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SILVANA CRUZ DA ROCHA
ESTABELECIMENTO
IN VITRO
E MICROPROPAGAÇÃO DA CANJARANA
(
Cabralea canjerana
)
Dissertação apresentada como requisito
parcial à obtenção do grau de Mestre em
Botânica, Curso de Pós-Graduação em
Botânica, Setor de Ciências Biológicas,
Universidade Federal do Paraná
Orientadora: Prof.
a
Dr.
a
Marguerite Quoirin
Co-orientadora: Prof.
a
Dr.
a
Luciana L. F.
Ribas
Co-orientador: Prof.º Dr.º Henrique S.
Koehler
CURITIBA
2005
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ii
ii
AGRADECIMENTOS
Ao Curso de Pós-Graduação em Botânica, do Setor de Ciências Biológicas da
Universidade Federal do Paraná, por possibilitar a realização do meu mestrado.
À Professora Doutora Marguerite Quoirin, pela orientação, amizade e dedicação a
mim dispensada.
À Professora Doutora Luciana L. F. Ribas pela co-orientação e por todas as
sugestões.
Ao
Professor Doutor Henrique S. Hoehler pela co-orientação e por toda ajuda na
área de estatística, a qual foi de grande valia.
À CAPES pela concessão da bolsa de mestrado.
À SPVS pelo fornecimento das sementes e por toda ajuda a mim dispensada
desde a coleta de frutos até a coleta de ramos caulinares para a realização dos
experimentos.
À Mariza, Giovana e a todos os amigos e colegas de mestrado.
À Carla, Flávia e Igor pela ajuda a mim dispensada.
Ao meu querido esposo pelo seu amor, amizade e compreensão.
Aos meus pais por sempre torcerem por mim e a Deus por iluminar o meu caminho.
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iii
iii
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS
.........................................................................................................
v
LISTA DE FIGURAS
..........................................................................................................
ix
LISTA DE ABREVIATURAS
..............................................................................................
x
RESUMO
............................................................................................................................
xi
ABSTRACT
........................................................................................................................
xii
1 INTRODUÇÃO
................................................................................................................
1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
...........................................................................................
2
2.1
Cabralea canjerana......................................................................................................
2
2.2 MICROPROPAGAÇÃO................................................................................................
4
2.2.1 Desinfestação do Material Vegetal............................................................................
5
2.2.1.1 Desinfestação de partes aéreas.............................................................................
5
2.2.1.2 Desinfestação de sementes...................................................................................
6
2.2.2 Multiplicação..............................................................................................................
7
2.2.3 Enraizamento.............................................................................................................
11
3 MATERIAL E MÉTODOS
................................................................................................
12
3.1 ORIGEM DO MATERIAL
VEGETAL............................................................................
12
3.2 DEISCÊNCIA DOS FRUTOS.......................................................................................
12
3.3 DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO DAS SEMENTES
IN VITRO
.............................
13
3.4 DESINFESTAÇÃO DE GEMAS AXILARES OBTIDAS DE PLANTAS ADULTAS.......
13
3.5 MULTIPLICAÇÃO DE GEMAS A PARTIR DE SEGMENTOS NODAIS E APICAIS
DE PLANTAS JUVENIS..............................................................................................
14
3.5.1 Preparo dos Explantes..............................................................................................
14
3.5.2 Preparo dos Meios de Cultura...................................................................................
14
3.5.3 Condições de Cultura................................................................................................
15
3.5.4 Experimentos de Indução de Brotações Múltiplas Utilizando o Meio de Cultura MS
15
3.5.5 Experimentos de Indução de Brotações Múltiplas Utilizando o Meio de cultura
WPM.........................................................................................................................
16
3.5.6 Subcultivos................................................................................................................
17
3.6 EXPERIMENTO DE ALONGAMENTO E ENRAIZAMENTO DE BROTOS
(MICROESTACAS) OBTIDOS NA FASE DE MULTIPLICAÇÃO..............................
18
3.7 EXPERIMENTO DE ENRAIZAMENTO DE MICROESTACAS OBTIDAS DE
REBROTAS DE PLANTAS GERMINADAS E CRESCIDAS IN VITRO.....................
19
4 RESULTADOS
................................................................................................................
20
4.1 DEISCÊNCIA DE FRUTOS..........................................................................................
20
4.2 DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO DAS SEMENTES ............................................
21
4.3 DESINFESTAÇÃO DAS GEMAS AXILARES PROVENIENTES DE ÁRVORES
ADULTAS....................................................................................................................
22
4.4 MULTIPLICAÇÃO DE GEMAS AXILARES..................................................................
24
4.4.1 Culturas em Meio de Cultura MS..............................................................................
24
4.4.1.1 Efeito da benzilaminopurina na multiplicação de gemas axilares em segmentos
nodais e apicais ....................................................................................................
24
4.4.1.1.1 Taxa de multiplicação..........................................................................................
24
4.4.1.1.2 Efeito da BAP na percentagem de explantes com brotos...................................
26
4.4.1.1.3 Efeito da BAP no número médio de brotos por explante....................................
28
4.4.1.1.4 Efeito da BAP no comprimento médio dos brotos...............................................
30
4.4.1.1.5 Efeito da BAP na percentagem de explantes mortos..........................................
30
4.4.1.1.6 Resumo dos resultados obtidos nas culturas de segmentos nodais em MS
adicionado de BAP..............................................................................................
33
4.4.1.2 Culturas em Meio de Cultura MS adicionado de 2-Isopenteniladenina..................
35
4.4.1.2.1 Efeito da 2-iP na multiplicação de gemas axilares em segmentos nodais e
apicais ................................................................................................................
iv
apicais ................................................................................................................
35
4.4.1.2.2 Efeito da 2-iP na percentagem de explantes com brotos....................................
37
4.4.1.2.3 Efeito da 2-iP no número médio de brotos por explante.....................................
38
4.4.1.2.4 Efeito da 2-iP no comprimento médio dos brotos................................................
40
4.4.1.2.5 Efeito da 2-iP na percentagem de explantes mortos...........................................
41
4.4.1.2.6 Resumo dos resultados obtidos nas culturas de segmentos nodais em MS
adicionado de 2-iP...............................................................................................
43
4.4.1.3 Culturas em Meio de Cultura MS adicionado de benzilaminopurina e 2-
isopenteniladenina................................................................................................
44
4.4.1.3.1 Efeito de BAP e 2-iP na multiplicação de gemas axilares em segmentos
nodais obtidos a partir de rebrotas.......................................................................
44
4.4.1.3.2 Efeito de BAP e 2-iP na percentagem de explantes com brotos obtidos a partir
de rebrotas..........................................................................................................
45
4.4.1.3.3 Efeito de BAP e 2-iP no número médio de brotos por explante obtidos a partir
de rebrotas..........................................................................................................
46
4.4.1.3.4 Efeito de BAP e 2-iP no comprimento médio dos brotos obtidos a partir de
rebrotas..............................................................................................................
47
4.4.1.3.5 Efeito de BAP e 2-iP na percentagem de explantes mortos obtidos a partir de
rebrotas...............................................................................................................
47
4.4.1.3.6 Resumo dos resultados obtidos em MS adicionado de BAP e 2-iP em
segmentos nodais originados de rebrotas.........................................................
48
4.4.1.4 Conclusões Sobre os Experimentos com o Meio de Cultura MS...........................
50
4.4.2 Culturas em Meio de Cultura WPM Adicionado de Benzilaminopurina.....................
50
4.4.2.1 Efeito da BAP na multiplicação de gemas axilares de segmentos nodais e
apicais....................................................................................................................
51
4.4.2.2 Efeito da BAP na percentagem de explantes com brotos......................................
52
4.4.2.3 Efeito da BAP no número médio de brotos por explante........................................
53
4.4.2.4 Efeito da BAP no comprimento médio dos brotos..................................................
55
4.4.2.5 Efeito da BAP na percentagem de explantes mortos.............................................
56
4.4.2.6 Conclusões Sobre o Experimento em Meio de Cultura WPM Adicionado de BAP
57
4.5 ENRAIZAMENTO DE BROTOS OBTIDOS NA FASE DE MULTIPLICAÇÃO.............
60
4.6 ENRAIZAMENTO DAS MICROESTACAS OBTIDAS A PARTIR DE REBROTAS......
61
5 CONCLUSÕES
...............................................................................................................
63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
..................................................................................
64
FIGURAS
............................................................................................................................
70
ANEXOS
.............................................................................................................................
74
v
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 -
RESULTADOS OBTIDOS EM EXPERIMENTOS DE MULTIPLICAÇÃO
IN VITRO
DE ÁRVORES TROPICAIS EM MEIO DE CULTURA MS
ADICIONADO DE CITOCININAS...............................................................
10
TABELA 2 -
RESULTADOS DE DEISCÊNCIA DE FRUTOS DE CANJARANA,
ARMAZENADOS EM SACO PLÁSTICO SEM E COM SERRAGEM,
APÓS 11 DIAS...........................................................................................
21
TABELA 3 -
EFEITO DOS TRATAMENTOS DE DESINFESTAÇÃO NA
PERCENTAGEM DE CONTAMINAÇÃO E DESINFESTAÇAO DE
SEMENTES DE CANJARANA APÓS 7 DIAS, E NA GERMINAÇÃO
IN
VITRO
APÓS 7 E 14 DIAS.........................................................................
22
TABELA 4 -
RESULTADOS DOS TRATAMENTOS DE DESINFESTAÇÃO DE
GEMAS AXILARES DE ÁRVORES ADULTAS DE CANJARANA, APÓS
14 DIAS DE CULTIVO ...............................................................................
23
TABELA 5 -
TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS EM EXPLANTES DE
CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO
DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................
25
TABELA 6 -
TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS EM EXPLANTES DE
CANJARANA NO 4° SUBCULTIVO EM MEIO DE CULTURA MS COM
CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE
SEGMENTO DE ORIGEM.........................................................................
26
TABELA 7-
PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS
NO CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA
MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO
DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................................................
27
TABELA 8 -
PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS
NO CULTIVO INICIAL EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO
DE ORIGEM..............................................................................................
27
TABELA 9 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA NO
CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS
COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE
SEGMENTO DE ORIGEM.........................................................................
28
TABELA 10 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE COM BROTOS DE
CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO
DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................
30
TABELA 11-
MÉDIAS DO COMPRIMENTO DOS BROTOS FORMADOS EM
EXPLANTES DE CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E EM QUATRO
SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS ADICIONADO DE BAP,
EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM.............................
30
TABELA 12 -
NECROSE DOS EXPLANTES DE CANJARANA, NO CULTIVO INICIAL
E NOS 1°, 3° E 4° SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS COM
CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE
SEGMENTO DE ORIGEM.........................................................................
31
TABELA 13 -
NECROSE DOS EXPLANTES DE CANJARANA, NO 2º SUBCULTIVO
EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE
BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM....................
32
TABELA 14 -
RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA O SEGMENTO
NODAL EM TODOS OS CULTIVOS..........................................................
34
TABELA 15 -
TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS EM EXPLANTES DE
CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO
DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................
vi
CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO
DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................
36
TABELA 16 -
PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS
NO CULTIVO INICIAL E NOS 1º, 3º E 4º SUBCULTIVOS EM MEIO DE
CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................
38
TABELA 17 -
PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS
NO 2º SUBCULTIVO EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO
DE ORIGEM...............................................................................................
38
TABELA 18 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA EM
MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP,
NO CULTIVO INICIAL E EM 2 SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO
DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................................................
39
TABELA 19 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA EM
MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP,
NO 3º SUBCULTIVO, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE
ORIGEM
39
TABELA 20 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE COM BROTOS DE
CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO
DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................
40
TABELA 21 -
MÉDIAS DOS COMPRIMENTOS DOS BROTOS FORMADOS EM
EXPLANTES DE CANJARANA EM MEIO DE CULTURA MS
ADICIONADO DE 2-iP, NO CULTIVO INICIAL E EM QUATRO
SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM..
41
TABELA 22 -
NECROSE DOS EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS EM
MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP,
NO CULTIVO INICIAL E NO 1º SUBCULTIVO, EM FUNÇÃO DO TIPO
DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................................................
42
TABELA 23 -
NECROSE DOS EXPLANTES DE CANJARANA, CULTIVADOS EM
MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP,
NOS 2
°
, 3
°
E 4º SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE
SEGMENTO DE ORIGEM.........................................................................
42
TABELA 24 -
RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA SEGMENTOS
NODAIS DE CANJARANA PARA OS CULTIVOS REALIZADOS.............
43
TABELA 25 -
TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO EM EXPLANTES DE CANJARANA EM
MEIO DE CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP E
BAP+ 2-iP), NO CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS (ORIGEM:
SEGMENTOS NODAIS DE REBROTAS)..................................................
44
TABELA 26 -
TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO EM EXPLANTES DE CANJARANA EM
MEIO DE CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP e
BAP+ 2-iP), NO CULTIVO INICIAL E NOS 1º E 2º SUBCULTIVOS
(ORIGEM: SEGMENTOS NODAIS DE REBROTAS)................................
45
TABELA 27 -
PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS
EM MEIO DE CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP
E BAP+ 2-iP), NO CULTIVO INICIAL E EM QUATRO SUBCULTIVOS
(SEGMENTOS DE REBROTAS)...............................................................
46
TABELA 28 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA EM
MEIO DE CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP E
BAP+ 2-iP), NO CULTIVO INICIAL E EM QUATRO SUBCULTIVOS
(ORIGEM: SEGMENTOS NODAIS DE REBROTAS)................................
46
vii
vii
TABELA 29 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS EM EXPLANTES COM BROTOS DE
CANJARANA EM MEIO DE CULTURA MS, COM TRÊS
TRATAMENTOS (2-iP, BAP E BAP+ 2-iP), NO CULTIVO INICIAL E EM
QUATRO SUBCULTIVOS (SEGMENTOS DE REBROTAS).....................
47
TABELA 30 -
MÉDIAS DOS COMPRIMENTOS DOS BROTOS FORMADOS A
PARTIR DE EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO
DE CULTURA MS ADICIONADO DE BAP E/OU 2-iP, NO CULTIVO
INICIAL E EM QUATRO SUBCULTIVOS (ORIGEM: SEGMENTOS
NODAIS OBTIDOS A PARTIR DE REBROTAS).......................................
47
TABELA 31 -
NECROSE EM EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO
DE CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP E BAP+ 2-
iP), EM TS SUBCULTIVOS (ORIGEM: SEGMENTOS NODAIS DE
REBROTAS) ..............................................................................................
48
TABELA 32 -
RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA SEGMENTOS
NODAIS DE CANJARANA NOS CULTIVOS REALIZADOS NO
EXPERIMENTO COM BAP E 2-iP COMBINADOS...................................
49
TABELA 33 -
TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS EM EXPLANTES DE
CANJARANA EM MEIO DE CULTURA WPM, COM TRÊS
CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO CULTIVO INICIAL E EM QUATRO
SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO.......................
51
TABELA 34 -
TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS NO 2º SUBCULTIVO DE
EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE CULTURA
WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUNÇÃO DO
TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM..........................................................
52
TABELA 35 -
TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS NO CULTIVO INICIAL E
NO 3° SUBCULTIVO DE EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS
EM MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE
BAP (MEDIA DE 2 TIPOS DE SEGMENTOS) .........................................
52
TABELA 36 -
PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA FORMANDO
BROTOS EM MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS
CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO CULTIVO INICIAL E NO 2º
SUBCULTIVO, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM....
53
TABELA 37 -
PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA FORMANDO
BROTOS EM MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS
CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO 1º E 3º SUBCULTIVOS, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM...................................
53
TABELA 38 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA NO
CULTIVO INICIAL EM MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS
CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO
DE ORIGEM...............................................................................................
54
TABELA 39 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE NO 1º, 2º E 3º
SUBCULTIVO EM MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS
CONCENTRAÇÕES DE BAP (MEDIA DE DOIS TIPOS DE
SEGMENTOS) ..........................................................................................
54
TABELA 40 -
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS EM EXPLANTES COM BROTOS DE
CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E NO 1º, 2º E 3º SUBCULTIVO EM
MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP
(MEDIA DE DOIS TIPOS DE SEGMENTOS)............................................
55
TABELA 41 -
MÉDIAS DOS COMPRIMENTOS DOS BROTOS FORMADOS EM
EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE CULTURA
WPM ADICIONADO DE BAP, NO CULTIVO INICIAL E NOS TRÊS
PRIMEIROS SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO
DE ORIGEM...............................................................................................
55
viii
viii
TABELA 42 -
NECROSE EM EXPLANTES DE CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E
EM QUATRO SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA WPM COM
TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP EM FUNÇÃO DO TIPO DE
SEGMENTO DE ORIGEM.........................................................................
56
TABELA 43 -
PERCENTAGEM DE EXPLANTES MORTOS EM SEGMENTOS
NODAIS E APICAIS DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE
CULTURA WPM, COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO 3º
SUBCULTIVO.............................................................................................
57
TABELA 44 -
RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA SEGMENTOS
NODAIS DE CANJARANA, NOS CULTIVOS REALIZADOS NO
EXPERIMENTO EM WPM ADICIONADO DE BAP...................................
58
TABELA 45 -
ENRAIZAMENTO DE BROTOS DE CANJARANA OBTIDOS NA FASE
DE MULTIPLICAÇÃO, EM MEIO DE CULTURA WPM ADICIONADO
DE IBA (0; 2,5 E 5,0
µ
M) ...........................................................................
60
TABELA 46 -
ENRAIZAMENTO DE MICROESTACAS DE CANJARANA OBTIDAS A
PARTIR DE REBROTAS, EM MEIO DE CULTURA MS/2 ADICIONADO
DE IBA (0; 2,5, 5,0 E 10
µ
M).....................................................................
62
ix
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 -
Frutos de
Cabralea canjerana
: 1º - com três fissuras e parcialmente
aberto, 2º - com cinco fissuras; 3º - com cinco fissuras e totalmente
aberto.........................................................................................................
70
FIGURA 2 -
Fruto aberto, sementes recobertas pelo arilo alaranjado e sementes
isoladas sem o arilo da
Cabralea canjerana.
.............................................
70
FIGURA 3 -
Plântula germinada in vitro, com radícula, cotilédones e parte aérea,
recoberta pelo tegumento que envolvia a semente...................................
70
FIGURA 4 -
Segmento apical (acima) e segmento nodal..............................................
71
FIGURA 5 -
Segmentos nodais em meio de cultura MS com 2,5
µ
M de BAP (após
30 dias no cultivo inicial)............................................................................
71
FIGURA 6 -
Segmento nodal com as gemas axilares em desenvolvimento, depois
de 30 dias (1
°
subcultivo)..........................................................................
71
FIGURA 7 -
Segmento nodal com gemas axilares, em meio de cultura MS com BAP
(2
°
subcultivo)............................................................................................
71
FIGURA 8 -
Segmentos nodais em meio de cultura MS com BAP (3
°
subcultivo)..................................................................................................
71
FIGURA 9 -
Aspecto da rebrota, originada da gema do nó cotiledonar, com 80 dias
de idade.....................................................................................................
72
FIGURA 10 -
Segmentos nodais retirados de rebrotas, em meio de cultura MS
adicionado de BAP 2,5
µ
M (1º subcultivo).................................................
72
FIGURA 11 -
Segmento nodal retirado de rebrota, no 3º subcultivo em meio de
cultura MS com BAP+ 2-iP........................................................................
72
FIGURA 12 -
Segmentos nodais em meio de cultura MS adicionado de 5,0
µ
M de 2-
iP (2
°
subcultivo) ......................................................................................
73
FIGURA 13 -
Segmento nodal em meio de cultura WPM com 5,0
µ
M de BAP (2
°
subcultivo) .................................................................................................
73
FIGURA 14 -
Segmento apical com uma raiz na base, em meio de cultura WPM sem
fitorreguladores (após 30 dias no cultivo inicial)........................................
]
73
FIGURA 15 -
Broto com raízes, após 30 dias em meio WPM adicionado de
IBA.............................................................................................................
73
x
x
LISTA DE ABREVIATURAS
2-iP- 2-isopenteniladenina
BAP- benzilaminopurina
GA
3
- ácido giberélico
IBA- ácido indol 3-butiríco
KIN- cinetina
MS- meio de cultura de MURASHIGE e SKOOG (1962)
MS/2- meio de cultura de MURASHIGE e SKOOG (1962), com a concentração de sais
minerais reduzida
NAA - ácido ácetico
TDZ - thidiazuron
v/v - relação volume/ volume
WPM - ‘’Woody Plant Medium’’ meio de cultura de LLOYD e McCOWN (1980)
xi
RESUMO
A canjarana,
Cabralea canjerana
(Vell.) Mart.(Meliaceae), possui uma das madeiras mais
valiosas do Sul do Brasil, sendo empregada em construções civis, marcenaria, carpintaria e
obras de escultura. A casca do caule e das raízes tem uso medicinal e dela tamm extraí-
se corante vermelho, utilizado na indústria de tinturaria. O suco do fruto tem ação inseticida.
O arilo das sementes é consumido por várias espécies animais, razão pela qual sua
presença é indispensável na composição de reflorestamentos heterogêneos ou restauração
de áreas de preservação permanente. As sementes são recalcitrantes e a bibliografia
referente à propagação vegetativa da espécie é escassa. O presente trabalho teve como
objetivo desenvolver um protocolo de micropropagação da canjarana a partir de plantas
crescidas
in vitro
e de plantas adultas. Para otimizar a obtenção de sementes a partir de
frutos quase maduros e uniformizar a idade das plântulas utilizadas nos experimentos, foi
realizado um experimento de deiscência dos frutos, sendo essa obtida com sucesso
deixando os frutos, ainda sem fissuras de deiscência, em sacos plásticos fechados, a 25
±
3
°
C. As sementes foram desinfestadas com hipoclorito de sódio (2,5% v/v) por 30 minutos,
obtendo-se 75% de desinfestação e 90% de germinação
in vitro.
Em seguida foram
realizados experimentos de multiplicação utilizando segmentos nodais e/ou apicais,
retirados de plantas crescidas
in vitro
. Os segmentos foram inoculados em meio de cultura
MS ou WPM adicionado de 30 g.L
-1
de sacarose e 7 g.L
-1
de ágar. A estes meios de cultura
foram adicionadas as citocininas benzilaminopurina (BAP) e/ou 2-isopenteniladenina (2-iP)
nas concentrações de 2,5; 5,0; 10 e 20
µ
M. As variáveis analisadas foram: a taxa de
multiplicação, a percentagem de explantes com brotos, o número e comprimento dos brotos
e a percentagem de explantes mortos. Os brotos obtidos foram colocados em meio de
cultura WPM adicionado de ácido indol butírico - IBA (0, 2,5 e 5,0
µ
M) para indução do
enraizamento. Na fase de multiplicação, o segmento nodal cultivado em presea de 2,5 e
5,0
µ
M de BAP, propiciou os melhores resultados, em comparação ao segmento apical e ao
segmento nodal cultivado em presença de 2-iP. A maior taxa de multiplicação foi observada
em segmentos nodais cultivados no meio de cultura MS adicionado de 2,5
µ
M de BAP com
um valor de 1,72 contra 1,41 no mesmo tipo de explante e meio de cultura MS adicionado
de 5,0
µ
M de 2-iP. O meio de cultura MS foi o mais adequado para a multiplicação da
canjarana, nele foram obtidos os melhores resultados em comparão com o WPM. Além
disso, nesse último foi observada clorose foliar dos brotos. O enraizamento dos brotos
oriundos de meio de cultura contendo citocininas foi baixo (20%) em presença de 5,0
µ
M de
IBA. Entretanto, o enraizamento das microestacas oriundas de rebrotas de plântulas foi
satisfatório (77%) na mesma concentração de IBA. Em conclusão, a micropropagação da
canjarana a partir de segmentos nodais pode se tornar viável. Entretanto, novos
experimentos devem ser realizados para melhorar as taxas de multiplicação e obter uma
percentagem significativa de desinfestação de gemas axilares de plantas adultas.
Palavras-chave: citocininas, espécie nativa, Meliaceae, micropropagação, multiplicação
xii
xii
ABSTRACT
The canjarana,
Cabralea canjerana
(Vell.) Mart. (Meliaceae), possess one of the most
valuable wood of the South of Brazil, being used in building sites, joinery, carpentry and
sculpture works. Stem and root bark has medicinal use and red dye is extracted from stem
bark and used in staining industry. Fruit juice has insecticide action. The arilo of the seeds is
consumed by several animal species, reason for which its presence is essential in the
composition of heterogeneous reforestation or restoration of areas of permanent
preservation. The seeds are recalcitrant and the bibliography regarding the vegetative
propagation of the species is scare. The purpose of our work was to establish a protocol of
micropropagation of the canjarana, starting from plants grown
in vitro
and of adult plants. To
optimize the obtention of seeds from almost ripe fruits, and to standardize the age of the
seedlings used in the experiments, an experiment of fruit dehiscence was achieved. The
dehiscence was successful when the fruits, still without dehiscence fissures, were kept in
closed plastic bags at 25 ± 3°C. The seeds were treated with sodium hypochlorite at 2.5%
(v/v) for 30 minutes, with 75% of the seeds being disinfested and 90% germinating
in vitro
.
Multiplication experiments were accomplished using nodal and/or apical segments, excised
from plants grown
in vitro
. The segments were inoculated in MS or WPM culture medium,
supplemented with 30 g.L
-1
of sucrose and 7 g.L
-1
agar. To these culture media was added
the cytokinin benzylaminopurine (BAP) and/or 2-isopentenyladenine (2-iP) at concentrations
of 2.5; 5.0; 10 and 20
µ
M. The evaluated variables were: the multiplication rate, the
percentage of explants with shoots, the number and length of the shoots and the percentage
of dead explants. The shoots obtained in the multiplication experiment were used in a rooting
experiment where medium culture was WPM medium supplemented with indolebutyric acid -
IBA (0, 2.5 and 5.0
µ
M) for root induction. In the multiplication phase, the nodal segment, in
the presence of 2.5 and 5.0
µ
M of BAP, gave the best results for the analyzed variables, in
comparison with the apical segment and with the 2-iP treatments. The largest multiplication
rate, for instance, in nodal segments cultivated with 2.5
µ
M BAP, was of 1.72 against 1.41 in
the same type of explant cultured in MS medium supplemented with 5.0
µ
M 2-iP. The MS
culture medium was the most appropriate for the multiplication of the canjarana. Morevover,
leaf chlorosis was observed. The rooting of the shoots originating from culture medium
containing cytokinin was low (20%) in the presence of 5.0
µ
M IBA. However, the rooting of
the microcuttings originating from new shoots was satisfactory (77%) in the same
concentration of IBA. In conclusion, the micropropagation of the canjarana, starting from
nodal segments, can become viable. However, new experiments should be accomplished to
improve the multiplication rates and to obtain a significant percentage of desinfestation of
axillary buds from adult plants.
Key words: cytokinins, Meliaceae, micropropagation, multiplication, native species.
1 INTRODUÇÃO
A propagação vegetativa geralmente é utilizada quando a propagação sexuada não
tem sucesso, quando o número de plantas requerido pelo mercado não é suficiente ou
ainda, quando é de interesse a propagação de plantas com características selecionadas.
Neste tipo de propagação assexuada estão incluídas a macropropagação, a qual pode ser
obtida por meio das técnicas de estaquia, enxertia, alporquia, mergulhia e a
micropropagação. Já a embriogênese somática, a proliferação de gemas adventícias e a
proliferação de gemas axilares, são técnicas utilizadas na micropropagação (HARTMANN et
al., 2002). Entre a micropropagação e a macropropagação existem diferenças como o custo
financeiro e o número de plantas obtidas. Na macropropagação o número de explantes
retirados da planta matriz pode ser limitado, entretanto na micropropagação podemos obter
um grande número de propágulos a partir de um pequeno número de árvores de elite,
devido ao pequeno tamanho dos explantes (LIEW; TEO, 1998). Também, pode se obter
uma taxa de multiplicação mais elevada comparada com a macropropagação (HARTNEY,
1982).
A micropropagação ou propagação vegetativa
in vitro
possui essa denominação
devido ao tamanho dos propágulos utilizados (TORRES et al., 1998) e engloba vários
protocolos de regeneração a partir de tecidos vegetais, incluindo como explantes: folhas,
gemas apicais ou axilares, segmentos nodais dentre outros. A possibilidade de utilização de
vários tipos de explantes para iniciar a cultura se baseia na teoria da totipotência das células
vegetais, sendo essa a potencialidade em iniciar um novo indivíduo a partir de explantes
unicelulares ou pluricelulares (TORRES et al., 2000). A micropropagação é utilizada para
propagação de genótipos modificados ou não, produção de biomassa de produtos
bioquímicos do metabolismo secundário, produção de plantas livre de vírus, preservação de
germoplasma e em investigações científicas. Os procedimentos citados estão incluídos na
Biotecnologia (GUPTA, 1988; HARTMANN et al., 2002).
Técnicas de micropropagação têm sido utilizadas para propagação de algumas
espécies florestais nativas e para o estabelecimento de matrizes para produção de
sementes. Entretanto, são necessários estudos básicos de micropropagação para as
espécies tropicais lenhosas (CID et al., 1997), como é o caso das espécies nativas. Logo,
trabalhos científicos nessa área são importantes para aumentar o conhecimento científico e
sua aplicação prática.
A espécie (
Cabralea canjerana
) foi escolhida para o desenvolvimento do presente
trabalho devido à curta viabilidade de suas sementes quando armazenadas (sementes
2
2
recalcitrantes), à variação na porcentagem de germinação indicada na literatura e à escassa
bibliografia referente à propagação vegetativa da espécie. A micropropagação permitiriá a
propagação massal de mudas para reflorestamento com esta espécie. O presente trabalho
teve como objetivo geral desenvolver um protocolo de multiplicação vegetativa da canjarana
(
Cabralea canjerana
) pela micropropagação, o qual aumentará o número de propágulos
desta espécie florestal. Os objetivos específicos foram: estabelecer culturas assépticas
in
vitro
a partir de sementes e de gemas axilares de árvores adultas, encontrar uma
concentração de citocininas que permita a multiplicação de gemas axilares de segmentos
nodais e apicais de plântulas crescidas
in vitro
e obter o enraizamento
in vitro
de
microestacas.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1
Cabralea canjerana
A canjarana (
Cabralea canjerana
)
é uma espécie arbórea, perenifólia a
semicaducifólia, pertencente à família Meliaceae, conhecida popularmente como canjarana,
canjerana, cedro-canjerana, caiarana, pau-de-santo, canharana e outros (CARVALHO,
1994). A canjarana pode ser encontrada na Costa Rica, Guiana, Perú, Bolívia, Argentina,
Paraguai (BACKES; IRGANG, 2002) e no Brasil nos Estados de Alagoas, Bahia, Espiríto
Santo, Góias, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro,
Roraima, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal
(CARVALHO, 1994). O habitat da espécie compreende a Floresta Ombrófila Densa
(Floresta Atântica), Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Estacional Decidual, Floresta
Ombrófila Mista (Floresta com Araucária) e Campos de Altitude (CARVALHO, 1994).
A árvore da canjarana pode alcançar até 30 m de altura e 100-150 cm de DAP
(diâmetro na altura do peito); possui tronco cilíndrico e geralmente tortuoso. As folhas são
compostas, opostas e imparipenadas (CARVALHO, 1994), com folíolos alternos, peciólulos
de 3 mm de comprimento, lâminas oblongas, bordo inteiro, um quase reto e outro curvo e
base assimétrica (REITZ et al., 1983).
A madeira da canjarana é considerada como uma das mais valiosas do Sul do Brasil,
pois possui uma grande durabilidade, quando exposta a intempéries, e pode ser trabalhada
com facilidade fornecendo um bom acabamento (REITZ et al., 1983). É de ótima qualidade e
a sua cor varia de branca até vermelho-escuro, com vivos reflexos nas faces radiais, textura
3
3
média e lisa ao tato, apresentando resistência satisfatória ao ataque de organismos
xilófagos em condições favoráveis ao apodrecimento (CARVALHO, 1994; BACKES;
IRGANG, 2002). Devido a estas características, a madeira é empregada em construções
civis (indicada para obras internas e externas), dormentes, marcenaria, confecção de caixas,
embalagens, carpintaria e obras de escultura (CARVALHO, 1994; LONGHI, 1995). Além
disso, ela apresenta as vantagens da madeira do cedro, sendo mais firme, resistente e
durável (REITZ et al., 1983) e ainda quando comparada ao cedro (
Cedrela fissilis
) é pouco
afetada pela broca
Hypsipyla grandella.
Porém, em um plantio comprobatório de canjarana,
observou-se, no sexto ano após o plantio, um aumento no número e na percentagem de
árvores com seca nos ponteiros devido ao ataque deste inseto, o que diminuiu a
sobrevivência do povoamento, inviabilizando plantios puros acima de 0,5 ha (CARVALHO et
al., 1996).
A casca do caule e das raízes da árvore tem importantes aplicações na terapêutica
popular (REITZ et al., 1983) e uso medicinal como purgativo, febrífugo, abortivo (BACKES;
IRGANG, 2002), antidispéptico, adstringente e emético (CARVALHO, 1994). Da casca do
caule, também, extraí-se corante vermelho, que é utilizado na indústria de tinturaria,
principalmente para tingir pelegos (CARVALHO, 1994; BACKES; IRGANG, 2002).
A espécie possui flores hermafroditas, nectaríferas, com coloração branca
esverdeada, pequenas e aromáticas, que são utilizadas na indústria da perfumaria devido
ao seu intenso aroma. O suco do fruto tem ação inseticida. As sementes possuem um arilo
suculento que as envolve, o qual é consumido por várias espécies de pássaros, macacos e
outros mamíferos (BACKES; IRGANG, 2002) como o mono-carvoeiro (
Brachyteles
arachnoides
), razão pela qual sua presença é indispensável na composição de
reflorestamentos heterogêneos ou restauração de áreas de preservação permanente
(LORENZI, 1996).
A longevidade das sementes armazenadas é curta, devido à perda rápida da
viabilidade durante a secagem (LONGHI et al., 1984). Isso ocorre por essa semente ser
recalcitrante (ou seja, responde à dessecação com a diminuição da sua viabilidade). O início
desse processo -se quando a semente é separada do fruto, sendo o seu poder
germinativo diminuído após 10 dias (LONGHI et al., 1984). Por essa razão, a germinação
das sementes deve ocorrer logo após a maturação (HARTMANN et al., 2002). Como a
semente possui essa característica e não são ainda conhecidos métodos eficazes para
manter a sua viabilidade, não é aconselhável o seu armazenamento (CARVALHO, 1994).
A viabilidade das sementes foi estudada em experimentos
utilizando dois tipos de
embalagens: saco plástico e saco de filó. Neste último as sementes foram misturadas a
casca de arroz umedecida. As sementes foram armazenadas em câmara fria a 5
°
C,
4
4
comparando com o armazenamento em embalagem aberta fora da câmara fria. O melhor
resultado obtido foi com o saco de filó, que manteve parte da viabilidade das sementes,
sendo capaz de apresentar 50% da germinação inicial até 120 dias de armazenamento
(FRASSETO; MENEZES, 1997). Em outro experimento de armazenamento de sementes,
essas foram colocadas em vidro hermeticamente fechado e em saco plástico, os dois lotes
sendo mantidos em câmara fria a 5
°
C. O resultado de germinação obtido aos 105 dias foi de
39% e 1%, respectivamente (ZANON; CARPANEZZI, 1993).
A faculdade germinativa da espécie varia de 40% até 93% (CARVALHO, 1994).
Porém, LORENZI (1996) considera que a germinação é lenta e geralmente muito baixa, sem
indicar a percentagem de germinação. Segundo BACKERS e IRGANG (2002), em canteiros,
ela ocorre após 13 a 73 dias.
2.2 MICROPROPAGAÇÃO
Na micropropagação, órgãos e tecidos de plantas são introduzidos
in vitro
,
estabelecidos e mantidos em culturas assépticas para regenerar novas plantas
(HARTMANN et al., 2002). Os meios nutritivos fornecem substâncias essenciais para o
crescimento dos tecidos cultivados e tamm participam do controle do padrão de
desenvolvimento
in vitro
(CALDAS et al., 1998).
A micropropagação difere da propagação tradicional nos componentes biológicos de
cada etapa, pois são separados dentro de estágios (estabelecimento dos explantes
in vitro
,
multiplicação, alongamento e enraizamento), aumentando assim o controle de cada aspecto
da regeneração e dos processos de desenvolvimento. As etapas podem ser manipuladas
pela seleção de explantes e controle do desenvolvimento da cultura (HARTMANN et al.,
2002).
As técnicas
in vitro
m mostrado vantagens sobre os métodos da propagação
tradicional, pois as culturas são iniciadas com fragmentos de plantas (explantes), requerem
pequeno espaço para manter ou para aumentar o número de plantas e podem produzir
plantas livres de patógenos como vírus. Além disso, as taxas de propagação são maiores e
em pouco tempo pode-se produzir clones de plantas que apresentam dificuldades de
propagação via macropropagação. Outra vantagem desta técnica é a produção das mudas
independente da época do ano (GEORGE, 1993).
A primeira fase de um protocolo de regeneração de plantas a partir de explantes é a
seleção do material de onde serão retirados os explantes, levando em consideração critérios
como: taxa de crescimento e conservação das características da espécie (MATEO-
5
5
SAGASTA, 1990). Esta fase tamm inclui o estabelecimento de culturas assépticas, que
ocorre por meio da desinfestação dos explantes (TORRES et al., 1998).
A segunda fase refere-se à produção de propágulos, ou seja, à multiplicação de
brotos axilares ou adventícios, de embriões somáticos ou de órgãos. Propágulos produzidos
nessa fase, especialmente brotos, podem ser utilizados em ciclos de multiplicação para
aumentar o seu número (GEORGE, 1993). A terceira fase compreende a transferência das
partes aéreas produzidas para um meio de enraizamento e subseqüente transplantio das
plantas obtidas para substrato ou solo na última fase a de aclimatação (TORRES et al.,
1998).
2.2.1. Desinfestação do material vegetal
2.2.1.1 Desinfestação de partes aéreas
A desinfestação é uma etapa problemática, pois o desinfestante deve eliminar os
microrganismos do tecido vegetal sem danificar o mesmo. Alguns microrganismos podem
ser endógenos ou estarem latentes tanto em sementes como em brotos. Por essa razão,
muitas vezes a obtenção de tecidos vegetais livres de microrganismos é difícil. Porém, se
apenas os meristemas forem retirados, esses geralmente estão livres de microrganismos
(BONGA; DURZAN, 1985).
A desinfestação do material juvenil geralmente não é difícil; entretanto, tamm são
utilizados explantes de material adulto ou de plantas crescidas em condições de campo. A
desinfestação de explantes coletados no campo é mais complicada, pois as percentagens
de contaminação são freqüentemente altas, quando comparadas com as de explantes
juvenis ou retirados de mudas mantidas em casa-de-vegetação. A contaminação pode ser
reduzida por pulverizações com inseticidas e fungicidas (BONGA; ADERKAS, 1992),
envolvendo os brotos das plantas em sacos plásticos ou mantendo-os em casa-de-
vegetação (HARTMANN et al., 2002).
Os desinfestantes mais comumente utilizados são o hipoclorito de cálcio e o
hipoclorito de sódio. O hipoclorito em pH 8,0 perde a sua eficiência e pode prejudicar o
tecido vegetal provocando sua oxidação, pom em pH próximo de 6,0 é mais efetivo
(BONGA; DURZAN, 1985). Geralmente, um surfactante como Tween
®
, ou um detergente, é
adicionado à solução de hipoclorito para facilitar a sua ação, aumentando o contato da
solução com os tecidos (TORRES et al., 1998). Porém, a adição deste pode, além de
diminuir a contaminação, aumentar a toxicidade do hipoclorito para o tecido vegetal
(BONGA; DURZAN, 1985).
6
6
Geralmente, no início da desinfestação, é utilizado etanol a 70% durante alguns
segundos, para eliminar bolhas de ar e parte dos lipídeos, aumentando assim o contato do
desinfestante com o material vegetal. Depois, o explante é mergulhado em hipoclorito de
sódio em uma concentração que varia de 1 a 2% durante 10 a 30 minutos, com gotas de
Tween
®
-20 ou 80, e em seguida são realizados enxágües em água estéril (MATEO-
SAGASTA, 1990).
A desinfestação de brotos de cana-de-açúcar obtidos de plantas adultas foi realizada
utilizando solução de hipoclorito de sódio a 2,7%, com pH 6,0. Os resultados demonstraram
que 46,8% dos explantes não contaminaram. Entretanto, o tratamento foi altamente
fitotóxico, provocando 100% de necrose e morte dos brotos (MOUTHIA; DOOKUM, 1999).
Brotos de plântulas de goiabeira (
Psidium guajava
) foram desinfestados em etanol 70% por
um minuto, seguido de hipoclorito de sódio a 5% por 5 minutos. O resultado foi 70% de
explantes desinfestados e baixa necrose (KHATTAK et al., 1990). Explantes da mesma
espécie, com 2 anos de idade, mantidos em casa de vegetação, produziram brotos e esses
foram desinfestados com 70% de etanol por um minuto, seguido de hipoclorito de sódio 2%
por 15 minutos e enxague com água destilada e esterilizada (ALI; LÜDDERS, 2001).
Brotos apicais de plantas com 2 anos de idade de
Cinnamomum camphora
crescidos
em casa de vegetação foram desinfestados com hipoclorito de sódio 0,5% adicionado de
Tween
®
-20 (2 gotas), por 10 minutos. As a desinfestão, foi utilizado um explante
medindo 3-5 mm, contendo o broto apical e parte do caule subjacente. Foi escolhido este
tamanho reduzido do explante, pois minimiza a contaminação no cultivo (HUANG et al.,
1998).
Ramos do caule de 5 meses de idade da
Azadirachta excelsa
, espécie da família das
Meliaceae, foram desinfestados com hipoclorito de sódio a 1,35% acrescido de Tween
®
-20
(2 gotas) por 25 minutos. Em seguida, as gemas axilares foram retiradas e desinfestadas
novamente em 1,05% (v/v) de hipoclorito por 15 minutos (LIEW; TEO, 1998).
2.2.1.2 Desinfestação de sementes
No caso de
Swietenia macrophylla
, o mogno, a desinfestação de sementes e
segmentos nodais de plantas germinadas
in vitro
foi efetuada com hipoclorito de sódio 0,8%
durante 20 minutos (ALBARRÁN et al., 1997). Em outro trabalho com esta espécie, suas
sementes foram desinfestadas com hipoclorito de sódio a 10% por 10 minutos, antes da
remoção do tegumento e, após a remão deste, o tempo da desinfestação foi de 5 minutos
na mesma concentração de hipoclorito (VENKETESWARAN et al., 1987). Outros
7
7
pesquisadores desinfestaram as sementes do mogno com etanol 70% (3 segundos),
seguido de hipoclorito de sódio comercial na concentração de 5,5% por 20 minutos
(CERDAS et al., 1998).
Em outro trabalho com representante da família Meliaceae,
Cedrela fissilis
, foram
utilizadas sementes para obtenção de plântulas em condições assépticas. Para isso, as
sementes foram desinfestadas com hipoclorito de sódio a 2,5% de cloro ativo, contendo
Tween
®
-20 (2 a 3 gotas), por 75 minutos (NUNES et al., 2002).
Sementes de
Miconia
sp., da família Melastomataceae, foram desinfestadas com
hipoclorito de sódio a 9% por 10 minutos e depois enxaguadas com água estéril seguido de
um tratamento com benomyl (0,5% por 10 minutos) (CID et al., 1997).
Na propagação
in vitro
do
Eucalyptus sideroxylon,
sementes foram desinfestadas
com hipoclorito de sódio a 2,5% e Tween
®
-20 por 20 minutos (CHENG et al., 1992).
No protocolo descrito por YASSEEN et al. (1995) para propagação
in vitro
da
goiabeira (
Psidium guajava
), o fungicida benomyl (50% por 10 minutos) seguido de
hipoclorito de sódio (0,79% por 20 minutos) foram utilizados para desinfestação de
sementes.
2.2.2 Multiplicação
A multiplicação é a segunda fase da propagação
in vitro
de plantas. Nesta fase os
explantes já possuem um crescimento uniforme e adequado; por essa razão, o propósito
desse estágio é a multiplicação das gemas ou das microestacas, para posterior
enraizamento. As plantas desenvolvidas a partir desses explantes, por possuírem gemas
pré-existentes, geralmente são fiéis na reprodução do genótipo da planta matriz
(HARTMANN et al., 2002).
Os meios de cultura utilizados nos estágios de estabelecimento da cultura e
multiplicação são similares, pois ambos possuem em suas formulações macronutrientes,
micronutrientes, carboidratos, geralmente a sacarose, e alguns compostos orgânicos como
vitaminas e aminoácidos. Entretanto, existem meios de cultura com específicas formulações
como o MS (MURASHIGE e SKOOG, 1962) com altas concentrações de sais, sobretudo os
íons nitrato e amônio, quando comparado a outras formulações salinas (GEORGE, 1996) e
meios com menores concentrações de sais (especialmente nitrogênio e potássio),
comparado ao MS, como o meio de cultura WPM (LLOYD; McCOWN, 1980) (SAADAT;
HENNERTY, 2002). Esse geralmente é utilizado em espécies lenhosas quando o meio MS
não for eficiente (HARRY; THORPE, 1994).
8
8
Reguladores vegetais são adicionados ao meio de cultura para auxiliar o crescimento
e tamm são importantes no direcionamento da resposta do desenvolvimento dos
propágulos (HARTMANN et al., 2002). Dentre os fitorreguladores utilizados na fase de
multiplicação destacam-se as citocininas, as quais participam de vários processos
fisiológicos e de desenvolvimento incluindo a divisão celular, morfogênese da parte aérea e
das raízes e senescência (TAIZ; ZEIGER, 2004). Dentro do grupo de citocininas
encontramos BAP (benzilaminopurina), KIN (cinetina), 2-iP (2-isopentenil adenina) e ZEA
(zeatina), as quais são empregadas para formão de brotos. Outro grupo, o das auxinas
(IAA- ácido indol acético, NAA- ácido naftaleno acético e IBA- ácido indol butírico), pode ser
utilizado nessa fase, porém em baixas concentrações (HARTMANN et al., 2002). Já o uso
do 2,4-D (2,4 diclorofenoxiácetico), que tamm é uma auxina, é evitado, pois promove a
formão de calos e pode tamm causar variação genética no cultivo de células ou de
tecidos (GEORGE, 1996).
A escolha das citocininas e das auxinas nos cultivos
in vitro
é arbitria, ou seja,
depende dos pesquisadores, porém mesmo com escolhas diferentes, esses podem obter
resultados similares. O estabelecimento de brotos e a multiplicação do número destes
podem ser promovidos por uma citocinina sem a adição de auxinas. Experimentos com
algumas espécies demonstraram que as auxinas podem ser desnecessárias e podem
reduzir a capacidade dos brotos de enraizar. Já a adição de mais de uma citocinina pode
aumentar a produção ou melhorar a qualidade dos brotos (GEORGE, 1996).
A taxa de proliferação ou multiplicação de brotos dependerá da concentração de
citocininas aplicadas (GEORGE, 1996). Geralmente, as concentrações altas induzem muitos
brotos, mas podem afetar a qualidade destes, produzindo brotos pequenos e incapazes de
alongarem-se para separação (HARTMANN et al., 2002). Os brotos produzidos podem
ainda ter dificuldades para enraizamento, uma maior suscetibilidade à hiperhidricidade
(vitrificação) e podem ser induzidos brotos adventícios. Entretanto, concentrações baixas de
citocininas podem estimular somente o crescimento de brotos axilares ou laterais
(GEORGE, 1996; HARTMANN et al., 2002).
Na fase de multiplicação podem ser realizadas várias subculturas, cada uma tendo
uma duração de duas a oito semanas. Entretanto, se o tempo de subcultura for
demasiadamente longo, as folhas se tornam amareladas e pode ocorrer necrose
(HARTMANN et al., 2002).
Dentre os métodos de micropropagação destacamos a propagação a partir de brotos
axilares, a qual inclui a cultura de gemas e segmentos nodais. Essas referem-se a cultura de
gemas com meristemas intactos e o propósito destas é a multiplicação de brotos e a
repetida formação de ramos axilares. Para que a multiplicação ocorra, a dominância apical
9
9
deve ser eliminada. Para isso, a gema apical pode ser retirada ou são utilizadas citocininas
e ou a mudança dos segmentos para a posição horizontal (GEORGE, 1996).
Na Tabela 1 são apresentados experimentos de multiplicação, utilizando como
explantes gemas axilares e segmentos nodais.
10
10
BAP+NAA não induziu ou inibiu brotações;
2
número de brotos por explante.
EM2 (Pronatec, Lille, França/composto para preveão e redução da vitrificão);
TABELA 1 - RESULTADOS OBTIDOS EM EXPERIMENTOS DE MULTIPLICAÇÃO
IN VITRO
DE
ÁRVORES TROPICAIS EM MEIO DE CULTURA MS ADICIONADO DE
CITOCININAS
Espécie
Explante
Citocininas (resultado)
Autores
Azadirachta indica
(Meliaceae)
Gemas apicais e
laterais
4,4
µ
M de BAP(4 brot/expl.)
YOUSEF; FATTAH,
1998
Azadirachta
excelsa
(Meliaceae)
Gemas axilares
4,4
µ
M de BAP e 0,5
µ
M de NAA
(8 brot/ expl.)
LIEW; TEO, 1998
Cedrela fissilis
(Meliaceae)
Segmentos de
s cotiledonares
de plântulas
jovens
1,25 a 5,0
µ
M de BAP
(6 a 7 novos brotos)*
NUNES; CASTILHO;
MORENO; VIANA,
2002
Celastrus
paniculatus
(Celastraceae)
Segmentos
nodais e brotos
apicais
4,4
µ
M de BAP
(3,6 brot/expl. em 94% explantes)
NAIR; SEENI, 2001
Cinnamomum
camphora
(Lauraceae)
Segmento nodal
de árvores com 2
anos e em casa
de vegetação
4,4
µ
M de BAP (9 brot/expl.);
4,4
µ
M de BAP + EM
2
1000 mg/l
(18 brotos /explante)
HUANG; HUANG;
MURASHIGE, 1998.
Dalbergia sissoo
s
cotiledonares
8,9
µ
M de BAP
(7,9 brot/ expl.; 99% prolif. brotos)
PRADHAN; KAR;
CHAND, 1998
Holostemma ada-
kodien
(Asclepiadaceae)
Gemas axilares
8,9
µ
M de BAP e 2,45
µ
M de IBA
(8 brot/expl.)
MARTIN, 2002
Melia azedarach
(Meliaceae)
Meristemas de
brotos apicais
2,2
µ
M de BAP e 0,49
µ
M de IBA
VILA; SCOCCHI;
MROGINSKI, 2002
Melia azedarach
(Meliaceae)
Segmentos
nodais
6,6
µ
M de BAP + 1,1
µ
M de NAA
(7 brot/ expl.)
11,7
µ
M de KIN + 1,1
µ
M de NAA
(13brot/expl.)
SHAHZAD;
SIDDIQUI;
SHAHZAD, 2001
Morus latifolia
(Moraceae)
Gemas axilares
de árvores com
15 anos
8,9
µ
M de BAP (6 brot/expl.)
(MS +2% frutose)
MEI-CHUN, 2002
Naregamia alata
(Meliaceae)
Gemas apicais
3,1
µ
M de BAP e 8,6
µ
M de GA
3
(9 brot/expl.)
BENNY et al., 1999
Psidium guajava
(Myrtaceae)
Segmentos
nodais com
gemas axilares
2,2
µ
M de BAP (2,4 brotos por explante) a
4,4
µ
M
(2,1 brot/expl.)
10
µ
M de 2-iP (2 brot/expl.)
2
ALI; LÜDDERS,
2001
Punica granatum
(Puniaceae)
Gemas axilares
2,2
µ
M de BAP + 5,4
µ
M de NAA
(8 a 10 brot/ expl.) subcultivo em 13,3
µ
M de
BAP + 2,7
µ
M de NAA (20,2)
RUDRA;
JUWARKAR, 2002
Swietenia
macrophylla
(Meliaceae)
Segmentos
nodais
20
µ
M de BAP
(taxa multiplicação 2,95)
10
µ
M de BAP+ 2,2
µ
M de 2-iP
(taxa multiplicação 7,22)
SCHOTTZ, 2003
11
11
2.2.3 Enraizamento
A fase de enraizamento consiste em transferir as partes aéreas produzidas na fase
de multiplicação para um meio adequado à indução de raízes. Entre as fases de
enraizamento e multiplicação pode ser necessária uma fase adicional a de alongamento das
partes aéreas, ou o sistema pode ser simplificado, eliminando-se a etapa de enraizamento
in
vitro
pela manipulação das partes aéreas como microestacas, as quais enraizariam
diretamente no substrato de transplantio (GRATTAPAGLIA; MACHADO, 1998).
A etapa de enraizamento caracteriza-se pela formação de raízes adventícias nas
partes aéreas provenientes da multiplicação, permitindo o posterior transplantio para
condições
ex vitro
. Geralmente o enraizamento de espécies herbáceas é fácil, porém o
mesmo não ocorre com as espécies lenhosas (GRATTAPAGLIA; MACHADO, 1998). O
enraizamento de lenhosas é dependente da relação entre os níveis de auxina e citocinina,
participação de outras substâncias reguladoras de crescimento (por exemplo: as giberelinas
e o ácido abscísico), influência de co-fatores e fatores fisiológicos e externos (ASSIS;
TEIXEIRA, 1998).
A capacidade de enraizamento pode ser reduzida à medida que se utiliza material
menos juvenil, já que essa capacidade diminui quando a planta se aproxima da fase adulta
(HARTMANN, 2002). Por essa razão às vezes é necessária à restauração da competência
de enraizamento por meio do rejuvenescimento das partes aéreas (GRATTAPAGLIA;
MACHADO, 1998). O rejuvenescimento é considerado como uma reversão da fase adulta
para a juvenil, sendo esse obtido por meio de podas severas na planta-matriz, de micro-
enxertias consecutivas, sucessivos subcultivos de meristemas apicais e a aplicação de
alguns fitorreguladores como as giberelinas (HARTMANN, 2002).
A rizogênese pode ser dividida em indução, iniciação e alongamento das raízes. Na
fase de indução a capacidade para a formação da raiz é determinada. Já na fase de
iniciação visíveis mudanças citológicas ocorrem, na última fase, a qual pode ser dividida em
organização e alongamento. O primórdio da raiz pode ser observado histologicamente,
ocorrendo tamm o desenvolvimento das raízes (GEORGE, 1996). As duas primeiras
fases respondem ou dependem de auxina, enquanto que o crescimento das raízes é inibido
pela presença da mesma (GRATTAPAGLIA; MACHADO, 1998).
12
12
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 ORIGEM DO MATERIAL VEGETAL
Foram coletados ramos, com 60 cm de comprimento, de árvores adultas de
canjarana localizadas no município de Antonina, na Reserva Morro da Mina, propriedade da
Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). As gemas
axilares foram utilizadas em experimentos de desinfestação, para posterior inoculação
in
vitro
.
No período de agosto a outubro de 2003 foram coletados frutos de árvores de duas
reservas da SPVS, Reserva do Xaxim e da Cachoeira, localizadas no município de Antonina
Estado do Paraná. Os frutos sem fissuras foram utilizados em experimento de deiscência.
Segmentos nodais e apicais foram excisados das plantas germinadas e crescidas
in
vitro
e utilizados em experimentos de multiplicação.
3.2
DEISCÊNCIA DOS FRUTOS
Os frutos coletados no dia 21/07/03 na Reserva do Xaxim foram acondicionados em
sacos plásticos para o transporte. No laboratório, os frutos fechados foram colocados em
sacos plásticos com serragem e em sacos plásticos sem serragem. Esses foram fechados e
colocados na temperatura de 25
±
3
°
C. A deiscência dos frutos foi analisada após 7 e 11
dias.
As médias dos tratamentos (frutos em embalagens fechadas com e sem serragem)
foram comparadas por meio do teste-t para amostras independentes. O delineamento
experimental foi inteiramente ao acaso, com cada unidade experimental constituída por 33
frutos fechados e três repetições. As variáveis avaliadas para a deiscência dos frutos foram
a percentagem de frutos totalmente abertos (com cinco fissuras), parcialmente abertos
(número de fissuras menor que cinco), fechados, e a percentagem de frutos contaminados
por fungos.
13
13
3.3 DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO DAS SEMENTES
IN VITRO
As sementes foram retiradas dos frutos, quando esses sofreram deiscência. O arilo
foi eliminado manualmente com o auxílio de água. Em seguida, as sementes foram
desinfestadas com etanol 70% por 30 segundos, seguido de solução de hipoclorito de sódio
nas concentrações de 1,0; 2,5 e 5,0% (v/v), acrescido de Tween
®
20 (4% v/v), em dois
tempos de tratamento (20 e 30 minutos). Depois disso, as sementes foram lavadas em água
destilada estéril (quatro enxágues) e inoculadas no meio de cultura MS1/2 (MS com a
concentração de sais minerais e vitaminas dividida pela metade) (MURASHIGE; SKOOG,
1962). Os experimentos foram realizados em frascos de vidro com 6,5 cm de diâmetro
contendo 20 ml de meio de cultura. Os frascos foram mantidos em sala de crescimento nas
condições descritas em 3.5.3.
O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com cinco repetições, sendo
oito frascos por repetição, uma semente por frasco e seis tratamentos.
As variáveis avaliadas foram o número de sementes contaminadas por fungos e/ou
bactérias após 7 dias e o número de sementes germinadas após 7 e 14 dias. Essas
variáveis foram utilizadas para calcular as percentagens de contaminação e germinação das
sementes.
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias dos
tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey.
3.4 DESINFESTAÇÃO DE GEMAS AXILARES OBTIDAS DE PLANTAS ADULTAS
Testes de desinfestação de gemas axilares foram realizados após a lavagem de
ramos caulinares adultos em água corrente e detergente.
Nos experimentos 1 e 2, descritos em seguida, as gemas axilares foram retiradas em
condições assépticas, com o auxílio do bisturi, e colocadas em etanol 70% por 30 segundos,
seguido de soluções de hipoclorito de sódio. Depois de enxaguadas em água destilada
estéril, foram inoculadas em placas de petri (10 cm de diâmetro) com 20 mL meio de cultura
MS.
Experimento 1. O hipoclorito de sódio foi utilizado nas concentrações de 0,03; 0,06;
0,12; 0,24 e 0,5% (v/v) durante 4 minutos. O delineamento experimental utilizado foi
inteiramente ao acaso, com 5 repetições e 11 explantes por repetição.
14
14
Experimento 2. Hipoclorito de sódio nas concentrações de 6; 8,4; 9,6 e 10,8 % (v/v)
por 8 minutos. O delineamento experimental foi o mesmo utilizado no experimento anterior,
porém o número de repetições foi de 6 com 9 explantes por repetição.
Nos experimentos 3 e 4 descritos abaixo, os ramos caulinares foram lavados em
água e detergente, seccionados em segmentos de 7 cm de comprimento com o auxílio de
bisturi e colocados em etanol 70% por 30 segundos. Depois os explantes foram colocados
em solões de hipoclorito de sódio e após esse processo as gemas axilares foram
enxaguadas em água destilada autoclavada e inoculadas em tubos de ensaio com meio de
cultura MS.
Experimento 3. Os ramos contendo gemas axilares foram desinfestados com 6 e
8,4% (v/v) de hipoclorito de sódio (20 minutos). O delineamento experimental utilizado foi
inteiramente casualizado, com 4 repetições e 4 explantes por repetição.
Experimento 4. As concentrações de hipoclorito de sódio utilizadas foram as
seguintes: 0,5; 1,0 e 2,0% (v/v) com pH ajustado em 6,0, em dois tempos de imersão (15 e
20 minutos). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, entretanto foram
utilizadas 5 repetições por tratamento e 8 explantes por repetição.
As variáveis avaliadas foram a percentagem de explantes contaminados por fungos
e/ou bactérias e a percentagem de sobrevivência das gemas axilares as 14 dias.
3.5 MULTIPLICAÇÃO DE GEMAS A PARTIR DE SEGMENTOS NODAIS E APICAIS DE
PLANTAS JUVENIS
3.5.1 Preparo dos Explantes
Os segmentos nodais e apicais foram retirados de plântulas germinadas e crescidas
in vitro
com 60 dias de idade. Os segmentos apicais foram cortados com aulio de uma
tesoura deixando a base em bisel. Cada segmento de aproximadamente 0,8 cm de
comprimento, continha uma gema axilar com uma folha jovem e a gema apical. Os
segmentos nodais tamm foram seccionados com auxílio da tesoura com a base em bisel
e o ápice em corte reto. O comprimento dos segmentos era de aproximadamente 1,2 cm,
sendo que cada segmento nodal continha duas gemas axilares opostas.
3.5.2 Preparo dos Meios de Cultura
15
15
Os meios de cultura foram preparados com água destilada e de acordo com as
formulações salinas e vitamínicas para os respectivos meios de cultura, adicionadas de 30
g.L
-1
de sacarose e 7 g.L
-1
de ágar. O pH foi ajustado em 5,8 antes da esterilização, a qual
foi realizada por passagem na autoclave por 20 minutos a uma temperatura de 120ºC. Os
fitorreguladores foram adicionados aos meios de cultura antes da autoclavagem.
3.5.3. Condições de Cultura
Todas as culturas
in vitro
(com exão da germinação das sementes e dos testes de
desinfestação de gemas axilares retiradas de plantas adultas) foram realizadas em frascos
de vidro com 6,5 cm de diâmetro contendo 25 ml de meio de cultura por frasco, tampados
com papel alumínio.
As culturas foram mantidas na sala de crescimento do Laboratório de
Micropropagação do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná. As
condições foram: temperatura de 25
±
3
°
C, densidade de fluxo de fótons de
±
40
µ
mol.m
-2
.s
-
1
(lâmpadas fluorescentes da marca Philips “Luz do dia”) e fotoperíodo de 16 horas.
3.5.4 Experimentos de Indução de Brotações Múltiplas Utilizando o Meio de Cultura MS
Experimento 1. Dois tipos de segmentos, nodais e apicais, foram inoculados em meio
de cultura MS, acrescido de BAP nas concentrações de 2,5; 5,0; 10 e 20
µ
M e no meio
controle sem BAP.
Experimento 2. Foram utilizados segmentos nodais e apicais, que foram inoculados
em meio de cultura MS, acrescido de 2,5; 5,0; 10 e 20
µ
M de 2-iP e no meio controle sem 2-
iP.
Nos dois experimentos, o delineamento experimental foi inteiramente casualizado
para os dois fitorreguladores. O arranjo fatorial dos tratamentos 5x2 foi utilizado, para
estudar a interação entre as concentrações de citocinina e o tipo de segmento. Foram
utilizadas 8 repetições por tratamento e a unidade experimental era composta por dois
frascos com três segmentos nodais cada.
Para as variáveis: percentagem de explantes mortos, percentagem de explantes com
brotos e o número médio de brotos novos por explante, os dados foram transformados para
(x+1), sendo que o valor de “x” está na forma decimal.
Nos dois experimentos, os resultados foram submetidos à análise de variância e as
16
16
médias dos tratamentos obtidas foram comparadas pelo teste de Tukey, com exceção da
variável comprimento dos brotos, para a qual não foi realizada análise estatística em razão
do grande número de valores nulos em algumas repetições dos tratamentos. O programa
estatístico utilizado foi o MSTAT-C.
Experimento 3. Esse foi realizado utilizando o meio de cultura MS e rebrotas (brotos
originados do nó cotiledonar, após a poda da parte aérea da planta) com 70 dias de idade,
de plantas germinadas e crescidas
in vitro
. As rebrotas foram seccionadas em segmentos
nodais de aproximadamente 1,4 cm de comprimento, contendo duas gemas axilares
alternadas. O ápice caulinar foi descartado.
As citocininas testadas foram BAP ou 2-iP na concentração de 2,5
µ
M e as duas
combinadas na mesma concentração. O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado, com 8 repetições por tratamento, a unidade experimental sendo composta por
dois frascos com três segmentos nodais em cada.
Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos
foram comparadas pelo teste de Tukey. Para as variáveis: percentagem de explantes
mortos, percentagem de explantes com brotos e número médio de brotos novos por
explante, os dados foram transformados para (x+1), sendo que o valor de “x” está na forma
decimal.
3.5.5 Experimentos de Indução de Brotações Múltiplas Utilizando o Meio de Cultura WPM
Segmentos nodais (1,2 cm de comprimento) e apicais (0,8 cm de comprimento)
obtidos de plantas germinadas e crescidas
in vitro
com 70 dias de idade foram inoculados
em meio de cultura WPM, acrescido de 0, 2,5 e 5,0
µ
M de BAP. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado, com 8 repetições e a unidade experimental sendo
composta por dois frascos com três segmentos nodais cada.
Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos
foram comparadas pelo teste de Tukey, para as variáveis: percentagem de explantes
mortos, percentagem de explantes com brotos e o número médio de brotos novos por
explante, os dados foram transformados para (x+1), sendo que o valor de “x” está na forma
decimal. A variável comprimento dos brotos não foi submetida à análise estatística em razão
do grande número de valores nulos em algumas repetições dos tratamentos. O programa
estatístico utilizado foi o MSTAT-C.
17
17
3.5.6 Subcultivos
No cultivo inicial, as avaliações foram realizadas após 45 dias da inoculação dos
explantes. Porém, nos quatro subcultivos, essas foram realizadas a cada 30 dias. As as
avaliações, os explantes tiveram a extremidade inferior cortada novamente em bisel e foram
subcultivados em meios de culturas com as mesmas composições iniciais e as mesmas
concentrações de citocininas.
Os explantes foram avaliados, considerando as seguintes variáveis: número inicial de
gemas em cada tratamento, número de gemas ao final da subcultura, incluindo as gemas
dos novos brotos formados, o número de explantes mortos e o tamanho dos brotos
superiores a 0,5 cm. A partir desses dados foi calculada a taxa de multiplicação da maneira
seguinte: o número final de gemas no final da subcultura, incluindo as gemas axilares dos
brotos, foi dividido pelo número de gemas no início da subcultura. Tamm foram calculados
a percentagem de explantes com brotos, o número médio de brotos (com caule > 0,5 cm)
novos por explante (para o cálculo desta variável, foram considerados apenas os brotos
novos produzidos em cada subcultivo, divididos pelo número de propágulos presentes em
cada subcultivo), o número médio de brotos em explantes com brotos, o comprimento médio
dos brotos e a percentagem de explantes mortos. Foi considerado propágulo toda estrutura
utilizada para multiplicação vegetativa da planta, segundo a definição de TORRES et al.
(1999).
Nos experimentos utilizando o meio de cultura MS, acrescido de BAP ou 2-iP, antes
de executar o 2º subcultivo, todos o segmentos nodais contendo duas gemas opostas
(maiores que 0,3 cm) foram divididos em dois explantes, cada um com uma gema axilar. Já
nos experimentos com o meio de cultura MS utilizando segmentos nodais de rebrotas e no
experimento com WPM acrescido de BAP utilizando segmentos nodais e apicais, a divisão
das gemas axilares (maiores que 0,3 cm) presentes nos segmentos dos explantes foi
realizada antes do início do 1º subcultivo, pois o tamanho das gemas axilares foi utilizado
como padrão para a divisão. Nos subcultivos subseqüentes, as gemas maiores que 0,3 cm
foram separadas dos brotos e também, foram divididos os brotos quando era possível a
obtenção de propágulos maiores que 0,4 cm (Desenho 1).
18
18
BR
Desenho 1 - A- Segmento nodal com duas gemas axilares (GAx) na base dos pecíolos (PE),
quando secionado produziu dois explantes;
B- Um explante subcultivado produziu um broto (BR) com gema apical (GAp) e
uma gema axilar (> 0,3 cm), essa foi separada para posterior subcultivo.
3.6 EXPERIMENTO DE ALONGAMENTO E ENRAIZAMENTO DE BROTOS
(MICROESTACAS) OBTIDOS NA FASE DE MULTIPLICAÇÃO
Os brotos obtidos em meio de cultura MS e em tratamentos com BAP (2,5, 5,0 e
10
µ
M), depois de quatro subcultivos foram transferidos para o meio WPM adicionado de
BAP 2,5
µ
M, para o alongamento destes. Depois de 30 dias, os brotos com comprimento
maior ou igual a 1,0 cm, foram seccionados em bisel na base para confeão de
microestacas, as quais foram colocadas em meio de cultura WPM em ts tratamentos sem
e com 2,5
µ
M e 5,0
µ
M de IBA, para testar o enraizamento. O delineamento experimental foi
inteiramente ao acaso, sendo composto por 11 repetições de cada unidade experimental
com quatro microestacas por frasco. Aos 30 e 60 dias, foram observadas as seguintes
variáveis: percentagem de microestacas enraizadas, número médio de raízes e o
comprimento médio das raízes.
GAp
B
A
GAx
GAx
PE
19
19
3.7 EXPERIMENTO DE ENRAIZAMENTO DE MICROESTACAS OBTIDAS DE REBROTAS
DE PLÂNTULAS GERMINADAS E CRESCIDAS
IN VITRO
As microestacas foram obtidas a partir de rebrotas (com
±
9 meses de idade) que
sobraram de plântulas das quais foram retirados os explantes para os experimentos de
multiplicação. As microestacas foram confeccionadas com aproximadamente 2 cm de
comprimento, duas folhas na porção apical e a base cortada em bisel duplo. Foram
inoculadas em meio de cultura MS/2 (MS com a concentração de sais reduzida pela
metade).
No experimento 1 foram aplicados 4 tratamentos: 0; 2,5; 5,0 e 10
µ
M de IBA,
adicionado aos meios de cultura.
No experimento 2, os tratamentos utilizados foram os mesmos do experimento 1,
porém as microestacas permaneceram apenas 7 dias nos meios de cultura citados e na
ausência de luz. Depois desse período, as microestacas foram retiradas dos respectivos
tratamentos e transferidas a meio de cultura MS/2 sem a adição de IBA.
O delineamento experimental utilizado nos experimentos foi inteiramente
casualizado, com 4 repetições, contendo 10 microestacas por repetição.
A avaliação dos experimentos foi realizada com 30 e 60 dias após a instalação e as
variáveis observadas foram: percentagem de microestacas enraizadas, número médio de
raízes e comprimento médio das raízes.
20
20
4 RESULTADOS
4.1 DEISCÊNCIA DE FRUTOS
Os resultados obtidos após 7 dias de armazenamento mostraram que esse período
de armazenamento foi insuficiente para a deiscência dos frutos, pois apenas 3% deles
abriram totalmente quando submetidos ao 1º tratamento com saco plástico sem serragem e,
no tratamento com serragem, nenhum fruto sofreu deiscência.
As 11 dias de armazenamento, foi verificado que existiam frutos fungados, abertos
totalmente (com cinco fissuras) e parcialmente (com menos de 5 fissuras) (Figura 1) (Tabela
2 e anexo 1).
De acordo com a percentagem de frutos abertos totalmente e parcialmente, o melhor
tratamento para deiscência dos frutos foi o de armazenamento em saco plástico sem
serragem, por 11 dias.
A análise estatística utilizando o teste-t para a comparão dos dois tratamentos
revelou diferença estatística para as seguintes variáveis: frutos totalmente abertos, frutos
parcialmente abertos e frutos fechados. Para essas variáveis o melhor tratamento para
deiscência foi com saco plástico sem serragem (Tabela 2). O resultado apresentado nos
sugere que para deiscência de frutos de canjarana devem ser utilizados sacos plásticos
fechados. Entretanto, INOUE (1978) que tamm estudou a deiscência dos frutos de
Cabralea
sp., obteve a maior porcentagem de frutos abertos em sacos plásticos com
serragem e justificou o resultado pela absorção de parte da umidade, essencial para
deiscência, de dentro do saco plástico pela serragem. No presente trabalho, provavelmente
a umidade presente nos frutos era suficiente para sua deiscência, logo a serragem pode ter
absorvido parte da umidade necessária para deiscência dos frutos. A alta percentagem de
frutos fungados nos dois tratamentos pode ser devida à falta de assepsia antes da utilização
dos frutos no experimento e tamm às condições favoráveis para o desenvolvimento das
hifas de fungos pré-existentes na superfície dos frutos.
21
21
TABELA 2 -
RESULTADOS DE DEISCÊNCIA DE FRUTOS DE CANJARANA, ARMAZENADOS EM
SACO PLÁSTICO SEM E COM SERRAGEM, APÓS 11 DIAS
Variáveis
Tratamento sem
serragem
Média
±
desvio padrão
Tratamento com
serragem
Média
±
desvio padrão
Teste-t
Frutos abertos
totalmente (%)
Frutos
abertos
parcialmente
(%)
Frutos fechados
(%)
Frutos
fungados(%)
10,40
±
2,31
57,37
±
2,08
32,23
±
3,05
77,66
±
6,02
1,50
±
3,00
12,75
±
7,08
82,50
±
23,04
68,25
±
21,82
t= 3,70; G.L= 5; P> 0,03
t= 9,95; G.L= 5; P> 0,0002
t= - 4,79; G.L= 5;P> 0,0049
t= 0,71;G.L= 5;P< 0,508
4.2 DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO DAS SEMENTES
O tratamento com 2,5% de hipoclorito de sódio, durante 30 minutos, apresentou o
melhor resultado de desinfestação (75%) e de germinação (65% após 7 dias e 90% após 14
dias) (Tabela 3 e Anexos 2 e 3 e Figuras 2 e 3).
Houve diferença estatisticamente significativa na desinfestação das sementes
apenas entre as concentrações de hipoclorito de sódio 1% (v/v) e 2,5% no tempo de 30
minutos, nas quais encontraram-se a maior e a menor percentagem de contaminação. Em
outro trabalho com
Cedrela fissilis
, as sementes tamm foram desinfestadas com
hipoclorito de sódio na mesma concentração, porém por 75 minutos (NUNES et al., 2002).
No experimento com a canjarana, um menor tempo de exposição ao agente desinfestante
foi efetivo provavelmente, devido às sementes na sua maioria terem sido obtidas ainda
dentro dos frutos, dos quais grande parte sofreu deiscência no próprio laboratório. CHENG
et al. (1992) tamm desinfestaram sementes de
Eucalyptus sideroxylon
com solão de
hipoclorito de sódio a 2,5% por 20 minutos.
No mesmo experimento a análise estatística mostrou existirem difereas
estatisticamente significativas entre os tratamentos com hipoclorito de sódio, para a
germinação de sementes aos 14 dias, sendo que os melhores resultados foram observados
na concentração de 2,5% (v/v) nos dois tempos testados (Tabela 3).
22
22
TABELA 3 -
EFEITO DOS TRATAMENTOS DE DESINFESTAÇÃO NA PERCENTAGEM DE
CONTAMINAÇÃO E DESINFESTAÇAO DE SEMENTES DE CANJARANA AS 7
DIAS, E NA GERMINAÇÃO
IN VITRO
APÓS 7 E 14 DIAS
Concentração
de hipoclorito de
sódio (%)
Tempo de
exposição (min)
Contaminação por
fungos e/ou
bactérias após 7
dias (%)
Sementes
germinadas após
7 dias (%)
Sementes
germinadas após 14
dias (%)
1,0
1,0
2,5
2,5
5,0
5,0
20’
30’
20’
30’
20’
30’
38 ab
68 a
50 ab
25 b
46 ab
55 ab
33 ab
23 ab
38 ab
65 a
15 b
37 ab
34 b
32 b
70 a
90 a
20 b
40 b
Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
O hipoclorito de sódio é um potente oxidante. Sua ação pode ser resultante de
modificações nas propriedades das membranas celulares do tegumento ou no fornecimento
de oxigênio adicional para a semente, aumentando desta forma a percentagem de
germinação (HSIAO; QUICK, 1984). Sendo assim, o hipoclorito de sódio pode ter
influenciado a percentagem de germinação da canjarana. Porém, a maior percentagem de
germinação foi obtida em uma concentração intermediária de hiploclorito de sódio (2,5%
(v/v)), esse resultado pode ser devido às altas percentagens de contaminação das sementes
desinfestadas em solução de hipoclorito de sódio a 1,0% e 5,0% (v/v). Além disso, a maior
concentração de hipoclorito de sódio pode ter causado a ‘’queima’’ de tecidos, já que foi
observada a perda de parte da coloração de algumas sementes e a necrose de algumas
radículas.
4.3 DESINFESTAÇÃO DE GEMAS AXILARES PROVENIENTES DE ÁRVORES ADULTAS
Os resultados de experimentos de desinfestação das gemas axilares nas
concentrações propostas de hipoclorito de sódio podem ser observados na Tabela 4. As
concentrações de hipoclorito de sódio aqui testadas foram escolhidas por terem sido já
testadas em outros trabalhos com outras espécies como
Psidium guajava, Cinnamomum
camphora
e
Azadirachta excelsa
. Enretanto, a desinfestação total ou em uma porcentagem
suficiente para realização de experimentos o foi obtida.
23
23
TABELA 4 - RESULTADOS DOS TRATAMENTOS DE DESINFESTAÇÃO DE GEMAS AXILARES
DE ÁRVORES ADULTAS DE CANJARANA, APÓS 14 DIAS DE CULTIVO
Experimentos
Concentrações
do hipoclorito
de sódio (%)
Tempo de
exposição ao
desinfestante
Contaminações
com
fungos (%)
Contaminações
com bactérias
(%)
Contaminações
com fungos e
bactérias (%)
1
0,03; 0,06;
0,12; 0,24; 0,5
4’
0
0
100
2
6; 8,4; 9,6; 10,8
8’
100
0
0
3
6 e 8,4
20’
50
47
0
(pH ajustado
em 6,0)
0,5
1,0;
2,0
15’
73
55
85
0
0
0
27
45
15
4
(pH ajustado
em 6,0)
0,5
1,0;
2,0
20’
75
75
80
0
0
0
25
25
20
As gemas axilares aparentemente desinfestadas foram colocadas em placas de petri,
em meio de cultura MS estéril. Porém, após 7 dias, a maioria delas estava contaminada.
Entretanto, alguns explantes sobreviveram após a desinfestação com as maiores
concentrações de hipoclorito de sódio, 6 e 8,4% (v/v), as quais levaram esses a oxidação.
Resultados similares de oxidação foram observados por AMIN e JAISWAL (1988) nos
explantes retirados de plantas adultas de goaibeira (
Psidium guajava
). Optou-se por não
continuar os experimentos com gemas axilares de árvores adultas, pois além da dificuldade
de obter explantes desinfestados em número suficiente para a realização de experimentos
de multiplicação, foi observada a oxidação dos explantes desinfestados.
Resultados similares de contaminação foram observados por SCUTTI (1999) em
segmentos nodais retirados de plantas adultas de guabirobeira (
Campomanesia
xa
nthocarpa
Berg.), mantidas em condições de campo, que apresentaram 100% de
contaminação depois de tratamentos com hipoclorito de sódio (10% e 20% por 5 e 10
minutos).
CHATURVEDI et al. (2004) tamm relataram a dificuldade de desinfestação de
segmentos nodais retirados de plantas adultas de
Azadiracha indica
, uma Meliaceae como a
canjarana. Os autores citados obtiveram uma percentagem de contaminação dos explantes
de 20 a 100 %.
Apesar da regeneração de tecidos em explantes retirados de espécies lenhosas
adultas ser baixa (JAMES, et al., 1984) e haver uma maior dificuldade de desinfestação do
material adulto, a micropropagação utilizando esse tipo de material é freqüentemente
24
24
escolhida, pois podem ser selecionadas plantas que demonstram características de
interesse (BONGA; ADERKAS, 1992). Entretanto, protocolos de micropropagação a partir
de material juvenil apresentam algumas vantagens do ponto de vista experimental, pois
pode ser obtido um grande número de explantes sem contaminação e esses explantes tem
elevada capacidade de crescimento e tamm uma rápida resposta à aplicação de
fitorreguladores. Logo, esse tipo de explante pode orientar e auxiliar a elaboração de
protocolos para explantes retirados de plantas adultas (GRATTAPAGLIA; MACHADO,
1998).
4.4 MULTIPLICAÇÃO DE GEMAS AXILARES
4.4.1 Culturas em Meio de Cultura MS
4.4.1.1 Efeito da benzilaminopurina na multiplicação de gemas axilares em segmentos
nodais e apicais
4.4.1.1.1 Taxa de multiplicação
Os resultados da análise de variância (Anexo 4) indicaram que a interação entre os
fatores (tipo de segmento e concentrações de BAP) foi significativa, revelando que os
fatores não são independentes, para todos os subcultivos com exceção do último (para esse
houve diferenças estatisticamente significativas entre as concentrações e entre os tipos de
segmento). Logo, quando a interação é significativa, o melhor resultado para as
concentrações de BAP depende do tipo de segmento utilizado.
O teste de Tukey (Tabela 5) revelou que, para o segmento nodal (Figura 4), no
cultivo inicial, as taxas de multiplicação obtidas com 2,5 e 5,0
µ
M de BAP não diferiram
entre si e foram superiores às demais concentrações testadas (Figura 5). No 1º e 3º
subcultivos, a taxa de multiplicão obtida com 2,5
µ
M de BAP, foi superior e diferiu das
demais doses testadas, porém no 2º subcultivo a concentração de 5,0
µ
M de BAP, foi
superior e diferiu das demais (Figuras 6, 7 e 8).
Para o segmento apical, no cultivo inicial, a taxa de multiplicação obtida com 2,5
µ
M
de BAP foi superior e diferiu das outras. Para o 1º e 2º subcultivos, as médias de taxa de
25
25
multiplicação na concentração de 5,0
µ
M de BAP foram superiores e diferiram das demais.
, no 3º subcultivo as médias das taxas de multiplicação não diferiram entre si.
A taxa de multiplicação da canjarana foi baixa em ambos os tipos de segmentos nas
concentrações de BAP testadas. No entanto, as concentrações de BAP que forneceram os
melhores resultados para os dois tipos de segmentos foram 2,5 e 5,0
µ
M em todos os
subcultivos, e as maiores taxas de multiplicação foram observadas no segmento nodal
(Tabela 5).
TABELA 5 TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS EM EXPLANTES DE CANJARANA NO
CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS, EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
TAXA DE MULTIPLICAÇÃO
Cultivo inicial
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
BAP
(
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
1,00 c A
1,00 b A
1,00 c A
1,00 d A
1,00 c A
1,00 b A
1,00 b A
1,00 a A
2,5
1,57 a A
1,29 a B
1,72 a A
1,15 c B
1,41 b A
1,02 b B
1,24 a A
1,04 a B
5,0
1,46 a A
1,13 b B
1,31 b A
1,37 a A
1,77 a A
1,16 a B
1,05 b A
1,06 a A
10
1,20 b A
1,02 b B
1,02 c B
1,25 b A
1,10 c A
1,00 b B
1,03 b A
1,00 a A
20
1,00 c A
1,00 b A
1,00 c A
1,00 d A
1,00 c A
1,00 b A
1,00 b A
1,00 a A
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, na vertical, e as médias seguidas pela mesma letra maiúscula na
horizontal, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
*SN- Segmento Nodal; SA*- Segmento Apical
O teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 6) revelou que no 4º
subcultivo, apesar de não haver interação significativa entre os fatores, a taxa de
multiplicação da concentração de 2,5
µ
M diferiu e foi superior a média das concentrações de
0 e 20
µ
M de BAP independente do tipo de segmento e o melhor tipo de segmento
independente da concentração de BAP foi o nodal, o qual diferiu estatisticamente do
segmento apical (média de todas as concentrações de BAP para o segmento apical 1,01) e
foi obtida a maior taxa de multiplicação (média de todas as concentrações de BAP para o
segmento nodal 1,06).
26
26
TABELA 6 TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS EM EXPLANTES DE CANJARANA NO
4° SUBCULTIVO EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE
BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
TAXA DE MULTIPLICAÇÃO
Concentrações de BAP (
µ
M)
Segmento Nodal
Segmento Apical
Médias
0
1,00
1,00
1,00 b
2,5
1,14
1,03
1,09 a
5,0
1,08
1,02
1,05 ab
10
1,09
1,02
1,05 ab
20
1,00
1,00
1,00 b
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
No presente trabalho foram realizados quatro subcultivos a cada 30 dias. De acordo
com VENGADESAN et al. (2002), subcultivos freqüentes em intervalos de 25 a 30 dias têm
uma importante influência no aumento da multiplicação de gemas e no desenvolvimento de
brotos, pois repetidos subcultivos causam a ativação e o condicionamento dos meristemas.
Entretanto, nesse trabalho no geral a taxa de multiplicação variou pouco entre os
subcultivos, às vezes aumentando e depois diminuindo no subcultivo seguinte (Tabela 5).
Esse resultado é provavelmente devido ao crescimento dos brotos para posterior
desenvolvimento de novas gemas axilares.
Em algumas espécies, o número de subcultivos para a máxima multiplicação de
brotos já é conhecido, como é o caso de
Dieffenbachia exotica
cultivar Marianna
,
na qual 3
sucessivas subculturas produzem o maior número de brotos (14,5 por explante). Depois
desse período o número de brotos novos diminui (VOYATZI; VOYATZIS, 1989). De acordo
com os resultados obtidos no presente trabalho, em meio de cultura MS, as maiores taxas
de multiplicação de gemas, assim como, os maiores números de brotos, dentro dos
subcultivos realizados, foram observados até o terceiro subcultivo (Tabelas 5 e 9). Este
resultado se assemelha ao obtido no caso de
Dieffenbachia exotica
, para a qual as taxas de
multiplicação tamm diminuiram depois do terceiro subcultivo. Ao contrário, em
Vaccinium
macrocarpon
, repetidos subcultivos aumentaram o número de brotos, entretanto, os autores
não indicaram em qual subcultivo houve o número máximo de brotos (DEBNATH; McRAE,
2001).
.
4.4.1.1.2 Efeito da BAP na percentagem de explantes com brotos
Os resultados da análise de variância (Anexo 5) indicaram que a interação entre os
fatores (tipo de segmento e concentrações de BAP) foi significativa para os subcultivos,
revelando que não são independentes, com excão da cultura inicial. Portanto, podemos
27
27
concluir que o melhor resultado para as concentrações de BAP depende do tipo de
segmento, como no caso da taxa de multiplicação. O teste de Tukey para comparação de
médias revelou que o segmento nodal diferiu estatisticamente do apical e proporcionou as
maiores percentagens de explantes com brotos, chegando a quase 50% no 3º subcultivo na
concentração de 2,5
µ
M de BAP, a qual foi superior e diferiu estatisticamente das demais
concentrações (Tabela 7).
O mesmo teste foi realizado para o segmento apical e revelou que a maior
percentagem de explantes com brotos para esse tipo de segmento foi de 14,60%, no 1º
subcultivo, na concentração de 10
µ
M de BAP, a qual diferiu estatisticamente das demais,
com exceção da concentração de 2,5
µ
M de BAP.
TABELA 7 PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS NO CULTIVO
INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
PERCENTAGEM DE EXPLANTES COM BROTOS
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
4º subcultivo
BAP
(
µ
M)
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
2,10 c A
0,00 b A
2,10 c A
4,20 a A
0,00 c A
4,10 a A
0,00 b A
0,00 a A
2,5
26,70 a A
2,10 ab B
36,66 a A
8,30 a B
49,50 a A
8,30 a B
21,70 a A
7,10 a B
5,0
20,04 ab A
0,00 b B
22,50 ab A
7,50 a B
26,66 b A
3,10 a B
21,11 a A
0,00 a B
10
11,50 bc A
14,60 a A
20,80 b A
0,00 a B
20,40 b A
13,80a B
9,51 ab A
9,41 a A
20
0,00 c A
0,00 b A
0,00 c A
0,00 a A
0,00 c A
0,00 a A
0,00 b A
0,00 b A
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical e as médias seguidas pela mesma letra maiúscula na
horizontal, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
*SN- Segmento Nodal; SA*- Segmento Apical
No cultivo inicial, o teste de Tukey para comparação de médias indicou que a maior
percentagem de explantes com brotos (26,61%) foi obtida na concentração de 2,5
µ
M de
BAP, independente do tipo de segmento utilizado (Tabela 8).
TABELA 8 PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS NO CULTIVO
INICIAL EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
PERCENTAGEM DE EXPLANTES COM BROTOS
Concentrações de BAP (
µ
M)
Segmento Nodal
Segmento Apical
Médias
0
0,00
0,00
0,00 c
2,5
33,33
19,89
26,61 a
5,0
16,66
4,16
10,41 b
10
0,60
0,60
0,60 bc
20
0,00
0,00
0,00 c
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
De acordo com as variáveis taxas de multiplicação e percentagem de explantes com
brotos, no geral os melhores resultados foram obtidos para os mesmos tratamentos, ou seja,
as gemas axilares produzidas nesses tratamentos alongaram-se em brotos.
28
28
4.4.1.1.3 Efeito da BAP no número médio de brotos por explante
Os resultados da análise de variância, apresentados no Anexo 6, indicaram que a
interação entre os fatores foi significativa, revelando que os fatores tipo de segmento e
concentrações de BAP não são independentes, para os cincos subcultivos. Logo, podemos
concluir que o melhor resultado para as concentrações de BAP depende do tipo de
segmento. O teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 9) revelou que, para o
segmento nodal, no cultivo inicial, nos 2º e 3º subcultivos, a média do número de brotos
formados na presença de 2,5
µ
M de BAP diferiu estatisticamente e foi superior à média
obtida com as demais concentrações testadas. Para 1º subcultivo, o resultado obtido com
esta concentração de BAP diferiu dos demais e foi superior. Porém, na presença de 5,0
µ
M
de BAP, o resultado não foi diferente estatisticamente daquele obtido com 2,5
µ
M. Para o
último subcultivo as concentrações de 2,5, 5,0 e 10
µ
M de BAP não diferiram
estatisticamente entre si.
O mesmo teste foi realizado para o segmento apical e revelou que no cultivo inicial a
concentração de 2,5
µ
M de BAP foi superior e diferiu estatisticamente das outras
concentrações. Nos outros subcultivos, as médias do número de brotos não diferiram
estatisticamente entre si.
Quando comparadas as concentrações, foi observado o maior número de brotos nas
concentrações de 2,5
µ
M, 5,0
µ
M e 10
µ
M de BAP, para ambos os tipos de segmentos.
Esses valores diferiram entre os tipos de segmentos e foram superiores para o segmento
nodal (Tabela 9).
TABELA 9 - NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA NO CULTIVO
INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS
cultivo inicial
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
4º subcultivo
BAP
(
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
0,00 c A
0,00 b A
0,02 c A
0,00a A
0,02d A
0,02a A
0,00c A
0,02a A
0,00b A
0,00a A
2,5
0,37 a A
0,20 a B
0,25 a A
0,02a B
0,56a A
0,08a B
0,71a A
0,11a B
0,40a A
0,09a B
5,0
0,23 b A
0,02 b B
0,20 ab A
0,00a B
0,42b A
0,06a B
0,31b A
0,03a B
0,30a A
0,00a B
10
0,02 c A
0,02 b A
0,12 b A
0,02a B
0,24c A
0,00a B
0,32b A
0,02a B
0,25a A
0,11a B
20
0,00 c A
0,00 b A
0,00 c A
0,00a A
0,00d A
0,00a A
0,00c A
0,00a A
0,00b A
0,00a A
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical e as médias seguidas pela mesma letra maiúscula na
horizontal, o diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
*SN- Segmento Nodal; SA*- Segmento Apical
Os resultados obtidos para o número médio de brotos por explante e a taxa de
multiplicação demonstraram que apesar de ter ocorrido pouca resposta, o melhor tipo de
29
29
explante foi o segmento nodal, nas concentrações de 2,5 e 5,0
µ
M de BAP. Resultados
similares foram observados por HUANG et al. (1998), quando utilizaram segmentos nodais e
apicais de plantas de
Cinnamomum camphora
com dois anos de idade. O maior número de
brotos foi obtido com segmentos nodais (9 brotos/segmento) inoculados em meio de cultura
com 4,4
µ
M de BAP. No caso da guabirobeira, SCUTTI (1999), testando várias
concentrações de BAP, obteve o maior número de brotos (3,13 por microestaca) de
microestacas retiradas de plântulas crescidas
in vitro
com 2,2
µ
M de BAP, concentração
semelhante àquela utilizada para a canjarana. Os valores obtidos nos dois trabalhos citados
são mais altos quando comparados aos nossos. Isso possivelmente pode ser devido à uma
menor produção de brotos pela canjarana e ou à forma de avaliação diferente em nosso
trabalho, já que consideremos como brotos somente as gemas maiores que 0,5 cm e
nesses trabalhos não houve essa distinção.
Com relação às concentrações testadas, a concentração mais alta de BAP (20
µ
M),
apresentou um efeito inibitório na indução dos brotos, como tamm foi observado por LIEW
e TEO (1998). Esses pesquisadores trabalharam com
Azadirachta excelsa
e verificaram que
altas concentrações de BAP (44
µ
M) não induziam a formação de brotos. Para essa espécie
o maior número de brotos foi obtido na concentração de 17,6
µ
M de BAP, porém os brotos
formados eram vitrificados. Por essa razão, os autores sugeriram que as concentrações
mais baixas de BAP são as melhores para a iniciação de brotos. Embora, nos experimentos
do presente trabalho, o número de brotos produzidos por explante seja pequeno, tamm foi
verificado que as menores concentrações testadas induziram os maiores valores para essa
variável.
Os brotos de canjarana não apresentaram vitrificação, ao contrário do que foi
observado por NUNES et al. (1999) no porta-enxerto de macieira Marubakaido (
Malus
prunifolia
) e por LIEW e TEO (1998) em
Azadirachta excelsa
. Segundo esses autores,
menores concentrações de BAP produziram um maior número de brotos não-vitrificados,
evidenciando que as maiores concentrações de BAP podem ser um dos fatores envolvidos
no descontrole do potencial hídrico nas células. Além disso, no caso de Marubakaido, foi
mostrado que as altas concentrações de BAP podem diminuir as taxas de divisão celular,
como ocorre nas células dos centros quiescentes dos ápices radiculares, e provocar um
menor desempenho de todas as variáveis estudadas (número de brotos e número de
entrenós) (NUNES et al., 1999).
Para complementar os dados obtidos para a variável citada, foi calculado o número
médio de brotos em explantes com brotos. De acordo com esses resultados foi observado
que os maiores números médios de brotos por explantes com brotos foram identificados no
30
30
tratamento com 2,5
µ
M de BAP com um valor máximo de 1,59 em explantes originados de
segmentos nodais (Tabela 10). Esse resultado confirmou o observado na Tabela 9.
TABELA 10 - NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE COM BROTOS DE CANJARANA NO
CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS EM EXPLANTES COM BROTOS
cultivo inicial
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
4º subcultivo
BAP
(
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
0,00
0,00
0,13
0,00
0,13
0,13
0,00
0,13
0,00
0,00
2,5
1,19
0,81
1,32
0,13
1,59
0,31
1,46
0,50
1,56
0,38
5,0
0,48
0,25
0,67
0,00
0,94
0,25
0,75
0,13
0,88
0,00
10
0,13
0,13
0,38
0,38
0,87
0,00
0,75
0,13
0,63
0,25
20
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
4.4.1.1.4 Efeito da BAP no comprimento médio dos brotos
As médias dos comprimentos dos brotos para ambos os tipos de segmentos são
apresentadas na Tabela 11.
Os resultados demonstraram que no segmento nodal foram observados os maiores
comprimentos de brotos em comparão ao segmento apical. Para ambos os tipos de
segmentos, a concentração mais elevada de BAP não induziu a formão de brotos (Tabela
11).
TABELA 11 - MÉDIAS DO COMPRIMENTO DOS BROTOS FORMADOS EM EXPLANTES DE
CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E EM QUATRO SUBCULTIVOS EM MEIO DE
CULTURA MS ADICIONADO DE BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE
ORIGEM
COMPRIMENTO DOS BROTOS (cm)
cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
BAP
(
µ
M)
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
0,00
0,00
0,50
0,00
0,50
0,50
0,00
0,50
0,00
0,00
2,5
0,53
0,58
0,73
0,68
0,70
0,52
0,60
0,58
0,61
0,56
5,0
0,55
0,50
0,53
0,00
0,57
0,50
0,51
0,00
0,58
0,00
10
0,50
0,00
0,52
0,00
0,52
0,00
0,55
0,50
0,53
0,50
20
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
4.4.1.1.5 Efeito da BAP na percentagem de explantes mortos
Os resultados da análise de variância (Anexo 7) indicaram que a interação entre os
fatores (tipo de segmento e concentrações de BAP) foi significativa, revelando que os
31
31
fatores não são independentes, para todos os cultivos com exceção do 2º subcultivo.
Portanto, o melhor resultado para as concentrações de BAP depende do tipo de segmento.
O teste de Tukey para comparação de médias revelou que para o segmento nodal,
no cultivo inicial, a maior percentagem de explantes mortos foi observada na concentração
de 20
µ
M de BAP, diferindo estatisticamente e sendo superior das outras concentrações
testadas. Já no 1º subcultivo as percentagens obtidas com 10 e 20
µ
M de BAP diferiram das
demais e foram superiores, com exceção da concentração de 20
µ
M de BAP, pois nessa
concentração a média estatisticamente igual à da concentração 5,0
µ
M de BAP (Tabela 12).
No 2º subcultivo, a interação não foi significativa e, apesar das concentrações o
diferirem estatisticamente entre si (Tabela 13), a percentagem independente da
concentração, no caso dos segmentos nodais (5%), a qual diferiu de explantes mortos foi
superior, estatisticamente do segmento apical (0%). No 3º subcultivo as concentrações
tamm não diferiram entre si (Tabela 12). Já, no 4º subcultivo as concentrações de 5,0 e
10
µ
M de BAP induziram os maiores valores de necrose e diferiram estatisticamente das
demais.
O mesmo teste foi realizado para o segmento apical e revelou que no cultivo inicial a
percentagem de explantes mortos na concentração de 20
µ
M de BAP (54%) foi superior e
diferiu das demais, assim como no segmento nodal. Para o 1º subcultivo, a percentagem de
explantes mortos na concentração de 10
µ
M de BAP (65%) foi superior e diferiu das demais.
, nos dois últimos subcultivos as percentagens foram superiores e diferiram
estatisticamente dentre as concentrações testadas, na concentração de 2,5
µ
M e 5,0
µ
M de
BAP, respectivamente.
TABELA 12 NECROSE DOS EXPLANTES DE CANJARANA, NO CULTIVO INICIAL E NOS 1°, 3°
E 4° SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES
DE BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
EXPLANTES MORTOS (%)
Cultivo inicial
1º subcultivo
3º subcultivo
4º subcultivo
BAP
(
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
2,10 a A
0,00 a A
0,00 a A
0,00 a A
0,00 a A
10,50 a A
0,00 a A
0,00 a A
2,5
0,00 a A
4,12 a A
6,37 ab A
12,50 a A
6,37 a A
41,63 b A
2,12 a A
4,25 a A
5,0
0,00 a A
0,00 a A
18,87 bc B
2,12 a A
10,63 a A
6,25 a A
16,75 b A
35,38 c B
10
0,00 a A
2,12 a A
33,25 d A
64,50 c B
6,37 a A
0,00 a A
12,50 b A
16,63 b A
20
16,75 b A
54,16 b B
29,13 cd A
33,25 b A
0,00 a A
0,00 a A
0,00 a A
0,00 a A
Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na vertical e as médias seguidas pela mesma letra minúscula na
horizontal, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
*SN- Segmento Nodal; SA*- Segmento Apical
32
32
TABELA 13 - NECROSE DOS EXPLANTES DE CANJARANA, NO 2º SUBCULTIVO EM MEIO DE
CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE
SEGMENTO DE ORIGEM
Concentrações de BAP (
µ
M)
EXPLANTES MORTOS (%)
Segmento Nodal
Segmento Apical
Médias
0
0,00
0,00
0,00 a
2,5
5,0
10
20
6,30
2,12
14,62
4,12
2,20
0,00
0,00
0,00
4,25 a
1,06 a
7,31 a
2,06 a
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
Quando comparados dois tipos de segmentos, a menor percentagem de explantes
mortos foi observada no caso dos segmentos nodais, sendo diferente estatisticamente da
percentagem obtida com os segmentos apicais (Tabela 12).
Os resultados indicaram que as concentrações de 10
µ
M e 20
µ
M de BAP foram
fitotóxicas aos dois tipos de segmentos, nos primeiros subcultivos. Nos demais subcultivos,
a mortalidade não foi superior nas concentrações anteriormente citadas, pois restaram
poucos explantes nessas concentrações. Em conclusão, a menor porcentagem de explantes
mortos foi observada nos meios de cultura adicionados de 2,5
µ
M e 5,0
µ
M de BAP, sendo
essas concentrações as mais indicadas para uma menor perda de explantes. Já, para o
mogno, outra Meliaceae, a concentração de 20
µ
M de BAP foi a mais eficiente em promover
a multiplicação das gemas a partir de segmentos nodais, com uma taxa de multiplicação de
2,95 aos 45 dias, enquanto que a concentração de 50
µ
M proporcionou uma elevada
mortalidade como observado no nosso trabalho com 20 µM (SCHOTTZ, 2003).
Analisando todos os resultados obtidos para as variáveis estudadas, observamos
que o melhor tipo de explante para a multiplicação de gemas axilares foi o segmento nodal,
pois proporcionou as maiores taxas de multiplicação, o maior número médio de brotos
desenvolvidos e uma menor percentagem de explantes mortos (Tabela 14).
Esse resultado pode estar relacionado com a dominância apical, a qual é devida à
auxina produzida pela gema apical e transportada para as gemas axilares, inibindo assim o
crescimento destas. Porém, apesar da citocinina poder modificar o efeito da dominância
apical (TAIZ; ZEIGER, 2004), em nosso trabalho o desenvolvimento da gema axilar, em
segmentos apicais, continuou sendo inibido mesmo quando estes permanecerem em meio
de cultura adicionado de citocinina. Portanto, podemos concluir que o efeito da auxina não
pôde ser modificado pela citocinina presente no meio de cultura.
Já no segmento nodal a dominância apical foi eliminada com a excisão do ápice
caulinar e a presença de citocinina no meio de cultura pode ter promovido o crescimento das
gemas axilares laterais e a multiplicação destas (TAIZ; ZEIGER, 2004).
33
33
Em trabalho com
Dieffenbachia exotica
,
a dominância apical apresentou, também,
um efeito negativo na produção de novos brotos, pois quando foram utilizados como
explantes brotos apicais, esses não foram eficientes para a produção de brotos, pois o
desenvolvimento de gemas axilares foi quase totalmente inibido (VOYIATZI; VOYIOATZIS,
1989). Também, na espécie
Cedrela fissilis,
a multiplicação de brotos só ocorreu devido à
liberação das gemas axilares da dominância apical; isso ocorreu graças à presença de BAP
no meio de cultura (NUNES et al., 2002). Resultados similares foram obtidos em nosso
trabalho; entretanto, a citocinina presente no meio de cultura não foi suficiente para superar
o efeito da dominância apical induzido pela auxina presente nas gemas axilares dos
segmentos apicais.
O balanço interno entre a citocinina e a auxina tem um papel fundamental na indução
do início de diferenciação celular, sendo a citocinina um dos requisitos básicos para a
proliferação celular em tecidos que contém ou são adicionados de um nível suficiente de
auxina. Existem evidências que ambos hormônios participam da regulação do ciclo celular,
mas que as auxinas podem regular eventos para induzir a replicação do DNA, embora as
citocininas regulem eventos para induzir a mitose (FOSKET, 1994).
Variações nas proporções de auxinas e citocininas colocadas em uma cultura de
tecidos podem influenciar fortemente o tipo de diferenciação celular, como foi demonstrado
no experimento clássico de SKOOG e MILLER em 1957. Nesse experimento, quando a
proporção de cinetina era superior a de AIA, foi observada a formão de gemas a partir de
calos, já em concentrações de IAA maiores às de cinetina, a resposta obtida foi a
diferenciação de raízes a partir de calos (BIASI, 2002). Portanto, a diferenciação e a divisão
celular são influenciadas pela ação das auxinas e das citocininas. Sendo assim, a obtenção
de maiores taxas de multiplicação de gemas axilares em segmentos nodais, possivelmente
se deve a um balanço adequado para produção de partes aéreas, enquanto que nos
segmentos apicais esse balanço não apresentou um efeito tão positivo comparado ao
segmento nodal.
4.4.1.1.6 Resumo dos resultados obtidos nas culturas de segmentos nodais em MS
adicionado de BAP
Os resultados apresentados na Tabela 14 mostram que no geral os melhores
resultados para as variáveis analisadas foram obtidos no 1º subcultivo nas concentrações de
2,5 e 5,0
µ
M de BAP. Já no 3º e 4º subcultivos, a taxa de multiplicação decresceu, o número
médio de brotos e o comprimento médio se mantiveram constantes e a percentagem de
34
34
explantes mortos foi reduzida no tratamento com 2,5
µ
M de BAP e apresentou um aumento
no tratamento com 5,0
µ
M de BAP.
TABELA 14 - RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA O SEGMENTO NODAL EM TODOS
OS CULTIVOS
Cultivo Inicial
BAP(
µ
M)
Variáveis
0
2,5
5
10
20
Taxa de multiplicação
1,00
1,57
1,46
1,20
1,00
Explantes formando brotos (%)
0,00
33,33
16,66
0,60
0,00
Nº médio de brotos/explante
0,00
0,37
0,23
0,02
0,00
Nº médio de brotos em
explantes c/brotos
0,00
1,19
0,48
0,13
0,00
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,00
0,53
0,55
0,50
0,00
Necrose (%)
2,10
0,00
0,00
0,0
16,75
1º subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,72
1,31
1,02
1,00
Explantes formando brotos (%)
2,10
26,70
20,04
11,50
0,00
Nº médio de brotos/explante
0,02
0,25
0,20
0,12
0,00
Nº médio de brotos em
explantes c/brotos
0,13
1,32
0,67
0,38
0,00
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,50
0,73
0,53
0,52
0,00
Necrose (%)
0,00
6,37
18,87
33,25
29,13
2º subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,41
1,77
1,10
1,00
Explantes formando brotos (%)
2,10
36,66
22,50
20,80
0,00
Nº médio de brotos/explante
0,02
0,56
0,42
0,24
0,00
Nº médio de brotos em
explantes c/brotos
0,13
1,59
0,94
0,87
0,00
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,50
0,70
0,57
0,52
0,00
Necrose (%)
0,00
6,30
2,12
14,62
4,12
3º subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,24
1,05
1,03
1,00
Explantes formando brotos (%)
0,00
49,50
26,66
20,40
0,00
Nº médio de brotos/explante
0,00
0,71
0,31
0,32
0,00
Nº médio de brotos em
explantes c/brotos
0,00
1,46
0,75
0,75
0,00
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,00
0,60
0,51
0,55
0,00
Necrose (%)
0,00
6,37
10,63
6,37
0,00
4º subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,14
1,08
1,09
1,00
Explantes formando brotos (%)
0,00
21,70
21,11
9,51
0,00
Nº médio de brotos/explante
0,00
0,40
0,30
0,25
0,00
Nº médio de brotos em
explantes c/brotos
0,00
1,56
0,88
0,63
0,00
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,00
0,61
0,58
0,53
0,50
Necrose (%)
0,00
2,12
16,75
12,50
0,00
35
35
4.4.1.2 Culturas em Meio de Cultura MS Adicionado de 2-Isopenteniladenina
4.4.1.2.1 Efeito da 2-iP na multiplicação de gemas axilares em segmentos nodais e apicais
Os resultados da análise de variância (Anexo 8) indicaram que a interação entre os
fatores foi significativa para o cultivo inicial e para o 1º e 2º subcultivo, revelando que os
fatores tipo de segmento e concentrações de 2-iP não são independentes. Portanto, o
melhor resultado para as concentrações de 2-iP depende do tipo de segmento. Os
resultados da análise de variância para o 3º e 4º subcultivo na presença de 2-iP (Anexo 8),
indicam que a interação entre os fatores não foi significativa e não houve diferenças
estatisticamente significativas entre as concentrações e entre os tipos de segmentos. Por
essa razão o teste de Tukey não foi realizado.
Para o segmento nodal, o teste de Tukey para comparação de médias revelou que,
no cultivo inicial, as médias de taxa de multiplicação obtidas com 2,5, 5,0 e 10
µ
M de 2-iP
não diferiram estatisticamente e foram superiores às médias obtidas com as demais
concentrações testadas. No 1º subcultivo, as taxas obtidas na presença de 2,5 e 5,0
µ
M de
2-iP, diferiram do controle e da taxa obtida com uma concentração de 20
µ
M e foram
superiores, porém não diferiram do tratamento com 10
µ
M. Para o 2º subcultivo (Figura 12),
as taxas nas concentrações de 2,5 e 5,0
µ
M de 2-iP, diferiram estatisticamente das outras e
foram superiores. Para o 3º e 4º subcultivos não houve diferenças estatisticamente
significativas entre os tratamentos (Tabela 15).
O mesmo teste foi realizado para o segmento apical e revelou que, no cultivo inicial e
no 1º subcultivo, as médias de taxa de multiplicação foram superiores na concentração de
2,5
µ
M de 2-iP e diferiram das outras. Nos subcultivos seguintes, elas não diferiram
estatisticamente entre si. Quando comparados os resultados obtidos com os dois tipos de
segmentos em função da concentração de 2-iP (Tabela 13), se observou que, no cultivo
inicial, a taxa de multiplicação dos segmentos apicais foi superior e diferiu estatisticamente
daquela dos segmentos nodais para a concentração de 2,5
µ
M de 2-iP. Para o 1º subcultivo,
a taxa dos segmentos nodais foi superior e diferiu estatisticamente da taxa dos segmentos
apicais cultivados com 5,0
µ
M e 10
µ
M de 2-iP. No 2º subcultivo, o segmento nodal tamm
proporcionou um valor superior que diferiu estatisticamente do valor do segmento apical nas
duas concentrações citadas. Em conclusão, somente no cultivo inicial não se observou o
resultado obtido no experimento com BAP, no qual o melhor tipo de segmento foi o nodal.
36
36
TABELA 15 TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS EM EXPLANTES DE CANJARANA NO
CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
TAXA DE MULTIPLICAÇÃO
Cultivo inicial
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
4º subcultivo
2-iP
(
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
1,00 b A
1,00 d A
1,00 b A
1,00 b A
1,00 c A
1,00 a A
1,02
1,00
1,03
1,00
2,5
1,19 a B
1,46 a A
1,16 a A
1,17 a A
1,22 b A
1,02 a B
1,02
1,00
1,00
1,00
5,0
1,28 a A
1,29 b A
1,18 a A
1,05 b B
1,41 a A
1,00 a B
1,00
1,00
1,00
1,00
10
1,20 a A
1,17 bc A
1,10 ab A
1,00 b B
1,00 c A
1,00 a A
1,00
1,00
1,00
1,00
20
1,00 b B
1,13 cd A
1,00 b A
1,00 b A
1,00 c A
1,00 a A
1,00
1,00
1,00
1,00
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical e as médias seguidas pela mesma letra maiúscula na
horizontal, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
*SN- Segmento Nodal; *SA- Segmento Apical
Comparando os resultados obtidos com BAP e 2-iP, verificamos que as melhores
taxas de multiplicação foram obtidas com BAP. Entretanto, esse resultado não é satisfatório,
já que a maior taxa de multiplicação na presença de 2,5 e 5,0
µ
M de BAP (nas quais foram
observados os maiores valores), não alcançou o valor de 2 (Tabela 5). Este resultado é
semelhante ao descrito por TRAUTMANN e VISSER (1990) com
Parthenium argentatum
(espécie arbustiva fonte de látex, pertencente à família Asteraceae). Pois, quando esses
autores compararam as taxas de multiplicação obtidas com as duas citocininas, observaram
como em nosso trabalho que na presença da citocinina BAP (2,22
µ
M) foi obtida a maior
taxa de multiplicão. Na presença dessa citocinina, após 3 semanas de subcultivo, houve
uma produção média de 10,67
±
5,15 brotos por explante. Bons resultados com altas taxas
de multiplicação, tamm foram obtidos pelos autores citados quando utilizaram a
concentração de 4,44
µ
M de BAP, porém o aspecto dos brotos era menos saudável (parte
dos brotos eram vitrificados) que na concentração de 2,22
µ
M.
Outros pesquisadores verificaram que, no caso de
Grevillea
, a adição de BAP no
meio de cultura, freqüentemente promove o aumento do número de gemas produzidas em
cada segmento nodal (com dois nós). Porém, altas concentrações dessa citocinina podem
inibir a diferenciação de gemas e, conseqüentemente, a produção de brotos (LEONARDI et
al., 2001). Foi o que ocorreu no presente trabalho, pois nos tratamentos com altas
concentrações, obtivemos valores mínimos para as taxas de multiplicação e nenhuma
formão de brotos.
A aplicação de 2-iP em concentrações semelhantes em canjarana e mogno resultou
em taxas de multiplicação baixas, porém para o último inferiores a 1,00, sendo ainda
observado em ambas as espécies pouco alongamento dos brotos nos tratamentos com a
citocinina citada (Tabela 21) (SCHOTTZ, 2003). Baixas taxas de multiplicação (1,4 e 1,1
brotos por segmento) foram observadas por AUGUSTO (2001) nas concentrações de 5 e 10
µ
M de 2-iP, respectivamente, em segmentos nodais de amoreira-preta, cv Brazos,
37
37
cultivados em meio de cultura MS. Essa resposta pode ser devida ao fato que a enzima
citocinina oxidase dos tecidos degrada a 2-iP por meio do rompimento da ligação da cadeia
lateral da molécula. Em conseqüência, baixos índices de multiplicação são obtidos
(GEORGE, 1993).
4.4.1.2.2 Efeito do 2-iP na percentagem de explantes com brotos
Os resultados da análise de variância (Anexo 9) indicaram que a interação entre os
fatores foi significativa apenas para o 2º subcultivo, revelando que os fatores tipo de
segmento e concentrações de 2-iP não são independentes, para esse subcultivo. Mesmo
não havendo interação entre os fatores para o cultivo inicial e o 1º subcultivo, foram
observadas diferenças estatisticamente significativas entre as concentrações de 2-iP e os
tipos de segmento. Já para o 3º subcultivo não houve diferenças significativas
estatisticamente.
O teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 16) revelou que no cultivo
inicial a maior percentagem de explantes com brotos foi observada na presença de 2,5
µ
M
de 2-iP, a qual diferiu das demais concentrações testadas. E o melhor tipo de segmento
para essa variável nesse cultivo foi o segmento nodal (7%), o qual diferiu do apical (2%). No
1º subcultivo a maior percentagem, também, foi observada na concentração de 2,5
µ
M de 2-
iP, independente do tipo de segmento. Porém essa diferiu estatisticamente apenas do
controle e foi menor que no cultivo inicial. No 2º subcultivo (Tabela 17) foi observada a maior
percentagem de explantes com brotos (40%), no caso do segmento nodal na mesma
concentração já citada, a qual diferiu estatisticamente da percentagem obtida com o
segmento apical e das demais concentrações.
No caso do segmento apical, houve diferença estatisticamente significativa apenas
no 2º subcultivo, no qual a percentagem de explantes com brotos foi superior na presença
de 2,5
µ
M de 2-iP e diferiu estatisticamente das demais. (Tabela 17).
Quando comparados os dois tipos de segmentos, as maiores percentagens de
explantes com brotos foram observadas no segmento nodal, geralmente nas concentrações
de 2,5
µ
M, 5,0
µ
M e 10
µ
M de 2-iP. Esses valores diferiram estatisticamente e foram
superiores aos obtidos com segmento apical.
38
38
TABELA 16 - PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS NO CULTIVO
INICIAL E NOS 1º, 3º E 4º SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
PERCENTAGEM DE EXPLANTES COM BROTOS
Cultivo inicial
1º subcultivo
3º subcultivo
4º subcultivo
2-iP
(
µ
M)
SN*
SA*
Médias
SN
SA
Médias
SN
SA
SN
SA
0
2,00
0,00
1,00 b
2,00
0,00
1,00 b
0,00
4,00
0,00
0,00
2,5
27,00
10,00
18,50 a
21,00
8,00
14,50 a
2,00
8,00
0,00
0,00
5,0
2,00
0,00
1,00 b
17,33
2,33
9,83 ab
2,00
0,00
0,00
0,00
10
0,00
0,00
0,00 b
8,90
0,00
4,45 ab
0,00
0,00
0,00
0,00
20
4,00
2,00
3,00 b
23,84
0,00
11,92 ab
0,00
0,00
0,00
0,00
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, na vertical e as médias seguidas pela mesma letra maiúscula na
horizontal, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
SN-Segmento Nodal; SA-Segmento Apical
TABELA 17 - PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS NO 2º
SUBCULTIVO EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE
2-iP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
PERCENTAGEM DE EXPLANTES COM BROTOS
Concentrações de 2-iP (
µ
M)
SN
SA
0
2,10 b A
4,10 b A
2,5
40,50 a A
20,81 a B
5,0
10,61 b A
0,00 b B
10
12,53 b A
0,00 b B
20
0,00 b A
0,00 b A
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, na vertical e as médias seguidas pela mesma letra maiúscula na
horizontal, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
* SN-Segmento Nodal; SA-Segmento Apical
4.4.1.2.3 Efeito da 2-iP no número médio de brotos por explante
Os resultados da análise de variância (Anexo 10) indicaram que a interação entre os
fatores foi significativa, revelando que os fatores tipo de segmento e concentração de 2-iP
não são independentes, para cultivo inicial e para os 1º e 2º subcultivos. Para o 3º subcultivo
houve diferenças estatisticamente significativas somente para as concentrações de 2-iP.
O teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 18) revelou que para o
segmento nodal, no cultivo inicial, a média do número de brotos obtida na presença de 2,5
µ
M de 2-iP diferiu das demais médias e foi estatisticamente superior. No 1º subcultivo na
presença de 5,0
µ
M de 2-iP, a média de 0,57, diferiu estatisticamente das demais médias e
foi superior. Porém, no 2º subcultivo, as médias obtidas com 2,5 e 10
µ
M de 2-iP diferiram
estatisticamente das outras e foram superiores. No 3º subcultivo nas concentrações de 2,5 e
5,0
µ
M de 2-iP, as médias diferiram estatisticamente das outras e foram superiores às
demais (Tabela 19). No 4º subcultivo não houve desenvolvimento de brotos.
39
39
O mesmo teste foi realizado para o segmento apical e revelou que no cultivo inicial e
nos três subcultivos, as médias do número de brotos não diferiram estatisticamente entre si
(Tabela 18), os valores sendo nulos ou muito baixos.
Quando comparados os dois tipos de segmentos, para o cultivo inicial, no segmento
nodal na concentração de 2,5
µ
M de 2-iP, foi observado o maior número médio de brotos
desenvolvidos, o qual diferiu estatisticamente e foi superior ao apical. Entretanto, para 1
°
e
2º subcultivo o mesmo tipo de segmento diferiu estatisticamente e foi superior ao outro, nas
concentrações de 2,5
µ
M, 5,0
µ
M e 10
µ
M de 2-iP.
TABELA 18 - NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA EM MEIO DE
CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, NO CULTIVO INICIAL E
EM 2 SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS
cultivo inicial
1º subcultivo
2º subcultivo
2-iP
(
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
0
0,04 b A
0,00 a A
0,04 c A
0,00 a A
0,02 c A
0,02 a A
2,5
0,30 a A
0,00 a B
0,32 b A
0,08 a B
0,54 a A
0,08 a B
5,0
0,08 b A
0,02 a A
0,57 a A
0,08 a B
0,30 b A
0,00 a B
10
0,00 b A
0,00 a A
0,12 c A
0,00 a B
0,54 a A
0,00 a B
20
0,04 b A
0,02 a A
0,08 c A
0,00 a A
0,00 c A
0,00 a A
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, na vertical e as médias seguidas pela mesma letra mascula na
horizontal, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
* SN-Segmento Nodal; SA-Segmento Apical
TABELA 19 - NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA EM MEIO DE
CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, NO 3º SUBCULTIVO, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS
Concentrações de 2-iP (
µ
M)
Segmento Nodal
Segmento Apical
Médias
0
2,5
5,0
10
20
0,00
0,12
0,08
0,00
0,00
0,00
0,08
0,00
0,00
0,00
0,00 b
0,10 a
0,04 ab
0,00 b
0,00 b
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade.
Analisando as taxas de multiplicação e os números médios de brotos, observou-se
que em alguns casos houve a multiplicação de gemas, sem que houvesse crescimento
destas e formão de brotos, principalmente no cultivo inicial. Por essa razão o número
médio de brotos pode ser igual a zero. Podemos tamm verificar casos onde as taxas de
multiplicação foram iguais a 1,0 (nas quais não houve aumento do número de gemas
axilares), mas o número de brotos foi superior a zero, já que foi observado o crescimento
das gemas axilares pré-existentes (gema > 0,5 cm é considerada broto).
Os resultados obtidos quando o 2-iP foi adicionado aos meios de cultura
demonstraram que, na maioria dos subcultivos, as taxas de multiplicação de gemas e o
40
40
número de brotos foram maiores nos segmentos nodais. Esse resultado também foi
observado por DEBNATH e MCRAE (2001), os quais constataram que a maior produção de
brotos foi obtida em segmentos nodais de
Vaccinium macrocarpon
cultivados em meio de
cultura adicionado de 12,3
µ
M e 24,6
µ
M de 2-iP, quando esses foram comparados aos
segmentos apicais. No mesmo trabalho, foi demonstrado que concentrações maiores
provocaram uma alta mortalidade, impedindo o crescimento dos brotos e a proliferação de
gemas, resultando em brotos com menor vigor.
Utilizando os dois tipos de segmentos de
Carthamus tinctorius
, ORLIKOWSKA e
DYER (1993) observaram que nenhuma destas duas citocininas (BAP e 2-iP) estimulou a
proliferação de brotos nos segmentos apicais. Contudo, o segmento nodal produziu os
melhores resultados em experimentos com ambas as citocininas isoladas, sendo obtidos de
8 a 12 brotos por explante na presença de 2,22 e 4,44
µ
M de BAP e de 7 a 15 brotos por
explante na presença de 9,84
µ
M de 2-iP.
Para o presente experimento tamm foi calculado o número médio de brotos em
explantes com brotos. Os valores obtidos (Tabela 20) mostram que, como no experimento
com BAP, o tratamento com 2,5 µM de 2-iP apresentou a maior média de brotos (1,50 no 2°
subcultivo).
TABELA 20 -MERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE COM BROTOS DE CANJARANA
NO CULTIVO INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA MS COM
CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE
ORIGEM
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS EM EXPLANTES COM BROTOS
Cultivo inicial
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
2-iP
(
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
0,00
0,00
0,13
0,00
0,13
0,13
0,00
0,00
2,5
1,38
0,00
1,13
1,00
1,50
0,69
0,13
0,50
5,0
0,25
0,25
1,37
0,13
0,81
0,00
0,13
0,00
10
0,00
0,00
1,00
0,00
0,63
0,00
0,00
0,00
20
0,25
0,13
0,75
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
4.4.1.2.4 Efeito da 2-iP no comprimento médio dos brotos
As médias dos comprimentos dos brotos para ambos os tipos de segmentos são
apresentadas na Tabela 21.
41
41
TABELA 21 - MÉDIAS DOS COMPRIMENTOS DOS BROTOS FORMADOS EM EXPLANTES DE
CANJARANA EM MEIO DE CULTURA MS ADICIONADO DE 2-iP, NO CULTIVO
INICIAL E EM QUATRO SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE
ORIGEM
COMPRIMENTO DOS BROTOS (cm)
cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Concentrações
de 2-iP
(
µ
M)
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
0,00
0,00
0,52
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,5
0,50
0,00
0,55
0,88
0,52
0,53
0,60
0,50
0,00
0,00
5,0
0,50
0,50
0,54
0,00
0,55
0,00
0,60
0,00
0,00
0,00
10
0,00
0,00
0,50
0,00
0,55
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
20
0,50
0,00
0,62
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Os resultados indicaram que o comprimento dos brotos apresentou valores inferiores
a 1 cm com poucas alterões no decorrer dos subcultivos.
4.4.1.2.5 Efeito da 2-isopenteniladenina na percentagem de explantes mortos
Os resultados da análise de variância (anexo 11) indicaram que a interação entre os
fatores foi significativa, com exceção do 1º subcultivo, no qual houve diferença
estatisticamente significativa apenas entre as concentrações. A interação significativa revela
que os fatores tipo de segmento e concentração de 2-iP não são independentes.
O teste de Tukey para comparação de médias revelou que, para o segmento nodal,
no cultivo inicial na presença de 2-iP, as médias das percentagens de explantes mortos não
diferiram entre si. Já no 1
°
subcultivo, no qual não houve interação significativa entre os
fatores, as concentrações mais elevadas 10 e 20
µ
M de 2-iP, diferiram das demais e
proporcionaram as maiores percentagens de mortalidade, 18% e 32% respectivamente
(Tabela 22).
No 2º subcultivo (Tabela 23), as concentrações de 5 e 10
µ
M de 2-iP, diferiram
estatisticamente das outras e foram superiores as demais testadas. Entretanto, para o 3
°
subcultivo os valores dos dois primeiros tratamentos (2,5 e 5,0
µ
M) diferiram dos outros
tratamentos e foram superiores, com exceção do tratamento com 10
µ
M, o qual foi
estatisticamente igual ao do tratamento com 2,5
µ
M de 2-iP. No último subcultivo a
percentagem de explantes mortos foi superior na concentração de 2,5
µ
M de 2-iP e diferiu
estatisticamente das percentagens obtidas com as demais concentrações testadas.
Para os segmentos apicais, no cultivo inicial, a percentagem média de explantes
mortos foi superior na presença de 20
µ
M de 2-iP e diferiu das outras médias. Já no 2º e 4º
subcultivos, as médias não diferiram estatisticamente entre si. No 3º subcultivo na
42
42
concentração de 2,5
µ
M de 2-iP a percentagem de explantes mortos foi superior, com
exceção da concentração de 5,0
µ
M de 2-iP, e diferiu estatisticamente das demais
concentrações testadas.
Quando se comparam os resultados para o tipo de segmento, no 2º subcultivo,
observa-se que houve menos necrose nos explantes formados a partir de segmentos
apicais nas concentrações de 5,0, 10 e 20
µ
M de 2-iP. Entretanto, para o 3º subcultivo, o
mesmo tipo de segmento diferiu e teve a menor percentagem de explantes mortos apenas
na concentração 5,0
µ
M. Os resultados obtidos em ambos os tipos de segmentos, até o 2º
subcultivo, mostraram que a concentração de 2,5
µ
M de 2-iP é a mais indicada para uma
menor perda de explantes.
TABELA 22 NECROSE DOS EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE
CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, NO CULTIVO INICIAL E
NO 1º SUBCULTIVO, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
EXPLANTES MORTOS (%)
Cultivo inicial
1º subcultivo
Concentrações
de 2-iP (
µ
M)
Segmento
Nodal
Segmento
Apical
Segmento
Nodal
Segmento
Apical
Médias
0,00 a
0,00 a
0,00
0,00
0,00 a
8,37 a
0,00 a
23,06
6,06
14,56 ab
6,25 a
8,37 a
10,13
13,00
11,57 ab
12,45 a
4,25 a
22,70
12,80
17,75 bc
0
2,5
5,0
10
20
2,12 a
27,00 b
45,76
19,00
32,38 c
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade.
TABELA 23 NECROSE DOS EXPLANTES DE CANJARANA, CULTIVADOS EM MEIO DE
CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, NOS 2
°
, 3
°
E 4º
SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM.
EXPLANTES MORTOS (%)
2º subcultivo
3º subcultivo
4º subcultivo
Concentrações
(
µ
M de 2-iP)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
0
0,00 a A
2,12 a A
0,00 a A
0,00 a A
0,00 a A
0,00 a A
2,5
14,63 b A
8,37 a A
16,80 bc A
16,80 b A
37,39 b B
2,12 a A
5,0
35,38 c B
2,12 a A
24,50 c B
4,10 b A
10,50 a A
4,12 a A
10
29,13 c B
0,00 a A
4,30 ab A
0,00 a A
0,00 a A
0,00 a A
20
22,88 bc B
4,25 a A
0,00 a A
0,00 a A
0,00 a A
0,00 a A
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical e pela mesma letra masculas na horizontal, o diferem
estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
*SN- Segmento Nodal; *SA- Segmento Apical
43
43
4.4.1.2.6 Resumo dos resultados obtidos nas culturas de segmentos nodais em MS
adicionado de 2-iP
Os resultados obtidos no experimento com 2-iP foram geralmente piores quando
comparados aos obtidos com BAP, sendo observados nos 1º e 2º subcultivos os melhores
resultados para as variáveis analisadas (Tabela 24).
TABELA 24 RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA SEGMENTOS NODAIS DE
CANJARANA PARA OS CULTIVOS REALIZADOS
Cultivo Inicial
2-iP (
µ
M)
Variáveis
0
2,5
5
10
20
Taxa de multiplicação
1,00
1,19
1,28
1,20
1,00
Explantes formando brotos (%)
2,00
27,00
2,00
0,00
4,00
Nº médio de brotos/explante
0,00
0,30
0,08
0,00
0,04
Nº médio de brotos em
explantes com brotos
0,00
1,38
0,25
0,00
0,25
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,00
0,50
0,50
0,00
0,50
Necrose (%)
0,00
8,37
6,25
12,45
2,12
1º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,16
1,18
1,10
1,00
Explantes formando brotos (%)
2,00
21,00
17,33
8,90
23,84
Nº médio de brotos/explante
0,02
0,32
0,57
0,12
0,08
Nº médio de brotos em
explantes com brotos
0,13
1,13
1,37
1,00
0,75
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,00
0,55
0,54
0,50
0,62
Necrose (%)
0,00
23,06
10,13
22,70
45,76
2º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,22
1,41
1,00
1,00
Explantes formando brotos (%)
2,10
40,50
10,61
12,53
0,00
Nº médio de brotos/explante
0,02
0,54
0,30
0,54
0,00
Nº médio de brotos em
explantes com brotos
0,13
1,50
0,81
0,63
0,00
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,00
0,52
0,55
0,55
0,00
Necrose (%)
0,00
14,63
35,38
29,13
22,88
3º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,02
1,02
1,00
1,00
1,00
Explantes formando brotos (%)
0,00
49,50
26,66
20,40
0,00
Nº médio de brotos/explante
0,00
0,12
0,08
0,00
0,00
Nº médio de brotos em
explantes com brotos
0,00
0,13
0,13
0,13
0,00
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,00
0,60
0,60
0,00
0,00
Necrose (%)
0,00
16,80
24,50
4,30
0,00
4º Subcultivo*
Taxa de multiplicação
1,03
1,00
1,00
1,00
1,00
Necrose (%)
0,00
37,39
10,50
0,00
0,00
* Não foi observada a presença de brotos
44
44
Em ambos os experimentos citados adicionados de BAP ou de 2-iP os melhores
resultados, levando em consideração todas as variáveis analisadas, foram observados no
tratamento com 2,5
µ
M das respectivas citocininas (Tabelas 14 e 24).
4.4.1.3 Culturas em Meio de Cultura MS adicionado de Benzilaminopurina e 2-
Isopenteniladenina
4.4.1.3.1 Efeito da BAP e da 2-iP na multiplicação de gemas axilares em segmentos nodais
obtidos a partir de rebrotas
O presente experimento foi realizado para observação da influência das duas
citocininas em conjunto na multiplicação da
Cabralea canjerana
, uma vez que os resultados
obtidos com cada citocinina aplicada separadamente não foram satisfatórios
.
A tabela 25 apresenta as médias dos tratamentos com 2-iP, BAP e BAP+2-iP obtidas
em segmentos nodais retirados de rebrotas (Figura 9), em meio de cultura MS, no cultivo
inicial e em quatro subcultivos. Podemos observar que, nos dois últimos subcultivos, as
taxas de multiplicação diminuíram na presença de BAP e BAP+2-iP.
TABELA 25 - TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO EM EXPLANTES DE CANJARANA EM MEIO DE
CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP E BAP+ 2-iP), NO CULTIVO
INICIAL E EM 4 SUBCULTIVOS (ORIGEM: SEGMENTOS NODAIS DE REBROTAS)
TAXA DE MULTIPLICAÇÃO
Tratamentos
cultivo
inicial
subcultivo
subcultivo
subcultivo
subcultivo
2-iP(2,5
µ
M)
1,00
1,00
1,05
1,05
1,00
BAP (2,5
µ
M)
1,12
1,35
1,42
1,25
1,05
BAP+ 2-iP (2,5
µ
M+2,5
µ
M)
1,28
1,23
1,66
1,19
1,08
Os resultados da análise de variância (Anexo 12) indicaram que houve diferenças
estatisticamente significativas entre os tratamentos com BAP, no cultivo inicial e nos dois
primeiros subcultivos.
O teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 26) revelou que, para o cultivo
inicial e o 2º subcultivo, a taxa de multiplicação do tratamento com BAP combinado com 2-iP
diferiu estatisticamente e foi superior às demais. No 1º subcultivo (Figuras 10 e 11), os
tratamentos com BAP somente ou combinado a 2-iP diferiram estatisticamente e foram
superiores ao tratamento com 2-iP, mas não diferiram entre eles.
45
45
TABELA 26 - TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO EM EXPLANTES DE CANJARANA EM MEIO DE
CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP e BAP+ 2-iP), NO CULTIVO
INICIAL E NOS 1º E 2º SUBCULTIVOS (ORIGEM: SEGMENTOS NODAIS DE
REBROTAS)
TAXA DE MULTIPLICAÇÃO
Tratamentos
Cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
2-iP(2,5
µ
M)
1,00 b
1,00 b
1,05 c
BAP (2,5
µ
M)
1,12 b
1,35 a
1,42 b
BAP+ 2-iP (2,5
µ
M+2,5
µ
M)
1,28 a
1,23 a
1,66 a
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
Os resultados obtidos nos experimentos anteriores com BAP e com 2-iP, testados
isoladamente, mostraram que os melhores resultados para a variável taxa de multiplicação
foram obtidos na presença de 2,5 e 5,0
µ
M de BAP em segmentos nodais. Resultado
semelhante foi observado quando comparadas as taxas de multiplicação obtidas na
presença de BAP e da combinação de BAP e 2-iP, pois as maiores taxas, também, foram
obtidas na presença de BAP sozinho ou em combinação com 2-iP. Logo, para a variável em
questão, a citocinina BAP sozinha ou em conjunto seria a mais indicada. No entanto, como
a taxa de multiplicação foi baixa, acreditamos que o uso de outra citocinina, assim como
combinações de BAP e 2-iP não testadas nesse trabalho, podem melhorar a taxa de
multiplicação da canjarana. Já, em segmentos nodais de mogno, SCHOTTZ (2003) obteve
alta taxa de multiplicação (7,22 brotos por segmento em 10
µ
M BAP combinado a 2,2
µ
M de
2-iP, em meio de cultura MS) esse resultado apesar de diferir do presente trabalho pela
baixa taxa obtida, apresentou resultados similares, pois no meio adicionado de 2-iP (2,2
µ
M)
e desprovido de BAP a taxa de multiplicação tamm foi baixa (2,04).
4.4.1.3.2 Efeito de BAP e 2-iP na percentagem de explantes com brotos em segmentos
nodais obtidos a partir de rebrotas
Os resultados da análise de variância (Anexo 13) indicaram que houve diferenças
estatisticamente significativas entre os tratamentos, no cultivo inicial, no 1º e 4º subcultivo.
O teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 27) revelou que para o cultivo
inicial, as percentagens de explantes com brotos na presença de BAP e BAP+2iP diferiram
estatisticamente e foram superiores às obtidas com 2-iP. Para o 1º, 2º e 3º subcultivos, não
houve diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos. No 4º subcultivo foi
observada uma percentagem superior na presença de BAP+2-iP e essa diferiu
estatisticamente das demais.
46
46
TABELA 27 - PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA COM BROTOS EM MEIO DE
CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP E BAP+ 2-iP), NO CULTIVO
INICIAL E EM QUATRO SUBCULTIVOS (SEGMENTOS DE REBROTAS)
PERCENTAGEM DE EXPLANTES COM BROTOS
Tratamentos
Cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
Subcultivo
2-iP(2,5
µ
M)
2,10 b
3,61 a
7,00
16,00
8,30 b
BAP (2,5
µ
M)
22,90 ab
41,92 a
27,00
25,00
8,40 b
BAP+ 2-iP (2,5
µ
M+2,5
µ
M)
41,61 a
19,80 a
25,01
37,00
37,40 a
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de
5% de
probabilidade.
4.4.1.3.3 Efeito de BAP e 2-iP no número médio de brotos por explante em segmentos
nodais obtidos a partir de rebrotas
Os resultados da análise de variância (Anexo 14) indicaram que houve diferença
estatisticamente significativa entre os tratamentos, no cultivo inicial e nos dois primeiros
subcultivos. Segundo o teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 28), no cultivo
inicial o número de brotos formados na presença de BAP+2iP diferiu estatisticamente e foi
superior aos demais. Para o 1º e 2º subcultivos, os números obtidos na presença de BAP e
de BAP+2-iP diferiram estatisticamente e foram superiores aos obtidos com 2-iP. Esses
resultados são distintos dos encontrados por KATAOKA e INOUE (1992) em explantes de
mamão, onde o número médio de brotos formados em BAP+2-iP foi superior ao alcançado
quando foi utilizado BAP sozinho.
TABELA 28 - NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA EM MEIO DE
CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP E BAP+ 2-iP), NO CULTIVO
INICIAL E EM QUATRO SUBCULTIVOS (ORIGEM: SEGMENTOS NODAIS DE
REBROTAS)
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE
Tratamentos
cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
2-iP(2,5
µ
M)
0,02 c
0,04 b
0,07 b
0,37
0,13
BAP (2,5
µ
M)
0,25 b
0,25 a
0,52 a
0,43
0,21
BAP+ 2-iP (2,5
µ
M+2,5
µ
M)
0,52 a
0,29 a
0,56 a
0,55
0,36
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade.
Quando comparados os resultados obtidos para a varvel número médio de brotos e
para a taxa de multiplicação, verificamos que os melhores resultados em ambas as variáveis
foram observados nos tratamentos com BAP+2-iP e com BAP sozinho.
47
47
Como nos experimentos com BAP e 2-iP isolados, tamm foi calculado o número
médio de brotos por explante com brotos. Verificou-se que o maior número médio de brotos
foi obtido quando as duas citocininas estavam presentes (Tabela 29).
TABELA 29 MERO MÉDIO DE BROTOS EM EXPLANTES COM BROTOS DE CANJARANA EM
MEIO DE CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP E BAP+ 2-iP), NO
CULTIVO INICIAL E EM QUATRO SUBCULTIVOS (SEGMENTOS DE REBROTAS)
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS EM EXPLANTES COM BROTOS
Tratamentos
Cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
2-iP(2,5
µ
M)
0,13
0,25
0,25
0,50
0,13
BAP (2,5
µ
M)
0,94
0,63
0,81
1,00
0,75
BAP+ 2-iP (2,5
µ
M+2,5
µ
M)
1,02
0,50
1,04
1,08
1,63
4.4.1.3.4 Efeito de BAP e 2-iP no comprimento médio dos brotos em segmentos nodais
obtidos a partir de rebrotas
As médias dos comprimentos dos brotos para os segmentos nodais são
apresentadas na Tabela 30.
Os resultados mostraram que houve poucas diferenças entre os tratamentos e que,
neste caso também, o tamanho dos brotos sempre foi inferior a 1 cm.
TABELA 30 - MÉDIAS DOS COMPRIMENTOS DOS BROTOS FORMADOS A PARTIR DE
EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE CULTURA MS
ADICIONADO DE BAP E/OU 2-iP, NO CULTIVO INICIAL E EM QUATRO
SUBCULTIVOS (ORIGEM: SEGMENTOS NODAIS OBTIDOS A PARTIR DE
REBROTAS)
COMPRIMENTO DOS BROTOS (cm)
Tratamentos
(em
µ
M)
Cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
2-iP (2,5)
BAP (2,5)
BAP(2,5)+2-iP(2,5)
0,60
0,63
0,52
0,60
0,52
0,53
0,55
0,64
0,76
0,58
0,65
0,69
0,61
0,54
0,56
4.4.1.3.5 Efeito de BAP e 2-iP na percentagem de explantes mortos em segmentos nodais
obtidos a partir de rebrotas
Os resultados da análise de variância (Anexo 15) indicaram que houve diferenças
estatisticamente significativas entre os tratamentos, para os 1
°
, 2
°
e 3º subcultivos. Para o 4º
subcultivo não houve diferenças estatisticamente significativas.
48
48
O teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 31) revelou para os três
subcultivos analisados, que o tratamento com o 2-iP provocou a maior percentagem de
explantes mortos e diferiu estatisticamente dos demais. As menores percentagens de
explantes mortos foram observadas nos tratamentos com BAP sozinho ou combinado com
2-iP.
TABELA 31 - NECROSE EM EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE CULTURA
MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP E BAP+ 2-iP), EM TRÊS SUBCULTIVOS
(ORIGEM: SEGMENTOS NODAIS DE REBROTAS)
EXPLANTES MORTOS (%)
Tratamentos
Cultivo
inicial
1º
subcultivo
2º
subcultivo
3º
subcultivo
4º
subcultivo
2-iP(2,5
µ
M)
0,00
52,00 b
32,60 b
37,50 b
13,21
BAP (2,5
µ
M)
0,00
3,10 a
12,30 a
3,61 a
13,00
BAP+ 2-iP (2,5
µ
M+2,5
µ
M)
0,00
7,20 a
6,50 a
8,81 a
7,00
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de
5% de
probabilidade.
4.4.1.3.6 Resumo dos resultados obtidos em MS adicionado de BAP e 2-iP em segmentos
nodais originados de rebrotas
Os melhores resultados para as variáveis analisadas obtidos nesse experimento
foram observados nos tratamentos com BAP isolado ou em conjunto com 2-iP, nos 1º e 2º
subcultivos (Tabela 32).
49
49
TABELA 32 RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA SEGMENTOS NODAIS DE
CANJARANA NOS CULTIVOS REALIZADOS NO EXPERIMENTO COM BAP E 2-
iP COMBINADOS
Cultivo Inicial
Citocininas (
µ
M)
Variáveis
2-iP
2,5
BAP
2,5
BAP+2-iP (2,5+2,5)
Taxa de multiplicação
1,00
1,12
1,28
Explantes formando brotos (%)
2,10
22,90
41,61
Nº médio de brotos/explante
0,02
0,25
0,52
Nº médio de brotos em
explantes com brotos
0,13
0,94
1,02
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,60
0,63
0,52
Necrose (%)
0,00
0,00
0,00
1º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,35
1,23
Explantes formando brotos (%)
3,61
41,92
19,80
Nº médio de brotos/explante
0,04
0,25
0,29
Nº médio de brotos em
explantes com brotos
0,25
0,63
0,50
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,60
0,52
0,53
Necrose (%)
52,00
3,10
7,20
2º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,05
1,42
1,66
Explantes formando brotos (%)
16,00
25,00
37,00
Nº médio de brotos/explante
0,07
0,52
0,56
Nº médio de brotos em
explantes com brotos
0,25
0,81
1,04
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,55
0,64
0,76
Necrose (%)
32,60
12,30
6,50
3º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,05
1,25
1,19
Explantes formando brotos (%)
16,00
25,00
37,00
Nº médio de brotos/explante
0,37
0,43
0,55
Nº médio de brotos em
explantes com brotos
0,50
1,00
1,00
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,58
0,65
0,69
Necrose (%)
37,50
3,61
8,81
4º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,05
1,08
Explantes formando brotos (%)
8,30
8,40
37,40
Nº médio de brotos/explante
0,13
0,21
0,36
Nº médio de brotos em
explantes com brotos
0,13
0,75
1,63
Tamanho médio dos brotos
(cm)
0,61
0,54
0,56
Necrose (%)
13,21
13,00
7,00
50
50
4.4.1.4 Conclusões Sobre os Experimentos em Meio MS
As quatro variáveis analisadas demonstram que o tratamento com 2-iP sozinho não
foi eficiente para a multiplicação de gemas axilares, produção de brotos, indução do
crescimento das gemas e ainda provocou uma grande mortalidade nos explantes, quando
comparado aos outros tratamentos. Ao relacionarmos os resultados obtidos ao do
experimento com BAP, observamos que os meros de brotos foram semelhantes nos dois
experimentos, porém as maiores taxas de multiplicação e as menores percentagens de
explantes mortos foram encontradas no experimento com BAP somente. Isso indica que,
analisando todas as variáveis aqui descritas, BAP adicionado sozinho no meio de cultura
para segmento nodal proporcionou os maiores valores em comparação com 2-iP e BAP
combinado com 2-iP (Tabelas 14, 24 e 32). Entretanto, as taxas de multiplicação ainda não
são satisfatórias para uma eficiente multiplicação e por essa razão recomendamos a
realização de outros experimentos com outras combinações de BAP e com outras
citocininas, como, por exemplo, o tidiazuron (TDZ) e a zeatina.
Os resultados obtidos demonstraram que a citocinina BAP (2,5 e 5,0
µ
M), em meio
de cultura MS, proporcionou valores de taxa de multiplicação superiores aos obtidos com 2-
iP e tamm alguns dos maiores números de brotos, apesar das taxas de multiplicação e do
número de brotos ainda não serem satisfarios. No caso de
Anacardium occidentale
também, a melhor proliferação de brotos axilares foi obtida com BAP (com
aproximadamente 70 % de brotos multiplicando) em comparação ao 2-iP e a outras
citocininas como KIN e ZEA (MNENEY; MANTELL, 2002).
4.4.2 Culturas em Meio de Cultura WPM Adicionado de Benzilaminopurina
Como as taxas de multiplicação observadas nos experimentos com MS não foram
satisfatórias, o presente experimento foi realizado com o intuito de verificar se a composição
do meio de cultura WPM seria mais eficaz na indução da multiplicação da canjarana.
Conjuntamente foram utilizadas as concentrações de BAP para as quais foram verificados
os melhores resultados nos experimentos anteriores.
51
51
4.4.2.1 Efeito da BAP na multiplicação de gemas axilares de segmentos nodais e apicais
A Tabela 33 apresenta as médias das taxas de multiplicação obtidas nos tratamentos
com BAP em segmentos nodais e apicais e em meio de cultura WPM, no cultivo inicial e em
quatro subcultivos.
TABELA 33 - TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS EM EXPLANTES DE CANJARANA EM
MEIO DE CULTURA WPM, COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO CULTIVO
INICIAL E EM QUATRO SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO
TAXA DE MULTIPLICAÇÃO
Cultivo inicial
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
subcultivo
Concentrações de
BAP (
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
2,5
1,00
1,00
1,12
1,02
1,08
1,00
1,02
1,00
1,04
1,00
5,0
1,28
1,15
1,10
1,10
1,18
1,02
1,09
1,05
1,08
1,00
* SN: segmento nodal, SA: segmento apical
Os resultados da análise de variância (Anexo 16) indicaram que a interação entre os
fatores foi significativa apenas no 2º subcultivo, revelando que os fatores ‘’ tipo de
segmento’e ‘’concentrações de BAP’não são independentes nesse subcultivo. Entretanto ,
para o cultivo inicial e 3º subcultivo os fatores são independentes e nesses houve diferenças
estatisticamente significativas apenas entre as concentrações. No 1
°
e 4º subcultivo não
foram obtidas diferenças estatisticamente significativas. No 2º subcultivo, o teste de Tukey
(Tabela 34) mostrou que, para o segmento nodal, a taxa de multiplicação média (1,18)
obtida na presença de 5,0
µ
M de BAP foi superior e diferiu estatisticamente das outras
taxas. Porém, para o segmento apical, as médias de taxa de multiplicação não diferiram
estatisticamente entre si. A taxa mais elevada (1,28) foi obtida no cultivo inicial a partir dos
segmentos nodais. No 2° subcultivo (Figura 13), este tipo de segmento apresentou os
melhores resultados que diferiram estatisticamente dos resultados obtidos com os apicais,
com exceção do controle (Tabela 34).
52
52
TABELA 34 - TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS NO 2º SUBCULTIVO DE EXPLANTES
DE CANJARANA CULTIVADOS, M MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS
CONCENTRAÇÕES DE BAP, EM FUÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
TAXA DE MULTIPLICAÇÃO
2º subcultivo
Concentrações (
µ
M de BAP)
SN*
SA*
0
1,00 b A
1,00 a A
2,5
1,08 b A
1,00 a B
5,0
1,18 a A
1,02 a B
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical e as médias seguidas pela mesma letra maiúscula na horizontal não
diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
SN*- Segmento Nodal; SA*- Segmento Apical
No cultivo inicial, o teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 35) revelou
que a média de taxa de multiplicação na concentração de 5,0
µ
M de BAP diferiu
estatisticamente e foi superior às demais. No 3º subcultivo e para esta mesma
concentração, a taxa diferiu estatisticamente e foi superior apenas ao controle.
TABELA 35 - TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS NO CULTIVO INICIAL E NO 3°
SUBCULTIVO DE EXPLANTES DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE
CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP (MEDIA DE 2 TIPOS DE
SEGMENTOS)
TAXA DE MULTIPLICAÇÃO
CONCENTRAÇÕES DE BAP (
µ
M)
cultivo inicial
3º subcultivo
1,00 b
1,00 b
1,00 b
1,01 ab
0
2,5
5,0
1,21 a
1,07 a
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
No geral, as maiores taxas de multiplicação foram observadas na concentração de
5,0
µ
M de BAP, sendo que as taxas tenderam a diminuir com os subcultivos.
4.4.2.2 Efeito da BAP na percentagem de brotos por explante
Os resultados da análise de variância (Anexo 17) indicaram que a interação entre os
fatores foi significativa apenas no cultivo inicial e para o 2º subcultivo, revelando que os
fatores tipo de segmento e concentrações de BAP não são independentes. Já para 1
°
subcultivo houve diferenças estatisticamente significativas apenas entre as concentrações
de BAP e, para o 3º subcultivo, não houve diferenças estatisticamente significativas.
O teste de Tukey para comparação de médias (Tabela 36) revelou que, no cultivo
inicial e no 2º subcultivo não houve diferença estatística entre as concentrações testadas,
porém foi observada diferença estatisticamente significativa entre os segmentos, sendo o
53
53
segmento nodal superior ao apical. Já, para o 1º subcultivo, os resultados obtidos com as
concentrações de 2,5 e 5,0
µ
M de BAP diferiram do controle e foram superiores;
independentemente do tipo de segmento (Tabela 37). No 3° subcultivo, o melhor resultado
foi observado na concentração de 2,5
µ
M para ambos os tipos de segmentos. O valor mais
elevado foi obtido no 1° subcultivo na presença de 5 µM de BAP com 26% dos segmentos
formando brotos.
TABELA 36 - PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA FORMANDO BROTOS EM MEIO
DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO CULTIVO INICIAL
E NO 2º SUBCULTIVO, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
PERCENTAGEM DE EXPLANTES COM BROTOS
cultivo inicial
2º subcultivo
Concentrações de BAP
(
µ
M)
Segmento Nodal
Segmento Apical
Segmento Nodal
Segmento Apical
0
0,00 a A
0,00 a A
2,10 a A
0,00 a A
2,5
20,81 a A
0,00 a B
7,20 a A
0,00 a A
5,0
18,70 a A
0,00 a B
16,50 a A
0,00 a B
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical e pela mesma letra maiúscula na horizontal não diferem
estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 37 - PERCENTAGEM DE EXPLANTES DE CANJARANA FORMANDO BROTOS EM MEIO
DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO 1º E 3º
SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
PERCENTAGEM DE EXPLANTES COM BROTOS
1º subcultivo
3º subcultivo
Concentrações de BAP
(µM)
Segmento
Nodal
Segmento
Apical
Médias
Segmento
Nodal
Segmento
Apical
2,10
2,10
2,10 b
2,10
2,11
16,60
16,60
16,30 a
4,90
8,40
0
2,5
5,0
26,00
19,00
22,50 a
4,20
0,00
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
4.4.2.3 Efeito da BAP no número médio de brotos por explante
Os resultados da análise de variância (Anexo 18) indicaram que a interação entre os
fatores foi significativa apenas no cultivo inicial, revelando que os fatores tipo de segmento e
concentrações de BAP não são independentes para esse subcultivo. Para o 1
°
e o 2
°
subcultivo, houve diferenças estatisticamente significativas entre as concentrações e, para o
3º subcultivo, não houve diferença estatisticamente significativa. O teste de Tukey para
comparação de médias (Tabela 38) revelou que, para o segmento nodal no cultivo inicial, o
número de brotos foi superior nos meios adicionados de 2,5
µ
M e 5,0
µ
M de BAP e diferiu
estatisticamente do controle. Nos segmentos apicais não houve a formação de brotos nesse
54
54
subcultivo. No 1º subcultivo, o resultado obtido com a concentração de 5,0
µ
M de BAP,
diferiu dos demais e foi superior, independente do tipo de segmento. Entretanto no 2º
subcultivo o resultado obtido com a mesma concentração diferiu estatisticamente e foi
superior apenas ao controle (Tabela 39). O melhor tipo de segmento, qualquer que seja a
concentração, foi o segmento nodal (1,09 brotos/explante), o qual diferiu e foi
estatisticamente diferente do segmento apical (1,02).
TABELA 38 - NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE DE CANJARANA NO CULTIVO
INICIAL EM MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRÕES DE BAP, EM
FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE
Concentrações de BAP (
µ
M)
Segmento Nodal
Segmento Apical
0
0,00 b A
0,00 a A
2,5
0,30 a A
0,00 a B
5,0
0,33 a A
0,00 a A
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical e pela mesma letra mascula na horizontal não diferem
estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 39 -MERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE NO 1º, 2º E 3º SUBCULTIVO EM
MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP (MEDIA DE DOIS
TIPOS DE SEGMENTOS)
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE
Concentrações de BAP
(µM)
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
0,02 c
0,02 b
0,02
0,11 b
0,05 ab
0,05
0
2,5
5,0
0,25 a
0,09 a
0,01
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
Na micropropagação de
Swartzia madagascariensis
(Fabaceae) foi comparado o
número de brotos por explante obtidos em diferentes meios de culturas como o MS e o
WPM, adicionados de BA. O melhor resultado para o número de brotos foi obtido no meio
MS adicionado de 2,2
µ
M de BAP (37 brotos/explante). Esse resultado diferiu do observado
para outras espécies lenhosas, já que a baixa concentração iônica do WPM não causou
efeitos benéficos na indução de brotos (BERGER; SCHAFFNER, 1995). Com relão à
multiplicação da canjarana, também observamos que, em comparação ao WPM, o meio de
cultura MS proporcionou os melhores resultados para as variáveis testadas. Esse meio de
cultura adicionado de BAP induziu tamm uma multiplicação de gemas melhor em
comparação ao 2-iP (comparar as Tabelas 5 e 15). No trabalho de SAADAT e HENNERTY
(2002) resultado similar, com maiores valores obtidos em meio de cultura MS, foi observado
para a nogueira (
Juglans regia
).
55
55
Como nos experimentos em meio de cultura MS, o número médio de brotos em
explantes com brotos foi calculado para complementação dos resultados obtidos no meio de
cultura WPM. Foi observado que os valores dessa variável foram geralmente menores que
1,00 e mesmo a maior média não superou a média observada nos experimentos em meio
de cultura MS, indicando que o número de brotos foi menor no experimento em meio WPM
(Tabela 40).
TABELA 40 - NÚMERO MÉDIO DE BROTOS EM EXPLANTES COM BROTOS DE CANJARANA NO
CULTIVO INICIAL E NO 1º, 2º E 3º SUBCULTIVO EM MEIO DE CULTURA WPM COM
TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP (MEDIA DE DOIS TIPOS DE SEGMENTOS)
NÚMERO MÉDIO DE BROTOS EM EXPLANTE COM BROTOS
Cultivo inicial
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
Concentrações de BAP
(µM)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0,00
0,00
0,13
0,13
0,13
0,00
0,25
0,25
1,13
0,00
0,63
0,50
0,63
0,00
0,25
0,25
0
2,5
5,0
0,99
0,00
0,83
0,88
1,08
0,00
0,17
0,00
SN* - Segmento Nodal; SA*- Segmento Apical
4.4.2.4 Efeito da BAP no comprimento médio dos brotos
As médias dos comprimentos dos brotos para ambos os tipos de segmentos são
apresentadas na Tabela 41.
TABELA 41 - MÉDIAS DOS COMPRIMENTOS DOS BROTOS FORMADOS EM EXPLANTES DE
CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE CULTURA WPM ADICIONADO DE BAP,
NO CULTIVO INICIAL E NOS TRÊS PRIMEIROS SUBCULTIVOS, EM FUNÇÃO DO
TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
COMPRIMENTO MÉDIO DOS BROTOS (cm)
cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
Concentrações
de BAP
(
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,5
0,52
0,00
0,50
0,50
0,50
0,00
0,55
0,50
5,0
0,54
0,00
0,62
0,53
0,52
0,50
0,50
0,00
SN* - Segmento Nodal; SA*- Segmento Apical
Os maiores comprimentos dos brotos foram observados nos segmentos nodais e
geralmente na concentração de 5,0
µ
M de BAP. Houve poucas diferenças entre os
tratamentos em todos os subcultivos. Os valores foram baixos e variaram de 0,5 a 0,62 cm.
MERETI et al. (2002) observaram, em
Arbutus unedo
(Ericaceae), comprimentos de
brotos similares entre os tratamentos (0; 5,5; 11,1 e 22,2
µ
M de BAP), exceto para
concentração de 5,5
µ
M de BAP, que proporcionou o maior comprimento dos brotos (1,06
56
56
cm). No presente trabalho tamm foram obtidos os maiores comprimentos em
concentração similar.
4.4.2.5 Efeito da BAP na percentagem explantes mortos
A Tabela 42 apresenta as percentagens médias de explantes mortos obtidas nos
tratamentos com BAP, em segmentos nodais e apicais e em meio de cultura WPM.
TABELA 42 - NECROSE EM EXPLANTES DE CANJARANA NO CULTIVO INICIAL E EM QUATRO
SUBCULTIVOS EM MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE
BAP EM FUNÇÃO DO TIPO DE SEGMENTO DE ORIGEM
ÈXPLANTES MORTOS (%)
Cultivo inicial
1º subcultivo
2º subcultivo
3º subcultivo
4º subcultivo
Concentrações de
BAP (
µ
M)
SN*
SA*
SN
SA
SN
SA
SN
SA
SN
SA
0
0,00
0,00
0,00
0,00
2,12
2,12
2,12
2,12
0,00
0,00
2,5
0,00
0,00
0,00
4,20
2,12
2,12
10,50
7,12
12,50
2,50
5,0
0,00
0,00
6,30
0,00
4,60
2,12
21,00
6,30
11,10
0,00
SN* - Segmento Nodal; SA*- Segmento Apical
Os resultados da análise de variância (Anexo 19) indicaram que não existiu interação
entre os fatores tipos de segmento e concentrações de BAP, em nenhum dos subcultivos
analisados. A análise revelou ainda, que não houve diferenças estatisticamente
significativas para o 1º e 2º subcultivos e, para o 3º subcultivo só houve diferenças
estatisticamente significativas entre as concentrações. Para o último subcultivo a diferença
foi estatisticamente significativa apenas para o tipo de segmento.
O teste de Tukey para comparação de médias foi realizado para o 3º subcultivo
(Tabela 43) mostrando que o controle induziu a menor percentagem de explantes mortos e
diferiu estatisticamente somente do tratamento com 5,0
µ
M de BAP. Para o 4º subcultivo,
não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias das percentagens de
explantes mortos obtidos para os dois tipos de segmentos. Observando todos os
subcultivos, os resultados demonstram que a concentração de 2,5
µ
M e 0
µ
M de BAP
induziram, em ambos os tipos de segmentos, as menores percentagens de explantes
mortos. No geral as percentagens obtidas foram baixas com no máximo 21,00 de explantes
mortos, sendo que o comportamento geralmente observado foi o aumento nos valores das
percentagens no decorrer dos subcultivos.
57
57
TABELA 43 - NECROSE EM EXPLANTES DE CANJARANA NO 3º SUBCULTIVO EM MEIO DE
CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP EM FUNÇÃO DO TIPO
DE SEGMENTO DE ORIGEM
CONCENTRAÇÕES DE BAP
(
µ
M)
EXPLANTES MORTOS (%)
(Média para os 2 tipos de segmentos)
0
2,10 a
2,5
8,81 a
5,0
13,60 a
Médias seguidas pela mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade.
4.4.2.6 Conclusões sobre o experimento em meio de cultura WPM adicionado de BAP
Os resultados obtidos no presente experimento demonstraram que em meio WPM a
citocinina BAP induziu resultados ainda menos satisfatórios que os observados nas mesmas
concentrações desta citocinina em meio de cultura MS (Tabelas 14 e 44).
Comparando os resultados com BAP nas mesmas concentrações e em meios de
culturas diferentes, podemos concluir que, para a variável percentagem de explantes
mortos, o melhor meio de cultura seria o WPM, pois esse apresentou os menores valores
para a variável em questão. Entretanto, nesse meio de cultura foi observada a clorose em
algumas das folhas dos brotos a partir do 3º subcultivo e menores taxas de multiplicação do
que no meio de cultura MS (comparar a Tabela 5 com a Tabela 33), assim como menores
comprimentos de brotos e um menor número de brotos.
58
58
TABELA 44 RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA SEGMENTOS NODAIS DE
CANJARANA, NOS CULTIVOS REALIZADOS NO EXPERIMENTO EM WPM
ADICIONADO DE BAP
Cultivo Inicial
BAP(
µ
M)
Variáveis
0
2,5
5
Taxa de multiplicação
1,00
1,00
1,28
Explantes formando brotos (%)
0,00
20,81
18,70
Nº médio de brotos/explante
0,00
0,30
0,33
Nº médio de brotos em explantes
com brotos
0,00
1,13
0,99
Tamanho médio dos brotos (cm)
0,00
0,52
0,54
Necrose (%)
0,00
0,00
0,00
1º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,12
1,10
Explantes formando brotos (%)
2,10
16,60
26,00
Nº médio de brotos/explante
0,00
0,11
0,25
Nº médio de brotos em explantes
com brotos
0,13
0,63
0,83
Tamanho médio dos brotos (cm)
0,00
0,50
0,62
Necrose (%)
0,00
0,00
6,30
2º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,08
1,18
Explantes formando brotos (%)
2,10
7,20
16,50
Nº médio de brotos/explante
0,02
0,05
0,09
Nº médio de brotos em explantes
com brotos
0,13
0,63
1,08
Tamanho médio dos brotos (cm)
0,00
0,50
0,52
Necrose (%)
2,12
2,12
4,60
3º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,02
1,09
Explantes formando brotos (%)
2,10
4,90
4,20
Nº médio de brotos/explante
0,02
0,05
0,01
Nº médio de brotos em explantes
com brotos
0,25
0,25
0,17
Tamanho médio dos brotos (cm)
0,00
0,55
0,50
Necrose (%)
2,12
10,50
21,00
4º Subcultivo
Taxa de multiplicação
1,00
1,04
1,08
Explantes formando brotos (%)
0,00
0,00
0,00
Nº médio de brotos/explante
0,00
0,00
0,00
Nº médio de brotos em explantes
com brotos
0,00
0,00
0,00
Tamanho médio dos brotos (cm)
0,00
0,00
0,00
Necrose (%)
0,00
12,50
11,10
No processo de micropropagação podem ser utilizados vários meios de cultura,
entretanto, o meio de cultura WPM é o mais comum para a propagação
in
vitro
de espécies
lenhosas (VENGADESAN et al., 2002). A utilizão desse meio de cultura em segmentos
apicais proporcionou bons resultados de multiplicação para o mogno,
Swietenia
macrophylla
, e para o cedro,
Cedrela odorata
, na concentração de 0,88
µ
M de BAP
(MARUYAMA et al., 1989a). No caso do cedro os autores citam a produção de 3,5 brotos
por explante (MARUYAMA et al,. 1989b).
59
59
No presente trabalho bem como nos trabalhos utilizando espécies de
Acacia
(VENGADESAN et al., 2002) e
Anacardium occidentale
(MNENEY; MANTELL, 2002), o
meio de cultura MS apresentou melhores resultados que o WPM para indução de brotos.
Portanto, para
Cabralea canjerana
de acordo com os resultados obtidos utilizando os dois
meios citados e a citocinina BAP, o meio de cultura MS foi o mais indicado para a
multiplicação de gemas axilares. Isso pode estar relacionado com o fato do meio WPM
possuir apenas 45% da força iônica total do MS (NUNES et al., 2002) e concentrações
menores de nitrato (MS 40
µ
M; WPM 9,7
µ
M) e amônio (MS 20
µ
M; WPM 4,9
µ
M). Além
disso, o WPM possui tamm uma baixa quantidade de nitrogênio total (14,69) comparado
ao MS (60,00) (GEORGE, 1996) e esse fato pode influenciar na clorose foliar (SCHOTTZ,
2003), sendo que esse sintoma foi observado nos explantes de canjarana cultivados em
meio de cultura WPM, já em meio de cultura MS os explantes não apresentaram clorose
foliar em nenhum dos subcultivos avaliados. A importância da transferência dos explantes,
depois de 3 semanas, para meio de cultura fresco, foi destacada como essencial para
prevenir a desfoliação, a perda de vigor da cultura e para sustentar o crescimento dos brotos
(SHEKHAWAT et al., 1997). Quando o meio de cultura WPM é utilizado, a duração de cada
subcultura deve ser menor, ou ainda esse meio de cultura pode não ser adequado para
Cabralea canjerana.
Mesmo sendo observados os melhores resultados em meio de cultura MS a
obtenção de brotações multíplas foi baixa, porém eram brotões que apresentavam um
aspecto normal, com coloração verde e folhas compostas com folíolos sem anormalidades.
Por essa razão sugerem-se novos testes com outras citocininas (como o TDZ) ou essas em
combinações com outros fitorreguladores (como o NAA).
Apesar das taxas de multiplicação obtidas serem baixas, alguns segmentos retirados
de determinadas plântulas demonstraram uma grande capacidade de multiplicação,
produzindo mais que o dobro do número de gemas axilares iniciais entre dois subcultivos.
Essa variação na resposta à citocinina pode ser explicada pelo fato das sementes terem
sido originadas de polinização aberta e, portanto, provavelmente com grande variabilidade
genética.
60
60
4.5 ENRAIZAMENTO DE BROTOS OBTIDOS NA FASE DE MULTIPLICAÇÃO
O meio WPM foi utilizado no experimento de enraizamento devido ao resultado de
enraizamento observado no experimento de multiplicação neste meio de cultura. Nesse
experimento, os explantes obtidos de segmentos apicais na ausência de BAP apresentaram,
aos 30 dias de cultivo, 12,5% de enraizamento (Figura 14) e 1,5% nos de segmentos
nodais. Aos 45 dias de cultivo, a percentagem de explantes enraizados para os segmentos
apicais continuou a mesma, porém para os segmentos nodais aumentou para 2,43%.
Os resultados apresentados na Tabela 45 indicaram que as percentagens de
enraizamento variaram entre 18 e 20% nos meios de cultura WPM adicionado de 2,5 e 5,0
µ
M de IBA (Figura 15), demonstrando que a percentagem de enraizamento foi baixa se
comparada a percentagens de outras espécies e ao experimento de multiplicação no qual
15% dos brotos (média para os dois tipos de explantes) enraizaram sem a presença de
auxinas exógenas. Esse resultado pode ser devido à influência do BAP utilizado na fase de
multiplicação, já que BAP pode ter estimulado a produção de citocininas endógenas
(VANKOVA et al., 1991) e isso, por sua vez, pode inibir a iniciação da raiz (BOLLMARK et
al., 1988) e tamm o alongamento (TAIZ et al., 2004). Sendo assim, um aspecto importante
no enraizamento in vitro é a composição dos meios de multiplicação, já que o contato
prolongado dos explantes com altas concentrações da citocinina BAP na fase de
multiplicação pode ser prejudicial ao enraizamento (ASSIS; TEIXEIRA, 1998). Uma relação
elevada entre as citocininas e as auxinas geralmente promove a formão de brotos e a
redução do enraizamento em estacas caulinares, assim como a taxa de crescimento da raiz
é reduzida (TAIZ et al., 2004). O efeito residual das citocininas pode ser observado quando
pré-tratamentos com as mesmas são utilizados (GEORGE, 1993). Por tanto, a ação da
citocinina adicionada na fase de multiplicação pode ter influenciado negativamente o
enraizamento da canjarana. GRATTAPAGLIA et al. (1987) constataram o efeito residual de
BAP inibindo o enraizamento em
Eucalyptus urophylla, E. cloeziana, E. citriodora
em
explantes provenientes de um teste fatorial combinando BAP e ANA.
TABELA 45 - ENRAIZAMENTO DE MICROESTACAS DE CANJARANA ORIGINADAS DE BROTOS
OBTIDOS NA FASE DE MULTIPLICÃO, EM MEIO DE CULTURA WPM
ADICIONADO DE IBA (0; 2,5 E 5,0
µ
M)
Microestacas enraizadas
(%)
Número médio de raízes
por microestaca
Comprimento médio das
raízes (cm)
Concentrações de
IBA (
µ
M)
30 dias
60 dias
30 dias
60 dias
30 dias
60 dias
0
2,27
2,27
1,12
1,00
0,30
0,70
2,5
18,18
18,18
1,25
1,75
0,28
0,73
5,0
18,18
20,45
1,00
1,33
0,30
0,42
61
61
Em outra Meliacea,
Cedrella fissilis
, as percentagens de enraizamento na presença
de IBA foram maiores do que as encontradas nos experimentos realizados no presente
trabalho. Os autores obtiveram de 87 a 100% de enraizamento em meio de cultura MS,
completo ou meia foa, adicionado de 2,5
µ
M de IBA, utilizando brotos obtidos na fase de
multiplicação, procedentes de segmentos nodais cotiledonares (Nunes et al., 2002).
As percentagens de enraizamento dos explantes (microestacas com 2-3 cm,
oriundos da fase de multiplicação) da espécie lenhosa
Arbutus unedo
(Ericaceae) em meio
de cultura contendo os sais do meio WPM e vitaminas do MS, foram de 92% na presença de
10
µ
M de IBA, de 75% em 5
µ
M e de 65% em 2,5
µ
M. Entretanto, o controle apresentou 45
% de enraizamento (MERETI et al., 2002). Esse resultado mostra que esta espécie não
possui grandes dificuldades de enraizamento quando comparada à canjarana e também que
o BAP utilizado na fase anterior provavelmente não interferiu expressivamente no
enraizamento.
Em microestacas de
Cornus florida
(Cornaceae), oriundas de um meio de
multiplicação contendo 4,4
µ
M de BAP, o máximo de enraizamento (83%) foi obtido em meio
de cultura WPM com 4,4
µ
M de IBA (SHARMA et al., 2005). Já, a canjarana apresentou em
concentração similar de IBA, apenas 20% de enraizamento, mostrando a necessidade de
novos testes para aumentar essa percentagem.
O número médio de raízes e o comprimento dessas foram baixos; por essa razão
recomenda-se a utilização de outras concentrações de IBA, ou ainda a utilização de
explantes após um subcultivo em meio de cultura sem fitorreguladores ou contendo carvão
ativo.
4.6 ENRAIZAMENTO DAS MICROESTACAS OBTIDAS A PARTIR DE REBROTAS
Os experimentos 1 e 2 de enraizamento de microestacas foram realizados como
alternativa para o enraizamento da espécie. Altas percentagens de enraizamento (87,5% e
83,2%) foram obtidas com 5,0 e 10 µM de IBA aos 60 dias no experimento 2. Entretanto,
quando comparados ambos os experimentos os maiores valores foram obtidos na
concentração de 10 µM de IBA para o experimento 1 e de 5,0 µM de IBA no experimento 2.
No experimento 1 observou-se o maior número médio de raízes por microestacas de 3,92
no meio contendo 10 µM de IBA (Tabela 46).
Os resultados indicaram que a permanência de apenas 7 dias em meio de cultura
adicionado de IBA foi mais favorável na indução de raízes proporcionando as maiores
62
62
percentagens de enraizamento, porém o número médio de raízes por microestacas foi
menor quando comparado à indução permanente realizada no experimento 1. Em ambos
experimentos foram observadas altas percentagens de explantes com raízes no tratamento
com 10
µ
M de
IBA. Entretanto, LOPES et al. (2001) observaram a maior percentagem de
enraizamento (40,0%) em microestacas de mogno (oriundas da fase de multiplicação em
meio de cultura adicionado de BAP e ANA), em uma menor concentração de IBA (0,49
µ
M).
A diferença no comportamento observado para as duas espécies mostra que, possivelmente
os níveis endógenos de auxinas sejam diferentes, já que no mogno o IBA (4,89 e 14,67
µ
M)
induziu uma menor percentagem de enraizamento (10%) e que
na canjarana esta auxina
induziu um melhor resultado em uma concentração intermediara.
O enraizamento de microestacas obtido nos dois últimos experimentos apresentou
altas percentagens quando comparado ao experimento com microestacas oriundas de
brotos da fase de multiplicação. Essa diferença entre os resultados obtidos pode ser devida
a vários fatores, como a diferença na origem dos explantes (brotos oriundos de meio de
cultura WPM adicionado de citocinina e segmentos apicais de rebrotas obtidos em meio de
cultura MS/2 sem fitorregulador), o tamanho dos explantes, o meio de cultura utilizado
(WPM e MS/2) e a presença de um período de indução, no caso do experimento 2.
Apesar dos fatores citados, as microestacas obtidas a partir de brotos originados na
fase de multiplicação, provavelmente poderiam apresentar uma porcentagem de
enraizamento em meio de cultura MS/2 adicionado de 10 µM de IBA.
TABELA 46 - ENRAIZAMENTO DE MICROESTACAS DE CANJARANA OBTIDAS A PARTIR DE
REBROTAS, EM MEIO DE CULTURA MS/2 ADICIONADO DE IBA (0; 2,5, 5,0 E 10
µ
M)
Microestacas
enraizadas (%)
Número médio de
raízes por microestaca
Comprimento médio das
raízes (cm)
IBA (
µ
M)
30 dias
60 dias
30 dias
60 dias
30 dias
60 dias
0
40,0
42,5
1,06
1,06
0,67
1,03
2,5
60,0
70,0
2,02
2,19
0,41
0,48
5,0
40,0
53,5
2,63
3,10
0,28
0,32
Experimento
1
10
55,0
75,5
2,88
3,92
0,32
0,49
0
36,7
41,9
1,12
1,07
0,45
0,76
2,5
70,0
80,0
1,80
2,09
0,51
0,76
5,0
77,5
87,5
2,30
2,55
0,40
0,43
Experimento
2
10
76,9
83,2
2,39
2,57
0,38
0,46
63
63
5 CONCLUSÕES
A deiscência dos frutos da espécie
Cabralea canjerana
pode ser obtida com sucesso
em laboratório deixando os frutos, ainda sem fissuras de deiscência, em sacos
plásticos fechados, por período de 11 dias;
A percentagem de germinação
in vitro
atingiu 90% das sementes germinadas após
um período de 14 dias, mas esse resultado dependeu da concentração de hipoclorito
de sódio (2,5 (v/v) por 30 minutos), que pode atuar favorecendo a germinação em
determinadas concentrações;
A cultura dos explantes em meio MS adicionado de 2,5 µM de BAP permite uma
multiplicação dos brotos com uma taxa que permanece inferior a 2 durante 4
subcultivos;
As maiores taxas de multiplicação são obtidas a partir de segmentos nodais, assim
como o maior número de brotos e os maiores comprimentos destes;
O meio de cultura WPM, a partir do 3º subcultivo, induz a clorose em algumas folhas
dos brotos e não é adequado para a multiplicação das gemas;
O meio de cultura WPM suplementado com 5,0 µM de IBA permite o enraizamento
de 20% das microestacas obtidas a partir de brotos originados na fase de
multiplicação;
O meio de cultura MS/2 adicionado de 5,0 µM de IBA permite o enraizamento de
aproximadamente 87% das microestacas obtidas de rebrotas;
As gemas axilares de plantas adultas são dificilmente desinfestadas pelo hipoclorito
de sódio.
64
64
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70
70
FIGURAS
FIGURA 1 - Frutos de Cabralea canjerana: 1º - com três fissuras e parcialmente
aberto, 2º - com cinco fissuras; 3º - com cinco fissuras e totalmente
aberto.
FIGURA 2 - Fruto aberto, sementes recobertas pelo arilo alaranjado e sementes
isoladas sem o arilo de Cabralea canjerana.
FIGURA 3 - Plântula germinada in vitro, com radícula, cotilédones e parte aérea,
recoberta pelo tegumento que envolvia a semente.
2
3
1
71
71
FIGURA 4 - Segmento apical (acima) e segmento nodal.
FIGURA 5 - Segmentos nodais em meio de
cultura MS com 2,5 µM de BAP (após 30
dias no cultivo inicial).
FIGURA 7 - Segmento nodal com gemas
axilares, em meio de cultura MS com BAP
(2° subcultivo)
4
5
6
7
FIGURA 8 - Segmentos nodais em meio de
cultura MS com BAP (3
°
subcultivo)
8
FIGURA 6 - Segmento nodal com as
gemas axilares em desenvolvimento,
depois de 30 dias (1° subcultivo).
72
72
FIGURA 11 - Segmento nodal retirado de rebrota, no 3º subcultivo em meio de
cultura MS com BAP+ 2-iP.
11
FIGURA 9 - Aspecto da rebrota, originada da gema do nó cotiledonar, com 80 dias
de idade.
10
9
FIGURA 10 - Segmentos nodais retirados de rebrotas, em meio de cultura MS adicionado de
BAP 2,5
µ
M (1º subcultivo).
73
73
ANEXOS
ANEXOS
FIGURA 13 - Segmento nodal em
meio de cultura WPM com 5,0 µM
de BAP (2° subcultivo)
13
FIGURA 15 - Broto com raízes, as 30 dias em meio
WPM adicionado de IBA
15
12
FIGURA 12 - Segmentos nodais em meio
de cultura MS adicionado de 5,0
µ
M de 2-iP
(2° subcultivo)
FIGURA 14 - Segmento apical com uma raiz na base, em
meio de cultura WPM sem fitorreguladores
(após 30 dias no cultivo inicial)
14
74
74
ANEXOS
ANEXO 1 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA E DO TESTE DE BARTLETT PARA DESINFESTAÇÃO DE
SEMENTES DA
Cabralea canjerana
UTILIZANDO TRÊS CONCENTRAÇÕES DE
HIPOCLORITO DE SÓDIO EM DOIS TEMPOS
Fonte de Variação
Graus de Liberdade
Quadrado Médio
Repetição
Tratamentos
Erro Experimental
Total
4
5
20
29
0,053
ns
0,108 *
0,037
Teste de Bartlett- x
2
2,862
ns
Coeficiente de Variação
13%
ns - não significativo ao nível de 5% de probabilidade
* - significativo ao nível de 5% de probabilidade
ANEXO 2 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA E DO TESTE DE BARTLETT PARA GERMINAÇÃO DE
SEMENTES, AOS 7 DIAS, DE
Cabralea canjerana
DESINFESTADAS EM SEIS
CONCENTRAÇÕES DE HIPOCLORITO DE SÓDIO
Fonte de Variação
Graus de Liberdade
Quadrado Médio
Repetição
Tratamentos
Erro Experimental
Total
4
5
20
29
0,035
ns
0,130 *
0,047
Teste de Bartlett- x
2
4,300
ns
Coeficiente de Variação
16%
ns - não significativo ao nível de 5% de probabilidade
* - significativo ao nível de 5% de probabilidade
ANEXO 3 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA E DO TESTE DE BARTLETT PARA GERMINAÇÃO DE
SEMENTES, AOS 14 DIAS, DE
Cabralea canjerana
DESINFESTADAS EM SEIS
CONCENTRAÇÕES DE HIPOCLORITO DE SÓDIO
Fonte de Variação
Graus de Liberdade
Quadrado Médio
Repetição
Tratamentos
Erro Experimental
Total
4
5
20
29
0,026
ns
0,369 **
0,027
Teste de Bartlett- x
2
3,319
ns
Coeficiente de Variação
11%
ns - não significativo ao nível de 5% de probabilidade
* - significativo ao nível de 5% de probabilidade
** - significativo ao nível de 1% de probabilidade
75
75
ANEXO 4 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA TAXA DE MULTIPLICAÇÃO DE CANJARANA
UTILIZANDO SEGMENTOS NODAIS E APICAIS CULTIVADOSEM MEIO DE
CULTURA MS, COM CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO CULTIVO INICIAL E NOS
QUATRO SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
Cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
2
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,496**
0,060**
0,983**
0,034*
0,046*
Concentrações de BAP
4
0,493**
0,622**
0,641**
0,054**
0,022*
Segmento X BAP
4
0,211**
0,367**
0,297**
0,031**
0,010
ns
Erro Experimental
70
0,009
0,005
0,005
0,007
0,006
Total
79
Teste de Bartlett-x
2
11,443
14,640
13,322
7,339
5,919
Coeficiente de Variação
8,15%
6,07%
6,01%
8,20%
7,17%
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
ANEXO 5 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA PERCENTAGEM DE EXPLANTES COM BROTOS DE
CANJARANA UTILIZANDO SEGMENTOS NODAIS E APICAIS CULTIVADOS EM MEIO
DE CULTURA MS, COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, NOS 5 SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
Cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,053*
0,154**
0,307**
0,362**
0,103**
Concentrações de BAP
4
0,204**
0,073**
0,131**
0,224**
0,069**
Segmento X BAP
4
0,024
ns
0,065**
0,069**
0,141**
0,040**
Erro Experimental
70
0,009
0,009
0,012
0,010
0,009
Total
79
Teste de Bartlett-x
2
11,69
7,98
12,14
11,15
9,54
Coeficiente de Variação
9,19%
8,58%
9,77%
8,95%
9,03%
NOTA: Os dados foram transformados para (x+1).
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
ns
não significativo
ANEXO 6 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DO NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE
OBTIDOS A PARTIR DE SEGMENTOS NODAIS E APICAIS DE CANJARANA,
CULTIVADOS EM MEIO DE CULTURA MS, COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE
BAP, NOS 5 SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,134*
0,260**
0,916**
1,079**
0,446**
Concentrações de BAP
4
0,250**
0,053**
0,310**
0,443**
0,195**
Segmento X BAP
4
0,043**
0,041**
0,182**
0,263**
0,093**
Erro Experimental
70
0,009
0,006
0,009
0,012
0,012
Total
79
Teste de Bartlett-x
2
14,99
4,50
15,61
13,34
15,21
Coeficiente de Variação
8,65%
7,47%
8,51%
9,40%
9,74%
NOTA: Os dados foram transformados para (x+1).
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
76
76
ANEXO 7 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA PERCENTAGEM DE EXPLANTES MORTOS OBTIDOS A
PARTIR DE SEGMENTOS NODAIS E APICAIS DE CANJARANA, CULTIVADOS EM
MEIO DE CULTURA MS, COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO CULTIVO
INICIAL E NOS SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Varião
Graus de
Liberdade
cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,138**
0,049*
0,051**
0,098*
0,050*
Concentrações de BAP
4
0,380**
0,624**
0,014*
0,184**
0,207**
Segmento X BAP
4
0,108**
0,119**
0,013
ns
0,073**
0,024*
Erro Experimental
70
0,007
0,009
0,006
0,011
0,005
Total
79
Teste de Bartlett-x
2
8,444
13,935
6,245
12,790
6,886
Coeficiente de Variação
7,56%
7,70%
7,52%
9,84%
6,40%
NOTA: Os dados foram transformados para (x+1)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
.
ANEXO 8 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A COMPARAÇÃO DAS TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO
OBSERVADAS EM SEGMENTOS NODAIS E APICAIS DE CANJARANA, CULTIVADOS
EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, NO CULTIVO
INICIAL E NOS QUATRO SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,116**
0,036*
0,869**
0,000
ns
0,001
ns
Concentrações de 2-iP
4
0,309**
0,084**
0,196**
0,000
ns
0,001
ns
Segmento X 2-iP
4
0,060**
0,018**
0,171**
0,000
ns
0,001
ns
Erro Experimental
70
0,009
0,007
0,007
0,004
0,004
Total
79
Teste de Bartlett-x
2
14,376
5,784
4,048
12,883
14,857
Coeficiente de Variação
8,07%
7,67%
7,29%
6,02%
6,67%
ns
Não significativo ao nível de 5% de probabilidade
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
ANEXO 9 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A COMPARAÇÃO DA PERCENTAGEM DE
EXPLANTES COM BROTOS OBSERVADOS EM SEGMENTOS NODAIS E APICAIS
DE CANJARANA, CULTIVADOS EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, NO CULTIVO INICIAL E EM 3 SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
Cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,039*
0,311**
0,133**
0,009
ns
Concentrações de BAP
4
0,096**
0,049**
0,242**
0,008
ns
Segmento X BAP
4
0,018
ns
0,026
ns
0,033*
0,003
ns
Erro Experimental
70
0,008
0,013
0,009
0,008
Total
79
Teste de Bartlett-x
2
4,331
13,645
10,125
13,304
Coeficiente de Variação
8,35%
10,36%
8,85%
9,03%
NOTA 1: Os dados foram transformados para (x+1)
ns
Não significativo ao nível de 5% de probabilidade
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
77
77
ANEXO 10 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A COMPARAÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE BROTOS
POR EXPLANTE FORMADOS A PARTIR DE SEGMENTOS NODAIS E APICAIS DE
CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE CULTURA MS COM CINCO
CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, NO CULTIVO INICIAL E NOS 3 SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
Cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,126**
0,825**
1,353**
0,013
ns
Concentrações de BAP
4
0,060**
0,232**
0,320**
0,033**
Segmento X BAP
4
0,060**
0,198**
0,254**
0,006
ns
Erro Experimental
70
0,009
0,012
0,009
0,008
Total
79
Teste de Bartlett-x
2
13,663
13,833
12,769
9,069
Coeficiente de Variação
9,02%
9,94%
8,39%
8,82%
NOTA 1: Os dados foram transformados para (x+1)
NOTA 2: No 4º subcultivo não observada a presença de brotos
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
ANEXO 11 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA PERCENTAGEM DE EXPLANTES MORTOS OBTIDOS A
PARTIR SEGMENTOS NODAIS E APICAIS DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO
DE CULTURA MS COM CINCO CONCENTRAÇÕES DE 2-iP, NOS CINCO
SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,009
ns
0,217
ns
0,580**
0,049*
0,139**
Concentrações de 2-iP
4
0,046**
0,218**
0,070**
0,108**
0,119**
Segmento X 2-iP
4
0,074**
0,058
ns
0,090**
0,031*
0,094**
Erro Experimental
70
0,011
0,030
0,010
0,009
0,008**
Total
79
Teste de Bartlett-x
2
16,168
15,283
13,484
5,655
7,412
Coeficiente de Variação
9,87%
14,98%
8,78%
8,77%
8,46%
NOTA: Os dados foram transformados para (x+1)
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
ANEXO 12 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA TAXA DE MULTIPLICAÇÃO EM SEGMENTOS NODAIS
DE REBROTAS DE CANJARANA, EM MEIO DE CULTURA MS COM TRÊS
TRATAMENTOS (2-iP, BAP e BAP+ 2-iP), NO CULTIVO INICIAL E NOS
SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Repetição
7
0,006
ns
0,009
ns
0,020
ns
0,028
ns
0,004
ns
Tratamentos
2
0,160 **
0,251 **
0,751 **
0,088
ns
0,012
ns
Erro Experimental
14
0,012
0,009
0,017
0,027
0,009
Total
23
Teste de Bartlett-x
2
1,912
1,02
3,43
0,898
0,189
Coeficiente de Variação
9,57%
7,85%
9,50%
14, 20%
8,88 %
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
78
78
ANEXO 13 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DAS PERCENTAGENS DE EXPLANTES COM BROTOS
OBTIDOS A PARTIR DE SEGMENTOS NODAIS DE REBROTAS DE CANJARANA
EM MEIO DE CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP e BAP+ 2-iP),
NO CULTIVO INICIAL E NOS QUATRO SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Repetição
7
0,038
ns
0,093
ns
0,031
ns
0,075
ns
0,046
ns
Tratamentos
2
0,313 *
0,295 *
0,103
ns
0,082
ns
0,225 **
Erro Experimental
14
0,068
0,091
0,032
0,071
0,015
Total
23
Teste de Bartlett-x
2
2,702
4,831
2,550
0,454
2,433
Coeficiente de Variação
21,3%
24,7%
15,0%
21,2%
10,4%
NOTA: Os dados foram transformados para (x+1)
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
ANEXO 14 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DO NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTES
FORMADOS A PARTIR DE SEGMENTOS NODAIS DE REBROTAS DE CANJARANA
EM MEIO DE CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP e BAP+ 2-iP),
NO CULTIVO INICIAL E NOS QUATRO SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Repetição
7
0,006
ns
0,008
ns
0,059
ns
0,099
ns
0,087
ns
Tratamentos
2
0,501 **
0,144 *
0,605 **
0,250
ns
0,117
ns
Erro Experimental
14
0,008
0,024
0,031
0,084
0,132
Total
23
Teste de Bartlett-x
2
2,831
3,528
2,561
1,336
0,734
Coeficiente de Variação
7,07%
12,8%
12,8%
21,6%
29,4%
NOTA: Os dados foram transformados para (x+1)
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
ANEXO 15 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA PERCENTAGEM DE EXPLANTES MORTOS OBTIDOS A
PARTIR DE SEGMENTOS NODAIS DE REBROTAS DE CANJARANA EM MEIO DE
CULTURA MS, COM TRÊS TRATAMENTOS (2-iP, BAP e BAP+ 2-iP), NOS QUATRO
SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Repetição
7
0,017
ns
0,005
ns
0,005
ns
0,018
ns
Tratamentos
2
0,588 **
0,151 **
0,267 **
0,008
ns
Erro Experimental
14
0,006
0,009
0,006
0,015
Total
23
Teste de Bartlett-x
2
0,490
2,353
2,026
2,935
Coeficiente de Variação
6,62%
8,29%
6, 67%
10,96%
NOTA 1: Os dados foram transformados para (x+1)
NOTA 2: Não foi realizada análise estatística para o cultivo inicial, pois todos os valores dos dados eram nulos.
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
79
79
ANEXO 16 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DAS TAXAS DE MULTIPLICAÇÃO OBSERVADAS EM
SEGMENTOS NODAIS E APICAIS DE CANJARANA CULTIVADOS EM MEIO DE
CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO CULTIVO INICIAL E
NOS QUATRO SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
cultivo
inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,024
ns
0,015
ns
0,077**
0,004
ns
0,017
ns
Concentrações de BAP
2
0,244**
0,043
ns
0,037**
0,021 *
0,006
ns
Segmento X BAP
2
0,024
ns
0,014
ns
0,025*
0,002
ns
0,006
ns
Erro Experimental
42
0,012
0,015
0,005
0,006
0,007
Total
47
Teste de Bartlett-x
2
7,617
9,791
3,306
4,358
2,333
Coeficiente de Variação
10,40%
11,73%
6,77%
7,38%
8,27%
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
ANEXO 17 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA PERCENTAGEM DE EXPLANTES COM BROTOS
UTILIZANDO SEGMENTOS NODAIS E APICAIS DE CANJARANA CULTIVADOS EM
MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP, NO CULTIVO
INICIAL E NOS 3 SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,208**
0,007
ns
0,075**
0,000
ns
Concentrações de BAP
2
0,052**
0,171**
0,027*
0,011
ns
Segmento X BAP
2
0,052**
0,006
ns
0,027*
0,006
ns
Erro Experimental
42
0,09
0,018
0,008
0,010
Total
47
Teste de Bartlett-x
2
6,10
9,04
3,36
3,19
Coeficiente de Variação
9,07%
11,91%
8,67%
9,44%
NOTA 1: Os dados foram transformados para (x+1)
NOTA 2: Não foi observada a presença de explantes com brotos no 4 º subcultivo
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
ANEXO 18 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA DO NÚMERO MÉDIO DE BROTOS POR EXPLANTE
OBTIDOS A PARTIR DE SEGMENTOS NODAIS E APICAIS DE CANJARANA
CULTIVADOS EM MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE
BAP, NO CULTIVO INICIAL E NOS 3 SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
cultivo inicial
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
Tipo de Segmento
1
0,525**
0,047
ns
0,057**
0,000
ns
Concentrações de BAP
2
0,133**
0,251**
0,022*
0,008
ns
Segmento X BAP
2
0,133**
0,033
ns
0,014
ns
0,002
ns
Erro Experimental
42
0,010
0,016
0,006
0,006
Total
47
Teste de Bartlett-x
2
14,99
4,50
15,61
13,34
Coeficiente de Variação
9,25%
11,39%
7,13%
7,74%
NOTA 1: Os dados foram transformados para (x+1)
NOTA 2: Não foi observada a presença de brotos no 4 º subcultivo
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
80
80
ANEXO 19 - ANÁLISE DE VARNCIA DA PERCENTAGEM DE EXPLANTES MORTOS EM
SEGMENTOS NODAIS (SN) E APICAIS (SA) DE CANJARANA CULTIVADOS EM
MEIO DE CULTURA WPM COM TRÊS CONCENTRAÇÕES DE BAP, NOS QUATRO
SUBCULTIVOS
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Graus de
Liberdade
1
°
subcultivo
2
°
subcultivo
3
°
subcultivo
4
°
subcultivo
Tipos de Segmento
1
0,001
ns
0,001
ns
0,044
ns
0,060*
Concentrações de BAP
2
0,004
ns
0,001
ns
0,053*
0,024
ns
Segmento X BAP
2
0,011
ns
0,001
ns
0,024
ns
0,015
ns
Erro Experimental
42
0,007
0,004
0,014
0,009
Total
47
Teste de Bartlett-x
2
3,140
1,651
9,862
10,186
Coeficiente de Variação
8,44%
6,35%
10,83%
9,01%
NOTA 1: Os dados foram transformados para (x+1)
NOTA 2: Não foi realizada análise estatística para o cultivo inicial, pois todos os valores dos dados eram nulos.
ns
o significativo ao nível de 5% de probabilidade
* significativo ao nível de 5% de probabilidade
** significativo ao nível de 1% de probabilidade
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