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SONIA LORENA DÍAZ CÁCERES
“A PRÁTICA PEDAGÓGICA DESENVOLVIDA POR UM PROFESSOR NO
ENSINO-APRENDIZAGEM DE ESTUDOS SOCIAIS NA 5ª SÉRIE DO
ENSINO FUNDAMENTAL EM EL SALVADOR”
MAESTRIA EM EDUCAÇÃO/CURRÍCULUM
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
2006
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12
SONIA LORENA DÍAZ CÁCERES
“A PRÁTICA PEDAGÓGICA DESENVOLVIDA POR UM PROFESSOR NO
ENSINO-APRENDIZAGEM DE ESTUDOS SOCIAIS NA QUINTA SÉRIE DO
ENSINO FUNDAMENTAL EM EL SALVADOR”
MAESTRIA EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULUM
Dissertação apresentada à Banca
Examinadora da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo,
como exigência parcial para a
obtenção do título de Maestria em
Educação/Currículum, sob a
orientação da Professora Dra. Ana
María Saúl
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
2006
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BANCA EXAMINADORA:
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
São Paulo, _____ de _______________ de ________
14
Autorizo exclusivamente, para fins acadêmicos e também científicos, a
reprodução total ou mesmo parcial desta Dissertação pelo processos de
fotocopiadora ou eletrônicos.
Assinatura:____________________________
Data:agosto, 2006.
15
Nota Prévia
A presente Dissertação foi produzida no âmbito do Convênio Interinstitucional
entre a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Pós-
Graduação em Educação / Currículum e o “Institut pour le Développement et
l´Éducation des Adultes”, Genebra, Suiça.
16
DEDICATÓRIA
À memória de:
Raúl Armando Díaz Mendoza, meu pai, quem foi um exemplo de superação e
por inculcar-me o interesse pela leitura como também pelo conhecimento.
Juan Carlos Díaz Cáceres, meu irmão, quem com o pouco que viveu,
completou a carreira de uma vida longa.
À Eduardo José Paz Díaz, meu filho, pela sua compreensão e sacrifício perante
as minhas horas de estudo.
À Mario Ernesto Paz, meu esposo, pelo seu constante apoio, paciência nos
momentos dificeis e por dar-me ânimo para sair adiante.
À Celia Cáceres de Díaz, minha mãe, professora incasável e a quem devo os
meus passos pelo caminho do ensino
À Ana Celia Díaz de Uriarte, minha irmã e Juan José Uriarte Díaz, meu
sobrinho, por compartir os meus anelos de superação.
À Familia Sermeño Cáceres, pelo seu apoio e palavras de ânimo ao longo de
todo o período da minha formação.
17
AGRADECIMENTOS
Al Institut pour le Développement et l’Education des Adultes” (IDEA) e ao
Instituto de Pesquisa e Educação (IPE), pela sua preocupação e interesse por
desenvolver processos de qualidade e pelos esforços realizados para este
processo de formação, assim como também pelo apoio financeiro.
A Enfants du Monde (EdM), agência de cooperação, pelo apoio financeiro
proporcionado.
À Fundação de Educação Popular CIAZO, pela oportunidade e também pela
colaboração brindada durante o período de formação.
Aos/as professores/as de Pós-Graduação/Currículum, da Pontificia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), os quais participaram na
formação, pelas suas contribuições e também ensinos.
Aos/as companheiros/as do Programa de Formação, por compartir alegrias,
anelos e também pelos laços de amizade que surgiram ao longo destes anos.
A Equipe da Proposta Educativa de Qualidade (PEC), pelo apoio e também
pelas palavras de ânimo para sair adiante e por todo o qual compartimos.
À Profa. Dra. Ana María Saúl, pela sua orientação durante o desenvolvimento
desta investigação.
Aos/as aprendizas e professor do Centro Escolar “Caserío Jocote Dulce” os
quais possibilitaram a realização desta investigação.
18
RESUMO
Esta investigação tem como propósito fundamental o de poder analisar a
prática pedagógica a qual é desenvolvida por um professor da quinta série do
ensino fundamental no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de
Estudos Sociais. Prática a qual está enfocada em dois grandes aspectos: os
enfoques teóricos os quais apoiam a disciplina e também a ação na aula
desenvolvida pelo professor. A referida ação está centralizada na confrontação
de conhecimentos tanto cotidianos assim como também científicos no
desenvolvimento dos conteúdos curriculares, a produção/utilização de textos
orais/escritos no processo de ensino-aprendizagem da disciplina e as
estratégias metodológicas as quais são utilizadas pelo professor para poder
desenvolver os conteúdos curriculares. Para responder aos aspectos
anteriores, as seguintes questões orientaram esta investigação: Que
fundamentos teóricos possui o professor da disciplina de Estudos Sociais para
o processo de ensino-aprendizagem da mesma?, No desenvolvimento dos
conteúdos curriculares de Estudos Sociais existe confrontação tanto entre os
conhecimentos cotidianos assim como também entre os conhecimentos
científicos?, Existe produção/utilização de textos escritos/orais no processo de
ensino-aprendizagem de Estudos Sociais?, e Que estratégias metodológicas
utiliza o professor para poder desenvolver os conteúdos curriculares de
Estudos Sociais? A metologia de investigação é de índole qualitativa e para a
análise dos resultados foi iniciada de uma rie tanto de procedimentos assim
como também de técnicas, tais como são os seguintes: a observação em
classes, as entrevistas e a revisão de documentos, entre outros. Da mesma
maneira se espera de que os resultados desta investigação possa contribuir
com elementos teóricos-práticos não somente para uma redefinição do ensino-
aprendizagem de Estudos Sociais, que possa possibilitar também com o
desenho de um Programa de Estudo considerando a disciplina como Ciências
Sociais, mais também, para a construção de uma Proposta Educativa de
Qualidade com enfoque de Pedagogia do Texto.
Palavras chaves: Estudos Sociais, Prática Pedagógica, Texto, Estratégias
metodológicas.
19
SUMÁRIO
PAG.
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………….
11
CAPITULO 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA …...................................................
1.1 O currículum e a prática pedagógica......................................
1.2 A Pedagogia do Texto………………………………………………………………….
1.3 As Ciências Sociais e a Pedagogia do Texto............................
1.3.1 As principais correntes as quais são seguidas em
Ciências Sociais…………………………………………………………………………….
1.3.2 Por quê e para quê ensinar Ciências Sociais?..........................
1.3.3 O que ensinar-aprender em Ciências Sociais?.........................
1.3.4 Como ensinar-aprender em Ciências Sociais?..........................
32
32
38
46
49
52
54
57
CAPITULO 2
METODOLOGIA DE PESQUISA....................................................
2.1 Tipo de pesquisa.................................................................
2.2 Descrição do contexto local de pesquisa.................................
2.2.1 Os/as participantes………………………………………………………………………
2.3 Os procedimentos para a coleta de dados........................
2.3.1 As observações das classes..................................................
2.3.2 As entrevistas.....................................................................
2.3.3 A revisão de documentos.....................................................
2.3.3.1 As Planificações ou Cartas Didáticas..............................
2.3.3.2 O roteiro de classes do professor......................................
2.3.3.3 Os cadernos de classe dos/as aprendizes..........................
62
62
63
64
65
65
66
66
66
67
67
CAPÍTULO 3
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS................................
3.1 A metodologia para a análise dos resultados...........................
68
68
20
3.2 Que fundamentos teóricos possui o professor da disciplina
de Estudos Sociais para o processo de ensino-aprendizagem da
misma?..............................................................................
3.3 No desenvolvimento dos conteúdos curriculares de Estudos
Sociais existe uma confrontação entre os conhecimentos
cotidianos e os conhecimentos científicos ?.............................
3.4 Existe produção/utilização de textos escritos/orales no
processo de ensino-aprendizagem de Estudos Sociais..............
3.5 Quais são as estratégias metodológicas as quais são utilizadas
pelo professor para poder desenvolver os conteúdos
curriculares de Estudos Sociais............................................
69
73
80
83
CAPITULO 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................
91
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................
95
6. APÊNDICE..............................................................................
6.1 As observações das classes .................................................
6.2 Entrevista com o professor...................................................
6.3 Entrevistas com os/as aprendizes..........................................
98
98
109
114
7. ANEXOS…
…………………………………………………………………...
7.1 O mapa da localização geográfica de El Salvador.....................
7.2 A divisão política de El Salvador............................................
7.3 As Prioridades da Política Educativa 2005–2021......................
7.4 A localização do Departamento de Usulután e do Municipio de
Ozatlán..............................................................................
7.5 Unidade 3 do Programa de Estudos Sociais da série do
Ministério da Educação (o Objetivo, a Descrição e as
Atividades de Iniciação e Objetivos.....……………………………………..
7.6 Os Domínios Curriculares Básicos da 5ª série para a
disciplina de Estudos Sociais. Ministério da Educação...............
124
124
125
126
127
128
131
21
7.7 Objetivo 3.6 de Unidade 3 do Programa de Estudos Sociais da
5ª série do Ministério da Educação ......................................
7.8 Objetivo 3.7 de Unidade 3 do Programa de Estudos Sociais da
5ª série do Ministério da Educação ......................................
7.9 A Planificação ou a Carta Didática..........................................
7.10 O roteiro de classes do professor...........................................
7.11 O caderno de classes dos/as aprendizes.................................
133
135
137
139
143
22
INTRODUÇÃO
El Salvador tem uma população de 6.517.800 habitantes, os quais estão
distribuidos numa superfície de 21.040 Kms
1
. quadrados (Ver Anexos 7.1 y
7.2), razão pela qual está classificado como um dos países povoados mais
densos da América Latina e é considerado, além disso, como um país o qual
não tem podido superar os seus mais agudos desequilíbrios estruturais, senão,
os aprofundizado. Assim, entre os graves problemas que o caracterizam
podemos mencionar os seguintes: uma extrema pobreza tanto rural como
também urbana, um profundo deterioro ambiental, desemprego,
marginalização sócio-cultural, violência, migração e a insatisfação das
necessidades básicas da maior parte da população. De acordo com o Informe
Social Watch (2005) “de mais de seis milhões de pessoas as quais vivem no
território nacional, quase a metade é pobre e pelo menos dois milhões
emigrado fugindo da falta de oportunidades de desenvolvimento”. (2005,
p.188).
O panorama econômico do país não é muito positivo, como por exemplo, a
taxa de crescimento do PIB, entre os anos 2001 e 2001 foi de 1,7% e de 2,1%
respectivamente. Este comportamento contrasta com o alto rendimento o qual
foi obtido no primeiro qüinqüênio dos anos 90, quando a economia cresceu a
taxas superiores de 6% anual. De acordo com o Encuesta de Hogares de
Propósitos Múltiplos (EHPM-2004) da Dirección General de Estadística y
Censos (DIGESTYC), o 49,8% do total da população se ocupa em empregos
informais, isto quer dizer, sem nenhum tipo de garantias de seguro social e
nem de pensões. O 51,8% do emprego informal está em mãos de mulheres as
quais atingem um salário mensal entre $50,00 e $114,00, esta classe está por
baixo do salário mínimo urbano de $158,00 mensais e o custo da cesta básica
que é de $450,00 mensais.
1
El Salvador está dividido em uma forma tanto política assim como também
administrativamente em 14 departamentos e estes por sua vez em municípios,
totalizando 262 municípios.
23
Por outro lado, o país enfrenta condições extremamente dificeis pelos elevados
níveis de probreza. Aproximadamente a metade da população, vive abaixo da
linha de pobreza, as quais estão concentradas nas áreas rurais e também nas
áreas mais marginais das cidades, especialmente na Área Metropolitana de
São Salvador (AMSS)
2
.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD, 2005), “o 43% da população vive na probreza e o 19% em uma
probreza absoluta e a situação é mais alarmante nas zonas rurais, onde o
56% da população é pobre e o 29% da mesma sofre de uma pobreza
absoluta”. As cifras anteriores indicam que “A precária qualidade de vida está
diretamente relacionada com a desigualdade na distribuição da riqueza,
facilitada pelas medidas econômicas governamentais” (SOCIAL WATCH, 2005).
No anterior temos que acrescentar que de acordo com o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH, 2005), o país se encontra na posição 104 da
classificação de 177 países, encontrando-se assim, entre os países com um
desenvolvimento médio, o que reflete que ainda tem muito que ser feito em
matéria de saúde, do nível de vida como também da educação.
De acordo com o Informe 262 de Indicadores Municipales sobre Desarrollo
Humano y Objetivos de Desarrollo del Milenio (PNUD, 2005), entre os logros
os quais têm contribuido ao avanço da posição, podemos mencionar os
seguintes:
El ingreso per cápita en términos reales aumentó en 19%.
La población que vive en situación de pobreza de ingresos
(inferiores al costo de la canasta básica de consumo), se
redujo de 59.7% en 1992 a 34.6% en 2004.
La tasa de analfabetismo de personas de 10 años o más,
disminuyó de cerca de 28%, a principios de los años
noventa, a 15.5, en 2004. También se redujeron las
brechas existentes en materia de género y por área
geográfica. Además en ese período, aumentó la escolaridad
2
A Área Metropolitana de San Salvador (AMSS), forma parte de uma unidade
administrativa urbana, a qual está constituida por 14 municípios e contando com uma
população de aproximadamente 2 milhões de habitantes, o que representa mais de
30% da população total do país.
24
promedio en más de un año y se redujeron a la mitad las
tasas de deserción y de repitencia escolar básica. ( p.13)
Não obstante e ainda quando se tem logrado avanços, é necessário enfrentar
os desafios para poder alcançar as metas dos Objetivos do Milênio (ODM),
razão pela qual da necessidade de que sejam incorporados dentro do marco
de políticas tanto municipais assim como também estatais. Entre os desafios
os quais são necessários de serem considerados para poder alcançar os
referidos objetivos, estão os seguintes: Diminuir de uma forma significativa as
desigualdades na distribuição da renda; propiciar de que as mulheres tenham
igualdade de oportunidades com os homens, não somente no que se refere à
alfabetização, mais sim, em ocupar cargos executivos e também
administrativos e a sua participação na área política e por último, aumentar os
níveis de cobertura dos serviços sociais básicos.
No ano de 2004, as ações governamentais para poder diminuir a pobreza se
orientaram no crescimento econômico e também no aumento do investimento
estrangeiro, sob a disponibilidade da geração de emprego e também o bem
estar social. Não obstante, o investimento estrangeiro foi pouco e também de
qualidade e a desaceleração do crescimento econômico se aprofundou.
Neste mesmo ano, o PIB de El Salvador cresceu em 1,5%, sendo o menor no
último qüinqüênio e por baixo do promedio latinoamericano e também
centroamericano. De acordo com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento, para poder alcançar um desenvolvimento o qual seja
aceitável, o PIB de países como é o caso de El Salvador deveria crescer pelo
menos em 5% ao ano.
A crise atual da sociedade salvadorenha apresenta algumas características
semelhante às que foram vividas na década de 1970, quando se gerou no país
uma situação de intenso conflito tanto social assim como também político. Tal
situação estava vinculada de uma forma direta não somente com o
pioramento das condições de vida dos setores populares, por causa de uma
crise econômica, mais sim, que também com a exclusão política de setores
populares por parte de governos em mãos de militares. O aumento do mal-
25
estar popular pelas seqüelas da crise econômica resultou em um pioramento
dos enfrentamentos sociais e logo depois, na década dos oitenta, uma série de
reformas econômicas e também sociais, acompanhadas de uma forte dose de
violência estatal, desembocaram em mal-estar e também de
descontentamento, iniciando assim uma gerra civil e a qual chega ao seu fim
com a firma dos Acordos de Paz em janeiro de 1992.
A etapa de pós-guerra, experimentada em El Salvador durante os anos
noventa, esteve centrada na reconstrução da sociedade, enfrentando os
desafios de poder superar a pobreza, de melhorar a sua produtividade e
também competitividade e assentar as bases do desenvolvimento o qual fosse
sustentável, a democracia e também a paz social, para o qual o país devia
aumentar o nível educativo da sua população. Com a recuperação da paz
começa um processo a favor da democracia, onde a educação jogaria um
papel muito importante na medida que esta deveria contribuir a lograr uma
convivência pacífica e também o desenvolvimento.
Em El Salvador, a instituição principal do setor educativo nacional é o
Ministério da Educación (MINED), sendo o responsável da administração de
todos os níveis de ensino do setor público, de estabelecer normas e também
de supervisar os serviços de educação o qual oferece o setor privado. Então
corresponde ao MINED, estabelecer normas, financiar, promover, avaliar e
também controlar os recursos disponíveis para poder alcançar os objetivos da
educação nacional.
Durante o período de 1989-1994 a gestão educativa esteve orientada ao
desenvolvimento e o estímulo tanto de programas como também de projetos
tendentes à ampliação da cobertura, focalizando os primeiros anos de
Educação Básica (Ensino Fundamental) e outorgando especial ênfase as zonas
rurais e urbano-marginais. Ao mesmo tempo, se tentou cumprir com os
seguintes objetivos, (MINED, 1996):
26
a
) Reorientar a designação de recursos para a atenção
prioritária da educação inicial, jardim-de-infância e básica,
nas áreas de população mais probres do país.
b) Desenvolver a educação integral no formal e também
permanente do adulto, com ênfase na população tanto rural
como urbano-marginal.
c) Melhorar a qualidade do currículum do sistema cultural
educativo nacional.
d) Descentralizar os servicios administrativos para otimizar a
utilização dos recursos do setor.
e) Atualizar o Marco Institucional do Ministério da Educação e,
f) A participação do setor não governamental, na execução
tanto de programas como também de projetos culturais e
educativos. (p.5)
E é assim como o Sistema Educativo Salvadorenho experimentou
transformações nos anos 90. A princípios da mencionada década, foi iniciado o
Programa de Educación con la Participación de la Comunidad (EDUCO), o qual
nasceu em uma investigação que foi realizada em 1990, a qual tinha como
objetivo “identificar mediante um processo participativo dos sistemas
existentes de abastecimento e educação básica e também jardim-de-infância e
as procuras reais de serviço de meninas e também de meninos pobres com as
idades de 0 até 15 anos” (MINED, 1996). A origem desta investigação, é feita
uma recomendação a qual estava baseada na experiência de um modelo
associativo criado pelos pais e mães camponeses, quem contribuiam com
recursos econômicos para a contratação de pessoas da comunidade para que
exercecem as tarefas docentes. A referida recomendação consistia na
ampliação dos serviços através de sistemas não convencionais de entrega da
educação.
O Programa EDUCO se constituiu numa fonte de inovações e também
aprendizagens, orientados para ampliar a cobertura dos serviços educativos
nos níveis de jardim-de-infância e também básica nas zonas rurais mais
pobres, onde não se ofereciam os serviços educativos, através de uma
estratégia de co-gestão entre o Estado e a Comunidade. De uma forma
progressiva, o programa se expandiu para as ries superiores pela procura
das comunidades e no ano de 1997, ultrapassou a meta de crescer até a
Série, tendo criado as primeiras seções para atender a Série, de maneira
27
que em 1999, um primeiro grupo de estudantes do programa se
encontravam estudando o seu 1º ano do ensino médio.
Outro projeto foi a Solidificación del Alcance de la Educación Básica (SABE), o
qual teve o seu inicio em 1991 com ações para as seis primeiras séries do
ensino básico, começando desta maneira a renovação do sistema educativo
nacional no relativo ao desenvolvimento curricular, possibilitando assim os
seguintes: o desenho de um novo currículum para a educação pré-escolar, o
estabelecimento de um novo sistema de avaliação das aprendizagens e
também de novas modalidades de promoção escolar, a dotação de materiais
docentes e livros de textos para as séries de a da educação formal, nas
quatro disciplinas básicas (Matemática, Linguagem, Ciências Naturais e
também Estudos Sociais), a capacitação de professores no manejo do novo
currículum e também o uso de novas e também de melhores técnicas
pedagógicas.
O projeto SABE incluiu também componentes os quais estão relacionados com
a melhoria da Qualidade Educativa e com o melhoramento do Sistema
Administrativo da Educação, tais como são os seguintes: a renovação
curricular incorporando as mudanças tanto quantitativas como também
qualitativas refletidas nos novos programas de estudo; a capacitação de
agentes educativos; a dotação de materiais tanto para a escola como também
para a aula; apoio ao sistema de supervisão; e o acréscimo da participação
dos pais e mães no processo educativo. Estas medidas foram acompanhadas
pelas melhorias na administração da educação tendentes a aproximá-la ao
usuário mediante a departamentalização e também do fortalecimento da
gestão institucional nas escolas.
A finais da gestão de governo do período o qual foi mencionado (1989-
1994), consolidaram-se uma série de diagnósticos do setor educativo em El
Salvador, os quais indicavam que apesar de que haviam sido realizados
importantes esforços, o sistema educativo salvadorenho enfrentava uma crise.
Perante os resultados dos diagnósticos, no ano de 1994, o Presidente em
função para o período de 1994-1999, frente às necessidades de ampliar a
28
cobertura e também de melhorar a qualidade da educação, anunciou uma
profunda reforma educacional e o ano de 1995, foi denominado como o Ano
da Consulta sobre a Reforma Educativa. Ao final do ano de 1995, o Ministério
da Educação formalizou o estabelecimento da reforma educativa com a
divulgação do Plan Decenal de Reforma Educativa en Marcha 1995-2005.
O Plano antes mencionado destacava de que a Reforma era indispensável para
poder superar a pobreza, para enfrentar de uma melhor maneira a
globalização, fortalecer a democracia e também de consolidar a paz;
formulando além disso uma série de ações emolduradas em quatro eixos
principais, os quais são: a Ampliação da Cobertura Educativa, o Melhoramento
da Qualidade, a Formação tanto em Valores como também em Modernização
Institucional. E é assim como nos últimos dez anos e pela existência de um
Plano Decenal que El Salvador procurou manter um rumo o qual fosse
coerente em matéria educativa, tendo possibilitado o referido Plano, poder
enfrentar os desafios educativos dos anos 90 partindo dos quatro eixos antes
mencionados. Também foi necessária uma série de mudanças que abrangeu
entre outros, “a profissionalização docente, a metodologia, a avaliação, os
recursos e também a infra-estrutura”. (RODRIGUEZ, 1998).
Por outro lado, e ainda que foi impulsada a reforma curricular desde a
educação no jardim-de-infância até a educação média, ainda falta muito para
ser feito. Assim como por exemplo, as cifras mostram que apenas um 37%
dos escolares que terminam o ensino fundamental concluirão o ensino médio e
os resultados da Prova de Logros em Educação do Ensino Fundamental e
Médio, refletem nos seus resultados que tanto os meninos como também as
meninas não conseguem alcançar os objetivos básicos avaliados e que além
disso têm dificuldades em Matemática e também em Linguagem. O anterior
indica que a mudança do paradigma educativo se trata de um processo o qual
procura aprodundizar ainda mais na reforma iniciada e que o desafio da
qualidade que ainda requer de: maiores esforços para poder aumentar o
desempenho de docentes e também de alunos/as, de apoiar com uma
capacitação a qual seja tanto contínua como também sistemática aos/as
29
docentes, de fortalecer a prática docente assim como também a participação
da comunidade educativa.
Pelo antes exposto, entre outras razões, foi necessário realizar um balanço
sobre a realidade sócio-econômica e especialmente do setor educativo do
nosso país, pelo qual e depois de um longo processo de análises o qual foi
incluido também a revisão de diagnósticos a partir de diversos estudos sobre a
situação do setor educativo de El Salvador, o Governo atual por meio do
Ministério da Educación, decidiu iniciar com um novo processo de
planejamento e também de estabelecimento de políticas educativas de longo
prazo, este último com o propósito de renovar a visão em educação. Estes
esforços por fazer um balanço sobre a realidade educativa e sócio-econômica
do país, foram iniciativas não somente do Ministério da Educación, mais sim,
também de entidades privadas e também não-governamentais, com o apoio
de organismos internacionais.
Os resultados de referidos diagnósticos, permitiram poder identificar os logros
do Plan Decenal de Reforma Educativa (1995-2005), indicando de acordo com
o MINED, avanços em termos de cobertura e também de qualidade da
educação, assim como também mudanças no marco jurídico e institucional,
porém, também estes mostraram as aberturas as quais dificultam aumentar a
escolaridade da população e poder também melhorar os logros educativos, em
termos de eqüidade, assim como os desafios para poder conseguir uma
melhor posição do país no c
ontexto internacional.
A preparação do novo Plano começou em junho de 2004 e considerou 4
referências chaves (MINED, 2005):
1
) La revisión de diagnósticos actualizados sobre los logros y
retos educativos del país;
2) La formación de la Comisión Presidencial para el Desarrollo
de la Sociedad del Conocimiento;
3) La adopción de los compromisos de El Salvador, como parte
de los Objetivos de Desarrollo del Milenio (2000), Educación
Para Todos (2000) y de otras cumbres internacionales
30
recientes; y
4) La realización de un proceso de consulta a distintos sectores
de la sociedad. (p.7)
No mês de março do ano de 2005, o Governo fez a apresentação do Plan
Nacional de Educación 2021
3
, tendo formulado quatro objetivos principais, os
quais são os seguintes: Formação integral das pessoas; Escolaridade de onze
séries para toda a população; Formação tanto técnica como também
tecnológica do mais alto nível e Desenvolvimento da ciência e da tecnologia
para o bem-estar da sociedade. Foram definidas ademais, para conseguir
alcançar os objetivos antes estabelecidos, um conjunto de políticas, as quais
estão agrupadas em quatro linhas estratégicas: O Acesso à Educação, a
Efetividade da Educação Fundamental e Média, a Competitividade e Boas
práticas de gestão. (Ver Anexo 7.3). Este plano através das suas políticas e
também das metas inclui também os Objetivos do Milênio, assim como
também o cumprimento dos compromissos da Educação Fundamental para
Todos do Fórum Mundial sobre a Educação, Dakar, 2000.
As iniciativas para poder melhorar a educação tem estado ao longo destes
anos, acompanhados de um aumento crescente do investimento em educação.
Durante a década dos noventa, se reverteu a tendência da diminuição da
percentagem do PIB do investimento público em educação e a referida
percentagem cresceu de 1,6% em 1991 até alcançar 3% em 2004, porém,
seguiu sendo insuficiente e além disso, esta cifra ainda é inferior ao promedio
de 4% na região da América Latina. E foi por esta razão que a Comissão
Presidencial para o Desenvolvimnto da Sociedade do Conhecimento,
dependente do Ministério da Educação, propôs destinar à educação 6% do
PIB, assumindo que a economia cresceria a uma taxa de 2,5% anual na
próxima década. Esta recomendação coincide com os diagnósticos os quais
foram apresentados por organizações da sociedade civil e grêmios
magisteriais. Alcançar esse aumento no investimento educativo requereria de
3
O nome do Plano Nacional 2021, obedece a que nesse ano, o estar celebrando os
200 anos de Independência de El Salvador.
31
uma política tributária progressiva e também de um crescimento sustentado,
porém, sobre todo uma vontade política de assumir a educação como um
sendo compromisso de Estado e não de governo.
Com relação aos indicadores de educação do ensino fundamental e da
alfabetização, se pode dizer o seguinte: Em nosso país, o promedio de
escolaridade é de cinco séries, porém, na área rural somente chega a três. No
ano de 2004, o analfabetismo alcançou 26,8% na área rural e 10% na área
urbana, isto nos indica que existem de uma forma aproximada, 836.695
pessoas maiores de 10 anos que não sabem ler e nem escrever, sendo as
mulheres as mais afetadas, pois 18,3% são analfabetas com relação a 14,1%
dos homens. A realidade das mulheres piora nas zonas rurais, onde a taxa de
analfabetismo chega a 29%.
Se bem o informe governamental dos ODM apresenta uma balanço positivo e
estabelece como uma meta cumprida os indicadores da educação do ensino
fundamental e também da alfabetização, não esclarece que se bem mais as
meninas ingressam ao sistema educativo, estas não se mantém nele. Como
por exemplo na área metropolitana, 35,4% das mulheres conseguem mais de
treze anos de estudo e o mesmo consegue 64,6% dos homens, cifras as quais
nos indicam a grande abertura a qual existe entre ambos sexos. Se o governo
se propõe cumprir os ODM é fundamental que impulse medidas para o
aumento do investimento tanto em saúde como também em educação, assim
como também promover políticas a favor da mulher além de outros desafios,
tais como são os seguintes: a geração de emprego, uma reforma fiscal
progressiva, a eliminação da corrupção e também a evasão fiscal. Assim
mesmo, “deveria buscar um equilíbrio na distribuição da riqueza e desenhar
programas de alcance nacional para a verificação do cumprimento dos ODM”
(SOCIAL WATCH, 2005).
