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Conforme Vilar & Prandi (s.d. p.177)
A erosão constitui um processo natural no desenvolvimento da
paisagem terrestre. A atuação lenta e contínua dos processos erosivos
traduz-se por modificações normalmente perceptíveis após longos
períodos de tempo. A interferência do homem altera esse processo
natural, diminuindo, ou, como é mais freqüente, aumentando a sua
intensidade.
Segundo Palmieri & Larach (1998, p.88-89)
Estas alterações têm sido efetuadas a nível mundial, porém são mais
proeminentes nas regiões onde ocorrem ocupações desordenadas das
terras e /ou onde a necessidade de sobrevivência predomina sobre os
fatores econômicos, sociais e ambientais. A degradação decorrente
das modificações ambientais, induzidas pelo homem, no processo de
utilização dos recursos naturais, são inúmeras e estão relacionadas,
principalmente, com ocupação de áreas inadequadas para
urbanização, desmatamento indiscriminado, mineração, extração de
saibro, abertura de estradas, aplicação de agroquímicos e utilização de
terras sem aptidão para atividades agrícolas e/ou de práticas de
preparo e manejo de solos e água inadequados às condições edafo
ambientais, provocando erosão e/ou contaminação dos aquíferos e
assoreamento dos rios, canais, lagos, e voçorocamento de cortes de
estradas entre outros.
A Geomorfologia é, não só integradora das ciências físicas, mas
também das ciências sociais. De acordo com Cunha & Guerra (1998, p. 341)
Geomorfologia Ambiental tem como tema integrar as questões sociais
às análises da natureza. Devem incorporar em suas observações e
análises as relações político-econômicas, importantes na determinação
dos resultados dos processos e mudanças. Ainda, com as questões
ambientais, a Geomorfologia valorizou, também, o enfoque ecológico,
criando novas linhas de trabalho com caráter interdisciplinar.
Essas questões seriam suficientes para enfatizar a necessidade das
autoridades e da iniciativa privada em “[...] procurar resolver esses problemas,
ou melhor ainda, em tentar evitá-los, através de medidas preventivas, é do
campo das ciências ambientais e sociais” (Cunha & Guerra 1998, p. 344).