Santo não vai falar besteira, o Espírito Santo não vai pedir, não vai interceder por algo
que seja ruim pra mim, por algo que seja contrário à vontade dele. Então, isso que me
dá esta certeza, me dá esta tranqüilidade, que quando eu oro em línguas minha oração
é uma oração perfeita.
Ninguém permanece o mesmo consigo mesmo e com os outros depois dessa
experiência de Deus. Estou longe de viver o sermão da montanha, onde Jesus fala
oferecer a face quando alguém te bate, oferecer a outra face, de amar os inimigos.
Porém Deus já me concedeu a graça de ter experiências desse tipo que me fizeram
perceber como o meu relacionamento com as pessoas mudou. Então, por exemplo, eu
tenho... Deus me deu esta graça de perdoar as pessoas, que de alguma forma acabam
machucando a gente. Não que eu não me ofenda, não que eu não me chateei com a
situação ou com as pessoas, com o que eles fizeram. Porém, da mesma forma que a
gente reza no Pai-nosso, pede a Deus que nos perdoe, da mesma forma que a gente
perdoa as pessoas. Então eu participei de alguns retiros com alguns padres, padre
Degrandis, padre Alírio, que eles falam muito da importância do perdão, da
necessidade do perdão. Que além de ser uma exigência bíblica, uma exigência
evangélica de Jesus Cristo, é algo que nos faz um bem enorme, é algo que nos
aproxima de Deus, que nos cura. Então, eu procurei esta experiência do perdão e pedi
a Deus que me ajudasse a perdoar, e peço ainda a todas as pessoas que me ofendem.
Eu vejo que uma grande transformação no relacionamento com as pessoas foi esta
capacidade, não minha, mas de Deus em mim de perdoar as pessoas muito maior que
antigamente. Porque a gente vai experimentando a nossa realidade de pecador e
experimenta o amor de Deus, que nos perdoa e isto acaba transbordando e facilitando
e dando a força necessária, a humildade necessária, o amor às pessoas o respeito. Não
que eu seja santo, muito longe de amar como Jesus pediu, amar como ele nos amou.
Mas eu percebo que Deus me cutuca, em diversas situações, em especial dentro de
casa. Vejo que o maior desafio, pra mim, de amar, é dentro de casa, de viver o amor, a
comunhão, é dentro de casa com minha esposa. Porque lá realmente eu não tenho
nenhum tipo de... de... como posso dizer? Mascaras, né? Que lá na nossa casa, nós
somos realmente quem somos. Às vezes na igreja, ou no trabalho devido a situações,
devido a circunstâncias, você não acaba não demonstrando tudo aquilo que você é
sendo cem por cento sincero, porque você tem os relacionamentos, não sabe como as
pessoas vão agir, você tem um objetivo de trabalho, você tem o objetivo de um
serviço. E você acaba vivendo de uma forma pacífica com todos, mas às vezes acaba