Todo o anterior nos indica que ainda mesmo que se tem realizado esforços
durante os últimos anos, para poder melhorar os insumos e o
desenvolvimento de processos para elevar a qualidade dos serviços do sistema
32
nacional, estes não têm tido os impactos esperados. Como por exemplo, em
Educação Fundamental, os resultados indicam que uma porcentagem
importante de meninos e também de meninas não têm adquirido as
“competências” esperadas nas quatro áreas básicas de acordo com os
objetivos curriculares e embora a matrícula cresceu durante os anos noventa
em todas as séries e níveis, não obstante, uma porcentagem significativa de
meninos e também de meninas não vão à escola, especialmente nas idades de
4 a 6 anos, correspondente a educação pré-escolar e entre os 12 e 18 anos
correspondem ao ensino fundamental e ensino mèdio. A situação tem mais
desvantagens para os meninos e meninas das zonas rurais, onde a
escolaridade promedio é de 3,5 anos, população onde a repetição, acima da
idade, a deserção e também a ausência escolar tem uma taxa alta, razão pela
qual, o sistema educativo terá que conseguir que os meninos e as meninas,
tanto das zonas urbanas assim como também das zonas rurais, passem de
uma série a outra desde o inicio da Educação Fundamental até a finalização do
Ensino Médio.
Em nosso país, o Sistema Educativo Nacional tem duas modalidades: a) a
educação formal a qual compreende os níveis inicial, jardim-de-infância,
ensino fundamental (este nível compreende regularmente nove anos de
estudos e se organiza em três ciclos de complexidade crescente de três anos
cada um), médio e também o superior. Esta última se imparte em
estabelecimntos educativos autorizados, em uma sequência regular de anos
ou mesmo de ciclos letivos, com sujeição a pautas curriculares progressivas e
conduz a séries e também a títulos, b) a educação não formal, a qual se
oferece com o objetivo de poder complementar, de atualizar, de suprir os
conhecimentos e também para formar em aspectos acadêmicos ou mesmo
laborais, sem sujeição ao sistema de níveis ou mesmo séries. Para poder
cobrir a procura de educação tanto formal como também não formal, existem
centros oficiais e também particulares.
De acordo com o documentos Fundamentos Curriculares de la Educación
Nacional (MINED, 1999), a Educação Básica (ensino fundamental) “busca
33
responder às necessidades básicas de aprendizagem nos seus termos gerais
(universais), como particulares (relativas aos indivíduos no seu contexto sócio-
econômico e também cultural)”. Entre os seus objetivos podemos mencionar
os seguintes”:
a) Contribuir al desarrollo armónico de la personalidad en sus
espacios vitales: familia, escuela, comunidad local, nacional e
internacional.
b) Formar una disciplina de trabajo, orden, estudio,
persistencia, autoestima y a la vez hábitos para la conservación
de la salud, en todos sus campos.
c) Dar una formación básica y firme en el área de las ciencias,
las humanidades, la educación física y las artes, para
comprender la estructura general del mundo y mantener una
actitud de inteligente y satisfactoria interacción con todos los
seres humanos, la naturaleza y el medio cultural.
d) Inculcar el respeto a la persona humana y el cumplimiento
de sus deberes y derechos.
e) Contribuir al más amplio desarrollo de la capacidad de
comprensión, para realizarse en un mundo de rápidos cambios.
(1996 p.2)
Por outro lado, o Ministério da Educação sempre no contexto da Reforma
Educativa e de uma forma específica no processo do melhoramento da
qualidade da educação, apresentou o documento antes mencionado o qual
estabelece o seguinte (MINED, 1999):
La reforma curricular de este nivel lleva consigo una serie de
modificaciones tanto en su estructura básica como en todo el
proceso de enseñanza aprendizaje, haciendo énfasis en un
planteamiento metodológico integral, flexible y significativo, que
conlleve a la modificación de la práctica educativa diaria en el
aula. (1999 p. 6)
Nesse sentido, o Currículum Nacional integra intencionalidades, conteúdos,
metodologias e também recursos para o logro das aprendizagens em todos os
níveis e também modalidades do sistema, de tal maneira que o desenho e
também o desenvolvimento curricular vai tornar práticos os fundamentos, os
princípios e os objetivos do mesmo. Considerando-se que o Currículum
34
Nacional é a “ponte entre a teoria pedagógica como também à prática na aula
e que a expressão mais concreta do desenho curricular são os planos e os
programas de estudo, os recursos didáticos e as unidades de aprendizagem e
os módulos de formação, entre outros” (MINED, 1999).
O mencionado documento apresenta na sua concepção de currículum que este
é um “instrumento chave da concepção, da sistematização e também da
organização dos processos educativos” e é nesse sentido que , “desenvolve e
também promove as ações sociais, científicas, tecnológicas e própriamente
pedagógicas, as quais são aplicadas à prática educativa nos diversos níveis e
modalidades do sistema” (MINED, 1999).
Não obstante, os processos educativos e o alcance dos objetivos antes
estabelecidos e outros, se vêem limitados por alguns fatores, situação a qual
se expõem no Informe del Derecho Humano a la Educación 2006, da
Procuraduría para la Defensa de los Derechos Humanos, PDDH, de El
Salvador:
Primero, la deteriorada infraestructura de los centros
educativos: un 20% de los centros escolares no cuentan con
servicios básicos como agua potable, servicios sanitarios
adecuados y energía eléctrica.
Segundo, no existe registro de cuántos centros escolares
cuentan con bibliotecas o recursos para el aprendizaje.
Tercero, el 5% de los centros escolares están en zonas de
riesgo ambiental y antrópico.
Cuarto, aunque el promedio nacional es de 34 estudiantes por
docentes, hay localidades donde el promedio alcanza hasta 60
estudiantes por docente.
Finalmente, el citado informe señala que un gran porcentaje
del personal docente debe trabajar dos jornadas (mañana y
tarde) para obtener un salario que apenas logra cubrir la
canasta básica. (pp. 9-60)
Se considera que centralizando a atenção e também abordando de uma forma
integral estas e como outras deficiências do sistema educativo nacional,
poderia melhorar a qualidade educativa salvadorenha.
35
A preocupação pela qualidade obdece a que este é um termo o qual é muito
utilizado na educação e muitas vezes, senão na maioria, cada quem o entende
a sua maneira. O que vamos a entender por uma educação de qualidade e
como vamos a trabalhar nos processos educativos de qualidade é um dos
desafios que atualmente se tem. Como por exemplo, perguntas como as
seguintes. Estão os processos educativos contribuindo a que tanto os meninos
como as meninas se apropriem de conteúdo os quais estão vinculados com as
suas necessidades, com as suas expectativas e também com os seus
interesses? Em que medida os processos educativos permitem desenvolver
potencialidades para que tanto os meninos como as meninas possam
transformar a sua realidade?, som algumas questões que nos leva a
reflexionar sobre a qualidade educativa.
Se partimos de que uma educação de qualidade implica no desenvolvimento
de todas as dimensões do ser humano, entendidas de econômia, de política,
social, etc., a educação então deveria, por um lado, permitir a apropriação
tanto teórica como prática dos conhecimentos e estes devem estar vinculados
com as realidades sociais e históricas, porém, além disso, que permita poder
resolver os problemas da vida cotidiana e por outro lado, o processo de ensino
aprendizagem deveria permitir o desenvolvimento das capacidades psíquicas
superiores.
A qualidade educativa é um dos temas sobre os quais a Fundación de
Educación Popular, CIAZO, promove investigações e desenvolve experiências
educativas, para incidir desta forma em políticas educativas nacionais, razão
pela qual esta investigação se emoldura no trabalho o qual desenvolve a
referida Instituição.
A Fundación de Educación Popular, CIAZO, é uma rede de organizações, com a
sua sede em San Salvador, El Salvador, América Central, de carácter não
governamental, a qual desenvolve o seu trabalho com a filosofia de Educação
Popular. A Fundação foi criada no ano de 1989, inicialmente como Comité
Inter-institucional para a Alfabetización de la Zona Oriental, graças à iniciativa
36
de diferentes organizações sociais, os quais estavam vinculados ao movimento
social durante o período da guerra civil e que trabalhavam de uma maneira
coordenada com o desenvolvimento de programas de alfabetização de pessoas
adultas nas comunidades, nas cooperativas agropecuárias, nas igrejas e
também em grupos de mulheres. A razão de ser de CIAZO se fundamenta na
articulação de diferentes setores da sociedade civil na procura de poder
solucionar problemas, tais como os seguintes: o baixo nível educativo,
escassos conhecimentos tanto técnico-produtivos como metodológicos, pouca
incidência no âmbito local, entre outros.
O funcionamento da rede CIAZO é feita através do apoio financeiro e técnico,
o qual é dirigido para os organismos membros, o desenvolvimento de ações de
incidência ao melhoramento da qualidade e também da cobertura dos
processos educativos, assim como ao desenvolvimento de experiências
inovadoras em comunidades e também em centros escolares do país.
No ano de 1995, CIAZO iniciou o processo de acercamento e também de
gestão com a agência de cooperação Enfants du Monde (EdM), com sede em
Genebra, Suiça apoiando a iniciativa de Educação de Adultos e Educação
Básica Infantil. A referida agência decidiu apoiar o esforço de Educação
Populat nas diferentes zonas e escolas populares as quais são atendidas pela
CIAZO a nîvel nacional, as quais surgiram durante o conflito armado
salvadorenho. É importante mencionar que CIAZO em cooperação com
organismos nacionais e também internacionais, uniram esforços conseguindo
assim que educadores/as graduassem como professores/as de Educação Pré-
escolar e Básica, em um processo de formação universitária o qual lhes
permitiu a sua posterior acreditação e também reconhecimento.
Logo depois no ano de 2000, CIAZO e EdM, ambas instituições desenvolveram
um processo tanto de reflexão assim como também de avaliação das
experiências educativas, o qual levou a reorientar os apoios no tema
educativo, em função de poder aportar para o melhoramento da qualidade
educativa. E é desta forma como decidiu iniciar a implementação de um novo
37
enfoque educativo o qual foi denominado “Pedagogia do Texto”, que em
colaboração e também apoiado pelo Instituto para o Desenvolvimento da
Educação de Adultos (IDEA), quem seria o responsável do seguimento e
também do programa de formação de formadores/as.
No ano 2001, CIAZO y EdM implementaram um projeto piloto o qual permitiu
poder trabalhar na construção de uma Proposta Educativa de Qualidade com
enfoque de Pedagogia do Texto, o qual se desenvolveu no Centro Escolar “10
de Octubre” do Cantão Santa Marta, Município de Victoria, Departamento de
Cabañas, em El Salvador. O projeto compreendeu um período de quatro anos
(2001-2004), sendo os seus principais eixos: Didática, Formação, Aliados e
Transversal
4
. Os recursos diretos envolvidos neste projeto foram tanto os
meninos como meninas dos níveis de a série de Educação Fundamental,
treze educadores e educadoras, a comunidade educativa e as organizações
locais. Este esforço esteve acompanhado pelo Ministério da Educação e foi
dirigido por uma equipe de quatro formador/as com especialidade nas
disciplinas de Ciências Sociais, Linguagem, Matemática e Ciências Naturais.
Atualmente, a referida experiência está sendo desenvolvida no Centro Escolar
“Caserio Jocote Dulce”, o qual se encontra localizado no Cantão La Poza do
Municipio de Ozatlán, departamento de Usulután
5
(Ver Anexo 7.4). Sendo esta
experiência uma continuidade da anterior. Esforço como foi mencionado
está no marco dos processos educativos o qual realiza a Fundación de
Educación Popular, CIAZO. Assim mesmo é neste Centro onde se foi
desenvolvida esta investigação.
4
O eixo da Didática compreendia a elaboração de um currículum educativo, assim
como a elaboração de materiais educativos. O eixo de Formação dirigido à
formação/auto-formação tanto dos formadores/as assim como também dos
educadores/as. O eixo Aliados envolvia aos diferentes atores tanto locais como
também nacionais e o último eixo o qual é chamado de Transversal, contemplava a
capitalização da experiência assim como o desenvolvimento de investigações e a
mesma Pedagogia do Texto.
5
O departamento de Usulután está dividido administrativamente em 23 municípios
38
A situação educativa para o departamento de Usulután não é muito favorável,
de acordo com o documento antes citado e dos Indicadores Municipales, sete
municípios do departamento (Santiago de Maria, Berlin, San Francisco Javier,
Concepción Batres, San Dionisio, Jucuapa e Tecapán), estão entre os 50
municípios
1
com as taxas mais baixas de matrículas neta em primária,
compreendidos em uma classe de 76,5 a 82,2. Com relação às taxas mais
baixas de alfabetização de jovens entre os 15 e 24 anos de idade, o estado
reporta 5 municípios dos 50 municipios com as taxas mais baixas, sendo
estas: Concepción Batres, Tecapán, San Francisco Javier, Nueva Granada e
San Agustin, com um promedio entre os 78,9 e 84,1. Este fato nos indica de
que o estado requer de um esforço considerável de fortalecimento do
investimento no setor educativo, situação a qual se corrobora com os dados os
quais foram apresentados no documento “Propuesta de Inversión en
Educación para los Municípios del sur de Usulután: Jiquilisco, San Francisco
Javier, Ozatlán e Santa Elena”.
De acordo com o citado documento, se tem identificado três padrões no
acesso à educação a nível nacional, os quais se repetem a nível estadual e em
algunos casos a nível municipal (CHACÓN, 2005):
Em primeiro lugar, existe uma concentração de investimento na
educação básica, sobre todo de primeira a sexta série, deixando
os outros níveis educativos com poucos recursos e em alguns
casos em um completo abandono. O segundo padrão, se refere
a uma concentração da matrícula nos estados com maior
atividade econômica, isto pode ser o resultado da migração
interna e a tendência ao crescimento das capitais dos estados.
O último padrão se refere a uma matrícula maior de meninos e
também de meninas na educação básica; este padrão muda
para alguns lugares e também para alguns veis educativos,
porém, em geral, a nível nacional é uma tendência de que as
meninas vão menos à escola. Nesse sentido, Usulután
representa uma microcosmos destas tendências. (p.9).
O mesmo autor as seguintes estatísticas: A matrícula escolar neste
departamento para o ano de 2003, foi de 113,765 meninos/as, população a
qual foi atendida por 3 mil 257 docentes e para o ano de 2004, a matrícula
39
cresceu em 3,48% com relação a 2003; isto quer dizer, que a matrícula
ascendeu em 116 mil 569 estudantes os quais foram atendidos por 3 mil 680
docentes, razão pela qual implica em um promedio de 32 alunos/as por aula, o
qual significa uma diminuição de tres estudantes por docente, que no ano
de 2003 cada docente atendia 35 estudantes
6
.
Outro dado o qual é muito importante é o seguinte: 0 50% da sua população
estudantil encontra-se concentrado em quatro dos seus vinte e três
municípios, o qual está distribuido da seguinte maneira: Usulután concentra o
23% da matrícula, Jiquilisco o 15%, Santiago de Maria e também Berlin têm
um 6% cada um e o resto da população estudantil encontra-se espalhada por
todo o estado.
Por outra parte, em termos de eqüidade de acesso à educação entre meninos
e também meninas, uma investigação a qual foi realizada pela Concertación
Educativa de El Salvador, CEES, nos mostra que no ano de 2004, Usulután
tinha uma igualdade na matrícula tanto de meninos como também de meninas
no pré-escolar, porém, esta situação diminuiu na matrícula da primeira rie,
isto quer dizer, se matriculou menos meninas que meninos no inicio da
educação básica. Usulután somente alcança a igualdade na matrícula de
meninas e também de meninos até a Educação Média (Ensino Médio). Na
mesma investigação é feita uma referência de que Usulután é um dos estados
com um maior abandono escolar, o que reflete no fato de que cada 100
meninos e meninas os quais se matriculam na primeira série, 27 não vão se
matricular para a segunda série e para a sexta série 54 meninos e meninas
abandonaram o sistema educativo. Estas cifras nos indicam que no estado, o
sistema educativo não é capaz de reter aproximandamente a metade da
6
Para o cálculo de estudantes por docente foi tomada a matricula total de centros
tanto privados assim como também públicos, rurais e urbanos; também se tomou o
total de docentes os quais são pagos pelo MINED e também por outras fontes. Com a
informação disponível não foi possível separar quais são os docentes que não recebem
salário, mais sim, que recebem um incentivo o qual é proveniente dos bônus escolares
e em alguns casos do salário do restante do pessoal docente. Também não foi possível
separar o pessoal docente os quais recebem salários de outras fontes.
40
população estudantil nos dois primeiros ciclos de educação básica. (CHACÓN,
2005).
Enquanto à administração da educação, Usulután contava no ano de 2003 com
212 Centros Escolares os quais eram administrados por Asociaciones
Comunitarias Educativas (ACE)
7
, 243 eram administrados por Consejos
Directivos Escolares (CDE)
8
, 94 deles na zona rural e 4 Centros administrados
por Consejos Educativos Católicos (CECE).
O Município de Ozatlán tinha no ano de 2003 uma população estudantil de
3.722 estudantes, o qual representa o 3% da matrícula de todo o
departamento de Usulután. No ano de 2004 a matrícula aumentou somente
1%, estando por baixo do crescimento populacional e bem por baixo da taxa
de crescimento estadual a qual foi de 3,48%. Isto obedece a que 7 dos 17
Centros Escolares, os quais estão distribuidos em todo o Município, tem taxas
de crescimento negativas, o que significa que perderam estudantes ao invés
de ganhá-los (CHACÓN, 2005).
Na zona urbana, a matrícula é de 33% da matrícula total e esta é mais estável
do que a rural, nesta última a situação educativa é muito mais complexa, por
um lado, a educação termina no primeiro ano de Ensino Médio e por outro
lado, da quarta série até a sexta série a matrícula cai de uma forma
significativa. De acordo com o Encuesta de Hogares y Propósitos Múltiples,
7
As ACE têm amplas facultades administrativas e uma delas é o poder decidir sobre a
continuidade do docente, de renovar-lhe ou não o contrato pactuado, o qual é
somente para o período de um ano de trabalho. Não existe um marco legal o qual
regule essas relações, por tanto os professores não estão cobertos pela Lei da Carreira
Docente e em caso de conflito, o Ministério do Trabalho se nega a reconher-lhes a
qualidade de trabalhadores privados, por tanto, também não são aplicados o Código
de Trabalho.
8
De conformidade com à Lei da Carreira Docente, os Conselhos Diretivos Escolares,
são pessoas jurídicas as quais são presididas pela Direção do Centro Escolar e o
integrados por três representantes de pais e de mães de família (um dos quais é o
tesoureiro), por dois professores assim como também por dois estudantes maiores de
doze anos. De acordo com a Lei, o Conselho tem as funções no relativo à
administração financeira e de recursos humanos dos centros educativos.
41
EHPM do ano de 2003, entre as razões pelas quais os meninos e também as
meninas em idade escolar não assistem à escola são classificadas em dois
tipos: razões do tipo econômico (trabalho infantil e também porque a
educação é muito cara) e razões de gêneros (as meninas não assistem à
escola porque elas têm que fazer os serviços de casa ou também por “causas
do lar”).
Levando em consideração o contexto sócio-educativo e econômico nacional
assim como também por departamento, é considerado que é fundamental
desenvolver experiências alternativas as quais possam contribuir com a
qualidade educativa, na medida que estes esforços possam contribuir ao
fortalecimento da educação no nosso país e ao mesmo tempo também possam
incidir em políticas educativas nacionais, tal como foi dito antes. Dai a
necessidade de analisar nesta investigação a prática pedagógica a qual foi
desenvolvida por um professor da série no ensino aprendizagem da
disciplina de estudos sociais. Referida esta prática a certos aspectos, tais como
são: a planificação de aulas, a metodologia, as tarefas e o desenvolvimento
dos conteúdos curriculares, podemos esperar de que os resultados possam
contribuir com elementos teóricos-práticos, para uma re-definição do ensino-
aprendizagem de Estudos Sociais, o qual possa possibilitar o desenho de um
Programa de Estudo considerando a disciplina como Ciências Sociais, assim
como também à construção de uma Proposta Educativa de Qualidade com
enfoque de Pedagogia do Texto.
Para poder ser realizada esta investigação, foi necessário estabelecer algumas
questões as quais são consideradas fundamentais, sendo estas as seguintes:
1. ¿Que fundamentos teóricos possui o professor da disciplina de Estudos
Sociais para o processo de ensino-aprendizagem da mesma?
2. ¿No desenvolvimento dos conteúdos curriculares de Estudos Sociais existe
uma confrontação entre os conhecimentos cotidianos e os conhecimentos
científicos?
42
3. ¿Existe produção/utilização de textos escritos/orais no processo de ensino-
aprendizagem de Estudos Sociais?
4. Quais são as estratégias metodológicas as quais utiliza o professor para
poder desenvolver os conteúdos curriculares de Estudos Sociais?
As questões anteriores podem servir como guias para poder valorizar e
também analisar a prática pedagógica, porém, também para ajudar a
reflexionar ao professor sobre a sua própria prática, que são aspectos ao
redor aos que ele deve estabelecer interrogantes e tomar as decisões
fundamentais e também fundamentadas relacionadas como por exemplo, à
seleção e também a organização do conteúdo curricular.
Para poder responder às questões se tem definido duas grandes categorias ,
as quais são: Os Fundamentos teóricos da disciplina e a Ação na sala de aula.
Estas por um lado estão subdivididas em categorias, sendo as seguintes: Os
modelos teóricos em Ciências Sociais e os conteúdos curriculares, o
desenvolvimento dos conteúdos, o desenvolvimento da classe e o manejo de
recursos ou mesmo técnicas, respectivamente. Serão estas categorias as que
permitirão poder analisar a prática e de uma forma específica, se no processo
de ensino-aprendizagem de Estudos Sociais existe uma confrontação de
conhecimentos, elaboração/produção de textos, aspectos os quais vão estar
em estreita relação com os fundamentos teóricos e também com a
metodologia desenvolvida pelo professor.
No desenvolvimento desta investigação, o Capítulo 1, trata sobre o referencial
teórico, abordando os seguintes conteúdos: O Currículum e a Prática
Pedagógica, A Pedagogia do Texto e A Pedagogia do Texto e as Ciências
Sociais. No Capítulo 2, se discute a metodologia e também os procedimentos
os quais são utilizados para a investigação. No Capítulo 3 a análise e discussão
dos resultados e no Capítulo 4, se apresentam as considerações finais e uma
série de pistas para subsidiar a prática pedagógica.
43
CAPITULO 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 O CURRÍCULUM E A PRÁTICA PEDAGÓGICA
A prática pedagógica ocupa a maior parte do tempo da função de um
professor e esta se descreve através dos seus atos dentro do campo de ação,
razão pela qual é necessário se estabelecer de uma atitude crítica de análises
e também de uma reflexão perante ao seu desempenho e a função diária e de
ser necessário redefinir a sua prática e de reconhecê-la no seu processo. É
uma atividade cotidiana na que o docente tem que se revisar e na que tem de
observar se a sua função como um educador incide de forma particular e geral
no contexto no qual se ve emoldurado, nesse sentido, a prática escolar tem
muito que ver com os usos, com as tradições, com as técnicas e também com
as perspectivas dominantes ao redor da realidade do currículum em um
sistema educativo determinado.
Para poder entender e também compreender o conceito de prática pedagógica
e as suas implicações, é necessário primeiro introduzir-se ao conceito de
currículum. De acordo com GIMENO SACRISTÁN (1991) “o currículum é um
conceito de uso relativamente recente entre nós com a acepção que tem em
outros contextos culturais e também pedagógicos nos que conta com uma
maior tradição”. Entretanto, o uso do termo se remonta a Grécia Antiga e as
suas origens provém do latim currere, o qual faz referência a carreira, a um
recorrido que deve ser realizado e posteriormente, séculos depois entra ao
vocabulário da educução. Ao fazer um recorrido histórico se encontram os
seguintes significados: O Currículum como uma experiência, como sendo um
conjunto de responsabilidades, como definição dos conteúdos da educação,
como planos ou propostas, como mudanças de conduta, como um conjunto de
conhecimentos ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro do ciclo,
como um programa de atividades planificadas, como tarefas e também
destrezas, etc. O que nos indica que não é uma tarefa fácil definir o que é
currículum e muito menos ainda oferecer uma definição válida e aceitada
universalmente.
44
Com relação a uma definição do termo currículum, GIMENO SACRISTÁN
(1994) diz o seguinte: “Não a demos, nem tem sentido fazê-lo, embora
existem infinidade. Todo conceito se define dentro de um esquema de
conhecimento, e a compreensão do currículum depende de marcos muito
variáveis para poder concretizar o seu significado”. O currículum, deve ser
visto não como um conceito, mais sim, como uma construção cultural, não se
trata de um conceito abstrato o qual tem existência fora e previamente à
experiência humana, é mais bem uma maneira de poder organizar uma série
de práticas educativas. Contudo o mesmo autor propõe certos elementos os
quais são importantes a serem considerados em qualquer conceitualização:
Primero: el estudio del curriculum debe servir para ofrecer una
visión de la cultura que se da en las escuelas, en su dimensión
oculta y manifiesta, teniendo en cuenta las condiciones en que
se desarrolla.
Segundo: se trata de un proyecto que sólo puede entenderse
como un proceso históricamente condicionado, perteneciente a
una sociedad, seleccionado de acuerdo con las fuerzas
dominantes en ella, pero no sólo con capacidad de reproducir,
sino también de incidir en esa misma sociedad.
Tercero: el curriculum es un campo donde interaccionan ideas y
prácticas recíprocamente.
Cuarto: como proyecto cultural elaborado, condiciona la
profesionalidad del docente y es preciso verlo como una pauta
con diferente grado de flexibilidad para que los profesores
intervengan él. (p.170)
O mesmo autor propõe analisar o currículum desde cinco âmbitos formalmente
diferenciados, os quais são:
El punto de vista sobre su función social, en tanto que es el
enlace entre la sociedad y la escuela.
Proyecto o plan educativo, pretendido o real, compuesto de
diferentes aspectos, experiencias, contenidos, etc.
Se habla de curriculum como la expresión formal y material
de ese proyecto que debe presentar bajo un formato sus
contenidos, orientaciones, secuencias para abordarlo, etc.
Se refieren al curriculum quienes lo entienden como un
campo práctico. El entenderlo así supone la posibilidad de:
1) Analizar los procesos instructivos y la realidad de la
práctica desde una perspectiva que les dota de contenido.
2) Estudiarlo como territorio de intersección de prácticas
diversas que no sólo se refieren a los procesos de tipo
45
pedagógico, interacciones y comunicaciones educativas. 3)
Vertebrar el discurso sobre la interacción entre la teoría y la
práctica en educación.
También se refieren a él quienes ejercen un tipo de actividad
discursiva académica e investigadora sobre todos estos
temas. (1991, p. 15 )
Com o anterior resulta claro que para poder compreender o que acostumamos
chamar prática pedagógica e as funções da escola, o conceito de currículum é
imprescindível. Isto é devido a que o currículum supõe a concreção de fins
sociais e também culturais e tem que ver com a forma em que se
instrumentaliza um determinado sistema social. Além disso, é uma expressão
da função socializadora da escola e é um instrumento o qual gera muitos usos,
razão pela qual se entrecruzam componentes e também determinações
pedagógicas, políticas, práticas, administrativas, de inovação pedagógica e
outras. Sem esquecer que está estreitamente relacionada com a
profissionalidade dos docentes e com o que eles têm que desenvolver. A
importância do currículum radica de acordo com GIMENO SACRISTÁN (1991)
em que este é uma “referência na melhoria da qualidade do ensino, na
mudança das condições da prática, no aperfeiçoamento dos professores, na
renovação da instituição escolar em geral e também nos projetos e inovação
dos centros escolares”. Sendo desta maneira é necessário enfocá-lo em um
momento histórico e social determinado.
