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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
A BOVINOCULTURA DE CORTE (CICLO
COMPLETO) E SUA ECONOMICIDADE: UM ESTUDO
DE MULTICASO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Lissandro Basso da Costa
Santa Maria, RS, Brasil
2006
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A BOVINOCULTURA DE CORTE (CICLO COMPLETO)
E SUA ECONOMICIDADE: UM ESTUDO DE MULTICASO
por
Lissandro Basso da Costa
Dissertação apresentada ao curso de Mestrado do Programa de Pós Graduação
em Zootecnia, Área de Concentração Produção Animal, da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para a obtenção do
grau de
Mestre em Zootecnia
Orientadora: Maria Beatriz Fernandez Gonçalves
Santa Maria, RS, Brasil
2006.
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Ficha catalográfica
Costa, Lissandro Basso da, 1975-
C837b
A bovinocultura de corte (ciclo completo) e sua
economicidade : um estudo de multicaso / por Lissandro Basso
da Costa ; orientador Maria Beatriz Fernandez Gonçalves. –
Santa Maria, 2006.
160 f. : il.
Dissertação (mestrado) Universidade Federal de Santa
Maria, Centro de Ciências Rurais, Programa de Pós-Graduação em
Zootecnia, RS, 2006.
1. Zootecnia 2. Viabilidade econômica 3. Pecuária 4. Ciclo
completo I. Gonçalves, Maria Beatriz Fernandes, orient. II.
Título
CDU: 631.2.033
Ficha catalográfica elaborada por
Luiz Marchiotti Fernandes – CRB 10/1160
Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Rurais/UFSM
2006
Todos os direitos autorais reservados a Lissandro Basso da Costa. A reprodução de partes ou
do todo deste trabalho só poderá ser com autorização por escrito do autor.
Endereço: Rua do Comércio 471. Mata, RS, CEP: 97410-000.
Fone: 055-3259 1382, Endereço Eletrônico: [email protected]
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Rurais
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Curso de Zootecnia
A Comissão Examinadora abaixo assinada,
aprova a dissertação de Mestrado
A BOVINOCULTURA DE CORTE (CICLO COMPLETO) E SUA
ECONOMICIDADE: UM ESTUDO DE MULTICASO
elaborada por
Lissandro Basso da Costa
Como requisito parcial para a obtenção do grau de
Mestre em Zootecnia
COMISSÃO EXAMINADORA
..............................................................................
Maria Beatriz Fernandez Gonçalves, Dra. (UFRGS)
(Presidente/Orientadora)
..............................................................................
Paulo Sérgio Ceretta, Dr.(UFSC)
(Co-orientador)
.............................................................................
Carlos Nabinger, Dr. (UFRGS)
Santa Maria, 16 de fevereiro de 2006.
AGRADECIMENTOS
A DEUS que serve de amparo e sustento nos momentos difíceis, guiando todos os meus
passos.
A minha família, em especial à minha mãe, Lourdes Basso da Costa, que sempre me apoiou e
me incentivou a aceitar mais este desafio. Ao meu pai, Welton Raci Malgarin da Costa, pelas
oportunidades que me proporciona.
A minha namorada e futura esposa Ana Lúcia de Freitas Saccol que sempre esteve ao meu
lado me ajudando e me incentivando.
A minha sogra, Sonia de Freitas Saccol, que me acolheu e, com certeza, é uma pessoa muito
especial.
A Profª Dra Maria Beatriz Fernandez Gonçalves pela oportunidade que me proporcionou de
ser seu orientado e poder compartilhar tanta sabedoria. Muito obrigado pela paciência, pela
amizade e principalmente pelos conhecimentos adquiridos.
Ao Prof. Dr. Paulo Sérgio Ceretta por ter aceitado ser meu co-orientador e, através dos seus
ensinamentos, proporcionado a realização deste trabalho.
Aos proprietários rurais que abriram as “portas” e os números de suas propriedades, servindo
de base para este estudo, obrigado pela compreensão, paciência e muitas vezes pelo incentivo
que vocês me transmitiram.
Por fim, a todos os meus colaboradores, em especial a Juliana, a Ana, ao Armando e ao
Rogério que assumiram suas funções com responsabilidade me proporcionando tranqüilidade
e certeza de que poderia me afastar e fazer o mestrado.
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Universidade Federal de Santa Maria
A BOVINOCULTURA DE CORTE (CICLO COMPLETO) E SUA
ECONOMICIDADE: UM ESTUDO DE MULTICASO
Autor: Lissandro Basso da Costa
Orientadora: Maria Beatriz Fernandez Gonçalves
Data e local da defesa: Santa Maria, 16 de fevereiro de 2006
Devido às mudanças no ambiente de negócios, faz-se necessário aplicar conceitos
empresariais às atividades agropecuárias com a finalidade de tornar a produção primária
economicamente viável. Diante disso, analisar diferentes sistemas de produção, na
bovinocultura de corte ciclo completo, é necessário para que os produtores possam tomar
decisões frente à sua atividade econômica. Baseado no cenário que se encontra a pecuária
bovina de ciclo completo, realizou-se um estudo de multicaso em três propriedades, situadas
na Depressão Central do Rio Grande do Sul, com diferentes sistemas de produção
(tradicional, intensivo e integrado com lavoura). Neste contexto, o objetivo deste estudo foi
constatar a lucratividade atual, verificar os itens que mais participam nos custos de cada
propriedade, comparar os resultados entre os diferentes sistemas de produção, simular novas
situações com diferentes índices produtivos, identificar os pontos que limitam a lucratividade
e sugerir alternativas para aumentar a rentabilidade. As simulações foram feitas com base
num rebanho estável e utilizando os índices e preços observados no estudo de multicaso.
Concluiu-se que nenhum sistema foi economicamente viável a ponto de gerar uma
remuneração mínima do capital investido na terra. O sistema integrado foi o que apresentou
melhor resultado, seguido do intensivo, e o único que apresentou resultado positivo no ano de
2004. No tradicional, o item mão de obra foi o que mais influiu nos custos, enquanto que nos
outros dois sistemas foi a alimentação. Entretanto, a integração lavoura-pecuária foi essencial
para a redução dos custos com alimentação e diluição das despesas administrativas. A redução
de um ano na idade de abate, dentre os parâmetros simulados, seria o que mais afetaria
positivamente a rentabilidade, se não forem considerados custos adicionais para ser
alcançado. Nos três sistemas de produção, os resultados simulados com a redução de um ano
na idade de entoure ou aumento da carga animal em 30 quilogramas de peso vivo por hectare,
sem considerar custos adicionais, apresentariam aumento na mesma magnitude da
rentabilidade.
PALAVRAS-CHAVES: viabilidade econômica, pecuária, ciclo completo.
ABSTRACT
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Universidade Federal de Santa Maria
THE BOVINE CULTURE SLAUGHTER (COMPLETE CYCLE) AND ITS
ECONOMY: A MULTICASE STUDY
Author: Lissandro Basso da Costa
Adviser: Maria Beatriz Fernandez Gonçalves
Date and defense local: Santa Maria, February 16, 2006
Due to the changes in the business atmosphere, it is necessary to apply business concepts to
the agricultural activities with the purpose of becoming the primary production economically
viable. Before that, to analyze different production systems in the complete cycle of bovine
culture slaughter is necessary so the producers can take decisions in their economical activity.
Based on the scenery that is the complete cycle bovine cattle breeding, it was realized a
multicase study in three properties, located in Rio Grande do Sul Central Depression, with
different production systems (traditional, intensive and integrated with farming). In this
context, the aim of this study was to verify the current profitability, to verify the items that
more participate in the costs of each property, to compare the results among the different
production systems, to simulate new situations with different productive indexes, to identify
the points that limit the profitability and to suggest alternatives to increase the profitability.
The simulations were made based on a stable flock, using the indexes and prices observed in
the multicase study. It follows that no system was economically viable to the extent of
generating a minimum remuneration of the capital invested in the soil. The integrated system
was the one that presented better result, followed by the intensive one, and the only that
presented positive result in 2004. In the traditional, the work force item was the one that more
influenced the costs; while in the other two systems were the feeding. However, the farming
and cattle breeding integration was essential to the cost reduction with feeding and
administrative expenses dilution. The reduction of one year in the slaughter age, among the
simulated parameters, would be what more affects the profitability positively, if additional
costs were not considered to be reached. In the three production systems, the simulated results
with the one year reduction in the couple age or the capacity increase in 30 kilograms of live
weight for hectare, without considering additional costs, would present increase at the same
profitability magnitude.
WORD-KEY: economical viability, cattle breeding, complete cycle.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1Evolução do rebanho bovino brasileiro, em milhões de cabeças, de 1996 a
2005...........................................................................................................................................22
FIGURA 2Evolução do rebanho bovino gaúcho, em milhões de cabeças, de 1996 a
2005...........................................................................................................................................22
FIGURA 3 - Distribuição espacial do rebanho de bovinos, com destaque para os dez
principais municípios – Brasil – 2004.......................................................................................24
FIGURA 4 - Estoque de produtos (kg) no início e no final de 2004 e a diferença de estoque,
nas três propriedades em estudo................................................................................................77
FIGURA 5 - Custos e despesas, em R$/ha, das três propriedades durante o ano de
2004...........................................................................................................................................81
FIGURA 6 - Comparativo do rebanho bovino médio encontrado no estudo de caso da
propriedade tradicional e do rebanho estabilizado utilizado nas simulações............................84
FIGURA 7 - Comparativo do rebanho bovino médio encontrado no estudo de caso da
propriedade intensiva e do rebanho estabilizado utilizado nas simulações..............................85
FIGURA 8 - Comparativo do rebanho bovino médio encontrado no estudo de caso da
propriedade integrada e do rebanho estabilizado utilizado nas simulações..............................86
FIGURA 9 - Quantidade de quilogramas de peso vivo produzido por hectare e o necessário
para alcançar o ponto de equilíbrio contábil e o ponto de equilíbrio econômico, na propriedade
tradicional..................................................................................................................................90
FIGURA 10 - Quantidade de quilogramas produzidos por hectare e o necessário para alcançar
o ponto de equilíbrio contábil (PEC) e o ponto de equilíbrio econômico (PEE), na propriedade
intensiva....................................................................................................................................93
FIGURA 11 - Quantidade de quilogramas de peso vivo produzidos por hectare e o necessário
para alcançar o ponto de equilíbrio contábil e o ponto de equilíbrio econômico, na propriedade
integrada....................................................................................................................................96
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- Índices de produtividade do rebanho nacional.....................................................21
TABELA 2 - Utilização das terras, áreas ocupadas em hectares e percentual de
participação...............................................................................................................................40
TABELA 3 - Categorias animais, número de cabeças, total de unidades animais e o percentual
de participação de cada categoria animal, no início e no final do ano de 2004........................40
TABELA 4 - Custo de formação da pastagem de inverno, discriminação dos insumos,
quantidade utilizada por hectare, reais gasto por unidade e gasto total em reais (R$).............43
TABELA 5 - Discriminação dos produtos utilizados, quantidades usadas, preço por unidade,
o total gasto em cada item e o total geral, em reais (R$), na sanidade do rebanho
tradicional..................................................................................................................................45
TABELA 6 - Categorias vendidas, peso médio por cabeça em quilos, número de animais em
cabeças, preço de venda em R$/kg de peso vivo, faturamento em reais por categoria e o
percentual que representa a venda de cada categoria................................................................46
TABELA 7 - Índices referentes à produtividade......................................................................47
TABELA 8 - Custos e despesas do ano de 2004, discriminação dos itens, total anual em reais
por item, por hectare de pecuária e o percentual de participação de cada item........................48
TABELA 9 - Demonstrativo de Resultados da Propriedade Tradicional, em reais (R$).........49
TABELA 10 - Utilização das terras, áreas ocupadas em hectares, total das áreas em hectares e
percentual de participação.........................................................................................................50
TABELA 11 - Categorias animais, número de cabeças, total de unidades animais e o
percentual de participação de cada categoria animal, no início e no final do ano de
2004...........................................................................................................................................51
TABELA 12 - Categorias do rebanho ovino, carga animal em UA, número de cabeças e total
de unidades animais ocupada por cada categoria, no início e no final do ano de
2004...........................................................................................................................................52
10
TABELA 13 – Custo da pastagem de inverno, discriminação dos insumos, quantidade
utilizada por hectare, custo por unidade em reais e gasto total em reais (R$)..........................55
TABELA 14 – Custo da pastagem de verão, discriminação dos insumos, quantidade utilizada
por hectare, custo por unidade e gasto total em reais (R$).......................................................55
TABELA 15 - Discriminação dos produtos utilizados, quantidades usadas, preço por unidade,
o total gasto em cada item e o total geral, em reais (R$), na sanidade do rebanho
intensivo....................................................................................................................................56
TABELA 16 – Vendas de 2004, categorias animais, peso médio por cabeça em quilos,
número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de peso vivo, faturamento em reais
(R$) por categoria e o percentual que representa cada categoria..............................................57
TABELA 17 - Índices referentes à produtividade....................................................................58
TABELA 18 – Custos e despesas, discriminação dos itens, total anual em reais por item, por
hectare de pecuária e o percentual de participação de cada item..............................................59
TABELA 19 - Demonstrativo de Resultado da Propriedade Intensiva, na área utilizada com
pecuária e na área total, em reais (R$)......................................................................................60
TABELA 20 - Utilização das terras, áreas ocupadas em hectares, total e percentual de
participação...............................................................................................................................61
TABELA 21 - Categorias animais, número de cabeças, total de unidades animais e o
percentual de participação de cada categoria animal, no início e no final do ano de
2004...........................................................................................................................................62
TABELA 22 - Custo de formação da silagem de sorgo, discriminação dos insumos,
quantidades utilizadas por hectare, gasto por unidade e total em reais.....................................64
TABELA 23 - Custo da pastagem de inverno na resteva da soja, discriminação dos insumos,
quantidades utilizadas por hectare, gasto por unidade e o total, em reais.................................65
TABELA 24 - Custo da pastagem de inverno na resteva de arroz, discriminação dos insumos,
quantidades utilizadas por hectare, gasto por unidade e o total, em reais.................................66
TABELA 25 - Custo da pastagem de inverno na resteva de sorgo, discriminação dos insumos,
quantidades utilizadas por hectare, gasto por unidade e o total, em reais.................................66
TABELA 26 - Discriminação dos produtos utilizados, quantidades usadas, preço por unidade,
o total gasto em cada item e o total geral, em reais (R$), na sanidade do rebanho
integrado....................................................................................................................................67
TABELA 27 – Categorias vendidas, peso médio por cabeça em quilos, número de animais em
cabeças, preço de venda em R$/kg de peso vivo, faturamento em reais por categoria e o
percentual que representa a venda de cada categoria................................................................68
11
TABELA 28 - Índices referentes à produtividade....................................................................69
TABELA 29 – Custos e despesas do ano de 2004, discriminação dos itens, total anual em
reais por item, por hectare de pecuária e o percentual de participação de cada item................70
TABELA 30 - Custo da lavoura de arroz irrigado, discriminação dos insumos, quantidades
utilizadas por hectare, gasto por unidade e o total, em reais.....................................................71
TABELA 31 – Custo da lavoura de soja, discriminação dos insumos, quantidades utilizadas
por hectare, gasto por unidade e o total, em reais.....................................................................72
TABELA 32 - Demonstrativo de Resultados das atividades da Propriedade Integrada, de
forma individual e do total, em reais.........................................................................................73
TABELA 33 - Categorias animais, número de cabeças, total de unidades animais, no início e
no final do ano de 2004, lotação média em cabeças por hectare, carga animal em unidade
animal (UA) por hectare e a diferença de estoque, em quilogramas de peso vivo, nas três
propriedades em estudo.............................................................................................................75
TABELA 34 - Categorias bovinas vendidas e % de participação na receita total (R$) das
propriedades Tradicional, Intensiva e Integrada, no ano de 2004............................................77
TABELA 35 - Índices produtivos e econômicos referentes ao ano de 2004, nas propriedades
Tradicional, Intensiva e Integrada.............................................................................................78
TABELA 36 - Custos e despesas no ano de 2004, expressos em valores totais e em R$ por
hectare das propriedades em estudo..........................................................................................79
TABELA 37 - Demonstrativo dos resultados para a atividade pecuária de corte, no ano de
2004, nas propriedades Tradicional, Intensiva e Integrada.......................................................81
TABELA 38 - Demonstrativo de resultados do estudo de caso e das simulações feitas para a
propriedade tradicional.............................................................................................................88
TABELA 39 – Percentual de descarte, quilos produzidos por hectare e receita total, em reais,
encontrados no estudo de caso e nas simulações, para a propriedade
Tradicional................................................................................................................................89
TABELA 40 - Demonstrativo de resultados do estudo de caso e das simulações feitas para a
propriedade Intensiva................................................................................................................91
TABELA 41 - % de descarte, quilos produzidos por hectare e receita total, em reais,
encontrados no estudo de caso e nas simulações, para a propriedade Intensiva.......................92
TABELA 42 - Demonstrativo de resultados do estudo de caso e das simulações, na
propriedade Integrada...............................................................................................................94
TABELA 43 - Percentual de descarte, quilos produzidos por hectare e receita total, em reais,
encontrados no estudo de caso e nas simulações, para a propriedade Integrada......................95
12
TABELA 44 - Resultado da atividade em reais por hectare nas simulações e a variação
percentual, dos resultados, em relação ao resultado encontrado na simulação do rebanho
estabilizado das propriedades tradicional, intensiva e integrada..............................................97
TABELA 45 - Resultado do produto em reais por hectare nas simulações e a variação
percentual, dos resultados, em relação ao resultado encontrado na simulação do rebanho
estabilizado das propriedades tradicional, intensiva e
integrada....................................................................................................................................98
LISTA DE ANEXOS
ANEXOS................................................................................................................................108
ANEXO I - QUESTIONÁRIO PREENCHIDO JUNTO AOS
PROPRIETÁRIOS..................................................................................................................109
ANEXO II - TABELAS DE DEPRECIAÇÃO.....................................................................114
ANEXO III – SIMULAÇÕES...............................................................................................118
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................17
CAPITULO 1 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................18
1.1 . Etimologia e história da pecuária – bovinocultura......................................................18
1.2. Bovinocultura na Brasil e no Rio Grande do Sul..........................................................20
1.3. Preço das terras................................................................................................................24
1.4. Ambiente atual.................................................................................................................25
1.5. Busca de produtividade...................................................................................................26
1.6. Uso da modelagem e softwares.......................................................................................29
CAPITULO 2 – MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................33
2.1. Material.............................................................................................................................33
2.2. Métodos.............................................................................................................................33
2.2.1. Obtenção dos dados e parâmetros avaliados...................................................................33
2.2.2. Aplicação e descrição do funcionamento da planilha.....................................................34
CAPITULO 3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................38
SUB-CAPITULO 1 – DESCRIÇÃO DAS PROPRIEDADES............................................39
1.1. Propriedade ciclo completo tradicional.........................................................................39
1.1.1. Utilização das terras........................................................................................................39
1.1.2. Composição do rebanho..................................................................................................40
1.1.3. Manejo do rebanho..........................................................................................................41
1.1.4. Técnica de sanidade........................................................................................................44
1.1.5. Disponibilidade de minerais............................................................................................45
1.1.6. Receita bruta anual..........................................................................................................46
1.1.7. Mortalidade geral............................................................................................................47
1.1.8. Mão-de-obra....................................................................................................................47
1.1.9. Custos e despesas............................................................................................................48
1.1.10. Descrição das benfeitorias e maquinários.....................................................................48
1.1.11. Demonstrativo de resultado da propriedade..................................................................49
1.2. Propriedade ciclo completo intensivo.............................................................................50
1.2.1. Utilização das terras........................................................................................................50
1.2.2. Composição do rebanho..................................................................................................51
1.2.3. Manejo do rebanho..........................................................................................................53
1.2.4. Custo de formação das pastagens....................................................................................54
1.2.5. Área de pastagens e lotação............................................................................................55
1.2.6. Técnicas de sanidade.......................................................................................................56
1.2.7. Disponibilidade de minerais............................................................................................57
1.2.8. Receita bruta anual..........................................................................................................57
1.2.9. Mortalidade geral............................................................................................................58
1.2.10. Custos e despesas..........................................................................................................58
1.2.11. Descrição das benfeitorias e maquinários.....................................................................59
1.2.12. Demonstrativo de resultado da propriedade..................................................................59
1.3. Propriedade ciclo completo integrada............................................................................60
1.3.1. Utilização das terras........................................................................................................61
1.3.2. Composição do rebanho..................................................................................................61
1.3.3. Manejo do rebanho..........................................................................................................62
1.3.4. Custo de formação das pastagens....................................................................................65
1.3.5. Área de pastagens e lotação............................................................................................67
1.3.6. Técnicas de sanidade.......................................................................................................67
1.3.7. Disponibilidade de minerais............................................................................................68
1.3.8. Receita bruta anual..........................................................................................................68
1.3.9. Mortalidade geral............................................................................................................70
1.3.10. Custos e despesas..........................................................................................................70
1.3.11. Custo das lavouras........................................................................................................71
1.3.11.1. Lavoura de arroz irrigado...........................................................................................71
1.3.11.2. Lavoura de soja..........................................................................................................72
1.3.12. Descrição das benfeitorias e maquinários.....................................................................73
1.3.13. Demonstrativo de resultados da propriedade................................................................73
SUB-CAPITULO 2 – COMPARATIVO ENTRE AS PROPRIEDADES.........................75
2.1. Classificação do rebanho e lotação.................................................................................75
2.2. Receita bruta anual..........................................................................................................77
2.3. Índices de produtividade.................................................................................................78
2.4. Custos e despesas..............................................................................................................79
2.5. Demonstrativo de resultados das propriedades............................................................81
SUB-CAPITULO 3 – SIMULAÇÕES...................................................................................83
3.1. Simulações da propriedade tradicional..........................................................................87
3.2. Simulações da propriedade intensiva.............................................................................90
3.3. Simulações da propriedade integrada............................................................................94
SUB-CAPITULO 4 – COMPARATIVO DAS SIMULAÇÕES.........................................97
CAPITULO 4 – CONCLUSÕES.........................................................................................101
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................103
ANEXOS................................................................................................................................108
INTRODUÇÃO
No Estado do Rio Grande do Sul (RS), a pecuária bovina já foi responsável por 60%
do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho, no entanto, atualmente colabora com apenas 6%. Este
valor é praticamente irrisório para uma atividade que ocupa cerca de 37% da área do Estado,
segundo dados do Ministério da Agricultura (1996) e IBGE (1996). A atividade bovinocultura
de corte vive um período de incertezas e desvalorização, no qual proprietários de terra
dedicados exclusivamente à pecuária e que possuem um patrimônio razoável, em relação à
média da população, não conseguem gerar renda satisfatória, para o seu sustento.
Quando se compara o rebanho bovino brasileiro e o gaúcho, desde 1996 até as
projeções de 2005, observa-se que, enquanto o rebanho brasileiro teve um crescimento de
7,9%, o gaúcho apresentou uma diminuição de 7,3%, aproximando-se de 12,1 milhões de
cabeças, segundo o Anuário da Pecuária Brasileira (ANUALPEC, 2005). Conforme Buvinich
(1989), devido ao esgotamento da fronteira agrícola, a pecuária se vê envolvida num processo
de estagnação e, enquanto novos caminhos não são encontrados para o aumento da
produtividade com a utilização de tecnologias economicamente viáveis, esta se torna como
um freio no crescimento econômico do Estado, pois ao não aumentar a renda e a produção,
acarreta efeitos diretos e indiretos na economia, impedindo que os setores que com ela se
relacionam possam expandir-se.
O aumento da produtividade, com o uso de tecnologias pode ser uma saída para
aumentar a receita bruta de uma propriedade, mas não necessariamente para aumentar a
lucratividade. A integração, através de parcerias ou de forma particular, lavoura-pecuária
pode ser mais uma alternativa para se viabilizar a bovinocultura de corte. Entretanto, esta
opção nem sempre é possível. Por outro lado, um controle rígido dos custos de produção e um
aproveitamento adequado dos bens a disposição podem contribuir para aumentar as chances
de sucesso da atividade.
A análise econômica é uma ferramenta fundamental para o produtor na tomada de
decisão, pois permite avaliar o impacto econômico de novas tecnologias no sistema de
produção, com melhor utilização dos recursos disponíveis. Segundo Bonaccini (2004),
conhecer informações como o custo de produção, a relação custo/benefício de cada
investimento e ter uma visão estratégica das tendências de mercado, aliada a um planejamento
estratégico dentro dos sistemas de produção, serão a diferença entre os produtores que irão
permanecer na atividade pecuária e os que sairão do mercado.
18
Dentre os sistemas de produção com bovinos de corte, destacam-se aqueles produtores
que optam pelo ciclo completo (cria, recria e terminação) ou por apenas uma ou duas destas
fases ou ainda, aqueles que adotam sistemas integrados com lavoura. No presente trabalho,
escolheu-se avaliar o sistema de produção ciclo completo, integrado ou não à lavoura por ser
o de maior representatividade no Rio Grande do Sul. Para isso realizou-se um estudo de
multicaso em três propriedades com diferentes sistemas de produção, objetivando-se analisar
a rentabilidade atual, verificar os itens que mais participam nos custos de cada propriedade,
comparar os resultados entre os diferentes sistemas de produção, simular novas situações com
diferentes índices produtivos, identificar os pontos que limitam a lucratividade e sugerir
alternativas para aumentar a rentabilidade.
O trabalho está dividido em 4 (quatro) capítulos. O capítulo 1, no qual consta a revisão
bibliográfica, apresenta a etimologia e história da bovinocultura, seguido de um comparativo
entre a bovinocultura no Brasil e no Rio Grande do Sul. Relata as mudanças no ambiente
atual, a busca por produtividade e o uso da modelagem e softwares no auxílio da tomada de
decisão.
O capítulo 2 descreve o material e os métodos utilizados na realização deste estudo. O
capítulo 3 apresenta os resultados e as discussões. Este capítulo está dividido em quatro sub-
capítulos: 3.1. Descrição das propriedades e dos resultados observados no estudo de
multicaso; 3.2.Comparativo entre as propriedades, levando-se em conta os dados descritos no
capítulo 1; 3.3.Simulações para novos índices de produção e ciclos de produção nas três
propriedades; 3.4.Comparativo entre os resultados encontrados nas simulações. E por último,
no capítulo 4, estão as conclusões obtidas frente ao estudo.
CAPÍTULO 1 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.1. Etimologia e história da pecuária - bovinocultura
De acordo com Wikipédia (2005), a pecuária é uma atividade anterior à agricultura,
tratando-se na verdade de aperfeiçoamento dos caçadores-coletores que já existiam, desde
cerca de 100.000 anos atrás, que primeiro aprenderam a aprisionar os animais para estocá-los
vivos para posterior abate, e depois perceberam a possibilidade de administrar-lhes a
reprodução. Pecus quer dizer "cabeça de gado ". É a mesma raiz latina de "pecúnia" (moeda,
dinheiro). Isto reflete o fato de que já, na antiga Roma, os animais criados para abate também
eram usados como reserva de valor econômico. A criação de gado é uma das mais velhas
profissões conhecidas.
No Brasil a pecuária, em especial a bovinocultura, passou da atividade de subsistência
à liderança mundial, segundo o site da Independência Alimentos (2005). O início da pecuária
brasileira se confunde com a colonização brasileira. No começo, quando funcionava como
atividade de subsistência das fazendas, vilas e cidades litorâneas, não se imaginava que, cinco
séculos mais tarde, transformar-se-ia num dos pilares econômicos do Brasil. A distribuição da
pecuária para o interior do País seguiu os caminhos da cultura canavieira, se deslocando do
litoral em direção às minas gerais, à região centro-oeste e para os sertões nordestinos. Mais
tarde, no século XVIII, com a colonização da região sul, a pecuária bovina atinge o Rio
Grande do Sul, ocupando a última estância que restava para a propagação da atividade que,
além do fornecimento do leite às famílias, contribuía com o abastecimento de proteína com a
carne salgada e o couro para a confecção de vestimentas e acessórios na lida do dia-a-dia
(INDEPENDÊNCIA ALIMENTOS, 2005).
No Rio Grande do Sul, o crescimento das Missões Jesuítas, agregando índios a sua
volta, determinou a introdução da atividade pecuarista, de forma extensiva, geralmente com o
gado solto nas pradarias, com o objetivo de alimentação, conforme Recco (2005). Dessa
maneira a região passou a oferecer dois atrativos para os forasteiros: o índio que seria
escravizado e o gado. As Missões acabaram desmanteladas, mas deixaram um legado que, por
muito tempo, seria a base da economia gaúcha: os grandes rebanhos de bovinos e cavalos,
criados soltos pelas pradarias.
20
1.2. Bovinocultura no Brasil e no Rio Grande do Sul
O Brasil é o único país do mundo com capacidade de expansão da sua área
agricultável da ordem de 90 milhões de hectares ou mais, sem interferir nas florestas ou
matas, por isso é considerado a última fronteira agrícola do mundo. Possui o maior rebanho
bovino comercial e é, desde 2003, o maior exportador, em volume, de carne bovina do
mundo, conforme Cohen (2005). As exportações brasileiras de carne bovina cresceram mais
de 200% entre os anos de 2000 e 2004. Só no primeiro bimestre de 2005 atingiu a marca de
US$ 381 milhões e o principal desafio para o setor é a geração de renda.
Ferraz e Lopes (2003) explicam que situações como a desvalorização do real frente ao
dólar, a maior sanidade do rebanho nacional, a organização da distribuição e o cenário
internacional favorável fizeram com que as exportações, em 2002, chegassem ao volume
recorde de 928 mil toneladas equivalente carcaça, tendo como destino 101 mercados,
confirmando que o crescimento das vendas externas é consistente.
A cadeia agroindustrial da carne bovina é muito diversificada, gerando empregos tanto
na produção, industrialização e comercialização, quanto em outros elos como o plantio de
grãos, armazenamento, transporte, etc. Cezar et al., (1996) relatam que o setor da pecuária de
corte ocupa um lugar de destaque na economia do País, faturando, aproximadamente, cerca de
13 bilhões de dólares e a ocupação de 7 milhões de pessoas, no ano de 1993.
Segundo ANUALPEC (2000), a criação de bovinos para corte no Brasil ocorre nas
diversas regiões do País sob variadas condições de solo, clima, vegetação e raças, costumes e
tecnologias. Estes fatores influenciam no uso de tecnologias e desempenho produtivo. Com
um rebanho estimado de mais de 160 milhões de cabeças, conforme o ANUALPEC (2003),
os índices de produtividade são considerados baixos; enquanto México e Ucrânia, por
exemplo, tem 42 e 47% de taxa de abate, respectivamente, o Brasil tem apenas 24,2%,
embora este índice tenha aumentado em 15,2% nos últimos 10 anos.
Na Tabela 1, Zimmer e Euclides Filho (1997), demonstram os índices de
produtividade do rebanho nacional.
21
Tabela 1- Índices de produtividade do rebanho nacional
Parâmetros Média Nacional
Natalidade (%) 60
Mortalidade até a desmama (%) 8
Taxa de desmama (%) 54
Mortalidade pós-desmama (%) 4
Idade na primeira cria (meses) 48
Intervalo entre partos (meses) 21
Idade no abate (meses) 48
Taxa de desfrute (%) 17
Peso de carcaça (Kg) 200
Rendimento de Carcaça (%) 53
Lotação de pastagem (UA/ha) 0,9
Produção de carne (Kg/ha/ano) 30
Fonte: Zimmer & Euclides Filho (1997).
Após ter atingido o recorde de 176 milhões de cabeças, o rebanho bovino brasileiro
interrompe uma série de sete anos de crescimento (15,7%) e termina o ano de 2004 com uma
diminuição de 3,5%. Segundo Nehmi (2005), o período de crescimento foi sustentado por
um ciclo de alta mais longo que o normal, iniciado com a escassez de bezerros, conseqüência
dos grandes abates de matrizes de 1995 e 1996 e seguiu-se com uma explosão nas
exportações. A partir de 2003, a agricultura de grãos, principalmente soja, cana e
reflorestamento começaram a atravessar um período de alta rentabilidade, aliada a baixa
rentabilidade da cria e as boas taxas de reposição dos bovinos que levaram a um nível recorde
de abate de matrizes. Com isso, reduziu-se o estoque das fêmeas em 4 milhões e o rebanho em
6 milhões de cabeças.
O rebanho bovino gaúcho, após anos estabilizado em 13,0 milhões, chegou a atingir,
no ano de 2002, 13,7 milhões e estima-se que em 2005 fique em 12,1 milhões de cabeças, ou
seja, uma diminuição de 13,2%. A taxa de abate de fêmeas, no Rio Grande do Sul, nos
últimos dois anos foi a maior dos últimos 10 anos, sendo uma das maiores do Brasil, segundo
dados do ANUALPEC 2005.
Quando se compara o rebanho bovino brasileiro e o gaúcho desde 1996 até as
projeções de 2005, conforme ANUALPEC (2005), constata-se que o rebanho brasileiro teve
um crescimento de 7,9% e o gaúcho uma diminuição de 7,3%, demonstrado nas figuras a
seguir.
