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Humanísticas” em todos os semestres do curso de graduação em Odontologia, e cujo foco,
portanto, é a educação -, as pesquisas concentram-se mais em outras atividades, tanto na
área de humanas como na de saúde: relações públicas (Nassar, 2003), psiquiatria (Labov,
1977
15
; Ribeiro, 1995
16
; François, 1995; e Vieira, 2002), guichê hospitalar (França, 2002),
psicologia (Sancovski, 2002), enfermagem (Fiorano, 2002), pacientes oncológicos
terminais (Pisoler, 2002)
17
, psicanálise (Settineri, 2001)
18
, medicina hospitalar e não-
hospitalar (Fernandes, 1993), entre outros. [Por curiosidade, um levantamento generalizado
de referências de textos científicos sobre os assuntos “interação médico-paciente” e
“interação dentista-paciente” foi feito na Internet, considerando-se as referências escritas
tanto em português como em outras línguas. Os resultados apontam um número muito
maior de ocorrências para a área de Medicina do que para a de Odontologia
19
.]
Por isso, o presente trabalho visa a preencher uma lacuna ao caracterizar, sob o
ponto de vista enunciativo-discursivo, o gênero de atividade do dentista,
observando a
realidade para refletir sobre ela e talvez, eventualmente, num processo constante de
reformulação e análise, sugerir uma interação mais humanizada entre dentista e paciente.
15
LABOV, William e FANSCHEL, David. (1977). Therapeutic discourse: psycotherapy as conversation.
New York: Academic Press. Referência disponível em:
http://www.oup.com/pdf/elt/library_classics/learning_index.pdf?cc=gb. Acesso em 30/set./2005
16
RIBEIRO, Branca Maria Telles. (1995). A interação médico/paciente em uma entrevista psiquiátrica.
Espaços e interfaces da Lingüística e da Lingüística Aplicada. Rio de Janeiro: p. 159-172.
17
PISOLER, Lucas Timm et al. (2002). Humanização do atendimento a pacientes extremamente graves.
Documento em PDF, disponível em:
http://www.google.com.br/search?hs=9cG&hl=pt-BR&client=firefox-
a&rls=org.mozilla%3AptBR%3Aofficial_s&biw=1016&q=PISOLER%2C+Lucas+Timm++&btnG=Pesquisa
r&meta=. Acesso em 28/jun./2005.
18
SETTINERI, Francisco Franke. (2001). Quando falar é tratar: o funcionamento da linguagem na
interpretação psicanalítica. Tese de doutorado defendida na Faculdade de Letras da PUC-RS, em
1º/jun./2001.
19
Em 16 de fevereiro de 2005, no portal GOOGLE, a procura para “medical-patient interaction” mostrou
1.360.000 ocorrências; para “doctor-patient interaction”, 537.000 ocorrências; para “dentist-patient
interaction”, 92.800 ocorrências; para “interação médico-paciente”, 926 ocorrências e para “interação
dentista-paciente”, 31 ocorrências. Para a Odontologia, algumas pesquisas são feitas sob o ponto de vista de
psicólogos (que enfocam emoções, como confiança e simpatia, medos e angústias) e outras, sob o ponto de
vista da Odontologia clínico-laboratorial, mais centrados no atendimento a pacientes especiais (grávidas,
cardíacos, diabéticos, pacientes leucêmicos, pacientes HIV positivos, pacientes com hepatopatias, idosos,
portadores de deficiências mentais – paralisia cerebral, síndrome de Down, etc.). Disponível em:
http://bank.rug.ac.be/ttaw2000/proia.htm. Acesso em 9/out./2005.