( PDF ) Brasil: representações sociais de estudantes de pedagogia

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ADELINA DE OLIVEIRA NOVAES

BRASIL: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES DE

PEDAGOGIA

Programa de Pós-Graduação em Educação: Psicologia da Educação

Mestrado

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PUC/SP

São Paulo, SP

2006

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ADELINA DE OLIVEIRA NOVAES

BRASIL: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES DE

PEDAGOGIA

Programa de Pós-Graduação em Educação: Psicologia da Educação

Mestrado

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PUC/SP

São Paulo, SP

2006

Dissertação apresentada à Banca Examinadora d

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como

exigência parcial para obtenção do título de MESTRE e

Educação: Psicologia da Educação, sob a orientação d

Professora Doutora Clarilza Prado de Sousa.

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Folha de Aprovação

Banca Examinadora

___________________________________________

Aos meus pais, Eny e Raimundo,

que, lutando, me ensinaram que a mudança é possível.

Ao meu companheiro Tomás, pela sua compreensão,

apoio e paciência.

Agradecimentos

À Professora Doutora Clarilza Prado de Sousa, pela orientação que

ultrapassou as exigências acadêmicas, transformando-se em exemplo

para a vida, por sua generosidade, acolhimento e carinho.

À professora Doutora Angela Arruda, que, despertando meu interesse

acadêmico, me orientará sempre. Não somente por meio de suas

produções e conversas generosas, mas também pela sua conduta.

À professora Wanda Maria Junqueira de Aguiar pelas gratas sugestões

durante o exame de qualificação.

A Professora Lílian Ulup, por sua amizade, companheirismo e

orientação.

Às colegas,

Ana Carolina Dias Cruz e Lúcia Pintor Santiso Villas Bôas,

e aos grupos de pesquisa em Representações Sociais em Educação e

Imaginário e Representações Sociais, por colaborarem para a realização

deste trabalho e por compartilharem as angústias de uma pesquisa.

Aos professores, colegas e às secretárias

do curso de Pós-graduação em Educação: Psicologia da Educação, que de

maneira diversas contribuíram para que este trabalho fosse concluído.

Às minhas famílias, naturais e ‘adquiridas’,

pela contribuição, apoio e acolhida.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) pela bolsa concedida, que promoveu a minha

formação como mestre e a realização desta pesquisa.

“Entre nós, repita-se, a educação teria de ser, acima de tudo, uma tentativa

constante de mudança de atitude. De criação de disposições democráticas através

da qual se substituísse no brasileiro, antigos e culturológicos hábitos de

passividade, por novos hábitos de participação e ingerência.” (Freire, 1974, p. 93)

Resumo

A presente dissertação resultou do estudo das representações sociais de estudantes

universitários de cursos de pedagogia sobre o Brasil. Considerando que os cursos de

pedagogia deveriam se constituir em um espaço de formação capaz de mobilizar

transformações educacionais, tal como define as principais teorias da educação, a pesquisa

buscou indícios de representações polêmicas que pudessem identificar em futuros

educadores um grupo socialmente ativo. A pesquisa é parte de um Programa de pesquisa

mais amplo “Imaginário e Representações Sociais do Brasil” que, por sua vez, faz parte do

projeto internacional “Imaginários Latino-Americanos”, sediado pelo Laboratório Europeu

de Psicologia Social (LEPS) da Maison de Sciences de L’Homme de Paris (MSH), França.

São respondentes da pesquisa 267 estudantes universitários de primeiro ano, de sete estados

das cinco regiões brasileiras, distribuídos entre instituições públicas e privadas. O

questionário combinou, para expressão dos sujeitos, o uso de desenhos e linguagem escrita.

Solicitou-se que desenhassem o Brasil e o que contem nele, que justificassem por que

acreditavam que tudo o que foi desenhado era Brasil e o que diferenciava o Brasil dos

demais paises. Trabalhou-se inicialmente com o exame das questões verbais, pelo

processamento do programa de análise léxica ALCESTE (Analyse Lexicale par Contexte

d'um Ensemble de Segments de Texte), que apontou para a necessidade de compor uma

matriz de análise de conteúdo que priorizasse uma dimensão específica: a do protagonismo

social. Esta matriz também orientou o exame dos desenhos, analisados com base em

sujeitos prototípicos. Os resultados evidenciaram dois eixos de representações: um marcado

pela força que exerce para a manutenção do status quo; outro que impulsiona a ação dos

sujeitos para uma mudança social. As representações deste segundo eixo ainda revelaram

que a esperança é motriz de uma atuação protagonista, e predizem uma identidade marcada

pela ação do educador e sua responsabilidade social.

Palavras-chave: representações sociais, identidade social, protagonismo.

Abstract

The following research reveals a study of social representations of university pedagogy

students concerning Brazil. Considering the courses of Pedagogy should have a space so as

to produce educational changes such as the ones defined by main educational theories, the

study aimed at analyzing evidences of polemic representations that would allow identifying

future educational institutions as a socially active group. This research is part of an

extensive program of surveys on “Imaginary and Social Representations of Brazil” that is

also part of an international project of “Latin-American Imaginaries” conducted by the

European Laboratory of Social Psychology (LEPS) of Maison de Sciences de L’Homme of

Paris (MSH), France. Two-hundred and sixty-seven university students studying in public

and private universities from seven Brazilian states answered the survey. The questionnaire

was prepared with drawings and written language so as to help respondents answer it. They

were asked to draw Brazil on a piece of paper and write what there is in it. In addition, they

had to justify what and why they had drawn represented Brazil to them, and how it differed

from other countries. Initially, the ALCESTE software (Analyse Lexicale par Contexte d'um

Ensemble de Segments de Texte) was used to analyze the written answers. It identified the

need to build a matrix to analyze their content that prioritizes a specific dimension: the

social protagonism. This matrix also helped analyzing drawings. Results had evidenced two

axles of representations: one is characterized by the force that exerts for maintaining the

status quo; the other one stimulates the action of the people for a social change. This last

axle of representations still had disclosed that the hope is motor of a protagonist

performance, and predict an identity marked for the action of the educator and its social

responsibility.

Key words: social representations, social identities, social protagonism.

Lista de Figuras

Figura1: Distribuição dos respondentes por sexo 38

Figura 2: Distribuição dos respondentes por faixa etária 39

Figura 3: Distribuição dos respondentes por região 40

Figura 4: Distribuição dos respondentes pelo estado de nascimento 41

Figura 5: Síntese do tratamento de análise léxica para a Questão 2 44

Figura 6: Distribuição percentual das classes geradas pelo processamento 45

do Alceste para a Questão 2

Figura 7: Síntese do tratamento de análise léxica para a Questão 3 49

Figura 8: Distribuição percentual das classes geradas pelo processamento 50

do Alceste para a Questão 3

Figura 9: Dendrograma gerado no pelo software Alceste para o corpus da 51

Questão 3

Figura 10: Repartição do corpus verbal para realização da análise de conteúdo 61

Figura 11: Reprodução do desenho do sujeito A 68

Figura 12: Reprodução do desenho do sujeito C 69

Figura 13: Reprodução do desenho do sujeito H 70

Figura 14: Reprodução do desenho do sujeito G 71

Figura 15: Reprodução do desenho do sujeito F 72

Lista de Tabelas

Tabela 1: Distribuição de respondentes por Cidade/Estado e Instituição 37

Tabela 2: Relação entre idade e região dos respondentes 42

Tabela 3: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 1 46

para a Questão 2 com o corpus e o χ2

Tabela 4: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 2 47

para a Questão 2 com o corpus e o χ2

Tabela 5: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 1 52

para a Questão 3 com o corpus e o χ2

Tabela 6: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 2 53

para a Questão 3 com o corpus e o χ2

Tabela 7: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 3 55

para a Questão 3 com o corpus e o χ2

Tabela 8: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 4 56

para a Questão 3 com o corpus e o χ2

Tabela 9: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 5 57

para a Questão 3 com o corpus e o χ2

Tabela 10: Freqüência de respostas para as subcategorias no Corpus II 62

para a Questão 2

Tabela 11: Freqüência de respostas para as subcategorias no Corpus II 65

para a Questão 3

Sumário

Introdução 11

Capítulo 1: Representações sociais enquanto meio de acesso às 14

identidades sociais

1.1. A teoria das representações sociais e a possibilidade de 14

mudança social

1.2. As diferentes formas de representar e os processos 16

de formação e funcionamento das representações

1.3. Identidade Social 19

1.4. O Protagonismo Social e as Minorias Nômicas e Anômicas 23

Capítulo 2: Brasil: antigas representações adquirem novas roupagens 28

Capítulo 3: O Percurso Metodológico 35

3.1. Instrumento 35

3.2. Campo 36

3.3. Sujeitos 37

Capítulo 4: Apresentação e Análise dos Dados 43

4.1. Análise léxica dos dados verbais 43

4.1.1. Análise léxica das respostas da Questão 2 43

4.1.2. Análise léxica das respostas da Questão 3 49

4.2. Análise de conteúdo dos dados verbais 59

4.2.1. Análise de conteúdo das respostas da Questão 2 61

4.2.2. Análise de conteúdo das respostas da Questão 3 65

4.3. Análise dos desenhos 67

Considerações Finais 74

Referências Bibliográficas 77

Lista de Anexos 83

Introdução

Representações sobre Brasil foram elaboradas ao longo do tempo, em um processo

de simbolização que se construiu socialmente, na comunicação diária entre as pessoas.

Desde antes da chegada dos portugueses às terras brasileiras, conteúdos já alimentavam

representações que vigoram até hoje. Como afirma Arruda (2000), o imaginário europeu da

Idade Média estava repleto de lendas sobre o paraíso terrestre e as representações

alimentadas por este imaginário orientaram o olhar dos colonizadores de tal forma que

muitos morreram acreditando que não estavam em um novo continente, mas no próprio

paraíso (Silva, s.d.; Gomes, 1997). Porém, daquele momento aos dias atuais, linhas de

representação foram se firmando para a construção de uma identidade para o Brasil.

Fez-se necessária a construção de representações que fossem compartilhadas por

todos os membros da nação e que, possuidoras de grande força e estabilidade, permitissem a

incorporação da novidade sem destruir-se. Estas seriam as representações responsáveis por

nosso sentimento de nacionalidade, pela comunhão da identidade nacional.

Apesar de flexíveis, adquirindo facilmente novas configurações, estas representações

não são eternas e podem sofrer modificações, pois novas maneiras de ver um objeto podem

ser propostas por pessoas ou grupos. As significações inovadoras, que partem da crítica e da

problematização e contribuem para a modificação da ordem social vigente, são denominadas

representações polêmicas (Moscovici, 1988), pois instigam representações já estabelecidas,

permitindo a mudança, balançando o status quo, sendo próprias de minorias ativas e de

grupos que assumem posturas protagonistas.

Compreendemos que, ao visualizar as representações de um grupo, podemos ter

indícios do modo de agir dos sujeitos em sua relação com os objetos sociais. Entender como

o Brasil é representado permite a compreensão da postura dos sujeitos frente a nação, pois,

ao revelar sua visão de mundo, as representações também oferecem o sentido de sua prática

social.

Este interesse pelo estudo das representações, porém, não surgiu em mim com a atual

pesquisa, nasceu ainda durante o curso de Graduação em Psicologia, na Universidade

Federal do Rio de Janeiro, no Estágio de Iniciação Científica, sob a supervisão da doutora

Angela Arruda. Após a conclusão do Bacharelado e da Formação de Psicólogo, ingressei no

curso de Licenciatura em Psicologia, que me apontou para as questões do âmbito

Introdução

educacional. A procura pelo curso de mestrado em Educação: Psicologia da Educação já

cumpria, assim, um desejo de compreender as representações sociais e como elas poderiam

direcionar a ação dos educadores.

Buscando entender como estudantes de pedagogia compreendem o Brasil, as

direções de suas condutas e as ideologias que podem estar presentes no contexto

educacional, dediquei-me à presente investigação. Acreditando que a orientação política

desses estudantes poderia oferecer subsídios para aperfeiçoar práticas educativas na

formação de futuros professores, o que iria se refletir no processo educacional das escolas de

formação básica.

O estudo das representações sociais desses sujeitos pode auxiliar no

desenvolvimento de procedimentos pedagógicos que levem à sua transformação. Pode-se

submeter essas representações de estudantes de pedagogia à reflexão, possibilitando

consciência crítica sobre elas, e, por conseguinte, sobre sua identidade social, pois:

“transformar as representações é construir uma nova visão de mundo, formar e promover a

educação no sentido amplo e estrito do termo” (Sousa, 2002).

A pesquisa com base na teoria das representações sociais, em contrapartida, exigiu

procedimentos metodológicos diversificados, pois somente um tipo de procedimento pode

não ser capaz de identificar a dinâmica e estrutura das representações. E a procura pela

expressão por meio de desenhos combinadas à expressão verbal buscou cumprir este

propósito. Foi assim que chegamos à pesquisa de Milgram & Jodelet (1976) sobre os mapas

mentais de Paris e Nova Iorque. Mas, apesar de encontrarmos referências bibliográficas que

nos auxiliassem neste intuito, e de termos conhecimento da difícil tarefa que é a análise de

desenhos, a trajetória metodológica se mostrou mais complexa do que se planejava.

Iniciamos com a análise das questões verbais, pois, pela vasta quantidade de material

apresentada na literatura, esta se mostrou mais confortável para um primeiro exame, que

apontaria o sentido a se seguir na análise dos desenhos de Brasil. Porém, já no primeiro

procedimento, com o auxílio de um programa de análise léxica, sentimos a necessidade de

concentrar nossa atenção em um aspecto muito relevante e considerar a busca de

representações de futuros educadores que evidenciassem protagonismo social. Ou seja, a

ação que surge a partir do processo de reflexão a respeito das representações de objetos de

relevância para os sujeitos. O trabalho, por este motivo possui dois momentos: o inicial, a

partir questões verbais, com a análise léxica e de conteúdo; e um segundo, quando se

Introdução

concentrou o interesse no protagonismo social, para a análise de conteúdo das questões

verbais e dos desenhos.

Pretendemos, assim, compreender como os sujeitos participantes da pesquisa

representam o Brasil e suas identidades enquanto brasileiros, pois entender essas

significações permite refletir sobre o papel que os estudantes de pedagogia, futuros

educadores, têm frente a sua nação. Nosso interesse se concentra na possibilidade dos

estudantes atuarem como protagonistas, como sujeitos que tomam parte de seu processo,

sendo atores e interlocutores ativos nisso.

Assim, no primeiro capítulo, procuramos mostrar a importância do estudo da teoria

das representações sociais para a compreensão da identidade nacional. Em continuidade, no

segundo capítulo, discorremos sobre alguns estudos a respeito do objeto de representação

que procuramos identificar com esta pesquisa, o Brasil.

O terceiro capítulo se reserva aos procedimentos de coleta, organização e preparação

dos dados, e é seguido por um capítulo de apresentação e análise dos resultados. A análise,

apresentada na ordem do percurso descrito anteriormente, partiu das questões verbais e

levou à identificação de sujeitos prototípicos que demonstrassem por meio de seus textos

características de protagonismo. Foi o desenho desses sujeitos que trabalhamos na última

parte da análise.

No na quinta e última seção, procuramos, de maneira breve, demonstrar como as

representações de Brasil podem concorrer para a formação de uma identidade do grupo

pesquisado, e como podem auxiliar num processo de mudança social.

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

Representações Sociais enquanto meio de acesso às identidades sociais

“Herdando a experiência adquirida, criando e recriando,

integrando-se às condições de seu contexto, respondendo a

seus desafios, objetivando-se a si próprio, discernindo, lança-

se o homem num domínio que lhe é exclusivo – o da História

e da Cultura” (Freire, 1974, p.41).

1.1. A teoria das representações sociais e a possibilidade de mudança social

Pesquisar as representações sociais de estudantes de pedagogia sobre o Brasil nos

permitirá compreender suas identidades sociais e sua posição frente ao seu país, pois as

representações são reveladoras da realidade social de um grupo, indicadoras de sua

identidade e orientadoras das ações dos sujeitos, sendo tomadas como ponto de partida deste

estudo.

As representações são construídas em grupos sociais e definem, para seus

integrantes, os objetivos e os procedimentos específicos que devem cumprir em sua vida

diária. Elas formam as referências que permitem aos sujeitos interpretarem seu meio,

classificar, dar sentido à realidade cotidiana tendo, essencialmente, uma função prática

(Moscovici, 2003).

Jodelet (1988, p. 7) define representação social como “a forma pela qual nós,

sujeitos sociais, apreendemos os acontecimentos da vida corrente, os dados do nosso

ambiente, as informações que aí circulam, as pessoas do nosso círculo próximo ou

longínquo”. E é através delas que procuramos compreender o saber popular, denominado

senso-comum, dos estudantes de pedagogia, pois são uma forma de conhecimento, um

produto da comunicação: elas se constituem a partir das experiências e informações que os

estudantes têm contato. Desta forma, representar o Brasil para os estudantes de pedagogia é

construir um saber socialmente partilhado.

As representações sociais como teoria psicossociológica foi desenvolvida por Serge

Moscovici e aprofundada por Denise Jodelet (Arruda, 2000). A teoria parte do conceito de

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

representações coletivas do sociólogo Durkheim e dos estudos antropológicos de Lévy-

Bruhl. Durkheim define seu conceito de representação como uma forma de pensamento da

sociedade. Como ele mesmo explica (1995, p. 52), “uma sociedade não é simplesmente

constituída pela massa dos indivíduos que a compõe, pelos movimentos que eles realizam,

mas, antes de tudo, pela idéia que ela faz de si mesma”.

Este aspecto cognitivo da sociedade torna-se, ele próprio, um fato social através do

qual a sociedade elabora e expressa sua realidade (Minayo, 2000). Sendo um fato social, as

representações coletivas agem sobre os indivíduos de forma coercitiva e já aí podemos

observar a diferença entre representação social, como é entendida na teoria

psicossociológica, e representação coletiva de Durkheim. Enquanto a primeira se detém na

relação de quem representa com o objeto representado, em um fenômeno de interação; a

segunda entende o indivíduo e a sociedade como categorias distintas e, apesar de preocupar-

se com ambas, o caráter pouco relacional da teoria durkheiminiana torna o conceito de

representação coletiva estático (Marcová, 2003).

A inovação da teoria proposta por Moscovici está em apresentar a representação

como engendrada coletivamente a partir das comunicações interpessoais e intergrupais

surgidas de uma necessidade do sujeito em harmonizar suas falas e atitudes com às da

sociedade. Desta forma, ela tem um caráter fluido e é modificada pela criatividade do sujeito

e por sua possibilidade de mudança da vida social o que permite, inclusive, a existência de

diferentes representações sociais dentro de um mesmo grupo. Assim, enquanto Durkheim

enfatiza a reprodução do pensamento, Moscovici considera uma sociedade mutante.

Para Moscovici (2003), as mudanças na sociedade acontecem pela capacidade dos

grupos manterem conflitos, tensões, e de negociá-los, criando novas conformações de poder

entre si. É um processo de circulação de informações e “o efeito dessas conversações e

debates é reforçar, identificar e levar a efeito toda idéia, ou item, de conhecimento

circulando na sociedade, tanto novos como velhos” (Moscovici, 2003, p. 353).

Este papel perturbador do status social, e que leva à mudança, pode ser identificado

nas representações dos grupos denominados ‘minorias ativas’. Isto ocorre porque as

minorias ativas contestam as representações naturalizadas na sociedade e propõe mudança

podendo ser caracterizadas como “certos grupos que eram definidos e se definiam a si

mesmos, geralmente, por termos negativos e patológicos frente ao código social dominante

e se convertem em grupos que possuem o mesmo código e, além, o propõe aos demais como

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

modelo ou solução de mudança”

(Moscovici, 1996 , p.23). Em outros termos, para o autor,

“são as minorias que levam à frente a mudança social, introduzindo inovações” (Moscovici,

2003, p. 268), pois se configuram como grupos propositivos, atores sociais.

Constitui assim um propósito desta investigação explorar, por meio das

representações sociais, como os estudantes de pedagogia se identificam como grupo, se

constituem uma minoria atuante, e se suas representações são propositivas de mudança.

Pode-se confessar aqui o nosso desejo de encontrar, no estudo de suas representações, uma

possibilidade de inovação social, uma nova visão do Brasil. Com este intenção, partimos

para a busca dos indícios de novas representações que agitem o estado atual da compreensão

sobre o país.

1.2. As diferentes formas de representar e os processos de formação e

funcionamento das representações

Moscovici (1988) define três tipos de representações de acordo com as

características dos grupos que as compartilham e seu caráter frente à sociedade. As

representações características das minorias ativas e que dão a este grupo uma identidade

definida pela ação, são geradas em processos de conflito social. Isso ocorre porque a

“minoria [ativa] exerce sempre um certo influxo sobre a maioria e pode incitar a modificar

seu comportamento ou sua atitude”

(Moscovici, 1996, p.97). E na atuação da minoria

contra o status vigente na sociedade o conflito é inevitável, uma vez que:

As autoridades e as maiorias costumam preferir o controle social. Seu ideal, na

realidade sua tarefa, é o equilíbrio, a resolução menos dolorosa dos conflitos, a

adesão cega às opiniões e às leis existentes, e a difusão de uma só concepção da

realidade. É evidente que todos se beneficiam desta situação em uma certa

medida, ainda que desigualmente. Por outra parte, a mudança social será almejada

pelos indivíduos e os subgrupos desviantes ou marginais. Para eles, a luta contra

No original: “Ciertos grupos que eran definidos y se definían a sí mismos, generalmente, em términos

negativos y patológicos frente al código social dominante, se han convertido em grupos que poseen su proprio

código y, además, lo proponen a los demás a título de modelo o de solución de recambio”.

No original: “La minoría ejerce siempre um cierto influjo sobre la mayoría y puede incitar a modificar su

comportamiento o su actitud”.

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

as instituições estabelecidas e as discriminações de todo tipo prevalecem sobre a

necessidade de estabilidade e o respeito das normas. (Moscovici, 1996, 125)

O caráter agitador destas representações típicas das minorias ativas dá a elas o título

de representações polêmicas (Moscovici, 1988). Exclusivas de cada grupo, estas

representações, que têm como principal característica inquietar o status quo, são

determinadas pelas relações antagônicas entre os membros da sociedade. Assim, “as

representações polêmicas são formadas por subgrupos no curso de uma disputa ou de um

conflito social quando a sociedade ao todo ou as autoridades sociais não as compartilham

necessariamente”

(Ben-Asher, 2003, p. 6.4).

Apesar do nosso interesse aqui se concentrar nas representações polêmicas, dada às

suas características que propiciam à mudança social, faz-se necessário também atentar para

os outros dois tipos de representações descritas por Moscovici (1988): as representações

hegemônicas e as representações emancipadas.

As representações hegemônicas são compartilhadas por grupos muito estruturados

(Arruda, 1998). E como todos os membros do grupo comungam das mesmas representações,

elas possuem um caráter estabilizador e conservador, oferecendo a estes membros uma

identidade comum, apesar de suas diferenças específicas. Exemplo de grupo estruturado que

compartilha tais representações são as nações (Arruda, 1998). Assim, as representações

hegemônicas sobre a nação conferem a este grande grupo uma identidade nacional, apesar

de também pertencerem a este grupo estruturado grupos menores, com características e

identidades específicas. Possuidora de grande força persuasiva, as representações

hegemônicas exigem que outras representações convivam com ela, aglutinando e

envolvendo-as. E, por terem maior estabilidade, não sofrem com a coexistência de novas

representações, ainda que muito distintas de si, o que provoca muitas vezes contradições no

imaginário social (Arruda, 2000; Chauí, 2000).

No original: “Las autoridades y las mayorías suelen preferir el control social. Su ideal, y en la realidad su

cometido, es el equilíbrio, la resolución incruenta de los conflictos, la adhésion ciega a las opiniones y las

leyes existentes, y la difusión de uma sola concepción de la realidad. Es evidente que todos se benefician de

esta situación en una cierta medida, aunque desigualmente. Por otra parte, el cambio social será anhelado

por los individuos y los subgrupos desviantes o marginales. Para ellos, la lucha contra las instituiciones

estabelecidas y las discriminaciones de todo tipo prevalece sobre la necesidad de estabilidad y el respeto de

las normas”.

No original: “Polemic Representations are formed by subgroups in the course of a dispute or social conflict

when society as a whole or the social authorities do not necessarily share them. They express rivalry or

incongruity between representations”.

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

O terceiro gênero de representações, as emancipadas, surge da interação de grupos

sociais menores, de segmentos sociais específicos, e indicam como esses grupos interpretam

e agem sobre a sociedade (Arruda, 1998). São constituídas de forma diferente por seções

pequenas da sociedade e resultam da forma diferenciada em que seus membros se

relacionam com as informações, demonstrando as diferenças entre indivíduos e subgrupos

(Ben-Asher, 2003) sem ter, por sua vez, a intenção de inovação e mudança, como as

representações polêmicas.

Porém, compreender as diferentes formas de representação, ainda não nos capacita a

desvelar esta forma de conhecimento que se caracteriza pela “articulação simbólica entre os

conteúdos mentais e as estruturas móveis das práticas sociais” (Nóbrega, 2001). Para tal,

necessitamos compreender a estrutura de natureza dupla das representações: a conceptual e a

figurativa (Moscovici, 1978). Tal conformação nos evidencia que a representação social

simboliza, concebe um objeto que não está presente, ao mesmo tempo em que torna este

objeto tangível, concreto, carregando-o de sentido.

Sobre a natureza das representações, Moscovici (1978) também nos informa a

respeito de seus processos de formação e funcionamento. Estes processos são importantes

para que possamos entender como as diferentes formas de representação descritas

anteriormente podem exercer suas influências na sociedade.

Agindo simultaneamente, a descrição dos processos de formação e funcionamento

das representações apresenta-se em separado, na teoria, apenas por uma necessidade

didática. O primeiro processo é intitulado objetivação e consiste na operação que permite

tornar concretos os conceitos abstratos, ao materializar abstrações em imagens.

Em um primeiro momento, o sujeito executa uma triagem das informações que

circulam sobre determinado objeto; é efetuado um recorte das informações obtidas,

descontextualizando-as de seu enfoque original. Em seguida, esquematizam-se os recortes

feitos em torno de um “núcleo figurativo”, que reproduz de forma imaginante uma

composição conceitual. Este esquema então passa a ser visto como dotado de realidade,

como uma verdade e não como é propriamente, uma construção mental (Jodelet, 1998;

Arruda, 1992).

O outro processo, denominado ancoragem, trata da inserção do novo objeto no

acervo de conhecimento já existente. Diferentemente da objetivação, não se apresenta como

a constituição formal de certo conhecimento, mas sim como integração cognitiva deste

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

conhecimento ao sistema de pensamento pré-existente (Jodelet, 1998). Este processo

clarifica o caráter de rigidez das representações sociais, que associam o novo a preceitos

antigos, promovendo “relações estáveis e eficazes” (Moscovici, 1978, p. 49). Entretanto, é

evidente na teoria o caráter móvel das representações sociais, que são ao mesmo tempo

rigidez e inovação uma vez que, na incorporação do novo, o sujeito é capaz de modificar os

sistemas pré-existentes. Desta maneira, ao compreender as representações sociais como

conteúdos formulados em um grupo social, nos quais os sujeitos irão se valer para

interpretar o real, considera-se aqui que dialeticamente constroem e são construídas por ele.

No exercício de objetivar-ancorar, os sujeitos definem as representações

compartilhadas pelo grupo de pertença. As representações do grupo, por sua vez, são

preditoras de sua identidade e orientadoras de sua ação. Ao compreender as representações,

suas formas e funcionamento, poderemos revelar aspectos da identidade social de um grupo,

compreendendo sua postura frente os objetos. Desta maneira, a teoria nos oferece subsídios

para o estudo das representações e identidade social de um grupo de estudantes de

pedagogia.

1.3. Identidade Social

Além das formas de representar e os processos de formação e funcionamento, a

teoria também sistematiza as representações sociais quanto suas funções e finalidades (Abric

apud Sá, 1996). São no total quatro grupos constituídos pelas: funções de saber, pois as

representações permitem que os sujeitos compreendam e expliquem a realidade; funções de

orientação, já que as representações guiam os comportamentos e as práticas; funções

justificatórias, pois, com base nas representações, os sujeitos podem justificar as tomadas de

decisões e comportamentos; e funções identitárias que definem a identidade e a segurança

de um grupo como referência.

As funções identitárias, de especial interesse para o presente estudo, tratam de

como as representações situam os sujeitos no campo social, ou seja, de como lhes oferecem

elementos para a elaboração de uma identidade pessoal e social que lhe seja satisfatória.

Compatível com um sistema de valores e normas sociais, a função identitária também

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

cumprirá o papel de controle social exercido pela sociedade, orientando as ações dos

sujeitos.

A existência de funções identitárias permitiu que muitos trabalhos em representações

sociais se dedicassem à compreensão das identidades sociais (Echabe & Castro, 1993;

Breakwell, 1993; Zavalloni, 1993; Bergman, 1999; Bonnec, 2002; Laszlo, Ehmann & Imre,

2002; De Rosa & Claudia Mormino, 2002; Licata, 2003, entre outros).

Mas não cabe somente à teoria das representações sociais o interesse pelo estudo da

identidade. A psicologia, como disciplina, tem se dedicado ao tema, demonstrando a ligação

entre identidade e diferença, evidenciando que a necessidade de diferenciação supera a

afirmação da semelhança (Jovchelovitch, 1998).

As variadas teorias psicológicas parecem concordar que é estabelecendo a diferença

entre o eu e o mundo que se produzem os parâmetros de construção de sentido do eu – sua

identidade:

Para ser portador de uma identidade única o sujeito vai precisar, em algum nível,

defletir o externo e não permitir ao externo o controle de todos os seus mandatos

identificatórios. E, ainda assim, para ser portador de uma identidade, o sujeito

precisa reconhecer aquilo que ele não é, e mais do que isso, vai ter que

estabelecer uma relação com aquilo que ele não é. (Jovchelovitch, 1998, p. 80)

Apesar de compartilharem do mesmo princípio, ou seja, de que a identidade é

formada na relação e na diferenciação com o outro, podemos identificar pelo menos duas

grandes linhas interessadas no estudo da identidade dentro da Psicologia.

Essas duas vertentes são formadas pela psicologia clínica que, apesar de considerar

sempre o outro na constituição da identidade, concentrou sua atenção no indivíduo, e se

preocupou em desenvolver a noção de identidade pessoal (Santos, 2000). E pela psicologia

social, que considera que “os grupos, categorias, culturas forneceriam modelos de

referência, valorizados e aprovados, que serviriam de base à construção da identidade

social do sujeito” (Sousa, 2002, p.152).

Como nos interessa aqui a identidade de um grupo de estudantes de pedagogia, nos

focamos no conceito de identidade social. Tal termo é utilizado em psicologia social

comumente associado à Teoria da Identidade Social (Tajfel, 1982). Esta teoria define a

identidade social como o autoconceito de um indivíduo, derivado de sua pertença a um

grupo ou grupos sociais.

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

Para Tajfel (1982), as identidades sociais são construídas levando em conta o valor

e o significado emocional da pertença do sujeito aos grupos que elegeu. Isso se dá em forma

de categorias, como nacionalidade, a profissão, considerando que as identidades são o

resultado de processos cognitivos de categorização e diferenciação dos indivíduos. Ou seja,

o indivíduo extrai e toma para si atributos que o permita se diferenciar de seus pares, e

aplica a ele mesmo aqueles atributos que distinguem seu grupo dos demais grupos. Mas, a

forma em que estas identidades são adquiridas e desenvolvidas é exatamente a mesma das

identidades pessoais, pois são autoconceitos construídos pelos e pertencentes aos

indivíduos.

Pela insatisfação de compreender a identidade social com referência no indivíduo,

elegemos para o nosso estudo o conceito de identidade social tal como é associado aos

trabalhos em representações sociais, uma vez que pretendemos estudar a complexa

articulação entre o indivíduo e o social, considerando o processo identificatório, que se dá

na relação do ser com o meio, na ação dos sujeitos. Acredita-se, nesta pesquisa, que a ação

e a prática social são expressões, mas também constituidoras das representações e das

identidades. Desta maneira, concordamos com Andrade (2000, p.142), quando considera:

(...) o entendimento da identidade não como uma substância, como algo dado e

imutável, ou como uma condição, mas ao contrário, como um processo, um

fenômeno construído de forma dinâmica e dialética, num processo identitário, um

processo de personalização, sempre mutável e provisório.

O processo identitário articula afeto e cognição e ocorre através da comunicação e

das relações sociais na construção das representações de si e do outro. Lane (1995) aponta

para a importância das emoções como mediação, bem como a linguagem e o pensamento,

para a constituição do psiquismo humano. Para a autora, as emoções levam à ação e

impulsionam a consciência.

Consideramos assim, nesta pesquisa, os aspectos cognitivos e afetivos, bem como

a cultura, na construção das representações e, por conseguinte, da identidade e concordamos

com Banchs (1996, p. 120) quando afirma que: “a emoção enfatiza e é enfatizada pelas

representações de mundo que possuímos; enfatiza e é enfatizada pelo processo de seleção

do que consideramos um objeto, bem como o processo de construção da representação

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

desses objetos”

. Pois, para entender a maneira dos estudantes representarem o país, se faz

necessário compreender também as relações afetivas desses sujeitos com o objeto, ou seja,

com o Brasil.

Retornando à definição de identidade social, consideramos também que “ter uma

identidade é, ao mesmo tempo, ser alguém único, com características idiossincráticas e ser

alguém igual aos outros, no sentido de compartilhar com o grupo significados comuns”

(Silva, 2000, p.152). Compreendemos que o indivíduo se projeta naquilo que representa

(Moscovici, 1996), ou seja, constrói a si a partir de suas representações dos objetos, do

mesmo modo em que forma suas representações a partir daquilo que considera como

pertencente à sua identidade, num processo em que compartilha com o grupo de pertença,

por meio da comunicação, os conteúdos formadores das representações. Assim, o indivíduo

contribui para a formação das representações em seu grupo que, por sua vez, interage com

os demais grupos da sociedade (Bergman, 1999).

