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Érica Aparecida Souza Silva
Estudos dos óleos essenciais extraídos de resinas
de espécies Protium spp.
Dissertação apresentada ao Instituto de Química
de São Carlos, da Universidade de São Paulo
para obtenção do título de Mestre em Ciências
(Química Analítica).
Orientador: Prof. Dr. Gilberto Orivaldo Chierice.
São Carlos
2006
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Dedicatória
A Deus
Que me permitiu trilhar este caminho
Protegendo-me dos males
Confortando-me no desalento
Dando-me forças para continuar
Sempre.
À minha mãe Joelita,
Mulher guerreira e determinada,
Minha maior fonte de inspiração na vida
Sempre com as palavras certas,
Gestos de bondade e compreensão suprema comigo,
Ensinou-me os valores
Mais importantes de minha vida,
A própria expressão do Amor.
À minha avó Francisca (in memorian),
Por seu pulso forte, imprescindível,
Pelos ensinamentos infinitos,
Pelas histórias contadas sob a mangueira,
Momentos inesquecíveis,
Meu eterno Amor e Gratidão.
À Aia,
Por ser o anjo de nossas vidas,
Nossa pedra mais preciosa.
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Ao Prof. Dr. Gilberto Orivaldo Chierice,
Pela orientação neste trabalho,
Pela paciência e confiança,
E especialmente,
Pela amizade.
À amiga Sandra,
Pelo companheirismo,
Não mediu esforços ajudando-me neste trabalho e,
Pela amizade verdadeira que nasceu.
Aos meus amigos,
Luccy, Júnior, Fabiana e Rachel,
Um agradecimento especial,
Pela lealdade, incentivo e
Infinita compreensão.
Agradecimentos
Aos amigos do Alojamento C-1, pela hospitalidade, amizade e momentos de
descontração.
Aos amigos do Alojamento B-4 (Olimpo), pela amizade, momentos de diversão e
discussões surreais.
Aos amigos Rafa, Daniel (Salame), Allan (Calcinha) pelo convívio e amizade durante
todos estes anos.
Ao Prof. Dr. Mário Sergio Galhiane do Laboratório de Química Analítica e
Cromatografia Gasosa da UNESP de Bauru, pela ajuda imensurável neste trabalho,
discussões, sugestões e, palavras de ensinamentos.
Ao Marcos Vinicius do Laboratório de Química Analítica e Cromatografia Gasosa da
UNESP de Bauru, pela extrema solicitude durante as analises cromatográficas.
Ao Miguel Frasson pela super ajuda na editoração deste trabalho.
Aos colegas (alunos, técnicos e professores) dos grupos LATEQS e GQATP pela
convivência no laboratório e ajuda no desenvolvimento deste trabalho.
Aos técnicos do CAQI (Central de Análises Químicas Instrumentais do IQSC) pela
simpatia e disposição em ajudar-me.
Ao Prof. Dr. Jamal Chaar da Universidade do Amazonas pelo envio das amostras.
Ao Dr. Paulo de Tarso Sampaio do Departamento de Silvicultura do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), pela coleta e identificação das
amostras.
Ao Dr. Antonio Carlos Siani da FioCruz, pela concessão dos artigos.
Às bibliotecárias do IQSC, por toda ajuda no transcorrer deste trabalho.
À Profa. Dra. Eny Maria Vieira, pelas conversas no corredor do IQSC, serenidade e
palavras de incentivo, sempre.
Ao Prof. Dr. Fernando Mauro Lanças, e ao Guilherme Miola do Grupo CROMA, por
conceder o uso do CG/EM e por toda ajuda durante a análise das amostras.
À Silvia e Andréia do serviço de pós-graduação, pela paciência, simpatia e solicitude
no atendimento.
Aos amigos do Centro Acadêmico (CAASO).
Aos meus familiares por acreditaram em mim.
A todas as outras pessoas que de alguma forma contribuíram para a realização
deste trabalho.
Ao CNPq pelo suporte financeiro.
Sumário
Sumário
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Lista de Abreviaturas e Siglas
Resumo
Abstract
1 – Introdução...................................................................................................................... 15
1.1 – O Brasil e a Fitoquímica........................................................................................... 15
1.2 – Óleos Essenciais ..................................................................................................... 17
1.2.1 – Composição ..................................................................................................... 18
1.2.2 – Características ................................................................................................. 21
1.2.3 – Toxicidade........................................................................................................ 21
1.2.4 – Localização ...................................................................................................... 22
1.2.5 – Função biológica .............................................................................................. 22
1.2.6 – Aplicações........................................................................................................ 23
1.2.7 – Aspectos Econômicos...................................................................................... 25
1.3 – Métodos de Extração de Óleos Essenciais.............................................................. 26
1.3.1 – Enfloração ........................................................................................................ 26
1.3.2 – Prensagem....................................................................................................... 27
1.3.3 – Extração com Solvente Orgânico..................................................................... 27
1.3.4 – Extração por Fluido Supercrítico...................................................................... 27
1.3.5 – Arraste por Vapor d’Água................................................................................. 28
1.4 – Protium spp.............................................................................................................. 29
1.5 – Técnicas Espectrométricas...................................................................................... 33
1.5.1 – Espectroscopia de Absorção na Região do Ultravioleta-Vísivel....................... 33
1.5.2 – Espectrometria Vibracional na região do Infravermelho (IV) [42]..................... 35
1.5.3 – Espectrometria de Massas (EM)...................................................................... 35
1.6 – Técnicas Cromatográficas ....................................................................................... 37
1.6.1 – Cromatografia em Camada Delgada (CCD)..................................................... 37
1.6.2 – Cromatografia em Fase Gasosa (CG).............................................................. 38
1.6.2.1 – Detectores ................................................................................................ 39
1.6.2.1.1 – Detector de Massas (EM) ................................................................. 40
1.7 – Métodos de Quantificação ....................................................................................... 41
1.7.1 – Método do Padrão Externo .............................................................................. 41
1.7.2 – Método de Adição de Padrão........................................................................... 41
1.7.3 – Método de Padrão Interno................................................................................ 42
Sumário
1.7.4 – Método de Normalização ................................................................................. 42
1.8 – Objetivos do Trabalho.............................................................................................. 43
2 – Parte Experimental........................................................................................................ 44
2.1 – Identificação, Coleta e Armazenamento das Amostras........................................... 44
2.1.1 – Coleta e Identificação das Espécies Protium spp. ........................................... 44
2.1.2 – Armazenamento das Amostras........................................................................ 44
2.2 – Extração dos Óleos Essenciais................................................................................ 44
2.2.1 – Determinação do Tempo de Extração.............................................................. 45
2.3 – Características Físicas dos Óleos Essenciais ......................................................... 45
2.3.1 – Densidade ........................................................................................................ 45
2.3.2 – Índice de Refração ........................................................................................... 46
2.3.3 – Ponto de Ebulição ............................................................................................ 46
2.4 – Técnicas Espectroscópicas e Cromatográficas Utilizadas para Análise dos Óleos
Essenciais................................................................................................................ 47
2.4.1 – Espectroscopia de Absorção na Região do Infravermelho (IV)........................ 47
2.4.2 – Espectroscopia de Absorção na Região do Ultravioleta (UV).......................... 47
2.4.3 – Cromatografia em Camada Delgada (CCD)..................................................... 48
2.4.3.1 – Aplicação da Amostra............................................................................... 48
2.4.3.2 – Escolha da Fase Móvel ............................................................................ 49
2.4.3.3 – Separação e Revelação ........................................................................... 51
2.4.4 – Cromatografia em Fase Gasosa Acoplada à Espectrometria de Massas........ 52
2.4.4.1 – Quantificação............................................................................................ 53
3 – Resultados e Discussão ............................................................................................... 54
3.1 – Extração dos Óleos Essenciais por Hidrodestilação................................................ 54
3.2 – Tempo de Extração dos Óleos Essenciais .............................................................. 55
3.3 – Propriedades Físico-Químicas dos Óleos Essenciais ............................................. 57
3.4 – Análises Espectroscópicas dos Óleos Essenciais................................................... 60
3.4.1 – Análises por Infravermelho............................................................................... 60
3.4.2 – Análises por Ultravioleta................................................................................... 64
3.5 – Análises Cromatográficas dos Óleos Essenciais..................................................... 65
3.5.1 – Análises por CG/EM......................................................................................... 66
3.5.2 – Separação por CCD....................................................................................... 112
3.5.3 – Quantificação dos Constituintes por Normalização Simples de Área ............ 127
4 – Conclusões .................................................................................................................. 131
4.1 – Perspectiva de Trabalhos Futuros......................................................................... 132
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos..................................................................... 133
6 – Apêndice: Fórmulas Estruturais................................................................................ 146
7 – Bibliografia................................................................................................................... 151
Lista de Figuras
Lista de Figuras
Figura 1 – Biossíntese dos terpenos via ácido mevalônico [7]............................................. 20
Figura 2 – Sistema de clevenger modificado........................................................................ 28
Figura 3 – Resina recém exsudada do tronco de P. pallidum (A); Resina envelhecida no
tronco (B)....................................................................................................................... 31
Figura 4 – Suporte de vidro com saída capilar pra DSC. ..................................................... 47
Figura 5 – Fluxograma genérico da metodologia experimental utilizada na CCD................ 52
Figura 6 – Rendimento na extração do óleo essencial em função do tempo....................... 56
Figura 7 – Curvas termoanalíticas de DSC para os óleos essências das resinas Protium
spp................................................................................................................................. 58
Figura 8 – Espectro de Infravermelho do óleo essencial extraído da resina de P. hebetatum.
....................................................................................................................................... 61
Figura 9 – Espectro de Infravermelho do óleo essencial extraído da resina de P. nitidifolium.
....................................................................................................................................... 61
Figura 10 – Espectro de Infravermelho do óleo essencial extraído da resina de P.
amazonicum. ................................................................................................................. 62
Figura 11 – Espectro de Infravermelho do óleo essencial extraído da resina de P.
divarictium...................................................................................................................... 62
Figura 12 – Espectros de absorção no UV dos óleos essenciais extraídos das espécies
Protium ssp.................................................................................................................... 65
Figura 13 – Cromatograma CG/EM do óleo essencial extraído da resina de Protium
hebetatum...................................................................................................................... 66
Figura 14 – Cromatograma CG/EM do óleo essencial extraído da resina de Protium
nitidifolium...................................................................................................................... 67
Figura 15 – Cromatograma CG/EM do óleo essencial extraído da resina de Protium
divarictium...................................................................................................................... 67
Figura 16 – Cromatograma CG/EM do óleo essencial extraído da resina de Protium
amazonicum. ................................................................................................................. 68
Figura 17 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Tricicleno
(pico 1) na amostra P. hebetatum. ................................................................................ 71
Figura 18 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como α-Pineno
(pico 2): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium; d) P. amazonicum......... 73
Lista de Figuras
Figura 19 – Fragmentograma experimental do componente identificado como α-Fencheno
(pico 3) na amostra P. hebetatum. ............................................................................... 74
Figura 20 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Canfeno
(pico 4): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium; d) P. amazonicum ....... 76
Figura 21 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Sabineno
(pico 5) na amostra P. nitidifolium. ................................................................................ 76
Figura 22 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como β-Pineno
(pico 6): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium; d) P. amazonicum. ....... 78
Figura 23 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como cis-Pinano
(pico 7): a) P. nitidifolium; b) P. divarictium;................................................................... 79
Figura 24 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como 3-p-
Menteno (pico 8): a) P. hebetatum; b) P.divarictium; c) P. amazonicum...................... 81
Figura 25 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como α-
Felandreno (pico 9): a) P. hebetatum; b) P. divarictium. ............................................... 82
Figura 26 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como δ-2-Careno
(pico 10): a) P. hebetaum; b) P. divarictium. ................................................................. 83
Figura 27 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como o-Cimeno
(pico 11): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P.divarictium; d) P. amazonicum. ....... 85
Figura 28 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Limoneno
(pico 12): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium; d) P. amazonicum........ 87
Figura 29 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como γ-Terpineno
(pico 13): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium................................................................... 88
Figura 30 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Terpinoleno
(pico 14) na amostra P. nitidifolium. .............................................................................. 88
Figura 31 – Fragmentograma experimental do componente identificado como p-Cimeneno
(pico 15) na amostra P. divarictium. .............................................................................. 89
Figura 32 – Fragmentograma experimental do componente identificado como trans-Sabinol
(pico 16) na amostra P. nitidifolium. .............................................................................. 89
Figura 33 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Terpin-4-ol
(pico 17): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium. ...................................... 91
Figura 34 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como α-Terpineol
(pico 18): a) P.hebetatum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium. ...................................... 92
Figura 35 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Tuj-3-em-10-
al (pico 19) na amostra P. nitidifolium............................................................................ 93
Figura 36 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Verbenona
(pico 20) na amostra P. nitidifolium. .............................................................................. 93
Lista de Figuras
Figura 37 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como δ-Elemeno
(pico 21): a) P. nitidifolium; b) P.a amazonicum. ........................................................... 94
Figura 38 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como α-
Cubebeno (pico 22): a) P. hebetatum; b) P. divarictium; c) P. amazonicum................. 96
Figura 39 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como
Ciclosativeno (pico 23): a) P. divarictium; b) P. amazonicum........................................ 97
Figura 40 – Fragmentograma experimental do componente identificado como β-Elemeno
(pico 24) na amostra P. amazonicum........................................................................... 97
Figura 41 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Z-cariofileno
(pico 25) na amostra P. amazonicum............................................................................ 98
Figura 42 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como E-
Cariofileno (pico 26): a) P. hebetatum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium; d) P.
amazonicum. ............................................................................................................... 100
Figura 43 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Cedrano
(pico 27): a) P. divarictium; b) P. amazonicum;........................................................... 101
Figura 44 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como α-
Humuleno (pico 28): a) P. nitidifolium; b) P. divarictium; c) P. amazonicum. .............. 102
Figura 45 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Seicheleno
(pico 29): a) P. hebetatum; b) P. divarictium. .............................................................. 103
Figura 46 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como γ-Muuroleno
(pico 30): a) P. nitidifolium; b) P. amazonicum. ........................................................... 104
Figura 47 – Fragmentograma experimental do componente identificado como α-Selineno
(pico 31) na amostra P. nitidifolium. ........................................................................... 105
Figura 48 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como δ-Cadideno
(pico 32): a) P. hebetatum; b) P. divarictium; c) P. amazonicum................................. 106
Figura 49 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Elemol (pico
33) na amostra P. nitidifolium. .................................................................................... 107
Figura 50 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Óxido de
Cariofileno (pico 34) na amostra P. divarictium. ......................................................... 107
Figura 51 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como cis-diidro-
Acetato de Ocidentalol (pico 35): a) P. nitidifolium; b) P. amazonicum. ...................... 108
Figura 52 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Drimenol (pico
36) na amostra P.divarictium....................................................................................... 109
Figura 53 – Fragmentogramas experimentais do componente identificado como trans-diidro-
Acetato de Ocidentalol (pico 37): a) P.divarictium; b) P. amazonicum........................ 110
Lista de Figuras
Figura 54 – Fragmentograma experimental do componente identificado como 2-Acetato de
Fenil-Etil-Fenila (pico 38) na amostra P.divarictium. ................................................... 110
Figura 55 – Metodologia empregada na análise por CCD.................................................. 113
Figura 56 – Visualização sob luz UV
254 nm
da separação dos constituintes dos óleos
essenciais de Protium spp. por CCD (fase móvel 1)................................................... 114
Figura 57 – Visualização sob luz UV
254 nm
da separação dos constituintes dos óleos
essenciais de Protium spp. por CCD (fase móvel 2)................................................... 114
Figura 58 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F1 (P. hebetatum)..................... 115
Figura 59 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F5 (P. hebetatum)..................... 116
Figura 60 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F6 (P. nitidifolium)..................... 117
Figura 61 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F7 (P. divarictium)..................... 118
Figura 62 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F8 (P. amazonicum).................. 118
Figura 63 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F9 (P. hebetatum)..................... 119
Figura 64 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F10 (P.nitidifolium).................... 120
Figura 65 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F10 (P.divarictium).................... 120
Figura 66 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F12 (P.hebetatum).................... 121
Figura 67 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F14 (P.amazonicum)................. 122
Figura 68 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F15 (P.hebetatum).................... 123
Figura 69 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F16 (P.nitidifolium).................... 124
Figura 70 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F17 (P.divarictium).................... 124
Figura 71 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F18 (P.amazonicum)................. 125
Figura 72 – Fragmentograma teórico do composto Tricicleno (1)...................................... 133
Figura 73 – Fragmentograma teórico do composto α-Pineno (2)....................................... 133
Figura 74 – Fragmentograma teórico do composto α-Fencheno (3).................................. 133
Figura 75 – Fragmentograma teórico do composto Canfeno (4)........................................ 134
Figura 76 – Fragmentograma teórico do composto Sabineno (5). ..................................... 134
Figura 77 – Fragmentograma teórico do composto β-Pineno (6)....................................... 134
Figura 78 – Fragmentograma teórico do composto cis-Pinano (7)..................................... 135
Figura 79 – Fragmentograma teórico do composto 3-p-Menteno (8)................................. 135
Figura 80 – Fragmentograma teórico do composto α-Felandreno (9)................................ 135
Figura 81 – Fragmentograma teórico do composto 2-δ-Careno (10). ................................ 136
Figura 82 – Fragmentograma teórico do composto o-Cimeno (11).................................... 136
Figura 83 – Fragmentograma teórico do composto Limoneno (12).................................... 136
Figura 84 – Fragmentograma teórico do composto γ-Terpineno (13)................................. 137
Figura 85 – Fragmentograma teórico do composto γ-Terpinoleno (14).............................. 137
Figura 86 – Fragmentograma teórico do composto p-Cimeneno (15)................................ 137
Lista de Figuras
Figura 87 – Fragmentograma teórico do composto trans-Sabinol(16). .............................. 138
Figura 88 – Fragmentograma teórico do composto Terpin-4-ol (17).................................. 138
Figura 89 – Fragmentograma teórico do composto α-Terpineol (18)................................. 138
Figura 90 – Fragmentograma teórico do composto Tuj-3-en-10-al (19)............................. 139
Figura 91 – Fragmentograma teórico do composto Verbenona (20).................................. 139
Figura 92 – Fragmentograma teórico do composto δ-Elemeno (21). ................................. 139
Figura 93 – Fragmentograma teórico do composto α-Cubebeno (22). .............................. 140
Figura 94 – Fragmentograma teórico do composto Ciclosativeno (23).............................. 140
Figura 95 – Fragmentograma teórico do composto β-Elemeno (24).................................. 140
Figura 96 – Fragmentograma teórico do composto Z-Cariofileono (25)............................. 141
Figura 97 – Fragmentograma teórico do composto E-Cariofileono (26)............................. 141
Figura 98 – Fragmentograma teórico do composto Cedrano (27)...................................... 141
Figura 99 – Fragmentograma teórico do composto α-Humuleno (28)................................ 142
Figura 100 – Fragmentograma teórico do composto Seicheleno (29)................................ 142
Figura 101 – Fragmentograma teórico do composto γ-Muuroleno (30).............................. 142
Figura 102 – Fragmentograma teórico do composto α-Selineno (31)................................ 143
Figura 103 – Fragmentograma teórico do composto δ-Cadideno (32)............................... 143
Figura 104 – Fragmentograma teórico do composto Elemol (33). ..................................... 143
Figura 105 – Fragmentograma teórico do composto Óxido de Cariofileno (34)................. 144
Figura 106 – Fragmentograma teórico do composto cis-Diidro Acetato de Ocidentalol (35).
..................................................................................................................................... 144
Figura 107 – Fragmentograma teórico do composto Drimenol (36)................................... 144
Figura 108 – Fragmentograma teórico do composto trans-Diidro Acetato de Ocidentalol (37).
..................................................................................................................................... 145
Figura 109 – Fragmentograma teórico do composto 2-Acetato de di-Fenil Etila (38). ....... 145
Lista de Tabelas
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Dados encontrados na literatura sobre a composição dos óleos essenciais
extraídos de espécies Protium. ..................................................................................... 32
Tabela 2 – Mistura de solventes utilizados para o desenvolvimento das cromatoplacas..... 50
Tabela 3 – Rendimento dos óleos essenciais extraídos por hidrodestilação........................ 54
Tabela 4 – Propriedades físico-químicas dos óleos essenciais extraídos das resinas das
espécies Protium spp. ................................................................................................... 59
Tabela 5 – Possível identificação dos constituintes nos óleos essenciais de Protium spp... 69
Tabela 6 – Concentração relativa dos componentes possivelmente identificados nos óleos
essenciais de Protium spp........................................................................................... 128
Lista de Abreviaturas e Siglas
Lista de Abreviaturas ou Siglas
α Alfa
β Beta
λ Comprimento de Onda
δ Delta
γ Gama
ε
°
Constante Dielétrica
°C Graus Celsius
°C min
-1
Graus Celsius por Minuto
µL Microlitro
ε
máx
Absortividade Molar
A Absorbância
Acetil CoA Acetil Coenzima A
AcOEt Acetato de Etila
AM Amazonas
AMV Ácido Mevalônico
b Caminho Ótico
c Concentração
CCD Cromatografia em Camada Delgada
CG/EM Cromatografia Gasosa/Espectrometria de Massas
CGC Cromatografia Gás-Sólido
CH
2
Cl
2
Diclorometano
CHCl
3
Clorofórmio
CLC Cromatografia Gás-Líquido
cm
-1
Número de Ondas
DMAPP Pirofosfato de 3,3-Dimetilalila
DSC Differential Scanning Calorimetry
eV Elétron Volt
FPP Pirofosfato de Farnesila
g Grama
Lista de Abreviaturas e Siglas
GGPP Pirofosfato de Geranil Geraniol
GPP Pirofosfato de Geranila
h Horas
Hex Hexano
I.E. Impacto de elétrons
INPA Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
IPP Pirofosfato de Isopentila
ISO Organização Internacional de Padrão
IV Infravermelho
KBr Brometo de Potássio
LM Lanças & Mário
M
+
Cátion Radical
m/z Massa/Carga
m
2
Metros Quadrados
min. Minuto
mL Mililitro
Mm Milímetro
mmHg Milimetros de Mercúrio
mol. L
-1
Mol por Litro
Na
2
SO
4
Sulfato de Sódio
Nm Nanômetro
P. Protium (gênero)
P.I. Padrão Interno
R
f
Fator de Retenção
s Segundos
T Transmitância
T
R
Tempo de Retenção
UNESP Universidade Estadual Paulista
UV Ultravioleta
v Volume
v/v Volume/Volume
W g
-1
Watt por Grama
Resumo
Resumo
Protium é o principal gênero pertencente à família Burseraceae e um dos
gêneros mais comum na América do Sul, sendo representativo na flora da Região
Amazônica. Na medicina popular, as oleorresinas das espécies Protium o
amplamente utilizadas para diversos propósitos pelas tribos nativas das regiões
onde estas espécies ocorrem. No presente estudo, os óleos essenciais de quatro
espécies Protium foram extraídos, quantitativamente por hidrodestilação. Estas
resinas foram coletadas de árvores catalogadas no Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (INPA), na Reserva Ducke, Manaus/AM, em novembro de 2004. Foram
determinadas as características físico-químicas destes óleos. Técnicas
espectroscópicas, como espectrometria de absorção no infravermelho (IV),
espectrometria de absorção no ultravioleta (UV) e espectrometria de massas (EM),
foram utilizadas como ferramentas qualitativas nas análises destes óleos. Foi
utilizada cromatografia em camada delgada (CCD) para a separação dos
constituintes destes óleos em frações. Para identificação e quantificação dos
componentes destes óleos foi utilizada cromatografia gasosa acoplada a
espectrometria de massas (CG/EM). Os espectros de massas obtidos para os
componentes individuais dos óleos foram analisados por comparação com os
espectros da literatura [52]. Os rendimentos nas extrações foram: 3,1% (P.
hebetatum), 3,33% (P. nitidifolium), 2,6% (P.divarictium) e 2,77% (P.amazonicum).
No óleo extraído da espécie P. hebetatum foram identificados 17 compostos, sendo
os monoterpenos constituintes predominantes na composição deste óleo. No óleo
extraído das espécies P. nitidifolium e P. divarictium foram identificados 21 e 23
componentes, respectivamente. No óleo extraído da espécie P. amazonicum foram
identificados 18 compostos. Uma característica notável nesta amostra é a
predominância de sesquiterpenos em sua composição. A literatura relata a
predominância de sesquiterpenos exclusivamente em óleos essenciais extraídos de
folhas de espécies Protium spp. É importante salientar ainda, que não relatos na
literatura acerca de óleos essências das espécies P. amazonicum e P. divarictium.
Abstract
Abstract
Protium is the main genus in the Burseracea family and is one of the most
widespread genera in South America, being very representative in the flora of the
Amazon region. In the folk medicine, the oleoresins from species of Protium are
widely used for several purposes by the native tribes in the regions where they occur.
In the present study the essential oils of four species of Protium were extracted
quantitatively by hidrodestillation from aged resins. These samples were collected
from trees catalogued by the National Institute of Resesarch of Amazonia (INPA), in
the National Forest Ducke, Manaus Amazonas, in November 2004. The oils
extracted were analyzed in order to determine its physical-chemical characteristics.
Spectroscopic techniques such as infrared absorption spectroscopy, ultraviolet
absorption spectroscopy and mass spectrometry were used to analyze these oils.
Thin layer chromatography was used to separate the fractions of the components
from these samples. For the identification and quantification of the components, the
coupled gas chromatography-mass spectrometry technique was employed. The
registered mass spectra of these oils compounds were compared with those of the
literature [52]. The extractions yields were 3.1% (P. hebetatum), 3.33% (P.
nitidifolium), 2.6% (P.divarictium) and 2.77% (P.amazonicum). In the P. hebetatum oil
17 compounds were identified, being the monoterpenes predominate in this oil
composition. In the P. nitidifolium oil 21 compounds were identified and, in the P.
divarictium oil 23 compounds. In the P. amazonicum oil 18 compounds were
identified, and the major constituent identified was the sesquiterpene cedrane. A
noticeable feature is the predominance of sesquiterpenes in the composition of the P.
amazonicum oil. These compounds are reported to be majoritary in essential oils
extracted of Protium species leaves. It is important to notice that, in the present
moment, no data was reported about P. amazonicum and P.divarictium essential oils.
The results show a high potential of these species as a relevant research area,
mainly in Brazil that owns the major flora of the world, the Amazon Forest.
1 – Introdução 15
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
1 – Introdução
Essa introdução dará uma visão sobre os principais tópicos abordados nesta
dissertação, desde a importância de estudos fitoquímicos no contexto brasileiro,
aspectos econômicos, e menções sobre as espécies em estudo Protium spp,
passando pelos meios de extração e técnicas de caracterização do óleo essencial,
bem como a finalização do trabalho com a quantificação dos componentes
majoritários destes óleos essenciais.
1.1 – O Brasil e a Fitoquímica
A fitoquímica é a ciência destinada ao estudo dos componentes químicos das
plantas. A aplicação dos estudos fitoquímicos pode se ramificar para a área médica,
assim como para a taxonomia e química, entre outras aplicações.
Os vegetais produzem uma diversidade de substâncias, produtos do
metabolismo secundário, alguns responsáveis pela coloração e aroma de flores e
frutos, outras vinculadas com a interação ecológica. O conhecimento dos
constituintes químicos de diversas partes da planta favorece o seu uso sustentável e
contribui para sua conservação.
As fontes de metabólitos secundários parecem ser inesgotáveis em relação
as possibilidades de se encontrar novas e diferentes estruturas com atividades de
extrema importância medicinal ou comercial [1].
1 – Introdução 16
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
A diversidade de estruturas moleculares foi indicada como razão fundamental
do atual interesse das grandes industrias pelos produtos naturais [1].
Por volta de 1970, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o
valor das plantas medicinais, considerando os promissores e consagrados
resultados da medicina tradicional chinesa [1].
Como conseqüência do retorno aos produtos naturais como fonte de
medicamentos, muitos fármacos importantes foram desenvolvidos de 1980 até o
presente [1].
O panorama atual para a fitoquímica é muito mais importante, decisivo e
perigoso para o Brasil, ao considerarmos sua grande riqueza vegetal ainda sem
estudo, as possibilidades, e a falta de estimulo e legislação visando o
desenvolvimento cientifico nesta área [2].
Em solo brasileiro estão seis ecossitemas, entre eles a maior floresta tropical
do mundo, a Amazônia. Em, aproximadamente, cada 100 m
2
da mata encontra-se
de 100 a 300 espécies de plantas. Um gigantesco laboratório da natureza que
garante ao Brasil o título de país de maior biodiversidade da terra [3]
A biodiversidade da flora existente no Brasil e, em particular na floresta
amazônica, representa um grande potencial para o estudo fitoquímico, porém tal
estudo deve ser realizado com responsabilidade, de modo a não acarretar o
desaparecimento de suas espécies [2].
Tomando como exemplo as espécies produtoras de óleos essenciais, de
acordo com a família que pertencem, estas espécies acumulam esse óleo em
órgãos anatômicos específicos. Do ponto de vista da exploração da biodiversidade
vegetal, quando este órgão representa um substrato renovável (resina, folha,flor,
1 – Introdução 17
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
fruto ou semente), é possível extrair-se o óleo essencial sem eliminar a planta. Isso a
torna uma fonte de óleo ecologicamente correta [4].
Caso, não seja possível a preservação desta planta, um reflorestamento
compensador deve ser feito. Trata-se de um problema de grande proporção, pois
dentro de algumas décadas as reservas naturais poderão estar chegando ao seu
fim, devido à pratica extrativa indiscriminada.
Uma empresa suíça, a Novartis, fez um acordo, no inicío desta década, com a
organização social brasileira BioAmazônia para a exploração de matéria-prima na
Amazônia. Este acordo previa o envio em larga escala, para o exterior, de derivados
da biodiversidade amazônica, permitindo que a Novartis patenteasse e controlasse,
com exclusividade, os produtos desenvolvidos por ela a partir de microorganismos,
fungos e plantas coletadas pela BioAmazônia [5].
Caso o Brasil não revise sua atual política extrativista, diante desta nova
busca mundial pelos produtos naturais, corre o risco de perder seu patrimônio
vegetal, por não ter uma rígida legislação que cuide do controle sustentável da
biodiversidade do país.
1.2 – Óleos Essenciais
A ISO (International Standardatization Organization) define óleos essenciais
ou, óleos voláteis, como produtos obtidos de partes de plantas através de destilação
por arraste com vapor d’água [6].
Os óleos essenciais são misturas complexas e muito variáveis de
constituintes voláteis que pertencem de forma quase exclusiva a duas séries,
1 – Introdução 18
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
caracterizadas por suas origens biossintéticas distintas: a série terpênica e a série,
muita menos freqüente, dos fenilpropanóides [7].
Também podem ser chamados de óleos essenciais, óleos etéreos, ou
essências. Essas denominações derivam de algumas de suas características físicas,
como por exemplo, a de terem aparência oleosa à temperatura ambiente, advindo,
daí, a designação de óleo.
