Download PDF
ads:
GISELE SILVESTRE SALVADOR
A FAMÍLIA OCHNACEAE DC. NO ESTADO DO PARANÁ, BRASIL.
Dissertação apresentada como requisito
parcial à obtenção do grau de Mestre, pelo
Curso de Pós-Graduação em Botânica do
Setor de Ciências Biológicas da Universidade
Federal do Paraná.
Orientadora: Profª. Dra. Élide Pereira dos
Santos
Co-orientador: Prof. Dr. Armando Carlos Cervi
CURITIBA
2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
i
“Sem sonhos, a vida não tem brilho.
Sem metas, os sonhos não têm alicerce.
Sem prioridades, os sonhos não se tornam
reais.”
Augusto Cury
ads:
ii
Aos meus pais: Joldecir e Teresinha
com todo o meu amor e gratidão.
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus por mais um objetivo alcançado.
À professora Dra. Élide Pereira dos Santos pela orientação, amizade,
paciência e ensinamentos indispensáveis para o desenvolvimento deste trabalho.
Ao professor Dr. Armando Carlos Cervi pela co-orientação, incentivo,
sugestões e por estar sempre disposto para sanar minhas dúvidas.
Aos meus pais Joldecir e Teresinha por todo o empenho e dedicação para que
eu pudesse continuar meus estudos e pelas palavras de apoio nos momentos de
desesperança.
Aos meus irmãos mulo e Sômolo pelas conversas divertidas e por estarem
sempre prontos a me ouvir falar das dificuldades mesmo sem poder ajudar.
Às amigas Cínthia R. Sakagami e Daniela C. da Maia pelo companheirismo e
bom humor de sempre.
A amiga Ana Cristina A. Alves por sua alegria contagiante, sempre pronta a
ajudar.
Aos colegas do mestrado, Cleto Peres, Cristine Donha, Dieter Liebsch, Elton
Assis, Giovana de Alcântara, Juliano Cordeiro, Larissa Grokoviski, Leonardo Von
Linsingen, Mireile Zanon, Pedro Schwartsburd, Rodrigo Volpi, Rogério Krupek,
Silvana da Rocha e Tiago Daros, pelos momentos compartilhados.
Ao Secretário da Pós-graduação em Botânica, José Carlos Teixeira, pela
gentileza e agilidade em sua função.
Ao Nilson pela assistência no laboratório de anatomia.
A professora Dra. Cleusa Bona pelas dúvidas esclarecidas.
Aos professores Dr. Wiliam Rodrigues e Msc. Olavo Guimarães pelos auxílios
prestados sempre que solicitados.
Ao professor Paulo L. Evangelista pela correção dos relatórios e sugestões
importantes.
À professora Dra. Rosângela C. Tardivo por todo apoio e ajuda concedida.
À professora Maria Consuelo Marques pela amizade e ajuda.
Aos curadores dos herbários por terem autorizado o empréstimo de materiais
ou consultas às coleções.
iv
Às amigas Graciela Mazzochim, Luciana A. Fogaça, Michele F. Bortolini e
Sabina M. Tralamazza pela convivência harmoniosa e pelas longas conversas e
momentos de descontração.
À Ana Cristina Aguiar pela hospedagem e ajuda em Campinas.
A Maria do Carmo E. do Amaral e Kikyo Yamamoto pela atenção na Unicamp.
Ao casal Alberto e Ivanete Schier pela hospedagem, companhia agradável e
pela disposição me acompanhando nos herbários do Rio de Janeiro.
Às professoras Dra Andréia T. Fortes, Msc. Clair Cavalcante, Dra. Norma C.
Bueno e Dra. Suzana Stefanello pelo estímulo e ajuda durante a preparação para a
seleção do mestrado.
Aos primos Andréia Anschau e Herton Anschau pela compreensão, amizade e
pela hospedagem em Curitiba.
Ao amigo Dalton T. R. dos Santos pela confecção das pranchas.
E a todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho.
À CAPES pela concessão da bolsa nos últimos meses.
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Mapa fitogeográfico do Estado do Paraná ......................................................11
Figura 2. Distribuição geográfica do gênero Ouratea Aubl. no Estado do Paraná .........24
Figura 3. Ouratea parviflora (DC.) Baill. e O. vaccinioides (A.St.-Hil. & Tul.) Engl .........27
Figura 4. Ouratea sellowii (Planch.) e O. salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl. ...................29
Figura 5. Ouratea sp. nov. .............................................................................................34
Figura 6. Ouratea spectabilis Engl. ................................................................................38
Figura 7. Distribuição geográfica do gênero Sauvagesia L. no Estado no Paraná ........43
Figura 8. Sauvagesia capillaris (A.St.-Hil.) Sastre e S. vellozii (A.St.-Hil.) Sastre..........46
Figura 9. Sauvagesia erecta L. e S. racemosa A.St.-Hil. ...............................................48
vi
SUMÁRIO
Agradecimentos ......................................................................................................... iii
Lista de figuras............................................................................................................ v
Resumo.....................................................................................................................viii
Abstract...................................................................................................................... ix
1. Introdução ...............................................................................................................1
2. Revisão bibliográfica ...............................................................................................2
2.1. Histórico taxonômico de Ochnaceae....................................................................2
2.2. Enquadramento taxonômico das Ochnaceae.......................................................4
2.3. Histórico do gênero Ouratea Aubl. .......................................................................6
2.4. Histórico do gênero Sauvagesia L........................................................................8
2.5. Estudos relacionados a família Ochnaceae DC no Brasil. ...................................9
3. Material e métodos................................................................................................10
3.1. Área de estudo...................................................................................................10
3.2. Levantamento bibliográfico ................................................................................11
3.3. Coleta de material botânico................................................................................11
3.4. Estudo morfológico.............................................................................................12
4. Resultados e discussão ........................................................................................14
4.1. Morfologia ..........................................................................................................14
4.1.1. Hábito..............................................................................................................14
4.1.2. Caule...............................................................................................................15
4.1.3. Folhas .............................................................................................................15
4.1.4. Estípulas..........................................................................................................15
4.1.5. Inflorescências ................................................................................................16
4.1.6. Cálice ..............................................................................................................16
4.1.7. Corola..............................................................................................................16
vii
4.1.8. Androceu.........................................................................................................17
4.1.9. Gineceu...........................................................................................................17
4.1.10. Fruto..............................................................................................................18
4.1.11. Sementes ......................................................................................................19
4.2. Tratamento taxonômico......................................................................................19
4.2.1 Família Ochnaceae DC. ...................................................................................19
4.2.2. Chave para os gêneros de Ochnaceae nativos no Paraná .............................20
4.2.3. Ouratea Aubl. ..................................................................................................20
4.2.3.1. Chave para as espécies do gênero Ouratea Aubl. nativas no Paraná.........21
1. Ouratea parviflora (DC.) Baill. ...............................................................................22
2. Ouratea salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl..............................................................28
3. Ouratea sellowii (Planch.) Engl.. ...........................................................................30
4. Ouratea sp. nov.....................................................................................................32
5 Ouratea spectabilis Engl. .......................................................................................35
6. Ouratea vaccinioides (A.St.-Hil. & Tul.) Engl. .......................................................39
4.2.4. Sauvagesia L...................................................................................................41
4.2.4.1. Chave para as espécies do gênero Sauvagesia L. nativas no Paraná ........41
7. Sauvagesia capillaris (A. St.-Hil.) Sastre...............................................................42
8. Sauvagesia erecta L..............................................................................................43
9. Sauvagesia racemosa A.St.-Hil.............................................................................49
10. Sauvagesia vellozii (A. St.-Hil.) Sastre................................................................50
5. Conclusões ...........................................................................................................52
6. Referências bibliográficas .....................................................................................53
Anexos: Lista de material examinado........................................................................59
viii
Resumo
A família Ochnaceae DC. apresenta 27 gêneros e cerca de 600 espécies de
distribuição pantropical, sendo mais abundante na América do Sul. No Brasil a
família está representada por 13 gêneros e 120 espécies. Este trabalho tem por
objetivo fornecer dados para o conhecimento da Família Ochnaceae no Estado do
Paraná. A metodologia consiste no levantamento bibliográfico, coletas botânicas e
observações ecológicas e análise morfológica dos espécimes depositados em
diversos herbários nacionais. Foram confirmados para o Estado do Paraná dois
gêneros: Ouratea Aubl. com seis espécies (O. parviflora (DC.) Baill., O. salicifolia
(A.St.-Hil. & Tul.) Engl., O. sellowii (Planch.) Engl., O. spectabilis (Mart.) Engl., O.
vaccinioides (A.St.-Hil. & Tul) Engl. e Ouratea sp nov.) e Sauvagesia L. com quatro
espécies (S. erecta L., S. racemosa A.St.-Hil., S. capillaris (A.St.-Hil.) Sastre, S.
vellozii (A.St.-Hil.) Sastre). São apresentadas chaves para identificação, descrições,
ilustrações, comentários e mapas de distribuição geográfica para cada espécie
estudada.
Palavras-chave: Taxonomia, Ochnaceae, Ouratea, Sauvagesia, Paraná, Brasil.
ix
Abstract
The family Ochnaceae DC. comprises 27 genera and about 600 species of
pantropical distribution, being most common in South America. In Brazil, this family is
represented by 13 genera and 120 species. The goal of the present study is to
provide data for the knowledge of the Ochnaceae family in the State of Paraná. The
methodology used consists on bibliographical records, botanical collections,
ecological observations, and morphological analysis of specimens deposited in
several Brazilian herbaria. Two genera were confirmed for the State of Paraná:
Ouratea Aubl. with six species (O. parviflora (DC.) Baill., O. salicifolia (A.St. -Hil. &
Tul.) Engl., O. sellowii (Planch.) Engl., O. spectabilis (Mart. ex Engl.) Engl., O.
vaccinioides (A.St.-Hil. & Tul) Engl. and Ouratea sp nov), and Sauvagesia L., with
four species (S. erecta L., S. racemosa A.St. -Hil., S. capillaris (A.St.-Hil.) Sastre, S.
vellozii (A.St.-Hil.) Sastre). Descriptions, determinarion keys, illustrations,
commentaries, and distribution maps are provides for each studied species.
Key words: Taxonomy, Ochnaceae, Ouratea, Sauvagesia, Paraná, Brazil.
1
1. Introdução
O Brasil é considerado o país com a flora mais rica do globo, isso se deve,
principalmente à sua vasta extensão territorial, em vista dessa diversidade um
número significativo de famílias pouco ou ainda não estudadas (Giullietti & Forero
1990).
A família Ochnaceae compreende atualmente 27 gêneros e cerca de 600
espécies, de distribuição pantropical (Amaral 1991).
O gênero Ouratea Aubl. de distribuição neotropical, compreende cerca de 310
binômios, dos quais 160 são baseados em plantas brasileiras encontradas em
florestas, cerrados, campos de altitude e restinga. O número de espécies válidas
que compreende o gênero ainda é incerto, devido a algumas espécies que devem
ser sinonimizadas e também ao grande número de espécies novas sendo descritas
(Yamamoto 1995b).
O gênero Sauvagesia L. é pantropical e inclui 37 espécies. No Brasil ocorrem
20 espécies, sendo encontradas principalmente em cerrados, campos de altitude e
restinga (Sastre 1997).
Algumas espécies de Ochnaceae são utilizadas como ornamentais ou
medicinais (Monteiro 1877; Corrêa 1984; Lorenzi & Souza 2001; Lorenzi 2002a, b;
Simoni et al. 2002).
Angely (1965) cita para o estado do Paraná a ocorrência de Ouratea
castaneifolia (DC.) Engl., O. parviflora (DC.) Baill. e Sauvagesia erecta L.
Na revisão bibliográfica são relatados os trabalhos relacionados à família
Ochnaceae e os gêneros Ouratea e Sauvagesia.
Foram feitas análises morfológicas em exsicatas de herbário e em material
fresco, proveniente de coletas realizadas em todas as unidades fitogeográficas do
Paraná, com a finalidade de delimitar e definir as espécies estudadas.
Este trabalho teve por objetivo:
Fornecer dados para o conhecimento da Família Ochnaceae no Estado do
Paraná;
Reconhecer e delimitar os gêneros e as espécies que ocorrem no Paraná;
Descrever, ilustrar, elaborar mapas de distribuição geográfica e chaves para
a identificação dos gêneros e espécies de Ochnaceae que ocorrem no Paraná;
2
Contribuir para o conhecimento da flora brasileira.
2. Revisão bibliográfica
O conceito da família Ochnaceae foi bastante controverso ao longo da história.
Dependendo dos autores, gêneros eram incorporados ou retirados da família
Ochnaceae. A circuscrição atual da família é aquela proposta por Gilg (1925, apud
Sastre 1973).
Para melhor entendimento destes posicionamentos, é apresentado um
histórico taxonômico da família Ochnaceae e dos gêneros Ouratea Aubl. e
Sauvagesia L.
São apresentados dados sobre o enquadramento taxonômico da família
Ochnaceae nos diferentes sistemas de classificação, desde sua descrição por
Candolle (1811) até o mais atual (APG ll, Angiosperm Phylogeny Group 2003).
Também são relatados trabalhos de morfologia, taxonomia e levantamentos
florísticos realizados com a família Ochnaceae.
2.1. Histórico taxonômico de Ochnaceae
A família Ochnaceae foi estabelecida por Candolle, em 1811, inicialmente
constituída pelos gêneros Ochna L., Gomphia Schreb. (=Ouratea Aubl.), Walkera
Schreb. (nome ilegítimo) e Elvasia DC.
O gênero Sauvagesia foi incluído por Gingins (1823, apud Sastre 1973) na
família Violaceae Juss. Saint-Hilaire (1824b, 1829) aponta diferenças entre
Sauvagesia e as Violaceae, aproxima os gêneros Sauvagesia, Lavradia Vell. ex
Vand. e Luxemburgia A.St.-Hil e os inclui na família Frankeniaceae Desv.
Bartling (1830, apud Dwyer 1964) considera os gêneros Sauvagesia e
Lavradia constituindo a família Sauvagesiaceae, descrita por Dumortier (1829).
Planchon (1846, 1847) publica a primeira revisão para a família Ochnaceae e
distingue três tribos: Gomphieae, Euthemideae e Luxemburgieae. O gênero
Ouratea Aubl. (Gomphia) era posicionado na tribo Gomphieae. Planchon não inclui
Sauvagesia nestes trabalhos, embora tenha indicado que este gênero apresenta
afinidades com Luxemburgia (pertencente às Ochnaceae). Somente mais tarde,
3
Triana & Planchon (1862, apud Sastre 1973) incluem Sauvagesia na família
Ochnaceae.
Bentham & Hooker (1862) consideram Sauvagesia pertencente às Violaceae.
Engler (1874) aceita Sauvagesia como membro de Ochnaceae e divide a
família em duas séries: Albuminosae (sementes com endosperma) e
Exalbuminosae (sementes sem endosperma). Apesar disto, este autor, em 1876,
publica as Ochnaceae brasileiras, excluindo a tribo Sauvagesieae, justifica-se
afirmando que esta havia sido designada à Eichler (1871) que publicou
Sauvagesiaceae como família distinta.
Gilg (1895) acrescenta Lophira Banks ex C.F.Gaertn. às Ochnaceae,
pertencente até então a Dipterocarpaceae Blume. Neste trabalho, Gilg apresenta
um sistema de classificação para a família utilizando os mesmos nomes das séries
criadas por Engler (1874) para designar duas subfamílias: Exalbuminosae com três
tribos (Ourateeae, Lophireae e Elvasieae) e Albuminosae com duas tribos
(Luxemburgieae e Euthemidae).
Engler (1897) amplia a circunscrição da família incorporando o gênero
Strasburgeria Baill. (tribo Strasburgeriaea), o qual é reconhecido mais tarde como
Strasburgeriaceae (Engler 1925).
A família Ochnaceae sofreu grandes modificações por inclusões e exclusões
de gêneros, botânicos da época consideravam que a mesma tenderia ao
desdobramento (Tieghem 1902).
Tieghem (1902) restringiu a família Ochnaceae apenas à subfamília
Ochnoideae Gilg (sensu Kanis 1968). A subfamília Sauvagesioideae Gilg (sensu
Kanis 1968), por sua vez, foi subdividida em várias outras famílias. Esta
classificação não obteve aprovação dos botânicos da época e Gilg (1904, apud
Yamamoto 1995a) publicou um trabalho com o objetivo de contestar a proposta de
Tieghem.
Gilg (1925, apud Sastre 1973) apresenta estudos mais completos e propõe
algumas modificações no sistema de classificação para a família, estabelecido
por ele em 1895.
Dwyer (1943, 1945, 1964, 1965) realizou estudos principalmente discutindo
problemas nomenclaturais de alguns gêneros, a maioria da América do Sul.
4
Maguire & Wurdack (1961) estabeleceram uma chave genérica para as
espécies de Ochnaceae da América Tropical.
Farron (1963, 1968) contribuiu com a taxonomia das espécies africanas e
propôs a divisão do gênero Ouratea em quatro gêneros: Ouratea (Novo Mundo) e
Idertia, Rhabdophyllum e Campylospermum (Velho Mundo).
Kanis (1968) faz uma revisão das Ochnaceae da região do Indo-Pacífico.
Adota basicamente as mesmas subdivisões de Gilg, com algumas modificações: a
tribo Lophirae é transferida para a subfamília Albuminosaee a nomenclatura de
cada táxon foi substituída para atender às exigências do Código Internacional de
Nomenclatura Botânica. O nome Exalbuminosae foi substituído por Ochnoideae
(tribos Elvasieae e Ochneae) e Albuminosae por Sauvagesioideae (tribos
Euthemideae, Lophireae e Sauvagesieae).
Este sistema é aceito por alguns especialistas em Ochnaceae: Sastre (1973,
1981), Kanis (1971), Farron (1985), Yamamoto (1989, 1995a).
Cronquist (1981) acrescenta os gêneros Diegodendrom Campuron e
Strasburgeria Baill. a família Ochnaceae.
Amaral (1991) baseando-se em rigorosas análises morfológicas e anatômicas
em representantes de Ochnaceae realiza uma análise cladística da família. Esta
autora confirma a circunscrição da família constituída pelas duas subfamílias
(Ochnoideae e Sauvagesioideae), caracteriza as Ochnaceae e suas subfamílias
como grupos monofiléticos por meio de sinapomorfias. Contrariamente ao proposto
por Kanis (1968), inclui o gênero Lophira na subfamília Ochnoideae e afirma que os
cladogramas obtidos em diversas análises não se mantêm de modo
suficientemente estável para justificar as subdivisões das subfamílias em tribos.
Entretanto, Takhtajan (1997) volta a considerar Sauvagesiaceae e
Lophiraceae como famílias distintas de Ochnaceae.
2.2. Enquadramento taxonômico das Ochnaceae
Adanson (1763) e Jussieu (1789), baseando-se na estrutura do fruto,
aparentemente aporpico, de Ochna e Ouratea (na época Gomphia), situaram
esses gêneros próximos de Annona L. e de Magnolia L. Segundo Sastre (1973),
eles não haviam observado que, nas flores, os carpelos são soldados e somente
após a fecundação eles se separam assemelhando-se a um fruto apocárpico,
5
contrário ao que acontece nas Annonaceae Juss. e Magnoliaceae Juss. em que os
carpelos são livres na flor.
Candolle (1811), ao estabelecer a família, foi o primeiro a observar a origem
secundária da apocarpia dos frutos de Ochna e Gomphia (Ouratea) que, segundo
ele, é observada também nas Simaroubaceae DC. Embora afirme que estas
famílias possuem outras características bem distintas, considera as Simaroubaceae
próximas de Ochnaceae pela semelhança dos frutos.
Saint-Hilaire (1824a) observa que, nas Simaroubaceae, ao contrário das
Ochnaceae, os carpelos são livres entre si e cada lóculo possui um estilete
independente. Conclui que estas famílias não possuem caracteres comuns
suficientes e sugere afinidades das Ochnaceae com as Rutaceae Juss.
Triana & Planchon (1862, apud Sastre 1973) incluem o gênero Sauvagesia
nas Ochnaceae e aproximam esta família das Guttiferae Juss. e das
Erythroxylaceae Kunth..
Baillon (1873, apud Sastre 1973) posiciona as Ochnaceae entre as Violaceae
e as Rutaceae.
Engler (1874, apud Yamamoto 1995a) realiza estudos morfológicos baseando-
se principalmente em interpretações do gineceu de Ochna e Ouratea, considera o
gineceu falsamente apocárpico como um caráter primitivo, além disso, através da
relação destes gêneros com outros da subfamília Sauvagesioideae com
placentação basicamente parietal, este autor classifica as Ochnaceae na ordem
Parietales.
Corner (1976) eleva novamente Ochnoideae e Sauvagesioideae em nível de
famílias, baseando-se em diferenças no tipo de revestimento do óvulo e da
semente e considera a família Ochnaceae próxima a Rutales e Sauvagesiaceae
afim de Violales. Esta proposta não foi aceita pelos principais especialistas da
família.
Atualmente, as Ochnaceae estão posicionadas na Ordem Malpighiales,
formando um grupo monofilético, juntamente com as famílias Quiinaceae Chisy ex.
Engl. e Medusaginaceae Engl. & Gilg, caracterizado por possuir folhas com
nervuras secundárias e terciárias particularmente bem desenvolvidas e pedicelos
articulados (APG ll - 2003).
6
2.3. Histórico do gênero Ouratea Aubl.
O histórico de Ouratea compreende principalmente discussões sobre a
circunscrição do gênero em relação à inclusão ou não de espécies do Velho Mundo.
De acordo com alguns autores Ouratea pode ser considerado como um único
gênero ou dividido em até 34 gêneros.
Marcgrav (1648, apud Bittrich & Amaral 1994) descreve Jabotapita, baseado
em uma planta brasileira.
Plumier (1703) utilizou o nome Jabotapita para denominar uma planta coletada
nas Antilhas.
Segundo Dwyer (1965), as pranchas e descrições apresentadas por Marcgrav
e Plumier não deixam vidas de que os exemplares correspondem a Ouratea s.s.
conhecido principalmente pela presença de dez anteras sésseis ou subsésseis e
estilete ginobásico.
Adanson (1763) cita Plumier como autor de Jabotapita e considera Ochna L.
como um sinônimo, entretanto, como o epíteto Jabotapita é anterior a Lineu, esta
proposta não foi aceita e o nome Jabotapita foi considerado supérfluo por Ricket &
Stafleu (1959).
Aublet (1775) descreve Ouratea a partir de um espécime da Guiana Francesa
o qual foi denominado Ouratea guianensis Aubl. Dwyer (1965) observa que a
descrição e ilustração de Aublet não correspondem aos caracteres diagnósticos do
gênero Ouratea s.s.. Ele considera provável que Aublet tenha usado partes de
plantas diferentes na descrição e ilustração.
Schreber (1789) aponta diferenças entre Ochna L. com mais de 20 estames e
Jabotapita com até dez estames, rejeitando a sinonimização citada por Adanson.
Considera dois gêneros distintos, conserva para o primeiro o nome Ochna e o
segundo é denominado Gomphia, sob cujo epíteto foram descritas a maioria das
espécies do gênero até 1876, quando Engler aceita a denominação de Ouratea
proposta por Baillon (1873) ao verificar que este era o nome mais antigo.
Candolle (1811), ao descrever a família Ochnaceae, utiliza o nome Gomphia e
aponta diferenças deste com o gênero Ochna. Ele observa que, nas espécies de
Gomphia do Novo Mundo, as estípulas são livres entre si enquanto que nas
espécies do Velho Mundo elas são conadas.
7
Planchon (1847), baseado nas observações de Candolle, expõe as diferenças
fundamentais entre as espécies neo e paleotropicais e define duas seções:
Eugomphia (estípulas laterais e livres, espécies do Novo Mundo) e
Gomphiastrum” (estípulas intra-axilares e unidas, espécies do Velho Mundo).
