Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE FARMÁCIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Avaliação do perfil psicofarmacológico de psicolatina isolada de
Psychotria umbellata (Rubiaceae)
FERNANDA LIMA BOTH
PORTO ALEGRE, 2005
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE FARMÁCIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Avaliação do perfil psicofarmacológico de psicolatina isolada de
Psychotria umbellata (Rubiaceae)
Tese apresentada por Fernanda Lima Both
para obtenção do TÍTULO DE DOUTOR
em Ciências Farmacêuticas
Orientadora: Profa. Dra. Elaine Elisabetsky
ads:
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, em nível de
Doutorado – Produção e Controle de Qualidade de Produtos Farmacêuticos – da Faculdade
de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e aprovada em 03.10.2005,
pela Banca Examinadora constituída por:
Profa. Dr. Carla Dalmaz
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Profa. Dr. Ionara Rodrigues Siqueira
Universidade Integrada do Vale do Taquari
Profa. Dr. Tânia Alves Amador
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Profa. Dr. Thereza Christina Monteiro de Lima Nogueira
Universidade Federal de Santa Catarina
Profa. Dr. Vera Maria Steffen
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
B749a Both, Fernanda Lima
Avaliação do perfil psicofarmacológico de psicolatina isolada
dePsychotria umbellata (Rubiaceae)/ Fernanda Lima Both – Porto
Alegre: UFRGS, 2005. – 133 p.: il., gráf., tab.
Tese (doutorado). UFRGS. Faculdade de Farmácia. Curso de Pós-
Graduação em Ciências Farmacêuticas.
1. Psychotria umbellata. 2. psicolatina. 3. alcalóides indólicos. 4.
receptores serotonérgicos. 5. receptores glutamatérgicos. I. Elisabetsky,
Elaine.II. Título
CDU: 615.214:582.972
Bibliotecárias responsáveis: Margarida Maria Cordeiro F. Ferreira – CRB10/480
Este trabalho foi desenvolvido com a orientação da Profa. Dra. Elaine
Elisabetsky, no Laboratório de Etnofarmacologia do Instituto de Ciências Básicas da
Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A pesquisa foi financiada
pelo CNPq.
AGRADECIMENTOS
À minha mãe, Solange, a Tatiana, Marcos, Vó, a distância não foi suficiente para
diminuir o apoio, o carinho nas horas complicadas e, principalmente, o amor;
Ao meu pai, Agostinho, que sempre me incentivou, me deu apoio e compreensão
em todas as horas;
Ao meu noivo Eduardo e Henrique, os dois homens da minha pequena família, que
sempre me deram força para continuar o meu caminho;
À Elaine Elisabetsky, pela orientação, apoio, estímulo e compreensão nos meus
maus momentos;
À Mirna por ter me proporcionado ser bolsista do Departamento e, assim, seguir
meus estudos na Pós Graduação;
À amigona, parceira Adri, que durante estes anos foi muito mais que colega de
trabalho;
Ao paciente Ângelo, excelente amigo e colega de trabalho, sempre ajudando e
quebrando meus "galhos" no computador, me ensinando as coisas mais simples;
À Lisi, amiga e bolsista de Iniciação Científica, que participou em diferentes etapas
deste “nosso” trabalho;
A todas as “mulheres” do Laboratório de Etnofarmaco, Eliane, Juliana, Viviane,
Greice, Sabrina, Bárbara, Valquíria, Natália, Pauline, pela amizade, apoio e carinho;
Aos professores do Departamento de Farmacologia;
Às funcionárias do Programa de Pós-Graduação em da Farmácia pelo auxílio;
Aos cidadões brasileiros que pagam seus impostos e que contribuem para a
formação de novos profissionais nas universidades públicas.
SUMÁRIO
Página
LISTA DE FIGURAS
...................................................................................................................................vi
ii
LISTA DE TABELAS..............................................................................................xi
LISTA DE ABREVIATURAS
...................................................................................................................................xi
i
RESUMO.................................................................................................................xiv
ABSTRACT
...................................................................................................................................xv
i
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................1
1.1. CONTRIBUIÇÃO DA FLORA PARA A FARMACOLOGIA.........................1
1.2 ALCALÓIDES INDÓLICOS ..............................................................................4
1.2.1 ASPECTOS QUÍMICOS ..................................................................................4
1.2.2 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS.......................................................9
1.2.2.1 SOBRE O SISTEMA NERVOSO CENTRAL..............................................9
1.2.2.2 COMO ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS...............................12
1.2.2.3 NO TRATAMENTO DE CÂNCER.............................................................13
1.2.2.4 COMO ANTIOXIDANTES E NEUROPTOTETORES..............................13
1.3. O GÊNERO Psychotria.....................................................................................16
1.3.1 Psychotria umbelata (Vell.) ............................................................................20
1.4 TRANSTORNOS MENTAIS............................................................................21
1.4.1. ANSIEDADE: BASES NEURAIS, FARMACOTERAPIA E MODELOS
COMPORTAMENTAIS..........................................................................................23
1.4.2. DEPRESSÃO: BASES NEURAIS, FARMACOTERAPIA E MODELOS
COMPORTAMENTAIS..........................................................................................26
1.4.3. ESQUIZOFRENIA: BASES NEURAIS, FARMACOTERAPIA E MODELOS
COMPORTAMENTAIS..........................................................................................30
2. HIPÓTESE DE TRABALHO............................................................................36
3. OBJETIVOS.......................................................................................................38
3.1. OBJETIVO GERAL..........................................................................................38
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................38
4. ARTIGOS CIENTÍFICOS................................................................................41
4.1. PSYCHOPHARMACOLOGICAL PROFILE OF THE ALKALOID
PSYCHOLLATINE AS A 5HT
2A/C
SEROTONIN MODULATOR. Journal of
Natural Products, v. 68, n. 3, p. 374-380, 2005.....................................................41
4.1.1. INTRODUÇÃO..............................................................................................41
4.1.2. OBJETIVOS...................................................................................................42
4.1.3. ARTIGO.........................................................................................................43
4.2.
ROLE OF GLUTAMATE AND DOPAMINE RECEPTORS IN THE
PSYCHOPHARMACOLOGICAL PROFILE OF THE INDOLE ALKALOID
PSYCHOLLATINE.
Journal of Natural Products, in
press...................................................................50
4.2.1. INTRODUÇÃO..............................................................................................50
4.2.2. OBJETIVOS...................................................................................................52
4.2.3. ARTIGO..........................................................................................................53
4.3. ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E PRÓ-OXIDANTE DO ALCALÓIDE
INDOL-MONOTERPÊNICO PSICOLATINA ISOLADO DE
Psychotria
umbellata
. (a ser submetido para Life Science, anexo 2)..........................................69
4.3.1. INTRODUÇÃO..............................................................................................69
4.3.2. OBJETIVOS...................................................................................................70
4.4. TOXICIDADE AGUDA INDUZIDA PELO ALCALÓIDE INDOL-
MONOTERPÊNICO PSICOLATINA ISOLADO DE Psychotria umbellata Vell.
(submetido à Toxicon, anexo 3)...............................................................................71
4.4.1. INTRODUÇÃO..............................................................................................71
4.4.2. OBJETIVOS...................................................................................................71
5. DISCUSSÃO .......................................................................................................72
6. CONCLUSÕES...................................................................................................83
7. REFERÊNCIAS .................................................................................................86
8. ANEXOS............................................................................................................103
ANEXO 1 Antioxidative and Prooxidative Activity of the Indolmonoterpene
Alkaloid Psychollatine from Psychotria umbellate. Fernanda L. Both,
Ionara R. Siqueira, Vitor A. Kerber, Amélia T. Henriques and Elaine
Elisabetsky. Life Science, to be submitted, 2005.
ANEXO 2 Acute Toxicity Induced by Psychollatine, an Indole
Monoterpene Alkaloid, Isolated from Psychotria umbellata Fernanda L.
Both, Lisiane Meneghini, Vitor A. Kerber, Amélia T. Henriques and Elaine
Elisabetsky. Toxicon, submitted, 2005.
LISTA DE FIGURAS
Páginas
INTRODUÇÃO
Figura 1- Biossíntese dos alcalóides indol-monoterpênicos...............................................5
Figura 2 - Estruturas moleculares dos diversos tipos de alcalóides formados...........7
Figura 3 - Tipos de alcalóides indol-monoterpênicos a partir da condensação
de secologanina com sua amina correspondente ........................................7
Figura 4 - Estrutura molecular de psicolatina ...........................................................21
ARTIGOS CIENTÍFICOS
ARTIGO 4.1
Figura 1 - Effects of psychollatine in the hole-board test. Number of head-dips
(a), number of squares crosses (b), and rearings
(c)………………………………………………………………………..44
Figura 2 - Effects of psychollatine and antagonists (picrotoxin and ritanserin) in
the hole-board test. Number of head-dips (a), number of squares
crosses (b), and number of rearings
(c)………………………………………………………………………..45
Figura 3 - Effects of diazepam and psychollatine on the behavior of mice in
the light-dark test. Latency of the first entry (a) and amount of time
spent by mice in the light area (b)............................................................45
Figura 4 - Effects of diazepam and psychollatine on the behavior of mice in the
light-dark test with antagonists. Latency of the first entry (a) and
amount of time spent by mice in the light area (b).................................45
Figura 5 - Effects of benzodiazepine (diazepam), psychollatine, and
respective vehicle (PPG and saline) on potentiation of barbiturate sleeping
tim..............................................................................................................46
Figura 6 - Effects of benzodiazepine (diazepam), psychollatine, and
respective vehicle (PPG and saline) on spontaneous locomotor activity.46
Figura 7 - Effects of diazepam, phenobarbital and psychollatine
on PTZ-induced convulsions...................................................................46
Figura 8 - Effects of imipramine, fluoxetine, MK-801 and psychollatine on
time of immobility in forced swimming test ...........................................46
Figura 9 - Effects of scopolamine and psychollatine on the oxotremorine-
induced tremor ......................................................................................46
Figura 10 - Effect of psychollatine given ip 30min prior to training (A)
and immediately posttraining (B) on test performance of adult mice
trained in step-down inhibitory avoidance (0.3mA footshock, 24h
training-test interval)................................................................................47
ARTIGO 4.2
Figura 1 - Effect of psychollatine on spontaneous locomotion (2a) and
MK-801-induced hyperlocomotion
(2b)……………………………………………………………………….59
Figura 2 - Effect of psychollatine and classical antipsychotic chlorpromazine
on amphetamine-induced lethality in grouped
mice………………………………………………………………………61
Figura 3 - Effect of psychollatine, classical antipsychotic chlorpromazine and MK-
801 on apomorphine-induced climbing behavior in
mice………………………………………………………………………62
DISCUSSÃO
Figura 1- Interação entre o sistema serotonérgico e
dopaminérgico…………………............................................................74
Figura 2 - Interação entre o sistema glutamatérgico e
dopaminérgico………………................................................................76
Figura 3 - Interação entre o sistema serotonérgico e
glutamatérgico…………………............................................................78
Figura 4 - Possíveis mecanismos de ação de
psicolatina……………………………...................................................81
Figura 5 - Possíveis atividades farmacológicas e mecanismos de ação de
psicolatina...............................................................................................81
ANEXOS
ARTIGO 4.3
Figura 1- Molecular structure of psychollatine and
serotonin………………………………………………………...ANEXO 1
Figura 2 - Effects of psychollatine on free radical content, using DCFH-DA as a
probe in brain areas, cortex (cx) and hippocampi
(hc)……………………………………………………………...ANEXO 1
Figura 3 - Effects of psychollatine on total antioxidant reactivity (TAR) levels
from cortex (cx) and hippocampi (hc) from saline and psychollatine 7.5
and 30
mg/kg………………………………….....................................ANEXO 1
Figura 4 - Effects of psychollatine on lipid peroxidation assay
(TBARS)………………………………………………………ANEXO 1
Figura 5 - Contents of tyrosine in brain structures, cortex (cx) and
hippocampi (hc) from saline and psychollatine (PSY) 7.5
and 30
mg/kg…………………………………………………………..ANEXO 1
Figura 6 - Contents of tryptophan in brain structures, cortex (cx)
and hippocampi (hc) from saline and psychollatine (PSY) 7.5
and
30mg/kg…………………………………………………………ANEXO 1
LISTA DE TABELAS
Páginas
INTRODUÇÃO
Tabela 1- Alcalóides indólicos economicamente importantes para a
indústria farmacêutica e seus usos terapêuticos....................................15
ARTIGOS CIENTÍFICOS
ARTIGO 4.2
Tabela 1- Effect of psycholatine against NMDA-induced
seizures………………………………………………………………58
ANEXOS
ARTIGO 4.4
Tabela 1 – Toxicity signs following i.p. administration of psychollatine or
saline
mice………………………………………………………..........ANEXO 2
Tabela 2 - Cumulative death during the period of 24h following the
i.p. administration of psychollatine or saline to
mice……………………………………………….…………....ANEXO 2
Tabela 3 - Ptose scores following i.p. administration of psychollatine or saline
to mice…………………………………………………………ANEXO 2
Tabela 4 - Locomotor activity scores following i.p. administration of
psychollatine or saline to
mice…………...……………………………………………….ANEXO 2
LISTA DE ABREVIATURAS
A
CH
Acetilcolina
AINES
Antiinflamatórios não esteroidais
AMPA Ácido
α
-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazol-propiônico
CID Classificação estatística internacional de doenças
DA Dopamina
DCF Conteúdo de radicais livres
DMT Dimetiltriptamina
ECG Eletroencefalograma
GABA Ácido gama-amino butírico
5-HIAA Ácido 5-hidroxiindolacético
5-HT Serotonina
IMAOs Inibidores da monoaminooxidase
ISRSs Inibidores da recaptação de serotonina
LSD Ácido lisérgico
LTP Potencial de longa duração
MAO Monoaminooxidase
MK-801 Dizocilpina
NA Noradrenalina
NMDA
N-Metil-D-Aspartato
NMR Núcleo magno da rafe
OMS Organização Mundial da Saúde
PCP Fenciclidina
RNS Espécies reativas de nitrogênio
ROS Espécies reativas de oxigênio
SNC Sistema nervoso central
TAR Reatividade antioxidante total
TBARs Ensaio de Peroxidação lipídica
TCAs Antidepressivos tricíclicos
TIR Oxidação dos resíduos de tirosina
TRI Oxidação dos resíduos de triptofano
RESUMO
Palavras chave: Psychotria umbellata, psicolatina, ansiolítico, antidepressivo,
antipsicótico, antioxidante, receptores NMDA, 5-HT
2A/C
, DA.
Estudos prévios mostraram que psicolatina (o alcalóide indol-
monoterpênico, isolado de Psychotria umbellata (Vell.)) possui moderada atividade
analgésica em modelos experimentais de dor que envolvem a participação de
receptores opióides e glutamatérgicos do tipo NMDA. Visto que a psicolatina
encontra-se em grande quantidade nesta espécie, e que receptores NMDA estão
envolvidos em uma grande variedade de processos, incluindo memória, plasticidade
neural, ansiedade e depressão, este estudo buscou avaliar o perfil
psicofarmacológico de psicolatina, bem como seus efeitos centrais ou interações
com alguns sistemas neurotransmissores como receptores glutamatérgicos NMDA,
serotonérgico (5-HT), dopaminérgico (DA), gabaérgico (GABA) e colinérgico
(Ach). Em dois modelos comportamentais de ansiedade, a psicolatina mostrou
atividade ansiolítica revertida pela administração prévia de ritanserina (antagonista
serotonérgico 5-HT
2A/C
), sendo, portanto, esta ação relacionada à modulação destes
receptores. A psicolatina não parece interferir com receptores GABAérgicos, já que
a atividade ansiolítica não foi revertida por picrotoxina e também porque a
psicolatina não mostrou atividade anticonvulsivante no modelo das convulsões
induzidas por pentilenotetrazol. A psicolatina também apresentou atividade
antidepressiva e amnésica, atividades que também estão relacionadas à modulação
de receptores serotonérgicos. Além disso, a psicolatina protege animais das
convulsões induzidas por NMDA, além de reverter a hiperlocomoção induzida por
dizocilpina, sugerindo que o mecanismo de ação de psicolatina também envolve o
glutamato. A inibição do comportamento de escalada induzida por apomorfina e a
proteção à letalidade induzida por anfetamina podem ser resultantes da modulação
indireta de receptores dopaminérgicos exercida pelo glutamato e pela serotonina. A
psicolatina modifica diferentemente o estado oxidativo basal em distintas áreas
cerebrais de camundongos; aumentando a capacidade antioxidante total no
hipocampo e no córtex, mas a formação de radicais livres sendo reduzida apenas no
córtex. Esses resultados são consistentes com o relato de atividade antioxidante de
derivados indólicos. A psicolatina administrada agudamente por via oral não
apresentou nenhum sinal de toxicidade até 1g/kg; por via intraperitoneal, sinais de
toxicidade só estão presentes em doses bem maiores do que as que apresentam os
efeitos acima mencionados. Conclui-se que a psicolatina apresenta um padrão
psicofarmacológico semelhante a drogas que modulam receptores NMDA e 5-HT,
os quais tem papel proeminente em diversos distúrbios psiquiátricos e neurológicos.
Assim, o presente estudo reforça a idéia de que este alcalóide indol-monoterpênico
pode ser explorado como modelo estrutural para o desenvolvimento de drogas que
atuem nestes subtipos de receptores.
ABSTRACT
Psychotria umbellata: psychopharmacological profile of psychollatine alkaloid.
Key words: Psychotria umbellata, psychollatine, anxiolytic, antidepressive,
antipsychotic, antioxidant, NMDA, 5-HT
2A/C
, DA receptors.
We have previously shown that psychollatine, an indole monoterpene
alkaloid, isolated from Psychotria umbellata (Vell.) possess mild analgesic activity
in experimental pain models involving the participation of opioid and NMDA
glutamate receptors. Considering that psyschollatine is abundant in this plant species
and that NMDA receptors are involved in a number of neuronal processes, including
memory, neural plasticity, anxiety and depression, this study aimed to understand
the psychopharmacological profile of psychollatine, as well as its central effects or
interactions with some neurotransmitter systems like glutamatergic NMDA,
serotonergic (5-HT), dopaminergic (DA), gabaergic (GABA) and cholinergic (Ach)
receptors. Psychollatine presented anxiolytic activities in two behavioral models of
anxiety; the activity being reversed by previous administration of 5-HT
2A/C
serotonergic antagonist (ritanserin), suggesting the participation of these receptors.
Psychollatine does not seem to interfere with GABAergic receptors, given the
anxiolytic activity was not prevented by picrotoxin and that psyhollatine did not act
as anticonvulsant against pentilenetetrazol. Psychollatine also presented
antidepressant and amnesic activities, both effects related to serotonergic receptors.
Psychollatine protects mice against NMDA induced convulsions, and prevents
dizocilpine-induced hyperlocomotion, suggesting that its mechanism of action also
involve glutamate. The inhibition of apomorphine-induced climbing and protection
of amphetamine-induced lethality by psychollatine may be the result of an indirect
modulation of dopaminergic neurons exerted by glutamate and serotonin.
Psychollatine differently alters the oxidative stress in distinct mice brain regions;
psychollatine increased the total antioxidant capacity in hippocampus and cortex,
but the production of free radical was reduced only in the cortex. These results are
consistent with reports of antioxidant activity of indole derivatives. The acute oral
administration of psychollatine does not induce toxicity up to 1g/kg;
intraperitoneally, and signs of toxicity are present in doses bigger than those
inducing the effects above mentioned. In conclusion, psychollatine presents a
psychopharmacological profile compatible to drugs that modulate serotonin and
glutamate NMDA receptors, neurotransmitters known to have a prominent role in
diverse psychiatric and neurologic disorders. Therefore, the study reinforces the idea
that this monoterpene indol alkaloid can be further explored as a structural model for
developing drugs that modulate these receptors.
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTRIBUIÇÃO DA FLORA PARA A FARMACOLOGIA
Desde os primórdios da civilização, com as práticas nômades e,
posteriormente com o advento e desenvolvimento da agricultura que permitiu a
fixação de grupos populacionais em determinadas regiões não precisando recorrer às
migrações para a sobrevivência; o manejo do meio ambiente permitiu ao homem
adquirir uma relação muito intensa com as plantas,o apenas para a obtenção
constante de alimento para suprir as necessidades básicas da população ou de
material para abrigo temporário, mas também utilizando sua intuição e inteligência
passou a diferenciar as diversas espécies vegetais que eram tóxicas, medicinais ou
alimentícias (ENGELKE, 2003).
Além da identificação, desenvolveram técnicas de extração e
conservação de partes de plantas, como folhas e raízes. A utilização de plantas
medicinais como fonte de alívio para doenças pode ser percebida em documentos
de civilizações muito antigas na China, Índia e Europa. Acredita-se, portanto, que
as farmacopéias tradicionais foram elaboradas ao longo de muitos séculos de
experimentação (ELISABETSKY;
SETZER,1985) onde o conhecimento empírico
acumulado foi preservado e transmitido às futuras gerações.
O reino vegetal é muito rico em compostos químicos, que podem ser
produtos de desvios nas rotas biossintéticas. Estes compostos chamados de
metabólitos secundários, como taninos e alcalóides, muitas vezes possuem função
defensiva agindo como repelentes aos predadores (fungos, insetos, vírus), por
serem indigestos, ou mesmo tóxicos. Metabólitos secundários podem, igualmente,
auxiliar na competição de espécies por ambientes comuns ou também ajudar na
reprodução vegetal com atrativo aos polinizadores (ELISABETSKY;
SHANLEY,1994). A biogênese destes compostos está sob controle genético, mas
deve-se considerar que fatores ambientais, como o tipo de solo, época de ano e
estágio de desenvolvimento do vegetal influenciam na produção e acumulação dos
metabólitos secundários (BEGON et al., 1987; HARBORNE, 1990).
Com isto, o reino vegetal tem sido reconhecido como um manancial
de novas substâncias com potencial terapêutico. Os primeiros isolamentos de
princípios ativos datam do século XIX, sendo atualmente observada a existência de
inúmeros medicamentos derivados de plantas (HAMBURGER;
HOSTETTMANN,1991; CURTIS-PRIOR et al.,1999).
O uso de plantas medicinais brasileiras por populações indígenas foi
descrito por descobridores portugueses em 1500 (PETROVICK et al. 1999), sendo
ainda amplamente comum no Brasil, tanto no meio rural quanto urbano. Este fato é
bastante propício tendo em vista que o Brasil é rico em recurso genético e, devido
a diferenças climáticas, desenvolvem-se aqui diversas formações vegetais (Floresta
Amazônica, Floresta Atlântica, Cerrado entre outras). Igualmente observa-se do
ponto de vista cultural, que o desenvolvimento do conhecimento a respeito destas
plantas medicinais deve-se ao conjunto da sabedoria tradicional das populações
indígenas destacando o guaraná (Paullinia cupana H.B.K., Sapindaceae) ou
contribuições trazidas por povos imigrantes da Europa (camomila, Matricaria
chamomilla L., Asteraceae), Ásia (confrei, Symphytum officinale L., Boroginaceae)
e África (erva-guiné, Petiveria alliacea L., Phytolaccaceae; SIMÕES et al., 1995).
A Organização Mundial da Saúde estima que 65-80% da população
mundial utiliza, de algum modo, plantas tradicionais para suprir as necessidades de
assistência médica primária. Já que não há hospitais adequados e médicos
treinados, a destruição da floresta acarreta a extinção da fonte primária de saúde
destas populações (BALICK, 1990; CALIXTO, 2000).
Igualmente, observa-se que um grande número de pessoas nos
países desenvolvidos estão usando terapias alternativas como, por exemplo,
produtos fitoterápicos como preventivos ou auxiliares no tratamento de doenças
(YAMADA, 1998).
São inúmeros os compostos extraídos de plantas usados na
terapêutica ou derivados da molécula natural com estrutura remodelada dando
origem a um composto com maior atividade. Conforme FARNSWORTH (1990),
os medicamentos derivados de plantas mais utilizadas na medicina contemporânea
são (em ordem alfabética): atropina, bromelina, cafeína, quimopapaína, codeína,
deslanosídeo, digitoxina, digoxina, emetina, efedrina, morfina, papaverina,
fisostigmina, pilocarpina, quinidina, quinina, reserpina, escopolamina, teofilina,
tubocurarina, vimblastina e vincristina. Com base no uso e no papel inestimável
que estas drogas tem no alívio do sofrimento humano, justifica-se a continuidade
de pesquisas que busquem novas e melhores drogas derivadas de plantas.
Muitas drogas originárias de plantas são usadas sem modificações
estruturais (por exemplo, os alcalóides vinblastina e vincristina extraídos de
Catharantus roseus L. Don, Apocinaceae). Compostos extraídos de plantas
também têm sido uma fonte de matéria-prima para medicamentos semi-sintéticos.
Além disso, compostos tais como, mescalina, os canabinóides, ioimbina, forskolina
e muitos outros agentes derivados de plantas são importantes ferramentas em
farmacologia e bioquímica (FARNSWORTH, 1990).
Em um estudo realizado por O´NEILL (1998), identificou-se as 20
substâncias mais vendidas no mundo em 1995, sendo que 11 destes produtos
listados continham um ingrediente ativo com uma estrutura baseada em
componentes encontrados na natureza; este grupo de medicamentos contribuiu com
16,53 bilhões de dólares no mercado farmacêutico mundial. Mesmo assim, o
potencial das plantas superiores como fonte de novos medicamentos ainda é pouco
explorado.
1.2 ALCALÓIDES INDÓLICOS
1.2.1 ASPECTOS QUÍMICOS
Os alcalóides são um vasto grupo de metabólitos secundários,
possuindo uma variedade estrutural comparável a dos terpenóides. Representam
cerca de 20 % das substâncias naturais (taninos, flavonóides) e são extremamente
importantes nas áreas da indústria química e farmacêutica (BRUNETON, 1993).
No reino vegetal, os alcalóides encontram-se distribuídos em diversas
famílias, destacando-se Apocinaceae, Solanaceae, Papaveraceae, Loganiaceae e
Rubiaceae. Juntamente com Apocinaceae e Loganiaceae, a família Rubiaceae se
caracteriza pela produção de alcalóides indólicos, isoquinolínicos; com raras
exceções em Apocinaceae, as Rubiaceae são as únicas plantas com a capacidade de
rearranjar o cromóforo indólico originando estruturas quinolínicas (PELLETIER,
1970).
Os compostos indólicos são uma extensa família de compostos
presentes em bactérias, plantas e animais. Geralmente, estes compostos estão
relacionados com o metabolismo do triptofano e apresentam substituições em
diferentes posições do anel indólico (CANO et al., 2003). Os alcalóides indólicos
possuem um anel indólico em sua estrutura, uma versátil estrutura heterocíclica
descoberta em 1866, e encontrada em um considerável número de produtos
medicinais derivados de plantas (WILLIAMS, 2001). Nos animais, os compostos
indólicos mais significantes são aqueles relacionados com a melatonina, um hormônio
que é sintetizado a partir da serotonina (5-HT) pela glândula pineal de vertebrados,
incluindo humanos (CANO et al., 2003).
A principal característica dos alcalóides indol-monoterpênicos é sua
origem biossintética comum. Todos os compostos conhecidos provêm de um
precursor único: a estrictosidina produzida pela condensação de uma molécula de
triptamina com um aldeído terpênico, o secologanosídeo, elaborado via geraniol, a
partir das moléculas do ácido mevalônico (Fig. 1; BRUNETON, 1991).
Figura 1: Biossíntese dos alcalóides indol-monoterpênicos
A condensação do iridóide secologanina (1) com um aminoácido, ou
sua amina correspondente, gera uma grande variedade de alcalóides (Fig. 2). A
família Rubiaceae pode condensar secologanina com: tiramina (2) produzindo
alcalóides isoquinolínicos do tipo emetina (3); triptamina (4), formando alcalóides
indol-monoterpênicos derivados da estrictosidina (5); L-triptofano (6), formando
alcalóides indol-carboxílicos como a carboxi-corinantina (7). Além disso, também
podem condensar a secologanina com uma unidade triptamínica e uma tiramínica
formando alcalóides diméricos, como a tubulosina (8), ou duas unidades
triptamínicas formando alcalóides do grupo das roxburginas (9) (BRUNETON,
1991).
Figura 2: Estruturas moleculares dos diversos tipos de alcalóides formados a partir
da condensação de secologanina com sua amina correspondente.
Os alcalóides indol-monoterpênicos originam-se principalmente pela
hidrólise da estrictosidina, levando a três tipos principais (Fig. 3): tipo I – corinano
(10), tipo II – ibogano (11) e pseudoapidospermano (12) e tipo III – apidospermano
(13).
Figura 3: Tipos de alcalóides indol-monoterpênicos
Nas Rubiaceas, 37 dos 500 gêneros que compõe esta família sintetizam
alcalóides. Dos 37 gêneros que produzem alcalóides, 22 sintetizam indol-
monoterpenos. Devido a sua importância terapêutica, estas substâncias são as mais
profundamente investigadas quanto à rota de formação. Este estudo tem sido feito
utilizando-se culturas de células de C. roseus em suspensão (BRUNETON, 1991).
O grupo de alcalóides derivados do triptofano é sem dúvida o grupo de
alcalóides de maior amplitude. Esse grupo começou a ser estudado com mais atenção
a partir do isolamento de reserpina, um composto anti-hipertensivo e tranqüilizante,
de Rauwolfia serpentina Benth. (Apocinaceae) e pelas propriedades antitumorais de
alcalóides isolados de C. roseus (BRUNETON, 1991).
Apesar do triptofano ser o precursor de quase todos os alcalóides
indólicos, raramente é o único; assim, segundo a natureza do fragmento que origina
o restante da molécula, os alcalóides se diferenciarão em β-carbolínicos, alcalóides
derivados do esere (eserina e fisostigmina), alcalóides derivados da ergolina e
alcalóides indol-monoterpênicos (BRUNETON, 1991).
Estes alcalóides, que incorporam em C
9
-C
10
uma unidade derivada do
geraniol, se limitam a oito famílias botânicas e quase todas as estruturas descritas
são analisadas a partir de três famílias de Gamopétalas: Apocinaceae, Loganiaceae e
Rubiaceae. Este grupo inclui alcalóides em que o reagrupamento tardio substitui o
núcleo quinoleínico no lugar do indólico (BRUNETON, 1991).
Esquematicamente pode-se agrupar a maioria dos alcalóides indólicos
conhecidos em quatro esqueletos base: corinanteano, estricnano, aspidospermano e
ibogano, sendo que os quatro derivam da estrictosidina. A partir desses quatro esqueletos
fundamentais se conhecem muitas dezenas de variações (BRUNETON, 1991).
Nas Rubiáceas, o secologanosídeo pode combinar-se com:
- duas moléculas de dopamina (DA) (ex.: emetina);
- uma molécula de dopamina e uma molécula de triptamina (ex.:
tubulosina);
- uma molécula de triptofano (ex.: alcalóides da Adina);
- duas moléculas de triptamina (ex.: roxburginas).
- uma molécula de triptamina, que é o caso mais comum. Neste caso
formam-se alcalóides do tipo Ia (ioimbanos, heteroioimbanos) como nas
Apocinaceas e nas Loganiaceas.
Conhecem-se mais de 1.000 alcalóides pertencentes às três famílias
acima citadas, e sua diversidade estrutural é assombrosa apesar de todos
apresentarem uma estreita afinidade biossintética (BRUNETON, 1991).
1.2.2 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
1.2.2.1 SOBRE O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
A maioria dos alcalóides indólicos derivados da triptamina e os β-
carbolínicos possuem propriedades alucinógenas e estão classificados dentro da
classe dos psicodislépticos. Um dos exemplos mais bem conhecidos é a bebida
conhecida como Ayahuasca preparada a partir de Banisteriopsis caapi Spr. ex
Briesb. (Malpighiaceae) juntamente com uma mistura de várias plantas, sendo a
mais conhecida Psychotria viridis Ruiz et Pavón (Rubiaceae). Os principais
componentes de B. caapi são alcalóides indólicos β-carbolínicos conhecidos como
harmina e harmalina, que são potentes inibidores da monoamino-oxidase A (MAO-
A). Como inibidores da MAO, os β-carbolínicos aumentam os níveis cerebrais de
serotonina e os efeitos sedativos obtidos com altas doses de β-carbolínicos podem
resultar do bloqueio da deaminação da serotonina (McKENNA, 2004). A ação
primária dos β-carbolínicos na bebida é a sua inibição da MAO periférica, a qual
protege a dimetiltriptamina – DMT (um dos compostos de P. viridis) da degradação
periférica, tornando-a ativa por via oral. Assim, os princípios ativos de uma planta
(β-carbolínicos) são utilizados para possibilitar a atividade oral dos princípios
psicoativos de outra planta (DMT) (McKENNA, 2004).
Substâncias β-carbolínicas exercem uma grande variedade de efeitos
neurofarmacológicos e biológicos. Além de serem inibidores competitivos, seletivos
e reversíveis da MAO-A; os β-carbolínicos inibem competitivamente a recaptação
de 5-HT, DA, adrenalina e noradrenalina em sinaptossomas, interferindo com a
biossíntese das aminas biogênicas. Além disso, esses compostos também possuem a
capacidade de ligarem-se a receptores benzodiazepínicos, provavelmente atuando
como agonistas inversos, produzindo crises epilépticas, as quais são revertidas por
diazepam (McKENNA et al., 2004).
Além dos alcalóides β-carbolínicos, outros alcalóides indólicos como
psilocina e psilocibina isolados de Psilocybe sp. também são alucinógenos
(BRUNETON, 1991).
Além disso, β-carbolinas são alcalóides indólicos tricíclicos que estão
intimamente relacionados com triptaminas, tanto biossintéticamente quanto
farmacologicamente (McKENNA et al., 2004). Para muitos autores, a maioria dos
compostos alucinógenos citados acima tem em comum uma relação estrutural com
serotonina e teriam um efeito de agonista competitivo sobre receptores específicos
para serotonina (BRUNETON, 1991).
Várias outras plantas possuem alcalóides indólicos que apresentam
ações farmacológicas sobre o SNC. Passiflora incarnata L. e Passiflora edulis L.
(Passifloraceae), nativa das áreas tropicais quentes da América, são exemplos de
plantas medicinais conhecidas por possuirem alcalóides indólicos como harmano,
harmina, harmalina, harmol e harmalol. Suas partesreas são tradicionalmente
utilizadas para o tratamento de ansiedade, insônia, dor e neuralgia (SOULIMANI et
al., 1997). Estudos comportamentais foram realizados, tanto em ratos como em
camundongos, utilizando extratos etanólico (P. edulis), aquoso e metanólico (P.
incarnata), demonstrando ação ansiolítica e sedativa. No entanto, parece que os
alcalóides indólicos, que tem por característica a inibição da MAO, ficam sendo
caracterizados como os principais constituintes bioativos, enquanto que os
flavonóides (como crisina) possuindo papel depressor sobre o SNC (DHAWAN et
al., 2004).
Outra planta que apresenta atividade no SNC é Tabernanthe iboga
Baillon (Apocinaceae). Preparações de raízes de iboga têm sido usadas há séculos
por nativos do Gabão (África), tanto na medicina tradicional quanto em rituais
religiosos, como estimulantes e afrodisíacos (GOUTAREL et al., 1993) e, durante
anos, foi comercializada na França como Lambèrene
®
, uma preparação indicada
como estimulante físico e mental. A partir das raízes deste arbusto africano, isolou-
se um alcalóide indólico psicoativo chamado ibogaína que apresenta suposta
atividade antiaditiva para várias drogas de abuso (psicoestimulantes, opióides). A
eficácia de ibogaína no tratamento da dependência de opióides e cocaína em
humanos foi confirmada em estudos pré-clínicos por pesquisadores americanos,
canadenses e holandeses (LOTSOF, 1995).