22
Fonte: Anualpec 2005
Figura 1Evolução do rebanho bovino brasileiro, em milhões de cabeças, de 1996 a 2005
1
.
Fonte: Anualpec 2005
Figura 2Evolução do rebanho bovino gaúcho, em milhões de cabeças, de 1996 a 2005
2
.
1
O ano de 2005 é uma projeção
2
O ano de 2005 é uma projeção
140
145
150
155
160
165
170
175
180
1996
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Milhões de Cabeças
11,0
11,5
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Milhões de Cabeças
23
É importante ressaltar que existem poucos dados e muitas divergências sobre o total
do rebanho bovino brasileiro. Segundo o MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (2005) o total
de cabeças, em 2003, era de 195,55 milhões e de 14,58 milhões para o Brasil e para o Rio
Grande do Sul, respectivamente, diferindo bastante dos resultados encontrados no
ANUALPEC 2005, descritos nos figuras 1 e 2. Entretanto, se for analisado o crescimento nos
últimos 10 anos, segundo o MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (2005), o rebanho Brasileiro
cresceu 23,6% e o gaúcho ficou estável. Analisando o crescimento por região, de 1994 a
2003, a região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) cresceu 6,0% e a região
Centro Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal) cresceu 30,8%.
Com base nestes dados, verifica-se que a tendência da pecuária de corte é se deslocar para
regiões com melhores possibilidades de produção e com menores valores do preço da terra,
diminuindo assim os custos de produção e o capital investido.
Confirmando esta análise, o IBGE divulgou, no dia 06 de dezembro de 2005, a
distribuição espacial do rebanho de bovinos do Brasil. Dos dez principais municípios
detentores de rebanhos bovinos, oito estavam na Região Centro-Oeste do país: cinco no Mato
Grosso do Sul e três no Mato Grosso. Destacaram-se também os municípios de São Félix do
Xingu, o segundo maior, e Marabá, o nono, demonstrando o crescimento e o ganho de
importância da pecuária no estado do Pará.
24
Fonte: IBGE.2005.
Figura 3 - Distribuição espacial do rebanho de bovinos, com destaque para os dez principais
municípios – Brasil – 2004
1.3. Preço das terras
Segundo Ferraz; Pusch e Lopes (2005), com base no levantamento sistemático e
contínuo dos preços das terras Brasileiras, empreendido pelo Instituto FNP (IFNP), de março
de 2002 a fevereiro de 2005, a valorização média das terras no Brasil chegou a 111%, muito
acima da inflação do período (53,16%). No entanto, de março de 2004 a fevereiro de 2005,
não passou de 2% (inflação de 10,86%).
No Rio Grande do Sul a valorização média das terras nos últimos 36 meses foi de
139%, sendo que em algumas regiões do Estado houve valorização de 528% no mesmo
período. As menores cotações foram registradas para terras de campo nativo, utilizadas para a
25
pecuária de corte, na região de Uruguaiana/RS, onde valem, em média, R$ 2.295,00 por
hectare (FERRAZ; PUSCH e LOPES 2005, p.289.).
O ANUALPEC (2005) selecionou oito regiões no Brasil para compor o ranking das
áreas de maior potencial de lucro em investimento na pecuária de corte, e nenhuma delas está
localizada no Rio Grande do Sul. Uma das justificativas para a escolha é por se tratar de terras
ainda relativamente baratas e que beneficiarão, muito provavelmente, de um movimento mais
intenso de valorização das terras adequadas para a pecuária. Interpreta-se este movimento
como efeito indireto da expulsão da atividade em outras regiões. Nestas oito regiões
selecionadas, os preços médios variam de R$ 227,00 a R$ 1.600,00 por hectare de pastagem,
bem menores que os descritos para a região de Uruguaiana/RS, que foram considerados as
menores cotações no Estado.
1.4. Ambiente atual
O ambiente mundial tornou-se, nas últimas décadas, palco de profundas e rápidas
mudanças, conforme Lemes (2001). No cenário econômico, o dinamismo no nível de
competitividade entre empresas, os avanços tecnológicos, associados à geração de incertezas
políticas e econômicas e os questionamentos dos hábitos de vida e dos valores, impõem às
organizações decisões rápidas, racionais e acertadas, exigindo uma visão empresarial que
deve ir além da iniciativa de colocar um produto no mercado com retornos imediatos.
Desde a década de 70, segundo Doll e Vonderembse (1991), observaram-se crescentes
e rápidas alterações na sociedade. Para eles, as principais transformações estão identificadas
como a crescente competição global, fragmentação e pulverização de mercado, além da
recomposição da escala de produção com orientação focada ao cliente. Os empreendimentos
comerciais têm que atender essas mudanças para incrementar seus negócios.
Zeni (2001) descreve que são grandes as mudanças na economia mundial
principalmente a partir dos anos 80, no sentido da consolidação da globalização, constituindo
assim um novo ambiente econômico. A globalização altera significativamente as relações
econômicas e estas mudanças têm provocado uma rápida transformação das estruturas
produtivas no sentido da adaptação ao novo cenário competitivo, obrigando as empresas a
terem em vista as tendências mundiais de demanda para não ficarem isoladas do mercado
onde atuam ou pretendem participar.
Com a globalização, as empresas dos vários setores da economia, inclusive do setor
primário, foram forçadas a aumentar sua produtividade para se manter e atender as exigências
26
do mercado. Conforme Coutinho e Ferraz (1993) para sobreviver nesse mercado, empresas e
governos devem buscar melhor competitividade empresarial, que é a capacidade de as
empresas formularem e implantarem estratégias que lhes permitam conservar uma posição
sustentável e duradoura no mercado. Schwaninger (1998) afirma que à medida que o meio
ambiente se torna mais complexo, a inteligência organizacional no sentido de previsão,
adaptabilidade e aprendizagem, torna-se cada vez mais crítica para que um sistema social
possa sobreviver e desenvolver-se. Nenhum negócio, em longo prazo, é capaz de sobreviver
se não for lucrativo. O lucro é um pré-requisito para manter o investimento e a essência de
uma empresa.
Nantes e Scarpelli (2001) descrevem que com a globalização dos mercados de
alimentos e fibras, as margens de lucro no agronegócio ficaram cada vez mais estreitas; aliada
a crise dos mecanismos tradicionais de política agrícola, a partir da década de 90, as
propriedades rurais foram forçadas a encontrar um novo posicionamento, buscando uma
agropecuária moderna com redução dos custos de produção e busca por faturamento.
Entretanto, ainda convivem, lado a lado, empreendimentos rurais destinados apenas à
manutenção familiar e empreendimentos modernos economicamente saudáveis e tecnificados.
Em recente trabalho a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em
parceria com o programa Juntos para Competir, SEBRAE, SENAR e FARSUL, diagnosticou
uma realidade nada animadora para a pecuária gaúcha. Um produtor sem visão empresarial,
utilizando manejo inadequado e com resultados pífios é o retrato da média dos pecuaristas
gaúchos. Para o coordenador do trabalho, professor Carlos Nabinger, uma das raízes da crise
está na postura do criador. Relata que 51,9%, dos produtores, diz criar por tradição ou
satisfação, não tendo objetivos econômicos como motivação (ZERO HORA, 2005, p.5).
1.5. Busca da produtividade
A busca de competitividade, através do aumento de produtividade, nem sempre tem
sido sinônimo de lucratividade, e empresas rurais, sem metas definidas, na ânsia de serem
produtivas acabaram esquecendo que deveriam ser lucrativas também. Em muitas situações,
se atualmente estão no mercado é porque tiveram que se descapitalizar para continuar
operando. Enquanto alguns empreendimentos rurais aumentaram a produtividade a qualquer
preço, outros continuam com os mesmos métodos e índices de 50 anos atrás e,
provavelmente, também se descapitalizando em prol de continuar operando. Nantes (1997)
ressalta que em tempos de crédito fácil, como o que ocorreu até meados da década de 80, o
27
produtor rural não se via pressionado a desenvolver sua eficiência profissional. O domínio das
técnicas agropecuárias era, em tempos passados, suficiente para manter a produtividade num
nível aceitável, proporcionando uma lucratividade atraente ao produtor. Atualmente é bem
diferente. Já não basta só produzir, é necessário saber o que, como e quando produzir e
principalmente, como e quando vender.
Para Costa et al., (2005), aumentar a quantidade e a qualidade de carne produzida, por
unidade de área, a um custo compensador é o grande desafio da pecuária de corte atual.
Contudo, para alcançar este objetivo, além do melhoramento genético, é necessário
intensificar o ciclo de produção, o que implica, normalmente, em manejos especiais que
geralmente envolvem custos adicionais. Encontrar o ponto de equilíbrio, dentro de um sistema
de produção, é de fundamental importância, pois assim pode-se ajustar o manejo conforme a
realidade da propriedade a fim de maximizar os resultados e lucros.
Diante de obstáculos cada vez maiores para obtenção de bons resultados é necessário
um gerenciamento cada vez mais eficiente. Santos, Marion e Segatti (2002) afirmam que o
sucesso do estabelecimento rural, atualmente, depende basicamente de seu grau de
gerenciamento, com habilidade técnica e administrativa para o aproveitamento racional dos
recursos à disposição, tais como: terra, máquinas, implementos, recursos humanos, infra-
estrutura e informações para tomada de decisões.
Jank (1997) relata que a administração profissional nas propriedades rurais deve, além
de executar um rígido controle das contas da propriedade, planejar as atividades a serem
implantadas e identificar as oportunidades de negócio. As duas primeiras características são
importantes para que as atividades do empreendimento rural possam ser melhores
aproveitadas. Segundo Sonaglio (2004), em um ambiente globalizado, a atuação da
administração, exige das organizações uma nova percepção, onde se torna necessário ver o
todo e não apenas as partes. As organizações para serem competitivas necessitam aprender a
competir com cooperação e com interação com o ambiente onde estão inseridas.
Tung (1990) ressalta a importância da administração nas propriedades rurais, que na
sua maioria, se caracterizam por baixas produções, má qualidade dos produtos, desperdícios
de recursos, especialmente mão-de-obra. A boa administração agropecuária preocupa-se com
métodos eficazes de controle e utilização dos recursos disponíveis, possibilitando a
maximização dos lucros.
Arbage (2000) comenta que uma correta elaboração dos custos de produção permite
uma leitura mais clara da realidade da atividade produtiva e possibilita um diagnóstico mais
preciso da real situação da propriedade frente aos diversos cultivos, culturas e explorações
28
desenvolvidas, possibilitando verificação da rentabilidade da atividade. Bruni e Famá (2002)
conceituam custos como os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de
outros bens ou serviços, portanto, estão associados aos produtos ou serviços produzidos pela
entidade. Diferente de despesas que correspondem à bem ou serviço consumido direta ou
indiretamente para a obtenção de receitas, não estando associadas à produção de um produto
ou serviço, como exemplo os gastos administrativos.
A contabilidade de custos, conforme Lawrence (1977), pode ser definida como o
processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de
operação de um negócio. Dessa forma, pode empregar os dados contábeis e financeiros para
estabelecer os custos de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os
produtos fabricados ou serviços prestados, objetivando alcançar uma operação racional,
eficiente e lucrativa.
Santos, Marion e Segatti (2002) escrevem que a contabilidade de custos responde
questões como: Qual a quantidade mínima que se deve produzir e vender para não se ter
prejuízo? Qual o produto é mais rentável para estimular sua produção? Qual o preço adequado
para cada produto? Sobre qual item de custos devemos exercer melhor controle? Como
reduzir custos? Entre outras.
A implantação de uma mentalidade administrativa, conforme Uecker & Braun (2003),
é necessária durante a transição da propriedade rural tradicional para empresa rural. Isto é, as
transformações devem iniciar pela mudança de postura e mentalidade do produtor rural. Suas
atitudes e comportamentos é que irão determinar a passagem de um sistema de produção
tradicional para um sistema moderno.
Para Nantes e Scarpelli (2001) um empreendimento rural tradicional é aquele em que
não existe flexibilidade na escolha do tipo de produção, que é, em geral, definida com base no
histórico familiar e regional, com equipamentos agrícolas rudimentares e produtividade
inferior a média, com baixa ou má utilização da tecnologia disponível e com decisões
estritamente empíricas, sujeitas a alto grau de incerteza. Já um empreendimento rural
moderno é aquele que apresenta equilíbrio entre seus aspectos de capacitação gerencial,
adequação tecnológica e desempenho econômico, estando alinhado com mercado consumidor
e suficientemente flexível para ajustar-se às novas demandas.
Lima et al., (2001) pressupõem que os produtores rurais adotam procedimentos
inadequados na administração de suas atividades, por isso, é necessário difundir um conjunto
de métodos e técnicas gerenciais “modernas” para que estes passem a tomar decisões mais
29
racionais. Consistiria no treinamento dos produtores para o uso de técnicas de controle
(contabilidade, registros agropecuários), de análise econômica, financeira e de planejamento.
A globalização dos mercados, consumidores mais exigentes, custos de produção mais
elevados, rentabilidade e acesso aos créditos cada vez menores, são algumas das alterações
ocorridas nas últimas décadas, que exigem do produtor uma maior capacidade de
administração e uma tomada de decisão bem fundamentada. Na intenção de colaborar com os
proprietários rurais, modelos e softwares estão sendo desenvolvidos, tendo como objetivo
principal simular novas alternativas de produção, possibilitando visualizar, em um curto
espaço de tempo, diferentes modos de produzir, bem como estimar os diferentes resultados.
1.6. Uso da modelagem e softwares
Se fosse criada uma fórmula para representar o que é sucesso, hoje, na exploração da
pecuária de corte, sem dúvida seria: tecnologia x produtividade = viabilidade econômica,
segundo Bonaccini, (1999). Assim, na busca de um ponto de equilíbrio entre produtividade,
tecnologia empregada e viabilidade econômica, que varia conforme o sistema de produção, é
que modelos, desenvolvidos em planilhas e/ou softwares, estão sendo criados para auxiliar o
produtor na tomada de decisão, ou seja, é o processo de modelagem das situações (LEMES,
2001, p.457; LOVATTO, 2002, p.29).
Cada um vê os objetos que nos envolvem de uma maneira diferente e os mobiliza
dentro de ações mais ou menos refletidas. Cada um usa implicitamente modelos dentro de
uma exploração permanente e, muitas vezes, automática do meio ambiente. Cada um tem uma
necessidade de lógica e de métodos dentro de suas relações com o mundo. A modelagem é,
portanto, muito mais presente do que imaginamos no cotidiano das pessoas (LOVATTO,
2002, p.9). Segundo o autor a modelagem é uma ferramenta de alto desempenho e baixo custo
destinada a auxiliar na tomada de decisão de trabalhos reais.
Conforme Berto (1997) é muito importante que os produtores e extensionistas tenham
maior controle sobre os fatores de produção e disponham de ferramentas adequadas para
avaliarem as alterações propostas aos sistemas. Já para a pesquisa é importante dispor de uma
ferramenta que simule o comportamento dos sistemas, de um lado para compreendê-los
melhor e de outro, para definir as lacunas do conhecimento atual e hierarquizar os problemas
a serem enfrentados. Isto só é possível com o desenvolvimento de modelos que simulem e
predigam os possíveis resultados de um sistema.
30
A utilização de modelos, além de auxiliar no processo de tomada de decisão, permite
descrever e compreender alguns dos processos que ocorrem dentro do sistema e as interações
entre seus componentes (BARRET & NEARING, 1998, p.2; BELLOTI, 2001, p.731).
A modelagem é uma técnica (ou ferramenta) que pode auxiliar o produtor no processo
de tomada de decisão, uma vez que permite a simulação de vários cenários e estimar a
repercussão dos diferentes cursos de ação sobre os sistemas de produção, segundo Medeiros,
(2003). As decisões operacionais, tanto quanto as de orientação ou estratégicas, condicionam
o sucesso do projeto global da unidade de produção. Elas têm conseqüências técnicas e
econômicas de curto, médio e longo prazo, à medida que determinam, em grande parte, os
resultados físicos e econômicos da unidade de produção. Decisões podem ser comparadas,
virtualmente, através da modelagem.
O uso da modelagem serve para analisar, previamente, o impacto que a adoção de uma
nova técnica trará ao sistema de produção, sendo assim, deve ser usada para apoiar o
desenvolvimento tecnológico e aumentar a performance destes. A tomada de decisões sobre
informações gerenciais claras e exatas afasta o empresário de investimentos inadequados,
deixando muito claro o que é modismo e o que é necessidade, e proporcionando à atividade
pecuária o profissionalismo que vai colocá-la nos padrões gerenciais dos nossos maiores
concorrentes. Revisões sobre modelos desenvolvidos para simular rebanhos e sistemas
pastoris são amplamente encontrados na literatura (CHUDLEIGH & CEZAR, 1982, p.274;
DENT et al., 1994, p.26; PÖTTER, 1997, p.5; HERRERO et al., 1998, p.501; SILVEIRA,
2002, p.96).
Conforme Cezar (1982b), os rendimentos econômicos dos sistemas de produção de
gado de corte são dependentes da utilização de pastagens, estratégias de implantação das
mesmas ou outros sistemas alimentares, além dos fatores de risco e do ambiente econômico
no qual o sistema opera. Daí a necessidade de avaliar o impacto físico e econômico da
introdução de tecnologias dentro do sistema como um todo.
Segundo Stuth et al. (1996), nos últimos dez anos, a disponibilidade de sistemas
computacionais para a produção animal tem crescido a uma taxa exponencial nos Estados
Unidos, principalmente por dois motivos: a) a redução dos custos computacionais e b) a
disponibilidade de informações. No Brasil, de acordo com o Guia de Softwares
Agropecuários, produzidos pelo Guia Agrosoft (1999), houve aumento de 54% na oferta de
softwares agropecuários em 1997 e 17% em 1999.
Devido à complexidade de investigar estratégias alternativas de manejo, pois a maior
parte da experimentação com sistemas de manejo é cara, prolongada e difícil em sistemas
31
reais, os pesquisadores têm usado como estratégia a simulação de sistemas. Para superar estas
dificuldades, são construídos modelos de simulação que representam, por exemplo, o
desenvolvimento de uma fazenda (CEZAR, 1982a; p.943).
Mielitz Netto (1979), através de simulações, comparou o efeito de mudanças efetuadas
na redução da idade de abate, acasalamento das fêmeas e aumento da taxa de natalidade,
concluiu que a redução da idade de abate de 4,5 para 2,5 anos seria equivalente a um aumento
da taxa de natalidade de 50 para 58%. Dentro destes limites, o autor declara ser o aumento da
taxa de natalidade o mais exeqüível, uma vez que valores até 60-65% são conseguidos
facilmente com um melhor manejo das fêmeas, sem implicar em muitos custos.
Pötter (1997), realizando análises econômicas de modelos de produção com novilhas
de corte primíparas aos dois, três e quatro anos de idade, concluiu que o sistema aos dois anos
é o que possui o custo variável mais elevado, o sistema aos três anos apresentou maior
margem bruta e ambos os sistemas (primíparas aos dois e três anos) apresentam melhores
resultados quando comparados ao sistema primíparas aos quatro anos.
Ferreira (2002) desenvolveu um modelo que simula o crescimento de novilhos em
pastoreio. Para isso leva em conta a disponibilidade inicial de forragem no começo do
pastoreio, crescimento da forragem, digestibilidade da forragem (%), época de pastoreio,
carga animal, peso vivo inicial, idade do animal e peso de venda. O modelo estimará a
evolução da disponibilidade da forragem durante o período, ganho de peso diário, produção
de carne em kg/ha durante o ciclo, número de dias necessários para a venda (ciclo de
produção), eficiência da utilização da forragem bem como a eficiência da conversão da
forragem em carne, entre outros. Segundo o autor, o modelo tem sido testado contra dados
experimentais de vários anos, lugares e tipos de pastagens diferentes e tem simulado
razoavelmente o crescimento esperado dos animais para valores de carga animal que variam
entre 0,8 e 2,5 Unidade Animal
3
por hectare em pastagens melhoradas ou cultivadas. Unidade
Animal (UA), segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
(2005), é a representação do rebanho de diferentes espécies e/ou idades em uma unidade
homogênea. Uma unidade animal corresponde a 450 kg de peso vivo.
Silveira (2002) relatando a integração sócio-bio-econômica através de modelos
matemáticos, na região sudoeste do estado do Rio Grande do Sul, classificou as informações
usadas pelo produtor como “natural”, aquelas baseadas em experiências, informações e
conhecimento e que são adaptadas à novas circunstâncias para resolução dos seus problemas,
3
UA- Unidade Animal.
32
e “simuladas”, aquelas baseadas em dados científicos quantitativos. Com base nestes dois
tipos de informações conjuntamente, o Modelo Integrado de Decisão (MID) - protótipo
desenvolvido em SB-ModelMaker, pergunta ao produtor (agente de decisão) sobre decisões a
serem tomadas e fornece informações econômicas e biológicas da propriedade (unidade de
produção). O autor conclui que os resultados simulados demonstram a importância de
considerar as unidades de produção, pois os sistemas de produção são únicos e que respondem
diferentemente às alternativas propostas, pois o agente de decisão é um ser único com sua
crença e cultura.
Costa (2002) na intenção de permitir uma análise econômica, das alternativas
produtivas dentro de um sistema de produção de bovinos de corte, proporciona ao usuário a
identificação de opções que mais satisfaçam ao interesse do produtor. O autor desenvolveu
um modelo que considera três etapas, nos seus dados de entradas (imputs): na primeira, é feita
uma descrição detalhada da propriedade; na segunda, é caracterizado o manejo do rebanho; e,
na terceira, são detalhados os custos inerentes ao processo. Na saída (outputs), o modelo
permite visualizar os dados de receita por categoria, despesas de cada item isoladamente,
produtividade, insumos necessários ao sistema, bem como o resultado líquido do ano e como
este se comportaria em função da variação da taxa de natalidade do sistema de produção.
No Brasil, a experiência na utilização de modelos matemáticos de simulação para a
análise de sistemas de cria, em bovinos de corte, é crescente segundo Abreu e Amstalden
(2004). A modelagem é uma ferramenta que tende, cada vez mais, a estar presente na vida de
qualquer produtor que olhe para o seu negócio com visão empresarial, deixando o
amadorismo de lado. Diagnosticar os pontos que devem ser atacados dentro de um sistema de
produção, para que se possa aumentar a produtividade e rentabilidade da atividade, passa a ser
bem mais fácil com a ajuda de modelos de simulação e, o que gastaria muito tempo e dinheiro
para se obter um determinado resultado, na prática, passa a ser obtido virtualmente através de
simulações, de maneira rápida e confiável, servindo de mapa para as decisões a serem
tomadas.
CAPÍTULO 2 - MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Material
A obtenção dos dados para o desenvolvimento deste trabalho foi realizada através de
um estudo de multicaso em propriedades com atividade centrada na pecuária de corte, com
ciclo completo, com diferentes sistemas de produção, objetivando avaliar aqueles
correntemente utilizados no Rio Grande do Sul. Foram escolhidas três propriedades com as
seguintes características:
Propriedade 1: Ciclo completo com sistema de produção tradicional (abate e entoure com no
mínimo 3 anos de idade);
Propriedade 2: Ciclo completo com sistema de produção mais intensivo (abate e entoure com
no máximo 3 anos de idade);
Propriedade 3: Ciclo completo que possua área explorada com a agricultura de forma
significativa e utilize esta área no manejo da bovinocultura, ou seja, sistema de produção
integrado com a lavoura.
2.2. Métodos
2.2.1. Obtenção dos dados e parâmetros avaliados
As propriedades em estudo estão localizadas na Depressão Central do Estado do Rio
Grande do Sul. A coleta dos dados foi realizada através de visitas às propriedades, onde foram
feitas entrevistas e apontamentos junto aos proprietários. Paralelamente, foi aplicado um
questionário (Anexo I) que foi preenchido em conjunto com os proprietários. Neste período
foram realizadas as seguintes atividades:
1- Acompanhamento parcial do processo de produção e manejo;
2- Contagem e pesagem de amostras das categorias animais existentes no final do ano de
2004;
3- Levantamento dos imóveis, valor dos bens novos e vida útil;
4- Levantamento dos bens móveis, valor dos bens novos e vida útil;
5- Levantamento dos custos e despesas ocorridos durante o ano de 2004;
6- Estimativa do total de cercas fixas existentes na propriedade;
7- Levantamento das vendas de animais através de anotações dos proprietários e conferindo
com o bloco de produtor;
34
8- Levantamento das compras de animais, na ocorrência de tal prática;
9- Estimativa das mortes de animais.
As visitas, entrevistas e apontamentos foram realizados durante o segundo semestre de
2004 e primeiro semestre de 2005.
Os imóveis foram descritos e avaliados conforme a opinião de valor do proprietário e
do entrevistador. Os valores dos bens novos foram pesquisados em revendas da região central
do Estado do Rio Grande do Sul.
Após feitas as observações das características físicas da propriedade, da composição
do rebanho, do manejo utilizado, das vendas e gastos referentes ao ano de 2004, foram
calculados os valores de receita bruta, produção e venda de Peso Vivo (PV
4
), % de descarte,
custos e despesas do processo produtivo, bem como, o custo do quilo de PV produzido, o
resultado do produto e o resultado da atividade pecuária de corte, nas três propriedades. No
resultado do produto não levam-se em conta as despesas e depreciações administrativas, ou
seja, é considerado apenas o produto que é os bovinos de corte. No resultado da atividade
consideram-se as despesas e depreciações administrativas, ou seja, tem-se o resultado da
atividade bovinocultura de corte como um todo.
Os resultados foram transformados em reais por hectare (R$/ha) de área ocupada com
pecuária e analisados por métodos comparativos.
2.2.2. Aplicação e descrição do funcionamento da planilha
Desenvolveu-se uma planilha no Microsoft Excel com a finalidade de simular a
evolução de um rebanho ciclo completo, com todas as atividades e técnicas necessárias para
implantação do sistema produtivo de ciclo completo no decorrer de um ano.
A planilha desenvolvida tem o seguinte princípio de funcionamento: Através da área
total ocupada com pecuária e a carga animal média encontrada em cada propriedade, em
Unidade Animal por hectare (UA/ha), calcula-se a quantidade total de peso vivo que a
propriedade pode suportar. Este resultado, associado ao sistema de produção utilizado em
cada propriedade, ou que se queira trabalhar, junto com a taxa de natalidade e com a taxa de
mortalidade média, estima-se a composição do rebanho estratificado nas diferentes categorias
animais.
A partir do momento que se tem o número de animais calculados e divididos nas suas
respectivas categorias, estimam-se os custos de manejo e o total de vendas que poderão ser
4
PV- Equivale a Peso Vivo.
35
feitas no decorrer do ano, sempre com o objetivo de manter o rebanho estabilizado, ou seja,
mesmo estoque de PV. Tendo a estimativa das vendas anual, multiplica-se pelo valor de
mercado (o valores utilizados foram os mesmos encontrados no estudo de multicaso) de cada
categoria para obter uma projeção da receita total anual, bem como o total de quilogramas
produzidos e demais índices que se deseje calcular.
A planilha parte do pressuposto que o produtor mantenha sempre a mesma carga
animal de um ano para o outro, ou seja, não aumente e nem diminua o seu estoque de
quilogramas de PV na propriedade, e conseqüentemente de capital.
Os gastos são estimados da seguinte forma:
a) Uso do Campo: informa-se o valor pago, em reais. Se o campo for próprio o custo será
lançado como custo de oportunidade do capital investido, considerado de 12% ao ano, e
será utilizado para o cálculo do ponto de equilíbrio econômico;
b) Funcionários: informa-se os valores encontrados no estudo de caso de cada propriedade;
c) Pastagens: informa-se o custo total de 1 (um) ha de pastagem. Com base neste valor,
aliado a categoria animal que se quer alimentar e a lotação utilizada, estima-se a área
necessária de pastagem que deverá ser feita, bem como os custos no decorrer do ano, para
cada categoria animal;
d) Depreciação dos Touros: é calculada para os touros presentes no rebanho, com exceção
para a propriedade intensiva que terceiriza este serviço alugando os touros necessários. O
cálculo da depreciação anual dos touros segue a fórmula a seguir, onde o valor investido,
o valor residual e a vida útil foram considerados os mesmos encontrados no estudo de
multicaso ou informados pelo proprietário.
Depreciação Anual/Touro = Valor Investido – Valor Residual (1)
Vida Útil
e) Silagem: é informado o custo em R$/tonelada, devendo estar incluído os gastos inerentes
ao processo de produção desde o plantio até o seu armazenamento. A partir deste dado,
conforme as especificações dos animais, estima-se o consumo com objetivo de atender as
exigências nutricionais. Para isso são utilizadas informações existentes no software,
Nutricampo Ração Bovina, específico para a formulação de dietas balanceadas,
(GONÇALVES e SACCOL, 2004) e calcula-se o gasto com a alimentação para cada
categoria animal.
36
f) Uso de suplementos: informam-se a quantidade ofertada por animal por dia, o preço do
quilograma e a quantidade de dias que são suplementados.
g) Técnicas de Sanidade: são estimados os gastos a partir do custo dos produtos que foram
utilizados no estudo de multicaso, bem como as quantidades usadas;
h) Sal: a partir do consumo, em kg/UA/ano, e do preço encontrado no estudo de multicaso,
estimam-se o custo e o consumo total anual.
Depois de estimados a receita anual e os gastos anuais (os custos com depreciações, as
depreciações administrativas e as despesas administrativas são consideradas sempre as
mesmas encontradas no estudo de multicaso) são calculados os resultados do produto e da
atividade, bem como, o custo do quilograma de PV produzido, o ponto de equilíbrio
econômico (PEE) e o ponto de equilíbrio contábil (PEC) dos diferentes sistemas de produção.
O ponto de equilíbrio contábil (PEC) no estudo de multicaso e de cada simulação é
calculado levando-se em conta o preço médio de venda, do quilograma de PV, bem como os
custos fixos e variáveis.
Conforme Bruni e Famá (2002), o PEC é a representação do volume de vendas, em
unidades (kg) ou reais (R$), necessário para cobrir todos os custos e no qual o lucro é nulo.
No PEC tem-se que o lucro é igual a zero, ou, as receitas totais são iguais aos gastos totais.
Considerando o valor da terra de R$ 2.295,00/ha, valor encontrado no ANUALPEC
2005 como sendo o mais barato no Rio Grande do Sul, e uma remuneração sobre o capital de
12% ao ano, pode-se estimar o total a ser produzido ou descartado, em cada tipo de manejo na
propriedade tradicional, para que fosse alcançado o ponto de equilíbrio econômico (PEE).
Segundo Bruni e Famá (2002), o PEE demonstra a quantidade de vendas que a
empresa deveria obter para poder cobrir a remuneração mínima do capital próprio nela
investido, considerando valores de mercado. Neste caso, o lucro obtido deveria ser igual à
remuneração do capital próprio, denominado custo de oportunidade do capital próprio. Por
exemplo: tendo o produtor um investimento de capital próprio igual a R$ 1.000.000,00 (um
milhão de reais), terá de obter no mínimo R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) de lucro
para remunerar o custo de oportunidade do capital próprio.
A vantagem da planilha é avaliar, em segundos, o impacto que causa a implantação de
uma nova técnica de manejo na propriedade, ou seja, estima os resultados que esta traria em
termos de produtividade, perspectivas de receita e de retorno financeiro.
Após o preenchimento da planilha,baseando-se nas informações obtidas no estudo de
multicaso, simularam-se novas situações de produção (emprego de diferentes índices de
37
produtividade e diferentes ciclos de produção alcançando diferentes resultados econômicos),
identificando os pontos que estariam limitando a lucratividade.
Todas as simulações realizadas neste estudo estão apresentadas no Anexo III.
CAPÍTULO 3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados e as discussões estão divididos em quatro sub-capítulos:
Sub-capítulo 1: descrições das propriedades, com diferentes sistemas de produção, e dos
resultados encontrados no estudo de multicaso;
Sub-capítulo 2: comparativo entre as propriedades, levando-se em conta os dados descritos
no capítulo I, bem como algumas discussões inerentes aos dados comparados;
Sub-capítulo 3: simulações para novos índices e ciclos de produção nas três propriedades
com sistemas de produção diferentes;
Sub-capítulo 4: comparativo entre os resultados encontrados nas simulações.
SUB-CAPÍTULO 1 - DESCRIÇÃO DAS PROPRIEDADES
A seguir encontra-se um resumo dos dados observados no estudo de multicaso das
propriedades que serviram de base para o trabalho. As propriedades foram identificadas por
Tradicional, Intensiva e Integrada, conforme seu sistema de produção e manejo empregados.
1.1. Propriedade ciclo completo tradicional
Esta propriedade, assim como as outras, está situada na Depressão Central do Estado,
porém, com características de solo distintas das demais. Localiza-se junto a encostas de
cerros, em áreas com relevo fortemente ondulado e com solos, embora muito férteis, rasos e
pedregosos impedindo, na grande maioria da área, a mecanização.
