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“Isso que você tá falando... em relação ao nosso país aqui a gente é influenciado pelos
Estados Unidos. Ali é o consumismo... é o descartável. Essa é a filosofia que nós temos. A
Europa já é totalmente diferente porque lá eles já passaram por 2 guerras mundiais. Eles
foram palco da guerra. Eles têm problemas de água... de energia. E é por isso que lá existe
essa... sabe, eles já sentiram na pele o que é faltar... aqui o que a gente absorveu foi a
cultura do consumismo americano, do desperdício, do descartável”.
Estudante.
“... a gente é influenciado, mas é o que eu falei: nós somos um grupo de formadores de
opinião. Então, de repente os supermercados podem voltar a ter aquelas sacolinhas de,
não sei do que, papelão, papel reciclado porque existe essa outra possibilidade, né? Mas
vai depender também da...”.
Diretora Municipal de fomento ao turismo.
“Posso dar um exemplo? Meu pai tem uma distribuidora de água. Todo garrafão de água
vem com lacre e uma tampa. Eu não jogo nada... eu não consigo, eu tenho vergonha de
mim mesmo de pegar o papel, assim,e jogar na rua... E eu andava às vezes na cidade e
via... o rótulo e a tampa. Eu ficava com vergonha porque eu sabia que tava saindo da
minha empresa ... hoje eles [os funcionários] juntam e guardam. No final de três ou quatro
meses a gente vende as tampinhas e eu dou o dinheiro pra eles... Aí eles tão recebendo
dinheiro da tampinha, agora eles não jogam nem no lixo eles não jogam, eles guardam...
Quer dizer, foi um trabalho que não foi fácil. Eles tiveram que ganhar o dinheiro da
tampinha pra não fazer mais isso”.
Empresário de uma agência de esportes de aventura.
Apesar de terem dito que o ser humano pode ser responsabilizado pelos problemas
ambientais atuais, nenhum dos participantes soube afirmar se a biodiversidade está
realmente se perdendo. Eles acreditam que a preocupação com a conservação tenha
aumentado muito nas últimas décadas, e que atualmente não é difícil encontrar
iniciativas relativas à conservação nas escolas, em órgãos públicos e até mesmo na
mídia.
“Eu acho que o exército de hoje tá bem maior que antigamente pra defender essa terra,
mas ainda não sei se a gente tá conseguindo... se já chegou próximo do equilíbrio. Mas se
você pegar, uns tempos atrás ninguém discutia isso, ta preocupado com isso, hoje e agora
com essa educação dessa meninada que ta surgindo, dessa geração mais nova, vai
aumentar muito mais porque desde pequenininho tá pondo na cabeça a importância... de
primeiro não existia isso. A gente era da geração de matar passarinho, essas coisas,
detonar... nossos pais eram predadores em potencial, tanto histórico...qualquer tipo de
coisa eles... E agora nós já estamos melhorando muito, nossos filhos vão melhorar mais.
Vai chegar uma hora que vai, vai virar o jogo... não sei se já ta empatando né? Mas ta
chegando perto”.
Diretor Municipal de infra-estrutura.
“A gente acha, assim, que a ... ela consegue ser mais lenta, a destruição é mais rápida do
que a possibilidade de conservação. Então eu não sei bem dizer como é que é, tá esse
jogo”.
Diretora Municipal de fomento ao turismo.
“... eu tenho dúvida, assim, como é que tá essa nossa disputa, entendeu? Se as
monoculturas, a destruição e tudo mais, não está sendo mais rápida do que a preservação
da biodiversidade. Mas, eu acho que é o caminho que a gente tem que caminhar, quer
dizer, cada um de nós fazer a sua parte como cidadão e quanto mais consciente, buscar