À pergunta O curriculum é uma praxis? Devemos responder sim, porque é a
expressão socializadora e também cultural a qual tem a escola, porque se
expressa em comportamentos práticos diversos, porque é uma reflexão sobre
a ação educativa reagrupando ao redor dele uma série de práticas diversas,
entre as quais se encontra a prática pedagógica, a qual se desenvolve em
instituições educativas e às que geralmente chamamos ensino. Considerar o
currículum como sendo uma praxis implica tomar em conta as ações as quais
intervenham na sua configuração, as condições concretas nas quais o processo
tem lugar assim como também o mundo de interações culturais e também
sociais no qual se configura, sem esquecer de que o currículum está
atravessado por práticas tanto políticas como também administrativas.
46
A prática pedagógica é entendida como sendo o conjunto de atividades as
quais permitem planificar, desenvolver e também avaliar processos
intencionados de ensino mediante os quais é favorecida a aprendizagem de
conteúdos por parte de pessoas que têm necessidades de formação, sendo a
concreção de um sistema de idéias, a sua manifestação em um sistma tanto
de ações como também de relações que tem lugar a instituição, ou mesmo
fora dela, para poder cumprir com os objetivos da educação. A prática
pedagógica inclui então, todos aquele processos nos quais se desenvolve o
ensino com a intenção de poder favorecer a aprendizagem. Ensinar e também
aprender por tanto são dois termos unidos por uma intenção de apropriação
de conhecimentos. Assim, a teoria educativa é uma forma de conceber a
educação, e a prática educativa é a forma de aplicá-la, de concretizá-la. Pode
ser considerada de acordocom GIMENO SACRISTÁN (1991) como sendo “um
complexo processo social com múltiplas expressões, porém, como tal, com
uma detrminada dinâmica, que é algo que se construi no tempo e também
dentro de umas condições”. O mencionado autor faz referência a oito
subsistemas ou âmbitos nos que se expressam práticas as quais estão
relacionadas com o currículum e um destes é o subsistema prático
pedagógico, o qual diz o seguinte:
Es la práctica por antonomasia, configurada por profesores y
alumnos básicamente y circunscrita a las instituciones
escolares, aunque se plantee la necesidad de desbordar ese
marco muchas veces aislado. Es lo que comúnmente llamamos
enseñanza como proceso en el que se comunican y se hacen
realidad las propuestas curriculares, condicionadas por el marco
institucional organizativo inmediato y por las influencias de los
subsistemas anteriores. Es obvio que el curriculum hace
referencia a la interacción e intercambios entre profesores y
alumnos, expresándose en prácticas de enseñanza-aprendizaje
bajo enfoques metodológicos muy diversos, a través de tareas
académicas determinadas, configurando de una forma concreta
el puesto de trabajo del profesor y el de aprendiz de los
alumnos. (p. 29)
Se o curriculum é considerado como sendo uma prática a qual se desenvolve
através de múltiplos processos e na qual se entrecruzam diversos subsistemas
ou mesmo práticas diferentes, o professor é um elemento muito importante
47
dentro deste processo, Existe uma influência recíproca entre currículum e
professor: o currículum molda aos professores, porém, é traduzido na prática
por eles mesmos. Por outrfo lado, a atividade do professor é uma ação a qual
transcorre ao interior das instituições onde desenvolve o seu trabalho, razão
pela qual está condicionada por marcos de referência. Tanner y Tanner,
mencionado por GIMENO SACRISTÁN (2001), considera que o papel do
professor pode situar-se em três níveis possíveis, de acordo com o grau de
independência profissional que se lhes confere:
1) El nivel de imitación-mantenimiento, en el que los
profesores son seguidores de libros de texto, guías, se
confía en que tengan destrezas apara desempeñar tareas a
cumplimentar con arreglo a algún patrón, sin que ellos
deban cuestionar el material que utilizan. Un papel que sirve
al mantenimiento de la práctica establecida o a la
implantación desde arriba de cualquier otro modelo. Las
innovaciones que se quieren imponer de arriba hacia abajo
confían en que los profesores desempeñarán este papel. Es
una imagen coherente con el papel de servidores públicos
que comentamos llevada al terreno técnico-pedagógico.
2) En un segundo nivel, se ve al profesor como mediador en la
adaptación de los materiales, los currícula o las innovaciones
a las condiciones concretas de la realidad en la que ejerce.
Él conoce recursos del medio, del centro, las posibilidades
de sus alumnos, etc., con lo que puede realizar una práctica
más refinada, interpretando y adaptando, aprovechando los
materiales, textos, conocimientos diversos que trata de
aplicar, etc.
3) En un tercer nivel, se sitúa el profesor creativo-generador
que, junto a sus compañeros, piensa sobre lo que hace y
trata de encontrar mejores soluciones, diagnostica los
problemas y formula hipótesis de trabajo que desarrolla
posteriormente, elige sus materiales, diseña experiencias,
relaciona conocimientos diversos, etc. diríamos que trabaja
dentro de un esquema de investigación en la acción. Aquí el
profesor evalúa, diagnostica, interpreta, adapta, crea, busca
nuevos caminos. (p.213-214)
Geralmente, a prática pedagógica “tradicional” tem consistido na atividade
planificada e também desenvolvida por parte de um professor o qual possui
conhecimentos didáticos com relação a como deve poder transmitir o seu
conhecimento. Esse professor ensina principalmente quando expõe de forma
oral o seu conhecimento aos alunos em situações presenciais e sincrônicas:
48
todos/as os/as alunos/as escutam as mesmas explicações as quais recebem
em um mesmo espaço físico (a sala de aula), o conteúdo que o professor
imparte geralmente está planificado com antecipação e por tanto se acostuma
dar pouco espaço para incorporar novos conteúdos ou tem pouca possibilidade
de “acomodar” os conteúdos em função dos interesses dos estudantes; é
assumida uma comunicação do tipo unidirecional entre aquele que ensina e
aquele que aprende, existindo poucas ocasiões para uma interação mais
aberta e também flexível e os conhecimentos são adquiridos através da
assistência a aula e também a realização das atividades as quais têm sido
propostas pelo professor.
O currículum ao ser expressado em uma prática, faz sentido para os alunos e
também para os professores nas atividades e também na interação que ambos
realizam: O tempo da aula transcorre entre as tarefas escolares e os esforços
por manter uma certa ordem social dentro do horário estabelecido, porém, ao
mesmo tempo se entrecruzam outros tipos de atividades metodológicas,
aspectos materiais da situação, estilo do professor, relações sociais, conteúdos
culturais por mencionar alguns, pelo que se trata na realidade de uma
superposição de múltiplos contextos.
De acordo com GIMENO SACRISTÁN (1991), cinco aspectos básicos reclamam
a atenção do professor quando desenha a ação, sendo aspectos os quais
servem de referência mais imediata quando tem que pensar e também decidir
uma atividade acadêmica, sendo estas:
) Considerar qué aspecto del curriculum piensa cubrir con las
actividades o con la secuencia de las mismas.
b) Pensar en los recursos de que dispone: laboratorios,
biblioteca, libros de texto, cuadernos de trabajo, objetos
diversos, etc.
c) Ponderar el tipo de intercambios personales que se realizarán
para organizar la actividad de acuerdo con ello: trabajo
individual supervisado por el profesor, tarea plenamente
autónoma, trabajo entre varios alumnos, etc. Este aspecto es
básico en orden al gobierno de la actividad en el aula.
d) Organización de la clase para que todo ello sea posible:
disposición del espacio y el mobiliario, preparación de rincones
de trabajo, horario, aprovechamiento de otros recursos del
centro, y organización de la salida del mismo.
49
e) Solamente de forma implícita el profesor intuye que de un
tipo de actividad se deduce un proceso educativo que él
considera aceptable. Seguramente esta razón opera como punto
de referencia evidente en la decisión en los profesores más
capaces, pero no suele ser habitual su explicitación a la hora de
realizar la opción en una programación. Es una razón inherente
al repertorio de actividades que constituyen el estilo didáctico
de los profesores, su acervo profesional práctico. (p. 320-321)
A importância de analisar a prática pedagógica reside em que através desta, o
docente pode confrontar os componentes do currículum com a sua própria
prática e também com a dos outros professores, e desta forma tomar
consciência da distância a qual existe entre o seu discurso e a sua ação,
permitindo dar um salto na qualidade educativa.
1.2 A PEDAGOGIA DO TEXTO
A Pedagogia do Texto é um enfoque o qual propõe a implementação de um
processo de ensino-aprendizagem através do domínio da diversidade dos
gêneros textuais, os quais poderíam permitir de que os ou as aprendizas
(meninos/as, jovens e também adultos/as), possam desenvolver as suas
capacidades psicológicas superiores. Tem como objetivo principal propor um
ensino-aprendizagem o qual seja mais eficaz e também de qualidade, o qual
implica a apropriação qualitativa dos conhecimentos necessários através de
textos, isto poderia permitir de que os/as participantes do processo educativo
possam transformar tanto a sua realidade natural como também sócio-
histórica. Outro aspecto importante na Pedagogia do Texto é o
desenvolvimento das capacidades psicológicas superiores, que estas
poderíam dar aos/às aprendizas, a possibilidade de poder compreender o
conhecimento da realidade desde uma perspectiva cio-histórica, de poder
confrontar o conhecimento cotidiano com o conhecimento científico e poder
praticar valores assim como também princípios que lhe permitam agir de uma
maneira autônoma, responsável e com uma consciência crítica.
50
À pergunta. O que é Pedagogia do Texto? Faundez, mencionado por Mugrabi
(2002) responde o seguinte.
Podría ser definida como un conjunto de principios pedagógicos
cuya base teórica está constituida por las ideas más
convincentes de diferentes ciencias, entre las cuales se
encuentran la lingüística (lingüística textual), la psicología
(socio-interacionista), la pedagogía y la didáctica. Toma además
en consideración los conocimientos más avanzados de las
disciplinas a aprender y a enseñar así como las investigaciones
pertinentes.
Además de eso, este abordaje toma en consideración los
conocimientos más avanzados de las disciplinas a aprender y a
enseñar así como las investigaciones pertinentes. El objetivo de
la Pedagogía del Texto es fundamentalmente proponer una
enseñanza aprendizaje eficaz que permita a los participantes de
los procesos educativos apropiarse cualitativamente los
conocimientos necesarios para comprender y, si es posible
transformar la realidad natural y socio-histórica, de manera a
realizarse históricamente en cuanto seres humanos (p. 7,8)
Por outro lado, a Pedagogia do Texto se mantém em uma série de princípios
teóricos, os quais se convertem nas bases essenciais para o desenvolvimento
e também para a construção de um processo educativo inovadores, estes são
os seguintes, Faundez (1999).
1- La inmensa mayoría de los conocimientos (ciencias,
creencias, emociones) se expresan y comunican por medio de
textos orales y/o escritos. Para la apropiación de estos
conocimientos el ser humano precisa dominar un sinnúmero de
géneros de textos, sin los cuales encontrará obstáculos para el
aprendizaje y para la enseñanza de tales conocimientos.
2- El proceso educativo debería de permitir la apropiación
conceptual de los conocimientos. Esta apropiación sería
posibilitada por un proceso de enseñanza aprendizaje que
privilegie la producción y comprensión de diversos géneros de
textos.
3- La enseñanza aprendizaje teórico y práctico de las disciplinas
de base (Lenguaje, Matemática, Ciencias Sociales y Ciencias
Naturales) debería estar ligada al aprendizaje de textos que
ellas privilegian. La enseñanza aprendizaje de tales disciplinas
tendría que hacerse bajo un doble aspecto, de una parte, del
contenido de las disciplinas (sus conceptos y sus prácticas) y de
otra parte, de las formas lingüísticas que posibilitan su
51
verdadera apropiación.
4- El proceso educativo, debería de partir de los conocimientos
(textos y representaciones) de los participantes para confirmar
o infirmar, ampliar o enriquecer esos conocimientos y proponer
nuevos conocimientos no conocidos por ellos.
5- En la medida de lo posible, el proceso educativo debería de
ser multidisciplinario e interdisciplinario, con el fin de
comprender la diversidad de los sistemas conceptuales y la
unidad lingüística (p. 1).
Para este enfoque, a importância dos textos radica em que através de estes as
pessoas possam interpretar como também compreender as ações humanas
assim como também os fenômenos tanto físicos como sociais, isto quer dizer,
que são produtos da atividade humana as quais estão articuladas as
necessidades, aos interesses e também as condições de funcionamento de
uma sociedade dada. Bronkcart mencionado por Mugrabi (2002) afirma que:
En el ser humano existen representaciones racionales del
mundo pero también subsisten representaciones
ideosincráticas; estas representaciones son a veces
heterogéneas y discordantes, puesto que no son
racionalizadas;
la producción de textos constituye una tentativa de
comprender el mundo, proponiendo una esquematización,
una estructura configuracional que pretende ordenar lo que
antes estaba fragmentado;
expresándose verbalmente, los sujetos aprendices tienen la
posibilidad de re-formular sus representaciones acerca de un
determinado objeto de conocimiento;
las intervenciones educativas sobre esas representaciones,
materializadas en el texto, y sobre las formas lingüísticas
que las expresan, pueden transformar las representaciones
que los sujetos tienen de mismos y del mundo en el que
viven. (p. 8)
A noção do texto faz referência a “toda produção verbal, oral ou mesmo
escrita a qual conduz a uma mensagem lingüisticamente organizada tendente
a produzir sobre o seu destinatário um efeito de coerência”. (MUGRABI,2002).
E agora, dado que os textos são produtos da atividade humana e que as
situações de comunicação são infinitas, isto implica que vamos encontrar
diferentes formas de textos assim como também de uma grande diversidade
de gêneros de textos, não obstante e de acordo com Mugrabi (2002) os textos
52
têm certas carcaterísticas as quais são comuns:
-
Cada texto está en relación de interdependencia con las
propiedades del contexto de su producción;
- Cada texto presenta un modo determinado de organización de
su contenido referencial;
- Cada texto está compuesto por frases articuladas unas a
otras siguiendo reglas composicionales más o menos estrictas;
- Cada texto pone en acción mecanismos de textualización y
modos de enunciación particulares, destinados a asegurar su
coherencia interna. (p.13)
De acordo com o anterior, o texto não se trata de uma série de palavras ou
mesmo de frases sem articulação entre si e por fora de um contexto, mais
sim, possui uma organização, está articulado por regras e possui certos
mecanisnos a sua disposição. Por outro lado, estão dirigidos às comunidades e
também às atividades humanas, sendo a produção de textos uma empresa
coletiva.
Outra noção importante na Pedagogia do Texto é o de gênero de texto, o qual
é “o conjunto de produções verbais (orais ou mesmo escritas) as quais estão
organizadas de uma maneira determinada, que foram construidas
históricamente e que se encontram em uso em uma determinada comunidade
lingüística” (Bajtín, o qual foi mencionado por Mugrabi, 2002).
Agora bem, Que relação tem os textos e também os gêneros de textos com o
processo de ensino/aprendizagem? De acordo com a Pedagogia do Texto, “a
escola, ou o ensino formal, deveria ser o espaço e também o tempo o qual
permita aos aprendizes se apropriarem de aquilo o qual ignoram e/ou de
aquilo que eles ainda não sabem fazer” (Mugrabi, 2002). Então será a escola a
qual através das intervenções educativas e também dos textos a que
possibilite a apropriação de conhecimentos, permitindo aos aprendizes
poderem se organizar e também confrontar os conhecimentos, ordenar o
53
fragmentado, reformular representações e também as concepções, porém,
além disso de desenvolver as capacidades psicológicas superiores. Por tanto,
se considera de que a produção de textos e as formas lingüísticas que os
expressam, são uma forma através da qual os aprendizes se apropriam de
conhecimentos das disciplinas básicas (Matemática, Ciências Sociais,
Linguagem e também Ciências Naturais), o qual vai permitir poder
compreeder a sua realidade e também a do mundo o qual o rodeia. Dai a
importância do enfoque da Pedagogia do Texto.
O enfoque didático da Pedagogia do Texto pode ser resumida nos seguintes
princípios (Mugrabi, 2002):
a) Saber una lengua no significa en absoluto ser capaz de
producir diferentes géneros de textos en esa lengua, cada
género requiere el desarrollo de capacidades psicológicas y
lingüísticas diferentes.
b) La apropiación de mecanismos de constitución de un género
exige un trabajo sistemático sobre el género a ser apropiado
en contraste con otros géneros, además de actividades
meta-discursivas (discurso sobre el género).
c) En el campo de la lectura, es necesario confrontar varios
textos para diferenciar sus especificidades y variedades.
d) En el campo de la producción escrita es fundamental realizar
actividades siempre en una situación de comunicación (real
o ficticia), la cual debe ser representada por los aprendices
de manera clara y completa. (pp.16-17)
Para a metodologia de ensino-aprendizagm de diferentes gêneros de textos
tanto orais como também escritos, Mugrabi propõe quatro fases, as quais são
as seguintes:
1ª.
Creación de una situación de comunicación y definición del
contenido.
El/la alumno/a debe saber sobre qué va a hablar/escribir, a
quién se dirigirá y para qué va a expresarse, se requiere
también la identificación de destinatario, de objetivo y de
contenido.
2ª. Producción de un primer texto coherente con la situación de
comunicación creada.
Consiste en la primera producción de un texto oral o escrito, el
54
cual no es corregido por el profesor. Esta producción es
importante porque permite identificar las posibilidades y las
dificultades de los/as alumnos/as, además de que ellos/as
mismos/as puedan identificar dificultades de sus
compañeros/as.
3ª. Realización de talleres de aprendizaje.
En esta fase el profesor puede desarrollar una serie de
actividades tanto orales como escritas, las cuales están
relacionadas con la comprensión y producción de diferentes
dimensiones textuales. Las actividades a desarrollar dependerán
de las dificultades que el profesor haya identificado en la
producción del primer texto y están relacionadas al
análisis/producción de textos, desarrollo de contenidos,
confrontación de conocimientos y otras que el profesor estime
conveniente.
4ª Producción final.
Los/as alumnos/as a partir del primer texto escrito y de los
talleres de aprendizaje, escriben de ser necesario una nueva
versión del texto escrito en la primera fase. Para esto es
necesario también definir los parámetros de comunicación.
(pp.17–19)
Outras noções as quais são fundamentais para a Pedagogia do Texto são as
das funções psíquicas superiores e também dos conceitos cotidianos e
científicos, as noções centrais na teoria de L. S. Vygotsk. Para o mencionado
autor existem dois tipos de funções psíquicas, as quais são: as inferiores
assim como também as superiores. As funções psíquicas inferiores são aquelas
as quais nascemos com ela, são naturais e estão determinadas de uma forma
genética, enquanto que as funções psíquicas superiores são as resultantes da
apropriação de ferramentas semióticas do grupo social, isto quer dizer, são
capacidades as quais resultam da utilização de signos e também de símbolos.
São adquiridas e se desenvolvem através da interação social, isto quer dizer,
são mediadas culturamente e estão determinadas pela sociedade a qual
pertence. De acordo com Vygotski (1931):
El concepto de “desarrollo de las funciones psíquicas superiores”
y el objeto de nuestro estudio abarcan dos grupos de
fenómenos que a primera vista parecen completamente
heterogéneos pero que de hecho son dos ramas fundamentales,
dos cauces de desarrollo de las formas superiores de conducta
que jamás se funden entre aunque están indisolublemente
unidas. Se trata, en primer lugar, de procesos de dominio de los
55
medios externos del desarrollo cultural y del pensamiento: el
lenguaje, la escritura, el cálculo, el dibujo; y, en segundo, de
los procesos de desarrollo de las funciones psíquicas superiores
especiales, no limitadas ni determinadas con exactitud, que en
la psicología tradicional se denominan atención voluntaria,
memoria lógica, formación de conceptos, etc. Tanto unos comos
otros, tomados en conjunto, forman lo que calificamos
convencionalmente como procesos de desarrollo de las formas
superiores de conducta del niño. (p.29)
Em poucas palavras, as funções psíquicas superiores são elaborações artificiais
as quais abrangem dois grupos de fenômenos, os quais são: ferramentas
culturais (linguagem, escritura, cálculo e também desenho) e as funções
especiais (atenção voluntária, memória lógica, formação de conceitos, etc.).
As funções psíquicas são desde esta perspectiva, o resultado da interação
social.
É na interação com os demais os quais são adquiridos a consciência de um
mesmo, se aprende o uso dos símbolos que a sua vez vai permitir poder
pensar em forma cada vez mais complexa. As funções psíquicas superiores
são desenvolvidas e aparecem em dois momentos. Em um primeiro momento
são manifestadas no âmbito social e em segundo momento, no âmbito
individual, isto quer dizer, primeiro é intrapsicológica e logo depois é
intrapsicológica. Na passagem do interpsicológico ao intrapsicológico, os
demais jogam um papel o qual é importante. Se aprende com a ajuda dos
demais no âmbito da interação social. Inicialmente as pessoas (os professores,
os pais/mães ou companheiros/as) que inter-agem com o menino ou mesmo
com a menina, são os responsáveis da sua aprendizagem. A linguagem joga
um papel muito importante neste processo, sendo a ferramente a qual vai
possibilitar de que um possa ter a sua própria consciência, ademais disso, de
ser a linguagem através da qual se conhece, se desenvolve e se cria a
realidade.
Es en la interacción con los demás que se adquiere conciencia de uno mismo,
se aprende el uso de los símbolos que a su vez permite pensar en formar cada
vez más compleja.
56
Outra das noções as quais mencionamos antes é a de conceitos. Vygotski
distingue entre os conceitos cotidianos e os conceitos científicos (1934).
La aparición inicial del concepto espontáneo suele estar ligada al
enfrentamiento del niño con unas u otras cosas, en verdad, con
cosas que explican al mismo tiempo los adultos, pero que, sin
embargo, son cosas vivas y reales. Y sólo a través de un
prolongado desarrollo el niño llega a tomar conciencia del
objeto, a tomar conciencia del concepto y a de las operaciones
abstractas que realiza con él. Por el contrario, el nacimiento del
concepto científico no se inicia con el enfrentamiento directo con
las cosas, sino con la actitud mediatizada hacia el objeto. Si en
el primer caso, el niño va de la cosa al concepto, en el segundo
se ve obligado con frecuencia a seguir el camino opuesto: del
concepto al objeto. (p. 252-253)
É aqui o papel fundamental da escola, será este espaço onde serão
estabelecidas as tarefas ao aprendiz para que possa trabalhar nos conceitos
científicos, ademais de desenvolver as funções psíquicas superiores. A relação
aprendiz-professor é muito fundamental no processo de ensino-aprendizagem,
pois através de uma relação tanto de cooperação assim como também dos
conhecimentos os quais são transmitidos ao menino, é o fato de que este
último vai amadurecer o desenvolvimento dos conceitos científicos sem
esquecer de que o processo de desenvolvimento dos conceitos exige o
desenvolvimento das funções como são as seguintes: a atenção voluntária, a
memória lógica, a abstração, a comparação e também a diferenciação. O
processo de ensino-aprendizagem deve poder propiciar as condições para a
apropriação dos conceitos científicos, os quais vão permitir ao menino poder
formar os sistemas de conhecimentos tanto integrados assim como também
coerentes. Trabalhar com o que Vygotski chama “elementos fortes e também
débeis nos conceitos cotidianos e científicos”. A debilidade dos cotidianos está
na incapacidade para a abstração, na maneira como são operados com eles, o
que nos leva a um domínio de utilização a qual é incorreta, enquanto a
debilidade dos científicos, radica no seu verbalismo, na “insuficiente saturação
do concreto”, sendo este o seu principal perigo.
57
É aqui onde a Pedagogia do Texto coloca um especial ênfase na apropriação
conceitual dos conhecimentos, apropriação a qual seria possibilitada por um
processo de ensino aprendizagem que possa previlegiar a produção e também
a compreensão de deferentes gêneros de textos, que permita a confrontação
dos conhecimentos, que parta dos conhecimentos (os textos e as
representações) dos participantes para poder confirmar ou mesmo infirmar,
ampliar ou enriquecer estes conhecimentos e também o de propor novos
conhecimentos os quais não são conhecidos por eles, o que vai permitir uma
melhor apropriação da sua realidade e também se é possível poder
transformá-la, ademais de desenvolver as suas capacidades psíquicas
superiores, porém, sobre todo, poder propiciar uma educação a qual seja de
qualidade.
1.3 AS CIÊNCIAS SOCIAIS E A PEDAGOGIA DO TEXTO.
Para quem tenha ensinado Estudos Sociais, haverá advertido das dificuldades
as quais têm tanto os meninos assim como também as meninas para poder
compreender os fenômenos sociais, as relações sociais, a sociedade assim
como também uma rie de conceitos os quais estão relacionados com os
conteúdos curriculares a serem desenvolvidos. Por outro lado, para ele/a
professor/a trabalhar no ensino de Estudos Sociais, implica problemas tais
como os seguintes: de conhecer tanto as teorias como também as práticas
sobre o ensino-aprendizagem, os valores e as ideologias subjacentes aos
conteúdos a serem desenvolvidos, perguntar sobre quais conteúdos vão
trabalhar e como, adaptar livros de textos e também materiais, revisar os
horários, além de outros fatores os quais influem na apropriação de
conhecimentos por parte dos aprendizes.
O Ministério da Educación, ha identificado temas com os quais os/as
estudantes de último ano de Ensino Medio, têm maiores dificuldades na
realização da Prueba de Aptitudes y Aprendizaje para Estudiantes de
Educación Media (PAES), a qual é aplicada nas quatro disciplinas básicas,
58
entre as quais podemos mencionar: Responder alguns ítens baseando-se no
sentido comum e não nos conceitos técnicos estudados; confusão entre os
conceitos e a sua aplicação em casos concretos da realidade; problemas com a
contextualização temporal histórica dos fatos apresentados; dificuldade para
poder elaborar síntese e extrair téses de um texto ou mesmo de um autor;
desconhecimento de certos fenômenos históricos importantes, atores
principais e a localização temporal; pobreza nas análises da informação a qual
foi proporcionada.
Por outro lado, desde a experiência pessoal de observação de classes a
educadores/as, foi possível constatar as dificuldades que eles/as mesmos/as
têm na compreensão de conceitos os quais estão relacionados com as Ciências
Sociais e como na maioria das vezes, não preparam com uma certa
antecipação o tema a ser desenvolvido, não adaptam os conteúdos com a
realidade da comunidade e não confrontam os conhecimentos dos aprendizes.
Não descartando destas situações, o problema da formação de professores e
também de professoras os quais têm recebido e assim como as deficiências
relacionadas com os conteúdos da disciplina e a didática das mesmas.
No processo de ensino-aprendizagem de Estudos Sociais, deve ser iniciado a
partir de um aspecto o qual é muito importante: os meninos chegam à escola
com idéias sobre o mundo social, não têm “vazios”, eles têm idéias sobre a
família, a comunidade e também com outros elementos do seu entorno. O
significado que eles/as dão a essa realidade, depende das noções as quais se
têm vindo elaborando na sua interação com os adultos e o entorno o qual os
rodeia, porém, também não temos que esquecer de que os significados que
são outorgados às pessoas a uma mesma realidade ou mesmo objeto, são
diferentes.
Algumas das perguntas as quais fazem os professores/as ao dar classes de
Estudos Sociais são as seguintes: Como deveria ser trabalhado, Ciências
Sociais ou Estudos Sociais? E como deveria ser ensinada/aprendida esta
disciplina? Que conhecimentos devem ser ensinados/aprendidos? Como fazer
59
para que os aprendizes possam ter uma melhor apropriação de
conhecimentos?
Tendo em conta de que o papel da escola hoje em dia é o de promover o
saber como sendo uma ferramenta e o que isto implica, utilizar o que tem
aprendido mobilizando-lo para poder resolver um problema ou mesmo
clarificar uma situação; poder construir modelos e também poder combinar os
conceitos os quais pertencem a disciplinas diferentes, assim como também ser
ator da própria formação, situando-se em um processo de formação
permanente o qual não se limita apenas à escola, é necessário por tanto, de
uma ruptura com relação à prática habitual que tanto professores como
professoras desenvolvem na sua prática pedagógica no processo de ensino-
aprendizagem, o qual tem marcado tanto pela memorização como também
pela repetição, por um desfaz entre o conhecimento e a lógica da pessoa que
ensina e do conhecimento da pessoa que aprende, sobre tudo porque este
último tem o seu próprio marco de referência e é desde este ponto que tem
que interpretar o discurso do professor e também das atividades que este
propõe.
Sendo o campo das Ciências Sociais um campo o qual se caracteriza pelo
maior grau de complexidade dos fenômenos do homem com relação aos
fenômenos que estudam as ciências físico-naturais, o ensino aprendizagem da
mesma se torna controversial, a tal grau que assim como se geram tanto
discussões assim como também debates entre os especialistas da disciplina, o
mesmo passa com os professores os quais são responsáveis da mesma.
Outros aspectos os quais geram uma confrontação são os seguintes: A que
chamamos de Ciências Sociais?, Por quê e Para quê ensinar-aprender Ciências
Sociais?, O que ensinar em Ciências Sociais?, e Como ensinar-aprender em
Ciências Sociais? Questões as quais se procurará ser respondidas desde o
enfoque da Pedagogia do Texto.
60
1.3.1 PRINCIPAIS CORRENTES SEGUIDAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS.
Antes de introduzir-nos às questões anteriores é necessário primeiro, fazer um
breve percurso ao desenvolvimento histórico de Ciências Sociais, assim como
também, de mencionar que quando utilizamos a expressão de Ciências Sociais
ou mesmo Ciências Humanas, de uma forma indistinta, geralmente é para
referir aos estudos centralizados no homem como um ser social e que atua no
meio onde ele vive. Não obstante, duas abordagens ameaçam o nascimento e
também o desenvolvimento de Ciências Sociais assim como também de
Ciências Humanas, de acordo com Faundez (2002).
Um enfoque o qual tem como base uma ideologia qualquer
(seja esta de ordem política, de ordem econômica ou mesmo
de ordem religiosa) e um outro enfoque o qual não considera
estas Ciências como sendo uma construção racional
científica, ou seja, como uma história do conhecimento, mais
sim, simplesmente como um conjunto de mitos, de lendas,
de relatos, etc.
No primeiro caso, as Ciências Sociais” são utilizadas para
poder justificar uma concepção do mundo ou o que ocorre
com freqüência nos tempos atuais, para defender a
existência de um Estado-Nação e as suas estruturas políticas
as quais são dominadas por determinados grupos.
No segundo caso, a explicação histórica das sociedades
recorre a relatos com características litrárias (relatos que
com freqüênciao orais). Esse enfoque tem a pretensão de
poder permitir ou mesmo de refazer a coesão tanto étnica
como também cultural dos povos os quais tentam resistir a
dominação de outros povos ou que simplesmente querem
reconquistar um passado para poder construir um presente
e também um futuro baseados num passado legendário.
Nos dois casos, a História e as suas vizinhas, as outras
Ciências Humanas, tais como a Economia, a Etnologia, a
Geografia, a Matemática Social, etc., o poderiam ser
consideradas como ciências, mais sim, como uma ideologia
ou mesmo como uma mitologia ou no melhor dos casos,
como espaços racionais os quais estão carregados de
ideologia.
Estamos convencidos de que o estudo de Ciências Sociais
deveria poder permitir a compreensão do passado da
sociedade para esclarecer o presente, e também tentar
compreender de que os seres humanos são os criadores da
história ao interior dos limites que a própria história lhes
61
impõe. Esta tomada de consciência é essencial para poder
fazer que os indivíduos possam participar na construção de
uma sociedade a qual seja mais justa, mais solidária e
também mais democrática. É esta mirada crítica e também
histórica é a que vai permitir que tanto os indivíduos assim
como também os povos possam compreender os conceitos e
também as práticas como sendo uma democracia, como
direitos humanos, como direitos dos meninos, como direitos
dos povos indígenas, como ecologia, etc., e poder atuar com
coerência com a referida compreensão” (prefácio ao livro de
Cota, p. 1-2).
O surgimento de Ciências Sociais é relativamente recente, para o século XVII,
a única ciência a qual era considerada como tal era a Física, que seguindo um
método empírico-indutivo era capaz de proporcionar leis. Logo depois no
século XIX, de acordo com Friera (1995) “se produz uma extensão desse
saber às Ciências Sociais, ao ser incorporada ao homem e a sua atuação social
como objetos de pleno direito do conhecimento científico”. O que se
pretendeu foi poder aplicar o modelo das ciências naturais às ciências sociais,
isto quer dizer, explicar a realidade social e também humana através do
método, leis e princípios das ciências naturais. Foram dois acontecimentos os
quais marcaram este passo, os quais são: a revolução liberal-burguesa e
também a revolução industrial e dois grandes pensadores marcaram as
correntes dominantes: Augusto Comte e Karl Marx, com o positivismo e
também o marxismo respectivamente.
O positivismo dominou o panorama das Ciências Sociais até a finais do século
XIX, tempo em que dois delas –a História e também a Geografia-, se
incorporaram às disciplinas acadêmicas. Comte, o pai da Sociologia, a chamou
de Física Social, pretendendo desta forma o estudo positivo dos fenômenos
sociais, os quais estão sujeitos a leis, pretendia desta forma a realizar um
estudo científico da sociedade. O marxismo se iniciou a partir das concepções
materialistas as quais foram elaboradas por Marx e Engels no século XIX. De
acordo com Friera “a diferença fundamental entre ambas correntes reside em
que os positivistas pretendem conseguir um conhecimento científico da
realidade social, entanto que os seguidores de Marx, têm como fim básico
poder contribuir com a transformação dessa realidade”. (1995, p.22).
62
De acordo ao anterior temos dois paradigmas nas Ciências Sociais: O
Positivismo e também o Marxismo. O positivismo dominou até a finais do
século XIX, período no qual tanto a História como também a Geografia se
incorporaram como sendo disciplinas acadêmicas. Em História, a figura chave
a qual se adscreve ao paradigma positivista é o alemão Leopoldo Ranke, para
quem a História é “mostrar o que realmente aconteceu”. Em Geografia,
encaixa dentro do positivismo o paradigma determinista, o qual estabelece
uma relação tanto de causa assim como também de efeito entre o meio e o
homem, sendo os seus representantes o alemão Ratzel e o francês LePlay.
Perante estas posições surge o que se poderia chamar de reação
antipositivista, corrente a qual abrange desde a finais do século XIX até os
anos 30, a qual tem como base o marxismo e que faz uma crítica às
concepções positivistas sobre os modelos de cientificismo provenientes da
física. Consideram que as Ciências Sociais, o objeto de trabalho não é a
explicação naturalista em busca de leis gerais, mais sim, a compreensão dos
fenômenos humanos.
Para o ano de 1930 duas tendências marcam as Ciências Sociais, as quais são:
A Neopositivista a qual é representada pelo Círculo de Viena e a reação
Antipositivista, a qual é desenvolvida pela Escola de Frankfurt. O
neopositivismo, de acordo com Friera, “se volve a idéia de que o método
científico há de ir para a explicação dos fatos pelos métodos hipotético-
dedutivos e a qual é preciso formular teorias prévias aos fatos a serem
explicados” (1995. p.27). São seguidores desta corrente, entre outros, Rudolf
Carnap y Kart Popper. A Escola de Frankfurt, a qual é conhecida também
como a “Teoria Crítica”, recebeu influência do marxismo e considera que o
verdadeiro conhecimento é o que da conta das contradições reais da
sociedade. Com esta tendência em História, se revaloriza a história social e
também a econômica, sendo os seus seguidores Lefebvre, Vilar e outros;
enquanto que em Geografia, encontramos a Geografia Radical, da Percepção e
também Humanista.
63
1.3.2 POR QUE E PARA QUE ENSINAR-APRENDER CIÊNCIAS
SOCIAIS?
Na Pedagogia do Texto, se entendem as Ciências Sociais como sendo o
conjunto de ciências as quais estudam: a) As relações dos seres humanos
entre si ou mesmo relações sociais (os fenômenos demográjficos, as relações
de propriedade, a tecnologia, a divisão do trabalho, a estratificação e também
a organização social), b) Com o seu meio ambiente (as características do
território, a ocupação e também os condicionamentos, as relações de uso ou
rapina), e c) Os fenômenos culturais e também as mentalidades (os valores,
as ideologias, a religião, a politica, o direito, a arte, a literatura, os costumes,
as tradições, etc.).
A partir do que foi estabelecido anteriormente, se propõe que o ensino-
aprendizagem das Ciências Sociais e os seus conteúdos, seja articulada
através das variáveis espaço e tempo, isto quer dizer, a partir das disciplinas
de História e Geografia. Baseando-se esta perspectiva em Braudel (1993),
quem define às civilizações com relação as diferentes ciências do homem,
assinalando que as civilizações são espaços (a Geografia), que são sociedades
(a Sociologia), que são economias (a Economia) e que são mentalidades
coletivas (a Psicologia Social).
A Geografia, de acordo com Braudel, (1991, p. 172), (...) “é o estudo espacial
da sociedade, ou (...) o estudo da sociedade pelo espaço” e a História (...) “é
ao mesmo tempo o conhecimento tanto do passado assim como também do
presente, do que está feito e do que tem que ser feito, entre o que dura, se
perpetua, se perpetuará com força e o que é somente provisório, inclusive
efêmero)” (1991, p.225). De acordo com o mencionado autor, as Ciências
Sociais, trabalham com três categorías de tempo, as quais são as seguintes:
curto ou conjuntural, longa duração e longuíssima duração, das quais a mais
adequada para o trabalho em Ciências Sociais é a longa duração.
64
Com relação a pergunta por que e para que ensinar-aprender Ciências Sociais,
podemos responder então, para que os/as aprendizes possam apropriar de
conhecimentos os quais lhes permitam poder compreender a realidade local,
nacional e também global, porém, ademais de desenvolver tanto uma atitude
assim como também uma capacidade critica na análise da sua realidade e de
compromisso perante estas realidades, sem esquecer de que estas estão
condicionadas pelo contexto tanto social assim como também cultural, assim
como também para poder incidir na formação de cidadãos. Assim então, a
maneira de trabalhar e analisar as disciplinas de geografia e história devem
estar ajustadas às possibilidades dos/as aprendizes permitindo-lhes poder
conhecer outras realidades e desta forma poder confrontar as suas
experiências com outras, ajudando desde esta perspectiva a que tantos os
meninos como também as meninas possam construir a sua própria identidade
e assumir uma atitude tanto de respeito assim como também de compreensão
perante a outras formas de vida social e com a possibilidade de poder atuar
para transformar a realidade. É necessário por tanto, uma abordagem desde o
tempo e o espaço, que deve levar em conta a confrontação do científico e
também do cotidiano, que se trabalhe do abstrato ao concreto e vice-versa,
considerando o contexto no qual o aprendiz possa se desenvolver e as
interações sociais as quais realiza.
De acordo com a Comissão Gulbenkian (1996), existem três questões
teóricas-metodológicas ao redor das quais é necessário que sejam construidos
novos consensos com relação às Ciências Sociais: A primeira faz referência à
necessidade de “desmanchar” as fronteiras artificiais as quais existem entre os
seres humanos e a natureza, ao reconhecimento de que ambos fazem parte
de um único universo. A segunda questão está relacionada com a reintrodução
dos fatores tempo e também espaço como sendo variáveis constitutivas
internas das análises e não somente como realidades físicas imutáveis onde o
universo social existe. No caso de considerar de que os conceitos de tempo e
também espaço são variáveis socialmente construidas, que tanto o mundo
assim como também o investigador utilizam para poder atuar sobre a
realidade social e de interpretá-la, é necessário desenvolver uma metodologia
a qual permita colocar essas construções sociais no centro da análise. A
65
terceira questão é como ultrapassar as divisões artificiais surgidas no século
XIX entre os domínios supostamente autônomos do político, do econômico, do
social e também do cultural.
1.3.3 O QUE ENSINAR-APRENDER EM CIÊNCIAS SOCIAIS?
Sendo assim que o conhecimento do meio social e também cultural se
alimentam das contribuições de diferentes ciências e também disciplinas, tanto
a geografia assim como também a história têm um papel importante na
estrutura de Estudos Sociais, e na medida em que se reflexiona sobre o
devenir dos seres humanos, as variáveis espaço e tempo, as quais delimitam
qualquer ação humana em um território, área ou espaço geográfico, devem
potencializar um papel o qual seja estruturante.
Com relação a História (o tempo) os objetivos da aprendizagem deveriam
estar orientados a se representar e também representar o tempo o qual
transcorre: se familiarizar com as várias representações do tempo, identificar
os pontos de referência os quais sejam temporários pessoais e históricos
assim como também das suas durações, também como apreender as
problemáticas que estão vinvuladas com as maneiras de vida dos seres
humanos da atualidade e também de outras épocas: contar e narrar eventos,
definir espaços de vida assim também como aos seus atores e comparar
soluções tanto passadas como presentes, entre outros. Cada seqüência de
ensino-aprendizagem põe em relação conceitos, conhecimentos os quais estão
baseados em dados.
O departamento de Instrução Pública de Genebra propõe os seguintes
conceitos e também os objetivos a serem trabalhados em História:
66
CONCEITOS
TEMPORAIS-HISTÓRICOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
TEMPO
Os tempos são múltiplos:
O tempo vivido, construido e também
estruturado de uma forma rítmica pelas
atividades de cada um;
O tempo medido, baseado no rítmo natural ou
mesmo uma construção cultural;
O tempo passado, a história dos seres humanos.
Medir e também comparar os
ciclos temporais.
Construir e também explorar as
diferentes ferramentas de
representação do tempo.
EVENTO/RUPTURA-CONTINUAÇÃO
O evento é aquilo que começa e/ou termina, o
que assinala um ponto de ruptura dando como
resultado uma mudança. Se trata de um
elemento chave para explorar.
Certos eventos são contados de uma maneira
objetiva (o texto histórico), outros são contados
com uma certa subjetividade (testemunhar,
lendas).
Comparar, classificar eventos;
Colocar eventos conhecidos na
sua própria linha de tempo;
Contar ou mesmo escrever, ler
ou escutar o relato de alguns
eventos.
Poder distinguir um relato
mitológico e também uma lenda
de um texto histórico
.
SUCESSÃO-SIMULTANEIDADE
Os fatos ocupam posições temporais diferentes.
Colocar eventos conhecidos na
sua própria linha de tempo;
Poder estabelecer cronologias,
e sucessões.
Colocar em ordem os grandes
períodos históricos.
DATA
A data é um ponto de referência, um marcador
o qual é específico da medição do tempo.
Colocar eventos conhecidos na
sua própria linha de tempo;
Colocar em ordem os grandes
períodos históricos.
DURAÇÃO
Os rítmos temporais têm escalas diferentes, as
durações mais ou menos longas de acordo com
os períodos e também com os eventos os quais
foram estudados.
A duração pode ser percebida de uma maneira
tanto subjetiva assim como também de uma
maneira objetiva.
Estabelecer relações entre a
duração de uma vida e a noção
de geração;
Colocar a sua própria linha de
tempo em um contexto temporal
alargado.
PERÍODO
Um período é um tempo com uma duração mais
ou menos longa, com uma certa
homogeneidade, marcado com um antes e
também com um depois. O recorte do passado
em um certo mero de períodos permite a
organização da sua complexidade. Os períodos
podem ser comparados e também podem ser
colocados em séries.
Colocar em ordem os grandes
períodos de tempo;
Estabelecer as cronologias e
também as sucessões.
67
PERMANÊNCIA-MUDANÇA
A comparação de eventos, de períodos permite
enfatizar as diferentes maneiras de poder
resolver os problemas idênticos através do
tempo.
Ler, comentar e também
associar as informações;
Estabelecer as relações simples
entre os requeridos humanos e
os modos de vida;
Comparar as problemáticas.
Departamento da Instrução Pública de Genebra.
Por outro lado, a Geografia, estuda o espaço social, o espaço o qual é
produzido pelas sociedades, pelos atores e também pelas ações dos referidos
atores. Os objetivos da aprendizagem deveriam estar orientados a: a)
explorar o espaço (transladar-se): realizar um translado, identificar os pontos
de referência, viver experiências espaciais. b) representar o espaço (localizar,
descrever): localizar os pontos de referência, destacar um elemento da
paisagem, comparar representações, orientar fotografias, planos, mapas,
delimitar zonas geográficas, destacar a distribuição do espaço, desenhar,
esquematizar, cartografiar, utilizar uma terminologia a qual seja adequada e
utilizar nomenclatura de base. c) utilizar o espaço (definir uma problemática):
pensar na utilização dos espaços pelo ser humano, propor idéias de arranjos
no espaço e identificar as variávies. Cada seqüência de ensino aprendizagem
coloca em relação conceitos, conhecimentos os quais estão baseados em
dados (noções e também nomenclaturas). O departamento de Instrução
Pública de Genebra (2004) propõe os seguintes conceitos e também objetivos
a serem trabalhados em Geografia:
CONCEITOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Localização
O desenvolvimento deste conceito está
baseado nas perguntas. Onde? e, Por quê
neste lugar?
Necessita da adquisição de pontos de
referência os quais sejam comuns.
Tomar os pontos de referência os
quais sejam perceptivos.
Realizar certas experiências
espaciais.
Escala
Este conceito se refere ao vel de análise para
um determinado problema.
Apreender a escala;
Esquematizar a organização
espacial de um objeto ou mesmo
de um espaço.
68
Espaço produzido
Este conceito destaca o fato de que cada
espaço está produzido por uma decisão
humana, em um momento particular e também
de uma certa maneira.
Conceber soluções para uma
distribuição do espaço.
Hierarquía/polarização
Este conceito indica de que as decisões
humanas conduzem a concentrações de
atividades em certos lugares.
Delimitar zonas geográficas;
Delimitar a amplitude do espaço.
Representação
Este conceito aponta a tomar consciência de
que cada grupo humano estabelece uma
relação particular com o espaço o qual ele
ocupa.
Dar as suas impressões;
Identificar as causas daquilo que
a gente sente.
Interação
Este conceito permite destacar de que não
existe uma única causa resultando em uma
conseqüência, porém, que todo interage.
Estabelecer relações espaciais;
Identificar algumas variáveis;
Estabelecer relações entre certas
variáveis.
Departamento da Instrução Pública de Genebra
O que ensinar faz referência à seleção de conteúdos, o qual representa uma
dificuldade para os/as professores/as, não somente pela diversidade de
Ciências Sociais, mais sim também pelos elementos ideológicos os quais
subjacem aos mesmos conteúdos ou por parte dos/as professores/as.
1.3.4 COMO ENSINAR-APRENDER EM CIÊNCIAS SOCIAIS?
que grande parte do conhecimento humano é transmitido através de textos
tanto orais assim como também escritos, para o enfoque da Pedagogia do
Texto, o processo de ensino-aprendizagem das Ciências Sociais, deveria partir
da apropriação de diversos tipos de textos, porém, também é necessário
trabalhar nos conceitos científicos e a confrontação destes com os cotidianos.
E neste ponto, tanto o professor como também o aprendiz joga um papel
importante. O professor não somente como sendo um transmissor/facilitador
do processo, mais sim, gerando situações onde o aprendiz por si mesmo seja
69
capaz de resolver situações problemáticas, guiando um processo de
confrontação de conhecimentos assim também como de trabalho com
conceitos científicos, e por outro lado, o aprendiz, mobilizando os seus
conhecimentos cotidianos, infirmando ou mesmo negando estes através da
confrontação.
Podemos também dizer que é necessário de que a escola ofereça aos
aprendizes, a experiência cultural na qual possam ativar e também controlar,
de uma forma consciente os processos psicoógicos superiores, assim como
também poder trabalhar nos conhecimentos cotidianos e também científicos.
E, se consideramos de que a apropriação de conhecimentos, a aprendizagem
se através da interação social, portanto é necessário, de que o processo de
ensino-aprendizagem seja localizado em um ambiente significativo para os e
as aprendizas. Daqui de que a procura, a pesquisa, a exploração, a
investigação e a solução de problemas joguem um papel importante na
aprendizagem.
E é neste ponto onde a interação verbal tem também um papel importante.
Razão pela qual é necessário de considerar quais são os gêneros de textos
privilegiados e/ou os mais apropriados para poder trabalhar no ensino-
aprendizagem de História, da Geografia e também de outras disciplinas de
Ciências Sociais. Pretendemos com os textos poder trabalhar não somente os
conteúdos a serem ensinados/aprendidos, mais sim, no desenvolvimento de
capacidades psicológicas e também no domínio das capacidades lingüísticas.
Então, é importante levar em consideração de que os textos não são
homogêneos ou “puros”, mais sim, que possam estar constituidos por
diferentes seqüèncias; a narrativa, a descriptiva, a argumentativa ou mesmo a
explicativa, etc. Assim por exemplo, no texto argumentativo podem intervir
três seqüências, a saber: a narrativa, a explicativa e também a descriptiva.
Também poderia se dar o caso de que uma das anteriores predomine sobre a
outra dando-lhe unidade ao texto e se tornando em um texto o qual seja
explicativo, narrativo ou mesmo descriptivo.
70
Se considera de que o texto a ser privilegiado em Ciências Sociais é o
argumentativo, entendendo por argumentar (MUGRABI, 2002)
tomar una posición frente a un tema controvertido,
exponer una opinión, defenderla y convencer a uno o
varios interlocutores, presentando argumentos y
contra-argumentos.
La argumentación busca reducir un desacuerdo o
producir un cambio en el comportamiento o en la
opinión del destinatario, puede ser considerada como
un diálogo con el pensamiento de otro para
transformar sus opiniones. Para convencer a alguien
de su punto de vista, el argumentador necesita
desarrollar las razones que justifican su punto de
vista. Un argumento es siempre aquello que puede
ayudar a hacer aceptar una conclusión.
(p.51)
A argumentação tem uma importância na vida social. Utilizamos a
argumentação para poder justificar os nossos pensamentos ou mesmo os
nossos comportamentos, para persuadir aos demais sobre os nossos pontos
de vista, para influir sobre o comportamento dos outros e também como base
para a tomada de decisões. De fato, âmbitos de tanta importância social como
é o caso da política ou mesmo da administração de justiça as quais estão
baseadas na argumentação.
Desde a perspectiva da análise do discurso, argumentar é dar as razões para
tal ou qual conclusão; estas razões são chamadas de “argumentos” e
permitem apoiar ou mesmo refutar esta conclusão ou mesmo opinião. O
contra-argumento é sempre um argumento contrário à posição defendida. Se
trata de um elemento o qual está destinado tanto a anular assim como
também a refutar o argumento de um adversário. Para poder decidir se
realmente se trata de um argumento ou mesmo de um contra-argumento é
necessário tomar a perspectiva do autor do texto e as pistas as quais ele
proporciona com relação da sua tomada de posição perante a um objeto de
discurso polêmico. A capacidade para poder argumentar de uma forma correta
geralmente acostuma ir emparelhada com a capacidade de influir sobre as
71
pessoas e é um reflexo da organização do pensamento. Como prática social, a
argumentação implica uma forma específica de interação perante a presença
de uma discrepância ou mesmo de um conflito.
Desde um ponto de vista pragmático, a argumentação é um ato de fala
complexa e cujo propósito é o de contribuir com a resolução de uma diferença
de opinião. O discurso argumentativo se realiza em uma ampla variedade de
formas textuais que apelam a recursos muito diversos e que possuem
diferentes graus de complexidade. As situações as quais são as mais comuns
no que se emprega a argumentação são as seguintes: as situações de carácter
interpessoal, como por exemplo, o da vida cotidiana, como é o caso de uma
discussão entre duas pessoas com diferentes pontos de vista; nas situações de
carácter social, tais como por exemplo, cartas ao diretor, artigos de opinião,
manifestos, anúncios publicitários, debates, mesas redondas, aqui se utiliza
um discurso o qual é mais planificado e também mais estruturado; nas
situações técnicas referidas ao âmbito científico, jurídico e administrativo e
também nas situações acadêmicas, como por exemplo, os examens, os
informes e assim como também os trabalhos acadêmicos.
O texto argumentativo possui uma organização estrutural particular e as suas
propriedades diferem de outros tipos de textos e embora não existe uma única
maneira de poder organizar o conteúdo argumentativo o qual se quer
expressar, em geral, um texto argumentativo utiliza a seqüência
argumentativa, a qual está dividida em três partes, de acordo com Mugrabi
(2002):
a) Una introducción, en la cual se indica el problema o
cuestión controvertida a fin de que el o los destinatario(s)
sepa(n), sobre qué se va a debatir;
b) Una lista de argumentos y contra-argumentos que
justifican la conclusión del autor, los mismos deben
colocarse en el orden que parezca más eficaz para ser
convincentes; ese orden puede graduarse así: primero,
argumentos considerados débiles; después, argumentos
72
considerados fuertes; o todavía, argumentos fuertes-
argumentos débiles-argumentos fuertes;
c) La conclusión del autor, su opinión sobre la cuestión en
torno a la cual le gustaría convencer al destinatario, o
sobre la que eventualmente le gustaría que el
destinatario hiciese enseguida su argumentación.
A argumentação tem duas funções, as quais são: o de convencer/adesão e
provar/”mostrar” se é verdadeiro o que dizemos. As Ciências Sociais são
mostradas em forma de textos os quais dizem coisas da realidade, por tanto,
o texto precisa de descrever, de contar e também explicar a realidade e é
nesse sentido que se quer mostrar que o que ocorre tem relação com a
realidade.
O fato de que em Ciências Sociais se privilegie, o texto argumentativo não
quer dizer que não possam ser trabalhados outros gêneros. E é nesse sentido,
que outros gêneros os quais são apropriados para serem trabalhados em
Ciências Sociais são o descriptivo, o narrativo e também o explicativo. Em
geografia, é conveniente poder trabalhar com o descriptivo, porque tem como
objeto o de mostrar a realidade do entorno, aquilo o qual está ao alcance da
percepção e também a experiência, porém, além disso, descrevemos
situações e também objetos. Ao contrário, para trabalhar na História podemos
recorrer ao gênero narrativo que este implica uma dimensão temporal,
uma duração e também as seqüências de ações. Entretanto, em Ciências
Sociais também são construidas inferências, são analisadas tanto as causas
assim como também as conseqüências e se cria uma relação a qual é
necessária: se A então B é necessário não somente saber o que e como são
as coisas, mais sim, o de poder compreender a realidade, as pessoas, os
grupos humanos, os fatos e também os fenômenos, poder definir os conceitos
e para poder fazer tudo isto é necessário recorrer aos textos explicativos.
73
CAPÍTULO 2
METODOLOGIA DE PESQUISA
2.1 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa tem como propósito fundamental o de poder analisar a prática
pedagógica a qual foi desenvolvida por um professor da quinta série do ensino
fundamental no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de Estudos
Sociais, prática a qual foi mencionada antes, esta enfocada em dois
aspectos, os quais são os seguintes: os enfoques teóricos os quais apoiam a
disciplina e a ação na sala de aula. Assim mesmo se espera de que os
resultados desta investigação possam oferecer os elementos teóricos-práticos
não somente para uma redefinição do ensino-aprendizagem de Estudos
Sociais, o qual possa possibilitar o desenho de um Programa de Estudo
considerando a disciplina como Ciências Sociais, senão também para a
construção de uma Proposta Educativa a qual seja de Qualidade com enfoque
de Pedagogia do Texto.
Tendo em conta que tem interesse em analisar um conjunto de ações os quais
formam parte da prática pedagógica, a presente pesquisa é de índole
qualitativa, já que esta permite poder trabalhar em um ambiente natural como
sendo uma fonte direta de dados, neste caso se trata da sala de aula, além de
que a pesquisadora tem um contato direto como também prolongado tanto
com o ambiente assim como também com os participantes, o qual permite
poder conhecer o dinamismo interno das situações através de uma tentativa
de capturar a”perspectiva dos participantes”. Este tipo da pesquisa por outro
lado, é rica em dados descritivos, é aberta e também flexível e se localiza em
uma realidade contextualizada. E é nesse sentido a importância de poder
registrar as atividades como também os procedimentos através de uma
variedade de técnicas e instrumentos como são os seguintes: as observações,
as entrevistas como também os registros.