1.2.1 – Composição
A composição dos óleos essenciais das plantas é determinada geneticamente,
podendo variar com os seguintes fatores: a) origem botânica (a composição de um
óleo essencial está em função da espécie produtora); b) quimiotipo (os constituintes
químicos do óleo essencial variam com a geografia); c) ciclo vegetativo (dependendo
da época do ano pode varia a porcentagem dos constituintes); d) fatores da
natureza, climáticos e tipo de solo influenciam na produção do óleo essencial; e)
procedimento de obtenção (o modo de extração pode influenciar na composição
química do óleo, extraindo ou não determinados constituintes) [7].
Os produtos químicos produzidos pelos vegetais podem ser divididos em dois
grandes grupos. O primeiro, essencial a todos o seres vivos, são os metabólitos
primários, ou macromoléculas, como os lipídios, protídeos e glicídios que, às custas
de energia originam o segundo grupo de compostos químicos,os metabólitos
secundários, que são micromoléculas com estruturas complexas, possuindo
atividades biológicas com funções variadas [8].
Destaca-se como a principal função das substancias produzidas pelo
metabolismo secundário a de proteger os organismos que as produzem.
1 – Introdução 19
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Os óleos essenciais, no entanto, são formados por constituintes variados,
desde hidrocarbonetos terpênicos, alcalóides, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres,
óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas, cumarinas e até compostos
sulforados, constituintes do metabolismo secundário. Entretanto, a grande maioria
dos óleos essenciais é formada por terpenos voláteis.
Os terpenos são substâncias que possuem como unidade básica a molécula
de isopreno CH
2
=C(CH
3
)-CH=CH
2
. Seu precursor na natureza, no entanto, é o ácido
mevalônico, produzido a partir do acetil CoA (acetato ativo), que dá origem ao
pirofosfato de isopentila (IPP) e ao pirofosfato de 3,3-dimetilalila (DMAPP) [5,9].
O próprio isopreno não intervem na biossíntese e esta “regra isoprênica”
utilizada na classificação dos terpenos é meramente teórica, mas tem a vantagem de
mostrar perfeitamente a unidade biossintética deste grupo, e de dar conta da
subdivisão dos terpenos segundo o número de unidades que intervem:
monoterpenos (10 unidades de carbono); sesquiterpenos (15 unidades de carbono);
diterpenos (20 unidades de carbono); sesteterpenos (25 unidades de carbono);
triterpenos e esteróides (30 unidades de carbonos); tetraterpenos ou carotenóides
(40 unidades de carbono).
Na síntese dos terpenos é fundamental a ocorrência de três seqüências
reacionais:
1. Formação do “isopreno ativo” a apartir do acetato via ácido mevalônico;
2. Acoplamento cabeça-cauda” das unidades de C5 que justifica a
existência de mono, sesqui, di e sesteterpenos;
3. Acoplamento “cauda-cauda” da unidades de C15 ou C20 que justifica a
existência de triterpenos, esteróides e carotenóides [7].
1 – Introdução 20
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
A Figura 1 ilustra a rota de biossíntese dos terpenos via ácido mevalônico.
Figura 1 – Biossíntese dos terpenos via ácido mevalônico [7].
Acetil CoA AMV IPP DMAPP
GPP
FPP
GGPP
C
25
n
Monoterpenos C
10
Sesquiterpenos C
15
Diterpenos C
20
Sesterterpenos C
25
Politerpenos
+ C
5
+ C
5
+ C
5
Triterpenos C
30
Carotenos C
40
1 – Introdução 21
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Os terpenos e seus derivados oxigenados podem ser de cadeias abertas ou
cíclicos, suas diversidades estruturais resultam nas diferentes atividades biológicas
observadas nos óleos essenciais.
Rearranjos, degradação oxidativa ou introdução de novos átomos de carbono
podem transformar um esqueleto terpênico em outro que não apresenta a seqüência
normal de átomos de carbono que caracteriza a classe. Substâncias assim formadas
são também consideradas como terpenos, uma vez que a rota de biossíntese inicial
é a mesma [10].
1.2.2 – Características
A principal característica dos óleos essenciais é a volatilidade, diferindo-se
assim, dos óleos fixos que são misturas de substâncias lipídicas, obtidos geralmente
das sementes.
Os óleos essenciais são líquidos à temperatura ambiente, tem coloração clara
e, em geral, sua densidade é menor que a da água. Quase sempre dotados de
poder de rotação, têm índice de refração elevado. Solúvel em álcoois, e em
solventes orgânicos habituais, são lipossolúveis e muito pouco solúveis em água,
são arrastáveis por vapor d’água [7].
1.2.3 – Toxicidade
A conotação “produto natural” colocada ao publico pode levar a uma
interpretação errada, levando, algumas vezes, a um emprego abusivo destas
substâncias, ou, a uma automedicação perigosa.
1 – Introdução 22
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
1.2.4 – Localização
Os óleos essenciais são raramente encontrados no grupo das Gimnospermas
(com exceção das coníferas). Ao contrário, as Angiospermas são plantas ricas em
óleos essenciais tais como as encontradas nas famílias Lauraceae, Piperaceae,
Rutaceae, Burseraceae, entre outras [8].
Dependendo da família a síntese e o acumulo dos óleos essenciais vem
associados a presença de estruturas histológicas especializadas, localizadas em
determinados pontos do tecido vegetal, como em pêlos glandulares, células
parenquimáticas diferenciadas, canais oleíferos e bolsas que podem estar presentes
em alguns dos seguintes órgãos das plantas: flores, frutos, lenhos, cascas, raízes e
sementes [7-8].
1.2.5 – Função biológica
A formação dos óleos essenciais ainda é muito discutida, assim como sua
função na planta. Para alguns citologistas os óleos essenciais seriam matérias-
primas residuais resultantes de fenômenos metabólicos, que a planta excretaria de
suas células afim de eliminá-los.
Sabe-se, porém, que a formação destes óleos essenciais tem intima ligação
coma qualidade de vida ou, por assim dizer, sobrevivência da planta.
Estão associados a varias funções necessárias à sobrevivência do vegetal em
seu ecossitema, exercendo papel fundamental na defesa contra microorganismos e
predadores, e também, na atração de insetos e outros agentes fecundadores [4].
Exalados como bálsamos ou resinas, agem nas árvores como selos protetores
contra doenças ou parasitas. Os componentes dos óleos essenciais são
1 – Introdução 23
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
quimicamente ativos podendo participar de reações metabólicas, assim como a
complexidade de sua composição permite uma interação química complexa e
seletiva da planta frente ao meio ambiente [8].
Os óleos essenciais são quase sempre bacteriostáticos e, freqüentemente
bactericida. Tem função na polinização, como meio de defesa frente à predadores,
microorganismos, parasitas, insetos e herbívoros. Possuem ação tóxico-protetora
sobre a germinação, ação esta facilitada pela localização periférica dos órgãos
secretores [7,11].
1.2.6 – Aplicações
O uso de óleos essenciais como agentes medicinais é conhecido desde a
remota antiguidade. Há registros pictóricos de seis mil anos atrás, entre os egípcios,
de práticas religiosas associadas à cura de males, às unções de realeza, e a busca
de bem estar físico através de aromas obtidos de partes específicas de certos
vegetais, como resinas, flores, folhas e sementes.
As substâncias aromáticas também eram populares nas antigas China e
Índia. No entanto, foi apenas a partir da Idade Média, através do processo de
destilação introduzido pelos cientistas mulçumanos, que se iniciou a real
comercialização de materiais aromáticos [4].
Sem dúvida, os óleos essenciais encontram sua maior aplicação biológica
como agentes antimicrobianos. Esta capacidade, presente na maioria destes
compostos, de certa maneira, representa uma extensão do próprio papel que
exercem nas plantas, defendendo-as de bactérias e fungos patogênicos.
1 – Introdução 24
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
A maior parte dos trabalhos sobre atividades biológicas atribuídas aos óleos
essenciais na literatura especializada versa sobre o aspecto antimicrobiano destes
(bactericida e fungicida) [12-17].
Muitos autores associam a atividade bactericida dos óleos aos seus
constituintes hidrocarbonetos, sugerindo que maior será a atividade bactericida
deste óleo quanto maior for sua composição de monoterpenos hidrocarbonetos.
Algum trabalho também foi feito com o intuito de comprovar que estes
monoterpenos também são responsáveis pela atividade antifúngica dos óleos
essências [13].
ainda na literatura relatos sobre atividades antiinflamatória, antioxidante e
inseticida de óleos essenciais [12,15,16,18,20].
Seguindo um paradigma análogo ao papel dos terpenóides nas plantas, a
pesquisa dos óleos essenciais como agentes repelentes de insetos vem revelando o
potencial destes compostos nesta área. Foram realizados com sucesso alguns
testes biológicos de repelência aos insetos vetores de doenças, como os mosquitos
do gênero Aedes, transmissores da dengue, e o transmissor da doença de chagas
[21-23].
Alguns óleos essenciais mostraram-se ativos em testes in vitro contra o
agente infectante da malária, outros demonstraram atividade inibidora em alguns
vírus, incluindo herpes simplex 1, influenza e HIV [24-26].
Esta série de resultados confirma o potencial uso dos óleos essências de
plantas em industrias farmacêuticas, e alimentícias na preservação de produtos
alimentícios contra fungos e bactérias, e no combate a doenças de origem
1 – Introdução 25
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
microbiológica. Podendo ainda, alguns destes óleos serem sugeridos como
alternativa ecologicamente correta de inseticida.
1.2.7 – Aspectos Econômicos
Pela utilização crescente nas indústrias de alimentos, cosméticos, e
farmacêuticas, o cultivo de espécies aromáticas e a obtenção de óleos essenciais
constituem importantes atividades econômicas. Assim sendo, na economia
mundial um movimento enorme de capital pelas indústrias de essências.
Algumas indústrias consomem quantidades importantes de essências
especificas, utilizando-as na flotação de minérios, preparação de agentes molhantes,
inseticidas, bem como na medicina, onde ainda fornecem compostos de partida para
a síntese de outras substâncias úteis na indústria farmacêutica [5].
O Brasil ocupa atualmente um lugar de destaque neste vasto campo. O maior
incentivo foi a escassez de vários óleos essências durante a Segunda Guerra
Mundial. O Brasil chegou a conquistar o primeiro lugar na produção de alguns óleos,
tanto de plantas de sua flora, quanto de culturas organizada, uma vez que, grande
parte dos óleos essenciais mundialmente comercializados são oriundos de culturas
racionalizadas, visando a maior reprodutibilidade do perfil químico do produto.
O maior problema para o desenvolvimento das industrias produtoras de óleos
essenciais é a grande concorrência com os similares sintéticos. Estes óleos
sintéticos podem ser imitações dos naturais, porém de constituição limitada em
relação à diversidade de compostos presentes nos naturais. Por isso, em alguns
setores, como, por exemplo, nas industrias cosmética e alimentícia, uma
1 – Introdução 26
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
preferência pelo produto natural, pois o sintético não confere as mesmas
propriedades do natural, principalmente no que se refere ao aroma [27].
São os casos da empresa de cosméticos Natura, que utiliza plantas
originalmente brasileiras, mas cultivadas em culturas organizadas e certificadas, na
fabricação de alguns produtos e, da empresa alimentícia Nestlé, que vem utilizando
flavorizantes naturais, os quais correspondem a 75% do total utilizado por esta
industria.
1.3 – Métodos de Extração de Óleos Essenciais
Os processos de extração variam conforme a localização do óleo essencial na
planta e com a finalidade de utilização do mesmo. A seguir, encontram-se alguns
exemplos dos métodos de extração mais utilizados.
1.3.1 – Enfloração
Esse método foi muito utilizado, mas atualmente é empregado apenas por
indústrias de perfumes, no caso de algumas plantas com baixo teor de óleo de alto
valor comercial, como na extração do óleo essencial de pétalas de flores. O método
consiste no depósito das pétalas, à temperatura ambiente, sobre uma camada de
gordura, durante um certo tempo. Em seguida, essas pétalas esgotadas são
substituídas por novas até a saturação total, quando a gordura é tratada com álcool.
Para se obter o óleo essencial, o álcool é destilado a baixa temperatura, baixa
pressão e o produto assim obtido possui alto valor comercial [7].
1 – Introdução 27
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
1.3.2 – Prensagem
Esse método é empregado para a extração dos óleos essenciais de frutos
cítricos. Os pericarpos desses frutos são prensados e a camada que contém o óleo
essencial é então separada. Posteriormente o óleo essencial é separado da emulsão
formada com a água por decantação, centrifugação ou destilação fracionada [7].
1.3.3 – Extração com Solvente Orgânico
Os óleos essenciais são extraídos, preferencialmente, com solventes
orgânicos (éter, éter de petróleo ou diclorometano) que, entretanto, extraem outros
compostos lipofílicos, além do óleo essencial. Por isso, os produtos assim obtidos
raramente possuem valor comercial
[7].
1.3.4 – Extração por Fluido Supercrítico
Esse método permite recuperar de modo bastante eficiente não somente os
aromas de óleos essenciais, como vários outros tipos, sendo atualmente um dos
principais métodos de escolha para extração industrial de óleos essenciais. Nenhum
traço de solvente permanece no produto obtido, tornando-o mais puro do que
aqueles obtidos por outros métodos. Para tal extração, o CO
2
é primeiramente
liquefeito por compressão e, em seguida, aquecido a uma temperatura superior a
31°C. Nessa temperatura, o CO
2
atinge um quarto estado, no qual sua viscosidade é
análoga a de um gás, mas sua capacidade de dissolução é elevada como a de um
líquido. Uma vez efetuada a extração, faz-se o CO
2
retornar ao estado gasoso,
resultando na sua total eliminação [6,27].
1 – Introdução 28
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
1.3.5 – Arraste por Vapor d’Água
Os óleos voláteis possuem tensão de vapor mais elevada que a da água,
sendo por isso, arrastados pelo vapor d’água. Em pequena escala, emprega-se o
Sistema de Clevenger [28]. Com uma variação deste método, inclusive no sistema
de Clevenger, faz-se a extração do óleo volátil pela mistura do material vegetal à
água. Chamada de hidrodestilação obtém-se também o hidrolato, que é a parte
aquosa coma presença de uma porcentagem do óleo essencial que é solúvel nesta.
O óleo coletado deve ser seco com Sulfato de Sódio (Na
2
SO
4
) Anidro [2,6,11].
Figura 2 – Sistema de clevenger modificado.
1 – Introdução 29
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
1.4 – Protium spp.
A família Burseraceae compreende aproximadamente 600 espécies e 21
gêneros distribuídos em três tribos: Protieae (4 gêneros) , Bowellieae (8 gêneros) e
Canarieae (9 gêneros) [29].
Espécies desta família são caracterizadas por exsudar resinas, que se
encontram armazenadas em dutos ou cavidades. As Burseraceaes quase sempre
têm traços de látex branco resinoso tanto em seus ramos, como dispersos em
formas de gotículas em talhos feitos na casca. Ferimentos nos troncos são
caracterizados pelo esbranquiçamento, devido à rápida secagem da resina
aromática [29].
O fluxo natural da resina é obtido também pela ação de insetos e, uma escala
de produção comercial pode ser eventualmente induzida por meios químicos [29].
A presença desta resina exsudada é, em muito, responsável pela
proeminência destas espécies Burseraceaes na etnobotânica das regiões onde
estas ocorrem, e mostra-se como uma fonte botânica muito atrativa,
comercialmente, de compostos aromáticos [29-30].
O gênero Protium, que têm cerca de 135 espécies, é o maior e mais
heterogêneo gênero na tribo Protieae, predominante nos Neotrópicos. Mais de 80%
das espécies Burseraceaes na região amazônica, por exemplo, pertencem a este
gênero [29].
O gênero Protium é amplamente encontrado na região amazônica, onde suas
óleo-resinas são popularmente conhecidas como “breus” [31-34].
1 – Introdução 30
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Estas resinas são colhidas na floresta sob as arvores e então vendidas nos
mercados da região amazônica para vários propósitos [30].
Na medicina popular é considerada um importante agente terapêutico, sendo
utilizada como antiinflamatório, analgésico, expectorante e cicatrizante [31-32].
Baseado nas experiências das populações nativas em utilizar este gênero
como antiinflamatório, Otuki et al (2005) obteve excelentes resultados utilizando o
extrato etéreo de Protium kleinii, como antiinflamatório de uso tópico [35].
A resina é utilizada também na industria de verniz e calefetagem de
embarcações e outros objetos de madeira [31-32,36], e também é popularmente
queimada pela sua ação repelente de insetos [30].
O mercado internacional é muito receptivo a este tipo de resina, por exemplo,
como fonte de fixadores para tintas artísticas, uma propriedade devido a riqueza de
triterpenos nas resinas de Protium spp [30].
Um exemplo disto é o trabalho apresentado por Cruz-Canizares et al (2005)
onde se estudou as resinas Burseraceaes utilizadas em selantes e vernizes para
obras-de-arte, e foi ainda proposto neste trabalho o uso de alguns triterpenos
derivados destas resinas como marcadores, devido à estabilidade destes compostos
durante longos períodos de tempo [37]. Este resultado mostra-se interessante, por
exemplo, na avalição da veracidade de heranças culturais em geral.
Desta forma, atualmente os estudos envolvendo os óleos essenciais extraídos
deste gênero têm merecido especial atenção.
Estes óleos essenciais podem ser obtidos de diferentes partes da planta,
como resina, caule, folhas e frutos. É preciso salientar ainda, que diferenças
quantitativas e qualitativas, na composição química destes óleos, são encontradas
1 – Introdução 31
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
quando se trabalha com óleos extraídos de partes diferentes de uma mesma planta
[18,31,33].
Siani et al (2004) pesquisando os constituintes voláteis da resina, frutos e
folhas da espécie Protium icicariba, encontrou predominantemente monoterpenos no
óleo extraído da resina, enquanto que na amostra de óleo extraída da folhas houve a
prevalência de sesquiterpenos [29].
Quanto a atividade biológica destes óleos essenciais, resultados importantes
foram relatados por Siani et al (1999), onde foi demonstrada a atividade
antiinflamatória, antinociceptiva e antineoplásica de óleos essenciais extraídos de
resina e folhas de algumas espécies Protium [18].
O óleo essencial extraído da resina de Protium heptaphyllum March foi testado
por Citó et al (2003) frente a Artemia Salina Leach, e o teste de toxicidade sugeriu
uma significativa atividade citotóxica deste óleo[17].
Os dados acima apresentados torna, sobremodo, importante o conhecimento
da constituição química destas espécies para contribuir com o aproveitamento e o
controle na medicina e na industria.
A) B)
Figura 3 Resina recém exsudada do tronco de P. pallidum (A); Resina envelhecida no
tronco (B).
1 – Introdução 32
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Os trabalhos com óleos essenciais deste gênero ainda são muito recentes, e
apenas algumas espécies já foram estudadas.
A Tabela 1 mostra alguns dados encontrados na literatura sobre a
composição dos óleos essenciais extraídos de espécies Protium.
Tabela 1 Dados encontrados na literatura sobre a composição dos óleos essenciais
extraídos de espécies Protium.
Espécie Constituintes majoritários no óleo essencial Referência
P. icicariba
Resina: p-cimeno, α-pineno, α-terpinoleno e limoneno.
Folhas: germacreno, α-copaeno, γ-elemeno e δ-cadineno.
29
P.strumosum
Resina: p-cimeno, terpinoleno, α-terpineol e p-cimen-8-ol.
30
P. spruceanum
Resina: β-felandreno, α-pineno, α-felandreno, p-
cimeno, e
p-ment-3-eno.
30
P. nitidifolium
Resina: p-cimeno, α-pineno, β-felandreno, e sabineno.
30
P. panicullatum
Resina: p-cimeno, α-terpineno, p-ment-3-eno e β-felandreno
30
P. hebetatum
Resina: α-pineno, β-felandreno, p-cimeno,α-
terpineno e
α-felandreno.
30
P. altsonii
Resina: α-pineno, α-felandreno, p-cimeno, β-
felandreno e
1,8-cineol
30
P. spruceanum
Folhas: sabineno, terpinen-4-ol, β-cariofileno e limoneno.
Resina: epi-α-cadinol, cânfor, terpinen-4-ol e limoneno.
33
P. heptaphyllum
Resina: α-terpinoleno, p-cimeno, p-cimen-8-ol e limoneno.
18
P. lewellyni
Folhas: limoneno, α-copaeno, β-cariofileno, α-
δ-cadineno.
18
P. hebetatum
Folhas: p-cimeneno, β-cariofileno, α-humuleno, α-copaeno,
viridifloreno, δ-cadineno, e epi-α-cadinol.
18
1 – Introdução 33
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
P. unifoliolatum
Folhas: trans-cariofileno, limoneno e α-humuleno.
38
P. heptaphyllum
Resina: terpinoleno, limoneno, felandreno e α-pineno.
39
P. hebetatum
Resina: p-cimeno, cis-β-dihidro-terpineol, limoneno, α-
pineno,
β-pineno e α-felandreno.
40
P. alsonii
Folhas: α-pineno, limoneno, germacreno e trans-cariofileno.
41
P. hebetatum
Folhas: trans-cariofileno, α-humuleno e óxido de cariofileno.
40
1.5 – Técnicas Espectrométricas
1.5.1 – Espectroscopia de Absorção na Região do Ultravioleta-Vísivel
Muitas moléculas orgânicas e grupos funcionais são transparentes em
porções do espectro eletromagnético que chamamos de ultravioleta (UV) e visível
(VIS), que é a região compreendida entre 190 nm a 800 nm. Quando uma radiação
contínua passa através de um material transparente, que esteja em uma cela de
amostra de quartzo, uma parte da radiação pode ser absorvida. Se isto ocorre, a
radiação residual, quando é passada através de um prisma, produz um espectro
com fendas chamado de espectro de absorção. Como resultado da absorção de
energia, átomos ou moléculas passam de um estado de baixa energia (estado
fundamental) para um estado de maior energia (estado excitado). A radiação
eletromagnética que é absorvida tem energia exatamente igual à diferença entre os
estados excitado e fundamental. Como a energia absorvida é quantizada, o espectro
que se origina de uma única transição eletrônica deveria corresponder a uma linha
única e discreta. Isto não se confirma, que a à absorção eletrônica superpõem-se
1 – Introdução 34
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
os subníveis rotacionais e vibracionais, originando, então, as bandas de absorção
que possuem posição correspondente ao comprimento de onda cuja energia é igual
À energia necessária para que ocorra a transição eletrônica.
A intensidade de uma absorção pode ser expressa em transmitância (T),
definida como T= I/I
0
, onde I
0
é a intensidade da energia radiante que incide na
amostra e I é a intensidade de radiação que emerge da amostra. Uma expressão
mais convincente é obtida da Lei de Lambert-Beer que relaciona a transmitância
com a espessura da cela de amostra e a concentração das espécies que absorvem:
bck
I
I
A ..)(log
0
10
==
onde k é igual à constante característica do soluto, c é a concentração do soluto, b é
o comprimento do caminho ótico através da amostra e A é a absorbância. Quando c
é expresso em moles.L
-1
e o comprimento do caminho ótico em centímetros, a
expressão acima torna-se,
cbA ..
ε
=
A intensidade de uma banda de absorção em um espectro no UV-VIS é
usualmente expressa como absortividade molar no máximo de absorção, ε
máximo
ou
log
10
(ε
máximo
). Quando não se conhece o material que absorve, pode-se exprimir a
intensidade de absorção como,
b
c
A
cm
.
%1
1
=
ε
onde c é igual à concentração em g/100 mL e b é o caminho ótico através da
amostra em cm.
1 – Introdução 35
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
1.5.2 – Espectrometria Vibracional na região do Infravermelho (IV) [42]
A radiação infravermelha (IV) corresponde, aproximadamente, a parte do
espectro situada entre as regiões do visível e das microondas. A porção de maior
utilidade está situada entre 4.000 e 400 cm
-1
.
A radiação no infravermelho em freqüência menor que aproximadamente 100
cm
-1
converte-se, quando absorvida por uma molécula orgânica, em energia de
rotação molecular.
A radiação na faixa de aproximadamente 10.000 à 100 cm
-1
converte-se,
quando absorvida, em energia de vibração molecular. Estas vibrações moleculares
podem ser classificadas em deformações axiais ou deformações angulares.
As intensidades das bandas podem ser expressas como transmitância (T) ou
Absorbância (A). A transmitância é a razão entre a energia radiante transmitida por
uma amostra e a energia radiante que nela incide (T= I/I
0
). A Absorbância é o
logaritmo decimal do inverso da Transmitância, isto é, A= log(1/T).
Uma resposta positiva a um grupo funcional através da analise de espectro IV
deve ser somada a outras técnicas espectrométricas como espectrometria de
massas (EM) e, ou Ressonância Magnética Nuclear (RMN), para uma determinação
mais exata.
1.5.3 – Espectrometria de Massas (EM)
A espectrometria de massas é uma técnica usada para o estudo das massas
de átomos, moléculas ou fragmentos de moléculas.
Na técnica de impacto de elétrons (I.E), um espectrômetro de massas
bombardeia as moléculas na fase vapor com um feixe de elétrons de alta energia,
1 – Introdução 36
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
usualmente de 70 eV. O evento mais simples que ocorre é a remoção de um elétron
da molécula isolada, com formação de um íon molecular, um cátion radical (M
+
). Os
íons obtidos são acelerados por um campo elétrico, e separados. O resultado é
então registrado como um espectro de íons separados de acordo com a razão entre
sua massa e sua carga elétrica, m/z [42].
Um espectro de massas é um gráfico que contem as massas dos fragmentos
positivos, em suas concentrações relativas. O pico mais intenso do espectro é
chamado de pico base, tem arbitrariamente a intensidade de 100%. As intensidades
dos demais picos, incluindo o pico do íon molecular aparecem como frações do pico
base [42].
As principais aplicações da espectrometria de massas (EM) são [43]:
a) determinar a massa molecular, a qual permite deduzir a fórmula molecular;
b) identificação dos compostos eluídos por um sistema cromatográfico;
c) detecção de compostos conhecidos em baixos níveis de concentração;
d) ajudar na determinação estrutural, pela análise do pico base (100%) e do
íon molecular (M
+
).
Para identificação dos compostos, utilizam-se geralmente espectros de
massas contidos na “biblioteca” (ex: NBS library, com 40.000 registros) do
computador do espectrômetro, na qual consta diversos terpenóides. Uma listagem
dos dez compostos mais prováveis é fornecida por comparação dos 6 a 8 picos mais
intensos da amostra com os dados da biblioteca [43].
1 – Introdução 37
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
1.6 – Técnicas Cromatográficas
A cromatografia é um método de separação no qual os componentes de uma
amostra dividem-se entre duas fases: uma permanece imóvel (fase estacionária) e a
outra percola através dela (fase móvel). Durante a passagem da fase móvel sobre a
fase estacionária, os componentes da amostra são distribuídos entre as duas fases,
de tal forma que cada um dos componentes é seletivamente retido pela fase
estacionária, resultando em migrações diferenciais de cada um destes componentes
[44-47].
A classificação dos diferentes tipos de cromatografia se de acordo com: o
estado físico da fase móvel (gasosa, quida ou fluido supercrítico); a disposição da
fase estacionária (coluna ou planar); e o mecanismo de separação (adsorção,
partição, troca iônica, exclusão por tamanho, etc.) [44-47].
A separação e a purificação dos constituintes químicos das plantas são
freqüentemente efetuadas utilizando-se uma ou mais técnicas cromatográficas.
Entre os métodos modernos de análise a cromatografia ocupa um lugar de destaque
devido a sua facilidade de efetuar a separação, a identificação e a quantificação das
espécies químicas, por si mesma, ou em conjunto com outras técnicas instrumentais
de análise
1.6.1 – Cromatografia em Camada Delgada (CCD)
A cromatografia em camada delgada é uma técnica amplamente utilizada
para fins de analise, tanto em extratos vegetais brutos quanto para avaliar o
resultado de um processo de separação [1, 7-8].
1 – Introdução 38
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
A cromatografia em camada delgada consiste na separação dos
componentes de uma mistura através da migração diferencial sobre uma camada de
adsorvente retido sobre uma superfície plana [48].
O processo de separação está fundamentado, principalmente, no fenômeno
da adsorção. Neste caso, a sílica é seguramente um dos adsorventes mais
utilizados. Em geral, a sílica é empregada na separação de compostos lipofílicos
[48].
Na escolha da fase móvel deve-se levar em conta a natureza química das
substancias a serem separadas e a polaridade da fase móvel, uma vez que existe
uma competição entre as moléculas da fase móvel e da amostra pela superfície do
adsorvente [48].
Após o desenvolvimento dos cromatogramas as placas são secas e
reveladas. A etapa de revelação consiste em tornar visíveis as substancias incolores
presentes na amostra. A visualização das manchas pode ser feita através de
métodos físicos (luz ultravioleta), químicos (reagentes) ou biológicos (enzimas) [48].
1.6.2 – Cromatografia em Fase Gasosa (CG)
As substancias voláteis ou semivoláteis (termo estáveis) são
preferencialmente analisadas por cromatografia gasosa, devido ao grande poder de
separação desta técnica, sendo capaz de separar compostos orgânicos com
isomeria plana similar, isomeria óptica e homólogos com grande pureza [49].
A cromatografia gasosa é um procedimento físico utilizado para separar-se
uma amostra em seus componentes individuais. A base para esta separação é a
distribuição da amostra entre duas fases: uma estacionária e uma fase gasosa
1 – Introdução 39
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
móvel. A amostra é vaporizada e carreada pela fase móvel (ou gás de arraste, uma
vez que se trata de um gás inerte cuja finalidade é transportar as moléculas
separadas) através da coluna onde se encontra a fase estacionária [44-47].
No caso da cromatografia gás-sólido (CGS), a fase estacionária é um sólido
de grande área superficial, usualmente um adsorvente como carvão vegetal, sílica
gel ou peneira molecular. A adsorção diferencial dos componentes da mistura a ser
separada sobre a superfície sólida é a base para a separação cromatográfica na
CGS [44].
Na cromatografia gás-liquído (CGL), a fase estacionária é uma película
delgada liquida, a qual recobre um sólido inerte denominado suporte, que se
encontra acondicionado dentro de uma coluna, através da qual o gás de arraste flui
continuamente. As moléculas da amostra irão distribuir-se entre o gás de arraste e a
fase liquida. As espécies mais solúveis na fase estacionária liquida permanecerão
menos tempo na fase gasosa em movimento, e como conseqüência irão deslocar-se
mais lentamente através da coluna [44].
1.6.2.1 – Detectores
Em um sistema de cromatografia em fase gasosa o detector é, sem dúvida, o
principal responsável pela quantidade mínima de substancia a ser detectada,
enquanto que cabe, em principio, à coluna a responsabilidade de estabelecer a
quantidade máxima [47].
A função do detector em um sistema cromatográfico é acusar a presença e
medir a quantidade de componentes no efluente da coluna [47]. Um sinal elétrico é
gerado, de acordo com a variação na composição do gás de arraste que sai da
1 – Introdução 40
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
coluna cromatográfica, ou seja, é dada uma resposta proporcional à concentração
ou a massa de analito eluído [46].
Neste trabalho foi utilizado um sistema de cromatógrafo a gás acoplado a um
detector de massas (CG/EM), descrito a seguir.
1.6.2.1.1 – Detector de Massas (EM)
Um sistema muito utilizado para análise de amostras é o uso de um
espectrômetro de massas, que funciona como detector, acoplado a um cromatográfo
à gás. Nesta técnica conhecida como CG/EM, o gás de arraste emergente do
cromatógrafo é transferido através de uma válvula dentro de um tubo, onde ele
passa por uma fenda molecular. Uma parte do fluxo de gás é então transferido para
dentro da câmara de ionização do espectrômetro de massas. Cada pico eluído da
coluna cromatográfica é bombardeado com uma fonte ionizante, conseguindo
fragmentar o composto em uma grande diversidade de íons, que são separados e
registrados de acordo com suas razões m/z [44-45,47].
No sistema (CG/EM) é necessário o uso de uma rápida varredura pelo
espectrômetro de massas. O instrumento deve determinar o espectro de massa de
cada componente na mistura, separado pela coluna cromatográfica, antes mesmo
do próximo componente entrar na câmara de ionização, de maneira que uma
substância não seja contaminada pela próxima fração antes que seu espectro tenha
sido obtido [2]
Com um sistema CG/EM é possível também analisar uma mistura e conduzir
uma busca em uma biblioteca de dados existente no sistema, podendo desta
maneira procurar cada componente da mistura por tentativas e comparações [2].
1 – Introdução 41
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
1.7 – Métodos de Quantificação
Na análise quantitativa são necessárias precauções em todas as etapas para
minimizar ou evitar erros. A alíquota a ser analisada deve ser representativa da
amostra. Em cromatografia, a etapa de separação dos componentes da amostra no
cromatógrafo pode acarretar erros como a adsorção irreversível de parte da amostra
na fase estacionária ou suporte, resposta do detector afetada por alterações de
temperatura e vazão de gás e quantidade de amostra injetada fora da faixa linear do
detector [50].
A concentração de uma substância na amostra pode ser determinada por um
dos métodos determinados a seguir.
1.7.1 – Método do Padrão Externo
No método do padrão externo é primeiramente construída uma curva analítica
do padrão puro, onde se verifica a linearidade de resposta para o componente de
interesse na faixa de concentração esperada. Assim, a percentagem em massa de
uma amostra de concentração desconhecida é determinada a partir da equação da
reta gerada na curva analítica. Alguns parâmetros estatísticos são calculados a partir
dessa curva, tais como o desvio padrão e o limite de detecção do método. O método
é muito funcional quando a concentração do analito é relativamente alta, porém para
concentrações relativamente muito baixas é limitado [51].
1.7.2 – Método de Adição de Padrão
Neste método, um analito de interesse, dentro de uma mistura, pode ser
analisado pela adição de quantidades conhecidas crescentes de seu padrão. Uma
1 – Introdução 42
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
curva analítica é obtida e a partir da equação da reta é determinada a concentração
do analito. A adição de padrão é usada em muitas técnicas analíticas,
principalmente quando a concentração do analito é muito baixa e existem efeitos de
diluição em matrizes [50-51].
1.7.3 – Método de Padrão Interno
O padrão interno (P.I.) é uma substância de concentração conhecida
adicionada à amostra, contendo o componente cuja concentração deve ser
determinada, de forma que não interfira na análise. O P.I. não deve ser encontrado
na amostra, deve ter elevado grau de pureza, ser adicionado em concentrações
similares ao composto analisado e ter boa resolução em relação às outras
substâncias. Uma curva analítica deve ser construída tal como no método do padrão
externo, de forma que, pela relação entre as áreas e massas da amostra e do P.I., a
concentração do analito seja determinada. O P.I. é usado, especialmente, na
ausência do padrão do analito [50-51].
1.7.4 – Método de Normalização
Neste método, a área de cada pico é obtida de uma série de injeções de
réplicas de uma mistura contendo quantidades iguais ou conhecidas de todos os
componentes. Um componente deve ser escolhido como referência e as respostas
relativas dos outros componentes são determinadas pela razão entre as suas áreas
e a do componente de referência. Este método é muito usado, especialmente,
quando não há padrão do analito [51].
1 – Introdução 43
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
1.8 – Objetivos do Trabalho
Extrair qualitativamente e quantitativamente os óleos essenciais das
resinas de espécies Protium spp;
Estudar a eficiência na obtenção dos óleos com a variação no tempo de
extração;
Identificar qualitativamente os óleos obtidos por espectroscopia de
ultravioleta, espectrometria no infravermelho (IV) e espectrometria de
massas acoplada à cromatografia em fase gasosa (CG/EM).
Isolar os componentes dos óleos por cromatografia em camada delgada
(CCD), e identificá-los por cromatografia em fase gasosa acoplada à
espectrometria de massas (CG/EM);
Quantificar os componentes majoritários presentes nos óleos essenciais
utilizando o método de normalização simples de área.
2 – Parte Experimental 44
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
2 – Parte Experimental
2.1 – Identificação, Coleta e Armazenamento das Amostras
2.1.1 – Coleta e Identificação das Espécies Protium spp.
As amostras analisadas foram coletadas em árvores catalogadas no Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), na Reserva Ducke (Manaus/AM) em
novembro de 2004.
A identificação das espécies foi feita pelo Departamento de Silvicultura do
INPA.
2.1.2 – Armazenamento das Amostras
As amostras recebidas secas foram armazenadas em embalagens
plásticas, vedadas, acondicionadas em caixas de papel devidamente identificadas,
em local isento de umidade e luz, à temperatura ambiente.
2.2 – Extração dos Óleos Essenciais
Os óleos essenciais foram extraídos pesando-se 25 g de resina seca
triturada, que foram introduzidas em balão de destilação de fundo redondo com
capacidade de 500 mL, no qual foram adicionados 250 mL de água destilada, e
posteriormente o mesmo foi acoplado ao sistema de extração de Clevenger
2 – Parte Experimental 45
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
modificado (Figura 2). O tempo utilizado para as extrações foi de 3 horas, mantendo
a temperatura constante à 98 °C durante a hidrodestilação.
Após a extração mediu-se o volume dos óleos obtidos na escala graduada do
sistema de extração. Em seguida, aos óleos recolhidos foram adicionados 10mg de
Na
2
SO
4
anidro, para eliminação da água residual, e posterior filtração em lã de vidro.
Os óleos obtidos foram armazenados em frascos de vidro fechados e sob
refrigeração (-10 °C) para evitar perdas por evaporação dos constituintes voláteis.
2.2.1 – Determinação do Tempo de Extração
O tempo de extração foi estudado, buscando-se obter rendimento máximo em
tempo mínimo. O estudo foi realizado nos seguintes tempos de extração: 1; 2; 3; 4; 5
e 6 horas. Exceto o tempo de extração, todas as outras condições experimentais
foram mantidas constantes como descritas anteriormente.
2.3 – Características Físicas dos Óleos Essenciais
2.3.1 – Densidade
Não foi utilizado balão volumétrico de 1mL para a medida da densidade dos
óleos essenciais por não haver volume suficiente de óleo todas as espécies para
esta medida. Optou-se por uma micropipeta volumétrica para se medir 500 µL de
cada óleo essencial.
Uma ponteira para 500 µL foi pesada com e sem os óleos essenciais. A
diferença de massa correspondeu a massa de óleo medida. Utilizou-se, então a
seguinte relação:
2 – Parte Experimental 46
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
d = m / v
onde, d é a densidade procurada, m é a massa de óleo essencial e v é o volume
correspondente.
Instrumentos utilizados:
- Balança analítica digital Sartorius modelo BP121S, com precisão de 10
-4
unidades.
- Micro-pipeta Eppendorf ReferenceOxford.
2.3.2 – Índice de Refração
O índice de refração foi medido à T= 27 °C e P= 692 mmHg em Refratômetro
Abbe modelo 2WAJ.
2.3.3 – Ponto de Ebulição
O ponto de ebulição dos óleos essenciais foram medidos utilizando-se
aparelho Eletrothermal em tubo capilar a uma pressão de 696 mmHg, e por Análise
Térmica (DSC), de onde obtém-se uma curva de Calorimetria Exploratória
Diferencial, indicando a faixa de ebulição destes óleos.
A curva DSC foi obtida no Termoanalisador Dupont 9900 acoplado ao módulo
Calorimétrico DSC 910. A vazão de gás N
2
foi fixada em 50 mL min
-1
sob uma razão
de aquecimento da amostra de 10 °C min
-1
, iniciando em 0 °C até 300 °C. A massa
de óleo essencial utilizada de 12 mg, colocada no suporte com saída capilar,
desenvolvimento especialmente para este fim, que está apresentado na Figura 4.
2 – Parte Experimental 47
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 4 – Suporte de vidro com saída capilar pra DSC.
2.4 – Técnicas Espectroscópicas e Cromatográficas Utilizadas para
Análise dos Óleos Essenciais
2.4.1 – Espectroscopia de Absorção na Região do Infravermelho (IV)
Analisou-se os óleos essenciais por IV no espectrofotômetro Nicolet 5SXC
FTIR, utilizando-se janelas de KBr, com 32 varreduras e 16 cm
-1
de resolução, na
faixa de 4000 a 400 cm
-1
.
2.4.2 – Espectroscopia de Absorção na Região do Ultravioleta (UV)
Nas analises dos óleos essências por UV, utilizou-se um espectrofotômetro
MultiSpec-1501, com varreduras entre 190 e 400 nm. Foram utilizadas cubetas de
quartzo com caminho ótico de 10 mm, e etanol como solvente.
2 – Parte Experimental 48
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
2.4.3 – Cromatografia em Camada Delgada (CCD)
Utilizaram-se placas de vidro de 8 x 20 cm recobertas com uma camada de
0,5 mm de espessura, utilizando-se como fase estacionária sílica G-60 e GF
254
Merck
, na proporção 1:10 (m/m).
As placas foram limpas com água e detergente, e em seguida mergulhadas
em solução sulfrocrômica por uma noite. Após este período, as placas de vidro
foram retiradas da solução e enxaguadas em água corrente e, em água destilada e
seca em estufa para uso posterior.
Depois de secas, as placas foram acomodadas uma ao lado da outra numa
prancheta horizontal, feita de alumínio, tendo um bordo retangular longitudinal e
outro transversal, que as mantêm em ordem, lado a lado, para a aplicação da
camada adsorvente.
A aplicação da camada adsorvente (0,25 mm) foi efetuada com ajuda de um
aparelho espalhador especial, que tem um dispositivo que permite a variação de sua
espessura. Colocou-se a suspensão de adsorvente sobre a primeira placa a ser
recoberta, deslocando-se então o aparelho sobre as placas em cima da prancheta,
fazendo-se a deposição da suspensão. Após esta deposição, as placas foram secas
à temperatura ambiente e então ativada em estufa a 140 °C por quatro horas.
2.4.3.1 – Aplicação da Amostra
As amostras de óleos essenciais foram diluídas em clorofórmio (ε
°
= 4,8)
padrão analítico, na relação 1:10 (v/v).
A aplicação da amostra sobre a cromatoplaca foi feita utilizando-se um tubo
capilar a uma distância de dois centímetros do extremo inferior da cromatoplaca.
2 – Parte Experimental 49
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Efetuou-se a aplicação da amostra em frações consecutivas, com intervalos
suficientes para a evaporação do solvente.
2.4.3.2 – Escolha da Fase Móvel
Para a escolha dos solventes apropriados, os valores das constantes
dielétricas foram obtidos das escalas eluotrópicas, nas quais os solventes estão
relacionados em ordem crescente de seu poder de eluição.
Os solventes estudados como fase móvel durante o desenvolvimento do
método são apresentados na Tabela 2.
2 – Parte Experimental 50
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Tabela 2 – Mistura de solventes utilizados para o desenvolvimento das cromatoplacas.
Solventes (v/v)
ε
εε
ε
0
(constante dielétrica)
Acetato de Etila : Hexano (1:60) 1,96
Acetato de Etila : Hexano (1:30) 2,02
Acetato de Etila : Hexano (1:10) 2,27
Acetato de Etila : Hexano (1:5) 2,59
Acetato de Etila : Hexano (1:2) 3,29
Acetato de Etila : Hexano (1:1) 3,98
Acetato de Etila : Hexano (2:1) 4,68
Acetona : Hexano (1:60) 2,20
Acetona : Hexano (1:30) 2,50
Acetona : Hexano (1:10) 3,60
Acetona : Hexano (1:7,5) 4,10
Acetona : Hexano (1:5) 5,02
Diclorometano : Hexano (1:10) 2,54
Diclorometano : Hexano (1:5) 3,09
Diclorometano : Hexano (1:2) 4,29
Diclorometano : Hexano (1:1) 5,48
Diclorometano : Hexano (1,5:1) 6,20
Diclorometano : Hexano (2:1) 6,69
2 – Parte Experimental 51
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
2.4.3.3 – Separação e Revelação
Após a aplicação da amostra, as cromatoplacas foram inseridas na cuba
cromatográfica, em contato com a fase móvel.
A altura da fase móvel na cuba cromatográfica foi de aproximadamente 1,0 cm
abaixo do ponto de aplicação da amostra. Para a saturação da cuba utilizou-se uma
tira de papel de filtro, previamente embebida com a mistura de solventes, que foi
aderida à parede da cuba cromatográfica.
Após a fase móvel ter atingido a delimitação superior nas cromatoplacas,
estas foram retiradas da cuba e secas ao ar. A revelação, isto é, a visualização das
manchas foi realizada por meio da irradiação com luz ultravioleta (λ 254 e 354 nm)
sobre as cromatoplacas.
As substâncias cromatografadas foram recuperadas por meio de sucessivas
extrações da sílica gel com 100 µL de solventes (fase móvel).
Estas frações recuperadas foram armazenadas em frascos de vidro fechados
e sob refrigeração, para posterior análise.
A metodologia utilizada na separação dos constituintes dos óleos essenciais
por cromatografia em camada delgada (CCD) encontra-se resumida na Figura 5.
2 – Parte Experimental 52
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 5 – Fluxograma genérico da metodologia experimental utilizada na CCD.
2.4.4 – Cromatografia em Fase Gasosa Acoplada à Espectrometria de
Massas
Os óleos essenciais e as frações separadas por CCD foram analisados por
CG/EM em um cromatógrafo em fase gasosa Hewlett-Packard modelo HP-5890,
acoplado a um detector seletivo de massas HP-5970 de modo impacto eletrônico,
com uma energia de 70 eV, temperatura da interfase de transferência de 300 °C e
banco de dados NBS-Reve (40.000 registros).
Condições cromatográficas:
- Coluna LM-5 (50 m x 0,25 mm i.d. x 0,42 µm)
- Temperatura inicial = 60 °C
Óleo Essencial em CHCl
3
(10%)
Frações (R
f
0,9; 0,2) Frações (R
f
0,9; 0,5; 0,3)
CG/EM
C
AcOEt:Hex (1:60)
CG/EM
Diclo:Hex (1,5:1)
2 – Parte Experimental 53
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
- Tempo inicial = 11 minutos
- Tempo final = 20 minutos
- Temperatura final = 250 °C
- Temperatura do injetor = 250 °C
- Temperatura do detector = 280 °C
- Gás de arraste = He
- Rampa : 60 °C até 100 °C na razão de 7 °C/min, depois 100 °C até 250 °C
na razão de 12 °C/min.
- Split = 1:50
- µ = 36 cm/seg.
- Modo Scan: 30 a 300 Da
2.4.4.1 – Quantificação
Para a quantificação dos componentes por normalização simples de área,
utilizou-se as condições descritas no item 1.7.4. A quantificação nos constituintes
nos óleos foi realizada a partir de soluções 10 % (óleo em clorofórmio) pela
normalização simples da área do pico de cada composto, sendo a área total a
somatória de todas as áreas do cromatograma (100 %).
3 – Resultados e Discussão 54
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
3 – Resultados e Discussão
3.1 – Extração dos Óleos Essenciais por Hidrodestilação
As extrações dos óleos essenciais foram realizadas de acordo com as
condições descritas no item 2.2.
A Tabela 3 indica o rendimento dos óleos essenciais das resinas das espécies
Protium spp, para o tempo de extração de 3 horas.
Tabela 3 – Rendimento dos óleos essenciais extraídos por hidrodestilação.
Espécie Rendimento (%)
P. hebetatum
3,10
P. nitidifolium
3,33
P. amazonicum
2,60
P. divarictium
2,77
Encontra-se na literatura resultados bastante discrepantes a respeito dos
rendimentos dos óleos obtidos de espécies Protium. Isto se deve ao fato de que a
quantidade de óleo essencial extraído de matrizes vegetais está muito relacionado à
estrutura de armazenamento destes óleos nas plantas, assim, como também á
época do ano, uma vez que a produção destes óleos varia durante o ciclo vegetativo.
3 – Resultados e Discussão 55
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Não documentação acerca da idade das plantas de onde foram coletadas
estas resinas, no entanto, todas as resinas utilizadas neste trabalho foram coletadas
na mesma época do ano, e apresentavam aspecto âmbar ou rochoso, típico de
resinas envelhecidas.
3.2 – Tempo de Extração dos Óleos Essenciais
No material vegetal, os óleos essenciais estão armazenados em estruturas
especializadas. Desta forma, torna-se evidente que o tempo necessário para
remover o óleo essencial do material vegetal é altamente dependente da estrutura
onde este está armazenado. De forma geral, o tempo para a remoção dos óleos
presentes em matrizes como cascas, raízes, sementes, depende da razão de difusão
dos vários constituintes do óleo, que devem permear através do tecido vegetal para
serem extraídos.
O tempo de extração é um dos principais parâmetros no estudo dos óleos
essenciais, está diretamente relacionado com a qualidade e, com a viabilidade
econômica deste processo de extração.
O rendimento na extração e a composição do óleo podem variar em função
do tempo de extração. Uma destilação rápida pode conduzir a um produto contendo
predominantemente constituintes mais voláteis. A destilação mais lenta permite,
portanto uma maior recuperação dos componentes mais pesados.
O óleo deve ser extraído qualitativa e quantitativamente, ou seja, quantidades
significativas dos compostos de interesse no menor tempo de extração possível.
3 – Resultados e Discussão 56
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Para estudar-se o efeito do tempo de extração no rendimento dos óleos
essenciais, inicialmente todas as amostras foram extraídas por 4 horas, obteve-se
um rendimento similar para as quatro espécies. Com base neste experimento
efetuaram-se as extrações em diferentes tempos somente com a espécie P.
hebetatum, uma vez que esta foi a única amostra em quantidade suficiente para a
realização deste estudo.
A Figura 6 apresenta o estudo relacionado ao tempo de extração do óleo
essencial por hidrodestilação da resina da espécie P. hebetatum.
A massa de resina foi fixada em 25,0 g para um volume de 250 mL de água.
Os tempos de extrações estudados foram de 1h; 2h; 3h; 4h; 5h e 6h.
0 1 2 3 4 5 6
0
1
2
3
4
5
Rendimento (%)
Tempo de Extração (horas)
Figura 6 – Rendimento na extração do óleo essencial em função do tempo.
Como pode ser observado no gráfico (Figura 6), um grande aumento no
rendimento entre os intervalos de tempo de 1 à 3 horas de extração, porém, após 3
3 – Resultados e Discussão 57
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
horas de extração o aumento no rendimento é significativo, mas não o suficiente
para impor este aumento de tempo na extração. Baseando-se no melhor custo x
benefício do processo, o tempo de extração de 3 horas foi escolhido como sendo o
mais viável.
3.3 – Propriedades Físico-Químicas dos Óleos Essenciais
Os óleos essenciais podem sofrer alterações pela ação das condições
naturais, dependendo da natureza química de seus constituintes. O ar, a luz, o calor,
a água e impurezas diversas de origem natural ou oriundas de falsificações estão
entre os principais parâmetros que os modificam. As alterações podem ser
reconhecidas tanto por mudanças de suas características organolépticas (aroma,
cor, sabor, transparências, fluidez), como também dos valores de suas pripriedades
químicas e físicas. Assim, diminuindo as suas qualidades, reduz-se de igual modo
sua utilização nas industrias de perfumaria, cosmético, alimentos, químicas, etc.
Foram determinados alguns valores referentes às propriedades físico-
quimicas dos óleos essenciais obtidos das quatro espécies Protium spp.
Para a determinação do ponto de ebulição destes óleos utilizou-se
primeiramente um aparelho Electrothermal, medindo-se os pontos de ebulição destes
óleos em capilar. Sendo os óleos essenciais misturas complexas de componentes,
houve certa dificuldade na medição exata dos pontos de ebulição destes óleos.
Dessa forma, utilizou-se a técnica DSC (Diferencial Scanning Calorimetry)
para uma determinação mais precisa destes pontos de ebulição.
3 – Resultados e Discussão 58
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
As curvas DSC obtidas com razão de aquecimento de 10 °C min
-1
e 12 mg de
amostra para os óleos essenciais das resinas apresentaram um pico largo
endotérmico. As temperaturas médias de ebulição, para cada óleo, foram
determinadas no mínimo destes picos.
As curvas de DSC foram realizadas ao final deste trabalho e, não foi possível
a obtenção deste dado para amostra de P. nitidifolium, pois a quantidade de amostra
disponível foi insuficiente para esta medida.
As curvas DSC para as determinações dos pontos de ebulição dos óleos
essenciais extraídos das resinas de Protium spp. são mostrados na Figura 7.
0 50 100 150 200 250 300 350
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
Fluxo de calor (W/g)
Temperatura (
0
C)
P. hebetatum
P. divarictium
P. amazonicum
Figura 7 Curvas termoanalíticas de DSC para os óleos essências das resinas Protium
spp.
3 – Resultados e Discussão 59
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Os valores das determinações físico-químicas dos óleos essenciais estão
contidos na Tabela 4.
Não foram encontradas na literatura informações acerca das propriedades
físico-químicas dos óleos estudados neste trabalho, para que uma comparação
fosse feita.
Tabela 4 Propriedades físico-químicas dos óleos essenciais extraídos das resinas das
espécies Protium spp.
Espécies
Propriedades
P. hebetatum P. nitidifolium P. amazonicum P. divarictium
Cor Incolor Amarelo claro Amarelo Incolor
Aparência Límpido Límpido Límpido Límpido
Densidade (g/cm
3
) 0,8418 0,8805 0,8314 0,8498
Índice de refração 1,478 1,491 1,493 1,476
Ponto de ebulição (°C)
(Electrothermal)
185,8 168,2 244,8 239,4
Ponto de ebulição (°C)
(DSC)
172,35 260,90 250,07
3 – Resultados e Discussão 60
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3.4 – Análises Espectroscópicas dos Óleos Essenciais
Com a finalidade de se obter informações qualitativas a respeito dos óleos
essências extraídos foram efetuadas medidas em Infravermelho e Ultravioleta destes
óleos.
Os resultados obtidos estão apresentados a seguir.
3.4.1 – Análises por Infravermelho
A espectroscopia no Infravermelho é uma técnica amplamente empregada
para a determinação dos grupos funcionais presentes em um determinado
composto. Tratando-se, desta forma, de uma técnica qualitativa. Do ponto de vista
quantitativo o IV não é uma boa escolha, sendo uma técnica pouco sensível para
fins de quantificação.
Escolheu-se analisar os óleos essências neste trabalho por IV a fim de se
verificar as bandas características dos grupos funcionais, que pudessem sugerir
diferenças referentes aos constituintes destes óleos.
As Figuras 8 à 11 apresentam os espectros de Infravermelho obtidos para os
óleos essenciais.
3 – Resultados e Discussão 61
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4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
10
20
30
40
50
60
70
80
Transmitância (%)
Número de onda (cm
-1
)
Figura 8 – Espectro de Infravermelho do óleo essencial extraído da resina de P. hebetatum.
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
10
20
30
40
50
60
70
80
Transmitância (%)
Número de onda (cm
-1
)
Figura 9 – Espectro de Infravermelho do óleo essencial extraído da resina de P. nitidifolium.
3 – Resultados e Discussão 62
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4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
20
30
40
50
60
70
80
90
Transmitância (%)
mero de onda (cm
-1
)
Figura 10 Espectro de Infravermelho do óleo essencial extraído da resina de P.
amazonicum.
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Transmitância (%)
mero de onda (cm
-1
)
Figura 11 Espectro de Infravermelho do óleo essencial extraído da resina de P.
divarictium.
3 – Resultados e Discussão 63
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Observa-se em todos os espectros IV a banda triplete entre aproximadamente
2850 2950 cm
-1
referente a deformação axial =C–H , característica de aromáticos
e alcenos conjugados.
As bandas entre 1500 e 1300 cm
-1
devem-se as deformações do esqueleto
hidrocarboneto e, no caso desta amostra complexa não é possível identificar cada
uma das deformações ocorrentes.
No espectro IV do óleo da espécie P. amazonicum nota-se uma banda de
forte intensidade em 1685 cm
-1
, que não aparece nos demais espectros e, que pode
ser atribuída à carbonila em conjugação com insaturação (C=C).
A banda em aproximadamente 3400 cm
-1
referente à deformação axial de
O-H é observada em todos os espectros, porém, mostrando-se de fraca intensidade
nos espectros das espécies P. divarictium e P. hebetatum, enquanto que nos
espectros das espécies P. amazonicum e P.nitidifolium esta banda tem maior
intensidade.
Estes fatos associados podem levar a predição de compostos oxigenados,
como álcoois e ácidos carboxílicos, como constituintes majoritários do óleo essencial
extraído da resina de P. amazonicum. No entanto, por hora, trata-se de mera
suposição, uma vez que, como já dito, a espectroscopia no infravermelho não é uma
técnica indicada para fins quantitativos, principalmente em se tratando de uma
mistura complexa de constituintes.
3 – Resultados e Discussão 64
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
3.4.2 – Análises por Ultravioleta
Na região do ultravioleta as absorções ocorrem por meio de transições
eletrônicas, características para cada tipo de grupo cromóforo. Assim como o
infravermelho, o UV foi utilizado neste trabalho como uma ferramenta qualitativa na
tentativa de se encontrar, através das absorções de cromóforos, a indicação da
presença de insaturações ou carbonila, por exemplo.
A Figura 12 apresenta os espectros de absorção no UV para os óleos
essenciais em etanol.
Nota-se somente no espectro UV do óleo da espécie P. amazonicum a
presença de uma banda de absorção em aproximadamente 230 nm, uma transição
do tipo n π
*
, que pode estar associada a uma carbonila (C–O), deslocada pela
conjugação com insaturação. Isto está em concordância com os espectros IV obtidos
para este óleo.
Nos demais espectros nota-se discreta absorção em aproximadamente 217
nm, uma transição do tipo π π
*
, associada às insaturações (C=C).
3 – Resultados e Discussão 65
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
200 250 300 350 400 450
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
Absorbância
Comprimento de onda (nm)
Branco
P. amazonicum
P. divarictium
P. hebetatum
P. nitidifolium
Figura 12 Espectros de absorção no UV dos óleos essenciais extraídos das espécies
Protium ssp.
3.5 – Análises Cromatográficas dos Óleos Essenciais
No presente estudo analítico dos óleos essenciais extraídos das resinas das
espécies Protium spp., Os óleos essências extraídos foram analisados por
cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Estes óleos
foram ainda submetidos à cromatografia em camada delgada (CCD) para o
isolamento de frações contendo os componentes a serem identificados.
Os resultados das análises de CG/EM dos óleos serão apresentados a seguir.
A fim de se comparar os resultados obtidos, os fragmentogramas dos compostos
3 – Resultados e Discussão 66
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
identificados serão apresentados de forma conjunta para as quatro espécies
estudadas.
Para melhor compreensão, na análise por CCD, os resultados serão
apresentados separadamente para cada fase móvel utilizada. Na etapa de
quantificação serão apresentados os resultados comparativos das quatro espécies
Protium spp.
3.5.1 – Análises por CG/EM
As Figuras 12 a 15 apresentam os cromatogramas de CG/EM dos óleos
essenciais das resinas de Protium spp. nas condições experimentais apresentadas
no item 2.4.3.
Figura 13 Cromatograma CG/EM do óleo essencial extraído da resina de Protium
hebetatum.
3 – Resultados e Discussão 67
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 14 Cromatograma CG/EM do óleo essencial extraído da resina de Protium
nitidifolium.
Figura 15 Cromatograma CG/EM do óleo essencial extraído da resina de Protium
divarictium.
3 – Resultados e Discussão 68
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 16 Cromatograma CG/EM do óleo essencial extraído da resina de Protium
amazonicum.
A identificação de alguns constituintes do óleo foi possível pela comparação
de espectros de massas encontrados na literatura [52]. É importante salientar, ainda,
que esta identificação por comparação foi possível porque as condições
experimentais utilizadas foram similares às dos espectros da literatura.
A Tabela 5 mostra os compostos identificados nas amostras de óleos
essenciais extraídos das quatro espécies Protium, com seus respectivos tempos de
retenção e números de identificação utilizados nos cromatogramas.
3 – Resultados e Discussão 69
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Tabela 5 – Possível identificação dos constituintes nos óleos essenciais de Protium spp.
Identificação Tempo de retenção (min.)
(número)
Composto
hebetatum nitidifolium divarictium amazonicum
1 Tricicleno 15,22 - - -
2
α-Pineno
15,96 15,93 16,00 15,91
3
α-Fencheno
16,44 - - -
4 Canfeno 16,53 16,51 16,54 16,47
5 Sabineno - 17,58 - -
6
β-Pineno
17,73 17,75 17,75 17,78
7 cis-Pinano - 18,52 17,97 -
8 3-p-Menteno 17,98 - 18,57 18,48
9
α-Felandreno
18,69 - 18,73 -
10
δ-2-Careno
19,09 - 19,09 -
11 o-Cimeno 19,30 19,28 19,30 19,27
12 Limoneno 19,47 19,46 19,48 19,45
13
γ-Terpineno
20,30 20,27 - -
14 Terpinoleno - 21,82 - -
15 p-Cimeneno - - 21,06 -
16 trans-Sabinol - 22,36 - -
17 Terpin-4-ol 23,02 23,05 23,02 -
18
α-Terpineol
23,29 23,24 23,29 -
19 Tuj-3-en-10-al - 23,37 - -
20 Verbenona - 23,61 - -
21
δ-Elemeno
- 25,67 - 25,67
3 – Resultados e Discussão 70
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22
α-Cubebeno
25,87 - 25,90 25,86
23 Ciclosativeno - - 26,38 26,30
24
β-Elemeno
- - - 26,48
25 Z-Cariofileno - - - 26,83
26 E-Cariofileno 26,98 26,98 27,02 26,98
27 Cedrano - - 27,26 27,30
28
α-Humuleno
- 27,41 27,44 27,43
29 Seicheleno 27,77 - 27,79 -
30
γ-Muuroleno
- 27,73 - 27,79
31
αSelileno
- 27,92 - -
31
δ-Cadideno
28,12 - 28,14 28,11
33 Elemol - 28,43 - -
34 Óxido de Cariofileno - - 29,05 -
34 cis-diidro-Acetato de
Ocidentalol
- 29,64 - 29,62
36 Drimenol - - 29,49 -
37 trans-diidro-Acetato de
Ocidentalol
- - 29,91 29,93
38 Acetato de 2-Difenil Etil - - 32,78 -
3 – Resultados e Discussão 71
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As Figuras 17 à 54 apresentam os fragmentogramas obtidos para cada
componente experimentalmente possivelmente identificado nos óleos.
Encontram-se no Apêndice: Fragmentogramas Teóricos (Capítulo 5) os
respectivos fragmentogramas destes compostos publicados na literatura [52], e
utilizados para identificação dos mesmos por comparação com os resultados
obtidos.
As estruturas propostas pela literatura para os compostos identificados neste
trabalho encontram-se no Apêndice: Fórmulas Estruturais (Capitulo 6)
Figura 17 Fragmentograma experimental do componente identificado como Tricicleno
(pico 1) na amostra P. hebetatum.
3 – Resultados e Discussão 72
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a)
b)
3 – Resultados e Discussão 73
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Figura 18 Fragmentogramas experimentais do componente identificado
como α-Pineno (pico 2): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium;
d) P. amazonicum.
d)
c)
3 – Resultados e Discussão 74
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Figura 19 Fragmentograma experimental do componente identificado como α-Fencheno
(pico 3) na amostra P. hebetatum.
a)
3 – Resultados e Discussão 75
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c)
b)
3 – Resultados e Discussão 76
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Figura 20 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Canfeno
(pico 4): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium; d) P. amazonicum
Figura 21 Fragmentograma experimental do componente identificado como Sabineno
(pico 5) na amostra P. nitidifolium.
d)
3 – Resultados e Discussão 77
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b)
a)
3 – Resultados e Discussão 78
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Figura 22 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como β-Pineno
(pico 6): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium; d) P. amazonicum.
d)
c)
3 – Resultados e Discussão 79
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Figura 23 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como cis-Pinano
(pico 7): a) P. nitidifolium; b) P. divarictium;
b)
a)
3 – Resultados e Discussão 80
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b)
a)
3 – Resultados e Discussão 81
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Figura 24 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como 3-p-
Menteno (pico 8): a) P. hebetatum; b) P.divarictium; c) P. amazonicum.
c)
a)
3 – Resultados e Discussão 82
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Figura 25 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como α-
Felandreno (pico 9): a) P. hebetatum; b) P. divarictium.
b)
a)
3 – Resultados e Discussão 83
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Figura 26 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como δ-2-Careno
(pico 10): a) P. hebetaum; b) P. divarictium.
b)
a)
3 – Resultados e Discussão 84
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c)
b)
3 – Resultados e Discussão 85
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Figura 27 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como o-Cimeno
(pico 11): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P.divarictium; d) P. amazonicum.
d)
a)
3 – Resultados e Discussão 86
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c)
b)
3 – Resultados e Discussão 87
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Figura 28 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Limoneno
(pico 12): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium; d) P. amazonicum.
d)
a)
3 – Resultados e Discussão 88
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 29 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como γ-Terpineno
(pico 13): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium.
Figura 30 Fragmentograma experimental do componente identificado como Terpinoleno
(pico 14) na amostra P. nitidifolium.
b)
3 – Resultados e Discussão 89
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Figura 31 Fragmentograma experimental do componente identificado como p-Cimeneno
(pico 15) na amostra P. divarictium.
Figura 32 Fragmentograma experimental do componente identificado como trans-Sabinol
(pico 16) na amostra P. nitidifolium.
3 – Resultados e Discussão 90
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b)
a)
3 – Resultados e Discussão 91
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Figura 33 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Terpin-4-ol
(pico 17): a) P. hebetaum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium.
c)
a)
3 – Resultados e Discussão 92
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Figura 34 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como α-Terpineol
(pico 18): a) P.hebetatum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium.
c)
b)
3 – Resultados e Discussão 93
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Figura 35 Fragmentograma experimental do componente identificado como Tuj-3-em-10-
al (pico 19) na amostra P. nitidifolium.
Figura 36 Fragmentograma experimental do componente identificado como Verbenona
(pico 20) na amostra P. nitidifolium.
3 – Resultados e Discussão 94
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Figura 37 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como δ-Elemeno
(pico 21): a) P. nitidifolium; b) P.a amazonicum.
b)
a)
3 – Resultados e Discussão 95
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b)
a)
3 – Resultados e Discussão 96
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Figura 38 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como α-
Cubebeno (pico 22): a) P. hebetatum; b) P. divarictium; c) P. amazonicum.
c)
a)
3 – Resultados e Discussão 97
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Figura 39 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como
Ciclosativeno (pico 23): a) P. divarictium; b) P. amazonicum.
Figura 40 Fragmentograma experimental do componente identificado como β-Elemeno
(pico 24) na amostra P. amazonicum
b)
3 – Resultados e Discussão 98
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Figura 41 Fragmentograma experimental do componente identificado como Z-cariofileno
(pico 25) na amostra P. amazonicum.
a)
3 – Resultados e Discussão 99
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c)
b)
3 – Resultados e Discussão 100
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Figura 42 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como E-
Cariofileno (pico 26): a) P. hebetatum; b) P. nitidifolium; c) P. divarictium; d) P. amazonicum.
d)
a)
3 – Resultados e Discussão 101
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Figura 43 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Cedrano
(pico 27): a) P. divarictium; b) P. amazonicum;
b)
a)
3 – Resultados e Discussão 102
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 44 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como α-
Humuleno (pico 28): a) P. nitidifolium; b) P. divarictium; c) P. amazonicum.
c)
b)
3 – Resultados e Discussão 103
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 45 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como Seicheleno
(pico 29): a) P. hebetatum; b) P. divarictium.
b)
a)
3 – Resultados e Discussão 104
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 46 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como γ-Muuroleno
(pico 30): a) P. nitidifolium; b) P. amazonicum.
a)
b)
3 – Resultados e Discussão 105
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 47 Fragmentograma experimental do componente identificado como α-Selineno
(pico 31) na amostra P. nitidifolium.
a)
3 – Resultados e Discussão 106
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 48 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como δ-Cadideno
(pico 32): a) P. hebetatum; b) P. divarictium; c) P. amazonicum.
c)
b)
3 – Resultados e Discussão 107
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 49 Fragmentograma experimental do componente identificado como Elemol (pico
33) na amostra P. nitidifolium.
Figura 50 – Fragmentograma experimental do componente identificado como Óxido de
Cariofileno (pico 34) na amostra P. divarictium.
3 – Resultados e Discussão 108
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 51 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como cis-diidro-
Acetato de Ocidentalol (pico 35): a) P. nitidifolium; b) P. amazonicum.
b)
a)
3 – Resultados e Discussão 109
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 52 Fragmentograma experimental do componente identificado como Drimenol (pico
36) na amostra P.divarictium.
a)
3 – Resultados e Discussão 110
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 53 Fragmentogramas experimentais do componente identificado como trans-diidro-
Acetato de Ocidentalol (pico 37): a) P.divarictium; b) P. amazonicum.
Figura 54 Fragmentograma experimental do componente identificado como 2-Acetato de
Fenil-Etil-Fenila (pico 38) na amostra P.divarictium.
b)
3 – Resultados e Discussão 111
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Os óleos essenciais extraídos das amostras P. hebetaum e P. nitidifolium
mostraram um perfil composto predominantemente por monoterpenos, mostrando-se
de acordo com os relatos publicados na literatura acerca dos óleos extraídos destas
resinas [30,40]. Entretanto estes mesmos relatam o monoterpeno p-cimeno como
constituinte majoritário nestas amostras, sendo, que este composto não foi
identificado no presente trabalho.
Contrario ao que normalmente ocorre com os constituintes não voláteis,
uma considerável inconsistência nos dados reportados na literatura sobre a
composição de óleos essenciais. Este fato deve-se principalmente a variedade na
composição dos óleos essenciais, que diz respeito a diferentes quimiotipos de
espécies, uma vez que os fatores genéticos e ambientais influenciam sobre os
metabólitos terpenóides. Esta inconsistência de dados é especialmente notada
quando estes óleos são constituídos majoritariamente por compostos voláteis, como
ocorrem em com amostras onde a predominância de monoterpenos e compostos
mais leves [18].
No óleo extraído de P. divarictium houve um contrabalanço entre os
conteúdos de mono e sesquiterpenos e, no óleo extraído de P. amazonicum houve
um prevalecimento do conteúdo sesquiterpênico. Não relatos na literatura sobre
óleos essenciais destas duas ultimas espécies.
A predominância de sesquiterpenos no óleo essencial extraído da resina de
P. amazonicum é, sem dúvida, uma característica muito interessante a ser explorada
desta espécie. Esta classe de compostos é característica de óleos extraídos de
3 – Resultados e Discussão 112
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
folhas de espécies Protium, sendo o perfil monoterpênico associado aos óleos
extraídos de resinas [18, 30, 33, 38, 40].
3.5.2 – Separação por CCD
Nas separações das frações dos óleos essenciais por CCD, foram escolhidas
como fases móvel as misturas de solventes Acetato de Etila : Hexano, 1:60 (fase
móvel 1, ε
0
= 1,96), e Diclorometano : Hexano, 1,5:1 (fase móvel 2, ε
0
= 6,20).
A fase móvel 1 (AcOEt : Hexano) resultou em duas, e a fase móvel 2
(CH
2
Cl
2
: Hexano) em três manchas bem distintas.
As separações utilizando como fase móvel Acetona : Hexano (1:30), também
resultaram em três manchas bem definidas, porém os resultados de CG/EM destas
frações não foi satisfatório, sendo esta, então, descartada deste trabalho.
A Figura 55 representa a metodologia geral empregada na separação dos
constituintes dos óleos essências por CCD.
3 – Resultados e Discussão 113
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 55 – Metodologia empregada na análise por CCD.
As Figuras 56 e 57 mostram as visualizações obtidas sob luz UV, em
comprimento de onda de 254 nm, nas separações dos constituintes dos óleos
essências das quatro espécies Protium por CCD.
3 – Resultados e Discussão 114
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 56 Visualização sob luz UV
254 nm
da separação dos constituintes dos óleos
essenciais de Protium spp. por CCD (fase móvel 1).
Figura 57 Visualização sob luz UV
254 nm
da separação dos constituintes dos óleos
essenciais de Protium spp. por CCD (fase móvel 2).
Acetato de Etila : Hexano (1 : 60)
F1
F5
F2
F6
F3
F7
F4
F8
P. hebetatum
P. nitidifolium
P. divarictium
P. amazonicum
Diclorometano : Hexano (1,5 : 1)
F10
F16
F11
F17
F14
F18
P. nitidifolium
P. divarictium
F13
P. hebetatum
P. amazonicum
F15
F12
F9
3 – Resultados e Discussão 115
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
São apresentados a seguir os resultados obtidos na análise CG/EM das
frações separadas por CCD.
Nas separações por CCD utilizando a fase móvel 1, apenas a fração F1 (P.
hebetatum), dentre as frações de Rf = 0,2, resultou na identificação dos constituintes
separados.
Na fração F1 foram identificados os monoterpenos o-cimeno, terpin-4-ol e α-
terpineol. A Figura 58 apresenta o cromatograma referente a esta fração F1.
Figura 58 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F1 (P. hebetatum).
3 – Resultados e Discussão 116
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
As fração F2 (P. nitidifolium) e F4 (P. amazonicum) apresentaram manchas
bem definidas, porém, na análise por CG/EM não foi possível a identificação, por
comparação de fragmentogramas com a literatura, de nenhum destes constituintes
separados.
A fração F3 (P. divarictium), onde se obteve uma mancha de pouca
resolução, não apresentou nenhum constituinte na análise por CG/EM.
A identificação por CG/EM nas frações F5 a F8 (fase móvel 1; Rf = 0,9) foi
satisfatória, resultando na identificação dos seguintes terpenóides :
Na fração F5 (P. hebetatum) identificou-se o monoterpeno o-cimeno (11) e o
sesquiterpeno ciclosativeno (23).
Figura 59 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F5 (P. hebetatum).
3 – Resultados e Discussão 117
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Na fração F6 (P. nitidifolium) foram identificados os sesquiterpenos e-
cariofileno (26), α-humuleno (28), γ-muuroleno (30) e α-selineno (31).
Na fração F7 (P. divarictium) foram identificados os monoterpenos o-cimeno
(11) e limoneno (12), e os sesquiterpenos α-cubebeno (22), ciclosativeno (23) e e-
cariofileno (26).
Na fração F8 (P. amazonicum) foram identificados o-cimeno (11), e os
sesquisterpenos β-elemeno (24), z-cariofileno (25), cedrano (27) e γ-muuroleno (30).
Estes resultados são apresentados a seguir, nas Figuras 60 a 62.
Figura 60 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F6 (P. nitidifolium).
3 – Resultados e Discussão 118
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 61 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F7 (P. divarictium).
Figura 62 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F8 (P. amazonicum).
3 – Resultados e Discussão 119
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Para as frações separadas utilizando a fase móvel 2, não foi possível a
identificação na amostra de P. amazonicum, onde não houve visualização de
mancha definida na cromatoplaca.
Na fração F9 (P. hebetatum) (Figura 63) identificou-se os monoterpenos
o-cimeno (11) e terpin-4-ol(17).
Na fração F10 (P. nitidifolium) (Figura 64) foi possível a identificação do
monoterpeno terpin-4-ol (11).
Na fração F11 (P.divarictium) (Figura 65) também foram identificados os
monoterpenos o-cimeno (11) e terpin-4-ol(17).
Os respectivos cromatogramas referentes as frações de Rf = 0,3
(fase móvel 2) encontram-se a seguir.
Figura 63 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F9 (P. hebetatum).
3 – Resultados e Discussão 120
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 64 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F10 (P.nitidifolium).
Figura 65 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F10 (P.divarictium).
3 – Resultados e Discussão 121
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Obteve-se ainda, para este mesmo sistema de solvente (fase móvel 2)
manchas de Rf = 0,5 para as cromatoplacas das amostras de P.hebetatum (F12), P.
nitidifolium (F13) e P. amazonicum (F14). No entanto, na fração F13 não foi possível
a identificação dos constituintes separados.
Na fração F12 observa-se a presença de dois picos majoritários referentes a
monoterpenos não identificados, nesta fração foi identificado somente o
monoterpeno o-cimeno (11).
Na fração F14 foram identificados os monoterpeno o-cimeno (11) e o
sesquiterpeno γ-Muuroleno (30), também foi observado nesta fração a presença de
um pico majoritário, possivelmente referente a um sesquiterpeno não identificado.
Os respectivos cromatogramas são apresentados a seguir.
Figura 66 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F12 (P.hebetatum).
3 – Resultados e Discussão 122
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 67 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F14 (P.amazonicum).
Na etapa subseqüente, foram analisadas as frações de Rf = 0,9 resultantes
das separações com este sistema de solventes (fase móvel 2).
Na fração F15 (P. hebetatum) (Figura 68
) foram identificados o monoterpeno
o-cimeno (11) e os sesquiterpenos α-cubebeno, ciclosativeno, e-cariofileno,
seicheleno e δ-cadideno. Ainda, outros dois picos majoritários não puderam ser
identificados nesta fração.
Na fração F16 (P. nitidifolium) (Figura 69) apesar da presença de picos
menores, que podem ser atribuidos a monoterpenos não identificados, houve uma
separação satisfatória de sesquiterpenos. Observa-se a presença de um pico
majoritário identificado como sendo o sesquiterpeno e-cariofileno (26). Foram
identificados ainda α-humuleno (28), γ-muuroleno (30) e selineno (31).
3 – Resultados e Discussão 123
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Na fração F17 ( P. divarictium) (Figura 70) foram identificados os
monoterpenos o-cimeno (11) e limoneno(12) e, os sesquiterpenos α-cubebeno (22),
ciclosativeno (23), e-cariofileno (26), α-humuleno (28), γ-muuroleno (30) e
δ-cadideno (32).
Na fração F18 (P. amazonicum) (Figura 71) observa-se somente a presença
de sesquiterpenos. Demonstrando a eficiência desta metodologia de CCD na
separação entre mono e sesquiterpenos nesta amostra. Foram identificados nesta
amostra δ-elemeno (21), α-cubebeno (22), ciclosativeno (23), z-cariofileno (25),
e-cariofileno (26), α-humuleno (28), γ-muuroleno (30), δ-cadideno (32), cedrano (27)
e β-elemeno (24), sendo estes dois últimos picos majoritários.
As Figuras 68 a 71 apresentam estes resultados.
Figura 68 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F15 (P.hebetatum).
3 – Resultados e Discussão 124
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 69 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F16 (P.nitidifolium).
Figura 70 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F17 (P.divarictium).
3 – Resultados e Discussão 125
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 71 – Cromatograma CG/EM obtido para a fração F18 (P.amazonicum).
Com a utilização da fase móvel 1 (frações F1 a F8), foram obtidos os
constituintes pertencentes a faixa intermediária, ou seja, monoterpenos de maior, e
sesquiterpenos de menor t
r
em CG (relativo a suas respectivas classes). Desta
forma, não foi observado um efetivo isolamento de determinados grupos de
constituintes destes óleos. Nas frações F1 e F6 foram identificados mono e
sesquiterpenos, respectivamente. Nas demais frações obtidas neste sistema de fase
móvel observaram-se a coexistência de sesqui e monoterpenos. Apesar desta
coexistência, o perfil obtido na fração F6, mono e sesquiterpenos bem resolvidos no
cromatograma, sugere que, talvez a realização de uma nova cromatografia (CCD)
desta fração resulte em melhor separação, ou isolamento de algum(ns)
constituinte(s) desta amostra.
3 – Resultados e Discussão 126
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Nas frações separadas utilizando-se a fase móvel 2 observou-se na fração
F10 o isolamento do monoterpeno terpin-4-ol e, nas demais frações de mesmo R
f
foi
identificado além deste o monoterpeno o-cimeno. Nas frações de R
f
intermediário
observou-se o isolamento de alguns compostos que não puderam ser identificados
e, nota-se nestas frações um comportamento similar ao citado anteriormente para o
sistema de fase móvel 1, a coexistência de monos e sesquiterpenos na mesma
fração. Dentre as frações de maior R
f
(frações 15 a 18), a fração F18 apresentou um
satisfatório isolamento de somente sesquiterpenos. As frações F15 e F17
apresentaram sesqui e monoterpenos bem separados, o que sugere, como já foi dito
anteriormente, a recromatografia destas frações a fim de se isolar estes
constituintes.
De acordo com os resultados apresentados anteriormente, observa-se que o
sistema cromatográfico onde foi empregada a fase móvel 2 (CH
2
Cl
2
:Hex, 1,5:1)
mostrou-se mais eficiente para prover a separaçãos dos constituitntes destes óleos
essenciais.
Neste sistema onde a fase móvel tem uma maior constante dielétrica, os
compostos mais leves e, portanto de maior afinidade pelo adsorvente do que pela
fase móvel, deslocam-se mais lentamente, desta forma é feita a separação entre os
monoterpenos e os sesquitepenos. São necessários ainda, alguns estudos mais
detalhados sobre estes sistemas de solventes a serem utilizados, para que seja
possível uma satisfatória separação dos compostos da faixa intermediária. Também
deve ser testada a recromatografia destas frações em outros sistemas de solventes,
3 – Resultados e Discussão 127
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
para que assim, sejam isolados os constituintes previamente separados nestas
frações.
3.5.3 – Quantificação dos Constituintes por Normalização Simples de
Área
O principal objetivo da análise quantitativa é determinar a quantidade de uma
espécies presente na amostra analisada. Neste trabalho, utilizou-se o método de
normalização simples a área a fim de obter-se informações sobre os constituintes
majoritários nestes óleos essenciais extraídos.
Utilizaram-se os cromatogramas apresentados nas Figuras 13 a 16, para a
quantificação destes constituintes.
A Tabela apresenta os resultados obtidos no estudo de quantificação dos
constituintes identificados nas quatro espécies. Encontram-se destacados os
constituintes majoritários na composição destes óleos essenciais.
3 – Resultados e Discussão 128
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Tabela 6 Concentração relativa dos componentes possivelmente identificados nos óleos
essenciais de Protium spp.
Identificação Quantificação (%)
(número)
Composto
hebetatum nitidifolium divarictium amazonicum
1
Tricicleno 0,12 - - -
2
α-Pineno
15,74 10,96 11,22 4,02
3
α-Fencheno
0,68 - - -
4
Canfeno 1,32 0,95 0,41 0,32
5
Sabineno - 3,37 - -
6
β-Pineno
2,52 3,62 1,40 0,79
7
cis-Pinano - 1,53 9,42 -
8
3-p-Menteno 2,24 - 2,58 0,27
9
α-Felandreno
1,90 - 2,35 -
10
δ-2-Careno
1,32 - 0,29 -
11
o-Cimeno 19,60 4,75 8,21 1,25
12
Limoneno 10,20 1,05 8,66 2,49
13
γ-Terpineno
0,36 0,43 - -
14
Terpinoleno - 0,23 - -
15
p-Cimeneno - - 0,31 -
16
trans-Sabinol - 1,66 - -
17
Terpin-4-ol 1,76 6,89 0,97 -
18
α-Terpineol
7,64 1,30 5,38 -
19
Tuj-3-en-10-al - 0,64 - -
20
Verbenona - 0,80 - -
3 – Resultados e Discussão 129
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
21
δ-Elemeno
- 0,25 - 0,89
22
α-Cubebeno
0,19 - 4,48 1,38
23
Ciclosativeno - - 7,52 1,27
24
β-Elemeno
- - - 10,08
25
Z-Cariofileno - - - 4,15
26
E-Cariofileno 0,92 3,01 6,02 1,82
27
Cedrano - - 1,29 14,09
28
α-Humuleno
- 0,99 1,89 2,84
29
Seicheleno 0,91 - 1,67 -
30
γ-Muuroleno
- 3,01 - 4,90
31
αSelileno
- 3,07 - -
31
δ-Cadideno
1,33 - 3,14 1,80
33
Elemol - 1,64 - -
34
Óxido de Cariofileno - - 3,22 -
34
cis- Diidro Acetato de
Ocidentalol
- 6,60 - 3,84
36
Drimenol - - 3,35 -
37
trans-Diidro Acetato de
Ocidentalol
- - 1,90 1,67
38
Acetato de 2-Difenil Etil - - 0,20 -
3 – Resultados e Discussão 130
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Os constituintes majoritários identificados nos óleos essenciais das espécies
Protium spp. foram:
P. hebetatum: os monoterpenos o-cimeno (19,60%), α-pineno (15,74%),
limoneno (10,20%), e α-terpineol (7,64%);
P. nitidifolium: os monoterpenos α-pineno (10,96%), o-cimeno (4,75%),
terpin-4-ol (6,89%), e o sesquiterpeno cis – diidro acetato de ocidentalol (6,60%);
P. divarictium: os monoterpenos α-pineno (11,22%), o-cimeno (8,21%),
limoneno (8,66%) e, cis – pinano (9,42%);
P. amazonicum: os sesquiterpenos cedrano (14,09%) e β-elemeno (10,08%).
Observa-se, que as três primeiras amostras apresentam resultados
compatíveis com os relatos da literatura. Ou seja, a predominância de monoterpenos
entre os consituintes majoritários, sendo ainda, o α-pineno e monoterpenos de tipo
mentano (o-cimeno, limoneno, terpin-4-ol e α-terpineol) representativos nestas
espécies [18,30].
Os resultados acima provêm ainda, uma explicação a respeito dos diferentes
pontos de ebulição encontrados nas análises por DSC (Figura 7). O óleo de P.
hebetatum resultou no ponto de ebulição mais baixo (172,35 °C) em razão de serem
seus constituintes monoterpênicos são mais voláteis, por exemplo, que os
sesquiterpenos presentes majoritariamente no óleo de P. amazonicum, conferindo a
este ponto de ebulição 260,90 °C. Apesar da identificação dos constituintes
majoritários na amostra de P. divaricrtium como sendo monoterpenos, observa-se no
perfil geral deste óleo um contrabalanço na quantidade de constituintes mono e
sesquiterpênicos, respondendo ao ponto de ebulição 250,07 °C.
4 – Conclusões e Perspectivas Futuras 131
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
4 – Conclusões
As técnicas empregadas neste trabalho aliadas às informações populares e à
química analítica formam um conjunto de ferramentas imprescindíveis para o estudo
analítico destes óleos essenciais. Os resultados obtidos demonstram a eficiência das
técnicas e metodologia utilizadas.
O estudo do tempo de extração possibilitou uma extração quantitativa destes
óleos, evitando perdas (de massa e constituintes) e, otimizando esta etapa do
trabalho.
Concluiu-se que a análise por CCD é uma técnica muito útil na análise dos
constituintes dos óleos essências. As separações por CCD mostraram-se eficientes,
desenhando novos caminhos para o isolamento destes compostos. Por exemplo, o
composto terpin-4-ol, separado por CCD é um monoterpeno cujas atividades
antialérgica e vasodilatadora foram descritas, sendo também um dos mais
importantes compostos usados na industria de cosméticos e perfumaria.
Nas análises por CG/EM os dados qualitativos e quantitativos obtidos
apresentaram dados inéditos para este gênero. A espectrometria de massas se
mostrou de extrema importância na possível identificação destes constituintes.
Estas informações associadas à caracterização físico-química deste óleo
representam um novo perfil para os óleos essenciais extraídos de resinas do gênero
Protium, como por exemplo, os resultados obtidos para as espécies P. divarictium e
P. amazonicum.
4 – Conclusões e Perspectivas Futuras 132
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Foram identificados um total de 38 constituintes, entre monos e
sesquiterpenos. Sendo 17 constituintes para a espécie P. hebetatum; 21 para a
espécie P. nitidifolium; 23 para a espécie P. divarictium; e 18 para a espécie P.
amazonicum.
Dentre os constituintes majoritários encontram-se os monoterpenos α-pineno,
limoneno, o-cimeno, terpin-4-ol, α-terpineol, cis-pinano e, os sesquiterpenos
β-elemeno, z- e e-cariofileno, cedrano, γ-muuroleno e cis-diidro acetato de
ocidentalol.
muitos relatos na literatura sobre as propriedades anti-sépticas,
antibactericida e antifúngica de óleos essenciais contendo grande porcentagem de
constituintes monoterpênicos, dentro deste contexto este trabalho apresenta um
grande potencial para utilização biológica destes óleos essenciais, entre outras
aplicações.
4.1 – Perspectiva de Trabalhos Futuros
Extração do óleo essencial por outras técnicas como fluido supercrítico e/ou
SPME-HS;
Estudo dos parâmetros como força iônica e adição de solvente no meio de
extração;
Estudo detalhado da metodologia de separação e isolamento por CCD e
CLC dos constituintes que possam vir a apresentar atividade biológica;
– Testes biológicos em cobaia;
– Identificação dos constituintes utilizando índice de Kováts.
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 133
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos
Figura 72 – Fragmentograma teórico do composto Tricicleno (1).
Figura 73 – Fragmentograma teórico do composto α-Pineno (2).
Figura 74 – Fragmentograma teórico do composto α-Fencheno (3).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 134
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Figura 75 – Fragmentograma teórico do composto Canfeno (4).
Figura 76 – Fragmentograma teórico do composto Sabineno (5).
Figura 77 – Fragmentograma teórico do composto β-Pineno (6).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 135
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Figura 78 – Fragmentograma teórico do composto cis-Pinano (7).
Figura 79 – Fragmentograma teórico do composto 3-p-Menteno (8).
Figura 80 – Fragmentograma teórico do composto α-Felandreno (9).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 136
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 81 – Fragmentograma teórico do composto 2-δ-Careno (10).
Figura 82 – Fragmentograma teórico do composto o-Cimeno (11).
Figura 83 – Fragmentograma teórico do composto Limoneno (12).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 137
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 84 – Fragmentograma teórico do composto γ-Terpineno (13).
Figura 85 – Fragmentograma teórico do composto γ-Terpinoleno (14).
Figura 86 – Fragmentograma teórico do composto p-Cimeneno (15).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 138
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 87 – Fragmentograma teórico do composto trans-Sabinol(16).
Figura 88 – Fragmentograma teórico do composto Terpin-4-ol (17).
Figura 89 – Fragmentograma teórico do composto α-Terpineol (18).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 139
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 90 – Fragmentograma teórico do composto Tuj-3-en-10-al (19).
Figura 91 – Fragmentograma teórico do composto Verbenona (20).
Figura 92 – Fragmentograma teórico do composto δ-Elemeno (21).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 140
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 93 – Fragmentograma teórico do composto α-Cubebeno (22).
Figura 94 – Fragmentograma teórico do composto Ciclosativeno (23).
Figura 95 – Fragmentograma teórico do composto β-Elemeno (24).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 141
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 96 – Fragmentograma teórico do composto Z-Cariofileono (25).
Figura 97 – Fragmentograma teórico do composto E-Cariofileono (26).
Figura 98 – Fragmentograma teórico do composto Cedrano (27).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 142
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 99 – Fragmentograma teórico do composto α-Humuleno (28).
Figura 100 – Fragmentograma teórico do composto Seicheleno (29).
Figura 101 – Fragmentograma teórico do composto γ-Muuroleno (30).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 143
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 102 – Fragmentograma teórico do composto α-Selineno (31).
Figura 103 – Fragmentograma teórico do composto δ-Cadideno (32).
Figura 104 – Fragmentograma teórico do composto Elemol (33).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 144
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 105 – Fragmentograma teórico do composto Óxido de Cariofileno (34).
Figura 106 – Fragmentograma teórico do composto cis-Diidro Acetato de Ocidentalol (35).
Figura 107 – Fragmentograma teórico do composto Drimenol (36).
5 – Apêndice: Fragmentogramas Teóricos 145
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
Figura 108 – Fragmentograma teórico do composto trans-Diidro Acetato de Ocidentalol (37).
Figura 109 – Fragmentograma teórico do composto 2-Acetato de di-Fenil Etila (38).
6 – Apêndice: Fórmulas Estruturais 146
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
6 – Apêndice: Fórmulas Estruturais
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CH
2
CH
3
CH
3
CH
2
CH
3
CH
3
CH
2
CH
3
CH
3
Tricicleno
α-Pineno
α
-Fencheno
Canfeno Sabineno
β-Pineno
cis-Pinano 3-p-Menteno
α-Felandreno
6 – Apêndice: Fórmulas Estruturais 147
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
H OH
OH
OH
2-δ-Careno
o-Cimeno Limoneno
γ-Terpineno
Terpinoleno p-Cimeneno
Trans-Sabinol Terpin-4-ol
α-Terpineol
6 – Apêndice: Fórmulas Estruturais 148
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
OH
O
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
H
H
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CH
2
H
H
CH
3
z
Tuj-3-en-10-al Verbenona
δ-Elemeno
α-Cubebeno
Ciclosativeno
β-Elemeno
z-Cariofileno
6 – Apêndice: Fórmulas Estruturais 149
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
CH
3
CH
3
H
H
CH
3
CH
2
e
CH
3
H
CH
3
H
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
E
E
E
CH
3
CH
3
CH
3
CH
2
H
H
H
e-Cariofileno Cedrano
α-Humuleno
Seicheleno
γ-Muuroleno
α-Selineno
6 – Apêndice: Fórmulas Estruturais 150
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
H
H OH
CH
3
CH
3
H
H
CH
2
O
CH
3
O
H
Ac
OH
H
O Ac
O
O
δ-Cadideno
Elemol
Óxido de Cariofileno cis – Diidro Acetato de Ocidentalol
Drimenol trans – Diidro Acetato de Ocidentalol
2-Acetato de di-Fenil Etila
7 – Bibliografia 151
Dissertação - Érica Ap. Souza Silva USP/IQSC – GQATP
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1
H
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C NMR Spectra, and Kováts Indices. Winscosin: Aldrich Chemical
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