Engler (1876), como mencionado anteriormente, utiliza o nome Ouratea Aubl.,
e as mesmas seções de Planchon sem alterar a nomenclatura. Gilg (1895) substitui
os nomes Eugomphia e Gomphiastrum por Paleouratea e Neouratea,
respectivamente.
Tieghem (1902) elevou Ouratea s.l. ao nível de tribo (Ourateeae) com 34
gêneros agrupados em duas subtribos. A subtribo Orthospermae (Novo Mundo) que
inclui Ouratea s.s. e 22 gêneros, é caracterizada por apresentar sementes e
embriões retos; a subtribo Campilospermae (Velho Mundo) com 12 gêneros é
caracterizada por apresentar embriões curvos.
Gilg (1904, apud Yamamoto 1995a) contesta o tratamento taxonômico de
Tieghem (1902) e considera Ouratea s.l.
Farron (1968), baseando-se em caracteres de venação foliar, estrutura dos
estômatos, forma do embrião e números cromossômicos, dividiu o gênero Ouratea
s.l. em quatro gêneros. Ouratea passou a ser constituído exclusivamente por
espécies do Novo Mundo. As espécies do Velho Mundo foram organizadas em três
gêneros: Campylospermum Tiegh., Rhabdophyllum Tiegh. e Idertia Farron.
Kanis (1968) concorda com Farron (1968) e restringe as Ouratea ao Novo
Mundo. Mas propõe a utililização do epíteto Gomphia no lugar Campylospermum.
Reconhece a família Ochnaceae constituída por duas subfamílias Sauvagesioideae
e Ochnoideae.
Bittrich & Amaral (1994) discordam da interpretação de Kanis (1968) e
consideram todas as espécies da subfamília Ochnoideae com dez estames, filetes
curtos e sépalas decíduas do Novo Mundo, pertencentes a Ouratea, sendo
Gomphia sinônimo deste. As espécies do Velho Mundo, formalmente atribuídas a
Ouratea s.l., com inflorescências multifloras, pétalas mais longas do que as
sépalas, filetes curtos, anteras poricidas e embriões curvos, devem ser incluídas em
Campylospermum.
Sastre (1981, 1988, 1995a, 2001, 2004, 2005) publica diversas espécies novas
de Ouratea, ainda em 1988a propõe um sistema de classificação para o gênero, o
8
qual foi redefinido em 1995a, onde são distinguidas seis seções: Kaieteuria (Dwyer)
Sastre, Cardiocarpae (Engl.) Sastre, Polyouratea (Tiegh.) Sastre, Ouratea,
Ouratella (Tiegh.) Sastre e Caducae Sastre. Para separá-las, utiliza o número de
sépalas e carpelos, posição dos mericarpos (vertical ou horizontal), persistência e
caducidade do cálice no fruto e posição das inflorescências (axilares ou terminais).
Yamamoto (1989) faz um levantamento das características de importância
taxonômica no gênero Ouratea e em 1995a, discute as relações de O. parviflora
(DC.) Baill. e espécies afins.
2.4. Histórico do gênero Sauvagesia L.
O histórico do gênero Sauvagesia inclui, principalmente, suas relações com
gêneros afins e sua inclusão em Ochnaceae ou em famílias próximas.
O gênero Sauvagesia foi descrito por Linnaeus (1753), baseado em uma
planta coletada por Plumier na Martinica. Recebeu este nome em homenagem à
François Boissier de Sauvage.
Gingins (1823 apud Sastre 1973) situa o gênero Sauvagesia na família
Violaceae, principalmente pela estrutura do fruto, cápsula trivalvar, multi-seminada
com placentação parietal e semente com endosperma.
Saint-Hilaire (1824b), ao realizar uma revisão dos gêneros Lavradia e
Sauvagesia, observa que a principal diferença entre estes e as Violaceae é a
deiscência da cápsula: loculicida nas Violaceae e septicida em Lavradia,
Sauvagesia, Luxemburgia e nas Frankeniaceae. Ele afirma que os gêneros
Sauvagesia e Lavradia são próximos por possuírem os mesmos caracteres
vegetativos e poucas diferenças na flor: presença ou ausência de um ciclo de
estaminódios filiformes e estaminódios petalóides unidos ou livres entre si. Conclui,
também, que estes gêneros são próximos de Luxemburgia. Em 1829, Saint-Hilaire
inclui Sauvagesia, Lavradia e Luxemburgia nas Frankeniaceae.
Martius (1824, apud Sastre 1971a) posiciona os gêneros Sauvagesia e
Lavradia nas Droseraceae. Enquanto Gingins (1825) mantém estes dois gêneros
nas Violaceae. Candolle (1825) conserva Luxemburgia nas Frankeniaceae.
Bartling (1830, apud Dwyer 1945) considera os gêneros Sauvagesia e
Lavradia constituindo uma família distinta: Sauvagesiaceae, descrita por Dumortier
(1829).
9
Planchon (1847) é o primeiro a sugerir afinidades entre os gêneros Lavradia,
Luxemburgia e Sauvagesia e a família Ochnaceae, porém, o os inclui nesta
família.
Triana & Planchon (1862, apud Sastre 1973) consideram os gêneros
Luxemburgia e Sauvagesia pertencentes à família Ochnaceae.
Bentham & Hooker (1862) continuam incluindo Luxemburgia e Sauvagesia em
Violaceae.
Baillon (1871, apud Sastre 1971b) remarca as dificuldades para separar as
Luxemburgieae (Ochnaceae) das Sauvagesieae (Violaceae).
Eichler (1871) descreve um gênero novo: Leitgebia Eichler, baseando-se na
ausência de estaminódios externos (caracteristica já observada em Lavradia), a
redução de estaminódios internos e a placentação basal.
Engler (1874) inclui as Sauvagesiaceae nas Ochnaceae.
Dwyer (1945) publica uma revisão do gênero Sauvagesia e define cinco
seções: Browneae, Imthurnianae, Linearifoliae, Longifoliae e Smithianae. Incluindo
S. erecta, espécie tipo do gênero, na seção Longifoliae.
Sastre (1968, 1970, 1971a,b, 1973, 1981) desenvolveu estudos referentes às
espécies de Sauvagesia, discutiu sobre a evolução do gênero e as diferenças entre
as espécies próximas de S. erecta. Ele considerou Lavradia, Leitgebia, Neckia Korth.
e Pentaspatella Gleason como sinônimos de Sauvagesia. Em 1981, distribui as 37
espécies de Sauvagesia em duas seções: Sauvagesia (com duas subseções:
Sauvagesia e Vellozianae) e Imthurnianae.
2.5. Estudos relacionados a família Ochnaceae DC. no Brasil
No Brasil, o primeiro levantamento referente à família é de Eichler (1871) que
considera Sauvagesiaceae como família distinta de Ochnaceae, representada no
Brasil por três gêneros: Sauvagesia, Leitgebia e Lavradia.
Engler (1876) assinala a ocorrência de seis gêneros pertencentes as
Ochnaceae para o Brasil: Ouratea, Elvasia, Blastemanthus Planch., Luxemburgia,
Wallacea Spruce ex. Benth. & Hook. f. e Poecilandra Tul..
Segundo Amaral (1991) no Brasil ocorrem 13 gêneros: Adenarake Maguire &
Wurdack, Blastemanthus, Cespedesia Goudot, Elvasia DC., Krukoviella A.C.Sm.,
10
Luxemburgia, Ouratea, Perissocarpa Steyerm. & Maguire, Philacra, Poecilandra,
Sauvagesia, Tyleria Gleason e Wallacea.
Os levantamentos de Ochnaceae realizados no Brasil são escassos,
incompletos ou se referem à áreas restritas dos Estados: Rio de Janeiro
(Guimarães & Pereira, 1966), São Paulo (Angely 1969; Jung–Mendaçolli & Luz
1984; Jung–Mendaçolli 1996), Distrito Federal (Chacon 2003), Bahia (Sastre 1995b)
e Minas Gerais (Yamamoto & Sastre 2004).
O único trabalho sobre a ocorrência de Ochnaceae no Paraná é de Angely
(1965) citando, sem descrições ou lista de material examinado, dois gêneros e três
espécies: Ouratea castaneifolia (DC.) Engl., O. parviflora (DC.) Baill. e Sauvagesia
erecta L..
3. Material e métodos
O presente estudo foi realizado a partir do levantamento da bibliografia
referente à família, análise morfológica de material depositado nos herbários e
observações no campo.
3.1. Área de estudo
O Estado do Paraná está situado na região Sul do Brasil, entre 22º29’30”-
26º41’00” S e 48º02’24”-54º37’38W. Apresenta uma superfície de 199.323 Km
2
e
altitude máxima de 1922 m.s.n.m. no Pico Paraná (Serra do Mar). Os limites do
Estado dão-se ao Norte com o Estado de São Paulo, ao Leste é banhado pelo
Oceano Atlântico, numa extensão de 107 Km, ao Sul, faz fronteira com o Estado de
Santa Catarina e com a Argentina, ao Noroeste está limitado pelo estado do Mato
Grosso do Sul e a Oeste faz divisa com o Paraguai (Maack 1981).
A superfície do Estado do Paraná caracteriza-se por uma diversidade
fitogeográfica notável, onde diferentes tipos de florestas ocorrem entremeados por
formações herbáceas e arbustivas, resultantes de peculiaridades geomorfológicas,
pedológicas e climáticas. Apesar da superfície do Estado representar apenas 2,5 %
do território brasileiro, o Paraná detém a grande maioria das unidades
fitogeográficas que ocorrem no país (Fig. 1): Floresta Ombrófila Densa (Floresta
Atlântica) principalmente na Serra do Mar; Floresta Ombrófila Mista (Floresta com
11
araucária) nos planaltos; Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Estacional);
Savana (Cerrado); Estepe (Campo) (Roderjan et al. 2001).
Figura 1. Mapa Fitogeográfico do Estado do Paraná (Fonte: Roderjan et al. 2001)
3.2. Levantamento bibliográfico
O estudo taxonômico foi realizado a partir da consulta ao acervo da biblioteca
do setor de Ciências Biológicas da UFPR além do levantamento em outras
bibliotecas nacionais por meio de pesquisas no portal de buscas da UFPR
(www.portal.ufpr.br) e os trabalhos não encontrados na Universidade foram
conseguidos no site http://gallica.bnf.fr/, ou solicitadas cópias a outras instituições
por intermédio do Comut (Programa de Comutação Bibliográfica).
Por meio do Index Kewensis (www.ipni.org e www.mobot.org.br) foram obtidas
as informações sobre os autores e as descrições originais das espécies.
3.3. Coleta de material botânico
Foram realizadas excursões para coletas e observações ecológicas de
espécies de Ochnaceae nas diferentes unidades fitogeográficas do Estado do
12
Paraná. Os municípios visitados foram: Araucária, Balsa Nova, Candói, Campina
Grande do Sul, Fênix (Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo), General
Carneiro, Guaratuba (Serra do Araçatuba), Jaguariaíva (Parque Estadual do
Cerrado), Londrina, Matinhos, Morretes, Palmeira (Recanto dos Papagaios),
Paranaguá (Ilha do Mel), Piraquara (Morro do Canal), Ponta Grossa (Vila Velha),
Pontal do Paraná, São José dos Pinhais e Tibagí (Guartelá).
O material coletado foi preparado segundo as técnicas usuais de herborização
(Mori et al. 1989 e Fidalgo & Bononi 1984) e depositados no herbário do
Departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná (UPCB). Alguns
materiais foram acondicionados em álcool 70% para posterior observação. As
ilustrações foram baseadas principalmente em material herborizado.
3.4. Estudo morfológico
O estudo morfológico foi efetuado em material fresco proveniente das coletas
ou a partir de espécimes depositados em alguns herbários nacionais e
internacionais, cedidos como empréstimo ou analisados no local. Abaixo consta a
relação dos herbários cujas siglas seguem Holmgren et al. (1990).
(CPAP) - Herbário Centro de Pesquisas Agropecuárias do Pantanal
EMBRAPA (Corumbá-MT);
(EFC) - Escola de Floresta da Universidade Federal do Paraná (Curitiba-PR);
(F) - Herbarium Botany Department, Field Museum of Natural History
(Chicago-U.S.A.);
(FUEL) - Universidade Estadual de Londrina (Londrina-PR);
(HB) - Herbarium Bradeanum (Rio de Janeiro-RJ);
(HBR) - Herbário Barbosa Rodrigues (Itajaí-SC);
(HTO) - Herbário Núcleo de Estudos Ambientais, Universidade Federal do
Tocantins (Porto Nacional-TO);
(HUCP) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná (Curitiba-PR);
(HUEM) - Universidade Estadual de Maringá (Maringá-PR);
(HUPG) - Universidade Estadual de Ponta Grossa (Ponta Grossa-PR);
(MBM) - Museu Botânico Municipal (Curitiba-PR);
(R) - Herbário do Departamento de Botânica - Museu Nacional (Rio de Janeiro-
RJ);
13
(RB) - Herbário do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro (Rio de Janeiro-RJ);
(RFA) - Herbário do Departamento de Botânica Instituto de Biologia,
Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro-RJ)
(SP) - Instituto Botânico de São Paulo (São Paulo-SP);
(SPF) - Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo (São Paulo-
SP);
(UEC) - Departamento de Botânica da Universidade de Campinas (Campinas-
SP);
(UPCB) - Herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal do
Paraná (Curitiba-PR).
A análise morfológica foi realizada no Laboratório de Sistemática Vegetal da
UFPR no herbário UPCB com o auxílio de microscópio estereoscópico. Os
exemplares (provenientes de exsicatas) foram reidratados com água e uma gota de
detergente neutro. As medidas foram feitas com papel milimetrado e/ou paquímetro.
As ilustrações foram feitas com o auxílio de câmara clara acoplada ao microscópio
estereoscópico. A terminologia utilizada nas descrições morfológicas das espécies
foi baseada em Lawrence (1977), Stearn (1983), Font Quer (1989) e Hickey (1973).
As abreviações dos nomes dos autores das espécies estão de acordo com
Brummitt & Powell (1992).
Os dados para a elaboração dos mapas de distribuição geográfica e ecologia
foram obtidos nas etiquetas das exsicatas analisadas.
A terminologia empregada para as unidades fitogeográficas do Paraná foi
baseada em Roderjan et al. (2001).
A identificação dos exemplares foi feita por meio de comparação com
exsicatas, consulta de bibliografias especializadas e especialistas na família.
No material examinado são indicados apenas os materiais coletados no
Estado do Paraná. No anexo 1 é apresentada uma listagem do material examinado
em outros Estados. As listas de material examinado estão organizadas da seguinte
forma: PAÍS. Estado: Município, localidade, data da coleta, flor (fl.) ou fruto (fr.),
coletor (es) e número de coleta (sigla do herbário onde o material está depositado).
14
4. Resultados e discussão
Foram confirmados para o Estado do Paraná os gêneros Ouratea Aubl. e
Sauvagesia L. e as espécies: Ouratea parviflora (DC.) Baill., O. salicifolia (A.St.-Hil.
& Tul.) Engl., O. sellowii (Planch.) Engl., O. spectabilis Engl., O. vaccinioides (A.St.-
Hil. & Tul) Engl., Ouratea sp. nov., Sauvagesia erecta L., S. racemosa A.St.-Hil., S.
capillaris (A.St.-Hil.) Sastre e S. vellozii (A.St.-Hil.) Sastre.
Inicialmente, são apresentados dados sobre a morfologia das espécies
ocorrentes no Paraná e as variações que os caracteres podem apresentar, a fim de
facilitar o entendimento das descrições e chaves para a identificação das espécies.
4.1. Morfologia
A morfologia de Ochnaceae, como relatada no histórico, foi muito discutida
principalmente em relação às estruturas do gineceu e do fruto, as diferentes
interpretações resultavam em diferentes posicionamentos taxonômicos.
Segundo Yamamoto (1989), em Ouratea a grande maioria das estruturas pode
ter papel auxiliar na caracterização de espécies, mas raramente permitem,
isoladamente, identificar um táxon infragenérico.
As variações morfológicas no gênero Sauvagesia são, principalmente,
relacionadas ao ambiente. Sastre (1971a) observa em Sauvagesia erecta, de ampla
distribuição nos trópicos e subtrópicos, os efeitos causados pelo ambiente sobre
esta espécie.
Algumas variações nas caractesticas intraespecíficas puderam ser
observadas nas espécies nativas no Paraná, como o tamanho das folhas ou em
alguns casos o número de carpelos.
Uma breve caracterização morfológica da família Ochnaceae no Estado do
Paraná é apresentada a seguir.
4.1.1. Hábito
As espécies de Ochnaceae ocorrentes no Paraná podem variar de herbáceas
até árboreas. Em Sauvagesia, as plantas são herbáceas ou raramente subarbustos
(S. racemosa), enquanto que em Ouratea são sempre arbustos ou arvores.
15
4.1.2. Caule
O caule e os ramos das espécies de Ouratea o lenhosos e apresentam
superfície de textura lisa, ou periderme de textura escamosa e esfoliante (O.
spectabilis).
Sauvagesia apresenta caule herbáceo ou sublenhoso coberto por estípulas
ciliadas e persistentes.
4.1.3. Folhas
As folhas são simples e alternas. O tamanho da lâmina é variável inter e intra-
específico, entretanto, a relação comprimento/largura é, geralmente, constante. No
Paraná, O. parviflora é a espécie com maior variação foliar, suas lâminas podem ter
5 – 14 x 1,5 – 4 cm.
A forma do limbo é igualmente variável, podendo ser elípticas, ovais, oblongas
ou obovais.
As nervuras são evidentes, a nervura central varia entre sulcada, impressa,
promínula ou proeminente; as secundárias são curvo-ascendentes (Ouratea) ou
retas (Sauvagesia); as intersecundárias são paralelas entre si ou formam retículos
(O. salicifolia).
A base foliar apresenta-se freqüentemente atenuada, aguda ou obtusa,
raramente subcordada (em alguns espécimes de O. spectabilis). O ápice é
geralmente agudo, acuminado ou obtuso.
A margem pode ser lisa (Ouratea parviflora e O. sellowii), serreada no ápice
(O. vaccinioides), serreada ou crenulada (O. spectabilis), serreada ou duplo-
serreada em direção ao ápice (Ouratea sp. nov.), serreadas (O. salicifolia) e
serreadas ou crenadas (Sauvagesia).
4.1.4. Estípulas
As estípulas são freqüentemente caducas em Ouratea e persistentes em
Sauvagesia.
Em Ouratea, são laterais aos pecíolos, deltóides, com margens não ciliadas, e
não mostram variações significativas entre as espécies.
16
Em Sauvagesia, as estípulas são persistentes, laterais aos pecíolos, deltóides,
com margens ciliadas e podem apresentar variações entre as espécies quanto ao
número de cílios e ramificação dos mesmos.
4.1.5. Inflorescências
As inflorescências são terminais, subterminais ou axilares, paucifloras ou
multifloras.
Em Ouratea as inflorescências apresentam eixos de até terceira ordem, são
piramidais ou racemiformes e possuem brácteas e bractéolas, deltóides ou lineares,
geralmente, caducas. Brácteas semelhantes às folhas, frequentemente caducas,
podem ocorrer ao longo do eixo principal.
Em Sauvagesia, as flores são isoladas ou reunidas em cimeiras axilares
(Sauvagesia erecta) ou em rácemos ou panículas terminais (S. racemosa, S.
vellozii e S. capilaris). As inflorescências terminais possuem brácteas e bractéolas
persistentes, as brácteas podem ser semelhantes às folhas e com estípulas (S.
racemosa), ou deltódes e sem estípulas (S. vellozii e S. capillaris).
4.1.6. Cálice
Em Ouratea, o cálice é formado geralmente por cinco sépalas (quatro em O.
sellowii), amarelas ou amarelo-esverdeadas, caducas, geralmente castanhas após
a herborização. Apresentam prefloração quincucial, onde duas sépalas têm suas
margens recobertas pelas sépalas vizinhas, uma sépala apresenta apenas uma das
margens recoberta e duas apresentam-se totalmente descobertas. As margens que
ficam cobertas são membranáceas e tornam-se escariosas após a herborização.
Em Sauvagesia o cálice é constituído por cinco sépalas verdes e a prefloração
é quincucial. As sépalas são persistentes e podem ter 2/3 ou mais do comprimento
da psula (S. erecta e S. racemosa) ou menos de 1/3 do comprimento da cápsula
(S. capillaris e S. vellozii).
4.1.7. Corola
A corola em Ouratea é constituída, freqüentemente, por cinco pétalas (quatro
em O. sellowii), amarelas, flabeladas ou espatuladas, com base ungüiculada; no
17
botão, cada pétala envolve dois estames e devido a isso são freqüentemente
assimétricas, com prefloração convoluta.
No gênero Sauvagesia, a corola possui cinco pétalas alvas ou róseas, obovais
e com ápice agudo, com prefloração convoluta.
4.1.8. Androceu
O androceu em Ouratea é diplostêmone, com anteras subsésseis, os filetes
raramente chegam a 1 mm de compr., as anteras são amarelas, tubulosas com
deiscência poricida e apresentam superfície lisa (Ouratea sp. nov.) lisas ou
transverso-rugulosas (O. sellowii, O. vaccinioides e O. parviflora) ou transverso-
rugosas (O. spectabilis e O. salicifolia), algumas vezes podem apresentar superfície
com papilas (O. parviflora).
Sauvagesia apresenta um ou dois ciclos de estaminódios: o ciclo externo é
filiforme e numeroso, o ciclo interno é petalóide com cinco estaminódios unidos ou
livres, os estames férteis (cinco) estão no interior desta “falsa corola”, as anteras
são subsésseis e apresentam deiscência longitudinal.
Embora espécies do gênero Sauvagesia nem sempre apresentem anteras
poricidas, a disposição dos estaminódios petalóides envolvendo os estames de
forma a deixar apenas um orifício apical para a liberação de pólen, tem função no
processo de polinização vibrátil (Kubitzki & Amaral 1991).
Esta disposição dos estaminódios petalóides deixando apenas um poro apical,
principalmente nas espécies em que os mesmos são livres, podem ser observadas
somente em material fresco.
A presença de um ou dois ciclos de estaminódios e a soldadura ou não dos
estaminódios petalóides é que davam sustentação a gêneros da subfamília
Sauvagesioideae (Lavradia Vell. ex Vand., Leitgebia Eichler, Neckia Korth. e
Sauvagesia L.) como foi relatado no histórico do gênero.
4.1.9. Gineceu
O gineceu e os frutos dos gêneros Ochna L. e Ouratea, geraram muitas
discussões, resultando em diferentes opiniões em relação ao posicionamento da
família dentro das ordens, como discutido anteriormente. Durante muito tempo, o
18
gineceu de Ochnaceae foi considerado apocárpico, entretanto, devido à presença
de mais de um carpelo e apenas um estilete comprova que na realidade trata-se de
uma estrutura sincárpica (Barroso 1999).
O gineceu de Ouratea é constituído por carpelos uniovulados, unidos pelo
estilete único e por uma estrutura basal estéril de natureza carpelar ou mista,
Yamamoto (1989).
O número de carpelos nas espécies de Ouratea é basicamente cinco, mas
pode variar entre quatro a sete, observam-se algumas variações, O. sellowii
apresenta flores freqüentemente com quatro carpelos, O. spectabilis possui cinco
carpelos, mas pode chegar a sete carpelos no mesmo indivíduo; nas demais
espécies o número de carpelos é cinco, O. parviflora possui cinco carpelos e
raramente ocorre a redução para quatro.
Em Sauvagesia, o gineceu é tricarpelar, os carpelos são unidos e apresentam
um estilete terminal, os lóculos são individualizados na base até aproximadamente
2/3 do comprimento do ovário, o restante é unilocular. Os lóculos são multiovulados
e a placentação é parietal até basal.
