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PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM AGRONOMIA
ESTUDO DA COMPOSIÇÃO TECNOLÓGICA E
BROMATOLÓGICA DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) EM
DOIS ESPAÇAMENTOS
OSCAR DE ANDRADE JUNIOR
Presidente Prudente – SP
2006
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PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM AGRONOMIA
ESTUDO DA COMPOSIÇÃO TECNOLÓGICA E
BROMATOLÓGICA DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) EM
DOIS ESPAÇAMENTOS
OSCAR DE ANDRADE JUNIOR
Dissertação apresentada a
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação,
Universidade do Oeste Paulista, como parte
dos requisitos obtenção do título de Mestre
em Agronomia
Área de Concentração: Fisiologia Vegetal
Orientador: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques
Presidente Prudente – SP
2006
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FICHA CATALOGRÁFICA
663.682 Estudo da composição tecnológica e
bromatológica de mandioca (Manihot
esculenta Crantz) em dois espaçamentos /
Oscar de Andrade Junior...[et al.] , –
Presidente Prudente - SP : Unoeste –
Universidade do Oeste Paulista, 2006.
21f
Dissertação (Mestrado em Agronomia –
Produção Vegetal) – Universidade do Oeste
Paulista – UNOESTE: Presidente Prudente – SP,
2006.
Bibliografia
1. Mandioca. 2. Cultivares. 3. Raízes.
I. Andrade Junior, Oscar de, II. Alcides
Marques, Tadeu, III. Madalena Marchizelli
Godinho, Ângela, iV. Antonio Monteiro,
Domingos, V. Fonseca Júnior, Nelson da Silva e
VI. César Minca, Júlio
Título.
OSCAR DE ANDRADE JUNIOR
Estudo da composição tecnológica e bromatológica de mandioca
(Manihot esculenta Crantz) em dois espaçamentos
Dissertação apresentada a
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação,
Universidade do Oeste Paulista, como parte
dos requisitos obtenção do título de Mestre
em Agronomia.
Presidente Prudente, 31 de janeiro 2006.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques
Unoeste
________________________________________
Prof. Dr. Carlos Sérgio Tiritan
Unoeste
________________________________________
Prof. Dr. Nelson da Silva Fonseca Júnior -
IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha esposa Vera, que sempre esteve
presente em todos os momentos da realização do mesmo. A minha filha Thaísa,
pelo carinho e confiança, e ao meu filhão Felipe que sempre me cobrava e me dava
força para min atingir meu objetivo.
AGRADECIMENTO
A minha família, que em todos os momentos de realização deste
trabalho, esteve sempre me apoiando.
Ao Prof. Dr. Orientador Tadeu Alcides Marques que sempre me ajudou,
mesmo nas horas inoportunas, fez aprimorar meus conhecimentos, e além disso, o
considero como um grande amigo.
Ao pesquisador do IAC – Instituto Agronômico de Campinas, o
pesquisador Domingos Antonio Monteiro, que me propiciou tudo isso, através de um
ensaio, que montamos juntos, na cultura da mandioca, na qual acabamos nos
tornando grandes amigos.
Aos amigos José Eduardo Creste e Carlos Sérgio Tiritan que sempre
me apoiaram, pelo companheirismo e os muitos momentos de alegria e tristeza
compartilhados.
Aos professores em geral do Curso de Agronomia e Zootecnia, na qual
sempre souberam me apoiar a realizar meu sonho.
