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FERNANDO DE PAULA LEONEL
EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS EM MACRONUTRIENTES MINERAIS (Ca,
P, Mg, Na e K) PARA NOVILHOS DE DIFERENTES GRUPOS ZOOTÉCNICOS
Tese apresentada à
Universidade Federal de Viçosa,
como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em
Zootecnia, para obtenção do
título de “Magister Scientiae”.
VIÇOSA
MINAS GERAIS – BRASIL
2003
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Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e
Classificação da Biblioteca Central da UFV
T
Leonel, Fernando de Paula, 1976-
R433r Exigências nutricionais em macronutrientes
minerais
2003 (Ca, P, Mg, Na e K) para novilhos de diferentes
grupos zootécnicos / Fernando de Paula Leonel. – Viçosa : UFV,
2003.
53 p. : il.
Orientador: José Carlos Pereira
Dissertação (mestrado) Universidade
Federal de Viçosa
1. Bovino – Alimentação e rações. 2. Bovino –
Composição corporal. 3. Bovino – Ganho de peso. 4. Bovino –
Nutrição – Exigências. 5. Bovino – Confinamento – Nutrição –
Necessidades. 6. Minerais na nutrição animal. I. Universidade
Federal de Viçosa. II. Título.
CDD 19. ed. 636.20852
CDD 20. ed. 636.20852
FERNANDO DE PAULA LEONEL
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EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS EM MACRONUTRIENTES MINERAIS (Ca,
P, Mg, Na e K) PARA NOVILHOS DE DIFERENTES GRUPOS ZOOTÉCNICOS
Tese apresentada à
Universidade Federal de Viçosa,
como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em
Zootecnia, para obtenção do
título de “Magister Scientiae”.
APROVADA: 28 de fevereiro de 2003.
________________________________ _____________________________________
Profa. Maria Ignez Leão Prof. Carlos Augusto de Alencar Fontes
________________________________ _________________________________
Prof. Augusto César de Queiroz
Conselheiro
Prof. Ricardo Augusto Mendonça Viera
Conselheiro
_______________________________
Prof. José Carlos Pereira
Orientador
ii
Dedicatória
Àqueles que mesmo antes da minha existência já pensavam e cuidavam
do meu ser com ações de profundo amor: dedico, meus pais, Otaíde de Paula
Leonel e Maria Onorina Leonel.
Às minhas irmãs, Patrícia, Cristina e Daniela; meus sobrinhos, Fernando,
Ana Luiza, Marcelo e Luiz Felipe; tios, tias e saudosos avós, por serem um
exemplo de feliz e fraterna família.
iii
Àquela que a partir do momento que meus olhos a avistaram, promoveu
mudanças em minha vida, mudanças essas que foram, são e, certo estou, que
sempre serão sinônimos de crescimento. Crescimento na minha condição
humana que, dentre outros ensinamentos, apresentou-me a humildade para
aceitar meus erros e, com isso, buscar não a perfeição, mas sim, o meu melhor.
A você, agora Tatiana Angélica de Oliveira Almeida Leonel, dedico esse
e todos os trabalhos de minha vida.
iv
Agradecimento
A DEUS.
Ao Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da
Universidade Federal de Viçosa, professores e funcionários, pela oportunidade
de realização deste sonho.
À Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), pelo
auxílio financeiro concedido.
Ao professor José Carlos Pereira, mestre e educador, pelos
ensinamentos concedidos, e pelo seu exemplo de caráter que me fez crescer
apenas com a observação de suas corretas ações. Não poderia deixar de
agradecer, ainda, seu apoio, seus conselhos e, sobretudo, a sua amizade que
está alicerçada na sinceridade e na honestidade.
Aos professores e conselheiros, Ricardo Augusto Mendonça Vieira e
Augusto César de Queiroz, pela significativa contribuição científica à realização
deste trabalho.
À professora Maria Ignez Leão e ao professor Carlos Augusto de Alencar
Fontes pelas valorosas contribuições à presente dissertação.
Ao professor Paulo Roberto Cecon, pela atenção e presteza em auxiliar-
me.
Aos Amigos Adhemar Ventura de Lima e José Antônio de Freitas, pela
essencial ajuda e companhia durante a execução dos trabalhos.
Ao Sr. Ernani José de Paula e ao Instituto Melon de Estudos e
Pesquisas, atual Instituto Barreiro de Biotecnologia, pelo suporte financeiro e
logístico.
Ao Dr. Alecsandro Regal Dutra, ao Sr. Francisco (Chiquinho) e a todos
da Fazenda Barreiro Ltda que contribuíram de alguma forma para a realização
deste experimento.
v
Aos amigos Marinaldo Divino Ribeiro, Adriano Rangel e Rita, Marcone
Geraldo Costa, André Luigi, Joanis Tilemahos Zervoudakis, Douglas Henrique
Sampaio, Bevaldo Pacheco.
Aos companheiros e companheiras das horas de estudo, aos colegas
que juntos estudamos para as provas, aos amigos que conquistei no dia-a-dia
da sala de aula, enquanto estudante de Mestrado.
Aos Amigos da REPÚBLICA DOS ÍCONES: Wellington Donizete
Guimarães (Barrigudo), Fabrício Pitombeiras (Fabrição), Luciano Aurélio Lara
(Lulu), João Antônio Lemos Furtado (João Barriga), Sérgio Alves Carvalho
(Geriátrico), Emerson Leoni (Zé Carioca) e Oto (Hulk).
Aos Amigos da REPÚBLICA DOS BRUTTUS: João Luiz de Souza Neto
(Magreleza), Janderson Damasceno dos Reis (Mocorongo), Marcelo Silva
Freitas (Pif) e Daniel de Paula Sousa (Dug Fanny).
A Celeste, secretária do Programa de Pós-graduação em Zootecnia, pela
prestatividade, tolerância, paciência e disposição em nos atender sempre que
solicitada.
vi
A verdadeira condição de justiça social
é aquela na qual cada ser humano
possui a capacidade e liberdade
para a laboração de seu pão.
vii
BIOGRAFIA
Fernando de Paula Leonel, filho de Otaíde de Paula Leonel e Maria
Onorina Leonel, nasceu em Frutal, Estado de Minas Gerais, em 31 de maio de
1976.
Em 1996, ingressou na Universidade Federal de Viçosa como acadêmico
do curso de Zootecnia tendo colado grau em outubro de 2000.
Desenvolveu atividades de pesquisa e extensão na empresa Matsuda
Sementes e Nutrição Animal no período de outubro de 2000 a setembro de
2001.
Em março de 2002, iniciou o curso de Pós-Graduação – Mestrado em
Zootecnia – pela Universidade Federal de Viçosa: UFV, concentrando seus
estudos na área de Nutrição de Ruminantes, defendendo dissertação em 28 de
fevereiro de 2003.
viii
Conteúdo
RESUMO....................................................................................................ix
ABSTRACT ................................................................................................xi
1.0– INTRODUÇÃO ................................................................................... 2
2.0- REVISÃO DE LITERATURA............................................................... 4
2.1. Composição Corporal e Exigências Nutricionais de Macronutrientes
Minerais (Ca, P, Mg, Na e K)........................................................................... 4
2.1.1. Considerações sobre a determinação de exigências dietéticas
de macronutrientes minerais para bovinos.................................................. 4
2.2. Cálcio e Fósforo............................................................................... 8
2.2.1. Cálcio e Fósforo no conteúdo corporal e no ganho de peso..... 8
2.2.2. Exigências dietéticas de Cálcio e Fósforo............................... 11
2.2.3. Relação Cálcio:Fósforo........................................................... 14
2.3. Magnésio ....................................................................................... 14
2.3.1. Magnésio no conteúdo corporal e no ganho de peso.............. 14
2.3.2. Exigências dietéticas de Magnésio ......................................... 16
2.4. Sódio e Potássio............................................................................ 17
2.4.1. Sódio e Potássio no conteúdo corporal e no ganho de peso .. 17
2.4.2. Exigências dietéticas de sódio e potássio............................... 20
3.0– METODOLOGIA............................................................................... 22
3.1. Local, Animais e Instalações.......................................................... 22
3.2. Tratamentos, Arraçoamento e Manejo........................................... 22
3.3. Abate dos Animais e Coleta das Amostras.................................... 24
3.4. Preparo das Amostras ................................................................... 25
3.5. Análises Químicas......................................................................... 25
3.6. Determinação do Conteúdo Corporal em Macronutrientes Minerais
(Ca, P, Mg, Na e K)....................................................................................... 26
3.7. Análise estatística.......................................................................... 27
3.7.1. Análise regressão, variância e teste de média........................ 27
3.8. Determinação das Exigências em Macronutrientes Minerais (Ca, P,
Mg, Na e K)................................................................................................... 28
4.0- Resultados e Discussões.................................................................. 30
4.1. Estimativa do peso de corpo vazio (PCVZ).................................... 30
4.2. Conteúdo em mineral retido no ganho de peso............................. 32
4.3. Análise de variância do conteúdo de minerais retido no ganho..... 33
4.5. Exigências dietéticas em macronutrientes minerais ...................... 35
4.5.1. Exigências em Cálcio.............................................................. 36
4.5.2. Exigências em Fósforo............................................................ 37
4.5.3. Exigências em Magnésio......................................................... 38
4.5.4. Exigências de Sódio................................................................ 39
4.5.5. Exigências em Potássio .......................................................... 40
5.0- Resumo e conclusões....................................................................... 42
6.0- Referências Bibliográficas................................................................. 45
7.0- Apêndice ........................................................................................... 51
ix
RESUMO
LEONEL, Fernando de Paula, M.S., Universidade Federal de Viçosa, Fevereiro
de 2003. Exigências em Macronutrientes Minerais (Ca, P, Mg, Na e K)
para Novilhos de Diferentes Grupos Zootécnicos. Orientador: Jo
Carlos Pereira. Conselheiros: Augusto César de Queiroz e Ricardo
Augusto Mendonça Vieira
O experimento foi realizado no Instituto Melon de Estudos e Pesquisas,
Campus da Fazenda Barreiro LTDA, localizado no município de Silvânia,
Estado de Goiás, com o objetivo de determinar as exigências em
macronutrientes minerais (Ca, P, Mg, Na e K) para novilhos de diferentes
grupos zootécnicos. Foram utilizados 44 novilhos não castrados, pertencentes a
quatro grupos zootécnicos distintos: Nelore; F1 NelorexAberdeen-Angus; F1
NelorexPardo-Suíço e F1 NelorexSimental. Ao início dos trabalhos os novilhos
encontravam-se numa faixa etária entre 10 e 11 meses e possuíam peso vivo
médio de 362 + 35 kg. A ração experimental era constitda por feno de capim
braquiária (Brachiaria decumbens, Stapf.), farelo de soja, milho (grão moído),
melaço em pó e suplementados de macro e micronutrientes inorgânicos. As
exigências líquidas, para ganho de peso, em cada macronutriente, foram
obtidas por meio da derivada primeira de suas respectivas equações estimadas
a partir da regressão do logaritmo do conteúdo do nutriente (Ca, P, Mg Na e K),
x
em função do logaritmo do peso de corpo vazio do animal. Para a conversão
dos pesos dos animais vivos em peso de corpo vazio, utilizou-se a equação
obtida a partir da regressão do peso corporal vazio dos animais experimentais
em função de seus pesos imediatamente antes do abate. As necessidades
dietéticas dos macronutrientes, para mantença, foram estimadas de acordo com
as recomendações dos americano e inglês (NRC e ARC), e os coeficientes de
absorção adotados para os cinco macronutrientes foram aqueles propostos pelo
sistema inglês (ARC). Por meio do teste de identidade de modelos não foram
encontradas diferenças (P>0,05) entre as equações de regressão para os
nutrientes cálcio, fósforo e potássio dentre os quatro grupos zootécnicos
estudados, todavia foram detectadas diferenças entre as equações de
regressão para o magnésio e o sódio. Foram verificadas pela análise de
variância, diferenças entre as reteões do nutriente magnésio, em função dos
distintos grupos zootécnicos (Teste F; p<0,05), e a retenção do nutriente
magnésio no corpo dos animais dos grupos NelorexAberdeen-Angus e
NelorexPardo-Suíço, não diferiu estatisticamente (Teste de Tukey; p<0,05). Por
outro lado, essa retenção foi estatisticamente superior àquela dos animais dos
grupos Nelore e NelorexSimental, que não diferiram entre si.
xi
ABSTRACT
LEONEL, Fernando de Paula, M.S., Universidade Federal de Viçosa, February,
2003. Macrominerals (Ca, P, Mg, Na and K) requirements for young
bulls from different genetics groups. Adviser: José Carlos Pereira.