Na Nigéria, o alcalóide indólico alstonina é o componente principal de
um remédio preparado à base de plantas e tradicionalmente usado para tratar
transtornos mentais (COSTA-CAMPOS et al., 1999). Em diversos modelos
comportamentais em camundongos (catalepsia por haloperidol, letalidade por
anfetamina e estereotipia por anfetamina e apomorfina) a alstonina apresentou
propriedades antipsicóticas com perfil semelhante aos antipsicóticos atípicos
(clozapina e sulpiride) (COSTA-CAMPOS et al., 1998). Além disso, este alcalóide
também apresentou atividade ansiolítica em modelos comportamentais (BOURIN et
al., 2001; COSTA-CAMPOS et al., 2004).
A Rauwolfia serpentina é utilizada na medicina Ayurvédica no
tratamento de diarréias e como antitérmico. Também é utilizada nas picadas de
serpentes e no tratamento de transtornos mentais e epilepsias. Dentre os alcalóides
desta planta destacam-se a reserpina, a ajmalina e a ajmalicina, a alstonina e a
serpentina (BRUNETON, 1991).
A Reserpina é um anti-hipertensivo e neuroléptico. A sua atividade
deve-se a depleção de noradrenalina nas fibras simpáticas pós-ganglionares do SNA
e SNC e a inibição da recaptação desse neurotransmissor. Ajmalicina é um
alcalóide que pode ser extraído de várias espécies do gênero Catharanthus, podendo
ser utilizada sozinha ou em associação com outras drogas para o tratamento de
distúrbios comportamentais, psíquicos e vasculares cerebrais (BRUNETON, 1991).
Algumas espécies do gênero Strychnos como Nux vomica ou Strychnos
nux-vomica L. (Loganiaceae) contém estricnina, um potente estimulante do sistema
nervoso central e convulsivante, que estimula os centros respiratórios e
cardiovasculares, provocando hipertensão e bradicardia (BRUNETON, 1991).
1.2.2.2 COMO ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS
Outras plantas contendo alcalóides indólicos e utilizadas
tradicionalmente como analgésicos e/ou antiinflamatório incluem a Uncaria
tomentosa (Willd.) DC. (Rubiaceae), a Mitragyna speciosa Korth (Rubiaceae) e o
Gelsemium sempervirens L. (Loganiaceae).
A Uncaria tomentosa, comumente conhecida como “unha-de-gato”, é
uma planta medicinal da floresta amazônica muito utilizada por indígenas para o
tratamento de inflamação crônica, incluindo artrite (PISCOYA et al., 2001). No
Peru, sua casca tem sido tradicionalmente usada no tratamento de várias doenças,
como infecções virais, câncer, úlceras gástricas, artrite e outros distúrbios
inflamatórios (AGUILAR et al., 2002). As ações farmacológicas da “unha-de-gato”
incluem propriedades antioxidantes, atividade anti-inflamatória, imunomoduladora,
citoprotetora, propriedades antimutagênicas e efeito anti-hipertensivo, bem como na
prevenção de isquemia cerebral (WILLIAMS, 2001).
A Mitragyna speciosa é utilizada popularmente na tradição Thai como
analgésico. A Mitraginina, seu principal alcalóide, bem como seus derivados
sintéticos, exibem atividade analgésica mediada por receptores opióides, com a
participação dos receptores µ, δ e κ (TAKAYAMA et al., 2002).
A tintura de Gelsemium sempervirens, por sua vez, é utilizada como
analgésica e antiespasmódica. Essa tintura contém o alcalóide indol-monoterpênico
conhecido como sempervirina. O extrato dessa planta também é associado ao de
Valeriana sp. para o tratamento de “angústia e palpitações” (BRUNETON, 1991).
1.2.2.3 NO TRATAMENTO DE CÂNCER
Apesar de todas as interessantes atividades farmacológicas acima
relatadas, sem dúvida um dos maiores impactos de fármacos derivados de plantas foi
provavelmente na área antitumoral, onde alcalóides indólicos, como vinblastina e
vincristina isolados de C. roseus e seus derivados sintéticos, são hoje utilizados no
tratamento de diversos tipos de câncer, melhorando dramaticamente a eficácia da
quimioterapia (RASKIN et al., 2002).
1.2.3.4 COMO ANTIOXIDANTES E NEUROPROTETORES
Além de atividade antitumoral, outros estudos demonstraram que a
produção de alcalóides em culturas celulares de C. roseus apresentaram atividade
antioxidante (LEMÉNAGER et al., 2004).
Os compostos indólicos também interferem com as espécies reativas
de oxigênio criando um grupo farmacológico e químico distinto (STOLC, 1999).
Assim, a vincamina, outro alcalóide indólico isolado de C. roseus é
utilizado no tratamento de acidentes vasculares cerebrais e traumatismos cranianos
devido ao aumento do fluxo sanguíneo cerebral (BRUNETON, 1991).
A Vinpocetina, um derivado sintético da vincamina, originalmente
descrita como um vasodilatador cerebral, possui um efeito neuroprotetor em vários
modelos experimentais, reduzindo a lesão neuronal que ocorre em condições de
hipóxia ou isquemia. Este composto reduz em leitos cerebrais a viscosidade do
sangue e a agregação plaquetária. Além disso, a vinpocetina apresenta efeitos
protetores em relação à morte celular induzida por várias excitotoxinas e inibe a
citotoxicidade do glutamato em neurônios cerebrocorticais, além de possuir
propriedades anticonvulsivantes importantes (PEREIRA et al., 2003). Sua ação
protetora está relacionada com a inibição de canais de Na
+
voltagem-dependentes e
com a inibição indireta dos processos moleculares iniciados pelo aumento dos
níveis de Ca
2+
intracelular (TRETTER; ADAM-VIZI, 1998). Além disso,
demonstrou-se que a vinpocetina atenua a resposta ao NMDA em oócitos, reduz a
ligação do AMPA a membranas corticais, inibe a liberação de acetilcolina
estimulada por aminoácidos excitatórios e protege os neurônios cerebrocorticais da
excitotoxicidade (KANEKO et al., 1991).
A Vinpocetina atenua a toxicidade induzida pelos peptídeos sintéticos
da proteína β-amilóide em linhagens celulares, mantendo a capacidade redutora
celular e protegendo da acumulação de espécies reativas de oxigênio. Esta atividade
protetora da vinpocetina em relação à toxicidade induzida pelos peptídeos da β-
amilóide parece resultar da sua capacidade antioxidante capaz de neutralizar radicais
livres e a peroxidação lipídica (PEREIRA et al., 2003). A Stobadina, outro
composto indólico sintético (composto β- carbolínico), possui pronunciadas ações
antioxidantes ou seqüestradoras de radicais
(
STOLC
, 1999).
Os fármacos antiinflamatórios não-esteroidais (AINES) como
indometacina e etadolaco são derivados indólicos e tem similaridade estrutural com
os derivados indólicos endógenos como melatonina, serotonina, triptamina e
triptofano. Estes compostos bloqueiam a síntese de prostaglandinas por inibição não
seletiva da ciclooxigenase 1 e 2 (COX-1 e COX-2). No entanto, tem sido sugerido
que a atividade antiinflamatória dos AINES possa ser parcialmente devido a sua
habilidade de seqüestrar espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, sendo que este
efeito antioxidante também foi observado com vários outros derivados indólicos
sintéticos (FERNANDES et al., 2004).
Vários outros alcalóides indólicos economicamente importantes,
usados diretamente ou como precursores de medicamentos pela indústria
farmacêutica, podem ser vistos na tabela 1.
Tabela 1: Alcalóides indólicos economicamente importantes para a indústria
farmacêutica e seus usos terapêuticos:
Alcalóides Fonte Uso(s) terapêutico(s) Referência(s)
Camptotencina
Camptotheca
acuminata Decne
(Nyssaceae)
Antineoplásico
Siram, et al.,
2005
Fisostigmina
Physostigma
venenosum Balfor
(Fabaceae)
Colinérgico
Zhao, et al., 2004
Reserpina
Rauwolfia serpentina L.
(Apocinaceae)
Anti-hipertensivo,
psicotrópico
Brunetton, 1991
Yoimbina
Pausinystalia yoimbe
K. (Rubiaceae)
Afrodisíaco Brunetton, 1991
Vimblasatina e
Vincristina
Catharantus roseus L.
Don (Apocinaceae)
Antineoplásico
Raskin, et al.,
2002
Ibogaína
Tabernanthe iboga
Antiaditivo Lotsof, 1995
Assim, pode-se observar que os compostos indólicos são encontrados
em uma grande variedade de plantas e utilizados pela população para uma grande
variedade de objetivos. Muitos deles encontrando-se em uso clínico e outros estão
sendo pesquisados para o tratamento de diversas patologias.
1.3 O GÊNERO Psychotria
A subfamília Rubioideae é distribuída em 15 tribos, sendo que a
Psychotrieae é a maior delas, com aproximadamente 50 gêneros e ampla
distribuição em toda a zona tropical (LIBOT et al., 1987). A tribo Psychotriae faz
parte de ecossistemas de todos os tipos de matas do Rio Grande do Sul,
principalmente de matas tropicais, e está representada por espécies de hábito
predominantemente arbustivo e, menos freqüentemente, por espécies de hábito
arbóreo e herbáceo (SMITH; DOWNS, 1956).
Pertencente à tribo Psychotrieae, o gênero Psychotria tem 1400
espécies descritas (WITHERUP et al., 1994), das quais possivelmente 800 são
válidas. A classificação do gênero é difícil e não há certezas em relação aos limites
genéricos. O gênero Psychotria está estreitamente relacionado ao gênero
Palicourea, com o qual muitas das espécies têm sido unidas. Também apresenta
grande analogia com Calycodendron e Calycosia (LOPES, 1998). A maior
controvérsia é encontrada quanto à distinção entre os gêneros Cephaelis e
Psychotria. Alguns autores como ROBBRECHT (1988) separam estes dois
gêneros, enquanto que outros como TAYLOR (1997) não encontram evidências
suficientes para considerar Cephaelis como gênero distinto. TAYLOR (1997)
inclui a maior parte das espécies antes consideradas Cephaelis em Psychotria,
algumas em Palicourea, e raras em Faramea, Rudgea, Geophila, Ixora e
Pagamea. O gênero Cephaelis (sensu ROBBRECHT, 1988) produz alcalóides
tetraidroisoquinolino-monoterpênicos, cujo aminoácido de origem é a tirosina,
sendo o único gênero da tribo Psychotriae a sintetizar este tipo de alcalóide
(HEMINGWAY; PHILLIPSON, 1980).
O gênero Psychotria é constituído de dois subgêneros principais:
Psychotria e Heteropsychotria, os quais têm sido combinados, pois a diferenciação
das numerosas espécies é difícil. Em Cephaelis ocorre a formação de alcalóides
isoquinolínicos do tipo emetina; no entanto, os alcalóides característicos da tribo
Psychotrieae são os poli-indolínicos não iridóidicos, os quais não foram
encontrados no subgênero Heteropsychotria. A partir destas observações,
consideram-se que os alcalóides poderão mostrar-se úteis como marcadores
quimiotaxonômicos (LOPES, 1998).
O gênero Psychotria é conhecido pela presença de alcalóides cujo
aminoácido de origem é o triptofano. Estes são, na maior parte, indol não-
iridóidicos, com destaque no grupo dos triptamínicos (NN-dimetiltriptamina, N-
metiltriptamina), poli-indólicos (chimonantina, meso-chimonantina, hodgkinsina,
psicotridina, iso-psicotridina A, B e C, quadrigemina A, B e C) ou derivados metil-
triptamínicos e β-carbolinas (tetraidro-β-carbolina) (RIVIER; LINDGREN, 1972;
HEMINGWAY; PHILIPSON, 1980), não havendo relação com monoterpenos.
Uma exceção é a espécie Psychotria correae (Dwyer & MV Hayden) & CM
Taylor que produz alcalóides indol-iridóidicos, derivados da estrictosidina.
Igualmente, a espécie P. leiocarpa Cham. et Schlecht produz N, β-D-
glicopiranosilvincosamida, um alcalóide indol-iridóidico, N-glicosilado (VAN DE
SANTOS, 1999).
No outro gênero estreitamente relacionado, Palicourea, além de
alcalóides polindólicos isolados em P. fendleri Standl., P. domingensis Jacq. e P.
alpina Sw. também foram encontrados alcalóides indol-monoterpênicos tipo
estrictosidina em P. alpina e P. marcgravii Muell. Arg., todos derivados do
triptofano (KERBER, 1999). As espécies de Palicourea apresentam alcalóides
polipirrolidinoindólicos e derivados da estrictosidina, sendo todos esses
biossintetizados a partir do aminoácido triptofano (VAN DE SANTOS, 1999).
Para algumas espécies, tais como a P. granadensis Benth e P.
tomentosa (Aubl.) Müll. Arg. , foi relatada a presença de emetina (WILLAMAN;
SCHUBERT, 1961), o que indica um grupo com características comuns. Por outro
lado, P. correae (Cephaelis correae sensu ROBBRECHT, 1988) e Cephaelis
dichroa (Psychotria dichroa Standl., sensu TAYLOR, 1997) aparentam possuir
uma maior proximidade com Palicourea pela produção de alcalóides tipo indol-
monoterpêno.
Um estudo sistemático mais aprofundado das espécies de Psychotria,
Palicourea e Cephaelis, considerando características anatomo-fisiológicas
acompanhadas de dados químicos, especialmente a produção de alcalóides, poderia
eventualmente eliminar as exceções encontradas e contribuir para uma melhor
definição taxonômica dos gêneros da tribo Psychotriae (KERBER, 1999).
Em um estudo taxonômico da tribo Psychotrieae no Estado do Rio
Grande do Sul, DILLENBURG e PORTO (1985) constataram a presença de dez
espécies do gênero Psychotria: P. carthagenensis Jacq., P. birotula Smith &
Downs mut. char., P. myriantha Müll. Arg., P. leiocarpa Cham. et Schlecht., P.
nitidula Cham. et Schlecht., P. brachyceras Müll. Arg., P. tenerior (Cham.) Mull.
Arg., P. brachypoda (Mull. Arg.) Britton, P. kleinni Smith & Downs e P. suterella
Mull. Arg. Ocorrem no interior das matas fazendo parte do estrato inferior das
florestas, apresentam o caráter esciófito e seletivo-hignófito, ou seja, ocorrem em
locais sombreados e preferem solos relativamente úmidos.
A revisão sobre a química destes gêneros mostrou uma certa
variedade de substâncias, predominando os alcalóides, em especial do tipo
polindólico, indol-monoterpenos e tetraidroisoquinolinomonoterpenos.
Os estudos etnofarmacológicos abrangem 10% das espécies de
Psychotria conhecidas e foram realizados com plantas de diferentes origens
geográficas, mostrando que elas são utilizadas na medicina tradicional para uma
grande variedade de indicações terapêuticas (ADJIBADÉ, 1989; LEAL;
ELISABETSKY, 1996b). Os mais freqüentes usos internos referem-se a afecções
do aparelho reprodutor feminino, além do emprego como auxiliar no pré- e pós-
parto, doenças dos brônquios e distúrbios gastrintestinais. Quanto ao uso externo,
têm sido relatado usos em afecções cutâneas, "tumores", úlceras, distúrbios
oculares, como cataplasmas e banhos no tratamento de febre e em casos de dores
de cabeça e dores de ouvido (ADJIBADÉ, 1989; LAGIS et al., 1993; PERRY,
1980). Não parecem existir padrões de indicações terapêuticas regionais, exceto
quanto a Psychotria da América do Sul, usada como aditivo a bebidas
alucinógenas (LEAL, 1994).
A presença de alcalóides e outras substâncias bioativas no gênero
Psychotria têm despertado grande interesse. No Brasil, principalmente, a pesquisa
desse gênero foi motivada pelo uso de duas espécies, P. viridis e P.
carthagenensis, junto com o decocto de B. caapi, na preparação do daime, uma
bebida alucinógena, utilizada para fins religiosos e medicinal pelos caboclos da
Amazônia (McKENNA et al., 1984; LIWSYZ et al., 1992).
A análise de P. viridis, permitiu caracterizar a dimetil-triptamina e
traços de metil-triptamina (RIVIER; LINGREEN, 1972). Curiosamente, folhas de
P. carthagenensis não apresentaram alcalóides, sugerindo que a sua atividade na
bebida (daime) seja devida a outras substâncias não identificadas (LEAL;
ELISABETSKY, 1996a), ou que houve problemas na identificação feita na década
de 70.
A Psychotria colorata (Willd., ex R & S) Müell. Arg. (VEROTTA et
al., 1998) é tradicionalmente usada como analgésica por caboclos da Amazônia
(ELISABETSKY; CASTILHOS, 1990; ELISABETSKY et al., 1995). Extratos da
espécie foram avaliados em testes comportamentais (testes nociceptivos térmicos e
não-térmicos), e o extrato alcaloídico das flores demonstrou atividade analgésica
dose-dependente e reversível por naloxona. Mostrou-se dessa forma que há uma
base racional para o uso de P. colorata como um analgésico caseiro
(ELISABETSKY et al., 1995).
Investigações fitoquímicas realizadas com o extrato alcaloídico de
folhas e flores de P. colorata levaram à identificação de isocalicantina, calicantina,
quadrigemina C e 3a(R), 3a’(R)-dideidroisocalicantina, quimonantina, hodgkinsina
e psicotridina (ELISABETSKY et al., 1997; VEROTTA et al., 1998). Estudos in
vivo (placa quente e retirada da cauda ao estímulo térmico) e in vitro (binding)
demonstraram que hodgkinsina apresenta atividade analgésica com duplo
mecanismo de ação: a ativação de receptores opiáceos e o antagonismo de
receptores glutamatérgicos N- Metil-D-Aspartato (NMDA) (AMADOR et al.,
2000). A psicotridina, também mostrou atividade analgésica, porém envolvendo
apenas os receptores glutamatérgicos
NMDA (AMADOR et al., 2001). Esses
dados justificaram a continuidade da busca por novos compostos analgésicos em
espécies de Psychotria, numa abordagem que associa a etnofarmacologia com a
quimiotaxonomia (ELISABETSKY et al, 1997).
Outras espécies de Psychotria nativas do Estado do Rio Grande do
Sul (P. leiocarpa, P. myriantha, P. suterella, P. brachyceras, P. umbellata Vell. e
P. carthagenensis) foram investigadas quanto a toxicidade e ao efeito analgésico
(extratos etanólicos) em camundongos. Na avaliação da analgesia, por retirada da
cauda ao estímulo térmico, o extrato de P. umbellata foi o único a apresentar
atividade dose-dependente e reversível por naloxona (LEAL, 1994; LEAL;
ELISABETSKY, 1996b).
1.3.1 Psychotria umbellata (Vell.)
Psychotria umbellata Vell. é o nome correto para as espécies
referidas na literatura como Palicourea brachypoda (Muell. Arg.) Smith et Downs
(SMITH; DOWNS, 1956) ou Psychotria brachypoda (Muell. Arg.) Britton
(DILLENBURG; PORTO, 1985). A espécie é um arbusto, 1-3 m de altura,
crescendo no interior de florestas tropicais e subtropicais do Brasil (SMITH;
DOWNS, 1956). Estende-se de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, onde ela é
restrita à região costal mais ao norte, no limite sul da chamada Floresta Tropical
Atlântica (DILLENBURG; PORTO, 1985). Segundo os botânicos Marcos Sobral
(Curso de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFRGS) e Gert
Hatschbach (Museu Botânico Municipal de Curitiba – PR) esta espécie muitas
vezes é descrita como Palicourea umbellata sendo considerada limítrofe entre os
gêneros.
As substâncias isoladas de P. umbellata apresentam padrão de
espectro RMN do
3
H típicos para alcalóides indol-monoterpênicos. No entanto, os
alcalóides encontrados em P. umbellata não apresentam a característica vinila
terminal; em seu lugar, apresentam uma dupla ligação interna a um anel pentânico,
sugerindo a condensação de um iridóide do tipo geniposídeo com a triptamina,
resultando no isolamento da substância inédita denominada psicolatina, encontrada
majoritariamente nas folhas secas (~ 1,3% m/m) (KERBER, 1999).
Além de psicolatina (Figura 4), também foram isolados outros três
alcalóides, porém em bem menor quantidade: 3,4-deidro-18,19-β-epoxi-15,20-epi-
umbelatina (0,024% m/m da planta seca), N –[1-(2-α-hidroxipropil)]-umbelatina
(0,043% m/m da planta seca) e N –[1-(2-β-hidroxipropil)]-umbelatina (0,029%
m/m da planta seca).
N
N
O
OGlu
H
3
COOC
H
H
H
H
H
Figura 4: Estrutura molecular de psicolatina
1.4 TRANSTORNOS MENTAIS
Os Transtornos Mentais, alguns referidos como Doenças ou Distúrbios
Mentais, abrangem todos os tipos de doenças que afetam a mente. Alterações do
pensamento (em sua forma, velocidade, conteúdo, etc), delírios, alucinações,
alterações do humor, com depressão, euforia ou irritabilidade, liberação de
agressividade, incapacidade de execução de tarefas cotidianas e, principalmente, a
não-percepção da sua própria doença são as principais manifestações dos transtornos
mentais (GARFIELD, 2003). Essas manifestações podem ocorrer de forma súbita ou
lenta, ocasionalmente acompanhadas de alterações motoras, como incoordenação
dos movimentos dos olhos ou dos membros.
Podem ser classificados como Transtornos Mentais a esquizofrenia, a
depressão, transtornos de ansiedade e os transtornos relacionados ao uso de
substâncias psicoativas. Os transtornos mentais podem ser gerados por alterações
genéticas, pressões ambientais, desequilíbrios bioquímicos, intoxicações, infecções
ou, geralmente, por combinação desses fatores. O levantamento da Organização
Mundial da Saúde (OMS) acentua o peso da pobreza, expressa por meio do
desemprego, do baixo nível de educação e de privações de toda a ordem, como
outros fatores. Porém, qualquer estresse externo intenso, como guerras, ou ligados às
condições de trabalho, como tensão, angústia, competitividade ou rejeição, quando
excessivas e duradouras favorecem o surgimento dos distúrbios mentais
(ALARCON; AGUILAR-GAXIOLA, 2000; DEMYTTENAERE et al., 2004).
A incidência destas doenças é bastante alta no mundo, incluindo o
Brasil (GOLDBERG; LECRUBIER, 1995). Os transtornos mentais afetam homens
e mulheres de várias idades, ricos e pobres, áreas urbanas ou rurais, e a idéia de que
distúrbios mentais são problemas restritos a áreas industrializadas e relativamente
ricas é bastante equivocada (PATEL; KLEINMAN, 2003).
Recentes dados da OMS mostram que condições neuropsiquiátricas
que abrangem alguns distúrbios mentais têm uma prevalência global de cerca de
12% dos adultos (OMS, 2001). Estima-se que 450 milhões de pessoas no mundo
sofram de afecções neuropsiquiátricas. Quando se consideram todos os transtornos
incluídos na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Correlatos de Saúde da OMS (CID-10), as taxas de prevalência são ainda maiores:
pesquisas mostram que mais de 25% da população, tanto de países desenvolvidos
como em desenvolvimento, apresentam um ou mais transtornos mentais e
comportamentais (REGIER et al. 2002; WELLS et al. 1989; ALMEIDA FILHO et
al. 1997), sendo que a prevalência geral de Transtornos Mentais é,
aproximadamente, a mesma no sexo masculino e no feminino.
Na América Latina um dos maiores problemas é a falta de acesso a
medicamentos ou a tratamentos, mais do que a prevalência elevada dos distúrbios
psiquiátricos (DEMYTTENAERE et al., 2004). Os dados sobre o Brasil ainda são
incompletos, porém sugerem que a prevalência de problemas psiquiátricos deve
situar-se mais próxima dos 26% dos Estados Unidos do que dos 8,8% do Japão
(ANDRADE et al., 2003).
Estudos apontam que a maior barreira ao tratamento não é a
perspectiva de discriminação, mas sim os custos dos medicamentos, consultas e
exames ou da locomoção até os centros de atendimento médico. No Brasil, que tem
na depressão o distúrbio mental mais comum, sendo metade dos casos crônicos, os
custos com medicamentos tornam-se um empecilho ao tratamento (WANG et al.,
2003, 2004; DE ALMEIDA-FLECK et al., 2005).
1.4.1 ANSIEDADE: BASES NEURAIS, FARMACOTERAPIA E MODELOS
COMPORTAMENTAIS
Ansiedade é um dos distúrbios psiquiátricos mais comuns e custa aos
Estados Unidos mais que a depressão. Os distúrbios de ansiedade mais prevalentes
são o distúrbio de ansiedade generalizada, o transtorno obsessivo-compulsivo, o
distúrbio de estresse pós-traumático, o de ansiedade social, as fobias e ataques de
pânico. No entanto, menos de um terço da população recebe tratamento adequado,
e 43% das pessoas com distúrbios de ansiedade também são depressivas ou fazem
uso de algum tipo de droga de abuso (JONES; BLACKBURN, 2002). Além disso,
os agentes ansiolíticos estão entre as substâncias prescritas com maior freqüência e
utilizadas regularmente por mais de 10% da população na maioria dos países
desenvolvidos (RANG et al., 2001).
Os medicamentos comumente utilizados para tratar a ansiedade
incluem benzodiazepínicos ou antidepressivos que atuam e/ou modulam a
atividade do ácido-gama-amino-butírico (GABA), da serotonina (5-HT) e/ou
antagonistas dos receptores β-adrenérgicos (BENEYTEZ, et al., 1998).
Os benzodiazepínicos, atuando através da modulação positiva dos
receptores GABA
A
e facilitando a abertura dos canais de cloreto,
têm sua eficácia
estabelecida no tratamento da ansiedade e da insônia. Embora relativamente
seguros no tratamento de ansiedade patológica, os benzodiazepínicos possuem um
número considerável de efeitos colaterais que incluem sedação, ataxia,
relaxamento muscular, perda de memória, potenciação dos efeitos do álcool e
barbitúricos e desenvolvimento de tolerância e dependência, além de um
significativo potencial para o abuso (KELLEY et al., 2003, GRIEBEL et al.,
1997).
Além das vias do GABA, muitos outros transmissores e
moduladores foram implicados na ansiedade e nos distúrbios do pânico,
particularmente a serotonina. A serotonina tem sido implicada em vários
distúrbios psiquiátricos e neurológicos, incluindo ansiedade (BENEYTEZ, et al.,
1998). Ao longo dos anos o efeito ansiolítico de fármacos que atuam em
receptores serotonérgicos 5-HT
1A
, 5-HT
2A
, 5-HT
2C
tem sido revelado tanto em
modelos comportamentais condicionados, quanto em modelos etológicos
(BOURIN et al., 2001). A buspirona, um potente agonista nos receptores 5-HT
1A
,
usada no tratamento de ansiedade crônica, não causa sedação e possui pouco
potencial para abuso. No entanto, sua eficácia tem sido questionada, além de ser
ineficaz no controle dos episódios de pânico (BENEYTEZ, et al., 1998).
Além dos agonistas 5-HT
1A
, os fármacos que atuam sobre outros
receptores de serotonina também podem ser úteis como agentes ansiolíticos. Os
inibidores da recaptação de 5-HT, como a fluoxetina, bem como os inibidores
mistos da captação de 5-HT/noradrenalina, que são utilizados principalmente como
agentes antidepressivos, também são eficazes em alguns distúrbios de ansiedade,
bem como nos episódios de pânico (RANG et al., 2001).
Os antagonistas dos receptores β-adrenérgicos, como o propranolol,
são utilizados no tratamento de algumas formas de ansiedade, particularmente
quando os sintomas físicos são incômodos, como sudorese, tremor e taquicardia.
Entretanto, sua eficácia depende mais do bloqueio das respostas simpáticas
periféricas do que de qualquer efeito central (RANG et al., 2001).
Em animais, medo e aversão resultam em inibição comportamental,
que ocorre em resposta a acontecimentos ambientais que são novos (RANG et al.,
2001). Essa inibição comportamental pode assumir a forma de imobilidade. Para
avaliar a ansiedade em roedores, em geral os animais são expostos a condições
ansiogênicas: ambiente novo (labirinto em cruz elevado, interação social, campo
aberto, placa perfurada, claro-escuro) ou situações de conflito (teste de punição de
Vogel) (MALMBERG-AIELLO et al., 2002). Tais procedimentos tem sido usados
para estudar as propriedades ansiolíticas de uma grande variedade de compostos,
especialmente benzodiazepínicos.
A novidade de uma situação desconhecida pode provocar ansiedade
e/ou medo. Tais estados podem ser avaliados pela intensidade de
comportamentos em camundongos em uma área desconhecida, quantidade de
consumo de comida desconhecida ou pela interação social com animais estranhos
(HASCÖET; BOURIN, 1998).
O teste da placa perfurada (hole-board model) tem sido usado para
avaliar as propriedades ansiolíticas/ansiogênicas de fármacos (TAKEDA et al.,
1998). Este modelo tem a vantagem de permitir medir concomitantemente
atividade exploratória (número de espreitamentos) e atividade locomotora, sendo
útil para avaliar efeitos sedativos (FILE; PELLOW, 1985; TAKEDA et al., 1998).
O teste de claro-escuro (light/dark test) é baseado no conflito entre a
tendência natural dos camundongos de explorar um novo ambiente e a aversão dos
roedores por espaços muito iluminados. Neste modelo, cinco parâmetros são
avaliados para acessar o perfil ansiolítico de novos fármacos: a latência para o
primeiro cruzamento do compartimento claro para o escuro, o número de
cruzamentos entre os dois compartimentos (exploração), movimento dentro de
cada compartimento, o tempo de permanência no lado claro ou escuro e o número
de levantamentos (rearing) (LEPICARD et al., 2000). A administração de
fármacos ansiolíticos leva a um aumento do tempo de permanência na área clara,
aumento do número de levantamentos e cruzamentos, e um aumento na latência do
primeiro cruzamento do claro para o escuro (GARD et al., 2001). O número de
cruzamentos entre os dois compartimentos é o parâmetro mais controverso, a
latência para o primeiro cruzamento, muitas vezes é difícil de avaliar, porém o
tempo de permanência no compartimento claro parece ser o melhor parâmetro para
avaliar as propriedades ansiolíticas (HASCÖET; BOURIN, 1998). O teste de
claro-escuro tem se mostrado extremamente útil para avaliar uma série de
compostos ansiolíticos, incluíndo esteróides neuroativos (GARD et al., 2001), e
ligantes de receptor 5-HT
1A
(GRIEBEL et al., 1997).
1.4.2 DEPRESSÃO: BASES NEURAIS, FARMACOTERAPIA E MODELOS
COMPORTAMENTAIS
O estudo de medicamentos antidepressivos possui uma enorme
relevância uma vez que os distúrbios depressivos são doenças psiquiátricas
heterogêneas, acompanhadas de muitos problemas físicos, mentais e emocionais, e
possuem alta prevalência na comunidade geral. Supõe-se que cerca de 6% da
população encontra-se em um estado de depressão (prevalência do momento), e
aproximadamente 10 % da população desenvolverá a depressão ao longo da vida
(prevalência ao longo da vida). Ocorre prevalentemente entre os 30 e 60 anos,
principalmente em mulheres e estima-se que apenas um quarto dos deprimidos
procurará ajuda médica de pessoal especializado (HOLLISTER, 1994;
KOROLKOVAS, 1994; FRY, 1987; ZANINI; OGA, 1985).
A diferenciação entre os sintomas que configuram um quadro
patológico depressivo muitas vezes é difícil de ser realizada. As características
individuais variam muito de paciente para paciente, tornando difícil o diagnóstico.
É necessário primariamente separar um distúrbio depressivo (patológico) da reação
de tristeza normal do indivíduo a algum fator desencadeante "corriqueiro" da vida,
como a perda de um ente querido, uma separação, a perda de emprego, etc. Essa
"depressão" será auto-limitada, e com o tempo, a ajuda de familiares a amigos, será
superada e involuirá (ZANINI; OGA, 1985).
Antidepressivos são fármacos intensamente utilizados na terapêutica,
e possuem um amplo espectro de aplicações clínicas. São usados como
tranqüilizantes, na profilaxia de dor crônica, na síndrome do pânico, na bulimia
nervosa, no distúrbio obsessivo-compulsivo e, principalmente, nos tratamentos dos
distúrbios depressivos (COQUOZ et al., 1991; DOMINGUEZ, 1992).
O tratamento farmacológico com antidepressivos tem por objetivo
melhorar o humor dos pacientes deprimidos, assim como seus estados mentais.
Eles diminuem a intensidade dos sintomas depressivos e aceleram a velocidade de
normalização do paciente (KOROLKOVAS, 1994).
A categoria de fármacos utilizada como antidepressivos engloba os
chamados antidepressivos "clássicos", que são os Tricíclicos (TCAs) e os
Inibidores da Monoaminoxidase (IMAOs), e os chamados antidepressivos
"atípicos" ou os de "segunda geração", que são os Inibidores Seletivos da
Recaptação da Serotonina (ISRSs) e outros fármacos heterogêneos
(KOROLKOVAS, 1994).
As bases neuroquímicas que explicam os distúrbios depressivos não
estão totalmente elucidadas. Várias teorias foram propostas baseadas nos
mecanismos de ação dos antidepressivos, sendo que a hipótese catecolaminérgica
postulava que um déficit de noradrenalina (NA) no SNC era o responsável pela
depressão; assim, a ação dos antidepressivos estaria relacionada à capacidade de
aumentar a oferta de NA na fenda sináptica, por diminuição da recaptação
(antidepressivos tricíclicos) ou por inibição da degradação (IMAOs). Entretanto,
essa teoria foi contestada com base em várias observações. Alguns fármacos são
potentes bloqueadores da recaptação de NA (como a cocaína e anfetaminas),
porém não são antidepressivos eficazes. Além disso, a inibição da recaptação da
NA ocorre algumas horas após a ingestão dos antidepressivos, porém a resposta
terapêutica leva semanas para começar (GRAEFF, 1989; KETY, 1970; MORENO;
MORENO, 1995; ORLAND; SALTMAN, 1989; ROTH, 1995).
Enquanto os pesquisadores norte-americanos defendiam a hipótese
noradrenérgica, os europeus atribuíam as doenças afetivas a distúrbios
serotonérgicos. A hipótese das indolaminas postulava que um déficit funcional no
neurotransmissor 5-HT produziria sintomas depressivos, e que os antidepressivos
agiriam aumentando a atividade da serotonina através da inibição da recaptação da
mesma. Essa hipótese foi também contestada com as mesmas bases que a
noradrenérgica (GRAEFF, 1989; MORENO; MORENO, 1995; ORLAND;
SALTMAN, 1989; ROTH, 1995).
Nos últimos anos, os pesquisadores chegaram ao consenso de que a
depressão é um distúrbio heterogêneo, caracterizado por um complexo número de
alterações em vários sistemas de receptores e neurotransmissores do SNC. Tal
conclusão tem resultado em inúmeras hipóteses sobre a sensibilidade dos
receptores, que sugerem que o tratamento com antidepressivos, a longo prazo,
pode reduzir a sensibilidade de certos receptores (β
1
ou α
2
-adrenérgicos e 5-HT)
ou aumentar a sensibilidade de outros receptores (5-HT
1
) e estas alterações
podem estar relacionadas aos mecanismos de ação e aos efeitos terapêuticos dos
tratamentos com antidepressivos. Especificamente essas mudanças no SNC
parecem consistir em alterações pré-sinápticas na síntese, liberação, metabolismo e
ou captação de neurotransmissores, bem como nos receptores pós-sinápticos,
transdução (proteína G), segundos mensageiros (ciclases e sistema
fosfatidilinositol) e ou irregularidades no transporte de íons. Disfunções em outros
sistemas neurohumorais (dopamina, acetilcolina, neuropeptídeos) também são
apontados como responsáveis pela gênese dos distúrbios depressivos (GRAEFF,
1989; LEONARD, 1992; MORENO; MORENO, 1995; ORLAND; SALTMAN,
1989; ROTH, 1995).