Esta unidade de estudo, se caracteriza por desenvolver a prática da bovinocultura de
corte com um ciclo de produção bastante tradicional, ou seja, entoura as novilhas e abate os
novilhos com idades mais avançadas, acima dos três anos, e tem como fonte de volumoso
quase exclusivamente o uso do campo nativo. Segundo Freitas et al. (1976), o sistema
“tradicional” de exploração de bovinos de corte no Rio Grande do Sul, feito de maneira
extensiva, é caracterizado pela extrema dependência da qualidade e disponibilidade do campo
nativo, concentrando a sua produção basicamente no período estival, já que no inverno os
pastos cessam seu crescimento a partir das primeiras geadas, ficando pobres em energia e
proteína.
A sede, desta unidade de estudo, está localizada a 30 quilômetros da cidade de Jaguari,
por estrada vicinal. O proprietário mora na cidade e tem por hábito ir semanalmente visitá-la
permanecendo, em média, 5 (cinco) dias na propriedade.
1.1.1. Utilização das terras
A propriedade possui uma área total de 1.206 hectares, sendo estes utilizados da
seguinte forma, conforme a Tabela 2.
40
Tabela 2 - Utilização das terras, áreas ocupadas em hectares e percentual de participação.
Utilização Área (ha) % Participação
Campo Nativo 595 49,4
Pastagem Cultivada 5 0.4
Lavoura de soja 5 0,4
Lavoura de milho 5 0,4
Aguadas 15 1,2
Sede 5 0,4
Mato nativo 576 47,8
TOTAL 1.206 100,0
Fonte: elaboração própria, conforme dados coletados com o proprietário.
Na Tabela 2 observa-se a utilização da área da propriedade em estudo bem como o
percentual de participação. Como pode ser constatado na tabela anterior, 47,8% da área total é
composta por mato nativo, dificultando bastante o manejo dos bovinos.
As áreas de soja e milho existentes na propriedade são terceirizadas e o proprietário
recebe arrendamento que, às vezes é pago com prestação de serviço ou com o próprio grão.
1.1.2. Composição do rebanho
A distribuição das categorias animais e as respectivas quantidades de animais
presentes no rebanho analisado estão expressas na Tabela 3.
Tabela 3 -
Categorias animais, número de cabeças, total de unidades animais e o percentual de
participação de cada categoria animal, no início e no final do ano de 2004.
Discriminação Início de 2004 Final de 2004
Categorias UA Cabeças Total UA % Cabeças Total UA %
Matrizes 0,86
364
313,04 47,7
352
302,72 48,3
Touros 1,25
12
15,00 2,3
12
15,00 2,4
Bezerros 0,29
65
18,85 2,9
75
21,75 3,5
Bezerras 0,23
80
18,40 2,8
55
12,65 2,0
Novilhas 1-2 anos 0,46
88
40,48 6,2
73
33,58 5,4
Novilhas 2-3 anos 0,60
38
22,80 3,5
80
48,00 7,7
Garrotes 1-2 anos 0,51
76
38,76 5,9
58
29,58 4,7
Garrotes 2-3 anos 0,67
88
58,96 9,0
59
39,53 6,3
Garrotes + 3 anos 0,95
132
125,40 19,1
125
118,75 19,0
Bois Mansos 1,25
4
5,00 0,8
4
5,00 0,8
TOTAL 947 656,69 100,0 893 626,56 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor, com dados coletados junto ao proprietário.
41
Na Tabela 3, observa-se a composição do rebanho, em cabeças, e a carga animal, em
Unidade Animal (UA), ocupada por cada categoria animal. Observa-se que a propriedade
possui 947 animais, correspondendo 656,69 UA, no início de 2004 e 893 animais, ou seja,
626,56 UA, no final de 2004. A carga animal média foi de 641,62 UA ou 288.731 kg de peso
vivo animal que corresponde a uma média de 1,06 UA/ha de superfície pastoril. Foi
considerada como superfície pastoril uma área de 605 ha provenientes da soma de campo
nativo (595 ha) mais pastagens cultivadas (5 ha) mais 50% das áreas de lavoura de soja e de
milho (5 ha), isto se deve, pois as áreas de soja e milho são ocupadas apenas metade do ano
para o pastejo dos bovinos.
A carga animal média calculada de 1,06 UA/ha pode não ser verdadeira, pois 47,8%
da área da propriedade é mato, e esta, não foi considerada para fazer o cálculo anterior.
Entretanto, no meio destes matos existem muitos campestres que servem para alimentar e
abrigar o rebanho. Considerando-se que 1/3 da área de mato possa servir como campo, a área
de superfície pastoril aumentará para 797 ha e a carga animal média baixará para 0,80 UA/ha,
um dado que é bem mais realista. Considerando as aguadas (15 ha), a área utilizada com
pecuária fica em 812 ha e a carga animal média, nesta, é de 0,79 UA/ha.
Analisando a carga animal, em UA, presentes na propriedade, no início e no fim do
ano de 2004 e transformando para quilos de PV existentes nestes dois momentos, estima-se
um estoque de PV de 295.511 kg (656,69 UA multiplicado por 450 kg) no início e de 281.952
kg (626,56 UA multiplicado por 450 kg) no final do ano. Estes valores mostram que houve
uma diminuição de peso vivo estocado de 13.559 kg.
Para o manejo dos bovinos são utilizados 11 (onze) cavalos, que não foram
contabilizados para o cálculo do índice de lotação.
1.1.3. Manejo do rebanho
O manejo geral do rebanho bovino, dentro deste estabelecimento, ocorre da seguinte
maneira.
a) Entoure das vacas
O entoure das vacas é realizado entre os dias 20 de novembro e 20 de fevereiro, ou
seja, um período de 92 dias, onde os touros são mantidos nos mesmos potreiros que as vacas
aptas a reproduzir.
42
Nos últimos anos os índices de natalidade alcançados foram de 62% em 2002, 48% em
2003 e 40% em 2004, o que dá uma média de 50% nos últimos 3 anos. Se for observada a
evolução do rebanho, na Tabela 3, constata-se que a taxa de natalidade do último ano não
fecha com a quantidade de vacas informadas, entretanto, no ano de 2004 por questão de
espaço físico e descarte de alguns animais, nem todas as vacas da propriedade foram
entouradas.
b) Manejo das vacas após o entoure
Ao redor de 90 (noventa) dias após a retirada dos touros é realizado o toque retal com
a finalidade de diagnosticar as vacas prenhas e as vacas falhadas que passam a ter um manejo
diferenciado. As vacas prenhas vão para invernadas com melhor disponibilidade de pasto e
permanecem até a reprodução. As vacas falhadas ou são engordadas, ou são comercializadas
magras ou permanecem no rebanho e são utilizadas na cria no ano seguinte. O critério
utilizado para escolha de quais os animais serão engordados e vendidos é com base na idade,
ou seja, as mais velhas são descartadas. O peso de venda das vacas gordas, no ano de 2004,
foi de 442,6 kg/vaca e o período de abate se concentra no final do verão. As vacas que foram
vendidas magras, no ano de 2004, tiveram peso médio de 350 kg.
c) Manejo dos bezerros e bezerras
O nascimento dos bezerros/as acontecem entre os dias 15 de agosto e 1 de dezembro,
em média. Permanecem ao lado das vacas até a idade média de 8 meses. Os bezerros/as são
desmamados no mês de abril, com peso médio de 160 kg para os machos e 140 kg para as
fêmeas, passando então para a fase da recria.
Na fase da recria, no primeiro inverno após o desmame, são mantidos em campo
nativo. Entretanto, os mais fracos, que correm risco de vida, são colocados na pequena área de
pastagem de inverno disponível na propriedade. Esta pastagem de inverno é formada nas
mesmas áreas das lavouras de milho e soja, e o restante, 5 ha, numa área próxima, sendo que
o custo de formação de 1 (um) hectare está discriminado na Tabela 4.
43
Tabela 4 - Custo de formação da pastagem de inverno, discriminação dos insumos, quantidade
utilizada por hectare, reais gasto por unidade e gasto total em reais (R$).
Discriminação Unidade Quantidade/ha R$/Unidade Total (R$)/ha
Semente Aveia kg 60 0,35 21,00
Semente Azevém kg 40 0,68 27,20
Adubo kg 100 0,80 80,00
Uréia kg 75 1,00 75,00
Preparo do solo horas 1 35,00 35,00
Plantio e adubação horas 1 25,00 25,00
TOTAL ha
263,20
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
A Tabela 4 apresenta o custo para formação de 1 (um) hectare de pastagem de aveia
preta (Avena strigosa) + azevém (Lolium multiflorum), totalizando R$ 263,20/ha.
Após o término do primeiro inverno, os animais estarão com praticamente 1 ano de
idade, sendo mantidos em campo nativo.
d) Manejo dos garrotes e novilhas de 1-2 anos
Após completar 1 ano de idade, os machos são separados das fêmeas, na intenção de
facilitar o manejo dos mesmos. Embora em campos separados o tratamento dado a estas
categorias é o mesmo: permanecem em campo nativo, durante o ano todo, até os machos
terem peso e acabamento de gordura para serem enviados ao abate, com normalmente 3,5
anos de idade, e as fêmeas alcançarem peso suficiente para serem entouradas, normalmente
aos 3 anos de idade.
Os machos são abatidos, em sua maioria no final do verão e início do outono, com
peso médio de 508,5 kg/animal. Os machos que não conseguem ser engordados são vendidos
como magros com peso médio de 333,7 kg/animal.
As fêmeas são entouradas aos 3 anos de idade com peso médio de 320 kg/animal.
e) Manejo dos touros
Os touros utilizados no processo reprodutivo são adquiridos de plantéis do estado do
Rio Grande do Sul, sendo que após o término da vida útil, como reprodutores, são engordados
e comercializados. Este processo de terminação dos touros se dá em campo nativo.
Normalmente, o peso médio de venda é de 650 kg de peso vivo e o preço é o mesmo
44
conseguido para a categoria de vacas gordas. Como não ocorreram vendas de touros durante o
ano de 2004, os valores referidos foram utilizados para as simulações.
Os touros são mantidos em campo nativo, sendo suplementados com ração no período
de inverno. Durante o inverno de 2004 houve um gasto de 4.000 kg de ração a um custo de
R$ 0,37/kg, totalizando um desembolso de R$ 1.480,00 na suplementação desta categoria,
este valor entrou como custo no item alimentos. Segundo o proprietário, esta suplementação é
realizada com o objetivo de alcançar um bom escore corporal nos touros no início da estação
de monta.
Os custos relacionados ao item reprodução, identificados na tabela de custos e
despesas desta propriedade, são referentes à depreciação dos touros e estes são calculados
conforme metodologia descrita no item material e métodos, seguindo a mesma metodologia
para a propriedade de sistema de produção integrada.
O valor investido para a aquisição dos touros foi de R$ 1.800,00, o valor residual de
R$ 858,00 e a vida útil de quatro anos, ou seja, a depreciação anual por touro foi de R$
235,50. Como existem na propriedade doze touros, o valor do item reprodução foi de R$
2.826,00. O valor investido, o valor residual e a vida útil foram informados pelo proprietário
com base nas últimas aquisições e vendas desta categoria animal.
1.1.4. Técnicas de sanidade
As práticas de controle sanitário utilizadas normalmente estão descritas a seguir: os
bezerros/as recebem ao nascer um (1) ml de vermífugo com ação endo-ectoparasitário,
geralmente uma doramectina ou ivermectina, o custo deste produto é de R$ 300,00/L, ou seja,
R$ 0,30/animal. Além disso, os bezerros (as) são vacinados contra o carbúnculo sintomático
(R$ 0,15/dose) e as bezerras são vacinadas para a brucelose (R$ 0,78/dose).
Para o rebanho geral, foram feitas três (3) dosagens durante o ano de 2004 com
vermífugos (R$ 70,00/Lt e dose de 1 ml/50 kg PV), seis (6) banhos carrapaticidas (R$
30,00/caixa de carrapaticida, sendo que 1 caixa dá para 120 animais, considerando apenas a
reposição do produto) e uma (1) dose da vacina contra a febre aftosa (R$ 0,92/dose), sendo
que esta é repetida para os animais até 2 anos de idade. Na Tabela 5 estão descritos os custos
com sanidade durante o ano de 2004.
45
Tabela 5 - Discriminação dos produtos utilizados, quantidades usadas, preço por unidade, o
total gasto em cada item e o total geral, em reais (R$), na sanidade do rebanho tradicional.
Discriminação Unidade Quantidade usada R$/Unidade Total (R$)
Vermífugo geral Litros 17,5 70,00 1.225,00
Aftosa Doses 1.280 0,92 1.177,60
Carbúnculo hemático Doses 950 0,174 165,30
Carbúnculo sintomático Doses 310 0,28 86,80
Brucelose Doses 80 0,80 64,00
Carrapaticida Caixas 47 30,00 1.410,00
Outros (antibióticos, soros, etc) Diversos 3.020,00
TOTAL
7.148,70
Fonte: Cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
Na Tabela 5 são evidenciados os produtos, as quantidades, o custo unitário e o custo
total dos produtos utilizados no manejo da propriedade durante o ano de 2004. O item outros,
refere-se ao uso de medicamentos e suplementos em geral como vitaminas, antiinflamatórios,
antibióticos, etc. O produtor alegou que teve muitos problemas com animais durante o ano de
2004 e, mesmo com um desembolso maior que o normal, no item outros, teve uma
mortalidade geral de 6,4%, bem acima da média de outros anos, que normalmente ficava em
torno de 2%. As causas, segundo o proprietário, dessa mortalidade foi o excesso de lotação
aliado à seca ocorrida no verão.
1.1.5. Disponibilidade de minerais
Procurando suprir as deficiências de minerais das pastagens nativas os animais têm
disponível, durante o ano todo, uma mistura de sal comum com sal mineralizado, sendo esta
na proporção de 3 kg de sal comum para 1 kg de sal mineral. O consumo médio durante o ano
foi de 0,039 kg/animal/dia ou 0,057 kg/UA/dia), correspondendo a 400 sacos (25 kg/sc) de sal
comum num valor de R$ 7,00/sc e 80 sacos (40 kg/sc) de sal mineral num valor de R$
38,00/sc, totalizando um desembolso anual de R$ 5.840,00 neste item.
46
1.1.6. Receita bruta anual
As vendas realizadas na propriedade em estudo, durante o ano de 2004, estão
discriminadas, conforme informações do proprietário, na Tabela 6.
Tabela 6 - Categorias vendidas, peso médio por cabeça em quilos, número de animais em
cabeças, preço de venda em R$/kg de peso vivo, faturamento em reais por categoria e o
percentual que representa a venda de cada categoria.
Categorias Peso Médio (kg) Número R$/kg Total %
Vacas descarte magras 350,0 26 1,000 9.100,00 12,82
Vacas descarte gordas 442,6 8 1,322 4.681,80 6,60
Garrotes magros 333,7 43 1,405 20.159,00 28,41
Garrotes 508,5 50 1,477 37.023,00 52,17
TOTAL 127 70.963,80 100,00
Fonte: Cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
A Tabela 6 indica as categorias e o número de animais vendidos, no ano, bem como, o
total das vendas e a porcentagem de cada categoria nas vendas anuais.
Conforme a Tabela 6, das 34 vacas vendidas, 26 eram magras e 8 eram gordas,
representando 76,5% e 23,5%, respectivamente, das vendas desta categoria. O peso médio de
venda das vacas, gordas e magras, foi de 372 kg e o preço médio foi de R$ 1,09/kg de peso
vivo, valores e percentuais que serão mantidos para as simulações.
Já na categoria garrotes, dos 93 animais vendidos 43 eram magros (46,2%) e 50 eram
gordos (53,8%). O peso médio dos garrotes, gordos e magros, foi de 428 kg e o preço médio
foi de R$ 1,44/kg de peso vivo.
Durante o ano de 2004 não foi feita a aquisição de nenhum animal.
Com base nos dados da Tabela 6, pode-se calcular alguns índices importantes,
referentes à produtividade, que estão expressos na Tabela 7.
47
Tabela 7 - Índices referentes à produtividade.
Índices Unidade Total anual
Taxa de desfrute % 13,41
Venda total de peso vivo kg 52.415
Venda total de peso vivo / ha (área com pecuária) kg 64,55
Diferença de estoque kg -13.559
Produção total peso vivo (venda + diferença estoque) kg 38.856
Produção total peso vivo / ha (área com pecuária) kg/ha 47,85
R$ médio / kg vendido R$ 1,35
Receita bruta / ha (área com pecuária) R$ 87,39
Fonte: Cálculos realizados pelo autor.
A Tabela 7 expressa os índices, referentes à produção e venda, da propriedade em
estudo. Nesta é possível observar que a taxa de desfrute foi de 13,41 %, a produção total de
peso vivo foi de 52.415 kg, a venda total de PV por hectare de área com pecuária foi de 64,55
kg, a diferença de estoque, com base na Tabela 03, foi de -13.559 kg, a produção total de PV
e a produção de PV por hectare de área com pecuária foi de 38.856 e 47,85 kg,
respectivamente. Além disso, o preço médio por quilograma vendido foi de R$ 1,35 e a
receita bruta por hectare de área com pecuária foi de R$ 87,39.
A área utilizada com pecuária foi de 812 hectares, proveniente da seguinte soma: 600
ha de campo nativo, 50% das áreas de soja e milho, ou seja, o equivalente a 5 hectares, mais
33,3% da área de mato nativo (192 ha) e mais as aguadas (15 ha).
1.1.7. Mortalidade geral
Conforme, descrito anteriormente, a mortalidade no ano de 2004 foi de 6,4%, e isto
pode ser evidenciado pelas vendas e pelo balanço feito no início e no final do ano. Entretanto,
este ano foi um ano atípico, segundo o proprietário, no ano de 2002 a mortalidade geral foi de
1,8% e em 2003 foi de 2,2%, ou seja, a média dos últimos três anos foi de 3,46% (este valor
será usado nas simulações).
1.1.8. Mão-de-obra
Para o manejo da bovinocultura o proprietário possui três funcionários que recebem,
em média, R$ 332,00/mês, valor estabelecido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais do
município a que pertence a propriedade.
48
1.1.9. Custos e despesas
Os custos e as despesas relacionados à bovinocultura estão agrupados e discriminados,
conforme levantamento de campo e informações do proprietário, na Tabela 8.
Tabela 8 - Custos e despesas do ano de 2004, discriminação dos itens, total anual em reais por
item, por hectare de pecuária e o percentual de participação de cada item.
Discriminação Total Anual (R$) R$/há % Participação
Mão de Obra 15.250,26 18,78 35,3
ITR/Impostos s/ Terra 1.075,00 1,32 2,5
Alimentos/insumos 12.601,00 15,52 29,1
Sanidade 7.148,70 8,80 16,5
Manutenção 1.825,00 2,25 4,2
Custos
Reprodução 2.826,00 3,48 6,5
Subtotal (1) – Custos 40.725,96 50,15 94,2
Despesas Administrativas 2.520,00 3,10 5,8
Subtotal (2) – Despesas 2.520,00 3,10 5,8
TOTAL ( 1+2 ) 43.245,96 53,25 100,0
Fonte: Dados coletados no levantamento de campo e adquiridos com o proprietário.
Na Tabela 8 ficam evidenciados os custos e despesas durante o ano de 2004 na
propriedade em estudo, bem como os valores em R$ por hectare ocupado com pecuária e o
percentual de participação de cada item. Os custos e despesas foram classificados conforme
BRUNI e FAMÁ (2002), citados no estudo bibliográfico deste trabalho.
1.1.10. Descrição das benfeitorias e maquinários
Na Tabela 1 do Anexo II, são apresentados a descrição das benfeitorias, maquinários e
utilitários envolvidos no processo de produção bem como é calculada a depreciação dos bens
relacionados com a atividade da pecuária e que ainda não foram totalmente depreciados.
Nessa Tabela 1, relacionada no Anexo II, evidenciaram-se os custos de depreciação e a
depreciação administrativa, para a pecuária de corte, que foram de R$ 15.330,50 e R$
1.750,00, respectivamente, durante o ano de 2004.
49
1.1.11. Demonstrativo de resultado da propriedade
Na Tabela 9 é apresentado o demonstrativo de resultados do produto bovinos de corte
e da atividade bovinocultura de corte, referente ao ano de 2004.
Tabela 9 - Demonstrativo de Resultados da Propriedade Tradicional, em reais (R$).
Pecuária Outras (soja) Total
Área da atividade (há)
812 5 1206
Receita Total
70.963,80 297,00 71.260,80
Custo do kg produzido 1,44
0,00 -
Diferença de estoque -19.561,19
0,00 -19.561,19
Custos de Produção
40.725,96 0,00 40.725,96
Depreciação (Custos)
15.330,50 0,00 15.330,50
Resultado do Produto
-4.653,85 297,00 -4.356,85
Resultado do Produto / hectare
-5,73 59,40 -3,61
Despesas Administrativas
2.520,00 0,00 2.520,00
Depreciação Administrativa
1.750,00 0,00 1.750,00
Resultado da Atividade
-8.923,85 297,00 -8.626,85
Resultado da Atividade / hectare
-10,99 59,40 -7,15
Fonte: Cálculos realizados pelo autor.
Na Tabela 9 estão evidenciadas as áreas ocupadas com pecuária, com outras culturas e
a área total, em hectares. Também são observados, a receita total, o custo do quilograma de
peso vivo produzido, a diferença de estoque, os custos de produção, custos de depreciação,
resultado do produto (total e por hectare), as despesas e depreciação administrativas bem
como o resultado da atividade (total e por hectare), todos em reais, para a pecuária, para a
lavoura terceirizada de soja e para o total das duas atividades.
O custo do quilograma produzido é a soma dos custos de produção mais os custos de
depreciação, dividido pelo total de quilogramas produzido durante o ano, especificado na
Tabela 07. O total de quilogramas produzidos é a soma entre o total de quilogramas vendidos
mais a diferença de estoque (estoque final – estoque inicial).
A diferença de estoque em reais (R$) foi calculada pela multiplicação do custo do
quilo produzido e a diferença de estoque em quilogramas.
Para o cálculo do resultado do produto e da atividade por hectare foi considerada uma
área de 812 hectares provenientes da soma de: campo nativo (600 ha), 50% das áreas de
lavoura de soja e milho (5 ha), aguadas (15ha) e 33% da área de mato nativo (192 ha).
50
O resultado do produto foi calculado através da soma da receita total mais a diferença
de estoque menos os custos de produção e menos os custos de depreciação. O resultado da
atividade foi calculado através do resultado do produto subtraindo-se as despesas
administrativas e a depreciação administrativa. A mesma metodologia dos cálculos, usada
nesta propriedade, foi utilizada para as outras propriedades em estudo.
1.2. Propriedade ciclo completo intensivo
Segundo Salomoni (1987), a combinação e utilização de diversas tecnologias visando
o aumento da produtividade nas diferentes fases do processo reprodutivo como um todo ou
em cada uma delas isoladamente, caracteriza um sistema intensivo. Ele está baseado no uso
de pastagens, naturais ou cultivadas, bem como na utilização de grãos e subprodutos da
indústria.
Esta propriedade está localizada na região fisiográfica da Depressão Central, no Rio
Grande do Sul. Tem como característica especial, desenvolver a prática da bovinocultura nas
áreas de cria, recria e terminação, aliada à atividade da ovinocultura.
A sede está distante 75 quilômetros da cidade de Santa Maria, onde reside o
administrador e proprietário, por acesso com precárias condições. Este tem o hábito de ir, em
média, uma vez por semana e permanece no local no máximo dois dias.
1.2.1. Utilização das terras
A propriedade possui uma área total de 637,8 hectares, sendo estes utilizados da
seguinte forma, conforme apresentado na Tabela 10.
Tabela 10 - Utilização das terras, áreas ocupadas em hectares, total das áreas em hectares e
percentual de participação.
Utilização Área (ha) % Participação
Bosques 8,59 1,3
Estradas 2,31 0,4
Áreas úmidas (sangas + banhados) 98,97 15,5
Aguadas 3,55 0,6
Outros 6,38 1,0
Pastagens cultivadas 30,00 4.7
Campo nativo 488,00 76,5
TOTAL 637,80 100,0
Fonte: Cálculos realizados pelo autor, com dados coletados junto ao proprietário.
51
Na Tabela 10, ficam evidenciadas as utilizações das áreas da propriedade bem como
o % de participação de cada área. Dos 637,8 hectares, 125 são arrendados de terceiros e teve
um custo total no ano de 2004 de R$ 7.200,00.
1.2.2. Composição do rebanho
A distribuição das categorias animais e as respectivas quantidades de animais
presentes no rebanho, estão expressos na Tabela 11.
Tabela 11 - Categorias animais, número de cabeças, total de unidades animais e o percentual
de participação de cada categoria animal, no início e no final do ano de 2004.
Discriminação Início de 2004 Final de 2004
Categorias UA Cabeças Total UA % Cabeças Total UA %
Matrizes 0,82
328
268,96 68,8
339
277,98 61,5
Bezerros 0,26
104
27,04 6,9
89
23,14 5,1
Bezerras 0,22
131
28,82 7,4
90
19,80 4,4
Novilhas 1-2 anos 0,48
58
27,84 7,1
131
62,88 13,9
Garrotes 1-2 anos 0,53
40
21,20 5,4
104
55,12 12,2
Garrotes 2-3 anos 0,80
19
15,20 3,9
14
11,20 2,5
Rufião 0,95
2
1,90 0,5
2
1,90 0,4
TOTAL 682 390,96 100,0 769 452,02 100,0
Fonte: dados coletados junto ao proprietário, cálculos realizados pelo autor.
Na Tabela 11, observa-se a composição do rebanho em cabeças e em UA ocupada por
cada categoria animal. Além disso, mostra que a propriedade possuía 682 animais, ou seja,
390,96 UA no início de 2004 e 769 animais, ou seja, 452,02 UA, no final de 2004,
representando uma lotação média de 421,49 UA no decorrer do ano, isto equivale a 189.670
kg de peso vivo animal que corresponde a uma média de 0,683 UA/ha de superfície pastoril.
A área de superfície pastoril é de 616,97 ha provenientes da soma de 488 ha de campo
nativo mais 30 há de pastagem cultivada mais 98,97 ha de áreas úmidas. A área utilizada com
pecuária é de 620,52 ha provenientes da soma da área de superfície pastoril mais 3,55 ha de
aguadas, considerando a área utilizada com pecuária a lotação média é de 0,679 UA/ha.
Analisando o total de UA presentes no início e no final do ano e transformando em
quilos de peso vivo presentes na propriedade nestes dois momentos, observa-se um estoque de
175.932 kg (390,96 UA*450 kg) e de 203.409 kg (452,02 UA*450 kg), respectivamente.
52
Estes valores mostram que houve um aumento de peso vivo estocado de 27.477 kg, isto
representa um incremento de 15,6% sobre o estoque inicial.
Além da bovinocultura de corte, esta propriedade desenvolve, significativamente, a
ovinocultura, tendo um rebanho formado conforme demonstrado na Tabela 12.
Tabela 12 - Categorias do rebanho ovino, carga animal em UA, número de cabeças e total de
unidades animais ocupada por cada categoria, no início e no final do ano de 2004.
Discriminação Início de 2004 Final de 2004
Categorias UA Cabeças Total UA Cabeças Total UA
Ovelhas matrizes 50 kg 0,111
188
20,80
160
17,60
Cordeiros (nascem final julho) 10 kg 0,022
-
0,00
72
1,67
Cordeiras (nascem final julho) 8 kg 0,017
-
0,00
78
1,39
Borregos (menos de 1 ano) 30 kg 0,066
48
3,20
48
3,20
Borregas 25 kg 0,055
42
2,33
42
2,33
Capões 45 kg 0,100
55
5,50
7
5,50
Ovelhas velhas 50 kg 0,110
30
3,33
14
3,33
Carneiros 70 kg 0,155
4
0,62
4
0,62
TOTAL 367 35,78 425 35,64
Fonte: dados coletados junto ao proprietário, cálculos realizados pelo autor.
Na Tabela 12 está apresentada a evolução do rebanho ovino durante o ano de 2004,
assim como a carga animal, em UA, e a quantidade de cada categoria no início e no final do
ano de 2004.
Como a ovinocultura representou 10% do faturamento bruto da propriedade em
estudo, e esta atividade não é motivo de estudo, neste trabalho, para efeito de balanço da
pecuária de corte e melhor comparação entre as propriedades em estudo, desconsideraram-se
em 10% os custos e as despesas envolvidas no processo produtivo do ano de 2004, com
exceção para o item reprodução que não tem relação com a produção ovina.
Cabe ressaltar que, esta quantidade de ovinos influencia diretamente no índice de
lotação da propriedade. Quando levamos em conta a lotação com ovinos, o índice de lotação
que era de 0,68 UA/ha (média do ano 421,49 UA/ 616,97 ha superfície pastoril), considerando
apenas a bovinocultura, passa para 0,74 UA/ha (457,20 UA/616,97 ha superfície pastoril).
Para o manejo dos rebanhos de ovinos e bovinos são utilizados 10 cavalos, que não
foram contabilizados para o cálculo do índice de lotação.
53
1.2.3. Manejo do rebanho
O manejo geral do rebanho bovino, dentro deste estabelecimento, se dá da seguinte
forma:
a) Entoure e inseminação das vacas
O período de acasalamento inicia em novembro e finaliza em fevereiro. A
inseminação artificial inicia em novembro, com período de 35 dias e o entoure das vacas é
iniciado em dezembro e finaliza em 20 de fevereiro, ou seja, um período aproximado de 80
dias, onde os touros são mantidos nos mesmos potreiros que as vacas aptas a reproduzir. Do
total de vacas aptas à reprodução, 75% são entouradas neste sistema e as demais são
inseminadas.
Após a inseminação, as vacas são colocadas junto com os touros, num percentual de
1% em relação ao número de vacas, por um período de aproximadamente 15-20 dias, para que
seja feito o repasse das vacas inseminadas.
O sêmen utilizado na inseminação tem um custo médio de R$ 12,00 /dose e o
inseminador cobra 1 kg de vaca por vaca inseminada.
Nos anos de 2002, 2003 e 2004 a taxa de natalidade alcançada foi de 67,9%, 82,2% e
54,8%, respectivamente o que representa uma média de 68,3 % nos últimos 3 anos e, será o
valor usado nas simulações.
b) Manejo das vacas após o entoure e a inseminação
Após 45 dias da retirada dos touros, é realizado o toque retal com a finalidade de
diagnosticar a prenhez. As vacas prenhes vão para invernadas de campo nativo com melhores
disponibilidades de pasto e permanecem até a parição.
As vacas falhadas ou são vendidas na condição de magras ou são engordadas na
pastagem de azevém (Lolium multiflorum) mais aveia (Avena strigosa). O peso médio de
venda das vacas gordas foi de 430 kg/animal e das novilhas que foram entouradas e falharam
foi de 360 kg/animal. Os períodos de venda desta categoria, normalmente acontecem em
maio, após o toque, e no início da primavera, por ocasião da terminação na pastagem de
azevém (Lolium multiflorum) mais aveia (Avena strigosa).
c) Manejo dos bezerros e bezerras
O nascimento dos bezerros/as acontece entre agosto e novembro. Os bezerros
permanecem ao lado das vacas até idade média de 7 meses. Após, são desmamados, no mês
54
de maio, com peso médio de 160 kg para os machos e 140 kg para as fêmeas, passando então
para a fase da recria.
Na fase da recria, no primeiro inverno após o desmame os bezerros/as são mantidos,
na grande maioria, em campo nativo recebendo suplementação com concentrado,
diferenciando-se do manejo da propriedade tradicional. O período de suplemento é de 65 dias
e os animais recebem em torno de 1 kg de ração/dia/animal. O custo do quilo de ração foi
adquirido por R$ 0,40.
Após o término do primeiro inverno, os animais estarão com praticamente 1 ano de
idade, sendo mantidos em campo nativo.
d) Manejo dos garrotes e novilhas de 1-2 anos
Após completarem 1 (um) ano de idade, os machos são separados das fêmeas, na
intenção de facilitar o manejo dos mesmos. Embora em campos separados o tratamento dado
a estas categorias é o mesmo: no verão e no inverno permanecem em campo nativo.
e) Manejo dos garrotes dos 2 aos 3 anos
Os garrotes permanecem em campo nativo durante o período de verão e outono. No
período de inverno, os animais são encaminhados para a pastagem de aveia preta (Avena
strigosa) + azevém (Lolium multiflorum), onde são engordados e comercializados. Nem
sempre todos os animais são terminados neste sistema e acabam ficando no campo por mais
algum tempo, onde podem ser vendidos magros, conforme a necessidade financeira ou a falta
de campo para manutenção. Os garrotes vendidos durante o ano de 2004 obtiveram peso
médio de 333,3 kg/animal.
f) Manejo dos touros
A propriedade utiliza o sistema de arrendamento de touros pagando por cada touro o
valor de uma vaca de invernar mais os custos de transporte.
1.2.4. Custo de formação das pastagens
A pastagem de inverno tem um custo de formação demonstrado na tabela a seguir.
55
Tabela 13 – Custo da pastagem de inverno, discriminação dos insumos, quantidade utilizada
por hectare, custo por unidade em reais e gasto total em reais (R$).