Committee Members: Augusto César de Queiroz e Ricardo Augusto
Mendonça Vieira.
This experiment was conducted with the objective to determine the macro
minerals requirements (Ca, P, Mg, Na and K) for yong bulls from different
genetic groups. Forty four young bulls were used, from four different genetic
groups: Nellore; F1 Nellore x Aberdeen-Angus; F1 Nellore x Brown Swiss and
F1 Nellore x Simmental. The initial average live weight was 362 ± 35 kg and age
between 10 and 11 months. The experimental ration was constituted by
Brachiaria hay (Brachiaria decumbens, Stapf.), soybean meal, ground corn,
powder molasses and macro and micro mineral premix. The net requirements of
each macro mineral, for weight gains, were obtained by the first derived of their
respective equations, estimated using the regression of the logarithm of the
mineral content (Ca, P, Mg, Na, K), in function of the logarithm of the animal
empty body weight. For the conversion of live weight to empty body weight of
the animals, it was used the equation obtained from the regression of the empty
body weight of the animals in function of their weights immediately before
slaughter. The nutritional requirements of the macro minerals, for maintenance,
were estimated based in that proposed by the American and British system
(NRC and ARC), and the used absorption coefficients for the macro minerals
xii
were from that proposed by British system (ARC). There were not differences
between the regression equations for the macro minerals calcium, phosphorus
and potassium among the four groups determined by the test of identity of
models. However, it was detected differences between the regression equations
for magnesium and sodium. There were differences among the retentions of the
macro mineral magnesium in function of the genetic group (P<0.05). There was
not difference in the retention of the macro mineral magnesium in the body of
the animals from the Nellore x Aberdeen-Angus e Nellore x Brown Swiss
(P<0.05). However, the retention was higher to that animals from the Nellore e
Nellore x Simmental, that did not differ from each other.
2
1.0– INTRODUÇÃO
A produção animal tem por objetivo principal o fornecimento de proteína
de alta qualidade para atender às necessidades alimentares das populações,
devendo ser acima de tudo economicamente viável e, a um custo acessível, o
que ofereça a oportunidade de aquisição por parte das classes sociais de
menor renda.
Dentre as espécies zootécnicas, os bovinos contribuem de forma
significativa para satisfazer a demanda protéica da população brasileira,
encontrando nos suínos e no frango seus principais “concorrentes”.
Contudo, para o sucesso da atividade bovinocultora, atenção deve ser
dada à alimentação, pois esse item é responsável por uma parcela considerável
dos custos de produção. Logo, uma determinação mais exata das exigências
nutricionais em energia, proteína, minerais e vitaminas para a desejada taxa de
ganho de peso dentro do sistema de produção, é essencial para a
sustentabilidade da atividade.
Embora os macronutrientes minerais estejam presentes em menores
proporções no corpo dos animais do que, por exemplo, as frações protéicas e
lipídicas, eles são responsáveis por funções vitais no organismo. Deficiências
em um ou mais desses elementos, podem resultar em desordens nutricionais
sérias, levando o animal a apresentar desempenho produtivo e reprodutivo
aquém de seu potencial ou obedecer aos princípios dos incrementos
decrescentes.
Ressalta-se que a ração básica oferecida à maior parte dos bovinos
abatidos no Brasil é o pasto, que na maioria das vezes, é composto por
espécies forrageiras de elevado potencial de produção de matéria seca (plantas
C
4
), o que implica baixos teores em macronutrientes minerais, devido ao fator
de diluição.
Outro fator crítico à nutrição mineral dos bovinos em nossa pecuária é a
localização dos sistemas de produção, que é marginalizada quanto à fertilidade
3
dos solos. Isso reflete negativamente sobre os teores em minerais nas plantas,
alimento básico dos bovinos.
Esses e outros fatores explicam os históricos de deficiências em minerais
como o fósforo e magnésio, que no passado inviabilizaram a produção de
bovinos, sem suplementação, em muitas regiões brasileiras.
O melhoramento genético, a implantação de novas espécies forrageiras,
a racionalização do manejo possibilitaram a obtenção de maiores taxas de
ganho de pesos em bovinos, o que de acordo com o princípio da conservação
da matéria, implica em naturais acréscimos na demanda por nutrientes.
Assim, objetivou-se com esse trabalho, apresentar modelos matemáticos
para estimar o conteúdo em minerais no corpo e no ganho de peso de novilhos
oriundos de rebanho de corte. Buscou-se também avaliar o efeito causado por
diferentes grupos zootécnicos sobre a retenção dos nutrientes minerais (Ca, P,
Mg, Na e K) no ganho de peso destes animais.
4
2.0- REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Composição Corporal e Exigências Nutricionais de Macronutrientes
Minerais (Ca, P, Mg, Na e K)
2.1.1. Considerações sobre a determinação de exigências dietéticas de
macronutrientes minerais para bovinos
Os níveis dos nutrientes minerais nas rações podem afetar as respostas
dos animais. Nas rações em que um determinado nutriente mineral encontra-se
em deficiência, na medida em que se elevam os níveis desse elemento, há a
aproximão de um ponto em que este nível passa de deficiente para ótimo.
Este ponto, geralmente obtido com uma quantidade mínima adequada de
mineral na ração, recebe a denominação de "exigência mínima". Quantidades
menores que essa estão localizadas na "faixa de deficiência”. A "faixa ótima” é
estabelecida, quando a quantidade do mineral na ração, é aumentada, sem, no
entanto, resultar em modificações na resposta animal. Contudo, se os níveis
dietéticos do nutriente mineral continuarem se elevando, alcançar-se-á um
ponto em que o desempenho animal começa a ser prejudicado. Nesse ponto
inicia-se a “faixa tóxica”, que pode eventualmente acometer o animal e
prejudicar os seus desempenhos produtivo e reprodutivo, conforme pode ser
observado na Figura 01 (AMERMAN & HENRY, citados por SOUSA, 1981).
Figura 1: Efeito de níveis crescentes de minerais na ração sobre o
desempenho animal.
Fonte: adaptado de AMERMAN & HENRY (1979)
5
A determinação das exigências em macronutrientes minerais para
bovinos não é tarefa fácil, em razão da variedade de fatores que, de forma
direta ou indireta, exercem influência sobre as exigências de tais elementos
inorgânicos. Dentre eles, o próprio critério de estabelecimento de níveis
adequados para o desempenho ótimo, a variabilidade entre as espécies ou
raças, o sexo, a idade, as condições climáticas, o nível de produção, o estado
nutricional, a forma química do elemento mineral no ingrediente e, até mesmo
as inter-relações entre os elementos minerais ou destes com outros nutrientes
(COELHO DA SILVA E LEÃO, 1979; MAYNARD et al., 1984).
O AFRC (1991) salienta que, além do suprimento em minerais, é
necessário, para o desenvolvimento normal dos ossos, o fornecimento de níveis
adequados de protna e energia. O NRC (1984) também relaciona as
exigências de cálcio e fósforo à retenção diária de proteína e CONRAD et al.,
(1985), afirmam que a nutrição adequada em cálcio e fósforo depende dos
níveis de Vitamina D.
O manejo nutricional e a composição do ganho de peso (músculo,
gordura e ossos), também afetam a demanda de minerais pelo animal. A prática
de castração é outra variável que tem efeitos sobre as necessidades
nutricionais de bovinos, por afetar a proporção dos tecidos depositados no
corpo do animal. Desta forma, percebe-se os inúmeros fatores relacionados à
nutrição mineral, de modo que, reavaliações periódicas das exigências minerais
são imperiosas (THOMPSOM & WERNER, 1978; BEEDE, 1991).
Existem na literatura vários trabalhos sobre a composição de tecidos e
exigências em minerais por bovinos, contudo, em sua maioria, eles apresentam
certas limitações em razão da utilização de metodologias de baixa
confiabilidade, que não consideram sexo, regime alimentar e grupo zootécnico.
Em alguns casos encontram-se informações que, para suas obtenções foram
utilizados, apenas músculos selecionados ou cortes comestíveis de tecidos na
análise da composição corporal e desconsideram, muitas vezes, o próprio
tecido ósseo (Nour e Thonney em 1988, citado por SOARES, 1994).
6
Dos métodos existentes para a estimativa do teor de minerais em
bovinos, cita-se a análise de sangue e tecidos; plantas e ingredientes da ração
e também a análise de solo (TODD, 1971). Nos casos em que o animal está
submetido a restrição severa de nutrientes minerais, pode-se utilizar oslos
para indicar o status do mineral (COMBS et al., 1982).
Como existem diferenças significativas no metabolismo do mineral
devido a variações do clima e entre raças, as tabelas de exigências elaboradas
em países temperados, caso dos Estados Unidos da América e países da
Europa, nem sempre são adequadas às condições e realidades brasileiras,
caracterizadas, na maior parte, por clima tropical e predomínio de animais
zebuínos (Bos indicus) e seus cruzamentos.
Os primeiros sistemas utilizados para determinar a recomendação
nutricional em nutrientes minerais consideravam as relações entre o
desempenho animal e as quantidades de um mineral na ração. As exigências
eram definidas com base na quantidade do mineral necessário para maximizar
o desempenho do animal ou a eficiência de utilização dos alimentos. Essas
relações empíricasm a utilização bastante limitada, pois à medida que ocorre
alguma alteração na alimentação ou em quaisquer das condições ambientais
em que animal esteja sendo criado, reduzem a capacidade de predição do
desempenho animal e da exatidão das estimativas de suas necessidades
diárias (BOIN, 1995).
Essas estimativas, entretanto, receberam, a partir de 1965, um enfoque
diferente quando o ARC (1965) propôs a aplicação do método fatorial para a
determinação das exigências mínimas em minerais. Tal método é baseado nas
quantidades líquidas depositadas no corpo do animal para atender o
crescimento, a engorda, a gestação e a produção de leite. Essas exigências
são chamadas de exigências líquidas de crescimento e produção e a elas, é
acrescida aquela quantidade necessária para atender às perdas inevitáveis do
corpo, ou seja, as secreções endógenas, denominadas exigências liquidas de
mantença. O somatório das frações de mantença e produção vai constituir a
exigência líquida total que corrigida pelo coeficiente de absorção no aparelho
7
digestivo, específico para cada nutriente, resultará na exigência alimentar do
mineral em questão (COELHO DA SILVA, 1995).
Para a determinação das exigências líquidas de crescimento, é
necessária a avaliação da deposição do mineral no corpo do animal quando
esse está em fase crescimento, ou seja, implica em avaliar o conteúdo de
minerais do corpo do animal em diferentes pesos e idades. Esta avaliação
geralmente é feita abatendo-se os animais e analisando-se os teores de
minerais nos diferentes tecidos do corpo.
O ARC (1965) compilou informações sobre a composição corporal em
mineral para bovinos de diferentes raças, idades e pesos, e desenvolveu
modelos matemáticos que permitem estimar a composição mineral no
organismo e exigências líquidas para crescimento. Com o surgimento de novas
informações, outros modelos matemáticos foram desenvolvidos (ARC, 1980;
CSIRO, 1990; AFRC, 1991; NRC 1996).
As exigências líquidas de gestação são obtidas por meio do abate de
animais nas diversas fases de gestação e da análise da composição mineral do
feto e das estruturas diretamente relacionadas ao seu desenvolvimento.
Posteriormente, ajusta-se os resultados a modelos matemáticos e efetuam-se
as estimativas das exigências líquidas em estágios pré-determinados da
gestação (COELHO DA SILVA, 1995).