Sabe-se que as ações farmacológicas dos tricíclicos vão além da
inibição da recaptação da NA e da 5-HT. Eles provocam também efeitos adversos
relacionados a inibição dos receptores α-adrenérgicos (o que causa hipotensão
postural, alterações do eletroencefalograma), inibição dos receptores muscarínicos
de acetilcolina (o que provoca efeitos anticolinérgicos como boca seca, alterações
de acomodação visual, retenção urinária, diminuição do peristaltismo e
taquicardia). A sedação, que era atribuída somente a efeitos serotonérgicos e
anticolinérgicos, também pode ser atribuída às ações anti-histamínicas (H
1
) dos
tricíclicos. Uma explicação para a afinidade a esses receptores seria a semelhança
estrutural dos tricíclicos com os antipsicóticos fenotiazínicos. No entanto, eles não
bloqueiam os receptores de dopamina, não causando sintomas extra-piramidais
(GRAEFF, 1989; HOLLISTER, 1994; KOROLKOVAS, 1994; SCHATZBERG;
COLE, 1993). Esses compostos vieram substituir os inibidores da
monoaminoxidase com sucesso, principalmente devido a menor toxicidade e maior
segurança em relação a esses (BALDESSARINI, 1996; HOLLISTER, 1994).
Devido aos efeitos colaterais indesejáveis dos antidepressivos
clássicos acima mencionados, foram desenvolvidas pesquisas a fim de encontrar
medicamentos mais efetivos e eficazes para o tratamento da depressão. No final da
década de 1980, foi lançada há 30 anos pelo laboratório Eli Lilly, a fluoxetina
(Prozac®), um novo fármaco que prometia as vantagens esperadas. A categoria de
fármacos antidepressivos foi então ampliada assustadoramente com a introdução
na terapêutica de vários compostos novos nos últimos anos. Designou-se os
mesmos como sendo antidepressivos "atípicos", que englobam fármacos com uma
maior seletividade de ação em um determinado sistema, os Inibidores Seletivos da
Recaptação da Serotonina (ISRSs), cujos principais exemplos são sertralina,
fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina e citalopram, e outros, que são fármacos
heterogêneos quanto aos mecanismos de ação e também em relação às suas
estruturas, como mianserina, maprotilina, amoxapina, tradozona e bupropiona
(CHETLEY, 1994; LEONARD, 1992).
Os ISRSs são pouco tóxicos em sobredosagens, e estas, quando
ocorrem, dificilmente levam à letalidade, causando como sintomas principais,
tremores, tonturas, náuseas, dores abdominais e bradicardia (CHETLEY, 1994;
WILDE, 1993). Os principais efeitos colaterais relatados para os ISRSs estão
relacionados às conseqüências causadas pelo aumento nos níveis de 5-HT, cujos
principais constam de distúrbios gastrintestinais, como náusea e diarréias e de
distúrbios nervosos, como agitação, insônia, sonolência, ansiedade, dores de
cabeça, anorexia, tonturas, tremores e disfunções sexuais. Estes efeitos variam em
incidência conforme o ISRSs, e não foram totalmente elucidados os mecanismos
farmacológicos envolvidos (CHETLEY, 1994; WILDE, 1993).
Recentemente, muita atenção tem sido devotada para o sistema
glutamatérgico e para antagonistas de receptor NMDA em particular (ROGÓZ et al.,
2002). Propriedades antidepressivas para estes compostos foram sugeridas há 10
anos, indicando que o complexo do receptor NMDA esteja envolvido na patogênese
da depressão; compostos que reduzam a transmissão nestes receptores, como
antagonistas competitivos e não-competitivos do receptor NMDA mostraram efeito
antidepressivo tanto em testes pré-clínicos como clínicos (MANTOVANI et al.,
2003).
O quadro depressivo é difícil de ser mimetizado em animais. No
entanto, existem vários modelos comportamentais preditivos para avaliar novas drogas
com potencial atividade antidepressiva. Tanto o teste de nado forçado como o teste de
suspensão da cauda são amplamente aceitos como modelos de depressão, e são
utilizados para estudar novas drogas antidepressivas, já que eles são sensíveis para
todas as principais classes de drogas antidepressivas incluindo tricíclicos, ISRSs,
inibidores da MAO e atípicos, como antagonistas de receptor NMDA (ROSA et al.,
2003).
1.4.3 ESQUIZOFRENIA: BASES NEURAIS, FARMACOTERAPIA E
MODELOS COMPORTAMENTAIS
Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico grave, descrita pela
primeira vez como "dementia praecox" por Kraepelin, em 1919, e que começa
tipicamente perto do fim da adolescência ou no início da idade adulta. A
esquizofrenia é a mais freqüente das psicoses caracterizando-se por distúrbios do
pensamento como delírios de perseguição e a perda das conexões lógicas de idéias,
distúrbios da percepção (acompanhada principalmente por alucinações auditivas),
emoções embotadas ou impróprias a uma dada situação, excessiva timidez e
isolamento social, e mesmo alterações na motricidade (como agitação ou, ao
contrário, imobilidade; ANDREASSEN, 1997).
Na esquizofrenia a primeira hipótese levantada a respeito de uma
disfunção neuroquímica foi a dopaminérgica, na década de 50, basicamente em
função do mecanismo de ação dos antipsicóticos então disponíveis (MATTHYSE,
1973). Dada a predominante localização de terminais dopaminérgicos e de
receptores D
2
em regiões subcorticais; como o estriado e o núcleo accumbens, a
clássica hipótese dopaminérgica da esquizofrenia concentrou interesse
principalmente nestas regiões subcorticais (CARLSSON; LINDQVIST, 1963).
A visão atual predominante sobre esta hipótese é de que o sistema
dopaminérgico na esquizofrenia pode estar caracterizado por um desequilíbrio
cortical/subcortical. Neste desequilíbrio projeções de dopamina subcortical
mesolímbica poderiam estar hiperativas, resultando numa hiperestimulação de
receptores D
2
e sintomas positivos, enquanto que as projeções de dopamina
mesocortical para o córtex pré-frontal poderiam estar hipoativas, resultando numa
hipoestimulação de receptores D
1
, sintomas negativos e comprometimento cognitivo
(ABI-DARGHAM; MOORE, 2003).
Uma forte evidência que reforça a hipótese dopaminérgica é de que
drogas que liberam dopamina, como a anfetamina, produzem distúrbios
comportamentais semelhantes ao comportamento de pacientes esquizofrênicos.
Entretanto, é improvável a hipótese de que um único neurotransmissor seja capaz de
explicar as bases biológicas de cada uma das mais heterogêneas formas da
esquizofrenia (HIETALA; SYVALAHTI, 1996). Como a anfetamina interfere não
só na transmissão dopaminérgica, como também na transmissão de noradrenalina,
induzindo um aumento da atividade noradrenérgica, levantou-se a hipótese de que
poderia também ocorrer uma hiperatividade noradrenégica na esquizofrenia. Essa
hipótese tem sido corroborada por um aumento nos níveis de noradrenalina
encontrado no fluido cerebroespinhal de cérebros de esquizofrênicos analisados pós-
mortem, principalmente nos tipos paranóico ou com sintomas predominantemente
negativos (KEMALI et al., 1982). Também foram constatados níveis elevados de
noradrenalina em fluido cerebroespinhal de esquizofrênicos que receberam
tratamento com haloperidol (YAMAMOTO et al., 1994).
A hipótese de que a psicose induzida pelo ácido lisérgico (LSD) e a
psicose esquizofrênica são relacionadas a uma disfunção no sistema serotoninérgico
central, formulada na década de 50 por WOOLLEY e SHAW (1957), foi a primeira
teoria testável na psiquiatria biológica. O interesse na relação entre serotonina e
esquizofrenia tem crescido à medida que se descobriu que os agentes que atuam
bloqueando receptores serotonérgicos tais como clozapina, olanzapina e risperidona,
exercem efeitos terapêuticos nesta doença (IQBAL; VAN PRAAG, 1995). Esses
antipsicóticos atípicos têm significantes efeitos não apenas sobre subtipos de
receptores serotonérgicos (5-HT
2A/C
, 5-HT
6
and 5-HT
7
), mas também sobre receptores
dopaminérgicos, α
1
-adrenérgicos, histaminérgicos, muscarínicos e receptores
glutamatérgicos NMDA (SHIM et al., 1999; SVENSSON, 2000; BREESE et al.,
2002).
Uma hipótese mais recente sobre as bases bioquímicas da
esquizofrenia propõe uma hipofunção do sistema transmissor glutamatérgico na
patofisiologia desta doença. Esta hipótese se baseia em várias evidências de dados
neuroquímicos obtidos em humanos assim como observações clínicas. Um exemplo
destas evidências é a ação psicotomimética de drogas que bloqueiam receptores
glutamatérgicos do tipo NMDA, que sugere uma associação entre psicose e
glutamato. Alguns destes fármacos, como a fenciclidina e cetamina, causam
sintomas psicóticos muito semelhantes aos sintomas esquizofrênicos, até mesmo
sintomas negativos (OLNEY; FARBER, 1995).
Outra hipótese atual é a de que a patofisiologia da esquizofrenia possa
estar associada a várias alterações bioquímicas que resultariam numa hipofunção
adenosinérgica. Adenosina é um neuromodulador do sistema purinérgico que
modula negativamente a atividade de diversos neurotransmissores como a dopamina
e o glutamato (BRUNDEGE; DUNWIDDIE, 1997). Os receptores de adenosina do
tipo A
1
quando ativados inibem a liberação de glutamato e dopamina, e inibem a
atividade neuronal através de hiperpolarização pré-sináptica. Através da ativação
dos receptores do tipo A
2
, a adenosina possui um importante efeito modulador sobre
a transmissão dopaminérgica (FERRÉ, 1997). Estudos comportamentais pré-clínicos
demonstraram que agonistas dos receptores adenosinérgicos do tipo A
1
produzem
importantes efeitos anticonvulsivantes, ansiolíticos, sedativos e antipsicóticos
(BRUNDEGE; DUNWIDDIE, 1997), enquanto que agonistas dos receptores do tipo
A
2
apresentam um perfil psicofarmacológico particularmente semelhante a
antipsicótico (FERRÉ, 1997; RIMONDINI et al., 1997). A partir destes dados foi
proposto por LARA e SOUZA (2000) que alterações envolvendo o sistema
purinérgico, mais especificamente uma redução da atividade adenosinérgica,
poderiam estar implicadas na fisiopatologia da esquizofrenia.
A esquizofrenia é uma doença para a qual devem ser levadas em conta
todas as abordagens terapêuticas relevantes. Idealmente a terapia farmacológica
deve estar sempre associada à terapia psicossocial com objetivo de treinamento de
habilidades para facilitar a vida em sociedade e aumentar a capacidade de trabalho
(SHIRAKAWA et al., 2001).
A descoberta dos primeiros fármacos antipsicóticos em 1952 é o
marco da psicofarmacologia contemporânea. Os primeiros medicamentos usados
para o tratamento da esquizofrenia são hoje os chamados antipsicóticos clássicos,
também conhecidos como neurolépticos (RANG et al., 2001).
Esses compostos, sendo haloperidol e clorpromazina alguns exemplos,
têm como mecanismo de ação principal o bloqueio dos receptores dopaminérgicos,
principalmente os do tipo D
2
. Poucos psiquiatras discutem o valor desses agentes no
controle dos sintomas positivos da doença, pois em grande parte dos casos, são
eficazes em prevenir a reincidência dos sintomas psicóticos (KAPUR; MAMO,
2003). Porém, a maioria dos antipsicóticos desenvolvidos antes da década de 80
induz graves efeitos extrapiramidais, como parkinsonismo, distonias, acatisia e
discinesia tardia, em até 75% dos pacientes (KEEPERS et al., 1983). Além disso,
esses antipsicóticos apresentam pouco ou nenhum efeito no controle de sintomas
negativos primários (KANE; MAYERHOFF, 1989).
Novos fármacos antipsicóticos foram desenvolvidos nas últimas duas
décadas com perfil clínico diferente dos agentes clássicos e com menos efeitos
adversos. Esses novos fármacos são denominados de atípicos, sendo a sulpirida,
clozapina, olanzapina, risperidona e quetiapina alguns exemplos (RANG et al.,
2001). Antipsicóticos atípicos são compostos que têm pequena propensão a induzir
efeitos extrapiramidais e apresentam efeitos sobre os sintomas negativos que os
agentes clássicos não afetam (MELTZER, 1995). Soma-se a essas características, a
superioridade dos antipsicóticos atípicos em tratar os pacientes refratários, sendo
esta a sua principal característica (BELMAKER; BERSUDSKY, 2003). Outra
característica é a de que os atípicos não aumentam os níveis de prolactina, como
fazem os clássicos, tampouco induzem a chamada síndrome neuroléptica. Porém, os
antipsicóticos atípicos não estão livres de induzir efeitos adversos. Estes
cartacterizam-se por sedação, hipotensão ortostática, ganho de peso e distúrbios
sexuais (SHIRAKAWA et al., 2001). Além desses, a clozapina provoca
agranulocitose em 3-5% dos pacientes, com grave risco de morte (BHANJI et al.,
2003).
Existem vários modelos comportamentais para selecionar novos
fármacos antipsicóticos típicos e atípicos. A maioria das drogas utilizadas mimetiza
tanto sintomas positivos da doença por aumentar os níveis de DA diretamente
(apomorfina) ou indiretamente (anfetamina) e negativos da doença por bloquear
receptores dopaminérgicos (haloperidol).
No teste de letalidade induzido por anfetamina, o aumento da
letalidade em animais agrupados é prevenido por antipsicóticos (típicos e atípicos),
mas não por tranqüilizantes (ex. barbitúricos e benzodiazepínicos) (BOURIN et al.,
1986). A eficácia de antipsicóticos neste modelo está relacionada a sua habilidade
em bloquear receptores D
2
(BOURIN et al., 1986; GIFFORD et al., 2000; BALL et
al., 2003), uma característica comum para todos os fármacos antipsicóticos efetivos.
O antagonismo da escalada induzida por apomorfina é um dos testes
mais utilizados para predizer propriedades antagonistas dopaminérgicas in vivo
(COSTENTIN et al., 1975; PROTAIS et al., 1976; KIM et al., 1999). Camundongos
tratados com apomorfina, um agonista misto D
1
/D
2
que estimula receptores
dopaminérgicos pós-sinápticos no estriado, tendem a adotar uma posição vertical ao
longo das barras da gaiola (BATTISTI et al., 2000); comportamento este mediado
pela ativação de receptores D1 e D2 (MOORE; AXTON, 1988).
2. HIPÓTESE DE TRABALHO
Em estudos anteriores, psicolatina apresentou moderada atividade
analgésica dose-dependente e parcialmente reversível por naloxona utilizando
modelos de dor induzidos por estímulos térmicos (teste da placa quente e teste da
retirada da cauda ao estímulo térmico) e químicos (capsaicina e formalina). Os
resultados desse trabalho sugeriram que psicolatina possui um duplo mecanismo de
ação, envolvendo a ativação de receptores opióides e o antagonismo de receptor
glutamatérgico NMDA. A co-administração de psicolatina com MK-801 em doses
não efetivas per se produz um efeito semelhante as doses analgésicas
administradas isoladamente, demonstrando que essas drogas quando co-
administradas tem efeito sinérgico potencializando suas ações (BOTH, 2001,
BOTH et al., 2002).
O receptor glutamatérgico NMDA está amplamente distribuído no
sistema nervoso e há evidências abundantes que este receptor tenha importante
papel em grande número de processos fisiológicos e patológicos. Dentre os
processos que envolvem o receptor NMDA incluem-se desenvolvimento,
aprendizagem e memória, plasticidade, dor (PERKINS; DRAY, 1996), ansiedade
(FILE, 1996) e depressão (MANTOVANI et al., 2003). Uma disfunção deste
sistema pode levar a vários distúrbios neurológicos, incluindo epilepsia
(MELDRUM, 1990; DINGLEDINE et al., 1991) e doenças neurodegenerativas
como a Doença de Huntington e a Doença de Alzheimer (GRENNAMYRE et al.,
1985; PROCTER et al., 1988).
Sendo a psicolatina um alcalóide abundante na natureza, com
estrutura química nova e peculiar e biologicamente ativo, justifica-se dar
continuidade à investigação de sua atividade biológica, especialmente a
relacionada com antagonismo de receptores NMDA (N-Metil-D-Aspartato), bem
como outros importantes receptores que modulam diversas atividades do sistema
nervoso central (SNC), como receptores serotonérgicos (5-HT), dopaminérgicos
(DA), gabaérgicos (GABA) e colinérgicos (Ach).
3. OBJETIVOS
3.1. OBJETIVO GERAL
Esse estudo teve como objetivo geral dar continuidade à investigação do
perfil psicofarmacológico de psicolatina, contribuindo para o esclarecimento da
participação dos sistemas serotoninérgico, glutamatérgico, dopaminérgico,
gabaérgico e colinérgico em seu mecanismo de ação, para que futuramente, tais
interações possam servir como modelo estrutural e de mecanismo de ação para o
desenvolvimento de drogas para os diversos distúrbios comportamentais.
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I) Verificar os efeitos de psicolatina nos modelos comportamentais de placa
perfurada e claro/escuro, usados para detecção de atividade ansiolítica.
II) Averiguar o mecanismo de ação do efeito ansiolítico de psicolatina, investigando
sua interação com antagonistas serotoninérgicos e GABAérgicos nos modelos da
placa perfurada e claro/escuro.
III) Verificar o efeito de psicolatina no modelo comportamental do nado forçado,
usado na detecção de atividade antidepressiva.
IV) Avaliar o possível efeito de psicolatina no teste de proteção de convulsões
induzidas por pentilenotetrazol (PTZ).
V) Avaliar a o efeito de psicolatina sobre a sedação utilizando o teste de potenciação
do sono barbitúrico.
VI) Verificar a interferência de psicolatina com a locomoção dos animais através do
teste de atividade locomotora espontânea.
VII) Investigar os efeitos de psicolatina sobre a modulação da memória de curta e
longa duração nos processos de aquisição, consolidação e evocação usando o
paradigma de esquiva inibitória.
VIII) Investigar os efeitos de psicolatina sobre o sistema colinérgico no teste de
tremor induzido por oxotremorina.
IX) Investigar o efeito de psicolatina sobre comportamentos modulados pelo sistema
glutamatérgico, por meio do modelo de hiperlocomoção induzida por MK-801 e de
convulsão induzida por NMDA.
X) Avaliar a interferência de psicolatina sobre o comportamento modulado pelo
sistema dopaminérgico, por meio do modelo de letalidade induzida por anfetamina e
por meio do comportamento de escalada induzida por apomorfina.
XI) Verificar a DL50 e sinais de toxicidade aguda em animais tratados com
psicolatina.
XII) Além da avaliação de uma possível interferência de psicolatina sobre os vários
sistemas de neurotransmissores do SNC utilizando modelos comportamentais,
também se buscou avaliar o efeito de psicolatina sobre os parâmetros de estresse
oxidativo utilizando o conteúdo de radicias livres (DCF), a reatividade antioxidante
total (TAR), o ensaio de peroxidação lipídica (TBARS) e a oxidação dos resíduos de
triptofano (TRI) e tirosina (TIR) no córtex e hipocampo já que inúmeros compostos
indólicos possuem atividade antioxidante e neuroprotetora.
4 ARTIGOS CIENTÍFICOS
4.1 Perfil Psicofarmacológico do Alcalóide Psicolatina como Modulador
Serotonérgico 5HT
2A/C
(J. Nat. Prod., v. 68, n. 3, p. 374-380, 2005).
4.1.1 INTRODUÇÃO
Estudos anteriores mostraram que psicolatina apresenta moderada
atividade analgésica dose-dependente. O mecanismo de ação parece ser a ativação
de receptores opióides e o antagonismo de receptores NMDA (BOTH et al., 2002).
Atualmente existem várias evidências da relação entre o sistema
opióide e o sistema glutamatérgico (WIESENFELD-HALLIN, 1998). Diversos
estudos examinaram o envolvimento de receptores NMDA no desenvolvimento de
tolerância e dependência a opióides. Antagonistas NMDA co-administrados com
morfina reduzem a tolerância ao efeito analgésico (TRUJILLO;
AKIL,
1991;
BEN-
ELIYAHU, 1992;
ELLIOTT
et al,
1999;
PRICE
et al.,
2000).
Antagonistas de receptor NMDA também podem modular a renovação
das monoaminas no SNC e esta ação pode ser a responsável pelas propriedades
antidepressivas dos antagonistas NMDA (SKOLNICK, 1999). Foi demonstrado, por
exemplo, que MK-801 aumenta a liberação e influencia a renovação de serotonina
em várias regiões cerebrais, incluindo hipocampo e estriado (YAN et al., 1997).
Além disso, os efeitos psicoestimulantes e psicotomiméticos de MK-801 e
fenciclidina (PCP) são atenuados por antagonistas específicos de receptores 5-HT
1A
e 5-HT
2A
, sugerindo que 5-HT está envolvido no comportamento estereotipado
produzido por MK-801. Além do receptor 5-HT
2A
, um grande número de estudos
indica que MK-801 também pode influenciar outros receptores serotonérgicos.
Tanto o aumento na densidade de receptores 5-HT
1A
depois de uma única
administração de MK-801, quanto o aumento do RNAm de receptores 5-HT
6
e 5-
HT
7
foram demonstrados (WEDZONY et al., 2000).
Por este alcalóide apresentar atividade biológica e a participação de
receptores NMDA a avaliação de seu perfil psicofarmacológico, bem como a
participação de outros receptores, como serotonina torna-se interessante.
4.1.2 OBJETIVOS
Este trabalho teve, portanto, o objetivo de avaliar os efeitos de
psicolatina sobre diversos modelos comportamentais envolvendo a participação de
receptores serotonérgicos e GABAérgicos.
Psychopharmacological profile of the alkaloid psychollatine as a 5HT2
A/C
serotonin modulator.
Fernanda L. Both
1,2
, Lisiane Meneghini
2
, Vitor A. Kerber
3
, Amélia T. Henriques
1
and
Elaine Elisabetsky*
1,2
1Curso de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre/RS, Brazil;
2 Laboratório de Etnofarmacologia, Departamento de Farmacologia, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre/RS, Brazil;
3 Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba/PR, Brazil
Address correspondence to: Elaine Elisabetsky, Caixa Postal 5072, 90041-970, Porto
Alegre, RS, Brazil. Tel/Fax: (+)55 51 3316 3121; E-mail: elisasky@vortex.ufrgs.br
Abstract
Behavioural effects of psychollatine, a new glycoside indole monoterpene alkaloid isolated
from Psychotria umbellata, was investigated in models of anxiety, depression, memory,
tremor and sedation related to 5-HT and/or GABA neurotransmission. The GABA
antagonist picrotoxin and the 5-HT2 antagonist ritanserin were used to examine the role of
GABA and 5-HT2 receptors in psychollatine-induced effects. In the light/dark and hole-
board models of anxiety, diazepam (0.75 mg/kg) and psychollatine (7.5 and 15 mg/kg)
showed anxiolytic-like effect at doses that do not increase sleeping time nor alter
spontaneous locomotor activity. The anxiolytic effect of psychollatine was prevented by
prior administration of ritanserin, but not of picrotoxin, indicating that 5-HT2 but not
GABA receptors are implicated. In the forced swimming model of depression,
psychollatine (3 and 7.5 mg/kg) effects were comparable to the antidepressants imipramine
(15 mg/kg) and fluoxetine (20 mg/kg). Psychollatine suppressed oxotremorine-induced
tremors in all doses. In the step-down learning paradigm, diazepam (0.85 mg/kg), MK-801
(0.15 mg/kg) and psychollatine 100 mg/kg impaired the acquisition of learning and
memory consolidation, without interfering with retrieval. It is concluded that psychollatine
is a bioactive alkaloid and that its effects at the central nervous system involve serotonergic
5HT2
A
/
C
receptors.
Introduction
Since its discovery over 50 years ago, serotonin (5-hydroxytryptamine, 5-
HT) has been a long-standing target of intense research, in both academia and the
pharmaceutical industry
1
. Current efforts focus on the identification of more potent and
selective ligands for different receptor subtypes, aiming to enhance drug treatments with
fewer side effects for a variety of disorders
2
, as well as understanding the diverse role of
serotonin in the fine-tuning of various body functions. 5-HT has been shown to have a
multitude of different physiological actions, and this is not surprising given the nature of
the 5-HT neuronal system and the variety of different 5-HT receptors
1
. Currently, seven
families of 5-HT receptors have been recognized
2
.
While early research on 5-HT was focused on its functions in peripheral
tissues, a large proportion of current research exploit 5-HT pharmacology for therapeutic
benefit associated with CNS functions
1
. 5-HT neurons originate in the hindbrain in a
relatively circumscribed area, but send projections to most parts of the brain
3
. Furthermore,
5-HT is known to interact with other neurotransmitter systems, the literature being
particularly rich regarding interactions between 5-HT and dopamine, and 5-HT and
glutamate systems
4,1
.
The discovery of the selective 5-HT reuptake inhibitors represented an
incremental step in the development of antidepressant drugs, and they are now the drugs of
choice in treating depression
1
. Moreover, it has been long accepted that the regulation of
fear and anxiety is strongly associated with the central γ-aminobutyric acid (
GABA
) and
serotonergic (5-HT) systems
5
. A substantial amount of data has been accumulated on the
role of various serotonin receptor subtypes in anxiety. Anxiolytic-like effects of drugs
targeting serotonin 5-HT
1A
, 5-HT
2A
, 5-HT
2C
receptors have been revealed by conditioned
procedures as well as ethological-based models
6
. Antagonism of the 5-HT
3
receptor also
induces anxiolytic effects in various models of anxiety, and selective 5-HT
3
antagonists
such as ondansetron and zacopride have anxiolytic profiles in rodents and potential clinical
application in the treatment of generalized anxiety and panic disorders
7,8
. Recently,
however, the significance of other neurotransmitters systems (such as cholinergic,
dopaminergic and glutamatergic) in modulating emotional behavior has received attention
9
.
Serotonergic projections arising from the raphe nuclei innervate limbic
(amygdala and hippocampus) and cortical areas known to be involved with cognition and
processing of emotional events
10
. 5-HT1 and 5-HT2 receptors are present in areas
associated with learning and memory processes
11,12
, although there is no consensus on the
effects of enhancing or lessening setotonergic activity on mnemonic processes; differences
in tasks and receptor sub-types appear to be relevant for any given outcome
10, 11,12, 13
.
N
N
O
OGlu
H
3
COOC
H
H
H
H
H
Psychollatine 5-hydroxytryptamine (serotonin)
Psychollatine (formerly known as umbellatine) is an indol-monoterpene
alkaloid (isolated from Psychotria umbellata Vell., Rubiaceae) structurally related to
serotonin. The present study was undertaken to further investigate the
psychopharmacological profile of psychollatine, by using the mouse light/dark and hole-
board models, forced swimming test, step-down inhibitory avoidance and oxotremorine-
induce tremors. Locomotion, barbiturate sleeping time and anticonvulsant activity (PTZ)
were also examined. The role of 5-HT and GABA receptors in psychollatine mode of
action were further evaluated.
Results and Discussion
In evolutionary terms, 5-HT is one of the oldest neurotransmitters and has
been implicated in the etiology of numerous disease states
2
. Serotonin has been implicated
in the regulation of nociception, motor behavior, endocrine secretions, cardiovascular
function, appetite, as well as in several psychiatric and neurological disorders
14
.
Furthermore, 5-HT has been suggested to play a significant role in cognitive processes
11, 15
.
The 5-HT
1A
and 5HT
2A/C
receptor subtypes are especially relevant in this discussion, given
its implication in both anxiety and depression
14, 16
as well as with learning and memory
processes
12
.
Diverse physiological and behavioral effects consequent to the stimulation of
5-HT
1B
and 5-HT
2A/C
receptors have been reported
11
; for instance ritanserin, a non-selective
5-HT
2A/2C
receptor antagonist, was shown to be effective in improving several anxiety
disorders, including panic and generalized anxiety
17
. Increased 5-HT activity in the brain
(e.g., through agonists RU-24969 and mCPP) has been shown to induce spatial learning
deficits, while decreased activity (e.g., antagonists ketanserin and ritanserin) improve
consolidation of spatial discrimination, suggesting that drugs that stimulate or block the 5-
HT
1B
and/or 5-HT
2A/2C
receptors impaired or enhanced spatial learning, respectively
11
.
Nevertheless, ritanserin and mianserin were shown to be prejudicial in conditioned eye
blink in rabbits
18
, while ritanserin impaired elevated T-maze inhibitory avoidance in rats
19
,
suggesting differential roles of serotonin receptors in diverse learning paradigms.
Hole-board: The hole-board model is used to identify and evaluate the
anxiolytic/anxiogenic properties of drugs
20 .
As expected diazepam 0.75 mg/kg increased the
number of head-dips (F
(2,50)
= 51.14; P 0.01), crossings (F
(2,50)
= 89.93; P 0.01) and
rearings (F
(2,50)
= 10.91; P 0.01) (Fig. 2a, 2b and 2c respectively). Psychollatine 7.5 and
15 mg/kg also increased the number of head-dips (F
(5,85)
= 30.73; P 0.01), crossings (F
(5,85)
= 17.57; P 0.01) and rearings (F
(5,85)
= 12.99; P 0.05) (Fig. 1a, 1b and 1c
respectively). The highest psychollatine dose (200 mg/kg) significantly reduced the number
of head-dips and crossings (P 0.01) (Fig. 1a and 1b). None of the treated groups
significantly differed from controls regarding latency to the first head-dip (data not shown).
Pre treatment with picrotoxin reversed the effects of diazepam (Fig. 2a, 2b and 2c) but not
those of psychollatine in this model; pre treatment with ritanserin reversed the effects of
psychollatine on head-dips (F
(2,27)
= 20.52; P 0.01), crossings (F
(2,27)
= 8.12; P 0.01)
and rearings (F
(2,27)
= 6.27; P 0.01) (Fig. 2a, 2b and 2c).
Figure 1a
0
20
40
60
80
100
SAL
PPG 10%
DZ
P
0.75
PS
Y
7.
5
P
SY 15
P
SY 30
PSY
10
0
PSY 200
N head-dips (hd)
**
*
*
*
Figure 1b
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
SA
L
P
PG
10%
DZ
P
0
.
75
PSY 7.5
P
SY
15
PSY 30
P
SY 100
PSY 200
N squares crossed
*
*
*
*
Figure 1c
0
5
10
SAL
P
P
G
10%
D
ZP
0.
75
P
S
Y 7.5
P
SY
15
PSY
30
PS
Y
100
PSY
200
N rearing
*
*
Figure 1. Effects of psychollatine in the hole-board test. Number of head-dips (a), number
of squares crosses (b) and number of rearings (c). SAL, saline; PPG 10%, propylene glycol
10%; DZP 0.75, diazepam 0.75 mg/kg; PSY 7.5, 15, 30, 100 and 200, psychollatine 7.5, 15,
30, 100 and 200 mg/kg. Each column represents the mean ± SEM (N = 15). ANOVA * =
P<0.05 and ** = P<0.01 compared with controls.
Figure 2a
0
20
40
60
80
100
SAL+SAL
SAL
+
PPG
SAL+
D
ZP0.75
PI
CR
O+
S
AL
P
I
CRO
+
DZP
SA
L+
DM
S
O
RI
TA
N+
SAL
SAL+PSY7.
5
PICRO+PSY7.5
RI
TA
N+P
SY
7.5
N head-dips (hd)
*
*
Figure 2b
0
20
40
60
80
100
SA
L+
S
AL
SAL+PPG
S
AL+DZP
0.
75
P
I
CR
O
+
S
AL
PICR
O
+
D
ZP
SAL
+
D
M
SO
R
I
TA
N+SA
L
S
A
L+
P
SY7
.
5
PI
C
RO+P
S
Y7.5
RITAN+P
S
Y7.5
N squares crossed
*
*
*
Figure 2c
0
2
4
6
8
10
SAL+S
A
L
S
A
L+PPG
SA
L+
D
ZP0.
75
PI
C
RO
+
SAL
P
I
CR
O
+
DZP
SA
L+
DMSO
RI
TA
N+
S
AL
SAL+PSY7.5
PICRO+P
S
Y7.
5
RI
TA
N+
P
SY7.5
N rearing
**
*
Figure 2. Effects of psychollatine and antagonists (picrotoxin and ritanserin) in the hole-
board test. Number of head-dips (a), number of squares crosses (b) and number of rearings
(c). SAL, saline; PPG, propylene glycol 10%; DMSO, Dimethyl sulphoxide; DZP 0.75,
diazepam 0.75 mg/kg; PSY 7.5, psychollatine 7.5 mg/kg; PICRO, picrotoxin 1 mg/kg;
RITAN, ritanserin 2 mg/kg. Each column represents the mean ± SEM (N = 8-14). ANOVA
* = P<0.05 and ** = P <0.01 compared with controls.
Results from hole-board show that diazepam and psychollatine have a clear
and consistent effect (increased number) on head-dipping behavior (the key parameter), at
doses that did not produce sedation. The effects of diazepam were prevented by pre
treatment with the
GABA
antagonist picrotoxin, whereas the effects of psychollatine were
antagonized by the 5HT
2A/C
antagonist ritanserin.
Light-dark model: The light/dark model is a widely accepted animal model of anxiety
21
.
Diazepam 0.85 mg/kg significantly lengthened (F
(2,60)
= 12.14, P0.01) the time spent in
the lighted compartment, as well as the latency (F
(2,60)
= 16.86, P0.01) to the first entry in
the dark compartment (Fig. 3a and 3b). Likewise, psychollatine 7.5 mg/kg increased the
time (F
(5,114)
= 6.51, P0.05) spent in the light area, and the latency (F
(5,114)
= 11.64,
P0.01) to the first entry in the dark compartment (Fig. 3a and 3b). No significant
differences were seen in the number of transitions between compartments among the
various groups (data not shown). Pre treatment with picrotoxin reversed the effects of
diazepam, but not those of psychollatine (Fig. 4a and 4b). Pre treatment with ritanserin
reversed the effects of psychollatine on the time spent in the light area (F
(2,22)
= 7.45; P
0.01) and the latency to the first entry in the dark compartment (F
(2,22)
= 2.32, P 0.05)
(Fig. 4a and 4b).
Figure 3a
0
10
20
30
40
50
60
SA
L
PPG10
%
DZP
0.
85
PS
Y
7.5
PSY 15
PS
Y
30
Latency (sec)
*
*
Figure 3b
0
50
100
150
S
AL
PP
G
10%
DZP 0.85
PSY 7.
5
P
SY 15
PSY 30
Time spent in light area (sec)
**
Figure 3. Effects of diazepam and psychollatine on the behavior of mice in the light-dark
test. Latency of the first entry (a) and the amount of time spent by mice in the light area (b).
SAL, saline; PPG, propylene glycol 10%; DZP 0.85, diazepam 0.85 mg/kg; PSY 7.5,15 and
30; psychollatine 7.5, 15 and 30 mg/kg. Each column represents the mean ± SEM (N = 19-
22). ANOVA * = P <0.05 and ** = P <0.01 compared with controls.
Figure 4a
0
10
20
30
40
50
60
SA
L+
S
A
L
SAL+
P
PG
S
A
L+
D
ZP
0.
85
PI
C
R
O
+
S
A
L
PICRO
+
D
Z
D
M
S
O+SA
L
R
I
TA
N+SA
L
SAL+
P
SY
7
.5
PICRO+PSY7.5
R
I
TA
N
+
P
SY
7.
5
Latency (sec)
*
*
Figure 4b
0
20
40
60
80
100
120
140
SAL+SAL
SA
L+
PP
G
SAL+DZP0.85
PI
C
RO+SAL
PI
C
RO
+
DZP
D
MS
O
+S
A
L
RITAN+SAL
SAL+PSY7.5
PICRO
+
P
SY
7.
5
RITAN+PSY7
.
5
Time spent in light area (sec)
*
*
*
Figure 4. Effects of diazepam and psychollatine on the behavior of mice in the light-dark
test with antagonists. Latency of the first entry (a) and the amount of time spent by mice in
the light area (b). SAL, saline; PPG, propylene glycol 10%; DMSO, Dimethyl sulphoxide;
DZO 0.85, diazepam 0.85 mg/kg; PSY 7.5, psychollatine 7.5 mg/kg; PICRO, picrotoxin 1
mg/kg; RITAN, ritanserin 2 mg/kg. Each column represents the mean ± SEM (N = 8-10).
ANOVA * = P <0.05 and ** = P <0.01 compared with controls.
In the light/dark model, results were consistent with those obtained with
hole-board. Diazepam and psychollatine behaved as anxiolytics, markedly increasing the
time spent in the lit box. Again, the effects of diazepam were prevented by pre treatment
with the
GABA
antagonist picrotoxin, whereas the effects of psychollatine were antagonized
by the 5HT
2A/C
antagonist ritanserin. This data suggests that 5-HT
2
A
/
C
receptors are involved
in the anxiolytic properties of psychollatine. This result is consistent with the fact that
psychollatine and serotonin are structurally related.
Potentiation of barbiturate sleeping time and Spontaneous locomotor activity: In order to
check distinguish anxiolytic activity from general sedation, the following experiments were
conducted. Psychollatine 100 mg/kg (F
(5,59)
= 6,55, P 0.01) and diazepam 2 mg/kg (F
(2,29)
= 45.19, P 0.01) increased pentobarbital-induced sleeping time (Fig. 5). As can be seen in
Fig 6, saline, psychollatine (3, 7.5, 10 and 30 mg/kg), diazepam (0.75 and 0.85 mg/kg) did
not interfere with the spontaneous locomotion, whereas psychollatine 100 mg/kg reduced
locomotion [F
(5,78)
=10.427 , P< 0.01].
0
30
60
90
120
150
180
210
SAL
P
PG
10
%
D
ZP
2
.
0
P
S
Y 3.0
P
S
Y 7.5
P
S
Y
10
PS
Y
30
PS
Y
10
0
Sleeping time (min)
*
*
Figure 5. Effects of benzodiazepine (Diazepam), psychollatine, and respective vehicle
(PPG and saline) on potentiation of barbiturate sleeping time. SAL, saline; PPG, propylene
glycol 10%; DZP 2.0, diazepam 2 mg/kg; PSY 3.0, 7.5, 10, 30 and 100, psychollatine 3,
7.5, 10, 30 and 100 mg/kg. Each column represents the mean ± SEM (N = 9-12). ANOVA
* = P <0.05 and ** = P <0.01 compared with controls.
0
50
100
150
200
250
300
SA
L
PPG10%
DZP0.75
DZP0.
85
P
S
Y
3.0
PSY
7.5
PSY 10
PSY 30
P
S
Y
100
Locomotor activity (sec)
*
Figure 6. Effects of benzodiazepine (Diazepam), psychollatine, and respective vehicle
(PPG and saline) on spontaneous locomotor activity. SAL, saline; PPG, propylene glycol
10%; DZP 0.75 and 0.85, diazepam 0.75 and 0.85 mg/kg; PSY 3.0, 7.5, 10, 30 and 100,
psychollatine 3, 7.5, 10, 30 and 100 mg/kg. Each column represents the mean ± SEM (N =
9-12). ANOVA * = P <0.05 and ** = P <0.01 compared with controls.
Higher doses of psychollatine induces sedative effects, including
potentiation of barbiturate sleeping time (100 mg/kg), marked inhibition of spontaneous
ambulation (100 mg/kg), and deficits in rota-rod performance (200 mg/kg)
22
. Sedative
doses are distinctly separated from the anxiolytic dose-range (7.5 – 15 mg/kg).
PTZ induced convulsions: As can be seen at Fig. 7, 100% and 90% of control animals
(saline and PPG, respectively) presented seizures within 60 min after PTZ treatment. Both
diazepam 0.8 mg/kg (10%, P0.05) and phenobarbital 20 mg/kg (0 %, P0.05) protected
mice from PTZ convulsions, whereas psychollatine was devoid of effect.
0
20
40
60
80
100
% of seizuring
animals
SAL
PPG10%
DZP0,8
PHENO20
PSY 3.0
PSY 7.5
PSY 10
PSY 30
PSY 100
*
*
Figure 7. Effects of diazepam, phenobarbital and psychollatine on PTZ-induced
convulsions. SAL, saline, PPG, propylene glycol 10%; DZP 0.8, diazepam 0.8 mg/kg;
PHENO 20, phenobarbital 20 mg/kg, PSY 3.0, 7.5, 10, 30 and 100, psychollatine 3, 7.5, 10,
30 and 100 mg/kg. N = 10. Fischer * = P <0.05 and ** = P <0.01 compared with controls.
The facts that psychollatine does not behave as anticonvulsant against
pentylenetetrazole, nor has its anxiolytic effects altered by pre treatment with picrotoxin,
suggest that GABA receptors do not play a significant role in the behavioral effects of
psychollatine.
As discussed above, in addition to anxiety, the serotonergic system has been
implicated in the modulation of depression
14,16
and cognition
11,12, 15
. Consequently,
psychollatine effects were evaluated in the following relevant models.
Forced swimming test: Psychollatine at doses of 3 (48.88±12.73 s) and 7.5 mg/kg
(56.41±7.22 s) significantly (P<0.05) decreased the duration of immobility when compared
with saline (112.53±6.73 s). Higher doses (10 and 30 mg/kg) of psychollatine were devoid
of effect. MK-801 0.15 mg/kg (33.36±3.94 s), imipramine 15 mg/kg (46.05±9.43 s) and
fluoxetine 20 mg/kg (57.61±10.88 s) also reduced (P<0.05) the duration of immobility
(Fig. 8).
0
20
40
60
80
100
120
140
SA
L
i
m
i
pr
amine
MK-
801
f
lu
oxet
in
e
P
SY 3.
0
PS
Y
7.5
PSY
10
PSY 30
Immobility time (sec)
*
*
*
*
*
Figure 8. Effects of imipramine, fluoxetine, MK-801 and psychollatine on time of
immobility in forced swimming test. PSY 3.0, 7.5, 10 and 30= psychollatine 3, 7.5, 10 and
30 mg/kg. Each column represents the mean ± S.E.M. (N=10). ANOVA* = P <0.05
compared with saline.
Psychollatine (at doses that do not affect locomotion), as well as fluoxetine
and imipramine, significantly reduced the total duration of immobility in the forced
swimming test in mice, commonly used to predict clinical efficacy of several
antidepressants
23
.
Oxotremorine-induced tremors: Oxotremorine is a potent muscarinic agonist, and its
tremorigenic activity seems to be primarily mediated through central cholinergic
stimulation
24
. Psychollatine at 3 mg/kg (7 [6-9] ), 7.5 mg/kg (7 [6-9]), 10 mg/kg (6.5 [2-
9.25]), 30 mg/kg (5.5 [3.75-7]) and 100 mg/kg (8[5.75-9]), and scopolamine 3 mg/kg (0 [0-
0]) suppress tremors in oxotremorine-treated mice when compared with saline (10 [9-
11.5]). The effect of psychollatine was not dose-dependent (Fig. 9).
0
2
4
6
8
10
12
SAL+SAL
SAL+
O
XO
sc
opol
ami
n
e+OXO
S
AL+P
SY3.
0
SAL+
P
SY7.
5
SA
L+
PSY10
SAL+
PS
Y30
S
AL+
PSY100
Tremor scores
**
**
**
**
**
Figure 9. Effects of scopolamine and psychollatine on the oxotremorine-induced tremor.
Scopolamine 3 mg/kg; OXO, oxotremorine 0.5 mg/kh; PSY 3.0, 7.5, 10, 30 and 100,
psychollatine 3, 7.5, 10, 30 and 100 mg/kg. Each column represents the median
(interquartile ranges) of training (light columns) or test (dark columns) session latencies **
P <0.01 significant difference compared with saline + oxotremorine in Mann-Whitney U
test, following Kruskal-Wallis.
Step-down inhibitory avoidance:
Short term memory (STM): Diazepam 0.85 mg/kg (9.65 s[3.05-31.55]), MK-801 0.15
mg/kg (8.4 s[2.85-14.32]) and only the higher psychollatine dose (100 mg/kg) (6.8 s[3.85-
17]) significantly reduced (P<0.01) the latency during aquisition testing when compared
with saline (29.2 s[8.4-137]) (Figure 10a). When tested for effects in memory retention
diazepam 0.85 mg/kg (8.3 s[7.2-15.5]), MK-801 0.15 mg/kg (16.5 s[8.2-22.6]) and
psychollatine 3 mg/kg (11.8 s[5-21.9]), 7.5 mg/kg (9.6 s[4.45-19.37]), 10 mg/kg (11.55
s[4.87-19.92] and 30 mg/kg (12.8 s[4.47-34.17] also caused a significant (P<0.01)
reduction in step-down latency when compared with saline (21.4 s[12.3-80]) (Figure 10b).
No one treatment induced differences in retrieval (data not shown).
Figure 10a
0
50
100
150
200
250
300
350
SA
L
P
P
G1
0
%
DZP0
.
85
M
K
-
8
0
1
0
.1
5
PSY3.0
PS
Y
7.
5
P
SY
1
0
P
SY
3
0
PS
Y
100
Latency (sec)
TRAINING
STM
LTM
*
***
** **
*
*
Figure 10. Effect of psychollatine given ip 30min prior to training (A) and immediately
posttraining (B) on test performance of adult mice trained in step-down inhibitory
avoidance (0.3mA footshock, 24h training-test interval). N=20 per group. Each column
represents the median (interquartile ranges) of training (light columns) or test (dark
columns) session latencies, for long term memory (LTM) and short term memory (STM).*
P <0.05, ** P <0.01 significant difference compared with controls in Mann-Whitney U test,
following Kruskal-Wallis.
Long term memory (LTM): Diazepam 0.85 mg/kg (4.75 s[3-16.32]), MK-801 0.15 mg/kg
(6 s[2.42-9.95]) and psychollatine 7.5 mg/kg (13.4 s[5.12-25.72] and 100 mg/kg (5 s[2.3-
17.57]) significantly reduced (P<0.01) the latency during acquisition testing when
compared with saline (33.2 s[13-114.6]) (Figure 10a). When tested for effects in memory
retention diazepam 0.85 mg/kg (5.4 s[3-9.10]), MK-801 0.15 mg/kg (6.2 s[3.1-12.70]) and
psychollatine 7.5 mg/kg (13.1 s[3.02-90.325]) and 100 mg/kg (9.5 s[3.225-100.175] also
caused a significant (P<0.01) reduction in step-down latency when compared with saline
(50.3 s[18.20-156.3]) (Figure 10b). No differences in retrieval were found after treatments
data not shown).
Figure 10b
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
SAL
P
P
G
1
0%
DZP0.85
MK-8010.
1
5
P
S
Y3.
0
P
SY7.5
P
S
Y10
P
SY
3
0
PSY100
Latency (sec)
TRAINING
STM
LTM
**
**
**
*
**
**
**
**
**
**
**
*
**
*
**
It has been suggested that cross talk between central serotonergic and
cholinergic systems play a critical role in mnemonic processes
13
. The hippocampal
cholinergic tone may be modulated via 5-HT
1A
receptor, the serotonin 5-HT1
A
agonist 8-
OH-DPAT stimulates the release of acetylcholine in the hippocampus
25
, and fluoxetine
reverses scopolamine-induced cognitive deficit
11
. Several reports have indicated that
tryciclic antidepressants, including clomipramine and imipramine, as well as selective
serotonin reuptake inhibitors, like paroxetine, inhibit oxotremorine-induced tremor
26
, and
this anticholinergic activity may be responsible for the antidepressants unwanted side
effects in memory
27
. The overall effect of agents that primarily interfere with serotonergic
receptors on the cholinergic system is, therefore, intricate. In the case of psychollatine, its
effects on oxotremorine-induced tremors and memory suggest an overall depression of
cholinergic transmission. The possibility that psychollatine-induced amnesia is the result of
its modulation of serotonin per se can not be ruled out at this point.
It has been accepted that changes in the serotonergic transmission can
interfere with learning acquisition and memory consolidation; in fact, the brain structures
implicated in learning and memory processes contain a large number of 5-HT receptors, as
well as other neurotransmission systems
28
. Tryciclic antidepressants such as imipramine
and amitryptiline, but not the selective serotonin reuptake inhibitor fluoxetine, have been
reported to induce amnesia in passive avoidance and maze performance in mice
26
.
In this study psychollatine impaired acquisition and consolidation memory processes in the
step-down inhibitory avoidance, without affecting memory retrieval. This pattern is
compatible with those obtained with 5-HT agonists
11
and antagonists
19
, muscarinic
antagonists
29
, and NMDA glutamate antagonists
30
as described in many studies. The data
here presented suggest that psychollatine interferes with serotonergic transmission and
possibly with the cholinergic systems. Considering the previously reported analgesic effect
of psychollatine in the capsaicin model, and its synergism with MK-801, a potential role of
NMDA receptors in psychollatine amnesic effect has to be taken into account
22
.
Complete pictures of the molecular mechanism underlying the effects of
psychollatine as anxiolytic, antidepressive and amnesic remain to be elucidated. However,
this study adds to the idea that the indole monoterpene alkaloid psychollatine deserves
further investigation as a useful template to develop selective sub-types ligands for 5-HT
receptors.
Experimental Section
General Experimental Procedure
Diazepam, sodium pentobarbital, ritanserin, picrotoxin, phenobarbital and propylene glycol
(PPG) were acquired from Sigma; dimethyl sulphoxide (DMSO) from Delaware;
pentylenetetrazol (PTZ) from Knoll A.G-Ludwingshafen/Rheno; MK-801 was acquired
from RBI. Drugs and vehicles were administered intraperitoneally, except for PTZ given
subcutaneously, always as 0.1 mL/ 10g of body weight. Diazepam (0.75, 0.85 and 2 mg/kg)
was suspended in propylene glycol 10% (v/v). Ritanserin (2.0 mg/kg) was suspended in
DMSO 10% (v/v). Psychollatine (3, 7.5, 10, 30, 100 and 200 mg/kg) was solubilized in
one or a few drops (20-60 µL) of HCl (1N), the final volume completed with saline and the
pH adjusted (7.0) with a few drops of NaOH (1N). Sodium pentobarbital (40 mg/kg), PTZ
(88 mg/kg), phenobarbital (20 mg/kg), picrotoxin (1.0 mg/kg), MK-801 (0.15 and 0.25
mg/kg), scopolamine (3 mg/kg) and oxotremorine (0.5 mg/kg) were diluted in saline.
Control groups received saline (NaCl 0.9%), PPG (10%) or DMSO (10%) as appropriate.
Psychotria umbellata Vell.(Rubiaceae) leaves were collected and identificated by Gert
Hatchbach, in February 1995; a voucher (MBM 48571) has been deposited at the herbarium
of the Museu Botânico Municipal de Curitiba (PR, Brazil).
Dried leaves (100g) were extracted with EtOH at room temperature 3-times, each for a
week. The extract was concentrated under vacuum at 40°C to a dark green syrup. The syrup
was dissolved in HCl 2% (0.5L) and partitioned with CH
2
Cl
2
. The acid solution was
alkalinized with NH
4
OH 25% until pH = 10 and extracted with CH
2
Cl
2
. From the CH
2
Cl
2
extract 954 mg of a colorless amorphous compound was precipitated. Purity of the
compound was checked by TLC with silica gel 60F254 (CHCl
3
:MeOH/NH
3
vapor - 85:15 -
Rf = 0.2) and HPLC (column: NOVAPACK C18 150 mm x 3.9 mm - Waters; MeOH:H
2
0 -
50:50 as eluent and a Photo Diode Array as detector; Rt = 2.13 min).
Animals. Experiments were performed with male adult mice (CF1), acquired from
Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS) with 2 months of age.
Animals were maintained in our owns facilities (22°±1°C, 12 h light/dark cycle, free access
to food [Nuvilab CR1] and water) for at least two weeks before experiments. All
procedures were carried out according to institutional policies on experimental animal
handling.
Hole-board model. The hole-board apparatus (Ugo Basile, Italy) consisted of a grey
Perspex panel (40x40x40 cm, 2.2 cm thick) with 16 equidistant holes (3 cm in diameter) in
the floor. Photocells below the surface of the holes provided measures of the number of
head-dips. The board was positioned 15 cm above the table and divided (with black water-
resistant marker) in 16 squares of 10x10 cm. The method was adapted from Takeda et al.
(1998)
20
. Mice were transported to the dimly lit laboratory at least 1 h prior to testing. The
animals were divided into ten groups (N = 15) and treatments (saline, PPG, DMSO,
diazepam and psychollatine) administered intraperitoneally 30 min prior to the testing.
After 30 min each animal was individually placed in the center of the board (facing away
from the observer) and the following parameters were noted for 5 min: the latency to the
first head-dip measured using a stopwatch; number of head-dips; the number of rearings
and spontaneous movements (number of squares crossed with all four paws). To verify the
influence of the different receptors, the antagonists ritanserin and picrotoxin were
administered 30 min before psychollatine (7.5mg/kg). Statistical analysis involved an initial
one-way analysis of variance (ANOVA), followed by Student Newman Keuls (SNK) test.
Light/dark model. This model of anxiety was based on that described by Misslin et al.
(1989)
31
and consists of an open-topped rectangular box (48 x 29 x 46 cm high), divided
into a small (19 x 29 cm) and a large (29 x 29 cm) area. The mice could move from one box
to the other through an open door ( 7 x 7 cm) between the two boxes. The small
compartment was painted black and provided only with room illumination, whereas the
larger compartment was painted white and brightly illuminated with a 60-W (400lx) light
source. Mice were transported to the experimental room, lit by a single dim red light, at
least 1 h prior to testing. The animals were divided into ten groups (N = 8-15) and
treatments (saline, PPG, DMSO, diazepam and psychollatine) administered
intraperitoneally 30 min prior to testing. After 30 min each animal was individually placed
in the center of the illuminated box, facing the entrance to the dark box and the following
parameters were noted for 5 min: the latency of the first crossing, the amount of time spent
in the light area, and total number of crossings from one compartment to the other. To
verify the influence of the different receptors, ritanserin and picrotoxin were administered
30 min before psychollatine (7.5mg/kg). Statistical analysis involved an initial one-way
analysis of variance (ANOVA), followed by Student Newman Keuls (SNK) test.
PTZ induced convulsions. Mice were divided in five groups (n=10) and test drugs (saline,
PPG, diazepam, phenobarbital and psychollatine) were given IP. After 30 min mice
received PTZ (88 mg/kg s.c.). Following PTZ injection, animals were individually placed
in transparent acrylic chambers (20 x 20 x 20 cm) and observed during 60 minutes for the
presence of clonic convulsions lasting more than 3 seconds
32
. Data was analysed through
the Fisher´s exact test.
Potentiation of barbiturate sleeping time. Thirty minutes after treatment with saline, PPG,
diazepam and psychollatine (3 - 100 mg/kg) groups of eight mice (N=9-12) were treated IP
with 40 mg/kg of sodium pentobarbital. The sleeping time (time elapsed between loss and
recuperation of righting reflex) was recorded. The adopted criterion for recuperation of
righting reflex was that animals have to regain their normal posture for three consecutive
times when challenged to remain on their backs
33
. Statistical analysis involved an initial
one-way analysis of variance (ANOVA), followed by Student Newman Keuls (SNK) test.
Spontaneous locomotor activity. The method was adapted from Creese et al. (1976)
34
.
Activity cages (Albarsch Electronic Equipment, 45 x 25 x 20 cm) equipped with 3 parallels
photocells automatically record number of crossings. Animals were individually habituated
to an activity cage for 10 minutes before receiving the following treatments (n=10-16):
saline, psychollatine (3 - 100 mg/kg) and diazepam (0.75 and 0.85 mg/kg). 30 minutes after
treatments the animals returned to the activity cages and crossings were recorded for 15
min. Statistical analysis involved an initial one-way analysis of variance (ANOVA),
followed by Student Newman Keuls (SNK).
Forced swimming test. We followed the method of Porsolt et al (1977)
23
as modified by
Sunal et al. (1994)
35
. Mice were individually forced to swim in an open cylindrical
container (diameter 30 cm, height 25 cm), containing 20 cm of water at 25 ± 1 °C for 6
min. The duration of immobility was recorded during the last 4 min of the 6 min testing
period. After vigorous activity, swimming attempts cease and the animal adopts a
characteristic immobile posture. A mouse is judged to be immobile when it floats in an
upright position and makes only small movements to keep its head above water. At the end
of the session mice were removed and dried with a towel. Statistical analysis involved an
initial one-way analysis of variance (ANOVA), followed by Student Newman Keuls (SNK)
test.
Oxotremorine-induced tremors. Saline, scopolamine and psychollatine (3, 7.5, 10, 30 and
100 mg/kg) were administered i.p. to mice 30 minutes before an oxotremorine (0.5 mg/kg)
injection. For observation, mice were individually placed in transparent acrylic cages (20 x
20 x 20 cm) immediately after oxotremorine administration; tremors was scored visually at
5 min intervals for 30 min using the following a rating scale: 0 = no tremors, 1 =
intermittent moderate tremors, and 2 = continuous severe tremors. Data is expressed as the
total sum scores obtained in 30 min
36
and are expressed as median (interquartile ranges).
Data were analyzed by Kruskal-Wallis non-parametric analysis of variance; comparisons
between groups were run using Mann-Whitney U-test (two-tailed).
Step-down inhibitory avoidance. The test used was adapted from Netto and Izquierdo
(1985)
37
and from Maurice et al. (1994)
29
. Mice were habituated in the dim lighted room
for at least 30 minutes before the experiments. The inhibitory avoidance training apparatus
was a plastic box with 30 x 30x 40cm, with a platform (5 x 5 x 4 cm) fixed in the center of
the grid floor. Each mouse was placed on the platform and the latency to step-down (four
paws on the grid), was automatically recorded in training and test sessions. In the training
session, the mouse received a 0.3 mA scrambled foot shock for 15 s, upon stepping down.
Animals exhibiting step down latencies greater than 30 s in training were excluded from
experiments; less than 5% of the animals met this exclusion criterion. The test session was
performed 24h later, with the same procedure except that no shock was administered after
stepping down; an upper cut-off time of 300 s was set.
Drugs (saline, PPG 10%, MK-801, diazepam or psychollatine) were administered
intraperitoneally (ip) as follows: 30 min before training, to evaluate effects on task
acquisition (in this case no exclusion criteria was applied); immediately after training, to
evaluate effects on memory consolidation and 30 min before testing, to assess memory
retrieval. The step-down latencies are expressed as median (interquartile ranges). Data were
analyzed by Kruskal-Wallis non-parametric analysis of variance; comparisons between
groups were run using Mann-Whitney U-test (two-tailed). Comparisons between training
and test sessions within each group were made by the Wilcoxon test. Spearman-rank
correlation coefficient was used to check dose-effect associations.
Acknowledgements
This study was supported by grants from CNPq (EE, ATH and FLB), and financial support
from CNPq and PROPESQ.
References and Notes
(1) Jones, B.; Blackburn, T. Pharmacol. Bioquem. Behav. 2002, 71, 555-568.
(2) Hoyer, D.; Hannon, J.P.; Martin, G.R. Pharmacol. Biochem. Behav. 2002, 71, 533-
554.
(3) Azmitia, E.C.; Whitaker-Azmitia P.M. J. Clin. Psychiatry. 1991, 52(12), 4-16.
(4) Costa-Campos, L.; Dassoler, S.C.; Rigo, A.P.; Iwu, M.; Elisabetsky, E. Pharmacol.
Biochem. Behav. 2004, 77(3), 481-489.
(5) File, S.E. Neuropharmacol. 1987, 26(7B):877-886.
(6) Bourin, M.; Dhonnchadha, B.A.N.; Colombel, M.C.; Hascoët, M.; et al. Behav. Brain
Research. 2001, 124, 87-95.
(7) Kelley, S.P.; Bratt, A.M.; Hodge, C.W. Eur. J. Pharmacol. 2003, 461, 19-25.
(8) Freeman, III.A.M.; Westphal, J.R.; Norris, G.T.; Roggero, B.A. Depress. Anxiety.
1997, 5, 140-141.
(9) Nakamura, K.; Kurasawa, M. Eur J Pharmacol 2001, 420:33-43.
(10) Misane, I.; Ögren, S.O. Neuropsychopharmacology. 2000, 22(2), 168-190.
(11) Meneses, A.; Hong, E. Behav. Brain Res. 1997, 87, 105-110.
(12) Khalifa, E. A. Pharmacol. Biochem. Behav. 2003, 75, 755-762.
(13) Solana-Figueroa. R.; Salado-Castillo, R.; Quirarte, L.G.; Galindo, E.L.; Prado-Alcalá
A.R. Life Sci. 2002, 71, 391-399.
(14) Beneytez, M.E.; López Rodríguez, M.L.; Rosado, M.L.; Morcillo, M.J.; et al. Eur. J.
Pharmacol. 1998, 344, 127-135.
(15) Liang, K.C. Eur. J. Neurosci. 1999, 11, 1491-1500.
(16) Fletcher, A.; Forster, E.A.; Bill, D.J.; Brown, G.; et al. Behav. Brain Res. 1996, 73,
337-353.
(17) Celeumans, D.L.; Hoppenbrouwers, M.L.; Gelders, Y.G. and Reyntjens, A.J.
Pharmacopsychiatry. 1985, 18, 303-305.
(18) Harvey, J.A. Learn. Mem. 2003, 10, 355-362.
(19) Zangrossi Jr., H.; Viana, M.B.; Zanoveli, J.; Bueno, C.; Nogueira, R.L.; Graeff, F.G.
Neurosci. Biobehav. Rev. 2001, 25, 637-645.
(20) Takeda, H.; Tsuji, M.; Matsumiya, T. Eur. J. Pharmacol. 1998, 350, 21-29.
(21) Gard, P.R.; Haigh, S.J.; Cambursano, P.T.; Warrington, C.A. Pharmacol. Biochem.
Behav. 2001, 69, 35-40.
(22) Both, F.L.; Kerber, V.A.; Henriques, A.T.; Elisabetsky, E.. Pharmaceutical Biol.
2002, 40(5), 336-341.
(23) Porsolt, R.D.; Bertin, A.; Jalfre, M. Arquives Internationales de Pharmacodynamic et
de Theroapie. 1977, 229, 327-336.
(24) Fukuzaki, K.; Kamenosono, T.; Nagata, R. Pharmacol. Biochem. Behav. 2000, 65(3),
503-508.
(25) Lazaris, A.; Bertrand, F.; Lazarus, C.; Galani, R.; Stemmelin, J.; Poirier, R.; Kelche,
C.; Cassel, J-C. Brain Res. 2003, 967, 181-190.
(26) Fujishiro, J.; Imanishi, T.; Onozawa, K.; Tsushima, M. Eur. J. Pharmacol. 2002, 454,
183-188.
(27) Jain, N.N.; Ohal, C.C.; Shroff, S.K.; Bhutada, R.H.; Somani, R.S.; Kasture, V.S.;
Kasture, S.B. Pharmacol. Biochem. Behav. 2003, 75, 529-536.
(28) Breese, R.G.; Knapp, J.D.; Moy, S.S. Neurosci. Biobehav. Rev. 2002. 26, 441-455.
(29) Maurice, T.; Hiramatsu, M.; Itoh, J.; Kameyama, T.; Hasegawa, T.; Nabeshima, T.
Brain Res.
1994,
647, 44-56.
(30) Hlinák, Z.; Krejcí, I. Behav. Brain Res. 2002, 131, 221-225.
(31) Misslin, R.; Belzung, C.; Vogel, E. Behav. Process. 1989, 8, 119-132.
(32) Clark, C.R. Epilepsia. 1988, 29, 198-203.
(33) Yamamoto, I.; Kimura, T.; Tateoka, Y.; Watanabe, K.; Kang Ho, I. Life Sci. 1987, 41,
2791-2797.
(34) Creese, I.; Burt, D.R.; Snyder, S.H. Science. 1976, 192, 481-483.
(35) Sunal, R.; Gümüsel, B.; Kayaalp, S.O. Pharmacol. Biochem. Behav. 1994, 49(4), 891-
896.
(36) Shuto, H.; Kataoka, Y.; Kanaya, A.; Matsunaga, K.; Sueyasu, M.; Oishi, R. Eur. J.
Pharmacol. 1998, 341, 33-37.
(37) Netto, C.A.; Izquierdo, I. Behav. Neural Biol. 1985, 43, 327-330.
4.2 Papel dos Receptores Glutamatérgicos e Dopaminérgicos no Perfil
Psicofarmacológico do Alcalóide Indol-monoterpênico Psicolatina (J. Nat. Prod.,
in press).
4.2.1 INTRODUÇÃO
O glutamato é um importante neurotransmissor excitatório e está
envolvido não somente na transmissão sináptica rápida, mas também no
desenvolvimento e manutenção de potenciais de longa duração (LTP), diretamente
associados aos processos de maturação cerebral, aprendizado e memória,
considerados como exemplos de plasticidade sináptica (GREENAMYRE; PORTER,
1994; LIPTON; ROSENBERG, 1994; MELDRUM, 1994; AMADIO et al., 2004).
Além disso, existem vários estudos implicando os receptores NMDA na patogênese
dos distúrbios afetivos, como ansiedade e depressão (ADAMEC et al., 1999; ROSA
et al., 2003), dor (PERKINS; DRAY, 1996), além de ter papel central na isquemia
hipóxica, epilepsia (LATYSHEVA; RAYEVSKY, 2003) e distúrbios
neurodegenerativos (Doença de Huntington, Parkinson, Alzheimer, etc;
SCHWARCZ; MELDRUM, 1985).
O atual entendimento sobre a esquizofrenia admite que dopamina não
é o único neurotransmissor em desequilíbrio e que outros neurotransmissores
(noradrenalina, serotonina, acetilcolina, glutamato e GABA) podem contribuir
significativamente na expressão deste distúrbio (CARLSSOM et al., 1999). De
acordo com esta observação, além das doenças neurológicas neurodegenerativas, das
desordens afetivas e do desenvolvimento da epileptogênese, o sistema
glutamatérgico também está envolvido na esquizofrenia. Acredita-se que a
esquizofrenia tenha um componente neurodesenvolvimental, resultando em
anormalidades no desenvolvimento cerebral e, particularmente, na maturação do
sistema glutamatérgico (LATYSHEVA; RAYEVSKY, 2003), crucial para a
sinalização axonal durante o crescimento (RAKIC et al., 1994).
Pacientes esquizofrênicos apresentam acentuado déficit cognitivo,
sendo que este depende, em parte, da plasticidade neuronal mediada pelos receptores
glutamatérgicos do tipo NMDA (DAW et al., 1993). Além disso, os receptores
NMDA podem ser importantes no processo que leva a um bloqueio sináptico visto
em adolescentes, idade de início da esquizofrenia (FEINBERG, 1990). Também na
esquizofrenia verifica-se uma redução da matéria cinzenta em várias regiões do
cérebro e tem sido sugerido que esta redução pode ser resultado da neurotoxicidade
mediada pelos receptores NMDA (ZIPURSKY et al., 1992).
Muitos dos comportamentos observados com antagonistas de receptor
NMDA podem ser resultado do cross talk destes fármacos com vários sistemas
neurotransmissores. Drogas antagonistas NMDA induzem um desequilíbrio
dopaminérgico semelhante ao padrão visto na esquizofrenia, e isto é possível já que
há uma interação entre os sistemas dopaminérgico e glutamatérgico (BRESSAN;
PILOWSKY, 2003). A liberação de DA no estriado está sob influência tônica
excitatória de glutamato. Foi demonstrado que o aumento dos níveis extracelulares
de glutamato induzido por um bloqueador da recaptação de glutamato no núcleo
acumbens produziu uma redução da liberação de DA na mesma região cerebral;
sendo a redução dependente de receptores NMDA. Alguns resultados têm
demonstrado que antagonistas NMDA, como PCP e MK-801, aumentam a liberação
de DA no núcleo acumbens, estimulam a atividade da maioria dos neurônios
dopaminérgicos mesolímbicos dentro da área tegmental ventral (RADA et al.,
2003).
Antagonistas não competitivos do receptor NMDA, tal como MK-801,
produzem hiperatividade locomotora, comportamento estereotipado e ataxia em
roedores. Tanto a hiperatividade quanto o comportamento estereotipado podem ser
abolidos por depleção de DA das vesículas neuronais por reserpina ou pela
administração de antagonistas dopaminérgicos, indicando que os principais efeitos
comportamentais de MK-801 são dependentes de DA (YAN et al.,1997).
4.2.2 OBJETIVOS
Considerando as propriedades farmacológicas identificadas para
psicolatina, que parecem envolver a participação de NMDA, e a importância deste
receptor, este trabalho teve por objetivo investigar os efeitos de psicolatina em
modelos comportamentais relacionados a receptores glutamatérgicos e
dopaminérgicos.
Role of Glutamate and Dopamine Receptors in the Psychopharmacological
Profile of the Indole Alkaloid Psychollatine
Fernanda L. Both,
†,‡
Lisiane Meneghini,
Vitor A. Kerber,
§
Amélia T. Henriques,
and Elaine Elisabetsky,*
†,‡
Curso de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre/RS, Brazil; Laboratório de Etnofarmacologia,
Departamento de Farmacologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre/RS, Brazil;
Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba/PR, Brazil
*Author to whom correspondence should be addressed. Tel/Fax: 55 51 3316 3121.
1
Dedicated to Dr. Norman R. Farnsworth of the University of Illinois at Chicago for
his pioneering work on bioactive natural products.
Curso de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul
Laboratório de Etnofarmacologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
§
Universidade Federal do Paraná
Abstract
Psychollatine (1), a new glycoside indole monoterpene alkaloid isolated from
Psychotria umbellata, has shown an interesting psychopharmacological profile. This
study aimed to investigate the role of NMDA glutamate and dopamine receptors in
mediating the properties of 1. Psychollatine (1) was assessed for NMDA-induced
seizures, MK-801 induced hyperlocomotion, amphetamine-induced lethality, and
apomorphine-induced climbing behavior in mice. Psychollatine (1) (100 mg/kg) and
MK-801 (0.3 mg/kg) prevented NMDA-induced seizures (P <0.01), while 1 (100
mg/kg) attenuated the MK-801-induced hyperlocomotion (P <0.05). Compound 1 (3
and 10 mg/kg), as well as chlorpromazine (4 mg/kg) prevented amphetamine-
induced lethality (P <0.05). Finally, 1 (10 mg/kg) (P <0.05), MK-801 (0.2 mg/kg)
(P <0.01), and chlorpromazine (4 mg/kg) (P <0.01) attenuated apomorphine-
induced climbing behavior. The present results strongly support the involvement of
NMDA glutamate receptors in the mode of action of psychollatine (1).
Introduction
There are a number of reasons to investigate drugs that modulate
NMDA glutamate receptors. The role of N-methyl-
D
-aspartate (NMDA) glutamate
receptors is recognized as being crucial in synaptic plasticity and long-term
potentiation, neurophysiological processes thought to underline learning and
memory.
1,2
Additionally, a growing body of evidence suggests the antagonism of the
NMDA receptor as a potential mechanism of action for anxiolytic
3,4
and
antidepressant drugs.
5-7
Moreover, dizocilpine (MK-801) (a potent and selective
non-competitive antagonist of NMDA receptors)
8
has been shown to interfere with
the development of tolerance and behavioral responses induced by a variety of drugs
of abuse including cocaine,
9
morphine,
10
nicotine,
11
diazepam,
12
and ethanol.
13
NMDA receptors have also been implicated in a variety of neuropathological
conditions including ischemia, epilepsy, various neurodegenerative diseases, and
psychiatric illness, including schizophrenia.
2,13
Along with the older and revised dopamine (DA) hypothesis of
schizophrenia, a hypoglutamatergic state is one of the major current explanatory
hypotheses for the pathophysiology of this psychiatric condition.
14,15
The
hypoglutamatergic hypothesis originated from the observation that non-competitive
NMDA antagonists such as phencyclidine (PCP), ketamine, and MK-801, in
elevated doses, mimic schizophrenia in volunteers, and exacerbate symptoms in
schizophrenic patients.
16
The DA hypothesis suggests that patients with
schizophrenia have elevated levels of dopaminergic neurotransmission, congruent
with the observation that all drugs effective in treating schizophrenia share the
common feature of blocking dopamine D
2
receptors to some extent.
17
However, the
dysfunction of dopamine may occur only in a subpopulation of patients suffering
from this heterogeneous disorder.
The current understanding of schizophrenia allows for the fact that
dopamine is not the only malfunctioning neurotransmitter, and that other
neurotransmitters (e.g., noradrenaline, serotonin, acetylcholine, glutamate and
GABA) may likewise present aberrant behavior.
18
DA neurons seem to be physiologically regulated by glutamatergic neurons.
15,19
Systemic or local administration of PCP or MK-801 severely disrupts the afferent
regulation of midbrain DA neuronal activity, and largely alters the functioning of,
for instance, the mesocortical and mesolimbic DA neurons.
14,18
Several other studies
have shown that MK-801 indirectly stimulates DA release and turnover in the brain,
and such increased DA states are thought to mediate the conditioned place
preference effects of MK-801;
20
the same reasoning would apply to the complex
behavioral syndrome characterized by increased locomotion, stereotypy, and
impaired motor coordination that follows MK-801 administration to rodents.
21
All
these effects are attenuated by D
1
and D
2/3
agonists or antagonists that inhibit
DAergic activity either through presynaptic or postsynaptic mechanisms.
20,22
However, some studies provide data that non-dopaminergic systems
mediate the actions of NMDA antagonists,
23-25
pointing to the involvement of
neurotransmitter systems other than dopamine in the central properties of NMDA
antagonists. In fact, in various brain regions, including the prefrontal cortex, the
hippocampus and the raphe, NMDA antagonism stimulates serotonin (5-HT)
turnover and release more consistently than the modulation of dopaminergic
activity, demonstrating a close relationship of NMDA with serotonergic
activity.
15,18,26,27
The psychotomimetic effects of NMDA antagonists can also be
attenuated or blocked by partial 5-HT
2A
agonists, and selective 5-HT
2A
antagonists.
8
It has been proposed that NMDA antagonists induce serotonin release, which in turn
activates 5-HT
2A
receptors on glutamatergic neurons in the cortex, resulting in
glutamate release.
25,27
This direct link between the serotonergic and glutamatergic
systems is thought to be the basis for the observed decreased sensitization to NMDA
antagonists for a persistent period after cessation of chronic exposure to
antipsychotics.
15
The genus Psychotria L. (Rubiaceae) has been subjected to
considerable prior chemical and pharmacological investigation, revealing the
presence of bioactive alkaloids.
28-31
Psychollatine (formerly known as umbellatine 1)
is an indole-monoterpene alkaloid, isolated from Psychotria umbellata Vell.
(Rubiaceae).
32
Psychollatine exhibits psychopharmacological activities, including
mild analgesic effects against a number of algogenic stimuli,
33
and anxiolytic,
antidepressive, and amnesic effects
34
in mice models; these data indicate that this
compound modulates different neurotransmitter systems, including NMDA, opioid
and 5-HT
2A/C
receptors.
The present study has further investigated the role of NMDA and
dopamine receptors in the mode of action of psychollatine (1), through the analysis
its effects on NMDA-induced seizures, MK-801-induced hyperlocomotion,
apomorphine-induced climbing, and amphetamine-induced lethality in grouped
mice.
Results and Discussion
Newer atypical antipsychotic agents, such as clozapine, olanzapine,
and risperidone, have significant effects not only on dopamine receptor subtypes,
but also on serotonergic receptors (5-HT
2A/C
, 5-HT
6
and 5-HT
7
), α
1
-adrenergic,
histaminergic, muscarinic, and NMDA glutamate receptors.
13-15
Accordingly, there
is ample evidence that in addition to dopamine and serotonin receptors, other
neurotransmitter systems, such as adrenergic and cholinergic, are also involved in
the behavioral psychotomimetic syndrome induced by NMDA antagonists.
26,35
Adding to previously observed effects,
34
this study shows that psychollatine (1)
interferes with behaviors known to be mediated by glutamate NMDA and dopamine
central receptors.
NMDA-induced Seizures. Psychollatine (1, 100 mg/kg) and MK-801 (0.3 mg/kg)
reduced the incidence of NMDA seizures. A significant delay in seizure onset was
observed only in mice treated with the intermediate dose (75 mg/kg) of 1 (P < 0.05)
(Table 1). Psychollatine 75 and 100 mg/kg, and MK-801 0.3 mg/kg, significantly
protected mice from NMDA-induced fatal seizures (P <0.01).These results
suggested a moderate but significant antagonist effect of 1 on NMDA receptors.
Table 1
Effect of psychollatine against NMDA-induced seizures
Treatment (mg/kg)+ NMDA (15
0
Seizures
Incidence
Seizure Latency
(s)
Fatality Incidenc
e
Saline 16/22
540±84.14
15/22
MK-801 (0.3) 7/21##
360±32.07
0/21##
Psychollatine (50) 12/22
850±115.32
9/22
Psychollatine (75) 10/20
1020±146.15*
6/20##
Psychollatine (100) 7/19##
857.14±133.34
6/19##
Latencies are expressed as mean ± SE.** P < 0.01, * P < 0.05 vs. the control group
(ANOVA); ## P< 0.01 vs. the control group, Fischer´s Exact Test.
MK-801-induced Hyperactivity. The stimulant properties of MK-801 on
locomotion have been accepted as a glutamatergic hypofunction animal model of
psychosis that seems to be of clinical relevance, and may be of value in the search
for new antipsychotic agents.
16
Typical and atypical antypsychotic agents inhibit
MK-801-induced locomotion.
16,36,37
Our data demonstrate that psychollatine (1) at
7.5 mg/kg [F
(2,40)
= 3.9, P < 0.05] and 10 mg/kg [F
(2,39)
= 8.7, P < 0.05] significantly
reduced MK-801-induced hiperlocomotion [F
(2,40)
= 19.3, P < 0.05] at doses that per
se had no effect on locomotion.
34
Compound 1 at 100 mg/kg [F
(2,38)
= 10.1, P
<0.05] prevented MK-801-induced hyperactivity (Fig. 1b), and significantly
reduced locomotion on its own (Fig. 1a).
The analgesic effects of psychollatine (1) and its synergistic action
with MK-801 against capsaicin-induced pain suggested that 1 acts as a NMDA
antagonist.
33
The present results may also be understood as a consequence of
NMDA antagonism, since acute and chronic administration of NMDA antagonists
facilitate glutamate release,
38-41
thus minimizing some NMDA antagonist related
behaviors.
38
It has been suggested that glutamate is released as a compensatory
response to NMDA blockade; the released glutamate, by acting at non-NMDA
receptors, cause changes in behaviors elicited by NMDA antagonists.
15,38
Although
GABA receptors have been previously shown to be irrelevant for psychollatine (1)
34
effects, the possibility that
1 reverses MK801-induced hyperlocomotion by acting
in low doses as a partial NMDA agonist can not be ruled out.
a
0
50
100
150
200
250
300
SAL 1 (7.5) 1 (10) 1 (100)
Locomotor activity (counts)
*
b
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
S
A
L+S
A
L
SAL+MK-801
1(
7.
5
)+MK
-
801
1(
10)+M
K-
801
1(1
00)
+MK
-
8
0
1
MK-801-induced hyperlocomotion
(counts)
#
*
#
*
*
#
#
Figure 1. Effect of psychollatine (1) on spontaneous locomotion (1a), and on MK-
801-induced hyperlocomotion (1b). SAL, saline 0.9%; dosages in mg/kg are
indicated after the treatments. Each column represents the mean ± SEM (N = 9-12).
* = P < 0.05 compared with SAL+SAL, and # P <0.05 compared with SAL+MK-
801, ANOVA/SNK.
An alternative interpretation of these results is an indirect
modulation of DA and 5-HT receptors via psychollatine (1) NMDA antagonism.
41
It has been demonstrated that the motor stimulatory effects of PCP or MK-801 may
be understood as the result of an increased nigrostriatal dopaminergic tone.
17
It was
also verified that the NMDA antagonist-induced hyperactivity is mediated via 5-
HT
2A
receptor activation, and 5-HT
2
receptor antagonists (like clozapine and
ritanserin), are effective in preventing NMDA-induced hyperlocomotion.
14,42,43
It
has been suggested that these serotonergic antagonists could specifically restore the
impaired burst firing in mesocortical neurons caused by systemic administration of
psychotomimetic NMDA- antagonists (such as PCP and MK-801) attenuating the
locomotor activity.
14,36,42
In fact, we have previously reported that 1 acts as a
5HT
2A/C
modulator, with patterns compatible with mixed agonist or inverse
agonist.
34
Therefore, a direct psychollatine (1) action as a serotonin modulator as
the basis for reducing NMDA-induced hyperlocomotion should not be ruled out.
Protection of Lethality Induced by Amphetamine in Grouped Mice. The
increased lethality induced by amphetamine in grouped mice is prevented by
antipsychotics (older and atypical), but not tranquilizers (e.g., barbiturates and
benzodiazepines).
44
The effectiveness of antipsychotics in this model is related to
their ability to block D
2
receptors,
44-46
a common feature to all effective
antipsychotic medication. As it can be seen in Figure 2 chlorpromazine was active,
whereas diazepam inactive. Psychollatine (1, 3 and 10 mg/kg) significantly
protected grouped mice from amphetamine-induced lethality, whereas 30 and 100
mg/kg were ineffective (Fig. 2), indicating that this alkaloid may interfere with
dopamine receptors in lower doses. The lack of effect of higher doses of 1 needs
further clarification, but bell shaped dose-responses curves have been previously
observed with dopamine and amphetamine related behaviors.
47-49
0
20
40
60
80
100
Lethality (%)
12345678
*
*
*
SAL PPG DZP CHLOR
1 1 1 1
10% (0.8) (4.0) (3.0) (10) (30) (100)
Figure 2. Effect of psychollatine (1) and chlorpromazine on amphetamine-induced
lethality in grouped mice. PPG10%, propylene glycol; DZP, diazepam; CHLORP,
chlorpromazine; dosages in mg/kg are indicated after the treatments. N = 10. * = P
< 0.05 compared with controls, Fischer.
Apomorphine-induced Climbing. Antagonism of apomorphine-induced climbing
is one of the most widely used tests to predict dopamine antagonist properties in
vivo.
21,50,51
Mice treated with apomorphine, a mixed D
1
/D
2
agonist that stimulates
postsynaptic dopamine receptors in the striatum, tend to adopt a vertical position
along the walls of the cage;
52
the behavior is thought to be mediated by D
1
and D
2
activation.
53
As expected, chlorpromazine (4 mg/kg) inhibited apomorphine-
induced climbing behavior (0[0 - 1], P <0.01), when compared to control group (8[6
- 9], P <0.01) (Fig. 3). Psychollatine (1, 10 mg/kg) and MK-801 (0.2 mg/kg)
inhibited apomorphine-induced climbing behavior (5.5[3.25 - 7] P <0.05, 2[1 - 3] P
<0.01, respectively), although to a lesser extent in comparison with chlorpromazine.
Psychollatine inhibition of apomorphine-induced climbing could result from D
1
/D
2
dopaminergic antagonism, but also by a dopaminergic modulation via glutamate
NMDA receptors.
21
The effect of compound 1 was not dose-dependent, conceivably
related to an optimal level of NMDA antagonism relevant for post synaptic
dopamine receptor antagonism.
0
2
4
6
8
10
S
AL+SAL
SALINE
MK-8010.2
C
HLOR4.0
1
(
3
,0
)
1 (10)
1
(
30
)
1 (100)
Climbing Scores
**
**
*
Figure 3. Effect of psychollatine (1), chlorpromazine, and MK-801 on apomorphine-
induced climbing behavior in mice. SAL+SAL = saline+saline; SAL,
saline+apomorphine; CHLORP, chlorpromazine+apomorphine; dosages in mg/kg
are indicated after the treatments. N = 11-14. ** P <0.05 and *P < 0.01 compared
with saline+apomorphine, Mann-Whitney/Kruskal-Wallis.
In recent years, cross talk among glutamate, 5-HT, and DA systems
have been well documented.
20,27,54-56
Considering the current and previously
reported results,
33,34
the overall data suggest that the behavioral effects of
psychollatine (1) are related to its interference with the NMDA, 5-HT and DA
receptor cross talk. Undoubtedly, binding studies would be useful to further clarify
the molecular mechanism of psychollatine (1) and its complex dose-effect pattern.
Given that interactions at multiple receptors (D
2,
5-HT
2,
α1-adrenoceptor, NMDA)
seem to be the key factors that vary the effectiveness of novel atypical agents in
negative symptoms of schizophrenia as well as minimum extra pyramidal adverse
effects,
13
it can be argued that psychollatine (1) is a potential antipsychotic.
Nevertheless, its general profile indicates few advantages compared to known drugs
(e.g., an amnesic effect). However, this study supports the further investigation of
the indole monoterpene alkaloid psychollatine (1) as an interesting template for the
development of new psychoactive drugs.
Experimental Section
General Experimental Procedures. Diazepam (DZP), N-methyl-
D
-aspartate
(NMDA), and propylene glycol (PPG) were acquired from Sigma; MK-801 was
acquired from RBI (USA). Drugs and vehicles were administered intraperitoneally
(i.p.), except for apomorphine given subcutaneously (s.c.), as 0.1 mL/ 10g of body
weight. Diazepam (0.8 mg/kg) was suspended in propylene glycol 10% (v/v).
Psychollatine (1, 3 - 100 mg/kg) was solubilized in one or a few drops (20-60 µL) of
HCl (1 N); the final volume was adjusted with saline, and the pH adjusted (7.0) with
a few drops of NaOH (1 N). NMDA (150 mg/kg), MK-801 (0.2 - 0.3 mg/kg),
amphetamine (12.5 mg/kg), chlorpromazine (4.0 mg/kg), and apomorphine (2
mg/kg) were diluted in saline. Control groups received saline (NaCl 0.9%) or PPG
(10%) as appropriate.
Plant Material. Psychotria umbellata Vell. (Rubiaceae) leaves were collected at
Torres (Rio Grande do Sul, Brazil) in February 2003; voucher material (MBM
48571) has been deposited at the herbarium of the Museu Botânico Municipal de
Curitiba (PR, Brazil).
Extraction and Isolation. The procedures used for isolating psychollatine (1) were
detailed elsewhere;
34
1 exhibited physical and spectroscopic data consistent with
literature values.
32,34
Animals. Experiments were performed with male adult mice (CF1), acquired from
Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS) at 2 months of age.
Animals were maintained in our own facilities [22±1 °C, 12 h light/dark cycle, free
access to food (Nuvilab CR1) and water] for at least two weeks before the
experiments. All procedures were carried out according to institutional policies on
experimental animal handling.
NMDA-Induced Seizures. NMDA was administered at 150 mg/kg (i.p.). MK-801
0.3 mg/kg, saline and psychollatine (1, 50, 75 and 100 mg/kg) were given i.p. 30
min before the administration of NMDA. Immediately after administration of the
NMDA, animals were individually placed in acrylic cages, and the occurrence of
seizure observed for 30 min. A full seizure was recorded when clonic movements of
the limbs were observed, accompanied by loss of righting reflex. The presence of
convulsions, latency to the first convulsive episode, and lethality were noted.
57
Each
experimental group consisted of at least 10 animals. Fisher´s exact test was used for
statistical analysis.
MK-801-induced Hyperactivity. The method was adapted from Ninan and
Kulkarni.
58
Locomotion activity was measured by using activity cages. Mice (n=10-
25) were treated with saline or psychollatine (1, 7.5, 10 and 100 mg/kg), and 30 min
later received MK-801 (0.25 mg/kg). Thirty minutes after MK-801 administration,
mice were placed individually in the activity cages, and the motor activity was
recorded for 5 min, starting 2 min after the mice were placed in the cage. Statistical
analysis involved an initial one-way analysis of variance (ANOVA), followed by
Student Newman Keuls (SNK).
Protection of Lethality by Amphetamine in Grouped Mice. Mice were divided in
groups of 10, and received amphetamine (12.5 mg/kg, i.p) before being placed in
small boxes (19.0 x 9.0 x 9.5 cm). Chlorpromazine (4 mg/kg) and psychollatine (1, 3
– 100 mg/kg) were given i.p. 30 min before amphetamine. Lethality was noted 24 h
after amphetamine administration.
44
Fisher´s exact test was used for statistical
analysis.
Apomorphine-induced Climbing Behavior. The method was adapted from Pinsky
et al.
59
Saline (0.9%), MK-801 (0.2 mg/kg), chlorpromazine (4.0 mg/kg) and
psychollatine (1, 3 - 100 mg/kg were administered (i.p.) to mice (n=11-14) 30 min
before the injection of apomorphine 2 mg/kg (s.c.). Immediately after being injected
with apomorphine, the mice were placed individually into cylindrical individual
cages (diameter, 12 cm; heigh, 14 cm) with the floor and wall consisting of metal
bars (0.2 cm diameter; separated by 1-cm gaps). Climbing behavior was measured
by an observer at 5, 10, 15, 20, 25 and 30 min after apomorphine administration.
Climbing behavior was scored for 1 min during the observation periods, and the
highest rating observed during this 1-min was used in the calculations. Scores were
as follows: four paws on the floor (0 point), fore-feet holding the wall at 45° (1
point), fore-feet holding the wall at 90° (2 points), and all four paws holding the wall
(3 points), with a maximum of 18 points. The scores are expressed as median
(interquartile ranges), and analyzed by Kruskal-Wallis followed by Mann-Whitney
U-test (two-tailed).
Acknowledgment. This study was supported by grants from CNPq (E.E., A.T.H.,
and F.L.B.), and financial support from CNPq.
References and Notes
(1) Fraser, C. N.; Cooke, M. J.; Fisher A.; Thompson, I. D.; Stone, T. W. Eur.
Neuropsychopharmacol. 1996, 6, 311-316.
(2) Constantine-Paton, M.; Cline, H. T. Curr. Opin. Neurobiol. 1998, 8, 139-148.
(3) Gatch, M. B.; Wallis, C. J.; Lal, H. Alcohol 1999, 19, 207-211.
(4) Adamec, R. E.; Burton, P.; Shallow, T.; Budgell, J. Physiol Behav. 1999,
65,723-737.
(5) Sckolnick, P. Eur. J. Pharmacol. 1999, 375, 31-40.
(6) Rogóz, Z.; Skuza, G.; Maj, J.; Danysz, W. Neuropharmacol. 2002, 42, 1024-
1030.
(7) Rada, P.; Moreno, S. A.; Tucci, S.; Gonzalez, L. E.; Harrison, T.; Chau, D.,T.;
Hoebel, B.,G.; Hernadez, L. Neuroscience 2003, 119, 557-565.
(8) Yan, Q.; Reith, M. E. A.; Jobe, P. C.; Dailey, J. W. Brain Res.. 1997, 765, 149-
158.
(9) De Montis, M. G.; Devoto, P.; Meloni, D.; Gambarana, C.; Giori, G.;
Tagliamonte, A.
Pharmacol. Biochem. Behav. 1992, 42, 179-182.
(10) Trujillo, K. A.; Akil, H. Science 1991, 251, 85-87.
(11) Shoaib, M.; Stolerman, I. P. J. Psychopharmacol. 1996, 10, 214-218.
(12) File, S. E.; Fernandes, C.
Pharmacol. Biochem. Behav. 1994, 47, 823-826.
(13) Shim, S. S.; Grant, E. R.; Singh, S.; Gallagher, M. J.; Lynch, D. R. Neurochem.
Int. 1999, 34, 167-175.
(14) Svensson, T. Brain Res. Rev. 2000, 31, 320-329.
(15) Breese, G. R.; Knapp, D. J.; Moy, S. S. Neurosci. Behav. Rev. 2002, 26, 441-
455.
(16) Abi-Saab, W. M.; D´Souza, D. C.; Moghddam, B.; Krystal, J. H.
Pharmacopsychiatry 1998, 31, 104-109.
(17) Mohn, A. R.; Gainetdinov, R. R.; Caron, M. G.; Ko, H. Cell 1999, 98, 427-436.
(18) Carlssom, A.; Waters, N.; Carlsson, M. L. Biol. Psychiatry 1999, 46, 1388-
1395.
(19) Zhang, J.; Chiodo, L. A.; Freeman, A. S. Brain Res. 1992, 590, 153-163.
(20) Cook, C. D.; Newman, J. L.; Winfree, J. C. Pharmacol. Biochem. Behav. 2004,
77, 309-318.
(21) Kim, H. S.; Rhee, G. S.; Oh, S.; Park, W. K. Behav. Brain Res. 1999, 100, 135-
142.
(22) Chausmer, A. L.; Katz, J. L. Psychopharmacology 2001, 155, 69-77.
(23) Aghajanian, G. K.; Marek, G. J. Brain Res. 1999, 825, 161-171.
(24) Carlsson, A.; Waters, N.; Waters, S. S.; Carlsson, M. L. Brain Res. Rev. 2000,
31, 342-349.
(25) Marek, G. J.; Wright, R. A.; Schoepp, D. D.; Monn, J. A.; Aghajanian, G. K. J.
Pharmacol. Exp. Ther. 2000, 292, 76-87.
(26) Löscher, W.; Annies, R.; Hönack, D. Neurosci. Lett. 1991, 128, 191-194.
(27) Aghajanian, G. K.; Marek, G. J. Brain Res. Rev. 2000, 31, 302-312.
(28) Schultes, R. E.; Raffauf, R. F. Dioscorides Press: Portland 1990; pp 392-396.
(29) Amador, T. A.; Verotta, L.; Nunes, D. S.; Elisabetsky, E. Planta Med. 2000, 66,
1-3.
(30) Amador, T. A.; Verotta, L.; Nunes, D. S.; Elisabetsky E.
Phytomedicine 2001,
8, 202-206.
(31) Verotta, L.; Orsini, F.; Sbacchi, M.; Scheildler, M. A.; Amador, T. A.;
Elisabetsky, E. Bioorg. Med. Chem. 2002, 10, 2133-2142.
(32) Lopes, S. O.; Von Poser, G. L.; Kerber, V. A.; De Santos, L. V.; Moreno, P. R.
H.; Ferreira, L.; Farias, F. M.; Sobral, M. E. G.; Zuanazi, J. S.; Henriques, A. T.
Biochem. Syst. Ecol. 2004, 32, 1187-1195.
(33) Both, F. L.; Kerber, V. A.; Henriques, A. T.; Elisabetsky, E. Pharm. Biol. 2002,
40, 336-341.
(34) Both, F. L.; Meneguini, L.; Kerber V. A.; Henriques, A. T.; Elisabetsky, E.
J.
Nat. Prod. 2005, 68, 374-380.
(35) Ramoa, A. S.; Alkondon, M.; Aracava, Y.; Irons, J.; Lunt, G. G.; Deshpande,
S. S.; Wonnacott, S.; Aronstam, R. S.; Albuquerque, E. X. J. Pharmacol. Exp.
Ther. 1990, 254, 71-82.
(36) O´Neill, M. F.; Hicks, C. A.; Cardwell, G. P.; Parameswaran, T.; O´Meil, M .J.
J. Psychopharmacol. 1997, 11S, A79.
(37) Andiné, P.; Widermark, N.; Axelsson, R.; Nyberg, G.; Olofsson, U.;
Martensson, E.; Sandberg, M. J Pharmacol. Exp. Ther. 1999, 290, 1393-1408.
(38) Moghaddam, B.; Adams, B.; Verma, A.; Daly, D. J. Neurosci. 1997, 17, 2921-
2927.
(39) Krystal, J. H.; Belger, A.; D`Souza, C.; Anand, A.; Charney, D. S.; Aghajanian,
G. K.; Moghaddam, B. Neuropsychopharmacol. 1999, 21(S6), S143-S157.
(40) Krystal, J. H.; Anand, A.; Moghaddam, B. Arch. Gen. Psychiat. 2002, 59, 663-
664.
(41) Olney, J. W.; Farbe,r N. B. Arch. Gen. Psychiat. 1995, 52, 998-1007.
(42) Smith, J. A.; Boyer-Millar, C.; Goudie, A. J. Pharmacol. Biochem. Behav.
1999, 64, 429-433.
(43) Adams, B. W.; Moghaddam, B. Biol. Psychiat. 2001, 50, 750-757.
(44) Bourin, M.; Poisson, L.; Larousse, C. Neuropsychobiol. 1986, 19, 93-96.
(45) Ball, K. T.; Budreau, D.; Rebec, G. V. Brain Res. 2003, 994, 203-15.
(46) Gifford, A. N.; Park, M. H.; Kash, T. L. Naunyn-Schmiedeberg’s Arch
Pharmacol. 2000, 362,
413-418.
(47) Mogilnicka, E.; Boissard, C. G.; Delini-Stula, A. Neuropharmacology 1984, 23,
19- 22.
(48) Antoniou, K., Kafetzopoulos, E., Papadopoulou-Daifoti, Z., Hyphantis, T.,
Marselos,
M. Neurosci. Biobehav. Rev. 1998, 23, 189-196.
(49) Costa-Campos, L.; Lara, D. R., Nunes, D. S., Elisabetsky, E. Pharmacol.
Biochem. Behav. 1998, 60, 133-141.
(50) Costentin, J.; Protais, P.; Schwartz, J. C. Nature 1975, 257, 405-407.
(51) Protais, P.; Costentin, J. ; Schwartz, J. C. Psychopharmacology 1976, 50, 1-6.
(52) Battisti, J. J.; Uretsky, N .J.; Wallace, L. J. Behav. Brain Res. 2000, 114, 167-
174.
(53) Moore, N. A.; Axton, M. S. Psychopharmacology 1988, 94, 263-266.
(54) Di Matteo, V.; Cacchio, M.; Di Giulio, C.; Espósito, E. Pharmacol. Biochem.
Behav.
2002, 71, 727-734.
(55) Costa-Campos, L.; Dassoler, S. C.; Rigo, A. P.; Iwu, M.; Elisabetsky, E.
Pharmacol. Biochem. Behav. 2004, 77, 481-489.
(56) Alex, K. D.; Yavanian, G. J.; McFarlane, H. G.; Pluto, C. P.; Pehek, E. A.
Synapse 2005, 55, 242-251.
(57) Decollagne, S.; Tomas, A.; Lecerf ,C.; Adamowicz, E.; Seman, M. Pharmacol.
Biochem. Behav. 1997, 58, 261-268.
(58) Ninan, I.; Kulkarni, S. K. Eur. J. Pharmacol. 1998, 358, 111-16.
(59) Pinsky, C. Neurosci. Biobehav. Ver. 1988, 12, 195-198.
4.3 Atividade Antioxidante e Pró-oxidante do Alcalóide Indol-Monoterpênico
Psicolatina Isolado de
Psychotria umbellata (
a ser submetido para Life Science).
4.3.1 INTRODUÇÃO
Espécies reativas de oxigênio ou reactive oxygen species (ROS) e
espécies reativas de nitrogênio ou reactive nitrogen species (
RNS)
são produzidas
durante o metabolismo normal, especialmente durante a respiração celular
(FERNANDES et al., 2004, EL-SHERBINY et al., 2003). A superprodução
contínua de ROS e de NOS, e/ou a redução das defesas antioxidantes (estresse
oxidativo) pode induzir dano cerebral, tanto diretamente através da interação e
destruição das proteínas celulares, lipídios e DNA, ou indiretamente por afetar as
vias de sinalização celular normais e regulação gênica (LI et al., 2002, SUN et al.,
2002). Este dano contínuo contribui para o desenvolvimento de diversas doenças
crônicas do sistema nervoso central, como derrame, neurotrauma e isquemias
cerebrais crônicas (EL-SHERBINY et al., 2003).
Vários produtos podem desempenhar um importante papel dentro
deste contexto em dois aspectos: aumentando a atividade dos recursos antioxidantes
celulares originais ou neutralizando os radicais livres
(SUN et al., 2002).
Entre os
compostos que interferem com os efeitos das ROS, os derivados indólicos
constituem um grupo farmacológico e químico distinto (STOLC, 1999).
Dentre os alcalóides indólicos usados em terapia, talvez os mais
conhecidos sejam vimblastina e vincristina. Amplamente utilizados no tratamento de
diversos tipos de câncer (RASKIN et al., 2002). Além da atividade antitumoral,
outros estudos demonstraram que alcalóides produzidos em culturas de Catharantus
apresentaram atividade antioxidante (LEMÉNAGER et al., 2004).
Derivados sintéticos do alcalóide vincamina, como a vimpocetina,
possuem efeito neuroprotetor em vários modelos experimentais. A vimpocetina
apresenta efeitos protetores em relação à morte celular induzida por várias
excitotoxinas e inibe a citotoxicidade do glutamato em neurônios cerebrocorticais
(PEREIRA et al., 2003).
Triptofano, serotonina e melatonina, derivados indólicos comuns em
tecidos biológicos (WÖLFLER et al., 1999), são potentes seqüestradores de radicais
hidroxil (STOLC, 1999; CANO et al., 2003).
Devidos aos efeitos antioxidantes e neuroprotetores de alcalóides
indólicos, tanto derivados de plantas como de animais, tornou-se interessante avaliar
o efeito de psicolatina quanto ao seu potencial antioxidante.
4.3.2. OBJETIVOS
Este trabalho teve por objetivo avaliar os possíveis efeitos
antioxidantes de psicolatina sobre diversos parâmetros de estresse oxidativo.
Para tanto, foram utilizados o conteúdo de radicias livres (DCF), a
reatividade antioxidante total (TAR), o ensaio de peroxidação lipídica (TBARS) e a
oxidação dos resíduos de triptofano (TRI) e tirosina (TIR) no córtex e hipocampo de
camundongos tratados com psicolatina (vide anexo 1).
4.4 Toxicidade Aguda Induzida pelo Alcalóide Indol-Monoterpênico Psicolatina
Isolado de
Psychotria umbellata Vell.
(submetido à Toxicon, 2005).
4.4.1 INTRODUÇÃO
Alguns medicamentos fitoterápicos têm uma longa história que resulta
da soma de conhecimentos e experiências em diferentes culturas onde têm sido
usados para manutenção da saúde, assim como para a prevenção, diagnóstico e
tratamento de doenças físicas e mentais (WHEELWRIGHT, 1994). Entretanto, no
Brasil, os dados existentes são insuficientes para garantir a qualidade, eficácia e
segurança da grande maioria dos nossos fitoterápicos (FERREIRA, 1998;
CALIXTO, 2000). A idéia de que o “natural não faz mal” é falsa e prejudicial à
população desinformada. As plantas contêm centenas de constituintes, alguns dos
quais são altamente tóxicos. Portanto, mesmo que os efeitos colaterais dos
fitomedicamentos sejam menos freqüentes e graves do que os medicamentos
sintéticos, ensaios devem ser realizados para confirmar a sua segurança (MORAES
et al., 2003).
O ensaio de toxicidade aguda é uma etapa inicial para a avaliação do
perfil toxicológico de produtos naturais, podendo sugerir o mecanismo de toxicidade
envolvido na absorção dos mesmos pela via sistêmica e oral. Este ensaio é
indispensável para o estabelecimento de doses a serem utilizadas em estudos
subcrônicos (PERES et al., 2003).
4.4.2. OBJETIVOS
Este trabalho teve por objetivo verificar a DL50 e sinais de toxicidade
aguda em animais tratados com psicolatina (vide anexo 2).
5 DISCUSSÃO
Desde os tempos mais antigos o reino vegetal tem sido reconhecido
como uma fonte de novas substâncias terapêuticas. Atualmente observa-se a
existência de medicamentos derivados de plantas, sendo formulados a partir da
molécula natural, da remodelação da sua estrutura ou como fonte de matéria-prima
para medicamentos semi-sintéticos dando origem a compostos com maior atividade
terapêutica (HAMBURGER;
HOSTETTMANN,1991; CURTIS-PRIOR et
al.,1999). Além disso, os compostos extraídos de plantas representam importantes
ferramentas em farmacologia e bioquímica (FARNSWORTH, 1990).
Por essa razão, pela grande importância que as plantas tem no alívio do
sofrimento humano causado por diversas doenças e também baseado em dados de
1995 que mostram que nos 11 produtos mais vendidos, pelo menos um ingrediente
ativo com estrutura baseada em componentes na natureza era encontrado, justifica-
se a continuidade de pesquisas que busquem novas e melhores drogas derivadas de
plantas.
A psicolatina é um alcalóide indol-monoterpênico isolado de
Psychotria umbellata. Assim como outros alcalóides isolados de Psychotria, como a
hodgkinsina e a psicotridina (AMADOR et al., 2000, 2001), a psicolatina apresentou
atividade analgésica dose-dependente em modelos de dor induzida por estímulos
térmicos (placa quente e teste da retirada da cauda ao estímulo térmico) e químicos
(capsaicina e formalina). Embora a atividade analgésica seja moderada e em doses
próximas as que causam sinais de toxicidade, o mecanismo de ação despertou
interesse já que parece envolver a ativação de receptores opiáceos e o antagonismo
de receptores glutamatérgicos NMDA (BOTH et al., 2002).
O glutamato está implicado em muitas das ações relacionadas à
serotonina (5-HT), principalmente na patogênese dos distúrbios afetivos, tais como
ansiedade e depressão (ADAMEC et al., 1999; ROSA et al., 2003). Processos
como aprendizado e memória também implicam a participação do glutamato
(AMADIO et al., 2004), além de 5-HT (MENESES; HONG, 1997; LIANG, 1999),
sendo os subtipos de receptores 5-HT
1A
e 5HT
2A/C
especialmente relevantes nesta
discussão (FLETCHER et al., 1996; BENEYTEZ et al., 1998; KHALIFA, 2003).
Considerando a importância dos receptores glutamatérgico e
serotonérgico e ao fato de ser este alcalóide de fácil obtenção, esse trabalho teve o
objetivo de complementar o perfil psicofarmacológico de psicolatina bem como dar
início à elucidação de seus possíveis mecanismos de ação.
Considerando que o efeito ansiolítico da psicolatina em dois modelos
comportamentais (teste da placa perfurada e claro/escuro) foi revertido por
administração prévia de ritanserina (antagonista dos subtipos de receptores
serotonérgicos 5-HT
2A/C
; ver artigo científico, 4.1), parece claro que estes receptores
estão implicados nesta propriedade de psicolatina. Receptores serotonérgicos
também podem estar implicados na atividade antidepressiva observada em animais
tratados com psicolatina (modelo de nado forçado), e ainda indiretamente modular a
função dopaminérgica explicando o resultado obtido no teste da letalidade induzida
por anfetamina em animais agrupados e escalada por induzida por apomorfina
(artigo científico, 4.2 e figura 1).
A modulação indireta de serotonina sobre o sistema dopaminérgico
pode ser explicada através de diversos estudos. Apesar de todos concordarem que a
função dopaminérgica mesencefálica é crítica para um funcionamento normal do
cérebro e que está bem estabelecido o controle do sistema serotonérgico sobre a
atividade de neurônios dopaminérgicos; existem dados controversos na literatura,
aonde a influência de serotonina em neurônios dopaminérgicos, parece ser
específica dependendo da via neuronal considerada. ALEX et al. (2005) mostraram
que agonistas inversos e antagonistas de 5-HT
2C
injetados diretamente no estriado e
córtex pré-frontal aumentam a liberação de dopamina no estriado, mas não no córtex
pré-frontal; os autores sugerem que receptores 5-HT
2C
do estriado inibem a liberação
de dopamina na via nigroestriatal. No entanto, DI MATTEO et al. (2002),
investigando o papel de antagonistas 5-HT
2C
no controle de funções dopaminérgicas,
mostraram claramente que estes antagonistas aumentam a liberação de dopamina na
área mesocorticolímbica. A administração de agonistas inversos 5-HT
2C
também
aumenta a liberação de dopamina no córtex pré-frontal (GOBERT et al., 2000;
PEHEK et al., 2001; MELTZER, 2003). Outros autores mostram que a liberação de
dopamina induzida por antagonistas serotonérgicos no córtex pré-frontal é também
dependente de receptores 5HT
1A
(CHUNG et al., 2004; BONACORSO et al., 2002).
Recentemente, mostrou-se que a liberação de dopamina em neurônios
mesencefálicos está permanentemente sob o controle de receptores 5TH
2C
que
exerceriam esta função constitutivamente (DEURWAERDÈRE et al., 2004; figura
1).
Figura 1: Interação entre o sistema serotonérgico e dopaminérgico.
Antagonistas ou
agonistas
inversos 5-
HT2A/C
A
liberação de DA
A
liberação de DA
Explicaria a atenuação da
escalada induzida por
apomorfina e a letalidade
por anfetamina
A
liberação de DA está sob controle de receptores 5-H
T
2C
O aumento da letalidade induzida por anfetamina, fármaco que atua
pré-sinapticamente para aumentar a transmissão dopaminérgica, é prevenida por
antipsicóticos, mas não por tranquilizantes (e.x., barbitúricos e benzodiazrpínicos)
(BOURIN et al., 1986; BATTISTI et al., 2000). A psicolatina, assim como a
clorpromazina, preveniram significativamnete a letalidade (artigo científico, 4.2). A
habilidade de psicolatina em reduzir a letalidade pode ser explicada pela sua
modulação sobre receptores 5-HT, NMDA e dopaminérgicos, visto que este efeito
preventivo está relacionado à habilidade de antipsicóticos em bloquear receptores D
2
(BOURIN et al., 1986; figura 1 e 2).
O antagonismo do comportamento de escalada induzida por apomorfina é
um dos testes mais utilizados como preditivo de propriedades antagonistas
dopaminérgicas in vivo (KIM et al., 1999). Neste teste, apomorfina, agonista misto
D
1
/D
2
, diretamente ativa receptores dopaminérgicos pós-sinápticos no estriado
(BATTISTI et al., 2000). A psicolatina reduziu o comportamento de escalada
sugerindo antagonismo de receptores dopaminérgicos e/ou uma modulação
glutamatérgica e 5-HT da função dopaminérgica em receptores pós sinápticos D
1
/D
2
(artigo científico, 4.2 e figura 1 e 2).
A modulação da função glutamatérgica sobre o sistema dopaminérgico
também pode ser entendido como o resultado de um antagonismo dos receptores
NMDA (MOGHADDAM et al., 1997; BREESE et al., 2002) pela psicolatina,
sugerido pela analgesia no teste de capsaicina, onde a psicolatina apresentou
sinergismo de ação com MK-801 e pelo bloqueio de convulsões induzidas por
NMDA.
Como visto no artigo científico 4.2, a psicolatina reduziu o
aparecimento de convulsões induzidas por NMDA. Além disso, a psicolatina, bem
como MK-801 protegeram os animais da morte em comparação com o grupo
controle. A psicolatina em doses menores reduziu a hiperlocomoção induzida por
MK-801 e na maior dose preveniu a hiperatividade (artigo científico, 4.2).
Este alcalóide preveniu comportamentos que são mediados por
receptores glutamatérgicos NMDA e dopaminérgicos no sistema nervoso central. Os
efeitos de psicolatina no teste de convulsões induzidos por NMDA sugerem um
moderado, porém significante efeito antagonista de psicolatina sobre receptores NMDA.
A modulação da função glutamatérgica sobre o sistema dopaminérgico
que explicaria alguns dos efeitos de psicolatina apóiam-se em dados de literatura que
demonstram que uma única dose de MK-801 tem ação antidopaminérgica,
resultando na inibição do comportamento de escalada induzida por apomorfina
(agonista dopaminérgico D
1
e D
2
; KIM et al., 1996). Embora se saiba que o
glutamato tem papel facilitador pré-sináptico em terminais dopaminérgicos
induzindo a liberação de DA (CARLSSON; CARLSSON, 1990), o fato de
antagonistas NMDA bloquearem o comportamento de escalada induzida por
agonista dopaminérgico sugere que glutamato possa também modular a função
dopaminérgica em nível pós sináptico (KIM et al., 1996).
Figura 2: Interação entre o sistema glutamatérgico e dopaminérgico.
A
ntagonistas NMDA
(MK-801)
ação antidopaminérgica
O comportamento de
escalada induzido por
apomorfina e letalidade por
anfetamina
Vários estudos demonstram que a administração aguda e crônica de
antagonistas NMDA também facilitam a liberação de glutamato minimizando a
locomoção e comportamentos estereotipados induzidos por MK-801, por uma
resposta compensatória ao bloqueio dos receptores NMDA (MOGHADDAM et al.,
1997; BREESE et al., 2002). O efeito de psicolatina em inibir o comportamento de
hipelocomoção induzido por MK-801 em doses que sozinhas não tem efeito sobre a
atividade locomotora (BOTH et al., 2005) pode ser devido a este fator.
Estes resultados sobre a hiperlocomoção induzida por MK-801
sugerem que além da participação direta de receptores NMDA, outros receptores
também podem estar envolvidos, como receptores dopaminérgicos e
serotoninérgicos (BOTH et al., 2005), visto que tem sido demonstrado que os efeitos
estimulatórios de fenciclidina (PCP) ou MK-801 podem ser explicados pela
desinibição do tônus dopaminérgico nigrestriatal direta ou indiretamente (MOHN et
al., 1999). Além disso, outros estudos verificaram que a hiperatividade induzida por
antagonistas NMDA é mediada via ativação de receptores 5-HT-
2A
(SMITH et al.,
1999; SVENSSON, 2000; figura 3), sugerindo que sistemas não-dopaminérgicos
também estão implicados nas ações de antagonistas NMDA (CARLSSON et al.,
2000; MAREK et al., 2000).
Os efeitos psicoestimulantes e psicotomiméticos de antagonistas
NMDA (MK-801 e PCP) também podem ser atenuados ou bloqueados por agonistas
parciais 5-HT
2A
e antagonistas seletivos 5-HT
2A
(YAN et al., 1997, SMITH et al.,
1999; SVENSSON, 2000). Em várias regiões cerebrais (incluindo córtex pré-frontal,
hipocampo, estriado e rafe) antagonistas NMDA estimulam a liberação e o turn-over
de serotonina mais consistentemente do que a modulação da atividade
dopaminérgica (LÖSCHER et al., 1991; YAN et al., 1997; CARLSSOM et al.,
1999; BREESE et al., 2002). Foi sugerido que esta modulação da função
serotonérgica seria a responsável pelas propriedades antidepressivas de antagonistas
NMDA (SKOLNICK, 1999). Por sua vez, também tem sido proposto que a liberação
de serotonina induzida por antagonistas NMDA ativaria receptores 5-HT
2A
em
neurônios glutamatérgicos no córtex resultando na liberação de glutamato (MAREK
et al., 2000). Assim se entenderia porque agonistas 5-HT
2
diminuem os efeitos
psicotomiméticos de antagonistas NMDA (ARVANOV; WANG, 1998). Esta relação
direta e complexa entre os sistemas serotonérgico e glutamatérgico parece ser a base
para a redução da sensibilidade a antagonistas NMDA observada por longos
períodos após a retirada de antipsicóticos ingeridos cronicamente (BREESE et
al., 2002; figura 3).
Figura 3: Interação entre o sistema serotonérgico e glutamatérgico.
Não existe consenso sobre os efeitos da atividade serotonérgica
quanto aos processos de aprendizado e memória; diferenças nos modelos e
subtipos de receptores parecem ser relevantes na compreensão de muitos
resultados encontrados na literatura (MENESES; HONG, 1997; MISANE ;
ÖGREN, 2000; SOLANA-FIGUEROA et al., 2002; KHALIFA, 2003). No
A
ntagonistas ou
agonistas
p
arciais 5-H
T
Efeito psicotomimético e
psicoestimulante de MK-801 e
PCP
Estimulam a liberação
e
turn-over
de 5-HT
A
tivaria receptores 5-H
T
2A
em
receptores glutamatérgicos
no córtex
Libera
glutamato
entanto, a amnésia induzida pela psicolatina (artigo científico, 4.1) é compatível
com antagonismo NMDA (ROULLET et al., 2001; HLINÁK; KREJCÍ, 2002;
BARDGETT et al., 2003), assim como com uma atividade anticolinérgica
sugerida pela reversão de tremores induzidos por oxotremorina pela psicolatina
(artigo científico, 4.1). Uma moderada atividade analgésica, atividade ansiolítica,
amnésica e antimuscarínica são aspectos procurados em drogas pré-anestésicas.
Como pode ser observado no artigo científico 4.3 (anexo 1), a psicolatina
alterou vários parâmetros do estresse oxidativo em diferentes regiões cerebrais. A
reatividade antioxidante total (TAR) é um índice útil da capacidade de uma dada
amostra em modular os danos associados ao aumento da produção de radicais livres
(LISSI et al., 1992), já que determina a qualidade de antioxidantes presentes em uma
amostra (LISSI, 1995; DESMARCHELIER et al., 1997). É importante notar que a
psicolatina aumentou a capacidade antioxidante total no córtex e hipocampo; no entanto
a formação de radicais livres (DCF) foi reduzida apenas no córtex. Ao contrário, no
hipocampo foi observado um aumento significante nos níveis de DCF com a maior
dose de psicolatina. Esse efeito pró-oxidante pode ser conseqüente à liberação de
glutamato resultante do antagonismo de receptores 5HT
2
pela psicolatina. Acredita-
se que o aumento de radicais livres prejudica o potencial de longa duração (LTP) no
hipocampo (McGAHON et al., 1999) e contribui com o déficit cognitivo
relacionado à idade (HALLIWELL, 1992; RÁDAK et al., 2001). O aumento nos
níveis de DCF no hipocampo induzido por psicolatina pode ser relevante para a
propriedade amnésica verificada em esquiva inibitória (BOTH et al., 2005).
O paradigma que dominou o século XIX entendia doenças como o
resultado de etiologias específicas, com o corolário de terapias específicas
preferencialmente com drogas com único mecanismo de ação. Ao contrário, o
conceito atual entende doenças não como eventos e sim como processos. A
probabilidade de uma doença se expressar depende não só de uma causa, mas sim de
vários fatores determinantes, que por sua vez são influenciados pelas múltiplas e
concomitantes exposições a diversas variáveis relevantes (VINEIS; PORTA, 1996
)
.
Na maior parte das vezes, há no mínimo a interação de fatores geneticamente
determinados com as variáveis ambientais (hábitos, dieta, atividade física, exposição a
toxinas e poluentes, etc).
Quanto ao sistema nervoso central (SNC), na última década o
entendimento do mecanismo de ação de drogas psicotrópicas evoluiu da modulação
de um sistema neurotransmissor (ou receptor específico) para o de múltiplas e
repetidas interferências no SNC. Assim, o efeito terapêutico dessas drogas resultaria
destas múltiplas interferências que em conjunto modificam o estado funcional do
trato neuronal ou área em questão (HYMAN; NESTLER, 1996)
.
Com a
constatação
de que os antipsicóticos atípicos mostram um efeito terapêutico superior aos
clássicos, e interferem com receptores pertencentes a diversos sistemas de
neurotrasmissão, o cross talk (modulação mútua) entre os vários sistemas cerebrais,
a modulação indireta de receptores e as vantagens de interferir com múltiplos alvos
relevantes a um dado distúrbio tem mudado o paradigma de drogas e terapias no
SNC (TRUDEAU, 2004). É bem estabelecido o cross talk entre aminoácidos
excitatórios e os sistemas serotonérgico e dopaminérgico; a literatura é
particularmente rica de dados que subsidiam a interação entre serotonina (5-HT) e
dopamina (DA), entre glutamato e dopamina e entre serotonina e glutamato
(JONES; BLACKBURN, 2002; COOK et al., 2004; BREESE et al., 2002).
Os dados obtidos através de modelos comportamentais demonstram
que psicolatina administrada sistemicamente possui clara ação farmacológica. A
psicolatina apresentou propriedades ansiolítica, antidepressiva, amnésica, além de
interferir com comportamentos modulados por dopamina (Figura 5). Cabe lembrar
que alguns dos modelos comportamentais usados neste estudo são comumente
empregados em programas de desenvolvimento de novas drogas por terem valor
preditivo quanto a propriedades terapêuticas em humanos.
Como falado no início dessa discussão, o entendimento do mecanismo
de ação de drogas que atuam sobre o SNC evoluiu da modulação de um único
sistema neurotransmissor ou único receptor para o de múltiplas e repetidas
interferências no SNC – cross-talk. De acordo com os resultados deste trabalho, os
efeitos de psicolatina são compatíveis com a literatura no que se refere às interações
entre serotonina e dopamina e glutamato e dopamina, bem como aquelas que se
referem entre a interação de serotonina e glutamato (Figura 5).
Resumidamente pode-se dizer que os efeitos farmacológicos
apresentados por psicolatina em diversos modelos comportamentais são compatíveis
com antagonistas serononérgicos ou agonistas inversos 5-HT
2A/C
e com antagonistas
NMDA (Figura 4 e 5). A modulação de psicolatina sobre receptores dopaminérgicos
parece ser indireta via receptores 5-HT e NMDA. A participação de receptores
GABAérgicos não parece ser significativa, já que a administração prévia de
picrotoxina não influencia a atividade ansiolítica de psicolatina, que também não
bloqueia convulsões induzidas por pentilenotetrazol (PTZ).
Modula
Figura 4: Possíveis mecanismos de ação de psicolatina.
Modula receptores
serotoné
r
g
icos 5-HT
2A
/
C
Psicolatina
Modula receptores
g
lutamatér
g
icos NMD
A
A
ntagonista ou Agonista inverso
5-HT
2A/C
A
ntagonista de receptor NMDA
Atividade ansiolítica
Figura 5: Possíveis atividades farmacológicas e mecanismos de ação de psicolatina.
Em conjunto, estes estudos reforçam a idéia de que o alcalóide indol-
monoterpênico psicolatina pode ser explorado como modelo estrutural para o
desenvolvimento de medicamentos ou fármacos que atuem em subtipos de
receptores NMDA e 5-HT. Fármacos com este mecanismo de ação tem sido
sugeridos como pré-anestésicos, antipsicóticos, e ainda para o tratamento do mal de
Parkinson. Para tanto, o estudo do perfil psicofarmacológico de psicolatina poderia
ser complementado através de outros modelos comportamentais tais como catalepsia
induzida por haloperidol, estereotipia induzida por anfetamina, estereotipia induzida
por MK-801; cabe ainda verificar a inflncia deste alcalóide na tolerância e
dependência à morfina. Estudos neuroquímicos são também necessários para
esclarecer o mecanismo de ação de psicolatina, especialmente analisando a interação
deste composto com os sistemas serotonérgico, dopaminérgico e glutamatérgico. O
conjunto de correlatos neuroquímicos e perfil comportamental permitiriam uma
melhor definição do mecanismo de ação, da aplicabilidade e da relevância da
5-H
T
2A/C
(psicolatina)
Atividade amnésica
Anta
g
onistas
NMDA
(p
sicolatina
)
Atividade antidepressiva
Atividade anticonvuslivante
DA
Inibi
ç
ão da letalidade por anfetamina
e escalada por apomorfina
(-)
(-) mesolimbica
(+)
g
lutamato
Hiperlocomo
ç
ão por MK-801
(-)
modulação concomitante destes receptores no desenvolvimento de drogas
psicoativas.
6 CONCLUSÕES
A psicolatina promove, em camundongos, vários efeitos farmacológicos
relacionados ao sistema nervoso central, incluindo:
Atividade ansiolítica, nos modelos de claro/escuro e placa perfurada,
dependente de receptores serotonérgicos 5-HT
2A/C
;
Atividade anticonvulsivante, em convulsões induzidas por NMDA,
mas não por pentilenotetrazol;
Atividade antidepressiva no modelo de modelo de nado forçado;
Atividade amnésica no teste de esquiva inibitória;
Atividade antipsicótica, prevenindo a letalidade induzida por
anfetamina em animais agrupados, a hiperlocomoção induzida por
MK-801 e o comportamento de escalada induzido por apomorfina;
as doses tóxicas de psicolatina são bem superiores às que apresentam
as atividades acima.
Estes efeitos psicofarmacológicos parecem estar relacionados com:
Modulação de receptores setotonérgicos 5HT
2A/C
;
Bloqueio de receptores NMDA.
Os receptores gabaérgicos não parecem relevantes para atividade da
psicolatina, mas os receptores dopaminérgicos podem ser indiretamente modulados
pelas ações em NMDA e 5HT
2A/C
. Além disso, a psicolatina bloqueia tremores
induzidos por oxotremorina, sugerindo atividade anticolinérgica.
Quanto à avaliação dos efeitos de psicolatina nos parâmetros de estresse
oxidativo, verificou-se:
Aumento da reatividade antioxidante total no hipocampo e córtex;
Aumento do conteúdo de radicias livres (DCF) no hipocampo e
redução no córtex;
Ausência de efeito quanto à peroxidação lipídica (TBARS),
oxidação dos resíduos de triptofano (TRI) e tirosina (TIR) no
hipocampo e no córtex.
Os resultados sugerem que, assim como outros compostos indólicos, a
psicolatina pode reduzir o dano induzido por situações de estresse oxidativo. As
diferenças na modulação do estado oxidativo observadas em diferentes estruturas
cerebrais pode ser explicada por diferenças no estado oxidativo basal dessas áreas,
ou por uma distribuição diferencial de psicolatina.
É improvável que o perfil psicofarmacológico de psicolatina possa ser
resultado de sua modulação num único sistema neurotrasmissor, mas pode-se
concluir que este composto apresenta um padrão semelhante a drogas que modulam
receptores NMDA e 5-HT. O tipo de modulação que a psicolatina exerce nestes
receptores só pode ser definitivamente esclarecida por estudos neuroquímicos, mas é
compatível com antagonistas e agonistas inversos de 5-HT (ZANGROSSI et al.,
2001), ou antagonistas glutamatérgicos NMDA (HLINÁK; KREJCÍ, 2002).
Este trabalho demonstra a importância de estudos farmacológicos de
produtos naturais na descoberta de compostos com mecanismo de ação
farmacológica diferenciado. O termo Psychotria, que empresta o nome a toda a tribo
Psychotriae, é aparentemente o resultado de uma transformação arbitrária feita por
Lineaus, do nome Psychotrophum (PETIT, 1964). Psychotrophum, o nome dado por
Browne, em 1756 é composto das duas palavras gregas: psyche=alma e
trophos=alimento (DILLENBURG; PORTO, 1985). Somando-se ao considerável
corpo de dados farmacológicos conhecidos com extratos e compostos isolados de
espécies do gênero Psychotria, os efeitos psicofarmacológicos aqui relatados para
psicolatina não apenas reforçam o interesse nos alcalóides encontrados neste gênero;
como também confirmam a adequação de sua denominação.
7 REFERÊNCIAS
ABI-DARGHAM, A.; MOORE, H. Prefrontal DA transmission at D1 receptors and
the pathology of schizophrenia. Neuroscientist, v.9, n.5, p.404-416, 2003.
ADAMEC, R. E. et al. NMDA receptors mediate lasting increases in anxiety-like
behavior produced by the stress of predator exposure-implications for anxiety
associated with postraumatic stress disorder. Physiol. Behav., v.65, n.4/5, p.723-
737, 1999.
ADJIBADÉ, Y. et al. Dimeric alkaloids from Psychotria forsteriana. Phytochem.,
v.31, p.317-319, 1992.
ADJIBADÉ, Y. Pharmacognosie du Psychotria forsteriana A. Gray
(RUBIACEAE)-Aspects Botanique, Cimique et Essais Pharmacologiques
Preliminares. Paris: Universite Louis Pasteur de Strasbourg I. (Tese de Doutorado),
1989.
AGUILAR, J. L. et al. Anti-inflammatory activity of two different extracts of
Uncaria tomentosa (Rubiaceae). J. Ethnopharmacol., v.81, p.271-276, 2002.
ALARCON, R. D.; AGUILAR-GAXIOLA, S. A. Mental health policy
developments in Latin America. Bull. World Health Organ., v.78, n.4, p.483-490,
2000.
ALEX, K. D. et al. Modulation of dopamine release by striatal 5-HT2C receptors.
Synapse, v.55, p.242-251, 2005.
ALMEIDA-FILHO, N. et al. Brazilian Multicentric study of psychiatric morbidity.
Methodological features and prevalence estimates. Br. J. Psychiatry, v.171, p.524-
529, 1997.
AMADIO, M. et al. Emerging targets for the pharmacology of learning and
memory. Pharmacological Res., v.50, p.111-122, 2004.
AMADOR, T. A. et al. Antinociceptive profile of hodgkinsine. Planta Med., v.66,
p.1-3, 2000.
AMADOR, T. A. et al. Involvement of NMDA receptors in the analgesic properties
of psychotridine. Phytomedicine, v.8, p.202-206, 2001.
ANDRADE, L. et al. The epidemiology of major depressive episodes: results from
international consortium of psychiatric epidemiology (ICPE) surveys. Int. J.
Methods Psychiatr. Res., v.12, n.3, p.165, 2003.
ANDREASSEN, N. The evolving concept of schizophrenia: from Kraepelin to the
present and future. Schizophrenia Res., v.28, p.105-109, 1997.
ARVANOV, V.L.; WANG, R.Y. A selective 5-HT2A receptor antagonist and a
potential antipsychotic drug, facilitates N-methyl-D-aspartate-receptor mediated
neurotransmission in the medial prefrontal cortical neurons in vitro.
Neuropsychopharmacol., v.18, p.197-209, 1998.
AZAM, S. et al. Antioxidant and prooxidant properties of caffeine, theobromine and
xanthine. Med. Science Monit., v.9, n.9, p.BR335-330, 2003.
BALDESSARINI, R. Fármacos e o Tratamento dos Distúrbios Psiquiátricos:
Depressão e Mania. IN: GOODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da
Terapêutica. 9 ed. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, cap.19, p.314-331, 1996.
BALICK, M. J. Ethnobotany and the identification of therapeutic agents from the
rainforest. IN: Bioactive Compounds from Plants. Edit. Chadwick, D.L.; Marsh,
J., p. 22-31 Chischerster (Ciba Fouindation Simposium), 1990.
BALL, K. T.; BUDREAU, D.; REBEC, G. V. Acute effects of 3,4-
methyllenedioxymethamphetamine on striatal single-unit activity and behavior in
freely moving rats: differential involvement of dopamine D(1) and D(2) receptors.
Brain Res., v.994, n.2, p.203-15, 2003.
BARDGETT M.E. et al. NMDA receptor blockade and hippocampal neuronal loss
impair fear conditioning and position habit reversal in C57B1/6 mice. Brain Res.
Bull., v.60, p. 131-142, 2003.
BATTISTI, J. J.; URETSKY, N. J.; WALLACE, L. J. NMDA glutamate receptors
role in the development of context-dependent and independent sensitization of the
induction of stereotypy by amphetamine or apomorphine. Behav. Brain Res., v.114,
p.167-174, 2000.
BEGON, M.; HARPER, J. L.; TOWNSED, C. R. Recursos. IN: Ecologia,
Indivíduos, Poblaciones y Comunidades, p.76-123, Ediciones Omega, Barcelona,
1987.
BELMAKER, R. H.; BERSUDSK,Y. Y. Mechanism of atypicality of antipsychotic
drugs. Prog. Neuropsychopharmacol. Biol. Psychiatry, v.27, p.1067-1069, 2003.
BEN-ELIYAHU, S.; MAREK, P.; VACCARINO, A. L. The
NMDA
receptor
antagonist MK801 prevents long-lasting non-associative morphine tolerance in the
rat. Brain Res., v.575, n.2, p.304-308, 1992.
BENEYTEZ, M. E. et al. Preclinical pharmacology of B-20991, a 5-HT1A receptor
agonist with anxiolytic activity. Eur. J. Pharmacol., v.344, p.127-135, 1998.
BHANJI, N. H. et al. Late-onset agranulocytosis in a patient with schizophrenia
after 17 months of clozapine treatment. J. Clin. Psychopharmacol., v.23, n.5,
p.522-523, 2003.
BONACCORSO, S. et al. SR46349-B, a 5-HT
2A/2C
Receptor Antagonist, Potentiates
Haloperidol-induced Dopamine Release in Rat Medial Prefrontal Córtex and
Nucleus Accumbens. Neuropsychopharmacol., v.27, n.3, p.430-441, 2002.
BOTH, F. L. Avaliação da atividade analgésica do alcalóide umbelatina isolado
de Psychotria umbellata (Rubiaceae). Dissertação de Mestrado. Programa de Pós
Graduação em Ciências Farmacêuticas. Universidade do Rio Grande do Sul, 2001.
BOTH, F. L. et al. Analgesic Properties of Umbellatine from Psychotria umbellata.
Pharmaceutical Biol., v.40, n.5, p.336-341, 2002.
BOTH, F. L. et al. Psychopharmacological profile of the alkaloid psychollatine as a
5HT
2A/C
serotonin modulator.
J.
Nat. Prod., v.68, n.3, 374-380, 2005.
BOURIN, M.; POISSON, L.; LAROUSSE, C. Piracetam interaction with
neuroleptics in psychopharmacological tests. Neuropsychobiol., v.19, p.93-96,
1986.
BOURIN, M. et al. Cymemazine as an anxiolytic drug on the elevated plus maze
and light/dark paradigm in mice. Behav. Brain Res., v.124, p.87-95, 2001.
BREESE, R. G.; KNAPP, D. J.; MOY, S. S. Integrative role for serotonergic and
glutamatergic receptor mechanisms in the action of NMDA antagonists: potencial
relationship to antipsychotic drug actions on NMDA antagonist responsiveness.
Neurosci. Behav. Rev.,v.26, p.441-455, 2002.
BRESSAN, R. A.; PILOWSKY, L. S. Glutamatergic hypotesis of schizophrenia.
Rev. Bras. Psiquiatr., v.25, n.3, p.177-83, 2003.
BRUNDEGE, J. M.; DUNWIDDIE, T. V. Role of adenosine as a modulator of
possynaptic activity in the central nervous system. Adv. Pharmacol., v.39, p.353-
391, 1997.
BRUNETON, J. Elementos de Fitoquímica y de Farnacognosia. 1 ed. Espanha:
Editorial Acribia, S.A., p.467-517, 1991.
BRUNETON, J. Elementos de Fitoquímica y de Farnacognosia. 1 ed. Paris,
Editorial Acribia, S.A., 1993.
CALIXTO, J. B. Efficacy, safety, quality control, marketing and regulatory
guidelines for herbal medicines (phytotherapeutic agents). Braz. J. Med. and Biol.
Res., v.33, p. 179-189, 2000.
CANO, A.; ALCARAZ, O.; ARNAO, M.B. Free radical-scavenging activity of
indolic compounds in aqueous and ethanolic media. Anal. Bioanal. Chem., v.376,
p.33-37, 2003.
CARLSSON, A.; LINDQVIST, M. Effect of chlorpromazine or haloperidol on
formation of 3-methoxytyramine and normetanephrine in mouse brain. Acta
Pharmacol. Toxicol., v.20, p.140-144, 1963.
CARLSSON, M.; CARLSSON, A. Interactions between glutamatergic and
monoaminergic systems within basal ganglia-implications for schizophrenia and
Parkinson’s disease. Trends Neurosci., v.13, p.272-276, 1990.
CARLSSOM, A.; WATERS, N.; CARLSSON, M. L. Neurotransmitter interactions
in schizophrenia-therapeuric implications. Biol. Psychiatry, v.46, p.1388-1395,
1999.
CARLSSON, A. et al. Network interactions in schizophrenia – therapeutic
implications. Brain Res. Rev., v.31, p.342-349, 2000.
CHETLEY, A. Health Action International (HAI-Europa) AIS. Peru:Bellido,
1994.
CHUNG, Y. C. et al. Clozapine increases both acetylcholine and dopamine release
in rat ventral hippocampus: role of 5-HT
1A
receptor agonism. Brain Res., v.1023,
p.54-63, 2004.
COOK, C. D. et al. Modulation of the locomotor activating effects of the
noncompetitive NMDA receptor antagonist MK801 by dopamine D2/3 receptor
agonist in mice. Pharmacol. Biochem. Behav., v.77, p.309-318, 2004.
COQUOZ, D.; PORCHET, H. C.; DAYER, P. Central analgesic effects os
antidepressant drugs with various mechanisms of action: desipramina, fluvoxamine
and moclobemide. Schweiz-Med-Wochenschr., v.121, n.49, p. 1843-1845, 1991.
COSTA-CAMPOS, L. et al. Antipsychotic-like Profile of Alstonine. Pharmacol.
Biochem. Behav., v.60. , n.1, p.133 -141, 1998.
COSTA-CAMPOS, L. et al. Antipsychotic profile of alstonine: Ethnopharmacology
of a traditional Nigerian botanical remedy. Ann. Acad. Bras. Cienc., v.71, n.2,
p.189-201, 1999.
COSTA-CAMPOS, L. et al. Anxiolytic properties of the antipsychotic alkaloid
alstonine. Pharmacol. Biochem. Behav., v.77, n.3, p. 481-489, 2004.
COSTENTIN, J.; PROTAIS, P.; SCHWARTZ, J. C. Rapid and dissociated changes
in sensitivities of different dopamine receptors in mouse brain. Nature, v. 257, p.
405-407, 1975.
CURTIS-PRIOR, P.; VERE, D.; FRAY, P. Therapeutic value of Gingko biloba in
reducing symptoms of decline in mental function. J. Pharm. Pharmacol., v.51,
p.535-541, 1999.
DAW, N. W.; STEIN, P. S. G.; FOX, K. The role of NMDA receptors in
information processing. Ann. Rev. Neurosci., v.16, p.207–222, 1993.
DE ALMEIDA-FLECK, M. P. et al. Major depression and its correlates in primary
care settings in countries. 9-month follow-up study. Br. J. Psychiatry, v.186, p.41-
47, 2005.
DEMYTTENAERE, K. et al. Prevalence, severity, and unmet need for treatment of
mental disorders in World Health Organization World Mental Health Surveys.
JAMA v.291, n.21, p.2581-2590, 2004.
DESMARCHELIER, C. et al. Total Reactive Antioxidant Potential (TRAP) and
Total Antioxidant Reactivity (TAR) of Medicinal Plants used in Southwest
Amazonia (Bolivia and Peru). Int. J. Pharmacog., v.35, p.288-96, 1997.
DEURWAERDÈRE, et al. Constitutive Activity of the Serotonin2C Receptor
Inhibits In Vivo Dopamine Release in the Rat Striatum and Nucleus Accumbens. J.
Neurosci., v.24, n.13, p.3235-3241, 2004.
DHAWAN, K. et al. Passiflora: a review update. J. Ethnopharmacol., v. 94, n. 1,
p. 1-23, 2004.
DILLENBURG, C. R.; PORTO, M. L. Rubiaceae - Tribo Psychotriae. Boletim do
Instituto de Biociências, Porto Alegre, n.39, p.1-76, 1985.
DI MATTEO, V.; CACCHIO, M.; DI GIULIO, C. Esposito E. Role of serotonin2C
receptors in the control of brain dopaminergic function. Pharmacol. Biochem.
Behav., v.71, p.727-734, 2002.
DINGLEDINE, R.; MCBAIN, C. J.; MCNAMARA, J. O. Excitatory amino acid
receptors in epilepsy. IN: LODGE, D. & COLLINGRIDGE, G. The Pharmacology
of Excitatory Amino Acids, A TIPS Special Report., Cambridge, p. 49-53, 1991.
DOMINGUEZ, R. A. Serotonergic antidepressants and their efficacy in obsessive
compulsive disorder. J. Clinical Psychiatry, v.53, p.56-59, 1992.
EL-SHERBINY, D. A. et al. Hypericum perforatum extract demonstrates
antioxidant properties against elevated rat brain oxidative status induced by amnestic
dose of scopolamine. Pharmacol. Biochem. Behav., v.76, p.525-.533, 2003.
ELISABETSKY, E.; SETZER, R. Caboclo concepts of disease, diagnosis and
therapy: implications for ethnopharmacology and health systems in Amazonia. IN:
PARKER, E. P. The Amazonian Caboclo: Historical and Contemporary
Perspectives, v.32, pp. 243-278, Studies on Third World Societies Publication
Series, Williamsburg, 1985.
ELISABETSKY, E.; CASTILHOS, Z. C. Plants used as analgesics by Amazonan
caboclos as a basis for selecting plants for investigations. J. Crude Drug Res., v.28,
n.4, p.309-320, 1990.
ELISABETSKY, E.; SHANLEY, P. Ethnopharmacology in the Brazilian Amazon.
Pharmacol. Therapeutics, v.64, n.2, p. 201-214, 1994.
ELISABETSKY, E. et al. Analgesic activity of Psychotria colorata (Willd ex R. &
S.) Muell. Arg. J. Ethnopharmacol., v.48, n.2, p.77-83, 1995.
ELISABETSKY, E. et al. Merging ethnopharmacology with chemotaxonomy: an
approach to unveil bioactive natural products. The case of Psychotria alkaloids as
potential analgesics. Ciência e Cultura, v.49, n.5/6, p.378-385, 1997.
ELLIOTT, K.; MINAMI, N.; KOLESNIKOV, Y. A. The NMDA receptor
antagonist, LY274614 and
MK
-801, and the nitric oxide synthase inhibitor, NG-
nitro-L-arginine, attenuate analgesic tolerance to the mu-opioidmorphine but not to
kappa opioids. Pain, v.56, p.69-75, 1999.
ENGELKE, F. Fitoterápicos e Legislação. Jornal Brasileiro de Fitomedicina, v.1,
n.1, p.10-15, 2003.
FARNSWORTH, N. R. The role of Ethnopharmacoloy in Drug Development. In:
Chadwick, D. J. and Marsch, J. (Eds), Bioactive Compounds from Plants, New
York, Ciba Foundation, p.2-10, 1990.
FEINBERG, I. Cortical pruning and the development of schizophrenia.
Schizophrenia Bull., v.16, p.567–568, 1990.
FERNANDES, E. et al. In vitro scavenging activity for reactive oxygen and
nitrogen species by nonsteroidal anti-inflammatory indole, pyrrole, and oxazole
derivative drugs. Free Radic. Biol. Med., v.37, n.11, p.1895-1905, 2004.
FERRÉ, S. Adenosine-dopamine interactions in the ventral striatum: implications
for the treatment of schizophrenia. Psychopharmacol., v.133, p.107-120, 1997.
FERREIRA, S. H. Medicamentos a Partir de Plantas Medicinais no Brasil, Rio
de Janeiro: Academia Brasilelira de Ciências; 1998.
FILE, S. E.; PELOW S. The effects of triazolobenzodiazepines in two animal tests
of anxiety and in the holeboard. Br. J. Pharmacol., v.86, p.729-735, 1985.
FILE, S. E. Recent Developments in Anxiety, Stress and Depression. Pharmacol.
Biochem. Behav., v.54, n.1, p.3-12, 1996.
FLETCHER, A. et al. Electrophysiological, biochemical, neurohormonal and
behavioural studies with WAY-100635, a potent, selective and silent 5-HT1A
receptor antagonist. Behav. Brain Res., v.73, p.337-353, 1996.
FRY, J. Common Diseases their Nature Incidence and Care. 4 ed. Lancaster:
MTP Press Limited, cap. 38 e 39, 1987.
GARD, P. R. et al. Strain differences in the anxiolytic effects of losartan in the
mouse. Pharmacol. Biochem. Behav., v.69, p.35-40, 2001.
GARFIELD, D. The mask of psychotic diagnosis. J. Am. Acad. Psychoanal. Dyn.
Psychiatry v.31, n.1, p.45-58, 2003.
GIFFORD, A. N.; PARK, M. H.; KASH, T. L. Effect of amphetamine-induced
dopamine release on radiotracer binding to D
1
and D
2
receptors in rat brain striatal
slices. Naunyn-Schmiedeberg’s Arch. Pharmacol., v.362, p.413-418, 2000.
GOBERT, A. et al. Serotonin2C receptors tonically suppress the activity of
mesocortical dopaminergic and adrenergic, but not serotonergic, pathways: a
combined dialysis and electrophysiological analysis in the rat. Synapse, v.36, p.205-
221, 2000.
GOLDBERG, D. P.; LECRUBIER Y. Form and frequency of mental disorders
across centers. IN: ÜSTÜN, T. B.; SANTORIUS, N. (Org.). Mental illness in
general care: an international study. Chichester: Jonh Wiley; Sons, p. 332-334,
1995.
GOUTAREL, R.; GOLLNHOFER, O.; SILLANS, R. Pharmacodynamics and
Therapeutic Applications of Iboga and Ibogaine. Psychedelic Monographs and
Essays, p. 71-111, 1993.
GRAEFF, F. Drogas Psicotrópicas e Seu Modo de Ação. 2 ed. São Paulo: EPU,
1989.
GRENNAMYRE, J. T. et al. Alterations in L-glutamate binding in Alzheimer’s and
Huntigton’s diseases. Science, v.227, n.4693, p.1496-1499, 1985.
GRENNAMYRE, J. T.; PORTER, R. H. P. Anatomy and physiology of glutamate
in the CNS. Neurology, v.44, n.8, p.7-13, 1994.
GRIEBEL, G.; PERRAULT, G.; SANGER, D. J. A Comparative Study of the
Effects of Selective and Non-Selective 5-HT2 Receptor Subtype Antagonists in Rat
and Mouse Models of Anxiety. Neuropharmacol., v.36, n.6, p.793-802, 1997.
HALLIWELL, B. Reactive oxygen species and the central nervous system. J.
Neurochem., v. 59, p.1609-1623, 1992.
HAMBURGER, M.; HOSTETTMANN, K. Bioactivity in plants: the link between
phytochemistry and medicine. Phytochemistry, v.30, n.12, p.3864-3878, 1991.
HARBONE, J. B. Role of secondary metabolites in chemical defense mechanisms in
plants. IN: CHADWICK, D. L.; MARSH, J. Bioactive compounds from plants, p.
126-139. Chischerster (Ciba Foundation Simposium), 1990.
HASCÖET, M.; BOURIN, M. A New Approach to the Light/Dark Test Procedure
in Mice. Pharmacol. Biochem. Behav., v.60, n.3, p.645-653, 1998.
HEMINGWAY, S. R.; PHILIPSON, J. D. Alkaloids of the RUBIACEAE. IN:
PHILIPSON, J.D.; ZENK, M.H. Indole and Biogenetically related alkaloids. ch.4,
p.63-90, Academic London, 1980.
HIETALA, J.; SYVALAHTI, E. Dopamine in shizophrenia. Ann. Med., v.28, n.6,
p.557-61, 1996.
HLINÁK, Z.; KREJCÍ, I. MK-801 induced amnesia for the elevated plus-maze in
mice. Behav. Brain Res., v.131, p.221-225, 2002.
HOLLISTER, L.E. Agentes Antidepressivos. IN: KATZUNG, B.G. Farmacologia
Básica e Clínica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, cap.29, p.307-314,
1994.
HOYER, D.; HANNON, J. P.; MARTIN, G.R. Molecular, pharmacological and
functional diversity of 5-HT receptors. Pharmacol. Biochem. Behav., v.71, p.533-
554, 2002.
HYMAN, S.E.; NESTLER, E.J. Initiation and Adaptation: a Paradigm for
Understanding Psychotropic Drug Action. Am. J. Psychiatry, v.152, p.151-162,
1996.
IQBAL, N.; VAN PRAAG, H. M. The role of serotonin in schizophrenia. Eur.
Neuropsychopharmacol., v.5 (suppl.), p.11-13, 1995.
JANNIC, V. et al. Pyrrolidinoindoline alkaloids from Psychotria oleoides and
Psychotria lyciiflora. J. Nat. Prod., v.62, p.838-843, 1999.
JONES, B.; BLACKBURN, T. The medical benefit of 5-HT research. Pharmacol.
Bioquem. Behav., v.71, p.555-568, 2002.
KANE, J. M.; MAYERHOFF, D. Do negative symptoms respond to
pharmacological treatment? Br. J. Psychiatry, v.155, n.7, p.115-118, 1989.
KANEKO, S. et al. Effects of several cerebroprotective drugs on NMDA channel
function: evaluation using Xenopus oocytes and [3H]MK-801 binding. Eur. J.
Pharmacol., v. 207, p.119-128, 1991.
KAPUR, S.; MAMO, D. Half a century of antipsychotics and still a central role for
dopamine D(2) receptors. Prog. Neuropsychopharmacol. Biol. Psy., v.27, n.7,
p.1081-1090, 2003.
KEEPERS, G. A.; CLAPPISON, V. J.; CASEY, D. E. Initial anticholinergic
prophylaxis for neuroleptic-induced extrapyramidal syndromes. Arch. Gen.
Psychiatry. v.40, p.1113-1117, 1983.
KELLEY, S. P; BRATT, A. M.; HODGE, C. W. Targeted gene deletion of the 5-
HT3A receptor subunit produces an anxiolytic phenotype in mice. Eur. J.
Pharmacol., v.461, p.19-25, 2003.
KEMALI, D.; VECCHIO, M. D.; MAJ, M. Increased noradrenalin levels in CSF
and plasma of schizophrenic patients. Biol. Psychiatry, v.17, p.711-717, 1982.
KERBER, V.A. Análise dos alcalóides de Psychotria brachiceras Mull.Arg. e P.
umbellata Vell., e o estabelecimento e caracterização de cultura de células de P.
umbellata Vell. Tese de doutorado, Curso de Pós-Graduação em Ciências
Farmacêuticas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999.
KETY, S. S. Norepinephrine in the central nervous system and its correlation with
behavior. IN: CHIMITT, F.O. The Neurosciences. New York, p.229-336, 1970.
KHALIFA, E. A. Zuclopenthixol facilitates memory retrieval in rats: possible
involvement of noradrenergic and serotonergic mechanisms. Pharmacol. Biochem.
Behav. v.75, p.755-762, 2003.
KIM, H. S. et al. Inhibition by noncompetitive NMDA receptor antagonists of
apomorphine-induced climbing behavior in mice. J. Life Sci., v.58, n.17, p.1397-
1402, 1996.
KIM, H. S. et al. NMDA receptor antagonist inhibit apomorphine-induced climbing
behavior not only in intact mice but also in reserpine-treated mice. Behav. Brain
Research, v.100, p.135-142, 1999.
KOROLKOVAS, A. Dicionário Terapêutico Guanabara. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1994.
LAGIS, N. H.; MAHMUD, Z.; TOIA, R. F. The alkaloids of Psychotria rostrata.
Planta Med., v.59, p.383-384, 1993.
LARA, D. R.; SOUZA, D. O. Schizophrenia: a purinergic hypothesis. Méd.
Hypotheses, v.54, n.2, p.157-166, 2000.
LATYSHEVA, N. V.; RAYEVSKY, K. S. Chronic neonatal N-methyl-D-aspartate
receptor blockade induces learning deficits and transient hypoactivity in young rats.
Prog. Neuropsychoparmacol. Biol. Psy., v.27, p.787-794, 2003.
LEAL, M. B. Estudo psicofarmacológico de espécies de Psychotria (Rubiaceae)
do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS. Curso de Pós Graduação
em Ciências Farmacêuticas, 1994. 98p. (dissertação de mestrado)
LEAL, M. B.; ELISABETSKY, E. Absence of alkaloids in Psychotria
carthagenensis Jacq. (Rubiaceae). J. Ethnopharmacol., v.54, n.1, p.37-40, 1996a.
LEAL, M. B.; ELISABETSKY, E.. Opioid-like activity of P. brachypoda. Int. J.
Pharmacognosy, v.34, n.4, p.267-272, 1996b.
LEMÉNAGER, D. et al. Hormone mediated alkaloids accumulation: implication of
redox state in cytokinin signalling? Université François-Rabelais, Tours - France,
2004.
LEONARD, B. E. Pharmacological Differences of Serotonin Reuptake Inhibitors
and Possible Clinical Relevance. Drugs v.43, suppl. 2, 1992.
LEPICARD, E. M. et al. Differences in anxiety-related behavior and response to
diazepam in BALB/cByJ and C57BL/6J strains of mice. Pharmacol. Biochem.
Behav., v.67, p.739-748, 2000.
LI, L. et al. Effects of spiramine T an antioxidant enzymatic activies and nitric oxide
production in cerebral ischemia-reperfusion gerbils. Brain Res., v.944, p.205-209,
2002.
LIANG, K. C. Pre- or post-training injection of buspirone impaired retention in the
inhibitory avoidance task: involvement of amygdala 5-HT1A receptors. Eur. J.
Neurosci., v.11, p.1491-1500, 1999.
LIBOT, F. et al. Rubiacées D'Océanie: Alcaloides de Psychotria oleoides de
Nouvelle-Calédone et de Calycodendron milnei du Vanuatu (Nouvelles-Hébrides).
J. Nat. Prod., v.50, n.3, p.468-473, 1987.
LIPTON, S. A.; ROSENBERG, P. A. Excitatory Amino Acids as a Final Common
Pathway for Neurologic Disorders. Eng. J. Med., v.380, p.613-622, 1994.
LISSI, E.; PASCUAL C.; DEL CASTILHO, M. Luminol luminescence induced by
2,2´-azo-bis(2-amidinopropane) thermolysis. Free Radic. Res. Comm., v.17, p.299-
23, 1992.
LISSI, E. et al. Evaluation of total antioxidant potential (TRAP) and total
antioxidant reactivity from luminol-enhanced chemiluminescence measurements.
Free Radic Biol Med, v. 18, p.153-158, 1995.
LIWSZYC, G.E. et al. Daime-a ritual herbal potion. J. Ethnopharmacol., v.36,
p.91-92, 1992.
LOPES, S. O. Análise química e cultivo in vitro de Psychotria leiocarpa Cham.
et Schlecht. e Psychotria carthagenensis Jacq. (Rubiaceae). Porto Alegre:
UFRGS. Curso de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas. (dissertação de
mestrado), 1998.
LÖSCHER, W.; ANNIES, R.; HÖNACK, D. The N-methyl-D-aspartate receptor
antagonist MK-801 induces increases in dopamine and serotonin metabolism in
several brain regions of rats. Neurosci. Lett., v.128, p.191-194, 1991.
LOTSOF, H. S. Ibogaine in the Treatment of Chemical Dependence Disorders:
Clinical Perspectives. Maps, v.5, n.5, 1995.
MALMBERG-AIELLO, P. et al. Mouse light/dark test reveals anxiogenic-like
effects by activation of histamine H1 receptors. Pharmacol. Biochem. Behav.,
v.71, p.321-326, 2002.
MANTOVANI, M. et al. Melatonin exerts an antidepressant-like effect in the tail
suspension test in mice: evidence for involvement of N-methyl-D-aspartate receptors
and the L-arginine-nitric oxide pathway. Neurosci. Lett., v.343, p.1-4, 2003.
MAREK, G. J. et al. Physiological antagonism between 5-hydroxytriptamine
2A
and
group II metabotropic glutamate
receptors in prefrontal cortex. J. Pharmacol. Exp.
Ther., v.292, p.76-87, 2000.
MATTHYSE, S. Antipsychotic drug actions: a clue to the neurophatology of
schizophrenia? Fed. Proc., v.32, p.200-205, 1973.
McGAHON, B.M. et al. Age-related changes in oxidative mechanisms and LTP are
reversed by dietary manipulation. Neurobiol. Aging., v.20, p.643-653, 1999.
McKENNA, D. J.; TOWERS, G. N. T.; ABBOT, F. Monoamine oxidase inhibitors
in South American hallucinogenic plants: triptamine and
β
-carboline constituents of
Ayauasca. J. Ethnopharmacol., v.10, p.195-223, 1984.
McKENNA, D. J. Clinical investigations of the therapeutic potential of ayahuasca:
rationale and regulatory challenges. Pharmacol. Ther., v.102, p.111-129, 2004.
MEADOR-WOODRUFF, J. H; HEALY, D. J. Glutamate receptor expression in
schizophrenic brain. Brain Res. Rev., v.31, n.2/3, p.288-394, 2000.
MELDRUM, B. S. Mechanism based approaches to anticonvulsant therapies:
modulation of inhibitory and excitatory transmission. IN: MELDRUM, B. S.;
WILLIAMS, M. Current and Future Trends in Anticonvulsant, Anxiety and
Stroke Therapy: proceedings of a symposium held at Princeton, New Jersey. USA:
Willey-Liss, p.31-43, 1990.
MELDRUM, B. S. The role of Glutamate in Epilepsy and Other CNS Disorders.
Neurology, v.44, n.8, p.14-23, 1994.
MELTZER, H. Y. Atypical Antipsychotics Drugs. IN: Bloom FE, Kupfer DJ eds.
Psychopharmacology: the fourth generation of progress. New York: Raven Press
Ltd., pp. 1277-1286, 1995.
MELTZER, H. Y. et al. Serotonin receptors: their key role in drugs to treat
schizophrenia. Prog. Neuropsychopharmacol. Biol. Psy., v.27, p.1159-1172,
2003.
MENESES, A.; HONG, E. Effects of 5-HT4 receptor agonists and antagonists in
learning. Pharmacol. Biochem. Behav., v.56, n.3, p. 347-351, 1997.
MISANE, I.; ÖGREN, S. O. Multiple 5-HT receptors in passive avoidance:
comparative studies of p-chloroamphetamine and 8-OH-DPAT.
Neuropsychopharmacol., v.22, n.2, p.168-190, 2000.
MOGHADDAM, B. et al. Activation of glutamatergic neurotransmission by
ketamine: a nove step in the pathway from NMDA receptor blockade to
dopaminergic and cognitive disruptions associated with the prefrontal cortex. J.
Neurosci., v.17, p.2921-2927, 1997.
MOHN, A. R. et al. Mice with reduced NMDA receptor expression display
behaviors related to schizophrenia. Cell, v. 98, p.427-436, 1999.
MOORE, N. A.; AXTON, M. S. Production of climbing behaviour in mice requires
D
1
and D
2
receptor activation. Psychopharmacol., v.94, p.263-266, 1988.
MORAES, M. O. et al. Avaliação clínica da eficácia e segurança de fitoterápicos no
Brasil. Arquivos Brasileiros de Fitomedicina Científica, v.1, p.30-38, 2003.
MORENO, R. A.; MORENO, D. H. Transtornos do Humor. IN: NETO, M.R.L. et
al. Psiquiatria Básica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
OLNEY, J. W.; FARBER, N. B. Glutamate receptor dysfunction and schizophrenia.
Arch. Gen. Psychiatry., v.52, p.998-1007, 1995.
O´NEILL, M. Screening plants for leads to novel medicines. J. Pharm. Med., v.12,
p.211-217, 1998.
ORGANIZAÇÃO Panamericana da Saúde. CID-10: Classificação Estatística
Internacional de Doenças. 8 ed. São Paulo: EDUSP, 2000.
ORLAND, M. J.; SALTMAN, R. J. Manual of Medical Therapeutics. 25 ed.
Boston: Little, Brown and Company, 1989.
PATEL, V.; KLEINMAN, A. Poverty and common mental disorders in developing
countries. Bull. World Health Organ, v.81, n.8, p.609-615, 2003.
PEHEK, E. A. et al. M100,907, a selective 5-HT
2A
antagonist, attenuates dopamine
release in the rat medial prefrontal cortex. Brain Res., v.888, p.51-59, 2001.
PELLETIER, S. W. (Ed.) Chemistry of the alkaloids. Nova Iorque: Van Nostrand
Reinhold, 1970. 795 p.
PEREIRA, C. et al. Estratégias de neuroproteção: Efeito da vimpocetina em
modelos in vitro de estresse oxidativo. Acta Médica Portuguesa, v.16, p.401-406,
2003
PERES, O. et al. Toxicologia aguda e atividade antiinflamatória e analgésica de
extrato hidroalcoólico de Leonorus sibiricus L. Jornal Brasileiro de Fitomedicina,
v.1, n.3, p.110-118, 2003.
PERKINS, M.; DRAY, A. Novel pharmacological strategies for analgesia. Ann.
Rheumatic Disease, v.55, n.10, p. 715-722, 1996.
PERRY, L. M. Rubiaceae - dans Medicinal Plants of East and Southeast Asia.
MIT Press, p.347-360, 1980.
PETIT, E. Les espèces africaines du genre Psychotria L. (Rubiaceae). I. Bull. Jard.
Bot. Brux. Bruxelles, v.34, p.1-229, 1964.
PETROVICK, P. R.; MARQUES, L. C.; DE PAULA, I. C. New rules for
phytochemical drug registration in Brazil. J. Ethnopharmacol., v.66, p.51-55,
1999.
PISCOYA, J. et al. Efficacy and safety of freeze-dried cat’s claw in osteoarthritis of
the knee: mechanisms of action of the species Uncaria guianensis. Inflamm. Res.,
v.50, p.442-448, 2001
PRICE, D. D. et al. NMDA-receptor antagonists and opioid receptor interactions as
related to analgesia and tolerance. J. Pain Symptom. Manage, v.19, n.1, S7-S9,
2000.
PROCTER, A. W. et al. Evidence of glutamatergic denervation and possible
abnormal metabolism in Alzheimer´s disease. J. Neurochem., v.50, p.790-802,
1988.
PROTAIS, P.; COSTENTIN, J; SCHWARTZ, J. Climbing behavior induced by
apomorphine in mice: a simple test for the study of dopamine receptors in striatum.
Psychopharmacol. v. 50, p.1-6, 1976.
RADA, P. et al. Glutamate release in the nucleus accumbens is involved in
behavioral depression during the porsolt swim test. Neurosci., v.119, p. 557-565,
2003.
RADÁK, Z. et al. Regular exercise improves cognitive function and decreases
oxidative damage in rat brain. Neurochem. Int., v.38, n.1, p.17-23, 2001.
RAKIC, P.; BOURGEOIS, J. P.; GOLDMAN-RAKIC, P. S. Synaptic development
of the cerebral cortex: implications for learning, memory, and mental illness. Prog.
Brain Res., v.102, p.227–243, 1994.
RANG, H.; DALE, M.; RITTER, J. M. Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 4 ed., 2001.
RASKIN, I. et al.,. Plants and human health in the twenty-first century. TRENDS in
Biotechnology v.20, n.12, p.522-531, 2002.
REGIER, D. A. et al. The APA classification of mental disorders: future
perspectives. Psychopathol., v.35, n.2/3, p.166-170, 2002.
RELATÓRIO Sobre a Saúde no Mundo, 2001 – Organização Panamericana da
Saúde – Organização Mundial da Saúde – ONU, World Health Report – WHO –
Genéve – Swiss. PsiWeb. Disponível em:
http://www.psiqweb.med.br/acad/oms1.html
. Acesso em: 20 nov. 2003.
RIMONDINI, R. et al. Adenosine
A
2A
agonists: a potential new type of atypical
antipsichotic. Neuropsychopharmacol., v.17, p.82-91, 1997.
RIVIER, L.; LINDGREN, J. E. "Ayahuasca", The South American Halucinogenic
Drink: An Ethnobotanical and Chemical Investigation. Economic Botany, v.26,
p.101-129, 1972.
ROBBRECHT, E. Tropical woody RUBIACEAE. Opera Botanica. v.1, 271p.,
1988.
ROGÓZ, Z. et al. Synergistic effect of uncompetitive NMDA receptor antagonists
and antidepressant drugs in the forced swimming test in rats. Neuropharmacol.,
v.42, p.1024-1030, 2002.
ROSA, A. O. et al. Involvement of NMDA receptors and L-arginine-nitric oxide
pathway in the antidepressant-like effects of zinc in mice. Behav. Brain Res., v.144,
p.87-93, 2003.
ROTH, J. Drugs Used in the Treatment of Mood Disorders. IN: SMITH, A.;
REYNARD, E. Essentials of Pharmacology. Philadelphia: Saunder Company,
1995.
ROULLET, P. et al.. NMDA and AMPA antagonist infusions into the ventral
striatum impair different steps of spatial information processing in a nonassociative
task in mice. The J. Neurosci., v.21, n.6, p. 2143-2149, 2001.
SCHWARCZ, R.; MELDRUM, B. Excitatory Amino Acid Antagonists Provide a
Therapeutic Approach to Neurological Disorders. The Lancet, p. 140-143, 1985.
SHIM, S. S. et al. Actions of butyrophenones and other antipsychotic agents at
NMDA receptors: relationship with clinical effects and structural considerations.
Neurochem. Int., v.34, p.167-175, 1999.
SHIRAKAWA, I.; BRESSAN, A.; CHAVES, A. C. Tratamento Farmacológico da
Esquizofrenia. IN: SHIRAKAWA, I.; CHAVES, A. C.; MARI, J. J. (Ed.). O desafio
da esquizofrenia. São Paulo: Lemos Editorial, 2001. p.25-32.
SKOLNICK, P. Antidepressant of the new millenium. Eur. J. Pharmacol., v.375,
p.31-40, 1999.
SIMÕES, C. M. O. et al. Plantas da medicina popular do Rio Grande do Sul. 4
ed., p. 11. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1995.
SMITH, L. B.; DOWNS, R. J. Resumo preliminar das rubiáceas de Santa Catarina.
Sellowia, v.7, p. 13-86, 1956.
SMITH, J. A.; BOYER-MILLAR, C.; GOUDIE, A. J. Does MK-801 discrimination
constitute an animal model of schizophrenia useful for detecting atypical
antipsychotics? Pharmacol. Biochem. Behav., v.64, n.2, p.429-433, 1999.
SOLANA-FIGUEROA, R. et al. Enhanced inhibitory avoidance training protects
against the amnesic effect of p-chloroamphetamine. Life Sci., v.71, p.391-399,
2002.
SOULIMANI, R. et al. Behavioural effects of Passiflora incarnata L. and its indole
alkaloid and flavonoid and maltol in the mouse. J. Ethnopharmacol., v.57, p.11-20,
1997.
SRIRAM, D. et al., Camptothecin and its analogues: a review and their
chemotherapeutic potential. Nat. Prod. Res., v.19, n.4, p.393-412, 2005.
STOLC, S. Indole derivatives as neuroprotectants. Life Sciences, v.65, n.18/19,
p.1943-1950, 1999.
SUN, J. et al. Effects of natural products on schemic diseases and cardiovascular
system. Acta Pharmacol. Sin., v.23, n.12, p.1142-1151, 2002.
SVENSSON, T. Dysfunctional brain dopamine systems induced by
psychotomimetic NMDA-receptor antagonists and the effects of antipsychotic
drugs. Brain Res. Rev., v.31, p.320-329, 2000.
TAKAYAMA, H. et al. Studies on the synthesis and opioid agonistic activities of
mitragynine-related indole alkaloids: discovery of opioid agonists structurally
different from other opioid ligands. J. Med. Chem., v.45, n.9, p.1949-1956, 2002.
TAKEDA, H.; TSUJI, M.; MATSUMIYA, T. Changes in head-dipping behavior in
the hole-board test reflect the anxiogenic and/or anxiolytic state in mice. Eur. J.
Pharmacol., v.350, p.21-29, 1998.
TAYLOR, C. M. Cephaelis (Rubiaceae: Psychotriae). Missouri Gardens, 1997.
Disponível na Internet no endereço
http://www.mobot.org/MOBOT/STAFF/RESEARCH/taylor/cephaeli.html
TRETTER, L.; ADAM-VIZI, V. The neuroprotective drug vinpocetine prevents
veratridine-indeced [Na+]i and [Ca2+]i rise in synaptosomes. Neuroreport, v.9,
p.1849-1853, 1998.
TRUDEAU, L. E. Glutamate co-transmission as an emerging concept in monoamine
neuron function. J. Psychiatr. Neurosci., v. 29, n.4, p.296-310, 2004.
TRUJILLO, K. A.; AKIL, H. Inhibition of Morphine Tolerance and Dependence by
the NMDA Receptor Antagonist MK-801. Science, v.251, p.85-87, 1991.
VAN DE SANTOS, L. Psychotria suterella Muell. Arg.: caracterização de
alcalóides, análise farmacológica e cultivo in vitro de calos e raízes. Dissertação
de Mestrado, Curso de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, 1999.
VEROTTA, L. et al. Pyrrolidinoindoline Alkaloids from Psychotria colorata. J. Nat.
Prod., v.61, n.3, p.392-396, 1998.
VINEIS, P.; PORTA, M. Causal Thinking, Biomarkers, and Mechanisms of
Carcinogenesis. J.Clinical Epidemiol., v.49, n.9, p.951-956, 1996.
ZANGROSSI JR., H. et al. Serotonergic regulation of inhibitory avoidance and one-
way scape in the rat elevated T-maze. Neurosci. Biobehav. Rev., v.25, p.637-645,
2001.
ZANINI, A. C.; OGA, S. Farmacologia Aplicada. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 1985.
ZHAO, B.; MOOCHHALA, S. M.; THAM, S. Y. Biologically active components of
Physostigma nenenosum. J. Chromatgr. B. Analyt. Technol. Biomed. Life Sci.,
v.812, n.1/2, p.183-192, 2004.
ZIPURSKY, R. B. et al. Widespread cerebral grey matter volume deficits in
schizophrenia. Arch. Gen. Psychiatry, v.49, p.195–205, 1992.
WANG, P. S.; SIMON, G. E.; KESSLER, R. C. The economic burden of depression
and the cost-effectiveness of treatment. Int. J. Methods Psychiatr. Res., v.12, n.1,
p.22-23, 2003.
WANG, P. S. et al. Effects of major depression on moment-in-time work
performance. Am. J. Psychiatry, v.161, n.10, p.1885-1891, 2004.
WELLS, J. E. et al. Christchurch Psychiatric Epidemiology Study, Part I :
Methodology and lifetime prevalence for specific psychiatric disorders. Aust. N. Z.
J. Psychiatry, v.23, n.3, p.315-326, 1989.
WHEELWRIGHT, E. G. Medicinal Plants and Their History. Dover Publications,
INC., New York, 1994.
WIESENFELD-HALLIN, Z. Combined Opioid-NMDA Antagonist Therapies:
What advantages do they offer for the control of pain sybdromes? Drugs, v.55, n.1,
p.1-4, 1998.
WILDE, M. Fluvoxamine: An Updated Review of its Pharmacology and
Therapeutic Use in Depressive Illness. Drugs, v.46, n.5, p.895-921, 1993.
WILLAMAN, J. J.; SCHUBERT, B. G. Alkaloid bearing plants and their
contained alkaloids. ARS, USDA, Twch. Bull. 1234, Supt Documents, Govt. Print
Off., Washington DC, 1961.
WILLIAMS, J. E. Review of Antiviral and Immunomodulating Properties of Plants
of the Peruvian Rainforest with a Particular Emphasis on Uña de Gato and Sangre de
Grado. Altern. Med. Rev., v.6, n.6, p. 567-79, 2001
WITHERUP, K. M.; BOGUSKY, P. S. A.; RAMJIT, H. Cyclopsychotride A, a
biologically active, 31-residue cyclic peptide isolated from Psychotria longipes. J.
Nat. Prod., v.57, n.12, p. 1619-1625, 1994.
WÖLFLER, A. et al. N-acetylserotonin is a better extra- and intracellular
antioxidant than melatonin. FEBS Letters v. 449, p.206-210, 1999.
WOOLLEY, D. W.; SHAW, E. N. Evidence for the participation of serotonin in
mental processes. Ann. N Y Acad. Sci., v.66, n.3, p.649-665, 1957.
YAMADA, C. S. B. Fitoterapia: sua história e importância. Revista Racine, ano
VIII v.43, p.50-51, 1998.
YAMAMOTO, K. et al. Possible noradrenergic dysfunction in schizophrenia. Brain
Res. Bull., v.35, n.5/6, p.529-543, 1994.
YAN, Q-S. et al. Dizocilpine (MK-801) increases not only dopamine but also
serotonin and norepinephrine transmissions in the nucleus accumbens as measered
by microdialysis in freely moving rats. Brain Res., v.765, p. 149-158, 1997.
8 ANEXOS
ANEXO 1
Antioxidative and prooxidative properties of the indole monoterpene alkaloid
psychollatine.
Fernanda L. Both
a,b
, Ionara R. Siqueira
c
, Vitor A. Kerber
d
, Amélia T. Henriques
a
and
Elaine Elisabetsky*
a,b
a
Curso de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre/RS, Brazil;
b
Laboratório de Etnofarmacologia, Departamento de Farmacologia, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre/RS, Brazil;
c
Centro Universitário UNIVATES, Lajeado, RS, Brazil.
d
Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba/PR, Brazil
*Corresponding author: Tel/Fax: (+)55 51 33163121.
E-mail address: elaine.elisabetsky@gmail.com. Caixa Postal 5072, 90041-970,
Porto Alegre, RS, Brazil.
Abstract
The aim of this study was to evaluate the in vivo antioxidant effect of
psychollatine. Adult male mice were treated (i.p.) with saline or psychollatine (7.5
and 30 mg/kg), and the hippocampi and cerebral cortex dissected out 30 min latter to
measure free radicals content, damage to macromolecules and total antioxidant
capacity. Psychollatine administration reduced free radicals level in the cortex,
however, paradoxically, increased in hippocampus the high dose group, as well as
increased the total antioxidant capacity in hippocampus and cortex. However,
psychollatine was devoid of effects on lipid peroxidation and on oxidation of
proteins in both brain structures cerebral cortex and hippocampus. The study
suggests that psychollatine is able to modify the cellular antioxidant network
efficacy in the brain, ultimately reducing the damage in oxidative stress conditions.
Keywords: Psychotria umbellata, psychollatine, antioxidant activity, indolic
alkaloid, brain
Introduction
Reactive oxygen species (ROS) and reactive nitrogen species (RNS) are
produced during normal metabolism, specially by cellular respiration (Fernandes et
al., 2004, El-Sherbiny et al., 2003). The continuous overproduction of ROS and
RNS, and/or the decrease in antioxidant defenses (oxidative stress) may induce
cerebral damage, either directly by interacting and destroying cellular proteins,
lipids and DNA, or indirectly by affecting normal cellular signaling pathway and
gene regulation (Li et al., 2002, Sun et al., 2002). This continuous damage
contributes to the development of several chronic diseases of the nervous system,
such as stroke, neurotrauma and chronic brain ischemia (El-Sherbiny et al., 2003).
Various products can play an important role within this context in two
aspects: enhancing the activity of original cellular antioxidants resources or by
neutraling free radicals (Sun et al., 2002). Among the compounds interfering with
the effects of ROS, indole derivatives constitute a distinct chemical and
pharmacological group (Stolc, 1999).
Indoles are related to the metabolism of tryptophan and present substitutions
in different positions of the indolic ring (Fig. 1) (Cano et al., 2003, Williams, 2001).
In animals, a most significant group of indolic compounds is that related with
melatonin. Besides playing a hormonal role, melatonin has been extensively studied
as a potent scavenger of hydroxyl radical, peroxinitrite and hypochlorous acid, as
well as singlet oxygen quencher (Cano et al., 2003, Stolc, 1999) exhibiting distinct
antioxidant features in vitro as well as in vivo (Reiter, 1998).
5-hydroxytryptamine (serotonin), another indole derivative, exhibits a wide
range of physiological actions. Serotonin is also reported to protect biological
tissues against radiation injury, to interact with or to scavenge ROS generated by
ionizing radiation, and act as antioxidant in lipid system, although behaving as pro-
oxidants in a non-lipid systems (Stolc, 1999).
Other important indolic compounds are the plant indole alkaloids
vinblastine, vincristine, vincamin and camptothecin isolated from Catharanthus
roseus L. Don. Vinpocetine, a derived synthetic of the alkaloid vincamin, possesses
antioxidant activity capable to reduce the formation of ROS and lipid peroxidation
(Pereira et al., 2003). Other synthetic indolic compound (beta carboline compound),
stobadine, is an agent with remarkable antioxidant or radical scavenging actions
(Stolc, 1999).
It has been suggested that the anti-inflammatory activity of nonsteroidal
anti-inflammatory drugs, like indomethacin, also indole derivatives, may be partly
attributed to its ability to scavenge ROS and RNS (Fernandes et al., 2004).
Psychollatine is an indol-monoterpene alkaloid (isolated from Psychotria
umbellata Vell., Rubiaceae) structurally related to serotonin (Fig. 1). Three alkaloids
have been identified in this species, psychollatine being the major one (nearly 1.3%
w/w of the dry plant). We have previously reported that psychollatine (formerly
known as umbellatine) possess mild analgesic and anti-inflammatory activity against
a number of algogenic stimuli suggesting the participation of opioid and NMDA
glutamate receptors (Both et al., 2002) and anxiolytic, sedative, antidepressives and
amnesic possibly involving the participation of 5-HT
2A/C
receptors (Both et al.,
2005).
Considering that indoles demonstrate antioxidant activity and that
psychollatine possess multiple mechanism of action, including a involvement with
NMDA receptors, which may be implicated with neuroprotectant activity, the
present study was undertaken to further investigate the in vivo antioxidative
properties of psychollatine.
Serotonin Psychollatine
N
N
H
H
H
H
3
COOC
H
H
Glc-O
O
Figure1. Molecular structure of psychollatine and serotonin
Material and Methods
Plant material
Psychotria umbellata Vell.(Rubiaceae) leaves were collected at Torres (Rio Grande
do Sul, Brazil) in 2003; voucher material (MBM 48571) has been deposited at the
herbarium of the Museu Botânico Municipal de Curitiba (PR, Brazil).
Alkaloid isolation
Dried leaves (100g) were extracted 3-times with EtOH at room temperature, each
for a week. The extract was concentrated under vacuum at 40°C resulting in dark
green syrup. The syrup was dissolved in HCl 2% (0.5l) and partitioned with CH
2
Cl
2
.
The acid solution was alkalinized with NH
4
OH 25% until pH = 10 and extracted
with CH
2
Cl
2
. From the CH
2
Cl
2
extract 954 mg of a colorless amorphous compound
was precipitated. Purity of the compound was checked by TLC with silica gel
60F254 (CHCl
3
:MeOH/NH
3
vapor - 85:15 - Rf = 0.2) and HPLC (column:
NOVAPACK C18 150 mm x 3.9 mm - Waters; MeOH:H
2
0 - 50:50 as eluent and a
Photo Diode Array as detector; Rt = 2.13 min).
Chemicals
Thiobarbituric acid and Trolox were obtained from Merck, ABAP was obtained
from Wako Chemicals USA, Inc., 2’-7’-dichlorofluorescein diacetate (DCFH-DA),
2’-7’-dichlorofluorescein (DCF), trichloroacetic acid (TCA), phenylmethylsulfonyl
fluoride (PMSF), 5-amino-2,3-dihydro-1,4-phtalazinedione (luminol), and H
2
O
2
stock solution were purchased from Sigma Chemical Co.
Animals and psychollatine administration
Experiments were performed with male adult mice (CF1), acquired from Fundação
Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS) with 2 months of age. Animals
were maintained in our owns facilities (22°±1°C, 12 h light/dark cycle, free access
to food [Nuvilab CR1] and water) for at least two weeks before experiments. All
procedures were carried out according to institutional policies on experimental
animal handling. Saline 0.9% or psychollatine 7.5 or 30 mg/kg were administered
intraperitoneally (0.1 ml/10g); this dose was chosen because it proved to present
anxiolytic and analgesic (when co-administrated with MK-801) activity in previous
studies (Both et al., 2002; Both et al., 2005).
Preparation of brain samples
Mice were decapitated 30 min after drug administration; the brain was quickly
excised and placed on ice-cold glass plate. Hippocampi and cerebral cortex were
dissected out, weighted, instantaneously placed in liquid nitrogen and stored at -
70
o
C until experimental day. Brain tissues were homogenized in 10 vol. of ice-cold
phosphate buffer (0.1 M, pH 7.4) containing KCl (140 mM), EDTA (1 mM) and
phenylmethylsulfonyl fluoride (1 mM). The homogenate was centrifuged at 960xg
for 10 min to remove nuclei and cell debris; the supernatant was used for the assays.
All steps were carried out at 4
o
C.
Free radical content
To assess free radicals levels we used 2’-7’-dichlorofluorescein diacetate (DCFH-
DA) as a probe. An aliquot of the sample was incubated with DCFH-DA (100 µM)
at 37
o
C for 30 min; the reaction mixture was concluded at 4
o
C. The formation of the
oxidized fluorescent derivative (DCF) was monitored at excitation and emission
wavelengths of 488 nm 525 nm, respectively, using a fluorescence
spectrophotometer (Hitachi F-2000). Free radicals content was quantified using a
DCF standard curve and results were expressed as pmol of DCF formed/mg protein.
All procedures were performed in the dark, and blanks containing DCFH-DA (no
homogenate) and homogenate (no DCFH-DA) were processed for measurement of
autofluorescence (Driver et al., 2000; Sriram et al., 1997).
Lipid peroxidation assay
The evaluation of formation of thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) was
based on Buege and Aust (1978). Sample aliquots were incubated with 10%
trichloroacetic acid (TCA) and 0.67% thiobarbituric acid (TBA). The mixture was
heated on a boiling water bath for 30 min, an equal volume of n-butanol added and
the final mixture centrifuged; the organic phase was collected for fluorescence
measurements, at excitation and emission wavelengths of 515 and 553 nm,
respectively (Bromont et al., 1989). 1,1,3,3-tetramethoxypropane (TMP) was used
as standard. Results are reported as pmol MDA /mg protein.
Oxidation of protein tryptophan residues (TRI)
Samples were solubilized in sodium dodecyl sulfate (SDS) at final concentration of
0.1%. The intrinsic tryptophan fluorescence was determined at excitation and
emission wavelengths of 280 and 345 nm, respectively, using a fluorescence
spectrophotometer Hitachi F-2000 (Gusow et al., 2002).
Oxidation of protein tyrosine residues (TIR)
Samples were solubilized in SDS at final concentration of 0.1%. The intrinsic
tyrosine fluorescence was determined at excitation and emission wavelengths of 277
and 320 nm, respectively (Bondy, 1996).
Total Antioxidant Reactivity (TAR) Assay
The TAR assay is based on luminol-enhanced chemiluminescence (CL) induced by
an azo initiator (Lissi et al., 1992; Lissi et al., 1995; Desmarchelier, 1997). The
reaction mixture contained 2 mM ABAP and 6 mM luminol in glycine buffer. TAR
values were determined by assessing the initial decrease of luminescence calculated
as the ratio “Io/I”, where “Io” is the CL in the absence of additives, and “I” is the CL
after the addition of 20 nM Trolox or samples (1 µl). TAR values were expressed as
equivalents of Trolox concentration per mg of protein.
Protein Assay
The total protein concentration was determined using the method described by
Bradford (1976) with bovine serum albumin as the standard.
Statistical analysis
Data were analyzed by one-way analysis of variance (ANOVA) with post hoc
analysis by the Duncan’s multiple range test. Differences were considered
significant when P 0.05. Results are expressed as mean ± standard error mean
(SEM).
Results
A single i.p. administration of psychollatine 7.5 or 30 mg/kg induced
changes in several indexes of oxidative stress; different patterns were found at
different brain regions.
A significant decrease in free radicals levels (DCF formation) was observed
in the frontal cortex with psychollatine 7.5 mg/kg and 30 mg/kg (F
(2,14)
= 0.028;
P<0.05) (Fig 2). The TAR levels increased in the frontal cortex with psychollatine
7.5 mg/kg and 30 mg/kg (F
(2,16)
=0.048; P<0.05) (Fig. 3).
A significant increase in free radicals levels (DCF formation) was observed
in the hippocampus with psychollatine 30 mg/kg (F
(2,18)
=0.003; P<0.05) (Fig 2). The
TAR was increased in hippocampus (F
(2,16)
=0.052; P<0.05) with psychollatine 7.5
mg/kg (Fig. 3).
No changes in lipoperoxidation (TBARS levels), TIR and TRI levels were
observed in the hippocampus and in the cortex with all doses tested (Fig. 4, 5 and 6)
respectively.
0
1
2
3
4
5
hc cx
pmol DCF fprmed/mg protei
n
SALINE
PSY7.5
PSY30
*
*
*
Figure 2. Effects of psychollatine on free radical content, using DCFH-DA as a
probe in brain areas, frontal cortex (cx) and hippocampi (hc). Data expressed as
mean + SEM. N= 5-6. ANOVA/Duncan, *P<0.05 compared with saline.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
hc cx
pmol TAR formed/mg protein
SALINE
PSY7.5
PSY30
*
*
*
Figure 3. Effects of psychollatine on total antioxidant reactivity (TAR) levels from
frontal cortex (cx) and hippocampi (hc) from saline and psychollatine 7.5 and 30
mg/kg. Data expressed as mean +
SEM. N=7-8. ANOVA/Duncan, *P<0.05
compared with saline.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
hc cx
% control
SALINE
PSY 7 .5
PSY 3 0
Figure 4. Effects of psychollatine on lipid peroxidation assay (TBARS). Results are
expressed as percentage of control. N= 7-8. ANOVA/Duncan.
0
20
40
60
80
100
120
140
hc cx
% control
SALINE
PSY7.5
PSY30
Figure 5. Tyrosine contents in cortex (cx) and hippocampus (hc) from mice treated
with saline and psychollatine. Results are expressed as percentage of control. N= 7-
8. ANOVA/Duncan.
0
20
40
60
80
100
120
140
hc cx
% control
SALINE
PSY7.5
PSY30
Figure 6. Contents of tryptophan in brain strucutures, cortex (cx) and hippocampi
(hc) from saline and psychollatine (PSY) 7.5 and 30 mg/kg. Results are expressed as
percentage of control. N= 7-8. ANOVA/Duncan.
Discussion
Indole derivatives, e.g. melatonin, β-carbolines are thought to have great
potential to be used in the prevention and/or treatment of numerous neurological
diseases. Moreover, they may serve as model compounds in further search for a new
generation of powerful and safe neuroprotectants (Stolc, 1999).
We found that psychollatine, an indole monoterpene alkaloid, alters various
oxidative stress parameters. Psychollatine increased the total antioxidant capacity in
hippocampus and cortex as evaluated by the TAR assay. It is important to note that
TAR measurements determine the quality (conferred by reactivity) of antioxidants
present in the sample (Lissi, 1995, Desmarchelier, 1997). The TAR levels were
significantly augmented in frontal cortex with both doses (approximately 40 and
55% with 7.5 and 30 mg/kg, respectively) and in hippocampus (by 70%) only with
the lower dose (7.5 mg/kg). TAR can be considered an useful index of the capacity
of a given sample to modulate the damage associated with an enhanced production
of free radicals (Lissi et al. 1992). Therefore, the effect of psychollatine on TAR
levels in important brain areas might be relevant to protect from oxidative events
and the consequent damage to lipids and proteins. It is important to note that the
higher dose of psychollatine induced a large increase in DCF formed, consequently
in favor of a strong oxidative stress; conversely protein and lipid damage did not
accompany the enhanced free radicals content.
Although antioxidant reactivity of both brain areas was increased by acute
treatment with psychollatine, the DCF formation was found to be reduced only in
the cortex. Interestingly, we observed a significantly increase on DCF levels in
hippocampus from animals treated with the higher dose of psychollatine (30 mg/kg)
with a concomitant reduction of TAR levels compared to those observed with the
dose 7.5 mg/kg. The increase DCF levels in hippocampus, a structure that plays an
important role in cognitive function, was consistent with our recent finding that this
dose impaired both acquisition and consolidation in the step-down inhibitory
avoidance test (Both et al., 2005). It has been previously suggested that increases in
free radical content contribute with age-related deficit in cognition (Halliwell, 1992;
Rádak et al., 2000) and impairment in hippocampal long-term potentiation (LTP)
(McGahon et al., 1999).
The formation of free radicals in rat hippocampus after acute NMDA
infusion was prevented by specific NMDA-receptor antagonists (Pepicelli et al.,
2002). Nonetheless, there are evidences that sub-anesthetic doses of NMDA
antagonists induce hypermetabolic and hyperglutamatergic states (Kurumaji and
McCulloch, 1990). Various mechanisms may contribute to this apparent paradox of
sub-anesthetic doses of NMDA antagonist, usually regarded as neuroprotective
agents, inducing a neurotoxic hyperglutamatergic state: sub-anesthetic doses of
NMDA antagonists stimulate glutamate release in the prefrontal cortex
(Moghaddam et al., 1997; Moghaddam and Adams, 1998), and hippocampus
(Grunze et al, 1996); NMDA antagonists preferentially attenuate the activity of the
inhibitory interneurons in the hippocampus, resulting in freeing pyramidal neurons
and increased firing of these neurons, therefore enhancing glutamate release (Grunze
et al, 1996).
Hyperactivity of glutamatergic pyramidal neurons induced by NMDA
antagonists seem to result in activation of non-NMDA glutamate receptor including
AMPA and kainate receptors (Liu et al., 2002; Patel and McCulloch, 1995); in fact,
AMPA/kainate antagonist completely block prefrontal cortical pyramidal neurons
activation induced by 5-HT
2A
receptor (Aghajanian and Marek, 1997).
In this study, a similar picture was observed with psychollatine: an
apparently NMDA antagonist (Both et al., 2002), increasing hippocampal radical
free content. The observed amnesic effects of psychollatine (Both et al, 2005),
observed with the same doses that result in oxidative stress (evaluated ex vivo) may
be at least in part associated with a hyperglutamatergic effect, given that
psychollatine may lead to impairments in the information-processing capacity of
cortical circuits by acting as NMDA antagonist. The neurotoxic effects (amnesic and
prooxidative action) at higher doses of psychollatine may reflect its capacity to
induce glutamate release as discussed above.
Antioxidants can demonstrate both antioxidant and prooxidant properties;
however, a prooxidant activity requires a relatively high concentration of the
compounds (Azam et al., 2003). Consistent with this pattern, psychollatine, as other
indole antioxidants (Stolc, 1999), exhibited prooxidant action with higher doses.
The markers of basal oxidative damage to macromolecules (TBARS as
index of lipid peroxidation, and tyrosine and tryptophan residue levels, as protein
damage indexes) were not affected by acute treatment with psychollatine. However,
the decline in free radical levels, and the increase on total antioxidant reactivity may
indicate that psychollatine treatment can improve the protective defenses and reduce
the oxidative damage in situations of oxidative stress.
Additionally, the analgesic and anti-inflammatory activity of psychollatine
in the capsaicin and formalin models (Both et al., 2002) may be related to its
antioxidant properties.
The anti-inflammatory activity of compounds can be due to synergistic
effect of various mechanisms of action, as pro-inflammatory enzyme inhibitors,
corticoid-like effects and/or antioxidant effect (Schinella et al., 2002). Free radicals
seem to have an important role in the inflammatory process, since free radicals
produced by phagocyte cells are implicated in the activation of nuclear factor κB,
which induces the transcription of inflammatory cytocines and cyclo-oxigenase
(Winrow et al., 1993, Sahnoun et al., 1998).
At this point, the exact mechanism(s) by which psychollatine modulates
oxidative stress exerts its antioxidant activities are unknown. The distinct
modulation of oxidative status observed in different brain structures can be
associated with particularities in the basal oxidative status of different brain areas
(Candelario-Jalil et al., 2001) and/or differential distribution of psychollatine.
Improving antioxidant defenses seems to be another interesting approach for
treating neurodegenerative disorders (Nikolov and Richardson, 1998). It is clear that
additional works must be performed, including ischemia models, to evaluate the
potential of psychollatine as a neuroprotective agent.
Conclusions
The present study indicates that psychollatine, an indole alkaloid isolated
from Psychotria umbellata, modify basal oxidative status in distinct mice brain
areas. Our results are consistent with previous studies reporting neuroprotection and
prooxidative action by indole derivatives (Stolc, 1999).
Acknowledgements
This study was supported by grants from CNPq (EE, ATH and FLB), and
financial support from CNPq and PROPESQ.
References
Aghajanian, G.K.; Marek, G.J., 1997. Serotonin induces excitatory post synaptic
potentials in apical dendrites of neocortical pyramidal cells. Neuropharmacology., v.
36(4-5): 589-599.
Azam S., Hadi N., Khan N.U., Hadi S.M, 2003. Antioxidant and prooxidant
properties of caffeine, theobromine and xanthine. Med Science Monit 9 (9), BR335-
330.
Bondy S. C., 1996. Evaluation of free radical-initiated oxidant events within the
nervous system. Methods in Neuroscience, Academic Press, Inc. 30, 243-259.
Both, F.L., Kerber, V.A., Henriques, A.T., Elisabetsky, E., 2002. Analgesic
Properties of Umbellatine from Psychotria umbellata. Pharmaceutical Biology.
40(5), 336-341.
Both F.L., Meneguini L., Kerber V.A., Henriques A.T., Elisabetsky E., 2005.
Psychopharmacological profile of the alkaloid psychollatine as a 5HT2
a/C
serotonin
modulator.
J
Nat. Prod. 68 (3), 374-380.
Bradford MM., 1976. A rapid and sensitive method for the quantification of
microgram quantities of protein utilizing the principle of protein-dye binding. Anal
Biochem 72, 248-54.
Buege J.A., Aust S.D., 1978. Microsomal lipid peroxidation. Methods Enzymol 52,
302-310.
Candelario-Jalil E., Mhadu N. H., Al-Dalain S. M., Martínez G., León O. S., 2001.
Time course of oxidative damage in different brain regions following transient
cerebral ischemia in gerbils. Neuroscience Research. 41(3), 233-241.
Cano A., Alcaraz O., Arnao M.B., 2003. Free radical-scavenging activity of indolic
compounds in aqueous and ethanolic media. Anal Bioanal Chem 376, 33-37.
Desmarchelier C., Repetto M., Coussio J., Llesuy S., Ciccia G., 1997. Total
Reactive Antioxidant Potential (TRAP) and Total Antioxidant Reactivity (TAR)
of Medicinal Plants used in Southwest Amazonia (Bolivia and Peru). Int J
Pharmacog 35, 288-96.
Driver A.S., Kodavanti P.R.S., Mundy W.R., 2000. Age-related in reactive oxygen
species production in rat brain homogenates. Neurotoxicol Teratol 22, 175-81.
El-Sherbiny D.A., Khalifa A.E., Attia A.S., Eldenshary E.El-Din S., 2003.
Hypericum perforatum extract demonstrates antioxidant properties against elevated
rat brain oxidative status induced by amnestic dose of scopolamine. Pharmacology,
Biochemistry and Behavior 76, 525-533.
Fernandes E., Costa D., Toste S.A., Lima J.L.F.C. and Reis S., 2004. In vitro
scavenging activity for reactive oxygen and nitrogen species by nonsteroidal anti-
inflammatory indole, pyrrole, and oxazole derivative drugs. Free Radical Biology &
Medicine 37(11), 1895-1905.
Grunze, H.C., Rainnie, D.G., Hasselmo, M.E., Barkai, E., Hearn, E.F., MCcarley,
R.W., Greene, R.W. NMDA-dependent modulation of CA1 local circuit inhibition.
J. Neurosci., v. 16, p. 2034-2043, 1996.
Halliwell, B., 1992. Reactive oxygen species and the central nervous system. Journal
of Neurochemistry 59, 1609-1623.
Kurumaji, A., Mcculloch, J., 1990. Effects on MK-801 upon local cerebral glucose
utilization in conscious rats following unilateral lesion of caudal entorhinal cortex.
Brain Res., 531(1-2), 72-82.
Li L., Shen Y-M., Yang X-S., Wu W-L., Wang B-G., Chen Z-H., Hao X-J., 2002.
Effects of spiramine T an antioxidant enzymatic activies and nitric oxide production
in cerebral ischemia-reperfusion gerbils. Brain Research 944, 205-209.
Lissi E., Pascual C., del Castilho M., 1992. Luminol luminescence induced by 2,2´-
azo-bis(2-amidinopropane) thermolysis. Free Radic Res Comm17, 299-23.
Lissi E., Salim-Hanna M., Pascual C., del Castillo M.D., 1995. Evaluation of total
antioxidant potential (TRAP) and total antioxidant reactivity from luminol-enhanced
chemiluminescence measurements. Free Radic Biol Med 18, 153-8.
Liu, H-N.,Giasson, B.I., Mushynski, W.E., Almazan, G., 2002. AMPA receptor-
mediated toxicity in oligodendrocyte progenitors involves free radical generation
and activation of JNK, calpain and caspase 3. Journal of Neurochemistry, 82, 398–
409.
McGahon, B.M., Murray, C.A., Horrobin, D.F. and Lynch, M.A., 1999. Age-related
changes in oxidative mechanisms and LTP are reversed by dietary manipulation.
Neurobiol. Aging 20 643-653.
Moghaddam, B. et al. Activation of glutamatergic neurotransmission by ketamine: a
nove step in the pathway from NMDA receptor blockade to dopaminergic and
cognitive disruptions associated with the prefrontal cortex. J. Neurosci., v.17,
p.2921-2927, 1997.
Moghaddam, B.; Adams, B. Reversal of phencyclidine effects by a group II
metabotropic glutamate receptor agonist in rats. Science, v. 281, p. 1349-1352,
1998.
Nikolov, R., Richardson, J.S. Antiamyloid strategies for the treatment of
Alzheimer’s disease. Drugs Today (Barc), 34(8), 673-689, 1998.
Patel, T.R.; Mcgulloch, J. 1995. AMPA receptor antagonism attenuates MK-801-
induced hypermetabolism in the posterior cingulate cortex. Brain Research, 686,
254-258.
Pepicelli, O. 2002. In vivo activation of N-methyl-D-aspartate receptors in the rat
hippocampus increases prostaglandin E(2) extracelular levels and triggers lipid
peroxidation through cyclooxigenase-mediated mechanisms. Journal of
Neurochemistry, 81, 1028 – 1034.
Pereira C., Agostinho P., Moreira P.I., Duarte A.I., Santos M.S., Oliveira C.R.,
2003. Estratégias de neuroproteção: Efeito da vimpocetina em modelos in vitro de
stresse oxidativo. Acta Médica Portuguesa 16, 401-406.
Radák Z., Kaneko T., Tahara S., Nakamoto H., Pucsok J., Sasvári M., Nyakas C.,
Goto S., 2001. Regular exercise improves cognitive function and decreases
oxidative damage in rat brain. Neurochemistry International, 38(1), 17-23.
Reiter J.R., 1998. Oxidative damage in the central nervous system: protection by
melatonin. Prog. Neurobiol., 56(3), 359-384.
Sahnoun Z., Jamoussi K., Zeghal K.M., 1998. Free radicals and antioxidants:
Physiology, human pathology and therapeuthic aspects. Therapie 53, 315-39.
Schinella G.R., Tournier H.A., Prieto J.M., Mordujovich de Buschiazzo P., Ríos
J.L., 2002. Antioxidant activity of anti-inflammatory plant extracts. Life science 70,
1023-1033.
Sriram K., Pai K.S., Boyd M.R., Ravindranath V., 1997. Evidence for generation of
oxidative stress in brain by MPTP: in vitro and in vivo studies in mice. Brain Res
749, 44-52.
Stolc S., 1999. Indole derivatives as neuroprotectants. Life Sciences 65 (18/19),
1943-1950.
Sun J., Kh Tan B., Huang S-H., Whiteman M., Zhu Y-Z., 2002. Effects of natural
products on ischemic heart diseases and cardiovascular system. Acta Pharmacol Sin
23 (12), 1142-1151.
Williams J.E., 2001. Review of Antiviral and Immunomodulating Properties of
Plants of the Peruvian Rainforest with a Particular Emphasis on Uña de Gato and
Sangre de Grado. Altern. Med. Rev. 6(6), 567-79.
ANEXO 2
Acute toxicity induced by the indole monoterpene alkaloid psychollatine
isolated from Psychotria umbellate Vell.
Fernanda L. Both
a,b
, Lisiane Meneghini
b
, Vitor A. Kerber
c
, Amélia T. Henriques
a
and Elaine Elisabetsky
a,b,*
a
Curso de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre/RS, Brazil;
b
Laboratório de Etnofarmacologia, Departamento de Farmacologia, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre/RS, Brazil;
c
Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba/PR, Brazil
*Corresponding author: Tel/Fax: (+)55 51 3316 3121.Caixa Postal 5072, 90041-
970, Porto Alegre, RS, Brazil.
E-mail address: [email protected]
Abstract
Psychollatine is an indole monoterpene alkaloid, isolated from Psychotria
umbellate Vell. (Rubiaceae). The acute toxicity and LD50 of psychollatine were
determined from 0 to 360 min, and 24 hours after its intraperitoneal administration
(325 - 500 mg/kg) to adult male mice. Each animal was observed for immediate
signs of toxicity up to 6h, and for death up to 24h. Parameter considered for toxicity
included salivation, diarrhea, tremor, seizures, reaction to stimulus, abdominal
constriction, ptose, and motor activity. The acute LD50 with intraperitoneal
administration was found to be 375.57 mg/kg (95%confidence limits = 345.06 –
408.76; correlation coefficient = 0.955), with no deaths or signs of toxicity with
1g/kg per os. It is concluded that toxic doses of psychollatine are much higher than
those of pharmacologic interest.
Keywords: Psychotria umbellate; psychollatine; LD
50
; mice, acute toxicity.
Introduction
Due to its extensive use in traditional systems of medicine and the presence
of bioactive alkaloids (Adjibade et al, 1992; Leal and Elisabetsky, 1996), the genus
Psychotria L. (Rubiaceae) has been subjected to a considerable amount of chemical
and pharmacological investigation (Both et al, 2002a; Kerber et al., 2001, Schultes
and Raffauf, 1990; Amador et al., 2000, 2001; Leal and Elisabetsky, 1995; Verotta
et al., 2002). A number of pyrrolidinoindoline alkaloids have been isolated from P.
oleoides, P. lyciiflora (Jannic et al., 1999), P. forsteriana (Adjibadé et al., 1992),
and P. colorata (Verotta et al., 1998). Isolated from P. colorata, hodgkinsine and
psychotridine present analgesic activity implicating the opioid and glutamatergic
systems (Amador et al., 2000, 2001).
Psychollatine (formerly known as umbellatine) is an indole monoterpene
alkaloid, isolated from Psychotria umbellata Vell. In previous studies psychollatine
was found to possess mild analgesic activity against a number of algogenic stimuli,
indicating the participation of opioid and NMDA glutamate receptors (Both et al.,
2002b). Recent findings demonstrate that psychollatine also possess anxiolytic,
antidepressive and amnesic effects indicating the participation of 5-HT
2A/C
receptors
(Both et al., 2005).
The present study was carried out in order to determinate the acute toxicity
and LD50 of psychollatine administered intraperitonealy to adult male mice.
Psychotria umbellata Vell.(Rubiaceae) leaves were collected at Torres (Rio
Grande do Sul, Brazil) in 2003; voucher material (MBM 48571) has been deposited
at the herbarium of the Museu Botânico Municipal de Curitiba (PR, Brazil).
Dried leaves (100g) were extracted with EtOH at room temperature 3-times,
each for a week. The extract was concentrated under vacuum at 40°C to a dark green
syrup. The syrup was dissolved in 2% HCl (0.5L) and partitioned with CH
2
Cl
2
. The
acid solution was alkalinized with 25% ammonia solution until pH = 10 and
extracted with CH
2
Cl
2
. From the CH
2
Cl
2
extract 954 mg of a colorless amorphous
compound was precipitated. Purity of the compound was checked by TLC with
silica gel 60F254 (CHCl
3
:MeOH/NH
3
vapor - 85:15 - Rf = 0.2) and HPLC (column:
NOVAPACK C18 150 mm x 3.9 mm - Waters; MeOH:H
2
0 - 50:50 as eluent and a
Photo Diode Array as detector; Rt = 2.13 min).
The experiments were performed with male adult mice (CF1), acquired
from Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS) with 2 months
of age. Animals were maintained in our owns facilities (22°±1°C, 12 h light/dark
cycle, free access to food [Nuvilab CR1] and water) for at least two weeks before
experiments. All procedures were carried out according to institutional policies on
experimental animal handling. Six groups of five or ten animals were treated i.p.
with saline 0.9% or different doses of psychollatine (325, 350, 400, 450 or 500
mg/kg). The various solutions of psychollatine were prepared by adding one or a
few drops (20-60 µL) of HCl (1N), the final volume was adjusted with saline and
the pH adjusted (7.0) with a few drops of NaOH (1N).
Each animal was observed for one minute at 0, 15, 30, 60, 120, 240, 360
min and 24h after dosing, for characterization of behavioural profile (locomotor
activity), neurological symptoms (reaction to stimulus), autonomic peculiarities
(optical signs, secretory signs, general signs), in general accepted to reflect the toxic
potential of a substance given to the animals. Moreover, number of deaths at 24h
was noted.
Data are shown as cumulative frequency of death and/or toxicity signs. The
LD50, 95% confidence limits and correlation index were calculated by the Litchfield
and Wilcoxon method (computer software: LETAL.EXE, US. 1.3. FKS, 1991).
Statistical analysis for toxic effects (salivation, diarrhea, tremor, seizures, reaction to
stimulus and abdominal constriction) was done by chi-square test. Ptose and
locomotion scores were analysed by Mann-Whitney U test, following Kruskal-
Wallis. Statistical significance was set at P<0.05 (Zar, 1999). Ptoses was scored for
1 min during the observation periods, and the highest rating observed during the
observation period was used in the calculations. Scores were as follows: normal (0
point), slight (1 point), medium (2 points), and intense (3 points) with a maximum of
24 points. The locomotor activity scores were as follows: low activity (1 point),
medium (2 points) and intense (3 points). To determine LD50, mice were injected
with psychollatine 325, 350, 400 or 450 mg/kg. The LD50 determined by probit test
for each intraperitoneal dose was 375.57 mg/kg (95%confidence limits = 345.06 –
408.76; correlation coefficient = 0.955). Among all parameters of toxicity analyzed
(salivation, diarrhea, tremor, seizures, reaction to stimulus and abdominal
constriction) only the dose of 500 mg/kg reduced the reaction to stimulus
immediately after administration (P<0.01) (Table 1). Death occurred in all
psychollatine dose-groups until 120 min post dosing (Table 2). The percentage of
death that occurred in the groups treated with psychollatine 450 and 500 mg/kg were
90 and 100%, respectively and were significantly different from control (0.002 and
0.008, respectively). Correlation analysis using Spearman test showed that this
effect is dose-dependent (r = 0.987, p<0.01). In the evaluation of ptose scores
psychollatine 450 mg/kg (1[0-1]) and 500 mg/kg (1[1-1]) were significantly
different from control (P = 0.003 for all doses) (Table 3). In the assessment of
locomotor activity psychollatine 400 mg/kg (5[1.75-6.5]), 450 mg/kg 1[0-1]) and
500 mg/kg (1[1-1]) were also significantly different from control (P = 0.01, 0.01
and 0.003, respectively) (Table 4).
As observed in table 1, all doses of psychollatine presented some degree of
toxic signs (tremor and seizures). Only psychollatine 500 mg/kg exhibited the
reaction to stimulus reduced immediately after i.p. administration. The LD50
(379.85 mg/kg), as well as, all doses of psychollatine that induced death are well
distant from that doses that present biological activities (Both et al., 2002, Both et
al., 2005) which range from 7.5 – 200 mg/kg. Signs of toxicity, as expressed by
altered scores (decreased in comparison to control group) of ptosis and locomotion
were observed in the mice with 400, 450 and 500 mg/kg. No deaths or signs of
toxicity were observed with animals that received psychollatine per os (0.4 - 1g/kg)
(data not shown).
Although Psychotria umbellate has no reported traditional uses, the
evaluation of acute toxicity and LD50 are important considering the relevant
pshychollatine psychopharmacology profile (analgesic, anxiolytic, antidepressive,
antioxidant and amnesic), and its apparent modulating of different neurotransmitter
systems including NMDA, opioid and 5-HT. Psychollatine modulation of serotonin
5-HT
2A/C
receptors is of special interest given the important role of these receptors in
a diversity of relevant psychoactivities, and this study shows that the wide gap
between active and toxic doses should be considered when launching
structure/activity studies.
Acknowledgements
This study was supported by grants from CNPq (EE, ATH and FLB), and
financial support from CNPq and PROPESQ.
References
Adjibadé, Y., Weniger, B., Quirion, J.C., Kuballa, B., Cabalion, P., Anton, R., 1992.
Dimeric alkaloids from Psychotria forsteriana. Phytochem. 31, 317-319.
Amador, T.A., Verotta, L., Nunes, D.S., Elisabetsky, E., 2000. Antinociceptive
profile of hodgkinsine. Planta Med. 66, 1-3.
Amador, T.A., Verotta, L., Nunes, D.S., Elisabetsky, E., 2001. Involvement of
NMDA receptors in the analgesic properties of psychotridine. Phytomedicine 8, 202-
206.
Both, F.L., Farias F.M., Nicoláo, L.L., Misturini, J., Henriques, A.T., Elisabetsky E.
2002. Avaliação da atividade analgésica de extratos alcaloídicos de espécies de
Psychotria. Revista Brasileira de Plantas Medicinais. 5(1), 41-45.
Both, F.L., Kerber, V.A., Henriques, A.T., Elisabetsky, E. 2002. Analgesic
Properties of Umbellatine from Psychotria umbellata. Pharmaceutical Biol. 40(5),
336-341.
Both, F.L., Meneguini, L., Kerber, V.A., Henriques, A.T., Elisabetsky, E. 2005.
Psychopharmacological profile of the alkaloid psychollatine as a 5HT2
a/C
serotonin
modulator.
J
Nat. Prod., 68 (3), 374-380.
Jannic, V., Guéritte, F., Laprévote, O., Serani, L., Martin, M.T., Sévenet, T., Potier,
P., 1999. Pyrrolidinoindoline alkaloids from Psychotria oleoides and Psychotria
lyciiflora. J Nat. Prod. 62, 838-843.
Leal, M. B e Elisabetsky, E., 1996. Opioid-like activity of P. brachypoda. Int. J.
Pharmacognosy. 34 (4), 267-272.
Litchfield, J.T., Wilcoxon, F., 1987. Confidence limits of ED50. In: Tallarida, R.J.,
Murray, R.B., Manual of pharmacologic calculations with computer programs,
Springer-Verlag, New York, pp. 153-166.
Kerber, V.A., Gregianini, T.S., Paranhos, J.T., Schwambach, J., Farias, F., Fett, J.P.,
Fett-Neto, A.G., Zuanazzi, J.A., Quirion, J.C., Elisabetsky, E., Henriques, A.T.,
2001. Brachycerine, a novel monoterpene alkaloid from Psychotria brachyceras. J.
Nat. Prod. 64(5), 677-679.
Schultes, RE., Raffauf, R.F., 1990. The Healing Forest: Medicinal and Toxic Plants
of the Northwest Amazonia. Portland: Dioscorides Press. pp. 392-396.
Verotta, L., Pilati, T., Tato, M., Elisabetsky, E., Amador, T. A., Nunes, D.S., 1998.
Pyrrolidinoindoline alkaloids from Psychotria colorata. J Nat. Prod. 61(3), 392-396.
Verotta, L., Orsini, F., Sbacchi, M., Scheildler, M.A., Amador, T.A., Elisabetsky, E.,
2002. Synthesis and antinociceptive activity of chimonanthines and
pyrrolidinoindoline-Type alkaloids. Bioorganic & Medicinal Chemistry 10(7), 2133-
2142.
Zar, J.H., 1999. Biostatistical analysis, Prentice Hall, New Jersey, pp. 486-515.
Table 1. Toxicity signs following i.p. administration of psychollatine or saline to mice
Time (min)
Dose
(mg/kg)
N
0 15 30 60 120 240 360
Salivation
0 5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5
325 10 0/10 0/10 0/9 0/8 0/8 0/8 0/8
350 5 0/5 0/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
400 10 0/10 0/10 0/8 0/7 0/6 0/5 0/5
450 10 0/10 0/6 0/1 0/1 0/1 0/1 0/1
500 5 0/5 0/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
Diarrhea
0 5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5
325 10 0/10 0/10 0/9 0/8 0/8 0/8 0/8
350 5 0/5 0/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
400 10 0/10 0/10 0/8 0/7 0/6 0/5 0/5
450 10 0/10 0/6 0/1 0/1 0/1 0/1 0/1
500 5 0/5 0/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
Tremor
0 5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5
325 10 1/10 3/10 3/9 1/8 1/8 0/8 0/8
350 5 1/5 3/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
400 10 0/10 1/10 0/8 1/7 1/6 1/5 1/5
450 10 4/10 3/6** 0/1 0/1 0/1 0/1 0/1
500 5 3/5** 4/5** 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
Seizures
0 5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5
325 10 0/10 0/10 0/9 0/8 0/8 0/8 0/8
350 5 0/5 0/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
400 10 0/10 0/10 0/8 0/7 0/6 0/5 0/5
450 10 0/10 0/6 0/1 0/1 0/1 0/1 0/1
500 5 0/5 2/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
Reaction to stimulus
0 5 5/5 5/5 5/5 5/5 5/5 5/5 5/5
325 10 10/10 10/10 9/9 8/8 8/8 8/8 8/8
350 5 5/5 5/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
400 10 10/10 10/10 7/8 6/7 5/6 5/5 5/5
450 10 10/10 6/6 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
500 5 0/5** 0/5** 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
Abdominal constriction
0 5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5 0/5
325 10 0/10 0/10 0/9 0/8 0/8 0/8 0/8
350 5 0/5 0/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
400 10 0/10 0/10 0/8 0/7 0/6 0/5 0/5
450 10 0/6 0/6 0/1 0/1 0/1 0/1 0/1
500 5 0/5 0/5 0/0 0/0 0/0 0/0 0/0
Values indicate the number of animals with the toxic effect/total number of animals remaining alive. N= 5-10.
**
Significantly different from control group (P<0.01) by chi-square test.
Table 2. Cumulative death during the period of 24h following the i.p. administration of
psychollatine or saline to mice.
Time (min) Cumulative
Dose
(mg/kg)
0 15 30 60 120 240 360 24 Death in 24h (%)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
325 0 1 2 2 2 2 2 2 20
350 0 5 5 5 5 5 5 5 100**
400 0 2 3 4 5 5 5 5 50
450 4 9 9 9 9 9 9 9 90**
500 0 5 5 5 5 5 5 5 100**
Values indicate the number of dead animals. N = 5 (psychollatine 350 and 500 mg/kg) =10
(psychollatine 325, 400 and 450 mg/kg)
*
Significantly different from control group (P<0.01)
Correlation analysis using Spearman test showed that this effect is dose-dependent (r
= 0.987, p<0.01).
Table 3. Ptose scores following i.p. administration of psychollatine or saline to mice
Ptose scores
Dose
(mg/kg)
N Median Percentile
25
Percentile
75
0 5 6 6 6
325 10 11 5 13
350 5 1** 1 1
400 10 6.5 2 13
450 10 1** 0 1
500 5 1** 1 1
**
P <0.01 significant difference compared with saline in Mann-Whitney U test, following
Kruskal-Wallis.
Table 4. Locomotor activity scores following i.p. administration of psychollatine or saline
to mice
Locomotor activity scores
Dose
(mg/kg)
N Median Percentile
25
Percentile
75
0 5 12 12 12
325 10 7.5 5.25 13.25
350 5 1** 1 1
400 10 5** 1.75 6.5
450 10 1** 0 1
500 5 1** 1 1
**
P <0.01 significant difference compared with saline in Mann-Whitney U test, following
Kruskal-Wallis.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo