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Orientador: Prof. Drª. Simone Bacellar Leal Ferreira
Rio de Janeiro, 5 de Setembro de 2004.
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Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em
Administração e Economia das Faculdades IBMEC
Como requisito parcial para a obtenção do
Grau de Mestre em Administração de Empresas
Rio de Janeiro, 2004.
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Para o meu filho Filipe
e para minha esposa Adriana
pela força e alegria que trazem a minha vida
ii
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar quero agradecer a minha esposa e meu filho que me
apoiaram na decisão de fazer o mestrado e me ajudaram nessa difícil jornada,
tendo paciência nos momentos difíceis e permitindo que eu estivesse distante e
concentrado durante todas as longas horas de estudo necessárias.
Aos meus pais, que sempre acompanharam minha jornada acadêmica,
me apoiando e ensinando o quão importante é o estudo na formação do indíviduo,
e que hoje podem se orgulhar em saber o quanto foram importantes para mim em
todos esses anos.
Aos professores e amigos do IBMEC que compartilharam um pouco de
seus conhecimentos e experiências comigo e em especial a Profa. Simone
Bacellar Leal Ferreira, que teve paciência de me acompanhar durante esse longo
período de ensinamentos que o mestrado proporcionou.
Aos amigos da EDS, IBM e das Lojas Americanas que me
proporcionaram um ambiente favorável e diversas informações para que essa
etapa fosse cumprida de forma agradável através dos anos que se passaram.
iii
SUMÁRIO
Agradecimentos ...............................................................................................................................ii
Lista de Figuras ...............................................................................................................................v
Lista de Tabelas ..............................................................................................................................vi
Lista de Gráficos ............................................................................................................................vii
Resumo ..........................................................................................................................................viii
Abstract ...........................................................................................................................................ix
1
Introdução................................................................................................................................. 1
2
Objetivos ................................................................................................................................... 5
2.1
Justificativa do Problema......................................................................................................5
2.2
Objetivo Principal...................................................................................................................6
2.3
Objetivos Secundários ..........................................................................................................6
2.4
Relevância do Estudo............................................................................................................7
2.5
Hipótese de Trabalho.............................................................................................................9
3
Metodologia............................................................................................................................. 10
3.1
Metodologia de Pesquisa....................................................................................................10
3.2
Tipo de Pesquisa..................................................................................................................10
3.3
Delimitação do Estudo ........................................................................................................13
4
Revisão da Literatura............................................................................................................. 14
4.1
Considerações Iniciais sobre EDI ......................................................................................14
4.1.1
Definições .............................................................................................................14
4.1.2
Histórico................................................................................................................15
4.1.3
Características e funcionamento do EDI tradicional........................................18
4.1.4 Benefícios do EDI......................................................................................................21
4.1.5
Aspectos de uma Implementação de EDI no Brasil .........................................25
4.2
Considerações iniciais sobre o Comércio Eletrônico......................................................29
4.2.1
Definições .............................................................................................................30
4.2.2
Tipos existentes de Aplicações..........................................................................32
4.2.3
Panorama do comércio eletrônico entre empresas no Brasil.........................39
4.3
A Internet e o EDI tradicional..............................................................................................41
5
Tecnologias para o comércio eletrônico entre empresas.................................................. 44
5.1
XML........................................................................................................................................47
5.1.1
Características......................................................................................................47
5.1.2
empresas usuárias...............................................................................................50
5.1.3
benefícios potenciais..........................................................................................51
5.1.4
Dificuldades de adoção.......................................................................................52
5.2
Web EDI.................................................................................................................................53
iv
5.2.1
Características......................................................................................................53
5.2.2
Empresas usuárias ..............................................................................................54
5.2.2
Benefícios .............................................................................................................55
5.2.3
Dificuldades de adoção.......................................................................................57
5.3
Portais e Marketplaces ........................................................................................................58
5.3.1
Características......................................................................................................58
5.3.2
Empresas usuárias ..............................................................................................60
5.3.3
Benefícios .............................................................................................................62
5.3.4
Dificuldades de adoção.......................................................................................62
6
Estudo de caso no varejo...................................................................................................... 64
6.1
Etapas do trabalho...............................................................................................................66
6.2
Histórico da empresa...........................................................................................................68
6.3
O projeto EDI e seus desdobramentos..............................................................................69
7
Conclusões ............................................................................................................................. 75
8
Referências Bibliográficas .................................................................................................... 79
9
ANEXOS................................................................................................................................... 84
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Componentes Básicos do EDI ............................................................. 02
Fonte: (http_01)
Figura 02 - ACESSO A INTERNET NO BRASIL x USA – Janeiro 2004 .............. 29
Fonte: NielsenNetratings / Compilação www.e-commerce.org.br NOTA. Os dados
referem-se a acesso doméstico. Pessoas conectadas à Internet de suas residências.
Figura 03 –
Evolução do varejo on-line
............................................................. 32
Fonte: (http_01)
Figura 04 - VOLUME DE NEGÓCIOS B2B - online no país .................................. 33
Fonte: (http_01)
Figura 05 - Worldwide EDI Commerce and B2B eCommerce, 2000–2003 ………. 44
Fonte: IDC´s EDI commerce mode and ICMM version 7.3 2002
Figura 06 - Principais formas de comércio eletrônico entre empresas .................. 45
Fonte:
EAN Brasil, 2000.
Figura 07 - Sistema de Web-EDI ........................................................................... 53
Fonte: Extraído do site
www.ediweb.com.br
2002
Figura 08 - Benefício através dos níveis utilizados ................................................ 55
Fonte: (http_14)
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Padrões de EDI adotados no Brasil .................................................... 16
Fonte: EAN Brasil (1999).
Tabela 02 - Aplicações de Comércio Eletrônico ..................................................... 35
Fonte: OECD- 23 junho 2000. Disponível em http://www.oecd.org/eco/eco
Tabela 03 - Comparação das estimativas para o e-commerce .............................. 37
(http_16) http://www.oecd.org/dataoecd/3/12/1944883.pdf
vii
Lista de Gráficos
Gráfico 01 - Evolução das soluções de EDI .......................................................... 68
Gráfico 02 - Parceiros Convidados......................................................................... 70
Gráfico 03 - Aumento de produtividade................................................................... 70
Gráfico 04 - Incentivos para uso da Internet .......................................................... 72
viii
RESUMO
As empresas no Brasil no início da década de 80, iniciaram um processo
de disseminação de novas práticas comerciais incentivadas pelo aparecimento
acelerado de novas tecnologias de comunicação e informação. O surgimento da
prática de EDI (Electronic Data Interchange), como possibilidade de diminuição do
ciclo de vida dos produtos, foi utilizado pelas empresas durante muitos anos. Com
o surgimento de um novo ambiente (a internet) para a realização do comércio
eletrônico para empresas que usavam o EDI se multiplicou e fez com que novos
horizontes e fronteiras fossem explorados pelas empresas. A prática do EDI
tradicional através de redes seguras, passou a ser ameaçada devido ao grande
apelo de diminuição dos custos e rapidez de implantação para as pequenas
empresas. Nesse trabalho foram analisadas as diversas opções existentes hoje
no mercado de EDI, um histórico de como o EDI tradicional é implantado e como
as empresas iniciaram as atividades de comércio eletrônico no Brasil. Foram
coletadas informações através de um exemplo real em uma empresa de grande
porte e seu histórico nessa prática comercial com seus parceiros. Pesquisas
realizadas com provedores, técnicos e empresas envolvidas diretamente nessa
prática de comércio eletrônico mostram como as expectativas de crescimento e
substituição do EDI tradicional foram consolidadas ou não.
ix
Abstract
Brazilian companies have started a spreading process of commercial new
practices, fueled by fast uprising of recent technology of communication and
information. Used by enterprises during years, EDI (Electronic Data Interchange)
emerging practices is a possibility of lowering products life cycle. The rise of a
different environment (Internet) for e-commerce caused the market to multiply,
bringing then fresh horizons and frontiers which were explored by the companies.
Traditional EDI practices through safe nets started being threatened by cost
reduction and fast implementation due to great appeal of small sized companies.
In this work, The EDI market options were analyzed also the historic traditional
EDI implementation and how the companies have begun e-commerce activities in
Brazil. This work collected information through one real example of a large sized
company and its history in such commercial practice with its partners.
Researching providers, technicians and companies directly involved in the e-
commerce practice show how growth expectations and replacement of traditional
EDI have been consolidated.
Key-words: EDI, Internet, e-commerce.
1 Introdução
Os crescentes desenvolvimentos das novas tecnologias de informação e
comunicação (TIC) desencadearam o aparecimento de diversas possibilidades
que estão redefinindo o relacionamento das empresas com seus parceiros
comerciais independentemente da localização geográfica. (Legey, 2001)
A informática e as comunicações contribuem não apenas para inovações
em produtos e processos, mas também para a reestruturação da organização
das empresas e de sua relação com o mercado.
A troca de dados através de redes eletrônicas é uma das inovações que
estão modificando profundamente o ambiente organizacional. Isso acontece
porque as TICs vêm assumindo um caráter cada vez mais estratégico nos
processos de gestão e também são uma ferramenta fundamental para integração
das cadeias de valor dos fornecedores, clientes e demais parceiros de uma
empresa. (Tigre, 1999)
O EDI Eletronic Data Interchange - Intercâmbio Eletrônico de Dados foi
desenvolvido no passado para atender às necessidades de comunicação entre
parceiros comerciais e consiste na transferência eletrônica de mensagens
estruturadas entre os sistemas de computadores de diferentes organizações, de
acordo com normas pré-estabelecidas. Tecnologia que envolve um conjunto de
protocolos e softwares de comunicação que permitem a troca de dados entre
empresas sem a interferência humana. (Ean Brasil, 1995)
2
Figura 1
– Componentes Básicos do EDI
A disponibilidade de uma tecnologia aberta de comunicações como a
Internet vem promovendo o surgimento de novos modelos de transações
comerciais entre empresas. Com isso surgem novas perspectivas que podem
fazer com que o processo de Eletronic Data Interchange (EDI), venha a ser
substituído por novas formas de comércio eletrônico entre empresas baseadas
somente na Internet. O ritmo intenso de introdução de inovações faz com que as
novas tecnologias concorram com outras de safras anteriores, ou ainda com
inovações do mesmo período, provocando a obsolescência de serviços ainda
utilizados no mercado. (Coppel, 2000)
O advento da Internet fez com que a comunicação eletrônica deixasse de
ser um privilégio das grandes companhias. O comércio eletrônico entre empresas
3
também conhecido como business to business(B2B), está começando a se
expandir em direção aos pequenos e microempresários, que, utilizando a Internet,
podem adotar soluções de comércio eletrônico com um custo mais adequado ao
seu negócio.
Os baixos investimentos requeridos e a alta capilaridade da Internet
levaram a expectativas tanto no meio acadêmico como empresarial de que a
Internet, não poderia suplantar o EDI em curto prazo, como também
dispensar o uso das firmas provedoras de serviços de valor adicionado ou Value
Added Network, conhecidas no mercado como Vans. (http_11)
Assim, a principal motivação para a realização deste trabalho está em
elucidar as principais características do processo de introdução da Internet nas
transações comercias e seu impacto no mercado de EDI.
Este trabalho mostra o que é a tecnologia de Intercâmbio Eletrônico de
Dados (EDI), utilizada no comércio eletrônico antes do advento da Internet. Com
base em trabalhos realizados em empresas e autores especialistas nesta
tecnologia, são descritos os principais aspectos do uso do EDI no Brasil e as
suas principais características. O trabalho também ressalta as mudanças que
estão ocorrendo nesse mercado com a utilização da Internet e os resultados em
uma empresa varejista no que se refere a prática de comércio eletrônico.
4
Atualmente, o EDI pode utilizar a Internet como meio de transmissão, e sua
adoção vem crescendo a cada dia, possibilitando o crescimento e a diversificação
dos negócios das MPME (Micro, Pequenas e Médias Empresas). (Legey, 2001)
Para avaliar as mudanças ocasionadas pela Internet no comércio
eletrônico entre empresas, este trabalho analisou o EDI tradicional, que consiste
na troca padronizada de dados comerciais realizada a partir de redes
proprietárias geralmente providas pelas Vans, e as novas tendências que
surgiram a partir da difusão da internet .
Para atingir o objetivo do presente trabalho foram estudadas as alterações
no processo de EDI das “Lojas Americanas” , uma empresa nacional de varejo,
localizada na cidade do Rio de Janeiro e como foi possível a introdução de um
grande número de parceiros após a disseminação do processo de EDI através de
soluções na Internet.
5
2 Objetivos
2.1 Justificativa do Problema
Considerando-se o mercado atual cada vez mais competitivo, o sucesso de
uma empresa está diretamente relacionado à rapidez e integridade de suas
operações de compra de mercadorias com seus fornecedores. (http_12)
Por outro lado, o advento da Internet fez com que a comunicação
eletrônica deixasse de ser um privilégio das grandes empresas. O comércio
eletrônico entre empresas também conhecido como business-to-business (B2B),
começa a se expandir em direção aos pequenos e microempresários, que
utilizando a Internet, podem adotar soluções de comércio eletrônico com um custo
mais adequado ao seu negócio. (Hayashi, 2000)
Os benefícios da implantação de um processo de EDI com seus
fornecedores incluem a redução de custos para a empresa, aumento da
velocidade e a troca contínua de informações entre parceiros comerciais. Alguns
dos benefícios são difíceis de quantificar e, portanto, raramente medidos. (Ean
Brasil, 2003)
6
2.2 Objetivo Principal
O objetivo principal desse trabalho é identificar e analisar o impacto da
Internet no processo de EDI comercial no mercado brasileiro exemplificando
através de um caso real em uma empresa de varejo.
2.3 Objetivos Secundários
Para que possa ser alcançado o objetivo principal, o trabalho irá analisar
um histórico de como o EDI tradicional foi introduzido no mercado brasileiro, quais
as novas tecnologias que surgiram para a prática do comércio eletrônico, quais as
vantagens e desvantagens dessas novas tecnologias em relação ao EDI
tradicional, como os parceiros comerciais se beneficiam com essa nova
modalidade de negócios e quais as dificuldades encontradas?
7
2.4 Relevância do Estudo
As transformações no panorama econômico mundial, a globalização e o
avanço das aplicações das tecnologias da informação e comunicação (TIC) fazem
com que novas estratégias sejam necessárias para que as MPME tenham
oportunidades de se desenvolverem em um mundo tão competitivo. (Legey,
2001)
Cada vez mais as empresas estão utilizando o comércio eletrônico como
uma ferramenta básica para a redução de custos, redução do ciclo de
desenvolvimento de produtos e melhoria geral do fluxo de informação. O
business-to-business é o segmento mais promissor do comércio eletrônico em
termos de faturamento e tem apresentado um alto crescimento. (Limeira, 2003)
O volume de transações entre empresas, chamado business-to-business
(B2B), representa um percentual entre 70% e 85% do total de receitas realizadas
nessa prática de comércio eletrônico. A expectativa é de que a taxa de
crescimento continue superior a de negócios realizados entre business-to-
consumer (B2C), uma vez que muitas empresas continuam a transferir suas
operações com fornecedores da rede EDI para a Internet. (Limeira, 2003)
Pode-se destacar que a razão para que os números do B2B sejam tão
maiores que os números do B2C, é que na medida do numero de transações do
B2B, a soma das transações ao longo das diferentes etapas da cadeia produtiva
será sempre bem maior do que as somas das transações do B2C que ligam a
ponta varejista ao usuário final. (Tigre, 1999)
8
A tendência de mercado indica que o alcance do comércio eletrônico no
segmento B2B vai aumentar consideravelmente devido à adesão das MPME na
utilização da Internet como forma de se realizar transações comerciais
eletronicamente. O comércio eletrônico B2B oferece um grande potencial para as
micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) que podem reduzir seus custos e
ampliar mercados. Atualmente, a maioria das MPMEs não tem condições de
investir em tecnologia de informação e avaliar os problemas relativos às questões
que envolvem sua inserção no comércio eletrônico. (Bessant, 1999)
Conforme foi constatado nesse trabalho, vários estudos sobre a adoção do
EDI no mercado brasileiro foram publicados e sua tecnologia vem sendo
utilizada nas grandes empresas como uma ferramenta que auxilia na automação
dos processos internos e na integração da cadeia de suprimentos. Com o uso da
Internet, novas formas de realizar o comércio eletrônico vêm gerando impactos na
economia e na forma como as empresas estão se relacionando comercialmente.
Esse estudo contribui para o esclarecimento das suposições que estão
sendo levantadas sobre a substituição do EDI e explica também os diferentes
contextos para a utilização de cada tecnologia.
9
2.5 Hipótese de Trabalho
A hipótese deste trabalho pressupõe que a utilização das novas
tecnologias baseadas na Internet não determina o fim da adoção do EDI em sua
forma tradicional, nem considera que esse processo será substituído a curto e
médio prazo. O investimento nesse tipo de tecnologia é ainda justificado pelas
vantagens que oferece para empresas de grande porte que trafegam grandes
volumes de informações. O trabalho mostra a partir de um exemplo real como o
mercado se adaptou e convive com diversas tecnologias para a prática do
Comércio Eletrônico.
10
3 Metodologia
3.1 Metodologia de Pesquisa
O objetivo do trabalho é realizar um estudo da prática de EDI comercial no
mercado e identificar como a internet vem afetando essa prática de negócios. Os
métodos utilizados foram: a pesquisa bibliográfica, para identificar os conceitos e
aplicações sobre o assunto; um exemplo real sobre uma empresa de varejo
nacional, cujos dados foram levantados através de questionários para identificar
os fatos apontados na fundamentação teórica e entrevistas com os envolvidos no
processo de EDI da empresa para validar a análise dos fatos.
3.2 Tipo de Pesquisa
Podemos destacar alguns todos utilizados em pesquisas definidos a
seguir:
Estudo de caso, onde são utilizados casos concretos que auxiliam a
definição do problema e as soluções através de estudos de
acompanhamento dos mesmos;
Pesquisa-ação, onde a obtenção de conhecimento é observada
através de uma mudança na realidade social; nesse tipo de pesquisa
os resultados demoram a ser colhidos devido a necessidade do
acompanhamento das mudanças;
11
Pesquisa exploratória, onde o foco da pesquisa é o levantamento de
fatos inéditos para que sejam estabelecidos prioridades para futuros
estudos;
Pesquisas descritivas, que têm como objetivo a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis e explicativas que têm
como preocupação central identificar os fatores que determinam ou
que contribuem para a ocorrência dos fenômenos, aprofunda mais o
conhecimento da realidade porque explica a razão e o porquê das
coisas. (Chauvel, 2002)
A metodologia a ser utilizada se baseia na identificação a partir da literatura
existente, das principais mudanças introduzidas pelas novas tecnologias de
informação e comunicação nas organizações em particular no que se refere às
transações comerciais entre empresas. Tal investigação terá como finalidade
relacionar aspectos relevantes a serem abordados em uma pesquisa de campo
no mercado brasileiro de EDI exemplificando através de um caso real de como
essas mudanças estão ocorrendo.
Foram estabelecidas as etapas operacionais desse estudo de caso:
delimitação da unidade-caso; (Lojas Americanas)
coleta de dados; (com as Vans, fornecedores e pessoas envolvidas no
projeto)
12
análise e interpretação dos dados;
redação do relatório
(Gil,1996) .
Para isso, foi feita a delimitação da unidade-caso Lojas Americanas, de
acordo com as seguintes varáveis:
Escolha da unidade-caso;
Breve histórico da organização;
Descrição sucinta da organização e da dinâmica do setor em que atua;
Descrição da situação-problema
(Gil,1996).
Uma pesquisa exploratória, foi efetuada junto aos dois maiores provedores
de comércio eletrônico via EDI, além de entrevistas com a EAN Brasil
(Associação Brasileira de Automação Comercial), com os responsáveis
envolvidos no processo de transformação do EDI dentro da empresa e com
parceiros comerciais da empresa que exemplificou o estudo.
Foram realizadas entrevistas e questionários que aplicados a pessoas
envolvidas no processo de EDI da empresa em questão, alguns parceiros
comerciais e representantes de duas empresas que atuam como Vans,
formularam a base para a conclusão dos resultados.
13
A opção pela entrevista se prende ao fato de ser um instrumento de coleta de
dados bastante adequado para a obtenção das informações acerca do que as
pessoas sabem, sentem e fazem. Acredita-se que para o estudo de caso em
questão, a entrevista com as pessoas / empresas envolvidas diretamente no
processo de mudança serão as fontes de informação mais importante. A
entrevista foi conduzida de forma espontânea, e levando-se em conta sempre as
opiniões dos envolvidos sobre determinados eventos. Os respondentes são
informantes e são sempre fundamentais em um estudo de caso (Yin,2003).
3.3 Delimitação do Estudo
Não será abordado o aspecto tecnológico do processo de implementação
de EDI entre empresas, ou seja, não o objeto desse estudo as características
ou as justificativas de escolha de determinado software ou VAN.
Não serão consideradas a parte técnica de uma implantação nem
estimativas financeiras no processo de criação e implantação de EDI no método
tradicional e quando da utilização da Internet.
14
4 Revisão da Literatura
4.1 Considerações Iniciais sobre EDI
Este trabalho mostra o que é a tecnologia de Intercâmbio Eletrônico de
Dados (EDI), tecnologia utilizada no comércio eletrônico antes do advento da
Internet. Com base em trabalhos realizados em empresas e autores especialistas
nesta tecnologia, serão descritos os principais aspectos do uso do EDI no Brasil
e as características principais dessa prática de negócio.
4.1.1 Definições
O EDI foi desenvolvido para atender às necessidades de comunicação
entre parceiros comerciais e consiste na transferência eletrônica de mensagens
estruturadas entre os sistemas de computadores de diferentes organizações, de
acordo com normas pré-estabelecidas. Tecnologia que envolve um conjunto de
protocolos e softwares de comunicação que permitem a troca de dados entre
empresas sem a interferência humana. (Genaro, 1999)
O EDI não pode ser definido apenas como uma forma de interligar dois ou
mais pontos utilizando programas e sistemas de computadores. É principalmente
um conceito de negócio, permitindo o aumento e a melhoria do relacionamento
entre empresas. A implementação desse sistema pode gerar uma economia para
toda a cadeia de suprimentos, fortalecendo os elos entre fornecedores e clientes.
15
Atualmente, o EDI pode utilizar a Internet como meio de transmissão,
porém sua adoção ainda é muito incipiente frente ao EDI utilizado na forma
tradicional, realizado a partir de redes proprietárias.
O EDI, ou Intercâmbio Eletrônico de Dados, pode ser conceituado como o
comércio sem papel. Uma definição comum e útil para o EDI é:
A transferência de dados estruturados, pelos padrões acordados de mensagens,
de um aplicativo de computador a outro por meio eletrônico e com um mínimo de
intervenção humana.” (Ean Brasil, 1995)
4.1.2 Histórico
O EDI é uma tecnologia que teve origem por volta dos anos 60 e a partir de
então, vem permitindo a troca de informações de natureza comercial entre
grandes parceiros de negócio através de redes proprietárias. Entretanto, sua
difusão no mercado tem sido muito limitada pelos altos custos de implantação e
manutenção deste sistema inacessível às pequenas empresas. (Colcher, 2000)
No inicio da adoção do EDI entre parceiros comerciais, foram
desenvolvidos vários padrões que eram conhecidos como padrões proprietários,
que atendiam basicamente a necessidades das grandes empresas (Hub -
grandes empresas clientes). Isso gerava um sério problema para a multiplicação
do processo entre as pequenas empresas (Spokes elemento do conjunto de
16
fornecedores da Hub) , devido a necessidade de se adaptar a cada novo padrão
existente. (Colcher, 2000)
Foram criados dois padrões internacionais que tiveram grande aceitação: o
ANSI ASC X12 adotado na América do Norte e o GTDI na Europa. Devido a
diversidade de padrões, as empresas americanas não podiam utilizar suas
mensagens com empresas européias, por causa das diferenças na sintaxe e nos
diretórios de dados. Conseqüentemente, iniciou-se um trabalho para o
desenvolvimento de um padrão internacional, de modo a facilitar o comércio entre
os países. Em 1987, as Nações Unidas aprovaram o padrão UN/EDIFACT
(United Nations/Electronic Data Interchange for Administration Commerce and
Transportation) ou simplesmente EDIFACT. Atualmente esse padrão congrega
cerca de 250 documentos eletrônicos que atendem às necessidades de vários
segmentos de mercado. (Ean Brasil, 1995)
Apesar da crescente demanda por um padrão internacional no mercado
mundial e dos trabalhos desenvolvidos por órgãos internacionais como a EAN
International, muitas das empresas pioneiras ainda mantêm em vigor diversos
padrões de âmbito setorial, regional e nacional. (Ean Brasil, 1995)
No Brasil o EDIFACT foi amplamente adotado no setor mercantil. Com o
trabalho da EAN Brasil na "tropicalização" das mensagens, em 1994/95, este
segmento adotou o padrão EDIFACT/EANCOM, (Eletronic Data Interchange for
Administration, Commerce and Transportation / EANCOM) utilizado
internacionalmente. O EANCOM é uma versão simplificada do UM/EDIFACT que
17
engloba mensagens voltadas aos processos mercantis de compra e venda de
mercadorias e prestação de serviços. (Bastos, 1999)
O CNAB (Centro Nacional para Automação Bancária) foi o padrão de
mensagens adotado pelos bancos. Anterior ao EDIFACT, este padrão foi criado
de modo a deixar espaços livres na mensagem para que os bancos pudessem
acrescentar informações que julgassem necessárias a cada documento
específico. Isso provocou a criação de várias versões diferentes deste padrão,
desenvolvidas e adotadas pelos sistemas EDI de cada banco. (Ean Brasil, 1995)
Apesar de ter uma ampla abrangência no setor mercantil, o padrão
EDIFACT ainda não está consolidado em todos os segmentos. Atualmente cada
segmento industrial utiliza um padrão diferente como podemos ver na tabela 01.
Padrão Setor
CNAB Bancário
RND Automobilístico
NTC Transporte rodoviário de carga
EDIFACT Mercantil, Farmacêutico, Automobilístico e outros setores
Tabela 01:
Padrões de EDI adotados no Brasil
18
4.1.3 Características e funcionamento do EDI tradicional
São necessários 4 componentes para que um processo de EDI funcione de
forma adequada, são eles:
Um software de comunicação responsável pelo envio e recebimento das
mensagens
Um software de tradução utilizado para converter os dados em um formato
padrão.
Uma Rede de comunicação para transmitir as mensagens entre os
parceiros de negócio.
Um software de aplicação ou de gestão para realizar as tarefas de
negócios e automatizar os processos internos da empresa. A não
utilização deste software pode acarretar em trabalho manual na recepção
e envio das mensagens, e diminuem os benefícios que esta tecnologia
pode trazer para a empresa .
O funcionamento do projeto de EDI pode ser resumido nos seguintes
procedimentos:
Formatação dos dados em uma estrutura de mensagens que possa ser
transmitida entre computadores;
Transmissão da mensagem por uma rede de comunicação;
Tradução da mensagem no terminal de recepção para que os dados
possam ser processados
Tempo
19
(Ean Brasil, 1995)
O EDI pode ser implementado com ou sem o auxilio de uma Van (Value
Added Network). No primeiro caso, as Vans atuam como intermediárias no tráfego
de mensagens, permitindo a integração dos diferentes sistemas internos dos
parceiros de uma rede. O funcionamento pode ser comparado a um sistema de
Caixas postais, em que cada empresa possui uma caixa postal eletrônica onde
deposita e recebe mensagens de fornecedores, clientes, bancos e todos os
integrantes que fazem parte da sua cadeia de fornecimento. No segundo caso, a
empresa e seus parceiros podem administrar o processo de transmissão de
dados. (Colcher, 2000)
A maioria das grandes empresas usuárias de EDI no Brasil preferem
contratar os serviços de uma Van, devido à complexidade para estabelecer
ligações ponto-a-ponto com cada parceiro e a segurança oferecida nas
transações comerciais.
Os custos de um sistema de EDI tradicional são divididos em custos de
implantação e operação. Os gastos com a implantação são bem maiores devido
ao desenvolvimento de aplicações e ajustes dos sistemas internos da empresa,
instalação de itens de hardware e software necessários, estabelecimentos de
conexões entre as Vans as empresas e os parceiros comerciais, treinamento e
consultoria para o pessoal envolvido no projeto. Os custos de operação são
relativos aos custos de comunicação e dependem do tipo de serviço prestado,
como por exemplo qual a freqüência de acesso as caixas postais, o espaço
20
destinado a cada cliente, tempo de permanência das informações nas Vans.
(http_05)
Quando o cliente possui o software tradutor instalado em sua empresa,
geralmente são cobrados o preço da assinatura e uma tarifa proporcional ao uso
da rede. Se o tradutor estiver na rede da Van, o serviço de tradução da
mensagem também poderá ser cobrado. (Ean Brasil, 1995)
A implantação do EDI o deve ser considerada um processo técnico, pois
muitas das mudanças são realizadas no âmbito organizacional. Sua
implementação depende de ajustes na estrutura e modo de operação das rotinas
da empresa para estabelecer quais as mensagens que serão enviadas entre
empresas. (Farhoomand, 1996)
Para que o EDI seja implementado, é fundamental que as empresas
parceiras estejam alinhadas em relação às informações que serão utilizadas e
compartilhadas. O aspecto crítico da implantação de uma rede de EDI não reside
somente na esfera técnica e sim na esfera gerencial através da negociação entre
os parceiros comerciais, onde são definidas as mensagens e condições para a
implementação e funcionamento do sistema. (Farhoomand, 1996)
Os documentos comerciais trocados entre as empresas são compostos de
dados estruturados que representam os pedidos de compras, ordens de
pagamento, notas fiscais, etc... . Para que a transmissão destes dados seja
compartilhada entre os parceiros comerciais, é necessária a adoção de um
21
formato padrão a ser utilizado, que facilitará a leitura e entendimento de cada
mensagem trafegada para os diferentes sistemas das empresas.
4.1.4 Benefícios do EDI
O EDI é uma ferramenta que viabiliza a tomada de decisões e a
integração dos parceiros da cadeia de abastecimento de uma empresa. A seguir
são listados os benefícios potenciais do EDI:
Melhoramento da precisão das informações: a automação reduz a
interferência humana e conseqüentemente promove a possível eliminação
de erros de digitação e interpretação no processo de compras (Scala,
1993).
Redução da digitação de dados: o processo automatizado de entrada de
dados em formatos padronizados extingue a re-digitação de dados nos
sistema internos das firmas parceiras de EDI (Scala, 1993).
Aceleração da transmissão de informação entre organizações: o aumento
na velocidade de transmissão permite que grandes volumes de
informações trafeguem de um computador a outro num curto espaço de
tempo, possibilitando respostas mais rápidas. Isso ajuda a empresa a
obter um ganho de competitividade no mercado e aumenta a satisfação do
cliente (Genaro, 1999).
22
Melhora do relacionamento das empresas com seus clientes e
fornecedores: a implementação desse sistema estabelece um elo mais
forte entre os parceiros (Scala, 1993).
Aumento da produtividade: o EDI permite a redução de tarefas manuais e
prevê a alocação de funcionários em outras atividades mais produtivas.
Redução do fluxo de papel entre as organizações: a transmissão eletrônica
de dados gera a redução de papéis e conseqüentemente uma diminuição
dos custos administrativos e operacionais (Scala, 1993).
Melhoramento do gerenciamento logístico: decorrente do uso do processo
de reposição contínua de estoques, que possibilita melhor controle da
produção. Esse processo é um dos principais componentes do just in time,
que permite respostas mais ágeis do fabricante para o comprador,
resultando em estoques mais enxutos (http_01).
Segurança: através do EDI, os documentos podem ser transmitidos e
recebidos independentemente do horário, distância e dos sistemas de
computação utilizados. O resultado é um fluxo de informação mais rápido e
preciso, no qual as mensagens são transmitidas sem interferência e com
maior segurança (Ean Brasil, 1995).
23
Os benefícios teóricos da implantação do EDI geralmente não são
totalmente aproveitados pelas PMPEs, que a maioria das pequenas empresas
não possui um sistema de gestão integrado ao EDI. (Murphy, 2001)
Os benefícios com o uso do EDI são desiguais entre as organizações e
estão relacionados a três fatores:
Intensidade das transações: o EDI é uma tecnologia que favorece a firmas
que realizam grande volume de transações entre fornecedores e clientes.
Eliminação de sistemas paralelos: as manutenções de sistemas paralelos
menos eficientes, como os baseados em trocas de informações através do
uso de papel, reduzem o benefício da utilização do EDI.
Integração de EDI com os sistemas internos: é fundamental a perfeita
integração do EDI com os sistemas legados das empresas para que o
benefício da adoção do sistema seja total.
(Genaro, 1999)
O primeiro fator se refere à intensidade das transações, ou seja, a
quantidade de documentos que serão trafegados na rede. O investimento num
sistema de EDI tradicional se justifica economicamente quando a empresa
troca grande quantidade de dados com seus parceiros. Essa é a situação das
empresas Hub, que transacionam com diversos fornecedores e onde o retorno do
24
investimento se traduz em reduções dos custos operacionais, otimização e
agilidade dos processos.
Para a maioria das empresas spokes, que não apresentam uma boa infra-
estrutura na área de informática, a adesão numa rede de EDI se justifica mais
pela manutenção do grande parceiro do que pelos benefícios potenciais descritos
anteriormente.
O segundo fator está relacionado à não eliminação dos sistemas paralelos.
As manutenções de sistemas paralelos baseados em trocas de informações
através do uso de papel reduzem o benefício principal da adoção do EDI. Isso
acontece porque as empresas Hub precisam muitas vezes manter sistemas
paralelos em suas transações comerciais - uma eletrônica, com os parceiros
ligados ao EDI, e outra convencional (relatórios, fax, telefone), com os demais
parceiros de negócio.
A integração do EDI com os sistemas internos representa o terceiro fator
de importância relevante na adoção do EDI tradicional. Muitas empresas utilizam
os ERPs
Enterprise Resource Planning, ou planejamento de recursos
empresariais que são softwares que visam integrar as informações dentro de uma
corporação e eliminar a repetição de procedimentos rotineiros por meio da
automação de processos.
As empresas necessitam também que as transmissões dos dados com
sistemas externos à empresa através do EDI estejam em sincronia com os
25
sistemas de gestão interno de processos. Assim é possível obter respostas mais
rápidas para as oscilações na demanda. A integração parcial do processo de
conexão entre os sistemas leva a re-digitação dos documentos e perda de
economia no processo.
4.1.5 Aspectos de uma Implementação de EDI no Brasil
O EDI é uma metodologia de negócios complexa que abrange toda a
empresa e pode causar impactos diferentes em diversos setores da organização.
Por ser complexa, é comum a criação de um plano estratégico de EDI para
determinar se ele será ou não útil à empresa, do ponto de vista de negócios.
(Genaro, 1999)
Algumas informações devem ser pesquisadas e conhecidas antes de
qualquer decisão para que se invista na implantação das práticas de EDI; saber
quais fornecedores, clientes e concorrentes estão usando o EDI; entender como
eles estão fazendo isso; determinar os prováveis impactos da implementação na
empresa do EDI com os fornecedores, clientes e funcionários; saber o que os
concorrentes do setor estão fazendo.
O principal desafio de uma implementação não vem somente da tecnologia
a ser adotada, mas também das pessoas e no ambiente de negócios em que elas
estão inseridas. As funções humanas e sociais continuam a ser fatores
determinantes dos negócios. (Huang – 1997)
26
É necessário o envolvimento de um alto executivo da organização ao
processo de implantação do EDI não somente pelo fato de que o EDI pode trazer
impactos no relacionamento entre a organização e seus fornecedores e clientes ,
mas também devido à forma que isso pode afetar a organização internamente.
(Kettler, 1997)
Deve ser feita uma avaliação operacional dos atuais procedimentos de
negócios da organização. Essa avaliação deve detalhar de que forma a
organização está conduzindo os negócios, analisando fluxo de informações,
procedimentos de processamento, o tempo necessário e os custos envolvidos.
A avaliação operacional envolverá a identificação das informações que
geralmente trafegam na empresa através de documentos impressos. As
priorizações das atividades operacionais a serem consideradas para o EDI
avaliam o volume monetário dos negócios representados pelos documentos, e
principalmente a quantidade total de documentos processados
Após a avaliação operacional, geralmente os primeiros processos a serem
adaptados são os de “Pedidos de Compra” ou as “Faturas”, pois esses
documentos são responsáveis por um grande volume de transações e são esses
documentos os candidatos para iniciar o EDI comercial.
27
O custo do EDI em termos de hardware não deve ser um grande obstáculo
para a organização. O mais importante é saber de que forma a implantação do
EDI será realizada. A implantação pode ser de forma a responder a uma
necessidade de uma Hub ou como uma estratégia comercial. (Bob, 2000)
Como a integração entre sistemas é um elemento-chave do EDI, é
essencial que se faça o planejamento adequado para minimizar os custos e
superar as dificuldades envolvidas no desenvolvimento de um programa de EDI.
(Genaro, 1999)
A análise de custos poderá considerar a compra de um pacote de software
EDI que melhor se encaixe aos objetivos de curto e longo prazo da organização,
bem como os custos relacionados ao desenvolvimento de interfaces com os
sistemas de gestão interna dos negócios.
Além de todas as considerações internas, a empresa deve estar sempre
atenta aos fatores e relacionamentos externos, como por exemplo o interesse de
sua comunidade de fornecedores e parceiros comerciais pelo processo de EDI.
Devem-se determinar quais o os melhores documentos a serem trocados em
termos de estratégia e ganho financeiro para ambas as partes. Após essa etapa
deve-se criar um calendário para cada etapa da implementação inicial e uma
programação para futuras implementações de EDI. (Ean Brasil, 2002)
A maioria da MPMEs não possui maturidade suficiente para compreender e
manifestar suas necessidades em termos de oportunidades tecnológicas. Mesmo
28
para aquelas que já estão em um estágio mais avançado, é difícil possuir a
capacitação financeira e intelectual necessárias para o acesso às fontes de novas
tecnologias (Bessant, 1999).
Para as MPMEs o processo funciona como uma pressão vinda dos
grandes Fornecedores / Varejistas, apesar de não estarem preparadas ainda em
termos tecnológicos, essas empresas entendem, que para acompanhar os
grandes fornecedores e manter a sua parceria comercial o movimento de
aderência ao EDI acaba sendo inevitável. Dependendo do relacionamento
comercial, são usados métodos mais vigorosos para convencer ou acelerar a
implementação do EDI com parceiros comerciais mais lentos, tais como fazer do
EDI uma das condições a serem cumpridas a fim de possuir um status de
fornecedor preferencial ou amesmo deixar de trabalhar com o parceiro que não
aderir ao sistema. Muitas vezes para que se mantenha o antigo processo as
grandes empresas exigem uma taxa adicional para processar documentos no
papel.
Esses movimentos causam um aumento na complexidade da organização
e das operações em termos tecnológicos e o que inicialmente deveria ser uma
oportunidade de diferenciação, passa a ser encarado como uma condição de
sobrevivência da mesma, pois ao querer transformar os desafios em vantagens
competitivas a empresa se depara com problemas de capacitação dos recursos
humanos, e aprendizado (Legey, 2001)
29
A escolha de um parceiro comercial para o teste-piloto é uma decisão
importante para as grandes empresas. O ideal é que seja uma empresa com
quem se tenha um bom relacionamento comercial, que a mesma tenha
implementado um processo de EDI ou que ela mesmo tenha demonstrado o
interesse em fazê-lo. O comprometimento com o sucesso do projeto EDI, é
fundamental nesse início de relacionamento. (Genaro, 1999)
Como o EDI é um processo de ganho em escala, a empresa deve estar
sempre concentrada em expandir e vender o conceito de EDI a outros parceiros
comerciais desenvolvendo assim novas oportunidades de EDI na organização e
aumentando o volume de faturamento por um novo canal. O objetivo inicial de
uma empresa geralmente deverá envolver a adesão de 20% de seus parceiros
comerciais que correspondam a 80% dos negócios da empresa, assim a empresa
estará maximizando o seu retorno sobre o investimento em EDI. (Ean Brasil,
2002)
4.2 Considerações iniciais sobre o Comércio Eletrônico
O termo comércio eletrônico começou a ser difundido em 1991 nos EUA,
quando as primeiras aplicações de Electronic Funds Tranfers (EFT) e Electronic
Data Interchange (EDI) começaram a ser adotadas para a realização de
transações eletrônicas comercias. Somente a partir de 1995 é que as empresas
puderam ter acesso a Internet com o objetivo de obtenção de lucro,e a partir da
disseminação da World Wide Web para fins comerciais, o termo se disseminou
30
rapidamente no ambiente empresarial, tornando-se um dos temas mais discutidos
na atualidade.(Hutt, 2002)
Conforme podemos observar, apesar do comércio eletrônico ter sido
liberado somente a partir de 1995 para que as empresas pudessem utilizar com
fins lucrativos, podemos observar na figura 02, que o volume potencial de
compradores que acessam a rede é cada vez maior e empresas sabendo dessa
nova oportunidade estão investindo cada vez mais em tornar a internet um
ambiente seguro para a prática de negócios.
Brasil U.S.A.
Internautas - Universo Estimado (milhões)
20,55
204,6
Usuários Ativos (milhões) 12,09 141,38
Número de sessões por mês 22 31
Número de sites visitados por mês 50 52
Tempo de navegação no mês (hs) 22:52 27,52
Tempo gasto por sessão de navegação (min)
38: 27
32:35
Tempo gasto por página visualizada (min) 00:60 0:53
Figura 02
-
ACESSO A INTERNET NO BRASIL x USA – Janeiro 2004
4.2.1 Definições
O conceito de comércio eletrônico (CE) ou e-commerce pode apresentar
definições diferentes que divergem de acordo com a fonte estudada. A grande
diversidade de definições e termos ligados ao comércio eletrônico revela a
31
necessidade de definir alguns conceitos utilizados no mercado de tecnologia da
informação. (Limeira, 2003)
“As atividades econômicas que utilizam redes eletrônicas como plataforma
tecnológica são denominadas negócios eletrônicos (e-business). Essa expressão
engloba os diversos tipos de transações comerciais, administrativas e contábeis,
que envolvem governo, empresas, fornecedores e consumidores. O comércio
eletrônico (e-commerce) é a principal atividade dessa nova categoria de negócios"
(Albertin, 1999).
O comércio eletrônico pode ser basicamente definido como uma nova
forma de realizar transações comerciais, onde mercadorias, serviços e
informações são comercializadas sobre redes eletrônicas (Turban 1999).
O comércio eletrônico pode ser considerado como qualquer interação entre
uma organização e sua comunidade de negócio, realizada de forma eletrônica.
(Chwelos, 1997)
Visto sob a ótica do marketing ele pode ser a entrega de informações,
produtos / serviços ou até mesmo o simples pagamento através de canais de
comunicação, assim como uma aplicação tecnológica para a automatização de
transações de negócio que melhora a qualidade dos produtos e acelera a entrega
de produtos, que podem ser agora comprados ou vendidos diretamente pela
Internet ou outros serviços on line (Hutt, 2002).
32
O Comércio eletrônico engloba todos os processos on line de
desenvolvimento, marketing, vendas, recebimentos, atendimento e pagamento
por produtos e serviços comprados por comunidades mundiais de clientes virtuais
com o apoio de uma rede mundial de parceiros comerciais para empresas que
estão interconectadas na era da Internet (O’Brien, 2001).
Dentre as diversas definições observadas, pode-se observar que o
conceito de comércio eletrônico tem um escopo amplo e não se limita à compra e
venda de produtos através das redes de computadores. Comercio Eletrônico é
uma abordagem para a prática de negócios que inclui os diversos processos
necessários para suportar estas transações e possibilita o aumento do volume de
vendas, redução de custos e disponibilidade de informações em tempo real aos
clientes e fornecedores.
4.2.2 Tipos existentes de Aplicações
Atualmente o comércio eletrônico está difundido em diversos setores de
nossa economia e as transações acontecem de diversas formas entre empresas,
consumidores e governo. Essas transações podem ocorrer de duas formas: via
redes proprietárias ou via Internet. Antes do surgimento da Internet, o comércio
eletrônico era restrito ao segmento entre empresas, onde a comunicação se dava
através de padrões proprietários entre grandes fornecedores e seus clientes /
fornecedores através do EDI. Não havia nenhuma tendência para que esses tipos
33
de transações chegassem até o consumidor final, devido ao alto custo envolvido
nas mesmas. (Ean Brasil, 2003)
Com a utilização da Internet no cenário comercial, foram criados novos
serviços visando basicamente o consumidor final. Os negócios eletrônicos entre
empresas e consumidores, conhecido por Business-to-Consumer ou B2C é a
modalidade do comércio eletrônico que mais se destaca em termos de
crescimento em vendas, mas ainda representa um baixo valor de receita se
comparado aos tradicionais Business-to-Business ou B2B segundo números
coletados pela OECD (Organisation for Economic Co-operation and
Development). O pido crescimento vem de encontro à necessidade das
empresas de se lançarem no mercado globalizado e pelo surgimento de vários
novos modelos de negócios. Através de uma página na World Wide Web (uma
das aplicações da Internet), o consumidor passou a realizar compras
remotamente com maior comodidade e economia de tempo. A criação das
primeiras lojas virtuais gerou uma enorme expectativa em torno dos negócios
realizados na World Wide Web, e o crescimento expressivo do volume de
negócios conforme mostrado na figura 03, fez com que muitos empreendedores
apostassem na Internet como um canal de vendas que pudesse superar os
tradicionais canais das empresas do "mundo físico". (Stanton, 2000)
VENDAS TOTAIS FATURAMENTO Variação
2003 R$ 1.180 milhões 38,9%
2002 R$ 850 milhões -
Figura 03 - EVOLUÇÃO VAREJO ON-LINE
34
Mas os negócios entre empresas ou B2B que representam um maior
volume financeiro movimentado, também cresceram conforme demonstrado na
figura 04 pois muitas empresas apostaram no crescimento de novos modelos de
negócios com o objetivo de realizar transações comerciais entre parceiros de
negócio utilizando a internet.
Faturamento (R$ bilhões)
2003
1º trimestre
2º trimestre
3º trimestre
B2B Companies
30,4
30,3
31,9
B2B E-Markets
3,6
4,5
4,8
B2B Total 34 34,8 36,7
Figura 04 - VOLUME DE NEGÓCIOS B2B - online no país
Entretanto nem tudo aconteceu da forma que alguns analistas apostavam.
As mudanças ocorridas no cenário econômico no início do ano 2000, e a queda
da bolsa que concentra as ações das empresas de alta tecnologia nos EUA
(NASDAQ), fizeram com que o otimismo inicial fosse revisto em termos de
crescimento do comércio eletrônico. Muitas das empresas que apostaram
exclusivamente em transações via Internet acabaram por abrir falência em pouco
tempo de existência .
Apesar de abalado, o mercado de comércio eletrônico continua
crescendo, e cada vez mais o mero de consumidores e empresas que estão
realizando transações eletrônicas aumenta em termos de volume de transações
de negócio. O segmento B2B é a parte que mais cresce do comércio eletrônico
em termos de faturamento e o que vem apresentando os melhores resultados em
termos de receita referentes às transações comerciais (Limeira, 2003).
35
Além dos segmentos B2B e B2C, existem outras variedades de transações
realizadas em redes proprietárias e pela Internet. A cada dia surgem novos
termos e siglas que se referem ao ambiente eletrônico e que freqüentemente são
confundidos pelo público que acompanha as inovações tecnológicas.
B2B: business-to-business, transações entre empresas (Ex: EDI, portais de
negócios, e-commerce, etc)
B2C/C2B: business-to-consumer / consumer-to-business, transações entre
empresas e consumidores (Ex: lojas virtuais, cotações de preço)
B2G/G2B: business-to-governament / goverment-to-business, transações
entre empresas e governos ( Ex: portais, compras, EDI, informações)
C2C: consumer-to-consumer, transações entre consumidores (leilões
virtuais, sites de troca de arquivo)
C2G/G2C: goverment-to-consumer / consumer-to-governament, transações
entre governos e consumidores (pagamentos de tributos, serviços de
informação)
G2G: goverment-to-government, transações entre governos
Diversos autores descrevem o grande universo onde as transações do
comércio eletrônico podem ser realizadas por redes eletrônicas entre empresas,
consumidores e governos representado na tabela 02.
Governo Empresa Consumidor
36
G2G
Coordenação
entre órgãos do
governo
G2B
Informações
Governamentais
G2C
Informações
Governamentais
B2G
Aquisições
Governamentais
B2B
Comércio
Eletrônico
B2C
Comércio
Eletrônico
C2G
Pagamento de
impostos
C2B
Comparação de
preço
C2C
leilões
Tabela 02: Aplicações de Comércio Eletrônico
Obs.: Na tabela 02 o mostradas as modalidades de comércio eletrônico e um
exemplo de transação relacionado a cada tipo de modalidade.
O quadro em destaque na tabela 02, corresponde ao foco dessa
dissertação. Os sistemas de EDI, a utilização da Internet e o estudo de caso
servem para exemplificar os impactos nesse segmento de B2B.
A empresa Giga Group faz uma distinção entre os conceitos relacionados a
Comércio eletrônico e e-business, para eles o comércio eletrônico atua em todos
os processos que se referem aos consumidores, fornecedores e parceiros
comerciais. o e-business envolve todo o processo de comércio eletrônico e
mais os diversos processos internos da empresa (vendas, marketing, finanças,
recursos humanos e etc...). A diferença estaria em que o e-business atua em toda
a cadeia de valor em um ambiente eletrônico na empresa e o comércio eletrônico
somente atua nas transações comerciais de compra e venda (limeira, 2003).
Governo
Empresa
Consumidor
37
O valor das transações do comércio eletrônico ainda é incipiente se
comparado ao valor total das transações realizadas no comércio tradicional.
Entretanto, todas as estatísticas sobre comércio eletrônico revelam um grande
crescimento, principalmente no segmento entre empresas. Segundo previsões do
International Data Corporation (IDC), as transações entre empresas atingem mais
de 90% do total comercializado eletronicamente e deve alcançar cerca de US$
1,3 trilhões até 2003 (Limeira, 2003).
Para a empresa Forrester Research, o comércio eletrônico mundial irá
atingir a marca de US$ 6,8 trilhões em 2004, sendo que desses, US$ 82 bilhões
serão através de transações feitas na América latina. (Limeira, 2003)
Quantificar o crescimento do comércio eletrônico não é uma tarefa fácil.
Para a OECD, a mensuração do comércio eletrônico é dificultada pela falta de
uma definição clara do termo e pela velocidade de seu crescimento. também
outras razões que inviabilizam a exatidão das pesquisas, como o fato de que
muitas empresas não separam as transações comerciais tradicionais das
realizadas eletronicamente em seu faturamento. (Limeira, 2003)
Como pode ser observado na tabela 03, há uma grande variação nas
estatísticas dos institutos de pesquisa, e a falta de dados atualizados e de uma
metodologia confiável são uns dos fatores que impedem uma previsão mais
exata.
38
Tabela 03
Comparação das estimativas para o e-commerce
39
4.2.3 Panorama do comércio eletrônico entre empresas no Brasil
Segundo o Boston Consulting group (2000) as vendas no varejo on-line no
Brasil alcançaram as cifras de US$ 300 milhões o que representa mais que 50%
da América Latina para e-Marketer (2001), o comércio eletrônico no Brasil
ocupa uma posição de destaque na América Latina, liderando as estatísticas com
mais de 60% do total das receitas da região algo em torno de US$ 1,4 bilhão e
40% dos usuários de Internet (Limeira, 2003).
Um levantamento realizado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais
(FIEMIG) em parceria com a Emarketer.net, instituto de pesquisa internacional
direcionado para a internet, revela que a maioria das empresas de menor porte
não utiliza a rede para gerenciar melhor seus negócios. De um universo de 5 mil
empresas pesquisadas, 66% revelaram que não recorrem à internet para o
comércio eletrônico (Zandim, 2002).
"A visão que o empresário de pequeno e até médio porte tem da internet
ainda é míope. A rede é acessada para a troca de e-mails, para divulgar a
empresa em um site e às vezes para pesquisar fornecedores ou clientes,
dificilmente a rede é acessada para o comércio entre empresas, o chamado B2B."
(Zandim, 2002).
A Região Sudeste é a que concentra o maior número de empresas
pequenas usuárias da internet, 63% do total das entrevistadas. as empresas
na Região Norte são as que mais aumentaram a presença na Web, passando de
1,49% para 8,26%, um crescimento de 240%. No Nordeste, o Ceará continua
40
sendo o centro das empresas usuárias da rede, de forma semelhante ao Distrito
Federal, na Região Centro-Oeste, com 4,40% de participação. (Zandim, 2002)
De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação das indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp), apenas 5% das companhias paulistas fazem
transações comerciais pela Internet. A pesquisa revela que 41% das empresas
pesquisadas não tem previsão para investimentos em comércio eletrônico e que o
maior obstáculo para a sua adoção são as dificuldades operacionais e a
necessidade de realizar reestruturações nos procedimentos internos, que
envolvem os processos de compras, cobrança, produção e atendimento ao
cliente. (Gazeta Mercantil, abril 2001)
Para que as tecnologias de informação e de comunicação produzam os
efeitos desejados pela organização, é necessário superar obstáculos de ordem
comportamental e organizacional que funcionam como uma barreira ao sucesso
da adoção das inovações de cunho tecnológico. (Tigre, 1997)
Preparar uma estrutura para fazer uso correto das informações geradas
pelas tecnologias de informações e comunicações (TIC) é mais importante do que
simplesmente comprar equipamentos e implantá-los na organização. Tais
mudanças implicam em reestruturações de ordem organizacional, em qualificação
dos recursos humanos e competência gerencial, pois para um processo efetivo de
EDI a informação e interação humana continuam sendo fundamentais. (Huang,
1997)
41
O EDI prevê uma análise dos processos de negócio profunda e busca
identificar as possíveis ineficiências da organização. Dessa forma, dependendo
do tamanho da organização, um projeto de EDI pode necessitar de um grande
esforço em preparar a organização internamente para que a introdução das TICs
proporcione o resultado esperado. Para muitas organizações, as primeiras
barreiras a serem vencidas são o investimento inicial e as mudanças
organizacionais que esse novo conceito de trabalho propõe a rotina de trabalho
da empresa, isso pode ser um dos motivos que dificultam a expansão do
segmento B2B no Brasil.
4.3 A Internet e o EDI tradicional
Com a disseminação da Internet, muitas firmas de consultoria e pesquisa
do setor de tecnologia de informação divulgaram relatórios sobre os inúmeros
benefícios que essa rede traria para as transações eletrônicas entre empresas.
Baseadas nessas previsões, criaram-se expectativas de que haveria rapidamente
uma migração dos sistemas de EDI tradicional para soluções de comércio
eletrônico via Internet. (Limeira, 2000)
De fato, em alguns casos, observa-se que a Internet constitui um avanço
em relação ao EDI. A Internet não permite um espaço para as empresas
comercializarem produtos e serviços entre si, como também é um bom canal de
marketing que pode reforçar a imagem da empresa, através de informações,
propaganda e promoções sobre produtos e serviços.
42
A realização das compras corporativas através da Internet, além de trazer
vantagens em muitas situações e favorecer principalmente as pequenas
empresas, propicia a obtenção de vários benefícios, tais como, o
acompanhamento dos pedidos efetuados pelo comprador, a melhoria do
atendimento a fornecedores e clientes, a diminuição dos estoques e o aumento
do poder de negociação com compras em grandes volumes. ( Copeland, 1997)
A Internet trouxe novas alternativas para as organizações que através de
seu uso buscam obter vantagens competitivas em relação a seus concorrentes.
Muitas vezes essas alternativas são atrativas devido a:
Baixo investimento em tecnologia A Internet proporciona alternativas
de custo extremamente vantajosas se comparadas com o EDI
tradicional. As pequenas empresas são as mais beneficiadas pois o
teriam como arcar com os custos de uma implantação tradicional.
Integração do cliente à cadeia de suprimentos Considerando a
evolução do B2C, a Internet está proporcionando a entrada do
consumidor no processo de gerenciamento da cadeia de suprimentos.
O consumidor final através de um Browser pode acompanhar o
andamento de seus pedidos, e ainda participar ativamente do processo
de produção (no caso de sistemas que atuam pela demanda).
Agilidade nas soluções de comércio eletrônico Diferente do tempo
gasto inicialmente em um projeto de EDI tradicional, a Internet
proporciona aos parceiros um modelo ágil e seguro de iniciar o
comércio eletrônico.
43
Controle do processo de Fidelização A Internet possibilita a realização
do Marketing um a um que é utilizado tanto para práticas de B2C
como no B2B, pois a retenção de clientes de um portal próprio ou um e-
marketplace passa a ser um diferencial, uma vez que conhecendo suas
preferencias através da coleta de informações de compre e venda, os
parceiros podem atuar de forma pró-ativa, elaborando padrões de
compra e oferecendo constantemente produtos e serviços mais
adequados às necessidades de um cliente específico. (Peppers, 2000)
Aumento de parceiros comerciais - Para as empresas que necessitam
atrair um grande volume de parceiros comerciais, a Internet é capaz de
agregar um número grande de pequenos parceiros comerciais com um
custo baixo e em um curto espaço de tempo.
44
5 Tecnologias para o comércio eletrônico entre empresas
A difusão dos sistemas de informação nas empresas abriu caminhos para
o intercâmbio de informações digitais entre as organizações. As primeiras
iniciativas de troca de dados entre empresas ocorreram através de meios
magnéticos (fitas e disquetes) e por transmissão de arquivos através de
aplicativos proprietários, desenvolvidos geralmente pela própria empresa que
desejava se comunicar (Almeida, 2000).
Existe uma preocupação constante de como as empresas devem se
preparar tecnologicamente para atuar no comércio eletrônico, mas as empresas
não precisam se preocupar sobre quais softwares ou plataformas vão prevalecer .
Primeiro as empresas precisam pensar em quais modelos de negócio serão
vencedores (Seybold, 2000).
Com o advento da Internet, outros tipos de intercâmbio eletrônico de dados
e novos modelos de comercialização eletrônica têm surgido. Como pode ser
observado na figura 05, as tecnologias do comércio eletrônico B2B estão tendo
um rápido desenvolvimento e migrando para sistemas abertos que utilizam
protocolos de comunicação TCP / IP, que estão complementando, estendendo ou
substituindo o EDI. Mesmo assim, o crescimento previsto é de 7,7% ao ano ao
ano de 2007 para negócios realizados através da utilização de EDI entre
empresas (http_9).
45
Figura 5
-
Worldwide EDI Commerce and B2B eCommerce, 2000–2003
A Internet dispõe de uma arquitetura aberta que facilita a
interoperabilidade de sistemas heterogêneos de computadores e a troca de
mensagens em padrões compreensíveis por usuários finais. Por favorecer a
interoperabilidade, alguns autores afirmam que a tecnologia da Internet supera
sistemas como o EDI, pois as mensagens via EDI dependem de um padrão de
mensagens e de softwares especialmente desenvolvidos para a sua tradução.
Dentre as inovações tecnológicas ocorridas com o advento da Internet,
pode-se citar o desenvolvimento do Web-EDI, da linguagem XML, dos Portais de
Negócio/ Marketplaces para transações entre empresas. Estas tecnologias ainda
estão em fase de desenvolvimento e representa alternativas para as empresas se
inserirem no comércio eletrônico. A figura 06 mostra essas tecnologias que
estarão sendo analisadas no decorrer deste trabalho:
46
Figura 06: Principais formas de comércio eletrônico entre empresas
A figura 06 mostra o EDI e mais três possibilidades que surgiram após a
criação da Internet e essas são apontadas pelas Vans como as mais importantes
atualmente. Estas tecnologias serão analisadas posteriormente por se tratarem de
tecnologias que podem causar impactos na difusão do EDI no mercado brasileiro.
Vale ressaltar que existem várias formas de se realizar transações
comerciais por redes eletrônicas. O EDI e as formas baseadas na Internet
listadas anteriormente não se configuram como as únicas tecnologias utilizadas
para o comércio eletrônico entre empresas. Outras tecnologias tanto na Internet,
quanto em redes proprietárias, podem transmitir documentos comerciais, tais
como o correio eletrônico e o FTP.
Apesar de influenciarem a adoção do EDI, essas tecnologias (FTP e
correio eletrônico) não serão estudadas separadamente, pois não foram
47
apontadas pelas Vans como prováveis substitutos do EDI tradicional. Elas
normalmente representam opções de comunicação ou transferência de dados
para empresas que nunca realizaram comércio eletrônico, situação que é distinta
das empresas usuárias do EDI.
Com o objetivo principal de medir o impacto da Internet no EDI, são
analisadas as tecnologias baseadas na Internet que podem influenciar a difusão e
evolução do EDI no mercado brasileiro.
5.1 XML
5.1.1 Características
O XML é uma linguagem com base em padrões abertos, definida pelo
World Wide Consortium (W3C), consórcio internacional que regulamenta padrões
para a Internet. Vem sendo considerado como o formato universal para a troca de
dados estruturados na Web pois em termos de programação é bem parecido com
o HTML (HyperText Markup Language), que é uma das linguagens mais
conhecidas e difundidas para criação de páginas na Web. (Daum, 2002)
O XML vem se destacando no mercado devido a uma série de vantagens
que essa linguagem tem sobre o HTML, entre elas a capacidade de extensão; o
HTML possui um conjunto de tags (etiquetas de dados com instruções contidas
que definem como as informações serão mostradas no browser) fixo com o qual
são elaborados os documentos, o XML não define qualquer conjunto de tags
48
em particular. Em vez disso, ele oferece uma estrutura padrão que lhe possibilita
criar sua própria estrutura, ou usar aquelas definidas por terceiros que melhor se
encaixe as necessidades de programação. (Daum, 2003)
Por ser considerada uma linguagem capaz de gerar outras linguagens, o
XML permite aos programadores criarem tags personalizadas que proporcionam
maior flexibilidade na organização e apresentação das informações. Para o
comércio eletrônico isso significa maior capacidade de desenvolvimento e
gerenciamento de campos como quantidades, prazos de entrega, e forma de
entrega, essenciais na troca de informações comerciais.
Mas para que as empresas possam realizar o intercâmbio eletrônico de
dados existem algumas considerações que devem ser seguidas, como por
exemplo, a definição e envio dos esquemas que descrevem a sintaxe dos
elementos (tags). Eles são uma espécie de dicionário que define os
identificadores XML e onde eles podem ser aplicados no documento que será
transmitido. (Genaro, 1999)
O XML é basicamente uma forma de estruturar a informação de modo
padronizado para que todos os aplicativos que adotem esta linguagem tenham
condição de entendê-la. Devido a sua flexibilidade e capacidade de integração
entre aplicativos, o XML não pode ser utilizado como padrão para a
transmissão de dados nas transações que utilizam EDI, Web-EDI e Portais na
Internet, como também na integração desses sistemas de comércio eletrônico.
(Ozech, 2002)
49
A expectativa criada em torno da substituição do EDI por esta linguagem
no final da década de 90, levantou suposições de que o XML representaria o
passo definitivo para a viabilização do comércio eletrônico na Internet. (Ozech,
2002)
Na realidade o XML é apenas uma linguagem de computador para a
transferência de dados e não representa uma tecnologia consolidada como o EDI
tradicional. (Ean Brasil, 2002).
Segundo as entrevistas realizadas com os representantes das Vans (IBM
e Interchange), essa substituição não está acontecendo, que as realizações
das transações comerciais entre empresas exigem uma certa complexidade que
envolve um alto investimento na integração de plataformas e tecnologias
complemente distintas. Além disso, os parceiros precisam adotar os mesmos
esquemas XML, ou seja, utilizar o mesmo padrão.
O mercado vem utilizando sistemas que realizam transações de comércio
eletrônico baseados em XML como os EAI (Enterprise Aplication Integration
Integração de Aplicativos Empresariais) que permitem administrar a integração de
aplicativos em uma organização ou entre organizações através da linguagem
XML, tal como BizTalk Server 2000 da Microsoft. (Poddar, 2002)
O desenvolvimento de soluções de comércio eletrônico utilizando XML
como plataforma de integração de sistemas, tem sido praticada por todos os
50
grandes vendedores de sistemas e softwares de gestão, dentre os quais, pode-
se citar a Microsoft, SAP, Siebel, Commerce One e Ariba.
Muitas empresas de tecnologia de informação e instituições de pesquisa,
estão tentando desenvolver um modelo de XML comum para assegurar uma
sintaxe universal para intercâmbio eletrônico de documentos pela Internet. Quase
todos os envolvidos concordam que o XML é uma linguagem que pode facilitar o
desenvolvimento do comércio eletrônico. Entretanto, todos concordam também,
que ele não será aceito enquanto não forem estabelecidos padrões universais.
5.1.2 empresas usuárias
O uso do XML ainda está em desenvolvimento e ainda é muito restrito se
comparado a outras soluções como o EDI. Por ser uma linguagem criada para a
Internet, o XML permite, em determinados casos, o intercâmbio eletrônico de
dados a custos mais baixos do que um sistema EDI. Para as pequenas empresas
se comunicarem com seus parceiros, é necessário ter um computador, browser e
acesso a Internet. Essa característica possibilita que as MPMEs tenham mais
chances de participar do comércio eletrônico entre empresas. (Legey , 2001)
Para as grandes organizações, o XML representa mais uma alternativa de
integrar seus parceiros comerciais de todos os portes. Entretanto, a
complexidade do sistema de uma grande empresa, requer um investimento muito
maior e uma implantação mais demorada do que em uma MPME.
51
5.1.3 benefícios potenciais
Os principais benefícios do XML para o comércio eletrônico residem nos
seguintes aspectos: (Poddar, 2002)
Possibilidade de integrar os dados das mais diversas fontes e aplicações:
Desde que seja adotado um padrão, o XML torna possível o intercâmbio de
informações entre diferentes empresas, oferecendo uma linguagem comum
de comunicação entre os diferentes sistemas de computadores.
Não utilização do uso de tradutores: O software de tradução é um item
caro e obrigatório num sistema de EDI. Com o XML, o significado das
mensagens vem embutido no próprio corpo do documento, sendo
necessário apenas à utilização de esquemas padronizados para a
comunicação.
Facilidade de interpretar os dados: Com o XML é possível codificar
informações que sejam compreensíveis pelos browsers instalados nos
computadores.
Facilidade de implantar a troca de dados nas pequenas empresas: O XML
representa mais uma opção para o intercâmbio eletrônico de dados sendo
utilizado principalmente para suprir algumas dificuldades do EDI tradicional.
Facilidade de Extensão: No HTML cada tag tem um significado fixo, no
XML, as tags tem significado variável e o usadas para delimitar blocos
de dados aumentando os recursos de programação.
Possui um formato público: A implantação torna-se mais barata pois as
especificações da linguagem são facilmente encontradas na Internet.
52
5.1.4 Dificuldades de adoção
A padronização é o tema principal quando se refere à troca de
informações, e isso não é diferente quando se pensa no uso do XML. Para o
intercâmbio entre aplicações de diferentes empresas é necessária a utilização de
uma linguagem padrão para que ambas as aplicações possam entender e
processar as informações. Entretanto muitas empresas continuam utilizando
padrões proprietários, o que dificulta a adoção de um padrão oficial.
Com o crescimento da utilização do XML, muitos vendedores de base de
dados e de aplicativos de gestão empresarial estão tomando a iniciativa de
prestar suporte ao XML, o problema é que com esse crescimento e com a falta de
um padrão único, cada vendedor está implantando esquemas de XML de forma
diferente. Isso está fazendo com que a utilização de tradutores seja necessária
para realizar as trocas de informações comerciais entre os aplicativos das
empresas.
53
5.2 Web EDI
5.2.1 Características
Web-EDI é uma tecnologia que utiliza a Internet para o intercâmbio
eletrônico de dados através de uma interface gráfica na Web. O usuário do
sistema pode transmitir as informações comerciais anexando arquivos do seu
sistema ou preenchendo formulários virtuais. Por não exigir altos investimentos
em itens de hardware e software, o Web-EDI permite que pequenas e médias
empresas se integrem a rede de EDI de seus parceiros de grande porte.
O funcionamento do Web-EDI é simples do ponto de vista tecnológico
conforme pode-se observar na figura 07. O Web site é acessado pelos parceiros
comerciais (spokes) que dispõem de uma identificação e senha cadastrada; em
seguida os formulários o preenchidos com os dados do pedido ou os arquivos
que são anexados na página da Web. Dessa forma, as informações são enviadas
para o servidor Web da Van, onde os dados são convertidos em um formato
padrão, que pode ser o EDIFACT. Quando a empresa hub envia as informações
para os spokes, acontece o processo inverso, as mensagens EDIFACT são
convertidas para o formato de formulário ou texto num arquivo anexado.
54
Figura 07
:
Sistema de Web-EDI
O Web-EDI é uma tecnologia que não requer muito investimento para
ser implantado e utilizado. O custo de implantação pode ser inexistente se a
empresa já dispõe de um computador, sistema operacional com browser e acesso
à Internet. A manutenção do serviço consiste geralmente na taxa de assinatura
cobrada pela Van e na taxa de uso do provedor de Internet (se esse serviço não
for oferecido pela Van). (http_13)
5.2.2 Empresas usuárias
O modelo hub-spoke está presente no uso dessa tecnologia quando uma
grande empresa deseja integrar seus pequenos fornecedores à sua rede de EDI.
Para isso, ela contrata uma Van para implantar o sistema de Web-EDI em seus
parceiros de menor porte, que não dispõem de capital suficiente para a
implantação do EDI tradicional. (http_14)
55
Nesse modelo, a empresa hub não é usuário direto do sistema e sim
patrocinador do projeto, assim sendo, a hub contrata a Van, que desenvolve o
website, realiza a implantação do projeto e o gerenciamento das transações.
As usuárias diretas do Web-EDI são as empresas spokes que geralmente
não possuem sistemas automatizados de gestão, como um ERP, e que
necessitam trocar documentos padronizados com seus parceiros comerciais.
Devido a isso soluções mistas são necessárias para que haja adaptação do
modelo tradicional com o modelo baseado em soluções Web. (Lewell, 2000)
5.2.2 Benefícios
Para exemplificar os benefícios trazidos pelo Web-EDI pode-se destacar a
importância da automatização no processo, pois somente com a automatização e
integração dos sistema, é que se pode atingir o máximo de benefícios que esse
processo pode trazer. A figura 08 mostra todos os níveis que uma empresa pode
praticar em termos de automatização.
56
Figura 08
– Benefício através dos níveis utilizados
É importante separar os benefícios que cada uma das empresas
envolvidas no processo podem obter com o uso dessa tecnologia, quais os
motivos que cada uma possui nesse processo de Web-EDI.
Como benefícios para as empresas Spokes podem ser considerados os
seguintes fatores:
A empresa utiliza essa tecnologia acessando qualquer PC e qualquer
browser
A inclusão da empresa nesse processo é rápida e feita via internet
Os investimentos em infra-estrutura são pequenos em relação a
solução tradicional
57
O ambiente possui sistemas de segurança como autenticação e
criptografia
Permite a integração de ambientes (EDI tradicional e Internet).
Como benefícios para as empresas Hub podem ser considerados os
seguintes fatores:
Diminuição dos custos operacionais devido a entrada de grande volume
de parceiros
Rapidez no crescimento de parceiros.
Aumento significativo do número de parceiros de negócio:
5.2.3 Dificuldades de adoção
Apesar dos benefícios potenciais observados, as pequenas empresas
também sofrem algumas desvantagens na utilização do Web-EDI:
A intervenção manual no preenchimento dos formulários pode provocar
alguns erros na inserção dos dados de um pedido. As empresas Spokes,
dependendo do seu grau de automação, continuam com seus processos
paralelos de preenchimento e envio manual de formulários ou arquivos.
Geralmente não é feita a integração dos processos internos com o Web-EDI. A
maioria das pequenas empresas não possui softwares de gestão para controlar e
automatizar todo o processo de envio de documentos.
58
O envio de documentos é geralmente realizado durante o expediente de
trabalho, em horários onde as redes de telecomunicações e o provedor de
Internet estão mais sobrecarregados. Isso pode ocasionar problemas de
congestionamento de linhas, sistemas fora do ar, impossibilitando o envio de
documentos. No EDI, os documentos são enviados fora do horário de maior
utilização das redes, minimizando assim os problemas que podem ocorrer durante
a transmissão dos dados.
5.3 Portais e Marketplaces
5.3.1 Conceito de Portal
Pode-se conceituar Portal como um software que gerencia o acesso de
usuários a vários aplicativos e fontes de informação na intranet corporativa ou na
internet. O Portal disponibiliza serviços como: conteúdo personalizado, comércio
eletrônico, atendimento on-line a clientes, entre outros. (http_19)
5.3.2 Características
Os portais do segmento business-to-business são basicamente sites na
Internet que reúnem em um ambiente virtual um conjunto de fornecedores e
compradores para a realização de transações comerciais eletrônicas. O portal
corporativo é uma solução de infra-estrutura de e-commerce que proporciona uma
interface Web personalizada à informação e aplicações que um usuário necessita,
oferecendo, ainda, conteúdo e integração com todas as bases de dados da
companhia.
59
Geralmente estão presentes instituições financeiras que são responsáveis
pelas cobranças, pagamentos e financiamentos das transações realizadas. As
empresas de logística também participam do portal no que se refere ao transporte
das mercadorias e de sua armazenagem.
Existem dois tipos de portais corporativos:
Horizontais: atendem às necessidades de uma comunidade inteira de
usuários como, por exemplo, o MySybase ou megaportais como Yahoo,
AOL e MSN.
Verticais: atendem às necessidades de uma função específica de
negócios como vendas, finanças, saúde, etc, como o Financial Fusion,
CFOWeb.com, myCFO.com. (http_11)
O papel central desempenhado pelo portal é o de facilitador das transações
através de um portal eletrônico onde uma empresa pode ter acesso a produtos e
serviços de uma grande variedade de fornecedores, solicitar cotações, fazer
pedidos de compras, obter crédito e acompanhar a situação do pedido até a sua
entrega efetiva. (http_18)
Em relação à solução tecnológica adotada pela empresa usuária do portal,
há duas formas de se realizar as transações: por meio de um browser ou por meio
de ferramentas de integração.
Na primeira alternativa, a empresa utiliza um browser e um provedor de
acesso à Internet para realizar as transações comerciais nos sites de negócios.
60
Deste modo as transações são realizadas geralmente de forma manual. As
informações recebidas e enviadas deverão ser incluídas posteriormente nos
sistemas de gestão da empresa.
A segunda alternativa é integrar o software de gestão da empresa ou ERP,
ao portal de negócios. Dessa forma, as transações de compras realizadas nesses
portais, passam a ser geradas e incluídas automaticamente nos sistemas de
gestão da empresa independentes da utilização de um browser.
5.3.3 Empresas usuárias
Portais próprios:
Os portais próprios geralmente são patrocinados por grandes empresas
que desejam otimizar os processos de compra ou venda através da Internet com
seus fornecedores e clientes.
Para as PMPEs, a criação de um portal coletivo de compras pode
representar uma oportunidade para obtenção de melhores preços junto a grandes
fornecedores e distribuidores. Através da compra por demanda agregada, o
pedido de todas as empresas pode ser centralizado em uma compra única a um
grande fornecedor.
Os consórcios também apresentam desvantagens, que as firmas são
cautelosas em revelar informações a seus rivais através desses mercados
eletrônicos. Dessa forma muitas empresas preferem ter seus próprios portais
onde possam efetuar um maior controle sobre seus clientes e fornecedores.
61
5.3.1 Conceito de E-Marketplaces
Pode-se conceituar e-marketplace como um espaço virtual onde estão
diversas aplicações web que se comunicam entre si por meios electrônicos, isso
permite que as empresas possam suportar por exemplo seus processos de
compra e venda, ainda permitindo a interação através de vários serviços com os
seus Parceiros de Negócio. (http_20)
5.3.2 Características
As grandes empresas podem se beneficiar dos e-marketplaces
principalmente na realização de compras de materiais indiretos. Geralmente a
aquisição de materiais indiretos representa pouco do valor total das compras
numa grande empresa, mas equivale a uma parte significativa do total das
transações efetivadas. Utilizando os portais, os próprios funcionários podem fazer
seus pedidos individuais. A compra de material produtivo também é vantajosa
para as grandes empresas na medida que as transações podem ser efetuadas
através de leilões reversos. (Hayashi, 2000)
A participação em e-marketplaces também pode trazer benefícios para
pequenas e médias empresas varejistas, na medida que elas podem comparar as
condições de inúmeros fornecedores presentes no portal. Para os pequenos
fornecedores, os e-marketplaces representam mais uma alternativa para obter
visibilidade do seu produto no mercado.
62
5.3.3 Benefícios
dos Portais e Marketplaces
Integração das empresas em uma comunidade de negócios - O portal
propicia um ambiente de relacionamento e troca de informações entre os
parceiros. Neste ambiente virtual também podem ser encontrados serviços
adicionais prestados pelos portais como a entrega dos produtos,
pagamentos eletrônicos, pesquisas e notícias.
Agilidade e Automatização do processo de compra e venda
Maior
velocidade para fechamento de novos negócios devido ao processo
eletrônico que dispensa a utilização de documentos em papel.
Benefício para fornecedores Os fornecedores passam a ter um mero
maior de compradores em potencial para seus produtos e ligação com
diversos serviços em um mesmo lugar.
Expansão da base de clientes e fornecedores - O marketplace permite aos
fornecedores participar de várias cotações de compra e concorrências de
outras empresas de forma automática e on-line. Isso permite aos
compradores ter acesso a novos fornecedores rapidamente
5.3.4 Dificuldades de adoção
A exploração de mercados verticais por portais e marketplaces apresenta
alguns riscos que nem sempre são calculados:
Massa Crítica Para que seja produtivo, um portal deverá atingir o
maior número possível de compradores e vendedores, para que a
concorrência possa propiciar preços mais atraentes. (Legey, 1998)
63
Uniformização das transações Sem hábitos de compra e regras de
negócios padronizados, se torna complexo transpor a cadeia de
negócios para a Internet. (Exame Negócios, jan/2001).
Informações confidenciais As empresas ainda não sentem confiança
em divulgar Informações como listas de preços, condições de
pagamento e cadastro de clientes no ambiente Web.
Custo para desenvolvimento dos Portais O custo para
desenvolvimento e manutenção de um Portal próprio é ainda muito
elevado e complexo, principalmente devido a necessidade de
integração com outras empresas e com seus sistemas internos
64
6 Estudo de caso no varejo
O trabalho corrente estudou uma prática de negócio organizacional e os
impactos das mudanças tecnológicas dentro do contexto em que ela se insere. A
forma da questão de pesquisa está centrada no “como” e no “por que”,
focalizando acontecimentos contemporâneos, não exigindo controle sobre
eventos comportamentais (Yin, 2003).
Como o objetivo principal do presente estudo foi identificar as mudanças e
o crescimento da atividade de EDI, a partir da decisão de utilização de novas
tecnologias baseadas na internet para esse tipo de prática de negócio, foi
decidido que o estudo de caso era a melhor estratégia de pesquisa a ser utilizada,
pois seriam comparados os dados entre o passado e o presente momento da
empresa escolhida no que se refere a utilização do EDI .
A Lojas Americanas foi escolhida como unidade caso por ter o processo de
EDI em funcionamento e estabelecido a algum tempo, além de possuir uma
variedade de parceiros que podem delinear e esclarecer como as diversas
estratégias e oportunidades que o mercado vem oferecendo para as PMPEs
estão afetando esse mercado.
Para embasamento do trabalho foi feito um levantamento de dados no
tempo que somente puderam ser obtidos diretamente com pessoas envolvidas no
processo da empresa pesquisada. No caso das Lojas Americanas, os níveis
65
estratégico e operacional foram suficientes para delinear o ocorrido e comprovar o
impacto da Internet nos processos de EDI.
Com isso, foram estabelecidas as etapas operacionais desse estudo de
caso:
delimitação da unidade-caso; (Lojas Americanas)
coleta de dados;
análise e interpretação dos dados;
redação do relatório
(Gil,1996) .
Para isso, foi necessária a delimitação da unidade-caso, de acordo com as
varáveis:
Escolha da unidade-caso;
Breve histórico da organização;
Descrição sucinta da organização e da dinâmica do setor em que atua;
Descrição da situação-problema
(Gil,1996).
Através do estudo se verificou como o EDI, após implementado de acordo
com as orientações existentes na época, foi modificado devido ao surgimento da
Internet e como isso foi recebido pelos parceiros comerciais. Foram analisados os
aspectos específicos de desempenho do EDI na empresa em relação aos
parceiros comerciais, e mais objetivamente a variação do ganho de escala de
66
novos parceiros com a utilização dessa nova modalidade de comércio eletrônico
utilizando a internet.
6.1 Etapas do trabalho
Inicialmente, foram utilizadas fontes secundárias de pesquisa, sendo
realizada uma pesquisa bibliográfica em livros, teses, dissertações, artigos,
jornais, sites da Internet, manuais e revistas sobre o assunto em questão para
condução da escrita da dissertação.
Foram usadas técnicas de entrevistas e questionários que aplicados a
pessoas envolvidas no processo de EDI da empresa em questão, alguns
parceiros comerciais e representantes de duas empresas que atuam como Vans,
formularam a base para a conclusão dos resultados.
Acredita-se que para o estudo de caso em questão, a entrevista com as
pessoas / empresas envolvidas diretamente no processo de mudança serviram
como uma importante fontes de informação. A entrevista foi conduzida de forma
espontânea, onde foram discutidos os fatos e sempre levando-se em
consideração as opiniões sobre determinados eventos.
O estudo de caso foi conduzido com as pessoas envolvidas no processo de
EDI e a mudança da estratégia a partir do surgimento da Internet nessa prática de
negócio, conforme descrito abaixo:
67
O gerente do projeto EDI das Lojas Americanas;
O coordenador de projetos de TI;
Gerentes de negócio das VANs escolhidas;
2 Gerentes comerciais das Lojas Americanas;
Parceiros comerciais de empresas parceiras;
O responsável pela implantação do primeiro sistema de EDI.
Nessa parte do estudo, a coleta de dados foi desenvolvida através de
entrevistas específicas estruturadas ou questionários para os níveis gerenciais e
parceiros comerciais mencionados que abrangem facilmente o objeto em estudo
de acordo com a sua participação no processo.
Algumas entrevistas foram realizadas com perguntas abertas focando
apenas os aspectos a serem observados pelo entrevistado que sirvam de base
para a conclusão do estudo em questão conforme os modelos descritos abaixo e
anexados ao trabalho.
- Parceiros Comerciais – conforme Anexo I;
- Nível Estratégico – conforme Anexo II;
Os demais dados sobre a empresa foram coletados através de fontes
secundárias como: folder, revistas, jornal da empresa, e informações retiradas do
site da empresa que foram disponibilizados para esse fim.
68
6.2 Histórico da empresa
Uma das maiores redes varejistas do País, a Lojas Americanas, fundada
em 1929 e operando hoje com 105 lojas, espalhadas por 18 Estados e Distrito
Federal, por seu formato único de venda de itens das mais diferentes categorias a
preços baixos, a distancia de uma concorrência direta.
A primeira Lojas Americanas foi aberta a partir do interesse de quatro
americanos que, convencidos por dois funcionários públicos brasileiros de renda
estável e salários baixos, resolveram investir no País, e não na Argentina, como
pretendiam ao deixar os Estados Unidos, no ano do crash da Bolsa de Nova York.
Naquele mesmo ano inauguraram a primeira Lojas Americanas, em Niterói (RJ),
com o slogan "Nada além de 2 mil is" (hoje, o equivalente a cerca de R$ 0,45).
No final do primeiro ano, eram quatro lojas: três no Rio e uma em São Paulo.
(http_3)
Em 1982, os principais acionistas do “Grupo Garantia” entraram no negócio
como controladores. Em 1994, a Americanas formou uma joint venture com a
Wal-Mart Store, que passou a ter 40% do negócio. Em agosto de 1998, quando
grandes grupos internacionais aportavam no Brasil para disputar o varejo, parte
do negócio foi vendido para a francesa Comptoirs Modernes, do Grupo Carrefour.
A Lojas Americanas decidiu novamente focar no business de lojas de descontos.
A partir de 1991 as Lojas Americanas decidiram investir no Projeto de EDI, para
automatizar sua área de compras através de pedidos feitos eletronicamente com
seus parceiros comerciais (http_10).
69
Com um público formado basicamente por consumidoras mulheres (77%) e
das classes A, B e C (81%), a companhia emprega ao todo mais de 7,6 mil
funcionários. A companhia, fundada em 1929, controla ainda a Americanas.com,
um dos maiores sites brasileiros de vendas, e a Facilita Serviços e Propaganda,
braço financeiro do empreendimento.(http_3)
6.3 O projeto EDI e seus desdobramentos nas Lojas Americanas
O varejo brasileiro apresenta um cenário extremamente competitivo, no
qual grandes grupos nacionais e estrangeiros estão adquirindo cadeias menores,
com o objetivo de obter economias de escala e aumentar a sua participação de
mercado. Esses investimentos em expansão estão sendo acompanhados por
outros na melhoria dos processos de logística e tecnologia da informação,
evidenciando o foco na melhoria da eficiência operacional através de práticas
como o comércio eletrônico. (http_01)
O Projeto de EDI foi iniciado na empresa citada em 1993, e sofreu diversas
mudanças estratégicas ao longo desses anos, conforme podemos ver no gráfico
01 nos anos de 2001 e 2002, a empresa teve um aumento acentuado no número
de participantes no processo de EDI, e isso se deveu ao início da utilização da
internet pelas MPMEs no processo de EDI. (Quinto, 2003)
70
6 10
110
120
168
38 49
670
2220
4120
93
80
71
42
293
120
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
EDI tradicional
Solução própria
EDI WEB
Gráfico 01
: Evolução das soluções de EDI
Analisando o gráfico 01 baseado em dados passados durante a entrevista,
percebemos que o movimento inicial para implantação do EDI tradicional foi um
processo demorado que teve sua primeira implantação com parceiros pilotos em
1995. Após essa implantação, tentou-se difundir o EDI tradicional com os demais
parceiro comerciais, mas devido a complexidade da solução e das dificuldades
encontradas, o processo demorou mais do que o esperado, e uma nova solução
proprietária foi adotada para acelerar a entrada de novos parceiros a partir de
1997. Com essa solução a empresa pode agregar novos parceiros e verificar que
a viabilidade da prática comercial de EDI estava diretamente ligada aos custos de
implantação e manutenção da mesma.
A partir de 2001 com a obrigatoriedade do uso do EDI e o surgimento da
solução voltada para a WEB, o número de parceiros se multiplicou rapidamente,
mas é importante observar que os grandes parceiros que já possuiam o projeto de
EDI tradicional implantado permaneceram com essa solução.
71
As principais razões levantadas durante as reuniões foram de que as
grandes empresas haviam feito todo o investimento para integração do EDI
com seus sistemas internos, além dos fatores de segurança e padronização deste
novo ambiente.
Isso vem comprovar a teoria de que apesar do grande alarde feito com o
aparecimento de soluções voltadas para a WEB, os grandes fornecedores, que
representam grande parte do faturamento da empresa, continuam utilizando a
solução tradicional. O movimento da internet foi importante para agregar novos
parceiros e consolidar o processo de comércio eletrônico, mas não foi suficiente
para finalizar esse modelo de transação.
A internet segundo entrevistas realizadas, não possui hoje uma tecnologia
que permita a conexão sistema / sistema de forma segura e automática, e
portanto o processo antigo continua vigorando uma vez que somente através dele
o EDI atua de forma automática (sem intervenção manual) e segura.
Em pesquisa realizada com parceiro comerciais podemos observar que em
sua maioria eles foram “convidados” a participar do processo de EDI, conforme
mostra o gráfico 02, o que mostra o grau de maturidade e interesse por parte das
empresas Hub, assim como, a forte pressão que é exercida sobre as empresas
Spokes.
72
Convidado a entrar no processo ?
0
10
20
30
40
50
60
70
80
SI
M
N
Ã
O
DES
C
ON
H
O
Convidado a entrar
no processo ?
Gráfico 02
– Parceiros Convidados
Estando o processo de EDI implantado, um dos principais objetivos é de
que haja aumento na produtividade da empresa e uma melhora considerável na
troca de informações entre os parceiros comerciais, no gráfico 03 podemos
observar que a maioria entende e aprova essas vantagens que o EDI proporciona
as empresas.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
S
I
M
NÃO
DESCON
H
EÇO
Aumento de
produtividade no
tempo de entrega?
Aumento de
produtividade na
qualidade de
informões?
Gráfico 03
– Aumento de produtividade
73
Pode-se observar no gráfico 01 houve um aumento expresssivo no número
de parceiros após a implantação de uma solução utilizando a internet, e os
principais motivos que levaram esses parceiros a adotar uma solução internet
podem ser observados no gráfico 04.
O movimento porém não conseguiu atingir a todos os parceiros, e aqueles
pequenos parceiros que não tinham como se adequar a essa nova realidade,
foram retirados da carteira de clientes da empresa, uma vez que a empresa
decidiu que seu processo de compra fosse totalmente automatizado através do
EDI. A obrigatoriedade da utilização do EDI foi um fator de pressão que
geralmente é utilizado pelas Hubs para incentivar e alavancar o EDI.
O gráfico 04 mostra que o principal diferenciador foi sem dúvida o custo
envolvido na operação de entrada no processo de EDI, mesmo assim a empresa
Hub, teve muitas vezes que contribuir com algumas MPMEs tanto no que tange
ao conhecimento e suporte tecnológico, quanto na parte financeira do processo
de adesão ao EDI.
74
O que levou a empresa a adotar a Internet
0
10
20
30
40
50
60
70
80
CUSTOS
BAIXOS
RAPIDEZ
INSTALAÇÃO
PRESSÃO
MERCADO
FÁCIL
MANUSEIO
OUTROS
O que levou a
empresa a
adotar a Internet
Gráfico 04
– Incentivos para uso da Internet
75
7 Conclusões
O presente trabalho mostra como a Internet vem influenciando o EDI
tradicional no mercado de varejo, devido a grande diferença tecnológica entre as
novas práticas de negócio existentes. As entrevistas com os profissionais
envolvidos no processo, alguns parceiros comerciais, e provedores de soluções
de comércio eletrônico via Internet e EDI, foram fundamentais para que houvesse
um entendimento do movimento que as corporações estão seguindo em seus
projetos de EDI após o surgimento da internet. O trabalho mostra quais os fatores
que levam as organizações a adotar as novas tecnologias existentes, e os
motivos que fazem com que outras organizações utilizem tecnologias tradicionais
como o EDI.
As entrevistas realizadas, a experiência do autor e as considerações dos
materiais consultados levam a conclusão de que as tecnologias utilizadas hoje
estão sendo integradas de forma a difundir a utilização da Internet dentro dos
conceitos do EDI tradicional.
As organizações em sua busca constante pela diminuição dos custos
operacionais com os clientes, buscam a otimização dos processos utilizados
através do uso de novas tecnologias no mercado eletrônico. Com a disseminação
da utilização da Internet, houve uma mudança significativa na forma como as
parcerias comerciais passaram a se relacionar, pois a facilidade e o baixo custo
de implantação de soluções voltadas para a Internet fez com que o modelo de
76
relacionamento entre as grandes (Hub) e pequenas (Spoke) organizações se
tornassem mais flexíveis e equilibradas.
Essa mudança fica clara quando comparamos o número de adesões de
parceiros comerciais ao processo de EDI após a utilização do Web-EDI, Portais e
MarketPlaces e o número de parceiros que se comunicavam quando apenas o
EDI tradicional era utilizado.
O fato de que as MPMEs são em sua maioria convidadas a participar do
projeto de EDI (como foi constatado na pesquisa), demonstra que mesmo com
soluções mais baratas utilizando-se a internet, o interesse maior está sempre na
empresa Hub que busca uma otimização dos processos e redução de custos com
o uso do EDI.
As grandes organizações algumas vezes assumem para si a
responsabilidade pelo desenvolvimento do website, onde os parceiros trocam os
documentos comerciais. Com o aumento de empresas participantes no processo
eletrônico todos ganham em escala, pois a empresa que desenvolveu o site
recupera seu investimento através do volume de transações na troca de
documentos, e os pequenos conseguem ingressar no modelo de comércio
eletrônico com um custo bem baixo.
O trabalho mostra que o mercado eletrônico está sendo impulsionado por
essas novas tecnologias baseadas na Internet principalmente para as PMPE que
geralmente ficavam excluídas desse mercado devido a problemas de custo, e no
77
caso das grandes organizações o benefício se faz com o aumento de parceiros
que são atraídos para esse mercado.
As vantagens da integração do EDI com programas de gestão interna,
reforçam a utilização do EDI tradicional para grandes empresas. A troca de
informações de forma automática reduz a interferência humana e promove a
eliminação de erros de interpretação no processo de compras. As demais
tecnologias ainda não estão consolidadas, assim, a adoção ou substituição de um
sistema de EDI por aplicações baseadas em internet, ainda é visto com receio
pelas grandes empresas, uma vez que, o custo de mudança é alto e ainda não foi
estabelecido um padrão universal para a troca de dados via Internet.
Os aspectos pesquisados no ambiente do comércio eletrônico entre
empresas, apontam uma tendência de gradual substituição do EDI pela Internet ,
o que deverá ocorrer em torno de três a seis anos, segundo depoimentos de
executivos de algumas Vans. As Vans muitas vezes atuam como integradoras de
soluções entre parceiros, podendo definir soluções completas de EDI ou soluções
mistas através da utilização da Internet.
O comércio eletrônico entre empresas baseado na Internet encontra-se em
plena evolução, apresentando mudanças tecnológicas a todo o momento. No
Brasil, o setor privado vem investindo e possui hoje uma grande participação
nesse mercado. O setor público por sua vez vem atuando através da criação de
fóruns e incentivos aos PMPEs, e disponibilizando serviços que podem ser
efetuados usando o ambiente da Internet.
78
Como profissional envolvido no processo de disseminação do EDI, entendo
que o movimento para utilização da internet é lento e gradativo, mas a grande
questão que envolve esse movimento é a de que ao fazer isso as empresas
muitas vezes estão se afastando também dos conceitos básicos para a prática do
EDI.
O processo está ganhando volume e beneficiando as empresas Hub, mas
somente quando a MPMEs se voltarem para seus processos internos e
começarem a tentar integrar seus sistemas com a prática do EDI, é que teremos
os verdadeiros ganhos em escala do processo de EDI.
É importante assinalar que o trabalho não foi baseado no impacto e
características do modelo nas PMPEs. Novas pesquisas poderão ser realizadas
sobre a evolução dessas tecnologias para o comércio eletrônico entre empresas,
investigando aspectos associados as PMPEs. Outras formas de comércio
eletrônico não tratadas neste trabalho poderão ser objeto de novos estudos.
79
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(http_9) - http://www.idc.com/getdoc.jhtml?containerId=30320
83
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(http_11) - http://www4.gartner.com/pages/story.php.id.2334.s.8.jsp
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http://www.itweb.com.br/solutions/gestao_empresarial/supply_chain/artigo.asp?id=
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(http_14) - http://www.accesstage.com.br/soluc_integra.htm
(http_15) http://www.internetnews.com/bus-news/article.php/532611
(http_16) http://www.oecd.org/dataoecd/3/12/1944883.pdf
(http_17) http://www.abraweb.com.br/dica_ecommerce01.php3
(http_18) http://www.crn.com.br/opiniao/artigo.asp?id=14330
(http_19) http://www.itweb.com.br/portalcomputing
(http_20) http://www.iwaytrade.pt/iwt/mktonline/mktplace.asp
84
9 ANEXOS
Anexo I
GLOSSÁRIO
ANSI ASC X12
Padrão da ANSI (American National Standards Institute Instituto Nacional
Americano de Padronização), para a troca eletrônica de documentos comerciais
por EDI.
BROWSER
Programa usado para visualizar páginas na Internet
CNAB
Conselho Nacional de automação Bancária - padrão para a troca de mensagens
na rede bancária, determinado pela FEBRABAN - Federação Brasileira dos
Bancos
EAN
European Numbering Association. Entidade internacional que administra o
sistema de numeração de produtos e locais, códigos de barras e o padrão
EANCON, dentro dos padrões aceitos internacionalmente.
EAN Brasil
Associação Brasileira de Automação Comercial. Entidade que representa a
International Article Numbering Association no Brasil.
EDI
Electronic Data Interchange, ou Intercâmbio eletrônico de dados. Tecnologia de
transferência de dados numa empresa ou entre diferentes empresas, através de
redes eletrônicas
85
EDIFACT
Electronic Data Interchange for Administartion Commerce and Transportation -
Intercâmbio Eletrônico de Dados para a Administração, Comércio e Transporte
ERP
Enterprise Resource Planning, ou planejamento de recursos empresariais. É um
sistema que visa integrar as informações dentro de uma corporação e eliminar a
repetição de procedimentos rotineiros por meio da automação de processos.
HTML
Hypertext Markup Language - Linguagem de desenvolvimento de páginas para a
Internet
HUB
Empresas que atuam como foco no processo de comércio eletrônico, são essas
empresas que possuem grande volumes de dados e grande interesse em atuar
de forma padronizada e automatizada no EDI comercial
INTERVAN
Acordos e procedimentos formais que promovem conectividade entre as redes de
valor adicionado, suportando a permuta das transações EDI entre parceiros
comerciais.
INTRANET
Redes privativas que utilizam os mesmos recursos da Internet dentro de uma rede
restrita
MPME
Micro, Pequenas e Médias empresas.
RND
Rede Nacional de Dados. Padrão para a troca de mensagens EDI no segmento
automobilístico
86
SITE
Coleção de páginas da web referentes a um assunto, instituição, empresa,
pessoa etc. Pode ser chamado também de website.
SPOKE
Empresas que fazem parte da carteira de clientes de uma empresa HUB.
TIC
Tecnologias de Informação e Comunicação
TCP/IP
Transfer Control Protocol/Internet Protocol. É uma combinação de protocolos de
comunicação da Internet onde o IP é o endereço das máquinas e o TCP é o
responsável pelo transporte de informações entre duas máquinas com endereço
IP.
UN/ECE
United Nations Economic Commission of Europe - Comissão Econômica para a
Europa. Representa uma das cinco comissões regionais das Nações Unidas
UN/EDIFACT
Conjunto de regras das Nações Unidas para o Intercâmbio Eletrônico de dados
para a Administração, Comércio e Transporte. Compreende um conjunto de
padrões, diretórios e orientações para o intercâmbio eletrônico de dados
recomendados no âmbito das Nações Unidas.
VAN
Value Added Network – Rede de valor Agregado. Nome dado às empresas
provedoras de serviços de valor adicionado que atuam como intermediárias no
tráfego e armazenamento de mensagens, oferecendo também serviços de de
conversão de protocolos, gateways e tradutores de mensagens.
87
XML
Extensible Markup Language Linguagem de marcação extensível. Linguagem
semelhante ao HTML, que possibilita realizar o comércio eletrônico na Internet.
WEB
Ver WWW.
WEBSITE
Ver site
WWW
World Wide Web é o conjunto de documentos e serviços, que faz parte da
Internet, organizados em forma de páginas de hipertexto, em que cada gina é
identificada por um URL.
88
Anexo II
P
P
e
e
s
s
q
q
u
u
i
i
s
s
a
a
s
s
o
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b
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e
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P
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D
I
I
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a
a
l
l
(
(
A
A
n
n
e
e
x
x
o
o
I
I
I
I
)
)
Essa pesquisa se destina a coleta de informações que servirão de base para a tese de
mestrado sobre os impactos da Internet na prática do EDI comercial.
Data: ____/____/____
1) Em seu setor de negócios as empresas concorrentes utilizam a prática do EDI?
(___) SIM (___) NÃO (___) Desconheço
2) Qual a importância que o EDI tem dentro da sua empresa?
(___) Nenhuma (___) Pouca (___)Média (___)Alta
3) A sua empresa foi convidada a utilizar a pratica de EDI por um cliente / fornecedor?
(___) SIM (___) NÃO (___) Desconheço
4) Se sim, esse parceiro comercial dá preferência a fornecedores que utilizem a prática do
EDI?
(___) SIM (___) NÃO (___) Desconheço
5) Qual a ocorrência de troca de mensagens entre a sua empresa e seus clientes /
fornecedores ?
a) Mensal
b) Quinzenal
c) Semanal
d) Diária (mais de um dia da semana)
e) Desconheço
6) A sua empresa utiliza a Internet para a prática do EDI ?
(___) SIM (___) NÃO (___) Desconheço
89
7) A sua empresa já havia praticado EDI sem o uso da Internet ?
(___) SIM (___) NÃO (___) Desconheço
8) O que levou a sua empresa a adotar a Internet?
___ Custos Baixos
___ Rapidez na instalação
___ Pressão de mercado para o uso dessa tecnologia
___ Fácil manuseio de informações
Outros. __________________________________________________________
9) Como são considerados pela sua empresa os resultados da análise de custo/ benefícios
na utilização do EDI ?
(___) Favoráveis (___) Neutros (___) Desfavoráveis
10) A prática do EDI melhorou a produtividade de sua empresa em termos de tempo de
entrega de produto?
(___) SIM (___) NÃO (___) Desconheço
11) A prática do EDI melhorou a produtividade de sua empresa em termos de qualidade de
informações?
(___) SIM (___) NÃO (___) Desconheço
Grato pela colaboração
Enviar para o e-mail - mamedesa@terra.com.br
90
Anexo III
P
P
e
e
s
s
q
q
u
u
i
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Essa pesquisa se destina a coleta de informações que servirão de base para a tese de
mestrado sobre os impactos da Internet na prática do EDI comercial.
Data: ____/____/____
1) Qual o grau de importância que a prática de EDI tem dentro da empresa?
2) Qual o percentual de negócios feitos através de EDI atualmente pela empresa em
relação aos métodos convencionais ?
3) Quais os motivos que levaram a empresa a utilizar a Internet ?
4) Qual foi o impacto para a empresa ao aderir a essa nova prática de negócios com a
utilização da Internet? Houve impacto para os fornecedores ?
5) Quais os principais benefícios encontrados nessa nova modalidade ?
6) Quais os principais problemas nessa nova modalidade?
7) O Modelo tradicional de EDI com a utilização de VANs foi abandonado? Existem
planos para isso ?
8) A Empresa estuda outras formas de prática de Comercio Eletrônico? Quais?
9) Como foi o processo de associação de novos parceiros a prática de EDI através da
Internet em termos de tempo de adesão? em termos quantidade?
10) Quais as principais barreiras encontradas dentro da empresa e fora dela?
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