Discussão
Carlos Rodrigo do Nascimento Fortes
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Na modalidade voleibol, a entorse de tornozelo é descrita por muitos
autores como, a lesão que mais acomete o atleta (Mollica et al., 1979; Gangitano et
al., 1981; Hell e Schonle, 1985; Schafle et al., 1990; Tenvergert et al., 1992;
Carazzato et al., 1992; Ghirotto et al., 1994, Bahr R. e Bahr I.A., 1997). Sem
descrever o tipo de lesão, Watkins e Green (1992) e Chan et al. (1993) relatam que,
quanto ao segmento corpóreo, o joelho foi a articulação mais acometida.
A entorse de tornozelo possui características quanto ao mecanismo de
lesão. Embora não tenham apresentado diferença estatisticamente significante, neste
estudo as entorses por mecanismo de inversão somaram maioria entre os atletas com
74,2% das ocorrências (Tabela 7 e Figura 6). Na literatura consultada, os autores
Molica et al. (1979), Liu e Jason (1994) e Robins e Waked (1998) corroboram
apenas apontando a inversão como o principal mecanismo de lesão no jogador de
voleibol, não expressando valores numéricos. Em sua publicação, Mack (1982)
descreve que o gesto realizado em determinados esportes pode predispor o atleta a
sofrer lesão por inversão e, primariamente, a entorse de tornozelo é o tipo de lesão
que mais acomete esta articulação, especialmente no voleibol, basquetebol e futebol
(Handoll et al., 2001).
Quando relacionadas as entorses com o posicionamento do atleta em
quadra, não houve diferença estatisticamente significante (Tabela 7 e Figura 6),
porém, observou-se que os pontas apresentaram o maior número lesões no tornozelo
33,3%, seguidos pelas posições oposto, meio, levantador e líbero. Analisando as
características de uma partida de voleibol, quanto ao número de atletas em quadra,
observa-se dois atletas na posição ponta, dois meios, um levantador e um atleta na
posição oposto, todos atuando simultaneamente. Desta análise, podemos ressaltar