Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO
ESTUDO SOBRE A VARIAÇÃO DA PRESSÃO INTRA-
OCULAR DURANTE CIRURGIAS OFTALMOLÓGICAS EM
COELHOS E SEUS EFEITOS NA RETINA DE MACACOS
EDUARDO SOARES MAIA VIEIRA DE SOUZA
RIBEIRÃO PRETO
2005
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
EDUARDO SOARES MAIA VIEIRA DE SOUZA
ESTUDO SOBRE A VARIAÇÃO DA PRESSÃO INTRA-
OCULAR DURANTE CIRURGIAS OFTALMOLÓGICAS EM
COELHOS E SEUS EFEITOS NA RETINA DE MACACOS
ORIENTADORA:
PROFa. DRa. MARIA DE LOURDES VERONESE RODRIGUES
RIBEIRÃO PRETO
2005
Tese apresentada à Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo,
para obtenção de título de Doutor em
Oftalmologia.
ads:
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, pela orientação, apoio e incentivo
incondicional ao longo destes anos de estudo.
À Bia, pela compreensão e carinho em todos os momentos.
Às minhas avós, pelo exemplo e constante estímulo.
Aos meus irmãos, pela amizade e apoio.
iii
AGRADECIMENTOS
"Grandes realizações e conquistas envolvem,
invariavelmente, a cooperação de várias mentes."
Alexander Graham Bell
À Profa. Dra. Maria de Lourdes V. Rodrigues, por ter sido mais do que uma
orientadora: uma amiga e um exemplo de ética e sabedoria.
Ao Fábio e Alzira, pelo exemplo de vida, que muitas vezes me estimularam a continuar.
À Secretaria do Departamento de Oftalmologia da FMRP: Cecília, Amélia, Rita e
Rogério pelo carinho e amizade com que me receberam.
Ao Núcleo de Procriação de Macacos-prego da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
– UNESP.
Ao Prof. Dr. José Américo de Oliveira, pela oportunidade de trabalhar com macacos-
prego e pelo exemplo de ideal científico.
Ao Dr. Adalberto Novaes Silva, por ter me oferecido a possibilidade de trabalhar com
macacos-prego.
Ao Prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Évora, por ter aberto as portas do seu laboratório a
um jovem e desconhecido cientista, cobrando somente que se fosse feita ciência de
qualidade.
iv
AGRADECIMENTOS
Ao Carlos Alan Candido Dias Jr., pelo companheirismo e inestimável auxílio durante a
realização dos experimentos em coelhos.
À Vani M. A. Correa, pela amizade, pelo preparo do material e pela confecção das
lâminas histológicas.
Ao Prof. Dr. João José Lachat, pelo auxílio na leitura das lâminas histológicas.
Ao Prof. Dr. Joaquim Coutinho Neto, pela amizade e pela análise bioquímica.
À Vera Lucia Epifânio, pela amizade e pelo processamento bioquímico das amostras.
À Maria Rossato, pela irrestrita dedicação aos pós-graduandos do departamento e pelo
auxílio na sedação e anestesia dos animais.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES pela bolsa de
estudo.
À Fundação de Amparo ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da
FMRP – FAEPA pelo apoio financeiro para compra de material utilizado no estudo.
v
v
SUMÁRIO
Dedicatória ............................................................................................. iii
Agradecimentos...................................................................................... iv
Sumário................................................................................................... vi
Lista de abreviaturas............................................................................... viii
Resumo................................................................................................... x
Summary................................................................................................. xii
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................01
1.1. Considerações gerais .................................................................................... 02
1.2. Cirurgia em oftalmologia.............................................................................. 03
1.3. Embriologia .................................................................................................. 08
1.4. Anatomia e histologia da retina.................................................................... 11
1.5. Neurotransmissores na retina ....................................................................... 15
1.5.1. L-glutamato ......................................................................................... 16
1.6. Considerações finais..................................................................................... 20
2. OBJETIVOS........................................................................................................21
3. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................23
3.1. Coelhos ......................................................................................................... 24
3.1.1. Anestesia nos coelhos.......................................................................... 24
3.1.2. Experimento nos coelhos..................................................................... 26
3.1.3. Técnica cirúrgica nos coelhos ............................................................. 29
3.1.3.1. Vitrectomia vis pars plana........................................................... 30
3.1.3.2. Facectomia extracapsular e implante de LIO............................... 32
3.1.3.3. Facectomia com facofragmentação e implante de LIO................ 33
3.1.3.4. Facectomia com facoemulsificação e implante de LIO................ 34
3.2. Macacos-prego ............................................................................................. 36
3.2.1. Anestesia nos macacos-prego.............................................................. 36
vi vii
SUMÁRIO
3.2.2. Experimento nos macacos-prego......................................................... 38
3.2.3. Preparação para análise bioquímica .................................................... 42
3.2.4. Análise bioquímica.............................................................................. 43
3.2.5. Preparação para análise histológica..................................................... 45
3.2.6. Análise histológica .............................................................................. 49
3.2.7. Análise estatística ................................................................................ 50
4. RESULTADOS....................................................................................................51
4.1. Variação da PIO nos diversos procedimentos cirúrgicos em coelhos.......... 52
4.2. Análise dos macacos-prego submetidos à variação da PIO ......................... 65
4.2.1. Análise bioquímica.............................................................................. 65
4.2.1.1. Análise das proteínas.................................................................... 65
4.2.1.2. Análise dos aminoácidos excitatórios .......................................... 66
4.2.2. Análise histológica .............................................................................. 68
4.2.2.1. Análise objetiva............................................................................ 68
4.2.2.1.1. Contagem das células ganglionares....................................... 68
4.2.2.1.2. Medida da espessura das camadas retinianas........................ 69
4.2.2.2. Análise subjetiva .......................................................................... 71
5. DISCUSSÃO ........................................................................................................73
5.1. Variação da PIO em cirurgias oftalmológicas.............................................. 74
5.2. Variação da PIO em macacos-prego ............................................................ 81
6. CONCLUSÕES....................................................................................................87
7. REFERÊNCIAS...................................................................................................89
8. ANEXOS...............................................................................................................103
viii
vii
LISTA DE ABREVIATURAS
AAE - aminoácido excitatório
Asp - aspartato
bpm - batimentos por minuto
BSS - solução salina balanceada
°C - grau Celsius
CA - câmara anterior
cm - centímetros
CMCyS - carboxil-metil-cisteína
DP - desvio-padrão
Faco - facoemulsificação
Frag - facofragmentação
g - grama
G - gauge
GABA - ácido gama-amino-butírico
Gli - glicina
Glu - glutamato
HCL - ácido clorídrico
HPLC - cromatografia líquida de alto desempenho
kg - kilograma
l - litro
LIO - lente intra-ocular
M - molar
µg - micrograma
µl - microlitro
viii viii
LISTA DE ABREVIATURAS
µm - micrômetro
µM - micromol
ml - mililitro
mm - milímetro
mmHg - milímetros de mercúrio
N - normal
NE - camada nuclear externa
NI - camada nuclear interna
NMDA - N-metil-D-aspartato
nMoles - nanomoles
OPA - ortoftaldeído
OS - óleo de silicone
PE - camada plexiforme externa
PFL - perfluoroctano líquido
PI - camada plexiforme interna
Pi - pressão de infusão
PIO - pressão intra-ocular
Ser - serina
SNC - sistema nervoso central
vii
ix
RESUMO
OBJETIVOS: Analisar a variação da pressão intra-ocular e da pressão de infusão durante
as cirurgias de vitrectomia e facectomia (extracapsular, facofragmentação e
facoemulsificação), em olhos de coelhos e determinar eventuais alterações na retina de
macacos-prego submetidos a variações semelhantes da pressão intra-ocular.
MATERIAIS E MÉTODOS: Um polígrafo computadorizado registrou a pressão intra-
ocular, através de uma cânula na câmara vítrea de coelhos submetidos a vitrectomia (25
olhos), facectomia extracapsular (14 olhos), facofragmentação (14 olhos) e
facoemulsificação (14 olhos). A pressão de infusão foi medida somente durante os
procedimentos de vitrectomia e facofragmentação. Em 4 olhos de 4 macacos-pregos
provocou-se variações controladas da pressão-intra-ocular, entre 0mmHg e 100mmHg,
durante 40 minutos. Os olhos adelfos serviram de controle. Os animais foram sacrificados
22 dias depois e os olhos foram enucleados para posterior análise bioquímica do vítreo
(quantificação de proteínas totais e aminoácidos excitatórios) e histológica da retina
(contagem de células ganglionares e medida da espessura das camadas retinianas).
RESULTADOS: Apesar de transitórios, foram constatados picos pressóricos acima de 100
mmHg, chegando a quase 200 mmHg. A facoemulsificação registrou a maior variação e, a
facofragmentação, a menor. As pressões mínimas, em todas as cirurgias, foram muito
próximas de 0 mmHg. As etapas que provocaram os maiores picos pressóricos foram a
esclerotomia e a introdução das ponteiras, durante a vitrectomia, e a abertura da córnea,
lavagem da câmara anterior, injeção de metilcelulose, hidrodissecção, ampliação da incisão
e refazer a câmara anterior durante as facectomias. A pressão de infusão durante a
vitrectomia e facofragmentação variou menos do que a pressão intra-ocular. A análise
bioquímica do vítreo evidenciou um aumento significativo das proteínas totais nos olhos
x
experimento em relação aos olhos controle. A análise histológica não encontrou qualquer
alteração significativa.
CONCLUSÕES: Podem ocorrer grandes variações da pressão durante a realização das
cirurgias intra-oculares de vitrectomia, facectomia extracapsular, facofragmentação e
facoemulsificação, em coelhos. A pressão de infusão não mostrou uma boa correlação com
a pressão intra-ocular. A análise bioquímica e histológica da retina de macacos-prego
submetidos à variação da pressão intra-ocular, segundo o modelo proposto, não constatou
lesão permanente, somente um processo inflamatório reversível.
xi
SUMMARY
PURPOSES: to analyze intraocular and infusion line pressures during vitrectomy and cataract
extraction (manual extracapsular extraction, phacofragmentation and phacoemulsification) in rabbit
eyes and to determine the biochemical and histological damage to the retina of monkeys due to
similar intraocular pressure variations.
METHODS: twenty-two rabbits submitted to vitrectomy (25 eyes) and cataract extraction by the
extracapsular approach (14 eyes) and by phacofragmentation (14 eyes) and phacoemulsification
(14 eyes) had their intraocular pressure recorded through an anterior chamber cannula connected to
a computed polygraph. Infusion line pressure was monitored only during vitrectomy and
phacofragmentation. Four eyes from four monkeys were submitted to intraocular pressure
variations (0 to 100 mmHg) for a 40 minute period. The contralateral eye served as control. After
22 days, the monkeys were sacrificed and the eye enucleated for further biochemical (protein and
amino acid quantification) and histological (ganglion cell count and measurement of retinal layer
thickness) analysis.
RESULTS: intraocular pressure spikes above 100 mmHg and sometimes almost reaching 200
mmHg were observed in this study. Phacoemulsification showed the greatest variation and
phacofragmentation the smallest. The minimum pressures in all surgeries were around 0 mmHg.
Infusion line pressure showed smaller variations than intraocular pressure. Protein concentration
was significantly higher in the experimental eyes than in the control eyes. There was no difference
in amino acid concentration between groups. Histologically, there was no evidence of retinal
damage for either group.
CONCLUSIONS: during surgical procedures in rabbits, such as vitrectomy, extracapsular cataract
extraction, phacofragmentation and phacoemulsification, there is a great intraocular pressure
variation. Intraocular pressure did not show a good relation to infusion line pressure. Biochemical
and histological analysis in monkeys did not show permanent damage to the retina, but only a
reversible inflammatory process.
xii
"Em cada bloco de mármore vejo uma estátua;
Vejo-a tão claramente como se estivesse na minha frente;
Moldada e perfeita na pose e no efeito;
Tenho apenas de desbastar as paredes brutas;
Que aprisionam a adorável aparição;
Para revelá-la a outros olhos como os meus já a vêem."
Michelangelo
1. INTRODUÇÃO
Introdução
2
1.1 Considerações gerais
O desenvolvimento científico e tecnológico alcançado pela humanidade na última
metade do século passado serviu de alicerce para a criação e o desenvolvimento de
diversas áreas do conhecimento. Particularmente, a medicina foi um dos segmentos que
mais se beneficiou deste avanço. Dentro da medicina, a oftalmologia participou ativamente
destas mudanças, com novas tecnologias e instrumentais. Em conseqüência disto, uma
verdadeira revolução se fez nos últimos 30 anos nesta especialidade. A introdução de
novos equipamentos para diagnóstico e tratamento foi tão rápida que o oftalmologista de
40 anos atrás não teria condições de sobreviver no mundo de hoje (Albert, 1996).
Além do diagnóstico, o tratamento cirúrgico também foi profundamente modificado
pelo aparecimento de novas técnicas e tecnologias. Atualmente, realiza-se uma cirurgia de
catarata com ultra-som e implante de lente intra-ocular (LIO) (Kelman, 1969; Clayman,
1998) e cirurgias de retina e vítreo por meio de micro-incisões, com aparelhos precisos e
sofisticados (Machemer et al, 1971). O desenvolvimento destes procedimentos cirúrgicos
em sistemas fechados permitiu ao cirurgião um maior controle e, conseqüentemente, maior
precisão, minimizando os riscos e o tempo de intervenção (Peyman et al, 1976).
Introdução
3
1.2 Cirurgia em oftalmologia
A história não é o inútil e desnecessário registro do passado, mas sim a explicação
do presente e a base da formação do futuro. Para entendermos as cirurgias oftalmológicas
nos moldes que conhecemos hoje, devemos compreender a evolução do conhecimento da
anatomia e fisiologia do olho, que teve início há mais de 3000 anos. Infelizmente, muitos
destes relatos se perderam ou encontram-se incompletos. Dentre os mais antigos, estão as
descrições feitas por Hipócrates (400 a.C.) e por Aristóteles (350 a.C.), que descrevem o
olho humano de forma detalhada mas com alguns equívocos, como, por exemplo, acreditar
que o cristalino correspondia ao acúmulo de substâncias no pós-morte. A descrição do
cristalino com a cápsula e suas estruturas zonulares data do século I d.C., quando Celsus,
Rufus e Galeno relataram sua anatomia e postularam que esta estrutura era a responsável
pela visão. A teoria de Celsus foi questionada por Ibn Rushd, em 1150, que propôs que a
retina, e não o cristalino, seria a estrutura responsável pela visão. Entretanto, esta idéia só
seria aceita em 1515, quando Vesalius confirmou a função da retina e Francisco
Manrolycus estabeleceu a função óptica do cristalino. Até esta época, acreditava-se que a
catarata era uma patologia semelhante ao glaucoma, pois, aparentemente, ambas levavam à
cegueira e ao esbranquecimento do olho. A idéia da catarata, como sendo a opacificação do
cristalino, foi descrita somente em 1650, por Rolfinck, e rejeitada inicialmente pela grande
maioria dos médicos, sendo inteiramente aceita somente um século depois (Emery &
McIntyre, 1983).
Apesar da compreensão da anatomia e função do cristalino serem recentes, as
cirurgias de catarata já eram realizadas há mais de 2000 anos. O código de Hammurabi
(1800 a.C.) já previa a pena de amputação das mãos no caso do cirurgião causar uma lesão
grave ao olho do paciente na tentativa de se operar a catarata. O primeiro manuscrito
Introdução
4
conhecido da cirurgia de catarata encontra-se no Susruta, datado do início do século I, e
descreve a técnica de luxação do cristalino para casos de catarata (Stallard, 1973). Mais
recentemente, foram descritas diversas técnicas, dentre elas, uma das mais bem aceitas, era
a de agulhamento, que consistia na fragmentação do cristalino por meio de uma agulha
introduzida dentro do olho. O ponto em comum entre as diversas técnicas era o fato de que
todas eram realizadas sem a abertura do olho para a extração do cristalino, que era luxado
para a câmara vítrea ou fragmentado e reabsorvido pelo próprio organismo (Emery &
McIntyre, 1983).
A maior revolução na cirurgia de catarata começou em 13 de abril de 1752, quando
Jacques Daviel apresentou seu trabalho intitulado, "Um novo método para a cura da
catarata por meio da extração do cristalino". Esta técnica propunha a remoção do cristalino
através da abertura da cápsula anterior e ampla incisão na córnea, e foi conhecida como
extracapsular. Deu-se início a uma nova era no tratamento da catarata, com cirurgias que
abriam o olho para remover o cristalino, preservando a cápsula posterior. Enquanto a
técnica de Daviel ganhava espaço entre os cirurgiões, outras técnicas surgiam, como a da
extração intracapsular, descrita inicialmente por St. Yves em 1722, e desenvolvida por
Samuel Sharp e posteriormente por George Beer, em 1799. Entretanto, a popularização da
técnica intracapsular só se concretizou no final do século XIX, com os estudos de
Macnamara, Molrony e Smith na Índia. Entre a primeira e a segunda guerra mundial, esta
técnica ganhou projeção, desbancando a técnica extracapsular e tornando-se o método de
escolha para o tratamento da catarata (Blodi, 1996). A partir de 1960, a cirurgia
extracapsular voltou a ganhar força com o surgimento de novas tecnologias e
equipamentos. O primeiro, e talvez mais importante passo, foi dado pelo inglês Harold
Ridley que, em 1949, implantou a primeira LIO (Ridley, 1984). Outro importante passo foi
Introdução
5
dado por Charles Kelman, que em 1967 apresentou seu engenhoso equipamento de
facoemulsificação. Por este método, através de uma abertura na cápsula anterior, o
cristalino seria fragmentado por ultra-som e aspirado pela cânula do próprio equipamento.
Desta forma o cirurgião trabalharia em um sistema fechado, evitando a realização de
amplas incisões e, conseqüentemente, exposição excessiva do interior do bulbo do olho
(Kelman, 1967).
O estudo da retina é bem mais recente, tendo sido iniciado por meio da observação
do reflexo de fundo de olho em humanos e animais. O anatomista Govard Bidloo notou,
em 1715, que os olhos de um gato no escuro não brilhavam e confirmou que o reflexo da
luz era a fonte da luminosidade (Albert, 1996). Suposições foram feitas a partir desta
observação, mas até então, as alterações só poderiam ser comprovadas histologicamente
(Ware, 1990). A descrição do oftalmoscópio por von Helmholtz, em 1850, permitiu a
visualização das alterações vítreas e retinianas, sendo decisivo na determinação da
associação de alterações do vítreo com o descolamento de retina (Albert, 1996).
Utilizando-se do oftalmoscópio, von Graefe (1863) e Deutschmann (1990) afirmaram que
era necessário o corte das membranas do vítreo para o tratamento do descolamento de
retina associado a tração vítrea. Como naquela época o vítreo era considerado uma
estrutura de difícil manipulação, as técnicas cirúrgicas eram limitadas e, os resultados,
desastrosos. No início do século XX, Jules Gonin (1921) determinou as diretrizes para o
tratamento do descolamento de retina regmatogênico. Ele identificou corretamente as
roturas da retina como causadoras do descolamento, tendo sido o primeiro cirurgião a
drenar o líquido sub-retiniano e selar a rotura por ignipunção, provocando adesão cório-
retiniana. (Gonin, 1921). Com o advento do oftalmoscópio binocular indireto, idealizado
por Girard-Teulon (1861) e modificado por Schepens (1947), iniciou-se uma nova era na
Introdução
6
observação de patologias vítreo-retinianas. A visão estereoscópica associada à ampliação
do campo visual permitiu identificar com maior precisão e facilidade as roturas e,
conseqüentemente, tratar o descolamento de forma mais eficaz (Schepens, 1947). Em
1949, Custodis realizou a primeira operação com explante escleral, com a finalidade de
indentação (Custodis, 1960). Apesar dos avanços, o vítreo permanecia uma estrutura
inviolável, até que em 1968, David Kasner relatou a remoção total do vítreo num paciente
com amiloidose primária, obtendo bom resultado (Kasner et al, 1968). Um ano depois,
apresentou a sua técnica de corte do vítreo utilizando tesouras, pinças e esponjas de
silicone através de uma ampla abertura escleral ou ceratotomia total (vitrectomia a céu
aberto), principalmente nos traumatismos penetrantes graves e nas facectomias com perda
de vítreo (Kasner, 1969).
Robert Machemer foi o primeiro cirurgião a realizar vitrectomia por via pars plana,
em 1971, e descreveu, com colaboração de colegas, toda a metodologia referente à
moderna microcirurgia do vítreo (Machemer et al, 1971). No Brasil, Suzuki, a partir de
1976, iniciou as primeiras microcirurgias do vítreo com instrumentais desenvolvidos pelo
próprio autor, obtendo bons resultados (Suzuki, 1976; Suzuki, 1977; Suzuki & Nakashima,
1982; Suzuki et al, 1982).
Com o advento de novas técnicas, equipamentos e instrumentais cirúrgicos a
vitrectomia passou a ser indicada para diversas patologias vítreo-retinianas, além do
descolamento de retina. As principais indicações de vitrectomia estão expostas no quadro
1.1 (Chang, 1999).
Introdução
7
RETINOPATIA DIABÉTICA
DR regmatogênico
DR tracional
Edema macular tracional
Hemorragia vítrea
Proliferação fibrovascular
DESCOLAMENTO DE RETINA
DR com roturas posteriores
DR com vítreo-retinopatia proliferativa
DR primários selecionados
Rotura gigante de retina
COMPLICAÇÕES DE CIRURGIAS DO
SEGMENTO ANTERIOR
Deslocamento da lente intra-ocular
Edema macular cistóide (afácico ou pseudofácico)
Endoftalmite
Fragmentos deslocados de cristalino
Hemorragia de coróide
Perfuração ocular por agulha anestésica
TRAUMA
Buraco macular traumático
Catarata ou luxação de cristalino traumática
Corpo estranho intra-ocular com hemorragia vítrea
e/ou DR
Corpo estranho intra-ocular reativo
Hemorragia ou membrana sub-retiniana
Hifema
CIRURGIA MACULAR
Buraco macular
Hemorragia sub-retiniana maciça
Neovascularização de coróide
Pucker macular
Síndrome da tração vítreo-macular
Translocação macular
DOENÇAS RETINIANAS PEDIÁTRICAS
Artrite reumatóide juvenil
DR na síndrome de "Morning glory"
DR secundário a coloboma de coróide
DR secundário a coloboma de nervo óptico
Persistência do vítreo hiperplásico primário
Retinopatia da prematuridade
Retinosquise juvenil
Rotura gigante de retina / diálise
Vítreo-retinopatia exsudativa familiar
TUMORES
Complicações da angiomatose retiniana
Hamartoma combinado (retina e epitélio pigmentado)
Linfoma intra-ocular
Melanoma de coróide
Vitrectomia diagnóstica
UVEÍTE
Amiloidose familiar
Doença de Whipple
Hipotonia
Infecção intra-ocular (bactéria, fungo, vírus, parasita)
Inflamações (sarcoidose, Behçet's, efusão uveal)
Oftalmomiíase
Pars planite
Retinite viral (citomegalovírus, herpes zoster)
Quadro 1.1. Indicações de vitrectomia via pars plana (Fonte: Chang, 1999)
Legenda: DR= descolamento de retina
Introdução
8
1.3 Embriologia
O desenvolvimento do olho humano corresponde a uma série complexa de eventos
que se iniciam com a fertilização do óvulo e continua até alguns meses após o nascimento.
Estes eventos ocorrem muitas vezes de forma simultânea e algumas vezes de maneira
sinérgica. O olho desenvolve-se no prosencéfalo a partir de três folhetos: neuroectoderma,
superfície ectodérmica e mesoderma. A camada ectodérmica forma o cristalino e parte da
córnea. O mesoderma circundante origina a outra parte da córnea e os revestimentos
vasculares e fibrosos do bulbo ocular. O neuroectoderma é responsável pela formação da
retina, íris e nervo óptico (Azar & Davis, 1999). A formação do vítreo é classicamente
descrita em três fases, resultando no vítreo primário, secundário e terciário. O vítreo
primário forma-se à partir de um processo celular visível na cavidade vítrea, com depósito
de fibrilas, que se estende da porção posterior do cristalino embrionário à superfície da
retina posteriormente. Acredita-se que esta formação tenha sua origem a partir da
ectoderma. Este vítreo primário cessa seu crescimento, tornando-se rodeado por um humor
vítreo secundário gelatinoso, cuja origem é incerta. A condensação ao longo da borda
anterior do vítreo secundário forma o vítreo terciário (Noden, 1973; Marusich & Barishak,
1992; Saleem & Walter, 2002).
A diferenciação do neuroectoderma inicia-se na terceira semana de vida intra-
uterina, quando aparecem projeções bilaterais na extremidade anterior do tubo neural,
denominadas sulcos ópticos. Estas projeções se acentuam formando invaginações para o
mesenquima adjacente e a constrição das conexões com o encéfalo anterior origina o
pedúnculo óptico. Uma nova invaginação forma o cálice óptico, com aproximadamente 6 a
7 semanas de gestação. As conseqüências deste processo de invaginação são a formação de
dois folhetos (figura 1.1): interno (retina sensorial) e externo (epitélio pigmentado). O
Introdução
9
folheto interno tem inicialmente cerca de 10 células de profundidade e aos 3 meses de
gestação prolifera para 2 camadas, separadas pela camada transitória de Chievitz. As
células do folheto externo do cálice óptico se diferenciam em epitélio pigmentado
definitivo da retina, corpo ciliar e camada anterior do epitélio pigmentar da íris. As células
da camada interna formam a retina sensorial definitiva, epitélio não pigmentado do corpo
ciliar e camada posterior do epitélio pigmentado da íris (Dantas, 1989).
Figura 1.1. Desenho esquemático da formação do cálice óptico com a divisão em duas
camadas. A mais interna formará a retina sensorial e, a mais externa, o epítélio pigmentado
da retina. (Fonte: Azar & Davis, 1999)
Introdução
10
Entre o terceiro e quinto mês de gestação, a camada neuroblástica interna diferencia-
se ainda mais para formar as células ganglionares da camada de células ganglionares,
células amácrinas da camada nuclear interna e camada plexiforme interna de fibras
nervosas com sinapses entre elas. As células de Müller, são as primeiras a se diferenciar, à
partir da camada neurobástica interna e migram para ficar na camada nuclear interna. A
camada neuroblástica externa também contribui para a formação da camada nuclear
interna, ao suprí-la com células horizontais e bipolares. A camada de fotorreceptores é a
última a se diferenciar. As células fotorreceptoras dão origem a cinco camadas. As duas
camadas (membranas limitantes) são formadas por componentes das células de Müller,
uma célula glial retiniana cujos processos estendem-se através das camadas da retina entre
as membranas limitantes e cujos núcleos encontram-se na camada limitante externa. A
membrana limitante externa, que fica na área mais externa dos segmentos internos dos
fotorreceptores, não é uma membrana real, mas um alinhamento de complexos juncionais
entre as células de Müller e as células fotorreceptoras (McDonnell, 1989).
Aos 6 meses de gestação, as camadas da retina já estão dispostas como no adulto,
entretanto, o desenvolvimento da retina não é uniforme. Os fotorreceptores ainda não estão
completamente formados na região da mácula, o que só ocorre cerca de 3 a 4 meses após o
nascimento (Souto, 2002).
Introdução
11
1.4 Anatomia e histologia da retina
A retina corresponde a uma fina camada de tecido formando a parede interna
posterior do bulbo ocular, entre a coróide e o corpo vítreo. É constituída por dez camadas
(figura 1.2): epitélio pigmentado (mais externa); fotorreceptores; limitante externa; nuclear
externa; plexiforme externa; nuclear interna; plexiforme interna; ganglionar; fibras
nervosas; e limitante interna (mais interna). A maioria das sinapses está situada nas
camadas plexiformes e os corpos celulares situados nas camadas nucleares e ganglionar.
Os corpos celulares dos fotorreceptores encontram-se na camada nuclear externa e, na
camada plexiforme externa, localizam-se os axônios dos fotorreceptores que fazem sinapse
com os dendritos das células bipolares e horizontais. Na camada nuclear interna,
localizam-se os corpos celulares das células horizontais e bipolares e, mais internamente,
as células amácrinas. Na camada plexiforme interna encontram-se as sinapses das células
amácrinas e bipolares com as células ganglionares, cujos corpos celulares ficam na camada
ganglionar e, a seguir, seus axônios formam a camada de fibras nervosas e juntas o nervo
óptico. Na retina encontra-se um único tipo de célula glial, as células de Müller (Cohen,
1980).
Anatomicamente, duas importantes estruturas são observadas no pólo posterior do
globo ocular: a retina central e o nervo óptico. A retina central, anatomicamente descrita
como região macular, é definida histologicamente como a área da retina posterior que tem
pelo menos duas camadas de núcleos na camada de células ganglionares. Esta área é a
responsável pela visão mais acurada e pela visão de cores. No centro da mácula encontra-
se a fóvea, cuja espessura corresponde à metade da espessura da retina posterior, cerca de
0,25mm (figura 1.3). Isto se deve à ausência da camada de fibras nervosas, camada de
células ganglionares e camada plexiforme interna (Michels et al, 1990a). Outra estrutura
Introdução
12
importante é a cabeça do nervo óptico, onde terminam todas as camadas da retina, com
exceção da camada de fibras nervosas (figura 1.4).
Na periferia, a retina sensorial se projeta até a ora serrata, onde se torna contígua
com o epitélio ciliar não pigmentado da pars plana. Na extrema periferia, os cones se
apresentam em número reduzido e malformados. Os fusos da camada nuclear e da
plexiforme externa desaparecem. As células ganglionares, fibras nervosas, cones e
bastonetes desaparecem a 0,5mm da ora serrata. Apesar da retina sensorial acompanhar o
formato do bulbo ocular, há somente dois pontos de firme aderência ao epitélio
pigmentado: no disco óptico e na ora serrata (McDonnell, 1989).
