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GRACINETE BASTOS
ESTRUTURAÇÃO DE BANCO DE DADOS A PARTIR DO MAPEAMENTO
GEOTÉCNICO APLICADO À REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
Tese apresentada na Escola de Engenharia
de São Carlos, Universidade de São Paulo,
como um dos requisitos para a obtenção do
título de Doutor em Engenharia Área
Geotecnia.
Orientador: Prof. Dr. Lázaro Valentin
Zuquette
São Carlos
2005
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FOLHA DE APROVAÇÃO
Gracinete Bastos
Estruturação de Banco de Dados a partir do Mapeamento Geotécnico
Aplicado à Região de Ribeirão Preto (SP)
Tese apresentada à Escola de
Engenharia de São Carlos para
obtenção do título de Doutor.
Aprovado em:
Banca Examinadora
Prof. Dr.____________________________________________________
Instituição:________________Assinatura: _____________________
Prof. Dr. ___________________________________________________
Instituição:________________Assinatura:______________________
Prof. Dr.____________________________________________________
Instituição:_________________Assinatura:_____________________
Prof. Dr.____________________________________________________
Instituição:_________________Assinatura:_____________________
Prof. Dr.____________________________________________________
Instituição:_________________Assinatura:_____________________
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Dedicatória
“quando penso que uma palavra pode mudar tudo,
não fico mudo, mudo.
quando penso que um passo descobre o mundo,
não paro o passo, passo.
e assim que passo e mudo
um novo mundo nasce
na palavra que penso.
Dedico este trabalho a meus pais
Tiago Amorim de Souza (in memoriam) e
Maria Bastos de Souza, que sempre me
apoiaram como puderam.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por tudo e pela graça de viver.
A todas as pessoas que direta e indiretamente contribuíram para o êxito
deste trabalho, meu muito obrigada!!!!
À CAPES e ao CNPq, agências de fomento da pesquisa.
À Universidade de São Paulo, Escola de Engenharia de São Carlos,
Departamento de Geotecnia, pela oportunidade de realização do curso de
doutorado.
À Universidade Estadual de Feira de Santana, pelo apoio logístico,
mediante a liberação das atividades acadêmicas, para a realização do
curso.
Ao Professor Doutor Lázaro Valentim Zuquette, pela orientação e pelos
conhecimentos transmitidos em favor da pesquisa.
Aos professores da Pós-Graduação em Geotecnia da EESC-USP, pelos
conhecimentos transmitidos, em especial, ao Professor Doutor José
Eduardo Rodrigues, pela amizade e o carinho.
Aos Professores Doutores, Manoel Henrique Alba Sória, José Ricardo
Sturaro, Ricardo Ernesto Schaal e Caetano Traina, pelos conhecimentos
transmitidos.
Ao Professor Doutor Nilson Gandolfi, pelos conhecimentos transmitidos,
pelo carinho e a atenção.
Ao Professor Doutor Antenor Braga Paraguassu, pelo carinho, a amizade,
o companheirismo, o apoio e pelos conhecimentos transmitidos.
Aos funcionários e amigos do Departamento de Geotecnia da EESC (em
especial, Álvaro, Herivelto, Maristela, Neiva e Oscar).
Aos Professores Doutores da Universidade Estadual de Feira de Santana,
Liana Maria Barbosa e José Carlos Barreto pela amizade, o apoio e o
carinho.
Aos amigos e colegas do Departamento de Geotecnia da EESC pela amizade
e o apoio (no decorrer deste trabalho), em especial: Jocy Miranda (um
amigo e uma grande pessoa humana); Leonardo, por sua amizade, apoio e
por emprestar seus ouvidos; ao pessoal do mapeamento, em especial,
Sandrinha e Nívea, grandes amigas; Hoden por sua ajuda no
desenvolvimento deste trabalho.
Às amigas e companheiras de apartamento (Túlia, Ezilma, Sarah, Isabel,
Cristina e Ana Furlan) pela amizade, apoio, compreensão, durante o
período em que vivemos juntas.
Aos meus irmãos, pelo apoio de sempre.
A minha prima e irmã, Rita da Cruz Amorim, pela amizade,
companheirismo, compreensão e toda ajuda.
A todos os músicos brasileiros e estrangeiros, que embalaram manhãs,
tardes, noites e madrugadas de estudos.
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera
E pede pressa
Eu me recuso, faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
Agente espera do mundo, e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber
A vida é tão rara, tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei
A vida não pára
(Lenine e Duda Falcão)
Resumo
Bastos, G (2005). Estruturação de Bancos de Dados a partir do
Mapeamento Geotécnico Aplicado à Região de Ribeirão Preto (SP). Tese
(Doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São
Paulo. São Carlos, 2005.
O objetivo do presente estudo foi demonstrar que as informações
produzidas pelos trabalhos científicos, quando organizadas e
colocadas em formato eletrônico (digital), facilitam a utilização
por pessoas a quem venham interessar. Foi desenvolvido um projeto
em mapeamento geotécnico, utilizando-se um sistema de informação
geográfica e um projeto dentro do ambiente de uma linguagem de
programação (elaboração de um aplicativo). Observou-se que esses
instrumentos proporcionam facilidade e rapidez na manipulação, na
busca, no armazenamento, na visualização, na consulta e na
análise da informação. A Pesquisa teve lugar na região de
Ribeirão Preto (SP) e, utilizando-se o desenvolvimento do projeto
de mapeamento geotécnico na escala 1:50.000 (escala regional),
foi feita a análise das formas de organização das informações no
formato eletrônico considerando o sistema de informação
geográfica e usando um aplicativo externo ao SIG. Puderam-se
verificar vantagens e desvantagens do uso desses instrumentos, em
relação ao formato não-eletrônico (e forma de papel). Além do SIG
(SPRING4.0, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais INPE) e o aplicativo desenvolvido na linguagem de
programação Visual Basic (comercializada pela Microsoft),
recorreu-se a um visualizador de informações georeferenciadas
(TERRAVIEW, desenvolvido pelo INPE) e um programa (um anplet
SPRINGWEB, desenvolvido pelo INPE) que ajuda a disponibilizar as
informações na Internet. Ficou comprovado que a informação
armazenada eletronicamente é mais fácil de ser manipulada,
organizada e consultada.
Palavras-chave: mapeamento geotécnico, sistema de informação
geográfica, banco de dados, Ribeirão Preto, São Paulo, linguagem
de programação.
Abstract
Bastos, G. Structuration of Database from Geological Engineering
Mapping Applied to Ribeirão Preto Area (SP). São Carlos, 2005,
305p.. Thesis (PhD). Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo.
This research had proposed to show that the information produced
by scientific jobs, when this information is organized and
electronically, this facilitated the use for other interested
people. Therefore, a geological engineering mapping design was
developed using a geographical information system (GIS) and
another project about the elaboration a computer program. It was
observed that these tools proposed easier and faster
manipulation, search, storage, display, reference and the
analysis of geo-referential information. The research was
realized in Ribeirão Preto and region in the state of São Paulo,
using the development of the geological engineering mapping
design on a scale of 1:50,000 (regional scale). Analyse of the
ways of organizing of the information electronically: in GIS and
using a computer program apart from the GIS. You can verify the
advantages and disadvantages when using these tools on paper as
well. In addition to using GIS (SPRING, it was developed by
Instituto de Pesquisas Espaciais -INPE) and the computer program,
in this research which was developed in Visual Basic (it was sold
by Microsoft), a displayer for geo-referential information
(TERRAVIEW, it was developed by INPE) and a software were also
used, which offers the visualization of the information in the
internet (SPRINGWEB is an anplet which was developed by INPE).
And it proved that the electronically stored information is
easier to be manipulated, visualized, organized, and consulted.
Keywords: geological engineering mapping, geographical
information system, database, Ribeirão Preto, São Paulo, language
program.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................20
1.1 Objetivos .......................................................25
2. GEOTECNIA E CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA ...............................27
2.1 Geotecnia: Histórico, Conceitos e Definições ....................27
2.1.1 Um Pouco da História da Geotecnia .............................29
2.2 Cartografia Geotécnica ..........................................33
2.2.1 Uma Breve Evolução Histórica do Mapeamento Geotécnico .........36
2.2.2 Algumas Metodologias Existentes ...............................38
2.2.2.1 Metodologia IAEG ............................................38
2.2.2.2 Sistema PUCE de Avaliação do Terreno ........................40
2.2.2.3 Metodologia Francesa ........................................42
2.2.3 Metodologias Utilizadas no Brasil .............................43
2.2.3.1 Metodologia do IPT ..........................................44
2.2.3.2 Metodologia da EESC-USP .....................................44
2.3 Automação da Cartografia Geotécnica .............................45
3. CONCEITOS BÁSICOS EM BANCOS DE DADOS .............................47
3.1 Modelo Entidade e Relacionamento - MER (modelo conceitual) ......49
3.2 Modelo Relacional ...............................................51
3.2.1 Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados ..................52
3.2.2 Terminologias Usadas no Modelo Relacional .....................54
3.2.3 Características do Modelo Relacional ..........................56
3.2.4 SQL ...........................................................57
3.2.4.1 Comandos Básicos da SQL .....................................57
3.2.4.2 Principais Operadores da SQL ................................59
3.3 Conceitos Iniciais em Banco de Dados Geográficos ................59
3.3.1 Termos Usados em Banco de Dados Geográficos ...................60
3.3.2 Características de um Banco de Dados Geográficos ..............61
3.3.3 Modelagem Conceitual para Banco de Dados Geográficos ..........63
3.4 Aplicação de Bancos de Dados ....................................67
4. SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA .................................68
4.1 Definição de SIG ................................................69
4.2 Características Gerais de um SIG ................................72
4.2.1 Estrutura Interna de um SIG ...................................73
4.2.2 Manipulação da Informação no SIG ..............................76
4.3 Utilização de SIG ...............................................79
4.3.1 Uso de SIG em Mapeamento Geotécnico ...........................81
5. BANCOS DE DADOS EM CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA ........................84
5.1 Desenvolvimento dos Bancos de Dados em Cartografia Geotécnica no
Brasil .............................................................100
6. PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE UM BANCO DE DADOS APLICADO AO
MAPEAMENTO GEOTÉCNICO ..............................................116
6.1 Pressupostos para o Desenvolvimento do Banco de dados ..........117
6.2 Base para Elaboração de um Banco de Dados ......................119
6.2.1 Modelo dos Dados .............................................122
6.2.2 Modelagem do Banco de Dados no SIG ...........................126
6.2.3 Modelagem do Banco de Dados no Aplicativo ....................127
6.3. Recursos Utilizados ...........................................129
6.4. Seqüência da Informação .......................................131
6.5 Etapas da Elaboração da Base de Dados ..........................137
7. CONSULTAS À BASE DE DADOS DOS ASPECTOS GERAIS DO MEIO FÍSICO DO
MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO ........................................139
7.1 O SIG SPRING ...................................................140
7.2 Noções Básicas sobre a Linguagem de Programação Visual Basic (VB)
....................................................................143
7.2.1 Alguns Símbolos Especiais Usados na Visual Basic .............144
7.2.2 Principais Operadores ........................................144
7.2.3 Declaração de Variáveis ......................................145
7.2.4 Principais Estruturas de Controle do Visual Basic ............146
7.2.5 Principais Ferramentas (controls) Usadas no Visual Basic .....149
7.2.6 Procedimentos ................................................153
7.2.7 Formulários ..................................................154
7.3 Aspectos Gerais do Meio Físico da Região de Ribeirão Preto .....156
7.3.1 Localização ..................................................156
7.3.2 Meio Físico da Região em Estudo ..............................156
7.4 Consulta as Informações Armazenadas no SIG - Projeto no SIG ....159
7.5 Consulta aos Dados Reunidos no Visual Basic e Funcionamento do
Aplicativo .........................................................167
7.5.1 Considerações Gerais .........................................167
7.5.2 Consulta à Drenagem ..........................................172
7.5.3 Consulta à Geologia ..........................................175
7.5.4 Consulta à Topografia ........................................178
7.5.5 Acessando as Informações da Declividade e Landforms ..........180
7.5.6 Acessando as Informações do Material Inconsolidado e da
Profundidade do Substrato Rochoso ..................................182
7.5.7 Acessando as Informações da Documentação (pontos de observação,
ensaios e amostragens), das Áreas-Chave e do Escoamento Superficial
....................................................................184
7.5.8 Acessando as Informações sobre as Sondagens ..................187
7.5.9 Consultas Especiais ..........................................190
7.6 Outras Tecnologias de Visualização e Manipulação dos Dados
Geoespaciais .......................................................195
7.6.1 TERRAVIEW ....................................................196
7.6.2 SPRINGWEB ....................................................199
8 ANÁLISE E DISCUSSÃO SOBRE OS ARMAZENAMENTOS E AS CONSULTAS .......202
9 CONCLUSÕES E SUGESTÕES ...........................................218
9.1 Conclusões .....................................................218
9.1.1 Comentários sobre os Bancos de Dados Apresentados ............218
9.1.2 Conclusões Gerais ............................................219
9.2 Sugestões ......................................................221
10 REFERÊNCIAS .....................................................223
APÊNDICE A - ARQUIVOS DE DADOS USADOS NO SPRING ....................241
APÊNCICE B - LISTAGEM DOS CÓDIGOS USADOS NO APLICATIVO .............255
APÊNDICE C PÁGINAS DOS DADOS NA INTERNET – CD-Room ...............303
LISTAS DE FIGURAS
Figura 3.1: Modelo Hierárquico ......................................48
Figura 3.2: Modelo de Redes .........................................48
Figura 3.3: Abstração da Informação a Ser Armazenada em Banco de Dados
.....................................................................50
Figura 3.4: Exemplo de uma Modelagem Conceitual Usando MER ..........51
Figura 3.5: Relação Granulometria ...................................56
Figura 3.6: Processo de Modelagem Conceitual ........................64
Figura 3.7: Notação Gráfica do Diagrama de Classes ..................66
Figura 3.8: Diagrama de Classes do GeoFrame .........................66
Figura 4.1: Terminologias Associadas com SIG ........................71
Figura 4.2: Relação entre SIG e Outras Áreas Correlatas .............72
Figura 4.3: Estrutura Interna Básica de um SIG ......................76
Figura 5.1: Exemplo de um dos Produtos Gerados, Baseado em um Banco de
Dados sobre os Escorregamentos na Europa ............................91
Figura 5.2: Dois Mapas Hipotéticos, NF013 e NF021, Juntam-se para
Compor um Terceiro Mapa, os Polígonos do Terceiro mapa Possui os
Identificadores .....................................................93
Figura 5.3: Estrutura Completa do Sistema Suporte a Decisão (SSD)....96
Figura 5.4: Fluxo do Processo de Elaboração do Mapa de Combinação
pontos e fotos ......................................................99
Figura 5.5: Princípio de Funcionamento da GeoCovilhã XXI ............99
Figura 5.6: Fluxograma do Sistema CADTAL 1.0 .......................102
Figura 5.7. Estrutura Funcional do GeoGIS para Windows .............105
Figura 5.8: Fases do Desenvolvimento do Banco de Dados Geoambientais do
Estado de São Paulo ................................. ..........106
Figura 5.9: Etapas para Integração dos Dados por meio de SIG .......107
Figura 5.10: Consulta ao Banco de Dados de Estruturas Geológicas com
Visualização do Arquivo Fotográfico ................................109
Figura 5.11: Fluxograma de Desenvolvimento do SIIGAL Fase II .....111
Figura 5.12: Fluxograma Esquemático da Montagem do SIG .............112
Figura 5.13: Fluxograma da Seqüência de Atividades Desenvolvidas no
Trabalho de Pesquisa ...............................................113
Figura 6.1: Idéia Genérica das Informações a Serem Armazenadas .....119
Figura 6.2: Modelo Conceitual do SIG Adaptado para o Banco de Dados
Ribeirão ...........................................................127
Figura 6.3: Modelagem do Aplicativo ................................128
Figura 6.4: Fluxo Básico das Informações Armazenadas ...............136
Figura 6.5: Fluxograma Geral para Elaboração de Banco de Dados em
Cartografia Geotécnica .............................................138
Figura 7.1: Modelo Conceitual do SPRING ............................142
Figura 7.2: Ferramentas do VB ......................................150
Figura 7.3: Ferramentas do VB ......................................152
Figura 7.4: Ferramentas da MapObject ...............................152
Figura 7.5: Caixa de Propriedades de um Formulário .................155
Figura 7.6: Formulário em Branco do VB .............................155
Figura 7.7: Localização da Área ....................................157
Figura 7.8: Ativando o Projeto e o Banco de Dados no SPRING ........159
Figura 7.9: Ativando um PI no SPRING ...............................160
Figura 7.10: Visualização da Distribuição Espacial das Classes de um
PI, Exemplo Geologia (geol) ........................................161
Figura 7.11: Visualização da Seleção de uma Determinada Classe do PI,
Exemplo Profundidade do Substrato Rochoso (psr) ....................162
Figura 7.12: Consulta por Tabela, PI tipo rede, Exemplo, as Linhas de
Drenagem (drena) ...................................................164
Figura 7.13: Consulta na Categoria Cadastral por Tabela, Exemplo Áreas-
Chave (acha) .......................................................166
Figura 7.14: Imagens Resultantes do MNT da Região em Estudo ........167
Figura 7.15: Janela de Abertura do Aplicativo ......................169
Figura 7.16: Caixa de Propriedades, Exemplo, CommandButton..........169
Figura 7.17: Acessando o Formulário da Drenagem ....................173
Figura 7.18: Acessando a Imagem da Topografia Invertida com a Drenagem
....................................................................174
Figura 7.19: Acessando a Interação da Drenagem como Outros Aspectos
....................................................................175
Figura 7.20: Acessando o Formulário da Geologia ....................176
Figura 7.21: Acessando a Interação entre a Geologia, Material
Inconsolidado e Profundidade do Substrato Rochoso ..................177
Figura 7.22: Acessando a Interação entre “GEO X MI X PSR”, em área
....................................................................178
Figura 7.23: Acessando a Topografia (curvas de níveis e imagem em
sombras) ...........................................................179
Figura 7.24: Acessando a Interação da Topografia com os outros Aspectos
....................................................................180
Figura 7.25: Acessando a Declividade ...............................181
Figura 7.26: Acessando os Landforms ................................182
Figura 7.27: Acessando as Informações do Material Incosolidado
....................................................................183
Figura 7.28: Acessando as Informações da Profundidade do Substrato
Rochoso ............................................................184
Figura 7.29: Visualizando os Pontos de Amostragem, de Observação e de
Ensaios ............................................................185
Figura 7.30: Visualizando as Áreas-Chave ...........................186
Figura 7.31: Visualizando as Informações sobre o Escoamento Superficial
....................................................................188
Figura 7.32: Acessando os Dados de Sondagem ........................188
Figura 7.33: Visualizando os Pontos de Sondagens com outros Aspectos,
por exemplo, Geologia ..............................................189
Figura 7.34: Visualizando as Consultas com os Dados de Sondagens ...190
Figura 7.35: Acessando a Consulta “Todos” ..........................191
Figura 7.36: Abrindo um Arquivo shapefile ..........................192
Figura 7.37: Abrindo a Janela sobre Informação do shapefile ........192
Figura 7.38: Salvando em JPG um layer ..............................193
Figura 7.39: Imprimindo um layer ...................................194
Figura 7.40: Acessando o Formulário Busca ..........................195
Figura 7.41: Exportando dados do SPRING ............................197
Figura 7.42: Conectando um Banco de Dados ..........................198
Figura 7.43: Visualizando os Dados no TERRAVIEW, PI PSR ............199
Figura 7.44: Visualizando Dados com o SPRINGWEB, exemplo o PI de
Escoamento Superficial .............................................201
Figura 8.1: Janela Inicial do Aplicativo ...........................208
Figura 8.2: Formulário da Geologia .................................209
Figura 8.3: Consulta à Profundidade do Substrato Rochoso ...........210
Figura 8.4: Consulta aos Materiais Inconsolidados ..................210
Figura 8.5: Formulário da Sondagem .................................211
Figura 8.6: Formulário dos Landforms ...............................212
Figura 8.7: Formulário da Declividade ..............................212
Figura 8.8: Formulário da Topografia (curvas de níveis com a imagem em
níveis de cinza) ...................................................214
Figura 8.9: Ativando um PI, a Geologia .............................215
Figura 8.10: Plano de Informação do Material Inconsolidado (MI) ....215
Figura 8.11: PI da Profundidade do Substrato Rochosos (PSR) ........216
Figura 8.12: Plano de Informação dos landforms, PI “land” ..........216
Figura 8.13: Plano de Informação (PI) da Declividade (dec)..........217
Figura 8.14: Plano de Informação da Documentatação, PI “doc” .......217
LISTAS DE TABELAS E QUADROS
Tabela 3.1: SGBD Comerciais .........................................54
Tabela 3.2: Tipos Básicos de Objetos Espaciais ......................61
Tabela 4.1: Definições de SIG .......................................70
Tabela 5.1: Resumo das Aplicações em Banco de Dados em MG citadas,
Final da Década de 1980 e 2000 .....................................115
Tabela 6.1: Grupo de Atributos para Estudos com Finalidade de
Planejamento Regional ou Urbano e Aproveitamento de Recursos Ambientais
....................................................................121
Quadro 5.1: Exemplos de Dicionários .................................89
Quadro 7.1: Exemplo de Código do VB ................................149
Quadro 8.1: Bases de Dados: Algumas Vantagens e Desvantagens .......205
20
1 INTRODUÇÃO
Sessenta anos decorridos, aproximadamente, após a invenção dos
primeiros computadores, a presença da informática faz-se, a cada
dia, mais marcante nas tarefas de pesquisa, educação, trabalho,
estudo, domésticas e em tantas outras realizadas pelo Homem. A
relação entre o Homem e a informática está se consolidando
progressivamente e é irreversível, apesar dos questionamentos a
respeito do uso dessa ferramenta.
A informática apenas reproduz o raciocínio humano, assim, é
responsabilidade dos usuários o julgamento dos resultados das
operações efetuadas por computadores. Importa estar ciente de que,
ao usar um programa, a resposta obtida deverá ser analisada sob a
luz da capacidade do usuário, logo, precisa-se de habilidade para
verificar os resultados (output) fornecidos pela máquina.
Na Geotecnia, o emprego da informática se consubstancia em
diversas atividades, para exemplificar, pode-se destacar o emprego
de programas, como: planilhas eletrônicas, para cálculos
provenientes de dados de ensaios (seja de campo ou de laboratório);
programas de modelagem numérica, para simulação de determinados
fenômenos e aspectos geotécnicos (adensamento, cisalhamento,
compressão, deformação, enfim, o comportamento do solo ou da rocha,
frente às solicitações); programas estatísticos para análise das
informações; sistemas de informações geográficas (SIG) para auxiliar
na elaboração de cartas geotécnicas, entre outros fins.
Para Vargas (1996) o sucesso da computação, na Engenharia
Geotécnica, deve-se, sobretudo à formulação matemática dos fenômenos
naturais.
21
Galileu confirma essa teoria quando anuncia que o livro da
natureza era escrito em caracteres matemáticos; passa pelos físicos
e matemáticos dos séculos XII e XIII, quando desenvolveram as
primeiras leis da física (tais como: Euler, Bernoulli, Newton,
etc.); no século XIX, os cientistas que estudavam e pesquisavam
especificamente as propriedades dos materiais (tais como: Hooke,
Lagrange, Laplace, etc.) e no século XX, os estudiosos de mecânica
dos solos (como Terzaghi, Casagrande, e outros).
Com o avanço da tecnologia, a resolução dos problemas ficou mais
rápida e fácil, por esta razão as formulações matemáticas tornaram-
se mais sofisticadas, utilizando os métodos numéricos (elementos
finitos e de contorno, diferenças finitas, etc.) e ainda os cálculos
estatísticos.
Não era mais possíveis fazer-se essas formulações manualmente e
nem em calculadoras, sem simplificações, que geravam imprecisões.
Assim, foram surgindo os primeiros programas para simular os
fenômenos da mecânica dos solos, a maioria deles baseada em métodos
numéricos. Tal fato explica por que, além do uso administrativo
(como processadores de texto, planilhas eletrônicas), observa-se o
emprego de programas específicos para mecânica dos solos, como é o
caso dos usados na estabilidade de taludes, para auxiliar os
projetos de túneis, prospecção geotécnica, entre outras finalidades.
Ferreira (2001) fez uso da informática na Geotecnia para
auxiliar o ensino da disciplina Mecânica dos Solos I, na
Universidade Federal de Santa Catarina. O pesquisador utilizou dois
programas: um para auxiliar no aprendizado teórico e outro para a
demonstração de ensaios da caracterização física do solo. Concluiu
22
que intensificou o interesse e a dedicação dos estudantes
relativamente ao aprendizado do conteúdo geotécnico.
Almeida (2001) também com objetivo de melhorar o aprendizado da
Geotecnia, recorreu à elaboração de planilhas eletrônicas para
auxiliar nos cálculos de ensaios laboratoriais, na Universidade
Federal Juiz de Fora. Conforme esse autor, os alunos desenvolveram
planilhas no sentido do aprofundamento mais no assunto.
Em termos de aprendizado, é importante buscar-se sempre uma
maneira para melhor explicitar e explorar o assunto e fazer com que
o aluno sinta interesse e perceba a importância de aprender.
Seja no aprendizado ou na pesquisa, deve-se procurar o melhor
método para se obter uma resposta mais próxima possível da ideal. A
informatização tem muitas vantagens, entre as quais, a rapidez do
processo de análise dos dados, mas é preciso considerar que alguns
cuidados devem ser tomados ao pensar em aplicá-la.
Em mapeamento geotécnico, o uso da informática está inserido em
um novo ramo de estudo, a tecnologia da informação, mais
especificamente na da geoinformação ou geoprocessamento (tecnologia
que abrange o conjunto de procedimentos de entrada, manipulação,
armazenamento e análise de dados espacialmente referenciados), ou
ainda, na geomática, que podem ser definidas como o uso automatizado
da informação geográfica.
Para exemplificar o uso da informática no mapeamento geotécnico,
podem ser citadas algumas etapas do processo de elaboração das
cartas e mapas, tais como: nas atividades de campo, o uso GPS
(Geografic Position System), um instrumento automatizado que serve
para localizar, calcular distâncias e altitudes, etc; ainda na
atividade de campo, podem ser utilizadas fichas de campo, com o
23
intuito de disponibilizar as informações nelas contidas para serem
armazenadas em banco de dados; os ensaios de laboratório podem ser
automatizados, pois podem ser acoplados a uma fonte de aquisição de
dados e esta, a computadores que utilizarão planilhas eletrônicas ou
outros programas específicos para processar os dados; e no processo
final de elaboração do mapeamento, que são as análises dos mapas e
cartas, usando o Sistema de Informação Geográfica (SIG).
Nos SIGs podem-se manipular vários tipos de dados, como,
produtos de sensoriamento remoto (imagens de satélite e radar e de
fotos aéreas), figuras gráficas (polígonos, linhas e pontos),
atributos descritivos (características do meio físico), etc.
Após ser feito o levantamento e a captura da informação, essa
deve ser armazenada de forma mais racional e eficiente, assim, surge
a necessidade de utilizar sistemas gerenciadores de bancos de dados
(SGBD), em especial, no mapeamento geotécnico, e os SGBDs são
eficientes instrumentos para integração e organização dos dados.
Esses, com os SIGs, podem unir, em uma única base de dados,
informações provenientes de vários meios ou dispositivos, gerando
sistemas de informações, por exemplo, as geotécnicas.
Entretanto cabe observar que tais programas não geram dados
iniciais, ou melhor, necessitam desses dados, input, apenas os
manipulam, organizam e armazenam. Cabe ao usuário, fornecê-los
confiável e de qualidade, para que as análises futuras possam ser
realizadas com confiança e suas respostas usadas com uma margem
admissível de erro. Entende-se, pois, que a informática é uma
ferramenta que com a finalidade de auxiliar o Homem no desempenho
das mais diversas atividades.
24
O mapeamento geotécnico tem demonstrado sua importância e
eficiência, como ferramenta e/ou metodologia, tanto para análise do
meio físico como para orientar o planejamento territorial, seja ele
urbano ou ambiental. Na literatura científica, aparecem muitas
utilizações e aplicações do mapeamento geotécnico na orientação do
uso do solo.
Otimizar, automatizar, informatizar o processo de elaboração do
mapeamento geotécnico faz-se necessário, pois assim pode-se ter um
resultado final mais rápido e de melhor qualidade. Deve-se fazer uso
de sistemas de informação geográfica para auxiliar na organização e
armazenamento, manipulação, análise espacial e integração dos dados
geoespaciais e não-espaciais.
O banco de dados figura nesse contexto como um dos elementos
principais na estruturação interna (arquitetura) de um SIG, logo,
exerce um papel importante na elaboração das cartas geotécnicas e,
além disso, como elemento externo ao SIG. Atualmente, é um
instrumento muito eficaz no armazenamento, organização, integração e
manipulação dos dados a serem utilizados na elaboração de cartas
(entrada de dados, input), e, as informações resultantes da
elaboração dos mapas geotécnicos (saída de dados, output).
A Cartografia Geotécnica, o SIG e o SGBD devem estar integrados
para que sejam um excelente meio de analisar-se as informações sobre
o meio físico e de torná-las disponíveis de maneira mais eficiente,
rápida e segura ao usuário final.
A integração dos instrumentos Cartografia Geotécnica, SIG e SGB
é realizada por meio de um projeto de banco de dados. Esse projeto
deve envolver todas as etapas de um Mapeamento Geotécnico, desde o
levantamento das informações, criando um banco de dados de metadados
25
e de documentação, até a fase final de análise dos produtos gerados.
Assim, proporcionar uma verdadeira automação da cartografia
geotécnica.
1.1 Objetivos
Com intuito de preencher um vazio na automação da cartografia
geotécnica / mapeamento geotécnico, elaborou-se, neste trabalho de
pesquisa, um projeto de banco de dados com cartas e mapas
geotécnicos.
O objetivo principal deste trabalho foi desenvolver um projeto
de banco de dados com cartas e mapas geotécnicos e as informações
nesses contidas. Pretendeu-se, com essa iniciativa, preencher uma
lacuna na automação da cartografia geotécnica/mapeamento geotécnico.
Em função dessa proposta, concebeu-se um banco de dados
utilizando um SIG, onde foram armazenadas e reunidas às informações
disponíveis e resultantes do mapeamento geotécnico da região de
Ribeirão Preto, São Paulo. Igualmente, foi desenvolvido um
aplicativo (uma interface gráfica), usando essas informações, para a
elaboração do aplicativo no ambiente de uma linguagem de programação
em conjunto com a biblioteca cartográfica, para manipulação dos
dados geoespaciais.
Além do objetivo principal a pesquisa teve as seguintes metas:
§ Realizar um estudo de uso de banco de dados para o armazenamento,
organização e manipulação das informações produzidas em um
mapeamento geotécnico.
26
§ Mostrar duas formas básicas de armazenamento, integração e
manipulação das informações, por meio de sistemas de informação
geográfica e por meio do ambiente de linguagens de programação.
§ Mostrar as vantagens do uso das ferramentas da geoinformação no
armazenamento, visualização, manipulação das informações
geoespaciais e quanto estas auxiliam na tomada de decisão.
§ Comparar o armazenamento na forma eletrônica com o armazenamento
na forma não-eletrônica.
§ Comparar o armazenamento no SIG e com o armazenamento utilizando
as ferramentas da linguagem de programação.
§ Usar programas de baixo custo.
§ Criar uma interface de visualização dos dados mais amigáveis.
§ Elaborar um projeto de banco de dados para ser utilizado por
pessoas da área de mapeamento geotécnico, assim, um usuário
específico.
Nesta exposição, descrevem-se os passos seguidos com a intenção
de atingir-se os objetivos e as metas que nortearam o trabalho.
Partiu-se de uma fundamentação teórica sobre os temas envolvidos
à pesquisa: mapeamento geotécnico/cartografia geotécnica (capítulo
2), bancos de dados (capítulo 3), sistemas de informação geográfica
(capítulo 4) e as aplicações de banco de dados em mapeamento
geotécnico/ cartografia geotécnica (Capítulo 5). No capítulo 6, tem
o relato sobre as etapas de desenvolvimento do trabalho. O capítulo
7 aborda-se os armazenamentos (SIG e aplicativo) e o funcionamento
do aplicativo. O capítulo 8 relata as análises e no capítulo 9,
expõem as conclusões que se chegou finalizada a experiência.
27
2 GEOTECNIA E CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA
2.1 Geotecnia: Histórico, Conceitos e Definições
A Geotecnia é uma ciência aplicada que envolve um conjunto de
atividades das áreas de Mecânica dos solos, Mecânica das Rochas e
Geologia de Engenharia (MACIEL FILHO, 1994).
A Mecânica dos Solos e a Mecânica das Rochas estudam o
comportamento do maciço terroso ou rochoso diante das solicitações
antrópicas (obras de construção civil - barragens, túneis,
edifícios, estradas) ou naturais (inundações, erosões, movimento de
massa).
A Geologia de Engenharia pode ser definida como a ciência
dedicada à investigação, ao estudo e à solução de problemas de
engenharia e meio ambiente, decorrentes da interação entre Geologia
e trabalhos de atividades do Homem, bem como à previsão e
desenvolvimento de medidas preventivas ou reparadoras de acidentes
geológicos. Esse conceito é o adotado pela International Association
of Engineering Geology and the Environment (IAEG) e, também, pela
Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE)
(RUIZ e GUIDICINI, 1998).
Alguns pesquisadores da área de Geotecnia ocupam-se da definição
dessa e de outras áreas, envolvidas entre os figuram:
v A Mecânica dos Solos é uma ciência aplicada, que procura
descobrir, entender, explicar e correlacionar as
características do solo (entendendo solo como material de
construção) em seus aspectos que interessam às obras de
engenharia (fundações de estruturas, barragens de terra, túneis
28
e obras subterrâneas em terra, etc.), com a finalidade de
possibilitar o projeto e a construção dessas obras (VARGAS,
1968).
v Os fenômenos da Mecânica dos Solos precisam ser conhecidos em
sua totalidade sejam de caráter físico, geológico ou técnico.
Logo a Mecânica dos Solos deixa de ser uma ciência física
apenas, para se tornar, sobretudo, uma ciência da natureza,
como a geologia ou a biologia (VARGAS, 1968).
v A Geologia para engenheiros utiliza e aplica os conhecimentos
geológicos, em experiências, para solucionar problemas de
engenharia, tais como, construção de ferrovias, barragens,
túneis e canais, fundações, obtenção de água subterrânea, etc.
(CAPUTO, 1973).
v A Geologia de Engenharia tem a finalidade de fornecer
informações básicas para o planejamento do uso do solo,
construção e manutenção de obras civis (IAEG, 1976).
v A Geologia de Engenharia pode ser definida como a aplicação dos
conhecimentos das geociências em estudos, projetos e obras de
engenharia (RUIZ, 1987).
v A Geotecnia deve formar dados sobre as propriedades dos solos e
rochas, assim como os processos e fenômenos que ocorrem no meio
físico podendo ser naturais e/ou artificiais (ZUQUETTE, 1987).
v A Mecânica dos Solos estuda o comportamento dos solos quando as
tensões aplicadas, como fundações ou aliviadas, no caso de
escavações, ou perante o escoamento de água nos vazios,
constitui-se em uma Ciência de Engenharia, na qual o engenheiro
civil baseia-se para desenvolver seus projetos (PINTO, 2000).
29
v A Engenharia Geotécnica é uma arte que se aprimora pela
experiência, pela análise do comportamento das obras, ao que é
imprescindível atentar para peculiaridades dos solos com base
no entendimento dos mecanismos de comportamento, que constituem
a essência da Mecânica dos Solos (PINTO, 2000).
A Geotecnia é uma matéria aplicada que busca os estudos da área
de Geologia de Engenharia, Mecânica dos Solos e Mecânica das Rochas,
para realizar suas aplicações.
2.1.1 Um Pouco da História da Geotecnia
A Mecânica dos Solos, como a Geologia de Engenharia e a Mecânica
das Rochas, desenvolveu-se no Brasil com base nas obras da
Engenharia Civil. Existem registros de obras geotécnicas desde a
época do Brasil colonial, porém essas não tinham bases científicas,
processavam-se por experiência prática.
Na Europa, registram-se estudos geotécnicos iniciais, em 1776,
com o trabalho científico de Coulomb, sobre a resistência dos solos
e o empuxo em muros de arrimo. Oitenta anos mais tarde, tem-se o
trabalho do francês Collin, com estudos sobre a resistência dos
solos, e os do escocês Rankine, sobre a resistência e o empuxo do
solo (ABMS, 2000). Esses trabalhos são chamados de clássicos da
Mecânica dos Solos.
Em 1925, Terzaghi lança o livro Erbaumechanik, considerado o
marco da era científica e moderna da Mecânica dos Solos. O fato
marcou o começo para a organização da Mecânica dos Solos, daí
surgiram palestras, seminários, que resultou no primeiro Congresso
30
Internacional de Mecânica dos Solos realizado em 1936, em
Massachusetts, nos Estados Unidos.
No Brasil, a Geotecnia teve um grande avanço nas décadas de 30 e
40 do século XX, em vista da realização de grandes obras de
Engenharia Civil, sobretudo, no eixo Rio de Janeiro - São Paulo.
Alguns fatos, dentre outros que poderiam ser citados, dão a
prova desse avanço:
- Início da industrialização e da urbanização, na década de 1930;
- Ocorre a construção da usina subterrânea de Paulo Afonso, no
começo da década de 1930, dando início aos estudos de Mecânica das
Rochas;
- Uso de estacas franki no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de
Janeiro, em 1935;
- Construção da Rodovia Anchieta no final da década 1930, obra
considerada um grande desafio tecnológico, pois existiam problemas
de adequação das fundações de pontes, viadutos e da própria
pavimentação da via, nesta obra, também, foi introduzida a sondagem
do subsolo;
- Vinda de Terzaghi ao Brasil, no final da década de 1930 e início
de 1940, para ministrar um curso, no qual enfatizou a importância da
Geologia Aplicada a problemas de Mecânica dos Solos.
- Contrução, em 1939, da primeira barragem de terra para combater a
seca no Nordeste;
- Criação do Instituto de Pesquisa Tecnológica de São Paulo (IPT),
no início da década de 1940;
- O retorno de Terzaghi ao Brasil, em 1947, para fazer consultoria
na empresa de energia do Estado São Paulo, pois havia problema de
movimentação de massa;
31
- A vinda de Casagrande ao Brasil, em 1949.
As décadas de 30 e 40 do século XX são tidas como de grande
efervescência para Geotecnia, quando se verificou a construção de
arranha-céus, o que exigia um desenvolvimento tecnológico para a
construção das fundações, diante da necessidade solucionar os
problemas da capacidade de suporte dos solos.
Ainda naquelas décadas, pôde-se observar o desenvolvimento das
três ciências aplicadas no âmbito da Geotecnia: Mecânica dos Solos,
Mecânica das Rochas e Geologia de Engenharia. Assim, ao final da
década de 1940, tem-se uma Mecânica dos Solos mais afinada com os
problemas do meio físico.
A ocorrência de alguns fatos ajudou a consolidar a Geotecnia no
Brasil, a saber:
- Ainda no final da década de 1940, surgem problemas com solos moles,
no Rio de Janeiro e São Paulo.
- No final da década de 1940, é criada a Associação Brasileira de
Mecânica dos Solos (ABMS).
- Entre as décadas de 50 e 80 do século XX, registra-se a construção
de mais de 150 barragens.
- Na década de 1960, ocorre a construção de Brasília, que proporciona
o estudo dos solos porosos e colapsíveis do Planalto Central.
- Em 1969, surge uma aplicação de métodos numéricos para resolver
problemas de fluxo d’água em uma barragem no Rio de Janeiro.
- Na década de 1970, tem-se o desafio de obras marítimas e costeiras
realizadas pela PETROBRÁS.
- Nas décadas de 1960-1970, ocorre a construção dos Metrôs de São
Paulo e do Rio de Janeiro.
32
Atualmente, a Geotecnia destaca-se em obras ambientais, como,
deposição de resíduos, transportes de poluentes, recuperação de
áreas degradadas. Observa-se que a atuação da Geotecnia é marcante,
por exemplo, nos trabalhos preventivos em áreas de riscos de
deslizamentos de terra, inundações e erosões, ao que se acrescenta,
pela sua importância, o uso de geossintéticos nas diversas obras
geotécnicas.
Na evolução da Geotecnia, no Brasil, as universidades têm uma
participação fundamental, pois uma boa parte dos profissionais
atuantes na área eram professores de instituições universitárias.
Para ilustrar essa afirmação tem-se o exemplo, na década de 50,
de Victor Mello que lidera um programa de renovação do ensino, na
Escola de Engenharia de São Carlos-SP (EESC-USP), na área de
Mecânica dos Solos. Em 1956, na Universidade Federal da Bahia,
Professor Hernani Sávio Sobral, propõe inovações no curso de
Mecânica dos Solos, na graduação. Em 1957, destaca-se a atuação de
Homero Pinto Caputo, na Escola Nacional de Engenharia do Rio de
Janeiro, é importante que se registre que o primeiro livro
brasileiro de Mecânica dos Solos foi escrito por ele. Na metade da
década de 1960, na Escola de Engenharia da Universidade do Paraná,
tem-se Samuel Chamecki, garantindo uma boa atuação da referida área
(Mecânica dos Solos, sobretudo) no curso de graduação (ABMS, 2000).
Após a consolidação da disciplina Mecânica dos Solos na
graduação, o passo seguinte foi a criação dos cursos de pós-
graduação, assim: em 1965, foram criados os cursos da PUC do Rio de
Janeiro e da Universidade Federal do Rio de Janeiro; em 1977, foi
criado o curso de pós, na USP, na Escola de Engenharia de São
Carlos.