RESUMO
A mandioca (Manihot Esculenta Crantz) é atualmente de grande
importância econômica e social para o Brasil. Fatores importantes para avaliação de
cultivares de mandioca a campo são: produtividade (Mg ha
-1
) e o teor de Matéria
Seca (MS%). Para avaliação nutricional deve-se atentar para: Gordura – Extrato
Etéreo (EE%); Cinza (%); Fibra Bruta (FB%); Proteína Bruta (PB%); Extrativo Não
Nitrogenado (ENN%) e Nutrientes Digestivo Totais (NDT%). O presente trabalho
objetivou estudar as diferenças entre cultivares de mandioca, com espaçamentos de
0,60m e 0,80m na linha e 0,90m na entre linhas. O delineamento experimental
utilizado foi análise conjunta de experimentos em blocos ao acaso com alguns
tratamentos em comuns, com quatro repetições. Conclui-se, no presente ensaio que
as cultivares Espeto; Eucalipto e IAC 144-86, obtiveram menores produtividades
estatisticamente; As cultivares Iracema; IAC 184-89; Fibra; IAC 89-87; Fécula
Branca; IAC 32-88; IAC 14; Olho Junto; Mico; IAC 12; IAC 169-86; IAC 5-88; IAC 15
obtiveram as melhores produtividades estatisticamente; As características
bromatológicas não apresentaram diferenças estatísticas; O espaçamento de 0,60m
aumentou a produtividade em 12% quando comparado ao espaçamento de 0,80m.
Palavras chave: raízes, mandioca, cultivares, produtividade, matéria
seca
ABSTRACT
The cassava (Manihot esculenta Crantz) is currently of great economic
and social importance for Brazil. Important factors for evaluation of cassava cultivars
under field conditions are: productivity (mg ha
-1
); Dry Matter Percentage (MS%). In
order to carry out nutritional evaluation the following parameters must be considered:
Fat - Ethereal Extract (EE%); Ash (%); Gross Digective Fiber (FB%); Gross Protein
(PB%); Non Nitrogenate Extrative (ENN%) and Total Digestive Nutrient (NDT). The
aim of this study was to verify differences between 16 cassava cultivars cultivates
whit differents spacements: 0,60 m and 0,80 m whithin the line and 0,90 m between
lines. The experimental design performed in random blocks with some treatments in
common, with four repetitions. The results showed that the cultivars Espeto;
Eucalipto e IAC 144-86 obtained smaller productivities. The cultivars Iracema; IAC
184-89; Fibra; IAC 89-87; Fécula Branca; IAC 32-88; IAC 14; Olho Junto; Mico; IAC
12; IAC 169-86; IAC 5-88; IAC 15 showed the highest yields. The bromatological
characteristics didn't present statistical differences. The among cultivars 0,60m in the
spacement increased the productivity in 12% when compared to the 0,80m
spacement.
Words Keys: roots, cassava, cultivate, productivity, dry matter
SUMÁRIO
1 ARTIGO: Estudo da composição tecnológica e bromatológica de mandioca
(Manihot esculenta Crantz) em dois espaçamentos 09
INTRODUÇÃO 11
MATERIAL E MÉTODOS 14
RESULTADOS 16
DISCUSSÃO 18
CONCLUSÃO 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20
9
ESTUDO DA COMPOSIÇÃO TECNOLÓGICA E BROMATOLÓGICA DE
MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA CRANTZ) EM DOIS ESPAÇAMENTOS.
Título resumido: Composição de cultivares de mandioca
Oscar de Andrade Junior*
1
, Tadeu Alcides Marques
1
, Ângela Madalena Marchizelli
Godinho
1
, Júlio Cesar Minca
1
, Domingos Antonio Monteiro
2
e Nelson da Silva
Fonseca Júnior
3
1
Departamento de Agronomia, Universidade do Oeste Paulista de Presidente
Prudente – UNOESTE, Rodovia Raposo Tavares Km 572 – Bairro do Limoeiro,
19067-175, Presidente Prudente, São Paulo, Brasil. *Autor para correspondência.
