Introdução _______________________________________________________________
reconhecem moléculas de adesão endoteliais (família das imunoglobulinas), ocorre a
ligação de alta afinidade dos leucócitos ao endotélio. A Mac-1 é reconhecida como a
integrina mais relevante na maioria dos modelos de resposta inflamatória com
participação de neutrófilos, com sítios de ligação específicos nas células endoteliais
(WAGNER; ROTH, 1999). Entre as células endoteliais, ocorre a transmigração do
neutrófilo, que, para chegar ao local de injúria tecidual, se move em direção ao
gradiente quimiotático representado por um excesso de mediadores (DITTMAR et
al., 2000).
A migração celular é um evento chave na resposta inflamatória de qualquer
etiologia. Os leucócitos circulantes migram em resposta aos mediadores
inflamatórios liberados no sítio de lesão, como os componentes do sistema
complemento (C5a), os produtos derivados da via das lipooxigenases (LTB
4
) e as
quimiocinas (COUSSENS; WERB, 2002). Grande parte destes agentes
quimiotáticos, IL-8, fMLP, LTB
4
e C5a, ligam-se aos neutrófilos por receptores
transmembrana específicos. Estes receptores ativam as proteínas G triméricas, nos
neutrófilos, iniciando, deste modo, a sinalização que permitirá a essas células
migrarem para os sítios inflamatórios. As quimiocinas, subdivididas em quatro
famílias (CXC, CC, C e CX3C), de acordo com a seqüência de resíduos de cisteína,
podem controlar a evolução natural da resposta inflamatória, recrutando células
efetoras específicas. Desta forma, a contínua produção de citocinas no sítio
inflamatório torna-se importante para o desenvolvimento de uma doença crônica,
incluindo uma neoplasia (WAHL; KLEINMAN, 1998).
Sabe-se que, para manter outras funções importantes dos leucócitos, como a
fagocitose e atividade microbicida, é essencial que sua função quimiotática esteja
preservada (MacFADDEN, SAITO; PRUZANSKI, 1985). Em pacientes com sepse