8
2.2. Cálcio e Fósforo
2.2.1. Cálcio e Fósforo no conteúdo corporal e no ganho de peso
As cinzas estão presentes no corpo dos animais numa concentração
aproximada de 5%. O cálcio e o fósforo correspondem a mais de 70% dessa
fração, e funcionam como os principais elementos estruturais do tecido ósseo,
onde estão presentes 99% do Ca e, aproximadamente, 80% do P, nas formas
de sais apatita, fosfato de cálcio e carbonato de cálcio (DUKES, 1993).
Afora a função estrutural, o cálcio e o fósforo estão intimamente
envolvidos com o metabolismo animal e ligados entre si, aparecendo, na
maioria das vezes, de forma combinada no organismo. Além do mais, o
excesso de um ou de outro na ração, pode ser limitante para ambos, daí a
razão de serem estudados conjuntamente (MAYNARD e LOOSLI, 1984;
CONRAD et al., 1985).
COELHO DA SILVA e LEÃO (1979) afirmam que o conteúdo de cálcio no
tecido muscular é de aproximadamente 100 mg kg
-1
de matéria natural; no
tecido ósseo, entre 110 e 220 g kg
-1
, sendo desconsiderado o conteúdo do
mineral no tecido adiposo. O conteúdo de fósforo no tecido muscular é de
aproximadamente 2 a 3 g kg
-1
de matéria natural; nos ossos de 50 a 100 g kg
-1
,
e, no cérebro e tecido nervoso, em torno de 4 g kg
-1
. Portanto, conclui-se que
as concentrações desses dois elementos no corpo animal não são constantes,
uma vez que, os tecidos muscular, adiposo e ósseo, não aumentam de forma
isométrica. Por outro lado, a correlação alta e positiva entre idade do animal e
deposição de gordura na carcaça suporta tal afirmação.
É de domínio comum que desbalanços em minerais nas rões de
bovinos afetam o desempenho desses animais. Especificamente no caso de
produção a pasto, a carência ou o desbalanço no solo e na forragemo
freqüentes. AMMERMAN et al. (1974), observaram em bovinos mestiços
Charolês-Brahmam-Crioulo, de três localidades geográficas do Panamá,
diferenças significativas no conteúdo em cálcio e fósforo nos ossos.
9
AMMERMAN et al. (1974), afirmam que mudanças no consumo de minerais,
são, muitas vezes, acompanhadas de variações correspondentes na
concentração dos mesmos em determinados tecidos.
Foi observado por WILLIANS et al. (1983) um maior conteúdo em cinzas
na carcaça de animais terminados em regime de pasto, quando comparado a
animais terminados alimentados com ração à base de grãos. Observação
semelhante foi relatada por THOMPSON et al., (1988) em relação aos ovinos.
O maior conteúdo em cinzas está relacionado ao menor teor de gordura dos
animais.
NOUR E THONNEY (1988), sugerem que o aumento de gordura dilui o
conteúdo em minerais na carcaça.
Diferenças no conteúdo corporal em minerais também são encontradas
em função da raça e do sexo. NOUR E THONNEY (1988), trabalhando com
novilhos Holandeses e Aberdeen-Angus, observaram maior conteúdo de cálcio
no corpo dos animais Holandeses, que apresentaram maior proporção de ossos
na carcaça. GRACE (1983), por sua vez, verificou efeito do sexo sobre o
conteúdo de minerais no corpo vazio.
Para bovinos em crescimento, o ARC (1965) estimou um conteúdo
corporal de cálcio entre 11 e 17 g kg
-1
de peso de corpo vazio (PCVZ). Em
1980, este mesmo conselho, adotou o valor médio de 14 g kg
-1
de PCVZ para o
conteúdo corporal e para ganho de peso de animais de diferentes pesos. Já em
1991, o AFRC adotou equações que relacionam as exigências em cálcio e
fósforo em função do crescimento ósseo, considerando que a deposição desses
dois elementos no organismo decresce com o avanço da maturidade e
quantificou as exigências de cálcio para ganho de peso em bovinos pesando
entre 300 e 500 kg em 12,7 e 11,3 g kg
-1
de PCVZ, respectivamente.
O NRC (1996) relaciona as exigências de cálcio para ganho de peso com
a retenção de proteína, e estabelece a razão de 71 g Ca kg
-1
de proteína retida
no corpo animal.
10
Compilando dados de vários autores, MILLER (1979) relatou conteúdos
de cálcio no corpo e no ganho de peso da ordem de 12 g kg
-1
PCVZ, para
animais em crescimento.
No Brasil, os estudos para a determinação das exigências em
macronutrientes minerais para bovinos tiveram seu início na década de 80,
tendo MARGON (1981) trabalhado com animais azebuados; seguiram-se outros
trabalhos com grupos zootécnicos distintos (SILVA SOBRINHO 1984; LANA
1991; PIRES 1993a; SOARES 1994 e ESTRADA 1996). Além destes também
são citados os trabalhos de PAULINO (1996) com quatro raças zebuínas (Gir,
Guzerá, Mocho Tabapuã e Nelore) e PAULINO (2002) com novilhos
anelorados. Ressalta-se que todos esses autores empregaram o método fatorial
para determinação das exigências.
As equações obtidas a partir da derivação do modelo alométrico
β
α
)
)
MY ×= linearizado por meio da logaritimização dos dados de alguns
trabalhos nacionais, a fim de predizer as exigências em cálcio e fósforo para
ganho de 1 kg de massa corporal, podem ser observadas na Tabela 1.
11
Tabela 1 – Equações obtidas em trabalhos brasileiros para a predição das
exigências em cálcio
Grupo Zootécnico Equações Autores
Cálcio
Vários grupos
()
5221,0
/
41,150
×= PCVZY
kgg
LANA (1991)
BM, HxNEL
()
4767,0
/
90,172
×= PCVZY
kgg
SOARES (1994)
NEL
()
3553,0
/
90,87
×= PCVZY
kgg
SOARES (1994)
Vários grupos
()
3032,0
/
36,75
×= PCVZY
kgg
FONTES (1995)
NEL
()
1553,0
/
16,36
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Vários grupos
()
4165,0
/
87,134
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Quatro raças zebuínas
()
4771,0
/
56,150
×= PCVZY
kgg
PAULINO (1996)
Fósforo
Vários grupos
()
3972,0
/
31,58
×= PCVZY
kgg
LANA (1991)
BM, HxNEL
()
4104,0
/
60,67
×= PCVZY
kgg
SOARES (1994)
NEL
()
3212,0
/
70,38
×= PCVZY
kgg
SOARES (1994)
Vários grupos
()
3055,0
/
06,40
×= PCVZY
kgg
FONTES (1995)
NEL
()
1202,0
/
19,16
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Vários grupos
()
4140,0
/
81,70
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Quatro raças zebuínas
()
4104,0
/
41,54
×=
PCVZY
kgg
PAULINO (1996)
*onde BM refere-se a bimestiços das raças FleckviehxAngusxNelore; HxNEL ao cruzamento de
Holandês com Nelore e NEL a raça Nelore
2.2.2. Exigências dietéticas de Cálcio e Fósforo
A quantificação mais exata das exigências dietéticas em minerais é uma
tarefa complexa, pois diversos fatores como idade, grupo zootécnico, nível de
produção, composição do ganho, forma química do elemento e inter-relações
com outros nutrientes ou entre minerais, afetam sua determinação.
McDOWELL (1984) relata que diferenças no metabolismo de minerais
podem ser atribuídas às raças e, principalmente, à adaptação dessas às
diferentes condições climáticas e ambientais.
As exigências em cálcio são maiores do que as de fósforo em animais
jovens, mas equilibram-se com a maturidade. Tal fato está relacionado à
12
desaceleração do crescimento ósseo e ao maior crescimento dos tecidos moles
(THOMPSON E WERNER, 1976).
A maturidade pode reduzir a capacidade de absorção dos minerais, o
que foi observado em animais da raça Hereford entre 10 e 190 meses de idade
(HANSARD et al., 1954). A redução da absorção e o conseqüente aumento das
perdas fecais, ocorre independentemente da fonte do mineral fornecido aos
animais (HANSARD et al., 1954).
A vitamina D está envolvida com a absorção de cálcio e fósforo, e a
lactose com a de cálcio, mediante interação com as células absortivas do
organismo. A elevada ingestão de ferro, alumínio ou magnésio interferem na
absorção de fósforo porque reagem com este formando fosfatos insolúveis.
Oxalatos e fitatos, por sua vez, diminuem a absorção de cálcio. Logo, todos
esses fatores podem ocasionar alterações sobre as exigências totais ou
dietéticas em cálcio e fósforo pelo animal (MAYNARD et al., 1984).
O conhecimento da disponibilidade ou do coeficiente de absorção do
mineral segundo as diferentes fontes, ainda é uma limitação à determinação
mais exata das exigências.
A disponibilidade de cálcio nos suplementos e nas fontes naturais é
variável e as fontes inorgânicas são mais eficientes do que as orgânicas
(BEEDE 1991). Utilizando como critérios de avaliação a disponibilidade, a
retenção total e excreção fecal endógena, TILMAN e BRETHOUR (1963b) não
verificaram diferenças significativas entre fosfato monocálcico e fosfato fítico
como fonte de fósforo. No mesmo ano, em um trabalho semelhante, com base
no uso de fosfato dicálcico e ácido fosfórico, esses autores concluíram que
ambas fontes são altamente disponíveis para ruminantes.
De acordo com o ARC (1980), as disponibilidades médias do cálcio e
fósforo são de 68 e 58%. O AFRC (1991) adotou o mesmo valor de 68% para a
disponibilidade do cálcio, porém, para o fósforo, relacionou a disponibilidade
com a metabolizidade
=
EB
EM
q da ração, adotando o valor de 58% para q <
0,7 e de 70% para q > 0,7.
13
O NRC (1996) consagrou os valores de 50 e 68% para os coeficientes de
absorção verdadeira de cálcio e fósforo.
No Brasil, poucos foram os trabalhos publicados sobre disponibilidade de
minerais para ruminantes. EZEQUIEL (1987) encontrou coeficientes de
absorção para o cálcio de 62, 72, e 60%, e para o fósforo de 72, 63 e 80,3%
respectivamente, para animais Nelore, Holandeses e mestiços HolandêsxZebu.
Como exigência dietética total (mantença e ganho de peso), estima-se de
acordo com o ARC (1965), valores em 37,2 g d
-1
Ca e em 28,6 g d
-1
P, para um
bovino de 400 kg de massa corporal ganhando 1 kg d
-1
. Para animais com os
mesmos pesos e iguais ganhos, quantifica-se com NRC (1970) exigências
dietéticas em 25,0 g d
-1
Ca e em 20,0 g d
-1
P. Em 1984, o conselho norte
americano passou a recomendar exigências dietéticas diárias de cálcio em 27,0
e de fósforo em 18,0 g para animais de 400 kg e taxa de ganho de peso de 1 kg
d
-1
.
Utilizando-se o AFRC (1991), aquilata-se exigências dietéticas em cálcio
e fósforo, para bovinos de 400 kg, valores iguais a 28,0 e 25,0 g d
-1
,
respectivamente, assumindo uma metabolizadade da ração de 0,6. Já o com
NRC (1996), estima-se como exigências dietéticas dos mesmos
macronutrientes, para animais de 400 kg de massa corporal e taxa de ganho de
1kg d
-1
, valores em 31 e 18 g d
-1
, respectivamente.
O método fatorial foi empregado com o objetivo de estimar as exigências
em minerais na maioria dos trabalhos conduzidos no Brasil (MARGON, 1981;
SILVA SOBRINHO, 1984; CARVALHO, 1989; LANA, 1991; PIRES et al., 1993a,
b; ESTRADA, 1996; PAULINO, 1996; VÉRAS, 2000; SILVA, 2001; PAULINO,
2002).Contudo, ressalva-se que apenas foram quantificadas as exigências no
ganho, sendo as exigências de mantença (perdas endógenas) estimadas a
partir dos sistemas ARC (1980), AFRC (1991) e NRC (1996).
MARGON (1981) estimou para bovinos azebuados com massa corporal
de 400 kg e ganho de peso diário esperado de 1 kg, exigências dietéticas em
35,22 g de cálcio por dia e 30,04 g d
-1
em fósforo. Valores inferiores, para
14
animais de mesma massa e igual ganho foram observados por LANA et al.
