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atenção nesse período é o comportamento do IPA, aqui representado pelo IPA-DI; entre 1995
a 1998, os preços no atacado acusou inflação acumulada de apenas 34,63%, uma diferença
absoluta de 17,63 pontos percentuais em relação ao IPCA e de 25,83 pontos em relação ao
IPC-BR. Esta diferença foi marcante no ano de 1995; sob a influência do câmbio apreciado, o
IPA-DI (6,38%) foi inferior em mais de 15 pontos percentuais em relação ao IPCA (22,41%),
INPC (21,98%) e IPC-BR (25,91%).
Tabela 2.1: Evolução dos principais índices de inflação, variação percentual: 1995-1998
Período IPCA INPC IGP-DI IGP-M IPA-DI IPC-BR
1995 22,41 21,98 14,77 15,24 6,38 25,91
1996 9,56 9,12 9,33 9,19 8,10 11,34
1997 5,22 4,34 7,48 7,74 7,80 7,21
1998 1,66 2,49 1,71 1,79 1,50 1,66
1995/1998 43,46 42,33 37,17 37,99 25,83 52,81
Fonte: Elaboração própria com dados do IBGE e IBRE
Após a desvalorização cambial de janeiro de 1999, fruto da adoção do regime de taxas
de câmbio flutuantes, a inflação medida pelos principais IPCs continuou a convergir para
valores ainda mais próximos. De acordo com os dados da Tabela 2.2, nos 84 meses seguintes,
o IPCA mediu a inflação acumulada de 73,86%, o INPC de 76,40% e o IPC-BR de 70,46%.
Essa pequena diferença da inflação medida pelos IPCs pode ser explicada pelas distintas
metodologia e população objetivo desses índices.
Tabela 2.2: Evolução dos principais índices de inflação no Brasil: 1999-2005
Ano IPCA INPC IGP-DI IGP-M IPA-DI IPC-GV
1999 8,94 8,43 19,99 20,10 28,88 9,12
2000 5,97 5,27 9,80 9,95 12,06 6,21
2001 7,67 9,44 10,40 10,37 11,88 7,94
2002 12,53 14,74 26,41 25,30 35,41 12,18
2003 9,30 10,38 7,66 8,69 6,27 8,93
2004 7,60 6,13 12,13 12,42 14,68 6,27
2005 5,69 5,05 1,23 1,20 -0,96 4,93
1999-05 73,86 76,40 124,69 125,84 164,09 70,46
Fonte: Elaboração própria com dados do IBGE e IBRE.