4.1.10. Fruto
Em Ouratea, o fruto é do tipo esquizocárpico: fruto indeiscente originado por
um gineceu sincárpico de dois ou mais carpelos que, ao amadurecer, dividem-se
em monocarpos ou mericarpos, constituindo frutos aparentemente apocárpicos
(Font Quer 1989).
No fruto, a estrutura basal (carpóforo) desenvolve-se e aumenta de tamanho
tornando-se carnosa e avermelhada e pode apresentar formas variadas. O
crescimento desta estrutura depende do desenvolvimento das unidades férteis
(mericarpos), podendo então apresentar-se recurvada ou irregular, devido à
interrupção do seu crescimento nas regiões adjacentes a um mericarpo abortado,
entretanto apesar destas variações intra-específicas, cada espécie apresenta uma
forma básica, mais constante, podendo contribuir na diferenciação de algumas
espécies (Yamamoto 1989, 1995a).
Nas espécies do Paraná, o carpóforo pode ser: obcônicos (O. salicifolia);
clavados ou piriformes (O. parviflora e O. sellowii); globosos (O. vaccinioides e
19
Ouratea sp. nov.) e variando entre piriformes, globosos ou irregulares (O.
spectabilis).
Os mericarpos são monospérmicos, drupóides ou cocóides, dispostos
verticalmente sobre o carpóforo, elípticos, globosos, ovóides ou raramente
oblongos (O. spectabilis).
Em Sauvagesia o fruto é do tipo cápsula septicida e multiseminada.
4.1.11. Sementes
Em Ouratea, as sementes são exalbuminosas, geralmente elípticas e ocupam
quase todo o interior do lóculo, são marrons e apresentam um revestimento
membranáceo pouco mais claro.
Os cotilédones das espécies que pudemos visualizar (O. parviflora, O.
vaccinioides, O. sellowii e Ouratea sp. nov.), são iguais entre si e algumas vezes
apresentam um prolongamento agudo no ápice, encaixado sobre o próprio dorso ou
sobre o dorso do vizinho.
Em Sauvagesia, as sementes são albuminosas, bastante reduzidas (até 1 mm)
e apresentam superfície ornamentada.
4.2. Tratamento taxonômico
São apresentadas as descrições da família, dos gêneros Ouratea e
Sauvagesia e das dez espécies nativas no Paraná: Ouratea parviflora, O. salicifolia,
O. sellowii, Ouratea sp. nov., O. spectabilis, O. vaccinioides, Sauvagesia capillaris,
S. erecta, S. racemosa e S. vellozii.
Após a descrição da família e dos gêneros, são apresentadas chaves de
identificação para os gêneros e espécies, respectivamente. Para cada espécie
descrita, são incluídos dados referentes à distribuição geográfica e ecologia,
floração, etimologia, comentários e material examinado.
4.2.1 Família Ochnaceae DC.
Árvores, arvoretas, arbustos ou raramente ervas (Sauvagesia). Estípulas com
margens inteiras ou ciliadas, glandulosas ou não, caducas ou persistentes. Folhas
simples, raramente pinadas (Rhytidanthera (Planch.) Tiegh.), alternas,
20
membranáceas a coriáceas, glabras ou raramente com tricomas, nervura central
evidente, numerosas nervuras laterais curvo-ascendentes, ou retas. Inflorescência
terminal ou subterminal, raramente axilar, racemosa ou cimosa; brácteas e
bractéolas caducas ou persistentes. Flores andróginas, hipóginas, actinomorfas ou
com tendência ao zigomorfismo (subtribo Luxemburgiinae), pedicelos articulados.
Cálice geralmente pentâmero, dialissépalo, prefloração quincucial, sépalas caducas
ou persistentes. Corola geralmente pentâmera, dialipétala, prefloração convoluta,
pétalas amarelas, alvas ou róseas. Androceu iso, diplo ou polistêmone,
dialistêmone, anteras lisas ou transverso-rugosas, bitecas, deiscência poricida ou
longitudinal, estaminódios presentes ou não; gineceu sincárpico, ovário súpero, 2-
10 carpelos, 2-10 lóculos, uni a multiovulados, estilete ginobásico ou terminal.
Frutos capsulares ou esquizocarpos com mericarpos drupóides, raro noz (Lophira
Banks ex C.F.Gaertn., Elvasia DC. e Perissocarpa Steyerm. & Maguire). Sementes
aladas ou não, com ou sem albúmen. Embrião reto ou curvo (Yamamoto, 1989,
1995a e Sastre 1973, 1981, 1995a).
4.2.2. Chave para os gêneros de Ochnaceae nativos no Paraná
1. Árvores, arvoretas ou arbustos; flores amarelas; anteras poricidas, estaminódios
ausentes; fruto esquizocárpico com mericarpos drupóides ou cocóides, indeiscentes.
.........................................................................................................................Ouratea
Ervas a subarbustos, flores alvas ou róseas, anteras com deiscência longitudinal,
estaminódios presentes, fruto cápsula ....................................................... Sauvagesia
4.2.3. Ouratea Aubl., Hist. Pl. Guiane 1: 397, pl. 152. 1775.
Subarbustos a árvores. Folhas; membranáceas a rígido coriáceas; glabras ou
glabrescentes; elípticas a oblongas, às vezes cordadas, suborbiculares, ovais ou
obovais ou tendendo a espatuladas; margens crenuladas, serruladas, serreadas ou
denteadas, pelo menos no ápice, raramente lisas, planas ou revolutas. Nervuras
basicamente camptódromas (Hickey 1973), geralmente do tipo eucamptódromo,
raramente broquidódromo. Estípulas aos pares, lateral aos pecíolos ou raramente
nos entrenós, livres, laminares, deltóides, margens lisas e inteiras, caducas ou
21
persistentes. Inflorescências terminais ou subterminais, multifloras, cimosas,
racemosas, paniculada ou tirsóide, eixos de até terceira ordem. Brácteas foliáceas
ou deltóides, caducas ou persistentes. Botões florais amarelos ou amarelo
esverdeados, cônicos ou ovóides, flores, actinomorfas, essencialmente
pentâmeras. Cálice com prefloração quincucial, sépalas amarelas ou amarelo-
esverdeadas, castanhas com margens escariosas no material herborizado, livres ou
com tendência à fusão na base. Corola com prefloração convoluta, pétalas
amarelas, raramente esbranquiçadas, assimétricas, espatuladas ou flabeladas,
base ungüiculada. Androceu diplostêmone, anteras subsésseis, deiscência poricida,
superfície lisa a rugosa ou com pequenas papilas. Gineceu com ovários assentados
sobre um ginóforo, parcialmente unidos pela base e pelo único estilete ginobásico;
estigma puntiforme, carpelos uniovulados, óvulos anátropos. Frutos
esquizocárpicos com mericarpos drupóides ou cocóides, elipsóides, oblongos ou
ovais. Sementes exalbuminosas, elípticas, cotilédones eretos, base arredondada,
ápice arredondado ou com pequeno prolongamento laminar, curvado sobre uma
depressão no próprio dorso ou sobre o dorso do outro cotilédone, revestimento
membranáceo de coloração marrom, sem endosperma. No embrião o eixo
hipocótilo-radicular é linear e apresenta-se na base dos cotilédones. (Yamamoto
1989,1995a).
4.2.3.1. Chave para as espécies do gênero Ouratea Aubl. nativas no Paraná
1. Ramos com periderme de textura escamosa e esfoliante, folhas coriáceas.............
............................................................................................................ 5. O. spectabilis
1. Ramos com periderme de textura lisa, folhas cartáceas
2. Folhas com margens lisas ou serreadas no terço superior
3. Folhas de comprimento menor que três vezes a largura, margem
freqüentemente serreada no ápice; mericarpos globosos ........6. O. vaccinioides
3. Folhas de comprimento maior que três vezes a largura, margem lisa ou
raramente serreada no ápice; mericarpos clavados ou piriformes
4. Flores freqüentemente tetrâmeras, lâminas foliares 3 – 7 x 0,7 – 1,5 cm ....
22
......................................................................................................3. O. sellowii
4. Flores freqüentemente pentâmeras, lâminas foliares 5 – 14 x 1,5 – 4 cm....
.................................................................................................. 1. O. parviflora
2. Folhas com margem serreadas em pelo menos dois terços da lâmina
5. Anteras rugosas; ginóforo de comprimento menor que duas vezes o
comprimento do ovário; carpóforos obcônicos, mericarpos globosos...................
.......................................................................................................2. O. salicifolia
5. Anteras lisas; ginóforo de comprimento duas a três vezes maior que o
comprimento do ovário; carpóforos globosos e mericarpos elípticos....................
............................................................................................... 4. Ouratea sp. nov.
1. Ouratea parviflora (DC.) Baill., Histoires des Plantes, 4:336. 1873.
Árvores ou arbustos, 2 10 m alt.. Ramos com periderme de textura lisa.
Folhas com pecíolo 3 - 6 mm de compr., sulcado na face adaxial, estriado
transversalmente na face abaxial; estípulas 2 6,5 x 0,8 – 2,5 mm; lâminas
cartáceas, glabras, 5 14 x 1,5 4 cm, comprimento três a quatro vezes maior que
a largura, elípticas ou elíptico-ovais, base obtusa ou aguda, ápice agudo ou
acuminado, margens planas ou pouco onduladas, sub-revolutas, lisas, raramente
serreadas no terço superior, nervura central impressa ou sulcada, raramente
proeminente na face adaxial, proeminente ou impressa na face abaxial, nervuras
intersecundárias subparalelas ou formando retículos laxos. Inflorescências
terminais ou subterminais, laxas, 5 – 25 (-40) flores, eixos primários 2 – 7,5 (-10) cm
compr., (6-) 8 10 (-13) ramificações laterais (eixos secundários e/ou artículos
unifloros), eixos secundários 0,5 6,5 cm compr., eixos terciários 0,5 1,3 cm
compr. Brácteas foliáceas não observadas, brácteas não foliáceas 1,8 3 x 0,8
1,5 mm, deltóides, bractéolas 1 – 2,5 x 0,2 0,5 mm, deltóides ou lineares.
Pedicelos florais 5,5 – 11 mm compr.. Botões florais 3 – 4,5 x 2 – 3,6 mm, cônicos,
ovóides ou globosos, ápice agudo ou obtuso. palas cinco, raramente quatro, 3,5
23
5 x 1,5 2,5 mm, ovóides ou elípticas; pétalas cinco, raramente quatro, 4 6,5 x
1,5 4 mm, flabeladas ou espatuladas; estames dez, raramente oito, anteras 3
4,5 mm compr., lisas ou transverso-rugulosas, às vezes apresentando papilas,
filetes ca. 0,6 mm compr.; gineceu cinco ou raramente quatro carpelos, ginóforo 0,8
1,5 (-2) mm compr., ovário ca. 0,7 mm compr., ovóide ou oblongo, estilete 2 3
mm compr. Fruto com carpóforo 4 9 x 2,5 – 6 mm, piriforme ou clavado,
mericarpos ca. 7 x 5 mm, elípticos ou oblongos; sementes ca. 5 x 3 mm, elípticas,
um dos cotilédones com apêndice laminar sobre o próprio dorso ou sem apêndice
(Fig. 3, A – E)
Distribuição geográfica e ecologia. No Brasil ocorre nos estados do Ceará,
Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul (Guimarães & Pereira 1966; Jung-Mendançolli & Luz
1984; Yamamoto 1995a; Jung-Mendançolli 1996).
No Paraná é freqüente em sub-bosque de Floresta Ombrófila Densa (F.O.D.),
ocorrendo desde a planície litorânea (F.O.D. das Terras Baixas) até 1200 m.s.n.m.
(F.O.D. Montana) e com menor freqüência pode ser encontrada também acima
dessa altitude (F.O.D. Altomontana).
Floresce quase todos os meses (exceto novembro) sendo mais freqüente no
mês de fevereiro, frutifica de dezembro a agosto.
Etimologia: parvusdo latim significa pequeno, flora= flores, parviflora” =
flores pequenas.
Comentários: Espécie reconhecida por suas folhas de comprimento maior
que três vezes a largura, pecíolos evidentes, espessados e com estrias transversais
na face abaxial.
24
Figura 2. Distribuição geográfica do gênero Ouratea Aubl. no Estado do Paraná: Ouratea parviflora
(DC.) Baill., O. salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl., O. sellowii (Planch.) Engl., O. spectabilis
Engl., O. vaccinioides (A.St.-Hil. & Tul) Engl. e Ouratea sp. nov.
O. parviflora apresenta características relativamente variáveis em relação às
folhas, principalmente nas dimensões da lâmina, como é verificado na descrição da
espécie, entretanto a relação comprimento largura é constante. A nervura central na
face adaxial varia entre sulcada, impressa ou promínula, além disso, foram
observadas diferenças na consistência e no brilho das folhas em alguns espécimes.
As inflorescências também apresentam certas alterações em sua arquitetura,
podendo ser racemiformes ou piramidais e paniculadas.
Essas alterações também foram observadas por Yamamoto (1995a). Levando
em consideração essas variações e algumas características da morfologia interna,
esta autora reconhece duas variedades (O. parviflora var. parviflora e O. parviflora
var. granulosa, a primeira ainda é dividida em quatro grupos) porém este trabalho
até o presente não foi publicado, conseqüentemente tais nomes são inválidos e não
são aqui considerados.
25
Material examinado: BRASIL. Paraná: Antonina, Bairro Alto, 23/IV/1982, fl.,
fr., G. Hatschbach 44880 (MBM); Cacatu, 25/III/1966, fr., G. Hatschbach 14166
(MBM); Caixa d' água, 18/I/1966, fl., G. Hatschbach, H. Hass & J. Lindeman 13354
(MBM); Estrada Cacatu - Serra Negra, 18/I/1996, fr., G. Hatschbach, H. Hass & J.
Lindeman 13557 (MBM); Fazenda Santana, 26/VI/1987, fr., Y. S. Kuniyoshi & C. V.
Roderjan 5203 (EFC, MBM); Porto das Moças, 16/lV/1988, fl., fr., G. Hatschbach &
J. M. Silva 52149 (MBM); Reserva Natural Cachoeira, 9/IV/2003, fl., G. Tiepolo et al.
s. n. (MBM 285599); Rio Pequeno, 14/XII/1978, G. Hatschbach 41779 (MBM);
Antonina, Sapitanduva, 1/II/1996, fl., J. M. Silva & J. T. Motta 1630 (MBM);
Sapitanduva, 18/I/1973, fl., G. Hatschbach 33670 (MBM); Serrinha, 29/Xll/1982, fl.,
G. Hatschbach 45971 (MBM); Bocaiúva do Sul, Sesmaria - Rio Capivari,
17/IX/1969, C. Kocsicki 240 (MBM); Campina Grande de Sul, 24/III/1963, fl., G.
Hatschbach s. n. (MBM 52774); Rodovia BR 2 - Ribeirão Branco, 21/III/1965, fl., G.
Hatschbach 12491 (MBM); Fazenda Madezatti, Rio Palmeiras, 15/III/1984, fl., Y. S.
Kuniyoshi & A. J. Pizani 4748 (EFC, MBM); Guaraqueçaba, Baía do Paruquara,
23/l/1991, fl., G. Hatschbach & O. S. Ribas 54906 (MBM); Morro do Bronze,
12/II/2002, fl., fr., J. Carneiro 1320 (MBM); Morro do Quitumbê ou do Costão,
15/IV/1995, fr., S. F. Athayde & D. J. S. Carrião 293/164 (UPCB); 18/I/1995, fl., S. F.
Athayde & D. J. Carrião 237/110 (UPCB); Reserva Natural de Salto Morato -
Fazenda Esperança, 23/IV/2002, G. Gatti et al. 772 (MBM); Rio do Costa, 9/II/1971,
fl., G. Hatschbach 29132 (MBM); Serrinha, 23/IV/1967, fl., fr., G. Hatschbach 16317,
(MBM); trilha atrás da igreja, 11/VII/1997, fr., L. R. M. Souza s. n. (FUEL 30178);
Guaratuba, Morro dos Perdidos, 30/lll/2001, fl., E. P. Santos & E. R. Vieira 990
(UPCB); Rio Itararé, 14/IV/1983, fl., fr., R. Kummrow 2308 (MBM); Matinhos,
2/VI/1962, fl., G. Hatschbach s. n. (MBM 52767, UPCB 3622); 31/XII/1962, fl., G.
Hatschbach s. n. (MBM 52773); Morretes, 17/III/1970, fl., G. Hatschbach 24036
(MBM, SPF); Entre Torneirinha e Parque Estadual Pico do Marumbi, 06/Vlll/1945,
fl., fr., G. Hatschbach 126 (MBM); Estrada da Graciosa, 8/I/1966, J. Lindeman & H.
Haas 226 (MBM); Caminho dos Jesuítas, 26/IV/1989, fl., J. M. Silva & A. C. Cervi
593 (MBM); Ferradura, 25/X/1977, fl., G. Hatschbach & L. Landrum 40012 (MBM);
Ilha do Malha, 17/I/1975, fl., G. Hatschbach & R. Kummrow 35748 (MBM);
Manduíra, 1/II/1996, fl., J. M. Silva & O. S. Ribas 1632 (MBM); Parque Estadual
Pico do Marumbi, Morro Rochedinho, 18/III/1997, fl., M. R. L. Rocha & A. Soares 78
26
(EFC); Pilão de Pedra, 30/VIII/1961, fl., G. Hatschbach 8209 (MBM); Serra Marumbi
- Picada do Gigante, 18/II/1982, fl., G. Hatschbach 44593 (MBM); Véu de Noiva,
05/ll/1986, fl., J. Cordeiro & J. M. Silva 223 (MBM); Palmeira, IX/1980, fl., L. T.
Dombrowski 13739 (MBM); Morro do Inglês, 18/II/1976, fl., G. Hatschbach 38104
(MBM); Paranaguá, Área do Banestado, 19/l/1995, S. R. Ziller & Y. S. Kuniyoshi
688 (HUM); Ilha do Mel - Morro Bento, 8/III/1986, fl., R. M. Britez 418 (UPCB,
MBM); Taboleiro do Guarani, 31/I/1966, fl., G. Hatschbach 13634 (MBM); Piraquara,
Encosta do Morro Anhangava, 15/VI/1947, fl., G. Hatschbach 731 (MBM);
Mananciais da Serra, 24/XII/1991, fl., A. P. Tramujas 558 (EFC); 10/lV/2005, fl., G.
S. Salvador 35 (HUCP, UPCB) e 36 (UPCB); Serra Piramirim, 15/XII/1995, fr., J. M.
Silva & C. B. Poliquesi 1572 (MBM); Quatro Barras, Morro Anhangava, 04/VIII/1993,
fr., G. Tiepolo 218 (EFC); 1/XI/1996, E. P. Santos, H. Meneses & R. Anjos 153
(UPCB); Morro Sete, 17/IV/1990, fl., O. S. Ribas e V. Nicolack 298 (MBM); Rio do
Corvo, 28/III/1989, fl., A. C. Cervi 2655 (UPCB); Rio UPCB). Taquari, 28/VI/1982, fl.,
P. I. Oliveira 575 (MBM); São José dos Pinhais, Morro do Canal, 20/VII/1995, fl., C.
V. Roderjan 1209 (EFC); Tibagi, Fazenda Monte Alegre - Harmonia, Região da
Araucária, 07/V/1953, fl., G. Hatschbach s. n., (MBM 52751); Tijucas do Sul,
Araçatuba, 15/III/1962, fl., G. Hatschbach 9049 (MBM, UPCB); Serra Papanduva,
14/V/1998, J. M. Silva e E. Barbosa 2366 (UPCB).
27
Figura 3. Ouratea parviflora (DC.) Baill. A, ramo fértil. B, folha detalhe das nervuras e margem. C,
ovário, ginóforo e base do estilete. D, fruto. E, semente em vista frontal. A-B (G. S. Salvador 35,
UPCB). C (G. Hatschbach 9049, UPCB). D-E (S. F. Athayde & D. J. S. Carrião 293, 164). O.
vaccinioides (A.St.-Hil. & Tul.) Engl. F, ramo fértil, G, folha detalhe das nervuras e margem. H,
ovário, ginóforo e base do estilete. I, fruto. J, semente em vista frontal. F-H (A. C. Cervi & S. Eliasaro
8309), I-J (E. P. Santos et al. 1025, UPCB).
28
2. Ouratea salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl. In Mart., Flora brasiliensis 12(2): 324.
1876.
Árvores ou arbustos, 2 5 m alt. Ramos com periderme de textura lisa.
Folhas com pecíolo 4,5 – 7 mm compr., geralmente sulcado na face adaxial, liso na
face abaxial; estípulas 7 8,5 x 1,5 2 mm; lâminas cartáceas, glabras, 7 – 11,5 x
3 4 cm, comprimento duas a três vezes maior que a largura, ovais ou oval-
elípticas, base obtusa, ápice agudo, margens planas, serreadas nos dois terços
superiores e lisas na base, nervura central proeminente em ambas as faces ou
impressa na adaxial, nervuras intersecundárias formando um retículo denso.
Inflorescências terminais ou subterminais, densas, (25-) 60 120 (-170) flores,
eixos primários 6,5 12 (-15) cm compr., 14 21 ramificações laterais (eixos
secundários e artículos unifloros), eixos secundários 0,2 6,5 cm compr., eixos
terciários 2 8 cm compr.. Brácteas foliáceas 1 4,5 x 0,5 2,3 cm, elípticas ou
obovais, brácteas não foliáceas 3 4 x 0,5 1 mm., deltóides, bractéolas 1 3 x
0,2 0,8 mm, deltóides ou lineares. Pedicelos florais 12 16 mm compr.. Botões
florais 4 6 x 3 4 mm, ovóides ou nicos, ápice agudo ou obtuso; sépalas
cinco, 5 6 x 2 3 mm, oblongo-ovóides; pétalas cinco, 6 8 x 5 7 mm,
flabeladas; estames dez, anteras 4 7 mm compr., transverso rugosas, filetes ca.
0,4 mm compr.; gineceu cinco carpelos, ginóforo 0,8 – 1,3 mm compr., ginóforo de
comprimento menor que duas vezes o comprimento do ovário, ovário 0,5 0,8 mm
compr., globoso, estilete 4 5 mm compr. Fruto com carpóforo 4 7 x 6 8 mm,
freqüentemente obcônico, mericarpos ca. 5 x 5 mm, globosos; sementes ca. 4 x 4
mm, globosas (Fig. 4, E – I ).
Distribuição geográfica e ecologia. No Brasil ocorre nos Estados do Ceará,
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso,
Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Engler 1876; Chacon 2003).
No Paraná ocorre geralmente em floresta ciliar. Floresce entre os meses de
junho, agosto e outubro e a frutificação de junho a agosto e outubro.
29
Figura 4. Ouratea sellowii (Planch.) Engl. A, ramo fértil. B, folha detalhe das nervuras e margem. C,
ovário, ginóforo e base do estilete. D, fruto. A-C (G. Hatschbach 42216, MBM). D (Von Linsingen 37,
MBM). O. salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl. E, ramo fértil, F, folha detalhe das nervuras e margem.
G, antera. H, ovário, ginóforo e base do estilete. I, fruto. E-F (A.C. Cervi 3763, UPCB). G-H (A.C.
Cervi & A. Uhlmann 4100, UPCB). I (A.C. Cervi & A. Uhlmann 4163, UPCB)
30
Etimologia: salicifolia” por apresentar folhas estreitas semelhantes as do
gênero Salix L..
Comentários: Espécie reconhecida por suas folhas com nervuras terciárias
formando retículos densos, margem serreada, carpóforos freqüentemente
obcônicos (em forma de triângulos invertidos) e com mericarpos globosos. As
inflorescências são piramidais tirsóides, raramente paniculadas e suas ramificações
são delgadas.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Bocaiúva do Sul, 28/X/1997, fl., W.
Maschio 224 (HFC, HUM); Jaguariaíva, Parque Estadual do Cerrado, 10/VII/2003,
fr., Y. S. Kuniyoshi 6349 (EFC); 19/VI/1993, fr., A. C. Cervi & A. Ulhman 4100
(MBM); 20/IV/1995, fl., C. V. Roderjan 1202 (EFC); 27/X/1993, fl., fr., A. C. Cervi &
A. Ulhman 4163 (MBM); próximo ao Canyon do Rio Jaguaríaiva, 25/VII/1996, fl., fr.,
Y. S. Kuniyoshi, C. V. Roderjan & F. Galvão 5903 (EFC); Pico Abrolhos, entre
Torneirinha e Estadual Marumbí, 6/VIII/1945, fl., G. Hatschbach 126 (MBM).
3. Ouratea sellowii (Planch.) Engl. in Mart., Flora brasiliensis 12(2): 347. 1876.
Árvores ou arbustos, 1,5 4 m alt.. Ramos com periderme de textura lisa.
Folhas com pecíolo 0,7 3 mm compr., plano ou sulcado na face adaxial, liso ou
levemente estriado na face abaxial; estípulas 1.5 – 4 x 0,5 - 1 mm; lâminas
cartáceas, glabras, 2 7 x 0,7 1,5 cm, comprimento três a cinco vezes maior que
a largura, elípticas ou elíptico-ovais, base atenuada, aguda ou obtusa, ápice agudo
ou obtuso, margens planas ou sub-revolutas, lisas, nervura central proeminente ou
promínula em ambas as faces, nervuras intersecundárias subparalelas.
Inflorescências terminais ou subterminais, laxas, 3 15 (-35) flores, eixos
primários 1,5 5 cm compr., 3 13 ramificações laterais (eixos secundários e
artículos unifloros), eixos secundários 0,5 4 cm compr., eixos terciários raramente
presentes, até 0,4 cm compr.. Brácteas foliáceas 0,5 0,8 x 0,1 0,2 cm, elípticas,
brácteas não foliáceas 1,5 2,5 x 0,5 0,7 mm, deltóides, bractéolas 1,2 4 x 0,2
1 mm, lineares ou deltódes. Pedicelos florais 6,5 – 10 mm compr.. Botões florais
3 4,5 x 1.5 3 mm, cônicos, ápice agudo; sépalas quatro, raramente cinco, 4 5
x 1,52,5 mm, elípticas; pétalas quatro, raramente cinco, geralmente espatuladas,
31
4,5 6 x 2,5 3,5 mm; estames oito, raramente dez, anteras 3 4 mm compr.,
lisas ou transverso rugulosas, filetes ca. 0,2 mm compr.; gineceu quatro, raramente
cinco carpelos, ginóforo 0,8 1,5 mm compr., ovário 0,4 0,7 mm compr., elíptico,
estilete 1,5 2,5 mm compr. Fruto com carpóforo 4 11 x 4 6 mm, piriforme ou
clavado, às vezes globoso, mericarpos 6 8 x 5 7 mm, globosos ou elípticos;
sementes ca. 5 x 3 mm, elípticas, ápice agudo, sem apêndice laminar (Fig. 4, A
D).
Distribuição geográfica e ecologia. No Brasil ocorre nos Estados do Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina (Yamamoto 1995a).
Encontrada em Floresta Ombrófila Densa Montana ou Altomontana no interior
da floresta; em campo graminoso ou cerradão em floresta ciliar.
Floresce entre os meses de janeiro a maio e agosto a novembro e frutifica nos
meses de janeiro, maio e setembro.
Etimologia. Nome dado em homenagem ao botânico e naturalista alemão
Friedrich Sellow. (1789-1810), que foi um dos primeiros exploradores científicos da
flora brasileira.
Comentários: A forma das folhas, as inflorescências com ramos delgados e
flexuosos, e os carpóforos clavados ou piriformes são semelhantes aos de O.
sellowii e O. parviflora, mas O. sellowii possui flores com pelo menos um dos
verticilos com número reduzido de peças, estruturas relativamente menores, folhas
com nervura central proeminente ou promínula e nunca sulcada ou impressa na
face adaxial, inflorescências, em geral, com número de flores menor que em O.
parviflora.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Arapoti, Rio das Perdizes, 11/X/1968,
fl., G. Hatschbach 20003 (MBM); Balsa Nova, Serra S´Ana, 18/IV/1969, fl., G.
Hatschbach 21345 (MBM); Bocaiúva do Sul, 17/IV/1947, fl., G. Hatschbach 687
(MBM); Estrada de Bocaiúvas do Sul - Tunas do Paraná, 16/V/1998, fr., F. França &
E. Mello 2529 (UEC 109357, 131736); Lapinha, Matinha dos Espigões,
22/VIII/1961, fl., G. Hatschbach s. n. (MBM 8274); Passa Vinte, 16/VII/1986, fr., G.
32
Hastchbach & E. Paciornik 50784 (MBM); Serra do Bocaina, 20/IV/1998, fl., J. M.
Silva, J. Cordeiro & E. Barbosa 2327 (MBM, SPF); 8/IV/1998, fl., J. M. Silva & L. M.
Abe 2307 (MBM); Serra S´Ana, 23/III/1983, fl., G. Hatschbach, 46659 (MBM); Cerro
Azul, Morro Grande, 25/I/1974, fl., G. Hatschbach 33769 (MBM); Jaguariaíva,
Fazenda Cajuru, 13/X/1968, fl., G. Hatschbach 20054 (MBM); Fazenda Chapada
Santo Antônio, 3/V/1991, fl., fr., J. T. Motta 2229 (MBM); Parque Estadual do
Cerrado, 27/XI/1999, fl., Von Linsingen 37 (MBM); Paranaguá, 25/VII/1967, fl., G.
Hatschbach 16783 (MBM); Rio Branco do Sul, Serra do Caete, 27/lll/1979, fl., G.
Hatschbach 42216 (MBM); Tibagi, área próxima da cidade de Tibagi, 21/VIII/1996,
fr., F. das Chagas et al. 1929 (FUEL); Parque Estadual do Guartelá, 12/I/2004, fr.,
M. R. B. do Carmo 587 (HUPG); 12/IX/1997, fl., fr., E. M. Nakamo & I. M. Medri s. n.
(FUEL, UPCB 40395); 14/IX/1996, R. A. G. Silva et al. s. n. (FUEL 20978);
25/III/2004, fl., M. R. B. do Carmo 857 (HUPG); 14/IX/1997, fr., R. Depieri, et al. s.
n. (MBM 230798); 14/XI/1996, R. A. G. Silva et al. s. n. (FUEL 20978); Ventania,
Fazenda Califórnia - Henrique Sato, 10/IX/2004, fl., D. A. Esteves et al. 456 (FUEL).
4. Ouratea sp nov.
Árvores ou arbustos, 2 5 m alt. Ramos com periderme de textura lisa.
Folhas com pecíolo (5-) 7 9 mm compr., sulcado na face adaxial, liso na face
abaxial; estípulas 4 x 1,5 mm; lâminas, cartáceas, glabras, 9 13 x 4 5,5 cm,
comprimento duas a três vezes maior que a largura, ovais ou elípticas, base obtusa
ou aguda, ápice agudo ou acuminado, margens planas, serreadas, ou duplo-
serreadas nos dois terços superiores e lisas na base, nervura central impressa ou
tendendo à sulcada na face adaxial e proeminente na abaxial, nervuras
intersecundárias subparalelas. Inflorescências terminais ou subterminais, laxas
(16-) 40 – 90 flores, eixos primários 8 12 cm compr., 11 16 ramificações laterais
(eixos secundários e artículos unifloros), eixos secundários 6 7 cm compr., eixos
terciários 0,3 0,7 (-4,5) cm compr.. Brácteas foliáceas 3 4 x 1,5 2,2 cm,
elípticas, brácteas não foliáceas 1 2,5 x 0,8 1,5 mm, deltóides, bractéolas 1
2,5 x 0,4 0,5 (-1) mm, lineares. Pedicelos florais com 6 13 mm compr.. Botões
florais (4-) 6 – 9 x 2 – 4 mm, cônicos, ápice agudo; sépalas cinco, 7 9,5 x 2 – 3,5
mm, ovais ou elípticas; pétalas cinco, 7 – 12 x 4,5 – 5,5 mm, espatuladas; estames
33
dez, anteras 5 7 mm compr., lisas; filetes ca. 0,2 mm compr.; gineceu cinco
carpelos, ginóforo 1,5 – 2,5 mm compr., ginóforo de comprimento duas a três vezes
maior que o comprimento do ovário, ovário 0,7 1 mm compr., oblongo ou elíptico,
estilete 4,5 – 7,5 mm compr.. Fruto com carpóforo 4 – 7 x (2,5-) 4 – 6 mm, globoso,
mericarpos 5 7,5 x 3,5 6 mm, elípticos; sementes 5 7 x 3 4,5 mm, elípticas
ou oblongas, com ápice arredondado, sem apêndice laminar (Fig. 5).
Distribuição e ecologia. No Brasil é confirmada a ocorrência desta espécie
nos Estados do Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Esta espécie é encontrada no Estado do Paraná em locais úmidos nas
florestas ciliares da Floresta Estacional Semidecidual e sobre pequenas elevações
do solo às margens de lagos entre Formações Pioneiras de Influência Flúvio-
Lacustre (várzeas); ca. 230 m.s.n.m.
Floresce nos meses de maio, agosto, setembro, novembro a janeiro, frutifica
em maio, dezembro e janeiro.
Comentários: Esta espécie assemelha-se a Ouratea salicifolia (A.St.-Hil. &
Tul.) Engl. pela forma e margem das folhas e inflorescências piramidais, mas difere
pelas anteras lisas, ginóforo de comprimento maior que duas vezes o comprimento
do ovário, carpóforos globosos, mericarpos elípticos e nervuras não reticuladas.
Assemelha-se também a O. castaneifolia (DC.) Engl., pelas margens das folhas e
botões alongados, com ápice agudo, da qual distingue-se pelas anteras lisas,
ginóforo alogado e folhas não coriáceas.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Vila Alta, 07/Xl/2002, fl., C. Kozera
1690 (MBM); 24/l/2003, fr., C. Kozera 1826 (MBM); 25/l/2003, fl., fr., C. Kozera 1847
(MBM); APA de Ilha Grande, 4 km para o sul do porto da balsa no lado oeste, Rio
Paraná, 14/XII/1995, fr., R. S. Ziller 1185 (MBM); Canal de acesso à lagoa São
João, 25/l/2003, fl., C. Kozera s. n. (MBM 284538); Rio Paraná entre Porto Figueira
e Porto Cerâmica, 06/Xll/1995, fl., J. Carneiro 127 (MBM).
34
Figura 5. Ouratea sp. nov.. A, ramo fértil. B, folha detalhe das nervuras e margem. C, botão floral.
D, aspecto geral da flor. E, sépalas. F, pétala. G, antera. H, ovário, ginóforo e base do estilete. I,
fruto. J, semente vista frontal. A-C, E-F, H (C. Kozera 1847, MBM). D (S.F. Lolis & E. Santos s. n.,
MBM 29875). G (C. Kozera 1690, MBM). I-J (R.S. Ziller 1185, MBM).
35
5. Ouratea spectabilis Engl. in Mart., Flora brasiliensis 12(2): 330. 1876.
Árvores ou arbustos, 2 – 6 m de alt.. Ramos com periderme de textura
escamosa e esfoliante. Folhas subsésseis, com pecíolo 2,5 3 mm compr., plano
ou convexo na face adaxial, liso na face abaxial; estípulas (2-) 6 8 x 1 2 mm;
lâminas coriáceas, glabras, 6 – 12 x 3 – 6 cm, comprimento duas a três vezes maior
que a largura, elípticas, oblongas, ovais ou obovais, base obtusa ou subcordada,
ápice obtuso, margens planas ou raramente sub-revolutas, lisas, crenadas ou
serreadas, nervura central proeminente em ambas as faces, nervuras
intersecundárias subparalelas entre si. Inflorescências terminais ou subterminais,
congestas, (50-) 100 290 flores, eixos primários (5-) 10 18 cm compr., 15 29
ramificações laterais (eixos secundários e artículos unifloros), eixos secundários 1,5
11,5 (-16) cm compr., eixos terciários 12,5 cm compr.. Brácteas foliáceas (0,8-)
2 3,5 x (0,5-)1,2 2 cm, elípticas, brácteas não foliáceas 6 9 x 1 2 mm,
deltóides, bractéolas 2 5 x 1 1,5 mm, lineares ou linear-deltóides. Pedicelos
florais (4-) 9 15 mm compr.. Botões florais 5 8,5 x 4 5 mm, ovóides ou
cônicos, ápice agudo ou obtuso; sépalas cinco, 6,5 10 x 3 4,5 mm, elípticas;
pétalas cinco, (7-) 10 13 (-14) x 6 8 (-10,5) mm, flabeladas ou raramente
espatuladas; estames dez, raramente 12, anteras (5-) 7 10 mm compr.,
transverso rugosas, filetes ca. 0,6 mm compr.; gineceu cinco, raramente seis ou
sete carpelos, ginóforo 1 2 mm compr., ovário 0,7 1,6 mm compr., oblongo ou
globoso, estilete 4 8 mm compr. Fruto com carpóforo 7 12 x 5 10 mm,
piriforme, globoso ou irregular, mericarpos 9 16 x 4,5 6,5 mm, oblongos ou
ovóides; semente 7 – 12 x 4-6, elípticas ou ovóides, (Fig. 6).
Distribuição geográfica e ecologia. No Brasil pode ser encontrada nos
Estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná
(Lorenzi 2002b).
Planta decídua, heliófila, característica e exclusiva dos cerrados. No Paraná, é
encontrada no Parque Estadual do Cerrado (Jaguariaíva) e no Parque Estadual do
Cânion Guartelá (Tibagi), os indivíduos são distribuídos esparsamente em ambos
os locais.
36
Produzem anualmente grande quantidade de sementes viáveis, prontamente
disseminadas pela avifauna (Lorenzi 2002b).
Floresce nos meses de março, junho, agosto a novembro e frutifica entre os
meses de agosto a outubro, dezembro e janeiro.
Etimologia. spectabilis do latím significa espetacular, digno de ser visto, pela
beleza de sua inflorescência.
Comentários: Espécie facilmente reconhecida por seu caule e ramos
possuírem periderme de textura escamosa e esfoliante, folhas com nervura
principal proeminente em ambas as faces, coriáceas quando maduras,
membranáceas e avermelhadas quando jovens. Essa espécie apresenta as flores
relativamente maiores, inflorescências congestas e com ramos mais espessos do
que todas as demais que ocorrem no Paraná.
O gineceu desta espécie é freqüentemente constituído por cinco carpelos,
entretanto, foram observadas variações dentro do mesmo indivíduo havendo flores
com cinco, seis ou sete carpelos, sem que os demais verticilos tivessem alterações
no número de peças.
Autores como Yamamoto (1989) e Oliveira & Leitão Filho (1987) sugerem a
ocorrência de nectários extraflorais em O.spectabilis. Segundo Yamamoto (1989) é
possível que nectários extraflorais possam ser encontrados na base dos pedicelos,
pois ela observou que os mesmos são visitados por insetos mesmo antes da
antese; Oliveira & Leitão Filho (1987) revelam a presença dessas estruturas nas
estípulas. Porém, estas estruturas não foram observadas no material que
analisamos.
Atualmente estudos sobre compostos químicos (biflavonóides) constituintes
desta planta vêm sendo realizados. Biflavonóides isolados de O. spectabilis
demonstraram atividade inibidora da aldose redutase (Felício et al. 1995 apud
Simoni et al. 2002), que é uma enzima que está envolvida na redução da glicose. O
aumento da atividade desta enzima está relacionada com patogêneses de muitas
complicações da diabetes, tais como catarata, retinopatia e neuropatia (Simoni et
al. 2002).
37
Material examinado: BRASIL. Paraná: Arapoti, Barra Rio das Perdizes,
25/Xl/1959, fl., G. Hatschbach 6639 (MBM); Castro, margem da rodovia entre Piraí
do Sul e Castro, 23/IX/1995, fl., K. D. Salione s. n. (FUEL 18119); Jaguariaíva,
1/XI/1989, fl., A. C. Cervi et al. 2848 (MBM); 10/X/1958, fl., G. Hatschbach 5104
(MBM); 03/Xl/2003, fl., G. S. Salvador 01 (UPCB); 24/IX/2005, fl., M. M. F. Zanon, L.
Grokoviski & A. M. Kaust 01 (UPCB), Chapadão Santo Antônio, 10/X/1968, fl., G.
Hatschbach 19959 (MBM, SPF); Fazenda Cajurú, 15/X/1997, fl., G. Hatschbach, E.
Barbosa & F. Deodato 67106 (MBM); Lageado Cinco Reis, 17/X/1966, J. Lindeman
& H. Haas 3087 (MBM); 23/III/1968, fl., G. Hatschbach 18938 (MBM, UEC); Parque
Estadual do Cerrado, 21/VIII/1997, fl., fr., A. Uhlmann & A. C. Svoleski s. n. (EFC
7507); rodovia p/ Curitiba, Km 2, 16/XII/1991, fr., A. C. Cervi et al. 3488 (MBM);
Rodovia PR 11, Próximo ao Rio Cilada, 18/X/1989, fl., G. & M. Hatschbach & V.
Nicolack 53617 (MBM); São Jerônimo da Serra, Fazenda Nho', 27/IX/1970, fl., G.
Hatschbach 24790 (MBM); Sengés, antes da divisa com o estado de São Paulo,
10/XII/1993, fr., Souza et al. 4947 (UEC); Fazenda Monte Alegre, 16/X/1952, fl., G.
Hatschbach 2919 (MBM); 14/XI/1952, fl., G. Hatschbach 2856 (MBM); Fazenda
Morungava, 16/XII/1980, fr., C. V. Roderjan 699 (EFC); Morro Pelado, 06/X/1971,
fl., G. Hatschbach 27102 (MBM, UEC); Parque Estadual do Guartelá,12/IX/1996, C.
Giraldi s. n. (FUEL, UEC 91368); 03/X/2003, fl., M. R. B. do Carmo 311 (HUPG);
04/VI/2003, fl., M. R. B. do Carmo 186 (HUPG); 05/I/1996, fr., G. Gatti & A. L.
Schütz 10 (EFC); 08/IX/1995, fl., M. C. Dias & A. Rogoni s. n. (FUEL 18027);
12/IX/1996, C. Giraldi s. n. (FUEL 20189); 12/IX/1997, fl., P. V. Tiago et al. s. n. (SP
350045); 12/IX/1997, fl., E. M. Nakamo & I. M. Medri s. n. (FUEL 253554);
12/IX/1997, Tiago et al. s. n. (FUEL, UEC 30175); 12/IX/1997, fl., fr., P. V. Tiago et
al. s. n. (FUEL 30175); 15/VIII/2003, fl., M. R. B. do Carmo 236 (HUPG); 9/I/2003,
fr., M. R. B. do Carmo 72 (HUPG). Canyon do Rio Iapó, Lageado do Pedregulho,
10/XI/1992, fl., G. Hatschbach & E. Barbosa 58202 (MBM); Rio Iapó, 12/X/1996, fl.,
S. R. Ziller & G. Bolzoni 1616 (MBM); Rio Cajurú, 25/XI/1980, fl., G. Hatschbach
43399 (MBM); 13/IX/1997, fl., E. T. Ito et al. s. n. (FUEL 20794); Rio do Funil,
09/IX/1959, fl., G. Hatschbach 6273 (MBM); Tibagi, Parque Estadual do Guartelá,
29/X/2004, fl. G. S. Salvador 24 (HUCP, UPCB) e 25 (UPCB).
38
Figura 6. Ouratea spectabilis Engl. A, ramo fértil. B, folha detalhe das nervuras e margem. C,
aspecto geral da flor. D, antera. E, ovário, ginóforo e base do estilete. F, fruto. A-E (G.S. Salvador 24,
UPCB). F (G. Gatti & A.L. Schutz 10, UPCB).
39
6. Ouratea vaccinioides (A.St.-Hil. & Tul.) Engl. in Mart., Flora brasiliensis 12(2):
329. 1876.
Árvores ou arbustos, 1,5 6 m de alt. Ramos com periderme de textura lisa.
Folhas subsésseis com pecíolo 1 – 3 mm compr., plano ou sulcado na face adaxial,
liso ou levemente estriado na face abaxial; estípulas 5 7 x 1,5 2 mm; lâminas
cartáceas, glabras, 1,5 7 x 1 2,5 cm, comprimento duas a três vezes maior que
a largura, elípticas, base atenuada às vezes obtusa, ápice agudo ou acuminado,
margens planas, sub-revolutas, freentemente serreadas no terço superior, lisas
na base, nervura central proeminente na face adaxial e impressa ou raramente
proeminente na face abaxial, nervuras intersecundárias subparalelas.
Inflorescências terminais ou subterminais, congestas, (10-) 20 90 flores, eixos
primários 2,5 7 cm compr., 10 18 ramificações laterais (eixos secundários e
artículos unifloros), eixos secundários 0,5 4,5 cm compr., eixos terciários 0,5 3
cm compr.. Brácteas foliáceas 1 – 1,4 x 2 – 2,5 mm, obovadas ou elípticas,
brácteas não foliáceas 3 5 x 0,2 1,5 mm, deltóides, bractéolas 2 2,5 (-4,5) x
0,5 (-2) mm, lineares. Pedicelos florais 0,7 – 12 mm compr.. Botões florais 3,5 6
x 2,5 – 4,5 mm, ovóides ou cônicos, ápice agudo ou obtuso; palas cinco, 5 6 x
2 3,5 mm, ovais ou elípticas; pétalas cinco, 5,5 6,5 (-7,8) x (4-) 5 6 mm,
flabeladas ou espatuladas; estames dez, anteras 3 4 mm compr., lisas, filetes ca.
0,4 mm compr.; gineceu cinco carpelos, ginóforo 0,5 1 mm compr., ovário 0,4
0,7 mm compr., oblongo ou globoso, estilete 3 – 4,5 mm compr.. Fruto com
carpóforo 3 8 x 3 12 mm, geralmente globoso, mericarpos ca. 7 x 5 mm,
elípticos; sementes ca. 6 x 4 mm, elípticas, apenas um ou os dois cotilédones
apresentam apêndice laminar-deltóides, um com o apêndice sobre o dorso do
cotilédone vizinho e outro com o apêndice sobre seu próprio dorso. (Fig. 3, F – J).
Distribuição geográfica e ecologia. No Brasil é encontrada nos estados da
Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná (Guimarães & Pereira
1966; Jung-Mendançolli & Luz 1984; Jung-Mendançolli 1996).
No Paraná esta espécie é encontrada na F.O.D. Montana e Altomontana,
acima de 850 m.s.m. nos campos de altitude ou no interior da floresta.
Floresce de março a agosto e frutifica de julho a novembro.
40
Etimologia. vaccinioides semelhante ao gênero Vaccinium L. (Ericaceae),
pela semelhança dos carpóforos de Ouratea com os frutos de Vaccinium.
Comentários: Espécie com características constantes, fáceis de reconhecer
por suas folhas elípticas, com a margem lisa na base e geralmente serreada no
ápice, sésseis ou subsésseis e ramos densamente folhosos.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Guaraqueçaba, Rio Pardinho, Serra da
Virgem Maria, 3/VII/1987, fl., Y. S. Kuniyoshi & C. V. Roderjan 5206 (EFC, MBM);
Serra Gigante, Morro queimado, 19/VII/2002, fl., M. Scheer & A. Mocochinski 442
(UPCB); Pico do Pasmado, 5/VII/2001, fl., M. Scheer & A. Mocochinski 372 (MBM,
UPCB); Guaratuba, Serra de Araçatuba, Morro dos Perdidos, 18/IX/1997, fr., E. P.
Santos & H. M. Fernandes 349 (UPCB); Serra de Araçatuba, Morro dos Perdidos,
12/XI/2003, fr., G. S. Salvador, A. C. Cervi & E. P. Santos 02 (UPCB); G. S.
