspersão, a intervalos menos
freqüentes, dependentes da ocorrência de chuvas.
3.5 Delineamento experimental
O experimento foi instalado de acordo com o delineamento em blocos
casualizados, com quatro blocos e nove plantas matrizes por parcela (composta por
três linhas com três plantas cada), sendo duas plantas úteis (na linha central) por
unidade experimental. Os fatores avaliados foram doses de nitrogênio (N) e de boro
(B) combinados de acordo com a matriz experimental Composto Central de Box,
32
originando nove combinações (Quadro 1), as quais foram combinadas fatorialmente
com dois tipos de poda no pseudocaule: poda a 10 cm acima da superfície do solo e
sem poda, totalizando 18 tratamentos.
Quadro 1. Níveis e doses de Nitrogênio (N) e de Boro (B) combinados de
acordo com a matriz experimental Composto Central de Box
Níveis Doses (g/planta ou família)
N B N B
-1 -1 35 0,32
-1 1 35 1,88
1 -1 205 0,32
1 1 205 1,88
-1,41 0 0 1,1
0 -1,41 120 0
1,41 0 240 1,1
0 1,41 120 2,2
0 0 120 1,1
3. 6 Implantação do experimento e manejo da cultura no campo
3.6.1 Preparo do solo e adubações
O solo da área experimental, o qual não era cultivado com a cultura da
bananeira por mais de 10 anos, estava em pousio por mais de 12 meses quando foi
arado e gradeado no mês de março e novamente em maio de 2005. Em seguida,
marcou-se as covas no terreno e as mesmas foram abertas com enxadecos, 30 dias
antes do plantio, nas dimensões de 40,0 cm x 40,0 cm x 40,0 cm (ALVES e LIMA,
2000a; BELALCÁZAR CARVAJAL et al., 1991; BORGES et al., 1994), obedecendo
espaçamentos de viveiro de 1,5 x 1,5 m (SILVA, C. R. de R. e. et al., 1999), em
33
configuração quadrangular (SOTO BALLESTERO, 1992). Cada bloco e suas
respectivas unidades experimentais foram constituídos por três linhas de plantio.
A terra escavada na abertura das covas, proveniente das camadas
superficial (0 a 20 cm) e inferior (20 a 40 cm) do solo, foi posta, em montículos, um
de cada lado da cova, para, após misturados em separado e respectivamente com
os fertilizantes minerais de fundação (P
2
O
5
+ K
2
O) e o calcário + esterco, serem
repostos para dentro das respectivas covas de forma invertida (ALVES et al., 1986).
Nessa adubação de fundação, executada 20 dias antes do plantio da
bananeira, foram aplicadas 715 g cova
-1
de calcário dolomítico (PRNT 65%) mais 5,0
L cova
-1
de esterco bovino curtido, misturados ao solo da camada de 20 a 40 cm.
Juntos com o solo da camada superficial, foram aplicadas 80 g cova
-1
de P
2
O
5
, na
forma de superfosfato simples, mais 40 g cova
-1
de K
2
O, na forma de cloreto de
potássio.
A aplicação do calcário, a adubação mineral de fundação (P
2
O
5
+ K
2
O) e
as de cobertura com o potássio foram realizadas de acordo com a recomendação de
calagem e adubação respaldada na interpretação dos resultados das análises
químicas do solo (Tabela 2). Entretanto, as doses de nitrogênio e de boro não foram
aplicadas baseando-se nessas análises, haja vista esses elementos fazerem parte
deste estudo como fatores avaliados.
A quantidade de calcário aplicada foi determinada com base nos
resultados das análises químicas do solo relativas à profundidade de 20 a 40 cm
(Tabela 2). Usou-se o método para recomendação de calagem baseado na elevação
da saturação por bases do solo, pretendendo-se elevar essa saturação (e,
conseqüentemente, o pH e diminuir a saturação em alumínio) ao valor desejado (V
2
)
de 60%, pois, para a cultura da bananeira, este valor está dentro da faixa de valores
de saturação por bases mais adequada que é de 60 a 70%. Fórmula aplicada:
Calcário, em t/ha = (V
2
-V
1
) x CTC / PRNT (RAIJ et al., 1992 apud VITTI e
PROCHNOW, 1995).
Devido à falta de calcário calcítico (o mais recomendável, neste caso), no
mercado regional, usou-se calcário dolomítico. Esta aplicação foi feita na cova, em
face da inexistência de um distribuidor de calcário que fizesse uma uniforme
distribuição desse corretivo, no solo da área experimental. Para tanto, dividiu-se o
total determinado por ha (2120 kg de calcário com PRNT 100% = 3180 kg de
34
calcário com PRNT 65%) pelo número total de covas por ha (4445 covas, nos
espaçamentos de 1,5 m x 1,5 m), resultando, aproximadamente, em 715 g cova
-1
.
Fracionou-se em duas parcelas iguais, aos 78 e 117 dias após o plantio,
as 220 g planta
-1
ou família
-1
restantes do K
2
O recomendado (para cobertura) para
formação da bananeira. Utilizou-se a enxada para incorporar o cloreto de potássio,
aplicado em círculo e a 20 cm de distância da base do pseudocaule,
concomitantemente com as aplicações das doses estudadas de nitrogênio + boro
(segunda adubação em cobertura) e nitrogênio (terceira adubação em cobertura).
Antes do esterco bovino, ser aplicado em fundação, coletou-se uma
amostra composta do mesmo (com auxílio de um trado “holandês”) a qual foi
embalada em sacola plástica, etiquetada e enviada ao Laboratório de Análises de
Plantas e Tecidos Vegetais do CCA/UFPB onde foram feitas as análises químicas.
Os resultados estão apresentados no Quadro 2.
Quadro 2. Características químicas do esterco bovino aplicado na adubação de
fundação da bananeira
C N P K Ca Mg S B
----------------------------------------g/kg------------------------------------------ -- mg/kg--
14,29 8,75 3,47 3,01 10,95 5,28 3,13 22,99
3.6.2 Plantio e tratos culturais
As mudas (plantas matrizes) de bananeira foram plantadas, em solo
úmido, com torrão aderido às raízes, no dia 29 de junho de 2005, quando
apresentavam cerca de 30 a 35 cm de altura. Foram conduzidas durante um mês
sob condições de irrigação, com regador manual, a intervalos de aproximadamente 5
dias (a depender da ocorrência de chuvas), aplicando-se 10 L de água por planta em
cada ocasião. Posteriormente, regas suplementares passaram a ser realizadas com
auxílio de um sistema localizado de irrigação (microaspersão), haja vista que no final
do período chuvoso houve ocorrência de chuvas irregulares (Tabela 1). Ao chegar o
35
período seco, as regas tornaram-se mais freqüentes (devido os baixos índices de
precipitação, conforme descritos na Tabela 1), mas ainda aquém da estimativa de
consumo da bananeira nas condições brasileiras, 100 a 150 mm/mês (LIMA e
MEIRELES, 1986 apud OLIVEIRA et al., 2000).
Por motivo do então escasso volume de água acumulado para irrigação,
só foi possível aplicar, via microaspersão, aproximadamente 220 mm de água (bem
distribuídos) no período de 10.10.2005 a 11.02.2006 (dois dias antes de ser
efetuada a última coleta de perfilhos), o que equivale à média de apenas 55 mm/mês
(irrigados), no período supracitado.
As ervas infestantes foram controladas manualmente com o uso da
enxada (BORGES et al., 1994; ALVES e LIMA, 2000b). Foram executadas sete
capinas, sendo as duas primeiras em coroa (nos primeiros 47 dias após o plantio),
obedecendo a projeção da copa, e as demais em faixa contínua, a intervalos de 33
dias, aproximadamente (SEEYAVE e PHILLIPS, 1970 apud DURIGAN, 1984).
Duas desfolhas foram efetuadas nas plantas matrizes, com uso de faca
desinfetada com água clorada, aos quatro e seis meses após o plantio, eliminando-
se, através de corte do pecíolo rente ao pseudocaule, e de baixo para cima, as
folhas secas, mortas e aquelas cujo pecíolo estavam quebrados ou dobrados para
baixo (BELALCÁZAR CARVAJAL et al., 1991; BORGES et al., 1994; MANICA, 1997;
MOREIRA, 1987, 1999).
Inspeções fitossanitárias eram realizadas duas vezes por semana. Com o
objetivo de controlar a broca do rizoma (Cosmopolites sordidus (Germ.)), algumas
capturas, com eliminação do inseto adulto por esmagamento, foram feitas através do
uso de iscas atrativas tipo “telha” (BORGES et al., 1994; FANCELLI, 2000;
FANCELLI e MESQUITA, 2000; MANICA, 1997; MARTINEZ, 1975; MOREIRA,
1981, 1999), sem inseticidas e trocadas cada 12 dias, utilizando-se pedaços de
pseudocaule oriundos de outros plantios de bananeira.
3.7 Adubações aplicadas e poda
3.7.1 Adubações
As adubações estudadas foram todas aplicadas em cobertura, via solo,
com nitrogênio (N) e boro (B), sendo as fontes dos mesmos a uréia e o ácido bórico,
36
respectivamente. Esses fertilizantes, com auxílio de enxadas, foram incorporados
superficialmente no solo após serem aplicados em faixa circular com cerca de 10 cm
de largura, na primeira adubação em cobertura (aos 40 dias), e 20 cm de largura,
nas demais, e a uma distância aproximada de 20 cm da base do pseudocaule da
planta matriz e, ou da brotação lateral (BORGES e OLIVEIRA, 2000).