E voltamos a sublinhar que entender as representações sociais de um objeto é

compreender a relação do sujeito com o objeto, pois “a representação que um sujeito faz de

um objeto é um bom indício do perfil de sua identidade, assim como o conhecimento da

identidade do sujeito é possuir um bom preditor de sua visão de mundo” (Andrade, 2000,

p.144). Insistimos neste aspecto, pois consideramos relevante reforçar que as representações

sociais de um indivíduo, ou grupo, são expressões de sua identidade, pois, são uma forma

de conhecimento social expressa na comunicação e na ação, participando não só no

processo de desenvolvimento das identidades sociais, mas também na aquisição destas.

Estes elementos definidores da identidade nos permitem considerar que as práticas

distinguem os grupos e que mudanças nas práticas sociais solicitam mudanças de

representações, pois as ações expressam uma forma de conhecimento social, da mesma

forma que são importantes na aquisição de conhecimento compartilhado e no

desenvolvimento das identidades sociais. Assim o conhecimento do grupo é armazenado e

transmitido devido à prática social regulada. É um processo simultâneo de aquisição do

conhecimento, pela prática social e pela identidade, que permite ao grupo sobreviver e

renovar-se (Echabe & Castro, 1993).

No original: “la emocionalidad matiza y es matizada por las representaciones del mundo que poseemos;

matiza y es matizada por el processo mismo de selección de lo que consideramos un objeto, así como el

processo de construcción de la representación de esos objetos”.

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

Conhecer a forma como a identidade social se articula às representações de Brasil

é compreender a apropriação do grupo de estudantes de pedagogia de regras, valores,

normas e formas de pensar de sua cultura. Suas significações orientarão suas práticas e seus

papéis sociais. O curso de pedagogia forma profissionais que deverão fazer uso dos

conhecimentos específicos adquiridos durante a graduação no processo de formação de

novas gerações, no exercício de uma educação que deveria possibilitar às pessoas a

discussão e inserção em suas problemáticas (Freire, 1974). E por isso, devemos considerar

aqui a primeira dessas problemáticas, que é a identidade profissional do professor, não

abandonando o foco de nosso estudo, mas contribuindo para a compreensão da formação

identitária deste grupo de estudantes. Ao buscar as representações sociais e identidade social

de Brasil, buscamos também entender a postura dos estudantes frente ao seu país, pois isso

se refletirá na sua atuação profissional - um conhecimento que poderá fornecer subsídios

para a formação de professores na construção e na modificação de sua realidade social.

1.4. O Protagonismo Social e as Minorias Nômicas e Anômicas

Considerando que os educadores deveriam refletir e promover a reflexão, bem como

agir e promover a ação (Freire, 1976), procura-se, por meio das representações dos

estudantes de pedagogia, identificar uma possível iniciativa para promoção de mudança

social. Mesmo atentando para a possibilidade de tal iniciativa não estar manifesta nas

respostas dos sujeitos, parte-se da idéia de que a compreensão de mundo desses estudantes

se refletirá em sua prática profissional, na maneira como entendem a educação e na sua ação

futura.

Os estudantes que, graduando-se, se dedicarem à educação, terão a possibilidade, por

meio da escola, de contribuir para uma formação diferente, mais crítica, das novas gerações.

Imbernón (2000, p. 189) ressalta que “a escola deve cumprir um papel relevante na

formação de cidadãos, como sujeitos políticos, para uma democracia substantiva que exige

protagonistas, ativos e organizadores”.

Esperar que os futuros educadores atuem como protagonistas significa compreendê-

los como criadores conscientes de sua própria história, como atores sociais. Mas a ação

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

requer um processo de conhecimento de quem se é, como indivíduo e como grupo, do que

se quer, como, quando e com quem se deseja realizar a atividade. Para ser participativo em

sua realidade social, o protagonista tem que saber o que é que representa, como se identifica

e o que deseja, além de necessitar do seu grupo de pertença, que é o suporte para sua ação.

O termo “protagonismo” se apresenta de forma diversa na literatura e seus

significados vêm acompanhados de conteúdos políticos variados, como “participação”,

“cidadania”, “autonomia”. Sua origem semântica encontra-se no grego “proto” (o

primeiro, o principal) e “agon” (lutador) (Gadotti, 2005), em que o protagnistés era o ator

principal do teatro, ou aquele que ocupava o lugar principal em um acontecimento (Zibas et

al., 2004).

Estes sentidos da palavra mantêm-se na linguagem corrente e assim encontramos no

Dicionário da Língua Portuguesa (Ferreira, 1999), para este verbete, o seguinte significado:

“pessoa imprescindível em alguma atividade”. Sua etimologia tem um caráter

individualista e apresenta como função distinguir o protagonista dos demais, pois ele

exerceria uma atividade cuja qualidade tem valor diferenciado. Porém, diante dos

movimentos sociais, o conceito se transforma. E o sentido que tinha como tônica o

indivíduo, aquele que representa o papel principal, o mais relevante, se revitaliza. O

enfoque deixa de ser o ator para se centrar na ação. Assim o termo deixa de vir só, e ganha a

companhia de um adjetivo: “social”.

Este é o protagonismo que se dá de maneira coletiva, com a participação ativa dos

sujeitos na resolução de problemas tanto em um grupo social mais restrito, como a família,

ou o de colegas de trabalho, como na vida social mais ampla, como a cidade ou o país.

Nesta ação social não há lugar para coadjuvantes, pois o enfrentamento de uma situação

pelo grupo não pode ser visto como um somatório de ações individuais, ou ainda que cada

uma dessas ações tenha valores diferentes. Desta forma, “o protagonismo é marcado pela

ação em relação com outras ações, com outros sujeitos, não está definido

permanentemente, mas na trama de iniciativas que tais sujeitos são capazes de assumir”

(Afonso, 2003, p.54).

O conceito sofre ainda críticas e há, como em Novaes (2000), a preferência em se

usar o termo “participação” para garantir uma compreensão democrática da ação social.

Isto parece ocorrer por dois motivos: primeiro, porque o conceito surge com as agências de

cooperação, que geralmente tomam como referência as realidades sociais de primeiro

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

mundo, e é usado pelas entidades nacionais e populares de forma acrítica; o outro motivo é

que o termo pode ser relacionado com vanguardismo, a separação entre a vanguarda política

e o povo (Afonso, 2003).

Toma-se neste trabalho, contando com a existência de tais críticas, uma postura

afirmativa em relação à expressão, que leva em conta um tipo de ação que surge a partir do

processo de reflexão sobre as representações de objetos de relevância para os sujeitos.

Assim, é um processo que permite a construção de novas representações e a constituição de

sujeitos coletivos,

Capazes de construir e assumir uma identidade de si, com os valores e

significados desta construção, de promover ações que sejam transformadoras da

realidade social e das pessoas e, que sejam reconhecidas tanto pelos seus

participantes, quanto pela sociedade envolvente, de criar situações e

oportunidades, de assumir os métodos mais participativos possíveis, para

envolver o maior número de pessoas, de possibilitar que todos (as) participantes

da ação sejam também protagonistas. (Afonso, 2003, p.59-60)

A existência de protagonismo social em uma realidade como a nação requer dos

atores participação e atuação no devir social mais amplo (Barrientos e Lascano, 2000),

contudo, para isso, os sujeitos precisam interpretar sua cultura, problematizar, para

compreender sua participação na construção e modificação da realidade social.

Para Silva (2001), o protagonismo é resultado da decisão dos sujeitos e não de uma

inexorabilidade: “os indivíduos poderiam ficar esperando o Estado promover as mudanças

desejadas na escola pública ou o mercado resolver explorar menos a educação e cobrar

preços justos, mas resolveram agir”. E é neste sentido que se considera que o protagonista

tem um projeto coletivo para o país e está comprometido em construir um novo rumo para o

Brasil, num exercício de democracia que vai desde as relações interpessoais, até as decisões

governamentais, e que atenda ao presente como ao futuro, criando condições para a ação

social.

Ao buscar protagonismo por meio das representações, e tendo como referência a

Teoria das Representações Sociais, chegamos à obra de Moscovici (1996) que trata a

temática da inovação social, analisando o papel da influência social e a importância das

minorias ativas como fatores de mudança. Para o autor (Moscovici, 1996, p.27),

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

A inovação tem valor imperativo na sociedade, com o mesmo direito que a

conformidade. Deste ponto de vista, a inovação não deve ser considerada como

um fenômeno secundário, uma forma de desviação ou de não confromidade, pois

é preciso tomá-la como o que é: um processo fundamental da existência social. A

inovação pressupõe um conflito cuja solução depende tanto das forças de

mudança como das forças de controle. A tensão entre os que devem defender

certas normas, opiniões e valores e os que vão advogar por outras normas,

opiniões ou valores, a fim de mudar os existentes, é o resultado sobre o que se

baseia a evolução de uma sociedade.

O principal elemento para a mudança social é o conflito. Grupos ou indivíduos que

proponham uma inovação vão contra o status quo e independente do “seu poder ou falta de

poder, é capaz de exercer influência sobre a coletividade que faz parte”

(Moscovici, 1996,

p.264). Mas para promover a mudança, o indivíduo ou o grupo tem que sair de um estado de

passividade e tornar-se ativo, tornando o que aparentemente não incomodava, não tinha

problema, ou era imutável,em algo a ser questionado, iniciando a mudança das relações em

sua sociedade. Em outras palavras, há que tornar-se um protagonista para promover a

mudança.

Moscovici (1996), ao discutir esta questão, propõe uma distinção, entre as

características dos grupos nômicos e ou anômicos. A diferença entre os dois é simplesmente

a posse ou não de códigos comuns, ou seja, o compartilhamento de normas reconhecidas,

normas dominantes ou um consenso admitido (Moscovici, 1996). Compreendemos aqui

também que a diferenciação dos grupos entre nômicos e anômicos também se dá quanto à

identidade, pois, se os nômicos são aqueles que possuem um consenso quanto às normas e

os anômicos são caracterizados pela falta deste consenso, entende-se que os nômicos

possuem uma identidade social definida, em detrimento dos anômicos que não possuem uma

identidade de si.

Segundo o autor, é a posse ou não de tais normas ou consenso que converte os

grupos em elementos ativos ou passivos nas relações sociais, e afirma que “é quase seguro

No original: “La innovación tiene valor de imperativo en la sociedad, com el mismo derecho que la

conformidad. Desde este punto de vista, la innovación no debe considerar-se como um fenómeno secundario,

una forma de desviación o de no conformidad, sino que es preciso tomarla em lo que es: um proceso

fundamental de la existencia social. La innovación pressupone um conflicto cuya solución depende tanto de

las fuerzas de cambio como de las fuerzas de control. La tensión entre los que deben defender ciertas normas,

opiniones o valores, a fin de cambiar los existentes, es el resultado sobre el que descansa la evolución de uma

sociedad”.

No original: “(...) su poder o falta de poder, es capaz de ejercer influencia sobre la colectividad de la que

forma parte”.

Representações sociais enquanto meio de acesso

às identidades sociais

que uma minoria ou um grupo ativo, frente a uma maioria anômica, atuará como fonte de

influência”

(Moscovici, 1996, p. 104).

Neste ponto nos questionamos quanto à identidade do grupo de estudantes: os

estudantes de pedagogia constituiriam uma minoria nômica ou anômica? Compartilhariam

as representações de Brasil de tal forma que caracterizariam um grupo ativo, ou seja,

protagonista? Como representam o seu país? Suas representações vão contra a conformidade

da sociedade, permitindo assim o conflito com o status vigente e possibilitando a mudança?

Com tantas questões, procurou-se, então, levantar alguns estudos sobre Brasil, com

o objetivo de compreender as dimensões que a identidade social dos estudantes de

pedagogia pode tomar, identidade que será atingida pelas representações deste objeto.

No original: “es casi seguro que una minoría o un grupo ativo, frente a una mayoría anómica, actuará como

fuente de influencia”.

Brasil: antigas representações adquirem novas roupagens

“Já que sou brasileiro

E que o som do pandeiro

É certeiro e tem direção

Já que subi nesse ringue

E o país do suingue

É o país da contradição

Eu canto pro rei da levada

Na lei da embolada

Na língua da percussão

A dança, a muganga, o dengo

A ginga do mamulengo

O charme dessa nação”

O estudo do psicólogo social Dante Moreira Leite mostra-se essencial para a

compreensão das representações e identidade nacional de Brasil. Com base em sua obra, O

Caráter Nacional Brasileiro (1954), partimos para uma breve investigação dos estudos

sobre a cultura nacional.

Para o autor, os românticos alemães foram os criadores da “peculiaridade histórica

do povo e da nação” (Leite, 1954, p. 30) tendo, a difusão de suas obras, permitido a

valorização das várias nacionalidades européias. Este fenômeno de surgimento do

sentimento de nacionalidade, e de identificação de pessoas com um grupo que compartilha

o pertencimento à nação, coincidiu com a independência das colônias sul-americanas,

acreditando Leite que,

A ideologia que preside este movimento de independência e ao seu

fortalecimento é nitidamente importada da Europa. Não admira, por isso, que os

temas de nossa independência e de nosso nacionalismo sejam uma transposição,

mais ou menos adequada e feliz do nacionalismo europeu da época. (Leite, 1954,

p. 32)

A independência do Brasil exigiu do povo esta partilha do sentimento de

nacionalidade tendo, no cultivo da identidade nacional, a possibilidade de legitimação do

poder e do prestígio do Estado. Para tal, utilizou-se de semióforos, ou seja, de símbolos que

LENINE, Jack Soul Brasileiro. Intérprete: Lenine. In: LENINE, Na Pressão. Rio de Janeiro: BMG Brasil,

1999. 1 CD. Faixa 1.

Brasil: antigas representações adquirem novas roupagens

conservam o sentimento de unidade da nação (Chauí, 2000) - ainda que inspirados nos

temas europeus. Sendo alguns transpostos, simplesmente modificando-se a “padronagem”,

e outros nem isso:

A volta à tradição – pregada pelo nacionalismo europeu – aqui encontrará um

símile na volta ao passado colonial, às vezes na celebração do indígena. A

relação entre a natureza e o homem será apresentada ou suposta de várias

maneiras. Em vários períodos de nossa história intelectual vem à tona o tema de

uma língua brasileira, a única na qual o brasileiro poderia exprimir-se e que, ao

mesmo tempo, já seria expressão de nossas características mais autênticas.

(Leite, 1954, p. 32)

Desta forma, a nova pátria brasileira em seu processo de expansão demandou a

unificação do país. E o principal elemento de identificação deste Estado-nação foi a língua

única. Este foi seu principal semióforo, mas não era exclusivo. A pátria precisava de um

hino nacional, bandeiras, faixas, brasões. Mas também de um mito fundacional.

O mito fundacional se caracteriza por ser uma narrativa da cultura nacional que se

remete a algum momento crucial do passado visto como inaugurador das bases da

identidade nacional. Os “mitos fundacionais” são representados como ocorridos num tempo

tão distante que não se pode precisar, num tempo “mítico”, originário, porém sempre

encontra novos meios para exprimir-se, numa incessante repetição de si mesmo (Chauí,

2000). Não necessariamente são verdadeiros, mas expressam-se como tais ao serem

representados objetivando construir e fixar a identidade nacional (Silva, 2000; Hall, 2002).

Quanto a isto, explica Silva:

Na medida em que não existe nenhuma “comunidade natural” em torno da qual

se possam reunir as pessoas que constituem um determinado agrupamento

nacional, ela precisa ser inventada, imaginada. É necessário criar laços

imaginários que permitam “ligar” pessoas que, sem eles, seriam simplesmente

indivíduos isolados, sem nenhum “sentimento” de terem qualquer coisa em

comum. (Silva, 2000, p. 85)

Assim o romantismo se responsabilizou pelo registro e divulgação de tais ‘laços

imaginários’. Criou a idéia de nacionalismo na Europa, e a sua principal expressão no

Brasil, o indianismo, fez do encontro do europeu com o índio e com a natureza o nosso,

mito fundacional (Bosi, 1992).

O indianismo delineou as primeiras imagens de valorização do índio e da

miscigenação na formação da nação, mas excluiu o negro deste cenário, na medida em que

Brasil: antigas representações adquirem novas roupagens

esta figura estava alijada da condição de cidadania. Nesta época, os índios ganham

características civilizadas e heróicas, como nos romances indianistas de José de Alencar, O

Guarani e Iracema

, ou no quadro de Víctor Meirelles de Lima, A Primeira Missa no

Brasil, de 1861, em um movimento que busca definir os valores genuinamente brasileiros,

diferenciando-os dos portugueses, mas mantendo o seu modelo do homem civilizado.

O índio, por meio do movimento indianista, passa a representar o passado heróico

brasileiro, não apenas incluindo-se no cenário nacional, mas também se tornando um

semióforo, assim,

Se todo nacionalismo precisa de história ou de passado, o nacionalismo brasileiro

logo depois da independência precisava encontrar um passado independente da

História Colonial, pois esta era comum com Portugal. E Portugal era, na época, o

inimigo, a nacionalidade de que a brasileira precisava distinguir-se. Compreende-

se, assim, que logo depois da Independência, alguns brasileiros trocassem nomes

portugueses por nomes indígenas e que estes fossem proclamados os donos da

terra, opostos aos invasores portugueses. (Leite, 1954, p. 171)

A mestiçagem, entretanto, aparece nos autores que escreveram sobre o caráter

nacional brasileiro como negativizada. Em Silvio Romero e Nina Rodrigues, por exemplo,

percebe-se a permanência da demonização do brasileiro estabelecida pelo europeu no

descobrimento. Nestes autores, a população continuava a ser desqualificada, agora, em

conseqüência de sua origem mestiça.

Partindo da teoria científica do evolucionismo, em voga na época, estes

intelectuais, ao colocarem os brancos numa posição de superioridade na construção da

civilização brasileira, viam negros e índios como entraves à evolução do país. Entendiam o

mestiço como tendo, por herança biológica, os mesmos defeitos e taras que atribuíam ao

negro e ao índio: apatia, imprevidência, desequilíbrio moral e intelectual. Apontavam, desta

maneira, a imigração européia como fator de provável “branqueamento” da população, o

que possibilitaria o desenvolvimento do país (Ortiz, 1985).

É somente, na década de 30 do século XX, com a sociologia de Gilberto Freyre

que a temática racial é reeditada. Freyre, não mais considerando pela ótica biológica, como

faziam Silvio Romero e Nina Rodrigues, incorpora o negro, valorizando-o como elemento

cultural (Ortiz, 1985). Desta maneira, livre das teorias raciais e difundidas em larga escala

por um Estado que buscava uma identidade nacional, a mestiçagem, percebe enfim o negro

em nossas origens, redesenha o mito fundador. O negro passa a ser elemento de

Publicados originalmente como folhetins, O Guarani data de 1857 e Iracema de 1865.

Brasil: antigas representações adquirem novas roupagens

identificação do povo, vangloriado no samba e na mulata como símbolos da nação (Ortiz,

1985).

E de maneira fluida e mutante os símbolos nacionais foram tomando novas

expressões, mas não mudaram totalmente em sua essência – as representações somente

adquirem novas roupagens. Ao encontro do europeu com o índio, acrescentou-se um

elemento, o negro, configurando o “Mito das Três Raças” (que possui, porém, mais um

grande personagem, a natureza).

Desde a chegada do colonizador, a natureza tornou-se um grande eixo das

representações sobre a nova “descoberta”, e foi edenizada. O imaginário europeu da Idade

Média que se encontrava repleto de lendas sobre o paraíso terrestre foi transposto para o

cenário de chegada do que viria ser o Brasil. E esta representação teve tanta força, que

muitos colonizadores morreram acreditando que não estavam em um novo continente, mas

sim no Paraíso Terrestre (Silva, s.d.; Gomes, 1997).

Em um movimento de construção e reconstrução dos semióforos ao longo do

tempo, a identidade nacional também vai se formando e reformando no Brasil, tendo, para

Chauí (2000), sua concretização no período que compreende entre 1918 e 1960. Segundo a

autora, é por meio do crescimento da comunicação por rádio e cinema que o nazi-fascismo

e os outros nacionalismos da época promoveram a transformação dos símbolos nacionais no

cotidiano das pessoas, fazendo com que o povo passasse a vincular a nação à consciência

nacional, e não mais apenas a território, língua e raça.

A Era Vargas vem transformar a ênfase anteriormente exclusiva à Natureza

abrindo espaço para o povo, já que os preceitos do “verdeamarelismo” exigiam um

nacionalismo erguido sobre as tradições nacionais e sobre o nosso povo. Tendo sido

auxiliada, porém, pela “brasilianidade” que começou a florescer com as vanguardas do

modernismo cultural dos anos 20. Para Canclini (1998): “De Oswald de Andrade à

construção de Brasília, a luta pela modernização foi um movimento para construir

criticamente uma nação oposta ao que queriam as forças oligárquicas e os dominadores

externos”.

E o mito fundacional vai tomando novas caras, seus elementos são reorganizados,

agrega novos valores e idéias para satisfazer as exigências simbólicas de cada período

histórico e as grandes linhas de representação vão sendo construídas para afirmar o projeto

desenvolvido para a nação brasileira (Arruda, 2000; Mota, 2002).

Brasil: antigas representações adquirem novas roupagens

Mota (2002) consegue, inclusive, estabelecer cortes temporais, a partir de sua

detecção “de uma possível linha de estruturação de um sistema cultural” (p.48). Para o

autor (Mota, 2002, p. 48), este sistema cultural “acabou por se consolidar em uma

ideologia da Cultura Brasileira, a despeito dos processos de massificação cultural

(ideológica) que revestem a montagem do sistema” (grifos do autor). Desta maneira, “tal

sistema eliminou ou neutralizou gradativamente seus elementos críticos até o fechamento

completo do debate” (Mota, 2002, p. 48).

Não cabe aqui nos aprofundarmos em cada um desses momentos detalhadamente

discutidos e analisados na obra de Mota. Apresentamos, porém, como, por meio dos cortes

temporais no período que consistiu de 1933 a 1974, Mota percebeu a consolidação de uma

ideologia da Cultura Brasileira (Mota, 2002, p.48-49):

I- Na década de 30, sendo marcantes as obras de Freyre e F. de Azevedo,

correspondentes à era do descobrimento do Brasil; momento das

interpretações dos “grandes intelectuais”, para retomar a expressão de

Gramsci.

II- O fim do Estado Novo, apresentando duas frentes: uma, voltada para o

passado, para o ideal aristocrático de cultura; outra voltada para o

futuro, caracterizada já pelos marcos do pensamento radical da classe

média. Alguns frutos do labor deste se manifestarão através dos quadros

universitários, num processo de institucionalização do saber. Assisti-se

a substituição da qualificação intelectual pela função intelectual.

Esboçam-se algumas formas de pensamento radical, embora o pano de

fundo ainda seja dado pelas concepções culturais criadas nos quadros

das oligarquias.

III- Nos anos 50, a institucionalização de quadros intelectuais provoca o

engajamento nas linhas do nacional-desenvolvimentistas. Formulações

críticas surgem no fim dos anos 50, radicalizando-se na primeira parte

dos anos 60. O pano de fundo é todavia dado pelo reformismo

populista.

IV- Na segunda metade dos anos 60, revisões radicais rompem com os

quadros de diagnósticos da era desenvolvimentista. O sistema reage aos

avanços do populismo; o pensamento crítico se radicaliza, revendo-se,

combatendo o reformismo populista, intensificando as pesquisas sobre

as classes sociais, ampliando o debate sobre dependência.

V- Na última etapa, período de fechamento em resposta à radicalização.

Linhas de produção são cortadas, com a neutralização radical ou

eliminação dos intelectuais “orgânicos”. Massificação e revitalização da

Cultura Brasileira. Fechamento de eventuais brechas no sistema

ideológico. (Grifos do autor)

Com base nas reflexões feitas em cada um dos cortes, Mota (2002) conclui,

apresentando em três planos as causas do “fechamento total do debate” por meio do

sistema cultural que se estruturou durante o período estudado. São estes três planos:

Brasil: antigas representações adquirem novas roupagens

O teórico, em que, tangenciando a problemática ontológica da existência de uma

Cultura Brasileira funcionou, atingiu-se a formulação clara segundo a qual a

Cultura Brasileira existe apenas para seus ideólogos. O político, em que a

ideologia da Cultura Brasileira funcionou como elemento de integração, num

sistema cultural e político maior, de forças antagônicas, dissolvendo – no plano

dos discursos ideológicos – as contradições que poderiam alterar as condições do

controle social em vigência e fortalecimento progressivo desde,

aproximadamente o final do Estado Novo. (p.283-284)

E no,

Plano conceitual, o sistema ideológico em que estava imbricada a ideologia da

Cultura Brasileira continha outros componentes, como a da “consciência

nacional”. O “espírito de nacionalidade” (...) não está distante das formulações

que veiculam as “aspirações nacionais”, enraizada numa demasiadamente

genérica “cultura nacional”. (p. 284)

O que o autor nos mostra é que há uma paralisia no pensamento crítico brasileiro, e

isso ocorre pela manutenção de uma ideologia da cultura brasileira. Para Mota, os três

planos, o teórico, o político e o conceitual, permitiram a instauração de um sistema cultural,

melhor dizendo, um sistema ideológico, que permitiu a manutenção do status quo, ainda

que por meio de discursos aparentemente de inovação, e supostamente propositores de

mudança. A intelectualidade da cultura brasileira, por meio destes três planos, deu, desta

forma, novas caras às antigas representações hegemônicas de Brasil.

As representações que, polêmicas como deveriam ser, ou seja, instigadoras,

agitadoras e propositivas, careceriam partir uma minoria ativa. Mas, apesar de todos os

estudos e discursos dos pensadores da cultura brasileira, a obra de Mota (2002) nos mostra

que a promoção de uma mudança social parece não ter ocorrido com grande força. Carvalho

(1994), inclusive, indica que, da chegada dos europeus aos dias de hoje, há uma ausência de

participação do povo na formação da imagem nacional, assim como de uma identidade

nacional, ou, pelo menos, que não é encontrada até o Estado Novo, explicando que o Brasil

consistia então numa nação apenas imaginada e não imaginária, já que não era ancorada em

simbolismos coletivos (Arruda, 2000).

Carvalho (1994) e Mota (2002) nos inquietam ainda mais em nossa pesquisa sobre

as representações e identidade social de Brasil e nos instigam a ter mais atenção na

narrativa dos estudantes que responderam nossos questionários. Devemos observar de que

forma as representações constituem a identidade nacional dos estudantes de pedagogia. Mas

precisamos atentar também ao caráter destas representações e como podem direcionar a

Brasil: antigas representações adquirem novas roupagens

ação destes futuros educadores. Com o objetivo de cumprir esta tarefa, percorremos o

caminho metodológico descrito a seguir.

O Percurso Metodológico

A busca das representações e da identidade social requerem, na pesquisa, o uso de

multi-meios e multi-modos (Bauer & Gaskell, 2002). Com o objetivo de identificar a

dinâmica das representações e identidade social de Brasil, procurou-se combinar, em um

questionário, o uso de desenhos para a expressão do sujeito e a resposta de questões por

linguagem escrita (Anexo A).

No primeiro momento de análise de resultados, trabalhou-se com o exame das

questões verbais a partir do processamento do programa de análise léxica Alceste (Analyse

Lexicale par Contexte d'un Ensemble de Segments de Texte). Mas o relatório gerado pelo

programa não ofereceu informações que permitissem, de maneira satisfatória, a

compreensão de como as representações de Brasil concorrem para a construção da

identidade social do grupo pesquisado e se efetivamente neste grupo poderíamos perceber

indícios de ação social.

Posteriormente, foi feita uma análise de conteúdo das respostas verbais, buscando

informações mais específicas, focando o protagonismo social. Os resultados da análise

verbal nos forneceu, então, os sujeitos prototípicos, ou seja, aqueles que seriam os mais

representativos das categorias.

Começaremos com a descrição do instrumento, do campo e dos sujeitos. E, em

seguida, apresentaremos os resultados das análises léxica e de conteúdo dos dados verbais

deixando, por último, a análise de conteúdo dos desenhos.

3.1. Instrumento

O questionário utilizado com o objetivo de captar o sentido que os estudantes de

pedagogia atribuem ao Brasil é composto de três partes (Anexo A – questionário sobre o

Brasil, Anexo B – questionário de perfil). Na primeira parte (Anexo A), solicita-se que o

sujeito desenhe livremente como compreende o país. Sua utilização permite que o sujeito se

O Percurso Metodológico

expresse sem o intermédio da linguagem verbal, que estará presente na próxima parte do

questionário.

A segunda etapa, verbal (Anexo A), constitui-se de duas questões, a primeira refere-

se à identidade de Brasil, quando se pede ao respondente que justifique porque acredita que

tudo o que foi desenhado é Brasil. Na segunda questão, solicita-se aos sujeitos que

diferenciem o Brasil dos demais países.

Em um terceiro momento, pediu-se que os participantes respondessem um

questionário de perfil (Anexo B), quando se coletou informações sócio-culturais.

Por esta pesquisa participar de um Programa de pesquisa mais amplo (“Imaginário e

representação social de jovens universitários sobre o Brasil e a escola brasileira”

), o

instrumento foi desenvolvido e aperfeiçoado a partir de pré-testagens até chegar no formato

final utilizado nesta pesquisa.

3.2. Campo

A investigação foi realizada em instituições públicas e privadas de sete cidades das

cinco regiões brasileiras. Para a coleta das respostas, contamos com a participação de

pesquisadoras

, buscando obter o número de 20 sujeitos por instituição. Não se chegou a

vinte questionários respondidos em cada uma delas, pois houve casos em que o contato com

a instituição demonstrou-se difícil ou prejudicado, seja pelas semanas de provas e feriados

que impossibilitavam o preenchimento dos instrumentos de pesquisa, pela greve de algumas

instituições federais ou até mesmo pela indisponibilidade de professores. Desta forma,

decidiu-se por trabalhar com o número próximo entre os sujeitos de instituições públicas e

privadas dos sete Estados investigados.

Com apoio da Fundação Carlos Chagas (FCC/SP) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

(FAPESP), registrado com o número 02/12209-7), este projeto conta com a coordenação nacional da Profa.

Dra. Clarilza Prado de Sousa (FCC/SP e PUCSP) e coordenação internacional da Profa. Dra. Angela Arruda

(UFRJ).

Adelina de Oliveira Novaes, Ana Carolina Dias Cruz, Amanda Pilão, Luana Vital Gonçalves, Ritha de

Cássia, no Rio de Janeiro; Sandra Acosta em São Paulo e Euricilda Souza Prado Del Bel em São Paulo e nos

demais Estados.

O Percurso Metodológico

3.3. Sujeitos

São sujeitos da pesquisa 267 estudantes universitários de pedagogia, de primeiro ano,

de sete Estados das cinco regiões brasileiras (Pará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São

Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul). A escolha por respondentes no início do curso se deve a

sua pouca familiaridade com o pensamento acadêmico, o que possibilitaria o acesso às

representações sem sua interferência. Os sujeitos foram distribuídos em números

aproximados entre instituições públicas e privadas da seguinte forma:

Tabela 1: Distribuição de Respondentes por Cidade/Estado e Instituição

Cidade / Estado Instituição Pública

Nº de Respondentes

Instituição Privada

Nº de Respondentes

Belém / PA 20 20

Salvador / BA 20 19

Recife / PE

Olinda / PE

20 18

Goiânia / GO 20 18

Rio de Janeiro / RJ 20 20

Campinas / SP

Osasco / SP

20 12

Porto Alegre / RS 20 20

Os dados coletados no segundo questionário (Anexo B) permitiram traçar um perfil

dos respondentes. Realizou-se o processamento eletrônico, segundo a orientação da

professora Miriam Bizzocchi (estatística da Fundação Carlos Chagas, FCC/SP). Trata-se do

levantamento da freqüência das respostas do questionário de perfil e de seus cruzamentos. A

seguir, acompanhamos a caracterização dos respondentes.

O Percurso Metodológico

! Distribuição dos respondentes por sexo

A figura abaixo permite a visualização do percentual dos sujeitos do sexo feminino e

do sexo masculino em relação ao total de respondentes:

Figura 1: Distribuição dos respondentes por sexo

O curso de pedagogia é essencialmente procurado por mulheres, sendo o total das

respondentes igual a 267, o que representa 95% dos sujeitos, tendo somente 13, ou 5% de

respondentes do sexo masculino. Por conta da grande diferença numérica entre estudantes

do sexo feminino e estudantes do sexo masculino não houve grandes modificações da

variável sexo quando analisada em conjunto com as demais variáveis, não cabendo aqui

descrever tais cruzamentos.

95%

Homens Mulheres

O Percurso Metodológico

! A idade dos respondentes

Abaixo, pode-se observar a representação gráfica da distribuição dos sujeitos por

faixa etária:

56%

22%

Até 24 anos

25 a 30 anos

Mais de 30 anos

Figura 2: Distribuição dos respondentes por faixa etária

Pode-se observar, neste gráfico, um alto número de participantes com menos de 24

anos, correspondendo a 149 respondentes. Isto ocorre porque os sujeitos da pesquisa estão

ainda no primeiro ano da faculdade, ingressando no curso e recém saídos do Ensino Médio.

A escolha da pesquisa por respondentes no início do curso se deve a sua pouca familiaridade

com o pensamento acadêmico. Mas isso também nos alerta para a procura da graduação de

pessoas com mais de 25 anos, com 49 sujeitos na faixa de 25 a 30 anos e 49 com mais de 30

anos, o que totaliza 44%.

O Percurso Metodológico

! Distribuição dos sujeitos por região

A seguir, a visualização da distribuição dos sujeitos por região:

14%

29%

15%

27%

15%

Centro-oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

Figura 3: Distribuição dos respondentes por região

O número variável entre os participantes das regiões Sudeste e Nordeste, com quase

o dobro das demais, respectivamente 72 e 77 respondentes, enquanto no Centro-Oeste temos

38, e Norte e Sul 40 respondentes em cada, se deve às dificuldades encontradas na coleta do

material, descritas anteriormente.

O Percurso Metodológico

! Estado de nascimento dos respondentes

Para uma melhor visualização, segue a figura da distribuição dos sujeitos pelo Estado

de nascimento:

15%

10%

14%

13%

12%

14%

12%

Bahia

Distrito Federal/GO

Espírito Santo

Goiás

Maranhão

Minas Gerais

Pará

Paraíba

Pernambuco

Rio de Janeiro

Rio Grande do Sul

São Paulo

Demais Estados

Figura 4: Distribuição dos respondentes pelo Estado de Nascimento

Se compararmos este gráfico com o de região dos respondentes, percebemos que a

maioria dos participantes ainda residem no Estado onde nasceram. Encontramos, porém,

aqueles que migraram, como os sujeitos nascidos no Espírito Santo e Minas Gerais, na

região Sudeste, Maranhão, na região Norte, e Paraíba, na Nordeste. Os respondentes

incluídos em “Demais Estados”, que totalizam 4%, nasceram cada um em um Estado

diferente dos já elencados e, individualmente, representam menos de 1% do total.

O Percurso Metodológico

! Relação entre idade e região

Na tabela abaixo, pode-se observar, de forma esquematizada, a relação entre faixa

etária e região dos respondentes:

Tabela 2: Relação entre idade e região dos respondentes

REGIÃO ATÉ 24 ANOS 25 A 30 ANOS MAIS DE 30 ANOS TOTAL

Centro-oeste 19 7 12 38

Nordeste 32 25 20 77

Norte 25 10 5 40

Sudeste 53 8 11 72

Sul 20 9 11 40

Total 149 59 59 267

O número de respondentes até 24 anos é relativamente mais alto na região Sudeste.

Apesar de ter um número alto de participantes nesta região, se comparada à região nordeste,

que também tem um número alto, percebemos que nesta última, a freqüência dos estudantes

com mais de 24 anos é a maior. Somando os estudantes de 25 a 30 anos e os estudantes com

mais de 30 anos, temos um número muito próximo, com exceção da região Sudeste. Na

região Centro-oeste temos 19 estudantes com até 24 anos de idade e 19 estudantes com mais

de 24 anos; na região Nordeste temos 32 estudantes com até 24 anos e 45 com mais de 24;

na região Norte, 25 estudantes com até 24 anos e 15 com mais de 24; e na região Sul, 20

estudantes com menos de 24 anos e 20 com mais de 24. Na Sudeste, temos 53, dentre os 72

sujeitos da região, com menos de 24 anos.

Apresentação e Análise dos Dados

4.1. Análise léxica dos dados verbais

Após a caracterização dos sujeitos, iniciamos o primeiro tratamento das respostas

verbais, com auxílio de um software. O programa computacional francês ALCESTE (Analyse

Lexicale par Contexte d'un Ensemble de Segments de Texte), criado por M. Reinert, foi

utilizado na análise lexical dos textos das questões 2 e 3 (Anexo A). Trata-se de um software

que permite a análise quantitativa de dados textuais realizada a partir de três etapas: leitura do

texto, classificação das unidades de contexto (uce), descrição da classificação efetuada. O

software foi utilizado como auxílio ao tratamento dos dados e, apesar de não completamente

satisfatório para os objetivos desta pesquisa, permitiu que indicasse o sentido da posterior

análise de conteúdo das mesmas questões.

4.1.1. Análise léxica das respostas da Questão 2

Por que você acha que tudo isso é Brasil?

Para os textos dos participantes da pesquisa na segunda questão do questionário: Por

que você acha que isso tudo é Brasil?, o programa gerou um relatório. Após o processamento

do corpus composto por estas respostas (Anexo C), o software indicou que, de todo material,

foram classificados 77,92% para análise, ou seja, um bom aproveitamento do corpus. Este

resultado pode ser observado na seguinte figura:

Apresentação e Análise dos Dados

Figura 5: Síntese do tratamento de análise léxica para a Questão 2

O programa classifica o corpus seguindo um padrão de co-ocorrência de palavras

dividindo o material discursivo em partes que no final do processo são visualizadas em forma

de classes. Podemos observar, na Figura 7, a formação de duas classes:

Apresentação e Análise dos Dados

Figura 6: Distribuição percentual das classes geradas pelo processamento do Alceste

para Questão 2

Trataremos aqui cada classe como uma categoria. Assim, a seguir, descreveremos cada

uma delas.

Apresentação e Análise dos Dados

Classe 1: O país da diferença, a crítica velada

As palavras mais significativas da Classe 1 são:

Tabela 3: Relação das freqüências das palavra repetida na Classe 1 para a Questão1 com

o corpus e o χ2

EFETIVOS PORCENTAGEM

χ2

IDENTIFICAÇÃO

13 86.67 12.74 Boa

73 56.15 20.90 Brasil, brasileiro, brasileira

22 73.33 13.27 Coisa

20 80.00 16.00 Cultura, cultural

11 91.67 12.47 Desenho

10 90.91 11.03 Diferente

18 90.00 20.08 Região, regional

16 100.00 23.14 Representação, representado, representar

5 100.00 6.90 Ruim

9 100.00 12.63 Ruins

A primeira classe que, por suas variáveis, apresenta sujeitos da região Sudeste (Rio de

Janeiro e São Paulo), estudantes de instituições públicas, é marcada pelas respostas que

indicam as diferenças presentes no Brasil, numa estrutura em que os respondentes contrapõem

as características do país: “porque o Brasil tem muitas belezas, mas também tem muita

violência e pobreza”, “O Brasil é um país grande! Grande territorialmente, de muitas raças,

muita mistura, muitas línguas, muita cultura. Ao mesmo tempo o Brasil tem coisas ruins: a

seca, a poluição, a pobreza, a fome”. São críticas que não aparecem diretamente, mas soltas

no discurso, misturadas às características positivas do país: “há suas coisas ruins, mas há

muito mais coisas boas e lindas”, “porque o Brasil é um país lindo, que todos unidos e com

boa vontade pode mudar (sic) algumas coisas que estão erradas”. Observando estas

respostas, encontramos estruturas que parecem ter como objetivo amenizar os aspectos

Apresentação e Análise dos Dados

negativos, oferecendo os positivos em contrapartida. Tem-se a impressão que há uma forma

“polida”, ou “correta” de se referir ao país, como se houvesse uma norma que os impedisse de

falar diretamente dos problemas sociais.

Vale ressaltar que, na descrição do país, não estão presentes verbos de ação, ou seja, os

respondentes, como expectadores, se referem a algo que vêem, mas não participam: “porque

o Brasil é representado por uma mistura de povos diferentes, culturas diferentes, classes

econômicas antagônicas e muitas festas, mitos, crenças”; “porque é um país que recebe

vários tipos de influências, cada região tem seus costumes, culturas e crenças diferentes, e

que ainda não foi ensinada, ou melhor, não foi aprendida a se respeitar essas diferenças”

(grifos apostos).

Estes respondentes não parecem apresentar uma posição protagonista frente o país. Os

aspectos positivos apresentados no sentido de "equilibrar" as características negativas,

acabam, por fim, anulando-as e permitindo que se mantenha a conformidade. A falta de

verbos de ação também parece comprovar esta posição de passividade.

Classe 2: O meu país, os problemas sociais

Nesta segunda classe, encontramos as seguintes palavras como caracterizadoras:

Tabela 4: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 2 para a Questão 2

com o corpus e o χ2

EFETIVOS PORCENTAGEM

χ2

IDENTIFICAÇÃO

7 100.00 5.33 Desemprego

13 100.00 10.15 Dia, diário

17 100.00 13.50 Educação, educacional, educar

24 92.31 14.41 Fazer

23 92.00 13.55 Parte, participar

22 95.65 15.11 Vida, vivenciar

16 94.12 10.02 Violência

Apresentação e Análise dos Dados

A segunda classe, composta por variáveis que apresentam sujeitos do Estado do Pará e

da Bahia, estudantes de instituições privadas, indica as características negativas do Brasil.

Com as dificuldades e os problemas sociais presentes em sua vida, os respondentes

apresentam sentenças com verbos em primeira pessoa: “porque vivenciamos todos os dias, o

desemprego, a seca, o amor, etc. Faz parte da nossa socialização” (grifos apostos).

Do país não se escreve buscando imparcialidade, como na classe anterior, e, nesta

categoria, encontra-se sujeitos que descrevem o Brasil utilizando pronomes possessivos:

“realmente tudo isso faz parte infelizmente da nossa realidade atual, como a violência que

gera violência, a desigualdade que há em cada canto do nosso país e a impunidade que

acontece a cada dia”, se não por meio de pronomes, os respondentes se incluem de outra

forma: “porque isso é a conseqüência da nossa colonização. E de pessoas como eu

que

sabem e vêem isso acontecer e não fazem nada para mudar” (grifos apostos).

Mas, o mais interessante é a presença da educação e da escola: “A educação também é

escassa e, assim, no despreparo de tantos cidadãos sem condições de se tornarem críticos,

éticos e ativos, partem para o mundo da marginalização, do crime, da violência”; “as

famílias acreditam que a escola é o modo pelo qual terão uma oportunidade melhor de vida e

de trabalho. Porque os professores despertam essa esperança tanto nos jovens, adultos,

crianças e velhos”; “no caso da escola, já foi melhorada muito, mas ainda tem muito a

melhorar, e essa melhora acontece porque o povo como um todo descobriu que ela é

essencial”. Longe de ser um problema resolvido, a educação, objetivada na escola, é vista

como redentora. Com educação, não haverá mais marginalização, pois as pessoas terão

trabalho, e a violência não mais existirá.

Diferente da classe anterior, os respondentes aqui parecem apresentar uma postura

mais ativa frente o país, enxergando na educação a possibilidade de inovação. Como futuros

educadores vêem, em sua atuação profissional futura, a possibilidade de mudança social.

Pode-se observar que as duas classes são marcadas principalmente pela variável

região, a primeira composta de estudantes do Sudeste (Rio de Janeiro e São Paulo), e a

segunda por estudantes do estado do Pará e da Bahia, mas, além disso, pelo tipo de

estabelecimento de estudo, na primeira classe estudantes de instituições públicas e na segunda

de instituições particulares. Porém, sua principal diferença está na forma como representam o

Brasil: na primeira classe, um país que, apresentando qualidades positivas e negativas, parece

Apresentação e Análise dos Dados

estar ‘equilibrado’, a ação para a mudança não parece ser necessária para os respondentes da

Classe 1, que, inclusive, não usam verbos de ação; na segunda classe, as representações e a

postura frente o Brasil parecem ser bem distintas, há uma insatisfação que pode levar à ação,

há indícios de possibilidade de mudança.

4.1.2. Análise léxica das respostas da Questão 3

O que, para você, diferencia o Brasil dos outros países? Por quê?

A análise léxica da terceira questão: “O que, para você, diferencia o Brasil dos outros

países? Por quê?” foi realizada, também com auxílio do software ALCESTE. O programa

gerou um relatório (Anexo D) indicando que, do corpus, foram classificados 68,80% para

análise. Este resultado pode ser observado na seguinte figura:

Figura 7: Síntese do tratamento de análise léxica para a Questão 3

Apresentação e Análise dos Dados

Seguindo um padrão de co-ocorrência de palavras o programa dividiu o material e

classificou o corpus em cinco classes. Podemos observar na Figura 9 a divisão percentual do

material nas classes.

Figura 8: Distribuição percentual das classes geradas pelo processamento do Alceste

para a Questão 3

Apresentação e Análise dos Dados

Diferente da questão anterior, que apresentou apenas duas classes, podemos observar,

no relatório produzido para o processamento dos dados desta questão, a fragmentação do

corpus em cinco partições, como é apresentado no seguinte dendrograma:

Figura 9: Dendrograma gerado pelo software Alceste para o corpus da Questão 3

Por meio deste gráfico hierárquico, pode-se observar que, em uma primeira divisão foi

gerada a classe 5, e na segunda divisão foram gerados dois conjuntos de texto e nenhuma

classe. A terceira divisão gerou a classe 1. Na quarta divisão, a classe 2, na quinta divisão,

mais uma vez nenhuma classe foi gerada, para que na última divisão aparecessem as classes 3

e 4. A classe 5 apresenta um afastamento em relação às demais classes, mas se liga

indiretamente a todas as outras classes. Da mesma maneira, a classe 1, após a segunda

divisão, se liga às classes 2, 3 e 4. As classes 3 e 4 guardam entre si uma relação estreita, pois

compõem um eixo comum. Elas também se apresentam como o eixo mais próximo da classe

Considerando cada classe como uma categoria, segue a descrição de cada uma delas.

Apresentação e Análise dos Dados

Classe 1: O povo esperançoso e solidário

Temos as seguintes palavras como as mais significativas da Classe 1 são:

Tabela 5: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 1 para a Questão 3

com o corpus e o χ2

EFETIVOS PORCENTAGEM

χ2

IDENTIFICAÇÃO

8 100.00 14.18 Amigo, amigos, amiga, amigas

20 90.91 30.45 Calor, caloroso

9 100.00 16.02 Esperança, esperançoso

13 76.47 12.35 Humano

38 58.46 17.98 Povo

11 91.67 16.31 Querer

6 100.00 10.54 Solidariedade

A primeira classe que, tendo como principal componente respostas de estudantes de

faculdades públicas, é marcada por textos que indicam características positivas do povo

brasileiro, como diferencial do Brasil para os outros países. A seguinte resposta à questão 6.2

é um bom exemplo para definir esta classe: “O seu povo, pois é um povo alegre, criativo,

espontâneo e resistente, qualidades estas que não encontramos em qualquer lugar”. São as

qualidades do povo que permitem a sobrevivência: “É nossa fé e esperança que nos

sustenta”, principalmente a esperança, esperança de que algo vai acontecer, como um Maná

que virá dos céus: “Porque mesmo sendo um povo sofrido o brasileiro ainda tem

esperanças”. A recorrência da "esperança" nestes textos confirma a eficácia da expressão

para a publicidade política, o uso contínuo do termo não parece ser gratuito ou inovador, a

propaganda dos partidos parece buscar e reforçar no imaginário tal representação.

Porém, há outra característica do povo que contribui para a identidade do Brasil. Desta

maneira a solidariedade vem como indicador das relações entre os brasileiros, mostrando que:

Apresentação e Análise dos Dados

“O nosso povo é humano e solidário, quando quer pode tudo”. E de que há “fé de que juntos

iremos conseguir”, pois o “povo brasileiro tem garra, é mais caloroso, ou até mesmo mais

humano que os povos dos outros países, ajudam um ao outro, somos mais solidários”.

A solidariedade é indicadora da integração entre os brasileiros, parece que é por meio

dela que “iremos conseguir” o que se quer para o país. Aí esta a ação, motivada por um

sentimento de pertença, pois somos solidários àqueles que, de uma forma ou de outra, nos

identificamos.

Classe 2: O país da desigualdade

Para esta segunda classe, temos as seguintes palavras significativas:

Tabela 6: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 2 para a Questão 3

com o corpus e o χ2

EFETIVOS PORCENTAGEM

χ2

IDENTIFICAÇÃO

5 100.00 33.78 Classe, classes

4 80.00 20.02 Desenvolvido, desenvolver

10 76.92 49.06 Desigualdade

4 57.14 12.24 Economia, econômico

7 41.18 12.62 Grande

3 75.00 13.65 Renda

15 83.33 84.16 Social, sociedade

A segunda classe não apresenta variáveis específicas e pode ser considerada como

uma classe que indica a ambigüidade das características do Brasil. A desigualdade social está

presente em praticamente todos os textos que compõe esta classe, mas normalmente vem

associada à beleza e riqueza natural, à extensão territorial: “O Brasil é um país belíssimo,

cheio de oportunidades, que infelizmente tem que conviver com o alto índice de mortalidade,

Apresentação e Análise dos Dados

violência e exclusão dentro de sua sociedade”. Mas a desigualdade social aparece nas

respostas também associada à falta de cultura e união, mas isso, longe de ser culpa do povo, é

culpa dos políticos: “A diferença do Brasil dos outros países é a falta de cultura nas pessoas

de baixa renda. Porque os políticos não estão preocupados com as causas sociais, não dão

condições para professores e alunos”, “O Brasil não tem união, os outros crescem e se

desenvolvem porque certamente tem união e o nosso país tem muita corrupção”.

Esta classe parece confirmar a anterior no que diz respeito à possibilidade de ação.

Enquanto na classe anterior, é por meio da solidariedade que “iremos conseguir”, aqui os

sujeitos mostram que é a falta de união que impossibilita que alcancemos o que queremos. A

solidariedade, bem como a falta dela e a falta de união, estão relacionadas ao pertencimento e

à identidade do grupo ou mesmo ao sentimento de nação. Os textos aqui parecem indicar que

a falta de identidade nacional, ou seja, a falta de união, é que impossibilita o "crescimento" da

nação, ou àquilo que desejamos para o país.

A "falta" parece ser comum no discurso dos profissionais da educação (Sousa, 2005).

No relato de pesquisa sobre representações sociais de professores sobre a escola, Sousa

(2005) nos ilumina quanto a isso: "falta", aparecendo como uma grande categoria na pesquisa,

leva ao movimento, e não à concepção de uma dificuldade intransponível. Ela indica que há

algo a ser feito, solicitando uma ação protagonista.

Também é interessante marcar aqui que a culpa da desigualdade social é dos políticos

que, corruptos, não investem no país. Parece, assim, que a mudança social também seria

responsabilidade dos políticos. Se, porventura, houvesse políticos que desejassem a mudança

do país, seria deles a ação, sem que o resto da população tivesse papel ativo neste processo.

Classe 3: A riqueza natural

As palavras mais significativas da Classe 3 são:

Apresentação e Análise dos Dados

Tabela 7: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 3 para a Questão 3

com o corpus e o χ2

EFETIVOS PORCENTAGEM

χ2

IDENTIFICAÇÃO

8 88.89 53.09 Clima

14 42.42 34.26 Natureza, natural

16 24.62 13.95 Povo

5 100.00 37.95 Privilégio, privilegiado

5 62.50 20.30 Recursos

4 50.00 11.52 Relações

16 64.00 72.68 Riqueza

A classe 3 apresenta como variáveis presentes na classe, o local – região Sul e o

Estado da Bahia, e a instituição onde os sujeitos estudam – pública. Os textos nesta classe dão

ênfase aos aspectos positivos do Brasil, como próprios deste país. Estes aspectos são a riqueza

natural e, como na primeira classe, mais uma vez o povo brasileiro. Como exemplo típico de

texto presente nesta classe temos: “Porque nosso país está bem situado dentro do planeta,

com o clima e as riquezas naturais que todos os países gostariam de ter, sem falar da

simpatia e da alegria do povo brasileiro”; “A sua riqueza natural. A natureza do seu povo”.

Assim, vivemos num país privilegiado, rico em recursos naturais, cujo povo é visto

positivamente: “suas qualidades em termos de clima, riquezas e população”. E, sendo visto

como “país do futuro”, espera que com essas qualidades possa modificar sua posição.

Em um país cheio de qualidades, as dificuldades e os defeitos não parecem ter tanta

relevância, não sendo sequer mencionadas. Não há o que mudar em um país com tantas coisas

boas. Esta classe não apresenta discursos que demonstrem desagrado com as características

negativas do Brasil, nem discursos propositivos, não há aqui representações que possam

identificar este grupo de respostas com características de protagonismo social.

Apresentação e Análise dos Dados

Classe 4: A diversidade cultural

Para a classe 4, encontramos as seguintes palavras significativas:

Tabela 8: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 4 para a Questão 3

com o corpus e o χ2

EFETIVOS PORCENTAGEM

χ2

IDENTIFICAÇÃO

15 46.88 61.76 Cultura, cultural

8 38.10 22.58 Diferente, diferenciar

10 66.67 62.31 Diversidade

5 71.43 32.92 Mistura

A variável que o relatório apresenta como presente na classe 4 é o Estado de São

Paulo, ou seja, os respondentes deste Estado. Nesta classe, a mistura e a heterogeneidade

cultural tornam o Brasil diferente dos outros países. Nestes textos, o que identifica o Brasil é

“A mistura de cultura, pois com essa mistura fazemos com que o Brasil tenha uma

caracterização diferente dos outros, com isso há uma beleza diferente”; “A nossa

heterogeneidade, talvez porque o nosso país é muito grande, há uma vasta cultura que se

difere do norte ao sul do país”.

Assim, o que diferencia o Brasil dos demais países é a diversidade de culturas que

possui. Ou seja, o que lhe dá unidade é sua diversidade, parece um paradoxo, mas essa

representação não causa problema ao imaginário dos respondentes, uma vez que tal

diversidade não é causadora de rivalidade.

Nesta classe não encontramos uma marca forte de insatisfação dos sujeitos quanto à

situação nacional, não havendo assim respostas que indicassem uma possível mudança social.

Mas vale ressaltar que as respostas, pela freqüência dos pronomes possessivos e de verbos em

primeira pessoa, evidenciam a identificação dos sujeitos com o país: “nossa cultura”, “nosso

país”, “nós fazemos”.

Apresentação e Análise dos Dados

Classe 5: O aspectos negativos do Brasil e a falta de investimento em educação

As palavras mais significativas desta última classe são:

Tabela 9: Relação das freqüências das palavras repetidas na Classe 5 para a Questão 3

com o corpus e o χ2

EFETIVOS PORCENTAGEM

χ2

IDENTIFICAÇÃO

5 100.00 12.62 Base, baseado

5 100.00 12.62 Cidade, cidadão

5 100.00 12.62 Comparar, comparado, comparação

7 100.00 17.82 desenvolvidos

4 100.00 10.05 desenvolvimento

22 95.65 55.50 Educação

10 83.33 18.32 Falta

4 100.00 10.05 Investimento

4 100.00 10.05 Investir, investido

5 100.00 12.62 Lei

9 75.00 13.15 Melhor, melhorar, melhoria

5 100.00 12.62 Miséria

5 100.00 12.62 Moradia

6 85.71 11.39 Respeito, respeitar

9 100.00 23.12 Saúde

6 100.00 15.21 Situação

7 87.50 13.90 Trabalho, trabalhar, trabalhador

Na classe 5 encontramos respostas de participantes dos Estados da Bahia, Pará e São

Paulo, com um número maior de respostas de estudantes de instituições públicas. Os textos

mostram os aspectos negativos do Brasil, desemprego, falta de atendimento de saúde e

Apresentação e Análise dos Dados

moradia, violência, corrupção. É nesta classe também que os estudantes de pedagogia

finalmente falam sobre a educação no Brasil, mas sempre como desvalorizada, principalmente

pelos governantes que não a vêem como prioritária para investimentos.

“Falta”, “Educação” e “Saúde” apresentam os maiores χ

desta classe. A alta

freqüência dessas palavras nesta classe, como na classe 5 vem confirmar que a "falta" aparece

muito mais como um sentimento do que como um diagnóstico, como na pesquisa de Sousa

(2005). Ela apresenta-se como anseio de melhoria e não como impossibilidade de mudança.

Seguem exemplos de respostas presentes nesta quinta classe: “Por um lado negativo,

vejo um país com vários tipos de preconceitos, corrupções, que não oferece uma vida justa

para os menos favorecidos, que não têm direito à educação, saúde, moradia”; “O governo,

os políticos em geral, não investe na educação, para terem sempre votos e darem em troca

destes uma cesta básica ou coisas do tipo”; “A educação, a saúde, o analfabetismo. Porque

os governantes não aplicam o dinheiro a favor do povo”.

Percebemos que, também nesta classe, a responsabilidade e o poder por uma mudança

no país é dos governantes. E, como não têm interesse em investir na educação e em aplicar o

“dinheiro a favor do povo”, parece que não há muita coisa a se fazer. Mesmo descontentes

com a situação do país, a responsabilidade pela ação não é tomada para si, os respondentes

desta classe não apresentam, desta maneira, uma posição que indique protagonismo.

A partir desta primeira descrição da análise léxica gerada pelo programa Alceste,

podemos perceber a relação entre as classes 1 e 3, que apontam para aspectos positivos, o

povo define a classe 1, como o diferencial entre o Brasil e os demais países e, presente

também na classe 3 é mais um dos aspectos positivos do Brasil. A heterogeneidade e a

mistura cultural também são encaradas, em geral, na classe 4 como um aspecto positivo. Os

aspectos negativos do Brasil e as críticas sociais, com a repetição freqüente da palavra "falta"

aparecem nas classes 2 e 5, sendo que na classe 5 a educação aparece como uma prioridade

social que não recebe investimento, e, a isso, atribui-se culpa aos governantes.

Concluímos, com a divisão em classes apresentada pelo relatório do programa de

análise léxica, que há dois grandes grupos de respostas. Àquelas que, mesmo apresentando as

características negativas do país, ou mesmo sem apresentá-las, não indicam, por meio das

respostas, a possibilidade de protagonismo dos sujeitos, ou seja, que estes procurem agir para

mudar o status do Brasil. E um segundo grupo de respostas que, evidenciando o desagrado

Apresentação e Análise dos Dados

dos sujeitos no que diz respeito às qualidades negativas do país, tem presente verbos de ação

ou em primeira pessoa, indicando representações que possam direcionar a ação dos sujeitos

para uma postura protagonista frente o país.

Assim, apesar do programa ter nos auxiliado a ter uma visão global do corpus das

respostas, consideramos insatisfatória a divisão em classes gerada pelo processamento para

uma análise interessada em identificar indícios de protagonismo social. Consideramos ainda

que deveríamos nos dedicar a uma análise de conteúdo específica, focada na possibilidade de

ação e de mudança, ainda que motivada pela “falta”. A seguir apresentamos a análise de

conteúdo com este enfoque.

4.2. Análise de conteúdo dos dados verbais

Considerando a visão mais ampla do corpus de respostas verbais proporcionada pelo

relatório do programa ALCESTE, retornou-se aos textos dos sujeitos com o intuito de

identificarmos textos que poderiam indicar uma possível postura de ação, ou seja, uma

postura protagonista.

Após a leitura flutuante do material (Bardin, 1977), realizou-se a triagem e a separação

das respostas, de acordo com o seu conteúdo, em duas grandes categorias: Conformidade e

Mudança. Dentre as respostas da categoria Conformidade estão aquelas que, como observadas

na análise anterior, não indicam que os sujeitos desejem agir para mudar o Brasil, mantendo o

status quo. As respostas que foram incluídas na categoria Conformidade foram descartadas

para esta segunda análise, pois o interesse da presente pesquisa consiste em compreender a

representações que podem indicar uma posição protagonista, direcionada para a mudança

social.

Considerou-se, na inclusão das respostas na categoria Mudança, aqueles textos que, de

alguma forma, pudessem indicar um descontentamento frente às características negativas do

país ou uma proposta que levassem à inovação social. Buscamos identificar os sujeitos que,

em seu discurso, demonstrassem uma postura protagonista.

Posteriormente à identificação destes textos que compuseram a categoria Mudança,

utilizaram-se subcategorias, para separar em outros três diferentes grupos, o segundo corpus.

Apresentação e Análise dos Dados

As subcategorias partiram do que Costa (2001) considera os três componentes do

protagonismo: Iniciativa (ação); Liberdade (opção); Compromisso (responsabilidade):

Quadro 1: Definição das Categorias de Análise do Corpus II

CATEGORIA DEFINIÇÃO

Iniciativa (ação) Ativismo, atuação, participação, prática, mudança, intervenção.

Liberdade (opção) Crítica, problematização, reflexão, autonomia.

Compromisso

(responsabilidade)

Cidadania, exercício político.

Buscando-se as características definidoras de cada categoria no conteúdo das respostas

dos sujeitos, identificou-se cada texto de acordo com adequação a cada uma dessas categorias.

Não excludentes, tais respostas poderiam ser categorizadas em mais de uma das três

subcategorias. Vale ressaltar que as características, nem sempre evidentemente explícitas nas

respostas, foram consideradas quando indicaram uma dessas categorias.

Procurando ilustrar o caminho percorrido para a análise dos resultados verbais, desde a

divisão do corpus em duas grandes categorias, até a formação do segundo corpus e a última

categorização, estruturou-se o seguinte esquema:

Apresentação e Análise dos Dados

Figura 10: Repartição do corpus verbal para realização da análise de conteúdo

A seguir, pode-se acompanhar a análise de conteúdo do Corpus II, de acordo com as

três subcategorias. A apresentação da análise dos dados será apresentada individualmente para

cada uma das questões verbais.

4.2.1. Análise de conteúdo das respostas da Questão 2

Por que você acha que tudo isso é Brasil?

As respostas para a Questão 2 foram categorizadas e distribuídas (Anexo E) de forma

que permitisse a verificação da freqüência de cada categoria no corpus, relacionando esta

freqüência com o estado e dependência administrativa dos sujeitos.

O Corpus II (N=111), relativo à Questão 2, ou seja, o corpus composto por respostas

que foram incluídas na categoria Inovação, permitindo posteriormente a categorização nas

três subcategorias: Iniciativa, Liberdade, e Compromisso, pode ser visualizado abaixo de

acordo com a freqüência em cada categoria:

CORPUS I

Conformidade Inovação

CORPUS II

Iniciativa

(ação)

Liberdade

(opção)

Compromisso

(responsabilidade)

Apresentação e Análise dos Dados

Tabela 10: Freqüência de respostas para as subcategorias no Corpus II

CATEGORIA FREQUÊNCIA DAS RESPOSTAS (%)

Iniciativa 9%

Liberdade 100%

Compromisso 15%

Percebe-se a alta freqüência de respostas categorizadas em “Liberdade”. Vale

salientar, porém, que considerou-se, para esta categoria, respostas que apresentavam algum

descontentamento dos sujeitos frente a situação social do país, seja por meio da crítica e/ou da

problematização.

As respostas que, indicando a possibilidade de ação direcionada à intervenção foram

categorizada como Iniciativa, e, quando houve uma explicitação de conteúdo relacionado a

cidadania ou ao exercício político no texto, a resposta fez parte da categoria Compromisso,

como descrito no Quadro 1.

A categoria Liberdade apareceu em exatamente todas as respostas selecionadas para o

Corpus II, nesta questão. Como ela corresponde à problematização social, compreendemos

ser base para a existência de protagonismo e natural estar presente em todas as respostas.

Porém poucas respostas foram caracterizadas em Liberdade e em outra categoria

simultaneamente. Mais raro ainda foi encontrar, para uma mesma resposta, as três categorias

reunidas (presentes somente 5% das respostas).

Os textos que podem ser identificadas como típicos da categoria Liberdade, quando

vêm isolados, são caracterizados pela crítica não propositiva. A seguinte resposta pode ser

tomada como um exemplo representativo desta categoria: “Na minha opinião a população

deveria escolher melhor nossos governantes e nossos governantes tomar conta (sic) do que é

ser político e o cargo que exerce, as figuras se referem aos políticos do Brasil, comparando

as partes favorecidas e desfavorecidas”. Assim, como já havíamos observado na análise

léxica gerada pelo processamento do Alceste, a responsabilidade de ação social não é dos

próprios sujeitos e sim de um outro, principalmente dos políticos, sempre corruptos, ou da

população, sempre vista na terceira pessoa.

Apresentação e Análise dos Dados

As repostas categorizadas em Compromisso correspondem a textos que, em sua

maioria, apresentam verbos em primeira pessoa, e indicam algum tipo de comprometimento

social, ainda que não explícitos. As respostas categorizadas em Compromisso e em Liberdade

simultaneamente totalizaram 7% das respostas selecionadas tendo os seguintes textos como

exemplo: “Com tanta desigualdade entre as pessoas, acabamos esquecendo quem somos e de

onde viemos”; “Eu falei muito das coisas que faltam no Brasil, acho que melhorando alguns

itens vamos tornar (sic) um lugar melhor. Isso aqui é um lugar bom e bonito, temos que dar

valor”.

Já as respostas categorizadas em Iniciativa evidenciam a possibilidade de ação, e

vieram comumente categorizadas também em Liberdade e Compromisso. Quando as

respostas incluídas em Iniciativa aparecem categorizadas também em Liberdade, mas não em

Compromisso, apresentam estrutura similar a esta: “O Brasil é um país lindo cheio de

riquezas, o país que amo e tenho sede de mudanças para torná-lo um país de primeiro

mundo”.

Mas as respostas que mais completamente demonstram a possibilidade de uma ação

protagonista são aquelas que foram categorizadas simultaneamente nas três subcategorias.

Foram encontradas somente 6 respostas deste tipo entre as 111 respostas que compuseram

este Corpus II, ou seja, 5% dos textos selecionados. No quadro abaixo podemos observar as

respostas:

Quadro 2: Respostas para a Questão 2 que foram categorizadas simultaneamente nas

subcategorias Iniciativa, Liberdade e Compromisso

SUJEITO PROTOTÍPICO RESPOSTAS

O Brasil é um país muito rico em belezas naturais, também

temos um povo que está preocupado com a melhoria de vida da

população e com uma educação melhor para que o nosso país

consiga vencer as dificuldades e diminuir a violência.

Porque são conseqüências de nossa vida, da nossa história

como um povo colonizado e explorado, vivenciando conflitos e

aprendendo, ganhando e perdendo. O que vemos no mapa

Apresentação e Análise dos Dados

somos nós. É preciso que nos olhemos no espelho para nos

corrigirmos e melhorarmos.

Por viver mais de vinte anos em busca de uma transformação

nesse país e saber que ainda não entenderam que para

progredirmos precisamos como fator principal uma educação

para todos e de boa qualidade. Sonho porque acredito nele,

para mim só tem uma saída, a Educação.

Porque para mim o Brasil é o país do futuro, onde as condições

de educação no momento são insuficientes, não só essas como

outras mais. Podendo melhorar quando a sociedade em si se

conscientizar que devemos lutar pela paz, pela união, acabando

com as desigualdades sociais e violência.

Porque o Brasil é um país lindo, que todos unidos e com boa

vontade pode (sic) mudar algumas coisas que estão erradas.

Porque o Brasil é formado justamente com esses contrários,

pois mesmo com tanta dificuldade o povo continua sonhando e

tentando mudar este quadro. E, continuando nesta luta, um dia

chegaremos em algum lugar, ou seja, alcançaremos um ideal,

no qual haverá lugar para todos.

Podemos notar que a “Educação” está presente em 4 destas 6 respostas. Parece haver

sentido que aquelas respostas mais representativas de protagonismo citem a futura ação

profissional dos sujeitos como via de intervenção para mudança social do país.

Apresentação e Análise dos Dados

4.2.2. Análise de conteúdo das respostas da Questão 3

O que diferencia o Brasil dos demais países?

As respostas para a Questão 3 foram categorizadas e distribuídas (Anexo F), da mesma

maneira que as respostas da questão 2.

O Corpus II, relativo à Questão 3, ou seja, o corpus composto por respostas que foram

incluídas na categoria Inovação, e posteriormente categorizadas nas três sub-categorias:

(Iniciativa, Liberdade, e Compromisso), pode ser acompanhado abaixo:

Tabela 11: Freqüência de respostas para as categorias de Protagonismo

CATEGORIA FREQUÊNCIA

(RESPOSTAS)

Iniciativa 19

Liberdade 78

Compromisso 11

Aqui também pode-se perceber a alta freqüência de respostas categorizadas em

Liberdade. Das respostas selecionadas para compor o Corpus II (N=87) da Questão 3, 83%

foram categorizadas em Liberdade. Isto sugere que a crítica social, ou uma insatisfação frente

os problemas do país, parece ser a primeira condição para a mudança, mobilizando para a

ação.

Mais uma vez a subcategoria Liberdade vem poucas vezes associada às demais

subcategorias na análise das respostas. Sendo ainda mais escassas que para a questão anterior

as respostas categorizadas nas três subcategorias simultaneamente (somente em 2% das

respostas).

Os textos como típicos da categoria Liberdade, nesta questão, mais que na questão

anterior, apresentam uma conteúdo de crítica, apontando os pontos negativos do país, mas

sempre associadas às qualidades do Brasil. Estas repostas, de forma diferente daquelas

Apresentação e Análise dos Dados

encontradas na análise com base no relatório do Programa Alceste, têm uma estrutura que não

anula a crítica, estabelecendo um ‘equilíbrio’ entre as qualidades negativas e positivas do país.

Mas percebe-se que as respostas que incluem as demais subcategorias são mais

representativas de protagonismo, pois nelas podemos observar a possibilidade de ação e a

proposição de mudança.

As repostas categorizadas em Compromisso correspondem também aqui a textos que,

em sua maioria, apresentam verbos em primeira pessoa, e indicam algum tipo de

comprometimento social. Observamos, como uma reposta típica desta categoria, para esta

questão, a seguinte: “O povo, pois são as pessoas que fazem um país, o homem que constrói e

modifica sua história”. Já as respostas caracterizadas em Iniciativa e que evidenciam a

possibilidade de ação, aparecem com a seguinte estrutura: “O nosso povo é humano e

solidário, quando quer pode tudo”.

Mas, como percebemos na análise da questão anterior, as respostas que mais

completamente demonstram a possibilidade de uma atuação protagonista são aquelas que

foram categorizadas simultaneamente nas três subcategorias. Aqui foram encontradas

somente duas, reproduzidas no quadro que segue:

Quadro 3: Respostas categorizadas simultaneamente nas subcategorias Iniciativa,

Liberdade e Compromisso

SUJEITOS PROTOTÍPICOS RESPOSTAS

O Brasil é um país muito rico só que suas riquezas estão

nas mãos da minoria, dos grandes poderosos, entretanto a

maioria (sic) são pessoas de bem que querem ser felizes,

lutam pela sobrevivência na esperança de que um dia ver

esse país mudar para melhor. Por isso vamos continuar essa

luta, não podemos nos dispersar dos acontecimentos

existentes nesse nosso lindo Brasil. Os outros países são

diferentes, países de primeiro mundo, outros piores que o

Brasil, mas, o meu Brasil, o Brasil da minha imaginação

está no meu coração, na minha esperança de um dia ver

todos os brasileiros felizes.

Apresentação e Análise dos Dados

Em primeiro lugar as pessoas são o maior fator de diferença

entre esse país e outros. Um povo que como já disse o

poeta ri quando deve chorar e não vive apenas agüenta, mas

ao mesmo tempo um povo esperançoso no novo e com

desejo de mudar mesmo não sabendo como fazê-lo.

A Educação, tão presente nas respostas da questão anterior, aqui não se apresenta. O

que diferencia o Brasil dos demais países nestas respostas é o povo, que tem como principais

características a luta e a esperança. Mas a esperança aqui parece se diferenciar também

daquela observada quando, no conjunto total das repostas, na análise léxica do Corpus I,

aparecia freqüentemente relacionada a uma forma de passividade e comodismo. A esperança,

aqui, aparece como motivadora para ação, como na letra de Milton Nascimento e Fernando

Brant

, citada na resposta, que diz que este “povo” precisa ter “força”, “garra” e “gana”.

Assim, como descrito por Furter (1979), a esperança surge com a consciência das

carências, e das faltas, chamando para a ação, cabe aqui vermos a esperança pela imagem do

autor (Furter, 1979): um trampolim.

Após a seleção dos textos que, simultaneamente, foram categorizadas em Iniciativa,

Liberdade e Compromisso, tanto na questão 2, como na 3, sendo consideradas como

prototípicos, buscou-se realizar a análise dos desenhos destes respondentes.

4.3. Análise dos Desenhos

Os oito desenhos selecionados (Anexo G) apresentaram características comuns quanto

a forma, tendo a maioria respeitado pouco o contorno geográfico do Brasil, aproximando o

formato do desenho a um triângulo invertido. Os oito desenhos, centralizados na folha de

tamanho A4, estavam bem distribuídos, ocupando praticamente todo o espaço do papel,

Nascimento, M. ; Brant, F., Maria Maria. Intérprete: Nascimento, M. In: Nascimento, M., Maria Maria e o

último trem. Rio de Janeiro: Warner do Brasil, 2002. 2 CD. Faixa 1.

Apresentação e Análise dos Dados

respeitando-se uma distância às margens. Cinco dos oito respondentes utilizaram lápis de cor

em suas composições. Os três outros desenhos são criações em preto-e-branco.

A distribuição dos elementos desenhados dentro do contorno do Brasil simbolizam os

componentes do país para cada um dos sujeitos. Vale ressaltar que somente um dos oito

sujeitos respeitou uma certa distribuição geográfica dos elementos, localizando, como pode

ser observado abaixo, o litoral do lado direito da figura, e a Amazônia no canto superior

esquerdo. A lua desenhada no canto superior direito representa o Sertão, fazendo referência à

música Luar do Sertão

Figura 11: Reprodução do desenho do sujeito A

Outra característica comum aos desenhos, agora em relação ao conteúdo, é a presença

da “Educação”. Ela aparece em todos os desenhos, ora objetivada em uma escola,

Cearense, C. P. Luar do Sertão. Intérprete: Gonzaga, L. In: Gonzaga, L. Luiz Gonzaga 50 Anos de Chão:

1941-1987. Rio de Janeiro: Sony & BMG, 2004. 3 CD. Faixa 10.

Apresentação e Análise dos Dados

representada pela figura de uma de uma casa, ora na forma de um livro. Somente em um dos

mapas, que, tendo como representação não verbal apenas o contorno do país e “carinhas”

“alegres” e “tristes”, a “Educação” está presente em quatro dos cinco elementos da

composição:

Figura 12: Reprodução do desenho do sujeito C

A crítica social e a problematização das características sociais do Brasil aparecem em

todos os mapas. Assim como categorizado nas questões verbais, a subcategoria Liberdade,

pode ser identificada, em relação ao conteúdo dos desenhos, em cada uma das oito

Apresentação e Análise dos Dados

composições. Conteúdos como “a corrupção dos governantes”, “as queimadas”, “a má

distribuição de renda”, “as drogas” e a “falta de recursos para saúde e educação” estão

presentes, representadas de várias maneiras, como podemos observar nos diversos desenhos

(Anexo G).

As demais subcategorias (Iniciativa e Compromisso) também podem ser encontradas

no conteúdo dos elementos desenhados pelos oito sujeitos. Além das “pessoas cheias de boas

intenções” desenhadas em verde, como podemos observar na figura abaixo:

Figura 13: Reprodução do desenho do sujeito H

Apresentação e Análise dos Dados

Podemos observar também o desenho de uma figura humana e uma Escola, escrito ao

lado “eu quero entrar”:

Figura 14: Reprodução do desenho do sujeito G

O povo também está presente nos desenhos, confirmando a relevância desta categoria

da análise das questões verbais. O que caracteriza o Brasil é seu povo que, considerado como

Apresentação e Análise dos Dados

“a riqueza do país”, “apesar de tudo é feliz”. Assim é representado pelos rostos sorridentes

no desenho reproduzido a seguir:

Figura 15: Reprodução do desenho do sujeito F

A “esperança” também, como na análise das questões verbais, está presente nos

desenhos. Seja pela representação gráfica do “sonho” (uma figura humana com um ‘balão’

próximo a cabeça) – figura 16, 6º desenho -, seja pela esperança na educação, explícita, por

exemplo, na legenda do 2º desenho da figura 15, onde se encontra um livro.

Apresentação e Análise dos Dados

Compreendemos que os desenhos selecionados, ao invés estarem presos a uma

representação geográfica fiel do território brasileiro, se dedicaram a uma simbolização dos

aspectos sociais e políticos do país. A falta de educação e saúde, a ausência de consciência

ecológica, a corrupção dos políticos e a má distribuição de renda foram elementos escolhidos

para comporem os desenhos, no lugar de uma representação da vegetação típica de cada

região. Um aspecto ainda mais ‘abstrato’ pode ser identificado nos desenhos: a esperança.

Assim ela aparece, como já nos indicara Furter (1979), como uma maneira de encarar a

realidade, “considerando como um campo de possibilidades abertas à ação” (p.97).

Considerações Finais

“ A esperança é, pois, a garantia do possível. Viver é

possível sob a condição do homem aceitar o risco de

se engajar e olhar para a frente, de maneira a sempre

“se ultrapassar” e a nunca se limitar ao momento

presente e as suas satisfações”. (Furter, 1979)

As representações sociais de Brasil se apresentaram de diferentes formas nas

respostas dos participantes da pesquisa. Muitas delas de maneira antagônica, confirmando

que, para um mesmo objeto, como em um tecido furta-cor, representações diversas

convivem entrelaçadas. O grupo de estudantes pesquisado, quando, analisando-se suas

respostas às questões verbais, definiram o Brasil e sua identidade social pelas características

positivas do povo, pela riqueza e pela beleza natural do país, pela diversidade cultural, mas

também pela desigualdade social, conseqüência, para eles, do descaso dos governantes.

Tais características, apesar de indicarem o sentido para a compreensão das

representações sociais do país, não permitiram o entendimento de como esta forma de

significar o mundo poderia ou não oferecer ao grupo de estudantes de pedagogia uma

identidade definida pela ação, caracterizada pelo protagonismo. Somente pela análise mais

detalhada dos dados verbais pudemos perceber a existência de dois eixos de representações

de Brasil que pudessem nos orientar neste sentido. Um composto por representações

hegemônicas que, de tão estáveis, permitem a sustentação do status quo e asseguram uma

“conformidade social” do país. Outro eixo de representações que, opondo-se ao anterior, é

marcado pelo descontentamento dos sujeitos frente aos aspectos negativos do Brasil, como

os problemas sociais. O desagrado dos sujeitos para estas características negativas

evidenciam, nestas representações, uma visão esperançosa, sustentada pela possibilidade da

mudança.

Em nossa busca por compreender como os futuros educadores podem contribuir à

inovação, atuando de forma protagonista, procuramos identificar a presença de

representações polêmicas nas respostas do grupo de estudantes de pedagogia que

participaram desta investigação. Chegamos a oito sujeitos, considerados prototípicos, pois

Considerações Finais

mais fortemente evidenciaram uma postura ativa por meio de seus textos. Características

como a Iniciativa (ação), a Liberdade (opção) e o Compromisso (responsabilidade),

qualificaram suas respostas.

Estes sujeitos, porém, se apresentaram em número tão reduzido em relação ao total

dos respontentes da pesquisa, que correspondem somente a 2% dos participantes. Apesar de

estarem em pequeno número, suas representações de Brasil puderam também nos indicar

como significam sua prática futura, enquanto educadores. A categoria Educação, presente

nos desenhos e nos textos desses sujeitos se apresenta como via para a mudança social do

país. Pois, uma educação caracterizada pela falta (Sousa, 2005), gera, nesses participantes,

uma inquietação mobilizadora.

Inquietação e descontentamento motivadores. É por não agradar que se pretende

mudar. Esta motivação para mudança toma força quando está associada às principais

características do povo brasileiro: lutador e esperançoso. As qualidades do povo, porém, não

estão direcionadas para uma mudança social de proporções amplas, como uma revolução,

elas vêm associadas a uma luta diária pela sobrevivência e à solidariedade com aqueles que

estão próximos, os que mantêm convivência direta.

Os sujeitos prototípicos, porém, explicitam a relevância do papel social do educador.

Em sua profissão, e por meio da sua prática, podem contribuir para a conscientização de

seus pares e alunos, propiciando a inovação e permitindo a mudança do status quo. E neste

movimento, o que impulsiona, na metáfora de Furter (1979) – o trampolim para a ação, é a

esperança. A esperança de que a mudança é possível.

A esperança aqui, no entanto, não vem acompanhada de representação de que algo

irá acontecer de positivo no país, independente de nossa ação, como uma benção, um Maná

que, espontaneamente e inesperadamente, cairá dos céus, simplesmente porque é “certo”,

ponto pacífico, que o Brasil é o país do futuro e abençoado por Deus.

A esperança, ao contrário, não surge da certeza, mas da dúvida, da possibilidade. A

esperança é caracterizada pela construção de uma consciência moral e pela coragem de

enfrentar os problemas. Difere-se, do otimismo ingênuo e da utopia, ultrapassando o nível

afetivo-cognitivo, concretizando-se na ação (Furter, 1979).

As representações de Brasil que têm como base a esperança, para estes sujeitos

prototípicos, são representações que, ancoradas no “futuro”, no “país do futuro”, tomam a

ação como possibilidade para a mudança. E é atribuindo à sua ação, em seu exercício como

educador, que este grupo de respondentes explicitam sua identidade profissional, seu

Considerações Finais

comprometimento com a inovação, sua responsabilidade social. É por meio destas

representações, preditoras de sua identidade, que vislumbramos seu protagonismo.

A reflexão sobre a possibilidade de uma ação protagonista, estimulada pela

identidade profissional dos estudantes de pedagogia, pode, desta maneira, oferecer subsídios

para o aperfeiçoamento de práticas educativas na formação dos futuros professores. O

questionamento da visão que têm sobre Brasil pode auxiliar no desenvolvimento de

procedimentos pedagógicos que levem à transformação das representações nos cursos de

pedagogia, o que terá repercussão no processo educacional das escolas de formação básica.

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Lista de Anexos

Anexo A: Questionário Brasil 84

Anexo B: Questionário de Perfil 86

Anexo C: Relatório do Alceste para a análise léxica da Questão 2 88

Anexo D: Relatório do Alceste para a análise léxica da Questão 3 109

Anexo E: Quadro de categorização do Corpus II da Questão 2 140

Anexo F: Quadro de categorização do Corpus II da Questão 3 152

Anexo G: Desenhos dos sujeitos prototípicos 163

Anexos

Anexo A:

Questionário Brasil

Anexos

Questionário Brasil

1. Na folha em branco ao lado, desenhe o mapa do Brasil sem se preocupar com a

exatidão. Faça somente o contorno do mapa, sem dividir por estados.

Desenhe neste mesmo mapa o que você acha que existe espalhado pelo Brasil. Se

quiser, pode usar lápis de cor. Vá enumerando os desenhos à medida que os for

fazendo (nº 1 o primeiro, nº 2 o segundo e assim por diante).

Conte-nos o que desenhou e por que escolheu esses desenhos em seu mapa, de

acordo com a seqüência que utilizou para identificar os seus desenhos.

2. Por que você acha que tudo isso é Brasil?

3. O que, para você, diferencia o Brasil dos outros países?

Anexos

Anexo B:

Questionário de Perfil

Anexos

Nome do aluno:____________________________________________________________

1) Instituição que você estuda:

Nome:____________________________________________

Município:________________________________________

Estado:___________________________________________

2) Você é do sexo:

(a) masculino

(b) feminino

3) Qual é a sua idade?

(a) até 24 anos

(b) de 25 a 30 anos

4) Onde você nasceu?

Município:_______________________________________

Estado:__________________________________________

5) Onde você mora?

Município:_______________________________________

Estado:__________________________________________

Anexos

Anexo C:

Relatório do Alceste

para análise léxica da Questão 2

Anexos

-------------------------------------

* Logiciel ALCESTE (4.7 - 01/12/02) *

-------------------------------------

Plan de l'analyse :Q1 61 Pe.pl ; Date : 5/ 8/**; Heure : 15:14:29

C:\Arquivos de programas\ADT-Image\Clarilza\Adel\ped61\&&_0\

Q1 61 Pedagogia.txt

ET 1 1 1 1

A 1 1 1

B 1 1 1

C 1 1 1

D 1 1 1 0 0

A1 1 0 0

A2 3 0

A3 1 1 0

B1 0 4 0 1 1 0 1 1 0

B2 2 2 0 0 0 0 0 0

B3 10 4 1 1 0 0 0 0 0 0

C1 0 121

C2 0 2

C3 0 0 1 1 1 2

D1 0 2 2

D2 0

D3 5 a 2

D4 1 -2 1

D5 0 0

---------------------

A1: Lecture du corpus

---------------------

A12 : Traitement des fins de ligne du corpus :

N° marque de la fin de ligne :

Nombre de lignes étoilées : 257

--------------------------

A2: Calcul du dictionnaire

--------------------------

Nombre de formes distinctes : 1566

Nombre d'occurrences : 7141

Fréquence moyenne par forme : 5

Nombre de hapax : 949

Fréquence maximum d'une forme : 477

60.60% des formes de fréq. < 1 recouvrent 13.29% des occur.;

81.35% des formes de fréq. < 3 recouvrent 23.67% des occur.;

89.34% des formes de fréq. < 6 recouvrent 32.04% des occur.;

94.06% des formes de fréq. < 11 recouvrent 40.86% des occur.;

96.81% des formes de fréq. < 22 recouvrent 50.23% des occur.;

98.28% des formes de fréq. < 42 recouvrent 60.05% des occur.;

99.23% des formes de fréq. < 63 recouvrent 70.79% des occur.;

99.68% des formes de fréq. < 180 recouvrent 82.08% des occur.;

99.87% des formes de fréq. < 202 recouvrent 90.18% des occur.;

100.00% des formes de fréq. < 477 recouvrent100.00% des occur.;

----------------------------------------------------

Anexos

A3 : Liste des clés et valeurs d'analyse (ALC_CLE) :

----------------------------------------------------

K 0 Nombres en chiffre

M 2 Mots en majuscules

U 0 Mots non trouvés dans DICIN (si existe)

X 1 formes non reconnues et fréquentes

0 2 Auxiliaire ESTAR

1 2 Auxiliaire TER

2 2 Auxiliaire HAVER

3 2 Auxiliaire SER

4 2 Prépositions simples et locutions prépositives

5 2 Conjonctions et locutions conjonctives

6 2 Interjections

7 2 Pronoms

8 2 Numéraux

9 2 Adverbes

1 Formes non reconnues

A34 : Fréquence maximale d'un mot analysé : 3000

Nombre de mots analysés : 980

Nombre de mots supplémentaires de type "r" : 221

Nombre de mots supplémentaires de type "s" : 525

Nombre d'occurrences retenues : 7133

Moyenne par mot : 5.049958

Nombre d'occurrences analysables (fréq.> 3) : 2431 soit

40.082440%

Nombre d'occurrences supplémentaires : 3634

Nombre d'occurrences hors fenêtre fréquence : 1068

-------------------------------------------

B1: Sélection des uce et calcul des données

-------------------------------------------

B11: Le nom du dossier des résultats est &&_0

B12: Fréquence minimum d'un "mot" analysé : 4

B13: Fréquence maximum d'un "mot" retenu : 9999

B14: Fréquence minimum d'un "mot étoilé" : 1

B15: Code de fin d'U.C.E. : 1

B16: Nombre d'occurrences par U.C.E. : 21

B17: Elimination des U.C.E. de longueur < 0

Fréquence minimum finale d'un "mot" analysé : 4

Fréquence minimum finale d'un "mot étoilé" : 1

Nombre de mots analysés : 201

Nombre de mots supplémentaires de type "r" : 115

Nombre total de mots : 316

Nombre de mots supplémentaires de type "s" : 525

Nombre de lignes de B1_DICB : 841

Nombre d'occurrences analysées : 2431

Nombre d'u.c.i. : 257

Nombre moyen de "mots" analysés / u.c.e. : 7.668770

Nombre d'u.c.e. : 317

Anexos

Nombre d'u.c.e. sélectionnées : 317

100.00% des u.c.e. sont sélectionnées

Nombre de couples : 4873

--------------------

B2: Calcul de DONN.1

--------------------

Nombre de mots par unité de contexte : 10

Nombre d'unités de contexte : 284

--------------------

B2: Calcul de DONN.2

--------------------

Nombre de mots par unité de contexte : 12

Nombre d'unités de contexte : 274

-----------------------------------------------------

B3: Classification descendante hiérarchique de DONN.1

-----------------------------------------------------

Elimination des mots de fréquence > 3000 et < 4

0 mots éliminés au hasard soit .00 % de la fenêtre

Nombre d'items analysables : 145

Nombre d'unités de contexte : 284

Nombre de "1" : 2230

-----------------------------------------------------

B3: Classification descendante hiérarchique de DONN.2

-----------------------------------------------------

Elimination des mots de fréquence > 3000 et < 4

0 mots éliminés au hasard soit .00 % de la fenêtre

Nombre d'items analysables : 144

Nombre d'unités de contexte : 274

Nombre de "1" : 2212

Anexos

----------------------------

C1: intersection des classes

----------------------------

Nom du dossier traité C:\Arquivos de programas\ADT-

Image\Clarilza\A

del\ped61\&&_0\

Suffixe de l'analyse :121

Date de l'analyse : 5/ 8/**

Intersection des classes RCDH1 et RCDH2

Nombre minimum d'uce par classe : 16

DONN.1 Nombre de mots par uc : 10

Nombre d'uc : 1094

DONN.2 Nombre de mots par uc : 12

Nombre d'uc : 1050

247 u.c.e classées sur 317 soit 77.92 %

Nombre d'u.c.e. distribuées: 303

Tableau croisant les deux partitions :

RCDH1 * RCDH2

classe * 1 2

poids * 107 196

1 159 * 105 54

2 144 * 2 142

Tableau des chi2 (signés) :

RCDH1 * RCDH2

classe * 1 2

poids * 107 196

1 159 * 138 -138

2 144 * -138 138

Classification Descendante Hiérarchique...

Dendrogramme des classes stables (à partir de B3_rcdh1) :

----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

Cl. 1 ( 105uce) |-----------------------------------------------+

19 |+

Cl. 2 ( 142uce) |-----------------------------------------------+

Anexos

Classification Descendante Hiérarchique...

Dendrogramme des classes stables (à partir de B3_rcdh2) :

----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

Cl. 1 ( 105uce) |------------------------------------------------+

19 +

Cl. 2 ( 142uce) |------------------------------------------------+

----------------------

C2: profil des classes

----------------------

Chi2 minimum pour la sélection d'un mot : 3.24

Nombre de mots (formes réduites) : 316

Nombre de mots analysés : 201

Nombre de mots "hors-corpus" : 525

Nombre de classes : 2

247 u.c.e. classées soit 77.917980%

Nombre de "1" analysés : 1762

Nombre de "1" suppl. ("r") : 2189

Distribution des u.c.e. par classe...

1eme classe : 105. u.c.e. 696. "1" analysés ; 908. "1" suppl..

2eme classe : 142. u.c.e. 1066. "1" analysés ; 1281. "1" suppl..

--------------------------

Classe n° 1 => Contexte A

--------------------------

Nombre d'u.c.e. : 105. soit : 42.51 %

Nombre de "uns" (a+r) : 1604. soit : 40.60 %

Nombre de mots analysés par uce : 6.63

num effectifs pourc. chi2 identification

2 11. 13. 84.62 9.95 ach+

16 5. 6. 83.33 4.19 aspectos

20 13. 15. 86.67 12.74 boa+

22 73. 130. 56.15 20.90 brasil+

24 6. 7. 85.71 5.50 caracteristica+

25 5. 6. 83.33 4.19 cheio+

26 22. 30. 73.33 13.27 coisa+

33 5. 5. 100.00 6.90 costumes

34 4. 4. 100.00 5.50 crencas

38 20. 25. 80.00 16.00 cultur+

44 11. 12. 91.67 12.47 desenho+

52 6. 7. 85.71 5.50 diferenca+

53 10. 11. 90.91 11.03 diferente+

57 7. 9. 77.78 4.75 diversidade

58 6. 6. 100.00 8.32 diversificado+

62 8. 8. 100.00 11.18 econom+

65 5. 6. 83.33 4.19 encontr+

72 9. 12. 75.00 5.45 etc

74 11. 16. 68.75 4.82 exist+

95 8. 9. 88.89 8.22 importante+

101 3. 3. 100.00 4.11 lembr+

Anexos

102 5. 5. 100.00 6.90 lind+

114 7. 9. 77.78 4.75 mistur+

118 6. 7. 85.71 5.50 mostr+

140 8. 11. 72.73 4.30 pobr+

148 5. 5. 100.00 6.90 praia+

157 7. 7. 100.00 9.74 rac+

159 5. 6. 83.33 4.19 receb+

161 18. 20. 90.00 20.08 regi+

163 16. 16. 100.00 23.14 represent+

169 5. 5. 100.00 6.90 ruim

170 9. 9. 100.00 12.63 ruins

182 3. 3. 100.00 4.11 sol+

203 * 87. 191. 45.55 3.18 * e

204 * 61. 121. 50.41 6.06 * o

207 * 4. 5. 80.00 2.93 * 0 estao

215 * 5. 7. 71.43 2.47 * 3 sendo

221 * 53. 111. 47.75 2.26 * 4 de

240 * 61. 127. 48.03 3.26 * 5 porque

248 * 5. 7. 71.43 2.47 * 7 alguns

250 * 5. 7. 71.43 2.47 * 7 ele

259 * 14. 23. 60.87 3.50 * 7 eu

261 * 6. 9. 66.67 2.23 * 7 me

279 * 7. 11. 63.64 2.10 * 7 outros

281 * 7. 10. 70.00 3.22 * 7 pouco

286 * 7. 10. 70.00 3.22 * 7 sua

289 * 4. 5. 80.00 2.93 * 7 toda

290 * 5. 5. 100.00 6.90 * 7 todas

294 * 5. 6. 83.33 4.19 * 7 varias

297 * 36. 70. 51.43 3.18 * 8 um

318 * 59. 123. 47.97 2.99 * *dep_2

323 * 17. 27. 62.96 5.19 * *est_5

325 * 20. 33. 60.61 5.10 * *est_7

583 * 37. 60. 61.67 11.90 * *reg_4

Nombre de mots sélectionnés : 54

--------------------------

Classe n° 2 => Contexte B

--------------------------

Nombre d'u.c.e. : 142. soit : 57.49 %

Nombre de "uns" (a+r) : 2347. soit : 59.40 %

Nombre de mots analysés par uce : 7.51

num effectifs pourc. chi2 identification

4 7. 7. 100.00 5.33 acontec+

12 7. 7. 100.00 5.33 aos

15 27. 38. 71.05 3.38 as

18 6. 6. 100.00 4.55 atu+

30 5. 5. 100.00 3.77 consequencia+

36 5. 5. 100.00 3.77 criancas

39 33. 36. 91.67 20.14 da

42 7. 7. 100.00 5.33 desemprego

51 13. 13. 100.00 10.15 dia+

60 33. 45. 73.33 5.65 do

63 17. 17. 100.00 13.50 educ+

67 7. 7. 100.00 5.33 escol+

68 6. 6. 100.00 4.55 esperanca

73 5. 5. 100.00 3.77 exemplo+

80 10. 10. 100.00 7.71 fato+

81 24. 26. 92.31 14.41 faz+

Anexos

84 8. 9. 88.89 3.77 fome

90 7. 7. 100.00 5.33 governante+

111 6. 6. 100.00 4.55 meio+

112 9. 10. 90.00 4.51 melhor+

116 5. 5. 100.00 3.77 momento+

121 9. 10. 90.00 4.51 mundo

122 6. 6. 100.00 4.55 nacao

124 10. 12. 83.33 3.45 natur+

129 6. 6. 100.00 4.55 olhos

131 36. 46. 78.26 9.98 os

133 23. 25. 92.00 13.55 part+

134 8. 9. 88.89 3.77 pass+

136 14. 15. 93.33 8.40 pel+

139 18. 24. 75.00 3.34 pessoa+

155 5. 5. 100.00 3.77 qualidade+

160 5. 5. 100.00 3.77 recursos

175 8. 9. 88.89 3.77 seja

177 7. 7. 100.00 5.33 ser+

188 5. 5. 100.00 3.77 trabalh+

197 10. 11. 90.91 5.26 vez+

198 22. 23. 95.65 15.11 vida+

199 16. 17. 94.12 10.02 violencia

206 * 4. 4. 100.00 3.01 * 0 estamos

209 * 6. 7. 85.71 2.35 * 1 temos

222 * 31. 41. 75.61 6.60 * 4 em

223 * 44. 55. 80.00 14.67 * 4 para

224 * 8. 9. 88.89 3.77 * 4 pelo

226 * 8. 8. 100.00 6.11 * 4 sem

228 * 3. 3. 100.00 2.25 * 4 visto

244 * 4. 4. 100.00 3.01 * 5 tanto

245 * 4. 4. 100.00 3.01 * 5 tao

256 * 16. 21. 76.19 3.28 * 7 esta

257 * 3. 3. 100.00 2.25 * 7 este

270 * 29. 43. 67.44 2.11 * 7 no

271 * 13. 17. 76.47 2.69 * 7 nos

272 * 18. 21. 85.71 7.48 * 7 nossa

275 * 3. 3. 100.00 2.25 * 7 nossos

288 * 3. 3. 100.00 2.25 * 7 tantos

292 * 22. 30. 73.33 3.51 * 7 todos

303 * 9. 10. 90.00 4.51 * 9 infelizmente

308 * 33. 49. 67.35 2.43 * 9 nao

310 * 4. 4. 100.00 3.01 * 9 realmente

314 * 8. 9. 88.89 3.77 * M A

317 * 78. 124. 62.90 2.99 * *dep_1

319 * 29. 41. 70.73 3.53 * *est_1

321 * 30. 41. 73.17 4.95 * *est_3

513 * 3. 3. 100.00 2.25 * *idt_1532130134

533 * 3. 3. 100.00 2.25 * *idt_1711080524

559 * 3. 3. 100.00 2.25 * *idt_1921020914

582 * 30. 41. 73.17 4.95 * *reg_3

708 * 3. 3. 100.00 2.25 * *suj_0124

762 * 3. 3. 100.00 2.25 * *suj_0178

837 * 3. 3. 100.00 2.25 * *suj_0253

Nombre de mots sélectionnés : 69

Nombre de mots marqués : 244 sur 316 soit 77.22%

Liste des valeurs de clé :

0 si chi2 < 2.71

1 si chi2 < 3.84

2 si chi2 < 5.02

Anexos

3 si chi2 < 6.63

4 si chi2 < 10.80

5 si chi2 < 20.00

6 si chi2 < 30.00

7 si chi2 < 40.00

8 si chi2 < 50.00

Tableau croisant classes et clés :

* Classes * 1 2

Clés * Poids * 722 1056

M * 56 * 20 36

0 * 14 * 7 7

1 * 47 * 20 27

2 * 16 * 9 7

3 * 75 * 32 43

4 * 308 * 106 202

5 * 407 * 171 236

6 * 6 * 4 2

7 * 567 * 236 331

8 * 72 * 36 36

9 * 210 * 81 129

Tableau des chi2 (signés) :

* Classes * 1 2

Clés * Poids * 722 1056

M * 56 * 0 0

0 * 14 * 0 0

1 * 47 * 0 0

2 * 16 * 1 -1

3 * 75 * 0 0

4 * 308 * -5 5

5 * 407 * 0 0

6 * 6 * 1 -1

7 * 567 * 0 0

8 * 72 * 2 -2

9 * 210 * 0 0

Chi2 du tableau : 13.053670

Nombre de "1" distribués : 1778 soit 45 %

-------------------------------

C2: Reclassement des uce et uci

-------------------------------

Type de reclassement choisi pour les uce :

Classement d'origine

Tableaux des clés (TUCE et TUCI) :

Anexos

Nombre d'uce enregistrées : 317

Nombre d'uce classées : 247 soit : 77.92%

Nombre d'uci enregistrées : 257

Nombre d'uci classées : 80 soit : 31.13%

Anexos

---------------------------------

C3: A.F.C. du tableau C2_DICB.121

---------------------------------

-----------------------------------------

D1: Sélection de quelques mots par classe

-----------------------------------------

Valeur de clé minimum pour la sélection : 0

Vocabulaire spécifique de la classe 1 :

brasil+(73), regi+(18), represent+(16), boa+(13), coisa+(22),

cultur+(20), desenho+(11), diferente+(10), econom+(8), ruins(9), ach+(11),

costumes(5), diversificado+(6), importante+(8), lind+(5), praia+(5),

rac+(7), ruim(5), caracteristica+(6), crencas(4), diferenca+(6), etc(9),

mostr+(6), aspectos(5), cheio+(5), diversidade(7), encontr+(5),

exist+(11), lembr+(3), mistur+(7), pobr+(8), receb+(5), sol+(3),

grande+(9), muita(7), pod+(7), tent+(4), alegr+(6), bel+(7), conhec+(3),

contrast+(5), desenhei(3), dess+(8), deus(1), estados(3), influenci+(4),

informac+(2), maneira+(2), marc+(3), modo+(3), mor+(3), nel+(5),

povo+(13), retrat+(3), rio+(3), riqueza+(7), seca(3), simbolo+(3);

Vocabulaire spécifique de la classe 2 :

da(33), educ+(17), faz+(24), part+(23), vida+(22), dia+(13), fato+(10),

os(36), pel+(14), violencia(16), acontec+(7), aos(7), desemprego(7),

do(33), escol+(7), governante+(7), ser+(7), vez+(10), atu+(6),

esperanca(6), meio+(6), melhor+(9), mundo(9), nacao(6), olhos(6),

acredit+(4), amor(4), as(27), consequencia+(5), cresc+(4), criancas(5),

dificil(4), esper+(4), exemplo+(5), fal+(4), fome(8), miseria+(4),

momento+(5), natur+(10), pass+(8), pessoa+(18), qualidade+(5),

recursos(5), sab+(4), seja(8), sociedade(7), tenho(7), trabalh+(5),

transform+(4), vemos(4), acab+(2), ajud+(3), amazonica(3), anos(3),

apesar(2), capital+(3), condic+(3), continu+(3), cuid+(3),

desenvolvimento(3), desigualdade+(6), dificuldade+(4), diz+(3),

esquec+(3), explorado+(1), fac+(3), falt+(2), famili+(3), form+(8),

forte+(3), futebol(3), geograf+(3), homem(1), humano+(4), indice+(3),

itens(3), lut+(4), maior+(7), mao+(3), mud+(8), nas(2), nest+(2), olh+(3),

pelos(5), ponto+(3), popul+(6);

Mots outils spécifiques de la classe 1 :

estado(3), estao(4), tem(19), haver(3), foi(4), sendo(5), de(53),

apenas(3), assim-que(3), porem(1), porque(61), bom(4), algumas(4),

alguns(5), ele(5), em-que(3), estes(2), eu(14), me(6), meu(5), muitas(7),

muitos(3), nada(2), outros(7), pouco(7), seu(3), sua(7), toda(4),

todas(5), varias(5), varios(3), um(36), aqui(4), bastante(2), bem(3),

mais(13), muito(17), o-mais(3), e(87), o(61);

Mots outils spécifiques de la classe 2 :

estamos(4), temos(6), ter(2), somos(3), ate(3), em(31), para(44),

pelo(8), sem(8), sobre(4), visto(3), caso(4), como(19), embora(3), nem(5),

quando(3), que(71), tanto(4), tao(4), esse(5), esta(16), este(3),

isso(20), minha(6), na(17), no(29), nos(13), nossa(18), nosso(18),

nossos(3), poucos(2), que-se(3), tantos(3), todos(22), primeiro(2),

ainda(7), infelizmente(9), ja(4), melhor(7), nao(33), realmente(4),

so(11), tambem(13), A(8), E(12), a(61);

Mots étoilés spécifiques de la classe 1 :

Anexos

*dep_2(59), *est_4(17), *est_5(17), *est_7(20), *idt_0141190754(1),

*idt_0142200274(1), *idt_0151170364(1), *idt_0221020914(1),

*idt_0222110914(1), *idt_0231180134(1), *idt_0251170364(1),

*idt_0252161264(1), *idt_0321040844(1), *idt_0322110914(1),

*idt_0322140644(2), *idt_0332130134(1), *idt_0351170364(1),

*idt_0412120524(1), *idt_0422140644(1), *idt_0441211374(1),

*idt_0442150754(2), *idt_0522140644(1), *idt_0531180134(1),

*idt_0542150754(1), *idt_0551170364(1), *idt_0612120524(1),

*idt_0621020914(1), *idt_0632130134(1), *idt_0641190754(1),

*idt_0642150754(1), *idt_0651170364(1), *idt_0711080524(1),

*idt_0721040844(1), *idt_0722110914(1), *idt_0741211374(1),

*idt_0742200274(2), *idt_0751170364(2), *idt_0811080524(1),

*idt_0812120524(1), *idt_0822140644(1), *idt_0842200274(1),

*idt_0921040844(1), *idt_0922110914(1), *idt_0931180134(1),

*idt_0951170364(1), *idt_1011080524(1), *idt_1012120524(1),

*idt_1021020914(1), *idt_1022110914(1), *idt_1032130134(1),

*idt_1041190754(1);

Mots étoilés spécifiques de la classe 2 :

*dep_1(78), *est_1(29), *est_2(27), *est_3(30), *idt_0111080524(1),

*idt_0112120524(1), *idt_0121020914(2), *idt_0121040844(1),

*idt_0122110914(1), *idt_0131180134(2), *idt_0132130134(1),

*idt_0142150754(1), *idt_0152161264(1), *idt_0211080524(1),

*idt_0221040844(2), *idt_0232130134(1), *idt_0242150754(1),

*idt_0242200274(2), *idt_0311080524(2), *idt_0312120524(1),

*idt_0321020914(2), *idt_0342150754(1), *idt_0342200274(1),

*idt_0352161264(2), *idt_0411080524(1), *idt_0421040844(1),

*idt_0422110914(1), *idt_0441190754(1), *idt_0442200274(1),

*idt_0451170364(1), *idt_0511080524(1), *idt_0521020914(2),

*idt_0521040844(1), *idt_0532130134(1), *idt_0542200274(2),

*idt_0552161264(1), *idt_0621040844(1), *idt_0622140644(2),

*idt_0631180134(1), *idt_0642200274(1), *idt_0652161264(1),

*idt_0731180134(1), *idt_0732130134(2), *idt_0742150754(1),

*idt_0821040844(1), *idt_0822110914(2), *idt_0831180134(1),

*idt_0832130134(1), *idt_0851170364(1), *idt_0852161264(1),

*idt_0911080524(1);

Anexos

100

--------------------------------------------

D1: Sélection des mots et des uce par classe

--------------------------------------------

D1 : Distribution des formes d'origine par racine

------------------------------

Formes associées au contexte A

------------------------------

A6 brasil+ : brasil(74), brasileira(3), brasileiras(1), brasileiro(3),

brasileiros(2), brasilia(1);

A6 regi+ : regiao(16), regioes(7);

A6 represent+ : representa(6), representado(5), representam(4),

representar(1);

A5 boa+ : boa(3), boas(10);

A5 coisa+ : coisa(3), coisas(27);

A5 cultur+ : cultura(11), cultural(2), culturas(8);

A5 desenho+ : desenho(7), desenhos(5);

A5 diferente+ : diferente(1), diferentes(11);

A5 econom+ : economias(1), economica(1), economicas(1), economico(2),

economicos(3);

A5 ruins : ruins(9);

A4 ach+ : achei(1), acho(11);

A4 costumes : costumes(5);

A4 diversificado+ : diversificado(5), diversificados(1);

A4 importante+ : importante(2), importantes(6);

A4 lind+ : lindas(3), lindo(2);

A4 praia+ : praia(2), praias(3);

A4 rac+ : raca(2), racas(5);

A4 ruim : ruim(5);

A3 caracteristica+ : caracteristica(3), caracteristicas(3);

A3 crencas : crencas(4);

A3 diferenca+ : diferenca(1), diferencas(5);

A3 etc : etc(9);

A3 mostr+ : mostra(1), mostrando(3), mostrar(3);

A2 aspectos : aspectos(5);

A2 cheio+ : cheio(4), cheios(1);

A2 diversidade : diversidade(7);

A2 encontr+ : encontra(1), encontramos(3), encontrar(1);

A2 exist+ : existe(6), existem(4), existentes(2), existissem(1);

A2 lembr+ : lembramos(1), lembrar(1), lembro(1);

A2 mistur+ : mistura(7);

A2 pobr+ : pobre(1), pobres(2), pobreza(5);

A2 receb+ : recebe(3), recebem(1), recebo(1);

A2 sol+ : sol(3), solo(1);

------------------------------

Formes associées au contexte B

------------------------------

B6 da : da(40);

B5 educ+ : educacao(16), educado(1);

B5 faz+ : faz(11), fazem(10), fazer(3);

B5 part+ : parte(20), partem(1), partes(1), partir(1);

B5 vida+ : vida(22), vidas(1);

B4 dia+ : dia(10), dias(6);

Anexos

101

B4 fato+ : fato(7), fatos(3);

B4 os : os(42);

B4 pel+ : pela(12), pelas(1), pele(2);

B4 violencia : violencia(17);

B3 acontec+ : acontece(5), acontecer(1), aconteceu(1);

B3 aos : aos(7);

B3 desemprego : desemprego(7);

B3 do : do(37);

B3 escol+ : escola(7), escolar(1), escolas(1);

B3 governante+ : governante(1), governantes(7);

B3 ser+ : serem(5), seres(2);

B3 vez+ : vez(4), vezes(6);

B2 atu+ : atuais(2), atual(4);

B2 esperanca : esperanca(6);

B2 meio+ : meio(2), meios(4);

B2 melhor+ : melhora(1), melhorada(1), melhorado(1), melhorar(4),

melhore(1), melhoria(2);

B2 mundo : mundo(10);

B2 nacao : nacao(7);

Anexos

102

--------------------------

D1: Tri des uce par classe

--------------------------

Clé sélectionnée : A

291 13 porque nos #encontramos todas essas #coisas #boas e #ruins no

#brasil.

258 12 porque o #brasil e #representado por uma #mistura de #povos

#diferentes, #culturas #diferentes, classes #economicas antagonicas e

muitas festas, mitos, #crencas.

84 11 porque o #brasil tem tudo o-que-se #pode imaginar, e tudo o-que

#representa o #desenho e muito mais.

263 11 ha suas #coisas #ruins, mas ha muito mais #coisas #boas e

#lindas.

108 10 O #brasil e um pais #grande! #grande territorialmente, de muitas

#racas, #muita #mistura, muitas linguas, #muita #cultura. ao mesmo tempo o

#brasil tem #coisas #ruins: a #seca, a poluicao, a #pobreza, a fome.

109 10 entao e uma #grande #mistura, de #coisas #boas e #ruins.

31 9 porque o #brasil tem muitas #belezas, mas tambem tem #muita

violencia e #pobreza. claro que #existem outras #coisas mas #achei elas

mais #importantes e que me #marcam muito.

178 9 porque e um pais que #recebe varios tipos de #influencias. cada

#regiao tem seus #costumes, #culturas e #crencas #diferentes, e que ainda

nao foi ensinada, ou melhor, nao foi aprendida a se respeitar essas

#diferencas.

41 8 pois o #brasil esta #representado por esses #desenhos.

91 8 O meu #desenho possui um pouco das #coisas que eu #acho que

#representa o #brasil. O #sol, a #praia, os edificios de sao paulo sao

#coisas que me faz #lembrar o estado em-que vivo.

18 7 eu #acho que e #brasil porque caracteriza muito bem esse pais,

#praia calor #sol.

22 7 porque o #brasil e #povoado de varias etnias, com #costumes,

#culturas e ideologias #diferentes.

73 7 porque no #brasil nos convivemos constantemente com as

#diferencas, a #riqueza versus a #pobreza, #lindas cachoeiras e mares

versus #seca, varios #povos com #costumes #diferentes convivendo na mesma

#regiao.

78 7 sao representacoes das #coisas mais comuns, ao menos para mim,

no referente a cada #regiao. claro que cada #coisa #representa muito mais,

como o cocar: a #cultura indigena, #etc, e ao mesmo tempo focaliza apenas

alguns #aspectos de cada #regiao.

118 7 na verdade, eu #acho que o #brasil e muito mais que isso, porem

e muito para se numerar. mas varias #regioes do pais sao muito vazias para

mim, pois mesmo vendo na televisao sempre, nao me #lembro de fatores

#importantes.

164 7 porque sao #desenhos que ilustram sinteticamente #aspectos

relativamente #importantes e #existentes no pais.

173 7 nao apenas o-que #desenhei, meu pais tem uma infinidade de

#coisas #boas e outra infinidade de #coisas #ruins. #acho que e uma

#caracteristica nossa, a #diversidade.

197 7 porque o #brasil e um pais #lindo, que todos unidos e com #boa

vontade #pode mudar algumas #coisas que estao erradas.

204 7 porque e um pais de #grande #diversidade #cultural, em-que

#existe de tudo um pouco.

Clé sélectionnée : B

Anexos

103

125 11 porque isso e a #consequencia #da nossa colonizacao. E de

#pessoas como eu que #sabem e veem isso #acontecer e nao #fazem nada para

#mudar.

246 11 porque #faz #parte #da nossa #vida e sem essas coisas

praticamente #as #pessoas nao existiriam.

310 11 A #educacao tambem e escassa e assim, no despreparo de tantos

cidadaos sem #condicoes de se tornarem criticos, eticos e ativos, #partem

para o #mundo #da marginalizacao, #do crime, #da #violencia.

128 10 porque realmente #fazem #parte #do brasil. no caso #da #escola,

ja foi #melhorada muito, mas ainda tem muito a melhor, e essa #melhora

#aconteceu porque o povo como um todo descobriu que ela e essencial.

179 10 realmente tudo isso #faz #parte infelizmente #da nossa

#realidade #atual, como a #violencia que gera #violencia, a #desigualdade

que ha em cada canto #do nosso pais e a impunidade que #acontece a cada

#dia.

214 10 #as #familias #acreditam que a #escola e o modo pelo qual terao

uma oportunidade melhor de #vida e de #trabalho. porque #os professores

despertam essa #esperanca tanto nos jovens, adultos, #criancas e velhos.

187 9 porque #faz #parte #da #vida.

175 8 devido a #propria #sociedade e #aos #governantes #do pais, pois

nao se procura solucoes para #os #problemas #atuais: #violencia, #fome,

#miseria, pobreza, inundacoes, sem_teto.

183 8 sao #os acontecimentos que ocorrem todos #os #dias. #pessoas que

procuram por emprego que nao acham; meninos sem uma #educacao de

#qualidade; #as #familias cada #vez mais desestruturadas;

189 8 porque #vivenciamos todos #os #dias, o #desemprego, a seca, p

#amor etc. #faz #parte #da nossa socializacao.

243 8 E #dificil #dizer, mas no #momento sao #as coisas que #os meus

#olhos veem. O meu #momento me permite #olhar para isso como #fatos

relevantes a #serem destacados no pais, embora ele nao #seja so isso.

35 7 #pela desvalorizacao e o abandono com #as #pessoas.

17 6 porque #fazem #parte #da cultura e #da tradicao brasileira,

#formando nossa identidade, o-que somos #aos #olhos #do #mundo e perante

nossos #proprios #olhos.

28 6 porque todos esses elementos #fazem #parte nao so #do brasil,

como de-todo o #mundo, alem-de #seres indispensaveis para nossa

sobrevivencia.

83 6 porque tudo que escolhi esta concentrado nele, e tambem #fazem

#parte #do nosso dia_a_dia, #do nosso #meio ambiente.

149 6 nem sempre todos possuem moradia, #educacao, ou usufruir #da

#propria #natureza que esta a sua volta. eu #faco #parte desse contexto, e

o brasil que tem muita riqueza, embora ha outros requisitos a #serem

questionados, como a #desigualdade, #fome, #violencia e #falta de

respeito, ate em relacao #as #criancas e #os idosos.

210 6 sou feliz, nao guardo rancores #da #vida, so nao consigo

compreender porque #as #pessoas nao se #preocupam com #as outras, o eu e

tao #forte, porque eu nao me #preocupo com #os outro.

235 6 torna_se insensato questionar o brasil e nao citar a questao #da

#educacao, que revela a insatisfacao nacional, cada #vez mais ve_se

#criancas fora #da #escola, #trabalhando na rua, ao inves de frequentarem

a #escola,

281 6 porque o brasil tem um dos #maiores #indices de #desemprego, de

#violencia urbana e rural, analfabetismo muito acentuado, #miseria,

resumindo um dos piores #indices de #qualidade de #vida #do #mundo.

Anexos

104

---------------------------------

D2: Calcul des "segments répétés"

---------------------------------

Seuls les 20 SR les plus fréquents sont retenus ici :

2 20 e a

2 17 do brasil+

2 16 tudo isso

2 15 todos os

2 14 um pais+

2 14 o brasil+

2 14 desigualdade+ soci+

2 11 no brasil+

2 11 cada regi+

2 11 para mim

2 11 e o

3 11 ao mesmo tempo

2 10 um pouco

2 10 que e

2 10 porque sao

3 10 porque o brasil+

2 10 e de

2 10 faz+ part+

3 9 O brasil+ e

2 9 O brasil+

--------------------------------------------

D2: Calcul des "segments répétés" par classe

--------------------------------------------

*** classe n° 1 (20 SR maximum) ***

2 1 9 cada regi+

2 1 6 um pouco

2 1 6 e a

2 1 6 ach+ que

3 1 5 O brasil+ e

2 1 5 um pais+

2 1 5 no brasil+

2 1 5 com a

2 1 5 o brasil+

2 1 5 coisa+ ruins

2 1 5 coisa+ boa+

2 1 4 tudo isso

2 1 4 que eu

6 1 4 porque o brasil+ e um pais+

4 1 4 porque o brasil+ e

3 1 4 porque o brasil+

2 1 4 para mim

2 1 4 e que

3 1 4 uma mistur+ de

2 1 4 do brasil+

*** classe n° 2 (20 SR maximum) ***

2 2 11 todos os

Anexos

105

2 2 10 faz+ part+

2 2 10 do brasil+

2 2 9 e a

2 2 8 um pais+

2 2 7 tudo isso

2 2 7 porque sao

2 2 6 cada dia+

2 2 6 para mim

2 2 6 de vida+

2 2 6 e de

3 2 5 porque e o-que

2 2 5 e tambem

2 2 5 e o

2 2 5 do pais+

2 2 5 as pessoa+

2 2 4 um povo+

2 2 4 no brasil+

2 2 4 que sao

2 2 4 que e

Anexos

106

------------------------------

D3: C.A.H. des mots par classe

------------------------------

C.A.H. du contexte lexical A

Fréquence minimum d'un mot : 5

Nombre de mots sélectionnés : 30

Valeur de clé minimum après calcul : 2

Nombre d'uce analysées : 105

Seuil du chi2 pour les uce : 0

Nombre de mots retenus : 30

Poids total du tableau : 332

|----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

A3 caracteristica+ |-----------------+-----------+--------------+----+

A2 diversidade |-----------------+ | | |

A4 lind+ |-------------------+---------+ | |

A2 mistur+ |---------------+---+ | |

A5 coisa+ |----------+----+ | |

A5 boa+ |-------+--+ | |

A5 ruins |-------+ | |

A4 importante+ |------+----------------+------------+-------+ |

A2 exist+ |------+ | | |

A6 represent+ |-----------------+-----+ | |

A5 desenho+ |---------+-------+ | |

A2 aspectos |---------+ | |

A4 ruim |---------+---------------------+----+ |

A4 praia+ |------+--+ | |

A3 etc |------+ | |

A6 regi+ |------------------------+------+ |

A4 ach+ |-------------+----------+ |

A3 mostr+ |-------------+ |

A5 cultur+ |----------+---------+--------+-----------+-------+

A2 receb+ |----------+ | | |

A3 diferenca+ |---------------+----+ | |

A5 diferente+ |--------+------+ | |

A4 costumes |--------+ | |

A4 rac+ |----------------------+------+ |

A2 pobr+ |----------------------+ |

A6 brasil+ |------------------------------------+----+

A5 econom+ |----------+-------------+-----------+

A4 diversificado+ |----------+ |

A2 cheio+ |------------+-----------+

A2 encontr+ |------------+

Anexos

107

C.A.H. du contexte lexical B

Fréquence minimum d'un mot : 5

Nombre de mots sélectionnés : 25

Valeur de clé minimum après calcul : 2

Nombre d'uce analysées : 142

Seuil du chi2 pour les uce : 0

Nombre de mots retenus : 25

Poids total du tableau : 341

|----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

B4 os |-----------------+-----------------+---------+---+

B5 educ+ |-------+---------+ | | |

B3 vez+ |-------+ | | |

B2 meio+ |---------------------+-------------+ | |

B2 olhos |--------------+------+ | |

B4 fato+ |---------+----+ | |

B3 ser+ |---------+ | |

B4 pel+ |---------------+------------+-----------+----+ |

B2 melhor+ |---------------+ | | |

B2 atu+ |---------------------+------+ | |

B3 aos |------------+--------+ | |

B3 governante+ |------------+ | |

B4 dia+ |-----------------+---------------+------+ |

B3 acontec+ |-----------------+ | |

B3 desemprego |--------------------+------------+ |

B2 esperanca |--------------------+ |

B6 da |-------+-------------------+-------------+-------+

B5 vida+ |-------+ | |

B3 escol+ |--------------+------------+ |

B2 nacao |--------------+ |

B4 violencia |------------------+-------------+--------+

B3 do |------------------+ |

B2 mundo |---------------------+----------+

B5 faz+ |------+--------------+

B5 part+ |------+

Anexos

108

--------------------

* Fin de l'analyse *

--------------------

Date : 5/ 8/**; Heure : 15:16:05

Temps d'execution : 0 h 1 mn 37 s

Anexos

109

Anexo D:

Relatório do Alceste

para análise léxica da Questão 3

Anexos

110

-------------------------------------

* Logiciel ALCESTE (4.7 - 01/12/02) *

-------------------------------------

Plan de l'analyse :Q1 62 Pe.pl ; Date : 5/ 8/**; Heure : 15:22:54

C:\Arquivos de programas\ADT-Image\Clarilza\Adel\ped62\&&_0\

Q1 62 Pedagogia.txt

ET 1 1 1 1

A 1 1 1

B 1 1 1

C 1 1 1

D 1 1 1 0 0

A1 1 0 0

A2 3 0

A3 1 1 0

B1 0 4 0 1 1 0 1 1 0

B2 2 2 0 0 0 0 0 0

B3 10 4 1 1 0 0 0 0 0 0

C1 0 121

C2 0 2

C3 0 0 1 1 1 2

D1 0 2 2

D2 0

D3 5 a 2

D4 1 -2 1

D5 0 0

---------------------

A1: Lecture du corpus

---------------------

A12 : Traitement des fins de ligne du corpus :

N° marque de la fin de ligne :

Nombre de lignes étoilées : 256

--------------------------

A2: Calcul du dictionnaire

--------------------------

Nombre de formes distinctes : 1601

Nombre d'occurrences : 7833

Fréquence moyenne par forme : 5

Nombre de hapax : 961

Fréquence maximum d'une forme : 427

60.02% des formes de fréq. < 1 recouvrent 12.27% des occur.;

81.26% des formes de fréq. < 3 recouvrent 22.34% des occur.;

89.32% des formes de fréq. < 6 recouvrent 30.04% des occur.;

94.44% des formes de fréq. < 14 recouvrent 40.42% des occur.;

97.13% des formes de fréq. < 25 recouvrent 51.00% des occur.;

98.38% des formes de fréq. < 51 recouvrent 60.07% des occur.;

99.13% des formes de fréq. < 98 recouvrent 70.78% des occur.;

99.56% des formes de fréq. < 116 recouvrent 80.38% des occur.;

99.88% des formes de fréq. < 206 recouvrent 91.61% des occur.;

100.00% des formes de fréq. < 427 recouvrent100.00% des occur.;

----------------------------------------------------

Anexos

111

A3 : Liste des clés et valeurs d'analyse (ALC_CLE) :

----------------------------------------------------

K 0 Nombres en chiffre

M 2 Mots en majuscules

U 0 Mots non trouvés dans DICIN (si existe)

X 1 formes non reconnues et fréquentes

0 2 Auxiliaire ESTAR

1 2 Auxiliaire TER

2 2 Auxiliaire HAVER

3 2 Auxiliaire SER

4 2 Prépositions simples et locutions prépositives

5 2 Conjonctions et locutions conjonctives

6 2 Interjections

7 2 Pronoms

8 2 Numéraux

9 2 Adverbes

1 Formes non reconnues

A34 : Fréquence maximale d'un mot analysé : 3000

Nombre de mots analysés : 982

Nombre de mots supplémentaires de type "r" : 227

Nombre de mots supplémentaires de type "s" : 523

Nombre d'occurrences retenues : 7827

Moyenne par mot : 5.573201

Nombre d'occurrences analysables (fréq.> 3) : 2841 soit

42.163850%

Nombre d'occurrences supplémentaires : 3897

Nombre d'occurrences hors fenêtre fréquence : 1089

-------------------------------------------

B1: Sélection des uce et calcul des données

-------------------------------------------

B11: Le nom du dossier des résultats est &&_0

B12: Fréquence minimum d'un "mot" analysé : 4

B13: Fréquence maximum d'un "mot" retenu : 9999

B14: Fréquence minimum d'un "mot étoilé" : 1

B15: Code de fin d'U.C.E. : 1

B16: Nombre d'occurrences par U.C.E. : 21

B17: Elimination des U.C.E. de longueur < 0

Fréquence minimum finale d'un "mot" analysé : 4

Fréquence minimum finale d'un "mot étoilé" : 1

Nombre de mots analysés : 206

Nombre de mots supplémentaires de type "r" : 115

Nombre total de mots : 321

Nombre de mots supplémentaires de type "s" : 523

Nombre de lignes de B1_DICB : 844

Nombre d'occurrences analysées : 2841

Nombre d'u.c.i. : 256

Nombre moyen de "mots" analysés / u.c.e. : 8.282799

Nombre d'u.c.e. : 343

Anexos

112

Nombre d'u.c.e. sélectionnées : 343

100.00% des u.c.e. sont sélectionnées

Nombre de couples : 5330

--------------------

B2: Calcul de DONN.1

--------------------

Nombre de mots par unité de contexte : 10

Nombre d'unités de contexte : 293

--------------------

B2: Calcul de DONN.2

--------------------

Nombre de mots par unité de contexte : 12

Nombre d'unités de contexte : 280

-----------------------------------------------------

B3: Classification descendante hiérarchique de DONN.1

-----------------------------------------------------

Elimination des mots de fréquence > 3000 et < 4

0 mots éliminés au hasard soit .00 % de la fenêtre

Nombre d'items analysables : 150

Nombre d'unités de contexte : 293

Nombre de "1" : 2555

-----------------------------------------------------

B3: Classification descendante hiérarchique de DONN.2

-----------------------------------------------------

Elimination des mots de fréquence > 3000 et < 4

0 mots éliminés au hasard soit .00 % de la fenêtre

Nombre d'items analysables : 150

Nombre d'unités de contexte : 280

Nombre de "1" : 2539

Anexos

113

----------------------------

C1: intersection des classes

----------------------------

Nom du dossier traité C:\Arquivos de programas\ADT-

Image\Clarilza\A

del\ped62\&&_0\

Suffixe de l'analyse :121

Date de l'analyse : 5/ 8/**

Intersection des classes RCDH1 et RCDH2

Nombre minimum d'uce par classe : 18

DONN.1 Nombre de mots par uc : 10

Nombre d'uc : 1094

DONN.2 Nombre de mots par uc : 12

Nombre d'uc : 1050

236 u.c.e classées sur 343 soit 68.80 %

Nombre d'u.c.e. distribuées: 320

Tableau croisant les deux partitions :

RCDH1 * RCDH2

classe * 1 2 3 4 5

poids * 89 43 61 54 73

1 131 * 87 9 17 16 2

2 51 * 2 31 12 6 0

3 36 * 0 0 28 8 0

4 31 * 0 2 4 22 3

5 71 * 0 1 0 2 68

Tableau des chi2 (signés) :

RCDH1 * RCDH2

classe * 1 2 3 4 5

poids * 89 43 61 54 73

1 131 * 164 -8 -5 -3 -57

2 51 * -17 116 0 -1 -17

3 36 * -15 -6 90 0 -11

4 31 * -13 -1 0 71 -3

5 71 * -35 -11 -21 -12 275

Classification Descendante Hiérarchique...

Dendrogramme des classes stables (à partir de B3_rcdh1) :

----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

Anexos

114

Cl. 1 ( 87uce) |---------------------------------+

18 |-------------+

Cl. 2 ( 31uce) |---------------+ | |

14 |-----------------+ |

Cl. 3 ( 28uce) |---------+ | |

19 | | |+

12 |-----+ |

Cl. 4 ( 22uce) |---------+ |

Cl. 5 ( 68uce) |-----------------------------------------------+

Classification Descendante Hiérarchique...

Dendrogramme des classes stables (à partir de B3_rcdh2) :

----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

Cl. 1 ( 87uce) |----------------------------------+

18 |-------------+

Cl. 2 ( 31uce) |-----------------------------+ | |

17 |----+ |

Cl. 3 ( 28uce) |--------------------+ | |

19 | | +

16 |--------+ |

Cl. 4 ( 22uce) |--------------------+ |

Cl. 5 ( 68uce) |------------------------------------------------+

----------------------

C2: profil des classes

----------------------

Chi2 minimum pour la sélection d'un mot : 3.24

Nombre de mots (formes réduites) : 321

Nombre de mots analysés : 206

Nombre de mots "hors-corpus" : 523

Nombre de classes : 5

236 u.c.e. classées soit 68.804660%

Nombre de "1" analysés : 1850

Nombre de "1" suppl. ("r") : 2188

Distribution des u.c.e. par classe...

1eme classe : 87. u.c.e. 711. "1" analysés ; 865. "1" suppl..

2eme classe : 31. u.c.e. 258. "1" analysés ; 264. "1" suppl..

3eme classe : 28. u.c.e. 223. "1" analysés ; 240. "1" suppl..

4eme classe : 22. u.c.e. 132. "1" analysés ; 160. "1" suppl..

5eme classe : 68. u.c.e. 526. "1" analysés ; 659. "1" suppl..

--------------------------

Classe n° 1 => Contexte A

--------------------------

Nombre d'u.c.e. : 87. soit : 36.86 %

Nombre de "uns" (a+r) : 1576. soit : 39.03 %

Nombre de mots analysés par uce : 8.17

num effectifs pourc. chi2 identification

Anexos

115

2 5. 7. 71.43 3.70 acolhedor+

8 7. 9. 77.78 6.73 ajud+

9 14. 22. 63.64 7.47 alegr+

10 8. 8. 100.00 14.18 amigo+

12 6. 8. 75.00 5.17 amor+

24 20. 22. 90.91 30.45 calor+

32 5. 7. 71.43 3.70 coisa+

46 3. 3. 100.00 5.20 deix+

58 9. 12. 75.00 7.90 dificuldade+

65 5. 5. 100.00 8.75 diz+

71 7. 8. 87.50 9.12 encontr+

73 9. 9. 100.00 16.02 esperanc+

87 4. 4. 100.00 6.97 fe

88 5. 7. 71.43 3.70 feliz+

92 4. 4. 100.00 6.97 frio+

101 13. 17. 76.47 12.35 human+

114 4. 4. 100.00 6.97 lindo

116 9. 14. 64.29 4.81 lugar+

117 6. 8. 75.00 5.17 lut+

119 3. 3. 100.00 5.20 maneira

142 4. 5. 80.00 4.08 pens+

143 24. 43. 55.81 8.11 pess+

151 38. 65. 58.46 17.98 povo+

152 3. 3. 100.00 5.20 pra+

161 11. 12. 91.67 16.31 quer+

174 6. 9. 66.67 3.57 sab+

183 6. 6. 100.00 10.54 solidariedade

184 5. 5. 100.00 8.75 solidar+

201 4. 4. 100.00 6.97 ver

206 4. 4. 100.00 6.97 vou

209 * 42. 97. 43.30 2.93 * o

219 * 10. 18. 55.56 2.92 * 3 somos

222 * 7. 11. 63.64 3.55 * 4 apesar-de

240 * 8. 13. 61.54 3.60 * 5 pois

244 * 3. 4. 75.00 2.54 * 5 quando

246 * 51. 112. 45.54 6.89 * 5 que

254 * 3. 3. 100.00 5.20 * 7 ela

258 * 5. 7. 71.43 3.70 * 7 esse

263 * 9. 15. 60.00 3.68 * 7 mesmo

264 * 3. 3. 100.00 5.20 * 7 meu

273 * 10. 19. 52.63 2.21 * 7 nos

280 * 9. 14. 64.29 4.81 * 7 outro

283 * 4. 4. 100.00 6.97 * 7 pouco

284 * 5. 7. 71.43 3.70 * 7 qualquer

294 * 4. 5. 80.00 4.08 * 7 todas

297 * 11. 20. 55.00 3.09 * 7 tudo

298 * 4. 4. 100.00 6.97 * 7 varias

301 * 39. 80. 48.75 7.35 * 8 um

308 * 5. 8. 62.50 2.34 * 9 ja

310 * 9. 13. 69.23 6.19 * 9 melhor

313 * 3. 3. 100.00 5.20 * 9 nunca

314 * 3. 3. 100.00 5.20 * 9 o-melhor

315 * 7. 8. 87.50 9.12 * 9 sempre

431 * 4. 4. 100.00 6.97 * *idt_0852161264

473 * 3. 3. 100.00 5.20 * *idt_1152161264

517 * 3. 3. 100.00 5.20 * *idt_1532130134

596 * 3. 3. 100.00 5.20 * *suj_0008

766 * 3. 3. 100.00 5.20 * *suj_0178

809 * 4. 4. 100.00 6.97 * *suj_0221

Nombre de mots sélectionnés : 59

Anexos

116

--------------------------

Classe n° 2 => Contexte B

--------------------------

Nombre d'u.c.e. : 31. soit : 13.14 %

Nombre de "uns" (a+r) : 522. soit : 12.93 %

Nombre de mots analysés par uce : 8.32

num effectifs pourc. chi2 identification

18 2. 3. 66.67 7.63 baix+

20 4. 13. 30.77 3.75 bel+

30 5. 5. 100.00 33.78 classe+

34 3. 9. 33.33 3.35 condicoes

37 2. 3. 66.67 7.63 conviv+

38 3. 6. 50.00 7.33 corrupc+

49 4. 5. 80.00 20.02 desenvolv+

50 10. 13. 76.92 49.06 desigualdade+

56 6. 21. 28.57 4.81 diferenc+

68 4. 7. 57.14 12.24 econom+

95 7. 17. 41.18 12.62 grande+

96 2. 3. 66.67 7.63 gritante+

97 4. 11. 36.36 5.46 guerr+

104 2. 4. 50.00 4.85 impunidade

121 3. 6. 50.00 7.33 maravilh+

128 3. 8. 37.50 4.31 muita

131 2. 4. 50.00 4.85 nas

132 8. 33. 24.24 4.15 natur+

134 2. 3. 66.67 7.63 oportunidade+

163 3. 9. 33.33 3.35 rac+

170 3. 4. 75.00 13.65 renda

172 5. 12. 41.67 9.02 rico+

181 15. 18. 83.33 84.16 soci+

190 4. 4. 100.00 26.91 terremoto+

191 3. 4. 75.00 13.65 territori+

204 3. 9. 33.33 3.35 violencia+

236 * 4. 7. 57.14 12.24 * 5 enquanto

245 * 3. 4. 75.00 13.65 * 5 quanto

252 * 2. 6. 33.33 2.20 * 7 cada

291 * 2. 4. 50.00 4.85 * 7 tantas

Nombre de mots sélectionnés : 30

--------------------------

Classe n° 3 => Contexte C

--------------------------

Nombre d'u.c.e. : 28. soit : 11.86 %

Nombre de "uns" (a+r) : 463. soit : 11.47 %

Nombre de mots analysés par uce : 7.96

num effectifs pourc. chi2 identification

7 2. 3. 66.67 8.73 agradavel

14 3. 4. 75.00 15.51 aos

17 3. 10. 30.00 3.28 aspectos

31 8. 9. 88.89 53.09 clima+

43 7. 32. 21.88 3.55 cultur+

45 4. 11. 36.36 6.62 das

55 5. 20. 25.00 3.61 diferenci+

66 7. 32. 21.88 3.55 do

132 14. 33. 42.42 34.26 natur+

Anexos

117

149 2. 5. 40.00 3.87 populacao

151 16. 65. 24.62 13.95 povo+

155 4. 14. 28.57 3.97 principalmente

156 2. 4. 50.00 5.66 princip+

157 5. 5. 100.00 37.95 privilegi+

166 5. 8. 62.50 20.30 recursos

168 4. 8. 50.00 11.52 relac+

173 16. 25. 64.00 72.68 riqueza+

198 2. 5. 40.00 3.87 valoriz+

212 * 5. 21. 23.81 3.15 * 1 temos

231 * 4. 12. 33.33 5.57 * 4 pelo

268 * 2. 5. 40.00 3.87 * 7 muitos

279 * 2. 5. 40.00 3.87 * 7 outras

286 * 5. 10. 50.00 14.52 * 7 seu

288 * 6. 16. 37.50 10.79 * 7 sua

289 * 3. 10. 30.00 3.28 * 7 suas

306 * 3. 12. 25.00 2.09 * 9 bem

323 * 20. 123. 16.26 4.75 * *dep_2

324 * 7. 30. 23.33 4.32 * *est_1

329 * 7. 36. 19.44 2.33 * *est_6

588 * 7. 36. 19.44 2.33 * *reg_5

Nombre de mots sélectionnés : 30

--------------------------

Classe n° 4 => Contexte D

--------------------------

Nombre d'u.c.e. : 22. soit : 9.32 %

Nombre de "uns" (a+r) : 292. soit : 7.23 %

Nombre de mots analysés par uce : 6.00

num effectifs pourc. chi2 identification

36 2. 6. 33.33 4.20 consegu+

43 15. 32. 46.88 61.76 cultur+

57 8. 21. 38.10 22.58 difer+

62 10. 15. 66.67 62.31 diversidade+

67 7. 29. 24.14 8.59 dos

74 2. 6. 33.33 4.20 etc

95 4. 17. 23.53 4.37 grande+

125 5. 7. 71.43 32.92 mistura

169 2. 6. 33.33 4.20 religi+

196 7. 25. 28.00 11.54 uma+

214 * 3. 13. 23.08 3.08 * 2 ha

223 * 1. 3. 33.33 2.07 * 4 ate

249 * 2. 7. 28.57 3.16 * 5 tao

257 * 3. 8. 37.50 7.78 * 7 essa

274 * 2. 7. 28.57 3.16 * 7 nossa

296 * 4. 18. 22.22 3.84 * 7 todos

299 * 2. 7. 28.57 3.16 * 7 varios

304 * 4. 18. 22.22 3.84 * 9 aqui

319 * 9. 66. 13.64 2.02 * M A

330 * 7. 37. 18.92 4.78 * *est_7

587 * 12. 74. 16.22 6.06 * *reg_4

Nombre de mots sélectionnés : 21

--------------------------

Classe n° 5 => Contexte E

--------------------------

Nombre d'u.c.e. : 68. soit : 28.81 %

Anexos

118

Nombre de "uns" (a+r) : 1185. soit : 29.35 %

Nombre de mots analysés par uce : 7.74

num effectifs pourc. chi2 identification

5 4. 6. 66.67 4.30 acontec+

19 5. 5. 100.00 12.62 bas+

21 3. 4. 75.00 4.23 boa+

28 5. 5. 100.00 12.62 cidad+

33 5. 5. 100.00 12.62 compar+

35 5. 7. 71.43 6.39 conhec+

47 7. 7. 100.00 17.82 desenvolvidos

48 4. 4. 100.00 10.05 desenvolvimento

59 5. 6. 83.33 8.92 direito+

69 22. 23. 95.65 55.50 educacao

70 3. 3. 100.00 7.51 emprego

74 4. 6. 66.67 4.30 etc

77 11. 22. 50.00 5.31 exist+

81 10. 12. 83.33 18.32 falta

90 3. 4. 75.00 4.23 fome

94 5. 8. 62.50 4.58 governantes

108 4. 4. 100.00 10.05 investimento

109 4. 4. 100.00 10.05 invest+

111 3. 4. 75.00 4.23 lado

112 5. 5. 100.00 12.62 lei+

118 5. 9. 55.56 3.26 maior+

123 9. 12. 75.00 13.15 melhor+

124 5. 5. 100.00 12.62 miseria

126 5. 5. 100.00 12.62 moradia

129 4. 5. 80.00 6.53 mundo

144 5. 8. 62.50 4.58 pobr+

148 4. 6. 66.67 4.30 politicos

171 6. 7. 85.71 11.39 respeit+

175 9. 9. 100.00 23.12 saude

176 5. 7. 71.43 6.39 sei

179 6. 6. 100.00 15.21 situac+

194 3. 4. 75.00 4.23 trabalhador+

195 7. 8. 87.50 13.90 trabalh+

199 6. 8. 75.00 8.61 vejo

203 5. 8. 62.50 4.58 vida+

207 * 34. 94. 36.17 4.12 * a

210 * 4. 7. 57.14 2.82 * 0 estao

213 * 5. 8. 62.50 4.58 * 1 ter

227 * 27. 67. 40.30 6.02 * 4 em

230 * 21. 46. 45.65 7.90 * 4 para

234 * 5. 9. 55.56 3.26 * 5 assim

237 * 14. 34. 41.18 2.96 * 5 mas

253 * 3. 5. 60.00 2.42 * 7 com-que

261 * 8. 12. 66.67 8.83 * 7 isso

269 * 13. 21. 61.90 12.31 * 7 na

270 * 3. 4. 75.00 4.23 * 7 nada

272 * 14. 31. 45.16 4.65 * 7 no

297 * 9. 20. 45.00 2.79 * 7 tudo

300 * 6. 8. 75.00 8.61 * 8 primeiro

322 * 43. 113. 38.05 9.02 * *dep_1

324 * 15. 30. 50.00 7.52 * *est_1

425 * 3. 3. 100.00 7.51 * *idt_0831180134

520 * 3. 3. 100.00 7.51 * *idt_1542200274

563 * 2. 3. 66.67 2.12 * *idt_1921020914

585 * 28. 64. 43.75 9.55 * *reg_2

679 * 3. 3. 100.00 7.51 * *suj_0091

Anexos

119

712 * 2. 3. 66.67 2.12 * *suj_0124

777 * 3. 3. 100.00 7.51 * *suj_0189

Nombre de mots sélectionnés : 58

Nombre de mots marqués : 300 sur 321 soit 93.46%

Liste des valeurs de clé :

0 si chi2 < 2.71

1 si chi2 < 3.84

2 si chi2 < 5.02

3 si chi2 < 6.63

4 si chi2 < 10.80

5 si chi2 < 20.00

6 si chi2 < 30.00

7 si chi2 < 40.00

8 si chi2 < 50.00

Tableau croisant classes et clés :

* Classes * 1 2 3 4 5

Clés * Poids * 733 214 196 136 553

M * 151 * 58 20 20 16 37

0 * 7 * 2 1 0 0 4

1 * 68 * 25 11 11 3 18

2 * 15 * 7 2 0 3 3

3 * 77 * 35 10 9 5 18

4 * 362 * 129 44 38 29 122

5 * 327 * 127 42 32 22 104

6 * 4 * 1 1 0 0 2

7 * 484 * 199 43 57 38 147

8 * 88 * 41 10 7 6 24

9 * 249 * 109 30 22 14 74

Tableau des chi2 (signés) :

* Classes * 1 2 3 4 5

Clés * Poids * 733 214 196 136 553

M * 151 * 0 0 1 2 -2

0 * 7 * 0 0 0 0 2

1 * 68 * 0 1 2 0 0

2 * 15 * 0 0 -1 3 0

3 * 77 * 0 0 0 0 -1

4 * 362 * -3 0 0 0 2

5 * 327 * 0 0 0 0 0

6 * 4 * 0 0 0 0 0

7 * 484 * 0 -4 0 0 0

8 * 88 * 1 0 0 0 0

9 * 249 * 1 0 -1 -1 0

Chi2 du tableau : 35.682000

Nombre de "1" distribués : 1832 soit 45 %

Anexos

120

-------------------------------

C2: Reclassement des uce et uci

-------------------------------

Type de reclassement choisi pour les uce :

Classement d'origine

Tableaux des clés (TUCE et TUCI) :

Nombre d'uce enregistrées : 343

Nombre d'uce classées : 236 soit : 68.80%

Nombre d'uci enregistrées : 256

Nombre d'uci classées : 152 soit : 59.38%

Anexos

121

---------------------------------

C3: A.F.C. du tableau C2_DICB.121

---------------------------------

-----------------------------------------

D1: Sélection de quelques mots par classe

-----------------------------------------

Valeur de clé minimum pour la sélection : 0

Vocabulaire spécifique de la classe 1 :

calor+(20), amigo+(8), esperanc+(9), human+(13), povo+(38), quer+(11),

ajud+(7), alegr+(14), dificuldade+(9), diz+(5), encontr+(7), fe(4),

frio+(4), lindo(4), pess+(24), solidariedade(6), solidar+(5), ver(4),

vou(4), amor+(6), deix+(3), lut+(6), maneira(3), pra+(3), lugar+(9),

pens+(4), acolhedor+(5), amo(2), coisa+(5), feliz+(5), jeit+(2), ness+(2),

sab+(6), sentimento+(2), sofrido(2), acolh+(3), acredit+(3), ao(4),

brasil+(43), cor+(3), devido(2), dia+(3), faz+(6), form+(4), gente(2),

hospitaleir+(3), os(31), pais+(48), preconceito(2), receb+(2),

receptivo+(4), tent+(3), viv+(11);

Vocabulaire spécifique de la classe 2 :

soci+(15), desigualdade+(10), classe+(5), desenvolv+(4), terremoto+(4),

cresc+(2), econom+(4), facil+(2), grande+(7), injustica+(2), renda(3),

territori+(3), baix+(2), conviv+(2), corrupc+(3), extens+(1),

gritante+(2), maravilh+(3), oportunidade+(2), rico+(5), guerr+(4),

diferenc+(6), impunidade(2), muita(3), nas(2), bel+(4), condicoes(3),

import+(2), rac+(3), violencia+(3), cheio(1), da(5), exemplo(1),

manter+(1), tecnolog+(1), unic+(1), vemos(1), vez+(2);

Vocabulaire spécifique de la classe 3 :

clima+(8), riqueza+(16), natur+(14), privilegi+(5), recursos(5), aos(3),

relac+(4), agradavel(2), diversificada+(1), fal+(1), fato+(1), das(4),

princip+(2), populacao(2), principalmente(4), valoriz+(2), aspectos(3),

caracteristica+(1), diferenci+(5), do(7), pass+(1), bonit+(1), diss+(1),

explor+(1), fauna(1), flora(1), part+(1), pela+(2), poder+(2), possui(2),

qualidade+(1), sobreviv+(1), termo+(1);

Vocabulaire spécifique de la classe 4 :

cultur+(15), diversidade+(10), mistura(5), difer+(8), uma+(7), dos(7),

influenci+(1), consegu+(2), etn+(1), religi+(2), tenh+(2), causa+(1),

costumes(1), diversos(1), fator+(1), historia(1), humanos(1), imagin+(1),

nacao(1), propria+(1), regi+(1), sej+(1), terra+(1);

Vocabulaire spécifique de la classe 5 :

educacao(0), saude(0), bas+(0), cidad+(0), compar+(0), desenvolvidos(0),

falta(0), lei+(0), melhor+(0), miseria(0), moradia(0), respeit+(0),

situac+(0), trabalh+(0), desenvolvimento(0), direito+(0), emprego(0),

investimento(0), invest+(0), vejo(0), conhec+(0), exist+(0), mundo(0),

sei(0), acontec+(0), boa+(0), etc(0), fome(0), governantes(0), lado(0),

pelos(0), pobr+(0), politicos(0), trabalhador+(0), vida+(0), maior+(0),

tipo+(0), as(0), claro(0), deus(0), diversas(0), esforc+(0), livr+(0),

mat+(0), mud+(0), problemas(0), quest+(0);

Mots outils spécifiques de la classe 1 :

haver(2), somos(10), apesar-de(7), pois(8), porem(2), quando(3), que(51),

ela(3), esse(5), eu(5), mesmo(9), meu(3), mim(3), nos(10), outro(9),

pouco(4), qualquer(5), que-se(4), todas(4), todo(3), tudo(11), varias(4),

Anexos

122

um(39), ainda(4), ja(5), mais(20), melhor(9), nunca(3), o-melhor(3),

sempre(7), O(29), o(42);

Mots outils spécifiques de la classe 2 :

tem(7), alem-de(1), menos(2), enquanto(4), nem(1), quanto(3), cada(2),

muitas(3), nossos(1), tantas(2), toda(1), a-vontade(1), tambem(3);

Mots outils spécifiques de la classe 3 :

temos(5), sendo(1), ser(4), dentro-de(1), entre(2), pelo(4), alguns(1),

minha(1), muitos(2), nenhum(1), nossas(1), nosso(4), outras(2), seu(5),

sua(6), suas(3), tanta(1), tantos(1), alem(1), bem(3);

Mots outils spécifiques de la classe 4 :

ha(3), ate(1), com(7), porque(7), tamanho(1), tao(2), essa(3), nossa(2),

onde(1), outros(9), seus(2), todos(4), varios(2), aqui(4), so(2), A(9);

Mots outils spécifiques de la classe 5 :

estao(0), ter(0), de(0), em(0), para(0), assim(0), como(0), mas(0),

ou(0), se(0), bom(0), com-que(0), ele(0), eles(0), esta(0), isso(0),

na(0), nada(0), no(0), o-que(0), primeiro(0), muito(0), nao(0), talvez(0),

a(0);

Mots étoilés spécifiques de la classe 1 :

*est_3(16), *idt_0112120524(1), *idt_0131180134(2), *idt_0142200274(2),

*idt_0211080524(1), *idt_0221020914(1), *idt_0221040844(1),

*idt_0222110914(1), *idt_0322140644(1), *idt_0332130134(1),

*idt_0342150754(1), *idt_0352161264(1), *idt_0411080524(1),

*idt_0422110914(1), *idt_0422140644(1), *idt_0441190754(1),

*idt_0442150754(1), *idt_0511080524(1), *idt_0531180134(1),

*idt_0532130134(1), *idt_0542150754(1), *idt_0612120524(1),

*idt_0642150754(2), *idt_0651170364(1), *idt_0652161264(1),

*idt_0712120524(1), *idt_0721040844(1), *idt_0722140644(1),

*idt_0741211374(1), *idt_0751170364(1), *idt_0811080524(1),

*idt_0832130134(1), *idt_0851170364(1), *idt_0852161264(4),

*idt_0921040844(1), *idt_0932130134(1), *idt_0941211374(1),

*idt_1032130134(1), *idt_1041190754(1), *idt_1051170364(1),

*idt_1121020914(1), *idt_1122140644(2), *idt_1132130134(1),

*idt_1141211374(1), *idt_1152161264(3), *idt_1231180134(1),

*idt_1241211374(1), *idt_1242150754(1), *idt_1251170364(1);

Mots étoilés spécifiques de la classe 2 :

*idt_0111080524(1), *idt_0121040844(1), *idt_0242150754(1),

*idt_0431180134(1), *idt_0541190754(1), *idt_0622110914(1),

*idt_0731180134(1), *idt_0741190754(1), *idt_0812120524(1),

*idt_0841190754(1), *idt_0911080524(2), *idt_0922140644(1),

*idt_1022140644(2), *idt_1042200274(1), *idt_1121040844(1),

*idt_1242200274(1), *idt_1352161264(1), *idt_1422110914(1),

*idt_1632130134(1), *idt_1652161264(1), *idt_1732130134(1),

*idt_1741211374(1), *idt_1751170364(2), *idt_1841190754(1),

*idt_1941190754(1), *suj_0009(1), *suj_0010(1), *suj_0027(2),

*suj_0034(1), *suj_0036(1), *suj_0045(1), *suj_0046(1), *suj_0049(1),

*suj_0077(1), *suj_0088(1), *suj_0090(1), *suj_0101(1), *suj_0129(1),

*suj_0135(1), *suj_0145(1), *suj_0146(2), *suj_0147(1), *suj_0161(1),

*suj_0179(1), *suj_0180(1), *suj_0186(1), *suj_0188(1), *suj_0239(1),

*suj_0241(1), *suj_0247(2), *suj_0256(1);

Mots étoilés spécifiques de la classe 3 :

*dep_2(20), *est_6(7), *idt_0121020914(1), *idt_0152161264(1),

*idt_0252161264(2), *idt_0342200274(1), *idt_0412120524(1),

*idt_0442200274(1), *idt_0542200274(1), *idt_0641190754(1),

*idt_0642200274(1), *idt_0752161264(1), *idt_0822110914(2),

Anexos

123

*idt_0952161264(1), *idt_1021020914(1), *idt_1052161264(1),

*idt_1122110914(1), *idt_1142150754(1), *idt_1212120524(1),

*idt_1312120524(1), *idt_1451170364(1), *idt_1541190754(1),

*idt_1641190754(1), *idt_1721020914(1), *idt_1742200274(1),

*idt_1942150754(2), *reg_5(7), *suj_0001(1), *suj_0002(2), *suj_0005(1),

*suj_0006(1), *suj_0007(1), *suj_0024(1), *suj_0035(1), *suj_0042(1),

*suj_0043(1), *suj_0058(1), *suj_0066(2), *suj_0082(1), *suj_0083(1),

*suj_0084(1), *suj_0085(1), *suj_0093(1), *suj_0105(1), *suj_0111(1),

*suj_0116(1), *suj_0122(1), *suj_0131(2), *suj_0133(1), *suj_0194(1),

*suj_0210(1);

Mots étoilés spécifiques de la classe 4 :

*est_5(5), *est_7(7), *idt_0132130134(1), *idt_0232130134(1),

*idt_0241190754(1), *idt_0321040844(1), *idt_0351170364(1),

*idt_0441211374(1), *idt_0551170364(1), *idt_0742150754(1),

*idt_0942200274(2), *idt_1131180134(1), *idt_1151170364(1),

*idt_1222110914(1), *idt_1342150754(1), *idt_1422140644(1),

*idt_1432130134(1), *idt_1442150754(1), *idt_1442200274(2),

*idt_1641211374(1), *idt_1842200274(1), *idt_2042150754(1), *reg_4(12),

*suj_0015(1), *suj_0017(1), *suj_0022(1), *suj_0031(1), *suj_0054(1),

*suj_0060(1), *suj_0061(1), *suj_0067(1), *suj_0068(1), *suj_0076(1),

*suj_0087(2), *suj_0094(1), *suj_0134(1), *suj_0148(1), *suj_0168(1),

*suj_0177(1), *suj_0224(2), *suj_0226(1), *suj_0234(1), *suj_0236(1);

Mots étoilés spécifiques de la classe 5 :

*dep_1(0), *est_1(0), *est_4(0), *idt_0122110914(0), *idt_0142150754(0),

*idt_0151170364(0), *idt_0231180134(0), *idt_0242200274(0),

*idt_0311080524(0), *idt_0312120524(0), *idt_0321020914(0),

*idt_0322110914(0), *idt_0331180134(0), *idt_0421040844(0),

*idt_0521020914(0), *idt_0521040844(0), *idt_0522140644(0),

*idt_0611080524(0), *idt_0621040844(0), *idt_0821040844(0),

*idt_0831180134(0), *idt_0941190754(0), *idt_0942150754(0),

*idt_1011080524(0), *idt_1021040844(0), *idt_1111080524(0),

*idt_1211080524(0), *idt_1221020914(0), *idt_1221040844(0),

*idt_1252161264(0), *idt_1311080524(0), *idt_1321020914(0),

*idt_1332130134(0), *idt_1341190754(0), *idt_1341211374(0),

*idt_1421020914(0), *idt_1421040844(0), *idt_1511080524(0),

*idt_1522140644(0), *idt_1542200274(0), *idt_1612120524(0),

*idt_1621040844(0), *idt_1631180134(0), *idt_1722140644(0),

*idt_1741190754(0), *idt_1821020914(0), *idt_1822110914(0),

*idt_1832130134(0), *idt_1921020914(0), *idt_1922110914(0);

Anexos

124

--------------------------------------------

D1: Sélection des mots et des uce par classe

--------------------------------------------

D1 : Distribution des formes d'origine par racine

------------------------------

Formes associées au contexte A

------------------------------

A7 calor+ : calor(12), calorosa(1), calorosas(3), caloroso(4);

A5 amigo+ : amigo(6), amigos(3);

A5 esperanc+ : esperanca(7), esperancas(1), esperancoso(1);

A5 human+ : humano(13);

A5 povo+ : povo(44), povos(3);

A5 quer+ : quer(3), querem(4), queremos(3), querer(1), quero(1);

A4 ajud+ : ajuda(1), ajudam(1), ajudando(1), ajudar(4);

A4 alegr+ : alegra(1), alegre(5), alegres(2), alegria(6);

A4 dificuldade+ : dificuldade(4), dificuldades(5);

A4 diz+ : dizem(1), dizer(4);

A4 encontr+ : encontra(1), encontram(1), encontramos(3), encontrar(1),

encontro(1);

A4 fe : fe(4);

A4 frio+ : frio(2), frios(2);

A4 lindo : lindo(4);

A4 pess+ : pessoas(26);

A4 solidariedade : solidariedade(6);

A4 solidar+ : solidarias(1), solidario(2), solidarios(2);

A4 ver : ver(4);

A4 vou : vou(4);

A3 amor+ : amor(5), amorosa(1);

A3 deix+ : deixa(1), deixam(1), deixamos(1);

A3 lut+ : luta(2), lutam(1), lutar(2), lutas(1);

A3 maneira : maneira(3);

A3 pra+ : pra(1), praias(2);

A2 lugar+ : lugar(9), lugares(2);

A2 pens+ : pensa(1), pensam(2), pensamos(1), pensar(1);

------------------------------

Formes associées au contexte B

------------------------------

B9 soci+ : sociais(4), social(11);

B8 desigualdade+ : desigualdade(11), desigualdades(1);

B7 classe+ : classe(2), classes(3);

B6 desenvolv+ : desenvolvem(1), desenvolver(3);

B6 terremoto+ : terremoto(1), terremotos(3);

B5 cresc+ : cresce(1), crescem(1);

B5 econom+ : economia(1), economica(2), economicos(1);

B5 facil+ : facil(3);

B5 grande+ : grande(6), grandes(1);

B5 injustica+ : injustica(2);

B5 renda : renda(3);

B5 territori+ : territorial(1), territorio(2);

B4 baix+ : baixa(2);

B4 conviv+ : convive(1), conviver(1);

B4 corrupc+ : corrupcao(3);

Anexos

125

B4 extens+ : extensao(1);

B4 gritante+ : gritante(1), gritantes(1);

B4 maravilh+ : maravilhoso(3);

B4 oportunidade+ : oportunidade(1), oportunidades(1);

B4 rico+ : rico(4), ricos(1);

B3 guerr+ : guerra(1), guerras(3);

B2 diferenc+ : diferenca(5), diferencas(1);

B2 impunidade : impunidade(2);

B2 muita : muita(3);

B2 nas : nas(2);

------------------------------

Formes associées au contexte C

------------------------------

C9 clima+ : clima(9);

C9 riqueza+ : riqueza(8), riquezas(9);

C7 natur+ : naturais(10), natural(5), natureza(1);

C7 privilegi+ : privilegiada(1), privilegiado(3), privilegio(1);

C6 recursos : recursos(5);

C5 aos : aos(3);

C5 relac+ : relacao(5);

C4 agradavel : agradavel(2);

C4 diversificada+ : diversificada(1);

C4 fal+ : falar(1);

C4 fato+ : fatos(1);

C3 das : das(4);

C3 princip+ : principais(1), principal(1);

C2 populacao : populacao(2);

C2 principalmente : principalmente(4);

C2 valoriz+ : valorizacao(1), valorizar(1);

------------------------------

Formes associées au contexte D

------------------------------

D9 cultur+ : cultura(5), culturais(1), cultural(7), culturas(4);

D9 diversidade+ : diversidade(8), diversidades(2);

D7 mistura : mistura(7);

D6 difer+ : difere(1), diferente(6), diferentes(2);

D5 uma+ : uma(8);

D4 dos : dos(7);

D4 influenci+ : influencia(1);

D2 consegu+ : consegue(1), conseguem(1);

D2 etn+ : etnica(1);

D2 religi+ : religiosa(2), religiosos(1);

------------------------------

Formes associées au contexte E

------------------------------

E9 educacao : educacao(28);

E6 saude : saude(9);

E5 bas+ : base(1), basica(1), basicas(1), basico(1), basicos(1);

E5 cidad+ : cidadao(3), cidade(1), cidades(1);

E5 compar+ : compara(2), comparacao(1), comparando(1), comparar(1);

E5 desenvolvidos : desenvolvidos(7);

E5 falta : falta(11);

E5 lei+ : leio(2), leis(4);

Anexos

126

E5 melhor+ : melhora(1), melhorar(4), melhorassemos(1), melhorem(1),

melhores(2);

E5 miseria : miseria(5);

E5 moradia : moradia(6);

E5 respeit+ : respeitamos(1), respeito(5);

E5 situac+ : situacao(2), situacoes(4);

E5 trabalh+ : trabalhando(2), trabalho(5);

E4 desenvolvimento : desenvolvimento(4);

E4 direito+ : direito(2), direitos(4);

E4 emprego : emprego(4);

E4 investimento : investimento(5);

E4 invest+ : investe(2), investem(2), investisse(1), investissem(1);

E4 vejo : vejo(6);

E3 conhec+ : conhecem(1), conheco(4);

E3 exist+ : existam(1), existe(5), existem(4), existentes(1);

E3 mundo : mundo(4);

E3 sei : sei(6);

E2 acontec+ : aconteca(1), acontece(2), acontecesse(1);

E2 boa+ : boa(4);

E2 etc : etc(4);

E2 fome : fome(3);

E2 governantes : governantes(5);

E2 lado : lado(4);

E2 pelos : pelos(2);

E2 pobr+ : pobre(1), pobres(3), pobreza(1);

E2 politicos : politicos(4);

E2 trabalhador+ : trabalhador(2), trabalhadores(1);

Anexos

127

--------------------------

D1: Tri des uce par classe

--------------------------

Clé sélectionnée : A

214 18 O #povo. porque, apesar-de tudo, temos carinho, #amor,

#solidariedade, compaixao. #calor #humano, #coisa que nenhum outro #povo,

por mais rico e auto_suficiente que seja tem.

31 14 A #fe, o #amor, e a uniao que nosso #povo tem.

139 14 A #solidariedade. O #povo e muito unido apesar-de muitas

#dificuldades.

149 14 A #fe, a #esperanca e o #amor.

296 14 #os #amigos sempre se #encontram em algum #lugar publico nunca

em suas proprias casas. somos quentes e #queremos repartir nosso #calor.

86 13 O seu #povo, pois e um #povo #alegre, criativo, espontaneo e

resistente, qualidades estas que nao #encontramos em qualquer #lugar.

230 13 O nosso #povo e #humano e #solidario, quando #quer pode tudo.

70 12 somos um #povo #sofrido, mas nunca #deixamos morrer a #esperanca

de-que as #coisas vao melhorar um #dia. somos humanos e #solidarios.

295 12 no #brasil cultuamos o #calor #humano, #os #amigos se abracam

quando de um #encontro. visitamos as casas dos nossos #amigos. na suica

nao e comum #ver contato fisico entre as #pessoas.

238 11 O que diferencia e que apesar-de tantas #dificuldades, o nosso

#povo e #acolhedor, e sorridente e as #pessoas sao muito batalhadoras,

alem-de possuir locais maravilhosos que so se #encontra aqui.

145 10 E um #pais que tem #sentimento, que #sabe #lutar por um amanha

melhor, com muita #alegria.

215 10 O #povo #brasileiro se #alegra com pouca #coisa, fica #feliz,

chora, ri com jogo de futebol, medalhas em olimpiadas e tudo o-que exalte

o nome do #brasil.

244 10 #vou vencer as #dificuldades, vamos. aqui somos mais emocao e

aprenderemos a nos #ajudar mais rapidamente, de verdade, se deus quiser e

ele #quer!

134 9 A #alegria, vontade de #viver e a-vontade de vencer e tudo! E

nossa #fe e #esperanca que nos sustenta.

281 9 AS desigualdades sociais. A beleza. O #calor #humano. porque

mesmo tendo um #povo #sofrido o #brasileiro ainda tem #esperancas.

267 8 E um #pais #feliz, sem muitas regras, o-que as vezes atrapalha

um pouco, mas e um #povo #amigo, #feliz, #solidario.

51 7 O #povo #brasileiro tem garra, e mais #caloroso, ou ate mesmo

mais #humano, que #os #povos dos outros #paises, #ajudam um #ao outro,

somos mais #solidarios.

40 6 porque no #brasil ha, bem no fundo cada-um de nos, o #amor pelo

#lugar em-que #vivemos e a #fe que juntos iremos conseguir. porque

#sabemos que-se cairmos, vai ter sempre alguem para nos levantar, nos

#fazer erguer a cabeca e seguir em frente.

67 6 elas tambem #deixam o #pais com um espirito mais #alegre, mesmo

com todas as #dificuldades.

Clé sélectionnée : B

123 49 A diversidade de #racas que o habitam, a discrepancia #nas

#condicoes #sociais, a pessima distribuicao de #renda, o abrigo do #rico e

#belo ao-lado do pobre e feio, enfim, toda a #diferenca que #convive num

mesmo #territorio.

41 27 O brasil e um pais #maravilhoso e #rico em #belezas naturais e

nao ha furacoes, #terremotos. mas ha #muita #corrupcao.

245 24 A #grande #desigualdade interna no pais. A #desigualdade

#social, a #desigualdade #economica que muitas #vezes e #gritante.

Anexos

128

343 23 A #desigualdade #social, nos aqui somos tratados por #classes

diferenciadas. quem tem mais ganha.

13 20 uma das #diferencas e que ele possui totais #condicoes naturais

para se #desenvolver, mas e um pais que possui uma #desigualdade #social

muito #grande.

43 18 nada: porque para deus todos nos somos iguais, nao #importa cor,

#raca, #classe #social.

181 17 A #desigualdade #social. porque o brasil e um pais que #da pouca

#oportunidade para os que vem de #baixa #renda.

320 17 alem #da #extensao #territorial, temos problemas que sao

dificeis de resolver. enquanto que os paises menores e mais #facil

organizar e #desenvolver a #economia.

329 16 A #diferenca esta, e que aqui, a #impunidade gera na #classe

dominante como algo impossivel de acontecer com eles, o-que-e verdade.

33 14 O brasil nao tem uniao, os outros #crescem e se #desenvolvem

porque certamente tem uniao e o nosso pais tem #muita #corrupcao.

111 14 O brasil, e um pais #belissimo, #cheio de #oportunidades, que

infelizmente tem que #conviver com o alto indice de mortalidade,

#violencia e exclusao dentro-de sua sociedade.

131 11 um pais #rico em recursos naturais, embora desprovido de

recursos #tecnologicos que fossem melhorar muitas vidas. O brasil e um

pais de #grandes contradicoes, onde a #diferenca de #classes sao

#gritantes.

140 11 O calor tropical do brasil, a alegria de viver das pessoas, a

#injustica e a #grande #desigualdade #social, a #corrupcao e o carnaval.

254 11 O clima e um fator muito #importante, ele e bom em qualquer

estacao, nao neva, nao tem #terremoto, e o-mais #importante, nao tem

#guerras.

55 9 porque o brasil tem menos #violencia. nao temos bomba, nao temos

#guerra.

56 9 A #diferenca do brasil dos outros paises e a falta de cultura

#nas pessoas de #baixa #renda. porque os politicos nao estao preocupados

com as causas #sociais, nao dao #condicoes para professores e alunos.

120 9 possui muitas riquezas naturais em seu #grande #territorio. tem

tambem aspectos negativos como a #desigualdade #social e as secas no

nordeste.

206 9 A #violencia e #grande e toma conta de-todo o pais. nao a

#violencia! desarme_se!

224 9 O que diferencia e a coragem, a #raca, a-vontade de sobreviver

mesmo sendo em um pais repleto de #desigualdade #social.

Clé sélectionnée : C

129 25 A diversidade cultural e a #riqueza em #recursos #naturais posso

destacar como #principais #aspectos, ja-que o brasil #possui a propria

identidade, que-se formou a #partir da mescla #das culturas, e um quadro

#natural #privilegiado em #relacao #aos outros paises.

188 22 alem #do relevo, o #clima e #principalmente o seu povo. porque o

brasileiro e singular em todos os #aspectos, mesmo #passando por muitas

provacoes consegui sorrir diante #das dificuldades.

53 18 O povo e bastante receptivo, somos amorosos, #clima #agradavel,

as nossas #riquezas #naturais, a cultura enorme que temos sem

#valorizacao. porque com todo esse conteudo o brasil com-certeza #poderia

ser um pais melhor, pois se #diferencia em varios #aspectos.

113 15 A sua #riqueza #natural. A #natureza #do seu povo.

88 12 acho essa a diferenca #principal #do brasil em #relacao #aos

outros paises, ja-que outros paises, as vezes com muitos menos #recursos,

administram, aproveitam muito mais.

144 10 porque nosso pais esta bem situado dentro #do planeta, com o

#clima e as #riquezas #naturais que todos os paises gostariam de ter, sem

#falar da simpatia e da alegria #do povo brasileiro.

Anexos

129

1 9 A #relacao que o povo tem com o #clima, temperatura e

circunstancias em-que ocorreram a colonizacao e imigracao de outros povos.

77 9 O #clima. porque nenhum pais tem um #clima tao #agradavel como o

nosso.

183 9 #principalmente a miscigenacao e o mau aproveitamento de seus

#recursos e #riquezas #naturais. O brasil e um dos paises que mais houve

presenca de diversos povos.

112 8 A diversidade da #flora, #fauna e #riquezas #naturais presentes

no pais, pena que sua #populacao nao saiba #valorizar o-que #possui.

114 8 nao tenho grande conhecimento de outros paises. mas, #pela minha

vivencia, digo que temos um pais #privilegiado, pelo #clima, beleza

#natural, geografia, e #principalmente pelo povo, que carrega dentro-de si

#caracteristicas da mistura de varios povos.

169 8 as suas #qualidades em #termo de #clima, #riquezas e #populacao.

porque o brasil e o pais #do futuro e dispoe de grandes #riquezas

minerais, vegetais, entre outras.

30 6 A sua #riqueza #natural, porque nosso pais e ate mesmo

#explorado por-isso.

42 6 eu #diferencio o brasil de outros paises por sua vasta #riqueza

vegetativa.

161 6 A beleza #natural, a receptividade #do seu povo, alegria. em

outros paises tem se a #riqueza, melhores condicoes de vida, mas nao tem

esses #fatos que citei acima.

172 6 tenho alguns conhecimentos em #relacao a outras culturas. vejo a

#riqueza que pode ser trabalhada com mais interesse. O povo tambem, sao

cavalheiros, #diferenciam apenas em #relacao #aos outros estados.

9 5 O brasil tem dimensoes continentais possuindo, assim, a cultura

bem #diversificada. as condicoes #naturais sao um #privilegio que temos. O

brasileiro e feliz apesar #das dificuldades economicas.

110 5 O brasil, ou melhor, o povo brasileiro e uma nacao acolhedora,

alegre, divertida e o pais em si se #diferencia #pela #riqueza de

#recursos #naturais que acabam sendo desvalorizados, infelizmente, pelo

homem.

265 5 A cultura, o povo, a simpatia #das pessoas e #principalmente a

beleza #do lugar.

Clé sélectionnée : D

314 36 A #mistura de #cultura. pois com essa #mistura fazemos com-que o

brasil #tenha #uma caracterizacao #diferente #dos outros, com isso ha #uma

beleza #diferente.

132 21 O brasil e #uma #mistura #dos opostos.

304 20 sua #mistura de #culturas.

101 16 humanas. A #diversidade #cultural e magnifica. eu #tenho orgulho

de ser brasileira.

302 16 podemos ate mesmo representar cada #regiao com #uma #cultura

#diferente.

89 14 E um pais que acolhe a todos sem restricao e possui muitas

#diversidades: #cultural, #religiosa, #etnica, biologica, etc, o-que faz

dele muito legal.

71 12 O brasil e #diferente pela sua #diversidade em todos os seus

aspectos, #seja #cultural, natural ou #dos habitantes.

79 12 #mistura #cultural de conceitos #humanos, naturais e artisticos.

onde mais voce acha #uma #mistura como aqui?

80 10 A #diversidade #cultural e a criada pelo homem, porque os

brasileiros #conseguem conviver harmoniosamente com essa diferenca.

241 10 essa #diversidade #religiosa tao intensa que entretanto #causa

conflitos #religiosos. #diferente de #diversos outros paises do globo.

301 10 A nossa heterogeneidade. talvez porque nosso pais e muito

grande, ha #uma vasta #cultura que-se #difere do norte ao sul do pais.

21 8 tambem. O brasil e outros paises sao #diferentes de #cultura.

Anexos

130

23 8 A #cultura. porque os outros paises nao tem #diversidade

#cultural.

28 8 O brasil e #diferente #dos outros paises porque aqui certamente

#consegue se viver em harmonia de paz com a natureza etc.

90 8 A abertura #cultural de outros paises aqui. um pais tao jovem,

com tantas #diversidades internas, #propria nocao e tao aberto a outras

#culturas.

118 8 todos os paises sao #diferentes uns #dos outros.

208 8 sao varios #fatores que #imagino diferenciar #dos outros paises,

entre eles encontra a #diversidade de #culturas integradas em um so pais,

propiciando_o encontrar areas com comidas,

231 8 A grande variedade de #culturais, porque e o pais que mais

sofreu #influencia de varios paises.

189 5 A quantidade de #culturas que abriga e a pouca idade como pais

que o brasil tem. porque o interesse #dos povos que aqui chegaram como

donos da #terra nao era o de constituir #uma #nacao, mas um mercado.

Clé sélectionnée : E

211 30 por um #lado negativo, #vejo um pais com varios #tipos de

preconceito, corrupcoes, que nao oferece uma #vida justa para os menos

favorecidos, que nao tem #direito a #educacao, #saude, #moradia.

218 30 A #falta de #emprego e #moradia, #comparando com paises

#desenvolvidos que neles a #educacao e muito valorizada, fazendo com-que

haja mais #emprego e #moradia.

44 27 A #falta de cultura, o excesso de #pobreza fazem com-que o

brasil viva um ciclo de #miseria e desigualdade vicioso. em paises de

primeiro #mundo, #as prioridades sao #saude #educacao, #moradia e

#emprego.

324 24 nao #conheco nenhum outro pais, mas acho, pelo o-que #leio e

#vejo na televisao #existem paises #melhores.

109 22 alem-disso, #falta me #base para a #comparacao, uma-vez-que

#conheco superficialmente a realidade de outros paises.

225 22 porque ele e o-mais #pobre, e #falta muito para sermos um

primeiro #mundo.

251 17 A violencia e a #falta de #investimento em algumas #cidades; o

desemprego; #falta de #investimento na #educacao. no-entanto, se tudo isso

#acontecesse #as pessoas teriam mais oportunidades de viver bem

#trabalhando, dando uma #educacao melhor para seus filhos, nao dando

espaco para a violencia.

166 16 A divida externa em primeiro lugar. nao tem um bom

#desenvolvimento nas industrias, tecnologias, #etc. nao se #investe na

#educacao qualificada, temos muitas escolas, mas nao prepara os

professores para atuarem no mercado de #trabalho, e que-se #investisse na

#educacao, teriamos professores mais qualificados.

258 16 posto-que o governo, os #politicos em-geral, nao #investe na

#educacao, para terem sempre votos e darem em troca deste uma cesta

#basica ou outras coisas do #tipo.

266 16 diferencia o brasil de outros paises por nao ter uma #boa

#educacao, bom esporte, #boa #saude, pelo #cidadao nao ter o #respeito que

merece, infelizmente o brasil nao tem isso que citei em-cima.

337 16 por um #lado, #as pessoas no brasil sao negligenciadas #pelos

#governantes, abandonadas, sem #saude, sem #educacao, sem #trabalho. por

outro #lado, e uma felicidade poder viver #livre, poder ter sua crenca,

seus valores, #etc. O brasil e muito rico em recursos naturais, se

#melhorassemos o social, poderiamos ir bem mais longe.

49 11 A diferenca que #vejo nos outros paises e o #investimento que os

#governantes tem la para #as carencias, como prioridade, #educacao e assim

sucessivamente.

171 11 A economia; estrutura agraria; industrializacao; a #educacao;

#saude e #moradia e outros fatores, porem o brasil so perde para os paises

de primeiro #mundo, mesmo porque #existem paises vivendo #situacoes muito

Anexos

131

mais danosas do que a nossa, principalmente em relacao a ma distribuicao

de renda.

333 11 nao #sei, nao #conheco outro pais. #sei que tem outros paises

com #as mesmas #situacoes, ou piores.

50 9 O #respeito dos #trabalhadores sao reconhecidos

profissionalmente.

137 9 apesar da #miseria, somos receptivos, #respeitamos #as #diversas

crencas #existentes e acreditamos na #melhora dessa #situacao de

desigualdade.

223 9 O governo que deveria ter mais atencao com os #pobres e criar

mais #emprego, assim evitaria a criminalidade.

165 8 A #educacao, a #saude, o analfabetismo. porque os #governantes

aplicam o dinheiro em favor do povo.

176 8 parece absurdo, mas e o-que #acontece no brasil. mas em

#situacoes parecidas #existe varios outros paises. A pergunta e o-que esta

acontecendo, de toda sorte a resposta ja sabemos.

Anexos

132

---------------------------------

D2: Calcul des "segments répétés"

---------------------------------

Seuls les 20 SR les plus fréquents sont retenus ici :

2 25 o brasil+

2 21 e a

2 20 as pess+

2 18 no brasil+

2 18 riqueza+ natur+

2 17 O brasil+

3 13 E um pais+

2 13 outros pais+

2 12 nao tem

2 12 seu povo+

2 12 desigualdade+ soci+

3 11 os outros pais+

2 10 do brasil+

2 10 calor+ human+

2 10 ach+ que

2 9 um pais+

2 9 que e

2 9 e um

3 8 O brasil+ e

2 8 A diversidade+

--------------------------------------------

D2: Calcul des "segments répétés" par classe

--------------------------------------------

*** classe n° 1 (20 SR maximum) ***

2 1 9 calor+ human+

2 1 9 as pess+

2 1 7 e a

2 1 6 no brasil+

2 1 5 um povo+

2 1 5 e o

2 1 4 O brasil+

3 1 4 E um pais+

2 1 4 que e

2 1 4 que exist+

2 1 4 de viv+

3 1 4 somos um povo+

2 1 4 o brasil+

2 1 4 e que

2 1 4 pess+ de

3 1 4 os outros pais+

2 1 4 os que

2 1 3 O povo+

5 1 3 O brasil+ e um pais+

2 1 3 um pais+

*** classe n° 2 (20 SR maximum) ***

2 2 10 desigualdade+ soci+

2 2 4 o brasil+

Anexos

133

2 2 3 O brasil+

2 2 3 nao tem

2 2 3 a diferenc+

2 2 3 riqueza+ natur+

3 2 2 E um pais+

2 2 2 A diversidade+

2 2 2 nao ha

2 2 2 e que

2 2 2 e a

2 2 2 pess+ de

2 2 2 bel+ natur+

3 2 1 O que diferenci+

3 2 1 O brasil+ tem

6 2 1 O brasil+ e um pais+ de

5 2 1 O brasil+ e um pais+

3 2 1 um pais+ de

2 2 1 um pais+

2 2 1 todos os

*** classe n° 3 (20 SR maximum) ***

2 3 8 riqueza+ natur+

2 3 4 seu povo+

2 3 4 que temos

2 3 3 outros pais+

2 3 3 recursos natur+

2 3 2 A diversidade+

2 3 2 o nosso

2 3 2 o brasil+

2 3 2 e um

2 3 2 a diferenc+

3 3 2 os outros pais+

2 3 2 bel+ natur+

4 3 1 O povo+ e as

3 3 1 O povo+ e

2 3 1 O povo+

3 3 1 O brasil+ tem

4 3 1 O brasil+ e muito

4 3 1 O brasil+ e um

3 3 1 O brasil+ e

2 3 1 O brasil+

*** classe n° 4 (20 SR maximum) ***

2 4 4 de cultur+

4 4 2 O brasil+ e difer+

3 4 2 O brasil+ e

2 4 2 A diversidade+

2 4 2 A cultur+

2 4 2 outros pais+

3 4 2 mistura de cultur+

2 4 2 dos outros

4 4 1 E um pais+ que

2 4 1 nao tem

2 4 1 um pais+

4 4 1 todos os pais+ sao

3 4 1 todos os pais+

2 4 1 todos os

2 4 1 seu povo+

3 4 1 outros pais+ sao

4 4 1 nosso pais+ e muito

Anexos

134

3 4 1 que e a

2 4 1 que e

2 4 1 porque o

*** classe n° 5 (20 SR maximum) ***

2 5 7 no brasil+

2 5 7 na educacao

2 5 7 as pess+

2 5 5 o brasil+

2 5 4 a de

2 5 4 falta de

2 5 3 nao tem

2 5 3 todos os

2 5 3 outros pais+

3 5 3 em outros pais+

2 5 3 apesar-de tudo

2 5 3 e a

2 5 3 a educacao

2 5 3 do povo+

2 5 3 ach+ que

3 5 2 O brasil+ e

2 5 2 nosso pais+

3 5 2 nos outros pais+

2 5 2 que nao

2 5 2 que os

Anexos

135

------------------------------

D3: C.A.H. des mots par classe

------------------------------

C.A.H. du contexte lexical A

Fréquence minimum d'un mot : 5

Nombre de mots sélectionnés : 17

Valeur de clé minimum après calcul : 2

Nombre d'uce analysées : 87

Seuil du chi2 pour les uce : 0

Nombre de mots retenus : 17

Poids total du tableau : 197

|----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

A3 amor+ |--------------------------------+---------+------+

A5 amigo+ |--------+-----------------------+ | |

A4 encontr+ |--------+ | |

A4 pess+ |----------------------+---------------+---+ |

A4 solidar+ |----------+-----------+ | |

A7 calor+ |-----+----+ | |

A5 human+ |-----+ | |

A4 diz+ |------------------------+-------------+ |

A5 quer+ |----------+-------------+ |

A2 lugar+ |----------+ |

A4 ajud+ |-----------------------+------------+------------+

A4 dificuldade+ |-----------+-----------+ |

A4 solidariedade |-----------+ |

A5 povo+ |----------------------------+-------+

A5 esperanc+ |-----------------+----------+

A4 alegr+ |--------+--------+

A3 lut+ |--------+

Anexos

136

C.A.H. du contexte lexical B

Fréquence minimum d'un mot : 5

Nombre de mots sélectionnés : 6

Valeur de clé minimum après calcul : 2

Nombre d'uce analysées : 31

Seuil du chi2 pour les uce : 0

Nombre de mots retenus : 6

Poids total du tableau : 48

|----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

B9 soci+ |-------------------------------+-----------------+

B8 desigualdade+ |--------------+----------------+ |

B5 grande+ |--------------+ |

B7 classe+ |------------------+------------------------------+

B4 rico+ |-+----------------+

B2 diferenc+ |-+

Anexos

137

C.A.H. du contexte lexical C

Fréquence minimum d'un mot : 5

Nombre de mots sélectionnés : 5

Valeur de clé minimum après calcul : 2

Nombre d'uce analysées : 28

Seuil du chi2 pour les uce : 0

Nombre de mots retenus : 5

Poids total du tableau : 48

|----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

C9 riqueza+ |-------------------------------+-----------------+

C9 clima+ |---------+---------------------+ |

C7 privilegi+ |---------+ |

C7 natur+ |---------------+---------------------------------+

C6 recursos |---------------+

Anexos

138

C.A.H. du contexte lexical D

Fréquence minimum d'un mot : 5

Nombre de mots sélectionnés : 6

Valeur de clé minimum après calcul : 2

Nombre d'uce analysées : 22

Seuil du chi2 pour les uce : 0

Nombre de mots retenus : 6

Poids total du tableau : 52

|----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|

D6 difer+ |---------+--------------------------+------------+

D4 dos |---------+ | |

D7 mistura |----------------------+-------------+ |

D5 uma+ |----------------------+ |

D9 cultur+ |--------------+----------------------------------+

D9 diversidade+ |--------------+

Anexos

139

C.A.H. du contexte lexical E

Fréquence minimum d'un mot : 5

--------------------

* Fin de l'analyse *

--------------------

Date : 5/ 8/**; Heure : 15:24:27

Temps d'execution : 0 h 1 mn 33 s

Anexos

140

Anexo E:

Quadro de categorização

do Corpus II da Questão 2

Anexos

141

CATEGORIA RESPOSTA DEP. ADM. ESTADO

Liberdade Porque o Brasil está cheio de graves problemas, de difíceis soluções (muitos não

dependem do Brasil para serem solucionados), mas mesmo assim há pessoas felizes,

sonhadoras (como eu), que acreditam na solução desses problemas (pobreza, racismo,

injustiça, violência, condição de vida subumana para alguns...).

Pública Rio Grande do Sul

Liberdade Acho que o Brasil é um país lindo, com muitos recursos naturais mas onde existe muita

desigualdade social o que ocasiona violência. Também acho mal administrado.

Pública Rio Grande do Sul

Liberdade Porque o país é cheio de injustiças, roubalheiras... E ao mesmo tempo, e apesar disso e

por isso, fundamentado (mitologicamente ou não, ou melhor, semióforo?) em

esperança...

Pública Rio Grande do Sul

Liberdade Acho que o Brasil é um país muito rico nas condições naturais, possui floresta

amazônica, rios, podendo ser bastante explorado neste campo. Cada estado possui a sua

beleza. Só um dos problemas que incomodam bastante é a desigualdade social, o

acúmulo de riquezas de poucos e pobreza de muitos.

Pública Rio Grande do Sul

Liberdade Porque é nossa realidade: um país imenso, que parece fechar os olhos e cruzar os braços

diante dos imensos recursos de que dispõe e que enfrenta dificuldades que são mundiais

mas que poderiam ser amenizadas através do gerenciamento coerente desses recursos.

Pública Rio Grande do Sul

Liberdade /

Compromisso

Porque o Brasil tem uma natureza exuberante e um povo que ainda não sabe utilizar tudo

isso ao seu favor.

Pública Rio Grande do Sul

Liberdade /

Compromisso /

Iniciativa

O Brasil é um país muito rico em belezas naturais, também temos um povo que está

preocupado com a melhoria de vida da população e com uma educação melhor para que

o nosso país consiga vencer as dificuldades e diminuir a violência.

Particular Rio Grande do Sul

Liberdade Porque o Brasil tem muitas belezas, mas também tem muita violência e pobreza. Claro

que existem outras coisas mas achei elas mais importantes e que me marcam muito. O

Brasil tem dois lados: um bom e um ruim. Um de encantos mil, outro assustador.

Particular Rio Grande do Sul

Liberdade O Brasil é rico em natureza, beleza e raça, mas tem problemas sérios a serem resolvidos,

que não são resolvidos.

Particular Rio Grande do Sul

Liberdade Pela desvalorização e o abandono com as pessoas. Particular Rio Grande do Sul

Liberdade É um país que tem tudo, ou quase tudo para dar certo, só que mal visto, mal pensando. Particular Rio de Janeiro

Liberdade Porque ao mesmo tempo que é o país da alegria, da união, há também a tristeza nos olhos Particular Rio de Janeiro

Anexos

142

das pessoas, um país que se segura na esperança para viver, onde há sempre uma mão

amiga a nos esperar e um sorriso para um coração amargurado.

Liberdade Porque o Brasil é um país que tem muitas coisas boas, o problema é que há muita

desigualdade social, políticos corruptos, falta educação e empregos dignos para a

população.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade Eu acho que essas regiões tem todo um contexto histórico para justificar todos estes

problemas. Deveria haver toda uma preocupação em como resolver estes problemas

sociais e econômicos.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade Mesmo com a falta de todas as coisas importantes que precisamos, como saúde, escola,

educação, e principalmente segurança. Podemos considerar que Brasil, e beleza que ele

nos apresenta.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade /

Compromisso

Eu falei muito das coisas que faltam no Brasil, acho que melhorando alguns itens vamos

tornar um lugar melhor. Isso aqui é um lugar bom e bonito, temos que dar valor.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade O Brasil é um país lindo, rico em culturas e bens naturais. Ele poderia ser hoje um país

de primeiro mundo e não é, porque as diferenças sociais, violência, falta de estrutura

familiar e incentivo governamental nos faz um povo pobre, sem sonhos, pobres, nos faz

imbecis sem sermos imbecis, nos faz cegos com olhos abertos.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade /

Compromisso

Porque o nosso país é muito rico, tanto em recursos naturais quanto culturalmente, mas

não sabemos dar valor. Com tanta desigualdade entre as pessoas, acabamos esquecedo

quem somos e de onde viemos.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade Pois ele apresenta coisas boas e coisas ruins para a sociedade, mas tem que se mudar

muito.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade Porque o Brasil tem divisão, classes, ricos e pobres, enquanto os nossos governantes não

investirem na educação, saúde, esportes, o futuro do nosso país será comprometido com

as diferenças sociais.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade /

Compromisso

Porque o Brasil é um país muito grande, com suas curiosidades e peculiaridades. É um

país rico culturalmente e que aos poucos vamos aprendendo com tudo isso, acredito que

tudo isso aqui vai mudar para melhor, basta lutarmos pelo que acreditamos, o Brasil é

assim, um país com glórias e derrotas.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade /

Compromisso

Porque representa o contraste de nosso Brasil. E baseado nele pode-se fazer algo para

melhorá-lo.

Pública Rio de Janeiro

Anexos

143

Liberdade Porque o Brasil é esse conjunto de diferentes valores, ao mesmo tempo em que nos

saciamos com o jantar, outros passam fome e perdem ainda mais a perspectiva de viver.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade Porque é disso que o Brasil é cheio: lugares lindos, muita paisagem, riquezas naturais.

Mas o homem não cuida disso, destruindo-os. Por não saber administrar o que tem, surge

miséria e violência. Mas apesar de tudo isso, os brasileiros continuam tendo muita fé e se

alegrando com qualquer coisa.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade /

Compromisso

Porque vivemos todos os dias e cada dia uma sobrevivência desesperada, lançado na

sorte para superar obstáculos sem perder a esperança que a educação pode melhorar e

transformar o homem em homem.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade Porque o Brasil é uma total diversidade em todos os sentidos, tendo lugares frios e

quentes, pobres e ricos, não explorados e totalmente explorados.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade /

Iniciativa

Acho que o Brasil é um local de múltiplas dimensões, mas que não deixa de ser só. Não

se pode tapar o sol com a peneira e deixar de ver os defeitos, mas acho que o mais

importante é persistir na luta e não perder a alegria que é nata de todos desse solo.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade /

Compromisso

Porque o Brasil é toda essa mistura. Enquanto uns tem tudo do bom e do melhor, outros

não tem nada; o povo desperdiça tudo e não vê que outras pessoas estão necessitando.

Como que pessoas investem tudo no futebol, sabendo que a desigualdade social é

imensa. Porque ao mesmo tempo em preservar a natureza, nós mesmo a matamos. O

Brasil é um total paradoxo.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade Porque o Brasil foi formado por várias culturas e tem diversos costumes e crenças e

conforme foi evoluindo adquiriu também as culturas ruins dos outros países, como as

armas e as drogas.

Particular São Paulo

Liberdade Porque o Brasil é um mix de várias culturas, povos, tem muita tristeza como tem alegria,

tem desenvolvimento e progresso.

Particular São Paulo

Liberdade Porque o Brasil é muito louco, uma mistura de tudo e de todos, onde tudo pode, nada

pode e depende de quem desejar realizar algo.

Particular São Paulo

Liberdade /

Compromisso

O Brasil é isso tudo e muito mais. Há muito se diz que existem vários Brasis dentro do

Brasil, e eles se cruzam, se emaranham e por vezes se chocam. Este estado que luta para

ser nação é uma realidade complexa e muitifacetada, que exige atenção para que se

descubra qual é a cara da nação.

Pública São Paulo

Liberdade Essa síntese proporciona uma visão geral das atividades presentes no país, as quais Pública São Paulo

Anexos

144

muitas vezes a gente nem se dá conta. Tudo isso é Brasil porque somos uma nação de

várias faces, isto é, a alegria contrasta com situações desmotivadoras na sociedade.

Liberdade Devido aos conhecimentos que possuo sobre esse grande país, do qual conheço apenas o

Paraná São Paulo e Espírito Santo, onde estive. Os contrastes são visíveis, não só os

sociais, mas os de ordem geográfica. O leste populoso, o interior nem tanto. Florestas

originais devastadas, floresta amazônica ainda bem preservada.

Pública São Paulo

Liberdade É o que eu tenho visto. Um país com tantos recursos naturais e humanos, se rendendo

aos caprichos do capitalismo, com suas funestas conseqüências, como a miséria, a grande

desigualdade social, concentração de terras e renda.

Pública São Paulo

Liberdade /

Compromisso /

Iniciativa

Porque são conseqüência de nossa vida, da nossa história como um povo colonizado e

explorado, vivenciando conflitos e aprendendo, ganhando e perdendo. O que vemos no

mapa somos nós. É preciso que nos olhemos no espelho para nos corrigirmos e

melhorarmos.

Pública São Paulo

Liberdade O Brasil é fruto de vários tipos de colonização. Ele é retrato de vários interesses, sendo a

população a que recebe toda essa influência. O Brasil é injusto com seu povo.

Pública São Paulo

Liberdade Porque tudo isso retrata, pelo menos tenta retratar, muito do que existe no país, desde o

mais desenvolvido, até o mais simples, desde a riqueza até a pobreza enfim, todas as

disparidades que aqui existem.

Pública São Paulo

Liberdade O Brasil é um país grande! Grande territorialmente, de muitas raças, muita mistura,

muitas línguas, muita cultura. Ao mesmo tempo o Brasil tem coisas ruins: a seca, a

poluição, a pobreza, a fome. Então é uma grande mistura, de coisas boas e ruins.

Pública São Paulo

Liberdade De maneira superficial, tentei retratar um pouco da cultura do nosso povo, do folclore de

cada região, além dos aspectos econômicos e problemas socioeconômicos e ambientais,

como a seca no nordeste e a poluição na região sudeste.

Pública São Paulo

Liberdade Porque o Brasil é uma mistura de valores. Industrializado em grandes cidades, carente

em outras, rico em fauna e flora, ao mesmo tempo que é puro asfalto em outra.

Pública São Paulo

Liberdade Porque é ao mesmo tempo tão rico e tão pobre. Pública Goiás

Liberdade Infelizmente coloquei mais os problemas do Brasil, que é o mais visível, o que se

destaca.

Pública Goiás

Liberdade Porque o Brasil possui abundância em fauna, flora e cultura, sendo essas grandes

riquezas de um país, mas que ainda não são reconhecidas com a devida importância.

Pública Goiás

Anexos

145

Liberdade Porque o Brasil é constituído dessa mistura: muitas riquezas naturais, porém muita

corrupção e muita violência.

Pública Goiás

Liberdade Porque isso é a conseqüência da nossa colonização. E de pessoas como eu que sabem e

vêem isso acontecer e não fazem nada para mudar. Porque vejo, leio, ouço e respiro isto

todos os dias.

Pública Goiás

Liberdade /

Compromisso

Porque realmente fazem parte do Brasil. No caso da escola, já foi melhorada muito, mas

ainda tem muito a melhorar, e essa melhora aconteceu porque o povo como um todo

descobriu que ela é essencial.

Particular Bahia

Liberdade /

Compromisso /

Iniciativa

Por viver mais de vinte anos em busca de uma transformação nesse país e saber que

ainda não entenderam que para progredirmos precisamos como fator principal uma

educação para todos e de boa qualidade. Sonho porque acredito nele, para mim só tem

uma saída, a Educação.

Particular Bahia

Liberdade Porque o Brasil é rico e ao mesmo tempo pobre. Onde num lugar tem abundância e em

outro há fome. Mas quero salientar que este Brasil em que vivemos pode nos dar alegria

apesar dos pesares.

Particular Bahia

Liberdade O Brasil é assim cheio de contrastes. Seria melhor que os contrastes negativos não

existissem, todos pudessem desfrutar das boas coisas nele existentes.

Particular Bahia

Liberdade Porque não há investimento no que realmente é necessário, e quando são feitos tais

investimentos, como exemplo a educação, não são feitos de forma séria, com vontade de

mudar o que realmente está errado e muitas vezes aprendemos só de fachada para

mostrar que está fazendo.

Particular Bahia

Liberdade Porque nosso país é manipulado pela classe capitalista. Particular Bahia

Liberdade Porque o Brasil é um país de terceiro mundo, não podemos comparar o Brasil com, por

exemplo, Estados Unidos, onde a educação é de primeiro mundo, que é fundamental para

uma nação onde todos têm privilégios, pois o ensino é igual para todos, sem falar dos

meios de transporte, onde todos pegam ônibus.

Particular Bahia

Liberdade /

Iniciativa

O desemprego no nosso país atinge a maioria das famílias, o que acontece é a

concentração de renda que fica na mão de poucos, transformando o nosso Brasil em um

país que tem maior desigualdade social. Perdendo só para alguns na África. Mas tudo

isso transforma o povo trabalhador, pelos seus direitos e pela sua felicidade.

Particular Bahia

Liberdade / Porque para mim o Brasil é o país do futuro, onde as condições de educação, no Particular Bahia

Anexos

146

Compromisso /

Iniciativa

momento são insuficientes, não só essas como outras mais. Podendo melhorar quando a

sociedade em si se conscientizar que devemos lutar pela paz. Pela união, acabando com

as desigualdades sociais e violência.

Liberdade /

Compromisso /

Iniciativa

Porque esses recursos contribuíram para o desenvolvimento do país e do mundo

globalizado. E mesmo porque a floresta amazônica e os recursos encontrados nela é

nosso e devemos fazer um tudo para protege_la.

Particular Bahia

Liberdade Não necessariamente isso tudo é Brasil. Mas compõe elementos que são importantes para

a nossa vida. Digamos, o elemento que cada ser humano deveria receber. Nem sempre

todos possuem moradia, educação, ou usufruir da própria natureza que está a sua volta.

Eu faço parte desse contexto, é o Brasil que tem muita riqueza, embora há outros

requisitos a serem questionados, como a desigualdade, fome, violência e falta de

respeito, até em relação às crianças e os idosos. Mas isso tudo eu vejo que o povo talvez

não foi educado para tal.

Particular Bahia

Liberdade Essa é a situação atual em que vivemos. Debate-se muito sobre essas coisas, mas a

realidade é que o Brasil está doente e precisa de um remédio rápido e eficaz, caso

contrário tudo não passará de discussões.

Pública Bahia

Liberdade Porque o Brasil é um país que é composto por uma mistura de belezas com

desigualdades sociais. E a escola é o local onde essa desigualdade fica bem nítida.

Pública Bahia

Liberdade São as coisas que eu conheço e que me vieram a mente no momento. Elas constituem o

Brasil e algumas delas influenciam em minha vida e em minha formação. Cresci ouvindo

e ouço até hoje tudo isso e muito mais sobre o país. São características do povo, da

geografia e da sociedade brasileira: cor de pele, litoral extenso, preconceito, violência,

amor pelo país e muito trabalho.

Pública Bahia

Liberdade Acredito nas riquezas do país. O cultural, natural, os povos são exemplos dessas

riquezas, apesar dos contrastes sociais aqui existentes. Este (os contrastes) certamente é

um ponto a ser considerado pela sociedade e governantes para a melhoria, um avanço no

desenvolvimento do país.

Pública Bahia

Liberdade A Brasil tem uma área verde belíssima, e um espaço que serviria para ser utilizado para o

melhoramento tecnológico e econômico. Pessoas que poderiam ser empregadas na

limpeza das praças, ruas, etc estão abandonadas ao seu próprio destino.

Pública Pernambuco

Liberdade O Brasil e suas contradições, onde alguns estados recebem mais apoio que outros. Pública Pernambuco

Anexos

147

Liberdade Porque dá para ver em todos os lugares, onde tem notícia. A violência impera e tudo que

desenhei para mim tem haver com o Brasil. Só o Carnaval, futebol e São João para nos

fazer esquecer um pouco das mazelas do Brasil.

Pública Pernambuco

Liberdade Não apenas o que desenhei, meu país tem uma infinidade de coisas boas e outra

infinidade de coisas ruins. Acho que é uma característica nossa, a diversidade.

Pública Pernambuco

Liberdade Porque o Brasil é um país de contraste econômicos, políticos e sociais. Onde a riqueza e

a pobreza andam juntos. E ninguém faz nada para melhorar essa desigualdade social.

Pública Pernambuco

Liberdade Devido a própria sociedade e aos governantes do país, pois não se procura soluções para

os problemas atuais: violência, fome, miséria, pobreza, inundações, sem_teto...

Pública Pernambuco

Liberdade Porque é um país que recebe vários tipos de influências. Cada região tem seus costumes,

culturas e crenças diferentes, e que ainda não foi ensinada, ou melhor, não foi aprendida

a se respeitar essas diferenças.

Pública Pernambuco

Liberdade Realmente tudo isso faz parte infelizmente da nossa realidade atual, como a violência

que gera violência, a desigualdade que há em cada canto do nosso país e a impunidade

que acontece a cada dia.

Pública Pernambuco

Liberdade Porque o Brasil é o país repleto de coisas belas apesar de haver nele coisas ruins e que

devem ser superadas.

Pública Pernambuco

Liberdade Porque é um país grande, lindo, mas totalmente nas mãos de pessoas que irresponsáveis,

egoístas e literalmente más.

Pública Pernambuco

Liberdade São os acontecimentos que ocorrem todos os dias. Pessoas que procuram por emprego

que não acham; meninos sem uma educação de qualidade; as famílias cada vez mais

desestruturadas; os ambientes cada vez mais se degradando pelos homens.

Particular Pernambuco

Liberdade Pela falta de emprego, isso desestrutura todo um país, fazendo com que haja mais e mais

violência, tráfico, prostituição, e os demais itens citados, esquecendo que temos a maior

riqueza em nossas mãos que é a terra produtiva.

Particular Pernambuco

Liberdade Porque o Brasil é muito bonito, mas a violência está muito grande e as pessoas não têm

casa vivem na rua e tem também a fome que é um problema enorme.

Particular Pernambuco

Liberdade Porque temos um país rico, mas com seu povo pobre, e sabe por que isso? Porque em

quinhentos anos todos os nossos dirigentes só o exploraram.

Particular Pernambuco

Liberdade Somos diversificados, cheios de sonhos, vontades. O Brasil é lindo, precisa de mais

atenção.

Particular Pernambuco

Anexos

148

Liberdade /

Compromisso /

Iniciativa

Porque o Brasil é um país lindo, que todos unidos e com boa vontade pode mudar

algumas coisas que estão erradas.

Particular Pernambuco

Liberdade O Brasil é um país formado de pessoas humildes, simples, que sempre estão esperando

alguém dito mais preparado para dizer_lhes o que fazer, o que comer, em quem votar. As

famílias acreditam que a escola é o modo pelo qual terão uma oportunidade melhor de

vida e de trabalho. Porque os professores despertam essa esperança tanto nos jovens,

adultos, crianças e velhos.

Pública Pará

Liberdade Porque o Brasil vai de mau a pior. Os homens que chamamos humanos por serem

dotados de consciência, que deveriam saber distinguir o que é bom e o que é mau, na

maioria das vezes agem como animais, destruindo o que de alguma forma o mantém

vivo.

Pública Pará

Liberdade Por encontrar no Brasil todas essas riquezas e dificuldades sempre contrastante. Pública Pará

Liberdade Acho que o Brasil está passando por momentos muito difíceis, principalmente no que se

refere a educação, a fome, o desemprego, enfim, os problemas sociais que afetam nosso

país e que traz essas conseqüências citadas. Esperamos que haja conscientização por

parte dos governantes para melhorar nosso Brasil tão rico e de pessoas tão pobre.

Particular Pará

Liberdade Porque no Brasil temos de tudo um pouco, o que falta para melhorar é acabar com a

corrupção, que é dos grandes que começa a bagunça, a desonestidade.

Particular Pará

Liberdade Pelo fato que o nosso país passa por diversas crises que afetam indiretamente e

diretamente a população e a natureza.

Particular Pará

Liberdade Tudo isso é Brasil pelo fato de que nem todos têm a oportunidade de ter uma boa

educação. Tudo isso é Brasil porque os políticos só querem poder e quando eles o tem,

esquecem que fora dos seus gabinetes existe um povo trabalhador, que sofre por muitas

vezes não ter o que comer, onde trabalhar, o que vestir e nem onde morar. E esquecem

também que é esse voto que o elege.

Particular Pará

Liberdade Isso tudo é Brasil pelos seus contrastes sociais, econômicos e políticos. Particular Pará

Liberdade Porque estamos vivenciando a esta realidade. O Brasil infelizmente vive esta realidade

de injustiça com os seus habitantes, pois temos de tudo para nos tornarmos em um país

de primeiro mundo.

Particular Pará

Anexos

149

Liberdade Devido o Brasil estar cheio ainda de muitas pessoas sem informação, sem estudo, sem

escola. Pessoas e crianças sem perspectiva de vida, e mesmo a escola existindo e estando

ali, mesmo assim, o acesso para muitas pessoas ainda é difícil e distante.

Particular Pará

Liberdade Porque vivemos em um país onde o capitalismo se destacou, pois a desigualdade social

vem se abrangendo todos os dias, sem falar que a violência já se tornou normal no dia-a-

dia das pessoas.

Particular Pará

Liberdade Porque é considerado terceiro país, por isso que às vezes é esquecido. Os outros países

não ajudam o Brasil, só fazem tirar o que temos de bom.

Particular Pará

Liberdade Porque o Brasil é um país que passa por mudanças, mas que ainda é atrasado, é um país

solidário, religioso e festivo e tem como maior tesouro a Floresta Amazônica. É um país

que tem tudo para crescer.

Particular Pará

Liberdade Torna-se insensato questionar o Brasil e não citar a questão da educação, que revela a

insatisfação nacional, cada vez mais vê-se crianças fora da escola, trabalhando na rua, ao

invés de freqüentarem a escola, ocasionando num alarmado índice de analfabetismo que

resulta no aumento da criminalidade nacional.

Particular Pará

Liberdade Porque esse é o meu Brasil... que me assombra e entristece com sua indiferença ao povo

que sofre e me alegra com a capacidade desse povo de se superar. Um país de grandes

negócios, mas em que os pobres não interessam à conta dos maiores consumidores! E

porque o Brasil é um país de diferenças relevantes...

Pública Goiás

Liberdade Pois o Brasil tem um pouco tudo, coisas boas mas vejo a maior parte coisas ruins. Particular Rio Grande do Sul

Liberdade Porque nos vemos envolvidos na beleza natural do país, em meio à instabilidade social,

em desafios diários. A nossa fome é de conhecimento, não violência, saúde, educação,

democracia plena.

Pública Rio Grande do Sul

Liberdade O Brasil é um país heterogêneo, que tem grandes problemas como a violência, a seca no

nordeste, a exclusão social e desemprego que resulta num número crescente de

criminosos, mas que também tem coisas boas como a capacidade de aceitação,

geralmente, o racismo aqui é menor que no outro país, os recursos naturais etc.

Pública São Paulo

Liberdade /

Compromisso /

Iniciativa

Porque o Brasil é formado justamente com estes contrários, pois mesmo com tanta

dificuldade o povo continua sonhando e tentando mudar este quadro. E continuando

nesta luta, um dia chegaremos em algum lugar, ou seja, alcançaremos um ideal. No qual,

haverá lugar para todos.

Pública Pernambuco

Anexos

150

Liberdade Devido constar no quadro da atual visão do país, com suas contradições, pois ao mesmo

tempo que é um rico país, confere, ou melhor não confere ao seu povo vida digna. Não

sendo necessário ir para outro estado para constatar tal fato, ou seja ocorre a olhos vistos,

tanto no sentido de ver, apreciar, como provar suas belezas, como também confirmar

suas misérias.

Pública Pará

Liberdade Porque o Brasil tem um dos maiores índices de desemprego, de violência urbana e rural,

analfabetismo muito acentuado, miséria, resumindo um dos piores índices de qualidade

de vida do mundo.

Pública Pará

Liberdade /

Compromisso

Porque isso mostra um pouco da realidade que vivemos, o Brasil não é um país somente

de maravilhas, há muita violência nas ruas, muitos analfabetos que não tem como

estudar, mas também têm coisas lindas para serem lembradas, como as praias, as festas,

etc. O Brasil é um país que é muito bom, eu gosto de viver aqui, mas se cada um

pensasse no próximo, muita coisa mudaria.

Particular Pará

Liberdade O Brasil é um enorme território, onde quem manda é a minoria. Particular Pará

Liberdade /

Iniciativa

Acho que o Brasil é mais do que especifiquei e ainda assim poderia ser mais se não

houvesse tanta desigualdade, violência, poluição. O Brasil é um país lindo cheio de

riquezas, o país que amo e tenho sede de mudanças para torná-lo um país de primeiro

mundo.

Particular Bahia

Liberdade O Brasil possui muitas riquezas, porém as desigualdades sociais existem, a violência que

está invadindo o nosso país, as nossas casas; o descaso dos governantes, em relação a

fome, o desemprego, a injustiça. O Brasil chora, mas no fundo existe uma esperança.

Particular Goiás

Liberdade Por ser nossa realidade: temos esperança em cada governante que colocamos no poder.

Temos nosso pulmão próprio, mas não cuidamos dele. A dívida externa está cada vez

pior. A violência maltrata todos nós brasileiros, principalmente as crianças.

Particular Goiás

Liberdade Porque o Brasil possui muitas qualidades e também tem seus defeitos que precisa ser

melhorado.

Particular Goiás

Liberdade Na minha opinião a população deveria escolher melhor nossos governantes e nossos

governantes tomar conta do que é ser político e o cargo que exerce, as figuras se refere

aos políticos do Brasil, comparando as partes favorecidas e desfavorecidas.

Particular Goiás

Liberdade Porque o Brasil é um país distorcido, onde a marginalidade, a falta de valores, a miséria e

as coisas ruins tomam o lugar da realidade brasileira que é linda. O Brasil, é lógico, não é

Particular Goiás

Anexos

151

um país perfeito, mas há muitas coisas boas para se mostrar do nosso país.

Liberdade Porque infelizmente vivemos num país preocupado em resolver problemas pessoais dos

políticos, do que resolver os inúmeros problemas sociais que estamos passando.

Particular Goiás

Liberdade Infelizmente, embora ame o país onde nasci, vejo problemas sérios no mesmo. A fome se

alastra em nossa sociedade e a saúde não é de fato cuidada e, para mim isto é o essencial.

A educação também é escassa e assim, no despreparo de tantos cidadãos sem condições

de se tornarem críticos, éticos e ativos, partem para o mundo da marginalização, do

crime, da violência. Daí, o resultado: mortes a todo instante. Em contrapartida, vemos

também neste país de tantos desatinos a musicalidade (especialmente o samba, o

carnaval), a mulher como símbolo e padrão suprindo, ao menos parte, de tanto males.

Particular Goiás

Liberdade Porque é o que tenho visto apesar de quererem mudar mas não adianta cada dia que se

passa está aumentando a criminalidade, a seca, as favelas e a floresta cada dia está sendo

desmatada sem dó nem piedade.

Particular Goiás

Liberdade Porque estamos neste meio onde tudo agora é comandado pelo homem, pelo mais tem

poder. É um Brasil lindo, rico na natureza, em cultura mas que aos poucos está sendo

destruída pelo próprio homem, com toda sua ganância e hipocrisia.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade O Brasil é um país de uma riqueza extraordinária, mas a maioria da população não tem

acesso. O ensino continua voltado para a elite, esta usa a educação como aparelho

dominador. A pobreza está espalhada por todo o país e a cada dia essa desigualdade

social aumenta mais.

Pública Goiás

Anexos

152

Anexo F:

Quadro de categorização

do Corpus II da Questão 2

Anexos

153

CATEGORIA RESPOSTA DEPENDÊNCIA

ADMINISTRATIVA

ESTADO

Liberdade Há diferença? Além de aspectos, por assim dizer, culturais, criados, construídos

ao longo do trajeto da história... Há os que estão por cima, os que estão por

baixo, os que tentam mudar... como, imagino, em qualquer outro país. Não vou

dizer que somos um povo isso ou aquilo, ou que nossa terra sei lá o que. Não

estou, nesse momento, vendo diferença. Esperança? Garra? Não sei como são os

outros para dizer que aqui é diferente...

Pública Rio Grande do

Sul

Liberdade /

Compromisso

Uma das diferenças é que ele possui totais condições naturais para se

desenvolver, mas é um país que possui uma desigualdade social muito grande. A

grande população é favelada e não tem educação. Acho que uma forma de mudar

seria através da educação, mas é um trabalho difícil e não sei se todos estão de

acordo que isso aconteça para termos um crescimento.

Pública Rio Grande do

Sul

Liberdade A diversidade dos estados e seus habitantes, a diferença social, cultural, política

e econômica em uma única nação que é tão rica e cada vez mais pobre devido

aos seus filhos (filhos da nação) enquanto os outros países são apenas pobres ou

ricos.

Pública Rio Grande do

Sul

Liberdade O Brasil não tem união, os outros crescem e se desenvolvem porque certamente

tem união e o nosso país tem muita corrupção. Por isso que o Brasil não cresce.

Particular Rio Grande do

Sul

Liberdade O Brasil é um país maravilhoso e rico em belezas naturais e não há furacões,

terremotos... mas há muita corrupção.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade A falta de cultura, o excesso de pobreza fazem com que o Brasil viva um ciclo

de miséria e desigualdade vicioso. Em países de primeiro mundo, as prioridades

são saúde educação, moradia e emprego. No Brasil, falta dar importância a esses

aspectos com maior seriedade.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade O Brasil é um país lindo com suas reservas naturais, tem um povo acolhedor,

tudo que plantamos nasce. O que prejudica o país são os governantes corruptos

que só pensam em se beneficiarem e assim prejudicam o povo. Nos outros países

também há governantes corruptos, mas nem sempre somente o povo fica

prejudicado.

Particular Rio de Janeiro

Anexos

154

Liberdade A diferença que vejo nos outros países e o investimento que os governantes têm

lá para as carências, como prioridade, educação e assim sucessivamente. O

respeito dos trabalhadores são reconhecidos profissionalmente.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade /

Iniciativa

É um país alegre, que apesar de tudo não se desanima, e tenta melhorar o que há

de pior.

Particular Rio de Janeiro

Liberdade /

Compromisso

A diferença do Brasil dos outros países é a falta de cultura nas pessoas de baixa

renda. Porque os políticos não estão preocupados com as causas sociais, não dão

condições para professores e alunos. Na minha imaginação, quero um Brasil

aonde todas as crianças, independentes de ricos e pobres, pretos, brancos, tenha

os mesmos direitos e deveres com direito a escola, saúde, lazer e alimentação.

Esse é o meu Brasil

Particular Rio de Janeiro

Liberdade A corrupção e a consciência do povo. Um é conseqüência do outro. A corrupção

desvia verbas para projetos que trariam melhores condições para todos os

setores, principalmente a educação e a mídia, que são as responsáveis pelo

desenvolvimento da consciência e identidade de um povo.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade Não muita coisa, mas as oportunidades de divisões salariais são mais bem

sucedidas, apesar de outros países terem sues problemas.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade A calorozidade das pessoas e a desigualdade, ou melhor, a má distribuição de

renda. Primeiro que o brasileiro é um povo festeiro, amistoso e caloroso. E o

Brasil, essa imensidão de terra tão produtiva, pode ter milhares de brasileiros

passando fome, abaixo do nível de miséria.

Pública Rio de Janeiro

Liberdade O Brasil é muito bonito, muito rico, dispõe de muitas riquezas, de muito

potencial, mas é mal administrado e não só pelo poder, mas também pelo próprio

povo. Acho essa a diferença principal do Brasil em relação aos outros países, já

que outros países, às vezes com muitos menos recursos, administram,

aproveitam muito mais.

Pública Rio de Janeiro

Compromisso /

Iniciativa

A solidariedade, a gana e o esforço que os brasileiros trocam entre si para

conseguirem sobreviverem e se manterem.

Particular São Paulo

Liberdade A alegria, assim também como a violência. O carnaval, a cultura, as diferentes

formas de vida e de países. Infelizmente a baixa estabilidade financeira, entre

muitos outros...

Particular São Paulo

Anexos

155

Liberdade Os outros países, principalmente os desenvolvidos, além de ter incentivos para

que as condições melhorem, as pessoas lutam por um ideal e tem a ajuda dos

governantes na maioria das vezes. Já no Brasil tudo acontece ao contrário, as

pessoas estão acostumadas a viver na mesmice, e quando lutam por seus direitos,

são automaticamente impedidas e os governantes só se interessam em ganhar

dinheiro às custas dos pobres.

Particular São Paulo

Liberdade O Brasil, ou melhor, o povo brasileiro é uma nação acolhedora, alegre, divertida

e o país em si se diferencia pela riqueza de recursos naturais que acabam sendo

desvalorizados, infelizmente, pelo homem. O Brasil, é um país belíssimo, cheio

de oportunidades, que infelizmente tem que conviver com o alto índice de

mortalidade, violência e exclusão dentro de sua sociedade.

Pública São Paulo

Liberdade O Brasil é diferente, pois seu povo é muito alegre e receptivo. Tem uma cultura

muito extensa devido a mistura de raças de povos de diversas partes do mundo.

Possui muitas riquezas naturais em seu grande território. Tem também aspectos

negativos como a desigualdade social e as secas no nordeste.

Pública São Paulo

Liberdade O Brasil difere dos demais países, pois é jovem, se deixa influenciar por outros

países. Por ingenuidade ou sabotagem por parte dos governantes. É um país de

grandes desigualdades sociais, omisso com seu povo, onde grande parte da

população não tem acesso a serviços básicos de saneamento, saúde e educação.

Pública São Paulo

Liberdade A diversidade de raças que o habitam, a discrepância nas condições sociais, a

péssima distribuição de renda, o abrigo do rico e belo ao lado do pobre e feio,

enfim, toda a diferença que convive num mesmo território. Sobre uma mesma

bandeira.

Pública São Paulo

Liberdade Não sei exatamente o que diferencia o Brasil dos outros países, talvez situações

que existam em muitos países sejam mais gritantes no Brasil, ou não. Como, por

exemplo, a violência, a fome. Mas é relativo, porque aqui há muito assalto,

seqüestros, assassinatos e no Iraque há atentados terroristas que matam também.

Acho que no fundo os países são iguais, só muda o grau de desenvolvimento, a

economia, mas os problemas básicos acho que ocorrem na maioria.

Pública São Paulo

Liberdade /

Iniciativa

O Brasil se diferencia dos outros países pois possui um povo sofrido que

persevera na luta da sobrevivência. Um povo que se alegra a cada conquista,

mínima que seja. Um país rico em recursos naturais, embora desprovido de

Pública São Paulo

Anexos

156

recursos tecnológicos que fossem melhorar muitas vidas. O Brasil é um país de

grandes contradições, onde a diferença de classes são gritantes. O Brasil é uma

mistura dos opostos.

Iniciativa A alegria do povo brasileiro e o jeitinho que ele dá em seus problemas. Porque

nos outros não há essa característica, o calor dos brasileiros.

Pública Goiás

Liberdade A falta de justiça. Porque vale quem tem mais. Pública Goiás

Liberdade O calor tropical do Brasil, a alegria de viver das pessoas, a injustiça e a grande

desigualdade social, a corrupção e o carnaval.

Pública Goiás

Liberdade Apesar dos tantos problemas que descrevi, amo o Brasil, nossa cultura, nosso

futebol. O Brasil precisa é se livrar dos domínios dos outros países, da

dominação que o fará ser melhor.

Pública Goiás

Liberdade O Brasil é um país solidário, apesar da influência do sistema capitalista que

deixa muitos povos egoístas pela defesa do individualismo, porém é um povo

que recebe uma educação que acomoda iniciativas.

Pública Goiás

Liberdade Tudo, especialmente as pessoas e a abundância de água, apesar da incapacidade

e atitude de perpetuação por parte dos administradores na região nordeste.

Pública Goiás

Iniciativa O que diferencia o Brasil dos outros países é o seu povo que apesar de passar por

tantos problemas, como violência, fome..., ainda encontra tempo para se dedicar

aos outros. Possui um coração grande, é acolhedor e se preocupa com o social.

Pública Goiás

Liberdade As nossas riquezas, o calor humano. Porque se não fossem os desonestos hoje

seríamos um país livre economicamente, pois temos todo tipo de riquezas em

abundância, mas os que entram no poder só querem tirar vantagens.

Particular Bahia

Liberdade A forma de investimento educacional que os governos de outros países oferecem

e o nosso prefere que cada vez mais o brasileiro permaneça sem a boa educação,

porque assim eles poderão conduzir os seus interesses com mais facilidades. Eles

sabem que a educação para todos é uma ameaça para eles.

Particular Bahia

Liberdade Não conheço outros países de ir pessoalmente, mas, pelo o que a mídia e as

pessoas que foram dizem é que: o Brasil é um país alegre, extrovertido; com

gente bonita; sua beleza natural. Mas tenho que expressar aqui que em parte o

Brasil está muito atrás em termos de educação e qualidade de vida.

Particular Bahia

Liberdade Acho complicado comparar porque enquanto aqui passamos pelos problemas de Particular Bahia

Anexos

157

fome e miséria, em outros países que não passam por isso, as pessoas são mais

revoltadas. Mas acho que a diferença está principalmente no investimento em

educação em primeiro lugar.

Liberdade A divida externa em primeiro lugar. Não tem um bom desenvolvimento nas

indústrias, tecnologias, etc. Não se investe na educação qualificada, temos

muitas escolas, mas não prepara os professores para atuarem no mercado de

trabalho, e que se investisse na educação, teríamos professores mais

qualificados.

Particular Bahia

Liberdade O desrespeito aos irmãos, a impunidade, o jeitinho. A desvalorização da mão-de-

obra no nordeste e a diferença salarial entre homens e mulheres. Enfim,

desrespeito aos direitos humanos.

Pública Bahia

Liberdade A desigualdade social. Porque o Brasil é um país que dá pouca oportunidade

para os que vem de baixa renda.

Pública Bahia

Liberdade Principalmente a miscigenação e o mau aproveitamento de seus recursos e

riquezas naturais. O Brasil é um dos países que mais houve presença de diversos

povos. Com tanta riqueza, não acho justo tantos passarem fome.

Pública Bahia

Liberdade A nossa riqueza natural, pois temos uma cultura miscigenada, a Amazônia, as

praias e até neve no Sul. Um bom investimento seria produzir aqui as nossas

necessidades para ninguém passar fome para depois pedir empréstimo ao FMI.

Os outros países passam necessidade porque não tem onde tirar o sustento e os

que ostentam tecnologia é porque exploram dos outros para investir em seu país

e o Brasil tem como riqueza natural, mas a corrupção não investe, ou seja, vende

a nossa matéria_prima para depois comprar de volta, em forma de tecnologia,

por um preço altíssimo.

Pública Bahia

Liberdade /

Compromisso

O calor humano, a religiosidade, a acomodação, a ignorância com relação a

direitos e obrigações como cidadão que vive em sociedade.

Pública Bahia

Iniciativa As diversas possibilidades. É um país que pode crescer em vários sentidos se for

bem administrado. É um país que se completa com seu próprio conjunto,

podendo conquistar facilmente sua autonomia.

Pública Bahia

Liberdade /

Iniciativa

O intenso esforço que as pessoas têm em melhorar de vida, trabalhando e

vencendo as dificuldades e apesar de tudo isso ainda mantém um sorriso nos

Pública Pernambuco

Anexos

158

lábios. Os nossos representantes não se esforçam em mudar essa situação de

miséria e fome e as pessoas na sua conformidade não sabem como agir.

Liberdade /

Iniciativa

O povo brasileiro é muito conformado. Porque nem todos têm ou tiveram

educação para formarem opiniões e lutarem por ela. Esse conformismo é a

grande diferença. Em outros países do mundo têm vários protestos, as pessoas

correm atrás. Já aqui ninguém toma a coisa como sua. Não há interesse em nada.

Pública Pernambuco

Liberdade /

Iniciativa

Em alguns países, se morre em (por) guerras, enquanto que no Brasil se mata

vários em cada dia. Todos os dias pessoas são mortas por arma de fogo. A

violência é grande e toma conta de todo o país. Não à violência! Desarme-se!

Pública Pernambuco

Liberdade Em muitos países não vemos tantas riquezas naturais quanto o Brasil. É um país

sem muitos desastres ambientais como terremotos. Devíamos ser povos felizes.

Mas o que enxergamos é problemas econômicos e muita ganância (governantes),

o que vemos é nosso povo com caras tristonhas.

Pública Pernambuco

Liberdade /

Iniciativa

Em um lado positivo, vejo um Brasil cheio de belezas naturais, de um povo

trabalhador, sem estar envolvido com conflitos ou guerras. Por um lado

negativo, vejo um país com vários tipos de preconceito, corrupções, que não

oferece uma vida justa para os menos favorecidos, que não tem direito à

educação, saúde, moradia.

Pública Pernambuco

Liberdade Com certeza nosso povo. Com sua cultura diversificada. Porque também faz

parte desta cultura, atualmente, a acomodação de deixar fatos como que foram

retratados nos desenhos acontecerem.

Pública Pernambuco

Liberdade Somos pessoas cativantes, o próprio país tem suas florestas, praias, calor

humano, que é essencial para o indivíduo em sociedade, mas também o lado da

pobreza, do desenvolver melhor a política do Brasil.

Particular Pernambuco

Liberdade A falta de emprego e moradia, comparando com países desenvolvidos que neles

a educação é muito valorizada, fazendo com que haja mais emprego e moradia.

Particular Pernambuco

Liberdade O Brasil não cumpre as leis, não existe ordem. Particular Pernambuco

Liberdade /

Iniciativa

O desenvolvimento, porque ainda estamos tentando vivencia_lo. Particular Pernambuco

Liberdade O governo que deveria ter mais atenção com os pobres e criar mais emprego,

assim evitaria a criminalidade.

Particular Pernambuco

Anexos

159

Liberdade /

Iniciativa

O que diferencia é a coragem, a raça, a vontade de sobreviver mesmo sendo em

um país repleto de desigualdade social.

Particular Pernambuco

Liberdade Porque ele é o mais pobre, e falta muito para sermos um primeiro mundo. Particular Pernambuco

Liberdade Brasil: descaso. Outros: consciência. Porque no Brasil falta alguém para

organizar e ajudar a melhorar a vida de todos os brasileiros.

Particular Pernambuco

Iniciativa O nosso povo é humano e solidário, quando quer pode tudo. Particular Pernambuco

Iniciativa /

Compromisso

O povo, pois são as pessoas que fazem um país, é o homem que constrói e

modifica sua história.

Pública Pará

Iniciativa Na verdade, o Brasil tem os mesmos problemas que qualquer outro país sofre,

porém o meu nacionalismo aguça a querer melhor para o meu país.

Pública Pará

Liberdade A grande desigualdade interna no país. A desigualdade social, a desigualdade

econômica que muitas vezes é gritante.

Pública Pará

Liberdade Talvez a educação. A educação é o princípio e o fim de tudo. Seres bem

educados, como os que existem em outros países, conhecem muito bem o que

para eles é importante.

Pública Pará

Liberdade /

Iniciativa /

Compromisso

O Brasil é um país muito rico só que suas riquezas estão nas mãos da minoria,

dos grandes poderosos, entretanto a maioria são pessoas de bem que querem ser

felizes, lutam pela sobrevivência na esperança de que um dia ver esse país mudar

para melhor. Por isso vamos continuar essa luta, não podemos nos dispersar dos

acontecimentos existentes nesse nosso lindo Brasil. Os outros países são

diferentes, países de primeiro mundo, outros piores que o Brasil, mas, o meu

Brasil, o Brasil da minha imaginação está no meu coração, na minha esperança

de um dia ver todos os brasileiros felizes.

Particular Pará

Liberdade A violência e a falta de investimento em algumas cidades; o desemprego; falta

de investimento na educação. No entanto, se tudo isso acontecesse as pessoas

teriam mais oportunidades de viver bem trabalhando, dando uma educação

melhor para seus filhos, não dando espaço para a violência.

Particular Pará

Liberdade A questão da educação, porque em outros países a educação é algo valorizado. E

é isso que falta no nosso país. Posto que o governo (os políticos em geral) não

investe na educação, para terem sempre votos e darem em troca deste uma cesta

Particular Pará

Anexos

160

básica ou outras coisas do tipo. Se esses políticos investissem na educação não

teríamos tantos corruptos e tanta gente matando ou roubando para comer.

Liberdade O Brasil precisa se mover, suas potencialidades são capazes de o desenvolver,

porém isso só será concretizado quando se sair da mesmice política e os valores

sejam revistos.

Particular Pará

Liberdade A única diferença é que os nossos políticos pensam menos que os outros

políticos de outros países. Porque temos condições de nos tornarmos um país

independente, não precisamos da ajuda de outros países.

Particular Pará

Liberdade A educação diferencia muito o Brasil dos outros países. Porque é muito pequena

a qualidade de ensino, pois hoje se quisermos ter um ensino melhor, corremos

para as particulares.

Particular Pará

Liberdade Diferencia o Brasil de outros países por não ter uma boa educação, bom esporte,

boa saúde, pelo cidadão não ter o respeito que merece, infelizmente o Brasil não

tem isso que citei em cima.

Particular Pará

Liberdade /

Iniciativa

Nossos recursos naturais. Nosso povo, nossa cultura plural. Nossa alegria; nosso

jeitinho brasileiro, não para roubar, mas para poder sobreviver a tanta

desigualdade, tanta injustiça, tanta falta de compromisso com os seus eleitores,

da parte dos políticos corruptos e etc.

Particular Bahia

Liberdade /

Iniciativa /

Compromisso

Em primeiro lugar as pessoas são o maior fator de diferença entre esse país e

outros. Um povo que como já disse o poeta ri quando deve chorar e não vive

apenas agüenta mas ao mesmo tempo um povo esperançoso no novo e com

desejo de mudar mesmo não sabendo como fazê-lo.

Pública Bahia

Liberdade As desigualdades sociais. A beleza. O calor humano. Porque mesmo tendo um

povo sofrido o brasileiro ainda tem esperanças.

Particular Goiás

Liberdade As riquezas hídricas, a fauna, a flora e sobretudo o povo brasileiro, que é alegre,

apesar de ter muitas necessidades básicas, como moradia, trabalho, etc...

Particular Rio Grande do

Sul

Liberdade Porque tem maior impunidade. Não dá nada! Pode matar, porque o advogado

livra, responde em liberdade. Não tem uma pena que imponha respeito, como a

pena de morte. Os direitos humanos servem para os contraventores, não para as

pessoas de bem. Talvez o desenho tivesse que ser assim.

Pública Rio Grande do

Sul

Anexos

161

Liberdade A corrupção política e as leis. Porque nos outros países as leis são mais severas

para os políticos.

Pública Pernambuco

Liberdade O Brasil é um dos países que menos investem na educação por isso os países que

mais investem na educação são mais desenvolvidos e com a qualidade de vida

superior a do Brasil.

Pública Pará

Iniciativa /

Compromisso

O Brasil se diferencia dos outros países em termo de solidariedade, com todo

sofrimento, mais um tenta ajudar o outro.

Particular Pará

Liberdade Além da extensão territorial, temos problemas que são difíceis de resolver.

Enquanto que nos países menores é mais fácil organizar e desenvolver a

economia.

Particular Pernambuco

Liberdade /

Compromisso

Porque o Brasil é tropical, pelas suas riquezas, incompetência dos governantes e

da injustiça (a impunidade, desigualdade social).

Particular Goiás

Com todo subdesenvolvimento, ainda temos amor com os outros, pensamos no

próximo.

Particular Goiás

Liberdade O Brasil é um país com muita matéria prima, mas não é vendida de acordo com

o que vale. Porque, pelo que eu conheço o Brasil não disputa poder, ele obedece

os mais desenvolvidos, onde faz com que fiquemos sem opinião, posição frente

ao mundo que vivemos.

Particular Goiás

Liberdade A diferença está, é que aqui, a impunidade gera na classe dominante como algo

impossível de acontecer com eles, o que é verdade.

É um país fácil de ser especulador, pois temos um índice muito grande de

pessoas e crianças fora da escola. Ou seja, quanto mais fácil manter o brasileiro

menos informado, melhor para ganhar dinheiro e explorar os menos favorecidos.

Particular Goiás

Liberdade Infelizmente o reconhecimento do profissional, a mão de obra, a moeda e é

óbvio a educação mais elevada e aprimorada.

Particular Goiás

Liberdade Em alguns países, principalmente países desenvolvidos as pessoas vivem bem

melhor com conforto, sem violência em algumas regiões, etc.

Particular Goiás

Liberdade O Brasil é diferente porque há um sentimento de inferioridade que acompanha os

brasileiros. Desde a colonização, resultando o trabalho escravo, cultura imposta

pelos portugueses e outros fatores, temos perdido um pouco nossa identidade

(brasileira). Um exemplo disso são as músicas que cantamos n

infância: O

Particular Goiás

Anexos

162

cravo brigou com a rosa... Atirei o pau no gato...

Liberdade /

Compromisso

A cultura (multicultural) diferencia o Brasil dos outros países, penso também

que a liberdade de expressão que temos é um ponto muito importante nessa

diferenciação. Por um lado, as pessoas no Brasil são negligenciadas pelos

governantes (abandonadas, sem saúde, sem educação, sem trabalho). Por outro

lado, é uma felicidade poder viver livre, poder ter sua crença, seus valores, etc.

O Brasil é muito rico em recursos naturais, se melhorássemos o social,

poderíamos ir bem mais longe.

Particular Goiás

Liberdade O Brasil tem toda uma magia, um toque particular que o torna especial por sua

beleza, sua alegria, enfim, seus encantos.

Contudo, acredito que problemas sérios tais como a segurança pública, a

educação e a saúde encontram-se melhor sanadas em países de fato de primeiro

mundo. Deste modo, o Brasil, país subdesenvolvido, deixa muito a desejar e está

longe de se tornar um padrão de comportamento politicamente correto, onde as

pessoas serão mais respeitadas e o preconceito não imperará.

Particular Goiás

Liberdade /

Compromisso

A falta de interesse, o povo amigo que se preocupa com os problemas dos

outros.

Particular Goiás

Liberdade A desigualdade social, nós aqui somos tratados por classes diferenciadas. Quem

tem mais ganha.

Particular Rio de Janeiro

Anexos

163

Anexo G:

Desenhos dos Sujeitos Prototípicos

Anexos

164

Sujeito A

O QUÊ? POR QUÊ?

1) Praia O país é banhado pelo oceano

2) Floresta A Amazônia

3) Pessoas A riqueza do Brasil

4) A Lua Por causa da música Luar do Sertão

5) Sol O verão do nordeste

6) Casa Moradia e o desejo para a maioria dos brasileiros

7) Escola Educação é a maior necessidade do país

Anexos

165

Sujeito B

O QUÊ? POR QUÊ?

1) Diversidades étnicas Junção dos povos

2) Pobreza Desigualdades sociais

3) Televisão e meios de comunicação Globalização

4) Florestas Tamanho, diversidades naturais

5) Seca Má cultivo (sic) do solo

6) Ricos Desigualdades sociais

7) Carnaval Cultural

8) Religião Cultural

9) Escolas Necessidade de aprender mais

10) Drogas Dificuldades humanas

Anexos

166

Sujeito C

O QUÊ? POR QUÊ?

1) A fome Ela é bem transparente

2) Desigualdade social Pois vivo isso

3) Falta de educação de qualidade Porque sonho com ela

4) Educação restrita Isso é muito presente em nosso país

5) Falta de perspectiva do progresso

educacional

Pela confusão que fazem na educação de

nosso país

Anexos

167

Sujeito D

O QUÊ? POR QUÊ?

1) Casa e edifícios O quanto cresceu o nosso país

2) Escola e as crianças A importância da escola para sua educação

3) Hospitais Tecnologia avançada

4) Árvores, florestas Preservar a natureza

5) Igrejas Muitas igrejas que fazem parte de nossa história de vida

6) Jardins e praças Atualmente existem bancos para o descanso dos idosos e a

população.

7) Mar O litoral do Brasil é o mais belo de todos

Anexos

168

Sujeito E

O QUÊ? POR QUÊ?

1) Crianças O futuro do Brasil

2) Árvores Desmatamento

3) Moradia Para quem precisa

4) Escola Mas para nossas crianças

5) Terra Para quem quer plantar

6) Arma Não a violência

7) Pomba Branca Sim a paz

Anexos

169

Sujeito F

O QUÊ? POR QUÊ?

1) Crianças Porque precisam de muita ajuda, orientação

2) Livros A educação brasileira precisa de atenção especial

3) Saúde Saúde precária

4) Muito dinheiro Pequeno número de pessoas com muito dinheiro

5) Pouco dinheiro Grande número de pessoas com pouco dinheiro

6) Alimentos Alimentação rica, variada

7) Alimentos Lugares que até mesmo chega a faltar alimentos

8) Governo / Políticos Por que não ajudam realmente o Brasil?

9) Sonhos Temos que sonhar e lutar por eles

10) Feliz Apesar de tudo é um povo feliz!

Anexos

170

Sujeito G

O QUÊ? POR QUÊ?

1) Palmeira Faz parte da nossa floresta

2) Um livro Esperança na educação

3) Uma palmeira queimada Refere-se a queimada na Amazônia

4) Uma casa ribeirinha -

5) Prato vazio -

6) Rio poluído -

7) Peixe queimado -

8) Escola -

9) aluno -

Anexos

171

Sujeito H

O QUÊ? POR QUÊ?

1) População Porque somos um grande país

2) Vegetação Necessitamos dela para viver

3) Água Temos uma grande quantidade, mas temos que estar alertas

4) Habitação Apesar das dificuldades, é o que todos querem

5) População carente Por sermos um grande país, temos muitos problemas

6) Escolas Somos um país que se preocupa com a educação

Violência Por falta de uma melhor distribuição de renda

8) Pessoas cheias de boas

intenções

Porque acreditamos no nosso país e sabemos que devemos

fazer muitas coisas para mudar

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