2
Pesquisador IAC Campinas – SP, Av. Barão de Itapura
nº 1481 - Caixa Postal 28 - 13020-902 - Campinas,SP. Email:
3
Pesquisador IAPAR – área de Melhoramento
Genético, Rodovia Celso Garcia Cid, km 375 - bairro Três Marcos, caixa postal 481,
86001 - 970 - Londrina, PR
RESUMO. A mandioca (Maninhot Esculenta Crantz) é atualmente de grande
importância econômica e social para o Brasil. Fatores importantes para avaliação de
cultivares de mandioca a campo são: produtividade (Mg ha
-1
) e o teor de Matéria
Seca (MS%). Para avaliação nutricional deve-se atentar para: Gordura – Extrato
Etéreo (EE%); Cinza (%); Fibra Bruta (FB%); Proteína Bruta (PB%); Extrativo Não
Nitrogenado (ENN%) e Nutrientes Digestivo Totais (NDT%). O presente trabalho
objetivou estudar as diferenças entre cultivares de mandioca, com espaçamentos de
0,60m e 0,80m na linha e 0,90m na entre linhas. O delineamento experimental
utilizado foi análise conjunta de experimentos em blocos ao acaso com alguns
tratamentos em comuns, com quatro repetições. Conclui-se, no presente ensaio que
as cultivares Espeto; Eucalipto e IAC 144-86, obtiveram menores produtividades
estatisticamente; As cultivares Iracema; IAC 184-89; Fibra; IAC 89-87; Fécula
Branca; IAC 32-88; IAC 14; Olho Junto; Mico; IAC 12; IAC 169-86; IAC 5-88; IAC 15
obtiveram as melhores produtividades estatisticamente; As características
bromatológicas não apresentaram diferenças estatísticas; O espaçamento de 0,60m
aumentou a produtividade em 12% quando comparado ao espaçamento de 0,80m.
Palavras chave: raízes, mandioca, cultivares, produtividade, matéria seca
10
STUDY OF THE TECHNOLOGICAL AND BROMATOLOGICAL COMPOSITION OF
CASSAVA (Manihot esculenta CRANTZ) IN TWO SPACEMENTS.
ABSTRACT. The cassava (Maninhot esculenta Crantz) is currently of great
economic and social importance for Brazil. Important factors for evaluation of
cassava cultivars under field conditions are: productivity (mg ha
-1
); Dry Matter
Percentage (MS%). In order to carry out nutritional evaluation the following
parameters must be considered: Fat - Ethereal Extract (EE%); Ash (%); Gross
Digective Fiber (FB%); Gross Protein (PB%); Non Nitrogenate Extrative (ENN%) and
Total Digestive Nutrient (NDT). The aim of this study was to verify differences
between 16 cassava cultivars cultivates whit differents spacements: 0,60 m and 0,80
m whithin the line and 0,90 m between lines. The experimental design performed in
random blocks with some treatments in common, with four repetitions. The results
showed that the cultivars Espeto; Eucalipto e IAC 144-86 obtained smaller
productivities. The cultivars Iracema; IAC 184-89; Fibra; IAC 89-87; Fécula Branca;
IAC 32-88; IAC 14; Olho Junto; Mico; IAC 12; IAC 169-86; IAC 5-88; IAC 15 showed
the highest yields. The bromatological characteristics didn't present statistical
differences. The among cultivars 0,60m in the spacement increased the productivity
in 12% when compared to the 0,80m spacement.
Words Keys: roots, cassava, cultivate, productivity, dry matter
11
INTRODUÇÃO
A cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz) pode ser estudada
para produção familiar e produção empresarial, ou seja, cultivada por pequenos
produtores e grandes fornecedores de matéria-prima para as indústrias. Conforme
Agrianual (2005), a produção Brasileira de mandioca no ano agrícola 2003/2004 foi
de aproximadamente 24 milhões Mg em 1,8 milhões de ha. O Estado de São Paulo
contribuiu com cerca de 900.000 Mg em 36.000 ha, sendo portanto o sexto Estado
em produção, e o décimo segundo em área cultivada com mandioca.
Segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (2005), a
produtividade média da cultura da mandioca para o Estado de São Paulo foi de 25
Mg ha
-1
. Segundo os dados da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral
(2005), o Estado de São Paulo possuía em 1995/96 aproximadamente 10.365
Unidades de Produção Agrícola (UPAs) com a cultura da mandioca, sendo que a
concentração de unidades estava no oeste do Estado de São Paulo, principalmente
nas regiões de Ourinhos, Assis e Presidente Prudente.
A região de Presidente Prudente apresenta como características sócio-
edafoclimáticas: temperatura média anual de 25°C, precipitação pluviométrica
irregular, apresentando períodos de veranicos, solos normalmente de baixa
fertilidade e ainda tem uma estrutura fundiária onde grande parte das unidades
produtoras são representadas por pequenos produtores, muitas vezes agricultura
familiar, outras vezes assentados, apresentando baixa tecnologia e baixa
capacidade de investimento, sendo portanto a cultura da mandioca uma cultura de
baixo risco.
As cultivares de mandioca apresentam crescimento diferenciado,
sendo algumas de pequeno porte enquanto outras possuem parte aérea maior e
ramificações mais intensas. Estes e outros fatores fisiológicos podem determinar o
sucesso ou o insucesso de uma cultivar em um ambiente de produção.
Para que a cultura da mandioca alcance seu máximo potencial
produtivo, faz-se necessário a seleção de genótipos melhores em termos de
produtividade e com estabilidade diante de variações ambientais e a diferentes
práticas agrícolas. A produtividade para indústria pode ser representada pela
12
produção de raízes e suas concentrações, sejam de matéria seca ou de outros
componentes.
Segundo Lorenzi (2003) a cultivar IAC 12 é indicada para
industrialização devido ao seu alto teor de matéria seca (35% a 40%). Possui um
longo período de colheita, boa produção de raízes, resistente à bacteriose e
tolerante ao complexo ácaro-tripes, parte aérea esgalhada, alta densidade foliar
sendo indicadas em regiões secas e quentes e onde ocorram grandes infestações
de plantas indesejáveis. O mesmo autor relata que a cultivar IAC 15 apresenta
arquitetura favoráveis aos tratos culturais, ou seja, ramificações com ângulo agudo,
possuem teores médios de matéria seca, sendo que em Assis - SP obteve a
produtividade de 28,4 Mg ha
-1
, é uma cultivar precoce.
A cultivar Fibra, muito utilizada no Noroeste do Paraná (Takahashi et
al. 2002) apresenta produtividade média (± 20 Mg ha
-1
), contudo os teores de
matéria seca e amido em segundo ciclo, são baixos estando por este motivo em
substituição gradativa por outras cultivares. Para a cultivar Olho Junto pode-se
atingir produtividades de até 50 Mg ha
-1
, com dois ciclos, chegando a teores de
38,3% em matéria seca e 33,6% em amido, possui parte aérea ereta e gemas muito
próximas.
A cultivar Espeto apresenta parte aérea pouco ramificada, sensível à
geadas, apresenta produtividade de 25 Mg ha
-1
em um ciclo, e de 40 Mg ha
-1
, em
dois ciclos. (Takahashi et al. 2002). A cultivar Fécula Branca é bastante cultivada no
Oeste do Paraná, apresenta boas produtividades, principalmente em dois ciclos,
podendo atingir 50 Mg ha
-1
, é indicada para industrialização, principalmente para
fécula.
Segundo Takahashi et al. (2002) a cultivar Mico vem tendo sua área de
cultivo reduzida ano a ano, pois apesar de apresentar boa produtividade, em um
ciclo, quando deixada para dois ciclos forma um oco na porção central das raízes e
conseqüentemente, perde rentabilidade. Os mesmos autores relatam que a cultivar
IAC 14 é mais adaptada a solos de baixa fertilidade, apresentando produtividade de
33 Mg ha
-1
, em dois ciclos.
Borges et al. (2002) trabalhando com 26 cultivares, em Cruz das Almas
- BA, mostraram que a cultivar IAC 12-442 obteve em 1990/1991 e 1991/1992 a
produtividade média de 25,31 Mg ha
-1
, e o teor de matéria seca de 29,54%.
13
Vidigal et al. (2000) trabalhando com nove cultivares de mandioca no
noroeste do Paraná, utilizando espaçamento de 1,0 m entre linhas e 0,80 m entre
plantas na linha, obteve a produtividade média de 22,9 Mg ha
-1
; 22,4 Mg ha
-1
e 19,11
Mg ha
-1
nos anos de 1994/95, 1995/96 e 1996/97, respectivamente. Constataram
também que o teor de matéria seca atingiu 35,82%; 35,82% e 34,59%,
respectivamente nos anos citados anteriormente. Os mesmos autores demonstraram
que a cultivar Fécula Branca foi a que apresentou a melhor produtividade, sendo
29,4 Mg ha
-1
; 28,10 Mg ha
-1
e 30,20 Mg ha
-1
nos anos 1994/95, 1995/96; 1996/97,
respectivamente. Com relação ao teor de matéria seca a cultivar IAC 14 apresentou
37,18%; 36,22% e 35,72% nos anos de 1994/95; 1995/96 e 1996/97,
respectivamente.