(1992) de 19,04 e 17,48 g d
-1
de cálcio e fósforo respectivamente.
2.2.3. Relação Cálcio:Fósforo
Assume-se que a relação cálcio:fósforo entre 1:1 e 2:1 na ração, seja a
ideal para o crescimento e a formação dos ossos dos animais em geral, talvez
por ser essa relação encontrada nos ossos. Todavia, os ruminantes podem
tolerar relações maiores, desde de que os níveis de fósforo e vitamina D não
sejam limitantes (McDOWELL, comunicação pessoal, 2001).
WISE et al. (1963) testaram relações cálcio:fósforo variando de 0,41:1 a
14,3:1 e observaram que apenas relações inferiores a 1:1 e superiores a 7:1
afetaram negativamente o crescimento e desempenho dos animais. O NRC
(1984) também relata que relações entre 1:1 e 7:1 não afetam o desempenho
animal, sendo o nível de fósforo o fator crítico.
2.3. Magnésio
2.3.1. Magnésio no conteúdo corporal e no ganho de peso
No corpo animal, o magnésio encontra-se em estreita associação com o
cálcio e o fósforo, tanto na distribuição, quanto no metabolismo. Sua presença
no organismo é da ordem de 0,05% da massa corporal total, dos quais
aproximadamente 70%, encontram-se no esqueleto, estando, o restante,
amplamente distribuído nosrios fluidos e tecidos corporais. Além de sua
essencialidade para os ossos e dentes, o magnésio participa de vários
processos orgânicos, principalmente como ativador de reações enzimo-
dependentes (COELHO DA SILVA E LEÃO, 1979; MAYNARD et al, 1984 e
NRC, 1996). WACKER (1980) afirma que mais de 300 enzimas são ativadas
pelo magnésio.
15
O magnésio é essencial, como complexo Mg-ATP, para todos os
processos biossintéticos que dependem da via glicolítica, transporte ativo
através de membranas, formação de cAMP e transmissão de código genético.
Também está envolvido com a manutenção de potenciais elétricos através de
membranas nervosas e musculares e condução de impulsos nervosos (NRC,
1996).
O ARC (1965), considerando bovinos em crescimento, balizou o
conteúdo corporal de magnésio em 0,33 a 0,44 g por kg de PCVZ. E em 1980,
o mesmo conselho, estimou como conteúdo de magnésio no corpo e no ganho
de peso o valor de 0,45 g por kg de PCVZ. BECKER (1975), seguindo as
normas alemãs, verificou um valor médio de 0,40 g de magnésio por kg de
PCVZ, como conteúdo corporal e para ganho de peso.
As equações obtidas a partir da derivão do modelo alométrico
β
α
)
)
MY ×= linearizado por meio da logaritimização dos dados de alguns
trabalhos nacionais, a fim de predizer as exigências em magnésio para ganho
de 1 kg de massa corporal, podem ser observadas nas Tabelas 2.
Tabela 2 – Equações obtidas em trabalhos brasileiros para a predição das
exigências em magnésio
Grupo Zootécnico Equações Autores
Vários grupos
()
4726,0
/
52,3
×= PCVZY
kgg
LANA (1991)
BM, NEL, HxNEL
()
0087,0
/
50,0
×= PCVZY
kgg
SOARES (1994)
Vários grupos
()
2434,0
/
53,1
×= PCVZY
kgg
FONTES (1995)
NEL
()
3992,0
/
56,3
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Vários grupos
()
3779,0
/
66,3
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Quatro raças zebuínas
()
2987,0
/
29,1
×= PCVZY
kgg
PAULINO (1996)
*onde BM refere-se a bimestiços das raças FleckviehxAngusxNelore; HxNEL ao cruzamento de
Holandês com Nelore e NEL a raça Nelore
16
2.3.2. Exigências dietéticas de Magnésio
Bovinos jovens possuem uma elevada capacidade de aproveitamento de
magnésio, e o absorvem, principalmente, no intestino delgado. Com o
desenvolvimento do retículo e rúmen, tais compartimentos passam a ser os
principais, se não os exclusivos, locais de absorção do mineral (NRC 2001).
A absorção de magnésio no rúmen depende da concentração do
elemento no fluido local, sendo esta importante tanto para o transporte ativo
como para o passivo, e da integridade dos mecanismos do sistema de
transporte ativo, que é sódio-dependente (NRC, 2001).
A demanda de magnésio por bovinos, na maioria dos casos, é atendida
pelos alimentos fibrosos e concentrados, os quais, via de regra, contêm, pelo
menos, 0,1% do elemento em sua composição (MAYNARD et al, 1984; LANA,
1991). Entretanto sua exigência dietética pode variar consideravelmente.
MAYNARD et al., (1984) afirmam que excesso de cálcio e fósforo na ração
pode causar deficiência de magnésio.
O pH do fluido ruminal e os níveis elevados de potássio são outras
variáveis que afetam a absorção do magnésio. Fertilizações pesadas de
potássio e nitrogênio, também, afetam negativamente o aproveitamento de
magnésio pelos ruminantes (NRC 2001).
Como relatado no início dessa seção, o sódio auxilia na absorção ativa
do magnésio. Logo, em rações a base de pasto, normalmente caracterizadas
pelos baixos teores de magnésio, a adição de sódio aumenta o transporte ativo
de magnésio através das membranas do epitélio ruminal.
Porém, no caso de rações com elevados níveis de potássio, não se
verifica melhoria na absorção do magnésio com a adição de sódio. O aumento
no teor de magnésio em rações com excesso de potássio não tem se mostrado
eficiente para melhorar o processo de absorção ativa no rúmen, permite,
entretanto, um transporte passivo suficiente para atender à demanda de
magnésio pelo animal (NRC 2001).
17
Ionóforos (como por exemplo, Monensina e lasolacida) podem melhorar
o transporte ativo, sódio-dependente, do magnésio no rúmen, aumentando a
absorção local do elemento em até 10% (NRC 2001).
A absorção do magnésio contido em fenos de gramíneas por bovinos
adultos varia de 10 a 37% (ARC 1980), já nos alimentos concentrados, ele é
mais disponível do que nas forragens (PEELER, 1972).
O ARC, em 1965, estabeleceu em 7,65 g d
-1
, como sendo as
necessidades dietéticas de um bovino de 400 kg ganhando diariamente 1 kg. O
mesmo conselho, em 1980, estabeleceu tais exigências em 9,5 g d
-1
.
O NRC (1996) preconiza, para animais em crescimento e terminação,
uma exigência dietética de magnésio de 0,1% do elemento na matéria seca da
ração ingerida pelo animal.
No Brasil, MARGON (1981) estimou para animais com os mesmos pesos
e mesmos ganhos, o valor em 7,35 g d
-1
. SILVA SOBRINHO (1984) balizou em
11,76 g d
-1
e CARVALHO (1989), 9,06 g d
-1
.
PAULINO (2002) calculou para animais anelorados com pesos de 250 e
400 kg, ganhando 1 kg, as exigências dietéticas em magnésio em 5,88 e 8,38 g
d
-1
.
2.4. Sódio e Potássio
2.4.1. Sódio e Potássio no conteúdo corporal e no ganho de peso
Ao contrário dos elementos minerais já apresentados, o sódio e o
potássio estão presentes, principalmente, nos fluidos e nos tecidos moles do
corpo animal. Como principais funções desses dois macronutrientes minerais,
destaca-se a manutenção da pressão osmótica, o equilíbrio ácido-base, o
controle da absorção de nutrientes pelas células e o metabolismo geral da água
(NRC 2001).
Suas concentrações no organismo animal são de aproximadamente
0,2%, sendo que, o sódio, na sua maior parte, encontra-se nos fluidos
18
extracelulares, enquanto, o potássio está distribuído, principalmente, nos
componentes celulares (MAYNARD et al., 1984 e COELHO DA SILVA e LEÃO,
1979). Nos músculos, o potássio desempenha papel vital, onde sua
concentração supera a do sódio em aproximadamente seis vezes. O sódio
representa 93% das bases do soro sangüíneo, podendo a carência desse
elemento diminuir o aproveitamento da proteína e da “energia” digerida e,
ainda, deprimir o processo reprodutivo do animal (MAYNARD et al., 1984).
Nos ossos o conteúdo de potássio é baixo encontrando-se intimamente
associado às células ósseas. Os músculos contêm cerca de 4,0 g de potássio e
o fígado 3,5 g do elemento por kg de matéria natural. O potássio praticamente
não aparece no tecido adiposo e nos fluidos corporais. O osso contém 4,0 g de
sódio por kg e os tecidos musculares e nervosos, 750 mg de sódio por kg de
matéria natural, no tecido adiposo, apenas traço do elemento é encontrado
(COELHO DA SILVA E LEÃO, 1979).
O ARC (1965 e 1980) estimou, para bovinos em crescimento, um
conteúdo de sódio no corpo e no ganho de peso de 1,5 g por kg de PCVZ. Ao
passo que as normas alemãs (BECKER, 1975), considerando bovinos de 200
kg de peso vivo, balizam, o conteúdo de sódio no corpo e no ganho de peso em
2,6g por kg de PCVZ. Embasado em diversas fontes, MILLER (1979) orçou o
conteúdo do elemento no corpo e no ganho de peso de bovinos em 1,4 g por kg
de PCVZ.
As equações obtidas a partir da derivação do modelo alométrico
β
α
)
)
MY ×= linearizado por meio da logaritimização dos dados de alguns
trabalhos nacionais, a fim de predizer as exigências em sódio para ganho de 1
kg de massa corporal, podem ser observadas na Tabela 3.
19
Tabela 3 – Equações obtidas em trabalhos brasileiros para a predição das
exigências em sódio
Grupo Zootécnico Equações Autores
Vários grupos
()
4338,0
/
83,7
×= PCVZY
kgg
LANA (1991)
BM, HxNEL
()
3112,0
/
93,5
×= PCVZY
kgg
SOARES (1994)
NEL
()
4838,0
/
28,13
×= PCVZY
kgg
SOARES (1994)
Vários grupos
()
2427,0
/
81,3
×= PCVZY
kgg
FONTES (1995)
NEL
()
1383,0
/
32,2
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Vários grupos
()
3208,0
/
57,5
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Quatro raças zebuínas
()
2530,0
/
48,4
×= PCVZY
kgg
PAULINO (1996)
*onde BM refere-se a bimestiços das raças FleckviehxAngusxNelore; HxNEL ao cruzamento de
Holandês com Nelore e NEL a raça Nelore
Para o potássio, considerando bovinos em crescimento, o ARC (1965)
balizou o conteúdo corporal e do ganho de peso em 1,60 g kg
-1
de PCVZ. Em
1980, este mesmo conselho, adotou o valor médio de 2,0 g kg
-1
de PCVZ,
coincidindo este com o conteúdo de potássio corporal e do ganho de peso
estimado pelas normas alemãs (BECKER, 1975), para um bovino de 200 kg de
peso vivo. Revisando vários trabalhos, MILLER (1979) orça como conteúdo
corporal e no ganho de peso, o valor médio 1,7 g kg
-1
de PCVZ.
As equações obtidas a partir da derivão do modelo alométrico
β
α
)
)
MY ×= linearizado por meio da logaritimização dos dados de alguns
trabalhos nacionais, a fim de predizer as exigências em potássio para ganho de
1 kg de massa corporal, podem ser observadas na Tabela 4.
20
Tabela 4 – Equações obtidas em trabalhos brasileiros para a predição das
exigências em potássio
Grupo Zootécnico Equações Autores
Vários grupos
()
2342,0
/
88,4
×= PCVZY
kgg
LANA (1991)
BM, HxNEL
()
1563,0
/
40,4
×= PCVZY
kgg
SOARES (1994)
NEL
()
3510,0
/
66,11
×= PCVZY
kgg
SOARES (1994)
Vários grupos
()
0454,0
/
31,2
×= PCVZY
kgg
FONTES (1995)
NEL
()
2001,0
/
00,4
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Vários grupos
()
1127,0
/
89,0
×= PCVZY
kgg
ESTRADA (1996)
Quatro raças zebuínas
()
2690,0
/
36,7
×= PCVZY
kgg
PAULINO (1996)
*onde BM refere-se a bimestiços das raças FleckviehxAngusxNelore; HxNEL ao cruzamento de
Holandês com Nelore e NEL a raça Nelore
2.4.2. Exigências dietéticas de sódio e potássio
Os bovinos evoluíram consumindo rações contendo baixos teores de
sódio razão pela qual o organismo desses animais desenvolveu, via sistema
renal e eficiente absorção do elemento nos intestinos delgado e grosso, uma
certa habilidade para conservar o elemento (NRC 2001).
Ao contrário do exposto acima para o sódio, as rações com as quais os
bovinos evoluíram contêm níveis satisfatórios de potássio. Todavia esses dois
macronutrientes minerais devem estar presentes diariamente nas rações
bovinas, pois, estes animais não conseguem estocar quantidades adequadas
de sódio e potássio (NRC 2001).
O ARC, em 1965, estimou as exigências dietéticas de um bovino de 400
kg de peso vivo e ganhando diariamente 1 kg, em 8,15 g d
-1
para sódio, e em
25,6 g d
-1
para potássio. O mesmo conselho, em 1980, altera essas
recomendações para 4,64 e 43,38 g d
-1
para o sódio e potássio,
respectivamente.
As edições do NRC de 1970 e 1976 recomendaram como exigências
dietéticas de sódio, respectivamente, valores de 9,40 e 5,64 g d
-1
. Para o
potássio, as duas edições recomendaram o valor de 56,40 g d
-1
. Já em 1984, o
21
apontado conselho trouxe recomendões de 7,5 g de sódio e 61,10 g kg
-1
d
-1
de potássio. Por fim, em 1996, o NRC calculou as exigências dietéticas de
sódio e potássio em, respectivamente, 0,06 a 0,08 e 0,6% e na matéria seca da
ração.
O NRC (2001) gado de leite, seguindo recomendações do ARC (1980),
sugere um acréscimo de 0,1 g de sódio por 100 kg de peso vivo, nas
necessidades de mantença de animais criados sob temperaturas acima de
25ºC. Para temperaturas acima de 30ºC, a sugestão é acrescentar mais 0,4 g
por 100 kg de peso, totalizando 0,5 g por 100 kg de peso vivo de acréscimo nas
exigências de mantença de um bovino. MORRIS em 1980, citado por LANA
(1991), ressalta que as exigências de sódio podem ser mais elevadas, em
regiões quentes e secas devido a maior perda desse mineral via sudorese.
De acordo com normas alemãs (BECKER, 1975), bovinos de 250 a 500
kg, necessitam de 7,0 a 10,0 g d
-1
de sódio.
No Brasil, MARGON (1981), trabalhando com bovinos azebuados,
estimou as exigências dietéticas de sódio e potássio em 7,81 e 26,44 g d
-1
, para
animais de 400 kg e ganho de peso de 1 kg. Para animais com esses mesmos
pesos e taxas de ganho, CARVALHO (1989) verificou valores de 4,71 g d
-1
para
o sódio e 30,03 g d
-1
, para potássio.
LANA (1991) aquilatou o valor de 3,63 g d
-1
para o sódio e 42,93 g d
-1
,
para o potássio, como sendo as exigências dietéticas de um bovino de 400kg
de massa corporal e ganho de peso de 1 kg d
-1
.
ESTRADA (1996) balizou, para bovinos da raça Nelore com 400 kg de
PV e ganhado diariamente 1 kg, exigências dietéticas em 4,08 g Na d
-1
e de
43,85 g d
-1
de potássio.
Trabalhando, com animais de quatro raças zebuínas PAULINO (1996)
valorou as exigências dietéticas de sódio e potássio, para um animal 400 kg de
massa corporal e ganho de 1 kg, em 4,03 e 45,28 g d
-1
, respectivamente.
Já para bovinos anelorados com 250 e 400 kg de peso vivo, PAULINO
(2002) estimou exigências dietéticas de 2,62 e 3,58 g Na d
-1
, e, para o potássio,
exigências de 27,93 e 43,38 g d
-1
.
22
3.0– METODOLOGIA
3.1. Local, Animais e Instalações
O experimento foi realizado no Instituto Melon de Estudos e Pesquisas,
Campus da Fazenda Barreiro LTDA, localizado no município de Silvânia,
Estado de Goiás.
Foram utilizados 44 novilhos não castrados, pertencentes a quatro
grupos zootécnicos distintos: Nelore (NEL), F1 NelorexAberdeen-Angus
(NELxAB), F1 NelorexPardo-Suíço (NELxPS) e F1 NelorexSimental (NELxSIM)
com idade inicial entre 10 e 11 meses e peso vivo inicial médio 362 + 35 kg,
mantidos em baias individuais com 16 m
2
, sendo metade dessa área
concretada e com projeção de cobertura de 12 m
2
por baia.
3.2. Tratamentos, Arraçoamento e Manejo
Para o arraçoamento foram utilizadas rações contendo 4 diferentes
níveis de energia. Em cada uma dessas rações foram agrupados dois animais
de cada grupo zootécnico, quais sejam: NEL; NELxAB; NELxPS e NELxSIM,
totalizando 8 animais alimentados com cada uma das rações e 32 para as
quatro diferentes rações.
Outros três animais, de cada grupo zootécnico, foram abatidos no início
do experimento, servindo como referência para a estimativa da composição
corporal dos animais remanescentes quando do início do experimento.
No período pré-experimental, com duração de 30 dias, correspondente à
fase de adaptação dos animais, efetuaram-se pesagens, tratamentos contra
ecto e endoparasitos e vacinação contra febre aftosa.
As rações foram formuladas utilizando-se o programa PURATION (1995),
objetivando ganhos médios de 1,2 kg/animal/dia.
23
Como volumoso foi utilizado feno de capim braquiária (Brachiaria
decumbens, Stapf.), e o concentrado era composto por farelo de soja, milho
(grão moído), melaço em pó e macronutrientes inorgânicos complementares
i
.
A distribuição das rações era realizada uma vez ao dia, em quantidade
que permitia sobras em torno de 10% da ofertada. A quantidade de ração
fornecida e as sobras foram registradas diariamente. Além disso, foram
coletadas, uma vez por semana, amostras de ração e das sobras,
separadamente.
A composição bromatológica das rações experimentais pode ser
observada na Tabela 5.
Tabela 5 – Análise bromatológica das rações experimentais utilizadas pelos
quatro grupos zootécnicos, expressas na base da matéria seca, segundo os
tratamentos
1
MS = matéria seca, PB = proteína bruta, FDN = fibra em detergente neutro, CHT = carboidratos
totais, EE = extrato etéreo, MM = matéria mineral. Todos expressos em g kg
-1
; e EM = energia
metabolizável em Mcal kg
-1
de MS.
2
N
1
; N
2
; N
3
e N
4
= níveis de energia
i
Carbonato de cálcio, Fosfato bicálcico, Óxido de magnésio, Enxofre elementar (Flor de
enxofre), Cloreto de sódio, Cloreto de potássio, Sulfato de cobalto, Sulfato de cobre, Iodato de
potássio, Sulfato de manganês, Selenito de sódio e Sulfato de zinco.
Nutrientes
1
Tratamentos
(N
1
)
2
(N
2
) (N
3
) (N
4
)
MS 914 911 905 901
PB 76,6 80,4 87,3 94,6
FDN 518 461 346 288
CHT 833 826 811 800
EM 2,2 2,3 2,5 2,6
EE 13,9 16,9 22,9 25,7
MM 75,9 76,8 79,2 80,1
24
3.3. Abate dos Animais e Coleta das Amostras
Inicialmente e a cada trinta dias, realizaram-se pesagens dos animais
sem jejum prévio e quando esses se aproximavam do peso pré-estabelecido
para o abate (500 kg), eram submetidos a um jejum prévio de 16 horas.
Após o abate, o trato gastrintestinal foi esvaziado, minuciosamente
lavado, pesado, e, posteriormente, computou-se seu peso aos dos órgãos e
demais componentes do corpo, determinando-se assim, o peso do corpo vazio
(PCVZ).
Para cada animal abatido foram coletadas amostras de cabeça, couro,
pés, rúmen, retículo, omaso, abomaso, intestino delgado, intestino grosso,
mesentério, gordura interna, coração,gado, rins, baço, língua, sangue,
esôfago, traquéia e aparelho reprodutor.
As carcaças foram pesadas no dia do abate e posteriormente mantidas à
temperatura de -5ºC por um período de 18 horas. Decorrido esse período,
procedeu-se à coleta de uma amostra representativa da carcaça esquerda,
correspondente à seção da 9
a
à 11
a
costela (seção HH), segundo a técnica
descrita por HANKINS e HOWE (1946).
A partir das proporções de músculo, tecido adiposo e ossos na seção
HH, foram determinadas as proporções dos mesmos na carcaça, por meio das
equações descritas por HANKINS e HOWE (1946):
Músculo: Y = 16,08 + 0,80 X;
Tecido adiposo: Y = 3,54 + 0,89 X;
Ossos: Y = 5,52 + 0,57 X;
em que X é a porcentagem dos componentes na carcaça.
25
3.4. Preparo das Amostras
As amostras de carne, gordura, órgãos e vísceras foram moídas, em
máquina apropriada, enquanto que as de couro (congelado) e ossos, foram
seccionadas utilizando-se “serra fita”. Em seguida, todas as amostras foram
levadas à estufa de ventilação forçada, a aproximadamente 65ºC,
permanecendo nesta por um período de 72 horas. Quando retiradas,
constituíram-se no que se denominou matéria pré-seca gordurosa (MPSG).
Esta MPSG foi tratada com éter de petróleo e passou a ser designada
matéria pré-seca pré-desengordurada (MPSPDG). Em seguida, este material foi
moído em moinho de bola e acondicionado em sacolas plásticas.
As amostras de sangue, por sua vez, foram levadas diretamente para a
estufa de ventilação forçada, por um período de 72 horas, ao término das quais
foram retiradas e moídas em moinho de bola e também acondicionadas em
sacolas plásticas.
Todas as amostras foram armazenadas em freezer até a fase de análise
laboratorial.
3.5. Análises Químicas
As análises químicas foram realizadas no Laboratório de Nutrição Animal
do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, na cidade
de Viçosa, Estado de Minas Gerais.
Essa fase do trabalho iniciou-se com a preparação da solução mineral
para determinação dos macronutrientes minerais por via úmida, de acordo com
a metodologia descrita por SILVA e QUEIRÓZ (2002). Obtida a solução mineral,
foram efetuadas as diluições para leitura nos equipamentos. O teor de fósforo
foi determinado por colorimetria; os de cálcio e magnésio, em espectrômetro de
absorção atômica e os de sódio e potássio, em fotômetro de chama.
26
3.6. Determinação do Conteúdo Corporal em Macronutrientes Minerais (Ca,
P, Mg, Na e K)
O conteúdo corporal em macronutrientes minerais dos animais-
referência, abatidos no início do experimento, e dos animais experimentais,
abatidos ao término do experimento, foram determinados a partir da
concentração dos mesmos na “matéria pré-seca pré-desengordurada”
(MPSPDG) nos diferentes componentes do corpo (gordura, músculos e ossos
da seção HH; órgãos;sceras; couro; e etc).
O peso em matéria natural de cada componente foi multiplicado pela
porcentagem de MPSPDG obtendo-se, então, o conteúdo de MPSPDG em kg
(Equação 01).
Equação 01:
() () ()
%MPSPDGkgMNkgMPSPDG ×= , em que
=
MN
matéria natural.
Como os resultados das análises químicas foram transformados em
porcentagem da MPSPDG, o somatório do produto de todos os componentes
corporais resultou no conteúdo total do mineral no corpo vazio do animal
(Equação 02).
Equação 02:
ij
ji
YX , em que, =
i
X % do mineral no componente
corporal e =
j
Y kg de MPSPDG do componente.
O peso de corpo vazio (PCVZ) dos animais foi determinado por meio do
somatório dos pesos da carcaça, cabeça, pés, couro, sangue, cauda, órgãos e
vísceras.