Introdução
13
A
Camadas da Retina
Epitélio pigmentado
Fotorreceptores
Nuclear Externa
Plexiforme Externa
Nuclear Interna
Plexiforme Interna
Células Ganglionares
Fibras nervosas
B
Figura 1.2. A: esquema mostrando as várias camadas da retina, segundo Dowling (1972)
B: fotografia de uma secção da retina de macaco-prego (Cebus apella) mostrando as
camadas da retina. Coloração com hematoxilina-eosina, aumento de 400X (Axioskop 2
plus; Carl Zeiss, München-Hallbergmoos, Germany).
Introdução
14
Figura 1.3. Fotografia da região foveal da retina de um macaco-prego (Cebus apella)
mostrando o afinamento devido à ausência das camadas de fibras nervosas, células
ganglionares e plexiforme interna. Coloração com hematoxilina-eosina, aumento de 100X
(Axioskop 2 plus; Carl Zeiss, München-Hallbergmoos, Germany).
Figura 1.4. Fotografia do nervo óptico e retina de um macaco-prego (Cebus apella)
mostrando o espessamento da camada de fibras nervosas e a ausência das camadas
retinianas próximo ao nervo óptico. Coloração com hematoxilina-eosina, aumento de 100X
(Axioskop 2 plus; Carl Zeiss, München-Hallbergmoos, Germany).
Introdução
15
1.5 Neurotransmissores na retina
Na retina localizam-se os mesmos neurotransmissores do sistema nervoso central
(SNC), como a acetilcolina (células amácrinas e ganglionares), dopamina, noradrenalina,
serotonina, histamina (células amácrinas), ácido gama-amino-butírico (GABA), glicina e
os aminoácidos excitatórios (AAE) L-glutamato (fotorreceptores e células bipolares),
taurina, L-aspartato e neuropeptídeos (Daw et al, 1989). Alguns neurotransmissores
exercem ação excitatória, enquanto outros, inibitória. A dopamina, encontrada em 10% das
células amácrinas, e a glicina, presente nas camadas mais internas da retina e nas células
amácrinas são importantes neurotransmissores inibitórios (Ehringer, 1972). O L-glutamato
é considerado o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central
(Rothman & Olney, 1986), sendo que o seu aumento, conseqüente ao insulto hipóxico-
isquêmico, pode levar à morte celular (Graham et al, 1993). A grande maioria das sinapses
da retina é glutamatérgica (70%), como no SNC, ficando as restantes divididas entre
GABA, glicina, dopamina, acetilcolina e outros neurotransmissores (Miller, 1988). Na
retina, os neurônios classificam-se, didaticamente, em três grupos: neurônios de 1
a
ordem
(fotorreceptores); neurônios de 2
a
ordem (células horizontais e bipolares); e neurônios de
3
a
ordem (células amácrinas e ganglionares). O L-glutamato é o neurotransmissor dos
neurônios de 1
a
ordem. Os de 2
a
e 3
a
ordens apresentam graus variáveis de sensibilidade
aos AAE, por diferirem na quantidade e nos subtipos de receptores que possuem. Os de 2
a
ordem são mais sensíveis aos agonistas dos AAE, cainato e ácido amino-fosfo-adípico e
menos sensíveis ao N-metil-D-aspartato (NMDA). Os neurônios de 3
a
ordem são sensíveis
a estes mediadores, sendo mais vulneráveis à entrada de cálcio extracelular (Bloomfield &
Dowling, 1985; Daw et al, 1989; Miller & Slaughter, 1986).
Introdução
16
1.5.1 L-glutamato
O glutamato é um aminoácido excitatório do SNC envolvido na síntese de proteínas,
oligopeptídeos e ácido fólico a partir do poliglutamato, além de ser o precursor de outros
neurotransmissores como o GABA (Van Der Berg et al, 1975). Os aminoácidos
dicarboxílicos, L-aspartato e L-glutamato, são os neurotransmissores quantitativamente
mais significativos no SNC de mamíferos (Johnson, 1978;1 Fonnum, 1984). O glutamato
tem o seu metabolismo compartimentalizado num modelo complexo (figura 1.5).
O efeito tóxico do L-glutamato foi observado inicialmente por Lucas & Newhouse
(1957), que demonstraram que altas doses deste aminoácido induzem à degeneração das
camadas mais internas da retina de ratos. Após a administração subcutânea e oral de L-
glutamato em ratos, Olney (1969) observou degeneração neuronal em locais sem barreira
hemato-encefálica, como os órgãos circunculares. A ocorrência de aumento anormal na
liberação do L-glutamato “in vivo” foi demonstrada pela primeira vez por Coutinho Neto e
colaboradores (1981) em ratos com hiperexcitabilidade induzida pelo implante de cobalto
no córtex sensoriomotor, que era bloqueada reversivelmente, bem como as lesões
neuronais subseqüentes, com a perfusão do antagonista glutamatérgico
aminofosfonovalerato.
Benveniste e colaboradores observaram, em 1984, um aumento de até oito vezes na
concentração extracelular do L-glutamato durante os primeiros 10 minutos de isquemia no
SNC. A elevação do L-glutamato é proveniente da liberação do aminoácido
neurotransmissor, presente nos neurônios e células gliais e não do espaço extracelular. A
adição de L-glutamato à cultura de neurônios do hipocampo e neurônios de retina isolada
de galinha, provoca um processo de edema agudo tóxico e irreversível, mesmo na ausência
Introdução
17
do cálcio extracelular, semelhante ao induzido por isquemia. A lesão celular produzida
pelos AAE era supostamente mediada pelo sódio e pelo cloro, já que a substituição destes
íons por outros impermeáveis à membrana celular impedia o processo tóxico excitatório
mais agudo (Benveniste et al, 1984). Entretanto, algumas células ainda se degeneravam
mais tardiamente e, em contrapartida, a retirada do cálcio em meio com sódio e cloro,
levava a uma diminuição da degeneração neuronal nas 24 horas subseqüentes, apesar da
permanência do edema (Choi, 1987; Choi, 1988).
Introdução
18
Figura 1.5. Representação da sinapse glutamatérgica mostrando a interconversão da
glutamina e oxaloacetato em L-glutamato. Compartimentalização do neurotransmissor e
suas categorias de receptores (Fonte: Bradford et al, 1978).
Introdução
19
Baseados nestas observações, Rothman e Olney (1986) postularam a teoria da
toxicidade excitatória (neurotoxicidade) com uma fase rápida de edema mediada pelo
sódio e uma fase tardia de lesão, cálcio dependente, com degeneração celular prolongada
(figura 1.6). Na fase rápida, a despolarização prolongada permite a entrada de grande
quantidade de sódio na célula. Na tentativa de se restaurar a eletronegatividade, ocorre a
entrada de cloro em ciclos sucessivos, levando ao edema celular e por vezes à lise
osmótica, independentemente da presença de cálcio. Na fase lenta ocorre um aumento da
concentração de cálcio intracelular, com conseqüente perda da sua homeostase. O cálcio
que entra na célula nesta situação não o faz unicamente por canais voltagem dependentes
mas, principalmente, por canais ligados diretamente aos receptores glutamatérgicos
ionotrópicos, tipo NMDA, levando a ativação dos processos bioquímicos, em que o cálcio
atua como segundo mensageiro (Choi, 1987; Choi, 1988; Choi, 1993). A concentração
intracelular neuronal do L-glutamato é de 10 microM (Kvamne et al, 1985), mas a
concentração extracelular é mantida em aproximadamente 0,6 microM, à custa de um
eficiente sistema de transporte e compartimentalização. Sabe-se que as concentrações de 2
a 5 microM de L-glutamato são substancialmente tóxicas e o controle rigoroso destes
sistemas é crucial para se evitar a toxicidade excitatória.
Introdução
20
Figura 1.6. Sumarização dos eventos bioquímicos da teoria da toxicidade excitatória
proposta por Rothman & Olney (1986), mostrando os mediadores do mecanismo rápido e
do retardado.
Legenda: Glu= glutamato
Introdução
21
1.6 Considerações finais
Como as mudanças em diversas cirurgias oftalmológicas foram feitas muito
rapidamente, de modo que ainda não sabemos todas as conseqüências para os olhos dos
pacientes. Uma vez que as técnicas cirúrgicas já estão definidas, devemos buscar conhecer
e evitar possíveis fatores de risco associados ao procedimento, dentre eles a variação da
pressão intra-ocular (PIO) durante a realização das cirurgias em sistema fechado.
Apesar do rigor da técnica e da precisão dos instrumentos, acredita-se que possa
existir uma variação pressórica durante a realização de cirurgias oftalmológicas em sistemas
fechados, mas ainda não se tem descrição na literatura a respeito do seu comportamento e se
esta variação chega a ser nociva aos tecidos oculares. O aumento da PIO acima da pressão
arterial sistólica é sabidamente lesivo à retina e outros tecidos oculares (Hughes, 1991) e
mesmo com a elevação da pressão a níveis mais baixos (entre 60 e 80 mmHg), parece haver
comprometimento de algumas estruturas, ocasionando quebra da barreira hemato-aquosa
(Davson & Huber, 1950), o que pode ocorrer também quando a pressão é reduzida
abruptamente a níveis muito baixos (Davson, 1984). Grandes variações da PIO parecem
estar diretamente relacionadas ao processo inflamatório no pós-operatório (Tamai et al,
1997), mas não existe relato quanto ao grau de agressão e se esta agressão leva a algum
comprometimento histológico irreversível.
"Nada contribui tanto para tranqüilizar a mente quanto
um objetivo claro, um ponto sobre o qual a alma possa
fixar seu olhar intelectual."
Mary Wollstonecraft Shelley
2. OBJETIVOS
Objetivos
23
Determinar a variação da pressão intra-ocular durante cirurgias de vitrectomia,
facectomia extracapsular, facectomia com facofragmentação e facectomia com
facoemulsificação, em olhos de coelhos.
Analisar as medidas em cada etapa da cirurgia, determinando quais manobras
provocam as maiores variações pressóricas.
Determinar o comportamento da pressão intra-ocular durante as manobras em sistema
fechado: corte e aspiração do vítreo (vitrectomia) e fragmentação e aspiração do cristalino
(facofragmentação e facoemulsificação).
Analisar a correlação da pressão intra-ocular com a pressão de infusão em olhos de
coelhos submetidos à cirurgia de vitrectomia e facofragmentação.
Com base nos dados obtidos em olhos de coelho, produzir variação da pressão intra-
ocular em olhos de macacos-prego e determinar eventuais alterações retinianas por meio de
análises bioquímicas e histológicas.
"Não espere pela inspiração. Não se chega a lugar nenhum
agindo assim. Sua mente tem de saber que precisa
arregaçar as mangas e enfrentar o trabalho."
Pearl S. Buck
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais e Métodos
25
3.1 Coelhos
Para medida da variação da PIO e da pressão de infusão (Pi) foram utilizados 21
coelhos albinos da linhagem Nova Zelândia, machos, pesando entre 2,0 kg e 2,5 kg e
provenientes do biotério da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. A variação da PIO,
de todos os 42 olhos, foi medida durante procedimentos cirúrgicos como vitrectomia (25
olhos) e facectomia (42 olhos). Das vitrectomias, 10 foram realizadas com injeção e
remoção de perfluoroctano líquido (Ophthalmos Ltda; São Paulo, Brasil), 10 com injeção e
remoção de óleo de silicone 1000cps (Ophthalmos Ltda; São Paulo, Brasil) e nas outras
cinco realizou-se somente a vitrectomia. Todos os olhos em que se procedeu a vitrectomia
foram submetidos posteriormente à facectomia com implante de LIO. Das facectomias, 14
foram realizadas pela técnica extracapsular manual (FEC), 14 pela técnica endocapsular
com facofragmentação e 14 pela técnica extracapsular com facoemulsificação. Todas as
facectomias receberam implante de LIO (três peças, 5,2 milímetros de diâmetro). A
distribuição das cirurgias por animal está disposta no quadro 3.1.
3.1.1 Anestesia nos coelhos
Antes de cada procedimento, foi administrada uma injeção intramuscular pré-
anestésica contendo 2ml de cloridrato de cetamina (5mg/ml, Ketamin®) e 1ml de xilasina
(1mg/ml, Dopaser®). Após 5 a 10 minutos da injeção, com o animal em estado de
dormência, realizou-se a tricotomia da orelha e punção da veia marginal com Venoscalp®
19G acoplado a uma seringa de 20ml contendo tiopentobarbital sódico (Tionembutal®) na
concentração de 10mg/ml. A manutenção da anestesia se fez por esta via, através de
infusões manuais lentas da droga, de acordo com a freqüência respiratória e a resposta aos
estímulos de cada animal. A anestesia foi complementada com a instilação de cloridrato de
proximetacaína 0.5% (Anestalcon®) no olho do animal.
Materiais e Métodos
26
Quadro 3.1. Distribuição das cirurgias para medida da variação da pressão em olhos de
coelhos.
Coelho Olho direito Olho Esquerdo
1
Facofrag. Vitrec. Facoem.
2
F.E.C. Vitrec.+PFL Facoem.
3
Vitrec.+OS Facofrag. Vitrec.+PFL Facoem.
4
F.E.C. Vitrec.+OS Facofrag.
5
Vitrec.+OS Facoem. Vitrec.+PFL Facofrag.
6
Facoem. F.E.C.
7
Vitrec.+OS F.E.C. Vitrec.+PFL Facofrag.
8
F.E.C. Facoem.
9
Vitrec.+PFL Facofrag. F.E.C.
10
Vitrec.+OS Facofrag. Vitrec.+OS F.E.C.
11
Vitrec.+PFL Facofrag. Vitrec. F.E.C.
12
Facoem. Facoem.
13
Vitrec. F.E.C. Vitrec.+PFL F.E.C.
14
Vitrec.+PFL Facoem. Vitrec. Facoem.
15
Facofrag. Facoem.
16
Vitrec.+OS Facoem. Vitrec. F.E.C.
17
Vitrec.+PFL Facofrag. Vitrec.+OS F.E.C.
18
Vitrec.+OS Facofrag. F.E.C.
19
Facofrag. Facoem.
20
Vitrec.+OS F.E.C. Vitrec.+PFL Facoem.
21
Facofrag. Facofrag.
Legenda: Facofrag.= facectomia com facofragmentação; F.E.C.= facectomia extracapsular;
Vitrec.= vitrectomia via pars plana; OS= óleo de silicone; PFL= perfluoroctano líquido; Facoem.=
facectomia com facoemulsificação.
Materiais e Métodos
27
3.1.2 Experimento nos coelhos
A variação da PIO nos coelhos submetidos a cirurgias oftalmológicas de vitrectomia
e facectomia foi medida por meio de uma cânula de polietileno (PE50, Intramedic Inc.;
Clay Adams USA) ligada a um polígrafo computadorizado modelo MP 100 (Biopac
Systems; Santa Barbara, CA) através de um transdutor (Biopac Systems; Santa Barbara,
CA). Após a abertura da conjuntiva e realização da esclerotomia com agulha de 20G no
quadrante nasal inferior, a 3 mm do limbo, uma extremidade da cânula foi introduzida na
câmara vítrea em direção ao pólo posterior, enquanto a outra foi conectada ao transdutor
posicionado na mesma altura do olho do animal.
A variação da PIO, provocada pela manipulação do olho, causava o deslocamento da
coluna líquida dentro da cânula, gerando um estímulo mecânico que, chegando ao
transdutor era transformado em impulso elétrico. Este impulso, era então captado e filtrado
pelo polígrafo, que o transferia ao computador em forma de números. No computador,
estes números eram convertidos em gráficos por meio do programa Acqknowledge®
versão 3.7.0 (Biopac Systems; Santa Barbara, CA). A variação da pressão durante a leitura
foi de ±0,7 mmHg. Antes de cada procedimento, o polígrafo era recalibrado e, após os
procedimentos, os dados gravados eram armazenados para posterior análise.
Além da PIO, a Pi também foi monitorada durante a vitrectomia e a
facofragmentação, através de outro transdutor conectado ao sistema de infusão, na mesma
altura e a 20 cm do olho do animal. Uma extremidade da cânula de infusão encontrava-se
posicionada dentro do olho, enquanto a outra estava ligada a um equipo de soro acoplado a
um frasco suspenso contendo 500 ml de Solução Salina Balanceada (Ophthalmos Ltda;
São Paulo, Brasil). Na vitrectomia a infusão foi posicionada dentro da câmara vítrea,
enquanto que na facofragmentação foi posicionada dentro do saco capsular, ambas através
Materiais e Métodos
28
da pars plana (a 2,5mm do limbo). A Pi durante a facoemulsificação, apesar de registrada,
não foi considerada, pois toda vez que o aparelho fechava o sistema de infusão, ocorria
uma oscilação pressórica que impedia a leitura dos dados. Imediatamente após o
experimento, o animal era sacrificado com uma injeção endovenosa de tiopentobarbital
sódico (100 mg) .
A figura 3.1 apresenta um desenho esquemático do sistema para registro da PIO e da
Pi com imagens da cânula, transdutores e polígrafo. A sala cirúrgica, o polígrafo e os
transdutores foram fornecidos pelo Laboratório de Função Endotelial do Departamento de
Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São
Paulo.
Materiais e Métodos
29
B
A
D
C
Figura 3.1. Representação esquemática do sistema utilizado para registro da pressão
intra-ocular e pressão de infusão durante a realização dos procedimentos cirúrgicos e
m
olhos de coelhos (Adaptado de Moorhead & Armeniades, 1986). A: fotografia do
p
olígrafo computadorizado (MP 100, Biopac Systems); B: fotografia do transduto
r
responsável pela leitura da pressão de infusão; C: fotografia do transdutor responsável
p
ela leitura da pressão intra-ocular D: fotografia do olho de coelho com a cânula par
a
medida da pressão intra-ocular introduzida na câmara vítrea.
Legenda: BSS= solução salina balanceada.
Materiais e Métodos
30
3.1.3 Técnica cirúrgica nos coelhos
Antes de cada procedimento, após a anestesia, foi instilada uma gota de fenilefrina
10% (Fenilefrina®) e outra de tropicamida 1% (Mydriacyl®) no olho do animal para
provocar midríase pupilar. Em seguida, o campo operatório foi ampliado por meio de uma
cantotomia nasal e temporal, e abertura da conjuntiva em 360º. A cânula para medida da
PIO foi introduzida, então, como descrito anteriormente.
O aparelho usado foi o Daisy® (Storz, St. Louis, USA) (figura 3.2). O frasco de
infusão permaneceu posicionado a uma altura fixa de 40 cm acima do nível do olho do
animal, exceto durante o procedimento de remoção do perfluoroctano líquido (PFL) e do
óleo de silicone (OS), quando o frasco foi elevado a 60 cm acima do nível do olho do
animal. Nos 30 olhos submetidos a cirurgias combinadas, primeiramente foi feita a
vitrectomia, para depois proceder a facectomia.
Figura 3.2. Fotografia da mesa cirúrgica com material e aparelho (Vitreófago, Daisy®,
Storz) usados nos procedimentos de vitrectomia, facofragmentação e facoemulsificação em
olhos de coelhos.
Materiais e Métodos
31
3.1.3.1 Vitrectomia via pars plana
Após o posicionamento da cânula de infusão (como descrito acima), iniciou-se a
vitrectomia por duas esclerotomias (20G) nos quadrantes nasal e temporal superior, a 3
mm do limbo, para acesso das ponteiras de iluminação e de vitrectomia no interior do
bulbo ocular (figura 3.3). Os parâmetros utilizados durante o procedimento foram:
600 cortes por minuto;
aspiração máxima de 120 mmHg.
Foi considerada vitrectomia fraca, moderada e forte quando a pressão de aspiração
(controlada no pedal) encontrava-se menor do que 40 mmHg, entre 41 mmHg e 80 mmHg,
e entre 81 mmHg e 120 mmHg, respectivamente. Após ampla vitrectomia, procedeu-se a
infusão manual de PFL (10 olhos) por meio de uma cânula de pequeno calibre (23G),
conectada a uma seringa (5ml). A infusão do OS (10 olhos) foi também manual e foi
utilizada uma cânula de grosso calibre (19G) conectada a uma seringa, para permitir a fácil
passagem do OS. Para remoção do PFL e do OS, a Pi foi aumentada elevando-se o frasco a
60 cm acima do nível do olho do animal e a substância foi removida de forma passiva,
através de uma cânula de 21G para o PFL e de uma esclerotomia para o OS.
Ao término da cirurgia, as esclerotomias foram suturadas com pontos em X e fio
Mononylon® 10-0 (Ethicon, S.J.Campos, SP). Nos 9 olhos submetidos à cirurgia
combinada de vitrectomia e facofragmentação, somente uma esclerotomia foi suturada
(nasal do olho direito e temporal do olho esquerdo) (figura 3.4). A outra esclerotomia
permaneceu aberta para introdução da ponteira do facofragmentador.
Materiais e Métodos
32
Figura 3.3. Fotografia do olho de coelho sendo submetido ao procedimento de vitrectomia
com monitoramento da pressão intra-ocular.
Figura 3.4. Fotografia do olho de coelho, com monitoramento da pressão intra-ocular,
sendo submetido à sutura da esclerotomia após vitrectomia.
Materiais e Métodos
33
3.1.3.2 Facectomia extracapsular e implante de LIO
O procedimento teve início pela confecção do sulco prévio, às 12 horas, bastante
superficial para não perfurar a esclera, e delaminação escleral com uma lâmina número 15
(Feather, Japão). Foi realizada, então, a paracentese da câmara anterior e injeção de
solução de azul de benzamina 0,1% (Azul de trypan, Ophthalmos; São Paulo, Brasil) sobre
a cápsula anterior para auxiliar a realização da capsulotomia. Seguiu-se a lavagem da
câmara anterior com solução salina balanceada (BSS - Ophthalmos; São Paulo, Brasil),
injeção de metilcelulose 2% (Ophthalmos; São Paulo, Brasil), ampliação da paracentese
(2mm), capsulotomia com cistítimo, hidrodissecção e nova ampliação da paracentese
(aproximadamente 8 mm) para posterior remoção do núcleo. Após retirar o cristalino e
refazer a câmara anterior com injeção de BSS, foram feitas duas suturas córneo-esclerais
nas extremidades de incisão. Uma agulha dupla-via (Storz, St. Louis, USA) foi utilizada
para aspiração dos restos corticais e lavagem da câmara anterior. O endotélio foi protegido
com uma nova injeção de metilcelulose 2% durante a implantação da LIO dentro do saco
capsular. A córnea foi suturada com pontos separados de fio Mononylon® 10-0. A cirurgia
foi finalizada com a lavagem da câmara anterior por meio de uma dupla-via e injeção de
BSS para refazer a câmara.
Materiais e Métodos
34
3.1.3.3 Facectomia com facofragmentação e implante de LIO
O procedimento teve início pela introdução de uma agulha (25x7) a 3mm do limbo,
através da esclera, paralelamente à íris (quadrante nasal superior do olho direito e temporal
superior do olho esquerdo) e penetrando no cristalino. Esta agulha foi conectada ao sistema
de infusão e ao frasco elevado (40 cm) de BSS, permitindo a irrigação dentro do saco
capsular. Procedeu-se, então, uma esclerotomia no quadrante superior oposto, de forma
semelhante, para introdução da ponteira do facofragmentador. Nos olhos previamente
vitrectomizados não houve a necessidade de nova esclerotomia. Os parâmetros para
facofragmentação foram:
potência de 74%;
pulso de 60%;
aspiração máxima de 100mmHg.
Foi considerada facofragmentação fraca, moderada e forte quando a pressão de
aspiração (controlada no pedal) encontrava-se menor do que 30 mmHg, entre 31 mmHg e
60 mmHg, e entre 61 mmHg e 100 mmHg, respectivamente. Ao término, procedeu-se a
abertura da cápsula anterior com a ponteira do vitreófago. Em seguida, realizou-se a sutura
da esclerotomia (ponto em X com fio Mononylon® 10-0), incisão auto-selante na córnea
(5,2 mm), injeção de metilcelulose 2% dentro do saco capsular e implantação da LIO.
Suturou-se a incisão com pontos separados e fio Mononylon® 10-0. A cirurgia foi
finalizada com a lavagem da câmara anterior e injeção de BSS para refazer a câmara.
Materiais e Métodos
35
3.1.3.4 Facectomia com facoemulsificação e implante de LIO
Iniciou-se o procedimento pela paracentese da câmara anterior por meio de uma
incisão auto-selante na córnea (1,5mm). Injetou-se então solução de azul de trypan 0,1% na
câmara anterior e em seguida procedeu-se a lavagem da câmara anterior com BSS. A
metilcelulose 2% foi injetada na câmara anterior, a incisão foi ampliada e realizou-se a
capsulorréxis, seguida pela hidrodissecção. Uma paracentese auxiliar foi feita às 2 horas
para ajudar no procedimento. Ampliou-se a incisão (3,0mm) para a introdução da ponteira
da caneta e iniciou-se a facoemulsificação com os seguintes parâmetros:
fluxo de 70%;
potência de 70%;
pulso de 70%;
aspiração de 100mmHg.
Considerou-se facoemulsificação fraca, moderada e forte quando a pressão de
aspiração encontrava-se menor do que 30 mmHg, entre 31 mmHg e 60 mmHg, e entre 61
mmHg e 100 mmHg, respectivamente. A figura 3.5 mostra o momento da realização da
facoemulsificação. Ao término do procedimento, os restos corticais foram aspirados,
injetou-se metilcelulose e ampliou-se a incisão (5,2 mm) para implantação da LIO (figura
3.6) dentro do saco capsular. Fechou-se a incisão com uma sutura em X e fio Mononylon®
10-0 . A cirurgia foi finalizada com a lavagem da câmara anterior.
Materiais e Métodos
36
Figura 3.5. Fotografia do olho de coelho, com monitoramento da pressão intra-ocular,
sendo submetido à facoemulsificação (Daisy®, Storz, St. Louis, USA).
Figura 3.6. Fotografia do olho de coelho, com monitoramento da pressão intra-ocular,
sendo submetido ao implante da lente intra-ocular após facoemulsificação.
Materiais e Métodos
37
3.2 Macacos-prego
Para análise dos efeitos da variação da PIO, foram utilizados 4 macacos-prego
(Cebus apella), machos, adultos (mais de 7 anos de idade) com peso variando entre 2,1 kg
a 2,4 kg, provenientes do Núcleo da Procriação de Macacos-Prego da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP. Através de sorteio, um olho de cada animal foi
submetido às variações pressóricas como descrito a seguir. Os olhos adelfos serviram de
controle. Após 22 dias, os animais foram sacrificados e todos os olhos preparados para
análise bioquímica e histológica.
Antes do início do procedimento, sob anestesia, os animais foram submetidos à
medida da freqüência cardíaca, pressão arterial sistêmica e PIO. Todos os animais foram
tratados de acordo com as normas para uso de animal em pesquisa, estabelecidas pela
"Association for Research in Vision and Ophthalmology" (ARVO, 2002), e os
procedimentos foram aprovados pela Comissão de Ética em Experimentação Animal da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (Protocolos 013 e 068/2004).
3.2.1 Anestesia nos macacos-prego
Os macacos foram inicialmente colocados em caixas de contenção para sedação com
solução de éter (figura 3.7). Depois de sedados, os animais foram retirados da caixa e
submetidos a uma injeção intraperitonial (figura 3.8) de tiopentobarbital sódico 2,5%
(Tionembutal®) na concentração de 30mg/kg peso e outra intramuscular com 0,2ml de
Diazepam (Diazepan®). Da mesma forma que nos coelhos, foi instilada uma gota de
cloridrato de proximetacaína 0.5% (Anestalcon®) nos olhos do animal para anestesia local.
Materiais e Métodos
38
A
B
Figura 3.7. A: fotografia da câmara de sedação desenvolvida pelo Núcleo de Procriação de
Macacos-prego da FOA - UNESP para sedação dos animais. B: fotografia de um macaco-
prego dentro da câmara sendo sedado.
Figura 3.8. Fotografia do macaco-prego sendo submetido à injeção intraperitonial de
anestésico.
Materiais e Métodos
39
3.2.2 Experimento nos macacos-prego
Antes do início do experimento, logo após a anestesia, mediu-se a freqüência
cardíaca, pressão arterial sistêmica e PIO dos macacos-prego. A freqüência cardíaca foi
aferida por meio da ausculta cardíaca com estetoscópio. A pressão arterial foi medida no
membro superior com esfigmomanômetro infantil. A PIO foi calculada a partir da média
de três medidas realizadas com um tonômetro de aplanação portátil tipo Perkins (modelo
Mk2; Haag-Streit, Essex, England). As medidas realizaram-se após a instilação de colírio
anestésico e de fluoresceína, respeitando um intervalo de 2 minutos entre elas. A média ±
DP da freqüência cardíaca nos macacos-prego foi de 157±4,1 bpm, a média ± DP
(variação) da pressão arterial foi de 99,4±4,3 mmHg (variação: 125 mmHg a 75 mmHg) e
a média ± DP da tonometria foi de 11,0±1,5 mmHg (variação: 9 mmHg a 14 mmHg). Os
valores obtidos por cada medida estão expostos em anexo.
Baseado no comportamento da PIO durante as cirurgias em coelhos, foi criado um
modelo de variação da PIO e aplicado nos macacos-prego. Tanto a variação pressórica
(0mmHg a 100mmHg), quanto o tempo (40minutos) foram previamente determinados e
aplicados em todos os animais de maneira semelhante (gráfico 3.1).
O método utilizado para variação da PIO foi descrito por Romão (1968) e permite o
controle do nível e tempo de permanência da PIO desejada através de um sistema bárico
composto por um frasco contendo BSS, pressurizado com o auxílio de uma bomba manual
de borracha em bulbo (pêra) e monitorado pela coluna de mercúrio, como demonstrado na
figura 3.9. Conectou-se ao sistema uma agulha de punção venosa de 25G do tipo
"butterfly", que foi introduzida na câmara anterior através da periferia temporal da córnea,
paralelamente à íris, de modo a criar uma incisão auto-selante (figura 3.10). Criou-se então
um sistema fechado, de forma que a pressurização do aparelho transferia líquido para o
Materiais e Métodos
40
olho, aumentando a pressão na câmara anterior que, por sua vez, era imediatamente
transmitida à câmara vítrea.
