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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS DENTÁRIOS E PRÓTESE
GIRLENE EVANGELISTA PREZOTTO VILLA
Análise “in vivo” da formação de dentina
reacional quando tratada com laser de baixa
intensidade.
RIBEIRÃO PRETO
2005
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Introdução
27
Girlene Evangelista Prezotto Villa
Análise “in vivo” da Formação de Dentina
Reacional quando Tratada com Laser de Baixa
Intensidade.
Tese de Doutorado apresentada à Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo, para obtenção do Titulo de Doutor
em Odontologia, Departamento de Materiais
Dentários e Prótese.
Orientadora : Prof. Dra.Alma Blásida Concepcion Elizaur Benitez. Catirse
Co-orientadora : Prof. Dra. Laurelucia Orives Lunardi
RIBEIRÃO PRETO
2005
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Introdução
28
Villa, Girlene Evangelista Prezotto
Análise “in vivo” da Formação de Dentina Reacional Quando
Tratada com Laser de Baixa Intensidade / Girlene Evangelista
Prezotto Villa; orientadora Alma Blásida Concepcion Elizaur Benitez.
Catirse. Ribeirão Preto, 2005
156 f. :fig.
Tese (Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Odontologia.
Área de Concentração: Materiais Dentários e Prótese) Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
1. Hipersensibilidade Dentinária. 2. Dentina Reacional. 3. Laser de
baixa intensidade.
Introdução
29
DEDICATÓRIA
Introdução
30
Dedico este trabalho, primeiramente a Deus por ter me concedido saúde,
disposição, paciência e equilíbrio suficiente para enfrentar e superar as
dificuldades do dia à dia no decorrer dessa pesquisa.
Ao meu marido Afonso,
Companheiro de todas as horas, sempre elogiando meu perfil de
pesquisadora, com carinho e incentivo, proporcionou-me condições que
facilitaram a realização desta pesquisa.
Aos meus filhos, Andre Luiz e Ana Paula,
Estimuladores naturais da minha vida, os quais renovam diariamente
minhas forças; que possam entender a importância da realização de um
ideal, mesmo que para isso seja necessário privarmos, muitas vezes, da
companhia de quem mais amamos.
Á minha mãe Bely e toda minha família,
Que pelo exemplo de vida, me espelhei. A dedicação com a minha
educação permitiram-me chegar até aqui.
Á minha sogra Lucy,
Introdução
31
Pela constante e carinhosa disponibilidade em apoiar-me.
Dedico também a todos aqueles que direta ou indiretamente me
apoiaram, permitindo a conclusão de mais uma etapa na minha vida
pessoal e profissional.
Introdução
32
Introdução
33
AGRADECIMENTOS
Introdução
34
À Profa.Dra. Alma Blásida Concepcion Elizaur Benitez. Catirse,
orientadora deste trabalho, pessoa dedicada inteiramente ao magistério,
de uma cultura, honestidade, alegria e otimismo contagiante, sempre
confiante na minha capacidade de pesquisadora, apoiando-me sempre
que precisei.
Meus eternos agradecimentos.
“Ensinar é um exercício de imortalidade.
De alguma forma continuamos a viver naquele cujos olhos aprenderam a
ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não
morre jamais...”
Rubem Alves
Introdução
35
Ao Prof. Dr. Raphael Carlos Comelli Lia, mestre dos mestres,
incansável dedicação à vida acadêmica e à pesquisa. Seu vasto
conhecimento e experiência em histologia, sua orientação e empenho na
avaliação das lâminas histológicas e discussão dos resultados foram
fundamentais para a conclusão dessa pesquisa A minha profunda
gratidão e admiração eterna.
À Prof. Dra. Laurelucia Orives Lunardi, co-orientadora , por ter
viabilizado a realização da parte experimental desta pesquisa no
Campus de Jaboticabal e orientado o preparo laboratorial das lâminas
histológicas.
“Assim que você pensar que sabe como são realmente as coisas,
descubra outra maneira de olhar para elas”
Robin Willians
Introdução
36
Ao Prof. Dr. Cincinato Rodrigues Silva Netto, amigo e excelente mestre,
tempo integral na disponibilidade de servir, cultura e sensatez inerentes.
Ao Prof. Dr. Geraldo Maia Campos, que em suas aulas ensinou muito
mais do que estatística proporcionando-me um amadurecimento como
pesquisadora.
À Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP, que
proporcionou a realização dessa pesquisa.
À todos os professores do Departamento de Materiais Dentários e
Prótese e de outros Departamentos que com muita capacidade
conduziram o curso de pos graduação.
Aos amigos da pós-graduação pela convivência agradável, guardo
saudades.
Ao Dimitrius Leonardo Pitol, amigo e competente técnico
do.laboratorio.de histologia e microtomia da Faculdade de Odontologia
de Ribeirão Preto - USP., pelo apoio e boa vontade no preparo das
lâminas histológicas.
Introdução
37
À Lucila Brandão Hirooka, enquanto 4º.anista, pelo apoio e
disponibilidade na histometria das lâminas.
À Rosemary Alexandre pelo excelente trabalho na formatação final
desta tese.
À Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal,
UNESP, setor de suinocultura, na pessoa do Prof. Dr.Aureo Santana
Evangelista, juntamente com o auxilio dos técnicos e das médicas
veterinárias residentes, do serviço de anestesiologia, permitiram a
conclusão da parte experimental deste trabalho, realizada em 12 suínos,
fornecidos e mantidos por essa Faculdade.
À MMOptics, pelo empréstimo do aparelho laser de baixa intensidade.
À Prof.Dra. Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli, grande estudiosa e
precursora nos estudos do laser de baixa intensidade no Brasil, pelo
incentivo e confiança no decorrer dessa pesquisa.
Ao Instituto de Física de São Carlos – USP, pela aferição de potência
do equipamento laser de baixa intensidade, por meio da física Lílian
Tan Moriyama.
Introdução
38
LISTAS
Introdução
39
LISTA DE ABREVIATURAS
As-Ga – Arsenieto de gálio
C – Centígrado
cm – centímetro
cm
2
– centímetro quadrado
λ – comprimento de onda
CO
2
– Dióxido de carbono
DAP – Distancia da parede axial ate a polpa
DR – Dentina reacional
DRCL – Dentina reacional contra lateral
F – freqüência
Ga – Gálio
H – horas
He-Ne – Hélio Neônio
Hz – Hertz
J – Joules
Kg – Kilograma
Min – minutos
Min/seg – minutos por Segundo
mW – miliwatts
µm – micrometro
nm – nanômetros
n
1
= primeira repetição
n
2
= segunda repetição
n
3
= terceira repetição
P – Potência
W – Watts
°C – graus Celcius
100x – aumento de cem vezes
200x – aumento de duzentas vezes
Introdução
40
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Laser de baixa intensidade“TWIN laser” 780 nm. MMOptics, São Carlos,
Brasil.
Figura 2 - Dentes anteriores superiores e inferiores de suínos jovens.
Figura 3 - Preparo cavitário classe V padronizado, onde se vê a broca em forma de
roda diamantada adaptada no motor.
Figura 4 - Aferição da cavidade com sonda periodontal milimetrada no dente anterior
superior de suíno.
Figura 5- Cavidades com a superfície axial vedada com cimento provisório inerte.
Figura 6 Cavidades restauradas com cimento de Ionômero de vidro sobre o material
restaurador provisório
Figura.7- Ponta especial adaptada para aplicação do laser em pequenas áreas.
Figura 8- Aplicação do laser dentro do preparo, sobre a dentina
Figura 9 – Aplicação do laser na região apical, sobre a gengiva.
Figura 10- Remoção em bloco do processo alveolar e os dentes tratados.
Figura 11 A. Controle, período 8 dias. Parede axial (PA), Polpa (P), Dentina reacional
(DR), Dentina (D), Camada Odontoblastica (CO). Nikon 100x. B Mesma
área com aumento de 200x Grupamentos pulpares (GP), Tric. Mallory.
Figura 12 A Fluência 12,8 J/cm2, período 8 dias. Parede axial (PA), Polpa (P),
Dentina reacional (DR), Dentina (D). Nikon 100x, B Mesma área com
aumento de 200X, Grupamentos pulpares (GP), Canalículos (C).Tric.
Mallory.
Figura 13 A. Fluência de 89,7 J/cm
2
, período 8 dias. Parede axial (PA), Polpa (P),
Dentina reacional (DR), Dentina (D). Nikon 100x ). B Mesma área com
aumento de 200X, Grupamentos pulpares (GP), Canalículos (C). Tric.
Mallory.
Figura 14 A. Controle, período 14 dias. Parede axial (PA), Polpa (P), Dentina
reacional (DR), Dentina (D). Nikon 100x, B Mesma área com aumento de
200X, Grupamentos pulpares (GP), Canalículos (C).Tric. Mallory.
Figura 15 A. Fluência de 12,8 J/cm
2
, período 14 dias. , Polpa (P), Dentina reacional
(DR), Dentina (D). Nikon 100x, B Mesma área com aumento de 200X,
Canalículos (C). Tric Mallory.
Figura 16 A. Fluência de 89.7 J/cm
2
, período14 dias, Polpa (P), Dentina reacional
(DR), Dentina (D), Canalículos (C), Grupamentos Pulpares (GP)- Nikon
100x. B Mesma área com aumento de 200X, Canalículos (C), Camada
Odontoblástica regular (CO). Tric. Mallory.
Introdução
41
Figura 17 A. Controle, período 28 dias,, Polpa (P), Dentina (D), Dentina reacional
(DR), Dentina Reacional Contra Lateral (DRCL), ) Nikon 100x. B
Mesma área com aumento de 200X, Canalículos (C), Tric Mallory.
Figura 18 A . Fluência de 12,8 J/cm
2
, período 28 dias. Polpa (P), Dentina reacional
(DR), Dentina (D), Grupamentos Pulpares (GP), Camada Odontoblastica
(CO). Nikon 100x. B Mesma área com aumento de 200X, Canalículos
(C), . Tric. Mallory.
Figura 19 A. Fluência de 89,7 J/cm
2
, período de 28 dias, Parede axial (PA), Polpa (P),
Dentina reacional (DR), Dentina (D), Grupamentos Pulpares (GP). Nikon
100x. B Mesma área com aumento de 200X, Canalículos (C), (DR) e (D).
Tric. Mallory.
Figura 20 A. Controle, período de 52 dias. Polpa (P), Dentina reacional (DR),
Dentina (D).- Nikon 100x. B Mesma área com aumento de 200X,
Camada Odontoblastica (CO), Canalículos (C), Grupamentos Pulpares
(GP). Tric. Mallory.
Figura 21 A. Fluência 12.8 J/cm
2
–período 52 dias. Dentina reacional (DR), Dentina
(D).- Nikon 100 B Mesma área com aumento de 200X, Grupamentos
Pulpares (GP). Tric. Mallory.
Figura 22 A.. Fluência de 89.7 J/cm
2
, período 52 dias. Polpa (P), Dentina reacional
(DR), Dentina (D). Nikon 100x. B Mesma área com aumento de 200X,
Canalículos (C). Tric. Mallory.
Introdução
42
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Animal - 74“N1”- Controle - 8 dias.
Tabela 2 Animal - 74“N2”- Controle -.8 dias.
Tabela 3- Animal - 74“N1”- Controle -.8 dias.
Tabela 4- Anima l- 75“N1”- Controle - 14 dias.
Tabela 5- Animal - 75“N2”- Controle - 14 dias.
Tabela 6- Animal - 75“N3”- Controle - 14 dias.
Tabela 7- Animal - 100“N1”- Controle - 28 dias.
Tabela 8- Animal - 100“N2”- Controle - 28 dias.
Tabela 9- Animal - 100 “N1”- Controle - 28 dias.
Tabela 10- Animal - 101“N1”- Controle - 52 dias.
Tabela 11- Animal - 101“N2”- Controle - 52 dias.
Tabela 12- Animal - 101“N3”- Controle - 52 dias.
Tabela 13- Animal - 57“N1”- Fluência 12.8 J/cm
2
- 8 dias.
Tabela 14 Animal - 57“N2”- Fluência 12.8 J/cm
2
- 8 dias.
Tabela 15- Animal - 57“N3”- Fluência 12.8 J/cm
2
- 8 dias.
Tabela 16- Animal – 71”N1” Fluência 12,8 J/ cm
2
- 14 dias.
Tabela 17- Animal - 71 “N2” Fluência 12,8 J/ cm
2
- 14 dias.
Tabela 18- Animal – 71 “N3” Fluência 12,8 J/ cm
2
- 14 dias.
Tabela 19 –animal - 52- “N1” Fluência 12,8 J/ cm
2
- 28 dias.
Tabela 20- Animal – 52 “N2” Fluência 12,8 J/ cm
2
- 28 dias.
Tabela 21- Animal – 52 “N3” Fluência 12,8 J/ cm
2
- 28 dias.
Tabela 22- Animal – 61 “N1” Fluência 12,8 J/ cm
2
- 52 dias.
Tabela 23- Animal – 61 “N2” Fluência 12,8 J/ cm
2
- 52 dias.
Tabela 24- Animal - 61 “N3” Fluência 12,8 J/ cm
2
- 52 dias.
Tabela 25- Animal – 54 “N1” Fluência 89.7 J/ cm
2
- 8 dias.
Tabela 26- Animal - 54 “N2” Fluência 89.7J/ cm
2
- 8 dias.
Tabela 27- Animal - 54 “N3” Fluência 89.7J/ cm
2
- 8 dias.
Tabela 28- Animal - 105 “N1” Fluência 89.7 J/cm
2
- 14 dias.
Tabela 29- Animal – 105 “N2” Fluência 89.7 J/ cm
2
- 14 dias.
Tabela 30- Animal – 105 “N3” Fluência 89.7 J/ cm
2
- 14 dias.
Introdução
43
Tabela 31- Animal – 59 “N1” Fluência 89.7 J/ cm
2
- 28 dias.
Tabela 32- Animal – 59 “N2” Fluência 89.7 J/ cm
2
- 28 dias.
Tabela 33- Animal – 59 “N3” Fluência 89.7 J/ cm
2
- 28 dias.
Tabela 34- Animal - 83 “N1” Fluência 89.7 J/ cm
2
- 52 dias.
Tabela 35- Animal - 83 “N2” Fluência 89.7 J/ cm
2
- 52 dias.
Tabela 36- Animal - 83 “N3” Fluência 89.7 J/ cm
2
- 52 dias.
Tabela 37 - Médias gerais do Controle.
Tabela 38- Medias gerais da Fluência de 12,7 J/cm
2
.
Tabela 39- Medias gerais da Fluência de 89,7 J/cm
2
.
Tabela 40- Quantidade de Dentina Reacional (µm) nos quatro períodos.
Tabela 41- Teste de aderência à curva normal: Dentina reacional - Valores Originais.
Tabela 42- Teste de aderência à curva normal: Dentina reacional Valores em
Logaritmos.
Tabela 43- Resumo da Analise de Variância para Dentina reacional (DR) - Logaritmo
dos dados.
Tabela 44 - Medias da dentina reacional (dos valores originais e do logaritmo) para o
fator Fluência.
Tabela 45- Medias da dentina reacional (valores originais e logaritmo) para o fator
Período.
Tabela 46- Medias da dentina reacional para a Interação Fluência x Período
(logaritmo).
Tabela 47- Medias e Erro Padrão da Dentina Reacional (µm) para a interação
Fluência x Período.
Tabela 48- Quantidades da Dentina Reacional Contra Lateral (µm) dos tratamentos,
nos 4 tempos.
Tabela 49- Teste de aderência à curva normal para Dentina reacional contra-lateral.
Tabela 50- Resumo da Análise de Variância para Dentina reacional contra-lateral
Tabela 51- Médias de dentina reacional contra-lateral (µm) para o fator Fluência.
Tabela 52- Médias de dentina reacional contra-lateral (µm) para o fator Período.
Tabela 53- Medias e Erro padrão da Dentina Reacional Contra-Lateral (µm) para
interação Fluência x Período.
Tabela 54- Medias das profundidades (µm) dos preparos cavitários, nos 4 períodos.
Tabela 55- Teste de aderência à curva normal: Distancias - Valores Originais.
Tabela 56- Resumo da Análise de Variância para a Profundidade da cavidade.
Tabela 57- Medias das Distâncias (µm) do fator Fluências.
Introdução
44
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Comportamento da dentina reacional formada em função dos tratamentos
Gráfico 2- Comportamento da Dentina reacional formada em função dos períodos.
Gráfico 3- Comportamento da Dentina reacional (µm), para a Interação Fluência X
Períodos.
Gráfico 4- Comportamento da dentina reacional contra lateral para o fator Fluência.
Gráfico 5- Comportamento da dentina contra lateral para o fator Período.
Gráfico 6- Medias e Erro padrão da dentina reacional contra lateral.
Gráfico 7- Medias das distâncias para o fator Fluência.
Introdução
45
RESUMO
Introdução
46
RESUMO
A sensibilidade dentinária é um sintoma clínico muito freqüente na clinica
odontológica, dificultando ou até impossibilitando diversos procedimentos
restauradores e protéticos em função da dor. Quando a polpa é injuriada por estímulos
externos, pode sofrer alterações degenerativas e até necrose. A formação rápida de
dentina é muito conveniente, principalmente quando a polpa está quase exposta. A
presente pesquisa avaliou “in vivo” a resposta pulpar, quantificando a dentina
reacional produzida, quando da aplicação do laser de baixa intensidade, diodo
semicondutor de 780 nm, MMOptics - São Carlos – SP., Brasil, em função de duas
fluências: 12.8 J/cm
2
, 10mW, durante 10 segundos e 89.7 J/cm
2
, 70mW durante 10
segundos e nos tempos de 8, 14, 28 e 52 dias. Confeccionaram-se com broca em
forma de roda, 36 cavidades classe V em dentes anteriores de 12 suínos jovens.
Dentro do preparo cavitário, na superfície dentinária e num ponto vestibular apical de
cada dente respectivamente, incidiu-se a luz por meio de ponta cilíndrica. Esse
procedimento foi repetido por três vezes consecutivas, em intervalos de 72 horas. As
referidas cavidades foram restauradas após cada aplicação com uma camada interna
de cimento provisório inerte e uma externa de cimento de Ionômero de vidro. Para o
controle realizou-se o mesmo procedimento, exceto a aplicação do laser. Na
realização da análise histométrica, os animais de cada grupo experimental (n3), foram
submetidos à extração dos dentes em estudo e sacrificados nos quatro períodos
estabelecidos. Posteriormente foram preparadas as lâminas para quantificação da
dentina reacional formada sob o preparo cavitário (DR), a quantidade de dentina
reacional contra lateral (DRCL) e a distancia da parede axial do preparo até a polpa
(DAP). Foram comparadas ao controle, por meio do Microscópio de ótica infinita e
usando o software KS 400, versão 2.0 – Alemanha – Carl Zeiss. Os resultados
mostraram que a fluência de 12,8 J/cm
2
promoveu maior quantidade de dentina
reacional quando comparada ao controle e à fluência de 89.7 J/cm
2
. A fluência de
89.7 J/cm
2
teve comportamento semelhante ao controle em todos os períodos
estudados. Os períodos de 8 e 14 dias foram estatisticamente semelhantes e diferiram
de 28 e 52 dias, onde apresentaram aumento da quantidade de dentina reacional. No
período de 52 dias, os três tratamentos apresentaram quantidade de dentina reacional
Introdução
47
semelhantes. A região contra lateral da polpa, não mostrou diferença estatisticamente
significante na quantidade de dentina reacional formada entre os tratamentos e entre
os períodos avaliados. As distancias das paredes axiais até a polpa, de todas as
cavidades experimentadas, foram padronizadas como profundas e estatisticamente
semelhantes.
Introdução
48
ABSTRACT
Introdução
49
Abstract
Cervical dentinal hypersensitivity is a frequent symptom in clinical practice,
dificulting several restorative and prothetic procedures. Quick formation of reparative
dentine is very convenient, mainly when pulp is almost exposed. Dental defense and
repayrment dentine formation is a very slow process. This study evaluated pulpar
response and determined dentine formation “in vivo”, when low level laser therapy
was applied ( diodo semiconductor laser equipament, 780nm, infrared- MMOptics
Brazil). Fiber optics were used to apply light beam into a class V cavity preparation,
padronized in pig´s tooth.Light beam was applied on dentine of upper and down
incisors and apex of each tooth. twelve animals were used and three teeth in each one
were tested. The animals were separated in 3 groups ( GI - control, GII – 12.8 J/cm
2
,
10 mW, 10 sec. and GIII – 89,7 J/cm
2
, 70 mW, 10 sec.). Each group with 3 animals
and 1 animal for each period of time (8, 14, 28 and 52 days).The laser was applied 24
h after the cavity preparation and was repeated 3 times, with a 72 h break of time. The
cavity was sealed after each application with inert material. Histological studies were
conducted using optic microscopy and software KS 400, version 2.0 – Germany –
Karl Zeiss. Considering equal the cavity´s deep and according to data obtained by
parametric statistical analisis, the 12,8 J/cm
2
laser group showed increase on the
dentine reparative formation with significant difference (P < .05) between control and
89,7 J/cm
2
laser group. Comparing control group and 89,7 Jcm
2
laser group there
were no significant difference at 4 periods of time. After 52 days, the aumont of
reparative dentine was equal between the fluences and betweem control group and
fluence´s groups. The dentinal matrix formation equal primary dentin occurred earlier
in the GIII, GII and GI, respectively. There were no significant difference at
formation of reparative dentine at contra lateral side. Using this methodology it was
possible to demonstrate that in 28 days period, 12,8 J cm
2
laser group was able to
stimulate positively, accelerating odontoblast´s process, when compared control
group and 89,7 J/cm
2
laser group and after 52 days, the formation of reational dentine
Introdução
50
was equal. It seems that the low level laser therapy may have an influence on
odontoblasts.
