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a saúde e bem-estar, o aperfeiçoamento das aptidões físicas, a satisfação pessoal que o
desporto proporciona, a necessidade de comunicar-se com os demais atletas, atingir
seus próprios limites, desempenharem-se melhor do que os outros, entre outros.
No entanto, para o esporte de alto rendimento onde o nível de desempenho e
competição dos esportistas é elevado, ou seja, acima da média da população praticante,
identificam-se dois motivos principais apontados pelos atletas onde a motivação é
direcionada para a realização e para a competitividade. Ao primeiro cabe o esforço que
o atleta imprime para dominar uma tarefa, atingir seus limites, superar obstáculos,
enfim, desempenhar-se melhor do que os outros e orgulhar-se do seu potencial,
conquanto que a competitividade se caracteriza pelo comportamento voltado à
realização, mas com o componente da avaliação social neste contexto competitivo
(Martens, 1987).
Percebe-se a partir das informações obtidas pela literatura ao longo deste
estudo, acrescidas à prática profissional do autor na área da Psicologia Esportiva,
especificamente com a modalidade de voleibol, a necessidade pessoal de aprofundar-se
a temática motivação, sua conceituação, características, especificidades, enfim, seus
postulados até então construídos, para que se possibilite o desenvolvimento de um
trabalho prático congruente às reais necessidades do público-alvo pesquisado.
Dessa maneira, reconhece-se que a atuação do psicólogo junto ao esporte, mais
especificamente aos atletas, demanda embasamento científico que englobe as diversas
práticas esportivas e, conseqüentemente, as possibilidades de intervenção deste
profissional, tal qual cientista, pesquisador, consultor, docente, pois ainda é uma
ciência nova e amplamente explorável (Samulski, 2002).
Diante do panorama descrito, este trabalho surge como um desafio de avançar
na construção do conhecimento sobre o constructo motivação, visando, a posteriori, o