74
2.2 DESCRIÇÃO DO CONTEXTO LOCAL DE PESQUISA
O Centro Escolar “Caserio Jocote Dulce”, pertence à rede oficial do Ministério
da Educação e foi reconhecido de forma oficial no ano de 1988. O seu inicio foi
nos anos 1984-1985 quando tanto os pais assim como também as mães de
famíllia se organizaram para tramitar a obtenção de um terreno, começando a
construção do centro entre os anos de 1987 e 1988. Ao longo destes anos, as
instalações têm ido crescendo assim como também o seu Pessoal Docente,
alunado e também a sua cobertura educativa. No ano de 1988 foram criados
os dois últimos anos do Ensino Fundamental e o primeiro ano do Ensino Médio
e também a estrutura organizativa a qual é denominada Conselho Diretivo
Escolar (CDE), o qual está conformado por 16 pessoas entre alunos, docentes
e pai/mães.
Um aspecto o qual é muito importante de ressaltar é o fato que desde o inicio,
os pais e as mães tiveram um papel muito ativo na vida do centro, tendo se
involucrado na gestão e também na realização de diferentes atividades para
arrecadar fundos, os quais têm servido para comprar o terreno e também para
aumentar as instalações, embora, a sua infra-estrutura ainda é insuficiente
para que os meninos e as meninas possam ter um espaço o qual seja o mais
adequado para se recrear e também receber aulas, devido a que o centro
conta somente com nove salas de aula. Embora, a infra-estrutura se encontra
em boas condições, mesmo que foi dito, possui poucas salas de aula. Para
poder solventar a referida situação, desde o ano passado se estão realizando
gestões para poder comprar um terreno o qual fica do lado, no intuito de
poder construir desta forma ainda mais salas de aula, tal esforço conta com o
apoio dos pais e das mães de família, associações comunais e também pela
comunidade em geral. O centro conta com os serviços básicos, tais como são
os seguintes: água potável, eletricidade e também serviço telefônico.
Desde o ano de 2001 o Centro conta com 7 docentes nomeados inclusive o
diretor, sendo 4 homens e 3 mulheres, dos quais o Diretor não tem nenhuma
sala de aula sob a sua responsabilidade, porém, ele atende os dois turnos;
uma professora atende 3 níveis de jardim-de-infância e o resto de
75
professores/as atendem os dois turnos, com exceção de um deles que
somente trabalha um turno. Uma limitante a qual possui o centro é o fato de
que 2 vagas foram “congeladas”, por causa de que igual número de docentes
renunciaram por diferentes motivos, a referida situação se mantém igual até o
momento.
A cobertura do Centro vai desde o Jardim-de-infância até o primeiro ano do
Ensino Médio, sendo atendida cada sala de aula e contando somente com uma
seção e, para poder cobrir a cobertura educativa, os/as docentes trabalham
dois turnos: sendo um matutino e o outro vespertino. A maioria dos seus
alunos/as provém das Comunidades “Jocote Dulce”, “La Puerta” e também
“Las Flores”.
Com relação a sua matrícula, desde a sua fundação o centro começou com
uma matrícula elevada, embora nos últimos anos, a matrícula oficial tem
mostrado uma certa instabilidade: entre os anos de 2003 e 2004 se reduziu de
339 estudantes a 327, no entanto, no ano de 2005 a sua matrícula aumentou
a 358 alunos/as e no momento é de 379, o qual significa uma média de 32
alunos por cada seção. Para poder cobrir a procura, no turno matutino
funcionam as seções de 4 e 5 anos do Jardim-de-infância, assim como a 1ª,
2ª, 3ª, e série do Ensino Fundamental e no turno vespertino a seção de
6 anos de Jardim-de-infância, 6ª, e série do Ensino Fundamental e o
ano do Estudo Médio.
2.2.1 OS/AS PARTICIPANTES
Nesta pesquisa estão como participantes o professor da quinta série do Ensino
Fundamental, 30 aprendizes, dos quais 17 são meninos e 13 são meninas,
cujas idades oscilam entre os 11 e os 14 anos de idade, os quais estavam na
sala de aula e, especificamente, 5 aprendizes, sendo 2 meninas e 3 meninos,
os quais participaram em duas entrevistas, cujas idades estão compreendidas
entre os 10 e os 12 anos. Estes últimos foram escolhidos pelo mesmo
professor, de acordo com os seguintes critérios: a assistência regular as aulas,
76
não ultrapassar a idade indicada, ter uma participação ativa nas aulas e
também mostrar muita responsabilidade no cumprimento das tarefas fora da
sala de aula.
2.3 OS PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DE DADOS
Dada a natureza desta investigação, para a sua realização foram consideradas
uma série de fontes para a coleta de dados, sendo estas as seguintes:
2.3.1 AS OBSERVAÇÃOS DAS CLASSES.
Se recorreu à observação por causa de que esta é uma experiência direta a
qual permite acompanhar ao processo o qual se pretende analisar, de uma
forma específica ao desenvolvimento da classe, porém, além disso tem a
vantagem de que se esta mais perto da perspectiva das pessoas ou mesmo
dos processos”. Para efeitos desta investigação foram realizadas um total de 5
observações da classe de Estudos Sociais, na sala de aula da quinta série do
ensino fundamental do Centro Escolar “Caserío Jocote Dulce”. Na observação
participaram todos/as os/as aprendizas e também o professor o qual é o
responsável dessa disciplina, os quais foram informados em uma forma prévia
sobre o processo. As observações foram realizadas entre os dias
compreendidos do 12 ao 26 de outrubro do ano de 2005. Cada uma das
observações foi realizada num lapso de 35 minutos, correspondentes a um
período de aula (ver Apêndice 6.1). Para o devido registro das observações foi
utilizada uma guia como instrumento. É importante mencionar de que não
foram realizadas mais observações por causa de que o ano escolar estava
terminando. No período antes mencionado foi observado em forma parcial o
desenvolvimento de dois objetivos 3.6, Analisar o desenvolvimento sócio-
econômico e também os fatores os quais favorecem o processo de
industrialização e a integração tanto de El Salvador assim como também dos
outros cinco paises da América Central e 3.7, Analisar a crise sócio-política e
também econômica da América Central no período de 1970 a 1997, ambos
correspondentes à Unidade 3 do Programa de Estudos Sociais do Ministério da
77
Educação (ver Anexo 7.5). Se diz que foi parcial já que não pode ser
observado todo o processo de desenvolvimento do objetivo, isto quer dizer,
desde o seu inicio até a sua finalização, tal situação se apresentou para os
dois objetivos.
2.3.2 AS ENTREVISTAS
Foram realizadas duas entrevistas, sendo considerada a mais adequada a do
tipo semi-estruturada, já que ela conta com um esquema ou mesmo com um
roteiro de perguntas, não necessariamente segue um esquema rígido, mais
sim, que é mais flexível, permitindo desta forma poder fazer adaptações as
quais fossem necessárias assim como também aprofundar em certas
informações nas quais seja considerado conveniente fazê-lo. Uma das
entrevistas foi realizada com o professor (ver Apêndice 6.2) o qual é o
responsável da matéria e a outra com 5 aprendizes (Ver Apêndice 6.3). Para
poder ter certeza do anonimato do professor e também dos aprendizes, estes
se identificaram com letras maiúsculas da seguinte maneira: Professor (PD) e
os/as aprendizas como AJ, BF, CH, DT e EW.
2.3.3 A REVISÃO DE DOCUMENTOS
Entre as fontes de coleta de dados foi necessário revisar os seguintes
documentos:
2.3.3.1 AS PLANIFICAÇÕES OU CARTAS DIDÁTICAS
Correspondentes aos objetivos 3.6 e 3.7 de Unidade 3 do Programa de
Estudos Sociais da 5ª série do Ministério da Educação. Este instrumento
registra todas as ações a serem desenvolvidas no processo de ensino-
aprendizagem. É importante destacar que este modelo de carta é um dos
quais o Ministério da Educação proporciona para poder planificar. (ver Anexo
7.9 )
78
2.3.3.2 ROTEIRO DE CLASSES DO PROFESSOR.
Este se trata de um caderno o qual serve como um apoio para o
desenvolvimento do tema. Foram revisadas as anotações correspondentes
com os objetivos observados 3.6 e 3.7(ver Anexo 7.10)
2.3.2.3 OS CADERNOS DE CLASSE DOS/AS APRENDIZES.
Os cadernos pertencem aos/as aprendizes os quais foram selecionados para a
entrevista. Foi revisado o material correspondente ao desenvolvimento dos
objetivos 3.6 e também 3.7 (ver Anexo 7.11)
79
CAPÍTULO 3
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
3.6 A METODOLOGIA PARA A ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste capitulo é apresentada a análise assim como também a interpretação
dos resultados, de acordo com os critérios os quais foram especificados. Como
foi mencionado antes, o objetivo desta investigação é o de poder analisar a
prática pedagógica a qual foi desenvolvida por um professor da quinta série do
ensino fundamental no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de
Estudos Sociais.
Para a análise dos resultados se procede partindo das questões as quais
orientam a investigação. Assim, para responder à pergunta. Quais os
fundamentos teóricos possui o professor da disciplina de Estudos Sociais para
o processo de ensino-aprendizagem da mesma?, será necessário recorrer à
informação a qual foi proporcionada pelo professor na entrevista, na sua
planificação tanto didática assim como também no roteiro de classes.
Com relação à pergunta: No desenvolvimento dos conteúdos curriculares de
Estudos Sociais existe uma confrontação tanto entre os conhecimentos
cotidianos assim como também os conhecimentos científicos?, esta vai ser
respondida a partir da informação a qual foi recolhida das observações de
classe, dos cadernos dos/as aprendizes, do roteiro de classes, das entrevistas
aos/as aprendizes e assim como também da planificação didática.
A terceira pergunta Existe produção/utilização de textos escritos/orais no
processo de ensino-aprendizagem de Estudos Sociais?, esta será respondida
através da informação a qual foi proporcionada pela observação de classes,
pelas entrevistas, pelos cadernos dos/as aprendizes como também pelo roteiro
de classes.
80
E para responder a quarta e também a última pergunta. Quais são as
estratégias metodológicas as quais são utilizadas pelo professor para poder
desenvolver os conteúdos curriculares de Estudos Sociais?, serão revisadas
tanto a planificação didática assim como também as observações de classes,
assim como também as entrevistas as quais foram realizadas com os/as
aprendizas e também com o professor.
Será na ordem antes mencionada e de acordo com as questões as quais foram
estabelecidas que será realizada a análise, para a qual nos apoiaremos nas
categorias e também nas sub-categorias definidas, sendo estas as seguintes:
em primeiro lugar, os fundamentos teóricos da disciplina e em segundo lugar,
a ação na sala de aula. Estas ao mesmo tempo se subdividem nas seguintes
categorias: os enfoques teóricos em Ciências Sociais e os conteúdos
curriculares, o desenvolvimento dos conteúdos, o desenvolvimento da classe e
também na utilização de recursos ou mesmo de técnicas.
3.7 Que fundamentos teóricos possui o professor da disciplina de
Estudos Sociais para o processo de ensino-aprendizagem da
mesma?
Si bem é verdade que nas Ciências Sociais não existe um modelo único para a
sua interpretação, a importância de partir de um enfoque teórico para o
processo de ensino-aprendizagem da disciplina, radica em que para poder
responder à pergunta que e como ensinar, vai depender das opções
ideológicas. O professor deve tomar as decisões no momento em que for
selecionar os conteúdos, razão pela qual a sua prática pedagógica não pode
partir de opiniões, senão ao contrário, é necessário ter fundamentos teóricos
os quais possam sustentar o ensino-aprendizagem da disciplina.
Uma outra razão pela qual é necessário ter bem claro um enfoque teórico para
o ensino-aprendizagem da disciplina é pela necessidade da união tanto entre a
teoria assim como também a prática, se pretende desta maneira combater
81
uma prática pedagógica desprovidas de conteúdos reflexivos e também de
suportes teóricos. A fundamentação científica da disciplina evita que o
processo seja empírico e também pessoal, a margem de toda formalização
científica. Partir do enfoque teórico, por tanto vai permitir ao docente poder
encontrar a estratégia e também os meios os quais sejam necessários para
desta forma pooder facilitar o ensino-aprendizagem dos conceitos científicos
que explicam a atuação do homem como um ser social e a sua relação com o
meio.
Através da entrevista pode ser detectado de que o professor que a
disciplina de Estudos Sociais não tem nenhuma formação nesta área, que a
sua formação acadêmica tem sido na área de ciências, de uma forma
específica em matemáticas e também em física, e por outra parte ao
perguntar-lhe sobre o enfoque com que se trabalha a disciplina ele respondeu
que durante a sua formação inicial como docente nunca foi feita uma menção
ao enfoque para poder trabalhar a disciplina. Contudo, ele tem uma certa
noção da importância de ensinar a disciplina como Ciências Sociais,
considerando que os programas de estudos atualmente estão fragmentados
desde diferentes ciências das Ciências Sociais. Assim mesmo, ao revisar os
seus cadernos de anotações ou roteiro de classes, este mostra o
desenvolvimento de conteúdos baseando-se em aspectos os quais levam a
uma explicação causal, mais que uma compreensão do mundo, não tornando
evidente a necessidade de trabalhar com os conteúdos desde uma perspectiva
de espaço como também de tempo e a intencionalidade dos fatos mesmos.
Por outro lado, a planificação didática igualmente não reflexa o enfoque para
poder trabalhar a disciplina. Na mencionada carta, não está definida de uma
forma clara a metodologia a qual vai ser desenvolvida para poder trabalhar o
conteúdo, não fazendo por tanto referência a se o/a aprendiza fará o seu
trabalho crítico com relação ao mesmo ou a importância de poder trabalhar
desde uma perspectiva tanto de tempo assim como também de espaço.
82
A referida carta apresenta nas suas generalidades a identificação do Centro
Escolar, o nome da matéria, a série, o número assim como também o título da
Unidade, também o objetivo o qual vai ser desenvolvido e também o eixo
transversal. A estrutura da carta é a seguinte: o Objetivo Operacional, as
Atividades do Professor, as Ativididades do Aluno, o Tempo, os Recursos
Didáticos assim como também o Produto Esperado.
No Objetivo Operacional está escrito o Objetivo que de acordo com o
programa vai ser desenvolvido, não são objetivos os quais se pretendem
conseguir a partir do objetivo proposto pelo Programa. As atividades do
Professor da mesma maneira do que as do Aluno estão divididas de uma
forma básica em três termos, os quais são os seguintes: as Atividades de
Iniciação, as Atividades de Desenvolvimento e também as Atividades de
Finalização, estes três “momentos” correspondem à estrutura a qual apresenta
o Programa de Estudo. O professor é a pessoa a qual vai determinar o tempo
de duração de cada uma das atividades acima mencionadas. Os recursos
didáticos são todos aqueles materiais que o professor vai utilizar como sendo
um recurso para o desenvolvimento das atividades e o Produto Esperado
recolhe o objetivo o qual se pretende conseguir. Das duas Cartas Didáticas
podemos chegar as seguintes conclusões:
a) A Carta Didática é planificada de acordo com o Objetivo Operacional, se
convertindo este no conteúdo do processo.
b) Não estão refletidos nem os conteúdos assim como também os conceitos a
serem trabalhados para o desenvolvimento dos objetivos, assim como
tampouco está especificado o tema.
c) Não está refletido o processo metodológico a ser seguido para poder
desenvolver os conteúdos curriculares.
d) É o professor o qual vai assumir um papel mais “ativo”, enquanto que
os/as alunos/as vão se dedicar a “prestar atenção” ou mesmo somente vão
“Anotar os resumos”.
83
e) Os recursos didáticos para ambas cartas são os mesmos, ainda quando em
uma delas (Objetivo 3.6) se faz referência a apresentar mapas de El
Salvador e também da América Central os quais contenham as zonas
industriais assim como também os questionários.
f) O tempo de duração para poder desenvolver o objetivo é de 45 minutos,
tempo o qual não é o suficiente para a sua execução, levando em
consideração que se está planificando por objetivo.
g) Se faz referência a revisão/apresentação de tarefas, porém, na carta não
aparece esta atividade.
h) Não aparece refletido a maneira de que como vão ser trabalhados os eixos
transversais, mais sim, aparece quais são os que vão ser trabalhados.
i) A carta não tem bem definida a avaliação do processo.
j) Não tem alusão a produção/utilização de textos por parte dos/as alunos/as.
Considerando de que as Ciências Sociais são um âmbito geral e que não se
trata de uma disciplina homogênea, assim como também que não existe uma
metodologia específica em conjunto, é necessário, por tanto re-estabelecer a
abordagem da disciplina desde um enfoque pedagógico e também didático o
qual permita aos aprendizes compreender a realidade social desde uma
perspectiva crítica. Isto levaria a trabalhar a disciplina retomando os
fundamentos não somente epistemológicos mais sim, psicopedagógicos, os
quais iriam permitir ao docente ter um suporte teórico fundamentado para o
ensino aprendizagem da disciplina. É crucial que o docente possa se posicionar
desde um enfoque ou perspectiva teórica no processo educativo, o qual
poderia permitir responder à pergunta, porque e para que ensinar Ciências
Sociais, isto vai nos levar por outra parte a uma melhoria na qualidade do
processo. Tendo claro o enfoque também terá clara a metodologia a ser
seguida desde a didática da disciplina.
Outro aspecto importante o qual está relacionado com o anterior é o de
compreender de que os fenômenos culturais, assim também como as relações
dos seres humanos com o seu meio, são relações as quais estão dentro de um
marco tanto em espaço assim como também em tempo, interessa por tanto,
84
não somente de conhecer as coisas, mais sim, as intencionalidades que estas
envolvem, não esquecendo os condicionamentos dos contextos sociais,
econômicos, políticos, culturais, etc., nos quais se dão os fenômenos. É
necessário trabalhar a disciplina em uma inter-relação geográfica, econômica,
social, política, etc., estabelecida em uma dimensão temporal.
Por outro lado devemos ter bem claro de que um enfoque teórico vai poder
permitir aos aprendizes compreender de uma forma melhor a realidade local,
nacional e também global, além de desenvolver as capacidades críticas. Temos
aqui uma outra razão pela qual se torna indispensável trabalhar a disciplina
considerando as variáveis espaço e também tempo.
3.8 No desenvolvimento dos conteúdos curriculares de Estudos
Sociais existe uma confrontação entre os conhecimentos
cotidianos e os conhecimentos científicos?
A importância da confrontação dos conhecimentos tanto cotidianos assim
como também científicos é considerada de vital importância para a Pedagogia
do Texto, devendo ser este um processo no qual o mesmo aprendiz possa
realizar a confrontação, possibilitando desta maneira que possa se apropriar
de novos conhecimentos. Quando na escola são trabalhados os conhecimentos
científicos, estes se dão construidos, sem mostrar nenhum tipo de
vinculação com a realidade cotidiana, se limitando somente a uma tal
assimilação dos mesmos, trabalhar os conceitos é de muita importância na
escola, porém, o anterior exige um processo de ensino-aprendizagem o qual
vai possibilitar a passagem do cotidiano para o científico onde o aprendiz para
poder se apropriar de novos conhecimentos deverá confrontar o cotidiano com
o científico. Para poder responder à questão estabelecida vamos ter que
recorrer à informação recolhida nas observações de classe, nos cadernos
dos/as aprendizas, a planificação didática, ao roteiro de classes do professor
assim também com as entrevistas com os aprendizes.
85
Antes de poder falar da confrontação dos conhecimentos é necessário se
introduzir aos conteúdos curriculares, se bem é necessário esclarecer de que o
professor para poder desenvolver a sua classe trabalha com sub-objetivos, a
razão vai ser explicada mais adiante. Embora, para efeitos da investigação se
faz referência a conteúdos. Algumas das perguntas as quais surgem podem
ser as seguintes: De que maneira o professor seleciona os conteúdos a serem
desenvolvidos?, De que forma ele planifica as suas classes?, Quais são os
conteúdos os quais têm que ensinar-aprender em Ciências Sociais?
Uma das dificuldades as quais enfrenta o professor ao momento de planificar é
a de selecionar os conteúdos, isto é devido de que a sua planificação e
também o desenvolvimento da classe está baseado em sub-objetivos, tudo
isto obedece a que os programas de estudos estão desenhados tomando como
base objetivos específicos (ver anexo 7.5) e, se bem o MINED formulou uma
série de domínios curriculares básicos (ver anexo 7.6), estes assim como
também o documento onde estão definidos não são conhecidos pelo professor,
tal como ele o expressou durante a entrevista:
E-¿Usted hace referencia a subobjetivos, no planifica a partir de contenidos?
PD-La verdad es que no, no es fácil hacer una lista de contenidos, lo que se hace es
sacar los subobjetivos, una lista y esos se trabajan en la clase.
E-Conoce Usted el documento de los dominios curriculares básicos? En ese
documento están definidos los contenidos en bloques.
PD-No, no conozco ese documento, sería bueno tenerlo.
17/10/05
O anterior levou a aprofundar sobre os referidos sub-objetivos, que se
partia inicialmente por parte da investigadora, da formulação de conteúdos,
como já foi dito anteriormente. É bem importante esclarecer que para
desenvolver os sub-objetivos o professor coloca temas, isto quer dizer,
aparecem tanto sub-objetivos assim como também temas, se convertindo
86
estes em conteúdos, razão pela qual daqui para frente será feita referência
aos conteúdos.
No momento de revisar a planificação didática se fortalece a informação
anterior e também se encontra em ambas cartas o objetivo correspondente,
porém, em nenhum momento aparece o tema ou mesmo os temas os quais
vão ser trabalhados (ver anexo7.9). Este aparece definido no seu roteiro de
classes (ver anexo 7.10), embora, por exemplo no objetivo 3.6 não aparece o
sub-objetivo nem mesmo o tema, no objetivo 3.1 sim aparece o sub-objetivo
e também o tema a ser desenvolvido, situação a qual torna um tanto confusa
a planificação mesma. Pela sua vez isto pode ser comprovado nos cadernos
dos aprendizes (ver anexo7.11). Por último com relação o que deve ser
ensinado, se bem aparecem conceitos os quais estão relacionados com os
conteúdos, a informão não está localizada em uma sucessão temporal nem
mesmo contextualizada, mais sim, ela está fragmentada.
Um aspecto o qual é importante no desenvolvimento dos conteúdos é partir
dos conhecimentos dos aprendizes. Já foi mencionado que estes não chegam à
sala de aula sem conhecimentos, daqui a razão pela qual o professor deve
partir destes. Será no percurso da classe onde vai se dar este processo de
confrontação, então com relação a estes aspectos se pode dizer o seguinte: no
momento de revisar as observações das classes, cinco em total, se encontra
um processo no qual, se bem o professor é o que faz as perguntas aos
aprendizes sobre o conteúdo a ser desenvolvido, e que também aparece
refletido como sendo um elemento a ser trabalhado nas duas cartas didáticas
como sendo uma atividade, muitas destas perguntas são respondidas por ele
mesmo. Tal como fica evidente nos seguintes exemplos os quais tèm sido
tomados das observações das classes:
P: El término socio-económico es un término compuesto que enfoca cómo la
sociedad se integra con lo económico. Para que haya industria tiene que haber
economía mediante el trabajo. (mientras explica solicita a los/as alumnos/as que
87
no tomen apuntes, por que “va a explicar”.
P: ¿Qué es industria? (solicita la participación de los/as alumnos/as).
A1: como fábrica de hierro
P: La industria hace referencia a fábricas en nuestro país y su ubicación en
departamentos y municipios, así por ejemplo:
Fábrica de cemento, Metapán, Santa Ana
Cultivo de caña de azúcar, San Miguel
Presa hidroeléctrica/energía, Chalatenango
(Este período es expositivo).
P: Hay una relación entre ríos y energía, departamentos e industrias. Hay países
que han ayudado ante la emergencia (originada por el huracán Stan). Por ejemplo
Japón, con su industrialización ayuda a lo socioeconómico. Con estas ayudas se
practican valores como la solidaridad y la cooperación.
(Se observa que los/as alumnos/as no toman apuntes y que no se estimula la
participación del alumnado. El profesor es quien explica).
P: Luego, desde la Segunda Guerra Mundial (1939-1945), algunos países quedan
pobres. Con las guerras los países quedan en calamidad. Los países que entraron
en la guerra fueron Alemania, Rusia, Inglaterra y Estados Unidos y debido a la
escasez de productos manufacturados en estas regiones, la guerra empobreció a
estos países.
P: ¿Alguna pregunta? (Al no haber preguntas continúa con la clase).
P: Veamos ahora el término Comercio. ¿Qué entienden por comercio?.
A2: importancia del dinero.
P: Es compra-venta de productos. Por ejemplo, El Salvador no produce carros y
compra a otro país, eso es importación, pero produce café y lo vende, eso es
exportación.
P: ¿El proceso de industrialización, a qué se refiere?.
P: Al desarrollo de la industria. (El mismo responde a su pregunta anterior)
P: Bueno, esto ha sido una introducción al tema, ahora van a tomar apuntes.
Tema: La Industrialización. (Lo anota en la pizarra)
(Dicta lo siguiente):
P: Concepto de industrialización: desarrollo de la industria. Aplicación de
procedimientos industriales a una actividad: industrialización de la pesca,
agricultura, ganadería, etc.
P: De qué manera hay industrialización en la pesca?
88
A3: A través de productos enlatados.
P: La industrialización es en la década de los años ’50.
12/10/2005
Se establece el siguiente diálogo:
P: En relación a materia prima ¿Qué entiende por materia prima?
A 1: se refiere al maíz.
P: ¿Se puede procesar el maíz?
A1, A2: Si, se saca harina para hacer tortillas, pan.
P: La panadería es industria pequeña. El maíz es materia prima.
P: Es fundamental tener capital? Se necesita energía?
Varios alumnos/as: Sí
P: La maquinaria tiene que ver?
Alumnos/as: sí
P: Sin energía eléctrica no estaríamos desarrollados, pero ¿Qué falta todavía?.
Estamos en un proceso de industrialización.
P: ¿Por qué se va tanta gente para Estados Unidos?. Hay mano de obra calificada
pero no hay espacio para ocuparla. Qué es mano de obra calificada?. En una
fábrica, ¿Quién controla la producción? Qué profesión?
17/10/2005
Nas cartas didáticas aparece que se faram as seguintes atividades de
desenvolvimento pelo professor como do aprendiz.
ACTIVIDADES DE DESARROLLO DEL MAESTRO:
Presentación del objetivo operacional, explicación del mismo y a la vez un sondeo
con el alumno, “constructivismo”. Presentación de mapa de El Salvador y Centro
América de zonas industriales, al final resumen.
ACTIVIDADES DE DESARROLLO DEL ALUMNO:
Atención a la explicación del Profesor, participación de acuerdo a sus pre-saberes y
anotación del respectivo resumen.
(Objetivo 3.6)
89
ACTIVIDADES DE DESARROLLO DEL MAESTRO:
Presentación del contenido, preguntas de sondeo (conocimientos previos del
alumno), explicación y resumen.
ACTIVIDADES DE DESARROLLO DEL ALUMNO:
Anotación del tema correspondiente, participación en la clase de acuerdo a sus
conocimientos, atención a la explicación y anotación del resumen.
(Objetivo 3.7)
De acordo com os exemplos antes apresentados, se bem tem a intenção de
partir dos pré-saberes do aluno, este consiste em retomar os aspectos do dia
anterior e não como uma introdução ao desenvolvimento do conteúdo. As
perguntas que o professor faz e que são respondidas pelos aprendizes, muitas
vezes, senão a maioria são idéias que eles mesmos expressam, às quais o
professor não nenhuma explicação, é uma seqüência tanto de perguntas
assim como também de respostas. Aqui podemos dizer que não existe uma
confrontação de conhecimentos por parte dos aprendizes, que é o mesmo
professor quem realiza a passagem do cotidiano para poder chegar ao
científico, porém, não se trata que sejam levados em consideração os
conhecimentos, mais sim, como já tem o seu roteiro de classe então segue o
que tem escrito sem afirmar ou mesmo infirmar o que respondem os alunos. A
situação antes descrita pode ser confirmada na hora de revisar tanto os
cadernos dos aprendizes assim como também o roteiro de classe do professor,
ambos documentos refletem a mesma informação, o que indica de que o
aprendiz em lugar de confrontar os conhecimentos se limita a tomar nota das
classes as quais são ditadas pelo mesmo professor.
