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Departamento de Engenharia Elétrica
Ações de Conservação de Energia Aplicadas a
Uma Planta Industrial Composta de Motores de Indução
Dissertação apresentada à Escola de
Engenharia de São Carlos da Universidade
de São Paulo, como parte dos requisitos
para a obtenção do Título de Mestre em
Engenharia Elétrica.
Candidato: JOSÉ HENRIQUE FACCO
Orientador: Prof. Dr. Diógenes Pereira Gonzaga
São Carlos, Fevereiro de 2006.
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Livros Grátis
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Dedicatória
Em memória de minhas eternas avós :
Odília Ângelo Diamantino e
Alexandrina Donadon dos Santos e,
Meus eternos avôs:
Vicente Facco e,
Otacílio Veríssimo
À minha avó:
Rosa da Conceição Fernandes Facco
À minha inestimável mãe
Maria Helena Diamantino Facco e,
Meu inestimável pai: José Facco Neto
À minha sogra:
Ana Zaira dos Santos e,
Meu sogro:
Pedro Luis Costa
As minhas irmãs:
Joseane Ap. Facco, Josemeire Ap. Facco e,
Meu irmão:
José Adriano Facco
Minhas cunhadas:
Luciana Cristina Costa e,
Márcia Regina Costa
À minha estimada esposa pela compreensão:
Claudia Patrícia Costa Facco
E ao nosso filho:
Willian Henrique Costa Facco
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Agradecimentos
Agradeço a Deus, forte rochedo em que me abrigo, pela capacidade concedida para vencer mais um
obstáculo e pela saúde.
Ao Prof. Dr. Diógenes Pereira Gonzaga, pela orientação nesta dissertação, sempre apresentando
comentários e observações oportunas agregando valor a este trabalho e pela oportunidade concedida
em dar-me o privilégio de sua orientação.
A Escola de Engenharia de São Carlos por disponibilizar aos cidadãos a oportunidade de adquirir
conhecimento e aperfeiçoamento em suas dependências.
Aos amigos:
Leandro Lima e Paulo Prado, pelo apoio prestado durante o mestrado.
Ruy Alberto Pisani Altafim, pela intensa ajuda na edição do texto.
Colombianos(as) que incentivaram-me para vencer este desafio.
À empresa:
Elétrica Re-Voltis Ltda
Sumário
iii
Sumário
Lista de Figuras ... .............................................................................................vii
Lista de Tabelas ...............................................................................................viii
Lista de Gráficos ............................................................................................... xi
Lista de Abreviaturas .......................................................................................xiii
Lista de Símbolos ............................................................................................ xv
Resumo ...........................................................................................................xvii
Abstract .......................................................................................................... xviii
1 Introdução 1
2 Lei da eficiência energética 4
2.1 Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência de Energia –
CGIEE ..............................................................................................5
2.2 A Regulamentação de motores ............................................................5
2.3 O mercado de motores elétrico no Brasil..............................................5
2.4 Os índices de eficiência energética ......................................................6
3 Uso de energia na indústria 8
3.1 Consumo de energia por setor .............................................................8
3.2 Uso da eletricidade na indústria .........................................................10
Sumário
iv
3.3 Potencial de conservação de energia.................................................11
3.4 Tariffa aplicada ...................................................................................12
3.5 Estrutura tarifária ................................................................................12
3.5.1 Definições................................................................................13
3.5.2 Tensões de fornecimento ........................................................14
3.5.3 Classes de consumidores........................................................15
3.5.4 Modalidades tarifárias..............................................................16
3.6 Faturamento Horo-Sazonal ................................................................17
3.7 Faturamento de energia elétrica.........................................................18
3.7.1 Tarifa convencional - consumidores do grupo B......................18
3.7.2 Tarifa binomial convencional ...................................................18
3.7.3 Tarifa azul................................................................................19
3.8 Ultrapassagem de demanda...............................................................21
3.9 Aplicação da demanda de ultrapassagem..........................................22
3.9.1 Demanda de ultrapassagem - tarifa azul .................................22
4 Revisão bibliográfica 24
4.1 Motores elétricos de indução na indústria ..........................................24
4.2 Considerações sobre motores elétricos de indução ...........................25
4.3 Estrutura física de um motor elétrico de indução................................26
4.4 Princípio de funcionamento ................................................................27
4.5 Características de aceleração ............................................................29
4.6 Perdas........... .....................................................................................30
4.6.1 Perdas variáveis ......................................................................31
4.7 Causas de baixa eficiência.................................................................31
4.8 Seleção de motores de indução .........................................................34
4.9 O motor de alto rendimento................................................................35
Sumário
v
5 Conservação de energia elétrica 38
5.1 Considerações sobre a conservação de energia................................38
5.2 Fator de potência ...............................................................................45
5.3 Conservação de energia elétrica em motores elétricos de indução ...46
6 Equipamentos e métodos de medição 48
6.1 Materiais utilizados .............................................................................48
6.1.1 Características dos motores elétricos analisados....................48
6.2 Método de medição ...........................................................................66
6.2.1 Considerações gerais .............................................................66
6.2.2 Método da medição em campo da corrente elétrica nos motores
........ .....................................................................................66
6.3 Modelo matemático de um motor de indução trifásico .......................67
7 Resultados e discussões 73
7.1 Tabelas dos motores elétricos por setores ........................................74
7.2 Consumo de energia entre motores elétricos de indução trifásicos 116
7.2.1 Conservação de energia elétrica utilizando os motores de alto
rendimento ........................................................................118
7.2.2 Análise econômica de energia elétrica (R$/dia) utilizando
motores de alto rendimento ...............................................120
7.3 Resultados comparativos do motor de indução Standard com o motor
de Alto Rendimento .........................................................................121
7.3.1 Análise dos valores das potências útil e nominal ..................122
7.3.2 Análise dos valores médios do fator de potência ..................124
7.3.3 Análise dos valores médios do rendimento ..........................125
7.3.4 Análise dos valores do fator de utilização .............................126
7.4 Análise da troca por motores de alto rendimento para o setor PGA
........................................................................................................128
Sumário vi
7.4.1 Potencial de economia de energia elétrica em KWh/ano .....129
7.4.2 Análise do investimento em motores de alto rendimento para o
setor PGA 131
7.4.3 Análise do retorno do investimento em motores de alto
rendimento ............................................................................132
7.5 Análise do investimento (R$) e do retorno do Investimento (anos) em
motores de alto rendimento por setor ............................................133
8 Conclusão 135
ReferênciasBibliográficas 138
Lista de Figuras
vii
Lista de Figuras
1 Diagrama de bloco dos setores de produção. .......................................3
4.3 Motor elétrico de indução trifásico.......................................................26
4.4 Polaridade de um motor de indução....................................................28
4.8 Limites de variações de tensão e frequência ......................................35
5.3 Comportamento entre métodos de partida ..........................................47
6.1.1 Diagrama unifilar da indústria de papel e cosméticos .........................49
Lista de Tabelas
viii
Lista de Tabelas
Tabela 01. Rendimentos nominais mínimos conforme a Lei de Eficiência de
energia........ ..................................................................................6
Tabela 02. Classificação de demandas e definições ....................................13
Tabela 03. Limites de tensão de fornecimento..............................................14
Tabela 04. Opções de tarifa para o grupo A..................................................16
Tabela 05. Partes fundamentais do motor de indução..................................26
Tabela 06. Perfil do consumo de energia elétrica no Brasil (GWh)...............39
Tabela 07. Relação de motores no setor CAD, tensão 380v ........................50
Tabela 08. Relação de motores no setor CEM, tensão 380v ........................50
Tabela 09. Relação de motores no setor CLG, tensão 380v.........................51
Tabela 10. Relação de motores no setor DEE, tensão 220v.........................52
Tabela 11. Relação de motores no setor FER, tensão 380v.........................53
Tabela 12. Relação de motores no setor MCE, tensão 380v ........................54
Tabela 13. Relação de motores no setor MAM, tensão 380v........................54
Tabela 14. Relação de motores no setor MEG, tensão 380v........................55
Tabela 15. Relação de motores no setor MMC, tensão 380v........................56
Tabela 16. Relação de motores no setor MML, tensão 380v ........................57
Tabela 17. Relação de motores no setor PBR, tensão 380v.........................58
Lista de Tabelas
ix
Tabela 18. Relação de motores no setor PGR, tensão 380v ........................59
Tabela 19. Relação de motores no setor PGA, tensão 380v ........................60
Tabela 20. Relação de motores no setor PML, tensão 380v.........................62
Tabela 21. Relação de motores no setor POT, tensão 380v.........................62
Tabela 22. Relação de motores no setor PRG, tensão 380v ........................63
Tabela 23. Relação de motores no setor PRP, tensão 380v ........................64
Tabela 24. Relação de motores no setor VAC, tensão 380v ........................65
Tabela 25. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor CAD ...... 75
Tabela 26. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor CEM....... 76
Tabela 27. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor CLG ....... 79
Tabela 28. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor DEE ....... 83
Tabela 29. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor FER ....... 84
Tabela 30. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor MCE....... 85
Tabela 31. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor MAM ...... 87
Tabela 32. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor MEG ...... 89
Tabela 33. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor MCM...... 91
Tabela 34. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor MML....... 93
Tabela 35. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor PBR ....... 95
Tabela 36. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor PGR....... 98
Tabela 37. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor PGA..... 101
Tabela 38. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor PML ..... 105
Tabela 39. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor POT ..... 108
Tabela 40. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor PRG..... 111
Tabela 41. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor PRP ..... 113
Tabela 42. Motores elétricos com FU < 75%, instalados no setor VAC ..... 115
Lista de Tabelas
x
Tabela 43. Resultados comparativos entre potências nominais e úteis para
as situações atuais e dimensionadas...................................... 123
Tabela 44. Resultados comparativos entre os fatores de potência ........... 124
Tabela 45. Resultados comparativos entre os rendimentos....................... 125
Tabela 46. Resultados comparativos entre os fatores de utilização........... 127
Tabela 47. Potencial de conservação de energia elétrica ......................... 129
Tabela 48. Custo do investimento ............................................................. 131
Tabela 49. Retorno do investimento........................................................... 132
Lista de Gráficos
xi
Lista de Gráficos
3.1 Participação dos setores no consumo de energia (2001)...................... 9
3.1.1 Energéticos utilizados na indústria (2001)........................................... 10
3.2 Evolução do consumo de eletricidade na indústria e no país.............. 11
4.5 Curva do conjugado x rotação............................................................. 30
4.7 Desbalanceamento x aumento de perdas........................................... 33
4.9 Evolução dos motores (Kg/kW) .......................................................... 36
5.1 Projeção do consumo em função da energia disponível ..................... 39
7.2a Consumo de energia elétrica dos motores standard e de alto
rendimento ......................................................................................... 116
7.2b Consumo de energia elétrica dos motores standard e de alto
rendimento ......................................................................................... 117
7.2.1a Conservação de energia elétrica com motores elétricos de alto
rendimento ......................................................................................... 118
7.2.1b Conservação de energia elétrica com motores elétricos de alto
rendimento ......................................................................................... 119
7.2.2a Análise econômica de energia elétrica (R$/dia) com motores de alto
rendimento ......................................................................................... 120
7.2.2b Análise econômica de energia elétrica (R$/dia) com motores de alto
rendimento ......................................................................................... 121
Lista de Gráficos
xii
7.5a Análise do investimento e do retorno de investimento por setor ....... 133
7.5b Análise do investimento e do retorno de investimento por setor ...... 134
Lista de Abreviaturas e Siglas xiii
Lista de Abreviaturas e Siglas
ELETROBRÁS Centrais Elétricas Brasileiras S/A
PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
CGIEE Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência
Energética
MME Ministério das Minas e Energia
MCT Ministério de Ciências e Tecnologia
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
ANP Agência Nacional do Petróleo
BEN Balanço Energético Nacional
DNAEE Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica
CA Consumo ativo
NBR Normas Técnicas Brasileira
EFEI Escola Federal de Engenharia de Itajubá
PIB Produto Interno Bruto
GCPS Grupo Coordenador do Planejamento dos Sistemas Elétricos
GEFAE Grupo de Estudos Sobre Fontes Alternativas de Energia
FINEP Financiadora de Estudos e Projetos
NEPET Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação Tecnológica
ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
CCM Centro de Comando de Motores
CESP Companhia Elétrica do Estado de São Paulo
PB Preço Bruto
P.L.U Preço Liquido Unitário
Lista de Abreviaturas e Siglas
xiv
ECO Economia
Ref. Referência
ST Standard
ARP Alto Rendimento Plus
Bba Bomba
Lista de Símbolos
xv
Lista de Símbolos
cv cavalo vapor
Hp horse power
η
rendimento
ω velocidade do motor (rad/s)
ω
s
velocidade síncrona do motor (rad/s)
Z
fm
impedância de fase do motor
U
fm
tensão de fase do motor
I
fm
corrente de fase do motor
N pólo norte
S pólo sul
N velocidade em rotações por minuto (rpm)
Ns velocidade síncrona
Nn velocidade nominal
W potência
Pn potência nominal
In corrente nominal
Iop corrente de operação
V
L
tensão de linha
I
l
corrente de linha
Pu potência útil
Pn potência nominal
Fu fator de utilização
FP fator de potência
Lista de Símbolos
xvi
S
100%
escorregamento do motor a 100%
C conjugado do motor
P quantidade de pólos do motor
Resumo xvii
Resumo
O presente trabalho objetiva, a partir de dados coletados dos motores
elétricos em regime de trabalho, dar sua contribuição ao estudo de conservação
de energia elétrica numa planta industrial.
Apresenta-se o motor elétrico trifásico de indução e as diversas questões
relativas ao seu uso industrial, para então, demonstrarem os parâmetros elétricos
obtidos. Elaborou-se um trabalho de campo, que possibilita à análise da eficiência
energética no uso de motores elétricos em uma fábrica de papel e cosméticos. A
partir de medidas dos parâmetros elétricos como: corrente e tensão, mais os
dados de catálogos do fabricante, chegaram-se aos valores de rendimento, fator
de potência e fator de utilização, para diversas condições de carga dos motores.
Caso o fator de utilização seja inferior a 75%, um estudo comparativo permitirá as
decisões de substituição dos motores super dimensionados. Os dados são
usados para as seguintes análises: qual a possível conservação de energia
elétrica para cada setor, se os motores fossem substituídos por unidades de alto
rendimento?; qual a viabilidade de cada setor realizar as trocas imediatas por
motores de alto rendimento?; qual à economia de energia elétrica por setores em
(R$/dia), utilizando motores de alto rendimento?; em quanto tempo obteríamos o
retorno desse investimento? Alguns recursos de informática foram utilizados nos
cálculos realizados.
Os resultados indicam que o potencial de conservação de energia elétrica
em motores deve ser melhor explorado e de forma mais consciente.
Palavras-Chave: Conservação de energia elétrica, motor de indução, motor de
alto rendimento, potência nominal, fator de potência, fator de utilização e rendimento.
Abstract xviii
Abstract
The objective of the present research, from a data set of electric motor collected
in a regimen of work, give its contribution to the study on industrial electrical
motors’ energy saving.
It present the three-phase induction motor, the various issues of its industrial
use and the electric parameter set collected are then presented. Field of work was
elaborated, wich allowed the analysis of the energy efficiency in the use of electric
engines in industry of paper and cosmetics.
Given the measurements of current and tension, plus the data from the
manufacter’s catalogs, values of efficiency were obtained, power factor and
utilization factor, for diverse conditions of engine load. But in case the utilization
factor is less than 75%, a comparative study allowed the decisions of substitution
of the poorly dimensioned engines.
The data are analyzed in ways:
1) What would be the energy save to each sector, if motors were
changed for high efficient units?
2) What would be the viable to each sector to replace immediately the
existing motors for high efficient?
3) What would be the energy save to each sector in (R$/day), using
high efficient motors?
4) How much time would be the return of the investiment?
Some resources of computer technology were used in the calculations.
The results showing the electric energy saving potential in motor would be
better use to advantage and more conscientions form.
Key-Words: Energy saving potential, induction motor, high efficiency motor,
nominal power, power factor, utilization factor and efficiency.
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
A economia de energia pode ser obtida através de atitudes, que visam à
redução dos gastos com o consumo, pela sociedade como um todo. Em
conseqüência, possibilita postergar a necessidade da ampliação da rede
geradora de energia, canalizando tais recursos para outras finalidades e,
também, colaborando na preservação ambiental, segundo a ELETROBRÁS
(1998).
Devido à perspectiva de “apagões” e racionamentos no sistema elétrico
de energia nacional, problemas esses que nem sempre são de origem
climática, constata-se a necessidade de uma avaliação das instalações
elétricas como instrumento de potencial de conservação de energia elétrica,
evitando desperdícios em sua utilização.
Como fato, encontra-se uma recente avaliação realizada pelo PROCEL
(1995), constatou-se que 50% das cargas elétricas industriais são compostas
por motores de indução, chegando a 70% em determinadas regiões.
A parcela de motores dimensionados além do recomendado ou que
acionam cargas inferiores à sua capacidade, apresentam-se em números
elevados. Esses problemas muitas vezes são ocasionados pelos fabricantes
que desenvolvem novos equipamentos e não levam em consideração o correto
dimensionamento do conjunto máquina-motor, ou então, utilizam fatores de
Introdução
2
segurança exagerados, ambos ocasionando superdimensionamento e
consumo de energia elétrica excessivo.
Os motores elétricos de indução da linha Standard é o mais utilizado de
todos os tipos de motores, devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo
custo. Apesar de serem motores elétricos com bom desempenho, atualmente
encontramos no mercado motores que apresentam um potencial de
conservação de energia elétrica maior, que são os motores elétricos de
indução da linha de alto rendimento.
Pelo exposto, na presente pesquisa, serão analisados os comportamentos dos
motores elétricos em funcionamento em uma indústria de papel e cosméticos,
cuja planta do setor de produção apresenta-se atualmente distribuída como:
Caldeiraria (CAD), Célula de empacotamento (CEM), Célula de lápis e grafite
(CLG), Desenvolvimento de embalagem (DEE), Ferramentaria (FER),
montagem hidrográfica e marcadores (MCE), Montagem de lapiseiras (MAM),
Montagem esferográfica (MEG), Manutenção mecânica central (MMC),
Manutenção mecânica de linha (MML), Produção de brindes (PBR), Produção
gráfica (PGR), Produção galvanoplastia (PGA), Produção de meio lápis (PML),
Pontas e tornos (POT), Produção de grafite (PRG), Produção de retifica e
plaina (PRP), Veículo de ar comprimido (VAC), conforme a Figura 1. Uma
grande quantidade de motores elétricos, particularmente de indução, que
apresentam a necessidade de uma ação de conservação de energia.
Através dessa pesquisa será possível a análise dos parâmetros elétricos
relacionados ao funcionamento do motor, possibilitando avaliar o seu
dimensionamento. Essa pesquisa propicia condições para a análise de outras
plantas industriais, cujos motores elétricos necessitem de avaliação.
Introdução
3
Figura 1 – Diagrama de bloco dos setores de produção
ADMINISTRATIVO
PRODUÇÃO 1 PRODUÇÃO 4 PRODUÇÃO 5 PRODUÇÃO 2
PRODUÇÃO 3
CEM
CLG
PML
MAM
MCE
MEG
PBR
PRG
PGA
PGA
POT
PRP
DEE
FE
VAC
CAD
MMC
MML
PG
Capítulo 2
LEI DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Após vários anos de tramitação no Congresso Nacional, a Lei de Eficiência
Energética foi finalmente promulgada a 17 de outubro de 2001, na esteira do
racionamento de energia.
A Lei apenas estabelece a decisão de prever níveis máximos de consumo de
energia ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos
consumidores de energia, fabricados ou comercializados no País (BRASIL,
2001). A lei, portanto, vale para equipamentos nacionais e importados. Os
comerciantes têm até 30 dias para atender à lei, ou estarão sujeitos a multas
de até 100% do preço de venda. Antes da divulgação dos índices, deverão ser
ouvidas em audiência pública, com divulgação antecipada das propostas,
entidades representativas de fabricantes e importadores de máquinas,
aparelhos consumidores de energia, projetistas e construtores de edificação.
Lei da Eficiência Energética
5
2.1 Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de
Eficiência de Energia – CGIEE
Para regulamentar a lei, foi promulgada em 19 de dezembro de 2001 o
Decreto 4.059 (BRASIL, 2001), que para tal tarefa, criou o Comitê Gestor de
Indicadores e Níveis de Eficiência Energética – CGIEE, constituído dos
ministérios MME (minas e energia), MCT (ciência e tecnologia) e MDIC
(desenvolvimento, indústria e comércio exterior), as agências ANEEL e ANP,
um representante de universidade e um cidadão brasileiro, ambos especialistas
em energia.
2.2 A regulamentação de motores
Um ano após a sua constituição legal, o CGIEE fez aprovar o Decreto
4.508/2002, que regulamentou a eficiência energética dos motores elétricos de
indução de rotor de gaiola de esquilo (BRASIL, 2002). Esses motores,
constituem seguramente mais de 90% da energia motriz produzida por
eletricidade na industria nacional. É usado também nos setores residencial,
público, comercial e agropecuário, acionando diversos tipos de cargas,
chegando a representar um consumo de quase um terço da energia elétrica do
país.
2.3 O mercado de motores elétricos no Brasil
O mercado de fabricação é dominado por três fábricas brasileiras:
1) A Weg domina cerca de 75% do mercado, é líder no setor na
América Latina, figura entre os cinco maiores fabricantes do mundo, exporta
para mais de 50 países e conta com filiais e assistência técnica nos cinco
continentes (Fazendo o Mundo Girar: Weg Motores Ltda. Mercosul Magazine
2003).
Lei da Eficiência Energética
6
Em 2002, fabricou 7.619.000 motores (WEG, 2003). Com sede em
Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, onde surgiu em 1961, domina o
fornecimento de motores de baixa tensão na indústria.
2) A Eberle com sede em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, fabrica
motores elétricos desde 1939.
3) A Kohlbach, também situada em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina,
fabrica motores e geradores.
No entanto, ainda se encontram funcionando motores de fabricação GE,
que dominou o mercado até os anos 70, e outras marcas como: Búfalo e
Brasil, que não são mais fabricados. Dos motores de fabricação estrangeira, o
que mais se encontra são os de fabricação SEW, geralmente acoplados a
dispositivos de variação de velocidade, como moto-redutores e acionamentos
eletrônicos.
2.4 Os índices de eficiência energética
O Decreto 4.508 estabelece, no Art. 3º, que o indicador de eficiência energética
a ser utilizado é o rendimento nominal (BRASIL, 2002). Foram estabelecidos os
valores de rendimentos nominais mínimos, para os motores padrão e para os
motores de alto rendimento, conforme Tabela 01.
Tabela 01: Rendimentos nominais mínimos conforme a Lei de Eficiência de
Energia.
Potência nominal Padrão Alto Rendimento
Pólos Pólos
cv ou Hp kW 2 4 6 8 2 4 6 8
1,0 0,75 77,0 78,0 73,0 66,0 80,0 80,5 80,0 70,0
1,5 1,1 78,5 79,0 75,0 73,5 82,5 81,5 77,0 77,0
2,0 1,5 81,0 81,5 77,0 77,0 83,5 84,0 83,0 82,5
3,0 2,2 81,5 83,0 78,5 78,0 85,0 85,0 83,0 84,0
4,0 3,0 82,5 83,0 81,0 79,0 85,0 86,0 85,0 84,5
5,0 3,7 84,5 85,0 83,5 80,0 87,5 87,5 87,5 85,5
6,0 4,5 85,0 85,5 84,0 82,0 88,0 88,5 87,5 85,5
Lei da Eficiência Energética
7
Tabela 01: Rendimentos nominais mínimos conforme a Lei de Eficiência de
Energia.
7,5 5,5 86,0 87,0 85,0 84,0 88,5 89,5 88,0 85,5
10,0 7,5 87,5 87,5 86,0 85,0 89,5 89,5 88,5 88,5
12,5 9,2 87,5 87,5 87,5 86,0 89,5 90,0 88,5 88,5
15 11 87,5 88,5 89,0 87,5 90,2 91,0 90,2 88,5
20 15 88,5 89,5 89,5 88,5 90,2 91,0 90,2 89,5
25 18,5 89,5 90,5 90,2 88,5 91,0 92,4 91,7 89,5
30 22 89,5 91,0 91,0 90,2 91,0 92,4 91,7 91,0
40 30 90,2 91,7 91,7 90,2 91,7 93,0 93,0 91,0
50 37 91,5 92,4 91,7 91,0 92,4 93,0 93,0 91,7
60 45 91,7 93,0 91,7 91,0 93,0 93,6 93,6 91,7
75 55 92,4 93,0 92,1 91,5 93,0 94,1 93,6 93,0
100 75 93,0 93,2 93,0 92,0 93,6 94,5 94,1 93,0
125 90 93,0 93,2 93,0 92,5 94,5 94,5 94,1 93,6
150 110 93,0 93,5 94,1 92,5 94,5 95,0 95,0 93,6
175 132 93,5 94,1 94,1 94,7 95,0 95,0
200 150 94,1 94,5 94,1 95,0 95,0 95,0
250 185 94,1 94,5 95,4 95,0
Fonte: Decreto 4.508 (BRASIL, 2002)
Analisando a Tabela 01, verifica-se que os motores de alto rendimento
apresentam uma eficiência maior com relação ao seu rendimento, através
disso, conseguimos melhorar a conservação de energia elétrica.
Capítulo 3
USO DE ENERGIA NA INDÚSTRIA
Este capítulo nos dará uma visão do uso da energia elétrica na indústria
brasileira, para nela situarmos a participação e a importância dos motores
elétricos com relação ao potencial de conservação de energia e os esforços
que tem sido feito para alcançá-lo.
3.1 Consumo de energia por setor
O Gráfico 1, nos mostra o consumo de energia dos setores por atividade
desenvolvida na indústria brasileira.
Uso de Energia na Indústria
9
Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados do BEN 2002 para 2001 (MME, 2002).
Gráfico 3.1: Participação dos setores no consumo de energia (2001)
Os setores ferro-gusa e aço utilizam preponderantemente coque de
carvão mineral e carvão vegetal, como observam Tolmasquim e Szklo (2000),
representando 65% da energia consumida (BEN, MME, 2002, Tabela 3.7.2.b).
No setor de alimentos e bebidas, destaca-se o consumo de bagaço de cana,
responsável por 2/3 da energia consumida (dados de 2001 – BEN, MME, 2002,
Tabela 3.7.8.b).
Em termos de fontes de energia, a participação relativa para o consumo
da indústria está no Gráfico 2. A eletricidade é a principal fonte, com 1/5 de
contribuição, seguida do bagaço de cana, com maiores consumos que os
combustíveis fósseis.
Uso de Energia na Indústria
10
Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados do BEM (MME, 2002)
Gráfico 3.1.1: Energéticos utilizados na indústria (2001)
3.2 Uso da eletricidade na indústria.
O consumo de eletricidade na indústria brasileira vem crescendo a taxas
bem menores que o consumo total, como mostra o Gráfico 3. Considerando-se
o período compreendido entre os anos de 1991 a 2001, a indústria vem
aumentando o seu consumo a uma razão de 2% ao ano, enquanto que o
conjunto do país o faz a 4%.
9% 9%
8%
6%
5%
9%
11%11%
15%
19%
0%
500%
1000%
1500%
2000%
BAGAÇO
DE
CANA
ÓLEO
COMBUS-
TÍVEL
ELETRI-
CIDADE
COQUE
CARVÃO
MINERAL
OUTRAS
SÉC.
PETRÓLEO
LENHA
GÁS
NA-
TURAL
CARVÃO
VEGE-
TAL
OUTRAS
PRIM.
RENO-
VAVÉIS
OUTROS
Uso de Energia na Indústria
11
Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados do BEM (MME, 2002)
Gráfico 3.2: Evolução do consumo de eletricidade na indústria e no país
3.3 Potencial de conservação de energia
Não há dúvidas que existe um bom potencial de conservação de energia
na indústria brasileira. Segundo Geller et al. (2003), o Brasil teve algum
sucesso em aumentar a eficiência no uso da eletricidade, porém muitas
indústrias ainda desperdiçam energia por causa de processos industriais
ineficientes e equipamentos. Por exemplo, alguns motores utilizados no Brasil
são ineficientes pelos padrões internacionais, assim como sobredimensionados
e mal operados em muitos casos.
No entanto, números exatos não estão disponíveis. O Procel, segundo
Lopes e Lisboa (2001), esta desenvolvendo um amplo Projeto de Eficiência
Energética, onde uma das atividades será a criação de um centro de referência
em eficiência energética, com a estruturação e manutenção de um banco de
dados sobre eficiência energética, incluindo a identificação do potencial de
conservação de energia nos estados.
Uso de Energia na Indústria
12
3.4 Tarifa aplicada
A tarifa aplicada para a indústria de papel e cosmético em estudo é a
tarifa azul para a classe de consumidores do grupo A e subgrupo A4, com uma
demanda contratada para o horário de ponta de 1500kW e para o horário fora
de ponta de 1700kW.
3.5 Estrutura tarifária
O sistema tarifário de energia elétrica é um conjunto de Normas e
Regulamentos que tem por função estabelecer o custo da eletricidade para os
diferentes tipos de consumidores. A Agencia Nacional de Energia Elétrica –
ANEEL (1996), além de suas atribuições específicas incorpora também as
funções de Órgão Regulamentador em substituição ao Departamento Nacional
de Àguas e Energia Elétrica – DNAEE (1985).
O governo Federal, através do decreto nº 86463 de 13/10/1983, definiu
a estrutura tarifária para a energia elétrica no país com base nos custos
marginais do setor. Este processo foi iniciado em 1979, com o patrocínio do
Banco Mundial e da assistência técnica da Electricité de France – EDF.
Na nova estrutura tarifária, há dois tipos básicos a saber:
¾ Monômia – faturamento sobre o consumo efetivo de energia
(KWh).
¾ Binômia – além do faturamento sobre o consumo efetivo de
energia, acrescenta-se um outro componente que remunera a
capacidade colocada à disposição dos consumidores e incorpora
preços diferenciados da energia, dependendo do horário de
funcionamento e da época do ano.
O preço final de energia elétrica paga pelo consumidor inclui:
¾ Energia propriamente utilizada
¾ Impostos referente à política tributária
¾ Encargos referentes às despesas de atendimento aos
consumidores e independentes do consumo.
Uso de Energia na Indústria
13
Os consumidores de energia elétrica são enquadrados nestas estruturas
tarifárias de suas características predominantes de consumo.
3.5.1 Definições
A legislação que regulamenta a tarifação de energia elétrica no Brasil é
baseada nos conceitos e definições apresentadas abaixo:
¾ Demanda (kW) – média das potências instantâneas solicitadas
pela unidade consumidora integralizada em intervalos de 15 minutos. Na
Tabela 02 apresentam-se as classificações das demandas e definições.
Tabela 02: Classificação das demandas e definições
Demanda
registrada DR (kW)
É o maior valor da demanda efetivamente registrada
em intervalos de 15 minutos, durante o período de
funcionamento.
Demanda faturada
DF (kW)
È o valor da demanda efetivamente utilizada para
efeito de faturamento.
Demanda
contratada
DC (kW)
È o valor da demanda que a concessionária se
compromete através de contrato de fornecimento, a
manter disponível ao consumidor.
Consumo – CA
(KWh)
É a quantidade de energia elétrica ativa,
efetivamente medida no período de faturamento.
Horário de ponta (p)
É o intervalo de três horas, compreendido entre
17:00 e 22:00 horas de cada dia, exceto sábados e
domingos, e é definido segundo as características
da carga e do sistema elétrico da concessionária.
Uso de Energia na Indústria
14
Tabela 02: Classificação das demandas e definições
Horário fora de
ponta (f)
É o intervalo formado pelas horas complementares
às três horas do horário de ponta, bem como pelas
24 horas dos sábados e domingos.
Período úmido (u)
È o período de cinco meses compreendido entre
dezembro de um ano à abril do ano seguinte.
Período seco (s)
È o período de sete meses consecutivos
complementares ao período úmido, correspondendo
ao período de maio a novembro de um mesmo ano.
3.5.2 Tensões de fornecimento
O nível da tensão de fornecimento para um consumidor é determinado
em função de sua carga instalada. Na Tabela 03, apresenta-se esta
correspondência em função da Demanda Contratada (DC).
Tabela 03: Limites de tensão de fornecimento
CARGA INSTALADA TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO
DC = 50kW Tensão secundária de distribuição
50kW < DC = 2500kW Tensão primária de distribuição
DC > 2500kW Tensão de transmissão
Os limites podem ser alterados desde que homologados pelo órgão regulador.
Uso de Energia na Indústria
15
3.5.3 Classes de consumidores
A legislação determina categorias de fornecimento conforme o tipo de
estrutura tarifária aplicado e a tensão entregue à consumidora. As Unidades
Consumidoras são classificadas da seguinte forma:
Grupo A: Unidades consumidoras atendidas em tensão igual ou
superior a 2,3kV, ou atendidas em tensão inferior a 2,3kV através de sistema
subterrâneo de distribuição, e faturadas neste grupo, caracterizadas pela
estruturação tarifária binômia e dividido nos seguintes subgrupos:
1) Subgrupo A1: Tensão de fornecimento igual ou superior a 230kV
2) Subgrupo A2: Tensão de fornecimento de 88kV a 138kV
3) Subgrupo A3: Tensão de fornecimento de 69kV
4) Subgrupo A3a: Tensão de fornecimento de 30kV a 44kV
5) Subgrupo A4: Tensão de fornecimento de 2,3kV a 25kV
6) Subgrupo AS: Tensão de fornecimento abaixo de 2,3kV, atendida
pelo sistema subterrâneo de distribuição, e faturada nesse grupo em caráter
opcional.
Grupo B: Unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a
2,3kV, ou ainda atendidas em tensão superior a 2,3kV e faturadas neste
grupo, caracterizadas pela estruturação tarifária monômia e dividido nos
seguintes subgrupos:
1) Subgrupo B1 – Residencial
2) Subgrupo B1 – Residencial Baixa Renda
3) Subgrupo B2 – Rural
Uso de Energia na Indústria
16
4) Subgrupo B2 – Cooperativa de Eletrificação Rural
5) Subgrupo B2 – Serviço Público de Irrigação
6) Subgrupo B3 – Demais Classes
7) Subgrupo B4 - Iluminação Pública
A demanda também é utilizada para classificação dos consumidores e
para efeito de tarifação.
3.5.4 Modalidades tarifárias
Os consumidores do grupo A são faturados com tarifa
convencional ou horo-sazonal, dependendo da tensão de fornecimento
e da demanda. A Tabela 04 mostra as opções tarifárias para este grupo.
Tabela 04: Opções de tarifa para o grupo A
CONSUMIDOR TARIFA
Tensão de fornecimento = 69kV
( qualquer demanda)
Azul
Tensão de fornecimento < 69kV
(demanda = 500kW)
Azul ou Verde
Tensão de fornecimento < 69kV
(50kW = demanda < 500kW)
Azul, Verde ou Convencional
Cada uma destas modalidades tarifárias possui características
próprias e são apresentadas a seguir.
Uso de Energia na Indústria
17
3.6 Faturamento Horo-Sazonal
Trata-se de uma modalidade de faturamento de energia que diferencia
valores de demanda contratada e de energia consumida conforme o horário de
utilização e o período do ano. Nesta modalidade, a dia fica dividido em dois
períodos: o Horário de Ponta , composto por três horas consecutivas definidas
pela concessionária de acordo com as características e seu sistema elétrico e
situadas no intervalo compreendido entre 17h e 22h, exceto de sábados,
domingos e feriados nacionais ou outros feriados definidos por Lei Federal, e o
Horário Fora de Ponta, composto pelas 21 horas diárias complementares ao
horário de Ponta. Sábados e domingos são considerados horários Fora de
Ponta.
O ano divide-se em dois períodos, o intervalo de cinco meses
consecutivo compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de
dezembro de um ano a abril do ano seguinte passa a ser conhecido como
período úmido, e o intervalo de sete meses consecutivos, compreendendo os
fornecimentos abrangidos pelas leituras de maio a novembro, passa a ser
denominado período seco, em alusão à condição pluviométrica dos meses
considerados.
As unidades consumidoras alimentadas em tensão igual ou superior a
69kV, ou que apresentem contrato de demanda superior a 300kW, são
obrigadas a se enquadrarem no regime de faturamento horo-sazonal, podendo
escolher uma das duas modalidades oferecidas: a tarifa azul ou a tarifa verde.
Os consumidores alimentados por tensão primária de distribuição que não se
enquadram nos requisitos acima podem solicitar a tarifação horo-sazonal
desde que pelo menos um dos valores de demanda contratada (de ponta ou
fora de ponta) seja superiores a 30kV.
Uso de Energia na Indústria
18
3.7 Faturamento de energia elétrica
A energia é faturada conforme a classe onde se enquadra a unidade
consumidora e o contrato de fornecimento que eventualmente é celebrado
entre a concessionária e o cliente. No caso de fornecimentos baseados em
contrato, o faturamento pode ainda incluir cobranças relativas ao
descumprimento de cláusulas contratuais.
3.7.1 Tarifa Convencional – Consumidores do Grupo B
Nos consumidores enquadrados no Grupo B, apenas o consumo de
energia é faturado, não existindo cobrança relativa à demanda de potência. O
faturamento de consumo é obtido pelo produto entre o consumo medido e a
respectiva tarifa.
FC = C. TC (3.1)
Onde:
FC – valor relativo ao faturamento de consumo
C – consumo durante a ciclo medido
TC – tarifa de consumo
3.7.2 Tarifa Binomial Convencional
É aplicada às unidades consumidoras do Grupo A, atendidas em tensão
inferior a 69kV e com demanda menor do que 300kW. Para este tipo de
contrato de fornecimento, o valor da demanda faturada será o maior entre os
valores abaixo:
a) Demanda contratada ou a demanda medida, exceto se a unidade
consumidora for classificada como rural ou reconhecida como sazonal;
Uso de Energia na Indústria
19
b) Demanda medida no ciclo de faturamento ou 10% da maior
demanda medida em qualquer dos onze ciclos completos de faturamento
anteriores, no caso de unidade consumidora classificada como rural ou
reconhecida como sazonal.
A demanda faturada é calculada pela equação:
TDDFD
fat
.
=
(3.2)
onde:
FD – valor relativo ao faturamento de demanda
fat
D - demanda faturável
TD – tarifa de demanda
O faturamento de consumo será obtido pelo produto do consumo
medido pela respectiva tarifa:
FC = C . TC (3.3)
Onde:
FC – valor relativo ao faturamento de consumo
C – consumo durante a ciclo medido
TC – tarifa de consumo
3.7.3 Tarifa Azul
A estrutura tarifária conhecida como tarifa azul é aplicada às unidades
consumidoras do Grupo A, segundo os seguintes critérios:
Compulsoriamente às unidades consumidoras atendidas em
tensão igual ou superior a 69kV;
Uso de Energia na Indústria
20
Compulsoriamente às unidades consumidoras atendidas em
tensão inferior a 69kV, com demanda de potencial igual ou superior a
300kW, desde que não façam opção pela tarifa verde
Opcionalmente às unidades consumidoras atendidas em
tensão inferior a 69kV, com demanda de potência inferior a 300kW,
mas com demanda contratada superior a 30kW em pelo menos um
dos segmentos horários (ponta ou fora de ponta).
São valores aplicados na composição da tarifa azul:
1) Demanda de potência (kW).
a) Um preço para horário de ponta (P).
b) Um preço para horário fora de ponta (F).
2) Consumo de energia (KWh).
a) Um preço para horário de ponta em período úmido (PU).
b) Um preço para horário fora de ponta em período úmido (FU).
c) Um preço para horário de ponta em período seco (PS).
d) Um preço para horário fora de ponta em período seco (FS).
Para os consumidores de fornecimento baseados na tarifa azul, o valor
empregado no faturamento da demanda atende os seguintes critérios:
a) Demanda contratada ou demanda medida, exceto se anuidade
consumidora for classificada como rural ou reconhecida como sazonal.
b) Demanda medida no ciclo de faturamento ou 10% da demanda
contratada, no caso de unidade consumidora classificada como rural ou
reconhecida como sazonal.
A expressão abaixo permite melhor visualização do critério de
faturamento da demanda:
(
)
(
)
fp
fp
fatp
p
fat
TDDTDDFD .. +
=
(3.4)
Uso de Energia na Indústria
21
onde:
FD – valor relativo ao faturamento da demanda
.
p
fat
D - demanda faturável no horário de ponta
p
TD
- tarifa de demanda de ponta
fp
fat
D - demanda faturável no horário de fora de ponta
fp
TD - tarifa de demanda fora de ponta
O faturamento do consumo total será obtido pela soma dos produtos dos
consumos medidos em cada segmento horo-sazonal, pelas respectivas tarifas
do segmento:
(
)
(
)
fpfppp
TCCTCCFC
..
+
=
(3.5)
onde:
FC – valor relativo ao faturamento do consumo
.p
C
- consumo médio no horário de ponta
p
TC - tarifa de consumo de ponta
(
)
.fp
C - consumo medido no horário de fora de ponta
fp
TC
- tarifa de consumo fora de ponta
3.8 Ultrapassagem de demanda
A tarifa horo-sazonal tem como princípio básico a disciplina do mercado,
permitindo um uso racional do sistema de distribuição de energia. Para que
esta disciplina seja mantida, o consumidor deverá zelar para que os valores de
demanda medido nos respectivos segmentos horários e sazonais sejam
compatíveis com os valores estabelecidos em contrato. Na hipótese dos
Uso de Energia na Indústria
22
valores medidos excederem os valores contratados, será aplicada a tarifa de
ultrapassagem sobre o excedente. Esta penalidade, todavia, não será aplicada
se o excesso se encontrar dentro dos limites de tolerância estabelecidos
abaixo:
5% para a unidade consumidora atendida em tensão de
fornecimento igual ou superior a 69kV (tarifa azul).
10% para unidade consumidora atendida extensão de
fornecimento inferior a 69kV.
3.9 Aplicação da demanda de ultrapassagem
Havendo ultrapassagem de demanda medida em relação ao valor
contratado e estando excedidos os limites permitidos pelo contrato, caberá
aplicação da tarifa de ultrapassagem à totalidade da parcela que exceder o
valor de contrato, cobrada com valor igual a três vezes a tarifa normalmente
aplicada sobre o kW de demanda para o segmento horário referente.
3.9.1 Demanda de ultrapassagem - tarifa azul
A aplicação do faturamento de ultrapassagem de demanda para
consumidores sob contrato de tarifa azul é realizada de acordo com as
equações a seguir, onde o valor total é referente à ultrapassagem de demanda
fora de ponta e demanda na ponta.
fpp
FdFdFD +
=
(3.6)
Faturamento de demanda relativo ao horário de ponta:
(
)
(
)
pppppp
TUDCDMTDDCFd ..
+
=
(3.7)
Uso de Energia na Indústria
23
Faturamento de demanda relativo ao horário fora de ponta:
(
)
(
)
fpfpfpfpfpfp
TUDCDMTDDCFd ..
+
=
(3.8)
onde:
p
Fd - valor relativo ao faturamento da demanda na ponta
fp
Fd
- valor relativo ao faturamento da demanda fora da ponta
p
DC - demanda contratada no horário de ponta
fp
DC - demanda contratada no horário fora de ponta
p
TD - tarifa de demanda de ponta
fp
TD - tarifa de demanda fora de ponta
p
DM - demanda medida no horário de ponta
fp
DM - demanda medida no horário fora de ponta
p
TU - tarifa de ultrapassagem para o segmento de ponta
fp
TU - tarifa de ultrapassagem para o segmento fora de ponta
Capítulo 4
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 Motores elétricos de indução na indústria
As atividades fabris requerem, em princípio, um motor robusto, de alta
confiabilidade, boa eficiência, que reaja bem às variações de carga e com
baixo custo. Alguns processos de variação de velocidade com bom controle.
Além disso, áreas de riscos, exigem um equipamento que não provoque
centelhas.
Algumas máquinas que existem em praticamente qualquer segmento da
indústria: bombas para movimentação de líquidos, compressores e ventiladores
para gases. Fábricas de alimentos e bebidas que possuem máquinas
operatrizes, que movimentam e executam operações com latas, garrafas e
outros objetos. Geralmente são motores pequenos, algumas vezes de
construção específica para sua aplicação. A indústria têxtil também possui
máquinas dedicadas tanto para a fiação como para a tecelagem, de tecnologia
secular. Os setores de cimento, químico, papel e celulose têm uma grande
quantidade de bombas, compressores, ventiladores, esteiras transportadoras,
moinhos, agitadores e peneiras compostos por motores de grande potência.
Cerâmicas possuem grandes misturadores, sopradores e muitas esteiras
transportadoras. Mineração, siderurgia e fabricação de metais em geral, além
das bombas, compressores e ventiladores, também têm moinhos,
transportadores em grande quantidade e máquinas específicas para atividades
de laminação, por exemplo: para puxar, dobrar e cortar.
Dentre os vários tipos de motores, o que melhor tem se adaptado a
estes tipos de segmento é o motor de indução trifásico com rotor em gaiola de
esquilo. De construção bastante robusta, sem partes faiscantes, não exigindo
quase manutenção, baixo custo e apresentando poucas desvantagens: não
Revisão Bibliográfica
25
varia a velocidade, operação degradada em baixa carga (alterando rendimento
e fator de potência), alta corrente de partida relata (AMÉRICO, 2003).
Este tipo de motor não tem comutador, nem anéis coletores, nem
quaisquer contatos móveis entre o rotor e o estator, sendo sua aplicação
bastante diversificada e o seu regime de operação apto para atuar em
situações onde o intemperismo e outros materiais abrasivos sejam fatores a
serem considerados, segundo (KOSOW, 1982).
4.2 Considerações sobre motores elétricos de indução
O acionamento de máquinas e equipamentos mecânicos por motores é
um assunto de extrema importância econômica. Estima-se que o mercado
mundial de motores de todos os tipos seja da ordem de uma dezena de bilhões
de dólares por ano. No campo de acionamentos industriais, avalia-se que de
70% a 80% da energia elétrica consumida pelo conjunto de todas as industrias
seja transformada em energia mecânica através de motores elétricos, conforme
apresentado por Lobosco e Dias (1988). Nestes, admitindo-se um rendimento
médio da ordem de 80% em aplicações industriais, cerca de 15% da energia
elétrica consumida pela industria, transforma-se em perdas nos motores e 5%
em perdas na linha de transmissão.
Revisão Bibliográfica
26
4.3 Estrutura física de um motor elétrico de indução
Sua estrutura básica é apresentada na Figura 2, onde foi feito um corte para a
visualização das partes interiores que estão descritas na Tabela 05.
Fonte: WEG – Catálogo de motores elétrico, Jaraguá do Sul – SC, 2003
Figura 4.3: Motor elétrico de indução trifásico
Tabela 05: Partes fundamentais do motor de indução.
Ref. Descrição Característica
Estator
1
Carcaça É a estrutura suporte do conjunto; de construção robusta em
ferro fundido, aço ou alumínio injetado, resistente à corrosão e
com aletas.
2 Núcleo de
chapas
As chapas são de aço magnético, tratadas termicamente para
reduzir ao mínimo as perdas no ferro.
Revisão Bibliográfica
27
Tabela 05: Partes fundamentais do motor de indução.
8
Enrolamento trifásico Três conjuntos iguais de bobinas, uma para cada fase,
formando um sistema trifásico ligado à rede trifásica de
alimentação
Rotor
3
Núcleo de chapas As chapas possuem as mesmas características das
chapas do estator.
7
Eixo Transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor.
É tratado termicamente para evitar problemas como
empenamento e fadiga.
12
Barras e anéis de
curto-circuito
São de alumínio injetado sob pressão numa única peça.
Outras partes do
motor de indução
4
Tampa
5
Ventilador
6
Tampa defletora
9
Caixa de ligação
10
Terminais
11
Rolamento
Fonte: Elaboração própria com base no catálogo de motores elétrico da WEG,
Jaraguá do Sul – SC, 2003
4.4 Princípio de funcionamento
Quando uma bobina é percorrida por uma corrente elétrica, cria-se um
campo magnético dirigido conforme o eixo da bobina e de valor proporcional ao
da bobina.
O motor trifásico é alimentado por correntes trifásicas que criam um
“campo girante” no estator, como se houvesse um único par de pólos girantes,
de intensidade constante. Este campo girante, induz tensões nas barras do
rotor (linhas de fluxo que cortam a barra do rotor) as quais geram correntes, e
Revisão Bibliográfica
28
conseqüentemente, um campo no rotor, de polaridade oposta à do campo
girante. Como campos opostos se atraem e o campo do estator é rotativo, o
rotor tende a acompanhar a rotação deste campo. Desenvolve-se então, no
rotor, um conjugado motor que faz com que ele gire, acionando a carga, como
explica a (WEG, 2000).
Dependendo da forma como são dispostas as bobinas do estator,
podem-se constituir um ou mais pares de pólos conforme a Figura 3, sendo os
mais comuns: dois pólos, quatro pólos, seis pólos e oito pólos, que se
distribuem alternadamente (um norte e um sul) ao longo da periferia do núcleo
magnético.
Fonte: Catálogo de motores elétrico da WEG, Jaraguá do Sul – SC, 2003
Figura 4.4: Polaridade de um motor de indução
Então, quando a corrente de alimentação completa um ciclo (1/60 Hz =
16,7 ms), o campo vai de “norte a norte”. Em um segundo, o campo do motor
de 2 pólos dá 60 voltas, no motor de 4 pólos dá 30 voltas, no motor de 6 pólos
dá 20 voltas e assim por diante, que corresponde em rotações por minuto
(rpm), a: 3600, 1800 e 1200, conforme (KOSOW, 1982, p. 298-299).
Revisão Bibliográfica
29
4.5 Características de aceleração
O ciclo de operação dos motores elétricos, em função de suas
características e das solicitações das cargas, flutua de forma sensível, desde a
partida até o seu desligamento, relata (GODINHO, 1987).
TEIXEIRA (1991), observa que estes itens implicam numa maior
facilidade para a máquina ser levada da situação de rotor bloqueado até à
velocidade nominal, em função das características do conjugado de partida do
motor e do ciclo de carga que este atenderia.
O motor deve satisfazer os seguintes critérios citados por (LOPES,
1977): fornecer o máximo conjugado exigido pela carga, não atingir
temperaturas inadmissíveis quando em operação contínua e acelerar a carga
em um tempo suficientemente curto, para que o aquecimento não venha a
danificar as propriedades físicas dos materiais isolantes.
O motor de indução tem conjugado igual a zero à velocidade síncrona. À
medida que a carga vai aumentando, a rotação do motor vai caindo
gradativamente, até um ponto em que conjugado atinge o valor máximo que o
motor é capaz de desenvolver em rotação normal. Se o conjugado da carga
aumentar mais, a rotação do motor cai bruscamente, podendo chegar a travar
o rotor. Representando no Gráfico 4, a variação do conjugado com a
velocidade para um motor normal.
Revisão Bibliográfica
30
Fonte: WEG – Catálogo de motores elétrico, Jaraguá do Sul – SC, 2003
Gráfico 4.5: Curva do conjugado x rotação
4.6 Perdas
O motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em
energia mecânica. Apesar de ser uma máquina de grande utilidade,
apresentam vários tipos de perda que de acordo com a ELETROBRÁS (1996),
podem ser apresentadas como:
a. Perdas no ferro (núcleo) – são as perdas devido à circulação do
campo magnético, por histerese e correntes parasitas. Dependem da
freqüência da rede que no Brasil é de 60 Hz, da densidade do campo (quanto
menos ferro, mais denso), da qualidade do aço (o aço silício é mais suscetível
ao campo magnético), da espessura e isolação das chapas, que representam
de 15 a 20% do total das perdas estando em operação.
Revisão Bibliográfica
31
b. Perdas mecânicas perdas por atrito, nos mancais e ventilação
que representam 5 a 15%.
4.6.1 Perdas variáveis
a. Perdas no estator – são devidas ao efeito Joule (é o aquecimento
do condutor, devido a passagem da corrente elétrica), a circulação
da corrente no enrolamento do estator, significa uma parcela de
perda em condição nominal de 25 a 40%, dependendo da seção
nominal dos condutores e do comprimento das bobinas.
b. Perdas no rotor – também são provocadas pelo efeito Joule nas
barras e anéis do rotor, que representa uma perda entre 15 a 25%.
Dependendo do tipo de material, que em geral é de alumínio para motores em
baixa tensão, da seção e comprimento das barras.
c. Perdas suplementares são devidas a várias imperfeições na
distribuição dos fluxos magnéticos e de corrente, geralmente medidas por
subtração das demais perdas, que representam uma parcela menor entre 10 a
20% nos motores de baixa tensão.
4.7 Causas de baixa eficiência
As características de desempenho dos motores de indução são
influenciadas pelas condições de operação da carga. Podem-se apontar quatro
causas principais de operação em baixo rendimento:
a. Motor sobredimensionado – apresentam uma queda no
rendimento, quando operam com carga baixa, normalmente menores que 50%
Revisão Bibliográfica
32
da sua capacidade nominal. Este é um dos pontos principais deste trabalho, a
faixa ideal de operação esta entre 75% e 100% de carga.
b. Motor rebobinado – é proveniente de um defeito comum chamado
“queima”, isto é, quando ocorre a degradação do isolante entre as espiras de
uma mesma bobina, entre duas bobinas de diferentes fases ou entre uma
bobina e o núcleo. Tecnicamente diz-se que houve um curto-circuito entre
espiras, entre fases, entre fase e terra ou carcaça. A elevação de temperatura
provoca o rompimento do dielétrico do material isolante, seja ele: esmalte do fio
condutor, papel ou espaguetes, levando-os a carbonização, exalando um odor
característico. Normalmente, recupera-se o motor através do processo de
rebobinamento, ou seja, substituindo as bobinas e isolação danificadas por
outras. É importante ressaltar um rigor técnico neste procedimento, para que o
motor retome suas características originais. Algumas práticas, porém, podem
afetar o seu desempenho: retirar as bobinas queimadas do estator do motor,
fazendo-se uso de maçarico ou lança chamas à gás, isso pode danificar a
isolação entre as chapas do núcleo, aumentando as perdas no ferro. Utilizar
fios de seção diferente da original, pode aumentar as perdas no cobre e alterar
o número de espiras das bobinas. A análise e a conclusão do desempenho de
diversos motores, antes e depois do reparo, esta na qualidade da oficina, relata
Bortoni et al. (1999). Pode haver uma melhora da eficiência energética, através
da manutenção nos motores e rotinas de limpeza.
c. Instalação – trata-se aqui das condições mecânicas de instalação
do motor: fixação, alinhamento, vibração, temperatura e tipo de ambiente.
Apesar de serem máquinas robustas, estas condições, infelizmente nem
sempre são adequadas e afeta o seu desempenho.
d. Alimentação elétrica – são dois os principais problemas:
desequilíbrio entre fases e harmônicos. Desequilíbrios podem provir da rede
distribuidora ou da diferença de indutância entre os cabos que alimentam o
motor, que é comum, quando não são feitos com cabos tripolares. Harmônicos,
são distorções na forma de onda senoidal da rede de alimentação, provocados
Revisão Bibliográfica
33
hoje na sua maioria por equipamentos eletrônicos. Um estudo realizado pela
WEG (2000), estima as perdas em função do desbalanceamento de fases,
conforme a Gráfico 5.
e. Manutenção além das condições de instalação e alimentação
elétrica, a manutenção também influencia no rendimento do motor, segundo
(ALMEIDA, 2001). Uma inspeção periódica quanto a níveis de isolação,
elevação de temperatura, desgastes excessivos, correta lubrificação dos
rolamentos e eventuais exames no ventilador, para verificar o correto
direcionamento do fluxo de ar são fundamentais para garantir a operação
adequada do motor, segundo a WEG (2000).
Fonte: Weg – Pesquisas. Disponível em
http://www.weg.com.br/. Acessado em: 20
de Julho,2005.
Gráfico 4.7: Desbalanceamento x Aumento de Perdas
Revisão Bibliográfica
34
4.8 Seleção de motores de indução
Existem muitas aplicações que podem ser corretamente acionadas por
mais de um tipo de motor, e a seleção de um determinado tipo, nem sempre
exclui o uso de outros tipos. Os motores de baixa e média tensão, encontram
um vasto campo de aplicação, notadamente nos setores de siderúrgica,
mineração papel e celulose, saneamento, químico e petroquímico, cimento
entre outros, tornando-se cada vez mais importante o tipo adequado para cada
aplicação.
Na seleção de motores para acionamentos de máquinas, devem ser
utilizados critérios técnicos para que o mesmo não seja sobredimensionado,
funcionando com carga parcial, que segundo (KUSNETSOV, 1979), resulta em
baixo fator de potência, devido a quase toda corrente ser absorvida para a
magnetização do motor. Este também não deve ser subdimensionado, a ponto
de uma sobrecarga momentânea exceder seu torque máximo, saindo de seu
ponto de melhor desempenho e estabilidade.
A escolha e a utilização de motores elétricos para (MARTIGNONI,
1978), obedecem aos critérios: tipo de ligação do estator, tensão de
alimentação, elevação de temperatura que o motor pode alcançar quando com
carga normal, classe de isolação que indica qual a elevação de temperatura
que o motor pode suportar, e o tipo de regime para o qual foi construído.
Conforme norma NBR 7094/1996 “Máquinas elétricas girantes - motores
de indução”, as combinações das variações de tensão e freqüência são
classificadas como Zona A ou Zona B, conforme Figura 5. Um motor deve ser
capaz de desempenhar sua função principal continuamente na Zona A, mas
pode não atender completamente às suas características de desempenho à
tensão e freqüência nominais, apresentando alguns desvios. As elevações de
temperatura podem ser superiores àquelas à tensão e freqüência nominais. Um
motor deve ser capaz de desempenhar sua função principal na Zona B, mas
pode apresentar desvios superiores àqueles da Zona A no que se refere às
características de desempenho à tensão e freqüência nominais. As elevações
de temperatura podem ser superiores às verificadas com tensão e freqüência
Revisão Bibliográfica
35
nominais e muito provavelmente superiores àquelas da Zona A O
funcionamento prolongado na periferia da Zona B não é recomendado.
Fonte: WEG – Catálogo de motores elétrico, Jaraguá do Sul – SC, 2003
Figura 4.8: Limites das variações de tensão e freqüência
4.9 O motor de alto rendimento
Os motores elétricos existem há pouco mais de um século, quando
surgiram, eram grandes, pesados e custavam caro. Com o passar do tempo,
reduziram-se o custo de fabricação devido a evolução dos fios condutores, dos
filmes isolantes, das chapas de aço, das ligas de alumínio e das técnicas de
projeto, cita BORTONI (In: EFEI/PROCEL, 2001). O resultado foi uma redução
do peso e do tamanho do motor elétrico, como pode ser observado no Gráfico
6, o peso de um motor de mesma potência no decorrer do século XX, foi
reduzido aos dias atuais a 8% do seu peso de seu antecessor em 1890.
Revisão Bibliográfica
36
Fonte: EFEI/PROCEL, (2001)
Gráfico 4.9: Evolução dos motores (Kg/kW)
Os motores considerados de alto rendimento, segundo a WEG (2000),
são especialmente projetados para fornecerem a mesma potência útil (na ponta
do eixo) que outros tipos de motores, consumindo no entanto,menos energia
elétrica da rede. As características construtivas dos motores de alto rendimento
são: chapas magnéticas de melhor qualidade (aço silício); maior volume de
cobre, que reduz a temperatura de operação; enrolamentos especiais, que
produzem menos perdas no estator; rotores tratados termicamente, reduzindo
as perdas no rotor; altos fatores de enchimento das ranhuras, que provêm
melhor dissipação de calor gerado; anéis de curto circuito dimensionados para
reduzir as perdas Joule e projetos de ranhuras do motor otimizadas para
incrementar o rendimento.
Com todas essas melhorias, é natural que o motor de alto rendimento
custe mais caro (cerca de 20 a 30%). A sua utilização em lugar de um motor
padrão ou até mesmo a troca por um motor em operação, pode ser
economicamente viável em função do custo de energia economizada ao longo
Revisão Bibliográfica
37
de sua vida útil. O custo da energia elétrica consumida por um motor, pode
chegar a mais de 100 vezes do seu custo de aquisição, relata (AMÉRICO,
2003).
Capítulo 5
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
5.1 Considerações sobre a conservação de energia
Segundo levantamento do Plano Decenal de Expansão 1995/2006,
realizado pelo Grupo Coordenador do Planejamento dos Sistemas Elétricos da
ELETROBRÁS (2008), observa-se no Gráfico 7 a seguinte estrutura de
participação na projeção da evolução do consumo de energia elétrica para um
crescimento médio do PIB de 5% ao ano.
Conservação de Energia Elétrica
39
Fonte: Elaboração própria, a partir do Plano Decenal de Expansão 1996/2005 -
Dezembro 1995 – ELETROBRÁS GCPS
Gráfico 5.1: Projeção do consumo em função da energia disponível
O setor industrial, conforme a Tabela 06, é o maior consumidor de toda
a energia elétrica produzida, utilizando 44%. O uso residencial vem a seguir,
com um consumo de 25% e o uso comercial com 16%. Os restantes 15%
distribuem-se entre setor rural, iluminação pública, órgãos do governo e outros.
Tabela 06: Perfil do consumo de energia elétrica no Brasil (GWh)
Classe 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Residencial 81.249 83.494 73.770 72.660 76.165 78.473
Industrial 123.560 131.195 122.629 127.694 129.877 145.996
Conservação de Energia Elétrica
40
Tabela 06: Perfil do consumo de energia elétrica no Brasil (GWh)
Classe 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Comercial
43.562 47.437 44.517 45.251 47.532 49.691
Outros
42.739 44.621 42.882 44.327 47.072 46.541
Total
291.110 306.747 283.798 289.932 300.646 320.701
Fonte: PROCEL – 2001
Baseado nos levantamentos realizados pela ELETROBRÁS (1998), o
consumo de energia elétrica vem crescendo de forma acelerada no país nas
últimas décadas – de 38 TWh em 1970, passou para 264,3 TWh em 1997. A
iluminação publica representa aproximadamente 3,5% do consumo total de
energia elétrica nacional.
No Brasil, as primeiras iniciativas para desenvolverem tecnologias de
conservação de energia elétrica começaram em 1975, com a organização de
um seminário, cujo assunto foi apresentado pelo Grupo de Estudos sobre
Fontes Alternativas de Energia (GEFAE) que resultou na implantação de um
programa de financiamento, pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP),
de pesquisas sobre eficiência na cadeia de captação, transformação e
consumo de energia.
No entanto, somente dez anos mais tarde seria criado o Programa de
Combate ao Desperdício de Energia Elétrica – PROCEL pela ELÉTROBRAS.
Apesar da existência desse programa, muitos devem ser revistos , analisados
criticamente em seus aspectos positivos e negativos, estabelecendo-se
mecanismos de comunicação mais eficientes, que permitam incorporar
culturalmente a questão energética e suas conseqüências sociais e ambientais,
de modo a se refletir na ação social e na economia de capital, principalmente
na qualidade de vida.
Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica - PROCEL,
conforme relata Tavares e Pinhel (1994), foi instituído a partir de uma ação
conjuntiva dos Ministérios das Minas e Energia e da Indústria e Comércio,
Conservação de Energia Elétrica
41
sendo considerado o primeiro esforço sistematizado e amplo de implantação de
uma política de conservação de energia no país.
O programa foi criado via portaria interministerial nº 1877/85, em 30 de
dezembro de 1985, com o objetivo de racionalizar o uso de energia elétrica,
através da eliminação do desperdício e aumento da eficiência de
equipamentos, sistemas e processos, proporcionando menor consumo de
energia.
A importância do assunto emerge da análise do cenário mundial, onde
se observa que, como insumo fundamental, há uma relação direta entre
desenvolvimento humano e consumo de energia. Estima-se que 75% da
população mundial vivem em países em desenvolvimento com uma
significativa demanda reprimida e o aumento do consumo de energia, com
base nos modelos atuais, implica em uma série de investimentos que podem
resultar em degradação ambiental (poluição, chuva ácida, destruição da
camada de ozônio, etc). Dessa forma, desenvolver mecanismos para garantir a
energia necessária para as necessidades básicas, bem como para
proporcionar melhorias do padrão de vida, segundo critérios racionais e
adequados, é parte fundamental do processo de desenvolvimento sustentável.
A compreensão no que diz respeito à conservação de energia sob o
ponto de vista do consumidor não é uma tarefa trivial. As empresas do setor
energético brasileiro, quando deparadas com o desafio de promover ações de
conservação de energia, dificilmente conseguem ultrapassar os limites do
paternalismo. Mudar este paradigma requer não apenas uma disposição de
caráter de política empresarial, mas uma verdadeira reeducação dos quadros
gerenciais das empresas que regem nossos setores energéticos, relata
(LEONELLI, 1996).
A falta de investimento no setor energético aliado à escassez de
recursos naturais, faz da racionalização do uso de energia elétrica uma
ferramenta de apoio imprescindível para o crescimento do país, segundo
Teixeira et al. (2001).
A preocupação quanto à possibilidade da falta de suprimento de energia
elétrica remete à necessidade de se avaliar de que forma esse tipo de energia
vem sendo utilizado. Na realidade, o problema não se restringe apenas às
necessidades de gerar cada vez mais energia, mas, primeiramente, a de
Conservação de Energia Elétrica
42
eliminar desperdícios, buscando o máximo desempenho com o mínimo de
consumo, conforme ELETROBRÁS (1998).
A conservação de energia elétrica, segundo o NEPET (2000), leva à
exploração racional dos recursos naturais. Isso significa que, conservar energia
elétrica ou combater seu desperdício é a fonte de produção mais barata e limpa
que existe, pois não agride o meio ambiente. Desta forma, a energia
conservada, pode ser utilizada para outra finalidade.
É importante compreender o conceito de conservação de energia
elétrica. Conservar energia elétrica quer dizer melhorar a maneira de utilizar a
energia. Significa diminuir o consumo, reduzindo custos, sem perder, em
momento algum, a eficiência e a qualidade dos serviços.
A maior de todas as fontes de energia para o futuro conforme (LEITE,
1997), está na sua conservação. Cita que a avaliação dos desperdícios e
perdas do setor estaria em 1995, num nível de 15% da energia total disponível.
Nesse total se incluem perdas técnicas intrínsecas, da ordem de 30 milhões de
MWh, ou 10% da energia disponível. Os desperdícios corrigíveis, de ordem
comercial, somavam 10 milhões de MWh e os de natureza técnica 6 milhões de
MWh, alcançando 5%. Do outro lado da demanda, a previsão para o ano de
2015 é de um potencial de conservação da ordem de 11%. Para a demanda
total mínima de 600 milhões de MWh, prevista para o ano de 2015, um
programa continuado e persistente de conservação de energia elétrica na base
do potencial de 16% poderá representar quase 100 milhões de MWh. Se esse
programa fosse realizado, seria possível evitar a construção de usinas com a
potência total de 20 GW.
Para a ELETROBRÁS (1995), em termos estratégicos, a médio e a
longo prazo, fundamentalmente o setor elétrico deverá ter continuidade quanto
ao aproveitamento do potencial disponível, com maiores perspectivas no
horizonte temporal do Plano de 2015, sem poder depender da
hidroeletricidade.
A solução para o suprimento de eletricidade passa para as termelétricas,
visto que nossas experiências anteriores com a energia nuclear foram um
fracasso do ponto de vista econômico. As fontes primárias tradicionais de
Conservação de Energia Elétrica
43
energia para as térmicas são o gás natural e o carvão. Devem-se fazer uso de
fontes renováveis de energia, tais como: energia aeólica, biomassa, etc.
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – ABINEE
(1990), propõe as seguintes medidas de conservação de energia elétrica,
substituição de fontes, ampliação do parque gerador e economia-financeira:
¾ Aprimoramentos tecnológicos de motores industriais;
¾ Conservação e manutenção de redes elétricas, de ligações
prediais e residenciais;
¾ Remanejamento dos sistemas de distribuição, com tensões de
suprimento mais adequadas;
¾ Revisão do sistema de distribuição, com tensões de suprimento
mais adequadas;
¾ Instalação de aquecedores solares complementares em edifícios,
residências, hospitais, etc;
¾ Geração de energia elétrica de origem eólica nas regiões onde há
disponibilidade, principalmente nas áreas rurais do Nordeste;
¾ Ampliação do parque gerador de energia elétrica em curto prazo
ou das fontes alternativas geradoras de calor, mecânicas ou de
transporte.
¾ Promover a co-geração e troca de energia entre sistemas
elétricos;
¾ Implantar usinas termoelétricas a carvão mineral próximo aos
locais de extração, a gás natural e a carvão vegetal, de biomassa,
do lixo urbano e gás metano dos esgotos urbanos.
Freqüentemente não percebemos que conservar energia é, na
realidade, introduzir mais uma opção de suprimento e que a política de
conservação é uma atividade muito diferente da geração, segundo
(GOLDEMBERG, 1985). No Brasil, principalmente, o comum é que as pessoas
estão acostumadas a discutir opções de suprimento e se limitam a examinar a
substituição de energéticos, em vez de falar em conservação. A maior parte
Conservação de Energia Elétrica
44
dos energéticos utilizados no Brasil é financiado pelo governo, o que cria uma
situação em que as decisões são centralizadas e, por isso, acabam-se
tornando extremamente simples. Mas, em torno destas decisões, o sistema
acabou criando uma lógica própria, onde milhares de decisão precisam ser
tomadas, para que a conservação torne-se significativa com uma decisão
descentralizada, que envolve a conscientização das pessoas.
As preocupações com a eficiência da energia no que diz respeito aos
motores, fizeram com que Canadá e USA implantassem uma série de medidas
como: a certificação de motores de alto rendimento, planos de descontos, um
programa para motores sucateados e uma legislação mais rigorosa. O custo
estimado para o investimento em motores de alto rendimento pode passar de
30% do total dos motores. A procura por motores de alto rendimento
aumentou de menos de 4% em 1988 para mais de 60% em 1993, conforme
(WALTERS, 1999).
Sobre o resultado de um teste feito com desbalanceamento de tensão
em dois motores de características construtivas semelhantes, um de alto
rendimento e outro “Standard” sobre as mesmas condições. (BONNETT, 1997),
relata que o motor de alto rendimento apresenta variação mais significativa no
fator de potência, o qual é influenciado pela força elétrica e densidade de fluxo
do motor.
A grande incidência de motores dimensionados inadequadamente
evidencia não só a falta de critérios mais apurados pelos projetistas na
concepção dos equipamentos, explica (MARACH, 2001), mas também, a
resistência de não investir em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A
preocupação empresarial com o lucro imediato impede que se invista a médio e
longo prazo, como é o caso da substituição de equipamentos inadequados por
outros mais eficientes.
Conservação de Energia Elétrica
45
5.2 Fator de potência
A portaria 1569, de 23 de Dezembro de 1993, determina ao
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE (1993), o
estabelecimento de um novo limite de referência para o fator de potência
indutivo e capacitivo aumentando de 0,85 para 0,92; bem como a forma de
avaliação que deixa de ser mensal passando a ser horário; e o critério de
faturamento de energia reativa capacitiva excedente a esse limite.
A energia elétrica que aciona as máquinas ou outros equipamentos
industriais é composta, em geral de duas parcelas: energia ativa e energia
reativa, descreve (MAMED FILHO, 2002).
Um conceito básico, conforme (CREDER, 2002), é que qualquer
equipamento que transforme a energia elétrica diretamente em outra forma de
energia útil (térmica, luminosa, etc.) sem necessitar de energia intermediária na
transformação, é um consumidor de energia ativa. Os equipamentos mais
comuns são: motores, transformadores, reatores, etc. Desde que necessite de
energia magnetizante como intermediária na utilização de energia ativa, é um
consumidor de energia reativa.
Para (KOSOW, 1982), o fator de potência a vazio corresponde a um
baixo valor , sendo que nessas circunstâncias quase toda a corrente absorvida
é empregada para a magnetização do motor requerido para produzir o campo
girante do estator. Ao aumentar a potência fornecida, precisa-se então de mais
potência ativa absorvida, que é aquela transformada em potência útil e
conseqüentemente melhora o fator de potência.
Dentre as vantagens oferecidas pela melhoria do fator de potência é a
liberação da capacidade do sistema, cita (COTRIM, 2003).
A liberação da capacidade é importante para a concessionária ao dispor
de uma energia adicional e para o consumidor ao diminuir custos, afirma
(SALES, 1998).
Conservação de Energia Elétrica
46
5.3 Conservação de energia elétrica em motores
elétricos de indução
A análise de uma instalação elétrica, visando à economia de energia,
deve ser feita levando-se em conta os motores elétricos e todos os parâmetros
envolvidos como perfil da tensão de alimentação, corrente, fator de potência
entre outros, como recomenda o Programa de Combate ao Desperdício de
Energia Elétrica – PROCEL (1990).
A WEG (2000), cita em seu Guia de Aplicação que um dispositivo de
partida eletrônica suave (soft starter), que apresenta características de
otimização da energia elétrica, simplesmente alterando o ponto de operação do
motor. Esta função, reduz a tensão aplicada aos terminais do motor de modo
que a energia necessária para suprir o campo seja proporcional à demanda da
carga. Este dispositivo permite que o equipamento parta numa aceleração
gradativa e suave, possibilitando uma economia de energia elétrica devido aos
altos picos na partida, conforme Figura 6 e menor desgaste mecânico do
equipamento.
Conservação de Energia Elétrica
47
Fonte: WEG – Catálogo de motores elétrico, Jaraguá do Sul – SC, 2003
Figura 5.3: Comparativo entre métodos de partida
O meio mais adequado na atualidade para reduzir gastos de energia
elétrica é usar motores da linha alto rendimento. Esta provado por testes, que
estes motores especiais têm até 30% a menos de perdas, o que significa uma
real economia, cita o Catálogo de Motores Elétrico da WEG (2000).
Capítulo 6
EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE MEDIÇÃO
Na presente pesquisa fez-se um levantamento das cargas eletromotrizes
de uma indústria de papel e cosméticos, com o específico objetivo de se
verificar as condições de funcionamento dos motores elétricos em operação.
Os dados relacionados aos parâmetros elétricos no uso de energia
elétrica nas atividades estudadas foram obtidos através do diagrama unifilar da
Figura 7, medidos no (Quadro Geral de Força): QGF1, QGF2, QGF3, QGF4 e
QGF5, durante o funcionamento operacional de cada motor.
6.1 Materiais utilizados
6.1.1 Características dos motores elétricos analisados
Nas medições realizadas foram utilizados os seguintes equipamentos:
¾ Alicate multímetro marca Minipa, digital, de 50 a 500V x 2 a
1000A;
¾ Equipamentos de proteção (protetor auditivo, visual, capacete,
luvas e botas classe de 15kV).
Equipamentos e Métodos de Medição 49
Figura 6.1.1 – Diagrama unifilar da indústria de papel e cosméticos
As características elétricas dos motores foram analisadas em cada setor
de produção e encontram-se nas Tabelas de 07 a 24.
Equipamentos e Métodos de Medição 50
Tabela 07. Relação de motores no setor CAD, tensão 380V
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Guilhotina 10,00 4 15,34 10,00
02 Furadeira 2,00 6 4,31 2,60
03 Furadeira 2,00 4 3,75 2,40
04 Serra Walviwing 3,00 6 10,50 5,02
05 Esmeril 3,00 6 10,50 6,50
06 Esmeril 0,50 4 2,07 1,20
Total 20,50 46,47 27,72
Tabela 08. Relação de motores no setor CEM, tensão 380V
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Embaladeira 1,00
2
1,84 1,50
02 Emabaladeira 0,75
4
1,68 1,30
03 Envernizadora Tripla - nº17858 0,75
2
1,38 1,30
04 Envernizadora Dupla - nº33923 0,75
4
1,68 0,80
05 Envernizadora Tripla - nº31074 0,75
8
1,90 1,30
06 Carimbadeira rotativa - nº36854 1,00
6
2,18 1,80
07 Carimbadeira rotativa - nº10836 1,00
6
2,18 1,80
08 Apontadeira - nº17783 2,00
8
4,49 2,60
09 Envernizadora Tripla - nº11 1,00
4
1,78 0,90
10 Carimbadeira rotativa - nº27498 1,00
6
2,18 1,60
11 Carimbadeira rotativa - nº27494 1,00
6
2,18 1,60
12 Corta topo - nº12944 0,50
6
1,45 0,90
13 Apontadeira - nº11759 2,00
4
3,75 3,10
14 Apontadeira - nº38298 2,00
4
3,75 3,00
15 Envernizadora Tripla - nº15815 0,75
4
1,68 0,50
Equipamentos e Métodos de Medição
51
Tabela 08. Relação de motores no setor CEM, tensão 380V
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
16 Carimbadeira rotativa - nº17797 1,00 6 2,18 1,60
17 Carimbadeira rotativa - nº17280 1,00 6 2,18 1,60
18 Apontadeira - nº17792 2,00 4 3,75 3,10
19 Embaladeira -nº05 1,00 4 1,78 0,80
20 Carimbadeira rotativa - nº17799 1,00 6 2,18 1,70
21 Envernizadora Tripla - nº33908 0,75 4 1,68 0,60
22 Apontadeira - nº17101 2,00 4 3,75 2,90
23 Apontadeira tambor - nº17101 0,75 8 1,90 0,90
24 Apontadeira - nº34130 2,00 4 3,75 2,90
25 Ventilador 1,50 8 3,98 2,40
Total 29,25 61,23 42,50
Tabela 09. Relação de motores no setor CLG , tensão 380V
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Exaustor - nº03 40,00 4 67,00 35,30
02 Regulador de velocidade 0,75 4 1,68 1,10
03 Corta topo 1,00 2 1,84 1,50
04 Serra lápis 0,50 8 1,45 0,90
05 Lixadeira 0,75 8 1,90 1,30
06 Apontadeira (alimentador) 2,00 4 3,75 3,30
07 Envernizadeira (alimentador) 0,75 4 1,68 1,20
08 Envernizadeira (esteira) 0,50 8 1,45 0,70
09 Corta topo 0,75 4 1,68 1,00
10 Apontadeira(tambor da lixa) 2,00 4 3,75 1,90
11 Apontadeira(alimentador) 0,75 8 1,90 0,90
Equipamentos e Métodos de Medição
52
Tabela 09. Relação de motores no setor CLG , tensão 380V
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
12 Envernizadeira(alimentador) 1,00 8 2,72 1,50
13 Arredondadeira - nº30824 0,75 8 1,90 1,30
15 Prensa hidráulica 2,00 6 4,31 3,10
16 Embaladeira - nº31446 0,33 4 0,82 0,50
17 Empacotadora - nº23884 1,00 4 1,78 1,10
18 Apontadeira - nº15 1,50 4 2,77 1,50
19 Envernizadeira – nº11116 0,75 4 1,68 0,70
20 Apontadeira - nº17789 1,50 4 2,77 1,40
21 Apontadeira - nº12731 1,50 4 2,77 2,00
22 Envernizadeira – nº10887 0,75 4 1,68 0,70
23 Dry off-set - nº13501 1,50 4 2,77 1,80
24 Dry off-set - nº13498 1,50 4 2,77 1,80
25 Dry off-set - nº13499 1,50 4 2,77 1,80
26 Apontadeira - nº19341 2,00 4 3,75 2,90
27 Exaustor de ar 1,50 4 2,77 1,70
28 Elevador Atlas 10,00 4 26,30 15,70
Total 80,83 156,16 90,70
Tabela 10. Relação de motores no setor DEE , tensão 220V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Furadeira 0,50 4 2,07 1,90
02 Lixadeira 2,00 4 6,47 2,60
03 Serra 1,00 6 3,77 3,20
04 Serra 0,75 6 3,49 3,10
05 Torno Romi 5,00 4 13,80 11,90
Equipamentos e Métodos de Medição
53
Tabela 10. Relação de motores no setor DEE , tensão 220V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
06 Frezadora Romi árvore 6,00 4 16,30 14,50
07 Frezadora Romi mesa 1,50 4 4,78 4,00
08 Furadeira DF6 0,50 2 1,71 1,60
09 Furadeira 2,00 4 6,47 5,40
Total 19,25 58,86 48,20
Tabela 11. Relação de motores no setor FER , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Torno 1,50 8 3,98 3,50
02 Eletroerosão – nº23268 1,50 2 2,54 1,95
03 Eletroerosão – nº23268 1,50 2 2,54 1,89
04 Eletroerosão – nº23929 1,50 2 2,54 2,10
05 Eletroerosão – nº23929 1,50 2 2,54 2,10
06 Eletroerosão – nº17928 1,50 2 2,54 1,50
07 Bomba hidráulica 0,50 2 0,99 0,68
08 Furadeira 3,00 4 8,57 6,60
09 Furadeira 3,00 4 8,57 6,60
10 Serra 3,00 6 10,50 8,40
11 Esmeril 1,50 4 2,77 2,00
Total 20,00 48,04 37,32
Equipamentos e Métodos de Medição 54
Tabela 12. Relação de motores no setor MCE , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Máquina - nº15 1,50 4 2,77 1,60
02 Montadora - nº14 1,50 4 2,77 1,40
03 Carimbadeira - nº14 0,75 4 1,68 1,20
04 Montadora - nº15 1,50 4 2,77 1,40
05 Carimbadeira - nº15 0,75 4 1,66 1,20
06 Carimbadeira - nº16 0,75 4 1,68 1,20
07 Montadora - nº16 1,50 4 2,77 2,20
08 Montadora - nº17 1,50 4 2,77 2,20
09 Carimbadeira - nº17 1,50 4 2,77 1,20
10 Máq. Estampar - nº21 0,75 2 1,38 1,03
11 Máq. Estampar - nº21 0,50 8 1,45 1,30
12 Máq. Estampar - nº21 0,50 4 1,20 1,10
13 Máq. Estampar - nº21 4,00 4 6,72 5,00
14 Dubuit 2,00 4 3,75 3,10
Total 19,00 36,14 25,13
Tabela 13. Relação de motores no setor MAM , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Máquina - nº08 1,00 6 2,18 2,00
02 Máquina - nº07 1,00 6 2,18 1,20
03 Máquina - nº11 1,50 6 3,17 1,60
04 Máquina - nº12 1,50 6 3,17 1,60
05 Máquina - nº01 1,00 4 1,78 1,20
06 Máquina - nº02 1,50 4 2,77 1,20
Equipamentos e Métodos de Medição
55
Tabela 13. Relação de motores no setor MAM , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
07 Máquina - nº03 1,00
4
3,08 2,20
08 Máquina - nº05 1,00
6
2,18 1,20
09 Máquina - nº06 1,00
6
2,18 1,20
10 Máquina - nº09 1,00
6
2,18 1,20
11 Máquina - nº10 1,00
6
2,18 1,20
12 Ventilador 0,50
4
1,20 1,10
13 Ventilador 0,50
4
1,20 1,10
14 Ventilador 0,50
4
1,20 1,10
15 Ventilador 0,50
4
1,20 1,10
16 Ventilador 0,50
4
1,20 1,10
17 Ventilador 0,50
4
1,20 1,00
18 Ventilador 0,50
4
1,20 1,00
Total 16,00 35,45 23,30
Tabela 14. Relação de motores no setor MEG , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Extrusora Ciola 15,00
4
22,00 16,90
02 Bomba refrigeração 3,00
6
6,08 5,30
03 Redutor 1,50
4
2,77 1,70
04 Refugo tubo plástico 4,00
4
6,72 2,50
05 Impi - nº04 1,50
4
2,77 1,00
06 Impi - nº03 1,50
4
2,77 1,00
07 Centrífuga - nº05 3,00
4
6,72 3,10
08 Impi - nº05 2,00
4
3,75 1,00
Equipamentos e Métodos de Medição
56
Tabela 14. Relação de motores no setor MEG , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
09 Máquina JOB 0,50
4
2,07 1,50
10 Esatécnica - nº01 0,25
4
0,65 0,30
11 Esatécnica - nº01 2,00
4
3,75 3,00
12 Centrífuga - nº01 3,00
6
6,08 2,50
13 Impi - nº03 2,00
4
3,75 1,00
14 Impi - nº02 2,00
4
3,75 1,00
15 Centrífuga - nº02 3,00
6
6,08 2,00
16 Esatécnica - nº02 3,00
4
6,72 3,00
17 Máq. Soldar canetas 0,75
6
2,02 1,10
18 Estufa 1,00
4
1,78 1,10
Total 49,00 90,23 49,00
Tabela 15. Relação de motores no setor MMC , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Frezadora 1,50
2
2,54 2,10
02 Frezadora Deckel 6,00
2
9,32 7,43
03 Frezadora Deckel 6,00
2
16,10 10,65
04 Mandrilhadora Shapi 3,00
2
4,88 3,60
05 Mandrilhadora Shapi 3,00
2
4,88 3,60
06 Retificadora 5,00
4
7,99 6,00
07 Retifica Plana Jung 4,00
8
7,76 3,41
08 Retifica Plana Jung 5,00
4
7,99 5,70
09 Retifica Plana Jung 4,00
8
7,76 4,35
10 Bomba RUV - 251 1,50
4
2,77 2,25
Equipamentos e Métodos de Medição
57
Tabela 15. Relação de motores no setor MMC , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
11 Retifica Cilindro RUV-250 5,00
4
7,99 5,93
12 Retifica Cilindro Sanches 1,00
4
3,08 2,63
13 Retifica Cilindro Sanches 5,00
4
13,80 10,35
14 Retifica Cilindro Sanches 4,00
4
6,72 3,90
15 Retifica Plana Sanches 5,00
4
7,99 3,75
16 Retifica Plana 2,00
4
3,75 2,80
17 Torno VDF 10,00
4
15,20 12,00
Total 71,00 130,52 90,45
Tabela 16. Relação de motores no setor MML, tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) Iop (A)
01 Frezadora Lagun FTV-2 3,00
4
4,96 3,97
02 Furadeira Yadoya 2,00
4
3,75 1,50
03 Plainadora Orleans - 3500 5,00
4
7,99 7,10
04 Plainadora Orleans - 3500 15,00
4
38,00 23,40
05 Plainadora Orleans - 3500 3,00
4
4,96 4,00
06 Retifica Ferdimat 5,00
4
7,99 3,20
07 Retifica Ferdimat 2,00
4
3,75 3,20
08 Retifica Ferdimat 2,00
4
6,47 4,10
09 Retifica Blow Simplex 4,00
4
11,60 11,30
10 Retifica Blow Simplex 1,50
2
4,38 4,00
11 Máq. Erosão Engemaq 1,50
6
5,48 3,80
12 Torno VDF 5,00
4
13,80 10,30
13 Furadeira 1,00
4
3,08 2,20
Equipamentos e Métodos de Medição
58
Tabela 16. Relação de motores no setor MML, tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) Iop (A)
14 Furadeira 2,00
2
5,49 5,10
15 Esmeril 1,50
4
4,78 2,60
16 Torno Romi Inv - 40627 5,00
4
13,80 10,50
17 Frezadora Romi - U30 6,00
4
16,30 12,80
18 Frezadora Uma -BF 55 3,00
4
8,57 6,10
19 Frezadora Shw- 14994 4,00
4
11,60 8,00
20 Mandrilhadora 6,00
4
16,30 11,20
Total 77,50 193,05 138,37
Tabela 17. Relação de motores no setor PBR , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Máquina de estampar 0,75
4
2,90 1,20
02 Máquina de estampar 0,75
4
2,90 1,20
03 Máquina de estampar 0,75
4
2,90 1,20
04 Máquina de estampar 0,75
4
2,90 1,20
05 Máquina de estampar 0,75
4
2,90 1,20
06 Máquina de estampar 0,75
4
2,90 1,20
07 Máquina de estampar 0,75
4
2,90 1,20
08 Máquina de estampar 0,75
4
2,90 1,20
09 Máquina cortar topo 0,50
6
1,45 0,90
10 Apontadeira 1,50
4
2,80 1,50
11 Carimbadeira rotativa 0,75
4
2,90 1,60
12 Envernizadeira tripla 0,25
4
0,65 0,30
13 Envernizadeira tripla 0,25
4
0,65 0,30
Equipamentos e Métodos de Medição
59
Tabela 17. Relação de motores no setor PBR , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
14 Envernizadeira tripla 0,75
4
1,68 0,90
15 Envernizadeira tripla 0,50
8
1,45 0,90
16 Máquina cortar topo 1,00
4
1,78 1,20
Total 11,50 36,56 17,20
Tabela 18. Relação de motores no setor PGR , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01 Impressora 2,00
4
6,47 4,90
02 Impressora 1,50
4
4,78 2,70
03 Corte e Vinco 2,00
4
6,47 3,30
04 Impressora 2,00
4
6,47 4,10
05 Impressora Off-set 5,00
4
13,80 7,50
06 Torno Romi Id - 20 5,00
4
13,80 11,60
07 Torno Romi S - 40 6,00
8
11,10 8,30
08 Rolland 15,00
4
22,00 19,70
09 Rolland 6,00
2
16,10 7,30
10 Rolland 6,00
2
16,10 7,30
11 Rolland 6,00
2
16,10 7,30
12 Rolland 15,00
2
22,00 19,70
13 Rolland 7,50
2
19,20 15,50
14 Bomba de vácuo 10,00
4
26,30 21,50
15 Prensa Primus 20,00
4
52,80 30,00
16 Elevador 7,50
6
21,90 13,30
17 Corte e Vinco 2,00
4
6,47 4,10
Equipamentos e Métodos de Medição
60
Tabela 18. Relação de motores no setor PGR , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
18 Corte e Vinco 30,00
4
73,80 66,00
19 Corte e Vinco 3,00
6
10,50 7,80
20 Roland 600- nº32226 60,00
2
143,00 63,00
21 Guilhotina Guarani 7,50
4
19,90 8,60
22 Guilhotina Guarani 7,50
4
19,90 8,60
23 Coladeira Ts - 450 5,00
4
14,00 9,80
24 Coladeira 10,00
4
26,30 17,40
25 Coladeira Bobst - 68 10,00
4
26,30 14,50
26 Elevador Otis 7,50
6
21,90 12,00
Total 259,00 637,46 395,80
Tabela 19. Relação de motores no setor PGA , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01
Bomba hidráulica injetora 40,00
4
59,10 30,50
02
Bomba hidráulica injetora 20,00
4
30,60 14,70
03
Bomba hidráulica injetora 20,00
4
30,60 15,00
04
Moinho 4,00
4
6,72 5,80
05
Triturador 6,00
4
9,44 7,05
06
Moinho 4,00
4
6,72 2,40
07
Bba hidraulica injetora 15,00
4
22,00 16,50
08
Moinho 4,00
4
6,72 2,40
09
Bba hidraulica injetora 15,00
4
22,00 17,30
10
Bba hidraulica injetora 15,00
4
22,00 17,30
11
Bba hidraulica injetora 20,00
4
30,60 21,80
Equipamentos e Métodos de Medição
61
Tabela 19. Relação de motores no setor PGA , tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
12
Bba hidraulica injetora 20,00
4
30,60 21,00
13
Bba hidraulica injetora 30,00
6
43,10 38,00
14
Bba hidraulica injetora 30,00
6
43,10 38,00
15
Bba hidraulica injetora 30,00
4
42,70 32,30
16
Bba hidraulica injetora 50,00
4
71,20 38,00
17
Bba hidraulica injetora 40,00
4
59,10 30,20
18
Bba hidraulica injetora 30,00
6
43,10 27,20
19
Bba hidraulica injetora 25,00
4
38,00 27,20
20
Bba hidraulica injetora 30,00
4
42,70 32,70
21
Bba hidraulica injetora 30,00
4
42,70 32,70
22
Bba hidraulica injetora 30,00
4
42,70 33,80
23
Bba hidraulica injetora 25,00
4
38,00 27,20
24
Estrusora material 10,00
4
15,20 10,30
25
Estufa central 25,00
4
38,00 31,00
26
Moinho Principal 20,00
4
30,60 20,20
27
Moinho 6,00
6
10,80 7,50
28
Moinho 5,00
4
7,99 5,90
29
Moinho 4,00
4
6,72 2,60
30
Moinho 5,00
4
7,99 6,60
31
Moinho 5,00
4
7,99 6,60
32
Moinho 4,00
4
6,72 2,80
33
Compressores chicago 125,00
4
171,00 132,00
34
Compressores de ar 150,00
4
204,00 107,00
35
Compressores chicago 250,00
4
338,00 187,70
Total 1.142,00 1.628,51 1.049,25
Equipamentos e Métodos de Medição
62
Tabela 20. Relação de motores no setor PML, tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn(cv) Pólos I n(A) I op(A)
01 Exaustor - nº1 40,00
4
59,10 34,50
02 Envernizadora dupla - nº03 0,50
8
1,45 0,60
03 Envernizadora - nº 03 0,75
4
1,68 0,90
04 Envernizadeira - nº04 0,33
8
1,35 0,50
05 Carimbadeira – nº37165 0,50
8
1,45 1,10
06 Apontadeira – nº27502 2,00
4
3,75 2,50
07 Apontadeira – nº27501 2,00
4
3,75 2,50
08 Apontadeira – nº31078 2,00
4
3,75 2,50
09 Apontadeira – nº31081 2,00
4
3,75 2,50
10 Apontadeira dupla – nº20141 2,00
4
3,75 2,50
11 Apontadeira dupla – nº20141 2,00
4
3,75 1,90
12 Ventilador 0,75
6
2,02 1,20
13 Ventilador 0,75
6
2,02 1,20
14 Ventilador 0,75
6
2,02 1,20
15 Ventilador 0,75
6
2,02 1,20
16 Embaladora 01 – nº31888 0,50
4
1,20 0,80
Total 57,58 96,81 57,60
Tabela 21. Relação de motores no setor POT, tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01
Exaustor - nº02 40,00
4
59,10 27,70
02
Albe - nº02 1,50
2
2,54 1,40
03
Albe - nº03 6,00
2
9,32 3,50
04
Albe - nº03 1,50
2
4,38 2,00
Equipamentos e Métodos de Medição
63
Tabela 21. Relação de motores no setor POT, tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
05
Albe - nº06 7,50
2
11,10 8,40
06
Albe - nº07 3,00
2
4,88 3,70
07
Albe RM - 40 3,00
2
4,88 3,80
08
Bomba de óleo 3,00
2
5,10 4,20
09
Albe - nº04 7,50
2
11,10 8,40
10
Albe - nº02 7,50
2
11,10 8,30
11
Comando de cames 1,50
4
2,77 1,10
12
Bomba de óleo 7,50
2
11,10 7,90
13
Comando de cames 2,00
4
3,75 1,10
14
Centrífuga de cavacos 5,00
4
7,99 6,30
15
Prensa RP - 32 1,50
4
2,77 0,80
16
Centrífuga de pontas 2,00
4
3,75 2,30
17
Estufa Olidef 2,00
2
5,49 3,60
18
Unidade água gelada 5,00
2
7,58 3,40
19
Bomba de solvente 3,00
2
4,88 4,50
20
Bba d'água caldeira 1,00
2
1,84 1,70
21
Bba de vácuo 5,00
4
7,99 6,00
22
Centrífuga de pontas 2,00
4
3,75 2,30
Total 118,00 187,16 112,40
Tabela 22. Relação de motores no setor PRG, tensão 380V
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
01
Centrífuga - nº03 2,00
4
6,47 6,30
02
Bomba 5,00
2
13,10 5,70
Equipamentos e Métodos de Medição
64
Tabela 22. Relação de motores no setor PRG, tensão 380V
Item Aplicação dos motores Pn (cv) Pólos I n (A) I op (A)
03
Forno 1,50
6
3,17 1,50
04
Separador 0,75
4
1,68 1,30
05
Tambor rotativo - nº04 0,75
4
1,68 1,40
06
Tambor rotativo – nº5 e nº6 4,00
4
6,72 5,20
07
Tambor rotativo - nº01 1,00
4
1,78 1,40
08
Tambor rotativo - nº02 0,75
4
1,68 1,00
09
Tambor rotativo - nº03 1,00
4
1,78 1,40
10
Jato de Areia 1,00
2
1,84 1,30
11
Heidelberg - nº20485 2,00
4
6,47 4,90
12
Impressora Manual 1,50
4
4,78 2,70
Total 21,25 51,15 34,10
Tabela 23. Relação de motores no setor PRP, tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn(cv) Pólos I n(A) I op(A)
01
Tambor rotativo 4,00
4
6,72 4,20
02
Prensa faquinhas 4,00
6
7,53 3,80
03
Desenroladeira Fita 0,50
4
1,20 0,60
04
Puxador da fita 0,25
4
0,65 0,30
05
Prensa lam.apontador 1,50
4
2,77 2,40
06
Retífica de lâminas 5,00
2
7,58 3,90
07
Filtro retifica lâminas 0,75
4
1,68 1,30
08
Rebolo desbaste 7,50
2
11,10 9,00
09
Rebolo acabamento 7,50
2
11,10 9,20
10
Couro de polimento 3,00
4
4,96 3,10
Equipamentos e Métodos de Medição
65
Tabela 23. Relação de motores no setor PRP, tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn(cv) Pólos I n(A) I op(A)
11
Variador da pista 2,00
4
3,75 2,50
12
Imã 0,25
4
0,65 0,20
13
Exaustor 3,00
2
4,88 3,80
Total 39,25 64,57 44,30
Tabela 24. Relação de motores no setor VAC, tensão 380V.
Item Aplicação dos motores Pn(cv) Pólos I n(A) I op(A)
01
Esteira 0,25
6
1,35 0,80
02
Seladora 1,00
4
3,08 2,90
03
Seladora 3,00
2
8,43 4,90
04
Bomba 1,00
2
3,18 3,00
05
Ventilador 0,50
2
1,71 1,20
06
Ventilador 0,50
2
1,71 1,20
07
Ventilador 0,50
2
1,71 1,20
08
Motor principal 3,00
4
8,57 6,60
09
Esteira 0,33
4
1,42 1,00
10
Túnel do ventilador 0,50
4
2,07 1,70
Total 10,58 33,23 24,50
Os parâmetros elétricos de In (corrente nominal) obtidos dos dados de
placa dos motores e os de Iop (corrente de operação) durante o funcionamento
do motor, representados nas Tabelas de 07 à 24, nos proporcionam uma
análise da eficiência energética. Segundo o órgão federal responsável pelo
programa de conservação de energia no país, PROCEL (1990) , o
carregamento de um motor bem dimensionado deve se situar acima de 75% da
potência nominal.
Equipamentos e Métodos de Medição
66
Analisando as tabelas apresentadas, verificou-se que o carregamento do
motor está abaixo do que determina o PROCEL (1990), sendo possível realizar
a conservação de energia elétrica .
6.2 Método de medição
6.2.1 Considerações gerais
Na presente pesquisa foram obtidos dados do funcionamento dos
motores elétricos de indução trifásico, através das medições da tensão de
alimentação, corrente elétrica, sendo estes comparados com os valores de
catálogo do fabricante de motores elétricos tais como: tensão de alimentação,
corrente elétrica, rotação e potências nominais, sendo os valores de
rendimento e fator de potência para 50%, 75% e 100% da potência de saída.
6.2.2 Método da medida em campo da corrente elétrica nos
motores
Na medição da corrente elétrica dos motores, foi utilizado um alicate
amperimétrico marca Minipa digital.
Em todas as medições realizadas foram utilizados equipamentos de
segurança tais como: luvas e botas de proteção de classe 15kV e também
óculos de segurança, devido às partículas em suspensão resultantes da
operação de alguns motores.
As correntes elétricas foram medidas nas três fases e tirou-se a média,
com os motores elétricos trabalhando sob condições normais de operação,
sendo tomadas nos centros de comando dos motores (CCM), devido a maior
facilidade de acesso, não havendo a necessidade de interrupções no
funcionamento do equipamento em análise.
Equipamentos e Métodos de Medição
67
6.3 Modelo matemático de um motor de indução
trifásico
O conhecimento das características de funcionamento de um motor
elétrico é de grande importância e este pode ser obtido de várias formas.
Para analisar o desempenho de um motor de indução em regime
permanente Avólio e Goldemberg (1992), demonstram a possibilidade da
determinação do circuito equivalente através da utilização de dados que podem
ser obtidos de catálogos e informações técnicas do fabricante bem como de
normas técnicas.
Devido a grande dificuldade em se implementar essa pesquisa de
campo, em função da não disponibilidade do motor ao experimento, adotou-se
a metodologia de não se alterar o funcionamento padrão da máquina e coletar
apenas os dados obtidos com maior facilidade, ou seja, medidas da corrente e
tensão, além dos parâmetros obtidos em catálogos e curvas características
fornecidas pelos fabricantes.
A especificação do modelo matemático foi elaborada através da coleta
de dados em campo, basicamente em função da corrente elétrica de operação
e da tensão nominal. Do catálogo do fabricante obtivemos os seguintes dados:
¾ V
L
– tensão de linha (V);
¾ I
L
– corrente de linha (A);
¾ V
N
– velocidade nominal (rpm);
¾ Pu – potência útil do motor em (cv);
¾ Pn– potência nominal (cv);
¾ Fu – fator de utilização do motor (%).
¾ FP
100%
– fator de potência;
¾ FP
75%
– fator de potência para 75% da carga nominal (%);
¾ FP
50%
– fator de potência para 50% da carga nominal (%);
¾ η
100%
– rendimento nominal (100%);
Equipamentos e Métodos de Medição
68
¾ η
75%
– rendimento para 75% da carga nominal (%);
¾ η
50%
– rendimento para 50% da carga nominal (%).
No modelo por fase, a impedância do motor, é dada por:
fm
fm
m
I
U
Z =
(6.1)
Onde:
m
Z - impedância de fase do motor ();
fm
U - tensão de fase do motor (V);
fm
I - corrente de fase do motor (A).
A corrente de fase do motor é:
FPU
P
I
fm
S
fm
.
..3
η
=
(6.2)
Onde:
S
P - potência de saída do motor (W);
FP - fator de potência (%);
η
- rendimento do motor (%).
Portanto, para 100%, 75% e 50%, temos:
Equipamentos e Métodos de Medição
69
%)100(.%)100(
%)100(
..3 FPU
Pn
I
fm
fm
η
=
(6.3)
%)75(.%)75(
%)75(
..3
.75,0
FPU
P
I
fm
n
fm
η
=
(6.4)
%)50(.%)50(
%)50(
..3
.50,0
FPU
P
I
fm
n
fm
η
=
(6.5)
Onde:
Pn - potência nominal do motor (W);
%)100(fm
I - corrente de fase nominal do motor (A);
%)75(fm
I - corrente de fase nominal a 75% da Pn do motor (A);
%)50(fm
I
- corrente de fase nominal a 50% da Pn do motor (A);
Relacionando os valores das impedâncias com o escorregamento,
calculam-se os escorregamentos para as outras situações de funcionamento.
S
NS
N
NN
S
=
%100
(6.6)
Onde:
%100
S - representa o escorregamento a 100% da potência nominal;
S
N - representa a velocidade síncrona (rpm);
N
N - velocidade nominal (rpm).
Equipamentos e Métodos de Medição
70
Os escorregamentos para 75% e 50% podem ser calculados através de:
ω
mecânico
P
C =
(6.7)
ω
.CP
mecânico
=
(6.8)
nnn
CP
ω
.=
(6.9)
%75%75
..75,0
ω
CP
n
=
(6.10)
%50%50
..50,0
ω
CP
n
=
(6.11)
(
)
nSn
S
= 1
ω
ω
(6.12)
Portanto:
(
)
nSnn
SCP
= 1.
ω
(6.13)
(
)
%75%75%75
1..75,0 SCP
n
=
ω
(6.14)
(
)
%50%50%50
1..50,0 SCP
n
=
ω
(6.15)
Onde:
Equipamentos e Métodos de Medição
71
C - conjugado motor (N.m);
%50
C - conjugado a 50% da potência nominal (N.m);
%75
C - conjugado a 75% da potência nominal (N.m);
%50
S - escorregamento a 50% da potência nominal;
%75
S - escorregamento a 75% da potência nominal;
S
ω
- velocidade síncrona (rad/s);
ω
- velocidade do motor (rad/s).
Caso o motor de indução opere na região do escorregamento normal,
pode-se afirmar:
nn
S
S
C
C
%75%75
=
(6.16)
nn
S
S
C
C
%50%50
=
(6.17)
Das equações anteriores, tem-se que:
(
)
()
(
)
()
nnnS
S
nn
SS
SS
S
S
C
C
P
P
=
=
1
1
1
1
.
%75%75%75%75%75
ω
ω
(6.18)
(
)
()
(
)
()
nnnS
S
nn
SS
SS
S
S
C
C
P
P
=
=
1
1
1
1
.
%50%50%50%50%50
ω
ω
(6.19)
Equipamentos e Métodos de Medição
72
Onde:
%75
P e
%50
P representam 75% e 50% da potência nominal (W),
respectivamente.
Para o fator de utilização tem-se que:
Pn
Pu
Fu =
(6.20)
Uma vez calculados os escorregamentos e posteriormente as rotações
para 75% e 50% da carga, os mesmos foram relacionados com as correntes
elétricas, rendimentos, fatores de potência, potências de saída e rotações.
Capítulo 7
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos na presente pesquisa apresentam valores
determinados pelo modelo matemático desenvolvido conforme o item 6.3 e
serão apresentados a partir das Tabelas 25 a 42, onde serão analisados
apenas os motores que apresentaram possibilidades de conservação de
energia.
Nas Tabelas de 25 a 42 a serem apresentadas, as nomenclaturas
utilizadas para as especificações dos dados dos motores é a seguinte:
¾ P – quantidade de pólos do motor;
¾ Pn – potência nominal (cv);
¾ Pu – potência útil (cv);
¾ In– corrente elétrica nominal do motor em (A);
¾ Iop – corrente elétrica de operação do motor em (A);
¾ Fp – fator de potência do motor;
¾ Fu – fator de utilização do motor;
¾ η – rendimento do motor;
¾ N – rotação por minuto do motor (rpm);
Consideram-se motores com potencial de conservação de energia
elétrica, os quais apresentam carregamento ou fator de utilização (Fu) menor
Resultados e Discussões 74
que 75%, fundamentado em trabalhos já realizados que recomendam a troca
do motor caso o fator seja de 60% para (MARACH, 2001), 80% para
(LATORRE, 1990), 80% para o PROCEL e CESP (1986).
Segundo órgão federal responsável pelo programa de conservação de
energia no país PROCEL (2001), cita que o carregamento de um motor bem
dimensionado deve se situar acima de 75% da potência nominal.
7.1 Tabelas dos motores elétricos por setores
Para as Tabelas de 25 a 42, serão apresentadas as especificações
técnicas obtidas dos dados de placa, bem como das correntes e tensões
medidas sobre os motores elétricos encontrados nas instalações analisadas.
Em comparação, apresentam-se as características dos motores elétricos de
alto rendimento, obtidos dos respectivos catálogos consultados.
Resultados e Discussões 75
Tabela 25. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor CAD.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Guilhotina 10,00 15,34 10,00 4 0,65 5,73 0,74 0,87 57,26 7,50 11,54 4 6,29 0,78 0,90 83,87
02 Furadeira 2,00 4,31 2,60 6 0,60 0,91 0,57 0,69 45,45 1,50 2,93 6 1,25 0,63 0,85 83,10
03 Furadeira 2,00 3,75 2,40 4 0,64 1,07 0,64 0,77 53,26 1,50 2,49 4 1,35 0,78 0,81 89,97
04 Serra 3,00 10,50 5,02 6 0,48 0,93 0,69 0,52 30,92 1,50 5,07 6 1,44 0,65 0,85 96,17
05 Esmeril 3,00 10,50 6,50 6 0,62 1,43 0,59 0,72 47,61 2,00 6,73 6 1,92 0,68 0,84 95,77
06 Esmeril 0,50 2,07 1,20 4 0,58 0,19 0,53 0,59 38,68 0,33 1,47 4 0,22 0,58 0,61 66,61
Total 20,50 10,25 14,33 12,46
Média(%) 62,64 69,18 45,53 68,36 80,95 85,91
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da Serra com
96,17% e o menor é o do Esmeril com 66,61%.
Resultados e Discussões 76
Tabela 26. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor CEM.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Embaladeira 1,00 1,84 1,50 2 0,82 0,74 0,77 0,72 74,41 1,00 1,68 2 0,80 0,75 0,80 80,14
02 Emabaladeira 0,75 1,68 0,80 4 0,48 0,29 0,60 0,67 38,91 0,33 0,85 4 0,29 0,62 0,65 88,64
03 Envernizadora
nº 33923
0,75 1,68 0,80 4 0,48 0,20 0,47 0,60 26,81 0,33 0,85 4 0,29 0,62 0,65 88,64
04 Envernizadora
nº 31074
0,75 1,90 1,30 8 0,68 0,42 0,58 0,62 55,75 0,50 1,41 8 0,43 0,58 0,64 85,82
05 Apontadeira
nº 17783
2,00 4,42 2,80 8 0,63 0,98 0,54 0,73 48,76 1,50 3,13 8 1,24 0,61 0,81 82,98
06 Envernizadora
Tripla nº 11
1,00 1,73 0,90 4 0,52 0,35 0,64 0,69 35,30 0,50 1,19 4 0,27 0,55 0,61 54,32
07 Carimbadeira
nº 27498
1,00 2,18 1,60 6 0,73 0,65 0,64 0,72 65,46 0,75 1,79 6 0,62 0,60 0,72 82,32
08 Carimbadeira
nº 27494
1,00 2,18 1,60 6 0,73 0,65 0,64 0,72 65,46 0,75 1,79 6 0,61 0,60 0,71 81,49
Resultados e Discussões 77
Tabela 26. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor CEM.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
09 Corta topo 0,50 1,45 0,90 6 0,62 0,19 0,48 0,50 38,56 0,33 1,00 6 0,27 0,57 0,59 82,09
10 Envernizadora
nº 15815
0,75 1,68 0,50 4 0,30 0,08 0,37 0,51 11,33 0,25 0,65 4 0,13 0,54 0,54 52,28
11 Carimbadeira
nº 17797
1,00 2,18 1,60 6 0,73 0,65 0,64 0,72 65,46 0,75 1,79 6 0,55 0,60 0,64 73,58
12 Carimbadeira
nº 17280
1,00 2,18 1,60 6 0,73 0,65 0,64 0,72 65,46 0,75 1,79 6 0,55 0,60 0,64 73,58
13 Embaladeira 5 1,00 1,78 0,80 4 0,45 0,29 0,62 0,66 29,38 0,33 0,85 4 0,29 0,62 0,65 88,17
14 Carimbadeira
nº 17799
1,00 2,18 1,70 6 0,78 0,71 0,65 0,72 71,35 0,75 1,79 6 0,68 0,62 0,72 80,76
15 Envernizadora
nº 33908
0,75 1,68 0,60 4 0,36 0,12 0,40 0,55 15,76 0,25 0,65 4 0,21 0,61 0,64 83,74
Resultados e Discussões 78
Tabela 26. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor CEM.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
16 Apontadeira
nº 17101
2,00 3,75 2,90 4 0,77 1,42 0,71 0,78 71,22 2,00 3,56 4 1,58 0,73 0,83 78,90
17 Apontadeira
nº 17101
0,75 1,90 0,90 8 0,47 0,22 0,47 0,58 28,96 0,25 1,02 8 0,19 0,47 0,49 75,06
18 Apontadeira
nº 34130
2,00 3,75 2,90 4 0,77 1,42 0,71 0,78 71,22 2,00 3,56 4 1,57 0,73 0,83 78,52
19 Ventilador 1,50 3,98 2,40 8 0,60 0,67 0,50 0,62 44,41 1,00 2,57 8 0,82 0,60 0,63 81,95
Total 20,50 10,73 14,32 11,48
Média(%) 58,18 66,22 48,60 61,58 67,51 79,49
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da Embaladeira
com 88,64% e o menor é o da Envernizadeira - 15815 com 52,28%.
Resultados e Discussões 79
Tabela 27. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor CLG.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Exaustor nº 03 40,00 67,00 35,30 4 0,53 10,48 0,45 0,74 26,21 25,00 37,33 4 24,80 0,85 0,92 99,20
02 Regulador de
velocidade
0,75 1,68 1,10 4 0,65 0,37 0,57 0,66 49,59 0,50 1,19 4 0,41 0,61 0,68 81,48
03 Corta topo 1,00 1,84 1,50 2 0,82 0,74 0,77 0,72 74,07 1,00 1,68 2 0,80 0,75 0,80 80,49
04 Serra lápis 0,50 1,45 0,90 8 0,62 0,21 0,49 0,52 41,45 0,25 1,02 8 0,19 0,48 0,49 75,07
05 Lixadeira 0,75 1,90 1,30 8 0,68 0,42 0,58 0,62 55,44 0,50 1,41 8 0,43 0,58 0,64 85,33
06 Envernizadeira
alimentador
0,75 1,68 1,20 4 0,71 0,41 0,58 0,66 55,31 0,50 1,22 4 0,49 0,64 0,72 98,92
07 Envernizadeira
esteira
0,50 1,45 0,90 8 0,62 0,17 0,43 0,48 33,21 0,25 1,02 8 0,19 0,47 0,49 74,55
08 Corta topo 0,75 1,68 1,00 4 0,60 0,30 0,53 0,64 40,49 0,50 1,19 4 0,34 0,58 0,65 67,76
09 Apontadeira
tambor lixa
2,00 3,75 1,90 4 0,51 0,71 0,56 0,74 35,35 1,50 2,58 4 0,98 0,72 0,79 65,02
10 Apontadeira 0,75 1,90 0,90 8 0,47 0,22 0,46 0,58 28,75 0,25 1,02 8 0,19 0,48 0,49 75,07
Resultados e Discussões 80
Tabela 27. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor CLG.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
11 Envernizadeira
alimentador
1,00 2,72 1,50 8 0,55 0,32 0,44 0,54 31,86 0,75 1,88 8 0,49 0,60 0,61 65,45
12 Arredondadeira 0,75 1,90 1,30 8 0,68 0,42 0,58 0,62 55,44 0,50 1,41 8 0,43 0,58 0,64 85,82
13 Arredondadeira
nº 30824
2,00 3,75 2,10 4 0,56 0,84 0,60 0,75 42,15 1,50 2,49 4 1,14 0,76 0,80 76,08
14 Prensa
hidráulica
2,00 4,31 3,10 6 0,72 1,22 0,62 0,71 61,25 2,00 3,81 6 1,49 0,63 0,85 74,69
15 Embaladeira 0,33 0,82 0,50 4 0,61 0,14 0,54 0,57 41,77 0,25 0,65 4 0,13 0,54 0,53 51,31
16 Empacotadora
nº 23884
1,00 1,78 1,10 4 0,62 0,50 0,70 0,72 49,65 0,50 1,19 4 0,41 0,61 0,68 82,32
17 Apontadeira
nº 15
1,50 2,77 1,50 4 0,54 0,60 0,65 0,69 40,21 0,75 1,63 4 0,63 0,64 0,73 83,82
18 Envernizadeira
nº 11116
0,75 1,68 0,70 4 0,42 0,16 0,44 0,58 21,25 0,33 0,85 4 0,25 0,59 0,69 76,39
Resultados e Discussões 81
Tabela 27. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor CLG.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In Iop/In P Pu Fp η Fu
19 Apontadeira
nº 17789
1,50 2,77 1,40 4 0,51 0,54 0,62 0,68 35,68 0,75 1,63 0,86 4 0,54 0,62 0,70 72,64
20 Apontadeira
nº 12731
1,50 2,77 2,00 4 0,72 0,96
0,75
0,71 63,85 1,50 2,49 0,80 4 1,07 0,74 0,80 71,19
21 Envernizadeira
nº 10887
0,75 1,68 0,70 4 0,42 0,16 0,44 0,58 21,25 0,33 0,85 0,83 4 0,23 0,59 0,62 68,62
22 Dry off-set
nº 13501
1,50 2,77 1,80 4 0,65 0,82 0,72 0,71 54,69 1,00 1,83 0,98 4 0,97 0,75 0,80 97,39
23 Dry off-set
nº 13498
1,50 2,77 1,80 4 0,65 0,82 0,72 0,71 54,72 1,00 1,83 0,98 4 0,97 0,75 0,80 97,39
24 Dry off-set
nº 13499
1,50 2,77 1,80 4 0,65 0,82 0,72 0,71 54,73 1,00 1,83 0,98 4 0,97 0,75 0,80 97,39
25 Apontadeira 2,00 3,75 2,90 4 0,77 1,42 0,71 0,77 70,92 2,00 3,42 0,85 4 1,60 0,74 0,83 79,97
Resultados e Discussões 82
Tabela 27. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor CLG.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
26 Exaustor de ar 1,50 2,77 1,70 4 0,61 0,75 0,70 0,71 49,99 1,00 1,72 4 0,92 0,75 0,81 92,36
27 Elevador Atlas 10,00 26,30 15,70 4 0,60 4,97 0,71 0,86 49,68 6,00 16,40 4 5,76 0,80 0,88 95,99
Total 78,83 29,48 51,41 49,03
Média(%) 59,55 66,63 45,89 65,26 71,44 81,80
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor do
Exaustor nº03 com 99,20% e o menor é o da Embaladeira com 51,31%.
Resultados e Discussões 83
Tabela 28. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor DEE.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Lixadeira 2,00 6,47 2,60 4 0,40 0,45 0,48 0,70 22,57 0,75 2,83 4 0,63 0,65 0,72 83,78
Total 2,00 0,45 0,75 0,63
Média(%) 47,63 70,39 22,57 64,78 72,04 83,78
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da Lixadeira
com 83,78%.
Resultados e Discussões 84
Tabela 29. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor FER.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Eletroerosão
nº 23268
1,50 2,54 1,95 2 0,77 1,11 0,86 0,74 74,25 1,50 2,30 2 1,22 0,85 0,83 81,21
02 Eletroerosão
nº 23268
1,50 2,54 1,89 2 0,74 1,06 0,85 0,73 70,46 1,50 2,30 2 1,17 0,84 0,82 77,81
03 Eletroerosão
nº 17928
1,50 2,54 1,50 2 0,59 0,78 0,81 0,72 52,16 1,00 1,65 2 0,89 0,82 0,81 88,99
04 Bomba hidr. 0,50 0,99 0,68 2 0,69 0,24 0,64 0,61 47,95 0,33 0,75 2 0,25 0,69 0,60 77,02
05 Furadeira 3,00 8,57 6,60 4 0,77 2,18 0,81 0,79 72,83 3,00 8,28 4 2,18 0,77 0,83 72,71
06 Furadeira 3,00 8,57 6,60 4 0,77 2,19 0,81 0,79 72,90 3,00 8,28 4 2,18 0,77 0,83 72,71
07 Serra 3,00 10,50 8,40 6 0,80 2,14 0,66 0,74 71,30 3,00 9,33 6 2,59 0,71 0,84 86,39
08 Esmeril 1,50 2,77 2,00 4 0,72 0,96 0,75 0,71 64,13 1,50 2,49 4 1,07 0,75 0,80 71,21
Total 15,50 10,67 14,83 11,55
Média(%) 77,49 73,08 65,75 77,29 79,62 78,51
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da
Eletroerosão – 17928 com 88,99% e o menor é o do Esmeril com 71,21%.
Resultados e Discussões 85
Tabela 30. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MCE.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Máquina nº 15 1,50 2,77 1,60 4 0,58 0,68 0,68 0,70 45,07 0,75 1,63 4 0,72 0,67 0,75 95,60
02 Montadora nº14 1,50 2,77 1,40 4 0,51 0,54 0,62 0,69 35,85 0,75 1,63 4 0,54 0,62 0,70 72,64
03 Carimbadeira
nº 14
0,75 1,68 1,20 4 0,71 0,42 0,58 0,67 55,59 0,50 1,22 4 0,48 0,63 0,71 96,73
04 Montadora nº 15 1,50 2,77 1,40 4 0,51 0,54 0,62 0,69 35,71 0,75 1,63 4 0,54 0,62 0,70 72,64
05 Carimbadeira
nº 15
0,75 1,66 1,20 4 0,72 0,42 0,59 0,66 55,62 0,50 1,22 4 0,48 0,63 0,71 96,73
06 Carimbadeira
nº 16
0,75 1,68 1,20 4 0,71 0,41 0,58 0,66 55,31 0,50 1,22 4 0,48 0,63 0,71 96,73
Resultados e Discussões 86
Tabela 30. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MCE.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In Iop/In P Pu Fp η Fu
07 Montadora
nº 16
1,50 2,77 2,20 4 0,79 1,10 0,72 0,78 73,38 1,50 2,30 0,96 4 1,24 0,78 0,81 82,47
08 Montadora
nº 17
1,50 2,77 2,20 4 0,79 1,11 0,72 0,78 73,67 1,50 2,30 0,96 4 1,24 0,78 0,81 82,47
09 Carimbadeira
nº 17
1,50 2,77 1,20 4 0,43 0,39 0,56 0,66 26,27 0,50 1,22 0,99 4 0,48 0,63 0,71 96,73
10 Máq.estampar
nº 21
0,75 1,38 1,03 2 0,75 0,48 0,77 0,68 64,35 0,75 1,36 0,76 2 0,49 0,75 0,71 65,41
11 Máq.estampar
nº 21
4,00 6,72 5,00 4 0,74 2,67 0,75 0,80 66,76 4,00 6,23 0,80 4 3,02 0,79 0,86 75,52
Total 16,00 8,75 12,00 9,73
Média(%) 65,33 70,60 53,42 68,44 74,46 84,88
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor das
Carimbadeiras nº14,15,16 e17 com 96,73% e o menor é o da Máquina de estampar nº 21 com 65,41%.
Resultados e Discussões 87
Tabela 31. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MAM.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Máquina nº 07 1,00 2,18 1,20 6 0,55
0,40
0,55 0,68
40,05 0,50
1,29 6
0,44 0,62 0,65 87,29
02 Máquina nº 11 1,50 3,17 1,60 6 0,50
0,51
0,52 0,68
33,88 0,75
1,79 6
0,61 0,60 0,71 81,95
03 Máquina nº 12 1,50 3,17 1,60 6 0,50
0,51
0,52 0,68
33,74 0,75
1,79 6
0,61 0,60 0,71 81,95
04 Máquina nº 01 1,00 1,78 1,20 4 0,67
0,57
0,72 0,74
56,98 0,50
1,22 4
0,49 0,63 0,71 97,24
05 Máquina nº 02 1,50 2,77 1,20 4 0,43
0,40
0,56 0,66
26,43 0,50
1,22 4
0,49 0,63 0,71 97,24
06 Máquina nº 03 1,00 3,08 2,20 4 0,71
0,62
0,74 0,74
62,66 0,75
2,83 4
0,45 0,58 0,68 59,87
07 Máquina nº 05 1,00
2,18
1,20 6 0,55
0,40
0,55 0,68
40,14 0,50
1,29 6
0,44 0,62 0,65 87,29
08 Máquina nº 06 1,00
2,18
1,20 6 0,55
0,40
0,55 0,68
40,14 0,50
1,29 6
0,44 0,62 0,65 87,29
09 Máquina nº 09 1,00
2,18
1,20 6 0,55
0,40
0,55 0,68
40,14 0,50
1,29 6
0,44 0,62 0,65 87,29
10 Máquina nº 10 1,00
2,18
1,20 6 0,55
0,40
0,55 0,68
40,14 0,50
1,29 6
0,44 0,62 0,65 87,29
Resultados e Discussões 88
Tabela 31. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MAM.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
11 Ventilador 0,50 1,20 1,00 4 0,83 0,37 0,63 0,65 73,15 0,50 1,22 4 0,33 0,57 0,64 65,94
12 Ventilador 0,50 1,20 1,00 4 0,83 0,37 0,63 0,65 73,25 0,50 1,22 4 0,33 0,57 0,64 65,94
Total 12,50 5,34 6,75 5,49
Média(%) 58,85 68,39 46,70 60,88 67,45 82,22
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor das Máquinas nº
01,02 com 97,24% e o menor é o da Máquina nº 03 com 59,87%.
Para o item 06, verificamos que o Fu do motor Standard é maior que o do motor de alto rendimento porque a potência do motor é
pequena, causando a diminuição do fator de potência e rendimento.
Resultados e Discussões 89
Tabela 32. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MEG.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Extrusora
Ciola
15,00 22,00 16,90 4 0,77 10,84 0,81 0,88 72,24 12,50 18,18 4 11,38 0,83 0,91 91,07
02 Redutor 1,50 2,77 1,70 4 0,61 0,75 0,69 0,71 49,75 1,00 1,72 4 0,98 0,79 0,82 97,96
03 Refugo tubo
plástico
4,00 6,72 2,50 4 0,37 0,84 0,53 0,71 21,01 1,50 2,59 4 1,38 0,77 0,80 91,68
04 Impi 04 1,50 2,77 1,00 4 0,36 0,28 0,50 0,63 18,80 0,50 1,22 4 0,33 0,57 0,64 65,60
05 Impi 03 1,50 2,77 1,00 4 0,36 0,28 0,50 0,63 18,82 0,50 1,22 4 0,33 0,57 0,64 65,60
06 Centrífuga
nº 05
3,00 6,72 3,10 4 0,46 1,23 0,60 0,75 41,07 2,00 3,42 4 1,77 0,76 0,84 88,46
07 Impi 05 2,00 3,75 1,00 4 0,27 0,21 0,37 0,62 10,39 0,50 1,22 4 0,33 0,57 0,64 65,60
08 Máquina JOB 0,50 2,07 1,50 4 0,72 0,28 0,59 0,62 56,48 0,50 2,07 4 0,25 0,54 0,60 50,64
09 Esatécnica
nº 01
0,25 0,65 0,30 4 0,46 0,06 0,47 0,46 23,01 0,16 0,50 4 0,06 0,44 0,49 36,64
Resultados e Discussões 90
Tabela 32. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MEG.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
10 Centrífuga
nº 01
3,00 6,08 2,50 6 0,41 0,69 0,47 0,66 22,98 1,50 2,82 6 1,26 0,71 0,80 84,30
11 Impi 03 2,00 3,75 1,00 4 0,27 0,21 0,37 0,62 10,39 0,50 1,22 4 0,33 0,57 0,64 65,60
12 Impi 02 2,00 3,75 1,00 4 0,27 0,21 0,37 0,62 10,39 0,50 1,22 4 0,33 0,57 0,64 65,60
13 Centrífuga
nº 02
3,00 6,08 2,00 6 0,33 0,46 0,41 0,63 15,45 1,00 2,03 6 1,00 0,69 0,80 99,68
14 Esatécnica
nº 02
3,00 6,72 3,00 4 0,45 1,17 0,59 0,74 38,91 2,00 3,42 4 1,68 0,75 0,83 83,79
15 Máq. Soldar
canetas
0,75 2,02 1,10 6 0,54 0,15 0,46 0,59 20,51 0,25 1,29 6 0,22 0,68 0,57 87,80
16 Estufa 1,00 1,78 1,10 4 0,62 0,49 0,70 0,72 49,47 0,50 1,22 4 0,36 0,57 0,64 72,16
Total 44,00 18,15 25,41 21,98
Média(%) 52,64 66,25 29,98 64,89 70,71 75,76
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da Centrí-
fuga nº 2 99,68% e o menor é o da Esatécnica nº 1com 36,64%.
Resultados e Discussões 91
Tabela 33. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MMC.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Frezadora
Deckel
6,00 16,10 10,65 2 0,66 3,55 0,78 0,83 59,19 5,00 13,10 2 3,91 0,82 0,86 78,24
02 Mandrilhadora
Shapi
3,00 4,88 3,60 2 0,74 2,11 0,82 0,80 70,33 3,00 4,60 2 2,23 0,82 0,85 74,37
03 Mandrilhadora
Shapi
3,00 4,88 3,60 2 0,74 2,11 0,82 0,80 70,41 3,00 4,60 2 2,23 0,82 0,85 74,37
04 Retificadora 5,00 7,99 6,00 4 0,75 3,51 0,79 0,83 70,28 4,00 6,23 4 3,84 0,83 0,86 95,93
05 Retifica Plana
Jung
4,00 7,76 3,41 8 0,44 1,12 0,49 0,75 28,06 2,00 4,41 8 1,50 0,59 0,83 75,13
06 Retifica Plana
Jung
5,00 7,99 5,70 4 0,71 3,28 0,78 0,83 65,66 4,00 6,23 4 3,59 0,82 0,86 89,70
07 Retifica Plana
Jung
4,00 7,76 4,35 8 0,56 1,68 0,56 0,77 42,02 2,00 4,41 8 1,94 0,60 0,84 97,14
Resultados e Discussões 92
Tabela 33. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MMC.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
08 Retifica Cilind.
RUV-250
5,00 7,99 5,93 4 0,74 3,46 0,78 0,83 69,17 4,00 6,23 4 3,79 0,83 0,86 94,81
09 Retifica Cilind.
Sanches
5,00 13,80 10,35 4 0,75 3,50 0,79 0,83 69,91 4,00 10,80 4 3,98 0,86 0,87 99,60
10 Retifica Cilind.
Sanches
4,00 6,72 3,90 4 0,58 1,82 0,67 0,78 45,43 3,00 4,78 4 2,29 0,77 0,86 76,27
11 Retifica Plana
Sanches
5,00 7,99 3,75 4 0,47 1,79 0,66 0,81 35,75 3,00 4,78 4 2,14 0,75 0,85 71,48
12 Retifica Plana 2,00 3,75 2,80 4 0,75 1,36 0,70 0,78 67,80 2,00 3,42 4 1,53 0,73 0,83 76,48
13 Torno VDF 10,00 15,20 12,00 4 0,79 7,44 0,79 0,88 74,45 10,00 15,23 4 7,64 0,79 0,90 76,44
Total 61,00 36,73 49,00 40,64
Média(%) 72,40 80,90 59,11 77,04 85,61 83,10
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da Retifica
Cilíndrica Sanches 99,60% e o menor é o da Retifica Plana Sanches com 71,48%.
Resultados e Discussões 93
Tabela 34. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MML
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Furadeira
Yadoya
2,00 3,75 1,50 4 0,40 0,45 0,48 0,70 22,65 0,75 1,63 4 0,63 0,64 0,72 83,44
02 Plainadora
Orl. 3500
15,00 38,00 23,40 4 0,62 8,03 0,76 0,88 53,51 10,00 26,40 4 8,81 0,80 0,91 88,06
03 Retifica
Ferdimat
5,00 7,99 3,20 4 0,40 1,38 0,60 0,80 27,51 2,00 3,42 4 1,84 0,77 0,84 92,10
04 Torno VDF 5,00 13,80 10,30 4 0,75 3,49 0,79 0,83 69,85 4,00 10,80 4 3,81 0,83 0,86 95,34
05 Furadeira 1,00 3,08 2,20 4 0,71 0,62 0,74 0,74 62,42 0,75 2,83 4 0,45 0,58 0,68 59,87
06 Esmeril 1,50 4,78 2,60 4 0,54 1,04 0,64 0,69 69,35 2,00 2,60 4 1,50 0,78 0,83 74,82
07 Torno Romi
nº 40627
5,00 13,80 10,50 4 0,76 3,59 0,79 0,83 71,80 4,00 10,80 4 3,50 0,78 0,83 87,47
08 Frezadora
BF 55
3,00 8,57 6,10 4 0,71 1,97 0,79 0,79 65,66 2,00 6,17 4 1,91 0,73 0,83 95,42
09 Frezadora 4,00 11,60 8,00 4 0,69 2,38 0,72 0,79 59,44 3,00 8,50 4 2,75 0,80 0,83 91,57
Resultados e Discussões 94
Tabela 34. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor MML.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
10 Mandrilhadora 6,00 16,30 11,20 4 0,69 3,89 0,80 0,84 64,85 5,00 13,50 4 4,01 0,79 0,88 80,19
Total 47,50
26,84
33,50
29,20
Média(%)
71,08 79,06 56,70
75,03 81,92 84,83
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da
Frezadora BF 55 com 95,42% e o menor é o da Furadeira com 59,87%.
Resultados e Discussões 95
Tabela 35. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PBR.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Máquina de
estampar
0,75 2,90 1,20 4 0,41 0,15 0,43 0,57 20,54 0,50 1,22 4 0,49 0,63 0,72 97,18
02 Máquina de
estampar
0,75 2,90 1,20 4 0,41 0,15 0,43 0,57 20,54 0,50 1,22 4 0,49 0,63 0,72 97,18
03 Máquina de
estampar
0,75 2,90 1,20 4 0,41 0,15 0,43 0,57 20,54 0,50 1,22 4 0,49 0,63 0,72 97,18
04 Máquina de
estampar
0,75 2,90 1,20 4 0,41 0,15 0,43 0,57 20,54 0,50 1,22 4 0,49 0,63 0,72 97,18
05 Máquina de
estampar
0,75 2,90 1,20 4 0,41 0,15 0,43 0,57 20,54 0,50 1,22 4 0,49 0,63 0,72 97,18
06 Máquina de
estampar
0,75 2,90 1,20 4 0,41 0,15 0,43 0,57 20,54 0,50 1,22 4 0,49 0,63 0,72 97,18
07 Máquina de
estampar
0,75 2,90 1,20 4 0,41 0,15 0,43 0,57 20,54 0,50 1,22 4 0,49 0,63 0,72 97,18
08 Máquina de
estampar
0,75 2,90 1,20 4 0,41 0,15 0,43 0,57 20,54 0,50 1,22 4 0,49 0,63 0,72 97,18
Resultados e Discussões 96
Tabela 35. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PBR.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
09 Máquina
cortar topo
0,50 1,45 0,90 6 0,62 0,19 0,48 0,50 38,31 0,33 1,00 6 0,25 0,58 0,53 74,61
10 Apontadeira 1,50 2,80 1,50 4 0,54 0,17 0,45 0,47 11,02 0,75 1,63 4 0,63 0,64 0,72 83,44
11 Carimbadeir
a rotativa
0,75 2,90 1,60 4 0,55 0,26 0,51 0,63 35,33 0,75 1,63 4 0,72 0,67 0,75 96,07
12 Envernizad
eira tripla
0,25 0,65 0,30 4 0,46 0,06 0,48 0,46 23,67 0,16 0,50 4 0,06 0,49 0,44 36,66
13 Envernizad
eira tripla
0,25 0,65 0,30 4 0,46 0,06 0,48 0,46 23,70 0,16 0,50 4 0,06 0,49 0,44 36,66
14 Envernizad
eira
0,75 1,68 0,90 4 0,54 0,25 0,50 0,62 33,52 0,50 1,22 4 0,27 0,55 0,61 53,42
Resultados e Discussões 97
Tabela 35. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PBR.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
15 Envernizad
eira tripla
0,50 1,45 0,90 8 0,62 0,21 0,50 0,52 41,72 0,25 1,02 8 0,20 0,48 0,53 81,13
16 Máquina
cortar topo
1,00 1,78 1,20 4 0,67 0,57 0,72 0,74 57,24 0,50 1,22 4 0,49 0,63 0,72 97,18
Total 11,50 3,00 7,40 6,55
Média(%) 47,40 56,10 26,80 59,92 65,48 83,54
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da
Máquina de estampar e cortar topo 97,18% e o menor é o da Envernizadeira tripla com 36,66%.
Resultados e Discussões 98
Tabela 36. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PGR.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In Iop/In P Pu Fp
η
Fu
01 Impressora 2,00 6,47 4,90 4 0,76 1,39 0,70 0,78 69,64 2,00 5,93 0,83 4 1,55 0,74 0,83 77,53
02 Impressora 1,50 4,78 2,70 4 0,56 0,64 0,66 0,70 42,96 0,75 2,83 0,95 4 0,67 0,66 0,73 89,95
03 Corte e Vinco 2,00 6,47 3,30 4 0,51 0,75 0,59 0,75 37,50 1,50 4,48 0,74 4 0,98 0,72 0,79 65,08
04 Impressora 2,00 6,47 4,10 4 0,63 1,04 0,64 0,76 51,96 1,50 4,48 0,92 4 1,33 0,78 0,81 88,61
05 Impressora 5,00 13,80 7,50 4 0,54 2,24 0,71 0,82 44,83 3,00 8,34 0,90 4 2,62 0,79 0,86 87,47
06 Torno Romi 6,00 11,10 8,30 8 0,75 4,02 0,63 0,85 66,92 5,00 8,66 0,96 8 4,69 0,73 0,87 93,78
07 Rolland 6,00 16,10 7,30 2 0,45 2,22 0,73 0,81 37,08 3,00 7,98 0,91 2 2,71 0,84 0,86 90,47
08 Rolland 6,00 16,10 7,30 2 0,45 2,22 0,73 0,81 37,08 3,00 7,98 0,91 2 2,71 0,84 0,86 90,47
09 Rolland 6,00 16,10 7,30 2 0,45 2,22 0,73 0,81 37,08 3,00 7,98 0,91 2 2,71 0,84 0,86 90,47
10 Prensa 20,00 52,80 30,00 4 0,57 9,83 0,72 0,88 49,17 12,50 31,50 0,95 4 11,71 0,83 0,91 93,66
11 Elevador 7,50 21,90 13,30 6 0,61 3,87 0,67 0,83 51,55 5,00 14,80 0,90 6 4,32 0,72 0,88 86,47
12 Corte e Vinco 2,00 6,47 4,10 4 0,63 1,03 0,64 0,76 51,46 1,50 4,48 0,92 4 1,29 0,75 0,81 85,97
Resultados e Discussões 99
Tabela 36. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PGR.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
13 Corte e
Vinco
3,00 10,50 7,80 6 0,74 1,92 0,64 0,74 63,90 3,00 9,33 6 2,34 0,69 0,84 78,04
14 Roland 600-
nº 32226
60,00 143,0 63,00 2 0,44 23,48 0,82 0,88 39,14 30,00 71,40 2 26,12 0,87 0,92 87,05
15 Guilhotina
Guarani
7,50 19,90 8,60 4 0,43 2,31 0,61 0,85 30,78 4,00 10,80 4 3,00 0,78 0,86 74,88
16 Guilhotina
Guarani
7,50 19,90 8,60 4 0,43 2,31 0,61 0,85 30,79 4,00 10,80 4 3,00 0,78 0,86 74,88
17 Coladeira Ts
- 450
5,00 14,00 9,80 4 0,70 3,25 0,77 0,83 65,08 4,00 10,80 4 3,57 0,82 0,86 89,29
18 Coladeira 10,00 26,30 17,40 4 0,66 5,79 0,74 0,87 57,94 7,50 19,60 4 6,37 0,79 0,90 84,89
Resultados e Discussões 100
Tabela 36. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PGR.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
19 Coladeira
Bobst 68
10,00 26,30 14,50 4 0,55 4,42 0,69 0,86 44,16 6,00 16,40 4 5,18 0,78 0,89 86,39
20 Elevador Otis 7,50 21,90 12,00 6 0,55 3,29 0,64 0,83 43,88 4,00 12,20 6 3,99 0,73 0,88 99,76
Total 176,50 78,26 104,25 90,87
Média(%) 68,32 81,31 47,64 77,35 85,20 85,76
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor do Elevador
Otis 99,76% e o menor é o do Corte e Vinco com 65,08%.
Resultados e Discussões 101
Tabela 37. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PGA.
Item Descrição Motor Atual (Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
01 Bba hidraulica
injetora
40,00 59,10 30,50 4 0,52 18,18 0,75 0,89 45,46 25,00 35,20 4 21,34 0,85 0,92 85,36
02 Bba hidraulica
injetora
20,00 30,60 14,70 4 0,48 7,60 0,67 0,87 37,99 10,00 15,23 4 9,71 0,82 0,91 97,12
03 Bba hidraulica
injetora
20,00 30,60 15,00 4 0,49 7,89 0,68 0,87 39,45 10,00 15,23 4 9,91 0,81 0,91 99,06
04 Triturador 6,00 9,44 7,05 4 0,75 4,32 0,81 0,84 71,98 5,00 7,79 4 4,47 0,81 0,88 89,34
05 Moinho 4,00 6,72 2,40 4 0,36 0,78 0,52 0,70 19,39 1,50 2,58 4 1,34 0,78 0,81 89,59
06 Bba hidraulica
injetora
15,00 22,00 16,50 4 0,75 10,45 0,80 0,88 69,67 12,50 18,18 4 11,07 0,83 0,91 88,59
07 Moinho 4,00 6,72 2,40 4 0,36 0,79 0,52 0,70 19,73 1,50 2,58 4 1,34 0,78 0,81 89,59
08 Bba hidraulica
injetora
15,00 22,00 17,30 4 0,79 11,09 0,81 0,88 73,95 12,50 18,18 4 11,70 0,83 0,91 93,59
09 Bba hidraulica
injetora
15,00 22,00 17,30 4 0,79 11,03 0,81 0,88 73,53 12,50 18,18 4 11,70 0,83 0,91 93,59
Resultados e Discussões 102
Tabela 37. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PGA.
Item Descrição Motor Atual ( Standard) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
10 Bba hidraulica 20,00 30,60 21,50 4 0,70 13,26 0,77 0,89 66,31 15,00 22,33 4 14,15 0,81 0,91 94,31
11 Bba hidraulica
injetora
20,00 30,60 21,00 4 0,69 12,80 0,77 0,89 63,98 15,00 22,33 4 13,77 0,81 0,90 91,79
12 Bba hidraulica
injetora
30,00 42,70 32,30 4 0,76 21,69 0,83 0,91 72,28 25,00 35,20 4 22,69 0,85 0,92 90,77
13 Bba hidraulica
injetora
50,00 71,20 38,00 4 0,53 23,40 0,76 0,90 46,79 30,00 42,64 4 26,15 0,83 0,93 87,17
14 Bba hidraulica
injetora
40,00 59,10 30,20 4 0,51 17,64 0,74 0,89 44,09 25,00 35,20 4 21,13 0,85 0,92 84,52
15 Bba hidraulica
injetora
30,00 43,10 27,20 6 0,63 17,64 0,81 0,89 58,79 20,00 32,02 6 16,01 0,73 0,91 80,04
16 Bba hidraulica
injetora
25,00 38,00 27,20 4 0,72 16,62 0,76 0,90 66,50 20,00 28,91 4 18,89 0,84 0,92 94,45
17 Bba hidraulica
injetora
30,00 42,70 32,70 4 0,77 22,04 0,83 0,91 73,47 25,00 35,20 4 22,97 0,85 0,92 91,90
Resultados e Discussões 103
Tabela 37. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PGA.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp η Fu Pn In P Pu Fp η Fu
18 Bba hidraulica
injetora
30,00 42,70 32,70 4 0,77 22,09 0,83 0,91 73,64 25,00 35,20 4 22,97 0,85 0,92 91,90
19 Bba hidraulica 25,00 38,00 27,20 4 0,72 16,64 0,76 0,90 66,56 20,00 28,91 4 18,82 0,84 0,92 94,11
20 Estrusora
material
10,00 15,20 10,30 4 0,68 5,98 0,75 0,87 59,77 7,50 11,37 4 6,61 0,82 0,88 88,11
21 Moinho
Principal
20,00 30,60 20,20 4 0,66 12,19 0,76 0,89 60,97 15,00 21,12 4 13,98 0,85 0,91 93,23
22 Moinho 6,00 10,80 7,50 6 0,69 3,70 0,67 0,83 61,65 5,00 8,54 6 4,17 0,71 0,88 83,45
23 Moinho 5,00 7,99 5,90 4 0,74 3,47 0,79 0,83 69,40 4,00 6,23 4 3,76 0,83 0,86 93,96
24 Moinho 4,00 6,72 2,60 4 0,39 0,91 0,54 0,72 22,71 1,50 2,60 4 1,50 0,78 0,83 99,77
25 Moinho 4,00 6,72 2,80 4 0,42 1,03 0,56 0,73 25,70 2,00 3,42 4 1,52 0,73 0,83 75,84
26 Compressor 125,00 171,00 132,00 4 0,77 91,41 0,85 0,91 73,13 100,00 4 94,36 0,85 0,94 94,36
Resultados e Discussões 104
Tabela 37. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PGA.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
27 Compressor 150,00 204,00 107,00 4 0,52 69,40 0,82 0,89 46,27 100,00 139,63 4 74,38 0,82 0,94 74,38
28 Compressor 250,00 338,00 187,70 4 0,56 124,41 0,81 0,91 49,76 150,00 203,68 4 135,65 0,85 0,95 90,43
Total 1.013,00 568,44 695,50 616,08
Média(%) 74,24 85,96 55,46 81,51 89,81 90,01
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor do Moinho
99,77% e o menor é o do Compressor com 74,38%.
Resultados e Discussões 105
Tabela 38. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PML
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
01 Exaustor nº 01 40,00 59,10 34,50 4 0,58 21,37 0,77 0,90 53,43 25,00 35,20 4 24,51 0,86 0,92 98,05
02 Enverniz. dupla
nº 03
0,50 1,45 0,60 8 0,41 0,10 0,39 0,46 19,13 0,16 0,68 8 0,13 0,48 0,51 81,35
03 Envernizadora
nº 03
0,75 1,68 0,90 4 0,54 0,25 0,50 0,62 33,31 0,50 1,22 4 0,27 0,55 0,61 53,99
04 Envernizadeira
nº 04
0,33 1,35 0,50 8 0,37 0,06 0,36 0,36 17,64 0,16 0,68 8 0,09 0,43 0,47 56,86
05 Carimbadeira
nº 37165
0,50 1,45 1,10 8 0,76 0,30 0,55 0,56 60,33 0,33 1,15 8 0,26 0,48 0,56 79,96
06 Apontadeira
nº 27502
2,00 3,75 2,50 4 0,67 1,14 0,66 0,77 57,18 1,50 2,59 4 1,38 0,76 0,81 92,11
07 Apontadeira
nº 27501
2,00 3,75 2,50 4 0,67 1,15 0,66 0,78 57,70 2,00 2,59 4 1,38 0,76 0,81 69,08
Resultados e Discussões 106
Tabela 38. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PML.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
08 Apontadeira
31078
2,00 3,75 2,50 4 0,67 1,15 0,66 0,78 57,70 2,00 2,59 4 1,38 0,76 0,81 69,08
09 Apontadeira
31081
2,00 3,75 2,50 4 0,67 1,15 0,66 0,78 57,70 2,00 2,59 4 1,38 0,76 0,81 69,08
10 Apontad. Dupla
20141
2,00 3,75 2,50 4 0,67 1,15 0,66 0,78 57,70 2,00 2,59 4 1,38 0,76 0,81 69,08
11 Apontad. Dupla
20141
2,00 3,75 1,90 4 0,51 0,70 0,56 0,74 35,19 1,50 2,58 4 0,98 0,72 0,79 65,02
12 Ventilador 0,75 2,02 1,20 6 0,59 0,31 0,48 0,60 41,52 0,50 1,29 6 0,43 0,62 0,65 86,83
13 Ventilador 0,75 2,02 1,20 6 0,59 0,31 0,48 0,60 41,52 0,50 1,29 6 0,43 0,62 0,65 86,83
14 Ventilador 0,75 2,02 1,20 6 0,59 0,31 0,48 0,60 41,52 0,50 1,29 6 0,43 0,62 0,65 86,83
Resultados e Discussões 107
Tabela 38. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PML.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
15 Ventilador 0,75 2,02 1,20 6 0,59 0,31 0,48 0,60 41,52 0,50 1,29 6 0,43 0,62 0,65 86,83
16 Embaladora
31888
0,50 1,20 0,80 4 0,67 0,24 0,56 0,61 48,92 0,33 0,85 4 0,29 0,62 0,65 88,64
Total 57,58 30,03 39,48 35,18
Média(%) 55,81 65,89 45,13 65,19 69,91 77,44
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor do
Exaustor nº1 com 98,05% e o menor é o da Envernizadeira nº03 com 53,99%.
Resultados e Discussões 108
Tabela 39. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor POT
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
01 Exaustor nº 2 40,00 59,10 27,70 4 0,47 15,67 0,72 0,88 39,18 20,00 28,91 4 19,24 0,85 0,92 96,22
02 Albe nº 2 1,50 2,54 1,40 2 0,55 0,70 0,79 0,71 46,82 1,00 1,75 2 0,70 0,71 0,79 70,29
03 Albe nº 3 6,00 9,32 3,50 2 0,38 1,71 0,69 0,79 28,44 3,00 4,60 2 2,15 0,81 0,85 71,74
04 Albe nº 3 1,50 4,38 2,00 2 0,46 0,53 0,74 0,69 35,13 0,75 2,35 2 0,46 0,71 0,63 61,28
05 Albe nº 6 7,50 11,10 8,40 2 0,76 5,25 0,81 0,86 69,94 6,00 8,77 2 5,76 0,88 0,87 95,95
06 Albe nº 7 3,00 4,88 3,70 2 0,76 2,20 0,82 0,81 73,17 3,00 4,60 2 2,31 0,82 0,85 77,04
07 Albe nº 4 7,50 11,10 8,40 2 0,76 5,23 0,81 0,86 69,78 6,00 8,77 2 5,78 0,89 0,87 96,31
08 Albe nº 2 7,50 11,10 8,30 2 0,75 5,22 0,81 0,87 69,62 6,00 8,77 2 5,69 0,88 0,87 94,81
09 Comando de
cames
1,50 2,77 1,10 4 0,40 0,34 0,54 0,65 22,87 0,50 1,22 4 0,40 0,60 0,67 80,25
Resultados e Discussões 109
Tabela 39. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor POT.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop Pólos Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In Iop/In Pólos Pu Fp
η
Fu
10 Bomba de óleo 7,50 11,10 7,90 2 0,71 4,85 0,80 0,86 64,70 6,00 8,77 0,90 2 5,37 0,88 0,87 89,57
11 Comando de
cames
2,00 3,75 1,10 4 0,29 0,25 0,39 0,64 12,25 0,50 1,22 0,90 4 0,40 0,60 0,67 80,25
12 Centrífuga de
cavacos
5,00 7,99 6,30 4 0,79 3,77 0,80 0,83 75,34 4,00 6,87 0,92 4 3,96 0,82 0,86 99,12
13 Prensa RP - 32 1,50 2,77 0,80 4 0,29 0,18 0,43 0,60 12,00 0,33 0,85 0,94 4 0,29 0,62 0,66 88,62
14 Centrífuga de
pontas
2,00 3,75 2,30 4 0,61 0,98 0,63 0,76 49,09 1,50 2,58 0,89 4 1,29 0,78 0,81 85,87
15 Estufa Olidef 2,00 5,49 3,60 2 0,66 1,15 0,79 0,78 57,40 1,50 3,99 0,90 2 1,32 0,86 0,83 88,18
16 Unidade água
gelada
5,00 7,58 3,40 2 0,45 1,63 0,70 0,76 32,60 3,00 4,60 0,74 2 2,07 0,81 0,84 68,85
Resultados e Discussões 110
Tabela 39. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor POT.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
17 Bba de vácuo 5,00 7,99 6,00 4 0,75 3,51 0,78 0,84 70,20 4,00 6,40 4 3,85 0,83 0,87 96,28
18 Centrífuga de
pontas
2,00 3,75 2,30 4 0,61 0,99 0,63 0,77 49,52 1,50 2,58 4 1,29 0,78 0,81 85,87
Total 96,50 54,15 68,58 62,34
Média(%) 70,49 77,45 48,78 78,39 80,71 84,81
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da Centrí-
fuga de cavacos 99,12% e o menor é o do Albe nº 3 com 61,28%.
Resultados e Discussões 111
Tabela 40. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PRG
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
01 Bomba 5,00 13,10 5,70 2 0,44 1,58 0,70 0,77 31,69 3,00 7,98 2 1,99 0,80 0,84 66,28
02 Forno 1,50 3,17 1,50 6 0,47 0,45 0,50 0,67 30,31 0,75 1,79 6 0,55 0,58 0,71 73,53
03 Separador 0,75 1,68 1,30 4 0,77 0,48 0,61 0,67 63,57 0,75 1,63 4 0,47 0,62 0,68 62,41
04 Tambor rotativo
nº 04
0,75 1,68 1,30 4 0,77 0,48 0,61 0,68 63,88 0,75 1,63 4 0,47 0,59 0,68 62,41
05 Tambor rotativo
nº 5 e 6
4,00 6,72 5,20 4 0,77 2,83 0,76 0,80 70,66 4,00 6,23 4 3,21 0,80 0,86 80,16
06 Tambor
rotativo-nº 01
1,00 1,78 1,40 4 0,79 0,73 0,77 0,76 72,53 0,75 1,63 4 0,55 0,62 0,71 73,32
Resultados e Discussões 112
Tabela 40. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PRG.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iηop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
07 Tambor rotativo
nº 02
0,75 1,68 1,00 4 0,60 0,30 0,53 0,64 40,49 0,50 1,22 4 0,33 0,58 0,64 65,98
08 Tambor rotativo
nº 03
1,00 1,78 1,40 4 0,79 0,73 0,77 0,76 73,28 0,75 1,63 4 0,55 0,76 0,71 72,93
09 Jato de Areia 1,00 1,84 1,30 2 0,71 0,59 0,73 0,70 58,95 0,75 1,36 2 0,66 0,71 0,80 87,71
10 Heidelberg
20485
2,00 6,47 4,90 4 0,76 1,39 0,71 0,78 69,67 2,00 5,93 4 1,55 0,74 0,83 77,53
11 Impressora
Manual
1,50 4,78 2,70 4 0,56 0,64 0,66 0,70 42,96 0,75 2,83 4 0,67 0,65 0,74 89,90
Total 19,25 10,21 14,75 10,99
Média(%) 66,73 72,00 56,18 66,07 74,62 73,87
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor do Impres-
sora Manual 89,90% e o menor é o do Separador e do Tambor Rotativo com 62,41%.
Resultados e Discussões 113
Tabela 41. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PRP
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
01 Tambor rotativo 4,00 6,72 4,20 4 0,63 2,07 0,70 0,78 51,75 3,00 4,90 4 2,44 0,78 0,83 81,32
02 Prensa facas 4,00 7,53 3,80 6 0,50 1,48 0,57 0,76 36,93 2,00 3,81 6 2,00 0,68 0,86 100,00
03 Desenroladeira 0,50 1,20 0,60 4 0,50 0,15 0,49 0,56 29,33 0,25 0,66 4 0,19 0,59 0,60 75,98
04 Puxador da fita 0,25 0,65 0,30 4 0,46 0,06 0,47 0,46 23,35 0,16 0,50 4 0,06 0,44 0,48 35,60
05 Retífica lâminas 5,00 7,58 3,90 2 0,51 2,01 0,74 0,78 40,26 3,00 4,60 2 2,46 0,83 0,85 81,87
06 Filtro ret. lâminas 0,75 1,68 1,30 4 0,77 0,48 0,61 0,67 63,92 0,75 1,63 4 0,47 0,59 0,68 62,41
07 Couro de
polimento
3,00 4,96 3,10 4 0,63 1,65 0,76 0,79 55,00 2,00 3,42 4 1,75 0,76 0,83 87,38
08 Variador da pista 2,00 3,75 2,50 4 0,67 1,14 0,66 0,77 56,90 1,50 2,59 4 1,37 0,76 0,80 91,36
Resultados e Discussões 114
Tabela 41. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor PRP.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
09 Imã 0,25 0,65 0,20 4 0,31 0,04 0,47 0,46 16,00 0,16 0,50 4 0,03 0,37 0,39 16,33
10 Exaustor 3,00 4,88 3,80 2 0,78 2,26 0,82 0,81 75,45 3,00 4,60 2 2,39 0,83 0,85 79,77
Total 22,75 11,34 15,82 13,15
Média(%) 62,94 68,48 44,89 66,37 71,81 71,20
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor do
Prensa Faquinhas 100,00 % e o menor é o do Puxador da fita com 35,60%.
Resultados e Discussões 115
Tabela 42. Motores elétricos com Fu < 75% instalados no setor VAC.
Item Descrição Motor Atual ( Standard ) Motor de Alto Rendimento Dimensionado
Pn In Iop P Iop/In Pu Fp
η
Fu Pn In P Pu Fp
η
Fu
01 Esteira 0,25 1,35 0,80 6 0,59 0,09 0,37 0,38 35,15 0,25 1,29 6 0,06 0,49 0,43 23,30
02 Seladora 3,00 8,43 4,90 2 0,58 1,51 0,76 0,79 50,33 2,00 5,42 2 1,74 0,83 0,82 87,00
03 Ventilador 0,50 1,71 1,20 2 0,70 0,25 0,65 0,62 50,03 0,33 1,30 2 0,27 0,61 0,70 80,42
04 Ventilador 0,50 1,71 1,20 2 0,70 0,25 0,65 0,62 50,03 0,33 1,30 2 0,27 0,61 0,70 80,42
05 Motor principal 3,00 8,57 6,60 4 0,77 2,18 0,81 0,79 72,67 3,00 8,50 4 2,15 0,76 0,83 71,52
06 Esteira 0,33 1,42 1,00 4 0,70 0,18 0,58 0,60 54,54 0,25 1,15 4 0,17 0,58 0,59 69,71
07 Túnel do
ventilador
0,50 2,07 1,70 4 0,82 0,35 0,62 0,65 70,50 0,50 2,11 4 0,32 0,57 0,63 63,90
Total 8,08 4,81 6,66 5,00
Média(%) 63,26 63,50 54,75 63,58 67,16 69,73
Após o dimensionamento do motor de alto rendimento , o maior índice para o fator de utilização é o motor da Sela-
dora 87,00 % e o menor é o da Esteira com 23,30%.
Resultados e Discussões 116
7.2 Consumo de energia entre motores elétricos de
indução trifásicos.
Com os dados de Pn (potência nominal) total de cada setor,
apresentados nas Tabelas 25 a 42 para os motores elétricos de indução
trifásicos Standard e Alto Rendimento, considerando que estes trabalham 8
horas diárias, elabora-se o Gráfico 7.2a e 7.2b apresentado a seguir.
1
6
4
,
0
0
1
1
4,
6
4
1
6
4
,
0
0
1
14
,
56
630,64
4
1
1
,
2
8
1
6
,
0
0
6,
0
0
1
2
4
,
0
0
1
1
8,
6
4
1
2
8
,
0
0
9
6
,
0
0
1
0
0
,
0
0
5
4
,
0
0
3
5
2
,
0
0
2
0
3
,
2
8
4
8
8
,
0
0
39
2
,
0
0
CAD CEM CLG DEE FER MCE MAM MEG MMC
kWh/día-Motores ST KWh/día-Motores ARP
Gráfico 7.2a. Consumo de energia elétrica dos motores Standard e de
Alto Rendimento.
Resultados e Discussões 117
3
8
0
,0
0
2
6
8
,
0
0
9
2
,0
0
5
9
,
2
0
1
.41
2
,
0
0
8
3
6
,
0
0
8.104,00
5.564,00
4
6
0
,
6
4
3
1
5
,
8
4
7
72
,
0
0
5
4
8
,
6
4
1
5
4
,
0
0
1
1
8
,
0
0
1
8
2
,0
0
1
2
6
,
5
6
6
4
,
6
4
5
3
,
2
8
MML PBR PGR PGA PML POT PRG PRP VAC
kWh/día-Motores ST KWh/día-Motores ARP
Gráfico 7.2b. Consumo de energia elétrica dos motores Standard e de
Alto Rendimento.
Analisando os Gráficos 7.2a e 7.2b, verifica-se que os Motores ST
(Standard) apresentam um consumo maior de energia elétrica do que os
Motores ARP (Alto Rendimento Plus).
Resultados e Discussões 118
7.2.1 Conservação de energia elétrica utilizando os
motores de alto rendimento.
Com base nos dados mostrados nos Gráficos 7.2a e 7.2b, subtraindo-se
as potências nominais dos motores Standard e alto rendimento, apresentam-se
no Gráfico 7.2.1a e 7.2.1b, a conservação de energia elétrica obtida com os
motores de alto rendimento em (KWh/dia) associada.
49,36
49,44
219,36
10,00
5,36
32,00
46,00
148,72
96,00
CAD CEM CLG DEE FER MCE MAM MEG MMC
KWh/dia - Motores de Alto Rendimento
Gráfico 7.2.1a. Conservação de energia elétrica com motores elétricos
de alto rendimento.
Resultados e Discussões 119
112,00
32,80
576,00
2.540,00
144,80
223,36
36,00
55,44
11,36
MML PBR PGR PGA PML POT PRG PRP VAC
KWh/dia - Motores de Alto Rendimento
Gráfico 7.2.1b. Conservação de energia elétrica com motores elétricos
de alto rendimento.
Analisando os Gráficos 7.2.1a e 7.2.1b, verifica-se que os motores de
alto rendimento apresentam uma conservação de energia elétrica por dia
bastante significativa, uma vez que o motor trabalha durante o ano todo.
Resultados e Discussões 120
7.2.2 Análise econômica de energia elétrica (R$/dia)
utilizando motores de alto rendimento.
Com os dados apresentados nos Gráficos 7.2.1a e 7.2.1b, e
considerando o valor do custo de energia elétrica no horário de pico
(R$ 0,293843) e fora de pico (R$ 0,177980), calcula-se uma média (R$
0,2359115) que será utilizada como base para demonstrar o valor em (R$/dia)
de conservação de energia elétrica para cada setor, conforme os Gráficos
7.22a e 7.2.2b.
11,64 11,66
51,75
2,36
1,26
7,55
10,85
35,08
22,65
CAD CEM CLG DEE FER MCE MAM MEG MMC
R$/dia
Gráfico 7.2.2a. Análise econômica de energia elétrica (R$/dia) com
motores de alto rendimento.
Resultados e Discussões 121
Gráfico 7.2.2b. Análise econômica de energia elétrica (R$/dia) com
motores de alto rendimento.
Analisando os Gráficos 7.2.2a e 7.2.2b, verifica-se a economia de
energia elétrica após o redimensionamento dos motores de alto rendimento em
(R$/dia).
7.3 Resultados comparativos do motor de indução
Standard com o motor de Alto Rendimento
Na presente pesquisa adotam-se critérios que direcionam a avaliação
dos motores em funcionamento na empresa, indicando e viabilizando a
substituição ou não dos mesmos.
26,42 7,74
135,89
599,22
34,16
52,69
8,49
13,08 2,68
MML PBR PGR PGA PML POT PRG PRP VAC
R$/dia
Resultados e Discussões 122
Alguns motores analisados apresentam valores de Iop (corrente elétrica
de operação) extremamente baixa, deixando evidente um sinal de mal
dimensionamento, e com este fato indicando a necessidade da troca do motor
elétrico. O que se enquadra ao propósito da pesquisa de conservação de
energia.
Os motores elétricos que não foram analisados têm os valores de Fator
de Utilização (Fu) maior que 75% que, conforme denota a pesquisa são
considerados bem dimensionados.
7.3.1 Análise dos valores das potências útil e
nominal
Com os dados mostrados nas Tabelas 25 a 42, elaborou-se a Tabela 43
que mostra os resultados comparativos entre a potência total nominal e a útil
em cv para cada setor de produção. Pode-se observar que para a situação
atual, apresentam instalados nos setores conforme Tabelas 07 a 24 ligado a
uma tensão trifásica de 380V, o total de 2.090,52cv de potência nominal,
devido a utilização de motores elétricos. Sendo que destes, 1.723,49cv ou
82,44% apresentam Fator de Utilização (Fu) menor que 75%, havendo a
possibilidade de conservação de energia.
Analisando os dados da Tabela 43, constata-se uma potência nominal
total para a situação atual de 1.723,49cv e uma potência nominal total para a
situação dimensionada de 1.174,99cv, representando uma redução de
548,50cv ou 31,82% da potência nominal conservável. A situação atual para a
potência útil total é de 917,69cv e para a situação dimensionada é de
1.032,35cv, representando uma melhora de 114,66cv ou 12,49%.
Resultados e Discussões 123
Tabela 43: Resultados comparativos entre a potências nominais e úteis
para as situações atuais e dimensionadas.
Situação Atual Situação Dimensionada
Item Setor
Pn(cv) Pu(cv) Pn(cv) Pu(cv)
01 CAD 20,50 10,25 14,33 12,46
02 CEM 20,50 10,75 14,32 11,48
03 CLG 78,83 29,48 51,41 49,03
04 DEE 2,00 0,45 0,75 0,63
05 FER 15,50 10,67 14,83 11,55
06 MCE 16,00 8,75 12,00 9,73
07 MAM 12,50 5,35 6,75 5,49
08 MEG 44,00 18,15 25,41 21,98
09 MMC 61,00 36,73 49,00 40,64
10 MML 47,50 26,84 33,50 29,20
11 PBR 11,50 3,00 7,40 6,55
12 PGR 176,50 78,26 104,25 90,87
13 PGA 1.013,00 568,44 695,50 616,08
14 PML 57,58 30,03 39,48 35,18
15 POT 96,50 54,15 68,58 62,34
16 PRG 19,25 10,24 14,75 10,99
17 PRP 22,75 11,34 15,82 13,15
18 VAC 8,08 4,81 6,66 5,00
Total 1.723,49 917,69 1.174,74 1.032,35
Resultados e Discussões 124
7.3.2 Análise dos valores médios do fator de
potência
Na análise do fator de potência serão abordados todos os setores onde
foram considerados possíveis a conservação de energia, através de valores
médios obtidos pelo dimensionamento.
De acordo com Tabela 44, o valor médio calculado para o fator de
potência atual é de 63,01%, e com o processo da conservação de energia
elétrica através do redimensionamento de motores, observa-se uma melhora
no Fator de Potência atingindo 69,11%.
Tabela 44: Resultados comparativos entre os Fatores de Potência
Item Setor Situação Atual Situação Dimensionada
FP(%) FP(%)
01 CAD 62,64 68,36
02 CEM 58,30 61,18
03 CLG 59,55 65,36
04 DEE 47,63 64,78
05 FER 77,49 77,29
06 MCE 65,33 68,44
07 MAM 58,88 60,88
08 MEG 52,64 64,89
09 MMC 72,40 77,04
10 MML 71,08 75,03
11 PBR 47,40 59,92
12 PGR 68,32 77,35
13 PGA 74,24 81,51
14 PML 55,85 65,19
15 POT 70,49 78,39
16 PRG 66,94 69,49
17 PRP 62,94 66,37
18 VAC 63,26 63,58
Média 63,01 69,11
Resultados e Discussões 125
7.3.3 Análise dos valores médios do rendimento
Na análise do rendimento serão abordados todos os setores onde forem
considerados possíveis a conservação de energia elétrica, através de valores
médios obtidos pelo dimensionamento.
De acordo com Tabela 45, o valor médio calculado para o rendimento
atual é de 71,36%, e com o processo da conservação de energia elétrica
através do redimensionamento de motores, observa-se uma melhora no
rendimento atingindo 75,36%.
Tabela 45: Resultados comparativos entre os rendimentos.
Item Setor Situação Atual Situação Dimensionada
η (%) η (%)
01 CAD 69,18 80,95
02 CEM 66,22 67,51
03 CLG 66,63 72,55
04 DEE 70,39 72,04
05 FER 73,08 79,62
06 MCE 70,60 74,46
07 MAM 68,39 67,45
08 MEG 66,25 70,71
09 MMC 80,90 85,61
10 MML 79,06 81,92
11 PBR 56,10 65,48
12 PGR 81,31 85,20
13 PGA 85,96 89,81
14 PML 65,89 69,91
Resultados e Discussões 126
Tabela 45: Resultados comparativos entre os rendimentos.
Item Setor Situação Atual Situação Dimensionada
η (%) η (%)
15 POT 77,45 80,71
16 PRG 72,00 74,62
17 PRP 67,49 71,81
18 VAC 63,50 67,16
Média 71,13 75,36
7.3.4 Análise dos valores do fator de utilização
Para a análise dos valores médios do fator de utilização (Fu), foram
considerados todos os setores possíveis de conservação de energia, com o
objetivo de eliminar problemas causados pela baixa utilização da potência
disponível nos motores elétricos.
De acordo com Tabela 46, o valor médio calculado para o fator de
utilização (Fu) atual é de 47,44%, número esse considerado abaixo do valor
aceitável de 75%. Com o propósito da conservação de energia elétrica através
da substituição de motores Standard por motores de Alto Rendimento
considerados com fator de utilização correto, encontrou um valor médio de
80,86% representando uma melhora de 58,67%.
Resultados e Discussões 127
Tabela 46: Resultados comparativos entre os Fatores de Utilização.
Item Setor Situação Atual Situação Dimensionada
Fu(%) Fu(%)
01 CAD 45,53 85,91
02 CEM 48,60 79,49
03 CLG 45,89 81,80
04 DEE 22,57 83,78
05 FER 65,75 78,51
06 MCE 53,42 84,88
07 MAM 46,70 82,22
08 MEG 29,98 75,76
09 MMC 59,11 83,10
10 MML 56,70 84,83
11 PBR 26,80 83,54
12 PGR 47,64 85,76
13 PGA 55,46 90,01
14 PML 45,13 77,44
15 POT 48,78 84,81
16 PRG 56,18 73,87
17 PRP 44,89 71,20
18 VAC 54,75 69,73
Média 47,44 80,86
Resultados e Discussões 128
7.4 Análise da troca por motores de alto rendimento
para o setor PGA.
Os motores de alto rendimento apresentam custos de aquisição
superiores aos motores convencionais. Entretanto, o elevado rendimento
compensa esta diferença de preço, pois esses motores proporcionam uma
acentuada economia de energia elétrica contribuindo com o propósito desta
pesquisa e garantem um rápido retorno de investimento inicial, segundo a
WEG (2000).
Resultados e Discussões 129
7.4.1 Potencial de economia de energia elétrica em KWh/ano.
Com os dados do setor PGA mostrado na Tabela 37, elaborou-se a Tabela 47 que nos mostram o potencial de
conservação de energia elétrica para entre os motores standard e alto rendimento, trabalhando durante um período de vinte e
quatro horas por dia, trinta dias por mês e dez meses por ano.
Tabela 47: Potencial de conservação de energia elétrica
MOTORES STANDARD
MOTORES ALTO RENDIMENTO Economia
Item Equipamento KW P
Cons.
(KWh)
Qtde
Cons. Total
(KWh)
Item Equipamento KW P
Cons.
(KWh)
Qtde
Cons.
Total(kWh)
kW kWh/ano
1 Bba hidraulica
injetora
30,00 4 0,89 34,54 1 82.892,01
1
Bba hidraulica
injetora
18,50 4 0,92 20,00 1 48.005,19 14,54 34.886,82
2 Bba hidraulica
injetora
15,00 4 0,87 17,74 1 42.578,36
2
Bba hidraulica
injetora
7,50 4 0,91 8,29 1 19.887,31 9,45 22.691,05
3 Bba hidraulica
injetora
15,00 4 0,87 17,69 1 42.452,83
3
Bba hidraulica
injetora
7,50 4 0,91 8,26 1 19.815,06 9,43 22.637,77
4
Triturador
4,50 4 0,84 5,47 1 13.129,10
4 Triturador 3,70 4 0,88 4,21 1 10.105,84 1,26 3.023,26
5 Moinho 3,00 4 0,70 4,41 1 10.578,90
5 Moinho 1,10 4 0,81 1,36 1 3.274,62 3,04 7.304,28
6 Bba hidraulica
injetora
11,00 4 0,88 12,76 1 30.626,45
6
Bba hidraulica
injetora
9,20 4 0,91 10,13 1 24.306,47 2,63 6.319,98
7 Moinho
3,00 4 0,70 4,39 1 10.527,85
7 Moinho 1,10 4 0,81 1,36 1 3.274,62 3,02 7.253,23
8 Bba hidraulica
injetora
11,00 4 0,88 12,76 1 30.626,45
8
Bba hidraulica
injetora
9,20 4 0,91 10,09 1 24.218,49 2,67 6.407,96
9 Bba hidraulica
injetora
11,00 4 0,88 12,79 1 30.697,67 9 Bba hidraulica
injetora
9,20 4 0,91 10,09 1 24.218,49 2,70 6.479,18
10
Bba hidraulica
15,00 4 0,89
17,20 1 41.289,14
10
Bba hidraulica 11,00
4
0,91 12,15 1 29.168,05 5,05 12.121,09
11
Bba hidraulica
15,00 4 0,89
17,27 1 41.446,01
11
Bba hidraulica 11,00
4
0,90 12,20 1 29.274,78 5,07 12.171,22
12 Bba hidraulica
injetora
22,00 4 0,91 24,86 1 59.654,28
12
Bba hidraulica
injetora
18,50 4 0,92 20,07 1 48.177,08 4,78 11.477,19
13 Bba hidraulica
injetora
37,00 4 0,90 41,96 1 100.703,11
13
Bba hidraulica
injetora
22,00 4 0,82 26,67 1 64.007,76 15,29 36.695,35
η
η
Resultados e Discussões 130
Tabela 47: Potencial de conservação de energia elétrica
MOTORES STANDARD
MOTORES ALTO RENDIMENTO Economia
Item Equipamento KW P
Cons.
(KWh)
Qtde
Cons. Total
(KWh)
Item Equipamento KW P
Cons.
(KWh)
Qtde
Cons.
Total(kWh)
kW kWh/ano
14 Bba hidraulica
injetora
30,00 4 0,89 34,64 1 83.140,88
14
Bba hidraulica
injetora
18,50 4 0,92 20,00 1 48.005,19 14,64 35.135,69
15 Bba hidraulica
injetora
22,00 6 0,89 25,23 1 60.557,40
15
Bba hidraulica
injetora
15,00 6 0,91 16,57 1 39.774,61 8,66 20.782,79
16 Bba hidraulica
injetora
18,50 4 0,90 21,14 1 50.731,26
16
Bba hidraulica
injetora
15,00 4 0,92 16,28 1 39.062,50 4,86 11.668,76
17 Bba hidraulica
injetora
22,00 4 0,91 24,86 1 59.654,28
17
Bba hidraulica
injetora
18,50 4 0,92 20,07 1 48.177,08 4,78 11.477,19
18 Bba hidraulica
injetora
22,00 4 0,91 24,72 1 59.325,84
18
Bba hidraulica
injetora
18,50 4 0,92 20,07 1 48.177,08 4,65 11.148,76
19 Bba hidraulica 18,50 4 0,90 21,02 1 50.454,55 19 Bba hidraulica 15,00 4 0,92 16,33 1 39.202,87 4,69 11.251,67
20 Estrusora
material
7,50 4 0,87 8,84 1 21.206,41
20
Estrusora
material
5,50 4 0,88 6,28 1 15.078,82 2,55 6.127,59
21 Moinho
Principal
15,00 4 0,89 17,20 1 41.289,14
21
Moinho
Principal
11,00 4 0,91 12,07 1 28.956,89 5,14 12.332,24
22
Moinho
4,50 6 0,83 5,58 1 13.399,50
22 Moinho 3,70 6 0,88 4,23 1 10.143,93 1,36 3.255,57
23
Moinho
3,70 4 0,83 4,55 1 10.927,89
23 Moinho 3,00 4 0,86 3,48 1 8.350,73 1,07 2.577,16
24
Moinho
3,00 4 0,72 4,28 1 10.279,84
24 Moinho 1,10 4 0,83 1,33 1 3.200,00 2,95 7.079,84
25
Moinho
3,00 4 0,73 4,22 1 10.136,56
25 Moinho 1,50 4 0,83 1,81 1 4.341,01 2,41 5.795,55
26
Compressor
90,00 4 0,91 101,31 1 243.133,72
26 Compressor 75,00 4 0,94 79,67 1 191.204,59 21,64 51.929,13
27
Compressor
110,00 4 0,89 126,64 1 303.937,37
27 Compressor 75,00 4 0,94 79,39 1 190.536,68 47,25 113.400,69
28
Compressor
185,00 4 0,91 207,47 1 497.925,31
28 Compressor 110,00 4 0,95 116,03 1 278.481,01 91,44 219.444,30
855,54 2.053.302,11 1.340.426,78 297,03 712.875,33
.Analisando a Tabela 47 verificamos que os motores de alto rendimento proporcionam um potencial de economia de
energia de 712.875,33 KWh/ano ou 34,72%.
η
η
Resultados e Discussões 131
7.4.2 Analise do investimento em motores de alto
rendimento para o setor PGA
Baseando-se nos motores dimensionados apresentados na Tabela 47,
elaborou-se a Tabela 48 que nos indica um investimento necessário de
R$69.338,85, para substituir os motores Standard por motores de alto
rendimento.
Tabela 48. Custo do investimento
Item Equipamento kW P Quantidade PB P.L.U.[R$]
1
Bba hidraulica injetora 18,50
4
1
3.379,66
2.365,76
2
Bba hidraulica injetora
7,50
4
1
1.579,92
1.105,94
3
Bba hidraulica injetora
7,50
4
1
1.579,92
1.105,94
4
Triturador 3,70
4
1
951,94
666,36
5
Moinho
1,10
4
1
458,53
320,97
6
Bba hidraulica injetora
9,20
4
1
1.867,67
1.307,37
7
Moinho
1,10
4
1
458,53
320,97
8
Bba hidraulica injetora
9,20
4
1
1.867,67
1.307,37
9
Bba hidraulica injetora
9,20
4
1
1.867,67
1.307,37
10
Bba hidraulica 11,00
4
1
2.099,45
1.469,62
11
Bba hidraulica 11,00
4
1
2.099,45
1.469,62
12
Bba hidraulica injetora 18,50
4
1
3.379,66
2.365,76
13
Bba hidraulica injetora 22,00
4
1
4.252,07
2.976,45
14
Bba hidraulica injetora 18,50
4
1
3.379,66
2.365,76
15
Bba hidraulica injetora 15,00
6
1
3.819,36
2.673,55
16
Bba hidraulica injetora 15,00
4
1
2.506,42
1.754,49
17
Bba hidraulica injetora 18,50
4
1
3.379,66
2.365,76
18
Bba hidraulica injetora 18,50
4
1
3.379,66
2.365,76
19
Bba hidraulica 15,00
4
1
2.506,42
1.754,49
20
Estrusora material 5,50
4
1
1.249,97
874,98
21
Moinho Principal 11,00
4
1
2.099,45
1.469,62
22
Moinho 3,70
6
1
1.476,96
1.033,87
23
Moinho 3,00
4
1
887,75
621,43
24
Moinho 1,10
4
1
458,53
320,97
25
Moinho 1,50
4
1
560,68
392,48
26
Compressor 75,00
4
1
12.871,14
9.009,80
27
Compressor 75,00
4
1
12.871,14
9.009,80
28
Compressor 110,00
4
1
21.766,56
15.236,59
Total
69.338,85
Resultados e Discussões
132
7.4.3 Análise do retorno do investimento em motores
de alto rendimento
Com base nos dados apresentados nas Tabelas 47 e 48, elaborou-se a
Tabela 49 que nos mostra o retorno do investimento em anos, dividindo-se a
coluna do investimento( R$ ), pela coluna da economia ( R$/ano ), calcula-se o
retorno( anos ), que nos representa um total de 0,96 anos.
Tabela 49. Retorno do investimento
Item Equipamento kW P Investimento ECO ECO(R$/ANO) Retorno
Motor Alto Rendimento
[R$}
(kW/ANO)
0,2359115 (ANOS)
1
Bba hidraulica injetora 18,50
4
2.365,76 34.886,82 8.230,20
0,29
2
Bba hidraulica injetora
7,50
4
1.105,94 22.691,05 5.353,08
0,21
3
Bba hidraulica injetora
7,50
4
1.105,94 22.637,77 5.340,51
0,21
4
Triturador 3,70
4
666,36 3.023,26 713,22
0,93
5
Moinho
1,10
4
320,97 7.304,28 1.723,16
0,19
6
Bba hidraulica injetora
9,20
4
1.307,37 6.319,98 1.490,96
0,88
7
Moinho
1,10
4
320,97 7.253,23 1.711,12
0,19
8
Bba hidraulica injetora
9,20
4
1.307,37 6.407,96 1.511,71
0,86
9
Bba hidraulica injetora
9,20
4
1.307,37 6.479,18 1.528,51
0,86
10
Bba hidraulica 11,00
4
1.469,62 12.121,09 2.859,50
0,51
11
Bba hidraulica 11,00
4
1.469,62 12.171,22 2.871,33
0,51
12
Bba hidraulica injetora 18,50
4
2.365,76 11.477,19 2.707,60
0,87
13
Bba hidraulica injetora 22,00
4
2.976,45 36.695,35 8.656,85
0,34
14
Bba hidraulica injetora 18,50
4
2.365,76 35.135,69 8.288,91
0,29
15
Bba hidraulica injetora 15,00
6
2.673,55 20.782,79 4.902,90
0,55
16
Bba hidraulica injetora 15,00
4
1.754,49 11.668,76 2.752,80
0,64
17
Bba hidraulica injetora 18,50
4
2.365,76 11.477,19 2.707,60
0,87
18
Bba hidraulica injetora 18,50
4
2.365,76 11.148,76 2.630,12
0,90
19
Bba hidraulica 15,00
4
1.754,49 11.251,67 2.654,40
0,66
20
Estrusora material 5,50
4
874,98 6.127,59 1.445,57
0,61
21
Moinho Principal 11,00
4
1.469,62 12.332,24 2.909,32
0,51
22
Moinho 3,70
6
1.033,87 3.255,57 768,03
1,35
23
Moinho 3,00
4
621,43 2.577,16 607,98
1,02
24
Moinho 1,10
4
320,97 7.079,84 1.670,22
0,19
25
Moinho 1,50
4
392,48 5.795,55 1.367,24
0,29
26
Compressor 75,00
4
9.009,80 51.929,13 12.250,68
0,74
27
Compressor 75,00
4
9.009,80 113.400,69 26.752,53
0,34
28
Compressor 110,00
4
15.236,59 219.444,30 51.769,43
0,29
69.338,85 712.875,33 168.175,49
RETORNO[ANOS] 0,41
Resultados e Discussões 133
O valor de R$ 0,2359115 mostrado na Tabela 49, refere-se ao item 7.2.2
citado anteriormente. Para a implantação dos motores de alto rendimento no setor
PGA, verificou-se pela Tabela 46 que o retorno é praticamente de imediato
porque o consumo de energia elétrica é menor, tornando-se viável o investimento.
7.5 Analise do investimento (R$) e do retorno do
investimento (anos) em motores de alto rendimento por
setor.
Analisados os motores de cada setor da fábrica de papel e cosméticos
apresentados nas Tabelas 25 a 42, seguiu-se o mesmo procedimento de analise
adotado nos itens 7.4.1, 7.4.2 e 7.4.3, elaborando-se os Gráficos 7.5a e 7.5b.
2.839,99
6.312,38
10.816,43
3.434,01
5.673,68
8.145,59
2.991,37
3.278,56
269,94
0,1
8
0,44
0,17
0,
1
1
0,76
0,36
0,3
1
0,15
0,33
CAD CEM CLG DEE FER MCE MAM MEG MMC
Investimento[R$] Retorno[anos]
Gráfico 7.5a. Análise do investimento e do retorno do investimento por setor
Resultados e Discussões 134
2.839,99
6.312,38
10.816,43
3.434,01
5.673,68
8.145,59
2.991,37
3.278,56
269,94
0,
18
0,44
0,17
0
,
11
0,76
0,3
6
0
,31
0,1
5
0,3
3
CAD CEM CLG DEE FER MCE MAM MEG MMC
Investimento[R$] Retorno[anos]
Gráfico 7.5b. Análise do investimento e do retorno do investimento por setor
Os investimentos necessários para a substituição dos motores elétricos
standard por alto rendimento, instalados nos setores da fábrica conforme os
Gráficos 7.5a e 7.5b, não representam um custo de aquisição muito grande
levando em consideração a acentuada economia de energia elétrica
proporcionada pelo rendimento do motor e garantem um rápido retorno de
investimento inicial.
Capítulo 8
CONCLUSÕES
Analisando os resultados obtidos através das Tabelas 25 a 42, observou-se
uma incidência de motores mal dimensionados instalados, cujo dimensionamento
deve ser corrigido para o aprimoramento da eficiência energética da empresa em
análise.
A partir dos dados de potência nominal de todos os setores mostrados nas
Tabelas 07 a 24, pode-se observar que na situação atual da industria de papel e
cosméticos apresenta instalado 2.061,49 cv de potência nominal devido à
utilização de motores elétricos, sendo possível realizar à análise de conservação
de energia em 1.723,49 cv, que representa 83,60% do total da potência instalada.
Para os 338 cv ou 16,40% da potência nominal instalada não foram analisados
porque se enquadram no capítulo 7, páginas 73 e 74.
Em relação ao fator de potência de todos os setores, conforme a Tabela 44,
obteve-se o valor médio de fator de potência de 63,01%, com o processo da
conservação de energia, observa-se uma melhora ao fator de potência, atingindo
o valor médio de 69,11%.
Na análise do rendimento dos motores elétricos conforme a Tabela 45, o
valor médio calculado para o rendimento atual é de 71,13%, e com o processo da
conservação de energia elétrica através do redimensionamento de motores,
observa-se uma melhora no rendimento atingindo 75,36%.
Conclusões 136
Em relação ao fator de utilização, o valor médio analisado de todos os
setores mostrados na Tabela 46, foi de 47,44% , número considerado abaixo
do valor proposto pela pesquisa de 75%. Com o processo da conservação de
energia elétrica através do redimensionamento de motores, observa-se uma
melhora do fator de utilização, atingindo um valor médio de 80,86%.
Por outro lado, uma parte considerável de fabricantes de equipamentos
aparenta demonstrar desinteresse em melhorar seus conhecimentos na
especificação de motores elétricos, bem como em investimentos em
desenvolvimento tecnológico de pesquisas, haja vista o grande número de
instalações elétricas industriais inadequadas existentes.
Uma parte dos empresários encontram-se reprimidos pela
competitividade do mercado, a ponto de se preocuparem em obter lucros
imediatos em detrimento do planejamento a médio e longo prazo em seus
investimentos, subestimando a troca racional de seus motores elétricos, com o
objetivo de alcançar a eficiência energética.
Apesar do mercado disponibilizar de motores elétricos de alto
rendimento, não se observa à ampla utilização no Brasil, provavelmente em
função de seu custo inicial relativamente alto em relação aos motores
convencionais. No caso da substituição, os empresários ainda são resistentes
à troca ao não observarem o retorno de seu investimento em pouco tempo de
utilização dos motores de alto rendimento. A Tabela 49 foi elaborada com base
no setor PGA e nos mostra perfeitamente como seria esse retorno de
investimento: investir-se-ia R$ 69.338,85, cujo retorno ocorreria em 0,41 ano.
Isso demonstra a viabilidade econômica da ação de conservação de energia,
além do melhor uso da energia elétrica disponível.
Caso a conscientização em relação ao uso eficiente e racional de
energia se torne mais abrangente, provocando aumento da sensibilidade dessa
questão, poderemos em um breve espaço de tempo produzir essas mudanças.
O atual quadro energético brasileiro nos impele de maneira gradual ao
uso racional de energia, direcionando as alterações necessárias para que todo
Conclusões
137
o parque industrial nacional atenda suas necessidades energéticas sem
alterar seu processo produtivo.
A pesquisa foi realizada considerando como motores mal
dimensionados, os que apresentavam fator de utilização menor que 75%. Em
continuidade à nossa pesquisa, poder-se-ia propor uma nova análise dos
motores instalados nessa planta industrial, desta vez, considerando um novo
fator de utilização da ordem de 88% que resultaria numa economia de energia
elétrica ainda maior, valor este, estipulado tomando como base uma média do
valor do rendimento á 100%, apresentado pelo catálogo do fabricante para os
motores de alto rendimento, numa faixa de potência que varia entre 0,16cv e
350,00cv.
Todas as dificuldades e iniciativas que envolvem as pesquisas
realizadas ou em desenvolvimento na avaliação quantitativa que possibilitem
redução no desperdício de energia, desde a geração até o consumidor final,
direcionam para resultados propícios.
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