Os olhos submetidos às variações da pressão – grupo experimento - foram
escolhidos aleatoriamente, enquanto os olhos adelfos serviram de controle. Instilou-se uma
gota de colírio de tobramicina (Tobrex®) no início e final do procedimento. Após 40
minutos, a PIO foi normalizada e a agulha removida, concluindo o experimento.
Após o experimento, os macacos permaneceram alojados no biotério do Núcleo de
Procriação de Macacos-prego da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, pelo
período de 22 dias (figura 3.11), quando foram sacrificados.
Materiais e Métodos
41
Gráfico 3.1 Modelo de variação da pressão intra-ocular a que foram submetidos os olhos
de macacos-prego, de acordo com o tempo.
Figura 3.9. Fotografia do aparelho usado para provocar a variação da pressão intra-ocular
por infusão de solução salina balanceada na câmara anterior do olho de macacos-prego. A
pressão é controlada e monitorada pela coluna de mercúrio. Aparelho adaptado de Romão
(1968).
Materiais e Métodos
42
A
B
Figura 3.10. A: fotografia do olho de macaco-prego com agulha posicionada na câmara
anterior, durante procedimento de variação da pressão intra-ocular. B: imagem do olho
com a agulha em maior aumento.
Figura 3.11. Fotografia do macaco-prego na jaula do biotério após ter sido submetido ao
procedimento de variação da pressão intra-ocular.
Materiais e Métodos
43
3.2.3 Preparação para análise bioquímica
No vigésimo segundo dia após o experimento, antes do sacrifício, os animais foram
novamente anestesiados e todos os olhos foram submetidos à aspiração de 0,5ml de humor
vítreo, por meio de uma agulha (21G) montada em uma seringa estéril. Para evitar a
hipotonia, injetou-se no olho o mesmo volume de formaldeído 4% tamponado. O humor
vítreo coletado foi transferido para tubos identificados tipo Eppendorf e acondicionados a
uma temperatura de 4ºC. Após dois dias da coleta do material, iniciou-se a preparação para
dosagem de proteína total e quantificação dos aminoácidos excitatórios aspartato,
glutamato, serina, glicina e GABA.
A preparação para quantificação das proteínas obedeceu a seguinte rotina. Para cada
10µl da amostra de vítreo, adicionava-se 990µl de água milli Q, 900µl de uma solução de
1000ml contendo 2 gramas de tartarato de sódio e potássio, 100g de carbonato de sódio e
500ml de hidróxido de sódio 1N. Esta mistura era aquecida a 50ºC por 10 minutos e em
seguida resfriada em água corrente. Após o resfriamento, adicionava-se 100µl de uma
solução de 1000ml contendo 2g de sódio e potássio, 1g de sulfato de cobre penta-hidratado
e 10ml de hidróxido de sódio 1N. Agitava-se novamente e, em seguida, a solução era
deixada em temperatura ambiente por 10 minutos. Terminava-se a preparação adicionando
3,0ml de solução de Folim diluído, agitando rapidamente, incubando a 50ºC por 10
minutos e resfriando-a em água corrente.
O processo de desproteinização para a quantificação dos aminoácidos obedeceu a
seguinte rotina. Para cada 100µl de vítreo, adicionou-se 100µl de metanol e agitou-se.
Aproximadamente 1 hora depois o material foi centrifugado a 10.000 x g por minuto a 4ºC
e em seguida transferiu-se 100µl do sobrenadante para outro tubo Eppendorf. Adicionou-se
100 µl de ácido clorídrico (HCL) 0,5 M, agitou-se e centrifugou-se novamente. Transferiu-
Materiais e Métodos
44
se, então, 10 µl do sobrenadante para outro tubo Eppendorf contendo 40 µl de HCL 0,05
M. Agitou-se e transferiu-se 10 µl para um tubo cônico de 0,5 ml contendo 10 µl do padrão
interno carboximetilcisteína (12,5 nmoles). Acondicionou-se este frasco na estante do
injetor automático Shimadzu SIL 9 A, programado para adicionar 50 µl do reagente de pré-
derivatização ortoftaldeído (OPA), agitar e injetar 50 µl da mistura decorridos 2 minutos
da adição do OPA. Terminado este processo, o vítreo estava pronto para análise pela
técnica de Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC).
3.2.4 Análise bioquímica
Para dosagem de proteínas, foi utilizado o método de Lowry e colaboradores (1951),
modificado por Hartree (1972). Depois de preparada a amostra, como descrito
anteriormente, utilizou-se para análise um espectrofotômetro (modelo U-2000, Hitachi,
Japan) ajustado em 650nm. Os valores expressos em µg/ml indicam a concentração de
proteína total encontrada por mililitro da amostra de vítreo.
Para quantificação dos aminoácidos excitatórios, utilizou-se a Cromatografia
Líquida de Alto Desempenho (HPLC) em fase reversa, que corresponde a uma técnica
rápida e sensível para a análise de moléculas de massa molecular inferior a 1000 daltons. O
cromatógrafo foi montado com duas bombas de alta pressão (LC-7A), sistema controlador
(SLC-6B), injetor automático (SIL-6B), todos da marca Shimadzu, detector fluorimétrico
LDC e registrador Varian. Utilizou-se uma coluna de fase reversa (111 X 4 mm), ODS-C
18 (Hibar-Supersphere 5 mm, Merck) e pré-coluna (4 X 10 mm), compactada no
laboratório com Perisorb ODS-C 18 (Merck). Na análise cromatográfica utilizou-se o
método de pré-reação com OPA, descrito por Lindroth & Mopper (1979).
Após o processo de desproteinização das amostras de vítreo, descrito anteriormente,
iniciou-se a análise dos aminoácidos excitatórios colocando-se 10 µl deste material em
Materiais e Métodos
45
tubos próprios para o injetor e misturados a 10 µl de uma solução 6,25 nMoles/ml de
carboxil-metil-cisteína (CMCys), que funcionava como padrão interno. O injetor
automático adicionava à amostra 50 µl de solução de OPA (50 mg de OPA diluído em 1,0
ml de metanol, 50 µl de mercaptoetanol, 11,2 ml de borato de sódio 0,4 M, pH 9,5). O
injetor automático homogeneizava a amostra com solução de OPA por duas vezes e
injetava 50 ml da solução por um minuto e cinqüenta segundos. O padrão de aminoácidos,
com o qual a amostra seria comparada, era preparado a partir de uma solução estoque de
aminoácidos contendo 2,5 µmoles/ml (Pierce), acrescido de ortofosfoserina e GABA, na
mesma concentração, diluído com cloro 0,1 N para uma concentração final de 4,16
nMoles. O preparo para análise padrão era rigorosamente o mesmo da amostra a ser
analisada e repetido ao início de cada série de oito análises de amostras.
A fase móvel utilizada era composta por um gradiente binário com fase A (Na
2
HPO
4
12 H
2
O 0,025 M, pH 7,2, ajustado com HCL 0.1N, contendo 20 ml de metanol, 20
ml de acetonitila e 20 ml de tetrahidrofurano por litro), e fase B (solução aquosa de
metanol a 65%), que variava de 7 a 100%. Ambas as fases eram filtradas num sistema
milipore (filtros Milex de 0,45 µm) e deaerados com o auxílio de uma bomba de vácuo.
Toda a água utilizada no preparo das soluções era destilada e purificada num sistema Mili
Q (Milipore).
O fluxo utilizado no cromatógrafo foi de 0,7 ml/minuto, durante 70 minutos,
deixando-se intervalos de 5 minutos para estabilização entre uma injeção e outra. A
quantificação dos aminoácidos estudados era feita pela seguinte fórmula:
Materiais e Métodos
46
[aa]
=
h3/h4 x [P]
h1/h2
Em que:
[aa] – concentração de aminoácido na amostra,
h1 – altura do aminoácido padrão,
h2 – altura do pico de Cmcys no padrão,
h3 – altura do pico do aminoácido na amostra,
h4 – altura do pico de CMCys na amostra,
[P] – concentração da solução padrão de aminoácidos.
A concentração de aminoácidos da amostra é expressa na mesma unidade da
concentração do padrão. O material foi analisado de modo que as pessoas envolvidas no
processamento não tivessem conhecimento do grupo ao qual pertencia cada amostra.
3.2.5 Preparação para análise histológica
Após a coleta de vítreo para análise bioquímica, iniciou-se o processo de perfusão
cardíaca, com a abertura da caixa torácica e infusão de solução salina 0,9% (pH 7.0) via
aorta ascendente, seguida por 2 litros de paraformaldeído 4% em tampão acetato de sódio
0,1 molar (pH 6,0, 4ºC) (figura 3.12). O processo foi finalizado com a infusão de 2 litros
de paraformaldeído 4% em tampão borato de sódio 0,1 molar (pH 9,5, 4ºC). Após a morte
do animal, o mesmo foi decapitado, a calota craniana e cérebro foram removidos e os olhos
enucleados, juntamente com a pálpebra e toda a extensão do nervo óptico até o quiasma
óptico (figura 3.13). Todo este material foi colocado em frascos identificados contendo
solução de paraformaldeído 4% em tampão fosfato de sódio 0,1 molar (pH 7,3, 4ºC), aonde
permaneceram por 48 horas. Após este período, os olhos foram retirados dos frascos. A
pálpebra e o nervo óptico foram separados do bulbo ocular. O nervo óptico foi preparado
para ser submetido a cortes transversais. O bulbo ocular sofreu um corte para-sagital com
lâmina (11) de bisturi, por toda a sua extensão, que passou entre a mácula e o nervo óptico
(figura 3.14). A presença da pálpebra aderida ao bulbo ocular permitiu o correto
posicionamento do olho no momento do corte. O nervo óptico foi processado de modo a
Materiais e Métodos
47
permitir cortes transversais. Após ter sido removida, a pálpebra foi processada para
realização de outro estudo. O processamento para a microscopia de luz realizou-se de
forma simultânea em todas as peças, respeitando a seguinte rotina:
desidratação em soluções com concentrações crescentes de álcool (de 70% até absoluto);
diafanização com solução de xilol;
inclusão em parafina;
cortes de 6µm no micrótomo;
desparafinização;
hidratação em soluções com concentração decrescente de álcool (absoluto até 70%);
coloração pelo método hematoxilina-eosina;
montagem da lâmina.
A B
Figura 3.12. A: fotografia demonstrando o processo de abertura anterior do tórax para
perfusão dos macacos-prego. B: fotografia da cânula de perfusão introduzida no ventrículo
esquerdo.
Materiais e Métodos
48
A
B C
Figura 3.13. Fotografia do processo de remoção do bulbo ocular, pálpebra e nervo óptico
do macaco-prego submetido à variação da pressão intra-ocular. A: cabeça fixada na
estativa, sem a calota craniana e cérebro, início da remoção do teto da órbita para facilitar o
acesso às estruturas oculares. B: fotografia frontal do bulbo ocular esquerdo, pálpebra e
nervo óptico sendo removidos em bloco após terem sido totalmente liberados. C:
fotografia lateral do bulbo ocular esquerdo, pálpebra e nervo óptico sendo removidos em
bloco.
Materiais e Métodos
49
Figura 3.14. Fotografia da metade medial do bulbo ocular de macaco-prego, submetido à
variação da pressão intra-ocular, após secção sagital, mostrando o nervo óptico, retina,
esclera, córnea e cristalino.
Materiais e Métodos
50
3.2.6 Análise histológica
As lâminas com preparação histológica, dos olhos de macacos, foram avaliadas tanto
objetiva como subjetivamente, e de forma mascarada. A análise objetiva foi feita por meio
de um sistema computadorizado. As imagens foram capturadas por uma câmara digital
(AxioCam HRc; Carl Zeiss, München-Hallbergmoos, Germany), acoplada a um
microscópio óptico binocular (Axioskop 2 plus; Carl Zeiss, München-Hallbergmoos,
Germany) e enviadas a um computador. O programa Axiovision 3.1® (Carl Zeiss,
München-Hallbergmoos, Germany) identificou e armazenou as imagens em formato de
figura "tif".
Este exame levou em consideração:
o número de neurônios da camada de células ganglionares;
a espessura das camadas da retina;
A contagem de células ganglionares, tanto nos olhos submetidos ao experimento,
como nos olhos controle, foi feita por meio de imagens da retina (aumento de 100x) em
cortes sagitais que compreendiam o nervo óptico. Dois examinadores realizaram a
contagem duas vezes, com um intervalo de uma semana entre elas. Foram contadas todas
as células por toda a extensão do corte (de ora serrata a ora serrata), com núcleos nítidos ou
pouco nítidos maiores do que 6 µm de diâmetro. A diferença média na contagem entre os
dois examinadores foi de 7,1% ± 2.6%.
A espessura das camadas nuclear externa, plexiforme externa, nuclear interna e
plexiforme interna foi medida por meio de imagens (aumento de 400x) gravadas
utilizando-se o programa Axiovision 3.1® (Carl Zeiss, München-Hallbergmoos,
Materiais e Métodos
51
Germany). O examinador realizou 3 medidas (a 0,5, 1,0 e 1,5 mm do nervo óptico) na
retina superior e 3 na inferior, totalizando 6 medidas por olho.
A análise subjetiva foi feita por um histologista (JJL) experiente que, através do
microscópio óptico binocular (Axioskop 2 plus; Carl Zeiss, München-Hallbergmoos,
Germany), realizou o estudo comparativo entre as retinas de olhos controle e experimento.
Este examinador levou em consideração aspectos como edema, organização celular e
alterações nucleares das células, atentando para a camada de células ganglionares.
3.2.7 Análise estatística
A variação da PIO e da Pi durante os procedimentos em coelhos foi apresentada
como média ± desvio-padrão (máxima e mínima). Estes dados não foram submetidos à
análise estatística pelo fato desta parte do estudo ser descritiva.
Para a análise dos resultados bioquímicos e histológicos em macacos-prego,
aplicaram-se testes paramétricos levando-se em consideração a natureza e a distribuição
das medidas estudadas. A média dos valores obtidos pela análise bioquímica (aminoácidos
excitatórios e proteína), realizadas nas amostras de vítreo dos macacos, foi dividida em
grupo controle e experimento. A partir destes valores, determinou-se a média ± desvio-
padrão de cada grupo. A análise histológica objetiva da retina, determinada pela
quantificação do número de células ganglionares e espessura das camadas retinianas, foi
expressa como média ± desvio-padrão.
Tanto a análise bioquímica quanto a histológica utilizaram o teste de duas
populações t de Student pareado, por meio do programa Origin 6.0® (Microcal Software,
Inc.; Northampton, MA, USA), para comparação dos valores obtidos entre os dois grupos.
O nível de rejeição da hipótese de nulidade foi fixado em 0,05 ou 5% (p 0,05).
"Por meio de uma pequena amostra, podemos julgar toda a porção"
Miguel de Cervantes
4. RESULTADOS
Resultados
53
4.1 Variação da PIO nos diversos procedimentos cirúrgicos em coelhos
As figuras 4.1 a 4.4 ilustram a variação da pressão registrada pelo polígrafo no
decorrer das cirurgias de vitrectomia, facectomia extracapsular, facofragmentação e
facoemulsificação, em olhos de coelhos. Durante o procedimento de vitrectomia e
facofragmentação, além da PIO , registrou-se também a Pi (figura 4.1A e figura 4.3 A).
Todos os valores referentes ao experimento em coelhos estão expressos em mmHg.
Os gráficos 4.1, 4.3, 4.4 e 4.6 apresentam a análise da variação da PIO (média,
máxima e mínima) por cirurgia, e os gráficos 4.2 e 4.5 a variação da Pi (média, máxima e
mínima) nas cirurgias de vitrectomia e facofragmentação.
A média±DP da PIO em todas as cirurgias foi de 19,6±6,4 mmHg. A média da PIO
máxima e mínima (±DP) foi de 97,8±20,9 mmHg e 1,2±1,2 mmHg, respectivamente. O
gráfico 4.7 apresenta, separadamente, as médias da PIO de cada técnica. A cirurgia de
vitrectomia apresentou a maior média pressórica (28,2 mmHg), enquanto que a
extracapsular apresentou a menor (13,0 mmHg). Com relação à média das máximas, a
técnica de facoemulsificação apresentou a mais elevada, com 121,6 mmHg e a
facofragmentação a mais baixa, com 72,2 mmHg. A média das mínimas foi semelhante em
todos os grupos, próximo a 0,0 mmHg.
Os gráficos 4.8, 4.10, 4.11 e 4.13 apresentam a variação da PIO durante cada etapa
das cirurgias, com máxima, média da máxima, média geral, média da mínima e mínima.
Os gráficos 4.9 e 4.12 demonstram a variação da Pi durante as etapas da vitrectomia e
facofragmentação. Da mesma forma, o gráfico 4.14 apresenta a variação da PIO durante a
infusão e remoção de perfluoroctano e óleo de silicone. Os valores obtidos por estes dois
Resultados
54
últimos procedimentos não foram utilizados na determinação das médias gerais da cirurgia
de vitrectomia.
Os valores (média, máxima, mínima e desvio-padrão) de cada procedimento, por
olho, estão expostos na forma de tabelas em anexo.
1 2 3456 7891011
0.0 79.6 159.2
conds
238.8
se
0.0
25.0
50.0
75.0
mm H
g
Infusion
25.0
50.0
75.0
100.0
mm H
g
Posterio
r
A
B
Vitrectomia
Tempo
Figura 4.1. Ilustração representativa da variação da pressão de infusão (A) e intra-ocular
(B), pelo tempo (segundos), registrada pelo polígrafo (modelo MP100, Biopac System®)
durante a cirurgia de vitrectomia no olho direito do coelho 13. Marcações verticais
mostrando as etapas da cirurgia.
Legenda: 1= esclerotomia da infusão; 2= colocação da infusão; 3= esclerotomia1; 4=
esclerotomia2; 5= colocação da ponteira de vitrectomia; 6= colocação da ponteira de
iluminação; 7= Vitrectomia; 8= Remoção da ponteira; 9= colocação do pino 1; 10=
colocação do pino 2; 11= sutura da esclerotomia.
Resultados
55
0.0 2.2 4.4 6.6
m
0.000000
mm H
g
us
0.0
30.0
60.0
90.0
mm H
g
Posterior
AB CDEFGHIJKL
MNOPQR
inutes
Tempo
Facectomia extracapsular
Figura 4.2. Ilustração representativa da variação da pressão intra-ocular, pelo tempo
(minutos), registrada pelo polígrafo (modelo MP100, Biopac System®) durante a cirurgia
de facectomia extracapsular no olho esquerdo do coelho 6. Marcações verticais mostrando
as etapas da cirurgia.
Legenda: A= início; B= sulco prévio e delaminação escleral; C= paracentese da câmara
anterior; D= injeção de azul de Trypan na câmara anterior; E= lavagem da câmara anterior;
F= injeção de metilcelulose; G= ampliação da incisão; H= capsulotomia; I=
hidrodissecção; J= ampliação da incisão; K= remoção do núcleo da lente; L= refazer
câmara anterior com injeção de BSS; M= pontos prévios; N= aspiração de massas; O=
injeção de metilcelulose; P= colocação da LIO; Q= sutura córneo escleral; R= lavagem e
preenchimento da câmara anterior com BSS.
Resultados
56
1 2345 6789101112
0.0 32.1 64.2 96.3
seconds
0.0
10.3
20.6
30.9
mm H
g
Infusion
0.0
10.3
20.6
30.9
mm H
g
Posterior
A
B
Tempo
Facofragmentação
Figura 4.3. Ilustração representativa da variação da pressão de infusão (A) e intra-ocular
(B), pelo tempo (segundos), registrada pelo polígrafo (modelo MP100, Biopac System®)
durante a cirurgia de facofragmentação no olho direito do coelho 19. Marcações verticais
mostrando as etapas da cirurgia.
Legenda: 1= esclerotomia; 2= colocação da ponteira; 3= facofragmentação; 4= abertura da
cápsula anterior; 5= remoção das ponteiras; 6= colocação do pino; 7= remoção da infusão;
8= incisão auto-selante na córnea; 9= injeção de metilcelulose; 10= colocação da LIO; 11=
sutura escleral e córneo-escleral; 12= lavagem e preenchimento da câmara anterior com
BSS.
Resultados
57
0.0 2.3 4.6 6.9
minutes
0.000000
mm H
g
us
0.0
54.8
109.6
164.4
mm H
g
Posterior
A BC D E F GHIJK LMNO P
Tempo
Facoemulsificação
Figura 4.4. Ilustração representativa da variação da pressão intra-ocular, pelo tempo
(minutos), registrada pelo polígrafo (modelo MP100, Biopac System®) durante a cirurgia
de facoemulsificação no olho esquerdo do coelho 8. Marcações verticais mostrando as
etapas da cirurgia.
Legenda: A= incisão auto-selante; B= injeção de azul de Trypan; C= lavagem da câmara
anterior; D= injeção de metilcelulose; E= ampliação da incisão; F= capsulorréxis; G=
hidrodissecção; H= paracentese auxiliar, I= colocação da ponteira; J= facoemulsificação;
K= ampliação da incisão; L= colocação da LIO; M= indução de edema de córnea; N=
lavagem da câmara anterior; O= preenchimento da câmara anterior com BSS.
Resultados
58
MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Pressão intra-ocular (mmHg)
Vitrectomia via pars plana
Gráfico 4.1. Análise da variação da pressão intra-ocular em 25 olhos de coelhos
submetidos à cirurgia de vitrectomia apresentando os valores médio, máximo e mínimo.
MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Pressão de infusão (mmHg)
Vitrectomia via pars plana
Gráfico 4.2. Análise da variação da pressão de infusão em 25 olhos de coelhos submetidos
à cirurgia de vitrectomia apresentando os valores médio, máximo e mínimo.
Resultados
59
MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Pressão intra-ocula (mmHg)
Facectomia Extracapsular manual
Gráfico 4.3. Análise da variação da pressão intra-ocular em 14 olhos de coelhos
submetidos à cirurgia de facectomia extracapsular apresentando os valores médio, máximo
e mínimo.
Resultados
60
MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Pressão intra-ocular (mmHg)
Facectomia com Facofragmentação
Gráfico 4.4. Análise da variação da pressão intra-ocular em 14 olhos de coelhos
submetidos à cirurgia de facectomia com facofragmentação apresentando os valores
médio, máximo e mínimo.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Pressão de infusão (mmHg)
Facectomia com Facofragmentação
Gráfico 4.5. Análise da variação da pressão de infusão em 14 olhos de coelhos submetidos
à cirurgia de facectomia com facofragmentação apresentando os valores médio, máximo e
mínimo.
Resultados
61
MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Facectomia com Facoemulsificação
Pressão intra-ocular (mmHg)
Gráfico 4.6. Análise da variação da pressão intra-ocular em 14 olhos de coelhos
submetidos à cirurgia de facectomia com facoemulsificação apresentando os valores
médio, máximo e mínimo.
0
20
40
60
80
100
120
140
MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA
Pressão intra-ocular (mmHg)
VITRECTOMIA
EXTRACAPSULAR
FACOFRAGMENTAÇÃO
FACOEMULSIFICAÇÃO
Gráfico 4.7. Análise comparativa da pressão intra-ocular em coelhos submetidos à
cirurgias de vitrectomia, facectomia extracapsular, facofragmentação e facoemulsificação
divididas em média geral, média das máximas e média das mínimas.
Resultados
62
I
N
Ì
C
I
O
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
-
I
N
F
U
S
Ã
O
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
-
I
N
F
U
S
Ã
O
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
1
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
2
P
O
N
T
E
I
R
A
V
I
T
R
E
C
T
O
M
I
A
P
O
N
T
E
I
R
A
I
L
U
M
I
N
A
Ç
Ã
O
V
I
T
R
E
C
T
O
M
I
A
F
R
A
C
A
V
I
T
R
E
C
T
O
M
I
A
M
O
D
E
R
A
D
A
V
I
T
R
E
C
T
O
M
I
A
F
O
R
T
E
R
E
M
O
Ç
Ã
O
P
O
N
T
E
I
R
A
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
P
I
N
O
1
R
E
M
O
Ç
Ã
O
I
L
U
M
I
N
A
Ç
Ã
O
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
P
I
N
O
2
S
U
T
U
R
A
E
S
C
L
E
R
A
L
F
I
N
A
L
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Geral
Pressão intra-ocular (mmHg)
Vitrectomia via pars plana
Máxima
MédiaMáxima
Média
MédiaMínima
Mínima
Gráfico 4.8. Análise comparativa da variação da pressão intra-ocular com máxima, média
das máximas, média geral, média das mínimas e mínima, atingidas durante cada etapa da
cirurgia de vitrectomia em olhos de coelhos.
I
N
Ì
C
I
O
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
-
I
N
F
U
S
Ã
O
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
-
I
N
F
U
S
Ã
O
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
1
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
2
P
O
N
T
E
I
R
A
V
I
T
R
E
C
T
O
M
I
A
P
O
N
T
E
I
R
A
I
L
U
M
I
N
A
Ç
Ã
O
V
I
T
R
E
C
T
O
M
I
A
F
R
A
C
A
V
I
T
R
E
C
T
O
M
I
A
M
O
D
E
R
A
D
A
V
I
T
R
E
C
T
O
M
I
A
F
O
R
T
E
R
E
M
O
Ç
Ã
O
P
O
N
T
E
I
R
A
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
P
I
N
O
1
R
E
M
O
Ç
Ã
O
I
L
U
M
I
N
A
Ç
Ã
O
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
P
I
N
O
2
S
U
T
U
R
A
E
S
C
L
E
R
A
L
F
I
N
A
L
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Geral
Pressão de infusão (mmHg)
Vitrectomia via pars plana
Máxima
MédiaMáxima
Média
MédiaMínima
Mínima
Gráfico 4.9. Análise comparativa da variação da pressão de infusão com máxima, média
das máximas, média geral, média das mínimas e mínima, atingidas durante cada etapa da
cirurgia de vitrectomia em olhos de coelho.
Resultados
63
I
N
Í
C
I
O
S
U
L
C
O
P
R
É
V
I
O
/
D
E
L
A
M
I
N
A
Ç
Ã
O
P
A
R
A
C
E
N
T
E
S
E
C
A
I
N
J
E
Ç
Ã
O
-
T
R
Y
P
A
N
L
I
M
P
E
Z
A
C
A
I
N
J
E
Ç
Ã
O
M
E
T
I
L
O
S
E
A
M
P
L
I
A
Ç
Ã
O
I
N
C
I
S
Ã
O
C
A
P
S
U
L
O
T
O
M
I
A
H
I
D
R
O
D
I
S
S
E
C
Ç
Ã
O
A
M
P
L
I
A
Ç
Ã
O
I
N
C
I
S
Ã
O
R
E
M
O
Ç
Ã
O
N
Ú
C
L
E
O
R
E
F
A
Z
E
R
C
A
P
O
N
T
O
S
P
R
É
V
I
O
S
A
S
P
I
R
A
Ç
Ã
O
M
A
S
S
A
S
I
N
J
E
Ç
Ã
O
M
E
T
I
L
O
S
E
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
-
L
I
O
S
U
T
U
R
A
E
S
C
L
E
R
A
L
L
I
M
P
E
Z
A
C
A
R
E
F
A
Z
E
R
C
A
F
I
N
A
L
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Geral
Pressão intra-ocular (mmHg)
Facectomia extracapsular
Máxima
MédiaMáxima
Média
MédiaMínima
Mínima
Gráfico 4.10. Análise comparativa da variação da pressão intra-ocular com máxima, média
das máximas, média geral, média das mínimas e mínima, atingidas durante cada etapa da
cirurgia de facectomia extracapsular em olhos de coelhos.
Legenda: CA= câmara anterior.
Resultados
64
I
N
Í
C
I
O
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
-
I
N
F
U
S
Ã
O
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
P
O
N
T
E
I
R
A
F
A
C
O
F
R
A
G
.
F
R
A
C
A
F
A
C
O
F
R
A
G
.
M
O
D
E
R
A
D
A
F
A
C
O
F
R
A
G
.
F
O
R
T
E
C
A
P
S
U
L
O
T
O
M
I
A
R
E
M
O
Ç
Ã
O
P
O
N
L
O
C
T
E
I
R
A
C
O
A
Ç
Ã
O
P
I
N
O
R
E
M
O
Ç
Ã
O
I
N
F
U
S
Ã
O
S
U
T
U
R
A
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
A
B
E
R
T
U
R
A
C
Ó
R
N
E
A
I
N
J
E
Ç
Ã
O
M
E
T
I
L
O
S
E
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
L
I
O
S
U
T
U
R
A
L
I
M
P
E
Z
A
C
A
R
E
F
A
Z
E
R
C
A
F
I
N
A
L
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Geral
Pressão intra-ocular (mmHg)
Facectomia com Facofragmentação
Máxima
MédiaMáxima
Média
MédiaMínima
Mínima
Gráfico 4.11. Análise comparativa da variação da pressão intra-ocular com máxima, média
das máximas, média geral, média das mínimas e mínima, atingidas durante cada etapa da
cirurgia de facectomia com facofragmentação em coelhos.
Legenda: CA= câmara anterior; Facofrag= facofragmentação.
I
N
Í
C
I
O
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
-
I
N
F
U
S
Ã
O
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
P
O
N
T
E
I
R
A
F
A
C
O
F
R
A
G
.
F
R
A
C
A
F
A
C
O
F
R
A
G
.
M
O
D
E
R
A
D
A
F
A
C
O
F
R
A
G
.