Discriminação Unidade Quantidade/ha R$/Unidade Total (R$)/ha
Aveia kg 80 0,35 28,00
Azevém kg 35 0,72 25,20
Adubo kg 250 0,88 220
Preparo + combustível + lubrificante diversos 1 53,00 53,00
TOTAL R$/ha
320,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
Na Tabela 13, apresenta-se o custo de formação da pastagem de inverno que foi de R$
320,00/ha, no ano de 2004.
Além da pastagem de inverno, nesta propriedade, foi cultivado 20 ha de milheto
(Pennisetum americanum) no período de primavera verão, sendo que os custos estão
discriminados na tabela a seguir.
Tabela 14 – Custo da pastagem de verão, discriminação dos insumos, quantidade utilizada por
hectare, custo por unidade e gasto total em reais (R$).
Discriminação Unidade Quantidade/ha R$/Unidade Total (R$)/ha
Semente milheto kg 35 0,71 24,95
Frete R$ 1 7,50 7,50
Adubo kg 225 0,65 146,95
Preparo + combustível + lubrificante diversos 1 8,00 8,00
TOTAL R$/ha
187,40
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
A Tabela 14 apresenta o custo de formação de um hectare de milheto (Pennisetum
americanum), conforme descrito este ficou em R$ 187,40.
Os custos apresentados nas Tabelas 13 e 14 não levaram em consideração os custos de
depreciação, manutenção dos bens e mão de obra, entretanto, estes serão contabilizados no
balanço final da propriedade.
1.2.5. Área de pastagem e lotação
A área cultivada com pastagem de inverno no ano de 2004 foi de 30 hectares, a
lotação utilizada nestas foi de 1,0 UA/ha. O peso médio de venda dos novilhos gordos foi de
56
333,3 kg/animal, e, os animais que foram vendidos magros tinham um peso médio de 220
kg/animal.
1.2.6. Técnicas de sanidade
As práticas de controle sanitário utilizadas normalmente estão descritas a seguir: Os
bezerros (as), por ocasião da castração, que acontece logo ao nascer, recebem 1 ml de
ivermectina, o custo deste produto é de R$ 300,00/L, ou seja, R$ 0,30/animal e uma (1) dose
da vacina contra a febre aftosa (R$ 0,92/dose), sendo que esta é repetida para os animais até 2
anos de idade. Além disso, são vacinados contra o carbúnculo e as bezerras são vacinadas
para a brucelose.
O rebanho bovino geral recebe em média quatro doses de vermífugo e seis banhos
carrapaticidas por ano. Na Tabela estão descritos os custos com sanidade durante o ano de
2004
Tabela 15 - Discriminação dos produtos utilizados, quantidades usadas, preço por unidade, o
total gasto em cada item e o total geral, em reais (R$), na sanidade do rebanho intensivo.
Discriminação Unidade Quantidade usada R$/Unidade Total (R$)
Vermífugo geral Litros 17,6 72,00 1.267,20
Aftosa Doses 1.015 0,92 933,80
Carbúnculo hemático Doses 690 0,174 120,06
Carbúnculo sintomático Doses 333 0,28 93,24
Brucelose Doses 135 0,80 108,00
Carrapaticida Caixas 21 30,00 6300,00
Outros (antibióticos, soros, etc) Diversos 911,65
TOTAL
4.063,95
Fonte: Cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
Na Tabela 15 são evidenciados os produtos, as quantidades, o custo unitário e o custo
total dos produtos utilizados no manejo da propriedade com sistema de produção intensivo
durante o ano de 2004.
57
1.2.7. Disponibilidade de minerais
Na intenção de suprir as deficiências de minerais das pastagens nativas, nesta
propriedade os animais tiveram disponível, durante o ano de 2004, sal mineralizado e sal
comum.
O custo do sal mineral foi de R$ 22,00 e o sal comum, R$ 7,90, ambos sacos de 25 kg.
Foram gastos, durante o ano de 2004, 190 sacos de sal mineral e 172 sacos de sal comum,
totalizando um consumo de 9.050 kg. Se levado em conta o rebanho bovino médio do
período, estima-se um consumo de 0,059 kg/UA/dia ou 0,034 kg/animal/dia, valores que
serão utilizados nas simulações.
1.2.8. Receita bruta anual
As vendas realizadas na propriedade em estudo, durante o ano de 2004, estão
discriminadas, conforme informações do proprietário, na Tabela 16.
Tabela 16 – Vendas de 2004, categorias animais, peso médio por cabeça em quilos, número
de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de peso vivo, faturamento em reais (R$) por
categoria e o percentual que representa cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte gordas 430,0 20 1,500 12.900,00 24,3
Novilhas falhadas gordas 360,0 25 1,719 15.468,00 29,2
Garrotes 333,0 45 1,643 24.676,31 46,5
TOTAL 90 53.044,31 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
A Tabela 16 indica a quantidade de cabeças vendidas, por categoria, por ano, bem
como, o total das vendas anuais e a porcentagem de importância de cada categoria nas vendas
anuais.
Com base nos dados da Tabela 16, pode-se calcular alguns índices importantes,
referentes à produtividade, que estão expressos na Tabela 17.
58
Tabela 17 - Índices referentes à produtividade
Índices Unidade Total anual
Taxa de desfrute % 13,20
Venda total de peso vivo kg 32.585
Venda total de peso vivo / ha (área com pecuária) kg/ha 52,51
Diferença de estoque kg 27.477
Produção total peso vivo (venda + diferença estoque) kg 60.062
Produção total peso vivo / ha (área com pecuária) kg/ha 96,79
R$ médio / kg vendido R$/kg 1,63
Receita bruta / ha (área pecuária) kg/ha 85,48
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
A Tabela 17 expressa os índices, referentes à produção e venda, da propriedade em
estudo. Nesta é possível observar que a taxa de desfrute foi de 13,2%, a venda total de PV foi
de 32.585 kg, ou seja, foi vendido 52,51 kg de PV por hectare de área ocupada com pecuária.
A diferença de estoque, verificada na Tabela 12, foi de 27.477 kg de PV, a produção total de
PV e a produção total de PV por hectare de área com pecuária foi de 60.062 e 96,79,
respectivamente. Além disso, a tabela mostra o preço médio, em reais, por quilograma
vendido e as receitas brutas por hectare de área com pecuária, obtidos durante o ano de 2004.
A área utilizada com pecuária considerada para os cálculos acima foi de 620,52
hectares, proveniente da seguinte soma: 488 ha de campo nativo, 30 ha de pastagens
cultivadas, 98,97 ha de banhados e áreas úmidas e 3,55 ha de açudes.
1.2.9. Mortalidade geral
Morreu apenas 2 vacas durante o ano de 2004, isto representa uma mortalidade de
0,29% em relação ao número de animais existentes no início do ano, entretanto, a mortalidade
média dos últimos 3 anos foi de 0,9% e este será o valor utilizado nas simulações.
1.2.10. Custos e despesas
Os custos e despesas relacionadas à bovinocultura, durante o ano de 2004, estão
agrupadas e discriminadas, conforme levantamento de campo e informações do proprietário,
na Tabela 18.
59
Tabela 18 – Custos e despesas, discriminação dos itens, total anual em reais por item, por
hectare de pecuária e o percentual de participação de cada item.
Discriminação
Total Anual R$/ha %
Mão-obra Fixa/eventual 21.242,65 34,23 30,60
ITR
5
/Impostos s/ Terra 265,59 0,43 0,38
Alimentos/Sal/Pastagem 23.537,69 37,93 33,91
Sanidade/Medicamentos 4.063,95 6,55 5,85
Manutenção Peças/Consertos 3.826,58 6,27 5,52
Reprodução 1.379,50 2,22 1,99
Custos
Arrendamento 6.480,00 10,44 9,34
Sub-total (1) –Custos
60.795,96 98,07 87,59
Despesas Administrativas
8.616,14 13,89 12,41
Sub-total (2) –Despesas
8.616,14 13,89 12,41
TOTAL (1+2)
69.412,10 111,96 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
Na Tabela 18 evidenciam-se as despesas e os custos desembolsados durante o ano de
2004 na propriedade em estudo, bem como o valor em R$ por hectare ocupado com pecuária
e o percentual de participação de cada item. Os custos e despesas foram classificados
conforme BRUNI e FAMÁ (2002), citados no estudo bibliográfico deste trabalho.
1.2.11. Descrição das benfeitorias e maquinários
Na Tabela 2, do Anexo II, são apresentadas a descrição das benfeitorias, dos
maquinários e bens móveis envolvidos no processo de produção bem como é calculada a
depreciação dos bens relacionados com a atividade da pecuária e que ainda não foram
totalmente depreciados. Nessa Tabela, relacionada no Anexo II, evidenciaram-se os custos de
depreciação e a depreciação administrativa, para a pecuária de corte, que foram de R$
15.394,10 e R$ 9.747,55, respectivamente, durante o ano de 2004.
1.2.12. Demonstrativo de resultado da propriedade
Na Tabela 19 é apresentado o demonstrativo de resultados do produto bovinos de corte
e da atividade bovinocultura de corte, referente ao ano de 2004.
5
Deu valor baixo, pois a área arrendada não precisa ser paga, além disso 150 hectares também não são pagos
60
Tabela 19 - Demonstrativo de Resultado da Propriedade Intensiva, na área utilizada com
pecuária e na área total, em reais (R$).
Pecuária Total
Área da atividade (ha) 620,52 637,8
Receita Total 53.044,31 53.044,31
Custo do kg produzido 1,27 -
Diferença de estoque (R$) 34.855,22 34.855,22
Custos de Produção 60.795,96 60.795,96
Depreciação (Custos) 15.394,10 15.394,10
Resultado do Produto 11.709,47 11.709,47
Resultado do Produto / hectare 18,87 -18,48
Despesas Administrativas 8.616,14 8.616,14
Depreciação Administrativa 9.747,55 9.747,55
Resultado da Atividade -6.654,22 -6.654,22
Resultado da Atividade / hectare -10,72 -10,43
Fonte: Cálculos realizados pelo autor.
Na Tabela 19 fica evidenciado a área ocupada com pecuária de corte e a área total da
propriedade, em hectares. Também são observados a receita total, o custo do quilo de peso
vivo produzido durante o ano, a diferença de estoque, os custos de produção e os custos de
depreciação, o resultado do produto (total e por hectare), as despesas e depreciação
administrativas bem como o resultado da atividade (total e por hectare), em reais.
Para efetuar o cálculo do resultado do produto e da atividade por hectare foi
considerada a área ocupada com a pecuária que é de 620,52 ha e a metodologia aplicada foi a
mesma da propriedade tradicional, já citado anteriormente.
1.3. Propriedade ciclo completo integrada
Localizada na Depressão Central do Estado, possui características de solo semelhantes
com a propriedade identificada por ciclo completo Intensiva. Tem como característica
especial, desenvolver a prática da bovinocultura de corte integrada com o processo de lavoura,
destacando-se a lavoura de arroz irrigado e soja.
A sede está localizada distante cerca de 25 km da cidade de São Vicente do Sul, sendo
15 km de asfalto e 10 km de estrada de terra. O proprietário reside na propriedade e
acompanha diariamente toda a rotina.
61
1.3.1. Utilização das terras
A propriedade possui uma área total de 1.410 hectares, sendo estes utilizados da
seguinte forma, conforme Tabela 20.
Tabela 20 - Utilização das terras, áreas ocupadas em hectares, total e percentual de
participação.
Utilização Área (ha) % Participação
Campo nativo 850 60,28
Lavoura de arroz 150 10,64
Lavoura de soja 100 7,09
Lavoura de sorgo 15 1,06
Aguadas 35 2,48
Florestas exóticas 4 0,28
Mato nativo 233 16,52
Estradas 8 0,57
Sede 15 1,06
TOTAL 1.410 100,00
Fonte: Cálculos realizados pelo autor, com dados coletados junto ao proprietário.
Na Tabela 20, ficam evidenciadas as utilizações das áreas da propriedade em estudo
bem como o percentual (%) de participação de cada área. Verifica-se que as lavouras de soja e
arroz irrigado ocupem 17,73% da área total. Entretanto, se for considerado apenas a área de
superfície pastoril, ou seja, excluindo-se a área de mato nativo, as áreas de florestas exóticas,
as estradas e as aguadas, esta participação aumenta para 22,12%.
1.3.2. Composição do rebanho
A distribuição das categorias animais e as respectivas quantidades de animais
presentes no rebanho, estão expressos na Tabela 21.
62
Tabela 21 - Categorias animais, número de cabeças, total de unidades animais e o percentual
de participação de cada categoria animal, no início e no final do ano de 2004.
Discriminação Início de 2004 Final de 2004
Categorias UA Cabeças Total UA % Cabeças Total UA %
Matrizes 0,85
395
335,75 45,6
387
328,95 55,5
Touros 1,25
10
12,50 1,7
16
20,00 3,4
Bezerros 0,26
115
29,90 4,1
72
18,72 3,2
Bezerras 0,22
135
29,70 4,0
103
22,66 3,8
Novilhas 1-2 anos 0,48
111
53,28 7,2
115
55,20 9,3
Garrotes 1-2 anos 0,53
97
51,41 7,0
115
60,95 10,3
Garrotes 2-3 anos 0,80
74
59,20 8,0
97
77,60 13,1
Garrotes +3 anos 0,95
174
165,30 22,4
9
8,55 1,4
TOTAL 1.111 737,04 100,0 914 592,63 100,0
Fonte: dados coletados junto ao proprietário, cálculos efetuados pelo autor.
Na Tabela 21, observa-se a composição do rebanho em UA e o número de animais em
cada categoria animal. Evidencia-se que a propriedade iniciou o ano de 2004 com 1.111
animais (737,04 UA), e terminou com 914 animais (592,63 UA), ou seja, teve uma diminuição,
no estoque de peso vivo, no decorrer do ano, de 144,41 UA que equivale a 64.985 kg. Esta
diminuição correspondeu a 19,59% do total de peso vivo inicial e demonstra que houve uma
descapitalização, em termos de peso vivo, durante o ano.
Considerando a lotação no início e no final do ano, estima-se uma lotação média de
664,84 UA no decorrer do ano, isto equivale a 299.175 kg de peso vivo animal que
corresponde a uma média de 0,67 UA/ha.
As áreas utilizadas para a alimentação dos bovinos é o resultado da soma das áreas de
campo nativo (850 ha), 50% das áreas das lavouras de soja e arroz irrigado (125 ha) e área da
lavoura de sorgo (15 ha), totalizando 990 hectares. Foram considerados 50% das áreas da
lavoura de soja e arroz, pois estas são ocupadas com bovinos, apenas metade do ano.
Considerando as aguadas, temos a área utilizada com pecuária que é de 1.025 ha e a carga
animal média de 0,65 UA/ha.
Existem, na propriedade, 23 eqüinos utilizados no manejo do rebanho bovino, que não
foram contabilizados para efeito de cálculo do índice de lotação.
1.3.3. Manejo do rebanho
O manejo geral do rebanho, dentro deste estabelecimento, se dá da seguinte forma:
63
a) Entoure das vacas
O entoure das vacas é realizado no período de início de dezembro até o final de
fevereiro, ou seja, um período aproximado de 90 dias, onde os touros são mantidos nos
mesmos potreiros que as vacas aptas a reproduzir.
Nos últimos anos os índices de natalidade alcançados foram de 40% em 2002, 78,8%
em 2003 e 62,1% em 2004, resultando numa média de 60,3 % nos últimos 3 anos, valor que
será usado nas simulações. O índice de natalidade de 2004 não fecha com os dados
apresentados na Tabela 21, entretanto, nem todas as matrizes relacionadas nesta tabela
estavam no processo de acasalamento, algumas, por questão de espaço físico e necessidade
financeira, estavam no processo de engorda, não podendo ser consideradas para o cálculo.
b) Manejo das vacas após o entoure
Ao redor de 45 dias, após a retirada dos touros, é realizado o exame de ultra-
sonografia com a finalidade de diagnosticar as vacas prenhas e as vacas falhadas, que passam
a ter um manejo diferenciado.
As vacas prenhas vão para invernadas com melhores disponibilidades de pasto e
permanecem até a parição. As vacas falhadas são engordadas nas pastagens feitas nas restevas
das lavouras. O peso de venda das vacas gordas, durante o ano de 2004, foi de 430 kg e o
período de vendas se concentrou no final do inverno e início da primavera. Eventualmente
algumas vacas falhadas são vendidas como magras e, no ano de 2004, o peso vivo médio de
venda desta categoria foi de 354,5 kg/animal.
c) Manejo dos bezerros e bezerras
O nascimento dos bezerros/as acontece entre os dias 15 de setembro e 15 de
dezembro. Os machos são castrados no momento do nascimento e permanecem ao lado das
vacas até idade média de 7 (sete) meses.
Os bezerros/as são desmamados no mês de maio, com peso médio de 160 kg para os
machos e 130 kg para as fêmeas, passando então para a fase da recria.
Na fase da recria, no primeiro inverno após o desmame, os bezerros/as são mantidos,
na grande maioria, em campo nativo recebendo suplementação de silagem de sorgo. O
período de suplemento é de 120 dias e o custo fica em torno de R$ 0,30/dia/animal. Na Tabela
a seguir está discriminado o custo de 1 (um) ha de silagem de sorgo.
64
Tabela 22 - Custo de formação da silagem de sorgo, discriminação dos insumos, quantidades
utilizadas por hectare, gasto por unidade e total em reais.
Discriminação Unidade Quantidade/ha R$/Unidade Total (R$)/ha
Semente Sorgo Ag 2002 kg
10 7,90 79,00
Adubo kg
250 0,72 180,00
Plantio e adubação horas
1 40,00 40,00
Aplicação herbicida horas
0,5 30,00 15,00
Herbicida litros
3 9,00 27,00
Corte, transporte silagem horas
6 60,00 360,00
Outros (lona, compactação) R$
1 70,00 70,00
TOTAL R$/ha
771,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
A Tabela 22 apresenta o custo de 1 (um) hectare de silagem de sorgo de R$ 771,00/ha.
Como a produtividade alcançada no ano de 2004 foi de 30 ton/ha, estima-se, o custo da
tonelada de silagem de sorgo em R$ 25,70. Foram discriminados os gastos para formação de
1 (um) hectare de silagem de sorgo da variedade Agroceres 2002.
Após o término do primeiro inverno, os animais estarão com praticamente 1 (um) ano
de idade, sendo mantidos em campo nativo.
d) Manejo dos garrotes e novilhas de 1-2 anos
Após completar 1 (um) ano de idade, os machos são separados das fêmeas, na intenção
de facilitar o manejo. Embora em campos separados o tratamento dado a estas categorias é o
mesmo: no verão e no inverno permanecem em campo nativo, porém, no inverno, recebem sal
proteínado. O custo do sal proteínado foi de R$ 0,73/kg, no ano de 2004, e os animais
consumiram em média 0,05 kg/animal/dia por um período de 90-100 dias.
e) Manejo dos garrotes dos 2 aos 3 anos
Os garrotes permanecem em campo nativo durante o período de verão e outono. No
inverno, os animais são encaminhados para a pastagem de aveia preta (Avena strigosa) +
azevém (Lolium multiflorum), feitas nas restevas das lavouras, onde são engordados e
posteriormente comercializados. Nem sempre todos os animais são terminados neste sistema e
acabam ficando no campo por mais algum tempo, onde são vendidos magros ou terminados
no ano seguinte, conforme a condição do mercado e a necessidade financeira.
No ano de 2004, como pode ser visto na Tabela 21, a classificação do rebanho no
início do ano tem 174 garrotes com mais de 3 anos. Estes animais deveriam ter sido
65
negociados no ano anterior, entretanto, por condições de mercado o proprietário decidiu
manter os animais no campo e negociá-los no decorrer do ano. Esta estratégia de negócio fez
com que a venda do ano de 2004 fosse bem maior que a média de outros anos. O normal das
vendas, no decorrer dos anos, é vender os novilhos que estão entre dois e três anos, ou seja, a
maioria é vendida até o mês de novembro em pastagem de inverno, momento em que
normalmente os animais estão fechando três anos de idade. As simulações para esta
propriedade serão feitas considerando a venda dos garrotes entre dois e três anos, ou seja, ao
completar três anos.
g) Manejo dos touros
Os touros utilizados no processo reprodutivo são adquiridos de plantéis do estado do
Rio Grande do Sul, sendo que após o término da vida útil, como reprodutores, são engordados
e comercializados. Este processo de terminação dos touros se dá em pastagem cultivada e
raramente em campo nativo. O peso médio de venda no ano de 2004, foi de 650 kg de peso
vivo.
Durante a vida útil como reprodutores, os touros são mantidos em campo nativo, as
vezes, por alguma necessidade especial, são pastorejados nas pastagens de inverno.
1.3.4. Custo de formação das pastagens
As pastagens de inverno têm um custo de formação diferenciado conforme a cultura
que antecedeu a sua implantação. Os custos de formação das pastagens de inverno serão
descritos nas tabelas a seguir.
Tabela 23 - Custo da pastagem de inverno na resteva da soja, discriminação dos insumos,
quantidades utilizadas por hectare, gasto por unidade e o total, em reais.
Discriminação Unidade Quantidade/ha R$/Unidade Total (R$)/ha
Aveia kg 80 0,35 28,00
Azevém kg 35 0,72 25,20
Plantio horas 0,5 30,00 15,00
TOTAL R$/ha
68,20
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
66
A Tabela 23 demonstra o custo da pastagem de inverno, na resteva de soja, que foi de
R$ 68,20/ha. Foram discriminados os gastos para formação de 1 (um) hectare de pastagem de
aveia preta (Avena strigosa) + azevém (Lolium multiflorum).
Na Tabela 24 é demonstrado o custo da pastagem de azevém (Lolium multiflorum)
formada na resteva de arroz.
Tabela 24 - Custo da pastagem de inverno na resteva de arroz, discriminação dos insumos,
quantidades utilizadas por hectare, gasto por unidade e o total, em reais.
Discriminação Unidade Quantidade/ha R$/Unidade Total (R$)/ha
Azevém kg 45 0,72 32,40
Plantio horas 0,5 30,00 15,00
Drenagem da área horas 0,5 35,00 17,50
TOTAL
64,90
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
A Tabela 24 apresentou o custo de R$ 64,90/ha de pastagem de inverno formada na
resteva de arroz.
Na Tabela 25 é demonstrado o custo da pastagem de aveia preta (Avena strigosa) +
azevém (Lolium multiflorum) formada na resteva de sorgo.
Tabela 25 - Custo da pastagem de inverno na resteva de sorgo, discriminação dos insumos,
quantidades utilizadas por hectare, gasto por unidade e o total, em reais.
Discriminação Unidade Quantidade/ha R$/Unidade Total (R$)/ha
Aveia kg 80 0,35 28,00
Azevém kg 35 0,72 25,20
Adubo base kg 150 0,78 117,00
Adubo cobertura kg 50 0,95 47,50
Plantio e adubação horas 1 30,00 30,00
Cobertura da semente horas 1 30,00 30,00
Aplicação adubo cobertura horas 0,5 30,00 15,00
TOTAL R$/ha
292,70
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
A Tabela 25 apresentou o custo de formação de 1 (um) hectare da pastagem de
inverno, na resteva de sorgo, que foi de R$ 292,70/ha.
67
1.3.5. Área das pastagens e lotação
A área cultivada com pastagem de inverno no ano de 2004 foi de 165 ha, sendo 100 ha
na resteva da lavoura de soja, 50 ha na resteva da lavoura de arroz e 15 ha na resteva da
lavoura de sorgo.
A lotação média utilizada nas pastagens foi de 1,5 UA/ha, o peso médio de venda dos
novilhos gordos e das vacas gordas foram 480 e 430 kg/animal, respectivamente. Os novilhos
e vacas de descarte, que eventualmente são vendidos magros, tiveram um peso médio de
346,6 e 354,5 kg/animal, respectivamente.
1.3.6. Técnicas de sanidade
As práticas de controle sanitário, normalmente utilizadas, estão descritas a seguir. Os
bezerros/as, ao nascer, recebem 1 (um) ml de vermífugo com ação endo-ectoparasitário,
geralmente uma doramectina ou ivermectina, com um custo de R$ 300,00/L, ou seja, R$
0,30/animal. Além disso, os bezerros/as são vacinados contra o carbúnculo sintomático e as
bezerras são vacinadas para a brucelose.
Os animais até dois anos de idade são dosados quatro vezes por ano, sendo que três
vezes com vermífugos de ação endo-ectoparasita, e uma vez com albendazol (endoparasita).
As dosagens para aftosa são realizadas conforme os parâmetros vinculados pela
Secretária de Agricultura do município de localização da propriedade. Na Tabela 26 estão
descritos os custos com sanidade durante o ano de 2004
Tabela 26 - Discriminação dos produtos utilizados, quantidades usadas, preço por unidade, o
total gasto em cada item e o total geral, em reais (R$), na sanidade do rebanho integrado.
Discriminação Unidade Quantidade usada R$/Unidade Total (R$)
Vermífugo geral Litros
32 85,00 2.720,00
Aftosa Doses
1.570 0,92 1.444,40
Carbúnculo hemático Doses
1.115 0,18 200,70
Carbúnculo sintomático Doses
460 0,28 128,80
Brucelose Doses
140 0,80 112,00
Carrapaticida Caixas
43 33,00 1.419,00
Outros (antibióticos, soros, etc) Diversos
3.088,50
TOTAL
9.113,40
Fonte: Cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
68
Na Tabela 26 são evidenciados os produtos, as quantidades, o custo unitário e o custo
total dos produtos utilizados no manejo da propriedade com sistema de produção integrado
durante o ano de 2004.
1.3.7. Disponibilidade de minerais
Nesta propriedade os animais são mineralizados, sendo que o consumo constatado
durante o ano de 2004 foi de 200 sacos de 30 kg, ou seja, 6.000 kg. Considerando um número
médio de animais, no decorrer do ano, o consumo de sal por animal foi de 0,016 kg/dia, valor
que será utilizado nas simulações.
O custo do sal mineralizado foi de R$ 21,00/sc, ou seja, o custo do quilo de sal foi de
R$ 0,70.
1.3.8. Receita bruta anual
As vendas realizadas, durante o ano de 2004, na propriedade em estudo estão
discriminadas, conforme informações do proprietário, na Tabela 27.
Tabela 27 – Categorias vendidas, peso médio por cabeça em quilos, número de animais em
cabeças, preço de venda em R$/kg de peso vivo, faturamento em reais por categoria e o
percentual que representa a venda de cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte gordas 430,0 45 1,39 26.835,00 11,52
Vacas descarte magras 354,5 18 1,10 7.018,50 3,01
Touros descarte 650,0 2 1,38 1.800,00 0,77
Novilhas descarte 1-2 anos 180,4 20 1,30 4.690,00 2,01
Novilhas descarte 2-3 anos 243,5 36 1,30 11.394,30 4,89
Garrotes magros 346,6 30 1,50 15.600,00 6,70
Garrotes gordos 480,0 209 1,65 165.596,60 71,09
TOTAL 360 232.934,40 100,00
Fonte: Cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
Conforme a Tabela 27 foram vendidas 63 vacas durante o ano de 2004, destas 71,4%
(45 animais) estavam gordas e 28,6% (18 animais) estavam magras. Na categoria garrotes
69
foram vendidos 239 animais sendo 87,4% (209 animais) gordos e 12,6% (30 animais) magros,
estes percentuais de venda serão considerados os mesmos para as simulações.
Durante o ano de 2004 foi feita a aquisição de oito (8) touros com preço médio R$
2.600,00 por cabeça, totalizando um desembolso de R$ 20.800,00. Os touros são considerados
um investimento para a propriedade que deve ser depreciado conforme sua vida útil. A
depreciação dos animais será lançada como custos de reprodução, bem como a depreciação
dos outros touros já existentes no estabelecimento. Para estes foram considerados os mesmos
valores de depreciação. O cálculo da depreciação dos touros segue a fórmula descrita
anteriormente.
O valor investido por animal foi de R$ 2.600,00, o valor residual foi de R$ 900,00
(valor de venda dos touros negociados durante o ano de 2004) e a vida útil é de quatro anos,
ou seja, a depreciação foi de R$ 425,00/touro. Como foram adquiridos oito animais e já
existiam dez touros na propriedade o total do custo com reprodução, ou seja, a depreciação
destes foi de R$ 7.650,00. Foi considerado como vida útil o período de quatro (4) anos,
considerando as informações obtidas junto ao proprietário.
Com base nos dados da Tabela 27 pode-se calcular alguns índices importantes,
referentes à produtividade, que estão expressos na Tabela 28.
Tabela 28 - Índices referentes à produtividade
Índices Unidade Total anual
Taxa de desfrute % 32,40
Venda total de PV kg 150.123
Venda total de PV / ha (área com pecuária) kg/ha 146,46
Diferença de estoque kg -64.985
Produção total PV (venda + diferença estoque) kg 85.138
Produção total PV / ha (área com pecuária) kg/ha 86,00
R$ médio / kg vendido R$/kg 1,55
Receita bruta / ha (área com pecuária) R$/ha 227,25
Fonte: Cálculos realizados pelo autor.
A Tabela 28 demonstra os índices, referentes à produção e venda, da propriedade em
estudo, durante o ano de 2004. Nesta é possível observar que a taxa de desfrute foi de 32,4%,
a venda total de PV foi de 150.123 kg de peso vivo, ou seja, foi vendido 146,46 kg por
hectare de área ocupada com pecuária. Além disso, a tabela mostra a diferença de estoque
(calculada com base na Tabela 21) e a produção total de PV que foram -64.985 e 85.138 kg,
70
respectivamente. O preço médio por quilograma vendido foi de R$ 1,55 e a receita bruta por
hectare de área com pecuária foi de R$ 227,25.
A área ocupada com pecuária considerada no cálculo foi de 1.025 ha, proveniente da
seguinte soma: 850 ha campo nativo, 50% das áreas de arroz e soja (125 ha), 15 ha da lavoura
de sorgo e 35 ha de aguadas.
1.3.9. Mortalidade geral
Considerando o número de animais no início do ano, as compras e vendas durante o
ano, bem como o número de animais nascidos e o número de animais presentes no final do
ano, pode-se calcular a mortalidade geral do rebanho, que no ano de 2004 foi de 1,8%. Este
índice é expresso em relação ao número de animais presentes no início do ano. Este foi o
valor utilizado nas simulações, pois, coincidentemente é o mesmo valor encontrado na média
dos últimos três anos.
1.3.10. Custos e despesas
Os custos e as despesas relacionadas à bovinocultura, decorrentes do ano de 2004,
estão agrupadas e discriminadas, conforme levantamento de campo e informações do
proprietário, na Tabela 29.
Tabela 29 – Custos e despesas do ano de 2004, discriminação dos itens, total anual em reais
por item, por hectare de pecuária e o percentual de participação de cada item.
Discriminação Total Anual (R$) R$/ha % Participação
Mão-obra Fixa/eventual 22.492,00 21,94 25,62
ITR/Impostos s/ Terra 1.221,20 1,19 1,39
Alimentos/Sal/Pastagem 32.230,00 31,44 36,71
Medicamentos/Sanidade 9.113,40 8,89 10,38
Manutenção Peças/Consertos 14.454,24 14,10 16,46
Custos
Reprodução 7.650,00 7,46 8,71
Sub Total (1) – Custos 87.160,84 85,03 99,28
Despesas Administrativas 629,20 0,61 0,72
Sub Total (2) – Despesas 629,20 0,61 0,72
TOTAL (1+2) 87.790,04 85,64 100,00
Fonte: Cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
Na Tabela 29 evidenciam-se as despesas e os custos desembolsados durante o ano de
2004, bem como o valor em reais por hectare ocupado com pecuária e o percentual de
71
participação de cada item. Os custos e despesas foram classificados conforme BRUNI e
FAMÁ (2002), citados na revisão bibliográfica deste trabalho.
1.3.11. Custo das lavouras
Embora as lavouras não sejam o motivo de estudo deste trabalho, é importante fazer o
levantamento dos resultados destas, pois assim possibilita-se fechar o balanço geral desta
propriedade e fazer um comparativo com os resultados encontrados para a pecuária. Os dados
demonstrados a seguir são referentes à safra 2003/2004 e os produtos foram comercializados
durante o ano de 2004.
1.3.11.1. Lavoura de arroz irrigado
A área de arroz plantada no ano de 2003 e colhida no ano início do ano de 2004 foi de
142 ha, sendo que o custo de formação de 1 (um) ha está descrito na Tabela 30.
Tabela 30 - Custo da lavoura de arroz irrigado, discriminação dos insumos, quantidades
utilizadas por hectare, gasto por unidade e o total, em reais.
