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dele necessitam, no momento, no local e na forma necessária, objetivando o
aumento do desempenho humano e organizacional”.
Nas palavras de Sveiby (1998) o conhecimento cresce quando é
compartilhado, contrariando a lógica dos ativos convencionais.
Para Barclay e Murray apud Barroso e Gomes (1999) a gestão do
conhecimento pode ser considerada como uma atividade de negócios com dois
aspectos fundamentais:
1. Tratar o componente de conhecimento das atividades de negócios
explicitamente como um fator de negócios refletido na estratégia, política e
prática, em todos os níveis da empresa.
2. Estabelecer uma ligação direta entre as bases intelectuais da empresa –
explícitas e tácitas
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– e os resultados alcançados.
Entende-se, assim, que uma das atividades essenciais da organização é a
adequada gestão do conhecimento, sendo determinante para o sucesso, a eficiência
no processo de transformação do conhecimento no plano das idéias para a
aplicação no plano das ações. Logo, cabe à empresa organizar o conhecimento
existente de forma que o torne aplicável e possa gerar novo conhecimento
(OLIVEIRA JÚNIOR apud HIRAMINE, 2004).
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Para a devida compreensão do significado do recurso do conhecimento deve-se fazer a
distinção entre dois tipos, apontados por Nonaka e Takeuchi (1997), baseados em Michael Polanyi
(1966), como:
Conhecimento Tácito: Conhecimento enraizado em experiências, habilidades, ações, idéias,
valores e emoções. Pode ser visto como o conhecimento que é detido por um indivíduo, ou ainda por
um grupo. O conhecimento que este indivíduo ou grupo detém, é utilizado por ele para a geração de
suas decisões e ações na organização. Começa a ser acessado pela organização quando o processo
de formalização é efetuado, podendo ser disseminado e utilizado.
Conhecimento Explícito: Conhecimento documentado de alguma forma: textos, artigos,
imagens, sons. Está sempre ao alcance do grupo, é bem mais compartilhado que o tácito, pois foi
transmitido para um meio de comunicação, onde todos podem ter livre acesso. Este tipo de
conhecimento é adquirido formalmente nas academias, nos livros, periódicos etc. e é empregado
como sinônimo de informação.No meio organizacional, o conhecimento explícito passa a ser utilizado
como base para o desenvolvimento de novas habilidades, pois, sem estas, torna-se improdutivo.
Constata-se que o acesso ao ensino formal para obtenção do conhecimento explícito não é mais
diferencial, pois a oferta desses profissionais é grande. As empresas percebem que podem, no
mínimo, manter-se eficientes com menos recursos físicos e mão-de-obra especializada. Além disso,
passam a ser valorizados, atributos como criatividade e a versatilidade e não só a racionalidade.