F
O
R
T
E
C
A
P
S
U
L
O
T
O
M
I
A
R
E
M
O
Ç
Ã
O
P
O
N
T
E
I
R
A
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
P
I
N
O
R
E
M
O
Ç
Ã
O
I
N
F
U
S
Ã
O
S
U
T
U
R
A
E
S
C
L
E
R
O
T
O
M
I
A
A
B
E
R
T
U
R
A
C
Ó
R
N
E
A
I
N
J
E
Ç
Ã
O
M
E
T
I
L
O
S
E
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
L
I
O
S
U
T
U
R
A
L
I
M
P
E
Z
A
C
A
R
E
F
A
Z
E
R
C
A
F
I
N
A
L
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Geral
Pressão de infusão (mmHg)
Facectomia com Facofragmentação
Máxima
MédiaMáxima
Média
MédiaMínima
Mínima
Gráfico 4.12. Análise comparativa da variação da pressão de infusão com máxima, média
das máximas, média geral, média das mínimas e mínima, atingidas durante cada etapa da
cirurgia de facectomia com facofragmentação em coelhos.
Legenda: CA= câmara anterior; Facofrag= facofragmentação
Resultados
65
I
N
Í
C
I
O
I
N
C
I
S
Ã
O
A
U
T
O
-
S
E
L
A
N
T
E
I
N
J
E
Ç
Ã
O
-
T
R
Y
P
A
N
L
I
M
P
E
Z
A
C
A
I
N
J
E
Ç
Ã
O
-
M
E
T
I
L
O
S
E
A
M
P
L
I
A
Ç
Ã
O
I
N
C
I
S
Ã
O
C
A
P
S
U
L
O
R
R
É
X
I
S
H
I
D
R
O
D
I
S
S
E
C
Ç
Ã
O
P
A
R
A
C
E
N
T
E
S
E
A
U
X
.
A
M
P
L
I
A
Ç
Ã
O
I
N
C
I
S
Ã
O
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
P
O
N
T
E
I
R
A
F
A
C
O
F
R
A
C
O
F
A
C
O
M
O
D
E
R
A
D
O
F
A
C
O
F
O
R
T
E
R
E
M
O
Ç
Ã
O
P
O
N
T
E
I
R
A
A
S
P
I
R
A
Ç
Ã
O
M
A
S
S
A
S
I
N
J
E
Ç
Ã
O
M
E
T
I
L
O
S
E
I
N
C
I
S
Ã
O
P
/
L
I
O
C
O
L
O
C
A
Ç
Ã
O
L
I
O
S
U
T
U
R
A
C
Ó
R
N
E
A
E
D
E
M
A
C
Ó
R
N
E
A
L
I
M
P
E
Z
A
C
A
R
E
F
A
Z
E
R
C
A
F
I
N
A
L
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Geral
Pressão intra-ocular (mmHg)
Facectomia com Facoemulsificação
Máxima
MédiaMáxima
Média
MédiaMínima
Mínima
Gráfico 4.13. Análise comparativa da variação da pressão intra-ocular com máxima, média
das máximas e média geral, média das mínimas e mínima, atingidas durante cada etapa da
cirurgia de facectomia com facoemulsificação em olhos de coelhos.
Legenda: CA= câmara anterior; Faco= facoemulsificação.
I
N
J
E
Ç
Ã
O
P
E
R
F
L
U
O
R
O
C
T
A
N
O
R
E
M
O
Ç
Ã
O
P
E
R
F
L
U
O
R
O
C
T
A
N
O
I
N
J
E
Ç
Ã
O
Ó
L
E
O
D
E
S
I
L
I
C
O
N
E
R
E
M
O
Ç
Ã
O
Ó
L
E
O
D
E
S
I
L
I
C
O
N
E
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Injeção e remoção de Perfluoroctano Líquido e Óleo de Silicone
Pressão intra-ocular (mmHg)
Máxima
Média
Mínima
Gráfico 4.14. Variação da pressão intra-ocular (média, máxima e mínima) durante
procedimento de infusão e remoção de perfluoroctano e óleo de silicone em olhos de
coelhos.
Resultados
66
4.2 Análise dos macacos-prego submetidos à variação da PIO
4.2.1 Análise bioquímica
4.2.1.1 Análise das proteínas
A tabela 4.1 apresenta os valores, com média±DP e análise estatística (p), obtidos
pela dosagem de proteínas totais do vítreo controle e experimento. Os valores estão
expressos em µg/ml. O valor médio do grupo experimento mostrou-se estatisticamente
superior ao grupo controle (p = 0,023).
Tabela 4.1. Análise quantitativa de proteína total no vítreo de macacos-prego do grupo
controle e experimento submetidos à variação da pressão intra-ocular. Valores expressos
em µg/ml.
*
Controle Experimento
1 204 250
2 156 294
3 117 206
4 176 332
Média+/-Desvio padrão
163,3+/-36,6 270,5+/-54,5
Estatística
Grupos
Animal
p
= 0,023
* diferença estatisticamente significativa
Resultados
67
4.2.1.2 Análise dos aminoácidos excitatórios
As figuras 4.5 e 4.6 mostram os perfis cromatográficos representativos da análise de
amostras de vítreo do grupo controle e do grupo experimento, respectivamente . A tabela
4.2 demonstra a média das duas dosagens de aminoácidos no vítreo de olhos controle e
experimento, com média±DP e análise estatística (p). Os valores são expressos em µM/l.
Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. Os valores das duas
dosagens de aminoácidos estão expostos em anexo.
Tabela4.2. Análise quantitativa da dosagem de aminoácidos no vítreo de macacos-prego
do grupo controle e experimento submetidos à variação da pressão intra-ocular. Média de
duas medidas. Valores expressos em µM/L.
Grupos Animal Asp Glu Ser Gli GABA
1 30,5 5,4 49,8 25,2 0,3
2 67,8 8,7 108,7 10,2 0,6
3 13,0 2,6 40,9 9,9 0,6
4 84,2 3,9 31,1 17,5 0,3
48,9+/-32,8 5,1+/-2,7 57,6+/-34,9 15,7+/-7,2 0,4+/-0,2
1 24,0 4,3 71,0 22,8 0,7
2 17,4 3,7 50,0 14,5 0,2
3 47,6 8,5 74,3 49,5 0,2
4 37,5 2,4 28,9 11,0 0,4
31,6+/-13,5 4,7+/-2,6 56,1+/-21,1 24,4+/-17,4 0,4+/-0,2
Estatística
p=
0,451 0,864 0,943 0,467 0,729
Controle
Experimento
Média+/-DP
Média+/-DP
Legenda: DP= desvio-padrão; Asp= aspartato; Glu= glutamato; Ser= serina; Gli=glicina;
GABA= ácido gama-amino-butírico.
Resultados
68
Figura 4.5. Perfil cromatográfico da amostra de
vítreo de macaco-prego do grupo controle.
Figura 4.6. Perfil cromatográfico da amostra
de vítreo de macaco-prego do grupo
submetido à variação da pressão intra-ocular.
Resultados
69
4.2.2 Análise histológica
4.2.2.1 Análise objetiva
4.2.2.1.1 Contagem das células ganglionares
A tabela 4.3 apresenta as médias das duas contagens de células ganglionares,
realizadas por dois examinadores, de acordo com o grupo (controle e experimento),
juntamente com a média±DP final de cada grupo e análise estatística, que indica não haver
diferença significante entre eles. A figura 4.7 mostra uma imagem da marcação da retina
de macaco durante a contagem das células ganglionares. Em anexo encontram-se todos os
valores obtidos pelas contagens dos dois examinadores.
Tabela 4.3. Análise quantitativa do número de células ganglionares na retina de macacos-
prego do grupo controle e experimento.
Controle Experimento
1 1165 1230
2 1229 1174
3 1298 1168
4 1161 1355
dia+/- Desvio-padrão
1213,3+/-64,5 1231,8+/-86,8
Estatística
p=0,811
Número de células
Animal
Resultados
70
Figura 4.7. Fotografia ampliada da retina de macaco-prego submetido à variação da
pressão intra-ocular, mostrando as marcações (em verde) realizadas para a contagem das
células ganglionares. Coloração com hematoxilina-eosina, aumento de 100X e ampliação
digital, programa Axiovision 3.1® (Carl Zeiss, München-Hallbergmoos, Germany).
4.2.2.1.2 Medida da espessura das camadas retinianas
As figuras 4.8 e 4.9 mostram as imagens da retina de macacos (controle e
experimento) com a medida das camadas nucleares (interna e externa) e plexiformes
(interna e externa). A tabela 4.4 apresenta o valor médio das medidas em µm, com
média±DP e análise estatística. Houve diferença estatisticamente significativa (p= 0,043)
somente na camada nuclear externa.Os valores de todas as medidas das camadas retinianas
obtidas a 0,5mm, 1,0mm e 1,5mm do nervo óptico estão expostas em anexo.
Resultados
71
Figura 4.8. Fotografia de uma retina do grupo controle de macaco-prego (animal 1),
mostrando (em vermelho) as marcações realizadas para medida da espessura das camadas
nuclear interna e externa, e plexiforme interna e externa. Coloração com hematoxilina-
eosina, aumento de 400X, programa Axiovision 3.1® (Carl Zeiss, München-
Hallbergmoos, Germany).
Figura 4.9. Fotografia de uma retina do grupo experimento de macaco-prego (animal 1),
mostrando (em vermelho) as marcações realizadas para medida da espessura das camadas
nuclear interna e externa, e plexiforme interna e externa. Coloração com hematoxilina-
eosina, aumento de 400X, programa Axiovision 3.1® (Carl Zeiss, München-
Hallbergmoos, Germany).
Resultados
72
Tabela 4.4. Análise quantitativa da espessura das camadas da nuclear interna (NI) e
externa (NE), e plexiforme interna (PI) e externa (PE) na retina de macacos-prego do
grupo controle e experimento, medidas a 0,5mm, 1,0mm e 1,5mm superior e inferior ao
nervo óptico. Valores expressos em µm.
NE PE NI PI
1 24,9 15,2 25,8 26,7
2 25,5 17,0 26,7 26,6
3 26,5 15,1 28,0 26,6
4 27,3 15,6 27,4 26,1
26,1+/-1,1 15,7+/-0,9 27,0+/-0,9 26,5+/-0,3
1 24,4 15,4 26,7 27,8
2 24,2 17,3 27,6 27,3
3 25,6 14,3 27,4 26,0
4 27,0 15,3 27,1 26,4
25,3+/-1,3 15,6+/-1,3 27,2+/-0,4 26,9+/-0,8
0,043* 0,595 0,608 0,378
Camadas da retina
dia+/-Desvio-Padrão
dia+/-Desvio-Padrão
Estatística
(p
)
Controle
Experimento
Grupos Animal
* diferença estatisticamente significante
4.2.2.2 Análise subjetiva
As retinas submetidas à variação da PIO (grupo experimento) não mostraram
alterações histológicas importantes quando comparadas ao grupo controle (figura 4.10 e
4.11). Em ambos os grupos, as camadas celulares encontravam-se bem definidas e
organizadas. A camada de células ganglionares apresentava-se sem sinais de vacuolização
ou edema. As células desta camada apresentavam núcleos grandes com nucléolo evidente,
sem sinais de picnose. Da mesma forma, a camada nuclear interna apresentava-se sem
sinais de edema ou alterações na organização celular, assim como as outras camadas
(plexiforme interna, nuclear externa e plexiforme externa).
Resultados
73
Figura 4.10. Fotografia de uma secção da retina de macaco-prego do grupo controle
mostrando boa organização celular, núcleos evidentes e ausência de sinais inflamatórios.
Coloração com hematoxilina-eosina, aumento de 400X, programa Axiovision 3.1® (Carl
Zeiss, München-Hallbergmoos, Germany).
Figura 4.11. Fotografia de uma secção da retina de macaco-prego do grupo experimento
com aspecto semelhante ao do grupo controle (organização celular, núcleos evidentes e
ausência de sinais inflamatórios). Coloração com hematoxilina-eosina, aumento de 400X,
programa Axiovision 3.1® (Carl Zeiss, München-Hallbergmoos, Germany).
"Imagino que não estejamos discutindo meramente
para garantir a vitória das minhas ou das suas idéias.
Em vez disso, devemos lutar em defesa da verdade e de
toda a verdade"
Sócrates
5. DISCUSSÃO
Discussão
75
5.1 Variação da PIO em cirurgias oftalmológicas
O presente estudo foi o primeiro a descrever a variação da PIO e da Pi durante as
modernas técnicas de cirurgia intra-ocular (vitrectomia, facectomia extracapsular,
facofragmentação e facoemulsificação). Apesar de outros autores já terem se proposto a
medir as variações pressóricas durante cirurgias oculares (Honda et al, 1982; Moorhead e
Armeniades, 1986), não se pode comparar os resultados, pois, estes autores utilizaram
métodos diferentes durante cirurgias não mais usadas.
No estudo apresentado por Honda e colaboradores, em 1982, analisou-se a variação
da pressão por meio de um balão implantado no interior da esclera, não avaliando,
portanto, diretamente a PIO. Alguns procedimentos foram simulações de cirurgias que não
são mais usadas, como facectomia intracapsular e vitrectomia a "céu aberto". Também
foram feitas simulações de cirurgias de transplante de córnea, mas, em todas elas, a
variação da pressão foi pequena, pois os três tipos de cirurgias são feitos em "sistema
aberto", ou seja, com ampla exposição do interior do globo ocular, que faz com que a PIO
fique sempre próximo a 0 mmHg. Estes autores também fizeram simulações da cirurgia de
descolamento de retina (cerclage) que, por ser uma técnica que não abre o olho, provoca
maior aumento da pressão durante a manipulação, com picos que chegaram a quase
100mmHg. A cerclage não foi analisada no presente estudo, uma vez que o aumento da
PIO, nestes casos, é deliberado. Como por princípio esta técnica visa o aumento da PIO,
tanto no intra quanto no pós-operatório, sendo este aumento um dos responsáveis pelo
reposicionamento da retina em seu leito de origem, picos pressóricos associados a um
período curto de isquemia são esperados (Michels et al, 1990b).
Discussão
76
Quatro anos depois do estudo de Honda e colaboradores (1982), Moorhead e
Armeniades (1986) publicaram seu estudo sobre a variação da pressão em procedimentos
oftalmológicas em "sistemas fechados", ou seja, cirurgias realizadas com a introdução de
instrumentos no olho e com mínima ou nenhuma área de continuidade entre o meio interno
e externo. Através de um sensor posicionado na câmara anterior ou vítrea, foi medida a
pressão durante procedimentos cirúrgicos oculares. Como o objetivo foi comparar o
comportamento da Pi em relação à PIO, só foram avaliados alguns passos da cirurgia
(manipulação do bulbo, introdução de agulha na câmara anterior, incisão limbar, sutura,
colocação da ponteira de vitrectomia e vitrectomia propriamente dita). Suas conclusões
quanto à correspondência entre PIO e Pi se mostraram semelhantes às encontradas pelo
presente estudo, como poderá ser visto mais adiante.
Os métodos utilizados no presente estudo foram aplicados de forma planejada, rígida
e pragmática, buscando controlar o maior número possível de variáveis. Devemos
considerar que, os dados aqui apresentados estão intimamente relacionados ao modelo
animal, à habilidade do cirurgião, à técnica empregada, ao instrumental e equipamento
utilizados e ao método empregado para medida da PIO e da Pi, de modo que os resultados
devem ser interpretados à luz destas limitações.
Os olhos de coelho vêm sendo utilizados há muito tempo em cirurgias
oftalmológicas experimentais (Robbins et al, 1970; Eifrig & Doughman, 1977; Polack &
Sugar, 1976; Honda et al, 1981; Barbazetto et al, 2004). No presente estudo, o coelho
mostrou-se um excelente modelo, tanto pela grande disponibilidade e fácil manipulação do
animal, quanto pelo bom tamanho e acesso ao olho, entretanto, alguns aspectos devem ser
considerados. A PIO está diretamente relacionada à espessura e rigidez escleral, que no
caso do coelho é mais fina e elástica do que em humanos, sendo um fator que pode
Discussão
77
influenciar na pressão final (Lauretti & Romão, 1970). O estudo de Moorhead &
Armeniades (1986) demonstrou que, quando submetidos a forças externas de mesma
magnitude, olhos de porcos apresentam picos pressóricos mais elevados do que os de
coelhos. Estes autores supuseram que isto se deu pela maior rigidez escleral dos olhos de
porco em relação aos de coelho. Portanto, extrapolando este raciocínio para humanos,
podemos supor que, sob as mesmas condições, olhos humanos apresentariam picos de
pressão mais elevados do que os encontrados em coelhos, quando submetidos a forças
externas de mesma magnitude.
Outra ressalva importante em relação à utilização de olhos de coelho diz respeito à
menor espessura da córnea deste animal em relação à córnea humana (Reiser et al, 2005;
Hosseini et al, 2004). Este fato dificultou a realização de algumas manobras durante a
facectomia extracapsular (paracentese da câmara anterior através da córnea),
facoemulsificação e facofragmentação (incisão auto-selante na córnea), levando a perda
constante da pressão na câmara anterior, quando mal executadas. Nos casos em que esta
incisão foi bem realizada, observaram-se picos de pressão mais elevados nas manobras que
dependiam desta incisão (lavagem da câmara anterior, hidrodissecção, metilcelulose e
refazer a câmara anterior). Portanto, de forma semelhante à espessura escleral, os picos de
PIO em humanos podem ser maiores do que os encontrados em coelhos por influência da
espessura da córnea. O cristalino também pode ter influenciado nos resultados devido ao
seu tamanho e densidade (mole pela ausência de catarata). Por ser maior do que o de
humano (Gwon et al, 1993; Treton & Courtois, 1989), o cristalino do coelho pode ter
influenciado no resultado, provocando uma queda mais acentuada da PIO durante a sua
remoção na facectomia extracapsular. A ausência de catarata pode ter influenciado no
resultado, por não provocar quedas acentuadas da PIO durante os procedimentos de
Discussão
78
facofragmentação e facoemulsificação, uma vez que o núcleo mole pode ser aspirado com
facilidade.
Além do modelo animal, outros fatores podem ter influenciado a variação da PIO
durante as cirurgias intra-oculares, por isso, algumas medidas foram tomadas no sentido de
minimizar o efeito destas influências. A realização dos procedimentos por um mesmo
indivíduo (no caso, o autor) objetivou o controle da variável habilidade do cirurgião. A
técnica cirúrgica, foi rigorosamente a mesma em todos os olhos, determinada por meio de
pesquisa (Rosen et al, 1984; Boyd, 1998a; Boyd, 1998b; Agapitos, 1991; Agarwal, 2000;
Chang, 1999; Peyman & Schulman, 1994a; Peyman & Schulman, 1994b; Michels et al,
1990c; Lavinsky & Gonçalves, 2000) e conhecimentos prévios do cirurgião. O
instrumental e equipamento utilizados foram os mesmos para todas as cirurgias, assim
como os parâmetros (altura do frasco, pulso e potência do ultra-som, força de aspiração e
cortes por minuto). A utilização de uma cânula de polietileno (PE50) para medida da PIO
mostrou-se importante pelo fato deste material não sofrer distensão e pelo grosso calibre
dificultar a sua obstrução pelo humor vítreo.
Para confirmar que a leitura da PIO foi correta, durante o estudo piloto uma cânula
foi posicionada na câmara anterior e, outra, na câmara vítrea (dados não apresentados). O
resultado foi uma leitura semelhante nas duas câmaras, de modo que as variações da
pressão na câmara anterior eram transmitidas quase que instantaneamente à câmara vítrea,
e vice-versa. Do mesmo modo, Bui e colaboradores (2005) demonstraram que as variações
da pressão na câmara anterior eram transmitidas à câmara vítrea ao mesmo tempo e com
intensidade ligeiramente menor, com tendência a se igualar em pouco tempo. Outro fator
importante a ser considerado foi o fato de que, a presença de metilcelulose e ar na câmara
anterior durante as facectomias poderia obstruir a cânula, comprometendo assim a leitura
Discussão
79
da pressão. Por estes motivos optou-se pela utilização de somente uma cânula, introduzida
na câmara vítrea através da região da pars plana.
Em vez de se discutir profundamente os resultados da variação da pressão provocada
por cada etapa das cirurgias, optou-se por discutir somente os dados mais relevantes aos
objetivos do estudo. De maneira geral, a análise do comportamento da PIO mostrou que
podem ocorrer grandes variações durante a realização de cirurgias intra-oculares. Apesar
de transitórios, foram constatados picos pressóricos de até 165,6 mmHg na vitrectomia,
155,3 mmHg na facectomia extracapsular, 103,1 mmHg na facofragmentação e 189,6
mmHg na facoemulsificação. As mínimas em todas as cirurgias foram muito próximas a 0
mmHg. Durante as manobras de vitrectomia, facofragmentação e facoemulsificação
propriamente ditas, a PIO apresentou pequenas variações (ver gráfico 4.8, 4.11 e 4.13).
Mesmo com diferentes pressões de aspiração, a diferença entre a máxima e a mínima foi
pequena, mostrando que estes equipamentos funcionam bem em sistemas fechados. A
técnica de vitrectomia apresentou a maior média pressórica devido à permanência da
infusão ao longo de toda a cirurgia, sendo que os maiores picos foram observados durante
as manobras de esclerotomia e introdução das ponteiras de vitrectomia e de iluminação
(vide figura 4.8). A perda do corte do esclerótomo pode ter influenciado nos picos durante
as esclerotomias, uma vez que o mesmo material foi reutilizado 6 vezes antes da troca.
Quanto às ponteiras, mesmo com a abertura escleral padronizada em 20G, o mesmo
diâmetro das ponteiras, a dificuldade da introdução deste equipamento no olho, em alguns
casos, provocou grandes picos pressóricos. A causa não foi determinada, talvez a presença
de algum remanescente de conjuntiva ou a realização de uma esclerotomia inclinada, em
vez de perpendicular, tenham contribuído para este resultado.
Discussão
80
Durante as facectomias, os procedimentos que provocaram maior variação da PIO
foram abertura da córnea, lavagem da câmara anterior, injeção de metilcelulose,
hidrodissecção, ampliação da incisão e o ato de refazer a câmara anterior ao final da
cirurgia. Estas manobras só causaram este aumento na pressão pelo fato da incisão na
córnea ser pequena (manobras realizadas antes da ampliação da incisão) ou já ter sido
suturada (ao refazer a câmara ao final da cirurgia). O aumento da pressão durante as
manobras de abertura da córnea (por delaminação ou incisão auto-selante) e de ampliação
da incisão da córnea podem ter sido causados pelo desgaste do material de corte, uma vez
que estes foram reutilizados algumas vezes. A reutilização dos materiais foi premeditada,
tanto na vitrectomia quanto nas facectomias, visando simular uma situação real que
acontece, hoje, com freqüência no Brasil. Não obstante, os autores assumem que, apesar de
ter controle sobre o número de vezes que o material foi reutilizado, falhou em não associar
este número ao experimento realizado, impedindo desta forma analisar a influência da
qualidade de corte do material no resultado.
Apesar da média da PIO durante as cirurgias ter sido apresentado nos resultados,
este dado foi pouco considerado quando comparado à máxima e à mínima, por três
motivos. O primeiro e mais importante motivo foi o fato de que o objetivo do estudo foi
relatar os extremos das variações, que a priori, seriam responsáveis pela lesão retiniana.
Outro motivo foi o fato desta pressão média estar diretamente relacionada à altura do
frasco e ao calibre do equipo utilizado para infusão. Por último, para determinação da
média da PIO leva-se em consideração o tempo gasto no procedimento, que por sua vez
variou muito devido a diversos fatores, dentre os principais: a curva de aprendizagem
(redução do tempo de intervenção à medida que o cirurgião dominava a técnica);
instrumentador (presença ou ausência de auxiliar); equipamento (possíveis defeitos
Discussão
81
atrasando o procedimento); e anestesia (necessidade de ressuscitação do animal quando da
injeção excessiva de anestésico). Quando um ou mais destes fatores interferiam, o tempo
cirúrgico se prolongava, e isto, conseqüentemente, repercutiu na média.
Com relação à Pi, o presente estudo demonstrou que a leitura desta pressão não
apresenta uma boa correlação com a PIO (gráficos 4.2, 4.5, 4.9 e 4.12). Corroborando com
nossos achados, Moorhead e Armeniades (1986) demonstraram que grandes variações da
PIO repercutem como pequenas flutuações na Pi. Teoricamente, a pressão na câmara vítrea
deveria ser a mesma do sistema de infusão, uma vez que ambas fazem parte de um sistema
fechado, onde a pressão em todos os pontos do sistema deve ser igual (Romão, 1968). Não
obstante, acreditamos que esta diferença se deu por dois motivos. Primeiramente, o fato
das flutuações da pressão na câmara vítrea terem se apresentado de modo rápido e
transitório, impedindo que esta pressão fosse totalmente transmitida ao sistema de infusão.
Em segundo lugar, a elasticidade (complacência) dos tecidos oculares e do sistema de
infusão absorveram grande parte da onda de pressão. Assim, acreditamos que os dois
fatores associados comprometeram a transmissão da pressão ao transdutor da infusão,
ocasionando leituras inferiores às medidas pelo transdutor da pressão intra-ocular.
Discussão
82
5.2 Variação da PIO em macacos-prego
Para podermos analisar os resultados da variação da PIO, devemos primeiramente
compreender o modelo animal utilizado e a metodologia empregada nesta etapa do estudo.
A utilização do macaco-prego (Cebus apella) como modelo para avaliação de lesão
retiniana, causada pela variação da PIO, justifica-se pelo fato da anatomia ocular deste
primata ser a que mais se assemelha à de humanos (Gariano, 2003). Diferentemente de
outros animais, os olhos de macaco são os únicos entre os mamíferos a apresentar uma
região na retina central específica para acuidade visual fina (fóvea), com concentração
elevada de cones e ausência de vasos sanguíneos (Borwein et al, 1980). Além disso, todas
as camadas da retina deste animal apresentam uma distribuição celular semelhante à de
humanos, principalmente as camadas mais internas (plexiforme interna, nuclear interna e
ganglionar) (Silveira et al, 1989a; Silveira et al, 1989b; Lima et al, 1993). No entanto, o
principal motivo da escolha deste modelo foi a grande similaridade entre a vascularização
retiniana deste animal e a de humanos (Provis, 2001; Adams & Horton, 2003), uma vez
que a variação da PIO parece afetar diretamente os vasos sangüíneos e, indiretamente,
comprometer a irrigação do tecido retiniano, levando à morte celular (Davson & Huber,
1950). Portanto, a grande semelhança entre a retina de macacos-prego e a de humanos,
oferece um modelo adequado ao experimento aqui proposto.
Além da anatomia, a semelhança da pressão arterial sistêmica é outro fator
importante na determinação do modelo, uma vez que em alguns animais, a diferença da
pressão arterial poderia influenciar no resultado (Hughes, 1991). Antes de cada
experimento, mediu-se a pressão arterial sistêmica dos macacos-prego (média: 99,4mmHg;
variação: 75mmHg a 125 mmHg), assim como a PIO, por meio da tonometria de aplanação
Discussão
83
(média: 11 mmHg; variação: 9 mmHg a 14 mmHg), com o intuito de se descartar possíveis
patologias, o que poderia interferir no resultado do experimento.
Em relação à metodologia empregada para variação da PIO, a utilização de uma
agulha fina (25G), introduzida na câmara anterior através da periferia temporal da córnea
do macaco foi fundamental para a conclusão do experimento, pois, excluiu assim outras
variáveis que poderiam influenciar no resultado, como inflamação e sangramento. Além
disso, esta técnica permitiu uma recuperação imediata, pois, a introdução da agulha se deu
por meio de uma incisão auto-selante, sem a necessidade de sutura. Devido à necessidade
de se controlar a intensidade e a duração da variação da PIO, optou-se pela utilização do
método desenvolvido por Romão (1968) e que já vem sendo utilizado em diversos estudos
(Buchi, 1992; Louzada Jr et al, 1992; Santos, 1999; Donello et al, 2001; Sabbag, 2003). O
olho adelfo serviu de controle, não tendo sido submetido a nenhum procedimento, uma vez
que já se tem demonstrado que esta técnica de controle da PIO, por meio de uma agulha
introduzida na câmara anterior através da córnea, não provoca lesão ocular (Hughes,
1991).
Diversos estudos têm sido feitos sobre os efeitos da pressão no olho, sendo que
alguns avaliaram o aumento da pressão (acima de 120mmHg) durante um curto período
(Hughes, 1991; Wilson et al, 1995; Sabbag, 2003; Bui, 2005), enquanto outros analisaram
aumentos moderados (até 50 mmHg) por períodos prolongados (Glovinsky et al, 1993;
Harwerth et al, 1999; Morgan et al, 2000; Carter-Dawson et al, 2002). Recentemente, Oz e
colaboradores (2005) publicaram um trabalho sobre o aumento da PIO (97mmHg por 5 e
10 minutos) em olhos de coelhos. Por meio de marcadores de apoptose, estes autores
concluíram que este aumento poderia provocar morte celular, entretanto, sua análise com
microscopia de luz não demonstrou nenhum tipo de alteração retiniana. Nenhum estudo até
Discussão
84
hoje havia avaliado os efeitos isolados da variação brusca da pressão, com aumento e
diminuição (0 mmHg a 100 mmHg), simulando as variações encontradas durante as
cirurgias intra-oculares, da forma como foi realizado no presente estudo. Apesar do estudo
de Oz e colaboradores (2005) ter demonstrado, por meio de marcadores, a presença de
apoptose 24 horas após o experimento, o que nos permite concluir que houve uma
agressão, mas não que esta agressão resultou em lesão permanente à retina. No presente
estudo, não foi constatada lesão definitiva na retina de macacos submetidos a este tipo de
variação.
Para chegar a esta conclusão, essa etapa do experimento baseou-se na análise
bioquímica do vítreo e histológica das retinas controle e experimento dos macacos-prego.
A análise bioquímica do vítreo levou em consideração a dosagem de substâncias (proteínas
e aminoácidos) relacionadas à lesão retiniana, objetivando a determinação de alterações na
retina decorrentes da variação da PIO. A dosagem de proteínas totais, 22 dias após o
experimento, mostrou-se estatisticamente mais elevada no vítreo do grupo experimento do
que no grupo controle (Tabela 4.1). A causa deste aumento não pôde ser determinada, uma
vez que se dosou proteínas totais, entretanto, acredita-se que este achado foi provocado por
um processo inflamatório da retina ou corpo ciliar (Haque et al, 1996). Em uma série de
estudos, Tamai e colaboradores (Tamai et al, 1995; Tamai & Toumoto, 1996; Tamai et al,
1997) mostraram que insultos mecânicos provocados pela variação da pressão podem
provocar aumento da concentração de proteína no humor aquoso. Os autores argumentam
que o processo inflamatório da retina e corpo ciliar, e conseqüente quebra da barreira
hemato-aquosa, foram os responsáveis pelo aumento, que se normalizou 7 dias após o
experimento. Em outro estudo, Levkovitch-Verbin et al (2002) demonstraram um aumento
Discussão
85
significativo da concentração de proteína no vítreo de ratos com glaucoma, entretanto,
neste caso, a causa não foi determinada.
A análise indireta de lesão retiniana pela dosagem de aminoácidos excitatórios no
vítreo é um método que já vem sendo utilizado por diversos pesquisadores em
experimentos com glaucoma e isquemia ocular (Carter-Dawson et al, 2002; Wamsley et al,
2005; Levkovitch-Verbin et al, 2002; Lagrèze et al, 1998), entretanto, não se tem descrição
da utilização deste método para variações agudas da PIO, abaixo da pressão arterial
sistólica. Sabe-se que o aumento dos níveis de glutamato está associado à morte de células
ganglionares (Vorwerk et al, 1996) e que o insulto hipóxico, de qualquer natureza, provoca
o aumento do glutamato na retina (Osborne et al, 1999). Este aminoácido em excesso
extravasa para o vítreo, podendo ser percebido 30 minutos após o insulto, e permanece lá
por até 3 semanas (Louzada-Jr et al, 1992; Osborne et al, 1999). A localização da amostra
do vítreo colhido também é importante, pois, próximo à retina, a concentração de
glutamato parece ser maior (Osborne et al, 1999). No presente estudo, procurou-se colher o
vítreo sempre na mesma porção central do vítreo. O resultado das duas análises não
mostrou diferença estatisticamente significativa entre as dosagens do vítreo controle e
experimento. Portanto, este resultado nos permite concluir que a agressão não foi suficiente
para elevar os níveis intravítreos dos aminoácidos excitatórios, ou que este aumento
ocorreu logo após o experimento, voltando aos níveis normais antes da terceira semana.
A análise histológica da retina se fez de maneira objetiva (contagem das células
ganglionares e espessura das camadas internas) e subjetiva (edema, organização celular e
alterações nucleares das células). A contagem das células ganglionares foi feita por dois
examinadores, que de maneira mascarada contaram as células duas vezes, por toda a
extensão do corte. Outros trabalhos também utilizaram a contagem para analisar lesão
Discussão
86
retiniana, entretanto, diferentemente do presente estudo, a contagem foi feita somente em
um segmento da retina (Harwerth et al, 1999; Glovinsky et al, 1993), o que aumenta as
chances de erro, uma vez que a sua concentração e densidade variam à medida que se
distancia do disco óptico (Dräger & Olsen, 1981).
A diminuição do número de células ganglionares na retina de animais submetidos ao
aumento da PIO já foi demonstrada por outros estudos (Harwerth et al, 1999; Carter-
Dawson et al, 1998; Glovinsky et al, 1993). O mecanismo envolvido ainda não está
completamente elucidado, no entanto, sabe-se que as células ganglionares são mais
susceptíveis aos insultos hipóxicos do que outros neurônios retinianos devido à sua fraca
homeostase (Osborne et al, 2001). Portanto, acredita-se que o insulto provocado pela
variação da pressão seja o responsável pela morte das células ganglionares, o que se traduz
pela diminuição do número destas células na retina.
A presença de células amácrinas pode corresponder a 25% das células encontradas
na camada ganglionar da média periferia e 3% a 5% da região parafoveal (Koontz, 1993;
Wässle, 1990). Estas células não foram excluídas da contagem, uma vez que já se tem
demonstrado que o número delas não se altera com o aumento da PIO (Frishman, 1996).
Portanto, qualquer diferença no número de células, entre grupo controle e experimento,
reflete somente a perda de células ganglionares. De qualquer forma, não foram encontradas
diferenças significantes entre o número destas células nos olhos do grupo controle e do
grupo experimento.
A medida da espessura das camadas retinianas é outro método indireto eficaz na
determinação de lesão retiniana, e já vem sendo utilizada por diversos pesquisadores há
algum tempo (Hughes, 1991; Lagrèze et al, 1998). Segundo Hughes (1991), a espessura da
camada plexiforme interna é um parâmetro confiável na determinação de lesão da camada
Discussão
87
de células ganglionares em ratos. Por outro lado, Parrish et al (1982) demonstraram que as
camadas externas da retina de macacos são mais susceptíveis à lesão isquêmica do que as
internas. No presente estudo, foram medidas as camadas internas e externas (plexiforme e
nuclear) da retina, em três pontos (a 0,5mm, 1,0mm e 1,5mm do disco óptico), sendo que a
análise estatística encontrou uma diferença significativa na camada nuclear externa
(p=0,043). Este fato é indicativo de lesão, entretanto, considerando os outros resultados
bioquímicos e histológicos), assim como os resultados relatados por outros estudos, o autor
acredita num possível erro, devido à dificuldade técnica durante as medidas e ao fato de só
ter sido realizada uma única medida.
A variação da PIO, proposta pelo presente estudo, não evidenciou lesão permanente
à retina de macacos-prego. Apesar disso, o experimento em coelhos demonstrou que a PIO
pode sofrer grandes variações durante a realização das cirurgias intra-oculares,
principalmente em algumas manobras específicas (descritas no início da discussão).
Portanto, deve-se ter atenção redobrada na realização destes procedimentos, evitando-se ao
máximo movimentos bruscos e manobras intempestivas.
"A descoberta consiste em ver o que todos já viram e
pensar o que ninguém pensou"
Albert Szent-Györgui
6. CONCLUSÕES
Conclusões
89
O presente estudo constatou que podem ocorrer grandes variações da PIO durante a
realização das cirurgias intra-oculares de vitrectomia, facectomia extracapsular, facectomia
com facofragmentação e facectomia com facoemulsificação. Apesar de transitórios, foram
constatados picos pressóricos acima de 100 mmHg, chegando a quase 200 mmHg. As
mínimas em todas as cirurgias foram muito próximas de 0 mmHg.
A técnica de vitrectomia apresentou os maiores picos durante as manobras de
esclerotomia e introdução das ponteiras. Dentre as facectomias, os procedimentos que
provocaram maior variação da PIO foram abertura da córnea, lavagem da câmara anterior,
injeção de metilcelulose, hidrodissecção, ampliação da incisão e refazer a câmara anterior
ao final da cirurgia.
Durante as manobras de remoção do vítreo na vitrectomia e remoção do cristalino na
facofragmentação e facoemulsificação, a PIO não variou muito. Mesmo com diferentes
pressões de aspiração, a diferença entre a máxima e a mínima não foi grande. O
procedimento que apresentou a menor variação da pressão intra-ocular foi a
facofragmentação, enquanto que a facoemulsificação apresentou a maior.
A Pi não mostrou uma boa correlação com a PIO durante a vitrectomia e
facofragmentação, uma vez que apresentou maior estabilidade e menor susceptibilidade às
oscilações pressóricas do que a PIO.
A análise bioquímica e histológica não constatou lesão permanente na retina de
macacos-prego submetidos a variação da PIO, segundo o modelo proposto. A concentração
de proteínas totais no vítreo dos animais experimento foi estatisticamente maior do que no
grupo controle, falando a favor de um possível processo inflamatório nestes olhos.
7. REFERÊNCIAS
Referências
91
Adams DL, Horton JC. The representation of retinal blood vessels in primate striate cortex.
J Neurosci 2003 Jul 9;23(14):5984-5997.
Agapitos PL. Cataract surgical techniques. Curr Opin Ophthalmol 1991;2:16-27.
Agarwal S. Phacoemulsification techniques. In: Agarwal S, Agarwal A, Agarwal A, eds.
Phacoemulsification. 3th ed. New Delhi: Jaypee Brothers, 2000;57-112.
Albert DM. The ophthalmoscope and retinovitreous surgery. In: Albert DM, Edwards DD,
eds. The history of ophthalmology. Oxford: Blackwell Science, 1996;177-201.
ARVO, The Association for Research in Vision and Ophthalmology, Statement for the use
of animals in ophthalmic and visual research [on line], 2002. Disponível em
http://www.arvo.org/AboutARVO/animalst.asp. Acessado em 10 Fev 2004.
Azar NF, Davis EA. Embryology of the eye. In: Yanoff M, Duker JS eds. Ophthalmology.
Second ed. St. Louis: Mosby, 1999;22-27.
Barbazetto IA, Liang J, Chang S, Zheng L, Spector A, Dillon JP. Oxygen tension in the
rabbit lens and vitreous before and after vitrectomy. Exp Eye Res 2004;78(5):917-
924.
Benveniste H, Drejer J, Schousboue A, Diemer NH. Evaluation of the extracelular
concentration of glutamate in rat hippocampus during transient ischemia
monitored by intracerebral microdialysis. J Neurochem 1984;43:1369-1374.
Bloomfield S, Dowling JE. Roles of aspartate and glutamate in synaptic transmission in
rabbit retina. I- Outer plexiform layer. J Neurophysiol 1985;53:669-713.
Blodi FC. Cataract surgery. In: Albert DM, Edwards DD, eds. The history of
ophthalmology. Oxford: Blackwell Science, 1996;165-175.
Referências
92
Borwein B, Browein D, Medeiros J, MaGowan JW. The ultrastructure of monkey foveal
photoreceptors, with special reference to the structure, shape, size, and spacing of
the foveal cones. Am J Anat 1980 Oct;159(2):125-146.
Boyd BF. Técnicas extracapsulares. In: Boyd BF, ed., Atlas mundial de cirurgia
oftalmológica "World atlas series". El Dorado, República do Panamá: Highlights
of Ophthalmology, 1998a;8:23-40.
Boyd BF. Lentes intra-oculares para facoemulsificação. In: Boyd BF, ed., Atlas mundial de
cirurgia oftalmológica "World atlas series". El Dorado, República do Panamá:
Highlights of Ophthalmology, 1998b;10:1-48.
Bradford HF, Ward HK Thomas AJ. Glutamine: a major substract for nerve endings. J
Neurochem 1978;30:1453-1458.
Buchi ER. Cell death in the rat retina after a pressure-induced ischaemia-reperfusion insult:
an electron microscopic study. I. Ganglion cell layer and inner nuclear layer. Exp
Eye Res 1992;55:605-613.
Bui BV, Edmunds B, Cioffi GA, Fortune B. The gradient of retinal function changes
during acute intraocular pressure elevation. Invest Ophthalmol Vis Sci
2005;46(1):202-213.
Carter-Dawson, Shen F, Harwerth RS, Smith EL, Crawford MLJ, Chuang A. Glutamine
immunoreactivity in Müller cells of monkey eyes with experimental glaucoma.
Exp Eye Res 1998;66:537-545.
Carter-Dawson L, Crawford MLJ, Harwerth RS, Smith III EL, Feldman R, Shen FF,
Mitchell CK, Whitetree A. Vitreal glutamate concentration in monkeys with
experimental glaucoma. Invest Ophthalmol Vis Sci 2002;43(8):2633-2637.
Referências
93
Chang S. Vitrectomy. In: Yanoff M, Duker JS eds. Ophthalmology. Second ed. St. Louis:
Mosby, 1999;792-795.
Choi DW. Ionic dependence of glutamate neurotoxicity. J Neurosci 1987;7:369-79.
Choi DW. Calcium mediated neurotoxicity: relationship to specific channel types and role
in ischemic damage. Trends Neurosci 1988;11:465-9.
Choi DW. Cerebral hypoxia: Some new approaches and unanswered questions. J Neurosci
1993;10:2493-501.
Clayman HM. Intraocular lens. In:Tasman W, Jaeger EA. Duane's Clinical Ophthalmology
CD-ROM, Philadelphia: JB Lippincott Co, 1998.
Cohen I. Retina Y nervio optico. In: Moses R. ed. Fisiología del ojo: aplicación clínica.
Panamericana, Buenos Aires: Viamonte, 1980;2165.
Coutinho Neto J, Abdul-ghani AS, Colins JF, Bradford HF. Is the glutamate a trigger
factor in epileptic hyperactivity ? Epilepsia 1981;22:289-96.
Custodis E. Scleral buckling without excision and with polyviol implant. In Schepens CL,
ed. Importance of the vitreous body in retina surgery with special emphasis on
reoperations. St Louis:C.V. Mosby, 1960;175.
Dantas AM. Anatomia e fisiologia. In: Dantas AM. Doenças da retina. Rio de Janeiro:
Editora Cultura Médica, 1989;1-41.
Davson H, Huber A. Experimental hypertensive uveitis in the rabbit. Ophthalmologica
1950;120:118-124.
Davson H. The intraocular pressure. In: Davson H, ed. The eye. Orlando: Academic Press,
1984;391-511.
Referências
94
Daw NW, Brunken WJ, Parkinson D. The function of synaptic transmitters in the retina.
Ann Rev Neurosci 1989;12:205-225.
Deutschmann R. In: Michels RG, Wilkinson CP, Rice TA, eds. Retinal detachment. St.
Louis: C.V.Mosby, 1990;254.
Donello JE, Padillo EU, Webster ML, Wheller LA, Gil DW. Alpha
2
-adrenoreceptor
agonists inhibit vitreal glutamate and aspartate accumulation and preserve retinal
function after transient ischemia. J Pharmacol Exp Ther 2001;296(1);216-223.
Dowling JE. Organization of vertebrate retinae. Invest Ophthalmol 1970;9:655-680.
Dräger UR, Olsen JF. Ganglion cell distribution in the retina of the mouse. Invest
Ophthalmol Vis Sci 1981;20:585-293.
Ehringer B. Cellular location of the uptake of amino acids into the rabbit retina. Brain Res
1972;46:297.
Eifrig DE, Doughman DJ. Intraocular lens in laboratory animals. Ophthalmic Surg
1977;8(3):149-52.
Emery JM, McIntyre DJ. History of extracapsular cataract surgery. In: Emery JM,
McIntyre DJ, ed. Extracapsular cataract surgery. St.Louis: C.V. Mosby, 1983;3-7.
Fonnum F. Glutamate: a neurotransmiter in mammalian brain. J Neurochem 1984;42:1-11.
Frishman LJ, Shen FF, Du L, Robson JG, Harwerth RS, Smith EL, Carter-Dawson L,
Crawford MLJ. The scotopic electroretinogram of macaque after retinal ganglion
cell loss from experimental glaucoma. Invest Ophthalmol Vis Sci 1996;37:125-
141.
Referências
95
Gariano RF. Cellular mechanisms in retinal vascular development. Prog Retin Eye Res.
2003 May;22(3):295-306.
Glovinsky Y, Quigley HA, Pease ME. Foveal ganglion cell loss is size dependent in
experimental glaucoma. Invest Ophthalmol Vis Sci 1993;34(2):395-400.
Gonin J, Le traitement de decollement retinien. Ann Ocul 1921. In: Michels RG,
Wilkinson CP, Rice TA, eds. Retinal detachment. St. Louis: C.V.Mosby,
1990;525-581.
Graham S, Chen J, Sharp FR, Simon RP. Limiting ischemic injury by inhibition of
excitatory amino acid release. J Cereb Blood Flow Metab 1993;13:88-97.
Gwon A, Gruber L, Mantras C, Cunanan C. Lens regeneration in New Zealand albino
rabbits after endocapsular cataract extraction. Invest Ophthalmol Vis Sci 1993
May;34(6):2124-9.
Haque MS, Sugiyama K, Taniguchi T, Kitazawa Y. Effects of BQ-123, an ETA receptor-
selective antagonist, on changes of intraocular pressure, blood-aqueous barrier and
aqueous prostaglandin concentrations caused by endothelin-1 in rabbit. Jpn J
Ophthalmol 1996;40(1):26-32.
Hartree EF. Determination of protein: a modification of the Lowry´s method that gives
linear photometric response. Anal Biochem 1972;48(2):42-427.
Harwerth RS, Carter-Dawson L, Shen F, Smith EL, Crawford MLJ. Ganglion cell losses
underlying visual field defects from experimental glaucoma. Invest Ophthalmol
Vis Sci 1999;40:2242-2250.
Referências
96
Honda Y, Negi A, Kawano S. Ion movement in and out of the vitreous space after
vitrectomy. An experimental study on the in vivo eyecup preparation of rabbits.
Invest Ophthalmol Vis Sci 1981;21(1):126-30.
Honda Y, Kawano S, Negi A, Koizumi K. Pressure profile of ophthalmic surgical
procedures: an experimental study on the rabbit eye. Ophthalmic Surg
1982;13(5):387-391.
Hosseini K, Kholodnykh AI, Petrova IY, Esenaliev RO, Hendriske F, Motamedi M.
Monitoring of rabbit cornea response to dehydration stress by optical coherence
tomography. Invest Ophthalmol Vis Sci 2004;45(8):2555-2562.
Hughes WF. Quantification of ischemic damage in the rat retina. Exp Eye Res
1991;53:573-582.
Johnson JL. The excitant amino acids glutamic and aspartic acids as transmitter candidate
in the vertebrate central nervous system. Prog Neurobiol 1978;10:155-202.
Kasner D. Vitrectomy: a new approach to the management of vitreous (Interview).
Highlights Ophthalmol 1969;11:304-308.
Kasner D, Miller GR, Taylor WH, Sever RJ, Norton W. Surgical treatment of amyloidosis
of the vitreous. Trans Am Acad Ophthalmol Otolaryngol 1968;72:410-418.
Kelman CD. Phaco-emulsification and aspiration. A new technique of cataract removal. A
preliminary report. Am J Ophthalmol 1967;64:23-35.
Kelman CD. Phacoemulsification and aspiration. A progress report. Am J Ophthalmol
1969;64:464-477.
Referências
97
Koontz MA, Hendrickson LE, Brace ST, Hendrickson AE. Immunocytochemical
localization of GABA and glycine in amacrine and displaced amacrine cells of
macaque monkey retina. Vision Res 1993;33:2617-2628.
Kvamme E; Schousboe A; Hertz L; Torgner IA; Svenneby G. Developmental change of
endogenous glutamate and gama-glutamil transferase in cultured cerebral cortical
interneurons and cerebellar granule cells, in mouse cerebral cortex and cerebellum
in vivo. Neurochem Res 1985;10:993-1008.
Lagrèze WA, Rainer K, Bach M, Feuerstein TJ. Memantine is neuroprotective in rat model
of pressure-induced retinal ischemia. Invest Ophthalmol Vis Sci 1998;39(6):1063-
1066.
Lauretti Filho A, Romão E. Rigidez escleral: estudo experimental e clínico. Rev Bras
Oftalmol 1970 Jun;29(2):115-171.
Lavinsky J, Gonçalves JOR. Técnicas cirúrgicas básicas. In: Abujamra S, Ávila M,
Barsante C, Farah ME, Gonçalves JOR, Lavinsky J, Moreira Jr CA, Nehemy MB,
Suzuki H, eds. Retina e vítreo. Clínica e cirurgia. São Paulo: ROCA, 2000;854-
869.
Levkovitch-Verbin H, Martin KR, Quigley HA, Baumrind LA, Pease ME, Valenta D.
Measurement of amino acid levels in the vitreous humor of rats after chronic
intraocular pressure elevation or optic nerve transection. J Glaucoma 2002
Oct;11(5):396-405.
Lima SM, Silveira LC, Perry VH. The M-ganglion cell density gradient in New World
monkeys. Braz J Med Biol Res 1993 Sep;26(9):961-964.
Referências
98
Lindroth P, Mopper K. High performance liquid chromatography of subpicomole amounts
of amino acids by pre colum fluorescence pre deviation with O-phtaldehyde. Anal
Chem 1979;51:1667-1677.
Louzada JRP, Dias JJ, Santos WF, Lachat JJ, Bradford HF, Coutinho-Neto J, Glutamate
release in experimental ischemia of the retina: an approach using microdialysis. J
Neurochem 1992;59:358-363.
Lowry OH, Rosebrough NJ, Farr AL, Randall RJ. Protein measurement with the folin
phenol reagent. J Biol Chem 1951;193(1), 265-275.
Lucas F, Newhouse JB. The toxic effect of sodium L-glutamate on the inner layers of the
retina. Arch Ophthalmol 1957;58:193-204.
Machemer R, Buettner H, Norton EWD, Parel JM. Vitrectomy: a pars plana approach.
Trans Am Acad Ophthalmol Otolaryngol 1971;75:813-20.
Marusich MF, Barishak YR. Embryology of the eye and its adnexae. Dev Ophthalmol
1992;24:1-142.
McDonnell JM. Ocular embryology and anatomy. In: Ryan SJ editor. Retina. 1st edition.
St.Louis: C.V.Mosby, 1989;5-16.
Michels RG, Wilkinson CP, Rice TA. Anatomy and physiology. In: Michels RG,
Wilkinson CP, Rice TA, eds. Retinal detachment. 1st edition. St. Louis:
C.V.Mosby, 1990a;17-26.
Michels RG, Wilkinson CP, Rice TA. Principles of retinal reattachment surgery. In:
Michels RG, Wilkinson CP, Rice TA, eds. Retinal detachment. 1st edition. St.
Louis: C.V.Mosby, 1990b;459-505.
Referências
99
Michels RG, Wilkinson CP, Rice TA. Vitreous surgery. In: Michels RG, Wilkinson CP,
Rice TA, eds. Retinal detachment. 1st ed.St. Louis: C.V.Mosby, 1990c;761-857.
Miller RF, Slaughter MM. Excitatory amino acid receptors of the retina: diversity of
subtypes and conductance mechanisms. Tins 1986;9:211-219.
Miller RF. Are single neurons both excitatory and inhibitory?. Nature 1988;336:517-518.
Moorhead LC, Armeniades CD. Variations in intraocular pressure during closed-system
surgical procedures. Arch Ophthalmol 1986;104:269-272.
Morgan JE, Uchida H, Caprioli J. Retinal ganglion cell death in experimental glaucoma. Br
J Ophthalmol 2000;84:303-310.
Noden DM. The migratory behavior of neural crest cells. Symp Oral Sens Percept
1973;4:9-36.
Olney JW. Glutamate-induced retinal degeneration in neonatal mice. Electron microscopy
of the evolving lesion. J Neuropathol Exp Neurol 1969;28:445-474.
Osborne NN, Melena J, Chidlow G, Wood JPM. A hypothesis to explain ganglion cell
death caused by vascular insults at the optic nerve head: possible implication for
the treatment of glaucoma. Br J Ophthalmol 2001;85:1252-1259.
Osborne NN, Ugarte M, Chao M, Chidlow G, Bae JH, Wood JPM, Nash MS.
Neuroprotective in relation to retinal ischemia and relevance to glaucoma. Surv
Ophthalmol 1999 June;43(Suppl1):S102-S128.
Oz O, Gurelik G, Akyurek N, Cinel L, Hondur A. A short transient ischemia induces
apoptosis in retinal layers: an experimental study in rabbits. Eur J Ophthalmol
2005 Mar-Apr;15(2):233-238.
Referências
100
Parrish R, Gass JDM, Anderson DR. Outer retina ischemic infarction – a newly recognized
complication of cataract extraction and close vitrectomy. Part 2. An animal model.
Ophthalmol 1982;89:1472-1477.
Peyman GA, Huamonte FU, Goldberg MF. One hundred consecutive pars plana
vitrectomies using the vitrophage. Am J Ophthalmol 1976;81:263-271.
Peyman GA, Schulman JA. Posterior segment techniques. In: Peyman GA, Schulman JA,
eds. Intravitreal surgery. Principles and practice. 2nd ed. Connecticut: Appleton &
Lange, 1994a;281-357.
Peyman GA, Schulman JA. Anterior segment techniques. In: Peyman GA, Schulman JA,
eds. Intravitreal surgery. Principles and practice. 2nd ed. Connecticut: Appleton &
Lange, 1994b;213-249.
Polack FM, Sugar A. The phacoemulsification procedure. II. Corneal endothelial changes.
Invest Ophthalmol 1976;15(6):458-69.
Provis JM. Development of the primate retinal vasculature. Prog Retin Eye Res. 2001
Nov;20(6):799-821.
Reiser BJ, Ignacio TS, Wang Y, Taban M, Graff JM, Sweet P, Chen Z, Chuck RS. In vitro
measurement of rabbit corneal epithelial thickness using ultrahigh resolution
optical coherence tomography. Vet Ophthalmol 2005;8(2):85-88.
Ridley H. The history of lens implantation. In: Rosen ES, Haining WM, Arnott EJ, eds.
Intraocular lens implantation. St. Louis: C.V.Mosby, 1984;37-42.
Robbins R, Blumenthal M, Galin MA. Reduction of vitreous weight by ocular massage.
Am J Ophthalmol 1970;69(4):603-7.
Referências
101
Romão E. Contribuição ao estudo de alguns problemas relacionados com as propriedades
elásticas das túnicas oculares. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo,
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – SP 1968;3-36.
Rosen ES, Haining WM, Arnott EJ, eds. Intraocular lens implantation. St. Louis:
C.V.Mosby, 1984;43-89.
Rothman SM, Olney JW. Glutamate and the pathophysiology of hipoxic-ischemic brain
damage. Ann Neurol 1986;19:105-11.
Sabbag FP. Avaliação do cetoprofeno, da lacidipina e do lamotrigine como drogas
potencialmente neuroprotetoras. Modelo experimental de isquemia da retina
seguida de reperfusão, em coelhos. Tese de doutorado, Universidade de São
Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – SP 2003;35-38.
Saleem RA, Walter MA. The complexities of ocular genetics. Clin Genet 2002;61:79-88.
Santos WA. Aspectos bioquímicos e morfológicos de isquemia e reperfusão retiniana.
Estudo sobre a toxicidade excitatória, seus antagonistas e outros mediadores da
lesão neuronal isquêmica. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo,
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – SP 1999;94.
Schepens CL. A new ophthalmoscope demonstration. Trans Am Acad Ophthalmol
Otolaryngol 1947;51:298.
Silveira LC, Picanco-Diniz CW, Sampaio LF, Oswaldo-Cruz E. Retinal ganglion cell
distribution in the cebus monkey: a comparison with the cortical magnification
factors. Vision Res 1989a;29(11):1471-1483.
Silveira LC, Yamada ES, Picanco-Diniz CW. Displaced horizontal cells and biplexiform
horizontal cells in the mammalian retina. Vis Neurosci 1989b Nov;3(5):483-488.
Referências
102
Souto AL. Anatomia e fisiologia da mácula. In: Freitas JAH, Freitas ACLH. Atlas de
mácula. Aspectos Clínicos e cirúrgicos. 1ed. Rio de Janeiro: Rio Med, 2002;4.
Stallard HB. History. In: Stallard HB. Eye Surgery. 5th ed. Bristol: John Wright & Sons,
1973;512-514.
Suzuki H. Vitrectomia a céu aberto. Instrumentação. Rev Bras Oftalmol 1976;35:179-183.
Suzuki H. Tesoura intravítrea para secção de bandas organizadas do vítreo. Rev Bras
Oftalmol 1977;36:625-627.
Suzuki H, Nakashima Y, Helal J. Vitrectomia via pars plana: sistema automatizado de
aspiração e focalização. Rev Bras Oftalmol 1982;4163-4166.
Suzuki H, Nakashima Y. Vitrectomia via pars plana: sistema simplificado para infusão
intra-ocular. Rev Bras Oftalmol 1982;41:383-385.
Tamai K, Majima A, Yan C. Effects of local hypotermia on uveal blood flow and
postoperative inflammation in vitrectomy. Jpn J Ophthalmol 1995;39:43-48.
Tamai K, Toumoto E. Effects of local hypotermia on ischemic eyes in vitrectomy. Jpn J
Ophthalmol 1996;40:47-55.
Tamai K, Toumoto E, Majima A. Protective effects of local hypotermia in vitrectomy
under fluctuating intraocular pressure. Exp Eye Res 1997;65:733-738.
Treton J, Courtois Y. Evidence for a relationship between longevity of mammalian species
and a lens growth parameter. Gerontology 1989;35(2-3):88-94.
Referências
103
Van Der Berg CJ, Mathesom DF, Ronda G. A model of glutamate metabolism in brain: a
biochemical analysis of a heterogeneous structure. In: Brel D, Clarke DD,
Schneider D, eds. Metabolic compartimentation and neurotransmission. Nato Adv
Stud Inst Ser A Life sei, New York: Plenum, 1975;6:515-545.
von Graefe A. Perforation von abgelösten Netzhäuten und Glaskörpermembranen. Arch F
Ophthalmol 1863;9:84. In: Michels RG, Wilkinson CP, Rice TA, eds. Retinal
detachment. St. Louis: C.V.Mosby, 1990;254.
Vorwerk CK, Lipton SA, Zurakowski D, Hyman BT, Sabel BA, Dreyer EB. Chronic low-
dose glutamate is toxic to retinal ganglion cells. Invest Ophthalmol Vis Sci 1996
July;37(8):1618-1624.
Wamsley S, Gabelt BT, Dahl DB, Case GL, Sherwood RW, May CA, Hernandez MR,
Kaufman PL. Vitreous glutamate concentration and axon loss in monkeys with
experimental glaucoma. Arch Ophthalmol 2005 Apr;123(4):574.
Ware J. Chirurgical observation relative to the eye. vol 2. London, 1805;168. In: Michels
RG, Wilkinson CP, Rice TA, eds. Retinal detachment. St. Louis: C.V.Mosby,
1990;245.
Wässle H, Grünert U, Röhrenbeck J, Boycott BB. Retinal ganglion cell density and cortical
magnification factor in the primate. Vision Res 1990;30:1897-1911.
Wilson CA, Berkowitz BA, Funatsu H, Metrikin DC, Harrison DW, Lam MK, Sonkin PL.
Blood-retinal barrier breakdown following experimental retinal ischemia and
reperfusion. Exp Eye Res 1995;61:547-557.
8. ANEXOS
Anexos
105
Leitura da variação da pressão intra-ocular e pressão de infusão durante a vitrectomia em
olhos de coelhos.
VITRECTOMIA
Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 24,6 27,8 15,2
2OE 11,3 23,7 7,8
3OD 28,0 45,0 13,0
3OE 19,0 33,0 12,0
4OE 24,0 46,0 8,0
5OD 27,0 35,0 18,0
5OE 25,0 28,2 15,6
7OD 11,7 24,1 8,2
7OE 28,4 45,4 13,4
9OD 19,4 33,4 12,4
10OD 24,4 46,4 8,4
10OE 18,7 32,7 11,7
11OD 23,7 45,7 7,7
11OE 26,7 34,7 17,7
13OD 24,7 27,9 15,3
13OE 11,4 23,8 7,9
14OD 27,6 35,6 18,6
14OE 25,6 28,8 16,2
16OD 12,3 24,7 8,8
16OE 29,0 46,0 14,0
17OD 20,0 34,0 13,0
17OE 27,8 44,8 12,8
18OD 18,8 32,8 11,8
20OD 23,8 45,8 7,8
20OE 26,8 34,8 17,8
Média 22,4 35,2 12,5
DP 5,7 8,1 3,7
x. 46,4 Mín. 7,7
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
COLOCAÇÃO - INFUSÃO
Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 20,7 51,8 11,4
2OE 17,3 48,7 7,8
3OD 18,0 32,0 13,0
3OE 17,0 28,0 12,0
4OE 33,0 58,0 8,0
5OD 25,0 36,0 18,0
5OE 21,1 52,2 11,8
7OD 17,7 49,1 8,2
7OE 18,4 32,4 13,4
9OD 17,4 28,4 12,4
10OD 33,4 58,4 8,4
10OE 16,7 27,7 11,7
11OD 32,7 57,7 7,7
11OE 24,7 35,7 17,7
13OD 20,8 51,9 11,5
13OE 17,4 48,8 7,9
14OD 25,6 36,6 18,6
14OE 21,7 52,8 12,4
16OD 18,3 49,7 8,8
16OE 19,0 33,0 14,0
17OD 18,0 29,0 13,0
17OE 17,8 31,8 12,8
18OD 16,8 27,8 11,8
20OD 32,8 57,8 7,8
20OE 24,8 35,8 17,8
Média 21,8 42,0 11,9
DP 5,7 11,4 3,4
Coelho/Olho Média Máxima Mínima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 43,1 73,8 24,9 1OE 28,0 30,0 24,0
2OE 37,9 103,0 7,0 2OE 27,0 32,0 18,0
3OD 35,0 60,0 17,0 3OD 29,0 30,0 25,0
3OE 31,0 49,0 15,0 3OE 28,0 31,0 24,0
4OE 44,0 70,0 22,0 4OE 29,0 30,0 27,0
5OD 28,0 34,0 20,0 5OD 27,0 30,0 26,0
5OE 43,5 74,2 25,3 5OE 28,4 30,4 24,4
7OD 38,3 92,6 7,4 7OD 27,4 32,4 18,4
7OE 35,4 60,4 17,4 7OE 29,4 30,4 25,4
9OD 31,4 49,4 15,4 9OD 28,4 31,4 24,4
10OD 44,4 70,4 22,4 10OD 29,4 30,4 27,4
10OE 30,7 48,7 14,7 10OE 27,7 30,7 23,7
11OD 43,7 69,7 21,7 11OD 28,7 29,7 26,7
11OE 27,7 33,7 19,7 11OE 26,7 29,7 25,7
13OD 43,2 73,9 25,0 13OD 28,1 30,1 24,1
13OE 38,0 92,3 7,1 13OE 27,1 32,1 18,1
14OD 28,6 34,6 20,6 14OD 27,6 30,6 26,6
14OE 44,1 74,8 25,9 14OE 29,0 31,0 25,0
16OD 38,9 93,2 8,0 16OD 28,0 33,0 19,0
16OE 36,0 61,0 18,0 16OE 30,0 31,0 26,0
17OD 32,0 50,0 16,0 17OD 29,0 32,0 25,0
17OE 34,8 59,8 16,8 17OE 28,8 29,8 24,8
18OD 30,8 48,8 14,8 18OD 27,8 30,8 23,8
20OD 43,8 69,8 21,8 20OD 28,8 29,8 26,8
20OE 27,8 86,2 19,8 20OE 26,8 29,8 25,8
Média 36,5 65,3 17,7 Média 28,2 30,7 24,2
DP 6,0 19,2 5,7 DP 0,9 0,9 2,8
Máx. 103,0 Mín. 7,0 Máx. 33,0 n. 18,0
ESCLEROTOMIA 1 ESCLEROTOMIA 1
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DA INFUS
Ã
O
M . 5 M . 7áx 8,4 ín ,7
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
ESCLEROTOMIA - INFUSÃO
Anexos
106
VITRECTOMIA
Coelho/Olho Média Máxima Mínima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 61,6 104,4 22,4 1OE 27,0 29,0 23,0
2OE 54,1 128,0 1,2 2OE 28,0 34,0 20,0
3OD 44,0 92,0 26,0 3OD 29,0 33,0 22,0
3OE 31,0 49,0 22,0 3OE 28,0 30,0 26,0
4OE 53,0 81,0 15,0 4OE 29,0 31,0 26,0
5OD 31,0 42,0 20,0 5OD 27,0 30,0 23,0
5OE 62,0 104,8 22,8 5OE 27,4 29,4 23,4
7OD 54,5 128,4 1,6 7OD 28,4 34,4 20,4
7OE 44,4 92,4 26,4 7OE 29,4 33,4 22,4
9OD 31,4 49,4 22,4 9OD 28,4 30,4 26,4
10OD 53,4 81,4 15,4 10OD 29,4 31,4 26,4
10OE 30,7 48,7 21,7 10OE 27,7 29,7 25,7
11OD 52,7 80,7 14,7 11OD 28,7 30,7 25,7
11OE 30,7 41,7 19,7 11OE 26,7 29,7 22,7
13OD 61,7 104,5 22,5 13OD 27,1 29,1 23,1
13OE 54,2 128,1 1,3 13OE 28,1 34,1 20,1
14OD 31,6 42,6 20,6 14OD 27,6 30,6 23,6
14OE 62,6 105,4 23,4 14OE 28,0 30,0 24,0
16OD 55,1 98,1 2,2 16OD 29,0 35,0 21,0
16OE 45,0 93,0 27,0 16OE 30,0 34,0 23,0
17OD 32,0 50,0 23,0 17OD 29,0 31,0 27,0
17OE 43,8 91,8 25,8 17OE 28,8 32,8 21,8
18OD 30,8 48,8 21,8 18OD 27,8 29,8 25,8
20OD 52,8 80,8 14,8 20OD 28,8 30,8 25,8
20
O
E 30,8 41,8 19,8 20
O
E 26,8 29,8 22,8
Média 45,4 80,4 18,1 Média 28,2 31,3 23,6
DP 12,1 29,5 8,1 DP 0,9 1,9 2,1
Máx. 128,4 Mín. 1,2 Máx. 35,0 Mín. 20,0
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
1OE 35,9 82,4 16,3 1OE 27,0 30,0 19,0
2OE 55,0 123,0 22,3 2OE 27,0 29,0 22,0
3OD 44,0 56,0 25,0 3OD 30,0 33,0 27,0
3OE 23,0 91,0 10,0 3OE 28,0 32,0 21,0
4OE 40,0 96,0 18,0 4OE 29,0 31,0 26,0
5OD 28,0 41,0 20,0 5OD 28,0 30,0 26,0
5OE 36,3 82,8 16,7 5OE 27,4 30,4 19,4
7OD 55,4 123,4 22,7 7OD 27,4 29,4 22,4
7OE 44,4 56,4 25,4 7OE 30,4 33,4 27,4
9OD 23,4 91,4 10,4 9OD 28,4 32,4 21,4
10OD 40,4 96,4 18,4 10OD 29,4 31,4 26,4
10OE 22,7 90,7 9,7 10OE 27,7 31,7 20,7
11OD 39,7 95,7 17,7 11OD 28,7 30,7 25,7
11OE 27,7 40,7 19,7 11OE 27,7 29,7 25,7
13OD 36,0 82,5 16,4 13OD 27,1 30,1 19,1
13OE 55,1 123,1 22,4 13OE 27,1 29,1 22,1
14OD 28,6 41,6 20,6 14OD 28,6 30,6 26,6
14OE 36,9 83,4 17,3 14OE 28,0 31,0 20,0
16OD 56,0 124,0 23,3 16OD 28,0 30,0 23,0
16OE 45,0 57,0 26,0 16OE 31,0 34,0 28,0
17OD 24,0 92,0 11,0 17OD 29,0 33,0 22,0
17OE 43,8 55,8 24,8 17OE 29,8 32,8 26,8
18OD 22,8 90,8 9,8 18OD 27,8 31,8 20,8
20OD 39,8 95,8 17,8 20OD 28,8 30,8 25,8
20OE 27,8 40,8 19,8 20OE 27,8 29,8 25,8
Média 37,3 82,1 18,5 Média 28,4 31,1 23,6
DP 11,0 26,9 5,1 DP 1,1 1,4 3,0
Máx. 124,0 Mín. 9,7 Máx. 34,0 Mín. 19,0
ESCLEROTOMIA 2 ESCLEROTOMIA 2
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DA INFUS
Ã
O
PRESSÃO DA INFUSÃO
PONTEIRA VITRECTOMIA PONTEIRA VITRECTOMI
A
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
Anexos
107
VITRECTOMIA
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima nima
1OE 35,9 84,4 13,9 1OE 27,0 32,0 20,0
2OE 73,9 165,6 16,3 2OE 27,0 38,0 20,0
3OD 54,0 109,0 24,0 3OD 30,0 37,0 26,0
3OE 23,0 29,0 10,0 3OE 28,0 32,0 21,0
4OE 30,0 43,0 21,0 4OE 29,0 31,0 27,0
5OD 35,0 86,8 9,0 5OD 28,0 31,0 24,0
5OE 36,3 84,8 14,3 5OE 27,4 32,4 20,4
7OD 74,3 120,2 16,7 7OD 27,4 38,4 20,4
7OE 54,4 109,4 24,4 7OE 30,4 37,4 26,4
9OD 23,4 29,4 10,4 9OD 28,4 32,4 21,4
10OD 30,4 43,4 21,4 10OD 29,4 31,4 27,4
10OE 22,7 28,7 9,7 10OE 27,7 31,7 20,7
11OD 29,7 42,7 20,7 11OD 28,7 30,7 26,7
11OE 34,7 92,1 8,7 11OE 27,7 30,7 23,7
13OD 36,0 84,5 14,0 13OD 27,1 32,1 20,1
13OE 74,0 144,5 16,4 13OE 27,1 38,1 20,1
14OD 35,6 110,4 9,6 14OD 28,6 31,6 24,6
14OE 36,9 85,4 14,9 14OE 28,0 33,0 21,0
16OD 74,9 122,8 17,3 16OD 28,0 39,0 21,0
16OE 55,0 110,0 25,0 16OE 31,0 38,0 27,0
17OD 24,0 30,0 11,0 17OD 29,0 33,0 22,0
17OE 53,8 108,8 23,8 17OE 29,8 36,8 25,8
18OD 22,8 28,8 9,8 18OD 27,8 31,8 20,8
20OD 29,8 42,8 20,8 20OD 28,8 30,8 26,8
20
O
E 34,8 86,6 8,8 20
O
E 27,8 30,8 23,8
Média 41,4 80,9 15,7 Média 28,4 33,6 23,1
DP 17,6 39,8 5,6 DP 1,1 3,0 2,8
Máx. 165,6 Mín. 8,7 Máx. 39,0 Mín. 20,0
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
1OE 27,8 33,5 15,6 1OE 26,0 30,0 22,0
2OE 31,2 40,1 10,9 2OE 27,5 29,2 24,3
3OD 40,3 46,1 18,6 3OD 30,2 31,5 27,1
3OE 18,0 30,0 12,0 3OE 25,0 28,0 22,0
4OE 25,0 36,0 17,0 4OE 28,0 29,0 26,0
5OD 28,3 30,4 16,8 5OD 26,1 28,3 24,8
5OE 28,2 33,9 16,0 5OE 26,4 30,4 22,4
7OD 31,6 40,5 11,3 7OD 27,9 29,6 24,7
7OE 40,7 46,5 19,0 7OE 30,6 31,9 27,5
9OD 18,4 30,4 12,4 9OD 25,4 28,4 22,4
10OD 25,4 36,4 17,4 10OD 28,4 29,4 26,4
10OE 17,7 29,7 11,7 10OE 24,7 27,7 21,7
11OD 24,7 35,7 16,7 11OD 27,7 28,7 25,7
11OE 28,0 30,1 16,5 11OE 25,8 28,0 24,5
13OD 27,9 33,6 15,7 13OD 26,1 30,1 22,1
13OE 31,3 40,2 11,0 13OE 27,6 29,3 24,4
14OD 28,9 31,0 17,4 14OD 26,7 28,9 25,4
14OE 28,8 34,5 16,6 14OE 27,0 31,0 23,0
16OD 32,2 41,1 11,9 16OD 28,5 30,2 25,3
16OE 41,3 47,1 19,6 16OE 31,2 32,5 28,1
17OD 19,0 31,0 13,0 17OD 26,0 29,0 23,0
17OE 40,1 45,9 18,4 17OE 30,0 31,3 26,9
18OD 17,8 29,8 11,8 18OD 24,8 27,8 21,8
20OD 24,8 35,8 16,8 20OD 27,8 28,8 25,8
20OE 28,1 30,2 16,6 20OE 25,9 28,1 24,6
Média 28,2 36,0 15,2 Média 27,3 29,5 24,5
DP 7,1 5,9 2,8 DP 1,8 1,3 2,0
Máx. 47,1 n. 10,9 Máx. 32,5 n. 21,7
PONTEIRA ILUMINAÇÃO PONTEIRA ILUMINAÇÃO
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DA INFUS
Ã
O
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA INFUSÃO
VITRECTOMIA M
Í
NIM
A
VITRECTOMIA M
Í
NIM
A
Anexos
108
VITRECTOMIA
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima nima
1OE 15,2 20,0 10,8 1OE 23,0 25,0 19,0
2OE 20,4 31,6 6,3 2OE 22,0 32,0 18,0
3OD 25,3 52,0 10,1 3OD 25,0 33,0 20,0
3OE 18,0 29,0 9,0 3OE 25,0 30,0 22,0
4OE 22,0 26,0 15,2 4OE 21,4 30,2 20,1
5OD 24,0 31,0 17,0 5OD 23,1 29,4 19,2
5OE 15,6 20,4 11,2 5OE 23,4 25,4 19,4
7OD 20,8 32,0 6,7 7OD 22,4 32,4 18,4
7OE 25,7 52,4 10,5 7OE 25,4 33,4 20,4
9OD 18,4 29,4 9,4 9OD 25,4 30,4 22,4
10OD 22,4 26,4 15,6 10OD 21,8 30,6 20,5
10OE 17,7 28,7 8,7 10OE 24,7 29,7 21,7
11OD 21,7 25,7 14,9 11OD 21,1 29,9 19,8
11OE 23,7 30,7 16,7 11OE 22,8 29,1 18,9
13OD 15,3 20,1 10,9 13OD 23,1 25,1 19,1
13OE 20,5 31,7 6,4 13OE 22,1 32,1 18,1
14OD 24,6 31,6 17,6 14OD 23,7 30,0 19,8
14OE 16,2 21,0 11,8 14OE 24,0 26,0 20,0
16OD 21,4 32,6 7,3 16OD 23,0 33,0 19,0
16OE 26,3 53,0 11,1 16OE 26,0 34,0 21,0
17OD 19,0 30,0 10,0 17OD 26,0 31,0 23,0
17OE 25,1 51,8 9,9 17OE 24,8 32,8 19,8
18OD 17,8 28,8 8,8 18OD 24,8 29,8 21,8
20OD 21,8 25,8 15,0 20OD 21,2 30,0 19,9
20
O
E 23,8 30,8 16,8 20
O
E 22,9 29,2 19,0
Média 20,9 31,7 11,5 Média 23,5 30,1 20,0
DP 3,5 10,0 3,6 DP 1,5 2,6 1,3
Máx. 53,0 n. 6,3 Máx. 34,0 n. 18,0
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
1OE 9,9 29,7 1,8 1OE 22,0 29,0 16,0
2OE 14,9 28,6 3,5 2OE 21,0 28,0 16,0
3OD 13,6 30,1 4,2 3OD 26,1 30,2 19,0
3OE 10,1 25,0 0,0 3OE 24,0 28,0 20,0
4OE 12,6 32,0 4,3 4OE 26,0 30,0 23,0
5OD 15,0 26,0 8,0 5OD 22,3 28,4 17,9
5OE 10,3 30,1 2,2 5OE 22,4 29,4 16,4
7OD 15,3 29,0 3,9 7OD 21,4 28,4 16,4
7OE 14,0 30,5 4,6 7OE 26,5 30,6 19,4
9OD 10,5 25,4 0,4 9OD 24,4 28,4 20,4
10OD 13,0 32,4 4,7 10OD 26,4 30,4 23,4
10OE 9,8 24,7 -0,3 10OE 23,7 27,7 19,7
11OD 12,3 31,7 4,0 11OD 25,7 29,7 22,7
11OE 14,7 25,7 7,7 11OE 22,0 28,1 17,6
13OD 10,0 29,8 1,9 13OD 22,1 29,1 16,1
13OE 15,0 28,7 3,6 13OE 21,1 28,1 16,1
14OD 15,6 26,6 8,6 14OD 22,9 29,0 18,5
14OE 10,9 30,7 2,8 14OE 23,0 30,0 17,0
16OD 15,9 29,6 4,5 16OD 22,0 29,0 17,0
16OE 14,6 31,1 5,2 16OE 27,1 31,2 20,0
17OD 11,1 26,0 1,0 17OD 25,0 29,0 21,0
17OE 13,4 29,9 4,0 17OE 25,9 30,0 18,8
18OD 9,9 24,8 -0,2 18OD 23,8 27,8 19,8
20OD 12,4 31,8 4,1 20OD 25,8 29,8 22,8
20OE 14,8 25,8 7,8 20OE 22,1 28,2 17,7
Média 12,8 28,6 3,7 Média 23,8 29,1 18,9
DP 2,1 2,6 2,5 DP 1,9 1,0 2,4
Máx. 32,4 n. -0,3 Máx. 31,2 Mín. 16,0
VITRECTOMIA FORTE VITRECTOMIA FORTE
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA INFUSÃO
VITRECTOMIA MODERADA VITRECTOMIA MODERADA
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DA INFUS
Ã
O
Anexos
109
VITRECTOMIA
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima nima
1OE 20,8 38,3 10,2 1OE 24,0 30,0 17,0
2OE 26,0 50,5 13,3 2OE 25,0 31,0 19,0
3OD 26,0 43,0 14,0 3OD 26,0 32,0 20,0
3OE 22,3 35,6 10,9 3OE 25,2 29,8 18,9
4OE 20,0 30,0 9,0 4OE 26,0 29,0 22,0
5OD 23,4 36,4 10,2 5OD 24,7 30,2 20,5
5OE 21,2 38,7 10,6 5OE 24,4 30,4 17,4
7OD 26,4 50,9 13,7 7OD 25,4 31,4 19,4
7OE 26,4 43,4 14,4 7OE 26,4 32,4 20,4
9OD 22,7 36,0 11,3 9OD 25,6 30,2 19,3
10OD 20,4 30,4 9,4 10OD 26,4 29,4 22,4
10OE 22,0 35,3 10,6 10OE 24,9 29,5 18,6
11OD 19,7 29,7 8,7 11OD 25,7 28,7 21,7
11OE 23,1 36,1 9,9 11OE 24,4 29,9 20,2
13OD 20,9 38,4 10,3 13OD 24,1 30,1 17,1
13OE 26,1 50,6 13,4 13OE 25,1 31,1 19,1
14OD 24,0 37,0 10,8 14OD 25,3 30,8 21,1
14OE 21,8 39,3 11,2 14OE 25,0 31,0 18,0
16OD 27,0 51,5 14,3 16OD 26,0 32,0 20,0
16OE 27,0 44,0 15,0 16OE 27,0 33,0 21,0
17OD 23,3 36,6 11,9 17OD 26,2 30,8 19,9
17OE 25,8 42,8 13,8 17OE 25,8 31,8 19,8
18OD 22,1 35,4 10,7 18OD 25,0 29,6 18,7
20OD 19,8 29,8 8,8 20OD 25,8 28,8 21,8
20
O
E 23,2 36,2 10,0 20
O
E 24,5 30,0 20,3
Média 23,3 39,0 11,5 Média 25,4 30,5 19,7
DP 2,4 6,6 1,9 DP 0,8 1,1 1,5
Máx. 51,5 n. 8,7 Máx. 33,0 n. 17,0
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
1OE 24,5 45,7 10,2 1OE 25,0 30,0 18,0
2OE 34,0 70,0 12,0 2OE 26,0 31,0 19,0
3OD 22,0 41,0 12,0 3OD 24,0 37,0 19,0
3OE 27,0 76,0 14,0 3OE 26,0 29,0 23,0
4OE 18,0 32,0 7,0 4OE 26,0 29,0 21,0
5OD 20,1 39,4 10,5 5OD 25,6 29,4 19,6
5OE 24,9 46,1 10,6 5OE 25,4 30,4 18,4
7OD 34,4 70,4 12,4 7OD 26,4 31,4 19,4
7OE 22,4 41,4 12,4 7OE 24,4 37,4 19,4
9OD 27,4 76,4 14,4 9OD 26,4 29,4 23,4
10OD 18,4 32,4 7,4 10OD 26,4 29,4 21,4
10OE 26,7 75,7 13,7 10OE 25,7 28,7 22,7
11OD 17,7 31,7 6,7 11OD 25,7 28,7 20,7
11OE 19,8 39,1 10,2 11OE 25,3 29,1 19,3
13OD 24,6 45,8 10,3 13OD 25,1 30,1 18,1
13OE 34,1 70,1 12,1 13OE 26,1 31,1 19,1
14OD 20,7 40,0 11,1 14OD 26,2 30,0 20,2
14OE 25,5 46,7 11,2 14OE 26,0 31,0 19,0
16OD 35,0 71,0 13,0 16OD 27,0 32,0 20,0
16OE 23,0 42,0 13,0 16OE 25,0 38,0 20,0
17OD 28,0 77,0 15,0 17OD 27,0 30,0 24,0
17OE 21,8 40,8 11,8 17OE 23,8 36,8 18,8
18OD 26,8 75,8 13,8 18OD 25,8 28,8 22,8
20OD 17,8 31,8 6,8 20OD 25,8 28,8 20,8
20OE 19,9 39,2 10,3 20OE 25,4 29,2 19,4
Média 24,6 51,9 11,3 Média 25,7 31,0 20,3
DP 5,4 17,2 2,4 DP 0,8 2,9 1,7
Máx. 77,0 n. 6,7 Máx. 38,0 n. 18,0
REMOÇÃO PONTEIRA VITRE
Ó
FAGO REMOÇÃO PONTEIRA VITRE
Ó
FAGO
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DA INFUS
Ã
O
COLOCAÇÃO PINO 1 COLOCAÇÃO PINO 1
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA INFUSÃO
Anexos
110
VITRECTOMIA
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima nima
1OE 21,5 31,0 10,8 1OE 23,0 28,0 18,0
2OE 29,0 79,9 8,3 2OE 23,0 31,0 17,0
3OD 24,0 44,0 13,0 3OD 25,0 32,1 19,0
3OE 26,1 42,1 9,4 3OE 25,0 29,0 22,0
4OE 20,0 31,0 4,0 4OE 26,0 29,0 21,0
5OD 25,1 38,2 7,5 5OD 24,2 30,3 18,6
5OE 21,9 31,4 11,2 5OE 23,4 28,4 18,4
7OD 29,4 80,3 8,7 7OD 23,4 31,4 17,4
7OE 24,4 44,4 13,4 7OE 25,4 32,5 19,4
9OD 26,5 42,5 9,8 9OD 25,4 29,4 22,4
10OD 20,4 31,4 4,4 10OD 26,4 29,4 21,4
10OE 25,8 41,8 9,1 10OE 24,7 28,7 21,7
11OD 19,7 30,7 3,7 11OD 25,7 28,7 20,7
11OE 24,8 37,9 7,2 11OE 23,9 30,0 18,3
13OD 21,6 31,1 10,9 13OD 23,1 28,1 18,1
13OE 29,1 80,0 8,4 13OE 23,1 31,1 17,1
14OD 25,7 38,8 8,1 14OD 24,8 30,9 19,2
14OE 22,5 32,0 11,8 14OE 24,0 29,0 19,0
16OD 30,0 80,9 9,3 16OD 24,0 32,0 18,0
16OE 25,0 45,0 14,0 16OE 26,0 33,1 20,0
17OD 27,1 43,1 10,4 17OD 26,0 30,0 23,0
17OE 23,8 43,8 12,8 17OE 24,8 31,9 18,8
18OD 25,9 41,9 9,2 18OD 24,8 28,8 21,8
20OD 19,8 30,8 3,8 20OD 25,8 28,8 20,8
20
O
E 24,9 38,0 7,3 20
O
E 24,0 30,1 18,4
Média 24,6 44,5 9,1 Média 24,6 30,1 19,6
DP 3,1 16,7 2,9 DP 1,1 1,5 1,8
Máx. 80,9 n. 3,7 Máx. 33,1 n. 17,0
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
1OE 25,3 33,5 10,8 1OE 26,0 29,0 18,0
2OE 34,9 78,1 7,8 2OE 24,0 30,0 18,0
3OD 33,0 45,0 12,0 3OD 29,0 35,2 19,0
3OE 30,0 72,0 11,0 3OE 27,0 31,0 22,0
4OE 19,0 36,0 4,0 4OE 26,0 29,0 22,0
5OD 26,8 41,2 5,6 5OD 26,4 29,2 19,4
5OE 25,7 33,9 11,2 5OE 26,4 29,4 18,4
7OD 35,3 78,5 8,2 7OD 24,4 30,4 18,4
7OE 33,4 45,4 12,4 7OE 29,4 35,6 19,4
9OD 30,4 72,4 11,4 9OD 27,4 31,4 22,4
10OD 19,4 36,4 4,4 10OD 26,4 29,4 22,4
10OE 29,7 71,7 10,7 10OE 26,7 30,7 21,7
11OD 18,7 35,7 3,7 11OD 25,7 28,7 21,7
11OE 26,5 40,9 5,3 11OE 26,1 28,9 19,1
13OD 25,4 33,6 10,9 13OD 26,1 29,1 18,1
13OE 35,0 78,2 7,9 13OE 24,1 30,1 18,1
14OD 27,4 41,8 6,2 14OD 27,0 29,8 20,0
14OE 26,3 34,5 11,8 14OE 27,0 30,0 19,0
16OD 35,9 79,1 8,8 16OD 25,0 31,0 19,0
16OE 34,0 46,0 13,0 16OE 30,0 36,2 20,0
17OD 31,0 73,0 12,0 17OD 28,0 32,0 23,0
17OE 32,8 44,8 11,8 17OE 28,8 35,0 18,8
18OD 29,8 71,8 10,8 18OD 26,8 30,8 21,8
20OD 18,8 35,8 3,8 20OD 25,8 28,8 21,8
20OE 26,6 41,0 5,4 20OE 26,2 29,0 19,2
Média 28,4 52,0 8,8 Média 26,6 30,8 20,0
DP 5,4 18,1 3,2 DP 1,5 2,3 1,7
Máx. 79,1 n. 3,7 Máx. 36,2 n. 18,0
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA INFUSÃO
REMOÇÃO PONTEIRA ILUMINAÇÃO REMOÇÃO PONTEIRA ILUMINAÇÃO
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DA INFUS
Ã
O
COLOCAÇÃO PINO 2 COLOCAÇÃO PINO 2
Anexos
111
VITRECTOMIA
Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OE 35,6 45,2 15,3
4OE 57,2 100,2 13,2
5OE 13,1 19,4 11,5
9OD 24,0 46,2 16,0
10OE 36,5 163,0 5,6
11OE 29,4 39,3 14,5
13OE 51,2 94,3 7,5
14OE 13,4 19,7 11,8
17OD 23,7 45,9 15,7
20OD 36,2 142,3 6,8
Média 32,0 71,6 11,8
DP 14,5 50,7 3,9
Máx. 163,0 Mín. 5,6
Coelho/Olho Média Máxima Mínima Coelho/Olho Média Máxima nima
2OE 28,0 43,5 12,8 2OE 33,1 45,0 24,5
4OE 31,2 44,2 15,3 4OE 34,3 44,2 24,3
5OE 31,2 46,1 11,2 5OE 35,9 44,9 27,1
9OD 24,5 51,2 16,5 9OD 32,8 43,1 24,6
10OE 25,0 43,9 11,5 10OE 33,1 44,2 26,0
11OE 28,3 44,6 21,2 11OE 32,1 43,3 24,8
13OE 28,6 50,9 16,8 13OE 33,0 43,3 24,8
14OE 22,3 43,6 9,7 14OE 33,3 44,4 26,2
17OD 28,0 44,3 20,9 17OD 31,9 43,1 24,6
20OD 28,3 50,6 16,5 20OD 32,8 43,1 24,6
Média 27,5 46,3 15,2 Média 33,2 43,9 25,2
DP 2,8 3,3 3,9 DP 1,1 0,8 0,9
Máx. 51,2 Mín. 9,7 Máx. 45,0 n. 24,3
Coelho/Olho Média Máxima Mínima
3OD 36,3 45,9 16,0
5OD 48,9 94,3 11,6
7OD 12,4 18,7 10,8
10OD 23,3 45,5 15,3
11OD 35,8 148,3 4,9
13OD 30,1 40,0 15,2
16OD 51,9 95,0 8,2
17OE 14,1 20,4 12,5
18OD 24,4 46,6 16,4
20OE 36,9 122,3 7,5
Média 31,4 67,7 11,8
DP 13,2 44,4 4,0
Máx. 148,3 Mín. 4,9
Coelho/Olho Média Máxima Mínima Coelho/Olho Média Máxima nima
3OD 29,3 44,2 18,3 3OD 32,8 44,7 24,2
5OD 28,9 43,8 17,9 5OD 34,0 43,9 24,0
7OD 28,7 44,0 18,1 7OD 35,6 44,6 26,8
10OD 28,5 43,8 17,9 10OD 33,4 43,7 25,2
11OD 28,7 44,0 14,9 11OD 33,7 44,8 26,6
13OD 29,5 44,8 15,7 13OD 32,7 43,9 25,4
16OD 30,3 45,6 16,5 16OD 32,7 43,0 24,5
17OE 31,1 46,4 17,3 17OE 33,0 44,1 25,9
18OD 30,9 46,2 17,1 18OD 31,6 42,8 24,3
20OE 31,1 46,4 17,3 20OE 32,5 42,8 24,3
Média 29,7 44,9 17,1 Média 33,2 43,8 25,1
DP 1,1 1,1 1,1 DP 1,1 0,8 1,0
Máx. 46,4 Mín. 14,9 Máx. 44,8 Mín. 24,0
REMOÇÃO PERFLUOROCTANO L
Í
QUIDO
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
PRESS
Ã
O DA INFUS
Ã
O
REMOÇÃO
Ó
LEO DE SILICONE REMOÇÃO
Ó
LEO DE SILICONE
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
PRESSÃO DA INFUSÃO
INJEÇ
Ã
O
Ó
LEO DE SILICONE
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
INJ
Ã
O PERFLUOROCTANO L
Í
QUIDO
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
REMOÇÃO PERFLUOROCTANO L
Í
QUIDO
Anexos
112
VITRECTOMIA
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 33,1 62,1 22,3 1OE 25,1 29,9 20,8
2OE 22,3 32,2 17,4 2OE 24,8 30,1 20,6
3OD 32,4 67,0 23,1 3OD 24,5 29,8 21,5
3OE 28,3 37,5 12,5 3OE 24,0 30,0 21,0
4OE 20,5 50,4 13,6 4OE 26,0 31,2 21,2
5OD 26,3 35,2 16,9 5OD 24,6 30,2 20,9
5OE 33,5 62,5 22,7 5OE 25,5 30,3 21,2
7OD 22,7 32,6 17,8 7OD 25,2 30,5 21,0
7OE 32,8 67,4 23,5 7OE 24,9 30,2 21,9
9OD 28,7 37,9 12,9 9OD 24,4 30,4 21,4
10OD 20,9 50,8 14,0 10OD 26,4 31,6 21,6
10OE 28,0 36,2 12,2 10OE 23,7 29,7 20,7
11OD 20,2 49,1 13,3 11OD 25,7 30,9 20,9
11OE 26,0 33,9 16,6 11OE 24,3 29,9 20,6
13OD 33,2 61,2 22,4 13OD 25,2 30,0 20,9
13OE 22,4 31,3 17,5 13OE 24,9 30,2 20,7
14OD 26,9 36,8 17,5 14OD 25,2 30,8 21,5
14OE 34,1 64,1 23,3 14OE 26,1 30,9 21,8
16OD 23,3 34,2 18,4 16OD 25,8 31,1 21,6
16OE 33,4 57,8 24,1 16OE 25,5 30,8 22,5
17OD 29,3 39,5 13,5 17OD 25,0 31,0 22,0
17OE 32,2 66,8 22,9 17OE 24,3 29,6 21,3
18OD 28,1 37,3 12,3 18OD 23,8 29,8 20,8
20OD 20,3 50,2 13,4 20OD 25,8 31,0 21,0
20OE 26,1 35,0 16,7 20OE 24,4 30,0 20,7
Média 27,4 46,8 17,6 Média 25,0 30,4 21,2
DP 4,8 13,2 4,2 DP 0,7 0,5 0,5
Máx. 67,4 n. 12,2 Máx. 31,6 Mín. 20,6
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
PRESSÃO DA INFUSÃO
SUTURA ESCLERAL SUTURA ESCLERAL
Anexos
113
Leitura da variação da pressão intra-ocular durante a facectomia extracapsular em olhos de
coelhos.
FACECTOMIA EXTRACAPSULAR
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OD 14,0 17,0 9,2 2OD 17,0 41,2 1,0
4OD 26,3 42,5 12,6 4OD 15,2 33,0 0,6
6OE 40,0 63,0 20,0 6OE 19,4 46,8 10,3
7OD 29,3 45,6 11,2 7OD 20,5 38,3 5,9
8OD 13,7 16,7 8,9 8OD 16,1 43,5 7,0
9OE 26,0 42,2 12,3 9OE 19,4 43,6 3,4
10OE 39,7 62,7 19,7 10OE 17,6 35,4 3,0
11OE 29,0 45,3 10,9 11OE 21,8 49,2 12,7
13OD 29,7 46,0 11,6 13OD 22,9 40,7 8,3
13OE 14,1 17,1 9,3 13OE 18,5 45,9 9,4
16OE 26,4 42,6 12,7 16OE 16,3 43,7 7,2
17OE 39,9 98,3 15,3 17OE 19,6 43,8 3,6
18OE 28,3 45,5 11,1 18OE 17,8 35,6 3,2
20OD 29,9 46,2 11,8 20OD 22,0 49,4 12,9
Média 27,6 45,1 12,6 Média 18,9 42,2 6,3
DP 8,9 21,2 3,5 DP 2,4 5,1 4,0
Máx. 98,3 Mín. 8,9 Máx. 49,4 Mín. 0,6
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OD 2,5 4,9 0,0 2OD 9,0 26,0 2,2
4OD 4,6 8,6 3,2 4OD 5,3 10,0 0,0
6OE 14,2 34,0 11,0 6OE 26,0 72,0 11,0
7OD 15,6 38,9 5,9 7OD 20,0 54,0 10,0
8OD 12,9 21,3 9,8 8OD 22,1 99,5 15,3
9OE 25,6 29,4 17,5 9OE 11,2 22,4 3,6
10OE 5,8 8,1 3,2 10OE 39,1 142,3 11,6
11OE 13,2 16,3 10,2 11OE 23,6 64,6 13,6
13OD 9,2 55,9 2,6 13OD 25,7 110,1 18,9
13OE 8,1 12,6 4,1 13OE 14,8 33,0 7,2
16OE 8,6 10,9 6,0 16OE 42,7 131,7 15,2
17OE 16,0 19,1 13,0 17OE 25,7 71,7 10,7
18OE 20,0 66,7 13,4 18OE 19,7 53,7 9,7
20OD 10,9 15,4 6,9 20OD 21,8 99,2 15,0
Média 11,9 24,4 7,6 Média 21,9 70,7 10,3
DP 6,2 18,6 5,0 DP 10,3 41,2 5,4
Máx. 66,7 Mín. 0,0 Máx. 142,3 n. 0,0
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OD 6,6 17,0 2,3 2OD 25,6 48,3 7,4
4OD 11,0 33,0 0,0 4OD 5,2 9,2 3,0
6OE 15,0 18,0 11,0 6OE 17,0 25,0 1,0
7OD 12,9 20,7 6,4 7OD 12,3 22,1 9,1
8OD 12,8 21,8 8,7 8OD 22,1 35,2 2,3
9OE 23,5 45,3 15,8 9OE 11,6 22,3 5,6
10OE 7,6 9,1 2,8 10OE 49,5 81,3 12,0
11OE 56,3 119,3 12,5 11OE 26,3 49,2 14,6
13OD 14,7 17,7 10,7 13OD 19,8 68,9 1,2
13OE 12,6 20,4 6,1 13OE 39,7 75,6 8,7
16OE 12,5 21,5 8,4 16OE 25,4 69,8 4,6
17OE 23,2 45,0 15,5 17OE 37,8 77,6 6,1
18OE 9,9 11,4 5,1 18OE 33,1 54,3 10,2
20OD 46,3 99,3 2,5 20OD 32,3 61,5 3,1
Média 18,9 35,7 7,7 Média 25,6 50,0 6,4
DP 14,7 33,2 5,0 DP 12,2 23,8 4,2
Máx. 119,3 n. 0,0 Máx. 81,3 Mín. 1,0
INJEÇÃO DE METILOSE AMPLIAÇÃO DA INCISÃO
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
INJEÇÃO - AZUL DE TRYPAN LIMPEZA - C
Â
MARA ANTERIOR
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
SULCO PR
É
VIO / DELAMINAÇÃO PARACENTESE
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
Anexos
114
FACECTOMIA EXTRACAPSULAR
Coelho/Olho Média xima Mínima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OD 4,7 14,0 1,0 2OD 4,3 5,0 1,9
4OD 2,7 11,0 0,0 4OD 4,5 14,1 0,0
6OE 16,0 26,0 12,0 6OE 40,0 94,0 12,0
7OD 8,9 18,7 5,2 7OD 26,4 59,3 5,9
8OD 9,8 14,7 6,2 8OD 10,2 47,8 4,6
9OE 28,5 51,2 14,8 9OE 24,3 54,2 8,2
10OE 16,5 23,6 12,8 10OE 22,5 102,0 11,2
11OE 12,8 31,2 9,5 11OE 38,1 155,3 5,5
13OD 13,5 19,8 3,2 13OD 9,9 10,6 7,5
13OE 16,3 26,3 12,3 13OE 10,1 19,7 5,6
16OE 9,2 19,0 5,5 16OE 45,6 99,6 17,6
17OE 10,1 15,0 6,5 17OE 20,8 53,7 0,3
18OE 26,6 49,3 12,9 18OE 15,8 53,4 10,2
20OD 16,8 23,9 13,1 20OD 18,7 48,6 2,6
Média 13,7 24,6 8,2 Média 20,8 58,4 6,7
DP 7,3 12,2 4,9 DP 13,1 42,2 4,9
Máx. 51,2 Mín. 0,0 Máx. 155,3 n. 0,0
Coelho/Olho Média xima Mínima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OD 2,0 19,0 0,0 2OD 0,0 0,0 0,0
4OD 4,6 9,8 0,6 4OD 1,2 5,5 0,0
6OE 16,0 28,0 12,0 6OE 13,0 17,0 0,6
7OD 14,2 22,3 7,5 7OD 3,9 7,2 0,9
8OD 8,9 12,0 7,0 8OD 2,2 4,9 0,5
9OE 12,0 17,0 5,2 9OE 8,1 12,6 0,8
10OE 1,8 3,6 0,0 10OE 0,3 1,3 -0,3
11OE 26,3 85,6 9,4 11OE 1,5 6,8 0,3
13OD 3,9 20,9 0,9 13OD 10,3 17,3 0,9
13OE 6,5 11,7 1,5 13OE 0,2 1,2 -0,2
16OE 17,9 38,9 11,1 16OE 4,6 7,9 0,4
17OE 12,3 24,2 8,4 17OE 4,1 7,4 1,1
18OE 10,8 13,9 7,9 18OE 2,4 5,1 0,7
20OD 13,9 18,9 6,1 20OD 8,3 12,8 1,0
Média 10,8 23,3 5,5 Média 4,3 7,6 0,5
DP 6,8 19,9 4,2 DP 4,1 5,5 0,5
Máx. 85,6 Mín. 0,0 Máx. 17,3 Mín. -0,3
Coelho/Olho Média xima Mínima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OD 4,3 9,9 0,7 2OD 1,0 1,3 0,3
4OD 5,5 15,4 0,7 4OD 0,0 0,6 0,0
6OE 17,3 26,9 1,3 6OE 9,0 12,0 8,0
7OD 8,2 17,1 1,6 7OD 8,3 14,5 0,0
8OD 6,5 14,8 1,2 8OD 9,1 15,3 4,9
9OE 12,4 22,5 1,5 9OE 7,9 11,6 3,7
10OE 4,6 11,2 0,4 10OE 7,1 13,7 1,3
11OE 5,8 16,7 1,0 11OE 8,4 11,8 4,1
13OD 14,6 27,2 1,6 13OD 1,6 1,9 0,9
13OE 4,5 11,1 0,5 13OE 0,6 1,2 0,6
16OE 8,9 17,8 1,1 16OE 8,4 11,4 7,4
17OE 8,4 17,3 1,8 17OE 7,7 13,9 0,0
18OE 6,7 15,0 1,4 18OE 8,5 14,7 4,3
20OD 12,6 22,7 1,7 20OD 7,3 11,0 3,1
Média 8,6 17,5 1,2 Média 6,1 9,6 2,8
DP 4,1 5,5 0,5 DP 3,5 5,7 2,7
Máx. 27,2 Mín. 0,4 Máx. 15,3 Mín. 0,0
REFAZER C
Â
MARA PONTOS PR
É
VIOS
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
AMPLIAÇÃO DA INCISÃO REMOÇÃO DO N
Ú
CLEO
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
CAPSULOTOMIA HIDRODISSECÇÃO
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
Anexos
115
FACECTOMIA EXTRACAPSULAR
Coelho/Olho Média Máxima Mínima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OD 1,2 2,6 1,0 2OD 2,6 9,5 1,0
4OD 0,0 3,5 0,0 4OD 1,2 2,4 0,0
6OE 9,0 10,0 3,2 6OE 8,0 11,0 7,0
7OD 3,4 8,5 1,9 7OD 4,6 13,7 2,1
8OD 1,6 4,9 0,9 8OD 2,8 10,1 1,1
9OE 5,9 15,6 1,9 9OE 7,1 20,8 1,7
10OE 2,9 8,4 1,2 10OE 4,1 13,6 1,0
11OE 1,5 2,9 1,3 11OE 2,7 8,1 1,5
13OD 0,3 3,8 0,3 13OD 1,5 9,0 0,5
13OE 9,3 10,3 3,5 13OE 10,5 15,5 3,3
16OE 3,1 8,2 1,6 16OE 4,3 13,4 1,8
17OE 1,3 4,6 0,6 17OE 2,5 9,8 0,4
18OE 5,6 15,3 1,6 18OE 6,8 20,5 1,8
20OD 2,6 8,1 0,9 20OD 3,8 13,3 1,1
Média 3,4 7,6 1,4 Média 4,5 12,2 1,7
DP 3,0 4,2 1,0 DP 2,7 4,8 1,7
Máx. 15,6 Mín. 0,0 Máx. 20,8 Mín. 0,0
Coelho/Olho Média Máxima Mínima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OD 2,6 3,9 1,3 2OD 1,6 4,1 0,9
4OD 0,0 4,3 0,0 4OD 0,0 1,8 0,0
6OE 9,0 13,0 0,8 6OE 8,9 11,6 2,6
7OD 7,8 10,9 6,1 7OD 11,1 12,9 6,3
8OD 9,5 13,5 6,4 8OD 9,8 12,6 5,7
9OE 7,8 12,5 5,8 9OE 6,4 13,1 0,0
10OE 1,6 2,8 0,3 10OE 8,9 14,5 3,8
11OE 5,4 9,8 0,1 11OE 7,9 11,6 3,5
13OD 2,8 4,1 1,5 13OD 7,1 13,7 1,2
13OE 1,2 4,5 0,2 13OE 8,4 11,8 4,1
16OE 9,2 13,2 1,0 16OE 9,1 11,8 2,8
17OE 8,0 11,1 4,9 17OE 11,3 13,1 6,5
18OE 9,7 13,7 5,2 18OE 9,6 12,4 5,5
20OD 8,0 12,7 4,6 20OD 6,2 12,9 0,0
Média 5,9 9,3 2,7 Média 7,6 11,3 3,1
DP 3,5 4,3 2,6 DP 3,3 3,7 2,4
Máx. 13,7 Mín. 0,0 Máx. 14,5 Mín. 0,0
Coelho/Olho Média Máxima Mínima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
2OD 3,6 6,7 1,9 2OD 12,3 22,3 2,1
4OD 1,3 4,3 0,0 4OD 9,8 25,6 0,3
6OE 7,0 8,0 5,6 6OE 16,3 21,5 7,1
7OD 7,3 10,4 5,6 7OD 17,2 68,9 5,2
8OD 5,0 8,0 3,7 8OD 19,3 32,6 4,8
9OE 10,7 11,7 9,3 9OE 22,0 56,0 7,8
10OE 9,0 12,1 7,3 10OE 12,3 26,7 3,6
11OE 6,7 9,7 5,4 11OE 14,6 45,1 4,6
13OD 7,7 8,7 6,3 13OD 15,0 89,1 0,6
13OE 6,0 9,1 4,3 13OE 16,2 38,9 5,6
16OE 3,7 6,7 2,4 16OE 16,9 22,1 9,7
17OE 8,4 9,4 7,0 17OE 17,8 69,5 7,8
18OE 6,7 9,8 5,0 18OE 19,9 33,2 7,4
20OD 4,4 7,4 3,1 20OD 22,6 55,4 10,4
Média 6,3 8,7 4,8 Média 16,6 43,4 5,5
DP 2,5 2,1 2,4 DP 3,7 21,4 3,1
Máx. 12,1 Mín. 0,0 Máx. 89,1 Mín. 0,3
SUTURA ESCLERAL
REFAZER C
Â
MARA
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
COLOCAÇÃO - LIO
LIMPEZA DA C
Â
MARA
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
ASPIRAÇ
Ã
O DAS MASSAS INJEÇ
Ã
O DE METILOSE
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
Anexos
116
Leitura da variação da pressão intra-ocular e pressão de infusão durante a
facofragmentação em olhos de coelhos.
FACECTOMIA COM FACOFRAGMENTAÇÃO
Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 13,9 28,6 10,2
15OD 23,3 52,0 7,0
19OD 31,0 49,0 22,0
21OD 53,0 81,0 15,0
21OE 31,0 42,0 20,0
Média 30,4 50,5 14,8
DP 14,4 19,3 6,3
Máx. 81,0 Mín. 7,0
Coelho/Olho Média Máxima Mínima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 24,7 61,2 8,4 1OD 20,0 35,2 17,0
15OD 3,6 12,0 0,0 15OD 18,0 21,0 18,0
19OD 13,1 27,0 7,0 19OD 19,5 33,2 17,2
21OD 25,4 59,7 9,6 21OD 28,0 33,0 13,0
21OE 29,0 61,3 6,0 21OE 19,0 33,0 12,0
3OD 25,0 61,5 8,7 3OD 24,0 31,0 13,8
4OE 4,1 12,3 0,3 4OE 22,3 37,5 19,3
5OE 13,4 27,3 7,3 5OE 20,3 23,3 18,7
7OE 27,6 64,1 11,3 7OE 21,8 35,5 19,5
9OD 6,7 14,9 2,9 9OD 30,3 35,3 15,3
10OD 16,0 29,9 9,9 10OD 21,3 35,3 14,3
11OD 11,2 25,1 5,1 11OD 21,7 28,7 19,2
17OD 25,4 61,9 9,1 17OD 20,0 35,2 17,0
18
O
D 4,5 12,7 0,7 18
O
D 18,0 21,0 16,4
Média 16,4 37,9 6,2 Média 21,7 31,3 16,5
DP 9,6 22,1 3,8 DP 3,6 5,6 2,5
Máx. 64,1 Mín. 0,0 Máx. 37,5 Mín. 12,0
C
oelho
/O
lho dia xima Mínima
C
oelho
/O
lho dia Máxima Mínima
1OD 28,7 33,5 24,3 1OD 27,0 30,0 25,0
15OD 22,3 31,0 15,6 15OD 21,0 29,0 20,0
19OD 22,0 47,0 10,5 19OD 24,0 28,0 14,0
21OD 44,0 56,0 25,0 21OD 30,0 33,0 27,0
21OE 23,0 29,0 10,0 21OE 28,0 32,0 21,0
3OD 28,5 33,3 24,1 3OD 29,0 31,0 26,0
4OE 22,1 30,8 15,4 4OE 28,0 30,0 26,0
5OE 21,2 53,8 9,7 5OE 26,6 29,6 24,6
7OE 43,8 55,8 24,8 7OE 20,6 28,6 19,6
9OD 29,0 33,8 24,6 9OD 23,6 27,6 13,6
10OD 22,6 31,3 15,9 10OD 29,6 32,6 26,6
11OD 19,8 44,8 8,3 11OD 27,6 31,6 20,6
17OD 41,8 53,8 22,8 17OD 28,6 30,6 25,6
18OD 20,8 26,8 12,2 18OD 27,6 29,6 25,6
Média 27,8 40,1 17,4 Média 26,5 30,2 22,5
DP 8,9 11,2 6,6 DP 3,0 1,7 4,5
Máx. 56,0 Mín. 8,3 Máx. 33,0 Mín. 13,6
COLOCAÇÃO PONTEIRA COLOCAÇÃO PONTEIRA
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DE INFUSÃO
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
ESCLEROTOMIA DIREITA
ESCLEROTOMIA - INFUS
Ã
O ESCLEROTOMIA - INFUS
Ã
O
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DE INFUS
Ã
O
Anexos
117
FACECTOMIA COM FACOFRAGMENTAÇÃO
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 27,9 31,2 15,6 1OD 27,0 35,2 21,1
15OD 26,5 33,1 12,3 15OD 26,3 30,8 24,5
19OD 25,4 32,9 14,2 19OD 25,0 29,4 23,2
21OD 23,2 30,0 15,3 21OD 27,3 35,5 21,4
21OE 25,0 26,9 13,2 21OE 26,6 31,1 24,8
3OD 28,1 29,5 18,2 3OD 25,3 29,7 23,5
4OE 27,6 30,9 15,3 4OE 27,1 35,3 21,2
5OE 26,2 32,8 13,5 5OE 26,4 30,9 24,6
7OE 25,1 32,6 13,9 7OE 25,1 29,5 23,3
9OD 22,9 29,7 15,0 9OD 27,4 35,6 21,5
10OD 24,7 26,6 13,5 10OD 26,7 31,2 24,9
11OD 27,8 29,2 17,9 11OD 25,4 29,8 23,6
17OD 25,5 32,3 17,6 17OD 27,3 35,5 21,4
18OD 27,3 29,2 15,5 18OD 26,6 31,1 24,8
Média 25,9 30,5 15,1 Média 26,4 32,2 23,1
DP 1,7 2,1 1,8 DP 0,9 2,6 1,5
Máx. 33,1 Mín. 12,3 Máx. 35,6 n. 21,1
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 19,3 32,2 12,3 1OD 24,0 30,0 17,2
15OD 21,3 30,4 16,8 15OD 24,3 29,4 19,2
19OD 16,0 20,0 11,0 19OD 20,0 30,0 18,3
21OD 19,9 30,0 10,1 21OD 24,7 34,9 18,8
21OE 21,7 35,2 17,0 21OE 24,0 30,5 22,2
3OD 27,8 29,2 15,4 3OD 22,7 29,1 20,9
4OE 27,3 30,6 12,5 4OE 24,5 34,7 18,6
5OE 25,9 32,5 10,7 5OE 23,8 30,3 22,0
7OE 27,4 30,3 11,1 7OE 22,5 28,9 20,7
9OD 25,2 32,0 12,2 9OD 24,8 35,0 18,9
10OD 27,0 28,9 10,7 10OD 24,1 30,6 22,3
11OD 24,5 28,9 15,1 11OD 22,8 29,2 21,0
17OD 22,2 32,3 14,8 17OD 24,7 34,9 18,8
18OD 24,0 32,9 12,7 18OD 24,0 30,5 22,2
Média 23,5 30,4 13,0 Média 23,6 31,3 20,1
DP 3,6 3,5 2,4 DP 1,3 2,4 1,7
Máx. 35,2 Mín. 10,1 Máx. 35,0 n. 17,2
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 7,9 28,6 3,5 1OD 19,0 31,0 15,6
15OD 10,0 32,0 1,0 15OD 21,2 30,1 18,9
19OD 19,8 30,5 9,3 19OD 18,7 29,3 15,2
21OD 18,7 28,8 5,9 21OD 22,8 35,8 16,9
21OE 20,5 36,4 12,8 21OE 22,1 31,4 20,3
3OD 26,6 28,0 11,2 3OD 20,8 30,0 19,0
4OE 26,1 29,4 8,3 4OE 22,6 35,6 16,7
5OE 24,7 31,3 6,5 5OE 21,9 29,4 20,1
7OE 26,2 33,7 6,9 7OE 20,6 28,0 18,8
9OD 24,0 30,8 8,0 9OD 22,9 34,1 17,0
10OD 25,8 27,7 6,5 10OD 22,2 29,7 20,4
11OD 23,3 27,7 10,9 11OD 20,9 28,3 19,1
17OD 21,0 31,1 10,6 17OD 22,8 34,0 16,9
18OD 22,8 31,7 8,5 18OD 22,1 29,6 20,3
Média 21,2 30,6 7,9 Média 21,5 31,2 18,2
DP 5,8 2,5 3,2 DP 1,4 2,6 1,8
Máx. 36,4 Mín. 1,0 Máx. 35,8 n. 15,2
FACOFRAGMENTAÇÃO FORTE FACOFRAGMENTAÇÃO FORTE
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DE INFUS
Ã
O
FACOFRAGMENTAÇÃO MODERADA FACOFRAGMENTAÇÃO MODERADA
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DE INFUSÃO
FACOFRAGMENTAÇ
Ã
O FRACA FACOFRAGMENTAÇ
Ã
O FRAC
A
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DE INFUSÃO
Anexos
118
FACECTOMIA COM FACOFRAGMENTAÇÃO
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 22,1 25,4 9,8 1OD 24,2 32,4 18,3
15OD 20,7 27,3 6,5 15OD 23,5 28,0 21,7
19OD 19,6 27,1 8,4 19OD 22,2 26,6 20,4
21OD 17,4 24,2 9,5 21OD 24,5 32,7 18,6
21OE 19,2 21,1 7,4 21OE 23,8 28,3 22,0
3OD 22,3 23,7 12,4 3OD 22,5 26,9 20,7
4OE 21,8 25,1 9,5 4OE 24,3 32,5 18,4
5OE 20,4 27,0 7,7 5OE 23,6 28,1 21,8
7OE 19,3 26,8 8,1 7OE 22,3 26,7 20,5
9OD 17,1 23,9 9,2 9OD 24,6 32,8 18,7
10OD 18,9 20,8 7,7 10OD 23,9 28,4 22,1
11OD 22,0 23,4 12,1 11OD 22,6 27,0 20,8
17OD 19,7 26,5 11,8 17OD 24,5 32,7 18,6
18OD 21,5 23,4 9,7 18OD 23,8 28,3 22,0
Média 20,1 24,7 9,3 Média 23,6 29,4 20,3
DP 1,7 2,1 1,8 DP 0,9 2,6 1,5
Máx. 27,3 Mín. 6,5 Máx. 32,8 n. 18,3
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 17,7 28,6 7,1 1OD 23,0 28,0 19,0
15OD 21,3 26,0 12,5 15OD 25,0 31,0 19,0
19OD 19,8 24,2 4,2 19OD 26,0 32,0 20,0
21OD 26,0 43,0 14,0 21OD 25,2 29,8 18,9
21OE 22,3 35,6 10,9 21OE 26,0 29,0 22,0
3OD 20,0 30,0 9,0 3OD 24,7 30,2 20,5
4OE 23,4 36,4 10,2 4OE 23,4 28,4 19,4
5OE 17,4 28,3 6,8 5OE 25,4 31,4 19,4
7OE 21,0 25,7 12,2 7OE 26,4 31,6 20,4
9OD 19,5 23,9 3,9 9OD 25,6 30,2 19,3
10OD 25,7 42,7 13,7 10OD 25,4 28,4 21,4
11OD 22,0 35,3 10,6 11OD 24,1 29,6 19,9
17OD 19,7 29,7 8,7 17OD 22,8 27,8 18,8
18OD 23,1 36,1 9,9 18OD 25,8 31,8 19,8
Média 21,4 31,8 9,6 Média 24,9 29,9 19,8
DP 2,6 6,4 3,2 DP 1,2 1,5 1,0
Máx. 43,0 Mín. 3,9 Máx. 32,0 n. 18,8
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 14,9 28,6 4,7 1OD 22,0 28,0 20,0
15OD 24,5 45,7 10,2 15OD 25,0 30,0 18,0
19OD 34,0 51,2 12,0 19OD 26,0 31,0 19,0
21OD 22,0 41,0 12,0 21OD 24,0 36,2 19,0
21OE 27,0 46,5 14,0 21OE 26,0 29,0 23,0
3OD 18,0 32,0 7,0 3OD 26,0 29,0 21,0
4OE 20,1 39,4 10,5 4OE 25,6 29,4 19,6
5OE 24,9 46,1 10,6 5OE 25,4 30,4 18,4
7OE 34,4 51,6 12,4 7OE 26,4 31,4 19,4
9OD 22,4 41,4 12,4 9OD 24,4 34,8 19,4
10OD 27,4 46,9 14,4 10OD 25,6 28,6 22,6
11OD 21,8 40,8 11,8 11OD 25,6 28,6 20,6
17OD 26,8 46,3 13,8 17OD 24,9 28,7 18,9
18OD 17,8 31,8 6,8 18OD 24,7 29,7 17,7
Média 24,0 42,1 10,9 Média 25,1 30,3 19,8
DP 5,7 7,1 2,9 DP 1,1 2,4 1,6
Máx. 51,6 Mín. 4,7 Máx. 36,2 n. 17,7
ABERTURA - C
Á
PSULA ANT.