A regressão estimada para a peso de corpo vazio (PCVZ) em função do
peso dos animais vivos (PV) foi a seguinte:
995,168739,0
×=
PVPCVZ
, 8942,0
2
=R .
27
3.7. Análise estatística
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado e
para a predição dos contdos líquidos dos macronutrientes minerais no corpo
dos animais foram ajustadas equações de regressão do logaritmo do conteúdo
corporal de minerais (Ca, P, Mg, Na e K), em função do logaritmo do peso de
corpo vazio (PCVZ) dos mesmos. Todo o procedimento se deu segundo o ARC
(1980), conforme o seguinte modelo estatístico:
ijkijjijk
Xb
Y
εµ
++= ;
em que,
=
ij
Y
observação referente ao logaritmo do mineral k no i-ésimo animal,
pertencente ao j-ésimo grupo zootécnico, com i variando de 1 a 8 e j
variando de 1 a 4;
=
µ
efeito da média (intercepto);
=
j
b
coeficiente de regressão do logaritmo do conteúdo do mineral k, em
função do logaritmo da PCVZ, para o grupo zootécnico j, em que, j = 1
F1 NelorexAberdeen-Angus; 2 Nelore; 3 F1 NelorexPardo-suíço; 4 F1
NelorexSimental;
=
ij
ε
erro aleatório associado a observação, suposto normal e
independentemente distribuído com média = 0 e variância =
2
σ
, ou seja,
);0(~
2
σε N
ijk
.
3.7.1. Análise regressão, variância e teste de média
As análises de regressão para construção das equações e o teste de
identidade de modelos foram realizados utilizando-se o Sistema para Análises
Estatísticas (SAEG 5.0).
A realização da análise de variância dos dados teve por instrumento o
Statistical Analises Sytem for Windows (SAS 8.0), adotando-se um nível de
28
significância de p<0,05. Por sua vez, o teste de média utilizado foi o teste Tukey
(p<0,05).
3.8. Determinação das Exigências em Macronutrientes Minerais (Ca, P, Mg,
Na e K)
As exigências líquidas dos macronutrientes (Ca, P, Mg, Na e K) para
ganho de 1 kg de peso, foram estimadas por meio da derivada primeira das
equações obtidas a partir do modelo citado na seção 3.7, conforme o modelo
que segue:
()
1,
10
××=
b
Mb
Y
µ
em que
=
,
Y
exigência líquida do mineral (em g) para ganho de 1,0 kg de ganho
de peso;
µ
e
b
intercepto e coeficiente de regressão, respectivamente, das
equações de predição dos conteúdos corporais em minerais (Ca, P, Mg, Na e
K);
=
M
peso de corpo vazio em kg
As exigências dietéticas foram obtidas por meio do somatório das
exigências líquidas para mantença e para ganho de peso, dividido pelo
coeficiente de absorção do macronutriente mineral.
As exigências de cada macronutriente para mantença foram
consideradas como aquelas perdas endógenas inevitáveis nos processos
metabólicos e estimadas de acordo com as recomendações dos sistemas ARC
(1980) e NRC (1996).
29
EL = EL
g
+ EL
m
,
ED = (EL/D);
Em que:
EL= Exigência líquida total;
EL
g
= Retenção diária do mineral no ganho de peso;
EL
m
= Exigência líquida para mantença ou perdas endógenas do mineral
nas fezes e urina;
ED = Exigência dietética e
D = Disponibilidade média do mineral na ração ou coeficiente de
absorção do mineral.
Os valores usados para as perdas endógenas totais e os coeficientes de
absorção do Ca, P, Mg, Na e K foram os recomendados pelos sistemas ARC
(1980) e NRC (1996), conforme pode ser visualizado na Tabela 6.
TABELA 6 – Perdas endógenas totais e biodisponibilidade média de cálcio,
fósforo, magnésio, sódio e potássio nos alimentos
Macronutriente Perdas endógenas Biodisponibilidade (%)
Ca 1,54 mg/kg de PV/dia
2
68
1
P 16 mg/kg de PV/dia
2
58
1
Mg 3,0 mg/kg PV/dia
2
17
1
Na 6,8 mg/kg PV/dia 91
1
K
Fecal – 2,6 g/kg MS consumida
3
Urinária – 37,5 mg/kg PV/dia
Salivar – 0,7 g/100 kg PV/dia
Através da pele – 1,1 g/dia
100
2
1
Valores recomendados pelos sistemas ARC (1980);
2
Valor recomendado pelo NRC (1996);
3
Considerando consumo de MS de 2,4% do PV.
30
4.0- Resultados e Discussões
4.1. Estimativa do peso de corpo vazio (PCVZ)
A equação obtida por meio da regressão do PVCZ em função do peso do
animal vivo, que pode ser observada na Figura 02, baliza valores médios para o
PCVZ em 85% do peso do animal vivo (PV). Esses valores são inferiores aos
que podem ser estimados pelas equações obtidas por VÉRAS (2000) e àqueles
apresentados por PAULINO (2002), extraídos da simples relação PCVZ/PV que
fornecem valores de PCVZ de aproximadamente 89% do PV.
Essa diferença, apesar de ser pequena, pode ser explicada pelo fato de
tais autores terem trabalhado com animais de raças zebuínas que, via de regra,
possuem uma menor relação peso da “digesta/peso corporal total”, atribuída ao
menor volume do trato gastrintestinal de animais da referida raça. As
constatações de CARVALHO (1989) sustentam esta afirmação, pois, ao laborar
com novilhos NELORE; HOLANDÊS, ½ sangue NelorexHolandês e ¾
NelorexHolandês, verificou valores de relação PCVZ/PV que variaram de 0,86
para o Nelore, até 0,80 para o Holandês, ficando os mestiços em posição
intermediária.
Os intervalos de confiança dos parâmetros da regressão podem ser
observados na Tabela 7.
31
Figura 02: Regressão do peso de corpo vazio em função do peso vivo dos
animais experimentais.
Tabela 7 – Intervalo de confiança dos parâmetros da regressão do peso de
corpo vazio em função do peso vivo dos animais experimentais
Intervalo de confiança (p = 0,95)
Parâmetros Estimativas
Limite inferior Limite superior
0
β
-16,9950 -59,0260 25,0363
1
β
0,8739 0,7820 0,9658
Y
= 0,8739 x PCVZ - 16,9950
R
2
= 0,8942
0
100
200
300
400
500
600
0 100 200 300 400 500 600
Peso do animal vivo (kg)
Peso de corpo vazio (kg
)
32
4.2. Conteúdo em mineral retido no ganho de peso
Os conteúdos dos macronutrientes minerais (Ca, P, Mg, Na e K) retidos
no corpo de cada animal, calculados em conformidade com o procedimento
detalhado na seção 3.6, foram logaritmizados e submetidos a uma análise de
regressão em função do logaritmo do peso de corpo vazio dos animais.
E, com o ajuste dos dados, foi possível modelar equações para estimar
os conteúdos de cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio, no corpo vazio dos
animais. Os parâmetros dessas equações podem ser observados na Tabela 8.
O teste de identidade de modelos (GRAYBILL, 1976) aplicado às
equações de regreso do logaritmo do conteúdo dos macronutrientes, cálcio,
fósforo e potássio, em função do logaritmo do PCVZ, revelou não haver
diferenças (P>0,05) entre os quatro grupos zootécnicos aqui estudados. Dessa
forma, adotou-se uma equação comum para a estimativa do conteúdo desses
três minerais (Ca, P e K) no corpo dos animais dos quatro grupos zootécnicos.
Contudo, para o magnésio e o sódio, fazendo uso do mesmo teste de
identidade de modelos, foram detectadas diferenças (P<0,05) entre as
equações de regressão do logaritmo do conteúdo de tais macronutrientes, em
função do logaritmo do PCVZ dos animais dos quatro grupos zootécnicos.
Assim, para o sódio, reuniu-se em uma única equação, os grupos F1
NelorexAberdeen-Angus, Nelore e F1 NelorexSimental e uma equação
exclusiva foi construída para o grupo F1 NelorexPardoSuíço. Já para o
magnésio, reuniu-se os grupos F1 NelorexAberdeen-Angus e
NelorexPardoSuíço em uma equação, e os grupos Nelore e F1 NelorexSimental
em outra equação, conforme pode ser observado na Tabela 8.
33
Tabela 8 - Parâmetros das equações de regressão do logaritmo do conteúdo de
Cálcio, Fósforo, Magnésio, Sódio e Potássio (kg) no corpo vazio, em função do
logaritmo de peso de corpo vazio (kg) para os animais dos quatro grupos
zootécnicos estudados
Grupo Zootécnico Macronutriente Intercepto Coeficiente R
2
NELxAB; NEL; NELxPS e NELxSIM** Cálcio -1,1609 1,9442 0,83*
NELxAB; NEL; NELxPS e NELxSIM Fósforo 1,5447 0,7811 0,49*
NELxAB e NELxPS Magnésio -3,3343 2,2408 0,67*
NEL e NELxSIM Magnésio -0,6881 1,1778 0,85*
NELxAB; NEL e NELxSIM Sódio 0,4653 0,8806 0,81*
NELxPS Sódio -0,8246 1,3676 0,86*
NELxAB; NEL; NELxPS e NELxSIM Potássio 0,017 1,141 0,88*
*significativo a 5%
** NELxAB = F1 Nelore x Aberdeen-Angus; NEL = Nelore; NELxPS = F1 Nelore x
Pardo-suíço e NELxSIM = F1 Nelore x Simental
As estimativas do conteúdo de minerais no corpo dos animais utilizados
neste trabalho, obtidas pelos respectivos modelos, forneceram valores cujas
relações “valores estimados/valores observados”, em média, foram próximas a
1 para os cinco minerais aqui estudados e seus desvios padrões iguais a 0,22;
0,23; 0,26; 0,14 e 0,11; respectivamente, para cálcio, fósforo, magnésio, sódio e
potássio.
4.3. Análise de variância do conteúdo de minerais retido no ganho
Foram verificadas pelo teste “F” da análise de variância, diferenças entre
a retenção do nutriente mineral magnésio, em função dos distintos grupos
zootécnicos (p<0,05). Todavia não foi observado efeito de grupo sobre a
retenção dos nutrientes cálcio, fósforo, sódio e potássio.
Na Tabela 9 pode-se observar o peso de corpo vazio inicial e final, a
proporção de minerais retidos no corpo e no ganho de peso de cada grupo
zootécnico.
34
Tabela 9 - Pesos de corpo vazio inicial e final, cálcio retido no corpo, e cálcio
retido no ganho de peso
Peso de corpo vazio (kg) Mineral retido
Cálcio
Grupo Zootécnico Inicial Final Corpo (g/PCVZ) Ganho (g/GPCVZ)
NELxAB 313,01 435,50 21,42 a 41,64 a
NEL 277,95 436,61 21,47 a 41,74 a
NELxPS 333,66 431,81 21,25 a 41,30 a
NELxSIM 288,54 435,77 21,43 a 41,66 a
Fósforo
NELxAB 313,01 435,50 9,27 a 7,24 a
NEL 277,95 436,61 9,27 a 7,24 a
NELxPS 333,66 431,81 9,27 a 7,26 a
NELxSIM 288,54 435,77 9,27 a 7,24 a
Magnésio
NELxAB 313,01 435,50 0,87 a 1,95 a
NEL 277,95 436,61 0,60 b 0,72 b
NELxPS 333,66 431,81 0,86 a 1,80 a
NELxSIM 288,54 435,77 0,60 b 0,71 b
Sódio
NELxAB 313,01 435,50 1,41 a 1,24 a
NEL 277,95 436,61 1,41 a 1,24 a
NELxPS 333,66 431,81 1,39 a 1,91 b
NELxSIM 288,54 435,77 1,41 a 1,24 a
Potássio
NxAB 313,01 435,50 2,45 a 2,79 a
NEL 277,95 436,61 2,45 a 2,80 a
NxPS 333,66 431,81 2,44 a 2,79 a
NxSIM 288,54 435,77 2,45 a 2,79 a
*médias seguidas de pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si, (p>0,05), pelo teste
Tukey.
** NELxAB = F1 Nelore x Aberdeen-Angus; NEL = Nelore; NELxPS = F1 Nelore x
Pardo-suíço e NELxSIM = F1 Nelore x Simental
ESTRADA (1996), trabalhando com novilhos Nelore; F1
NelorexHolandês e F1 NelorexAngus, analisou, por meio do teste de identidade
proposto por GRAYBILL (1976), a regressão dos dados linearizados, não
verificando diferenças entre as equações para estimativa dos cinco
35
macronutrientes (Ca, P, Mg, Na e K) para os grupos F1 NelorexHolandês e F1
NelorexAngus. Porém, essas diferiram daquela estimada para o grupo Nelore.
PAULINO (1996), fazendo uso da mesma metodologia de comparação e
das mesmas variáveis, não verificou diferenças entre as equações de predição
do conteúdo dos cinco minerais citados para quatro raças zebuínas.
PIRES et al. (1993a), trabalhando com animais Nelore,
NelorexMarchigiana e NelorexLimousin, constataram que a equação para
estimativa do contdo corporal em cálcio do grupo Nelore, diferiu daquelas
para os grupos NelorexMarchigiana e NelorexLimousin, as quais não
apresentaram diferenças entre si. Todavia os autores não observaram
diferenças entre os três grupos para a estimativa da equação de predição do
conteúdo corporal em fósforo.
Já para o magnésio, PIRES et al. (1993b) perceberam diferenças entre
as equações para predição do contdo do macronutrriente no corpo dos
animais dos três grupos. Para o sódio e potássio, contudo, o teste de identidade
não apontou diferenças entre as equações do três grupos.
Essa heterogeneidade dos resultados aponta para a necessidade de
refinamento da metodologia para as análises do conteúdo de minerais no corpo
dos animais experimentais.
4.5. Exigências dietéticas em macronutrientes minerais
As exigências líquidas dos macronutrientes para ganho de peso foram
calculadas pela derivada primeira dos modelos obtidos a partir da relação
alométrica
β
α
)
)
MY ×= (BRODY,1945; KLEIBER, 1975), após sua linearização.
As exigências dietéticas foram obtidas pelo somatório das exigências
líquidas para ganho e para mantença, dividido pelo coeficiente de absorção do
mineral. Sendo que, a exigência para mantença foi estimada de acordo com as
recomendações dos sistemas ARC (1980) e NRC (1996)
Desta forma obteve-se a estimativa pontual da necessidade do mineral
em questão, para um animal de massa qualquer, no intervalo estudado.
36
As recomendações para as estimativas das exigências dos minerais para
a mantença, bem como, para os coeficientes de absorção dos elementos
minerais, que estão mencionadas na seqüência, podem ser melhor observadas
na Tabela 6 da seção 3.8.
4.5.1. Exigências em Cálcio
Tomado, como exemplo, um novilho de 400 kg, considerando a exigência
de mantença recomendada pelo NRC (1996), o valor do coeficiente de
absorção, estimado pelo ARC (1980) e a relação PV/PCVZ igual a 1,196;
balizada nesse trabalho, as necessidades dietéticas em cálcio podem ser
estimadas de acordo com Equação 03:
Equação 03:
()()
()
()
[]
68,04001342,040010004,15/
9442,0
××+×=
GMDdiagCa
;
o que resulta numa exigência dietética em 71,39 g Ca d
-1
.
O ARC (1965) estimou as exigências dietéticas de cálcio para um novilho
de 400 kg de massa corporal e ganhando 1 kg, em 37,2 g d
-1
, o qual é 61%
menor do que os 71,39 g aquilatados no presente. A recomendação do NRC
(1996) também é superada em 57% pela estimativa da Equação 03.
Os resultados de trabalhos encontrados na literatura nacional que
obtiveram estimativas de exigências dietéticas em cálcio mais próximas deste,
foram os de CARVALHO (1989), que estimou o valor de 47,87 g d
-1
e de SILVA
SOBRINHO (1984), 41,26 g d
-1
. Ressalta-se que a ausência de uma
metodologia unificada para a estimativa das exigências líquidas para mantença,
bem como, de coeficientes de absorção únicos para cada elemento,
enquadram-se como complicadores na comparação criteriosa entre os valores
de exigências dietéticas de elementos minerais estimados nos diferentes
trabalhos sobre o tema.
37
4.5.2. Exigências em Fósforo
Tomando como exemplo o mesmo animal da seção acima, e as
recomendações para a exigência de mantença e coeficiente de absorção dos
supra mencionados sistemas, as necessidades dietéticas em fósforo podem ser
estimadas de acordo com a Equação 04:
Equação 04:
()()
()
()
[]
5
8
,04003783,27400100016/
2189,0
××+×=
GMDdiagP
;
que resulta em 24,26 em g P d
-1
.
Este valor se aproxima da maioria dos valores encontrados na literatura
nacional, entre os quais cita-se ESTRADA (1996) que, trabalhando com animais
Nelore, F1 NelorexHolandês e F1 Nelore-Angus, aquilatou as exigências
dietéticas de fósforo em 28,18 g d
-1
para os animais Nelore e 26,24 g d
-1
para os
mestiços. Entretanto, citado autor adotou as recomendações do AFRC (1991)
como exigências para suprir as perdas endógenas do mineral. PAULINO
(1996), fazendo uso das mesmas recomendações para as exigências de
mantença do mineral e trabalhando com animais de quatro raças zebuínas,
estimou como exigências dietéticas em fósforo, para um animal de 400 kg,
26,09 g d
-1
. SOARES (1994) empregando a mesma metodologia balizou tais
exigências em 25,49 g d
-1
.
Utilizando-se o ARC (1965), estima-se o valor de 28,6 g d
-1
, ao passo
que, com o mesmo sistema revisto em 1980, a recomendação é reduzida para
21 g d
-1
para o fósforo. No NRC (1996), a recomendação é 31% inferior ao valor
aqui estimado (Equação 04). Contudo, em se considerado o valor 0,68 para o
coeficiente de absorção do elemento, as exigências preditas no presente
trabalho são de 19,39 g d
-1
, próximo aos 18 g diários recomendados pelo
sistema americano.
38
4.5.3. Exigências em Magnésio
Considerando o mesmo exemplo do cálcio e do fósforo, qual seja um
novilho de 400 kg, a exigência dietética em magnésio pode ser calculada de
acordo com a Equação 05 para os grupos F1 NelorexAberdeen-Angus e F1
NelorexPardo-suíço e com a Equação 06 para os grupos Nelore e F1
NelorexSimental:
Equação 05:
()()
()
()
[]
17,04000010,040010003/
2408,1
××+×=
GMDdiagMg
;
Equação 06:
()()
()
()
[]
17,04002415,040010003/
1778,0
××+×=
GMDdiagMg
;
As soluções das equações 05 e 06 resultam em, respectivamente, 15,34
e 11,05 g d
-1
como exigência dietética em magnésio. O valor da 15,34 g supera
em 38 e 45%, as recomendações britânicas (ARC, 1980) e as norte-americanas
(NRC, 1996), respectivamente. Já o valor 11,05 g supera as recomendações de
tais conselhos em 14 e 24% na mesma ordem.
No Brasil, SILVA SOBRINHO (1984), trabalhando com novilhos Nelore,
Holandês e NelorexHolandês, quantificou as exigências dietéticas em 11,8 g d
-1
em magnésio, para um animal com 400 kg de massa corporal, ganhando 1 kg
diariamente. SOARES (1994) estimou tais exigências em 9,33 g d
-1
e PAULINO
(2002), em 8,38 g diários.
A biodisponibilidade do magnésio para bovinos é baixa e variável,
constituindo-se numa “perturbação” entre os valores estimados para as
exigências dietéticas do macronutriente pelos diferentes trabalhos.
CARVALHO (1989) comenta que a disponibilidade do magnésio em
forragens situa-se numa faixa entre 10 a 25% e em grãos e concentrados, de
30 a 40%. COELHO DA SILVA (1995) ressalta as variações individuais na
absorção do elemento por bovinos, advertindo que essas podem ocorrer até em
gêmeos homozigóticos da referida espécie.
Todavia cita-se que a estimativa das exigências do elemento para ganho
de peso, extraídas do modelo aqui proposto, fornece valores mais elevados do
39
que aqueles relatados por PAULINO (1996) e VÉRAS (2000) que foram de 0,21
g d
-1
para um animal de 400 kg, ganhando, diariamente, 1 kg de peso. Os
valores desses autores estão em consonância com aqueles listados por LANA
(1991) e PAULINO (2002) os quais foram, respectivamente, de 0,21 e 0,25 g de
magnésio por dia, como exigências líquidas de um animal em igual situação.
4.5.4. Exigências de Sódio
Com base no exemplo que está sendo trabalhado, a exigência dietética
em sódio pode ser estimada por meio da Equação 07, para os grupos F1
NelorexAberdeen-Angus; Nelore e F1 NelorexSimental e, equação 08 para o
grupo F1 NelorexPardo-suíço.
Equação 07:
()()
()
()
[]
91,04005708,240010008,6/
1194,0
××+×=
GMDdiagNa
;
Equação 08:
()()
()
()
[]
91,04002048,040010008,6/
3676,0
××+×=
GMDdiagNa
;
resultando em 4,40 e 4,90 g Na d
-1
, respectivamente para as equações
07 e 08.
Considerando um consumo de matéria seca de 2,4% do peso do animal
vivo, os 4,40 e 4,90 g d
-1
, aqui estimados, representam uma proporção de
aproximadamente 0,05% de sódio na ração total, valor esse recomendado pelo
NRC (1996) como exigência nutricional do mineral.
A partir de dados compilados de vários trabalhos nacionais, FONTES
(1995) determinou uma equação na qual se estima a exigência líquida para
ganho de peso de animal de 400kg, em 0,93 g Na kg
-1
ganho, quantia essa, que
representa 72% da estimativa obtida a partir da Equação 07.
ESTRADA (1996) desenvolveu seus estudos com novilhos NELORE, F1
NelorexHolandês e F1 NelorexAngus e aquilatou as exigências dietéticas do
elemento em 4,08 g d
-1
, para os animais Nelore e 3,93 g diários, para os
mestiços, valores esses que representam, respectivamente, 93 e 90% dos 4,40
g estimados no presente trabalho pela Equação 07.
40
PAULINO (1996), trabalhando com bovinos de quatro raças zebuínas
determinou as exigências dietéticas para um animal de 400 kg, ganhando
diariamente 1 kg de peso, em 4,03 g Na d
-1
. CARVALHO (1989), para animais
de mesma massa e igual taxa de ganho, orçou as exigências dietéticas do
elemento em 4,71 g d
-1
. SILVA SOBRINHO (1984), por sua vez, estimou tais
exigências em 4,6 g d
-1
.
4.5.5. Exigências em Potássio
O NRC (1996) elaborou uma equação para estimar as necessidades
líquidas do macronutriente potássio para mantença que considera as perdas
urinárias, fecais, salivares, sudoríferas e o consumo de matéria seca pelo
animal. Assim, tomando como exemplo o mesmo novilho de 400 kg, com a
mesma taxa de ganho de peso, consumindo matéria seca numa proporção de
2,4% de seu peso corporal e o coeficiente de absorção adotado para o
elemento pelo ARC (1980), pode-se estimar as exigências dietéticas em
potássio conforme a Equação 09:
Equação 09:
() ()
()
()
*1410,0
14001865,11,1
100
400
7,04001000/5,37
400
024,0
6,2/
××++
×+×+
×=
GMDdiagK
*coeficiente de absorção considerado igual a 100%.
A solução da Equação 09 resulta no valor de 46,35 g K d
-1
, como
exigência do mineral.
O ARC (1980) recomendou como exigências em potássio a quantia de
43,38 g d
-1
, valor 6% inferior aos 46,35 g diários estimados no presente estudo.
O NRC (1996) recomenda como necessidades dietéticas de potássio, a
proporção de 0,6% do elemento na matéria seca consumida diariamente pelo
animal. Seguindo essa relação, a quantia estimada pelo modelo proposto,
resulta em 0,5% de potássio na matéria seca total consumida.
41
Comparando com valores estimados em pesquisa conduzidas no Brasil,
constata-se uma certa consonância com os resultados da maioria dos
trabalhos.
SOARES (1994), trabalhando com bovinos machos não castrados, de
diferentes grupos zootécnicos, estimou as exigências dietéticas em potássio
para um animal de 400 kg e ganhando 1 kg diariamente, em 43,08 g d
-1
.
PAULINO (1996), utilizando como objeto de estudo animais zebuínos, valorou
tais exigências nas mesmas circunsncias, em 45,28 g d
-1
.
ESTRADA (1996), trabalhando com animais de diferentes grupos
zootécnicos e PAULINO (2002) com novilhos anelorados, estimaram valores de
exigências dietéticas de potássio que, em média, são 95% daquele aqui
balizado.
42
5.0- Resumo e conclusões
Com a execução do presente, fez-se objetivo a apresentação de modelos
matemáticos para estimar o conteúdo de minerais no corpo e no ganho de peso
de novilhos em crescimento e oriundos de rebanho de corte.
Outras variáveis observadas e analisadas neste estudo foram as
diferenças existentes na retenção dos macronutrientes minerais (Ca, P, Mg, Na
e K) no ganho de peso de novilhos, pertencentes a distintos grupos
zootécnicos.
A fase experimental do trabalho foi realizada no Instituto Melon de
Estudos e Pesquisas, Campus da Fazenda Barreiro, localizada no Município de
Silvânia, Estado de Goiás, utilizando-se 44 novilhos não castrados pertencentes
a quatro grupos zootécnicos distintos com idade inicial entre 10 e 11 meses e
peso vivo inicial médio 362 + 35 kg.
Os animais foram distribuídos em cinco grupos experimentais; abate
inicial ou referência (AB
i
), e quatro grupos de alimentação com diferentes níveis
de energia na ração (N
1
; N
2
; N
3
e N
4
). Sendo que, para cada nível (N
n
)
de
alimentação, foram distribuídos dois animais de cada um dos quatro grupos
zootécnicos utilizados como objeto de estudo (Nelore; F1 NelorexAberben-
Angus; F1 NelorexPardo-Suíço e F1 NelorexSimental).
Após um período de adaptação de 30 dias, no qual todos os animais
receberam o mesmo tratamento, aqueles do combinado (AB
i
) composto por três
animais de cada grupo zootécnico o que dava um total de 12 animais, foram
abatidos, servindo como referência para o estudo da composição corporal dos
remanescentes de seus respectivos grupos.
Os animais dos quatro grupos restantes foram abatidos, quando, cada
um, se aproximava do peso preestabelecido de 500 kg.
A ração experimental, fornecida ad libitum, era constituída por feno de
capim braquiária (Brachiaria decumbens, Stapf.), farelo de soja, milho grão
moído, melaço em pó e macronutrientes inorgânicos complementares.
43
Fazendo uso de amostras representativas de variados tecidos, foi
determinada a composição corporal de cada um dos cinco macronutrientes
estudados.
As exigências líquidas em cada macronutriente, para ganho de peso,
foram obtidas por meio da derivada primeira de suas respectivas equações
estimadas a partir da regressão do logaritmo do conteúdo do nutriente (Ca, P,
Mg Na e K), em função do logaritmo do peso de corpo vazio do animal. Assim,
os modelos gerados para estimar a exigência líquida em cálcio, fósforo,
magnésio, sódio e potássio, para ganho de 1 kg se peso foram,
respectivamente:
()
9442,0
1342,0/
MkgPCVZg
Y
Ca
×=
)
para os quatro grupos zootécnicos;
()
2189,0
3783,23/
MkgPCVZg
Y
P
×=
)
para os quatro grupos zootécnicos;
()
2408,1
0010,0/
MkgPCVZg
Y
Mg
×=
)
para F1 NelorexAberbeen-Angus e F1
NelorexPardo-Suíço;
()
1778,0
2415,0/
MkgPCVZg
Y
Mg
×=
)
para Nelore e F1 NelorexSimental;
()
1194,0
5708,2/
×=
MkgPCVZg
Y
Na
)
para F1 NelorexAberbeen-Angus, Nelore e
F1 NelorexSimental ;
()
3676,0
2048,0/
MkgPCVZg
Y
Na
×=
)
para F1 NelorexPardo-Suíço;
()
1410,0
1865,1/
MkgPCVZg
Y
K
×=
)
para os quatro grupos zootécnicos.
Para a conversão dos pesos dos animais vivos em peso de corpo vazio
foi utilizada a equação obtida a partir da regressão do peso corporal vazio dos
animais experimentais, em função de seus pesos quando vivos
(
995,168739,0
×=
MY
; onde Y = PCVZ e M = PV, ambos em kg).
As necessidades em cálcio e fósforo, exigidas para a mantença, foram
estimadas de acordo com a recomendação do NRC (1996), já as dos
macronutrientes magnésio, sódio e potássio, foram aquilatadas seguindo a
44
metodologia do sistema britânico ARC (1980). Os coeficientes de absorção
adotados para os cinco minerais foram aqueles propostos pelo ARC (1980).
Por meio do teste de identidade de modelos não foram encontradas
diferenças (P>0,05) entre as equações de regressão para os nutrientes cálcio,
fósforo e potássio dentre os quatro grupos zootécnicos estudados, todavia
foram detectadas diferenças entre as equações de regressão para o magnésio
e o sódio.
Foram verificadas pela análise de variância, diferenças entre as
retenções do nutriente magnésio, em função dos distintos grupos zootécnicos
(Teste F; p<0,05), e a retenção do nutriente magnésio no corpo dos animais
dos grupos NelorexAberdeen-Angus e NelorexPardo-Suíço, não diferiu
estatisticamente (Teste de Tukey; p<0,05). Por outro lado, essa retenção foi
estatisticamente superior àquela dos animais dos grupos Nelore e
NelorexSimental, que não diferiram entre si.
45
6.0- Referências Bibliográficas
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NUTR. 79: 79-84, 1963b.
51
7.0- Apêndice
52
Número do animal (NA); Grupo Zootécnico (GZ): 1 = F1 Nelore x Aberdeen-Angus, 2 =
Nelore, 3 = F1 Nelore x Pardo-suíço e 4 = F1 Nelore x Simental; Categoria (CAT): 1 =
Abate Inicial; 2 = Grupo de Ganho de Peso; Peso do Animal Vivo (PV) e Peso de
Corpo Vazio (PCVZ)
NA GZ CAT PV PCVZ
55 1 2 506 416,48
57 1 2 514 427,57
58 1 1 291 233,33
59 1 2 510 478,95
60 1 2 534 433,42
61 1 2 530 440,88
62 1 2 501 407,71
64 1 1 353 282,72
65 1 2 528 440,65
67 1 1 334 264,85
69 1 2 524 438,30
01 2 1 349 227,65
02 2 2 498 467,70
03 2 2 518 444,79
06 2 1 272 284,53
07 2 2 512 466,20
08 2 2 520 420,78
10 2 2 510 453,09
11 2 2 518 436,72
13 2 2 473 418,13
14 2 1 299 236,06
17 2 2 486 385,44
19 3 2 484 407,54
20 3 2 526 464,08
218 3 2 528 391,09
23 3 1 428 340,43
24 3 1 314 254,99
27 3 2 550 442,99
29 3 2 488 408,41
31 3 1 325 261,54
32 3 2 520 438,07
34 3 2 560 467,72
35 3 2 504 434,61
38 4 1 251 203,45
40 4 2 530 417,70
42 4 2 492 443,02
45 4 1 403 322,68
47 4 1 315 247,40
48 4 2 536 469,15
49 4 2 494 426,74
52 4 2 502 410,82
53 4 2 506 469,20
54 4 2 502 424,67
73 4 2 507 424,89
53
Número do animal (NA); grupo zootécnico (GZ): 1 = F1 Nelore x Aberdeen-Angus, 2 =
Nelore, 3 = F1 Nelore x Pardo-suíço e 4 = F1 Nelore x Simental; categoria (CAT): 1 =
abate inicial; 2 = grupo de ganho de peso; peso de corpo vazio (PCVZ) e conteúdos
corporais em Cálcio, Fósforo, Magnésio, Sódio e Potássio em kg
NA GZ CAT PCVZ Ca (kg) P (kg) Mg (kg) Na (kg) K (kg)
55 1 2 416,48 8,9482 4,9120 0,2434 0,6693 1,1517
57 1 2 427,57 9,2698 3,8821 0,2363 0,6125 1,0458
58 1 1 233,33 3,0747 2,7759 0,1094 0,3534 0,5044
59 1 2 478,95 10,0567 4,0414 0,7870 0,5311 0,9506
60 1 2 433,42 6,9534 4,1957 0,2489 0,6468 1,0209
61 1 2 440,88 6,3066 4,2027 0,3127 0,6749 1,1158
62 1 2 407,71 13,3806 5,1184 0,3421 0,7187 1,1535
64 1 1 282,72 3,0755 2,8037 0,1177 0,3739 0,6247
65 1 2 440,65 10,6626 4,4177 0,5836 0,6202 1,2411
67 1 1 264,85 3,1807 2,8778 0,1176 0,3793 0,5757
69 1 2 438,30 10,5797 4,3160 0,5627 0,5603 1,1121
01 2 1 227,65 3,5331 2,5742 0,1106 0,3898 0,5856
02 2 2 467,70 11,5618 4,5792 0,2555 0,5862 0,9530
03 2 2 444,79 12,4670 4,4453 0,2735 0,7252 1,2717
06 2 1 284,53 4,4574 3,2443 0,1397 0,4905 0,7346
07 2 2 466,20 10,9891 4,1780 0,2941 0,7439 1,2214
08 2 2 420,78 9,7705 3,6599 0,2860 0,5962 0,9554
10 2 2 453,09 10,4047 7,2871 0,3107 0,6040 1,1228
11 2 2 436,72 11,0968 4,5892 0,2761 0,6434 1,0298
13 2 2 418,13 10,9671 3,8954 0,2314 0,5362 0,9286
14 2 1 236,06 3,4043 2,4957 0,1108 0,3858 0,6149
17 2 2 385,44 8,2465 1,9019 0,2199 0,5747 0,9377
19 3 2 407,54 11,2774 4,0998 0,7070 0,6631 1,0966
20 3 2 464,08 9,8035 3,9032 0,3228 0,5374 0,9763
218 3 2 434,61 6,3540 3,6591 0,3160 0,6876 1,0338
23 3 1 340,43 3,8606 2,7552 0,1754 0,3806 0,6857
24 3 1 254,99 2,7856 2,0229 0,1263 0,2836 0,5226
27 3 2 442,99 9,8906 4,6455 0,3049 0,6262 1,0548
29 3 2 408,41 10,5778 5,1344 0,2624 0,6163 1,0344
31 3 1 261,54 3,3166 2,3477 0,1404 0,3043 0,5434
32 3 2 438,07 10,8612 4,3669 0,2560 0,6108 1,0158
34 3 2 467,72 12,5272 4,2648 0,8786 0,6033 1,1310
35 3 2 391,09 9,4985 3,9578 0,3177 0,5671 1,0364
38 4 1 203,45 2,3612 2,5338 0,1265 0,2851 0,4299
40 4 2 417,70 7,9707 2,1867 0,3211 0,6350 1,0470
42 4 2 443,02 9,6577 3,4990 0,1943 0,5535 1,1110
45 4 1 322,68 3,1268 3,3641 0,1955 0,4097 0,6758
47 4 1 247,40 2,7746 2,9814 0,1460 0,3415 0,5291
48 4 2 469,15 9,2012 3,9484 0,2694 0,5234 0,9902
49 4 2 426,74 8,9889 3,6936 0,2465 0,6843 1,2769
52 4 2 410,82 8,5536 3,7865 0,2931 0,5961 0,9585
53 4 2 469,20 10,0305 4,0668 0,2928 0,6684 1,3189
54 4 2 424,67 7,5036 3,9646 0,2880 0,6062 1,0406
73 4 2 424,89 6,0738 4,0729 0,2171 0,6312 1,1843
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