em orelhas com a membrana timpânica aparentemente normal representa um
novo achado na SS e provavelmente será uma característica importante para o
diagnóstico da síndrome. Griffith et al., 2000, encontraram PASN progressiva
de grave a profunda, documentada aos 5 anos de idade, em 3 parentes
afetados com SS, ligado a mutação no COL11A1. A PASN de grau moderado a
profundo, manifestada em idade precoce, sugere o diagnóstico da SS do tipo II
ou III. Poulson et al., 2004, estudaram 31 indivíduos com Stickler tipo III, de 5
famílias, com o diagnóstico feito através do fenótipo vítreo ocular e
encontraram 87,0% de miopia, 64,0% de catarata, 40,0% de descolamento de
retina, 37,0% de FP e 80,0% de PASN de grau leve (assintomática) a
moderado para altas freqüências. O diagnóstico foi confirmado pelo teste
molecular, com mutação no COL11A1. Assim sugerem que o diagnóstico
clínico da SS pelo fenótipo vítreo ocular pode ser evidenciado através da
avaliação audiológica. Existe uma considerável variabilidade fenotípica entre o
pacientes com a SS, a qual se reflete também nos tipo e grau de PA
(Jacobson, 1990).
Considerando o grau de PA, os resultados estão demonstrados na figura
5, onde se observa um predomínio de P leve (50%) precedido de 44,73% de P
mod, 5,26% de P grav, não ocorreu P prof.
Na avaliação audiométrica por orelha, observa-se 28,84% (n=15) de
PASN, sendo 66,66% de grau leve e 33,33% de grau moderado. Perda mista
foi observada em 15,38% (n=8), sendo 12,5% de grau leve, 62,50% de grau
moderado e 25% de grau severo. PAC apareceu em 28,84% (n=15) das
orelhas examinadas, sendo 53,33% de P leve e 46,66% de P mod. Esses
dados do exame audiométrico mostram claramente que o grau da PA é mais
grave na PAC e PAM pela presença da FP na maioria das crianças do grupo
de estudo, que apresentam tendência para o desenvolvimento da otite média e
PAC com maior agravo da sensibilidade auditiva.
Analisando as medidas de compliância estática, observou-se que
ocorreu alterações em 47,91% das orelhas testadas. Ocorreu predomínio da
curva tipo B (22,91%), que é característico da disfunção da orelha média,
precedidos de curva tipo C (10,41%), indicativa de disfunção da tuba auditiva,
curva tipo Ad (8,33%), que indica hipermotilidade da cadeia ossicular da orelha