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Tabela 9 – Correlação entre a fração de matéria seca remanescente da serapilheira
exclusiva de folhas e a proporção dos teores de nitrogênio, fósforo e
carbono atuais em relação aos iniciais durante os períodos seco de 2004 e
chuvoso de 2005. de uma floresta de transição Amazônica/Cerrado, em
Sinop, Mato Grosso.
Variáveis
Fração de Material
Vegetal Remanescente
no Período Seco de
2004
Fração de Material
Vegetal Remanescente
no Período Chuvoso de
2005
Espécie
Proporção
do Nutriente
Considerado
r P n r P n
N/N
o
0,5515 0,0096 21 -0,4781 0,0181 24
P/P
o
-0,6992 0,0002 23 -0,4485 0,0318 23
Tovomita
schomburgkkii
C/C
o
-0,1293 0,5662 22 0,1782 0,4047 24
N/N
o
0,8383 0,0000 21 -0,3293 0,1450 21
P/P
o
-0,7825 0,0000 21 -0,4450 0,0380 22
Brosimium
lactescens
C/C
o
-0,1247 0,5804 22 -0,0376 0,8682 22
N/N
o
0,8738 0,0000 24 -0,4931 0,0168 23
P/P
o
-0,8065 0,0000 22 -0,4739 0,0223 23
Tyrsodium sp
C/C
o
0,0016 0,9942 23 -0,2503 0,2613 22
N/N
o
0,6517 0,0010 22 -0,5273 0,0097 23
P/P
o
-0,7781 0,0000 22 -0,2947 0,1831 22
Protium
sagotianum
C/C
o
0,0421 0,8525 22 -0,5052 0,0231 20
Nota: r = coeficiente de correlação linear, P = nível de probabilidade, n = número de
dados analisados
Analisando a taxa de decomposição em relação à de retorno do nitrogênio,
verifica-se que para este nutriente, há indícios de um processo de lixiviação durante o
período seco do ano, ao passo que durante o período chuvoso, há uma eutrofisação
do material vegetal remanescente. Devido sua mobilidade, provavelmente a umidade
do solo durante o período seco seja suficiente para possibilitar a perda desse
elemento ao solo, ao passo que durante o período chuvoso, pode haver incorporação
do mesmo devido à própria água da chuva (entretanto, não foi feito neste trabalho
uma análise da qualidade da água da chuva, impossibilitando qualquer teste dessa
hipótese) e da lavagem da copa das plantas.
Nota-se que para o fósforo, ocorre uma eutrofisação do material vegetal
remanescente a medida que avança o processo de decomposição da matéria orgânica.