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Tabela 2 - Taxa de Juros Selic
Acumulada no Mês Anualizada
Fonte dos Dados: Banco Central do Brasil
A crise do sudeste asiático atingiu a economia brasileira através de
dois canais principais de contágio: os mercados de títulos da dívida externa
brasileira e, mais intensamente, os mercados de derivativos cambiais.
Visando combater as pressões cambiais originadas no mercado de
derivativos (BM&F), o Banco Central forneceu hedge ao mercado através da
venda de títulos com correção cambial e venda de dólar futuro na BM&F.
(Franco, 1999:314). Será demonstrado na próxima seção a modificação do
perfil de endividamento público resultante da atuação do Banco Central no
mercado cambial via colocação de títulos públicos com cláusula de correção
cambial. Adicionalmente à atuação no mercado de derivativos cambiais, o
Banco Central elevou as taxas de juros a fim de atender os investidores
externos que passaram a exigir maiores rendimentos devido ao risco
crescente do país. Este último, por sua vez, decorria em grande parte do
atraso cambial cada vez mais percebido pelo mercado. No dia 30/10/1997
Mês 1994 1995 1996 1997 1998 1999
jan 46,3% 33,8% 21,7% 37,2% 31,2%
fev 56,5% 36,1% 26,1% 34,3% 39,0%
mar 58,0% 30,2% 24,1% 28,3% 43,3%
abr 85,5% 29,4% 21,8% 25,2% 36,1%
mai 61,1% 25,6% 21,9% 22,6% 27,1%
jun 60,8% 29,7% 21,1% 21,0% 22,0%
jul 122,0% 60,5% 23,3% 19,0% 20,3% 20,7%
ago 56,5% 51,1% 25,0% 20,8% 19,2% 19,5%
set 57,1% 51,0% 25,4% 19,8% 34,3% 19,4%
out 56,6% 44,1% 23,5% 19,9% 41,6% 18,9%
nov 65,4% 42,9% 25,3% 45,9% 38,7% 19,0%
dez 53,3% 41,2% 23,9% 39,8% 31,2% 19,0%