Nas entrevistas, os aprendizes confirmaram o anterior, já que perante a
pergunta, Quando começa a classe o professor faz perguntas sobre o tema o
qual vai ser estudado?, as respostas dos alunos foram as seguintes:
90
AJ: Sí, el Profesor nos pregunta sobre lo que hemos visto.
BF: Sí, porque repasa temas pasados para saber si hemos aprendido. También
pone ejemplos y si lo que decimos está correcto lo dice.
CH:El profesor hace preguntas y hay que responder las preguntas sobre el tema.
DT:Si, pregunta y si no entendimos vuelve a explicar.
EW:Si, escribe el objetivo y pregunta sobre el tema, nos dice que si quedó claro y
si no vuelve a explicar.
Da mesma forma que com a entrevista a qual foi realizada com o docente,
este respondeu o seguinte:
E
-Cuando Usted comienza la clase hace preguntas a los aprendices sobre el
contenido que va a desarrollar?
PD-Por lo general se comienza preguntando sobre lo que vio el día anterior y se
hacen preguntas relacionadas al tema, a los alumnos les gusta participar y eso está
bueno.
Isto nos indica que ao inicio da classe o professor retoma a informação do dia
anterior, por exemplo se o tema o qual foi desenvolvido não ficou o
suficientemente claro ele o retoma e novamente dá uma explicação.
Com relação à confrontação de conhecimentos cotidianos e também de
conhecimentos científicos, podemos dizer o seguinte: se bem o professor faz
perguntas sobre o tema o qual vai ser desenvolvido, estas estão vinculadas
com aquilo o qual já foi estudado no dia anterior e mesmo que na carta
aparece “A apresentação do objetivo operacional, explicação do mesmo e ao
mesmo tempo fazer uma sondagem com o aluno” eA apresentação do
conteúdo, perguntas de sondagem (os conhecimentos prévios do aluno)”,
realmente na prática isto não se faz, embora, no desenvolvimento da classe o
professor faz perguntas as quais são relacionadas com o tema, como já foi
visto nos exemplos anteriores. Da mesma maneira também se poderia dizer
de que a informação a qual é proporcionada pelos aprendizes, pela forma na
91
qual eles respondem e a pergunta do professor, está mais orientada a
conhecer as idéias que sobre o tema tem, porém, em nenhum momento se
uma confrontação, este último porque se considera que deveria ser o aprendiz
quem possa confrontar os seus conhecimentos, sendo o professor quem
realiza o processo de dar informação. A confrontação implica de que os
mesmos aprendizes se perguntam, que dêem opiniões, porém, eles/as
mesmos/as através da leitura de textos possam realizar o processo. Este
último vai permitir uma apropriação de conhecimentos que eles mesmos
fazem o processo, assim como também uma autonomia no ensino-
aprendizagem da disciplina.
Desde o enfoque da Pedagogia do Texto é considerado de muita importância e
de fato se trata de um princípio a confrontação de conhecimentos assim como
também a apropriação conceitual dos conhecimentos, isto vai permitir aos
aprendizes poder confirmar ou mesmo de infirmar os conhecimentos, trabalhar
os conceitos, torná-los autônomos no processo. Será através dos textos tanto
orais como também escritos, de que o aprendiz vai realizar o processo, porém,
também vai permitir ao professor de poder conhecer o avanço que o aprendiz
tem na apropriação de conhecimentos.
3.9 Existe produção/utilização de textos escritos/orais no processo
de ensino-aprendizagem de Estudos Sociais?
Para o enfoque da Pedagogia do Texto a produção de textos orais como
também escritos, constitui a possibilidade de poder compreender melhor ao
mundo, de infirmar ou mesmo de confirmar os conhecimentos, de ordenar os
conhecimentos, entre outras coisas, daí a importância de conhecer se mesmo
na prática pedagógica existe produção/utilização de textos orais e também
escritos no processo de ensino-aprendizagem da disciplina. Para poder
responder a questão vamos proceder a revisar a informação a qual foi
proporcionada pelos cadernos dos aprendizes, pela carta didática e também
pelo roteiro do professor.
92
De acordo com o material o qual foi revisado nos cadernos dos aprendizes, os
textos que os aprendizes têm “anotados” são os que o professor dita tomando
como base o seu caderno ou mesmo o seu roteiro de classes. Os cincos
cadernos mostram a mesma coisa assim como também a mesma seqüência: o
objetivo a ser trabalhado e o desenvolvimento do conteúdo, como exemplo do
anterior são mostradas as seguintes reproduções dos cadernos dos aprendizes
e também o roteiro do professor.
O roteiro de classes do professor não reflete no seu desenvolvimento aquilo
que o objetivo pretende, assim como por exemplo, no objetivo 3.6 se lê: O
de analisar o desenvolvimento sócio-econômico e assim como também os
fatores os quais favorecem ao processo de industrialização e também de
integração de El Salvador e os demais paises da América Central”, porém, nas
suas anotações o que aparece é um resumo o qual retoma algumas idéias
sobre a industrialização, sobre as indústrias no país, um contexto sobre a
Segunda Guerra Mundial e também a necessidade dos paises da América
Central de formar um Mercado Comum Centroamericano (ver anexo 7.10).
Com tudo aquilo o qual pudemos observar nas salas de aulas nos foi possível
constatar que em uma ocasião utilizou um texto, porém, como sendo um
recurso didático, tendo solicitado o professor que deveria se trabalhar na
atividade a qual foi estabelecida, o referido texto faz parte de uma coleção que
o Ministério da Educação editou como um apoio e que faz parte de uma
coleção a qual foi denominada de “Colección Cipotes”. Vale a pena mencionar
de que este recurso é muito utilizado nas aulas. A continuação é apresentada
a referida observação:
PD: Hoy se trabajará con el libro de Estudios Sociales.
PD: La indicación es la siguiente: Van a trabajar con la página 219, tienen que
hacer el mapa en el cuaderno y anotar la producción de cada país. (La consigna
no está muy clara).
PD: primero hacen el mapa.
PD: El tema es el siguiente: “Principales Industrias de Centro América”. (anota en
93
la pizarra el tema del día, se auxilia del libro)
(El profesor utiliza la pizarra para “bosquejar” un mapa de Centro América con
sus respectivos países y anota qué producción es característica de cada país).
PD: Revisen la página 219, allí hay unas actividades, ustedes van a desarrollar
las actividades que están sugeridas.
PD: Como no hay suficientes libros van a trabajar en parejas.
(En este momento los/as alumnos/as se reúnen de dos en dos para trabajar las
actividades).
(Mientras los/as alumnos/as trabajan, el profesor se desplaza por el aula,
observando el trabajo que realizan los/as alumnos/as.)
No se promueve la participación, sin embargo, los/as alumnos/as trabajan.
La clase termina y no todos han terminado el trabajo del día. El período de clase
fue para varios alumnos/as “dibujar” el mapa.
13/10/05
Por outro lado a carta didática não faz menção ao uso de textos (ver Anexo
7.9).
Da produção/utilização de textos orais/escritos para o ensino-aprendizagem de
Estudos Sociais podemos dizer o seguinte: não existe nenhuma produção de
textos escritos por parte dos aprendizes, os seus textos são apenas uma
transcrição do que o professor dita baseando-se no seu roteiro de classes;
com relação à utilização de textos escritos por parte dos aprendizes, este se
trata de um recurso limitado e também o qual é pouco usado, com excepção
de uma ocasião onde foi feito o uso dele como sendo um recurso didático; os
textos orais os quais foram produzidos pelos/as aprendizas nas classes são
limitados e também muito poucos: palavras ou frases curtas e como respostas
às perguntas do professor. Estas avaliações nos faz reflexionar com relação à
apropriação e também a confrontação de conhecimentos por parte dos
aprendizes, isto porque se pretende “de que os aprendizes tenham novos
conhecimentos”, o processo mesmo não está conseguindo esse resultado, daí
a necessidade de poder trabalhar nos processos de qualidade os quais possam
garantir a apropriação de conhecimentos.
94
Trabalhar com textos permitiria aos aprendizes um processo de ensino-
aprendizagem eficaz o qual possa possibilitar apropriar-se qualitativamente de
novos conhecimentos para poder compreender melñhor a realidade, isto quer
dizer, de poder trabalhar o conteúdo das disciplinas, porém, também de poder
trabalhar nas formas lingüísticas, nas estruturas dos diversos gêneros de
textos e assim como também nos textos privilegiados pelas diferentes
disciplinas, no caso de Ciências Sociais estaria trabalhando no texto
argumentativo o que não descarta outros tipos de gêneros, que o ser
humano precisa de dominar um grande número de gêneros de textos os quais
poderiam ser utilizados nas diferentes situações da sua vida, situações as
quais lhes permitiriam de poder se comunicar tanto no escrito assim como
também no oral. Estas são as razões pelas quais o processo educativo e não
somente do ensino-aprendizagem de Estudos Sociais deveriam de privilegiar a
produção assim como também a compreensão dos textos.
3.5 Quais são as estratégias metodológicas as quais são utilizadas
pelo professor para poder desenvolver os conteúdos curriculares
de Estudos Sociais?
As estratégias metodológicas nos direccion para como, e isto implica uma
série de variáveis como é o método, a planificação, o uso de recursos e
também a disponibilidades dos mesmos, do número de aprendizes na sala de
aula, dos seus interesses e também das suas capacidades, porém, também
pelo uso de técnicas, pelo estilo de ensino e outros aspectos os quais
permitiriam poder desta forma garantir o processo de ensino-aprendizagem,
por causa destas razões é importante de conhecer a metodologia a qual é
usada pelo professor assim como também as estratégias que ele põe em
prática e para responder à última questão estabelecida se procederá com a
revisão da planificação ou da carta didática, das observações da classe, das
entrevistas as quais foram realizadas tanto ao professor assim como também
aos aprendizes.
95
A partir das revisões as quais foram realizadas às observações das classes (5
em total) se pode elaborar uma seqüência de tarefas/atividades que foram
desenvolvidas pelo professor no processo de ensino-aprendizagem, a qual vai
facilitar a análise e também a discussão da metodologia. Os resultados os
quais foram obtidos são apresentados na seguinte tabela:
Tabela 1. As seqüências das tarefas/atividades as quais foram desenvolvidas
pelo professor cada dia.
DIA 1
12/10/2005
DIA 2
13/10/05
DIA 3
17/10/05
DIA 4
18/10/05
DIA 5
26/10/05
-É feita a
introdução ao
tema.
-Explicar sobre
o tema
-Solicita aos
aprendizes
que não façam
anotações.
-Faz perguntas
aos
aprendizes.
-Exposição do
tema
-Ditado
-Trabalho no
livro de texto
de Estudos
Sociais.
-Dá indicações
para a
atividade a ser
trabalhada
-Solicita que
desenhem um
mapa.
-Os aprendizes
realizam a
atividade.
-Anotação no
quadro-negro
do tema do
dia.
-Uso do
quadro-negro.
-Deslocamento
pela sala de
aula para
poder
observar o
trabalho que
realizam os
aprendizes.
-Explica sobre
o tema
-Solicita aos
aprendizes
que terminem
a atividade do
dia anterior.
-A utilização
do quadro-
negro.
-A explicação
sobre o tema.
-A interação
professor-
aprendiz
através de
perguntas.
-Ditado
-Revisa se os
aprendizes
têm feito as
anotações.
-Dá as
indicações
sobre a
atividade do
dia.
-O uso do
quadro-negro.
-Anota o tema
do dia.
-O uso do
quadro-negro.
-A observação
do trabalho
dos alunos.
-A revisão da
atividade.
-O uso do
quadro-negro.
-Ditado
-Recordatório
dos temas
antes
estudados.
-Solicita a
participação
dos
aprendizes.
-O uso do
quadro-negro.
-Solicitar aos
aprendizes
que elaborem
o esquema
-A explicação
do tema.
A partir da tabela anterior podemos chegar as seguintes conclusões, as quais
são as seguintes:
96
1. O ditado é uma das atividades as quais o professor mais utiliza no
desenvolvimento da classe, para o qual se auxilia do seu roteiro de classes,
a tarefa dos aprendizes neste caso é somente o de copiar/transcrever de
uma forma textual o que o professor dita. Esta prática é bem comum e é
uma forma de poder manter assim a “disciplina” no grupo de classe.
2. Uma outra atividade a qual é relevante se trata da explicação do tema. Em
três das observações foi explicado o tema, enquanto o professor explica ele
pede aos aprendizes que fiquem em silêncio e que também ponham muita
atenção, o qual se torna em uma outra atividade para poder manter desta
forma a disciplina.
3. Fazer perguntas aos aprendizes é uma outra atividade a qual é muito
praticada, embora esta é para somente conhecer as idéias que eles têm
com relação ao tema, não aprofundando-se nas respostas deles ou mesmo
delas.
4. O uso do quadro-negro, embora é realizado se limita somente para poder
anotar os esquemas, que logo depois os aprendizes a transcrevem para os
seus cadernos.
5. Somente em duas ocasiões os aprendizes desenvolveram as suas
atividades tendo como apoio um livro de textos, recurso este o qual é bem
limitado, que não conta com a quantidade suficiente para cada um/a,
deste modo o uso de fotocópias para uma outra atividade foi também
limitada, não contando para isto com a quantidade adequada. As
dificuldades em ambos processos foram na primeira, que não todos podiam
realizar a atividade ao mesmo ritmo e na segunda, enquanto uns
“decalcavam” o mapa o outro tinha que esperar.
6. Uma outra atividade do professor é o de deslocar-se pela sala de aula,
enquanto os aprendizes realizavam as suas atividades, controlando desta
forma que todos/as estivessem trabalhando.
Levando em consideração as valorizações anteriores, podemos dizer de que o
professor realiza uma prática pedagógica a qual é “tradicional”, a sua ação na
sala de aula consiste em ensinar/transmitir o seu conhecimento e isto o faz
através do ditado ou mesmo expondo de uma forma oral o seu conhecimento
aos aprendizes, onde estes últimos escutam as devidas explicações assumindo
97
uma posiçao de escutar e se bem, faz também perguntas como foi
mencionado anteriormente, em geral a comunicação é unidirecional entre
tanto o que está ensinando assim como também ao que está aprendendo,
tendo observado bem pouca interação de uma forma aberta como também
flexível, e por outra parte, os conhecimentos são adquiridos através da
assistência à classe e como também das atividades as quais foram propostas
pelo professor.
Enquanto à utilização do tempo, a classe tem uma duração de
aproximadamente 35 minutos (o MINED propõe de 45 minutos), um tempo o
qual é relativamente muito curto para poder trabalhar na sala de aula no
desenvolvimento de um determinado conteúdo. Com relação ao tempo, é bem
importante mencionar que de acordo com a carta didática o objetivo se
desenvolve em 45 minutos (ver anexo 7.9), quando realmente na prática
desenvolver um objetivo, como por exemplo podemos mencionar o 3.6 o qual
levou 4 períodos de classe (e não se observou o desenvolvimento de todo o
objetivo por parte da investigadora). Ao mesmo tempo, o manejo do tempo
em um período de classe apresenta dificuldades, o tempo se dissolve e não
existe um controle do mesmo, embora, é necessário mencionar que vários
fatores influem tais como podemos mencionar os seguintes: poucos recursos
didáticos os quais são utilizados pelos aprendizes, levando em consideração
que nem todos tem um mesmo rítimo de trabalho, existe uma desigualdade
entre os mesmos.
Com relação ao uso dos recursos didáticos já mencionamos que estes são bem
limitados, assim como por exemplo podemos mecionar que o único recurso de
apoio o qual tem o professor para poder trabalhar com os aprendizes se trata
do livro de Estudos Sociais 5 da Colección Cipotes, o qual é proporcionado pelo
MINED e não existe suficientes exemplares para todos/as, além de uma
versão do ano de 1999, o que nos indica que não está atualizada, Outros dos
recursos são as fotocópias, porém, em pouca quantidade e o uso do quadro-
negro foi utilizado em poucas ocasiões. Uma dificuldade as quais têm os
aprendizes e de uma forma geral toda a população do Centro Escolar, é que
98
este se encontra localizado na zona rural e a maioria deles são de escassos
recursos econômicos, o qual dificulta ainda mais a obtenção dos recursos
básicos.
A planificação ou a carta didática mais que para as finalidades pedagógicas
tem um carácter administrativo, já que para o desenvolvimento da classe este
não é utilizado, mais sim, é o roteiro de classe o qual serve de base, tal como
expressou o professor na entrevista:
B) EN RELACIÓN A LA PLANIFICACIÓN DIDÁCTICA.
E-¿Cuánto tiempo le lleva planificar una unidad? Hay dificultades?
PD-Aproximadamente 25 minutos, dado el formato del centro escolar. (Debido a
que él llegó en junio, no hay planificaciones anteriores). A veces cuesta establecer
la actividad del docente. Es necesario revisar los pros y contras de la planificación.
E-El formato, es adecuado?
PD-No es operativo, la carta no refleja la información necesaria. Muchas veces no
corresponde la carta en relación al guión desarrollado.
E-¿Cuándo planifica la unidad, Cuál es el proceso que sigue? Podría describirlo?
PD-Primero hay que ubicarse en el programa, hay que revisar las sugerencias, la
metodología, las pautas de evaluación. Luego revisar el formato de planificación,
llenar las generalidades: Nombre de la unidad, asignatura, grado, objetivo general,
eje transversal.
Para el desarrollo se revisa el objetivo, sub-objetivo, actividad del docente,
actividad del alumno, recursos, tiempo y producto esperado.
E-¿Usted hace referencia a subobjetivos, no planifica a partir de contenidos?
PD-La verdad es que no, no es fácil hacer una lista de contenidos, lo que se hace
es sacar los subobjetivos, una lista y esos se trabajan en la clase.
E-Conoce Usted el documento de los dominios curriculares básicos? En ese
documento están definidos los contenidos en bloques.
PD-No, no conozco ese documento, sería bueno tenerlo.
99
E-¿Cuándo elabora el guión de clase, cuál es el proceso que sigue? Podría
describirlo.
PD-Por guión de clase se entiende el resumen que se prepara para dar la clase.
Para esto se hace uso de bibliografía, por ejemplo, libros de texto de Estudios
Sociales de Colección Zelaya, Lara Velásquez, (que está apegado al programa)
Colección Cipotes
E-¿Retoma en la planificación/desarrollo de los contenidos aspectos del entorno?
PD-Cuando el objetivo se presta sí, se procura hacer una conexión con la realidad.
E-Encuentra dificultad al planificar la unidad/elaborar el guión? Si, No, ¿Por Qué?.
Si tiene dificultades, podría mencionarlas?
PD-Al principio se tenía dificultad en la planificación, primero estaban los objetivos,
luego los contenidos, pero ahora hay sub-objetivos.
No hay dificultad para planificar, uno se acostumbra al sistema.
E-Sigue en el desarrollo de la clase, la planificación y el guión que ha preparado o
en algunos momentos improvisa. Si improvisa, ¿En qué casos lo hace?
PD-Para dar la clase no se revisa la carta, uno se guía más por el guión de clase y
en algunos momentos ha habido improvisación, por ejemplo, hacer esquemas que
salen en el momento según la necesidad de los/as alumnos/as.
E-Retoma elementos del entorno socio-cultural de los/as aprendices?
PD-Cuando se puede se hace el intento.
17/10/85
Um outro aspecto a ser considerado e que foi mencionado pelo professor é o
uso de textos para poder planificar as classes, fazendo uso do texto Coleção
Lara Velásquez, o qual se trata de um texto e que já traz definido o objetivo, o
seu desenvolvimento assim como também as propostas, o qual é muito
utilizado em nosso país não somente por professores, mais sim, também é
utilizado pelos aprendizes.
Por outra parte, chama a atenção as valorizações as quais fazem os alunos
com relação ao ditado, com as explicações assim como também pelo uso de
questionários, sendo estas as seguintes:
100
E
:Qué actividades/ejercicios hace el profesor en el aula para enseñar en la clase
de Estudios Sociales?
AJ:Hace mapas, nos pone cuestionarios, deja deberes.
BF:Cuestionarios, deja deberes/tareas y dibuja mapas y si uno no termina en la
clase se continua en la otra clase.
CH:Dicta, explica y pregunta sobre los temas.
DT:Las explicaciones que da.
EW:Las explicaciones que da y que dicta
O anterior é confirmado com uma outra pergunta a qual foi feita e que é a
seguinte. Você gosta da classe com o Professor? Sim, Não, Por quê? As quais
responderam o seguinte:
AJ:Si me gusta porque es muy moderno. Explica con buen modo y es muy
comprensivo cuando dicta y explica. Me gusta como se porta con nosotros.
BF:Si porque da cuestionarios y salimos bien en los exámenes, pero hay quienes
no les interesa estudiar. Es amable, amistoso.
CH:Si porque no se enoja con el alumno. Si no se entiende vuelve a explicar. No
castiga. Hace preguntas. El comprende cuando nos duele las manos porque nos ha
dictado.
DT:Si porque se da a entender.
EW:Si porque explica mucho
Com relação a abordagem metodológica podemos concluir o seguinte: se bem
existe uma série tanto de recursos assim como também de técnicas estas são
repetitivas. O importante é como foi falado antes de não esquecer o contexto
de onde está localizado o Centro Escolar, se bem é uma das limitantes, isto
não quer dizer que não se podem fazer uso de outros recursos e/ou técnicas
desde a própria comunidade ou mesmo por parte do professor ou também dos
aprendizes. Temos que realmente reconhecer que ainda com todas estas
limitações o professor utiliza de tudo o que ele dispõem tal como é o ditado,
os livros de textos, o uso do quadro-negro, etc. Entretanto, a apropriação de
101
conhecimentos por parte dos aprendizes requer de outras estratégias à parte
das ações as quais podem ser desenvolvidas pelo professor, não se descarta
algumas das ações as quais são realizadas pelo professor, mais sim, de que se
trata de poder estabelecer outros tipos de estratégias, as quais podem ser
propostas desde a Pedagogia do Texto e de uma forma específica desde a
didática da disciplina mesma, neste caso o de Ciências Sociais. É bem
importante por tanto, poder responder a como poder ensinar desde outras
alternativas assim como também de práticas, para poder evitar o tradicional, o
qual vai permitir desta forma de que os aprendizes possam ter um processo
de ensino-aprendizagem a qual realmente seja de qualidade. Vão ser estes
como também de outros aspectos os que serão retomados no último capítulo,
os quais são as considerações finais.
102
CAPÍTULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi dito na introdução ao capítulo I e de uma forma específica no tema do
curriculum e também da prática pedagógica, que esta ocupa a maior parte da
função de um professor e que este a descreve através dos seus atos dentro do
campo de ação. E é assim como neste capítulo serão realizadas algumas
reflexões sobre a prática pedagógica a qual foi observada e serão propostas
algumas idéias no intuito de poder contribuir a um processo realmente de
qualidade com relação ao ensino-aprendizagem da disciplina.
Tanto no processo assim como também na prática pedagógica a qual foi
desenvolvida pelo professor da quinta série no ensino-aprendizagem da
disciplina de Estudos Sociais, responde a uma prática do tipo tradicional onde
e também de acordo com Tanner e Tanner, o qual foi mencionado por GIMENO
SACRISTÁN (2001) esta considerando o papel do professor, se situa no nível
de imitação-manutenção, isto porque através da investigação foi constatada
que não existe muita independência profissional com relação ao seu papel
como docente, que o seu papel é somente o de seguir um livro de texto,
desenvolver um programa e manter uma prática “desde acima”, em lugar de
se situar em um nível o qual seja criativo-gerador onde poderia ser situado
como inovador, o qual interpreta, que procura outros caminhos, etc., evitando
desta forma cair em uma prática tradicional. Isto implicaria uma prática a qual
não esteja somente centralizada no ensino, mais sim, em um processo de
ensino-aprendizagem, porém, além disso que esteja relacionado tanto com a
teoria assim como também com a prática, confrontando os conhecimentos,
possibilitando desta forma a produção de textos, desenvolvendo as
capacidades superiores nos aprendizes e também nas novas atitudes as quais
vão gerar um processo que seja realmente de qualidade.
A partir do anterior é necessário por tanto, mudar a prática pedagógica e de
ser novamente desenhada a prática, é tornar a pensar na tarefa do professor
103
e é desde a Pedagogia do Texto e também das idéias de Vigotsky que se pode
projetar uma nova prática pedagógica, a qual teria como premissa o carácter
diretor da educação na sua relação com o desenvolvimento, assumindo o
professor um compromisso com a educação dos aprendizes, onde a sua
prática deve levar em consideração os diversos contextos os quais
desenvolvem a vida do aprendiz, uma realidade cotidiana, a qual se
caracteriza por ser cambiante, porém, que além disso está afetada por outros
contextos e também entornos mais grandes.
Redesenhar a prática é pôr ênfase no processo como ensino-aprendizagem,
como sendo um processo ativo onde os aprendizes não estão passivos, à
espera de que o conhecimento lhes seja dado, mais sim, que é necessário
desenvolver as capacidades de procura, de análises, de síntase e outras e que
seja autônomo. Além disso, deverá assumir uma atitude a qual seja crítica
com relação aos conhecimentos a serem ensinados-aprendidos, aos supostos,
as concepções e assim como também aos critérios os quais têm manejado
para poder selecionar e também organizar o conteúdo curricular.
Confrontando ele mesmo a sua formação como docente e os conhecimentos os
quais geram durante a mesma e por outra parte que conhecimentos podem
surgir das necessidades e também dos interesses dos aprendizes e do
contexto sócio-cultural no qual estão imersos e como estão vinculados estes
com a vida e com os significados pessoais dos aprendizes. Vai ser necessário,
por tanto de que o docente “faça uma avaliação da sua prática pedagógica”
Sendo a prática um processo social complexo com múltiplas expressões, se
torna necessário que quando seja desenhada a ação na sala de aula, devem
ser levados em conta os seguintes aspectos, os quais são: Quais são os
recursos os quais dispõem? , Que aspectos do currículum desejam cobrir?,
Quais são os intercâmbios pessoais que serão realizados?, Como será
organizada a classe?, isto quer dizer, que deve de perguntar, para quê e por
quê ensinar, o que ensinar e também como ensinar em Ciências Sociais,
perguntas as quais podemos responder desde a Pedagogia do Texto. Desta
maneira para que ensinar e por que ensinar Ciências Sociais, poderiamos
104
responder que é para formar cidadões os quais sejam críticos, para poder
compreender a realidade, a sua realidade como também a outras realidades,
para que através dos conhecimentos ensinados/aprendidos possam questionar
essa realidade e se é possível poder transformá-la. O que ensinar em Ciências
Sociais? Tendo em conta de que as relações dos seres humanos não se dão
em uma forma isoladas de outros seres humanos e assim como também de
um meio ambiente e que estas se dão tanto no tempo como também no
espaço, e é necessário poder selecionar e também poder organizar os
conteúdos que deve ser levado em conta o contexto, assim como os interesses
e as necessidades dos aprendizes. Como ensinar Ciências Sociais? Através
dos textos, os quais vão possibilitar a apropriação de conhecimentos e
também do domínio de diferentes gêneros de textos os quais vão oferecer
uma possibilidade de poder organizar o conhecimento.
O anterior implicaria ao mesmo tempo na formação docente, sendo esta uma
limitante a qual têm os professores, limitação a qual se deve a sua mesma
formação inicial, porém, esta não é a única limitante, existe outras como por
exemplo podemos mencionar, que uma grande maioria de professores os
quais dão classes em uma disciplina diferente à que se formaram ou que uma
grande maioria trabalha em duplo turno para poder sair adiante com a
satisfação das suas necessidades ou mesmo pela realidade dos Centros
escolares, onde não existem suficientes aulas e também de suficientes
professores e perante a demanda estudantil trabalham em duplo turno. Vai ser
necessário por tanto, uma formação a qual seja permanente, contínua que lhe
brinde as capacidades, as estratégias, os conhecimentos, os enfoques tanto
teóricos assim como também o domínio de didáticas as quais sejam
específicas.
Não é uma tarefa fácil a de redesenhar a prática pedagógica, de assumir uma
atitude a qual seja crítica perante o que se tem vindo desenvolvendo por anos
nas salas de aulas, porém, tampouco podemos negar aos nossos meninos
como também as nossas meninas uma nova oportunidade de ensinar/aprender
os conhecimentos, uma educação a qual seja realmente de qualidade, onde a
105
apropriação como também a confrontação de conhecimentos através dos
textos, lhes permitiria como participantes do processo educativo poder
desenvolver as capacidades psicológicas superiores, de poder compreender a
sua realidade, de poder praticar tanto os valores assim como também os
princípios, os quais vão permitir atuar de uma maneira autônoma, responsável
e também com uma consciência crítica. E é aqui que a Pedagogia do Texto
estaria contribuindo com uma educação de qualidade.
106
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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____________ (1931) Obras Escogidas III Madrid: Visor Distribuciones,
S.A. 2000
109
6. APÊNDICES
APÊNDICES 6.1
AS OBSERVAÇÕES DAS CLASSES
OBSERVACIÓN 1
Total de alumnos/as presentes: Niños: 11 Niñas: 13 Total: 24
Nombre de la Unidad: Unidad 3 “Comprendamos los Cambios Histórico-
Culturales de Centroamérica”
Objetivo 3.6 Analizar el desarrollo socioeconómico y los factores que favorecen
el proceso de industrialización e integración de El Salvador y los demás países
de Centroamérica.
Tema a desarrollar: La Industrialización
Fecha de observación: 0ctubre12 2005 Hora Inicio: 1:55 pm
Finalización: 2:30 pm
ASPECTOS
ENTORNO INTERNO DEL AULA
El aula presenta decoración relacionada a las 4 asignaturas básicas, para lo
cual hay “rincones” por disciplina. También presenta decoración donde están
las normas, horario de aseo, valor del mes. Hay carteles relacionados a
información de tercer ciclo, ya que por la mañana funciona el 5º grado y por
la tarde hay otra sección.
Los pupitres están dispuestos en forma frontal (filas, columnas). El aula
posee dos pizarras: uno acrílica (plumón) y otra de madera (yeso), aunque
ésta no se usa.
Debido a la proximidad y construcción de las aulas, hay interferencia entre
una y otra aula.
Los/as alumnos/as se presentan uniformados. El aula está relativamente
limpia.
Debido a que el aula es un poco oscura es necesario encender lámparas (son
de luz blanca)
PLANIFICACIÓN DIDÁCTICA/GUIÓN DE CLASES.
Aunque el profesor posee una planificación ésta no es usada al momento de
impartir la clase.
Hace uso de un cuaderno donde tiene sus “apuntes de clase”, desarrollando
en forma de resumen el objetivo correspondiente.
RECURSOS/MATERIAL
DIDÁCTICO, ETC
El único recurso que se utiliza es la pizarra y poco.
Los/as alumnos/as escriben en sus cuadernos y el prof. utiliza su cuaderno
de apuntes.
110
PROCESO
El profesor comienza la clase con una introducción a la noción de factor
socioeconómico y hace referencia a industria.
PD: El término socio-económico es un término compuesto que enfoca cómo
la sociedad se integra con lo económico. Para que haya industria tiene que
haber economía mediante el trabajo. (mientras explica solicita a los/as
alumnos/as que no tomen apuntes, por que “va a explicar”.
PD: ¿Qué es industria? (solicita la participación de los/as alumnos/as).
A1: como fábrica de hierro
PD: La industria hace referencia a fábricas en nuestro país y su ubicación en
departamentos y municipios, así por ejemplo:
Fábrica de cemento, Metapán, Santa Ana
Cultivo de caña de azúcar, San Miguel
Presa hidroeléctrica/energía, Chalatenango
(Este período es expositivo).
PD: Hay una relación entre ríos y energía, departamentos e industrias. Hay
países que han ayudado ante la emergencia (originada por el huracán Stan).
Por ejemplo Japón, con su industrialización ayuda a lo socioeconómico. Con
estas ayudas se practican valores como la solidaridad y la cooperación.
(Se observa que los/as alumnos/as no toman apuntes y que no se estimula
la participación del alumnado. El profesor es quien explica).
PD: Luego, desde la Segunda Guerra Mundial (1939-1945), algunos países
quedan pobres. Con las guerras los países quedan en calamidad. Los países
que entraron en la guerra fueron Alemania, Rusia, Inglaterra y Estados
Unidos y debido a la escasez de productos manufacturados en estas
regiones, la guerra empobreció a estos países.
PD: ¿Alguna pregunta? (Al no haber preguntas continúa con la clase).
PD: Veamos ahora el término Comercio. ¿Qué entienden por comercio?.
A2: importancia del dinero.
PD: Es compra-venta de productos. Por ejemplo, El Salvador no produce
carros y compra a otro país, eso es importación, pero produce café y lo
vende, eso es exportación.
PD: ¿El proceso de industrialización, a qué se refiere?.
PD: Al desarrollo de la industria. (El mismo responde a su pregunta anterior)
PD: Bueno, esto ha sido una introducción al tema, ahora van a tomar
apuntes.
Tema: La Industrialización. (Lo anota en la pizarra)
(Dicta lo siguiente):
PD: Concepto de industrialización: desarrollo de la industria. Aplicación de
procedimientos industriales a una actividad: industrialización de la pesca,
agricultura, ganadería, etc.
PD: De qué manera hay industrialización en la pesca?
A3: A través de productos enlatados.
PD: La industrialización es en la década de los años ’50.
(La clase termina)
111
OBSERVACIÓN 2
Total de alumnos/as presentes: Niños: 17 Niñas: 13 Total: 30
Nombre de la Unidad: Unidad 3 “Comprendamos los Cambios Histórico-
Culturales de Centroamérica”
Objetivo 3.6 Analizar el desarrollo socioeconómico y los factores que favorecen
el proceso de industrialización e integración de El Salvador y los demás países
de Centroamérica.
Tema a desarrollar: Principales Industrias de Centro América”
Fecha de observación: 0ctubre13 2005 Hora Inicio: 1:55 pm
Finalización: 2:30 pm
ASPECTOS
ENTORNO INTERNO DEL AULA
La decoración es la misma de días anteriores relacionada a las 4
asignaturas básicas. La disposición de los pupitres no cambia (filas,
columnas).
El aula está relativamente limpia.
PLANIFICACIÓN DIDÁCTICA/GUIÓN DE CLASES.
El profesor no tiene la planificación didáctica disponible.
RECURSOS/MATERIAL
DIDÁCTICO, ETC
Libro Estudios Sociales 5º Grado, Colección Cipotes. Estos libros no son
propiedad de los/as alumnos/as, sino que pertenecen al centro escolar.
Debido a que no hay suficientes libros para todos/as los7as alumnos/as,
algunos/as trabajan en pareja con el mismo libro, es decir, éste se
comparte con otro compañero/a.
PROCESO
PD: Hoy se trabajará con el libro de Estudios Sociales.
PD: La indicación es la siguiente: Van a trabajar con la página 219, tienen
que hacer el mapa en el cuaderno y anotar la producción de cada país. (La
consigna no está muy clara).
PD: primero hacen el mapa.
PD: El tema es el siguiente: “Principales Industrias de Centro América”.
(anota en la pizarra el tema del día, se auxilia del libro)
(El profesor utiliza la pizarra para “bosquejar” un mapa de Centro América
con sus respectivos países y anota qué producción es característica de cada
país).
PD
: Revisen la página 219, allí hay unas actividades, ustedes van a
desarrollar las actividades que están sugeridas.
PD: Como no hay suficientes libros van a trabajar en parejas.
(En este momento los/as alumnos/as se reúnen de dos en dos para
trabajar las actividades).
(Mientras los/as alumnos/as trabajan, el profesor se desplaza por el aula,
112
observando el trabajo que realizan los/as alumnos/as.)
No se promueve la participación, sin embargo, los/as alumnos/as trabajan.
La clase termina y no todos han terminado el trabajo del día. El período de
clase fue para varios alumnos/as “dibujar” el mapa.
113
OBSERVACIÓN 3
Total de alumnos/as presentes: Niños: 14 Niñas: 11 Total: 2
Nombre de la Unidad: Unidad 3 “Comprendamos los Cambios Histórico-
Culturales de Centroamérica”
Objetivo 3.6 Analizar el desarrollo socioeconómico y los factores que favorecen
el proceso de industrialización e integración de El Salvador y los demás países
de Centroamérica.
Tema a desarrollar:
Fecha de observación: 0ctubre 17 2005 Hora Inicio: 1:55 pm
Finalización: 2:30 pm
ASPECTOS
ENTORNO INTERNO DEL AULA
El aula presenta la misma decoración relacionada a las 4 asignaturas
básicas. Se observa que ésta no varía.
Los pupitres conservan la misma disposición: están dispuestos en forma
frontal (filas, columnas).
El aula posee dos pizarras: una acrílica (plumón) y otra de madera (yeso),
aunque ésta no se usa.
Debido a la proximidad y construcción de las aulas, la interferencia entre
una y otra aula, es un factor que siempre está presente.
Los/as alumnos/as se presentan uniformados, algunos/as más
ordenados/as que otros/as.
El aula está relativamente limpia.
PLANIFICACIÓN DIDÁCTICA/GUIÓN DE CLASES.
Se observa que la planificación no es usada al momento de impartir la
clase. El profesor se guía más por el cuaderno donde tiene sus “apuntes de
clase”.
RECURSOS/MATERIAL
DIDÁCTICO, ETC
Hace uso del pizarrón acrílico, para lo cual hace un esquema.
Libro de 5º grado Colección “Cipotes”.
PROCESO
P: Hoy vamos a hablar sobre el proceso de industrialización.
P: Todos terminaron la actividad anterior?
P: Bueno como no todos terminaron el trabajo de la clase del día anterior,
les voy a dar 10 minutos para terminar el trabajo con el libro.
(Terminado el período, anota en la pizarra acrílica la siguiente pregunta):
P: ¿Qué se necesita para realizar cualquier clase de industria?
Da la siguiente explicación recurriendo al siguiente esquema:
114
¿Qué se necesita para
Realizar cualquier clase de
Industria?
Local
Materia prima
mano de obra
capital
calificada
energía
maquinaria
Se establece el siguiente diálogo:
P:: En relación a materia prima ¿Qué entiende por materia prima?
A 1: se refiere al maíz.
P: ¿Se puede procesar el maíz?
A1, A2: Si, se saca harina para hacer tortillas, pan.
P: La panadería es industria pequeña. El maíz es materia prima.
P: Es fundamental tener capital? Se necesita energía?
Varios alumnos/as: Sí
P: La maquinaria tiene que ver?
Alumnos/as: sí
P: Sin energía eléctrica no estaríamos desarrollados, pero ¿Qué falta
todavía?. Estamos en un proceso de industrialización.
P: ¿Por qué se va tanta gente para Estados Unidos?. Hay mano de obra
calificada pero no hay espacio para ocuparla. Qué es mano de obra
calificada?. En una fábrica, ¿Quién controla la producción? Qué profesión?
P: Qué es primero? (Dice esto en relación al esquema que hizo. Ordena los
aspectos)
Capital,
Local,
Maquinaria,
Energía,
Materia prima y
Mano de obra calificada.
P: Éstos son los elementos fundamentales en un proceso de
industrialización.
El profesor da el siguiente ejemplo:
P: La escuela se considera como una pequeña empresa: tenemos local,
dinero, energía, materia prima (alumnos/as), mano de obra calificada
(maestros/as). El alumno se va compenetrando, los conocimientos han ido
115
creciendo y al final, los alumnos son el producto, porque son promovidos
para el 6º grado.
(Hacia las 2:15 pm, la clase termina a las 2:30 pm, el profesor les da
indicaciones a los/as alumnos/as)
P: El esquema se escribirá en el cuaderno al final.
Dicta lo siguiente:
P: A consecuencia de la Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), en Centro
América hubo escasez de productos manufacturados (hecho a mano)
como: ropa, medicinas, alimentos enlatados, etc…
(Debido a que algunos/as alumnos/as “se quedan” en el dictado, repite la
información, lo que genera bullicio, ante esta situación, hace cambios
moviendo a los/as alumnos/as de lugar).
P: (Continua)… pues los países desarrollados (Estados Unidos, Inglaterra.
Alemania, Francia, etc), se dedicaron únicamente a producir armamento y
demás implementos para la guerra.
(El profesor da la siguiente explicación).
P: la Guerra Mundial se parece a la Guerra Civil…
(Se observa que hay muchos alumnos que platican y hay mucha
distracción.)
P: (Continua)… “Estos países abastecían a Centro América de productos
manufacturados y a la vez Centro América los proveía de materia prima
(café, algodón). 18 años atrás, el cultivo de café y algodón era potencial,
hoy es la caña de azúcar. Por ejemplo: Con la producción de algodón en El
Salvador, cada paca pesaba 5 quintales, este producto era exportado, salía
en barco y de allá venían pantalones, camisas.
Retoma el contenido…
P: Ante tal situación, Centro América inició el proceso hacia su propio
desarrollo industrial.
Revisa si dos alumnos han tomado apuntes, mientras revisa se genera
platica entre los/as alumnos/as.
La clase termina.
OBSERVACIÓN 4
Total de alumnos/as presentes: Niños: 17 Niñas: 13 Total: 30
116
Nombre de la Unidad: Unidad 3 “Comprendamos los Cambios Histórico-
Culturales de Centroamérica”
Objetivo 3.6 Analizar el desarrollo socioeconómico y los factores que favorecen
el proceso de industrialización e integración de El Salvador y los demás países
de Centroamérica.
Tema a desarrollar: “Ciudades Industriales de El Salvador”
Fecha de observación: 0ctubre 18 2005 Hora Inicio: 1:55 pm
Finalización: 2:30 pm
CATEGORIAS
ENTORNO INTERNO DEL AULA
La decoración es la misma.
La disposición de los pupitres no cambia.
El aula se muestra un poco sucia.
PLANIFICACIÓN DIDÁCTICA/GUIÓN DE CLASES.
No se tiene la planificación
RECURSOS/MATERIAL
DIDÁCTICO, ETC
Recortes conteniendo un “croquis” del mapa de El Salvador
PROCESO
(El profesor inicia la clase entregando a los/as alumnos croquis de mapas de El
Salvador).
PD: Hoy van a trabajar con estos mapas de El Salvador y los van a “calcar”
(copiar) en sus cuadernos.
PD: Como no hay suficientes dibujos, los que vayan terminando el dibujo se lo
prestan a otro compañero.
(No hace referencia al tema que se desarrollará en la clase de este día)
(A continuación el profesor “dibuja” al cálculo y en la pizarra, un mapa de El
Salvador, este dibujo lo hace de “memoria”).
Una vez terminado el mapa anota el tema de la clase:
TEMA: “Ciudades Industriales de El Salvador”
(empieza a señalar en el mapa con puntos rojos las ciudades industriales de El
Salvador, no hace introducción al tema)
Anota en la pizarra las siguientes ciudades y sus respectivas industrias:
CIUDADES INDUSTRIA
Metapán cemento
Santa Ana
Acajutla camaronera
Santa Tecla
Zacatecoluca acero
San Salvador
117
Puerto El Triunfo camaronera
San Miguel ingenio azucarero
San Vicente ingenio azucarero
(El maestro se pasea por el aula para revisar el trabajo que están haciendo
los/as alumnos/as luego solicita que representen el océano de color azul en el
mapa que han dibujado)
PD: Se van a sentar porque voy a revisar los cuadernos. y a “poner” nota a la
actividad.
(Ya para terminar la clase 2:20 pm)
Aparte de anotar en el mapa las ciudades e industrias pide a los/as alumnos/as
que comiencen a escribir lo siguiente:
CIUDADES INDUSTRIA
San Salvador: bombillos, (focos), tejidos, medicamentos,
pastas alimenticias,
Santa Ana implementos agrícolas, calzado, cemento, etc
San Miguel aceite vegetal, productos lácteos, azúcar.
San Vicente
Zacatecoluca
Sonsonate (Acajutla) derivados del petróleo y procesamiento de
camarones
OBSERVACIÓN 5
Total de alumnos/as presentes: Niños: 17 Niñas: 13 Total:
118
Nombre de la Unidad: Unidad 3 “Comprendamos los Cambios Histórico-
Culturales de Centroamérica”
Objetivo 3.7 Hechos relevantes acaecidos en El Salvador en los últimos años
(1970 – 1994
Fecha de observación: 0ctubre 26 2005 Hora Inicio: 1:55 pm
Finalización: 2:30 pm
CATEGORIAS
ENTORNO INTERNO DEL AULA
El aula se muestra un poco sucia. La decoración es la misma para todo el
período de observación. No hay muestras de cambio de la decoración.
PLANIFICACIÓN DIDÁCTICA/GUIÓN DE CLASES.
No tiene la planificación.
RECURSOS/MATERIAL
DIDÁCTICO, ETC
Uso de pizarra, plumones, cuaderno de apuntes de el profesor.
PROCESO
P: Vamos a hacer un recordatorio de temas estudiados antes, hemos
hablado de dos guerras. La primera, la Guerra de las Cien Horas y la
segunda, la Guerra Civil.
El profesor elabora el siguiente esquema en la pizarra:
GUERRA CIVIL
Injusticia Social Violación a los Derechos
Humanos
Tenencia de tierras
CAUSAS
CONSECUENCIAS
POSITIVAS NEGATIVAS
-Reestructuración de la Reforma -Más de
Agraria 75.000 víctimas
-Destrucción
-Entrega de tierras a excombatientes
(militares y guerrilla)
119
-Participación del FMLN como partido
político
-Reducción de la Fuerza Armada (GN,
PH, Batallones de Reacción Inmediata)
(El profesor, primero hace el esquema y posteriormente explica. Se
observa que no todos escuchan la explicación, debido a que no han
terminado de hacer el esquema).
“Explica” el esquema anterior, pero como no todos han escuchado, el
profesor dará una reexplicación del tema.
PD: En El Salvador tuvimos Guerra de las Cien Horas, ésta fue con
Honduras y fue en 1969. Las causas de la Guerra Civil son: la injusticia
social, la tenencia de tierras y la violación a los Derechos Humanos.
PD: El ISTA (Instituto Salvadoreño de Transformación Agraria)
reformuló la tenencia de tierras. Por ejemplo la Hacienda “La Carrera”,
con la redistribución de tierras se conoce ahora como cantón “La Poza”.
PD: Otra consecuencia positiva es que el FMLN tiene participación como
partido político.
120
APÊNDICE 6.2
ENTREVISTA COM O PROFESSOR
1. DATOS GENERALES.
Formación Académica:
Docente 1 para trabajar con 1º y 2º ciclo de Educación Básica
Docente 2 para trabajar en 3er Ciclo, especialidad en Ciencias
Docente 3 para trabajar en Educación Media, con especialidad en Matemática
y Física
Estudios Superiores de Administración Educativa
Licenciatura en Ciencias de la Educación
Años de experiencia educativa:
23 años ocupando los siguientes cargos:
a) Profesor en el Centro Escolar Cantón “Las Trancas”. Ozatlán desde 1982
hasta 1992
b) Director del Centro Escolar Cantón “Las Trancas”. Ozatlán desde 1992 hasta
2005
c) Profesor de aula en el Centro Escolar Caserío “Jocote Dulce”, Ozatlán, desde
junio de 2005 hasta la fecha
Cursos y/o talleres asistidos:
Inglés
Desarrollo profesional
Lecto-escritura
Didáctica de Enseñanza de la Matemática
Constructivismo en el aula
Atención a problemas de aprendizaje
Planificación
Formación de Directores
2. DATOS ESPECÍFICOS
A) EN RELACIÓN A LA PRÁCTICA PEDAGÓGICA.
E-Su práctica pedagógica, qué teoría la sustenta?
PD: El constructivismo
E-Considera Usted, que en el trabajo con sus alumnos trabaja el conocimiento
121
cotidiano? Los confronta con el conocimiento científico?
PD- yo diría que sí, porque uno hace preguntas a los alumnos, los
conocimientos previos se exploran
E- De qué manera usted los explora?
PD- Haciendo preguntas a los alumnos
E-Trabaja conceptos con los/as aprendices?
PD- Sí, porque cuando uno considera que hay un concepto que ellos no
conocen, uno les da la definición.
E- Utiliza/produce textos con los/as aprendices?
PD- Sí se usan, porque a uno le ayudan en la clase. Producir, no.
E- Qué textos ellos utilizan?
PD- El de colección Cipotes del Ministerio
B) EN RELACIÓN A LAS CIENCIAS SOCIALES.
E-¿Considera Usted que se debería trabajar Estudios Sociales o Ciencias
Sociales?
PD- Se Trabaja Estudios Sociales pero Ciencias Sociales sería más amplio.
Estudios Sociales es una parte de las Ciencias. Hay segmentación de las
Ciencias Sociales, se trabajan diferentes disciplinas: geografía, economía,
historia. Hay une integración de varias disciplinas.
E- ¿Cómo definiría las Ciencias Sociales?
PD- Como las ciencias que estudian la sociedad y todo lo que tiene que ver
con ella.
E-Podría mencionar qué ciencias comprenden las Ciencias Sociales y qué
estudia cada una de ellas?
PD- Sociología, la sociedad. Historia, los hechos del pasado. Economía, todo lo
relacionado a la producción, actividades. Geografía, tiene que ver con el
medio, relieve, etc. Astronomía, los astros, el universo. Demografía, estudia
la población.
E- Cómo debería trabajarse la disciplina de Estudios Sociales en el aula?
PD- tomando en cuenta la realidad en que uno está, conocer también lo que
pasa y cómo son otros países. Usar recursos variados como mapas, libros de
consulta.
122
E- ¿Conoce Usted bajo qué enfoque se trabaja la disciplina en los programas
del Ministerio de Educación?
PD- El programa está estructurado en forma general a nivel nacional, pero
hay que hacer adecuaciones según la zona de trabajo. Es necesaria la
creatividad del docente. Las tres unidades pueden combinarse, así, un
contenido de la Unidad Tres se puede trabajar con los elementos de la Unidad
Uno.
En el proceso de estudios de profesorado nunca se mencionó con qué enfoque
se trabaja, pero se ve más como un enfoque sociológico, por ejemplo, la
familia, sólo se ve desde la convivencia. Pareciera que todo el programa está
más enfocado a lo sociológico. También se ve un enfoque histórico, por
ejemplo, en la Unidad Tres, aquí se aborda lo de la Guerra Civil, la Guerra de
las Cien Horas, los Acuerdos de Paz.
E- ¿Los programas deberían de estructurarse de otra forma?
PD:El programa está estructurado por una élite. Son muy amplios, hay que
hacer selección de lago más práctico, más operativo para el alumno.
La evaluación en el área rural sale baja porque hay limitantes para trabajar los
contenidos, lo que implica problemas con la estandarización de pruebas, como
por ejemplo la PAES. Se critica el sistema de evaluación. La televisión influye y
muchas veces al padre de familia lo mismo le da que saque 2 ó 3 de nota.
Antes había más presión para el alumno.
Con el desarrollo del proceso de CIAZO, de nada serviría que sólo el profesor
asuma si no interviene padres y madres de familia, estos procesos necesitan
del apoyo de padres y madres.
E- ¿Cómo y por qué enseñar Estudios Sociales?
PD- Para que los alumnos conozcan sobre cosas que pasaron, aspectos
relacionados a la geografía, la sociedad. Qué sepan sobre la realidad de
nuestro país y otros países. Por qué pasaron las cosas.
E- ¿Qué nociones/conceptos deberían ser enseñados en Estudios Sociales, en
relación a las categorías de:
Espacio Tiempo
Región conceptos como día, noche, ayer,
123
Relieve
Mapas
Comunidad
Cerca, lejos
Area urbana, rural
mundo
mañana
movimiento de rotación
estaciones
eras, edades
E- A partir de la Unidad Tres del Programa de Estudios Sociales y tomando en
cuenta los objetivos de esa unidad, podría hacer una lista de los principales
conceptos, que según Usted se deberían de enseñar?
Desarrollo
Social
Económico
Industrialización
Integración
Temas a desarrollar:
Factores que influyen en el proceso de industrialización de nuestro país y
Centro América.
Tipo de desarrollo socioeconómico de El Salvador y Centro América y su
integración.
E-Qué sugerencias haría para una mejor enseñanza de la disciplina.
PD- conocer técnicas, recursos.
B) EN RELACIÓN A LA PLANIFICACIÓN DIDÁCTICA.
E-¿Cuánto tiempo le lleva planificar una unidad?
PD- Aproximadamente 25 minutos, dado el formato del centro escolar
(Objetivo 3.6). (Debido a que él llegó en junio, no hay planificaciones
anteriores). A veces cuesta establecer la actividad del docente. Es necesario
revisar los pros y contras de la planificación.
E-¿Cuándo planifica la unidad, Cuál es el proceso que sigue? Podría
describirlo?
PD-Primero hay que ubicarse en el programa, hay que revisar las sugerencias,
124
la metodología, las pautas de evaluación. Luego revisar el formato de
planificación, llenar las generalidades: Nombre de la unidad, asignatura,
grado, objetivo general, eje transversal.
Para el desarrollo se revisa el objetivo, sub-objetivo, actividad del docente,
actividad del alumno, recursos, tiempo y producto esperado.
E-El formato, es adecuado?
PD- No es operativo, la carta no refleja la información necesaria. Muchas
veces no corresponde la carta en relación al guión desarrollado.
E-¿Cuándo elabora el guión de clase, cuál es el proceso que sigue? Podría describirlo.
PD- Por guión de clase se entiende el resumen que se prepara para dar la
clase. Para esto se hace uso de bibliografía, por ejemplo, libros de texto de
Estudios Sociales de Colección Zelaya, Lara Velásquez, (que está apegado al
programa) Colección Cipotes
E-Retoma en la planificación/desarrollo de los contenidos aspectos del
entorno?
PD- cuando se puede sí. Uno habla de la realidad, de la comunidad, de lo que
ha pasado y pasa en el país.
E-Encuentra dificultad al planificar la unidad/elaborar el guión? Si, No, ¿Por
Qué?. Si tiene dificultades, podría mencionarlas?
PD- Al principio se tenía dificultad en la planificación, primero estaban los
objetivos, luego los contenidos, pero ahora hay sub-objetivos.
No hay dificultad para planificar, uno se acostumbra al sistema.
E- Sigue en el desarrollo de la clase, la planificación y el guión que ha
preparado o en algunos momentos improvisa. Si improvisa, ¿En qué casos lo
hace?
PD- Para dar la clase no se revisa la carta, uno se guía más por el guión de
clase y en algunos momentos ha habido improvisación, por ejemplo, hacer
esquemas que salen en el momento según la necesidad de los/as alumnos/as.
125
APÊNDICES 6.3
ENTREVISTAS COM OS/AS APRENDIZES
ALUMNO/A 1 (AJ)
Edad: 12 años
No repite grado
E-¿Cuándo empieza la clase el profesor hace preguntas sobre el tema que se
va a estudiar?
AJ-Sí, el Profesor nos pregunta sobre lo que hemos visto
E-¿Retoma el profesor lo que el viste en clase del día anterior?
AJ-Si, porque si no entendimos vuelve a explicar
E-¿Qué actividades/ejercicios hace el profesor en el aula para enseñar en la
clase de Estudios Sociales?
AJ-Hace mapas, nos pone cuestionarios, deja deberes
E-¿Qué es lo más te gusta de la clase de Estudios Sociales?
AJ-Hacer mapas
E-¿Consideras que has aprendido mucho en Estudios Sociales?
AJ-Si y mucho, pues hay cosas que uno desconoce y con Estudios Sociales se
puede llegar a tener la oportunidad de que a uno le preguntan y si sabe
contesta.
E-¿Consideras que lo que has aprendido en el aula te va a servir en la vida ?
AJ-Mucho porque si salgo me puedo ayudar
E-¿Los temas que se trabajan en el aula, están relacionados con lo que oyes,
miras y platicas con las personas que viven a tu alrededor?
AJ-Si hay relación. Nos ayuda con nuestros papás.
E-¿Encuentras alguna dificultad para aprender los temas que estudias en la
clase de Estudios Sociales?
AJ-No porque el profesor explica muy bonito.
E-¿Podrías mencionar algunos temas, nuevos conocimientos que has
aprendido en Estudios Sociales?
