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aparentemente afetado pela presença do patógeno (Tsuji et al. 1991, Buell & Somerville, 1995).
O patógeno é capaz de se multiplicar no interior da planta hospedeira sem causar morte a planta.
Estudos vêm mostrando que Arabidopsis é suscetível a diversos patógenos incluindo vírus,
fungos, nematóides, insetos e bactérias (German et al., 1995, Muckenshnabel et al., 2002,
Simpson & Johnson, 1990, Jader et al., 2001, Wubben et al., 2004).
A relação entre Arabidopsis e a bactéria Xanthomonas também tem sido analisada. Diferentes
respostas de resistência têm sido documentadas como tolerância (Tsuji et al., 1991, Buell &
Somerville, 1995), reação de hipersensibilidade (RH) (Godard et al., 2000) e resistência sem RH
(Buell & Somerville, 1997). Estudos genéticos vêm mostrando que a resistência encontrada em
alguns ecótipos de A. thaliana pode ser monogênica ou poligênica (Buell & Somerville, 1997).
O trabalho de Tsuji et al. (1991) exemplifica o tipo de interação onde a resposta de resistência
por parte da planta é do tipo tolerante ao patógeno. Dois ecótipos de Arabidopsis, Columbia (Col)
e Pr-0, inoculados com o isolado Xcc 2D520 manifestaram respostas de defesa distintas. Pr-0 foi
suscetível a Xcc, apresentando sintomas típicos, como clorose e necrose, enquanto o ecótipo Col,
reagiu tolerantemente ao crescimento bacteriano, sem desenvolver os sintomas. A análise
genética permitiu identificar que um único gene dominante, o RXC1, estaria envolvido na
resistência contra este isolado.
Em outro experimento, o mesmo isolado de Xcc (2D520) foi utilizado, porém, o tipo de
resposta foi resistência sem RH. Buell & Somerville (1997) verificaram que o gene RXC2,
dominante, confere ao ecótipo Columbia (Col) resistência contra este isolado, restringindo o
crescimento bacteriano, enquanto o ecótipo Landsberg (Ler) mostrou níveis consideráveis do
patógeno, sendo altamente suscetível. Resistência digênica a Xcc também foi descrita neste
mesmo trabalho. A interação de dois genes dominantes, RXC3 e RXC4 está envolvida no
impedimento do crescimento bacteriano.