As doses foram fracionadas em quatro e duas parcelas iguais, para o N e
o B, respectivamente. A primeira parcela (25% do N e 50% do B) foi aplicada aos 40
dias após o plantio das mudas na área experimental; a segunda (25% do N e 50%
do B), aos 78 dias; a terceira (25% do N), aos 117 dias; e a quarta (25% do N), aos
148 dias. A Tabela 5 resume o cronograma das atividades relativas às adubações
estudadas, poda do pseudocaule com eliminação da gema apical do rizoma e
coletas de perfilhos ou rebentos para análises e avaliações.
37
3.7.2 Poda
Com o objetivo de quebrar a dominância apical, favorecendo a brotação
lateral e produção de mudas, fez-se, com uso de uma faca desinfetada com água
clorada, aos 151 dias após o plantio (seis dias após a primeira coleta de perfilhos e
três dias após o último parcelamento - do N - em cobertura (Tabela 5), a poda no
pseudocaule das plantas matrizes correspondentes aos tratamentos com poda (em
“bisel” e a 10 cm acima do nível superficial do solo) (SILVA, C. R. de R. e. et al.,
1999). Imediatamente após essa poda, foi feita a eliminação da gema apical de
crescimento do rizoma, com auxílio da ferramenta denominada “lurdinha” (ALVES e
MACEDO, 1986; ALVES et al., 1986; BORGES et al., 1994; MOREIRA, 1981, 1987,
1999), desinfetada também com água clorada.
Tabela 5. Cronograma das atividades relativas às adubações aplicadas, poda do
pseudocaule com eliminação da gema apical do rizoma e coleta de
perfilhos para análises e avaliações
Atividades Dias após
o plantio
Primeira adubação em cobertura (N + B) 40
Segunda adubação em cobertura (N + B) 78
Terceira adubação em cobertura (N) 117
Primeira coleta de perfilhos (avaliou-se apenas o número de perfilhos) 145
Quarta adubação em cobertura (N) 148
Poda do pseudocaule com eliminação da gema apical do rizoma 151
Segunda coleta de perfilhos 173
Terceira coleta de perfilhos 201
Quarta coleta de perfilhos 229
38
3.8 Coleta dos perfilhos ou rebentos
Com auxílio de cavador (“ferro de cova”), desinfetado com água clorada, e
de régua graduada em mm, foram separados da planta matriz (coletados), na data
programada para cada coleta aqueles perfilhos ou rebentos com altura igual ou
superior a 15,0 cm, determinada entre a distância da superfície do solo ao ponto de
interseção das duas últimas folhas (SANTOS, 2002). Com intervalos de 28 dias,
foram realizadas quatro coletas: aos 145; 173; 201; e 229 dias após o plantio
(Tabela 5).
Já separados da planta matriz, através de corte bem rente a mesma, os
rizomas foram lavados com água e, com uso de canivete, descorticados. Após
embalados em sacolas plásticas etiquetadas, os perfilhos foram transportados, em
caixas de isopor, para o Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos do
CFT/UFPB, onde foi dado início às análises.
3.9 Características avaliadas
3.9.1 Características vegetativas
Nos perfilhos coletados aos 145 dias após o plantio (primeira coleta), foi
avaliado apenas o número de perfilhos produzidos. Naquela oportunidade ainda não
havia sido feito o último parcelamento de nitrogênio em cobertura e nem a poda com
eliminação da gema apical do rizoma (Tabela 5).
Quando todas as atividades relativas aos tratamentos já haviam sido
concluídas (Tabela 5), foram avaliadas, nos perfilhos coletados aos 173; 201; e 229
dias após o plantio, as seguintes características: número de perfilhos; altura do
pseudocaule; diâmetro do rizoma; e peso da matéria seca foliar.
O número médio de perfilhos produzidos por planta matriz, por cada
tratamento, foi obtido contando-se os perfilhos “desmamados” (coletados) das
plantas úteis e dividindo o resultado desta contagem por dois, que é o número de
plantas matrizes úteis na parcela.
A altura média do pseudocaule desses perfilhos foi obtida somando-se,
por cada tratamento, as alturas de todos os perfilhos coletados das duas plantas
úteis e dividindo o resultado desta soma pelo número total de perfilhos coletados
39
nessas plantas úteis. A altura do pseudocaule foi determinada, com auxílio de régua
graduada em mm, entre a distância da base do pseudocaule e o ponto de interseção
das duas últimas folhas. Compreende-se como base do pseudocaule, a região
limítrofe entre a base das bainhas foliares externas e a região superior do rizoma,
onde essas bainhas estão inseridas. Essa medida foi tomada pelo lado do corte de
“desmame”, isto é, o lado em que o rizoma do perfilho estava aderido à planta
matriz.
O diâmetro médio do rizoma desses perfilhos foi obtido somando-se, por
cada tratamento, os diâmetros de todos os rizomas dos perfilhos coletados das duas
plantas úteis e dividindo o resultado desta soma pelo número total de perfilhos
coletados nessas plantas úteis. O diâmetro do rizoma foi determinado, com auxílio
de um paquímetro de aço, entre a distância de um pólo a outro, tomada essa medida
aproximadamente no centro do terço médio transversal (horizontal) do rizoma.
O peso médio da matéria seca foliar desses perfilhos foi obtido somando-
se, por cada tratamento, as pesagens de matéria seca foliar referentes a todos os
perfilhos coletados das duas plantas úteis e dividindo o resultado desta soma pelo
número total de perfilhos coletados nessas plantas úteis. Esse material vegetal
(folhas) foi picado com estiletes, acondicionado em sacos de papel e posto para
secar, até peso constante, em estufa de circulação e renovação de ar a temperatura
de 65ºC, no Setor de Avicultura do CFT/UFPB.
3.9.2 Determinação de clorofila e teores foliares de nutrientes
Os teores foliares de clorofila total foram avaliados nos perfilhos coletados
aos 201 e 229 dias após o plantio. Avaliou-se, também, na matéria seca foliar
desses perfilhos, os teores de N, P, K, Ca, Mg e B, tomando-se para análises uma
amostra composta com material dessas duas coletas.
A clorofila foi determinada pelo método de ARNON (1949), no Laboratório
de Controle de Qualidade de Alimentos do CFT/UFPB. Para essa finalidade, foram
utilizadas amostras frescas compostas de tecidos do terço médio do limbo das folhas
de número 2; 3; e 4 dos perfilhos coletados, contadas depois da “vela” ou “cartucho”.
Quando o material dessas folhas era escasso para determinar o teor de clorofila,
usava-se também material de outras folhas, dando preferência sempre as mais
próximas daquelas.
40
Na obtenção do extrato de clorofila, adicionou-se 10 ml de acetona a 80%
quando a amostra pesava igual ou mais que uma grama. Quando este peso era
menor que uma grama, foram adicionados apenas 5 ml. Utilizou-se,
respectivamente, balança analítica e espectrofotômetro para pesagem das amostras
e leitura da solução cuja diluição foi 0,2 ml do extrato + 0,8 ml de acetona a 80%.
Com o objetivo de realizar a determinação de nutrientes na matéria seca
foliar, o material vegetal (folhas dos perfilhos) foi secado, até peso constante, em
estufa de circulação e renovação de ar a temperatura de 65ºC, no Setor de
Avicultura do CFT/UFPB. Após secagem, esse material foi moído em moinho tipo
Wiley com peneira de 40 Mesh, no Laboratório de Análises de Plantas e Tecidos
Vegetais do CCA/UFPB, onde se processou também a determinação de nutrientes.
Utilizou-se amostra composta de matéria seca proveniente do terço médio do limbo
das folhas de número 2, 3 e 4 (contadas depois da “vela”), excluindo-se a nervura
central. Quando o material dessas folhas era escasso para a determinação de
elementos, usava-se também material de outras folhas, dando sempre preferência
às mais próximas daquelas.
Após a digestão sulfúrica, o N-orgânico foi dosado pelo método de
Kjeldahl (TEDESCO et al., 1995). Para a determinação dos demais macroelementos,
foi utilizada digestão nítrico-perclórica (JOHNSON e ULRICH, 1959). O fósforo foi
dosado em espectrofotômetro numa alíquota do extrato após adição de molibdato de
amônio e ácido aminonaftolsulfônico. O potássio foi dosado em fotômetro de chama
após diluição do extrato, ajustando-se a sensibilidade do aparelho com os padrões
adequados conforme as amostras. O cálcio e o magnésio foram determinados por
espectrofotometria de absorção após diluição do extrato e adição de lantânio (La) ou
estrôncio (Sr) em solução ácida. O boro foi determinado por colorimetria
(colorimétrico-azometina H) (TEDESCO et al., 1995).
3.10 Análise estatística
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e de regressão.
Os efeitos do N e do B foram avaliados mediante regressão polinomial, enquanto os
efeitos das podas foram avaliados pelo teste F. Em face da heterogeneidade das
41
variâncias, transformou-se os dados referentes à variável número de perfilhos em
1+X
.
42
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Número de Perfilhos
Constatou-se efeito significativo de poda sobre o número de perfilhos
produzidos por planta matriz, aos 173, 201 e 229 dias após o plantio. Não foi
verificada influência significativa da combinação N e B nem da interação entre N e B
e poda (Tabela 1, Anexos).
Não foi constatada, em plantas sem poda, influência significativa das
doses de N nem de B sobre o número de perfilhos (Tabela 2, Anexos). Em plantas
podadas, houve efeito significativo de N apenas aos 201 dias após o plantio e de B,
aos 229 dias, sobre o número de perfilhos.
Pela Figura 1, observa-se que a partir de 173 dias após o plantio, as
plantas podadas produziram significativamente mais perfilhos do que as plantas não
podadas. O maior número de perfilhos foi observado aos 173 dias após o plantio, em
plantas podadas.
1,2
1,0
1,2
2,2
1,8
1,4
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
173 201 229
Dias após o plantio
Perfilhos (Un./planta
)
Sem poda Com poda
a
b
a
b
b
a
Médias com letras diferentes diferem significativamente, em cada período pós-
plantio (F, P < 0,01) e (F, P < 0,05; aos 229 dias após o plantio).
Figura 1. Número de perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’,
com e sem poda, em três períodos pós-plantio.
Perfilhos (un./planta)
43
O maior número de perfilhos produzido pelas plantas podadas em relação
às não podadas ratifica a hipótese do controle hormonal de desenvolvimento de
gemas laterais pelo meristema apical, sendo a auxina o principal hormônio envolvido
nesse processo (DEBIASI et al., 2000). Trata-se, possivelmente, do ácido
indolacético, sintetizado na região apical e transportado para os meristemas laterais
(AWAD e CASTRO, 1983). A dominância apical se manifesta por inibição do
crescimento das gemas axilares, ou laterais, pela presença da gema apical, sendo
os meristemas apicais e folhas jovens os principais sítios de síntese de auxinas na
parte aérea da planta, ocorrendo uma ação indireta na dominância de gemas e
brotos (PHILIPS, 1969).
Por outro lado, a retirada da gema apical possivelmente resultou no
aumento da disponibilidade de citocininas nos meristemas laterais (AWAD e
CASTRO, 1983). As citocininas são indispensáveis para quebrar a dominância apical
e induzir a proliferação de gemas axilares (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998). A
maior relação auxina/citocinina tende a formar brotos apicais e, a relação
citocinina/auxina sendo maior, há tendência a formar brotos laterais (CLINE, 1994).
A forte dominância apical da bananeira é eliminada quando faz-se a
decepa ou poda da planta principal, diminuindo o teor de auxinas. Enquanto a planta
principal não florescer ou não for decapitada, a citocinina produzida no ápice das
raízes dirige-se para o ápice principal (DANTAS e PEREIRA, 1988). Isso poderia
provocar uma deficiência de citocinina nas gemas laterais (AWAD e CASTRO,
1983). Essa remoção da porção apical resultaria em uma rápida retomada da divisão
celular (AWAD e CASTRO, 1983) e do crescimento vigoroso dos meristemas laterais
(HILLAMAN, 1984).
Para número de perfilhos produzidos por planta podada, aos 201 dias
após o plantio, pode-se verificar que foi significativa a regressão linear (Figura 2),
indicando que à medida que aumentaram as doses de N, maiores foram os valores
para produção de perfilhos por planta, cujo incremento foi de 0,002 perfilhos por
cada 1 g planta
-1
de N adicionada ao solo.
44
y = 1,5057 + 0,002*x
R
2
2
= 0,772
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
0
60 120 180
240
N (g/planta)
Perfilhos
un./
lanta
*: Significativo a 5% pelo teste F.
Figura 2. Efeito de doses de nitrogênio sobre o número de
perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’,
com poda, aos 201 dias após o plantio.
Esses resultados são compatíveis com relatos de vários autores, tais
como Silva, J. T. A. da.
et al. (1999) e Borges e Oliveira (2000), os quais afirmam
que o N é o segundo elemento mais importante para a bananeira e favorece a
emissão e o crescimento de filhotes ou rebentos. A despeito disso, Fontes
et al.
(2003) obtiveram resultados contraditórios, concluindo que “houve diminuição na
emissão de filhotes com o incremento das doses de N”.
Contando também com os perfilhos produzidos na primeira coleta,
efetuada aos 145 dias após o plantio (Tabela 5) e cuja produção foi de 1,2 perfilhos
por planta matriz, os tratamentos “com” poda produziram, em média, 6,6 perfilhos
por planta após 229 dias (7,6 meses) do plantio, ou seja, cumulativamente nas
quatro coletas realizadas, aos 145, 173, 201 e 229 dias. Já os tratamentos sem
poda, produziram, no mesmo período, apenas 4,6 perfilhos por planta.
Vale notar que, na avaliação feita aos 145 dias, as plantas matrizes dos
tratamentos “com” poda ainda não tinham sido podadas e nem eliminados os seus
respectivos meristemas apicais do rizoma, fatos que, se previamente executados,
provavelmente teriam resultado em maior número de perfilhos emitidos, conforme os
resultados desta pesquisa a partir de 173 dias após o plantio (Figura 1; Tabela 1,
45
Anexos), além dos relatos citados na literatura especializada sobre dominância
apical. Ainda aos 145 dias após o plantio, também não havia sido executado o
quarto (último) parcelamento da adubação, com N, o qual foi feito aos 148 dias
(Tabela 5).
Portanto, aos 145 dias após o plantio, não foi verificado efeito de poda
sobre o número de perfilhos, até porque a poda só veio a ser efetuada aos 151 dias,
conforme pode ser observado na Tabela 5. Os valores desta variável, produzidos
pelos tratamentos “com” e sem poda, naquela primeira avaliação, foram
rigorosamente iguais, totalizando, em média, 1,2 perfilhos por planta.
Os resultados desta pesquisa referentes ao número de perfilhos
produzidos por planta matriz da bananeira ‘Pacovan’, nos tratamentos com poda (e
eliminação da gema apical do rizoma), estão em consonância com relatos e
resultados obtidos por vários autores, em trabalhos com propagação rápida
in vivo
da bananeira, a saber: De Langle (1961) obteve, em seis meses, uma produção de
seis a oito mudas de 20 a 30 cm de altura com a variedade Bosua, após ter
decepado o pseudocaule ao nível do solo e eliminado a gema apical do rizoma.
Behairy (1985) obteve máxima produção efetuando cortes a 20 cm da base do
rizoma, produzindo, após 10 meses, uma média de 5,9 mudas por planta matriz.
Trabalhando com propagação rápida sob condições de cobertura com tela
plástica, com 50% de luminosidade, Menegucci (1993) conseguiu 8,7 mudas por
rizoma, com a cultivar Prata. Gottardi (1996), praticando ferimentos no meristema
apical, com dois golpes em cruz a uma profundidade de aproximadamente 2 cm,
obteve de duas a 10 plantas por rizoma.
Vários outros autores conseguiram, através da propagação rápida
in vivo,
obter resultados melhores ou mais discretos que os desta pesquisa, lembrando que,
além das especificidades da metodologia usada por cada um, adubações e
condições edafoclimáticas locais, entre outras, existe o importante fator, variedade, o
qual, segundo constatações de vários autores (DANTAS
et al., 1986; FARIA, 1997;
SILVA, G. D. da., 2000; SILVA
et al., 2000), apresenta diferenças de performance na
emissão de rebentos ou perfilhos.
Estudo sobre a propagação da bananeira através de morfogênese indireta
in vivo resultou em número médio de 5,0; 4,0; 5,2; 5,0; 4,1; e 4,1 rebentos por
rizoma, após 150 dias, respectivamente, para as variedades Nanicão, Pioneira,
Maçã, Prata-Anã, Fhia-1 e Fhia-18, ratificando, assim, a existência de variedades
46
mais eficientes que outras, em relação à produção de mudas. Constatou-se também
que a primeira brotação, além de ser menos trabalhosa, resultou em uma maior
produção de rebentos (SILVA, G. D. da, 2000).
Em plantas com poda, aos 229 dias após o plantio, o B exerceu influência
linear decrescente sobre o número de perfilhos produzidos por planta, diminuindo o
número de perfilhos com o aumento das doses de B aplicadas (Figura 3).
Y = 1,53 - 0,156*X
R
2
= 0,557
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
0,00 0,55 1,10 1,65 2,20
B (g/planta)
Perfilhos (Un./planta)
*: Significativo a 5% pelo teste F.
Figura 3. Efeito de doses de boro sobre o número de
perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’,
com poda, aos 229 dias após o plantio.
4.2 Altura do Pseudocaule dos perfilhos
Pelos resultados da análise de variância (Tabela 3, Anexos), verificou-se
efeito significativo de poda sobre a altura do pseudocaule dos perfilhos de plantas de
bananeira cultivar Pacovan, aos 173, 201 e 229 dias após o plantio. Não houve
efeito significativo da combinação N e B em nenhum período pós-plantio estudado.
Todavia, foi constatada interação significativa entre N e B e poda, indicando que
ambos os fatores atuaram dependentemente sobre esta variável, aos 173 e 201 dias
após o plantio. Aos 229 dias não foi constatada interação entre N e B e poda.
47
Houve efeito significativo de B sobre a altura do pseudocaule dos perfilhos
de plantas sem poda, apenas aos 229 dias após o plantio. Nas plantas com poda,
houve efeito significativo das doses de B apenas aos 201 dias. Não foi constatada
influência de doses de N em nenhum dos períodos avaliados (Tabela 4, Anexos).
Avaliando o estado nutricional e algumas características vegetativas de
crescimento da bananeira ‘Prata-Anã’, Fontes
et al. (2003) também constataram
que, o incremento das doses de nitrogênio, que variaram de 0 a 540 g de
N/família/ano, não influenciou a altura da roseta foliar, no primeiro ciclo de cultivo
dessa variedade. Tais resultados são compatíveis com os obtidos por Santos (2002)
quando verificou, no município de Areia - PB, que o incremento de N nas doses de
adubação da bananeira ‘Pacovan’ não resultaram em diferenças na altura do
pseudocaule de plantas adultas, nos primeiro e segundo ciclos de produção.
Na Figura 4, observa-se que, a partir de 173 dias após o plantio, os
perfilhos das plantas de bananeira ‘Pacovan’ com poda apresentaram pseudocaule
com maior altura do que os perfilhos das plantas sem poda. A maior altura do
pseudocaule dos perfilhos, 43 cm, foi observada aos 173 dias após o plantio, em
plantas com poda.
30,7
29,0
20,6
43,0
41,1
33,6
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
173 201 229
Dias após o plantio
Altura (cm)
Sem poda Com poda
b
a
b
a
b
a
Médias com letras diferentes diferem significativamente, em cada período
pós-plantio (F, P < 0,01).
Figura 4. Altura do pseudocaule de perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, com e sem poda, em três
períodos pós-plantio.
48
Aos 229 dias após o plantio, a altura do pseudocaule dos perfilhos das
plantas não podadas comportou-se de maneira linear positiva em função das doses
de B testadas, apresentando aumento estimado de 1,78 cm para cada incremento
de 1 g planta
-1
de B adicionada ao solo (Figura 5).
Y = 18,5465 + 1,7777*X
R
2
= 0,914
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
0,00 0,55 1,10 1,65 2,20
B (g/planta)
Altura (cm)
*: Significativo a 5% pelo teste F.
Figura 5. Efeito de doses de boro sobre a altura do
pseudocaule de perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, sem poda, aos 229 dias
após o plantio.
Aos 201 dias após o plantio verificou-se efeito linear do B (Figura 6)
sobre
a altura do pseudocaule de perfilhos de plantas podadas, indicando que à medida
que aumentaram as doses de B, diminuíram os valores de altura do pseudocaule
dos perfilhos, cujo decréscimo foi de 4,93 cm para cada incremento de 1 g planta
-1
de B, resultado semelhante ao obtido para número de perfilhos produzidos por
planta.
49
Y = 46,5488 - 4,926**X
R
2
= 0,909
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
0,00 0,55 1,10 1,65 2,20
B (g/planta)
Altura (cm)
**: Significativo a 1% pelo teste F.
Figura 6. Efeito de doses de boro sobre a altura do
pseudocaule de perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 201 dias
após o plantio.
4.3 Diâmetro do Rizoma dos perfilhos
Verificou-se influência significativa da combinação N e B sobre o diâmetro
do rizoma dos perfilhos de bananeira ‘Pacovan’, apenas aos 201 dias após o plantio.
O efeito de poda foi significativo sobre o diâmetro do rizoma dos perfilhos, aos 173,
201 e 229 dias após o plantio. Contudo, não foi constatada interação significativa
entre N e B e poda em nenhum período pós-plantio estudado (Tabela 5, Anexos).
As doses de N e de B não exerceram influência significativa no diâmetro
do rizoma de perfilhos das plantas não podadas, em nenhum período pós-plantio
estudado (Tabela 6, Anexos). Já nas plantas podadas, a aplicação de N teve efeito
linear significativo aos 201 dias após o plantio. O efeito da aplicação de B foi
também significativo apenas aos 201 dias após o plantio.
As plantas que não foram podadas apresentaram perfilhos com maior
diâmetro de rizoma do que as plantas podadas, com diferenças significativas de 2,8;
4,2; e 3,0 cm aos 173, 201 e 229 dias após o plantio, respectivamente. Os maiores
diâmetros de rizoma dos perfilhos, 9,9 cm e 9,8 cm, foram observados,
50
respectivamente, aos 201 e 173 dias após o plantio, em plantas sem poda (Figura
7).
9,8
9,9
8,0
7,0
5,7
5,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
173 201 229
Dias após o plantio
Diâmetro (cm)
Sem poda Com poda
a
b
b
a
a
b
Médias com letras diferentes diferem significativamente, em cada período
pós-plantio (F, P < 0,01).
Figura 7. Diâmetro do rizoma de perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, com e sem poda, em três
períodos pós-plantio.
Observa-se na Figura 8,
que aos 201 dias após o plantio, à medida que
aumentaram as doses de N, diminuiu o diâmetro de rizoma dos perfilhos das plantas
com poda, à razão de 4,0 mm para cada incremento de 1 g planta
-1
de N adicionada
ao solo.
51
Y = 6,3077 - 0,004071*X
R
2
= 0,761
4,0
5,0
6,0
7,0
0 60 120 180 240
N (g/planta)
Diâmetro (cm)
*: Significativo a 5% pelo teste F.
Figura 8. Efeito de doses de nitrogênio sobre o diâmetro do
rizoma de perfilhos de plantas da bananeira
‘Pacovan’, com poda, aos 201 dias após o plantio.
De modo semelhante, o diâmetro do rizoma dos perfilhos das plantas
podadas diminuiu linearmente à medida que aumentaram as doses de B, cujo
decréscimo foi de 0,54 cm para cada incremento de 1 g planta
-1
de B adicionada ao
solo (Figura 9).
52
Y = 6,3054 - 0,5389**X
R
2
= 0,899
4,0
5,0
6,0
7,0
0,00 0,55 1,10 1,65 2,20
B (g/planta)
Diâmetro (cm)
**: Significativo a 1% pelo teste F.
Figura 9. Efeito de doses de boro sobre o diâmetro do
rizoma dos perfilhos de plantas da bananeira
‘Pacovan’, com poda, aos 201 dias após o
plantio.
4.4 Peso da Matéria Seca Foliar dos perfilhos
Foi constatada influência significativa de poda sobre o peso da matéria
seca foliar (MSF) dos perfilhos de plantas de bananeira, nos três períodos pós-
plantio estudados. Não foi verificado efeito da combinação N e B nem da interação
entre N e B e poda (Tabela 7, Anexos).
A aplicação das doses de N e de B não teve efeito significativo sobre o
peso da matéria seca foliar dos perfilhos das plantas sem poda. Nas plantas
podadas, a aplicação das doses de N e de B teve influência significativa sobre o
peso da MSF dos perfilhos aos 173 e 201 dias após o plantio, respectivamente
(Tabela 8, Anexos).
Verificou-se uma resposta positiva da poda sobre o peso da MSF dos
perfilhos. A partir de 173 dias após o plantio, os perfilhos das plantas com poda
apresentaram significativamente maiores pesos da matéria seca de folhas do que os
perfilhos das plantas sem poda (Figura 10). O maior peso da MSF dos perfilhos
53
ocorreu aos 201 dias após o plantio, nas plantas com poda. A poda, de modo geral,
aumentou o peso da MSF dos perfilhos de plantas da bananeira ’Pacovan’.
0,8
0,5
0,3
7,3
13,4
11,4
0,0
4,0
8,0
12,0
16,0
173 201 229
Dias após o plantio
MSF (g)
Sem poda Com poda
b
a
a
a
b
b
Médias com letras diferentes diferem significativamente, em cada período
pós-plantio (F, P < 0,01).
Figura 10. Peso da matéria seca foliar (MSF) dos perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’, com e sem poda,
em três períodos pós-plantio.
Nas plantas com poda, houve aumento linear significativo do peso da
matéria seca foliar dos perfilhos à medida que aumentaram as doses de N, aos 173
dias após o plantio (Figura 11). O aumento observado foi de 15 mg para cada
incremento de 1 g planta
-1
de N adicionada ao solo. Esse aumento de matéria seca,
em perfilhos de bananeira ‘Pacovan’, favorecido pelo N, está em consonância com
relatos de Borges
et al. (1999), Silva, J. T. A. da. et al. (1999) e Borges e Oliveira
(2000), quando citam que o N é muito importante para o crescimento vegetativo da
bananeira e aumenta bastante a quantidade de matéria seca.
Aos 201 dias após o plantio, também nas plantas com poda, o peso da
matéria seca foliar dos perfilhos seguiu uma tendência linear negativa em função das
doses de B (Figura 12), sendo o decréscimo de 3,72 g para cada 1 g planta
-1
de B
adicionada ao solo.
MSF
(g
/
p
erfilho
)
54
Y = 5,57289 + 0,01497*X
R
2
= 0,693
0,0
4,0
8,0
12,0
16,0
20,0
0 60 120 180 240
N (g/planta)
MSF (g)
*: Significativo a 5% pelo teste F.
Figura 11. Efeito de doses de nitrogênio sobre a matéria
seca foliar (MSF) dos perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 173 dias
após o plantio.
Y = 17,7590 - 3,7184*X
R
2
= 0,861
0,0
4,0
8,0
12,0
16,0
20,0
0,00 0,55 1,10 1,65 2,20
B (g/planta)
MSF (g)
*: Significativo a 5% pelo teste F.
Figura 12. Efeito de doses de boro sobre a matéria seca
foliar (MSF) dos perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, com poda, aos 201 dias
após o plantio.
MSF
(g
/
p
erfilho
)
MSF
(g
/
p
erfilho
)
MSF
(g
/
p
erfilho
)
55
4.5 Clorofila total
Aos 201 dias após o plantio da bananeira constatou-se influência
significativa apenas de poda, não havendo influência da combinação N e B nem da
interação entre N e B e poda. Aos 229 dias após o plantio, foram verificados efeitos
significativos da combinação N e B, poda e interação entre N e B e poda sobre a
clorofila total foliar de perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’ (Tabela 9,
Anexos).
Aos 201 dias após o plantio, não houve efeito significativo de doses de N
nem de B sobre a clorofila total foliar de perfilhos de plantas de bananeira ‘Pacovan’
com e sem poda. Resultado similar foi observado aos 229 dias após o plantio, para
os perfilhos das plantas sem poda. Nos perfilhos das plantas de bananeira podadas
houve efeito linear significativo das doses de B sobre o teor de clorofila total foliar
(Tabela 10, Anexos).
Embora não tenha sido constatada influência das doses de N sobre o teor
de clorofila total foliar de perfilhos da bananeira ‘Pacovan’, pode-se afirmar com base
na literatura, que o N é um dos componentes mais importantes na célula viva,
participando das funções vitais da planta (MEYER, 1983); é constituinte de todas as
proteínas e protoplasmas, sendo essencial para os vegetais (RUSSEL e RUSSEL,
1968); e apresenta importante função como integrante da molécula de clorofila
(BÜLL, 1993), onde cada átomo de Mg está ligado a quatro átomos de N
(MONTEIRO
et al., 1995). Plantas deficientes em N têm baixa capacidade e
eficiência fotossintética. Doses elevadas prolongam a fase vegetativa e elevam o
período de fotossíntese (MARSCHNER, 1995).
O fato de ocorrer, neste trabalho, significativamente maior teor foliar de
clorofila total justamente naqueles perfilhos de plantas sem poda (Figura 14), os
quais apresentavam menores teores foliares de N que os perfilhos das plantas
podadas, contraria o postulado descrito no parágrafo anterior. Isso pode ser
atribuído, em parte, provavelmente ao fato de os perfilhos originados das plantas
com poda apresentarem maior expansão foliar (RONCHI
et al., 2001) o que teria,
conseqüentemente, resultado em uma maior diluição da clorofila nas suas folhas.
Pela Figura 13 verifica-se que os valores médios de clorofila total foliar,
aos 229 dias após o plantio, variaram de 0,51 a 0,74 mg g
-1
nos perfilhos das plantas
podadas e, de 0,69 a 2,17 mg g
-1
, nos perfilhos das plantas sem poda. O maior teor
56
de clorofila total foi observado no tratamento 7 (240 g planta
-1
de N + 1,1 g planta
-1
de B), seguido do tratamento 9 (120 g planta
-1
de N + 1,1 g planta
-1
de B), em
perfilhos de plantas sem poda.
0,69
2,17
0,85
1,58
0,56
0,52
0,74
0,51
0,57
0,62
0,56
0,64
0,62
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
123456789
Tratamentos
Clorofila total (mg. g
-1
)
Sem poda Com poda
Figura 13. Teor de clorofila total foliar de perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, em função dos tratamentos, com e
sem poda, aos 229 dias após o plantio.
Nos estádios de desenvolvimento das plantas de bananeira ‘Pacovan’ aos
201 e 229 dias após o plantio, os teores médios de clorofila total foliar foram
significativamente maiores nos perfilhos das plantas sem poda do que nos perfilhos
das plantas com poda (Figura 14). Este resultado expressa o efeito da poda sobre a
clorofila total foliar dos perfilhos das plantas de bananeira ‘Pacovan’. O maior teor
médio de clorofila total foliar, 1,29 mg g
-1
, foi observado nos perfilhos das plantas
sem poda, aos 229 dias após o plantio, independentemente dos tratamentos entre
doses de nitrogênio e de boro. Este resultado pode ser atribuído à redução da parte
aérea das plantas matrizes em decorrência do efeito da poda.
57
1,08
1,29
0,54
0,59
0,0
0,4
0,8
1,2
1,6
201 229
Dias após o plantio
Clorofifla total (mg g
-1
)
Sem poda Com poda
a
b
b
a
Médias com letras diferentes diferem significativamente, em cada período
pós-plantio (F, P < 0,01).
Figura 14. Teor de clorofila total foliar de perfilhos de plantas
da bananeira ‘Pacovan’, com e sem poda, em dois
períodos pós-plantio.
Na Figura 15, observa-se que o B exerceu, aos 229 dias após o plantio,
influência linear positiva e significativa sobre o teor de clorofila total foliar dos
perfilhos de plantas podadas da bananeira ‘Pacovan’, indicando que a clorofila total
aumentou linearmente com o aumento das doses de B aplicadas, cujo incremento foi
de 0,07 mg g
-1
para cada 1 g planta
-1
de B adicionada ao solo.
58
Y = 0,51304 + 0,06893*X
R
2
= 0,812
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
0,00 0,55 1,10 1,65 2,20
B (g/planta)
Clorofila total (mg g
-1
)
*: Significativo a 5% pelo teste F.
Figura 15. Efeito de doses de boro sobre o teor de clorofila
total foliar de perfilhos de plantas da bananeira
‘Pacovan’, com poda, aos 229 dias após o
plantio.
Este resultado expressa a importância do B para a fotossíntese (PILBEAM
e KIRKBY, 1983) e para a síntese de bases nitrogenadas como a uracila (ALBERT,
1968), a qual é componente essencial do RNA e, se ausente, afetará a
proteossíntese. A propósito, a deficiência deste micronutriente nas bananeiras causa
diversos sintomas, tais como: necrose nas folhas, listras amarelo-esbranquiçadas
espalhadas na superfície da folha, goma no pseudocaule (BORGES e OLIVEIRA,
2000; CORDEIRO e BORGES, 2000), paralisação do crescimento das partes
terminais e secagem das folhas novas (RAIJ, 1991).
4.6 Nutrientes
4.6.1 Macronutrientes
Constatou-se efeito significativo de poda sobre os teores dos
macronutrientes N, P, Ca e Mg, na matéria seca foliar (MSF) de perfilhos das plantas
da bananeira ‘Pacovan’ (Tabela 11, Anexos). No entanto, não foi verificada
59
influência da combinação N e B nem da interação entre N e B e poda sobre esses
nutrientes e sobre o potássio.
As doses de N e de B não exerceram influência significativa sobre os
teores de N, P, Ca e Mg na MSF dos perfilhos da bananeira ‘Pacovan’. Todavia, as
doses de N exerceram efeito linear significativo sobre os teores foliares de potássio,
nos perfilhos das plantas não podadas (Tabela 12, Anexos). As variações nos teores
dos nutrientes N, P, K, Ca e Mg na MSF dos perfilhos não foram significativas entre
tratamentos (Tabela 6).
Tabela 6. Médias dos teores de macronutrientes na matéria seca foliar (MSF) de
perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’, em função dos tratamentos
Nutrientes na MSF (g kg
-1
) Tratamentos
(g
planta
-1
) N P K Ca Mg
1. 35 N + 0,32 B 27,07 3,13 54,67 3,85 6,11
2. 35 N +1,88 B 26,65 2,89 54,72 5,60 6,17
3. 205 N + 0,32 B 24,91 2,80 57,77 5,04 5,99
4. 205 N + 1,88 B 26,64 2,54 51,55 5,67 6,41
5. 0 N + 1,1 B 25,27 3,00 57,59 3,48 5,83
6. 120 N + 0 B 27,63 2,80 48,62 3,58 5,37
7. 240 N + 1,1 B 28,20 2,88 48,01 5,70 6,18
8. 120 N + 2,2 B 27,04 2,71 50,18 3,62 5,61
9. 120 N + 1,1 B 27,41 2,70 52,22 6,12 6,22
Média 26,76 2,82 52,81 4,74 5,99
Os teores médios de nitrogênio na MSF dos perfilhos variaram de 24,91 a
28,20 g kg
-1
, com média de 26,76 g kg
-1
(Tabela 6), valor ligeiramente superior ao
valor do nível crítico de deficiência de N, 26,0 g kg
-1
, citado por Dechen et al. (1995)
e próximo aos teores de 27 a 36 g kg
-1
, relatado por Prezotti (1992), World Fertilizer
Use Manual (1992), Teixeira
et al. (1997) e Malavolta et al. (1999). Porém foi inferior
aos teores de N citados por Jones Jr.
et al. (1991), 35 a 45 g kg
-1
; e ao teor padrão
60
internacional considerado ótimo para a análise foliar da bananeira, 33 a 37 g kg
-1
, na
iniciação floral (MALAVOLTA, 1993).
Não foram constatadas diferenças significativas nos teores de N na MSF
dos perfilhos de plantas da bananeira cv. Pacovan, em função das doses de N
(Tabela 12, Anexos). Resultados semelhantes foram obtidos, em MSF de plantas
adultas de bananeira das cultivares Pacovan e Prata-Anã, respectivamente, por
Santos (2002) e Fontes
et al. (2003), onde também não foram observadas variações
significativas, nos teores foliares de N, com o aumento das doses deste elemento.
Isso poderia ser atribuído, possivelmente, a perdas por lixiviação e, ou volatilização
do N, com base em explicações dadas por Fontes
et al. (2003). Em razão da sua
alta mobilidade no solo, e suas fontes serem altamente solúveis em água, o
nitrogênio pode apresentar perdas por lixiviação do nitrato (COELHO, 1994).
Pesquisas têm demonstrado que, na adubação convencional, apenas 1/3 dos
adubos nitrogenados e potássicos incorporados ao solo são aproveitados pelas
plantas. O restante é perdido por lixiviação, volatilização e escoamento superficial
(ALFAIA, 1997).
Poderia ainda, possivelmente, ser devido ao comprimento do sistema
radicular da bananeira. Este pode atingir além de 4 m de profundidade (PADOVANI,
1986) e até 5 m de extensão horizontalmente, embora 1 m a 2 m seja mais comum
(BORGES
et al., 2000). Assim, a dose de N aplicada num tratamento poderia ter
sido absorvida pelas plantas de outro(s) tratamento(s), “igualando” os resultados, de
acordo com Fontes
et al. (2003). Vale notar que, nesta pesquisa, os espaçamentos
de plantio foram adensados (1,5 x 1,5 m).
Além do N, não foram observadas variações significativas nos teores de P,
Ca e Mg, nas folhas dos perfilhos das plantas com e sem poda em função das doses
de N, bem como no teor de K nas folhas dos perfilhos das plantas podadas (Tabela
12, Anexos), sendo esses resultados compatíveis com os obtidos em bananeira
‘Prata-Anã’ adulta por Fontes
et al. (2003). Avaliando efeitos da redução nas doses
de nitrogênio e potássio aplicados via fertirrigação, em relação às doses
recomendadas para adubação convencional, Santos (2002) concluiu que as doses,
as quais variaram de 75 a 150 kg de N/ha e 104,5 a 209 kg de K
2
O/ha, no 1º ciclo; e
192,5 a 385 kg de N/ha e 150 a 300 kg de K
2
O/ha, no 2º ciclo, e as formas de
aplicação (convencional e fertirrigação) dos nutrientes não contribuíram para
61
diferenças ou variações nos teores de N, P e K, na matéria seca foliar da bananeira
‘Pacovan’.
Os teores médios de P nas folhas dos perfilhos da bananeira cv. Pacovan
variaram de 2,54 a 3,13 g kg
-1
, com média de 2,82 g kg
-1
(Tabela 6). Esses valores
foram superiores aos teores de P relatados por Malavolta
et al. (1989) e Prezotti
(1992): 1,8 a 2,7 g kg
-1
; Dechen et al. (1995) e Ribeiro et al. (1999): 2,2 g kg
-1
; e
Teixeira
et al. (1997): 1,6 a 2,7 g kg
-1
. Os valores constatados encontram-se na faixa
de concentração considerada ótima como padrão internacional para a análise de
folhas da bananeira (P > 1,4 g kg
-1
), segundo Malavolta (1993). Verificou-se
uniformidade entre os teores de P na MSF dos perfilhos nos diferentes tratamentos,
possivelmente em face das doses de adubação deste elemento terem sido iguais
para todos os tratamentos.
Os teores médios de potássio na MSF dos perfilhos da bananeira cv.
Pacovan variaram de 48,01 a 57,77 g kg
-1
, com média de 52,81 g kg
-1
(Tabela 6).
Estes valores foram superiores aos reportados por Malavolta
et al. (1989), 35 a 54 g
kg
-1
; Jones Jr. et al. (1991), 38 a 50 g kg
-1
; Prezotti (1992), 30 a 54 g kg
-1
; Dechen et
al. (1995) e Ribeiro et al. (1999), 28 g kg
-1
; e Teixeira et al. (1997), 32 a 54 g kg
-1
. Os
teores de potássio constatados, na MSF dos perfilhos, foram também superiores ao
teor-padrão internacional deste elemento para análise foliar da bananeira, que varia
de 45 a 50 g kg
-1
, de acordo com Malavolta (1993).
Os teores de potássio verificados, antes do plantio, nas profundidades de
0 a 20 cm e de 20 a 40 cm do solo da área experimental, respectivamente 0,20 e
0,19 cmol
c
/dm
3
(Tabela 2), aliados à “adequada” fertilização do solo com o potássio
(em fundação e cobertura) e à calagem efetuada (na cova, o calcário foi misturado
ao solo da camada de 20 a 40 cm o qual apresentava, inicialmente, pH=5,0),
provavelmente contribuíram de maneira favorável à disponibilidade e absorção deste
macronutriente pelas plantas, refletindo nos elevados teores do mesmo constatados
na MSF dos perfilhos da bananeira ‘Pacovan’, conforme pode ser visto na Tabela 6.
O aumento das doses de nitrogênio aplicadas ao solo provocou o
decréscimo do teor foliar de potássio, nos perfilhos das plantas da bananeira
‘Pacovan’ não podadas (Figura 16). Este resultado não condiz com os obtidos por
Santos (2002) e por Fontes
et al. (2003), nos quais as doses crescentes de
nitrogênio não exerceram influência sobre o teor foliar de potássio, em bananeiras
adultas, respectivamente, das cultivares Pacovan e Prata-Anã.
62
y = 59,65 - 0,0532*x
R
2
= 0,861
0
10
20
30
40
50
60
70
0 60 120 180 240
N (g/planta)
K (g kg-1)
*: Significativo a 5% pelo teste F.
Figura 16. Teor de potássio na matéria seca foliar (MSF)
dos perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’,
sem poda, em função das doses de nitrogênio.
Os teores médios de cálcio variaram de 3,48 a 6,12 g kg
-1
, com média de
4,74 g kg
-1
(Tabela 6), valor inferior aos teores de Ca em folhas de bananeiras
adultas reportados por Jones Jr.
et al. (1991), 8 a 15 g kg
-1
; Dechen et al. (1995) e
Ribeiro
et al. (1999), 6 g kg
-1
; e Teixeira et al. (1997), 6,6 a 12 g kg
-1
. Foi inferior
também ao teor-padrão internacional de Ca para análise foliar da bananeira, na
iniciação floral, 8 a 13 g kg
-1
, conforme Malavolta (1993). Por outro lado, os valores
constatados estão dentro do intervalo de 2,5 a 12,0 g kg
-1
de Ca, citados por
Malavolta
et al. (1989) e Prezotti (1992) como teores adequados e padrão,
respectivamente, para a bananeira.
Os teores médios de magnésio variaram de 5,37 a 6,41 g kg
-1
, com média
de 5,99 g kg
-1
(Tabela 6), sendo superiores aos citados por Malavolta et al. (1989) e
Prezotti (1992), 3 a 6 g kg
-1
; Teixeira et al. (1997), 2,7 a 6 g kg
-1
; e Ribeiro et al.
(1999), 3 g kg
-1
. Os teores constatados foram também superiores ao teor padrão
internacional de Mg para análise foliar da bananeira, 3 a 4 g kg
-1
, citado por
K
(g
k
g
-1
)
63
Malavolta (1993), bem como ao valor do nível crítico de deficiência de Mg, 3 g kg
-1
(DECHEN
et al., 1995).
A bananeira é muito exigente em nutrientes, principalmente os macro-
elementos K, N, Ca e Mg (BORGES e OLIVEIRA, 2000; LAHAV e TURNER, 1983;
SILVA, J. T. A. da.
et al., 1999), por produzir grande quantidade de massa vegetativa
e apresentar elevadas quantidades de elementos absorvidos pela planta e
exportados pelos frutos (BORGES e OLIVEIRA, 2000; SILVA, J. T. A. da.
et al.,
1999).
Os teores dos macroelementos analisados na MSF dos perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’ obedeceram à seguinte ordem decrescente de
concentração: K > N > Mg > Ca > P (Tabela 6), divergindo com citação de Borges e
Oliveira (2000) e resultados obtidos, em plantas adultas, por vários autores tais
como Lahav e Turner (1983), Malavolta
et al. (1989), Jones Jr. et al. (1991), Prezotti
(1992), Teixeira
et al. (1997) e Fontes et al. (2003) apenas no posicionamento
invertido dos elementos Mg e Ca. Tal fato deve-se possivelmente, entre outros, aos
discretos teores de Ca
+2
e “adequados” teores de Mg
+2
constatados no solo da área
experimental (este último, especialmente no estrato superior do solo) (Tabela 2)
antes mesmo de ser efetuada a calagem para a qual foi usado o calcário dolomítico
(em cova), embora o recomendado para equilibrar a relação Ca/Mg fosse, neste
caso, o calcítico, que, por sua vez, não fora então encontrado no mercado regional.
O calcário dolomítico certamente também contribuiu para reduzir a relação
Ca/Mg do solo após a calagem. Esta relação, antes de aplicado o calcário, era igual
a 2,42 e apenas 1,13, nas profundidades do solo de 0 a 20 cm e 20 a 40 cm,
respectivamente, conforme pode-se calcular através de dados apresentados na
Tabela 2. Martin-Prével (1984) afirma que a relação entre cátions é muito importante
e a relação Ca/Mg deve ser situada entre 1,5/1 e 3/1. Por isso, é importante o cultivo
da bananeira em solos com elevada capacidade de troca catiônica (CTC).
Esses fatores provavelmente teriam concorrido de forma favorável para
uma maior disponibilidade e absorção de magnésio pelas plantas em relação ao
cálcio, elemento encontrado em teores mais discretos, principalmente à
profundidade do solo de 20 a 40 cm, onde se constatou 0,85 cmol
c
/dm
3
de Ca
+2
(Tabela 2), considerados baixos (MANUAL INTERNACIONAL DE FERTILIDADE DO
SOLO, 1998). Foi justamente junto com este solo do estrato de 20 a 40 cm que o
calcário dolomítico foi misturado e, em seguida, a cova foi preenchida invertendo-se
64
as camadas de solo, ficando a partir dai, o solo dos primeiros 20 cm de profundidade
da cova ainda mais passível de uma redução da relação Ca/Mg. Sabe-se que cerca
de 80% das raízes da bananeira concentram-se nos primeiros 20 a 30 cm de
profundidade (RUGGIERO, 1984).
Outro fator que possivelmente favoreceu para o elevado teor de Mg na
MSF dos perfilhos foi o fato de terem sido efetuadas, nas plantas matrizes da
bananeira ‘Pacovan’, duas aplicações foliares com sulfato de magnésio, quando as
mesmas ainda se encontravam em viveiro.
A despeito dessas considerações, a ocorrência de diferenças nos teores
foliares pode também ser devida a fatores relatados por alguns autores (BORGES e
OLIVEIRA, 2000; RAIJ, 1981) como estádio de desenvolvimento das plantas (vale
notar que, nesta pesquisa, analisou-se perfilhos), variedades, condições
edafoclimáticas e época do plantio.
4.6.2 Boro
Não foi verificada influência da combinação N e B sobre os teores deste
nutriente. A influência da poda foi significativa sobre o teor de B na MSF dos
perfilhos. Foi também constatada interação entre a combinação N e B e poda,
indicando que ambos os fatores agiram dependentemente sobre o comportamento
do B nas folhas (Tabela 11, Anexos). Na Tabela 7, pode-se observar que apenas no
tratamento 1 (35 g planta
-1
de N + 0,32 g planta
-1
de B) não foi constatada influência
significativa da poda.
65
Tabela 7. Médias dos teores de boro na matéria seca foliar (MSF) de perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’, com e sem poda, por tratamentos
Poda Tratamentos
(g planta
-1
)
Sem Com
Teste F
Média
(mg kg
-1
)
1. 35 N + 0,32 B 33,95 36,58 2,74 34,98
2. 35 N + 1,88 B 77,94 20,45 21,20 ** 44,88
3. 205 N + 0,32 B 58,20 19,59 13,01 ** 39,94
4. 205 N + 1,88 B 76,60 32,61 14,84 ** 55,99
5. 0 N + 1,1 B 64,14 23,46 17,17 ** 40,41
6. 120 N + 0 B 68,97 22,95 16,15 ** 38,35
7. 240 N + 1,1 B 93,02 25,19 21,61 ** 38,57
8. 120 N + 2,2 B 70,92 28,91 14,98 ** 42,14
9. 120 N + 1,1 B 66,47 17,21 20,02 ** 32,85
Média 40,90
**: Significativo a 1% pelo teste F.
Nesta pesquisa, não houve resposta da bananeira ‘Pacovan’ às doses de
N sobre o teor de B na MSF dos perfilhos (Tabela 12, Anexos), resultado compatível
com os verificados por Fontes
et al. (2003) ao avaliarem o estado nutricional de
bananeiras adultas da cv. Prata-Anã em função da adubação nitrogenada. Para o
teor de B na MSF dos perfilhos de plantas não podadas verificou-se efeito quadrático
das doses de B com decréscimo inicial e posterior aumento (Figura 17).
66
y
= 59,543 – 14,611X + 12,827*x
2
R
2
= 0,772
0
25
50
75
100
0
0,44
0,88 1,32
1,76
2,2
B (g/planta)
B (mg kg
-1
)
*:Significativo a 5% pelo teste F.
Figura 17. Teor de boro na matéria seca foliar (MSF)
dos perfilhos de plantas da bananeira
‘Pacovan’, sem poda, em função das doses
de boro.
Os teores médios de boro variaram de 32,85 a 55,99 mg kg
-1
, com média
de 40,90 mg kg
-1
(Tabela 7). Esta média apesar de superior quando comparada a
teores médios de B, no intervalo de 10 a 25 mg kg
-1
reportado por vários autores
(AZEREDO
et al., 1986; DECHEN et al., 1995; MALAVOLTA et al., 1989;
MALAVOLTA, 1993; RIBEIRO
et al., 1999; TEIXEIRA et al., 1997), apresenta-se
compatível com os teores de 10 a 50 mg kg
-1
, na MSF de plantas adultas de
bananeira, citados por Jones Jr. e
t al. (1991).
Os teores foliares de B nos perfilhos, apesar de terem sido diminuídos
com a poda da planta matriz, a exceção do tratamento 1 (35 g planta
-1
de N + 0,32 g
planta
-1
de B) (Tabela 7), não foram inferiores aos valores de referência ou padrão
para este elemento em bananeira adulta, tendo sido observados teores que variaram
de 17,2 a 36,58 mg kg
-1
(Tabela 7), condizentes com os valores atribuídos por Jones
Jr.
et al. (1991), 10 a 50 mg kg
-1
,
e até superiores ao valor do nível crítico de
67
deficiência deste elemento para a bananeira, 15 mg kg
-1
, conforme Dechen et al.
(1995).
Já os teores de B referentes aos perfilhos das plantas não podadas (58,2
a 93,02 mg kg
-1
) foram significativamente maiores, exceção feita ao Tratamento 1
(Tabela 7), superando consideravelmente teores de B entre 10 e 25 mg kg
-1
e igual a
11 mg kg
-1
, considerados padrão na MSF de plantas adultas de bananeira, de
acordo com World Fertilizer Use Manual (1992) e Malavolta (1993), respectivamente,
além dos teores reportados por Jones Jr.
et al. (1991).
A constatação dos elevados teores foliares de B pode ser, em parte,
possivelmente explicada pelo fato do material analisado nesta pesquisa ter sido
amostrado, em duas coletas, aos 201 e 229 dias após o plantio (equivalentes,
respectivamente, a 6,7 e 7,6 meses após o plantio), período que coincide com o de
maior consumo de B pela bananeira, isto é, a partir dos cinco meses até o seu
florescimento, segundo Twyford e Walmsley (1968) e Borges e Oliveira (2000).
Acrescente-se a isso, além da fertilização boratada feita em oito, dos nove
tratamentos (Tabela 7), a ocorrência de várias condições favoráveis à
disponibilidade de B no solo da área experimental, a exceção dos elevados teores
de ferro (Tabela 2), tais como pH no intervalo de 5,0 a 7,0 (LOPES, 1999) e outras.
A propósito, a disponibilidade de B, conforme Borges e Oliveira (2000), é diminuída
em solos com altos teores de ferro e, o que não é o caso, com pH elevado, baixo
teor em matéria orgânica e altos teores de cálcio, alumínio e areia.
O principal fornecedor de B para as plantas é a matéria orgânica da qual
se libera por mineralização efetuada pelos microrganismos (BERGER e PRATT,
1963), passando para a solução onde é absorvido, adsorvido ou perdido por
lixiviação e erosão. Há, por isso, uma correlação positiva entre teor de matéria
orgânica e de B (ADRIANO, 1986). Sabe-se que o teor de matéria orgânica do solo
da área experimental era de 1,91 a 3,79% (Tabela 2) nos primeiros 40 cm de
profundidade. Esse fato, aliado ao da aplicação de esterco bovino em fundação,
provavelmente também favoreceu à maior disponibilidade e absorção de B pela
cultura, principalmente levando-se em conta que a irrigação suplementar efetuada
provavelmente contribuiu para uma maior atividade microbiana e conseqüente maior
mineralização da matéria orgânica.
Sob condições de alta pluviosidade o B é lixiviado do solo como B(OH)
3
,
decrescendo sua disponibilidade. Esta também diminui em condições de estresse
68
hídrico, devido o decréscimo na mobilidade do B por fluxo de massa nas raízes
(MARSCHNER, 1995). Essas condições desfavoráveis, alta pluviosidade e estresse
hídrico, entretanto, não ocorreram na área experimental, em especial após o início
das aplicações de B (e N) no solo. Irrigações suplementares foram executadas,
conforme citado anteriormente.
Para a manutenção da atividade meristemática, é necessário um contínuo
suprimento de B às plantas (CASARIN, [1996 a 2006]; GUPTA, 1979). Uma das
funções do B está relacionada à divisão celular (formação de tecidos meristemáticos:
gemas apicais, axilares e radiculares). Em condições de deficiência desse elemento,
a divisão celular não é completada (CASARIN, [1996 a 2006]). Isso, provavelmente,
ajuda a explicar o fato dos menores teores de B terem sido constatados nas folhas
dos perfilhos das plantas com poda do pseudocaule. Para a formação desses
perfilhos, cujo número foi significativamente maior que os originados das plantas não
podadas, ocorreu, possivelmente, uma maior atividade meristemática (maior número
de gemas apicais, laterais e radiculares), aumentando, em conseqüência, a
competição por B e, portanto, diminuindo o B disponível para cada perfilho de
plantas podadas, induzindo a menores teores nas suas folhas.
Por outro lado, sabe-se que, neste experimento, os perfilhos das plantas
com poda ficaram mais expostos à alta intensidade luminosa que os das não
podadas. De acordo com Marschner (1995), esse fato aumenta a sensibilidade para
a deficiência de B pelos tecidos. Isto relaciona-se com um maior teor de fenol nos
tecidos da planta.
Vale ressaltar que, outros fatores podem exercer influência sobre as
quantidades de nutrientes absorvidas pela bananeira, tais como as condições
climáticas, manejo adotado e variedade (BORGES e OLIVEIRA, 2000), sendo certa
a existência de variações nessas quantidades absorvidas entre variedades, até
dentro do mesmo grupo genômico (FARIA, 1997). As respostas das plantas aos
nutrientes são dependentes das formas como os elementos estão disponibilizados
no solo, da capacidade de absorção dos mesmos pelas plantas, do estádio de
crescimento e das condições edafoclimáticas de cada local de cultivo (RAIJ, 1981).
Segundo Lahav (1995), o excesso de B pode causar, na folha da
bananeira, clorose marginal seguida de necrose. A despeito da constatação dos
elevados teores foliares, em especial nos perfilhos das bananeiras não podadas
69
(Tabela 7), não foi verificada nenhuma sintomatologia de fitotoxidez nos perfilhos
durante todo o período estudado.
70
5 CONCLUSÕES
1. A poda do pseudocaule com a eliminação da gema apical do rizoma
aumentou o número, a altura do pseudocaule e a massa da matéria seca foliar e
diminuiu o diâmetro do rizoma dos perfilhos.
2. Os teores de clorofila total e de boro, nas folhas dos perfilhos da
bananeira, diminuíram com a poda da planta matriz.
3. O incremento das doses de nitrogênio, aumentou o número e a massa
da matéria seca foliar e diminuiu o diâmetro do rizoma dos perfilhos das plantas
podadas.
4. O incremento das doses de nitrogênio diminuiu o teor de potássio nas
folhas dos perfilhos das plantas não podadas.
5. O aumento das doses de boro diminuiu o número, a altura do
pseudocaule, o diâmetro do rizoma e a massa da matéria seca foliar dos perfilhos
das plantas podadas e aumentou a altura do pseudocaule dos perfilhos das plantas
não podadas.
6. O incremento das doses de boro aumentou o teor foliar de clorofila total
dos perfilhos das plantas podadas.
7. Para a produção de mudas da bananeira ‘Pacovan’ recomenda-se a
poda no pseudocaule da planta matriz, com a eliminação da gema apical do rizoma
e a aplicação do nitrogênio, sendo necessárias outras pesquisas para determinar a
dose recomendada do mesmo.
71
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ANEXOS
92
Tabela 1. Resumo da análise de variância do número de perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’ submetidas a diferentes tratamentos e poda, em três
períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de variação GL
173 dias 201 dias 229 dias
Blocos 3 0,0110 0,0056 0,0513
Tratamentos = T 8 0,0140 0,0072 0,0190
Poda = P 1 1,7303 ** 1,1831 ** 0,0784 *
T x P 8 0,0125 0,0297 0,0193
Resíduo 51 0,0231 0,0309 0,0190
CV(%) - 9,37 11,47 9,12
* (P < 0,05), ** (P < 0,01), pelo teste F;
Dados transformados em
1+X
.
Tabela 2. Resumo da análise de regressão do número de perfilhos de plantas da
bananeira ‘Pacovan’, em função de doses de nitrogênio e boro, em três
períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de variação GL
173 dias 201 dias 229 dias
Sem poda
N Linear 1 0,0005 0,0195 0,0223
N Quadrático 1 0,0102 0,0117 0,0381
B Linear 1 0,0054 0,0013 0,0030
B Quadrático 1 0,0417 0,0001 0,0452
N x B 1 0,0298 0,0072 0,0087
Com poda
N Linear 1 0,0421 0,0823 * 0,0325
N Quadrático 1 0,0081 0,0082 0,0242
B Linear 1 0,0003 0,0510 0,0650 *
B Quadrático 1 0,0081 0,0126 0,0226
N x B 1 0,0103 0,0017 0,0271
N: nitrogênio; B: boro; * (P < 0,05), pelo teste F;
Dados transformados em
1+X
.
93
Tabela 3. Resumo da análise de variância da altura do pseudocaule de perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’ submetidas a diferentes tratamentos e
poda, em três períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de variação GL
173 dias 201 dias 229 dias
Blocos 3 91,9388 ** 36,2735 51,2151
Tratamentos = T 8 31,9200 27,1227 52,5776
Poda = P 1 2.688,1556 ** 2.557,8667 ** 3.058,6628 **
T x P 8 35,6186 * 71,8226 * 26,3368
Resíduo 48 16,7553 29,7778 36,9636
CV(%) - 11,11 15,47 22,42
* (P < 0,05), ** (P < 0,01), pelo teste F.
Tabela 4. Resumo da análise de regressão da altura do pseudocaule de perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’ em função de doses de nitrogênio e boro,
em três períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de variação GL
173 dias 201 dias 229 dias
Sem poda
N Linear 1 6,1826 9,5021 24,6715
N Quadrático 1 0,0116 3,8715 10,6781
B Linear 1 16,0958 9,9935 72,4430 *
B Quadrático 1 6,3931 3,0115 2,0571
N x B 1 39,4698 0,3160 0,6440
Com poda
N Linear 1 4,0763 126,6428 0,6619
N Quadrático 1 108,0726 32,5396 13,6015
B Linear 1 34,5947 373,3274 ** 23,4025
B Quadrático 1 36,8716 37,2432 241,9321
N x B 1 69,0146 113,5290 44,7227
N: nitrogênio; B: boro;
* (P < 0,05), ** (P < 0,01), pelo teste F.
94
Tabela 5. Resumo da análise de variância do diâmetro do rizoma de perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’ submetidas a diferentes tratamentos e
poda, em três períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de variação GL
173 dias 201 dias 229 dias
Blocos 3 9,8350 0,6755 0,9297
Tratamentos = T 8 0,5213 2,4026 * 1,7752
Poda = P 1 137,3653 ** 295,5894 ** 167,2925 **
T x P 8 1,6649 0,9480 0,2705
Resíduo 48 0,8213 0,9469 1,0544
CV(%) - 10,83 12,59 15,81
* (P < 0,05), ** (P < 0,01), pelo teste F.
Tabela 6. Resumo da análise de regressão do diâmetro do rizoma de perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’ em função de doses de nitrogênio e boro,
em três períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de variação GL
173 dias 201 dias 229 dias
Sem poda
N Linear 1 2,1221 1,1676 0,0068
N Quadrático 1 0,0960 0,3453 2,1625
B Linear 1 1,6876 0,0929 0,8121
B Quadrático 1 0,0040 0,2109 0,3186
N x B 1 0,6123 4,0189 0,5220
Com poda
N Linear 1 0,4592 3,7160 * 0,0985
N Quadrático 1 1,7272 1,3913 0,4545
B Linear 1 0,1689 4,4413 ** 0,4047
B Quadrático 1 0,5310 0,3879 1,7771
N x B 1 0,8883 0,8100 0,0506
N: nitrogênio; B: boro; * (P < 0,05), ** (P < 0,01), pelo teste F.
95
Tabela 7. Resumo da análise de variância do peso da matéria seca foliar (MSF) de
perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’ submetidas a diferentes
tratamentos e poda, em três períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de variação GL
173 dias 201 dias 229 dias
Blocos 3 7,1146 * 3,0403 6,6689
Tratamentos = T 8 4,9275 20,5110 13,7830
Poda = P 1 747,6200 ** 2.910,6882 ** 2.222,6667 **
T x P 8 4,2417 23,7190 12,8913
Resíduo 48 2,5274 16,3592 22,0905
CV(%) - 39,47 55,69 80,24
* (P < 0,05), ** (P < 0,01), pelo teste F.
Tabela 8. Resumo da análise de regressão do peso da matéria seca foliar (MSF) de
perfilhos de plantas da bananeira ‘Pacovan’ em função de doses de
nitrogênio e boro, em três períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de
variação
GL
173 dias 201 dias 229 dias
Sem poda
N Linear 1 0,1499 0,0004 0,0464
N Quadrático 1 0,0091 0,0003 0,0002
B Linear 1 0,0027 0,0027 0,0336
B Quadrático 1 0,1329 0,1501 0,0460
N x B 1 0,1332 0,1923 0,0046
Com poda
N Linear 1 31,7685 * 67,9977 2,1486
N Quadrático 1 4,7177 6,6722 7,6292
B Linear 1 0,1134 208,5339 * 12,1523
B Quadrático 1 2,7495 29,1681 118,9882
N x B 1 3,3124 21,5528 25,0000
N: nitrogênio; B: boro; * (P < 0,05), pelo teste F.
96
Tabela 9. Resumo da análise de variância da clorofila total foliar de perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’ submetidas a diferentes tratamentos e
poda, em dois períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de variação GL
201 dias 229 dias
Blocos 3 0,4235 * 0,0936
Tratamentos = T 8 0,0616 0,2114 **
Poda = P 1 5,1774 ** 2,0132 **
T x P 8 0,0705 0,7799 **
Resíduo 47 0,1180 0,0516
CV(%) - 43,25 32,17
* (P < 0,05), ** (P < 0,01), pelo teste F.
Tabela 10. Resumo da análise de regressão da clorofila total foliar de perfilhos de
plantas da bananeira ‘Pacovan’, em função de doses de nitrogênio e
boro, em dois períodos pós-plantio
Quadrados Médios
Fontes de variação GL
201 dias 229 dias
Sem poda
N Linear 1 0,00608 0,97388
N Quadrático 1 0,09141 0,00717
B Linear 1 0,00104 1,73243
B Quadrático 1 0,05173 -
N x B 1 0,77441 -
Com poda
N Linear 1 0,00000 0,00023
N Quadrático 1 0,00084 0,00439
B Linear 1 0,00219 0,11311 *
B Quadrático 1 0,00468 0,00033
N x B 1 0,000281 0,01958
N: nitrogênio; B: boro;
* (P < 0,05), pelo teste F.
97
Tabela 11. Resumo da análise de variância dos nutrientes na matéria seca foliar (MSF) de perfilhos de plantas da bananeira
‘Pacovan’, submetidas a diferentes tratamentos e poda
Quadrados Médios Fontes de
variação
GL
N P K Ca Mg B
Blocos 3 20,2191 ** 0,1171 857,0015 ** 3,8814 1,9619 1.692,2009 **
Tratamentos = T 8 8,1453 0,2369 103,7977 9,5180 0,8809 279,7526
Poda = P 1 8.857,7302 ** 27,6272 ** 4,9560 322,8764 ** 35,6309 ** 21.647,9134 **
T x P 8 6,3786 0,0929 190,7612 8,1143 0,7903 540,1893 *
Resíduo - 3,9485 0,1292 177,3950 6,9300 1,0843 186,3729
(45) (51) (51) (51) (51) (33)
CV(%) - 7,72 12,73 25,22 55,58 17,40 34,06
* (P < 0,05), ** (P < 0,01), pelo teste F;
GL do resíduo entre parênteses.
98
Tabela 12. Resumo da análise de regressão dos nutrientes na matéria seca foliar (MSF) de perfilhos de plantas da bananeira
‘Pacovan’, em função de doses de nitrogênio e boro, com e sem poda
Quadrados Médios Fontes de
variação
GL
N P K Ca Mg B
Sem poda
N linear 1 3,2355 0,8252 627,3322 * 1,0578 1,6271 38,8780
N quadrático 1 3,5852 0,1585 148,4840 0,1399 0,0255 36,9220
B linear 1 0,0929 0,3416 136,3066 0,0009 0,1736 235,2150
B quadrático 1 0,2561 0,0028 72,3668 0,2484 0,1415 1.784,26 *
N x B 1 0,7613 0,1024 3,2942 0,0841 0,0441 468,3297
Com poda
N linear 1 3,3009 0,0808 35,3733 26,9964 0,1587 592,0801
N quadrático 1 0,8462 0,2428 1,6134 2,1446 2,6333 239,0196
B linear 1 0,1692 0,0876 38,0715 11,6856 2,4835 660,2897
B quadrático 1 1,6569 0,0556 139,3872 41,5430 1,8925 331,9193
N x B 1 8,0585 0,1260 201,3561 6,4389 0,2862 613,5719
* (P < 0,05), pelo teste F.
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