33
Muitas pós-graduações tiveram lugar, a exemplo, de Porto Alegre
(UFRGS), Recife (UFPE), Campina Grande, (UFPB), Brasília (UnB) e
Viçosa (UFV).
Toda essa evolução relatada da Geotecnia diz respeito à Geologia
de Engenharia, à Mecânica dos Solos e à Mecânica das Rochas, pois
grande parte dos estudos geotécnicos envolve essas áreas. Para
fazer-se um projeto geotécnico, por exemplo, é necessário estudar
Mecânica das Rochas ou Mecânicas dos Solos e, obrigatoriamente,
deve-se entender o mínimo de geociências, isto é, de Geologia de
Engenharia. Logo, o crescimento da Geotecnia é um resultado do
avanço nas Geociências.
Uma área de atuação da Geotecnia, que merece destaque, é a
cartografia geotécnica/mapeamento geotécnico, que tem sua aplicação,
nas diferentes escalas, relacionada com planejamento territorial
(uso e ocupação do solo), ambiental e em diferentes etapas da obra.
2.2 Cartografia Geotécnica
Desde o princípio da civilização, o Homem preocupou-se em
representar o espaço em que vivia por meio de estruturas abstratas,
símbolos e desenhos que pudessem registrar o ambiente e o espaço
físico que o envolviam. No processo evolutivo da humanidade, esta
representação foi se transformando e resultou nas estruturas
gráficas que hoje chamamos de mapas ou cartas, tem-se registro de
cartas desde 6.000a.C., segundo Harley, (1991).
Para a elaboração das cartas ou mapas, de modo sistemático,
surgiu a cartografia, definida pela Associação Internacional
Cartográfica (ICA), como um conjunto de operações científicas,
34
artísticas e técnicas baseadas nos resultados de observações diretas
ou de análises de documentos com vistas à elaboração e preparação de
cartas, mapas, projetos e outras formas de expressões (SÃO PAULO,
1993).
Esse conceito foi atualizado, pois, com a automatização na
elaboração de cartas, passa-se considerar o uso da informática,
assim sendo, a cartografia é uma organização, apresentação,
comunicação e utilização da geoinformação nas formas gráficas,
visuais, digital ou tátil que inclui todos os processos de
preparação de dados, no emprego e estudo de todo e qualquer tipo de
mapa (LAZZAROTTO, 1999; MENEGUETTE, 2001).
Robinson et al. (1995), no livro sobre cartografia, definem-na
como a elaboração de estudos de mapas todos seus aspectos,
salientando que essa constitui uma importante representação gráfica,
desde que seja um eficiente caminho de manipulação, análise,
expressão de idéias e formas.
Quanto ao mapeamento, pode ser definido como o ato ou efeito de
mapear (mapear é realizar a representação gráfica da dimensão
espacial de um dado fenômeno), ou ainda, um conjunto de operações
técnicas executadas com a finalidade de elaborar mapas ou cartas
(SÃO PAULO, 1993).
O mapa é conceituado como a representação gráfica em superfície
plana, com escala definida, referenciada a um sistema de
coordenadas, podendo ter ou não um tema; ao passo que a carta pode
ser identificada como todo documento cartográfico de escala média a
grande (1:25.000 a 1:250.000) e é usada em mapeamento que necessite
uma subdivisão da representação em várias folhas.
35
A representação da cartografia pode ser classificada: quanto à
natureza das informações; quanto à representação, seja ela plana,
gráfica ou convencional do espaço físico. A cartografia pode ser
classificada em dois grandes grupos: a cartografia básica e a
temática.
As cartografias temáticas obedecem aos padrões estabelecidos
pelas regras da cartografia geral, todavia podem ser simplificadas
em certos níveis de detalhes, dando ênfase ao tema abordado na
carta. Assim, um mapa geotécnico, por exemplo, entra no contexto das
cartografias temáticas e pode ser definido, segundo a UNESCO (1976),
como um tipo de mapa geológico que fornece uma representação geral
de todos os componentes de um ambiente geológico, sendo fundamental
para o planejamento do solo e, também, aos projetos, construções e
manutenções quando aplicados à Engenharia Civil e de Minas.
Para evoluir, a cartografia teve de se aliar à ciência da
computação, sendo criado um verdadeiro sistema de organização dos
dados da informação cartográfica, com técnicas voltadas à coleta e
tratamento de informações do espaço físico (geoprocessamento).
Esse sistema, denominado de Sistema de Informação Geográfica
(SIG), reúne, em uma única base de dados, informações sobre o espaço
físico proveniente de dados cartográficos e cadastrais, produtos de
sensoriamento remoto (imagens de satélites e de fotos aéreas), entre
outras formas.
O SIG fornece, normalmente, mecanismos computacionais para unir
e combinar essas informações por meio de programas (módulos) de
manipulação que permitem consultas, recuperação e visualização do
conteúdo da base de dados. Como conseqüência desse emaranhado de
operações, tem-se a geração de mapas, cartas ou plantas.
36
2.2.1 Uma Breve Evolução Histórica do Mapeamento Geotécnico
Caballero (1973) menciona que as primeiras cartas geotécnicas de
que se tem registro são as cartas de caracterização geotécnica da
cidade New York, nos Estados Unidos da América (EUA), em 1902,
elaboradas com base em dados de 1.400 sondagens. Embora tenha
iniciada na América, foi na Europa que a cartografia geotécnica teve
um grande avanço, especialmente, após a segunda Grande Guerra.
Antes desse conflito alguns trabalhos se destacaram: a Exposição
Técnica da Construção de Leipzig na Alemanha em 1913, onde foram
apresentados os planos de construção de cidades alemãs; nas décadas
de 1920 e 1930, na Rússia, as investigações geotécnicas de caráter
regional que resultaram no primeiro mapa geotécnico do país.
Os primeiros estudos de caracterização geotécnica foi na
Tchecoslováquia, realizados em 1920, contribuíram para o primeiro
mapa geotécnico da cidade de Praga, na escala 1:12.000; no final da
década de 1920 e na década de 1930, foi elaborada uma série de mapas
na Alemanha, como o da Vila de Danzig em 1929, o de Ostendorff para
caracterização geotécnica, em 1932, e da comunidade de Mark para
urbanização em 1938 (CABALLERO, 1973).
Após a Segunda Grande Guerra, para realizar a reconstrução de
cidades assoladas, surgiram muitos estudos geotécnicos, por exemplo:
na década de 1950, sobre a caracterização geotécnica das cidades
alemãs de Stuttgart, Ulm e Götturgen; o desenvolvimento no leste
Europeu dos estudos geotécnicos, como a planificação territorial da
Rússia em 1950; o planejamento urbano e territorial da
Tchecoslováquia em 1947; o desenvolvimento de obras e a ocupação
37
regional na Polônia em 1961; a planificação territorial da Hungria
em 1961, entre outros.
Assim, foram surgindo sistemáticas e propostas metodológicas
para a elaboração de mapeamento geotécnico, como as defendidas por:
Matula e Pasek, em 1966; Keifer e outros, nos EUA, em 1966; Grand,
Finlayson e outros, na Austrália, em 1968; Sanejouand, na França em
1972; Dearman e outros, na Inglaterra, em 1974.
Após a consolidação e o aprimoramento da metodologia de
mapeamento geotécnico, passou-se ao processo de automatização de
elaboração de cartas e mapas. Vários países começaram a elaborar
bases de dados digitais, sobretudo, os europeus: a Inglaterra e a
França, que iniciaram no final da década de 1960 e deram
continuidade nas décadas de 1970 e 1980, resultando na criação de
sistemas digitais de armazenamento de informações geotécnicas.
Na década de 1990, quando a informática fornece ferramentas mais
confiáveis, como os Sistemas de Informação Geográfica e os Sistemas
de Gerenciamento de Banco de Dados, procura-se utilizar mais essas
ferramentas, para melhor integrar, numa única base de dados,
informações sobre o meio físico e melhorar a elaboração de cartas e
mapas geotécnicos.
No Brasil, o desenvolvimento da cartografia geotécnica, segundo
informações correntes, começou na década de 1960, com alguns
trabalhos pioneiros, entre os quais se pode destacar o trabalho de
Heine no mapeamento geotécnico do Estado da Guanabara.
Na década de 1970, surgem alguns trabalhos, com uma
fundamentação mais voltada para as metodologias estrangeiras como é
o caso dos trabalhos: de Coulon, em 1973, em Morretes e Montenegro
no Rio Grande do Sul; de Prandini e outros, em 1976, sobre
38
planejamento e Geologia Ambiental; de Infanti Júnior, em 1976, no
Rio Grande do Sul, que apresenta uma metodologia sobre Geologia de
Planejamento. Maciel Filho, em 1977, elabora o mapeamento geotécnico
da cidade de Santa Maria, localizada no mesmo estado.
A criação de metodologias para elaboração do mapeamento
geotécnico, na década de 1980, resulta na consolidação dos estudos a
respeito desse assunto. Servem de exemplo as metodologias do IPT, em
1980, e as da Escola de Engenharia de São Carlos, em 1987.
A década de 1990 é o momento de discussão, organização e
divulgação dos trabalhos, é a era dos simpósios e encontros dentre
os quais se pode destacar o I Simpósio Brasileiro de Cartografia
Geotécnica, realizado em São Paulo, em 1993 (Gandolfi, 2000).
2.2.2 Algumas Metodologias Existentes
A maioria dos países desenvolveu metodologias para elaboração de
mapas geotécnicos, sobretudo, os europeus; cada uma com suas
características próprias e, muitas vezes, abordando um aspecto
específico da geotecnia, por exemplo, a metodologia Zermos, aplicada
na França para caracterização de zonas de movimento de massa
(erosão, subsidência e sismos); outras metodologias, mais
abrangentes, abordando aspectos gerais da Geotecnia como no caso das
metodologias da IAEG (a Associação Internacional de Geologia de
Engenharia), PUCE (australiana) e Francesa.
2.2.2.1 Metodologia IAEG
A metodologia da International Association of Engineering
Geology (IAEG) foi apresentada, em 1976, por uma comissão de
39
profissionais, entre engenheiros e geólogos, sendo proposto um guia
de elaboração de mapas geotécnicos; assim sendo, adotado pela mesma
(IAEG) para elaboração de cartas e mapas (DEARMAN, 1991). Trata-se
de uma metodologia abrangente, com o objetivo de uniformizar o
processo de mapeamento geotécnico para os vários países, isto é, de
estabelecer uma padronização dos mapas geotécnicos no mundo.
Determinados princípios norteiam a metodologia da IAEG: o mapa
geotécnico deve retratar informações objetivas e necessárias para
avaliação das características geotécnicas; deve ser feito o possível
para prever as variações de situações geológicas; as informações
devem ser apresentadas de forma a facilitar o entendimento por
profissionais de outras áreas; os mapas geotécnicos podem ter como
base os mapas geológicos, hidrogeológicos e geomorfológicos.
A metodologia da IAEG propõe uma classificação para os mapas
geotécnicos, de acordo com a finalidade, o conteúdo e a escala.
Conforme a finalidade, o mapa pode ser: de finalidade especial,
quando faz uma abordagem específica da Geotecnia; de
multifinalidade, quando aborda vários aspectos da Geotecnia (IAEG,
1976).
De acordo com o conteúdo, os mapas podem ser: analíticos, estes
avaliam os componentes individuais do ambiente geológico;
sintéticos, esses mapas apresentam uma síntese dos atributos
geotécnicos e podem ser de condições geotécnicas e de zoneamento
geotécnico; auxiliares, quando apresentam informações secundárias,
factuais que apóiam a elaboração de outros mapas; complementares,
que apresentam informações obtidas por interpretação.
De acordo com a escala, tem-se: grande escala 1:10.000; média
escala entre 1: 10.000 e 1:100.000 e pequena escala 1:100.000.
40
2.2.2.2 Sistema PUCE de Avaliação do Terreno
O Pattern, Unity, Component, Evaluation, isto é, Sistema PUCE
foi desenvolvido no final da década de 1960 por um grupo de
pesquisadores australianos.
Essa sistemática compreende duas grandes fases: a classificação
do terreno, seguida da avaliação do mesmo para fins de implantação
de obras de engenharia e planejamento do uso do solo.
O princípio geral nesse processo é que as áreas com geologias
similares submetidas às mesmas condições climáticas tendem a
apresentar solos e parâmetros rochosos semelhantes (GRANT, 1975).
O Sistema PUCE baseia-se em determinados critérios para
elaboração dos mapas geotécnicos, a saber:
a classificação dos terrenos é pautada em princípios
geomorfológicos;
os membros das classes de terreno devem ter propriedades do meio
físico, homogêneas;
a avaliação da natureza das classes deve ser rigorosa;
a classificação dos terrenos deve ser hierárquica, de modo que a
classe do topo seja composta de associação de classes precedentes;
as informações devem ser armazenadas de forma que sejam utilizadas
em sistemas computacionais, sendo estabelecido um sistema numérico,
no geral os números representam os parâmetros do terreno;
a observação de fatores, que devem ser considerados na
classificação do terreno, esses fatores são os de caracterização de
encosta, os geomorfológicos, os geológicos, os de caracterização dos
solos e os de vegetação.
41
A classificação seguindo o sistema hierárquico dos mapas
geotécnicos, segundo o PUCE, apresentará classes, como, província,
padrão, unidade e componente do terreno, e essas classes são
separadas, sobretudo, por critérios geomorfológicos.
Província, classe hierárquica superior, definida por aspectos
geológicos e estruturais, determina, com facilidade, mapas em
escalas 1: 250.000; sua nomenclatura é baseada em dois dígitos
iniciais, que significam a idade geológica da rocha, e três dígitos
finais, que significam a ordem do reconhecimento.
Padrão do terreno, classe definida com base em aspectos
geomorfológicos, por exemplo, áreas com uma topografia repetitiva e
semelhantes; áreas de solos e vegetação natural, ambos semelhante.
Sua nomenclatura é apoiada na amplitude do relevo (um digito) e na
densidade da drenagem (um dígito).
Unidade de terreno, classe definida por formas do terreno,
associação de solos e formações vegetais semelhantes. Sua
nomenclatura é formada pela configuração do terreno, formas do
terreno (dois dígitos), textura e perfil dos solos (um dígito) e a
cobertura vegetal (um dígito).
Componente do terreno, classe definida por aspectos
geomorfológicos, como: tipo de inclinação das encostas (três
dígitos), tipo de perfil do solo (dois dígitos), uso e cobertura do
terreno (um dígito), vegetação e litologia do substrato rochoso
(dois dígitos).
Para garantir uma boa avaliação e classificação do terreno,
segundo a sistemática PUCE, deve-se:
v Em relação à avaliação, analisar os taludes tridimensionalmente,
estes podem ser planares ou convexos; os solos devem ser analisados
42
por seus parâmetros geotécnicos; a vegetação deve ser analisada em
função das espécies, densidade, entre outros;
v Em relação à nomenclatura basear no relevo, no perfil do solo, na
cobertura superficial, no uso do solo e na vegetação;
v Em relação à classificação do terreno, ser realizada em etapas de
estudos, começando com a fotointerpretação, seguida de um trabalho
de campo para corrigir e garantir uma análise segura.
2.2.2.3 Metodologia Francesa
Na França, em 1966, foi apresentada uma revisão do mapeamento
geotécnico local que, inicialmente, se baseava nas diretrizes da
elaboração de cartas geotécnicas utilizadas na Tchecoslováquia.
Entretanto, em 1972, Sanejouand propõe uma reformulação no processo
de mapeamento geotécnico francês, numa tentativa de homogeneização
na elaboração das cartas geotécnicas francesas.
Para elaboração dos mapas, são considerados os seguintes
fatores: características e propriedades do solo e da rocha;
hidrogeologia; geomorfologia; aspectos exógenos (geodinâmicos);
recursos naturais para construção e modificação no ambiente natural
proveniente de ações antrópicas (SANEJOUAND, 1972).
Com o objetivo de homogeneizar o processo de elaboração do
mapeamento geotécnico francês, Sanejouand propõe uma classificação
dos mapas, de acordo com a escala, o conteúdo e a forma.
De acordo com a escala, os mapas podem ser: cartas aplicadas no
planejamento de áreas metropolitanas, em escala entre 1:100.000 e
1:50.000; cartas aplicadas em áreas urbanas em escalas entre
1:25.000 e 1:10.000; cartas aplicadas com fins específicos, em
43
escalas entre 1:10.000 e 1:5.000 e cartas de zoneamento para
planejamento urbano, em escalas maiores que 1:5.000.
As cartas classificadas, quanto ao conteúdo e à forma, podem ser
analíticas ou de fatores e sintéticas ou de aptidão. As cartas
analíticas apresentam um ou mais aspectos geológicos, caracterizam-
se como a síntese parcial de dados pontuais ou não, abordando,
assim, aspectos do meio físico, por exemplo, as cartas
hidrogeológicas, de cobertura superficial (material inconsolidado) e
geológica.
As cartas de conteúdo e forma podem ser subdivididas em cartas
de fatores normais e especiais. As de fatores normais representam
informações para um uso abrangente em planejamento local. As cartas
de fatores especiais apresentam-se informais, mais específicas,
como, as cartas de fundações, por exemplo.
As cartas sintéticas delimitam áreas homogêneas, abordando
aspectos, como, a utilização de informações a respeito da qualidade
dos solos, por exemplo, as cartas para aptidão às fundações e cartas
de materiais de construções, essas cartas, podem, ainda, ser
subdivididas em grandes e pequenas escalas.
2.2.3 Metodologias Utilizadas no Brasil
No Brasil, existem muitos trabalhos a respeito de mapeamento
geotécnico, realizados desde a 1960, até então, de acordo com esses,
muitos métodos e sistemáticas foram empregados para elaboração das
cartas geotécnicas, principalmente, nos estados do Rio de Janeiro,
São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Entre as metodologias
44
seguidas podem ser destacadas, por serem mais usadas e abrangentes;
aquelas usadas no IPT e na Escola de Engenharia de São Carlos.
2.2.3.1 Metodologia do IPT
Essa metodologia foi desenvolvida na década 1980, baseada em
trabalhos realizados nas encostas dos morros de Santos e São
Vicente, a partir de situações específicas de problemas do meio
físico.
As cartas geotécnicas, conforme a Metodologia do IPT, objetivam:
prever o desempenho da interação entre meio físico e uso e ocupação
e estabelecer técnicas para prevenção e correção dos problemas,
possivelmente encontrados nas áreas de estudo (PRANDINI et al,
1980). Essa metodologia classifica as cartas nos seguintes grupos:
cartas geotécnicas propriamente ditas, quando mostram as limitações
e potencialidades dos terrenos e definem diretrizes para ocupação;
cartas de riscos, quando verificam a potencialidade do risco
geotécnico (erosão, inundação, escorregamento).
2.2.3.2 Metodologia da EESC-USP
Desenvolvida com base nos trabalhos realizados na elaboração do
mapeamento geotécnico, especialmente no estado de São Paulo, pelo
grupo de pesquisadores do Departamento de Geotécnica da Escola de
Engenharia de São Carlos (EESC-USP), no período de 1980. Essa
metodologia baseia-se em uma análise do meio físico (rocha, solo,
água e relevo), fundamento para implementar as diversas formas de
ocupação. Por ser uma metodologia abrangente, tem como princípio o
procedimento global do processo, desde a obtenção dos atributos até
a elaboração de cartas específicas aos usuários, assim como a
45
relação de todas as regras cartográficas e de conteúdo (ZUQUETTE,
1987 e ZUQUETTE, NAKAZAWA, 1998).
2.3 Automação da Cartografia Geotécnica
Após se organizar e estabelecer as metodologias de elaboração da
cartografia geotécnica, pensou-se como otimizar o processo para a
realização do mapeamento geotécnico.
O processo de mapeamento geotécnico pode ser resumido nas
seguintes etapas: levantamento das informações existentes;
investigação de campo (reconhecimento, ensaios e amostragem);
fotointerpretação (aerofotos, imagens de satélites, imagens de
radar); realização de ensaios laboratoriais; elaboração de mapas e
análises.
Pela natureza dessas etapas, pode-se inferir que a informática é
usada para apoiar na realização das tarefas a serem desempenhadas,
portanto que existe um processo de informatização embutido no
mapeamento geotécnico, muitas vezes, é despercebido ou realizado de
modo desorganizado, sem uma sistematização.
Assim, muitos pesquisadores perceberam essa falha e resolveram
estudar melhor o assunto, então, surgiram trabalhos abordando o tema
automatização da cartografia, que envolve a integração das
informações em SIG, em banco de dados, análises com geoprocessamento
e uso de GPS na etapa de campo, entre outros.
Moreira (1993) estudou a automatização da cartografia geotécnica
em sua dissertação, analisando todas as etapas de elaboração do
mapeamento e a utilização de programas. Elaborou um banco de dados
chamado GEOBASE, com a finalidade de criar uma base de dados
46
específica para mapeamento geotécnico, já que não existe em Sistema
de Informação Geográfica.
Na Universidade Federal de Viçosa, estão sendo desenvolvidos
trabalhos na área de automação do mapeamento geotécnico, como, o
desenvolvimento do sistema de informações geotécnicas (GEOGIS)
(Meira, 1996), e o sistema de GeoCamp, administrador de fichas
geotécnicas de campo por Calijuri et. al.(2001), entre outros.
DINIZ (1998) pesquisou a automação da cartografia geotécnica, e
observou que essa poderá ser uma ferramenta muito útil, tanto para o
planejamento urbano como para o ambiental, que possibilita:
cartografia digital, modelagem digital do terreno, produção de
cartas de declividade, análise de processos do meio físico;
gerenciamento de banco de dados geológico-geotécnicos orientado a
objeto (unidades de terreno, município, bacia); a avaliação
geotécnica para finalidades específicas e a integração dos temas
para zoneamento geral ou das cartas de risco, variação das escalas
de trabalho e de recuperação, trabalho com maior volume de atributos
do meio físico permitem o armazenamento, a atualização e a
recuperação em tempo real; a simulação interativa da dinâmica de uso
do solo e do meio físico, ao longo do tempo.
Na literatura sobre automação da cartografia geotécnica, existem
vários trabalhos. Nos capítulos sobre SIG e Bancos de Dados em
Cartografia Geotécnica, serão mostrados alguns exemplos, pois como o
tema dessa pesquisa envolve SIG e Bancos de Dados, procurou
enfatizar os temas, destinado capítulos exclusivos.
47
3 CONCEITOS BÁSICOS EM BANCOS DE DADOS
Os bancos de dados podem ser definidos, de maneira geral, como
um método moderno de armazenamento e organização das informações ou
um certo número de arquivos referentes a uma determinada área de
aplicação, ou um conjunto de aplicações circundando um conjunto de
dados, ou ainda, um sistema computadorizado que guarda registros
(entende-se por registros, as linhas de uma tabela, grosseiramente
falando), com objetivo geral de armazenar, manter e tornar a
informação disponível aos diversos usos (DATE, 1999).
Essencialmente, um banco de dados é estruturado por arquivos de
dados (data-base), um conjunto de softwares e uma linguagem de
manipulação do banco de dados (a linguagem de exploração padronizada
é a structure query language - SQL).
No armazenamento e manipulação de informações, o uso de banco de
dados apresenta algumas vantagens em relação aos métodos de
armazenamento convencional (arquivos de papéis). Assim, pode-se
citar a independência e o controle de redundância de dados; a
garantia de integridade e a privacidade dos dados; a facilidade de
criação de novas aplicações; a segurança dos dados; o controle
automático do relacionamento entre os registros (informações/dados);
a otimização do espaço de armazenamento das informações e a
utilização simultânea dos dados armazenados por vários usuários.
Os bancos de dados possuem células básicas para armazenamento
das informações: os campos, isto é, espaços reservados aos
diferentes tipos de dados (similares às colunas das tabelas) e os
registros que devem ser tratados, como uma unidade de informação de
um dado (as linhas das tabelas).
48
Ao se fazer uma análise dos dados para que sejam armazenados,
deve-se pensar em implementação de um banco de dados o qual
pressupõe o uso de um programa, a saber, o sistema de gerenciamento
de banco de dados (SGBD).
O SGBD trabalha com os seguintes enfoques no armazenamento das
informações: modelo em rede, modelo hierárquico, modelo relacional
e, ainda, lista invertida, este último, muitas vezes considerado,
também, como um modelo de rede.
Banco de dados em modelo hierárquico, os dados e os
relacionamentos são representados por registros e ligações
(ponteiros, elos), respectivamente, os registros organizam-se como
coleções de árvores separadas (Figura 3.1).
Figura 3.1: Modelo Hierárquico
Banco de dados em modelo de rede, os dados, seguindo-se esse
modelo, são representados por coleções de registros, cujos
relacionamentos são representados por elos (ponteiros), esses
últimos são vistos como ponteiros (Figura 3.2).
Figura 3.2: Modelo de Redes
Banco de dados em modelo relacional representa os dados e os
relacionamentos por um conjunto de tabelas, cada uma com um número
de colunas e nomes únicos. O modelo relacional difere do modelo de
rede e do hierárquico no uso de ponteiros ou elos, isto é, os
Geologia
litologia idade
Geologia Tipo de rocha litologia espessura
49
modelos relacionais não fazem uso desses artifícios, sim, de uma
ligação lógica. A ligação lógica é a intersecção entre as linhas
(registros) e as colunas (campos) das tabelas, e essa intersecção é
chamada de célula.
Atualmente, os sistemas de gerenciamento de bancos de dados
estruturam-se à base do modelo relacional, porém, antes do uso do
SGBD, deve-se pensar nos modelos de armazenamento das informações,
conforme descrito adiante.
3.1 Modelo Entidade e Relacionamento MER (modelo conceitual)
Ao se elaborar um projeto para organização de uma base de dados,
inicialmente, deve-se entender de modo aprofundado a informação a
ser trabalhada, para tanto, conforme Setzer (1989), primeiro, deve-
se fazer uma abstração das idéias. Para auxiliar na realização desse
processo, alguns autores sugerem níveis de abstração do pensamento
(Figura 3.3), como: primeiro nível, o mundo real, em que se tem uma
idéia geral da informação a ser organizada; segundo nível, o
descritivo, em que se detalha a informação, como e de que forma essa
pode ser armazenada, de maneira não formal; terceiro nível, o
conceitual, a informação é tratada mais formal e tenta-se chegar
mais próximo da linguagem computacional; quarto nível, o
operacional, neste verifica-se como está estruturado o dado e como a
máquina (o computador) vai operar esses dados e o quinto nível, o
interno, em que se verificam as estruturas internas de armazenamento
(arquivos e tabelas), programas interpretativos. Nesse nível, nota-
se, também, como o computador irá armazenar as informações. Os
níveis são analogias aos modelos.
50
Figura 3.3: Abstração da Informação a Ser Armazenada em Banco de
Dados
Fonte: SETZER (1989).
O modelo conceitual é importante na abstração das informações,
pode ser elaborado juntamente com o modelo descritivo. Um dos
modelos conceituais mais usados em banco de dados é o modelo
entidade relacionamento (MER), que é mais simples e abrangente,
usado para a representação das estruturas de informação.
Como o próprio nome diz, o MER é composto, além dos atributos,
por entidades e relacionamentos. As entidades são os objetos do
mundo real, por exemplo, o elemento geológico, o substrato rochoso.
O relacionamento é uma entidade que une entidades, por exemplo,
coordenadas de localização dos pontos de observação, essa informação
poderá unir duas entidades, como, a litologia e os dados sobre os
materiais inconsolidados. Os atributos são os valores atribuídos às
entidades e/ou aos relacionamentos.
Para visualizar melhor os elementos do MER, pode-se observar a
Figura 3.4, na qual existe um exemplo de duas entidades geotécnicas
Mundo
real
Modelo descritivo
Modelo conceitual
Modelo
operacional
Modelo interno
51
(substrato rochoso e material inconsolidado), com seus atributos
(litologia, grau de alteração, mineralogia e textura) e o
relacionamento entre as entidades (a localização). Esse exemplo
ilustra apenas uma pequena parte de uma modelagem conceitual em
banco de dados. Isto é, a figura representa duas informações que
estão armazenadas e relacionadas entre si.
Figura 3.4: Exemplo de uma Modelagem Conceitual Usando MER
3.2 Modelo Relacional
O modelo relacional é um dos mais utilizados no armazenamento de
informações. Ted Codd divulgou-o, pela primeira vez, em 1970, por
meio da publicação de um artigo que atraiu a atenção imediata, em
razão de sua simplicidade e fundamentação matemática (ELMASRI,
NAVATHE, 2000).
Para Date (1999), o modelo relacional, é um em sistema que, no
mínimo, os dados são vistos pelo usuário como tabelas que realizam
operações do tipo seleção (restrição), projeção e junção.
Para Setzer (1989), um modelo relacional é um tipo de modelo em
que os dados são representados por tabelas de valores, denominadas
de relação, são bidimensionais e organizadas em linhas e colunas.
De acordo com Elmasri, Navathe (2000), o modelo relacional
representa o banco de dados como uma coleção de relações (tabelas).
localização
Material
inconsolidado
textura mineralogia
Substrato
rochoso
litologia
alteração
relacionamento
entidade
atributos
52
Para Silberschatz, Korth, Sudarshan (1999), um banco de dados
relacional consiste em uma coleção de tabelas, cada uma tem nome
único, próprio, pois as operações (seleção, junção, etc.) que serão
realizadas, vão referir a tabela pelo nome.
A maioria dos SGBDs comerciais utiliza modelo relacional para
organizar, armazenar e manipular sua base de dados, porém existem
alguns que utilizam o modelo relacional juntamente com o modelo
operacional orientado a objeto, esse último é a mais moderna
abordagem de sistemas de gerenciamento de banco de dados.
3.2.1 Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados
Um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD) é um
software que manipula o acesso à base de dados, executando operações
necessárias à mesma (DATE, 1999).
Assim, um SGBD realiza as seguintes funções: define os dados,
isto é, que tipos de dados (por exemplo, se for número, poderá ser
inteiro ou decimal) serão trabalhados no banco; manipula os dados
(recuperação e atualização); garante a segurança e a integridade dos
dados; garante a existência de um dicionário de dados, esse contém
informações sobre os dados (metadados) e assegura um bom desempenho
do banco de dados, garantindo a realização das funções anteriormente
citadas.
Dos SGBDs comerciais existentes, alguns se destacam por serem os
mais utilizados e completos:
- ORACLE, trata-se de um dos mais conhecidos, é potente e eficiente,
tem extensão para orientação a objeto, apresenta uma linguagem
proprietária de extensão ao SQL bem completa (PL/SQL), admite o uso
53
de banco de dados distribuídos (em rede), pode ser executado em
vários sistemas operacionais, inclusive, o Windows;
- INTERBASE, SGBD não muito popular, porém bastante eficiente para
aplicações de pequeno e médio porte, trata-se de um programa que
está disponível livremente para cópia (política de expansão do
software); sua concepção de SQL também é boa o que facilita a
programação da base de dados e pode ser utilizado para aplicações
com multiusuários;
- DB2 (Database 2), esse software é histórico, com o ORACLE é um dos
mais potente e eficiente sistema de gerenciamento de banco de dados,
ambos são mais usados em grandes aplicações (MARTEENS, 2001);
- ACCESS é uma das mais conhecidas implementações do modelo
relacional de banco de dados, em uma plataforma para computador
pessoal, pode ser empregado em pequenas aplicações, ou melhor,
pessoais (ELMASRI, NAVATHE, 2000). Esse sistema de gerenciamento de
banco de dados está sendo bastante difundido dentro do mapeamento
geotécnico pela sua facilidade na aquisição e de interação com
alguns SIG existentes no mercado como é o caso do ARCINFO, do
IDRISI, do ARCVIEW e do SPRING.
Alves (2004) mostra a relação dos principais programas de bancos
de dados comerciais e algumas linguagens que, também, manipulam base
de dados por meio de tabela (Tabela 3.1).
54
Tabela 3.1: SGBD Comerciais (Alves, 2004).
SGBD Descrição
DBASE Lançado em 1984 pela Aston-Tate, como dBASE II, posteriormente foi adquirido pela Borland. Possuía uma
linguagem de programação fácil de aprender, era um sistema com gerenciamento de arquivos planos (flat files)
baseados em listas invertidas.
Paradox Um software de banco de dados bastante poderoso e rápido. Com ambiente integrado de desenvolvimento.
Atualmente, a Corel é detentora de seus direitos de produção. Teve versões para DOS mas, atualmente, só há
versão Windows.
Dataflex Um programa que utiliza o ambiente Unix, mas teve versões para DOS e Windows. Possuía ambiente de
desenvolvimento integrado, para geração de aplicações completas. Atualmente, é comercializado com o nome de
Visual Dataflex.
FoxBase/FoxPro Nascido no ambiente DOS, foi portado para Windows e hoje se chama Visual FoxPro. Um forte concorrente do
dBase, com total compatibilidade em termos de arquivos e programas.
Access Lançado em meados de 1992, pode-se dizer que é o padrão em banco de dados para microcomputadores. Possui
um ambiente integrado e sofisticado, que permite a criação e gerenciamento do banco de dados, desenvolvimento
de aplicações e geração de relatórios. Sua linguagem de programação deriva do VB.
Oracle O número um em banco de dados corporativo (cliente/servidor) e conta com uma variedade muito grande de
distribuição, abrangendo desde o Macintosh, passando pelos PCs e até computadores de grande porte. É um
sistema de banco de dados padrão SQL, com linguagem própria para desenvolvimento de aplicações.
Interbase Esse gerenciador tem ferramentas para desenvolvimento na Linguagem Delphi, C++ Builder, JBuider, etc. Possui
uma versão Open Source (código fonte aberto).
MS-SQL Server Produzido pela Microsoft, inicialmente, era uma versão especial do Sybase, em razão de uma parceria entre as
duas empresas. As versões atuais são produtos totalmente novos e independentes. Funciona exclusivamente em
Windows (NT, 2000 ou superior)
Sybase SQL
Anywhere
Um sistema de gerenciamento de banco de dados de missão crítica que concorre com o Oracle. Sua aplicação é
no mercado corporativo. Permite desenvolvimentos com a ferramenta PowerBuilder.
MySQL Este gerenciador de banco de dados possui versões para vários sistemas operacionais e seu principal atrativo é
ser gratuito. É um programa de alta qualidade, poderoso e conta com uma enorme base instalada, sobretudo em
aplicações web.
PostgreSQL Outro gerenciador gratuito. Originalmente, funcionava no Linux, mas pode ser instalado no Windows. É, também,
usado para o desenvolvimento de aplicações na web, com a linguagem PHP.
Infomix Um gerenciador que possui uma boa escalabilidade e desempenho, atualmente, pertence à IBM
DB2 Gerenciador produzido pela IBM, que nasceu nos ambiente de computadores de grande porte, sendo,
posteriormente, portado para plataformas mais baixas (microcomputadores).
Clipper Talvez seja a mais conhecida das ferramentas de desenvolvimento de aplicações e que utiliza arquivos padrão
dBase (*. DBF). O Brasil foi o líder mundial em vendas e uso desta ferramenta.
Joiner Um produto nacional concorrente da Clipper, produzido por uma empresa paulista chamada Tuxon Software, com
versões para DOS, Unix e algum suporte para Windows . Apesar de suas qualidades serem superiores ao Clipper,
teve vida curta hoje não é mais produzida.
Delphi C++
Builder Jbuider
Ferramentas de desenvolvimento da Borland , possui suporte nativo a bancos de dados Interbase e MySQL. Dephi
e C++ Builder, também, acessam arquivos no formato dBase, Paradox e Access nativamente, as outras base
podem ser manipuladas por meio da tecnologia ODBC.
Visual Basic
Visual C++
O programador pode criar aplicações que acessam bancos de dados Access ou por meio da ferramenta ODBC.
3.2.2 Terminologias Usadas no Modelo Relacional
Quando se trabalha com o modelo relacional, surgem alguns termos
ou palavras que necessitam ser explicitados, para que se possa
compreender melhor o funcionamento desse modelo. Sendo assim, Setzer
(1989), Date (1999), Silberschatz, Korth, Sudarshan (1999), e
Elmasri e Navathe (2000) apresentam os seguintes termos que podem
ser encontrados, também, em outras bibliografias que abordem o
modelo relacional em banco de dados (Figura 3.5):
55
v Relacional, este termo teve origem na matemática e é derivado
da palavra relação, logo, o modelo relacional manipula o banco
de dados, como uma coleção de relações;
v Relação pode ser pensada, como uma tabela de valores, ou um
arquivo plano (bidimensional);
v Tupla corresponde a uma linha de uma tabela, quando se pensa
numa relação como uma tabela de valores, assim, observa-se numa
tupla um conjunto de valores de dados que estão relacionados
entre si;
v Atributo corresponde a uma coluna de uma tabela, tem sempre o
mesmo tipo de dado em cada coluna;
v Cardinalidade é o número de tuplas de uma relação;
v Grau é o número de atributos de uma relação;
v Chave primária é um identificador único de uma tabela, será uma
coluna ou uma combinação de colunas, que tem a propriedade de
que nenhum par de linhas e colunas tenha valores iguais ao
desta coluna;
v Valores, aqui, são os dados do mundo real (que podem ser
representados por números, caracteres, dados alfanuméricos,
etc.);
v Base de dados ou banco de dados é um conjunto de relações
(tabelas);
v Domínio é um repositório de valores de atributos (colunas)
específicos e de uma relação específica cujos valores se
extraem.
Para Setzer (1989), domínio, também, pode ser uma palavra para
designar o conjunto de valores que é retirado das células (pares de
linha e coluna) de uma relação (tabela).
56
Para Elmasri, Navathe (2000), domínio é um conjunto de valores
atômicos, por atômico entende-se que cada valor do domínio é
indivisível.
Na Figura 3.5, há um exemplo ilustrativo de uma relação
denominada granulometria, no qual podem ser observados os principais
termos referidos anteriormente, que na verdade são simplificações,
pois se forem empregados termos formais, às definições vão além das
apresentadas.
No. da
amostra
Localizaçã
o
Coordenada
x (m)
Coordenada
y (m)
% argila %silte %areia
001 São José 8660000 500000 20,49 20,15 59,23
002 Tiquaruçu 8660000 510000 18,19 29,02 51,85
003 Humildes 8630000 512000 9,17 62,15 28,68
004 Jaguara 8650000 490000 5,12 7,73 87,14
Figura 3.5: Relação Granulometria
Fonte: Baseado em: DATE (1999) e ELMASRI, NAVATHE (2000)
3.2.3 Características do Modelo Relacional
Setzer (1989), cita algumas propriedades que caracterizam um
modelo relacional tradicional, tais como:
v cada célula de uma relação pode ser vazia ou conter um único
valor, ser atômica, monovalorada;
v a ordem das linhas é irrelevante, isto é, do ponto de vista do
usuário;
v não podem existir duas linhas iguais; cada coluna deve ter um
nome; duas colunas distintas devem ter nomes diferentes;
ATRIBUTOS
TUPLAS
CHAVE PRIMÁRIA
C
A
R
D
I
N
A
LI
D
A
D
E
DOMÍNIOS
NO. DE
AMOSTRAS
LOCALIZAÇÃO
COORDENADA X
% AREIA
59,23
51,85
etc.
............
GRAU
57
v a ordem das colunas deve, também, ser irrelevante, visto que
estas têm nomes;
v as tabelas devem ter nomes diferentes uma das outras;
v os valores de uma relação devem pertencer a um mesmo universo,
que é o domínio da coluna;
v duas colunas podem pertencer ao domínio.
Date (1999) define, ainda, uma propriedade de fechamento que
caracteriza um modelo relacional, essa propriedade diz que: qualquer
operação (seleção, inserir, apagar, etc.) entre relações (tabelas)
sempre resulta em outra relação.
3.2.4 SQL
A Structure Query Language (SQL) é uma linguagem padrão para
exploração e comunicação dos dados, utilizada nos sistemas de
gerenciamento de banco de dados relacionais.
A SQL é usada como linguagem de definição de dados (DDL) e
linguagem de manipulação de dados (DML). Significa uma linguagem
estruturada para formulação de consultas ao banco de dados.
3.2.4.1 Comandos Básicos da SQL
Comandos ou operações em SQL são usados para realizar instruções
requeridas, por exemplo: atualização ou recuperação dos dados na
base de dados. Embora muitos sistemas gerenciadores de banco de
dados usem a SQL, a maioria deles tem uma linguagem própria, ou
melhor, uma linguagem proprietária, com comandos somente usados no
sistema em que foi construída a base de dados. Muitos sistemas usam
linguagens proprietárias, como a PL, do SGBD Oracle.
58
Os comandos mais usados da SQL (SQL, 2001) são:
create table, usado para criar uma nova tabela; pode-se
apresentar o formato do comando escrito em SQL:
create table “tablename”
(“column1” “data type”,
“column2” “data type”);
select, usado para consultar e recuperar dados selecionados com
um critério específico; seu formato é:
Select [tudo (*) ou destacar a coluna] “column1, column2”
From “nomedatabela”
insert, esse usado para inserir ou adicionar uma linha de dados
na tabela; seu formato é:
insert into “nomedatabela”
primeira coluna....última coluna
value (primeiro valor....último valor);
delete, usado para apagar colunas ou linhas da tabela; seu
formato é:
delete from “nomedatabela”
where “nomedacoluna” Operator “ value;
drop, usado para apagar uma tabela e todas as linhas dela; o
formato é:
drop table “nomedatabela”;
update, usado para atualizar ou mudar colunas por meio de um
critério específico, cujo seguinte formato é:
update “nomedatabela”
set “nomedacoluna”=“novovalor”, “próximacoluna” = “novovalor2” ...
where “nomedacoluna” operator “valor” [and | or “coluna” operator
“valor”;
59
3.2.4.2 Principais Operadores da SQL
Os operadores usados na SQL são os relacionais, lógicos e
aritméticos.
Os relacionais destinam-se a fazer operações condicionais ou de
seleção, são estes: = (igual); > (maior que); >= (maior ou igual); <
(menor); < = (menor ou igual); < > (diferente); like é um poderoso
operador, que permite selecionar, apenas, a linha que é
especificada, por exemplo: Select col1, col2, col3
From nomedatabela
Where vol1 like ‘er%’
Os operadores lógicos são usados em operações de decisão,
comparação e seleção, resultam das operações falso (false) ou
verdadeiro (true). Podem ser destacados os seguintes operadores
lógicos: and, usados para unir duas ou mais condições, o resultado
da operação será verdadeiro (true) se as condições forem
verdadeiras; or, operador usado para unir duas condições, o
resultado da operação será verdadeiro se, pelo menos, uma das
condições for verdadeira.
Os operadores matemáticos ou aritméticos são basicamente quatro:
+ (adição); - (subtração); * (multiplicação); / (divisão) e, ainda,
% (módulo).
3.3 Conceitos Iniciais em Banco de Dados Geográficos
Banco de dados denominados de geográficos ou geoespaciais ou
somente espaciais são sistemas de gerenciamentos capazes de
armazenar e manipular dados com representações geométricas (ponto,
60
linha e polígonos) e informações referenciadas geograficamente. Na
verdade, o banco de dados geográficos é uma especialidade dos bancos
de dados espaciais (estes manipulam dados geométricos) em aplicações
de geoprocessamento (SILBERSCHATZ;KORTH e SUDARSHAN, 1999).
3.3.1 Termos Usados em Banco de Dados Geográficos
LISBOA FILHO, IOCHPE (1996); ANTENUCCI (1991) apresentam
conceitos de alguns termos que aparecem quando se trabalha com banco
de dados geoespaciais, conceitos propostos pelo U. S. National
Digital Cartografic Standar, enunciados a seguir.
Identidade, os elementos modelados em banco de dados geográficos
podem se apresentar em três identidades: as entidades, elementos da
realidade; o objeto, que representa, no banco de dados, as
entidades, e o símbolo específico para representar a entidade/objeto
nos mapas.
Uma entidade pode ser um fenômeno da natureza sem possibilidade
de ser dividida em entidades menores, por exemplo, uma cidade, se
for dividida não será mais cidade e, sim, bairros ou distritos. As
entidades podem apresentar grupos de entidades similares.
Existem alguns tipos de objetos espaciais que podem ser
classificados, de acordo com suas dimensões espaciais (Tabela 3.2).
Os objetos podem se apresentar em classes, representando um conjunto
de entidades, por exemplo, um conjunto de áreas que representa
núcleos urbanos.
Atributo é a característica da entidade, normalmente, não-
espacial, a que se podem associar valores qualitativos e
quantitativos.
61
Camada (layer), os objetos espaciais podem ser agrupados em
temas (camadas), por exemplo, um mapa pedológico pode ser uma camada
que tem vários objetos espaciais, cujos tipos básicos figuram nesta
tabela.
Tabela 3.2: Tipos Básicos de Objetos Espaciais (LISBOA FILHO,
IOCHPE, 1996; ARONOFF, 1993).
DIMENSÃO
TIPO
DESCRIÇÃO
0D Ponto Um objeto com posição no espaço, mas sem comprimento.
1D Linha Um objeto tendo comprimento, composto por dois ou mais objetos 0D.
2D Área Um objeto com comprimento e largura, limitado por, pelo menos, três objetos 1D.
3D Volume Um objeto de comprimento, largura e altura, limitado por, pelo menos, quatro objetos 2D.
3.3.2 Características de um Banco de Dados Geográficos
Os bancos de dados geográficos diferem dos bancos de dados não-
geográficos em alguns aspectos, ora citados:
Os dados manipulados têm características especiais, podendo: ser
qualitativos e quantitativos; possuir localização geográfica e uma
geometria; ter um relacionamento topológico, isto é, relações de
vizinhança espacial; possuir um componente temporal, com
características sazonais, temporais ou periódicas.
Os dados podem aparecer em três categorias: convencionais, comum
a qualquer SGBD, usados para descrever os objetos; espaciais que
descrevem a geometria, a localização e os relacionamentos
topológicos dos objetos; e os dados pictóricos, que armazenam
imagens, segundo Siberschatz, Kiorth,Sudarshan (1999); Gatrell
(1994); Burrough (1990).
A aquisição dos dados geográficos passa pela obtenção dos dados.
As principais fontes de obtenção dos dados geográficos são os mapas
e o levantamento de campo, esse último, o principal processo para
aquisição de dados. Mas, o grande problema é a entrada dos dados
62
que, cada vez, se torna mais complexa. Atualmente, existem vários
métodos de aquisição de dados tais como: a digitalização em mesas ou
com base em materiais obtidos por scanner e GPS.
O armazenamento dos dados geográficos envolve a maneira como os
dados serão modelados, os tipos de objetos gráficos utilizados, os
tipos de relacionamentos entre os objetos espaciais (gráficos), a
topologia dos objetos e os modelos de representação dos dados.
Os tipos de objetos gráficos apresentados anteriormente são os
pontos, as linhas e os polígonos, e, ainda, tem a representação das
entidades em superfícies contínuas, como é o caso dos modelos
digitais de terreno e imagens (satélite, aerofotos, radar, etc.).
Os dados descrevem a complexa realidade geográfica por meio de
registros ou de objetos de um banco de dados, para tanto, os modelos
de dados geográficos apresentam-se sob diferentes tipos, tais como:
a) amostragem regular e irregular de pontos, que é uma base de dados
com valores pontuais e de diferentes localizações;
b) contornos, que são uma base de dados com um conjunto de linhas, e
cada linha possui um valor associado;
c) polígonos são áreas que poderão ser divididas por vários
polígonos menores, com localização e um valor pertencente a cada
polígono;
d) grade de células, na qual se tem uma área dividida em vários
quadrados, formando uma malha regular, cada quadrado tem um valor em
toda sua extensão, como exemplo, tem uma imagem, rede triangular
irregular. Neste último caso, a área é dividida em triângulos, no
vértice do triângulo tem o valor da célula, segundo Burrough (1990);
Tomlin (1994).
63
Quanto ao tipo de relacionamento, os dados geográficos podem
ser: os usados para construção de objetos complexos com base nos
objetos mais simples; os que podem ser calculados com apoio em
coordenadas; e os que precisam ser fornecidos no momento da entrada
de dados e, assim, passam a existir os relacionamentos entre os
objetos espaciais (pontos, linhas e polígonos).
Com relação à topologia (ramo da geometria que se baseia na
noção de um espaço não-quantitativo e, no quail, apenas se
consideram as relações de posição dos elementos das figuras), os
bancos de dados espaciais que armazenam esse relacionamento entre os
objetos gráficos podem proporcionar a realização de análises
geográficas e espaciais, aos dados armazenados.
Quanto aos modelos de representação dos dados geográficos, podem
ser observadas duas abordagens: a matricial ou raster, em que a
informação é vista como uma grande massa e que é dividida em uma
grade regular; e a vetorial, cuja informação é tratada como objetos
gráficos (pontos, linhas e polígonos).
3.3.3 Modelagem Conceitual para Banco de Dados Geográficos
Uma abordagem clássica para projeto em banco de dados compreende
três subprojetos: o conceitual, o lógico e o físico. No projeto
conceitual, deve-se elaborar um esquema com requisitos para
descrever os dados da aplicação. Assim, pode-se apresentar um estudo
sobre modelagem em banco de dados geográficos, enfatizando o modelo
conceitual direcionado a objeto, pois esse representa melhor os
elementos do universo geográfico que o MER (NASSU, SETZER, 1999).
64
O processo de modelagem conceitual de banco de dados compreende
uma descrição da definição dos possíveis conteúdos dos dados, além
de estruturas regras a eles aplicáveis. A maioria dos modelos
conceituais são baseados no formalismo entidade-relacionamento e na
orientação a objetos.
O modelo conceitual direcionado a objeto é representado por uma
linguagem chamada léxica e por uma notação gráfica, esta última é
mais adequada ao entendimento e à comunicação entre os seres
humanos. Na Figura 3.6, pode-se notar como, genericamente, se
processa a modelagem conceitual direcionada a objeto.
Figura 3.6: Processo de Modelagem Conceitual
Fonte: LISBOA FILHO et al (1999).
Numa modelagem orientada a objeto o banco de dados pode ser
visto como um modelo abstrato de uma porção da realidade.
Para modelar uma base de dados conceitualmente, necessita-se de
mecanismos de abstração.
No modelo orientado a objeto, têm-se os seguintes mecanismos de
abstração: classificação, processo pelo qual os objetos que
representam elementos semelhantes têm suas propriedades descritas em
uma única classe; generalização e especialização, onde as classes
que descrevem objetos semelhantes podem ser generalizadas em uma
Formalismo
Conceitual
Técnicas Formais de Descrição
Linguagem Léxica
Notação Gráfica
Processo
de
Modelagem
Esquema Conceitual
conceitos,
elementos e regras
sintaxe e
símbolos gráficos
compatibilidade
Realidade
65
nova classe ou (especialização) serem detalhadas a partir de classes
genéricas; associação, nesta, os relacionamentos entre os objetos
são especificados e, por fim, a agregação que é um tipo especial de
associação em que se tem um objeto geral (complexo), que é formado
por outros objetos (LISBOA FILHO et al, 1999; PENDER, 2004).
Na Figura 3.7, podem ser verificados os elementos utilizados
para fazer a notação gráfica para o diagrama de classes, definidos
em uma modelagem orientada a objeto. A linguagem utilizada para esta
notação é a Unified Modeling Language (UML).
Para auxiliar a modelagem conceitual em um banco de dados
geográficos, Lisboa Filho, Costa, Iochpe (2001) propõem o GeoFrame
(Figura 3.8), que é um framework conceitual que fornece um diagrama
de classes, este é um projeto genérico em um domínio que pode ser
adaptado a aplicações específicas, servindo, assim, de molde para a
construção de aplicações (PENDER, 2004).
66
Figura 3.7: Notação Gráfica do Diagrama de Classes.
Fonte: LISBOA FILHO et al (1999); PENDER (2004).
Figura 3.8: Diagrama de Classes do GeoFrame.
Fonte: LISBOA FILHO, COSTA e IOCHPE (2001); PENDER (2004).
classe
atributo: domínio
classeagregada
atributo: domínio
subclasse
atributo: domínio
subclasse
atributo: domínio
classecoponente
atributo: domínio
objeto: classe
instanciação
composição
multiplicidade
1
*
agregação
associação
generalização
especialização
PACOTE
ObjNãoGeográfico
tema
nome
*
*
CampoGeográfico
RepresentaçãoCampo
linha
polígono célula ObjEspComplexoponto
GradeCélulas PolAdjacentes isolinhas GradePontos TIN PontosIrregulares
ObjetoEspacial
2..n
*
representa
*
ObjetoGeográfico
representa
*
*
FenômenoGeográfico
relacionaCom
*
*
RegiãoGeográfica
descrição
retrata
*
*
*
*
67
3.4 Aplicação de Bancos de Dados.
Atualmente, o uso de banco de dados se faz presente em
atividades mais diversas desde as atividades científicas (bancos de
dados de imagens médicas), comerciais (os sistemas bancários de
armazenamento das contas correntes) e até as pessoais/domésticas
(agenda telefônica).
Neste item, destacam-se duas utilizações muito importantes para
o mapeamento geotécnico, que são o sistema de informação geográfica
(SIG) e o sistema de suporte à decisão (SSD).
Em SIG, os bancos de dados são usados em sua estrutura interna,
que é composta por banco de dados interligados (bancos de dados
descritivos, banco de dados geoespacial), e esses bancos de dados
podem ajudar estruturalmente os SIGs para a realização de análises
geográficas.
Além disso, atualmente, os SIGs suportam a elaboração de tabelas
que podem ser conectadas aos mapas e realizam consultas que, muitas
vezes, resultam em outro mapa ou em uma tabela.
No caso do SSD, o que se processa, na verdade, são consultas ao
banco de dados porém, consultas mais refinadas, detalhadas,
complexas e específicas (SILBERSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN, 1999) e
que, normalmente, não são escritas na linguagem SQL, pois esta
linguagem não as suporta. A linguagem SQL realiza apenas consultas
básicas.
68
4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
O primeiro software considerado como sistema de informação
geográfica (SIG) foi o Canadian Geographic Information System
(CGIS), desenvolvido por R. Tomlinson na década de 1960, com a
finalidade de automatizar a realização de um cadastramento agrário
(COPPOCK, RHIND, 1994). Mas, anteriormente a este, existiram muitos
outros programas, desenvolvidos, sobretudo nos Estados Unidos,
nenhum, todavia, com a abrangência nem com o ideal de um SIG, isto
é, os programas iniciais não realizavam análise da informação
geográfica, apenas ajudavam a desenhar.
No final da década de 1970, a indústria da informática começa a
amadurecer e, no início da década de 1980, surgem as primeiras
versões comerciais dos primeiros sistemas informatizados
(MENEGUETTE, 2001). Deste modo, no final da década de 1980 e durante
a de 1990, registrou-se um grande aumento no uso de SIG nas
atividades cartográficas e similares, em paralelo à disseminação dos
computadores pessoais.
A história dos SIGs caminha com a própria evolução da
informática, até se pode dizer que desde o emprego das primeiras
máquinas de calcular para processar os dados geográficos do censo
americano, no final do século XIX até os atuais Pentium.
No Brasil, a iniciativa para o emprego do SIG teve lugar quando
da criação da Comissão de Atividades Espaciais na década de 1960 a
qual, mais tarde, se transformou no Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE). Mas, os primeiros trabalhos desenvolvidos no INPE
foram, em sua maioria, em sensoriamento remoto.
69
4.1 Definição de SIG
Na literatura, aparecem muitas definições de sistema de
informação geográfica (SIG), em relação as quais verifica-se duas
linhas de pensamento: uma que pensa um SIG como apenas um software e
outra que o pensa como uma ferramenta mais abrangente que envolve
pessoas e instituições. Neste estudo, o SIG será analisado do ponto
vista do programa (software). Maguire (1994) apresenta uma tabela
que contém vários conceitos (Tabela 4.1), na qual se podem notar as
duas abordagens. Outras definições interessantes serão apresentadas
aqui, nas quais se pode observar, também, essa dualidade.
v De acordo com Meira e Calijuri (1995), sistema de informação
geográfica é uma coletânea organizada de hardware, software, dados
geográficos e pessoas (usuário), idealizado para capturar,
armazenar, atualizar, manipular e analisar, de maneira eficiente,
todas as espécies de informações referenciadas geograficamente.
v Para Phil Parent (1988, citado por Antenucci et al, 1991), SIG é
um sistema que contém dados espacialmente referenciados que podem
ser analisados e convertidos em informação para um conjunto
específico de finalidades ou aplicações. A grande vantagem de um SIG
é a análise dos dados para produzir uma nova informação.
v Francis Hanigan (1988, citado por Antenucci et al, 1991)
descreve o SIG como um sistema de gerenciamento da informação que
pode: coletar, armazenar e recuperar a informação baseada em sua
localização geográfica; identificar localizações de um alvo
ambiental apoiado em um critério específico; explorar relações entre
os dados nesse ambiente; facilitar a seleção e a passagem de dados
para uma aplicação específica com modelos de análises capazes de
70
avaliar o impacto das alternativas de escolhas e mostrar o ambiente
selecionado geográfica e numericamente, antes e depois da análise.
Tabela 4.1: Definições de SIG (modificada de MAGUIRE, 1994).
AUTOR
DEFINIÇÃO
DOE (1987) Um sistema para capturar, armazenar, checar, manipular, analisar e mostrar os dados que são
espacialmente referenciados na Terra.
ARORNOFF (1989)
Um processo manual e automatizado que envolve um conjunto de procedimentos usados para
armazenar e manipular dados geograficamente referenciados.
CARTER (1989) Uma entidade institucional que reflete uma estrutura organizacional que integra a tecnologia com
a base de dados, especialistas e um suporte financeiro.
PARKER (1988) Uma tecnologia da informação que armazena, analisa e mostra dados espaciais e dados não-
espaciais.
DUEKER (1979) Um caso especial de sistema de informação em que a base de dados é constituída de
observações de aspectos espacialmente distribuídos, atividades ou eventos, que são
representados por pontos linhas ou áreas. Um SIG manipula dados sobre estes pontos, linhas e
áreas e recupera dados para consultas e análise ad hoc.
SMITH et al. (1987)
Um sistema de banco de dados em que a maioria dos dados é espacialmente indexada e que
um conjunto de procedimentos são realizados para atender as consultas sobre entidades
espaciais no banco de dados
OZEMOY, SMITH,
SCHIMAN (1981)
Um conjunto de funções automatizadas, com avançada capacidade para o armazenamento,
manipulação e recuperação dos dados geograficamente localizados.
BURROUGH
(1986)
Um poderoso conjunto de ferramentas para coletar, armazenar, recuperar, transformando e
mostrando dados espaciais para o mundo real.
COWEN (1988) Um sistema suporte decisão que envolve a integração de dados espacialmente referenciados e
uma solução para problemas ambientais.
KOSHKARIOV,
TIKUNOV,
TROFIMOV (1989)
Um sistema com uma avançada capacidade de modelar geograficamente.
DEVINE, FIELD
(1986)
Uma forma de sistema de gerenciamento da informação que permite mostrar mapas das
informações gerais
Em face das várias definições de SIG, pode-se verificar que
existem alguns termos-chave que lhes dizem repeito, tais como:
mapeamento automatizado, gerenciamento de recursos e análise de
redes, sistema de informação do uso do solo, cadastro de
multifinalidades, projeto auxiliado por computador (CAD).
Na Figura 4.1, pode-se observar como esses termos estão
associados, outros termos, portanto, ocorrem, quando se fala em SIG,
como, geoprocessamento e sensoriamento remoto.
Geoprocessamento ou geomática, ou ainda, geoinformatização pode
ser definido como um conjunto de técnicas computacionais
71
relacionadas com a coleta, o armazenamento e o tratamento de
informações espaciais e geográficas (georreferenciadas, ou melhor,
referenciadas geograficamente), para que sejam usadas em sistemas
específicos para cada aplicação.
Sensoriamento remoto é uma ferramenta para obtenção e análise da
informação fornecida por dispositivos distantes dos materiais
(naturais ou não), objetos ou fenômenos na superfície da Terra.
Um sistema de informação geográfica conta com a integração de
três diferentes aspectos da computação, isto é: o gerenciamento de
uma base de dados, com dados gráficos ou não-gráficos; as rotinas
para manipulação; a visualização e a elaboração de representação
gráfica de dados; e os algoritmos e técnicas que facilitem a análise
espacial.
Sendo assim, pode-se chegar à conclusão que um SIG está
intrinsecamente associado com outros ramos, como, a cartografia
automatizada, o sistema de gerenciamento de banco de dados, o
sensoriamento remoto e o CAD (Figura 4.2).
Figura 4.1: Terminologias Associadas com SIG
Fonte: ANTENUCCI et al (1991).
mapeamento automatizado:
qualidade gráfica e produção do
mapa
geoprocessamento e análises
de rede: análises
demográficas, associação de
endereços e análises de redes.
Sistema de Informação
Geográfica: análise espacial,
modelamento de áreas e redes.
Gerenciamentos de recursos:
inventário e gerenciamento e
organização
Desenho automatizado: projeto
de engenharia e produção de
desenhos.
Tecnologia da
Informação Geográfica
72
Figura 4.2: Relação entre SIG e Outras Áreas Correlatas
Fonte: MAGUIRE (1994).
4.2 Características Gerais de um SIG
Como anteriormente foi relatado, o SIG tem características
peculiares, próprias, o que justifica fazer abordagem exclusiva para
este aplicativo.
Assim, para caracterizar um SIG têm-se os elementos básicos,
tais como: o equipamento, os programas e os dados. Alguns autores
ainda citam como elemento: o usuário e o ambiente que o envolve.
Souza (1994) considera quatro os componentes de um SIG: o hardware,
o software, a base dados e o usuário, que é designado como liveware.
Para que um SIG desempenhe suas funções com êxito, deve-se ter
os seguintes componentes básicos: subsistema de armazenamento e
recuperação dos dados, que organizam os dados espaciais, dando a
capacidade de acesso rápido e atualização da base de dados;
subsistema de manipulação e análise de dado, que geram estimativas,
modelagens e simulações e o subsistema de relatório dos dados, no
qual se tem a saída sob a forma de tabelas, mapas, gráficos ou
figura, e este reúne dados originais e manipulados (MEIRA E
CALIJURI, 1995).
Sensoriamento
remoto
Cartografia
automatizada
SIG
CAD
SGBD
73
Paredes (1994) considera os seguintes elementos do SIG: o
usuário, que faz parte do SIG, realizando tarefas complexas, como as
análises espaciais e as modelagens; o sistema, que proporciona a
entrada de dados, consultas, análise e manipulação dos dados,
visualização e geração dos resultados produzidos; banco de dados,
que registra e armazena as informações e, por fim, o mundo real, que
envolve todas as aplicações do SIG e dos elementos nele contidos.
4.2.1 Estrutura Interna de um SIG
A estrutura interna do software SIG é, sobretudo, composta por
bancos de dados que, por sua vez, organizam o armazenamento das
informações por meio de registros e campos. Alguns registros
descrevem a posição e a forma de um determinado elemento no globo
terrestre, e outros descrevem os atributos gráficos e não-gráficos
do elemento.
Muitos SIGs usam banco de dados para armazenar, tanto as
informações das características dos dados comuns a qualquer banco de
dados (dados descritivos números e alfanuméricos), quanto às
informações que têm dados gráficos (bancos de símbolos, linhas,
pontos e polígonos), dados locacionais (coordenadas geográficas, que
localizam a informação no globo terrestre) e, ainda, os
relacionamentos entre esses. Ao armazenar os relacionamentos, os
SIGs tornam-se capazes de realizar análises, sejam elas geográficas
ou não.
Na verdade, os SIGs são bancos de dados interligados, que
possuem um sistema de gerenciamento de banco de dados para manipular
os dados não-geográficos, geográficos (locacionais), espaciais
74
(gráficos) e as relações entre si. Este sistema faz uma conexão
entre os bancos de dados (não-geográficos, geográficos, espaciais)
para permitir a visualização e produzir mapas, tabelas e gráficos.
Segundo Alves (1989), um SIG incorpora dados com diversas
características e representações; assim, podem-se diferenciar os
formatos de dados, tais como: o vetorial e o matricial ou raster,
modelos numéricos de terreno e dados tabulares. Esse aspecto faz com
que o SIG seja um software muito utilizado e sua estruturação
interna seja bastante complexa.
Davis, Câmara (2000) relatam que o requisito de armazenar a
geometria dos objetos geográficos e de seus atributos, representa
uma dualidade básica aos SIGs. Para cada objeto geográfico, o SIG
precisa armazenar seus atributos e as várias representações gráficas
associadas.
Segundo esses autores e Silva (2002), o SIG está estruturado
internamente, de maneira geral, para proporcionar melhor uma
interface com o usuário, entrada e integração de dados, funções de
consulta e análise espacial, visualização e impressão e
armazenamento e recuperação de dados.
Para operacionalizar tais funções, os SIGs podem se apresentar
com as seguintes estruturas internas (DAVIS, CÂMARA,2000; SILVA,
2002):
SIG convencional ou a arquitetura dos primeiros SIGs, essa forma
de estrutura interna de armazenamento das informações gerencia,
separadamente, as entidades gráficas e os as alfanuméricas. Essa
arquitetura armazena a parte gráfica da informação, em estruturas de
dados concebidas e implementadas dentro do ambiente interno do
75
próprio SIG; como exemplo dessa forma de arquitetura, a estrutura
básica do ARC INFO.
Arquitetura dual é similar á dos primeiros SIGs, mas utiliza um
gerenciador de banco de dados alfanumérico externo, tipicamente
relacional.
Arquitetura de SIG baseada em CAD, os elementos gráficos são
manipulados por um pacote de CAD que geralmente, é externo ao SIG,
enquanto que os dados alfanuméricos são gerenciados por um SGDB
externo.
Arquitetura de um SIG relacional, os dados gráficos e
alfanuméricos são armazenados em um banco de dados relacional de
forma integrada e externa ao SIG.
Arquitetura de SIG baseada em imagens, as informações gráficas
são, geralmente, armazenadas como arquivos independentes, em razão
de grande volume, interage com um banco de dados externo, por meio
de vetores que são definidos sobre a imagem, como exemplo, tem-se o
IDRISI.
Arquitetura de SIG integrado (matrizes-vetores), o gerenciamento
dos dados gráficos e tabulares é separado. O armazenamento de
gráficos é feito por estruturas proprietárias; o armazenamento dos
dados alfanuméricos é feito em banco de dados relacional e tem a
capacidade de processar dados vetoriais, grades e imagens, como
exemplos, tem-se o SPRING, ARCINFO e o ARC-VIEW.
76
Figura 4.3: Estrutura Interna Básica de um SIG
Fonte: DAVIS, CÂMARA (2000).
4.2.2 Manipulação da Informação no SIG
Para fazer as análises dos dados, o SIG executa algumas etapas
que são reunidas em quatro grandes grupos (LISBOA FILHO, IOCHPE,
1996; ARONOFF, 1995): manutenção e análise de dados espaciais,
manutenção e análise de atributos descritivos, análise integrada de
dados espaciais e descritivos e formatação de saída.
Na manutenção e análise de dados espaciais, tem-se um pré-
processamento, no qual os dados são organizados e preparados para
análises posteriores. Logo, nessa etapa são executadas estas
operações:
v Transformação de formato, quando os arquivos importados para SIG
são convertidos para formatos internos próprios ao SIG em uso.
v Na transformação geométrica, são utilizadas funções que definem
ou ajustam as coordenadas terrestres em um mapa.
v Na transformação entre projeções geométricas, se as informações
de entradas possuem projeções diferentes, essas são ajustadas para
uma mesma projeção e, assim, podem-se realizar as operações.
INTERFACE
VISUALIZAÇÃO
IMPRESSÃO
ENTRADA E
INTEGRAÇÃO DOS
DADOS
CONSULTA E ANÁLISE
ESPACIAL
GERÊNCIA DOS DADOS
BANCO DE
DADOS
GEOGRÁFICOS
77
v O casamento de bordas é realizado quando a área em estudo está
distribuída em mais de uma folha ou o mapa é maior que a área útil
do scanner ou da mesa digitalizadora, assim é realizada a junção das
bordas entre as coberturas adjacentes, em que os objetos que
ultrapassarem os limites de uma cobertura têm suas coordenadas
ajustadas nos limites.
v Edição de elementos gráficos é utilizada para adicionar,
eliminar e modificar posições geográficas de objetos no mapa.
v A redução de coordenadas tem o objetivo de diminuir a quantidade
de pares de coordenadas pertencentes às linhas.
Manutenção e análise de atributos descritivos (não-
cartográficos) diz respeito ao armazenamento de informações
descritivas independentes das informações espaciais para que se
possam realizar operações, sem a necessidade de acessar as
informações espaciais e, deste modo, essa função envolve outras
duas: a edição e a consulta dos atributos descritivos.
A edição de atributos descritivos possibilita a alteração dos
dados descritivos sem que os dados geoespaciais sejam afetados. A
consulta aos dados descritivos de forma separada dos dados espaciais
possibilita que seja realizado o acesso à informação mais
facilmente.
Na análise integrada de dados espaciais e descritivos, o SIG
mostra seu principal potencial, que é conseguir realizar operações
de análise espacial, envolvendo dados espaciais e descritivos. Para
realizar essa operação, o SIG executa outro conjunto de funções
agrupadas nas seguintes categorias: recuperação/
classificação/medidas; sobreposição; vizinhança e conectividade.
78
A função de recuperação/classificação/medidas é realizada
separadamente. Assim, a função de recuperação de dados envolve a
busca seletiva, a manipulação e a geração de resultados, sem alterar
os valores anteriormente armazenados no banco de dados.
A classificação é utilizada para unir objetos espaciais, de
acordo com algum padrão. Enquanto a generalização é um processo
inverso, no qual as classes mais específicas são agrupadas para
formar classes mais genéricas.
Funções de medidas são realizadas nos objetos espaciais, como,
pontos, linhas, polígonos e conjunto de células. Algumas operações,
como, cálculo da distância entre dois pontos, comprimento de linhas
ou cálculo de áreas, podem ser citadas.
A função de sobreposição de camadas ou overlay é executada por
meio de operações aritméticas (soma, subtração, multiplicação ou
divisão) ou por operações lógicas (e, ou e ou exclusivo), em duas ou
mais camadas (layer) de dados. Trata-se de uma das operações mais
utilizadas na realização da análise espacial.
Na função de vizinhança, são avaliadas as características de uma
área circunvizinha, em relação a uma determinada localização. Mas,
para executar essa função, existem três parâmetros básicos: uma ou
mais localizações-alvo; uma definição de área circunvizinha e uma
função a ser executada sobre os objetos. Assim, as funções de
vizinhança envolvem as seguintes subfunções:
busca - localiza e calcula os elementos; identificação de linhas
– em - polígonos e pontos em - polígonos;
funções topográficas - são declives, aspecto, gradiente, ângulo
azimutal, etc., são representadas por diferentes modelos numéricos
de terreno;
79
funções de interpolações - geração de contorno, em que são
usadas para representar superfícies, linhas de contorno com o mesmo
valor.
Funções de conectividade são as que se baseiam em três
argumentos: especificação do tipo de interconexão existente entre
objetos espaciais; conjunto de regras que especificam os tipos de
movimentos possíveis; unidades de medida (km, m, kg, etc.). Essas
funções envolvem outras, como:
medidas de contigüidade - são funções que avaliam características
de objetos espaciais que estão sendo conectados;
funções de proximidades - permitem a análise da aproximação, em
que estão associadas à geração de uma zona ao redor dos objetos
espaciais (buffer);
função de rede é usada para solucionar problemas, como a
otimização de rotas, alocação de recursos e prognóstico de carga da
rede;
funções de intervisibilidade - permitem a identificação de áreas
que podem ser visíveis baseadas em localizações específicas.
Para finalizar, as funções de análise da informação em SIG, tem-
se a função de saída que envolve formatações cartográficas das quais
podem ser citadas: anotações diversas em mapas, posicionamento de
rótulos, padrões de textura e estilos de linhas e símbolos gráficos.
4.3 Utilização de SIG
O SIG é um software desenvolvido para auxiliar na manipulação da
informação geográfica, assim, sua estrutura interna foi projetada
para armazenar, manipular (trabalhar, tratar) e fazer análises com
80
dados geográficos. Portanto, pode-se dizer que o SIG é utilizado em
cartografia geral (seja básica ou temática), planejamento urbano,
gerenciamento dos recursos naturais, análises ambientais, entre
outras finalidades.
Na literatura científica, existem diversos exemplos de
aplicações do SIG nas variadas áreas, por exemplo, o do Projeto
Nacional de Conservação, Manejo e Pesquisa das Tartarugas Marinhas
(TAMAR), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), assim foi
montado um projeto em SIG, para integrar as diferentes bases de
dados em um banco de dados único e pretende disponibilizar os dados
na Internet (FatorGIS, 2003).
Atualmente, as aplicações do SIG estão voltadas para criar um
ambiente de integração de dados, todos os dados (espaciais e não-
espaciais) reunidos em um só projeto, além disso, a disponibilização
dos dados na rede internacional de comunicação, Internet, também
chamada de SIG-WEB. Outro tipo de aplicação é a criação de pequenos
aplicativos com ferramentas do SIG, os chamados small GIS.
Alguns SIGs, mais atuais, disponibilizam ambientes com
linguagens próprias dos sistemas, para o desenvolvimento de pequenas
aplicações, como exemplo, pode-se citar o trabalho desenvolvido por
Augusto Filho, Akiossi, Kertzman (2002) que elaboraram um sistema de
gerenciamento de passivo ambiental, com auxílio do SIG ARCVIEW.
Uma interface gráfica foi desenvolvida utilizando uma linguagem
de programação proprietária, chamada Avenue, isto é, do próprio SIG,
ARCVIEW. Assim, a consulta às informações do passivo ambiental
tornou-se mais rápida e ilustrativa, sem a necessidade de
treinamento especial de pessoal para uso do aplicativo.
81
O exemplo citado mostra uma nova tendência do uso de SIG em
cartografia, que é a criação de um ambiente próprio para uma
aplicação específica aos dados armazenados, o que leva à criação do
chamado small GIS” (CÂMARA et al, 2003). Os small GIS” são
pequenas aplicações com dados geoespaciais.
4.3.1 Uso de SIG em Mapeamento Geotécnico
Em mapeamento geotécnico, utiliza-se SIG essencialmente para
auxiliar na elaboração das cartas, isto é, na construção da carta
propriamente dita e em algumas análises geotécnicas (estatísticas,
paramétricas e determinísticas).
Para exemplificar o uso do SIG em mapeamento geotécnico, ora
passa a ser citados alguns autores que se utilizaram desta
ferramenta.
Romão e Souza (1996) empregaram os recursos de geoprocessamento,
no caso SIG, produtos de sensoriamento remoto e programa para
manipular os produtos de sensoriamento remoto, e o SIG utilizado
SGI, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), foi
o programa para manipulação dos produtos de sensoriamento remoto foi
o SITIM, igualmente, desenvolvido pelo INPE.
O mapeamento, a que se vem referir, abrangeu a área de 110km
2
,
envolvendo um bairro da região administrativa de Taguatinga, no
Distrito Federal, denominada Águas Claras. A finalidade desse
trabalho foi elaborar documentos que orientassem o planejamento da
expansão urbano-residencial.
Viviane, Sória, Silva (1998) realizaram um estudo a respeito das
estradas rurais não-pavimentadas do município de São Carlos, região
82
central do Estado de São Paulo, fazendo uso da tecnologia dos
Sistemas de Informações Geográficas (no caso deste trabalho foi
utilizado o SIG TransCAD) e um programa para digitalizar os mapas
(AUTOCAD).
Os dados básicos levantados sobre o município em foco foram:
curvas de nível, pedologia, estradas não-pavimentadas, limites do
município e da área urbana. As informações foram obtidas mediante um
levantamento de campo.
Assim, com o auxílio dos recursos disponíveis na tecnologia do
SIG utilizado, os autores desse trabalho: elaboraram diversos mapas
temáticos; identificaram facilmente os pontos mais críticos, por
meio do módulo de consulta condicionada; por meio do módulo de
interseção, obtiveram a pedologia de cada trecho da estrada. Ainda
com a base de dados das curvas de nível, elaboraram o modelo digital
do terreno onde foram gerados mapas temáticos, como os de grade de
pontos cotados e dos gradientes da região.
Lopes, Pejon (2001) realizaram uma análise dos aspectos do meio
físico das bacias do Rio Passa Cinco e do Rio da Cabeça, ambos
afluentes da margem direita do Rio Corumbataí. Os aspectos do meio
físico analisados foram substrato rochoso, materiais inconsolidados,
pedologia, declividade. Foi elaborada a Carta de Extensão do Menor
Percurso da Água Superficial (CEMPAS). Tudo representados na escala
de 1:50.000.
Os procedimentos metodológicos empregados nesse estudo seguiram
a proposta metodológica de cartografia geotécnica desenvolvida no
Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos
EESC-USP (Zuquette, 1987), além dos fundamentos básicos da
cartografia geoambiental.
83
O IDRISI foi utilizado como Sistema de Informação Geográfica,
sobretudo, por seu potencial de manipulação das informações
(armazenamento, recuperação, tratamento). Na análise dos aspectos,
assim como na manipulação das informações dentro do SIG, foram
consideradas todas as restrições e potencialidades do meio, com a
principal finalidade de manutenção da qualidade ambiental do meio
físico.
Como resultado final das análises realizadas, pôde-se chegar a
obtenção de alguns documentos cartográficos derivados e
interpretativos, como, a Carta de Potencial à Infiltração, a Carta
de Susceptibilidade à Erosão e a Carta de Potencial Agrícola.
Mendes, Lorandi (2004) utilizaram o SPRING 4.0, desenvolvido
pelo INPE, para realizar o mapeamento do potencial de colapso dos
solos do município de São José dos Campos, envolvendo uma área de
61km
2
.
Para elaboração da carta de potencial de colapso dos solos,
foram considerados os resultados dos ensaios edométricos
(adensamento) com inundação. As condições hidrológicas e
topográficas da área de estudo também foram analisadas. Chegou-se à
conclusão que, na área urbana, existiam regiões predominantemente
representadas por classes: severa e restritiva, com área de 24,4km
2
e
10,5 km
2
.
As regiões foram classificadas em: favorável, o potencial de
colapso do solo será insignificante; moderada, o potencial de
colapso do solo poderá ter magnitude apreciável; severa, o potencial
de colapso do solo será alto, e, restritiva, o potencial de colapso
do solo atingirá uma magnitude muito elevada.
84
5 BANCOS DE DADOS EM CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA
Atualmente, verifica-se o uso de banco de dados em cartografia
geotécnica com uma freqüência considerável, pois existem muitas
vantagens em armazenar as informações geotécnicas em banco de dados
e na forma digital.
Uma das vantagens é a facilidade na análise da informação por
outros programas, seja a análise estatística, a determinística ou a
paramétrica. Em cartografia geotécnica, os bancos de dados,
normalmente, são acoplados a SIGs que fazem as análises geográficas
em cartografia geral.
A aplicação de banco de dados em cartografia e ou mapeamento
geotécnico abrange várias áreas da Geotecnia: ambiental, mecânica
dos solos, movimento de massa e outras.
Para melhor verificar a utilização do banco de dados em
cartografia geotécnica e/ou mapeamento geotécnico. Os exemplos
citados adiante ilustram a versatilidade que caracteriza essa
aplicação.
Zuquette (1987); Ferreira (1988) fizeram uma abordagem a
respeito do uso de bancos de dados em Geotecnia, no final da década
de 1960, na década de 1970 e no início da década de 1980. No relato
desses autores, pode-se constatar que o uso dos bancos de dados
difundiu-se, sobretudo, na Europa e na América do Norte, no que se
destacando a Inglaterra, a França e os Estados Unidos.
Nos bancos de dados então mencionados, ficou constatado que,
para elaboração da base de dados, fez-se uso de linguagens de
programação e, não, de sistemas de gerenciamento de banco de dados,
assim como, para as análises dos dados, utilizaram-se as linguagens
85
de programação, o que dificultava as análises espaciais, ou seja,
não se utilizavam sistemas de informações geográficas.
Eis alguns dos sistemas (bancos de dados) relatados por Zuquette
(1987); Ferreira (1988):
q Sistema GERET usado na Itália, na região de Veneza, com
informações de logs de sondagens, em 1979;
q Sistema GEOSYS (CRIPPS) utilizado na Inglaterra para armazenar
logs de sondagens, em 1978;
q Bancos de dados usados na França, no Laboratório des Ponts et
Chausseés, utilizavam dados de logs de sondagens, em 1969;
q Bancos de dados baseados em registros de sondagens para a área
de Edinburgh na Escócia, em 1971;
q Bancos de dados provenientes de logs de sondagens da Escócia
Central, em 1971;
q Banco de dados com informações de logs de sondagem da cidade de
Madri, na Espanha, o Geo-Madrid, em 1986;
q Sistema Geoshare que armazena logs de sondagens utilizados na
Inglaterra, em 1970;
q Banco de dados Sueco destinado a armazenar informações do solo,
em geral, em 1981;
q Bancos de dados desenvolvidos na região da Indiana, nos Estados
Unidos, com informações de características geotécnicas de solo, em
1982;
q Banco de dados de Newcastle Upon Tyne na Inglaterra contendo
informações provenientes de mapas com informações do meio físico, em
1979;
q Banco de dados da Cidade do México, sistema Geodata Base, em
1984;
86
q Sistema de Mapeamento Computadorizado na Cidade de Fairfax, na
Virgínia, nos Estados Unidos, que armazenava informações do terreno,
como, topografia, hidrologia, característica do solo rocha, em 1976;
q Banco de dados utilizado na elaboração de Cartas de Aptidão de
Uso de Solo, em que foram armazenadas informações das
características do meio físico de uma região dos Estados Unidos, em
1967;
q Banco de dados para o planejamento urbano de Johannesburg, na
África do Sul, em 1976;
q Sistema GCARDS, desenvolvido nos Estados Unidos e no Canadá, em
1971;
q Banco de Dados Geotécnicos da Bélgica, desenvolvido no
Laboratório de Mecânica dos Solos, com informações sobre geotecnia,
geologia, pedologia, hidrologia, em 1969;
q Banco de Dados Geocientíficos Aplicado no Mapeamento
Computadorizado do Canadá, com informações, como, litologia, tipo de
solo, propriedade do solo, nível d’água, etc., em 1972;
q Banco de dados desenvolvido pelo Common wealth Scientific and
Industrial Research Organization da Austrália, em 1978;
A partir do final da década de 1980, com a consolidação dos
sistemas de informação geográfica e dos sistemas de gerenciamento de
banco de dados (estes se tornaram mais confiáveis, seguros,
completos e de fácil utilização e aquisição), a elaboração de bases
de dados geotécnicos foi difundida em todo mundo, mas, ainda,
verifica-se a predominância na Europa.
A seguir, será apresentado um relato com alguns exemplos de uso
de bases de dados em Geotecnia, na década de 1990 e nos anos 2000.
87
Nota-se a predominância dos países europeus e a diversidade
desse uso, o que comprova as vantagens de utilizar essa ferramenta
na manipulação dos dados.
Kunte (1995) realizou um levantamento dos bancos de dados em
Geologia Marinha, utilizados no mundo inteiro, totalizando 7.500
bancos, dos quais, 110 estão relacionados com Geologia Marinha,
aproximadamente, 29% são bibliográficos e 71% são de natureza
numérica. A maioria dos bancos de dados, analisada pelo autor,
utilizou dBASE III como gerenciador de banco de dados. Verificou-se,
também, o emprego de sistemas de informação geográfica, imagens
capturadas e multimídia.
As informações levantadas, por Kunte (1995) foram armazenadas em
um banco de dados e, também, foram feitas análises estatísticas para
tratamento das informações. Por fim, o banco de dados foi usado para
armazenar, organizar informações cadastrais dos bancos de dados em
Geologia Marinha e, com isso, tentar mostrar o estado da arte dos
bancos de dados no início da década de 1990.
Asproth, Hakansson, Révay (1995) referiram como poderiam
introduzir informações dinâmicas em um SIG; como eram as
características dessa informação e como o SIG as armazenava.
Conforme esses autores, tais informações são tratadas como
objetos geográficos que mudam com o tempo, com a posição ou com seus
atributos. Como exemplos dessa informação, tem-se: os problemas
ambientais que mudam suas informações qualitativas e quantitativas
em um intervalo de tempo; assim, um caminhão que muda sua posição,
conforme vai passando por uma estrada; ou ainda, um sensor que mede
a velocidade média de veículos que passam por uma estrada, sua
posição é fixa, porém o atributo velocidade vai mudando.
88
Conforme os autores referidos, para trabalhar com esse tipo de
informação, deve-se ter em mente suas características, mas, para
isso existe a necessidade de saber o conceito de fluxo e suas
características.
Assim, um fluxo é dotado de componentes, como, quantidades,
aceleração e desaceleração e ponto inicial-final. O fluxo poderá
formar redes, que conterão nós e links. Apoiados nesses conceitos,
os autores fizeram um estudo aprofundado das características das
informações dinâmicas utilizadas em SIG, do sistema suporte decisão
(DSS) e do sistema espacial de suporte à decisão (SDSS).
Os autores tentam mostrar a importância de entender o uso de
informações dinâmicas em SIG, pois, em muitas áreas da Geotecnia,
trabalha-se com esse tipo de informação, como é o caso da Geotecnia
Ambiental.
Giles, Lowe e Bain (1997) criaram dicionários geológicos para
auxiliar na elaboração dos bancos de dados. Os dicionários, dentro
de um banco de dados relacional, devem seguir três importantes
regras: proporcionar, ao usuário, confiança nos dados a ser
utilizados; esclarecer o significado de determinados termos ou
conjunto de termos; apoiar a utilização da informação em diversos
processos.
Os autores identificaram, nesse trabalho, quatro tipos de
dicionários que podem ser chamados de: não-estruturado, um dos mais
comuns que usam listas de valores não estruturados para validar os
dados de entradas em um banco de dados, por exemplo, valores de
ensaios hidrogeológicos (Quadro 5.1a); os estruturados, que
compreendem sistemas simples de classificação dos dados de entrada
por meio de uma avaliação cuidadosa (Quadro 5.1b); o seqüencial, que
89
representa um sistema de classificação que separa em partes iguais,
em uma escala contínua e numérica, dentro de discretas classes de
intervalos; o multidimensional é um modelo da mais complexa
classificação usada na Geologia, como exemplo, têm-se os esquemas
bioestratigráficos, litoestratigráficos e cronoestratigráficos.
Os dicionários são poderosas ferramentas para auxiliar na
validação da base de dados, eles ajudam eliminar valores não-reais
introduzidos pelos usuários. Esse tipo de trabalho é muito
importante na elaboração de sistemas de banco de dados para
manipulação de dados geológicos.
CÓDIGO DESCRIÇÃO
DET Ensaio de extração discreta
DST Ensaio de perfuração
EPM Medidas de pressão ambiental
FST Ensaio da área
SEPM Medidas de pressão ambiental Swabbing
Quadro 5.1: Exemplos de Dicionários
Fonte: modificado de GILES, LOWE, BAIN (1997)
Laxton, Becken (1996) utilizaram a ferramenta banco de dados
para armazenar os mapas geológicos da região de Wrexam, na
Inglaterra, produzidos pelo Serviço Geológico Britânico (BGS), em
escala de 1:10.000.
Em vista da idéia que o motivou, o projeto desenvolveu-se em
função destes objetivos: a) fazer uma conexão entre os dados dos
mapas digitalizados e as tabelas de bancos de dados relacionais
contendo informações básicas e espaciais; b) estruturar as consultas
espaciais e não-espaciais, e com a união de dados alcançadas,
produzir mapas derivados; c) aperfeiçoar a qualidade da cartografia
dos mapas geológicos da referida região.
Para atingir tais objetivos, foram analisadas, inicialmente, as
informações contidas em um mapa geológico (sejam elas litológicas,
CÓDIGO
DESCRIÇÃO
SDST Arenito
LMST Calcário
MDST Siltito
b: Exemplo de dicionário estruturado
a: Exemplo de dicionário não-estruturado
90
estruturais, cronológicas, etc.), construiu-se, assim, um modelo
conceitual dos dados a serem armazenados. Depois, foi elaborado um
modelo lógico do banco de dados; seguindo o projeto, foi elaborado o
modelo físico que se utilizou, como sistema de gerenciamento de
banco de dados, o ORACLE.
Por fim, foi efetuada a alimentação do banco de dados produziram
cartas derivadas dos mapas armazenados nesse banco de dados, por
exemplo, mapa de substrato rochoso e mapa de zona de proteção
ambiental.
Dikau, Cavallin, Jäger (1996) apresentaram um trabalho realizado
na Europa, no início da década de 1990, sobre a ocorrência de
escorregamentos dentro do projeto European Program on Climatology
and Natural Hazards (EPOCH).
Por tal fim, organizaram um inventário baseado nos dados
cadastrais, geotécnicos, litológicos e geomorfológicos, fornecidos
pelos países, Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e Suécia. No
inventário, existia um questionário-padrão que levantava a questão
do uso do banco de dados e do SIG no registro da ocorrência, entre
outras informações.
De posse das informações, foram gerados: mapa de inventário;
mapa de pontos de ocorrência, onde constava uma conexão com uma
tabela (Figura 5.1), que mostrava alguns dados sobre o evento, e
mapa de hazards. Assim, o projeto fez uma análise temporal e
espacial dos dados dos movimentos de massa na Europa, usando para
organizar o armazenamento das informações o sistema de gerenciamento
de banco de dados Dbase.
91
Figura 5.1: Exemplo de um dos Produtos Gerados, Baseado em um
Banco de Dados sobre os Escorregamentos na Europa
Fonte: modificado de DIKAU, CAVALLIN, JÄGER (1996)
Colman-Sadd, Ash, Nolan (1997) desenvolveram um banco de dados
para elaborar legendas de mapas geológicos, o GEOLEGEND. Este é um
sistema de banco de dados com estrutura relacional para
gerenciamento de unidades de mapas geológicos em um sistema de
informação geográfico, usado no Serviço Geológico de Newfoundland,
no Canadá (Figura 5.2).
O GEOLEGEND tem os seguintes objetivos: a) produzir mapas que
descrevem detalhes da geologia; b) habilitar o usuário a ser capaz
Região
Emillie Romaga
RU 9
Novos formulários (S0) 937
Formulários Fonte 601
Formulários de eventos do
evento (S1):
Escorregamentos
Inundações
594
440
154
Formulários analíticos (S3)
Escorregamentos
Inundações
54
40
11
Região
Lazio
RU 2
Novos formulários (S0) 1100
Formulários Fonte 1278
Formulários de eventos do evento (S1):
Escorregamentos
Inundações
258
152
106
Formulários analíticos (S3)
Escorregamentos
Inundações
50
40
10
92
de selecionar uma área independente da topografia ou do mapa de
contornos geológicos; c) elaborar um sistema alfanumérico para
legenda; d) estabelecer um padrão na descrição das unidades
geológicas.
O banco de dados GEOLEGEND segue alguns procedimentos gerais na
realização das legendas, tais como: primeiro, digitaliza o mapa, ou
após obter o mapa digitalizado, passa para uma identificação das
áreas das unidades, que é a identificação dos polígonos por meio de
um código.
Logo, cada unidade do mapa tem um polígono identificador, e cada
mapa, também, tem seu identificador. É realizada uma redefinição das
unidades dos mapas; faz-se, então, uma legenda específica para cada
tipo de conteúdo do mapa, como, a litofáceis e a estratigrafia. As
tabelas foram criadas com informações a respeito das características
geológicas presentes nos mapas.
Os dados armazenados no GEOLEGEND em distintas tabelas devem ser
exportados para diferentes tipos de softwares, normalmente SIGs.
Essas tabelas foram organizadas em um sistema de gerenciamento de
banco de dados específico do Canadá, chamado Helix Express Database.
Esse trabalho tem certa importância na elaboração de mapas
geológicos, pois o sistema irá auxiliar na montagem das legendas dos
mapas.
93
Figura 5.2: Dois Mapas Hipotéticos, NF013 e NF021, Juntam-se
para Compor um Terceiro Mapa, os Polígonos do Terceiro Mapa
Possui os Identificadores
Fonte: COLMAN-SADD, NOLAN (1997)
Tarveinem, Paukola (1998) utilizaram banco de dados para
armazenar informações geoquímicas das argilas, sedimentos orgânicos
e águas subterrâneas de toda Finlândia, sobretudo, das áreas rurais.
O Serviço de Geologia da Finlândia executou uma amostragem de água
subterrânea menos profunda, com uma malha de espaçamento entre as
amostras medindo 50km
2
.
Assim, foram coletadas, no embasamento cristalino, as amostras
de poços escavados e perfurados. Uma concentração natural de
Arsênico e Floreto e de outros elementos foi detectada, e os teores
de todos os elementos estavam acima do recomendado por norma.
Listas de identificadores importadas para
GEOLEGEND para o processamento
Linha
junção
entre os
dois
mapas
O SIG
descarrega
uma lista de
identificadores
Limite dos mapas
Lista dos identificadores dos
polígonos
94
Com base nos dados armazenados em um banco de dados, foi
elaborado um amplo conjunto de mapas mostrando as áreas de
concentração de: cromo, cobre, arsênico, fluoreto, entre outros.
Este exemplo de uso de banco de dados em mapeamento mostra um
conjunto de dados descritivos utilizados na elaboração de mapas;
para tanto, houve o auxílio de sistemas de informação geográfica.
Nathanail, Resenbaum (1998) usaram banco de dados para gerenciar
informações geotécnicas espaciais, com a finalidade de selecionar um
local que fosse favorável à instalação de um forno de uma indústria
de aço, localizada na porção nordeste da Inglaterra.
Para se chegar ao local adequado, foram realizadas várias
investigações durante um período de 20 anos, após a indústria ser
instalada. Os dados das investigações, como os 147 furos de
sondagens, foram armazenados em um banco de dados e desenvolveram-se
técnicas para o gerenciamento dos dados espaciais, usando-se um
sistema de informação geográfica e geoestatística.
A manipulação dos dados obtidos ocorreu através destas etapas:
fez-se uma compilação dos dados geotécnicos, mapas digitalizados e
escanerizados; elaborou-se um modelamento geoestatístico dos
parâmetros selecionados; integraram-se as informações obtidas na
investigação do terreno, com estimativas de geoestatística, em um
SIG, chegando aos possíveis locais para instalação do forno da
indústria.
Para fazer o tratamento das informações, os autores utilizaram
estes programas: Dbase, para o gerenciamento do banco de dados;
IDRISI, como sistema de informação geográfica; GEOEAS e GSLIB, como
programas de modelamento geoestatístico; o SURFER, um programa para
modelamento de superfícies de contornos e o GRAPHER, um programa
95
para plotar gráficos. O banco de dados foi estruturado com sete
tabelas relacionais, que eram interligadas com programas escritos no
Xbase a fim de, a partir daí, chegar-se ao local ideal para a
construção do forno industrial.
Haastrup et al. (1998) usaram um banco de dados para armazenar
informações geológicas geotécnicas, com a finalidade de identificar
possíveis locais para deposição de resíduos sólidos (lixo) na Ilha
Sicília, na Itália, englobando 27 municípios, entre Palermo e
Trapani, numa área de 215.000 hectares.
Após organizar as informações, foi elaborado um sistema de
suporte a decisão (SSD), para auxiliar na escolha do local
específico. Para implementar o sistema, foram usados algoritmos de
otimização combinatória, com base em um modelo multicriterial
(NAIADE - Novel Approach to Imprecise Assesment and Decision
Enviroments). O sistema foi desenvolvido para ser capaz de comparar
os três tipos de tratamento dos resíduos (aterro sanitário,
incineração e compostagem) e fazer uma lista dos melhores e dos
piores locais para a deposição dos resíduos sólidos.
O SSD foi planejado com três componentes principais que
interagem entre si: o sistema de interface com o usuário, o de
gerenciamento de dados e de gerenciamento de modelos (Figura 5.3).
96
Figura 5.3: Estrutura Completa do Sistema Suporte a Decisão (SSD)
Fonte: modificado de HAASTRUP et al.(1998)
Brodie (1999) fez uma integração entre o SIG e o sistema de
banco de dados relacional para a elaboração dos modelos regionais de
águas subsuperficiais nas regiões sudoeste e sul da Austrália. A
elaboração desse modelamento foi realizada em razão do aumento do
nível freático e conseqüentes inundações na região que provocavam
salinização dos solos e despejos de cargas de sal no Rio Murray.
Assim, o banco de dados foi elaborado para armazenar os dados
provenientes de furos de sondagens, estruturado com registros e em
várias tabelas, elaboradas no sistema gerenciador de banco de dados
ORACLE.
As informações contidas nos registros são: o nome, a
localização, a cota e a profundidade do furo; a estratigrafia; as
medidas do nível d’água, a constituição química da água e detalhes
sobre os poços provenientes de ensaios de bombeamento. O SIG foi
utilizado para se fazer uma análise dos dados espaciais e unir essas
informações com a geologia local.
SISTEMA DE
INTERFACE
COM O
USUÁRIO
Sistema de Gerenciamento de Dados
Sistema de Gerenciamento de Modelos
BASE DE
DADOS
Modelos para construção de cenários
Modelos para avaliação dos cenários
(custos, riscos, impacto ambiental, risco de
transportes de poluentes)
Modelos para a Análise multicriterial
(NAIADE)
-
Dados geográficos
- Dados relativos ao
estoque, tratamento e
deposição do resíduo
sólido (lixo).
- Dados relativos à
produção do lixo.
97
Na modelagem da superfície freática, foi usado o software
MODFLOW, que tratava os dados armazenados no banco de dados para
gerar modelos da hidrogeologia das regiões.
Kim, Pyeon, Eo (2000) desenvolveram um hipermapa, que interage
com um banco de dados e SIG, para o sistema inteligente de
transportes (ITS) da Coréia. Com a finalidade de criar um sistema
que unisse imagens de vídeos a mapas digitais, nesse caso, mapas de
rodovias, usando, como área-teste, as vias da Universidade Nacional
de Seoul (SNU).
Este trabalho, também, foi uma tentativa de demonstrar que os
mapas não são apenas de informações estáticas, mas podem ser
dinâmicos, como um aplicativo de multimídia, sendo assim, o mapa não
será apresentado na forma de papel e, sim, em uma tela de
computador. O usuário poderá consultar um ponto no mapa e este
associar uma imagem de vídeo (em tempo real).
Para desenvolver o trabalho, foi usado o banco de dados a fim de
armazenar as informações do mapa das vias e das imagens, também, foi
feita uma associação entre as imagens e os mapas, por meio de pontos
localizados nas vias.
Para georreferenciar as imagens, foi empregado um método
específico, pois as imagens mudavam constantemente, porém os pontos
eram fixos. Foi elaborado um mapa (hipermapa), com pontos fixos, com
coordenadas adquiridas por um GPS, e os pontos eram associados a
imagens de vídeo. Na Figura 5.4, pode ser visualizado o fluxo de
desenvolvimento do mapa.
Para aquisição dos dados, os autores consideraram que a área-
alvo era uma via de circulação, estradas parciais e suas construções
periféricas da SNU. Foram usados equipamentos de aquisição de imagem
98
de vídeo, um modelo de GPS para localização dos pontos, um programa
para processamento de imagens e um SIG. Consideraram que os dados
que alimentaram o banco de dados eram extraídos de mapas de vias e
topográficos (em uma escala de 1:500); fotos aéreas digitalizadas,
imagens de vídeo (da via de circulação), das ruas parciais e suas
construções periféricas) e aquisição de dados locacionais com o
DGPS.
As estações de GPS eram fixas e móveis, além do GPS possuía uma
câmara filmadora. Esse exemplo é bastante peculiar, pois a
informação está constantemente mudando, no caso, a imagem da
rodovia. Assim, o banco de dados será atualizado constantemente,
logo o SGBD deve suportar essa característica. Um detalhe importante
é que o mapa não poderá ser apresentado na forma de papel, em razão
de a informação estar sempre mudando.
Em 2001, teve lugar um projeto para elaboração da base de dados
geotécnicos da região de Covilhã, em Portugal, chamada de GeoCovilhã
XXI, um projeto criado e desenvolvido no sistema de gerenciamento de
banco de dados, ACCESS, conectada a um SIG.
Conforme Cavaleiro (2001), esta base de dados teve como objetivo
armazenar, de forma organizada, um conjunto de dados geotécnicos
resultantes de ensaios in situ e em laboratório (em solos e rocha)
de prospecção geofísica e mecânica. Na Figura 5.5, pode-se observar
o princípio de funcionamento da base GeoCovilhã.
99
Figura 5.4: Fluxo do Processo de Elaboração do Mapa de
Combinação pontos e fotos
Fonte: modificado de KIM, PYEON e EO (2000)
Figura 5.5: Princípio de Funcionamento da GeoCovilhã XXI
Fonte: CAVALEIRO (2001)
Dados
Codificados
Armazenados
UTILIZADOR
Recolha
Tratamento
Pedido de Dados
Codi
ficado
OUTPUT
Registro e
Atualização
Tratamento dos
Dados
Gabinete
Central
Regional
Local
Investigação
Seleção
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ficheiro de Base
de dados em
ACCESS
Outros ficheiros
em DXF
INÍCIO
Entrada do mapa digital de ruas
Conexão de segmentos
Refletir sobre os resultados da linha de pontos, processo de remoção
Referenciar a distância mínima da conexão para um ponto específico
Referenciar a distância entre o segmento e um ponto específico
Distância mínima entre as fotos
Executar o processo acima para os demais pontos
FIM
100
5.1 Desenvolvimento dos Bancos de Dados em Cartografia Geotécnica no
Brasil
No final da década de 1980 e início da década de 1990, houve um
grande avanço na cartografia geotécnica no Brasil, e em torno do
assunto vários grupos formaram-se por todo país. Em meio a essa
movimentação, surgem metodologias para elaboração do mapeamento
geotécnico, por exemplo, a do IPT e da Escola de Engenharia de São
Carlos (USP).
Em termos de informatização do processo de elaboração das cartas
geotécnicas, verifica-se a existência, na literatura científica, de
trabalhos que abordam os temas (mapeamento geotécnico e bancos de
dados), conforme será contado adiante.
Ferreira (1988) apresenta uma proposta metodológica para o
desenvolvimento de bancos de dados em mapeamento geotécnico. Trata-
se do sistema DATAGEO, que tem a finalidade de construir um
subsistema de visualização gráfica, um subsistema de digitalização
de mapas e, ainda, subsistemas de tratamento discreto e estatístico
da informação, todos eles integrados.
O banco de dados do sistema DATAGEO foi desenvolvido mediante o
uso de algoritmos construídos na linguagem de programação Pascal, e
a estrutura de armazenamento das informações era na forma
hierárquica.
As informações armazenadas no banco de dados eram: mapas
(geologia, pedologia, topografia e pluviometria); cartas
interpretativas digitalizadas (de fundações, escavabilidade,
materiais de cobertura, erodibilidade) e informações pontuais de
sondagens.
101
Assim, o referido sistema integrou informações advindas de
distintos meios, armazenou-as e gerou diversas consultas, que foram
divididas nos subsistemas (por coordenadas e por características do
meio físico); portanto, a autora desenvolveu um sistema de
gerenciamento da informação geotécnica.
Junqueira, Silva Jr. (1991) apresentam o CADTAL1.0, um banco de
dados para fichas de cadastro de problemas de estabilidades de
taludes em obras viárias. Esse sistema foi empregado nos taludes da
BR 101, Rio de Janeiro, no trecho Itaguaí-Angra dos Reis. Na Figura
5.6, pode se verificar como o sistema está estruturado, em módulos.
De acordo com Souza (1992), a organização sistemática das
informações contidas em cartas geotécnicas, de uma determinada
região, em um banco de dados, resultaria em uma automação do
processo de elaboração da cartografia geotécnica e, ainda,
facilitaria a obtenção e a manipulação das informações. A autora
propõe uma ficha de campo que poderá ser implementada no computador
(automatizada) e interligada em um banco de dados.
Em seu trabalho de mestrado, Moreira (1993) elaborou um banco de
dados, GEOBASE, com informações geotécnicas para produzir um mapa de
unidades geotécnicas do terreno. Mostrou a necessidade de se
construir uma base de dados específica para seu trabalho, pois os
SIGs são genéricos para qualquer aplicação com informações
geográficas.
102
Figura 5.6: Fluxograma do Sistema CADTAL 1.0
Fonte: JUNQUEIRA e SILVA Jr. (1991)
Na elaboração desse aplicativo, o autor usou a linguagem de
programação CLIPPER 5.0; foram implementadas, no banco de dados
fichas de campos e planilhas de ensaios de laboratório em materiais
inconsolidados e rocha, para auxiliar as construções de mapas.
Associado a esse aplicativo, foi usado um SIG, o MIPS (Map and
Image Processing System), para elaboração de cartas e de análises
espaciais. Para testar o banco de dados, foram utilizados os dados
do Mapeamento Geotécnico da Folha de Aguaí, São Paulo, elaborado por
Souza (1992).
Nesse trabalho, o autor elaborou um sistema de aquisição ou
entrada de dados (campo e laboratório) e, após os dados armazenados
em banco de dados eram elaborados mapas com auxílio de um SIG,
parte-se, portanto, da captura para a geração de mapas.
TMOD0.PRG
MÓDULO PRINCIPAL DO SISTEMA
LIBTAL.PRG
ARQUIVO GERAL DAS
ROTINAS
HELP.PRG
ARQUIVO DE AUXÍLIO
AO USUÁRIO
TMOD1.PRG
MÓDULO DE
RELAÇÕES
TMOD2.PRG
CONSULTA NA
TELA
TMDO3.PRG
ALTERA/EXCLUI
TALUDES
TMDOD4.PRG
INCLUSÃO DE
TALUDES
TMOD1a.PRG
LITOLOGIA X
TIPO DE SOLO
TMOD1b.PRG
LITOLOGIA X
INCLINAÇÃO
TMOD1c
.PRG
LITOLOGIA X
GEOM.
ESCOR.
TMD2a.PRG
DETERMINADO
TALUDE
TMO2b.PRG
SEQÜENCIAL DE
TALUDES
TMOD3a.PRG
DETERMINADO
TALUDE
TMOD3B.PRG
SEQÜENCIAL DE
TALUDES
103
Pinheiro e Especchit (1994) desenvolveram um Sistema de Gerência
de Rodovias (SGR), que armazenava informações sobre as estradas
brasileiras, especificamente, as rodovias federais e o estado de
conservação que as caracteriza. Um banco de dados foi montado com
essas informações que foram conectadas a um mapa abrangendo todo o
Brasil, onde se podia clicar no trecho de uma estrada de interesse
representada no mapa e obter informações a respeito do trecho da
via, portanto, um módulo de pesquisa.
Assim, um módulo de análise foi criado para gerar gráficos com
as informações armazenadas no banco de dados. Inicialmente, o
sistema foi elaborado na linguagem de programação “C” com o banco de
dados em xBASE, porém a idéia foi abandonada, e o banco de dados foi
desenvolvido no ORACLE, com linguagem MDL em C, usando o SIG CAD
MicroStation. Nesta utilização de banco de dados, os autores
armazenaram um conjunto de informações sobre as estradas brasileiras
e, conseguiram, com ajuda dos SIGs, conectá-las a mapas.
Coutinho, Monteiro, Oliveira (1996) elaboraram um banco de dados
para armazenar as informações das argilas orgânicas, moles e médias
de Recife-PE, que foi implementado em uma planilha eletrônica com
construções de macros (são rotinas de programa computacional ou
bloco de instruções identificadas por uma única palavra ou um
rótulo) na linguagem de programação Visual Basic.
As informações armazenadas no banco de dados eram provenientes
de ensaios de campo e laboratoriais realizados em pontos na região
metropolitana de Recife. O banco de dados, isto é, o sistema de
gerenciamento de banco de dados, é usado para armazenar e organizar
um conjunto de dados, neste caso, os autores não empregaram o SGBD,
implementaram o banco em uma planilha eletrônica.
104
Com a finalidade de automatizar o processo de elaboração de
mapeamento geotécnico, foi desenvolvido na Universidade Federal de
Viçosa, na década de 1990, um sistema para auxiliar no mapeamento
geotécnico chamado GeoGIS, elaborado com a finalidade de unir o
mapeamento geotécnico convencional com a chamada cartografia
geotécnica digital.
Para tanto, foram desenvolvidos módulos para gerenciamento das
investigações de campo, para ensaios laboratoriais, mapoteca digital
e um módulo para análises geotécnicas (MEIRA, CALIJURI, 1996; MEIRA,
1996).
Na Figura 5.7, visualizam-se a estrutura do funcionamento deste
sistema e, ainda, os três módulos do GeoGIS: o GeoIVN, onde, estão
as fichas de campo (de localização e descritiva, geológica,
geotécnica, hidrológica, antrópica, biológica e laudo/diagnóstico),
planilhas de ensaios de laboratório (caracterização geotécnica
granulometria, limites de consistência e índices físicos) e ensaios
in situ (apenas o SPT); o GeoCART, módulo para análise de dados
cartográficos, permitindo visualização de mapas temáticos, no qual
existem outros dois módulos o GeoVIS (para visualização de mapas) e
o GeoLINK (para filtrar as informações e deixá-las no padrão para
ser utilizadas no SIG); o GeoCALC, módulo de cálculo e análises
(estatísticas, determinísticas e paramétricas). Pode-se verificar,
também, que esse sistema envolve as etapas básicas do mapeamento
geotécnico: a investigação (campo e laboratório) e a elaboração de
cartas.
105
Figura 5.7: Estrutura Funcional do GeoGIS para Windows
Fonte: modificado de MEIRA, CALIJURI (1996)
Diniz (1998) coordenou um projeto para elaboração de um banco de
dados geoambiental do Estado de São Paulo, partindo das várias
cartas geotécnicas já existentes. Realizou, portanto, uma compilação
dessas cartas, reunindo, integrando e organizando tudo numa única
base de dados e disponibilizando essas informações de maneira mais
eficiente para os diversos usuários, um aplicativo em CD-Room. O
aplicativo consta das informações geoambientais do Estado de São
Paulo.
Na Figura 5.8, expõe-se um fluxograma com as etapas do
desenvolvimento desse banco de dados que foi implementado em ACCESS.
Este trabalho usa um banco de dados para armazenar um conjunto de
dados (neste caso, cartas, mapas, dados de campo, etc.) que gera um
sistema de banco dados, específico para uma região.
BANCO DE
DADOS
GRÁFICOS
O COMPUTADOR
BANCO DE
DADOS
DESCRITIVOS
GeoGIS SIG
GeoINV
GeoCART
GeoCALC
106
Figura 5.8: Fases do Desenvolvimento do Banco de Dados
Geoambientais do Estado de São Paulo
Fonte: DINIZ (1998)
Valente, Strieder, Quadros (1998) abordaram a integração de
dados em SIG; assim, definem integração de dados como a combinação
em uma única base cartográfica, dentro de um ambiente computacional
unificado, com informações espaciais (gráficas e locacionais) de
formatos diversos (imagens, textos e desenhos), cujo objetivo é
realizar o gerenciamento, a análise e a visualização do conjunto de
dados armazenados.
Para sintetizar o processo, os autores propõem um fluxograma em
que se podem observar as etapas para integração dos dados em SIG
(Figura 5.9).
levantamento e análise das variáveis
a serem trabalhadas no banco de
dados
estabelecimento do modelo
conceitual
análise do organograma e estudo da
arquitetura e funcionamento dos SIG's
e das rotinas dos trabalhos
desenvolvidos no AGAMA
estudo das linguagens de
programação e das ferramentas
oferecidas pela meodologia de
programação orientada a objetos
escolha dos aplicativos que ofereçam
as ferramentas de programação de
programação orientadas para a
geração do banco de dados Access
2.0 e Visual Basic
detallhamento do projeto
lógico e treinamento nos
aplicativos Visual Basic 4.0
e Access 2.0
montagem da base de
dados e escolha dos
formatos dos relatórios de
saída
realização de testes
Desenvolvimento da
interface usário - aplicativo
Alimentação
107
MUNDO REAL
INTEGRAÇÃO DOS
DADOS
MODELO
CONCEITUAL
PROCESSAMENTO
DOS DADOS
FORMATOS
RASTER/VETORIAL
BASE DE DADOS
DADOS
GEOMÉTRICOS
DADOS
DESCRITIVOS
FONTE
DOS DADOS
TABELAS
DIGITALIZAÇÃO
RASTERIZAÇÃO
ARQUIVOS ASCII
LAYERS
MODELO
LÓGICO
MODELO
FÍSICO
+ TABELAS DE ATRIBUTOS
Figura 5.9: Etapas para Integração dos Dados por meio de SIG
Fonte: VALENTE, STRIEDER, QUADROS (1998)
Apenas para ressaltar, em termos de cartografia geral, Moretti
(1998) comenta a respeito da importância de se criar um banco de
dados de metadados, pois, quando se implanta um SIG em uma empresa,
o volume considerável documentos secundários existentes deve ser
armazenado de maneira mais racional.
Para exemplificar e justificar a importância de criar um banco
de dados para essa finalidade, o autor cita o mapeamento sistemático
do Brasil, especificamente, os mapas produzidos pelo Projeto Radam,
IBGE e DSG, no qual se tem um mapa-índice que abrange as escalas de
1:1.000.000, 1:250.000, 1:100.000, e 1:50.000.
Na verdade, esse mapa-índice é uma maneira de visualizar a
informação sobre a sistemática do mapeamento (o conteúdo do banco de
dados, uma consulta, um relatório de saída).
108
Para cada uma dessas escalas, criou-se uma cobertura contendo um
quadriculado correspondente, em que são armazenadas as informações
genéricas de cada folha, tais como: o código, nome, tipo
(planimétrico, planialtimétrico, imagem de radar e outras) e qual a
entidade responsável pela elaboração da folha (DSG, IBGE ou outros).
Baseado na vantagem que os bancos de dados facilitam a criação
de novas aplicações, Davis Junior (2000) faz uma abordagem sobre a
necessidade de se elaborar um banco de dados para múltiplas
representações. O autor salienta que, ao se pensar no esforço e
custo envolvido para desenvolver um banco de dados geográficos (que
é um banco de dados mais complexo), devem-se procurar recursos, para
que se amplie a utilidade do banco, compartilhar dados entre os
diversos grupos de usuários, cada grupo com seu conjunto de
aplicação.
Essa preocupação é, de certa maneira, pertinente, mas deve-se
tomar cuidado, pois um banco de dados muito grande, muitas vezes,
torna-se inviável para utilização, então, deve existir um banco de
dados que possa ser empregado por muitos usuários, mas, ao mesmo
tempo limitado a um grupo de usuários, por exemplo, um banco de
dados geotécnicos, mas, que não envolva todas as áreas da Geotecnia.
Calijuri et al. (2001; 2002) elaboraram um sistema administrador
de fichas de campo chamado GeoCamp, que gerencia dados geológicos e
geotécnicos e permite a visualização espacial da informação.
O Geocamp desenvolveu-se na Universidade Federal de Viçosa (UFV)
e foram utilizados para sua elaboração os programas: Delphi,
ambiente de desenvolvimento de programação orientada a objetos;
MapObjects, como Sistema de Informação Geográfica, usado para
apresentação de mapas e consultas espaciais e o Opus, que gerenciou
109
o banco de dados descritivos. O sistema foi testado, usando um
mapeamento de risco geológico urbano de erosão e de instabilidade de
taludes na cidade de Viçosa-MG.
Na Figura 5.10, é apresentada uma imagem de uma das telas de
consulta ao sistema. Assim, empregou-se banco de dados para
armazenar dados não-espaciais fornecidos por fichas de campo (entre
os dados poderia haver croquis e fotos dos pontos visitados). Desse
modo, os dados armazenados podem ser vistos pelo usuário, portanto,
é um sistema de aquisição, armazenamento, recuperação e visualização
dos dados.
Figura 5.10: Consulta ao Banco de Dados de Estruturas Geológicas
com Visualização do Arquivo Fotográfico
Fonte: CALIJURI et al., (2001)
Souza et al. (2001) apresentaram o Sistema Integrador de
Informações Geoambientais para o Litoral de São Paulo (SIIGAL), com
110
os objetivos: contemplar os estudos de riscos geológicos (movimento
de massa gravitacional, inundação, erosão), riscos de poluição de
solos, águas superficiais e subterrâneas e poluição do ar e áreas
degradadas; identificar as áreas críticas, segundo o ponto de vista
geoambiental; e, por fim, fazer uma análise da qualidade ambiental.
Esses estudos empregaram mapeamento geotécnico para orientar e
auxiliar nas atividades a serem realizadas. Sendo assim, o resultado
do projeto forma cartas temáticas associadas ao banco de dados
referenciados geograficamente e todos conectados em um sistema de
informação geográfica (SIG). Na Figura 5.11, pode-se verificar como
o SIIGAL se efetiva.
Chamecki et al (2001) utilizaram um banco de dados, com dados
preexistentes, com informações geotécnicas e inseriram pares de
coordenadas de pontos (edificações), permitindo o emprego do SIG. Os
dados geotécnicos, que envolviam o trabalho, eram de estudos de
solos para a fundação de 300 edificações da cidade de Curitiba. Os
mapas usados foram: mapa físico da região metropolitana de Curitiba;
mapa contendo o sistema hídrico superficial e mapa geológico. A
localização dos pontos foi obtida com o apoio nos de mapas. O banco
de dados foi implementado em ACCESS, com uma conexão com o Arcview.
Os autores armazenaram, organizaram e manipularam dados sobre
fundações de edifícios e as conectaram a mapas com o auxílio de SIG,
integrando os dados geotécnicos.
111
Salamuni, Stellfeld (2001) elaboraram uma base de dados com
informações georreferenciadas da geologia e da geomorfologia da
Bacia sedimentar de Curitiba. Os dados eram provenientes de mapas
geológicos e geomorfológicos, dados de sondagens, fotografias de
afloramentos rochosos. Para manipulação e integração dos dados
cartográficos, foi utilizado um sistema de informação geográfica
(Figura 5.12).
Figura 5.11: Fluxograma de Desenvolvimento do SIIGAL - Fase II
Fonte: SOUZA et al (2001)
Talamini Neto, Celestino (2001) usaram SIG para fazer a
integração de informações provenientes de cartas topográficas, de
boletins de sondagens, levantamento de campo e análises
geoestatísticas e, assim, elaborar o mapeamento do subsolo da cidade
112
de Curitiba, o qual teve a finalidade de orientar o planejamento do
uso do espaço subterrâneo.
Na Figura 5.13, é mostrada a seqüência de atividades realizadas
no trabalho para obter-se o produto final, isto é o mapa orientativo
para obras subterrâneas.
Figura 5.12: Fluxograma Esquemático da Montagem do SIG
Fonte: SALAMUNI e STELLFELD (2001)
No Brasil, estudos mais teóricos sobre bancos de dados e SIG, no
âmbito da ciência da computação, estão sendo realizados com bastante
eficiência, assim, alguns grupos vão se sobressaindo, por exemplo, o
grupo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da
Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS).
Em estudos com banco de dados em cartografia geotécnica,
destacam-se alguns grupos, como, da Universidade Federal de Viçosa e
do IPT, que realizaram trabalhos mais abrangentes e, também, o grupo
Ras
terização e Digitalização em CAD e mapas
planialtimétricos e Geologia
Georreferenciamento de poços tubulares profundos
e pontos de afloramentos.
Geração da Topologia dos Dados
Ambiente Unix,
ArcInfo
Ambiente Windows, ArcView
Mapeamento geológico digital geor
-
refenciado
Entidades geográficas
Arcos ou linhas:
(alinhamentos,
estruturais)
Pontos: (poços e
pontos de
afloramentos)
Polígonos:
(unidades
geológicas)
Hot links
Consultas
Textos explicativos e
image
ns (fotos)
Tabelas e banco de dados
113
do Rio Grande do Sul, que realiza estudos, sobretudo, na área
ambiental.
Figura 5.13: Fluxograma da Seqüência de Atividades Desenvolvidas
no Trabalho de Pesquisa
Fonte: modificado de TALAMINI NETO e CELESTINO (2001)
Atualmente, as aplicações em bancos de dados e SIG em mapeamento
geotécnico estão convergindo para disponibilidade dos dados na
Internet, para tal, deve-se fazer uma modelagem específica e
utilizar programas próprios para essa rede. A grande vantagem de
usar tal recurso é a facilidade e a rapidez da consulta aos dados
armazenados. Podem-se citar, como exemplos, os trabalhos de:
visualização integrada
verificação e correção
dos dados
Mapa Geológico Simplificado
Modelo 3D com navegação virtual
sondagens
poços
pontos de campo
Banco de Dados
F
I
L
T
R
A
G
E
N
S
Análise
Geoestatística
Grade de
Dados
Cartas de
Isovalores
Mapas Topográficos
Digitalização
MDT
Mapa Orientativo
para Obras
Subterrâneas
SIG
114
Rex et al (2002) usaram o programa Geomedia Web Map,
desenvolvido pela Intergraph, para elaborar uma aplicação em SIG na
web, para as informações do Parque Estadual Morro do Diabo no Estado
de São Paulo.
Dias et al (2004), utilizaram os programas ARCIMS e ColdFusion,
desenvolvido pela ESRI, para disponibilizar os dados da bacia
hidrográfica do Alto Taquari no Pantanal, Mato Grosso do Sul.
Como se pode notar, essa ferramenta tem sua importância no
mapeamento geotécnico, sobretudo, em sua otimização.
Na Tabela 5.1, é mostrado um resumo dos trabalhos aqui
apresentados para que se possa ter uma noção das aplicações de banco
de dados na Geotecnia e da diversidade de uso dessa ferramenta.
115
Tabela 5.1: Resumo das Aplicações em Banco de Dados em MG
Citadas, Final da Década de 1980 e 2000.
AUTOR LOCAL ASSUNTO ABORDADO
FERREIRA (1988) São Carlos SP-Brasil Dados geotécnicos, para mapeamento.
MOREIRA (1993) Aguaí - SP-Brasil Dados geotécnicos para mapeamento.
JUNQUEIRA E SILVAJR. Rio de Janeiro Cadastro de problemas de taludes em obras viárias.
PINHEIRO E ESPECCHIT (1994) Brasil Informações sobre as rodovias federais
KUNTE (1995) --- Informações sobre os bancos de dados em geologia
marinha
LAXTON E BECKEN (1996) Wrexam Inglaterra Armazenamento de informações de mapas geológicos
DIKAU, CAVALIN E JÄGER (1996) Europa Cadastramento dos movimentos de massa
MEIRA E CALIJURI (1996) Ouro Preto MG - Brasil Automação do processo de elaboração do mapeamento
geotécnico
TARVAINEM E PAUKOLA (1996) Finlândia Informações geoquímicas do solo e da água subterrânea
COUTINHO, MOTEIRO E OLIVEIRA
(1996)
Recife-PE Brasil Informações sobre as argilas orgânicas
COLMAN-SADD, ASH E NOLAN
(1997)
Newfoundand - Canadá Armazenamento de legendas geológicas
HAASTRUP ET ALL (1998) Sicília Itália Informações geológicas geotécnicas.
NATHANAIL E ROSENBAUN (1998) Nordeste da Inglaterra Dados de furos de sondagens
BRODIE (1998) Sul da Austrália Águas subsuperficiais
DINIZ (1998) São Paulo Brasil Informações geoambientais
KIM, PYEON, EO (2000) Seul - Coréia Vias urbanas
SILVA (2000) Portugal Cartografia geotécnica
CALIJURI ET AL (2001) Viçosa MG- Brasil Mapeamento geotécnico, sistema de visualização das
informações.
SOUZA (2001) Litoral de São Paulo-Brasil Informações geoambientais
CAVALEIRO (2001) Covilhã Portugal Informações geoambientais
CHAMECKI ET AL (2001) Curitiba Brasil Resistência dos solos para fundações
SALAMUNI E STELLFELD (2001) Curitiba - Brasil Informação geológicas e geomorfológicas
116
6. PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE UM BANCO DE DADOS APLICADO AO
MAPEAMENTO GEOTÉCNICO
Quando se faz uma pesquisa científica abordando um determinado
tema, os dados e/ou informações obtidos, devem ser organizados da
maneira mais criteriosa, a fim de que venham a ser consultados e
utilizados de modo racional e objetivo por profissionais e/ou
pessoas interessadas.
E a maneira mais moderna de organizar essas informações é o
banco de dados, que pode ser manipulado por sistemas de
gerenciamento de bancos de dados - SGBD. Os SGBDs estão cada vez
mais sofisticados, pois, pode-se armazenar vários tipos diferentes
de dados (imagens, gráficos, desenhos, etc.), que atendem às
diversas exigências (saídas de dados, visualização, relatórios) de
vários tipos de usuários.
Os dados gerados em pesquisas na área da Geotecnia são muitos,
porém pouco tem sido usado desses dados em obras urbanas, sobretudo
no Brasil, embora seja notória sua importância na realização das
obras civis, em geral, do planejamento urbano e ambiental
Em sua tese de doutoramento, Ferreira (1988) relata que a
consulta por meio de um banco de dados é uma forma de agilizar a
busca às informações geotécnicas, até então, dispersas e, portanto,
de obtenção demorada. Daí, a necessidade de organizar melhor esses
dados, se possível, na forma eletrônica, pois isso tornará seu uso
na prática, mais fácil.
Em Geotecnia, mesmo atualmente, pode-se perceber que as
informações e ou dados produzidos por pesquisas, muitas vezes, estão
armazenados de forma desorganizada, mesmo que eletronicamente (não
117
existe um projeto de armazenamento em bancos de dados). Logo, isso
pode resultar em uma não-utilização dos dados, por outros
profissionais, pois existirá dificuldade na busca, obtenção,
manipulação, visualização e captura dos dados armazenados.
Banco de dados com informações geoespaciais (locacionais e
gráficas) possui dados mais complexos de serem armazenados. Os
bancos de dados comuns armazenam números e cadeias de caracteres
(letras, números, símbolos). Um banco de dados geoespacial, além
desses dados citados anteriormente, possui dados gráficos (linhas,
pontos, polígonos) e posicionais (coordenadas geográficas).
6.1 Pressupostos para o Desenvolvimento de um Banco de Dados
Não se pode deixar de pensar como recuperar, manipular, buscar,
consultar e visualizar estas informações ou dados quando se tem em
mente armazená-los.
Este trabalho procurou mostrar a importância do uso de banco de
dados no armazenamento das informações, em especial, as geradas em
um mapeamento geotécnico, e a facilidade de se armazenar essas
informações no formato eletrônico, conseqüentemente, a rapidez para
consultá-las, buscá-las, realizar manipulação com a vantagem da
segurança do armazenamento eletrônico.
Atualmente, com o avanço da informática, podem-se integrar as
informações geradas em um mapeamento geotécnico, tanto em um SIG
como em um aplicativo externo ao SIG.
No caso deste trabalho, os dados, além de serem armazenados no
SIG, foram, também, em um aplicativo, elaborado em um ambiente de
uma linguagem de programação, utilizando para visualização dos dados
118
geoespaciais uma biblioteca cartográfica. A importância de armazenar
as informações em um aplicativo é que esse torna o ambiente de
visualização da informação armazenada mais rápido, mais dinâmico e
mais flexível que no armazenamento em um SIG.
Cabe salientar que os bancos de dados em mapeamento geotécnico
são usados, essencialmente, de duas maneiras básicas: criando um
projeto em SIG ou criando um aplicativo externo ao SIG.
Assim, quando se desenvolve um projeto em SIG, esse organiza as
informações em categorias ou campos, como, temática, cadastral, rede
e imagem, de acordo com a modelagem do SIG, SPRING (INPE, 2003). As
categorias armazenam os layers ou planos de informação.
No caso do armazenamento em SGBD relacional, as informações são
organizadas em tabelas que possuem campos (colunas), registros
(linhas) e células que são a junção de um campo com um registro.
O aplicativo a ser elaborado neste trabalho deverá ser simples,
de fácil utilização e armazenar as informações de um mapeamento
geotécnico.
A grande vantagem de ter as informações armazenadas, organizadas
e na forma eletrônica é que estas devem estar facilmente disponíveis
para a visualização, e fornecer suporte para a tomada de decisão dos
planejadores urbanos, por exemplo.
Neste estudo, os dados usados são pré-existentes e não estavam
no formato eletrônico, logo, precisando de um tratamento e devem ser
colocados na forma digital.
Ao elaborar um mapeamento geotécnico, procurou-se mostrar que se
deve ter cuidados na busca e na produção da informação, para que
essa informação possa ser armazenada de forma organizada e que o
119
usuário desta informação possa usá-la com confiança, facilidade e
rapidez.
A Figura 6.1 fornece uma idéia das características da informação
de entrada que foi armazenada e, assim, pode-se ter uma visão geral
de como é essa informação e o modo de armazená-la.
Figura 6.1: Idéia Genérica das Informações a Serem Armazenadas
O projeto de banco de dados, tanto dentro do SIG como externo a
esse, foi idealizado para ser utilizado por pessoas da área de
mapeamento geotécnico. A busca rápida da informação e a demonstração
do projeto para pessoas interessadas necessitam de profissionais
especializados.
6.2 Base para Elaboração de um Banco de Dados
Cabe enfatizar que, um banco de dados comuns armazena dados
numéricos e cadeias de caracteres, enquanto o banco de dados
geoespaciais armazena, também, os dados locacionais e gráficos.
MAPAS
Dados
descritivos
Dados
gráficos
Geologia
Material inconsolidado
Profundidade do
substrato rochoso
landforms
declividade
drenagem
Curvas de nível
sondagens Dados de ensaios
polígonos
linhas
pontos
Números, cadeias de caracteres
(texto) alfanuméricos.
120
Assim, em um banco com dados de mapeamento geotécnico podem-se
armazenar dados provenientes de ensaios laboratoriais, ensaios de
campo, mapas, produtos de sensoriamento remoto (imagens de
satélites, aerofotos, etc.), entre outros recursos.
Zuquette (1993) faz um relato sobre os possíveis atributos que
devem ser levantados na elaboração de um mapeamento geotécnico e
chega por esse caminho, assim, a uma lista com os componentes e
aspectos do meio físico (atributos), conforme demonstrado na Tabela
6.1, logo em seguida.
No presente trabalho, foram levantados os aspectos do meio
físico, tais como: águas superficiais, geomorfologia, geologia,
material inconsolidado, provenientes do mapeamento geotécnico da
região de Ribeirão Preto, São Paulo, realizado por Zuquette (1991).
Desses aspectos, podem ser destacados alguns atributos, como,
canais de drenagem, bacias hidrográficas, declividade, landforms,
tipo rochoso, litologia, distribuição espacial do material
inconsolidado, textura do material inconsolidado (silte, areia e
argila).
Com a ressalva que os dados a serem manipulados são os produtos
gerados de um mapeamento geotécnico, que não estavam armazenados
digitalmente, assim, os dados a serem armazenados correspondem a:
v folhas planialtimétricas nas escala 1:50.000, que foram
produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 1971), isto é, as de Ribeirão, Bonfim Paulista, Cravinhos,
Serrana, Guariba, Porto Pulador e Rincão.
121
Tabela 6.1: Grupo de Atributos para Estudos com Finalidade de
Planejamento Regional ou Urbano e Aproveitamento de Recursos
Ambientais (modificado de ZUQUETTE, 1993)
COMPONENTES
TIPO/ASPECTO
ATRIBUTOS
Escoamento superficial
Infiltração (infiltração potencial)
Características físico-químicas
Densidades de canais
Bacias hidrográficas de 3
a
. ordem (STRAHLER)
Superficiais
Tempo de concentração
Interferência de lentes salgadas
Aqüíferos (livres e confinados)
Áreas de recarga
Profundidade/espessura
Poços
Senilidade
ÁGUAS
Subterrâneas
Características físico-químicas
Altitudes (amplitudes)
Morfometria
Declividade e sentido
Landforms (encostas, bacia de inundação)
Formas de encostas
GEOMORFOLOGIA
Morfologia
Comprimentos das encostas ou dos landforms
Tipo rochoso ou grupo litológico
Litologia
Mineralogia
Densidade
Resistência mecânica
Permeabilidade
Estruturas (descontinuidades e atitudes)
Distribuição (em área e em profundidade)
Profundidade
Grau de intemperismo
Alterabilidade (resistência)
Erosão (ocorrência de feições)
Deposição (indícios de assoreamento)
Sismicidade
Subsidência (áreas de calcáreos)
Substrato rochoso
Movimento de massa (escorregamento, creep, etc.)
Textura e equivalente areia
Origem
Fator de retardamento, dispersividade,etc
Distribuição em área
Permeabilidade
Índice de vazios
Mineralogia, Erodibilidade, Fertibilidade, Pontencial de
Salinidade
GEOLOGIA
Materiais inconsolidados
Expansibilidade, Colapsividade, caracteríscas químicas,
resistência suporte, massas (específica,aparente seca)
Climáticos Pluviosidade, temperatura, umidade do ar, ventos, insolação,
evapotranspiração
Sócioeconômicos Sociais, educacionais,
econômicos.
População, saúde, escolas, uso do solo, necessidades da
população, indústrias e tipos de rejeitos, postos de gasolina,
dutos
v cartas ou mapas dos aspectos do meio físico da região de Ribeirão
Preto (Cravinhos, Bonfim Paulista, Serrana), elaborados por
122
Zuquette (1991), abordando os seguintes aspectos: geologia,
profundidade do substrato rochoso, declividade, landforms,
material inconsolidado, mapas de áreas-chave e de pontos de
sondagens, de observações, amostragens e de ensaios de campo. E
ainda, o mapa de escoamento superficial elaborado por Zuquete,
Pejon e Sinelli (1991).
v Dados descritivos: ensaios de campo e laboratório, sondagens.
Os dados utilizados neste trabalho foram todos adquiridos de
trabalhos de pesquisa anteriormente realizados na região de Ribeirão
Preto-SP, logo, dados preexistentes. Partiu-se do princípio que,
após se realizar um trabalho de pesquisa em mapeamento, uma das
coisas que podem ser feitas com os dados produzidos é armazená-los
em um SIG ou SGBD para depois serem manipulados.
6.2.1 Modelo dos Dados
As informações manipuladas foram procederam, principalmente, de
cartas e mapas geotécnicos. As cartas e mapas geotécnicos são
produtos resultantes de um mapeamento geotécnico, e esse, pode ser
descrito como um processo que busca avaliar e retratar as
características dos componentes do meio físico, bem como os
possíveis comportamentos frente às diferentes formas de uso do solo,
segundo Zuquette e Gandolfi (2004).
De acordo com esses autores, deve-se elaborar o mapeamento
geotécnico tendo em vista um modelo geológico de alta complexidade.
O modelo geológico é mais teórico e deve ser voltado para os
parâmetros de engenharia, enquanto o geotécnico é mais voltado para
aplicação o uso do solo.
123
Os dados manipulados neste trabalho são, na sua maioria, de
mapas e cartas, provenientes do mapeamento geotécnico regional, na
escala 1:50.000, enfocando os aspectos gerais do meio físico da
região de estudo, tais como, Geologia (formações geológicas,
profundidade do substrato rochoso e materiais inconsolidado),
Geomorfologia (curvas níveis, landforms e declividade) e águas
(linhas de drenagens, escoamento superficial).
Na sua maioria, os mapas foram do tipo fundamentais básicos,
segundo a classificação de Zuquette (1993). Conforme esse autor, um
documento fundamental básico registra as características dos
componentes do meio físico, biológico e antrópico.
Os mapas manipulados na base de dados são caracterizados
conforme descritos a seguir
Mapa do Substrato Rochoso, denominado no trabalho como Mapa de
Geologia, classificado como documento fundamental básico, no qual se
pode visualizar a distribuição espacial em área, das formações
geológicas da região, tais como: Formação Serra Geral, Botucatu e
Pirambóia, sedimentos recentes.
O Mapa da Profundidade do Substrato Rochoso, onde se pode
visualizar a distribuição em área, das classes de profundidade,
sendo menores que 2 metros, entre 5 e 2 metros, entre 5 e 10 metros
e maiores que 10 metros.
O Mapa de Materiais Inconsolidados, nesse se pode visualizar a
distribuição espacial em área, dos materiais: hidromórficos,
residuais arenosos, residuais argilosos, mistos arenosos, mistos
argilosos e mistos arenosos argilosos.
Mapa de landforms, ou também de Feições do Terreno, podem ser
visualizadas espacialmente as seguintes unidades de feições da
124
superfície da Terra: 1.1, que são platôs planos; 1.2, platôs
irregulares; 1.3, platôs abaulados; 2.0, vales de encostas
irregulares; 2.1 vales de encostas irregulares e íngremes; 2.2,
vales de encostas irregulares intermediárias; 2.3, vales de encostas
irregulares suaves; 3.0, vales de encostas regulares; 3.1, vales de
encostas regulares e íngremes; 3.2, vales de encostas regulares
intermediárias; 3.3, vales de encostas regulares suaves; 4.0, morros
arredondados; 5.1; encostas associadas a topos (platôs) irregulares;
5.2, encostas com colúvio e declividade moderada; 5.3, encosta
localizada e íngreme; 5.4, encosta mista; 5.5, encosta com seqüência
a escarpas; 5.6, encostas com colúvio e declividade suave; 5.7,
encosta irregular; 5.8, encosta anterior a escarpa; 6.1, morros
isolados com material inconsolidado; 6.2, morros isolados sem
material inconsolidado; 7.0, escarpas; 8.0, bacias de inundação,
9.0, cristas alongadas; 10.0, áreas planas; 10.1, áreas planas
onduladas; 10.2, áreas planas - com canais de drenagem; 10.3, áreas
planas de superfície única; 11.0, platô meso-encosta; 12.0, sistema
de drenagem evoluindo para anfiteatro; 13.0, montante de bacia
hidrográfica; 14.0, área de confluência de canais de drenagem; 15.0,
conjunto de landforms com particularidades; 16.0, interflúvio.
Mapa Topográfico, nesse tipo de mapa são apresentadas as linhas
das curvas de níveis e a eqüidistância entre estas. Foi elaborado
por meio das folhas planialtimétricas do IBGE na escala 1:50.000,
com curvas eqüidistantes de 20 em 20m.
Na Carta de Declividade, derivada do Mapa Topográfico, tem-se a
distribuição espacial, em área, das seguintes unidades: A, com
declividade menor que 2%, AI, com declividade menor que 2%, mas com
125
inundação; B, com declividades entre 2 a 5%; C, com declividades
entre 5 a 10%; D, com declividades entre 10 a 20%.
Mapa de canais de drenagem, obtido a partir das folhas
planialtimétricas do IBGE, no qual constam os principais canais de
drenagem da Região, tais como, Rio Pardo, Ribeirão das Onças,
Ribeirão do Pântano, Ribeirão Preto, entre outros.
Carta de Escoamento Superficial, obtida a partir da Carta das
Taxas de Escoamento Superficial e Infiltração, elaborada por
Zuquette, Sinelli, Pejon (1991), na qual se pode visualizar a
distribuição espacial em área, das classes de escoamento
superficial, cujos códigos são 2, 4, 6,8 e 10. Essas classes
registram: declividades, características da superfície do terreno,
espessura do material inconsolidado, textura e estrutura do material
inconsolidado, permeabilidade, densidade dos canais de drenagem,
litologia, existência ou não da cobertura vegetal, profundidade do
nível freático, ação antrópica (usos) e feições favoráveis ao
armazenamento superficial, como lagoas. Essa carta é classificada
por Zuquette (1993) como documento cartográfico interpretativo e
derivado.
Carta de Áreas-Chave, esse documento representa espacialmente
porções do terreno onde foram realizadas investigações geotécnicas,
mais detalhadas. Selecionaram-se 31 áreas, com características
geotécnicas, tais como, granulometria, índices de plasticidade, além
das feições do terreno.
Mapa de pontos de observação e coleta, de ensaios de campo e
sondagem (Documentação), como se pode perceber, esse mapa foi
derivado dos pontos da investigação de campo realizada na área em
estudo.
126
Os dados descritivos são, fundamentalmente, extraídos dos mapas
e cartas. São, na sua totalidade, as características das unidades
dos mapas e cartas. Assim, os dados foram colocados em tabelas,
essas, por sua vez, foram associadas aos mapas, completando o
armazenamento dos dados geoespaciais.
Os dados aqui manipulados foram modelados de duas maneiras, uma
para o SIG e outra para o aplicativo. A modelagem no SIG seguirá o
padrão definido e, no aplicativo seguirá, a tendência do tipo de
Mapeamento Geotécnico de que se necessita, no caso do presente
trabalho, isto é, um mapeamento regional com informações sobre o
meio físico destinado a um planejamento urbano da região de Ribeirão
Preto.
6.2.2 Modelagem do Banco de Dados no SIG
No SIG, os dados foram adaptados ao modelo do programa (SPRING),
como se pode observar na Figura 6.2, que apresenta o modelo
conceitual do projeto, no qual os mapas estão dentro de categorias
que, por sua vez, podem ser modeladas como: cadastral, temático,
modelo numérico do terreno (MNT), imagem e redes. Nas categorias,
estão os planos de informações. O mapa poderá ser dividido em mais
de um plano de informação.
Os dados estão todos em um banco de dados geográficos, que
reconhecido pelo nome, no caso, “Ribeirão”, e esse banco de dados é
modelado conceitualmente com entidades, por exemplo, plano de
informação, não-espacial e os geo-objetos.
127
Figura 6.2: Modelo Conceitual do SIG Adaptado para o Banco de Dados
Ribeirão
6.2.3 Modelagem do Banco de Dados no Aplicativo
No aplicativo, os dados foram dispostos de maneira que ocorresse
um projeto de mapeamento geotécnico digital. Assim, as informações
foram colocadas para visualização por meio dos principais aspectos
do meio físico. Elaboraram-se formulários onde podem ser
visualizados os mapas com suas características descritivas. As
informações poderão ser acessadas mediante botões que apresentam o
nome do aspecto do meio físico.
Para elaborar o aplicativo, foi utilizada uma linguagem
orientada a objeto (Visual Basic). Uma linguagem orientada a objeto
BD Geográfico: Ribeirão
Geo-objetonão espacial plano de informação
geo-campo mapa de geo-objeto
temático numérico imagem mapa cadastral mapa de redes
geologia
profundidade do
substrato rochoso
material inconsolidado curvas de nível
imagem em sobras
- resultado do mnt
imagem em niveis de
cinza-resultado do mnt
geologia
profundidade
do substrato
linhas de
drenagem
materiais
inconsolidado
áreas chaves
escoamento
parte- de
parte-de
parte-de
é-um
é-localizado-no
é-um
é-um
é-umé-um é-um
é-um
128
trabalha com módulos de comandos (Magri, 2003) para executar uma
tarefa.
Para desenvolver o aplicativo, utilizaram-se alguns objetos,
obedecendo a modelagem para orientação a objeto (Pender, 2004). Os
principais objetos utilizados no aplicativo são: map control, usado
para capturar o plano de informação (layers) em shapefile; DataGrid
e Adodc, para capturar as tabelas. Ainda utilizou-se muito o Command
Button (botões de comando), para dar acesso às informações dos
formulários (objeto form), não sendo um objeto principal, mas de
grande utilidade na manipulação das informações. Esses objetos estão
inseridos em um formulário. O aplicativo possui 13 formulários
principais e 8 secundários. Na Figura 6.3, é mostrada uma modelagem
geral da elaboração do aplicativo.
projeto: mapas
formulário principal:
abertura
form: profundidade
do substrato rochoso
form2:
drenagem
form3:
Geologia
form4:
topografia
form5:
material
inconsolida
do
form9:
sondagem
Form11:
declividade
form15:
landforms
form19:
áreas
chaves
form22:
escoamento
form10:
documentação
form12:
escolher
os mapas
form7: interação da
drenagem com os outros
aspectos
form08: interação da
topografia com outros
aspectos
form20: interação da
sondagem com outros
aspectos
form21: consulta as
tabelas de sondagem
form13:
interação
entre a
geologia,
PSR e MI
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
conectado ao
faz parte de um
Figura 6.3: Modelagem do Aplicativo
129
6.3. Recursos Utilizados
As bases de dados são manipuladas por sistemas de gerenciamento
de bancos de dados (SGBD), como exemplos, de SGBD podem-se citar:
ORACLE, INTERBASE, DBASE, ACCESS e o MySQL.
As bases de dados geoespaciais (gráficos, georreferenciados),
normalmente, são manipuladas por sistemas de informação geográfica
(SIG). Como exemplos de SIG, podem-se citar: ARCVIEW e ARCINFO,
desenvolvido pela Environmental Systems Research Institute (ESRI);
IDRISI, pela Clark University; SPRING, pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais INPE; GeoMedia, pela Intergraph.
Para o desenvolvimento de um aplicativo, normalmente, usa-se o
ambiente das linguagens de programação. Atualmente, usam-se mais as
linguagens direcionadas a objeto, por exemplo, a Delphi, a Visual
Basic, a Visual C++.
Neste trabalho, para manipulação dos dados geoespaciais foi
utilizada uma biblioteca acoplada à linguagem de programação; como
exemplo, de bibliotecas cartográficas, podem ser citadas a TERRALIB,
desenvolvida pelo INPE; a MapObjects, pela ESRI e a MapX, pela
Intergraph.
Para elaboração deste trabalho, foram empregados os seguintes
softwares: para digitalização dos mapas, o AUTOCAD2000 e, também, o
SPRING4.0; para armazenamento da base de dados não-espaciais, o SGBD
ACCESS2000, desenvolvido pela Microsoft; para armazenamento,
manipulação e integração dos dados geoespaciais e não-espaciais, o
SIG SPRING; como ambiente de desenvolvimento do aplicativo, o Visual
Basic6.0, comercializado pela Microsoft.
130
Para manipular os dados geoespaciais, foi acoplada, ao ambiente
do Visual Basic, a biblioteca MapObjects2.2, desenvolvida pela ESRI
(2005). Essa última, com uma versão demo de 90 dias, sendo
distribuída, livremente, pela Internet.
O SPRING 4.0 foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) para manipular os dados espaciais e não-
espaciais.
O SPRING foi concebido como um banco de dados geográficos e
projetado, desde o início, para operar eficientemente em conjunto
com um sistema de gerenciamento de banco de dados. Utiliza,
portanto, um sistema georrelacional, que faz uma ligação entre um
banco de dados geográficos (SIG) e um banco de dados relacional,
internamente (retirado da ajuda do SPRING4.0, INPE, 2003). Esse é um
sistema distribuído livremente pela Internet.
A linguagem de programação Visual Basic 6.0 (VB) tem um ambiente
de desenvolvimento e é uma linguagem direcionada a objeto.
A biblioteca MapObjects2.2, foi desenvolvida pela ESRI e usada
no ambiente da linguagem de programação Visual Basic 6.0. A
MapObjects é um conjunto de componentes padrões de um SIG e
mapeamento; esse opera em ambiente de desenvolvimento de aplicativos
do Windows, um ambiente de linguagens de programação direcionada a
objetos, ainda, com uma extensão para Internet. O usuário poderá
adicionar, à sua aplicação, a capacidade de geoprocessamento ou
elaborar suas próprias soluções de SIG e mapeamento (ESRI, 2005).
Inicialmente, todo o projeto foi desenvolvido no ambiente do
sistema operacional Windows98, depois, foi transferido, com êxito,
ao sistema Windows 2000.
131
Lançou-se mão de programas que, sobretudo, tivessem facilidade
de aquisição, facilidade na manipulação e que demonstrassem
qualidade na resposta. Com relação à facilidade de manipulação e
obtenção dos programas, pensou-se demonstrar que o uso e a aquisição
não são tão complicados quanto, muitas vezes, parece. Logo, não é
esse o empecilho para desenvolver um projeto em banco de dados e
para organizar melhor os resultados alcançados num trabalho de
pesquisa.
Em termos de hardware, todo projeto foi trabalhado em um PC com
processador AMD K6II, com 32MB (mega bytes) de RAM. Depois o projeto
foi transportado para um computador com processador AT Pentium com
300MB de memória RAM. Entretanto, para digitalização dos mapas deve-
se ter um bom scanner e um bom vídeo para conseguir qualidade nas
informações a serem manipuladas.
A saída dos produtos deste trabalho poderá ser por: visualização
na tela do computador (vídeo) e impressora.
6.4. Seqüência da Informação
As informações que serão trabalhadas podem seguir um fluxo
diferenciado, geral ou específico, pois dependem da necessidade e do
objetivo de cada projeto em particular. Um exemplo disso é o
aplicativo GeoGis desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa
(MEIRA, 1996), no qual a informação está em duas bases de dados, uma
gráfica e uma descritiva.
A base de dados gráficos usa o SIG IDRISI para o armazenamento.
Essa base é capturada depois no IDRISI, pelo módulo GeoCART e poderá
ser exportada outra vez para o SIG.
132
O GeoCART tem, ainda, outros módulos, como o de visualização
(GeoVis) e o que importa os dados do IDRISI. Esse último exporta
para o formato que será capturado outra vez pelo IDRISI, que é o
módulo GeoLINK.
A base de dados descritiva foi armazenada no SGBD, Dbase, e
depois capturada pelos módulos GeoInv e GeoCalc.
No GeoInv, as fichas de campo e os ensaios laboratoriais são
manipulados. No módulo GeoCalc, são feitos os cálculos
determinísticos, estatísticos e paramétricos.
Em resumo, a informação chega pelo SIG, é trabalhada pelo SGBD
pelo módulo GeoCalc e poderá ser visualizada e, em seguida,
exportada pelo módulo GeoCart (Figura 5.7).
No caso de organizar uma base de dados diferente da acima
apresentada que seja semelhante à desenvolvida neste estudo devem-
se, inicialmente, armazenar todas as informações levantadas no
formato eletrônico. Logo, os mapas devem ser digitalizados em
programas, do tipo CAD ou em SIGs.
Cabe lembrar que, atualmente, existe, ainda, a captura dos
dados, que tenham sido escanerizados; logo, estão no formato de
imagem, por programas conversores de imagem ao formato vetorial.
Caso os mapas sejam digitalizados em CAD, lembrar como esses
serão importados e capturados pelo aplicativo e pelo SIG. No caso
dos SIGs, esses possuem, normalmente, vários formatos para
exportação e importação dos dados.
As informações advindas de ensaios de campo e de laboratório,
por exemplo, podem ser digitadas nos SGBDs ou pode-se utilizar o
próprio ambiente da linguagem de programação para criar as tabelas,
visto que esses possuem ferramentas necessárias para a manipulação
133
das bases de dados, ou ainda, deve-se digitar no SIG; alguns SIGs,
como SPRING e ARCVIEW, possuem ferramentas para elaboração de
tabelas.
O segundo passo é organizar e, se preferir, fazer algum tipo de
tratamento das informações (estatístico ou geoestatístico, por
exemplo), no SIG e/ou em outro programa.
Para organizar os dados no SIG, pode-se fazer um projeto com
todas as informações e, nesse projeto, existirão alguns módulos que
permitirão as várias manipulações (visualização, impressão,
consultas, etc.) das informações.
No ambiente da linguagem de programação, devem ser utilizadas
ferramentas disponíveis para elaboração do aplicativo, próprias da
linguagem ou da biblioteca.
Para a entrada de dados, no aplicativo, podem-se criar rotinas
que digitalizem os mapas no próprio aplicativo ou, simplesmente,
pode-se usar uma ferramenta da biblioteca que captura os dados
armazenados. Os dados armazenados estão em arquivos previamente
gerados em um SIG.
Os dados são exportados em arquivos que possíveis de ser
capturados pela biblioteca, para que seja realizada a consulta, a
visualização, a impressão ou outro tipo de tarefa que se deseja que
o aplicativo desenvolva. Para tanto, devem ser desenvolvidas rotinas
que dependerão de cada linguagem de programação utilizada.
Neste estudo, o armazenamento e a organização das informações
começaram após a realização do mapeamento geotécnico. Assim,
estando-se com todos os produtos gerados em mãos, sejam esses em
forma de mapas, planilhas de ensaios, dados de sensoriamento remoto,
gráficos, entre outros, é realizada uma análise desses produtos,
134
isto é, das informações que existem na região de estudo
(levantamento das informações existentes sobre a região). Cabe aqui
salientar que a maioria desses dados estava na forma de papel. Logo,
deveriam ser colocados no formato eletrônico, para que pudessem ser
manipulados pelos programas.
Os mapas foram digitalizados no Autocad2000 e no SPRING4.0; os
dados descritivos foram digitados na forma de tabelas no ACCESS2000
e no SPRING (Figura 6.4).
No SPRING, foi criado um projeto para organizar as informações,
depois foram criadas as categorias, isto é, modelos de informações
geográficas, divididas em temáticas, cadastrais, redes, imagens e
modelo numérico de terreno.
Criadas as categorias, devem ser elaborados os planos de
informações (layers) que vão representar os mapas. Assim, os planos
de informação estão inseridos nas categorias.
Nas categorias temáticas, estão os planos de informações que
representam: a declividade, o material inconsolidado, a geologia, os
landforms e a profundidade do substrato rochoso, o escoamento. Na
categoria rede, as linhas de drenagem; na categoria MNT, está o
plano de informação das curvas de níveis.
O SPRING também aceita a construção de tabelas, que podem ser
conectadas aos planos de informação; nesse caso, os planos de
informação devem pertencer à categoria cadastral ou rede.
Por fim, foram organizados, na categoria cadastral, alguns mapas
(geologia, material inconsolidado, profundidade do substrato
rochoso, escoamento) e elaboradas tabelas que permitam realizar
consultas mais específicas. Portanto, houve uma integração dos dados
135
no SPRING, na qual podem ser feitas a visualização dos dados, a
impressão e as consultas.
No ambiente da linguagem de programação Visual Basic, foi
elaborado um aplicativo para integrar as informações espaciais com
as informações não-espaciais.
As informações (para o aplicativo) foram armazenadas em um
diretório único contendo subdiretórios.
As informações entram no aplicativo por meio de arquivos; caso
sejam mapas, os arquivos são no formato shapefile produzidos no
SPRING, caso sejam as tabelas elaboradas no ACCESS, essas serão
capturadas pelos controls DataGrid e Adodc.
Para a organização da base de dados não espaciais, foram
elaboradas as seguintes tabelas:
v geol, informando as unidades geológicas do mapa de geologia;
v landg, com informação das unidades do mapa de landforms;
v mi, com informação das unidades do mapa de material
inconsolidado;
v psr, com informação das unidades do mapa de profundidade do
substrato rochoso;
v decg, com informação das unidades do mapa de declividade;
v spt, com os dados de sondagens;
v achaves, com as informações sobre as áreas-chave resultantes do
mapeamento geotécnico;
v esco, com informações do mapa de escoamento superficial.
Assim, essas bases de dados foram para o Visual Basic6.0, em
conexão com a biblioteca MapObject2.2.
136
Os mapas, ou melhor, os planos de informação, ou ainda, layers,
armazenados no SPRING foram exportados como shapefile, pois essa é a
extensão mais adequada para que os mapas sejam capturados pela
ferramenta da biblioteca.
Os shapefiles foram armazenados em um único diretório, sua
captura é realizada por meio de uma rotina em conjunto com a
ferramenta Map control da biblioteca. O Map possibilita a
visualização do layer.
A saída das informações armazenadas no aplicativo poderá ocorrer
por meio de arquivos (neste caso, JPEG), visualização na tela e
impressão por meio da impressora instalada.
Figura 6.4: Fluxo Básico das Informações Armazenadas
Análise dos dados em papel (mapas
e dados descritivos)
Armazenamento dos dados no
formato eletrônico
Captura dos dados pelo SIG
(importação, entrada dos dados)
Transformam
-
se os planos de
informações em arquivo shapefile
Captura dos dad
os pelo aplicativo
(entrada dos dados).
Saída dos dados: visualização,
impressão e exportação.
137
6.5 Etapas da Elaboração da Base de Dados
Para melhor entendimento do desenvolvimento deste trabalho,
elaborou-se um esquema da seqüência das etapas para a produção da
base de dados, descrita anteriormente, o qual assim se desenvolve:
1.0- Embasamento Teórico.
2.0- Levantamento das informações a serem armazenadas.
3.0- Análise dos dados a serem armazenados. Verificar as condições
dos dados, por exemplo, se os dados estão em formato eletrônico; se
os dados estão georreferenciados, etc.
4.0- Escolha dos programas a serem utilizados.
5.0- Armazenamento dos dados.
5.1- Armazenamento e organização dos dados espaciais e não-espaciais
em SIG (integração dos dados).
5.2- Armazenamento e organização dos dados não-espaciais no SGBD
(elaboração e alimentação das tabelas).
6.0- Análise dos dados armazenados.
7.0- Elaboração das consultas no SIG.
8.0- Elaboração do Aplicativo no Visual Basic para realizar a
integração dos dados.
9.0- Exportação dos planos de informação (layers/mapas) do SIG para
serem utilizados no aplicativo.
Após analisar alguns bancos de dados encontrados na literatura
científica, na área da Geotecnia (capítulo 5), pode-se chegar a um
fluxograma geral para elaboração desses em mapeamento geotécnico que
poderá ser visualizado na Figura 6.1.
138
Figura 6.5: Fluxograma Geral para Elaboração de Banco Dados
em Cartografia Geotécnica
levantamento dos dados: mapas e dados descritivos
análise e modelagem dos dados: modelo conceitual e
descritivo
organização dos dados em SIG: modelos e
layers e tabelas
geração de mapas e consultas
análise
organização dos dados em SGBD: elaboração das
tabelas e alimentação
139
7 CONSULTAS À BASE DE DADOS DOS ASPECTOS GERAIS DO MEIO FÍSICO DA
REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO
O banco de dados elaborado nesta pesquisa envolve uma base de
dados geoespaciais (entende-se por dados geoespaciais aqueles
referenciados geograficamente com uma representação e gráfico -
ponto, linhas e polígonos) e outra base com dados não-espaciais
(dados descritivos).
A base de dados geoespaciais utilizou o Sistema de Informação
Geográfica SPRING4.0, para sua organização e armazenamento. Além dos
dados espaciais, foram reunidos no SIG alguns dados não-espaciais,
sob a forma de tabelas. Portanto, processou-se uma integração dos
dados no SIG.
A base de dados não-espaciais (descritivos) utilizou o sistema
gerenciador de banco de dados relacional, ACCESS 2000, para a
elaboração das tabelas, organização e armazenamento dos dados.
Externamente ao SIG, operou-se uma segunda integração dos dados
armazenados no SPRING (espaciais) com os do ACCESS (não espaciais).
Para realizar essa integração, foi utilizado o ambiente da linguagem
de programação Visual Basic 6.0, em conjunto com a biblioteca
MapObject 2.2 (para manipulação e visualização dos dados espaciais).
Os mapas foram exportados do SPRING para o Visual Basic (VB),
como arquivo shapefile. As tabelas do ACCESS foram capturadas por
meio dos controles DataGrid e Adodc do VB.
Assim, desenvolveu-se um aplicativo no ambiente da linguagem de
programação Visual Basic, com os dados armazenados, quer fossem
espaciais (mapas), tabelas, imagens, entre outros tipos, e com isso
realizar uma segunda integração.
140
7.1 O SIG SPRING
O SPRING 4.0 é um software brasileiro desenvolvido pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); foi concebido como
um banco de dados geográficos, que manipula os dados espaciais e
não-espaciais, e projetado, desde o início, para operar em conjunto
com um SGBD.
Assim, o Sistema para Processamento de Informações
Georeferenciadas (SPRING,) é um banco de dados geográficos de
segunda geração, para ambientes UNIX e Windows, com a capacidade
para (retirado da ajuda do SPRING4.0, INPE 2004):
v operar como um banco de dados geográficos sem fronteiras e
suportar grande volume de dados (sem limitações de escala,
projeção e fuso), mantendo a identidade dos objetos geográficos
em todo banco;
v administrar tanto dados vetoriais como dados matriciais
(“raster”), e realizar a integração de dados de Sensoriamento
Remoto em um SIG;
v prover um ambiente de trabalho amigável e poderoso, por
intermédio da combinação de menus e janelas com uma linguagem
espacial facilmente programável pelo usuário (LEGAL - Linguagem
Espaço-Geográfica baseada em Álgebra);
v conseguir escalonabilidade completa, isto é, ser capaz de
operar com toda sua funcionalidade em ambientes que variem desde
microcomputadores a estações de trabalho RISC de alto desempenho.
Para alcançar esses objetivos, o SPRING é baseado em um modelo
de dados orientado a objetos, dos quais são derivadas sua interface
141
de menus e a linguagem espacial LEGAL. Deve conter algoritmos
inovadores, como os utilizados para indexação espacial, para
segmentação de imagens e para geração de grades triangulares que
garantem o desempenho adequado às mais variadas aplicações.
Outra característica considerada extremamente importante é que a
base de dados é única, isto é, a estrutura de dados é a mesma quando
o usuário trabalha em um microcomputador (IBM-PC) e em uma máquina
RISC (Estações de Trabalho UNIX), sem necessidade alguma de
conversão dos dados. O mesmo ocorre com a interface que é exatamente
a mesma, de maneira que não existe diferença no modo de operar o
produto SPRING.
Os modelos de dados do SPRING descrevem como a realidade
geográfica pode ser vista, representada pelo programa (SIG), são
eles: temático, MNT, rede e cadastral.
No SPRING, os modelos têm as seguintes finalidades (INPE, 2004):
integrar imagens de Sensoriamento Remoto e Modelos Numéricos de
Terreno com mapas temáticos, mapas cadastrais e redes; definir um
mapeamento entre objetos geográficos e suas localizações, o que
permite que mais de uma informação gráfica esteja associada à mesma
entidade do mundo real; engendrar uma interface de alto nível com
conteúdo semântico; permitir a coexistência de representações
vetorial, matricial e grades em um mesmo sistema (Figura 7.1).
142
Figura 7.1: Modelo Conceitual do SPRING
Fonte: INPE (2003).
O SPRING considera um modelo de dados como um conjunto de
ferramentas conceituais (ligações, entidades e atributos), tal
modelo é utilizado para estruturar dados em um sistema
computacional. Os modelos de dados vão especificar a categoria a que
um determinado mapa pertence, por exemplo: se o mapa for temático,
MNT e imagem, isso quer dizer que este possui dados do tipo campo,
ou melhor, um geocampo representativo da distribuição espacial de
uma variável que possui valores em todos os pontos pertencentes a
uma região geográfica. Se o mapa for cadastral ou rede, esse será um
mapa de objetos, assim, os dados serão do tipo objeto, um geoobjeto,
que é um elemento único, com atributos não-espaciais e está
associado a múltiplas localizações geográficas. A localização
pretende ser exata, e o objeto é distinguível em seu entorno.
143
7.2 Noções Básicas sobre a Linguagem de Programação Visual Basic
(VB)
A Visual Basic (VB) é uma linguagem de programação direcionada a
objeto, associada a um ambiente de desenvolvimento. As linguagens de
programação ou programas tradutores são capazes de traduzir um
comando, que é compreensível ao programador, para uma linguagem que
é reconhecida pela máquina (o computador), isto é, tecnicamente, o
tradutor lê o arranjo de caracteres, consulta um dicionário interno
e descobre o arranjo de bits correspondente (MAGRI, 2003). Esses
programas tradutores são, também, chamados de linguagens de segunda
geração.
As linguagens direcionadas a objeto são de terceira geração,
pois possuem instruções que, na verdade, são conjuntos de instruções
(funções, procedimentos e objetos).
O objeto, por sua vez, possui atributos, ou propriedades, usados
para caracterizá-lo e, também, possui métodos que o capacitam a
executar determinadas tarefas.
A VB é uma linguagem que usa um interpretador, isto é, a
linguagem de programação vê o programa-fonte linha por linha, e
traduz cada linha, por vez, para a linguagem de máquina.
Como a VB trabalha com um ambiente de desenvolvimento, ao entrar
no ambiente da linguagem, é necessário criar um projeto e adicionar
um formulário (form module com extensão .frm), ou melhor, quando
você abre o programa VB, são criados, automaticamente, um projeto e
um formulário.
144
7.2.1 Alguns Símbolos Especiais Usados na Visual Basic
Os símbolos são usados para escrever o código do programa (o
aplicativo), assim, tem-se símbolos básicos:
= (sinal de igualdade), para dar atribuição de valores;
‘ (aspa simples), para fazer comentários;
& (“e” comercial), para declarar de variáveis tipo Long, para
parâmetros dos formulários;
“...“ (aspas), para delimitar uma cadeia de caracteres;
(...) parênteses, para delimitar uma expressão, declarações funções,
sub-rotinas;
. (ponto), para indicar métodos ou propriedades do objeto;
7.2.2 Principais Operadores
Os operadores são símbolos, ou palavras, usados para auxiliar a
realização de alguns tipos de tarefas, os mais comuns são os
aritméticos, os relacionais e os lógicos.
Os operadores aritméticos destinam-se para realizar operações
com valores numéricos: + (mais), faz a adição entre números; -
(menos), faz a subtração, * (asterisco), faz a multiplicação e a /
(barra) faz a divisão.
Os operadores relacionais são usados em expressões condicionais,
retornando um resultado verdadeiro (TRUE) ou falso (FALSE), são
estes (RINALDI, 1993):
= igual;
<> sinal de desigual;
> maior que;
145
< menor que;
> = maior ou igual;
< = menor ou igual.
Os operadores lógicos são também usados em expressões
condicionais e de decisão:
AND - para realizar uma conexão lógica entre duas expressões;
NOT - para realizar uma negação lógica de uma expressão;
OR - para realizar uma não-associação lógica, entre duas
expressões;
XOR - para realizar uma não-associação lógica entre duas
expressões, sendo o operador exclusivo para apenas uma das
expressões.
7.2.3 Declaração de Variáveis
Entende-se como variável um endereço de memória que tem um
tamanho de espaço de memória não conhecido.
As variáveis armazenam os valores dos dados.
As variáveis podem pertencer a quatro grandes grupos: numéricos,
alfanuméricos, lógicos e ponteiros.
No VB,as variáveis reconhecem os seguintes grupos: numéricos;
string (texto, alfanumérico); booleanos (falso ou verdadeiro); data,
objeto e variantes (PETROUTSOS, 1999). Assim, esses grupos podem ser
separados em tipos, os tipos básicos suportados pelo VB são:
string, quando os dados são do tipo cadeia de caracteres ou
alfanumérico ou texto;
Integer, tipo numérico que armazena valores inteiros na faixa de
32.768 a 32.767;
146
single e double são tipos numéricos de precisão simples e
precisão dupla, respectivamente;
byte armazena dados numéricos do tipo inteiro na faixa de 0 a
255;
long também armazena dados numéricos do tipo inteiro, porém na
faixa de 2.147.483 a 2.147.483.647.
Para declarar uma variável, existe um comando específico, porém,
essa declaração poderá ser explicita ou implícita, mas sempre
começando com a palavra-chave “Dim” seguida do nome da variável, por
exemplo:
Dim nome_da_var, se a declaração for implícita.
Dim nome_da_var As Integer, se a declaração for explícita.
Mas, se a variável é do tipo objeto, além de ser declarada do
modo anteriormente mencionado, para designar a realização de alguma
tarefa, deve-se usar a palavra-chave “Set”, por exemplo:
Dim varobjeto As Objecto
Set varobjeto = comando
7.2.4 Principais Estruturas de Controle do Visual Basic
O código é o texto que se escreve para executar determinadas
tarefas em programação. O código de um programa é composto por
blocos de comandos (Quadro 7.1), esses blocos de comandos são
delimitados, no caso do VB, pelas palavras-chave “Private Sub...End
Sub” ou, simplesmente, “Sub...End Sub”. Assim, a estrutura básica de
um programa do VB começa com “Private Sub” ou apenas “Sub”, deve-se
colocar um nome na rotina e, para finalizá-lo, coloca-se “End Sub”,
por exemplo:
147
Private Sub nome_do_programa ()
‘ bloco de comandos
End Sub
Para colocar um comentário em seu código no VB, deve-se usar:
(aspas simples).
Para controlar o fluxo dos comandos, existem as estruturas de
controle, estes tipos de estruturas permitem controlar o fluxo na
execução do programa, são elas: estruturas de condição (decisão) e
estruturas de repetição ou loops (ver Quadro 7.1).
As principais estruturas de decisão do VB são: If...Then;
If...Then...Else; Select Case. A seguir, observa-se as respectivas
sintaxes das estruturas:
If <expressão boleana> Then
‘ bloco de comandos
End If
If <expressão boleana> Then
‘ se o resultado da expressão for verdadeiro, realiza esse bloco
‘ de comandos
Else
‘ se o resultado da expressão for falso, entra neste bloco de
‘ comandos
End If
Select Case <expressão boleana>
Case Valor1
‘ bloco de comandos
Case Valor2
‘ bloco de comandos
.
.
148
.
Case Else
‘ bloco de comandos
End Select
As principais estruturas de repetição são: Do...Loop;
For...Next; ForEach...Next. As sintaxes são as seguintes:
Do while <expressão boleana>
‘ este bloco de comandos só será executado se condição for
‘ verdadeira
Loop
Do Until <condição>
‘ o bloco de comandos será executado até que a condição seja
‘ satisfeita
Loop
For < contador > = valor inicial to valor final
‘ bloco de comandos
Next < contador >
149
Quadro 7.1: Exemplo de Código do VB
7.2.5 Principais Ferramentas (controls) Usadas no Visual Basic
Os controls são ferramentas do VB ou objetos que realizam
determinadas tarefas, podem interagir com o usuário e controlar o
Private Sub Form_Load() à à à à início de um bloco de comandos
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then à à à à estrutura de condição “ If ”
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("pro_pol")
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grd_lin")
layer.Visible = True
layer.Symbol.Color = moGray
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If à à à à final da estrutura de condição
Screen.MousePointer = vbDefault
'início do renderer
Dim strings As New MapObjects2.strings
Dim recs As Recordset
Dim i As Integer
Set layer = Map1.Layers("pro_pol")
Set recs = layer.Records
Do While Not recs.EOF à à à à início da estrutura de repetição “ while ”
strings.Add recs("sprclasse").Value
recs.MoveNext
Loop à à à à final da estrutura de repetição “ while
Set layer.Renderer = New ValueMapRenderer
layer.Renderer.Field = "sprclasse"
' add the unique values to the renderer
layer.Renderer.ValueCount = strings.Count
For i = 0 To strings.Count 1 à à à à início da estrutura de repetição “ for “
layer.Renderer.Value(i) = strings(i)
Next I à à à à final da estrutura de repetição “ for “
End Sub à à à à final de bloco de comandos
150
aplicativo. Podem-se, então, citar alguns controls usados para
realizar o aplicativo deste trabalho (Figura 7.2 e 7.3):
form - o primeiro control de interface é a janela do aplicativo
quando ele está em execução, no form serão colocados todos os outros
controls usados.
command button - permite executar uma ação assim que este for
clicado (ver Figura.7.2)
picture Box - permite que se possa exibir imagens que são
configuradas por meio da propriedade Picture.
textbox - são permitidos a visualização e a edição de um texto.
label - permite visualizar um texto, mas não poderá ser editado
no aplicativo.
checkbox - permite selecionar uma ou mais opções.
listbox - permite a visualização de uma lista de itens tipo
texto.
combobox - permite a visualização e escolha de um item de uma
lista de itens ou que se escreva algum item.
Figura 7.2: Ferramentas do VB
label
Picture box
textBox
commandButton
comboBox
checkBox
listBox
151
timer - permite realizar a tarefa de controle do tempo para
realização de uma determinada tarefa.
datagrid - é usado para criar uma tabela ou uma base de dados,
caso se queira conectar a uma tabela de seu banco de dados, deve ser
usado em conjunto com outra ferramenta, adodc.
adodc - é um objeto que auxilia a conexão com um banco de dados
existente e caso queira colocar em seu aplicativo, é um recordset
object.
commondialog - esse control oferece caixas de diálogos já
incorporadas no sistema Windows que podem ser usadas no seu
aplicativo, por exemplo: caixa para abrir um artigo, caixa salvar,
caixa para imprimir, etc..
imagelist - é usado para armazenar imagens usadas por outros
controls, como a toolbar, quando o aplicativo está sendo executado.
toolbar - nesse control, é permitido colocar vários botões, para
construção de uma barra de ferramentas a ser usada em seu
aplicativo.
statusbar - esse elemento fornece uma janela que pode ser usada
por um botão de um formulário de seu aplicativo; na statusbar,
poderão ser incorporados painéis, assim, essa é dividida, no máximo,
em seis painéis, em que podem ser colocados os botões.
152
Figura 7.3: Ferramentas do VB
Neste trabalho, existem outros controls que foram usados e que
não pertencem ao VB e, sim, à biblioteca MapObjects (ver Figura
7.4), mas, que podem ser conectados à caixa de ferramentas do VB,
quando você instala a MO, sendo assim, são estes os controls:
map control, usado para possibilitar o uso de dados
georreferenciados no formulário, ou melhor, uma coleção de layers,
assim, cada layer está baseado nos dados geográficos. Esse control
reserva um espaço retangular em branco no formulário.
scalebar - é colocado no formulário para possibilitar o uso de
uma escala de barra em um map control.
legend - é colocado no formulário para possibilitar o uso de
legendas, também é usado com um map control.
Figura 7.4: Ferramentas da MapObject
Map
Legend
Scalebar
timer
CommonDialog
adodc
toolbar
statusbar
imagelist
153
7.2.6 Procedimentos
Um código de um aplicativo é composto por vários procedimentos,
que são rotinas embutidas nas linguagens de programação, para serem
executadas, basta chamá-las pelo nome dentro do código do
aplicativo. Os procedimentos são muito usados em tarefas
repetitivas, os dois tipos de procedimentos são as sub-rotinas e as
funções.
Uma sub-rotina é um bloco de comando que executa uma tarefa
específica. O bloco de comandos fica entre as instruções Sub...End
Sub e pode ser ativado pelo nome, como neste exemplo retirado do
Petroustsos (1999):
Sub mostradata()
MsgBox Date()
End Sub
Essa rotina executa a ação mostrar a data (date) em uma caixa de
mensagens (MsgBox).
Uma função é semelhante à sub-rotina, porém, a função retorna um
valor. Os comandos a serem executados são colocados dentro das
instruções “Function... End Function”, além disso, como à função
retorna um valor, deve ser informado qual tipo de dado ela vai
fornecer, eis um exemplo:
Function diaseguinte() As Date
Diaseguinte = Date() + 1
End Function.
154
7.2.7 Formulários
A ferramenta form é a janela de seu aplicativo e nela devem ser
colocados todos controls a serem usados no aplicativo. Assim, um
formulário é a base inicial para elaborar um aplicativo em VB.
Além do form module, existem outros dois tipos de formulários
que são: standard module e class module. O standard module é usado
quando se deseja escrever um código para qualquer formulário, com
extensão, “*.bas”. O class module é usado, quando se precisa criar
um objeto que pode ser chamado por um procedimento dentro da sua
aplicação, com extensão,”*.cls” (Halvorson et al, 1998).
Como os controls, o formulário, pode ter suas propriedades
modificadas. Para acessar as propriedades de um formulário, a forma
mais prática é usar a caixa de propriedades (Figura 7.5).
A caixa de propriedades pode ser acessada: clicando a tecla F4,
com o formulário selecionado ou selecionando o formulário e clicando
o botão direito do mouse para aparecer o menu, onde se escolhe a
opção propriedades, ou ainda escrevendo um código para o form.
Eis algumas propriedades da aparência de um formulário (Figura
7.6): barra de título, onde é colocado o título do formulário que
fica no topo do formulário; no canto esquerdo da barra de títulos,
está o controlbox, ou menu de controle; no canto direito da barra do
título, estão os botões minimizar, maximizar e fechar um formulário.
Os elementos de aparência, menu de controle e os botões podem ter
valores do tipo falso e verdadeiro. Assim, se quiser visualizar ou
não esses elementos no formulário, basta configurar na caixa de
propriedades (Figura 7.5).
155
Figura 7.5: Caixa de Propriedades de um Formulário
Figura 7.6: Formulário em Branco do VB
barra de título
menu de controle
minimizar
maximizar
fechar
Área do formulário onde se podem colocar os outros
controls janela do aplicativo
156
7.3. Aspectos Gerais do Meio Físico da Região de Ribeirão Preto
7.3.1 Localização
A área em estudo localiza-se na região de Ribeirão Preto, na
porção Nordeste do Estado de São Paulo, situada entre as latitudes
sul 21
o
e 21
o
30’ (S) e as longitudes oeste 47
o
30’e 48
o.
(W),
correspondendo a uma área em torno de 2800km
2
(Figura 7.1). Mas, a
Folha Ribeirão Preto tem uma área de quase 700km
2
.
7.3.2 Meio Físico da Região em Estudo
Em termos de hidrologia, a região administrativa de Ribeirão
Preto está localizada em terrenos drenados por quatro bacias
hidrográficas: ao norte, o Rio Grande; ao sul, Rio Tietê; e na parte
central, o município é cortado pelos Rios Pardo, Mogi Guaçu e
Sapucaí Mirim (DAEE, 1974). O município de Ribeirão Preto é banhado
ao norte pelo Rio Pardo, na parte central pelo Ribeirão Preto e ao
sul pelo Ribeirão da Onça.
Geomorfologicamente, na região em estudo encontram-se, de modo
geral, cincos aspectos (IPT, 1981): Relevos de Agradação,
caracterizados pelas bacias de inundação dos leitos d’água da
região; Relevos de desgastes, tais como: os Planaltos Dissecados,
com colinas simples e os Planaltos Dissecados, com colinas médias;
Relevos de morros, com encostas suavizadas e morros amplos e Relevos
Arredondados; Relevos Residuais, como Mesas Basálticas; Relevos de
Transição, como as Encostas com cânions locais.
157
Figura 7.7: Localização da Área
Os estudos geomorfólogicos do IPT, FAPESP (1997), propõem um
novo tipo de classificação geomorfológica para o Estado de São
Paulo, em seis taxons. Portanto, a região de Ribeirão Preto pertence
à Unidade Morfoestrutural Bacia Sedimentar do Paraná e à Unidade
Morfoescultural Planalto Centro-Ocidental, com planaltos em
patamares.
As altitudes predominantes variam entre 300 e 600 metros. Nessa
unidade, predominam solos do tipo Latossolo Roxo, nos setores mais
aplainados, e Terra Roxa Estruturada, nas vertentes mais inclinadas.
Geologicamente, a região está localizada sobre a borda oriental
da Bacia do Paraná, composta por rochas sedimentares das Formações
Botucatu e Pirambóia, por magmatitos básicos (basaltos) da Formação
Brasil
São Paulo
S21
o
07’
S21
o
22’;
W 48
o
00
W 47
o
37’
Ribeirão Preto
158
Serra Geral, e ainda existem os depósitos aluvionares recentes nas
margens dos principais canais de drenagem.
Quanto aos materiais inconsolidados, a região é constituída de:
materiais hidromórficos, nos canais de drenagem; materiais residuais
argilosos (originais dos magmatitos) e residuais arenosos
(originados das Formações Botucatu e Pirambóia); materiais mistos,
que apresentam características de um material retrabalhado e
materiais residuais, que podem ser argilosos, arenosos, argilo-
arenosos.
Os materiais mistos e os residuais estão distribuídos por toda
região.
Com relação aos aspectos climáticos, predomina o clima Aw,
segundo a classificação de Köppen. Assim, um clima tropical, com
verão chuvoso e inverno seco, a temperatura do mês mais frio é maior
que 18
o
C, isso corresponde às condições típicas da cidade de
Ribeirão Preto, nas áreas que têm altitudes médias de 600m. Nas
áreas de altitudes por volta de 900m (na região das cidades de
Cravinhos, São Simão e Serra Azul), o clima é classificado como Cwb,
temperado de verão chuvoso e inverno seco, com temperatura do mês
mais quente inferior a 22
o
C (ZUQUETTE, 1991).
No geral, o clima de Ribeirão Preto é tropical, com verão
chuvoso e inverno seco, com temperatura média no inverno de 19
o
C e,
no verão, de 25
o
C. A altitude média de 518m, a precipitação
pluviométrica anual média de 1446,8mm. Com umidade relativa de 71%,
como a média no ano.
159
7.4. Consulta as Informações Armazenadas no SIG - Projeto no SIG
Os dados e informações armazenados no SIG estão reunidos em um
projeto cujo nome é Ribeirão. Assim, a base de dados geoespacial
está organizada no SPRING em cinco modelos de dados, categorias,
essas categorias foram chamadas geral1, geral2, geral3, geral4,
geral5, correspondendo, respectivamente, às seguintes: temáticos,
rede, modelo numérico do terreno (MNT), cadastral e ainda uma
categoria com as imagens geradas a partir do MNT. Para ter acesso às
informações armazenadas e organizadas no SIG, inicialmente, deve-se
abrir o projeto Ribeirão, ou melhor, ativar o projeto Ribeirão e o
banco de dados Ribeirão (Figura 7.8).
Figura 7.8: Ativando o Projeto e o Banco de Dados no SPRING
janela do plano de informação
Janela para ativar o projeto
Janela para ativar o banco de dados
160
Para visualizar um plano de informação (PI), deve-se ativá-lo,
abrindo a janela do painel de controle, na categoria em que esse
esteja. O painel de controle tem dois espaços, um acima, para
categoria e outro abaixo, para o plano de informação (Figura 7.9),
em que se deve selecionar o nome do PI desejado. Para visualizar,
deve-se ativar o menu executar, na opção desenhar ou, na barra de
ferramentas, clicar no ícone que tem “o desenho do lápis”.
Figura 7.9: Ativando um PI no SPRING
Na categoria temática, estão os planos de informações (layers)
sobre: a geologia, o material inconsolidado, a profundidade do
substrato rochoso, os landforms, a declividade, o escoamento e a
Prioridade do PI
-
para visualização
novas janelas
161
grade em UTM. Nessa categoria, a consulta é realizada com uma visão
geral da distribuição espacial das classes (Figura 7.10) do plano de
informação.
Pode-se, também, selecionar uma ou mais classes a serem
visualizadas e, assim, ter uma visão geral da distribuição espacial
de determinadas classes selecionadas. Quando o mapa é temático, a
palavra “selecionar” aparece ativa no painel de controle. Para
tanto, é necessário dar um clique na palavra (que é um botão), com o
botão esquerdo do mouse e, então, abrir-se-á uma janela, onde se
pode escolher a classe desejada.(Figura 7.11).
Figura 7.10: Visualização da Distribuição Espacial das Classes de um
PI, Exemplo da Geologia (geol)
162
O plano de informação do material inconsolidado foi elaborado
com apoio na união dos mapas de material inconsolidado das folhas de
Ribeirão Preto, Bonfim Paulista, Serrana e Cravinhos, na escala
1:50.000 do Mapeamento Geotécnico da Região de Ribeirão Preto,
realizado por Zuquette (1991). Foi feito um casamento de bordas,
formando um único mapa de toda região. Com o plano de informação da
profundidade do substrato rochoso, ocorreu o mesmo que para material
inconsolidado.
Figura 7.11: Visualização da Seleção de uma Determinada Classe do
PI, Exemplo da Profundidade do Substrato Rochoso (psr)
No entanto, com os planos de informações da declividade e dos
landforms, não foi possível fazer o mesmo, pois as folhas não tinham
163
conectividade. No caso do plano da geologia, existia um único mapa
englobando toda região.
O plano de informação da grade UTM foi elaborado com base em um
arquivo de dados e importado para o SPRING. O arquivo de dados é
composto por pontos de linhas com valores das coordenadas UTM. No
anexo A, pode ser visualizado o arquivo de dados, utilizado para
gerar o PI das UTM.
O plano de informação sobre o escoamento superficial foi
fundamentado pelas informações da Carta de Potencial de Escoamento
Superficial e de Infiltração da Região de Ribeirão Preto (ZUQUETTE,
SINELLI, PEJON, 1991). Uma vez que a referida carta não estava na
forma digital, necessário a digitalização para ser armazenada no
SIG.
Para obtenção das características de escoamento superficial e
infiltração, a análise dos seguintes atributos foi realizada:
litologia, densidade de drenagem, profundidade do substrato rochoso,
materiais inconsolidados, nível d’água, declividade, tipo de
superfície (relevo).
Na categoria redes, existem as linhas de drenagem; nesse tipo de
categoria, pode-se realizar consulta espacial do tipo tabela,
agrupamento e por atributo. Essa consulta é resultante das seguintes
operações anteriores: inicialmente, são criados os objetos que são
associados à parte gráfica, os objetos recebem atributos que têm
valores descritivos (INPE, 2003).
Na consulta por tabela, uma tabela com todos os objetos e seus
valores, a geração e a seleção de uma coleção dos objetos podem ser
visualizadas (Figura 7.12). Na consulta por agrupamento, podem ser
visualizados os objetos por meio de símbolos em função dos atributos
164
selecionados. A consulta por atributo gera uma coleção baseada em
valores (atributos) do objeto selecionado. Neste trabalho, foi
elaborada a consulta por tabela, pois os dados estavam mais
relacionados com a esse tipo de consulta.
As informações geoespaciais sobre as linhas de drenagem da
região em estudo foram obtidas com apoio nas folhas
planialtimétricas do IBGE, na escala 1:50.000, a saber: Ribeirão
Preto, Bonfim Paulista, Serrana, Cravinhos, Guariba, Porto Pulador e
Rincão. As folhas de Guariba, Porto Pulador e Rincão foram usadas
para consulta a fim de ser esclarecida alguma dúvida e realizada uma
observação dos dados existentes.
Figura 7.12: Consulta por Tabela, PI tipo rede, Exemplo, as Linhas
de Drenagem (drena)
165
No SIG, foi feita uma junção entre as Folhas Ribeirão, Bonfim,
Serrana e Cravinhos, para que as informações ficassem em uma só
folha, ou melhor, em um único plano de informação.
Na categoria cadastral, foram colocados os PIs de geologia, da
profundidade do substrato rochoso, do material inconsolidado e do
escoamento para poder realizar consultas sobre suas unidades.
Além dos PIs anteriormente citados, foi colocado como cadastral
o PI com os pontos de observação, coleta e sondagem, ainda, um PI
com as áreas-chave. Nessa categoria, podem ser realizados os mesmos
tipos de consultas que existem na categoria redes (Figura 7.13).
Os PIs de geologia, do material inconsolidado, da profundidade
do substrato rochoso e do escoamento superficial foram transportados
da categoria temática para a categoria cadastral mediante a operação
chamada mosaico. Mosaico, no caso, é, simplesmente, uma cópia entre
PIs.
Os pontos de observação, amostragem (mapa de documentação) e
sondagem e áreas-chave foram importados para o SPRING, por
intermédio de um arquivo de dados (Anexo A), e esses pontos com suas
coordenadas, retirados dos respectivos mapas de pontos de
observações, coletas e sondagens elaborados por ZUQUETTE (1991).
O plano de informação que contém as áreas-chave teve sua
elaboração pautada na união das cartas de áreas-chave, de Ribeirão
Preto, Serrana, Cravinhos e Bonfim Paulista. Entendem-se como áreas-
chave as importantes porções do terreno onde estão algumas
informações sobre as características geotécnicas, tais como:
landforms, valores de índices físicos (massa específica aparente
166
seca, LL, IP, umidade ótima) e granulometria do material
inconsolidado e, ainda, a localização das áreas (vide Figura 7.13).
Figura 7.13: Consulta na Categoria Cadastral por Tabela, Exemplo
Áreas-Chave (acha)
Na categoria MNT, está o plano de informação das curvas de
níveis, que geraram o modelo numérico de terreno que tem como
resultados, por exemplo, imagens da região, em níveis de cinza, em
sombras e, ainda, a topografia invertida onde se pode ter uma visão
geral do relevo (Figura 7.14).
O PI das curvas de nível foi elaborado com base nas folhas
planialtimétricas do IBGE (1971), na escala 1:50.000, a saber, as
folhas : Ribeirão Preto, Bonfim Paulista, Serrana, Cravinhos,
Guariba, Porto Pulador e Rincão. Assim como na drenagem foi
167
realizada uma junção das folhas Ribeirão, Bonfim, Serrana e
Cravinhos.
Figura 7.14: Imagens Resultantes do MNT da Região em Estudo
7.5 Consulta aos Dados Reunidos no Visual Basic e Funcionamento do
Aplicativo
7.5.1 Considerações Gerais
As informações armazenadas estão reunidas em um único diretório
com o nome maps”, essas informações podem ser visualizadas e
manipuladas por meio do projeto no Visual Basic denominadas mapas.
Ribeirão Preto
Ribeirão Preto
Ribeirão Preto
Topografia invertida
Topografia em níveis de cinza
Topografia em sombras
168
No aplicativo, aparecem os layers, isto é, os planos de
informações (PI), exportados do SIG SPRING, com a extensão
shapefile.
A tela inicial do aplicativo que, na verdade, é um formulário,
foi construída com controles, como commandbutton e label (Figura
7.15).
O commandbutton e o label estão na caixa de ferramentas do
ambiente do VB, logo, essas ferramentas são colocadas no formulário,
clicando e arrastando. Posteriormente, podem ser configuradas com a
caixa de propriedades ou por meio de rotinas programadas, e isso
dependerá do uso que se vai fazer dessa ferramenta.
Para acessar a caixa de propriedades na tecla F4, deve-se
clicar, o control deve estar selecionado e para acessar, precisa
apenas clicar no control com o botão direito mouse (Figura 7.16).
Uma outra maneira de acessar a caixa de propriedades é clicar no
control; já no formulário, com o botão direito do mouse, aparecerá
um menu de opções em que se pode escolher a opção propriedades. Para
modificar as propriedades do control, podem-se, também, escrever
rotinas.
169
Figura 7.15: Janela de Abertura do Aplicativo
Figura 7.16: Caixa de Propriedades, Exemplo, CommandButton
Botões de
comando
Áreas-chave
170
No caso deste trabalho, foram modificadas algumas propriedades
como: tamanho e caption. A maioria dos controls poderá ser
dimensionada para um tamanho desejado. Algumas rotinas foram
acrescidas ao commandbutton (Anexo B). Para escrever uma rotina,
deve-se abrir a janela do código, normalmente, dá-se um dublo clique
no control, com o botão esquerdo do mouse e a janela do código será
aberta, já com o nome do procedimento, depois, é só escrever o
comando desejado, como neste exemplo:
Private Sub Command1_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
No formulário dos mapas de profundidade do substrato rochoso,
geologia, material inconsolidado, declividade, landforms e
escoamento superficial, além do commandbutton, existem os seguintes
controls: map e um scalebar do MapObjects (MO); um timer, um label e
picturebox, para realizar o tip; esses são do VB; datagrid e adodc,
para capturar as tabelas do ACCESS e, também, são do VB. Para usar
os controls, foram seguidos os mesmos passos do commandbutton, um
clique no botão esquerdo do mouse no control desejado, arrasta e
solta no formulário.
Nos formulários da drenagem, topografia, áreas-chave e sondagem,
foram desenvolvidas rotinas para visualizar, no layer, o texto, o
qual está conectado com a parte gráfica, o shape (linha, ponto,
polígono).
Para visualizar melhor como foram programados os controls,
devem-se ler os códigos das rotinas no Anexo B.
171
Para consulta aos dados armazenados neste aplicativo, existe uma
janela inicial (vide Figura 7.15) com todos os botões com os nomes
dos aspectos do meio físico visado, que estão armazenados.
Os aspectos armazenados são os aspectos gerais do meio físico da
região de Ribeirão Preto, por exemplo, geologia, material
inconsolidado, relevo (landforms, declividade, topografia), águas
(drenagem, escoamento) e mais os dados de ensaios de campo, de
laboratório e de sondagens.
Para informar-se sobre um determinado aspecto do meio físico,
pode-se clicar com o botão esquerdo do mouse no botão com o nome do
aspecto desejado, que abrirá uma segunda janela.
Nessa segunda janela, (que é outro formulário), aparecerá o mapa
(layer) mostrando a distribuição espacial do aspecto em questão.
Muitas vezes, nessa janela, existirá, também, uma tabela com
informações descritivas sobre as unidades que aparecem no mapa.
Ainda na janela dos layers (o Map control), podem ser feitas
ampliações ou reduções no mapa. As ampliações poderão ser realizadas
com o mouse. Aperta-se o botão esquerdo do mouse, segura e arrasta,
aparecerá um retângulo que ampliará a região desejada no layer. Para
reduzir, existem os botões de comando, com os nomes “full extend”,
para uma redução total e “zoom out”, para uma redução aos poucos.
Este aplicativo foi desenvolvido no ambiente do Sistema
Operacional Windows, o qual tem uma interface mais amigável, bem
popular, o que possibilita o acesso às informações por meio de
botões ou ícones em barras de ferramentas que facilita a consulta
para usuários não especializados.
172
7.5.2 Consulta à Drenagem
O plano de informação foi exportado como shapefile do SIG e,
assim, pôde ser capturado pelo aplicativo, por meio do map control.
O formulário da drenagem foi elaborado, basicamente, com as
ferramentas Map e CommandButton (Figura 7.17). Desse modo, tornou-se
possível visualizar o mapa das linhas de drenagem, apertando o botão
com o nome drenagem no formulário de abertura. No formulário da
drenagem, pode ser visualizada uma imagem que mostra a topografia
invertida com a drenagem, apertando o botão com o nome “imagem”
(Figura 7.18).
No formulário da drenagem, existe outra opção, e tem a chance de
verificar as linhas de drenagem interagindo com outros aspectos do
meio físico, tais como, a geologia, material inconsolidado,
profundidade do substrato rochoso e com a topografia (Figura 7.19).
Para acessar essa informação, deve-se apertar o botão com o nome
drenagem versus outros aspectos (com o botão esquerdo do mouse) no
formulário drenagem, que abrirá uma segunda janela.
Nessa segunda janela, estão vários botões com o nome dos
referidos aspectos. Para visualizar a interação, basta apertar um
dos botões para aparecer no Map a drenagem, interagindo com um
aspecto desejado.
173
Figura 7.17: Acessando o Formulário da Drenagem
Janela do map control
Áreas-chave
174
Figura 7.18: Acessando a Imagem da Topografia Invertida com a
Drenagem
Áreas-chave
175
Figura 7.19: Acessando a Interação da Drenagem com Outros Aspectos
7.5.3 Consulta à Geologia
Para acessar as informações sobre a geologia, no aplicativo,
deve-se clicar com o botão esquerdo do mouse no botão com o nome
“geologia” na janela principal do aplicativo, e uma segunda janela
será aberta (Figura 7.20). Nessa segunda janela, pode-se visualizar
a distribuição da litologia da região e, também, uma tabela com as
características geológicas. No layer da geologia, podem-se verificar
Áreas-chave
176
suas unidades, apontando o mouse, e aparecerá um tip com o referido
nome da litologia (vide Figura 7.20).
Figura 7.20: Acessando o Formulário da Geologia
Outro tipo de visualização que pode ser observado sobre a
geologia é a interação dessa com o material inconsolidado e a
profundidade do substrato rochoso. Para realizar essa operação,
deve-se clicar com o botão esquerdo do mouse no botão de comando
onde esta escrita a expressão “Geo X MI X PSR”, que está localizado
na janela inicial do aplicativo. De imediato, será aberta uma
segunda janela que consta de layers com as linhas das unidades
geológicas, do material inconsolidado e da profundidade do substrato
TIP
Áreas-chave
177
rochoso (Figura 7.21). Nesse mesmo formulário, encontra-se uma
legenda.
Nessa segunda janela, pode-se acessar uma terceira janela onde
são mostrados os três layers em áreas, um ao lado do outro, e assim
verificar melhor como esses aspectos interagem (Figura 7.22).
Figura 7.21: Acessando a Interação entre Geologia, Material
Inconsolidado e Profundidade do Substrato Rochoso
geologia
Áreas-chave
178
Figura 7.22: Acessando a Interação entre “GEO X MI X PSR”, em área
7.5.4 Consulta à Topografia
As informações sobre a topografia e a geomorfologia poderão ser
consultadas, analisadas e visualizadas por meio das informações dos
layers de curvas de nível, declividade e landforms.
Para acessar as informações sobre a topografia no aplicativo,
deve-se acionar o botão de comando com o nome “topografia”.
Conseqüente a essa ação, será aberta uma segunda janela (Figura
7.23), onde podem ser visualizados os layers das curvas de níveis,
com duas imagens resultantes do modelo numérico do terreno (do SIG),
uma em tons de cinza e outra em sombras. Para visualizar as imagens,
179
devem-se acionar os botões que têm os respectivos nomes, no mesmo
formulário (Figura 7.22).
Figura 7.23: Acessando a Topografia (curvas de nível e imagem em
sombras)
Ainda no formulário da topografia, pode-se visualizar a
interação da topografia com outros aspectos, como: geologia,
material inconsolidado e profundidade do substrato rochoso. Para
acessar essa informação, deve-se acionar o botão de comando com a
seguinte frase: “topografia X outros aspectos do meio físico”
(Figura 7.24).
Imagem em sombras
180
Figura 7.24: Acessando a Interação da Topografia com os outros
Aspectos
7.5.5 Acessando as Informações de Declividade e Landforms
Para acessar as informações de declividade e landforms, similar
às anteriores, deve-se acionar o botão de comando com os respectivos
nomes na janela inicial. Esses dois formulários são similares, pois
não foi possível realizar a união entre as folhas de cada aspecto em
particular (landforms e declividade).
Assim, nos formulários, os layers foram divididos em folhas
(Ribeirão, Cravinhos, Bonfim e Serrana). Para acessar os layers,
deve-se acionar o botão de comando mediante os respectivos nomes das
181
folhas (Figuras 7.25 e 7.26). É possível visualizar todas as folhas
juntas na opção com o nome “todos”.
Figura 7.25: Acessando a Declividade
Nestes layers, pode-se observar a existência do tip para melhor
identificação das unidades.
Áreas-chave
182
Figura 7.26: Acessando os Landforms
7.5.6 Acessando as Informações do Material Inconsolidado e da
Profundidade do Substrato Rochoso
Os dois formulários são parecidos e possuem os mesmos controls;
logo, as janelas são iguais. Assim, para acessar o material
inconsolidado e a profundidade do substrato rochoso, deve-se dar um
clique no botão de comando, na janela inicial, que tem os nomes
“Materiais” e “PSR”, que correspondem respectivamente, a cada uma
das informações a que se quer acessar (Figuras 7.27 e 7.28).
Assim, verifica-se a distribuição das unidades dos referidos
mapas e a visualização de uma tabela com as características das
unidades. Os layers, similar aos da geologia, têm um tip que, quando
Áreas-chave
183
se aponta com o mouse para um determinado polígono do layer, pode-se
visualizar o nome da unidade que a pertence o polígono.
Figura 7.27: Acessando as Informações do Material Inconsolidado
184
Figura 7.28: Acessando as Informações da Profundidade do Substrato
Rochoso
7.5.7 Acessando as Informações da Documentação (pontos de
observação, ensaios e amostragens), das Áreas-Chave e do Escoamento
Superficial
Os pontos de observação, ensaios e amostragens (mapa de
documentação) podem ser visualizados por meio do formulário de
documentação. Esse formulário é visualizado quando se aciona o botão
de comando na janela inicial do aplicativo onde está a palavra
documentação. Direciona-se o ponteiro do mouse para o referido botão
e aperta-se o botão esquerdo mouse. Irá abrir uma segunda janela com
o layer, com a distribuição dos pontos em questão (Figura 7.29).
Áreas-chave
185
Figura 7.29: Visualizando os Pontos de Amostragem, de Observação e
de Ensaios
As informações a respeito das áreas-chave podem ser
visualizadas, acionando-se o botão de comando, na janela inicial do
aplicativo, na qual estão as palavras “áreas-chave”.
Por meio do botão esquerdo do mouse, dá-se uma clique no
referido botão de comando. Essa ação irá abrir uma segunda janela,
em que se pode visualizar a distribuição das áreas-chave de toda
região e uma tabela com informações sobre os índices físicos dos
materiais inconsolidados, sobre os landforms, e em que folha está
localizada determinada área-chave (Figura 7.30).
186
Figura 7.30: Visualizando as Áreas-Chave
As informações a respeito do escoamento superficial da região
podem ser visualizadas, acessando-se uma segunda janela do
aplicativo. Para acessar essa segunda janela, deve-se acionar o
botão de comando, na janela inicial do aplicativo na qual se lê a
palavra “Escoamento”. Na segunda janela, tem a distribuição das
classes de escoamento da região, assim como, uma tabela mostrando as
características das classes (Figura 7.31).
Na tabela da Figura 7.30, constam as informações que definiram
as classes de escoamento, tais como: declividade e tipo de
superfície; material inconsolidado (textura, gênese e estrutura,
espessura e permeabilidade); profundidade do nível d’água;
litologia, substrato rochoso; feições favoráveis ao armazenamento
Áreas-chave
Áreas
-
chave
187
superficial e densidade de drenagem em número de canais por
quilômetro. Cabe salientar que as informações sobre o escoamento da
região abrangem apenas a folha de Ribeirão Preto.
Figura 7.31: Visualizando as Informações sobre o Escoamento
Superficial
7.5.8 Acessando as Informações sobre as Sondagens
Para acessar as informações armazenadas sobre as sondagens da
região de Ribeirão Preto, deve-se acionar o botão de comando na
janela inicial do aplicativo que tem escrito a palavra “sondagem”
(Figura 7.32). As informações visualizadas no formulário são a
distribuição espacial dos pontos de sondagens e uma tabela com
informações das sondagens.
188
As informações que estão na tabela do aplicativo são: número do
ponto de sondagem; unidade, classificação e descrição táctil visual
do material inconsolidado; informações técnicas sobre as sondagens,
tais como, tipo de sondagem, número de golpes, altura de queda e
peso do martelo; valor do SPT; sistema de coordenadas UTM/Datum
Córrego Alegre; valor da profundidade do nível d’água.
Figura 7.32: Acessando os Dados de Sondagem
Além da distribuição espacial dos pontos de sondagem, esses
pontos podem ser visualizados com as unidades de geologia, material
inconsolidado e profundidade do substrato rochoso (Figura 7.33).
189
Outro tipo de visualização que se pode fazer com as informações
das sondagens, é visualizar três tipos de consultas: uma com todos
os valores de SPT e a profundidade; outra em que se fornecem dois
valores de profundidades, e o resultado da consulta será uma tabela
com os valores de SPT, entre as profundidades digitadas; e uma
terceira em que se fornecem dois valores de SPT e a resposta é uma
tabela com profundidades entre esses valores.
Figura 7.33: Visualizando os Pontos de Sondagens com outros
Aspectos, por exemplo, Geologia
190
Figura 7.34: Visualizando as Consultas com os Dados de Sondagens
7.5.9 Consultas Especiais
Denominam-se de consultas especiais: uma que pode escolher o
shapefile que deseja visualizar e outra que pode ser realizada com
os layers de geologia, material inconsolidado e profundidade do
substrato rochoso.
A consulta especial, citada em primeiro lugar, pode ser
realizada acionando o botão de comando em que está escrita a palavra
“todos”. Essa ação abrirá uma segunda janela, onde existem botões de
comando, uma barra de ferramentas e uma barra de status (Figura
7.35).
O primeiro botão, em que vem escrita a expressão “buscar mapa”,
executa a tarefa de abrir uma caixa de diálogo para abrir um arquivo
191
(Figura 7.36), assim, pode-se escolher um arquivo com extensão
shapefile. O segundo botão em que está escrita a palavra “carregar”,
serve para carregar o layer no map control.
Na barra de ferramentas localizada na parte superior do
formulário, existem cinco ícones. O ícone que tem a imagem com um
“i” serve para informar sobre o shape (linha, polígono, ponto) do
layer, por meio de outra janela (Figura 7.37). Para tanto, deve-se
clicar o ícone da barra de ferramentas, o ponteiro do mouse vai se
transformar em “i” e, depois, clicar no shape de interesse. O ícone
que tem uma mão serve para realizar o movimento do layer. O ícone
que tem uma lupa com “+” realiza ampliações no layer. O ícone, que é
uma lupa com ““, realiza reduções progressivas, e o ícone que tem
uma lupa simples realiza redução total.
Na barra de status, localizada na parte inferior da janela, há
um checkbox, que aciona o tip do layer e um combobox, que pode
escolher que tipo de informação deve ser mostrada no tip.
Figura 7.35: Acessando a Consulta “Todos”
barras de ferramentas
barra de status
Áreas-chave
192
Figura 7.36: Abrindo um Arquivo shapefile
Figura 7.37: Abrindo a Janela sobre Informação do shapefile
Áreas-chave
Áreas-chave
193
Nessa consulta, pode-se, ainda, introduzir dados novos, que
devem estar no formato shapefile, pois assim é reconhecido pelo
programa. Para tanto, observa-se que, na Figura 7.36, ao buscar o
layer, pode-se escolher o diretório, onde está o shapefile.
Nessa mesma consulta, pode-se imprimir o layer, ou ainda, salvar
em JPG. Para executar essas tarefas, deve-se clicar no botão
imprimir ou salvar em JPG, respectivamente. Assim, aparecerá uma
segunda janela. Na Figura 7.38, pode-se visualizar a janela para
salvar o layer em JPG. Na Figura 7.39, pode-se verificar a janela
para imprimir o layer.
Figura 7.38: Salvando em JPG um layer
Áreas-chave
194
Figura 7.39: Imprimindo um layer
A outra consulta especial consiste em uma busca das unidades dos
aspectos abordados nos mapas. Ao digitar uma palavra na caixa de
texto vazia, situada no lado esquerdo da janela, pressiona-se a
tecla “enter”, então, será mostrada em destaque, no layer, a
distribuição espacial da unidade (classe) em questão. Essa consulta
é realizada com a geologia, o material inconsolidado e a
profundidade do substrato do rochoso (Figura 7.40).
Áreas-chave
195
Figura 7.40: Acessando o Formulário Busca
7.6 Outras Tecnologias de Visualização e Manipulação dos Dados
Geoespaciais
Outros tipos de programas foram usados para manipulação e
visualização dos dados do mapeamento geotécnico da região de
Ribeirão Preto, o do TERRAVIEW e o do SPRING WEB, ambos
desenvolvidos pelo INPE.
Áreas-chave
196
7.6.1 TERRAVIEW
O TERRAVIEW é um programa elaborado, utilizando a biblioteca
cartográfica TERRALIB, na verdade, é uma aplicação dessa biblioteca
(INPE, 2005).
Um dos objetivos do TERRAVIEW é ser um fácil visualizador de
dados georreferenciados, pois o TERRAVIEW manipula dados vetoriais
(pontos, linhas e polígonos) e matriciais (grades e imagens), ambos
armazenados em SGBD relacionais ou georrelacionais de mercado,
incluindo ACCESS, PostGress, MySQL e Oracle, e pode ser considerado
como um “small GIS”.
Os dados armazenados no SPRING foram exportados para o
TERRAVIEW, como shapefile (Figura 7.41), que aceita os dados no
formato SHP, MIF, GEO e DBF.
Um banco de dados foi criado no TERRAVIEW para armazenar as
informações que têm a extensão “*.mdb”, são do tipo ADO; logo, é um
banco de dados para o sistema ACCESS.
Para visualizar as informações, deve-se fazer uma conexão com o
banco de dados chamado “teste” (Figura 7.42), para tal é necessário
ativar, no menu principal, a opção arquivo, que abrirá um segundo
menu de opções, em que se deve escolher a opção banco de dados.
Ao se executar a ação anteriormente relatada, será aberta uma
janela para conectar e ativar o banco de dados e a escolha tipo
“ADO”; com essa conexão, aparecerão duas janelas: uma que
possibilita visualizar os dados tabelares (chamada bancos) e outra,
os dados gráficos (layer, mapa) do plano de informações (chamada
vistas). Para visualizar a informação de interesse, basta selecionar
pelo nome (vistas ou tabelas).
197
A Figura 7.43 mostra o banco de dados ativo e conectado com o
plano de informação da profundidade do substrato rochoso (PSR).
Figura 7.41: Exportando Dados do SPRING
198
Figura 7.42: Conectando um Banco de Dados
199
Figura 7.43: Visualizando os Dados no TERRAVIEW, PI PSR
7.6.2 SPRINGWEB
O SPRINGWEB é uma extensão do SPRING à rede internacional de
computadores (Internet), isto é, o SPRINGWEB é um anplet, um
aplicativo que foi escrito em linguagem de programação Java, que
permite a visualização de dados geográficos armazenados em um
servidor remoto, assim, dá a possibilidade de publicar seus dados
georreferenciados na web (INPE, 2003).
Para que o navegador da Internet visualize seus dados, deve ter
instalada uma biblioteca adicional, a plug-in JDK 1.3, conhecida
visualização os dados tabelares
Visualizando os dados geoespaciais
seleção do plano de informação
200
também, como swing. Este plug-in pode ser obtido no site da JavaSoft
ou no do próprio SPRING/INPE.
No SIG SPRING, existe uma opção no menu principal, de exportar
seus dados ao SPRINGWEB. Assim, deve-se criar uma pasta específica
para armazenar esses arquivos, que têm extensão “*.map “ ou
“*.mapas” (vide Figura 7.41).
Na Figura 7.44, é mostrado o ambiente de manipulação dos dados a
serem visualizados na rede, onde se tem uma janela principal (janela
do mapa, onde é visualizado o layer) com uma barra de ferramentas e
um menu principal e outras janelas auxiliares.
Na barra de ferramentas, ou melhor, de navegação, tem-se: as
coordenadas geográficas indicando o local onde está o mouse. As
ferramentas de navegação zoom aumentar (lupa com o sinal +), zoom
diminuir (lupa com o sinal -), mover (cruz), voltar ao tamanho
original (seta apontando para baixo), desenhar (seta voltada para o
lado direito) que serve para desenhar o layer, caso ele não seja
exibido automaticamente.
Nas janelas auxiliares, tem-se o nome do projeto (Ribeirão), o
nome do plano de informação - layer (no caso “esco” de escoamento) e
a legenda com os nomes das classes do plano de informação com suas
respectivas cores (vide Figura 7.44).
No Apêndice C, mostrar a página que foi elaborada para
visualizar as informações.
201
Figura 7.44: Visualizando Dados com o SPRINGWEB, exemplo o PI do
Escoamento Superficial
Menu principal
barra de ferramentas
layer
legenda
202
8 ANÁLISE E DISCUSSÃO SOBRE OS ARMAZENAMENTOS E AS CONSULTAS
Os dados armazenados eletronicamente neste trabalho são
referentes a um mapeamento geotécnico, regional, da região de
Ribeirão Preto, na escala 1:50.000. Tais informações podem ser
usadas para a análise do meio físico e para orientar um planejamento
urbano e ambiental.
Assim, pode-se orientar para a escolha de possíveis locais
visando a implantação de aterro sanitário, expansão urbana,
verificação de áreas risco e outros tipos de ocupação urbana. Enfim,
tem-se uma visão geral das limitações e potencialidades da área em
estudo, quanto aos aspectos do meio físico.
Para tanto, cabe observar que, quando são estudados, de forma
geral, os aspectos do meio físico, há uma visão global, que apenas
orienta o tipo de uso e ocupação do solo que se poderá fazer em
determinada região.
No caso desta experiencia, podem ser verificadas duas maneiras
de consulta, visualização, busca, enfim, de manipulação das
informações: no SIG, por meio do projeto “Ribeirão”, consultando os
planos de informação que estão nas categorias geral1 (temática),
geral2 (redes), geral3 (MNT) e geral4 (cadastral) e, também, por
meio do aplicativo “mapas”, navegando pelos formulários, acessados
os botões de comando que estão na janela principal do aplicativo e
que leva o nome dos aspectos (drenagem, geologia, materiais,
profundidade do substrato rochoso- PSR, declividade, landforms,
etc.).
Nesse sentido, podem ser citados alguns exemplos de uso da
informação armazenada neste trabalho:
203
v Quando se estuda a geologia, os materiais inconsolidados, a
profundidade do substrato rochoso e os dados de sondagens, a análise
desses aspectos, de um ponto de vista geral, possibilita ter-se uma
idéia inicial sobre os tipos de fundações (residencial, industrial
ou para aterro sanitário, etc.), que podem ser usadas a depender da
potencialidade e/ou limitação da área; quanto à extração de
materiais de construção (areia, brita, material de aterro) e, assim,
por diante.
v Para o estudo a geomorfologia (relevo), no caso deste trabalho,
pode consultar a topografia (curvas de níveis, imagens em sobras e
em níveis de cinza), a declividade e os landforms. Além de informes
nesse sentido, ter uma idéia sobre os movimentos de massa, áreas de
inundação, etc.
v Para se estudar as águas, no presente caso, podem ser
consultados os canais de drenagem. Assim, tem-se uma idéia sobre os
recursos hídricos da região; além das áreas que podem ter problemas
com inundação, a área deve receber maiores cuidados para proteção
contra poluição (zonas de proteção ambiental).
v Neste trabalho, tem-se o estudo do escoamento das águas
superficiais, com importância para estudos de inundação, erosão e
projetos de obras de drenagem urbana e estradas, entre outros.
v As áreas-chave mostram locais da região, que têm uma
caracterização geotécnica mais detalhada, orientando melhor o uso e
a ocupação do meio físico; no mapa de documentação, pode-se
verificar a distribuição dos locais de observação, amostragens e
ensaios de campo.
As consultas relacionadas com esta pesquisa foram predefinidas,
porquanto se partiu dos dados preexistentes, e a intenção era
204
mostrar o poder do uso da tecnologia da informação no mapeamento
geotécnico, como o uso de banco de dados e a importância dessa
ferramenta no auxílio à tomada de decisão.
Aqui se mostram duas formas básicas de armazenamento, integração
e manipulação das informações, por meio de sistemas de informação
geográfica (SIG) e por meio do ambiente de linguagens de
programação. As duas formas têm vantagens e desvantagens, isso irá
depender do objetivo do trabalho que se pretenda realizar.
O que importa é que se deixe a informação de forma mais
organizada possível, a fim de que outras pessoas possam utilizá-la
com facilidade. É imprescindível que se cuide da qualidade da
informação produzida, pois não valerá a pena deixar a informação
superorganizada, mas de qualidade discutível.
SILVA (2000) aborda, em seu trabalho de doutoramento, a referida
importância do uso das bases de dados no mapeamento geotécnico e
elabora um quadro de vantagens e desvantagens quanto ao uso dessa
ferramenta e o meio digital (Quadro 8.1).
O capítulo 3 deste trabalho cita algumas vantagens do uso de
banco de dados no armazenamento e organização das informações.
Para demonstrar a importância de ter os dados no formato digital
e organizados, foram usados, ainda, os programas TERRAVIEW e o
SPRINGWEB, nos quais os dados foram transportados com facilidade e
rapidez.
205
Quadro 8.1: Bases de Dados: Algumas Vantagens e Desvantagens
(modificado de SILVA, 2000)
O TERRAVIEW é um programa que permite a visualização de dados
georreferenciados e que armazena os layers em um banco de dados
(ACCESS, ORACLE, MySQL). O SPRINGWEB é um programa que permite que
seus dados sejam visualizados na Internet. Essa aplicação demonstra
que, quando os dados estão em formato eletrônico, sua manipulação é
muito mais fácil e rápida.
A grande maioria dos trabalhos com banco de dados em mapeamento
geotécnico utiliza os SIGs para armazenamento, organização e
integração dos dados, como pode ser observado na literatura. Por
outro lado, poucos trabalhos usam o ambiente das linguagens de
programação.
Para executar algumas tarefas, a dificuldade é utilizar os
ambientes das linguagens, pois devem-se escrever rotinas de
programação e, muitas vezes, isso demanda tempo. Atualmente, as
bibliotecas cartográficas já trazem muitas rotinas prontas que
precisam, apenas, de alguns ajustes para a situação do trabalho, o
que, pelo que se observa, facilita o uso dos ambientes de linguagens
de programação.
Van
Desvantagens
- Facilidade na consulta por diversos utilizadores,
inclusive, a grandes distâncias (Internet).
- Investimento para aquisição de hardware, software e na concepção inicial.
- Compactação e flexíbilidade desde que concebidas para
múltiplas aplicações
- Se forem concebidas visando a apenas uma determinada aplicação, sua
utilização futura ficará limitada.
- Rapidez na pesquisa, reavaliação de dados
preexistentes e no processamento de dados.
- Exigência de formação contínua de pessoal dispendiosa.
- Melhoria potencial na qualidade da informação
manipulada por meio da concepção de sistemas para seu
controle.
- Necessidade de uniformização e revisão da informação, pelo que os dados em
formato analógico e digital podem definir.
- Versatilidade permitindo, nomeadamente, a aplicação de
software para visualização gráfica e modelação.
- Custo e tempo significativos no que se refere a recolha, carregamento e
validação de dados.
- Possibilidade de assegurar um apoio mais
fundamentado à tomada de decisão.
- Como a duração média da versão de um software é inferior a 2-3 anos, é
necessário ir migrando à base de dados para as novas versões que forem
surgindo.
206
A grande vantagem de ter os dados reunidos no aplicativo é que a
consulta às informações armazenadas torna-se mais flexível. Pois, ao
criar um aplicativo, esse poderá ser transportado com facilidade, de
um microcomputador para outro, porque ocupa menos espaço de memória
e permite, assim, uma visualização das informações mais rápida.
No caso dos dados serem reunidos no SIG, será muito mais
complicado transporta-los, pois poderão necessitar que o outro
microcomputador tenha o mesmo SIG no qual as informações foram
armazenadas.
Ao armazenar os dados em SIG, segue-se um padrão determinado
pelo programa, por exemplo, no caso deste trabalho, as informações
armazenadas no SIG estão distribuídas nas categorias (temática,
cadastral, rede, MNT, imagem). Entretanto, para realizar as análises
espaciais, o SIG é melhor, pois tem rotinas prontas.
No caso do ambiente da linguagem de programação, essas rotinas
devem ser criadas, o que facilita o entendimento dos resultados das
análises. Também a modelagem dos dados no aplicativo é mais
flexível, pois, ao elaborar o aplicativo, esse pode ser direcionado
para que utilização em mapeamento geotécnico será as informações
armazenadas. Isto é, se for para um planejamento urbano ou
ambiental, localização de áreas para deposição de resíduos sólidos,
entre outras.
No SIG, a modelagem da informação é mais rígida, não existe um
SIG direcionado ao mapeamento geotécnico, enquanto o paradigma do
aplicativo pode ser mudado de acordo com a necessidade da utilização
da informação.
Os SIGs comerciais estão percebendo a importância de se criar
ambientes de desenvolvimento de aplicativo, isso facilita o uso das
207
informações armazenadas, assim esses SIGs estarão criando ambientes
de desenvolvimento de aplicativos chamados “small GIS”.
Isso vem demonstrando a importância do desenvolvimento de
pequenos aplicativos, pois esses tornam a utilização da informação
armazenada mais fácil e rápida, visto que, muitas vezes, o ambiente
dos SIGs é mais complexo, ao passo que os pequenos aplicativos podem
ter uma interface mais amigável.
Caso se tenha necessidade de uma orientação para localizar
alguma área do município de Ribeirão Preto para deposição de
resíduos sólidos, por exemplo.
Assim, primeiro deve-se pensar quais atributos do meio físico
serão necessários consultar, para utilizar a área para aterro
sanitário.
Conforme Zuquette (1993), os atributos do meio físico a serem
consultados em caso de construção de um aterro sanitário são: tipo
litológico, profundidade de substrato rochoso, densidade de
descontinuidades, para o componente do meio físico substrato
rochoso. Para materiais inconsolidados, deve-se observar a textura,
mineralogia, variação do perfil, presença de matacões, ph,
salinidade, camadas compressíveis, erodibilidade, colapsividade,
expansibilidade, fator de retardamento e características de
compactação. Para o componente água, devem ser observados os
atributos: profundidade do nível d’água, direção do fluxo
subterrâneo, escoamento superficial, coeficiente de permeabilidade,
áreas de recarga, distâncias entre poços e fontes naturais. Para o
relevo, devem ser observados: landform, divisor de águas, zona
alagada (wet land) e zona sujeita a inundação; para o componente
208
climático, evapotranspiração, direção preferencial dos ventos e
pluviosidade.
No caso desta pesquisa, os dados manipulados são de um
mapeamento na escala 1:50.000, logo, regional. Assim, alguns
atributos sugeridos pelo autor não serão encontrados diretamente,
mas, indiretamente, mediante uma observação e uma verificação dos
dados que têm uma correlação a fim de se chegar a uma solução.
No caso do aplicativo, para uma consulta do substrato rochoso,
deve-se dar um clique no botão escrito “geologia”, na tela inicial
(Figura 8.1), onde se pode verificar a litologia da região (Figura
8.2). Pode-se, também, clicar no botão “PSR”, na tela inicial
(Figura 8.1), para verificar a profundidade do substrato rochoso
(Figura 8.3).
Figura 8.1: Janela Inicial do Aplicativo
Áreas-chave
209
Para verificar o material inconsolidado, deve-se clicar o botão
“Materiais”, na janela inicial (Figura 8.1). No formulário do
material inconsolidado (Figura 8.4), pode-se verificar a
distribuição espacial dos materiais, suas texturas e o tipo de
material inconsolidado (hidromórfico, residual ou misto).
Figura 8.2: Formulário da Geologia
Áreas-chave
210
Figura 8.3: Consulta à Profundidade do Substrato Rochoso
Figura 8.4: Consulta aos Materiais Inconsolidados
Áreas-chave
211
Ainda pode-se clicar no botão “sondagem”, na tela inicial
(Figura 8.1), onde tem registrada a presença de matacões ou não, e
ainda a profundidade do nível d’água (Figura 8.5).
No caso do relevo, pode-se clicar na tecla landforms, na tela
inicial (Figura 8.1), e a declividade; deve-se clicar no botão com a
palavra topografia para verificar o divisor de águas, zona alagada,
zona sujeita a erosão (Figuras 8.6, 8.7 e 8.8, respectivamente).
Nas informações do formulário das áreas-chave, também, poderão
ser verificadas as principais características geotécnicas de
determinadas porções da região. Assim, obter uma primeira resposta
de qual a área que vai se adequar melhor ao caso em questão, e sua
busca poderá ser refinada.
Figura 8.5: Formulário da Sondagem
212
Figura 8.6: Formulário dos Landforms
Figura 8.7: Formulário da Declividade
Áreas-chave
213
Para os dados armazenados no SIG, devem ser consultados os
planos de informações (PI) geol (geologia, Figura 8.9), MI (material
inconsolidado, Figura 8.10), PSR (profundidade do substrato rochoso,
Figura 8.11), que estão na categoria temática geral 1 e land
(landforms, Figura 8.12), dec (declividade, Figura 8.13). No caso
desses últimos, estão subdivididos nas categorias bonfa, cravi, rib,
serra, pois não foi possível a junção das folhas.
Na categoria cadastral geral4, podem ser consultados os planos
de informação geol (geologia), MI (material inconsolidado), PSR
(profundidade do substrato rochoso), spt (informações espaciais
sobre as sondagens), doc (pontos de observação, amostragens e
ensaios de campo). Nesses planos encontram-se tabelas acopladas onde
foram registradas algumas características descritivas das unidades
dos mapas (Figura 8.14).
A vantagem de se ter os dados reunidos no aplicativo é que o uso
das informações armazenadas fica mais flexível. O aplicativo pode
ser transportado de um microcomputador para outro, sem muita
dificuldade, e ocupará menos espaço de memória. A visualização das
informações poderá ser realizada com maior rapidez. Haverá a chance,
também, de desenvolver-se uma interface mais amigável e simples que
a do SIG, o que torna a manipulação do aplicativo mais fácil.
O transporte dos dados reunidos no SIG, de um computador para
outro, torna-se difícil uma vez que o outro microcomputador deve
ter, necessariamente, um SIG igual, àquele em que as informações
foram armazenadas. E deve ser observado como o projeto será
exportado sem danos, pois pode ter problemas com as versões.
Percebe-se que ainda é preciso que outras pessoas saibam usar o SIG,
para conseguir visualizar as informações.
214
Figura 8.8: Formulário da Topografia (curvas de níveis com a imagem
em níveis de cinza)
Áreas-chave
Imagem em sombras
215
Figura 8.9: Ativando um Plano de Informação (PI), a Geologia
Figura 8.10: Plano de Informação do Material Inconsolidado (MI)
mistos argilosos
residuais argilosos
hidromórficos
216
Figura 8.11: PI da Profundidade do Substrato Rochoso (PSR)
Figura 8.12: Plano de Informação dos landforms, PI “land”
platôs abaulados
bacias de inundação
encosta com colúvio e declividade moderada
vales e encostas irregulares
platôs planos
encosta localizada e íngreme
217
Figura 8.13: Plano de Informação (PI) da Declividade (dec)
Figura 8.14: Plano de Informação da Documentação, PI “doc”
10% a 20%
2% a 5%
5% a 10%
0% a 2%
0% a 2% com inundação
resultado da consulta por tabela
218
9 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
9.1 Conclusões
9.1.1 Comentários sobre os Bancos de Dados Apresentados
Uma avaliação em torno de alguns bancos de dados utilizados em
mapeamento geotécnico constitui o suporte para as observações a
seguir, sobre como essa ferramenta foi e está sendo usada.
Os primeiros sistemas de banco de dados em mapeamento
geotécnico foram elaborados com base em linguagem de
programação, ou seja, não utilizavam SIG nem SGBD. Os programas
ainda não eram muito confiáveis, também, o acesso a esses era
limitado.
Atualmente, na elaboração dos bancos de dados, são empregados
os SGBDs, porquanto se mostram mais eficientes na organização,
armazenamento, recuperação e integração dos dados armazenados.
E, também, os SIGs, que são usados para a manipulação, análise
espacial dos dados provenientes de mapas, cartas (dados
geoespaciais).
Pôde-se verificar que existe uma forma clássica ou padrão de
uso de banco de dados, isto é, tem-se um conjunto de dados que
devem ser armazenados e acoplados a mapas, na forma de tabela,
e/ou servir para elaborar novas cartas ou aplicações.
Em sua maioria, os sistemas iniciais usaram informações
advindas de “logs” de sondagens, e os sistemas atuais utilizam
dados advindos de diversas fontes, pelo que se verifica, uma
diversidade de informações.
219
Muitos dos sistemas são específicos abordam apenas um
determinado aspecto da Geotecnia.
Começa a se processar o emprego da informação dinâmica nos
bancos de dados geotécnicos, assim, o banco de dados pode ser
alimentado instantaneamente, portanto, com informações em tempo
real.
Uma aplicação importante dos SIGs e SGBDs são os hipermapas,
isto é, são mapas que dão acesso a outras informações (fotos,
tabelas ou outros mapas), eles possuem conexões (links),
portanto somente são visualizados em tela de um computador.
Atualmente, a preocupação é facilitar o uso da informação
geotécnica, motivo que leva à disponibilização da informação na
Internet e o desenvolvimento de pequenos aplicativos.
9.1.2 Conclusões Gerais
A revisão bibliográfica proporcionou a fundamentação teórica em
torno tema a ser desenvolvido, isto é bancos de dados em mapeamento
geotécnico, que envolve também os sistemas de informação geográfica
e a Geotecnia.
Com base na fundamentação teórica nas aplicações realizadas,
ficou claro o conceito de banco de dados - um conjunto de dados
organizados para serem utilizados nas mais diversas situações.
O uso de banco de dados assume relevância quando se tem um
volume grande de dados para serem trabalhados, pois isso justifica o
custo inicial do desenvolvimento.
A experimentação posta em prática permitiu concluir-se que um
aplicativo desenvolvido para armazenar as informações de um
220
mapeamento geotécnico, este apresenta algumas vantagens em relação
ao SIG, pois torna mais fácil a visualização, pelos usuários, das
informações armazenadas. A modelagem da informação no aplicativo é
mais flexível com relação tipo de mapeamento geotécnico realizado.
O SIG, apesar de auxiliar bastante no armazenamento,
manipulação, organização das informações, análise dos dados
geoespaciais, apresenta a grande dificuldade de se fazer o
transporte do banco de dados (o projeto) para outras máquinas ou
ambientes e até uma demonstração rápida do projeto para outras
pessoas. Ademais, é preciso que essas pessoas saibam usar o SIG,
para conseguir visualizar as informações.
Partindo-se de informações preexistentes em papel, ficou
constatado que, quando se armazena eletronicamente e de forma
organizada, em projetos em banco de dados e SIG, isso pode conferir
mais facilidade e mais agilidade ao uso dessas informações.
Verificou-se que se os dados são armazenados eletronicamente, a
utilização dos mesmos ganha uma amplitude, poderão ser
disponibilizados na Internet.
No SIG, ou por meio do desenvolvimento de um aplicativo, ficou
demonstrada a existência de duas formas básicas de armazenamento,
organização, manipulação e integração das informações de um
mapeamento geotécnico.
Com o aplicativo pode se pensar em um Atlas com cartas
geotécnicas da região em estudo e no desenvolvimento de um small
GIS, ou melhor, de um visualizador específico com respeito às
informações, um microssistema das informações geotécnicas
georreferenciadas da área que foi estudada.
221
Os programas (softwares) utilizados responderam razoavelmente às
solicitações requeridas. Em relação ao assunto, importa fazer estas
observações:
quanto ao SIG, SPRING produz um shapefile em que falta um
artigo de projeção, necessita de alguns ajustes para verificar se os
mapas estão referenciados geograficamente, porém é um software que é
distribuído pela Internet livremente o que facilita seu uso;
quanto à Biblioteca MapObjects, existem ainda algumas
limitações no correspondente às coordenadas geográficas (isto é, para
a Linguagem de Programação Visual Basic) e à manipulação das cores
das unidades dos mapas; essa biblioteca tem uma versão demo de 90
dias o que facilita seu uso;
os softwares, como o AUTOCAD e o Access, serviram de programas
auxiliares, ajudaram na digitalização dos mapas e das tabelas,
respectivamente.
9.2. Sugestões
Como esta pesquisa abrangeu apenas uma análise mais geral dos
aspectos do meio físico, deve-se fazer, por exemplo, um estudo do
armazenamento das informações a respeito dos dados das enchentes
esse é um problema que sempre estará presente no município de
Ribeirão Preto.
Deverá ser feito um armazenamento das em outras escalas das
informações geotécnicas referenciadas geograficamente, pois existem
tais informações.
Para esse fim, poderão ser elaboradas diferentes consultas e ser
usadas distintas linguagens e bibliotecas.
222
Devem-se buscar programas que tenham licença de uso livre,
porque isso resulta o custo mais barato, em relação a pesquisa,
estudo ou trabalho.
A elaboração de um Atlas Eletrônico Geotécnico, isto é, um
programa de consulta, para buscar informações geotécnicas
georreferenciadas de uma determinada região será de grande valia.
Sugere-se, ainda, o desenvolvimento de um sistema de
gerenciamento das informações geotécnicas referenciadas
geograficamente, no qual se poderá armazenar e manipular todas as
informações de um mapeamento geotécnico, envolvendo as etapas de
elaboração, desde o levantamento das informações até os resultados
finais (elaboração das cartas). Um sistema que seja baseado nas
metodologias de mapeamento geotécnico.
223
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241
APÊNDICE A -
ARQUIVOS DE DADOS USADOS NO SPRING
242
ARQUIVO DE DADOS DA GRADE UTM
LINES
INFO
// grade de coordenada UTM
// projeto Ribeirão
// Categoria Temática Grade
DATUM Corrego Alegre
PROJECTION UTM/CorregoAlegre
BOX 150000.000 7580000.000 260000.000 7690000.000
UNITS metros
SCALE 1:50000.000
INFO_END
186000 7676000
244000 7676000
END
186000 7674000
244000 7674000
END
186000 7672000
244000 7672000
END
186000 7670000
244000 7670000
END
186000 7668000
244000 7668000
END
186000 7666000
244000 7666000
END
186000 7664000
244000 7664000
END
186000 7662000
244000 7662000
END
186000 7660000
244000 7660000
END
186000 7658000
244000 7658000
END
186000 7656000
244000 7656000
END
186000 7654000
244000 7654000
END
186000 7652000
244000 7652000
END
186000 7650000
244000 7650000
END
186000 7648000
243
244000 7648000
END
186000 7646000
244000 7646000
END
186000 7644000
244000 7644000
END
186000 7642000
244000 7642000
END
186000 7640000
244000 7640000
END
186000 7638000
244000 7638000
END
186000 7636000
244000 7636000
END
186000 7634000
244000 7634000
END
186000 7632000
244000 7632000
END
186000 7630000
244000 7630000
END
186000 7628000
244000 7628000
END
186000 7626000
244000 7626000
END
186000 7624000
244000 7624000
END
186000 7622000
244000 7622000
END
186000 7620000
244000 7620000
END
186000 7618000
244000 7618000
END
186000 7616000
244000 7616000
END
186000 7676000
186000 7616000
END
188000 7676000
188000 7616000
END
244
190000 7676000
190000 7616000
END
192000 7676000
192000 7616000
END
194000 7676000
194000 7616000
END
196000 7676000
196000 7616000
END
198000 7676000
198000 7616000
END
200000 7676000
200000 7616000
END
202000 7676000
202000 7616000
END
204000 7676000
204000 7616000
END
206000 7676000
206000 7616000
END
208000 7676000
208000 7616000
END
210000 7676000
210000 7616000
END
212000 7676000
212000 7616000
END
214000 7676000
214000 7616000
END
216000 7676000
216000 7616000
END
218000 7676000
218000 7616000
END
220000 7676000
220000 7616000
END
222000 7676000
222000 7616000
END
224000 7676000
224000 7616000
END
226000 7676000
226000 7616000
245
END
228000 7676000
228000 7616000
END
230000 7676000
230000 7616000
END
232000 7676000
232000 7616000
END
234000 7676000
234000 7616000
END
236000 7676000
236000 7616000
END
238000 7676000
238000 7616000
END
240000 7676000
240000 7616000
END
242000 7676000
242000 7616000
END
244000 7676000
244000 7616000
END
END
ARQUIVO DE DADOS DAS ÁREAS CHAVES
LINES
INFO
// areas chaves em coordenadas UTM
// projeto Ribeirão
DATUM CorregoAlegre
PROJECTION UTM/CorregoAlegre
BOX 150000 7580000 260000 7690000
UNITS metros
SCALE 50000
INFO_END
201000 7672500
204500 7672500
204500 7669100
201000 7669100
201000 7672500
END
212000 7673000
216000 7673000
216000 7667500
212000 7667500
212000 7673000
246
END
191500 7666500
196000 7666500
196000 7661500
191500 7661500
191500 7666500
END
196900 7662800
196800 7662800
196800 7662000
196900 7662000
196900 7662800
END
210000 7660000
212100 7660000
212100 7658000
210000 7658000
210000 7660000
END
212000 7653000
214000 7653000
214000 7650400
212000 7650400
212000 7653000
END
225700 7626000
226300 7626000
226300 7623600
225700 7623600
225700 7626000
END
226000 7622000
228000 7622000
228000 7624000
226000 7624000
226000 7622000
END
190000 7628900
194200 7628900
194200 7625000
190000 7625000
190000 7628900
END
196000 7627700
197000 7627700
197000 7625000
196000 7625000
196000 7627700
END
197900 7624800
200300 7624800
200300 7623800
197900 7623800
197900 7624800
END
191700 7621600
247
194000 7621600
194000 7620000
191700 7620000
191700 7621600
END
201600 7625600
206000 7625600
206000 7624000
201600 7624000
201600 7625600
END
211800 7623000
214000 7623000
214000 7621000
211800 7621000
211800 7623000
END
234000 7662900
236300 7662900
236300 7661000
234000 7661000
234000 7662900
END
234500 7645900
238100 7645900
238100 7642000
234500 7642000
234500 7645900
END
230000 7637000
234000 7637000
234000 7634000
230000 7634000
230000 7637000
END
222500 7634000
224500 7634000
224500 7632800
222500 7632800
222500 7634000
END
231700 7631000
232300 7631000
232300 7628500
231700 7628500
231700 7631000
END
225500 7628500
226000 7628500
226000 7627000
225500 7627000
225500 7628500
END
227000 7628000
226500 7628000
226500 7626500
248
227000 7626500
227000 7628000
END
226700 7627000
231700 7627000
231700 7624500
226700 7624500
226700 7627000
END
196300 7655600
203500 7655600
203500 7650500
196300 7650500
196300 7655600
END
188500 7659600
190000 7659600
190000 7657500
188500 7657500
188500 7659600
END
189700 7654300
192300 7654300
192300 7649800
189700 7649800
189700 7654300
END
198000 7649500
200000 7649500
200000 7648500
198000 7648500
198000 7649500
END
229300 7674300
231000 7674300
231000 7671300
229300 7671300
229300 7674300
END
238000 7670000
240000 7670000
240000 7665000
238000 7665000
238000 7670000
END
238000 7660000
240000 7660000
240000 7664000
238000 7664000
238000 7660000
END
232000 7666000
234000 7666000
234000 7664000
232000 7664000
232000 7666000
249
END
206000 7642000
208000 7642000
208000 7640000
206000 7640000
206000 7642000
END
208000 7640000
210000 7640000
210000 7638000
208000 7638000
208000 7640000
END
210000 7640000
212000 7640000
212000 7638000
210000 7638000
210000 7640000
END
212000 7640000
214000 7640000
214000 7638000
212000 7638000
212000 7640000
END
END
ARQUIVO DE DADOS DA TABELA DE ATRIBUTOS DAS ÁREAS CHAVES
TABLE
INFO
// Tabela de Atributos ASCII gerada pelo Sistema SPRING
SEPARATOR ;
UNFORMATED
CATEGORY_OBJ areas
T_KEY; TEXT; 32; 0
T_NAME; TEXT; 32; 0
narea; TEXT; 20; 0
lands; TEXT; 100; 0
X2mm; TEXT; 50; 0
X042mm; TEXT; 50; 0
X0074mm; TEXT; 50; 0
WOT; TEXT; 50; 0
meas; TEXT; 50; 0
LL; TEXT; 50; 0
IP; TEXT; 50; 0
FOLHA; TEXT; 100; 0
MAT; TEXT; 200; 0
INFO_END
01; 01; 1; area plana; 100; 85 a 96 ;35 a 15; 8 a 18; 1,8 a 2,15; NP; NP; Cravinhos; materiais arenosos
02; 02 ; 2; area plana; 100; 92 a 98; 7 a 35; 8 a 11; 1,8 a 2,13; NP; NP; Ribeirao Preto; materiais
arenosos
250
03; 03; 3; encosta - coluvio; 100; 98 a 75; 50 a 26; 17 a 21; 1,78 a 2,00; 20 a 30; 8 a 12; Cravinhos;
materiais mistos areno-argilosos
04; 04 ;4; encosta - coluvio; 100; 99; maior que 80; 19 a 27;1,570 a 1,9; 27 a 50; 5 a 14; Cravinhos;
materiais mistos argilosos
05; 05; 5; encosta - coluvio; 100; 97; menor que 35; 12,1 a 14; 1,90 a 2,10; NP; NP; Cravinhos; mistos
areno argilosos
06; 06; 6; area plana;100;95; menor que 33; 6 a 10; 1,98 a 2,13; NP; NP; Cravinhos; materiais arenosos
07; 07; 7; plato; 100; 98; menor que 95; 24 a 27; 1,530 a 1,670; 41 a 50; 8 a 14; Ribeirao Preto; materiais
argilosos
08; 08; 8; area plana; 100; 97; menor que 24; 8,5 a 9,5; 2,09 a 2,100; NP; NP; Cravinhos; materias
arenosos
09; 09; 9; area plana; 100; 97; menor que 20; 8 a 10; 2,100 a 2,150; NP; NP; Ribeirao Preto; mateteriais
arenosos
10; 10; 10; area plana; 100; 98 a 96; menor que 16; 7,5 a 9; 1,900 a 2,09; NP; NP; Bonfim Paulista;
materiais arenosos
11; 11; 11A; plato; 100; 100 a 95; 98 a 86; 24 a 30; 1,58 a 1,65; 40 a 52; 12 a 20; Bonfim Paulista;
materiais argilosos
12; 12; 11B; plato; 100; 95 a 90; 85 a 71; 22 a 25 ; 1,65 a 1,715; 40 a 45; 11 a 15; Bonfim Paulista;
material argiloso
13; 13; 11C; plato; 100; 86; maior que 58; 16 a 18; 1,75 a 1,85; 33 a 37; 8 a 9; Bonfim Paulista; material
argiloso
14; 14; 11D; plato; 100; 98; maior que 95; 26 a 30; 1,518 a 1,77; 43 a 55; 9 a 15; Bonfim Paulista;
materiais argilosos
15; 15; 12; area plana; 100; 90 a 94; menor que 45; 8 a 14; 1,800 a 2,120; NP; NP; Cravinhos; materiais
arenosos
16; 16; 13; encosta; 100; maior que 85; 50 a 80; 15 a 27; 1,60 a 2,1; 35 a 50; 9 a 16; Cravinhos; materiais
mistos argilosos
17; 17; 14; encosta suave; 100; 56; menor que 36; nada; nada; 25; 9; Cravinhos; materiais arenosos
18; 18; 15; area plana; 100; 82 a 98; maior que 90; 25 a 29; 1,6 a 1,76; 35 a 55; 11 a 21; Ribeirao Preto;
materiais argilosos
19; 19 ; 16; encosta e plato; 100; 98; 85 a 90; 20 a 27; 1,61 a 1,75; 40 a 55; 13 a 26; Ribeirao Preto;
materiais argilosos
20; 20; 17; area plana; 100; 98; maior que 85; 27 a 29; 1,55 a 1,700; 40 a 58; 15 a 17; Bonfim Paulista;
materiais argilosos
21; 21; 18; plato; 100; 95; 48 a 66; 18 a 29; 1,75 a 1,82; 35 a 40; 10 a 11; Bonfim Paulista; materiais
argilosos
22; 22; 19; encosta e area plana; 100; 97; maior que 80; 22 a 25; 1,59 a 1,65; 35 a 45; 15 a 16; Bonfim
Paulista; materiais argilosos
23; 23; 20; area plana; 100; maior que 90; maior que 70; 22 a 27; 1,63 a 1,7; 35 a 48; 6 a 15; Bonfim
Paulista; materiais argilosos
24; 24; 21; area plana; 100; maior que 95; maior que 35; 11 a 15; 1,70 a 1,97; NP; NP; Bonfim Paulista;
materiais areno-argilosos
25; 25; 22; plato; 100; maior que 86; maior que 45; 11 a 14; 1,915 a 2,020; 35 a 40; 8 a 13; Ribeirao
Preto; materiais argilo-arenosos
26; 26; 23;encosta-vale e plato;100; maior que 97; maior que 75; 22 a 28; 1,57 a 1,70; 35 a 45; 9 a 17;
Ribeirao Preto e Serrana; materiais argilosos
27; 27; 24; encosta; 100; 99 a 75; 66 a 50; 10 a 18; 1,79 a 2,02; 25 a 36; 8 a 10; Serrana; materiais
mistos argilosos
28; 28; 25; encosta; 100; 98 a 99; menor que 35; 10 a 12; 1,92 a 2,00; NP; NP; Serrana; materiais mistos
areno- argilosos
29; 29; 26; encosta e plato; 100; 93 a 80; menor que 20; 8 a 12 ; 1,8 a 2,00; NP; NP; Serrana; materiais
arenosos
30; 30; 27; encosta; 100; 98 a 86; menor que 35; 7 a 12; 1,740 a 1,920; NP; NP; Serrana; materiais
mistos areno-argilosos
31; 31; 28; plato; 100; 99 a 94; maior que 85; 24 a 28; 1,59 a 1,74; 40 a 59; 10 a 22; Serrana; materiais
argilosos
251
32; 32; 29; area plana e encosta; 100; 99 a 94; 75 a 96; 20 a 26; 1,59 a 1,74; 32 a 50; 9 a 21; Ribeirao
Preto; materiais argilosos
33; 33; 30; plato; 100; 99 a 94; 75 a 96; 20 a 26; 1,59 a 1,750; 32 a 50; 9 a 21; Ribeirao Preto; materiais
argilosos
34; 34; 31; plato; 100; 99 a 85; 96 a 76; 21 a 28; 1,585 a 1,67; 38 a 46; 8 a 21; Ribeirao Preto; materiais
argilosos
END
ARQUIVO DE DADOS SOBRE OS PONTOS DE OBSERVAÇÀO, AMOSTRAGEM, SONDAGEM,
ENSAIOS
POINT2D
INFO
// pontos de
// arquivo ASCII
//categoria grupo 4 - modelo cadastraL
DATUM Corrego Alegre
PROJECTION UTM/CorregoAlegre
BOX 150000.000 7580000.000 260000.000 7690000.000
UNITS metros
SCALE 1:50000.000
SEPARATOR ;
// OBSA=obervação e amostragem;SSPT=sondagem SPT;PPROF=poços profundos
//CIS=cisterna; PERM=ensaio de peremiabilidade; SBR= sondagem de borro
//coordenada x (utm); coordenada y (utm); label-ponto; name-ponto; objeto-spt
INFO_END
238650; 7646350; CO3; observação; doc
214900; 7644000; CO356; observação; doc
215300; 7643000; CO6; observação; doc
240200; 7644400; CO9; observação; doc
233100; 7643100; CO12; observação; doc
234400; 7641800; P136; poço136; doc
234000; 7640400; S345; sondagem-SPT; doc
216250; 7640300; CO5; observação; doc
215900; 7638000; S490; sondagem-SPT; doc
231550; 7636400; C014; observação; doc
232850; 7636700; CO13; observação; doc
230550; 7634400; CO15; observação; doc
219300; 7633350; CO38; observação; doc
220950; 7632300; CO36; observação; doc
223650; 7630400; CO34; observação; doc
223200; 7626900; CO32; observação; doc
226400; 7624600; CO31; observação; doc
226750; 7623250; CO1; observação; doc
230500; 7625200; CO21; observação; doc
231250; 7623800; CO27; observação; doc
235100; 7622950; CO28; observação; doc
232400; 7625600; P132; poço132; doc
232700; 7624850; P131; poço131; doc
252
235600; 7621550; P130; poço130; doc
237600; 7622900; S14; sondagem-STP; doc
240500; 7621400; C1; cisterna; doc
223550; 7672900; S44; sondagem-SPT; doc
224300; 7674200; C2; cisterna; doc
230600; 7473000; SO13; observação; doc
231600; 7666800; SO14; observação; doc
232300; 7665000; SO11; observação; doc
232600; 7663700; SO10; observação; doc
233800; 7660100; SO9; observação; doc
231500; 7658300; C3; cisterna; doc
233150; 7657800; So8; observação; doc
227650; 7656500; S39; sondagem-SSPT; doc
230600; 7654500; SO4; observação; doc
235450; 7650000; SO7; observação; doc
215400; 7652100; ST1; sondagem-SPT; doc
214750; 7652200; C4 ; cisterna ; doc
218300; 7653600; 509; sondagem-SPT; doc
220300; 7652500; ST2; sondagem-SPT; doc
222300; 7652500; SO1; observação; doc
223800; 7652700; SO2; observação; doc
225500; 7652700; SO3; observação; doc
226650; 7650500; SO5; observação; doc
225200; 7648400; SO6; observação; doc
201900; 7657500; RO4; observação; doc
199000; 7650800; PE9; permeabilidade; doc
201500; 7652900; PE1; permebilidade; doc
201300; 7654250; PE15; permebilidade; doc
205650; 7670400; SB11; sondagem-borro; doc
211400; 7666500; SB14; sondagem-borro; doc
213700; 7664850; SB15; sondagem-borro; doc
206600; 7669300; SB12; sondagem-borro; doc
209400; 7668400; SB13; sondagem-borro; doc
204800; 7673200; RO55; observação; doc
202850; 7670700; C5 ; cisterna; doc
206400; 7668600; RO21; observação; doc
198900; 7667250; ST3; sondagem-spt; doc
200800; 7670850; PO77; poço77; doc
199150; 7667650; P1; poçoP1; doc
198900; 7663000; C6 ; cisterna; doc
208900; 7663200; RO5; obs; doc
210500; 7663600; ST4; sondagem-spt; doc
213200; 7663800; O7; observação; doc
192700; 7661600; PO86; poço86; doc
192700; 7661600; S162; sondagem-spt; doc
202500; 7660600; R02; observação; doc
205500; 7661100; O380; observação; doc
210800; 7660800; P22; poço22; doc
211800; 7660250; S441; sondagem-spt; doc
213450; 7660300; O25; observação; doc
188500; 7659500; S185; sondagem-spt; doc
196200; 7658200; S166; sondagem-spt; doc
197750; 7658250; C7; cisterna; doc
207500; 7658500; RO33; observação; doc
210400; 7659550; RO16; observação; doc
213800; 7658300; S15; sondagem-spt; doc
253
213200; 7657600; RO27; observação; doc
213700; 7656300; RO51; observação; doc
210300; 7657100; P2; poçoP2; doc
210900; 7656200; P3; poçoP3; doc
208850; 7657000; P65; poço65; doc
209100; 7656400; P45; poço45; doc
202350; 7656350; RO4; observação; doc
199200; 7656600; RO3; observação; doc
198700; 7657400; C8; cisterna; doc
195500; 7656300; O2; observação; doc
192450; 7657000; RO12; observação; doc
190400; 7656600; RO19; observação; doc
189200; 7656500; S394; sondagem-spt; doc
188400; 7656600; S375; sondagem-spt; doc
189100; 7657500; S156; sondagem-spt; doc
194600; 7655100; S108; sondagem-spt; doc
206600; 7655300; RO6; observação; doc
210250; 7654900; P56; poço56; doc
210800; 7654600; S275; sondagem-spt; doc
214200; 7654300; PO1; poçoP1; doc
213500; 7653000; S182; sondagem-spt; doc
209300; 7653300; S508; sondagem-spt; doc
201600; 7653400; O3; observação; doc
199000; 7651900; RO9; observação; doc
199400; 7651600; S8; sondagem-spt; doc
207850; 7651800; S19; sondagem-spt; doc
212200; 7651650; RO34; observação; doc
213600; 7650850; RO35; observação; doc
213600; 7650250; S420; sondagem-spt; doc
213450; 7648500; RO36; observação; doc
210900; 7648300; RO46; observação; doc
210500; 7647600; RO47; observação; doc
196500; 7649250; O4; observação; doc
192250; 7649250; P4; poço-P4; doc
191600; 7648400; P85; poço85; doc
190500; 7647600; S144; sondagem-spt; doc
223100; 7641800; SB16; sondagem-borro; doc
223305; 7641800; SB20; sondagem-borro; doc
225450; 7632800; SB17; sondagem-borro; doc
227700; 7625750; SB21; sondagem-borro; doc
228200; 7623600; SB18; sondagem-borro; doc
215600; 7664100; SB1; sondagem-borro; doc
216000; 7663000; SB2; sondagem-borro; doc
216000; 7663800; SB3; sondagem-borro; doc
217200; 7659000; SB4; sondagem-borro; doc
217500; 7658400; SB5; sondagem-borro; doc
218000; 7655700; SB6; sondagem-borro; doc
219700; 7653500; SB7; sondagem-borro; doc
220850; 7650400; SB8; sondagem-borro; doc
220200; 7649000; SB9; sondagem-borro; doc
221800; 7648450; SB10; sondagem-borro; doc
220700; 7651400; SB19; sondagem-borro; doc
197700; 7647100; SB349; sondagem-spt; doc
210500; 7647200; BO16; observação; doc
209650; 7645900; BO21; observação; doc
214350; 7646400; O5; observação; doc
254
209500; 7645100; S396; sondagem-spt; doc
209000; 7644650; BO20; observação; doc
214450; 7644350; BO14; observação; doc
208700; 7643300; BO19; observação; doc
208200; 7642400; BO18; observação; doc
207000; 7641250; S154; sondagem-spt; doc
206800; 7640300; BO3; observação; doc
209700; 7640300; BO13; observação; doc
207900; 7639150; C9; cisterna; doc
214350; 7638200; C10; cisterna; doc
189400; 7637400; BO17; observação; doc
194400; 7636800; S297; sondagem-spt; doc
207100; 7639300; C11; cisterna; doc
201650; 7634450; C12; cisterna; doc
201650; 7634450; C13; cisterna; doc
202350; 7633250; BO4; observação; doc
202500; 7630600; BO5; observação; doc
192400; 7629650; BO12; observação; doc
197850; 7628900; BO11; observação; doc
201600; 7628750; C14; cisterna; doc
196500; 7625650; P5; poçoP5; doc
201350; 7623650; P6; poçoP6; doc
205350; 7526350; P7; poçoP7; doc
199700; 7623650; BO1; observação; doc
206400; 7623250; BO6; observação; doc
207550; 7623300; BO7; observação; doc
196400; 7621150; 10; observação; doc
198450; 7620350; BO2; observação; doc
212350; 7621700; BO9; observação; doc
214250; 7621100; ST5; sondagem-spt; doc
214850; 7621100; P8; poçoP8; doc
237700; 7646700; BO11; observação; doc
END
255
APENDICE B -
LISTAGEM DOS CÓDIGOS USADOS NO APLICATIVO
256
CÓDIGO DO FORMULÁRIO DE ABERTURA
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fm_01.Show 1
End Sub
Private Sub Command7_Click()
fm_10.Show 1
End Sub
257
Private Sub Command8_Click()
fm_09.Show 1
End Sub
Private Sub Command9_Click()
fm_11.Show 1
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO PSR (PROFUNDIDADE DO SUBSTRATO ROCHOSO)
Option Explicit
Dim m_mapTip As New MapTip
Private Sub Command1_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Command2_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Unload fm_01
End Sub
Private Sub Form_Load()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("pro_pol")
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grd_lin")
layer.Visible = True
layer.Symbol.Color = moGray
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
258
Screen.MousePointer = vbDefault
'inicio do renderer
Dim strings As New MapObjects2.strings
Dim recs As Recordset
Dim i As Integer
Set layer = Map1.Layers("pro_pol")
Set recs = layer.Records
Do While Not recs.EOF
strings.Add recs("sprclasse").Value
recs.MoveNext
Loop
Set layer.Renderer = New ValueMapRenderer
layer.Renderer.Field = "sprclasse"
' add the unique values to the renderer
layer.Renderer.ValueCount = strings.Count
For i = 0 To strings.Count - 1
layer.Renderer.Value(i) = strings(i)
Next i
' initialize the MapTip class
m_mapTip.Initialize Map1, tmrToolTip, picToolTip, lblToolTip
m_mapTip.SetLayer layer, "sprclasse"
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("grd_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
'lyr.Renderer.AllowDuplicates = False
End Sub
Private Sub Map1_MouseMove(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
m_mapTip.MouseMove X, Y
End Sub
Private Sub tmrToolTip_Timer()
m_mapTip.Timer
End Sub
259
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
Dim r As Rectangle
Set r = Map1.TrackRectangle
If Not r Is Nothing Then Set Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO DRENA (DRENAGEM)
Private Sub Command2_Click()
Unload fm_02
Unload fm_07
Unload fm_18
End Sub
Private Sub Command3_Click()
fm_07.Show 1
End Sub
Private Sub Command4_Click()
fm_18.Show 1
End Sub
260
Private Sub Command6_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Form_Load()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("dre_lin")
layer.Symbol.Color = moBlue
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grade_lin")
layer.Symbol.Color = moGray
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("dre_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Field = "NRIO"
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("grade_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
End Sub
261
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
Set Map1.Extent = Map1.TrackRectangle
End Sub
Private Sub Command1_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO TOPO (TOPOGRAFIA)
Private Sub Command1_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = True ' shouw topo
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide topo1
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
262
Private Sub Command2_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = True ' show topo1
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = True ' hide MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide topo1
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = False ' show topo1
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = True ' show MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide topo1
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command4_Click()
'
' Zoom out to FullExtent.
'
Set Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Command5_Click()
Unload fm_04
Unload fm_08
End Sub
Private Sub Command6_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Command7_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = False ' show topo1
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
263
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = True ' show topo1
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command8_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = True ' show topo1
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = True ' show topo1
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command9_Click()
fm_08.Show 1
End Sub
Private Sub Form_Load()
'carregar imagem do MNT
Dim ima As New MapObjects2.ImageLayer
Dim ima2 As New MapObjects2.ImageLayer
ima.File = "C:\gracipro\maps\teste\top-ima2.tif"
ima2.File = "C:\gracipro\maps\teste\top-ima.tif"
If ima.Valid Then
Map1.Layers.Add ima
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = True
Else
MsgBox "imagem inexistente"
End If
If ima2.Valid Then
Map1.Layers.Add ima2
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False
Else
MsgBox "imagem inexistente"
End If
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("topo_lin")
layer.Symbol.Color = moBrown
264
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grade_lin")
layer.Symbol.Color = moGreen
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As New MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("topo_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 100
lyr.Renderer.Symbol(0).Color = moOrange
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.Field = "AVG_Z"
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("grade_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.Symbol(0).Color = moCyan
lyr.Renderer.Field = "sprclasse"
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
265
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
'
' Zoom in on the Map.
'
Set Map1.Extent = Map1.TrackRectangle
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO MPS (BUSCA)
Private Sub Command1_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Command2_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Text1.text = ""
Map1.Layers("grd_lin").Visible = True 'show grade
Map1.Layers("geo_pol").Visible = True ' show geol
Map1.Layers("min_pol").Visible = False ' hide mi
Map1.Layers("psr_pol").Visible = False ' hide profundidade
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
Text2.text = "sedimentos, fmpiramboia,fmbotucatu, fmsgeral"
Text2.Refresh
End Sub
Private Sub Command4_Click()
Unload fm_06
End Sub
266
Private Sub Command5_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Text1.text = ""
Map1.Layers("grd_lin").Visible = True
Map1.Layers("geo_pol").Visible = False ' hide geol
Map1.Layers("min_pol").Visible = True ' show mi
Map1.Layers("psr_pol").Visible = False ' hide profundidade
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
Text2.text = "mistos argilosos, mistos arenosos, residuais argilosos, residuais arenosos, arenoso
argilosos, hidromoficos"
Text2.Refresh
End Sub
Private Sub Command6_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Text1.text = ""
Map1.Layers("grd_lin").Visible = True
Map1.Layers("geo_pol").Visible = False ' hide geol
Map1.Layers("min_pol").Visible = False ' hide mi
Map1.Layers("psr_pol").Visible = True ' show profundidade
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
Text2.text = "menor que 2m, entre 2 e 5m, entre 5 e 10m, maior que 10 m"
Text2.Refresh
End Sub
Private Sub Form_Load()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("geo_pol")
layer.Symbol.Color = moPaleYellow
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("min_pol")
layer.Symbol.Color = moLightYellow
layer.Visible = False
267
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("psr_pol")
layer.Symbol.Color = moLimeGreen
layer.Visible = False
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grd_lin")
layer.Symbol.Color = moGray
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Text2.Refresh
Text1.text = ""
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("grd_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
'lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
'lyr.Renderer.Symbol(0).Color = moDarkGray
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
End Sub
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
Dim r As Rectangle
Set r = Map1.TrackRectangle
If Not r Is Nothing Then Set Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Text1_KeyPress(KeyAscii As Integer)
If KeyAscii = vbKeyReturn Then
Dim recs As MapObjects2.Recordset
Dim shp As Object
Dim rect As MapObjects2.Rectangle
Dim exp As String
' build a search expression
exp = "CLASSES = '" & Text1.text & "'"
' perform the search
If Map1.Layers("geo_pol").Visible = True Then
Set recs = Map1.Layers("geo_pol").SearchExpression(exp)
' show the results, if any
If Not recs.EOF Then
268
Set shp = recs.Fields("Shape").Value
Set rect = shp.Extent
rect.ScaleRectangle 2
Set Map1.Extent = rect ' zoom classe
Map1.Refresh ' force redraw of the map
Map1.FlashShape shp, 3 ' flash the classe
End If
ElseIf Map1.Layers("min_pol").Visible = True Then
Set recs = Map1.Layers("min_pol").SearchExpression(exp)
' show the results, if any
If Not recs.EOF Then
Set shp = recs.Fields("Shape").Value
Set rect = shp.Extent
rect.ScaleRectangle 2
Set Map1.Extent = rect ' zoom classe
Map1.Refresh ' force redraw of the map
Map1.FlashShape shp, 3 ' flash the classe
End If
ElseIf Map1.Layers("psr_pol").Visible = True Then
Set recs = Map1.Layers("psr_pol").SearchExpression(exp)
' show the results, if any
If Not recs.EOF Then
Set shp = recs.Fields("Shape").Value
Set rect = shp.Extent
rect.ScaleRectangle 2
Set Map1.Extent = rect ' zoom classe
Map1.Refresh ' force redraw of the map
Map1.FlashShape shp, 3 ' flash the classe
End If
End If
End If
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO DREMIX (DRENAGEM E OUTROS ASPECTOS)
Private Sub Command1_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = True ' shouw topo
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("pro_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("mi_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("geol_pol").Visible = False ' hide topo1
269
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command2_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = False ' hide topo
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = True ' show MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("pro_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("mi_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("geol_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = False ' shouw topo
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = True ' hide MNT
Map1.Layers("pro_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("mi_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("geol_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command4_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = False ' shouw topo
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("pro_pol").Visible = True ' hide topo1
Map1.Layers("mi_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("geol_pol").Visible = False ' hide topo1
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("pro_pol")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
270
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command5_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = False ' shouw topo
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("pro_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("mi_pol").Visible = True ' hide topo1
Map1.Layers("geol_pol").Visible = False ' hide topo1
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("mi_pol")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 1000
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command6_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
Map1.Layers("topo_lin").Visible = False ' show topo
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("pro_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("mi_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("geol_pol").Visible = True ' hide topo1
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As MapLayer
271
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("geol_pol")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Command7_Click()
Unload fm_07
End Sub
Private Sub Command8_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Command9_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Form_Load()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
Dim ima As New MapObjects2.ImageLayer
Dim ima2 As New MapObjects2.ImageLayer
ima.File = "C:\gracipro\maps\teste\top-ima2.tif"
ima2.File = "C:\gracipro\maps\teste\top-ima.tif"
If ima.Valid Then
Map1.Layers.Add ima
Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False
Else
MsgBox "imagem inexistente"
End If
If ima2.Valid Then
Map1.Layers.Add ima2
Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False
Else
MsgBox "imagem inexistente"
End If
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
272
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("topo_lin")
layer.Symbol.Color = moBrown
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("mi_pol")
layer.Symbol.Color = moKhaki
layer.Visible = False
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("geol_pol")
layer.Symbol.Color = moPaleYellow
layer.Visible = False
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("pro_pol")
layer.Symbol.Color = moLimeGreen
layer.Visible = False
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("dre_lin")
layer.Symbol.Color = moCyan
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grade_lin")
layer.Symbol.Color = moGray
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("dre_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Field = "NRIO"
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("topo_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
273
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 100
lyr.Renderer.Symbol(0).Color = moGreen
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Field = "AVG_Z"
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("grade_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
'lyr.Renderer.SplinedText = False
'lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
'lyr.Renderer.Symbol(0).Color = moDarkGray
'Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
End Sub
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
Dim r As Rectangle
Set r = Map1.TrackRectangle
If Not r Is Nothing Then Set Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
274
CÓDIGO DO FORMULÁRIO TOPOMIX (TOPOGRAFIA E OUTROS ASPECTOS)
Private Sub Command1_Click()
'Map1.Layers("topo_lin").Visible = True' show topo
'Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
'Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("psr_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("mi_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("geol_pol").Visible = True ' hide topo1
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("geol_pol")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
Map1.Refresh
End Sub
Private Sub Command2_Click()
'Map1.Layers("topo_lin").Visible = False ' show topo
'Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
'Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("psr_pol").Visible = True ' hide topo1
Map1.Layers("mi_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("geol_pol").Visible = False ' hide topo1
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("psr_pol")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
Map1.Refresh
End Sub
275
Private Sub Command3_Click()
'Map1.Layers("topo_lin").Visible = False ' show topo
'Map1.Layers("top-ima2.tif").Visible = False ' hide MNT
'Map1.Layers("top-ima.tif").Visible = False ' hide MNT
Map1.Layers("psr_pol").Visible = False ' hide topo1
Map1.Layers("mi_pol").Visible = True ' hide topo1
Map1.Layers("geol_pol").Visible = False ' hide topo1
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("mi_pol")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
Map1.Refresh
End Sub
Private Sub Command4_Click()
'Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Command5_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Command6_Click()
Unload fm_08
End Sub
Private Sub Form_Load()
' carregar curvas e mapas
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("mi_pol")
276
layer.Symbol.Color = moKhaki
layer.Visible = False
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("psr_pol")
layer.Symbol.Color = moLimeGreen
layer.Visible = False
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("geol_pol")
layer.Symbol.Color = moPaleYellow
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("topo_lin")
layer.Symbol.Color = moOrange
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grade_lin")
layer.Symbol.Color = moGray
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As New MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("topo_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 200
lyr.Renderer.Symbol(0).Color = moGreen
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.Field = "AVG_Z"
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("grade_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Symbol(0).Color = moGreen
lyr.Renderer.Field = "sprclasse"
lyr.Renderer.AllowDuplicates = False
End Sub
277
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
Dim r As Rectangle
Set r = Map1.TrackRectangle
If Not r Is Nothing Then Set Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO SPT (SONDAGEM)
Private Sub Command1_Click()
Unload fm_09
Unload fm_21
End Sub
Private Sub Command2_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Command3_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
278
Private Sub Command4_Click()
fm_20.Show 1
End Sub
Private Sub Command5_Click()
fm_21.Show 1
End Sub
Private Sub Form_Load()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grd_lin")
layer.Symbol.Color = moLimeGreen
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("spt_pt")
layer.Symbol.Color = moRed
Map1.Layers.Add layer
Else
gBox "mapa não encontrado"
End If
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Set layer = Map1.Layers("spt_pt")
Set layer.Renderer = New LabelRenderer
Set layer.Renderer.Symbol(0).Font = f
layer.Renderer.Symbol(0).Height = 400
layer.Renderer.Symbol(0).Color = moOrange
layer.Renderer.Field = "sprnome"
Dim ler As New MapLayer
Set ler = New MapLayer
Set ler = Map1.Layers("grd_lin")
Set ler.Renderer = New LabelRenderer
'Set ler.Renderer.AllowDuplicates = True
ler.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
'ler.Renderer.SplinedText = False
End Sub
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
Dim r As Rectangle
279
Set r = Map1.TrackRectangle
If Not r Is Nothing Then Set Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO DOC (DOCUMENTAÇÃO)
Private Sub Command1_Click()
p1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Command2_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Unload fm_10
End Sub
280
Private Sub Form_Load()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grade_lin")
layer.Symbol.Color = moLimeGreen
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("doc_pt")
layer.Symbol.Color = moCyan
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Set layer = Map1.Layers("doc_pt")
Set layer.Renderer = New LabelRenderer
Set layer.Renderer.Symbol(0).Font = f
layer.Renderer.Symbol(0).Height = 400
layer.Renderer.Symbol(0).Color = moOrange
layer.Renderer.Field = "sprrotulo"
Dim ler As New MapLayer
Set ler = New MapLayer
Set ler = Map1.Layers("grade_lin")
Set ler.Renderer = New LabelRenderer
'Set ler.Renderer.AllowDuplicates = True
ler.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
ler.Renderer.SplinedText = False
End Sub
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
Dim r As Rectangle
Set r = Map1.TrackRectangle
If Not r Is Nothing Then Set Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
281
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO DEC (DECLIVIDADE)
Option Explicit
Dim m_mapTip As New MapTip
Private Sub Command1_Click()
Dim layer As MapLayer
Screen.MousePointer = vbHourglass
'Set Map1.Layers("dbp_pol").Renderer = Nothing
Map1.Layers("dbp_pol").Visible = True ' show declividade Bonfim Paulista
Map1.Layers("dcc_pol").Visible = False ' hide declividade carvinhos
Map1.Layers("drp_pol").Visible = False ' hide declividade Ribeirão
Map1.Layers("dser_pol").Visible = False ' hide declividade Serrana
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
'inicio do renderer
Dim strings As New MapObjects2.strings
Dim recs As Recordset
Dim i As Integer
Set layer = Map1.Layers("dbp_pol")
Set recs = layer.Records
Do While Not recs.EOF
strings.Add recs("sprclasse").Value
recs.MoveNext
Loop
282
Set layer.Renderer = New ValueMapRenderer
layer.Renderer.Field = "sprclasse"
' add the unique values to the renderer
layer.Renderer.ValueCount = strings.Count
For i = 0 To strings.Count - 1
layer.Renderer.Value(i) = strings(i)
Next i
' initialize the MapTip class
m_mapTip.Initialize Map1, tmrToolTip, picToolTip, lblToolTip
m_mapTip.SetLayer layer, "sprclasse"
End Sub
Private Sub Command2_Click()
Dim layer As MapLayer
Screen.MousePointer = vbHourglass
Set Map1.Layers("dbp_pol").Renderer = Nothing
Map1.Layers("dbp_pol").Visible = False ' hide declividade Bonfim Paulista
Map1.Layers("dcc_pol").Visible = True ' show declividade carvinhos
Map1.Layers("drp_pol").Visible = False ' hide declivi dade Ribeirão
Map1.Layers("dser_pol").Visible = False ' hide declividade Serrana
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
'inicio do renderer
Dim strings As New MapObjects2.strings
Dim recs As Recordset
Dim i As Integer
Set layer = Map1.Layers("dcc_pol")
Set recs = layer.Records
Do While Not recs.EOF
strings.Add recs("sprclasse").Value
recs.MoveNext
Loop
Set layer.Renderer = New ValueMapRenderer
layer.Renderer.Field = "sprclasse"
' add the unique values to the renderer
layer.Renderer.ValueCount = strings.Count
For i = 0 To strings.Count - 1
layer.Renderer.Value(i) = strings(i)
Next i
283
' initialize the MapTip class
m_mapTip.Initialize Map1, tmrToolTip, picToolTip, lblToolTip
m_mapTip.SetLayer layer, "sprclasse"
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Dim layer As MapLayer
Screen.MousePointer = vbHourglass
'Set Map1.Layers("dbp_pol").Renderer = Nothing
Map1.Layers("dbp_pol").Visible = False ' show declividade Bonfim Paulista
Map1.Layers("dcc_pol").Visible = False ' hide declividade carvinhos
Map1.Layers("drp_pol").Visible = True ' hide declividade Ribeirão
Map1.Layers("dser_pol").Visible = False ' hide declividade Serrana
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
'inicio do renderer
Dim strings As New MapObjects2.strings
Dim recs As Recordset
Dim i As Integer
Set layer = Map1.Layers("drp_pol")
Set recs = layer.Records
Do While Not recs.EOF
strings.Add recs("sprclasse").Value
recs.MoveNext
Loop
Set layer.Renderer = New ValueMapRenderer
layer.Renderer.Field = "sprclasse"
' add the unique values to the renderer
layer.Renderer.ValueCount = strings.Count
For i = 0 To strings.Count - 1
layer.Renderer.Value(i) = strings(i)
Next i
' initialize the MapTip class
m_mapTip.Initialize Map1, tmrToolTip, picToolTip, lblToolTip
m_mapTip.SetLayer layer, "sprclasse"
End Sub
Private Sub Command4_Click()
284
Dim layer As MapLayer
Screen.MousePointer = vbHourglass
'Set Map1.Layers("dbp_pol").Renderer = Nothing
Map1.Layers("dbp_pol").Visible = False ' show declividade Bonfim Paulista
Map1.Layers("dcc_pol").Visible = False ' hide declividade carvinhos
Map1.Layers("drp_pol").Visible = False ' hide declividade Ribeirão
Map1.Layers("dser_pol").Visible = True ' hide declividade Serrana
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
'inicio do renderer
Dim strings As New MapObjects2.strings
Dim recs As Recordset
Dim i As Integer
Set layer = Map1.Layers("dser_pol")
Set recs = layer.Records
Do While Not recs.EOF
strings.Add recs("sprclasse").Value
recs.MoveNext
Loop
Set layer.Renderer = New ValueMapRenderer
layer.Renderer.Field = "sprclasse"
' add the unique values to the renderer
layer.Renderer.ValueCount = strings.Count
For i = 0 To strings.Count - 1
layer.Renderer.Value(i) = strings(i)
Next i
' initialize the MapTip class
m_mapTip.Initialize Map1, tmrToolTip, picToolTip, lblToolTip
m_mapTip.SetLayer layer, "sprclasse"
End Sub
Private Sub Command5_Click()
Unload fm_11
End Sub
Private Sub Command6_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
285
Private Sub Command7_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Command8_Click()
Screen.MousePointer = vbHourglass
'Set Map1.Layers("dbp_pol").Renderer = Nothing
Map1.Layers("dbp_pol").Visible = True ' show declividade Bonfim Paulista
Map1.Layers("dcc_pol").Visible = True ' hide declividade carvinhos
Map1.Layers("drp_pol").Visible = True ' hide declividade Ribeirão
Map1.Layers("dser_pol").Visible = True ' hide declividade Serrana
Map1.Refresh
Screen.MousePointer = vbDefault
End Sub
Private Sub Form_Load()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("dbp_pol")
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("dcc_pol")
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("drp_pol")
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("dser_pol")
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grade_lin")
layer.Visible = True
layer.Symbol.Color = moGray
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
286
End If
Screen.MousePointer = vbDefault
'inicio do renderer
Dim strings As New MapObjects2.strings
Dim recs As Recordset
Dim i As Integer
Set layer = Map1.Layers("dbp_pol")
Set recs = layer.Records
Do While Not recs.EOF
strings.Add recs("sprclasse").Value
recs.MoveNext
Loop
Set layer.Renderer = New ValueMapRenderer
layer.Renderer.Field = "sprclasse"
' add the unique values to the renderer
layer.Renderer.ValueCount = strings.Count
For i = 0 To strings.Count - 1
layer.Renderer.Value(i) = strings(i)
Next i
' initialize the MapTip class
m_mapTip.Initialize Map1, tmrToolTip, picToolTip, lblToolTip
m_mapTip.SetLayer layer, "sprclasse"
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Dim lyr As MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("grade_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 2000
Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lyr.Renderer.Field = "grade_lin"
lyr.Renderer.AllowDuplicates = False
End Sub
Private Sub Map1_MouseMove(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
m_mapTip.MouseMove X, Y
End Sub
Private Sub tmrToolTip_Timer()
m_mapTip.Timer
End Sub
287
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
Dim r As Rectangle
Set r = Map1.TrackRectangle
If Not r Is Nothing Then Set Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO NOVO (TODOS)
Option Explicit
'Dim m_mapTip As New MapTip
Private m_mapTip As New MapTip
Dim g_layer As MapLayer
Private Sub Command1_Click()
CommonDialog1.Filter = "ESRI Shapefiles (*.shp)|*.shp"
CommonDialog1.ShowOpen
If Len(CommonDialog1.FileName) = 0 Then Exit Sub
Dim dc As New DataConnection
288
dc.Database = CurDir
If Not dc.Connect Then Exit Sub
Text1.text = CommonDialog1.FileName
Dim name As String
name = Left(CommonDialog1.FileTitle, Len(CommonDialog1.FileTitle) - 4)
Dim gs As GeoDataset
Set gs = dc.FindGeoDataset(name)
If gs Is Nothing Then Exit Sub
Set g_layer = New MapLayer
Set g_layer.GeoDataset = gs
End Sub
Private Sub Command2_Click()
If (Not g_layer Is Nothing) Then
Map1.Layers.Clear
Map1.Layers.Add g_layer
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End If
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Unload fm_12
Unload fm_14
Unload fm_23
End Sub
Private Sub Command4_Click()
fm_23.Visible = True
End Sub
Private Sub Command5_Click()
fm_24.Visible = True
End Sub
Private Sub Form_Load()
'Initialize MapTip class (used in Identify tool)
m_mapTip.Initialize Map1, TmrMapTip, picMapTip, lblMapTip
End Sub
289
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
If Toolbar1.Buttons(1).Value = 1 Then
Call fm_14.Identify(X, Y)
fm_14.ZOrder 0
ElseIf Toolbar1.Buttons(2).Value = 1 Then
Map1.Pan
ElseIf Toolbar1.Buttons(3).Value = 1 Then
Call DoZoomin
End If
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
' ********************* TOOLTIP ********************
Private Sub tmrMapTip_Timer()
m_mapTip.Timer
End Sub
Public Sub updateMapTipLayer()
m_mapTip.SetLayer Map1.Layers(cboTipLayer.text), _
cboTipField.text
End Sub
290
Public Sub updateTipField()
cboTipField.Clear
'If we've selected tips on an image layer, set check box to false cuz we can't display
'tips for images.
If cboTipLayer = "" Then
chkTipLayer.Value = 0
Exit Sub
End If
'Now populate the listbox for the selected field
Dim tb As MapObjects2.TableDesc
Set tb = Map1.Layers(fm_12.cboTipLayer.text).Records.TableDesc
Dim fType As String, itemToSet As String
Dim numFields As Integer
numFields = tb.FieldCount
Dim firstString As Boolean
firstString = True
Dim i As Integer
For i = 0 To numFields - 1
fType = tb.FieldType(i)
If fType = moString Or fType = moLong Or fType = moDouble Then
cboTipField.AddItem tb.FieldName(i)
If firstString = True And fType = moString Then
firstString = False
itemToSet = tb.FieldName(i)
End If
End If
Next i
'Make the first string field the default field
If itemToSet <> "" Then
fm_12.cboTipField.text = itemToSet
Else
fm_12.cboTipField.text = cboTipField.List(0)
End If
'Update the layer and field in MapTip class
m_mapTip.SetLayer Map1.Layers(cboTipLayer.text), cboTipField.text
End Sub
Public Sub refreshMapTips()
'This procedure rebuilds the combo boxes in the tray panels
'on the bottom of the moView main form.
'Clear the layer and field combo boxes
cboTipLayer.Clear
cboTipField.Clear
'Get the number of layers in the Layers collection.
Dim numLayers As Integer
numLayers = Map1.Layers.Count
291
Dim curLayer As Object 'declared as object because it might be MapLayer or ImageLayer
Dim curLayerName As String 'name of current layer
Dim curLayerType As Integer 'whether MapLayer or ImageLayer type
Dim curShapeType As Integer 'whether point, line or polygon MapLayer
Dim i As Integer
For i = 0 To numLayers - 1
Set curLayer = fm_12.Map1.Layers(i)
curLayerName = curLayer.name
'Check for and ignore image layers. Do all other layer types.
curLayerType = curLayer.LayerType
If curLayerType <> moImageLayer Then
cboTipLayer.AddItem curLayerName
End If
Next i
'Make the first MapLayer the ToolTip layer
If cboTipLayer.ListCount > 0 Then
cboTipLayer.ListIndex = 0
updateTipField
End If
End Sub
Private Sub cboTipField_Click()
'Update the layer and field in MapTip class
If cboTipField.text <> "" Then
m_mapTip.SetLayer fm_12.Map1.Layers(cboTipLayer.text), cboTipField.text
End If
End Sub
Private Sub cboTipLayer_Click()
updateTipField
End Sub
Private Sub chkTipLayer_Click()
'If no layers, then turn check box off...
If Map1.Layers.Count = 0 Then
chkTipLayer.Value = 0
ElseIf chkTipLayer.Value = 1 Then
'If on, then make layer and field combo boxes
'accessible. Then initiate MapTip class.
Call refreshMapTips
picMapTip.ZOrder 0
lblMapTip.ZOrder 0
ElseIf chkTipLayer.Value = 0 Then
'If off, dim the layer and field combo boxes and
'disable MapTip.
cboTipLayer.Clear
cboTipField.Clear
292
picMapTip.ZOrder 1
lblMapTip.ZOrder 1
End If
End Sub
Private Sub updateMapTip()
If fm_12.Map1.Layers.Count = 0 Then
fm_12.cboTipLayer.Clear
fm_12.cboTipField.Clear
Else
'Set the default layer and field to be the first layer,
'first field.
Call fm_12.updateMapTipLayer
End If
End Sub
Private Sub Map1_MouseMove(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
'This procedure updates the coordinate display in the status bar.
Dim curPoint As Point
Dim curX As Double
Dim curY As Double
'Convert screen coordinates to map coordinates
Set curPoint = Map1.ToMapPoint(X, Y)
curX = curPoint.X
curY = curPoint.Y
'If map coordinates are large, suppress digits to right of decimal place.
Dim cX As String, cy As String
cX = curX
cy = curY
cX = Left(cX, InStr(cX, ".") + 2)
cy = Left(cy, InStr(cy, ".") + 2)
' sbrStatus.Panels(2).text = "X:" & cX & " Y:" & cy
'Now trigger the MapTip's mousemove...
If chkTipLayer.Value = 1 And cboTipLayer.ListCount > 0 Then
m_mapTip.MouseMove X, Y
End If
End Sub
Sub DoZoom()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Sub DoZoomin()
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
293
Set r = Map1.TrackRectangle
If Not r Is Nothing Then Set Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Toolbar1_ButtonClick(ByVal Button As MSComctlLib.Button)
If Button.Index = 5 Then
Map1.Extent = Map1.FullExtent
ElseIf Button.Index = 4 Then
Call DoZoom
End If
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO MIX (GEOLOGIA X MATERIAIS X PROFUNDIDADE, linhas)
Option Explicit
Private Sub Command1_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Command2_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Unload fm_13
Unload fm_17
End Sub
Private Sub Command4_Click()
fm_17.Visible = True
End Sub
Private Sub Form_Load()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("psr_lin")
294
layer.Symbol.Color = moBrown
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grade_lin")
layer.Visible = True
layer.Symbol.Color = moGray
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("mat_lin")
layer.Symbol.Color = moOrange
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("geo_lin")
layer.Symbol.Color = moGreen
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim ler As New MapLayer
Set ler = New MapLayer
Set ler = Map1.Layers("grade_lin")
Set ler.Renderer = New LabelRenderer
ler.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
ler.Renderer.SplinedText = False
' Set up the Legend, linked to the Map.
'
legend1.setMapSource Map1
legend1.LoadLegend True
End Sub
Private Sub legend1_AfterSetLayerVisible(Index As Integer, isVisible As Boolean)
' Refresh the Map - we may have changed it's layer properties.
Map1.Refresh
End Sub
Private Sub Form_Resize()
legend1.Move 30, 30, Me.ScaleWidth * 0.4, Me.ScaleHeight - 120
Map1.Move legend1.Left + legend1.Width + 60, legend1.Top, Me.ScaleWidth - legend1.Width - 120,
legend1.Height
End Sub
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
295
'
' Zoom in on the Map psr.
'
Set Map1.Extent = Map1.TrackRectangle
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO GEOMAT (GEOLOGIA X MATERIAIS X PROFUNDIDADE, área)
Private Sub Command1_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Command2_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map2.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map2.Extent = r
296
End Sub
Private Sub Command3_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map3.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map3.Extent = r
End Sub
Private Sub Command4_Click()
Unload fm_17
End Sub
Private Sub Form_Load()
mapa1
mapa2
mapa3
End Sub
Sub mapa1()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("geol_pol")
layer.Symbol.Color = moPaleYellow
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grade_lin")
layer.Symbol.Color = moLimeGreen
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Set layer = New MapLayer
Set layer = Map1.Layers("geol_pol")
Set layer.Renderer = New LabelRenderer
Set layer.Renderer.Symbol(0).Font = f
297
layer.Renderer.Symbol(0).Height = 500
layer.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
layer.Renderer.AllowDuplicates = True
Set layer = New MapLayer
Set layer = Map1.Layers("grade_lin")
Set layer.Renderer = New LabelRenderer
'Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
'lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
layer.Renderer.Field = "sprclasse"
layer.Renderer.AllowDuplicates = True
End Sub
Sub mapa2()
Dim lyr As MapLayer
Dim lr As MapLayer
Dim dc As DataConnection
Set dc = New DataConnection
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set lyr = New MapLayer
Set lyr.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("pro_pol")
lyr.Symbol.Color = moLimeGreen
lyr.Visible = True
Map2.Layers.Add lyr
Set lyr = New MapLayer
Set lyr.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grd_lin")
lyr.Symbol.Color = moNavy
lyr.Visible = True
Map2.Layers.Add lyr
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Set lr = New MapLayer
Set lr = Map2.Layers("pro_pol")
Set lr.Renderer = New LabelRenderer
lr.Renderer.AllowDuplicates = True
lr.Renderer.SplinedText = False
lr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
Set lr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
Set lr = New MapLayer
Set lr = Map2.Layers("grd_lin")
298
Set lr.Renderer = New LabelRenderer
'Set lyr.Renderer.Symbol(0).Font = f
'lyr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
lr.Renderer.Field = "sprclasse"
lr.Renderer.AllowDuplicates = True
End Sub
Sub mapa3()
Dim lr As MapLayer
Dim dc As DataConnection
Set dc = New DataConnection
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set lr = New MapLayer
Set lr.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("mi_pol")
lr.Symbol.Color = moBrown
lr.Visible = True
Map3.Layers.Add lr
Set lr = New MapLayer
lr.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("gra_lin")
lr.Symbol.Color = moLimeGreen
lr.Visible = True
Map3.Layers.Add lr
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim map As MapLayer
Dim f As New StdFont
f.name = "Arial"
f.Bold = False
Set map = New MapLayer
Set map = Map3.Layers("mi_pol")
Set map.Renderer = New LabelRenderer
map.Renderer.Symbol(0).Height = 500
map.Renderer.Symbol(0).Color = moYellow
Set map.Renderer.Symbol(0).Font = f
map.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
map.Renderer.AllowDuplicates = True
Set lr = New MapLayer
Set lr = Map3.Layers("gra_lin")
Set lr.Renderer = New LabelRenderer
'lr.Renderer.Symbol(0).Height = 500
'lr.Renderer.Symbol(0).Color = moYellow
'Set lr.Renderer.Symbol(0).Font = f
lr.Renderer.Field = "SPRCLASSE"
lr.Renderer.AllowDuplicates = True
299
End Sub
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
' Zoom in on the Map.
Set Map1.Extent = Map1.TrackRectangle
End Sub
Private Sub Map2_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
' Zoom in on the Map.
Set Map2.Extent = Map2.TrackRectangle
End Sub
Private Sub Map3_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
'
' Zoom in on the Map.
'
Set Map3.Extent = Map3.TrackRectangle
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO ACHA (ÁREAS CHAVES)
Private Sub Command1_Click()
' Zoom Map Out
Dim r As New MapObjects2.Rectangle
Set r = Map1.Extent
r.ScaleRectangle 1.5
Map1.Extent = r
End Sub
Private Sub Command2_Click()
Map1.Extent = Map1.FullExtent
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Unload fm_19
End Sub
Private Sub Form_Load()
Dim dc As New DataConnection
Dim layer As MapLayer
dc.Database = "C:\gracipro\maps\teste\"
If dc.Connect Then
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("grd_lin")
layer.Symbol.Color = moOlive
300
layer.Visible = True
Map1.Layers.Add layer
Set layer = New MapLayer
Set layer.GeoDataset = dc.FindGeoDataset("acha_pol")
layer.Visible = True
layer.Symbol.Color = moOrange
Map1.Layers.Add layer
Else
MsgBox "mapa não encontrado"
End If
Dim lyr As New MapLayer
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("acha_pol")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Field = "narea"
lyr.Renderer.AllowDuplicates = True
Set lyr = New MapLayer
Set lyr = Map1.Layers("grd_lin")
Set lyr.Renderer = New LabelRenderer
lyr.Renderer.SplinedText = False
lyr.Renderer.Field = "sprclasse"
End Sub
Private Sub Map1_MouseDown(Button As Integer, Shift As Integer, X As Single, Y As Single)
Dim a As Rectangle
Set a = Map1.TrackRectangle
If Not a Is Nothing Then Set Map1.Extent = a
End Sub
Private Sub Map1_AfterTrackingLayerDraw(ByVal hDC As stdole.OLE_HANDLE)
'
' Set the ScaleBar's MapExtent.
'
With ScaleBar1.MapExtent
.MinX = Map1.Extent.Left
.MinY = Map1.Extent.Bottom
.MaxX = Map1.Extent.Right
.MaxY = Map1.Extent.Top
End With
'
' Set the ScaleBar's PageExtent.
'
With ScaleBar1.PageExtent
.MinX = Map1.Left / Screen.TwipsPerPixelX
.MinY = Map1.Top / Screen.TwipsPerPixelY
.MaxX = (Map1.Left + Map1.Width) / Screen.TwipsPerPixelX
301
.MaxY = (Map1.Top + Map1.Height) / Screen.TwipsPerPixelY
End With
'
' Refresh the ScaleBar after the Map has changed.
'
ScaleBar1.Refresh
End Sub
CÓDIGO DO FORMULÁRIO SCON (CONSULTAS AOS DADOS DE SONDAGENS)
Dim gsql As String
Private Sub Command1_Click()
gsql = "SELECT sondagem.npt, sondagem.vspt, sondagem.prof FROM sondagem"
Adodc1.CommandType = adCmdText
Adodc1.RecordSource = gsql
dtgrid.Columns(0).Visible = False
dtgrid.Columns(1).Visible = True
dtgrid.Columns(2).Visible = False
dtgrid.Columns(3).Visible = False
dtgrid.Columns(4).Visible = False
dtgrid.Columns(5).Visible = True
dtgrid.Columns(6).Visible = True
dtgrid.Columns(7).Visible = False
dtgrid.Columns(8).Visible = False
dtgrid.Columns(9).Visible = False
dtgrid.Columns(10).Visible = False
dtgrid.Columns(11).Visible = False
Adodc1.Refresh
dtgrid.Refresh
End Sub
Private Sub Command2_Click()
Dim a As Double
Dim b As Double
a = Val(InputBox("entre prof1:"))
b = Val(InputBox("entre prof2:"))
gsql = (("SELECT npt, vspt, prof FROM sondagem WHERE prof Between ") & a & (" And ") & b)
Adodc1.CommandType = adCmdText
Adodc1.RecordSource = gsql
302
dtgrid.Columns(0).Visible = False
dtgrid.Columns(1).Visible = True
dtgrid.Columns(2).Visible = False
dtgrid.Columns(3).Visible = False
dtgrid.Columns(4).Visible = False
dtgrid.Columns(5).Visible = True
dtgrid.Columns(6).Visible = True
dtgrid.Columns(7).Visible = False
dtgrid.Columns(8).Visible = False
dtgrid.Columns(9).Visible = False
dtgrid.Columns(10).Visible = False
dtgrid.Columns(11).Visible = False
Adodc1.Refresh
dtgrid.Refresh
End Sub
Private Sub Command3_Click()
Dim a As Integer
Dim b As Integer
a = Val(InputBox("entre spt1:"))
b = Val(InputBox("entre spt2:"))
gsql = (("SELECT npt, vspt, prof FROM sondagem WHERE vspt Between ") & a & (" And ") & b)
Adodc1.CommandType = adCmdText
Adodc1.RecordSource = gsql
dtgrid.Columns(0).Visible = False
dtgrid.Columns(1).Visible = True
dtgrid.Columns(2).Visible = False
dtgrid.Columns(3).Visible = False
dtgrid.Columns(4).Visible = False
dtgrid.Columns(5).Visible = True
dtgrid.Columns(6).Visible = True
dtgrid.Columns(7).Visible = False
dtgrid.Columns(8).Visible = False
dtgrid.Columns(9).Visible = False
dtgrid.Columns(10).Visible = False
dtgrid.Columns(11).Visible = False
Adodc1.Refresh
dtgrid.Refresh
End Sub
Private Sub Command4_Click()
Unload fm_21
End Sub
303
APÊNDICE C
PÁGINAS DOS DADOS NA INTERNET CD-Room
304
APÊNDICE C
PÁGINAS DOS DADOS NA INTERNET – CD-Room
305
INSTRUÇÕES PARA LEITURA DO CD
1- Para visualizar os dados dos mapas, deve-se usar o Sistema
Operacional Windows.
2- Inicialmente, deve-se instalar o pluging do Java que está
no CDRoom, o artigo com o nome j2re1_3_0_win.exe.
3– Deve-se entrar no diretório do CD e abrir o arquivo
inicial.html.
4- Esse arquivo abrirá uma página que possui os nomes dos
mapas, deve-se clicar na palavra correspondente ao mapa que
deseja visualizar.
306
MAPAS DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO – CD-Room
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
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