Introdução
51
SUMÁRIO
Introdução
52
SUMÁRIO
Lista de Abreviaturas
Lista de Figuras, Tabelas e Gráficos
Resumo
Abstract
Sumário
1. Introdução.............................................................................................................
2. Revisão de Literatura .........................................................................................
2.1. Hipersensibilidade dentinário.................................................................
2.2. Laser – estudos clínicos.........
2.3. Laser – estudos histológicos.........
3. Proposição...............
4. Materiais e Métodos............
4.1. População de estudo.........
4.2. Instrumental e equipamentos.....
4.2.1. Instrumental e material clinico odontológico..
4.2.2. Aparelho laser................
4.3. Planejamento experimental............
4.4. Planejamento estatístico ...........
4.5. Método .........
4.5.1. Preparo do animal.....................
4.5.2. Preparo cavitário nos dentes selecionados...........
4.5.3. Aplicação do laser..............
4.5.4. Remoção dos dentes............
4.5.5. Preparo das lâminas histológicas .....................
4.5.5.1. Preparo laboratorial.........
4.5.5.2. técnica de coloração empregada.........
4.5.6. Avaliação das lâminas .......
5. Resultados...............................................................................................
5.1. Analise histológica – dentina reacional................
5.1.1. Período de 8 dias.
5.1.2. Período de 14 dias.
5.1.3. Período de 28 dias.
5.1.4. Período de 52 dias.
5.2. Analise estatística da dentina dentina reacional (DR).......
5.3. Analise estatística da dentina reacional contra lateral (DRCL).....
5.4. Analise complementar da distancia (DAP)...................
6- Discussão ...........................
7.Conclusões ..........................................................
Referências.............................
Apêndice ...................
Anexo A
Anexo B.
Introdução
53
INTRODUÇÃO
Introdução
54
1. INTRODUÇÃO
O surgimento de laser, como conseqüência do desenvolvimento tecnológico,
tem revolucionado diversas áreas da odontologia, motivando estudos científicos a seu
respeito.
A palavra laser é um acrônimo, de origem inglesa e significa: LIGHT
AMPLIFICATION BY STIMULATED EMISSION OF RADIATION (Amplificação
de Luz por Emissão Estimulada de Radiação). Os laseres de alta intensidade, também
denominados de Laser cirúrgico, Laser quente ou Hard laser, emitem radiações com
alta potência e alta densidade de energia. Tem ação fototermica, isto é, realizam o
corte, vaporização, coagulação e esterilização dos tecidos (Er:YAG) e a obliteração
dos canalículos dentinários com os laseres de CO
2
e de Nd:YAG (ANIC et al., 1998;
CIARAMICOLI, 1999).
Os lasers de baixa intensidade são denominados LOW ENERGY-LEVEL
LASER THERAPY (LLLT), soft laser, Laser terapêutico ou laser frio. Tem ação
fotoquímica, ou seja, analgésica, antiinflamatória e de bioestimulação (GaAlAs e He-
Ne) e a essa ação de normalização da região afetada, denomina-se Laserterapia..
Tanto os laseres de alta intensidade como os de baixa intensidade possuem
radiação eletromagnética não ionizante, sendo um tipo de fonte luminosa com
características distintas da luz fluorescente ou da lâmpada comum. Tem como
característica ser um feixe de luz monocromática, emitindo radiações num único
comprimento de onda, orientado na mesma direção e sentido. Sua coerência permite a
obtenção de alta densidade de energia concentrada em pequenos pontos. A radiação
laser pode ser refletida, absorvida ou espalhada pelo tecido e a monocromaticidade da
luz determina a absorção seletiva pelos cromóforos e cada comprimento de onda terá
um tipo diferente de interação no tecido alvo. São justamente estas características que
fazem o laser de baixa intensidade apresentar propriedades terapêuticas importantes
(ALMEIDA-LOPES, 2004).
Desde as primeiras aplicações clínicas com laser de baixa potência,
realizadas por MESTER em 1966, enfocando a “bioestimulação com laser”, muitos
pesquisadores têm estimulado diversos tipos de células como fibroblastos, mastocitos,
mitoses, macrófagos, fibras colágenas, linfócitos, osteoblastos e outros (GROSS e
Introdução
55
JELKMANN, 1990; NARA et al., 1992; AL-WATBAN e ZHANG, 1995,1996;
KARU, et al., 1997; LOWE et al., 1998; PARIZOTTO, 1998; DORTBUDAK et
al.,2000; TONG et al., 2000; FUNG et al., 2003; ALMEIDA-LOPES,
1988,1999,2003), mas poucos estudos enfocam a ação dessa terapia na prática
odontológica (ALMEIDA-LOPES, 2003).
Atualmente na clínica odontológica o uso da laserterapia já se faz rotineira
para bioestimulação óssea, casos de implantes e cirurgia oral; para diminuir a dor e
edema nos pós-operatórios, úlcera aftosa recorrente, herpes, nevralgias,
hipersensibilidade dentinária, além de acelerar a recuperação em casos de paralisias e
parestesias (ALMEIDA-LOPES, 2004).
Têm sido realizados estudos sobre os efeitos benéficos do laser de baixa
intensidade no tratamento da sensibilidade dentinária, que foram constatadas
(BENEDICENTI, 1982), assim como a sua ação de analgesia (DONATO e
BORAKS, 1993; GERSCHMAN et al.,1994; GROTH, 1995; BORGES, et a.l., 1996;
ANDREU, 1998; TUNER e HODE, 1999 ; KARU, 2000; VILLA et al., 2001;
LADALARDO, 2002; CORONA, 2003; LIZARELLI, 2003; MARSILIO, 2003;
YUAN,2003) e a estimulação dos odontoblástos por meio de avaliações histológicas
(UTSUNOMIYA, 1998; JAYAWARDENA et al., 2001; CRISCI, 2002; VILLA et
al., 2002; GODOY, 2003).
O número de pacientes com sensibilidade no pós-operatório tem aumentado
sensivelmente com a evolução dos instrumentos e aparelhos de alta velocidade, o
condicionamento ácido da dentina, o uso dos cimentos adesivos e o aquecimento do
foto ativador. No caso da hipersensibilidade dentinária, parte da dentina fica exposta
no meio bucal devido à perda do esmalte e ou do cemento devido a vários fatores
etiológicos (PEREIRA, 1994; SOBRAL, et al., 1995; MILOSEVIC, 1998).
Existe uma variedade de terapias disponíveis para o tratamento da
hipersensibilidade dentinária cervical que vão desde tratamentos caseiros como o uso
de dentifrícios à base de cloreto de estrôncio ou à base de nitrato de potássio, a
tratamentos no consultório, através da aplicação de vernizes com flúor, hidróxido de
cálcio, fluoreto de sódio acidulado, fluoreto de estanho, iontoforese, oxalato férrico,
oxalato de potássio, adesivos dentinários, resinas compostas e outros; aplicados sobre
a dentina exposta (CIARAMICOLI, 1999). Porém, em muitos casos, não atingem o
Introdução
56
objetivo esperado (ROSENTHAL, 1990; TROWBRIDGE e SILVER, 1996;
GARONE FILHO, 1996; LIZARELLI e MAZETTO 1998; CIARAMICOLI, 1999,
ARANHA,2003; OLIVEIRA, 2003).
A incorporação da terapia laser na hipersensibilidade dentinária baseia-se no
aspecto analgésico e estimulante do trofismo da polpa dental (DONATO e BORAKS,
1993). Devido a grande penetração dos lasers de GaAlAs/GaAs, é possível irradiar
diretamente sobre o ápice dental, gengiva e osso. É a sintomatologia que determina
quantas sessões são necessárias em cada caso. Dentes hipersensíveis que não
respondem a 2-3 Joules por raiz têm indicação endodontica (TUNÉR e HODE 1999).
A aplicação do laser no ápice dental é importante na hipersensibilidade dentinária
para estimular as fibras C amielinizadas, enquanto que, a aplicação na área cervical,
sobre dentina, estimula as denominadas fibras A-delta que são mielinizadas e de mais
rápida transmissão do estímulo (GERSCHMAN, 1994).
Com a aplicação da fluência correta, juntamente com todos os outros
parâmetros, a luz lazer controla a resposta vascular, promovendo ação
antiinflamatória e antiedematosa, ativa os processos metabólicos, aumentando a
produção de ATP mitocondrial (BAXTER, 1994; BERTELLA, 2001).
Os efeitos benéficos do laser de baixa intensidade no tratamento da
hipersensibilidade já foram comprovados por diversos autores na clínica odontológica
(BENEDICENTI, 1982; MATSUMOTO, 1985; GROTH e EDUARDO 1993; LIU e
LAN 1994; WHITE et al. 1994; BRUGNERA et al.1998, TUNÉR e HODE 1999;
GENOVESE 2000, LIZARELLI et al. 2001a, 2001b; BERTELLA,2001;VILLA et al
2001).
Segundo KARU em 1989, é importante não esquecer que a eficiência da
laserterapia da baixa intensidade está em se utilizar baixas doses e de forma repetida,
e que a energia de irradiação laser trata-se apenas de um gatilho para a regulação do
metabolismo celular, assim sendo, baixas fluências e baixas intensidades são
necessárias para que esse fenômeno ocorra.
Portanto, mais estudos são necessários para avaliar o efeito do laser na formação de
dentina reacional quando aplicado sobre dentina, em cavidades profundas. Existe a necessidade de
definir e fixar parâmetros específicos para o tratamento geral da sensibilidade dentinária, com o
laser de baixa intensidade.
RETROSPECTIVA LITERÁRIA
Retrospectiva Literária
31
2. ANÁLISE E RETROSPECTIVA DA LITERATURA
Os primeiros estudos realizados in vivo concluíram que o laser de baixa
potência alterava o processo metabólico celular, aumentava o potencial regenerativo
dos tecidos biológicos (DYSON e YOUNG, 1982; HALL, et al., 1994; ABERGEL et
al., 1987; GROSSMAN et al.,1998), tinha efeitos antiinflamatório e sobre o sistema
linfático (LIEVENS, 1986; TRELLES et al.,1989) e efeito vasodilatador
(BENEDICENTI, 1982; TUNE e HODE, 1999). O laser acelera os processos
metabólicos celulares, aumentando a formação de dentina reacional (ANDREU,
1998; UTSUNOMIYA, 1998; JAYAWARDENA et al., 2001), podendo ser associado
ao Cimento de Hidróxido de Cálcio, com resultados positivos (CRISCI, 2002). A
terapia laser não tem efeito cumulativo sobre os tecidos e acelera a atividade mitótica
(BENEDICENTI, 1982).
O efeito sistêmico do laser ainda não é completamente explicado. A ação da
luz causa efeitos em outras partes do corpo que se encontra em debilidade e não só no
local onde foi aplicado o laser. A razão é que as células que foram o alvo da luz
produzem substâncias que se espalham e circulam nos vasos sanguíneos e sistema
linfático (RUFFOLO,1985; ROCHKIND et al.; 1989; AIROKSINEN et al., 1989;
SCHINDL, 1994; HALEVY et al., 1996; TUNER e HODE, 1999). Os laseres que
emitem irradiação no comprimento de onda da luz visível (vermelho) induzem uma
reação fotoquímica, ou seja, há uma ativação direta na síntese de enzimas, tendo
como alvo os lisossomos e mitocôndrias. A luz infravermelha (invisível) é absorvida
pela membrana celular. As alterações no potencial de membrana causadas pela
energia de fótons no infravermelho induzem efeitos foto-físico e fotoelétrico,
causando excitação de eletros, vibração e rotação de moléculas ou de partes delas,
que se traduzem intracelularmente com um incremento na síntese de ATP
(KARU,1988; YOUNG et al., 1990;). Os laseres de baixa intensidade mais usados
estão entre 600 e100nm.
O efeito biológico do laser depende da resposta do tecido à energia da luz e
essa energia absorvida pela célula proporciona uma estimulação das funções celulares
(DANHOF, 2000).
Retrospectiva Literária
32
Dentina e Polpa são estruturas dentais intimamente ligadas e as agressões a
esse complexo, podem variar desde ausência total de inflamação até necrose do tecido
pulpar (SMITH,1995; MONDELLI, 1998; TUNÉR e HODE 1999; MJOR et al.
2001; SMITH, 2002; GOODIS et al., 2002; COSTA et al 2002, 2003; TEIXEIRA,
2004; ARAUJO,2004). Além de proporcionar nutrição à dentina por meio dos
prolongamentos dos odontoblástos, a polpa tem como função produzir dentina e
também de proteger, através da dor, mediante estímulos químicos, físicos e ou
mecânicos (GURLEY e VAN HUYSEN, 1937)
Segundo COSTA e MENDONÇA em 2004, toda dentina depositada pelos
odontoblastos primários até o momento em que o dente finaliza sua erupção, tocando
o antagonista e concluindo a formação da coroa e da raiz, recebe o nome de dentina
primária. Os odontoblastos, sendo células secretoras permanentes, continuam
secretando componentes da matriz, numa baixa velocidade média de 4 µm por dia.
Esta dentina, também fisiológica é denominada secundaria. Tanto a dentina primaria
como a secundaria possuem padrão histológico semelhante, apresentando os
canalículos orientados paralelamente e de forma regular. Contudo, a dentina terciária,
não é considerada fisiológica, pois é depositada no interior da polpa, frente a
estímulos externos, patológicos ou não, estando englobada em um amplo espectro de
respostas fisiológicas. Devido a diferentes formas e características da dentina
terciária, ela passou a ser classificada em: reacional e reparadora.
A dentina reacional é secretada por odontoblastos pós-mitóticos primários
sobreviventes em resposta a um estímulo de baixa intensidade. A dentina terciária
reparadora é a matriz dentinária secretada por uma nova geração de odontoblastos ou
células odontoblastóides em resposta a um estímulo que causou a morte dos
odontoblastos secretores da dentina primária e secundária. Ela aparece reparando os
locais onde houve exposição pulpar (NEVILLE, 1998).
A matriz dentinária reacional pode ser determinada pela presença de túbulos
de forma mais irregular, e é contínua com a dentina primária (MILLER, 1981).
A síntese de dentina reacional pode ser estimulada por diversos fatores
irritantes à polpa e durante essa síntese, secreção, mineralização da matriz dentinária,
vários fatores de crescimento são liberados e incorporados a essa matriz dentinária.
Atingindo o interior dos túbulos dentinários, as moléculas ativas dos fatores de
Retrospectiva Literária
33
crescimento, podem interagir com receptores nos odontoblástos estimulando-os a
ativar genes responsáveis pelo processo de reparação do complexo dentino-pulpar
(MILLER, 2000). O processo de esclerosamento da dentina pode ocorrer
fisiologicamente ou como resposta a qualquer processo destrutivo da superfície dental
(STANLEY, 1980; 1983).
Existem várias teorias e explicações para a hipersensibilidade, embora
nenhuma delas leve a um perfeito entendimento de como os estímulos aplicados na
superfície radicular possam provocar dor. A proposta mais aceita é a teoria da
Hidrodinâmica que responsabiliza a movimentação do material semifluído dentro dos
túbulos dentinários (PEREIRA, 1995; BRUGNERA Jr. et al,1999; CORONA, 2003;
KAHN, 2004). Quando um estímulo é aplicado esse material semifluído se
movimenta levando essa sensação até a polpa. A variação da pressão intrapulpar,
decorrente da movimentação do semifluído dentinário em direção à polpa ou em
sentido contrário, dependendo da natureza do estímulo, provoca a estimulação das
terminações nervosas próximas da camada de odontoblástos. Nas proximidades do
tecido pulpar concentra-se o maior número de canalículos dentinários com maior
diâmetro e, portanto, maior volume de semifluido por área específica. Os
prolongamentos odontoblásticos e seu conteúdo líquido permeiam toda a estrutura
dentinária e são responsáveis pelo seu metabolismo. Esse metabolismo caracteriza-se
pela deposição dos componentes minerais do semifluido ao longo das paredes
internas dos túbulos, aumentando a espessura da dentina peritubular, reduzindo a
permeabilidade dentinária (TEN CATE, 1994)
A defesa dental e a formação de dentina terciária são processos demorados. e
de grande variação biológica em humanos. Logo, em cavidades profundas, os
materiais odontológicos representam uma ameaça à integridade pulpar (MONDELLI,
1998). .A sensibilidade dentinária não mantém relação com a dor de origem pulpar,
pelo menos inicialmente. O diagnóstico diferencial é fundamental para a definição do
tratamento (LEE e EARKLE, 1984; CURRO1990, AZEVEDO, 1994).
Retrospectiva Literária
34
2.1. HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA
ROSENTHAL (1990) apontou a erosão, a abrasão e a retração gengival
como causas da hipersensibilidade dentinária cervical. Estímulos externos, tais como:
frio, calor, ácidos, soluções osmóticas podem induzir o aparecimento da dor embora
exista um número grande de terapias para o tratamento da hipersensibilidade
dentinária cervical, o autor admite que não há um tratamento totalmente eficaz.
SOBRAL et al (1995), realizaram um estudo clínico por amostragem da
prevalência e a distribuição dos dentes com hipersensibilidade dentinária cervical, em
267 pacientes em tratamento ambulatorial e examinados aleatoriamente. O estudo
demonstrou que um em cada 6 pacientes em tratamento apresentava algum dente com
sensibilidade. Concluíram que o adulto jovem é o mais predisposto ao surgimento de
hipersensibilidade dentinária cervical, ocorrendo de forma semelhante em homens e
mulheres. Os dentes mais freqüentemente afetados foram os pré-molares e a face em
que houve mais hipersensibilidade foi a vestibular dos dentes examinados.
GARONE FILHO (1996) relatou a dificuldade na realização do diagnóstico
das lesões cervicais não cariosas pelo seu aspecto, devido ao fato de uma lesão
resultar da interação de dois ou mais fatores etiológicos. É comum, lesões formadas
por um componente oclusal traumático (abfração) terem como fatores coadjuvante a
abrasão e/ou erosão. O tratamento lógico para a hipersensibilidade consiste na
obliteração dos túbulos dentinários pelo uso de substâncias que reagem com o Ca
++
ou o PO
4
existente no líquido dos túbulos, formando precipitados insolúveis que
obliteram o túbulo. Muitas vezes esses tratamentos não funcionam devido a grande
pressão intrapulpar, provocada por algum tipo de sobrecarga oclusal. Essa pressão
maior faz com que o líquido se movimente em maior velocidade e assim dificulte a
deposição dos sais que deveriam obliterar os túbulos dentinários.
ARANHA (2003) comparou in vivo 101 lesões em 5 métodos
dessensibilizantes durante 6 meses de acompanhamento clínico. G1- aplicou Gluma
Desensitizer; G2-Seal & Protect; G3: Oxa-Gel; G4: flúor fosfato acidulado e G5:
laserterapia. Avaliou a sensibilidade por escala visual analógica com auxílio do ar da
seringa tríplice 1 semana antes da aplicação, 5 minutos, 1 semana, 1 mês, 3 meses e 6
meses após a aplicação. Os resultados mostraram significância apenas nos 5 minutos
Retrospectiva Literária
35
após a aplicação. Gluma e Seal & Protect tiveram melhora imediata e até 6 meses.
Com o laser a diminuição da dor foi sentida após 1 semana mantendo-se constante até
o final do estudo. O Oxa gel e flúor acidulado apresentaram efeito somente após o
primeiro e terceiro mês, respectivamente.
KAHN (2004) definiu a hipersensibilidade cervical como uma dor aguda,
localizada, de curta duração. Os dentes são sensíveis ao frio, raramente ao calor. Pode
ser manifestada quando há exposição da dentina cervical pela remoção do esmalte
coronário ou do cemento. Isto pode ocorrer devido abrasão, erosão ou abfração, ou
ainda pelo desnudamento da superfície radicular devido a perdas das estruturas
periodontais, decorrentes do excesso ou falta de escovação, doença ou tratamento
periodontal, trauma oclusal, extrusão dental e ou pela ação de raspadores
periodontais. Os dentes mais acometidos são os pré-molares, de indivíduos entre 30 a
39 anos e sua prevalência vai de 15 a 18 %. Considera a teoria Hidrodinâmica a mais
aceita para explicar a dor na hipersensibilidade cervical. Sugere que nenhum tipo de
tratamento, inclusive a laserterapia se mostrou totalmente eficaz.
COSTA e MENDONÇA (2004) em estudo sobre os Sistemas adesivos e sua
relação com o complexo dentino-pulpar, discutem a formação de dentina secundária e
terciária, sua relação entre os materiais dentários e o complexo dentino-pulpar,
descrevem de maneira simples e direta a dentinogênese, mais especificamente a
formação da polpa, dando ênfase a intima relação estrutural e funcional entre dentina
e polpa, durante toda a vida do orgão dental. Discutem histologicamente as diferentes
formas de dentina depositada, frente às injurias dentais provocadas pelos
procedimentos que envolvem o preparo cavitário e os produtos tóxicos dos materiais
odontológicos.
