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PATRÍCIA STOCCO BETIOL SCALAMANDRÉ
Avaliação bioquímica clínica de eqüinos soroprodutores da Fazenda
São Joaquim do Instituto Butantan, submetidos à alimentação com
concentrado comercial ou hiperprotéico
São Paulo
2006
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2
PATRÍCIA STOCCO BETIOL SCALAMANDRÉ
Avaliação bioquímica clínica de eqüinos soroprodutores da Fazenda
São Joaquim do Instituto Butantan, submetidos à alimentação com
concentrado comercial ou hiperprotéico
São Paulo
2006
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Clínica
Veterinária da
Faculdade de Medicina
Veterinária e
Zootecnia da Universidade de São Paulo para
a obtenção do título de Mestre em Medicina
Veterinária
Departamento de
:
Clínica Médica
Área de concentração:
Clínica Veterinária
Orientadora:
Profa. Dra. Lílian Gregory
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3
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome: SCALAMANDRÉ, Patrícia Stocco Betiol
Título: Avaliação bioquímica clínica de eqüinos soroprodutores da Fazenda São Joaquim do
Instituto Butantan, submetidos à alimentação com concentrado comercial ou hiperprotéico
Data: _____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr:_____________________________ Instituição: __________________________
Assinatura: ___________________________ Julgamento:__________________________
Prof. Dr:_____________________________ Instituição: __________________________
Assinatura: ___________________________ Julgamento:__________________________
Prof. Dr:_____________________________ Instituição: __________________________
Assinatura:___________________________ Julgamento:__________________________
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Clínica Veterinária da
Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da Universidade de São Paulo para
a obtenção do título de Mestre em Medicina
Veterinária
4
Dedico este trabalho aos queridos cavalos soroprodutores da Fazenda o
Joaquim do Instituto Butantan, que sem saber já salvaram a vida de milhares de
pessoas e contribuíram em muitas pesquisas. Deixo aqui expresso o profundo
amor e carinho que sinto por eles........
5
Agradecimentos
Ao Instituto Butantan que permitiu a utilização dos animais para esta
pesquisa, e à Fundação Butantan que patrocinou as colheitas de material
biológico e o processamento dos mesmos.
6
Aos meus pais Laércio e Irene e à minha querida irmã Luciana, agradeço o
conhecimento que me foi transmitido, à confiança, dedicação e carinho com
que fui criada.
Ao meu marido e companheiro Fernando, pelo amor, carinho e especiais
incentivo e confiança investidos.
7
À Professora Dra. Lílian Gregory, pela orientação, conhecimento transmitido,
incentivo e eterna disposição em me ajudar sempre que lhe solicitei.
Ao Professor Dr. Juarez Fernandes Távora, meu mestre e amigo, que me
acompanha desde o aprimoramento na Fazenda São Joaquim, tendo um papel
primordial na realização deste trabalho, sempre pronto a ajudar e transmitir seu
conhecimento.
Ao Professor Dr. Marcos Amaku, pela orientação na análise estatística dos
resultados.
À Professora Dr. Maria Cláudia Araripe Sucupira, pela disposição em me ajudar
sempre que precisei, pelo conhecimento transmitido durante o PAE, amizade e
carinho.
Ao Professor Dr. Enrico Lippe Ortolani, pelo conhecimento transmitido durante o
PAE e pela amizade.
À Professora Dra. Alice Maria Della Libera, pela amizade.
Aos Professores Fernando José Benesi e Wilson Roberto Fernandes, pela amizade e
conhecimento transmitido.
À querida amiga Andréa Parra (Andréa Mary), pela especial participação na
realização deste trabalho, ensinamentos transmitidos como bolsista da Fazenda São
Joaquim, amizade e companheirismo.
Aos amigos da Fazenda São Joaquim: Ronaldo Ferreira Rodrigues, Anandra
Rodrigues, Veridiana Nadruz e aos funcionários da Fazenda que foram de grande
ajuda na colheita de material para o experimento.
À amiga Maiara, pelos momentos divertidos em disciplinas da pós-graduação e
amizade.
Ao Tio Chico, pela eterna disposição em ajudar e amizade.
8
Aos amigos Sandra Kitamura e João Paulo Sault, que ajudaram na elaboração
deste trabalho.
Aos colegas de pós-graduação: Clarisse, Barreto, Fábio, Taís e Fernanda pelo
convívio durante a pós-graduação.
Às queridas funcionárias dos laboratórios Clara, Marli e Cláudia: pela ajuda e
ensinamentos imprescindíveis para a realização deste trabalho e, principalmente
pela amizade e carinho.
Às secretárias do departamento de Clínica Médica: Adelaide, Cida e Patrícia pela
simpatia e disposição em ajudar.
À CAPES pela concessão da bolsa.
9
RESUMO
SCALAMANDRÉ, P. S. B. Avaliação bioquímica clínica de eqüinos soroprodutores da
Fazenda São Joaquim do Instituto Butantan, submetidos à alimentação com
concentrado comercial ou hiperprotéico. [Clinical biochemical evaluation of serum-
producing horses on São Joaquim Farm of Butantan Institute, fed commum concentrated or
high-protein concentrated]. 2006. 119 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária)
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
Para determinar se o concentrado com 22% de proteína bruta fornecido na alimentação dos
eqüinos soroprodutores da Fazenda São Joaquim do Instituto Butantan no Estado de São
Paulo é adequado, ou causa sobrecarga hepática e renal nos animais podendo alterar sua
performance e recuperação, foram avaliados os seguintes parâmetros de um grupo de
cavalos produtor de soro antidiftérico: os pesos e as concentrações séricas de AST, GGT,
bilirrubinas (total, direta e indireta), proteína total, albumina, globulina total, relação
albumina/globulina, uréia, creatinina, colesterol, triglicérides, ferro e transferrina. Este
grupo compreendeu 32 animais e foi distribuído em dois sub-grupos de 16: um sub-grupo
composto de animais alimentados com concentrado com 22% de proteína bruta, e o outro de
animais alimentados com concentrado com 15% de proteína bruta. As amostras de sangue
dos cavalos foram colhidas antes das inoculações de antígeno, antes das sangrias de
produção e 15, 30 e 45 dias após a última sangria. A pesquisa durou dois ciclos de
produção. A avaliação dos resultados das variáveis baseou-se na comparação entre os
grupos e na análise dos efeitos das imunizações e sangrias de produção nos animais. Exceto
o peso, todos os parâmetros avaliados sofreram alterações durante o processo de produção
de plasma-hiperimune, evidenciadas através do aumento e/ou diminuição em seus valores.
A análise entre os grupos avaliados demonstrou em determinados momentos da pesquisa o
aumento das concentrações das bilirrubinas total (p<0,006), direta (p<0,034) e indireta
(p<0,015) e uréia (p<0,000) do grupo alimentado com ração com 22% de proteína bruta em
relação ao grupo alimentado com 15% de proteína bruta. A pesquisa proposta permitiu
concluir que, apesar de terem ocorrido significâncias para determinados momentos e
variáveis entre os grupos alimentados com o concentrado com 15% e 22% de proteína
bruta, elas não foram suficientes para afirmar se o concentrado com 22% de proteína bruta,
causa sobrecarga hepática e renal nos animais, e que os dois grupos de animais avaliados
10
durante a pesquisa apresentaram respostas semelhantes com relação à performance
produtiva e recuperação orgânica dos ciclos de produção.
Palavras-chave: Concentrado. Proteínas. Eqüinos. Soro anti-diftérico.
11
ABSTRACT
SCALAMANDRÉ, P. S. B. Clinical biochemical evaluation of serum-producing horses on
São Joaquim Farm of Butantan Institute, fed commum concentrated or high-protein
concentrated. [Avaliação bioquímica clínica de eqüinos soroprodutores da Fazenda São
Joaquim do Instituto Butantan, submetidos à alimentação com concentrado comercial ou
hiperprotéico]. 2006. 119 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
In order to determine whether the concentration enriched with 22% of crude protein used to
feed the serum–producing horses on São Joaquim Farm of Butantan Institute in State of São
Paulo is good for them or cause demage to their liver and kidney, causing changing in theier
productive performance and organic recovery, were screened the following parameters of a
group of serum hyperimmune anti-diphteric production horses: their weight, the serum
concentrations of AST, GGT, total; direct and indirect bilirubins, total serum proteins,
albumin, total globulins, the albumin/globulin ratio, the concentrations of urea, creatinine,
cholesterol, triglycerides, iron and transferrin. The group was composed of 32 animals and
split into two other groups of 16 animals: one group was fed the concentration enriched with
22% of crude protein, and the other group of animals was fed the concentration enriched with
15% of crude protein.The horses blood samples were obteined before the antigen inoculation,
before the bleeding of production and with a delayed of 15, 30 and 45 days after the last
bleeding. The research lasted two imunization periods. The variables results were analized
between the groups and based on the effect of immunization and bleeding production on the
animals. All parameters evaluated endured changes during the hyperimmune plasma
production showed by the increase or reduction of their values excluding the weight .The
analysis between groups determined significant increase in concentrations of total bilirubin
(p<0,0006), direct bilirubin (p<0,034), indirect bilirubin (p<0,015) and urea (p<0,000), in
especific moments in the group that was fed the concentration enriched with 22% of crude
protein in comparison with the group that was fed the concentration enriched with 15% of
crude protein. It is concluded that there isn’t possible to prove that the concentration enriched
with 22% of crude protein cause demage to the liver and kidney to the animals and that the
rations had similar behavior in relation to the performance and organic recovery of serum-
producing horses.
Key words: Concentration. Protein. Horses. Anti-diphteric serum.
12
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Representação dos intervalos de tempo relacionados ao
processo de produção de plasma-hiperimune dos cavalos
soroprodutores dos grupos A e B.......................................... 43
Quadro 2- Representação dos momentos referentes à inoculação de
antígeno, sangria de produção, descanso e colheita de
sangue dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B,
durante a primeira e segunda fase da pesquisa......................
44
13
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Porcentagem de concentrado, feno e proteína bruta requeridos
na dieta de cavalos e pôneis.......................................................... 29
Tabela 2- Valores médios, desvio padrão, e mediana de aspartato-
aminotransferase (AST) e gama-glutamiltransferase (GGT) dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B, na primeira fase, São
Paulo, 2006...................................................................................... 54
Tabela 3- Valores médios, desvio padrão, e mediana de aspartato-
aminotransferase (AST) e gama-glutamiltransferase (GGT) dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B, na segunda fase, São
Paulo, 2006..................................................................................... 57
Tabela 4- Valores médios, desvio padrão, e mediana de bilirrubina total
(BD), bilirrubina direta (BD) e bilirrubina indireta (BI) dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B, na primeira fase, São
Paulo, 2006...................................................................................... 61
Tabela 5- Valores médios, desvio padrão, e mediana de bilirrubina total
(BD), bilirrubina direta (BD) e bilirrubina indireta (BI) dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B, na segunda fase, São
Paulo, 2006...................................................................................... 65
Tabela 6- Valores médios, desvio padrão, e mediana de proteína total (PT) e
albumina (Alb) dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na
primeira fase, São Paulo, 2006........................................................ 68
Tabela 7- Valores médios, desvio padrão, e mediana de globulina total
(Glo) e da relação albumina/globulina (Alb/Glo) dos eqüinos
produtores dos grupos A e B, na primeira fase, São Paulo, 2006.... 71
Tabela 8- Valores médios, desvio padrão, e mediana de proteína total (PT) e
albumina (Alb) dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na
segunda fase, São Paulo, 2006......................................................... 74
Tabela 9- Valores médios, desvio padrão, e mediana de globulina (Glo) e da
relação albumina/globulina (Alb/Glo) dos eqüinos produtores dos
grupos A e B, na segunda fase, São Paulo, 2006............................. 77
Tabela 10- Valores médios, desvio padrão, e mediana de colesterol (Col) e
triglicérides (Tgl) dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na
primeira fase, São Paulo, 2006........................................................ 80
14
Tabela 11- Valores médios, desvio padrão, e mediana de colesterol (Col) e
triglicérides (Tgl) dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na
segunda fase, São Paulo, 2006......................................................... 83
Tabela 12- Valores médios, desvio padrão e mediana de uréia e creatinina
(Crea) dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B, na primeira
fase, São Paulo, 2006....................................................................... 86
Tabela 13- Valores médios, desvio padrão e mediana de uréia, uréia
nitrogenada e creatinina dos eqüinos soroprodutores dos grupos A
e B, na segunda fase, São Paulo, 2006.............................................
89
Tabela 14- Valores médios, desvio padrão, e mediana de ferro (Fe) e
transferrina (Trf) dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na
primeira fase, São Paulo, 2006........................................................ 92
Tabela 15- Valores médios, desvio padrão, e mediana de ferro (Fe) e
transferrina (Trf) dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na
segunda fase, São Paulo, 2006......................................................... 95
Tabela 16- Valores médios, desvio padrão, e mediana dos pesos dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B, na primeira fase, São Paulo,
2006.................................................................................................
97
Tabela 17- Valores médios, desvio padrão, e mediana dos pesos dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B, na segunda fase, São Paulo,
2006..................................................................................................
99
15
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico1- Variação das médias das concentrações de AST dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na primeira
fase................................................................................... 52
Gráfico 2- Variação das médias das concentrações de GGT dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na primeira
fase .................................................................................. 53
Gráfico 3- Variação das médias das concentrações de AST dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na segunda
fase .................................................................................. 55
Gráfico 4- Variação das médias das concentrações de GGT dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na segunda
fase .................................................................................. 56
Gráfico 5- Variação das médias das concentrações de bilirrubina
total dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase .................................................................... 58
Gráfico 6- Variação das médias das concentrações de bilirrubina
direta dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase .................................................................... 59
Gráfico 7- Variação das médias das concentrações de bilirrubina
indireta dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B
na primeira fase................................................................ 60
Gráfico 8- Variação das médias das concentrações de bilirrubina
total dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase..................................................................... 62
Gráfico 9- Variação das médias das concentrações de bilirrubina
direta dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase..................................................................... 63
Gráfico 10- Variação das médias das concentrações de bilirrubina
indireta dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B
na segunda fase................................................................ 64
Gráfico 11- Variação das médias das concentrações de proteína total
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase..................................................................... 66
16
Gráfico 12- Variação das médias das concentrações de albumina dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na primeira
fase.................................................................................... 67
Gráfico 13- Variação das médias das concentrações de globulina
total dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase..................................................................... 69
Gráfico 14- Variação das médias da relação albumina/globulina dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na primeira
fase................................................................................... 70
Gráfico 15- Variação das médias das concentrações de proteína total
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase..................................................................... 72
Gráfico 16- Variação das médias das concentrações de albumina dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na segunda
fase.................................................................................... 73
Gráfico 17- Variação das médias das concentrações de globulina
total dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase.....................................................................
75
Gráfico 18- Variação das médias da relação albumina/globulina dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na segunda
fase................................................................................... 76
Gráfico 19- Variação das médias das concentrações de colesterol
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase..................................................................... 78
Gráfico 20- Variação das médias das concentrações de triglicérides
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase..................................................................... 79
Gráfico 21- Variação das médias das concentrações de colesterol
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase..................................................................... 81
Gráfico 22- Variação das médias das concentrações de triglicérides
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase..................................................................... 82
Gráfico 23- Variação das médias das concentrações de uréia dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na primeira
fase................................................................................... 84
17
Gráfico 24- Variação das médias das concentrações de creatinina
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase..................................................................... 85
Gráfico 25- Variação das médias das concentrações de uréia dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na segunda
fase................................................................................... 87
Gráfico 26- Variação das médias das concentrações de creatinina
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase..................................................................... 88
Gráfico 27- Variação das médias das concentrações de ferro dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na primeira
fase.................................................................................... 90
Gráfico 28- Variação das médias das concentrações de transferrina
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase..................................................................... 91
Gráfico 29- Variação das médias das concentrações de ferro dos
eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na segunda
fase....................................................................................
93
Gráfico 30- Variação das médias das concentrações de transferrina
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase..................................................................... 94
Gráfico 31- Variação das médias de peso dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na primeira fase.......... 96
Gráfico 32- Variação das médias de peso dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na segunda fase........... 98
18
LISTA DE ABREVIAÇÕES
Alb - Albumina
Alb/Glo - Albumina/globulina
AST - Aspartato-aminotransferase
BD - Bilirrubina direta
BI - Bilirrubina indireta
BT - Bilirrubina total
Crea - Creatinina
Col - Colesterol
EUA – Estados Unidos da América
Fe - Ferro
G - Gravidades
g/L - Gramas por litro
GGT - Gama-glutamiltransferase
Glo - Globulina total
IFCC – International Federation Clinical Chemistry
IM - Intramuscular
Kg – Quilograma
µmol/L - Micromol por litro
nm – Nanômetro
NRC – National Research Council
PB - Proteína bruta
pH - Potencial hidrogênio iônico
PT - Proteína total
SAD - Soro anti-diftérico
Tgl - Triglicérides
Trf - Transferrina
U/L – Unidades internacionais por litro
19
LISTA DE SÍMBULOS
α - Alfa
β - Beta
γ - Gama
® - Marca registrada
± - Mais ou menos
< - Menor
20
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 24
2
REVISÃO DE LITERATURA......................................................................... 26
2.1 SORO ANTI-DIFTÉRICO.................................................................................. 26
2.2 HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE SORO-HIPERIMUNE .............................. 27
2.3 PROTEÍNA NA DIETA ..................................................................................... 28
2.4 BIOQUÍMICA CLÍNICA E AVALIAÇÕES LABORATORIAIS ................... 32
2.4.1
Função hepática.................................................................................................. 32
2.4.1.1
Aspartato-aminotransferase (AST) ..................................................................... 32
2.4.1.2
Gama-glutamiltransferase (GGT) ....................................................................... 33
2.4.1.3
Bilirrubina total, direta e indireta......................................................................... 33
2.4.1.4
Proteína total........................................................................................................ 34
2.4.1.5
Albumina ............................................................................................................. 34
2.4.1.6
Globulina total...................................................................................................... 35
2.4.1.7
Relação albumina/globulina ................................................................................ 35
2.4.1.8
Colesterol..............................................................................................................
35
2.4.1.9
Triglicérides .........................................................................................................
36
2.4.2
Função renal....................................................................................................... 36
2.4.2.1
Uréia e creatinina ................................................................................................ 36
2.4.3
Ferro e transferrina ...........................................................................................
37
2.4.4 Avaliações bioquímicas: em eqüinos alimentados com diferentes teores de
proteína bruta e em cavalos soroprodutores .................................................. 38
3
MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 41
3.1 MANEJO NUTRICIONAL DOS ANIMAIS ..................................................... 41
3.2 MANEJO SANITÁRIO ...................................................................................... 41
3.3 SELEÇÃO DOS ANIMAIS ................................................................................ 42
3.4 GRUPOS EXPERIMENTAIS ............................................................................ 42
3.5 PROTOCOLO DE PRODUÇÃO DE PLASMA-HIPERIMUNE ...................... 42
3.6 COLHEITA DAS AMOSTRAS DE SANGUE PARA AVALIAÇÃO
BIOQUÍMICA .....................................................................................................
43
3.7 ANÁLISES DAS AMOSTRAS DE SORO ........................................................ 45
3.7.1
Função hepática ................................................................................................. 45
3.7.1.1
Determinação da atividade sérica de aspartato-aminotransferase ....................... 45
3.7.1.2
Determinação da atividade sérica de gama-glutamiltransferase.......................... 45
3.7.1.3
Dosagem de bilirrubinas ......................................................................................
46
3.7.1.4
Determinação dos teores séricos de proteína total .............................................. 46
3.7.1.5
Determinação dos teores séricos de albumina......................................................
46
3.7.1.6
Determinação dos teores séricos de globulina total............................................. 47
3.7.1.7
Determinação da relação albumina/globulina ..................................................... 47
3.7.1.8
Determinação dos teores séricos de colesterol .................................................... 47
3.7.1.9
Determinação dos teores séricos de triglicérides................................................. 47
3.7.2
Função renal ...................................................................................................... 48
3.7.2.1
Determinação dos teores séricos de uréia ........................................................... 48
3.7.2.2
Determinação dos teores séricos de creatinina..................................................... 48
3.7.3
Determinação dos teores séricos de ferro e transferrina ............................... 48
3.7.4
Determinação do peso ....................................................................................... 49
21
3.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA ..................................................................................
49
4
RESULTADOS .................................................................................................. 51
4.1 FUNÇÃO HEPÁTICA ........................................................................................
51
4.1.1
Aspartato-aminotransferase e gama-glutamiltransferase.............................. 51
4.1.2
Bilirrubina total, direta e indireta ................................................................... 58
4.1.3
Proteína total, albumina, globulina total e relação albumina/globulina....... 66
4.1.4
Colesterol e triglicérides.................................................................................... 78
4.2 FUNÇÃO RENAL .............................................................................................. 84
4.2.1
Uréia e creatinina .............................................................................................. 84
4.3 FERRO E TRANSFERRINA ............................................................................. 90
4.4 PESO ................................................................................................................... 96
5
DISCUSSÃO ...................................................................................................... 100
5.1 FUNÇÃO HEPÁTICA .......................................................................................
100
5.1.1
Aspartato-aminotransferase.............................................................................. 100
5.1.2
Gama-glutamiltransferase ................................................................................ 101
5.1.3
Bilirrubina total ................................................................................................. 102
5.1.4
Bilirrubina direta .............................................................................................. 102
5.1.5
Bilirrubina indireta............................................................................................ 103
5.1.6
Proteína total.......................................................................................................
103
5.1.7
Albumina ............................................................................................................ 104
5.1.8
Globulina total ................................................................................................... 104
5.1.9
Relação albumina/globulina ............................................................................. 105
5.1.10
Colesterol.............................................................................................................
105
5.1.11
Triglicérides ....................................................................................................... 106
5.2 FUNÇÃO RENAL .............................................................................................. 107
5.2.1
Uréia ................................................................................................................... 107
5.2.2
Creatinina .......................................................................................................... 108
5.3 FERRO E TRANSFERRINA ............................................................................. 108
5.4 PESO .................................................................................................................. 109
6
CONCLUSÕES ................................................................................................. 111
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 112
ANEXOS ............................................................................................................ 117
22
1 INTRODUÇÃO
Aos cavalos soroprodutores da Fazenda São Joaquim do Instituto Butantan é
fornecido um concentrado com teor de 22% de proteína bruta (PB), pois alguns
pesquisadores do Instituto acreditam que, administrando um concentrado hiperprotéico,
estes animais apresentariam uma performance maior na produção de anticorpos e melhor
recuperação após os ciclos de imunização, em comparação com os concentrados comerciais
de manutenção que contêm em torno de 15% de PB.
São de grande relevância os estudos comprovando que a quantidade de proteína
ingerida em excesso com relação ao requerimento do animal não é aproveitada, sendo
desaminada pelo fígado para a formação de uréia, que posteriormente é excretada pelos rins
(FRAPE, 1986). Quanto mais proteínas ingeridas acima das exigências do animal, maior
será o fluxo sangüíneo nestes órgãos. A perfusão renal prolongada decorrente de um
consumo protéico excessivo crônico, diminui a eficiência da função renal no homem e em
algumas espécies animais. E a redução da função renal, leva à redução na capacidade de
excretar uréia. Situações de deficiência hepática levam à diminuição na capacidade do
órgão de converter amônia em uréia, ocorrendo um acúmulo de amônia no organismo
(LEWIS, 2000). A uréia circulante não é tóxica para os cavalos, mas a amônia é
extremamente tóxica e, quando em excesso, causa uma série de alterações nos animais
(MEYER et al., 1992).
Os eqüinos da Fazenda São Joaquim, após anos de sucessivas imunizações,
apresentam algum grau de disfunção hepática, pois é comum, à necropsia, observar-se
hemorragia na cavidade abdominal devido à ruptura do fígado.
Os cavalos soroprodutores, após repetidas imunizações, apresentam depósito de
substância amilóide predominantemente em órgãos como o fígado e o baço e, em menor
freqüência, nas glândulas adrenais e nos rins. Em muitos casos, estes animais apresentam
ruptura de fígado resultante da textura friável adquirida em decorrência da deposição de
amilóide (ABDELKADER et al., 1991; KAMPL et al., 1995). Portanto, esta categoria de
animais necessita de uma dieta balanceada com adequada concentração de proteínas para
não determinar sobrecarga funcional hepática e renal.
Os trabalhos compulsados na literatura, relacionados a teores protéicos na dieta de
eqüinos, enfocam principalmente cavalos que praticam esporte. Não foram encontrados
estudos enfocando exigências protéicas em cavalos soroprodutores. É também escassa a
literatura que avalia parâmetros bioquímicos em animais utilizados na produção de plasma-
23
hiperimune. Dentro deste contexto, é iminente a necessidade da realização de pesquisas que
elucidem esta questão, principalmente com a espécie eqüina que é amplamente utilizada
para a soroprodução.
O presente estudo objetivou avaliar se o concentrado com teor de 22% de PB
fornecido aos eqüinos soroprodutores do Instituto Butantan é adequado, ou causa
sobrecarga hepática e renal nos animais, alterando sua performance produtiva, como
também as possíveis alterações das variáveis avaliadas durante o processo de produção de
plasma-hiperimune. Para tanto, foram acompanhados dois ciclos de imunização e descanso
dos cavalos produtores de soro antidiftérico previamente distribuídos em dois grupos: um
sendo alimentado com concentrado comercial (com 15% de PB) e o outro alimentado com
concentrado hiperprotéico (com 22% de PB). O acompanhamento destes animais consistiu
em sua pesagem e na determinação das concentrações de aspartato-aminotransferase (AST),
gama-glutamiltransferase (GGT), bilirrubinas (total, direta e indireta), proteína total,
albumina, globulina total, relação albumina/globulina, uréia, creatinina, colesterol,
triglicérides, ferro e transferrina.
24
2 REVISÃO DE LITERATURA
Com a finalidade de demonstrar a importância da produção de soros-hiperimunes,
especificamente o soro-antidiftérico, segue-se uma breve revisão sobre a sua utilização e
respectivo histórico. posteriormente se inicia uma revisão sobre o emprego de proteína
bruta na dieta de animais (principalmente eqüinos), bem como a sua relação com as variáveis
avaliadas no transcorrer da pesquisa e o processo de produção de plasma-hiperimune.
2.1 SORO ANTI-DIFTÉRICO
A difteria é uma doença transmissível aguda, toxi-infecciosa, de grande importância na
espécie humana, que acomete principalmente crianças com até 10 anos de idade e é causada
pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae, que se aloja freqüentemente nas tonsilas, faringe,
laringe e nariz. Este bacilo produz uma toxina que ocasiona principalmente alterações
cardíacas, rinite, laringite e, menos freqüentemente, alterações em olhos, ouvidos e pele
(LONGO, 1991). Trata-se de uma enfermidade endêmica em diversos países da África, na
Índia, e em outras regiões tropicais, possivelmente devido à baixa cobertura vacinal em
algumas faixas etárias, e dificuldades operacionais de imunização em países de dimensões
continentais como por exemplo, o Brasil. Apesar do crescente aumento no uso da vacina anti-
diftérica, a incidência da doença no Brasil ainda é alta, apresentando em torno de 300 casos
confirmados por ano. A letalidade esperada varia de 5 a 10%, atingindo 20% em
determinados casos (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2004).
O tratamento consiste na terapia com o soro anti-diftérico (SAD) e antibióticos
(LONGO, 1991). A terapia com SAD é de grande importância para a recuperação dos
pacientes acometidos pela doença, e a proteção conferida pelo SAD é temporária e de curta
duração, em média duas semanas. A doença normalmente não confere imunidade permanente,
devendo o doente ser submetido a um esquema de vacinação após alta hospitalar
(FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2004). A vacinação da população é a única medida
isolada que pode influenciar a incidência desta enfermidade (LONGO, 1991). Como a
utilização do soro é de grande importância no tratamento desta doença, muitas pesquisas e
investimentos em sua produção têm sido realizados.
25
2.2 HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE SORO-HIPERIMUNE
O desenvolvimento da Microbiologia e da Imunologia entre os séculos XIX e XX
revolucionou o tratamento de indivíduos que sofriam acidentes ofídicos. Os estudos
científicos nestas duas áreas ampliaram o conhecimento humano, propiciando que novas
pesquisas fossem nelas desenvolvidas (WEN, 2003).
Sewall
1
(1887 apud CHIPPAUX; GOYFFON, 1998) foi um dos responsáveis pelos
primeiros registros de imunização de animais com fins terapêuticos. Ele imunizou pombos
com o veneno de cascavel a(Sisturus cetenatus) e posteriormente desafiou-os com este
veneno, e as aves sobreviveram. Segundo Cardoso et al. (2003), várias espécies de animais
foram testadas para a produção de soro, com diversos protocolos de imunização, mas foi
Vital Brasil que finalmente passou a utilizar a espécie eqüina nos protocolos de imunização,
principalmente para a produção de anti-soros no tratamento de acidentes ofídicos.
Em 1901, Vital Brasil desenvolveu no Brasil o soro anti-bubônico para controlar a
epidemia de Peste Bubônica que acometia nosso país e o mundo. Desde então, o Instituto
Butantan tornou-se referência na produção de soros-hiperimunes, e tal especialização exigiu
conhecimentos básicos e aplicados de biologia, bacteriologia, e imunologia (RAW et al.,
1991).
A escolha da espécie eqüina para a produção de soros-hiperimunes foi baseada em
sua docilidade e em detalhes técnicos, como: a) o modo uniforme de reagir aos antígenos
inoculados, b) a inserção longa e superficial das veias jugulares, facilitando as sangrias; c) a
grande volemia que o eqüino apresenta (a 11% de seu peso) e, d) o pequeno grau de
toxicidade de sua albumina sérica (BRAGA, 1943).
Os eqüinos destinados para a produção de soro não podem, ser nem muito jovens
nem muito velhos, sendo a faixa etária ideal para este serviço fixada entre 6 e 12 anos de
idade e devendo estes animais pesar no mínimo 400 kg. Os animais utilizados para a
produção de plasma-hiperimune necessitam gozar de saúde plena. Constatada a sua higidez,
eles estão aptos para a produção (BRAGA, 1943). Aprovados para a formação dos grupos
de serviço, esses animais recebem o antígeno, associado ao adjuvante Marcol, Montanide e
Twin 80 ou a Emulsão Múltipla Completa-EMC (água, óleo e Bacilos Calmette e Guérin),
estimulando a resposta das células auxiliadoras dos macrófagos nas primeiras imunizações e
nas demais. O adjuvante é posteriormente substituído pela associação da Emulsão Múltipla
1
SEWALL, H. Experiments on the preventive inoculation of rattlesnake venom. Journal of Physiology. 8: 203-
210, 1887.
26
Incompleta-EMI (água e óleo) e depois PBS ou Salina, sendo inoculado por via subcutânea
(TIZARD, 1998). Após determinado número de imunizações, os eqüinos soroprodutores
são submetidos às sangrias de produção para a obtenção do plasma-hiperimune, que nos
laboratórios do Instituto Butantan sofre processos biotécnológicos até sua transformação em
soro-hiperimune (RAW et al., 1991).
2.3 PROTEÍNA NA DIETA
A idade, gestação, lactação, e a atividade do eqüino são considerações muito
importantes para a determinação das exigências protéicas destes animais (GALVÃO et al.,
2004). Um cavalo adulto pesando aproximadamente 400 kg necessita para a sua
manutenção uma ingestão diária em torno de 7,2% de proteína bruta (KLINE, 2004;
National Research Council, 1989) demonstrada na tabela 1. A indústria de alimentos tem
fornecido, através do concentrado, um teor em torno de 12% a 15% de proteína bruta,
excedendo os valores recomendados pela National Research Concil - NRC (GRAHAM-
THIERS et al., 2003; HOUSEHOLDER, 1996; REY et al., 2001). Estudos realizados por
Gallagher et al. (1992), demonstraram que os eqüinos da região do Michigan nos Estados
Unidos da América (EUA) m ingerido uma concentração de proteínas nos concentrados
comerciais acima do preconizado pela NRC. Na região da Carolina do Norte também nos
EUA, realizou-se outro estudo demonstrando que em torno de 70% dos cavalos desta região
estavam sendo alimentados com um excesso de proteínas fornecidas em concentrados
comerciais (SOUTHWOOD et al., 1993).
Existe grande preocupação por parte de pesquisadores com relação aos efeitos
adversos que os altos níveis de proteína na dieta podem ocasionar (HINTZ, 1994).
27
Tabela 1 - Porcentagem de concentrado, feno e proteína bruta requeridos na dieta de
cavalos e pôneis (KLINE, 2004)
Concentrado (%) Feno (%) Proteína Bruta (%)
Cavalos
adultos
Manutenção 0 100 7,2
Garanhão 30 70 8,6
Fêmeas
prenhes
9 meses 20 80 8,9
10 meses 20 80 9,0
11 meses 30 70 9,5
Fêmeas
lactentes
Potros até 3
meses
50 50 12,0
Potros de 3
meses ao
desmame
35 65 10,0
Cavalos de
trabalho
Trabalho leve
a
35 65 8,8
Trabalho
moderado
b
50 50 9,4
Trabalho
intenso
c
65 35 10,3
Potros em
crescimento
Desmame até 4
meses
70 30 13,1
Desmame até 6
meses
Crescimento
moderado
70 30 13,0
Crescimento
rápido
70 30 13,1
Acima de 12
meses
Crescimento
moderado
60 40 11,3
Crescimento
rápido
60 40 11,3
Acima de 18
meses
Sem
treinamento
45 55 10,1
Em treinamento 50 50 10,8
28
a
Cavalos de trabalho leve: passeio e equitação.
b
Cavalos de trabalho moderado: trabalho em fazenda,
salto.
c
Cavalos de trabalho intenso: pólo, corrida. Valores assumindo o concentrado na alimentação
contendo 3,3 Mcal/kg e o feno contendo 2,00 Mcal/kg de matéria seca.
Durante o processo de digestão das proteínas, os aminoácidos são convertidos em
amônia pela flora bacteriana intestinal, sendo a amônia posteriormente transportada para o
fígado onde é convertida em uréia. O excesso de proteína na dieta leva a um aumento da
concentração de uréia no plasma do animal e, conseqüentemente, aumento do gasto de
energia para sua eliminação (FRAPE, 1986).
Animais com enfermidade hepática necessitam de uma dieta com energia e proteína
em quantidade e qualidade adequadas para favorecer o processo de regeneração do órgão. A
proteína fornecida a estes animais não deve exceder os valores diários de manutenção para
não determinar sobrecarga hepática (RALSTON, 1990) e a qualidade e características dos
aminoácidos fornecidos na dieta é de extrema importância para a recuperação do fígado,
sendo recomendado o fornecimento de aminoácidos de cadeia ramificada (leucina,
isoleucina e valina) que não necessitam passar pelo fígado para serem metabolisados,
tornando-se disponíveis para a síntese de proteínas (MARCHESINI et al., 2005), além de
diminuírem a gênese de amônia na circulação (CHARLTON, 2003).
Com relação a enfermidades renais, a restrição de proteína e fósforo na dieta
melhora a qualidade de vida em seres humanos e animais com falência renal crônica,
retardando a progressão da doença (HOLM; SOLLING, 1996; LENTINE; WRONE, 2004;
MARONI; MITCH, 1997; RALSTON, 1990). Um experimento realizado por Iwasaki et al.
(1986), avaliando camundongos com nefropatia crônica, demonstrou que a restrição de
proteínas na dieta retardou a evolução da doença.
Segundo Miller e Lawrence (1988), dietas com concentrações altas de proteína
levam à utilização de grande energia para excreção do nitrogênio em excesso. A energia
gasta com a síntese e excreção da uréia, compete com a energia que é gasta durante o
exercício pelo eqüino atleta.
O excesso de proteína na alimentação leva ao aumento do requerimento de água para
a excreção de nitrogênio e amônia, e conseqüente aumento na diurese (MEYER, 1995),
sendo inadequado principalmente para animais que praticam enduro, pois estes suam
profusamente e urinam menos para conservar a água do corpo (HOUSEHOLDER, 1996).
29
Householder (1996), afirma também que o alto nível de amônia no trato digestivo, sangue e
eventualmente músculos pode levar ao aumento da sudorese, desidratação e fadiga.
Dietas com excesso de proteína levam a uma maior produção de uréia e ácidos, o
que é prejudicial para animais que se exercitam muito, levando a fadiga precoce
(GRAHAM-THIERS et al., 2000), além de apresentar efeito adverso no seu controle
térmico (OTT, 2005).
Ott (2005) sugere, ao invés de aumentar as concentrações de proteína bruta na dieta
de eqüinos, que esta seja incrementada com a adição de aminoácidos essenciais, como lisina
e treonina.
Miller e Lawrence (1988) afirmam que a proteína não é uma eficiente fonte de
energia e possui em eqüinos, efeito negativo sobre o metabolismo do glicogênio. Patterson
et al. (1985) realizaram um estudo com cavalos de corrida, alimentados com dietas
contendo diferentes concentrações de proteína bruta, avaliando-os durante o treinamento, e
concluíram que não existem evidências consistentes da necessidade de suplementação de
proteínas, na urina e no sangue dos eqüinos que realizam atividades físicas. Além disso,
segundo a NRC (1989), o fornecimento de dietas com alta concentração de proteína não é
vantajoso para estes animais.
A influência do exercício no requerimento nutricional de cavalos depende da
intensidade do exercício, de sua duração e do tamanho do animal. O exercício aumenta o
gasto de energia no cavalo, porém não tem efeito direto na necessidade de suplementação
de outros nutrientes com exceção de água e sal que são perdidos através da transpiração
(OTT, 1995). Segundo Freeman et al. (1988), a quantidade de proteínas disponível não afeta
o desempenho de atletas durante o exercício.
Éguas em final de gestação e início de lactação, e potros em fase de crescimento
requerem concentrações maiores de proteína na dieta em comparação com outros eqüinos.
Exceto os animais nestas condições fisiológicas específicas, os outros, incluindo os que
realizam exercícios físicos, apresentam requerimento de baixos níveis de proteína, cálcio e
fósforo na alimentação (KLINE, 2004; OTT, 1995).
Muitos trabalhos têm sido realizados com outras espécies animais com relação a
altos níveis de proteína na dieta e seus efeitos. Fau et al. (1988), avaliaram ratos
alimentados com dietas contendo altos teores de proteína durante dois anos. Os animais
foram distribuídos em dois grupos: um grupo sendo alimentado com dieta contendo 10% de
PB e o outro com dieta contendo 50% de PB. Ao final de dois anos de experimento, os
animais foram eutanasiados observando-se: que os animais que ingeriram a dieta com 50%
30
de PB apresentaram altas concentrações de uréia hepática e hipertrofia renal. Nenhum
animal apresentou enfermidade aparente ou veio a óbito durante a fase experimental.
Baseado neste estudo realizado por Fau et al. (1988), Bovée (1991) avaliou cães
alimentados com diferentes teores de PB. Ele extirpou experimentalmente parte dos rins
destes animais, e os distribuiu em 4 grupos alimentando-os com rações contendo: 54%,
26%, 18% e 8% de PB, denominados respectivamente como grupos A, B, C e D. O estudo
teve duração de 50 dias. Neste período determinou-se o nitrogênio uréico plasmático, a taxa
de filtração glomerular e a perfusão renal. O autor concluiu que as concentrações de
nitrogênio uréico, as taxas de filtração glomerular e a perfusão renal foram
significativamente menores nos grupos C e D quando comparados aos grupos A e B.
Durante 6 meses, Adeola e Young (1988), avaliaram suínos divididos em dois
grupos: um foi alimentado com dietas contendo 13% de PB e o outro alimentado com dietas
com 21% de PB. Ao final da pesquisa, estes pesquisadores observaram no grupo que
consumiu a dieta com 21% de proteína, um aumento do consumo de oxigênio muscular,
levando ao aumento respiratório global (em todo o corpo) conseqüentemente aumentando
da produção de calor, e levando a um aumento no gasto de energia. Outro estudo realizado
por Hansen e Lewis (1993) com suínos alimentados com altos teores de proteína, também
demonstrou o aumento na produção de calor pelos animais que ingeriram altas
concentrações de proteína.
2.4 BIOQUÍMICA CLÍNICA E AVALIAÇÕES LABORATORIAIS
As provas bioquímicas realizadas no soro sangüíneo dos animais domésticos
constituem uma excelente ferramenta no auxílio do diagnóstico de inúmeras enfermidades,
destacando-se aquelas com sede ou repercussões sobre o fígado e/ou rins, que podem alterar
as funções destes órgãos. Para a avaliação da função hepática ou detecção de lesões neste
órgão sugerem-se os seguintes exames bioquímicos do soro sangüíneo: determinação do
proteinograma; dosagem dos teores de aspartato-aminotransferase (AST), gama-
glutamiltransferase (GGT), determinação das bilirrubinas (HAGIWARA, 1982), albumina e
colesterol (MEYER et al., 1992). Com relação à avaliação da função renal, recomendam-se as
determinações séricas dos teores de uréia e creatinina (HAGIWARA, 1982).
2.4.1 Função hepática
31
Para a melhor compreensão dos resultados e discussão do presente estudo, descrevem-
se a seguir, de forma breve os aspectos mais importantes das provas de função hepática
realizadas na pesquisa, compulsados na literatura.
2.4.1.1 Aspartato-aminotransferase (AST)
A atividade primária de AST relaciona-se às lulas do músculo esquelético e aos
hepatócitos (MEYER et al., 1992). Esta enzima encontra-se em maiores quantidades no
músculo cardíaco, e em quantidades equivalentes no fígado, mucosa intestinal e músculo
esquelético. Conseqüentemente, os níveis de AST podem aumentar após lesões nestes
órgãos (DOXEY, 1985). Um aumento marcado de AST sugere severo insulto hepático,
principalmente quando também presença de icterícia (MEYER et al., 1992). No entanto,
um aumento discreto de atividade da AST pode ser observado em doenças, como:
enfermidade hepatocelular crônica, cirrose, parasitismo hepático e neoplasia metastática
primária (TENNANT, 1997). Em situação de enfermidade hepática crônica, especialmente
em quadros de cirrose hepática, os veis de AST podem apresentar-se normais ou
levemente aumentados (MEYER et al., 1992).
2.4.1.2 Gama-glutamiltransferase (GGT)
A GGT é uma peptidase encontrada em grande quantidade no córtex renal, e em
menores quantidades no pâncreas e epitélio biliar (DOXEY, 1985). A injúria às células
tubulares renais leva ao rápido aumento de GGT na urina, porém no soro este aumento não
é observado (MEYER et al., 1992). A GGT é considerada um marcador sérico para doenças
relacionadas ao sistema hepatobiliar, associadas a processos de colestase, sendo também
amplamente utilizada no diagnóstico de enfermidades hepáticas em animais (TENNANT,
1997). A colestase causa o aumento da atividade sérica desta enzima em todas as espécies
de animais domésticos (DOXEY, 1985; MEYER et al., 1992). Situações em que ocorre
lesão hepática aguda podem causar o aumento moderado de GGT em cavalos e ruminantes
(MEYER et al., 1992). E também Abdelkader et al. (1991) e Kampl et al. (1995), através de
estudos, determinaram que a GGT é uma enzima sensível para cavalos soroprodutores,
principalmente após vários anos de imunização, servindo como indício, quando muito
aumentada, de que os animais estejam desenvolvendo amiloidose.
32
2.4.1.3 Bilirrubina total, direta e indireta
A bilirrubina é um pigmento amarelo resultante da degradação do heme, que é um
composto não protéico constituinte da hemoglobina (TENNANT, 1997). A bilirrubina
indireta (BI) formada a partir da hemoglobina é transferida para o gado combinada à
albumina. Nos hepatócitos ela se conjuga ao ácido glicurônico, formando a bilirrubina
direta (BD). Esta é excretada na bile e convertida em urobilinogênio pela ação das bactérias
intestinais e finalmente é convertida em estercobilinogênio. A determinação da bilirrubina
total (BT) ocorre através da somatória das bilirrubinas direta e indireta. O aumento da BT
pode ocorrer em enfermidades que levem à grande destruição de eritrócitos, doença
hepatobiliar primária ou obstrução hepática impedindo a eliminação de bile, podendo ser
pré-hepática, intra-hepática ou extra-hepática (MEYER et al., 1992).
Em situações de afecções hepáticas é importante determinar as quantidades relativas
de BD e BI (DOXEY, 1985). O aumento de BI ocorre em situações que levam ao aumento
da produção de bilirrubina, em quadros como a anemia hemolítica e hemorragias, ou
quando a conjugação de BI encontra-se diminuída. Em enfermidades hepáticas severas
tanto BI como BD apresentam-se elevadas (HAGIWARA, 1982; TENNANT, 1997).
Segundo Hagiwara (1982), a BD pode apresentar-se aumentada em processos hemolíticos e
colestáticos.
2.4.1.4 Proteína total
Segundo Kaneko (1997), o maior sítio de formação das proteínas plasmáticas é o
fígado, e em segundo lugar o sistema imune. São inúmeras as funções das proteínas no
organismo, entre elas as proteínas formam a base de estrutura das células, órgãos e tecidos;
mantêm a pressão coloidosmótica; são enzimas que participam de reações bioquímicas;
formam os anticorpos; atuam na coagulação sanguínea, etc.
A quantidade de proteína total é a somatória entre os valores de albumina e
globulina total (MEYER et al., 1992). Classicamente, situações de hiperproteinemia relativa
são encontradas em quadros de desidratação, e a hipoproteinemia em situações como a
ingestão excessiva de água ou infusão de soro muito rápida em soroterapia, perda de sangue
de forma aguda, queimaduras extensas, diarréia, ectoparasitas e lesões exsudativas
(KANEKO, 1997).
33
2.4.1.5 Albumina
A albumina, uma das proteínas séricas de menor peso molecular, é responsável pelo
carreamento de diversos íons e ácidos graxos no plasma. (CARROL; KANEKO, 1967). Ela
é essencialmente produzida no fígado (KANEKO, 1997; MEYER et al., 1992), e uma
hipoalbuminemia pode significar a ocorrência de doenças crônicas como a atrofia e a
cirrose hepática. Porém, a dosagem de albumina não é um teste específico para função
hepática, e a sensibilidade do seu diagnóstico varia de uma espécie a outra. Uma
consideração importante sobre esta proteína está relacionada à função dos rins, onde
enfermidades como a glomerulonefropatia levam a hipoalbuminemia (MEYER et al., 1992;
TENNANT, 1997). Outras situações que levam a hipoalbuminemia são enfermidades
gastrointestinais, hemorragias e desnutrição (KANEKO,1997) podendo estar associada à
deficiência crônica de proteína na dieta (YOUNG et al., 1990). E quadros de
hiperalbuminemia relativa podem ocorrer em animais desidratados (KANEKO, 1997).
2.4.1.6 Globulina total
As globulinas são formadas pelo fígado e sistema imune (KANEKO, 1997),
compreendendo os sistemas mononuclear fagocitário e linfóide (RUSSO, 2001). A
globulina total é a somatória das frações α, β e γ-globulinas. Em sua maioria as α-
globulinas são formadas no gado, e as β e γ-globulinas pelo sistema imune. Dentre as
frações α, β e γ existem inúmeras proteínas que apresentam várias funções e cujo aumento
ou diminuição têm significados próprios, relacionando-se à faixa etária dos animais,
condição de prenhez ou aleitamento, hormônios reprodutivos e influências sexuais,
condição nutricional, estresse, perda de fluídos orgânicos e enfermidades.
2.4.1.7 Relação albumina/globulina
A relação albumina/globulina pode apresentar-se normal, aumentada ou diminuída e
estas duas últimas são denominadas disproteinemias, relacionadas a anormalidades das
frações protéicas do sangue, perceptíveis através de alterações do perfil eletroforético e da
própria relação albumina/globulina. Em geral existe uma relação inversamente proporcional
34
entre as concentrações de albumina e globulina. Do ponto de vista relativo, o aumento de
uma é acompanhado pela diminuição da outra e vice-versa (KANEKO, 1997).
2.4.1.8 Colesterol
Distúrbios do metabolismo lipídico têm sido documentados ocorrendo em
associação com doença hepática (MEYER et al., 1992). O principal órgão que sintetiza o
colesterol é o fígado. O córtex adrenal, testículos, ovários e placenta, sintetizam pequenas
quantidades de colesterol, porém a maior parte do colesterol utilizado na síntese de
hormônios é obtida através do metabolismo hepático (BRUSS, 1997). Fenômenos de
hipercolesterolemia podem estar associados à obstrução biliar extra hepática, síndrome
nefrótica, período pós prandial, dietas ricas em gorduras e diabetes mellitus. Situações de
hipocolesterolemia podem se desenvolver secundariamente a anormalidades da veia porta,
disfunção hepática, síndrome da má digestão e/ou absorção e insuficiência pancreática
exócrina (MEYER et al., 1992).
2.4.1.9 Triglicérides
Os triglicérides são ácidos graxos de cadeia longa e a maioria das células do corpo é
capazes de sintetizá-los; porém o fígado, o intestino delgado, o tecido adiposo e a glândula
mamária são especialmente capazes deste efeito. O mecanismo de regulação em sua síntese
não está claramente elucidado e difere conforme o tecido que o sintetiza. No fígado, quando
a capacidade de eliminação de triglicérides sintetizado é excedida, este se acumula nas
vesículas dos hepatócitos levando ao quadro de fígado gorduroso. Na glândula mamária, o
substrato disponível e os hormônios que mantêm a lactação o regulam. E no intestino
delgado, o substrato disponível é o fator mais importante na regulação da sua síntese
(BRUSS, 1997).
O fenômeno conhecido como hiperlipidemia, ocorre quando os níveis plasmáticos
de colesterol e triglicérides apresentam-se aumentados. A situação mais comum de sua
ocorrência se após a alimentação com dietas ricas em gorduras. Para a avaliação de
possíveis anormalidades no metabolismo lipídico de animais, é necessário que amostras de
sangue sejam retiradas no período de jejum, para que se evite a hiperlipidemia pós-prandial.
Em cavalos, situações de hiperlipidemia foram descritas quando esta espécie encontra-se
em jejum prolongado (BRUSS, 1997). Este fenômeno também pode ser observado em
35
éguas prenhes, lactentes, em cavalos obesos e situações de estresse (BRUSS, 1997;
STOCKHAM, 1995).
2.4.2 Função renal
Para a melhor compreensão dos resultados e discussão do presente estudo, descrevem-
se a seguir, de forma breve os aspectos mais importantes das provas de função renal
realizadas na pesquisa, compulsados na literatura.
2.4.2.1 Uréia e creatinina
A determinação dos níveis de uréia e creatinina plasmáticas tem sido, recomendada e
indicada para a avaliação da função renal dos animais domésticos, auxiliando no diagnóstico
de inúmeras nefropatias (COLES, 1986). A maior porção da uréia é sintetizada no fígado, a
partir da amônia proveniente do catabolismo protéico e da absorção intestinal (COLES, 1986;
DUNKAN; PRASSE, 1977; MEYER et al., 1992) e uma menor fração originária da
alimentação (DUNKAN; PRASSE, 1977). A creatinina é o produto da degradação da creatina
muscular e, como a uréia as suas concentrações dependem da sua síntese e excreção. Em
geral, as suas concentrações apresentam-se constantes, exceto quando ocorre rabdomiólise ou
esforço muscular em exagero (STOCKHAM, 1995).
A uréia e a creatinina são eliminadas do organismo através da função renal, sendo os
rins responsáveis pela depuração das duas referidas substâncias nitrogenadas não protéicas,
podendo então, servir ao objetivo de avaliação da função renal dos animais (DOXEY, 1985).
Como a uréia é sintetizada pelo fígado, pode apresentar-se diminuída em processos de
disfunção hepática (MEYER et al., 1992; STOCKHAM, 1995).
As maiores causas do aumento de uréia no plasma podem ser decorrentes de uma dieta
com proteínas de baixa qualidade, ingestão de proteínas acima do requerimento orgânico,
ingestão de uréia (FONNESBECK; SYMONS, 1969) e falência renal (FONNESBECK;
SYMONS, 1969; MEYER et al., 1992). Segundo Finco (1997), em algumas espécies, a uréia
aumenta consideravelmente em resposta a uma dieta rica em proteína, podendo funcionar
como um marcador da quantidade de proteína ingerida.
Situações em que tanto uréia como creatinina encontram-se aumentadas são:
desidratação, enfermidade cardiovascular, choque séptico, obstrução do trato urinário, ruptura
36
de bexiga e diminuição da taxa de filtração glomerular. E a síntese de creatinina pode
apresentar-se diminuída em quadros de atrofia muscular (MEYER et al., 1992).
2.4.3 Ferro e transferrina
O ferro em mamíferos, encontra-se depositado no interior da hemoglobina,
mioglobina, enzimas e hemossiderina (CHEVILLE, 2004; SMITH, 1997;). A deficiência de
ferro em animais domésticos é pouco freqüente, mas quando ocorre, pode comprometer a
saúde e performance destes animais. Existem três categorias de deficiência de ferro em
animais adultos: deficiência por ingestão inadequada, determinadas categorias de anemias e
hemorragias (SMITH, 1997). Em doenças infecciosas e processos inflamatórios, ocorre a
diminuição da disponibilidade de ferro pela ação de macrófagos para impedir o acesso de
microorganismos ao ferro e desviar o ferro lábil para a síntese de ferritina, proteína de fase
aguda que aumenta em processos inflamatórios graves (CHEVILLE, 2004; SMITH, 1997).
o aumento do ferro sérico pode ocorrer devido a fatores genéticos, iatrogênicos, em
anemias hemolíticas, enfermidade hepática, modificações na dieta e indução experimental
(SMITH, 1997).
A transferrina é uma proteína que faz parte do grupo das β-globulinas, que têm a
função de transportar o ferro. Os níveis de transferrina podem se encontrar aumentados em
situações como anemias, deficiência de ferro, gestação, enfermidade hepática aguda e
síndrome nefrótica. E contrariamente, podem encontrar-se diminuídos em enfermidade
hepática crônica e em processos inflamatórios agudos (KANEKO,1997).
2.4.4 Avaliações bioquímicas: em eqüinos alimentados com diferentes teores de proteína
bruta e em cavalos soroprodutores
Diversos autores têm estudado a relação entre teores protéicos na dieta de eqüinos
(praticando, ou não, atividades esportivas), com as concentrações séricas de proteína total,
albumina, uréia, creatinina e a relação albumina/globulina.
Nelson e Tyznik (1971), avaliaram pôneis alimentados com três concentrados
compostos de diferentes teores de proteína bruta: 12,2%, 14,7% e 17,4%. O concentrado com
12,2% de PB continha uréia como principal fonte de nitrogênio, no concentrado com 14,7%
de PB, a principal fonte de nitrogênio foi caseína e no concentrado com 17,4% de PB, a
principal fonte de nitrogênio foi farinha de glúten de milho. Foram determinados os teores de
37
uréia no plasma destes animais e, ao final do experimento, os autores concluíram que as
maiores concentrações de uréia pertenciam ao grupo alimentado com o concentrado com
12,2% de PB, seguido pelo grupo alimentado com 17,4% de PB e as menores concentrações
de uréia no plasma pertenciam ao grupo alimentado com o conccentrado com 14,7% de PB.
Patterson et al. (1985), analisaram as concentrações séricas de uréia, creatinina,
proteína total, albumina, globulina total e a relação albumina/globulina em eqüinos
alimentados com concentrados contendo três teores diferentes de proteína bruta: 5,5%, 7,0% e
8,5% submetidos a exercícios intensos, moderados e em manutenção durante dois meses. Ao
final da pesquisa, eles concluíram que os diferentes teores de proteína bruta não influenciaram
as concentrações de proteína total, albumina, globulina, creatinina e a relação
albumina/globulina. Porém, observaram que o teor protéico influenciou as concentrações de
uréia que foram maiores nos grupos alimentados com os concentrados contendo 7,0% e 8,5%
de PB quando comparadas ao grupo alimentado com o concentrado com 5,5% de PB.
Miller e Lawrence (1988), determinaram as concentrações de uréia no plasma de
cavalos Quarto de Milha praticando atividades esportivas. Estes animais foram divididos em
dois grupos: um alimentado com concentrado com teor de 12,9% de PB e o outro alimentado
com concentrado com teor de 18,5% de PB. Ao final do estudo, os autores concluíram que as
concentrações de uréia apresentaram-se aumentadas no grupo alimentado com 18,5% de PB
quando comparada ao grupo alimentado com 12,9% de PB.
Graham-Thiers et al. (2000) avaliaram durante nove semanas as concentrações de
albumina, proteína total, uréia e creatinina no plasma de cavalos Árabes submetidos a
exercícios físicos. Os animais foram distribuídos em dois grupos: um foi alimentado com
concentrado com 7,5% de PB acrescida de 0,5% de lisina e 0,3% de treonina e o outro grupo
alimentado com concentrado com 14,5% de PB. Ao final do estudo, os pesquisadores
concluíram que as concentrações plasmáticas de albumina, proteína total e creatinina o
sofreram influência dos concentrados. Porém, os teores de uréia foram maiores no grupo
alimentado com concentrado com 14,5% de PB quando comparados aos teores do grupo
alimentado com concentrado com 7,5% de PB acrescida dos aminoácidos essenciais.
Em 2003, Graham-Thiers et al. realizaram durante nove semanas, outro estudo com
cavalos Árabes praticando atividades esportivas. Foram dosadas as concentrações séricas dos
mesmos parâmetros do experimento anterior. Porém, nesta pesquisa um dos grupos recebeu
dieta com 7,5% de PB sem acréscimo de aminoácidos e o outro a ração com 14,5% de PB. Os
pesquisadores concluíram que apenas as concentrações séricas de uréia se alteraram,
38
aumentando no grupo alimentado com a dieta com 14,5% de PB, quando comparadas ao
grupo alimentado com a dieta com 7,5% de PB.
Olsman et al. (2003), avaliaram pôneis alimentados com concentrados com diferentes
teores de PB para determinar o requerimento protéico para estes animais. Os pôneis foram
divididos em dois grupos: um alimentado com concentrado com 4,9% de PB e o outro
alimentado com concentrado com 11,3% de PB durante 15 dias. Neste período avaliaram-se
os teores plasmáticos de proteína total, albumina, uréia e creatinina. Estes pesquisadores
concluíram que os valores de PT, albumina e creatinina o sofreram influência dos teores
protéicos na comparação entre os grupos. Porém, os teores de uréia foram significativamente
maiores no grupo alimentado com 11,3% de PB quando comparado ao grupo alimentado com
4,9% de PB.
Parra (2005), realizou um estudo com os cavalos soroprodutores da Fazenda São
Joaquim do Instituto Butantan, imunizados com veneno de cobra cascavel (crotálico)
alimentados com ração com teor de 22% de PB durante dois ciclos de imunização. Em sua
pesquisa, dentre os vários parâmetros avaliados, a autora determinou as concentrações de
bilirrubina: total, direta e indireta, ferro e transferrina; analisando estas variáveis nos períodos
de inoculação de antígeno, sangrias de produção e descanso dos animais. Parra concluiu que
apenas as concentrações de ferro e transferrina foram significativas em decorrência da anemia
ferropriva desenvolvida durante o processo de produção de plasma-hiperimune.
Abdelkader et al. (1991), pesquisaram cavalos soroprodutores imunizados com
culturas de E. coli ou P. multocida. Os animais foram imunizados uma a duas vezes por
semana nos meses de setembro e outubro, e nos meses de novembro a maio imunizados a
cada duas semanas. O período de descanso das imunizações ocorreu nos meses de junho a
agosto. Este procedimento teve duração de dez anos, e amostras de sangue foram retiradas em
26 ocasiões para avaliação da atividade de AST, GGT e as concentrações de bilirrubina total.
Ao final do estudo, os pesquisadores concluíram que as imunizações não influenciaram a
atividade de AST, nem as concentrações de bilirrubina total. Porém a atividade de GGT
aumentou no transcorrer do experimento, apresentando valores médios duas vezes maiores
que os limites de referência entre o oitavo e décimo ano da pesquisa.
Kampl et al. (1995), avaliaram eqüinos soroprodutores imunizados com toxina de
Clostridium tetani determinando a atividade de GGT nestes animais, e concluíram que esta
enzima apresentou aumento gradual durante a pesquisa. O ciclo de imunização destes
animais consistiu de 5 injeções de toxina tetânica (as três primeiras injeções eram
subcutâneas e as outras duas intramuscular (IM), com intervalos de 3 dias e descanso de 12
39
dias, assim sucessivamente durante 10 meses. Os autores determinaram os maiores picos de
GGT no sexto e nono mês da pesquisa.
Sahal et al. (2004), avaliaram cavalos soroprodutores inoculados com toxóide
tetânico IM uma vez por semana durante quatro semanas. Foram determinadas as
concentrações plasmáticas de AST, colesterol e uréia antes e depois das imunizações. Os
pesquisadores concluíram que as concentrações médias de uréia e AST diminuíram, e os
valores médios de colesterol aumentaram.
40
3 MATERIAL E MÉTODOS
Para a melhor compreensão dos métodos empregados no estudo, os itens a seguir
descrevem os manejos nutricional e sanitário dos animais, como realizou-se a sua seleção, a
determinação dos grupos experimentais, o protocolo de produção de plasma-hiperimune, a
colheita das amostras de sangue e como procedeu-se a análise sérica destas amostras.
3.1 MANEJO NUTRICIONAL DOS ANIMAIS
Aos eqüinos da Fazenda São Joaquim do Instituto Butantan é fornecido nos meses
de novembro a junho o capim coast cross ad libitum uma vez ao dia, e 5 Kg de concentrado
peletizado granulado (com teor de 22% de PB) por animal, fracionado duas vezes ao dia,
pela manhã e à tarde, em sistema de arraçoamento coletivo. Nos meses de julho a outubro o
fornecimento de concentrado é o mesmo, porém é fornecido como volumoso o feno de
coast cross, na quantidade de 6 Kg por animal ao dia.
3.2 MANEJO SANITÁRIO
Os eqüinos da Fazenda São Joaquim possuem numeração própria realizada com
nitrogênio líquido para sua identificação, e cada animal possui ficha individual com
histórico de procedência, idade, tipo e manejo sanitário.
A tropa é vacinada uma vez ao ano contra encefalomielite eqüina, influenza, tétano e
raiva; vermifugada quatro vezes ao ano (a cada 3 meses); e passa por combate estratégico
contra ectoparasitas nos meses de maio e setembro. Os animais que estão em produção são
pesados semanalmente e após o término do serviço de produção são pesados a cada 15 dias.
A Fazenda São Joaquim é uma entidade controlada pelo Ministério da Agricultura e
como tal, seus eqüinos são testados por laboratórios credenciados pelo Ministério a cada 6
meses para anemia infecciosa eqüina.
Existe grande preocupação por parte do Instituto Butantan com ralação ao bem estar
destes animais. Eles são criados em manejo semi-extensivo, com muita vegetação e água de
boa qualidade ad libitum. Além de serem submetidos a um período mínimo de 45 dias de
descanso entre os ciclos de imunização para o seu completo restabelecimento orgânico.
41
3.3 SELEÇÃO DOS ANIMAIS
O grupo escolhido aleatoriamente para esta pesquisa, foi o dos eqüídeos produtores
de soro antidiftérico da Fazenda São Joaquim do Instituto Butantan, com idade entre 6 a 12
anos, machos, castrados, sem raça definida. Os animais sofreram avaliação clínica para
confirmação da higidez. Para tanto, foram aferidas as funções vitais (freqüências
respiratórias e cardíacas, e temperatura interna) além do exame de mucosas aparentes.
3.4 GRUPOS EXPERIMENTAIS
Após a constatação da sanidade dos eqüídeos do grupo diftérico, selecionou-se 32
destes animais. Eles foram divididos em 2 grupos ao acaso, cada grupo contendo 16
cavalos. Um grupo foi alimentado com concentrado (comercial, anexo A) com 15% de
proteína bruta (Grupo A), e o outro com concentrado (hiperprotéico, anexo B) com teor de
22% de proteína bruta (Grupo B). O fornecimento de água e volumoso foi o mesmo para
ambos os grupos experimentais. O único fator diferencial entre os grupos submetidos à
imunização com o antígeno diftérico foi o teor protéico dos concentrados.
Antes do início da pesquisa, os animais do grupo A sofreram um período de
adaptação de um mês com a ração com teor de 15% de PB.
3.5 PROTOCOLO DE PRODUÇÃO DE PLASMA-HIPERIMUNE
Para a produção de soro anti-diftérico utilizou-se o processo tradicional e rotineiro da
seção de obtenção de plasma-hiperimune do Instituto Butantan, que compreende as
inoculações (subcutâneas) de antígeno diftérico, sangrias de produção e plasmafereses. Os
intervalos de tempo, foram descritos no quadro 1.
42
Dia Procedimento
1 Inoculação
9 Inoculação
15 Inoculação
23 1
a
Sangria de Produção
25 2
a
Sangria de Produção e Plasmaferese
28 3
a
Sangria de Produção e Plasmaferese
3.6 COLHEITA DAS AMOSTRAS DE SANGUE PARA AVALIÇÃO BIOQUÍMICA
O presente estudo foi dividido em duas fases que corresponderam a dois ciclos de
imunização. As colheitas de sangue dos animais para avaliação bioquímica foram
denominadas momentos de 1 a 9 (sendo o momento 1 o momento zero da pesquisa). A
primeira fase correspondeu ao primeiro ciclo de imunização que compreendeu os períodos
de imunização, as sangrias de produção e o período de recuperação dos animais (período de
descanso). A segunda fase correspondeu ao segundo ciclo de imunização que repete as
etapas da primeira fase e iniciou-se 67 dias após a última sangria de produção. As amostras
de sangue para os exames bioquímicos foram colhidas nos seguintes momentos: antes das
inoculações; antes das sangrias de produção; e 15, 30 e 45 dias do período de descanso dos
animais (que iniciou-se após a última sangria de produção) representados no quadro 2.
As colheitas de amostras de sangue foram feitas em frasco estéril sem anticoagulante,
para obtenção do soro. As amostras de sangue dos eqüinos, utilizadas para obtenção de soro
para a realização dos testes, foram colhidas por venopunção jugular com agulhas descartáveis
(25mm x 0,8mm), utilizando-se tubos de vidro transparente, especiais para colheita de sangue
com aspiração à vácuo (vacutainer), esterilizados, siliconizados, sem anticoagulante, com
tampa de borracha. Após a coagulação do sangue e sinérese do coágulo, as amostras foram
Quadro 1
-
Representação dos intervalos de tempo
relacionados ao processo de produção de
plasma-
hiperimune dos cavalos
soroprodutores dos grupos A e B
43
submetidas à centrifugação de 1400 G, por 10 minutos para obtenção do soro. Cada amostra
de soro foi fracionada em duas alíquotas (1,5 ml), estocadas em tubos de plástico tipo
Eppendorf® e conservadas em congelador, a temperatura de -20°C, para posteriores
procedimentos laboratoriais (BIRGEL, 1982).
Momentos
Fases do
experimento
Grupo A Grupo B
1
Antes da
inoculação
Colheita de
amostra
Colheita de
amostra
2
Antes da
inoculação
Colheita de
amostra
Colheita de
amostra
3
Antes da
inoculação
Colheita de
amostra
Colheita de
amostra
4
Antes da primeira
sangria de
produção
Colheita de
amostra
Colheita de
amostra
5
Antes da segunda
sangria de
produção e
plasmaferese
Colheita de
amostra
Colheita de
amostra
6
Antes da terceira
sangria de
produção e
plasmaferese
Colheita de
amostra
Colheita de
amostra
7
15 dias de
descanso
Colheita de
amostra
Colheita de
amostra
8
30 dias de
descanso
Colheita de
amostra
Colheita de
amostra
9
45 dias de
descanso
Colheita de
amostra
Colheita de
amostra
Número de
animais
_ 16 16
Quadro 2
-
Representação dos momentos referentes à inoculação de antígeno, sangria de
produção, descanso e colheita das amostras de sangue dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B, durante a primeira
e segunda fase da
pesquisa
44
3.7 ANÁLISES DAS AMOSTRAS DE SORO
As amostras foram processadas nos laboratórios de Pesquisa do Departamento de
Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo.
3.7.1 Função hepática
Os próximos itens descrevem as provas de função hepática realizadas na pesquisa,
baseando-se no método empregado e kit comercial utilizado.
3.7.1.1 Determinação da atividade sérica da aspartato-aminotransferase
A atividade enzimática da AST sérica foi determinada de acordo com a metodologia
cinética otimizada preconizada pela International Federation of Clinical Chemistry (IFCC),
utilizando-se o analisador bioquímico automático LIASYS®
2
kit comercial.
3
O método baseia-se na ação catalítica da AST sobre alfa-cetoglutarato e o L-
aspartato, originando o L-glutamato e oxalacetato; esta última substância é convertida a L-
malato pela ação da malato desidrogenase, e nessa etapa da reação, ocorre simultaneamente
a oxidação de NADH a NAD+ ocasionando uma diminuição na absorção de luz em
comprimento de onda de 340 nm (BERGMEYER, 1974).
3.7.1.2 Determinação da atividade sérica da gama-glutamiltransferase
A atividade enzimática da GGT foi determinada segundo método cinético otimizado
recomendado pela IFCC, no analisador bioquímico automático LIASYS® e kit comercial.
4
O método é baseado na ação catalítica da GGT sobre a L-gama-glutamil-3-carboxi-
4-nitranilida e glicina dando origem a L-gama-glutamilglicina e 5-amino-2nitrobenzoato,
sendo este último um composto colorido, cuja intensidade de cor é proporcional à atividade
enzimática da GGT, e mensurada em comprimento de onda de 405 nm (SZASZ, 1969).
2
Liasys-MAS-Analysador Medical Sistem.
3
Boehringer Manheim-kit monotest n° 736 791.
4
Boehringer Manheim-kit monotest n° 750 832.
45
3.7.1.3 Dosagem de bilirrubinas
A dosagem das bilirrubinas foi feita com o uso de reativos específicos para dosagem
de Bilirrubina
5
A análise baseou-se no método colorimétrico direto segundo método de Jendrassik e
Grof (1938) para a determinação das bilirrubinas direta e total, em sangue e outros quidos
biológicos. Na fundamentação desta técnica, a bilirrubina reage especificamente com o ácido
sulfanílico diazotado, produzindo um pigmento vermelho (azobilirrubina) cuja intensidade de
cor é determinada em espectrofotometria com 530 nn de comprimento de onda. A bilirrubina
conjugada (direta) reage diretamente com o diazoreativo. Para se obter a reação de toda a
bilirrubina presente (total) emprega-se um revelador aquoso de benzoato de cafeína e a leitura
ocorreu no analisador bioquímico automático LIASYS®.
Determinou-se as concentrações de bilirrubina indireta (livre) através da diferença
entre as bilirrubinas total e direta.
3.7.1.4 Determinação dos teores séricos de proteína total
Para determinação do teor total de proteínas séricas, foi utilizado o método do
biureto recomendado por Gornall et al. (1949), modificado por Strufaldi (1987). O princípio
do método baseia-se na reação dos tripeptídios, polipeptídios e das proteínas existentes no
soro sangüíneo com íons de cobre, presentes no reativo do biureto, em meio alcalino,
formando-se um complexo de coloração violeta. Para leitura foi utilizado o analisador
bioquímico automático LIASYS® em comprimento de onda de 555nm.
3.7.1.5 Determinação dos teores séricos de albumina
A determinação dos teores ricos de albumina foi realizada com uso do método do
verde de bromocresol, de acordo com a técnica preconizada por Doumas e Biggs (1972),
modificado com leitura da coloração da reação obtida em espectrofotômetro, utilizando-se
comprimento de onda de 628 nm. O princípio desta técnica baseia-se na reação entre a
albumina e a solução de verde de bromocresol em pH 4,0, sendo a intensidade da reação
5
Reativo para dosagem de bilirrubina- CELM- n° 1721.
46
diretamente proporcional à concentração de albumina presente na amostra, com leitura da
reação no analisador bioquímico automático LIASYS® .
3.7.1.6 Determinação dos teores séricos de globulina total
Os teores ricos de globulina total foram determinados através da subtração dos teores
séricos de proteína total e albumina (KANEKO, 1997).
3.7.1.7 Determinação da relação albumina/globulina
A relação albumina/globulina foi determinada através do cálculo de divisão, onde o
dividendo foi composto pela concentração sérica de globulinas e o divisor pela concentração
sérica de albumina (KANEKO, 1997).
3.7.1.8 Determinação dos teores séricos de colesterol
A determinação dos teores séricos de colesterol baseou-se no método descrito por
Allain et al. (1974). O método foi empregado com reativos específicos para a dosagem de
colesterol
6
com leitura por metodologia enzimática colorimétrica no analisador bioquímico
automático LIASYS .
O método está baseado na ação das enzimas colesterol-esterase e colesterol-oxidase
sobre o colesterol, originando um composto intermediário e água oxigenada. Na presença
de peroxidase, a água oxigenada formada na reação anterior, reage com 4-arnino-antipirina
e fenol dando origem a um complexo que desenvolve coloração, cuja intensidade medida
em comprimento de onda igual a 500 nm mantém relação direta com a quantidade de
colesterol presente na amostra.
3.7.1.9 Determinação dos teores séricos de triglicérides
6
Reagente da Bio Systems M 11505c-0013.
47
Os teores séricos de triglicérides foram quantificados conforme técnica descrita por
Fossati e Prencipe (1982), através de reativos específicos
7
no analisador bioquímico
LIASYS.
O método baseia-se na hidrólise dos triglicérides pela ão da enzima lipase
liberando glicerol, que sob ação das enzimas glicerol-quinase e glicerol-fosfato-oxidase
forma peróxido de hidrogênio. Este sofre a ação da enzima peroxidase, produzindo
quinolaimina originando um complexo colorido que se quantifica por espectrofotometria.
3.7.2 Função renal
Os próximos itens descrevem as provas de função renal realizadas na pesquisa,
baseando-se no método empregado e kit comercial utilizado.
3.7.2.1 Determinação dos teores séricos de uréia
A uréia sérica foi determinada pelo método da urease descrito por Talke e Schubert
(1965), usando-se kit comercial
8
. O método fundamenta-se na ação da urease sobre a uréia
em meio aquoso originando amônia e liberando CO2. A seguir, a amônia e o 2-oxiglutarato
convertem-se em L-glutamato pela ão da glutamato desidrogenase, havendo nesta reação
oxidação simultânea do NADH2 a NADH, demonstrada pela diminuição da absorbância da
luz monocromática em comprimento de onda de 340 nm. As determinações nessa pesquisa
foram feitas utilizando-se o analisador bioquímico automático LIASYS®.
3.7.2.2 Determinação dos teores séricos de creatinina
Nas determinações da creatinina sérica foi utilizado o método cinético descrito por
Lutsgarten e Wenk (1972), cuja metodologia baseia-se na reação da creatinina com o ácido
pícrico em meio alcalino, produzindo picrato de creatinina, tautômero de coloração
avermelhada, que pode ser avaliado em comprimento de onda de 515 nm. A determinação
foi feita através do analisador bioquímico automático LIASYS®.
3.7.3 Determinação dos teores séricos de ferro e transferrina
7
Reativo da Bio Systems M 11528c-0010.
8
Kit Bayer n° t-01-1581-56.
48
O ferro foi analisado por método colorimétrico utilizando analisador bioquímico
automático LIASYS e reativos específicos para dosagem de ferro
9
.
Esse método colorimétrico utilizado promove uma reação onde Fe
+++
(forma férrica) é
reduzida a Fe
++
(forma ferrosa) pela ação de agente redutor (hidroxilamina). Após a completa
redução, ocorre uma reação do íon ferroso com um agente complexante (ferene), sendo a
intensidade da coloração desenvolvida proporcional à concentração de ferro existente na
amostra. No processo se quantifica também a capacidade total de ligação do ferro com a
transferrina.
3.7.4 Determinação do peso
Os animais foram pesados nos mesmos momentos em que foram retiradas as
amostras de sangue para as análises bioquímicas. Utilizou-se a balança eletrônica Coimma
Ruddweigh modelo 1200.
3.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para calcular os valores da média aritmética, mediana, desvio-padrão e a variação
dos resultados obtidos para os parâmetros bioquímicos avaliados nesta pesquisa, bem como
para realizar os testes estatísticos, comparando as médias ou medianas obtidas nos grupos
experimentais, utilizou-se o programa de computador Minitab Release 14.1 (MINITAB,
2003).
Os testes estatísticos foram realizados para determinação do nível de significância de
duas formas: confrontando os resultados bioquímicos dos cavalos do grupo A, frente aos
resultados dos cavalos do grupo B baseando-se nas diferentes fases de produção a que estes
animais foram submetidos, previamente denominadas de momentos. E comparando os
resultados bioquímicos dos cavalos intra-grupos, ou seja, entre o momento 1 da primeira
fase de cada variável do estudo com os demais momentos no mesmo grupo; confrontando
os valores bioquímicos do início do experimento (antes da primeira imunização do primeiro
ciclo de produção) com os demais valores dos outros momentos, tornando-se este momento
9
Reativo para dosagem de ferro – Raichem – Division of Hemagen Diagnostics nº 85163
49
o valor de referência para estas comparações. Na primeira fase ele é denominado momento
1 e na segunda fase momento 0.
Na análise entre os grupos, os resultados que apresentaram distribuição normal foram
avaliados através do teste T para duas amostras (teste paramétrico), e os resultados que não
apresentaram distribuição normal foram avaliados através do Mann-Whittney (teste não
paramétrico), ambos os testes com nível de significância p<0,05. Com relação à análise
intra-grupos utilizou-se o teste T pareado para amostras com distribuição normal (teste
paramétrico) e o teste de Wilcoxon (teste não paramétrico) para amostras que não
apresentaram distribuição normal, ambos com nível de significância p<0,05, segundo Petrie
e Watson, (1999) e Rey, (2003). Para determinar a média, mediana e desvio padrão dos
resultados procedeu-se a estatística descritiva dos mesmos.
50
4 RESULTADOS
Os resultados obtidos de 596 amostras de soro, colhidas de 32 eqüinos, sem raça
definida, criados na Fazenda São Joaquim, situada na região de São Roque - SP,
pertencentes ao Instituto Butantan, para avaliação bioquímica dos seguintes parâmetros:
AST, GGT, bilirrubinas: total, direta e indireta, proteína total, albumina, globulina total,
relação albumina/globulina, uréia, creatinina, colesterol, triglicérides, ferro, transferrina e
peso dos animais durante o processo de hiperimunização com a toxina diftérica, sangrias de
produção e descanso dos animais, estão apresentados em 16 tabelas. As tabelas de número
2, 4, 6, 7, 10, 12, 14 e 16 referem-se à primeira fase da pesquisa, e as tabelas de número 3,
5, 8, 9, 11, 13, 15 e 17 referem-se à segunda fase. Elas apresentam os valores de média,
mediana, desvio padrão e nível de significância dos parâmetros anteriormente citados
avaliados durante a pesquisa. Relembrando que o valor de referência da pesquisa baseou-se
no momento 1 da primeira fase. Na segunda fase o momento 1 é denominado momento 0,
para facilitar a comparação na avaliação dos resultados intra-grupos.
Além das tabelas, os valores das variáveis avaliadas no transcurso do experimento
foram distribuídos em gráficos, facilitando a visualização das mesmas, Escolhendo-se o
gráfico de linhas para a representação dos resultados.
4.1 FUNÇÃO HEPÁTICA
Os tópicos a seguir descrevem os resultados de AST, GGT, bilirrubinas: total, direta e
indireta, proteína total, albumina, globulina total, relação albumina/globulina, colesterol e
triglicérides.
4.1.1 Aspartato-aminotransferase e gama-glutamiltransferase
Após o início das imunizações da primeira fase, as médias de AST tenderam a
diminuir para ambos os grupos experimentais, atingindo os valores mínimos para o grupo A
no momento 5 (194,9 ± 75,4 U\L) e para o grupo B no momento 4 (181,1 ± 73,5 U\L),
aumentando no período de descanso dos animais, atingindo os valores ximos no
momento 8 tanto para o grupo A como para o grupo B (respectivamente 377,0 ± 116,0 U\L
e 363,0 ± 119,0 U\L). A análise das concentrações de AST intra-grupos (comparação do
51
momento 1 com os demais momentos no próprio grupo) indicou a diminuição das
concentrações de AST para o grupo A nos momentos 4 e 5 (p<0,039) e para o grupo B nos
momentos 2, 4, 5 e 6 (p<0,009), aumento para ambos os grupos A e B nos momentos 8 e 9
(respectivamente p<0,002 e p<0,000). Não houve significância das concentrações de AST
entre os grupos A e B, apresentada na tabela 2 e gráfico 1.
A S T
0
1 0 0
2 0 0
3 0 0
4 0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( U / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico
1
-
Variação das dias das concentrações
de AST dos eqüinos sor
oprodutores dos
grupos A e B na primeira fase, segundo
momentos definidos no quadro 2
52
Na primeira fase os valores médios de GGT apresentaram variações de grande
amplitude para ambos os grupos A e B, aumentando após o momento 1 (respectivamente
9,22 ± 5,40 U\L e 9,58 ± 9,64 U\L), chegando praticamente a dobrar de valor no momento 8
(respectivamente 18,65 ± 14,48 U\L e 18,19 ± 8,26 U\L). A avaliação das concentrações de
GGT intra-grupos indicou o seu aumento tanto para o grupo A como para o grupo B nos
momentos 5, 6, 7, 8 e 9 (respectivamente p<0,000; p<0,0006). A análise entre os grupos
indicou aumento das concentrações de GGT do grupo A em relação ao grupo B no
momento 2 (p<0,007), apresentado na tabela 2 e gráfico 2.
G G T
0
5
1 0
1 5
2 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( U /L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico
2
-
Variação das médias das concentrações
de GGT dos eqüinos soroprodutores
dos grupos A e B na primeira fase,
segundo momentos definidos no quadro
2
53
Tabela 2 Valores dios, desvio padrão, e mediana de aspartato-aminotransferase (AST) e
gama-glutamiltransferase (GGT) dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B,
na primeira fase - São Paulo - 2006
AST GGT
(U/L) (U/L)
Momentos
A B A B
1
260,7 ± 61,0
A
a
258,1
284,7 ± 82,8
A a
278,7
9,22 ± 5,40
A a
7,18
9,58 ± 9,64
A a
6,89
2
238,2 ± 68,2
A a
222,3
241,2 ± 62,9
B a
237,3
10,77 ± 4,47
A a
10,14
7,11 ± 7,75
A b
4,83
3
264,4 ± 92,2
A a
246,9
259,7 ± 63,2
A a
268,8
12,95 ± 8,89
A a
10,98
12,72 ± 10,36
A
a
8,44
4
208,7 ± 72,8
B a
202,0
181,1 ± 73,5
B a
149,6
12,77 ± 7,05
A a
10,58
12,58 ± 9,07
A a
11,61
5
194,9 ± 75,4
B a
194,3
189,5 ± 87,3
B a
167,4
16,47 ± 10,68
B
a
12,76
15,99 ± 11,82
B
a
12,85
6
233,0 ± 65,0
A a
222,3
217,9 ± 59,6
B a
215,7
14,62 ± 9,79
B a
10,71
14,46 ± 7,89
B a
12,15
7
264,3 ± 60,0
A a
259,3
275,6 ± 80,8
A a
247,0
14,14 ± 9,54
B a
11,70
17,00 ± 9,48
B a
14,27
8
377,0 ± 116,0
B
a
318,3
363,0 ± 119,0
B
a
336,3
18,65 ± 14,48
B
a
13,14
18,19 ± 8,26
B a
17,56
9
319,6 ± 72,8
B a
316,7
320,8 ± 104,1
B
a
295,7
17,90 ± 12,65
B
a
11,98
17,39 ± 8,67
B a
16,06
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B
denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 1 e os demais momentos (de 2 a 9)
denotam significância para p < 0,05.
54
Na segunda fase após o início das imunizações, as médias de AST tenderam a
diminuir tanto para o grupo A como para o B, atingindo os valores mínimos para ambos os
grupos no momento 5 (respectivamente 205,4 ± 41,4 U\L e 211,3 ± 55,8 U\L), os valores
máximos para o grupo A no momento 1 (340,7 ± 86,3) e para o grupo B no momento 8
(347,6 ± 52,6). Os resultados avaliados intra-grupos (entre o momento 1 da primeira fase,
denominado na segunda fase momento 0, e os demais momentos no próprio grupo)
indicaram para o grupo A diminuição das concentrações de AST nos momentos 4 e 5
(p<0,002) e aumento nos momentos 1, 8 e 9 (p<0,011), para o grupo B diminuição nos
momentos 3, 4 e 5 (p<0,023) e aumento no momento 8 (p<0,007). Não houve significância
de AST entre os grupos A e B, apresentada na tabela 3 e gráfico 3.
A S T
0
1 0 0
2 0 0
3 0 0
4 0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( U /L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 3 -
Variação das médias das concentrações de
AST dos eqüinos soroprodutores dos
grupos A e B na segunda fase, s
egundo
momentos definidos no quadro 2
55
As médias de GGT apresentaram grande amplitude de variação na segunda fase,
partindo do momento 1 com os valores altos, atingindo as concentrações máximas tanto
para o grupo A como para o B no momento 4 (respectivamente 19,29 ± 11,64 U\L e 23,00 ±
19,77 U\L). A análise dos resultados intra-grupos indicou o aumento de GGT para o grupo
A nos momentos 1, 2, 3 e 4 (p<0,0037) e para o grupo B nos momentos 1, 2, 3, 4, 5 e 6
(p<0,0021). Não houve significância entre os grupos A e B, demonstrada na tabela 3 e
gráfico 4.
G G T
0
1 0
2 0
3 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( U /L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 4 -
Variação das médias das concentrações de
GGT dos eqüinos soroprodutores dos
grupos A e B na segunda fase, s
egundo
momentos definidos no quadro 2
56
Tabela 3 Valores dios, desvio padrão, e mediana de aspartato-aminotransferase (AST) e
gama-glutamiltransferase (GGT) dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B,
na segunda fase - São Paulo - 2006
AST GGT
(U/L) (U/L)
Momentos
A B A B
0
260,7 ± 61,0
A a
258,1
284,7 ± 82,8
A a
287,7
9,22 ± 5,40
A a
7,18
9,58 ± 9,64
A a
6,89
1
340,7 ± 86,3
B a
313,0
331,3 ± 78,8
A
a
301,8
18,23 ± 13,32
B
a
13,50
17,20 ± 11,21
B
a
14,03
2
278,0 ± 76,5
A a
267,0
269,7 ± 47,6
A a
274,7
16,64 ± 10,39
B
a
11,92
18,90 ± 13,70
B
a
13,98
3
249,9 ± 61,1
A a
232,7
233,1 ± 45,2
B a
225,6
18,71 ± 13,45
B
a
15,35
19,64 ± 15,60
B
a
12,29
4
207,7 ± 43,6
B a
209,1
220,2 ± 51,4
B a
214,2
19,29 ± 11,64
B
a
13,24
23,00 ± 19,77
B
a
14,55
5
205,4 ± 41,4
B a
201,6
211,3 ± 55,8
B a
212,1
14,86 ± 9,59
A a
12,12
22,54 ± 21,44
B
a
13,92
6
233,4 ± 63,6
A a
213,6
248,1 ± 72,2
A a
233,9
12,31 ± 6,60
A a
10,09
18,90 ± 18,11
B
a
10,70
7
245,7 ± 53,8
A a
225,1
265,8 ± 51,0
A a
274,4
11,07 ± 5,16
A a
9,48
15,36 ± 12,31
A
a
57
10,54
8
327,7 ± 89,3
B a
311,2
347,6 ± 52,6
B a
354,1
11,53 ± 8,82
A a
9,38
11,96 ± 7,44
A a
9,48
9
324,9 ± 64,8
B a
307,2
300,3 ± 112,0
A
a
286,9
11,67 ± 6,59
A a
11,65
13,85 ± 6,76
A a
11,70
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 0 e os demais momentos (de 1 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
58
4.1.2 Bilirrubina total, direta e indireta
Na primeira fase as médias das concentrações de BT tenderam a diminuir, ocorrendo
os valores mínimos para o grupo A no momento 5 (10,2 ± 4,8 µmol/L) e para o grupo B no
momento 6 (10,9 ± 4,5 µmol/L). A avaliação intra-grupos indicou para o grupo A
diminuição das concentrações de BT nos momentos 4, 5 e 6 (p<0,0255), aumento no
momento 8 (p<0,007) e para o grupo B diminuição das concentrações nos momentos 2, 4, 5,
6 e 7 (p<0,036). Não houve significância dos valores de BT entre os grupos A e B,
apresentados na tabela 4 e gráfico 5.
B i lir r u b in a t o t a l
0
1 0
2 0
3 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 5 -
Variação das médias das concentrações de
bilirrubina total dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase. Segundo momen
tos
definidos no quadro 2
59
As médias de BD oscilaram durante toda a primeira fase. A avaliação dos resultados
intra-grupos indicou para o grupo A diminuição das concentrações de BD nos momentos 4,
5 e 6 (p<0,003), aumento no momento 2 (p<0,001) e para o grupo B diminuição nos
momentos 4, 5, 6 e 7 (p<0,010). Os resultados avaliados entre os grupos indicaram o
aumento das concentrações de BD do grupo B em relação ao A nos momentos 1 e 6
(p<0,034), demonstrado na tabela 4 e gráfico 6.
B il ir r u b in a d ir e t a
0
2
4
6
8
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 6 -
Variação das médias das concentrações de
bilirrubina direta dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
60
Na primeira fase após a primeira imunização, as dias das concentrações de BI
tenderam a diminuir, ocorrendo os valores dios nimos para o grupo A no momento 5
(6,8 ± 4,7 µmol/L) e para o grupo B no momento 6 (6,9 ± 4,1 µmol/L). A análise estatística
intra-grupos, indicou para o grupo A diminuição das concentrações de BI nos momentos 2,
5 e 6 (p<0,018), aumento no momento 8 (p<0,009) e para o grupo B diminuição nos
momentos 2, 4, 5 e 6 (p<0,0129). Não houve significância entre os grupos A e B,
demonstrada na tabela 4 e gráfico 7.
B il ir r u b in a in d ir e t a
0
1 0
2 0
3 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 7 -
Variação das médias das concentrações de
bilirrubina indireta dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase. Segundo momentos
definidos no quadro 2
61
Tabela 4 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de bilirrubina total (BD), bilirrubina
direta (BD) e bilirrubina indireta (BI) dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e
B, na primeira fase - São Paulo – 2006
BT BD BI
(µmol/L) (µmol/L) (µmol/L)
Momentos
A B A B A B
1
18,8 ± 7,8
A a
18,5
26,2 ± 20,4
A a
21,6
4,3 ± 0,2
A a
4,3
5,2 ± 1,3
A b
4,8
14,5 ± 7,3
A a
14,7
21,1 ± 19,7
A a
17,1
2
14,6 ± 6,7
A a
13,0
13,9± 8,2
B a
11,7
5,7 ± 1,8
B a
5,5
5,5± 3,4
A a
4,0
8,8 ± 5,8
B a
7,44
8,5 ± 5,6
B a
7,5
3
18,5 ± 10,6
A a
15,6
20,8 ± 11,0
A a
20,3
4,8 ± 1,5
A a
4,53
5,5 ± 3,0
A a
4,9
13,7 ± 9,9
A a
11,3
15,2 ± 10,5
A a
14,4
4
13,2 ± 7,1
B a
12,3
11,8 ± 4,4
B a
12,6
3,1 ± 0,8
B a
3,0
2,9 ± 0,7
B a
2,6
10,1 ± 7,1
A a
10,0
8,9 ± 4,4
B a
10,1
5
10,2 ± 4,8
B a
9,1
11,1 ± 5,0
B a
9,8
3,4 ± 0,8
B a
3,3
3,6 ± 0,7
B a
3,4
6,8 ± 4,7
B a
5,8
7,5 ± 4,9
B a
6,1
6
10,7 ± 3,7
B a
11,0
10,9 ± 4,5
B a
11,37
3,2 ± 0,6
B a
3,2
4,0 ± 1,3
B b
3,9
7,5 ± 3,3
B a
7,3
6,9 ± 4,1
B a
7,1
7
15,5 ± 5,8
A a
14,4
14,7 ± 6,7
B a
13,0
4,1 ± 0,
A a
4,2
4,4 ± 1,1
B a
4,1
11,4 ± 5,7
Aa
10,3
10,3 ± 6,2
A a
9,3
8
24,0 ± 6,6
B a
22,2
25,3 ± 18,2
A a
18,4
4,8 ± 1,1
A a
4,6
4,8± 0,9
A a
4,6
19,2 ± 5,9
B a
17,6
20,6 ± 17,5
A a
14,1
9
19,7 ± 3,5
A a
18,9
19,7 ± 7,8
A a
17,4
6,3 ± 3,2
A a
4,4
5,2 ± 3,2
A a
4,8
13,4 ± 3,4
A a
13,4
13,8 ± 8,0
A a
11,3
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 1 e os demais momentos (de 2 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
62
As médias das concentrações de BT na segunda fase oscilaram, tendendo a
diminuir após as imunizações, ocorrendo os valores mínimos tanto para o grupo A como
para o B no momento 3 (respectivamente 11,4 ± 2,7 µmol/L e 13,6 ± 7,2 µmol/L). A análise
intra-grupos indicou diminuição das concentrações de BT pra o grupo A nos momentos 3 e
5 (p<0,0159) e para o grupo B nos momentos 3, 5 e 9 (p<0,0382). A análise entre os grupos
indicou que as concentrações médias de BT do grupo B foram maiores que as do grupo A
nos momentos 4, 7 e 8 (p<0,006), apresentadas tabela 5 e gráfico 8.
B il ir r u b in a t o t a l
0
1 0
2 0
3 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 8 -
Variação das médias das concentrações de
bilirrubina total dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase s
egundo momentos
definidos no quadro 2
63
As médias de BD oscilaram durante toda a segunda fase, apresentando-se mais altas
nos momentos de 1 a 3 para ambos os grupos. A avaliação dos resultados intra-grupos
indicou para o grupo A diminuição das concentrações de BD no momento 4 (p<0,0012),
aumento nos momentos 1, 2, 3, 6, 7 e 8 (p<0,0000) e para o grupo B aumento das
concentrações nos momentos 1, 2, 3, 6 e 7 (p<0,000). Na avaliação entre os grupos, houve
aumento das concentrações de BD do grupo B em relação ao grupo A nos momentos 3 e 4
(p<0,0151), demonstrado na tabela 5 e gráfico 9.
B il ir r u b in a d ir e t a
0
5
1 0
1 5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico
9
-
Variação das médias das concentrações de
bilirrubina direta dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase s
egundo momentos
definidos no quadro 2
64
Na segunda fase as médias de BI apresentaram grande amplitude de variação,
ocorrendo os valores mínimos tanto para o grupo A como para o B no momento 3
(respectivamente 2,8 ± 2,3 µmol/L e 4,5 ± 6,5 µmol/L). A avaliação intra-grupos indicou
diminuição das concentrações de BI para o grupo A nos momentos 2, 3, 5 e 6 (p<0,0102) e
para o grupo B nos momentos 1, 2, 3, 5 e 6 (p<0,031). A avaliação entre os grupos
demonstrou o aumento das concentrações de BI do grupo B em relação ao grupo A nos
momentos 4, 7 e 8 (p<0,015) , apresentado tabela 5 e gráfico 10.
B i lir r u b in a i n d ir e t a
0
1 0
2 0
3 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico
10
-
Variação das médias das conce
ntrações
de bilirrubina indireta dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
65
Tabela 5 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de bilirrubina total (BD), bilirrubina
direta (BD) e bilirrubina indireta (BI) dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e
B, na segunda fase - São Paulo - 2006
BT BD BI
(µmol/L) (µmol/L) (µmol/L)
Momentos
A B A B A B
0
18,8 ± 7,8
A a
18,5
26,2 ± 20,4
A a
21,6
4,3 ± 0,2
A a
4,3
5,2 ± 1,3
A b
4,8
14,5 ± 7,3
A a
14,7
21,1 ± 19,7
A a
17,1
1
22,4 ± 8,9
A a
19,5
21,6 ± 6,5
A a
19,8
7,7 ± 2,2
B a
8,5
8,7 ± 2,5
B a
9,8
14,7 ± 8,4
A a
10,9
12,8 ± 6,1
B a
11,9
2
16,6 ± 6,6
A a
16,3
21,7 ± 11,6
A a
20,1
8,4 ± 2,2
B a
8,8
9,6 ± 3,6
B a
10,09
8,0 ± 4,9
B a
7,3
12,0 ± 8,9
B a
9,7
3
11,4± 2,7
B a
10,6
13,6 ± 7,2
B a
11,20
8,6 ± 0,8
B a
8,8
9,4 ± 1,4
B b
9,4
2,8 ± 2,3
B a
1,7
4,5 ± 6,5
B a
1,62
4
14,2 ± 3,4
A a
14,62
21,7 ± 8,9
A b
22,1
3,4 ± 0,8
B a
3,4
4,5 ± 1,9
A b
4,0
10,7 ± 3,7
A a
10,5
17,2 ± 9,0
A b
18,13
5
12,3 ± 4,7
B a
10,9
16,0 ± 7,6
B a
14,8
4,3 ± 0,5
A
a
4,1
4,7 ± 1,1
A a
4,4
8,0 ± 4,2
B a
6,8
11,3± 6,7
B a
9,7
6
13,8 ± 6,9
A a
13,2
18,3 ± 8,6
A a
17,0
5,9 ± 0,9
B a
5,8
6,1 ± 1,2
B a
5,8
7,9 ± 6,2
B a
6,7
12,2 ± 7,9
B a
10,6
7
16,3 ± 5,2
A a
15,4
22,6 ± 10,0
A b
20,0
5,7 ± 0,9
B a
5,5
6,0 ± 0,5
B a
6,0
10,6 ± 4,5
A a
9,7
16,6 ± 9,7
A b
14,0
8
16,4 ± 5,8
A a
15,9
22,2 ± 9,3
A b
19,76
5,0 ± 1,3
B a
5,4
5,5 ± 1,5
A a
5,99
11,3 ± 4,7
A a
10,4
16,7 ± 8,3
A b
13,4
9
16, ± 6,1
A a
15,6
16,3 ± 6,9
B a
14,4
4,7 ± 0,9
A a
4,6
5,8 ± 2,3
A a
5,3
11,3 ± 5,7
A a
10,5
10,5 ± 5,4
A a
8,9
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras difer
entes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 0 e os demais momentos (de 1 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
66
4.1.3 Proteína total, albumina, globulina total e relação albumina/globulina
Na primeira fase as médias de PT apresentaram pequena amplitude de variação para
ambos os grupos experimentais. A análise intra-grupos indicou aumento das concentrações
de PT para o grupo A nos momentos 2, 3, 4 e 5 (p<0,004) e para o grupo B nos momentos
3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 (p<0,000). Não houve significância de PT entre os grupos A e B,
apresentada na tabela 6 e gráfico 11.
Proteína total
0
50
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Momentos
g/L
Grupo A
Grupo B
Gráfico 11 -
Variação das médias das concentrações
de p
roteína total dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
67
Os valores médios de albumina apresentaram pequena amplitude de variação na
primeira fase. A análise intra-grupos demonstrou diminuição das concentrações de
albumina para o grupo A nos momentos 5, 6 e 7 (p<0,020), para o grupo B diminuição nos
momentos 4, 5, 6 e 7 (p<0,029) e aumento nos momentos 8 e 9 (p<0,027). Não houve
significância para albumina entre os grupos A e B, apresentada na tabela 6 e gráfico 12.
A lb u m in a
0
1 0
2 0
3 0
4 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( g / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico
12
-
Variação das médias das concentrações
de albumina dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
68
Tabela 6 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de proteína total (PT) e albumina (Alb)
dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na primeira fase - São Paulo - 2006
PT Alb
(g/L) (g/L)
Momentos
A B A B
1
79,04 ± 6,38
A a
80,92
79,20 ± 6,26
A
a
78,22
32,95 ± 3,97
A a
33,67
32,85 ± 3,77
A a
33,50
2
83.86 ± 6,32
B a
84,21
82,40 ± 6,59
A a
81,59
32,40 ± 3,03
A a
31,83
31,81 ± 2,02
A a
31,78
3
87,05 ± 7,71
B a
84,75
87,91 ± 7,68
B a
87,22
32,31 ± 2,89
A a
31,69
32,34 ± 2,13
A a
32,09
4
86,77 ± 7,83
B a
87,69
86,44 ± 8,38
B a
86,59
30,49 ± 3,04
A a
29,65
29,27 ± 2,12
B a
28,81
5
84,90 ± 4,52
B a
85,72
86,50 ± 8,39
B a
87,32
29,36 ± 2,70
B a
28,61
28,45 ± 3,47
B a
29,16
6
79,27 ± 6,34
A a
79,06
84,20 ± 10,0
B a
83,67
28,21 ± 2,41
B a
28,19
28,82 ± 2,67
B a
29,06
7
78,98 ± 7,29
A a
80,22
82,72 ± 7,37
B a
84,84
30,09 ± 2,47
B a
30,90
30,74 ± 2,44
B a
30,43
8
84,63 ± 9,37
A a
81,53
87,15 ± 7,57
B a
87,27
33,84 ± 2,52
A a
33,80
34,42 ± 2,45
B a
33,77
9
82,65 ± 7,54
A a
82,52
85,63 ± 7,00
B a
82,86
33,91± 3,07
A a
34,19
34,91 ± 2,58
B a
34,33
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 1 e os demais momentos (de 2 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
69
As médias de globulina total oscilaram durante a primeira fase, com os valores
mínimos tanto para o grupo A como para o grupo B no momento 1 (respectivamente 43,21
± 12,50 g\L e 46,35 ± 6,24 g\L), os valores máximos para o grupo A no momento 4 (56,29
± 7,79 g\L) e para o grupo B no momento 5 (58,05 ± 8,49 g\L). A avaliação intra-grupos
indicou aumento das concentrações de globulina total para o grupo A nos momentos 2, 3, 4,
5 e 6 (p<0,0003) e para o grupo B nos momentos 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 (p<0,000). o houve
significância para esta variável entre os grupos A e B, apresentada na tabela 7 e gráfico 13.
G lo b u lin a t o t a l
0
2 0
4 0
6 0
8 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( g / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 13 -
Variação das dias das concentrações
de globulina total dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
70
71
As médias da relação albumina/globulina apresentaram pequena amplitude de
variação na primeira fase. A avaliação intra-grupos indicou diminuição da relação
albumina/globulina para o grupo A nos momentos 4, 5 e 6 (p<0,025) e para o grupo B nos
momentos 4 e 5 (p<0,032). Não houve significância para a relação albumina/globulina entre
os grupos A e B, apresentada na tabela 7 e gráfico 14.
R e l a ç ã o : a lb u m in a /g lo b u lin a
0
0 , 2
0 , 4
0 , 6
0 , 8
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 14 - V
ariação das dias da relação
albumina/globulina dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
72
Tabela 7 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de globulina total (Glo) e da relação
albumina/globulina (Alb/Glo) dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na
primeira fase - São Paulo - 2006
Glo Alb/Glo
(g/L)
Momentos
A B A B
1
43,21 ± 12,50
A
a
46,00
46,35 ± 6,24
A a
45,82
0,6756 ± 0,1541
A
a
0,6732
0,6517 ± 0,1544
A a
0,6827
2
51,46 ± 6,85
B a
52,32
50,59 ± 6,82
B a
49,47
0,6435 ±0,1283
A a
0,6192
0,6417 ± 0,1130
A a
0,6351
3
54,74 ± 7,62
B a
53,54
55,57 ± 8,15
B a
55,59
0,6025 ± 0,1101
A a
0,5665
0,5959 ± 0,1125
A a
0,5769
4
56,29 ± 7,97
B a
58,13
57,17 ± 8,80
B a
57,44
0,5550 ±
0,1151
B a
0,5260
0,5270 ± 0,1146
B a
0,5155
5
55,54 ± 6,53
B a
56,39
58,05 ± 8,49
B a
58,15
0,5409 ± 0,1157
B a
0,5342
0,5027 ± 0,1128
B a
0,4696
6
51,07 ± 7,08
B a
51,51
55,41 ± 10,12
B
a
54,80
0,5665 ± 0,1192
B a
0,5551
0,5385 ± 0,1204
A a
0,5050
7
48,89 ± 7,20
A a
49,69
51,98 ± 7,46
B a
52,82
0,6295 ± 0,1147
A a
0,6206
0,6054 ± 0,1156
A a
0,5736
8
50,79 ± 8,66
A a
49,36
52,72 ± 6,99
B a
53,69
0,6824 ± 0,1189
A a
0,6791
0,6638 ± 0,1014
A a
0,6359
9
48,73 ± 7,06
A a
47,90
50,72 ± 6,61
A a
48,98
0,7096 ± 0,1185
A a
0,7132
0,6998 ± 0,1100
A a
0,6828
73
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 1 e os demais momentos (de 2 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
Os valores médios de PT oscilaram durante toda a segunda fase, com os valores
mínimos tanto para o grupo A como para o grupo B no momento 8 (respectivamente 74,04
± 5,97 g\L e 73,04 ± 4,26 g\L) e os valores máximos para ambos os grupos A e B no
momento 4 (respectivamente 91,58 ± 6,02 g\L e 93,57 ± 7,97 g\L). A avaliação intra-grupos
indicou tanto para o grupo A como para o grupos B diminuição das concentrações de PT no
momento 8 (respectivamente p<0,032 e p<0,000), aumento das concentrações para o grupo
A nos momentos 3 e 4 (p< 0,000) e para o grupo B nos momentos 3, 4 e 5 (p<0,000). Não
houve significância PT entre os grupos A e B, apresentada na tabela 8 gráfico 15.
74
Proteína total
0
50
100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Momentos
g/L
Grupo A
Grupo B
Na segunda fase as médias de albumina apresentaram pequena amplitude de
variação. A análise dos resultados intra-grupos indicou diminuição das concentrações de
albumina para o grupo A nos momentos 6 e 7 (p<0,005) e para o grupo B no momento 6
(p< 0,001). Não houve significância para albumina entre os grupos A e B, apresentada na
tabela 8 e gráfico 16.
Gráfico 15 -
Variação das dias das concentrações
de proteína total dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
75
A lb u m in a
0
1 0
2 0
3 0
4 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( g / L )
G r u p o A
G r u p o B
Tabela 8 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de proteína total (PT) e albumina (Alb)
dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na segunda fase - São Paulo - 2006
PT Alb
(g/L) (g/L)
Momentos
A B A B
0
79,04 ± 6,38
A a
80,92
79,20 ± 6,26
A
a
78,22
32,95 ± 3,97
A a
33,67
32,85 ± 3,77
A a
33,50
1
79,81 ± 5,86
A a
78,57
79,13 ± 5,79
A a
77,54
33,47 ± 1,90
A a
33,69
33,56 ± 2,02
A a
33,70
Gráfico 16 -
Variação das médias das concentrações
de albumina dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase, segundo mom
entos
definidos no quadro 2
76
2
78,27 ± 7,81
A a
76,52
80,88 ± 5,07
A a
79,94
31,13 ± 2,63
A a
31,61
32,00 ± 2,52
A a
32,21
3
86,71 ± 8,23
B a
84,76
89,69 ± 8,19
B a
89,85
31,68 ± 1,84
A a
32,14
31,73 ± 1,59
A a
31,87
4
91,52 ± 6,02
B a
89,49
93,57 ± 7,97
B a
94,05
33,77 ± 3,74
A a
32,91
33,54 ± 3,18
A a
33,45
5
83,65 ± 7,08
A a
82,92
85,54 ± 7,60
B a
84,03
31,17 ± 2,77
A a
30,57
31,70 ± 3,76
A a
31,56
6
75,33 ± 6,89
A a
74,29
79,35 ± 9,22
A a
81,79
27,19 ± 2,88
B a
26,86
28,38 ± 2,70
B a
28,17
7
77,82 ± 7,48
A a
77,45
80,98 ± 6,82
A a
80,61
30,05 ± 2,74
B a
29,36
31,37 ± 1,80
A a
31,46
8
74,04 ± 5,97
B a
73,56
73,04 ± 4,26
B a
72,86
31,14 ± 2,90
A a
30,72
30,95 ± 2,10
A a
30,90
9
81,61 ± 6,48
A a
81,17
80,48 ± 6,73
A a
80,58
34,83 ± 2,01
A a
35,15
34,72 ± 3,43
A a
35,68
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 0 e os demais momentos (de 1 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
Os valores médios de globulina total oscilaram durante toda a segunda fase, com as
médias mínimas tanto para o grupo A como para o grupo B no momento 8 (respectivamente
42,90 ± 5,94 g\L e 42,09 ± 4,96) e os valores máximos para ambos os grupos A e B no
momento 4 (respectivamente 57,76 ± 8,39 g\L e 60,03 ± 9,87). A avaliação intra-grupos
indicou aumento de globulina total para o grupo A nos momentos 3, 4 e 5 (p<0,002), para o
grupo B diminuição no momento 8 (p<0,000) e aumento nos momentos 3, 4, 5 e 6
77
(p<0,000). Não houve significância para globulina total entre os grupos A e B, apresentada
na tabela 9 e gráfico 17.
G lo b u lin a t o t a l
0
2 0
4 0
6 0
8 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( g / L )
G r u p o A
G r u p o B
Na segunda fase as médias da relação albumina/globulina apresentaram pequena
amplitude de variação. A análise dos resultados intra-grupos indicou para o grupo A
diminuição da relação albumina/globulina no momento 6 (p<0,032) e aumento no momento
9 (p<0,036). Não houve significância para a relação albumina/globulina entre os grupos A e
B, apresentada na tabela 9 e gráfico 18.
Gráfico 17 -
Variação das dias das concentrações
de globulina total dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
78
R e l a ç ã o : a lb u m in a /g lo b u lin a
0
0 , 5
1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
G r u p o A
G r u p o B
Tabela 9 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de globulina (Glo) e da relação
albumina/globulina (Alb/Glo) dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na
segunda fase - São Paulo - 2006
Glo Alb/Glo Momentos
(g/L)
Gráfico
18
-
Variação das médias da relação
albumina
/globulina dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
79
A B A B
0
43,21 ± 12,50
A
a
46,00
46,35 ± 6,24
A a
45,82
0,6756 ± 0,1541
A
a
0,6732
0,6517 ± 0,1544
A a
0,6827
1
46,34 ± 6,48
A
a
45,93
45,57 ± 5,57
A a
46,26
0,7376 ± 0,1223
A a
0,7117
0,7478 ± 0,1125
A a
0,7424
2
47,14 ± 7,35
A a
46,47
48,88 ± 4,95
A a
47,78
0,6756 ± 0,1184
A a
0,6450
0,6623 ± 0,0973
A a
0,6357
3
55,03 ± 8,91
B a
53,82
57,96 ± 8,36
B a
59,83
0,5926 ± 0,1173
A a
0,5777
0,5596 ± 0,0954
A a
0,5225
4
57,76 ± 8,39
B a
57,35
60,03 ± 9,87
B a
61,96
0,6038 ± 0,1521
A a
0,5623
0,5804 ± 0,1469
A a
0,5272
5
52,48 ± 8,61
B a
52,08
53,84 ± 9,11
B a
52,16
0,6161 ± 0,1523
A a
0,5585
0,6120 ± 0,1633
A a
0,5774
6
48,15 ± 7,29
A a
48,69
50,97 ± 9,02
B a
53,25
0,5808 ± 0,1276
B a
0,5437
0,5752 ± 0,1234
A a
0,5548
7
47,77 ± 7,59
Aa
47,18
46,51 ± 14,23
A
a
49,12
0,6469 ± 0,1323
A a
0,6287
0,6482 ± 0,1247
A a
0,6141
8
42,90 ± 5,94
A a
42,60
42,09 ± 4,96
B a
42,75
0,7424 ± 0,1418
A a
0,7321
0,7485 ± 0,1270
A a
0,7317
9
46,78 ± 7,05
A a
45,84
45,76 ± 6,34
A a
43,81
0,7638 ± 0,1435
B a
0,7481
0,7742 ± 0,1423
A a
0,7749
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 0 e os demais momentos (de 1 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
80
4.1.4 Colesterol e triglicérides
Os valores médios de colesterol oscilaram durante toda a primeira fase. A avaliação
intra-grupos indicou diminuição das concentrações de colesterol tanto para o grupo A como
para o grupo B nos momentos 3, 4, 5 e 6 (respectivamente p<0,0418 e p<0,0282) e o
aumento das concentrações para o grupo A nos momentos 7, 8 e 9 (p<0,007). Não houve
significância entre os grupos A e B, demonstrada na tabela 10 e gráfico 19.
C o le s t e r o l
0
1
2
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( m m o l /L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico
19
-
Variação das médias das concentrações
de colesterol dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase, se
gundo momentos
definidos no quadro 2
81
As médias de triglicérides apresentaram grande amplitude de variação na primeira fase.
Os valores mínimos ocorreram tanto para o grupo A como para o grupo B no momento 3
(respectivamente 0,1555 ± 0,0624 mmol/L e 0,1451 ± 0,1546 mmol/L), os valores máximos
para o grupo A no momento 5 (0,4240 ± 0,1948 mmol/L) e para o grupo B no momento 8
(0,5830 ± 0,2940 mmol/L). A análise intra-grupos indicou diminuição das concentrações de
triglicérides tanto para o grupo A como para o B no momento 3 (respectivamente p<0,020 e
p<0,0226), aumento das concentrações para o grupo A nos momentos 5, 6 e 7 (p<0,0053) e
para o grupo B nos momentos 5, 6, 7, 8 e 9 (p<0,000). A análise entre os grupos indicou
que a concentração de triglicérides foi maior no grupo B em comparação ao grupo A no
momento 8 (p<0,001), demonstrada na tabela 10 e gráfico 20.
T r ig li c é r id e s
0
0 , 2
0 , 4
0 , 6
0 , 8
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( m m o l /L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico
20
-
Variação das médias das concentrações
de triglicérides dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
82
Tabela 10 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de colesterol (Col) e triglicérides (Tgl)
dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na primeira fase - São Paulo - 2006
(Col) (Tgl)
(mmol/L) (mmol/L)
Momentos
A B A B
1
1,887 ± 0,460
A a
1,900
1,928 ± 0,433
A a
1,980
0,2590 ± 0,1540
A a
0,2543
0,2290 ± 0,1070
A a
0,2428
2
1,991 ± 0,463
A a
1,961
1,755 ± 0,562
A a
1,666
0,3600 ± 0,4550
A a
0,2118
0,1975 ± 0,2134
A a
0,0987
3
1,490 ± 0,376
B a
1,404
1,499 ± 0,441
B a
1,551
0,1555 ± 0,0624
B a
0,1575
0,1451 ± 0,1546
B a
0,1092
4
1,608 ± 0,485
B a
1,484
1,440 ± 0,310
B a
1,447
0,2932 ± 0,1157
A a
0,2665
0,2535 ± 0,1541
A a
0,2024
5
1,587 ± 0,345
B a
1,461
1,509 ± 0,295
B a
1,510
0,4240 ± 0,1948
B a
0,3545
0,3812 ± 0,0820
B a
0,3995
6
1,603 ± 0,286
B a
1,597
1,569 ± 0,198
B a
1,585
0,4104 ±
0,1451
B a
0,3719
0,4598 ± 0,1312
B a
0,4168
7
2,071 ± 0,429
B a
1,970
1,972 ± 0,273
A a
1,904
0,3330 ± 0,1100
B a
0,3338
0,3930 ± 0,1300
B a
0,3800
8
2,297 ± 0,491
B a
2,123
2,122 ± 0,276
A a
2,174
0,2790 ± 0,1640
A a
0,2447
0,5830 ± 0,2940
Bb
0,5334
9
2,268 ± 0,486
B a
2,167
2,077 ± 0,285
A a
2,116
0,3134 ± 0,1298
A a
0,2835
0,3971 ± 0,2229
B a
0,3403
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 1 e os demais momentos (de 2 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
83
Na segunda fase as concentrações dias de colesterol apresentaram pequena
amplitude de variação. Para ambos os grupos A e B os valores mínimos ocorreram no
momento 6 (respectivamente 1,535 ± 0,246 mmol/L e 1,578 ± 0,124 mmol/L) e os valores
máximos no momento 9 (respectivamente 2,361 ± 0,430 e 2,294 ± 0,356). A análise dos
valores de colesterol intra-grupos indicou diminuição das concentrações de colesterol tanto
para o grupo A como para o grupo B no momento 6 (respectivamente p<0,000 e p<0,002),
aumento das concentrações para o grupo A nos momentos 8 e 9 (p<0,000) e para o grupo B
nos momentos 2 e 9 (p<0,005). Não houve significância entre os grupos A e B,
demonstrada na tabela 11 e gráfico 21.
C o le s t e r o l
0
1
2
3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( m m o l /L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico
21
-
Varia
ção das dias das concentrações
de colesterol dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
84
Os valores médios de triglicérides apresentaram grande amplitude de variação para
ambos os grupos experimentais na segunda fase, ocorrendo a média mais baixa para o grupo
A no momento 9 (0,0492 ± 0,0536 mmol/L), para o grupo B no momento 8 (0,0672 ±
0,0563 mmol/L) e as médias mais altas tanto para o grupo A como para o grupo B no
momento 5 (respectivamente 0,6250 ± 0,6300 mmol/L e 0,6067 ± 0,1371 mmol/L). Os
resultados analisados intra-grupos indicaram diminuição das concentrações de triglicérides
tanto para o grupo A como para o grupo B nos momentos 8 e 9 (respectivamente p<0,001 e
p<0,0001), aumento das concentrações para o grupo A nos momentos 1, 4, 5, 6 e 7
(p<0,000) e para o grupo B nos momentos 1, 3, 4, 5 e 6, (p<0,000). A avaliação entre os
grupos indicou diminuição das concentrações de triglicérides do grupo B em relação ao
grupo A nos momentos 1 e 7 (p<0,038) e aumento das concentrações do grupo B em
relação ao grupo A no momento 3 (p< 0,0358), segundo tabela 11 e gráfico 22.
T r ig li c é r id e s
0
0 , 2
0 , 4
0 , 6
0 , 8
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( m m o l /L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 22 -
Variação das dias das concentrações
de triglicérides dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
85
Tabela 11 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de colesterol (Col) e triglicérides (Tgl)
dos eqüinos produtores dos grupos A e B, na segunda fase - São Paulo - 2006
(Col) (Tgl)
(mmol/L) (mmol/L)
Momentos
A B A B
0
1,887 ± 0,460
A a
1,900
1,928 ± 0,433
A a
1,980
0,2590 ± 0,1540
A a
0,2543
0,2290 ± 0,1070
A a
0,2428
1
2,090 ± 0,405
A a
2,071
2,054 ± 0,239
A a
2,009
0,4430 ± 0,1270
B a
0,4501
0,3350 ± 0,1070
B b
0,3362
2
2,107 ± 0,378
A a
2,081
2,195 ± 0,290
B a
2,120
0,2565 ± 0,0751
A a
0,2901
0,2782 ± 0,0585
A a
0,2901
3
1,984 ± 0,315
A a
1,902
1,928 ± 0,293
A a
1,880
0,3156 ± 0,2018
A a
0,2547
0,3441 ±
0,1240
B b
0,3197
4
1,966 ± 0,351
A a
1,943
1,978 ± 0,313
A a
2,024
0,3986 ± 0,0712
B a
0,3993
0,4475 ±
0,0781
B a
0,4471
5
1,943 ± 1,387
A a
1,743
1,731 ± 0,494
A a
1,702
0,6250 ±
0,6300
B a
0,4624
0,6067 ±
0,1371
B a
0,5792
6
1,535 ± 0,246
B a
1,483
1,578 ± 0,214
B a
1,600
0,4250 ± 0,1524
B a
0,3769
0,4160 ± 0,1309
B a
0,3817
7
1,986 ± 0,349
A a
1,960
1,976 ± 0,188
A a
1,959
0,4330 ± 0,1790
B a
0,4298
0,3130 ± 0,1200
A
b
0,3182
8
2,123 ± 0,476
B a
1,925
1,998 ± 0,273
A a
2,052
0,1139 ±
0,1591
B a
0,0409
0,0672 ± 0,0563
B a
0,0451
9
2,361 ± 0,430
B a
2,313
2,294 ± 0,356
B a
2,277
0,0492 ±
0,0536
B a
0,03015
0,0835 ± 0,0606
B a
0,08155
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos exper
imentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 0 e os demais momentos (de 1 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
86
87
4.2 FUNÇÃO RENAL
Os tópicos a seguir descrevem os resultados de uréia e creatinina.
4.2.1 Uréia e creatinina
As médias de uréia oscilaram durante toda a primeira fase. A análise dos resultados
desta variável intra-grupos indicou para o grupo A diminuição das concentrações de uréia
no momento 3 (p<0,0418), aumento nos momentos 7 e 8 (p<0,0019) e para o grupo B
aumento nos momentos 7, 8 e 9 (p<0,000). A avaliação dos resultados desta variável entre
os grupos, indicou aumento das concentrações de uréia no grupo B em relação ao grupo A
nos momentos 7 e 8 (p<0,000), apresentadas na tabela 12 e gráfico 23.
U r é i a
0
5
1 0
1 5
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( m m o l /L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 23 -
Variação das dias das concentrações
de uréia dos eqüinos soroprodutores
dos grupos A e B na primeira fase
,
s
egundo momentos definidos no quadro
2
88
Os valores médios de creatinina oscilaram durante toda a primeira fase. A avaliação
dos resultados intra-grupos indicou aumento das concentrações de creatinina para o grupo A
nos momentos 5, 6, 7, 8 e 9 (p<0,000) e para o grupo B nos momentos 5, 6, 7 e 8 (p<0,000).
A análise entre os grupos indicou o aumento de creatinina do grupo A em relação ao B no
momento 6 (p<0,048), apresentado na tabela 12 e gráfico 24.
C r e a t in in a
0
1 0 0
2 0 0
3 0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 24 -
Variação das dias das concentrações
de creatinina dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
89
Tabela 12- Valores médios, desvio padrão e mediana de uréia e creatinina (Crea) dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B, na primeira fase - São Paulo - 2006
Uréia Crea
(mmol/L)
(µmol/L)
Momentos
A B A B
1
6,666 ± 1,804
A
a
5,863
6,931 ± 1,244
A
a
6,860
163,80 ± 15,80
A a
165,31
160,40 ± 15,00
A a
161,77
2
5,470 ± 1,690
A
a
5,367
6,690 ± 2,040
A
a
7,107
161,30 ± 17,90
A a
159,56
155,80 ± 20,80
A a
152,05
3
5,500 ± 1,160
B
a
5,323
6,460 ± 1,580
A
a
6,185
162,60 ± 14,40
A a
160,01
161,10 ± 14,80
A a
156,47
4
6,623 ± 1,013
A
a
6,280
7,318 ± 1,248
A
a
7,080
160,60 ± 26,70
A a
151,61
153,20 ± 21,80
A a
147,19
5
6,790 ± 1,040
A
a
6,558
7,110 ± 1,750
A
a
7,174
179,51 ± 14,34
B a
175,48
170,94 ± 19,81
B a
172,38
6
6,420 ± 1,190
A
a
6,245
7,250 ± 1,270
A
a
7,185
180,90 ± 18,40
B a
177,24
168,50 ± 15,80
Bb
169,73
7
7,482 ± 0,935
B
a
7,244
8,620 ± 1,660
B
b
8,290
179,00 ± 16,60
B a
179,46
170,80 ± 16,60
B a
172,83
8
8,552 ± 0,848
B
a
8,803
10,020 ± 1,190
B b
9,603
190,50 ± 22,00
B a
193,16
182,20 ± 16,90
B a
181,67
9
7,220 ± 1,210
A
a
6,893
8,460 ± 2,540
B
a
7,879
175,7 ± 15,30
B
a
173,27
170,90 ± 16,60
A a
4,20
90
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 1 e os demais momentos (de 2 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
As médias de uréia oscilaram durante toda a segunda fase, ocorrendo os valores
mínimos tanto para o grupo A como para o grupo B no momento 8 (respectivamente 5,976
± 0,714 mmol/L e 6,737 ± 0,965 mmol/L), os valores máximos para o grupo A no momento
1 (8,718 ± 0,909 mmol/L) e para o grupo B no momento 7 (8,859 ± 0,907 mmol/L). Os
resultados de uréia analisados intra-grupos indicaram aumento das concentrações de uréia
para o grupo A nos momentos 1, 5, 7 e 9 (p<0,000) e para o grupo B nos momentos 1, 5, 6,
7 e 9 (p<0,000). A avaliação dos resultados desta variável entre os grupos indicou aumento
das concentrações de uréia do grupo B em relação ao grupo A nos momentos 7, 8 e 9
(p<0,008), apresentado na tabela 13 e gráfico 25.
U r é ia
0
5
1 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( m m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
91
Gráfico
25
-
Variação das médias das concentrações
de uréia dos eqüinos soroprodutores
dos grupos A e B na segunda fase
,
s
egundo momentos definidos no quadro
2
92
Os valores de creatinina na segunda fase apresentaram grande amplitude de
variação. As médias mínimas desta variável ocorreram tanto para o grupo A como para o
grupo B no momento 8 (respectivamente 132,71 ± 9,60 µmol/L e 129,60 ± 11,00 µmol/L),
as médias máximas ocorreram no momento 4 para o grupo A (181,99 ± 13,05 µmol/L) e no
momento 1 para o grupo B (184,60 ± 21,10 µmol/L). A avaliação dos resultados intra-
grupos indicou diminuição das concentrações de creatinina tanto para o grupo A como para
o grupo B nos momentos 7, 8 e 9 (p<0,006 para ambos os grupos), aumento das
concentrações para o grupo A nos momentos 1, 3, 4 e 5 (p<0,002) e para o grupo B nos
momentos 1, 4 e 5 (p<0,000). Não houve significância entre os grupos A e B, apresentada
na tabela 13 e gráfico 26.
C r e a t in i n a
0
5 0
1 0 0
1 5 0
2 0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 26 -
Variação das dias das concentrações
de creatinina dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
93
Tabela 13- Valores médios, desvio padrão e mediana de uréia, uréia nitrogenada e creatinina
dos eqüinos soroprodutores dos grupos A e B, na segunda fase - São Paulo -
2006
Uréia Crea
(mmol/L)
(µmol/L)
Momentos
A B A B
0
6,666 ± 1,804
A
a
5,863
6,931 ± 1,244
A
a
6,860
163,80 ± 15,80
A a
165,31
160,40 ± 15,00
A a
161,77
1
8,718 ± 0,909
B
a
8,832
8,460 ± 1,250
B
a
8,441
178,20 ± 15,30
B a
179,89
184,60 ± 21,10
B a
185,64
2
6,610 ± 1,110
A
a
6,525
7,140 ± 1,060
A
a
7,153
168,60 ± 17,90
A a
167,08
165,70 ± 17,70
A a
165,75
3
7,187 ± 0,872
A
a
7,229
7,210 ± 1,300
A
a
7,094
177,20 ± 15,90
B a
174,59
167,70 ± 14,30
A a
172,83
4
6,740 ± 1,020
A
a
6,598
7,470 ± 1,500
A
a
7,126
181,99 ± 13,05
B a
178,13
177,30 ± 15,02
B a
178,13
5
7,710 ± 0,964
B
a
7,573
7,873 ± 0,858
B
a
7,931
175,10 ± 14,00
B a
171,50
171,70 ± 12,80
B a
172,82
6
7,244 ± 0,863
A
a
7,422
7,970 ± 1,160
B
a
8,051
157,57 ± 13,51
A a
155,14
157,41 ± 16,10
A a
162,22
7
8,120 ± 1,020
B
a
7,908
8,859 ± 0,907
B
b
8,592
149,20 ± 16,50
B a
148,51
149,50 ± 15,70
B a
152,93
8
5,976 ± 0,714
A
a
6,068
6,737 ± 0,965
A
b
6,679
132,71 ± 9,60
B a
132,16
129,60 ± 11,00
B a
129,95
9
7,647 ± 0,841
B
8,630 ± 1,100
B
149,50 ± 13,60
143,80 ± 13,80
94
a
7,764
b
8,407
B a
145,86
B a
143,21
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 0 e os demais momentos (de 1 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
4.3 FERRO E TRANSFERRINA
As médias de ferro apresentaram grande amplitude de variação na primeira fase.
Após o início das imunizações elas baixaram em ambos os grupos, apresentando os valores
mínimos tanto para o grupo A como para o B no momento 3 (respectivamente 22,02 ± 6,90
µmol/L e 20,54 ± 6,53 µmol/L). A partir do momento 4, estas médias aumentaram
gradativamente até atingir os valores máximos para ambos os grupos A e B no momento 8
(respectivamente 41,72 ± 8,28 µmol/L e 49,10 ± 20,24 µmol/L). Os resultados avaliados
intra-grupos indicaram diminuição das concentrações de ferro tanto para o grupo A como
para o B no momento 3 (respectivamente p<0,006 e p<0,001) e aumento das concentrações
para ambos os grupos A e B nos momentos 7, 8 e 9 (respectivamente p<0,001 e p<0,000).
Não houve significância entre os grupos A e B, apresentada na tabela 14 e gráfico 27.
95
F e r r o
0
2 0
4 0
6 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico
27
-
Variação das dias das con
centrações
de ferro dos eqüinos soroprodutores dos
grupos A e B na primeira fase, s
egundo
momentos definidos no quadro 2
96
Os valores médios de transferrina apresentaram grande amplitude de variação na
primeira fase, aumentando após o momento 2, permanecendo altos durante toda a fase para
ambos os grupos A e B chegando praticamente a triplicar no momento 9 (respectivamente
35,50 ± 11,25 µmol/L e 39,93 ± 11,58 µmol/L) em relação ao momento 1 (respectivamente
12,30 ± 10,20 µmol/L e 11,32 ± 8,80 µmol/L). Os resultados desta variável avaliados intra-
grupos indicaram aumento das concentrações de transferrina para o grupo A nos momentos
2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9 (p<0,000) e para o grupo B nos momentos 4, 5, 6, 8 e 9 (p<0,000). A
análise entre os grupos determinou o aumento da concentração de transferrina do grupo A
em relação ao grupo B no momento 2 (p<0,041), apresentado na tabela 14 e gráfico 28.
T r a n s f e r r in a
0
2 0
4 0
6 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 28 -
Variação das dias das concentrações
de transferrina dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase, s
egundo momentos
definidos no quadro 2
97
Tabela 14 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de ferro (Fe) e transferrina (Trf) dos
eqüinos produtores dos grupos A e B, na primeira fase - São Paulo - 2006
(Fe) (Trf)
(µmol/L) (µmol/L)
Momentos
A B A B
1
29,11± 9,22
A a
31,16
29,17 ± 8,65
A a
28,85
12,30 ± 10,20
A a
8,88
11,32 ± 8,80
A a
10,35
2
27,89 ± 11,94
A a
22,75
26,79 ± 8,84
A a
23,34
20,90 ± 13,90
B a
19,04
12,23 ± 7,82
A b
11,82
3
22,02 ± 6,90
B a
21,22
20,54 ± 6,53
B a
21,34
21,60 ± 11,00
B a
24,40
18,40 ± 13,00
A
a
15,05
4
28,00 ± 10,42
A a
24,54
34,39 ± 17,95
A
a
31,11
24,80 ± 17,10
B a
21,47
20,30 ± 10,40
B
a
22,00
5
30,30 ± 10,70
A a
30,07
33,70 ± 10,30
A
a
35,06
23,14 ± 13,23
B a
20,23
23,08 ± 15,31
B
a
23,98
6
30,73 ± 8,09
A a
30,60
34,20 ± 9,27
A a
33,05
21,60 ± 12,90
B a
18,47
20,00± 15,30
B a
20,59
7
40,70 ± 12,70
B a
36,13
44,50 ± 12,40
B
a
42,54
16,94 ± 14,32
A a
11,09
20,01 ± 13,71
A
a
12,93
8
41,72 ± 8,28
B a
41,57
49,10 ± 20,24
B
a
42,01
25,70 ± 11,70
B a
27,68
26,40 ± 14,70
B
a
30,13
9
38,64 ± 8,81
B a
38,96
35,90 ± 10,20
Ba
33,58
35,50 ± 11,25
B a
37,09
39,93 ± 11,58
B
a
39,99
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 1 e os demais momentos (de 2 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
98
Na segunda fase as médias de ferro apresentaram grande amplitude de variação,
principalmente para o grupo B. Os valores médios desta variável apresentam diminuição a
partir do momento 2, com os valores mais baixos para o grupo A no momento 6 (26,39 ±
6,53 µmol/L) e para o grupo B no momento 2 (22,01 ± 7,32 µmol/L), aumentando para
ambos os grupos de forma gradativa a partir do momento 3, com as médias mais altas tanto
para o grupo A como para o grupo B no momento 5 (respectivamente 49,52 ± 19,69 µmol/L
e 66,37 ± 24,06 µmol/L). A análise dos resultados intra-grupos indicou aumento das
concentrações de ferro para o grupo A nos momentos 1, 4, 5 e 9 (p<0,000), para o grupo B
diminuição no momento 2 (p<0,0249) e aumento nos momentos 4, 5 e 7 (p<0,000). A
análise entre os grupos determinou a diminuição das concentrações de ferro do grupo B em
relação ao A nos momentos 1 e 2 (p<0,0110) e aumento das concentrações do grupo B em
relação ao A nos momentos 4, 5 e 6 (p<0,020), apresentado na tabela 15 e gráfico 29.
F e r r o
0
2 0
4 0
6 0
8 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 29 - Variação das médias das con
centrações
de ferro dos eqüinos soroprodutores dos
grupos A e B na segunda fase, s
egundo
momentos definidos no quadro 2
99
Os valores médios de transferrina apresentaram grande amplitude de variação na
segunda fase, partindo do momento 1 com os valores altos para ambos os grupos,
permanecendo altos até o momento 3, ocorrendo as médias mais altas no momento 2 tanto
para o grupo A como para o B (respectivamente 45,26 ± 11,40 µmol/L e 52,96 ± 9,87),
baixando gradativamente a partir do momento 4, ocorrendo as médias mais baixas para o
grupo A no momento 9 (6,55 ± 4,99 µmol/L) e para o grupo B no momento 7 (8,78 ± 7,67
µmol/L). A avaliação intra-grupos indicou para o grupo A diminuição das concentrações de
transferrina no momento 9 (p<0,043), aumento das concentrações nos momentos 1, 2, 3 e 6
(p<0,0000) e para o grupo B aumento das concentrações nos momentos 1, 2, 3, 4 e 5
(p<0,000). A análise entre os grupos indicou que houve aumento das concentrações de
transferrina do grupo B em relação ao A no momento 1 (p<0,026), apresentado na tabela 15
e gráfico 30.
T r a n s f e r r in a
0
2 0
4 0
6 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( µ m o l / L )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 30 -
Variação das dias das concentrações
de transferrina dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
segunda fase, segun
do momentos
definidos no quadro 2
100
Tabela 15 - Valores médios, desvio padrão, e mediana de ferro (Fe) e transferrina (Trf) dos
eqüinos produtores dos grupos A e B, na segunda fase - São Paulo - 2006
(Fe) (Trf)
(µmol/L) (µmol/L)
Momentos
A B A B
0
29,11± 9,22
A a
31,16
29,17 ± 8,65
A a
28,85
12,30 ± 10,20
A a
8,88
11,32 ± 8,80
A a
10,35
1
35,50 ± 8,39
B a
35,52
28,38 ± 4,52
A b
27,70
37,36 ± 11,26
B a
38,73
44,71 ± 4,78
B b
45,99
2
28,64 ± 8,23
A a
27,87
22,01 ± 7,32
Bb
20,73
45,26 ± 11,40
Ba
48,34
52,96 ± 9,87
B a
55,20
3
32,33 ± 8,51
A a
30,28
32,03 ± 6,53
A a
30,78
39,82 ± 11,26
B a
41,49
40,41 ± 9,10
B a
42,01
4
46,30 ± 14,10
B a
43,54
59,90 ± 21,20
B
b
53,31
25,59 ± 18,91
A a
20,10
33,43 ± 17,70
B
a
32,94
5
49,52 ± 19,69
B a
44,18
66,37 ± 24,06
B
b
61,96
20,03 ± 15,01
A a
15,57
29,83 ± 17,60
B
a
25,92
6
26,39 ± 6,53
A a
24,54
32,63 ± 7,76
A
b
34,37
20,25 ± 9,99
B a
20,58
18,17 ± 11,44
A
a
17,64
7
38,87 ± 14,22
A a
31,58
37,94 ± 8,47
B a
35,10
9,33 ± 7,03
A a
8,62
8,78 ± 7,67
A a
6,71
8
32,39 ± 6,62
A a
31,25
28,59 ± 4,93
A a
28,48
10,47 ± 7,28
A a
9,39
14,40 ± 7,59
A a
13,16
9
35,86 ± 5,36
Ba
35,91
33,58 ± 5,52
A a
32,86
6,55 ± 4,99
B a
6,15
10,06 ± 8,75
A a
7,06
101
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 0 e os demais momentos (de 1 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
4.4 PESO
Os valores dios de peso oscilaram durante toda a primeira fase, apresentando as
médias mais altas tanto para o grupo A como para o B no momento 9 (respectivamente 420,8
± 27,7 Kg e 443,1 ± 34,2 Kg). A avaliação dos resultados de peso intra-grupos indicou seu
aumento tanto para o grupo A como para o B nos momentos 7, 8 e 9 (respectivamente
p<0,003 e p<0,000). Não houve significância entre os grupos A e B, demonstrada na tabela 16
e gráfico 31.
P e s o
3 8 0
4 0 0
4 2 0
4 4 0
4 6 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( K g )
G r u p o A
G r u p o B
Gráfico 31 -
Variação das médias de peso dos eqüinos
soroprodutores dos grupos A e B na
primeira fase s
egundo momentos
definidos no quadro 2
102
Tabela 16 - Valores médios, desvio padrão, e mediana dos pesos dos eqüinos soroprodutores
dos grupos A e B, na primeira fase - São Paulo - 2006
Peso
(Kg)
Momentos
A B
1
406,6 ± 28,5
A a
411,5
420,4 ± 37,9
A a
415,5
2
409,4 ± 30,1
A a
413,0
425,6 ± 38,5
A a
425,5
3
406,5 ± 27,2
A a
408,0
418,5 ± 38,7
A a
419,0
4
402,8 ± 28,3
A a
410,0
416,4 ± 37,8
A a
416,0
5
405,1 ± 28,3
A a
412,0
419,0 ± 36,0
A a
417,0
6
404,5 ± 29,2
A a
413,0
417,38 ± 38,44
A a
415,0
7
414,3 ± 28,6
B a
420,0
432,5 ± 36,0
B a
430,0
8
417,5 ± 27,6
B a
422,0
437,1 ± 35,0
Ba
431,0
103
9
420,8 ± 27,7
B a
427,0
443,1 ± 34,2
Ba
437,0
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na me
sma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 1 e os demais momentos (de 2 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
As dias de peso na segunda fase apresentaram grande amplitude de variação, com
os valores mais baixos tanto para o grupo A como para o grupo B no momento 4
(respectivamente 414,1 ± 28,5 Kg e 432,9 ± 34,1 Kg) e os valores mais altos para ambos os
grupos A e B no momento 9 (respectivamente 448,0 ± 31,6 Kg e 471,0 ± 36,0 Kg). A análise
de peso intra-grupos indicou o aumento de peso para o grupo A nos momentos 1, 2, 3, 5, 6, 7,
8 e 9 (p<0,000) e para o grupo B em todos os momentos da segunda fase, de 1 a 9 (p<0,000).
A análise entre os grupos indicou que a média de peso do grupo B aumentou em relação ao
grupo A no momento 8 (p<0,039), demonstrado na tabela 17 e gráfico 32.
104
P e s o
3 5 0
4 0 0
4 5 0
5 0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
M o m e n t o s
( K g )
G r u p o A
G r u p o B
Tabela 17 - Valores médios, desvio padrão, e mediana dos pesos dos eqüinos soroprodutores
dos grupos A e B, na segunda fase - São Paulo - 2006
Peso
(Kg)
Momentos
A B
0
406,6 ± 28,5
A a
411,5
420,4 ± 37,9
A a
415,5
1
433,6 ± 28,5
B a
438,0
450,5 ± 38,6
B a
442,0
Gráfico 32 - Variação das médias d
e peso dos
eqüinos soroprodutores dos grupos
A e B na segunda fase, s
egundo
momentos definidos no quadro 2
105
2
427,8 ± 30,3
B a
431,0
441,0 ± 34,7
B a
437,0
3
425,1 ± 30,1
B a
432,0
441,1 ± 34,9
B a
437,0
4
414,1 ± 28,5
A a
416,0
432,9 ± 34,1
B a
431,0
5
417,1 ± 28,7
B a
423,0
434,4 ± 34,5
Ba
429,0
6
420,4 ± 29,4
B a
424,0
435,5 ± 33,9
B a
437,0
7
432,0 ± 31,7
B a
427,0
454,8 ± 33,6
B a
451,0
8
437,6 ± 31,4
B a
430,0
462,9 ± 34,7
B b
459,0
9
448,0 ± 31,6
B a
439,0
471,0 ± 36,0
B a
467,0
Os momentos de 1 a 3 se referem às imunizações, os momentos 4 a 6 se referem às sangrias
de produção e os momentos de 7 a 9 se referem ao período de descanso dos animais
(respectivamente 15, 30 e 45 dias após a última sangria).
a, b
Letras diferentes na mesma linha entre os dois grupos experimentais A e B denotam
significância para p < 0,05.
A, B
Letras diferentes na mesma coluna entre o momento 0 e os demais momentos (de 1 a 9)
denotam significância para p< 0,05.
106
5 DISCUSSÃO
As dietas de animais de companhia, produção e esporte têm sido estudadas e
aprimoradas. Porém, o incremento de proteína na dieta de animais principalmente dos que
praticam atividades esportivas é controverso. Existe um raciocínio de que os animais que
realizam atividades físicas necessitem de incremento protéico na dieta, porém esta hipótese
não foi comprovada (GRAHAM-THIERS et al., 2003; MILLER; LAWRENCE, 1988;
PATTERSON et al., 1985). Entretanto, no que diz respeito a cavalos soroprodutores o
existe um consenso com relação ao teor de proteínas que deva ser administrado na dieta
desta categoria de animais. Muitos trabalhos relacionando excesso de proteínas na dieta de
eqüinos que praticam atividades físicas m sido realizados, porém nenhum trabalho
relacionando eqüinos soroprodutores com altas concentrações de proteína na dieta foi
encontrado na literatura compulsada.
Tendo os cavalos soroprodutores papel de grande importância na Saúde Pública, e
sendo escassa a literatura com esta categoria de animais, principalmente no que diz respeito
às suas exigências nutricionais e avaliação bioquímica, pretendeu-se, com o presente
estudo, aprofundar estes aspectos, comparando os resultados bioquímicos encontrados, com
os de outras pesquisas que avaliaram a bioquímica clínica de: eqüinos alimentados com
diferentes teores de PB (principalmente cavalos que praticam esporte) e cavalos
soroprodutores em produção.
5.1 FUNÇÃO HEPÁTICA
Os itens a seguir discutem os resultados das provas de função hepática analisadas
estatisticamente, relacionando-os com a literatura compulsada.
5.1.1 Aspartato-aminotransferase
Os resultados estatísticos determinaram a ausência de significância das
concentrações de AST entre os grupos A e B durante a pesquisa, indicando que os teores de
proteína nas dietas não interferiram na atividade desta enzima. Após o início das
imunizações, as médias desta variável para ambos os grupos A e B tenderam a diminuir,
107
aumentando no período de descanso dos animais tanto na primeira como na segunda fase.
(Tabelas 2-3 e Gráficos 1 e 3). Estes resultados sugerem que as imunizações influenciaram
nas concentrações de AST, concordando com o trabalho de Sahal et al. (2004) que
determinaram a diminuição das concentrações de AST (chegando a diminuir 4,2 vezes)
após as imunizações em cavalos soroprodutores inoculados com toxóide tetânico.
Discordando do trabalho de Abdelkader et al. (1991), que determinaram experimentalmente
que as imunizações com culturas de E. coli e P. multocida não interferem nas concentrações
de AST em cavalos soroprodutores. A diferença entre o resultado de Sahal et al. (2004) e da
presente pesquisa com o resultado de Abdelkader et al. (1991), pode estar relacionada ao
tipo de antígeno inoculado.
5.1.2 Gama-glutamiltransferase
A análise estatística indicou o aumento dos valores de GGT do grupo A em relação
ao B apenas no momento 2 (p<0,007) da primeira fase da pesquisa (Tabela 3 e Gráfico 4),
sugerindo que em geral o teor protéico das dietas não interferiu de forma significativa nas
concentrações desta variável. Durante a avaliação dos resultados intra-grupos houve grande
amplitude de variação de GGT, que apresentou tendência a aumentar após o início das
imunizações nas duas fases, para ambos os grupos experimentais, sendo que em alguns
momentos as suas concentrações chegaram a dobrar com relação ao momento inicial do
estudo, atingindo no momento 8 da primeira fase para o grupo A as concentrações de
18,65±14,48 U\L e para o grupo B as concentrações de 18,19±8,26 U\L (Tabela 2 e Gráfico
2). Estes resultados sugerem que as imunizações levaram ao aumento da atividade de GGT,
concordando com os trabalhos de Abdelkader et al. (1991) e Kampl et al. (1995), que
demonstraram que a atividade desta enzima aumenta com o decorrer das imunizações em
cavalos soroprodutores.
Abdelkader et al. (1991), provaram que os cavalos soroprodutores avaliados
sofreram processo de colestase (evidenciado pelo aumentando dos níveis séricos de GGT)
devido à compressão que a deposição de amilóide sérico exerceu sobre o fígado dos
animais. Segundo Doxey (1985) e Meyer (1992), processos de colestase aumentam a
atividade de GGT em todas as espécies animais, sugerindo para a presente pesquisa, que os
animais principalmente durante a fase de produção de plasma-hiperimune estejam sofrendo
agressões hepáticas que possam ocasionar processos de colestase. Porém, são necessárias
108
outras pesquisas avaliando além das concentrações de GGT, as concentrações de fosfatase
alcalina por períodos de tempo maiores, para determinar a ocorrência desta enfermidade em
cavalos soroprodutores.
5.1.3 Bilirrubina total
As médias das concentrações de BT tenderam a diminuir após o início das
imunizações nas duas fases da pesquisa, para ambos os grupos experimentais (Tabelas 4 e 5
e Gráficos 5 e 8), sugerindo que os processos de imunização levaram a diminuição das
concentrações de BT, discordando dos trabalhos de Abdelkader et al. (1991), que
concluíram que as imunizações com culturas de E. coli e P. multocida o alteram os
valores de BT, e Parra (2005) que concluiu que as imunizações e sangrias de produção o
interferem significativamente nas concentrações de bilirrubina total em cavalos
soroprodutores inoculados com antígeno crotálico. Esta diferença de resultados pode estar
associada ao tipo de antígeno inoculado nos animais das pesquisas citadas e do presente
estudo.
Na segunda fase da pesquisa, houve tendência das concentrações dias de BT
serem maiores para o grupo B quando comparadas ao grupo A, com significância nos
momentos 4, 7 e 8 (p<0,006), sugerindo a interferência da ração no aumento das
concentrações desta variável.
5.1.4 Bilirrubina direta
Durante a pesquisa, houve uma tendência das concentrações de BD serem maiores
no grupo B em relação ao grupo A, com significância nos momentos 1 e 6 (p<0,034) da
primeira fase (Tabela 4 e Gráfico 6) e nos momentos 3 e 4 (p<0,0151) da segunda fase
(Tabela 5 e Gráfico 9), sugerindo a interferência da concentração de proteína das dietas
nestes resultados.
As avaliações intra-grupos das concentrações de BD apresentaram resultados
diferentes entre as fases. Na primeira fase, para ambos os grupos experimentais, as
concentrações de BD tenderam a aumentar no período de imunização, diminuindo em todos
os momentos referentes às sangrias de produção. na segunda fase, as concentrações de
BD aumentaram nos períodos de imunização e no momento referente à última sangria de
109
produção, tendendo a aumentar no período de descanso dos animais. Estes resultados
discordam do trabalho de Parra (2005), que determinou que as concentrações de BD o
sofrem influência significativa das imunizações e sangrias de produção em cavalos
soroprodutores imunizados com veneno crotálico.
O aumento sérico de BD certamente está associado ao processo de produção de
plasma-hiperimune. Segundo Hagiwara (1982), em processos hemolíticos e colestáticos
pode haver o aumento sérico desta variável. Para o presente estudo, este aumento é
sugestivo de um processo colestático, pois também houve o aumento da atividade de GGT
durante o processo de produção de plasma-hiperimune.
5.1.5 Bilirrubina indireta
A análise estatística das concentrações de BI intra-grupos indicou durante a
pesquisa, uma tendência das concentrações desta variável diminuírem após o início das
imunizações e, nos momentos referentes às sangrias de produção em ambos os grupos
experimentais. Estes resultados sugerem que as imunizações e sangrias de produção
interferiram em suas concentrações, discordando do trabalho realizado por Parra (2005),
que determinou que as concentrações de BI não sofrem influência significativa das
imunizações ou sangrias de produção em cavalos inoculados com veneno crotálico.
Na segunda fase da pesquisa a avaliação dos resultados entre os grupos indicou uma
tendência das concentrações de BI do grupo B serem maiores em relação ao grupo A, com
significância nos momentos 4, 7 e 8 (p<0,015) (Tabela 5 e Gráfico 10), sugerindo que os
teores protéicos das dietas interferiram nestes resultados.
5.1.6 Proteína total
Apesar das médias de PT apresentarem pequena amplitude de variação durante a
pesquisa, houve aumento das suas concentrações na avaliação intra-grupos em ambos os
grupos experimentais, principalmente nos momentos relacionados às sangrias de produção
(Tabelas 6 e 8 e Gráficos 11 e 15). Estes resultados sugerem que o aumento de PT ocorreu
relacionado às imunizações. Como a PT é a somatória dos valores de albumina e globulina
total (KANEKO, 1997), provavelmente seu aumento foi influenciado pelo aumento de
globulina total devido ao estímulo antigênico das imunizações.
110
Não houve significância para PT entre os grupos durante toda a pesquisa,
concordando com os trabalhos de Graham-Thiers et al. (2000, 2003), Patterson et al. (1985)
e Olsman et al. (2003), que através de estudos provaram que os aumentos dos teores de
proteína bruta na dieta de eqüinos, não influenciam nas concentrações plasmáticas de
proteína total.
5.1.7 Albumina
Durante a pesquisa, os valores médios de albumina apresentaram pequena amplitude
de variação, contudo a análise estatística intra-grupos indicou para ambos os grupos A e B,
diminuição das concentrações desta variável principalmente nos momentos referentes às
sangrias de produção (Tabelas 6 e 8 e Gráficos 12 e 16), sugerindo que o aumento de
globulina total tenha interferido nas concentrações de albumina, que tenderam a diminuir
quando as concentrações de globulina total aumentaram, pois em geral existe uma relação
inversamente proporcional entre as concentrações de albumina e globulina total (KANEKO,
1997).
Em nenhum momento da pesquisa houve significância de albumina entre os grupos
A e B, concordando com Graham-Thiers et al. (2000, 2003), Patterson et al. (1985) e
Olsman et al. (2003) que afirmam que o aumento de proteína bruta na dieta de eqüinos não
interfere na síntese de albumina pelo fígado.
5.1.8 Globulina total
As médias de globulina total oscilaram durante toda a pesquisa, aumentando após o
início das imunizações, atingindo as concentrações máximas para ambos os grupos entre os
momentos 3, 4 e 5 das duas fases (Tabelas 7 e 9 e Gráficos 13 e 17). Baseando-se na
afirmação de que as γ-globulinas são formadas em sua maioria pelo sistema imune, sendo as
imunoglobulinas componentes deste grupo (KANEKO, 1997), sugere-se que o processo de
produção e plasma-hiperimune levou a alterações nas concentrações de globulina total, pois
os momentos 4 e 5 referem-se às sangrias de produção, onde sabidamente os títulos de
anticorpos apresentam-se mais altos durante o processo de produção de plasma-hiperimune.
A avaliação entre os grupos demonstrou que não houve significância para globulina
total durante a pesquisa. Portanto, não foi possível comprovar que o teor protéico das
rações tenha interferido em suas concentrações, concordando com o trabalho de Patterson et
111
al. (1985) que provaram que o aumento do teor protéico na alimentação de cavalos não
interfere nos valores de globulina total.
Poderia-se esperar uma menor produção de globulinas em animais com menor índice
nutricional, no entanto a análise estatística entre os grupos indicou não haver significância
entre as rações, ocorrendo os maiores picos de globulina total para ambos os grupos
experimentais nos momentos de sangria de produção, sugerindo que ambas as rações foram
satisfatórias para a resposta imune.
5.1.9 Relação albumina/globulina
Os valores médios da relação albumina/globulina no transcorrer da pesquisa
apresentaram pequena amplitude de variação, tendendo a diminuir para ambos os grupos A
e B nos momentos relacionados às sangrias de produção, principalmente na primeira fase
(Tabelas 7 e 9 e Gráficos 14 e 18). Provavelmente esta diminuição está relacionada às
alterações que o processo de produção de plasma-hiperimune ocasionou na relação
albumina/globulina.
A avaliação dos resultados entre os grupos A e B indicou que não houve significância
desta variável durante a pesquisa, concordando com o trabalho de Patterson et al. (1985)
que provaram que a relação albumina/globulina não é influenciada pelo aumento de PB na
dieta de eqüinos.
5.1.10 Colesterol
Os valores médios de colesterol oscilaram durante toda a pesquisa, com tendência a
diminuir para ambos os grupos A e B durante os períodos de imunização e sangria de
produção principalmente na primeira fase e, a aumentar no período de descanso dos animais
(Tabelas 10 e 11 e Gráficos 19 e 21), discordando dos resultados da pesquisa realizada por
Sahal et al. (2004) que avaliaram as concentrações de colesterol em cavalos soroprodutores,
concluindo que os valores médios de colesterol dos animais aumentaram após as
imunizações. Essa discordância de resultados pode estar relacionada a fatores diferenciais
entre os animais da pesquisa de Sahal et al. (2004) e do presente estudo como: a) tipo de
antígeno inoculado, b) protocolo de imunização, c) esquema de descanso dos animais e, d)
tempo de utilização dos animais em produção.
112
Entretanto, Sahal et al. (2004) afirmaram que durante o estudo, alguns cavalos
apresentaram diminuição das concentrações de colesterol, sugerindo que estes
desenvolveram hepatite. O fígado é o principal órgão que sintetiza o colesterol (MEYER et
al., 1992), então processos inflamatórios ou infecciosos que levem a disfunção deste órgão
podem induzir a diminuição das concentrações plasmáticas desta variável. Os eqüinos
soroprodutores da presente pesquisa tenderam a apresentar diminuição das concentrações de
colesterol durante o processo de produção de plasma-hiperimune, sugerindo que houve
alteração da função hepática neste período.
A avaliação das concentrações de colesterol entre os grupos A e B, demonstrou que
não houve significância para esta variável durante a pesquisa, sugerindo que os teores
protéicos das dietas não interferiram na síntese de colesterol entre os grupos experimentais
estudados.
5.1.11 Triglicérides
As médias de triglicérides apresentaram grande amplitude de variação para ambos os
grupos A e B, tanto na primeira como na segunda fase. Entretanto, as fases não seguiram
um padrão com relação aos momentos em que as concentrações de triglicéides tenderam a
aumentar e diminuir na avaliação intra-grupos (Tabelas 10 e 11 e Gráficos 20 e 22). Apesar
das concentrações desta variável o terem aumentado e diminuído seguindo um padrão
entre as fases, os resultados avaliados permitem supor que houve interferência do processo
de produção de plasma-hiperimune em suas concentrações.
A avaliação entre os grupos determinou na primeira fase o aumento das
concentrações de triglicérides do grupo B em relação ao A no momento 8 (p<0,001), na
segunda fase diminuição das concentrações de triglicérides do grupo B em relação ao grupo
A nos momentos 1 e 7 (p<0,038) e aumento no momento 3 (p< 0,0358). Como os
momentos em que esta variável aumentaram e diminuíram foram muito distintos entre as
fases da pesquisa, não foi possível determinar se houve interferência do teor protéico das
dietas nestes resultados.
Esperava-se determinar a ocorrência do processo de lipidose nestes animais em
decorrência das imunizações, contudo as fases de produção avaliadas apresentaram
comportamentos muito distintos, sendo impossível determiná-lo. Estudos com cavalos
soroprodutores por períodos de tempo maiores são necessários para determinar a ocorrência
desta enfermidade nesta categoria de animais.
113
5.2 FUNÇÃO RENAL
Os itens a seguir discutem os resultados das provas de função renal analisadas
estatisticamente, relacionando-os com a literatura compulsada.
5.2.1 Uréia
Durante a pesquisa, as médias de uréia na avaliação intra-grupos foram
significativas principalmente no período de descanso dos animais, tendendo a aumentar
tanto para o grupo A como para o grupo B (Tabelas 12-13 e Gráficos 23 e 25), discordando
do trabalho de Sahal et al. (2004) que determinaram que as concentrações de uréia
diminuem após as imunizações em cavalos soroprodutores. No presente estudo, houve
diminuição das concentrações de uréia em apenas um momento relacionado ao período
imunização dos animais do grupo A. Esta diferença de resultados pode estar relacionada a
fatores diferenciais entre o presente estudo e a pesquisa de Sahal et al. (2004) como: a) a
concentração de proteína bruta fornecida na dieta dos animais, b) o tipo de antígeno
inoculado, c) o protocolo de imunização, d) o esquema de descanso dos animais e, e) o
tempo de utilização dos animais em produção.
A análise dos resultados entre os grupos durante a pesquisa, indicou que as médias
das concentrações de uréia tenderam a aumentar no grupo B quando comparados ao grupo
A no período de descanso dos animais, com significância nos momentos 7 e 8 (p< 0,000) da
primeira fase e nos momentos 7, 8 e 9 (p<0,008). Concordando com os trabalhos de
Graham-Thiers et al. (2000, 2003), Miller e Lawrence (1988), Nelson e Tyznik (1971),
Patterson et al. (1985) e Olsman et al. (2003) que determinaram através de experimentação
com eqüinos, que as concentrações de uréia plasmática aumentam quando se elevam as
concentrações de proteína bruta na dieta e, com a afirmação de Finco (1997) e Fonnesbeck
e Symons (1969) que dietas com alto teor protéico aumentam as concentrações plasmáticas
de uréia.
114
5.2.2 Creatinina
A avaliação dos resultados intra-grupos na primeira fase indicou o aumento das
concentrações de creatinina para o grupo A nos momentos 5, 6, 7, 8 e 9 (p<0,000) e para o
grupo B nos momentos 5, 6, 7 e 8 (p<0,000). E na segunda fase diminuição das concentrações
de creatinina tanto para o grupo A como para o grupo B nos momentos 7, 8 e 9 (p<0,006 para
ambos os grupos), aumento das concentrações para o grupo A nos momentos 1, 3, 4 e 5
(p<0,002) e para o grupo B nos momentos 1, 4 e 5 (p<0,000) (Tabelas 12-13 e Gráficos 24 e
26). Estes resultados permitem afirmar que o processo de produção de plasma-hiperimune
interferiu nas concentrações de creatinina intra-grupos. Entretanto, as duas fases foram muito
distintas com relação aos momentos em que as concentrações desta variável diminuíram e
aumentaram, sendo impossível determinar se estas alterações foram causadas por alguma
enfermidade decorrente do processo de produção de plasma-hiperimune. Avaliações das
concentrações de creatinina, em cavalos soroprodutores, por períodos de tempo maiores são
necessárias, para definir melhor em que momentos que estas concentrações se alteram
relacionando estas alterações com possíveis enfermidades.
A análise estatística indicou significância entre os grupos A e B em apenas um
momento da pesquisa, permitindo afirmar que não existem evidências suficientes de que os
teores de proteína bruta na dieta tenham interferido nas concentrações de creatinina entre os
grupos estudados durante o presente estudo, concordando com os trabalhos de Graham-Thiers
et al. (2000, 2003), Patterson et al. (1985), e Olsman et al. (2003), que provaram que o
aumento de proteína bruta na dieta de eqüinos não interfere nas concentrações plasmáticas de
creatinina.
5.3 FERRO E TRANSFERRINA
As concentrações médias de ferro e transferrina tenderam a se comportar de modo
inversamente proporcional durante a pesquisa. Nos momentos de imunização, as médias de
ferro tenderam a diminuir e as de transferrina a aumentar, e contrariamente nos período de
sangrias de produção, as médias de ferro tenderam aumentar e as de transferrina a diminuir
(Tabelas 14-15 e Gráficos de 27-30). Concordando com os resultados do trabalho de Parra
(2005), que afirmou que as concentrações de ferro e transferrina se comportaram de modo
inversamente proporcional durante o processo de produção de plasma-hiperimune
115
antiveneno crotálico, concluindo que os animais desenvolveram anemia ferropriva durante o
processo de sangria de produção. Como na presente pesquisa não foram determinados os
valores de eritrograma dos eqüinos, não é possível afirmar se os cavalos desenvolveram
anemia ferropriva durante os períodos de sangria de produção. Com relação aos momentos
referentes às imunizações dos animais, houve uma tendência das concentrações de ferro
diminuírem e de transferrina aumentarem. Baseando-se nas afirmações de Cheville (2004) e
Smith (1997), que em doenças infecciosas e processos inflamatórios ocorre a diminuição da
disponibilidade de ferro pela ação de macrófagos para impedir o acesso de
microorganismos ao ferro e desviar o ferro lábil para a síntese de ferritina, supõe-se que as
concentrações de ferro tenderam a diminuir e de transferrina a aumentar em decorrência do
seqüestro de ferro estimulado pela inoculação de antígeno diftérico.
A análise estatística entre os grupos indicou significância das concentrações de ferro
apenas na segunda fase da pesquisa, com a diminuição das concentrações do grupo B em
relação ao A nos momentos 1 e 2 (p<0,0110) e aumento das concentrações do grupo B em
relação ao A nos momentos 4, 5 e 6 (p<0,020) (Tabela 15 e Gráfico 29). E para a
transferrina, houve significância das concentrações entre os grupos A e B em apenas dois
momentos da pesquisa, com o aumento das concentrações do grupo A em relação ao grupo
B no momento 2 (p<0,041) da primeira fase (tabela 14 e gráfico 28), e aumento das
concentrações do grupo B em relação ao A no momento 1 (p<0,026) da segunda fase
(Tabela 15 e Gráfico 30). Como o houve um padrão de comportamento nas alterações
destas variáveis entre os grupos; com relação aos momentos em que elas aumentaram e
diminuíram, não foi possível relacionar possíveis interferências dos diferentes teores de
proteína das dietas com as concentrações plasmáticas de ferro e transferrina e, nem
determinar ao certo, a razão do aumento e diminuição destas concentrações, sendo
necessárias outras pesquisas por períodos de tempo maiores para compreender o significado
destes fenômenos.
5.4 PESO
A avaliação dos resultados de peso intra-grupos indicou na primeira fase o aumento
desta variável tanto para o grupo A como para o B nos momentos 7, 8 e 9 (respectivamente
p<0,003 e p<0,000), na segunda fase o aumento de peso para o grupo A nos momentos 1, 2, 3,
5, 6, 7, 8 e 9 (p<0,000) e para o grupo B em todos os momentos, de 1 a 9 (p<0,000) (Tabelas
116
16-17 e Gráficos 31-32). Como houve diferença de manejo alimentar entre a primeira e a
segunda fase no que diz respeito ao volumoso fornecido aos animais dos dois grupos,
alimentado-os na segunda fase com capim ao invés de feno, sugere-se que o aumento de peso
na segunda fase seja decorrente desta alteração nas dietas dos animais.
A análise de peso durante o estudo entre os grupos, indicou a ocorrência de
significância em apenas um momento, impossibilitando determinar se os concentrados
interferiram de maneira diferente nos pesos dos animais.
117
6 CONCLUSÕES
A pesquisa desenvolvida para avaliar se o concentrado com teor de 22% de PB
fornecido aos eqüinos soroprodutores do Instituto Butantan é adequado, ou causa
sobrecarga hepática e renal nos animais alterando sua performance produtiva, e as possíveis
alterações das variáveis avaliadas durante o processo de produção de plasma-hiperimune,
permitiu que se determinassem as conclusões detalhadas a seguir.
Concluiu-se que apesar de terem ocorrido significâncias entre os grupos A e B para
determinadas variáveis e em determinados momentos da pesquisa, elas não foram
suficientes para afirmar se o concentrado com 22% de proteína bruta causa sobrecarga
hepática e renal nos animais.
Os dois grupos de animais avaliados durante a pesquisa apresentaram respostas
semelhantes com relação à performance produtiva e a recuperação orgânica.
Todas as variáveis avaliadas no transcorrer da pesquisa sofreram alterações durante o
processo de produção de plasma-hiperimune, evidenciadas através do aumento e/ou
diminuição em suas concentrações. Algumas variáveis demonstraram-se muito sensíveis ao
estímulo do processo de produção sofrido pelos animais, como a GGT, AST, bilirrubina
direta, colesterol e triglicérides, indicando alterações funcionais principalmente no fígado
dos animais dos dois grupos avaliados, aventando possibilidades futuras do
desenvolvimento de processos como a colestase e deposição de substância amilóide neste
órgão. Com relação à função renal, observou-se que as concentrações de creatinina
sofreram grande influência do processo de produção de plasma-hiperimune, sendo um
indício do possível desenvolvimento de enfermidades nos rins com o decorrer das
imunizações.
118
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123
ANEXOS
124
125
ANEXO A - Ração com 15% de Proteína Bruta
Nível de Garantia (por kg do produto)
Proteína Bruta min. 15% Cálcio máximo 1,5%
Extrato Etéreo min. 2% Fósforo mínimo 0,5%
Enriquecimento (por kg do produto)
Vitamina A 9.000 UI Metionina 3,00 mg
Vitamina D 2.250 UI Triptofano 1,00 mg
Vitamina E 750 mg Cobre 45,00 mg
Vitamina B1 4,00 mg Zinco 60,00 mg
Vitamina B2 4,00 mg Magnésio 30,00 mg
Vitamina B12 15,00 meg Ferro 15,00 mg
Biotina 0,40 mg Manganês 30,00 mg
Colina 140,00 mg Cobalto 3,00 mg
Niacina 15,00 mg Selênio 0,09 mg
Ácido Pantotênico 15,00 mg Iodo 0,40 mg
Lisina 5,00 mg
-Composição Básica do Produto: aveia, farelo de soja, farelo de trigo, feno de gramíneas,
melaço, milho integral moído, fosfato bicálcico, cloreto de sódio (sal comum), carbonato de
cálcio, Premix Vitamínico Mineral.
126
ANEXO B - Ração com 22% de Proteína Bruta
Componentes: farelo de trigo, farelo de soja, milho, sal, fosfato de bicálcio, feno de alfafa, premix
vitamínico, premix mineral.
Proporções de Ingredientes Componentes:
Milho (quirera): mínimo 43%
Farelo de soja: mínimo 25%
Farelo de trigo: máximo 20%
Fosfato: média 1,5%
Calcáreo: média 2%
Sal: 1%
Protenose: máximo 10%
Feno de Alfafa: apenas para ajuste dos níveis de fibra.
Componentes Substitutos: nenhum
Níveis de Garantia por Quilo do Produto:
Umidade máxima: 13%
Proteína Bruta mínima: 22%
Estrato Etéreo mínimo: 2,0%
Matéria Fibrosa máxima: 8,0%
Matéria Fibrosa mínima: 5,0%
Cálcio máximo: 1,5%
Fósforo mínimo: 0,65%
Matéria Mineral máxima: 15%
Elementos Componentes por Quilo do Produto:
Energia Digestível: 33,08 Kcal/kg Niacina: 44,94 mg/kg
Proteína Bruta mínima: 22% Ácido Pantotênico: 9,913 mg/kg
Fibra mínimo: 6%- máximo: 8% Piridoxina: 7,35 mg/kg
Cálcio mínimo: 1,2%- máximo: 1,5% Riboflavina: 2,209 mg/kg
Fósforo mínimo: 0,60%- máximo: 0,80% Tiamina: 4,287 mg/kg
Potássio: 0,933% Vitamina E: 11,976 UI/kg
Cloro: 0,041% Arginina: 2,091%
Sódio: 0,19 mg Histidina: 0,678%
Magnésio: 0,19 mg Isoleucina: 1,284%
Enxofre: 0,21 mg Leucina: 2,217%
Cobre: 15,24 mg Lisina: 1,424%
Ferro: 65,05 mg/kg Metionina: 0,426%
Manganês: 17,4 mg/kg Cistina: 0,462
Selênio: 0,14 mg/kg Fenilalanina: 1,299%
Zinco: 21,22 mg/kg Tirosina: 0,903%
Biotina: 0,181 mg/kg Treonina: 1,025%
Colina: 1,386 mg/kg Triptofano: 0,320%
Folacina: 0,342 mg/kg Valina: 1,284%
Enriquecimento por Quilograma do Produto:
Vitamina A: 3,700 UI Sódio: 0,19 mg
Vitamina D: 275 UI Magnésio: 0,19 mg
127
Vitamina E: 15 mg Enxofre: 0,21 mg
Vitamina C: 600 mg Ferro: 65,05 mg
Riboflavina: 4 mg Selênio: 0,14 mg
Tiamina: 150 mg Cobre: 15.24 mg
Ácido Fólico: 0,5 mg Manganês: 17,40 mg
Vitamina B12: 15 mg Zinco: 21,22 mg
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