Conforme Sangoi e Kruse (1993) em trabalho conduzido no município
de Correia Pinto - SC, com objetivo de avaliar a produção e a matéria seca nas
raízes tuberosas, demonstraram que a cultivar Mico foi um material promissor em
utilização direta, ou como progenitora de futuras cultivares. Esses mesmos autores
mostraram que a cultivar Mico atingiu um rendimento de raízes superiores a 20 Mg
ha
-1
em cultivo de um ciclo e com relação ao teor de matéria seca essa cultivar
conseguiu acumular dos 90 até 249 dias, após o plantio, em torno de 41,65%.
Segundo Rimoldi et al. (2003) testando cultivares de mandioca para o
norte e noroeste no Estado do Paraná, observou-se que utilizando espaçamento de
1,0 m entre fileiras e 0,8 m entre plantas a produtividade variou de 10,50 Mg ha
-1
a
23,62 Mg ha
-1
, para o norte do Estado do Paraná, e de 18,47 a 19,31 Mg ha
-1
, para a
região Noroeste, o teor de matéria seca variou de 32,49% a 34,24%, para a região
norte, e 34,17% a 37,36% para a região noroeste do Estado do Paraná. Os mesmos
autores relatam que a cultivar IAC 12 obteve em 1996/97, 1997/98 produtividades de
17,30 Mg ha
-1
e 7,38 Mg ha
-1
, no norte do Estado e de 16,11 Mg ha
-1
e 20,05 Mg ha
-1
no noroeste do Estado, apresentando os teores de matéria seca de 34,43% e
31,83% para a região norte e 36,94% e de 36,47%, respectivamente para a região
noroeste do Paraná.
O objetivo deste trabalho foi comparar os resultados de produtividade,
matéria seca e composição bromatológica de cultivares de mandioca para a região
de Presidente Prudente em dois ensaios, nos espaçamentos de 0,60 m, entre
plantas, no primeiro ensaio, e 0,80 m entre plantas, no segundo ensaio, sendo que
em ambos utilizou-se o espaçamento de 0,90 m entre linhas.
14
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na localidade de Álvares Machado - SP,
ano de 2001, em área de ocorrência de Argissolo Vermelho-Amarelo Distroférrico,
típico a moderado, textura médio-argilosa (Embrapa, 1999). A análise química do
solo apresentou os seguintes valores: “pH (CaCl
2
) - 5,3”; “pH (SMP) - 6,9”; “H
+
+ Al
+3
- 18mmol dm
-3”
; “Al
+3 -
0,00mmol dm
-3”
; “M.O - 17g dm
-3”
; “Ca
+2
- 10mmol dm
-3”;
Mg
+3
- 08mmol dm
-3”
; “K
+
- 2,1mmol dm
-3”
; “P - 25mg dm
-3”
; “SO
-2
4
- 10,1mg dm
-3”
;
“SB - 20mmol dm
-3’
; “M% - 0,00”; “CTC - 38mmol dm
-3”
; “V% - 53”.
A característica climática de Álvares Machado é do tipo CWa, conforme
Köppen, com temperatura média anual de 25º C e regime pluviométrico
caracterizado por dois períodos distintos, um chuvoso de outubro a março com
média mensal de 158,9 mm, e outro menos chuvoso de abril a setembro, com média
mensal de 66,6 mm (Alves, 1999). A altitude de 430 m, com latitude 22º 07’ S
longitude 51º 27’W (Alves e Minca, 2000). A precipitação pluviométrica nos meses
de novembro de 2001 a dezembro de 2002, segundo dados da estação
meteorológica da UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista de Presidente
Prudente, situada ao redor de 1000 metros do ensaio, pode ser visualizada na
Figura 1, sendo que no ano de 2002 foram 85 dias de chuva, com média de
21,96mm de chuva por dia chuvoso, perfazendo um total de 1866,8mm, ou 5,12mm
de chuva real por dia, no ano.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
15/11/01
15/12/01
15/1/02
15/2/02
15/3/02
15/4/02
15/5/02
15/6/02
15/7/02
15/8/02
15/9/02
15/10/02
15/11/02
15/12/02
Dias
precipitação (mm)
VERANICO
Figura 1. Dados da precipitação pluviométrica, em milímetros, no período de
execução dos ensaios.
O presente trabalho foi realizado em dois ensaios, o primeiro utilizando
espaçamento de 0,90 m entre linhas e 0,60 m entre plantas (18.519) plantas ha
-1
,
15
testando as seguintes cultivares: Iracema, IAC 184-89, IAC 14, Fibra, IAC 89-87,
Olho Junto, Fécula Branca, Espeto, IAC 32-88 e Eucalipto. No segundo ensaio
utilizou-se o espaçamento de 0,90 m entre linhas e 0,80 m entre plantas (13.889
plantas ha
-1
), para as seguintes cultivares: Mico, IAC 12, IAC 14, Olho Junto, IAC 14-
486, IAC 16-986, IAC 5-88, IAC 15. O número de plantas por parcela foi constante
nos dois ensaios testados, e igual a 48 plantas. O delineamento experimental
utilizado foi análise conjunta de experimentos em blocos ao acaso com alguns
tratamentos em comuns, segundo Gomes (1990), com quatro repetições e 10
tratamentos no primeiro ensaio, e oito tratamentos no segundo ensaio (totalizando
16 tratamentos totais), sendo os tratamentos as cultivares testadas. A análise
estatística foi realizada utilizando o programa computacional SAS. Foi aplicado
calcário do tipo dolomítico na quantidade de 2 Mg ha
-1
, a adubação foi realizada
com a formulação 08-28-16 na dose de 400 kg ha
-1
. As manivas, com tamanho
médio de 10 a 15cm e diâmetro médio de 1,5 cm, foram plantadas horizontalmente
em sulcos, à aproximadamente 10cm de profundidade. O plantio dos ensaios foi
efetuado na primeira quinzena de novembro, aplicando-se aos mesmos, capinas
periódicas e observação a campo de pragas e doenças. Aos 13 meses, após a
emergência, procedeu-se a colheita contando-se e pesando-se as raízes oriundas
de cada parcela, sendo coletadas apenas as raízes das duas linhas centras,
totalizando 24 plantas amostradas por parcela. Do total de raízes obtidas na parcela,
uma sub-amostra de 10 kg foi enviada para a determinação da matéria seca,
segundo (Grossmann e Freitas, 1950). A sub-amostra, após a determinação de
matéria seca, foi preparada (seca, limpa, triturada e embalada) sendo enviada ao
laboratório de Bromatológica da Unoeste para as seguintes determinações: Extrato
etéreo (E.E%), Cinza (%), Fibra bruta (F.B%), Proteína bruta (P.B%), Extrativo não
nitrogenado (E.N.N%), Nutrientes digestivos totais (N.D.T%). Os dados obtidos
foram submetidos à análise de valor F e teste de Scott-Knott a 1% de probabilidade
segundo Gomes (1990).
16
RESULTADOS
Na tabela 1, pode ser observado que apenas as variáveis NR (número
de raízes por parcela) e PROD (produtividade em Mg por hectare) apresentaram
diferenças estatísticas, sendo que para a causa de variação espaçamento apenas a
variável PROD apresentou diferença significativa ao nível de 1%, já para a causa de
variação cultivar as variáveis NR e PROD apresentaram diferenças significativas ao
nível de 5%.
Tabela 1. Resumo dos quadrados médios e significância estatística para as
características NR (Número de raízes por parcela), PROD (Produtividade Mg ha
-1
),
%MS (teor de matéria seca), %EE (teor de extrato etéreo), Cinza (teor de cinza, %),
%FB (teor de fibra bruta, %), %PB (teor de proteína bruta), %ENN (teor de extrativo
não nitrogenado) e %NDT (teor de nutrientes digestivos totais), da análise conjunta
dos ensaios com espaçamento entre plantas 0,60m e 0,80m.