Salvador, A. C. Cervi & E. P. Santos 03 (HUCP, UPCB); 17/VIII/2001, fr., E. P.
Santos, C. Blum & P. Hoffmann 1025 (UPCB); 31/VIII/2002, fl., fr., A. C. Cervi & S.
Eliasaro 8309 (UPCB); 4/IX/1998, fr., E. P. Santos, L. C. Cândido & M. Hasegawa
510 (UPCB); 4/IX/2001, fr., E. P. Santos & C. Blum 1032 (UPCB); 4/VI/1998, fl., E.
P. Santos & C. M. S. Coimbra 491 (UPCB); Morretes, Morro Mãe Catira,
4/VIII/1966, fl., G. Hatschbach 14556 (MBM, UEC, UPCB); Parque Estadual do Pico
Marumbi, 20/IV/1998, M. Borgo et al. 202 (HUCP, UPCB); 2/V/1999, S. Dala Rosa 5
(UPCB); Cume do Gigante, 08/VI/1996, L. H. S. Júnior 9 (EFC); Morro do
Facãozinho, 08/Vll/2001, fr., P. H. Labiak E. & M. Kaehler 1999 (MBM); Pico
Abrolhos, 8/VI/1947, fl., S. Imaguire s. n. (MBM 52779); Pico da Esfinge,
15/IX/1987, fl., E. Struminski s. n. (EFC 1365); Ponta do Tigre, 14/XII/1996, fr., L. H.
S. Júnior & C. V. Roderjan 15 (EFC); Trilha Noroeste, 06/VI/1996, fr., M. R. L.
Rocha 11 (EFC); Paranaguá, Serra da Prata, 20/VI/1998, fl., J. M. Silva & J. M.
Cruz 2400 (MBM, SPF); Trilha para a Torre da Prata, 1/VII/2003, fl., J. M. Silva, E.
Barbosa & E. F. Costa 3754 (MBM); Piraquara, Morro do Canal, 12/XI/2003, fr., J.
Carneiro 2125 (MBM); 26/Vll/2005, fl., E. J. Stange 135 (HUCP, UPCB); Quatro
Barras, Estrada da Graciosa, Alto da Serra, 31/III/1971, fl., G. Hatschbach 26601
(MBM); Morro Mãe Catira, 14/V/1987, fl., R. Kummrow & J. M. Silva 2907 (MBM);
41
Morro Sete, 14/VII/1987, fl., fr., J. M. Silva & J. Cordeiro 345 (MBM, UPCB);
3/IV/1992, fl., A. C. Cervi et al. 3635 (MBM, UPCB); Rio do Corvo, 3/IV/1992, fl., J.
M. Silva & A. C. Cervi 1083 (MBM); São José dos Pinhais, Guaricana, 15/VI/1982,
fl., P. I. Oliveira 541 (MBM); Serra do Emboque, 29/VIII/1968, fl., G. Hatschbach
19653 (MBM, SPF); Tijucas do Sul, Serra de Araçatuba, 09/VIII/1992, fl., fl., A.
Vicetini et al. 72 (EFC); Serra do Papanduva, 6/XI/1998, fr., E. Barbosa, J. M. Cruz
& C. B. Poliquesi 194 (MBM); 14/V/1998, fl., J. M. Silva & E. Barbosa 2373 (MBM).
4.2.4. Sauvagesia L., Sp. Pl. 1: 203. 1753.
Ervas a subarbustos, raramente árvores. Folhas simples, alternas, sésseis ou
subsésseis, membranáceas a coriáceas, glabras, com formas variáveis de elípticas,
ovais ou obovais; margens calosas ou não, serreadas e planas. Nervuras
basicamente camptódromas, nervuras secundárias quase retas e oblíquas em
relação à primária. Estípulas sempre aos pares, laterais, livres entre si, laminares,
ciliadas, persistentes. Inflorescências terminais ou axilares, paucifloras ou
multifloras, raramente unifloras. Brácteas triangulares ou semelhantes às folhas e
com estípulas. Flores brancas, róseas ou lilases, sépalas ovais, ápice agudo,
persistentes, pétalas geralmente obovais, caducas. Androceu isostêmone, anteras
subsésseis, oblongas ou ovóides, lisas, deiscência rimosa; estaminódios externos
ausentes ou numerosos com ápice reniforme, clavado ou oboval, persistentes,
cinco a quinze estaminódios internos, petalóides, livres ou unidos, oblongos a ovais,
menores que as pétalas, persistentes; ovário tricarpelar, trilocular na base,
tendendo a unilocular em direção ao ápice, lóculos multiovulados, placentação
parietal até basal, estilete simples, terminal. Cápsulas septicidas, ovais,
multisseminadas, sementes diminutas elípticas ou globosas, albuminosas (Sastre
1971b, 1973).
4.2.4.1. Chave para as espécies do gênero Sauvagesia L. nativas no Paraná
1. Presença de dois ciclos de estaminódios, um externo com numerosas estruturas
filiformes e um interno com cinco petalóides, livres entre si
2. Inflorescências axilares, paucifloras, estaminódios do ciclo externo
freqüentemente com ápice reniforme......................................................8. S. erecta
42
2. Inflorescências terminais, multifloras, estaminódios do ciclo externo com ápice
clavado..............................................................................................9. S. racemosa
1. Presença de apenas um ciclo de estaminódios petalóides, unidos entre si
formando uma estrutura urceolada com cinco lacínios
3. Lâminas elípticas de comprimento quatro vezes a largura, sépalas 2 2,5 mm
compr., cápsulas oblongas ..................................................................10. S. vellozii
3. Lâminas obovais de comprimento atrês vezes a largura, sépalas 0,8 1,3
mm compr.; cápsulas ovóides.............................................................7. S. capillaris
7. Sauvagesia capillaris (A.St.-Hil.) Sastre, Sellowia 23: 13. 1971.
Ervas ou subarbustos, até 60 cm alt.. Folhas sésseis ou subsésseis; estípulas
3 6 mm compr., não ciliadas ou com até 3 - 10 cílios não ramificados; lâminas
membranáceas (0,7-) 1 2,5 x 0,5 1 cm, comprimento até três vezes a largura,
obovais ou elípticas, base atenuada, ápice obtuso ou agudo, margens planas,
serreadas, não calosas. Inflorescências terminais, racemosas ou paniculadas;
brácteas deltóides, subuladas. Sépalas 0,8 1,3 x 0,3 0,6 mm, de comprimento
menor que 1/3 do comprimento da cápsula, ovais, margens lisas, base truncada,
ápice agudo, não ciliado; talas 3 5 x 1,5 2,5 mm, base ungüiculada, ápice
agudo; estaminódios externos ausentes, estaminódios internos 5, petalóides, 2 – 3
mm compr., unidos entre si formando uma estrutura urceolada com 5 lacínios no
ápice, estames cinco, anteras até 1 mm compr., ovóides, subsésseis; carpelos
três. Cápsulas 3 6 mm compr., ovóides; sementes ovóides, até 0,6 mm compr.,
ápice obtuso (Fig. 8, A – F).
Distribuição geográfica e ecologia. No Brasil é confirmada a ocorrência
apenas para os Estados de Minas Gerais e Paraná (Eichler 1871; Dwyer 1964).
Ocorre freqüentemente sobre rochas ou entre fendas. No Paraná foi coletada
somente no Parque Estadual do Cerrado em Jaguariaíva.
Floresce e frutifica entre os meses de outubro a maio.
Etimologia. O epíteto específico é devido às ramificações muito delgadas das
inflorescências.
43
Comentários: Esta espécie é reconhecida por suas inflorescências com
ramos bastante delgados, estípulas pouco ou não ramificadas e folhas
freqüentemente obovais.
Figura 7. Distribuição geográfica do gênero Sauvagesia L. no Estado do Paraná: Sauvagesia
capillaris (A.St.-Hil.) Sastre, S. erecta L., S. racemosa A.St.-Hil., S. vellozii (A.St.-Hil.)
Sastre.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Jaguariaíva, Estrada do Sertão,
entrada grande, 04/XII/1964, fl., fr., G. Hatschbach 11953 (MBM); Lago Azul,
margem do Rio Jaguariaíva, no Cânion 12/l/2000, fl., Von Linsingen 33 (MBM);
Parque Estadual do Cerrado, 29X/1999, fl., fr., Von Linsingen 32 (MBM).
8. Sauvagesia erecta L., Species Plantarum 1: 203. 1753.
Ervas até 50 cm alt.. Folhas sésseis ou subsésseis; estípulas 3 6 mm
compr., ciliadas, 14 30 cílios não ramificados; lâminas membranáceas 1 2 (-4) x
0,3 1 cm, comprimento duas a duas e meia vezes à largura, elípticas, base
atenuada, ápice agudo, margens planas, serreadas, não calosas ou calosas na face
abaxial. Inflorescências axilares, cimosas, 1 3 flores. Sépalas 5 x 1 2 mm, de
44
comprimento igual ou maior que 2/3 do comprimento da cápsula, ovais, margens
geralmente serruladas, base truncada, ápice agudo, às vezes ciliado, de
comprimento igual ou pelo menos 2/3 do comprimento da cápsula; pétalas 6 – 6,5 x
3 4 mm, base ungüiculada, ápice agudo; estaminódios externos numerosos,
filiformes, 0,8 – 1,2 mm compr., ápice freqüentemente reniforme, estaminódios
internos cinco, petalóides, 2,5 3,5 x 1 1,4 mm, oblongos a oblongo-ovais, base
truncada, ápice obtuso, livres entre si, estames cinco, anteras ca. 2 mm compr.,
oblongas, subsésseis; carpelos três. Cápsulas, 4 6 mm compr., ovóides,
sementes ovóides, ca. 0,5 mm compr., ápice agudo (Fig. 9 A – F).
Etimologia. O epíteto específico refere-se ao hábito ereto da planta,
entretanto ela também pode ser prostrada.
Distribuição geográfica e ecologia. Ocorre em quase todo o território
brasileiro nos Estados do Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Mato
Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo,
Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (Sastre
1971a).
Esta espécie ocorre nas zonas tropicais até moderadamente quentes da
América e da África, onde a temperatura noturna não é inferior a 5 ºC. Esta espécie
não suporta secas prolongadas, é adaptada a regiões de alta umidade atmosférica
e substratos instáveis, como húmus e areia, devido ao seu sistema radicular. A
luminosidade é indispensável para assegurar um crescimento normal e a fertilidade
(Sastre 1971a).
No Paraná, os espécimes coletados ocorrem principalmente na planície
litorânea (Restingas - Formações Pioneiras de Influência Marinha), Serra do Mar
(Florestas Ombrófila Densa das Terras Baixas e Submontana) ocorrendo também
na Savana (Cerrado) e raramente na Floresta Estacional Semidecidual, geralmente
em locais úmidos, sob solos arenosos. Floresce e frutifica durante todo o ano.
Comentários: Sauvagesia erecta apresenta duas subespécies: a subespécie
Brownei, de ocorrência mais restrita, é encontrada em Cuba e na Jamaica (Sastre,
1971a), enquanto a subespécie típica é amplamente distribuída em todos os
45
trópicos. Sauvagesia erecta subesp. erecta é subdividida em duas variedades: a
variedade erecta é caracterizada por estípulas com cílios não ramificados e folhas
membranáceas, enquanto a variedade coriacea apresenta estípulas com cílios
ramificados e folhas coriáceas.
No Paraná ocorre a subespécie e variedade típicas, a qual assemelha-se a S.
racemosa pela presença de dois ciclos de estaminódios, mas difere pelas
inflorescências axilares e pelos estaminódios externos com ápice reniforme.
Sauvagesia erecta apresenta características muito variáveis influenciadas pelo
meio. Estas variações foram demonstradas e discutidas por Sastre (1971a), quando
realizou diversos experimentos cultivando espécimes de S. erecta em diferentes
condições de luminosidade, umidade e solo, observando as alterações morfológicas
resultantes, definiu os limites desta espécie e diferenciou-a das espécies afins (S.
duideae Steyerm., S. erioclada Maguire & Phelps, S. nudicaulis Maguire & Wurdack
e S. rubiginosa A. St.-Hil.).
Material examinado: BRASIL. Paraná: Antonina, Reserva Natural Cachoeira,
Fazenda Rincão, 26/XI/2002, fl., M. Borgo & P. M. Hoffman 1998 (MBM); Rio do
Nunes, 25/IV/1980, fl., Adriano, Mousinho et Olavo 3 (UPCB); Rio Pequeno,
10/l/1974, fl., fr., G. Hatschbach 33651 (MBM); Caiobá, 09/Xll/1942, fl., fr., C.
Stelfeld 387 (SP); Morro do Boi, 11/IV/1974, fl., fr., R. Kummrow 546 (MBM, UEC);
na costa do Atlântico, 03/XI/1947, fl., fr., G. Tessmann s. n. (MBM, UPCB); Guaíra,
Sete Quedas, 11/XII/1965, fr., G. Hatschbach, J. Lindeman & H. Haas 13348 (UEC);
27/VII/1979, fl., fr., Buttura 97 (MBM); área a ser inundada pela represa, 18/lll/1982,
fl., fr., A. Custódio Filho & M. Kirizawa 795 (SP); Guaraqueçaba, 11/X/1992, fl., Nice
et al. s. n. (HUM 3345); Ilha do Rabelo, 21/III/1989, fl., S. C. Hamanaka et al. s. n.
(FUEL 6655, MBM, UPCB); Picada Praia deserta - Rio Paciência, 20/XI/1974, fl., fr.,
fl., fr., G. Hatschbach 35490 (MBM); Reserva Natural de Salto Morato, Trilha do
Bracinho 19/I/1998, fl., G. Gatti et al. 214 (EFC, UPCB); Estrada da figueira,
próximo à saibreira, 16/VIII/1998, fl., G. Gatti & A. L. S. Gatti 473 (UPCB);
Jaguariaíva, Parque Estadual do Cerrado, 24/X/1998, fl., fr., C. Sastre & A. C.
Cervi9790 (UPCB); Rio das Mortes, 08/XII/1998, fl., fr., A. Uhlmann s. n. (UPCB
35935); s. d., fl., fr., Von Linsingen 405; campo próximo ao Rio das Mortes, PR 151,
17XII/1991, fl., A. C. Cervi et al. 3604 (UPCB); Matinhos
, 10/lll/1946, fl., fr., G.
46
Figura 8. Sauvagesia capillaris (A.St.-Hil.) Sastre. A, ramo fértil. B, estípula. C, aspecto geral da
flor. D, sépala. E, estame. F, fruto. A-D (G. Hatschbach 11953, MBM). E (Von Linsingen 32, MBM). S.
vellozii (A.St.-Hil.) Sastre. G, ramo fértil, H, estípula. I, aspecto geral da flor. J, sépala. K, estame. L,
fruto. G, J-K (G. Hatschbach 22448, MBM). H-I, L (A. Frenzel s. n., MBM 6345).
47
Hatschbach 229 (MBM, UEC); 10/III/1946, fl., fr., G. Hatschbach 309 (MBM);
26/XII/1965, fl., fr., J. C. Lindeman & J. H. de Haus 113 (MBM); Praia das Gaivotas,
11/XI/1986, fl., fr., H. Utiamada s. n. (FUEL 4177); Morretes, Engenheiro Lange,
30/V/1946, fl., fr., G. Hatschbach s. n. (MBM 52789); Porto de Cima, 24/IV/1958, fl.,
G. Hatschbach & H. Moreira s. n. (UPCB); Paranaguá, Estrada Alexandra-
Matinhos, 12/XII/1995, fl., Y. S. Kuniyoshi & A. Miura 5714 (EFC); 31/lll/2005, fl., fr.,
G. S. Salvador 33 (UPCB); Floresta Estadual do Palmito, 5/X/2002, fl., A. C.
Baratieri & A. C. Cervi 128 (UPCB); Ilha das Cobras, 13/lll/1986, fl., fr., S. M. Silva
25131 (UEC); Ilha do Mel, 17/lll/2005, fl., fr., G. S. Salvador 31 (HUCP, UPCB);
Brasília, Restinga da praia Grande 24/lX/2004, fl., fr., G. S. Salvador 16 (UPCB);
Trilha entre Praia Grande e Praia do Belo, 24/lX/2004, fl., fr., G. S. Salvador 17
(HUCP, UPCB); Morro do Joaquim, 09/III/1985, fl., R. M. Britez & L. M. Silva s. n.
(UPCB 13189); Morro do Meio, 31/VIII/1986, fl., fr., W. S. Souza & R. M. Britez 850
(MBM, UPCB); Ponta Oeste, 10/IV/1987, fl., fr., E. Mello s. n. (MBM 131298); Praia
da Encantadas, 31/X/1983, fl., fr., G. O. F. Luz & A. Bidá s. n. (MBM 131299); Praia
do Farol, 10/V/1995, fl., S. M. Silva et al. s. n. (UPCB 24170); Rio Cachoeirinha,
18/l/1969, fl., fr., G. Hatschbach & J. P. Fontella 20847/19413 (MBM); Rio Pequeno,
28/XI/1999, fl., M. Borgo, B. L. Reinert & M. R. Bornchein 544 (UPCB); Taboleiro do
Guarany ao longo das picadas, 08/IX/1965, fr., G. Hatschbach 12731 (MBM);
Piaçaguera, 23/IV/1969, fl., fr., G. Hatschbach 21374 (MBM); Ponta do Poço,
15/V/1982, fl., fr., G. Hatschbach 44918 (MBM); Pontal do Paraná, Pontal do Sul,
28/V/1964, fl., G. Hatschbach 11301 (MBM, UPCB); 10/X/1965, fl., H. & M. Moreira
346 (UPCB); Balneáreo Ipanema - Guarapari, 22/IV/1999, fl., Y. S. Kuniyoshi 6237
(EFC); Estrada Ecológica do Guaraguaçú, Sítio Ribeirão Preto, 09/lll/2002, fl., fr., J.
Carneiro 1285 (MBM); Sengés, Fazenda Morungava, Rio do Funil, 12/XII/1958, fl.,
G. Hatschbach & R. Lange 5246 (UPCB); São José dos Pinhais, Guaruva, 06/l/50,
fl., fr., G. Hatschbach 1733 (MBM); Serra do Mar, Estrada da Grasiosa, próximo ao
Recanto Engenheiro Lacerda PR-410, 14/lV/2005, fl., fr., G. S. Salvador 38 (UPCB).
48
Figura 9. Sauvagesia erecta L. A, ramo fértil, B, estípula. C, aspecto geral da flor. D, sépala. E,
estame. F, fruto. A, F (G. Hatschbach 309, MBM). B, D, E (G.S. Salvador 16, UPCB). C (G.S.
Salvador 31, UPCB). S. racemosa A.St.-Hil. G, ramo fértil. H, estípula. I, aspecto geral da flor. J,
sépala. K, estame. L, fruto. G-H, J-L (A.C Cervi et al. 6063, UPCB). I (G. Hatschbach 3830, MBM).
49
9. Sauvagesia racemosa A.St.-Hil., Bulletin de la Société Philomatique de Paris
1823: 173. 1823.
Ervas ou subarbustos até 80 cm alt.. Folhas sésseis ou subsésseis; estípulas
3 10 mm compr., ciliadas, 14 30 cílios geralmente ramificados; lâminas
cartáceas ou coriáceas 1,5 4,5 x 0,7 1 cm, comprimento duas a três vezes
maior que a largura, elípticas ou obovais, base atenuada, ápice obtuso, margens
planas, serreadas ou crenuladas, calosas em ambas as faces ou somente na
abaxial. Inflorescências terminais, racemosas, brácteas semelhantes às folhas e
com estípulas. Sépalas 6 7 x 1,3 2,5 mm, de comprimento igual ou maior que
2/3 do comprimento da psula, ovais, margens lisas, base truncada, ápice agudo,
não ciliado; pétalas 6 7 x 3,5 5,5 mm, base ungüiculada, ápice agudo;
estaminódios externos numerosos, filiformes, 2 3,2 mm compr., ápice clavado,
estaminódios internos cinco, petalóides, 5 5,5 x 1 1,5 mm, oblongos à oblongo-
ovais, base truncada, ápice obtuso, livres entre si, estames cinco, anteras ca. 3 mm
compr., oblongas, subsésseis; carpelos três. Cápsulas 4,5 – 7,5 mm compr.,
ovóides; sementes ovóides, ca. 1mm compr., ápice obtuso (Fig. 9, G – L).
Distribuição geográfica e ecologia. Bahia, Mato Grosso, Goiás, Distrito
Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina (Dwyer 1945; Chacon 2003).
S. racemosa é freqüente em locais abertos, úmidos e sob solo arenoso. No
Paraná ocorre principalmente nas Estepes (Campos) e Savanas (Cerrados) do
segundo planalto.
Floresce e frutifica durante todo o ano.
Etimologia. O epíteto específico refere-se ao tipo de inflorescência
(racemosa).
Comentários: S. racemosa é próxima de S. erecta, mas difere desta pela
inflorescência terminal e estaminódios externos com ápice clavado (Fig. 13, G-L).
50
Material examinado: BRASIL. Paraná: Carambeí, 13/IV/1966, fl., G.
Hatschbach 14190 (MBM); Ipiranga, Rio Tibagi, 28/III/1947, fl., fr., G. Hatschbach
211 (FUEL MBM); III/1947, fr., G. Hatschbach s. n. (UPCB, 21037); Jaguariaíva,
Barra do Rio das Mortes, 25/lll/1968, fl., fr., G. Hatschbach 18963 (MBM); campo
próximo ao Rio das Mortes, PR 151, 16/XII/1991, fl., fr., A. C. Cervi et al. 3572
(MBM, UPCB); Estrada Velha para Arapoti, 21/XI/1995, fl., A. C. Cervi et al. 6063
(UPCB); Fazenda Chapada Santo Antônio, 27/XI/1968, fl., fr., G. Hatschbach 20422
(MBM); Parque Estadual do Cerrado, 17/XI/2000, fl., fr., Von Linsingen 35 (MBM);
Rio das Mortes, 23/II/1990, fl., fr., A. C. Cervi & A. Dunaiski 3257 (UPCB);
Paranaguá, Ilha do Mel, 18/XI, fl., fr., G. Tessmann 1953 (MBM) Ponta Grossa, ca.
de 25 km de Ponta Grossa, entre BR 373 e Rio Tibagi, 15/lll/1976, fl., fr., G. Davidse
& W. G. D'Arcy 11353 (SP); São Jerônimo da Serra, Rio do Tigre, 24/XI/1957, fl., fr.,
G. Hatschbach 3830 (MBM); Sengés, Fazenda Morungava, Rio do Funil,
12/XII/1958, fl., G. Hatschbach et R. B. Lange 5323 (MBM, UPCB); Rio Cajurú ao
lado da ponte, 04/XII/1988, fl., C. Müller et al. s. n. (FUEL 6038); Tibagi, Estrada
Castro - Tibagi, Fazenda Palmito, 09/l/1959, fl., fr., G. Hatschbach 5433 (MBM);
Parque Estadual do Guartelá, 05/IV/1996, fl., fr., L. P. Felix & A. "Loforge" s. n.
(UEC 103526); 15/I/2004, fl., M. R. B. do Carmo 641 (HUPG); 21/XII/2004, fl., M. R.
B. do Carmo 1082, 1083 (HUPG); Ventania, Fazenda Santa Inês, 14/XII/2004, fl.,
fr., D. A. Esteves et al. 538 (FUEL).
10. Sauvagesia vellozii (A.St.-Hil.) Sastre, Sellowia 23: 20. 1971.
Ervas ou subarbustos, até 60 cm alt.. Folhas sésseis ou subsésseis; estípulas
3 8 mm compr., ciliadas, 6 10 cílios não ramificados; lâminas membranáceas
(1,5-) 3 5,5 x (0,5-) 1 2 cm, comprimento maior que 4 vezes a largura, elípticas
ou elíptico-obovais, base atenuada, ápice obtuso ou agudo, margens planas,
serreadas, não calosas. Inflorescências terminais, racemosas; brácteas deltóides,
subuladas. Sépalas 2 2,5 x 0,7 1 mm, de comprimento menor que 1/3 do
comprimento da cápsula, ovais, margens lisas, base truncada, ápice agudo, não
ciliado; talas 3 4 x 2 2,8 mm, base ungüiculada, ápice agudo; estaminódios
externos ausentes, estaminódios internos cinco, petalóides, 2 – 3 mm compr.,
unidos entre si formando uma estrutura urceolada com cinco lacínios no ápice,
51
estames cinco, anteras até 1,2 mm compr., ovóides subsésseis; carpelos três.
Cápsulas 3 7 mm compr., oblongas; sementes ovóides, até 0,6 mm compr.,
ápice obtuso, (Fig. 8, G – L).
Distribuição geográfica e Ecologia. No Brasil ocorre nos Estados de Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Dwyer 1964).
No Paraná ocorre em áreas de Savanas (Cerrados), Florestas Ombrófilas
Mista e Densa, em locais abertos ou sombreados, freqüentemente sobre rochas.
Floresce e frutifica durante quase todo o ano, exceto nos meses de agosto e
setembro.
Etimologia. O epíteto específico foi uma homenagem ao botânico luso-
brasileiro Frei José Mariano da Conceição Vellozo (1742 1811), autor da ”Flora
Fluminensis”.
Comentários: S. vellozii é semelhante a S. capillaris pela ausência de
estaminódios externos, mas difere desta pelas folhas elípticas e de comprimento
maior que quatro vezes a largura e pelas cápsulas oblongas e pelas sépalas
maiores.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Adrianópolis, Fazenda Mato Limpo,
23/XI/2004, fl., fr., J. M. Silva & L. M. Abe 4240 (MBM); Almirante Tamandaré,
13/X/1969, fl., fr., G. Hatschbach 22448 (MBM); Balsa Nova, Serra S’ Ana,
18/lV/1969, fl., G. Hatschbach 21359 (UPCB, MBM); Serra São Luíz, 06/l/1971, fl.,
fr., G. Hatschbach 25955 (MBM); Bocaiúva do Sul, S' Ana, 27/l/1970, fl., fr., G.
Hatschbach 23410 (MBM); Campo Largo, Serra São Luíz do Purunã, 03/lll/1946, fl.,
fr., G. Hatschbach 244 (MBM); 23/ll/1960, fr., G. Hatschbach 6770 (MBM); 48 Km a
oeste de Curitiba, 28/ll, fl., A. Frenzel 1951 (MBM); Jaguariaíva, 11/l/1973, fl., fr., G.
Hatschbach 31129 (MBM); margem do Rio Jaguariaíva, no cânion, 12/l/2000, fr.,
Von Linsingen 33 (MBM); Palmeira, Fazenda Santa Rita, capão do cemitério,
12/III/1990, fl., fr., G. Hatschbach 54091 (MBM); Tunas do Paraná, estrada de
Pacas para o Parque das Lauráceas, 3/lll/2001, fl., fr., J. M. Silva, E. Barbosa & E.
F. Costa 3346 (MBM, SPF).
52
5. Conclusões
As espécies de Ochnaceae no Paraná estão distribuídas na planície litorânea,
Serra do Mar, primeiro, segundo e terceiro planaltos, em todas as unidades
fitogeográficas.
Não foi confirmada a ocorrência de O. castaneifolia (DC.) Engl. citada por
Angely (1965). É provável que o exemplar visto por ele tratava-se de uma
identificação incorreta.
É descrita uma espécie nova de Ouratea, que ocorre no Noroeste do Estado
do Paraná, Mato Grosso do Sul, Tocantins e na Bolívia. Esta espécie assemelha-se
a Ouratea salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl. e O. castaneifolia, das quais difere
principalmente pelas anteras lisas e ginóforo de comprimento maior que duas vezes
o comprimento do ovário.
Ouratea spectabilis Engl., endêmica do Cerrado, consta na lista vermelha de
espécie ameaçadas do Paraná como espécie rara (Hatschbach & Ziller, 1995).
Sauvagesia erecta L. apresenta ampla distribuição no Estado, ocorrendo em
quase todas as formações vegetacionais exceto na Floresta Ombrófila Mista. S.
capillaris (A.St.-Hil) Sastre é endêmica do Cerrado.
A maioria das coletas de Ochnaceae registradas para o Estado do Paraná está
concentrada na região Leste. Isto pode ser interpretado pela intensificação de
coletas nesta área e/ou pela degradação ambiental na região Oeste do Estado.
Raros são os trabalhos taxônomicos referentes às espécies de Ouratea que
ocorrem no Brasil e até o presente não se sabe o número de espécies que existem
no país. É fundamental para sanar esta lacuna a realização de uma revisão
taxônomica para este gênero.
53
6. Referências Bibliográficas
Adanson, M. 1763. Famille des Plantes. Paris.
Amaral, M.C.E. 1991. Phylogenetische Systematik der Ochnaceae. Botanische
Jahrbuecher Fuer Systematik 113 (1): 105-196.
Angely. J. 1965. Flora Analítica do Paraná. Phyton, São Paulo.
Angely, J. 1969. Flora Analítica e Fisiogeográfica do Estado de São Paulo.
Phyton, São Paulo.
APG ll [Angiosperm Phylogeny Group] 2003. An update of the Angiosperm
Phylogeny Group. Classification for the orders and families of flowering plant:
APG ll. Botanical Journal of the Linnean Society 141: 399-436.
Aublet, J.B.C.F. 1775. Histoire des Plantes de la Guyane Françoise Pp. 251-255,
fig. 100 e 397-401 fig.152. Paris.
Baillon, H.E. 1873. Récuéil d’observations botaniques. Adansonia 10 : 377-379.
Barroso, G.M.; Morim, P.M.; Peixoto, A.L. & Ichaso, C.L.F. 1999. Frutos e
sementes: morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.
Bentham, G. & Hooker J. D. 1862. Ochnaceae. In: G. Benthan & J.D. Hooker (eds.).
Genera Plantarum 1: 316-321.
Bittrich, V. & Amaral, M.C.E. 1994. Lectotypification of Gomphia Schreb.
(Ochnaceae). Taxon 43: 89-93
Brummitt, R.K. & Powell, C.E. (eds.) 1992. Authors of Plant Names. Kew, Royal
Botanical Gardens.
Candolle, A.P. de. 1811. Monographie des Ochnacées et Simaroubacées. Annales
du Museum D’Histoire Naturelle 17:398-425, fig. 1-20.
Chacon, R.G.; Yamamoto, K. & Cavalcanti, T.B. 2003. Ochnaceae. Pp. 207-225. In:
T.B. Cavalcanti & A.E. Ramos (orgs.) Flora do Distrito Federal, Brasil. v.3.
Distrito Federal, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Corner, E.J.H. 1976. The Seeds of the Dicotyledons. v. 2. Cambridge University
Press, Cambridge.
Corrêa, M.P. 1984. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas
Cultivadas, v.2. 2. ed. Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
Florestal.
Cronquist, A. 1981. An Integrated System of Classification of Flowering Plants.
New Tork, Columbia University.
54
Dwyer, J. D. 1943.The taxonomy of the Monogeneric Tribe Elvasieae. Bulletin of the
Torrey Botanical Club 70(1):42-49.
Dwyer, J. D. 1945. The taxonomy of the genus Sauvagesia. Bulletin of the Torrey
Botanical Club 72: 521-540.
Dwyer, J. D. 1964. The taxonomy of Lavradia Vell. Bulletin du Jardin Botanique de
L’État à Bruxelles 34(4):509-518, fig. 54.
Dwyer, J. D. 1965. The history and the nomenclatural problem of the genus Ouratea
(Ochnaceae). Taxon 14 (8): 275-277.
Dumortier, B.-C. 1829. Analyse des Familles des Plantes. Tournay, Imprimerie de
J. Casterman, Ainé.
Eichler, A. 1871. Sauvagesiaceae In: C.F.P. Martius (ed.). Flora brasiliensis 13(1):
398-419, fig. 81-85.
Engler, A. 1874. Über die Bregrenzung und Systematische Stellung der naturlichen
Familie der Ochnaceae. Nova Acta Academiae Caesareae Leopoldino
Carolinae 37 (2): 1-26.
Engler, A. 1876. Ochnaceae In: C.F.P. Martius (ed.). Flora Brasiliensis 12(2):301-
366, fig. 62-77.
Engler, A. 1897. Ochnaceae In: A. Engler & K. Prantl (eds.). Die natürlichen
Pflanzenfamilien, Nachtr. Zu Teil 3 (6): 245.
Engler, A. 1925. Strasburgeriaceae In: A. Engler & K. Prantl (eds.). Die natürlichen
Pflanzenfamilien, Nachtr. Zu Teil 21 : 87-89.
Farron, C. 1963.Contribuition à la Taxonomie des Ourateae Engl. Bulletin Societe
Botanique de Suisse 73:196-217, fig.1-20.
Farron, C. 1968. Contribuition à la Taxonomie des Ourateae d’Afrique. Candollea
23(2):177-228, fig. 1-11.
Farron, C. 1985. Les Ouratinae (Ochnaceae) d’ Afrique Continentalle. Cartes de
Distribuition et Clés de Détermination de Tous les Genres et Espéces.
Botanica Helvetica 95(1): 59-72.
Fidalgo, O. & Bononi, V.L.R. 1984. Técnicas de Coleta, Preservação e
Herborização de Material Botânico. Manual n. 4. Instituto de Botânica, São
Paulo.
Font Quer, P. 1989. Dicionário de Botânica. Editora Labor, Barcelona.
Gilg, E. 1895. Ochnaceae In: A. Engler, & K. Prantl. Die natürlichen
Pflanzenfamilien. 3 (6): 131-153.
55
Gingins, de L.F. 1825. Violarieae In: A.P. de Candolle, Prodromus Systematis
Naturalis Regni Vegetabilis 1:287-316, Paris.
Giullietti, A.M. & Forero, E. 1990. Workshop” Diversidade Taxonômica e Padrões de
Distribuição das Angiospermas Brasileiras. Acta Botânica Brasílica 4(1).
Guimarães, E.F. & Pereira, J.M.C. 1966. Ochnaceae no Estado da Guanabara.
Rodriguésia 25 (37): 59-65, fig. 2.
Hatschbach, G.G. & Ziller, S.R. 1995. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de
Extinção do Estado do Paraná. Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Curitiba.
Hickey, J.H. 1973. Classification of the Architecture of Dicotyledonous Leaves.
American Journal of Botany 60(1): 17-33.
Holmgren, P.K.; Holmgren, N.H. & Barnett, L.C. 1990. Index herbariorum. New
York, New York Botanical Garden.
Jung-Mendançolli, S.L. & Luz, S.F.C.R. da. 1984. Flora fanerogâmica da Reserva do
Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (São Paulo, Brasil) Ochnaceae.
Hoehnea 11: 77-79.
Jung-Mendançolli, S.L. 1996. Ochnaceae. Pp. 43-46. In: M.M. da R.F. Melo et al.
(eds.). Flora Fanerogâmica da Ilha do Cardoso. v.4. São Paulo, Instituto de
Botânica.
Jussieu, A.L. 1789. Genera Plantarum. Ed. 8. 1: 291-292. Parisiis.
Kanis, A. 1968. A Revision of the Ochnaceae of the Indo-Pacific Area. Blumea 16(1):
1-82, fig.1-8.
Kanis, A. 1971. Ochnaceae In: C.G.G. Van Steenis (ed.). Flora Malesiana série l, 7
(1): 97-119.
Kubitzki, K. & Amaral, M.C.E. 1991. Transference of function in the pollination system
of the Ochnaceae. Plant Systematics and Evolution 177:77-80.
Lawrence, G.H.M. 1977. Taxonomia das plantas vasculares. v. 2. Fundação
Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Linnaeus, C. 1753. Sauvagesia L., Species Plantarum. 1: 203.
Lorenzi, H & Souza, H.M. 2001. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas,
herbáceas e trepadeiras. Editora Plantarum, Nova Odessa.
Lorenzi, H. 2002a. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de
plantas arbóreas nativas do Brasil, v.1. Editora Plantarum, Nova Odessa.
Lorenzi, H. 2002b. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de
plantas arbóreas nativas do Brasil, v. 2. Editora Plantarum, Nova Odessa.
56
Maack, R.; 1981. Geografia Física do Estado Paraná, 2. ed., Secretaria da Cultura
e do Esporte do Governo do Estado do Paraná, Curitiba.
Maguire, B. & Wurdack, J.J. 1961. Ochnaceae in Botany of the Guayana Highlands,
part IV(2). Memoirs of the New York Botanical Garden 10(4):6-21, fig.25-27.
Monteiro, C.J. 1877. Elementos de Botânica Geral e Médica. Typ. Nacional,
Phytographia, v.6, Pp. 2458-2461.
Mori, S.A.; Silva L.A.M.; Lisboa, G. & Coradin L. 1989. Manual de manejo do
herbário fanerogâmico. 2. ed. Centro de Pesquisas do Cacau, Ilheus.
Oliveira, P.S. & Leitão Filho, H.F. 1987. Extrafloral nectaries their taxonomic
distribuition and abundance in the woody flora of cerrado vegetation in
Southearn Brazil. Biotropica 19 (2): 140 - 148.
Planchon, J.E. 1846. Sur le genre Godoya et ses analogues, avec des observations
sur les limites des Ochnacées, et une revue des genres et espèces de ce
groupe. London Journal of Botany 5: 584-600 + 644-656.
Planchon, J.E. 1847. Sur le genre Godoya et ses analogues, avec des observations
sur les limites des Ochnacées, et une revue des genres et espèces de ce
groupe. London Journal of Botany 6:1-31.
Plumier. 1703. Nova Plantarum Americanarum Genera. Pp. 41, pl. 32. Parisiis.
Rickett, H.W. & Stafleu, F.A. 1959. Nomina Generica Conservanda et Rejicienda
Spermatophytorum lll. Taxon 8 (9): 311.
Roderjan, C.V.; Galvão, F.; Kunioshi, Y.S. & Santos, E.P. 2001. Caracterization des
unités phytogéographiques dans L’Etat du Parana, Brasil, et leur état de
conservation. Biogeographica 77(4):129-140.
Saint-Hilaire, A. 1824a. Mémoire sur le gynobase, consideré dans les polypétales.
Pp. 89-119. In: A. Saint-Hilaire. Historie des plantes remarquables du Brésil
et Paraguay. Paris.
Saint-Hilaire, A. 1824b. Monographie des Genres Sauvagesia et Lavradia. Pp. 1-79,
fig. 1-6. In: A. Saint-Hilaire. Historie des plantes remarquables du Brésil et
Paraguay. Paris.
Saint-Hilaire, A. 1829. Frankeniaceae. In: A. Saint-Hilaire. Flora Brasiliae
Meridionalis 14 (12): 151-158.
Sastre, C. 1968. Sauvagesia sprengelli Saint-Hilaire et les Espèces Affines.
Adansonia 8:113-129, fig. 1-7.
Sastre, C. 1970. Les Espèces de Sauvagesia L. à Placentação Basale. Caldasia,
10, (50): 497-516, fig. 1-6.
57
Sastre, C. 1971a. Sauvagesia erecta L., ses Variations, Espèces Affines. Caldasia
11(51): 3-66, fig.1-9.
Sastre, C. 1971b. Recherche sur les Ochnacées-V - Essai de Taxonomie Numérique
et Schéma Évolutif du Genre Sauvagesia L. Sellowia 23:9-44, fig. 1-9.
Sastre, C. 1973. Monographie du Genre Sauvagesia: son Évolution. Tese de
Doutorado. Université Paris, Paris.
Sastre, C. 1981. Ochnacées Nouvelles du Brésil. Bulletin du Jardin Botanique
National di Bélgique 51 (3/4): 347-413.
Sastre, C. 1988. Studies on the Flora of the Guianas 34. Synopsis generis Ouratea
Aublet (Ochnaceae). Bulletin du Museum National D’Histoire Naturelle,
Paris 4e. Sér., 10, section B, Adansonia 1: 47-67.
Sastre, C. 1995a. Novelties in the Neotropical genus Ouratea Aublet (Ochnaceae).
Novon 5 (2): 193-200.
Sastre, C. 1995b. Ochnaceae. Pp. 519-522. In: B.L. Stannard, Y.B. Harvey & R.M.
Harley (ed.). Flora of the Pico das Almas: Chapada Diamantina-Bahia,
Brazil. Kew, Royal Botanic Gardens.
Sastre, C. 1997. Uma Espécie Nova de Sauvagesia L.(Ochnaceae) do Campo
Rupestre do Estado de Goiás. Boletim de Botânica da Universidade de São
Paulo 16: 71-73.
Sastre, C. 2001. New Ouratea Species (Ochnaceae) from Venezuel and Adjacent
Countries. Novon 11 (1): 105-118.
Sastre, C. 2004. Une Nouvelle Espèce dOuratea (Ochnaceae) du Venezuela.
Adansonia ser. 3, 26 (1): 129-131.
Sastre, C. 2005. Une Nouvelle Espèce dOuratea (Ochnaceae) de l’Amazonie
Brésilienne. Adansonia ser. 3, 27 (1): 85-88.
Simoni, I.C.; Felicio, J.D.; Gonçalez, E. & Ross, M.H. 2002. Avaliação Da
Citotoxicidade de Biflavonóides Isolados de Ouratea spectabilis (Ochnaceae)
em Células de Córnea de Coelho Sirc. Arquivos do Instituto Biológico de
São Paulo 69 (4): 95-97.
Schreber, C.D. 1789. Gomphia. Pp. 291-292. In: C. Linnaeus (ed.). Genera
Plantarum, v. 1, 8. ed. Frankfurt.
Stearn, W.T. 1983. Botanical Latin. 3. ed. London. 566 p.
Takhtajan, A.L. 1997. Diversity and Classification of Flowering Plants. New York,
Columbia University Press.
Tieghem, P. Van. 1902. Sur les Ochnacées. Annales Sciences Naturelles
Botanique, sér. 8e, 16:161-416.
58
Yamamoto, K. 1989. Morfologia, anatomia e sistemática do gênero Ouratea
Aublet (Ochnaceae): Levantamento preliminar das características de
importância taxonômica e avaliação das classificações vigentes.
Dissertação de Mestrado, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de
Campinas. Campinas. Campinas.
Yamamoto, K. 1995a. Estudos taxonômicos sobre Ouratea parviflora (DC.) Baill.
(Ochnaceae) e espécies afins ocorrentes em Floresta Atlântica nas
Regiões Sudeste e Sul do Brasil. Tese de doutorado, Instituto de Biologia,
Universidade Estadual de Campinas. Campinas.
Yamamoto, K. 1995b. Ouratea hatschbachii (Ochnaceae): Uma Nova Espécies de
Grão-Mongol, Estado de Minas Gerais. Boletim de Botânica da Universidade
de São Paulo 14: 33-37.
Yamamoto, K. & Sastre, C. 2004. Flora de Grão Mongol, Minas Gerais: Ochnaceae.
Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 22(2): 343-348.
59
Anexo
60
Lista de material examinado, exceto os do Estado do Paraná, em ordem
alfabética de espécies, Estados, Municípios e localidades.
Ouratea parviflora (DC.) Baill.
BRASIL. Minas Gerais: Caparaó, 24/X/1989, fl., R. S. - Bianchini, J. R. Pirani & R.
Mello - Silva 238 (SPF); Jequeri, área de inundação da usina de Providência,
19/Xl/1997, fr., A. Salino 3759 (FUEL). Rio de Janeiro: Itatiáia, 17/Xl/1994, fl., R.
Simão - Bianchini 574 (SP); Resende, Parque Nacional de Itatiaia - Rio Campo Belo,
02/XI/1965, fl., G. Eiten & L. T. Eiten 6500 (SP). Rio Grande do Sul: Torres,
8/I/1992, fl., A. Jarenkow 2046 (MBM); São Jacó, 12/I/1994, fl., J. A. Jarenkow s. n.
(MBM 206991). Santa Catarina: Águas Mornas, SC - 6,5km NW - caminho à
Lourdes, 6/II/1994, fl., A. Krapovictas & C. L. Cristóbal s. n. (MBM 217484); Brusque,
Mata da Azambuja, 11/VIII/1949, fr., R. Klein 115, (MBM); 9/II/1950, fl., R. Klein 121
(MBM); Ibirama, Horto Florestal I. N. P., 25/IV/1955, fr., A. Gevieske 154 (MBM);
4/II/1956, fl., Reitz & Klein 2564 (MBM); Itapoá, Rio SGuaçú, 10/II/2002, fl., J. M .
Silva 3567 (MBM); Joinville, Estrada Dona Francisca, 21/VI/1957, Reitz & Klein 4409;
Luiz Alves, Braço do Joaquim, 16/II/1956, fl., Reitz & Klein 2681 (HBR, MBM);
Orleans, Rio Novo - Estrada de Santa Catarina, 18/VII/1962, fl., fr., J. Mattos; 10415
(MBM); São Francisco do Sul, Estrada dona Margarida - mina velha, 1/V/1953, fr., G.
Hatschbach s. n. (MBM 52761). São Paulo: Barra do Turvo, 10 km da Barra do
Turvo em direção Pariquera-açú, 14/II/1995, fl., fr., J. P. Souza, P. H. Miyaji, & J. A.
Zandoval 63G (SPF, UEC); Estrada de acesso a Barra do Turvo, 08/II/1995, fl., H. F.
Leitão Filho et al. 33105 (UEC 72245); Cananéia, Ilha do Cardoso, 24/XI/1982, R. D.
Morassi et al. 55 (SP); 06/IX/1988, fl., fr., F. de Barros et al. 1528 (SP); 11/III/1982,
fr., Mendaçoli et al. 454 (SP); 19/IV/1983, fl., M. Kirizawa 927 (SP); Ilha do Cardoso -
Ipanema - Morro das Pedras, 06/III/1985, fl., F. de Barros 1050 (SP); 10/XI/1985, fl.,
M. M. R. F. Melo, S. R. Neto & C. B. Toledo 611 (SP); Ilha do Cardoso - restinga
arbórea do Pereirinha - caminho p/ o Morro das Almas, 23/VIII/1984, fr., M. Kirizawa
& S. Romaniuc Neto 1280 (SP); 18/IV/1985, fl., M. Kirizawa & T. M. Cerati 1456 (SP);
Caraguatatuba, Parque Estadual da Serra do Mar, 11/VIII/2000, fr., G. L. Esteves et
al. 2747 (SPF); 10/IX/2000, fr., R. S. - Bianchini, S. Bianchini & R. P. G. Rosário
61
1473 (SPF); Cotia, fragmento do Nelson, 06/III/2001, fl., L. C. Bernacci et al. 3051
(UEC); Cubatão, 15/III/1923, fl., A. Gehrt s. n. (SPF 82093); 22/XIII/1999, fr., s. n.
(SPF 82090); Guarujá, Ilha de Santo Amaro - Praia de Iporanga, 17/V/1962, fl., fr, M.
A. B. Andrade s. n. (SPF 86485); Iguapé, Estação Ecológica de Chauás, 06/I/1999,
fl., D. Sampaio et al. 76 (UEC); 07/I/1999, fl., M. R. Gorenstein et al. 45 (UEC);
10/I/1999, fl., C. Kozera et al. 806 (UEC); Itanhaem, Balneário Tupi, 25/VI/1998, fr.,
F. França & E. Melo 2582 (UEC 131737); Parque Estadual da Serra do Mar,
16/IV/2001, fr., F. M. Souza et al. 174 (UEC); 16/IV/2001, fr., L. D. Meireles et al. 185
(UEC); Jundiaí, Estação experimental do IAC, 05/lV/1995, fl., S. L. J - Mendaçoli
1411 (SPF); Mairiporã, Parque Estadual da Cantareira - região de Águas Claras,
18/III/2000, fl., F. A. R. D. P. Arzolla 107 (UEC); 24/II/2000, fr., F. A . R. D. P. Arzolla
166 (UEC); Tijucas do Sul, 17/V/1994, fr., L. C. Bernacci et al. 214 (UEC); Pariquer -
açú, Estação Experimental do Instituto Agronômico, 25/V/1995, fr., N. M. Ivanauskas
180 (UEC); 22/VII/1995, fr., N. M. Ivanauskas 259 (UEC); 25/V/1995, fr., N. M.
Ivanauskas 180 (UEC); Parque Estadual do Pariquera - abaixo, 05/I/1999, fl., M. R.
Gorenstein et al. s. n. (UEC, 107515); 13/l/1999, fl., Godoy et al. 134 (UEC); estrada
de acesso pelo sítio do Sr João Cassador, km 78 da Rodovia Pariquera, 06/l/1999,
fl., E. R. Batista et al. 30 (UEC); propriedade de A. Povinski, 12/XII/1995, fl., N. M.
Ivanauskas 659 (UEC); 13/III/1996, N. M. Ivanauskas 722 (UEC); 18/XII/1995, fl., N.
M. Ivanauskas 625 (UEC); 18/XII/1995, fl., N. M. Ivanauskas 625 (UEC); Peruíbe,
Parque Estadual da Juréia, trilha Grajaúna – Guilherme, 17/VIII/1994, fl., J. R.
Stehmann & M. Sobral 1483 (UEC); 01/I/1991, fl., M. Sobral & D. Attili 6613 (MBM);
Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, 21/I/2001, A. Lobão & P. Fiaschi 527
(SPF); Santo Amaro, Vila Friburgo, 31/X/1940, fl., I. Hauss 57 (SP); São Paulo,
Butantan, 02/IV/1917, fl., F. C. Hoehne s. n. (SP 26); Campo Limpo, 09/V/2005, fl.,
fr., L. Rossi et al., s. n. (SPF 61796); Centro da cidade - Praça da Sé, 03/III/1961, C.
G. Fonseca 29 (SP); Distrito de Marsilac - trilha do mirante - Parque Estadual da
Serra do Mar, 28/III/1996, fl., G. M. P. Ferreira 52 (SPF); Jardim Botânico, III/1939,
fl., O. Handro s. n. (SP 58162, SPF); III/1939, fl., Parque do Campo Limpo,
09/V/1985, fl., fr., L. Rossi et al. 600 (SPF); Parque do Morumbi, 27/II/1984, M. Bittar
& J. Bessa s. n. (SPF 32693); Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Curucutu,
ilha do mirante antes da capelinha, 20/IX/1998, fr., J. R. Pirani et al. 4443 (SPF,
UEC); Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, 09/IV/1980, fl., M. Kirizawa et al. 543
62
(SP); 05/V/1974, fl., J. A. Corrêa 50 (SP); 19/II/1979, fl., M. Kirizawa 378 (SP); s. d.,
fl., A. Corrêa 52 (SP); Parque Municipal Alfredo Volpi, s. d., fl., S. Aragaki 401 (SP);
Parque Santo Dias - Trilha da Palmeira, 04/III/1993, fl., R. J. F. Garcia, 359 (SPF);
Trilha do Atalho, 27/V/1992, R. J. F. Garcia 49 (SPF); Trilha do Muro, 10/V/1992, R.
J. F. Garcia 64 (SPF); Região Sul de o Paulo, sítio caminho para Engenheiro
Macilac, 13/IX/1994, fr., N. S. Ávila 362 (SPF, UEC); São Sebastião, Barra do Una,
Boracéia, 22/IV/2002, fr., fl., N. M. Ivanauskas et al. 4596 (UEC); Tapiraí, Rodovia
SP 79, após a saída da cidade em direção à Juquiá, 11/V/1994, fl., R. Mello - Silva,
F. A. Vitta & N. Roque 916 (SPF 92968, 99578); Sítio Palmira, 23/VI/2000, fr., R.
Mello - Silva 1804 (SPF, UEC); Ubatuba, Ilha Vitória - Litoral Norte, 25/V/1990, fl., J.
C. Gomes 2683 (SP).
Ouratea salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl.
BRASIL. Distrito Federal: Brasília, 06/X/1980, fl., fr., E. P. Heringer et al. 5555
(UEC); Fazenda Água Limpa, cabeceira do córrego Capitinga, 26/X/1976, fl., J. A.
Ratter s. n. (UEC); Reserva Ecológica do IBGE, 04/X/1989, fr., D. Alvarenga & F. C.
A. Oliveira 489 (UEC); 29/IX/1983, fl., B. A. S. Pereira 798 (UEC). Minas Gerais:
Belo Horizonte, Estação Ecológica da UFMG, 10/X/1990, fl., E. Tameirão Neto 214
(SPF); Bom Sucesso, Fazenda Porto Velho, Macaia, 15/X/1991, fl., E. Tameirão
Neto & M. S. Werneck 713 (UEC); Rio Vermelho, Pedra Menina, Fazenda Vargem
do Angélico, 14/X/1984, fl., fr., R. Mello-Silva et al. s. n. (SPF 35290). Pernambuco:
Brejo da Madre de Deus, mata do Bituri, 01/lll/2000, fr., L. M. Nascimento & A. G. da
Silva 347 (UEC); 19/l/1999, fr., L. M. Cordeiro & P. B. Belchior 186 (UEC);
29/XII/1999, fl., fr., A. G. da Silva et al. 201 (UEC); mata do Cassage, 25/XI/1998, fl.,
L. M. Nascimento, M. J. N. Rodal & E. R. Almeida 117 (UEC). Rio Grande do Sul:
Torres, Lageadinho, 28/XI/1991, fl., J. A. Jarenkow 1995 (MBM). Santa Catarina:
Florianópolis, Lagoa da Conceição, 08/XII/1950, fl., A. P. Duarte & J. Falcão 3402
(UEC); Três Irmãos, Praia Grande, 06/XII/1958, fl., A. Sehnen 7251 (MBM). São
Paulo: Aguaí, 7/XI/1994, fr., L. S. Kinoshita & C. Muller 94/156 (SPF); Anhembi,
Barreiro Rico, 21/Xll/1979, fr., C. T. de Assunpção 7572 (UEC); Fazenda Barreiro
Rico, 15/XII/1981, fl., César s. n. (UEC 27635); 25/X/1979, fr., C. T. de Assunção
7572 (UEC); 08/XI/1979, fl., bt, H. F. Leitão Filho 10559 (UEC); Araçatuba
, Fazenda
63
Santo Antônio, 11/X/1993, fl., A. A. Rezende 102 (UEC); Guarei, Sarandi, 03/l/1981,
Neves & Barbosa s. n. (UEC 33835); Itirapina, 07/X/1993, fl., K. D. Barreto et al. s. n.
(SP); 05/X/1994, fl., R. Goldemberg 1 (UEC); Rodovia Washington Luiz, 07/X/1993,
fl., G. D. Fernandes & F. X. Vitti s. n. (HUM 5938); Jales, Pastos do Retiro,
25/X/1951, fl., W. Hoehne s. n. (SPF 3925); São Carlos, 01/IX/1954, fl., O. M.
Kuhlmann 3073 (SPF).
Ouratea sellowii (Planch.) Engl.
BRASIL. São Paulo: Jardim, XI/1940, fl., fr., W. Hoehne s. n. (SPF 10666);
Paranapiacaba, 18/X/1967, fl., J. Mattos e N. Mattos 15074 (SPF); Pinheiros,
31/V/1933, fl., fr., W. Hoehne 335 (SPF 10132, 85273, P); o Bernardo, 18/IX/2002,
fl., A. Puttemans s. n. (SP 14051); São Paulo, 24/IV/2005, A. Usteri s. n. (SP 14033);
Casa Verde, 01/VI/1943, fl., bt, B. Pickel 5710 (SP); Jardim Botânico, 18/IV/1933, fl.,
O. Handro, s. n. (SPF 82919); 18/VIII/1949, fr., M. Kuhlmann 3361 (SP); Palheiros,
Camping Ana Paula, 10/IV/1995, fl., fr., S. A. P. Godoy et al. 462 (SPF, UEC);
Parque Estadual da Serra do Mar, 11/IV/2001, fl., fr., J. Y. Tamashiro et al. 65 (UEC);
19/XII/1996, fl., R. J. F. Garcia et al. 959; Reserva do Parque Estadual do Curucutu,
subida para o mirante, 16/VIII/1995, fl., S. A. P. Godoy, R. J. F. Garcia & G. M. P.
Ferreira 753 (UEC); Selesópolis, Estação Ecológica da Boracéia, próximo ao Rio
Coruja, 29/XI/1967, J. Mattos & N. Mattos 14263 (SP).
Ouratea sp nov.
BRASIL. Mato Grosso do Sul: Aquidauana, Fazenda Fazendinha, área de brejo
do Rio Negro, Pantanal, 08/lX/1993, S. M. Salis et al. 773 (CPAP); Largo do
Mamão, Fazenda Fazendinha, sub-região de Aquidauana, região do Rio Negro,
Pantanal, 05/ll/1991, A. Pott et al. 5784 (CPAP). Tocantins: Lagoa Confusão,
margem esquerda do Rio Formoso, Ilha do Formoso, 21/Vlll/1996, fl., S.F. & E.
Santos s.n. (UPCB 298575, UEC, RB). BOLÍVIA. Ñuflo de Chavez: Perseverancia,
16/V/1991, fl., fr., Bonifacio Mostacedo 71 (F).
Ouratea spectabilis Engl.
64
BRASIL. Goiás: Serranópolis, RPPN, Pousada das Araras, 21/VIII/1998, fl., R. C.
Mendonça 3676 (UEC). Mato Grosso do Sul: Corumbá, Morro São Domingos,
24/lX/1989, fl., V. J. Pott et al. 1097 (CPAP); Três Lagoas, próximo a Ilha Solteira,
09/IX/1981, fl., H. F. Leitão Filho 12957 (UEC). Mato Grosso: Nobres, BR 163,
125km ao Sul de Sinop e 10km de Primavera,18/IX/1985, fr., C. A. Cid Ferreira et al.
6092 (SPF). Minas Gerais: Coxambú, 13/X/1984, fl., L. Krieger 20278 (UEC); São
Roque de Minas, Guarita de Sacramento, 24/IX/1995, fl., fr., R. Romero et al. 2744
(UEC); 24/IX/1995, fl., R. Romero et al. 2682 (UEC). São Paulo: Águas de Santa
Bárbara, Estação Ecológica de Santa Bárbara, 20/IX/1989, fl., J. A. A. Meira Neto
443 (UEC); cerca de 10 km da cidade em direção a Lençóis, próximo a fazenda
Água do Bugre, 19/XII/1995, fr., V. C. Souza & J. P. Souza 9544 (SPF); Agudos,
Cerrado da Brahma, 25/V/1994, fl., J. Y. Tamashiro et al. T108 (SPF); Altinópolis,
10/XI/1994, fr., Tozzi & G. de F. Arbocz 94/131 (SPF); Angatuba, Estrada para
Itatinga cerca de 22km de Angatuba, 27/I/1996, fr., V. C. Souza et al. 10670 (SPF);
Floresta Estadual de Angatuba, Instituto Florestal de São Paulo, 19/XII/1983, fl., J. A.
Ratter & G. C. G. Argent s. n. (UEC 43067); Arandú, estrada Avaré - Cerqueiro
César, 27/IX/1994, fl., J. Y. Tamashiro et al. 651 (SPF, UEC); Araraquara,
25/IX/1964, fr., fl., A. S. Grotta 303 (MBM, SPF, UEC); Assis, Reserva de Cerrado,
Instituto Florestal, 07/VIII/1997, fl., M. C. Dias et al. s. n. (FUEL 30177); Botucatu, à
margem da rodovia municipal, Estrada do Roberto, 01/Xll/1986, fl., fr., L. R. H.
Bicudo, C. J. Campos & A. Amaral Jr. 1652 (UEC, SP); à margem da rodovia entre
Vitoriana ao Rio Bonito, Estrada do Roberto, 24/XI/1985, fl., A. Amaral Jr. et al. 99
(UEC); à margem da rodovia entre Vitoriana ao Rio Bonito, Estrada do Roberto,
24/X/1985, fl., A. Amaral Jr. et al. 90 (SP); Brotas, estrada Brotas - Baurú,
19/IX/1982, fl., A. L. Peixoto & O. L Peixoto 1671 (UEC); Cajuru, Estrada Barrosa.
Fazenda Santa Carlota, 14/XII/1999, fr., B. L. P. Villagra & J. W. D. Dias 2081 (SP);
Campo Alegre, 25/IX40, fr., J. F. Toledo & A. Gerth s. n. (SPF 82094); Descalvado,
Fazenda St'Ana do Monte Alegre, 24/VII/1997, fl., G. M. Accacio & E. Roxo s. n (SPF
125090); Engenheiro Coelho, VIII, fl., fr., P. Leme 212 (SP); Franca, Jeriquara,
30/VIII/1963, fl., H. D. Bicalho 15 (SPF); 30/VIII/1963, fl., H. D. Bicalho 4 (SP);
Itirapina, Estação Experimental de Itirapina,03/IX/1980, fl., E. Giannotti 12320 (UEC);
13/X/1970, fl., T. Sendulsky 1035 (SP); 22/V/1965, fl., J. E. de Paula 99 (SP);
22/VIII/1962, fl., R. A. de Pinho 14 (SP); 30/XI/1961, fl., G. Eiten & J. M. de F.
65
Campos 3408 (SP); Reserva do Instituto Florestal de São Paulo, 06/lX/1989, fl., M.
F. Vieira 653 (UEC); Itú, Área de Proteção Ambiental, 08/I/1987, fr., S. M. Silva & W.
S. Souza 25394 (UEC); Lençois Paulista, estrada de terra, Águas de Santa Bárbara,
12/VI/1995, J. Y. Tamashiro et al. 1085 (SPF); Ubá, 08/IX/2001, fl., fr., M. S.
Dechoum 1 (UEC); Mogí-guaçú, 22/IX/1980, fl., E. Forero et al. 8216 (SP); Campos
das Sete Lagoas, Fazenda Campininha, 01/VIII/1964, fl., G. Eiten & L. T. Eiten 5661
(SP); 10/VII/1961, fl., fr., G. Eiten & L. T. Eiten 3243 (SP); 17/VIII/1977, fl., H. C. de
Morais 5678 (UEC); 17/IX/1984, M. Kirizawa & W. Mantovani 1308 (SPF, SP);
Martinho Prado, Reserva Biológica da Fazenda Campininha, 15/IX/1980, fl., W.
Mantovani 949 (SP, SPF); 16/IX/1980, fl., W. Mantovani 992 (SP); 06/VIII/1980, fl.,
W. Mantovani 914 (SP); 14/X/1980, fr., W. Mantovani 1069 (SP); 25/VI/1980, fl., W.
Mantovani 840 (SP); dua Salles, Reserva. Biológica da Fazenda Campininha,
07/V/1980, fl., W. Mantovani 790 (SP); cerrado do Instituto Florestal, 27/IX/1989, fl.,
M. T. Grombone & L. T. Silveira 22245 (UEC); 13/IX/1997, fl., O. Handro s. n. (SP
55635); Mogí-mirim, 06/X/1931, fl., fr., F. C. Hoehne s. n. (SP 28341); 24/lX/1960, fl.,
G. Eiten & L. T. Eiten 2401 (SP); Pirassununga, Cerrado das Emas, 01/X/1994, fl., fl.,
S. Aragaki et al. 138 (SP); 06/IX/1970, s. n. (SPF 17743); 13/IX/1946, fl., M.
Kuhlmann 1455 (SP); 18/V/1976, fl., B. L. Morretes s. n. (SPF); 19/VIII/1954, fl., K.
Kuhlmann 3015 (SP); 22/VII/1978, fl., fr., M. Kirizawa 213 (SP); 23/IX/1980, fl., fr., F.
de Barros 384 (SP); 23/IX/1980, fl., fr., E. Forero et al. 8257 (SP); 23/IX/1980, fr., A.
Custodio Filho 332 (SP); 27/VI/1994, fl., S. Aragaki & M. Batalha 92 (SP);
27/XI/1981, fl., M. Kirizawa & B. L. de Morretes 637 (SP); 30/VIII/1943, fl., Ferri s. n.
(SPF 85274); entrada para Vila Santa Fé, 10/X/1992, fr., M. L. F. Salatino, A.
Salatino & M. A. S. Mayworm 148 (SPF); 11/X/1963, fl., fr., A. B. Joly & N. L.
Meneses s. n. (SPF 17036); Estrada de São Paulo - Ema, 06/IX/1965, fl., W. Handro
146 (SPF); Pradópolis, 22/VIII/1992, fr., fl., E. H. A. Rodrigues 178 (SP); Santa Rita
do Passa Quatro, ARIE, Cerrado de Gigante, 04/IX/1995, fr., M. A. Batalha 605
(SP); 14/XII/1995, fl., M. A. Batalha 909 (SPF); Rodovia. Anhanguera, VIII/1985, fl.,
A. A. I. F. Castro 19710 b (UEC); São Carlos, 01/IX/1954, fl., M. Kuhlmann 3073
(SP); Estrada entre Itiripina a Represa do Lobo, 10/XII/1995, fr., V. C. Souza et al.
9369 (UEC); próximo a Fazenda Figueira Branca, 30/IX/1980, fl., fr., J. Semir, N. D.
da Cruz & G. M. Felippe 11530 (UEC); São João da Boa Vista, Poços de Caldas,
27/IV/1976, fl., P. Gibbs, J. Semir & L. S. Kinoshita 1936 (UEC); São José dos
66
Campos, 29/VIII/1962, fl., fr., I. Mimura 536 (SP); o Simão, estrada de São Simão
- Luiz Antônio, 12/V/1981, fl., F. R. Martins & K. Yamamoto 12529 (UEC); Fazenda
Bocaina, 23/VIII/1962, fl., R. A. de Pinho 15 (SP); 29/XI/1960, fr., J. Mattos 8672
(SPF, SP).
Ouratea vaccinioides (A.St.-Hil. & Tul) Engl.
BRASIL. Rio de Janeiro: Nova Friburgo, Reserva Ecológica Municipal de Macaé de
Cima, sítio Hum New Boccus, 17/VIII/1990, fr., M. Leitman et al. 372 (UEC); sítio
Hum New Boccus, 08/VI/1989, fl., fr., H. C. de Lima et al. 3620 (UEC); sítio
Sophronites, 17/VII/1987, S. V. A. Pessoa et al. 235 (UEC). Santa Catarina: Campo
Alegre, Serra do Quiriri, Rio dos Alemães, 28/IV/2001, fr., O. S. Ribas, E. Barbosa &
P. R. Silva 3546 (MBM); Ilhota, Parque Botânico Morro do Baú, 21/VI/1987, fl., D. B.
Falkenberg 4396 (MBM); 31/X/1987, fr., D. B. Falkenberg 1988 (MBM). São Paulo:
Juquitiba, próximo à estrada da pedra, 24/VIII/1999, fr., I. Cordeiro 1962 (SP);
Paranapiacaba, Via Férrea São Paulo - Santos, Estação Biológica, 15/IV/1966, fl., O.
Handro 1135 (SPF); Salesópolis, Boracéia próximo ao Rio Guaratuba, 13/III/1958, fl.,
K. Kuhlmann s. n. (SPF 82918).
Sauvagesia capillaris (A. St.-Hil.) Sastre.
BRASIL. Minas Gerais: Chapada Diamantina, Vl/1934, fl., fr., Brade 13808 (RB);
Ouro Preto, Cachoeira Andorinha, 15/Vll/1978, fl., fr., G. Martinelli 4715 (RB); Serra
das Camarinhas, 24/V/1979, fl., fr., L. Mautone et al. 755 (RB); Santa Bárbara, Serra
do Caraça, 17/XII/1982, fl., fr., J. R. Pirani, D. M. Vita & E. Favalli 330 (SP, SPF);
12/XII/1978, H. F. Leitão Filho et al. 9605 (SP, UEC); 18/I/1921, fl., fr., F. C. Hoehne
s. n. (SP 5018); em direção a Carapuça, 18/XI/1977, fl., fl., N. D. Cruz et al. 6448
(UEC); Trilha do Pico do Carapuça, 23/V/1997, fl., fr., A. Rapini, M. Kawasaki & R.
Mello-Silva 297 (MBM, SP); trilha para a Capelinha - Gruta de Lourdes, 07/II/1982,
fl., fr., N. Hensold, M. L. Kawasaki & J. B. Silva s. n. (SPF 22311); Santo Antônio do
Itambé, Morro do pico do Itambé, 04/IV/1982, L. Rossi, N. Hensold & A. Furlan s. n.
(SPF 23205).
67
Sauvagesia erecta L.
BRASIL. Amazonas: Manaus, Itacoatiara, rodovia Itacoatiara - Amazonas,
13/lll/2000, fl., fr., E. A. Anunciação, M. C. Souza & E. C. Pereira 850 (SP); Reserva
Florestal Ducke, Km 26, 03/l/1995, fl., fr., M. A. S. da Costa & Lohmann & C. F. da
Silva 58 (SP); 15/III/1996, fl., fr., M. A. S. da Costa & Lohmann s. n. (SP, UEC).
Bahia: Abaíra, Água Limpa, 21/XII/1991, fl., fr., R. M. Harley et al. 50222 (SP, SPF);
Barra da Estiva, 22 km NE de Barra da Estiva, 2km antes de Sincora Velha,
23/XI/1992, fl., fr., R. Mello -Silva & J. Vicente 5752 (SPF); Castro Alves, Serra da
Jibóia, 15/V/1999, fl., fr., H. C. de Oliveira & S. J. Leite s. n. (UEC 131748); topo da
Serra da Jibóia, 12/lll/1993, fr., L. P. de Queiroz, M. J. S. L. Costa & T. S. N. Sena s.
n. (SP 359246); Itabuna, 10 km S de Pontal (Ilhéus), 04/Xll/1992, fr., M. M. Arbo, R.
Mello -Silva & J. Vicente 5561 (SPF); Lençóis, Chapada Diamantina, Beira do rio
entre Chapadinha e Mãe Inácio, 21/VIII/1996, fl., fr., A. A. Conceição & A. A. Grilol 81
(SPF); Chapadinha, 27/X/1994, fr., A. M. de Carvalho 1077 (SPF); Morro do Chapéu,
Rio Ferro Doido, 17/I/1977, fl., G. Hatschbach 39701 (UPCB); Mucugê, Estrada Igatu
- Mucugê, 13/VII/1996, fl., fr., H. P. Bautista, N. Hind & S. Smith 3585 (SPF); Porto
Seguro, estrada para Euriápolis, s. d., fl., fr., R. Kral & M. G. L. Wanderley
75663/1654 (SP); Reserva Florestal de Porto Seguro - CVRD/BA, 12/l/1930, fl., fr.,
D. A. Folli 1057 (UEC); Rio de Contas, 17 km N da cidade na estrada para o
povoado de Mato Grosso, 09/XI/1988, fl., fr., R. M. Harley et al. 26067 (SPF); em
direção à Fazenda Brumadinho, 05/Xl/1988, fl., fr., M. G. L. Wanderley & R. Kral
75509 (SP); Pico das Almas, 17/ll/1977, fr., R. M. Harley et al. 19567 (UEC);
17/XI/1988, fl., fr., J. M. Fothergill 8 (SPF); Serras dos Lençóis, Serra do Larguinho
ca 2km N. E. de Caeté - açú, capão Grande, 25/V/1980, fr., R. M. Harley et al. 22595
(UEC); Umburanas, Serra do Curral Feio (localmente conhecido como Serra da
Empreitada), 10/IV/1999, fl., fr., L. P. de Queiroz et al. 5272 (UEC); Valença, RPPN
Água Branca, estrada de Valeça - Guaipim, 26/VI/2004, fr., P. Fiaschi et al. 2358
(SPF). Distrito Federal: 1 Km ao norte de Brasília, 08/XI/1965, fl., fr., H. S. Irwin, R.
Souza & R. R. dos Santos s. n. (SP); ca. de 5 Km ao sul de Brasília, na estrada para
Belo Horizonte, Rio Gima, 21/IX/1965, fl., fr., H. S. Irwin, R. Souza & R. R. dos
Santos 8522 (SP). Espírito Santo: Aracruz, divisa c/ o município de Linhares,
22/XI/1982, fl., fr., J. R. Pirani, O. Yano & D. P. Santos 193 (SP, SPF); Linhares
,
68
Lagoa Juparana, 21/VIII/1987, fl., fr., G. Hatschbach & A. C. Cervi 51373 (UPCB);
Viana, Vale do Rio Jucú, BR 262, Belo Horizonte - Vitória, 11/V/1993, fl., R. Mello -
Silva & e J. R. Pirani 816 (SPF); Vila Velha, Praia de sereias, 08/XII/1994, fr., M. A.
G. Mogenta & A. A. Conceição s. n. (SPF 100647). Goiás: Colinas do Sul, meio do
caminho entre a estrada e a linha de transmissão, 12/XII/1991, fl., fr., B. Walter et al.
1058 (UEC); Corumbá de Goiás, Serra dos Pirineus, ca. de 5Km de Corumbá de
Goiás, 03/Xll/1965, fl., fr., H. S. Irwin, R. Souza & R. R. dos Santos 10976 (SP).
Uruacu, BR 153, 07/ll/1996, fr., B. Walter et al. 3095 (UEC); Maranhão: Loreto, Ilha
de Balsas, região entre os Rios Balsas, Parnaíba, s. d., fl., fr., G. Eiten & L. T. Eiten
4696 (SP). Mato Grosso do Sul: São Gabriel do Oeste, Fazenda Baixadão, córrego
Baixadão, micro bacia do córrego Baixadão, 27/X/1999, fl., fr., V. J. Pott et al. 4008
(CPAP); Selvíria, Fazenda do Cacildo, 05/XI/1985, fl., fr., H. F. Leitão Filho et al. s. n.
(UEC); Três Lagoas, Córrego do Japão, Fazenda Lauraguti, 21/Vl/1964, fl., fr., J. C.
Gomes Jr. 1973 (SP). Mato Grosso: Amolar, VIII/1908, fl., fr., s. n. (SP 24718);
Barra do Garças, Serra do Roncador, 04/X/1968, fl., fr., G. Eiten & L. T. Eiten 9066
(SP); Luciara, Porto Alegre ca. de 10km da BR 158, 16/X/1985, fl., fr., J. R. Pirani
1277 (SPF). Xavantina, ca. de 20km de Xavantina, 09/VI/1966, fr., H. S. Irwin et al.
16816 (SP), Minas Gerais: Carrancas, 02/VII/1987, fl., fr., H. F. Leitão Filho et al.
19414 (UEC); Cachoeira da Fumaça, 07/X/1998, fl., L. S. Kinoshita, W. Foster & A.
O. Simões 98530 (UEC); Diamantina, Estrada para Biribiri, 08/XI/1992, fr., H. F.
Leitão Filho et al. 27519 (UEC); Ouro Preto, 15/ll/1901, fl., fr., R. F. Campos s. n. (SP
19654); Paraisópolis, 14/IV/1927, fl., fr., F. C. Hoehne s. n. (SP 20238); Perdizes, Rio
Galheiro, 20/VII/1993, fl., fr., E. Tameirão Neto 934 (UEC); Pouso Alegre, 02/V/1927,
fl., fr., F. C. Hoehne s. n. (SP 19353); Rio Paranaíba, Fazenda Olhos D'Água,
29/XII/1987, fl., fr., M. A. Silva, S. D. Silva & O. A Silva Jr 499 (SP); Santa Bárbara,
Serra do Caraça, 13/XII/1978, fr., H. F. Leitão Filho et al. 9695 (UEC); caminho para
a gruta do Padre Caio, 23/V/1987, fl., D. C. Zappi & V. L. Scatena s. n. (SPF 47594);
Serrinha, 07/XII/1983, fl., fr., M. Sugiyama 413 (SP); Tiradentes, Serra de São José,
30/VI/1987, fl., fr., J. Semir et al. 19504 (UEC); Serra de São José, 30/VI/1987, fl., fr.,
Shepherd et al. 19036 (UEC); Uberlândia, Estação Ecológica do Panga, 06/X/1993,
fl., fr., A. A. Arantes et al. 66 (FUEL); 10/IV/1992, fl., fr., Feep 20 (UEC). Pará:
Belém, Fazenda Felisberto Camargo (Macamu), 18/ll/2000, fl., fr., A. P. Spina & V. F.
Mansano 465 (UEC). Pernambuco: Recife
, Dois Irmãos Estação da Compesa,
69
Açude da Prata, 05/III/1989, fl., fr., R. Barreto 147 (SPF); Açude da Prata, 19/X/1985,
fl., fr., F. Gallindo 115 (SP). Piauí: Brasileira, Brejo do Bacuri (6ª cidade) Parna de
Sete Cidades, 22/VII/1999, fr., M. E. Alencar 702 (UEC); Descoberta (7ª cidade),
13/l/2001, fl., T. Kanno & G. M. Souza 1140 (UEC). Rio de Janeiro: Cabo Frio,
Arraial do Cabo, praia do Pontal, s. d., fl., fr., F. Segadas - Vianna et al. 1379 (SP);
Rezende, 27/IV/1926, fl., fr., Hoehne & Gehrt s. n. (SP 17617); Santa Maria
Madalena, Morro da Torre no perímetro urbano, 17/VI/2004, fr., M. F. A. Calió et al.
72 (SPF). Santa Catarina: Florianópolis, Dunas da Praia da Joaquina, 15/XI/1992, fl,
fr., D. B. Falkenberg et al. 5949 (MBM); Rio Vermelho, Ilha de Santa Catarina,
26/X/1984, fl., fr., M. L. Souza & D. B. Falkemberg 381 (MBM); Itajaí, Morro da Cruz,
11/lll/2000, fl., fr., A. B. S. Schwertner 176 (SPF); Itapoá, Reserva de Volta Velha,
21/I/1993, fl., R. Negrelle & C. Fava A-663 (UPCB); Palhoça, Pilões 19/l/1956, fl., fr.,
P. R. Reitz & Klein 2451 (MBM). São Paulo: Anhembí, Rio Piracicaba, 03/V/1959, fl.,
M. Kuhlmann 4574 (SP); Atibaia, X/1910, fl., fr., C. Duarte 209 (SP); Bertioga,
07/VII/1983, fl., fr., M. Kirizawa et al. 1003 (SP); Biritiba Mirim, Estação Ecológica da
Boracéia, 14/XI/1983, fl., fr., A. Custódio Filho 1850 (SP); Campinas, Fazenda
Campo Grande, 18/XII/1938, fl., fr., A. Carvalho & A. T. M. S. N. (SP 40959);
Cananéia, 06/X/1980, fl., fr., F. de Barros 445 (SP); Parque Estadual da Ilha do
Cardoso, 16/VIII/1982, fl., fr., S. L. Jung - Mendaçoli & A. C. Maruffa 487 (SP);
20/X/1981, fl., fr., M. Fonseca 482 (SP); 21/VIII/1979, fr., C. F. S. Muniz & A.
Custódio Filho 84, 85, 86, 87 (SP); 28/X/1982, fr., R. D. C. Xavier et al. 29 (SP);
Marujá, 29/Xl/1974, fl., fr., J. Mattos & Maxcle 16279 (SP); Maruja, s. d., fl., fr., M. C.
H. Momede et al. 1498 (SP); Morro do Jacareú, 19/IV/1983, fr., M. Kirizawa et al. 962
(SP); Morro Pedro Luíz, 17/V/1988, fl., fr., M. Kirizawa & M. Sugiyama 2039 (SP);
Praia do Marujá, 19/IX/1976, fr., M. Sakame 563 (SP); restinga de Itacuruçá,
08/X/1980, fl., fr., E. Forero et al. 8666 (SP); restinga do Marujá, 09/XI/1977, fl., fr.,
D. A. de Grande & E. A. Lopes 5 (SP); Restinga do Pereirinha, 16/IV/1985, fl., fr., M.
Kirizawa & T. Cerati 1424 (SP); 23/X/1981, fr., M. Fonseca 496 (SP); s. d., fl., fr., J.
S. Silva 368 (SP); Estrada Vergueira - São Paulo, Serra, 23/XII/20, fl., fr., s. n. (SP
4686); Iguapé, 20/IX/1929, fr., s. n. (SP 24262); Ilha Comprida, 28-30/XII/1980, fl., A.
Custódio Filho & R. M. V. Custódio 510 (SP); Caraguatatuba, 15/VII/1953, fr., W.
Hoehne s. n. (SPF 15013); Parque Estadual da Serra do Mar, 18/IV/2000, fr., J. P.
Souza et al. 3204 (UEC); Cosmópolis
, margem do rio Jaguarí, 16/IV/1954, fr., A. S.
70
Grotta s. n. (SPF 5324); Itanhaem, 13/ll/1983, fl., fr., C. B. Toledo 1 (SP); Itararé,
perto da ponta do Rio Itararé, s. d., fl., fr., J. Mattos & C. Moura 12882 (SP);
Miracatú, Fazenda Itereí, Serra de Paranapiacaba, 20/lV/1994, fl., fr., J. R. Pirani &
R. F. Garcia s. n. (SPF 94391); Mogí - Guaçú, Fazenda Campininha, campo das sete
lagoas, 21/lV/1960, fl., fr., G. Eiten & L. T. Eiten 1930 (SP); Paranapiacaba, Estação
Biológica Paranapiacaba, 02/Xll/1977, fl., fr., L. R. Londrum 2766 (SP); Pariquer -
açú, estrada para Cananéia, 07/ll/1995, fl., fr., H. F. Leitão Filho et al. 32921 (SPF);
Pindamonhangaba, Haras Paulista, 22/Xl/1938, fr., L. Paolieri & E. Germeck s. n.
(SP 44222); Registro, 15/X/2000, fl., F. T. Ohta 10 (UPCB); Riacho na rodovia 270
km 232, 07/VIII/1996, fr., A. D. Fario, K. Matsumoto & R. Belinello 96/19387 (SPF);
Salesópolis, rodovia Petrobrás km 39, 17/I/1990, fl., fr., 1019 (SPF 67621); Reserva
Florestal da SABSP, adjacente à Estação da Boracéia, 22/lll/1991, fl., fr., M. Kirizawa
2429 (SP);Santa Isabel, Reserva Florestal dos Pilões, 28/ll/50, fl., fr., A. P. Duarte &
J. Falcão 3167 (SP); Sant'Ana, 04/ll/1912, fl., fr., A. C. Brade s. n. (SP 6485); Santo
Amaro, 10/I/1944, fl., fr., E. Rotta S. D. V. 864 (SP); 17/V/1932, fl., fr., W. Hoehne s.
n. (SPF 10019); Santos, Praia de São Lourenço, 23/IV/1966, fl., fr., J. Mattos 13545
(SP); São Luiz do Piraitinga, Parque Estadual da Serra do Mar, 20/l/2001, fl., fr., A.
Lobão & P. Fiaschi 522 (SP, SPF); São Miguel Arcanjo, Parque Estadual de Carlos
Botelho, Trilha do Taquaral, 23/IV/2002, fl., fr., A. P. Savassi et al. 333 (UEC);
20/IV/2002, fl., A. P. Savassi et al. 25 (UEC); São Paulo, 13/VII/1939, fl., fr., D. T.
Keller 4391 (SP); Butantan, 13/XII/1946, fl., fr., A. B. Joly s. n. (SPF 85269);
08/X/1917, fl., fr., s. n. (SP 785); 23/lll/1919, fl., fr., s. n. (SP 3096); Chácara dos
Morrinhos, 07/XII/1939, fl., fr., F. Glausauer s. n. (SP 42272); Ilha do Cardoso,
06/IV/1982, fr., C. T. F. Guedes et al. 11 (SP); Instituto de Botânica, 11/XI/1960, fl.,
fr., J. R. Mattos & N. F. Mattos 8425 (SP); Parque de Água Funda, 07/l/1961, fl., fr.,
J. & L. T. Eiten 2481 (SP); Parque do Estado de São Paulo, 06/III/1932, fl., fr., F. C.
Hoehne s. n. (SPF 85271); Parque Estadual da Serra do Mar, ao longo do Rio
Mambu, 13/IV/2001, fl., fr., L. D. Meireles et al. 132 (UEC); Vila Mariana, 12/XI/1905,
fl., fr., Dr. A. Usteri s. n. (SP 14040); São Sebastião, Praia Barra do Uma - Boracéia,
estrada de acesso da Fazenda Água do Bento, 22/IV/2000, fl., fr., J. P. Souza et al.
3393 (UEC); Sete Barras, Parque Estadual de Carlos Botelho, 22/IV/2002, fl., fr., R.
G. Udulutsch et al. 634 (UEC). Ubatuba, Reserva Biológica do Instituto Florestal,
25/X/1979, fl., fr., W. Mantovani 172 (SP); Ytú
, 25/XI/1997, fr., Pe. A. Russel 207
71
(SP). Tocantins: Palmas, Córrego Jaú, 23/Xl/2001, fl., fr., E. A. Soares et al. 1771
(HTO); Porto Nacional, Fazenda Ribeirão Mandica, s. d., Arnaldo et al. 2273 (HTO);
Tupiratins, Fazenda Vitória, propriedade de Neuton, 13/l/2001, fl., fr., S. F. Lolis et al.
259 (HTO).
Sauvagesia racemosa A. St.-Hil.
BRASIL. Bahia: Cocos, Fazendas Trijunção, 12/XII/2001, fl., fr., B. M. T. Walter s. n.
(UEC 126194). Distrito Federal: Brasília, Área do Cristo Redentor, 32/l/1991, A.
Fonseca Vaz & D. Alvarenga 923 (RB); Lagoa Paranoá, 14/Vlll/1978, E. P. Heringer,
A. E. H. Salles & R. C. de Mendonça 17412 (UEC); s. d., fl., fr., G. P. da Silva 2079
(UEC); ca. de 25 km de Brasília, 12/V/1966, fl., fr., H. S. Irwin s. n. (SP 1061134);
Estação Ecológica do IBGE, Cabeceira do Córrego Escondido, 14/VI/1988, fr., M. A.
da Silva 718 (SP); 14/ll/1985, fr., R. C. Mendonça & M. Ribeiro 449 (SP); próximo ao
Córrego Taquara, 22/VI/1988, fl., fr., M. L. M. Azevedo et al. 83 (SP); Goiás:
Caiaponia, rodovia Aragarças, 75km de Aragarças, próximo a Piranhas, 23/VII/1966,
fl., fr., D. R. Hunt & J. F. Ramos 6153 (SP); Cristalina, cerrado ca. 25 km de
Cristalina, 09/III/1966, fl., fr., H. S. Irwin et al. s. n. (SP 106213); Minacu, 09/XII/1991,
fl., fr., B. Walter et al. 863 (UEC); Pirenópolis, Serra do Pireneus, Fazenda Solar dos
Pireneus, 13/II/2000, fl., G. Hatsbach et al. 70188 (UPCB); Uruacu, BR 153,
07/ll/1996, fl., fr., B. Walter et al. 3068 (UEC). Mato Grosso do Sul: Alcinopolis,
Fazenda Água Limpa, 29/X/1999, fl., fr., V. J. Pott & A. Pott 4043 (CPAP); Amambaí,
arredores da trilha Caiuá, 1979, fr., W. G. Garcia 13754 (UEC); 1979, fl., fr., W. G.
Garcia 13892 (UEC); Brasilândia, Estrada do Porto João André, 26/Xll/1992, fl., fr.,
E. L. M. Catharino et al. 1814 (SP); Três Lagoas, Fazenda Barreirinho, 06/VIII/1983,
fl., F. de Barros 897 (SP); Fazenda Retiro dos Telhados, margem do Rio Campo
Triste, 23/VI/1964, fr., J. C. Gomes Jr. 998 (SP); margem do córrego Tirado,
23/V/1964, fl., C. Gomes Jr. 1792 (SP). Mato Grosso: General Carneiro, Meruri,
IX/1963, fl., fr., T. Hartmann 275 (SP); Jauru & Pontes e Lacerda, 38 km SE de
Pontes & Lacerda na BR 174 para Carceres, 30/X/1985, fl., fr., W. Thomas et al. s. n.
(SPF 45591); Xavantina, Fazenda Brejo Azul em campo na margem de floresta de
galeria, 14/l/1977, fl., fr., J. A. Ratter et al. 4132 (UEC); Rodovia Cachimbo 85 km de
Xavantina, 31/V/1966, fr., D. R. Hunt & J. F. Ramos 5623a (SP); 70 km ao Sul de
72
Xavantina, drenagem acima do Rio Araguaia, 19/Vl/2006, fl., fr., H. S. Irwin et al. s. n.
(SP 106133); Minas Gerais: Betim, Fazenda Cabiú, próximo a Contagem,
10/Vl/1945, fr., L. O. Williams & V. Assis 7350 (SP); Caldas, 10/I/1919, fl., fr., s. n.
(SP 2764); Canto Magalhães, Fazenda Abóboras, 16/VII/1984, R. M. Harley s. n.
(SP, SPF 33365); Cardeal Mota, Fazenda Monjolos, caminho para Cacheiras,
Gaviões e Farofa, 26/IX/2002, fl., fr., K. Yamamoto et al. c-141 (UEC); Serra do Cipó,
10 - 20 km NF de Cardeal Mota, caminho a Conceição do Mato Dentro, 16/V/1990,
fl., fr., M. M. Arbo et al. 4243 (SPF); Carrancas, Cachoeira da Fumaça e Serra
Carrancas, 09/XII/1983, fl., fr., H. F. Leitão et al. 15434 (UEC); 07/X/1998, fl., fr., L.
S. Kinoshita, A. O. Simões & J. C. Galvão 98-373 (UEC); Fazenda Grão - Mongol,
06/X/1998, fr., L. S. Kinoshita, S. L. dos Santos & E. R. Pansarin 98 202 (UEC);
Formoso, Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Vereda do Veado, 07/VII/1998,
fl., R. C. Mendonça et al. 3600 (UEC); um dos braços da nascente do Rio Preto,
07/VII/1998, fl., M. L. M. Azevedo et al. 1375 (UEC); Itabirito, Pico do Itabirito,
27/ll/1995, fl., fr., W. A. Teixeira s. n. (UEC 73821); Lavras, 10/XII/1980, fl., H. F.
Leitão Filho et al. 11957 (UEC); Ouro Preto, estrada do Velho Ouro Branco - Ouro
Preto, 09/III/1995, fr., V. C. Souza, P. H. Miyagi & J. P. Souza 8069 (SPF, UEC);
Parque Nacional da Serra da Canastra, entre Piumhi e Araxá, 21/ll/1978, fr., G. J.
Shepherd et al. 7186 (UEC); São Roque de Minas, Parque Nacional da Serra da
Canastra, cachoeira dos Rolinhos, 10/ll/1996, fl., fr., J. N. Nakajima & L. S. Kinoshita
2466 (UEC); Uberlândia, Reserva Ecológica do Panga, 08/V/1992, fl., fr., Feep 87
(UEC). o Paulo: Angatuba, estrada para Itantinga, ca de 30 k m de Angatuba,
Bairro Santo Inácio, 27/IV/1996, fr., J. P. Souza et al. 528 (SPF); Ângulo, Instituto
Agronômico de São Paulo, Sessão de Botânica, 30/IX/1938, fl., fr., J. E. Rombouts s.
n. (SP 40960); Assis, Estação Experimental de Assis, cabeceira do palmitalzinho,
29/XI/1996, fl., G. Durigon s. n. (FUEL 20553); Atibaia, X/1910, fl., fr., C. Duarte 207
(SP); Boa Esperança do Sul, Vársea natural do Rio Jacaré-Guaçú, Fazenda
Itaquerê, 29/IV/1955, fl., fr., M. Kuhlmann 3604 (SP); Botucatu, ca. de 4km do Rio
Tietê, próximo a Fazenda Relâmpago, 06/VI/1996, fr., V. C. Souza & J. P. Souza
11324 (SPF); Campinas Fazenda Campo Grande, 13/l/1940, fl., fr., A. S. Lima s. n.
(SP 44223); Guapira, 03/Xll/11, fl., A. C. Brade 5750 (SP); Ipiranga, s. d., fl., fr.,
Luederwaldt s. n. (SP 14035); Itararé, Margem do Rio Verde, 07/ll/2000, fr., F. de
Barros 2941 (SP); Itirapina
, s. d., fl., fr., G. Gerht s. n. (SP 8329); Jardim, 13/IV/1933,
73
fl., fr., W. Hoehne & M. Kuhlmann s. n. (SPF 85276); Jundiaí, Fazenda Iraviú,
15/VI/1941, fr., L. B. Pickel 5177 (SP); Mogi - Guaçú, Pádua Salles, Fazenda
Campininha, 18/XI/1960, fl., fr., J. R. Mattos & N. F. Mattos 8567 (SP); Campo das
Sete Lagoas, Fazenda Campininha,17/XII/1959, fl., fr., G. Eiten 1635 (SP); Mogi
Mirin, 15/Xl/1900, fl., fr., A. Hammar s. n. (SP 14050); Museu Paulista, s. d., fl., fr., C.
Novaes s. n. (SP14038); Pouso Alegre, s. d., fr., F. C. Hoehne s. n. (SP 19344); São
Carlos, 19/Vl/1961, fl., G. Eiten et al. 3025 (SP); São José dos Campos, 20/VII/1962,
fl., fr., I. Mimura 462 (SP); 30/XII/1961,fl., fr., I. Mimura 180 (SP); parte inferior da
encosta leste do vale do córrego Ressaca, 28/III/1962, fl., fr., I. Mimura 336(planta 2)
(SP); São Paulo, Brookling Paulista, 29/XI/1948, fl. fr., W. Hoehne s. n. (SPF 12244);
Butantan, 08/X/1917, s. n. (SP 784); s. d.,fr., J. King s. n. (SP 24095); Vargem
Grande do Sul, Grande Alagado, 12/VI/1999, S. Koehler et al. 9967 (UEC); Vila
Prudente, s. d., fl., fr., A. Usteri s. n., (SP 14031). Tocantins: Palmas, Serra do
Lageado, Campo dos Murundus, 18/lll/1994, fl., fr., I. V. Lima 161 (HTO); Porto
Nacional, Fazenda Ribeirão Mandica, 15/Xll/1999, fl., fr., Arnaldo et al. 1724 (HTO).
Sauvagesia vellozii (A. St.-Hil.) Sastre
BRASIL. Minas Gerais: Conceição de Itipoca, Parque Florestal de Ibitipoca,
30/IV/1991, fr., R. C. Oliveira & F. R. Salinema 26/248822 (UEC); Rio Preto, Gruta
do Funil, VII/1989, fl., fr., T. S. M. Grandi & M. M. N. Braga 336 (UEC, UPCB);
VII/1989, fr., T. S. M. Grandi & M. M. N. Braga 321 (UEC, UPCB); Santa Bárbara,
Colégio do Caraça, caminho da cascatona, 14/lll/1990, fr., W. Marcondes - Ferreira
et al. 233 (UEC); São Tomé das Letras, Pico do Gavião, contrafortes Sudoeste,
22/ll/1999, fl., fr., R. Mello-Silva & M.C. Assis 213 (RB). Rio de Janeiro: Rio de
Janeiro, Parque Nacional de Itatiaia, Maromba, Nova Picada, 05/ll/1945, fl., fr., Brade
17394 (RB). São Paulo: Cunha, Parque Estadual da Serra do Mar, 16/XII/1996, fl.,
fr., J. P. Souza et al. 9825 (SPF); São Bernardo do Campo, Serra do Mar, 15/V/1957,
fl., fr., s. n. (SP 78549). Santa Catarina: Anitápolis, Serrinha, 30/Xll/1951, fr., P. R.
Reitz 4547 (UPCB, HBR, MBM).
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo