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Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Ecologia e
Conservação, Setor de Ciências
Biologias Universidade Federal do
Paraná, como requisito parcial para
obtenção do grau de Mestre em
Ecologia e Conservação.
Orientadora Doutora Márcia Santos de
Menezes
C
URITIBA
2006
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Universidade Federal do Paraná
Sistema de Bibliotecas
Baldan, Lucíola Thais
Composição e diversidade da taxocenose de macroinvertebrados
bentônicos e sua utilização de qualidade de água no rio do Pinto
Morretes, Paraná, Brasil. / Lucíola Thais Baldan. – Curitiba, 2006.
xiii, 83f. : il. ; 30cm.
Orientadora: Márcia Santos de Menezes
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná,
Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em
Ecologia e Conservação.
1. Ecologia aquática 2. Invertebrado aquático 3. Indicadores
(Biologia) 4. Rios litorâneos I. Título II. Menezes, Márcia Santos de
III. Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas.
CDD(20.ed.) 574.5
ii
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AGRADECIMENTOS
A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização e
divulgação deste trabalho. Peço desculpas aos que não forem citados, mas que
mesmo assim colaboraram. Ressalto a importância e agradeço:
Ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da
Universidade Federal do Paraná e sua coordenadora, Profª Márcia C.M. Marques,
pela oportunidade do desenvolvimento desta dissertação e pelo auxílio em eventos
científicos.
Aos membros da banca, professoras Alaíde A. Fonseca-Gessner e Vânia G.
Lezan Kowalczuk pelas contribuições valiosas neste trabalho, enriquecendo-o e
tornando-o fonte segura de informação sobre o tema ainda carente.
À doutora Márcia Santos de Menezes, minha orientadora, amiga... Que
acreditou em mim, teve muita paciência, que me ensinou coisas para toda a vida.
Quero sempre te abraçar nos congressos. Marcelo, por toda a ajuda, confiança e
carinho. A grandeza está nas ações e aprendi o quanto vocês dois são grandes,
almas iluminadas.
Às professoras Catalina e Ana Tereza por compartilhar comigo dificuldades
de trabalho, pela dedicação e empenho. Meu profundo respeito e carinho.
À Ana Paula F. Lopes pela ajuda em campo e pela troca de informações que
sustentou cada um dos nossos trabalhos.
Ao Brian, Fábio, Renata e Suelen pelo grande esforço e disposição em
campo.
Ao professor Paulo Janissec por esclarecimentos na interpretação de análises
físicas e químicas.
À coordenadora do Curso de Ciências Biologias do Unicenp, profª Maria Elisa,
e ao professor Marco Aurélio, responsável pelos laboratórios do Unicenp, por
permitirem o acesso e uso dos laboratórios, e ao técnico de laboratório Elverton pela
ajuda.
Ao Francisco Torres, Margarete e Valdomiro pelo auxílio ao conhecimento da
área de estudo e facilidades oferecidas.
Ao doutor Maurício Moura, Free Way, pelas contribuições e dicas tão
pertinentes neste e em outros trabalhos.
ii
Aos amigos Edinalva, Patrick e Arthur que me ajudaram de formas tão
diferentes e importantes para a realização deste trabalho.
Aos meus pais, Marlene e Antonio, e irmãos, Tati, Ana e Reinaldo, que me
ajudaram a chegar a tantos caminhos. Que errando me ensinaram e acertando me
fizeram uma pessoa melhor. À Ana e ao Fabiano que sempre me incentivaram, na
pesquisa e na vida a procurar um lugar mais alto, prezando sempre muito por mim,
obrigada.
A todos o pessoal e meus amigos de laboratório, que aprendi a amar e a
aprender. Juju, Célio e Fábio, ninguém é tão pequeno que não consiga carregar um
grande coração, mas a maioria das pessoas esquece disso e o reduz a meros
acasos – vocês mostram-me todos os dias. O que aprendi com vocês foi muito além
das chaves de identificação. Vocês são pessoas maravilhosas e especiais.
Su, por toda ajuda durante este trabalho, em coletas, triagem, identificação e
análises. E mais que isso pela amizade que construímos e que quero cultivar para
sempre. Você mora no meu coração, irmãzinha.
As minhas grandes amigas Thais e Viviane, por escutar todas as minhas
emoções e reclamações nos últimos 6 anos! E que me ajudaram das mais diversas
formas nesses últimos dois, nós mudamos, mas continuamos as mesmas. As três
ainda juntas, sempre.
Aos amigos do mestrado, que compartilhamos mais um passo juntos.
A todos, que me ajudaram a crescer, me deram força, palavras de incentivo e
vontade de sorrir!
E, a cima de tudo, agradeço a Deus, que todos os dias me dá força para
levantar a cabeça e esperança num mundo melhor.
iii
“M
EU INTERESSE É NO FUTURO
,
POIS É LÁ QUE VOU PASSAR O RESTO DA MINHA VIDA
Charles Kettering
iv
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS...................................................................................................vi
LISTA DE TABELAS.................................................................................................viii
RESUMO.....................................................................................................................ix
ABSTRACT.................................................................................................................xi
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1
2. OBJETIVOS.............................................................................................................5
3. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................6
4. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE..................................................................................7
5. MATERIAL E MÉTODOS......................................................................................14
6. RESULTADOS.......................................................................................................18
6.1 Outubro/2004........................................................................................................22
6.2 Maio/2005.............................................................................................................29
6.3 Análise sazonal....................................................................................................36
6.4 Qualidade de água...............................................................................................37
6.4.1 Coliformes fecais...............................................................................................37
6.4.2 Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Hábitats.............................38
6.4.3 Índices Bióticos..................................................................................................38
7. DISCUSSÃO..........................................................................................................40
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................48
REFERÊNCIAS..........................................................................................................49
Anexos........................................................................................................................55
v
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – MAPA TOPOGRÁFICO DA REGIÃO DE MORRETES/ PR COM A
LOCALIZAÇÃO DO RIO DO PINTO.........................................................................................8
FIGURA 2 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA DO RIO DO PINTO, LOCALIZANDO
OS PONTOS AMOSTRAIS..........................................................................................
8
FIGURA 3 – VISTA GERAL DO PONTO 1 DE COLETA - RIO DO PINTO,
MORRETES – PR
..................................................................................................................9
FIGURA 4 – VISTA GERAL DO PONTO 2 DE COLETA, RIO CAIURU, MORRETES –
PR...........................................................................................................................................10
FIGURA 5 – VISTA GERAL DO PONTO 3 DE COLETA, RIO DO PINTO, MORRETES –
PR...........................................................................................................................................11
FIGURA 6 – VISTA GERAL DO PONTO 4 DE COLETA, RIO DO PINTO, MORRETES –
PR...........................................................................................................................................12
FIGURA 7 – VISTA GERAL DO PONTO 5 DE COLETA, RIO DO PINTO, MORRETES –
PR...........................................................................................................................................13
FIGURA 8 - ANÁLISE DE CORRESPONDÊNCIA COMPONENTES PRINCIPAIS
REALIZADA PARA OS CINCO PONTOS AMOSTRAIS NAS COLETAS DE
OUTUBRO/2004 E MAIO/2005..................................................................................
19
FIGURA 9 - ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS REALIZADA PARA OS
PONTOS 2, 3, 4 E 5 NA COLETA DE OUTUBRO/2004.
...............................................20
FIGURA 10 - ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS REALIZADA PARA OS
CINCO PONTOS AMOSTRAIS NA COLETA DE MAIO/2005 NO RIO DO PINTO
MORRETES, PARANÁ – BRASIL.
....................................................................................21
FIGURA 11: SIMILARIDADE ENTRE OS SUBSTRATOS DOS DIFERENTES
PONTOS AMOSTRAIS – OUTUBRO /2004
. ..................................................................25
FIGURA 12 - DISTRIBUIÇÃO DA ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS ORGANISMOS
NO SUBSTRATO AREIA DOS PONTOS 1, 3, 4 E 5, EM OUTUBRO DE 2004.
........25
FIGURA 13 – DENDOGRAMA DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) DA
MACROFAUNA DE INVERTEBRADOS ENTRE PONTOS COLETADOS EM
OUTUBRO/2004........................................................................................................
.27
FIGURA 14: RESULTADO DAS ANÁLISES DE (MDS) SIMILARIDADE ENTRE OS
SUBSTRATOS AMOSTRADOS EM MAIO/2005, NO RIO DO PINTO, MORRETES,
PR.........................................
.............................................................................................31
vi
FIGURA 15: DISTRIBUIÇÃO DA ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS ORGANISMOS
NO SUBSTRATO AREIA DOS PONTOS 1, 3, 4 E 5, EM MAIO DE 2005.
.................32
FIGURA 16: DENDOGRAMA DE SIMILARIDADE (BRAY CURTIS) DA FAUNA DE
MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS ENTRE SUBSTRATOS NO RIO DO
PINTOE CAIURU, MORRETES, PR EM MAIO/2005............
........................................33
vii
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - VALORES DE VAZÃO, TEMPERATURA, VELOCIDADEDA
CORRENTE E PROFUNDIDADE OBTIDOS PARA AS COLETAS DE
OUTUBRO/2004 E MAIO/2005, NOS CINCO PONTOS AMOSTRADOS, AO LONGO
DO RIO DO PINTO, MORRETES, PR...................................................................... 18
TABELA 2 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS PARA OS
CINCO PONTOS DE COLETA (RIOS CAIURU E DO PINTO) OUTUBRO
/2004...........................................................................................................................18
TABELA 3 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS PARA OS
CINCO PONTOS DE COLETA (RIOS CAIURU E DO PINTO) MAIO /2005............ 19
TABELA 4 - RESULTADOS DA RIQUEZA TAXONOMICA (S), DENSIDADE DE
INDIVÍDUOS (N), CÁLCULOS DOS ÍNDICES DE RIQUEZA (d) (SEGUNDO
MARGALEF) E DIVERSIDADE (H’) (SEGUNDO SHANNON-WIENER) NOS
SUBSTRATOS ESTUDADOS NOS CINCO PONTOS AMOSTRAIS, RIOS CAIURU
E DO PINTO, MORRETES, PR EM 2004..................................................................24
TABELA 5 - RESULTADOS DOS CÁLCULOS DOS ÍNDICES DE RIQUEZA DE
MARGALEF (d) E DIVERSIDADE DE SHANNON-WIENER (H’) PARA OS CINCO
PONTOS DE COLETA EM 2004 E 2005...................................................................26
TABELA 6 – DADOS DA ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMUNIDADES DE
MACROINVERTEBRADOS COLETADOS NO RIO DO PINTO NOS 5 PONTOS
AMOSTRAIS EM OUTUBRO /2004. * =P<0,05, QUANDO A PROPORÇÃO DO
TÁXON AUMENTOU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PONTO, QUANDO A
PROPORÇÃO DO TÁXON DIMINUIU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO
PONTO.......................................................................................................................28
TABELA 7 - RESULTADOS DA RIQUEZA TAXONOMICA (S), DENSIDADE DE
INDIVÍDUOS (N), CÁLCULOS DOS ÍNDICES DE RIQUEZA (d) (SEGUNDO
MARGALEF) E DIVERSIDADE (H’) (SEGUNDO SHANNON-WIENER) NOS
SUBSTRATOS ESTUDADOS NOS CINCO PONTOS AMOSTRAIS, RIOS CAIURU
E DO PINTO, MORRETES, PR EM 2005..................................................................30
TABELA 8 - ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMUNIDADES DE
MACROINVERTEBRADOS COLETADOS NO RIO DO PINTO NOS 5 PONTOS
AMOSTRAIS EM OUTUBRO/2004. * = P<0,05, QUANDO A PROPORÇÃO DO
viii
TÁXON AUMENTOU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PONTO, QUANDO A
PROPORÇÃO DO TÁXON DIMINUIU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO
PONTO...................................................................................................................... 35
TABELA 9 - ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMUNIDADES DE
MACROINVERTEBRADOS COLETADOS NO RIO DO PINTO NOS 5 PONTOS
AMOSTRAIS. * =P<0,05, - QUANDO A PROPORÇÃO DO TÁXON AUMENTOU DO
PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PONTO, ¯ QUANDO A PROPORÇÃO DO TÁXON
DIMINUIU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PONTO.................... .....................37
TABELA 10 - VALORES DE NMP/100ML DE COLIFORMES TOTAIS E Escherichia
coli PARA OS CINCO PONTOS AMOSTRAIS EM 2004 E 2005..............................38
TABELA 11 - VALORES E PONTUAÇÃO OBTIDOS PARA OS TRÊS ÍNDICES
BIÓTICOS APLICADOS NOS CINCO PONTOS AMOSTRAIS E RESPECTIVAS
CLASSIFICAÇÕES DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO DO PINTO E CAIURU,
MORRETES, PR........................................................................................................39
ix
RESUMO
A água é essencial a todas as formas de vida e cada vez mais suas fontes
(rios, lagos, aqüíferos...) vêm sendo degradadas. Com isso ressalta-se a
necessidade do conhecimento das condições em que os sistemas hídricos se
encontram para que haja um manejo efetivo de sua integridade. Os rios vêm
sofrendo com despejos maciços de dejetos domésticos e industriais, além de outras
ações antrópicas em seu entorno, que interferem diretamente em sua estrutura física
e em suas comunidades. O rio do Pinto, localizado na Área de Proteção Ambiental
da Serra do Mar – Morretes/PR, possui suas nascentes dentro do Parque Estadual
do Pau Oco e percorre uma distância de mais de 14 km, cão longo do qual há
comunidades ribeirinhas que se utilizam das águas do rio para fins domésticos e
agrícolas, além do potencial turístico e lazer. Assim, este trabalho teve como objetivo
estudar a taxocenose dos macroinvertebrados bentônicos e identificar possíveis
diferenças em relação aos substratos, além de avaliar as alterações longitudinais e
temporais e buscando conhecer o grau de integridade em que este se encontra.
Para tanto foram determinados 5 pontos amostrais, sendo um num dos seus afluente
(rio Caiuru) e 4 ao longo de seu curso. Para a coleta dos organismos foram
utilizados os aparatos: amostrador tipo Surber e peneira (30 x 30cm e abertura de
malha de 0,5mm) obteve-se três réplicas em cada um dos substratos presentes nos
locais, que poderiam ser areia, cascalho, rochas em corredeira, folhiço e vegetação
marginal. Para complementar tais dados foram ainda realizadas amostras de
coliformes totais e fecais e obtidos alguns dados físicos e químicos da água
(temperatura, vazão, DBO, DQO, Nitrito, Nitrato, Fosfato e óleos e graxas). Foram
comparadas a riqueza de Margalef, diversidade de Shannon-Wiener, similaridade de
Bray Curtis, “Cluster”, MDS (Multi Dimensional Scaling analysis), teste de rarefação
e comparação entre mais de 2 proporções e entre 2 proporções, segundo Z
AR
(1999). Para avaliar a qualidade da água foram aplicados ainda o P.A.R.D.H.
(Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats) e os índices BMWP
(Biological Monitoring Work Party System), HFBI ( Hilsenhoff Field Biotic Index)e
EPT (Porcentagem de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera). As coletas foram
realizadas nos meses de outubro de 2004 e maio de 2005. O maior valor de vazão
foi obtido no ponto 4 nos dois períodos de coletas. Na primeira coleta, o maior valor
de DBO (1,62) foi obtido para o ponto 3 e de DQO para o ponto 5 (3,6). Na segunda
x
coleta tanto DBO quanto DQO tiveram maiores valores no ponto 5 (4,38 e 7,73
respectivamente). Foram encontrados um total de 19.983 indivíduos, pertencentes
aos filos Nematoda e Collembola (exclusivos em 2005), Tardigrada (exclusivo em
2004), Oligochaeta, Plathyelminthes, Mollusca, Insecta, Arachnida e Crustacea.
Destes, 8.001 foram obtidos na primeira coleta e 11.982 na segunda. Insecta foi o
grupo mais abundante nas duas coletas registrando 43 famílias em outrubro/2004 e
47 famílias em maio/2005. Os substratos com maior riqueza registrados foram
rochas em corredeira do ponto 1 (d=6,97) e cascalho ponto 2 (d=6,60), e os
menores valores foram em outubro/2004 no substrato areia nos pontos 3 (d=2,08) e
4 (d=2,01). Nas duas fases de coleta foi observado o não grupamento do substrato
areia. Chironomidae foi um grupo abundante durante todo o estudo, todavia
Caenidae foi um grupo exclusivo no ponto 1. Plecoptera e a maioria dos Trichoptera
estiveram ausentes nos dois últimos pontos amostrais. A análise comparativa entre
os pontos de coleta das duas fases de campo demonstrou diferenças significativas.
A presença de Coliformes fecais e totais, revelou-se maior nos pontos 3 e 4 na
primeira coleta e bastante alta para os cinco pontos amostrais na segunda. Segundo
o P.A.R.D.H., com exceção ao ponto 5, considerado alterado, todos os demais
classificam-se como naturais. Os três índices bióticos aplicados forneceram
situações diferentes de qualidade de água para os 5 pontos amostrados. O BMWP’
apresentou as classificações mais próximas da realidade observada em campo e o
EPT não conferiu a nenhum dos pontos uma qualidade “muito boa” de água.
Recomenda-se que para a verificação e acompanhamento da qualidade de água
sejam utilizados junto aos macroinvertebrados bentônicos outros organismos e
parâmetros físicos e químicos de maneira comparativa.
xi
ABSTRACT
Water is an essential resource for all life and its fonts (rivers, lakes,
aquiferous…) is becoming degraded. So, it is fairly necessary understanding
conditions in which the aquatic systems are in order to do an effective management
of its well being. Rivers are lotic one directional systems that are under several
features like width, velocity, depth, turbidity, sediment stability. But they are subject to
household and industry effluents, besides antropic actions around them. These affect
their physical structure and communities directly. The “do Pinto” river has its
headwaters located in an State Park (Pau Oco) inside the Environmental Protection
Area in the Morretes municipality (PR state). It presents more than 14 Km in length
with a human community that uses water for several activities as agricultural,
household, besides tourism and pleasure. This research intended to recognize the
benthic macroinvertebrate assemblage, and to identify possible differences related to
the substrate kinds, longitudinal and seasonal changes, and to avail the its integrity
degree. It was chosen 5 stations (onde in the “Caiuru” river and 4 samplings in the
“do Pinto” river). Macroinvertebrates were sampled with Surber and sieve (30 x
30cm; 0,5mm). Three replies were done in each substrate kind as sand, pebbles,
rocks in rapids, rifles, and riparian vegetation. In order to add more informations
water was sampled to verify total and fecal coliforms, Temperature, flowing, OBD,
OQD, Nitrite, nitrate, phosphate, and oil and greese. The Margalef richness’,
Shannon-Weiner diversity’, Bray Curtis similarity’, cluster, MDS, rarity analyses,
comparing among more than 2 samples and comparing between 2 samples
according to Z
AR
(1999) were applied to the results. In order to better understanding
the water quality, they were calculated the P.A.R.D.H., and BMWP’, HFBI and EPT
index. The samples were done in October/2004 and May/2005. The highest value of
flowing was in the station 1 in both samples. The highest value of OBD (1,62) was in
the station 3, and of OQD was in the station 5 (3,6) for the first sample. In the second
sample, both OBD and OQD were highest in the station 5 (4,38 and 7,73,
respectively). They were collected 19.983 organisms, in which Nematoda and
Collembola (just in 2005), Tardigrada (just in 2004), and Oligochaeta,
Plathyelminthes, Mollusca, Insecta, Arachnida e Crustacea. 8.001 were obtained in
the first sample and 11.982 in the second one. Insect was the most abundant in both
samples with 43 families in October/2004 and 47 families in May/2005. The greater
xii
richness was in rocks in rapids (station 1, d=6,97), and pebbles (station 2, d=6,60);
and the smallest values were in sand (stations 3 and 4, d=2,08 and 4 d=2,01), both
being in October/2004. in the both samples was not pointed a grouping of the sand
substrate. Chironomidae was a preponderance group during this research, however
Caenidae was restricted in station one. Plecoptera and the majority of Trichoptera
were absent at the two last stations. Analysis of fecal and total coliforms showed
higher in stations 3 and 4 at first sample and for 5 station in second sample.
According P.A.R.D.H., with exception the station 5 steemed “disturbed”, all of them
were classified as “nature”. The 3 biotic applied index provided different situations of
water quality to 5 station. BMWP’ showed degree quality closed to weal field
situation, and EPT didn’t classified any station as “very good” water. It is
recommended that other analyses with biotic organisms and abiotic feature will be
applied in order to a better monitoring of water quality.
xiii
1. INTRODUÇÃO
A água é um recurso essencial à vida, não importa em que quantidade ou
proporções. Assim também para o homem, que faz seu uso de diversas formas
desde o início das civilizações. O próprio desenvolvimento de sociedades e grandes
civilizações ocorreram sempre à margem de rios e lagos. Com as diversas
utilizações, veio a degradação dos sistemas, e não há muito tempo, a preocupação
com sua conservação. O uso da água pelo homem é desde atender as
necessidades pessoais, com higiene e alimentação até a agricultura e indústria. Com
a modernização dos povos é possível observar que o consumo per capta aumenta.
A água doce do planeta corresponde a apenas 3% do total disponível. Desse
total, 75% encontram-se nas calotas polares e 10% em aqüíferos, restando apenas
15% disponíveis. Percentagem que diminui intensamente com o crescimento da
população e poluição dos corpos d’água existentes (T
UNDISI
, 2003).
Além do abastecimento e manutenção da vida, os rios e os lagos têm um
grande potencial paisagístico, que atrai o turismo, principalmente as quedas d’água
e as cachoeiras.
Segundo S
HÄFER
(1985), os rios são sistemas abertos, com fluxo contínuo
da nascente à foz. Ainda, outros fatores físicos como correnteza, profundidade,
largura, turbidez, turbulência contínua e mistura das camadas de água, além da
estabilidade do leito contribuem para definir suas características (S
ILVEIRA
, 2004).
Esse conjunto influi fortemente na composição das comunidades aquáticas, as quais
apresentam adaptações que as tornam capazes de evitar a deriva em direção à foz.
Toda a região pelágica está caracterizada pela instabilidade do corpo d’água e na
região bentônica tem-se uma composição de diferentes tipos de comunidades, em
dependência da força ou da velocidade da correnteza ou, em última análise, da
declividade do rio (S
HÄFER
, 1985). Segundo V
ANNOTE
et al. (1980) é possível
observar diferenças na estrutura da comunidade ao longo da extensão do rio
ocasionada por alterações de fatores físicos como substrato e matéria orgânica
disponível. Desta forma, à montante onde apresenta predomínio de corredeiras e
vegetação ripária abundante resultando em maior quantidade de matéria orgânica
particulada grossa, a composição de macroinvertebrados é formada basicamente
por organismos coletores, retalhadores, pastadores e predadores. Em trechos
médios do rio, onde a vegetação é mais esparsa e o leito predominou de rochas e
cascalhos de menores dimensões que no trecho anterior, ocorre alterações nas
proporções entre os diferentes grupos de organismos. Finalmente, em área mais a
jusante encontra-se matéria orgânica particulada fina e o substrato é
predominantemente formado por areia e silte, ocupado por uma comunidade de
macroinvertebrados composta basicamente por coletores e predadores.
A
LLAN
(1995) comenta que a caracterização dos ambientes de águas
correntes depende de informações do entorno como cobertura vegetal que refletem
no sombreamento, atividades antrópicas e o trecho em que estão inseridos. Para o
autor, a ausência dessas informações acarreta em uma definição incompleta do
local.
Os rios, em geral, são alterados com o uso e a ocupação da bacia de
drenagem a que pertencem, seja pelo desmatamen toda vegetação para agricultura,
fontes de poluentes industriais, agrícolas e domésticos entre outros (S
ILVEIRA
, 2004).
Esses distúrbios refletem em assoreamento e homogeneização de seu leito,
diminuição da diversidade de hábitats e microhábitats, além da ocorrência de
eutrofização artificial e enriquecimento orgânico(G
OULART
& C
ALLISTO
, 2003).
Os rios de regiões litorâneas são instáveis devido à ocorrência de chuvas
torrenciais que causam o revolvimento intenso do substrato, o que altera a estrutura
da comunidade bentônica. B
USSING
(1993) e A
RANHA
(2000) citam a ação de
trombas d’águas na ictiofauna, resultando na desestruturação e aumento da
diversidade principalmente devido à quebra de dominância por algumas espécies
com conseqüente aumento da equitabilidade. G
OLÇALVES
& A
RANHA
(2004)
detectaram este mecanismo também para a taxocenose de macroinvertebrados.
Além disso, S
TATZNER
& H
IGLER
(1986) consideram a estabilidade ou previsibilidade
dos padrões hidrológicos como fatores determinantes na estrutura e funcionalidade
das comunidades aquáticas.
É comum o monitoramento dos rios através de análises físicas e químicas
das águas que avaliam a situação imediata, porém o fluxo contínuo pode mascarar
uma ação impactante. Sendo assim, tais avaliações agem como uma fotografia
instantânea do local (W
HITFIELD
, 2001), não sendo possível avaliar modificações de
hábitats e o quanto as alterações da qualidade de água podem interferir sobre as
comunidades biológicas presentes. Contudo, a análise de certos elementos pode
2
fornecer características do ambiente, como citam B
UENO
et al.
(2003) altas taxas de
fósforo e sódio observadas em ambientes eutrofizados. A presença de determinadas
substâncias pode também estar relacionada com a sazonalidade, sendo que no
verão, por exemplo, pode haver a oxidação em maior escala da matéria orgânica
alóctone (B
UENO
et al., op. cit).
Uma proposta atual é o biomonitoramento realizado normalmente com
peixes e macroinvertebrados bentônicos, além da comunidade perifítica. Os
macroinvertebrados bentônicos, grupos de invertebrados que habitam o fundo de
ecossistemas aquáticos durante pelo menos uma fase do seu ciclo de vida, têm sido
amplamente utilizados como bioindicadores da qualidade do ambiente, sendo,
portanto, ferramentas importantes, visto que são organismos sedentários,
alimentando-se próximo de onde vivem e acumulando toxinas (R
OSENBERG
& R
ESH
,
1993). Considerados de fácil observação, apresentam ciclo de vida relativamente
curto em relação aos peixes, mas com ciclos de vida longos o suficiente sendo
sensíveis às alterações provocadas no sistema (C
ALLISTO
et al., 2001). Além disso,
apresentam grande diversidade biológica (maior variabilidade de tolerância) e
importante papel na cadeia trófica, inclusive na ciclagem de nutrientes (R
ESH
&
R
OSENBERG
, 1984; R
EECE
& R
ICHARDSON
, 1999). É crescente o número de táxons já
conhecidos facilitando respostas quanto às perturbações ambientais (H
AUER
&
L
AMBERTI
, 1996). Segundo estes autores são inúmeros os métodos utilizando
equipamentos de coleta baratos. Entretanto, existem também desvantagens quanto
ao uso dos macroinvertebrados como, por exemplo, a insensibilidade de tais
organismos a patógenos humanos, a complicação de interpretação por distúrbios
sazonais e a incerteza taxonômica de certos grupos.
A vantagem do biomonitoramento com macroinvertebrados bentônicos no
reconhecimento da integridade ecológica e totalidade dos efeitos poluentes é
apresentar uma visão ampla das condições ambientais do local, somando-se ao
baixo custo financeiro e interesse pelo “status” da comunidade biológica como
medida de controle ambiental (H
AUER
& L
AMBERTI
, 1996).
Outra abordagem que visa contribuir fortemente para obtenção de resultados
é a composição do leito, que muitas vezes explica mais plausivelmente a presença
de uma comunidade bentônica do que os dados físicos e químicos da água. Tal
composição seja ela caracterizada em orgânica ou inorgânica (quanto ao tipo) e
3
autóctone ou alóctone (quanto à origem) é resultado direto da formação de rochas
da região, vegetação terrestre, topografia, além de outros fatores químicos e
biológicos e períodos hidrológicos. A composição do sedimento pode influenciar na
abundância de organismos, bem como ser um fator limitante na composição dos
macroinvertebrados registrados (C
ALLISTO
& E
STEVES
, 1996; B
UENO
et al., 2003).
C
ALLISTO
et al. (2002) sugerem ainda uma avaliação do hábitat considerando
os fatores ambientais que incluem as características da água e a situação do
entorno do rio, que resulta no estado de preservação do local. As vantagens de tal
processo são, segundo os autores, a praticidade, a fácil compreensão e a
proposição realizada para ambientes tropicais, sendo de uso mais seguro.
Estudos com este tipo de abordagem fornecem informações básicas sobre
as comunidades e os sistemas onde estão inseridas e também fornecem subsídios
para elaboração de planos de manejo visando a reestruturação e/ou conservação
dos ecossistemas aquáticos.
4
2. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho foi estudar a taxocenose de macroinvertebrados
bentônicos, observando diferenças em relação ao tipo de substrato encontrado ao
longo do rio do Pinto e sazonalmente; e com base nestes avaliar a qualidade de
água do rio.
Assim, buscou-se:
- Realizar o levantamento de macroinvertebrados em diversos substratos do
rio do Pinto, Morretes, PR.
- Verificar as variações espaciais e temporais na composição, abundância e
diversidade de macroinvertebrados no rio do Pinto.
- Avaliar a qualidade da água no rio do Pinto utilizando a taxocenose de
macroinvertebrados como bioindicadores.
5
3. JUSTIFICATIVA
O Rio do Pinto nasce e percorre a região da APA (Área de Proteção
Ambiental) da Serra do Mar. As características de suas águas refletem a dinâmica
de atividades realizadas ao longo de sua bacia hidrográfica através de seu uso pela
população ribeirinha para consumo próprio, higiene e para irrigação de cultivos.
Além disso, em boa parte de seu curso e, em especial, no trecho à montante há
intensa atividade de turismo e lazer com trilhas, rapel e banhos em cachoeiras.
Um ambiente com menor interferência antrópica tende a ter como resultado
uma maior riqueza e diversidade de organismos, fortalecido pela presença de
determinados táxons mais sensíveis. Isto porque existe uma diferença de tolerância
à poluição entre eles.
A observação da riqueza e abundância desses organismos auxiliados por
análises físicas e químicas do ambiente fornecem subsídios que permitem inferir
sobre o grau de interferência antrópica ao meio.
Assim, a necessidade de se conhecer a realidade das condições deste rio é
imprescindível tanto para a população local que o utiliza como recurso, como para a
APA da Serra do Mar contribuindo na compreensão da situação em que esta se
encontra, e onde podem estar os principais agentes impactantes para o rio do Pinto.
6
4. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O município de Morretes possui uma área de 662,70 km
2
com serras, colinas
e planícies. As cordilheiras nos limites territoriais possuem aclives acentuados de
mais de 1000m de altura; o seu ponto mais alto encontra-se na Serra de Marumbi
com 1500m de altitude. O clima é identificado em duas faixas climáticas diferentes,
que tem como principais pontos diferencias o volume das chuvas e insolação. A
“faixa da encosta” possui 6 a 8 km de largura ao longo da Serra do Mar. A seguinte,
“faixa da baixada”, situa-se no restante do município, e devido ao encontro dos
ventos marinhos com massas de ar continental ocorre nevoeiro constante, sendo
que a insolação normalmente é pouco intensa. Morretes possui um clima úmido e
quente, com grandes oscilações de temperatura (P
REFEITURA
M
UNICIPAL DE
M
ORRETES
, 1987).
Pela classifica cão de K
OEPPEN
(1948) o clima da região é CFB (subtropical
úmido, mesotérmico). A
RANHA
(2000), analisou 10 anos de dados de precipitação em
Morretes, e observou a ocorrência chuvas o ano todo, com períodos de seca entre
maio e agosto e picos de precipitação intensa entre dezembro e fevereiro.
Os riachos formadores do rio do Pinto nascem em uma Área de Proteção
Ambiental da Serra do Mar. Os riachos afluentes da margem esquerda nascem no
Parque Estadual do Pau Oco, região com floresta densa sem habitações humanas
ou cultivos.
O rio do Pinto possui no trecho superior características de rio de serra com
fundo pedregoso. Nas áreas mais baixas encontra-se assoreado devido ao elevado
grau de degradação e retirada da mata ciliar. Na porção mais íntegra possui
meandros e corredeiras, estas contribuem na oxigenação das águas (Fig 1).
Ao longo do seu curso observam-se diferentes usos das águas e as margens
ocupadas por sítios, que influenciam no seu grau de integridade com dejetos
domésticos e possivelmente agrotóxicos utilizados nas culturas de maracujá,
chuchu, gengibre, beringela, mandioca e cana de açúcar, além do uso como lazer.
Deságua no rio Nhundiaquara, percorrendo 14.235 Km.
Os pontos foram determinados ao longo do rio, buscando avaliar ações
antrópicas crescentes e também facilidade de acesso. Foram estabelecidos cinco
pontos de amostragens, sendo um no rio Caiuru e quatro ao longo do rio do Pinto.
7
Os pontos 1 (rio do Pinto) e 2 (rio Caiuru) localizados em trechos do rio de 3ª ordem,
e os demais pontos são trechos de 4ª ordem (Fig. 2 ).
FIGURA 1 – MAPA TOPOGRÁFICO DA REGIÃO DE MORRETES/ PR COM A
LOCALIZAÇÃO DO RIO DO PINTO.
Fonte: Moraes, 2005 - Mapa baseado no desenho de Pedro Juck
FIGURA 2 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA DO RIO DO PINTO, LOCALIZANDO
OS PONTOS AMOSTRAIS.
8
Ponto 1 (Fig. 3) – Rio Pinto (25º 34’ 17”S 48º 53’ 08”W – altitude 206m) –
Situado no Parque Estadual do Pau Oco na Área de Proteção Ambiental da Serra do
Mar. Caracterizado por apresentar muitas corredeiras. Predominam os substratos
rochas em corredeiras e cascalho. Folhiço e areia ocorrem apenas nos remansos. A
vegetação de galeria cobre parte do espelho d’água, pode ser considerada como
vegetação íntegra. A água é cristalina e sem odores. A ausência de moradias e
culturas à montante é outro fator importante, embora as nascentes estejam
localizadas antes da Rodovia BR-277, que intercepta o rio. A área à montante do
ponto de coleta é visitada freqüentemente por turistas que utilizam suas cachoeiras e
trilhas.
FIGURA 3 – VISTA GERAL DO PONTO 1 DE COLETA - RIO DO PINTO,
MORRETES – PR.
9
Ponto 2 (Fig. 4) – Rio Caiuru (25º 34’ 20,3”S 48º 53’ 08”W – altitude 202m) –
caracterizado basicamente pelos mesmos substratos encontrados no ponto 1,
contudo seu leito é mais estreito e raso. A montante do ponto de coleta encontram-
se algumas casas e a Rodovia BR-277, que o intercepta. Embora ainda encontre-se
mata ciliar com relativa abundância, a área mais próxima ao encontro com o rio do
Pinto encontra-se já com gramado e/ou culturas como banana. Ainda assim a
vegetação é considerada íntegra pelas porções mais à montante e comparação com
os demais pontos . A água é cristalina e sem odores.
FIGURA 4 – VISTA GERAL DO PONTO 2 DE COLETA, RIO CAIURU,
MORRETES – PR.
10
Ponto 3 (Fig. 5) – Rio do Pinto (25º 32’ 10”S 48º 50’48,4”W – altitude 51m) –
este trecho do rio é caracterizado em sua maioria pelo substrato cascalho,
apresentando ainda substrato folhiço e areia, observa-se áreas com poções e
rápidos. A vegetação marginal é composta por fragmentos de mata secundária e
plantações como mandioca, seu “status” foi classificado para este estudo como
vegetação arbórea. O leito encontra-se já bastante alterado, sendo utilizado,
inclusive, para passagem de tratores e carroças. A água é clara e sem odores. À
montante encontra-se uma grande quantidade de habitações, incluindo escolas.
FIGURA 5 – VISTA GERAL DO PONTO 3 DE COLETA, RIO DO PINTO,
MORRETES – PR.
11
Ponto 4 (Fig. 6) – Rio do Pinto (25º 30’ 16,1”S 48º 49’ 48,5”W – altitude 37m)
– é caracterizado por substrato predominante de cascalho e areia. Parte da
vegetação marginal permanece submersa nos períodos de maior pluviosidade e é
composta predominantemente por Brachiaria sp., assim sendo, foi considerado
“status” vegetação arbustiva. A água é turva com odor desagradável. O leito
apresenta trechos com erosão e assoreamento. A montante encontram-se casas e
cultivos agrícolas.
FIGURA 6: VISTA GERAL DO PONTO 4 DE COLETA, RIO DO PINTO,
MORRETES – PR.
12
Ponto 5 (Fig. 7) – Rio do Pinto (25º 29’ 55,1”S 48º 48’ 52,7”W – altitude 8m)
– Bastante assoreado, este trecho é caracterizado pelo substrato areia e, apenas
alguns trechos com cascalho. A vegetação marginal é composta principalmente por
Brachiaria sp, foi então categorizada como vegetação herbácea. A água é turva,
escura e com odor desagradável. O entorno é caracterizado por culturas como
gengibre, berinjela, entre outras. É interceptado pela linha férrea, que transporta
cargas como soja, milho, açúcar, óleo vegetal etc.
FIGURA 7 – VISTA GERAL DO PONTO 5 DE COLETA, RIO DO PINTO,
MORRETES – PR.
13
5. MATERIAL E MÉTODOS
As coletas foram desenvolvida nos meses de outubro de 2004 e maio de
2005, visando amostrar períodos chuvoso e seco, respectivamente.
O ponto 1 foi considerado padrão de comparação, visto ser o ponto com
menor interferência antrópica.
Em cada ponto foram coletados dados físicos e químicos da água: pH,
condutividade, temperatura da água, velocidade de correnteza e vazão foram
registrados em campo. Ainda, foram coletadas amostras de água para análise de
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO),
fosfato, nitrato, nitrito, óleos e graxas, Coliformes totais e medido a temperatura
Foram utilizados dois tipos de amostradores para a coleta dos animais, o
amostrador tipo Surber e uma peneira. O amostrados tipo Surber (30cm x 30cm) é
com malha 0,5 mm em quadrante permite amostragens quantitativas. O
equipamento colocado no substrato contra a corrente, o substrato aí contido era
revirado, assim os organismos flutuavam e derivavam com a corrente, ficando
alojados no saco de malha. O material coletado foi acomodado em sacos ou potes
plásticos com formol a 10% para fixação. A peneira também com área de 30cm x
30cm e 0,5mm de abertura de malha foi utilizada para coleta na vegetação marginal
somente. Os organismos coletados foram retirados da peneira com o auxílio de
pinça e acondicionados em sacos ou potes plásticos e fixados com formol 10%,
posteriormente preservados em álcool 70%. Para ambos os métodos foram obtidas
três réplicas para cada tipo de substrato em cada ponto de coleta.
As amostras quantitativas são comparáveis entre si, uma vez que respeitam
o princípio de mesmo tamanho de área amostrada.
Cinco substratos foram determinados para coleta: Areia, Rochas em
Corredeira (rochas de tamanho superior às definidas em cascalho), Cascalho
(rochas em torno de 1cm), Folhiço (concentrado de folhas em decomposição
presente em região de remanso) e Vegetação Marginal (vegetação situada
imediatamente nas margens, ficando parcialmente ou totalmente submersa nos
períodos de cheia) (G
ORMAN
& K
ARR
, 1978).
14
A vazão foi calculada utilizando-se o método do flutuador em uma área
delimitada, conforme descrito em P
LATTS
; M
EGAHAN
& M
INSHALL
(1983), sendo
estimada para cada ponto de coleta nos dois períodos de amostragem.
Os organismos foram identificados sob microscópios esteroscópico e óptico,
com auxílio de chaves de identificação e literatura especializada (M
CCAFFERTY
, 1981;
P
ÉREZ
, 1988; L
OPRETTO
& T
ELL
, 1995; T
RIVINHO
-S
TRIXINO
& S
TRIXINO
, 1995; M
ERRIT
&
C
UMMINS
, 1996; W
IGGINS
, 1996; N
IESER
& D
E
M
ELO
, 1997; B
UCKUP
& B
OND
-B
UCKUP
,
1999; C
HACÓN
& S
EGNINI
, 1996; C
OSTA
, D
E
S
OUZA
& O
LDRINI
, 2004).
Para as análises foram comparadas a riqueza taxonômica e abundância de
indivíduos entre os pontos de coleta, utilizando-se o índice de riqueza de Margalef
(d=(S-1) log (N))
1
, índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’=Σ(P
i
*log(P
i
)))
1
,
índice de similaridade de Bray-Curtis, Cluster e MDS (Multi Dimensional Scaling
analysis) e calculou-se também o Teste de Rarefação (K
REBS
, 1989).
Foram elaborados gráficos para a diferença encontrada na análise MDS do
substrato Areia de 2004 e 2005, considerando-se a freqüência de ocorrência
percentual superior a 5% dos grupos taxonômicos presentes.
A estrutura da comunidade foi comparada entre os pontos de coleta em cada
campanha e entre campanhas através do teste “Comparação de mais de 2
Proporções” (Z
AR
, 1999), seguindo a hipótese de que não haveria diferenças entre
as comunidades. Havendo diferenças significativas foi aplicado o teste “Comparação
de 2 Proporções” (Z
AR
, 1999) para cada um dos táxons para identificar quais
variaram significativamente. Os testes foram realizados para táxons com freqüência
relativa acima de 1%, o restante foi agrupado na categoria “outros”.
Para obtenção do NMP/100mL (número mais provável) de coliformes totais e
fecais foram coletadas amostras de água em cada um dos cinco pontos amostrais
em frascos devidamente esterelizados. As amostras foram mantidas refrigeradas e
levadas até o laboratório onde foram processadas no máximo 4 horas após as
coletas. As amostras foram analisadas pela técnica dos tubos múltiplos NMP no
meio Fluorocult com a substância fluorogênica MUG (Metil-Umbeliferil-Galactosídeo)
confirmativo para E. coli (C
LESCERI
et al., 1998).
Para o isolamento e identificação das bactérias recuperadas foram utilizados os
meios seletivos diferenciais EMB (agar eosina azul de metileno), Mac Connkey, agar
1
Sendo S = Número de espécies em cada amostra e N = Número de indivíduos em cada amostra.
15
entérico Hektoen e o Kit para identificação de Enterobactérias NEWPROV,
complementando com os meios MR-VP, Malonato, Uréia de Christensen (C
LESCERI
et al., 1998).
A análise de componentes principais (PCA) foi utilizada para comparar os
cinco pontos em relação às variáveis bióticas (presença e abundância de E. coli, a
riqueza taxonômica e “status” da vegetação ripária); e às variáveis abióticas
registradas para os cinco pontos amostrais. As variáveis abióticas testadas foram
DBO (O
2
/l), DQO(O
2
/l) e vazão de água.
A análise de PCA entre os pontos amostrais de 2004 considerou as variáveis
presença e abundância de E. coli, riqueza taxonômica, “status” da vegetação ripária,
DBO (O
2
/l), DQO(O
2
/l), vazão de água, PO
4
(mg/L), Nitrito (mg NO
3
N/L) e Nitrato
(mg NO
3
N/L). As leituras referentes a PO
4
no ponto 1 sugeriram erro no
processamento; desta forma, optou-se por retirar os dados deste ponto para esta
análise. Assim, foram comparados os pontos de 2 a 5.
A análise de PCA entre os pontos amostrais de 2005 considerou as variáveis
presença e abundância de E. coli, riqueza taxonômica, “status” da vegetação ripária,
DBO (O
2
/l), DQO(O
2
/l) e vazão de água, uma vez que não foi possível realizar o
processamento das demais variáveis.
Para o “status” da vegetação foram ranqueados as possíveis situações
encontradas de mata ciliar, classificando-se: 0 (zero), vegetação herbácea
(predominantemente gramíneas); 1, vegetação arbustiva (presença de arbustos que
conferem pequeno sombreamento), 2, vegetação arbórea (presença de árvores
apenas no entorno imediatamente ao rio), e 3 vegetação íntegra (mata ciliar em bom
estado de conservação). Os dados obtidos para E. coli (NMP/100mL) também foram
ranqueados da seguinte maneira: 0 (<23); 1 (entre 23 – 46); 2 (110); 3 (460); 4
(>800).
Um meio de avaliar a situação das condições ambientais observadas foi
através do Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Hábitats proposto por
C
ALLISTO
et al. (2002), em uma adaptação do protocolo de H
ANNAFORD
et al. (1997)
para avaliação rápida de diversidade de hábitat físico, que identificam o hábitat como
sendo natural, alterado e impactado, com base em variáveis físicas tais como tipo de
substrato, extensão da mata ciliar, presença de plantas aquáticas entre outros,
qualificando em categorias pontuadas, conforme quadro com os parâmetros a serem
16
avaliados (Anexo I). Para uso de tal protocolo, portanto, é necessário que haja ao
menos um ambiente preservado em sua forma natural para realizar-se uma
comparação com outros de diferentes níveis de impacto antrópico. Ao final, a
pontuação obtida reflete o nível de preservação das condições ecológicas dos locais
observados.
Para auxiliar na identificação da qualidade da água presente ao longo do rio
foram aplicados 3 índices biológicos amplamente utilizados: BMWP’, HFBI e EPT.
O índice BMWP’ (Biological Monitoring Work Party System) (T
ONIOLO
et al.,
2001) pontua de 1 a 10 o grau de sensibilidade de famílias de insetos e outros
macroinvertebrados conferindo os valores mais altos às famílias com maior
sensibilidade à poluição orgânica. Fornece como resultado valores (não fixos) que
podem indicar a qualidade de água classificando-as de excelente a péssima (Anexo
II).
O índice HFBI (Hilsenhoff Field Biotic Index) (Fox, 2000) também pontua os
organismos baseado no sistema saprobiótico, porém de maneira inversa ao BMWP’
(organismos mais sensíveis com pontuações mais baixas). Uma vantagem na
aplicação deste índice é por ele ser quantitativo, sendo sua pontuação calculada da
seguinte maneira: HFBI = ΣnVT / N, onde: VT é o valor de tolerância de cada família,
n= o número de indivíduos em cada família e N= o número total de indivíduos
(Anexo III).
No índice EPT são considerados e identificados todos os organismos das
ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera, sendo calculada a abundância
relativa destas ordens em relação ao número total de organismos da amostra. A
qualidade da água é maior quanto maior for a abundância relativa desses táxons no
local. Essa medida é baseada no conhecimento de que, em geral, a maioria dos
organismos dessas ordens é mais sensível à poluição orgânica (C
ARRERA
& F
IERRO
,
2001; R
ESH
& J
ACKSON
, 1993).
Finalmente, a qualidade da água foi avaliada reunindo o conjunto de
informações obtidas – biológicas, químicas, físicas e descritivas do entorno –
comparando tais variáveis ao longo dos pontos determinados durante o período de
estudo, e relacionando os dados obtidos com informações contidas em literatura.
17
6. RESULTADOS
Os resultados obtidos referentes à vazão, temperatura, velocidade da
corrente e altura média da coluna d'água do trecho de coleta estão compilados na
tabela 1 e indicaram no ponto 4 valores mais elevados em ambos os períodos
amostrados (V=2,94 m
3
/s– outubro/2004 e V= 3,60 m
3
/s – maio/2005) e os menores
valores correspondem ao ponto 2 (0,10 m
3
/s e 0,48 m
3
/s). Em geral, a vazão foi
menor em outubro/2004.
Os demais dados físicos e químicos da água são apresentados na Tabelas 2
e 3.
TABELA 1 - VALORES DE VAZÃO, TEMPERATURA DA ÁGUA, VELOCIDADEDA CORRENTE E
ALTURA MÉDIA DA COLUNA D'ÁGUA OBTIDOS PARA AS COLETAS DE OUTUBRO/2004 E
MAIO/2005, NOS CINCO PONTOS AMOSTRADOS, AO LONGO DO RIO DO PINTO, MORRETES,
PR.
Temperatura
da água (°C)
Vazão (m³/s) Velocidade da
corrente (m/s)
Altura média da coluna
d'água (m)
2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005
Ponto 1 15 21 1,71 2,57 0,33 0,75 0,41 0,42
Ponto 2 18 22 0,1 0,48 0,21 0,54 0,19 0,15
Ponto 3 18 23 2,33 1,54 0,4 0,3 0,31 0,38
Ponto 4 19 25 2,94 3,6 0,57 0,53 0,33 0,5
Ponto 5 15 20 1,35 1,56 0,33 0,28 0,37 0,45
TABELA 2 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS PARA OS CINCO PONTOS DE
COLETA (RIOS CAIURU E DO PINTO) OUTUBRO /2004.
Condutividade
pH
2 Sm
1
20Sm
1
PO
4
(mg/l) Nitrato
(mg NO
3
N/L)
Nitrito
(mg NO
3
N/L)
DBO
mg O
2
/L
DQO
mg O
2
/L
Óleos Graxas
(mg/l)
Ponto 1 7,45 0,032 0,12 0,21 2,9 0,019 < 1,00 <1,00 < 5,00
Ponto 2 7,62 0,045 0,13 0,02 0,2 0,002 < 1,00 1,53 < 5,00
Ponto 3 7,73 0,038 0,13 0,08 0,4 0,004 1,62 3,15 < 5,00
Ponto 4 7,52 0,039 0,13 0,07 0,4 0,004 1,15 2,25 < 5,00
Ponto 5 7,5 0,039 0,13 0,08 1 0,004 1,24 3,6 < 5,00
18
TABELA 3 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS PARA OS CINCO PONTOS DE
COLETA (RIOS CAIURU E DO PINTO) MAIO /2005.
pH DBO mg O
2
/L DQO mg O
2
/L
Ponto 1 *
2,03 5,44
Ponto 2
7,23 1,61 5,46
Ponto 3
7,13 1,88 6,24
Ponto 4
6,75 2,12 5,15
Ponto 5
6,77 4,38 7,73
* Valor não obtido
A análise de componentes principais realizada, levando-se em consideração
os dois períodos de coleta, apresenta o agrupamento dos pontos 3 e 4 e dos pontos
1 e 2 (Fig. 8). O ponto 5 foi diferenciado pelos valores de DBO e DQO encontrados
nas duas coletas.
FIGURA 8 - ANÁLISE DE CORRESPONDÊNCIA COMPONENTES
PRINCIPAIS REALIZADA PARA OS CINCO PONTOS AMOSTRAIS NAS COLETAS
DE OUTUBRO/2004 E MAIO/2005.
19
Na PCA para a fase de campo de 2004, os quatro pontos analisados (2 a 5)
encontraram-se bastante distantes mostrando que as variáveis analisadas
mostraram-se de forma diferenciada para cada um dos pontos. Em outubro/2004 os
pontos 3 e 4 mais próximos são explicado pela vazão e DBO. A vazão nesses dois
pontos foi mais alta, resultado da largura do rio e demonstrando já a influência de
córregos menores (ambos os trechos de 4° ordem). Os pontos 2 e 5 encontraram-se
isolados dos demais. O afastamento do ponto 2 deu-se pela diferenciação das
condições da vegetação, sendo a mais íntegra neste ponto, mesmo que com
pequenas interferências antrópicas. O ponto 5 teve sua diferenciação devido a
concentração de DQO (Fig. 9).
O “status” da vegetação foi descrito sendo para os pontos 1 e 2 como
vegetação íntegra, ponto 3 vegetação arbórea, ponto 4 vegetação arbustiva e ponto
5 vegetação herbácea.
FIGURA 9 - ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS REALIZADA PARA
OS PONTOS 2, 3, 4 E 5 NA COLETA DE OUTUBRO/2004.
20
Em maio/2005, os pontos apresentaram uma grande distância entre si (Fig.
10), indicando não haver nenhum agrupamento. A pequena proximidade observada
entre os pontos 1, 2 e 3 deve-se provavelmente à alta riqueza taxonômica
encontrada nesses três pontos amostrais (valores próximos a d=9 para todos os 3).
O ponto 4 teve a maior vazão registrada nessa fase de coleta, isolando-o dos
demais. O ponto 5 teve como fatores determinantes as concentrações de DBO,
DQO, E. coli encontradas e a menor riqueza taxonômica.
Os parâmetros fornecidos pela PCA maio/2005 (DBO, DQO e abundância de
E. coli), que afastaram o ponto 5 dos demais, são diretamente proporcionais,
considerando-se que maior quantidade de microorganismos eleva o consumo de
oxigênio.
FIGURA 10 - ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS REALIZADA
PARA OS CINCO PONTOS AMOSTRAIS NA COLETA DE MAIO/2005 NO RIO DO
PINTO MORRETES, PARANÁ – BRASIL.
21
Em outubro de 2004 foram coletadas 9 amostras no ponto 1, 3 amostras no
ponto 2, 12 amostras no ponto 3, 9 amostras no ponto 4 e 6 amostras no ponto 5,
totalizando 39 amostras nesse período. Para a coleta de maio de 2005 contabilizou-
se 15 amostras em cada um dos pontos 1 e 3, 12 amostras no ponto 2 e no ponto 4
e 6 amostras no ponto 5, totalizando 60 amostras.
Neste estudo foram encontrados 19.983 indivíduos pertencentes aos táxons
Tardigrada (exclusivo em 2004), Nematoda e Collembola (exclusivos em 2005),
Oligochaeta, Platyhelminthes, Mollusca, Insecta, Arachnida e Crustacea. Os grupos
de menor abundância relativa foram Tardigrada (0,0125%) e Collembola (0,0083%).
A maior abundância relativa para os dois períodos amostrados foi de Insecta
(96,55% - outubro/2004 e 93,00% - maio/2005).
6.1 Outubro/2004
Em outubro de 2004 foram coletados 8.001 indivíduos, assim distribuídos:
3.271 no primeiro ponto amostral (Anexo IV), 703 no segundo (Anexo V), 2.527 no
terceiro (Anexo VI), 432 no quarto ponto (Anexo VII) e 1.068 no quinto ponto
amostrado (Anexo VIII).
A classe Insecta foi a mais abundante (N=7.725) e diversificada. Foram
indentificadas 43 famílias, além de organismos não identificados ou mantidos em
ordem ou como pupa. As famílias encontradas apenas nesta primeira coleta foram
Oligoneuriidae (Ephemeroptera); Megapodagrionidae (Odonata); Heteroceridae
(Coleoptera); Ephydridae e Sciomysidae (Diptera) e, Xiphocentronidae (Trichoptera).
A maior riqueza de táxons foi obtida no substrato folhiço no ponto 1 (d=6,06),
seguido de Rochas em Corredeira no ponto 2 (d=5,95). O substrato areia foi o que
apresentou menores valores de riqueza, sendo registrado d=2,01 no ponto 4 e
d=2,09 no ponto 3 (Tab. 4).
A análise de riqueza e diversidade para o ponto 2 foi obtida em valores
gerais, visto que nessa coleta apenas um substrato (rochas em corredeira) foi
amostrado.
O substrato Rochas em Corredeira apresentou os maiores valores de índice
de diversidade para os pontos 1 e 3 (H’=2,67 e 2,37, respectivamente), seguido do
22
substrato do substrato cascalho no ponto 3 (H’=2,33) (Tab. 4). O substrato areia
apresentou os menores valores de diversidade nos pontos 3 e 4 (H’=1,59 e H’=1,63,
respectivamente), seguido do substrato folhiço no ponto 1 (H’=1,67) (Tab. 4).
A análise de similaridade demonstrou que os substratos mais próximos entre
si foram Rochas em Corredeira dos pontos 1 e 2 (65,38%) e entre cascalho dos
pontos 3 e 4 (57,37%). Assim como areia do ponto 4 teve os valores mais baixos
comparados com folhiço ponto 1 (7,08%) e folhiço ponto 3 (8,02%) (Anexo X).
Através da Figura 11 ainda é possível constatar a similaridade entre outros
substratos, como folhiço nos pontos 1 e 3 (54,85%) e da vegetação marginal nos
pontos 4 e 5 (53,58%). Por outro lado, o substrato areia encontrado em 4 dos 5
pontos amostrais mostrou-se bastante distante, devido à diferença da composição
em cada um dos pontos. Na Figura 12 observa-se que Chironominae e
Orthocladiinae (ambos quironomídeos), foram os táxons mais frequentes
encontrados nos pontos 1 ,3 e 4, enquanto Chironominae e Tanypodinae no ponto 5.
Além disso, o número de táxons registrado foi diferente nos quatro pontos (Tab. 4).
Os pontos 3 e 5 apresentaram os valores mais próximos (Tab. 4), sendo
encontrados s=9 (ponto 3) e s=13 (ponto 5).
23
TABELA 4 - RESULTADOS DA RIQUEZA TAXONOMICA (S), DENSIDADE DE INDIVÍDUOS (N),
CÁLCULOS DOS ÍNDICES DE RIQUEZA (d) (SEGUNDO MARGALEF) E DIVERSIDADE (H’)
(SEGUNDO SHANNON-WIENER) NOS SUBSTRATOS ESTUDADOS NOS CINCO PONTOS
AMOSTRAIS, RIOS CAIURU E DO PINTO, MORRETES, PR EM 2004.
2004 substrato S N d H’
Areia
26 248 4,53 2,08
Rochas em Corredeira
40 1067 5,59 2,68
Cascalho
A
A A A
Folhiço
47 1956 6,07 1,67
Vegetação Marginal A A A A
Ponto
1
Total ponto 1 74 3271 9,02 2,56
Areia A A A A
Rochas em Corredeira
40 703 5,95 2,8
Cascalho A A A A
Folhiço A A A A
Vegetação Marginal A A A A
Ponto
2
Total ponto 2 40 703 5,95 2,8
Areia
9 46 2,09 1,59
Rochas em Corredeira
22 165 4,11 2,37
Cascalho
27 251 4,71 2,33
Folhiço
41 2065 5,24 1,89
Vegetação Marginal A A A A
Ponto
3
Total ponto 3 52 2527 6,51 2,28
Areia
6 12 2,01 1,63
Rochas em Corredeira A A A A
Cascalho
18 71 3,99 2,31
Folhiço A A A A
Vegetação Marginal
21 349 3,42 1,78
Ponto
4
Total ponto 4
29 432 4,61 2,16
Areia
13 43 3,19 2,1
Rochas em Corredeira A A A A
Cascalho A A A A
Folhiço A A A A
Vegetação Marginal
29 1025 4,04 1,94
Ponto
5
Total ponto 5
34 1068 4,73 2,02
Onde: A= substrato ausente no ponto amostral.
24
FIGURA 11: SIMILARIDADE ENTRE OS SUBSTRATOS DOS DIFERENTES
PONTOS AMOSTRAIS – OUTUBRO /2004.
FIGURA 12 - DISTRIBUIÇÃO DA ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS ORGANISMOS
NO SUBSTRATO AREIA DOS PONTOS 1, 3, 4 E 5, EM OUTUBRO DE 2004.
0
10
20
30
40
50
Hydracar
i
na
Oligoc
h
aeta
Eph
e
m
eropt
er
a (?)
Leptohyphid
ae
Veliidae_(Rhagovelinae)
El
midae
_j
l
ar
v
a
C
hi
r
on
om
in
ae
O
rtho
c
ladinae
Ta
nypo
din
ae
Tip
u
l
ida
e
Táxons registrados
Abundância (%)
Ponto 1
Ponto 3
Ponto 4
Ponto 5
25
O ponto 1 foi o de maior riqueza registrada (d=9,02), seguido pelos pontos 3
(d=6,51), 2 (d=5,95), 5 (d=4,73) e o ponto 4 com menor riqueza (d=4,61) (Tab. 5).
Pode-se observar um decréscimo na diversidade encontrada para o rio do
Pinto, sendo H’=2,56 para o ponto 1, H’=2,28 para o ponto 3, H’=2,16 para o ponto 4
e H’=2,02 para o ponto 5 (Tab. 5). Em uma análise espacial os valores dos índices
de riqueza e de diversidade indicam variação decrescente do ponto 1 em direção ao
ponto 5, que pode indicar melhores condições ambientais no trecho à montante da
subbacia.
O teste de rarefação corroborou tais dados concluindo que a riqueza de
espécies no ponto 1 é superior a riqueza de todos os pontos. Estatisticamente a
comparação do ponto 4 com os outros pontos demonstrou que sua riqueza não
difere do ponto 3. Além disso, cabe ressaltar que o ponto 3 apresentou riqueza
estatisticamente igual aos pontos 2 e 5.
Chironiminae e Trichorytopsis sp. (Leptohyphidae) foram os dois táxons mais
abundantes no ponto 1. No ponto 2 os táxons de maior abundância foram
Glossosomatidae e Trichorytopsis sp. (Leptohyphidae). No ponto 3, Leptohyphidae e
Chironominae foram os táxons de maior abundância, enquanto no ponto 4 foram
Baetidae sp.1, Elmidae_larva e Hydropsichidae e para o ponto 5, Baetidae sp.1 e
Chironominae.
Analisando a similaridade entre os táxons de organismos da fauna bentônica
encontrados nos cinco pontos amostrados independente do substrato (Anexo V. Fig
13), observa-se que os dois pontos que apresentaram maior similaridade foram os
pontos 1 e 3 (58,96%), seguido dos pontos 4 e 5 (57,18%). Já as similaridades mais
baixas foram encontradas entre os pontos 1 e 4 (34,3%) e entre os pontos 2 e 5
(36,07%).
TABELA 5 - RESULTADOS DOS CÁLCULOS DOS ÍNDICES DE RIQUEZA DE
MARGALEF (d) E DIVERSIDADE DE SHANNON-WIENER (H’) PARA OS CINCO PONTOS DE
COLETA EM 2004 E 2005.
índices de riqueza diversidade
Pontos 2004 2005 2004 2005
Ponto 1 9,02 8,99 2,56 3,18
Ponto 2 5,95 8,28 2,8 2,76
Ponto 3 6,5 8,22 2,28 2,76
Ponto 4 4,61 7,77 2,16 2,9
Ponto 5 4,73 3,3 2,01 1,66
26
FIGURA 13 – DENDOGRAMA DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) DA
MACROFAUNA DE INVERTEBRADOS ENTRE PONTOS COLETADOS EM
OUTUBRO/2004.
Foram detectados dois grupos: um reunindo os pontos 4 e 5 e outro formado
pelos pontos 1 e 3. Os resultados apresentaram maior distância para o ponto 2 (Fig.
13). Porém a análise de proporções dos taxa realizada entre os pontos demonstrou
uma diferença significativa entre todos os pontos, ou seja, uma baixa similaridade
entre eles (Tab. 6).
Como se observa na Tabela 6, na comparação do ponto 1 com os demais
pontos, os grupos que se destacam por acentuar a diferença na proporção de táxons
encontrados foram Oligochaeta e Chironomidae que tiveram maior proporção no
ponto 1 em relação aos demais pontos. O mesmo é observado para Trichorythopsis
sp, porém apenas com diminuição para os pontos 3, 4 e 5.
A comparação do ponto 2 com os pontos 3, 4 e 5 demonstra que diferentes
táxons contribuíram de modo diferente em cada comparação, o único táxon em
comum na comparação dos pontos 3, 4 e 5 foi Trichorythopsis sp. com maior
proporção no ponto 2 (Tab. 6).
27
A comparação do ponto 3 com os pontos 4 e 5 registrou Oligochaeta e Baetidae sp.1 com
maior proporção no ponto 3. Em contrapartida observa-se a diminuição da proporção de
Leptohyphidae para o ponto 3 (Tab. 6).
Na comparação dos pontos 4 e 5 observa-se aumento de Chironomidae e decréscimo de
Leptohyphidae para o ponto 4 em relação ao ponto 5 (Tab. 6).
TABELA 6 – DADOS DA ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMUNIDADES DE
MACROINVERTEBRADOS COLETADOS NO RIO DO PINTO NOS 5 PONTOS AMOSTRAIS EM
OUTUBRO /2004. * =P<0,05, QUANDO A PROPORÇÃO DO TÁXON AUMENTOU DO PRIMEIRO
PARA O SEGUNDO PONTO, QUANDO A PROPORÇÃO DO TÁXON DIMINUIU DO PRIMEIRO
PARA O SEGUNDO PONTO.
χ²
Táxons
Blephareceridae
Oligochaeta
P 1 - P 2 81,87*
Glossosomatidae
Chironominae
Oligochaeta
Chironominae
P 1 - P 3 66,26* Leptohyphidae
Trichorytopsis sp.
Leptohyphidae
Oligochaeta
Chironominae
P 1 - P 4 113,81*
Baetidae sp1
Trichorytopsis sp.
Oligochaeta
Baetidae sp2
Chironominae
P 1 - P 5 83,82* Baetidae sp1
Trichorytopsis sp.
Leptohyphidae
Oligochaeta
Elmidae
Trichorytopsis sp.
Blephareceridae
P 2 - P 3 107,65*
Chironomidae
Glossosomatidae
Oligochaeta
Baetidae sp2
Baetidae sp1
Trichorytopsis sp.
Glossosomatidae
P 2 - P 4 124,48*
Leptohyphidae
Blephareceridae
Oligochaeta
Baetidae sp2
P 2 - P 5 140,65* Baetidae sp1
Trichorytopsis sp.
Oligochaeta
Leptohyphidae
P 3 - P 4 78,68*
Baetidae sp1
Chironominae
Oligochaeta
P 3 - P 5 108,39*
Baetidae sp1
Leptohyphidae
P 4 - P 5 41,74* Chironominae
Leptohyphidae
28
6.2 Maio/2005
No segundo período de coleta foram contabilizados 11.982 indivíduos
distribuídos da seguinte forma: ponto1: 2.158 indivíduos (Anexo IX); ponto 2: 4.133
(Anexo X); ponto 3: 4.977 (Anexo XI); ponto 4: 480 (Anexo XII) e ponto 5: 234
indivíduos (Anexo XIII).
Em Insecta foram registrados 11.144 indivíduos distribuídos em 47 famílias
entre outros não identificados ou deixados como ordem ou pupa. As famílias
encontradas apenas na segunda coleta foram Lestidae e Libellulidae (Odonata);
Naucoridae (Heteroptera); Noteridae e Staphylinidae (Coleoptera). Além de
Lepidoptera, deixados em ordem por incerteza taxonômica.
O substrato com maior riqueza taxonômica foi Rochas em Corredeira
(d=6,97) no ponto 1, seguido do substrato Cascalho para os pontos 2 e 1 (d=6,60 e
d=6,55, repesctivamente). Os menores valores de riqueza taxonômica foram
registrados no ponto 5 para os subtratos Vegetação marginal (d=2,40), seguido do
substrato areia (d=2,46) (Tab. 7).
Os maiores valores do índice de diversidade foram registrados para o
substrato Rochas em Corredeiras no ponto 1 (H’=6,97), seguido do substratos
Cascalho nos pontos 2 (H’=6,60) e 1 (H’=6,55). Os menores valores obtidos para o
índice de diversidade foram registrados para os substratos Vegetação Marginal
(H’=1,06) e Areia (H’=1,19), ambos do ponto 5 (Tab. 7).
A maior similaridade foi encontrada entre Vegetação Marginal dos pontos 4 e
5 (63,52%) e entre Cascalho e Rochas em Corredeira do ponto 1 (62,57%). As
menos similares foram Areia do ponto 5 e Rochas em Corredeira do ponto 3 (7,54%)
e Areia do ponto 5 e Folhiço do ponto 3 (9,97%) (Anexo VI; Fig. 14).
29
TABELA 7 - RESULTADOS DA RIQUEZA TAXONOMICA (S), DENSIDADE DE INDIVÍDUOS (N),
CÁLCULOS DOS ÍNDICES DE RIQUEZA (d) (SEGUNDO MARGALEF) E DIVERSIDADE (H’)
(SEGUNDO SHANNON-WIENER) NOS SUBSTRATOS ESTUDADOS NOS CINCO PONTOS
AMOSTRAIS, RIOS CAIURU E DO PINTO, MORRETES, PR EM 2005.
2005 substrato S N d H’
Areia 21 292 3,52 1,25
Rochas em Corredeira
46 636 6,97 2,89
Cascalho 37 243 6,55 3,04
Folhiço 41 987 5,8 2,44
Vegetação Marginal
A A A A
Ponto
1
Total 70 2158 8,99 3,18
Areia A A A A
Rochas em Corredeira
37 725 5,47 2,42
Cascalho 40 368 6,6 2,91
Folhiço 49 3040 5,99 2,18
Vegetação Marginal
A A A A
Ponto
2
Total 70 4133 8,28 2,77
Areia 24 216 4,28 2,32
Rochas em Corredeira
41 1163 5,67 2,61
Cascalho 33 368 5,42 2,8
Folhiço 41 2420 5,13 1,89
Vegetação Marginal 23 810 3,29 1,62
Ponto
3
Total 71 4977 8,22 2,76
Areia 16 31 4,37 2,39
Rochas em Corredeira
32 261 5,57 2,7
Cascalho 21 71 4,69 2,53
Folhiço A A A A
Vegetação Marginal 17 117 3,36 1,43
Ponto
4
Total 49 480 7,77 2,9
Areia 12 87 2,46 1,19
Rochas em Corredeira
A A A A
Cascalho A A A A
Folhiço A A A A
Vegetação Marginal 13 147 2,4 1,06
Ponto
5
Total 19 234 3,3 1,67
Onde: A= substrato ausente no ponto amostral.
O ponto 3 apresentou táxons abundantes na vegetação marginal que não
estiveram presentes em substrato semelhante nos demais pontos, o que pode tê-lo
afastado dos demais como observado na análise de similaridade (MDS). Destacam-
se Traverhyphes sp. (Leptohyphidae), Veliidae, Chironominae e Nectopsyche sp.
(Leptoceridae).
Para o substrato areia amostrado em quatro pontos, os resultados da análise
de similaridade (MDS) em 2005 indicaram baixa similaridade entre os pontos,
possivelmente pela presença e abundância de táxons distintos entre os locais
30
coletados. No ponto 1, Orthocladiinae apresentou maior abundância de organismos
(Fig.15). No ponto 3, Trichorytopsis sp. (Leptohyphidae), Oligochaeta e
Chironominae; e no ponto 5, Hidracarina foi mais abundante (Fig. 15).
FIGURA 14: RESULTADO DAS ANÁLISES DE (MDS) SIMILARIDADE
ENTRE OS SUBSTRATOS AMOSTRADOS EM MAIO/2005, NO RIO DO PINTO,
MORRETES, PR.
Os valores de riqueza, por ordem decrescente, entre pontos de coleta foram
ponto 1 (d=8,99), ponto 2 (d=8,28), ponto 3 (d=8,22), ponto 4 (d=7,77) e ponto 5
(d=3,30). O teste de rarefação confirmou os valores obtidos, demonstrando que a
riqueza não diferiu entre os pontos 1 e 4, e 2 e 3. Os valores do índice de
diversidade, por ordem decrescente foi no ponto 1 (H=3,18), ponto 4 (H=2,90),
pontos 2 e 3 (H=2,76) e ponto 5 (H= 1,66) (Tab. 5).
Os táxons mais abundantes no ponto 1 foram as sub-famílias Chironominae
e Orthocladiinae, no ponto 2 foram os Nectopsyche sp. (Leptoceridae) e Traveryphes
sp. (Leptohyphidae), no ponto 3 os táxons Chironominae e Nectopsyche sp.
31
(Leptoceridae), no ponto 4 Baetidae sp.1 e Neoelmis sp. (Elmidae) e, no ponto 5,
Baetidae sp.1 e Hydracarina.
FIGURA 15: DISTRIBUIÇÃO DA ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS
ORGANISMOS NO SUBSTRATO AREIA DOS PONTOS 1, 3, 4 E 5, EM MAIO DE
2005.
0
25
50
75
100
Hydracarina
Ol
igocha
eta
Tr
i
c
ho
ry
t
opsis sp.
Elmid
a
e
Elmidae_adulto
Chiron
ominae
Orthocladina
e
P
u
p
a_D
itpt
era
xons registrados
Abundância(%)
Ponto 1
Ponto 3
Ponto 4
Ponto 5
Os pontos mais similares entre si, independente do substrato, foram os
pontos 1 e 3 (62,52%) e 1 e 2 (61,67%), já os pontos com menor similaridade
independente do substrato foram 2 e 5 (15,30%) e 3 e 5 (17,98%). (Anexo VII; Fig.
16).
32
FIGURA 16: DENDOGRAMA DE SIMILARIDADE (BRAY CURTIS) DA FAUNA DE
MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS ENTRE SUBSTRATOS NO RIO DO
PINTOE CAIURU, MORRETES, PR EM MAIO/2005.
33
Assim como na primeira coleta encontrou-se diferença significativa entre
todos os pontos amostrados em 2005 (Tab. 8).
Houve a diminuição de proporção de Orthocladiinae nos pontos 2, 3, 4 e 5
em relação os ponto 1. Hidracarina reduziu nos pontos 2 e 3 em relação ao ponto 1,
porém teve maior proporção no ponto 5. outro grupo que teve menor proporção no
ponto 1 em relação aos pontos 3, 4 e 5 foi Baetidae sp1(Tab 8).
Na comparação do ponto 2 observa-se maior proporção de Blephareceridae
do que nos pontos 3, 4 e 5. Assim como no ponto 1 a proporção de Baetidae sp1 foi
mais baixa nos pontos 3, 4 e 5.
No ponto 3 a uma menor proporção de Nectopsyche sp. e Chironomidae que
nos pontos 4 e 5.
Nota-se maior proporção de Hidracarina e Baetidae sp1 e menor proporção
de Travaerhyphes sp., Trichorythopsis sp. e Neoelmis sp. no ponto 4 em relação ao
ponto 5.
34
TABELA 8 - ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMUNIDADES DE MACROINVERTEBRADOS
COLETADOS NO RIO DO PINTO NOS 5 PONTOS AMOSTRAIS EM OUTUBRO/2004. * = P<0,05,
QUANDO A PROPORÇÃO DO TÁXON AUMENTOU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PONTO,
QUANDO A PROPORÇÃO DO TÁXON DIMINUIU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PONTO.
χ²
Táxons
Oligochaeta
Hidracarina
Traverhyphes sp.
Chironiminae
P 1 - P 2 85,43*
Nectopsyche sp.
Orthocladinae
Baetidae sp. 1
Hidracarina
P 1 - P 3 48,95*
Nectopsyche sp.
Orthocladinae
Baetidae sp. 1
Baetidae sp. 2
Elmidae
P 1 - P 4 89,07*
Elmidae sp. 5
Orthocladinae
Hidracarina
Baetidae sp. 2
Elmidae
Chironiminae
P 1 - P 5 130,31*
Baetidae sp. 1
Orthocladinae
Baetidae sp. 1
Blephareceridae
Nectopsyche sp.
P 2 - P 3 56,59*
Chironominae
Hydrophilidae
Baetidae sp. 1
Blephareceridae
P 2 - P 4 111,16*
Baetidae sp. 2
Nectopsyche sp.
Oligochaeta
Hydrophilidae
Traverhyphes sp.
P 2 - P 5 115,38* Hidracarina
Blephareceridae
Nectopsyche sp.
P 3 - P 4 63,71* Elmidae sp. 5
Chironiminae
Hidracarina
Baetidae sp. 2
Chironiminae
P 3 - P 5 103,41*
Baetidae sp. 1
Nectopsyche sp.
Hidracarina
Traverhyphes sp.
Trichorytopsis sp.
P 4 - P 5 77,07*
Baetidae sp. 1
Elmidae sp. 5
35
6.3 Análise sazonal
As famílias comuns aos dois períodos de coletas foram Baetidae, Caenidae,
Leptophlebiidae, Leptohyphidae (Ephemeroptera); Aeshinidae, Calopterygidae,
Coenagrionidae, Gomphidae, e Perilestidae (Odonata); Gripopterygidae e Perlidae
(Plecoptera); Vellidae (Heteroptera); Elmidae, Gyrinidae, Hydrochidae,
Hydrophilidae, Lutrochidae e Psephenidae (Coleoptera); Corydalidade (Neuroptera),
Blephareceridae, Cecidiomyidae, Ceratopogonidae, Chironomidae, Empididae,
Psychodidae, Simuliidae e Tipulidae, (Diptera), e Calamoceratidae, Ecnomidae,
Glossosomatidae, Helicopsychidae, Hydroptilidae, Hydropsychidae, Leptoceridae,
Polycentropodidae e Phylopotamidae (Trichoptera).
A análise de substratos considerando as épocas de coleta apresentou os
maiores valores de riqueza em maio/2005 para os substratos Rochas em Corredeira
do ponto 1 (d=6,97) e Cascalho no ponto 2 (d=6,60). Os menores valores
encontrados foram para outubro/2004 no substrato Areia nos pontos 3 (d=2,08) e 4
(d=2,01).
Da mesma forma, os maiores valores do índice de diversidade também
foram encontrados para a coleta de maio /2005, porém no substrato Cascalho dos
pontos 1 (H=3,04) e 2 (H=2,90). Os menores valores de diversidade encontrados
foram no ponto 5 nos substratos vegetação marginal (H=1,06) e areia (H=1,19) em
maio/2005.
A comparação entre pontos demonstrou que as maiores riquezas de
espécies foram encontradas no ponto 1 nas duas fases de coleta, sendo d=9,02 e
d=8,99 para outubro/2004 e maio/2005 respectivamente. A menor riqueza
encontrada foi no ponto 5 em maio/2005 (d=3,30), seguida do ponto 4 de
outubro/2004 (d=4,61). Os valores mais altos de diversidade foram registrados para
maio/2005 nos pontos 1 (H=3,18) e 4 (H=2,90). O ponto 5 em outubro/2004 e
maio/2005 obteve os menores valores de diversidade (H=1,67 e H=2,02
respectivamente).
A análise comparativa dos pontos amostrais nas duas fases de campo
resultou em diferenças significativas na comparação de todos os pontos (Tab. 9).
Na comparação do ponto 1 observa-se maior proporção de Oligochaeta e
Orthocladiinae na primeira coleta em relação a segunda. No ponto 2 aumentou a
36
proporção de Traverhyphes sp. e Nectopsyche sp. e diminuiu a concentração de
Leptohyphidae, Trichorythopsis sp. e Glossosomatidae na primeira coleta em relação
a segunda. No ponto 3 nota-se aumento de Baetidae sp.1 e Nectopsyche sp. e
diminuição de Leptohyphidae na primeira coleta em relação a segunda. No ponto 4
há aumento na proporção de Traverhyphes sp., Trichorythopsis sp.e Neoelmis sp. e
diminuição de Baetidae sp.1 e Leptohyphidae na primeira coleta em relação a
segunda. No ponto 5 aumentou Tipulidae, Calopterygidae e Gomphidae e diminui
Leltohyphidae e Traverhyphes sp. na primeira coleta em relação a segunda.
TABELA 9 - ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMUNIDADES DE MACROINVERTEBRADOS
COLETADOS NO RIO DO PINTO NOS 5 PONTOS AMOSTRAIS. * =P<0,05, - QUANDO A
PROPORÇÃO DO TÁXON AUMENTOU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PONTO, ¯ QUANDO A
PROPORÇÃO DO TÁXON DIMINUIU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PONTO.
χ² Táxons
Oligochaeta
P 1 - P 1 47,62*
Orthocladinae
Traverhyphes sp. Leptohyphidae
Trichorythopsis sp.
P 2 - P 2 114,64*
Nectopsyche sp.
Glossosomatidae
Baetidae sp.1
P 3 - P 3 99,09*
Nectopsyche sp.
Leptohyphidae
Traverhyphes sp. Baetidae sp.1
Trichorytopsis sp.
P 4- P 4 75,47*
Elmidae sp.5
Leptohyphidae
Tipulidae Leptohyphidae
Calopterygidae
P 5 - P 5 59,74*
Gomphidae
Traverhyphes sp.
6.4 QUALIDADE DE ÁGUA NOS TRECHOS ESTUDADOS
6.4.1 Coliformes fecais
A presença de Coliformes (totais e fecais) foi maciça nos pontos 3 e 4 e
relativamente baixa no ponto 2 em outubro/2004. Foram registradas as presenças de
Enterobacter agglomerans, Serratia liquefacien e Escherichia coli, sendo E.
agglomerans e E. coli encontradas apenas no terceiro ponto amostral. Já a segunda
coleta (maio/2005) revelou valores altos para presença de coliformes em todos os
pontos amostrais, sendo a presença de E. coli mais elevada no ponto 5 (Tab.10).
37
TABELA 10 - VALORES DE NMP/100ML DE COLIFORMES TOTAIS E Escherichia coli PARA OS
CINCO PONTOS AMOSTRAIS EM 2004 E 2005.
2004 2005
Coliformes
totais
Escherichia
coli
Coliformes
totais
Escherichia
coli
Ponto 1 > 23 3,6 8000 460
Ponto 2 46 23 8000 110
Ponto 3 >800 800 8000 460
Ponto 4 460 110 4600 110
Ponto5 >23 11 >800 >800
6.4.2 Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Hábitats.
Através da aplicação do Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de
Hábitats obteve-se as pontuações 98, 82, 61, 65 e 43 para os pontos 1, 2, 3, 4 e 5
respectivamente. As pontuações maiores que 61 correspondem a ambientes
naturais, entre 41 e 60 a ambientes alterados e entre 0 e 40 ambientes impactados.
Desta forma, segundo o P.A.R.D.H., os pontos de 1 a 4 encontram-se como
"naturais", enquanto que o ambiente 5 foi considerado alterado.
O índice poderia ser melhor aplicado se os fatores analisados fossem
descritos de forma mais minuciosa e conferindo maiores possibilidades de
pontuações, de forma a trabalhar com pequenas variações auxiliando na descrição e
determinação das diferenças dos pontos. Além disso, determinação de poucas
classes de qualidade de água conferiu aos pontos, mesmo com variação significativa
na pontuação, qualidade de água muito próximos entre si e, agrupou pontos que
mostram evidências de diferentes condições de conservação.
6.4.3 Índices Bióticos
Segundo a pontuação obtida para o índice BMWP’, os pontos 1 e 3 em
outubro/2004 e 1 a 4 em maio/2005 apresentaram qualidade de água ótima, que
representa águas prístinas – muito limpas. O ponto 2 em outubro/2004 apresentou
águas não poluídas, sistemas perceptivelmente não alterados. E finalmente, os
pontos 4 e 5 de outubro/2004 e ponto 5 de maio/2005 registraram águas com
evidentes efeitos moderados de poluição (Tab. 11).
38
Observando as famílias registradas pelo índice BMWP’, verifica-se que há
um decréscimo evidente no número de famílias mais sensíveis (pontuadas com 10, 8
e 7) do ponto 1 em direção ao ponto 5 nas duas coletas realizadas. Na coleta de
outubro/2004 foram registrados 15 famílias para o ponto 1, 8 para o ponto 2, 12 para
o ponto 3, 6 para o ponto 4 e 3 famílias para o ponto 5. Na coleta de 2005 registrou-
se 14 famílias para o ponto 1 e ponto 2, 16 para o ponto 3, 7 para o ponto 4 e 4
famílias para o ponto 5.
O índice HFBI classificou como “excelente” os pontos 2, 4 e 5 de maio/2005,
considerando águas aparentemente sem poluição. Águas consideradas ”muito boas”
foram encontradas nos pontos 1, 4 e 5 de outubro/2004 e 1 e 3 de maio/2005, que
representa poluição pouco significante. E apenas o ponto 2 de outubro/2004
apresentou água de qualidade moderada – poluição orgânica moderadamente
significativa (Tab. 11).
O terceiro índice aplicado, EPT, classificou como “regular” a qualidade de
água do ponto 1 nas duas fases e as demais como qualidade de água “boa” (Tab.
11).
TABELA 11 - VALORES E PONTUAÇÃO OBTIDOS PARA OS TRÊS ÍNDICES BIÓTICOS
APLICADOS NOS CINCO PONTOS AMOSTRAIS E RESPECTIVAS CLASSIFICAÇÕES DA
QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO DO PINTO E CAIURU, MORRETES, PR.
BMWP' HFBI EPT
2004 2005 2004 2005 2004 2005
Ponto 1 214 ótima 217 ótima 3,66 muito boa 3,94 muito boa 34% regular 38% regular
Ponto 2 131 boa 202 ótima 6,16 moderado 2,78 excelente 72% bom 61% bom
Ponto 3 180 ótima 223 ótima 4,81 bom 4 muito boa 61% bom 60% bom
Ponto 4 95 Aceitável 126 ótima 4,45 muito boa 2,87 excelente 71% bom 51% bom
Ponto 5 94 Aceitável 72 Aceitável 3,9 muito boa 2,74 excelente 62% bom 54% bom
39
7. DISCUSSÃO
Os resultados observados analisando-se os dois períodos (primavera e
outono) pela PCA demonstraram o agrupamento dos pontos 1 e 2, o que pode ser
explicado pela semelhança da vegetação encontrada no entorno, cuja mata ainda
possui condições mais íntegras comparando com os demais, confirmando que tais
fatores ecomorfológicos possuem grande influência na determinação do ambiente
conforme afirma F
LORES
(2004).
Há duas explicações possíveis para o não agrupamento do ponto 5 na análise
geral. Uma pode ser o dia de coleta, diferente dos demais, em função de chuvas.
Assim, com o nível da água diminuído, houve a conseqüente diminuição da vazão. A
segunda explicação é que a presença de poços formados neste ponto causou refluxo
do flutuador durante as medições, podendo ter alterado o valor real de vazão,
mesmo tendo-se repetido o procedimento várias vezes a fim de minimizar tal
problema.
Segundo Marques (2000), a diferença acentuada nos valores de DBO pode
representar fontes de poluição orgânica como, por exemplo, esgoto doméstico. Os
resultados de DBO, deste trabalho, indicam os maiores valores desta variável no
ponto 5 em ambos períodos analisados, o que pode ser um indicativo de maior
acúmulo de matéria orgânica, provavelmente de lançamentos de esgotos ao longo
do rio. O acréscimo observado nos valores de DQO na segunda coleta podem ser
justificados por possíveis pequenos derramamentos decorrentes de escoamento de
óleo na pista da rodovia BR-277, ou mesmo ao longo do rio com a lavagem de
tanques de carga, eventos comuns favorecidos pelo declive acentuado da região.
Os pontos 1, 2 e 3 grupados pela análise de similaridade (MDS) em
maio/2005 refletem a semelhança na composição da taxocenose encontrada nestes
pontos. Provavelmente o ponto 2 uniu-se nesse grupo pelo aumento de substratos
coletados, em especial o substrato folhiço, que enriqueceu a amostra em número de
espécies.
Na primeira coleta os resultados obtidos para riqueza e diversidade nos
pontos 1 e 3 nos substratos folhiço e rochas em corredeira podem ser explicados
pela presença dos táxons Oligochaeta, Chironominae e Leptohyphidae que
ocorreram com alta abundância. A maior riqueza do ponto 1, comparada com os
40
demais pontos e demonstrada pelo teste rarefação, corrobora o maior número de
táxons encontrados.
Nas amostragens referentes ao substrato areia em quatro pontos coletados
em outubro/2004, os valores do índice de diversidade mais baixo entre todos os
substratos pode ser explicado pela dominância de Chironominae e Orthocladiinae.
B
UENO
et al. (2003) citaram a limitação deste tipo de substrato em relação à
distribuição dos organismos devido à escassez de refúgio e disponibilidade de
alimento. A similaridade baixa entre o substrato areia dos pontos 1, 3, 4 e 5 pode ser
explicada pelo alto número de táxons encontrados no ponto 1. A distância mostrada
pela análise MDS do ponto 4 em relação aos demais dá-se provavelmente pelo
motivo oposto, número muito baixo de táxons registrados.
A maior riqueza para o substrato vegetação marginal no ponto 5 não se
repetiu quanto à diversidade, devido à predominância de Baetidae sp.1 e
Chironominae, diferentemente do observado por G
ONÇALVES
& A
RANHA
(2004), que
encontraram no mesmo substrato o predomínio de Palaemonidae em um rio
litorâneo do estado do Paraná.
B
UENO
et al. (2003). e R
OQUE
et al. (2003) afirmaram que as áreas
florestadas (com maior cobertura vegetal e portanto mais preservadas) comportam
maior riqueza taxômonica, assim como observado neste estudo, onde a riqueza de
espécies diminuiu em um gradiente longitudinal do rio com simultânea diminuição de
vegetação ciliar – conseqüência de influências antrópicas mais acentuadas nos
pontos 4 e 5. Nestes pontos a vegetação ciliar é escassa. Nesse trecho observa-se
uma grande quantidade de moradias no entorno que possuem, em sua maioria,
gramados ou pastos; cabe ressaltar, que são compostos de vegetação exótica.
Ainda devido à ausência de mata ciliar também conclui-se que é mínima sua
extensão sombreada. Essas informações explicam o depósito de material alóctone
(de vegetação ripária) encontrado apenas nos pontos 1, 2 e 3 e a ausência do
substrato folhiço nos pontos sem mata ciliar, especialmente no 4 e 5. Entretanto
nestes, pela maior iluminação permite o desenvolvimento de vegetação marginal,
embora predomine vegetação de origem exótica, introduzida como pastagem.
Encontrou-se a maior abundância de organismos nos substratos folhiço em
todos os pontos em que este foi amostrado. A importância desse substrato dá-se
devido à oferta de microhábitat e de alimento para diversas guildas tróficas, devido a
41
maior área superficial disponível entre as folhas e conseqüentemente o maior
acúmulo de matéria orgânica, contribuindo para o elevado número de táxons
encontrados.
A riqueza e a diversidade não se igualaram para os substratos em cada um
dos pontos. No primeiro ponto, o substrato rochas em corredeira possivelmente
apresentou uma diversidade baixa devido aos valores altos de abundância de
apenas dois táxons (Baetidae sp. 1 e Baetidae sp. 2). No ponto 2, Blephareceridae
foi um grupo abundante, podendo justificar a baixa diversidade local. Esta família
quase não foi encontrada nos demais pontos amostrais, exceto no ponto 1,
entretando em baixa abundância.
A presença de Chironominae, Orthocladinae e Oligochaeta em abundância,
mesmo para o substrato areia, é compreendida pela plasticidade de recursos
(alimentar e abrigo) exigida pelos grupos (O
BRDLIK
& G
ARCIA
-L
OZANO
, 1992 e
S
TRIXINO
& T
RIVINHO
-S
TRIXINO
, 1998). Desta forma, a abundância de Orthocladiinae
ainda mostrou-se significativa no ponto 1 em relação aos demais pontos e
Chironominae no ponto 3.
A importância de Baetidae sp.1 para o ponto 5 em relação aos pontos 1, 3 e
4 pode ser devido à grande abundância deste táxon encontrado na vegetação
marginal. R
IBEIRO
& U
IEDA
(2005) encontraram dominância de Baetidae também na
estação chuvosa e justificam pelo fato deste táxon apresentar adaptações
morfológicas, que os impedem de serem carreados em maior correnteza. Embora a
abundância de Baetidae tenha diminuído no período chuvoso, este grupo ainda
mostrou-se mais abundante que os demais táxons neste trecho de coleta.
No ponto 1 Hidracarina foi um grupo bastante significativo encontrado na areia
devido a sua abundância.
A maior abundância nem sempre ocorreu na época de seca como sugerem
B
UENO
et al. (2003) e R
IBEIRO
& U
IEDA
, (2005). Na segunda coleta, período de maior
intensidade pluviométrica, houve acréscimo da abundância dos organismos no ponto
3 em 96,9% e no ponto 4 (11,1%). Acredita-se que este acréscimo possa ter
decorrido do “drift” ocasionado pelas chuvas.
O aumento acentuado na abundância de organismos no ponto 2 ocorreu
pelo acréscimo de substratos amostrados na segunda coleta. Isso foi possível
devido a uma pequena barragem construída no local, que formou uma “piscina”,
42
proporcionando o acúmulo dos substratos folhiço e cascalho, propiciando maior
oferta de microhábitats.
D
INIZ
et al. (1998) e G
ONÇALVES
& A
RANHA
(2004) concluiram que na
primavera, período mais seco, tende-se a encontrar valores maiores de abundância
devido a agregação dos organismos com o menor volume de água. Apenas os
pontos amostrais 1 e 5 apresentaram resultados similares.
No ponto 5, a abundância de organismos reduziu na segunda coleta em
relação à primeira. Os substratos coletados foram os mesmos. No entanto, a coleta
teve de ser realizada em dia diferente dos demais pontos, uma vez que começou a
chover durante a coleta, impossibilitando a realização no ponto 5 devido ao aumento
da profundidade do rio. Além disso, há a suspeita de retirada de areia no local, visto
que apenas no trecho de coleta, a profundidade do leito aumentou muito, além de ter
alterado a estrutura física do rio.
A diferença observada na composição e abundância da taxocenose dos
macroinvertebrados ao longo do rio deu-se em ambas as fases de campo. Isso pode
ser observado pelos valores encontrados para riqueza e diversidade na comparação
de cada ponto amostrado. Os valores de riqueza e diversidade obtidos diminuíram
conforme o gradiente longitudinal do rio, ocorrendo, portanto, valores mais altos na
cabeceira, assim como sugerem B
UENO
et al. (2003).
R
OQUE
et al (2003) observaram ainda que em áreas degradadas diminui o
número de táxons encontrados, entretanto aumentando a abundância. Fato que
pode ser observado nos pontos 4 e 5 especialmente, com o predomínio de algumas
famílias já citadas.
V
ANNOTE
et al. (1980) chamaram a atenção para os sistemas com alta
estabilidade na estrutura física, onde a diversidade biológica é baixa, mesmo
mantendo a estabilidade total do sistema. Ao contrário, os sistemas com grandes
alterações físicas tendem a possuir alta diversidade de espécies ou alta
complexidade em espécies funcionais que mantenham sua estabilidade. Nos pontos
amostrados foi observada uma maior diversidade de hábitats mais à montante
(ponto 1 do rio do Pinto e ponto 2 no rio Caiuru), assim como a diversidade e a
riqueza de espécies encontradas também foram maiores.
Neste estudo constatou-se maior heterogeneidade no substrato rochas em
corredeira através da alta riqueza e abundância. E a baixa abundância, riqueza e
43
diversidade no substrato areia, explicado pela limitação deste à oferta de refúgio e
alimento. Resultados semelhantes foram obtidos por B
UENO
et al. (2003).
Alguns grupos taxonômicos foram
encontrados em maior densidade ou
somente nos pontos 1 e 2, com destaque para Trichoptera, Plecoptera, e muitas
famílias de Ephemeroptera ausentes nos últimos dois pontos no trecho à jusante
(pontos 4 e 5). A família Caenidae foi exclusiva para o ponto 1 em ambas as coletas.
L
YMAN
(1956) explica a ausência de efemerópteros em substrato areia, visto que a
morfologia corporal adaptada para se fixarem em substratos duro não encontram
meios físicos para isso.
Em nenhum dos pontos amostrados constatou-se a presença de óleos e
graxas na água. Apesar dos acidentes ocorridos em 2001, quando houve vazamento
de óleo oriundo da tubulação da Olapa (Petrobrás) e do lançamento irregular de óleo
diesel, não há atualmente vestígios destas substâncias na água. No entanto, para
poder-se afirmar a ausência destes produtos seria necessário análises mais
detalhadas para hidrocarbonetos (CEPPA – C
ENTRO DE
P
ESQUISA E
P
ROCESSAMENTO
DE
A
LIMENTO
, Comunicação pessoal, 2005).
A presença de Coliformes fecais foi bastante significativa nas duas fases de
coleta. Ao contrário do que se esperava a ocorrência foi ainda maior no segundo
período. Sendo esta uma época de chuvas, esperar-se-ia que, em função da
diluição, a ocorrência fosse mais baixa. Mesmo o primeiro ponto amostral, localizado
dentro de um Parque Estadual e sem comprometimento aparente, apresentou
quantidade elevada de Coliformes fecais.
Três hipóteses podem ser levantadas para justificar tais resultados. Uma
explicação plausível pode ser uma obra executada na rodovia BR-277 que corta a
cabeceira do rio, levando ao local um grande número de trabalhadores, que utilizam-
se de sanitários rudimentares com possível despejo no rio.
A presença da cachoeira acima do primeiro ponto amostral é outro fato que
pode ter contribuído com o resultado obtido, pois nessa época do ano é bastante
alto o número de turistas que visitam o parque. Além disso, segundo os moradores
da região, grupos com mais de 30 pessoas chegam a subir à cachoeira para passar
o dia, sem que no local haja infra-estrutura, inclusive sanitários ou similares, para
comportar tal número de visitantes.
44
A presença de fezes de animais endotérmicos comuns à fauna nativa explica
naturalmente a presença de Coliformes fecais mesmo nos trechos mais preservados
amostrados, além do acréscimo de animais domésticos levados para a região por
moradores, como cachorros e galinhas. Porém criações de animais não ocorrem à
montante do primeiro ponto amostral do rio do Pinto e em pequenas proporções
para o rio Caiuru. Portanto, embora isso explique a presença de Coliformes, não
justifica o registro de patógenos humanos no local nem o alto número encontrado
nas análises, que elevou muito na segunda amostragem.
Segundo o relatório de Avaliação da Qualidade das Águas de Rios Através
da Análise Combinada de Parâmetros Físicos, Químicos e Biológicos em Unidades
de Conservação Abrangidas pelo Programa Pró-Atlântica: APA da Serra do Mar,
APA de Guaratuba e Parque Estadual das Lauráceas executado pelo IAP (Instituto
Ambiental do Paraná), o Rio do Pinto é enquadrado em classe especial
(CONAMA,20/86) baseado na ausência de Coliformes fecais. Porém, segundo
CONAMA (357/05), águas de classe especial devem vir providas de desinfecção.
O resultado obtido para o P.A.R.D.H. também não foi fiel à realidade
observada, visto que mesmo no ponto 2 há sinais óbvios de antropização, onde as
margens foram alteradas, sendo construídas muretas laterais em parte do trecho e a
formação de uma pequena piscina a partir do barramento com rochas deslocadas do
próprio local. Do ponto 3 em diante, o impacto fica por conta do grande número de
moradias e cultivos agrícolas muito próximos às margens.
Nenhum dos resultados dos índices bióticos aplicados correspondeu à
situação real observada em campo. Porém, destes o que mais se aproximou foi o
BMWP’ com um decréscimo longitudinal na qualidade da água. No entanto, para o
EPT nenhum dos pontos apresentou qualidade Muito Boa, o que não invalida estes
resultados.
Além disso, os dados obtidos corroboram a informação dada por H
AUER
&
L
AMBERTI
(1996) quando dizem que os macroinvertebrados não são sensíveis a
determinados distúrbios, como por exemplo, a presença de patógenos humanos e
poluentes em concentração traço. H
AWKES
(1979 apud R
OSENBERG
& R
ESH
, 1993)
acrescenta ainda que baixas concentrações de herbicidas causam efeitos escassos
na comunidade de macroinvertebrados. F
RANK
(2001) diz também não ter
45
encontrado relação entre a qualidade da água obtida por comunidades aquáticas,
poluição bacteriana e classificação ecomorfológica.
Os índices que vêm sendo utilizados por alguns grupos de pesquisa no
Brasil foram propostos para regiões temperadas, não se adequando à realidade
brasileira. Mesmo assim é comum encontrar modificações propostas procurando
adaptá-los a condições regionais, como é caso do BMWP’, que vem sendo adaptado
em diferentes regiões, como exemplo, em Minas Gerais por J
UNQUEIRA
et al. (2000)
e no estado do Paraná pelo IAP (T
ONIOLLO
et. al, 2001). Outro fator negativo neste
método é ser apenas qualitativo. N
IJBOER
et al. (2005) comentam o problema de sub-
amostragens ao se trabalhar com a comunidade bentônica com o risco de se perder
táxons ou números representativos, o que sem dúvida é agravado em amostras
qualitativas.
O HFBI, proposto para sistemas aquáticos na América do Norte, é um dos
índices que atende ao requisito quantitativo, no entanto não inclui uma quantidade
significativa de famílias encontradas nos ambientes tropicais, uma vez que estas não
apresentam distribuição nos sistemas analisados pelos autores. Embora seja um
índice bastante interessante, até o momento não foram feitas adaptações regionais
para as bacias hidrográficas da América do Sul, não sendo um índice robusto para
as análises nos ambientes latino-americanos.
O EPT é utilizado com base em três ordens consideradas sensíveis, além de
admitir sua proporção em relação ao total de organismos obtidos fazendo dele outro
índice que vem sendo bastante utilizado. Foi bastante interessante o fato de não
registrar para nenhum dos pontos amostrados o máximo de qualidade, visto que em
uma abordagem mais ampla, outros parâmetros (DQO, Coliformes fecais...)
corroboram para tais resultados. Contudo, o ponto 1 apresenta qualidade de água
inferior aos demais possivelmente pelo registro de uma riqueza e abundância alta de
diversos organismos, refletindo na menor proporção de EPT, em um contexto geral.
Já o ponto 5 talvez tenha apresentado uma boa qualidade em decorrência da alta
abundância de Baetidae registrada na vegetação marginal. Segundo S
ALLES
et al.
(2004) esta é uma família muito bem sucedida ocupando uma grande diversidade de
meso-hábitats, com ou sem presença de forte correnteza e com diversidade de
gêneros, espécies e indivíduos elevada. E
DMUNDS
et al. (1976) e M
C
C
AFFERTY
(1981)
acrescentam ainda o fato dos representantes deste grupo serem herbívoros,
46
encontrando nesse ambiente maiores recursos para alimentação e mesmo abrigo
contra predadores.
Assim, como sugerem T
RIEST
et al. (2001), mesmo com a aplicação de
índices bióticos, é necessário que se faça uso de avaliações de macroinvertebrados
com outros organismos associados. Neste sentido, o rio do Pinto vem sendo
avaliado de forma integrada, na tentativa de abranger o maior número possível de
parâmetros. Assim, estão sendo desenvolvidas pesquisas paralelas com Coliformes
fecais, perifíton e ictiofauna. As análises efetuadas na ictiofauna abrangem o uso do
índice de integridade biótica conforme K
ARR
(1981) e a avaliação da atividade de
acetil-colinesterase em loricarídeos (Hemipsilichthyes sp. e Hisonotus
leucofrenatus). Com este último trabalho realizado nos pontos 2 e 5, vem sendo
observada uma baixa atividade desta enzima, indicando presença de fosfatos,
sugerindo o uso de agrotóxicos no entorno (L
OPES
, 2005). Porém, não era esperado
que o ponto 2 apresentasse esse registro, considerando que há um número reduzido
de casas e sem plantações perceptíveis que antecedam o ponto amostral. Em trecho
anterior a essas moradias existe apenas vegetação natural até chegar à rodovia. O
ponto 5, por ser precedido por um grande e diversificado número de cultivos,
sustenta melhor esses resultados. A observação de tais registros por
macroinvertebrados teria melhores resultados com o uso de espécies sensíveis a
determinados nutrientes e/ou condições. Contudo ainda são escassos estudos
dessa natureza e esses acarretam maiores investimentos financeiros, para o
conhecimento e aplicação (C
OOPER
& B
ARMUTA
, 1993).
G
RIFFITHS
(2001) ressalta a importância de qualificar e mapear a qualidade
de água identificando seus fatores agravantes para realizar a manutenção efetiva de
sua qualidade. R
OQUE
et al. (2003) afirmam que a geomorfologia do rio pode
mascarar os efeitos da antropização.
47
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Poucos são os estudos direcionados a elucidar as diferenças biológicas da
comunidade de macroinvertebrados, como diferenças em riqueza e diversidade,
presentes nos diversos microhábitats encontrados em ambientes lóticos.
Neste trabalho, observou-se que o substrato folhiço comporta uma maior
riqueza de organismos, além de suportar uma grande quantidade de indivíduos; e
que o substrato areia não apresenta uma contribuição tão significativa seja em
número ou em riqueza de organismos.
A taxocenose de macroinvertebrados apresentou uma diferença longitudinal
em sua composição explicada tanto por condições naturais do rio quanto por ações
antrópicas presentes.
Os pontos 1 e 2 encontram-se em melhores estados de conservação com
mata ciliar, refletindo diretamente na composição da comunidade.
A família Chironomidae foi encontrada em abundância elevada ao longo do
rio, independente das condições ambientais confirmando mais uma vez elevada
adaptabilidade aos diferentes sistemas.
A ausência de Plecoptera e diminuição da diversidade de famílias de
Trichoptera nos pontos amostrais 4 e 5 são reflexos das necessidades apresentadas
por esses grupos tanto em suas formas imaturas (baixas concentrações de matéria
orgânica, correnteza e substrato de aderência) quanto adultas (mata ciliar).
O enquadramento dado ao Rio como de classe especial pelo IAP, deve ser
reconsiderado a partir dos registros obtidos de coliformes fecais. Além disso, a
comunidade ribeirinha que utiliza desta água para uso doméstico e agrícola deve
estar ciente de tais condições.
Dos índices utilizados para detectar a qualidade de água ao longo do rio, o
BMWP’ e o EPT foram os que apresentaram os melhores resultados para as
condições reais do sistema.
O uso de avaliações rápidas para identificar as condições de preservação
dos háitats sejam estes aquáticos ou não, devem considerar o maior número
possível de variáveis. O uso exclusivo da taxocenose de macroinvertebrados,
considerando em especial grandes níveis taxonômicos (como famílias), muitas vezes
não é suficiente para refletir a qualidade real do meio.
48
9. REFERÊNCIAS
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ANEXO I: MODELO DE PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO RÁPIDA DA DIVERSIDADE
DE HÁBITATS PROPOSTO POR CALLISTO ET AL. (2002).
Localização
Data de coleta Hora da coleta
Tempo (situação do dia)
Modo de coleta (coletor)
Tipo de ambiente: Córrego ( ) Rio ( )
Largura
Profundidade
Temperatura da água
Pontuação Parâmetros
4 pontos 2 pontos 0 ponto
1. tipo de ocupação das
margens do corpo d’água
principal (principal
atividade)
Vegetação natural Campo de pastagem
/agricultura /monocultura
/reflorestamento
Residencial/comercial /
industrial
2. erosão próxima e/ou
nas margens do rio e
assoreamento em seu leito
ausente moderada Acentuada
3. alterações antrópicas
ausente Alterações de origem
doméstica (esgoto, lixo)
Alterações de origem
industrial/ urbana (fábricas,
siderurgias, canalização,
reutilização do curso do rio)
4. Cobertura vegetal no
leito
parcial total Ausente
5. Odor da água
nenhum Esgoto (ovo podre) Óleo/ industrial
6. oleosidade da água
ausente moderada Abundante
7. transparência da água
transparente Turva/ cor de chá forte Opaca ou colorida
Odor do sedimento
(fundo)
nenhum Esgoto (ovo podre) Óleo industrial
9. oleosidade do fundo
ausente moderado abundante
10. tipo de fundo
Pedras/ cascalho Lama/ areia Cimento/ canalizado
Pontuação
parâmetros
5 pontos 3 pontos 2 pontos 0 pontos
11. Tipo de fundo
Mais de 50% com
hábitat diversificado;
pedaços de troncos
submersos; cascalho
ou outros hábitats
estáveis.
30 a 50 % de hábitats
diversificados; hábitats
adequados para a
manutenção das
populações de
organismos aquáticos.
10 a 30 % de hábitats
diversificados;
disponibilidade de
hábitats insuficiente;
substratos
freqüentemente
modificados.
Menos de 10% de
hábitats diversificados;
ausência de hábitats
óbvia; substrato
rochoso instável para
fixação dos
organismos.
12. Extensão de
rápidos
Rápidos e corredeiras
bem desenvolvidas;
rápidos tão largos de
quanto o rio e com o
comprimento igual
ao dobro da largura
do rio.
Rápidos com a largura
igual à do rio, mas com
comprimento menor
que o dobro da largura
do rio.
Trechos rápidos podem
estar ausentes: rápidos
não tão largos quanto o
rio e seu comprimento
menor que o dobro da
largura do rio.
Rápidos ou corredeiras
inexistentes.
13. Freqüência de
rápidos
Rápidos
relativamente
freqüentes: distância
entre rápidos divida
pela largura do rio
entre 5 e 7.
Rápidos não
freqüentes: distâncias
entre rápidos dividida
pela largura do rio
entre 7 e 15.
Rápidos ou corredeiras
ocasionais; habitats
formados pelos
contornos de fundo;
distância entre rápidos
dividida pela largura
do rio entre 15 e 25.
Geralmente com
lamina d’água “lisa” ou
com rápidos rasos;
pobreza de habitas:
distâncias entre rápidos
dividida pela largura
do rio maior que 25.
14. Tipo de
substrato
Seixos abundantes
(prevalecendo em
nascentes).
Seixos abundantes;
cascalho comum.
Fundo formado
predominantemente
p
or cascalho; al
g
uns
Fundo pedregoso;
seixos ou lamoso.
55
seixos presentes.
15. Deposição de
lama
Entre 0 e 25% do
fundo coberto por
lama.
Entre 25 e 50% do
fundo coberto por
lama.
Entre 50 e 75% do
fundo coberto por
lama.
Mais de 75% do fundo
coberto por lama.
16. Depósito de
sedimentos
Menos de 5% do
fundo com deposição
de lama; ausência de
deposição nos
remansos.
Alguma evidência de
modificação no fundo,
principalmente com o
aumento de cascalho.
Areia ou lama; 5 a
30% do fundo afetado;
suave deposição nos
remansos.
Deposição moderada
de cascalho novo, areia
ou lama nas margens;
entre 30 a 50% do
fundo afetado;
deposição moderada
nos remansos.
Grandes depósitos de
lama, maior
desenvolvimento das
margens; mais de 50%
do fundo modificado;
remansos ausentes
devido a significativa
deposição de
sedimentos.
17. Alterações no
canal do rio
Canalização
(retificação) ou
dragagem ausente ou
mínima; rio com
padrão normal.
Alguma canalização
presente, normalmente
próxima a construção
de pontes; evidencias
de modificações a mais
de 20 anos.
Alguma modificação
presente nas duas
margens; 40 a 80% do
rio modificado.
Margens modificadas:
acima de 80% do rio
modificado.
18.Características
do fluxo da água
Fluxo relativamente
igual em toda a
largura do rio;
mínima quantidade
do substrato exposta.
Lâmina d’água acima
de 75% do canal do
rio; ou menos de 25%
do substrato exposto.
Lâmina d’água entre
25 e 75% do canal do
rio, e/ ou maior parte
do substrato nos
“rápidos” exposto.
Lâmina d’água escassa
e presente apenas nos
remansos.
19. Presença de
mata ciliar
Acima de 90% com
vegetação ripária
nativa, incluindo
árvores, arbustos ou
macrófitas; mínima
de deflorestamento;
todas as plantas
atingindo a altura
“normal”.
Entre 70 e 90% com
vegetação ripária
nativa;
deflorestamento, mas
não afetando o
desenvolvimento da
vegetação; maioria das
plantas atingindo altura
“normal”.
Entre 50 e 70% com
vegetação ripária
nativa; deflorestamento
óbvio; trechos com
solo exposto ou
vegetação eliminada;
menos da metade das
plantas atingindo altura
“normal”.
Menos de 50% da mata
ciliar nativa;
deflorestamento
acenturado.
20. Estabilidade das
margens
Margens estáveis;
evidência de erosão
mínima ou ausente;
pequeno potencial
para problemas
futuros. Menos de
5% da margem
afetada.
Moderadamente
estáveis; pequenas
áreas de erosão
presentes. Entre 5 e
30% da margem com
erosão.
Moderadamente
estável; entre 30 e 60%
da margem com
erosão. Risco elevado
de erosão durante
enchentes.
Instável; muitas áreas
com erosão; freqüentes
áreas descobertas nas
curvas do rio: erosão
óbvia entre 60 e 100%
da margem.
21. Extensão da
mata ciliar
Largura da vegetação
ripária maior que
18m; sem influência
de atividades
antrópicas
(agropecuária,
estradas, etc.).
Largura da vegetação
ripária entre 12 e 18m;
mínima influência
antrópica.
Largura da vegetação
ripária entre 6 e 12m;
influência antrópica
intensa.
Largura da vegetação
ripária menor que 6m;
vegetação restrita ou
ausente devido a
atividade antrópica.
22. Presença de
plantas aquáticas
Pequenas macrófitas
aquáticas e/ou
musgos distribuídos
pelo leito.
Macrófitas aquáticas
ou algas filamentosas
ou musgos distribuídas
no rio, substrato com
perifiton.
Algas filamentosas ou
macrófitas em poucas
pedras ou alguns
remansos, perifiton
abundante e biofilme.
Ausência de vegetação
aquática no leito do rio
ou grandes bancos de
macrófitas (p. ex. água-
pé).
56
ANEXO II: TABELA DE PONTUAÇÃO DO GRAU DE TOLERÂNCIA PARA OS
GRUPOS DE MACROINVERBRADOS SEGUNDO O ÍNDICE “BIOLOGICAL
MONITORING WORK PARTY SYSTEM”.
A. Avaliação da Qualidade de Água Através dos Macroinvertebrados Bentônicos.
Famílias Pontuação
Siphlonuridae, Heptageniidae, Leptophlebiidae, Potamanathidae, Ephemeridae,
Taeniopterygidae, Leuctridae, Capniidae, Perlodidae, Perlidae, Chloroperlidae,
Aphelocheridae, Phryganidae, Molannidae, Beraeidae, Odontoceridae,
Leptoceridae, Goeridae, Leptodostomatidae, Brachycentridae, Sericostomatidae,
Athericidae, Blephareceridae, Calamoceratidae, Helicopsychidae,
Megapodagrionidae
10
Astacidae, Lestidae, Calopterygidae, Gomphidae, Cordulegastridae, Aeshnidae,
Corduliidae, Libellulidae, Psychomyidae, Philopotamidae, Glossosomatidae
8
Ephemerellidae, Prosopistomatidae, Nemouridae, Grypopterygidae,
Rhyacophilidae, Polycentropodidae, Limnephelidae, Ecnomidae, Hydrobiosidae,
Pyralidae, Psephenidae
7
Neritidae, Viviparidae, Ancylidae, Thiaridae, Unionidae, Mycetopodidae,
Hyriidae, Corophilidae, Gammaridae, Hyalellidae, Atyidae, Palaemonidae,
Trichodactilidae, Platycnemididae, Coenagrionidae, Leptohyphidae
6
Oligoneuridae, Polymitarcidae, Dryopidae, Elmidae (Elminthidae),
Helophoridae, Hydrochidae, Hydraenidae, Clambidae, Hydropsichidae,
Tipulidae, Simluiidae, Planariidae, Dendrocoelidae, Dugesiidae, Aeglidae
5
Baetidae, Caenidae, Haliplidae, Curculionidae, Chrysomelidae, Tabanidae,
Stratiomyidae, Empididae, Dolichodidae, Dixidae, Ceratopogonidae,
Anthomyiidae, Limoniidae, Psychodidae, Sciomyzidae, Rhagionidae,
Syalidae, Corydalidae, Hydracarina
4
Mesoveliidae, Hydrometridae, Gerridae, Nepidae, Naucoridae, Limnocoridae,
Pleidae, Notonectidae, Corixidae, Veliidae, Helodidae, Hydrophilidae,
Hygrobiidae, Dytiscidae, Gyrinidae, Valvatidae, Hydrobiidae, Lymnaeidae,
Physide, Planorbidae, Bythinellidae, Sphaeridae, Glossiphonidae, Hirudidae,
Erphobdeliidae, Asellidae, Ostracoda
3
Chironomidae, Culicidae, Ephydridae, Thaumaleidae
2
Oligochaeta (todas as classes), Syrphidae
1
Azul: pontuação (score) alterado por A
LBA
-T
ECEDOR
& S
ANCHEZ
RTEGA
(1988).
Vermelho: incluídas por A
LBA
-T
ECEDOR
& S
ANCHEZ
RTEGA
(1988).
Rosa: Incluídas por L
OYOLA
(1998 e 1999).
Verde: Incluídas por T
ONIOLO
et al. (2001).
57
B. CLASSIFICAÇÃO DE QUALIDADE DA ÁGUA, SIGNIFICADO DOS VALORES
ÍNDICE DO “BIOLOGICAL MONITORING WORK PARTY SYSTEM”. E CORES
PARA SEREM UTILIZADAS NAS REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS. DE
ACORDO COM ALBA-TECEDOR & SANCHEZ-ÓRTEGA (1988), COM
MODIFICAÇÕES.
Classe Qualidade Valor Significado Cor
I Ótima > 150 Águas prístinas (muito
limpas)
Lilás
II Boa 101 – 120 Águas não poluídas,
sistema perceptivelmente
não alterado.
Azul
III Aceitável 61 – 100 Evidentes efeitos
moderados de poluição
Verde
IV Duvidosa 36 – 60 Águas poluídas (sistemas
alterados)
Amarela
V Crítica 16 – 35 Águas muito poluídas
(sistemas muito alterados)
Laranja
VI Muito Crítica < 15 Água fortemente poluída
(sistemas fortemente
alterados)
Vermelho
58
ANEXO III: TABELA COM VALORES DOS ESCORES DE SENSIBILIDADE PARA
AS FAMÍLIAS SEGUNDO HILSENHOFF FIELD BIOTIC INDEX (FOX, 2000).
A. Avaliação da Qualidade de Água Através dos Macroinvertebrados Bentônicos.
Família
Tolerância
Família
Tolerância
Plecoptera
Capniidae 1 Perlidae 1
Chloroperlidae 1 Perlodidae 2
Leuctridae 0 Pteronarcyidae 0
Nemouridae 2 Taeniopterygidae 2
Peltoperlidae ?
Ephemeroptera
Baetidae 4 Metretopodidae 2
Baetiscidae 3 Oligoneuriidae 2
Capnidae 7 Polymitarcyidae 2
Ephemerellidae 1 Potomanthidae 4
Ephemeridae 4 Siphloneuridae 7
Heptageniidae 4 Trycorythidae 4
Leptophlebiidae 2
Odonata
Aeshnidae 3 Gomphidae 1
Calopterygidae 5 Lestidae 9
Coenagrionidae 9 Libellulidae 9
Cordulegastridae 3 Macromiidae 3
Corduliiae 5
Trichoptera
Brachycentridae 1 Molannidae 6
Glossosomatidae 0 Odontoceridae 0
helicopsychidae 1 Philopotamidae 3
Hydropsychidae 4 Phryganeidae 4
Hydroptilidae 4 Polycentropodidae 6
Lepidostomatidae 1 Psychomyiidae 2
Leptoceridae 4 Rhyacophiliidae 0
Limnephilidae 4 Sericostomatidae 3
59
Megaloptera
Corydalidae 0 Sialidae 4
Lepidoptera
Pyralidae 5
Coleoptera
Dryopidae 5 Psephenidae 4
Elmidae 4
Diptera
Athericidae 2 Psychodidae 10
Blephariceridae 0 Simuliidae 6
Ceratopogonidae 6 Muscidae 6
Chironomidae vermelho 8 Syrphidae 10
Chironomidae
outros (incluindo rosa)
6 Tabanidae 6
Dolochopodidae 4 Tipulidae 3
Empididae 6
Ephydridae 6
Amphipoda
Gammaridae 4 Talitridae 8
Isopoda
Asellidae 8
B. CLASSE DE QUALIDADE, SIGNIFICADO DOS VALORES DE HFBI E CORES
PARA SEREM UTILIZADAS NAS REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS,
HILSENHOFF, (1988).
HFBI Qualidade da àgua
Grau de poluição orgânica
0.00-3.5 Excelente Sempoluição orgânica aparente.
3.51-4.5 Muito bom Poluição orgânica leve.
4.51-5.50 Bom Algum sinal de poluição orgânica.
5.51-6.50 Moderado Poluição orgânica moderada.
6.51-7.50 Moderadamente pobre Poluição orgânica significativa.
7.51-8.50 Pobre Poluição orgânica muito
significativa.
8.51-10.00 Muito pobre Poluição orgânica severa.
60
ANEXON IV: ORGANISMOS ENCONTRADOS NO PRIMEIRO PONTO AMOSTRAL, OUTUBRO/2004.
continua
Família Areia Corredeira Folhiço Total
Arachnida Hydracarina 0 3 2 5
Hydracarina2 0 0 1 1
Platyhelmithes Dulgesiidae 0 0 1 1
Annelida Oligochaeta 14 4 126 144
Insecta Ephemeroptera 1 0 0 1
Baetidae Baetidae_sp1 7 26 0 33
Baetidae_sp2 1 203 1 205
Caenidae Caenidae 0 0 20 20
Leptohyphidae Leptohyphidae 2 131 46 179
Leptohyphidae_sp1 0 0 3 3
Traverhyphes
0 4 6 10
Trichorytopsis
11 239 6 256
Trycorythodes
0 1 0 1
Fragmento_leptohyphidae 0 0 4 4
Leptophebiidae Leptophebiidae 0 2 0 2
Askola
1 0 0 1
Farrodes
0 18 2 20
Massartela
0 0 1 1
Miroculis
0 0 9
Ordem
Ephemeroptera
9
Thraulodes
0 4 0 4
Fragmento_leptohyphlebiidae 0 0 10 10
Odonata Aeshinidae Aeshinidae 0 0 4 4
Coenagrionidae Coenagrionidae 0 5 0 5
Megapodagrionidae Megapodagrionidae 0 1 0 1
Perilestidae Perilestidae 0 0 1 1
Plecoptera Gripopterygidae Gripopterygidae 0 14 32 46
Gripopterygidae2 0 1 0 1
Perlidae Perlidae 0 44 0 44
Hemiptera Veliidae Veliidae_(Rhagovelinae) 17 0 0 17
Coleoptera Elmidae Elmidae_larva 1 26 66 93
61
ANEXON IV: ORGANISMOS ENCONTRADOS NO PRIMEIRO PONTO AMOSTRAL, OUTUBRO/2004
continuação
Ordem Família Areia
Pedras em
corredeira Folhiço Total
Elmidae_adult 0 56 0 56
Phanoceros 0 1 3 4
Elmidae_sp1 0 11 3 14
Promoresia
0 1 0 1
Neoelmis
0 0 1 1
Gyrinidae Gyrinidae_larva 1 0 0 1
Heteroceridae Heteroceridae 0 0 1 1
Hydrochidae Hydrochidae 0 0 1 1
Hydrophilidae Hydrophilidae 0 4 7 11
Lutrochidae Lutrochidae 0 0 5 5
Psephenidae Psephenidae 1 0 0 1
Megaloptera Corydalidae Corydalidae 0 3 0 3
Diptera Blephareceridae Blephareceridae 0 7 0 7
Cecidomyiidae Cecidomyiidae 1 0 0 1
Ceratopogonidae Ceratopogonidae 1 2 16 19
Chironomidae Chironominae 33 43 1278 1354
Orthocladinae 113 43 25 181
Tanypodinae 4 2 72 78
Empididae Empididae 2 12 0 14
Simuliidae Simuliidae 0 33 1 34
Tipulidae Tipulidae 13 9 18 40
Pupa_diptera 10 8 41 59
Trichoptera Calamoceratidae Calamoceratidae 0 0 49 49
Ecnomidae Ecnomidae 0 0 4 4
Glossosomatidae Glossosomatidae 2 0 0 2
Glossosomatidae1 2 11 0 13
Helicopsychidae Helicopsychidae 4 0 0 4
Hydrobiosidae Hydrobiosidae 0 3 0 3
Hydroptilidae Hydroptilidae 0 29 11 40
Hydropsychidae Hydropsychidae 0 38 1 39
62
ANEXON IV: ORGANISMOS ENCONTRADOS NO PRIMEIRO PONTO AMOSTRAL, OUTUBRO/2004
conclusão
Ordem Família Areia Corredeira Folhiço Total
Leptoceridae
Nectopsyche
2 0 28 30
Oecetis
0 1 12 13
Triplectides
0 0 1 1
Leptoceridae sp. 1 0 0 26 26
Polycentropodidae Polycentropodidae 0 3 1 4
Phylopotamidae Phylopotamidae 0 17 0 17
Xiphocentronidae Xiphocentronidae 0 0 1 1
Trichoptera_"c" 0 0 4 4
Trichoptera NI 0 0 2 2
Pupa trichopetra 0 4 2 6
Diptera 2 0 0 2
Insecta 1 0 0 1
Crustaceao Decapoda Palemonidae Palemonidae 1 0 0 1
Total 248 1067 1956 3271
63
ANEXO V: ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 2 DE COLETA,
OUTUBRO/2004.
Ordem Família
Rochas de
Corredeira
Arachnida Hydracarina 3
Annelida Oligochaeta 21
Insecta Ephemeroptera Ephemeroptera 1
Baetidae Baetidae_sp1 7
Baetidae_sp2 48
Leptohyphidae
Leptohyphidae
42
Trichorytopsis
100
Fragmento_leptohyphidae 7
Leptophebiidae Farrodes 7
Thraulodes 5
Fragmento_leptohyphlebiidae 1
Odonata Coenagrionidae Coenagrionidae 4
Plecoptera Gripopterygidae Gripopterygidae 16
Gripopterygidae2 8
Perlidae Perlidae 30
Coleoptera Elmidae_larva 6
Elmidae_adult 20
Phanoceros 1
Hydrophilidae Hydrophilidae 21
Megaloptera Corydalidae Corydalidae 1
Diptera Blephareceridae Blephareceridae 47
Blephareceridae_pupa 5
Chironomidae Chironominae 28
Orthocladinae 14
Tanypodinae 1
Empididae Empididae 3
Psychodidae Psychodidae 3
Simuliidae Simuliidae 4
Tipulidae Tipulidae 1
Pupa_diptera 8
Trichoptera Glossosomatidae Glossosomatidae 166
Hydrobiosidae Hydrobiosidae 1
Hydroptilidae Hydroptilidae 18
Hydropsychidae Hydropsychidae 42
Polycentropodidae Polycentropodidae 2
Phylopotamidae Phylopotamidae 5
Pupa trichopetra 4
Pupa 1
NI 1
Total 703
703
64
ANEXO VI: ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 3 DE COLETA, OUTUBRO/2004.
Continua
Ordem Família Areia Cascalho
Pedras em
Corredeira
Folhiço Total
Tardigrada Tardigrada 0 1 0 0 1
Arachnida Hydracarina 0 0 1 1 2
Annelida Oligochaeta 0 3 7 40 50
Mollusca Planorbidae 0 0 0 3 3
Insecta Ephemeroptera Baetidae Baetidae_sp1 0 17 0 2 19
Baetidae_sp2 0 6 24 0 30
Caenidae Caenidae 0 0 0 2 2
Leptohyphidae Leptohyphidae 0 23 9 954 986
Leptohyphidae_sp2 0 9 0 17 26
Trichorytopsis
0 0 0 7 7
Trycorythodes
0 3 1 122 126
Leptophebiidae Leptophebiidae 0 0 1 2 3
Farrodes
0 2 0 0 2
Miroculis
0 0 0 30 30
Meridialaris
0 0 0 2 2
Thraulodes 0 1 0 0 1
Odonata Calopterygidae Calopterygidae 0 0 0 1 1
Gomphidae Gomphidae 0 0 0 1 1
Plecoptera Gripopterygidae Gripopterygidae 0 1 0 44 45
Perlidae Perlidae 0 0 0 2 2
Hemiptera Veliidae Veliidae_(Rhagovelinae) 4 3 0 0 7
Coleoptera Elmidae Elmidae_larva 1 4 5 188 198
Elmidae_adult 0 1 2 5 8
Phanoceros 0 0 1 7 8
Elmidae_sp. 1 0 0 0 14 14
Promoresia
0 0 0 1 1
Hydrophilidae Hydrophilidae 0 0 1 8 9
Lutrochidae Lutrochidae 0 0 0 1 1
Psephenidae Psephenidae 0 1 0 2
3
65
ANEXO VI: ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 3 DE COLETA, OUTUBRO/2004.
Conclusão
Ordem Família Areia Cascalho
Pedras em
Corredeira Folhiço Total
Diptera Blephareceridae blephareceridae 0 0 3 1 4
Ceratopogonidae Ceratopogonidae 0 1 0 0 1
Chironomidae Chironominae 19 49 6 418 492
Orthocladinae 13 5 0 13 31
Tanypodinae 1 3 0 92 96
Empididae Empididae 0 0 1 1 2
Empididae pupa 0 0 0 1 1
Psychodidae Psychodidae 0 3 6 0 9
Sciomyzidae Sciomyzidae 0 0 0 1 1
Simuliidae Simuliidae 0 1 4 0 5
Tipulidae Tipulidae 0 1 0 0 1
Pupa_diptera 5 5 1 8 19
Diptera 0 0 0 1 1
Trichoptera Calamoceratidae Calamoceratidae 0 0 0 31 31
Glossosomatidae Glossosomatidae 1 30 10 0 41
Helicopsychidae Helicopsychidae 0 0 0 1 1
Hydroptilidae Hydroptilidae 0 1 53 4 58
Hydropsychidae Hydropsychidae 1 74 17 3 95
Leptoceridae
Nectopsyche
0 0 0 17 17
Triplectides
0 0 0 4 4
Phylopotamidae Phylopotamidae 0 2 3 0 5
Pupa_trichopetra 1 1 8 12 22
Pupa 0 0 1 1 2
Total 46 251 165 2065 2527
66
ANEXO VII: ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 4 DE COLETA,
OUTUBRO/2004.
Odem Família
Areia Cascalho
Vegetação
Marginal
Total
Arachnida Hydracarina 1 0 0 1
Platyhelmithes Dulgesiidae 0 0 1 1
Annelida Oligochaeta 0 5 10 15
Bivalvia (pelecypode) 0 1 0 1
Insecta Ephemeroptera Ephemeroptera 1 1 0 2
Baetidae Baetidae_sp1 0 5 174 179
Baetidae_sp2 0 2 0 2
Leptohyphidae Leptohyphidae 0 4 65 69
Trichorytopsis
0 2 1 3
Trycorythodes
0 1 6 7
Odonata Calopterygidae 0 0 20 20
Coenagrionidae Coenagrionidae 0 0 1 1
Plecoptera Gripopterygidae Gripopterygidae 0 0 1 1
Hemiptera Veliidae Veliidae_(Rhagovelinae) 0 0 14 14
Coleoptera Elmidae Elmidae_larva 1 4 25 30
Phanoceros
0 0 1 1
Gyrinidae Gyrinidae_larva 0 0 3 3
Hydrophilidae Hydrophilidae 0 0 2 2
Psephenidae Psephenidae 0 1 0 1
Díptera Chironomidae Chironominae 4 15 1 20
Orthocladinae 2 2 2 6
Tanypodinae 0 1 2 3
Simuliidae Simuliidae 0 1 0 1
Pupa_diptera 0 0 3 3
Trichoptera Glossosomatidae Glossosomatidae 0 2 0 2
Hydropsychidae Hydropsychidae 3 21 6 30
Leptoceridae
Nectopsyche
0 0 7 7
Phylopotamidae Phylopotamidae 0 2 0 2
Pupa_trichopetra 0 1 4 5
Total 12 71 349 432
67
ANEXO VIII: ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 5 DE COLETA,
OUTUBRO/2004.
Ordem Família Areia
Vegetação
Marginal
Total
Arachnida Hydracarina 1 0 1
Annelida Oligochaeta 0 23 23
Baetidae Baetidae_sp1 0 498 498
Baetidae_sp2 0 3 3
Leptohyphidae Leptohyphidae 3 22 25
Leptohyphidae_sp2 0 0 0
Traverhyphes
0 37 37
Trichorytopsis
0 11 11
Trycorythodes
0 3 3
Fragmento_leptohyphidae 0 1 1
Thraulodes
2 0 2
Oligoneuriidae Oligoneuriidae 0 1 1
Odonata Calopterygidae Calopterygidae 0 14 14
Hemiptera Veliidae Veliidae_(Rhagovelinae) 0 2 2
Coleoptera Elmidae Elmidae_larva 2 33 35
Neoelmis
2 0 2
Gyrinidae Gyrinidae_larva 0 5 5
Diptera Chironomidae Chironominae 16 153 169
Orthocladinae 3 61 64
Tanypodinae 6 31 37
Empididae Empididae 0 3 3
Empididae pupa 0 2 2
Ephydridae Ephydridae 0 3 3
Simuliidae Simuliidae 0 1 1
Tipulidae Tipulidae 4 0 4
Pupa_diptera 1 32 33
Trichoptera Hydroptilidae Hydroptilidae 1 3 4
Hydropsychidae Hydropsychidae 0 12 12
Leptoceridae Nectopsyche 0 65 65
Pupa_trichopetra 0 1 1
Diptera 1 0 1
Lepidoptera Lepidoptera 1 1 2
Insecta 0 1 1
Crustaceao Decapoda Atyidae Atyidae 0 1 1
Total 43 1025 1068
68
ANEXO IX: RESULTADOS DOS CÁLCULOS DE SIMILARIDADE EM
PORCENTAGEM NOS CINCO PONTOS AMOSTRAIS NA COLETA DE 2004.
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4
Ponto 1
Ponto 2 47,43
Ponto 3
58,96
46,18
Ponto 4
34,30
42,38 39,85
Ponto 5 41,93 36,07 42,34 57,17
ANEXO X: RESULTADOS DOS CÁLCULOS DE SIMILARIDADE EM
PORCENTAGEM (SENGUNDO BRAY-CURTIS) PARA OS SUBSTRATOS NOS
CINCO PONTOS AMOSTRAIS NA COLETA DE 2004.
1 areia 1 cor 1 fol 2 cor 3 casc 3 cor 3 fol 3 areia 4 areia 4 casc 4 VM 5 VM
1 cor 32,26
1 fol 27,12 36,21
2 cor 31,32 65,38 34,16
3 casc 42,14 40,60 27,80 48,23
3 cor 21,80 37,85 20,68 47,81 49,51
3 fol 25,12 37,97 54,85 34,19 29,67 24,84
3 areia 39,66 16,40 14,92 20,45 38,61 22,19 15,18
4 areia 16,02 8,71 7,08 11,67 17,18 19,73 8,03 42,72
4 casc 42,01 27,12 19,54 33,85 57,37 49,54 20,00 42,69 36,51
4 VM 34,80 32,82 27,96 29,98 42,04 31,27 32,45 25,99 14,91 37,74
5 VM 43,46 36,97 43,26 34,21 41,41 26,87 39,90 23,49 9,92 32,78 53,58
5 areia 35,10 18,87 17,84 20,04 34,55 24,18 15,00 45,53 36,95 36,17 19,44 20,93
Onde: Casc = Cascalho, Cor = Rochas em corredeira, Fol = Folhiço, VM =
Vegetação marginal.
ANEXO XI: TESTE DE RAREFAÇÃO PARA OS PONTOS AMOSTRAIS
OUTUBRO/2004.
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5
Ponto 2
1 > 2 - - - -
Ponto 3
1 > 3 = - - -
Ponto 4
1 > 4 2 > 4 = - -
Ponto 5
1 >5 5 < 2 = 4 < 5 -
69
ANEXO XII: NÚMERO DE ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 1, RIO
PINTO, MORRETES - PR – MAIO/2005. Continua
Ordem Famíla Areia
Pedras em
Corredeira
Folhiço Total
Nematoda Nematoda 1 0 0 1
Arachnida Hydracarina 24 1 2 29
Hydracarina3 0 0 2 0
Dulgesiidae Dulgesiidae 0 0 3 0 3
Oligochaeta 3 1 3 12 19
Gastropoda 0 0 1 0 1
Ephemeroptera 1 0 0 0 1
Ephemeroptera _nayade 1 1 0 2
Baetidae Baetidae_sp1 3 81 0 87
Baetidae_sp2 1 37 0 156
Fragmento_baetidae 0 0 2 2
Caenidae Caenidae 0 0 0 5
Leptohyphidae Leptohyphidae 0 9 2 24 35
Traverhyphes
0 16 9 14 39
Trichorytopsis
3 14 41 3 61
Trycorythodes
0 0 0 6 6
Leptoblhebiidae 0 0 0 22 22
Thraulodes
2 2 0 4
Farrodes
0 2 0 3
Ulmerithoides
0 0 1 1
Coenagrionidae Coenagrionidae 1 7 1 9
Libellulidae Libellulidae 1 1 2 1
Cascalho
0
2
2
Ephemeroptera(?)
0
3
118
0
5
Miroculis
0
1
0
0
5
Libellulidae2 0 1 0 0 1
Plecoptera Gripopterygidae 0 1 1 15 17
Perlidae Perlidae 0 7 13 0 20
Veliidae Veliidae_(Rhagovelinae) 0 0 0 4
Naucoridae
Limnocoris
1 0 0 1
Cryphocicos
0 2 0 6
Coleoptera Dryopidae Dryopidae 0 0 1 1
Elmidae Elmidae_larva 4 29 155 210
0 14 65 1 80
Phanoceros
0 0 0 4 4
Elmidae_sp1 0 1 17 18 36
Promoresia
0 0
Gripopterygidae
4
0
4
0
22
Elmidae_adult
0 2 2
Neoelmis
0 0 1 6 7
Curculionidae Curculionidae_pupa 0 0 0 1 1
Hydrophilidae Hydrophilidae_ad 1 19 0 0 20
Lutrochidae Hydrophilidae 2 8 4 9 23
Noteridae Lutrochidae 0 0 0 6 6
Psephenidae Noteridae 0 0 0 0 0
Psephenidae 0 2 10 3 15
Megaloptera Corydalidae Corydalidae 0 1 2 0 3
Díptera Blephareceridae Blephareceridae 0 3 14 1 18
Ceratopogonidae Ceratopogonidae 0 1 12 0 13
Ceratopogonidae2 1 0 0 0 1
Chironimidae Chironominae 7 14 20 315 356
Orthocladinae 208 22 6 15 251
Tanypodinae 0 0 0 95 95
Empididae Empididae 0 0 1 3 4
70
ANEXO XII: NÚMERO DE ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 1, RIO PINTO, MORRETES
- PR – MAIO/2005.
Conclusão
Psychodidae Psychodidae 0 1 56 0 57
Psychodidae_pupa 0 0 1 0 1
Simuliidae Simuliidae 1 3 12 0 16
Simuliidae_pupa 0 0 0 1 1
Tipulidae Tipulidae 1 2 1 3 7
Pupa_ditera 5 1 3 15 24
Trichoptera Calamoceratidae Calamoceratidae 0 0 0 77 77
Ecnomidae Ecnomidae 0 0 1 0 1
Glossosomatidae Glossosomatidae 0 9 18 0 27
Helicopsychidae Helicopsychidae 0 0 1 2 3
Hydrobiosidae Hydrobiosidae 0 0 5 0 5
Hydropsychidae Hydropsychidae 1 18 47 2 68
Hydroptilidae Hydroptilidae 0 0 0 1 1
Hydroptilidae_1 0 0 0 0 0
Hydroptilidae_2 0 0 0 6 6
Hydroptilidae_3 0 0 2 0 2
Leptoceridae Nectopsyche sp 4 3 2 81 90
Oecetis sp 0 0 2 3 5
Triplectides sp 0 0 0 50 50
Polycentropodidae Polycentropodidae 0 1 0 0 1
Phylopotamidae Phylopotamidae 0 10 12 0 22
Pupa_trichoptera 0 2 2 1 5
Trichodactilidae 0 0 0 1 1
Total 292 243 636 987 2158
71
ANEXO XIII: ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 2, RIO DOS CAIURU, MORRETES, PR – MAIO/2005.
Continua
Ordem Família Cascalho Correderira Folhiço Total
Arachnida hydracarina 0 0 3 3
Platyhelminthes Dulgesiidae Dulgesiidae 0 0 3 3
Annelida Oligochaeta 13 14 330 357
Mollusca Planorbidae 0 0 4 4
Gastropoda 1 0 2 3
Gastropoda1 0 0 39 39
Mollusca 0 0 3 3
Insecta Ephemeroptera Baetidae Baetidae_sp1 7 34 3 44
Baetidae_sp2 1 70 0 71
Leptohyphidae Leptohyphidae 23 10 175 208
Traverhyphes
21 1 389 411
Trichorytopsis
39 7 9 55
Trycorythodes
5 0 26 31
Fragmento_leptohyphidae 0 0 31 31
Leptophlebiidae
Miroculis
0 0 10 10
Thraulodes
0 1 2 3
Farrodes
3 6 9 18
Fragmento_leptohyphlebiidae 0 1 3 4
Odonata Calopterygidae Calopterygidae 0 0 1 1
Coenagrionidae Coenagrionidae 6 2 1 9
Gomphidae Gomphidae 0 0 2 2
Lestidae Lestidae 1 0 0 1
Libellulidae Libellulidae 2 1 0 3
Perilestidae Perilestidae 2 0 0 2
Odonata 1 0 0 1
Plecoptera Gripopterygidae Gripopterygidae 1 4 23 28
Gripopterygidae2 0 2 0 2
Perlidae Perlidae 0 31 1 32
Fragmento_perlidae 0 1 0 1
Hemiptera Veliidae Veliidae_(Rhagovelinae) 0 1 0 1
Coleoptera Dryopidae Dryopidae 0 0 13
13
72
ANEXO XIII: NÚEMRO DE ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 2, RIO DOS CAIURU,
MORRETES, PR – MAIO/2005.
Continuação
Ordem Família Cascalho Correderira Folhiço Total
Elmidae Elmidae_larva 6 20 157 183
Elmidae_adult 4 41 1 46
Phanoceros
1 0 2 3
Elmidae_sp1 0 1 0 1
Neoelmis
0 0 1 1
Hydrochidae Hydrochidae 57 0 1 58
Lutrochidae Hydrophilidae 52 4 195 251
Noteridae Lutrochidae 0 0 1 1
Psephenidae 5 1 1 7
Staphilinidae Staphilinidae_adulto 0 1 0 1
Megaloptera Corydalidae Corydalidae 2 0 0 2
Diptera Blephareceridae Blephareceridae 7 270 1 278
Blephareceridae_pupa 1 24 0 25
Chironomidae Chironominae 18 21 133 172
Orthocladinae 2 5 6 13
Tanypodinae 1 0 88 89
Empididae Empididae 1 4 1 6
Simuliidae Simuliidae 0 2 0 2
Tipulidae Tipulidae 2 1 5 8
Ditera_pupa 2 2 16 20
Trichoptera Calamoceratidae Calamoceratidae 2 0 42 44
Glossosomatidae Glossosomatidae 13 2 1 16
Glossosomatidae sp. 2 1 0 0 1
Glossosomatidae_pupa 6 0 0 6
Helicopsychidae Helicopsychidae 0 59 4 63
Hydropsychidae Hydropsychidae 0 53 0 53
Hydroptilidae_pupa 29 0 1 30
Hydroptilidae Hydroptilidae 0 7 0 7
Leptoceridae Nectopsyche sp 24 2 12561230
Oecetis sp 0 0 3838
73
ANEXO XIII: NÚMERO DE ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 2, RIO DOS CAIURU,
MORRETES, PR – MAIO/2005.
Ordem Família Cascalho Folhiço
Triplectides sp 1 0 28 29
Leptoceridae sp. 2 0 0 1 1
Leptoceridae sp. 3 0 0 2 2
Polycentropodidae Polycentropodidae 3 0 0 3
Phylopotamidae Phylopotamidae 0 18 0 18
Leptoceridae 1 1 0 2
Trichoptera pupa 0 0 1 1
Trichoptera_"c" 1 0 0 1
Total 368 725 3040 4133
Conclusão
Correderira Total
pupa
74
ANEXO XIV: NÚMERO DE ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 3, RIO DO PINTO, MORRETES, PR – MAIO/2005.
Continua
Ordem Família
Areia Cascalho
Pedras
em
Corredeira
Vegetação
Marginal Folhiço Total
Nematoda 5 0 0 0 1 6
Arachnida Hydracarina 2 6 1 0 0 9
Platyhelminthes Dulgesiidae Dulgesiidae 0 0 1 0 0 1
Annelida Oligochaeta 34 29 18 13 129 223
Insecta eroptera _nayade Ephemeroptera Ephem 0 0 34 0 0 34
Baetidae Baetidae_sp1 10 22 155 501 14 702
Baetidae_sp2 1 0 295 0 0 296
Frag_baetidae 0 0 13 0 2 15
L Leptohyphidae 0 6 90 11 3 110
Traverhyphes
0 18 18 64 99 199
Trichorytopsis
63 96 10 5 18 192
Trycorythodes
2 31 21 6 42 102
Frag_leptohyphidae 0 3 4 0 0 7
Leptophlebiidae
Miroculis
0 0 0 0 14 14
Thraulodes
0 6 0 0 73
Farrodes
0 0 0 3 0 3
Hylistes
0 0 1 0 0 1
Frag_leptohyphlebiidae 0 0 3 0 1 4
Aeshinidae Aeshinidae 0 0 0 0 2 2
Odonata Calopterygidae Calopterygidae 1 0 0 7 1 9
Coenagrionidae Coenagrionidae 0 2 0 0 1 3
Gomphidae Gomphidae 2 0 0 0 2
Libellulidae Libellulidae 1 0 0 0 3
Plecoptera Gripopterygidae Gripopterygidae 0 0 0 3 0
Perlidae Perlidae 0 1 9 0 13 23
Hemiptera Veliidae Veliidae_(Rhagovelinae) 1 0 0 4 27
Coleoptera Dryopidae Dryopidae 0 0 0 0 1 1
Elmidae Elmidae_larva 2 14 67 15 205
303
Nematoda
eptohyphidae
1 57
0
2
3
22
75
ANEXO XIV: NÚMERO DE ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 3 RIO DO PINTO, MORRETES, PR
– MAIO/2005.
Ordem Família Areia Cascalho
Pedras
em
Corredeira
Vegetação
Marginal
Folhiço Total
Elmidae_adult 0 0 5 1 2
Phanoceros
0 0 0 0 2 2
Elmidae sp. 1 0 0 3 0 7 10
Neoelmis
7 0 0 0 13
Hydrophilidae 0 0 Hydrophilidae 0 1 0 1
Lutrochidae Lutrochidae 0 1 0 0 1
Noteridae Noteridae 0 0 0 0 1 1
2 21 2 0 42 67
Staphilinidae 1 Staphilinidae_ad 0 0 0 1 0
Megaloptera Corydalidae Corydalidae 0 3 8 0 0 11
Diptera Blephareceridae Blephareceridae 0 0 20 0 0 20
Cecidomyiidae Cecidomyiidae 0 0 0 0 1 1
Ceratopogonidae Ceratopogonidae 4 3 1 0 0 0
Ceratopogonidae2 0 0 0 0 0
Chironominae 37 7 43 50 848 985
Chironimidae Orthocladinae 14 8 6 6 4 38
Tanypodinae 1 3 0 16 71 91
Chironomidae? 0 16 3 0 0 19
Empididae Empididae 0 0 2 1 1 4
Psychodidae Psychodidae 0 1 14 0 0 15
Simuliidae Simuliidae 0 0 4 0 0 4
Simuliidae_pupa 0 0 1 0 0 1
Tipulidae 0 Tipulidae 0 2 0 0 2
Pupa_ditera 14 8 14 10 43 89
Calamoceratidae Calamoceratidae 0 0 0 0 10 10
Glossosomatidae Glossosomatidae 1 3 0 0 0 4
Helicopsychidae Helicopsychidae 0 5 1 0 8 14
Continuação
8
20
0
Psephenidae Psephenidae
0
76
ANEXO XIV: NÚMERO DE ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 3 RIO DO PINTO, MORRETES, PR
– MAIO/2005.
Conclusão
Ordem Família Areia Cascalho
Pedras
em
Corredeira
Vegetação
Marginal Folhiço Total
Helicopsychidae_pupa 0 1 0 0 0 1
Hydrobiosidae Hydrobiosidae 0 0 3 0 0 3
Hydropsychidae Hydropsychidae 0 13 152 4 1 170
Hydroptilidae_pupa 2 0 1 0 1 4
Trichoptera Hydroptilidae Hydroptilidae 4 13 1 9 6 33
Hydroptilidae_1 0 0 7 0 1 8
Hydroptilidae_2 0 0 3 0 0 3
Lepidoptera Leptoceridae Nectopsyche sp. 6 12 1 52 795 866
Oecetis sp. 1 1 0 0 2 4
Triplectides sp. 0 0 0 0 7 7
Polycentropodidae Polycentropodidae 0 0 0 0 1 1
Phylopotamidae Phylopotamidae 0 0 69 0 0 69
Pupa_trichoptera 0 3 2 0 0 5
Lepidoptera 0 1 0 1 2
Lepidoptera_2 0 1 0 0 0 1
Pupa 0 0 0 1 0
Crustacea Decapoda Atyidae Atyidae 0 0 0 9 0 9
Total 216 368 1163 810 49772420
0
1
77
ANEXO XV: ANEXO XV: NÚMERO DE ORGANISMOS REGISTRADOS NO PONTO 4, RIO DO PINTO, MORRETES,PR –
MAIO/2005.
.
Continua
Ordem Famíla Areia Cascalho Corredeira
Vegetação
Marginal
Total
Nematoda Nematoda 0 1 0 0 1
Collembola Collembola 0 0 1 0 1
Arachnida hydracarina 3 2 1 1 7
Platyhelminthes Dulgesiidae Dulgesiidae 0 2 24 0 26
Annelida Oligochaeta 2 5 4 2 13
Mollusca Planorbidae 0 0 0 1 1
Mollusca 1 0 0 0 1
Insecta Ephemeroptera Baetidae Baetidae_sp1 1 4 32 79 116
Baetidae_sp2 0 0 3 0 3
L Leptohyphidae 0 14 0
Traverhyphes
0 0 28 0 28
Trichorytopsis
3 20 15 1 39
Trycorythodes
0 0 1 15
Odonata Calopterygidae Calopterygidae 0 0 0 7
Coenagrionidae Coenagrionidae 0 0 0 2 2
Gomphidae Gomphidae 0 0 1 1
Gomphidae_Archeogomphus 0 0 0
Perlidae Perlidae 1 0 0 0 1
Hemiptera Corixidae 0 0 0 3 3
Veliidae Veliidae_(Rhagovelinae) 1 0 0 3
Coleóptera Dryopidae Dryopidae_ad 0 1 0 0 1
Dytiscidae Dytiscidae_ad 0 0 2 0 2
Dytiscidae_larva 0 0 1 0 1
Elmidae Elmidae_larva 1 9 4 0 14
Elmidae_adult 2 0 6 1 9
Elmidae sp.1 1 0 2 0 3
Neoelmis
0 0 57 1 58
Lutrochidae Hydrophilidae 0 2 0 3
eptohyphidae 0 14
14
7
0
2 2
Corixidae
4
1
78
Anexo XV: Número de organismos registrados no ponto 4, rio do Pinto, Morretes,PR – maio/2005.
Conclusão
Ordem Famíla Areia Cascalho Corredeira
Vegetação
Marginal
Total
Psephenidae Noteridae 0 1 0 0 1
Psephenidae 1 1 0 2
Staphilinidae_ad 1 1 0 2
Ceratopogonidae Ceratopogonidae 0 1 0 0 1
Chironimidae Chironominae 10 9 6 8 33
Orthocladinae 0 2 7 0
Tanypodinae 0 1 0 0 1
Psychodidae Psychodidae 0 0 1 1
Tipulidae Tipulidae 4 0 0 4
1 3 5 3 12
Trichoptera Glossosomatidae Glossosomatidae 0 0 1 0 1
Hydropsychidae Hydropsychidae 1 2 19 0 22
Hydroptilidae_pupa 0 0 1 0 1
Hydroptilidae Hydroptilidae 0 1 4 0 5
Polycentropodidae Polycentropodidae 0 0 0
Phylopotamidae Phylopotamidae 0 0 1
Lepidoptera Lepidoptera 0 0 2
Pupa 1 0 1
Caridea 0 1 0 2
Isopoda Isopoda 0 1 1 0 2
Total 31 71 261 117 480
0
Staphilinidae 0
Díptera
9
0
0
Pupa_ditera
1 1
1 0
1 1
0 0
1
79
ANEXO XVI: NÚMERO DE ORGANISMOS COLETAOS NO PONTO 5, RIO DO
PINTO, MORRETES, PR – MAIO/2005.
Ordem Família Areia
Vegetação
Marginal
Total
Arachnida Hydracarina 63 0 63
Hydracarina3 1 0 1
Oligochaeta 0 3 3
Baetidae Baetidae_sp1 0 113 113
Calopterygidae Calopterygidae 2 3 5
Gomphidae Gomphidae 2 2 4
Odonata Libellulidae Libellulidae 0 1 1
Hemiptera Veliidae Veliidae_(Rhagovelinae) 1 2 3
Coleoptera Elmidae Elmidae_larva 1 0 1
Elmidae_adult 1 0 1
Neoelmis
3 1 4
Gyrinidae Gyrinidae_larva 0 1 1
Chironimidae Chironominae 6 7 13
Tanypodinae 1 0 1
Tipulidae Tipulidae 4 0 4
Pupa_ditera 0 2 2
Hydropsychidae Hydropsychidae 2 7 9
Leptoceridae Nectopsyche sp 0 4 4
Crustacea Decapoda Palemonidae Palemonidae 0 1 1
Total 87 147 234
Annelida
Insecta Ephemeroptera
Diptera
80
ANEXO XVII: RESULTADOS DOS CÁLCULOS DE SIMILARIDADE EM
PORCENTAGEM (SENGUNDO BRAY-CURTIS) NOS CINCO PONTOS
AMOSTRAIS NA COLETA DE 2005.
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4
Ponto 1
Ponto 2 58,55
Ponto 3
62,53
61,67
Ponto 4 40,22 34,01 37,53
Ponto 5 22,32
15,3
17,98 42,29
81
XVIII: RESULTADOS DOS CÁLCULOS DE SIMILARIDADE EM PORCENTAGEM (SENGUNDO BRAY-CURTIS) PARA OS
SUBSTRATOS NOS CINCO PONTOS AMOSTRAIS NA COLETA DE 2005.
casc 1 1 cor 1 areia 1 fol 2 casc 2 cor 2 fol 3 aeia 3 cas 3 vm 3 cor 3 fol 4 ar 4 cor 4 casc 4 vm 5 areia
1 cor 62,57
1 areia
1 fol
29,93
32,81
40,11
32,38 32,62 26,14
2 casc 49,53 42,49 28,11 38,55
2 cor 54,89 59,50 29,76 30,93 40,05
2 fol 25,34 26,99 17,53 55,36 36,17 25,81
3 areia 35,55 34,28 41,02 34,69 40,96 31,52 26,49
3 casc
48,16 45,13 35,82 35,68 44,42 39,38
39,36
33,06 52,33
3 vm 32,16 33,66 27,51 43,38
36,01
40,78 34,52 41,41 45,11
3 cor 46,04 59,09 22,41 33,30 50,22 33,68 29,74 45,27 40,07
3 fol 25,34 31,50 19,86 59,85 33,73 30,14 61,12 36,50 40,82 42,10 34,85
4 areia
32,19 22,53 36,32 19,50 21,55 24,13 12,84 32,83 24,14 21,78 18,67 15,63
4 cor 48,35 42,24 30,96 31,39 39,39 41,17 24,92 44,06 49,47 44,57 42,50 32,59 33,95
4 casc
31,52 26,55 40,69 20,68 27,88 24,35 15,45 47,55 38,42 29,12 20,09 19,58 42,34 42,05
4 vm 21,25 24,31 26,21 14,72 21,20 21,21 12,79 36,33 24,14 35,77 19,80 17,36 39,20 30,76 30,25
5 areia
5 vm
15,88 13,26
25,86
28,80 15,52 11,35 11,12 9,97 27,39 16,92 16,01 7,54 9,98 37,34 17,68 32,26 32,14
21,28 29,50 14,81 17,98 23,94 9,99 37,77 24,96 38,58 21,31 16,11 32,19 28,79 28,87 63,52
82
Onde: Casc = Cascalho, Cor = Rochas em corredeira, Fol = Folhiço, VM = Vegetação Marginal.
ANEXO XIX: TESTE DE RAREFAÇÃO PARA OS PONTOS AMOSTRAIS
MAIO/2005.
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5
Ponto 2
1>2
Ponto 3
1>3 =
Ponto 4
= 2<4 3<4
Ponto 5
1>5 2>5 3>5 4>5 4>5
83
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