Quadrados médios
GL
NR PROD %MS %EE
Cinza
(%)
%FB %PB %ENN %NDT
Espaçamento 1 150,06
ns
638,57** 7,49
ns
0,18
ns
0,04
ns
0,20
ns
0,06
ns
0,02
ns
0,22
ns
Cultivar 15 1717,39* 170,26* 33,24
ns
0,08
ns
0,17
ns
0,31
ns
0,20
ns
0,54
ns
0,44
ns
Esp x Cultiv 1 1,56
ns
43,10
ns
57,49
ns
0,14
ns
0,30
ns
0,06
ns
0,19
ns
0,01
ns
0,21
ns
Resíduo 54 864,70 83,13 24,01 0,12 0,22 0,19 0,24 0,78 0,50
Total 71
* significativo ao nível de 5%
** significativo ao nível de 1%
ns – não significativo
17
Na Tabela 2 pode ser visualizado que o teste comparativo Scott-Knott
separou as cultivares em dois grupos, seja para NR (número de raízes por parcela)
ou para PROD (produtividade Mg por hectare). As médias obtidas foram 90,94
raízes por parcelas e 28,85 Mg ha
-1
.
Tabela 2. Resultados médios das variáveis estudadas nos ensaios com
espaçamentos de 0,6m e 0,8m, entre plantas na linha, sendo realizado o teste
comparativo entre médias (Scott-Knott), para as variáveis NR e PROD, que
apresentaram teste F significativo.
Espaçamento Cultivar NR PROD
%MS %EE Cinza
%
%FB %PB %ENN %NDT
Iracema 97,0
a
31,44ª 33,64 0,62 2,22 3,57 2,47 91,07 64,95
IAC 184-89 95,8ª 31,06ª 35,56 0,70 2,15 2,95 2,50 91,50 65,14
Fibra 88,5ª 30,80ª 31,80 1,02 2,40 3,05 2,90 90,80 66,28
IAC 89-87 78,0
b
33,9 35,05 0,82 2,22 3,12 1,89 92,10 65,38
FéculaBranca 64,5
b
27,2 37,58 0,77 2,10 3,35 2,47 91,00 65,21
Espeto 60,0
b
23,54
b
34,98 0,76 1,80 3,12 2,79 91,50 65,84
IAC 32-88 59,3
b
36,4 35,35 0,67 1,77 2,92 2,46 92,15 65,67
0,60m
Eucalipto 34,5
b
15,82
b
37,87 0,67 2,00 3,60 2,21 91,63 65,17
IAC 14 94,0
a
38,00
a
39,84 0,52 2,12 3,30 2,71 91,32 65,08
Olho Junto 69,5
b
38,19
a
35,92 0,62 2,17 3,45 2,38 91,54 65,18
Média 0,60m 74,1 30,60
A
35,73 0,72 2,11 3,23 2,46 91,50 65,38
Mico 123,5ª 33,42ª 34,45 0,70 2,05 3,57 2,45 91,08 65,36
IAC 12 108,0
a
30,96ª 41,84 0,55 2,15 3,10 2,48 91,78 65,07
IAC 144-86 69,0
b
16,78
b
30,14 0,65 2,30 3,48 2,42 90,98 64,87
IAC 169-86 115,5ª 31,54ª 37,32 0,88 1,95 2,93 2,39 91,88 65,76
IAC 5-88 85,3ª 26,19ª 32,86 0,53 2,15 3,03 2,64 91,55 65,03
0,80n
IAC 15 109,5ª 29,51ª 33,15 0,86 2,60 3,58 2,24 91,10 65,26
IAC 14 100,75
a
28,64
a
34,69 0,93 2,50 2,95 2,37 91,45 65,54
Olho Junto 75,0
a
21,70
b
38,34 0,65 2,00 3,35 2,41 91,56 65,19
Média 0,80m 98,31 27,34
B
35,35 0,72 2,21 3,25 2,43 91,45 65,26
Média Geral - IAC 14 97,4ª 33,32ª 37,26 0,72 2,31 3,12 2,54 91,38 65,31
Média Geral - Olho Junto 72,3
b
29,6 37,13 0,63 2,08 3,40 2,39 91,55 65,18
Média geral 90,94 28,85 35,37 0,72 2,14 3,24 2,45 91,44 65,34
Letras minúsculas diferenças na coluna à nível de 5%, em teste de Scott-Knott
Letras maiúsculas diferenças entre médias na coluna à nível de 1%, em teste de Scott-Knott
18
DISCUSSÃO
Os resultados mostraram que na média geral, dos ensaios, obteve-se a
seguinte composição para as cultivares de mandioca estudadas: NR 90,94; PROD
28,85 Mg ha
-1
; %MS 35,37; %EE 0,72; %Cinza 2,14; %FB 3,24; %PB 2,45; %ENN
91,44; %NDT 65,34. Para Sarmento (1997), o teor de matéria seca é a característica
que determina o maior ou menor valor pago pela indústria aos produtores, no
momento da comercialização, sendo portanto desejável que as mesmas cultivares
responsáveis pelas maiores produções de raízes tuberosas sejam também aquelas
que apresentam os maiores teores de matéria seca, maximizando assim o
rendimento.
Com relação aos parâmetros bromatológicos não se obteve diferenças
estatísticas entre as cultivares testadas.
Lorenzi (2003) e Takahashi et al. (2002) relatam que as cultivares IAC
14; Olho Junto; Fécula Branca são as mais indicadas. Já a cultivar IAC 14, em relato
de Takahashi et al. (2002), é mais indicada em solos com baixa fertilidade, estes
mesmos autores citam que as cultivares Fécula branca, Olho Junto e Espeto
somente em dois ciclos podem chegar de 40 a 50 Mg ha
-1
.
Apenas as variáveis NR e PROD apresentaram diferenças estatísticas,
sendo que em ambos casos, as cultivares testadas foram divididas em dois grupos
(“a” e “b”), contudo algumas cultivares que foram classificadas estatisticamente
como grupo “a” para ´PROD, foram classificadas como grupo “b” para NR,
mostrando portanto que estas cultivares apresentaram boas produtividades e
menores quantidades de raízes. Estas cultivares foram: IAC 89-87; Fécula Branca;
IAC 32-88 e Olho Junto.
Com relação à produtividade, apenas três cultivares, das dezesseis
cultivares testadas, foram classificadas estatisticamente como grupo b (menores
produtividades), sendo elas: Espeto; Eucalipto e IAC 144-86.
Os resultados da análise estatística mostraram que para os
espaçamentos estudados a variável PROD apresentou alta significância, mostrando
que o espaçamento de 0,60m foi melhor (30,60 Mg ha
-1
) que o 0,80m (27,34 Mg ha
-
1
), ou seja um aumento de 12%. Deve-se atentar para o fato de que no efeito de
espaçamento está confundido o efeito de população, visto que o espaçamento de
19
0,60m implica em 18.519 plantas por hectare, enquanto que a 0,80m a 13.889 planta
por hectares, ou seja um aumento de 33%.
Na região têm-se três unidades processadoras de mandioca (Halotek
Fadel S/A, Amidoeste - Amidos do Oeste Paulista Ltda e Brasamid Agro-Industrial
Ltda), portanto é de interesse a recomendação de plantio das cultivares de interesse
industrial.
CONCLUSÃO
- As cultivares Espeto, Eucalipto e IAC 144-86 obtiveram menores
produtividades nos ensaios, estatisticamente;
- As cultivares Iracema, IAC 184-89, Fibra, IAC 89-87, Fécula Branca,
IAC 32-88, IAC 14, Olho Junto, Mico, IAC 12, IAC 169-86, IAC 5-88 e IAC 15
obtiveram as melhores produtividades nos ensaios, estatisticamente;
- As características bromatológicas não apresentaram diferenças
estatísticas;
- O espaçamento de 0,60m aumentou a produtividade em 12% quando
comparado ao espaçamento de 0,80m.
20
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