2.2. LASER – ESTUDOS CLINICOS
MESTER, E. (1966) fez as primeiras aplicações clínicas com laser de baixa
potência, apresentando os primeiros relatos clínicos sobre “bioestimulação com laser”
de úlceras crônicas de membros inferiores usando laseres de rubi e de argônio. Ele
produziu uma serie de trabalhos desde meados da década de 60 e concluiu que o laser
Retrospectiva Literária
36
de baixa potência acelerava a divisão celular. Observou também um aumento
significativo dos leucócitos que participavam na fagocitose e maior síntese de
colágeno por parte dos fibroblastos tratados. Além disso, observou que havia uma
regeneração mais precoce de vasos linfáticos nos grupos tratados, que o levou a
concluir que facilitava o desenvolvimento do tecido de granulação
BENEDICENTI (1982) mostrou os efeitos benéficos do laser não cirúrgico
no tratamento da sensibilidade dentinária. Reportou tratamento de vários casos de
hipersensibilidade de origem traumática após o preparo protético e por retrações
gengivais. Imediatamente após a utilização dos lasers não cirúrgicos ocorreu uma
diminuição da dor devido ao estímulo dos mecanismos naturais da dor.
RUFFOLO (1985) utilizou o laser de baixa potência em tratamento de
leucoplasias para alivio da dor, tendo obtido bons resultados e comentando que essa
condição de normalização da área afetada seria devido à estimulação da imunidade
local desses pacientes.
KARU et al. (1989) estudaram os efeitos do laser de He-Ne sobre a atividade
fagocitária de neutrofilos, verificando que houve um aumento dessa atividade nos
grupos irradiados em relação ao controle não irradiado.
AIRAKSINEN, 1989 tratou de pacientes com dor crônica no pescoço.
Utilizou o laser de He-Ne em três pontos laterais ao pescoço, em apenas um lado,
sendo que do outro lado não tratado com laser, o paciente também apresentava dor. O
limiar da dor aumentou de forma significante em ambos os lados, tratado com laser e
não tratado. O lado tratado a melhora foi maior do que o não tratado.
ROCHKIND et al, 1989 publicaram um estudo sobre o efeito sistêmico do
laser de HeNe comparando 3 diferentes tipos de modelos experimentais em ratos.
Observaram a evolução das feridas cutâneas provocadas por queimaduras
padronizadas. Os animais receberam 2 feridas, uma de cada lado da espinha dorsal.
Um grupo foi controle e não recebeu irradiação e o outro grupo recebeu irradiação em
apenas uma das feridas. Ambas feridas, irradiada e não irradiada, foram curadas em
tempo significantemente menor quando comparadas ao grupo controle não irradiado.
Os autores insistem nos efeitos positivos na persistência das aplicações a longo prazo.
Mostraram efeitos negativos quando usaram alta irradiancia de 200 mW/cm
2
.
Retrospectiva Literária
37
DONATO & BORAKS (1993) fizeram uma pesquisa clínica tratando 23
dentes, aplicaram o laser extrabucal na região periapical e na região da coroa dental.
Intrabucalmente aplicaram num ponto periapical, por vestibular e lingual, quatro
pontos por todo o trajeto da borda cervical, por vestibular e lingual, do dente
envolvido e um ponto na face palatina. As aplicações foram feitas a cada 48 horas e
no máximo de 4 aplicações. Os resultados foram 52,2% considerados excelente/bom
(12 pacientes); 43.5% Regular (10 pacientes) e 4.3% Nulo (1 paciente). Verificaram
que na hipersensibilidade dentinária, a terapia laser operando no infravermelho
promovem a repolarização celular através da mudança nos meios intra e extracelular,
isto é, quando o dente é agredido de alguma forma, as células são estimuladas,
promovendo assim a despolarização celular. Aplicando o laser de baixa intensidade
ocorrem mudanças na polaridade celular. A irradiação carrega negativamente a
membrana celular, originando uma diferença de potencial elétrico com os cátions e
anions do meio externo e interno da célula e vice-versa, capaz de restaurar e
equilibrar o estado energético da célula, resultando numa sensação analgésica
GROTH & EDUARDO (1993) relataram que os laseres de baixa potência
podem ser utilizados após o preparo cavitário, com finalidade de prevenir a dor pós-
operatória, devido os seus efeitos antiinflamatórios, analgésicos e bioestimulantes.
Ainda que os laseres de alta potência, entre eles o de Nd:YAG e o de CO
2
também
podem ser utilizados após preparos cavitários, provocando um selamento superficial
dos túbulos dentinários.
GERSCHMAN et al. (1994) realizaram um teste comparativo, duplo cego,
com laser de baixa intensidade GaAlAs, infravermelho, 830nm, com potência de
saída de 30mW e placebo, em dentes com hipersensibilidade dentinária, após
submetidos a um rigoroso critério de seleção. Aplicou-se o laser por 1 minuto no
ápice e área cervical do dente e reaplicou-se em intervalos de 1 semana, 2 semanas e
8 semanas. Foram testados 28 dentes para sensibilidade tátil e 21 para sensibilidade
térmica. Em ambos os grupos, comparando a sensibilidade tátil e térmica diferiram
com o placebo de forma significante. A diferença entre os grupos tratados e o placebo
aumentaram com o passar do tempo. A sensibilidade térmica foi a que mais diferiu do
placebo. Justificam a aplicação no ápice, pois, 2/3 das fibras nervosas que entram na
polpa pelo ápice são largas, amielinizadas e vagarosas para a transmissão do estímulo
Retrospectiva Literária
38
(C- fibras). O 1/3 restante das fibras são na maioria mielinizadas e de rápida
transmissão do estímulo (A-delta) e alguns nervos simpáticos. A justificativa para a
melhora da dor foi atribuída à estimulação da bomba de sódio/potássio na membrana
celular, a qual mantém entre suas paredes, um potencial elétrico de 60-80mW. A
estimulação da bomba irá consequentemente hiperpolarizar a membrana, então altera
o limiar de dor do referido nervo. Relataram a inibição dos agentes sensibilizantes
com liberação de bradiquinina que produz dor durante a inflamação tanto quanto um
aumento nos níveis de endorfina. Além disso, melhora a microcirculação devido a um
aumento na drenagem linfática. Os resultados mostraram que o laser de GaAlAs é um
método efetivo para o tratamento da hipersensibilidade tátil e térmica.
LIU & LAN (1994) pesquisaram o efeito dos laseres no tratamento da
hipersensibilidade dentinária cervical, e a eficácia do laser semicondutor de GaAlAs
associado à aplicação de Duraphat (verniz com flúor a 2,26% - Rhône-Poulenc
Rorer). Foram selecionados 36 pacientes que possuíam no mínimo 2 dentes sensíveis
em cada quadrante e um relato de dor com mais de 6 meses. Os parâmetros utilizados
para aplicação do laser foram 40, 60, 80, 100 mW e com períodos de exposição de
15, 30, 45 e 60 segundos. Um quadrante recebeu o tratamento com o laser e o outro a
aplicação do laser associada ao Duraphat. Os resultados mostraram que houve uma
redução no nível de dor e desconforto relatado pelos pacientes, sendo que o laser
semicondutor de GaAlAs associado ao Duraphat reduziu a hipersensibilidade
dentinária cervical em 85% frente ao estímulo com jato de ar e 88% para o estímulo
mecânico, nos dentes avaliados.
GROTH (1995) tratou 25 dentes hipersensíveis com GaAlAs 790 nm, 30nW,
7J por tratamento. A irradiação foi feita por 4 minutos em cada sessão e repetida mais
duas vezes em intervalos de 72 horas. Avaliou num período de 15 e 30 dias após a
primeira irradiação. Os resultados mostraram ser significantes quanto à melhora no
tratamento quando comparado ao controle.
Retrospectiva Literária
39
ANDREU et al (1998) analisaram o comportamento clínico da
hipersensibilidade dentinária e realizaram 3 tipos de tratamentos: 1) irradiação com
laser de HeNe (2 mW) + 1 camada de verniz com flúor; 2) laser + fluoreto de sódio;
3) solução de fluoreto de sódio a 0.2%. No grupo 1 teve sucesso em 88% dos dentes,
no grupo 2 eliminou-se a dor em 72 % dos dentes , durante 3 meses que foi o prazo
teste e no grupo 3, não se obteve melhora. Verificou-se que os melhores resultados
foram obtidos com a densidade de potência de 200mW/cm2, que segundo os autores
combinou-se o efeito analgésico com o estimulante, para a obliteração dos
canalículos dentinários, seja pela penetração dos íons flúor ou pela estimulação
pulpar ou ambos. Segundo os autores, a incorporação da terapia laser nesta situação,
se baseia no efeito analgésico e estimulante do trofismo da polpa dental.
LOWE et al., 1998 estudaram a ação de um diodo laser operando em 890 nm
sobre a cicatrização de feridas padronizadas em dorso de rato. Os autores trabalharam
com fluências de 0.18, 0.54 e 1.45 J/cm2. As áreas foram analisadas por sistema de
imagem , por meio de vídeo. Os autores não observaram efeitos estimulantes nos
animais irradiados com as baixas fluências (0,18 e 0,54), em relação ao grupo
controle, sendo que no grupo irradiado com fluência de 1.45 J/cm2 houve
significativa inibição do processo cicatricial aos 16 dias da primeira irradiação.
BRUGNERA Jr. et al. (1998) verificaram a eficácia do laser de baixa
intensidade na hipersensibilidade dentinária cervical. O estudo foi realizado em mais
de 300 dentes sensíveis em conseqüência de diferentes etiologias, tais como retração
gengival, abrasão, tratamento periodontal, traumas por escovação, dentre outros. A
vitalidade pulpar e o grau de hipersensibilidade dentinária cervical foram registrados
anteriormente à aplicação do laser. A aplicação foi realizada perpendicular à
superfície dentinária sob isolamento relativo do campo operatório. A densidade de
energia aplicada em cada dente foi de 3 ou 4 J/cm
2
. Os resultados mostraram que
houve uma diminuição em 87% da hipersensibilidade dentinária cervical.
BRUGNERA Jr. et al (1999) mostraram a porcentagem de cura de pacientes
tratados com laser de baixa intensidade, onde clinicamente havia sido diagnosticado
hipersensilidade dentinária. Quatrocentos e oito pacientes (408) foram examinados,
avaliou-se a vitalidade pulpar por meio de testes térmicos e somente os processos
reversíveis foram tratados. Usou-se o He-Ne laser (632.8 nm) e ArGaAl laser (780nm
Retrospectiva Literária
40
e 830 nm). Todos os dentes receberam 4 Joules por sessão e foram tratados até cinco
sessões. 79.13 % dos pacientes foram tratados em 3 sessões com sucesso; 8.58%
foram curados com 4 sessões e 4,29% tiveram sucesso quando tratados em 5 sessões.
Os autores concluíram que o laser de baixa intensidade é efetivo e vantajoso no
tratamento da hipersensibilidade.
TUNÉR e HODE (1999) relataram que pequenas doses num período maior
de tempo são mais efetivas do que altas doses num tempo menor. Dizem ainda ser o
LLLT acumulativo, isto é, a dose da última aplicação é acrescentada à dose da
próxima aplicação, é importante que as aplicações não sejam muito próximas, a fim
de evitar uma situação onde a dose acumulada caia fora do nível de bioestimulação
ou se nivele ao limite da bioinibição, com resultados insignificantes. Observaram que
a dose correta é tão importante quanto o comprimento de onda. Quanto à formação de
dentina reacional, disseram ser o LLLT capaz de realizar essa estimulação e que isso
traria grande beneficio a prática odontológica, pois poderá preservar a estrutura dental
tanto quanto possível. Entretanto não é conhecido a dose e o comprimento de onda
ideal para a formação de dentina. Exemplifica os sistemas de tratamentos em
acupuntura, evidenciando o efeito sistêmico do laser.
VILLA et al. (2001) realizaram um estudo clínico comparativo, utilizando
lasers de baixa intensidade 660 e 785 nm contínuo e chaveado, ambos com 50 mW , 6
J/cm
2
, para hipersensibilidade dentinária. Selecionaram 84 dentes humanos sensíveis
no colo dental e avaliaram a hipersensibilidade aplicando por 2 segundos jato de ar. O
laser foi aplicado em 3 pontos cervicais e num ponto apical, repetido por 3 vezes,
com intervalos de 72 horas. A avaliação foi realizada após 15 dias. Notou-se que 58
dentes perderam a hipersensibilidade. Os laseres infravermelho contínuo e chaveado e
o vermelho contínuo e chaveado tiveram comportamento clínico semelhante. O laser
foi eficiente na remoção da dor, independente do modo ou do comprimento de onda
usado.
LADALARDO et al. (2002) avaliaram o efeito analgésico imediato e tardio
do laser diodo GaAlAS de 660 nme 830 nm no tratamento da dor da dentina. Ambos
com 32 mW, emissão contínua, saída de 1mm
2
e dose de 4 J/cm
2
, aplicados em
dentina, na face cervical. Empregou-se 4 sessões, uma vez por semana. Compararam
40 dentes em 2 grupos de 20 dentes. Mediu-se a resposta sensitiva ao frio, antes e
Retrospectiva Literária
41
após 15 e 30 minutos do tratamento. O efeito tardio foi avaliado após 15 e 30
dias.Verificou-se que o diodo laser de 660 nm apresentou melhores resultados.
CORONA et al. em 2003, avaliaram “in vivo” o uso do laser de GaAlAs
(BDP 600) e o verniz de fluoreto de sódio (Duraphat), no tratamento da
hipersensibilidade cervical. Doze pacientes, de 20 a 30 anos, com o mínimo de 2
dentes sensíveis foram selecionados, num total de 60 dentes. Em cada paciente, em
metade dos dentes sensíveis foi aplicado verniz na cervical vestibular e lingual e a
outra metade foi submetida à irradiação no modo contato, 15mW, 4 J/cm
2
, 10
segundos por ponto, sendo 1 apical e 2 cervicais, sendo a sensibilidade térmica
considerada como controle. Foram acompanhados em 3 períodos: imediatamente
após a primeira aplicação, 15 e 30 dias após a primeira aplicação. Não houve
diferença significante entre o laser e o verniz, assim como também quando do
emprego do verniz nos 3 períodos. No entanto, para a terapia com laser foi
encontrada diferença significante a 5% nos valores obtidos antes do tratamento e após
30 dias da primeira aplicação. Concluiu-se que ambos os tratamentos foram eficientes
para a hipersensibilidade, mas o laser mostrou ser melhor em dentes com grau maior
de sensibilidade.
LIZARELLI (2003) relatou sobre o uso do laser de baixa intensidade em
protocolos clínicos odontológicos. Sendo assim, mudando a ponta, muda-se a dose
aplicada na área se a potência não for alterada. O resultado será uma densidade maior
de potência na área irradiada. Assim por exemplo, se com a ponta convencional usa-
se 2,5 J/cm
2
e 17,5 J/cm
2
, com a ponta de acupuntura ter-se-á doses maiores de 12,8
J/cm
2
e 89.7 J/cm
2
respectivamente. Ainda, a autora determinou a metodologia para
tratamento da hipersensibilidade dentinária, sendo de 3 pontos cervicais (mesial,
médio e distal) na face onde sentir a dor e num ponto apical vestibular. Na primeira
sessão é recomendado uma dose de 6 J/cm
2
( 25 mW e 10 segundos) por ponto,
buscando a bioinibição para o estímulo doloroso. Nas outras 2 ou 3 sessões, a dose
deve ser em torno de 2.0 J/cm
2
(10 mW e 10 segundos) por ponto, para que ocorra
desinflamação do tecido pulpar e bioestimulação para formação de dentina reacional.
MARSILIO et al. (2003) usaram em 25 pacientes, em 106 casos de dentina
hipersensível, onde trabalharam com LLLT. Irradiaram com 3 e 3 e 5 J/cm
2
por no
máximo 6 sessões, com intervalos de 72 horas entre cada aplicação e avaliaram:
Retrospectiva Literária
42
inicialmente, após cada aplicação, 15 e 60 dias após o termino do tratamento. O
tratamento foi efetivo em 86,53% e 88,88% dos dentes irradiados respectivamente,
com as energias mínimas e máximas recomendadas pelo fabricante Encontraram
diferença significante entre os valores iniciais de hipersensibilidade e após 60 dias do
tratamento. Nenhuma diferença foi encontrada entre as energias de 3 e 5 J/cm
2
.
OLIVEIRA (2003) avaliou o efeito analgésico do laser de GaAlAs em baixa
intensidade de 830nm em hipersensibilidade dentinária mediante estímulo mecânico e
térmico e o comparou com a terapia usando pasta de fluoreto de sódio a 33%.
Selecionou 32 dentes. O grupo laser aplicou 6 J/cm2 durante 2,5 minutos somente na
vestibular. No grupo pasta (NaF + glicerina) e poliu a superfície por 4 minutos
Mediu o grau de sensibilidade antes, 24 h, 48 h, 72 h 120 h, 15 e 30 dias após o inicio
do experimento. Mediante estímulo de sonda exploradora o grupo pasta de fluoreto de
sódio a 33% teve resposta significante melhor que o grupo laser. No estímulo com
jato de ar, não houve diferença significante entre os dois grupos.
YUAN, (2003) avaliou os efeitos da irradiação laser em baixa intensidade
entre GaAlAs 780nm e GaAlAs 660nm, mantendo os mesmos parâmetros e diferindo
apenas o comprimento de onda. Dividiu as amostras em 2 grupos: Grupo I - 90 casos,
tratou com 780nm e Grupo II: tratou com 660nm e analisou 76 casos. Não encontrou
diferença entre os 2 comprimentos de onda em relação à resposta à hipersensibilidade
dentinária. No entanto, notou que a resposta de redução da hipersensibilidade é mais
rápida para a irradiação com GaAlAs 780nm, porém, o resultado após três aplicações
é igual para os dois tipos de irradiação.
ALMEIDA-LOPES (2004) publicou sobre laserterapia na Odontologia, onde
abordou os fundamentos físicos e biológicos (comprimento de onda,
unidirecionalidade da luz, coerência, monocromaticidade) normas de segurança (que
dependem da densidade de potencia óptica emitida e do comprimento de onda gerado
pelos laseres), os parâmetros ajustáveis no aparelho de forma a conseguir máxima
eficácia e as indicações clínicas do laser de baixa intensidade (reparação em tecido
mole, em tecido ósseo, em tecido dental, em tecido nervoso, analgesia e outros)
2.3. LASER – ESTUDOS HISTOLÓGICOS
Retrospectiva Literária
43
DYSON e YOUNG, em 1982 demonstraram que um diodo laser emitindo na
região do infravermelho próximo e com radiação pulsada e freqüência de 700 Hz
acelerou a formação de tecido cicatricial, enquanto que, o mesmo diodo laser com
freqüência de 1200 Hz, não demonstrou ser efetivo. Não houve alteração em nenhum
outro parâmetro de irradiação.
LIEVENS (1986) em varias publicações sobre os efeitos do laser de baixa
potência na atividade do sistema linfático observou um aumento do fluxo sanguíneo e
da drenagem linfática como efeito secundário ou indireto da ação mediadora do laser
na inflamação.
OHTA et al. (1987) estudaram o efeito de um diodo laser de GaAlAS, com
diferentes fluências sobre linfócitos. Observaram que quando irradiaram linfócitos
com fluência de 10.8 J/cm
2
produziu-se uma inibição da proliferação celular.
KARU (1988) estudando a atuação do laser de baixa intensidade na célula,
observando a energia dos fótons de uma radiação laser, absorvida por uma célula
sendo transformada em energia bioquímica e utilizada em sua cadeia respiratória,
descreveu um mecanismo de ação diferente para os laseres emitindo na região do
visível (luz absorvida pela mitocôndria celular) e do infravermelho (absorvido pela
membrana celular).
TRELLES et al. (1989) realizaram vários trabalhos “in vivo”, usando diodos
laseres e laser de HeNe, com finalidade bioestimulativa em língua de ratos,
observando níveis de histamina, local e sistêmica, operando em 632.8 nm., com
potência óptica de saída de 4 mW e de 15 mW, com fluência de 2.4 J/cm
2
. Notou-se
que os níveis de histamina, vasodilatação e degranulação ativa de mastócitos foram
mais altos com 15 mW.
YOUNG et al (1990) estudaram a ação de um diodo laser de AsGaAl
emitindo em diferentes comprimentos de onda (660, 820 e 870 nm) sobre
granulócitos. Observaram que a máxima ativação da bomba de sódio e potássio
aconteceu quando utilizaram fluências que variaram de 4 a 8 J/cm
2
. Quando
utilizaram fluências maiores houve inibição do mecanismo. Trabalharam ainda com
diferentes freqüências de onda e observaram que a freqüência mais ativa para a
Retrospectiva Literária
44
bomba de cálcio foi a de 16 Hz. Com freqüências de 4.56, 700 e 5000 Hz também
observaram aumento de sua atividade. Observaram que não houve diferença
significativa nos resultados encontrados para os diferentes comprimentos de onda
utilizados.
LUBART et al (1992) pesquisaram os efeitos de diodo laseres operando em
diferentes comprimentos de onda: 360, 632 e 780 nm em linhagens de fibroblastos.
Avaliaram o índice mitótico e a morfologia dessas células por meio de microscopia
eletrônica de varredura. Observaram que o número de mitoses no cultivo irradiado
aumentou significativamente em relação aos controles quando foi utilizada fluência
de ate 15 J/cm
2
. Quando usaram fluência de 60 J/cm
2
, o número de mitoses diminuiu.
NARA et al (1992) estudaram os efeitos dos laseres emitindo em diferentes
comprimentos de onda em fibroblastos de polpa humana. Trabalharam com um laser
de HeNe e dois diodos laseres emitindo na região do infravermelho próximo (790nm
e 830 nm). As fluências variaram de 0.05 a 2 J/cm2. Os autores verificaram que os
grupos irradiados com laser de HeNe com baixa fluência (0.1 J/cm2) mostraram
proliferação não significativa em relação aos controles não irradiados, e os grupos
irradiados com diodos laseres não apresentaram qualquer efeito estimulativo.
KARU, 1993, mediu a quimiluminescência do processo oxidativo das
células sanguíneas e verificou que foram influenciadas pelos vários comprimentos de
onda dos laseres usados durante a fase inicial da doença respiratória viral aguda.
Verificaram-se que de 4 comprimentos de onda testados (660, 820,880 e 950 nm), o
de 660 nm foi o mais efetivo. A dose media foi 0.1 – 1 J/cm
2
.
AL-WATBAN e ZHANG (1995) em um estudo em ratos, utilizando o laser
de Argônio, operando com baixa intensidade de energia, aplicado de 3 a 5 vezes por
semana, observaram um efeito inibitório na cicatrização de feridas, quando usaram
alta fluência de 130 a 150 J/cm2 para irradiação.
BAXTER (1997) abordou estudos sobre o laser proporcionando a analgesia
em humanos. Avaliou sobre a limitação do estudo em animais, para a verificação do
efeito analgésico em humanos. Focalizando os efeitos neurológicos da irradiação
laser, citou também que há evidencias para sugerir que LILT pode ter significantes
efeitos na síntese, liberação e metabolismo dos neuroquímicos, incluindo serotonina e
acetilcolina.
Retrospectiva Literária
45
KARU (1997) estudando o mecanismo de ação dos laseres de baixa
intensidade observou que para os pulsados e chaveados, diferentes freqüências
produzem diferentes efeitos biológicos.
LUBART et al. (1997) estudaram o efeito do laser de He-Ne nas
concentrações de Ca
+
em fibroblastos. Irradiaram cultivos com diferentes fluências
(1,3 e 5 J/cm
2
) e observaram que com fluências apropriadas para aumentar a
proliferação celular, houve produção transitória aumentada na concentração
intracelular de cálcio nas células alvos. Concluíram que essas observações poderiam
explicar a foto-bioestimulação em importantes processos biológicos como a
proliferação celular e a exocitose.
ANIC et al. (1998) avaliaram “in vitro” as alterações morfológicas da
superfície dentinária após irradiação com laser de Argônio, CO2 e Nd:YAG em
função do ângulo formado entre a fibra e a superfície dentinária. Quando da
aplicação perpendicular à superfície dentinária, o laser de Nd:YAG provocou fusão
da dentina, recristalização e em algumas áreas mostrou túbulos dentinários
obliterados e redução do diâmetro de alguns túbulos. Concluíram que quando
aplicaram o laser paralelo à superfície dentinária a alteração foi menor, de forma
estatisticamente significante em relação às outras situações.
UTSUNOMIYA (1998) realizou estudo histopatológico dos efeitos da
irradiação do laser de baixa intensidade em tecido pulpar exposto em cães, dando
referência especial a lecitinas e colágeno. Aplicou-se um laser diodo 300 mw, 830
nm, com potência de saída de 100-700 mw, 105,9 J/s/cm
2
de densidade. As alterações
histopatológicas foram observadas em 1, 3 e 7 semanas após o procedimento. Esses
estudos sugeriram que a irradiação a laser acelerou o fechamento da ferida pulpar e a
presença das lecitinas e colágenos.
PARIZOTTO (1998). Usou a estrutura molecular do colágeno do tendão de
rato como modelo de reparação tecidual. Usou o laser de HeNe 6 mW e avaliou as
possíveis modificações bioquímicas na estrutura das moléculas de colágeno. Os
resultados mostraram evidencias de melhor organização nas moléculas de colágeno,
aumento no diâmetro das fibras, formação de feixe mais espessos, melhor
direcionalidade azimutal e aceleração do processo, nos animais tratados com laser.
Mostrou que os sinais de aceleração do processo estão na dependência da dose, onde
Retrospectiva Literária
46
o,5 J/cm
2
, 5 J/cm
2
e 50 J/cm
2
foram mais eficientes em ordem crescente. Concluiu
que o laser atua como um sinalizador na matriz extracelular para alterações da
estrutura fibrilar que ocorre a partir da interação do campo eletromagnético coerente
com a molécula de colágeno.
DORTBUDAK et al. (2000) avaliaram o efeito do laser de baixa intensidade
de ondas contínuas nos osteoblastos derivados de células mesenquimais, quando
irradiadas 3 vezes (3, 5 e 7 dias), com laser de diodo pulsado, com comprimento de
onda de 690 nm por 60 segundos após 8, 12 e 16 dias. Em todas as culturas que o
laser foi utilizado ocorreu maior deposição óssea do que os grupos controle.
Verificaram que a diferença foi significativa para as culturas avaliadas após 16 dias.
Concluíram, pois, que o laser terapêutico tem um efeito de bioestimulação nos
osteoblastos in vitro, e que podem ser usados na osseointegração de implantes
dentais.
KARU (2000) concluiu que as duas áreas mais importantes da laserterapia
estão na cura de feridas e no tratamento da inflamação crônica, sendo os momentos
onde a célula parece mais receptiva a laserterapia. Discute também sobre os limites
biológicos do efeito do laser de baixa potência, compara por meio de esquema a
ativação dos linfócitos e discorre sobre a dependência do estado fisiológico do
hospedeiro para ocorrer o efeito da absorção da luz, ou seja, apenas populações de
células com crescimento deficiente podem ser estimuladas pela luz laser.
JAYAWARDENA et al. (2001) propuseram um estudo para avaliar a
resposta pulpar ao Er:YAG, após exposição acidental da polpa. Aplicaram
150mJ/pulso, 10 pulsos/seg (10Hz), comprimento de onda de 2.94 µm, tipo contato,
diâmetro de 600 µm. Empregaram-se 76 molares de ratos, nos quais se avaliou a
exposição, em 3 dias, 1 semana e 2 semanas, e examinaram histologicamente a polpa
exposta no local da exposição. Notou-se que o grupo laser não mostrou sangramento
e nenhum fragmento dentinário no local da exposição, imediatamente após a
exposição pulpar. Também o grupo laser formou ponte de dentina no local da
exposição com mais freqüência que o grupo controle. Ainda observou-se que no
grupo laser ocorreu mais formação de dentina reparadora próximo ao local da
exposição do que o grupo controle, especialmente com 2 semanas. Os autores
Retrospectiva Literária
47
concluíram que o grupo laser de Er:YAG demonstrou boa capacidade de formação de
ponte de dentina e dentina reparadora.
BERTELLA (2001) estudou in vivo o efeito do laser de Arseneto de Gálio e
Alumínio de 650 nm, 30 mW e fluência de 1,8 J/cm
2
aplicado em pré molares e 2,7
J/cm
2
aplicado em molares, emitindo 18 pps no modo contínuo interrompido. Não
observaram diferenças histológicas na polpa entre os dentes irradiados e não
irradiados, sendo que ambas apresentaram características de normalidade. Nas duas
amostras com exposição pulpar, a irradiada apresentou ausência de sinais
inflamatórios ou sinais inflamatórios leves e nas não irradiadas notou-se abscesso e
intenso infiltrado inflamatório.
VILLA et al (2002) realizaram in vivo preparos cavitários classe V em
dentes superiores de coelhos e usaram o laser diodo semicondutor de 665 nm e 50
mW (DR 500 – Laser Beam – Rio de Janeiro) para determinar a formação de dentina
secundária irregular in vivo, em 12 dentes superiores de coelhos. Os dentes foram
irradiados com 1 J/cm
2
e 12 J/cm
2
na região cervical, aplicando o laser em 3 pontos
dentro da cavidade e num ponto apicalmente, em uma única sessão. Os dentes foram
analisados nos períodos de 24 horas e 15 dias, e posteriormente comparados aos
dentes controle. A avaliação dos cortes histológicos não mostrou diferença
significante quando comparados ao controle. Os autores concluíram que em
cavidades rasas, de acordo com a metodologia empregada, nesse modelo animal, o
laser não alterou a reação pulpar nos dentes.
CRISCI (2002) avaliou sehistológicamente o efeito do laser de baixa
intensidade diodo semicondutor de Arseneto de Gálio e Alumínio com comprimento
de onda de 785 nm, infravermelho, potência de e missão de 50 mW, densidade de
energia de 3J/cm
2
, em emissão contínua, por meio de ponta especial de fibra óptica,
por um período de 2 segundos em exposições pulpares induzidas em dentes de ratos.
Concluiu que no período de 7 dias, tanto o laser como o hidróxido de cálcio aplicados
de forma isolada deixaram de promover efeito antiinflamatório satisfatório.Em 30
dias a associação hidróxido de cálcio + laser imediato, 24 horas e 48 horas e o laser
imediato isoladamente não apresentaram diferença estatisticamente significante entre
si e também apresentaram os piores resultados em relação aos outros grupos. Em 30
dias o hidróxido de cálcio + laser imediato e hidróxido de cálcio + laser mediato e 24
Retrospectiva Literária
48
horas, não houve diferença significante entre estas e o hidróxido de cálcio aplicado
isoladamente. Esses três grupos foram estatisticamente superiores aos demais. O
hidróxido de cálcio associado ao laser imediato e ao laser aplicado imediatamente e
24 horas, foram os grupos que apresentaram os melhores resultados aos 7 e aos 30
dias. O laser aplicado isoladamente teve os piores resultados quanto ao efeito
antiinflamatório e de reparo tecidual quando avaliados histologicamente em polpa
exposta de ratos.
GODOY (2003) investigou ultra-estruturalmente os efeitos do laser de
GaAlAs de emissão vermelha, baixa intensidade, na interface dentina-polpa pós-
operatório cavitário classe I, sem exposição pulpar. Dividiu 2 grupos: Grupo I: tratou
com laser 660nm, vermelho, contínuo, 30mW, 2J/cm
2
, aplicando direto e
perpendicularmente dentro da cavidade, em apenas 1 sessão e restauradas com resina
composta. Grupo II: recebeu o mesmo tipo de preparo e restauração, sem aplicação
do laser. Vinte e oito dias após o preparo cavitário, os dentes foram extraídos e
avaliados em microscopia eletrônica de transmissão. Dois dentes sadios, sem preparo,
também foram investigados. Sugeriu, de acordo com os resultados que o grupo
irradiado apresentou prolongamento odontoblástico em maior contato com a matriz
extracelular e que as fibras colágenas apresentaram-se mais agregadas que o grupo
controle, assemelhando-se à histologia do dente sadio, indicando portanto uma
aceleração na recuperação das estruturas dentarias envolvidas durante o preparo
cavitário em nível de pré-dentina.
ALMEIDA-LOPES (2003) analisou in vitro a proliferação celular de
fibroblastos de gengiva humana tratados com laser de baixa intensidade de 664nm
utilizando diferentes parâmetros de irradiação: 1)- 56 mW, variando a dose ( 2,5,10 e
15 J); 2)- fixou-se a dose em 2 J e variou a potencia em 28 mW e 56 mW; 3)- fixou-
se a potencia em 56 mW, dose fixa em 2 J e variou o tipo de emissão: contínua ou
intermitente com freqüências de 10, 60, 120 e 180 Hz. Foram feitas 4 irradiações a
cada 12 horas. Verificou-se que no experimento 1, os melhores resultados foram
apresentados com 2 J no experimento 2, com as potencias maiores e no 3º.
experimento, células irradiadas com emissão contínua apresentaram maior
proliferação que aquelas irradiadas com laser intermitente, sendo que quanto maior a
freqüência, maior a proliferação celular. Menores doses de laseres aumentaram a
Retrospectiva Literária
49
proliferação de fibroblastos, menor tempo de exposição aumentou a proliferação
celular, a emissão contínua aumentou a proliferação quando comparado com o laser
intermitente. Para o laser pulsado, quanto maior a freqüência, maior a proliferação.
Sugere que a dose inibitória deve ser acima de 15 J e quando se realiza um tratamento
com laser, não só a dose mas a densidade de potência influenciam a bioestimulação.
PROPOSIÇÃO
Proposição
51
3. PROPOSIÇÃO
O objetivo deste estudo é avaliar “in vivo”, por meio de análise histométrica,
a capacidade de estimulação pulpar do laser de baixa intensidade, na formação de
dentina reacional, na área adjacente à parede dentinária axial onde aplicou-se o laser e
na região contra-lateral, em função de duas fluências (12.8 J/cm
2
e 89.7 J/cm
2
) e em
quatro períodos: 8, 14, 28 e 52 dias.
Como análise complementar mediu-se a distância da parede axial da
cavidade à polpa.
MATERIAIS E MÉTODOS
Resultados
53
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 População de estudo
A população de estudo estabelecida foi constituída por 12 animais jovens
suínos selecionados com base nos seguintes critérios: idade média de 140 dias e peso
médio de 70 quilos, que aos três meses de vida já possuíam todos os dentes anteriores
(8) erupcionados em cada maxila (SISSON & GROSSMAN, 1986). Estes animais
pertenciam ao setor de suinocultura da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
de Jaboticabal – UNESP, onde foram criteriosamente individualizados (Sistema de
marcação Australiano). Essa marcação permite identificar o animal por meio de um
número. Estes animais ficaram nas instalações do setor de suinocultura do hospital,
supervisionados por veterinários e técnicos da instituição durante todo o experimento.
4.2 Instrumental e Equipamentos
4.2.1 Instrumental e Material clínico odontológico
Para a realização dos procedimentos nos dentes dos animais foram usados:
- algodão
- arco de Young,
- blocos descartáveis para manipulação
- broca KG Sorensen 305
- cimento restaurador (cimento de ionômero de vidro, Ionofil - Voco)
- cimento provisório ( Cavitec- Inodon)
- espátula 1 para cimento
- espátula plástica sem agulha
- fio dental
- grampos para isolamento absoluto
- lençol de borracha
- motor alta velocidade DREMEL
®
MultiPro ™ USA, Rotary tool Owner`s
manual, model 395T
6
(F013039504) 5.000 a 35.000 rpm.
- pinça clinica
Resultados
54
- porta grampo
- seringa plástica 20 mL
- sonda periodontal milimetrada
- soro fisiológico
4.2.3. Aparelho laser
Foi utilizado o aparelho laser de baixa intensidade tipo diodo semicondutor
da marca TWIN laser – MMOptics – São Carlos – Brasil, operando no comprimento
de onda infravermelho (Figura 1).
Figura 1Laser de baixa intensidade “TWIN laser” - 780 nm. MMOptics , São
Carlos, Brasil.
Resultados
55
4.3. Planejamento Experimental
Para avaliação da quantidade de dentina reacional formada em dentes suínos,
submetidos ao tratamento com laser, foi inicialmente realizado um plano piloto,
que permitiu determinar, o animal a ser submetido ao estudo proposto e o número
de dentes necessários, de acordo com o aceite pelo Comitê de Ética no uso de
animais CEUA – USP – Campus de Ribeirão Preto (Protocolo . 02.1.1213.53.2,
no ANEXO A). Determinaram-se também o tipo de cavidade, os níveis dos fatores
a serem avaliados e permitiu o adestramento da técnica dos preparos cavitários, e
padronização das cavidades.
Os fatores estabelecidos, com seus respectivos níveis foram:
a) Fator Fluência do Laser (E), com 3 níveis:
E
0
- Controle (Sem aplicação do laser)
E
1
- 12,8 J/cm
2
E
2
- 89,7 J/cm
2
b) Período de Tempo (P)
após o preparo cavitário, com 4 níveis:
P
1
– 8 dias
P
2
– 14 dias
P
3
– 28 dias
P
4
– 52 dias
Foram usados 1 animal para cada Fator Fluência (E = 3) e 1 em cada Período
(P = 4), resultando em 12 animais.
Foram também estabelecidas as siglas para as variáveis obtidas:
DAP = distância da parede axial à polpa
DR = dentina reacional adjacente
DRCL = dentina reacional contra lateral
4.4. Planejamento Estatístico
Resultados
56
Foram determinadas 3 repetições para cada uma das 12 condições
experimentais o que resultou num volume amostral de 36 médias obtidas a partir de
um total de 2.592 medidas, de acordo com o Esquema 1.
Este esquema exemplifica apenas o grupo de 3 animais usados para avaliar o
período de 8 dias do Controle, da Fluência de 12,8 e de 89,7 J/cm
2
. Esse esquema
foi repetido para os outros três períodos ( 14 dias, 28 dias e 52 dias), ou seja, mais três
grupos de três animais em cada período, somando um total de 12 animais.
Para todos esses dados foi determinado o emprego do teste Paramétrico
Análise de Variância, com modelo fatorial 3x4. Como teste complementar foi
empregado o proposto por Tukey.
Resultados
57
a)
b)
c)
216 x 12 = 2592 medidas
Esquema: a) realização das medidas para cada animal;
b) grupos experimentais em cada tempo de estudo;
c) total de medidas
Legendas – L-Lâmina; DAP- Distância Axio-Pulpar; DR-Dentina Reacional; DRCL-Dentina Reacional Contra
Lateral.
8 DR
8 DR
8 DRCL
8DAP
24
24
24
24
24
24
24
24
24
216
8 DRCL
L3
L2
8 DAP
8 DRCL
L1
72
8 DR
8 DR
8 DR
8 DAP
8 DR
8DR
8 DR
L2
8 DAP
8 DRCL
8 DRCL
L3
8 DAP
8 DRCL
L1
8DAP
8DR
72
8 DRCL
L2
8 DAP
8 DRCL
8 DRCL
L3
L1
72
8 DAP
8 DAP
Controle F 12,8 F 89,7
8 dias
Controle F 12,8 F 89,7
14dias
Controle F 12,8 F 89,7
28 dias
Controle F 12,8 F 89,7
52 dias
24
24
24
24
24
24
24
24
24
Resultados
58
4.5. Método
4.5.1. Preparo do animal
O preparo dos animais foi realizado pelos profissionais médicos veterinários
da área de Anestesiologia Veterinária e auxiliares técnicos de laboratório.
Os animais selecionados para cada condição experimental foram
anestesiados segundo os seguintes procedimentos:
- a medicação pré-anestésica aplicada foi Azaperone 2 mg/Kg intramuscular
profundo. Aguardou-se 30 minutos e aplicou-se uma associação de Midazolan 0,3 mg
mais 2 mg de Cetamina/Kg intravenoso. O efeito anestésico permanecia pelo período
de aproximadamente 45 minutos, o suficiente para realização dos procedimentos
propostos ( Preparo cavitário, aplicação do laser e restauração da cavidade).
Não foi administrado nenhum tipo de analgésico ou antibiótico no pós-
operatório.
4.5.2. Preparo cavitário nos dentes selecionados
Após a sedação escolheu-se 4 dentes, entre os anteriores inferiores e
superiores de cada animal, e foram submetidos ao tratamento estabelecido para cada
grupo. (Fig. 2)
Os critérios dessa escolha foram: dentes íntegros (sem fratura, trincas,
desgastes), tamanho anatômico dental que permitisse o preparo da cavidade
padronizada.
Foram realizadas cavidades padronizadas, nos dentes com isolamento
absoluto, de forma circular no terço cervical, por meio de uma broca circular
diamantada em forma de roda (KG Sorensen No. 305) sob irrigação manual constante
de soro fisiológico, com uma seringa de 20 mL, durante todo o procedimento (Fig. 3).
O preparo de cada cavidade teve a duração media de 2 minutos. As cavidades tiveram
em média a profundidade de 1,5 mm, conforme o volume anatômico dental. Estas
cavidades foram consideradas profundas e bastante profundas (de 1 até menos de 0,5
Resultados
59
mm de remanescente dentinário), segundo as normas do GBPD (Grupo Brasileiro de
Professores de Dentística, 1997), já que se podia observar a polpa dental pela
transparência dentinária. Padronizou-se em cavidades profundas e bastante profundas
para que possa ocorrer uma inflamação como resposta pulpar, podendo assim o laser
ser absorvido com efetividade. Porém, em nenhum momento houve exposição pulpar
. A profundidade de cada cavidade foi aferida com sonda milimetrada durante o
preparo (Fig. 4).
Após a obtenção das cavidades estas foram restauradas na seguinte
seqüência: inicialmente foram forradas com uma camada de cimento provisório inerte
(Cavitec- Inodon) para isolar a parede dentinária do material restaurador (Cimento de
Ionômero de Vidro – Ionofil- Voco) e assim facilitar sua posterior remoção. A seguir,
inseriu-se o Cimento de Ionômero de Vidro que foi o material de escolha devido sua
propriedade de adesão à cavidade, o que garantiu maior tempo de permanência da
cavidade selada no meio bucal (Figs. 5 e 6).
Figura 2- Dentes anteriores superiores e inferiores de suínos jovens
Resultados
60
Figura 3 – Preparo cavitário classe V padronizado, onde se vê a broca em
forma de roda diamantada adaptada no motor.
Figura 4 - Aferição da cavidade com sonda periodontal milimetrada no dente anterior
superior de suíno.
Figura 5 - Cavidade com a superfície axial vedada com cimento provisório inerte.
Resultados
61
Figura 6 - Cavidade restaurada com Cimento de Ionômero de vidro sobre o cimento
provisório inerte.
4.5.3. Aplicação do laser
O laser escolhido foi o de baixa intensidade, tipo diodo semicondutor
(AsGaAl- arseneto de Gálio e Alumínio – MMOptics, São Carlos, SP, Brasil), com
comprimento de onda de 780 nm (infravermelho) e com potência de 70mW.(Fig. 1).
A potência foi devidamente aferida pelo medidor de potência Field Máster,
Coherent, Palo alto, Ca, EUA (ANEXO B).
O aparelho possui uma chave de segurança a qual era acionada no momento
de ligar o aparelho e ao desligar. No painel é possível visualizar todos os dados
referentes aos parâmetros operacionais escolhidos: potência variável de 10 a 70 mW,
tempo de irradiação de 10 segundos a 30 minutos.
A caneta de mão possui um sistema de lentes e uma fibra óptica que levam o
laser até o tecido alvo tocando a superfície dental. Ela possui um botão que foi
acionado no momento da aplicação. O cálculo da fluência aplicada foi dependente da
forma de aplicação realizada (pontual) e da área da ponta ativa do laser. Portanto,
uma ponteira cilíndrica especialmente projetada para irradiação em pequenas áreas
foi adaptada e usada para a aplicação do laser dentro do preparo cavitário. O cálculo
Resultados
62
da área da ponta , que geralmente é circular, foi realizado multiplicando o valor de p
(pi) pelo valor do raio elevado ao quadrado, ou seja, 3,14 X r
2
. Por meio dessa ponta
(com área circular de 0,0078 cm
2
,) conseguiu-se uma densidade maior de potência na
área irradiada quando comparada à ponta convencional (com área circular de 0,04
cm
2
). (Fig. 7).
As partes que tocaram o animal foram previamente protegidas com barreiras
tipo filme de pvc (Fig. 8 ).
Os óculos de proteção à luz laser foram usados por todos os participantes no
momento do experimento.
Os animais dos grupos experimentais E
1
e E
2
foram submetidos a três
aplicações do laser AsGaAl, com intervalos de 72 horas, sendo feita a primeira
aplicação 24 horas após a restauração. Em cada uma das aplicações, os animais foram
anestesiados para a remoção do material restaurador, aplicação do laser e restauração
da cavidade. Para a aplicação do laser nos Grupos E
1
e E
2
foram seguidas as
especificações do fabricante. Assim, para a fluência de 12.8 J/cm2 a potência foi de
10 mW por 10 segundos e para a fluência de 89.7 J/cm2, a potência foi de 70 mW por
10 segundos. Em todas as aplicações a ponta do laser tocou a parede dentinária axial
(Fig. 8) e a região do ápice dental, sobre a gengiva (Fig. 9).
Figura 7 - Ponta especial adaptada para aplicação do laser em pequenas áreas.
Resultados
63
Figura 8 - Aplicação do laser dentro do preparo, sobre a dentina
Figura 9 – Aplicação do laser na região apical, sobre a gengiva.
4.5.4
Remoção dos dentes
Após os 4 períodos pré determinados de 8 , 14 , 28 e 52 dias após o
preparo cavitário , os animais foram anestesiados da mesma forma descrita
anteriormente e sacrificados. Os dentes foram removidos em bloco com o
Resultados
64
processo alveolar, imediatamente imersos em formol a 4% e encaminhados para o
preparo das laminas (Fig. 10).
Figura 10 - Remoção em bloco do processo alveolar e os dentes tratados.
4.5.5 Preparo das lâminas histológicas
4.5.5.1 Preparo Laboratorial
No laboratório, a peça experimental foi descalcificada em acido nítrico a 5%,
cujo liquido foi substituído a cada 24 horas e a desmineralização total dos dentes
experimentados ocorreu em 15 dias. A seguir, os dentes foram desidratados,
diafanizados com xilol e incluídos em parafina. Os cortes foram realizados com 5 µm
de espessura no sentido sagital dos dentes, para que pudesse ser mais bem
visualizados a região entre a parede axial e a polpa dental.
A coloração empregada foi o Tricromico de Mallory.
4.5.5.2. Técnica de coloração empregada
Os corantes utilizados foram:
Fórmula do corante I : Fucsina ácida a 0,5%,
Fucsina ácida 0,5 g,
Água destila 100ml.
Fórmula do corante II: Orange G 2.0 g,
Resultados
65
Azul de anilina 0,5 g,
Ácido fosfomolibidico 1.0 g,
Água destilada 100ml
As lâminas foram coradas durante 1 minuto e 30 segundos no corante I ,
lavadas em água destilada e em seguida coradas com o corante II por 45 segundos.
4.5.6 Avaliação das lâminas.
Após a tramitação laboratorial de rotina, das 12 laminas preparadas de cada
dente suíno, escolheu-se 3 lâminas de acordo com a profundidade dos cortes
histológicos, a fim de padronizar e melhor visualizar a região polpa, dentina reacional
e preparo cavitário.
Foram realizados micromensurações da área alvo por meio dos cortes semi-
seriados de 5 µm com 25 µm de distância entre eles. A avaliação foi feita através de
um analisador de imagens KS 300 – Zeiss (Axion Vision -Germany) com aumento de
100 x. Em cada lâmina foram morfometradas as distâncias da parede axial do preparo
ate a superfície pulpar (DAP), a espessura da dentina reacional formada na região
subjacente à área axial do preparo cavitário (DR) e a espessura da dentina formada na
parede pulpar contra lateral (DRCL). Essas medidas foram realizadas por meio de
uma ferramenta do software, a qual permitia traçar uma linha sobre a área desejada,
medindo automaticamente a distância em micrometros.
Das três laminas avaliadas, foram realizadas 8 medidas do fator determinado
resultando em 24 medidas por lâmina e 72 medidas em cada dente do animal. Para os
3 dentes usados de cada animal, somaram-se 216 medidas resultando um total de
2.592 dados histológicos para os 36 dentes, dos 12 animais.
RESULTADOS
Resultados
67
5. RESULTADOS
Os dados obtidos estão agrupados nas Tabelas de 1 a 36 (APÊNDICE) que
deram origem às medias para cada grupo nos diferentes tempos (Controle, Fluência
de 12,8 J/cm
2
e 89,7 J/cm
2
) e estão contidas nas Tabelas 37, 38 e 39 (APÊNDICE).
O aspecto histológico da reação pulpar, do grupo controle e após a aplicação
do laser foram descritos morfologicamente e exemplificadas por meio das
fotomicrografias..
5.1. ANALISE HISTOLÓGICA DA REAÇÃO PULPAR DENTINA
REACIONAL.
5.1.1. Período de 8 Dias:
SUBJACENTE À PAREDE AXIAL
No controle de 8 dias após o preparo cavitário mostrou células inflamatórias
mononucleares na região subjacente ao preparo cavitário, vasos hiperemiados, edema
leve, camada de odontoblástos com padrão predominantemente poliédrico e discreta
alteração vacuolar. Continuando nas áreas adjacentes observou-se padrão fusiforme.
Presença de dentina reacional irregular, amorfa, com retenção de grupamentos
pulpares e eventualmente esboços de canalículos nas regiões mais profundas.
(Fig. 11. A e B)
Resultados
68
Figura 11 A. Controle, período 8 dias. Parede axial (PA), Polpa (P), Dentina
reacional (DR), Dentina (D), Camada Odontoblastica (CO) Nikon 100x.
B Mesma área com aumento de 200x Grupamentos pulpares (GP), Tric.
Mallory.
Quando aplicou - se a fluência de 12.8 J/cm
2
, no período de 8 dias,
observou-se o mesmo padrão inflamatório pulpar do controle. A dentina reacional
com maior espessura caracterizou-se pela presença de grupamentos pulpares, massa
amorfa, tendo padrão canalicular em evolução nas regiões mais internas próximo à
polpa. Evidencia assim, uma característica maior de tendência à regularização das
camadas mais profundas quando comparadas ao controle. (Fig. 12 A e B).
Figura 12 A Fluência 12,8 J/cm2, período 8 dias. Parede axial (PA), Polpa (P),
Dentina reacional (DR), Dentina (D). Nikon 100x, B Mesma área com
aumento de 200X, Grupamentos pulpares (GP), Canalículos (C).Tric.
Mallory.
P
D
PA
DR
A
B
GP
C
D
P
DR
PA
GP
CO
A
B
Resultados
69
Com fluência de 89.7 J/cm
2
após 8 dias, observou-se o mesmo padrão
inflamatório pulpar do controle.. A dentina reacional com menor espessura
apresentou qualidade semelhante ao controle, porem com menor retenção de
grupamentos pulpares e com esboço de arranjo canalicular na camada mais profunda.
(Fig.13 A e B).
Figura 13 A- Fluência de 89,7 J/cm
2
, período 8 dias. Parede axial (PA), Polpa (P),
Dentina reacional (DR), Dentina (D). Nikon 100x, ). B Mesma área com
aumento de 200X, Grupamentos pulpares (GP), Canalículos (C). Tric.
Mallory.
5.1.2. Período de 14 dias
SUBJACENTE À PAREDE AXIAL
No controle, após 14 dias, podem-se observar eventuais células
inflamatórias, leve edema, hiperemia, dentina reacional em faixa regular, com
canalículos predominantemente paralelos na região mais interna. (Fig. 14 A e B) .
Erro!
A
B
P
D
PA
DR
GPC
D
B
B
P
PA
DR
A
GP
C
Figura 14 A- Controle, período 14 dias. Parede axial (PA), Polpa (P),
Dentina reacional (DR), Dentina (D). Nikon 100x, B Mesma área com aumento de
200X, Grupamentos pulpares (GP), Canalículos (C).Tric. Mallory
Resultados
70
Com a fluência de 12.8 J/cm
2
após 14 dias, apresentou hiperemia discreta. A
dentina mantém sua evolução sempre tendendo a um aspecto mais regular quando
comparado ao controle, com canalículos predominantemente paralelos e camada de
odontoblástos em paliçada subjacente.( Fig. 15 A e B) .
Figura 15 A- Fluência de 12,8 J/cm
2
, período 14 dias. , Polpa (P), Dentina reacional
(DR), Dentina (D). Nikon 100x, B Mesma área com aumento de 200X,
Canalículos (C). Tric Mallory.
Com a fluência de 89.7 J/cm
2
após 14 dias, apresentou eventuais linfócitos e
hiperemia discreta, formação de dentina reacional mais regular quando comparada ao
controle e à fluência de 12.8 J/cm
2
. Manteve os padrões de formação de dentina com
alterações menos acentuadas e com canalículos dispostos predominantemente
paralelos na região mais interna sobre camada odontoblástica regular. (Fig.16 A e B)
Figura 16 –A- Fluência de 89.7 J/cm
2
, período14 dias, Polpa (P), Dentina reacional
(DR), Dentina (D), Canalículos (C), Grupamentos Pulpares (GP)- Nikon
100x B Mesma área com aumento de 200X, Canalículos (C), Camada
Odontoblástica regular (CO). Tric Mallory.
P
D
DR
A
B
C
P
D
DR
A
GP
C
B
CO
C
Resultados
71
5.1.3. Período de 28 dias
SUBJACENTE À PAREDE AXIAL
O controle após 28 dias mostrou a polpa com padrão habitual. A dentina
reacional exibe-se evolutiva à regular, com retenção de grupamentos pulpares em
regiões superiores e padrão dentinário típico, prevalecendo na região mais interna
junto à camada odontoblastica (regular).(Fig. 17.A e B)
Figura 17 A - Controle, período 28 dias,, Polpa (P), Dentina (D), Dentina reacional
(DR), Dentina Reacional Contra Lateral (DRCL), ) Nikon 100x. B
Mesma área com aumento de 200X, Canalículos (C), . Tric Mallory.
A fluência de 12.8 J/cm
2
após 28 dias, apresentou um aspecto estrutural
semelhante ao Grupo Controle, com padrão dentinário reacional evolutivo à
regularização, salientando-se a predominância de arranjo dentinário típico.
Grupamentos pulpares são detectados nas áreas superficiais, próximas à dentina
primaria. A camada odontoblastica apresenta-se regular. (Fig. 18 A e B) .
P
D
DR
A
B
C
DRCL
CO
D
DR
A
B
GP
C
P
GP
Figura 18 A . Fluência de 12,8 J/cm
2
, período 28 dias. Polpa (P), Dentina
reacional (DR), Dentina (D), Grupamentos Pulpares (GP), Camada
Odontoblastica (CO). Nikon 100x. B Mesma área com aumento de
200X, Canalículos (C), Grupamentos Pulpares (GP),. Tric Mallory.
Resultados
72
Com fluência de 89.7 J/cm
2
após 28 dias, mostrou aspecto estrutural
semelhante aos outros dois grupos experimentais com qualidade final de dentina
reacional direcionada para o padrão dentinário típico. Grupamentos pulpares foram
observados em regiões junto à dentina primaria. (Fig. 19 A e B).
Figura 19 A. Fluência de 89,7 J/cm
2
, período de 28 dias, Parede axial (PA), Polpa
(P), Dentina reacional (DR), Dentina (D), Grupamentos Pulpares (GP).
Nikon 100x. B Mesma área com aumento de 200X, Canalículos (C), (DR)
e (D). Tric Mallory.
5.1.4. Período de 52 dias
SUBJACENTE À PAREDE AXIAL
No controle após 52 dias, a evolução é semelhante às laminas do período
anterior, salientando-se a regularidade canalicular nas regiões mais internas junto a
polpa. A camada odontoblastica manteve-se regular. Quanto mais próxima à parede
axial do preparo cavitário, observou-se o padrão reacional mais irregular da dentina,
ou seja, menos canalículos e mais grupamentos pulpares. (Fig. 20 A e B).
P
D
DR
A
B
GP
CO
C
P
D
PA
DR
A
B
GP
C
DR
D
Figura 20 A. Controle, período de 52 dias. Polpa (P), Dentina reacional (DR),
Dentina (D).- Nikon 100x. B Mesma área com aumento de 200X,
Camada Odontoblastica (CO), Canalículos (C), Grupamentos Pulpares
(GP). Tric Mallory.
Resultados
73
Com a fluência de 12.8 J/cm
2
após 52 dias, notou-se regularização da
camada dentinaria mais profunda, semelhante ao controle. A camada odontoblastica
manteve-se regular. Quanto mais próxima à parede axial, observou-se o padrão
reacional mais irregular da dentina, ou seja, menos canalículos e mais grupamentos
pulpares. (Fig. 21 A e B) .
Figura 21 A. Fluência 12.8 J/cm
2
–período 52 dias. Dentina reacional (DR), Dentina
(D).- Nikon 100 B Mesma área com aumento de 200X, Grupamentos
Pulpares (GP). Tric. Mallory.
Com fluência de 89.7 J/cm
2
após 52 dias, visualizou-se os mesmos padrões
observados aos 28 dias e semelhante aos outros dois grupos experimentais com
camada dentinaria mais interna regular. Odontoblástos em paliçada dispõem-se
regularmente. Quanto mais próxima à parede axial do preparo cavitário, observou-se
o padrão reacional mais irregular da dentina, ou seja, menos canalículos e mais
grupamentos pulpares. (Fig. 22 A e B)
Figura 22 A. Fluência de 89.7 J/cm
2
, período 52 dias. Polpa (P), Dentina reacional
(DR), Dentina (D). Nikon 100x. B Mesma área com aumento de 200X,
Canalículos (C). Tric. Mallory.
P
D
DR
A
B
C
CO
D
DR
A
B
GP
C
A
Resultados
74
5.2 ANALISE ESTATÍSTICA DOS RESULTADOS HISTOMÉTRICOS DA
DENTINA REACIONAL
As medias da variável, quantidade de dentina reacional, durante os 4
períodos estabelecidos, para as duas fluências utilizadas, está agrupada na Tabela 40.
Tabela 40- Quantidade de Dentina Reacional (µm) nos quatro períodos..
DRL DRL DRL
Grupo Controle 12,8 J/cm2 89,7 J/cm2
n 1
41,66 112.66 44,38
n 2
57.34 108.15 47,13
8 dias
n 3
50,72 116.31 43,13
n 1 65,75 162,83 22,24
n 2 50,24 130,76 55,66
14 dias
n 3 48,70 117,75 29,81
n 1 120,28 328,96 132,25
n 2 179,03 329,55 150,21
28 dias
n 3 159,24 317,70 167,87
n 1 173,65 337,33 191,27
n 2 290,73 245,8 289,68
52 dias
n 3 294,42 179,62 160,78
Estes dados foram submetidos a análise estatística. Assim, foi aplicado o
teste de normalidade e a distribuição amostral foi não normal. (Tabela 41
APÊNDICE). Procedeu-se à transformação para logaritmo dos dados. Sendo a
distribuição normal (Tabela 42 APÊNDICE) aplicou-se teste paramétrico Análise de
Variância, o que demonstrou haver o efeito estatisticamente significante para os
fatores: Fluências, Períodos e a interação da Fluência x Períodos, ao nível de P
0.05. (Tabela 43).
Resultados
75
Tabela 43 - Resumo da Analise de Variância para Dentina reacional (DR) -
Logaritmo dos dados.
Fonte de variação
Soma de quad. G.L Quad. Médios F Prob.Ho
Tratamento
0.8295 2 0.4148 41.13 0.000 % s
Tempo
2.5482 3 0.8494 84.23 0.000 % s
Interação
Trat. X Tempo
0.2718 6 0.0453 4.49 0.375 % s
Resíduo
0.2420 24 0.0101
Variação total
3.8915 35
s = estatisticamente significante
Para identificar onde ocorriam as diferenças utilizou-se o teste complementar
de Tukey. Isto é :
a) Fator Fluência
Analisando a Tabela 44 de medias (µm) da dentina reacional para o fator
Fluência, verificou-se o efeito significante do mesmo sobre a variável estudada.
Assim, a quantidade media de dentina reacional formada, quando aplicada a fluência
89,7 J/cm
2
, foi estatisticamente igual ao grupo controle (letras iguais) e menor que a
quantidade promovida pela aplicação da fluência 12,8 J/cm
2
.
O Gráfico 1 foi confeccionado com as medias originais da dentina reacional
formada.
Tabela 44 - Medias da dentina reacional (dos valores originais e do logaritmo) para o
fator Fluência.
Grupos
Originais(µm)
Logaritmos
Controle
127.64 1.999 a
Laser 12.8 J/cm2
207.30 2.271 b
Laser 89.7 J/cm2
111.20 1.916 a
Valor critico de Tukey: = 0.10241
Resultados
76
Gráfico 1- Comportamento da dentina reacional formada em função dos Tratamentos
b) Fator Período
Analisando o fator Período de tempo, isoladamente, verificou-se que no 8º.
dia, a formação de dentina reacional foi estatisticamente igual a 14 dias (letras
iguais). Nestes períodos (8 e 14 dias), a quantidade de dentina reacional foi menor
que aos 28 dias e 52 dias, sendo nestes últimos ( 28 dias e 52 dias) estatisticamente
iguais entre si. (Tabela 45).
O Gráfico 2 foi confeccionado com as medias originais para melhor
visualização.
Tabela 45- Medias da dentina reacional (valores originais e logaritmo) para o fator
Período.
Período
Original(µm)
Logaritmo
8 dias
69.08 1.799 a
14 dias
75.97 1.796 a
28 dias
202.45 2.288 b
52 dias
240.36 2.366 b
Valor critico de Tukey : logaritmo = 0.14807
Resultados
77
Gráfico 2 - Comportamento da Dentina reacional formada em função dos
Períodos.
c) Interação Fluência x Período
O efeito desta interação foi significante na quantidade de dentina reacional
formada. De acordo com a Tabela 46 e analisando no sentido das colunas, nos
períodos de 8 dias, 14 dias e 28 dias, o grupo submetido à fluência de 12,8 J/cm
2
apresentou maior media de quantidade de dentina reacional quando comparado ao
grupo controle e ao grupo submetido a 89,7 J/cm
2
. Enquanto que estes determinaram
comportamentos estatisticamente semelhantes entre si.
No sentido das linhas, E
0
(grupo controle), E
1
(12,8 J/cm
2
) e E
2
(89,7 J/cm
2
tiveram o mesmo comportamento nos tempos de 8 dias e 14 dias, os quais foram
estatisticamente iguais entre si, assim como nos tempos 28 dias e 52 dias , que por
sua vez, foram semelhantes estatisticamente. Pra melhor visualização deste
comportamento confeccionou-se o Gráfico 3 com as médias originais da tabela 47.
Resultados
78
Tabela 46 – Medias da dentina reacional para a Interação Fluência x Período
(logaritmo).
8 dias 14 dias 28 dias 52 dias
controle
1.694 1.735 2.178 2.390
Laser 12,8
2.050 2.133 2.512 2.391
Laser 89,7
1.651 1.522 2.174 2.316
Valor critico de Tukey : Log = 0.29592
Tabela 47 - Medias e Erro Padrão da Dentina Reacional (µm) para a interação
Fluência x Período.
Controle EP 12,8J/cm
2
EP 89,7J/cm
2
EP
8 dias
49,90 7,87 112,37 4,08 44,88 2,04
14 dias
54,89 9,43 137,11 23,20 35,90 17,52
28 dias
152,85 29,89 325,40 6,67 150,11 17,81
52 dias
252,93 68,68 254,25 79,19 213,91 67,36
Gráfico 3 - Médias de dentina reacional (µm) para a Interação Fluência x Período.
5.3 ANALISE ESTATÍSTICA DOS RESULTADOS HISTOMÉTRICOS
DA DENTINA REACIONAL CONTRA LATERAL (DRCL).
A Tabela 48, a seguir, mostra todos as medias dos dados da Dentina
reacional contra lateral nos 4 tempos.
8 dias 14 dias 28 dias 52 dias
Resultados
79
Tabela 48- Quantidades da Dentina Reacional Contra Lateral (µm) dos tratamentos,
nos 4 tempos.
Distancia 8 dias 14 dias 28 dias 52 dias
DRCL
Controle
9,28
17.93
8,12
13.55
12.84
14.20
10,14
27,56
18,34
22,56
18,56
12,84
DRCL
12,9 J/cm
2
9,96
17,67
20,45
20.85
11.58
13.06
20,48
24,17
31,84
45.00
36,58
15,80
DRCL
89,7 J/cm
2
37,41
13,71
24,56
20.08
6.77
10.33
20,87
4,44
19,02
37,26
6,70
15,14
Os dados da quantidade de dentina reacional contra lateral formada no lado
oposto ao da polpa onde foi direcionada a luz laser foram submetidos a teste de
aderência à curva normal e a distribuição amostral foi normal (Tabelas 49
APÊNDICE). A análise de variância não mostrou diferença significante entre as
Fluências, Controle, Períodos e para a interação (Tratamento x Períodos). (Tabela
50: 51, 52 e 53)
Tabela 50 – Resumo da Análise de Variância para Dentina reacional contra-lateral
Fonte de variação Soma de quad. G.L Quad. Médios F Prob.Ho
Períodos
439.922226 3 146.6409 1.83 16.752 % ns
Tratamentos
282.8896 2 141.4448 1.77 19.112 % ns
Interação
Tempo x Tratam.
564.1998 6 94.0333 1.17 35.261 % ns
Resíduo
1922.2506 24 80.0938
Variação total
3209.2627 35
ns = não significante
Resultados
80
a) Fator Fluência
Na tabela 51 constam as médias de dentina reacional contra-lateral para o
fator Fluência, que de acordo com a análise de variância não teve um efeito
estatisticamente significante. O Gráfico 4 foi construído com as médias da tabela 51,
a seguir:
Tabela 51-: Médias de dentina reacional contra-lateral (µm) para o fator Fluência.
Controle Laser 12.8 J/cm2
Laser 89.7 J/cm2
15.49333 22.28667 18.02417
Gráfico 4 – Comportamento da dentina contra-lateral para o fator Fluência.
b)Fator Período
As médias de dentina reacional para o fator Período constam na tabela 52 que
também demonstrou não ter efeito significante.
Tabela 52- Médias de dentina reacional contra-lateral(µm) para o fator Período.
8 dias 14 dias
28 dias 52 dias
17.67 13.69 19.65 23.38
Resultados
81
O Gráfico 5 foi construído com as médias da tabela 52.
Gráfico 5 – Comportamento da dentina contra-lateral para o fator Período.
c) Interação Fluência x Período
Na Tabela 53 e no Gráfico 6 podemos visualizar as medias e o erro padrão da
referida tabela.
Tabela 53- Medias e Erro padrão da Dentina Reacional Contra-Lateral (µm) para
interação Fluência x Período.
Controle EP 12,8J/cm
2
EP 89,7J/cm
2
EP
8 dias
11,77 5,36 16,02 5,43 25,22 11,86
14 dias
13.53 0.68 15,16 4,98 12,39 6,89
28 dias
18.68 8.71 25,49 5,79 14,63 8,85
52 dias
17.98 4,.88 32,46 15,02 19,70 15,78
Resultados
82
Gráfico 6- Medias e Erro padrão da dentina reacional contra lateral.
Resultados
83
ANALISE COMPLEMENTAR DA DISTÂNCIA DA PAREDE AXIAL
À POLPA (DAP)
Considerando a importância da padronização da profundidade do preparo
cavitário na resposta pulpar e consequentemente na formação de dentina reacional,
realizou-se a histometria dessas distâncias.
A Tabela 54 mostra todos as medias dos dados das distâncias das paredes axiais até a
polpa, em todos os tempos.
Tabela 54- Medias das profundidades (µm) dos preparos cavitários, nos 4 períodos.
Distancia 8 dias 14 dias 28 dias 52 dias
Controle
403,22
392,72
425,98
470,63
400,61
416,15
403,38
490,65
419,85
435,90
489,13
389,53
12,9 J/cm
2
567,41
489,04
451,83
602,23
605,25
586,66
690,00
383,67
240,42
398,86
419,24
454,02
89,7 J/cm
2
630,11
443,71
605,91
736,73
594,54
292,25
517,23
426,30
551,51
410,45
650,04
505,30
Os dados foram submetidos ao teste de normalidade (Tabela 55, APÊNDICE) e a
análise de variância (Tabela 56), cujos resultados não foram estatisticamente
significantes. Portanto pode-se considerar que as profundidades de todas as cavidades
realizadas foram semelhantes.
Resultados
84
Tabela 56 Resumo da Análise de Variância para a Profundidade da cavidade.
Fonte de variação Soma dos quadrados GL Quad.Medios F Prob.Ho
Fluência
637150000 2 31857.50000 2.98 6.306 % ns
Resíduo
352665.0000 33 10686.8184
Variação Total
416380.0000 35
ns = não significante
a)
Fator Fluência
As medias das profundidades de todas as cavidades em função do tratamento
foram resumidas na Tabela 57. Nota-se a diferença de apenas 102,2µm (0,10 mm)
entre a menor (Controle) e a maior (Fluência de 89.7 J/cm
2
) media das profundidades
das cavidades. De acordo com os resultados podemos classificar as cavidades em
profundas e bastante profundas pois possuem de 1,0mm a menos de 0,5 mm de
remanescente dentinário. O Gráfico 7 foi construído com as médias da tabela 57.
Tabela 57– Medias das Distâncias (µm) para o fator Fluência.
CONTROLE LASER 12,8 J/cm
2
LASER 89,7 J/cm
2
428,14 µm 490,71 µm 530,34 µm
1mm = 1000 µm
Gráfico 7 – Médias da Distâncias para o fator Fluência.
DISCUSSÃO
Discussão
86
6. DISCUSSÃO
A distancia da parede axial do preparo cavitário em relação à polpa dental é
um fator importante de discussão inicial. Ela poderá influir na intensidade de
estimulação dos odontoblástos para a formação de dentina reacional. Dentina e polpa
são estruturas intimamente relacionadas. Portanto, fez-se necessário neste trabalho,
uma analise complementar histométrica dessas distancias.
A necessidade e a dificuldade de padronização da profundidade, nos preparos
de classe V em modelos vivos, é um fato. Talvez essa dificuldade possa ser um dos
fatores para a escassez de trabalhos com aplicação do laser sobre dentina. Se forem
comparadas cavidades de diversas profundidades, a resposta pulpar será diferente em
função da intensidade da injuria e a aplicação do laser poderá resultar em respostas
fisiológicas diferentes.
De acordo com a metodologia usada nessa pesquisa, só foi possível saber com
exatidão a profundidade do preparo cavitário, ou seja, a medida em micrometros da
distância entre a parede axial e a polpa, após o sacrifício dos animais e a extração dos
dentes. Tabela 54.
Quanto maior a distância entre o assoalho pulpar e a polpa (cavidade rasa),
mais protegida estará a polpa e a reação pulpar será pequena. Quanto mais profundo o
preparo cavitário, maior a reação inflamatória produzida na polpa, considerando um
estimulo dentro dos padrões funcionais. A dentina é um excelente isolante térmico e
em geral, 2 mm de dentina primaria é suficiente para proporcionar uma barreira
protetora contra os traumatismos das técnicas de corte. A polpa é mais susceptível a
injúria em áreas preparadas sobre dentina sadia, devido a ausência de dentina
reacional que atua como uma barreira protetora adicional (MONDELLI, 1998).
Observava-se clinicamente e pôde-se concluir por meio de pesquisas mais
recentes, que se o laser de baixa intensidade for aplicado em órgãos, em condições de
normalidade (sem inflamação ou alterações fisiológicas), nenhum beneficio
terapêutico, clínico ou histológico será encontrado (KARU, 1989; EL SAYED e
DYSON, 1990; HEIN et al., 1992).
Há conclusões que somente culturas de células com crescimento retardado
(em condições de estresse) podem ser estimuladas com a irradiação (KARU,1997).
Supõe-se que as células sensíveis à luz dessas culturas deficientes, consigam o estado
Discussão
87
metabólico necessário para que a divisão celular possa ser estabilizada e que a
irradiação proporciona a obtenção desse estado de atividade (KARU, 2000).
Os fótons do laser infravermelho são absorvidos pelas células através da
membrana celular, produzindo estimulação ou inibição de atividades enzimáticas e de
reações foto-químicas. Essas ações determinam alterações foto-dinâmicas em
cascatas de reações e em processos fisiológicos com resultados terapêuticos
(LUBART et al., 1992, 1995, 1996,1997).
Clinicamente esses processos podem manifestar-se de 3 maneiras
(ALMEIDA-LOPES, 2003). Inicialmente aumentam o metabolismo celular (KARU
et al., 1989, 1995; ROCHKIND, 1989; BOLTON et al., 1995), ou aumentam a síntese
de endorfinas, diminuindo a liberação de transmissores nosciceptivos, resultando em
ação estimulativa e analgésica dessa terapia (ATAKA et al., 1989). O aumento do
fluxo sanguíneo e a drenagem linfática são fatores de ocorrência indireta, diminuindo
o edema e a hiperemia, resultado da ação mediadora do laser na inflamação
(MEDRADO et al., 2003). Posteriormente observamos seu efeito terapêutico
ativando o sistema imunológico, prevenindo infecções (OHTA et al., 1987; TUNER e
HODE, 1999).
Portanto a terapia laser de baixa intensidade está indicada essencialmente
quando o tecido alvo e adjacências estão injuriados (em desordem funcional como
queda do pH, ausência parcial de oxigênio ou lesão tecidual) e o organismo está
inapto a reagir (BAXTER, 1997).
As distâncias da parede axial até a polpa, de todas as cavidades do
experimento (Controle, Fluência de 12.8 e 89.7 J/cm
2
) foram estatisticamente
semelhantes. Tabela 56.
A diferença entre as medias das profundidades das cavidades avaliadas no
Controle e nas duas Fluências foi de 0,10 mm. Tabela 57. Essa diferença ocorreu
devido à forma anatômica dos dentes dos animais, já que a profundidade do preparo
cavitário foi padronizada por meio de broca. Portanto, a profundidade das cavidades
deste trabalho, pode ser considerada padronizada como cavidades profundas e
bastante profundas. Foi didaticamente definida (GBPD, 1997), a medida de 0,5 até
1,0 mm de remanescente dentinário entre parede axial e polpa para cavidades
Discussão
88
profundas. Para as bastantes profundas foi designada a medida de 0,5 mm ou menos
de dentina remanescente entre a parede axial e a polpa. Gráfico 7.
As medidas individuais das distâncias Tabelas de 1 a 36 (APÊNDICE) e as
medias das repetições (n1,n2 e n3) vistas na Tabela 54, nunca ultrapassaram o limite
de 1,0 mm designado para definir cavidades profundas. Nenhuma cavidade expôs a
polpa mas foram estimuladas a uma resposta pulpar reparativa. O valor médio
máximo medido foi de 736,73 µm.(0,73 mm) e o valor mínino foi de 240,42 µm
(0,24 mm).
A dentina é estimulada naturalmente a se defender, produzindo dentina
reacional, diante de estímulos que fiquem dentro dos parâmetros funcionais (menos
intensos e de curta duração), como a pressão e o calor friccional gerados da
dessecação prolongada na dentina, vibrações mecânicas produzidas inadvertidamente
pelos instrumentos utilizados no preparo cavitário, aquecimento provocado pela luz
halógena do foto ativador, caries e outros. À essas agressões podem se somar as
substâncias tóxicas oriundas dos materiais odontológicos (DABROWSKA et al.,
1997; MONDELLI, 1998; ARNOLD, 2001; COSTA, et al., 2003; COSTA e
MENDONÇA, 2004).
O laser de baixa intensidade infravermelho foi escolhido para ser utilizado
neste trabalho devido a sua maior penetração na intimidade dos tecidos do que o laser
vermelho, entretanto sua eficácia terapêutica não depende só do nível de penetração,
mas da interação da luz com o tecido (KARU, 1993; ALMEIDA-LOPES, 2004).
No presente estudo, a quantidade de dentina reacional depositada subjacente
à parede axial do preparo cavitário, foi semelhante ao teste de Tukey, entre a fluência
de 89.7 J/cm
2
e o Controle. Diferiram da fluência de 12.8 J/cm
2
, pois esta estimulou
maior quantidade de dentina reacional. Tabelas 43, 44 e Gráfico 1.
Considerando a profundidade das cavidades uma constante, houve formação
de dentina reacional em todos os grupos. A maior velocidade de dentina reacional
formada com a fluência de 12.8 J/cm
2
, foi notada também no padrão histológico da
dentina reacional. O padrão dentinário é o mesmo quando comparado ao Controle, ou
seja, apresentou grupamentos pulpares, massa amorfa, canalículos irregulares
esparsos e dentina regular (ortodentina). Assim com o passar do tempo, a tendência à
regularização das camadas mais profundas como ortodentina (aspecto semelhante à
Discussão
89
dentina primaria de dente sadio) foi mais precoce quando comparada ao Controle. O
estimulo da fluência de 12,8 J/cm2 e 10 mW, foi suficiente para ativar a atividade
odontoblastica até o 28º.dia.
Ainda que tenha produzido dentina reacional com maior velocidade, a
Fluência de 12.8 J/cm
2
conseguiu melhorar em tempo menor, o padrão fisiológico da
dentina nas regiões mais profundas, próximas à polpa, quando comparada ao
controle.
Segundo autores, essa predominância de arranjo canalicular tendendo ao
padrão estrutural normal da dentina, mostra comportamento habitual da polpa. ( LIA
et al., 2002).
Quando comparadas histologicamente as duas fluências, a correspondente a
12.8 J/cm
2
, apresentou evolução mais lenta na resposta fisiológica com características
dentinárias estruturais normais (ortodentina). A fluência de 89,7 J/cm
2
, manteve os
padrões de formação dentinaria reacional com alterações menos acentuadas,
apresentando menos retenção de grupamentos pulpares, com tendência direcionada
mais precocemente na resposta tecidual com características estruturais normais, bem
evidenciada já aos 28 dias. A fluência alta não interferiu negativamente na formação
de dentina reacional, pois sua velocidade foi estatisticamente semelhante ao controle.
Os resultados histológicos sugerem que o choque inicial provocado pela
fluência alta foi suficiente para inibir, nos periodos iniciais, a atividade
odontoblastica, mas não influenciou de forma significativa a atividade funcional do
odontoblástos. Dessa forma, as características estruturais da dentina reacional com
evolução reparativa mantiveram-se semelhante ao grupo controle em relação à
quantidade de dentina reacional e com qualidade relativamente melhor, considerando-
se a precocidade na formação de ortodentina..
Vários trabalhos na literatura mostraram que fluências muito altas inibem a
proliferação de linfócitos com laser de baixa intensidade e fluência de 10.8 J/cm
2
;
(OHTA et al.,1987) e também com fluências de 130 a 150 J/cm
2
usando laser de
argônio em baixa intensidade (AL-WATBAN e ZHANG, 1995). Há inibição de
cicatrização de feridas usando 1.45 J/cm
2
, quando comparadas a 0,18 e 0,54 J/cm2
(LOWE et al.,1998) e há sugestão de que quanto maior a dose de energia aplicada
Discussão
90
(acima de 15 J, equivalentes a 15 J/cm
2
), menor a bioestimulação de fibroblastos de
gengiva humana usando o laser de baixa intensidade ( ALMEIDA-LOPES, 2003).
Corrobora também com esses resultados PARIZOTTO (1998),
demonstrando que a aceleração do processo de bioestimulação do colágeno com laser
de baixa intensidade (HeNe- 6 mW) é dependente da fluência, ou seja, com 5 J/cm
2
conseguiu melhores resultados quando comparou a uma fluência alta de 50 J/cm
2
e
outra muito baixa de 0,5 J/cm
2
. Sugeriu que o laser atua na matriz extracelular
promovendo alterações na estrutura fibrilar, que ocorre a partir da interação do campo
eletromagnético coerente com a molécula de colágeno.
Assim, como a distribuição celular; as fibras colágenas estão presentes no
tecido pulpar (AVERY, 1978) e os trabalhos sugerem que cada tecido tem sua
fluência estimuladora e inibitória ( ALMEIDA-LOPEZ, 2003).
Na hipersensibilidade dentinária, a terapia laser operando no infravermelho
promove a repolarização celular através da mudança nos meios intra e extracelular e
esse mecanismo de ação é dependente da quantidade de canalículos dentinários,
assim como da quantidade de liquido contido no seu interior ( DONATO e BORAKS,
1993).
A fluência alta formou dentina reacional mais lentamente quando comparada
à fluência de 12.8 J/cm
2
. A Fluência de 89,7 J/cm
2
pode ser o limite para a inibição da
formação de dentina reacional em cavidades profundas.
Pesquisa recente (GODOY, 2003), esta de acordo com os resultados
histológicos citados, uma vez que aplicou laser de GaAlAs de 660nm, 2 J/cm
2
e 30
mW em apenas uma sessão, sobre dentina humana de cavidades profundas, sem
exposição pulpar. Sugeriu que o grupo irradiado quando comparado ao controle em
28 dias, apresentou prolongamentos odontoblásticos em maior contato com a matriz
extracelular e que as fibras colágenas apresentaram-se mais agregadas e organizadas
assemelhando-se à histologia do dente sadio. Concluiu que esses resultados indicam
uma aceleração na recuperação das estruturas dentarias a nível de pré-dentina
coincidindo com os resultados da presente pesquisa.
Em relação a aceleração na produção de dentina reacional proporcionada
pela fluência de 12,8 J/cm
2
outro autor (UTSUNOMIYA, 1998), também conseguiu
estimulação dos odontoblastos acelerando o fechamento da ferida pulpar de cães, com
Discussão
91
laser de baixa intensidade de 830 nm, fibra óptica de 0,6 mm de diâmetro, irradiando
durante 3 minutos, com potencia de saída de 300 mW e 105,9 J/s/cm
2
, quando
comparado ao controle. Observou ponte dentinaria mais rapidamente (1 semana após
a operação), juntamente com a presença de lecitinas e colágenos que também foram
acelerados em relação ao controle. O autor citado usou um laser de media intensidade
e uma fluência extremamente alta, simulando uma situação clínica de
descontaminação dentinária. Para fins comparativos com a presente pesquisa, fez-se a
transformação da fluência dada pela energia por área (J/cm
2
): Dose = Potência x
Tempo/ Área, ou seja, 0,3 W x 180 seg / 0,002826.
Esses cálculos resultaram numa fluência aplicada de 19,1 x 10
3
J/cm
2
,
(191.08,28 J/cm
2
). Esses autores aplicaram o laser em contato com sangramento
pulpar, o que pode ter dispersado parte da luz penetrada, diminuindo sua eficiência.
Os parâmetros seguros de operação dos laseres devem ser escolhidos de acordo com a
situação clinica tratada, a forma aplicada e área da ponta do laser (LIZARELLI,
2003).
Na Tabela 40 pode-se ver a diferença na estimulação de dentina reacional
no 8º. dia após o preparo cavitário, com a Fluência de 12,8 J/cm
2
. Na Tabela 46 e 47 e
no Gráfico 3, pode-se acompanhar sua evolução até 28 dias.
Na presente pesquisa, discreto infiltrado inflamatório pulpar esteve presente
nos cortes histológicos observados tanto no controle quanto nas Fluências aplicadas.
Esses achados divergem dos resultados de outra pesquisa (BERTELLA, 2001) onde
não encontrou nenhum grau de inflamação pulpar após uma aplicação do laser de
baixa intensidade, no centro do preparo cavitário, com 650 nm, 30 mW, 1,8 J/cm
2
em
pré-molares humanos e 2,7 J/cm
2
em molares, sobre dentina de cavidades medias à
profundas e restauradas com cimento de policarboxilato. Nas cavidades onde
provocou uma exposição pulpar, observou ausência de inflamação ou inflamação leve
usando esses parâmetros. O controle, com exposição pulpar e sem aplicação do laser,
mostrou intenso infiltrado inflamatório. A explicação para esses resultados diferirem
da presente pesquisa, a qual apresentou cavidades profundas a bastante profundas,
pode estar em parte na dependência da profundidade dos preparos cavitários. O autor
usou cavidades medias a profundas. Quanto maior o remanescente dentinário, menor
Discussão
92
será a injuria pulpar e o laser nos parâmetros aplicados pode ter conseguido evitar
uma resposta inflamatória pulpar.
No entanto a comparação precisa desses trabalhos com a pesquisa
apresentada é dificultada devido aos parâmetros dos laseres aplicados, ou seja, a
metodologia na aplicação do laser que pode ser de forma pontual ou varredura,
contato ou não contato., as características técnicas do aparelho que podem diferir em
relação a potência máxima, se essa potência é fixa ou variável, a área da ponta ativa
da caneta de aplicação, comprimento de onda e a localização do ponto de focalização
do equipamento (LIZARELLI, 2003)
Visualizando os cortes histológicos pode-se deduzir que em função da alta
velocidade de formação da dentina reacional, com a fluência de 12.8 J/cm
2
, a
fisiologia celular não teve tempo para ter um comportamento tão regular, quando
comparada a 89,7 J/cm
2
.
De acordo com a Tabela 45 e Gráficos 2, a formação de dentina reacional
aumentou com o passar do tempo, tanto no Grupo Controle como nas Fluências.
Os períodos de 8 dias e 14 dias foram considerados semelhantes entre si,
pelo teste de Tukey, assim como 28 dias e 52 dias. Os períodos de 8 dias e 14 dias
diferiram estatisticamente dos outros dois períodos, pois apresentaram quantidades de
dentina reacional menor.
Com o passar do tempo, tanto o Controle quanto a Fluência de 89,7 J/cm
2
,
tiveram seus valores de dentina reacional aproximados aos da Fluência de 12,8 J/cm
2
.
A diferença calculada é de apenas 40,26µm (0,040 mm), entre as medias do Fator
Fluências no período de 52 dias (Tabela 47). A Fluência mais baixa teve uma
aceleração rápida inicial de formação de dentina reacional, mas com o passar do
tempo limitou-se aos níveis fisiológicos normais, semelhantes ao Controle e a
Fluência alta.
A primeira aplicação de luz foi feita 24 horas após o preparo cavitário, pois é
nessa fase que se observa aceleração dos processos de estimulação. Esse
procedimento está de acordo com autores (SMITH et al., 1992) que irradiaram alguns
dias após a injuria e não tiveram alteração significativa quando compararam os
tempos. Outros autores (DONATO e BORAKS, 1993 e BAXTER,1994), preconizam
que, 24 horas após o preparo cavitário profundo é o momento ideal para o efeito
Discussão
93
terapêutico do laser atuar, pois a polpa vai esboçar uma resposta inflamatória
adicionada ou não à dor. Nesse momento, o laser vai atuar num sistema debilitado,
estimulando-o a alcançar o estado de atividade normal (KARU, 2000).
Há um limite médio de crescimento especifico em todas as culturas celulares
de 0,80 h
-1
, o qual não é dependente da condição do crescimento e também não é
possível estimular a população celular que já está crescendo nessa media de
velocidade (KARU, 1989).
Depois da primeira aplicação, foram feitas somente mais duas, com
intervalos de 72 horas entre elas. Vários autores sugerem o período de 72 horas entre
as aplicações (GROTH, 1995; LIZARELLI e MAZETTO, 1998; VILLA et al., 2001;
MARSILIO,2003) e essa metodologia de aplicação realizada sobre a região cervical
vestibular e no ápice apical, sobre gengiva, obteve sucessos clínicos apresentados por
diversos autores (AUN, 1989; DONATO e BORAKS, 1993; VILLA et al., 2001;
LIZARELLI et al., 2001; LIZARELLI et al., 2003).
Os períodos de avaliação foram contados a partir da confecção do preparo
cavitário. Após 52 dias do preparo cavitário o grupo das Fluências e o Controle
retornaram ao equilíbrio fisiológico, sem inflamação, mostrando semelhança no teste
estatístico Tabelas 45, 46 e Gráficos 3 .
Após a primeira aplicação da fluência alta no dia seguinte ao preparo
cavitário, as outras duas aplicações não funcionaram mais como no limite para a
inibição.
Os resultados da presente pesquisa corroboram com as conclusões de
ALMEIDA-LOPES, 2004, quando diz que a fisiologia celular, a intensidade da
agressão , os parâmetros de luz aplicada e o numero das aplicações do laser podem
influenciar os resultados na estimulação celular .
Existem as diferenças individuais e determinados dentes podem requerer
maior numero de aplicações do laser para obter melhora na dor e ou na estimulação
da dentina reacional, dependendo do seu grau de alteração.
Autores mostraram uma pesquisa onde trataram dentes sensíveis em 3 e 4
sessões. Alguns dentes (4,29%) necessitaram de 5 sessões para perder a
hipersensibilidade. Segundo os autores o numero de sessões varia de acordo com a
Discussão
94
resposta do paciente (BRUGNERA Jr. et al., 1999). Em outra pesquisa clinica foram
necessárias até 6 sessões para atingir a cura ( MARSILIO, 2003).
Ambas as fluências tiveram comportamento melhor quando comparadas ao
controle. A fluência de 12,8 J/cm
2
acelerou a produção de dentina reacional, cujo
comportamento é excelente em casos clínicos de cavidades profundas e bastante
profundas para evitar a exposição e ou contaminação pulpar, quando aplicadas no
momento correto. A fluência de 89,7 J/cm
2
produziu dentina reacional em
quantidades semelhantes ao controle, mas mostrou-se precocemente mais estruturada
em relação à orientação dos canalículos e matriz dentinaria. Esse comportamento
apresentado pela fluência alta pode ter utilidade clinica, sendo indicado nos casos de
cavidades medias e rasas Portanto, clinicamente podem-se usar ambas as fluências,
dependendo do caso clinico apresentado. Em relação à quantidade de dentina formada
na parede oposta da polpa onde foi aplicado o laser, os resultados mostraram
semelhança entre Controle, Fluência 12,8 e 89.7 J/cm
2
, nos períodos avaliados
Tabelas 48, 50 e Gráficos 4, 5 e 6.
Histologicamente, as quantidades de dentina contra lateral foram praticamente
imperceptíveis e o padrão dentinário formado mostrou-se histologicamente de aspecto
habitual. O efeito sistêmico do laser não foi percebido nesses resultados, como
aconteceu nos trabalhos de diversos autores que aplicaram o laser em feridas
cutâneas, córneas, fissuras de pele e dores musculares. Esses autores observaram que
o lado tratado com laser teve melhora no processo de cura, mas o outro lado injuriado
e não tratado com laser, também melhorou quando comparado ao controle
(ROCHKIND, 1989; AIROKSINEN et al., 1989; SCHINDL et al., 1994; HALEVY,
S.et al., 1996). Nesses trabalhos, o lado contra lateral também estava injuriado, ou
seja, possuíam feridas ou dores em ambos os lados do mesmo animal. No caso da
presente pesquisa, apenas o lado onde o laser foi aplicado, foi realizado o preparo
cavitário e os fatores de crescimento liberados para a defesa pulpar, só estimularam
os odontoblástos do lado tratado. O laser, portanto só estimulou as células do tecido
em desequilíbrio, que sofreram a agressão.
O efeito sistêmico do laser, usando as duas diferentes fluências, com os
parâmetros propostos, mostrou alterações mínimas ou imperceptíveis na dentina
reacional do lado oposto, onde se focalizou a pesquisa. Ainda que, não sendo o
Discussão
95
propósito deste trabalho saber, se os tecidos adjacentes do lado contra lateral, que se
encontrava em desequilíbrio (inflamados), retornaram ao estado fisiológico celular.
De qualquer forma, o laser não interferiu negativamente no lado contra lateral.
Os resultados apresentados nessa investigação mostram claramente a
capacidade do laser de baixa intensidade em promover a formação rápida de dentina
reacional após aplicação sobre dentina em cavidades profundas Pela revista da
literatura está estabelecido que o mecanismo da luz laser de baixa intensidade
funciona como um gatilho, acelerando inicialmente a função celular. Dessa forma,
pode-se inferir que o laser auxilia no processo de desinflamação, na ativação rápida
do processo de formação da dentina reacional, como também diminuindo o tempo de
reparo do tecido pulpar, consequentemente promovendo um conforto analgésico após
preparos cavitários e ou na hipersensibilidade dentinária. Além disso, se o laser for
aplicado no momento devido e nos parâmetros aconselhados, a formação de dentina
reacional precoce proporciona maior segurança ao profissional em cavidades
profundas e bastante profundas, protegendo de uma contaminação ou até evitando
exposição pulpar, quando aplicado previamente nessas cavidades que serão
posteriormente curetadas para remoção da dentina contaminada. Essa pesquisa vem
colaborar para encontrar diferentes fluências para diferentes situações clinicas.
Pesquisas em andamento buscam não só a fluência adequada, mas também a potencia
correta para a estimulação dos odontoblástos, fibroblastos, fibras colagenas,
osteoblastos, etc.... O laser de baixa potência pode substituir ou complementar
terapias na clinica odontológica como sugerem os autores (TUNER e HODE, 1999;
CRISCI, 2002; ALMEIDA-LOPES, 2004 )
Clinicamente o laser de baixa intensidade apresenta resultados positivos.
Entretanto, para refinar os protocolos e indicações, existe a necessidade de fixação e
padronização das fluências, comprimento de onda, numero de aplicações e intervalos
entre elas, alem de mais pesquisas para obter uma população amostral bem confiável.
7. CONCLUSÃO
7. CONCLUSÃO
De acordo com a metodologia usada, avaliando a formação de dentina
reacional formada e a dentina contra lateral, em função da aplicação de duas fluências
de laser, observadas em quatro tempos, podemos concluir que:
1- A polpa tem capacidade de acelerar a formação de dentina reacional aplicando o
laser de baixa intensidade de 780 nm usando 12,8 J/cm
2
, 10 mW durante 10
segundos.
2- A fluência de 12.8 J/cm
2
acelerou a produção de dentina reacional mais
rapidamente, até 28 dias, quando comparada à fluência de 89.7 J/cm
2
e ao
controle.
3- A fluência de 89,7 J/cm2 teve comportamento semelhante ao controle em todos
os tempos estudados.
4- Aos 52 dias, os três grupos experimentais retornaram ao equilíbrio fisiológico
celular, tornando-se semelhantes em relação à produção de dentina reacional.
5- A dentina formada na região contra lateral à aplicação do laser aumentou de
forma semelhante nos 3 grupos.
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Profissionalizante Lasers em Odontologia) – Instituto de Pesquisas Energéticas e
Nucleares, Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
APÊNDICE
APÊNDICE
As tabelas de 1 a 36 mostram os números originais em micrometros da análise
histológica de cada lâmina (1, 2 e 3), em cada dente (N1, N2 e N3) de cada animal (12).
Tabela 1- Animal - 74“N1”- Controle 8 dias.
Laminas N1 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
356.40
360.00
349.80
371.20
371.20
358.60
391.70
402.30
403.50
403.5
412.90
435.10
423.20
423.20
423.20
435.10
435.10
422.00
412.90
435.10
435.10
402.10
407.10
407.10
DRL
39.21
41.48
41.48
42.39
33.81
38.38
41.48
39.21
36.97
36.73
40.03
47.69
33.01
31.55
49.50
44.29
43.01
46.05
47.69
43.76
40.03
57.68
38.38
46.05
DRCL
14.76
7.28
12.43
2.43
4.28
12.14
7.28
7.11
15.54
12.14
4.28
4.28
12.43
2.43
10.00
9.0
8.75
10.00
16.00
10.79
6.73
10.00
16.69
9.79
Tabela 2- Animal - 74“N2”- Controle8 dias.
Laminas N 2 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
423.40
424.50
427.10
430.40
431.60
437.00
419.20
415.00
357.30
356.40
357.60
359.40
363.40
358.90
354.60
353.50
423.00
403.20
398.50
376.20
376.20
356.40
415.80
406.70
DRL
47.00
39.30
42.70
46.00
43.30
43.30
46.90
42.70
56.82
97.72
79.36
90.20
91.50
86.02
99.78
60.68
49.20
45.10
45.10
40.70
43.60
46.40
46.40
46.40
DRCL
20.90
15.10
19.08
17.16
17.20
20.01
16.02
18.09
18.48
18.50
17.10
17.80
19.20
16.02
10.09
18.05
18.50
20.21
17.09
22.90
24.10
15.77
16.01
17.10
Tabela 3- Animal - 74“N3”-8 dias.
Laminas N3 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
432.50
445.20
472.10
450.30
446.30
432.50
430.00
432.50
406.10
412.50
412.50
398.00
376.50
376.50
407.10
415.00
465.20
463.10
460.00
421.00
427.30
427.30
407.10
407.10
DRL
50,04
50,68
43,01
64,26
50,68
32,38
43,01
36,08
35,34
65,35
39,21
57,13
67,13
65,94
52,40
51,43
34,07
36,73
43,96
80,10
53,45
55,88
50,97
58,25
DRCL
12,14
8,75
3,43
4,85
4,85
5,43
9,71
10,85
8,75
13,07
12,14
14,15
10,85
10,01
5,43
6,87
3,43
7,68
10,01
5,43
7,68
4,85
7,28
7,28
Tabela 4- Animal - 75“N1”- 8 dias
Laminas N1 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
433,37
434,49
437,44
444,98
448,50
451,46
483,81
528,71
429,62
444,17
449,03
453,88
470,88
538,84
541,26
553,40
424,82
429,67
434,53
439,43
451,62
512,60
512,53
546,31
DRL
60,73
63,11
65,53
65,53
68,13
72,98
84,95
97,12
19,57
23,03
41,26
41,33
46,69
53,40
58,25
60,68
53,40
60,68
60,68
60,87
87,38
97,12
116,73
119,03
DRCL
9.71
4.85
4.01
4.85
16.70
13.80
22.30
21.10
7.28
4.00
19.57
7.68
7.68
19.70
10.01
19.02
7.08
6.05
9.05
9.70
10.10
18.02
10.05
10.00
Tabela 5- Animal- 75“N2”- Controle 14 dias.
Laminas N 2 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
411,57
421,19
415,02
420,29
423,28
414,22
412,26
409,88
405,46
415,16
395,64
402,92
398,09
402,92
412,63
427,21
366,54
373,79
359,30
364,09
376,34
367,66
398,06
420,15
DRL
44.29
44.75
47.13
48.36
49.50
49.09
49.50
51.89
48.52
48.54
53.45
48.54
50.97
46.19
53.62
53.40
50.97
55.83
50.97
58.25
50.97
53.40
46.67
50.97
DRCL
10.01
7.28
14.28
14.76
9.71
9.71
14.85
5.14
9,71
14,85
19.71
4.85
17.28
10.01
14.77
14.30
17.28
19.77
15.00
14.50
11.01
7.30
17.20
15.01
Tabela 6- Animal - 75“N3”- Controle 14 dias.
Laminas N3 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
407.69
416.06
428.10
428.41
410.94
412.78
422.43
410.37
410.20
407.77
412.62
402.98
412.63
417.73
400.49
407.77
418.90
420.79
423.65
422.71
422.25
422.71
435.08
412.71
DRL
21,84
31,65
33,98
55,88
58,45
60,73
58,25
55,88
21,84
31,65
33,98
55,88
58,45
60,73
58,25
55,88
39,14
50,97
43,76
50,97
46,12
53,45
63,15
67,96
DRCL
10.01
17.29
7.90
9.50
10.30
7.80
12.76
14.01
9,41
14,76
12,14
14,56
14,56
20,02
9,71
7,28
9,71
14,56
21,84
19,42
12,38
26,81
19,42
14,56
Tabela 7- Animal - 100“N1”- Controle 28 dias.
Laminas N1 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
349.00
356.40
356.40
372.20
388.00
407.10
402.50
402.50
402.00
413.50
426.40
426.40
407.10
402.50
402.50
432.60
407.10
412.60
412.00
423.70
431.10
406.50
406.50
432.60
DRL
82.42
104.79
120.09
129.53
124.26
96.63
103.77
145.67
109.01
111.89
111.39
120.09
138.37
137.41
112.83
150.11
126.42
131.16
123.88
114.18
101.97
131.16
126.24
133.52
DRCL
10.30
7.40
7.40
6.80
6.50
6.50
4.90
10.50
7.80
7.80
10.50
12.30
12.30
6.40
5.50
6.40
14.30
15.00
12.60
12.60
14.80
14.80
13.90
16.10
Tabela 8- Animal - 100“N2”- Controle 28 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
560.87
573.14
580.34
597.26
604.76
611.65
623.83
633.61
438.62
450.34
467.48
488.13
503.59
523.48
525.89
556.59
332.67
337.79
349.83
363.02
379.95
398.66
428.73
445.47
DRL
189.96
179.61
194.19
191.76
199.04
216.51
223.31
230.79
178.84
176.70
178.97
178.84
158.51
168.18
162.26
185.25
107.78
134.26
156.13
167.19
179.27
181.39
185.18
181.96
DRCL
21.84
31.55
21.84
29.13
26.81
26.81
31.92
34.33
23.03
22.38
26.25
31.65
31.65
33.01
28.31
32.65
26.14
21.98
25.34
33.67
27.67
23.03
28.31
23.03
Tabela 9- Animal - 100 “N3”- Controle 28 dias.
Laminas N3 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
480.58
485.44
490.31
492.72
507.30
504.86
514.37
521.89
339.61
342.60
345.62
358.91
386.87
401.31
421.19
429.07
344.74
356.83
366.58
381.10
398.06
393.20
395.82
417.59
DRL
177.25
179.63
177.25
179.63
177.25
189.34
160.36
160.19
142.11
142.11
139.71
134.71
132.88
160.73
153.71
147.76
157.79
157.93
145.65
150.56
157.77
162.62
160.21
174.82
DRCL
20.27
20.74
25.34
26.14
20.02
27.14
19.57
27.67
26.28
26.14
24.99
25.34
12.14
10.35
9.28
12.14
16.99
16.99
19.42
12.14
10.38
9.28
9.28
12.14
Tabela 10- Animal - 101“N1”- Controle 52 dias.
Laminas N1 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
355.44
364.09
366.50
388.38
398.32
405.52
405.69
422.89
458.79
456.34
499.05
456.37
463.62
468.47
473.31
488.01
432.21
432.59
437.71
444.98
457.09
465.42
460.59
460.38
DRL
131.07
143.29
152.99
162.69
155.51
160.36
162.69
180.20
165.12
162.69
162.91
167.63
167.49
172.35
174.76
179.61
152.91
169.90
167.49
179.61
179.61
179.63
187.03
175.18
DRCL
26,81
31,55
33,98
41,26
41,26
21,84
9,71
13,07
4,85
12,14
2,43
26,81
2,43
31,55
38,83
38,83
9,71
19,57
12,14
20,74
21,84
26,70
24,27
29,13
Tabela 11- Animal - 101“N2”- Controle 52 dias.
Laminas N2 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
533,99
558,34
548,98
532,80
491,62
461,56
441,78
445,89
512,19
514,59
521,85
461,68
444,18
432,04
414,93
412,51
501,15
494,44
511,38
519,99
510,34
519,35
501,32
452,39
DRL
305.91
298.63
291.35
291.30
286.42
286.45
274.44
284.49
281.19
283.90
278.49
283.06
285.73
283.06
284.22
287.32
290.22
303.17
308.55
318.55
305.53
298.08
286.12
281.43
DRCL
14,56
12,14
12,14
24,39
14,56
9,71
10,01
117,41
12,38
21,84
14,56
21,84
12,38
7,28
17,16
2,43
29,13
17,67
13,07
24,27
12,38
9,71
7,28
7,28
Tabela 12- Animal - 101“N3”- Controle 52 dias.
Laminas N3 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
371.37
368.93
364.11
359.22
366.50
373.91
352.35
337.60
415.11
402.91
410.30
417.73
407.95
385.95
383.50
390.78
415.91
415.91
413.83
422.89
401.54
386.41
391.69
392.47
DRL
201.69
262.15
344.69
351.97
357.00
330.13
345.21
330.99
201.59
257.28
291.26
308.26
308.26
322.85
303.44
303.44
214.27
260.84
277.08
289.09
301.76
303.48
303.44
296.12
DRCL
14.76
12.14
7.28
9.71
10.85
7.68
9.71
7.28
12.14
12.38
18.48
12.14
12.38
9.71
14.76
12.14
12.14
14.56
10.01
9.71
27.14
16.99
10.01
24.27
Tabela 13- Animal - 57“N1”- fluência 12.8 J/cm
2
-8 dias.
Laminas N1 1 5 10
Distancia
Lesão/Polpa
577,55
561,07
547,09
549,90
538,86
352,05
538,60
543,66
540,35
561,16
588,32
601,21
638,86
676,63
735,54
761,01
521,85
531,55
550,98
553,42
572,82
514,61
514,65
546,25
DRL
126,63
146,64
147,18
150,72
159,01
158,38
120.09
89,84
133,69
132,05
133,56
116,02
111,36
99,01
84,25
83,09
75,24
82,52
111,65
133,49
145,65
68,00
53,40
48,54
DRCL
7,28
9,71
7,28
4,85
10,01
14,56
19,42
22,38
12,38
9,71
26,81
12,14
7,28
4,85
2,43
4,85
7,28
9,71
9,71
12,14
12,14
7,28
4,85
0
Tabela 14- Animal - 57“N2”- fluência 12.8 J/cm
2
- 8 dias.
Laminas N2 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
485.44
487.89
497.58
504.85
500.00
495.14
466.02
422.44
488.08
495.29
490.58
478.46
483.50
483.40
480.80
473.31
488.35
490.58
500.48
500.48
500.71
517.56
514.93
491.15
DRL
99.51
94.78
96.02
102.86
102.32
130.26
105.97
114.49
97.21
102.68
96.63
98.56
105.74
108.14
124.26
123.05
94.44
90.10
106.38
121.96
125.30
112.94
118.34
123.88
DRCL
20.74
25.35
20.74
22.38
14.76
17.67
16.28
10.85
22.38
24.75
28.31
27.67
16.28
17.67
15.35
21.84
16.28
13.07
12.14
17.67
15.54
10.01
6.87
9.71
Tabela 15- Animal - 57“N3”- fluência 12.8 J/cm
2
-8 dias.
Laminas N3 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
443,67
445,75
468,80
471,76
484,40
479,89
490,85
477,04
400,80
392,79
355,56
386,85
396,29
422,92
453,11
466,43
456,37
446,77
452,73
476,30
487,19
499,09
499,28
490,27
DRL
119.42
118.19
121.45
120.74
123.26
121.15
117.93
124.54
104.75
103.75
99.63
100.89
111.43
118.59
122.37
119.69
112.57
114.85
120.36
115.15
122.14
118.33
119.60
120.84
DRCL
30,02
24,99
25,34
23,90
17,67
14,56
19,57
12,14
7,28
19,57
10,85
17,16
24,75
24,99
27,14
29,33
41,80
26,81
19,57
33,98
12,14
14,76
5,56
7,28
Tabela 16- Animal - 71”N1” fluência 12,8 J/cm
2
- 14 dias.
Laminas N1 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
594.79
596.12
612.62
617.86
635.62
640.91
637.48
638.07
633.42
641.12
631.31
634.20
308.73
608.70
632.37
352.93
637.83
615.58
620.19
624.81
612.62
619.44
649.13
657.81
DRL
155,36
155,51
157,77
167,63
179,76
179,87
189,54
210,40
116,50
140,80
145,65
150,50
150,50
160,19
160,19
172,33
148,06
157,77
160,19
162,62
162,62
167,48
169,90
186,89
DRCL
27.14
25.10
26.01
7.30
8.40
7.50
9.10
9.50
38.83
50.65
25.00
19.10
7.80
19.20
20.10
18.30
38.10
24.20
31.05
27.10
19.10
10.00
21.10
20.50
Tabela 17- Animal - 71 “N2”-fluência 12,8 J/cm
2
14 dias
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
590,41
594,28
589,47
603,08
593,43
598,53
609,03
614,15
601,96
602,12
601,95
589,81
599,64
597,21
592,48
609,53
631,07
626,38
623,83
619,01
621,59
604,39
607,38
605,46
DRL
108,55
114,49
115,00
138,37
127,05
119,15
124,64
122,23
140,80
155,34
135,94
143,06
136,12
150,56
138,43
131,09
126,42
126,59
126,31
121,36
121,58
133,49
145,63
136,12
DRCL
14,56
9,71
14.85
19.71
4.28
13.14
7.90
4.28
14.59
9.72
10.02
14.70
9.90
17.28
7.52
13.20
14.93
10.21
15.85
9.75
7.98
8.30
16.33
9.95
Tabela 18- Animal – 71”N3” fluência 12,8 J/cm
2
- 14 dias
Laminas N3 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
596.44
583.38
562.57
551.91
568.05
571.01
595.63
660.62
582.53
58.12
594.74
599.59
602.18
594.70
595.50
592.63
609.34
606.92
582.52
572.82
558.34
555.83
570.41
592.25
DRL
111.89
111.76
114.49
111.89
121.58
121.46
121.38
114.10
111.76
114.08
114.10
118.96
114.10
119.15
121.46
119.15
117.76
111.65
126.21
116.50
123.79
118.93
126.24
123.81
DRCL
7.30
7.80
7.90
16.40
17.50
16.20
19.10
20.50
4.90
4.50
7.20
7.90
18.50
19.40
10.90
19.90
5.60
7.20
8.00
17.80
19.20
11.60
12.70
15.90
Tabela 19 –Animal 52”N1” – fluência 12,8 J/ cm
2
- 28dias.
Laminas N1 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
696.22
703.48
692.66
699.37
702.81
608.09
705.09
609.55
704.00
603.09
709.50
708.31
690.66
697.37
600.81
696.20
701.80
704.09
696.55
702.45
692.50
698.35
705.00
706.55
DRL
334.70
338.50
338.82
338.20
340.10
335.40
330.90
326.30
322.50
323.70
323.20
326.80
333.00
323.20
324.20
325.80
323.50
320.60
320..60
332.70
324.80
322.30
326.10
336.20
DRCL
4,85
7,28
9,71
13,07
16,99
19,42
0
0
2,73
2,73
4,85
4,85
7,21
7,28
7,28
9,71
12,14
16,99
31,55
34,07
6,68
70,39
72,57
75,28
Tabela 20- Animal – 52”N2” fluência 12,8 J/ cm2- 28 dias
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
436,92
425,93
425,00
412,97
395,82
384,60
381,69
388,62
400,67
390,96
379,02
369,13
364,73
367,31
364,28
354,44
365,,89
376,62
381,07
374,29
373,20
367,52
368,58
358,91
DRL
301.80
308.30
326.70
338.80
342.90
339.60
334.20
342.80
313.00
308.40
313.10
335.10
333.70
347.00
368.20
329.30
325.20
325.00
327.60
329.50
328.10
330.20
321.90
338.80
DRCL
29.20
27.40
23.80
25.70
27.70
25.80
23.20
25.30
25.20
23.20
23.70
23.30
22.90
20.70
22.20
20.30
24.10
24.30
22.60
20.80
28.90
20.30
22.80
26.70
Tabela 21- Animal - 52 “N3”fluência 12,8 J/ cm
2
- 28 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
242,91
235,45
228,15
220,87
213,59
208,74
206,54
208,79
301,32
282,60
280,13
277,52
274,66
258,99
240,89
239,60
255,42
255,27
243,02
233,21
220,99
220,93
207,01
213,61
DRL
308,26
315,62
318,11
313,44
320,53
344,80
345,08
352,35
269,46
271,26
281,19
307,26
320,04
327,61
341,30
356,73
269,42
279,29
296,21
325,25
330,11
320,42
351,97
359,22
DRCL
46,18
38,83
38,91
38,83
43,69
38,83
55,08
50,97
64,78
51,43
27,67
17,50
17,16
24,27
12,14
13,07
36,41
26,81
21,98
17,16
14,56
26,70
24,27
16,99
Tabela 22- Animal – 61”N1” fluência 12,8 J/ cm
2
-52 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
373.30
357.80
394.20
398.60
394.30
398.50
305.20
350.60
389.10
349.70
401.60
398.40
282.20
443.00
464.10
459.70
410.40
407.60
425.40
451.10
343.70
450.20
464.40
459.70
DRL
248,85
312,98
314,20
310,88
338,53
309,41
303,13
200,34
358,54
343,87
374,84
368,75
369,42
372,30
363,33
372,63
320,02
360,02
365,59
366,77
375,46
365,74
374,59
375,33
DRCL
33,81
43,01
47,81
51,20
55,45
35,34
44,62
33,81
34,75
43,76
47,69
49,15
55,35
32,38
36,08
43,01
26,81
34,33
47,69
61,45
70,05
40,03
52,40
67,70
Tabela 23- Animal – 61”N2” fluência 12,8 J/ cm
2
-52 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
416.06
416.38
428.73
432.18
434.58
405.27
425.11
424.58
378.43
391.77
410.43
413.26
427.67
426.22
443.88
465.95
377.53
382.18
387.21
399.31
416.86
434.00,
460.59
463.71
DRL
231.00
235.90
245.90
259.70
262.70
266.00
276.30
271.20
225.50
228.50
228.11
222.27
231.20
229.40
225.10
235.40
245.10
245.80
248.60
243.40
250.50
244.60
255.60
251.60
DRCL
38.38
36.08
33.81
33.01
37.13
31.92
41.90
31.65
33.01
29.33
26.14
33.81
33.81
40.18
37.68
33.81
42.39
42.39
49.50
46.05
42.39
47.13
41.90
48.36
Tabela 24- Animal – 61”N3” fluência 12,8 J/ cm
2
- 52 dias
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
444.18
436.89
441.75
432.15
437.06
438.41
437.17
444.68
470.88
468.60
461.22
463.90
456.63
441.77
456.41
456.47
458.74
466.02
461.17
461.32
454.67
463.82
468.95
473.80
DRL
121.58
121.58
172.40
186.96
222.30
223.31
214.09
235.49
135.92
133.58
145.71
191.76
201.59
204.11
213.59
213.59
147.22
157.79
165.12
172.32
172.35
191.81
172.40
194.42
DRCL
31.55
24.27
26.70
16.99
16.99
20.02
19.42
2439
19.57
5.43
16.99
7.68
20.74
31.55
14.15
10.30
7.68
7.28
14.56
9.71
9.71
10.01
4.85
8.75
Tabela 25- Animal – 54 “N1” fluência 89.7 J/ cm
2
- 8 dias.
Laminas 1 5 10
Distancia
Lesão/Polpa
688.25
680.58
658.54
662.20
657.16
632.68
621.76
623.36
598.68
623.26
631.69
629.43
641.89
644.21
654.91
672.43
596.80
604.06
616.34
609.13
598.18
575.16
577.12
624.93
DRL
40.03
45.34
45.34
44.75
40.69
37.30
47.69
56.04
45.34
43.69
42.39
48.36
43.76
40.69
43.76
45.34
43.76
43.01
42.39
54.76
45.34
47.13
37.68
40.69
DRCL
24,27
36,41
42,39
48,79
58,35
57,69
42,39
7,28
4,85
5,43
7,28
7,68
9,71
2,43
2,43
10,01
32,56
38,83
58,71
65,58
75,28
75,59
98,56
85,37
Tabela 26- Animal - 54 “N2”-fluência 89.7J/ cm
2
- 8 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
457.24
447.40
440.63
445.66
446.09
445.87
449.09
448.98
458.90
439.43
444.23
449.35
437.32
435.14
436.95
446.63
448.73
443.45
439.32
429.67
434.24
437.24
437.73
449.78
DRL
61,88
62,17
49,80
67,13
68,45
54,27
45,60
30,41
54,54
53,45
54,54
46,88
44,62
46,69
41,26
21,84
44,75
48,60
45,34
40,69
34,75
37,13
40,03
36,49
DRCL
20,03
20,88
17,50
17,50
23,03
14,15
19,57
10,30
14,56
18,48
24,39
20,74
12,14
12,14
16,99
5,43
7,28
9,71
5,43
7,28
6,87
9,71
5,43
9,71
Tabela 27- Animal – 54”N3” fluência 89.7J/ cm
2
- 8 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
568.98
573.97
583.13
583.51
592.00
593.67
609.81
614.56
580.10
577.67
582.65
580.18
592.28
594.66
599.69
604.61
615.15
613.98
620.47
624.58
629.69
641.81
666.48
698.29
DRL
31.55
31.65
38.83
33.98
46.12
43.76
51.03
53.40
21.84
24.27
26.70
26.70
41.26
36.41
43.69
58.25
37.13
34.07
31.65
48.60
48.54
48.54
60.87
58.25
DRCL
36.41
26.81
21.98
17.16
14.56
26.70
24.27
16.99
12.14
29.53
26.70
21.84
24.27
41.26
21.84
22.90
31.55
21.84
21.84
19.42
26.70
29.13
24.27
29.53
Tabela 28- Animal – 105 N1- fluência 89.7 J/ Cm
2
- 14 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
640,45
646,94
652,66
666,74
702,46
762,28
817,14
928,66
733,86
756,41
767,68
775,31
775,37
729,23
809,71
844,66
686,51
696,12
690,79
706,44
717,35
719,96
725,04
728,79
DRL
7,68
8,75
10,30
15,31
17,50
21,71
35,01
40,40
14,15
16,28
22,90
22,90
24,27
34,14
48.06
54,54
6,87
9,71
12,14
17,67
20,02
23,90
24,39
25,34
DRCL
8.75
14.75
7.01
5.90
15.02
14.92
30.02
33.50
10.05
15.04
26.05
32.01
30.00
20.90
27.05
25.10
5.20
18.05
8.20
6.90
33.50
34.20
20.90
39.05
Tabela 29- Animal - 105 “N2”fluência 89.7 J/ cm
2
-14 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
561,25
587,29
575,26
589,98
614,03
630,13
654,91
690,96
554,98
580,29
584,87
598,00
608,87
623,52
629,38
655,63
527,59
536,69
541,61
551,06
572,17
589,84
589,35
618,34
DRL
56,45
59,11
56,04
52,40
58,35
34,75
48,36
37,68
65,35
73,70
55,35
54,76
53,73
54,73
54,76
58,35
50,68
57,13
61,11
63,85
65,71
58,45
51,49
53,62
DRCL
7.28
10.01
5.43
4.85
5.43
5.43
4.85
7.28
4.85
5.43
7.28
7.28
4.85
5.25
3.43
7.29
10.10
5.90
10.05
7.50
10.10
5.43
7.25
10.01
Tabela 30- Animal - 105 “N3”fluência 89.7 J/ cm
2
- 14dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
282.76
278.97
269.90
266.16
268.98
273.76
271.37
279.90
291.35
291.35
298.49
291.91
292.27
289.33
292.08
290.83
330.26
326.54
316.29
311.63
309.69
303.79
301.72
293.73
DRL
17.67
24.75
23.90
29.42
27.14
22.38
31.61
39.14
19.57
19.57
19.42
24.27
26.70
31.92
34.07
41.26
26.81
29.53
21.84
38.83
39.14
43.96
40.69
41.90
DRCL
5.20
5.80
6.10
6.50
6.90
7.10
7.80
10.20
8.40
6.70
5.10
8.90
10.10
10.30
15.10
15.50
10.10
9.20
8.50
7.20
12.15
15.30
20.95
28.90
Tabela 31- Animal – 59 “N1” fluência 89.7 J/ cm
2
- 28 dias.
Laminas 1 5 10
Distancia
Lesão/Polpa
436,89
439,35
439,38
468,45
475,75
487,87
502,52
521,93
420,01
485,44
495,15
514,59
522,05
546,46
550,99
551,16
468,29
481,40
513,11
531,38
585,60
626,28
663,20
686,36
DRL
36,49
43,96
48,54
48,54
48.54
51,03
56,04
63,29
161,37
218,31
221,07
246,34
266,16
274,96
284,49
272,72
48,54
51,03
53,62
82,84
106,80
152,99
180,20
228,27
DRCL
46,12
46,18
48,54
51,89
58,25
58,45
60,68
65,53
2,43
4,28
4,28
7,28
3,43
0
0
0
2,43
3,43
4,85
4,85
7,28
10,01
10,85
0
Tabela 32- Animal – 59”N2” fluência 89.7 J/ cm
2
-28 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
415,01
421,44
426,86
434,49
447,16
452,56
447,15
460,61
437,47
439,38
436,49
440,46
445,87
451,74
450,00
460,92
367,57
377,53
370,82
384,69
402,72
402,72
429,67
427,87
DRL
156.60
154.60
152.80
150.80
150.00
148.50
144.30
146.20
149.80
152.30
156.20
156.20
167.30
169.00
172.30
163.50
155.20
156.80
156.80
147.90
155.50
164.30
167.20
167.20
DRCL
8,75
10,01
4,85
5,43
4,85
0
0
2,43
12,14
5,43
5,43
3,43
0
0
2,43
7,28
7,28
2,43
2,43
2,43
4,85
5,43
6,87
2,43
Tabela 33- Animal – 59 “N3” fluência 89.7 J/ cm
2
- 28 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
448,56
458,27
474,10
495,67
483,45
524,23
560,78
614,15
556,08
560,76
572,84
585,08
589,93
599,59
611,65
601,98
528,26
563,13
565,72
577,80
576,11
572,06
570,24
545,85
DRL
167.90
165.80
166.71
165.60
165.10
168.40
164.70
168.80
164.70
164.70
169.20
165.00
167.90
170.20
172.40
172.40
175.20
176.50
165.40
165.40
158.30
169.20
169.20
170.20
DRCL
28,75
28,75
14,85
13.01
12.05
15.01
21,43
14,85
22,38
13,43
22,43
20.05
12.00
23.01
22,23
12,00
22,14
18,18
22,33
20.01
15.00
20.09
22,43
20,10
Tabela 34- Animal –“N1” 83 fluência 89.7 J/ cm
2
- 52 dias.
Laminas 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
376.96
407.63
396.79
429.88
437.49
450.81
473.70
459.55
342.19
366.37
377.56
387.16
411.68
421.69
441.25
463.90
314.20
360.21
378.16
408.35
431.34
426.42
440.82
446.83
DRL
179.61
182.18
189.57
187.46
203.94
203.88
204.01
216.51
169.90
169.92
186.86
184.53
179.68
196.60
191.75
191.89
182.05
186.96
184.48
191.76
199.27
201.82
201.82
204.24
DRCL
31.55
29.23
33.98
29.23
33.98
29.53
40.26
33.98
60.68
48.54
53.15
51.20
53.40
48.79
46.12
38.83
31.92
29.13
31.55
29.23
34.33
27.14
26.70
21.98
Tabela 35- Animal – 83 “N2” fluência 89.7 J/cm
2
- 52 dias.
Laminas n 2 1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
626,21
628,64
631,14
640,78
650,62
665,07
706,41
713,74
609,27
614,12
623,80
636,00
643,22
655,36
665,05
679,63
632,26
630,51
628,92
643,88
644,43
661,27
680,08
690,65
DRL
269,52
281,81
276,70
279,14
289,20
301,13
303,64
313,11
279,22
266,99
274,27
283,99
288,02
288,83
272,02
298,55
277,27
283,80
286,57
300,47
306,79
304,02
313,12
313,44
DRCL
7,28
4,85
4,85
0
0
2,43
0
4,85
29,13
17,67
7,28
2,43
6,87
0
2,43
2,43
17,16
16,99
10,01
12,14
4,85
4,85
2,43
0
Tabela 36- Animal – 83 “N3” fluência 89.7 J/cm
2
- 52 dias.
LaminasN3
1 2 3
Distancia
Lesão/Polpa
472.71
496.27
476.25
448.58
497.44
513.39
528.15
564.78
505.56
498.42
500.85
492.29
510.68
516.62
528.71
540.80
496.14
498.68
497.86
502.47
495.35
508.51
517.89
518.99
DRL
162.78
168.18
161.18
157.39
155.81
169.03
166.77
163.63
165.92
161.09
162.02
154.14
155.23
143.29
160.85
171.01
160.12
156.70
162.04
158.12
160.51
161.37
161.97
159.68
DRCL
14.00
13.70
15.20
10.20
10.90
14.40
14.90
14.30
12.30
15.20
15.50
16.40
13.40
13.40
17.80
17.80
16.50
16.50
15.30
18.40
18.40
17.10
15.50
16.40
Tabela 37- Tabela Geral das Médias do Controle
Animais 74 75 100 101
Controle 8 dias 14 dias 28 dias 52 dias
n 1
403,22 470.63 403,38 435,90
n 2
392,72 400.61 490,65 489,13
Dist
L/P
n 3
425,98 416.15 419,85 389,53
n 1 41,66 65,75 120,28 173,65
n 2 57.34 50,24 179,03 290,73
DRL
n 3 50,72 48,70 159,24 294,42
n 1 9,28 13.55 10,14 22,56
n 2 17.93 12.84 27,56 18,56
DRCL
n 3 8,12 14.20 18,34 12,84
Tabela 38- Tabela Geral das Médias da Fluência de 12.8 J/cm
2
.
Animais 57 71 52 61
Laser 12.8 J/cm
2
8 dias 14 dias 28 dias 52 dias
n 1
567,41 602,23 690,00 398.86
n 2
489,04 605,25 383,67 419,24
Dist
L/P
n 3
451,83 586,66 240,42 454,02
n 1 112,66 162,83 328,96 337,33
n 2 108,15 130,76 329,55 245,8
DRL
n 3 116,31 117,75 317,70 179,62
n 1 9,96 20.85 20,48 45.00
n 2 17,67 11.58 24,17 36,58
DRCL
n 3 20,45 13.06 31,84 15,80
Tabela 39- Tabela Geral das Médias da Fluência de 98.7 J/cm
2
.
Animais 54 105 59 83
Laser 89 J/cm
2
8 dias 14 dias 28 dias 52 dias
n 1
630,11 736,73 517,23 410,45
n 2
443,71 594,54 426,30 650,04
Dist
L/P
n 3
605,91 292,25 551,51 505,30
n 1 44,38 22,24 132,25 191,27
n 2 47,13 55,66 150,21 289,68
DRL
n 3 43,13 29,81 167,87 160,78
n 1 37,41 20.08 20,87 37,26
n 2 13,71 6.77 4,44 6,70
DRCL
n 3 24,56 10.33 19,02 15,14
Tabela 41- Teste de aderência à curva normal: Dentina reacional - Valores Originais
A: Freqüência por intervalos de classe
Intervalos de classe M-3s M-2s M-1s Méd M+1s M+2s M+3s
Curva Normal
0.44 5.40 24.20 39.89 24.20 5.40 0.44
Curva experimental
0.00 8.33 11.11 58.33 16.67 2.78 2.78
B: Cálculo do Qui Quadrado:
Graus de liberdade
4
Valor do Qui Quadrado
20.82
Probabilidade de Ho
0.0300 %
Interpretação : A distribuição amostral testada NÃO É NORMAL
Tabela 42.: - Teste de aderência à curva normal: Dentina reacional Valores em
Logaritmos .
A: Freqüência por intervalos de classe:
Intervalos de classe M-3s M-2s M-1s Méd M+1s M+2s M+3s
Curva Normal
0.44 5.40 24.20 39.89 24.20 5.40 0.44
Curva experimental
0.00 8.33 11.44 44.44 19.44 5.56 2.78
B: Calculo do Qui Quadrado:
Graus de liberdade
4
Valor do Qui Quadrado
3.99
Probabilidade de Ho
40.7800 %
Interpretação : A distribuição amostral testada é NORMAL
Tabela.49.- Teste de aderência à curva normal para Dentina reacional contra-lateral
A. Freqüência por intervalos de classe
Intervalos de classe M-3s M-2s M-1s Méd M+1s M+2s M+3s
Curva Normal
0.44 5.40 24.20 39.89 24.20 5.40 0.44
Curva experimental
0.00 8.33 19.44 36.11 27.78 8.33 0.00
B: Cálculo do Qui Quadrado:
Graus de liberdade Valor do Qui Quadrado Probabilidade de Ho
4 5.01 28.6400 %
Interpretação: A distribuição amostral testada é normal
Tabela 55-Teste de aderência à curva normal: Distancias - Valores Originais
A: Freqüência por intervalos de classe
Intervalos de classe M-3s M-2s M-1s Méd M+1s M+2s M+3s
Curva Normal
0.44 5.40 24.20 39.89 24.20 5.40 0.44
Curva experimental
0.00 5.56 16.67 44.44 27.78 5.56 0.00
B: Calculo do Qui Quadrado:
Graus de liberdade
4
Valor do Qui Quadrado
3.40
Probabilidade de Ho
49.2800 %
Interpretação : A distribuição amostral testada é NORMAL.
ANEXOS
ANEXO A
Cópia do aceite pelo Comitê de Ética no uso de animais CEUA – USP – Campus de
Ribeirão Preto (Protocolo . 02.1.1213.53.2)
ANEXO B
Cópia da aferição realizada pelo medidor de potência Field Máster, Coherent, Palo alto,
Ca, EUA
Livros Grátis
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