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PEDRO HENRIQUE DOCKHORN TOMASI
AVALIAÇÃO DE VACINAS CONTRA COCCIDIOSE E A UTILIZAÇÃO DE
PEPTÍDEOS EM FRANGOS DE CORTE
Dissertação apresentada ao Curso
de Pós Graduação em Ciências
Veterinárias como requisito para
obtenção de título de Mestre, Setor
de Ciências Agrárias, Universidade
Federal do Paraná.
Orientador: Prof. Dr. José Luciano
Andriguetto.
CURITIBA
MARÇO, 2006
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... à minha Regina, meus pais e meus irmãos.
iv
AGRADECIMENTOS
- aos Srs. Jurandir de Mattos, Dilvo Grolli e Prof. Putini, pelo apoio e oportunidade da
realização deste trabalho;
- ao Prof. J. Luciano Andriguetto, pela orientação e paciência;
- aos membros da banca, Professores Alex Maiorka e Sérgio L. Vieira, pelos
aconselhamentos;
- aos colegas que ajudaram diretamente na execução do trabalho: Franco Vigne,
José Rodrigo Galli Franco, Vladimir Miolo, David Troian e Fábio Graad;
- às empresas que viabilizaram economicamente este trabalho: Coopavel
Cooperativa Agroindustrial, Novartis Saúde Animal, Nuvital Nutrientes S/A e
Schering-Plough Saúde Animal Brasil.
v
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ............................................................................................... VII
RESUMO................................................................................................................. VIII
RESUMO................................................................................................................. VIII
ABSTRACT............................................................................................................... IX
INTRODUÇÃO............................................................................................................1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................3
2.1 O problema: vacinação contra coccidiose.......................................................3
2.1.1 Vacinas vivas atenuadas ...............................................................................5
2.1.2 Vacinas de sub-unidades contra coccidiose ..................................................6
2.2 Resposta imunológica contra coccidiose.........................................................6
2.3 Qualidade intestinal e desempenho das aves ..................................................8
2.3.1 Importância dos peptídeos na dieta...............................................................9
2.4 Sobre o DPS.......................................................................................................11
3 MATERIAL E MÉTODOS .....................................................................................13
3.1 Das aves utilizadas e tratamentos ..................................................................13
3.2 Instalações experimentais...............................................................................14
3.3 Manejo das aves...............................................................................................15
3.4 Delineamento experimental.............................................................................17
3.5 Dados avaliados ...............................................................................................17
3.5.1 Desempenho zootécnico .............................................................................17
3.5.2 Avaliações laboratoriais...............................................................................17
3.5.2.1 Sorologia para coccidiose .....................................................................18
3.5.2.2 Morfologia intestinal ..............................................................................18
3.5.2.3 Contagem de oocistos na cama............................................................19
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................20
4.1 Contagem de oocistos na cama......................................................................20
4.2 Sorologia...........................................................................................................21
4.3 Morfometria intestinal......................................................................................22
4.3.1 Resultados da morfometria aos sete dias....................................................23
4.3.2 Resultados da morfometria aos 14 dias........................................................23
vi
4.3.3 Resultados da morfometria aos 21 dias.......................................................24
4.4 Desempenho zootécnico .................................................................................32
5 CONCLUSÕES.....................................................................................................34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................35
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Comparativo de peso vivo de aves (g) tratadas com antibióticos e
ionóforos (frango convencional) e de aves criadas sem aditivos químicos e
vacinadas contra coccidiose (frango natural) ..............................................................6
Tabela 2 - Composição nutricional proximal do DPS ................................................12
Tabela 3 – Composição das dietas (
0
/
00
) de acordo com as fases de criação de aves
vacinadas contra coccidose (Paracox ou Coxabic) e que receberam ou não o DPS16
Tabela 4 - Contagem de oocistos na cama de frangos de corte criados com dois
tipos de vacinas e com ou sem DPS (oocistos / g de cama).....................................20
Tabela 5 Resultados da sorologia contra coccidiose aos 4, 7, 14, 21 e 28 dias de
aves vacinadas contra coccidiose com Coxabic ou Paracox e que receberam ou não
o DPS........................................................................................................................21
Tabela 6 - Tamanho dos vilos e profundidade das criptas m) aos sete dias de
idade de aves vacinadas com Paracox ou Coxabic e que receberam ou não o DPS
..................................................................................................................................26
Tabela 7 - Comparação do tamanho dos vilos m) do duodeno dentro da interação
vacina x peptídeos aos 7 dias de idade ....................................................................26
Tabela 8 - Comparação da relação vilo:cripta do duodeno dentro da interação vacina
x peptídeos aos 7 dias de idade................................................................................26
Tabela 9 - Tamanho dos vilos e profundidade das criptas m) aos 14 dias de idade
de aves vacinadas com Paracox ou Coxabic e que receberam ou não o DPS.........27
Tabela 10 - Tamanho dos vilos e profundidade das criptas (µm) aos 21 dias de idade
de aves vacinadas com Paracox ou Coxabic e que receberam ou não o DPS.........27
Tabela 11 - Comparação da profundidade das criptas (µm) do jejuno dentro da
interação vacina x peptídeos aos 21 dias de idade...................................................28
Tabela 12 - Comparação da relação vilo:cripta do jejuno dentro da interação vacina x
peptídeos aos 21 dias de idade.................................................................................28
Tabela 13 - Comparação do tamanho dos vilos m) do íleo dentro da interação
vacina x peptídeos aos 21 dias de idade ..................................................................28
Tabela 14 - Resultado zootécnico de aves tratadas ou o com DPS e vacinadas
contra coccidiose (Coxabic ou Paracox) ...................................................................33
viii
RESUMO
O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a utilização de duas diferentes
vacinas contra a coccidiose e a utilização de peptídeos como agentes tróficos,
melhoradores da condição intestinal das aves. Foi utilizado um delineamento
totalmente casualizado, com um delineamento fatorial 2 x 2 (dois tipos de vacinas e
a utilização ou não dos peptídeos a os 21 dias de idade). O tratamento 1 (T1)
consistiu na vacinação das aves com Paracox
®
(Schering-Plough) no incubatório e o
fornecimento de 2% DPS
®
(Nutraflo), como fonte de peptídeos, até os 21 dias de
idade. O tratamento 2 (T2) foi idêntico ao T1, porém sem o fornecimento do DPS. No
tratamento 3 (T3), as aves foram imunizadas passivamente com a utilização da
vacina Coxabic
®
(Abic) nas matrizes e receberam 2% de DPS até os 21 dias de
idade. O tratamento 4 (T4) recebeu a mesma vacina de T3, porém não receberam o
DPS. A análise fatorial mostrou que ambas as vacinas foram eficazes no controle da
coccidiose. A vacinação com Paracox causou uma maior agressão ao epitélio
intestinal, se comparada com a utilização da Coxabic. A utilização do DPS melhorou
os parâmetros intestinais, proporcionando uma maior altura dos vilos e uma menor
profundidade das criptas. Por fim, ambas as vacinas produziram o mesmo peso aos
45 dias de idade e a mesma conversão alimentar, sendo que a utilização do DPS
melhorou estes fatores zootécnicos.
ix
ABSTRACT
The aim of this work was evaluate two different types of coccidiosis vaccine
and a source of peptides as a trophic agent, which improves the intestinal condition
of the broilers. A completely random design and a factorial 2 x 2 (two vaccine types
and the use or not of peptides until 21 days of age) design were used. Treatment 1
(T1) was the use of Paracox
®
(Schering-Plough) vaccine and the use of DPS
®
(Nutraflo), as peptides source, until 21 days of age. Treatment 2 (T2) was the same
of T1, but without the use of DPS. In treatment 3 (T3), the birds were immunized
passively with the utilization of Coxabic
®
(Abic) vaccine in the breeders and received
2% of DPS until 21 days of age. Treatment 4 (T4) received the same vaccine of T3,
but did not receive DPS. The factorial analysis showed that both vaccines were
effective in controlling coccidiosis. The vaccination with Paracox caused a bigger
destruction of the intestinal epithelium, in comparison with the use of Coxabic. The
use of DPS improved the intestinal parameters, providing a bigger villus height and
decreasing the depth of crypt. Both vaccines produced the same weight at 45 days
of age and the same feed conversion, and the use of DPS improved these production
factors.
INTRODUÇÃO
A necessidade de aumentar a produtividade das culturas fez com que, no
caso da avicultura, as aves fossem confinadas e criadas em sistemas intensivos.
Isto, por sua vez, leva a um aumento na pressão de infecção por parte dos
microorganismos patogênicos. Bactérias e protozoários passaram a ter, então, uma
importância muito grande nestas criações, sendo que o controle foi, por muito tempo,
feito com a utilização de produtos químicos (antibióticos).
Por outro lado, com a ocorrência de vários problemas de contaminações em
alimentos, a população mundial tem, cada vez mais, exigido uma maior segurança
com relação aos produtos que a indústria fornece ao mercado. Objetivando-se
diminuir os riscos da presença dos resíduos de antibióticos nas carnes, vários países
têm proibido a utilização destes na nutrição dos animais. A partir de janeiro de 2006,
todos os antibióticos promotores de crescimento tiveram o seu uso proibido em toda
a comunidade européia e, em maio deste mesmo ano, no Japão, será adotado um
sistema de análise dos produtos cárneos importados, para certificar que estes não
apresentem resíduos maiores que os permitidos pelo ministério japonês.
Pensando-se no controle da coccidiose, uma enfermidade que acomete os
plantéis de aves em todo o mundo, a alternativa aos anticoccidianos (químicos ou
ionóforos) é a utilização de vacinas, que tornam os animais aptos a resistirem aos
desafios de campo. A história da vacinação contra coccidiose teve seu início na
década de 1950, com a utilização de vacinas vivas nas aves. Apesar de serem
funcionais no controle da coccidiose, as vacinas vivas apresentam o inconveniente
de causarem lesões no epitélio intestinal, devido ao mecanismo de geração de
imunidade contra a coccidiose.
Na prática, a indústria tem utilizado as vacinas com algumas restrições -
devido justamente a esse fator de lesão intestinal, com maior ou menor sucesso,
dependendo da empresa que a utiliza. Devido a esses inconvenientes, iniciou-se a
pesquisa com a utilização de anticorpos contra a coccidiose que, posteriormente,
culminou com o desenvolvimento de uma vacina aplicada nas matrizes de corte,
tornando-as aptas a gerar e transmitir a imunidade à sua progênie.
2
Entendendo o cenário de que a qualidade do epitélio intestinal é de
fundamental importância para a boa performance na criação de aves, a utilização de
produtos com digestibilidade elevada e que, ainda, melhoram a condição intestinal
pode ser uma alternativa a ser utilizada na avicultura. Dentre os produtos que podem
ser úteis nessa linha, a utilização de um composto protéico à base de peptídeos tem
ganhado importância.
O objetivo deste trabalho é avaliar dois conceitos de vacinação contra
coccidiose, utilizando-se uma vacina a base de oocistos vivos atenuados nos
pintinhos (Paracox
®
- Schering-Plough) ou uma vacina a base de sub-unidades,
aplicada nas matrizes (Coxabic
®
- ABIC) no que tange a proteção contra coccidiose,
além de avaliar o grau de extensão das lesões causadas pelas vacinas. Por fim,
considerando que a utilização de peptídeos pode ser interessante como um agente
trófico nos casos onde ocorra algum dano no epitélio intestinal, avaliou-se a
utilização do DPS
®
(Nutraflo), uma fonte de peptídeos extraídos do intestino delgado
de suínos, na manutenção do epitélio intestinal e, por conseqüência, na melhora do
desempenho do frango vacinado.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O problema: vacinação contra coccidiose
A utilização de aditivos químicos na avicultura atual tem trazido um grande
benefício econômico para toda a cadeia. Desde a descoberta do primeiro antibiótico
na metade do século passado, a utilização destes com o objetivo de se controlar o
crescimento bacteriano e, assim, melhorar o desempenho das aves tem mostrado
benefícios efetivos. A publicação de estudos mostrando que algumas dessas
moléculas utilizadas poderiam afetar a saúde humana, no final da última década, fez
com que a utilização de antibióticos fosse repensada, chegando-se a proibição total
de sua utilização em uso contínuo na Europa, a partir do início de 2006.
A coccidiose é uma doença intestinal causada por protozoários do gênero
Eimeria que provoca grandes prejuízos para a avicultura industrial. Além do custo
com a prevenção da doença, esta traz uma diminuição no resultado devido a piora
da performance das aves. Como exemplo, pode-se citar o fato de uma infecção de
coccidiose levar a uma diminuição na energia metabolizável e na digestibilidade dos
aminoácidos de uma dieta (PERSIA et al., 2006).
Aditivos vêm também sendo utilizados no controle da coccidiose, tais como os
ionóforos e os anticoccidianos químicos. Apesar de terem sua utilização permitida
até 2014, com chances de poderem ser utilizados por um período ainda maior, o
mercado consumidor de carne de aves tem mostrado alguma resistência com
relação à utilização desses ionóforos ou compostos químicos na criação das aves.
A indústria, por sua vez, tem buscado atender esse novo mercado, que exige
a produção de aves sem a utilização de aditivos químicos. No controle da
coccidiose, as alternativas disponíveis no mercado o as vacinas vivas virulentas e
as atenuadas (KAWAZOE, 2000).
A utilização destas vacinas traz consigo alguns efeitos indesejáveis. Para
produzir imunidade nas aves, faz-se necessário que os parasitas completem seu
ciclo de vida, que se inicia com a ingestão de um oocisto esporulado. Deste,
originam-se oito esporozoítos, que penetram nas vilosidades intestinais e, uma vez
dentro dos enterócitos, reproduzem-se assexuadamente, resultando em merozoítos.
4
Os merozoítos rompem as lulas do hospedeiro e buscam invadir outras lulas,
em um ciclo conhecido como merogonia. Após alguns desses ciclos, os merozoítos
diferenciam-se em microgametas (machos) e macrogametas (fêmeas), que se
fecundam formando novos oocistos que são eliminados pelas fezes (ALLEN &
FETTERER, 2002). JEURISSEN et al. (1996) citado por MORRIS (2002) mostraram
que os parasitas estariam sujeitos ao sistema imune do hospedeiro em três fases
distintas de seu desenvolvimento:
a) durante o período em que o esporozoíto deixa o oocisto e penetra na célula
do hospedeiro;
b) dentro do epitélio do hospedeiro, permanecendo exposto aos linfócitos
intra-epiteliais;
c) durante o transporte do esporozoíto do enterócito de superfície, através da
lâmina própria e até a cripta do epitélio.
Ao realizar esse ciclo, tanto as Eimerias virulentas quanto as vacinais acabam
por lesar a mucosa intestinal. MORRIS et al. (2004), trabalhando com duas
linhagens distintas, conduziram dois experimentos avaliando a resposta em ganho
de peso, escore de lesão e morfologia intestinal de aves desafiadas com duas cepas
distintas de Eimeria acervulina. As aves foram desafiadas aos 14 e 15 dias,
respectivamente, sendo pesadas e sacrificadas para análise do intestino seis dias
depois do desafio. No primeiro experimento, os autores não encontraram diferenças
em ganho de peso das aves desafiadas, mas encontraram uma condição da mucosa
intestinal pior nas aves que receberam a primeira cepa de Eimerias.
No segundo experimento, os autores repetiram os desafios, porém com
dosagens maiores de Eimeria, e concluíram que houve diferença entre os isolados
de Eimeria com relação ao ganho de peso e demais variáveis avaliadas, mostrando
que a interferência da coccidiose no desempenho e nos parâmetros intestinais de
frangos de corte depende da cepa e da pressão de infecção das Eimerias. HOERR
(1998) relata que vários são os agentes infecciosos capazes de causar uma necrose
nos enterócitos, sendo que as espécies de Eimeria seriam algumas das principais.
5
2.1.1 Vacinas vivas atenuadas
As vacinas contra coccidiose atualmente disponíveis no mercado são
compostas de oocistos vivos (atenuados ou não) de várias espécies de Eimerias,
sendo que devem ser utilizadas dentro da primeira semana de vida das aves. A
vantagem das vacinas atenuadas em relação às vacinas feitas com cepas virulentas
é que as vacinas vivas atenuadas apresentam um potencial reprodutivo muito
menor, fazendo com que o número de esporozoítos que penetram nas células do
hospedeiro seja menor, levando a um desenvolvimento ótimo da imunidade com
uma menor lesão do epitélio intestinal (WILLIAMS, 1994).
Após a vacinação, a imunidade é estimulada inicialmente pelo
desenvolvimento do ciclo de vida das cepas vacinais. Esse efeito é mantido e
ampliado pela reinfecção sucessiva tanto de oocistos vacinais que foram excretados
pelas fezes, bem como por oocistos virulentos presentes no ambiente (WILLIAMS,
2000).
Como pode ser visto, independente do tipo de vacina viva utilizada, para que
ocorra o processo de produção de imunidade contra coccidiose, faz-se necessário
que esses protozoários completem alguns ciclos, gerando com isso um processo
inflamatório nos enterócitos. Assim, juntamente com a proteção contra as Eimerias,
a utilização de vacinas vivas teria como efeito indesejável o fato de levar a
destruição do epitélio intestinal – este é o fenômeno conhecido como reação vacinal.
McCarter (Boletim Técnico) utilizando aves da linhagem Ross, mostrou que as
aves vacinadas apresentaram um desempenho semelhante aos 49 dias àquelas que
receberam ionóforo (salinomicina). Porém, aos 21 dias, as aves vacinadas
mostraram uma maior conversão alimentar e um menor ganho de peso. Isso mostra,
segundo o autor, que as aves vacinadas contra coccidiose apresentariam um ganho
de peso “compensatório”.
Esses resultados, onde se observa uma recuperação do peso das aves dos
21 dias até a idade de abate, o são, entretanto, observados pela indústria que
vacina suas aves, provavelmente devido à interferência de outros fatores ambientais
ou agentes patogênicos presentes nas criações comerciais. A avaliação de dados de
desempenho de aves criadas industrialmente, sem a utilização de antibióticos
6
promotores de crescimento ou anticoccidianos, mostra que, após passarem pelo
período de reação vacinal, os frangos vacinados não recuperam mais o peso e,
portanto, não apresentam tal ganho “compensatório” (Tabela 1).
Tabela 1 Comparativo de peso vivo de aves (g) tratadas com antibióticos e ionóforos (frango
convencional) e de aves criadas sem aditivos químicos e vacinadas contra coccidiose (frango
natural)
Idade das aves (dias)
7 14 21 28 35
Frango convencional 168,30
a
420,80
a
817,90
a
1280,60
a
1830,90
a
Frango natural 161,80
b
387,90
b
775,30
b
1226,20
b
1764,50
b
Fonte: dados retirados do Manual de Resultado COOPAVEL. Julho 2005.
2.1.2 Vacinas de sub-unidades contra coccidiose
Um novo conceito em vacinação contra coccidiose que tem sido pesquisado
nos últimos anos é a utilização de vacinas a base de subunidades recombinantes.
Atualmente no mercado, existe uma vacina que se utiliza deste princípio. O produto
é um composto de antígenos isolados e purificados, sendo subunidades da parede
celular de gametócito de E. máxima, com 56, 82 e 230 kDa. Essa vacina deve ser
aplicada nas matrizes, por via intramuscular e em duas doses, às 14 e 18 semanas
de idade. Dessa forma, as matrizes imunizadas seriam capazes de produzir
anticorpos contra todas as espécies de Eimerias das aves, visto que as proteínas
utilizadas seriam comuns a todas as espécies. O objetivo da vacina é proteger as
aves através dos anticorpos maternos até que estas se tornem imunes ativamente
(SMITH, 1994b).
2.2 Resposta imunológica contra coccidiose
A resposta imunológica gerada pela infecção das várias espécies de Eimerias
é altamente específica e protege apenas contra o desafio de parasitas homólogos
(SMITH, 2000; WILLIAMS, 1998). A imunidade não previne que o esporozoíto invada
a célula do hospedeiro, mas sim o seu desenvolvimento dentro da célula (ALLEN &
FETTERER, 2002).
7
ROSE & HESKETH (1979) trabalharam com animais com deficiências
funcionais nos linfócitos T e B, concluindo que a imunidade contra coccidiose é
dependente dos linfócitos T (imunidade celular) e que os linfócitos B (imunidade
humoral) o interferem na resposta imunológica. MIN et al. (2004) citaram que
sempre que existe uma infecção por Eimeria, há um aumento na produção de
anticorpos específicos que, por sua vez, possuem uma habilidade mínima para
prevenir a infecção por coccidiose. Com base neste tipo de informação, postulou-se
que a transferência da imunidade passiva, através de anticorpos maternos, não é um
meio eficiente para se proteger uma ave contra coccidiose. ALLEN & FETTERER
(2002), em pesquisa mais recente com ratos geneticamente modificados, relatam
que os linfócitos B tem uma participação menor com relação à formação da
imunidade, mas que são indispensáveis.
A produção de vacinas contra coccidiose, que são patógenos considerados
antigenicamente complexos, teria mais sucesso com a utilização de patógenos vivos
ou atenuados (SMITH, 2000). O autor afirma ainda que outras formas de imunização
são dificultadas pela complexidade de identificar os antígenos capazes de gerar
proteção contra estes patógenos complexos, ainda mais em se tratando de Eimerias
que geram um grande mero de moléculas que são imunogênicas, mas não são
protetoras. O conhecimento do ciclo de vida das Eimerias e o desenvolvimento de
antígenos que produzem imunidade específica são duas etapas críticas no
desenvolvimento de vacinas recombinantes (MIN et al., 2004).
WALLACH et al. (1990) pesquisaram a utilização de dois antígenos em aves,
com 56 e 82 kDa e concluíram que estes antígenos são capazes de imunizar
passivamente os animais. Ainda, mostraram que os antígenos de gametócitos são
importantes no processo de proteção das aves e que os anticorpos são capazes de
alcançar a mucosa intestinal e comprometer o desenvolvimento do parasita.
WALLACH (2000) mostrou em seus estudos que ao se imunizar uma matriz,
esta seria capaz de transmitir essa imunidade a sua progênie. O autor comenta
ainda que, além de conseguir uma imunização de 100% de proteção, a imunidade
permanecia por longos períodos de tempo, tanto nas matrizes como em sua
progênie.
8
SMITH et al. (1994a) mostrou que a infecção de matrizes com oocistos de
Eimeria leva a produção anticorpos e a posterior passagem destes anticorpos para a
progênie através da gema. Esses níveis de anticorpos, porém, reduziram
drasticamente com o passar do tempo (7 8 semanas). Em um segundo
experimento, os pesquisadores injetaram por via intramuscular os antígenos contra
coccidiose e conseguiram um efeito mais duradouro da resposta imunológica. Em
ambos os testes, foi observada uma redução significativa na excreção de oocistos
pela progênie.
Independente do processo de imunização utilizado, o processo de combate
aos parasitas por parte dos hospedeiros é diferente de acordo com a fase que este
se encontra (KAWAZOE, 2000). Nas fases extracelulares, os parasitas ficam sujeitos
a ação dos fluídos extracelulares, tais como os anticorpos, complemento,
mediadores inflamatórios e citocinas. Quando dentro das células, os únicos
mecanismos capazes de afetar o desenvolvimento das eimerias o os
intracelulares, como as enzimas lisossomais ou a própria destruição das células
hospedeiras infectadas através de uma atividade citotóxica.
2.3 Qualidade intestinal e desempenho das aves
A avicultura de corte baseia-se, atualmente, na eficiência do ganho de peso e
na conversão alimentar das aves. Assim, a atividade pode ou não ser
economicamente interessante, caso esses parâmetros sejam alterados. Vários são
os fatores capazes de interferir na eficiência produtiva das aves, sendo que um dos
principais é a integridade do sistema digestório das mesmas.
Três o os tipos de células intestinais que o responsáveis pela defesa do
epitélio e digestão e absorção dos nutrientes da luz intestinal, as lulas
caliciformes, os enterócitos e as células enteroendócrinas (BOLELI et al., 2002).
Essas lulas o agrupadas de modo a formar as vilosidades. Na avicultura
moderna é comum que esse equilíbrio seja rompido devido a agentes patogênicos e,
entre eles, aqueles causadores da coccidiose são muito citados na literatura
(WALLACH, 2000).
9
MAIORKA et al. (2002), resumiram toda essa problemática em sua
introdução, como segue:
A manutenção da sanidade das aves, em especial a doenças ou agentes que
atuam sobre o trato gastrintestinal, é de grande importância para a produção
de frangos, pois essa é a via de entrada dos nutrientes para o
desenvolvimento da ave. Considerando que a ração representa de 70% a
80% dos custos de produção, a integridade dos mecanismos digestivos e
absortivos dos nutrientes no trato digestório, ou seja, a integridade das
células epiteliais da mucosa gastrintestinal é de vital relevância para o bom
desempenho das aves.
A necrose dos enterócitos nas vilosidades tem um impacto imediato na
digestão e absorção dos nutrientes (HOERR, 1998). Após a morte de uma célula, ela
é substituída por outra recentemente dividida. Essas lulas são imaturas e
incapazes de desempenhar todas as funções de uma lula totalmente diferenciada
e especializada. A capacidade de desempenhar essas funções é adquirida com o
passar do tempo, onde as células jovens sofrem as diferenciações e
especializações.
Estudos mostram que a simples manutenção da mucosa intestinal tem um
grande demanda energética, podendo consumir amais de 20% de toda a energia
bruta ingerida pelo animal (McBRIDE & KELLY, 1990). Atualmente em alguns
estudos que buscam a melhoria de desempenho, m sido pesquisada a morfologia
intestinal das aves com o objetivo de se correlacionar uma possível melhora na
performance com uma melhor condição intestinal. XU et al. (2003) avaliaram o
impacto da adição de frutoligossacarídeos (FOS) na ração de frangos e concluíram
que ocorreu um aumento no ganho de peso no tratamento que também mostrou
maior altura de vilos no íleo e uma maior relação vilo:cripta no jejuno e no íleo.
2.3.1 Importância dos peptídeos na dieta
A digestão da proteína nas aves tem início somente após a chegada do
alimento no proventrículo, onde ocorre a secreção de HCl e pepsinogênio. O baixo
pH do meio leva a ativação do pepsinogênio à pepsina, que inicia a hidrólise das
10
proteínas no proventrículo e na moela (PENZ JÚNIOR, 1994). Passando para o
duodeno, as proteínas ingeridas sofrem a ação de enzimas secretadas pelo
pâncreas e pelo próprio intestino (RUTZ, 2002). Todo esse processo tem como
objetivo a degradação das moléculas protéicas até o tamanho em que a absorção
seja possível, ou seja, a transformação de polipeptídios em aminoácidos livres, di ou
tripeptídios.
Os aminoácidos e os oligopeptídios o absorvidos no trato gastrintestinal,
completando as necessidades dos animais para atender o crescimento e a
manutenção (WEBB, et al., 1992). Três são os mecanismos pelos quais os
aminoácidos são absorvidos (FRENHANI & BURINI, 1999): transferência passiva por
difusão simples, transferência passiva por difusão facilitada e transferência ativa por
co-transporte. Ambos os meios de transferência passiva ocorrem sempre a favor de
um gradiente de concentração e envolvem, principalmente, aminoácidos livres. a
absorção ativa ocorre mesmo em situações em que exista uma saturação dos
aminoácidos, com o mecanismo “bombeando” estes aminoácidos para o interior do
enterócito. O transporte ativo é mais eficiente, ocorre em maior escala e é o principal
mecanismo para a absorção de di e tri-peptídeos.
Os peptídeos são absorvidos mais eficientemente que os aminoácidos livres.
Alguns fatores poderiam explicar tal fenômeno (FRENHANI & BURINI, 1999):
a) aminoácidos livres são bem absorvidos no intestino delgado proximal,
sendo que os di e tri-peptídeos são absorvidos em todo o intestino delgado;
b) os di e tri-peptídeos são absorvidos 10 vezes mais rapidamente que os
aminoácidos livres;
c) alguns aminoácidos livres competem pelo mesmo carreador, fazendo com
que haja inibição da absorção;
d) os di e tri-peptídeos apresentam uma maior absorção do que os tetra-
peptídeos (ou moléculas maiores), visto que estes precisam ser hidrolisados
primeiramente, a fim de serem absorvidos; e
e) o transporte de peptídeos possibilita uma maior conservação da energia
metabólica, visto que o gasto para se transportar um ou mais aminoácidos através
da membrana é idêntico.
11
COSNES et al. (1992) trabalharam comparando três tipos de dietas em
humanos, uma a base de proteínas integrais, outra com um hidrolisado protéico
(com 63% de pequenos peptídeos) e a terceira como sendo uma mistura das duas
primeiras dietas. Os pesquisadores relatam que houve uma melhor absorção de
nitrogênio nas dietas contendo os peptídeos de cadeia curta, se comparadas com a
dieta contendo apenas proteínas integrais. Os autores concluem neste estudo que a
utilização de uma dieta contendo peptídeos pode ser benéfica para indivíduos com
problemas entéricos que comprometam a digestão de alimentos.
Em suínos, RAT & NUNES (1988) compararam a eficiência na absorção
de aminoácidos de um hidrolisado de leite, na forma de oligopeptídeos (cadeias de
até cinco aminoácidos) e do mesmo hidrolisado, contendo apenas aminoácidos
livres, em duas concentrações diferentes de aminoácidos, através de infusão
diretamente no duodeno. Os autores concluíram que a absorção de aminoácidos foi
maior, mais pida e mais homogênea após a infusão do hidrolisado na forma de
peptídeos, em comparação com os aminoácidos livres, mostrando uma maior
eficiência no processo quando do recebimento de peptídeos por parte do animal.
O fornecimento de uma dieta contendo 20% da fonte protéica na forma de di-
e tri-peptídeos por 21 dias melhorou o crescimento, a sobrevivência e a atividade
das enzimas proteolíticas em larvas de peixe “sea bass” (INFANTE et al., 1997).
2.4 Sobre o DPS
O DPS é um produto originado da indústria farmacêutica humana. Após a
extração da heparina, o intestino delgado e sua mucosa são processados,
originando uma peptona líquida rica em aminoácidos e outros nutrientes. Este
produto é, então, condensado sob temperatura elevada e o excesso de umidade é
removido à vácuo, passando, posteriormente, por um processo de secagem por
rolos.
O produto, em seu processo de fabricação, passa por uma hidrólise
enzimática das proteínas do intestino delgado de suínos, resultando em um
composto protéico (50% de proteína bruta), na forma de peptídeos de altíssimo valor
biológico. A composição nutricional proximal (Tabela 2) assemelha-se com a de uma
12
farinha de vísceras, com a diferença de apresentar sua proteína previamente
hidrolisada.
Tabela 2 - Composição nutricional proximal do DPS
Nutriente Composição (%)
Proteína bruta 50,00
Extrato etéreo 9,50
Matéria mineral 27,00
Cálcio 0,05
Fósforo 1,40
Sódio 8,00
Potássio 1,00
Cloro 1,00
Lisina 3,10
Metionina + Cistina 1,75
Treonina 2,00
Triptofano 0,35
Ácido glutâmico 6,00
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Das aves utilizadas e tratamentos
Foram alojadas 1.680 aves não sexadas, resultando numa densidade de 17,5
aves/m
2
no momento do alojamento, provenientes de matrizes da linhagem Ross
508 com 65 semanas de idade. Conforme o andamento do experimento, as aves
foram sacrificadas para coleta de material, resultando em uma densidade final de
13,75 aves/m
2
. As aves foram divididas em quatro tratamentos com seis repetições
cada, resultando em um fatorial 2 x 2 (dois tipos de vacinas e dois tipos de ração),
como segue:
- Tratamento 1 (T1): aves que foram imunizadas contra coccidiose logo após
o nascimento com uma vacina à base de oocistos vivos atenuados (Paracox),
através de vacinação via spray; e que receberam 2% de um hidrolisado de mucosa e
intestino de suínos como fonte protéica na forma de peptídeos (DPS) até os 21 dias
de idade;
- Tratamento 2 (T2): idem ao T1, porém sem o fornecimento de DPS até os 21
dias de idade;
- Tratamento 3 (T3): aves originadas de matrizes vacinadas com antígenos
purificados isolados do estágio do gametócito de Eimeria, a fim de garantir a
imunidade contra a coccidiose na progênie (Coxabic); e que receberam o DPS até
os 21 dias de idade;
- Tratamento 4 (T4): idem ao T3, porém sem o fornecimento de DPS até os 21
dias de idade.
A utilização da vacina Coxabic tem como objetivo única e exclusivamente a
produção de imunidade para posterior transmissão à progênie. As matrizes que
deram origem aos pintinhos foram imunizadas em seu primeiro dia de vida com uma
vacina de coccidiose comercial, a fim de proteger as matrizes dos desafios de
campo. Posteriormente a essa vacinação, às 14 semanas, as matrizes receberam a
primeira dose da vacina Coxabic, sendo que a segunda dose foi aplicada às 18
semanas de idade das matrizes. Com o objetivo de se avaliar a persistência da
transmissão da imunidade, foram utilizados os pintinhos das matrizes com 65
14
semanas de idade. Ou seja, aproximadamente 50 semanas após a vacinação com
Coxabic.
Os ovos foram coletados de um mesmo núcleo de produção de matrizes,
sendo que foi apenas feita a separação entre as matrizes vacinadas e as não
vacinadas para coccidiose. Os ovos foram identificados e incubados em uma mesma
máquina de incubação e de nascimento de pintos. Após o nascimento, as aves
originadas de matrizes não vacinadas foram imunizadas com a vacina a base de
oocistos atenuados via spray. As caixas com os pintos foram identificadas com fita
adesiva e a inscrição “vacina matriz” e “vacina incubatório”.
Todas as aves utilizadas no experimento foram imunizadas contra doença de
Marek, via intra-ovo, ao décimo oitavo dia de incubação, e contra bronquite, via
spray após o nascimento.
3.2 Instalações experimentais
As aves foram alojadas em 24 boxes medindo 2 x 2 metros. Estes foram
instalados dentro de um aviário convencional de criação, com o objetivo de se
aproximar ao máximo dos desafios que normalmente ocorrem durante o crescimento
das aves. O aviário era equipado com bebedouros tipo nipple e comedouros
tubulares, dotado de sistema de aquecimento para os pintinhos através do
aquecimento do ar por forno a lenha e sistema de ventilação e nebulizadores para
fazer a climatização do aviário. A cama era de maravalha e estava sendo utilizada
pela segunda vez, após um intervalo de 17 dias entre lotes.
Todos os boxes foram equipados com um comedouro tubular e um bebedouro
pendular. Nos primeiros dois dias de idade, além do comedouro, a ração foi
fornecida aos animais sobre um papel, a fim de facilitar o acesso dos animais à
comida.
15
3.3 Manejo das aves
O manejo das aves obedeceu ao padrão de manejo da indústria, com limpeza
diária de comedouros e bebedouros. As aves mortas foram coletadas e a
mortalidade anotada duas vezes ao dia.
As trocas de rações foram realizadas de acordo com a seqüência abaixo:
- pré-inicial: do primeiro ao sétimo dia;
- inicial: do oitavo ao 21
o
dia;
- crescimento: do 22
o
ao 38
o
;
- abate: do 39
o
ao 45
o
dia de criação.
As formulações utilizadas estão listadas na Tabela 3.
16
Tabela 3 Composição das dietas (
0
/
00
) de acordo com as fases de criação de aves vacinadas contra coccidose (Paracox ou Coxabic) e que
receberam ou não o DPS
Ingrediente Pré-inicial c/ DPS Pré-inicial s/ DPS Inicial c/ DPS Inicial s/ DPS Crescimento Abate
Milho 484,00
458,00
575,00
555,00
598,00
671,00
Farelo de soja 412,76
443,96
324,22
350,77
288,57
213,12
Farinha de Vísceras 20,00
20,00
20,00
20,00
30,00
30,00
Farinha de Penas - - - - 15,00
20,00
Óleo de soja 27,00
36,00
- - - -
Gordura de aves - - 29,50
37,00
49,00
49,00
Calcário 11,00
10,00
12,00
11,00
5,75
3,50
Sal comum 1,50
2,10
0,75
1,35
3,00
2,25
Lisina 0,80
0,70
0,50
0,50
1,10
1,70
Metionina 2,80
2,90
2,20
2,30
2,45
1,95
Treonina - - - - 0,30
0,35
Bicarbonato de sódio - 5,00
- 5,00
1,00
2,00
Fosfato bicálcico 10,00
11,20
8,75
10,00
- -
Colina 60% 0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
Vitamina E 50% 0,24
0,24
0,20
0,20
0,05
0,05
DPS 50 RD 20,00
- 20,0
- - -
Blend enzimático 0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
-
B. subtilis 0,08
0,08
0,03
0,03
0,03
0,03
Fitase 0,12
0,12
0,10
0,10
0,10
0,10
Ácido lático 70% 7,00
7,00
4,50
4,50
3,50
3,00
Premix vitamínico 0,75
0,75
0,50
0,50
0,40
0,25
Premix micromineral 1,20
1,20
1,00
1,00
1,00
1,00
Níveis nutricionais calculados
EM (kcal/kg) 2947
2951
3099
3098
3240
3280
PB (%) 24,80
25,00
21,47
21,51
20,00
17,48
EE (%) 5,53
6,18
5,98
6,50
8,07
8,24
Lisina (%) 1,50
1,50
1,25
1,25
1,17
1,03
Metionina + cistina (%) 1,04
1,05
0,91
0,91
0,87
0,76
Cálcio (%) 0,95
0,95
0,93
0,93
0,90
0,82
Fósforo disponível (%) 0,49
0,49
0,45
0,45
0,43
0,43
Sódio (%) 0,25
0,25
0,22
0,22
0,19
0,19
Cloro (%) 0,20
0,21
0,15
0,16
0,30
0,27
Potássio (%) 1,05
1,08
0,91
0,93
0,85
0,73
Meq/kg 322
326
286
289
217
194
Composição por kg do premix vitamínico: 20.000.000 UI Vitamina A; 6.000.000 UI Vitamina D
3
; 80.000 UI Vitamina E; 6000 mg Vitamina K
3
; 4.900 mg Vitamina B1; 14.000 mg Vitam,ina B2;
8.000mg Vitamina B6; 40 mg Vitamina B12; 100.000 mg Niacina; 26.000 mg Ácido Pantotênico; 300 mg Biotina; 4.000 mg Ácido Fólico; 600 mg Selênio.
Composição por kg do premix mineral: 50.000 mg Ferro; 90.000 mg Manganês; 100.000 mg Zinco; 8.000 mg Cobre; 750 mg Iodo.
17
3.4 Delineamento experimental
Foi utilizado um delineamento experimental totalmente ao acaso em um
arranjo fatorial 2x2 (dois tipos de vacina e a utilização ou não do DPS). Os dados
foram analisados através do programa Statistix 8.0. Foi utilizada a análise de
variância e o teste de Tukey a 5% como comparação das médias.
3.5 Dados avaliados
Após o alojamento das aves, iniciou-se a coleta de dados das variáveis que
seguem.
3.5.1 Desempenho zootécnico
As aves tiveram seu desenvolvimento acompanhado através de pesagens
periódicas, aos 4, 7, 14, 30 e 45 dias.
O consumo de ração foi calculado, descontando-se as sobras de ração do
total de ração fornecida, nos dias das trocas. De posse desses dados, pode-se
calcular a conversão alimentar e a conversão alimentar corrigida para 2,500kg, que
foi calculada conforme Equação 1.
(
)
CA
PV
CACor +
=
3
500,2
2500
, onde:
CACor
2500
= Conversão alimentar corrigida para 2,500kg de peso vivo;
PV = Peso vivo dos animais;
CA = conversão alimentar obtida pelos animais
Equação 1 - Equação para correção da conversão alimentar para 2,500kg
3.5.2 Avaliações laboratoriais
Três aves de cada box foram sacrificadas nos dias 4, 7, 14, 21 e 28. Dessas
aves, foi coletado material para realização de análises laboratoriais, como segue.
18
3.5.2.1 Sorologia para coccidiose
Foi realizada a coleta de sangue, feita nos dias citados, sendo que o sangue
de cada uma das aves abatidas foi coletado, em tubos de ensaio individuais, para
realização de titulação de anticorpos contra coccidiose. Assim, foram realizadas 72
análises em cada um dos dias de abate. A titulação foi feita utilizado-se o kit de
ELISA CoxAbic, pelo método indireto (CRITTER, 2005). A análise detecta anticorpos
específicos em amostras de soro contra antígenos purificados de gametócitos de
Eimeria máxima, com pesos moleculares de 56 kDa, 82 kDa e 230 kDa. O sangue
foi coletado e enviado ao laboratório Mercolab, para a centrifugação e separação do
soro. Em seguida, o soro foi congelado para ser enviado ao laboratório Avipa para a
realização da análise de ELISA (ABIC
®
, Israel). Após a preparação do soro, a
absorbância foi mensurada através de leitor de ELISA, na faixa de 405 nm, sendo o
resultado calculado de acordo com a fórmula fornecida pelo produtor de kit (Equação
2). Caso os frangos de corte apresentem um valor S/P maior que 0,2, estes são
considerados como imunizados contra coccidiose (ZIOMKO et al., 2005).
S / P =
Re
sultadoDaAmostra
ControleNegativo
ControlePositivo ControleNegativo
Equação 2 – Equação para cálculo da relação S/P de antígenos contra coccidiose
3.5.2.2 Morfologia intestinal
Foram coletados intestinos para a confecção de lâminas e posterior avaliação
dos tamanhos de vilosidades e profundidades das criptas. Aos 7, 14, 21 dias de
idade, foram coletadas porções do duodeno, jejuno e íleo de uma ave de cada um
dos boxes. Após o abate das aves, as porções intestinais foram coletadas e lavadas
em solução salina, fixadas em solução de Boin e posteriormente desidratadas em
série de concentrações crescentes de álcool, diafinizadas em xilol e incluídas em
parafina para obtenção dos cortes histológicos longitudinais e semi-seriados. Os
cortes histológicos tiveram cinco micrômetros de espessura e foram corados pelo
método de Hematoxilina-Eosina. As lâminas tiveram suas imagens capturadas por
19
uma câmera digital PRO SERIES da Media Cybernetics
®
, sendo esta acoplada a um
microscópio Olympus Bx 40, no departamento de Ciências Morfofisiológicas da
Universidade Estadual de Maringá. A leitura das imagens, para avaliar o
desenvolvimento intestinal através de estudo morfológico e morfométrico, foi
realizada através do programa IMAGE PROPLUS 4.1, da Media Cybernetics
®
. Ao
total, foram coletadas as porções intestinais de 72 aves, sendo que, de cada porção,
foram produzidas duas lâminas, chegando-se ao número de 432 lâminas.
3.5.2.3 Contagem de oocistos na cama
Foram coletadas amostras de cama para contagem de oocistos antes do
alojamento e nos dias 4, 7, 14, 21 e 28. A contagem de oocistos foi realizada através
da técnica de MacMaster modificada, que consiste na diluição da amostra de cama
em água, seguida de filtragem e centrifugação. Após, à amostra é adicionada
solução salina saturada, que é acondicionada numa câmara de MacMaster para
contagem dos oocistos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Contagem de oocistos na cama
A excreção de oocistos pelos animais é uma forma indireta de se medir o grau
de resistência do hospedeiro contra os parasitos. Existem citações na literatura que
correlacionam uma menor excreção de oocistos com uma maior proteção por parte
do animal (SMITH et al., 1994a; SMITH et al., 1994b; WILLIAMS, 1998). Apesar do
elevado coeficiente de variação, que é inerente a este tipo de análise, as aves que
receberam Coxabic apresentaram um menor mero de oocistos na cama aos 21
dias de idade, mostrando um grau de proteção maior contra a coccidiose (Tabela 4).
Aos 28 dias, apesar da diferença numérica ser ainda maior, o elevado
coeficiente de variação não permitiu que a diferença entre as vacinas se
evidenciasse (Tabela 4). Uma diminuição na excreção de oocistos após a terceira
semana de vida dos frangos de corte foi observada por MICHAEL (2005), sendo
que, no caso deste experimento, o fato das aves estarem confinadas pode ter sido a
causa do aumento da contagem de oocistos na cama.
Tabela 4 - Contagem de oocistos na cama de frangos de corte criados com dois tipos de
vacinas e com ou sem DPS (oocistos / g de cama)
Fator principal Dia 0 Dia 7 Dia 14 Dia 21 Dia 28
Vacina Paracox 120,83
108,33
100,00
333,33
1125,00
Coxabic 128,33
100,00
100,00
100,00
383,30
DPS Sem DPS 96,67
108,33
100,00
170,00
800,00
Com DPS 152,50
100,00
100,00
258,33
708,33
Interações P P P P P
Vacina 0,9060
0,3293
- 0,0487
0,2440
DPS 0,3838
0,3293
- 0,4623
0,8835
Vacina*DPS 0,0683
0,3293
- 0,4623
0,9469
CV 123,28
19,59
0,00 125,69
200,65
O fato da vacina Paracox ter produzido uma maior excreção de oocistos pode
estar relacionada ao conceito da vacinação. Como a Paracox é uma vacina viva,
onde são administrados oocistos viáveis nas aves, ao contrário da Coxabic, que
trabalha unicamente com a transferência de anticorpos das matrizes, um número
maior de oocistos estaria circulando no meio onde as aves estariam alojadas.
21
4.2 Sorologia
A análise dos dados da sorologia mostrou que as aves oriundas das matrizes
vacinadas com Coxabic apresentaram níveis de anticorpos considerados suficientes
para proteger as aves contra a coccidiose (relação maior que 0,20), assim como
mostrada nos trabalhos de ZIOMKO et al. (2005) e WALLACH et. al (1995). No
sétimo dia os títulos diminuem, atingindo o menor valor aos 14 dias. Após esse
período, os títulos voltam a subir, atingindo o valor máximo aos 28 dias, mostrando
que as aves produziram imunidade ativa contra a coccidiose (Tabela 5).
As aves que receberam Paracox mostraram um título baixo no período inicial.
Da mesma forma que as aves que receberam Coxabic, aos 28 dias, as aves
vacinadas com Paracox apresentaram titulação alta contra coccidiose, indicando
uma imunização ativa por parte das mesmas.
Contrariando as pesquisas de ROSE & HESKETH (1979), os dados gerados
mostram que a imunização contra coccidiose através de anticorpos maternais é
possível, visto que as aves mostram estar protegidas contra a coccidiose. Os dados
mostraram, também, que a proteção gerada pelos anticorpos maternos é suficiente
para proteger os animais contra infecções clínicas, até que estes sejam capazes de
produzirem sua própria imunidade, como citado por SMITH (2005).
Não foi encontrada nenhuma interação entre os fatores tipo de vacina e a
utilização ou não do DPS.
Tabela 5 – Resultados da sorologia contra coccidiose aos 4, 7, 14, 21 e 28 dias de aves
vacinadas contra coccidiose com Coxabic ou Paracox e que receberam ou não o DPS
Dia 4 Dia 7 Dia 14 Dia 21 Dia 28
Vacina Paracox 0,1462
0,1074
0,0871
0,2282
1,0739
Coxabic 0,5987
0,1163
0,0842
0,1723
0,9356
DPS Sem DPS 0,4423
0,1151
0,0942
0,2555
0,8912
Com DPS 0,3026
0,1086
0,0772
0,1449
1,1183
Interações P P P P
Vacina
0,0088
0,7399
0,8445
0,4834
0,6118
DPS
0,2139
0,8089
0,2623
0,1727
0,4070
Vacina*DPS
0,4962
0,7220
0,3359
0,4120
0,8035
CV
41,46
57,81
42,09
95,77
65,38
Embora nenhum problema clínico pudesse ser evidenciado dentro das
condições às quais as aves foram submetidas, a avaliação da Tabela 5 mostra que
22
em ambas as vacinas, as aves passaram por um período sem uma proteção efetiva
contra a coccidiose, mostrando títulos vacinais inferiores a 0,20. Somente após a
terceira semana da vida as aves tornaram-se imunes, através da formação de
imunidade ativa. Esses dados abrem espaço para a especulação da real eficácia
destas vacinas contra a coccidiose, frente a desafios maiores ou mais precoces de
coccidiose.
4.3 Morfometria intestinal
De acordo com PLUSKE et al. (1997), maior valor de profundidade de cripta
indica maior atividade proliferativa celular, para garantir adequada taxa de
renovação epitelial, compensando as perdas nas extremidades das vilosidades.
Sabe-se que o equilíbrio entre dois processos: renovação celular (proliferação e
diferenciação), resultante das divisões mitóticas sofridas por células totepotentes
(“stem cells”) localizadas na cripta e ao longo dos vilos (UNI et al., 1998; UNI, 2000)
e perda de células (extrusão) que ocorre normalmente no ápice dos vilos,
determinam um “turnover” celular (mitose-migração-extrusão) constante, ou seja, a
manutenção do tamanho dos vilos e, portanto, a manutenção da capacidade
digestiva e de absorção intestinal.
Entretanto, quando o intestino responde a algum agente (microrganismos, por
exemplo), com um desequilíbrio no “turnover” a favor de um dos processos citados
acima, ocorre uma modificação na altura. Assim, se ocorrer um aumento na taxa de
mitose com diminuição ou manutenção da taxa de extrusão, deverá haver um
aumento no número de células e consequentemente um aumento na altura e no
perímetro dos vilos até o pregueamento da parede dos mesmos. Se o estímulo levar
a um aumento na taxa de extrusão, havendo manutenção ou diminuição na taxa de
proliferação, o intestino deverá responder com uma redução na altura dos vilos e,
consequentemente diminuição em sua capacidade de digestão e absorção (PLUSKE
et al., 1997).
23
4.3.1 Resultados da morfometria aos sete dias
A avaliação morfométrica aos sete dias mostrou que as aves que receberam
o DPS apresentaram uma maior altura dos vilos no jejuno e no íleo, bem como uma
maior relação vilo:cripta no íleo (Tabela 6).
A interação entre o tipo de vacina e o fornecimento ou não de DPS mostrou
que a utilização da vacina Paracox resultou numa menor altura dos vilos e numa
menor relação vilo:cripta no duodeno, sendo que a utilização de DPS foi capaz de
recuperar estes parâmetros intestinais, igualando-os aos das aves que receberam
Coxabic. O fato de a vacina Coxabic imunizar as aves sem a inoculação de oocistos
vivos pode ser o responsável pela menor lesão no epitélio do duodeno, resultando
numa maior altura dos vilos. MACARI & MAIORKA (2000) citam que duas fases do
ciclo de vida das diferentes espécies de eimerias ocorrem dentro das lulas
epiteliais, levando a destruição destas. Os desdobramentos destas interações estão
listados na Tabela 7 e na Tabela 8.
4.3.2 Resultados da morfometria aos 14 dias
Não foram encontradas interações nas avaliações do intestino aos 14 dias. A
utilização de Paracox resultou numa menor altura dos vilos do duodeno e do jejuno,
além de uma menor relação vilo:cripta nos três segmentos do intestino, mostrando
uma maior agressão ao epitélio intestinal quando da utilização das vacinas vivas. A
utilização de Coxabic produziu, ainda, uma menor profundidade de cripta no íleo e
jejuno (Tabela 8). Esses dados vão de acordo com o comentário de TUCCI (2003)
citado por LUQUETTI (2005), afirmando que uma relação vilo:cripta diminuída indica
vilos danificados e uma atividade proliferativa aumentada nas criptas, objetivando
restaurar a forma e a função do epitélio.
Devido a melhor digestão e absorção dos peptídeos, FRENHANI & BURINI
(1999) recomendam sua utilização para pacientes humanos que apresentem
qualquer nível de comprometimento intestinal. A utilização de DPS, por sua vez, foi
capaz de aumentar a relação vilo:cripta no duodeno e no jejuno, mostrando que o
fornecimento de peptídeos é capaz de melhorar estes parâmetros.
24
4.3.3 Resultados da morfometria aos 21 dias
Os resultados encontrados na morfometria aos 21 dias estão listados na
Tabela 10. Houve uma interação entre o tipo de vacina utilizada e o fornecimento ou
não do DPS na profundidade das criptas e na relação vilo:cripta do jejuno e na altura
dos vilos do íleo.
O desdobramento da interação na profundidade das criptas (Tabela 11)
mostra que as aves vacinadas com Paracox apresentaram uma maior profundidade
de cripta, se comparadas com aquelas que foram imunizadas com Coxabic. A
utilização do DPS em conjunto com a Paracox foi capaz de diminuir a profundidade
das criptas, igualando aos resultados obtidos com a Coxabic. Também foi verificada
uma menor relação vilo:cripta naquelas aves vacinadas com Paracox e, com a
utilização do DPS, essa relação foi igualada às aves imunizadas com Coxabic
(Tabela 12). O efeito no tamanho dos vilos do íleo (Tabela 13) também sofreu a
interferência da utilização do DPS naquelas aves vacinadas com Paracox, igualando
à condição das aves imunizadas com Coxabic e que receberam ou não o DPS.
MACARI & MAIORKA (2000) definem o termo agente trófico como as
substâncias que atuam no desenvolvimento intestinal, estimulando o processo
mitótico na região cripta-vilo, levando a um aumento no número de lulas e no
tamanho dos vilos. O fornecimento de DPS até os 21 dias de idade melhorou a
altura dos vilos do duodeno e jejuno e a relação vilo:cripta do duodeno e do íleo
(Tabela 10). Isso sugere que a utilização de aminoácidos na forma de peptídeos é
capaz de melhorar a condição do epitélio intestinal, devido a sua maior
biodisponibilidade, agindo como um agente trófico.
O DPS é uma fonte protéica de alta digestibilidade, composta de vários
aminoácidos essenciais na forma de peptídios. Pode-se dar destaque à glutamina,
que constitui 6% do DPS. Essa glutamina, que é utilizada basicamente na nutrição
local do tecido epitelial, na forma de peptídios, poderia ter contribuído para a
melhoria da qualidade intestinal das aves vacinadas contra coccidiose. Dentro do
processo produtivo do DPS, a proteína intestinal é hidrolisada com o objetivo de se
extrair a heparina, que, por sua vez, deve ser funcional. Essa processo “delicado”de
hidrólise pode preservar outras moléculas intestinais, tais como os hormônios de
25
crescimento local, como EGF’s, entre outros. Esses compostos, que provavelmente
são destruídos nos processos convencionais de produção das farinhas de vísceras,
também podem ter contribuído para a melhoria do epitélio intestinal. Mais pesquisas
devem ser realizadas com o objetivo de se elucidar o real papel do DPS como
agente trófico intestinal.
26
Tabela 6 - Tamanho dos vilos e profundidade das criptas (µm) aos sete dias de idade de aves vacinadas com Paracox ou Coxabic e que
receberam ou não o DPS
Fator principal Duodeno Jejuno Íleo
Vilo Cripta Rel V:C Vilo Cripta Rel V:C Vilo Cripta Rel V:C
Vacina Paracox 995,00
160,23
6,50
495,18
141,14
3,54
383,80
130,97
2,97
Coxabic 1112,80
155,34
7,25
508,24
127,90
4,04
380,30
135,67
2,82
DPS Sem DPS 1005,70
166,27
6,21
463,69
133,57
3,54
345,11
132,75
2,61
Com DPS 1102,20
149,30
7,53
539,73
135,47
4,05
418,99
133,89
3,17
Interações P P P P P P P P P
Vacina 0,0105
0,6500
0,0517
0,6722
0,0841
0,0609
0,8572
0,4258
0,2875
DPS 0,0298
0,1304
0,0022
0,0226
0,7956
0,0565
0,0011
0,8464
0,0005
Vacina*DPS 0,0277
0,0689
0,0005
0,6884
0,4646
0,3777
0,1013
0,6876
0,0296
CV 7,77
13,73
10,52
13,66
12,12
14,81
11,99
10,36
11,07
Tabela 7 - Comparação do tamanho dos vilos (µm) do duodeno dentro da interação vacina x peptídeos aos 7 dias de idade
Vacina
Paracox Coxabic
Sem DPS 897,70
b
1113,60
a
Suplementação de peptídeos
Com DPS 1092,30
a
1112,10
a
Tabela 8 - Comparação da relação vilo:cripta do duodeno dentro da interação vacina x peptídeos aos 7 dias de idade
Vacina
Paracox Coxabic
Sem DPS 5,04
b
7,38
a
Suplementação de peptídeos
Com DPS 7,95
a
7,12
a
27
Tabela 9 - Tamanho dos vilos e profundidade das criptas m) aos 14 dias de idade de aves vacinadas com Paracox ou Coxabic e que
receberam ou não o DPS
Fator principal Duodeno Jejuno Íleo
Vilo Cripta Rel V:C Vilo Cripta Rel V:C Vilo Cripta Rel V:C
Vacina Paracox 1318,00
183,27
7,31
543,85
174,09
3,23
415,56
133,43
3,19
Coxabic 1511,80
185,83
7,42
611,17
148,71
4,18
436,31
110,53
3,99
DPS Sem DPS 1376,60
192,98
7,23
556,98
167,76
3,46
402,90
121,24
3,42
Com DPS 1453,20
176,12
8,49
598,98
155,05
3,96
448,98
122,73
3,76
Interações P P P P P P P P P
Vacina 0,0089
0,8250
0,0209
0,0299
0,0236
0,0008
0,4116
0,0074
0,0013
DPS 0,2653
0,1552
0,0095
0,1675
0,2314
0,0479
0,0778
0,8470
0,1249
Vacina*DPS 0,2333
0,8266
0,6903
0,7781
0,5214
0,5299
0,5716
0,4666
0,7715
CV 11,58
15,16
13,73
11,42
14,68
14,66
13,87
14,97
14,14
Tabela 10 - Tamanho dos vilos e profundidade das criptas (µm) aos 21 dias de idade de aves vacinadas com Paracox ou Coxabic e que
receberam ou não o DPS
Fator principal Duodeno Jejuno Íleo
Vilo Cripta Rel V:C Vilo Cripta Rel V:C Vilo Cripta Rel V:C
Vacina Paracox 1494,40
194,87
7,97
715,01
172,66
4,59
434,69
125,52
3,58
Coxabic 1583,10
194,26
8,41
758,71
140,77
5,44
507,81
132,26
3,91
DPS Sem DPS 1357,80
199,66
7,04
704,85
180,09
4,21
444,97
134,71
3,40
Com DPS 1719,80
189,47
9,34
768,86
133,34
5,83
497,53
123,07
4,09
Interações P P P P P P P P P
Vacina 0,0890
0,9592
0,5183
0,0832
0,0004
0,0005
0,0134
0,4566
0,1725
DPS 0,0001
0,3932
0,0026
0,0149
0,0001
0,0001
0,0649
0,2046
0,0082
Vacina*DPS 0,4423
0,9069
0,8847
0,7034
0,0001
0,0001
0,0333
0,8978
0,0704
CV 7,69
14,33
19,30
7,75
11,23
9,63
13,61
16,43
14,86
28
Tabela 11 - Comparação da profundidade das criptas (µm) do jejuno dentro da interação vacina x peptídeos aos 21 dias de idade
Vacina
Paracox Coxabic
Sem DPS 219,70
a
141,11
b
Suplementação de peptídeos
Com DPS 126,25
b
140,43
b
Tabela 12 - Comparação da relação vilo:cripta do jejuno dentro da interação vacina x peptídeos aos 21 dias de idade
Vacina
Paracox Coxabic
Sem DPS 3,19
b
5,22
a
Suplementação de peptídeos
Com DPS 6,00
a
5,67
a
Tabela 13 - Comparação do tamanho dos vilos (µm) do íleo dentro da interação vacina x peptídeos aos 21 dias de idade
Vacina
Paracox (1) Coxabic (0)
Sem DPS (0) 377,63
b
512,31
a
Suplementação de peptídeos
Com DPS (1) 491,75ª
503,31
a
29
Figura 1 - Corte transversal de duodeno aos sete dias de aves que receberam ou não o DPS e vacinadas contra coccidiose com Paracox ou
Coxabic (aumento de 4x)
Figura 2 - Corte transversal de jejuno aos sete dias de aves que receberam (T1 e T3) ou não o DPS (T2 e T4) e vacinadas contra coccidiose
com Paracox (T1 e T2) ou Coxabic (T3 e T4) - aumento de 4x
Figura 3 - Corte transversal de íleo aos sete dias de aves que receberam (T1 e T3) ou não o DPS (T2 e T4) e vacinadas contra coccidiose com
Paracox (T1 e T2) ou Coxabic (T3 e T4) - aumento de 4x
T1
T2
T3
T4
T1
T2
T3
T4
T1
T2
T3
T4
30
Figura 4 - Corte transversal de duodeno aos 14 dias de aves que receberam ou não o DPS e vacinadas contra coccidiose com Paracox ou
Coxabic (aumento de 4x)
Figura 5 - Corte transversal de jejuno aos 14 dias de aves que receberam ou não o DPS e vacinadas contra coccidiose com Paracox ou
Coxabic (aumento de 4x)
Figura 6 - Corte transversal de íleo aos 14 dias de aves que receberam ou não o DPS e vacinadas contra coccidiose com Paracox ou Coxabic
(aumento de 4x)
T1
T2
T3
T4
T1
T2
T3
T4
T1
T2
T3
T4
31
Figura 7 - Corte transversal de duodeno aos 21 dias de aves que receberam ou não o DPS e vacinadas contra coccidiose com Paracox ou
Coxabic (aumento de 4x)
Figura 8 - Corte transversal de jejuno aos 21 dias de aves que receberam ou não o DPS e vacinadas contra coccidiose com Paracox ou
Coxabic (aumento de 4x)
Figura 9 - Corte transversal de íleo aos 21 dias de aves que receberam ou não o DPS e vacinadas contra coccidiose com Paracox ou Coxabic
(aumento de 4x)
T1
T2
T3
T4
T1
T2
T3
T4
T1
T2
T3
T4
32
4.4 Desempenho zootécnico
A pesagem das aves mostrou existir uma diferença de peso entre as aves
vacinadas com diferentes tipos de vacina até os 14 dias, com as aves vacinadas
com Coxabic mostrando-se mais pesadas. Após esse período não foram
encontradas mais diferenças. Desta forma, a recuperação de peso mostrada pelas
aves vacinadas com Paracox vai de encontro com a citação de McCARTER (Boletim
Técnico), contrariando ainda os dados do MANUAL DE RESULTADOS DA
COOPAVEL (2005). As aves vacinadas com Coxabic tiveram uma menor conversão
alimentar aos 45 dias, porém sem ser estatisticamente significativa.
A utilização do DPS melhorou significativamente o peso das aves em todas as
pesagens, com exceção da pesagem aos sete dias, quando o coeficiente de
variação foi maior. Foi melhorada, também, com o DPS, a conversão alimentar aos
45 dias. Se forem cruzados os dados do desempenho zootécnico com os da
morfometria intestinal, fica evidente que as aves que apresentaram uma melhor
condição intestinal também obtiveram um melhor peso em todas as idades avaliadas
e uma melhor conversão alimentar aos 45 dias de idade. Como a manutenção do
funcionamento do epitélio intestinal tem um elevado custo energético para os
animais (McBRIDE & KELLY, 1990), o fato de o DPS manter uma melhor condição
deste tecido pode explicar a melhoria na conversão alimentar e o melhor ganho de
peso das aves que receberam o produto.
Os dados zootécnicos estão listados na Tabela 14.
33
Tabela 14 - Resultado zootécnico de aves tratadas ou não com DPS e vacinadas contra coccidiose (Coxabic ou Paracox)
P4 P7 P14 P30 P45 CA CACor
Vacina Paracox 107,92
178,82
471,35
1487,20
2597,90
1,8830
1,8609
Coxabic 109,98
189,65
483,71
1517,50
2566,40
1,8572
1,8246
DPS Sem DPS 107,82
181,16
471,38
1477,50
2548,60
1,8946
1,8784
Com DPS 110,09
187,30
483,68
1527,30
2615,60
1,8456
1,8071
Interações P P P P P P P
Vacina 0,0172
0,0084
0,0149
0,1195
0,1176
0,2146
0,1362
DPS 0,0096
0,1129
0,0153
0,0146
0,0024
0,0243
0,0063
Vacina*DPS 0,7289
0,9175
0,2865
0,4400
0,3946
0,0861
0,0880
CV 1,78
4,92
2,38
3,04
1,83
2,64
3,11
Variáveis: os pesos (g) são representados por PX, onde X é a idade dos animais quando pesados, CA = conversão alimentar, CACor = Conversão
alimentar corrigida para 2,500kg, CV = Coeficiente de variação; P = nível de significância pela análise de variância,
5 CONCLUSÕES
Dentro das condições a que as aves foram submetidas no experimento,
apenas com o contato natural e sem a inoculação experimental de oocistos, pode-se
dizer que ambas as vacinas contra coccidiose (Paracox ou Coxabic) são eficientes
na proteção contra esta doença, embora as aves que tenham sido vacinadas com
Coxabic mostraram, aos 21 dias de idade, uma menor quantidade de oocistos na
cama, indicando uma maior resistência à infecção pelas Eimerias. As aves
vacinadas com Coxabic mostraram estar protegidas passivamente contra a
coccidiose, devido à transferência dos anticorpos maternos, evidenciados na
titulação destes.
O peso final das aves não foi alterado pelo tipo de vacina utilizado, apesar de
aos 14 dias de idades, as aves vacinadas com Coxabic mostrarem-se mais pesadas.
Paracox produz uma maior lesão intestinal, se comparada a vacina Coxabic.
O DPS é eficiente na diminuição da lesão intestinal, sendo que o efeito foi
mais pronunciado nas aves que receberam a Paracox.
O DPS melhorou o peso dos animais e a conversão alimentar aos 45 dias.
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