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Introdução
1
KAREN LUCASECHI LOPES
Avaliação do sistema renina -
angiotensina tecidual e circulante em
prole de ratas que receberam sobrecarga
ou restrição de sal na dieta durante a
gestação e amamentação
Tese apresentada à Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo para a
obtenção do título de Doutor em Ciências.
Área de Concentração: Nefrologia
Orientador: Prof. Dr. Joel Claudio Heimann
SÃO PAULO
2006
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Introdução
2
SUMÁRIO
RESUMO
SUMMARY
1. INTRODUÇÃO 1
2. OBJETIVOS 5
3. MÉTODOS. 6
3.1. Animais 6
3.1.1. Protocolo experimental 9
3.1.2. Bloqueio da enzima de conversão da angiotensina I com Captopril e do
receptor AT
1
da angiotensina II com Losartan
9
3.1.3. Suplementação de angiotensina II via mini-bomba osmótica
9
3.1.4. Nascimento e desmame da prole 10
3.2. Medida da massa do tecido adiposo 10
3.2.1. Índice de adiposidade 10
3.3. Isolamento do tecido adiposo e determinação da quantidade e do o
volume dos adipócitos.
10
3.4. Determinação da pressão intra-arterial 11
3.5. Determinação da atividade da renina plasmática 11
3.6. Dosagem da atividade da ECA 12
3.7. Western blotting
13
3.7.1. Anticorpos para western blot 14
3.8. Análise estatística 15
4. RESULTADOS 16
5. DISCUSSÃO
79
6. CONCLUSÃO 86
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 87
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Introdução
3
LISTA DE SIGLAS
AII - Angiotensina II
ANG – Angiotensinogênio
cAMP - 3’-5’ monofosfato de adenosina cíclico
ECA - Enzima de conversão de angiotensina I
FAS - Ácido graxo sintase
FFA - Ácidos graxos livres
G3PDH - Glicerol 3 fosfatase desidrogenase
HO - Dieta hipossódica
HR - Dieta hipersódica
NR - Dieta normossódica
PA - Pressão arterial
SRA - Sistema renina angiotensina
UCP
1
- Proteína desacopladora mitocondrial 1
Introdução
4
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Pressão arterial (mmHg), sistólica (PAS), diastólica (PAD) e
média (PAM) de mães que receberam dieta hipo, normo e hipersódica 16
Tabela 2 - Pressão arterial (mmHg), sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média
(PAM) de mães receberam dieta normossódica 17
Tabela 3 - Pressão arterial (mmHg), sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média
(PAM) de mães receberam dieta hipossódica 17
Tabela 4 - Pressão arterial (mmHg), sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média
(PAM) de mães receberam dieta hipersódica 17
Tabela 5 - Peso ao nascimento (g) (PN), glicemia neonatal (mg/dl) (GN) e peso com
12 semanas de idade (g) (P12) de proles cujas mães receberam dieta hipo, normo e
hipersódica 24
Tabela 6 - Peso ao nascimento (g) (PN), glicemia neonatal (mg/dl) (GN) e peso com
12 semanas de idade (g) (P12) de proles cujas mães receberam dieta normossódica 25
Tabela 7 - Peso ao nascimento (g) (PN), glicemia neonatal (mg/dl) (GN) e peso com
12 semanas de idade (g) (P12) de proles cujas mães receberam dieta hipossódica. 26
Tabela 8 - Peso ao nascimento (g) (PN), glicemia neonatal (mg/dl) (GN) e peso com
12 semanas de idade (g) (P12) de proles cujas mães receberam dieta hipersódica 27
Tabela 9 - Pressão arterial (mmHg) sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média
(PAM), de proles cujas mães receberam dieta hipo, normo e hipersódica 28
Tabela 10 - Pressão arterial (mmHg) sistólica (PAS), diastólica (PAD) e
média(PAM), de proles cujas mães receberam dieta normossódica 29
Tabela 11 - Pressão arterial (mmHg) sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média
(PAM), de proles cujas mães receberam dieta hipossódica 30
Tabela 12 - Pressão arterial (mmHg) sistólica(PAS), diastólica (PAD) e
média(PAM), de proles cujas mães receberam dieta hipersódica 30
Introdução
5
Tabela 13 - Massa de tecido adiposo branco (g/100g) retroperitoneal (RET), gonadal
(GON), mesentérico (MES) e inguinal (ING) de proles cujas mães receberam dieta
hipo, normo e hipersódica 33
Introdução
6
Tabela 14 – Massa de tecido adiposo branco (g/100g) retroperitoneal (RET), gonadal
(GON), mesentérico (MES) e inguinal (ING) de proles cujas mães receberam dieta
normossódica 34
Tabela 15 – Massa de tecido adiposo branco (g/100g) retroperitoneal (RET), gonadal
(GON), mesentérico (MES) e inguinal (ING) de proles cujas mães receberam dieta
hipossódica 35
Tabela 16 - Massa de tecido adiposo branco (g /100g) retroperitoneal (RET), gonadal
(GON), mesentérico (MES) e inguinal (ING) de proles cujas mães receberam dieta
hipersódica 35
Tabela 17 - Massa cardíaca e renal (g /100g) de proles cujas mães receberam dieta
hipo, normo e hipersódica 41
Tabela 18 - Massa cardíaca e renal (g /100g) de proles cujas mães receberam dieta
normossódica 42
Tabela 19 - Massa cardíaca e renal (g /100g) de proles cujas mães receberam dieta
hipossódica 43
Tabela 20 - Massa cardíaca e renal (g /100g) de proles cujas mães receberam dieta
hipersódica 43
Tabela 21 - Volume celular (µm
3
) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET),
inguinal (ING) e marrom (TAM) de proles cujas mães receberam dieta hipo, normo e
hipersódica 46
Tabela 22 - Número de adipócitos (adipócitos /µg) dos tecidos adiposos,
retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e marrom (TAM) de proles cujas mães
receberam dieta hipo, normo e hipersódica 47
Tabela 23 - Volume celular (µm
3
) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET),
inguinal (ING) e marrom (TAM) de proles cujas mães receberam dieta
normossódica 48
Tabela 24 - Número de adipócitos (adipócitos /µg) dos tecidos adiposos,
retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e marrom (TAM) de proles cujas mães
receberam dieta normossódica 49
Tabela 25 - Volume celular (µm
3
) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET),
inguinal (ING) e marrom (TAM) de proles cujas mães receberam dieta
Hipossódica 50
Introdução
7
Tabela 26 - Número de adipócitos (adipócitos /µg) dos tecidos adiposos,
retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e marrom (TAM) de proles cujas mães
receberam dieta hipossódica 50
Tabela 27 - Volume celular (µm
3
) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET),
inguinal (ING) e marrom (TAM) de proles cujas mães receberam dieta hipersódica
51
Tabela 28 - Número de adipócitos (adipócitos /µg) dos tecidos adiposos,
retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e marrom (TAM) de proles cujas mães
receberam dieta hipersódica
51
Tabela 29- Índice de adiposidade (%) das proles cujas mães receberam dieta
normossódica, hipossódica e hipersódica 53
Tabela 30 - Atividade da renina plasmática (ARP) (ng. mL
-1
.hr
-1
) e da enzima
conversora de angiotensina I (ECA) no soro (nmol His-Leu/min/ml), coração (nmol
His-Leu/min/mg) e rim (nmol His-Leu/min/mg) de proles cujas mães receberam dieta
hipo, normo e hipersódica 56
Tabela 31 - Atividade da renina plasmática (ARP) (ng. mL
-1
.hr
-1
) e da enzima
conversora de angiotensina I (ECA) no soro (nmol His-Leu/min/ml), coração (nmol
His-Leu/min/mg) e rim (nmol His-Leu/min/mg) de proles cujas mães receberam dieta
normossódica 57
Tabela 32 - Atividade da renina plasmática (ARP) (ng. mL
-1
.hr
-1
) e da enzima
conversora de angiotensina I (ECA) no soro (nmol His-Leu/min/ml), coração (nmol
His-Leu/min/mg) e rim (nmol His-Leu/min/mg) de proles cujas mães receberam dieta
hipossódica 58
Tabela 33 - Atividade da renina plasmática (ARP) (ng. mL
-1
.hr
-1
) e da enzima
conversora de angiotensina I (ECA) no soro (nmol His-Leu/min/ml), coração (nmol
His-Leu/min/mg) e rim (nmol His-Leu/min/mg) de proles cujas mães receberam dieta
hipersódica 58
Tabela 34 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no rim
de proles cujas mães receberam dieta, hipo, normo ou hipersódica 68
Introdução
8
Tabela 35 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no rim
de proles cujas mães receberam dieta normossódica 69
Tabela 36 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no rim
de proles cujas mães receberam dieta hipossódica 70
Tabela 37 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no rim
de proles cujas mães receberam dieta hipersódica 70
Tabela 38 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no
coração de proles cujas mães receberam dieta, hipo, normo ou hipersódica 71
Tabela 39 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no
coração de proles cujas mães receberam dieta normossódica 72
Tabela 40 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no
coração de proles cujas mães receberam dieta hipossódica 73
Tabela 41 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no
coração de proles cujas mães receberam dieta hipersódica 73
Tabela 42 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no
Introdução
9
tecido adiposo marrom de proles cujas mães receberam dieta, hipo, normo ou
hipersódica 74
Tabela 43 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no tecido
adiposo marrom de proles cujas mães receberam dieta normossódica 75
Tabela 44 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no
tecido adiposo marrom de proles cujas mães receberam dieta hipossódica 76
Tabela 45 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no
tecido adiposo branco retroperitoneal de proles cujas mães receberam dieta, hipo,
normo ou hipersódica 77
Tabela 46 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias
(UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no
tecido adiposo branco inguinal de proles cujas mães receberam dieta, hipo, normo ou
hipersódica 78
Introdução
10
RESUMO
Lopes KL. Avaliação do sistema renina-angiotensina tecidual e circulante em prole
de ratas que receberam sobrecarga ou restrição de sal na dieta durante a gestação e
amamentação [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo;
2006. 88 p.
Muitos estudos epidemiológicos existentes na literatura revelaram que insultos que
ocorrem durante a vida intra-uterina estão associados com diversas anormalidades,
tanto funcionais quanto estruturais na vida adulta. Estes estudos revelaram uma
associação entre baixo peso fetal e subseqüente diabetes tipo 2, hipertensão e
obesidade[1]. Mães que tiveram uma dieta restrita em nutrientes durante a gestação
geraram proles com baixo peso ao nascimento e obesidade na vida adulta. Há ainda
um aumento na expressão de genes que estão relacionados ao metabolismo lipídico,
alem disso há menor expressão gênica da aminopetidase leucil específica, uma
enzima que inativa a AII. AII é capaz de regular e estimular diversos fatores que
podem modificar o metabolismo do tecido adiposo marrom e do tecido adiposo
branco, como as prostaglandinas, enzimas lipogênicas (GPDH e a FAS), 3’-5’
monofosfato de adenosina cíclico, catecolaminas, proteína desacopladora
mitocondrial (UCP1), prolactina.
É conhecido que na vigência de restrição de sal há ativação do sistema renina-
angiotensina (SRA) circulante. Desta forma, dieta hipossódica durante a gestação
pode alterar o desenvolvimento fetal através de um efeito da angiotensina II. O
objetivo do presente estudo foi avaliar a função do sistema renina-angiotensina
circulante e no tecido adiposo, renal e cardíaco em prole adulta cujas mães
receberam diferentes conteúdos de sal na dieta. Para tanto, ratas Wistar foram
alimentadas a partir do segundo mês de vida com dieta hipo, normo ou hipersódica.
Subgrupos de ratas em cada uma das dietas foram tratados com bloqueadores do
SRA ou com angiotensina II. A prole teve seu peso acompanhado desde o
nascimento até a 12
a
semana de idade, quando foi sacrificada por decapitação para
coleta de sangue e retirada dos tecidos adiposos retroperitoneal, inguinal, marrom,
rins e coração que foram armazenados para determinação das atividades de renina
plasmática, ECA sérica, ECA renal, ECA cardíaca e Western blot dos componentes
do SRA. Restrição de sal no período perinatal induz baixo peso ao nascimento.
Maior índice de adiposidade, maior expressão protéica da enzima conversora da
angiotensina I na gordura inguinal e menor expressão protéica do receptor AT2 na
gordura marrom foram verificados na prole de fêmeas adultas de mães submetidas à
restrição de sal durante a gestação e amamentação. A atividade de renina plasmática
foi maior na prole de machos adultos cujas mães foram alimentadas com dieta
hipossódica durante o período perinatal. Sobrecarga de sal na dieta durante o período
perinatal também induziu baixo peso ao nascimento, somente na prole de fêmeas que
na idade adulta tem maior massa de tecido adiposo inguinal. Concluindo, sobrecarga
e restrição de sal durante o período perinatal induzem alterações no tecido adiposo e
no sistema renina - angiotensina na prole adulta de fêmeas, mas não de machos.
Descritores: Dieta hipossódica, prenhez, cloreto de sódio, tecido adiposo, sistema
renina angiotensina, ratos Wistar.
Introdução
11
SUMARY
Lopes KL. Evaluation of the tissue and circulating renin-angiotensin system in
offspring of dams that received salt overload or restriction during pregnancy and
lactation [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”;
2006. 88p
Epidemiologic studies reported that insults during the intrauterine life have been
associated with many abnormalites such low birth weigth, type 2 diabetes,
hypertension and obesity in adulthood.[1] Low birth weight and obesity in adulthood
were observed in offspring of undernourished dams. In addition, a high expression of
genes related with lipid metabolism, and a low expression of the leucyl-specific
aminopetidase gene, an enzyme that inactivates angiotensin II (AII) was also
observed in offspring of undernourished dams. AII is capable to regulate and
stimulate many factors that can change the brown (BAT) and white adipose tissue
(WAT) metabolism, like a prostaglandin, lipogenic enzymes (GPDH and FAS),
cAMP, catecholamins, mitochondrial uncoupling protein one (UCP1) and prolactin
(PRL). It is well estabilish that low sodium diet stimulates the RAS. Therefore, low
sodium diet during pregnancy may alter fetus development due to an effect of AII.
The objective of this study was to evaluate the function of the circulating and adipose
tissue, kidney and heart RAS in the adult offspring of dams that received differents
contents of salt during the pregnancy and lactation. Wistar rats were fed a low
(LSD), normal (NSD) or high (HSD:) salt diet since 8 weeks of age. Subgroups that
received RAS blockers or AII were also studied. BW was measured since birth until
adulthood. At 12 weeks of age, the mesenteric (MES), gonadal (GON), and
retroperitoneal (RET) white adipose tissue (WAT), brown adipose tissue, heart and
kidney were excised and stored. Low birth weight was observed in offspring of dams
on salt restriction during pregnancy and lactation. Higher adiposity index, higher
protein expression of the angiotensin I converting enzyme in inguinal fat tissue, and
lower protein expression of the AT2 receptor in brown adipose tissue were observed
in adult female offspring of salt restricted dams during the perinatal period. Plasma
renin activity was higher in adult male offspring of salt restricted dams. Dietary salt
overload during the perinatal period also induced lower birth weight but only in
female offspring in which higher inguinal adipose tissue mass was observed in
adulthood. In conclusion, changes in adipose tissue and renin-angiotensin system
occur in female but not in male adult offspring in response to salt overload and
restriction during pregnancy and lactation.
Key words: Sodium-retricted diet, animal pregnancy, dietary sodium chloride,
adipose tissue, renin angiotensin system, Wistar rats.
Introdução
12
1. INTRODUÇÃO
Muitos estudos epidemiológicos existentes na literatura revelaram que
insultos que ocorrem durante a vida intra-uterina estão associados com diversas
anormalidades, tanto funcionais quanto estruturais na vida adulta. Estes estudos
revelaram uma associação entre baixo peso fetal e subseqüente diabetes tipo 2,
hipertensão e obesidade [1].
Um dos primeiros estudos publicados nesta linha foi o de Barker et al. Estes
autores analisaram registros de homens nascidos em Hartfordshire (UK), no período
de 1911 a 1930 e verificaram uma associação entre o baixo peso ao nascimento e alto
risco de morte por doenças cardiovasculares [2]. Mais tarde, em 1992, estes mesmos
autores hipotetizaram um mecanismo chamado “thrifty phenotype”. Eles postularam
que o desenvolvimento fetal é sensível ao ambiente nutricional, ou seja, quando o
ambiente é pobre em nutrientes, ocorre uma resposta adaptativa que se inicia para
otimizar o crescimento de órgãos vitais (cérebro, por exemplo), aumentando as
chances de sobrevivência do feto [3].
Ozanne et al. avaliaram os efeitos na prole de mães que receberam uma
nutrição pobre durante a gestação e observaram baixo peso ao nascimento e
desenvolvimento de obesidade [4].
Guan et al., observaram um aumento da expressão de genes que estão
relacionados ao metabolismo lipídico em proles cujas mães foram submetidas à
restrição protéica durante a gestação [1]. Entre estes genes estão os ácidos graxos
sintase (FAS), glicerol 3 fosfatase desidrogenase (G3PDH) e da acetil coenzima A.
Outro achado observado por estes pesquisadores foi o aumento da expressão gênica
Introdução
13
da enzima quinase 1, que está envolvida na conversão da angiotensina I (AI) para
angiotensina II (AII) e também a diminuição da expressão gênica da aminopetidase
leucil específica, uma enzima que inativa a AII [1].
A AII é o principal peptídeo do sistema renina-angiotensina (SRA) e possui
diversos efeitos incluindo a regulação da pressão arterial, homeostase hídrica e
eletrolítica, além da regulação do crescimento celular [5]. Além das funções citadas,
a AII é capaz de regular e estimular diversos fatores que podem modificar o
metabolismo do tecido adiposo marrom (TAM) e do tecido adiposo branco (TAB),
como as prostaglandinas, enzimas lipogênicas (G3PDH e a FAS), 3’-5’ monofosfato
de adenosina cíclico (cAMP), catecolaminas, proteína desacopladora mitocondrial 1
(UCP
1
), prolactina (PRL), entre outros.
A ação provocada pela angiotensina II depende do tipo de receptor ao qual ela
vai se ligar. Existem quatro subtipos de receptores de AII descritos, AT
1
, AT
2
, AT
3
e
AT
4
[6], sendo que esta liga-se preferencialmente ao AT
1
e AT
2
.[7]. O receptor AT
1
é
expresso em adipócitos e o receptor AT
2
é expresso em pré-adipócitos.[8].
A AII também é responsável por uma redução do fluxo sangüíneo no tecido
adiposo, sendo este efeito ativado via receptor AT
1
localizado na parede vascular.
Quando este fluxo é reduzido pode haver acúmulo de ácidos graxos livres (FFA) e
diminuição do pH intracelular, devido ao aumento da concentração de lactato que é
responsável por inibição da lipólise. Com a inibição da lipólise e o acúmulo de FFA
pode ocorrer um aumento do estoque de gorduras nos adipócitos [8].
O peptídeo AII estimula a geração de prostaglandina I
2
(PGI
2
), um metabólito
do ácido aracdônico em ratos e humanos, considerado um potente e específico
estimulador autócrino da diferenciação adipogênica, cujo receptor está expresso
Introdução
14
exclusivamente em pré-adipócitos [16]. A AII induz diferenciação dos pré-adipócitos
por meio da geração de prostaciclina (PGI
2
) dependente do estímulo do receptor AT
2
[7, 9]. Este receptor está presente nos pré-adipócitos da linhagem ob 1771. Foi
observado que a prostaciclina, in vitro, pode promover a formação de novas células
de pré-adipócitos ob 1771 [10].
O cAMP é outro fator que interfere na formação e na diferenciação dos pré-
adipócitos em adipócitos via AII, além disso, possui efeitos adipogênicos e ativa a
proteína kinase A [11]. Foi observado também, que o cAMP aumenta a expressão e
secreção de angiotensinogênio (AGT) nos adipócitos. Além da AII, outro fator que
estimula o aumento do cAMP são as catecolaminas por meio da adenilciclase, via
receptores β adrenérgicos.
Serazin et al. demonstraram que administração de isoprotelenol, um agonista
β adrenérgico, aumenta a expressão e a secreção de AGT nos adipócitos, sugerindo
que o sistema nervoso simpático (SNS) tem um papel importante na função
regulatória e na ativação dos componentes do SRA local [11].
É conhecido que na vigência de restrição de sal há estímulo do SRA.
Utilizando-se a dieta hipossódica durante a gestação pode-se supor a existência de
um efeito da AII materna sobre o feto.
Em nosso laboratório, Silva et al. demonstraram que sobrecarga de sal na
dieta materna produz aumento da pressão arterial na prole na idade adulta [12]. Neste
estudo foram utilizados ratos Wistar fêmeas que receberam dieta hipersódica (HR-
8% NaCl), hipossódica (HO- 0, 15% NaCl) ou normossódica (NR -1, 3 % NaCl)
desde a 3
a
semana de vida até o desmame da sua prole. Foi verificado que o sal não
influenciou o peso e o tamanho da prole ao nascimento. No entanto, a prole adulta de
Introdução
15
mães submetidas à sobrecarga de sal na dieta apresentou menor peso corpóreo e
maior pressão arterial quando comparada às proles de mães que receberam dieta
normossódica e hipossódica.
Outro achado de Silva et al. foi o aumento do conteúdo de angiotensina II nos
glomérulos da prole adulta de mães submetidas a sobrecarga de sal na dieta e uma
ausência de modulação da atividade de renina plasmática em resposta à variação no
consumo de sal na dieta [12].
Visto inúmeros eventos iniciados pela angiotensina II, pode-se supor que os
diferentes conteúdos de sal na dieta e os tratamentos com inibidores do SRA como
losartan e captopril e a própria AII, administrados nas mães, podem influenciar o
sistema renina angiotensina e desenvolvimento da massa de tecido adiposo prole.
Objetivo
5
2. OBJETIVO
O objetivo do presente projeto de estudo foi avaliar o papel do sistema renina
angiotensina nas alterações de massa do tecido adiposo, rim e coração da prole cujas
mães receberam diferentes conteúdos de sal na dieta.
Métodos
6
3. MÉTODOS
O estudo foi previamente analisado e aprovado pela Comissão de Ética do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
3.1 Animais
Ratas Wistar com 3 semanas de idade (recém desmamados), provenientes do
Biotério Central da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, foram
alimentados com dieta normossódica (Nuvilab CR1-Colombo, PR-Brasil) até
completarem 8 semanas de idade. Com essa idade, as ratas foram divididas em três
grupos de acordo com a dieta (Rhoster, Brasil) que passaram a receber até o período
de desmame da sua prole:
Dieta hipossódica (HO): 0,15% de NaCl + 25% de proteínas
Dieta normossódica (NR): 1,3% de NaCl + 25% de proteínas
Dieta hipersódica (HR): 8% de NaCl + 25% de proteínas
As ratas foram acondicionadas em gaiolas de plástico (4 a 5 animais por
gaiola) em ambiente mantido a 25
o
C, com ciclos claro-escuro fixos (12/12 horas) e
dieta e água ad libitum.
Cada grupo de dieta foi dividido em subgrupos:
Hipersódica controle (HR)
Hipersódica + angiotensina II (HR AII): que recebeu uma
suplementação de angiotensina II (AII), por meio de mini-bombas
osmóticas.
Normossódica controle (NR)
Métodos
7
Normossódica + captopril (NR CAP): que recebeu o bloqueador da
enzima de conversão da angiotensina I (ECA) na água de beber.
Normossódica + Losartan (NR LOS): que recebeu o bloqueador de
receptores AT
1
da angiotensina II na água de beber.
Normossódica + AII (NR AII) que recebeu uma suplementação de
AII, por meio de mini-bombas osmóticas.
Hipossódica controle (HO)
Hipossódica + Captopril (HO CAP): que recebeu o bloqueador da
ECA na água de beber.
3.1.1 Protocolo experimental
Ao completaram 8 semanas de idade as ratas passaram a receber uma das
dietas com os diferentes conteúdos de sal. Quando completaram 12 semanas de idade
foram acasaladas com ratos Wistar machos que receberam dieta normossódica desde
o desmame.
Para o acasalamento, 4 fêmeas e um macho permaneceram por 3 dias em
gaiolas de plástico. Após o nascimento, apenas 8 recém nascidos (4 machos e 4
fêmeas) permaneceram com suas mães.
As dietas com diferentes conteúdos de sal foram oferecidas para as mães até o
desmame da prole. As mães foram pesadas semanalmente desde o seu desmame até o
desmame da prole.
A prole teve seu peso acompanhado desde o nascimento até a 12
a
semana
de idade. No final do experimento, a prole foi sacrificada por decapitação para coleta
Métodos
8
de sangue e retirada dos tecidos adiposos retroperitoneal, inguinal e marrom
interescapular, que foram armazenados para futuras determinações.
21 dias
Dieta hipossódica
Amostra de sangue
8 semanas
acasalamento
gravidez
12
semanas
desmame
Peso corpóreo-semanal
Protocolo experimental
Protocolo experimental
(grupo materno)
(grupo materno)
Dieta normossódica
Captopril, Losartan ou Angiotensin II
Dieta hipersódica
16
17
lactação
18
13 14 15
6
6
Métodos
9
Protocolo experimental
Protocolo experimental
(prole)
(prole)
Dieta normossódica
21 dias
8 semanas
desmame
12 sem as
an
+
Peso corpóreo-semanal
+
sacrifício
3.1.2 Bloqueio da enzima de conversão da angiotensina I com Captopril e do
receptor AT
1
da angiotensina II com Losartan
O Losartan foi ministrado na dose de 200mg/L e o Captopril na dose de
100mg/L diluídos na água de beber.
O tratamento dos animais com estas drogas se iniciou um dia antes do
acasalamento.
3.1.3 Suplementação de angiotensina II via mini-bomba osmótica
Ratas alimentadas com dieta hipersódica ou normossódica receberam uma
infusão de angiotensina II (150 ng.kg
-1
.min
-1
) [13] ou de veículo (salina), por meio
de mini-bombas osmóticas implantadas no tecido subcutâneo na região dorsal.
As mini-bombas foram implantadas nas ratas um dia antes do acasalamento.
Métodos
10
3.1.4 Nascimento e desmame da prole
No dia do nascimento, o tamanho da prole, o peso dos recém-nascidos e o
número de natimortos foram avaliados. Apenas 8 recém-nascidos (4 machos e 4
fêmeas) permaneceram com suas mães e foram acompanhados durante o estudo.
Depois do desmame, a prole de todos os grupos experimentais recebeu dieta
normossódica até os animais completarem 12 semanas de idade, quando foram
sacrificados para coletas dos tecidos.
3.2 Medida da massa do tecido adiposo
Os animais foram sacrificados em cuba de vidro contendo éter. Em seguida,
os tecidos adiposos foram dissecados, colocados em placas de Petri secas e pesados
em balança analítica.
3.2.1 Índice de adiposidade
O índice de adiposidade foi calculado com a seguinte fórmula: Índice %=
(soma da massa dos tecidos adiposos /massa corpórea) X 100.
Os tecidos adiposos brancos utilizados no cálculo foram o retroperitoneal,
mesentérico, gonadal e inguinal.
3.3 Isolamento do tecido adiposo e determinação da quantidade e do o volume
dos adipócitos
Imediatamente após o sacrifício dos animais, os tecidos adiposos
retroperitoneal, mesentérico gonadal, inguinal e marrom interescapular (TAM) foram
Métodos
11
dissecados e pesados. Apenas os tecidos adiposos retroperitoneal e TAM tiveram os
adipócitos isolados para determinação da quantidade e do volume. Para tal
procedimento usamos o método descrito por Di Girolamo et al. [14] e por Lima et al.
[15].
3.4 Determinação da pressão intra-arterial
Para avaliação da PA carotídea, os animais com 12 semanas de idade foram
submetidos à cirurgia para a implantação de um cateter de polietileno (PE 50) na
artéria carótida. Para tanto, os animais foram anestesiados com 0,2 mL/100 g de peso
corpóreo da mistura Rompum (20 mg/mL- 4 mL) + Ketamina (50 mg/mL – 10 mL),
posicionados em decúbito dorsal numa mesa cirúrgica aquecida e submetidos à
tricotomia na região cervical anterior. Foi feita uma incisão longitudinal na altura da
traquéia, sendo a carótida esquerda isolada dos músculos e tecidos adjacentes para
implantação do cateter. Este foi preenchido com uma solução de heparina 500
U.I./mL e exteriorizado na região interescapular.
Após 3 dias de recuperação pós-cirúrgica, o cateter foi conectado a um
transdutor (Argon, Athens, TX, USA) ligado a um amplificador (Stemtech, INC,
GPA-4 modelo 2, Wiscousin, USA) que por sua vez estava ligado ao computador. O
animal permanecia um certo tempo em sua gaiola para acomodação e ambientação,
somente quando se mostrava quieto e tranqüilo o registro da PA era feito durante 5-
10 minutos. No caso de movimentação do animal, o registro era interrompido e
recomeçado somente quando condições ideais eram novamente atingidas. O valor
médio da PA após o registro foi calculado utilizando-se um programa específico para
Métodos
12
este tipo de análise (CODAS – Data Q instruments, Akron, Ohio, USA). A
freqüência cardíaca foi obtida da mesma maneira que a PA.
3.5 Determinação da atividade da renina plasmática
Amostras de 1,0 mL de sangue foram coletadas por decapitação em tubos
plásticos preenchidos com 16μL de EDTA 3,8%, que foram centrifugados a 4
o
C por
10 minutos a 3.000 rpm, foi armazenado a – 20
o
C. O plasma obtido foi utilizado para
dosagem da atividade de renina plasmática através de “kit” de radioimunoensaio
(CIS Bio International, França).
3.6 Dosagem da atividade da ECA
Os animais foram sacrificados por decapitação e o sangue foi coletado em
tubos de ensaio sem anticoagulante, mantidos em gelo e rapidamente centrifugados
por 10 minutos a 3000 rpm a 4°C. O soro foi armazenado a -80°C até as amostras
serem processadas.
O tecido renal foi coletado e homogeneizado em tampão borato com sacarose
na proporção de 1 g de tecido para 10 mL de tampão. Após as amostras terem sido
homogeneizadas, foram centrifugadas a 2500 rpm por 10 min, a 4°C e os
sobrenadantes separados e armazenados a -80°C até o seu processamento.
A atividade da enzima foi determinada em 10μL de soro ou 20μL do
sobrenadante dos homogenatos de tecidos que foram incubados com 490μL ou
480μL, respectivamente, do substrato da ECA, Hippuril Histidil-Leucina (Hip His-
Métodos
13
Leu 5 mM), a 37°C durante 15 ou 30 minutos. Essa reação foi interrompida pela
adição de 1,2 mL de solução de NaOH (0, 34 N). A seguir, acrescentou-se 100 μL da
solução de
ο
-ftaldialdeído (2%), protegido da luz e em temperatura ambiente. Esta
substância liga-se ao produto da reação, His-Leu, e permite a sua leitura
fluorimetricamente. Após 10 minutos, a reação foi paralisada pela adição de 200 μL
de HCl (3 N), sempre sob agitação. Em seguida, os tubos foram centrifugados a 3000
rpm, por 10 minutos. O sobrenadante foi então submetido à leitura da intensidade de
fluorescência em espectrofluorímetro (Shimadzu, RF-1501, Kyoto, JP), usando um
comprimento de onda de 365nm para excitação e de 495nm para emissão.
Todos os ensaios foram realizados em triplicatas, sendo que a fluorescência
intrínseca das amostras foi corrigida através de controles onde o material enzimático
foi adicionado logo após a reação ser paralisada com NaOH 0, 34 M, mantendo as
demais etapas do ensaio inalteradas.
Para cada ensaio foi determinado uma curva padrão, relacionando-se a
intensidade da fluorescência com quantidades conhecidas do produto formado (His-
Leu). A atividade específica da ECA foi expressa em nMoles His-Leu/min/ml no
soro e nMoles His-Leu/min/mg de proteína nos tecidos.
A dosagem da proteína foi realizada nas amostras de tecidos onde foi medida
a atividade da ECA, pelo método micrométrico de Bradford [16].
3.7 Western blotting
Amostras de tecidos foram pesadas e depois homogeneizadas em tampão de
extração protéica (100 mM KCl, 10 mM HEPES, 3 mM MgCl
2,
5 mM EDTA, 10%
Métodos
14
glicerol, 1 mM DTT, 10% SDS, 0,1 ml inibidor de proteinase (SIGMA). A
concentração de proteínas foi determinada usando o método de Bradford [16].
Quantidades iguais de proteína para todas as amostras (100µg) foram misturadas a
um tampão para SDS e colocadas nos slots do gel SDS – PAGE (sódio dodecilsulfato
poliacrilamida) 12% e submetidas à eletroforese. Após este processo, as amostras
contidas no gel foram transferidas para membranas de nitrocelulose.
As membranas foram bloqueadas com leite em pó desnatado a 5% misturados
a TBST por 30 minutos. Anticorpos primários policlonais foram adicionados na
solução, seguido das devidas encubações. A seguir os blots foram lavados e
incubados com anticorpos secundários ligados a peroxidase (HRP). O complexo
antígeno-anticorpo foi visualizado com o substrato quimioluminescente ECL
(Amersham Biosciences, UK).
A seguir os blots foram expostos aos filmes de raios-X (Agfa, Argentina) ou
(Amershan.Biosciences, UK Ltd). As quantificações das bandas foram feitas através
do programa Scion image for Windows (Scion Corporation, USA).
3.7.1 Anticorpos para western blot
Foram utilizados:
Primários
Angiotensinogênio - RDI - (código - rtangenabm) - diluição - 1:500 - 1 hora
de incubação.
Enzima conversora de angiotensina I (ECA) - Santa Cruz Biotechnology -
código (H-170) sc - 20791, Diluição 1:250. - 1 hora de incubação.
Métodos
15
Receptor AT
1
- Santa Cruz Biotechnology código - (N-10)- sc - 1173 -
diluição - 1:200 incubação ‘ overnight’.
Receptor AT
2
- Santa Cruz Biotechnology código - sc - 7420 diluição - 1:200-
1 hora de incubação.
Renina - RDI - código (rtreninbm), diluição 1:200 - 1 hora de incubação.
Secundários
Anti - camundongo – Dakopatts – código P-0260 –diluição - 1:5000 - 1 hora
de incubação.
Anti - coelho – Amersham - código NA934V- diluição - 1:5000 - 1 hora de
incubação.
Anti - cabra - Sigma – código A5420-diluição – 1:20000 - 1 hora de
incubação.
3.8 Análise estatística
Foi utilizada análise de variância de um ou dois fatores (One-way ou two-way
ANOVA), quando pertinente, seguido do teste ad - hoc de Tukey.
O nível de significância adotado foi p<0,05.
Resultados
16
4. RESULTADOS
Mães
Pressão arterial
Após a amamentação, as mães foram submetidas à implantação de
cateteres na carótida para medida da pressão arterial. A pressão arterial média
(PAM) e a pressão arterial sistólica (PAS) foram maiores nas mães que
receberam dieta hipersódica (tabela 1), já a pressão arterial diastólica não foi
diferente entre os grupos experimentais. Não foram observadas diferenças na
pressão média, pressão sistólica e pressão diástolica em nenhum grupo de mães
que foram submetidas a diversas drogas, captopril, losartan e angiotensina II.
(tabelas 2 a 4).
Tabela 1- Pressão arterial (mmHg), sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) de
mães que receberam dieta hipo, normo e hipersódica.
HO CON NR CON HR CON
PAS
121±8,7 (5) 128±2,8 (4) 145±9,5 (6)
*
PAD
100±6,7 (5) 108±4,2 (4) 123±4,1 (6)
PAM
117±7,5 (5) 119±2,4 (5) 137±4,9 (8)
*
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses
representam o número de experimentos realizados. Pressão arterial de mães com 16
semanas de idade (após desmame da prole), que receberam durante a gestação e
amamentação, dieta normossódica (NR CON), hipossódica (HO CON) ou hipersódica (HR
CON) *p < 0,05 comparado com NR
.
Resultados
17
Tabela 2- Pressão arterial (mmHg), sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) de mães
receberam dieta normossódica.
NR CON NR CAP NR LOS NR AII
PAS
128±2,8 (4) 129±7,8 (4) 116±20,2 (3)
PAD
108±4,2 (4) 94±5,9 (4) 86±22,1 (3)
PAM
119±2,4 (5) 111±6,6 (4) 104±16 (4) 123±9,1 (3)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses
representam o número de experimentos realizados. Pressão arterial de mães com 16 semanas
de idade (após desmame da prole), que receberam durante a gestação e amamentação apenas
dieta normossódica (NR CON), normossódica e captopril 100mg/ml (NR CAP), normossódica
e losartan 200mg/ml (NR LOS)ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII ).
Tabela 3- Pressão arterial (mmHg), sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) de
mães receberam dieta hipossódica.
HO CON HO CAP
PAS
121±8,7 (5) 132±2,7 (3)
PAD
100±6,7 (5) 102±9,8 (3)
PAM
117±7,5 (5) 113±6,4 (4)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre
parênteses representam o número de experimentos realizados. Pressão arterial
de mães com 16 semanas de idade(após desmame da prole), que receberam
durante a gestação e amamentação, apenas dieta hipossódica (HO CON) ou
hipossódica e captopril 100mg/ml (HO CAP).
Tabela 4- Pressão arterial (mmHg), sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) de
mães receberam dieta hipersódica.
HR CON HR AII
PAS
145±9,5 (6) 139±8,8 (3)
PAD
123±4,1 (6) 122±9,0 (3)
PAM
137±4,9 (8) 128±7,4 (4)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses
representam o número de experimentos realizados. Pressão arterial de mães com 16
semanas de idade(após desmame da prole), que receberam durante a gestação e
amamentação, apenas dieta hipersódica (HR CON) ou hipersódica e angiotensina
II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR AII ).
Resultados
18
Peso corpóreo
Não houve efeito do conteúdo de sal na dieta sobre o peso corpóreo durante a gestação, exceto na semana seguinte ao parto,
quando foi observado menor peso corpóreo nas mães que receberam dieta hipersódica em relação às mães que receberam
dieta normossódica (p<0,001) e hipossódica (p<0,05) (figura 1).
O peso corpóreo não sofreu influência dos bloqueadores do SRA, nem da angiotensina II nos diferentes grupos de dietas
(figura 2).
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
0
100
200
300
400
NR CON (n=4)
HR CON (n=4)
HOCON (n=4)
*
*p<0,05 HO CON vs HR CON
#P<0,001 HR CON vs. NRCON
#
semanas
gramas
Figura. 1 -Peso corpóreo de mães que receberam dieta normossódica (NR CON),
dieta hipossódica (HO CON) ou dieta hipersódica (HR CON) durante a gestação
e amamentaçã
o.
Resultados
19
Dieta normossódica
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1314151617 18
0
100
200
300
400
500
NR LOS (n=3)
NR CAP (n=4)
NR AII (n=2)
NR CON (n=3)
semanas
grama
s
Dieta hipossódica
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
0
100
200
300
400
500
HO CAP (n=3)
HO LOS (n=5)
HO CON (n=4)
*
semanas
gramas
Dieta hipersódica
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
HR AII (n=3)
HR CON (n=4)
semanas
gramas
Figura. 2 - Peso corpóreo de mães que receberam dieta normossódica (NR CON), hipossódica (HO
CON) ou hipersódica (HR CON), captopril (NR CAP), (HO CAP) – 100 mg /L na água de beber,
losartan (NR LOS), (HO LOS) - 200 mg /L na água de beber, ou angiotensina II (NR AII), (HR AII)
150ng.kg-1.min-1.
Resultados
20
Atividade da enzima conversora de AI (ECA)
Soro
A atividade da ECA no soro foi menor (p<0,05) em mães que receberam dieta
hipersódica em relação a mães que receberam dieta hipossódica (figura 3), não
havendo diferença em relação às mães que receberam dieta normossódica.
Mães que receberam dieta normossódica e hipossódica associada ao captopril
apresentaram maior atividade da ECA no soro (p<0,05) em relação ao grupo no qual
as mães receberam apenas a dieta NR ou HO (figuras 4 e 5). O grupo que recebeu
dieta hipersódica com suplementação de AII também apresentou maior atividade de
ECA no soro (p<0,05) em relação às mães que receberam apenas a dieta (figura 6).
HO CON NR CON HR CON
0
50
100
150
200
250
300
n=7
n=4
n=5
*
*p<0,05 vs. HO CON
nmol
His-Leu/min/mg
Figura. 3- Dosagem da atividade da enzima de conversora de AI no soro,
após a amamentacao, em mães receberam dieta normossódica (NR CON),
dieta hipossódica (HO CON) ou dieta hipersódica (HR CON).
Resultados
21
NR CON NR CAP NR LOS
0
50
100
150
200
250
300
n=7
n=3n=2
*
#
*p<0,05 vs. NR CON
#p<0,01 vs. NR LOS
nmol
His-Leu/min/mg
Figura. 4 - Dosagem da atividade da enzima conversora de AI no soro
de mães, após a amamentação, que receberam apenas dieta
normossódica (NR CON), normossódica e captopril 100 mg /L (NR CAP)
ou normossódica e losartan 200 mg /L (NR LOS).
HO CON HO CAP
0
50
100
150
200
250
300
n=4 n=9
*
*p<0,05 vs. HO CON
nmol
His-Leu/min/mg
Figura 5- Dosagem da atividadeda enzima conversora de AI no soro de mães, após a
amamentação, que receberam apenas dieta hipossódica (HO CON) ou hipossódica e
captopril 100 mg /L (HO CAP).
Resultados
22
HR CON HR AII
0
50
100
150
200
250
300
n=5 n=3
*p<0,05 vs. HR CON
*
nmol
His-Leu/min/mg
Figura 6 - Dosagem da atividade da enzima conversora de AI no
soro de mães, após a amamentação, que receberam apenas dieta
hipersódica (HR CON) ou hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-
1
.min
-1
(HR AII).
Prole
Peso ao nascimento
O peso ao nascimento das proles machos e fêmeas cujas mães receberam
dieta hipossódica foi menor (p<0,001) em relação às proles cujas mães receberam
dieta normossódica (tabela 5). O peso ao nascimento da prole feminina cujas mães
receberam dieta hipersódica também foi menor (p<0,05) em relação à prole cujas
mães receberam dieta normossódica (tabela 5).
O peso ao nascimento da prole masculina de mães alimentadas com dieta
normossódica e que receberam losartan ou angiotensina II foi menor (p<0,001) do
que a prole masculina de mães que receberam somente a dieta (tabela 6). A prole
feminina apresentou a mesma diferença no peso ao nascimento encontrado na prole
masculina quando comparado ao grupo NR CON (tabela 6).
Resultados
23
Menor peso ao nascimento foi encontrado nas proles de machos e fêmeas
cujas mães receberam dieta hipossódica associado ao losartan ou captopril em
relação ao grupo controle (tabela 7) Não foram verificadas diferenças no peso ao
nascimento nas proles cujas mães receberam dieta hipersódica (tabela 8).
Glicemia neonatal
Não foram verificadas diferenças entre as glicemias neonatais das proles avaliadas neste estudo.(tabelas 5 a 8).
Peso corpóreo com 12 semanas
Não houve diferença no peso corpóreo entre as proles de mães que receberam
dietas hipo, normo ou hipersódica (tabela 5). O peso das proles de machos cujas
mães receberam dieta normossódica associada a angiotensina II foi menor (p<0,05),
em relação às proles que receberam apenas a dieta (tabela 6). As proles de fêmeas de
mães que receberam dieta normossódica e angiotensinaII não apresentaram diferença
no peso corpóreo na idade adulta em relação às proles cujas mães receberam apenas
a dieta normossódica (tabela 6).
Prole de fêmeas cujas mães receberam dieta hipossódica e captopril
apresentaram menor (p<0,05) peso do que as proles que receberam apenas a dieta
(tabela 7). O mesmo não foi observado nos machos das mesmas proles (tabela 7).
A prole masculina de mães que receberam dieta HR associada a AII
apresentou menor (p<0,05) peso do que o grupo controle (tabela 8). Na prole
feminina destas mesmas mães não houve qualquer alteração na mesma variável.
Resultados
24
Tabela. 5- Peso ao nascimento (g) (PN), glicemia neonatal (mg/dl) (GN) e peso com 12 semanas de idade (g) (P12) de proles cujas mães receberam dieta
hipo, normo e hipersódica.
Fêmeas Machos
HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
PN
5,8±0,13 (45)*
#
6,3±0,10 (46)
#
5,9±0,08 (62)*
#
5,6±0,13 (39)* 6,6±0,08 (59) 6,3±0,08 (73)
GN
74,2±4,5 (5) 66,0±2,6 (4) 78,3±4,8 (3) 71,5±3,6 (6) 62,1±3,7 (8) 79,1±10,8 (8)
P12
231±3,3 (16)Ф
#
223±2,4 (12)
#
217±4,6 (19)
#
358±5,3 (16) 376±10 (16) 366±12 (16)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. *p < 0,05
comparado com NR, Фp<0,05 vs. HR e #p<0,05 comparado com machos.
Resultados
25
Tabela. 6- Peso ao nascimento (g)(PN), glicemia neonatal (mg/dl)(GN) e peso com 12 semanas de idade (g) (P12) de proles cujas mães receberam dieta normossódica.
Fêmeas Machos
NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS NR AII
PN
6,3±0,10 (46)
#
5,8±0,08 (36)*
#
5,9±0,10 (54)*
#
5,7±0,07 (38)*
#
6,6±0,08 (59) 6,1±0,06 (46)* 6,4±0,10 (60)* 6,0±0,08 (43)*
GN
66,0±2,6 (4) 72,8±1,8 (4) 72,8±1,6 (3) 61,5±4,4 (8) 62,1±3,7 (8) 71,5±2,5 (2) 72,3±0,3 (2) 65,8±7,3 (9)
P12
223±2,4 (12)
#
233±6,0 (11)
#
231±3,9 (18)
#
211,7±4,4 (7)
#
376±10 (16) 345±3,9 (12) 348±12 (17) 326±12 (7)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. Peso ao nascimento, glicemia
neonatal e peso com 12 semanas de idade das proles cujas mães receberam apenas dieta normossódica (NR CON), normossódica e captopril 100mg/ml (NR CAP),
normossódica e losartan 200mg/ml (NR LOS)ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII ) *p < 0,05 comparado com NR CON e #p<0,05 comparado com
machos.
Resultados
26
Tabela. 7- Peso ao nascimento (g)(PN), glicemia neonatal (mg/dl)(GN) e peso com 12 semanas de idade (g) (P12) de proles cujas mães receberam dieta
hipossódica.
Fêmeas Machos
HO CON HO CAP HO LOS HO CON HO CAP HO LOS
PN
5,8±0,13 (45)
#
4,9±0,1 (56)*
#
3,9±0,1 (16)*
#
5,6±0,13 (39) 5,1±0,1 (57)* 4,4±0,1 (12)*
GN
74,2±4,5 (5) 63,8±6,1 (9) 71,5±3,6 (6) 67,3±2,9 (6)
P12
231±3,3 (16)
#
216±6,2 (11)*
#
358±5,3 (16) 352±17 (9)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. Peso ao
nascimento, glicemia neonatal e peso com 12 semanas de idade das proles cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HO CON), hipossódica e
captopril 100mg/ml (HO CAP) ou hipossódica e losartan 200mg/ml (HO LOS) *p < 0,05 comparado com HO CON e # p<0,05 comparado com machos.
Resultados
27
Tabela. 8- Peso ao nascimento (g)(PN), glicemia neonatal (mg/dl)(GN) e peso com 12 semanas de
idade (g) (P12) de proles cujas mães receberam dieta hipersódica.
Fêmeas Machos
HR CON HR AII HR CON HR AII
PN
5,9±0,08 (62)
#
6,0±0,1 (36)
#
6,3±0,08 (73) 6,5±0,16 (36)
GN
78,3±4,8 (3) 70,4±4,2 (5) 79,1±10,8 (8) 69,3±4,2 (6)
P12
217±4,6 (19)
#
227±9,7 (11)
#
366±12 (16) 326±10,2 (16)*
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de
experimentos realizados.
Peso ao nascimento, glicemia neonatal e peso com 12 semanas de idade das
proles cujas mães receberam apenas dieta hipersódica (HR CON) ou hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-
1
.min
-1
(HR AII ) *p < 0,05 comparado com HR CON e #p<0,05 comparado com machos.
Pressão arterial média
Não foram verificadas diferenças na pressão arterial média dos grupos
experimentais avaliados (tabela 9 a 12).
Resultados
28
Tabela. 9- Pressão arterial (mmHg) sistólica(PAS), diastólica (PAD) e média(PAM), de proles cujas mães receberam dieta hipo, normo e
hipersódica.
Fêmeas Machos
HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
PAS
133±4,5 (9) 124±7,9 (7) 120±2,3 (3) 147±9,5 (9) 133±6,8 (10) 127±7,3 (11)
PAD
108±3,4 (9)# 100±8,6 (7) 100±6,3 (3) 123±6,4 (8) 109±6,8 (10) 105±7,3 (11)
PAM
124,5±4,8 (10) 113±6,9 (8) 114±5,1 (5) 128±8,3 (11) 122±6,7 (10) 120±6,6 (13)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos
realizados. # p<0,05 comparado com machos.
Resultados
29
Tabela. 10- Pressão arterial (mmHg) sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), de proles cujas mães receberam dieta normossódica.
Fêmeas Machos
NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS NR AII
PAS
124±7,9 (7) 142,2±11 (5) 138±8,7 (6) 120±6,8 (7)# 133±6,8 (10) 128±7,5 (6) 133±9,0 (5) 105±4,9 (8)*
PAD
100±8,6 (7) 114±9,1 (5) 105±7,4 (6) 96±5,9 (7) 109±6,8 (10) 91±6,6 (6) 107±4,7 (5) 106±5,4 (9)
PAM
113±6,9 (8) 129±9,3 (5) 121±7,8 (6) 109±7,1 (7) 122±6,7 (10) 109±6,3 (6) 120±14 (5) 117±5,5 (9)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. Pressão arterial de
proles com 13 semanas de idade cujas mães receberam apenas dieta normossódica(NR CON), normossódica e captopril 100mg/ml (NR CAP), normossódica e
losartan 200mg/ml (NR LOS) ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII ) * p < 0,05 comparado com NR CON e # p<0,05 comparado com
machos.
Resultados
30
Tabela. 11- Pressão arterial (mmHg) sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), de
proles cujas mães receberam dieta hipossódica.
Fêmeas Machos
HO CON HO CAP HO CON HO CAP
PAS
133±4,5 (9) 136±8,2 (4) 147±9,5 (9) 142±12 (6)
PAD
108±3,4 (9)# 109±3,5 (4) 123±6,4 (8) 135±8,2 (6)
PAM
124,5±4,8 (10) 123±4,1 (5) 128±8,3 (11) 126±12 (7)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses
representam o número de experimentos realizados. Pressão arterial de proles com 13 semanas
de idade cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HOCON) ou hipossódica e captopril
100mg/ml (HO CAP) #p<0,05 comparado com machos.
Tabela. 12- Pressão arterial (mmHg) sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), de proles
cujas mães receberam dieta hipersódica.
Fêmeas Machos
HR CON HR AII HR CON HR AII
PAS
120±2,3 (3) 130±4,3 (7) 127±7,3 (11) 140±8,9 (6)
PAD
100±6,3 (3) 108±5,9 (7) 105±7,3 (11) 116±8,8 (6)
PAM
114±5,1 (5) 118±4,4 (10) 120±6,6 (13) 128±8,7 (6)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de
experimentos realizados. Pressão arterial de proles com 13 semanas de idade
cujas mães receberam apenas
dieta hipersódica (HR CON) ou hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR AII ).
Massa do tecido adiposo
A prole feminina cujas mães receberam dieta hipossódica apresentou maior
massa de gordura retroperitoneal e tecido adiposo marrom (figura 7) (p< 0,05) em
relação às proles cujas mães receberam dieta normossódica e hipersódica.
Verificamos que a prole masculina cujas mães receberam dieta hipossódica
Resultados
31
apresentou menor massa de tecido adiposo inguinal (p< 0,05) comparado com a prole
cujas mães receberam dieta hipersódica (tabela 13)
As massas de tecido adiposo branco gonadal, retroperitoneal e mesentérico da
prole feminina de mães alimentadas com dieta normossódica e que receberam
losartan foram maiores (p<0,05) do que a prole feminina de mães que receberam
somente a dieta (tabela 14). Na prole feminina cujas mães receberam dieta
normossódica e captopril foi observada menor massa de tecido adiposo inguinal (p
<0,05) em relação à prole cujas mães apenas receberam dieta normossódica. A prole
feminina cujas mães receberam dieta normossódica e angiotensina II apresentou
maior massa de tecido adiposo marrom (p<0,05) em relação à prole feminina cujas
mães receberam apenas a dieta normossódica (figura 9).
Não foram verificadas diferenças na massa de tecido adiposo nas proles
masculinas destes mesmos grupos experimentais (tabela 14 e figura 8 ).
A prole feminina cujas mães receberam dieta hipossódica e captopril apresentou menor massa de gordura retroperitoneal e
tecido adiposo marrom (p<0,05) (tabela 15 e figura 10) comparado com as proles femininas cujas mães receberam apenas a
dieta hipossódica. Não foram verificadas diferenças na massa das gorduras gonadal, mesentérica e inguinal nas proles
femininas de mães que receberam dieta hipossódica (tabela 15). No entanto, a prole masculina cujas mães foram
alimentadas com dieta hipossódica e receberam captropil (HO CAP), apresentou maior massa de tecido adiposo inguinal
(p<0,05) em relação ao grupo cujas mães receberam apenas a dieta hipossódica (tabela 15).
A massa de tecido adiposo inguinal da prole feminina cujas mães receberam
dieta hipersódica e AII foi menor (p<0,05) em relação à prole cujas mães receberam
apenas a dieta, já a prole masculina apresentou maior (p<0,05) massa adiposa
gonadal em relação à prole HR CON (tabela 16).
Resultados
32
Tabela 13- Massa de tecido adiposo branco (g/100g) retroperitoneal (RET), gonadal (GON), mesentérico (MES) e inguinal (ING) de
proles cujas mães receberam dieta hipo, normo e hipersódica.
Fêmeas Machos
HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
RET
1,6±0,1 (1)
#*
1,0±0,1 (16) 1,1±0,1 (10) 1,11±0,1 (13) 0,91±0,1 (14) 0,98±0,1(14)
GON
2,95±0,4 (12)
#
2,23±0,2 (16)
#
1,97±0,2 (12)
#
1,35±0,1 (14) 1,39±0,1 (14) 1,37±0,1(14)
MES
1,0±0,1 (11)
#
0,85±0,1 (16) 0,9±0,1 (10) 0,73±0,1 (14) 0,84±0,1 (14) 0,78±0,1(14)
ING
1,64±0,17 (8)
#
1,67±0,17 (6) 1,74±0,15 (6)
#*
1,26±0,11 (7)
*
1,46±0,17(6) 1,78±0,10(10)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. *p < 0,05
comparado com NR e #p<0,05 comparado com machos.
Resultados
33
Tabela 14- Massa de tecido adiposo branco (g/100g) retroperitoneal (RET), gonadal (GON), mesentérico (MES), inguinal (ING) das proles cujas mães receberam dieta
normossódica.
Fêmeas Machos
NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS NR AII
RET
0,95±,06 (16) 0,75±0,06 (13) 1,14±0,06 (6) #* 1,03±0,14 (6) 0,91±0,08 (14) 0,76±0,09 (6) 0,76±0,09 (9) 0,85±0,06 (7)
GON
2,17±0,24 (12)# 1,81±0,13 (12)# 3,8±0,31 (6)#* 2,3±0,2 (6)# 1,40±0,09 (14) 1,40±60,07 (16) 1,16±0,13 (9) 1,31±0,08 (7)
MES
0,85±0,04 (16) 0,86±0,24 (12) 1,14±0,06 (6)# 0,78±0,06 (6) 0,84±0,09 (14) 0,73±0,07 (13) 0,67±0,07 (9) 0,73±0,06 (7)
ING
1,67±0,17 (6) 1,11±0,03 (5)#* 1,5±0,10 (6) 1,3±0,13 (6) 1,15±0,17 (6) 1,60±0,16 (6) 1,40±0,15 (9) 1,14±0,1 (7)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os números de experimentos realizados. Massa corrigida por 100g de peso
corpóreo das proles cujas mães receberam apenas dieta normossódica (NR CON), normossódica e captopril 100mg/ml (NR CAP), normossódica e losartan 200mg/ml (NR
LOS) ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII ). *p < 0,05 comparado com NR CON e #p<0,05 comparado com machos.
Resultados
34
Tabela 15- Massa de tecido adiposo branco (g/100g) retroperitoneal (RET), gonadal (GON),
mesentérico (MES) e inguinal (ING) das proles cujas mães receberam dieta
hipossódica.
Fêmeas Machos
HO CON HO CAP HO CON HO CAP
RET
1,6±0,1 (11)
#
1,1±0,09 (10)* 1,1±0,1 (13) 0,9±0,18 (7)
GON
3,0±0,4 (12)
#
2,6±0,45 (10)
#
1,4±0,1 (14) 1,4±0,12 (7)
MES
1,0±0,1 (11)
#
1,0±0,05 (10) 0,7±0,1 (14) 0,8±0,05 (7)
ING
1,6±0,17 (8)
#
1,6±0,17 (8) 1,3±0,11 (7) 1,8±0,13 (6)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses
representam os números de experimentos realizados. Massa corrigida por 100g de peso
corpóreo das proles cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HO CON) ou hipossódica
e captopril 100mg/ml (HO CAP). *p < 0,05 comparado com HO CON e #p<0,05 comparado
com machos.
Tabela. 16- Massa de tecido adiposo branco (g/100g) retroperitoneal (RET), gonadal
(GON), mesentérico (MES) e inguinal (ING) das proles cujas mães receberam
dieta hipersódica.
Fêmeas Machos
HR CON HR AII HR CON HR AII
RET
1,3±0,32 (6) 1,1±0,1 (10) 0,9±0,06 (9) 1,0±0,08 (14)
GON
2,7±0,2 (6)
#
2,0±0,2 (12)
#
1,4±0,05 (9) 1,4±0,1 (14)
MES
0,9±0,06 (6) 0,9±0,03 (10) 0,8±0,06 (9) 0,8±0,1 (14)
ING
1,5±0,08 (6) 1,7±0,15 (6)
#
1,5±0,05 (8) 1,8±0,10 (10)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses
representam os números de experimentos realizados. Massa corrigida por 100g de peso
das proles cujas mães receberam apenas dieta hipersódica controle (HR CON) ou
hipersódica e angiotensina II 150 ng. kg
-1
.min
-1
(HR AII). *p < 0,05 comparado com HR
CON e #p< 0,05 comparado com machos.
Resultados
35
HO CON NR CON HR CON
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
n=6
n=8 n=6
*
*p<0,05 vs NR CON
g/100g
Figura. 7- Massa de tecido adiposo marrom interescapular da prole de
fêmeas cujas mães receberam dieta normossódica (NR CON), dieta
hipossódica (HO CON) ou dieta hipersódica (HR CON).
HO CON NR CON HR CON
0.000
0.025
0.050
0.075
0.100
0.125
0.150
0.175
0.200
n=7 n=6
n=6
g/100g
Figura. 8- Massa de tecido adiposo marrom interescapular da prole
de machos cujas mães receberam dieta normossódica (NR CON),
dieta hipossódica (HO CON) ou dieta hipersódica (HR CON).
Resultados
36
NR CON NR CAP NR LOS NR AII
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
n=4n=4
n=4n=6
*p<0,05 vs. NR CON
*
g/100g
Figura. 9 -Tecido adiposo marrom interescapular da prole de fêmeas cujas
mães receberam apenas dieta normossódica (NR CON), normossódica e
captopril 100 mg /L (NR CAP), normossódica e losartan 200 mg /L (NR
LOS) ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII).
NR CON NR CAP NR LOS NR AII
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
n=6
n=4
n=6
n=6
g/100g
Figura. 10 -Tecido adiposo marrom interescapular da prole de machos cujas
mães receberam apenas dieta normossódica (NR CON), normossódica e
captopril 100 mg /L (NR CAP), normossódica e losartan 200 mg /L (NR LOS)
ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII).
Resultados
37
HO CON HO CAP
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
n=8 n=6
*
*p<0,05 vs. HO CON
g/100 g
Figura. 11- Tecido adiposo marrom interescapular da prole de fêmeas
cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HO CON) ou
hipossódica e captopril 100mg/L (HO CAP).
HO CON HO CAP
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
n=7
n=4
g/100g
Figura. 12- Tecido adiposo marrom interescapular da prole de machos
cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HO CON) ou
hipossódica e captopril 100mg /L (HO CAP).
Resultados
38
HR CON HR AII
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
n=4
n=6
g/100g
Figura. 13 -Tecido adiposo marrom interescapular da prole de fêmeas
cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HR CON) ou
normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR AII).
HR CON HR AII
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
n=4
n=6
g/100g
Figura. 14-Tecido adiposo marrom interescapular da prole de machos
cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HR CON) ou
normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR AII).
Massa Renal
Não foram observadas diferenças na massa dos rins entre as proles controles
cujas mães receberam diferentes conteúdos de sal na dieta (tabela 17). Na prole
Resultados
39
masculina cujas mães receberam dieta normossódica e losartan, observou-se menor
massa renal (p<0,05) em comparação à prole cujas mães receberam apenas a dieta
normossódica (tabela. 18), fato que não foi observado na prole feminina (tabela 18).
As proles machos cujas mães receberam dieta hipossódica associada ao
captopril, apresentaram maior massa renal (p<0,05) em relação à prole HO controle
(tabela 19). As proles de fêmeas deste mesmo grupo não apresentaram diferença no
peso dos rins (tabela 19). A massa renal da prole masculina cujas mães receberam
dieta hipersódica, com e sem angiotensina II foi menor (p<0,05) do que a prole que
recebeu apenas a dieta hipersódica (tabela 20), esta diferença não foi encontrada na
prole feminina (tabela 20).
Massa cardíaca
Menor massa cardíaca foi observada na prole masculina cujas mães
receberam dieta hipossódica (p<0,05) (tabela 17), nenhuma diferença na massa
cardíaca foi observada outros grupos avaliados (tabela 17 a 20).
Resultados
40
Tabela. 17- Massa cardíaca e renal (g /100g) de proles cujas mães receberam dieta hipo, normo e hipersódica.
Fêmeas Machos
Massa HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
Cardíaca
0,45±0,04 (12)# 0,43±0,01 (10) 0,42±0,03 (10) 0,36±0,01 (11)* 0,42±0,03 (10) 0,41±0,03 (10)
Renal
esquerda
0,40±0,03 (12) 0,39±0,01 (10) 0,36±0,01 (10) 0,36±0,01 (11) 0,39±0,02 (10) 0,38±0,01 (10)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados.
*p < 0,05 comparado com NR CON e # p<0,05 comparado com machos.
Resultados
41
Tabela 18- Massa cardíaca e renal (g /100g) de proles cujas mães receberam dieta normossódica.
Fêmeas Machos
Massa
NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS NR AII
Cardíaca
0,43±0,01 (10) 0,42±0,02 (11) 0,44±0,02 (6)# 0,42±0,02 (4) 0,42±0,03 (10) 0,43±0,02 (11) 0,37±0,02(9) 0,37±0,09 (3)
Renal
esquerda
0,39±0,01 (10) 0,39±0,01 (11) 0,36±0,02 (6) 0,35±0,01 (4) 0,39±0,02 (10) 0,41±0,08 (11) 0,35±0,08 (9)* 0,36±0,01 (3)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os números de experimentos realizados. Massa corrigida
por 100g de peso corpóreo das proles cujas mães receberam apenas dieta normossódica (NR CON), normossódica e captopril 100mg/ml (NR CAP),
normossódica e losartan 200mg/ml (NR LOS) ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII ). *p < 0,05 comparado com NR CON e #p<0,05
comparado com machos.
Resultados
42
Tabela. 19- Massa cardíaca e renal (g /100g) de proles cujas mães receberam dieta hipossódica.
Fêmeas Machos
Massa HO CON HO CAP HO CON HO CAP
Cardíaca
0,45±0,04 (12)# 0,42±0,02 (10) 0,36±0,01 (11) 0,41±0,02 (7)*
Renal
esquerda
0,40±0,03 (12) 0,38±0,02 (10) 0,36±0,01 (11) 0,38±0,02 (9)*
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os
números de experimentos realizados. Massa corrigida por 100g de peso corpóreo das proles cujas mães
receberam apenas dieta hipossódica (HO CON) ou hipossódica e captopril 100mg/ml (HO CAP). *p <
0,05 comparado com HO CON e #p<0,05 comparado com machos.
Tabela. 20- Massa cardíaca e renal (g /100g) de proles cujas mães receberam dieta hipersódica.
Fêmeas Machos
Massa HR CON HR AII HR CON HR AII
Cardíaca
0,42±0,03 (10) 0,44±0,03 (6)# 0,41±0,03 (10) 0,36±0,09 (9)
Renal
esquerda
0,36±0,01 (10) 0,37±0,01 (6) 0,38±0,01 (10) 0,36±0,01 (9)*
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os
números de experimentos realizados. Massa corrigida por 100g de peso corpóreo das proles cujas mães
receberam apenas dieta hipersódica (HR CON) ou hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR
AII). *p < 0,05 comparado com HR CON e #p<0,05 comparado com machos
.
Quantidade e volume dos adipócitos
O volume foi maior (p<0,05) e o número de adipócitos foi menor (p<0,05)
no tecido adiposo retroperitoneal da prole de fêmeas cujas mães receberam dieta
hipossódica comparado com a prole feminina cujas mães receberam dieta
normossódica (tabelas 21 e 22). Não foram detectadas diferenças nos tecidos
adiposos, inguinal e marrom. Na prole masculina não foi observada nenhuma
diferença no volume, nem no número de adipócitos (tabelas 21 e 22).
Resultados
43
O volume de células do tecido adiposo marrom da prole feminina de mães
alimentadas com dieta normossódica e que receberam losartan foi menor (p<0,05),
enquanto que na prole cujas mães receberam angiotensina II foi maior (p<0,05)
quando comparado à prole feminina de mães que receberam somente a dieta (tabela
23). A prole feminina cujas mães receberam a dieta normossódica e losartan
apresentou maior número de células adiposas no tecido adiposo marrom (p<0,05) do
que a prole feminina cujas mães receberam apenas a dieta (tabela 24).
O número de adipócitos foi maior (p<0,05) no tecido adiposo retroperitoneal
da prole masculina cujas mães receberam a dieta normossódica e angiotensina II
comparado com a prole cujas mães receberam apenas a dieta normossódica (tabela
23). O volume celular e o número de células foi maior (p<0,05) na prole masculina
cujas mães receberam a dieta normossódica e losartan quando comparado à prole
cujas mães receberam apenas a dieta normossódica (tabelas 23 e 24).
O volume celular foi menor e o número de células foi maior (p<0,05) no
tecido adiposo marrom das proles de fêmeas cujas mães receberam dieta hipossódica
associado ao tratamento com captopril em relação ao grupo hipossódico controle
(tabelas 25 e 26). Não foram verificadas diferenças no volume, nem no número de
adipocitos dos outros tecidos adiposos avaliados. Na prole masculina cujas mães
receberam dieta hipossódica e captopril, o volume celular no tecido adiposo inguinal
foi menor (p<0,05) quando comparada ao grupo cujas mães receberam apenas a dieta
hipossódica (tabelas 27e 28).
Menor volume celular (p<0,05) e maior número de adipócitos (p< 0,05)
foram encontrados nos tecidos adiposos retroperitoneal e marrom da prole feminina
cujas mães receberam dieta hipersódica e angiotensina II quando comparados à prole
Resultados
44
feminina cujas mães receberam apenas a dieta hipersódica. No tecido adiposo
inguinal destas proles (tabelas 29 e 30) não foram observadas diferenças no numero
nem no volume celular. O número de células do tecido adiposo inguinal foi maior na
prole masculina cujas mães receberam dieta hipersódica associada a angiotensina II
do que na prole cujas mães receberam apenas a dieta hipersódica (tabela 31).
Resultados
45
Tabela 21- Volume celular (µm
3
) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e marrom (TAM) de proles cujas mães
receberam dieta hipo, normo e hipersódica.
Fêmeas Machos
Volume
do
adipócito
HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
RET
963±187 (4) 285±97 (6) 441±64 (6)
#
510±9 0(3) 629±153 (6) 1184±318 (6)
ING
730±141 (4)
#
323±89 (6) 774±30 (6) 241±58 (3) 308±58 (6) 456±120 (6)
BAT
61,5±4,1 (4)#
*
38,4±7,7 (6) 19,1±3,6 (6) 46,3±9, 4 (3) 30,7±6,6 (6) 45,5± 14 (6)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos
realizados. Foram avaliados os tecidos adiposos retroperitoneal, inguinal e marrom interescapular de proles controles (CON) cujas
mães receberam dieta normossódica (NR), hipossódica (HO) ou hipersódica (HR). *p < 0,05 comparado com NR e #p<0,05
comparado com machos
.
Resultados
46
Tabela 22- Número de adipócitos (adipócitos /µg) dos tecidos adiposos, retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e marrom (TAM) de
proles cujas mães receberam dieta hipo, normo e hipersódica.
Fêmeas Machos
Número de
adipócitos
HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
RET
1,2±0,2 (4)
#
5,2±1,6 (5) 3,0±0,6 (6) 2,3±0,4 (3) 2,7±0,8 (6) 1,6±0,5 (6)
ING
1,9±0,6 (4)
#
4,8±1,1 (6) 5,0±2,3 (6) 5,2±1,3 (3) 4,5±0,3 (5) 3,5±0,9 (6)
BAT
57,7±7,1 (3)
#
37,0±3,3 (6) 71,3±14,8 (6)
#
26,4±6,1 (3) 46,0±9,8 (6) 50,5±21 (6)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos
realizados. Foram avaliados os tecidos adiposos retroperitoneal, inguinal e marrom interescapular das proles controles (CON) cujas
mães receberam dieta normossódica (NR), hipossódica (HO) ou hipersódica (HR). *p < 0,05 comparado com NR CON e #p<0,05
comparado com machos
.
Resultados
47
Tabela 23- Volume celular (µm
3
) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e marrom (TAM) da prole feminina cujas mães receberam dieta normossódica.
Fêmeas Machos
Volume
do
adipócito
NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS NR AII
RET
285±,98 (6) 484±161 (4) 379±75 (6) 368±163 (4) 629±,153 (6) 642±91 (7) 449±136 (6) 292±103 (4) *
ING
323±90 (6) 188±56 (4) 213±39 (6) 287±49 (4) 307±58 (6) 253±68 (7) 394±80 (6) 224±67 (4)
BAT
38,7±7,7 (6) 71,0±25 (5)
#
11,8±3,2(6)
#*
76,1±3,2 (4)
#*
30,7±6,6 (6) 46,6±12 (5) 13,7±4,7 (6) * 55,5±2,2 (4)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os números de experimentos realizados. Foram avaliados os tecidos adiposos
retroperitoneal, inguinal e marrom interescapular das proles cujas mães receberam apenas dieta normossódica (NR CON), normossódica e captopril 100mg/ml (NR CAP),
normossódica e losartan 200mg/ml (NR LOS) ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII). *p < 0,05 comparado com NR CON e #p<0,05 comparado com
machos.
Resultados
48
Tabela 24- Número de adipócitos (adipócitos/µg) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e marrom (TAM) das proles cujas mães receberam dieta
normossódica.
Fêmeas Machos
Número de
adipócitos
NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS NR AII
RET
5,2±,1,6 (5) 2,1±0,6 (3) 3,8±0,9 (6) 4,6±1,3 (4) 2,7±,08 (6) 2,0±0,32 (7) 3,3±0,6(6) 5,2±1,4 (4)
ING
4,8±1,1 (6) 7,8±1,9 (4) 6,3±1,3 (6) 4,3±0,7 (4) 4,5±0,3 (5) 7,1±1,9 (7) 3,5±0,7 (6) 3,9±0,5 (3).
BAT
37±3,3 (6) 76±2,9 (3) 144±43 (6)
#*
31,8±17 (4) 46,6±9,8 (6) 43,1±13,4 (6) 143,6±40,6 (6) * 27,6±6,5 (4)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os números de experimentos realizados. Foram avaliados os tecidos
adiposos retroperitoneal, inguinal e marrom interescapular das proles cujas mães receberam apenas dieta normossódica (NR CON), normossódica e captopril 100mg/ml
(NR CAP), normossódica e losartan 200mg/ml (NR LOS) ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII). *p < 0,05 comparado com NR CON e #p<0,05
comparado com machos
Resultados
49
Tabela 25- Volume celular (µm
3
) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e
marrom (TAM) das proles cujas mães receberam dieta hipossódica.
Fêmeas Machos
Volume
do
adipócito
HO CON HO CAP HO CON HO CAP
RET
963±187 (4) 625±174 (6) 510±90 (3) 392±74 (6)
ING
730±142 (4)
#
331±103 (6)* 241±58 (3) 288±73 (6)
BAT
61,5±41 (4) 39,6±10 (6)
#
46,3±9,4 (3) 11,9±1,4 (6)*
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os
números de experimentos realizados. Foram avaliados os tecidos adiposos retroperitoneal, inguinal
e marrom interescapular das proles cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HO CON) ou
hipossódica e captopril 100mg/ml (HO CAP). *p < 0,05 comparado com HO CON e #p<0,05
comparado com machos.
Tabela. 26- Número de células (adipócitos /µg) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET), inguinal
(ING) e marrom (TAM) das proles cujas mães receberam dieta hipossódica.
Fêmeas Machos
Número
de
adipócitos
HO CON HO CAP HO CON HO CAP
RET
1,2±0,2 (4)
#
2,8±10 (6) 2,3±0,4 (3) 3,4±0,7 (6)
ING
1,9±0,6 (4)
#
5±1,3 (6) 5,2±1,3 (3) 4,7±0,8 (6)
BAT
57,7±7,1 (3)
#
73,4±24 (6) 26,4±6,1 (3) 98,8±11 (6)*
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os
números de experimentos realizados. Foram avaliados os tecidos adiposos retroperitoneal, inguinal e
marrom interescapular das proles cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HO CON) ou
hipossódica e captopril 100mg/ml (HO CAP). *p < 0,05 comparado com HO CON e #p<0,05
comparado com machos.
Resultados
50
Tabela 27- Volume celular (µm
3
) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET), inguinal (ING) e
marrom (TAM) das proles cujas mães receberam dieta hipersódica.
Fêmeas Machos
Volume
do
adipócito
HR CON HR AII HR CON HR AII
RET
441±65 (6)
#
* 162±40 (4) 1184±318 (6) 292±173 (4)
ING
774±305 (6) 279±161 (4) 456±120 (6) 142±51 (4)
BAT
19,1±3,6 (6) 7,8±2,1 (6)
#
45,5±14,2 (6) 20,4±8,1 (4)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os
números de experimentos realizados. Foram avaliados os tecidos adiposos retroperitoneal, inguinal e
marrom interescapular das proles cujas mães receberam apenas dieta hipersódica (HR CON) ou
hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR AII ). *p < 0,05 comparado com HRCON e #
p<0,05 comparado com machos.
Tabela. 28- Número de células (adipócitos /µg) dos tecidos adiposos retroperitoneal (RET), inguinal
ING) e marrom (TAM) das proles cujas mães receberam dieta hipersódica.
Fêmeas Machos
Número
de
adipócitos
HR CON HR AII HR CON HR AII
RET
3±0,7 (6)* 8,3±2,3 (4) 1,6±0,5 (6) 13,3±7,6 (6)
ING
5,0±2,3 (6) 8,2±2,9 (4) 3,5±0,9 (6)* 12,3±0,4,2 (4)
BAT
71,3±15 (6)
#
* 168±33 (4) 50,5±21 (6) 77,9±22,3 (4)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam os
números de experimentos realizados. Foram avaliados os tecidos adiposos retroperitoneal, inguinal
e marrom interescapular das proles cujas mães receberam apenas dieta hipersódica (HR CON) ou
hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR AII ). *p < 0,05 comparado com HRCON e #
p<0,05 comparado com machos.
Índice de adiposidade
O índice de adiposidade foi maior na prole feminina cujas mães receberam
dieta hipossódica (8,6±0,9 % p<0,05) do que na prole feminina cujas mães
Resultados
51
receberam dieta normossódica (6,3±0,6 %) (figura 15). Nas proles masculinas não
foram observadas diferenças (figura 16). Captopril, losartan ou angiotensina II não
interferiram no índice de adiposidade da prole adulta (tabela 29).
HO CON NR CON HR CON
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
n=6n=6
n=6
*
*p<0,05 vs. NR CON e HR CON
%
Figura 15- Índice de adiposidade (%) da prole de fêmeas cujas mães
receberam dieta normossódica (NR CON), dieta hipossódica (HO CON) ou
dieta hipersódica (HR CON).
HO CON NR CON HR CON
0
1
2
3
4
5
6
n=6
n=6
n=10
%
Figura 16-Índice de adiposidade (%) da prole de machos cujas mães receberam
dieta normossódica (NR CON), dieta hipossódica (HO CON) ou dieta
hipersódica (HR CON).
Resultados
52
Tabela 29- Índice de adiposidade (%) das proles cujas mães receberam dieta normossódica, hipossódica e
hipersódica.
Grupo Fêmeas Machos
NR CAP 5,3±0,5 (3) 5,2±0,7 (5)
NR LOS 7,0±0,4 (6) 4,1±0,6 (6)
NR AII 5,6±0,3 (6) 4,4±0,3 (6)
HO CAP 7,7±0,9 (6) 5,3±0,5 (6)
HR AII 5,9±0,3 (6) 4,6±0,3 (4)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores ente parênteses representam os números
de experimentos realizados. Foram avaliados os tecidos adiposos retroperitoneal, gonadal, mesentérico e
inguinal das proles cujas mães receberam dieta normossódica e captopril 100mg/ml (NR CAP), dieta
normossódica e losartan 200mg/ml (NR LOS), dieta normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR
AII), dieta hipossódica e captopril 100mg/ml (HO CAP) ou dieta hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-
1
.min
-1
(HR AII).
Atividade da renina plasmática (ARP)
Observamos uma maior atividade da renina plasmática (p<0,05) da prole
masculina cujas mães receberam dieta hipossódica (tabela 30) em relação à prole em
dieta normossódica, no entanto não observamos diferenças na prole feminina (tabela
30).
Não observamos diferenças na ARP, nas proles de machos e fêmeas em que
as mães receberam dieta normossódica associada a captopril, losartan ou
angiotensina II (tabela 31).
Tanto as proles de machos quanto às de fêmeas cujas mães receberam dieta
hipossódica associada ao captopril, apresentaram menor ARP em relação à prole HO
controle (tabela 32). Proles cujas mães receberam dieta hipersódica não apresentaram
diferenças na ARP (tabela 33).
Resultados
53
Atividade da enzima conversora de angiotensina I (ECA)
Soro
Não foi observada nenhuma alteração na atividade da ECA nas proles cujas
mães receberam diferentes conteúdos de sal na dieta (tabela 30). As proles
masculinas cujas mães receberam dieta normossódica associada a losartan ou
captopril, apresentaram uma maior atividade da ECA no soro (p<0,05) em relação ao
grupo no qual as mães receberam apenas a dieta (tabela 31). A atividade da ECA foi
maior (p<0,01) na prole feminina cujas mães receberam captopril comparado com as
proles cujas maes receberam apenas a dieta normossodica (tabela 31).
Na prole masculina cujas mães receberam dieta hipossódica, não foi
observada nenhuma diferença na atividade da ECA entre os grupos experimentais
(tabela 32). Nas fêmeas das mesmas proles, observamos menor (p<0,05) atividade da
ECA quando associamos o captopril à dieta materna (tabela 32).
Em relação à dieta hipersódica não foi verificada alteração na atividade da
ECA no soro nem na prole masculina nem na prole feminina (tabela 33).
Coração
Foi observado que a prole de machos cujas mães receberam dieta hipossódica
tem menor (p<0,05) atividade de ECA no coração quando se compara com a prole de
machos cujas mães receberam dieta normossódica (tabela 30), no entanto a prole
feminina deste mesmo grupo não apresentou nenhuma diferença.(tabela 30).
As proles cujas mães foram tratadas com dieta normossódica associada a
losartan, captopril ou angiotensina II não apresentaram alteração na atividade da
Resultados
54
ECA no coração em relação ao grupo no qual as mães receberam apenas a dieta (NR
CON) (tabela 31).
Na prole masculina cujas mães foram tratadas com dieta hipossódica, não foi
observada nenhuma diferença na atividade da ECA no coração entre os grupos
experimentais (tabela 32). Nas fêmeas das mesmas proles, observamos menor
atividade da enzima quando associamos o captopril à dieta materna (p<0,05) (tabela
32).
Proles de machos de mães que receberam dieta HR associada a AII
apresentaram menor atividade de ECA no coração do que o grupo controle (p<0,05)
(tabela 33). Fêmeas cujas mães receberam dieta hipersódica associada a AII não
apresentaram diferenças na atividade da ECA como se pode observar na tabela 33.
Rim
Não foi observada nenhuma diferença estatisticamente significante na
atividade de ECA renal nos grupos avaliados no presente estudo.(tabela 30 a 33).
Resultados
55
Tabela 30- Atividade da renina plasmática (ARP) (ng.mL
-1
.hr
-1
) e da enzima conversora de angiotensina I (ECA) no soro (nmol His-
Leu/min/ml), coração (nmol His-Leu/min/mg) e rim (nmol His-Leu/min/mg) de proles cujas mães receberam dieta hipo, normo e hipersódica.
Fêmeas Machos
HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
ARP
9,6±2,4 (11) 6,9±3,1 (6) 6,8±2,6 (9) 8,2±0,86 (11)* 4,2±0,6 (9) 8,6±1,9 (9)
ECA
SORO
116,3±7,2 (11) 94,6±6,5 (5) 96,1±2,9 (5) 105,6±5,2 (12) 100,8±8,3 (12) 109,5±7,3 (8)
ECA
CORAÇÃO
18,0±7,2 (11) 27,0±12,6 (9) 24,0±1,6(6) 11,2±3,4 ( 4)* 23,9±13,8 (5) 21,5±4,9 (5)
ECA
RIM
0,44±0,08 (5) 0,62±0,1 (5) 0,43±0,09 (5) 0,56±0,21(3) 0,58±0,06 (5) 0,68±0,13 (6)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A
atividade de renina foi avaliada no plasma e atividade de ECA foi avaliada no soro, coração e rim das proles controles (CON) cujas mães
receberam dieta normossódica (NR), hipossódica (HO) ou hipersódica (HR). *p < 0,05 comparado com NR CON.
Resultados
56
Tabela. 31- Atividade da renina plasmática (ARP) (ng.mL
-1
.hr
-1
), e da enzima conversora de angiotensina I (ECA) no soro (nmol His-Leu/min/ml), coração(nmol His-
Leu/min/mg) e rim (nmol His-Leu/min/mg) de proles cujas mães receberam dieta normossódica.
Fêmeas Machos
NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS NR AII
ARP
6,9±3,1 (6) 6,5±1,7 (8) 4,9±1,6 (8) 8,6±3,3 (9) 4,2±0,6 (9) 3,5±0,4(9) 2,6±0,7 (6)
8,3±4,4 (7)
ECA
SORO
94,6±6,5 (5) 131,0±4,0 (9)* 111,7±5 (15) 120±7 (5) 100,8±8,3 (12) 126,8±12 (8)* 128±12 (16)* 123,2±8,2 (3)
ECA
CORAÇÃO
27,0±12,6 (9) 12,9±3,2 (4) 21,5±3,2 (6) 19,3±4,9(4) 23,9±13,8 (5) 12,7±12,3 (3) 14,4±3,3 (7) 13,6±4,2 (3)
ECA RIM
0,62±0,1 (5) 0,97±0,2 (5)
#
0,53±0,2 (5) 0,38±0,05 (3) 0,58±0,06 (5) 0,40±0,06 (6) 0,60±0,1 (5) 0,5±0,02 (3)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A atividade de renina foi avaliada no
plasma e atividade de ECA foi avaliada no soro, coração e rim das proles cujas mães receberam apenas dieta normossódica (NRCON), normossódica e captopril 100mg/ml (NR
CAP), normossódica e losartan 200mg/ml (NR LOS) ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII). *p < 0,05 comparado com NR CON e # p<0,05 comparado
com machos.
Resultados
57
Tabela. 32-Atividade da renina plasmática (ARP) (ng.mL-1.hr-1) e da enzima conversora de
angiotensina I (ECA) no soro (nmol His-Leu/min/ml), coração (nmol His-Leu/min/mg)
e rim (nmol His-Leu/min/mg) de proles cujas mães receberam dieta hipossódica.
Fêmeas Machos
HO CON HO CAP HO CON HO CAP
ARP
9,6±2,4 (11) 2,6±0,8 (6)* 8,2±0,86 (11) 5,3±1,4 (7)
ECA soro
116,3±7,2 (11) 90,8±7,6 (6)*
#
105,6±5,2 (12) 115±6,3 (19)
ECA coração
18,0±7,2 (11) 6,1±0,8 (4)* 11,2±3,4 (4) 9,8±3,8 (4)
ECA rim
0,44±0,08 (5) 0,47±0,06 (4) 0,56±0,21 (3) 0,56±0,1 (7)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o
número de experimentos realizados. A atividade de renina foi avaliada no plasma e a atividade de ECA
foi avaliada no soro, coração e rim das proles cujas mães receberam apenas dieta hipossódica,
(HOCON) ou hipossódica e captopril 100mg/ml (HO CAP). *p < 0,05 comparado com HO CON e #
p<0,05 comparado com machos.
Tabela. 33- Atividade da renina plasmática (ARP) (ng.mL
-1
.hr
-1
) e da enzima conversora de
angiotensina I (ECA) no soro (nmol His-Leu/min/ml), coração (nmol His-Leu/min/mg) e rim
(nmol His-Leu/min/mg) de proles cujas mães receberam dieta hipersódica.
Fêmeas Machos
HR CON HR AII HR CON HR AII
ARP
6,8±2,6 (9) 4,7±4 (5) 8,6±1,9 (9) 10,3±2,3 (13)
ECA soro
96,1±2,9 (5) 114±8,2 (6) 109,5±7,3 (8) 101,6±3,3 (7)
ECA coração
24,0±1,6 (6) 31,7±8,0 (5)
#
21,5±4,9 (5) 10,8±1,7 (5)*
ECA rim
0,43±0,09 (5) 0,30±0,3 (3) 0,68±0,13 (6) 0,48±0,1 (6)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o
número de experimentos realizados. A atividade de renina foi avaliada no plasma e a atividade de
ECA foi avaliada no soro, coração e rim das proles cujas mães receberam apenas dieta hipersódica
(HRCON) ou hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR AII). *p < 0,05 comparado com HR
CON e #p<0,05 comparado com machos.
Resultados
58
Western Blotting
Rim
Angiotensinogênio
Maior (p<0,05) expressão protéica de angiotensinogênio foi observada na
prole masculina cujas mães receberam dieta hipersódica e na prole feminina cujas
mães receberam dieta hipossódica em relação à prole cujas mães receberam dieta
normossódica (tabela 34). Importante observarmos que quando a mãe recebeu
captopril e dieta normossódica, tivemos maior expressão protéica (p<0,05) na prole
feminina destas mães em relação às proles cujas mães receberam apenas a dieta
normossódica (tabela 35), as proles femininas cujas mães receberam a dieta
hipossódica e captopril tiveram menor expressão protéica de angiotensinogênio
(p<0,05) em relação as proles cujas mães receberam apenas a dieta
hipossódica.(tabela 36).
Não foram verificadas diferenças na expressão de angiotensinogênio nas
proles dos outros grupos experimentais estudados (tabelas 34 a 37).
Renina
Não foi observada nenhuma alteração na expressão protéica de renina no rim
nas proles controles (tabela 38), no entanto observamos menor expressão protéica de
renina nas proles masculinas cujas mães receberam dieta normossódica e captopril
(p<0,05) e as proles cujas mães receberam dieta normossódica e angiotensina
II(p<0,05) em relação as prole cujas mães receberam apenas a dieta normossódica
(tabela 39). Não foi observada nenhuma alteração nas proles cujas mães receberam
Resultados
59
dieta hipossódica, no entanto observamos menor expressão protéica de renina na
prole feminina cujas mães receberam dieta hipersódica e angiotensina II em relação a
prole cujas mães receberam apenas a dieta hipersódica (tabela 40).
Enzima de conversão de angiotensina I (ECA)
Não foi observada nenhuma alteração na expressão de ECA no rim das proles
controles cujas mães receberam diferentes conteúdos de sal na dieta (tabela 34).
Proles de fêmeas cujas mães receberam dieta normossódica e captopril
tiveram maior expressão protéica de ECA no rim em relação à prole cujas mães
receberam apenas a dieta normossódica (tabela 35).
Não há nenhuma diferença nas proles cujas mães receberam dieta hipossódica
ou hipersódica (figuras 36 e 37).
Receptores de angiotensina II (AT
1
e AT
2
)
Não foi observada nenhuma alteração na expressão protéica dos receptores
AT
1
no rim das proles de machos e fêmeas controles cujas mães receberam diferentes
conteúdos de sal na dieta (tabela 34). Por outro lado podemos observar que a
expressão protéica do receptor de angiotensina II do tipo dois (AT
2
) foi maior
(p<0,05) na prole de machos cujas mães receberam dieta hipersódica em relação à
prole cujas receberam dieta normossódica (tabela 34).
Nas proles de machos e fêmeas cujas mães receberam dieta normossódica,
não houve diferença na expressão do receptor AT
1
(tabela 35) entre os diferentes
grupos experimentais, mas houve um aumento (p<0,05) na expressão de receptores
do tipo AT
2
nas proles de machos cujas mães receberam captopril ou losartan (tabela
Resultados
60
35). Não observamos diferença na expressão protéica dos receptores de angiotensina
II nas proles de fêmeas (tabela 35).
Proles femininas cujas mães receberam dieta hipersódica e angiotensina II
tiveram menor (p<0,05) expressão protéica de AT
1
no rim do que as proles cujas
mães receberam apenas a dieta hipersódica (tabela 37). As proles masculinas não
apresentaram diferenças na expressão dos receptores do tipo AT
1
nem do tipo AT
2
.
(tabela 37).
Coração
Angiotensinogênio
A prole masculina cujas mães receberam dieta hipossódica teve maior
(p<0,05) expressão protéica de angiotensinogênio no coração do que as proles cujas
mães receberam dieta normossódica (tabela 38).
Não foram verificadas diferenças na expressão de angiotensinogênio nas
proles cujas mães receberam dieta normossódica, hipossódica com tratamentos
(tabelas 39 e 40).
No entanto a prole feminina cujas mães receberam dieta hipersódica e AII
apresentou menor expressão de angiotensinogênio no coração do que as proles cujas
mães receberam apenas a dieta hipersódica (tabela 41).
Renina
Menor (p<0,05) expressão protéica de renina no coração foi observada na
prole de fêmeas cujas mães receberam dieta hipossódica, não observamos nenhuma
diferença estatisticamente significante nos machos desta mesma prole(tabela 38).
Resultados
61
Maior (p<0,05) expressão protéica de renina no coração foi encontrada nas
proles femininas cujas mães receberam dieta normossódica e captopril em relação as
prole cujas mães receberam apenas a dieta normossódica (tabela 39).
Não foi observada nenhuma alteração nas proles cujas mães receberam dieta
hipossódica (tabela 40). Observamos maior (p<0,05) expressão protéica de renina na
prole feminina cujas mães receberam dieta hipersódica e angiotensina II em relação
às proles cujas mães receberam apenas a dieta hipersódica (tabela 41).
Enzima de conversão de angiotensina I (ECA)
Não foi observada nenhuma alteração na expressão protéica de ECA no
coração das proles controles cujas mães receberam diferentes conteúdos de sal na
dieta (tabela 38).
Maior (p<0,05) expressão protéica de ECA foi encontrada na prole de machos
cujas mães receberam dieta normossódica e losartan, também foi observado maior
(p<0,05) expressão protéica de ECA nas proles femininas cujas mães receberam
dieta normossódica e captopril em relação as prole cujas mães receberam apenas a
dieta normossódica (tabela 39).
Não há nenhuma diferença estatisticamente significante nas proles cujas mães
receberam dieta hipossódica (tabela 40).
A expressão protéica de ECA no coração foi maior (p<0,05) na prole
feminina cujas mães receberam dieta hipersódica e AII em relação as proles cujas
mães receberam apenas a dieta, não foi observada diferença nos machos deste grupo
(tabela 41).
Resultados
62
Receptores de angiotensina II (AT
1
e AT
2
)
Menor (p<0,05) expressão protéica do receptor AT1 no coração foi
observada nas proles femininas cujas mães receberam dieta hipossódica em relação
as proles cujas ames receberam dieta normossódica (tabela 38). Não foi observada
nenhuma alteração na expressão protéica dos receptores do tipo AT
1
no coração das
proles de machos controles cujas mães receberam diferentes conteúdos de sal na
dieta e também não observamos nenhuma diferença nas proles cujas mães receberam
diferentes conteúdos de sal e captopril, losartan ou AII (tabelas 38 a 41) .Nenhuma
diferença estatisticamente significante foi observada na expressão protéica dos
receptores de angiotensina II do tipo dois nas proles controles (tabela 38)
Nas proles de machos cujas mães receberam dieta normossódica e AII foi
observado menor expressão de receptores do tipo AT
2
(tabela 39). Não observamos
diferença na expressão protéica dos receptores de angiotensina II nas proles de
fêmeas destas mesmas proles (tabela 39).
Menor (p<0,05) expressão protéica de AT
2
foi observada nas proles de
fêmeas cujas mães receberam dieta hipossódica e captopril em relação às proles
cujas mães receberam apenas a dieta hipossódica.(tabela 40).
Proles cujas mães receberam dieta hipersódica não apresentaram diferenças
na expressão protéica de receptores do tipo AT
2
(tabela 41).
Resultados
63
Tecido adiposo marrom
Angiotensinogenio
A expressão protéica de angiotensinogênio no TAM, tanto na prole masculina
como na prole feminina, dos 8 grupos experimentais estudados não foi diferente
(tabelas 42 a 44).
Renina
Não foi observada nenhuma alteração na expressão protéica de renina no
tecido adiposo marrom das proles de todos os grupos experimentais (tabelas 42 a 45).
Enzima de conversão de angiotensina I (ECA)
Não foi observada nenhuma alteração na expressão protéica de ECA no TAM
das proles controles cujas mães receberam diferentes conteúdos de sal na dieta
(tabela 42).
Maior expressão protéica de ECA foi observada nas proles de machos cujas
mães receberam dieta normossódica e losartan em relação à prole cujas mães
receberam apenas a dieta normossódica (tabela 43).
Não há nenhuma diferença nas proles cujas mães receberam dieta hipossódica
ou hipersódica (tabela 44 e 45).
Receptores de angiotensina II (AT
1
e AT
2
)
Não foi observada nenhuma alteração na expressão protéica dos receptores do
tipo AT
1
no TAM das proles de machos e fêmeas de todos os grupos experimentais
(tabelas 42 a 45).
Resultados
64
Por outro lado podemos observar que a expressão protéica do receptor de
angiotensina II do tipo (AT
2
) na prole de machos cujas mães receberam dieta
hipersódica foi maior (p<0,05) em relação à prole cujas mães receberam dieta
normossódica (tabela 42). A expressão protéica do receptor do tipo AT
2
da prole de
fêmeas cujas mães receberam dieta hipossódica foi menor em relação às proles cujas
mães receberam dieta normossódica (tabela 42).
Maior (p<0,05) expressão de receptores do tipo AT
2
foi observado nas proles
de machos cujas mães receberam dieta normossódica e losartan (tabela 43). Não
observamos diferença na expressão protéica dos receptores de angiotensina II nas
proles de fêmeas deste mesmo grupo (tabela 43).
Não foram diferentes as expressões protéicas dos receptores de AII nas proles cujas mães receberam dieta hipossódica com
captopril (tabela 44).
Tecido adiposo retroperitoneal
Angiotensinogênio
Não foi observada nenhuma diferença na expressão protéica de
angiotensinogênio no RET nas proles cujas mães receberam diferentes conteúdos de
sal na dieta (tabela 45).
Renina
A expressão protéica de renina no tecido adiposo RET foi maior (p<0,05) na
prole cujas mães receberam dieta hipossódica em relação às proles cujas mães
receberam dieta normossódica. Não foram verificadas diferenças nos outros grupos
de proles controles (tabela 45).
Enzima de conversão de angiotensina I (ECA)
Resultados
65
Foi observado menor expressão protéica de ECA no tecido adiposo RET
apenas na prole feminina cujas mães receberam dieta hiperssódica em relação às
proles cujas mães receberam dieta normossódica (tabela 45).
Receptores de angiotensina II (AT
1
e AT
2
)
Não foi observada nenhuma alteração na expressão protéica dos receptores de
angiotensina II do tipo AT
1
e do tipo AT
2
no tecido adiposo RET das proles cujas
mães receberam diferentes conteúdos de sal na dieta (tabela 45).
Tecido adiposo inguinal
Angiotensinogênio
Não foi observada nenhuma diferença na expressão protéica de
angiotensinogênio no tecido adiposo ING, nas proles cujas mães receberam
diferentes conteúdos de sal na dieta (tabela 46).
Renina
Não foi observada nenhuma alteração na expressão protéica de renina no
tecido adiposo inguinal das proles cujas mães receberam diferentes conteúdos de sal
na dieta (tabela 46).
Resultados
66
Enzima de conversão de angiotensina I
Maior expressão protéica de ECA foi encontrada no tecido adiposo ING da
prole feminina cujas mães receberam dieta hipossódica em relação às proles cujas
mães receberam dieta normossódica (tabela 46).
Receptores de angiotensina II (AT
1
e AT
2
)
Não foi observada nenhuma alteração na expressão protéica dos receptores de
angiotensina II do tipo AT
1
e do tipo AT
2
no tecido adiposo ING das proles cujas
mães receberam diferentes conteúdos de sal na dieta (tabela 46).
Resultados
67
Tabela 34 - Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina
(REN), enzima conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no rim de proles cujas mães receberam dieta , hipo,
normo ou hipersódica.
Fêmeas Machos
WB
HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
AGT
13576±1883(10)* 4976±1304(4) 11554±2480(6) 7477±2428(6) 7864±1720(6) 13735±1488(5)*
REN
16977±1316(5) 13023±2597(5) 14001±2052(5) 10907±2593(7) 13172±3203(6)
ECA
8651±1863(9) 8512±2116(4) 10729±885(4) 8598±4241(4) 9595±2313(8) 10728±3075(8)
AT1
10152±4196(3) 12253±1617(4) 15011±260(3) 10931±2626(3) 11430±826(4) 9642±2347(4)
AT
2
9116±2221(7) 12044±1849(5)# 13357±5474(2) 9736±1764(6) 3961±386(2) 12319±1701(5)*
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A expressão
protéica foi avaliada no rim das proles controles (CON) cujas mães receberam dieta normossódica (NR), hipossódica (HO) ou hiperdica (HR). * p
< 0,05 comparado com NR CON.
Resultados
68
Tabela. 35- Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima
conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no rim de proles cujas mães receberam dieta normossódica.
Fêmeas Machos
WB NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS NR AII
AGT
4976±1304 (4) 10264±761 (6)* 8664±1441 (7) 9242±1003 (7) 7864±1720 (6) 12281±782 (6) 9294±2105 (5) 124941±1539 (2)
REN
13023±2597 (5) 10765±2807 (5) 12371±2172 (7) 11624±2475 (6) 10907±2593 (7) 7163±694 (3)* 11771±1616 (7) 4072±620 (2)*+#
ECA
8512±2116 (4) 15013±1115 (6)* 13580±1971 (4) 10660±1167 (8) 9595±2313 (8) 14092±1671 (6) 13626±1128 (4) 7942±770 (3)
AT
1
12253±1617 (4) 12767±2276 (3) 7012±1276 (3) 11758±2225 (2) 11430±826 (4) 11133±1444 (5) 7600±3968 (3)
AT
2
12044±1849 (5)# 13008±3355 (3) 10345±1151 (8) 13864±2109 (6) 3961±386 (2) 12339±1995 (4)* 14093±1689 (4)* 10543±3060 (3)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A expressão protéica foi avaliada no
rim das proles controles (CON) cujas mães receberam apenas dieta normossódica (NR CON), normossódica e captopril 100mg/ml (NR CAP), normossódica e losartan
200mg/ml (NR LOS) ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII). *p < 0,05 comparado com NR CON e #p<0,05 comparado com machos
Resultados
69
Tabela 36—Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do
SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima conversora de angiotensina I (ECA) e
receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no rim de proles cujas mães receberam dieta,
hipossódica.
Fêmeas Machos
WB HO CON HO CAP HO CON HO CAP
AGT
13576±1883 (10) 11999±1091 (3)* 7477±2428 (6) 6257±502 (4)
REN
16977±1316 (5) 9605±3177 (2)
ECA
8651±1863 (9) 5467±2051 (3) 8598±4241 (4) 16309±165 (2)
AT
1
10152±4196 (3) 10931±2626 (3)
AT
2
9116±2221 (7) 9736±1764 (6)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número
de experimentos realizados. A expressão protéica foi avaliada no rim das proles cujas mães receberam
apenas dieta hipossódica (HO CON) ou hipossódica e captopril 100mg/ml (HO CAP)., *p < 0,05 comparado
com HO CON e #p<0,05 comparado com machos.
Tabela 37—Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do
SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima conversora de angiotensina I (ECA) e
receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no rim de proles cujas mães receberam dieta,
hipersódica.
Fêmeas Machos
WB HR CON HR AII HR CON HR AII
AGT
11554±2480 (6) 11407±2062 (5) 13735±1488 (5) 10780±1134 (8)
REN
14001±2052 (5) 7672±20804 (4)* 13172±3203 (6) 6008±1313 (4)
ECA
10729±885 (4) 9697±451 (3) 10728±3075 (8) 9634±2223 (6)
AT
1
15011±260 (3) 7841±2017 (3)* 9642±2347 (4) 11444±2281 (6)
AT
2
13357±5474 (2) 16559±3780 (4) 12319±1701 (5) 12756±1362 (4)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o
número de experimentos realizados. A expressão protéica foi avaliada no rim das proles cujas mães
receberam apenas dieta hipersódica (HR CON) ou hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR
AII). *p < 0,05 comparado com HRCON e #p<0,05 comparado com machos
Resultados
70
Tabela 38—Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina
(REN), enzima conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no coração de proles cujas mães receberam dieta, hipo,
normo ou hipersódica.
Fêmeas Machos
WB HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
AGT
12897±1923 (8) 13651±1951 (6) 17334±2198 (3) 13779±1636 (7)* 7599±1842 (8) 9982±2178 (7)
REN
9338±1165 (4)* 13274±1090 (5) 2998±3462 (3)* 10302±1357 (5) 9174±14873 (9) 8819±2237 (7)
ECA
12670±4334 (4)# 16211±1562 (6)# 10145±3285 (4) 6228±1385 (5) 9320±2011 (7) 10129±1689 (5)
AT1
7431±980 (3)*# 13944±1071 (4) 12838±5083 (3) 12667±1474 (3) 11139±1731 (5) 7174±1453 (7)
AT
2
13468±1433 (8) 11643±2345 (4) 11646±2512 (4) 13615±1906 (7) 12770±1485 (7) 10853±3157 (5)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A expressão
protéica foi avaliada no coração das proles controles (CON) cujas mães receberam dieta normossódica (NR), hipossódica (HO) ou hipersódica (HR).
*p < 0,05 comparado com NR CON.
Resultados
71
Tabela. 39- Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima conversora de
angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no coração de proles cujas mães receberam dieta normossódica.
Fêmeas Machos
WB NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS NR AII
AGT
13651±1951 (6) 14665±2795 (5) 15787±3069 (4) 12085±1580 (5) 7599±1842 (8) 6450±4134 (3) 10401±2495 (6) 11452±3345(3)
REN
11811±1723 (6) 18550±1855 (4)* 12782±3801 (4) 14023±4029 (4) 9174±14873 (9) 13615±5874 (2) 9648±1614 (7)
ECA
16211±1562 (6)# 10963±4485 (3) 8641±2764 (3) 8624±3464 (3) 9320±2011 (7) 14343±10592 (2) 20169±1077 (3)*#
AT
1
13944±1071 (4) 10850±3855 (3) 14922±6628 (2) 9818±1835 (5) 11139±1731 (5) 14423±1394 (4) 6187±1328(2)+
AT
2
11643±2345 (4) 14981±1705 (3) 15116±1386 (4) 12206±1805 (7) 12770±1485 (7) 12451±1794 (5) 12475±2959 (4) 1836±830(2)*#
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A expressão protéica foi avaliada no coração
das proles cujas mães receberam dieta normossódica (NR CON), normossódica e captopril 100mg/ml (NR CAP), normossódica e losartan 200mg/ml (NR LOS) ou dieta e angiotensina
II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII). *p < 0,05 comparado com NR CON e #p<0,05 comparado com machos.
Resultados
72
Tabela 40—Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do
SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima conversora de angiotensina I (ECA) e
receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no coração de proles cujas mães receberam dieta,
hipossódica.
Fêmeas Machos
WB HO CON HO CAP HO CON HO CAP
AGT
12897±1923 (8) 10097±3736 (2) 13779±1636 (7) 12959±1358 (3)
REN
7811±1774 (5) 10302±1357 (5) 14944±4029 (4)
ECA
12670±4334 (4)# 6228±1385 (5) 12808±20212 (3)*
AT
1
7431±980 (3)# 14156±4790 (2) 12667±1474 (3) 6831±2795 (4)
AT
2
13468±1433 (8) 7591±2694 (4)* 13615±1906 (7) 13868±2519 (6)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número
de experimentos realizados. A expressão protéica foi avaliada no coração das proles cujas mães receberam
apenas dieta hipossódica (HO CON) ou hipossódica e captopril 100mg/ml (HO CAP), *p < 0,05
comparado com HO CON e #p<0,05 comparado com machos.
Tabela 41-Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas
do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima conversora de angiotensina I
(ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no coração de proles cujas mães receberam
dieta, hipersódica.
Fêmeas Machos
WB HR CON HR AII HR CON HR AII
AGT
17334±2198 (3) 6371±1970 (5)* 9982±2178 (7) 13465±2265 (7)
REN
2998±3462 (3) 13773±3077 (4)* 8819±2237 (7) 10453±2361 (3)
ECA
10145±3285 (4) 3386±694 (6)* 10129±1689 (5) 5538±1469 (4)
AT
1
12838±5083 (3) 11312±2458 (4) 7174±1453 (7) 7606±2629 (4)
AT
2
11646±2512 (4) 11058±972 (6) 10853±3157 (5) 9940±2499 (7)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o
número de experimentos realizados. A expressão protéica foi avaliada no coração das proles cujas mães
receberam apenas dieta hipersódica (HR CON) ou hipersódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(HR
AII). *p < 0,05 comparado com HRCON e #p<0,05 comparado com machos.
Resultados
73
Tabela 42-Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina
(REN), enzima conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no tecido adiposo marrom de proles cujas mães
receberam dieta , hipo, normo ou hipersódica.
Fêmeas Machos
WB HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
AGT
13024±3487 (4) 14988±2185 (5) 14097±2600 (5) 11276±1486 (5) 13952±3606 (5) 15424±2074 (4)
REN
10579±2148 (5) 13475±3514 (3) 14445±4281 (5) 10978±1663 (5) 14370±7057 (3) 108184±899 (3)
ECA
16068±2843 (3)# 9901±4346 (3) 13368±1119 (3) 7707±965 (4) 10323±1432 (3) 22231±4819 (3)
#
AT1
8716±2170 (5) 13694±1052 (4)# 12845±2243 (3) 11134±3335 (5) 8226±53 (2) 12089±2020 (3)
AT
2
7623±1441 (3)* 12194±3747 (5) 16228±1631 (5) 11683±1983 (5) 7272±622 (2) 16664±1954 (4)*
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A expressão
protéica foi avaliada no tecido adiposo marrom interescapular das proles controles (CON) cujas mães receberam dieta normossódica (NR),
hipossódica (HO) ou hipersódica (HR). *p < 0,05 comparado com NR CON
.
Resultados
74
Tabela. 43- Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN),
enzima conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no tecido adiposo marrom de proles cujas mães receberam dieta
normossódica.
Fêmeas Machos
WB NR CON NR CAP NR LOS NR AII NR CON NR CAP NR LOS
AGT
14988±2185 (5) 18266±5965 (2) 13952±3606 (5) 9243±4030 (3) 10770±2493 (2)
REN
13475±3514 (3) 13341±3532 (2) 14370±7057 (3) 18830±1629 (2) 15091±548 (2)
ECA
9901±4346 (3) 213971±1440 (3) 10924±1774 (2) 2876±304 (2) 10323±1432 (3) 6602±16359 (3) 20288±602 (2)*
AT
1
13694±1052 (4)# 16611±1811 (3) 15067±1202 (2) 7129±3402 (2) 8226±53 (2) 11106±4108 (2) 8594±3886 (4)
AT
2
12194±3747 (5) 20446±5853 (4) 18701±519 (3) 18319±2555 (3) 7272±622 (2) 12491±2142 (4) 14578±1048 (5)*
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A expressão
protéica foi avaliada no tecido adiposo marrom interescapular das proles cujas mães receberam apenas dieta normossódica (NR CON), normossódica e
captopril 100mg/ml (NR CAP), normossódica e losartan 200mg/ml (NR LOS) ou normossódica e angiotensina II 150 ng.kg
-1
.min
-1
(NR AII). *p < 0,05
comparado com NR CON e #p<0,05 comparado com machos.
Resultados
75
Tabela 44-Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas
do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina (REN), enzima conversora de angiotensina I
(ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no tecido adiposo marrom de proles cujas
mães receberam dieta, hipossódica.
Fêmeas Machos
WB HO CON HO CAP HO CON HO CAP
AGT
13024±3487 (4) 9167±2249 (2) 11276±1486 (5) 10468±578 (2)
REN
10579±2148 (5) 16145±5728 (2) 10978±1663 (5) 13424±4454 (3)
ECA
16068±2843 (3)# 7537±3553 (3) 7707±965 (4) 11595±1849 (4)
AT
1
8716±2170 (5) 9016±1523 (2)# 11134±3335 (5) 9430±2261 (4)
AT
2
7623±1441 (3) 8287±1696 (5)# 11683±1983 (5) 15010±1466 (5)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o
número de experimentos realizados. A expressão protéica foi avaliada no tecido adiposo marrom
interescapular das proles cujas mães receberam apenas dieta hipossódica (HO CON) ou
hipossódica e captopril 100mg/ml (HO CAP). *p < 0,05 comparado com HO CON e #p<0,05
comparado com machos.
Resultados
76
Tabela 45—Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina
(REN), enzima conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no tecido adiposo branco retroperitoneal de proles cujas
mães receberam dieta, hipo, normo ou hipersódica.
Fêmeas Machos
WB HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
AGT
9913±2517 (5) 12497±2024 (5) 12894±2185 (4) 16167±3173 (4) 16617±2260 (2) 1403±23786 (3)
REN
17681±850 (4)* 13299±1892 (4) 16012±3531 (5) 13047±3143 (4) 15030±5139 (3)
ECA
12385±3412 (4) 18106±3846 (3) 6408±1324 (3)* 14233±980 (3) 10810±5545 (2) 11765±3274 (3)
AT1
8912±2859 (4) 15450±5491 (5) 11348±3341 (2) 15169±2286 (3) 11980±184 (2) 11032±386 (25)
AT
2
13438±1801 (4) 9188±99 (2) 15650±5752 (2) 8242±3398 (2) 12132±4787 (2) 14185±2808 (3)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A expressão
protéica foi avaliada no tecido adiposo branco retroperitoneal das proles controles (CON) cujas mães receberam dieta normossódica (NR),
hipossódica (HO) ou hipersódica (HR). *p < 0,05 comparado com NR CON
.
Resultados
77
Tabela 46—Expressão protéica realizada por Western blotting unidades arbitrárias (UA), das proteínas do SRA, Angiotensinogênio (AGT), renina
(REN), enzima conversora de angiotensina I (ECA) e receptores de angiotensina II AT
1
e AT
2
no tecido adiposo branco inguinal de proles cujas mães
receberam dieta, hipo, normo ou hipersódica.
Fêmeas Machos
WB HO CON NR CON HR CON HO CON NR CON HR CON
AGT
7902±6258(2) 9250±4562(3) 13072±3824(5) 14168±2500(5) 18282±3042(3) 11512±24227(4)
REN
14854±1764(2) 16835±7505(3) 13810±560(3) 15418±1925(4) 11099±4176(3) 18711±5807(3)
ECA
13624±969(3)*# 7390±507(3) 9142±1942(5) 6528±1944(5) 10518±4257(3) 9545±688(3)
AT1
19415±2849(2) 16465±24147(3) 14657±1949(5) 16140±3491(4) 13936±5691(3)
AT
2
9675±4018(3) 16214±4015(3) 11938±3362(6) 9763±2113(6) 7238±2333(3) 11888±1070(4)
Resultados expressos como média ± erro padrão da média. Valores entre parênteses representam o número de experimentos realizados. A expressão
protéica foi avaliada no tecido adiposo branco inguinal das proles controles (CON) cujas mães receberam dieta normossódica (NR), hipossódica (HO)
ou hipersódica (HR). *p < 0,05 comparado com NR CON.
Discussão
78
5. DISCUSSÃO
Estudos foram realizados em nosso laboratório para avaliar o efeito da
sobrecarga e da restrição de sal durante o período perinatal sobre aspectos funcionais
e estruturais na prole adulta. Tais estudos revelaram alterações no sistema renina-
angiotensina circulante e renal [12], menor sensibilidade à insulina e maior
concentração de lípides circulantes [17] na prole adulta. Foi observado que a prole
adulta de mães que consumiram dieta hipersódica durante o período perinatal tem
maior conteúdo renal de angiotensina II e não modulam a atividade de renina
plasmática frente a variações no conteúdo de sal na dieta. Há que se salientar que as
mencionadas alterações endócrinas ocorrem na prole adulta de mães que consomem
dieta hipossódica na gestação e amamentação e somente em machos e não em
fêmeas. Nestes estudos prévios também foi observado que a prole masculina e
feminina adulta de mães alimentadas com dieta hipersódica durante o período
perinatal tem maior pressão arterial e menor peso corpóreo. O conjunto destas
observações permite afirmar que a variação no consumo de sal durante a gestação e
amamentação resulta em importantes modificações na prole adulta.
O presente estudo é continuação da linha de pesquisa que pretende entender
melhor o efeito do sal durante a gestação e amamentação sobre a prole na idade
adulta. Este estudo gerou uma grande quantidade de resultados importantes,
dificultando uma interpretação do conjunto das observações. Foram selecionados
alguns dos resultados que serão objeto da presente discussão.
No atual estudo, prole de mães que receberam restrição ou sobrecarga de sal
com ou sem inibidor da enzima conversora de angiotensina I (captopril) e do receptor
Discussão
79
AT1 (losartan) e suplementação exógena de angiotensina II durante a gestação e
lactação, tiveram menor peso ao nascimento como uma das conseqüências.
Na gravidez normal ocorrem mudanças hemodinâmicas, como diminuição da
resistência vascular, diminuição da pressão arterial e redistribuição do débito
cardíaco. Concomitantemente com estas alterações hemodinâmicas já é conhecido
que a atividade de renina plasmática está elevada na gravidez tanto em seres
humanos quanto em animais de experimentação [18]. É conhecido que o excesso e a
restrição no consumo de sal na dieta, respectivamente, diminui e eleva a atividade da
renina plamática [19]. Este efeito decorrente da variação no consumo de sal pode
interferir na fisiologia da gestação, com repercussão sobre o concepto.
O baixo peso ao nascimento observado em vários grupos experimentais deste
estudo pode ser decorrente de inúmeros fatores. O aporte de nutrientes é o fator mais
importante que regula o crescimento fetal. Este aporte de nutrientes está relacionado
à composição e tamanho corpóreo da mãe, ao estoque de nutrientes maternos, aos
alimentos ingeridos durante a gravidez, ao transporte de nutrientes para a placenta e
transferência de nutrientes através da placenta [20]. Um outro fator já descrito é a
inadequada implantação placentária na parede uterina, o que pode ser devido ao
excesso de angiotensina II [21] em alguns dos grupos experimentais. Há que se
enfatizar que o excesso de angiotensina II é um possível mecanismo somente em
alguns dos grupos experimentais cuja prole nasceu com baixo peso. O feto torna-se
subnutrido quando a demanda de nutrientes é maior que a oferta. O fornecimento de
nutrientes pode estar comprometido quando a mãe é desnutrida ou ainda quando há
insuficiência placentária ou quando a demanda está alta devido a um crescimento
fetal mais rápido. A insuficiência placentária ocorre quando há um comprometimento
Discussão
80
da perfusão uterina, com repercussões no sistema de trocas materno-fetal,
determinando alterações na placenta como [22]. O feto adapta-se à subnutrição
mudando o seu metabolismo, alterando a produção de hormônios fetais e
placentários que controlam seu crescimento, redistribuindo seu fluxo de sangue e
reduzindo sua velocidade de crescimento. As citadas adaptações que acontecem
durante o desenvolvimento fetal podem alterar permanentemente a estrutura e função
do organismo estando associadas a maior probabilidade de desenvolvimento da
síndrome pluri-metabólica (hipertensão, diabetes, obesidade e dislipidemia) e
doenças cardiovasculares na idade adulta [23, 24].
Alterações nutricionais em fases precoces da vida estão associadas com a
distribuição e quantidade de tecido adiposo tanto na infância quanto na idade
adulta[25]. A associação entre peso ao nascimento e massa de tecido adiposo na
idade adulta é usualmente negativa[25]. Ravelli e et al.descreveram que baixo aporte
de nutrientes nas fases iniciais da gestação resultam em maior massa adiposa na
idade adulta, mas tal fenômeno não é observado quando a restrição nutricional
ocorrer no último trimestre da gravidez [26]. Vários estudos mostram que ser magro
ao nascimento e obeso na idade adulta está associado a um risco elevado de
desenvolvimento de resistência à insulina e doenças cardiovasculares [25].
No presente estudo um maior índice de adiposidade foi observado somente na
prole feminina de mães alimentadas com dieta hipossódica durante a gestação e
amamentação, indicando um dismorfismo sexual. Isto mostra que baixo peso ao
nascimento não é sempre associado à obesidade na idade adulta, uma vez que alguns
grupos de proles com peso reduzido ao nascimento não tiveram maior índice de
adiposidade na fase adulta. A ausência de obesidade nas proles femininas de mães
Discussão
81
HO CAP e NR CAP, apesar do baixo peso ao nascimento, pode ser um indicativo de
que a angiotensina II tem algum efeito no feto que pode estar vinculado à obesidade
na idade adulta. Esta afirmativa tem suporte no conhecimento de que a angiotensina
II tem efeito adipogênico[10], mas cuja manifestação pode ocorrer somente na idade
adulta. Poder-se-ia argumentar que na eventualidade desta explicação ser correta,
esperar-se-ia observar obesidade na prole feminina de mães NR AII. Talvez isto não
tenha acontecido pelo fato de que a infusão de angiotensina II exógena não simula
aquilo que ocorre quando há um estímulo fisiológico tal como a restrição crônica de
sal na dieta. Tal possibilidade encontra suporte em um estudo anterior do nosso
laboratório [27]. Neste estudo foi observado que na vigência de dieta hipossódica,
não há aumento generalizado de angiotensina II circulante e tecidual em ratos
machos. A exceção foi no tecido adiposo branco periepidimal aonde o conteúdo de
angiotensina II foi menor do que nos grupos sob dieta normo e hipersódica.
Diferentes efeitos sobre a massa de tecido adiposo também foram observados em
resposta a dieta hipossódica e a infusão de angiotensina II. Em ratos alimentados
com dieta hipossódica verificou-se desenvolvimento de obesidade [27] e o oposto em
animais que foram infundidos com angiotensina II [28].
Alem do dismorfismo sexual detectado na quantidade de tecido adiposo,
também foi notada uma diferença de atividade de renina plasmática entre gêneros.
Na prole masculina adulta de mães NR CON, a ARP foi menor do que na prole
masculina de mães HO CON. Resultado semelhante não foi observado em fêmeas
adultas dos mesmos grupos experimentais. Também foi observado dismorfismo
sexual na atividade da ECA. No entanto, este dismorfismo variou entre tecidos. A
atividade da ECA no coração da prole masculina de mães HO CON foi menor do que
Discussão
82
na prole masculina de mães NR CON. Resultado semelhante não foi observado nos
rins e no soro. A atividade de renina plasmática, de ECA no soro e no miocárdio foi
menor na prole feminina de mães HO CAP do que de mães HO CON. O mesmo
fenômeno não foi verificado na prole masculina. Isto indica que o bloqueio da
enzima conversora da angiotensina I durante o período perinatal tem repercussão
sobre o sistema renina-angiotensina de fêmeas na idade adulta. Trata-se de mais uma
evidência de dismorfismo sexual nas conseqüências de modificações do ambiente
perinatal sobre a prole adulta.
O dismorfismo sexual manifestado na obesidade, na atividade de renina
plasmática e na atividade de ECA miocárdica observada em alguns grupos de proles
no presente estudo permitem supor um possível papel dos estrógenos. Estudos
adicionais são necessários para avaliação desta hipótese de trabalho.
O sistema renina-angiotensina é importante na regulação da pressão arterial e
no crescimento e desenvolvimento celular. Este sistema está localizado em inúmeros
tecidos, tais como as glândulas adrenais, rins, coração, vasos sangüíneos e tecido
adiposo, tendo a angiotensina II como principal efetor final. [5, 7, 29]
A AII é capaz de estimular diversos fatores, tais como as prostaglandinas, o
cAMP, catecolaminas, proteína UCP1, PRL e enzimas lipogênicas como a glicerol-3-
fosfato desidrogenase e a ácido graxo sintase. Todos estes fatores podem alterar o
metabolismo do tecido adiposo.
No tecido adiposo, a AII também é responsável pela redução do fluxo
sangüíneo. Quando este fluxo é reduzido, pode haver acúmulo de ácidos graxos
livres ou uma diminuição do pH intracelular devido ao aumento da concentração de
lactato, responsável por uma inibição da lipólise. Com a inibição da lipólise e o
Discussão
83
acúmulo de ácidos graxos livres pode ocorrer um aumento do estoque de gorduras
nos adipócitos [8]. É sabido que os pré-adipócitos aumentam seu volume e conteúdo
de gordura em resposta a angiotensina II. [30, 31]
Confirmando estes efeitos da angiotensina II, um estudo mostrou que a
administração de antagonistas de AII em ratos leva a uma diminuição do tamanho do
adipócito [32]. Teboul e colaboradores. observaram menor peso corpóreo, menor
massa de tecido adiposo inguinal, menor índice de adiposidade em ratos nocautes
para angiotensinogênio com 20 semanas de idade quando comparados aos controles.
Em outro estudo foi observado que ratos com aumento da expressão de
angiotensinogênio tinham maior massa de tecido adiposo epididimal, hipertrofia do
adipócito, aumento do índice de adiposidade e aumento de AGT circulante,
indicando que o angiotensinogênio participa na geração de obesidade [33]. Diversas
alterações detectadas no sistema renina-angiotensina nas proles de alguns grupos
experimentais junto com o conhecimento de que este sistema pode alterar a estrutura
e função do tecido adiposo, justifica-se a necessidade de estudos adicionais para
esclarecer uma eventual participação do SRA na obesidade da prole feminina de
mães HO CON.
Um resultado que merece ser comentado é a maior massa de tecido adiposo
marrom na prole feminina cujas mães receberam restrição de sal na dieta comparado
com a prole cujas mães receberam dieta normossódica. Dois são os aspectos
interessantes deste resultado. O primeiro é uma evidência adicional do já citado
dismorfismo sexual e o segundo é que muito provavelmente há uma discrepância
entre a massa e a função do tecido adiposo marrom. Há que se lembrar que em sendo
Discussão
84
a prole feminina de mães HO CON obesa, é lógico imaginar que esteja ocorrendo
menor atividade termogênica do tecido adiposo marrom.
A programação intra-uterina pode gerar mudanças estruturais e funcionais nos
genes, células, tecidos e até mesmo em órgãos. Durante o desenvolvimento, o DNA
pode ser modificado epigeniticamente, ou seja, pode ocorrer uma alteração na
expressão gênica sem mudança na seqüência de DNA. Estas mudanças ocorrem
principalmente pela metilação das histonas da cromatina. Mudanças na transcrição
induzidas por fatores ambientais levam a alterações quantitativas na síntese de
proteínas [34].Estas alterações podem ser responsáveis por alterações estruturais e
modificações na capacidade funcional do órgão [34].
As alterações estruturais e funcionais observadas nas proles de alguns dos
grupos experimentais no presente estudo podem ser decorrentes dos citados
mecanismos epigenéticos.
Para uma adequada compreensão dos resultados da expressão das proteínas
do sistema renina-angiotensina nos diversos tecidos, há necessidade de medidas
adicionais para aumentar o número em alguns grupos experimentais. Por este motivo,
não discutimos tais resultados neste momento.
Conclusão
85
6. CONCLUSÃO
Os resultados obtidos no presente estudo permitem concluir que modificações
do conteúdo de sal na dieta, durante a gestação e lactação, estão associadas à
alterações no peso ao nascimento e na massa de tecido adiposo na prole adulta. É
possível que as modificações no sistema renina-angiotensina materno induzido pela
variação no consumo de sal estejam associadas às alterações deste mesmo sistema
observado na prole adulta.
Conclusão
86
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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