AJ-Sobre cómo montar un negocio, las industrias, el mundo y el comercio
E-¿Te gusta cómo da la clase el Profesor?. Si, No, Por qué?
AJ-Si me gusta porque es muy moderno. Explica con buen modo y es muy
126
comprensivo cuando dicta y explica. Me gusta como se porta con nosotros.
E-¿Qué es Estudios Sociales, a qué hace referencia Estudios Sociales?
AJ-Conocer Centroamérica, los mapas, a los indígenas, cómo fue su vida.
E-¿Qué es lo más te gusta de estudios Sociales?
AJ-Hacer mapas, leer libros
E-¿Recuerdas el nombre de la Unidad que estás estudiando?
AJ-No
E-¿Te recuerdas de algún tema que estudiaste a principios del año?
AJ- Sobre el mundo
127
ALUMNO/A 2 (BF)
Edad: 10 años
No repite grado
E-¿Cuándo empieza la clase el profesor hace preguntas sobre el tema que se
va a estudiar?
BF-Sí, porque repasa temas pasados para saber si hemos aprendido.
También pone ejemplos y si lo que decimos está correcto lo dice.
E-¿Retoma el profesor lo que el viste en clase del día anterior?
BF-Si, porque pregunta sobre lo que vimos antes y vuelve a explicar si no nos
ha quedado claro.
E-¿Qué actividades/ejercicios hace el profesor en el aula para enseñar en la
clase de Estudios Sociales?
BF-Cuestionarios, deja deberes/tareas y dibuja mapas y si uno no termina en
la clase se continua en la otra clase.
E-¿Qué es lo más te gusta de la clase de Estudios Sociales?
BF-Hacer mapas, porque después uno los colorea.
E-¿Consideras que has aprendido mucho en Estudios Sociales?
BF-Si porque ahora se de otros países.
E-¿Consideras que lo que has aprendido en el aula te va a servir en la vida?
BF-Sirve porque cuando uno va a Usulután le pueden preguntar.
E-¿Los temas que se trabajan en el aula, están relacionados con lo que oyes,
miras y platicas con las personas que viven a tu alrededor?
BF-Si hay relación porque se habla de partidos políticos, de la industria, de la
guerra civil, sobre lo que ha sucedido.
E-Encuentras alguna dificultad para aprender los temas que estudias en la
clase de Estudios Sociales?
BF-No, porque me gusta.
E-¿Qué es Estudios Sociales, a qué hace referencia Estudios Sociales?
BF-Conocer quien ha descubierto las cosas, conocer sobre las guerras
E-¿Qué es lo más te gusta de Estudios Sociales?
128
BF-El profesor nos enseña cosas que nunca nos han enseñado como las
guerras, cómo Colón descubrió América, cómo pelearon los indígenas contra
los españoles
E-Recuerdas el nombre de la Unidad que estás estudiando?
BF-No
E-¿Te recuerdas de algún tema que estudiaste a principios del año?
BF-Los mares, los océanos, meridianos
E-¿Podrías mencionar algunos temas, nuevos conocimientos que has
aprendido en Estudios Sociales?
BF-Cómo hacer para montar o construir una empresa, lo que se necesita:
maquinaria, mano de obra calificada y otras cosas.
E-¿Te gusta cómo da la clase el Profesor?. Si, No, Por qué?
BF-Si porque da cuestionarios y salimos bien en los exámenes, pero hay
quienes no les interesa estudiar. Es amable, amistoso.
129
ALUMNO/A 3 (CH)
Edad: 10 años
No repite grado
E-¿Cuándo empieza la clase el profesor hace preguntas sobre el tema que se
va a estudiar?
CH-El profesor hace preguntas y hay que responder las preguntas sobre el
tema.
E-¿Retoma el profesor lo que el viste en clase del día anterior?
CH-Si, porque pregunta.
E-¿Qué actividades/ejercicios hace el profesor en el aula para enseñar en la
clase de Estudios Sociales?
CH-Dicta, explica y pregunta sobre los temas.
E-¿Qué es lo más te gusta de la clase de Estudios Sociales?
CH-Los temas que hemos visto sobre industrialización, la Guerra Civil, la
Segunda Guerra Mundial y la Guerra de las Cien Horas.
E-¿Consideras que has aprendido mucho en Estudios Sociales?
CH-Si porque él explica mucho, ahora se cosas que antes no las conocía.
E-¿Consideras que lo que has aprendido en el aula te va a servir en la vida?
CH-Si porque nos puede ayudar con nuestros padres y nos prepara para saber
si tenemos buena memoria y si ponemos atención en clases.
E-¿Los temas que se trabajan en el aula, están relacionados con lo que oyes,
miras y platicas con las personas que viven a tu alrededor?
CHSi hay relación porque se habla de partidos políticos.
E-¿Encuentras alguna dificultad para aprender los temas que estudias en la
clase de Estudios Sociales?
CH-No, porque me gusta.
E-¿Qué es Estudios Sociales, a qué hace referencia Estudios Sociales y qué es
lo más te gusta de Estudios Sociales?
CH- Trata del relieve, cosas que pasaron, me gusta hacer mapas y conocer
cosas que pasaron.
E-¿Recuerdas el nombre de la Unidad que estás estudiando?
CH-No
130
E-¿Te recuerdas de algún tema que estudiaste a principios del año?
CH- No
E-¿Podrías mencionar algunos temas, nuevos conocimientos que has
aprendido en Estudios Sociales?
CH-Sobre países centroamericanos, los departamentos de El Salvador, las
capitales, la política, que es compra-venta. La Guerra Civil, Guerra de Cien
Horas, que es capital.
E-¿Te gusta cómo da la clase el Profesor?. Si, No, Por qué?
CH-Si porque no se enoja con el alumno. Si no se entiende vuelve a explicar.
No castiga. Hace preguntas. El comprende cuando nos duele las manos porque
nos ha dictado.
131
ALUMNO/ A 4 (DT)
Edad: 12 años
No repite grado
E-¿Cuándo empieza la clase el profesor hace preguntas sobre el tema que se
va a estudiar?
DT-Si, porque pregunta
E-¿Retoma el profesor lo que el viste en clase del día anterior?
Si porque explica
E-¿Qué actividades/ejercicios hace el profesor en el aula para enseñar en la
clase de Estudios Sociales?
DT-Dictado, explica
E-¿Qué es lo más te gusta de la clase de Estudios Sociales?
DT-Las explicaciones que da
E-¿Consideras que has aprendido mucho en Estudios Sociales?
DT-Si porque da bien la clase
E-¿Consideras que lo que has aprendido en el aula te va a servir en la vida?
DT-Si.
E-¿Los temas que se trabajan en el aula, están relacionados con lo que oyes,
miras y platicas con las personas que viven a tu alrededor?
DT-Si cuando platicamos en la casa
E-¿Encuentras alguna dificultad para aprender los temas que estudias en la
clase de Estudios Sociales?
DT-No porque él explica bien
E-¿Podrías mencionar algunos temas, nuevos conocimientos que has
aprendido en Estudios Sociales?
DT-La Guerra Civil, Guerra de Cien Horas, que es capital.
E-¿Te gusta cómo da la clase el Profesor?. Si, No, Por qué?
DT- porque le explica mucho a uno si no entiende. Si porque se da a
entender.
E-¿Qué es Estudios Sociales, a qué hace referencia Estudios Sociales?
DT-Describir cosas del país. Cómo se llamaban los de la Independencia, los
nombres de los presidentes
E-¿Qué es lo más te gusta de Estudios Sociales?
132
DT-Se habla de muchas cosas, como de lo antiguo
E-¿Recuerdas el nombre de la Unidad que estás estudiando?
DT-No
E-¿Te recuerdas de algún tema que estudiaste a principios del año?
DT-Del mundo, océanos, paralelos
133
ALUMNO/A 5 (EW)
Edad: 12 años
No repite grado
E-¿Cuándo empieza la clase el profesor hace preguntas sobre el tema que se
va a estudiar?
EW-Si, escribe el objetivo y pregunta sobre el tema.
E-¿Retoma el profesor lo que el viste en clase del día anterior?
EW-Si no se ha entendido el otro día explica y si es necesario vuelve a
explicar.
E-¿Qué actividades/ejercicios hace el profesor en el aula para enseñar en la
clase de Estudios Sociales?
EW-Dictado, dibujar mapas
E-¿Qué es lo más te gusta de la clase de Estudios Sociales?
EW-Las explicaciones que da y que dicta
E-¿Consideras que has aprendido mucho en Estudios Sociales?
EW-Si porque yo no sabía de varias cosas que ya pasaron y hasta ahora las
conozco.
E-¿Consideras que lo que has aprendido en el aula te va a servir en la vida?
EW-Si, bastante porque puedo ayudar a otros
E-Qué es Estudios Sociales, a qué hace referencia Estudios Sociales?
EW-Conocer qué cosas han pasado,dónde quedan los países.
E-¿Los temas que se trabajan en el aula, están relacionados con lo que oyes,
miras y platicas con las personas que viven a tu alrededor?
EW-Si
E-¿Encuentras alguna dificultad para aprender los temas que estudias en la
clase de Estudios Sociales?
EW-No porque él explica bien
E-¿Podrías mencionar algunos temas, nuevos conocimientos que has
aprendido en Estudios Sociales?
EW-Aspectos económicos que se necesitan para montar una fábrica
E-¿Qué es lo más te gusta de estudios Sociales?
EW-Oir sobre lo que ya pasó
134
E-¿Recuerdas el nombre de la Unidad que estás estudiando?
EW-No
E-¿Te recuerdas de algún tema que estudiaste a principios del año?
EW-No
E-¿Te gusta cómo da la clase el Profesor?. Si, No, Por qué?
EW-Si porque explica mucho
135
7. ANEXOS
7.1 O MAPA DA LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE EL SALVADOR
136
ANEXO 7.2
A DIVISÃO POLÍTICA DE EL SALVADOR
137
ANEXO 7.3
AS PRIORIDADES DA POLÍTICA EDUCATIVA 2005–2021
PRIORIDADES DE POLÍTICA EDUCATIVA 2005 -2021
EDUCAR PARA EL PAÍS QUE QUEREMOS
PLNAN NACIONAL DE EDUCACIÓN 2021
OBJETIVOS
LINEA ESTRATEGICA 1
ACCESO A LA EDUCACIÓN
Modalidades flexibles de educación
básica y media
Educación básica completa
Parvularia universal (prioridad a
estudiantes de 6 años)
Alfabetización de jóvenes y
adultos
Educación para la diversidad
LINEA ESTRATEGICA 2
EFECTIVIDAD DE LA EDUCACIÓN
BÁSICA Y MEDIA
Ambientes físicos adecuados
Clima institucional para potenciar
el aprendizaje
Docentes competentes y
motivados
Currículo al servicio del
aprendizaje
Acreditación y certificación
LINEA ESTRATEGICA 3
COMPETITIVIDAD
Aprendizaje en inglés
Tecnología y conectividad
Especialización técnica y
tecnológica
Educación superior, ciencia y
tecnología
LINEA ESTRATEGICA 4
BUENAS PRÁCTICAS DE GESTIÓN
Protagonismo de los centros
escolares
Desarrollo institucional y
participación social
Sistema de información,
seguimiento y evaluación.
138
ANEXO 7.4
A LOCALIZAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE USULUTÁN E DO MUNICIPIO
DE OZATLÁN
139
ANEXO 7.5
UNIDADE 3 DO PROGRAMA DE ESTUDOS SOCIAIS DA SÉRIE DO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (O OBJETIVO, A DESCRIÇÃO E AS
ATIVIDADES DE INICIAÇÃO E OBJETIVOS
UNIDAD TRES
“COMPRENDAMOS LOS CAMBIOS HISTÓRICO-CULTURALES DE
CENTROAMÉRICA”
OBJETIVO
Interpretar los hechos históricos relevantes ocurridos en El Salvador y
Centroamérica, que han contribuido a los cambios socioculturales de la
realidad actual.
DESCRIPCION
En esta unidad, se pretende que los/as niños/as perciban metódicamente el
pasado de la sociedad centroamericana, especialmente de El Salvador, en los
aspectos culturales, sociales, económicos, políticos y jurídicos y su influencia
en la vida actual.
Los/as niños/as al vincular cada uno de los sucesos acaecidos, podrán inferir
que los hechos humanos no son aislados y, que cada uno tiene sus
correspo0ndientes causas y consecuencias.
Los hechos históricos globales que se analizan en esta unidad son: el
asentamiento y vida de los primeros pobladores de Centroamérica, la
conquista y colonización de Centroamérica por los españoles, las causas y las
consecuencias de la independencia de España, principales movimientos
independencistas; hechos económicos, sociales y políticos, más sobresalientes
en los períodos de 1841-1930, 1930-1960, 1960-1969 y 1970-1997. Este
último referido únicamente a El Salvador, para el análisis de la crisis
sociopolítica de los últimos 27 años para comprender los antecedentes del
proceso de democratización y el cumplimiento de los Acuerdos de Paz,
necesarios para la vida de los salvadoreños.
140
El desarrollo de la unidad, conduci a que los/as niños/as infieran la
interdependencia entre los hechos económicos, sociales y políticos y perciban
la realidad como una totalidad.
Se propone una metodología de autogestión, para que los/as niños/as
orientados por el maestro, realicen entrevistas, escriban opiniones,
investiguen, expresen sus puntos de vista, lean y analicen información,
elaboren conclusiones, manifiesten su creatividad, así como su capacidad de
criticar los hechos sucedidos y comprendan que la resolución de muchos
problemas, se logra por medio del diálogo.
ACTIVIDADES DE INICIACIÓN
- Presentar a los/as niños, el contenido de la Unidad y los propósitos de los
objetivos e invitarlos a recolectar materiales de apoyo: información,
carteles, recortes de periódicos y revistas, además del material que el
maestro tenga, con el objeto de ambientar el aula.
- Presentar un croquis de Centroamérica y una línea de tiempo, para ofrecer
a los/as niños/as una visión panorámica temporo-espacial sobre los hechos
históricos que se analizarán en la Unidad.
- Visitar lugares históricos o arqueológicos (de acuerdo a la posibilidad que
tenga la escuela) para que los/as niños/as elaboren una descripción y
dibujen en carteles lo observado.
OBJETIVOS A TRABAJAR EN LA UNIDAD TRES “COMPRENDAMOS LOS
CAMBIOS HISTÓRICO-CULTURALES DE CENTROAMÉRICA” DEL
PROGRAMA DE ESTUDIOS SOCIALES DEL MINISTERIO DE EDUCACIÓN
PARA EL 5º GRADO DE EDUCACIÓN BÁSICA.
3.1
Analizar las características culturales de los pueblos Mayas y Nahoas, de
Centroamérica.
3.2
Comprender las causas y consecuencia de los procesos de descubrimiento,
conquista y colonización de Centroamérica.
3.3
Comprender causas y consecuencias, del proceso de independencia de las
colonias españolas en Centroamérica.
141
3.4
Analizar hechos relevantes ocurridos en el período 1841-1929 y su
influencia en el desarrollo de los países centroamericanos.
3.5
Analizar los principales hechos económicos, políticos y sociales ocurridos
en Centroamérica en el período comprendido entre 1930-1960.
3.6
Analizar el desarrollo socioeconómico y los factores que favorecen el
proceso de industrialización e integración de El Salvador y los demás
países de Centroamérica.
3.7
Analizar la crisis sociopolítica, económica de Centroamérica en el período
de 1970 a 1997.
ANEXO 7.6
142
DOMINIOS CURRICULARES BÁSICOS. QUINTO GRADO. ESTUDIOS
SOCIALES. MINED
EL MEDIO GEOGRÁFICO DE EL SALVADOR, CENTROAMERICA Y
AMÉRICA
.
CONOCIMIENTOS
Ubicación de la Tierra en el Universo y su posición dentro del sistema
solar.
Ubicación geográfica de América y los demás países que la forman.
Descripción de la localización y extensión de los continentes, masas
oceánicas y la importancia de éstos en la calidad de vida.
Identificación de la distribución de la población actual de América y
demás países del mundo.
Comprensión de la interrelación del relieve y aguas, su influencia sobre
el clima y éste, sobre la flora, fauna y actividad humana.
HABILIDADES Y DESTREZAS
Discriminación de los movimientos de rotación y traslación de la Tierra.
Establecimiento de la trayectoria diaria del movimiento aparente del
sol para orientarse.
Elaboración e interpretación de planos y mapas sencillos utilizando
signos convencionales.
Utilización de planos para orientarse y desplazarse en el espacio, de
acuerdo a los puntos cardinales.
Localización y ubicación de El Salvador, Centro América y América, de
acuerdo a latitud y longitud.
Determinación de la hora de los diferentes países de América y el
mundo.
Explicación de la importancia de los océanos y mares en la calidad de
vida.
Representación gráfica de la extensión de los continentes y océanos.
Discriminación de las zonas con mayor concentración de población.
Expresión en forma oral y escrita de las relaciones entre el medio
natural y la actividad humana para determinar el buen o mal
aprovechamiento de los recursos disponibles.
Participación en proyectos comunitarios para la protección de los
recursos naturales.
Explicación en forma oral o por escrito de las principales formas de
relieve terrestre.
Distinción de las zonas climáticas y vegetaciones de la tierra.
ACTITUDES Y VALORES
Interés y curiosidad por conocer la posición de la Tierra en el Sistema
Solar.
Manifestación de seguridad en sí mismo al utilizar planos para
orientarse y desplazarse en el espacio.
Interés y curiosidad por identificar y conocer la hora de los diferentes
países de América.
Demostración de actitudes de descontaminación de los mares para
mejorar la calidad de vida.
Sensibilidad y respeto por la conservación del paisaje.
143
Interés por conocer los elementos característicos del paisaje.
Valoración de la diversidad y riqueza del paisaje salvadoreño y de
América.
Respeto y cuido de los animales y plantas.
Responsabilidad en la protección y recuperación de los recursos
naturales del país.
Valoración del uso responsable del agua.
ANEXO 7.7
144
OBJETIVO Nº 3.6
Analizar el desarrollo socioeconómico y los factores que favorecen el proceso
de industrialización e integración de El Salvador y los demás países de
Centroamérica.
ACTIVIDADES
1. Presentar un croquis de Centroamérica, con el nombre de los productos
industriales de cada país y orientar a los/as niños/as para que los ilustren,
dibujándolos o utilizando recortes de los diarios, revistas, otros, ambientar
el aula. Conversar con ellos sobre el contendido del mapa.
2. Proporcionar material de apoyo sobre el proceso de industrialización en
Centroamérica, para que lean, analicen y subrayen ideas principales, en
equipos de trabajo de 5 ó 6 miembros cada uno. Aclarar dudas, en forma
simultánea, a la lectura del material.
3. Colocar en una esquina, una caja de sorpresa que contenga tarjetitas de
cartulina y papel bond, con las preguntas siguientes:
- ¿Qué entienden por industria e industrialización?
- ¿Qué factores favorecieron el proceso de industrialización en
Centroamérica?
- Cuáles fueron las características del proceso de industrialización en
Centroamérica?
- ¿Qué significa M.C.C.A. y en qué consistió?
- ¿Cuáles fueron las causas que permitieron el surgimiento del Mercado
Común Centroamericano?
- ¿Por qué en Honduras y Nicaragua no se desarrolló el proceso de
industrialización?
- ¿Cuál es la causa principal de la desintegración del Mercado Común
Centroamericano?
- Cuáles fueron las consecuencias de la desintegración del Mercado Común
Centroamericano?
Un representante por equipo, extraerá de la caja una tarjetita y discutirá con
sus compañeros la pregunta, en ella escrita, hasta obtener conclusiones: luego
la expondrán en una plenaria.
145
El maestro procura que las respuestas sean expuestas en orden lógico y
reforzará aquellas preguntas que no hayan sido comprendidas.
CRITERIOS DE EVALUACION
- Creatividad en ilustración de las industrias centroamericanas.
- Participación en el análisis del material de apoyo sobre “La
industrialización en Centroamérica”.
- Participación responsable en la plenaria sobre las preguntas
proporcionadas.
- Respeto a las opiniones de los demás.
ANEXO 7.8
OBJETIVO Nº 3.7
146
Analizar la crisis sociopolítica, económica de Centroamérica en el período de
1970 a 1997.
ACTIVIDADES
1. Organizar a las niñas y niños en equipos de trabajo, para que realicen
entrevistas a personas mayores, padres de familia, vecinos, maestros,
sobre los hechos ocurridos en el país entre 1970 y 1994; luego cada equipo
expondrá lo investigado a la clase. EI educador/a; irá escribiendo los datos
recabados en un papelógrafo e irá ampliando la información.
2. Orientar a los niños y niñas para que completen el cuadro cronológico que
contengan los hechos históricos relevantes ocurridos en el período 1970-
1997 en El Salvador.
3. Proporcionar recortes de periódicos, revistas y libros, orientar a las niñas y
los niños/as para que en equipos de trabajo analicen y discutan cada uno
de los hechos relevantes, económicos, sociales y políticos acaecidos en el
país en los últimos años 1970-1997. Elaboran un informe y lo exponen en
una plenaria. El/la educador/a hará unantesis de los temas que no
quedaron claros.
4. Orientar a los/as niños/as para que en equipos de trabajo preparen
sociodramas acerca de los hechos acaecidos en el período estudiado.
5. Orientar a niños/as para que elaboren una historia de vida o un relato que
comprenda: acontecimientos más importantes en su vida. El
acontecimiento que más le gustó y por qué. Lo que más le gustó del año
escolar y por qué; compartir con los/as compañeros/as la historia de vida.
CRITERIOS DE EVALUACION
- Participación activa en las entrevistas a personas mayores.
- Respeto a las opiniones de los demás, con criterio democrático.
- Participación en la elaboración del cuadro cronológico.
147
- Participación en el análisis de los hechos económicos, sociales y políticos
ocurridos en el país entre 1970-1997.
- Práctica de la tolerancia dentro del equipo de trabajo.
ACTIVIDADES DE CULMINACIÓN
-Realizar un seminario taller en torno a cada uno de los objetivos de las tres
unidades de aprendizaje. Organizar a los/as niños/as en 4 equipos de trabajo:
uno como responsable de coordinar la actividad y tres equipos (uno por cada
unidad de la asignatura) a los que se les propongan temas de exposición,
como los siguientes:
Riqueza de los recursos naturales de Centroamérica y cómo conservar el
medio ambiente.
La población y el medio ambiente en Centroamérica.
Características económicas, sociales y culturales de la época
independencista.
Los Derechos Humanos en El Salvador.
El seminario podrá desarrollarse en tres jornadas de trabajo, para lo que cada
equipo elaborará un informe sobre los hechos positivos, hechos negativos y
hechos interesantes encontrados en el tema de exposición asignado. Con cada
una de las exposiciones, estimular a los/as niños/as para que participen
expresando sus opiniones, de modo que se genere discusión y se establezcan
conclusiones.
Para dar mayor significación a la actividad, puede invitar a otros/as niños/as
de la institución, niños/as de escuelas vecinas, maestros/as, padres y madres
de familia.
-Preparar una exposición de carteles que contengan ilustraciones de los
diferentes hechos históricos sucedidos en los países centroamericanos de cada
uno de los períodos estudiados, aprovechar esta actividad para clausurar el
año lectivo.
148
CARTA DIDÁCTICA/PLAN DE CLASE
INSTITUCIÓN: CENTRO ESCOLAR CASERÍO “JOCOTE DULCE” AÑO: 2005
ASIGNATURA: ESTUDIOS SOCIALES GRADO: 5º
Nº Y TITULO DE LA UNIDAD: UNIDAD 3. COMPRENDAMOS LOS CAMBIOS HISTÓRICO-CULTURALES DE CENTROAMÉRICA.
OBJETIVO: INTERPRETAR LOS HECHOS HISTÓRICOS RELEVANTES OCURRIDOS EN EL SALVADOR Y CENTRO AMÉRICA, QUE HAN
CONTRIBUIDO EN LOS CAMBIOS SOCIO-CULTURALES DE LA REALIDAD ACTUAL.
EJE TRANSVERSAL: EDUCACIÓN AMBIENTAL Y EDUCACIÓN PARA EL CONSUMIDOR.
PROCESO DE ENSEÑANZA – APRENDIZAJE
OBJETIVOS(S)
OERACIONAL(ES)
ACTIVIDADES DEL MAESTRO ACTIVIDADES DEL ALUMNO TIEMPO RECURSOS
DIDÁCTICOS
PRODUCTO
ESPERADO
3.6 Analizar el
desarrollo
socioeconómico y
los factores que
favorecen el
proceso de
industrialización e
integración de El
Salvador y los
demás países de
Centro América.
ACTIVIDADES DE INICIACIÓN:
Verificación del cumplimiento de tareas
del objetivo anterior.
ACTIVIDADES DE DESARROLLO:
Presentación del objetivo operacional,
explicación del mismo y a la vez un
sondeo con el alumno, “constructivismo”.
Presentación de mapa de El Salvador y
Centro América de zonas industriales, al
final resumen.
ACTIVIDADES DE CULMINACIÓN:
Cuestionario sobre el objetivo
desarrollado.
ACTIVIDADES DE
INICIACIÓN:
Presentación de tareas de la
clase anterior.
ACTIVIDADES DE
DESARROLLO:
Atención a la explicación del
Profesor, participación de
acuerdo a sus pre-saberes y
anotación del respectivo
resumen.
ACTIVIDADES DE
CULMINACIÓN:
Resolución del cuestionario
oral y escrito.
5 min
30 min
10 min
Pizarra
Plumones
borrador
Reconocimien
to del
desarrollo
socioeconómi
co y sobre
todo los
factores que
intervienen
en el proceso
de
industrializaci
ón de El
Salvador.
149
CARTA DIDÁCTICA/PLAN DE CLASE
INSTITUCIÓN: CENTRO ESCOLAR CASERÍO “JOCOTE DULCE” AÑO: 2005
ASIGNATURA: ESTUDIOS SOCIALES GRADO: 5º
Nº Y TITULO DE LA UNIDAD: UNIDAD 3. COMPRENDAMOS LOS CAMBIOS HISTÓRICO-CULTURALES DE CENTROAMÉRICA.
OBJETIVO: INTERPRETAR LOS HECHOS HISTÓRICOS RELEVANTES OCURRIDOS EN EL SALVADOR Y CENTRO AMÉRICA, QUE HAN
CONTRIBUIDO EN LOS CAMBIOS SOCIO-CULTURALES DE LA REALIDAD ACTUAL.
EJE TRANSVERSAL: EDUCACIÓN AMBIENTAL Y EDUCACIÓN PARA EL CONSUMIDOR.
PROCESO DE ENSEÑANZA – APRENDIZAJE
OBJETIVOS(S)
OERACIONAL(E
S)
ACTIVIDADES DEL MAESTRO ACTIVIDADES DEL ALUMNO TIEMPO RECURSOS
DIDÁCTICOS
PRODUCTO
ESPERADO
3.7 Analizar la
crisis
sociopolítica y
económica de
Centro América
en el período
1970 a 1997.
ACTIVIDADES DE INICIACIÓN:
Saludo motivacional y verificación
del cumplimiento de tareas del
tema anterior.
ACTIVIDADES DE DESARROLLO:
Presentación del contenido,
preguntas de sondeo
(conocimientos previos del
alumno), explicación y resumen.
ACTIVIDADES DE CULMINACIÓN:
Cuestionario sobre el tema
desarrollado, con el objeto de que
se analice lo leído para que puedan
emitir un juicio valorativo
ACTIVIDADES DE INICIACIÓN:
Concentración en la clase y entrega de
tareas de la clase anterior.
ACTIVIDADES DE DESARROLLO:
Anotación del tema correspondiente,
participación en la clase de acuerdo a
sus conocimientos, atención a la
explicación y anotación del resumen.
ACTIVIDADES DE CULMINACIÓN:
Preguntas sobre algunas dudas que
hayan quedado. Copiar cuestionario
referente al objetivo desarrollado.
5 min
30 min
10 min
Pizarra
Plumones
Borrador
Capacidad de
análisis sobre
la crisis
socio-política
y económica
de Centro
América.
150
ANEXO 7.10
O ROTEIRO DE CLASSES DO PROFESSOR
151
152
153
154
ANEXO 7.11
O CADERNO DE CLASSES DOS/AS APRENDIZES
155
156
157
158
159
160
161
162
163
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