Para que haja uma consolidação da atividade apícola no RN, faz-se necessário
minimizar a carga tributária, e com isso incrementa-se o processo produtivo apícola, sem
causar impacto na composição dos custos da transação.
Com uma eficiente infra-estrutura de logística e distribuição, os atravessadores
repassam o mel para indústrias de beneficiamento das regiões Sul e Centro-Sul do país, as
quais, após envase, distribuem-no para os pontos de comercialização em todo o país,
inclusive, em alguns casos, para o próprio RN e para o mercado externo.
Com o crescimento da produção, elevação do número de apicultores e o incremento no
processo organizativo das associações e da federação, a tendência é de que aumentem a sua
capitalização, as associações se fortaleçam aumentando seu poder de barganha em relação ao
preço e, assim, desenvolvam outras formas de comercialização com menor interferência de
intermediários, tendo as associações, cooperativas e federações papel central neste processo.
Durante o Seminário Internacional sobre Comércio Exterior no Setor Apícola,
realizado em Mossoró/RN, Martin (2002) indicou alguns pontos básicos antes de se buscar o
mercado internacional: organização dos produtores e produção tecnificada, para garantir a
preservação das qualidades intrínsecas; envase adequado do produto - tambores de trezentos
kg (sessenta a setenta unidades) próprios para alimentos, quando for a granel e,
preferencialmente potes de vidro, quando for fracionado, com rótulo aprovado pelo
importador; fornecimento de amostras ao comprador para análise de parâmetros requeridos na
legislação do país importador; transporte do local de produção até o porto, em condições
adequadas; contratação de pessoal capacitado para acompanhar, dentro do porto, o produto até
o embarque.
Um dos aspectos que fortalece não só a cadeia produtiva do mel no Rio Grande do
Norte mas em todo o Brasil é a presença do polihíbrido que é o cruzamento das abelhas
africanizadas (Apis mellifera scutelata Lepeletier) com abelhas de origem européia trazidas
pelos imigrantes no século XIX.
A flora apícola ideal é fornecedora de grande quantidade de alimento possibilitando
um constante desenvolvimento das colméias (ALCONFORADO FILHO, GONÇALVES,
2000). Sua qualidade depende das espécies vegetais naturais ou cultivadas, condições
climáticas, fertilidade do solo, adensamento da espécie e presença de flora competidora, além
da hereditariedade, a idade e sanidade das espécies vegetais, que também podem influenciar
no fornecimento de néctar e pólen (ALCONFORADO FILHO, 1996).
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