6 - UBALDO AMADO
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livro e mais para o autor e seu séquito de confrades e leitores.
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— E o mesmo podemos detectar em Miséria e grandeza do amor de
Benedita... — retomei, mudando de livro, mas não mudando de assunto... — A
crítica também não se deu ao trabalho de olhar para o livro por si, admito. Mas este
caso é bem mais radical, porque o livro ficou quase que em último lugar em toda a
história... O comportamento dos meios de comunicação brasileiros, notadamente os
jornais e revistas, diante do texto foi todo ele pautado pelo fato de ter sido o
romance o primeiro e-book,
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o mesmo se podendo dizer dos jornais e revistas
portugueses.
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A seção de lançamentos da revista Bravo!, por exemplo, incluiu o
Miséria e grandeza..., e uma das colunas internas, justamente a de título “Por que
ler”, diz que o livro deve ser lido porque constitui a primeira experiência
brasileira de livros em formato eletrônico, “baixáveis” pela Internet. O livro foi
comentado na seção “Comportamento” do jornal A Tarde, com o título: “A era do
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Nelson de OLIVEIRA, “Credibilidade perdida”, Jornal do Brasil, 25 jun. 2005, realcei.
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— E sobre isso versaram os principais meios de comunicação impressos do país, que tiveram o
romance de Ubaldo como tema por ser ele o pioneiro do novo formato. É o caso das
reportagens de IstoÉ (Luiz C
HAGAS, Livros, “Leitur@ livre” [referência ao romance Anjos de
Badaró, de Mário Prata, cuja construção se deu em tempo real e publicamente, com os
internautas acessando o site do escritor e assistindo-o a escrever o livro, diante de uma
câmera], 7 jun. 2000
); dO Globo (“João Ubaldo lança seu primeiro e-book”, 18 mai. 2000, e
Rení T
OGNOMI e Mànya MILLEN, Segundo Caderno (capa), “A hora do e-book — Mário Prata
se junta a Ubaldo na onda do livro eletrônico”, 26 mai. 2000
); do Jornal do Brasil (“Ubaldo
lança livro a R$ 4 na Internet”, 18 mai. 2000
, e Elis MONTEIRO, “Livro eletrônico desponta
como nova opção de leitura”, 25 mai. 2000
); de Veja (Marcelo MARTHE, “Novela no monitor.
Com João Ubaldo Ribeiro, a literatura brasileira entra na era do e-book — o livro virtual”, 24
mai. 2000); dO Estado de S. Paulo (chamada de primeira página, “Colunista João Ubaldo
lança livro na Internet”, e página interna, matéria de Beatriz Coelho S
ILVA, “João Ubaldo lança
novo livro pela Internet”, 18 mai. 2000
, e ainda Ubiratan BRASIL, “Anjos de Mario Prata
invadem Internet”, com o “olho” da matéria: “João Ubaldo produz livro eletrônico”, 23 mai.
2000); de Época (Decio VIOTTO, “Itaparica eletrônica”, 22 mai. 2000); do Zero Hora (“João
Ubaldo lança livro virtual”, 19 mai. 2000
); da Folha de S. Paulo (Cristina GRILLO, “Novo
romance só será vendido pela Internet — João Ubaldo Ribeiro lança e-livro Amor de
Benedita”, 18 mai. 2000
); e ainda, em meio digital, do site NO. (Paulo Roberto PIRES, “João
Ubaldo na rede”, <http://www.no.com.br>, acesso em 18 mai. 2000
).
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— Como é o caso do JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, que diz, no subtítulo do box: “O
último livro do brasileiro João Ubaldo Ribeiro (...) está à venda na Internet e ainda não foi
editado em papel. O primeiro capítulo é gratuito, os outros a pagar. O JL conversou, por
correio electrónico, com este pioneiro da literatura digital e com o seu editor Carlos Augusto
Lacerda, sobre estes sinais dos tempos” (José Afonso F
URTADO, “Literatura digital: o futuro do
livro” e “e-Ubaldo” (box), Portugal, 14 jun. 2000
), e também nesta nota: “O primeiro e-book
lançado no Brasil surge agora em edição portuguesa” (“Ubaldo”, Portugal, 15 mai. 2002
); e
ainda no Diário de Notícias: “Miséria e grandeza do amor...”, Portugal, 26 set. 2002
; e no
Público, Isabel C
OUTINHO, “Romance electrónico de João Ubaldo Ribeiro”, Portugal, 24 jun.
2000.
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