Discriminação Unidade Quantidade/ha R$/Unidade Total (R$)/ha
Semente sacos 3,24 49,34 159,86
Adubo base sacos 4,30 35,00 150,50
Adubo cobertura sacos 1,15 36,50 41,98
Herbicidas R$/ha 1,00 85,64 85,64
Aviação vôos 3,00 28,17 84,51
Irrigação elétrica R$/ha 1,00 49,80 49,80
Fretes R$/sc 149,43 1,59 237,59
Mão-obra R$/ha 1,00 215,32 215,32
Combustível litros 123,24 1,44 177,46
Secagem / Armazenagem sacos 8,51 30,00 255,30
TOTAL R$/ha
1.457,96
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
A Tabela 30 apresenta o custo de formação de um hectare de arroz com irrigação
movida à eletricidade que foi de R$ 1.457,96/ha. Além destes, os custos de depreciação, as
despesas administrativas e a depreciação administrativa serão lançadas no demonstrativo de
resultado da propriedade.
A produtividade alcançada na lavoura de arroz irrigado na safra 2003/2004 foi de
119,54 sacos seco/ha. Os preços praticados no ano de 2004 variaram desde R$ 32,60/sc (U$
72
11,20/sc) na colheita (15/04/2005) a R$ 30,50/sc (U$ 10,18/sc), em agosto, e R$ 24,00/sc (U$
8,81/sc) no meio de dezembro. O preço médio de venda, alcançado pelo produtor, foi de R$
30,00/sc (U$ 10,27/sc), gerando uma receita bruta por hectare de R$ 3.586,20 e uma receita
total de R$ 509.240,40.
1.3.11.2. Lavoura de soja
A área de soja plantada na safra 2003/2004 foi de 100 hectares, sendo que o custo de
formação de 1 (um) hectare está descrito na Tabela 31.
Tabela 31 – Custo da lavoura de soja, discriminação dos insumos, quantidades utilizadas por
hectare, gasto por unidade e o total, em reais.
Discriminação Unidade Quantidade/ha R$/Unidade Total (R$)/ha
Dessecante litros
4,20 11,10 46,62
Inoculante e tratamento de semente R$/ha
1,00 27,23 27,23
Semente sacos (sc)
2,04 57,88 118,07
Adubo base sacos
3,80 33,30 126,54
Herbicida litros
1,13 43,20 48,82
Formicida R$/ha
1,00 2,95 2,95
Inseticidas R$/ha
1,00 76,11 76,11
Fungicida R$/ha
1,00 26,50 26,50
Aplic. fungicida e inseticida (aérea) vôos
2,00 28,50 57,00
Fretes R$/sc
30,78 0,46 14,16
Mão-obra R$/ha
1,00 131,04 131,04
Combustível litros
25,00 1,44 36,00
TOTAL R$/ha
711,04
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
A Tabela 31 apresenta o custo de formação de um hectare de soja convencional que é
de R$ 711,04/ha. Os valores de depreciação e despesas serão lançados no demonstrativo de
resultados da propriedade.
A produtividade alcançada na lavoura de soja na safra 2003/2004 foi de 30,78 sc/ha,
levando-se em conta que era o primeiro ano de lavoura de soja e a seca ocorrida neste ano, a
produtividade pode ser considerada muito boa.
Os preços praticados no ano de 2004 variaram desde R$ 42,00/saco (U$ 14,40/saco)
na colheita (15/04/2005), passando para R$ 55,00/saco no mês de maio (U$ 17,79/saco) e
terminando em R$ 29,00/saco (U$ 10,65/saco), no meio do mês de dezembro. O preço médio
de venda, alcançado pelo produtor, foi de R$ 36,00/saco (U$ 12,32/saco (valor médio de um
73
dólar durante o ano de 2004 foi de R$2,92)), ou seja, a receita bruta por hectare de soja foi de
R$ 1.108,08/ha e a receita total da foi de R$ 110.808,00.
A transformação do valor de real para dólar, feita nos cálculos anteriores, tem como
base o preço do Dólar Oficial publicado no Anualpec 2005, e os preços praticados durante o
ano de 2004 foram baseados nas vendas do proprietário e dados adquiridos no site
www.clicmercado.com.br/cotacoes.
1.3.12. Descrição das benfeitorias e maquinários
Na Tabela 3, do Anexo II, são feitas descrições dos maquinários e das benfeitorias
envolvidas no processo de produção bem como é calculada a depreciação dos bens
relacionados com a atividade que estes são utilizados. Nessa tabela, relacionada no Anexo II,
evidencia-se que o custo de depreciação para a atividade bovinocultura de corte foi de R$
23.410,03 e a depreciação administrativa foi de R$ 3.078,00 para o ano de 2004.
1.3.13. Demonstrativo de resultado da propriedade
Na Tabela 32 é apresentado o demonstrativo de resultados das atividades produtivas,
durante o ano 2004, na propriedade em estudo, bem como, o total geral.
Tabela 32 - Demonstrativo de Resultados das atividades da Propriedade Integrada, de forma
individual e do total, em reais.
Pecuária Soja Arroz Total
Área da atividade (ha) 1.025 100 142 1.410
Receita Total 232.934,40 110.808,00 509.240,40 852.982,80
Custo do kg ou saco produzido 1,30 33,53 17,32 -
Diferença de estoque -84.396,67 0,00 0,00 -84.396,67
Custos de Produção 87.160,84 71.104,00 207.030,32 365.295,16
Depreciação – Custos 23.410,03 32.116,16 87.045,71 142.571,90
Resultado do Produto 37.966,86 7.587,84 215.164,37 260.719,07
Resultado do Produto / hectare 37,04 75,88 1.515,24 184,91
Despesas Administrativas 629,20 629,20 1.887,60 3.146,00
Depreciação Administrativa 3.078,00 1.846,80 7.387,20 12.312,00
Resultado da Atividade 34.259,66 5.111,84 205.889,57 245.261,07
Resultado da Atividade / hectare 33,42 51,12 1.449,93 173,94
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
74
Na Tabela 32, as despesas administrativas da pecuária e do soja foram consideradas
iguais, embora a pecuária possua uma receita bruta maior que o soja, entretanto, a lavoura
envolve maiores gastos e tempo envolvido, segundo o proprietário.
No cálculo do resultado da atividade, para a pecuária, foi utilizada uma área de 1.025
hectares (campo nativo, aguadas, lavoura de sorgo, 50% da área de soja e 50% da área total de
arroz), conforme já citado anteriormente.
SUB-CAPÍTULO 2 - COMPARATIVO ENTRE AS PROPRIEDADES
Neste sub-capítulo é realizado um comparativo dos dados obtidos nos estudo de
multicaso das três propriedades, bem como uma discussão sobre os resultados.
2.1. Classificação do rebanho e lotação
O comparativo entre os rebanhos, carga animal e a diferença de estoque são
apresentados na Tabela 33.
Tabela 33 - Categorias animais, número de cabeças, total de unidades animais, no início e no
final do ano de 2004, lotação média em cabeças por hectare, carga animal em unidade animal
(UA) por hectare e a diferença de estoque, em quilogramas de peso vivo, nas três
propriedades em estudo.
Tradicional Intensiva Integrada
Ano 2004
Início Final Início Final Início Final
Categorias Cab UA Cab UA Cab UA Cab UA Cab UA Cab UA
Matrizes 364 313,0 352 302,7 328 269,0 339 278,0 395 335,8 387 329,0
Touros 12 15,0 12 15,0 - - - - 10 12,5 16 20,0
Bezerros 65 18,9 75 21,8 104 27,0 89 23,1 115 29,9 72 18,7
Bezerras 80 18,4 55 12,7 131 28,8 90 19,8 135 29,7 103 22,7
Novilhas 1-2 anos 88 40,5 73 33,6 58 27,8 131 62,9 111 53,3 115 55,2
Novilhas 2-3 anos 38 22,8 80 48,0 - - - - - - - -
Garrotes 1-2 anos 76 38,8 58 29,6 40 21,2 104 55,1 97 51,4 115 61,0
Garrotes 2-3 anos 88 59,0 59 39,5 19 15,2 14 11,2 74 59,2 97 77,6
Garrotes + 3 anos 132 125,4 125 118,8 - - - - 174 165,3 9 8,6
Outros 4 5,0 4 5,0 2 1,9 2 1,9 - - - -
TOTAL 947 656,7 893 626,6 682 391,0 769 452,0 1.111 737,0 914 592,6
Lotação Média (Cab/ha) 1,13 1,17 0,99
Carga Animal (UA/ha) 0,79 0,68 0,65
Diferença Estoque (kg) -13.559 27.477 -64.985
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
Na Tabela 33, fica demonstrado que a propriedade intensiva não possui a categoria de
touros, pois, estes são alugados; não possui a categoria de novilhas de 2-3 anos, pois já
passaram para a categoria de vacas (entoure é aos 2 anos); não possui a categoria de garrotes
com mais de 3 anos e não deveria possuir a categoria de garrotes de 2-3 anos de idade, pois, a
idade de abate é aos 2 anos; com isto, a propriedade intensiva possui praticamente 4
categorias a menos que a propriedade tradicional, liberando, dessa forma, mais área para a
76
utilização com matrizes e categorias jovens. Isto se reflete quando compara-se a carga animal
em UA/ha e a lotação em cabeças/ha. A propriedade tradicional, embora tenha uma carga
animal, em UA/ha, 16,2% superior a da intensiva, possui uma lotação, em cabeças/ha, 3,5%
inferior, pois, o rebanho da tradicional é formado por um número menor de animais, mas em
compensação são animais mais “pesados” (mais velhos).
A intensiva foi a única que terminou o ano com a diferença de estoque positiva em
27.477 kg, ou seja, acumulou capital, em forma de peso vivo, no decorrer do ano.
A propriedade integrada não possui a categoria novilhas 2-3 anos (entoure aos 2 anos)
e não deveria possuir a categoria garrotes com mais de 3 anos, pois, realiza a venda dos
garrotes gordos antes deles completarem 3 anos, normalmente. Entretanto, por questões de
preço, o proprietário decidiu não vender os garrotes no ano de 2003 mantendo esta categoria
por mais um ano. Com isto, durante o ano de 2004, houve o acúmulo das vendas (receita
bruta) e em contrapartida, a propriedade terminou o ano com uma diferença de estoque de
peso vivo de -64.985 kg, em relação ao início do ano.
A propriedade tradicional possui todas as categorias, pois seu ciclo de produção é mais
longo, entoura com 3 anos e termina os garrotes com mais de 3 anos. O que chama atenção
nesta propriedade é a alta carga animal. Quando comparada com a integrada, apresentou uma
carga animal média, em UA, 21,5% superior. Este alto índice de carga animal, aliada a seca,
foi a justificativa do proprietário ao alto índice de mortalidade (6,4%) ocorrido durante o ano
de 2004.
Na Figura a seguir fica demonstrado o total de quilogramas de PV presentes no início
e no final do ano de 2004, bem como a diferença de estoque de PV nas três propriedades.
77
-100.000
-50.000
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
Tradicional Intensiva Integrada
Total kg
Início 2004
Final 2004
Diferença de estoque
Figura 4 - Estoque de produtos (kg) no início e no final de 2004 e a diferença de estoque nas
três propriedades em estudo.
2.2. Receita bruta anual
As vendas realizadas nas propriedades em estudo, durante o ano de 2004, estão
discriminadas, conforme informações dos proprietários, na Tabela 34.
Tabela 34 - Categorias bovinas vendidas e % de participação na receita total (R$) das
propriedades Tradicional, Intensiva e Integrada, no ano de 2004.
Categorias Tradicional % Intensiva % Integrada %
Vacas magras 9.100,00 12,8 - - 7.018,50 3,0
Vacas gordas 4.681,80 6,6 12.900,00 24,3 26.835,00 11,5
Novilhas 1-2 anos - - - - 4.690,00 2,0
Novilhas 2-3 anos - - - - 11.394,30 4,9
Novilhas gordas - - 15.468,00 29,2 - -
Touros - - - - 1800,00 0,8
Garrotes magros 20.159,00 28,4 - - 15.600,00 6,7
Garrotes gordos 37.023,00 52,2 24.676,31 46,5 165.596,60 71,1
TOTAL 70.963,80 100,0 53.044,31 100,0 232.934,40 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
Na Tabela 34 é verificado que na propriedade intensiva 100% da receita total foram
provenientes de animais que estavam gordos. Na tradicional e na integrada, 58,8% e 82,6%,
respectivamente, são provenientes de animais gordos. Isto é importante de ser analisado, pois
certamente estes índices influenciaram no preço médio de venda do quilograma de PV nas
78
propriedades, pois, animais gordos, normalmente, possuem melhores cotações que animais
magros.
2.3. Índices de produtividade
Com base nos dados coletados nas propriedades, estimaram-se alguns índices
produtivos e econômicos, os quais estão expressos na Tabela 35.
Tabela 35 - Índices produtivos e econômicos referentes ao ano de 2004, nas propriedades
Tradicional, Intensiva e Integrada.
Índices Unidade Tradicional Intensiva Integrada
Taxa de desfrute % 13,41 13,20 32,40
Venda total de PV kg 52.415 32.585 150.123
Venda total de PV/há kg/ha 64,55 52,51 146,46
Diferença estoque kg -13.559 27.477 -64.985
Produção total PV kg 38.856 60.062 85.138
Produção total PV / há kg/ha 47,85 96,79 83,06
R$ médio / kg vendido R$/kg 1,35 1,63 1,55
Receita bruta / R$/ha 87,39 85,48 227,25
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário. PV = peso vivo; Produção total de
PV = vendas + diferença estoque (kg); Diferença estoque (kg) = estoque final – estoque inicial
Os índices foram calculados com base na área ocupada com pecuária em cada
propriedade. Observa-se que, embora a propriedade intensiva tenha sido a que menos vendeu
durante o ano de 2005 (13,2% de taxa de desfrute), foi a que mais produziu (96,79 kg/ha), ou
seja, 102% e 16% a mais que a tradicional e a integrada, respectivamente. Além disso, é
possível verificar que a propriedade integrada, embora tenha sido a que mais vendeu (32,4%
de taxa de desfrute), não foi a que mais produziu, pois teve uma maior diminuição no total de
quilogramas de PV estocados (-64.985 kg).
A propriedade tradicional, embora tenha vendido 64,55 kg/ha contra 52,51 kg/ha da
intensiva, ou seja, 22,9% a mais, esta obteve uma receita bruta/ha apenas 2,2% superior. Isto
se deve a diferença do preço médio obtido nas vendas de R$ 1,35/kg e R$ 1,63/kg para
tradicional e intensiva, respectivamente. Esta diferença de preço médio obtido na venda é
reflexa, principalmente, da diferença percentual das vendas de animais gordos entre as duas
propriedades, já citada anteriormente. A propriedade tradicional produziu 102% e 73,6% a
menos que as propriedades intensiva e integrada, respectivamente. Justifica-se este fato pela
alta mortalidade geral ocorrida durante o ano de 2004 e pela ausência de práticas de
79
suplementação ou pastagens cultivadas disponíveis ao rebanho. Além da carga animal
presente nesta propriedade, que pode ter prejudicado a produtividade.
2.4. Custos e despesas
Os totais anuais dos custos e das despesas, bem como o valor em R$/ha, relacionados
à bovinocultura, estão agrupados e discriminados na Tabela 36, conforme levantamento de
campo e informações dos proprietários no estudo de multicaso.
Tabela 36 - Custos e despesas no ano de 2004, expressos em valores totais e em R$ por
hectare das propriedades em estudo.
Tradicional Intensiva Integrada
Especificações
Total R$/ha Total R$/ha Total R$/ha
Mão de obra fixa/eventual 15.250,26 18,78 21.242,65 34,23 22.492,00 21,94
ITR/Impostos s/ Terra 1.075,00 1,32 265,59 0,43 1.221,20 1,19
Alimentos/sal/pastagem 12.601,00 15,52 23.537,69 37,93 32.230,00 31,44
Sanidade/Medicamentos 7.148,70 8,80 4.063,95 6,55 9.113,40 8,89
Manutenção / consertos 1.825,00 2,25 3.826,58 6,27 14.454,24 14,10
Reprodução 2.826,00 3,48 1.379,50 2,22 7.650,00 7,46
Custos
Arrendamentos 0,00 0,00 6.480,00 10,44 0,00 0,00
Subtotal (1) – Custos 40.725,96 50,15 60.795,96 98,07 87.160,84 85,03
Despesas Administrativas 2.520,00 3,10 8.616,14 13,89 629,20 0,61
Subtotal (2) – Despesas
2.520,00 3,10 8.616,14 13,89 629,20 0,61
TOTAL (1+2) 43.245,96 53,25 69.412,10 111,96 87.790,04 85,64
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
Verifica-se na Tabela 36 que, na propriedade tradicional o maior custo/ha foi com mão
de obra, o que é compreensível com o tipo de sistema de produção, pois praticamente não
aplica nenhuma prática de alimentação ou manejo diferenciado, ficando, quase que
exclusivamente, dependente do campo nativo.
Na propriedade intensiva, evidencia-se o maior custo/ha com mão de obra e
alimentação em comparação com as demais. O gasto com alimentação é compreensível, pois,
com exceção das vacas que estão na cria, todas as categorias recebem algum tipo de
alimentação além do campo nativo. Nesta propriedade o que chama a atenção é o elevado
gasto com despesas administrativas, sendo em parte explicado pela distância que a sede se
encontra da cidade. Os custos com reprodução foram bem menores na intensiva em
comparação com as demais, ou seja, o aluguel de touros é uma alternativa atrativa e
recomendável para as propriedades.
80
A propriedade integrada, por trabalhar com lavouras e necessitar um número maior de
máquinas, teve um maior desembolso no item manutenção, mesmo que tenha sido
considerada apenas a manutenção de máquinas ocupadas na pecuária. Embora tenha um %
bem maior de pastagem cultivada, 16% do total da área na integrada (165 ha) contra 8% na
intensiva (50 ha), a propriedade integrada tem um valor 20,6% menor no custo com
alimentos, o que comprova a importância da integração lavoura-pecuária como forma de
baratear a alimentação bovina. Este fato pode ser observado no relatório Diagnóstico de
sistemas de produção de bovinocultura de corte do Estado do Rio Grande do Sul, trabalho do
SEBRAE, SENAR e FARSUL (2005), que afirma que a integração com a lavoura, além de
facilitar a disponibilização de forragem de qualidade, pode contribuir para tornar o sistema
mais viável economicamente na medida em que proporciona uma redução nos custos com
alimentação. Outro aspecto importante, da integração lavoura-pecuária, é o baixo valor das
despesas administrativas, pois estas ficam diluídas em três atividades: pecuária, lavoura de
arroz e lavoura de soja.
Estimando-se os valores, em reais (R$), possíveis de serem obtidos pela venda do total
de quilos produzidos (quilos de peso vivo produzido x preço médio de venda) apresentados na
Tabela 35, expressos em R$/ha, de 64,59; 157,76 e 128,74 para as propriedades tradicional,
intensiva e integrada, e comparando-se com os gastos envolvidos para a manutenção dos
diferentes sistemas, referidos na Tabelas 36, de R$ 53,25; 111,96 e 85,64, conclui-se que, o
comprometimento com os gastos para a manutenção desta atividade são de 82,4%, 70,1% e
66%, para as propriedades citadas, respectivamente. Esta observação também foi constatada
no relatório de Diagnóstico de sistemas de produção de bovinocultura de corte do Estado do
Rio Grande do Sul, SEBRAE, SENAR e FARSUL (2005), que concluiu que a manutenção de
um rebanho para a realização do ciclo completo implica em um nível elevado de gastos, que
associado aos baixos preços recebidos, acabam por resultar em desempenho econômico
insatisfatório.
Na Figura 5, visualiza-se o comparativo dos custos e das despesas administrativas, em
R$/ha, encontrados no estudo de caso, das três propriedades.
81
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
MO fixa/even
t
u
a
l
ITR/I
m
p
o
st
os
s/ Terr
a
Al
i
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.
Sanidade/Med
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R
ep
r
o
dução
A
rrend
amentos
Desp. Administrativas
Tot
a
l
R$/ha
Tradicional
Intensiva
Integrada
Figura 5 - Custos e despesas, em R$/ha, das três propriedades durante o ano de 2004.
2.5. Demonstrativo de resultado das propriedades
Na Tabela 37 está apresentado o demonstrativo dos resultados da pecuária, do ano de
2004, para as propriedades em estudo.
Tabela 37 - Demonstrativo dos resultados para a atividade pecuária de corte, no ano de 2004,
nas propriedades Tradicional, Intensiva e Integrada.
Tradicional Intensiva Integrada
Área da atividade (ha) 812 620,5 1.025
Receita Total 70.963,80 53.044,31 232.934,40
Custo do kg produzido 1,44 1,27 1,30
Diferença de estoque -19.561,19 34.855,22 -84.396,67
Custos de Produção 40.725,96 60.795,96 87.160,84
Depreciação – Custos 15.330,50 15.394,10 23.410,03
Resultado do Produto -4.653,85 11.709,47 37.966,86
Resultado do Produto / hectare -5,73 18,87 37,04
Despesas Administrativas 2.520,00 8.616,14 629,20
Depreciação Administrativa 1.750,00 9.747,55 3.078,00
Resultado da Atividade -8.923,85 -6.654,22 34.259,66
Resultado da Atividade / hectare -10,99 -10,72 33,42
Fonte: cálculos realizados pelo autor, dados coletados com o proprietário.
82
Na Tabela 37 observa-se que a propriedade intensiva teve um resultado do produto/ha
de R$ 18,87/ha e um resultado da atividade pecuária de R$ -10,72/ha, ou seja, a propriedade
teve um produto viável, mas por questões administrativas a atividade finalizou o ano no
negativo.
Quando somados os custos de produção com os custos de depreciação e divididos pela
área destinada à pecuária, temos os seguintes resultados: R$ 69,04/ha, R$ 122,79/ha e R$
107,87/ha, para as propriedades tradicional, intensiva e integrada, respectivamente.
Analisando os resultados anteriores, verifica-se que a propriedade tradicional embora tenha os
custos do produto 77,8% e 56,2% menores que a intensiva e a integrada, respectivamente,
possui o maior custo do quilograma produzido (R$ 1,44/kg). Isto pode ser explicado pela
menor produtividade quando comparada com às demais propriedades. A propriedade
tradicional foi a que teve o pior resultado do produto e da atividade devido, principalmente, a
baixa produtividade e ao baixo preço médio de venda.
A propriedade integrada foi a única que fechou o ano, com a atividade bovinocultura
de corte, no positivo. Embora esta propriedade tenha os custos menores do que a intensiva
(R$ 107,87/ha contra R$ 122,79/ha da intensiva), o custo do quilo de peso vivo produzido foi
um pouco maior (2,3%), isto se deve à menor produção de quilos (-16,5%) por hectare na
integrada.
Estes resultados concordam com as conclusões obtidas no relatório Diagnóstico de
sistemas de produção de bovinocultura de corte do Estado do Rio Grande do Sul, SEBRAE,
SENAR e FARSUL (2005), que afirma que de uma maneira geral os sistemas de produção de
bovinocultura de corte apresentam resultados agroeconômicos e de eficiência financeira baixa
ou mesmo negativa. Por outro lado, os sistemas de produção integrados a produção vegetal,
além de contribuírem para uma maior renda total, apresentam resultados com maior eficiência
econômica comparado aos obtidos em sistemas sem produção vegetal.
SUB-CAPÍTULO 3 - SIMULAÇÕES
Neste sub-capítulo, a partir dos dados coletados no estudo de multicaso, são feitas
simulações com o objetivo de identificar qual o índice ou parâmetro que, quando alterado,
traria maior retorno financeiro ao proprietário.
Para se efetuar as simulações, foram necessários o desenvolvimento e ajuste da
planilha aos índices encontrados em cada estudo de caso, ou seja, foram ajustados o consumo
de sal, os pesos e preços de venda dos animais, os preços dos insumos, os percentuais de
venda de cada categoria, os arrendamentos, as técnicas de sanidade, enfim os parâmetros
encontrados em cada propriedade.
Após o ajuste, foram feitas cinco simulações para cada propriedade, sendo que estas
sempre levaram em consideração um rebanho estabilizado, ou seja, o estoque inicial e final de
peso vivo, presentes na propriedade, é igual, ou seja, o produtor não se capitaliza nem se
descapitaliza, em termos de peso vivo, de um ano para o outro. Além disso, a taxa de
natalidade foi mantida constante de um ano para outro e foi considerado sempre o mesmo
percentual de nascimento de machos e fêmeas.
Em todas as simulações a taxa de natalidade e mortalidade utilizadas foi a média dos
últimos três anos de cada propriedade e não a encontrada no estudo de multicaso.
Na Figura 6 será feito um comparativo entre o rebanho médio encontrado no estudo de
multicaso e o rebanho estabilizado simulado, com os mesmos índices utilizados nas
simulações para a propriedade com sistema de produção tradicional.
84
0
50
100
150
200
250
300
350
400
M
a
t
ri
z
e
s
Touro
s
B
e
zerr
o
s
B
e
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er
r
a
s
N
ovilhas 1-2
N
ovilhas 2-3
Garrotes 1-
2
Garrotes 2-3
G
arrote
s
+ 3
Ou t
r
os
Cabeças
Reb. Médio
Reb. Estável
Figura 6 - Comparativo do rebanho bovino médio encontrado no estudo de caso da
propriedade tradicional e do rebanho estabilizado utilizado nas simulações.
Na Figura 6 estão evidenciadas as diferenças na distribuição do rebanho estabilizado
em comparação com o rebanho bovino médio da propriedade tradicional. Nesta figura fica
evidente o menor número de matrizes e novilhas no rebanho médio em comparação se o
rebanho fosse estável.
Na Figura 7 será apresentado o comparativo do rebanho médio da propriedade
intensiva, encontrado no estudo de multicaso, e se o rebanho fosse estável, utilizado nas
simulações.
85
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as
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1
-
2
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Gar
r
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es
1-
2
Garrotes 2-3
Garrotes +
3
Out
r
os
Cabeças
Reb. Médio
Reb. Esvel
Figura 7 - Comparativo do rebanho bovino médio encontrado no estudo de caso da
propriedade intensiva e do rebanho estabilizado utilizado nas simulações.
A Figura 7 apresenta que as diferenças são menores, destacando-se o maior número de
garrotes de 1-2 e de 2-3 anos se o rebanho fosse estável, mesmo com um menor número de
matrizes no rebanho.
Na Figura 8 será demonstrado o comparativo do rebanho médio da propriedade
integrada, encontrado no estudo de multicaso, e se o rebanho fosse estável, utilizado nas
simulações.
86
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100
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Touros
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as
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2
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ot
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1-
2
Garrotes 2-3
Garrotes +
3
Out
r
os
Cabeças
Reb. Médio
Reb. Esvel
Figura 8 - Comparativo do rebanho bovino médio encontrado no estudo de caso da
propriedade integrada e do rebanho estabilizado utilizado nas simulações.
A Figura 8 demonstra que, se o rebanho estivesse estável e sem a categoria de garrotes
com mais de três anos, este poderia ter mais matrizes, produzindo mais bezerros e bezerras e
consequentemente mais novilhas e garrotes, na mesma área.
Com base em rebanhos estáveis, como apresentado nas figuras 6, 7 e 8, foram feitas as
simulações descritas a seguir, que estão apresentadas no Anexo III.
Simulação 1: Considerando apenas um rebanho estável, com todos os índices iguais aos
encontrados no estudo de multicaso;
Simulação 2: Aumentando a taxa de natalidade média em 9,8% para todas as propriedades.
Foi escolhido este valor de modo que a propriedade que apresentasse a maior taxa média
(intensiva) não ultrapassasse 75% de natalidade, na simulação;
Simulação 3: Redução de 1 (um) ano na idade de abate dos garrotes, conservando o mesmo
peso de venda;
Simulação 4: Aumento de 30 kg de PV/ha ou 0,066 UA/ha na carga animal média. Foi
escolhido este valor de modo que as propriedades tivessem um aumento médio na carga
animal, em UA, em torno de 10%;
Simulação 5: Redução de 1 (um) ano na idade de entoure das novilhas.
É importante destacar que para todas as simulações não foram considerados os gastos
para se alcançar o aumento dos índices ou parâmetros simulados, isto é, quando , por exemplo
simula-se um aumento da taxa de natalidade, não foi considerado o custo com nenhuma
87
técnica em especial, por exemplo desmame precoce, para se conseguir este objetivo.
Entretanto, foram simulados todos os outros custos envolvidos no processo, pois ao aumentar
a taxa de natalidade aumenta-se o número de bezerro/as, aumenta-se o número de garrotes e
novilhas, e estes aumentos necessitam de maiores custos com sanidade, com alimentação, etc.
Todas estas alterações foram simuladas, considerando sempre os mesmos valores gastos por
animal, ou por produto, ou por área de pastagem, encontrados no estudo de multicaso.
Nas simulações foram considerados sempre os mesmos custos fixos, ou seja, custos de
depreciações, as despesas administrativas, as depreciações administrativas, os custos com
mão-de-obra e ITR/impostos sobre a terra foram utilizados os mesmos encontrados no estudo
de multicaso.
O aumento da rentabilidade, proveniente nas simulações, servirá de parâmetro para o
produtor decidir o quanto ele pode investir em determinada técnica que esta ainda poderá, ou
não, ser viável.
3.1. Simulações da propriedade tradicional
Na Tabela 38 são apresentados os resultados encontrados nas simulações para a
propriedade tradicional.
88
Tabela 38 - Demonstrativo de resultados do estudo de caso e das simulações feitas para a
propriedade tradicional.
Estudo
Caso
Simulação
1
6
Simulação
2
7
Simulação
3
8
Simulação
4
9
Simulação
5
10
Área da atividade (ha) 812 812 812 812 812 812
Receita total 70.963,80 90.101,07 94.265,01 103.231,30 97.628,51 98.835,92
Custo do kg produzido 1,44 0,74 0,71 0,67 0,71 0,69
Diferença de estoque (R$) -19.561,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Custos de produção 40.725,96 37.120,88 37.215,25 38.654,91 38.796,86 38.848,59
Depreciação (Custos) 15.330,50 15.330,50 15.330,50 15.330,50 15.330,50 15.330,50
Resultado do produto -4.653,85 37.649,69 41.719,27 49.245,89 43.501,14 44.656,84
Resultado do produto / ha -5,73 46,37 51,38 60,65 53,57 55,00
Despesas administrativas 2.520,00 2.520,00 2.520,00 2.520,00 2.520,00 2.520,00
Depreciação administrativa 1.750,00 1.750,00 1.750,00 1.750,00 1.750,00 1.750,00
Resultado da atividade -8.923,85 33.379,69 37.449,27 44.975,89 39.231,14 40.836,84
Resultado da atividade / ha -10,99 41,11 46,12 55,39 48,31 49,74
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Como se observa na Tabela 38, se a propriedade tradicional estivesse com um rebanho
estabilizado no decorrer dos anos, ou seja, com uma lotação de 0,79 UA/ha, uma taxa de
natalidade média de 50%, uma taxa de mortalidade geral de 3,46%, com as vendas iguais aos
quilogramas produzidos durante o ano, sem se descapitalizar, com os mesmos valores
recebidos por quilo e com os mesmos custos dos produtos adquiridos no estudo de caso, o
resultado da atividade seria de R$ 41,11/ha, contra R$ -10,99/ha encontrado no estudo de
caso.
Caso, nesta propriedade se conseguisse aumentar a taxa de natalidade média em 9,8%
(passando para 54,9%), ou reduzisse a idade de abate em 1 ano, ou aumentasse a lotação em
30 quilogramas a mais de PV/ha, ou reduzisse a idade de entoure em 1 ano os resultados da
atividade pecuária de corte seriam, em R$/ha, de 46,12, 55,39, 48,31 e 49,74,
respectivamente, conforme a Tabela 38.
Todos os cálculos referentes às simulações estão no Anexo III, deste trabalho.
Na Tabela 39 serão demonstrados os valores dos índices de % de descarte, de quilos
produzidos por hectare (kg/ha) e receita total, em reais, encontrados no estudo de multicaso e
nas simulações, bem como os valores necessários para se alcançar o PEC e o PEE, além do %
6
Simulação 1: Rebanho estabilizado
7
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
8
Simulação 3: Redução na idade de abate
9
Simulação 4: Aumento na lotação
10
Simulação 5: Redução na idade de entoure
89
que deveriam ser aumentados os parâmetros apresentados, para que o manejo simulado
atingisse o PEE.
Tabela 39 – Percentual de descarte, quilos produzidos por hectare e receita total, em reais,
encontrados no estudo de caso e nas simulações, para a propriedade Tradicional.
Estudo
Caso
Simulação
1
11
Simulação
2
12
Simulação
3
13
Simulação
4
14
Simulação
5
15
Valores encontrados e simulados
% Descarte 13,41 17,24 17,82 19,13 17,24 19,20
kg produzidos/ha 47,85 86,98 91,01 99,42 94,24 96,22
Receita Total 70.963,80 90.101,07 94.265,01 103.231,30 97.628,51 98.835,92
Valores que deveriam ser encontrados para atingir o PEC
% Descarte 12,03 8,85 8,64 8,41 8,16 9,07
kg produzidos/ha 61,28 45,09 44,56 44,15 45,05 45,82
Receita Total 67.171,41 46.705,55 46.153,88 45.841,62 46.667,41 47.064,05
Valores que deveriam ser encontrados para atingir o PEE
% Descarte 86,90 63,94 62,42 60,76 58,96 64,33
kg produzidos/ha 442,70 325,73 321,92 318,97 325,47 324,90
Receita Total 485.289,05 337.430,66 333.445,01 331.189,06 337.155,11 333.728,62
% que deveria ser aumentado para alcançar o PEE
% Descarte 548,02% 270,80% 250,27% 217,68% 241,92% 235,05%
kg produzidos/ha 825,19% 274,50% 253,73% 220,82% 245,34% 237,66%
Receita Total 583,85% 274,50% 253,73% 220,82% 245,34% 237,66%
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Na Tabela 39 fica demonstrado que em nenhuma das situações simuladas alcançou o
PEE, ou seja, a atividade da pecuária de corte, neste sistema de produção não produz e não
rende o suficiente para poder cobrir a remuneração mínima do capital investido na terra. O
resultado mais próximo para atingir o PEE seria com a redução na idade de abate, mesmo
assim, teria que se aumentar o percentual (%) de descarte e a receita total em 217,68% e
220,82%, respectivamente.
O estudo de caso embora tenha apresentado um % de descarte e uma receita total
maior do que a necessária para atingir o PEC, fechou o ano no negativo, ou seja, os gastos
totais foram maiores que as receitas totais. Explica-se o fato, pois, a produtividade, expressa
11
Simulação 1: Rebanho estabilizado
12
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
13
Simulação 3: Redução na idade de abate
14
Simulação 4: Aumento na lotação
15
Simulação 5: Redução na idade de entoure
90
em kg de peso vivo por hectare, foi 28% menor que a necessária para alcançar o PEC. A
receita total e o % de descarte, maiores que os necessários para alcançar o PEC, são
explicados por uma descapitalização, em termos de estoque de PV, do produtor no decorrer
do ano de 2004.
Todas as simulações ultrapassaram o PEC, isto é, qualquer manejo seria suficiente
para pagar os gastos totais com a atividade e o lucro não seria igual a zero.
Na Figura 9 está demonstrado a quantidade de kg de peso vivo que seriam produzidos,
por hectare, nas simulações e o que deveria ser produzido para alcançar o PEC e o PEE, na
propriedade com sistema de produção tradicional.
0
50
100
150
200
250
300
350
E
s
tudo
C
aso
Simulação
1
Simula
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ão
2
Simula
ç
ão
3
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ç
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4
S
i
mu
l
ão
5
Kg/ha
Valo res Simu la d o s
Valo res PEC
Valo res PEE
Simulação 1: Rebanho estabilizado
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
Simulação 3: Redução na idade de abate
Simulação 4: Aumento na lotação
Simulação 5: Redução na idade de entoure
Figura 9 - Quantidade de quilogramas de peso vivo produzido por hectare e o necessário para
alcançar o ponto de equilíbrio contábil e o ponto de equilíbrio econômico, na propriedade
tradicional.
3.2. Simulações da propriedade intensiva
Na Tabela 40 são apresentados os resultados encontrados nas simulações para a
propriedade com produção intensiva.
91
Tabela 40 - Demonstrativo de resultados do estudo de caso e das simulações feitas para a
propriedade intensiva.
Estudo
Caso
Simulação
1
16
Simulação
2
17
Simulação
3
18
Simulação
4
19
Simulação
5
20
Área da atividade (ha) 620,52 620,52 620,52 620,52 620,52 620,52
Receita total 53.044,31 117.345,70 123.227,36 137.013,75 128.751,91 129.361,11
Custo do kg produzido 1,27 0,76 0,76 0,63 0,74 0,74
Diferença de estoque (R$) 34.855,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Custos de produção 60.795,96 62.309,39 63.895,43 56.707,47 65.381,65 65.046,94
Depreciação (Custos) 15.394,10 15.394,10 15.394,10 15.394,10 15.394,10 15.394,10
Resultado do produto 11.709,47 39.642,21 43.937,83 64.912,19 47.976,17 48.920,07
Resultado do produto / ha 18,87 63,89 70,81 104,61 77,32 78,84
Despesas administrativas 8.616,14 8.616,14 8.616,14 8.616,14 8.616,14 8.616,14
Depreciação administrativa 9.747,55 9.747,55 9.747,55 9.747,55 9.747,55 9.747,55
Resultado da atividade -6.654,22 21.278,52 25.574,14 46.548,50 29.612,48 30.556,38
Resultado da atividade / ha -10,72 34,29 41,21 75,02 47,72 49,24
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Como se observa na Tabela 40, se a propriedade intensiva estivesse com um rebanho
estabilizado no decorrer dos anos, ou seja, com uma lotação de 0,679 UA/ha, uma taxa de
natalidade média de 68,3%, uma taxa de mortalidade geral de 0,9%, com as vendas iguais aos
quilogramas produzidos durante o ano, sem se descapitalizar em termos de PV estocado, com
os mesmos valores recebidos por quilo e com os mesmos custos dos produtos adquiridos, o
resultado da atividade seria de R$ 34,29/ha, contra R$ -10,72/ha e o resultado do produto
seria de R$ 63,89/ha, contra R$ 18,87/ha encontrados no estudo de caso.
Caso, nesta propriedade se conseguisse aumentar a taxa de natalidade média em 9,8%
(passando para 75%), ou reduzisse a idade de abate em 1 (um) ano, ou aumentasse a lotação
em 30 quilogramas a mais de PV/ha, ou reduzisse a idade de entoure em 1 (um) ano os
resultados da atividade pecuária de corte seriam, em R$/ha, de 41,21, 75,02, 47,72 e 49,24,
respectivamente, conforme a Tabela 40. Considerando que o custo do quilograma de peso
produzido foi de R$1,27 no estudo de caso e, num rebanho estabilizado com redução de 1
(um) ano na idade de abate passaria a ser R$0,63/kg, ou seja, haveria uma redução de 101,6%.
A receita bruta aumentaria de R$117.345,70 no rebanho estabilizado para R$ 137.013,75 com
a redução na idade de abate em rebanho estabilizado, isto é, um aumento de 16,8%.
16
Simulação 1: Rebanho estabilizado
17
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
18
Simulação 3: Redução na idade de abate
19
Simulação 4: Aumento na lotação
20
Simulação 5: Redução na idade de entoure
92
Todos os cálculos referentes às simulações estão no Anexo III deste trabalho.
Levando-se em conta o preço médio de venda, bem como os custos fixos e variáveis,
pode-se calcular o ponto de equilíbrio contábil (PEC) do estudo de caso e de cada simulação.
Considerando o valor da terra de R$ 2.295,00/ha (ANUALPEC 2005) e uma
remuneração sobre o capital de 12% ao ano, deveriam ser produzidos ou descartados, em cada
tipo de manejo dentro da propriedade intensiva, os valores que serão apresentados na Tabela
41, para se atingir o ponto de equilíbrio econômico (PEE).
Na Tabela 41 serão demonstrados os valores de % de descarte, de quilos produzidos
por hectare (kg/ha) e receita total, em reais, encontrados no estudo de caso e nas simulações.
Bem como os valores necessários para se alcançar o PEC e o PEE, além do percentual (%)
que deveriam ser aumentados estes índices, para que o manejo simulado atingisse o PEE.
Tabela 41 - Percentual de descarte, quilos produzidos por hectare e receita total, em reais,
encontrados no estudo de caso e nas simulações, para a propriedade Intensiva.
Estudo Caso Simulação
1
21
Simulação
2
22
Simulação
3
23
Simulação
4
24
Simulação
5
25
Valores encontrados e simulados
% Descarte 13,2 26,93 27,95 31,25 26,93 31,27
kg produzidos/ha 96,79 120,51 124,17 139,40 132,22 131,00
Receita Total 53.044,31 117.345,70 123.227,36 137.013,75 128.751,91 129.361,11
Valores que deveriam ser encontrados para atingir o PEC
% Descarte 20,71 20,16 19,89 17,97 18,33 20,77
kg produzidos/ha 92,16 89,71 87,91 79,62 89,48 87,75
Receita Total 93.215,52 87.359,49 87.237,84 78.253,82 87.130,62 86.650,02
Valores que deveriam ser encontrados para atingir o PEE
% Descarte 66,31 64,55 63,68 57,54 58,67 66,49
kg produzidos/ha 295,04 287,20 281,42 254,89 286,45 280,91
Receita Total 298.418,40 279.671,00 279.281,55 250.520,29 278.938,29 277.399,72
% que deveria ser aumentado para alcançar o PEE
% Descarte 402,35% 139,73% 127,80% 84,13% 117,89% 112,67%
kg produzidos/ha 204,83% 138,33% 126,64% 82,84% 116,65% 114,44%
Receita Total 462,58% 138,33% 126,64% 82,84% 116,65% 114,44%
Fonte: Dados realizados pelo autor.
21
Simulação 1: Rebanho estabilizado
22
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
23
Simulação 3: Redução na idade de abate
24
Simulação 4: Aumento na lotação
25
Simulação 5: Redução na idade de entoure
93
A Tabela 41 demonstra que em nenhuma das simulações a atividade pecuária de corte
conseguiu remunerar o capital investido na terra, neste sistema de produção. Os melhores
resultados foram para a redução da idade de abate, mesmo assim para atingir o PEE seria
necessário um aumento de 84,13% e 82,84% na % de descarte e na receita total,
respectivamente, ou seja, ao invés de produzir 139,4 kg de PV/ha (valor encontrado na
simulação da redução na idade de abate) deveriam ser produzidos 254,89 kg de PV/ha.
A propriedade intensiva, conforme mostra os resultados do estudo de caso, alcançou
produtividade superior à necessária para atingir o PEC, entretanto fechou o ano com o gasto
total maior que a receita total. Isto se deve, pois, o proprietário produziu bem, mas não
vendeu, ou seja, manteve os animais no campo fazendo com que o % de descarte e a receita
total fossem inferiores ao necessário para atingir o PEC.
Todas as simulações produziram e renderam suficiente para ultrapassar o PEC,
entretanto, nenhuma produziu nem rendeu o suficiente para remunerar o capital investido na
terra.
Na Figura 10 são apresentadas as simulações das quantidades de quilogramas de peso
vivo que seriam produzidos, por hectare, e o que deveria ser produzido para alcançar o PEC e
o PEE, na propriedade com sistema de produção intensiva.
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Simu
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ão
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Simulação
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kg/h
a
Valores Simulados
Valo re s PEC
Valo re s PEE
Simulação 1: Rebanho estabilizado
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
Simulação 3: Redução na idade de abate
Simulação 4: Aumento na lotação
Simulação 5: Redução na idade de entoure
Figura 10 - Quantidade de quilogramas produzidos por hectare e o necessário para alcançar o
ponto de equilíbrio contábil (PEC) e o ponto de equilíbrio econômico (PEE), na propriedade
intensiva.
94
3.3. Simulações da propriedade integrada
Na Tabela 42 são demonstrados os resultados encontrados nas simulações para a
propriedade com produção integrada.
Tabela 42 - Demonstrativo de resultados do estudo de caso e das simulações, na propriedade
Integrada.
Estudo
Caso
Simulação
1
26
Simulação
2
27
Simulação
3
28
Simulação
4
29
Simulação
5
30
Área da atividade (ha) 1.025 1025 1025 1025 1025 1025
Receita total 232.934,40 167.038,59 175.906,17 193.010,31 183.999,43 184.518,29
Custo do kg produzido 1,30 0,81 0,78 0,74 0,77 0,75
Diferença de estoque (R$) -84.396,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Custos de produção 87.160,84 68.396,37 69.313,49 73.205,50 72.533,73 70.034,83
Depreciação (custos) 23.410,03 23.410,03 23.410,03 23.410,03 23.410,03 23.410,03
Resultado do produto 37.966,86 75.232,19 83.182,66 96.394,78 88.055,67 91.073,43
Resultado do produto / ha 37,04 73,40 81,15 94,04 85,91 88,85
Despesas administrativas 629,20 629,20 629,20 629,20 629,20 629,20
Depreciação administrativa 3.078,00 3.078,00 3.078,00 3.078,00 3.078,00 3.078,00
Resultado da atividade 34.259,66 71.524,99 79.475,46 92.687,58 84.348,47 87.366,23
Resultado da atividade / ha 33,42 69,78 77,54 90,43 82,29 85,24
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Como se verifica na Tabela 42, se a propriedade integrada estivesse com um rebanho
estabilizado no decorrer dos anos (simulação 1), ou seja, com uma lotação de 0,65 UA/ha,
uma taxa de natalidade média de 60,3%, uma taxa de mortalidade geral de 1,8%, com as
vendas iguais aos quilogramas produzidos durante o ano, sem se descapitalizar em termos de
PV estocados, com os mesmos valores recebidos por quilo e com os mesmos custos dos
produtos adquiridos no estudo de caso, o resultado da atividade seria de R$ 69,78/ha, contra
R$ 33,42/ha e o resultado do produto seria de R$ 73,40/ha, contra R$ 37,04/ha encontrados
no estudo de caso.
Caso, esta propriedade conseguisse aumentar a taxa de natalidade média em 9,8%
(passando para 66,2%), ou reduzisse a idade de abate em 1 ano, ou aumentasse a lotação em
30 quilogramas a mais de PV/ha, ou reduzisse a idade de entoure em 1 ano, os resultados da
26
Simulação 1: Rebanho estabilizado
27
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
28
Simulação 3: Redução na idade de abate
29
Simulação 4: Aumento na lotação
30
Simulação 5: Redução na idade de entoure
95
atividade pecuária de corte seriam, em R$/ha, de 77,54, 90,43, 82,29 e 85,24, para as
simulações 2, 3, 4 e 5, respectivamente, conforme a Tabela 42.
O custo do quilograma produzido que foi de R$ 1,30 no estudo de caso, com a redução
na idade de abate (simulação 3) e com um rebanho estabilizado (simulação 1) passaria a ser
R$ 0,74/kg, ou seja, uma redução de 75,7%. A receita bruta aumentaria de R$ 167.038,59 no
rebanho estabilizado para R$ 193.010,31 com a redução na idade de abate em um rebanho
estabilizado, isto é, um aumento de 17,9%.
Assim como nas demais propriedades, foi considerado o preço médio de venda, os
custos fixos e os custos variáveis para calcular o ponto de equilíbrio contábil (PEC). Para
estimar o PEE foram considerados o valor da terra de R$ 2.295,00/ha (ANUALPEC 2005) e
uma remuneração sobre o capital de 12% ao ano.
Deve-se produzir e descartar, em cada tipo de manejo dentro da propriedade integrada,
os valores que serão apresentados na Tabela 43, para se atingir o ponto de equilíbrio contábil
(PEC) e econômico (PEE).
Tabela 43 - Percentual de descarte, quilos produzidos por hectare e receita total, em reais,
encontrados no estudo de caso e nas simulações, para a propriedade Integrada.
Estudo Caso Simulação
1
31
Simulação
2
32
Simulação
3
33
Simulação
4
34
Simulação
5
35
Valores encontrados
% Descarte 32,4 23,63 24,49 26,94 23,63 27,01
kg produzidos/ha 83,06 110,00 115,82 126,98 121,16 121,62
Receita Total 232.934,40 167.038,59 175.906,17 193.010,31 183.999,43 184.518,29
Valores que deveriam ser encontrados para atingir o PEC
% Descarte 13,16 9,76 9,49 9,48 8,83 9,87
kg produzidos/ha 61,62 45,70 45,18 44,97 45,56 44,73
Receita Total 97.896,58 69.393,27 68.618,44 68.359,34 69.188,09 67.868,09
Valores que deveriam ser encontrados para atingir o PEE
% Descarte 86,21 63,93 62,22 62,15 57,87 64,70
kg produzidos/ha 403,82 299,47 296,08 294,72 298,58 293,16
Receita Total 641.561,77 454.766,38 449.688,51 447.990,55 453.421,73 444.771,16
% que deveria ser aumentado para alcançar o PEE
% Descarte 166,08% 170,57% 154,05% 130,70% 144,92% 139,55%
kg produzidos/ha 386,17% 172,25% 155,64% 132,11% 146,43% 141,04%
Receita Total 175,43% 172,25% 155,64% 132,11% 146,43% 141,04%
Fonte: cálculos realizados pelo autor
31
Simulação 1: Rebanho estabilizado
32
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
33
Simulação 3: Redução na idade de abate
34
Simulação 4: Aumento na lotação
35
Simulação 5: Redução na idade de entoure
96
Na Tabela 43 evidencia-se que mesmo aumentando a produtividade de 83,06 kg/ha,
valor encontrado no estudo de caso, para 126,98 kg/ha, valor encontrado quando simulou-se
um rebanho estabilizado com diminuição de 1 (um) ano na idade de abate (simulação 3), não
é suficiente para atingir o PEE. Seria necessária, neste tipo de manejo, uma produtividade de
294,72 kg/ha, ou seja, aumentar mais 132,11% a produtividade do melhor resultado
encontrado nas simulações.
Como pode ser observado na Tabela 43, nenhuma das simulações conseguiu atingir o
PEE e, em geral a receita total deveria ser aumentada de 132,11% até 172,25%, conforme a
simulação, para que o sistema conseguisse produzir a remuneração mínima do capital
investido na terra. Porém todas as simulações, inclusive o estudo de caso, ultrapassaram o
PEC, ou seja, a propriedade conseguiu e conseguiria ter uma receita total superior aos seus
gastos totais.
Na Figura 11 é demonstrado a quantidade de quilogramas de peso vivo produzidos no
estudo de caso e que seriam produzidos, por hectare, nas simulações e a quantidade que
deveria ser produzida para alcançar o PEC e o PEE, na propriedade com produção integrada.
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Simulação
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kg/ha
Valo res Simu la d o s
Valo res PEC
Valo res PEE
Simulação 1: Rebanho estabilizado
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
Simulação 3: Redução na idade de abate
Simulação 4: Aumento na lotação
Simulação 5: Redução na idade de entoure
Figura 11 - Quantidade de quilogramas de peso vivo produzidos por hectare e o necessário
para alcançar o ponto de equilíbrio contábil e o ponto de equilíbrio econômico, na propriedade
integrada.
SUB-CAPÍTULO 4 - COMPARATIVO DAS SIMULAÇÕES
Depois de feitas as simulações, os dados obtidos foram comparados em relação ao
rebanho estabilizado (Simulação 1) e os resultados estão descritos na Tabela 44.
Tabela 44 - Resultado da atividade em reais por hectare nas simulações e a variação
percentual dos resultados, em relação ao resultado encontrado na simulação do rebanho
estabilizado das propriedades tradicional, intensiva e integrada.
Simulações (R$/ha)
Simulação 1
36
Simulação 2
37
Simulação 3
38
Simulação 4
39
Simulação 5
40
Tradicional 41,11 46,12 55,39 48,31 50,05
Intensiva 34,29 41,21 75,02 47,72 49,24
Integrada 69,78 77,54 90,43 82,29 85,24
% em relação ao rebanho estabilizado
Tradicional 0,00% 12,19% 34,74% 17,53% 21,74%
Intensiva 0,00% 20,19% 118,76% 39,17% 43,60%
Integrada 0,00% 11,12% 29,59% 17,93% 22,15%
Fonte: cálculos realizados pelo autor
A Tabela 44 demonstra que, as maiores variações no resultado da atividade foram
conseguidas na Simulação 3 (redução na idade de abate), seguido da redução da idade de
entoure (Simulação 5) e da lotação (Simulação 4), nos três sistemas de produção. O aumento
de 30 kg PV/ha na lotação trará melhores resultados econômicos que o aumento de 9,8% na
taxa de natalidade média.
Os resultados da atividade, encontrados para a propriedade integrada são superiores
aos encontrados para a propriedade intensiva. Se forem analisadas as Tabelas 41 e 43, onde
estão descritos os valores percentuais que a produtividade e a receita total deveriam ser
aumentadas, nas simulações, para alcançar o PEE, será verificado que a propriedade intensiva
necessitaria de um aumento médio de 115,8% contra 149,5% da propriedade integrada. Isto é,
a propriedade intensiva está mais próxima de atingir o PEE e conseguir remunerar o capital
investido na terra. Este resultado se deve ao fato de que a propriedade intensiva trabalha com
20,1% da área arrendada de terceiros, ou seja, o capital investido por conseqüência é menor e
36
Simulação 1: Rebanho estabilizado
37
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
38
Simulação 3: Redução na idade de abate
39
Simulação 4: Aumento na lotação
40
Simulação 5: Redução na idade de entoure
98
a remuneração se torna mais fácil de ser atingida. Observa-se que trabalhar com área
arrendada diminui o total de capital investido na atividade, facilitando que se atinja o ponto de
equilíbrio econômico e consiga-se uma remuneração mínima do capital empregado no
processo de produção. Todavia, nenhum resultado da atividade bovinocultura de corte ciclo
completo, encontrado no estudo de multicaso, seria suficiente para pagar o desembolso do
custo do uso do campo, se este precisasse ser feito.
Na Tabela 44 estão evidenciados os valores encontrados nas simulações para o
resultado da atividade em cada propriedade estudada. Entretanto, o resultado da atividade é
influenciado diretamente pelas despesas e depreciações administrativas, valores que variam
bastante conforme a capacidade de administração, bens móveis e benfeitorias de cada
proprietário. Para um melhor comparativo entre as variações nos resultados das simulações,
será feito na Tabela 45 um comparativo entre os resultados do produto e o % de variação,
desses, em relação ao rebanho estabilizado (Simulação 1), nos diferentes sistemas de
produção.
Tabela 45 - Resultado do produto em reais por hectare nas simulações e a variação percentual,
dos resultados, em relação ao resultado encontrado na simulação do rebanho estabilizado das
propriedades tradicional, intensiva e integrada.
Simulações (R$/ha)
Simulação 1
41
Simulação 2
42
Simulação 3
43
Simulação 4
44
Simulação 5
45
Tradicional 46,37 51,38 60,65 53,57 55,30
Intensiva 63,89 70,81 104,61 77,32 78,84
Integrada 73,40 81,15 94,04 85,91 88,85
% em relação ao rebanho estabilizado
Tradicional 0,00% 10,81% 30,80% 15,54% 19,28%
Intensiva 0,00% 10,84% 63,75% 21,02% 23,40%
Integrada 0,00% 10,57% 28,13% 17,05% 21,06%
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Na Tabela 45 evidencia-se que a redução na idade de abate (Simulação 3) foi o índice
que mais afetou positivamente o resultado do produto nos três sistemas de produção, sendo
que na propriedade intensiva o aumento foi de 63,75%. O aumento foi bem mais significativo
41
Simulação 1: Rebanho estabilizado
42
Simulação 2: Aumento da taxa de natalidade
43
Simulação 3: Redução na idade de abate
44
Simulação 4: Aumento na lotação
45
Simulação 5: Redução na idade de entoure
99
na intensiva, pois esta ao reduzir em 1 (um) ano a idade de abate elimina parcialmente uma
categoria do rebanho onde já se tinham custos adicionais com alimentação.
A redução de um ano na idade de entoure (Simulação 5) e o aumento de 30 kg PV/ha
na lotação (Simulação 4) obtiveram, praticamente, as mesmas respostas nas três propriedades
em estudo, sendo que em todas, embora mínima a diferença, a redução na idade de entoure foi
um pouco superior.
O aumento da taxa de natalidade média (Simulação 2) de 50% para 54,9%, na
tradicional, de 68,3% para 75%, na intensiva, e de 60,3% para 66,2%, na integrada, obteve um
aumento do resultado do produto de 10,81%, 10,84% e 10,57%, respectivamente,
praticamente não variando nas três propriedades. Embora tenham sido aumentadas em 9,8%
as três taxas de natalidade média, na tradicional isto representou um incremento de 4,9 pontos
percentuais na taxa de natalidade, contra 6,7 pontos percentuais na intensiva, ou seja, na
tradicional a cada 1 bezerro/a nascido por 100 vacas representou um aumento de 2,2% no
resultado do produto enquanto que na intensiva, este mesmo aumento, representou 1,6%.
Verifica-se assim a tendência de diminuir a resposta financeira à medida que se aumenta a
natalidade tendo como base índices mais elevados, mesmo sem terem sido considerados os
custos para se conseguir estes aumentos.
Diante dos resultados encontrados no estudo de multicaso e das simulações
apresentadas neste trabalho, cabe fazer algumas considerações que poderão auxiliar os
produtores que trabalham com a atividade pecuária de corte, utilizando o campo nativo como
base principal de volumoso para a sua produção. Segundo Moojen e Maraschin (2002), este
recurso forrageiro vem sendo mal explorado e sem uma base conhecida, desde a introdução
do gado bovino no início do século 17. Conforme os autores, necessitam-se buscar
alternativas para a sua utilização, bem como integrá-lo aos diferentes sistemas de produção
agropecuários. A sugestão seria abandonar a expressão lotação (expressão de carga animal) e
passar a trabalhar com um conceito mais apropriado, qual seja o de pressão de pastejo.
Mott (1960) definiu pressão de pastejo como o número de animais por unidade de
massa de forragem disponível, expressa habitualmente em base percentual e diária do PV dos
animais, distintamente de lotação que é definida como o número de animais por unidade de
área. Segundo o autor, lotação não apresenta relação alguma com a disponibilidade de
forragem disponível.
Soares et al. (2005) analisando a produção animal e de forragem em pastagem nativa
submetida a distintas ofertas de massas de forragem concluíram que alterações da oferta de
forragem ao longo do ano produziram mudanças na vegetação e obtiveram desempenhos
100
animais diferentes quando comparados a ofertas fixas, sendo particularmente importante no
período de maior restrição de forragem. Com isto, conseguiu-se produzir ganhos de peso
positivos, abrindo um novo horizonte de potencial de produção animal em pastagem nativa.
Alternativas como esta, onde apenas é realizado um ajuste na carga animal de forma a
proporcionar uma oferta de forragem melhor distribuída durante o ano, sem ter custos
adicionais, podem ser uma alternativa para melhorar a resposta financeira da atividade
pecuária de corte.
Além do ajuste de carga animal, melhorando a oferta de forragem durante o ano,
práticas como o uso do sal proteínado e o diferimento de áreas a fim de reservá-las para os
períodos de carência, são técnicas que podem aumentar em muito a produtividade por área de
uma propriedade rural.
Importante ressaltar, que qualquer nova técnica que se pense implantar dentro de um
processo produtivo deve se ter em mente que precisa-se manter um sistema sustentável, ou
seja, que o sistema possa manter o mesmo nível de produção por um longo número de anos,
mantendo a estabilidade dos recursos naturais utilizados. Deve ser buscada a sustentabilidade
econômica e ambiental. Caso contrário, estaremos em poucos anos com solos degradados,
recursos naturais diminuídos ou extintos e como conseqüência uma propriedade, ou uma
região, e até mesmo um Estado empobrecido.
CAPÍTULO 4 - CONCLUSÕES
Baseado nas condições em que foi desenvolvido o presente trabalho, conclui-se que:
Na propriedade de sistema tradicional o que mais influiu nos custos de produção foi o
gasto com mão de obra, enquanto que nas propriedades de sistema intensivo e integrado com
lavoura, o que mais influiu nos custos de produção foi o gasto com alimentação.
Na propriedade com produção intensiva, embora tenha sido a mais produtiva e a que
fez melhor preço de venda, por questões administrativas, apresentou resultado negativo.
Nas três propriedades, o aumento da taxa de natalidade ou da lotação, ou a redução da
idade de abate ou da idade de entoure, sem considerar os custos adicionais envolvidos no
processo, proporcionou aumento na rentabilidade.
Nas propriedades com sistema de produção tradicional, intensivo e integrado, a
redução de um ano na idade de abate, sem considerar os custos adicionais envolvidos no
manejo, foi o que mais proporcionou aumento na rentabilidade, sendo que no sistema
intensivo, esta resposta foi maior.
Nos três sistemas de produção, os resultados simulados com a redução de um ano na
idade de entoure ou com o aumento de 30 kg de peso vivo por hectare, sem considerar os
custos adicionais envolvidos no manejo, apresentaram aumento de mesma magnitude quando
comparado com o rebanho estabilizado.
Nos três sistemas de produção, dentre as simulações, o aumento da taxa de natalidade
foi o parâmetro que menos influenciou no resultado econômico.
O sistema de produção integrado com lavoura, no estudo de multicaso, foi o único que
alcançou o ponto de equilíbrio contábil.
Os resultados obtidos no estudo de multicaso deixam clara a importância da integração
lavoura-pecuária para baratear os custos na alimentação do rebanho bem como diluir as
despesas administrativas.
No estudo de multicaso, as propriedades com sistema tradicional e intensivo, não
alcançaram o ponto de equilíbrio contábil, isto é, os gastos totais foram maiores que as
receitas totais. Entretanto, na propriedade de sistema intensivo isto aconteceu porque o
produtor deixou de vender e se propôs a manter os animais no campo, capitalizando-se na
forma de peso vivo estocado, e não por ineficiência no processo produtivo.
102
As simulações dos aumentos de natalidade e/ou de lotação bem como as reduções da
idade de entoure e/ou de abate, produziram e renderam o suficiente para alcançar o ponto de
equilíbrio contábil.
Em nenhum dos três sistemas de produção e em nenhuma das simulações, a atividade
pecuária de corte ciclo completo alcançou o ponto de equilíbrio econômico, ou seja, neste
trabalho a atividade não conseguiu uma remuneração mínima do capital investido na terra.
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ANEXOS
109
ANEXO I - QUESTIONÁRIO PREENCHIDO JUNTO AOS PROPRIETÁRIOS
1- Nome da propriedade:
2- Nome do proprietário:
3- Endereço do proprietário:
4- Área total da propriedade e distribuição (áreas próprias e arrendadas):
5- Lotação animal bovina, ovina e equina:
6- Composição geral do rebanho bovino
Nº Cabeças UA
Categorias
01/01/2004 31/12/2004
Vacas
Touros
Bezerros
Bezerras
Novilhas 1 ano
Novilhas 2 anos
Novilhas 3 anos
Garrotes 1 ano
Garrotes 2 anos
Garrotes 3 anos
Garrotes + 3 anos
Outros
TOTAL
7- Taxa (%) de natalidade nos últimos 3 anos (Nº de vacas na reprodução/ Nº de bezerro/as
nascidos): 2002, 2003 e 2004
8- Taxa de mortalidade geral da propriedade (%): 2002, 2003 e 2004
9- Período de acasalamento: Monta natural e inseminação artificial.
10- Manejo no acasalamento: Monta natural e inseminação.
11- Número de vacas que vão normalmente para a inseminação:
12- Preço médio do sêmen utilizado e percentual de touros no repasse:
13- Idade das fêmeas ao entoure:
14- Idade de abate garrotes:
15- Custo do uso do campo (kg de garrote pago por quadra de campo), ou preço médio da
região.
16- Tipo de pastagem estabelecida no inverno e área em hectares:
17- Custo do hectare da pastagem de inverno:
18- Tipo de pastagem estabelecida no verão e área em hectares:
19- Custo do hectare da pastagem de verão:
20- Se usa silagem, qual volumoso utilizado:
110
21- Custo da tonelada de silagem:
22- Produção média de silagem (toneladas/hectare):
23-Técnicas de sanidade:
a) Uso da vacina da brucelose ( ) sim ( )não
b) Uso da vacina do carbúnculo sintomático e hemático ( ) sim : ( )não
c) É aplicado algum produto no nascimento do terneiro, qual quantidade e custo?
d) Número de banhos com carrapaticida por ano (média)?
24- Uso de sal ( ) Comum ( ) mineralizado .
a) Categorias que consomem sal comum: ( )Vacas ( ) bezerros ( ) bezerras ( ) garrotes 1-2
( )garrotes 2-3 ( ) garrotes + 3 ( ) novilhas 1-2 ( ) novilhas 2-3 ( ) touros .
b) Categorias que consomem sal mineralizado: ( ) Vacas ( ) bezerros ( ) bezerras ( )
garrotes 1-2 ( ) garrotes 2-3 ( ) garrotes + 3 ( )novilhas 1-2 ( ) novilhas 2-3 ( ) touros.
c) Valor do saco de sal mineralizado (R$/sc) e peso do saco (kg)
d) Valor do saco de sal comum (R$/sc) e peso do saco (kg)
e) Total gasto (sacos) no ano de sal comum e sal mineralizado.
25- Manejo dos bezerro/as:
a) Peso médio no desmame dos machos e das fêmeas
b) Mês de desmame:
c) Alimentação destinada para os bezerro/as após o desmame: ( ) Campo nativo ( ) Campo
nativo + suplementos ( ) Pastagem cultivadas ( ) outros
d) Caso seja usado suplementos indique:
Quantidade dada por dia por bezerro/a (kg/cab)
Custo do quilograma (R$/kg)
Período de arraçoamento (dias)
Nº de animais arraçoados (cabeças)
e) Caso os bezerro/as vão para a pastagem indique:
Qual o tipo de pastagem e qual a lotação (cabeças/ha)
26- Manejo dos garrotes e novilhas ao sobreano.
Qual o regime alimentar: ( ) Campo nativo ( ) Campo nativo + suplementos ( ) Pastagem
cultivadas ( ) Outros
OBS.: Havendo uso de suplemento, indique custo e quantidade dos alimentos oferecido.
111
27- Manejo garrotes
a) Engordados ( ) vendido magros ( )
a.1) Se engordados dizer qual o tipo de sistema: ( ) Campo nativo ( ) Campo nativo +
suplementos ( ) Pastagem cultivadas ( ) Confinamento ( ) outros
a.2) Peso médio dos animais por ocasião da venda (kg) e preço médio (R$/kg).
a.3) Épocas da venda e que tipo de terminação utilizada.
b) Se for utilizado o confinamento na terminação dos garrotes indique:
Duração média do confinamento (dias) e custo do quilograma da ração (R$/kg)
c) Se for utilizada pastagem indique a lotação (cab/ha).
d) Se for utilizado suplemento informe:
Quantidade (kg/cab/dia), período (dias) que são suplementados e o preço do suplemento
(R$/kg)
Caso tenha mais de um sistema informar a % de animais, desta categoria, que são terminados
em cada sistema.
e) Se vendidos magros informar o peso médio (kg/cabeça) e o preço (R$/kg)
28- Manejo das novilhas
Quando houver sobra, ou seja, número de vacas de descarte é menor que o número de
novilhas que se tem para entourar, informar qual o destino destas:
a) engordadas ( ) vendido magras ( )
a.1) Se engordadas dizer qual o tipo de sistema:
( ) Campo nativo ( ) Campo nativo + suplementos ( ) Pastagem cultivadas ( )
Confinamento ( ) Outros
a.2) Peso médio dos animais por ocasião da venda (kg).
a.3) Época da venda (meses)
b) Se forem terminadas em confinamento, indique:
Duração média do confinamento (dias) e o custo do quilograma da ração (R$/kg)
c) Se for utilizado pastagem indique:
Lotação na pastagem (cabeça/hectare)
d) Se houver suplementação informar:
Quantidade (kg/cab/dia), período (dias) que são suplementados e preço do suplemento
(R$/kg).
Caso tenha mais de um sistema informar a % de animais, desta categoria, que são terminados
em cada sistema.
112
d) Se vendidas magras informar o peso médio (kg/cabeça) e o preço médio (R$/kg)
29- Manejo das vacas de descarte
Informar qual o destino:
a) engordadas ( ) vendido magras ( )
a.1) Se engordadas dizer qual o tipo de sistema: ( ) Campo nativo ( ) Campo nativo +
suplementos ( ) Pastagem cultivadas ( ) Confinamento ( ) Outros
a.2) Peso médio dos animais por ocasião da venda (kg)
a.3) Época da venda (meses)
b) Se forem terminadas em confinamento indique:
Duração média no confinamento (dias) e custo do quilograma da ração no confinamento
(R$/kg)
c) Se for utilizada pastagem indique:
Lotação na pastagem (cab/ha)
d) Se for utilizado suplemento informe:
Quantidade (kg/cab/dia) e o período de suplementação(dias) e preço do suplemento (R$/kg)
Caso tenha mais de um sistema informar a % de animais, desta categoria, que são terminados
em cada sistema;
e) Se vendidos magros informar o peso médio (kg) e preço (R$/kg)
30) Manejo dos touros de descarte
Informar qual o destino:
a) engordados ( ) vendido magros ( )
a.1) Se engordados dizer qual o tipo de sistema:
( ) Campo nativo ( ) Campo nativo + suplementos ( ) Pastagem cultivadas ( )
Confinamento ( ) Outros
a.2) Peso médio dos animais por ocasião da venda (kg)
a.3) Época da venda (meses)
a) Se for utilizado o confinamento indique:
Duração média no confinameto (dias) e custo do quilogram da ração no confinamento (R$/kg)
c) Se for utilizado pastagem, indique:
Lotação na pastagem (cab/ha)
d) Se for utilizado suplemento informe:
113
Quantidade (kg/cab/dia), o período (dias) que são suplementados e preço do suplemento
(R$/kg)
Caso tenha mais de um sistema informar a % de animais, desta categoria, que são terminados
em cada sistema;
e) Se vendidos magros informar o peso médio (kg) e o preço (R$/kg)
31- Número total de funcionários utilizados na pecuária.
32- Salário médio dos funcionários
Observação: o questionário serviu apenas de roteiro para as entrevistas, pois várias outras
informações importantes foram adquiridas junto aos proprietários e foram utilizadas no
desenvolvimento deste trabalho.
114
ANEXO II - TABELAS DE DEPRECIAÇÃO
Tabela 1 - Discriminação dos bens existentes na propriedade, valor do bem novo, em reais
(R$), vida útil em anos e a depreciação por ano em reais.
Discriminação Valor Novo Vida Útil Deprec/ano
Trator Valmet 86 (85 cv) - ano 1978 - 4 -
Grade niveladora 24 discos – ano 1980 - 10 -
Arado de discos - ano 1980 - 10 -
Arado sub-solador – ano 1982 - 10 -
Roçadeira hidráulica - ano 1985 - 10 -
Banheiro de Pulverização – ano 2003 5.500,00 10 550,00
Casa madeira 7x8 m - usada para funcionários - ano 2002 10.000,00 10 1.000,00
Balança Metax p/ 1.500Kg – ano 2002 4.200,00 10 420,00
Mangueira de ripão – 120 metros * R$ 50,00/m - ano 2002 6.000,00 10 600,00
Cercas 35.250 m * R$ 3,62/m 127.605,00 10 12.760,50
Subtotal (1) – Custos
15.330,50
Camioneta F4000 diesel – ano 1981 - 5 -
Camioneta Pampa L 1.6 gás – ano 1989 - 5 -
Casa alvenaria 10x12 m – uso do proprietário - ano 1994 17.500,00 10 1.750,00
Subtotal (2) – Despesas
1.750,00
TOTAL (1+2 )
17.080,50
Fonte: cálculos realizados pelo autor, com base nas informações do proprietário.
115
Tabela 2 - Discriminação dos bens, valor do bem novo em reais, vida útil em anos, a
depreciação por ano em reais e a depreciação relativo a pecuária bovina por ano, em reais.
Discriminação Valor Novo
Vida
Útil Deprec./ano
Deprec.
pec/ano
(90%)
Trator MF 290 4x4 ano de 1984, MF 290/4 - 4 - -
Semeadeira/adubadeira hidráulica, Lancer 600 kg – 1993 - 10 - -
Reboque Agrimec 1986 ano de 1990 - 10 - -
Grade Niveladora Tatu 36 discos ano 1993 - 10 - -
Roçadeira Hidráulica ano de 1993 - 10 - -
Caçamba rapadeira masal 3 m3 ano de 1984 - 10 - -
Grade globe 16 discos ano de 1984 - 10 - -
Lâmina ano de 1990 - 10 - -
Galpáo alvenaria (15mx25m) ano de 2001 33.000,00 10 3.300,00 2.970,00
Cercas 36.985 metros * R$ 3,62/ m 133.885,56 10 13.388,56 12.049,70
Mangueira de Ripões 180 m – ano 1991 - 10 - -
Banheiro Pulverizador – ano 1992 - 10 - -
Balança digital Allflex – ano 1995 4.160,00 10 416,00 374,40
Sub Total (1) – Custos 17.104,56 15.394,10
Casa de alvenaria (15m x 7m) 1993 – uso proprietário - 10 - -
Camionete S10 2.8 diesel 4x4 ano 2000 48.000,00 5 9.600,00 8.640,00
Investimentos no último ano 12.306,15 10 1.230,62 1.107,55
Sub Total (2) – Despesas 10.830,62 9.747,55
TOTAL (1+2) 27.935,17 25.141,65
Fonte: cálculos realizados pelo autor, com base nas informações do proprietário.
Tabela 3 - Discriminação dos bens, valor do bem novo em reais, vida útil em anos, a depreciação por ano em reais e a depreciação relativo a
pecuária bovina por ano, em reais.
% Utilização Depreciação(R$)/ Atividade/Ano
Discriminação Valor Novo
Vida
Útil Depreciação/ano
Pecuária Arroz Soja Pecuária Arroz Soja
Colheitadeira Ideal 1175 - 1987 - 10 - - - - - - -
Trator Valmet 851D 62 - 1970 - 4 - - - - - - -
Reboque Agrimec 1986 - 10 - - - - - - -
Reboque Graneleiro Abicht 1985 - 10 - - - - - - -
Distr. Calcáreo Masal ano 1990 - 10 - - - - - - -
Grade aradora Tatu - 10 - - - - - - -
Grade Niveladora Tatu - 10 - - - - - - -
Banheiro de aspersão – ano 1993 - 10 - - - - - - -
Tubos de aço p/ irrigação - ano 1993 - 10 - - - - - - -
Roçadeira Jacuí – 1993 - 10 - - - - - - -
Retroescavadeira Case mod.580H – 1989 - 10 - - - - - - -
Taipadeira mod 1992 - 10 - - - - - - -
Bomba Jacuí 250 mm – 1994 2.400,00 10 240,00 0% 100% 0% - 240,00 -
Guindaste Jacuí p/ 750 Kg -1994 - 4 - 10% 60% 30% - - -
Braço valetador IMAP mod BV3500 – 1994 - 4 - 0% 90% 10% - - -
Bomba Masal com polia de 300 mm 1994 4.100,00 10 410,00 0% 100% 0% - 410,00 -
Motor Weg 40 KWA trif. c/ polias 1994 3.950,00 10 395,00 0% 100% 0% - 395,00 -
Compressor - ar direto - monofásico 1994 - 4 - 5% 70% 25% - - -
Niveladora de solo 1995 4.900,00 10 490,00 0% 90% 10% - 441,00 49,00
Trator Valmet mod 1280 - 1995 - 4 - 10% 60% 30% - - -
Niveladora R153 Stara 4.500,00 10 450,00 2% 83% 15% 9,00 373,50 67,50
Motoserra Sthil mod 08 – 1996 1.500,00 10 150,00 50% 25% 25% 75,00 37,50 37,50
Caçamba raspadeira masal – 1996 14.500,00 10 1.450,00 10% 60% 30% 145,00 870,00 435,00
Grade niveladora mod GNP – 1996 5.200,00 10 520,00 2% 83% 15% 10,40 431,60 78,00
Roçadeira de arrasto mod SP-1 – 1996 13.000,00 10 1.300,00 100% 0% 0% 1.300,00 - -
Bomba Worthington – 1996 3.800,00 10 380,00 0% 100% 0% - 380,00 -
Trator Valmet mod 8855 4x2 – 1997 - 4 - 5% 70% 25% - - -
Semeadeira adubadeira semeato (17 linhas ) – 1997 45.250,00 10 4.525,00 5% 55% 40% 226,25 2.488,75
1.810,00
Pulverizador Berthoud/Montana – 1997 5.250,00 10 525,00 2% 58% 40% 10,50 304,50 210,00
Continua
117
Tabela 32 - Discriminação dos bens, valor do bem novo em reais, vida útil em anos, à depreciação por ano em reais e a depreciação
relativo a pecuária bovina por ano, em reais.
% Utilização Depreciação(R$)/ Atividade/Ano
Discriminação Valor Novo
Vida
Útil
Depreciação/ano
Pecuária Arroz Soja Pecuária Arroz Soja
Grade niveladora Stara mod GNP 32x22 -1997 6.000,00 10 600,00 2% 83% 15% 12,00 498,00 90,00
Grade niveladora R153 Stara – 1998 5.000,00 10 500,00 2% 83% 15% 10,00 415,00 75,00
Trator Valmet mod. 985 4x4 1998 127.000,00 10 12.700,00 5% 70% 25% 635,00 8.890,00 3.175,00
Colheitadeira de forragem JF mod 902-10 -1999 11.600,00 10 1.160,00 100% 0% 0% .160,00 - -
Garfo m9 hidráulico – 1999 1.900,00 10 190,00 100% 0% 0% 190,00 - -
Carreta metálica abasculante STARA - 1999 6.600,00 10 660,00 10% 30% 60% 66,00 198,00 396,00
Rolo compactador – 2000 5.500,00 4 1.375,00 0% 65% 35% - 893,75 481,25
Plana traseira larga Tatu - 1999 2.500,00 10 250,00 0% 85% 15% - 212,50 37,50
Trator Valmet mod 1280 4x4 – 2001 162.000,00 10 16.200,00 5% 70% 25% 810,00 11.340,00 4.050,00
Colheitadeira MF 5650 arroz – 2002 286.600,00 10 28.660,00 0% 80% 20% - 22.928,00 5.732,00
Plaina niveladora mod NSJ 10 – 2002 22.000,00 10 2.200,00 5% 75% 20% 110,00 1.650,00 440,00
Vagão forrageiro Ipacol VFE 6000 c/4 pneus - 2003 15.200,00 10 1.520,00 100% 0% 0% 1.520,00 - -
Grade niveladora Baldan mod 44x22x45 - 2003 9.680,00 10 968,00 2% 83% 15% 19,36 803,44 145,20
Trator MF mod 5320 120 CV – 2003 154.915,10 4 38.728,78 5% 70% 25% 1.936,44 27.110,14 9.682,19
Semeadeira adubadeira semeato (17 linhas) - 2001 45.250,00 10 4.525,00 0% 60% 40% - 2.715,00 1.810,00
Casa alvenaria empregados pecuária (70 m) - 1994 15.000,00 10 1.500,00 100% 0% 0% 1.500,00 - -
Casa mista empregados lavoura (90 m) 1970 - 10 - 0% 80% 20% - - -
Galpão chão batido alvenaria/zinco (20x10m) - 1982 - 10 - 0% 70% 30% - - -
Galpão alvenaria/zinco 30x12m – 1960 - 10 - 5% 75% 20% - - -
Galpão aberto zinco (10x8m) – 1995 18.000,00 10 1.800,00 60% 0% 40% 1.080,00 - 720,00
Galpão fechado s/ piso alven/zinco 15x12m - 1999 31.000,00 10 3.100,00 65% 0% 35% 2.015,00 - 1.085,00
Mangueiras 200 m (+ 15 anos) - 10 - 100% 0% 0% - - -
Cercas - 37.940 metros * R$3,62/m 151.001,20 10 15.100,12 70% 20% 10% 10.570,08 3.020,02 1.510,01
Sub Total (1) – Custos
142.571,90
23.410,03 87.045,71 32.116,16
Casa alvenaria (110 m) – 1990 - 10 - 25% 60% 15% - - -
Camioneta Mitsubish 4x4 2001/2002 diesel 61.560,00 5 12.312,00 25% 60% 15% 3.078,00 7.387,20 1.846,80
Sub Total (2) – Despesas
12.312,00
3.078,00 7.387,20 1.846,80
TOTAL (1+2)
154.883,90
26.488,03 94.432,91 33.962,96
Fonte: cálculos realizados pelo autor. Com base de dados das revendas da Região Central do RS e da Receita Federal.
118
ANEXO III – SIMULAÇÕES
1. Propriedade com sistema de produção tradicional
1.1 - Simulação 1 - Rebanho Estabilizado
Tabela 01 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade tradicional, categorias
animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de cabeças por categoria
animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
373
320,6
Touros 1,25
15
18,6
Bezerros 0,29
93
27,0
Bezerras 0,23
93
21,4
Novilhas 1-2 anos 0,46
90
41,4
Garrotes 1-2 anos 0,51
90
45,9
Novilhas 2-3 anos 0,60
87
52,1
Garrotes 2-3 anos 0,67
87
58,2
Garrotes 3-4 anos 0,67
84
56,2
TOTAL 1012 641,5
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 02 - Vendas simuladas por ano na propriedade tradicional, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 372 87 1,09 35.220,48 39,09
Touros descarte 650 4 1,32 3.198,59 3,55
Garrotes 3-4 anos 428 84 1,44 51.682,01 57,36
TOTAL 174 90.101,07 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 03 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 17,24
Total de kg produzidos 70.626
kg produzidos/ha 86,98
R$ médio / kg vendido R$ 1,28
Receita bruta / ha R$ 110,96
Fonte: cálculos realizados pelo autor
119
Tabela 04 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração touros suplementação campo kg 5.368
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 6,2
Carbúnculo (frrascos c/ 10 doses) frasco 18,6
Aftosa doses 1.378
Ivermectina bezerro/as ml 186
Sal sacos 528
Carrapaticida gado geral L 19,2
Vermífugo geral L 15,4
Total pastagem de inverno ha 16,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 05 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Pastagem inverno p/ bezerros/as 16,0 75,20 56 4.205,14 11,33
Suplementação touros a campo 133,20 15 1.986,26 5,35
Brucelose bezerras 0,78 93 72,70 0,20
Carbúnculo bezerro/as 0,15 186 27,96 0,08
Aftosa 0,92 1378 1.267,74 3,42
Ivermectina bezerros/as 0,30 186 55,92 0,15
Vermífugo geral 1,07 1012 1.077,69 2,90
Sal 6,34 1012 6.414,65 17,28
Carrapaticida gado geral 0,57 1012 577,33 1,56
Depreciação de touros 235,50 15 3.511,74 9,46
Impostos s/ terra 1,06 1012 1.075,00 2,90
Mão-de-obra 15,07 1012 15.250,26 41,08
Manutenção 4,50% 1,58 1012 1.598,51 4,31
TOTAL 37.120,88 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 06 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
812
Receita Total
90.101,07
Custo do kg produzido 0,74
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
37.120,88
Depreciação (Custos)
15.330,50
Resultado do Produto
37.649,69
Resultado do Produto / hectare
46,37
Despesas Administrativas
2.520,00
Depreciação Administrativa
1.750,00
Resultado da Atividade 33.379,69
Resultado da Aividade / hectare 41,11
Fonte: cálculos realizados pelo autor
120
Tabela 07 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital em reais e o ponto de equilíbrio econômico simulado
em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha ) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 223.624,80
Ponto de Equílibrio Econômico (kg) 264.495
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 08 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 372 278 103.391 39,09
Touros descarte 650 14 9.390 3,55
Garrotes 4 anos 428 354 151.715 57,36
TOTAL 647 264.495 100,00
% Descarte 63,94
kg produzidos/ha 325,73
Faturamento no PEE (R$) 337.430,66
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
1.2. Simulação 2 - Aumento da taxa de natalidade.
Tabela 09 - Composição do rebanho estabilizado com aumento da taxa de natalidade na
propriedade tradicional, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça,
número de cabeças por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada
categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
356
306,5
Touros 1,25
14
17,8
Bezerros 0,29
98
28,4
Bezerras 0,23
98
22,5
Novilhas 1-2 anos 0,46
94
43,4
Garrotes 1-2 anos 0,51
94
48,2
Novilhas 2-3 anos 0,60
91
54,7
Garrotes 2-3 anos 0,67
91
61,1
Garrotes 3-4 anos 0,67
88
59,0
TOTAL 1025 641,5
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
121
Tabela 10 - Vendas simuladas com aumento da taxa de natalidade na propriedade tradicional,
categorias vendidas, peso médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço
de venda em R$/kg de peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que
representa a venda de cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 372 91 1,09 36.965,28 39,21
Touros descarte 650 4 1,32 3.057,42 3,24
Garrotes 3-4 anos 428 88 1,44 54.242,31 57,54
TOTAL 183 94.265,01 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 11 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 17,82
Total de kg produzidos 73.898
kg produzidos/ha 91,01
R$ médio / kg vendido R$ 1,28
Receita bruta / ha R$ 116,09
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 12 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração touros suplementação campo kg 5.131
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 6,5
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 19,6
Aftosa doses 1.410
Ivermectina bezerro/as ml 196
Sal sacos 535
Carrapaticida gado geral L 19,2
Vermífugo geral L 15,40
Total pastagem de inverno ha 16,8
Fonte: cálculos realizados pelo autor
122
Tabela 13 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Pastagem inverno bezerro/as(ha) 16,8 75,20 59 4.413,46 11,86
Suplementação touros a campo 133,20 14 1.898,59 5,10
Brucelose 0,78 98 76,30 0,21
Carbúnculo 0,15 196 29,34 0,08
Aftosa 0,92 1410 1.297,13 3,49
Ivermecitina bezerros/as 0,30 196 58,69 0,16
Vermífugo geral 1,05 1025 1.077,69 2,90
Sal 6,34 1025 6.502,14 17,47
Carrapaticida gado geral 0,56 1025 577,33 1,55
Depreciação de touros 235,50 14 3.356,75 9,02
Impostos s/ a terra 1,05 1025 1.075,00 2,89
Mão-de-obra 14,87 1025 15.250,26 40,98
Manutenção 4,50% 1,56 1025 1.602,57 4,31
TOTAL 37.215,25 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 14 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
812
Receita Total
94.265,01
Custo do kg produzido 0,71
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
37.215,25
Depreciação (Custos)
15.330,50
Resultado do Produto
41.719,27
Resultado do Produto / hectare
51,38
Despesas Administrativas
2.520,00
Depreciação Administrativa
1.750,00
Resultado da Atividade
37.449,27
Resultado da Atividade / hectare
46,12
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 15 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha ) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 223.624,80
Ponto de Equílibrio Econômico (kg) 261.399
Fonte: cálculos realizados pelo autor
123
Tabela 16 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 372 276 102.506 39,21
Touros descarte 650 13 8.478 3,24
Garrotes 4 anos 428 351 150.415 57,54
TOTAL 640 261.399 100,00
% Descarte 62,42
kg produzidos/hectare 321,92
Faturamento no PEE (R$) 333.445,01
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
1.3. Simulação 3 – Redução na Idade de Abate
Tabela 17 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade tradicional com redução na
idade de abate, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de
cabeças por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
419
359,9
Touros 1,25
17
20,9
Bezerros 0,29
105
30,3
Bezerras 0,23
105
24,1
Novilhas 1-2 anos 0,46
101
46,5
Garrotes 1-2 anos 0,51
101
51,5
Novilhas 2-3 anos 0,60
98
58,5
Garrotes 2-3 anos 0,51
98
49,7
Garrotes 3-4 anos 0,67
0
0,0
TOTAL 1.042 641,5
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 18 - Vendas simuladas por ano na propriedade tradicional, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 372 98 1,09 39.540,22 38,30
Touros descarte 650 4 1,32 3.590,89 3,48
Garrotes 3 anos 428 98 1,44 60.100,19 58,22
TOTAL 199 103.231,30 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor
124
Tabela 19 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 19,13
Total de kg produzidos 80.732
kg produzidos/hectare 99,42
R$ médio / kg vendido R$ 1,28
Receita bruta / hectare R$ 127,13
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 20 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração touros suplementação campo kg 6.027
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 7,0
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 20,9
Aftosa doses 1.453
Ivermectina bezerro/as ml 209
Sal sacos 543
Carrapaticida gado geral L 19,2
Vermífugo geral L 15,4
Total pastagem de inverno ha 17,9
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 21 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Pastagem inverno p/ bezerros/as 75,20 63 4.720,89 12,21
Suplementação touros a campo 133,20 17 2.229,87 5,77
Brucelose bezerras 0,78 105 81,61 0,21
Carbúnculo bezerro/as 0,15 209 31,39 0,08
Aftosa 0,92 1453 1.336,62 3,46
Ivermectina bezerros/as 0,30 209 62,78 0,16
Vermífugo geral 1,03 1042 1.077,69 2,79
Sal 6,34 1042 6.604,46 17,09
Carrapaticida gado geral 0,55 1042 577,33 1,49
Depreciação de touros 235,50 17 3.942,45 10,20
Impostos s/ a terra 1,03 1042 1.075,00 2,78
Mão-de-obra 14,64 1042 15.250,26 39,45
Manutenção 4,50% 1,60 1042 1.664,57 4,31
TOTAL 38.654,91 100
Fonte: cálculos realizados pelo autor
125
Tabela 22 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha) 812
Receita Total 103.231,30
Custo do kg produzido 0,67
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção 38.654,91
Depreciação (Custos) 15.330,50
Resultado do Produto
49.245,89
Resultado do Produto / hectare
60,65
Despesas Administrativas
2.520,00
Depreciação Administrativa
1.750,00
Resultado da Atividade
44.975,89
Resultado da Atividade / hectare
55,39
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 23 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha ) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 223.624,80
Ponto de Equilíbrio Econômico (kg) 259.006
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 24 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 372 267 99.206 38,30
Touros descarte 650 14 9.010 3,48
Garrotes 3 anos 428 352 150.791 58,22
TOTAL 633 259.006 100,00
% Descarte % 60,76
kg produzidos/hectare kg/ha 318,97
Faturamento no PEE (R$) R$ 331.189,06
Fonte: cálculos realizados pelo autor
126
4. Simulação 4 - Aumento da Lotação
Tabela 25 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade tradicional com aumento da
lotação, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de cabeças
por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
404
347,4
Touros 1,25
16
20,2
Bezerros 0,29
101
29,3
Bezerras 0,23
101
23,2
Novilhas 1-2 anos 0,46
97
44,8
Garrotes 1-2 anos 0,51
97
49,7
Novilhas 2-3 anos 0,60
94
56,5
Garrotes 2-3 anos 0,67
94
63,1
Garrotes 3-4 anos 0,67
91
60,9
TOTAL 1.096 695,1
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 26 - Vendas simuladas por ano na propriedade tradicional, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 372 94 1,09 38.162,95 39,09
Touros descarte 650 4 1,32 3.465,81 3,55
Garrotes 4 anos 428 91 1,44 55.999,74 57,36
TOTAL 189 97.628,51 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 27 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 17,24
Total de kg produzidos 76.526
kg produzidos/hectare 94,24
R$ médio / kg vendido R$ 1,28
Receita bruta / hectare R$ 120,23
Fonte: cálculos realizados pelo autor
127
Tabela 28 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração touros suplementação campo kg 5.817
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 6,7
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 20,2
Aftosa doses 1.493
Ivermectina bezerro/as ml 202
Sal sacos 572
Carrapaticida gado geral L 20,9
Vermífugo geral L 16,7
Total pastagem de inverno ha 17,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 29 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Pastagem inverno p/ bezerros/as 75,20 61 4.556,45 11,74
Suplementação touros a campo 133,20 16 2.152,20 5,55
Brucelose bezerras 0,78 101 78,77 0,20
Carbúnculo bezerro/as 0,15 202 30,30 0,08
Aftosa 0,92 1493 1.373,65 3,54
Ivermectina bezerros/as 0,30 202 60,59 0,16
Vermífugo geral 1,07 1096 1.167,72 3,01
Sal 6,34 1096 6.950,56 17,92
Carrapaticida gado geral 0,57 1096 625,56 1,61
Depreciação de touros 235,50 16 3.805,12 9,81
Impostos s/ a terra 0,98 1096 1.075,00 2,77
Mão-de-obra 13,91 1096 15.250,26 39,31
Manutenção 4,50% 1,52 1096 1.670,68 4,31
TOTAL 38.796,86 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 30 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
812
Receita Total
97.628,51
Custo do kg produzido 0,71
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
38.796,86
Depreciação (Custos)
15.330,50
Resultado do Produto
43.501,14
Resultado do Produto / hectare
53,57
Despesas Administrativas
2.520,00
Depreciação Administrativa
1.750,00
Resultado da Atividade
39.231,14
Resultado da Atividade / hectare
48,31
Fonte: cálculos realizados pelo autor
128
Tabela 31 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha ) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 223.624,80
Ponto de Equílibrio Econômico (kg) 264.279
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 32 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 372 278 103.307 39,09
Touros descarte 650 14 9.382 3,55
Garrotes 4 anos 428 354 151.591 57,36
TOTAL 646 264.279 100,00
% Descarte 58,96
kg produzidos/hectare 325,47
Faturamento no PEE (R$) 337.155,11
Fonte: cálculos realizados pelo autor
1.5. Simulação 5 - Redução na Idade de Entoure
Tabela 33 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade tradicional com redução na
idade de entoure, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de
cabeças por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
406
349,0
Touros 1,25
16
20,3
Bezerros 0,29
101
29,4
Bezerras 0,23
101
23,3
Novilhas 1-2 anos 0,46
98
45,0
Garrotes 1-2 anos 0,51
98
49,9
Novilhas 2-3 anos 0,60
0
0,0
Garrotes 2-3 anos 0,67
95
63,3
Garrotes 3-4 anos 0,67
91
61,2
TOTAL 1.007 641,5
Fonte: cálculos realizados pelo autor
129
Tabela 34 - Vendas simuladas por ano na propriedade tradicional, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 372 98 1,09 39.708,91 40,18
Touros descarte 650 4 1,09 2.874,82 2,91
Garrotes 4 anos 428 91 1,44 56.252,19 56,91
TOTAL 193 98.835,92 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 35 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 19,20
Total de kg produzidos 78.132
kg produzidos/hectare 96,22
R$ médio / kg vendido R$ 1,26
Receita bruta / hectare R$ 121,72
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 36 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração touros suplementação campo kg 5.843
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 6,8
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 20,3
Aftosa doses 1.405
Ivermectina bezerro/as ml 203
Sal sacos 525
Carrapaticida gado geral L 19,2
Vermífugo geral L 15,4
Total pastagem de inverno ha 17,4
Fonte: cálculos realizados pelo autor
130
Tabela 37 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Pastagem inverno p/ bezerros/as 75,20 61 4.576,99 11,78
Suplementação touros a campo 133,20 16 2.161,90 5,56
Brucelose 0,78 101 79,12 0,20
Carbúnculo 0,15 203 30,43 0,08
Aftosa 0,92 1405 1.292,87 3,33
Ivermectina bezerros/as 0,30 203 60,86 0,16
Vermífugo geral 1,07 1007 1.077,69 2,77
Sal 6,34 1007 6.382,41 16,43
Carrapaticida gado geral 0,57 1007 577,33 1,49
Depreciação de Touros 235,50 16 3.822,28 9,84
Impostos s/ a terra 1,85 1007 1.863,54 4,80
Mão-de-obra 15,15 1007 15.250,26 39,26
Manutenção 4,50% 1,66 1007 1.672,91 4,31
TOTAL 38.848,59 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 38 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
812
Receita Total
98.835,92
Custo do kg produzido 0,69
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
38.848,59
Depreciação (Custos)
15.330,50
Resultado do Produto
44.656,84
Resultado do Produto / hectare
55,00
Despesas Administrativas
2.520,00
Depreciação Administrativa
1.750,00
Resultado da Atividade
40.386,84
Resultado da Atividade / hectare
49,74
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 39 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha ) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 223.624,80
Ponto de Equilíbrio Econômico (kg) 263.819
Fonte: cálculos realizados pelo autor
131
Tabela 40 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 372 285 105.993 40,18
Touros descarte 650 12 7.674 2,91
Garrotes 4 anos 428 351 150.152 56,91
TOTAL 648 263.819 100,00
% Descarte 64,33
kg produzidos/hectare 324,90
Faturamento no PEE (R$) 333.728,62
Fonte: cálculos realizados pelo autor
2. Propriedade com sistema de produção intensivo
2.1. Simulação 1 - Rebanho Estabilizado
Tabela 41 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade intensiva, categorias animais,
carga animal em unidade animal por cabeça, número de cabeças por categoria animal, total de
unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
292
250,8
Touros 0,00
9
0,0
Bezerros 0,29
100
28,9
Bezerras 0,23
100
22,9
Novilhas 1-2 anos 0,46
99
45,4
Garrotes 1-2 anos 0,51
99
50,3
Garrotes 2-3 anos 0,67
34
22,9
TOTAL 732 421,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 42 - Vendas simuladas por ano na propriedade intensiva, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 430 92 1,50 59.638,52 50,82
Novilhas desc. 2 anos 360 6 1,72 3.869,81 3,30
Garrotes 2 anos 333 64 1,64 35.104,87 29,92
Garrotes 3 anos 333 34 1,64 18.732,50 15,96
TOTAL 197 117.345,70 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor
132
Tabela 43 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 26,93
Total de kg produzidos 74.777
kg produzidos/hectare 120,51
R$ médio / kg vendido R$ 1,57
Receita bruta / hectare R$ 189,11
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 44 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração desmame convencional kg 12.949
Brucelose (frascos c/ 15 doses) Frasco 6,6
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) Frasco 19,9
Aftosa Doses 1.129
Número doses de sêmen Doses 84
Ivermectina bezerro/as ml 199
Sal sacos 363
Carrapaticida gado geral L 12,6
Vermífugo geral L 13,5
Total pastagem de inverno ha 32,1
Total pastagem de verão ha 20,5
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 45 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Desmame convencional 26,00 199 5.179,67 8,31
Past. verão garrotes 1,5 anos 20,5 41,64 92 3.850,56 6,18
Pastagem inverno garrotes 2 anos 32,08 160,00 64 10.266,10 16,48
Brucelose 0,78 100 77,70 0,12
Carbúnculo 0,15 199 29,88 0,05
Aftosa 0,92 1129 1.038,39 1,67
Ivermecitina bezerros/as 0,30 199 59,77 0,10
Vermífugo geral 2,21 732 1.617,92 2,60
Sal 7,59 732 5.559,80 8,92
Carrapaticida gado geral 0,52 732 379,20 0,61
Sêmen inseminação 13,80 292 1.006,30 1,62
Impostos s/ a terra 0,36 732 265,59 0,43
Custo uso do campo 45,93 732 6.725,15 10,79
Mão-de-obra (salário) 380,00 29,02 732 21.242,65 34,09
Aluguel de touros 2% 0,00 0 1.317,87 2,12
Manutenção 6,30% 5,04 732 3.692,84 5,93
TOTAL 62.309,39 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
133
Tabela 46 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
620,52
Receita Total
117.345,70
Custo do kg produzido 0,76
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
62.309,39
Depreciação (Custos)
15.394,10
Resultado do Produto
39.642,21
Resultado do Produto / hectare
63,89
Despesas Administrativas
8.616,14
Depreciação Administrativa
9.747,55
Resultado da Atividade
21.278,52
Resultado da Atividade / hectare
34,29
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 47 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 136.466,21
Ponto de Equílibrio Econômico em kg 178.216
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 48 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 430 211 90.574 50,82
Novilhas desc. 2 anos 360 16 5.877 3,30
Garrotes 2 anos 333 160 53.315 29,92
Garrotes 3 anos 333 85 28.450 15,96
TOTAL 473 178.216 100,00
% Descarte 64,55
kg produzidos/ha 287,20
Faturamento no PEE (R$) 279.671,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
134
2.2. Simulação 2 - Taxa de Natalidade
Tabela 49 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade intensiva com aumento da
taxa de natalidade, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número
de cabeças por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
281
241,3
Touros 0,00
9
0,0
Bezerros 0,29
105
30,5
Bezerras 0,23
105
24,2
Novilhas 1-2 anos 0,46
104
48,0
Garrotes 1-2 anos 0,51
104
53,2
Garrotes 2-3 anos 0,67
36
24,2
TOTAL 745 421,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 50 - Vendas simuladas por ano na propriedade intensiva, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 430 70 1,50 45.237,87 36,71
Novilhas descarte 2 anos 360 34 1,72 21.127,90 17,15
Garrotes 2 anos 333 68 1,64 37.076,83 30,09
Garrotes 3 anos 333 36 1,64 19.784,76 16,06
TOTAL 208 123.227,36 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 51 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 27,95
Total de kg produzidos 77.051
kg produzidos/hectare 124,17
R$ médio / kg vendido R$ 1,60
Receita bruta / hectare R$ 198,59
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
135
Tabela 52 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração desmame convencional kg 13.677
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 7,0
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 21,0
Aftosa doses 1.164
Número doses de sêmen doses 81
Ivermectina bezerros/as ml 210
Sal sacos 370
Carrapaticida gado geral L 12,6
Vermífugo geral L 13,5
Total pastagem de inverno ha 33,9
Total pastagem de verão ha 23,2
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 53 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Desmame convencional 26,00 210 5.470,63 8,56
Pastagem verão garrotes 1,5 anos 23,2 41,64 104 4.341,75 6,80
Pastagem inverno garrotes 2 anos 33,88 160,00 68 10.842,78 16,97
Brucelose 0,78 105 82,06 0,13
Carbúnculo 0,15 210 31,56 0,05
Aftosa 0,92 1164 1.070,58 1,68
Ivermectina bezerros/as 0,30 210 63,12 0,10
Vermífugo geral 2,17 745 1.617,92 2,53
Sal 7,59 745 5.656,30 8,85
Carrapaticida gado geral 0,51 745 379,20 0,59
Sêmen inseminação 13,80 281 967,88 1,51
Impostos s/ a terra 0,36 745 265,59 0,42
Custo uso do campo 45,15 745 6.725,15 10,53
Mão-de-obra 28,52 745 21.242,65 33,25
Aluguel de touros 2% 0,00 0 1.351,41 2,12
Manutenção 6,30% 5,08 745 3.786,84 5,93
TOTAL 63.895,43 100,0
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
136
Tabela 54 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
620,52
Receita Total
123.227,36
Custo do kg produzido 0,76
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
63.895,43
Depreciação (Custos)
15.394,10
Resultado do Produto
43.937,83
Resultado do Produto / hectare
70,81
Despesas Administrativas
8.616,14
Depreciação Administrativa
9.747,55
Resultado da Atividade
25.574,14
Resultado da Atividade / hectare
41,21
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 55 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 136.466,21
Ponto de Equílibrio Econômico em kg 174.627
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 56 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 430 149 64.107 36,71
Novilhas descarte 2 anos 360 83 29.941 17,15
Garrotees 2 anos 333 158 52.542 30,09
Garrotes 3 anos 333 84 28.037 16,06
TOTAL 474 174.627 100,00
% Descarte 63,68
kg produzidos/hectare 281,42
Faturamento no PEE (R$) 279.281,55
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
137
2.3. Simulação 3 - Redução na Idade de Abate
Tabela 57 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade intensiva com redução na
idade de abate, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de
cabeças por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86 336 289,0
Touros 0,00 11 0,0
Bezerros 0,29 115 33,3
Bezerras 0,23 115 26,4
Novilhas 1-2 anos 0,46 114 52,3
Garrotes 1-2 anos 0,51 40 20,3
TOTAL 730 421,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 58 - Vendas simuladas por ano na propriedade intensiva, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Categorias Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 430 107 1,50 68.716,80 50,15
Novilhas descarte 2 anos 360 7 1,72 4.458,88 3,25
Garrotes 1 ano 333 75 1,69 42.058,06 30,70
Garrotes 2 anos 333 40 1,64 21.780,01 15,90
TOTAL 228 137.013,75 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 59 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 31,25
Total de kg produzidos 86.502
kg produzidos/hectare 139,40
R$ médio / kg vendido R$ 1,58
Receita bruta / hectare R$ 220,80
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
138
Tabela 60 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração desmame convencional kg 14.920
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 7,7
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 23,0
Aftosa doses 1.113
Número doses de sêmen doses 97
Ivermectina bezerro/as ml 230
Sal sacos 362
Carrapaticida gado geral L 12,6
Vermífugo geral L 13,5
Total pastagem de inverno ha 19,9
Total pastagem de verão ha 8,8
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 61 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Desmame convencional 26,00 230 5.968,13 10,52
Pastagem verão garrotes 1,5anos 41,64 40 1.657,80 2,92
Pastagem inverno garrotes 2 anos 160,00 40 6.369,37 11,23
Brucelose 0,78 115 89,52 0,16
Carbúnculo 0,15 230 34,43 0,06
Aftosa 0,92 1113 1.024,13 1,81
Ivermectina bezerros/as 0,30 230 68,86 0,12
Vermífugo geral 2,22 730 1.617,92 2,85
Sal 7,59 730 5.545,01 9,78
Carrapaticida gado geral 0,52 730 379,20 0,67
Sêmen inseminação 13,80 336 1.159,48 2,04
Imposto Territorial Rural (ITR) 0,36 730 265,59 0,47
Custo uso do campo 46,06 730 6.725,15 11,86
Mão-de-obra (salário) 29,10 730 21.242,65 37,46
Aluguel de touros 2% 0,00 0 1.199,39 2,12
Manutenção 6,30% 4,60 730 3.360,84 5,93
TOTAL 56.707,47 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
139
Tabela 62 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
620,52
Receita Total
137.013,75
Custo do kg produzido 0,63
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
56.707,47
Depreciação (Custos)
15.394,10
Resultado do Produto
64.912,19
Resultado do Produto / hectare
104,61
Despesas Administrativas
8.616,14
Depreciação Administrativa
9.747,55
Resultado da Atividade
46.548,50
Resultado da Atividade / hectare
75,02
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 63 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 136.466,21
Ponto de Equílibrio Econômico em kg 158.163
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 64 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Categorias Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 430 184 79.324 50,15
Novilhas descarte 2 anos 360 14 5.147 3,25
Garrotes 1 ano 333 146 48.550 30,70
Garrotes 2 anos 333 76 25.142 15,90
TOTAL 420 158.163 100,00
% Descarte 57,54
kg produzidos/hectare 254,89
Faturamento no PEE (R$) 250.520,29
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
140
2.4- Simulação 4 - Aumento da Lotação
Tabela 65 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade intensiva com aumento da
lotação, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de cabeças
por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86 320 275,2
Touros 0,00 10 0,0
Bezerros 0,29 109 31,7
Bezerras 0,23 109 25,1
Novilhas 1-2 anos 0,46 108 49,8
Garrotes 1-2 anos 0,51 108 55,2
Garrotes 2-3 anos 0,67 38 25,2
TOTAL 803 462,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 66 - Vendas simuladas por ano na propriedade intensiva, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Categorias Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 430 101 1,50 65.435,49 50,82
Novilhas descarte 2 anos 360 7 1,72 4.245,97 3,30
Garrotes 2 anos 333 70 1,64 38.517,13 29,92
Garrotes 3 anos 333 38 1,64 20.553,33 15,96
TOTAL 216 128.751,91 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 67 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 26,93
Total de kg produzidos 82.045
kg produzidos/hectare 132,22
R$ médio / kg vendido R$ 1,57
Receita bruta / hectare R$ 207,49
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
141
Tabela 68 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração desmame convencional kg 14.208
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 7,3
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 21,9
Aftosa doses 1.238
Número doses de sêmen doses 92
Ivermectina bezerro/as ml 219
Sal sacos 399
Carrapaticida gado geral L 13,9
Vermífugo geral L 14,8
Total pastagem de inverno ha 35,2
Total pastagem de verão ha 22,5
Fonte: cálculos realizados pelo autor
Tabela 69 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Desmame convencional 26,00 219 5.683,14 8,69
Pastagem verão garrotes 1,5 anos 41,64 101 4.224,84 6,46
Pastagem inverno garrotes 2 anos 160,00 70 11.263,99 17,23
Brucelose 0,78 109 85,25 0,13
Carbúnculo 0,15 219 32,79 0,05
Aftosa 0,92 1238 1.139,32 1,74
Ivermectina bezerros/as 0,30 219 65,57 0,10
Vermífugo geral 2,21 803 1.775,18 2,72
Sal 7,59 803 6.100,22 9,33
Carrapaticida gado geral 0,52 803 416,06 0,64
Sêmen inseminação 13,80 320 1.104,11 1,69
Impostos s/ a terra 0,33 803 265,59 0,41
Custo uso do campo 41,86 803 6.725,15 10,29
Mão-de-obra 26,45 803 21.242,65 32,49
Aluguel de touros 2% 0,00 0 1.382,85 2,12
Manutenção 6,30% 4,82 803 3.874,92 5,93
TOTAL 65.381,65 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
142
Tabela 70 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
620,52
Receita Total
128.751,91
Custo do kg produzido 0,74
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
65.381,65
Depreciação (Custos)
15.394,10
Resultado do Produto
47.976,17
Resultado do Produto / hectare
77,32
Despesas Administrativas
8.616,14
Depreciação Administrativa
9.747,55
Resultado da Atividade
29.612,48
Resultado da Atividade / hectare
47,72
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 71 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 136.466,21
Ponto de Equílibrio Econômico em kg 177.749
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 72 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Categorias Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 430 210 90.337 50,82
Novilhas descarte 2 anos 360 16 5.862 3,30
Garrotes 2 anos 333 160 53.175 29,92
Garrotes 3 anos 333 85 28.375 15,96
TOTAL 471 177.749 100,00
% Descarte 58,67
kg produzidos/hectare 286,45
Faturamento no PEE (R$) 278.938,29
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
143
2.5. Simulação 5 - Redução na Idade de Entoure
Tabela 73 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade intensiva com redução na
idade de entoure, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de
cabeças por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
327
281,1
Touros 0,00
11
0,0
Bezerros 0,29
112
32,4
Bezerras 0,23
112
25,7
Novilhas 1-2 anos 0,46
0
0,0
Garrotes 1-2 anos 0,51
111
56,4
Garrotes 2-3 anos 0,67
38
25,7
TOTAL 710 421,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 74 - Vendas simuladas por ano na propriedade intensiva, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Categorias Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 430 104 1,50 66.842,21 51,67
Bezerras descarte 6 meses 160 8 1,70 2.178,55 1,68
Garrotes 2 anos 333 72 1,64 39.345,16 30,41
Garrotes 3 anos 333 38 1,64 20.995,19 16,23
TOTAL 222 129.361,11 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 75 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 31,27
Total de kg produzidos 81.287
kg produzidos/hectare 131,00
R$ médio / kg vendido R$ 1,59
Receita bruta / hectare R$ 208,47
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
144
Tabela 76 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Ração desmame convencional kg 14.513
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 7,4
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 22,3
Aftosa doses 1.044
Número doses de sêmen doses 94
Ivermectina bezerro/as ml 223
Sal sacos 352
Carrapaticida gado geral L 12,6
Vermífugo geral L 13,5
Total pastagem de inverno ha 36,0
Total pastagem de verão ha 24,6
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 77 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Desmame convencional 26,00 223 5.805,32 8,92
Pastagem verão garrotes 1,5 anos 41,64 111 4.607,37 7,08
Pastagem inverno garrotes 2 anos 160,00 72 11.506,14 17,69
Brucelose 0,78 112 87,08 0,13
Carbúnculo 0,15 223 33,49 0,05
Aftosa 0,92 1044 960,25 1,48
Ivermectina bezerros/as 0,30 223 66,98 0,10
Vermífugo geral 2,28 710 1.617,92 2,49
Sal 7,59 710 5.391,09 8,29
Carrapaticida gado geral 0,53 710 379,20 0,58
Sêmen inseminação 13,80 327 1.127,85 1,73
Impostos s/ a terra 0,37 710 265,59 0,41
Custo uso do campo 47,37 710 6.725,15 10,34
Mão-de-obra 29,93 710 21.242,65 32,66
Aluguel de touros 2% 0,00 0 1.375,77 2,12
Manutenção 6,30% 5,43 710 3.855,09 5,93
TOTAL 65.046,94 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
145
Tabela 78 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
620,52
Receita Total
129.361,11
Custo do kg produzido 0,74
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
65.046,94
Depreciação (Custos)
15.394,10
Resultado do Produto
48.920,07
Resultado do Produto / hectare
78,84
Despesas Administrativas
8.616,14
Depreciação Administrativa
9.747,55
Resultado da Atividade
30.556,38
Resultado da Atividade / hectare
49,24
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 79 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 136.466,21
Ponto de Equílibrio Econômico em kg 174.311
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 80 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Categorias Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 430 209 90.068 51,67
Bezerras desc. 6 meses 160 18 2.936 1,68
Garrotes 2 anos 333 159 53.017 30,41
Garrotes 3 anos 333 85 28.290 16,23
TOTAL 472 174.311 100,00
% Descarte 66,49
kg produzidos/hectare 280,91
Faturamento no PEE (R$) 277.399,72
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
146
3. PROPRIEDADE COM SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA
3.1. Simulação 1 - Rebanho Estabilizado
Tabela 81 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade integrada, categorias
animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de cabeças por categoria
animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
430
370,0
Touros 1,25
17
21,5
Bezerros 0,29
130
37,6
Bezerras 0,23
130
29,8
Novilhas 1-2 anos 0,46
127
58,6
Garrotes 1-2 anos 0,51
127
65,0
Garrotes 2-3 anos 0,67
125
83,8
TOTAL 1087 666,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 82 - Vendas simuladas por ano na propriedade integrada, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 408 127 1,32 68.400,75 40,95
Touros descarte 650 4 1,38 3.858,72 2,31
Garrotes 3 anos 463 125 1,64 94.779,12 56,74
TOTAL 257 167.038,59 100
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 83 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 23,63
Total de kg produzidos 112.745
kg produzidos/hectare 110,00
R$ médio / kg vendido R$ 1,48
Receita bruta / hectare R$ 162,96
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
147
Tabela 84 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Silagem bezerros/as desmamados ton 259
Sal proteínado animais c/ 1,5 anos kg 1.274
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 8,6
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 25,9
Aftosa doses 1.601
Ivermectina bezerro/as ml 259
Sal sacos 212
Carrapaticida gado geral L 20,0
Vermífugo geral L 21,3
Total pastagem de inverno ha 134,2
Total silagem p/ manejo ton 259,4
Total área para silagem ha 8,6
Comprimento total de lona p/ silagem Metros 54,8
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 85 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Silagem Bezerros/as 25,70 259 6.666,55 9,75
Sal proteínado animais c/ 1,5 anos 3,65 255 929,76 1,36
Pastagem inverno 15,6 79,64 17 1.370,32 2,00
Pastagem inverno garrotes 3 anos 65,1 52,14 109 5.699,90 8,33
Pastagem inverno vacas 53,5 51,53 91 4.686,01 6,85
Brucelose 0,78 130 101,17 0,15
Carbúnculo 0,15 259 38,91 0,06
Aftosa 0,95 1601 1.520,68 2,22
Ivermectina bezerros/as 0,30 259 77,82 0,11
Vermífugo geral 1,37 1087 1.492,40 2,18
Sal 4,10 1087 4.449,58 6,51
Carrapaticida gado geral 0,55 1087 599,63 0,88
Depreciação de Touros 425,00 17 7.313,07 10,69
Imposto Territorial Rural (ITR) 1,12 1087 1.221,20 1,79
Mão-de-obra (salário) 20,70 1087 22.492,00 32,88
Manutenção 16,60% 8,96 1087 9.737,39 14,24
TOTAL 68.396,37 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
148
Tabela 86 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
1025
Receita Total
167.038,59
Custo do kg produzido 0,81
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
68.396,37
Depreciação (Custos)
23.410,03
Resultado do Produto
75.232,19
Resultado do Produto / hectare
73,40
Despesas Administrativas
629,20
Depreciação Administrativa
3.078,00
Resultado da Atividade
71.524,99
Resultado da Atividade / hectare
69,78
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 87 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 282.285,00
Ponto de Equílibrio Econômico (kg) 306.952
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 88 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 408 308 125.694 40,95
Touros descarte 650 11 7.091 2,31
Garrotes 3 anos 463 376 174.167 56,74
TOTAL 695 306.952 100,00
% Descarte 63,93
kg produzidos/hectare 299,47
Faturamento no PEE (R$) 454.766,38
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
149
3.2. Simulação 2. Aumento da Taxa de Natalidade
Tabela 89 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade integrada com aumento da
taxa de natalidade, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número
de cabeças por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
413
355,6
Touros 1,25
17
20,7
Bezerros 0,29
137
39,7
Bezerras 0,23
137
31,5
Novilhas 1-2 anos 0,46
134
61,8
Garrotes 1-2 anos 0,51
134
68,5
Garrotes 2-3 anos 0,67
132
88,4
TOTAL 1.105 666,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 90 - Vendas simuladas por ano na propriedade integrada, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 408 134 1,32 72.180,55 41,03
Touros descarte 650 4 1,38 3.709,04 2,11
Garrotes 3 anos 463 132 1,64 100.016,59 56,86
TOTAL 271 175.906,17 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 91 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 24,49
Total de kg produzidos 118.713
kg produzidos/hectare 115,82
R$ médio / kg vendido R$ 1,48
Receita bruta / hectare R$ 171,62
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
150
Tabela 92 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Silagem bezerros/as desmamados ton 274
Sal proteínado animais 1,5 anos kg 1.344
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 9,1
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 27,4
Aftosa doses 1.647
Ivermectina bezerro/as ml 274
Sal sacos 215
Carrapaticida gado geral L 20,0
Vermífugo geral L 21,3
Total pastagem de inverno ha 140,1
Total silagem p/ manejo ton 273,7
Total área para silagem ha 9,1
Comprimento total de lona p/ silagem metros 57,9
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 93 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por animal,
número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o percentual
de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Silagem Bezerros/as 25,70 274 7.034,94 10,15
Sal proteínado animais 1,5 anos 3,65 269 981,14 1,42
Pastagem inverno touros (ha) 15,0 79,64 17 1.317,17 1,90
Pastagem inverno garrotes 3 anos 68,7 52,14 115 6.014,87 8,68
Pastagem inverno vacas (ha) 56,4 51,53 96 4.944,95 7,13
Brucelose 0,78 137 106,76 0,15
Carbúnculo 0,15 274 41,06 0,06
Aftosa 0,95 1647 1.564,74 2,26
Ivermecitina bezerros/as 0,30 274 82,12 0,12
Vermífugo geral 1,35 1105 1.492,40 2,15
Sal 4,10 1105 4.523,16 6,53
Carrapaticida gado geral 0,54 1105 599,63 0,87
Depreciação de touros 425,00 17 7.029,40 10,14
Imposto Territorial Rural 1,11 1105 1.221,20 1,76
Mão-de-obra 20,36 1105 22.492,00 32,45
Manutenção 16,60% 8,93 1105 9.867,96 14,24
TOTAL 69.313,49 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
151
Tabela 94 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
1025
Receita Total
175.906,17
Custo do kg produzido 0,78
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
69.313,49
Depreciação (Custos)
23.410,03
Resultado do Produto
83.182,66
Resultado do Produto / hectare
81,15
Despesas Administrativas
629,20
Depreciação Administrativa
3.078,00
Resultado da Atividade
79.475,46
Resultado da Atividade / hectare
77,54
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 95 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 282.285,00
Ponto de Equílibrio Econômico (kg) 303.478
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 96 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso médio
em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância de cada
categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e faturamento, em
reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 408 305 124.528 41,03
Touros descarte 650 10 6.399 2,11
Garrotes 3 anos 463 373 172.552 56,86
TOTAL 687 303.478 100,00
% Descarte 62,22%
kg produzidos/hectare 296,08
Faturamento no PEE (R$) 449.688,51
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
152
3.3. Simulação 3 - Redução na Idade de Abate
Tabela 97 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade integrada com redução na
idade de abate, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de
cabeças por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
492
423,2
Touros 1,25
20
24,6
Bezerros 0,29
148
43,0
Bezerras 0,23
148
34,1
Novilhas 1-2 anos 0,46
146
67,0
Garrotes 1-2 anos 0,51
146
74,3
Garrotes 2-3 anos 0,67
0
0,0
TOTAL 1.100 666,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 98 - Vendas simuladas por ano na propriedade integrada, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 408 146 1,32 78.241,69 40,54
Touros descarte 650 5 1,38 4.413,88 2,29
Garrotes 2 anos 463 146 1,64 110.354,75 57,18
TOTAL 296 193.010,31 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 99 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 26,94
Total de kg produzidos 130.152
kg produzidos/hectare 126,98
R$ médio / kg vendido R$ 1,48
Receita bruta / hectare R$ 188,30
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
153
Tabela 100 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Silagem bezerros/as desmamados ton 297
Sal proteinado animais c/ 1,5 anos kg 1.457
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 9,9
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 29,7
Aftosa doses 1.688
Ivermectina bezerro/as ml 297
Sal sacos 214
Carrapaticida gado geral L 20,0
Vermífugo geral L 21,3
Total pastagem de inverno ha 145,3
Total silagem p/ manejo ton 296,7
Total área para silagem ha 9,9
Comprimento total de lona p/ silagem metros 62,7
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 101 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por
animal, número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o
percentual de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Silagem Bezerros/as 25,70 297 7.625,68 10,42
Sal proteinado animais c/ 1,5 anos 3,65 291 1.063,53 1,45
Pastagem inverno touros (ha) 17,9 79,64 20 1.567,47 2,14
Pastagem inverno garrotes 2 anos 66,243 52,14 127 6.639,46 9,07
Pastagem inverno vacas (ha) 61,2 51,53 104 5.360,19 7,32
Brucelose 0,78 148 115,72 0,16
Carbúnculo 0,15 297 44,51 0,06
Aftosa 0,95 1688 1.603,55 2,19
Ivermectina bezerros/as 0,30 297 89,02 0,12
Vermífugo geral 1,36 1100 1.492,40 2,04
Sal 4,10 1100 4.503,89 6,15
Carrapaticida gado geral 0,55 1100 599,63 0,82
Depreciaçao de Touros 425,00 20 8.365,21 11,43
Impostos s/ a terra 1,11 1100 1.221,20 1,67
Mão-de-obra 20,45 1100 22.492,00 30,72
Manutenção 16,60% 9,48 1100 10.422,05 14,24
TOTAL 73.205,50 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
154
Tabela 102 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
1025
Receita Total
193.010,31
Custo do kg produzido 0,74
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
73.205,50
Depreciação (Custos)
23.410,03
Resultado do Produto
96.394,78
Resultado do Produto / hectare
94,04
Despesas Administrativas
629,20
Depreciação Administrativa
3.078,00
Resultado da Atividade
92.687,58
Resultado da Atividade / hectare
90,43
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 103 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 282.285,00
Ponto de Equílibrio Econômico (kg) 302.092
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 104 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso
médio em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância
de cada categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e
faturamento, em reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 408 300
122.461 40,54
Touros descarte 650 11
6.908 2,29
Novilhos 22 meses 463 373
172.723 57,18
TOTAL 684 302.092 100,00
% Descarte 62,15
kg produzidos/hectare 294,72
Faturamento no PEE (R$) 447.990,55
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
155
3.4. Simulação 4 - Aumento da Lotação
Tabela 105 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade integrada com aumento da
lotação, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de cabeças
por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
474
407,5
Touros 1,25
19
23,7
Bezerros 0,29
143
41,4
Bezerras 0,23
143
32,9
Novilhas 1-2 anos 0,46
140
64,5
Garrotes 1-2 anos 0,51
140
71,6
Garrotes 2-3 anos 0,67
138
92,3
TOTAL 1.197 733,9
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 106 - Vendas simuladas por ano na propriedade integrada, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 408 140 1,32 75.346,05 40,95
Touros descarte 650 5 1,38 4.250,53 2,31
Garrotes 3 anos 463 138 1,64 104.402,85 56,74
TOTAL 283 183.999,43 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 107 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 23,63
Total de kg produzidos 124.193
kg produzidos/hectare 121,16
R$ médio / kg vendido R$ 1,48
Receita bruta / hectare R$ 179,51
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
156
Tabela 108 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Silagem bezerros/as desmamados Ton 286
Sal proteínado animais c/ 1,5 anos kg 1.403
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 9,5
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 28,6
Aftosa doses 1.763
Ivermectina bezerro/as ml 286
Sal sacos 233
Carrapaticida gado geral L 22,0
Vermífugo geral L 23,5
Total pastagem de inverno ha 147,8
Total silagem p/ manejo ton 285,7
Total área para silagem ha 9,5
Comprimento total de lona p/ silagem metros 60,4
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 109 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por
animal, número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o
percentual de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Silagem Bezerros/as 25,70 286 7.343,46 10,12
Sal proteínado animais c/ 1,5 anos 3,65 281 1.024,17 1,41
Pastagem inverno touros (ha) 17,2 79,64 19 1.509,46 2,08
Pastagem inverno garrotes 3 anos 71,7 52,14 120 6.278,66 8,66
Pastagem inverno vacas (ha) 58,9 51,53 100 5.161,81 7,12
Brucelose 0,78 143 111,44 0,15
Carbúnculo 0,15 286 42,86 0,06
Aftosa 0,95 1763 1.675,09 2,31
Ivermectina bezerros/as 0,30 286 85,72 0,12
Vermífugo geral 1,37 1197 1.643,94 2,27
Sal 4,10 1197 4.901,38 6,76
Carrapaticida gado geral 0,55 1197 660,51 0,91
Depreciação de touros 425,00 19 8.055,62 11,11
Impostos s/ terra 1,02 1197 1.221,20 1,68
Mão-de-obra 18,79 1197 22.492,00 31,01
Manutenção 16,60% 8,63 1197 10.326,41 14,24
TOTAL 72.533,73 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
157
Tabela 110 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
1025
Receita Total
183.999,43
Custo do kg produzido 0,77
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
72.533,73
Depreciação (Custos)
23.410,03
Resultado do Produto
88.055,67
Resultado do Produto / hectare
85,91
Despesas Administrativas
629,20
Depreciação Administrativa
3.078,00
Resultado da Atividade
84.348,47
Resultado da Atividade / hectare
82,29
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 111 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 282.285,00
Ponto de Equílibrio Econômico (kg) 306.044
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 112 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso
médio em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância
de cada categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e
faturamento, em reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 408 307 125.322 40,95
Touros descarte 650 11 7.070 2,31
Bois 3 anos 463 375 173.652 56,74
TOTAL 693 306.044 100,00
% Descarte 57,87
kg produzidos/hectare 298,58
Faturamento no PEE (R$) 453.421,73
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
158
3.5. Simulação 5 - Redução da Idade de Entoure
Tabela 113 - Composição do rebanho estabilizado da propriedade integrada com redução na
idade de entoure, categorias animais, carga animal em unidade animal por cabeça, número de
cabeças por categoria animal, total de unidades animais ocupada por cada categoria.
Categorias UA Cabeças Total UA
Matrizes 0,86
472
405,6
Touros 1,25
19
23,6
Bezerros 0,29
142
41,2
Bezerras 0,23
142
32,7
Novilhas 1-2 anos 0,46
0
0,0
Garrotes 1-2 anos 0,51
140
71,2
Garrotes 2-3 anos 0,67
137
91,9
TOTAL 1.052 666,3
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 114 - Vendas simuladas por ano na propriedade integrada, categorias vendidas, peso
médio por cabeça em quilos, número de animais em cabeças, preço de venda em R$/kg de
peso vivo, faturamento em reais (R$) por categoria e o percentual que representa a venda de
cada categoria.
Vendas Peso Médio Número R$/kg Total %
Vacas descarte 408 142 1,32 76.370,28 41,39
Touros descarte 650 5 1,38 4.230,76 2,29
Garrotes 3 anos 463 137 1,64 103.917,26 56,32
TOTAL 284 184.518,29 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 115 - Índices simulados referentes à produtividade.
% Descarte 27,01
Total de kg produzidos 124.661
kg produzidos/hectare 121,62
R$ médio / kg vendido R$ 1,48
Receita bruta / hectare R$ 180,02
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
159
Tabela 116 - Insumos simulados necessários ao processo produtivo, produtos discriminados,
unidades e quantidades necessárias para um ano agrícola.
Produto Unidade Quantidade
Silagem bezerros/as desmamados ton 284
Brucelose (frascos c/ 15 doses) frasco 9,5
Carbúnculo (frascos c/ 10 doses) frasco 28,4
Aftosa doses 1.476
Número doses de sêmen doses 0
Ivermectina bezerro/as ml 284
Sal sacos 205
Carrapaticida gado geral L 20,0
Vermífugo geral L 21,3
Total pastagem de inverno ha 148,2
Total silagem p/ manejo ton 284,4
Total área para silagem ha 9,5
Comprimento total de lona p/ silagem metros 60,1
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 117 - Custos simulados para um ano agrícola, discriminação dos itens, reais por
animal, número de animais envolvidos no item em cabeças, custo total do item em reais e o
percentual de participação de cada item.
Custos R$/animal Nº animais Custo total %
Silagem Bezerros/as 25,70 284 7.309,30 10,44
Pastagem inverno touros (ha) 17,2 79,64 19 1.502,44 2,15
Pastagem inverno garrotes 3 anos 71,3 52,14 120 6.249,45 8,92
Pastagem inverno vacas (ha) 59,7 51,53 102 5.231,98 7,47
Brucelose 0,78 142 110,92 0,16
Carbúnculo 0,15 284 42,66 0,06
Aftosa 0,95 1476 1.401,97 2,00
Ivermectina bezerros/as 0,30 284 85,32 0,12
Vermífugo geral 1,42 1052 1.492,40 2,13
Sal 4,10 1052 4.306,74 6,15
Carrapaticida gado geral 0,57 1052 599,63 0,86
Depreciação de Touros 425,00 19 8.018,16 11,45
Impostos s/ a terra 1,16 1052 1.221,20 1,74
Mão-de-obra 21,39 1052 22.492,00 32,12
Manutenção 16,60% 9,48 1052 9.970,65 14,24
TOTAL 70.034,83 100,00
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
160
Tabela 118 - Demonstrativo de resultados simulado da propriedade, em reais (R$).
Pecuária
Área da atividade (ha)
1025
Receita Total
184.518,29
Custo do kg produzido 0,75
Diferença de estoque (R$) 0,00
Custos de Produção
70.034,83
Depreciação (Custos)
23.410,03
Resultado do Produto
91.073,43
Resultado do Produto / hectare
88,85
Despesas Administrativas
629,20
Depreciação Administrativa
3.078,00
Resultado da Atividade
87.366,23
Resultado da Atividade / hectare
85,24
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 119 - Valor atual da terra em reais por hectare, remuneração anual do capital em
percentual, rendimento anual do capital investido na terra em reais e o ponto de equilíbrio
econômico simulado em quilogramas de peso vivo.
Valor atual da terra (R$/ha) 2.295,00
Remuneração Anual (%) 12,0%
Rendimento Anual (R$) 282.285,00
Ponto de Equílibrio Econômico (kg) 300.489
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
Tabela 120 - Vendas necessárias para alcançar o PEE, categorias a serem vendidas, peso
médio em quilos por cabeça, número de cabeças, total em quilos, percentual de importância
de cada categoria, percentual de descarte, quilos a serem produzidos por hectare e
faturamento, em reais, no ponto de equilíbrio econômico.
Vendas Peso Médio Número Total (kg) %
Vacas descarte 408 305 124.369 41,39
Touros descarte 650 11 6.890 2,29
Garrotes 3 anos 463 365 169.230 56,32
TOTAL 680 300.489 100,00
% Descarte 64,70
kg produzidos/hectare 293,16
Faturamento no PEE (R$) 444.771,16
Fonte: cálculos realizados pelo autor.
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