PRESSÃO DE INFUSÃO
COLOCAÇÃO PINO COLOCAÇÃO PINO
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DE INFUS
Ã
O
REMOÇÃO PONTEIRA REMOÇÃO PONTEIRA
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DE INFUSÃO
ABERTURA - C
Á
PSULA ANT.
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
Anexos
119
FACECTOMIA COM FACOFRAGMENTAÇÃO
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 20,2 28,6 15,1 1OD 20,0 28,0 12,0
15OD 19,9 32,5 12,4 15OD 21,2 31,4 15,1
19OD 19,3 27,7 14,2 19OD 19,3 27,3 11,3
21OD 19,0 31,6 11,5 21OD 20,5 30,7 14,4
21OE 21,4 29,8 16,3 21OE 18,6 26,6 10,6
3OD 21,1 33,7 13,6 3OD 21,2 30,0 15,1
4OE 23,5 31,9 18,4 4OE 19,3 27,3 11,3
5OE 20,2 32,8 12,7 5OE 21,9 29,3 15,8
7OE 22,6 31,0 17,5 7OE 20,0 28,0 12,0
9OD 19,3 31,9 11,8 9OD 21,2 28,6 15,1
10OD 21,7 30,1 16,6 10OD 19,3 27,3 11,3
11OD 18,4 31,0 10,9 11OD 20,5 27,9 14,4
17OD 20,8 29,2 15,7 17OD 18,6 26,6 10,6
18OD 17,5 30,1 10,0 18OD 19,8 27,2 13,7
Média 20,4 30,9 14,1 Média 20,1 28,3 13,1
DP 1,6 1,7 2,6 DP 1,0 1,5 1,9
Máx. 33,7 Mín. 10,0 Máx. 31,4 n. 10,6
Coelho/Olho Média Máxima nima
1OD 11,7 19,4 0,5
15OD 21,3 36,5 6,0
19OD 30,8 34,2 7,8
21OD 18,8 31,8 7,8
21OE 23,8 35,3 9,8
3OD 14,8 22,8 2,8
4OE 16,9 30,2 6,3
5OE 21,7 36,9 6,4
7OE 31,2 35,2 8,2
9OD 19,2 32,2 8,2
10OD 24,2 33,1 10,2
11OD 18,6 31,6 7,6
17OD 23,6 33,6 9,6
18OD 14,6 22,6 2,6
Média 20,8 31,1 6,7
DP 5,7 5,5 2,9
Máx. 36,9 Mín. 0,5
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 20,1 45,6 7,6 1OD 4,1 6,2 2,6
15OD 45,6 62,8 8,3 15OD 6,0 8,0 3,0
19OD 39,8 71,2 5,8 19OD 1,2 2,6 0,6
21OD 26,5 50,0 2,1 21OD 2,0 4,1 0,3
21OE 29,8 94,5 10,1 21OE 11,7 14,6 6,3
3OD 20,2 33,7 7,8 3OD 5,8 6,9 3,5
4OE 25,0 65,0 8,8 4OE 6,8 8,9 5,3
5OE 18,4 43,9 5,9 5OE 8,7 10,7 5,7
7OE 43,9 61,1 6,6 7OE 3,9 5,3 2,3
9OD 38,1 69,5 4,1 9OD 2,3 4,4 0,0
10OD 24,8 48,3 0,4 10OD 12,0 14,9 6,6
11OD 28,1 92,8 8,4 11OD 6,1 7,2 3,8
17OD 18,5 32,0 6,1 17OD 9,1 20,9 5,1
18OD 23,3 63,3 7,1 18OD 9,5 11,6 8,0
Média 28,7 59,6 6,4 Média 6,4 9,0 3,8
DP 9,4 19,0 2,7 DP 3,5 5,1 2,5
Máx. 94,5 Mín. 0,4 Máx. 20,9 n. 0,0
INCISÃO AUTO-SELANTE NA C
Ó
RNEA INJEÇÃO METILOSE
PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESS
Ã
O DA C
Â
MARA V
Í
TREA
SUTURA ESCLEROTOMI
A
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
REMOÇ
Ã
O INFUS
Ã
OREMOÇ
Ã
O INFUS
Ã
O
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DE INFUSÃO
Anexos
120
FACECTOMIA COM FACOFRAGMENTAÇÃO
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 8,6 10,9 4,0 1OD 11,1 11,8 6,9
15OD 9,5 11,8 4,9 15OD 10,7 14,5 6,1
19OD 7,6 9,4 0,0 19OD 8,8 15,0 0,9
21OD 2,1 3,4 1,2 21OD 9,6 15,8 4,6
21OE 5,9 8,5 2,2 21OE 8,4 12,1 3,4
3OD 8,3 10,1 0,7 3OD 7,6 14,2 1,8
4OE 7,8 10,1 4,9 4OE 7,9 11,3 3,6
5OE 9,3 11,6 4,7 5OE 10,8 11,5 7,4
7OE 10,2 12,5 5,6 7OE 10,4 14,2 6,6
9OD 6,9 8,7 1,7 9OD 7,1 13,3 1,2
10OD 1,4 2,7 0,5 10OD 7,9 14,1 3,7
11OD 4,4 7,0 3,9 11OD 5,9 9,6 1,7
17OD 11,0 12,8 3,4 17OD 9,3 15,9 3,5
18OD 10,5 12,8 7,6 18OD 10,6 14,0 6,3
Média 7,4 9,5 3,2 Média 9,0 13,4 4,1
DP 3,0 3,2 2,2 DP 1,6 1,9 2,2
x. 12,8 Mín. 0,0 x. 15,9 Mín. 0,9
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OD 11,9 21,0 1,3 1OD 26,5 49,2 11,5
15OD 11,7 21,7 0,7 15OD 28,2 79,9 16,2
19OD 13,2 22,5 2,2 19OD 30,3 43,6 15,8
21OD 12,7 23,1 1,6 21OD 31,6 65,6 15,6
21OE 11,0 20,7 1,3 21OE 21,9 36,3 11,2
3OD 11,1 21,9 3,0 3OD 23,4 53,9 11,4
4OE 10,7 18,6 3,4 4OE 28,0 79,7 16,0
5OE 14,6 23,7 3,0 5OE 30,1 43,4 15,6
7OE 14,4 24,4 3,4 7OE 32,8 66,8 16,8
9OD 13,9 17,2 1,5 9OD 23,1 37,5 12,4
10OD 13,4 17,8 0,9 10OD 28,6 59,1 16,6
11OD 13,1 16,8 0,6 11OD 29,0 103,1 14,0
17OD 13,2 18,0 0,3 17OD 30,2 52,9 15,2
18OD 13,6 15,5 1,9 18OD 31,9 83,6 19,9
Média 12,8 20,2 1,8 Média 28,3 61,0 14,9
DP 10,2 28,0 6,0 DP 3,4 19,8 2,5
Máx. 24,4 n. 0,3 Máx. 103,1 n. 11,2
PRESSÃO DA CÂMARA VÍTREA
REFAZER CÂMARA ANTERIOR
PRESSÃO DA CÂMARA VÍTREA
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
COLOCAÇÃO DA LIO SUTURA
LIMPEZA DA CÂMARA ANTERIOR
Anexos
121
Leitura da variação da pressão intra-ocular durante a facoemulsificação em olhos de
coelhos.
FACECTOMIA COM FACOEMULSIFICAÇÃO
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 21,8 49,9 12,0 1OE 15,8 37,1 6,5
2OE 55,0 82,0 13,0 2OE 14,0 18,0 10,0
3OE 45,0 100,0 16,0 3OE 24,0 31,0 17,0
5OD 29,5 60,9 6,5 5OD 4,7 7,8 2,9
6OD 45,0 103,0 22,0 6OD 13,0 17,0 11,0
8OE 20,2 33,7 4,3 8OE 8,3 56,0 1,8
12OD 25,0 65,0 4,0 12OD 7,0 11,0 4,0
12OE 22,5 50,6 12,7 12OE 16,5 37,8 7,2
14OD 55,7 82,7 13,7 14OD 14,7 18,7 10,7
14OE 44,3 99,3 15,3 14OE 23,3 30,3 16,3
15OE 28,8 60,2 5,8 15OE 4,0 7,1 2,2
16OD 43,5 101,5 20,5 16OD 11,5 15,5 9,5
19OE 22,9 36,4 7,0 19OE 11,0 58,7 4,5
20OE 27,7 67,7 6,7 20OE 9,7 13,7 6,7
Média 34,8 70,9 11,4 Média 12,7 25,7 7,9
DP 12,7 24,1 5,8 DP 6,0 16,7 4,8
Máx. 103,0 n. 4,0 Máx. 58,7 n. 1,8
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 12,5 33,1 6,5 1OE 13,5 21,8 6,5
2OE 20,0 54,0 10,0 2OE 13,0 19,0 11,0
3OE 23,0 105,0 16,0 3OE 24,0 46,0 16,0
5OD 9,8 29,8 2,3 5OD 5,0 8,9 2,9
6OD 40,0 112,3 11,0 6OD 57,0 100,0 13,0
8OE 6,9 57,0 1,8 8OE 15,0 50,0 3,0
12OD 6,0 38,9 4,0 12OD 48,0 169,0 3,0
12OE 13,2 33,8 7,2 12OE 14,2 22,5 7,2
14OD 20,7 54,7 10,7 14OD 13,7 19,7 11,7
14OE 22,3 104,3 15,3 14OE 23,3 45,3 15,3
15OE 9,1 45,6 1,6 15OE 4,3 8,2 2,2
16OD 38,5 101,8 9,5 16OD 55,5 98,5 11,5
19OE 9,6 59,7 4,5 19OE 17,7 52,7 5,7
20OE 8,7 41,6 6,7 20OE 50,7 171,7 5,7
Média 17,2 62,3 7,7 Média 25,4 59,5 8,2
DP 11,0 30,1 4,7 DP 18,9 55,1 4,8
Máx. 112,3 n. 1,6 Máx. 171,7 n. 2,2
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TRE
A
INJEÇÃO DE AZUL DE TRYPANINCISÃO AUTO-SELANTE NA C
Ó
RNE
A
LIMPEZA DA C
Â
MARA ANTERIOR INJEÇÃO DE METILOSE
Anexos
122
FACECTOMIA COM FACOEMULSIFICAÇÃO
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 12,5 19,4 5,3 1OE 10,4 15,7 6,5
2OE 91,2 150,0 11,5 2OE 30,0 58,0 15,0
3OE 25,0 50,0 16,0 3OE 17,0 24,0 13,0
5OD 22,1 71,9 4,7 5OD 11,7 29,1 7,1
6OD 44,0 67,0 10,0 6OD 15,0 25,0 10,0
8OE 29,3 48,7 12,6 8OE 6,0 14,0 2,0
12OD 22,3 31,5 9,6 12OD 13,2 22,1 3,0
12OE 13,2 20,1 6,0 12OE 11,1 16,4 7,2
14OD 91,9 128,3 12,2 14OD 30,7 58,7 15,7
14OE 24,3 49,3 15,3 14OE 16,3 23,3 12,3
15OE 21,4 71,2 4,0 15OE 11,0 28,4 6,4
16OD 42,5 65,5 8,5 16OD 13,5 23,5 8,5
19OE 32,0 51,4 15,3 19OE 8,7 16,7 4,7
20OE 25,0 34,2 12,3 20OE 15,9 24,8 5,7
Média 35,5 61,3 10,2 Média 15,0 27,1 8,4
DP 25,4 37,4 4,1 DP 7,2 14,0 4,3
Máx. 150,0 n. 4,0 Máx. 58,7 Mín. 2,0
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 15,9 106,0 6,5 1OE 11,4 26,7 6,5
2OE 27,0 120,0 13,0 2OE 21,0 33,0 14,0
3OE 25,4 61,3 6,1 3OE 16,0 19,0 13,0
5OD 8,4 50,6 4,0 5OD 6,0 10,2 4,1
6OD 26,0 50,0 8,0 6OD 11,0 15,0 8,0
8OE 21,3 84,2 11,2 8OE 15,3 21,3 9,1
12OD 43,0 162,3 4,0 12OD 18,3 22,1 7,4
12OE 16,6 106,7 7,2 12OE 12,1 27,4 7,2
14OD 27,7 120,7 13,7 14OD 21,7 33,7 14,7
14OE 24,7 60,6 5,4 14OE 15,3 18,3 12,3
15OE 7,7 49,9 3,3 15OE 5,3 9,5 3,4
16OD 24,5 48,5 6,5 16OD 9,5 13,5 6,5
19OE 24,0 86,9 13,9 19OE 18,0 24,0 11,8
20OE 40,3 189,6 1,3 20OE 21,0 24,8 10,1
Média 23,8 92,7 7,4 Média 14,4 21,3 9,2
DP 10,0 44,4 4,0 DP 5,4 7,6 3,6
Máx. 189,6 n. 1,3 Máx. 33,7 Mín. 3,4
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 18,2 34,0 6,5 1OE 21,3 29,1 6,5
2OE 21,0 33,0 15,0 2OE 22,0 34,0 14,0
3OE 17,0 34,0 13,0 3OE 26,0 47,0 13,0
5OD 17,2 31,2 12,4 5OD 16,2 29,1 4,1
6OD 11,0 16,0 8,0 6OD 26,0 40,0 8,0
8OE 18,2 29,8 7,6 8OE 10,6 20,0 4,0
12OD 5,0 13,0 0,6 12OD 18,6 30,2 12,6
12OE 18,9 34,7 7,2 12OE 22,0 29,8 7,2
14OD 21,7 33,7 15,7 14OD 22,7 34,7 14,7
14OE 16,3 33,3 12,3 14OE 25,3 46,3 12,3
15OE 16,5 30,5 11,7 15OE 15,5 28,4 3,4
16OD 9,5 14,5 6,5 16OD 24,5 38,5 6,5
19OE 20,9 32,5 10,3 19OE 13,3 22,7 6,7
20OE 7,7 15,7 3,3 20OE 21,3 32,9 15,3
Média 15,7 27,6 9,3 Média 20,4 33,1 9,2
DP 5,2 8,5 4,4 DP 4,9 7,8 4,3
Máx. 34,7 Mín. 0,6 Máx. 47,0 Mín. 3,4
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
HIDRODISSECÇÃO PARACENTESE AUXILIAR
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
AMPLIAÇÃO DA INCISÃO NA C
Ó
RNEA COLOCAÇÃO DA PONTEIRA DA CANETA
AMPLIAÇÃO DA INCISÃO CAPSULORR
É
XIS
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
Anexos
123
FACECTOMIA COM FACOEMULSIFICAÇÃO
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 22,7 35,8 7,1 1OE 20,9 31,6 6,1
2OE 20,0 34,0 8,0 2OE 19,1 32,1 7,8
3OE 18,9 32,1 9,5 3OE 15,0 25,0 9,0
5OD 12,7 29,1 3,5 5OD 22,1 27,1 8,5
6OD 27,0 42,0 8,0 6OD 24,0 41,0 7,8
8OE 24,3 44,8 6,7 8OE 13,0 28,9 6,0
12OD 21,0 38,1 6,9 12OD 21,3 46,8 2,5
12OE 23,4 36,5 7,8 12OE 21,6 32,3 6,8
14OD 20,7 34,7 8,7 14OD 19,8 32,8 8,5
14OE 18,2 31,4 8,8 14OE 14,3 24,3 8,3
15OE 12,0 28,4 2,8 15OE 21,4 26,4 7,8
16OD 25,5 40,5 6,5 16OD 22,5 39,5 6,3
19OE 27,0 47,5 9,4 19OE 15,7 31,6 8,7
20OE 23,7 40,8 9,6 20OE 24,0 49,5 5,2
Média 21,2 36,8 7,4 Média 19,6 33,5 7,1
DP 4,7 5,8 2,1 DP 3,7 7,9 1,8
Máx. 47,5 Mín. 2,8 Máx. 49,5 Mín. 2,5
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 12,3 26,1 4,7 1OE 15,1 27,2 6,1
2OE 10,2 43,1 6,1 2OE 11,6 18,0 7,0
3OE 9,0 25,3 7,0 3OE 12,9 22,4 3,6
5OD 16,4 26,8 4,2 5OD 16,1 18,0 4,0
6OD 20,0 53,0 10,0 6OD 16,4 30,1 3,7
8OE 7,9 26,0 0,0 8OE 14,8 19,4 5,5
12OD 11,5 37,8 5,4 12OD 15,8 20,1 3,1
12OE 13,0 26,8 5,4 12OE 15,8 27,9 6,8
14OD 10,9 43,8 6,8 14OD 12,3 18,7 7,7
14OE 8,3 24,6 6,3 14OE 12,2 21,7 2,9
15OE 15,7 26,1 3,5 15OE 15,4 17,3 3,3
16OD 18,5 51,5 8,5 16OD 14,9 28,6 2,2
19OE 10,6 28,7 2,7 19OE 17,5 22,1 8,2
20OE 14,2 40,5 8,1 20OE 18,5 22,8 5,8
Média 12,8 34,3 5,6 Média 15,0 22,5 5,0
DP 3,8 10,3 2,6 DP 2,0 4,3 2,0
Máx. 53,0 Mín. 0,0 Máx. 30,1 Mín. 2,2
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 16,4 29,8 5,2 1OE 7,1 9,2 5,6
2OE 14,1 24,3 3,0 2OE 9,0 11,0 6,0
3OE 16,5 26,5 7,0 3OE 4,2 5,6 2,6
5OD 15,3 19,6 3,6 5OD 2,6 4,7 0,0
6OD 13,5 21,3 4,1 6OD 12,3 15,2 6,9
8OE 14,3 24,3 7,2 8OE 6,4 7,5 4,1
12OD 16,5 20,8 9,8 12OD 9,4 21,2 5,4
12OE 17,1 30,5 5,9 12OE 7,8 9,9 6,3
14OD 14,8 25,0 3,7 14OD 9,7 11,7 6,7
14OE 15,8 25,8 6,3 14OE 3,5 4,9 1,9
15OE 14,6 18,9 2,9 15OE 1,9 4,0 0,7
16OD 12,0 19,8 2,6 16OD 10,8 13,7 5,4
19OE 17,0 21,6 9,9 19OE 9,1 10,2 6,8
20OE 19,2 23,5 12,5 20OE 12,1 23,9 8,1
Média 15,5 23,7 6,0 Média 7,6 10,9 4,8
DP 1,8 3,6 3,0 DP 3,4 6,0 2,5
Máx. 30,5 Mín. 2,6 Máx. 23,9 Mín. 0,0
FACOEMULSIFICAÇÃO FRACA FACOEMULSIFICAÇÃO MODERADA
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
FACOEMULSIFICAÇÃO FORTE REMOÇÃO DA PONTEIRA DA CANETA
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
INJEÇÃO DE METILOSEASPIRAÇÃO DAS MASSAS
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
Anexos
124
FACECTOMIA COM FACOEMULSIFICAÇÃO
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 15,0 20,0 11,0 1OE 8,1 11,1 5,1
2OE 9,0 12,0 7,0 2OE 9,0 12,0 6,0
3OE 12,0 17,0 8,0 3OE 8,0 10,0 6,2
5OD 1,6 3,5 0,0 5OD 1,5 2,2 0,0
6OD 27,0 135,0 10,0 6OD 6,0 9,0 0,0
8OE 11,6 13,5 10,0 8OE 8,7 10,7 6,9
12OD 13,2 18,2 9,2 12OD 2,2 2,9 0,7
12OE 15,7 20,7 11,7 12OE 8,8 11,8 5,8
14OD 9,7 12,7 7,7 14OD 9,7 12,7 6,7
14OE 11,3 16,3 7,3 14OE 7,3 9,3 5,5
15OE 0,9 2,8 0,7 15OE 0,8 1,5 0,6
16OD 25,5 133,5 8,5 16OD 4,5 7,5 1,7
19OE 14,3 16,2 12,7 19OE 11,4 13,4 9,6
20OE 15,9 20,9 11,9 20OE 4,9 5,6 3,4
Média 13,1 31,6 8,3 Média 6,5 8,6 4,2
DP 7,2 43,8 3,8 DP 3,3 4,0 3,1
Máx. 135,0 n. 0,0 Máx. 13,4 Mín. 0
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 10,6 11,3 7,2 1OE 14,6 60,3 10,3
2OE 10,2 14,0 6,4 2OE 9,8 29,8 2,8
3OE 8,3 14,5 0,0 3OE 10,9 75,9 6,4
5OD 9,1 15,3 4,9 5OD 11,8 89,7 1,6
6OD 7,9 11,6 3,7 6OD 7,5 45,1 4,6
8OE 7,1 13,7 1,3 8OE 8,9 26,4 5,8
12OD 8,4 11,8 4,1 12OD 11,0 49,5 6,9
12OE 11,3 12,0 7,9 12OE 15,3 61,0 11,0
14OD 10,9 14,7 7,1 14OD 10,5 30,5 3,5
14OE 7,6 13,8 0,7 14OE 10,2 75,2 5,7
15OE 8,4 14,6 4,2 15OE 11,1 89,0 0,9
16OD 6,4 10,1 2,2 16OD 6,0 43,6 3,1
19OE 9,8 16,4 4,0 19OE 11,6 29,1 8,5
20OE 11,1 14,5 6,8 20OE 13,7 52,2 9,6
Média 9,1 13,5 4,3 Média 10,9 54,1 5,8
DP 1,6 1,8 2,6 DP 2,5 21,9 3,2
Máx. 16,4 Mín. 0,0 Máx. 89,7 Mín. 0,9
Coelho/Olho Média Máxima nima Coelho/Olho Média Máxima Mínima
1OE 14,2 20,5 1,2 1OE 25,2 76,9 13,2
2OE 13,7 21,1 0,6 2OE 27,3 40,6 12,8
3OE 13,4 20,1 0,3 3OE 30,0 64,0 14,0
5OD 13,5 21,3 0,0 5OD 20,3 34,7 9,6
6OD 13,9 18,8 1,6 6OD 22,6 53,1 10,6
8OE 13,6 19,7 1,0 8OE 23,0 97,1 8,0
12OD 13,4 20,4 0,4 12OD 24,2 46,9 9,2
12OE 14,9 31,2 1,9 12OE 25,9 77,6 13,9
14OD 14,4 21,8 1,3 14OD 28,0 41,3 13,5
14OE 12,7 19,4 1,0 14OE 29,3 63,3 13,3
15OE 12,8 20,6 2,7 15OE 19,6 34,0 8,9
16OD 12,4 17,3 3,1 16OD 21,1 51,6 9,1
19OE 16,3 22,4 2,7 19OE 25,7 99,8 10,7
20OE 16,1 23,1 3,1 20OE 26,9 49,6 11,9
Média 14,0 21,3 1,5 Média 24,9 59,3 11,3
DP 1,2 3,2 1,1 DP 3,3 21,5 2,1
Máx. 31,2 Mín. 0,0 Máx. 99,8 Mín. 8,0
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
AMPLIAÇÃO DA INCISÃO P/ LIO
REFAZER C
Â
MARA ANTERIOR
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREAPRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
EDEMA DE C
Ó
RNEASUTURA DE C
Ó
RNEA
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
LIMPEZA DA C
Â
MARA ANTERIOR
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
PRESSÃO DA C
Â
MARA V
Í
TREA
COLOCAÇÃO DA LIO
Anexos
125
bpm
ANIMAL MEDIDA OD OE Sislica Diastólica
1
14 13
2
13 12
3
13 14
1
10 9
2
910
3
10 10
1
12 11
2
11 10
3
11 12
1
10 10
2
11 10
3
10 10
EXAME PRÉ-EXPERIMENTO
4
125mmHg 85mmHg 161
3
120mmHg 70mmHg 160
156
2
120mmHg 80mmHg 152
Pressão intra-ocular (mmHg) Pressão arterial
1
120mmHg 75mmHg
Animal Asp Glu Ser Gly GABA Asp Glu Ser Gly GABA
1OE 39,6 6,0 48,2 17,8 0,3 21,3 4,8 51,3 32,5 0,2
2OD 89,4 8,0 121,8 6,8 0,6 46,2 9,4 95,6 13,6 0,5
3OE 10,4 1,0 32,5 11,6 0,7 15,6 4,1 49,2 8,2 0,5
4OD 89,7 6,6 32,6 16,0 0,2 78,6 1,2 29,6 18,9 0,3
MÉDIA 57,3 5,4 58,8 13,1 0,5 40,4 4,9 56,4 18,3 0,4
1OD 21,1 3,4 67,3 24,1 0,5 26,9 5,2 74,7 21,4 0,8
2OE 27,1 3,1 44,4 12,1 0,2 7,6 4,3 55,6 16,8 0,2
3OD 62,7 9,2 99,9 62,5 0,2 32,4 7,8 48,7 36,5 0,2
4OE 20,3 1,7 26,6 8,8 0,4 54,7 3,2 31,2 13,2 0,3
MÉDIA 32,8 4,4 59,6 26,9 0,3 30,4 5,1 52,6 22,0 0,4
Experimento
AMINOÁCIDOS EXCITATÓRIOS
1a Medida 2a Medida
Controle
Anexos
126
1OD 1301 1OE 1173 1OD 1252 1OE 1057
2OE 1089 2OD 1260 2OE 1224 2OD 1348
3OD 1208 3OE 1324 3OD 1097 3OE 1129
4OE 1494 4OD 1082 4OE 1259 4OD 1194
Média 1273,0 1209,8 1208,0 1182,0
1OD 1258 1OE 1265 1OD 1108 1OE 1164
2OE 1127 2OD 1102 2OE 1256 2OD 1207
3OD 1162 3OE 1391 3OD 1203 3OE 1346
4OE 1270 4OD 1168 4OE 1397 4OD 1198
Média 1204,3 1231,5 1241,0 1228,8
1OD 1279,5 1OE 1219 1OD 1180 1OE 1110,5
2OE 1108 2OD 1181 2OE 1240 2OD 1277,5
3OD 1185 3OE 1357,5 3OD 1150 3OE 1237,5
4OE 1382 4OD 1125 4OE 1328 4OD 1196
Média 1238,6 1220,6 1224,5 1205,4
MÉDIA DA CONTAGEM
CONTAGEM DAS CÉLULAS GANGLIONARES
EXAMINADOR 1 EXAMINADOR 2
Experimento Controle Experimento Controle
EXAMINADOR 1 EXAMINADOR 2
Experimento Controle Experimento Controle
Anexos
127
1OE 2OD 3OE 4OD 1OD 2OE 3OD 4OE
0,5mm 25,1 26,4 24,1 29,8 23,8 26,1 23,8 28,9
1,0mm 27,2 29,8 33,1 26,7 26,3 27,6 30,9 25,6
1,5mm 22,6 27,3 28,9 25,4 23,4 23,7 25,0 27,8
0,5mm 25,5 24,2 26,5 27,0 25,8 24,5 26,8 26,4
1,0mm 25,1 22,8 22,5 27,1 24,5 22,2 24,5 25,6
1,5mm 24,0 22,7 23,7 27,9 22,6 21,3 22,3 27,6
DIA
24,9 25,5 26,5 27,3 24,4 24,2 25,6 27,0
1OE 2OD 3OE 4OD 1OD 2OE 3OD 4OE
0,5mm 14,6 19,1 16,9 13,5 15,8 16,9 15,6 15,2
1,0mm 15,7 15,6 11,6 12,6 16,5 17,9 13,9 14,6
1,5mm 14,8 18,2 11,0 13,8 13,7 16,9 12,3 13,7
0,5mm 15,1 16,1 19,2 19,6 16,1 15,8 16,9 18,6
1,0mm 15,0 15,2 14,7 15,8 16,3 17,5 12,4 13,5
1,5mm 15,8 17,7 16,9 18,2 14,2 19,0 14,6 16,4
DIA
15,2 17,0 15,1 15,6 15,4 17,3 14,3 15,3
ESPESSURA DAS CAMADAS DA RETINA
CONTROLE EXPERIMENTO
PLEXIFORME EXT.
SUP.INF.
NUCLEAR EXT.
SUP.INF.
GRUPO DE ANIMAIS
CONTROLE EXPERIMENTO
1OE 2OD 3OE 4OD 1OD 2OE 3OD 4OE
0,5mm 29,8 29,4 26,4 27,6 26,8 28,4 27,4 28,4
1,0mm 25,9 24,3 29,8 28,0 27,4 26,8 27,9 26,1
1,5mm 28,4 25,6 23,0 23,5 23,5 24,1 24,7 25,6
0,5mm 24,1 28,1 30,4 31,1 28,4 29,5 27,9 27,4
1,0mm 22,5 29,8 30,3 29,2 29,8 30,9 29,1 28,7
1,5mm 24,3 23,0 28,2 25,1 24,0 25,6 27,2 26,1
DIA
25,8 26,7 28,0 27,4 26,7 27,6 27,4 27,1
1OE 2OD 3OE 4OD 1OD 2OE 3OD 4OE
0,5mm 26,6 26,9 29,1 23,5 24,9 25,2 27,4 25,6
1,0mm 27,3 28,9 27,8 25,1 28,5 28,2 26,1 27,1
1,5mm 27,3 22,3 24,8 27,1 26,3 24,0 23,1 26,9
0,5mm 27,4 30,0 26,9 27,5 29,4 30,7 28,6 27,5
1,0mm 25,9 28,2 25,9 26,3 30,8 29,9 27,3 26,4
1,5mm 25,8 23,5 25,3 27,3 27,0 25,7 23,6 25,1
DIA
26,7 26,6 26,6 26,1 27,8 27,3 26,0 26,4
CONTROLE EXPERIMENTO
PLEXIFORME INT.
SUP.INF.
NUCLEAR INT.
SUP.INF.
CONTROLE EXPERIMENTO
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo