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José Luiz Barros Pena
Alterações seqüenciais da deformação
miocárdica longitudinal e radial
(strain/strain rate) e das velocidades do
Doppler tecidual pulsado em neonatos normais
Tese apresentada à Faculdade de
Medicina da Universidade de São
Paulo para obtenção do título de
Doutor em Ciências
Área de concentração: Cardiologia
Orientadora: Dra. Vera Maria Cury
Salemi
São Paulo
2005
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FICHA CATALOGRÁFICA
Preparada pela Biblioteca da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
reprodução autorizada pelo autor
Pena, José Luiz Barros
Alterações seqüenciais da deformação miocárdica longitudinal e radial
(strain/strain rate) e das velocidades do Doppler tecidual pulsado em neonatos
normais / José Luiz Barros Pena-- São Paulo, 2005.
Tese(doutorado)--Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Departamento de Cardio-Pneumologia.
Área de concentração: Cardiologia.
Orientadora: Vera Maria Cury Salemi.
Descritores: 1.ULTRA-SONOGRAFIA DOPPLER 2.CARDIOPATIAS
CONGÊNITAS 3.RECÉM-NASCIDO 4.ECOCARDIOGRAFIA DOPPLER
USP/FM/SBD-320/05
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais (in memorian),
pela transmissão de dignidade e modelo de nobreza de caráter;
À minha família, representada por irmãs, irmão, cunhada, cunhados,
sobrinhos, tios, tias, e primos.
Enumerá-los separadamente seria tarefa difícil, senão impossível.
Todos representam fundamental importância para mim.
Obrigado pelo carinho, apoio e alegria da convivência;
Às crianças do nosso país,
esperando que ajudem a transformar um mundo
com tantas diferenças sociais.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. George R. Sutherland, modelo de inteligência, ética e sólida
formação científica, pelo desprendimento com que me abriu as portas para
o aprendizado de uma nova técnica ecocardiográfica, dando-me condições
de desenvolver este trabalho.
À Dra. Vera Maria Cury Salemi, que além de orientadora foi amiga em todos
os momentos deste trabalho, a quem considero exemplo de
profissionalismo, dedicação e integridade.
Ao Prof. Charles Mady, pela acolhida no Curso de Pós-Graduação,
responsabilidade e liderança científica, contribuindo para que este trabalho
fosse levado a termo.
À Carla Fogaccia da GE Healthcare, pela amizade, apoio e ajuda
inestimáveis no empréstimo do equipamento utilizado neste estudo.
Aos Drs. Marconi Gomes da Silva e Sanny Cristina de Castro Faria, médicos
residentes do Setor de Ecocardiografia do Hospital Felício Rocho, de Belo
Horizonte, pelo grande auxílio e apoio nas diferentes etapas deste
trabalho.
Aos médicos do corpo clínico, especialmente o Dr. José Mariano Sales Alves
Júnior, médicos residentes, alunos e funcionários da Maternidade Hilda
Brandão da Santa Casa de Belo Horizonte, pela ajuda e apoio
imprescindíveis durante a coleta dos dados desta tese.
Aos colegas Drs. Aigul Baltabaeva, Anna Marciniak, Anatoli Kiotsekoglou e
Tiia Karu, do St. George’s Hospital de Londres, que gentilmente
participaram da pesquisa de variabilidade inter-examinador, dando maior
consistência ao trabalho.
Aos Drs. Luc Mertens, Lieven Herbots, Frank Weidemann, Javier Ganame e
aos engenheiros Jan d’Hooge e Bart Bijnens, de Leuven, Bélgica, pelos
ensinamentos e profícuo convívio durante minha estadia com o grupo.
Ao Prof. Enrico Colossimo e às consultoras estatísticas Aleida Nazareth
Soares e Ana Paula Azevedo Travassos pela criteriosa análise estatística e
apoio na execução deste trabalho.
Às bibliotecárias do Serviço de Biblioteca e documentação da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, especialmente Marinalva de Souza
Aragão e Valéria Vilhena, pela ajuda e atenção exemplares.
5
Às secretárias do Curso de Pós-graduação Sensu Estrito, Programa de
Cardiologia da USP, Neusa Rodrigues Dini, Juliana Lattari Sobrinho e Eva
Malheiros G. de Oliveira, pela competência, dedicação e atenção
constantes.
Ao Prof. Eduardo Luiz R. Cançado pela amizade hospitaleira, apoio e
valiosas sugestões.
Aos colegas do Setor de Ecocardiografia do Hospital Felício Rocho e da
Clínica Baeta Vianna, pelo convívio produtivo e amizade.
Às secretárias da Clínica Baeta Vianna, especialmente Laurita de Sousa
Alexandrino, pela atenção e colaboração constantes.
À Profa. Ana Mazur Spira, pela colaboração na revisão do texto.
A Marcos Bispo pela cuidadosa formatação do texto, tabelas e gráficos.
Aos amigos que direta ou indiretamente contribuíram para que este
trabalho existisse.
“Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado,
e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo,
bem diverso do em que primeiro se pensou”.
(Guimarães Rosa - Grande sertão: veredas)
vii
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ...................................................... X
LISTA DE FIGURAS ....................................................................... XII
LISTA DE GRÁFICOS ......................................................................XIII
LISTA DE TABELAS ...................................................................... XIV
RESUMO ................................................................................. XX
SUMMARY............................................................................... XXII
1. INTRODUÇÃO .......................................................................... 2
1.1 - ASPECTOS HISTÓRICOS ........................................................... 2
1.2 CONCEITO E TÉCNICAS ........................................................... 4
1.3 ORIGEM DOS SINAIS DO DOPPLER TECIDUAL ....................................... 7
1.4 - APLICAÇÕES CLÍNICAS DO DOPPLER TECIDUAL....................................11
A. Sístole...................................................................11
B. Diástole .................................................................12
C. Índices de deformação miocárdica (Strain e Strain rate) .......14
C.1 Strain ..................................................................17
C.2 Strain rate ............................................................19
1.5 - ALTERAÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR DURANTE O PERÍODO PERINATAL ......21
A. Circulação fetal........................................................21
B. Circulação perinatal ..................................................23
2. OBJETIVOS ...........................................................................26
3. CASUÍSTICA E MÉTODO................................................................29
3.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO.........................................................29
3.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ........................................................29
3.3 CASUÍSTICA .....................................................................30
3.4 MÉTODO........................................................................31
3.5 - ANÁLISE ESTATÍSTICA ...........................................................36
4. RESULTADOS .........................................................................40
4.1 RESULTADOS DE ECOCARDIOGRAFIA MODO-M E BIDIMENSIONAL...................40
4.2 - RESULTADOS DE DOPPLER PULSADO, CONTÍNUO E EM CORES......................41
viii
4.3 RESULTADOS DE DOPPLER TECIDUAL .............................................42
4.3.1 – Análise do Grupo I............................................................ 42
4.3.1.1 - Outras comparações no VE............................................. 51
4.3.2 – Análise do Grupo II........................................................... 57
4.4
RESULTADOS DOS ÍNDICES DE DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA (STRAIN/STRAIN RATE)...63
4.4.1 – Função regional longitudinal do ventrículo esquerdo no Grupo I ..... 67
4.4.2 – Função regional radial do ventrículo esquerdo no Grupo I............. 73
4.4.3 - Função longitudinal versus Função radial do ventrículo esquerdo no
Grupo
I.................................................................................. 74
4.4.4 – Função regional longitudinal do ventrículo direito no Grupo I ........ 77
4.4.5 – Deformação regional do ventrículo esquerdo versus ventrículo direito
no Grupo
I .............................................................................. 80
4.4.6 – Deformação regional do Grupo II .......................................... 82
4.4.6.1 – Função regional longitudinal do ventrículo esquerdo no Grupo II
........................................................................................ 86
4.4.6.2 – Função regional radial do ventrículo esquerdo no Grupo II....... 86
4.4.6.3 – Função longitudinal versus Função radial do ventrículo esquerdo
no Grupo
II .......................................................................... 87
4.4.6.4 – Função regional longitudinal do ventrículo direito no Grupo II .. 87
4.4.6.5 – Função regional longitudinal do ventrículo esquerdo versus
ventrículo direito no Grupo
II .................................................... 88
4.4.7 - Comparação entre os índices de deformação miocárdica obtidos nos
Grupos
I e II............................................................................ 89
4.4.7.1 – Análise da função radial do VE ........................................ 89
4.4.7.2 – Análise da função longitudinal do VE................................. 91
4.4.7.3 – Análise da função longitudinal do VD ................................ 97
4.4.8 – Reprodutibilidade dos dados...............................................100
4.4.9 - Correlação entre as velocidades sistólicas e os índices de deformação
miocárdica.............................................................................101
5. DISCUSSÃO ......................................................................... 107
5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ....................................................... 107
5.2 ANÁLISE DAS VELOCIDADES DO GRUPO I........................................ 108
5.3 ANÁLISE DAS VELOCIDADES DO GRUPO II....................................... 109
5.4 ALISE DOS ÍNDICES DE DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA DO GRUPO I................ 110
ix
5.5 ALISE DOS ÍNDICES DE DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA DO GRUPO II ............... 112
5.6 ALISE COMPARATIVA DOS ÍNDICES DE DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA DOS GRUPOS I E II
.................................................................................... 113
5.7 ALISE DA CORRELAÇÃO ENTRE VELOCIDADES SISTÓLICAS E ÍNDICES DE DEFORMAÇÃO
MIOCÁRDICA
........................................................................ 118
5.8 LIMITAÇÕES................................................................... 119
5.9 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS ........................................................ 120
6. CONCLUSÕES ....................................................................... 123
7. ANEXOS ............................................................................ 126
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ......................... 126
ANEXO B - PROTOCOLO DO ESTUDO “ALTERAÇÕES SEQUENCIAIS DA DEFORMAÇÃO
MIOCÁRDICA
LONGITUDINAL E RADIAL (STRAIN/STRAIN RATE) E DAS VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM NEONATOS NORMAIS ............................... 129
ANEXO C - INTEROBSERVER VARIABILITY ............................................. 141
ANEXO D TABELAS DO GRUPO II................................................... 145
8. REFERÊNCIAS ....................................................................... 164
x
LISTA DE ABREVIATURAS
AD átrio direito
AE átrio esquerdo
Am velocidade diastólica tardia do miocárdio
Ao aorta
DdVE diâmetro diastólico do VE
DsVE diâmetro sistólico do VE
DT Doppler tecidual
Em velocidade diastólica inicial do miocárdio
FE fração de ejeção
GI Grupo I
GII Grupo II
L longitudinal
PAB perímetro abdominal
PCC perímetro cefálico
PET tomografia por emissão de pósitrons
PpVEd parede posterior do VE medida em diástole
PTC perímetro torácico
quadros/s quadros por segundo
R radial
S septal
SIVd septo interventricular medido em diástole
Sm velocidade sistólica do miocárdio
SPECT tomografia computadorizada por emissão de fóton único
SR strain rate
VD ventrículo direito
Vdf volume diastólico final
VDf volume diastólico final do VE
VE ventrículo esquerdo
Vsf volume sistólico final
VSf volume sistólico final do VE
xi
LISTA DE SÍMBOLOS
% por cento
< menor que
= igual a
> maior que
± mais ou menos
maior ou igual a
bpm batimentos por minuto
cm/s centímetros por segundo
L comprimento pós-deformação
L
0
comprimento inicial do objeto
m/s metros por segundo
mg miligrama
mHz megahertz
mm milímetros
ms milissegundos
SL strain length
d% percentagem de encurtamento sistólico do diâmetro do VE
ε strain
έ strain rate
xii
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - DEFORMAÇÃO DE OBJETO UNIDIMENSIONAL ....................................18
FIGURA 2 - STRAIN RATE ................................................................20
FIGURA 3 PAREDES E SEGMENTOS DO VE E DO VD.......................................34
FIGURA 4 STRAIN RATE / STRAIN - FUNÇÃO RADIAL(A) E FUNÇÃO LONGITUDINAL(B)....37
FIGURA 5 - GRADIENTE DE VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL...........................47
FIGURA 6 DOPPLER TECIDUAL PULSADO UTILIZADO PARA MEDIDA DAS VELOCIDADES. ......55
FIGURA 7 FUNÇÃO LONGITUDINAL X RADIAL ............................................75
FIGURA 8 COMPARAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DO Ε SISTÓLICO DO VE NO PRIMEIRO E SEGUNDO
EXAMES
(TEMPO 1 E TEMPO 2) ..............................................92
FIGURA 9 - COMPARAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DO SR E Ε SISTÓLICOS DO VD NO PRIMEIRO E
SEGUNDO EXAMES
(TEMPO 1 E TEMPO 2) ....................................97
xiii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Correlação entre a velocidade sistólica (Sm) e os índices de
deformação miocárdica (SR/ε) do segmento basal (b) da
parede posterior do VE (função radial)............................ 102
Gráfico 2 - Correlação entre a velocidade sistólica (Sm) e os índices de
deformação miocárdica (SR/ε) do segmento basal (b) da
parede septal do VE (função longitudinal)........................ 103
Gráfico 3 - Correlação entre a velocidades sistólica (Sm) e os índices de
deformação miocárdica (SR/ε) do segmento basal (b) da
parede lateral do VE (função longitudinal) ....................... 104
Gráfico 4 - Correlação entre a velocidade sistólica (Sm) e os índices de
deformação miocárdica (SR/ε) do segmento basal (b) da
parede livre do VD (função longitudinal).......................... 105
xiv
LISTA DE TABELAS
TABELA 01GI - DADOS CLÍNICOS DE 55 NEONATOS NORMAIS DO GRUPO I..................30
TABELA 02GI - MEDIDAS ECOCARDIOGRÁFICAS CONVENCIONAIS EM 55 NEONATOS NORMAIS
GRUPO I ..................................................................41
TABELA 03GI - MEDIDAS DO DOPPLER CONVENCIONAL EM 55 CRIANÇAS DO GRUPO I ......42
TABELA 04GI - VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTE PARAESTERNAL
TRANSVERSAL
(RADIAL) DO VE GRUPO I....................................43
T
ABELA 05GI - VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTES APICAL 4 E 2
CÂMARAS
(LONGITUDINAL) DO VE - GRUPO I.................................44
TABELA 05GI - VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTES APICAL 4 E 2
CÂMARAS
(LONGITUDINAL) DO VE GRUPO I (CONCLUSÃO) ..................45
TABELA 06GI - VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTES APICAL 4 E 2
CÂMARAS
(LONGITUDINAL) DO VD GRUPO I ................................46
TABELA 07GI - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO RADIAL NO CORTE
PARAESTERNAL TRANSVERSAL NO
GRUPO I ...................................49
TABELA 08GI - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO NO CORTE APICAL 4C PAREDE
SEPTAL DO
VE NO GRUPO I. ................................................49
T
ABELA 09GI - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTE APICAL 4C PAREDE
LATERAL DO
VE NO GRUPO I. ...............................................50
T
ABELA 10GI - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTE APICAL 2C PAREDE
INFERIOR DO
VE NO GRUPO I................................................50
TABELA 11GI - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTE APICAL 2C PAREDE
ANTERIOR DO
VE NO GRUPO I...............................................51
TABELA 12GI - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO ENTRE DIFERENTES PAREDES E
SEGMENTOS DO
VE NO GRUPO I .............................................53
xv
TABELA 12GI - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO ENTRE DIFERENTES PAREDES E
SEGMENTOS DO
VE NO GRUPO I (CONCLUSÃO)...............................54
TABELA 13GI - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM PAREDES E SEGMENTOS DO
VD X VE NO GRUPO I.......................................................56
TABELA 13GI - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM PAREDES E SEGMENTOS DO
VD X VE NO GRUPO I (CONCLUSÃO) ........................................57
T
ABELA 04GII - VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTE PARAESTERNAL
TRANSVERSAL
(RADIAL) DO VE GRUPO II...................................58
TABELA 05GII - VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTES APICAL 4 E 2
CÂMARAS
(LONGITUDINAL) DO VE GRUPO II................................59
TABELA 05GII - VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTES APICAL 4 E 2
CÂMARAS
(LONGITUDINAL) DO VE GRUPO II (CONCLUSÃO) .................60
TABELA 06GII - VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTES APICAL 4 E 2
CÂMARAS
(LONGITUDINAL) DO VD GRUPO II (CONCLUSÃO) .................61
TABELA 14GI - VALORES NORMAIS - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) FUNÇÃO REGIONAL
LONGITUDINAL VENTRÍCULO ESQUERDO
GRUPO I............................64
TABELA 14GI - VALORES NORMAIS - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) FUNÇÃO REGIONAL
LONGITUDINAL VENTRÍCULO ESQUERDO
GRUPO I (CONCLUSÃO) .............65
T
ABELA 15GI - VALORES NORMAIS STRAIN (UNIDADE %) FUNÇÃO REGIONAL
LONGITUDINAL VENTRÍCULO ESQUERDO
GRUPO I............................66
T
ABELA 15GI - VALORES NORMAIS STRAIN (UNIDADE %) FUNÇÃO REGIONAL
LONGITUDINAL VENTRÍCULO ESQUERDO
GRUPO I (CONCLUSÃO) .............67
TABELA 16GI - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
)– COMPARAÇÃO ENTRE COMPONENTES,
PAREDES E SEGMENTOS DO VENTRÍCULO ESQUERDO NO
GRUPO I ..............68
TABELA 16GI STRAIN RATE (UNIDADES
-1
)– COMPARAÇÃO ENTRE COMPONENTES,
PAREDES E SEGMENTOS DO VENTRÍCULO ESQUERDO NO
GRUPO I ..............69
TABELA 16GI - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
)– COMPARAÇÃO ENTRE COMPONENTES,
PAREDES E SEGMENTOS DO VENTRÍCULO ESQUERDO NO
GRUPO I (CONCLUSÃO) 70
TABELA 17GI - STRAIN (UNIDADE %)– COMPARAÇÃO ENTRE COMPONENTES, PAREDES E
SEGMENTOS DO VENTRÍCULO ESQUERDO NO
GRUPO I .........................71
xvi
TABELA 17GI - STRAIN (UNIDADE %)– COMPARAÇÃO ENTRE COMPONENTES, PAREDES E
SEGMENTOS DO VENTRÍCULO ESQUERDO NO
GRUPO I(CONCLUSÃO)............72
TABELA 18GI - VALORES NORMAIS - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) FUNÇÃO RADIAL
VENTRÍCULO ESQUERDO
GRUPO I ..........................................73
TABELA 19GI - VALORES NORMAIS STRAIN (UNIDADE %) FUNÇÃO RADIAL VENTRÍCULO
ESQUERDO
GRUPO I .......................................................74
TABELA 20GI - COMPARAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DO STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) DAS
FUNÇÕES RADIAL X LONGITUDINAL DO
VE NO GRUPO I........................76
TABELA 21GI - COMPARAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DO STRAIN (UNIDADES %) DAS FUNÇÕES
RADIAL X LONGITUDINAL DO
VE NO GRUPO I .................................76
TABELA 22GI - VALORES NORMAIS - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) VENTRÍCULO DIREITO -
GRUPO I....................................................................77
TABELA 23GI - VALORES NORMAIS - STRAIN (UNIDADE %) VENTRÍCULO DIREITO - GRUPO
I ...........................................................................78
TABELA 24GI - COMPARAÇÃO REGIONAL DOS SEGMENTOS DA PAREDE LIVRE DO VD
ATRAVÉS DO STRAIN RATE
(UNIDADES
-1
) - GRUPO I ..........................79
TABELA 25GI - COMPARAÇÃO REGIONAL DOS SEGMENTOS DA PAREDE LIVRE DO VD
ATRAVÉS DO STRAIN
(UNIDADE %) - GRUPO I.................................80
TABELA 26GI - COMPARAÇÃO REGIONAL DOS SEGMENTOS DO VE SEPTAL X VD PAREDE
LIVRE ATRAVÉS DO STRAIN RATE
(UNIDADES
-1
) - GRUPO I ....................81
T
ABELA 27GI - COMPARAÇÃO REGIONAL DOS SEGMENTOS DO VE SEPTAL X VD PAREDE
LIVRE ATRAVÉS DO STRAIN
(UNIDADE %) - GRUPO I...........................82
TABELA 14GII - VALORES NORMAIS - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) FUNÇÃO LONGITUDINAL
VENTRÍCULO ESQUERDO
GRUPO II..........................................83
TABELA 14GII - VALORES NORMAIS - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) FUNÇÃO LONGITUDINAL
VENTRÍCULO ESQUERDO
GRUPO II (CONCLUSÃO) ...........................84
TABELA 15GII - VALORES NORMAIS STRAIN (UNIDADE %) FUNÇÃO LONGITUDINAL
VENTRÍCULO ESQUERDO
GRUPO II..........................................85
TABELA 22GII - VALORES NORMAIS STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) VENTRÍCULO DIREITO
GRUPO II...................................................................87
T
ABELA 23GII - VALORES NORMAIS -– STRAIN (UNIDADE %) VENTRÍCULO DIREITO
GRUPO II...................................................................88
xvii
TABELA 28GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS DO TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
ESQUERDO
- FUNÇÃO RADIAL - TRANSVERSAL POSTERIOR STRAIN RATE
(UNIDADES
-1
)...............................................................90
TABELA 29GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS DO TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
ESQUERDO
- FUNÇÃO RADIAL - TRANSVERSAL POSTERIOR STRAIN (UNIDADE
%)..........................................................................90
TABELA 30GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS DO TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
ESQUERDO
FUNÇÃO LONGITUDINAL - APICAL 4 CÂMARAS STRAIN RATE
(UNIDADES
-1
)...............................................................93
T
ABELA 31GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS DO TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
ESQUERDO
FUNÇÃO LONGITUDINAL - APICAL 4 CÂMARAS STRAIN (UNIDADE
%)..........................................................................94
TABELA 32GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS DO TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
ESQUERDO
FUNÇÃO LONGITUDINAL APICAL 2 CÂMARAS - STRAIN RATE
(UNIDADES
-1
)...............................................................95
TABELA 33GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS DO TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
ESQUERDO
FUNÇÃO LONGITUDINAL APICAL 2 CÂMARAS STRAIN (UNIDADE
%)..........................................................................96
TABELA 34GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
DIREITO
FUNÇÃO LONGITUDINAL - APICAL 4 CÂMARAS STRAIN RATE
(UNIDADES
-1
)...............................................................98
T
ABELA 35GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
DIREITO
- FUNÇÃO LONGITUDINAL - APICAL 4 CÂMARAS STRAIN (UNIDADE %).99
T
ABELA 36GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
DIREITO
FUNÇÃO LONGITUDINAL - APICAL 2 CÂMARAS BASAL INFERIOR
STRAIN RATE
(UNIDADES
-1
)..................................................99
TABELA 37GI/GII - COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS TEMPO 1 X TEMPO 2 - VENTRÍCULO
DIREITO
FUNÇÃO LONGITUDINAL - APICAL 2 CÂMARAS BASAL INFERIOR
STRAIN
(UNIDADE %) ...................................................... 100
TABELA 38 - REPRODUTIBILIDADE DOS DADOS: VARIABILIDADE INTRA-EXAMINADOR E INTER-
EXAMINADOR .............................................................. 101
xviii
TABELAS DO ANEXO D
TABELA 07GII - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO NOS VALORES MÉDIOS
TRANSVERSAIS NO
GRUPO II............................................... 145
TABELA 08GII - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTE APICAL 4C PAREDE
SEPTAL DO
VE NO GRUPO II............................................... 146
TABELA 09GII - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTE APICAL 4C PAREDE
LATERAL DO
VE NO GRUPO II ............................................. 147
TABELA 10GII - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTE APICAL 2C PAREDE
INFERIOR DO
VE NO GRUPO II............................................. 148
TABELA 11GII - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM CORTE APICAL 2C PAREDE
ANTERIOR DO
VE NO GRUPO II ............................................ 149
TABELA 12GII - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO ENTRE DIFERENTES PAREDES E
SEGMENTOS DO
VE NO GRUPO II .......................................... 150
TABELA 12GII - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO ENTRE DIFERENTES PAREDES E
SEGMENTOS DO
VE NO GRUPO II(CONCLUSÃO)............................. 151
T
ABELA 13GII - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM PAREDES DO VD X VE NO
GRUPO II................................................................. 152
T
ABELA 13GII - DESCRITIVAS E TESTE T PAREADO PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM PAREDES DO VD X VE NO
GRUPO II (CONCLUSÃO) .................................................. 153
TABELA 16GII - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) COMPARAÇÃO ENTRE COMPONENTES,
PAREDES E SEGMENTOS DO
VENTRÍCULO ESQUERDO NO GRUPO II ........... 154
TABELA 16GII - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) COMPARAÇÃO ENTRE COMPONENTES,
PAREDES E SEGMENTOS DO
VENTRÍCULO ESQUERDO NO GRUPO II
(CONCLUSÃO)............................................................. 155
TABELA 17GII - STRAIN (UNIDADE %) COMPARAÇÃO ENTRE COMPONENTES, PAREDES E
SEGMENTOS DO
VENTRÍCULO ESQUERDO NO GRUPO II...................... 156
xix
TABELA 17GII - STRAIN (UNIDADE %) COMPARAÇÃO ENTRE COMPONENTES, PAREDES E
SEGMENTOS DO
VENTRÍCULO ESQUERDO NO GRUPO II (CONCLUSÃO) ....... 157
TABELA 18GII - VALORES NORMAIS - STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) FUNÇÃO RADIAL
VENTRÍCULO ESQUERDO GRUPO II ....................................... 158
TABELA 19GII - VALORES NORMAIS STRAIN (UNIDADE %) FUNÇÃO RADIAL VENTRÍCULO
ESQUERDO
GRUPO II .................................................... 158
TABELA 24GII - COMPARAÇÃO REGIONAL DOS SEGMENTOS DA PAREDE LIVRE DO VD
ATRAVÉS DO
SR (UNIDADES
-1
) GRUPO II................................. 159
TABELA 25GII - COMPARAÇÃO REGIONAL DOS SEGMENTOS DA PAREDE LIVRE DO VD
ATRAVÉS DO
STRAIN (UNIDADE %) GRUPO II.............................. 160
TABELA 26GII - COMPARAÇÃO REGIONAL DOS SEGMENTOS DO VE SEPTAL X VD PAREDE
LIVRE ATRAVÉS DO STRAIN RATE (UNIDADES
-1
) GRUPO II................. 161
TABELA 27GII - COMPARAÇÃO REGIONAL DOS SEGMENTOS DO VE SEPTAL X VD PAREDE
LIVRE ATRAVÉS DO STRAIN (UNIDADE %) GRUPO II ....................... 162
xx
RESUMO
Pena JLB. Alterações seqüenciais da deformação miocárdica longitudinal e
radial (strain/strain rate) e das velocidades do Doppler tecidual pulsado
em neonatos normais [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina,
Universidade de São Paulo, 2005.177p.
Introdução: O Doppler tecidual (DT) surgiu como uma técnica
ecocardiográfica para registro das velocidades do miocárdio e evoluiu para
a determinação da deformação miocárdica regional com medida do strain
rate (SR) e strain (ε) longitudinal e radial unidimensionais. Nosso objetivo
foi determinar padrões de normalidade em neonatos e analisar
seqüencialmente esses índices em períodos de alta e baixa resistência
vascular pulmonar.
Casuística e Método: Selecionaram-se 55 crianças com idade média de
20,14 ± 14,0 horas, constituindo o Grupo I (G I). Um segundo exame foi
realizado em 30 crianças que retornaram após 31,9 ± 2,9 dias de vida,
constituindo o Grupo II (G II). As velocidades do DT pulsado foram obtidas
em cortes transversais (R) e longitudinais (L) do ventrículo esquerdo (VE)
em posições apical 4 e 2 câmaras e no VD (paredes livre e inferior). Foram
medidas velocidades sistólicas (onda Sm), diastólica inicial (Em), diastólica
final (Am) de pico e a relação Em/Am. Pelo menos três ciclos cardíacos
consecutivos com taxa de quadros/s superior a 300 foram digitalmente
obtidos nos cortes mencionados e analisados posteriormente utilizando
programa específico para medida das curvas de SR/ε e seus componentes
sistólico, diastólico inicial e final.
Resultados: As velocidades demonstraram gradiente bem definido com
redução progressiva na direção base-ápice do coração. As velocidades do
VD foram superiores às do VE quando comparadas com as medidas nas
paredes septal (S), anterior (A) e lateral (L). No GI verificamos diferença
significativa entre as medidas do SR/ε sistólicos do segmento basal da
parede S em relação à apical (-1,90 ± 0,61, -25,90 ± 4,90 vs -1,66 ± 0,25, -
xxi
24,23 ± 3,08), p=0,04 e p=0,02 e do segmento médio em relação ao apical
(p=0,01 e 0,02). A avaliação regional do VD demonstrou ε sistólico maior no
segmento médio em relação ao basal (-33,20 ± 6,34 vs -28,38 ± 4,90,
p=0,00) e em relação ao segmento apical (-33,20 ± 6,34 vs -31,95 ± 5,06,
p=0,021). Os valores absolutos de SR/ε e todos os seus componentes foram
maiores na direção R quando comparados com a L (SR sistólico 2,99 ± 0,78
s
-1
vs (-)1,90 ± 0,60 s
-1
ε sistólico 49,72% ± 12,86% vs (-) 25,86% ± 4,83
p=0,00). Quando comparamos os GI e GII verificamos redução do ε sistólico
do VE na direção R e L nas paredes S, L e A em todos os segmentos. O SR
sistólico reduziu apenas na porção basal da parede L (-1,91 ± 0,46 s
-1
vs -
1,71 ± 0,33 s
-1
, p=0,02). O VD apresentou no GII aumento significativo do ε
sistólico e diastólico inicial em todos os segmentos e paredes. O SR sistólico
também apresentou aumento dos valores nos segmentos basal e médio de
sua parede livre e na parede inferior. A correlação entre a onda Sm e SR/ε
sistólicos não foi significativa.
Conclusão: Os índices regionais de deformação miocárdica constituem
técnica clínica reproduzível em neonatos e podem monitorar alterações
seqüenciais fisiológicas da circulação neonatal precoce e tardia. São mais
robustos que as velocidades na quantificação da função regional.
Descritores:
1.ULTRA-SONOGRAFIA DOPPLER 2.CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
3.RECÉM-NASCIDO 4.ECOCARDIOGRAFIA DOPPLER
xxii
SUMMARY
Pena JLB. Sequential changes of longitudinal and radial deformation
(strain/strain rate) and pulsed wave tissue Doppler in normal
neonates.[thesis]. “São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São
Paulo”, 2005. 177p.
Background: Color Doppler myocardial imaging (CDMI) has emerged as an
echocardiographic technique for determining myocardial velocities and has
been further developed to allow the determination of one-dimension
regional longitudinal and radial strain rate (SR) and strain (ε). Our goal was
to determine normal values in neonates and sequentially analyse these
indices in periods of high and low pulmonary vascular resistance.
Study population and methods: Fifty-five term newborns with mean age of
20.14 ± 14.0 hours were selected to be part of Group I (GI). A second echo
study was performed on 30 children that had returned with 31.9 ± 2.9 days
after birth, being Group II (GII). Pulsed wave Doppler tissue velocities
(PWDTV) were obtained in short axis (R) and longitudinal (L) axis of the left
ventricle (LV) in apical 4 and 2 chamber view and in 4 and 2 chamber of the
right ventricle (RV), including RV free lateral and inferior walls. Peak
systolic (Sm), peak early diastolic (Em) and peak late diastolic (Am) motion
velocities and Em/Am ratio were measured. At least three consecutive
cardiac cycles with frame rate more than 300 fps were stored in digital
format from the mentioned views for offline analysis by using dedicated
software for measuring peak systolic and peak early and late diastolic SR/ε.
Results: PWTDV have shown a well-defined gradient with progressive peak
reduction from base to apex. RV velocities were higher than those of the LV
whem compared to septal (S), anterior (A) and lateral (L) walls. In GI there
was a significant difference between systolic SR/ε measurement of basal S
segment in relation to apical (-1.90 ± 0.61, -25.90 ± 4.90 vs –1.66 ± 0.25, -
24.23 ± 3.08), p=0.04 e p=0.02 and from the mid in relation to the apical
segment (p=0.01 e 0.02). Regional RV longitudinal function showed that
xxiii
systolic ε recorded from the mid segment was significantly higher than that
recorded from the basal segment (-33.20 ± 6.34 vs –28.38 ± 4.90, p=0.00)
and that from the apical segment (-33.20 ± 6.34 vs –31.95 ± 5.06, p=0.021).
The absolute and all components of SR/ε were significantly higher in R
direction when compared to the L ones (systolic SR 2.99 ± 0.78 s
-1
vs (-)1.90
± 0.60 s
-1
systolic ε 49.72% ± 12.86% vs (-)25.86% ± 4.83 p=0.00). When
comparing data from GI and GII, we noticed reduction of LV systolic ε in
the second group for both R and L, in all segments of S, L and A walls.
Systolic SR showed reduction of the values in GII only in the basal segment
of the L wall (-1.91 ± 0.46 s
-1
vs –1.71 ± 0.33s
-1
, p=0.02). Regional RV
function showed systolic and early diastolic ε significantly higher in all
segments of wall in GII. Systolic SR also showed higher values in the basal
and mid segments of RV free lateral and inferior wall in GII when
comparing to GI. The correlation between peak systolic velocity Sm and
peak systolic SR/ε was not significant.
Conclusion: Regional myocardial deformation indices are reproducible
clinical techniques in neonates and can monitor physiological sequential
circulatory changes of the early and late neonatal period. They are more
robust than velocities in the quantification of the regional myocardial
function.
Key words: 1. DOPPLER ULTRASOUND 2. CONGENITAL HEART DISEASE 3.
NEONATE 4. DOPPLER ECHOCARDIOGRAPHY
1. INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO 2
1. INTRODUÇÃO
1.1 - ASPECTOS HISTÓRICOS
O emprego da técnica do Doppler em suas diversas modalidades,
incluindo o Doppler pulsado, contínuo e em cores, para avaliação das
velocidades dos fluxos sanguíneos nas câmaras cardíacas e grandes vasos,
como parte integrante do exame ecocardiográfico, constitui prática usual e
bem estabelecida (Nishimura et al. 1985; Weyman, 1994).
O Doppler tecidual é uma modalidade relativamente recente, que se
emprega para a medida e quantificação das velocidades dentro do
miocárdio, ou seja, tecido sólido em tempo real (Miyatake et al., 1984;
Sutherland et al., 1994).
Yoshida e colaboradores foram os primeiros a obter informações
acerca da mobilidade cardíaca em 1961. Em 1972 Kostis e seu grupo
descreveram o emprego do Doppler pulsado regional como capaz de
registrar velocidades instantâneas da parede posterior do coração. O
primeiro relato da quantificação da função regional pelo Doppler foi feito
por Isaaz e colaboradores em 1989, utilizando o Doppler pulsado para
registrar a mobilidade da parede posterior do ventrículo esquerdo em
indivíduos normais e em pacientes com alterações da função regional. O
Doppler tecidual bidimensional em cores foi relatado pela primeira vez em
1992 por McDicken e cols. Procedeu-se então a estudos detalhados com a
utilização de espectros in vitro que confirmaram a acurácia dos algoritmos
1. INTRODUÇÃO 3
codificadores da velocidade nos tecidos (Fleming et al., 1994; Miyatake et
al, 1995).
O implemento de software específico nos equipamentos comerciais
fez com que surgisse uma série de relatos confirmando a aplicabilidade da
técnica. Tais relatos iniciais indicavam que o registro de padrões de
velocidades regionais poderia ter valor na quantificação da função regional
do miocárdio. Para superar as taxas muito baixas de quadros por segundo
do Doppler em cores (14 a 20 quadros/s), uma aquisição utilizando o modo-
M foi proposta por Fleming et al. em 1994.
Tal metodologia permitiu a representação dos gradientes
miocárdicos transmurais (ou seja, strain rates radiais), com ótima
resolução temporal e espacial. Uematsu et al., em 1995, demonstraram
que a estimativa do gradiente local era relativamente independente da
movimentação global do coração. Gorcsan et al. em 1996 confirmaram, em
um estudo experimental, que as velocidades regionais poderiam refletir, de
forma acurada, mudanças farmacologicamente induzidas na deformação
radial. Surgiram então estudos experimentais baseados no papel potencial
da estimativa da velocidade miocárdica regional na definição de diferentes
substratos induzidos pela isquemia, avaliando-se o gradiente de velocidade
miocárdica radial, que foram confirmados por diversos estudos clínicos
(Derumeaux et al., 1998).
A medida das velocidades regionais, derivadas do Doppler tecidual
com número maior de quadros/segundo (quadros/s) passou a ser utilizada
como uma tentativa de quantificação dos exames de estresse. A resposta
1. INTRODUÇÃO 4
normal dos segmentos ao exercício (bicicleta ergométrica) e à infusão de
dobutamina foi inicialmente relatada por Wilkenshof e colaboradores em
1998. Estudos posteriores, baseados tanto na velocidade regional quanto na
deformação miocárdica, exploraram esse campo. Outros importantes
problemas clínicos estudados pelo Doppler tecidual incluem função
diastólica regional (englobando mudanças que ocorrem com o avançar da
idade), cardiomiopatias, função ventricular direita, diagnóstico de locais de
pré-excitação ventricular, rejeição pós-transplante cardíaco e alterações
da função ventricular nas cardiopatias congênitas. Os dados de velocidades
regionais dos tecidos através do Doppler pulsado constituíram a base para
os estudos genéticos das miopatias em ratos. Entretanto, o mais importante
avanço do Doppler tecidual foi a introdução da deformação regional
baseada na velocidade (strain/strain rate). Esta abordagem ao
processamento regional dos dados das velocidades foi inicialmente descrita
por Heimdal et al. em 1998. A metodologia vem sendo subseqüentemente
validada em ambientes clínicos e experimentais.
1.2 CONCEITO E TÉCNICAS
Os princípios físicos do Doppler tecidual são similares aos das outras
modalidades de Doppler. Todas as considerações teóricas relativas à origem
do efeito Doppler, amplitude dos ecos refletidos, efeitos da angulação do
feixe incidente, etc. também se aplicam ao Doppler tecidual (Weyman,
1994).
1. INTRODUÇÃO 5
Existem duas fontes principais contribuindo para o efeito Doppler dos
sinais que retornam do ultra-som: as hemácias, que se movimentam dentro
do fluxo sanguíneo e as paredes ventriculares, valvas cardíacas e qualquer
outra estrutura sólida que tenha movimentação mais lenta. As velocidades
do fluxo sanguíneo geralmente alcançam até 150 cm/s enquanto que as dos
tecidos sólidos raramente apresentam cifras superiores a 20 cm/s
(Sengupta et al., 2002). Entretanto a força do sinal das hemácias é muito
mais baixa (cerca de 40 dB). Dessa forma o espectro dos sinais de Doppler
apresenta dois componentes: uma banda com alta freqüência e baixa
amplitude correspondendo ao fluxo sanguíneo e uma outra com baixa
freqüência e alta amplitude relacionada à movimentação do coração. Os
equipamentos capazes de demonstrar o Doppler tecidual são dotados com
um sistema de filtro que vai reduzir os sinais de alta freqüência e baixa
amplitude (García-Fernández et al., 1998). Além disso, uma amplificação
do ganho é usada para aumentar os sinais miocárdicos de baixa velocidade
e eliminar os sinais de fluxo sanguíneo que estão dentro das câmaras
cardíacas (Sutherland et al., 1999).
Uma escala apropriada para detectar baixas velocidades deve ser
incorporada com a finalidade de se obter apresentação ideal e proporcionar
medidas acuradas.
Da mesma forma que os sistemas convencionais de Doppler, o
Doppler tecidual apresenta três diferentes modalidades de apresentação:
bidimensional em cores, modo-M e pulsado. As modalidades apresentam
vantagens e desvantagens. Para exibir as velocidades do miocárdio o
1. INTRODUÇÃO 6
Doppler bidimensional em cores emprega métodos de auto-correlação,
semelhantes àqueles utilizados no Doppler em cores convencional.
Os mapas de cores apresentados representam a velocidade média do
miocárdio e não a velocidade de pico (Sutherland et al., 1999). Uma das
vantagens do Doppler tecidual bidimensional em cores é que a orientação
espacial das velocidades do miocárdio pode ser sobreposta à imagem
bidimensional em tempo real. O Doppler tecidual modo-M em cores pode
ser utilizado para demonstrar as diferenças entre as velocidades do
endocárdio e epicárdio, calculando-se o gradiente de velocidade, que é
indicador da contratilidade miocárdica regional (Uematsu et al., 1995).
Como limitações podemos citar a resolução temporal dificultada causada
por um tempo de processamento mais longo relacionado com análise de
correlação e necessidade de análise off-line para quantificação dos mapas
de cor das velocidades, que normalmente requer muito tempo.
O Doppler tecidual pulsado, ao contrário do colorido, oferece
resolução temporal aumentada e habilidade para quantificar o pico das
velocidades do endocárdio. Ele demonstra um espectro de velocidades de
pico no eixo y e de tempo no eixo x (Sengupta et al., 2002; Waggnoner,
Bierig, 2001).
A resolução temporal do Doppler tecidual pulsado é cerca de 250
pulsos/s, enquanto que o número de quadros/s obtido ao Doppler em cores
é da ordem de 150 a 200 quadros/s (Kukulski et al., 2000). Tal técnica não
requer análise off line e demonstra de forma instantânea a informação na
representação espectral. Uma pequena amostra de volume (2,0 mm de
1. INTRODUÇÃO 7
comprimento axial) é utilizada para colocação no miocárdio entre o
endocárdio e o epicárdio. A amostra de volume pode ser colocada em
qualquer local na imagem bidimensional tanto nos cortes paraesternais
quanto nos apicais. As limitações dessa modalidade ocorrem porque a
quantificação regional de velocidades miocárdicas só pode ser feita em
locais selecionados, sendo impossível obter dados de mais de um local
simultaneamente. Além disso, a amostra não é capaz de distinguir se o
examinador se encontra na camada endocárdica ou epicárdica. Uma das
grandes vantagens dessa modalidade, além da resolução temporal, é a
habilidade de quantificar as velocidades de pico e não as médias.
1.3 ORIGEM DOS SINAIS DO DOPPLER TECIDUAL
A origem dos sinais das velocidades do Doppler tecidual é
relacionada à arquitetura e orientação das fibras do miocárdio. Grant, em
1965, descreveu a arquitetura miocárdica como um sincício de fibras
interconectadas. As fibras epicárdicas movimentam-se no sentido dos
ponteiros do relógio, numa orientação helicoidal, da base para o ápice,
enquanto as fibras endocárdicas movimentam-se em sentido contrário ao
dos ponteiros do relógio. O ápice é relativamente estacionário e composto
de uma camada de fibras musculares muito finas. As fibras miocárdicas
localizadas nas camadas subendocárdicas e subepicárdicas apresentam
orientação predominantemente longitudinal (Rushmer et al., 1953).
Estudos têm demonstrado que o miocárdio ventricular esquerdo é
constituído então por fibras circunferenciais e longitudinais (Greenbaum et
1. INTRODUÇÃO 8
al., 1981). A contração das fibras longitudinais precede a contração das
circunferenciais durante a fase inicial da sístole, resultando em um formato
esférico do ventrículo esquerdo (Jones et al., 1990).
A tensão desenvolve inicialmente nas fibras longitudinais durante a
ativação ventricular inicial, assim a contração ao nível do eixo longo ocorre
antes de serem alcançadas as fibras orientadas circunferencialmente na
região média do miocárdio. Dessa forma, a fase inicial da sístole está
associada a uma contração assincrônica entre o eixo longo e o eixo curto do
ventrículo esquerdo. O relaxamento do miocárdio está mais relacionado às
fibras circunferenciais em comparação às fibras longitudinais, sendo tal
fato atribuído à tensão prévia armazenada que começou a ser liberada no
período de relaxamento diastólico isovolumétrico. Dessa forma, a função no
eixo longitudinal é parcialmente dependente das fibras subendocárdicas e
estas fibras, por sua vez, são mais susceptíveis à redução do fluxo
coronariano.
Teoricamente, as velocidades regionais e os índices de strain e strain
rate podem ser calculados nas direções radial, longitudinal e
circunferencial em cada segmento das paredes dos ventrículos esquerdo e
direito. Porém, na prática, somente os índices de função longitudinal
podem ser obtidos em todos os segmentos das paredes. A obtenção das
medidas da função radial está limitada a alguns segmentos do ventrículo
esquerdo. Embora alguns autores tenham tentado medir a função
circunferencial registrando as velocidades, os dados mostraram ser de
pouco valor na aplicabilidade clínica (Sutherland et al., 2005). No corte
1. INTRODUÇÃO 9
paraesternal eixo longitudinal do VE as miofibras apresentam orientação
que é perpendicular à amostra de volume do Doppler pulsado tecidual.
Devemos lembrar que as velocidades miocárdicas podem ser influenciadas
pelo ângulo, movimentação excessiva do coração na parede torácica e
translação cardíaca. Para análise da função das fibras radiais e
circunferenciais é necessário avaliar as velocidades através do corte
paraesternal eixo curto do VE.
Dessa forma utiliza-se o Doppler tecidual pulsado preferencialmente
nos cortes ecográficos apicais (duas e quatro câmaras e eixo longo). Os
cortes apicais são mais facilmente exeqüíveis e constituem um método de
avaliação do encurtamento e alongamento do eixo longo do VE.
A amostra de volume pode ser colocada nos segmentos basais do VE,
adjacentes ao anel mitral para análise das velocidades miocárdicas
sistólicas e diastólicas nas paredes septal, lateral, anterior, inferior,
ântero-septal e póstero-inferior. Podemos obter ainda as velocidades nos
segmentos médio e apical do VE. A análise das velocidades no segmento
apical dos ventrículos fica dificultada pela pouca mobilidade desta região,
com conseqüente redução dos picos das velocidades e muitas vezes há
movimentação do ápice em direção ao segmento basal (Pai RG, Gill KS,
1998a). Para análise da função radial regional, utilizamos o corte
paraesternal eixo curto dos ventrículos, ao nível da região septal, segmento
basal e ao nível da parede posterior, nos segmentos basal e médio. A
experiência tem mostrado que raramente é possível obter velocidades nos
segmentos apicais da parede posterior (Sutherland et al., 2005). O
1. INTRODUÇÃO 10
ventrículo direito pode ser estudado apenas em sua função regional
longitudinal, nos segmentos basal, médio e apical de sua parede livre, na
posição quatro câmaras e no segmento basal em duas câmaras. Enfim,
podemos utilizar o Doppler tecidual pulsado em quase todos os segmentos
recentemente estandardizados pela Sociedade Americana de
Ecocardiografia (Cerqueira et al., 2002).
As medidas incluem picos de velocidades ou amplitudes do(s)
componente(s) sistólico (Sm), um ou dois componentes diastólicos (ondas
Em e Am), a relação Em/Am, a duração e integral tempo-velocidade das
ondas Sm, Em e Am, intervalo de tempo de contração isovolumétrica em
eixos curto e apical (medida da onda Q do ECG até o início da onda Sm),
medidas da onda Q do ECG até início das ondas Em e Am (Pai RG, Gill KS,
1998a; García-Fernández et al., 1998; Waggoner AD, Bierig SM, 2001) e
medida do tempo de relaxamento isovolumétrico (medida do final da onda
Sm até o início da onda Em). Diversos pesquisadores demonstraram a
utilidade do Doppler pulsado tecidual na análise das funções sistólica e
diastólica em pacientes adultos (Gulati et al., 1996; Azevedo et al., 1996;
Sohn et al., 1997; Pai RG, Gill KS, 1998b; Severino et al., 1998).
Entretanto, existem muito pouco relatos de valores normais na
população pediátrica, sendo que na literatura existem trabalhos com faixa
etária bastante variável, chegando até a 19 anos (Rychik, Tian, 1996; Mori
et al., 2000). Recentemente, Mori et al., 2004, estudaram um grupo de
neonatos através do Doppler tecidual dentro das primeiras 24 horas de
nascimento e outro até sete dias, verificando que ocorreram mudanças nos
1. INTRODUÇÃO 11
valores ecocardiográficos do Doppler pulsado, no período neonatal precoce,
provavelmente como reflexo de diferenças ocorridas nas adaptações dos
ventrículos após o nascimento. Entretanto, não há na literatura, estudo que
verifique as alterações após 30 dias com avaliação também da função radial
e que inclua as novas técnicas de deformação miocárdica (strain/strain
rate).
1.4 - APLICAÇÕES CLÍNICAS DO DOPPLER TECIDUAL
A. Sístole
Sabemos que pacientes idosos apresentam velocidades sistólicas e
também diastólicas menores se comparadas com as de pacientes mais
jovens (Alam et al., 1999; Yamada et al., 1999). Diversos autores relataram
que a velocidade sistólica (Sm) tomada como média em diferentes posições
apresentou boa correlação (r = 0,85) com a fração de ejeção global do VE
(Gulati et al., 1996; Nagueh et al., 1997). Há raros relatos que obtiveram
velocidades do anel tricúspide (Alam et al., 1999). A doença coronária
altera medidas de Sm e alguns pesquisadores demonstraram redução da
velocidade em segmentos da parede lateral de pacientes com
acometimento da artéria coronária circunflexa, embora a contratilidade da
parede estivesse normal pela ecocardiografia bidimensional (Palmes et al.,
2000).
Estudos têm surgido salientando a importância do Doppler tecidual
em cores na determinação da resposta do miocárdio na presença de
isquemia e resposta à efetividade da reperfusão (Derumeaux et al., 1998).
1. INTRODUÇÃO 12
O Doppler tecidual tem sido também empregado na ecocardiografia de
estresse. Os segmentos isquêmicos, durante infusão de dobutamina tiveram
um aumento no pico de velocidade de Sm inferior a 90%. A falta de
aumento da velocidade de Sm após protocolo de estresse com dobutamina
indica isquemia com sensibilidade de 83% e especificidade de 87% (Yamada
et al. 1998).
B. Diástole
Nas últimas duas décadas a Ecocardiografia Doppler tem assumido a
posição de principal ferramenta complementar na avaliação da função
diastólica. Entretanto os índices de enchimento ventricular esquerdo
apresentam limitações, especialmente no chamado padrão de
pseudonormalidade e estão muito sujeitos a variações da pré e pós-carga
(Garcia et al., 1998). Isaaz et al., 1993, foram os primeiros a utilizar o
Doppler pulsado tecidual em corte apical quatro câmaras para obtenção
das velocidades diastólicas. Provou-se, em estudos subseqüentes, que havia
variação regional das velocidades Em e Am, à semelhança das velocidades
sistólicas. A relação Em/Am é normalmente maior que 1,0 e a velocidade
da onda Em normalmente é superior a 9 cm/s (Rodriguez L et al., 1996;
Pai, Gill, 1998a; Yamada H et al., 1999). Mesmo na ocorrência de fibrilação
atrial, a medida da velocidade Em foi acurada na identificação de função
diastólica alterada (Sohn et al., 1999b).
Diversos pesquisadores têm relatado que, embora o pico de
velocidade da onda E da valva mitral ao Doppler esteja alterado por
mudanças na pré-carga ou pressão do átrio esquerdo (capilar pulmonar), a
1. INTRODUÇÃO 13
velocidade da onda Em não muda muito e efeitos da pré-carga parecem ser
corrigidos pela relação E/Em (Nagueh et al. 1977; Sohn et al., 1997a).
Dessa forma, muitos pesquisadores agora sugerem que a medida da onda
Em é relativamente independente das cargas e superior aos índices
convencionais do Doppler da valva mitral na avaliação do relaxamento do
ventrículo esquerdo.
Há poucos trabalhos abordando função diastólica em crianças,
especialmente em neonatos. A maioria analisa fluxos de enchimento do
ventrículo esquerdo (valva mitral), fazendo distinção entre grupos de faixas
etárias distintas (Harada et al., 1995; Schmitz et al., 1998; Harada et al.,
1999; kozák-Bárány et al., 2001).
Menos freqüentes são os estudos abordando fluxos das veias
pulmonares em crianças (Harada et al., 1996) e função diastólica do
ventrículo direito (Yasuoka et al., 1999; Okada et al., 2000). Mesmo o
estudo da velocidade de propagação do fluxo da valva mitral ao modo-M em
cores (Takatsuji et al., 1996) em neonatos ainda não foi feito de forma
sistemática.
Após rever a literatura, concluímos que apesar de existirem
diferentes relatos acerca do Doppler tecidual e função ventricular, padrões
aceitáveis de valores de referência não estão estabelecidos para crianças,
especialmente no período neonatal. Não existe também uma relação dos
valores do Doppler tecidual comparando o padrão das funções sistólica e
diastólica dos ventrículos direito e esquerdo. Da mesma forma, não
encontramos na literatura comparação entre as medidas nas primeiras
1. INTRODUÇÃO 14
horas de vida (ainda com a resistência vascular pulmonar alta) com aquelas
obtidas em quatro semanas de vida (resistência pulmonar normalizada). A
obtenção de valores de referência visa auxiliar de forma mais precisa na
avaliação da função miocárdica em doenças cardíacas com geometrias
ventriculares complexas, nas quais os índices convencionais são falhos e
inadequados.
C. Índices de deformação miocárdica (Strain e Strain rate)
Como a função miocárdica é definida como a habilidade do músculo
cardíaco em desenvolver força, duas propriedades do músculo do ponto de
vista mecânico são fundamentais: movimentação e deformação. De fato,
quando uma força age em um corpo rígido, a Segunda Lei de Newton nos
diz que essa força resultará em uma aceleração do corpo, que vai se
manifestar como uma mudança na maneira em que o objeto se move. Além
do mais, quando o corpo é elástico, essa mesma força pode ocasionar uma
deformação no referido corpo. A extensão e direção dessa deformação, em
relação à força, depende das propriedades elásticas do corpo (D’hooge,
Rademakers, 2005).
A mobilidade regional do endocárdio é amplamente utilizada como
modelo para avaliação da função miocárdica regional. Foi através desse
conceito que muitos estudos angiográficos, nucleares e ecocardiográficos
bidimensionais basearam-se (Quinones et al., 1981). Entretanto, uma
melhor descrição da função miocárdica regional pode ser dada pela
determinação do espessamento e afilamento da parede local, os quais
1. INTRODUÇÃO 15
podem não estar necessariamente relacionados com a mobilidade
endocárdica.
A técnica ideal para se descrever a função miocárdica regional seria
aquela capaz de definir as características de deformação da parede em três
dimensões e em tempo real. No momento atual a deformação regional
tridimensional pode ser adquirida através da ressonância magnética
enquanto a tomografia computadorizada e a tomografia por emissão de
positron (SPECT/PET) são capazes de adquirir espessamento e afilamento
das paredes em três dimensões (Budoff et al., 2005). Porém, nenhuma
dessas técnicas em tempo real com a resolução temporal usada na prática
clínica é capaz de definir todos os eventos mecânicos miocárdicos. Por
outro lado, a aquisição em tempo real dos parâmetros de espessamento e
afilamento podem ser obtidos através da ultra-sonografia pela escala de
cinza e registro do modo-M, mas somente em uma dimensão e em um
número limitado de regiões do miocárdio. Apesar da tendência de muitos
autores em considerar que o encurtamento circunferencial é o principal
componente da função sistólica ventricular sabemos que o espessamento da
parede não ultrapassa 0,5 cm, enquanto a excursão da base ventricular em
direção ao ápice é de aproximadamente 2,0 cm na sístole (Silva, 2003). O
músculo cardíaco pode ser considerado um tecido incompressível e o seu
volume (não a massa) permanece constante durante a deformação. Isso
significa que a sua deformação longitudinal é inversamente proporcional às
alterações observadas em sua espessura. Ou seja, quanto mais o músculo se
1. INTRODUÇÃO 16
alonga, mais ele se afila, e, quanto mais ele se encurta, mais ele se
espessa.
O Doppler tecidual é uma técnica ultra-sonográfica relativamente
recente que, com seu formato atual, pode-se obter grande número de
frames ou quadros/s (em geral acima de 180 quadros/s), podendo definir
todas as velocidades miocárdicas médias ao longo de suas linhas de
imagem. Vários estudos clínicos examinaram seu papel diagnóstico na
determinação da função miocárdica regional de dados de velocidades em
um grande número de doenças (Sengupta et al., 2002). Embora dados
encorajadores tenham sido obtidos, ficou claro que o emprego isolado das
velocidades do miocárdio tem duas importantes limitações: a amplitude da
velocidade interrogada é dependente do ângulo no qual a região está sendo
estudada e a movimentação global do coração, rotação e contração dos
segmentos miocárdicos adjacentes vão influenciar a estimativa regional das
velocidades.
Com o objetivo de superar alguns desses problemas a técnica do
strain rate (SR) ultrasônico, ou em outras palavras, a taxa de deformação
imaginológica, foi desenvolvida através da estimativa dos gradientes
espaciais das velocidades miocárdicas. Através das curvas do strain rate, o
strain (ε) local (isto é, as curvas de deformação regional) podem ser
obtidas.
Essas novas técnicas de deformação miocárdica introduzem conceitos
derivados de engenharia mecânica dos quais muitos ecocardiografistas não
estão familiarizados. O método do strain rate através do Doppler tecidual
1. INTRODUÇÃO 17
foi desenvolvido na “Norwegian University of Science and Technology” em
Trondheim, na Noruega, resultando em tema central de duas teses de
doutoramento, sendo uma em tecnologia (Heimdal, 1999) e outra em
Medicina (Støylen, 2001). O método foi originalmente validado em modelo
mecânico em cooperação com a Universidade de Leuven, Bélgica (Heimdal
et al., 1998a), e descrito como um método em artigo clássico por Heimdal
et al. em 1998b. Seguiram-se várias publicações, relacionando a obtenção
da técnica e aplicabilidade clínica, relacionando-a com a ecocardiografia
convencional, angiografia e ressonância nuclear magnética (Støylen et al.,
1999; Voigt et al., 2000; Edvardsen et al., 2002). Urheim et al., 2000,
validaram a técnica comparando o ε ultrasônico com aquele obtido pela
sonomicrometria e verificaram que os índices de deformação miocárdica
também podem ser influenciados por alterações da pré-carga.
C.1 Strain
Strain é definido como a deformação de um objeto em relação à sua
forma original. Apesar do conceito apresentar certa complexidade, se
imaginarmos um objeto unidimensional, as únicas deformações possíveis
que ele pode sofrer são o alongamento ou encurtamento. A quantidade
relativa da deformação expressa em porcentagem, constitui o strain.
O strain utiliza o símbolo ε e pode ser definido pela equação abaixo:
(1)
ε
=
L-L
0
L
0
ε
=
L-L
0
L
0
ε
=
L-L
0
L
0
1. INTRODUÇÃO 18
Onde ε é o strain, L
0
é o comprimento original, L é o comprimento do
objeto após a deformação. Desde que a mudança no comprimento é sempre
relativa ao seu comprimento inicial, ele constitui uma quantidade sem
dimensão e sempre expressa em porcentagem. Por convenção a equação
(1) é definida de forma que o alongamento é representado por um valor
positivo para o strain, enquanto que o encurtamento é representado por
um valor negativo (Figura 1).
Figura 1 - Deformação de objeto unidimensional
A deformação (strain) de um objeto unidimensional está limitada ao seu alongamento ou
encurtamento. Neste caso houve 25% de alongamento em relação a sua forma original (L
0
) e assim
de acordo com a fórmula de Lagrangian existe um strain positivo de 25% ou 0,25. Este strain pode
então ocorrer em taxas de repetição (SR) diferentes.
Quando o comprimento de um objeto não é apenas conhecido antes
e depois da deformação, mas também durante o processo da deformação, o
strain instantâneo pode ser definido e pode ser chamado de strain de
Lagrangian. Entretanto, a deformação pode também ser expressa em
relação ao comprimento existente em um instante de tempo prévio (dt)
que é um intervalo de tempo infinitesimalmente pequeno. Em outras
1. INTRODUÇÃO 19
palavras, nesta definição de strain instantâneo, o valor de referência não é
constante ao longo do tempo, mas modifica-se durante o processo de
deformação, e é chamado de strain Eulerian ou natural.
Para as aplicações cardíacas ele tem sido o mais sugerido, pois nesse
caso os valores medidos são menos dependentes da definição do
comprimento inicial (D’hooge et al., 2000).
Toda essa teoria se emprega para a deformação unidimensional.
Entretanto, um objeto em duas dimensões pode deformar-se ao longo dos
eixos de x e y e pode deslocar-se e distorcer-se em direção às bordas
direita ou esquerda. Matematicamente todos os componentes podem ser
agrupados, constituindo em nove componentes de strain que definirão a
deformação completa de um objeto tridimensional.
C.2 Strain rate
Strain rate (SR) é a velocidade (taxa) na qual a deformação (ε)
ocorre. Em outras palavras, constitui na deformação ou strain por unidade
de tempo. Ele é representado pelo símbolo έ e pode ser definido pela
equação abaixo:
(2)
A unidade do SR é 1/s ou s
-1
. Embora s
-1
seja de fato o mesmo que
hertz (Hz), é preferível utilizá-la, já que a unidade Hz normalmente é
usada para expressar uma mudança periódica.
έ
=
∆ε
t
έ
=
∆ε
t
έ
=
∆ε
t
1. INTRODUÇÃO 20
Essa nova técnica avalia o gradiente de velocidades entre dois pontos
próximos do miocárdio, o que parece ser um método mais lógico para
avaliação da contratilidade segmentar.
Assim, o strain rate é a medida da velocidade de deformação do
miocárdio, definida pela fórmula (V
2
–V
1
)/d, onde V
1
e V
2
são as velocidades
de encurtamento do miocárdio em dois pontos separados por uma distância
d (Heimdal et al., 1998) (Figura 2).
Figura 2 - Strain Rate
Diferente do DT, que mede a velocidade de movimentação de um dado ponto do miocárdio em
relação ao transdutor (em cm/s), o strain rate (SR) mede as velocidades de movimentação do
miocárdio em dois pontos adjacentes, ou seja a variação da velocidade destes 2 pontos naquela
distância d (em mm). Essa distância d pode ser ajustada pelo operador e geralmente é cerca de 10
a 12 mm em pacientes adultos. Distâncias menores aumentam o grau de ruído, enquanto distâncias
maiores diminuem a resolução do método. Esta medida fornece o gradiente intramiocárdico de
velocidades por unidade de tempo (pós processado) e representa a taxa de deformação da fibra.
Essa medida fornece o gradiente intramiocárdico de velocidades por
unidade de tempo. O SR é negativo durante o encurtamento, positivo
durante o alongamento e teoricamente é mais adequado para a deformação
1. INTRODUÇÃO 21
diastólica, isto é, a taxa de alongamento ou afilamento será positiva
durante a diástole. Dessa forma dois objetos podem ter a mesmo valor do
strain, mas diferentes taxas de deformação (SR). Como o SR é obtido
através dos gradientes espaciais das velocidades a partir do emprego do
Doppler tecidual, essas velocidades na verdade são projeções do verdadeiro
vetor tridimensional de velocidades. Dessa forma, o SR pode ser medido de
qualquer segmento miocárdico no qual a deformação seja paralela à
imagem do setor ecocardiográfico (Kowalski et al., 2001). Este é um campo
relativamente novo na ecocardiografia que parece ser muito promissor na
avaliação da contratilidade regional, função sistólica e viabilidade
miocárdica (Hoffmann et al., 2002). Não há, na literatura atual, nenhum
trabalho utilizando essa técnica em neonatos.
1.5 - ALTERAÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR DURANTE O PERÍODO PERINATAL
A. Circulação fetal
A circulação fetal difere da extra-uterina, anatômica e
funcionalmente. Ela é estruturada para suprir as necessidades de um
organismo em crescimento rápido e num ambiente de hipóxia relativa
(Mattos, 1999). Assim, durante a vida fetal os únicos órgãos de respiração
são a placenta e os pulmões da mãe. Os pulmões do feto são preenchidos
por líquido constituído por uma secreção especializada elaborada pelo
epitélio respiratório (Stopfkunchen, 1987).
A circulação fetal tem que se adaptar a essa situação, apresentando
as seguintes características:
1. INTRODUÇÃO 22
Os ventrículos direito e esquerdo trabalham em paralelo e não em
série;
O ventrículo direito (VD) ejeta cerca de dois terços do débito
cardíaco total e predominantemente nutre os órgãos da porção
inferior do corpo, incluindo a placenta;
Existem shunts através do ductus arteriosus Botalli, através do
forame oval e através do ductus venosus Arantii;
Uma alta resistência pulmonar previne que haja fluxo pulmonar;
A circulação da placenta, caracterizada por baixa pressão ocasiona
uma baixa resistência vascular sistêmica;
Existe uma equalização das pressões na aorta e na artéria pulmonar
devido ao grande e patente canal arterial.
A maior parte do conhecimento sobre a circulação fetal deriva de
estudos em fetos de carneiro, o que, devido às diferenças entre espécies,
limita de certa forma a extrapolação de parâmetros hemodinâmicos e
funcionais para humanos (Rudolph, Heymann, 1970; Geis et al., 1975).
1. INTRODUÇÃO 23
B. Circulação perinatal
As mudanças no padrão do fluxo sanguíneo na época do nascimento e
durante o período neonatal precoce são causados ou caracterizados pelos
seguintes eventos:
Com a expulsão fetal uma certa quantidade de fluido (5,0-10,0 ml) é
passivamente eliminada da orofaringe e via aérea superior;
O rechaço das paredes do tórax força a entrada de ar nas vias aéreas
proximais. Esse fenômeno é seguido pela primeira inspiração ativa
com pressão intrapleural negativa de até 80 cm
2
de água. Na
adaptação à respiração do ar, o líquido ainda existente no pulmão
deve ser eliminado para ser substituído pelo ar. Esse processo leva
cerca de quatro a seis horas e é bastante provável que as
catecolaminas tenham um papel causal nessa ocorrência;
A pressão arterial pulmonar e a resistência vascular pulmonar
reduzem rapidamente após o nascimento favorecendo um aumento
no fluxo sanguíneo pulmonar de cinco a dez vezes. As mudanças
iniciais e mais dramáticas ocorrem nas artérias pré-capilares (Hall,
Haworth, 1987; Haworth, 1988). Cinco minutos após o nascimento as
células endoteliais tornam-se mais achatadas, fazendo com que a
parede do vaso fique mais fina e o diâmetro do lúmen aumente.
Artérias pequenas e musculares, ainda não abertas, permanecem
recrutadas na circulação pulmonar durante os primeiros quatro dias
de vida. Os níveis de pressão arterial pulmonar do adulto são
1. INTRODUÇÃO 24
alcançados em três a quatro semanas de vida. Num terceiro estágio,
o remodelamento da trama vascular pulmonar continua até a vida
adulta;
A retirada da circulação placentária de baixa resistência aumenta
levemente a resistência vascular sistêmica;
O aumento do retorno de fluxo ao átrio esquerdo através das veias
pulmonares, associado ao aumento da resistência vascular sistêmica
faz com que a preso do átrio esquerdo se eleve acima da do átrio
direito, proporcionando fechamento do forame oval imediatamente
após o nascimento;
O canal arterial Botalli fecha funcionalmente 10 a 96 horas após o
nascimento na maioria das crianças. O fechamento anatômico do
canal em geral ocorre em duas a três semanas;
Os ventrículos direito e esquerdo agora trabalham em série;
O ductus venosus em geral fecha de uma a três horas após a
eliminação da circulação placentária umbilical;
O aumento da resistência vascular sistêmica junto com a dramática
queda na resistência vascular pulmonar causa um reverso de fluxo
através do canal arterial, o que contribui para o grande aumento no
fluxo sanguíneo pulmonar, resultando num aumento da pré-carga do
ventrículo esquerdo.
2. OBJETIVOS
2. OBJETIVOS 26
2. OBJETIVOS
1. Estabelecer valores de referência da função sistólica e diastólica,
longitudinal e radial para os ventrículos esquerdo e direito,
utilizando-se o Doppler tecidual pulsado nas diferentes paredes e
seus segmentos, em diferentes cortes ecográficos, em neonatos
normais, durante as primeiras horas de vida;
2. Medir os índices de deformação miocárdica (strain e strain rate), nas
direções radial e longitudinal, em diferentes paredes e segmentos
dos ventrículos esquerdo e direito, obtendo-se valores normais para
essa faixa etária, com o estabelecimento de valores de referência;
3. Comparar os valores das velocidades e índices de deformação
miocárdica (strain e strain rate) entre as direções radial e
longitudinal, entre os ventrículos esquerdo e direito e entre os
diferentes segmentos das paredes;
4. Repetir o exame dos mesmos neonatos com cerca de quatro
semanas, para registrar possíveis diferenças que possam ocorrer nas
velocidades do Doppler tecidual e nos índices de deformação
miocárdica (strain e strain rate), entre os períodos de alta e baixa
resistência pulmonar;
2. OBJETIVOS 27
5. Correlacionar as medidas obtidas pelo Doppler tecidual com as
obtidas pelos índices de deformação miocárdica (strain e strain rate)
durante a sístole, em dois períodos de vida de neonatos normais,
para determinar o papel dos métodos na avaliação das mudanças
hemodinâmicas de carga que ocorrem nesse grupo de pacientes.
3. CASUÍSTICA E MÉTODO
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 29
3. CASUÍSTICA E MÉTODO
3.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Foram incluídas neste estudo crianças recém-nascidas, de ambos os
sexos, com idade gestacional normal, que apresentaram gestação a termo,
sem complicações, com peso igual ou superior a 2.500g, índice de Apgar, no
primeiro e quinto minutos, (baseado na freqüência cardíaca, respiração,
tônus muscular, cor da pele e irritabilidade reflexa) igual ou superior a 7
(Menkes, Sarnat, 2000), sem alterações ao exame clínico cardiológico no
berçário e sem alterações ao exame ecocardiográfico Doppler basal. O
forame oval permeável foi considerado achado normal nesta faixa etária e
a persistência do canal arterial até o terceiro dia de vida foi considerado
achado fisiológico.
3.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Foram excluídas do estudo crianças com idade superior a 96 horas,
que apresentaram alterações ao exame físico detectadas pelo pediatra,
prematuras, crianças com baixo peso, com evidências de sofrimento fetal,
índice de Apgar no primeiro e quinto minutos inferior a 7, alterações no
exame ecocardiográfico Doppler basal, história de doenças crônicas tais
como hipertensão, diabetes, alcoolismo, tabagismo ou uso de drogas ilícitas
pela mãe.
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 30
3.3 CASUÍSTICA
De um total de 187 crianças, 55 foram estudadas num primeiro
exame realizado na Maternidade Hilda Brandão, da Santa Casa de
Misericórdia de Belo Horizonte, com idade média de 20,14 ± 14,0 horas,
durante os meses de setembro a dezembro de 2004, constituindo o Grupo I.
Deste grupo inicial,
30 crianças retornaram para um segundo exame que foi
realizado após 31,9 ± 2,9 dias de vida, constituindo o Grupo II.
O
Grupo I foi constituído por 29 crianças do sexo masculino (52,7%). O
peso e comprimento médios foram respectivamente 3174 ± 374 g e 49,21 ±
2,25 cm. Em todas as crianças foram medidos os perímetros cefálico,
torácico e abdominal. O parto foi normal, via vaginal na maioria dos casos,
perfazendo 76,4% do total. A idade média da mãe foi 25,31 ± 6,19 anos. A
idade média gestacional foi 39,01 ± 1,18 semanas. Alguns dados clínicos
encontram-se agrupados na Tabela 01GI.
Tabela 01GI - Dados clínicos de 55 neonatos normais do Grupo I
Idade
Gestacional
Peso Comp.
Superfície
Corpórea
PTC PCC PAB
(semanas) (g) (cm)
(m
2
)
(cm) (cm) (cm)
Índice
de
Apgar
Média 39,01 3.174,36 49,21 0,200 32,69 34,09 31,01 9,09
DP 1,18 374,42 2,25 0,015 1,48 1,38 1,68 0,35
Mínimo 37,00 2.545,00 43,00 0,170 30,00 32,00 28,00 8,00
Máximo 42,00 4.015,00 56,00 0,230 36,00 37,00 35,00 10,00
Comp = comprimento; PTC = perímetro torácico; PCC = perímetro cefálico; PAB = perímetro
abdominal. Índice de Apgar = Valor obtido no 5
0
minuto.
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 31
3.4 MÉTODO
Todas as crianças foram submetidas inicialmente a exame clínico
completo realizado por pediatra experiente, incluindo exame do aparelho
cardiovascular. O estudo foi aprovado e realizado de acordo com as
recomendações das Comissões de Ética do Instituto do Coração da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Maternidade
Hilda Brandão da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Todos os
pais das crianças assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(ver Anexo A).
O exame ecocardiográfico foi realizado com o equipamento Vivid
(GE-Vingmed Ultrasound, Horten, Noruega), dotado de segunda harmônica
e transdutor infantil multi-freqüencial eletrônico de 5,0 a 8,0 mHz. Os
exames foram gravados em vídeo-cassete em tempo real e em formato
digital (compact disc) para posterior análise. Todos os neonatos foram
examinados acompanhados da mãe e às vezes do pai, deitados em decúbito
dorsal, em ambiente calmo e com baixa luminosidade. Não houve qualquer
tipo de sedação. Procedeu-se ao exame ecocardiográfico completo, com
análise segmentar seqüencial (Tynan et al., 1979), com cortes ultra-sônicos
em posições subcostal, paraesternal, apical e supraesternal na modalidade
bidimensional e com utilização de Doppler pulsado e em cores.
Obtivemos uma derivação eletrocardiográfica com a colocação de
três eletrodos infantis (Meditrace®) no tórax da criança. Foram obtidos, ao
modo-M, dimensões da aorta (Ao), átrio esquerdo (AE), diâmetro diastólico
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 32
do ventrículo direito (VD), diâmetros diastólico e sistólico do ventrículo
esquerdo (DdVE e DsVE), espessuras diastólicas do septo interventricular e
da parede posterior do ventrículo esquerdo (SIVd e PpVEd), volumes
diastólico e sistólico finais do VE (Vdf e Vsf), fração de encurtamento do
ventrículo esquerdo (d%) e fração de ejeção (FE) pelo método de
Teichholz (Teichholz et al., 1976). Todas as medidas foram realizadas
observando-se as recomendações da Sociedade Americana de
Ecocardiografia (Schiller et al., 1989). A movimentação do septo
interventricular foi verificada (discinética ou não), assim como a presença
de forame oval. O canal arterial, se presente, teve o seu diâmetro medido
em mm e o fluxo caracterizado como contínuo ou de predominância
sistólica ao Doppler contínuo. Com a utilização do Doppler pulsado
medimos o pico de velocidade da valva pulmonar em cm/s e o tempo de
ejeção em ms. A valva tricúspide foi interrogada através do Doppler
pulsado, sendo medido o tempo entre o seu fechamento até a abertura em
ms. A insuficiência, se presente, foi melhor caracterizada com o emprego
do Doppler contínuo e o pico de velocidade determinado para cálculo da
pressão sistólica em artéria pulmonar, através da equação simplificada de
Bernoulli (Nishimura et al., 1985). A pressão do átrio direito foi estimada
em 5 mmHg para todas as crianças.
As valvas mitral e aórtica, assim como as valvas tricúspide e
pulmonar foram registradas através do Doppler pulsado com os clicks de
fechamento e abertura para caracterização posterior da temporização dos
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 33
eventos cardíacos. A velocidade de propagação do fluxo mitral em cm/s
pelo modo-M em cores foi medida em posição apical quatro câmaras.
Procedemos então à obtenção do Doppler tecidual, empregando o
Doppler tecidual pulsado em diferentes pontos do miocárdio, com amostra
de volume reduzida (1,5 cm) e procurando colocá-la na porção central do
miocárdio. Obtivemos as velocidades radiais, em corte paraesternal eixo
transversal do ventrículo esquerdo, nos segmentos basal septal, basal
posterior e médio posterior. Em seguida medimos as velocidades
longitudinais do miocárdio do VE no corte apical 4 câmaras ao nível das
paredes septal (segmentos basal, médio e apical) e lateral (segmentos
basal, médio e apical); no corte apical duas câmaras ao nível das paredes
inferior (segmentos basal, médio e apical) e anterior (segmentos basal,
médio e apical). As velocidades do ventrículo direito foram obtidas nos
cortes apicais, na posição apical 4 câmaras (segmentos basal, médio e
apical) e na posição apical 2 câmaras (segmento basal). Atenção especial
foi dada ao alinhamento do feixe do Doppler e das paredes para que a
angulação fosse menor que 20
o
(Figura 3).
Três ciclos cardíacos consecutivos foram medidos durante respiração
normal do neonato. Baseados nos padrões de velocidades das paredes
foram medidas as velocidades de pico das ondas Sm, Em e Am, obtendo-se
a média, desvio padrão e a relação Em/Am.
Os tempos de contração e relaxamento isovolumétricos do VE e VD
foram medidos ao nível dos segmentos basal do septo interventricular e da
parede livre do VD, respectivamente.
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 34
Figura 3 – Paredes e segmentos do VE e do VD
(A) No canto superior esquerdo representação esquemática de corte paraesternal eixo transversal
dos ventrículos, nos segmentos basal e médio, relacionados às paredes septal e posterior, para
avaliação da funçao radial. (B) No canto superior direito cortes apical de 4 e 2 câmaras das
paredes septal, lateral, inferior e anterior com todos os seus segmentos (basal, médio e apical)
para estudo da função longitudinal. (C) No canto inferior esquerdo corte apical 4 câmaras
demonstrando segmentos basal, médio e apical da parede livre do ventrículo direito. No canto
inferior direito corte apical 2 câmaras demonstrando segmento basal da parede posterior do VD.
Ambos os cortes são utilizados para avaliação da funcão longitudinal.
Para a medida dos índices de deformação miocárdica (strain/strain
rate) ajustes especiais no equipamento foram feitos para se obter uma taxa
de quadros/s maior possível, com redução do ângulo setor do equipamento
para 30
o
ou menos, redução da profundidade, utilização do recurso tilt
para melhor alinhamento com o objetivo de manter cada parede no centro
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 35
do setor do feixe ultra-sônico, além do ajuste apropriado da escala de
velocidade para se evitar o fenômeno de aliasing.
Foram registrados e armazenados digitalmente (em compact disc)
três ciclos cardíacos completos e consecutivos em cada um dos diferentes
cortes ecocardiográficos: corte paraesternal eixo transversal do VE
segmento basal, corte paraesternal eixo transversal do VE segmento médio,
apenas da parede posterior, para estudo da função radial; corte apical 4
câmaras paredes septal e lateral, 2 câmaras paredes inferior e anterior,
corte apical 4 e 2 câmaras do VD, paredes livre lateral e inferior, para
estudo da função longitudinal.
Em todos os estudos o número de quadros/s foi igual ou superior a
300 frames/sec. As imagens digitalizadas foram transferidas para
computador dotado de programa específico de análise (Echo PAC PC
TM
aplicação SW by GE Vingmed Ultrasound versão 3.0.0. build 1375, versão
beta de junho de 2003).
Dessa forma foi possível a computação dos valores do strain rate e
strain regionais unidimensionais.
Inicialmente procedemos a temporização dos eventos cardíacos,
medindo a abertura e fechamento das valvas aórtica e mitral através do
Doppler pulsado para análise do ventrículo esquerdo e das valvas pulmonar
e tricúspide para análise do ventrículo direito. Em seguida selecionamos os
cortes ecográficos obtidos previamente, ajustando o comprimento da
distância medida (SL = strain length) para 6 mm, utilizada nas medidas
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 36
radiais e longitudinais. Na análise propriamente dita ajustamos a área de
amostra a uma altura de 1,0 mm, comprimento de 1,0 mm e ângulo de 0
o
.
Para cada curva de strain rate e strain foram realizadas as seguintes
medidas: picos sistólico, diastólico inicial e final. Foram realizadas três
medidas consecutivas para obtenção da média e desvio padrão em cada
segmento das paredes nos cortes transversais e longitudinais (Figura 4,
Anexo B).
3.5 - ANÁLISE ESTATÍSTICA
O protocolo do estudo foi feito em um banco de dados construído em
EpiData, versão 3.02 (Odense, Denmark) em que numa primeira etapa,
dados gerais a respeito da criança e sua mãe, assim como medidas diretas
realizadas durante o exame, como as do modo-M e Doppler pulsado
tecidual foram anotadas. As imagens digitalizadas foram analisadas numa
segunda etapa, para a medida dos índices de deformação miocárdica
(strain/strain rate). Posteriormente, todos esses dados foram transferidos
para o programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences, Chicago,
IL) versão 12.0. Seguiu-se, após a verificação da consistência dos dados,
com a análise descritiva das variáveis. As informações foram resumidas
principalmente em tabelas e em alguns gráficos e sintetizadas por medidas
de tendência central (média e mediana) e de variabilidade (desvio padrão).
Os valores de referência, com abrangência de 95% da amostra foram
obtidos pelo método da curva de Gauss e os dados calculados como média e
± 2 desvios-padrão (Soares, 1999).
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 37
Figura 4 – Strain Rate / Strain - Função Radial(A) e Função Longitudinal(B)
Em A imagem bidimensional obtida em corte paraesternal ao nível dos músculos papilares. O SR
sistólico de pico (1) foi utilizado como parâmetro de função sistólica e os picos inicial (2) e final
(3) foram utilizados para estudar a função diastólica. A curva do ε sistólico também é ascendente
durante a sístole devido ao espessamento e descendente durante a diástole (afilamento), sendo
que seu componente diastólico inicial é menos claramente identificado.
Em B a imagem bidimensional foi obtida em corte apical 4 câmaras. O SR sistólico de pico (1) foi
utilizado como parâmetro de função sistólica e os picos inicial (2) e final (3) foram utilizados para
estudar a função diastólica. A curva do ε sistólico é descendente durante a sístole devido ao
encurtamento e ascendente durante a diástole (alongamento), sendo que seu componente
diastólico inicial é menos claramente identificado.
Foram comparadas medidas obtidas nos diferentes segmentos do
ventrículo esquerdo, entre os diferentes segmentos do ventrículo direito e
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 38
ainda comparação entre os dois ventrículos com seus diferentes segmentos.
Além disso, foram ainda comparadas as medidas obtidas no exame inicial
(menos de 24 horas de vida) com aquelas obtidas após quatro semanas
entre os mesmos indivíduos. As comparações entre as variáveis coletadas
dos mesmos pacientes nos dois diferentes exames foram feitas através do
teste t de Student pareado, utilizando um nível de significância (alfa) de
0,05 ou 5%.
Testamos ainda a correlação entre a velocidade sistólica e os índices
de deformação miocárdica através do coeficiente de correlação de
Spearman em segmentos selecionados de algumas paredes do coração. Essa
correlação foi visualizada através de diagramas de dispersão.
A reprodutibilidade dos dados foi estudada através da variabilidade
inter-examinador feita pelo autor e mais quatro investigadores experientes
na técnica do Serviço de Ecocardiografia do St. George’s Hospital de
Londres, totalizando 24 medidas de diferentes segmentos para cada
examinador, incluindo strain e strain rate sistólicos e do final da diástole
(Anexo B). A variabilidade intra-examinador foi realizada nos mesmos
segmentos, pelo autor, em duas ocasiões, com intervalo de seis semanas.
4. RESULTADOS
4. RESULTADOS 40
4. RESULTADOS
No Grupo I constituído por 55 neonatos, o primeiro exame
ecocardiográfico com Doppler foi realizado em 20,14 ± 14,0 horas após o
nascimento. Houve leve predominância do sexo masculino entre os
neonatos (52,7%). Forame oval permeável com “shunt” esquerda-direita foi
detectado em 50 crianças (90,9%).
O septo interventricular apresentou movimentação discinética em
81,4% dos neonatos, provavelmente por sobrecarga das câmaras direitas. O
canal arterial persistente foi detectado em 37 crianças, correspondendo a
67,3% dos casos.
O diâmetro do canal medido ao exame bidimensional foi 2,62 ± 0,64
mm e o fluxo ao Doppler teve predominância do padrão contínuo (94,3% dos
casos).
4.1 RESULTADOS DE ECOCARDIOGRAFIA MODO-M E BIDIMENSIONAL
Os dados ecocardiográficos convencionais de medidas do modo-M
direcionadas pelo exame bidimensional estão dispostos na Tabela 02GI.
4. RESULTADOS 41
Tabela 02GI - Medidas ecocardiográficas convencionais em 55 neonatos normais –
Grupo I
Medidas Média ± DP Mediana Mínima - Máxima
AO (mm) 10,32
±
0,79 10,20 8,90
-
12,80
AE(mm) 13,05
±
1,46 13,00 9,10
-
16,50
VD (mm) 10,15
±
1,95 10,20 5,50
-
14,60
VEs (mm) 10,92
±
2,06 11,30 1,13
-
16,50
VEd(mm) 18,18
±
2,17 18,40 13,70
-
25,50
SIV (mm) 3,16
±
0,33 3,20 2,50
-
3,80
Pp(mm) 2,89
±
0,32 2,80 2,30
-
3,70
VDF (ml) 10,07
±
2,98 9,94 4,73
-
23,52
VSF (ml) 2,93
±
1,09 2,85 0,92
-
7,71
FE ( % ) 71,03
±
5,55 70,89 57,96
-
84,83
d ( % ) 37,89
±
4,53 37,80 48,62
-
101,27
Ao = aorta; AE = átrio esquerdo; VD = diâmetro diastólico do ventrículo direito; VÊs = diâmetro
sistólico do ventrículo esquerdo; VEd = diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo; SIV = espessura
diastólica do septo interventricular; Pp = espessura diastólica da parede posterior do ventrículo
esquerdo; VDF = volume diastólico final do ventrículo esquerdo; VSF = volume sistólico final do
ventrículo esquerdo; FE = fração de ejeção do ventrículo esquerdo; d% = percentagem de
encurtamento sistólico do diâmetro do ventrículo esquerdo.
4.2 - RESULTADOS DE DOPPLER PULSADO, CONTÍNUO E EM CORES
O Doppler pulsado e em cores demonstrou sinais de insuficiência
tricúspide em 22 neonatos (40%) do Grupo I, permitindo o cálculo da
pressão sistólica em artéria pulmonar através da equação simplificada de
Bernoulli (Nishimura et al., 1985).
Nenhuma criança apresentou sinais de hiperfluxo pulmonar medido
ao Doppler pulsado (Tabela 03GI).
4. RESULTADOS 42
Tabela 03GI - Medidas do Doppler convencional em 55 crianças do Grupo I
Medidas
Velocidade de pico do
fluxo pulmonar
Velocidade de pico da
insuficiência tricúspide
Pressão sistólica em
artéria pulmonar
(cm/s) (cm/s) (mmHg)
N 55 22 22
Média e DP 73,30 ± 10,55 254,68 ± 45,81 30,94 ± 13,10
Média 72,97 242,94 30,26
Mínimo 48,62 188,97 19,14
Máximo 101,27 351,89 49,56
N= número de crianças em que as medidas foram realizadas; DP = desvio-padrão.
4.3 RESULTADOS DE DOPPLER TECIDUAL
4.3.1 – Análise do Grupo I
As velocidades medidas em cm/s foram feitas durante o exame
ecocardiográfico utilizando o Doppler pulsado em diferentes paredes dos
ventrículos, durante a contração e relaxamento inicial e tardio (ondas Sm,
Em e Am).
Em algumas crianças não foi possível medir segmentos ou paredes
inteiras por causa de artefatos causados por movimentação ou choro. A
freqüência cardíaca das crianças variou, durante o exame de 100 a 145
batimentos por minuto, sendo que em alguns casos aguardamos redução da
freqüência cardíaca para evitar fusão das ondas Em e Am na curva
espectral.
As medidas do Grupo I estão agrupadas nas Tabelas 04GI e 05GI.
4. RESULTADOS 43
Tabela 04GI - Velocidades do Doppler tecidual pulsado em corte paraesternal
transversal (radial) do VE – Grupo I
Corte Segmento Onda Média ± DP Min-Max N
Sm (cm/s) 3,16 ± 0,99 1,17 - 6,78
Em (cm/s) 3,74 ± 1,33 2,09 - 9,13
Am (cm/s) 3,02 ± 1,19 1,52 - 8,45
Basal Septal
Em/Am 1,30 ± 0,33 0,63 - 1,31
51
Sm (cm/s) 4,56 ± 0,78 3,14 - 6,40
Em (cm/s) 5,70 ± 1,50 2,89 - 8,79
Am (cm/s) 4,16 ± 1,30 2,50 - 7,34
Basal
Posterior
Em/Am 1,47 ± 0,47 0,60 - 2,53
50
Sm (cm/s) 4,08 ± 0,83 1,65 - 5,97
Em (cm/s) 5,73 ± 1,62 2,31 - 9,60
Am (cm/s) 3,84 ± 1,27 2,07 - 7,55
Paraesternal
Transversal
Médio
Posterior
Em/Am 1,62 ± 0,63 0,60 - 3,53
51
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am.
4. RESULTADOS 44
Tabela 05GI - Velocidades do Doppler tecidual pulsado em cortes apical 4 e 2
câmaras (longitudinal) do VE - Grupo I
Corte
Segmento e
Parede
Onda
Média ± DP
Min-Max N
Sm (cm/s) 4,62 ± 0,63 3,32-6,52
Em (cm/s) 5,30 ± 1,08 2,83-8,07
Am (cm/s) 5,58 ± 1,13 3,54-8,12
Basal Septal
Em/Am 0,98 ± 0,24 0,57-1,63
54
Sm (cm/s) 3,00 ± 0,54 1,90-4,58
Em (cm/s) 4,74 ± 1,12 2,70-7,55
Am (cm/s) 3,99 ± 0,97 2,39-7,33
Médio Septal
Em/Am 1,24 ± 0,38 0,66-2,33
48
Sm (cm/s) 1,91 ± 0,44 0,95-1,91 47
Em (cm/s) 3,00 ± 0,99 1,64-6,63
Am (cm/s) 2,61 ± 0,68 1,51-2,61
Apical Septal
Em/Am 1,20 ± 0,41 0,55-2,47
46
Sm (cm/s) 5,34 ± 1,09 2,97-7,51
Em (cm/s) 6,69 ± 1,26 3,73-8,78
Am (cm/s) 5,83 ± 1,42 2,49-10,02
Basal Lateral
Em/Am 1,20 ± 0,26 0,54-1,77
45
Sm (cm/s) 3,54 ± 0,94 1,98-6,18
Em (cm/s) 5,20 ± 1,28 2,03-7,23
Am (cm/s) 4,18 ± 1,15 2,15-6,87
Médio Lateral
Em/Am 1,30 ± 0,36 0,62-2,14
45
Sm (cm/s) 2,89 ± 0,63 1,18-4,03
Em (cm/s) 3,03 ± 0,79 1,44-4,68
45
Am (cm/s) 2,69 ± 0,83 1,53-4,95 46
Apical 4
Câmaras
Apical Lateral
Em/Am 1,20 ± 0,34 0,53-1,88 45
continua
4. RESULTADOS 45
Tabela 05GI - Velocidades do Doppler tecidual pulsado em cortes apical 4 e 2
câmaras (longitudinal) do VE – Grupo I (conclusão)
Corte
Segmento /
Parede
Onda Média ± DP Min-Max N
Sm (cm/s) 5,39 ± 0,80 3,45-7,11
Em (cm/s) 6,95 ± 1,61 2,83-10,08
Am (cm/s) 7,04 ± 1,50 3,96-10,84
Basal /Inferior
Em/Am 1,02 ± 0,28 0,63-2,04
44
Sm (cm/s) 3,43 ± 0,62 2,12-5,08
Em (cm/s) 5,34 ± 1,16 3,78-8,76
Am (cm/s) 4,94 ± 1,11 2,44-7,59
Médio /Inferior
Em/Am 1,12 ± 0,26 0,60-1,65
43
Sm (cm/s) 2,23 ± 0,59 1,34-4,06
Em (cm/s) 3,51 ± 0,93 1,97-5,80
Am (cm/s) 2,82 ± 0,75 1,34-4,90
Apical /Inferior
Em/Am 1,31 ± 0,37 0,56-2,05
43
Sm (cm/s) 4,42 ± 1,00 2,57-6,77
Em (cm/s) 5,69 ± 1,39 3,25-5,69
Am (cm/s) 4,96 ± 1,46 2,39-8,87
Basal /Anterior
Em/Am 1,20 ± 0,32 0,70-2,01
44
Sm (cm/s) 2,87 ± 0,58 1,77-4,34
Em (cm/s) 4,21 ± 1,05 2,17-7,25
Am (cm/s) 3,30 ± 1,08 1,64-6,30
Médio /Anterior
Em/Am 1,38 ± 0,45 0,58-2,32
43
Sm (cm/s) 2,05 ± 0,65 1,20-3,87
Em (cm/s) 2,88 ± 0,64 1,92-5,03
Am (cm/s) 2,52 ± 1,02 1,30-6,30
Apical 2
Câmaras
Apical /Anterior
Em/Am 1,28 ± 0,40 0,30-2,42
43
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am.
A tabela 06GI demonstra as velocidades longitudinais da parede do
ventrículo direito obtidas nos cortes de quatro e duas câmaras em posição
apical.
4. RESULTADOS 46
Tabela 06GI - Velocidades do Doppler tecidual pulsado em cortes apical 4 e 2
câmaras (longitudinal) do VD – Grupo I
Corte
Segmento /
Parede
Onda Média ± DP Min-Max N
Sm (cm/s) 6,40 ± 1,10 4,31-8,99
Em (cm/s) 7,37 ± 1,36 4,33-10,42
Am (cm/s) 8,07 ± 1,46 4,59-11,79
Basal /Parede Livre
Em/Am 0,94 ± 0,23 0,46-1,59
52
Sm (cm/s) 4,50 ± 1,06 2,65-4,50
Em (cm/s) 6,46 ± 1,60 3,20-11,57
Am (cm/s) 6,84 ± 1,31 3,88-9,77
Médio /Parede Livre
Em/Am 0,99 ± 0,32 0,41-1,99
46
Sm (cm/s) 3,46 ± 1,13 1,56-6,62
Em (cm/s) 4,98 ± 1,23 2,71-8,05
Am (cm/s) 5,36 ± 1,16 3,65-8,44
Apical 4
Câmaras
Apical /Parede Livre
Em/Am 0,97 ± 0,30 0,40-1,71
45
Sm (cm/s) 5,34 ± 1,32 2,67-8,51
Em (cm/s) 6,69 ± 1,47 3,16-9,16
Am (cm/s) 7,18 ± 1,43 3,50-10,31
Apical 2
Câmaras
Basal /Inferior
Em/Am 0,95 ± 0,22 0,54-1,37
46
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am.
A análise das velocidades demonstrou padrão de curva com
morfologia diferente durante a sístole e a diástole, tanto a nível radial e
longitudinal, quanto em diferentes paredes. Existiu uma tendência global
de gradiente entre os diferentes segmentos das paredes, com redução
progressiva dos picos das velocidades no ápice dos ventrículos (Figura 5).
A análise estatística pareada demonstrou, na análise da função
radial, gradiente significativo da onda Sm entre os segmentos basal e médio
da parede posterior (4,54 cm/s ± 0,80 versus 4,14 cm/s ± 0,68, p=0,001).
4. RESULTADOS 47
Figura 5 - Gradiente de velocidades do Doppler Tecidual
Variação típica das curvas de velocidade do Doppler pulsado regional, obtido nos segmentos basal,
médio e apical das paredes inferior e anterior. A imagem bidimensional representa a posição
apical 2 câmaras. Podemos verificar que há redução dos picos de velocidades de todas as ondas
(Sm, Em e Am) nas duas paredes, demonstrando que existe gradiente de velocidade da base do
coração em direção ao ápice. Podemos ainda observar que os picos de velocidades das ondas da
parede inferior são superiores aos da parede anterior, com exceção do ápice.
Da mesma forma verificamos diferença estatisticamente significante
entre os picos de velocidade da onda Sm entre os segmentos basal, médio e
apical das paredes septal, lateral, inferior e anterior do VE. O ventrículo
direito também demonstrou diferença estatisticamente significante entre
os segmentos de sua parede livre.
A onda Em apresentou comportamento semelhante em todos os
segmentos, com exceção dos segmentos basal posterior e médio posterior
(5,45 cm/s ± 1,44 versus 5,69 cm/s ± 1,68, p=0,330), ao corte paraesternal
eixo transversal e padrão estatisticamente semelhante entre os segmentos
4. RESULTADOS 48
basal e médio da parede septal (5,07 cm/s ± 1,05 versus 4,76 cm/s ± 1,15,
p=0,086) ao corte apical quatro câmaras.
A onda Am teve comportamento semelhante nos segmentos das
paredes dos ventrículos esquerdo e direito, com exceção dos segmentos
basal posterior e médio posterior (4,09 cm/s ± 1,32 versus 3,78 cm/s ±
1,32, p=0,061), ao corte paraesternal eixo transversal do VE.
A relação das ondas Em/Am foi significativamente maior quando
comparamos os segmentos basal e médio da parede posterior e basal da
parede septal e quando comparamos o segmento basal com o segmento
médio da parede posterior (função radial).
Nas paredes septal e inferior a mesma relação foi maior nos
segmentos médio e apical em relação ao basal. Tal comportamento não
ficou evidente com as paredes lateral e anterior (vide Tabelas de 07GI a
11GI).
4. RESULTADOS 49
Tabela 07GI - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado radial no corte
paraesternal transversal no Grupo
I
Segmento/Parede Onda Média ± DP Média ± DP N p
Basal/ Septal Sm (cm/s) 3,17 ± 0,85 4,54 ± 0,80 0,000*
Em (cm/s) 3,62 ± 1,12 5,45 ± 1,44 0,000*
X
Am (cm/s) 3,03 ± 1,26 4,09 ± 1,32 0,000*
Basal/ Posterior Em/Am 1,28 ± 0,33 1,44 ± 0,48
39
0,114
Basal/ Septal Sm (cm/s) 3,19 ± 0,85 4,17 ± 0,69 0,000*
Em (cm/s) 3,68 ± 1,17 5,71 ± 1,66 0,000*
X
Am (cm/s) 3,04 ± 1,25 3,77 ± 1,31 0,003*
Médio/ Posterior Em/Am 1,29 ± 0,33 1,66 ± 0,67
40
0,004*
Basal/ Posterior Sm (cm/s) 4,54 ± 0,80 4,14 ± 0,68 0,001*
Em (cm/s) 5,45 ± 1,44 5,69 ± 1,68 0,330
X
Am (cm/s) 4,09 ± 1,32 3,78 ± 1,32 0,061
Médio/ Posterior Em/Am 1,44 ± 0,48 1,65 ± 0,68
39
0,023*
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
Tabela 08G
I - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado no corte apical 4C parede
septal do VE no Grupo
I.
Segmento Onda Média ± DP Média ± DP N p
Basal Sm (cm/s) 4,53 ± 0,58 3,00 ± 0,55 0,0000*
Em (cm/s) 5,07 ± 1,05 4,76 ± 1,15 0,0860
X
Am (cm/s) 5,35 ± 1,04 3,96 ± 1,03 0,0000*
Médio Em/Am 0,98 ± 0,24 1,26 ± 0,38
39
0,0000*
Basal Sm (cm/s) 4,50 ± 0,56 1,93 ± 0,46 39 0,0000*
Em (cm/s) 5,06 ± 1,06 3,03 ± 1,07 0,0000*
X
Am (cm/s) 5,34 ± 1,06 2,57 ± 0,70 0,0000*
Apical Em/Am 0,98 ± 0,24 1,23 ± 0,43
38
0,0000*
Médio Sm (cm/s) 2,99 ± 0,55 1,95 ± 0,43 0,0000*
Em (cm/s) 4,75 ± 1,17 3,03 ± 1,07 0,0000*
X
Am (cm/s) 3,97 ± 1,05 2,57 ± 0,70 0,0000*
Apical Em/Am 1,26 ± 0,38 1,23 ± 0,43
38
0,7270
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
4. RESULTADOS 50
Tabela 09GI - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em corte apical 4C parede
lateral do VE no Grupo
I.
Segmento Onda Média ± DP Média ± DP N p
Basal Sm (cm/s) 5,39 ± 1,13 3,59 ± 0,97 0,000*
Em (cm/s) 6,68 ± 1,24 5,14 ± 1,31 0,000*
X
Am (cm/s) 5,82 ± 1,45 4,24 ± 1,24 0,000*
Médio Em/Am 1,20 ± 0,26 1,28 ± 0,38
37
0,170
Basal Sm (cm/s) 3,59 ± 0,97 2,36 ± 0,62 0,000*
Em (cm/s) 5,14 ± 1,31 2,98 ± 0,81 0,000*
X
Am (cm/s) 4,24 ± 1,24 2,72 ± 0,85 0,000*
Apical Em/Am 1,28 ± 0,38 1,17 ± 0,36
37
0,175
Médio Sm (cm/s) 5,39 ± 1,13 2,36 ± 0,62 0,000*
Em (cm/s) 6,68 ± 1,24 2,98 ± 0,81 0,000*
X
Am (cm/s) 5,82 ± 1,45 2,72 ± 0,85 0,000*
Apical Em/Am 1,20 ± 0,26 1,17 ± 0,36
37
0,647
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
Tabela 10GI - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em corte apical 2C parede
inferior do VE no Grupo
I.
Segmento Onda Média ± DP Média ± DP N p
Basal Sm (cm/s) 5,46 ± 0,79 3,50 ± 0,62 0,000*
Em (cm/s) 6,87 ± 1,60 5,29 ± 1,19 0,000*
X
Am (cm/s) 7,03 ± 1,53 4,95 ± 1,18 0,000*
Médio Em/Am 1,01 ± 0,29 1,11 ± 0,27
36
0,019*
Basal Sm (cm/s) 5,46 ± 0,79 2,25 ± 0,62 0,000*
Em (cm/s) 6,87 ± 1,60 3,52 ± 0,95 0,000*
X
Am (cm/s) 7,03 ± 1,53 2,80 ± 0,77 0,000*
Apical Em/Am 1,01 ± 0,29 1,32 ± 0,36
36
0,000*
Médio Sm (cm/s) 3,50 ± 0,62 2,25 ± 0,62 0,000*
Em (cm/s) 5,29 ± 1,19 3,52 ± 0,95 0,000*
X
Am (cm/s) 4,95 ± 1,18 2,80 ± 0,77 0,000*
Apical Em/Am 1,11 ± 0,27 1,32 ± 0,36
36
0,004*
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
4. RESULTADOS 51
Tabela 11GI - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em corte apical 2C parede
anterior do VE no Grupo
I.
Segmento Onda Média ± DP Média ± DP N p
Basal Sm (cm/s)
4,43 ± 1,03 2,92 ± 0,58 36 0,000*
Em (cm/s)
5,73 ± 1,37 4,26 ± 1,10 36 0,000*
X
Am (cm/s)
4,95 ± 1,53 3,30 ± 1,08 36 0,000*
Médio Em/Am
1,22 ± 0,34 1,40 ± 0,46 36 0,018*
Basal Sm (cm/s)
4,43 ± 1,03 2,14 ± 0,67 36 0,000*
Em (cm/s)
5,73 ± 1,37 2,91 ± 0,67 36 0,000*
X
Am (cm/s)
4,95 ± 1,53 2,55 ± 1,09 36 0,000*
Apical Em/Am
1,22 ± 0,34 1,29 ± 0,41 36 0,388
Médio Sm (cm/s)
2,92 ± 0,58 2,14 ± 0,67 36 0,000*
Em (cm/s)
4,26 ± 1,10 2,91 ± 0,67 36 0,000*
X
Am (cm/s)
3,30 ± 1,08 2,55 ± 1,09 36 0,000*
Apical Em/Am
1,40 ± 0,46 1,29 ± 0,41 36 0,168
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico na diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
4.3.1.1 - Outras comparações no VE
O comportamento dos componentes das velocidades nos diferentes
segmentos das paredes dos ventrículos foi o seguinte:
A onda Sm apresentou diferença estatisticamente significante ao
nível dos segmentos basal, médio e apical com velocidades mais altas na
parede lateral quando comparadas com as medidas na parede septal. A
parede inferior apresentou picos de velocidade da onda Sm
estatisticamente superiores à parede anterior, em todos os segmentos
(Tabela 12GI). Quando comparamos o pico de velocidade da onda Sm nos
cortes paraesternal transversal e apical 4 câmaras, verificamos que os picos
4. RESULTADOS 52
de velocidade foram maiores na parede septal com exceção do segmento
basal posterior, eixo curto do VE, (4,56 cm/s ± 0,78 versus 4,57 cm/s ± 0,57
p=0,913).
A onda Em apresentou picos de velocidade significativamente
maiores na parede inferior que na parede anterior em todos os segmentos.
Na parede lateral a onda Em apresentou pico de velocidade superior à
parede septal na porção basal. Na comparação dos picos de velocidades
entre os cortes paraesternal transversal e apical 4 câmaras houve
comportamento alternante: a onda Em teve pico de velocidade maior no
segmento basal septal longitudinal em relação ao basal septal radial e o
contrário ocorreu com o segmento médio.
A onda Am teve comportamento mais variável, apresentando picos
de velocidade maiores na parede inferior em relação à parede anterior,
com exceção do segmento apical. Ela demonstrou ainda redução da
velocidade de pico estatisticamente significante quando comparamos o
segmento basal septal no corte paraesternal eixo transversal ao nível dos
ventrículos com o segmento basal da parede septal no corte apical 4
câmaras (3,02 ± 1,19 cm/s versus 5,57 ± 1,12 cm/s) e ainda na comparação
do segmento posterior no corte paraesternal eixo transversal dos
ventrículos (4,16 ± 1,30 cm/s) com o mesmo segmento basal da parede
septal no corte apical 4 câmaras (5,58 ± 1,13 cm/s).
O comportamento da relação Em/Am foi maior na parede anterior
quando comparada à inferior (segmentos basal e médio), na parede lateral
(segmento basal) em relação à septal. Da mesma forma a relação Em/Am
4. RESULTADOS 53
foi maior no corte transversal paredes septal e posterior quando comparada
com a parede septal no corte apical 4 câmaras (Tabela 12GI e Figura 6).
Tabela 12GI - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado entre diferentes paredes e
segmentos do VE no Grupo
I
Corte/Segmento/Parede Onda Média ± DP Média ± DP N p
2C Ap/Bas/Inf Sm (cm/s)
5,39 ± 0,81 4,40 ± 1,01
Em (cm/s)
6,96 ± 1,62 5,74 ± 1,37
X
Am (cm/s)
7,00 ± 1,49 4,95 ± 1,47
2C Ap/Bas/Ant Em/Am
1,02 ± 0,28 1,22 ± 0,32
43 0,000*
2C Ap/Bas/Inf Sm (cm/s)
3,43 ± 0,62 2,87 ± 0,58
Em (cm/s)
5,34 ± 1,16 4,21 ± 1,05
X
Am (cm/s)
4,94 ± 1,11 3,30 ± 1,08
0,000*
2C Ap/Bas/Ant Em/Am
1,12 ± 0,26 1,38 ± 0,45
43
0,001*
2C Ap/Bas/Inf Sm (cm/s)
2,23 ± 0,59 2,05 ± 0,65 0,128
Em (cm/s)
3,51 ± 0,93 2,88 ± 0,64 0,000
X
Am (cm/s)
2,82 ± 0,75 2,52 ± 1,02 0,062
2C Ap/Bas/Ant Em/Am
1,31 ± 0,37 1,28 ± 0,40
43
0,701
4C Ap/Bas/Sep Sm (cm/s)
4,55 ± 0,56 5,34 ± 1,09
Em (cm/s)
5,26 ± 1,08 6,69 ± 1,26
0,000*
X
Am (cm/s)
5,48 ± 1,13 5,83 ± 1,42 0,174
4C Ap/Bas/Lat Em/Am
0,99 ± 0,23 1,20 ± 0,26
45
0,000*
4C Ap/Med/Sep Sm (cm/s)
3,00 ± 0,55 3,54 ± 0,94 0,002*
Em (cm/s)
4,71 ± 1,13 5,20 ± 1,28 0,065
X
Am (cm/s)
4,01 ± 0,99 4,18 ± 1,15 0,371
4C Ap/Med/Lat Em/Am
1,23 ± 0,38 1,30 ± 0,36
45
0,233
4C Ap/Api/Sep Sm (cm/s)
1,94 ± 0,42 2,31 ± 0,62 0,000*
Em (cm/s)
3,00 ± 1,01 3,03 ± 0,80 0,897
X
Am (cm/s)
2,59 ± 0,69 2,69 ± 0,84 0,518
4C Ap/Api/Lat Em/Am
1,21 ± 0,42 1,20 ± 0,35
44
0,879
continua
4. RESULTADOS 54
Tabela 12GI - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado entre diferentes paredes e
segmentos do VE no Grupo
I (conclusão).
Corte/Segmento/Parede Onda Média ± DP Média ± DP N p
Trans/Bas/Sep Sm (cm/s)
3,16 ± 0,99 4,59 ± 0,57
Em (cm/s)
3,74 ± 1,33 5,27 ± 1,09
X
Am (cm/s)
3,02 ± 1,19 5,59 ± 1,12
4C Ap/Bas/Sep Em/Am
1,31 ± 0,33 0,97 ± 0,23
51 0,000*
Trans/Bas/Pos Sm (cm/s)
4,56 ± 0,78 4,57 ± 0,57 0,913
Em (cm/s)
5,70 ± 1,50 5,26 ± 1,10 0,055
X
Am (cm/s)
4,16 ± 1,30 5,58 ± 1,13
4C Ap/Bas/Sep Em/Am
1,47 ± 0,47 0,97 ± 0,24
50
0,000*
Trans/Med/Pos Sm (cm/s)
4,16 ± 0,80 3,00 ± 0,54
Em (cm/s)
5,83 ± 1,61 4,71 ± 1,11
0,000*
X
Am (cm/s)
3,83 ± 1,31 4,00 ± 0,97 0,425
4C Ap/Med/Sep Em/Am
1,66 ± 0,64 1,23 ± 0,37
47
0,000*
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; Ap = corte apical; Trans = corte transversal; Bas =
segmento basal; Med = segmento médio; Api = segmento apical; Inf = parede inferior; Ant = parede
anterior; Sep = parede septal; Lat = parede lateral; Pos = parede posterior; * = valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 55
Figura 6 – Doppler tecidual pulsado utilizado para medida das velocidades.
À esquerda, em (A) a amostra de volume foi colocada na parede septal corte transversal dos
ventrículos, com velocidade sistólica (onda Sm) negativa e velocidades diastólicas (ondas Em e Am)
positivas. Em (B) a amostra de volume foi colocada na porção média da parede posterior e a onda
Em é predominante. Em (C) a amostra de volume foi colocada na parede septal segmento basal na
posição apical 4 câmaras para estudo da função longitudinal, demonstrando onda Sm positiva e
ondas Em e Am negativas e em (D) a amostra de volume foi colocada na parede lateral no
segmento correspondente. Observamos que a onda Em da parede lateral é superior à da parede
septal, assim como a relação onda Em/Am.
Quando comparamos as velocidades longitudinais entre os ventrículos
esquerdo e direito, incluindo as paredes inferior, anterior e lateral do VE,
verificamos picos de velocidades da onda Sm do ventrículo direito
persistentes e significativamente superiores em relação aos picos de
velocidade do ventrículo esquerdo (p=0,00). A onda Em da parede livre do
VD apresentou pico de velocidade superior à onda Em do VE nas paredes
lateral, anterior e septal em todos os segmentos estudados. Apenas o
segmento basal da parede inferior do VE não mostrou pico de velocidade
4. RESULTADOS 56
estatisticamente menor em relação ao VD (6,96 ± 1,62 cm/s versus 7,35 ±
1,43 cm/s), p=0,223.
A onda Am do VD apresentou pico de velocidade superior à onda Am
do VE comparando as paredes lateral, inferior e septal, englobando todos
os segmentos. Já a relação onda Em/Am foi inferior no VD em relação ao VE
(devido ao pico de velocidade maior da onda Am), exceto nos segmentos
basal das paredes inferior e septal (Tabela 13GI).
Tabela 13GI - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em paredes e segmentos
do VD x VE no Grupo
I
Ventrículo Corte/
Segmento/Parede
Onda Média ± DP Média ± DP N p
VD 4C Ap/Bas/PL
Sm (cm/s) 6,40 ± 1,17 5,31 ± 1,09 0,000*
Em (cm/s) 7,38 ± 1,43 6,64 ± 1,24 0,008*
X
Am (cm/s) 8,18 ± 1,46 5,76 ± 1,36
VE 4C Ap/Bas/Lat
Em/Am 0,93 ± 0,22 1,20 ± 0,27
44
0,000*
VD 4C Ap/Med/PL
Sm (cm/s) 4,48 ± 1,08 3,52 ± 0,95 0,000*
Em (cm/s) 6,38 ± 1,58 5,18 ± 1,29 0,001*
X
Am (cm/s) 6,91 ± 1,26 4,17 ± 1,16
VE 4C Ap/Med/Lat
Em/Am 0,95 ± 0,28 1,30 ± 0,37
44
0,000*
VD 4C Ap/Api/PL
Sm (cm/s) 3,41 ± 1,11 2,27 ± 0,63
Em (cm/s) 4,91 ± 1,15 3,00 ± 0,77
X
Am (cm/s) 5,37 ± 1,17 2,67 ± 0,84
0,000*
VE 4C Ap/Api/Lat
Em/Am 0,95 ± 0,29 1,20 ± 0,35
44
0,001*
VD 4C Ap/Bas/PL
Sm (cm/s) 6,40 ± 1,19 5,39 ± 0,81 0,000*
Em (cm/s) 7,35 ± 1,43 6,96 ± 1,62 0,223
X
Am (cm/s) 8,16 ± 1,48 7,00 ± 1,49 0,000*
VE 2C Ap/Bas/Inf
Em/Am 0,93 ± 0,23 1,02 ± 0,28
43
0,103
VD 4C Ap/Med/PL
Sm (cm/s) 4,50 ± 1,08 3,43 ± 0,62
Em (cm/s) 6,36 ± 1,59 5,34 ± 1,16
X
Am (cm/s) 6,85 ± 1,19 4,94 ± 1,11
0,000*
VE 2C Ap/Med/Inf
Em/Am 0,96 ± 0,28 1,12 ± 0,26
43
0,005*
4. RESULTADOS 57
continua
Tabela 13GI - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em paredes e segmentos
do VD x VE no Grupo
I (conclusão)
Ventrículo/Corte/
Segmento/Parede
Onda Média ± DP Média ± DP N p
VD 4C Ap/Api/PL
Sm (cm/s) 3,42 ± 1,12 2,23 ± 0,59
Em (cm/s) 4,96 ± 1,12 3,51 ± 0,93
X
Am (cm/s) 5,40 ± 1,17 2,82 ± 0,75
VE 2C Ap/Api/Inf
Em/Am 0,96 ± 0,29 1,31 ± 0,37
43 0,000*
VD 4C Ap/Api/PL
Sm (cm/s) 3,43 ± 1,12 1,92 ± 0,42
Em (cm/s) 4,96 ± 1,12 3,01 ± 1,02
X
Am (cm/s) 5,39 ± 1,18 2,59 ± 0,70
VE 4C Ap/Api/Sep
Em/Am 0,96 ± 0,29 1,22 ± 0,42
43 0,000
VD 4C Ap/Bas/PL
Sm (cm/s) 6,40 ± 1,10 4,62 ± 0,63 0,000
Em (cm/s) 7,37 ± 1,36 5,31 ± 1,07 0,000
X
Am (cm/s) 8,07 ± 1,46 5,55 ± 1,15 0,000
VE 4C Ap/Bas/Sep
Em/Am 0,94 ± 0,23 0,99 ± 0,24
52
0,273
VD 4C Ap/Med/PL
Sm (cm/s) 4,50 ± 1,06 2,99 ± 0,53
Em (cm/s) 6,46 ± 1,60 4,77 ± 1,13
X
Am (cm/s) 6,84 ± 1,31 3,98 ± 0,98
VE 4C Ap/Med/Sep
Em/Am 0,99 ± 0,32 1,26 ± 0,38
46 0,000
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; Ap = corte apical; Trans = corte transversal; Bas =
segmento basal; Med = segmento médio; Api = segmento apical; Inf = parede inferior; Ant = parede
anterior; Sep = parede septal; Lat = parede lateral; PL = parede livre do VD; * = valor p com
significância estatística.
4.3.2 – Análise do Grupo II
O Grupo II foi constituído por 30 crianças com cerca de 31,9 ± 2,9
dias, que retornaram para repetição do exame. Em todas elas o canal
arterial havia fechado e o forame oval não estava pérvio. Como não houve
sedação, o número de segmentos das paredes obtidos para o estudo com o
4. RESULTADOS 58
Doppler tecidual pulsado foi menor devido ao fato da criança estar mais
ativa em comparação ao exame inicial, causando dificuldades para a
obtenção destes dados que são coletados de forma imediata e instantânea.
A freqüência cardíaca neste grupo variou de 120 a 170 bpm durante o
exame, sendo que em alguns casos tivemos que aguardar a redução da
freqüência cardíaca para evitar fusão das ondas Em e Am e em outros não
conseguimos obter a curva do Doppler pulsado tecidual instantaneamente.
As medidas das velocidades estão agrupadas nas Tabelas 04GII, 05GII
e 06GII. De maneira global, percebemos um aumento global dos picos de
velocidades de ambos os ventrículos, nas diferentes paredes e segmentos,
quando comparados àqueles obtidos no Grupo I.
Tabela 04GII - Velocidades do Doppler tecidual pulsado em corte paraesternal
transversal (radial) do VE – Grupo II
Corte Segmento Onda Média ± DP Min-Max N
Sm (cm/s) 3,72 ± 0,98 2,29-6,57
Em (cm/s) 4,75 ± 0,96 3,62-7,52
Am (cm/s) 4,44 ± 0,94 3,10-6,43
Basal Septal
Em/Am 1,10 ± 0,25 0,77-1,71
17
Sm (cm/s) 5,63 ± 0,71 4,32-7,12
Em (cm/s) 7,82 ± 2,20 4,16-12,36
Am (cm/s) 6,33 ± 1,37 3,91-9,22
Basal
Posterior
Em/Am 1,29 ± 0,39 0,59-1,91
19
Sm (cm/s) 5,44 ± 0,92 4,20-7,98
Em (cm/s) 8,40 ± 1,99 5,37-12,73
Am (cm/s) 5,74 ± 1,54 3,81-9,07
Paraesternal
Transversal
Médio
Posterior
Em/Am 1,54 ± 0,44 0,71-2,34
19
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico na diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am.
4. RESULTADOS 59
Tabela 05GII - Velocidades do Doppler tecidual pulsado em cortes apical 4 e 2
câmaras (longitudinal) do VE – Grupo II
Corte Segmento Onda Média ± DP Min-Max N
Sm (cm/s)
6,14 ± 0,89 5,02-8,75
Em (cm/s)
8,54 ± 1,79 5,72-12,57
Am (cm/s)
8,19 ± 1,53 5,83-12,80
Basal Septal
Em/Am
1,07 ± 0,25 0,67-1,69
24
Sm (cm/s)
4,28 ± 1,08 2,81-7,35
Em (cm/s)
7,47 ± 1,51 5,00-10,93
Am (cm/s)
5,82 ± 1,87 4,04-11,43
Médio Septal
Em/Am
1,36 ± 0,34 0,66-2,08
22
Sm (cm/s)
2,76 ± 0,54 2,12-4,08
Em (cm/s)
4,98 ± 1,31 3,19-9,43
Am (cm/s)
4,04 ± 1,29 2,29-7,58
Apical Septal
Em/Am
1,30 ± 0,28 0,58-1,71
21
Sm (cm/s)
6,22 ± 1,47 3,40-9,12
Em (cm/s)
9,13 ± 2,38 5,82-14,10
Am (cm/s)
7,45 ± 1,84 4,45-12,33
Basal Lateral
Em/Am
1,26 ± 0,31 0,74-1,82
21
Sm (cm/s)
4,34 ± 1,21 2,14-6,28
Em (cm/s)
7,63 ± 2,17 4,29-12,19
Am (cm/s)
5,83 ± 1,88 2,79-9,54
Médio Lateral
Em/Am
1,40 ± 0,46 0,69-2,74
21
Sm (cm/s)
3,10 ± 0,70 1,52-4,22
Em (cm/s)
5,17 ± 1,20 3,21-7,34
Am (cm/s)
3,91 ± 0,82 2,28-6,02
Apical 4 câmaras
Apical Lateral
Em/Am
1,36 ± 0,33 0,74-2,02
21
Continua
4. RESULTADOS 60
Tabela 05GII - Velocidades do Doppler tecidual pulsado em cortes apical 4 e 2
câmaras (longitudinal) do VE – Grupo II (conclusão)
Corte Segmento Onda Média ± DP Min-Max N
Sm (cm/s)
6,74 ± 1,04 4,24-8,96
Em (cm/s)
9,85 ± 2,21 6,65-15,14
Am (cm/s)
8,90 ± 1,87 5,49-12,97
Basal Inferior
Em/Am
1,14 ± 0,26 0,68-1,73
20
Sm (cm/s)
4,51 ± 0,62 3,24-5,69
Em (cm/s)
7,48 ± 1,28 5,45-10,13
Am (cm/s)
6,31 ± 0,87 4,64-8,35
Médio Inferior
Em/Am
1,22 ± 0,28 0,70-1,94
20
Sm (cm/s)
3,05 ± 0,51 2,07-3,83
Em (cm/s)
5,18 ± 1,31 2,96-7,43
Am (cm/s)
4,04 ± 0,88 2,41-5,41
Apical Inferior
Em/Am
1,34 ± 0,38 0,55-2,15
19
Sm (cm/s)
5,28 ± 1,17 3,27-7,83
Em (cm/s)
8,38 ± 2,14 5,33-12,53
Am (cm/s)
6,50 ± 2,00 4,20-10,36
Basal Anterior
Em/Am
1,37 ± 0,40 0,70-1,97
18
Sm (cm/s)
3,80 ± 1,05 2,55-6,66
Em (cm/s)
6,51 ± 1,42 4,84-10,74
Am (cm/s)
4,73 ± 1,37 3,28-8,57
Médio
Anterior
Em/Am
1,43 ± 0,25 1,02-1,80
17
Sm (cm/s)
2,87 ± 0,49 1,90-3,55
Em (cm/s)
4,58 ± 1,37 3,15-8,51
Am (cm/s)
3,35 ± 0,88 1,67-5,35
Apical 2 câmaras
Apical
Anterior
Em/Am
1,38 ± 0,30 1,01-2,33
17
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico na diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am.
4. RESULTADOS 61
Tabela 06GII - Velocidades do Doppler tecidual pulsado em cortes apical 4 e 2
câmaras (longitudinal) do VD – Grupo II (conclusão)
Corte Segmento Onda Média ± DP Min-Max N
Sm (cm/s) 8,52 ± 1,64 6,25–11,30
Em (cm/s) 11,42 ± 3,30 6,57-20,90
Am (cm/s) 10,11 ± 2,30 6,65-13,90
Basal Parede
Livre
Em/Am 1,18 ± 0,35 0,59-1,91
21
Sm (cm/s) 6,26 ± 1,30 4,03-8,73
Em (cm/s) 9,72 ± 2,51 6,20-15,60
Am (cm/s) 8,82 ± 2,92 5,49-16,07
Médio Parede
Livre
Em/Am 1,18 ± 0,38 0,60-1,90
19
Sm (cm/s) 4,05 ± 0,63 2,83-5,17
19
Em (cm/s) 6,53 ± 1,68 3,09-9,10
Am (cm/s) 5,64 ± 1,50 3,35-9,51
Apical 4
câmaras
Apical Parede
Livre
Em/Am 1,20 ± 0,26 0,56-1,62
18
Sm (cm/s) 7,25 ± 1,61 5,13-10,63
Em (cm/s) 8,90 ± 2,04 5,16-12,70
Am (cm/s) 8,87 ± 2,73 3,24-14,73
Apical 2
Câmaras
Basal Inferior
Em/Am 1,09 ± 0,38 0,54-2,24
20
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; n = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico na diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am.
Novamente verificamos uma tendência global de gradiente entre os
diferentes segmentos das paredes, com redução progressiva dos picos das
velocidades no ápice dos ventrículos. Tal fato foi claramente demonstrado
nas paredes septal, lateral, inferior e anterior com seus respectivos
segmentos (vide Tabelas 08GII, 09GII, 10GII e 11GII no Anexo D). As
velocidades radiais mostraram comportamento muito semelhantes àqueles
obtidos no Grupo I, com aumento significativo das ondas Sm, Em e Am em
relação à parede septal. Entretanto, não houve diferença quando
4. RESULTADOS 62
comparamos as ondas Sm, Em e Am do segmento basal posterior com as
respectivas ondas do segmento médio da mesma parede (corte paraesternal
corte transversal) (vide tabela 07GII no Anexo D).
Na comparação entre as paredes do ventrículo esquerdo e seus
respectivos segmentos, verificamos que a parede inferior apresentou picos
de velocidade da onda Sm estatisticamente superiores à parede anterior,
em todos os segmentos. Entretanto não houve predominância de picos de
velocidades mais altos na parede lateral em relação à septal, como
observado no Grupo I. Os picos de velocidade da onda Sm da parede septal
foram superiores aos medidos no corte paraesternal transversal do VE em
todos os segmentos.
A onda Em demonstrou picos de velocidade maiores na parede
inferior em relação à parede anterior, exceto no segmento apical (p=0,11).
Não houve diferença estatisticamente significante entre as paredes septal e
lateral nos diferentes segmentos. Da mesma forma a onda Em só teve
aumento significativo no segmento basal da parede septal quando
comparada ao segmento basal da parede septal transversal.
A onda Am, da mesma forma apresentou velocidades de pico
superiores na parede inferior, incluindo todos os segmentos em comparação
com a parede anterior. Não houve diferença estatisticamente significante
dos picos de velocidade das paredes septal e lateral nos diferentes
segmentos. A parede septal apical apresentou velocidades superiores às dos
segmentos basal septal e posterior do VE corte paraesternal transversal.
4. RESULTADOS 63
A relação onda Em/Am foi maior nas porções basal e média da
parede anterior em relação à parede inferior e na porção basal da parede
lateral em relação à septal (vide Tabela 12GII no Anexo D).
Na comparação pareada das velocidades do VD em relação ao VE,
verificamos que a onda Sm mostrou aumento dos picos de velocidade de
forma consistente na parede livre do VD em comparação com as paredes
lateral, inferior e septal do VE com todos os segmentos. A onda Em também
apresentou pico de velocidade maior no VD quando comparado com as
paredes lateral e septal do VE. Apenas não houve significância estatística
quando comparamos o pico de velocidade do segmento basal do VD com o
basal da parede inferior (11,49 ± 3,47 cm/s versus 9,73 ± 2,21 cm/s),
p=0,07. Os picos de velocidade da onda Am dos segmentos do VD foram
persistentemente superiores aos obtidos nas paredes anterior, inferior e
septal. A relação Em/Am do VD não demonstrou diferença significativa,
quando comparada à relação das outras paredes e segmentos, com exceção
da parede septal, segmento médio (1,37 ± 0,37), em relação ao segmento
médio da parede livre do VD (1,18 ± 0,38), p =0,043 (vide Tabela 13GII no
Anexo D).
4.4 RESULTADOS DOS ÍNDICES DE DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA (STRAIN/STRAIN
RATE
)
As imagens em movimento, com cerca de três ciclos cardíacos com o
Doppler tecidual (clips) foram captadas no formato digital e analisadas
posteriormente com técnica já descrita. Os dados tiveram qualidade
4. RESULTADOS 64
satisfatória e muito poucos segmentos das paredes anterior (n=6), lateral
(n=3), inferior (n=1) e septal (n=1), principalmente relacionados à diástole
inicial ou final, foram eliminados da análise final (cerca de 3%). Essa
pequena porcentagem foi excluída devido principalmente a artefatos de
reverberação. Em todas as crianças realizamos medidas do strain rate (SR)
sistólico, diastólico inicial e final e strain (ε) sistólico, diastólico inicial e
final, analisando as funções longitudinal e radial. Obtivemos assim os
valores do Grupo I (neonatos com 20,14 ± 14,0 horas de vida) e Grupo II
(neonatos com 31,9 ± 2,9 dias de vida). As tabelas 14GI e 15GI
demonstram, a seguir, os valores do SR sistólico, diastólico inicial e final e
ε sistólico, diastólico inicial e final da função longitudinal do Grupo I.
Tabela 14GI - Valores normais - Strain rate (unidades
-1
) – Função regional
longitudinal ventrículo esquerdo – Grupo I
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Max N
Sistólico
-1,89 ± 0,60
-4,26 / -1,23
Diastólico Inicial
3,19 ± 1,57
1,12 / 9,28
Basal Septal
Diastólico Final
2,39 ± 0,90
1,12 / 4,56
55
Sistólico
-1,82 ± 0,46
-4,17 / -1,16
Diastólico Inicial
2,86 ± 1,28
1,22 / 7,84
Médio Septal
Diastólico Final
2,10 ± 0,97
0,70 / 5,74
55
Sistólico
-1,66 ± 0,25
-2,35 / -1,1
Diastólico Inicial
3,16 ± 1,30
1,33 / 8,77
Apical Septal
Diastólico Final
2,28 ± 1,24
1,16 / 6,15
54
Sistólico
-1,83 ± 0,37
-3,08 / -1,17
Diastólico Inicial
3,15 ± 1,53
1,16 / 7,18
Apical 4
Câmaras
Basal Lateral
Diastólico Final
2,12 ± 1,29
0,42 / 6,70
54
continua
4. RESULTADOS 65
Tabela 14GI - Valores normais - Strain rate (unidades
-1
) – Função regional
longitudinal ventrículo esquerdo – Grupo I (conclusão)
Corte Segmento/Parede
Componente Média ± DP Min / Max N
Sistólico
-1,67 ± 0,30
-3,35 / -1,19
Diastólico Inicial
2,96 ± 1,19
1,04 / 6,98
Médio Lateral
Diastólico Final
2,04 ± 1,09
0,45 / 5,50
54
Sistólico
-1,66 ± 0,22
-2,29 / -1,2 52
Diastólico Inicial
2,82 ± 1,14
0,57 / 7,00 53
Apical 4
Câmaras
Apical Lateral
Diastólico Final
1,87 ± 0,79
0,90 / 4,79 53
Sistólico
-1,81 ± 0,32
-3,09 / -1,1
Diastólico
Inicial
3,00 ± 0,90
0,67 / 5,09
Basal Inferior
Diastólico Final
2,16 ± 0,81
0,77 / 4,14
54
Sistólico
-1,84 ± 0,31
-3,08 / -1,29
Diastólico
Inicial
2,88 ± 0,99
1,18 / 5,36
Médio Inferior
Diastólico Final
2,08 ± 0,93
0,79 / 6,20
55
Sistólico
-1,90 ± 0,31
-2,8 / -1,33
Diastólico
Inicial
3,33 ± 1,18
1,27 / 6,16
Apical Inferior
Diastólico Final
2,42 ± 0,82
1,26 / 5,26
55
Sistólico
-1,89 ± 0,43
-3,37 / -1,36 51
Diastólico
Inicial
3,36 ± 1,54
1,08 / 7,93 51
Basal Anterior
Diastólico Final
2,42 ± 1,36
0,91 / 8,11 50
Sistólico
-1,71 ± 0,29
-2,67 / -1,18 52
Diastólico
Inicial
3,38 ± 1,78
0,81 / 11,21 52
Médio Anterior
Diastólico Final
2,22 ± 1,11
0,67 / 6,14 51
Sistólico
-1,58 ± 0,30
-2,62 / -0,9 50
Diastólico
Inicial
2,94 ± 1,22
1,11 / 6,17 50
Apical 2
Câmaras
Apical Anterior
Diastólico Final
2,30 ± 1,37
0,66 / 6,82 49
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas
quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas.
4. RESULTADOS 66
Tabela 15GI - Valores Normais – Strain (unidade %) – Função regional longitudinal
ventrículo esquerdo – Grupo I
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Max N
Sistólico
-25,86 ± 4,83
-42,03 / -21,03
Diastólico Inicial
17,43 ± 4,57
7,87 / 29,37
Basal Septal
Diastólico Final
7,70 ± 3,14
1,37 / 14,33
55
Sistólico
-24,85 ± 3,40
-33,73 / -18,8
Diastólico Inicial
17,15 ± 3,71
11,27 / 27,07
Médio Septal
Diastólico Final
7,40 ± 2,17
3,03 / 11,47
55
Sistólico
-24,23 ± 3,08
-33,83 / -19,7
Diastólico Inicial
16,05 ± 3,11
9,13 / 22,87
Apical Septal
Diastólico Final
7,21 ± 2,30
2,93 / 13,07
54
Sistólico
-24,46 ± 3,82
-35,93 / -19,4
Diastólico Inicial
16,81 ± 3,58
10,30 / 26,73
Basal Lateral
Diastólico Final
7,15 ± 2,54
3,43 / 13,33
53
Sistólico
-24,36 ± 3,53
-34,07 / -19,4
Diastólico Inicial
16,98 ± 3,20
9,37 / 25,97
Médio Lateral
Diastólico Final
7,34 ± 3,02
2,30 / 17,30
55
Sistólico
-24,40 ± 3,48
-35,13 / -18,27
Diastólico Inicial
17,16 ± 3,67
9,90 / 29,47
Apical 4
Câmaras
Apical Lateral
Diastólico Final
7,14 ± 2,72
2,67 / 17,53
53
Sistólico
-25,11 ± 3,13
-33,53 / -20,07 54
Diastólico Inicial
16,41 ± 3,46
7,87 / 26,97 52
Basal Inferior
Diastólico Final
8,24 ± 2,76
3,67 / 16,53 53
Sistólico
-25,37 ± 3,09
-36,1 / -20,8 55
Diastólico Inicial
16,78 ± 3,00
8,33 / 24,33 53
Médio Inferior
Diastólico Final
7,62 ± 2,36
3,60 / 15,03 54
Sistólico
-25,41 ± 3,63
-34,17 / -20,87 55
Diastólico Inicial
16,62 ± 2,98
10,20 / 26,17 54
Apical Inferior
Diastólico Final
8,11 ± 2,38
2,87 / 13,93 55
Sistólico
-25,81 ± 5,55
-47,43 / -19,33 51
Diastólico Inicial
17,88 ± 4,44
10,80 / 31,67 50
Apical 2
Câmaras
Basal Anterior
Diastólico Final
7,04 ± 3,00
2,83 / 17,30 51
continua
4. RESULTADOS 67
Tabela 15GI - Valores Normais – Strain (unidade %) – Função regional longitudinal
ventrículo esquerdo – Grupo I (conclusão)
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Max N
Sistólico
-25,28 ± 4,19
-39,57 / -20,47 51
Diastólico Inicial
17,49 ± 4,24
10,30 / 30,43 50
Médio Anterior
Diastólico Final
7,31 ± 4,17
2,43 / 30,40 51
Sistólico
-24,61 ± 3,17
-33,47 / -20,77 49
Diastólico Inicial
16,93 ± 3,35
8,60 / 25,57 48
Apical 2
Câmaras
Apical Anterior
Diastólico Final
7,19 ± 2,39
2,90 / 11,80 49
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
4.4.1 – Função regional longitudinal do ventrículo esquerdo no Grupo I
A parede septal foi a que apresentou diferenças mais pronunciadas
nas medidas dos índices de deformação miocárdica. Verificamos diferença
significativa quando comparamos as medidas do SR e ε sistólicos do
segmento basal em relação ao apical (-1,90 ± 0,61, -25,90 ± 4,90 versus -
1,66 ± 0,25, -24,23 ± 3,08), p=0,04 e p=0,02. Na comparação entre os
segmentos médio e apical, o SR demonstrou redução significante no
segmento apical(-1,82 ± 0,46, versus -1,66 ± 0,25), p=0,01, assim como o ε
(-25,89% ± 4,87%, vs -24,23% ± 3,08%), p=0,02. Já os dois componentes
diastólico inicial e final do SR demonstraram aumento significativo da
medida no segmento apical em relação ao médio da parede inferior. O ε
diastólico inicial demonstrou redução significativa de sua percentagem no
segmento apical quando comparado aos basal e médio e apical da parede
septal. Verificamos ainda não homogeneidade do SR sistólico na parede
lateral, apresentando redução estatisticamente significativa na comparação
entre os segmentos basal e médio (-1,83 ± 0,37, versus -1,67 ± 0,30),
4. RESULTADOS 68
p=0.010 e basal e apical (-1,84 ± 0,37 versus -1,66 ± 0,22); p= 0,002. A
parede anterior também apresentou diferença no valor do SR sistólico na
comparação entre os segmentos basal e médio em relação ao segmento
apical. O ε sistólico não demonstrou diferença entre os segmentos das
paredes anterior, lateral e inferior. (Tabelas 16GI e 17GI).
Tabela 16GI - Strain Rate (unidades
-1
)– Comparação entre componentes, paredes
e segmentos do ventrículo esquerdo no Grupo I
Corte Componente Parede Segmento Média N p
-1,90 Basal
Médio
-1,82
55 0,280
-1,90
Basal
Apical
-1,66
54 0,004*
-1,82
Septal
Médio
Apical
-1,66
54 0,010*
-1,83
Basal
Médio
-1,67
53 0,010*
-1,84 Basal
Apical
-1,66
51 0,002*
-1,67
Apical 4
Câmaras
Sistólico
Lateral
Médio
Apical
-1,66
52 0,839
-1,81
Basal
Médio
-1,85
54 0,318
-1,81 Basal
Apical
-1,90
54 0,146
-1,85
Inferior
Médio
Apical
-1,90
55 0,339
-1,84 Basal
Médio
-1,72
48 0,079
-1,85 Basal
Apical
-1,60
47 0,003*
-1,71
Apical 2
Câmaras
Sistólico
Anterior
Médio
Apical
-1,59
49 0,027*
continua
4. RESULTADOS 69
Tabela 16GI: Strain Rate (unidades
-1
)– Comparação entre componentes, paredes e
segmentos do ventrículo esquerdo no Grupo I
Corte Componente Parede Segmento Média N p
3,19 Basal
Médio
2,88
55 0,114
3,20 Basal
Apical
3,16
54 0,822
2,88
Septal
Médio
Apical
3,16
54 0,135
3,15 Basal
Médio
2,95
53 0,403
3,17 Basal
Apical
2,81
52 0,118
2,98
Apical 4
Camaras
Diastólico Inicial
Lateral
Médio
Apical
2,82
53 0,447
3,00
Basal
Médio
2,88
54 0,440
3,00 Basal
Apical
3,32
54 0,096
2,88
Inferior
Médio
Apical
3,33
55 0,032*
3,38
Basal
Médio
3,42
48 0,898
3,34
Basal
Apical
2,95
47 0,222
3,37
Apical 2
Camaras
Diastólico Inicial
Anterior
Médio
Apical
2,91
49 0,130
2,38 Basal
Médio
2,10
55 0,069
2,34 Basal
Apical
2,28
54 0,702
2,11
Septal
Médio
Apical
2,28
54 0,391
2,14 Basal
Médio
2,06
53 0,742
2,16 Basal
Apical
1,87
52 0,145
2,06
Apical 4
Câmaras
Diastólico Final
Lateral
Médio
Apical
1,86
53 0,285
continua
4. RESULTADOS 70
Tabela 16GI - Strain Rate (unidades
-1
)– Comparação entre componentes, paredes
e segmentos do ventrículo esquerdo no Grupo I (conclusão)
Corte Componente Parede Segmento Média N p
2,16 Basal
Médio
2,10
54 0,713
2,16 Basal
Apical
2,40
54 0,077
2,08
Inferior
Médio
Apical
2,42
55 0,038*
2,52
Basal
Médio
2,27
47 0,336
2,49
Basal
Apical
2,34
46 0,619
2,23
Apical 2
Câmaras
Diastólico Final
Anterior
Médio
Apical
2,30
48 0,786
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * = valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 71
Tabela 17GI - Strain (unidade %)– Comparação entre componentes, paredes e
segmentos do ventrículo esquerdo no Grupo I
Corte Componente Parede Segmento Média N p
-25,85
Basal
Médio
-24,85
55 0,280
-25,89
Basal
Apical
-24,23
54 0,021*
-24,91
Septal
Médio
Apical
-24,23
54 0,010*
-24,46
Basal
Médio
-24,44
53 0,971
-24,29
Basal
Apical
-24,52
51 0,723
-24,33
Apical 4
câmaras
Sistólico
Lateral
Médio
Apical
-24,4
53 0,899
-25,11
Basal
Médio
-25,35
54 0,654
-25,11
Basal
Apical
-25,39
54 0,610
-25,37
Inferior
Médio
Apical
-25,41
55 0,952
-24,9
Basal
Médio
-25,24
47 0,567
-25,05
Basal
Apical
-24,61
46 0,372
-25,42
Apical 2
câmaras
Sistólico
Anterior
Médio
Apical
-24,53
48 0,088
17,43
Basal
Médio
17,15
55 0,649
17,43
Basal
Apical
16,05
54 0,033*
17,18
Septal
Médio
Apical
16,05
54 0,024*
16,81
Basal
Médio
17,01
53 0,725
16,88
Basal
Apical
17,2
51 0,645
17,03
Apical 4
Câmaras
Diastólico
Inicial
Lateral
Médio
Apical
17,16
53 0,775
continua
4. RESULTADOS 72
Tabela 17GI - Strain (unidade %)– Comparação entre componentes, paredes e
segmentos do ventrículo esquerdo no Grupo I (conclusão)
Corte Componente Parede Segmento Média N p
16,41
Basal
Médio
16,76
52 0,576
16,41
Basal
Apical
16,21
52 0,775
16,78
Inferior
Médio
Apical
16,26
53 0,419
17,19
Basal
Médio
17,26
46 0,902
17,42
Basal
Apical
16,90
44 0,362
17,48
Apical 2
Câmaras
Diastólico
Inicial
Anterior
Médio
Apical
16,87
46 0,358
7,80
Basal
Médio
7,40
55 0,327
7,83
Basal
Apical
7,21
54 0,191
7,42
Septal
Médio
Apical
7,21
54 0,545
7,15
Basal
Médio
7,39
53 0,591
7,12
Basal
Apical
7,22
51 0,808
7,23
Apical 4
Câmaras
Diastólico Final
Lateral
Médio
Apical
7,14
54 0,847
8,17
Basal
Médio
7,6
53 0,245
8,24
Basal
Apical
8,12
54 0,797
7,62
Inferior
Médio
Apical
8,12
54 0,196
6,58
Basal
Médio
6,97
47 0,343
6,58
Basal
Apical
7,23
46 0,133
6,84
Apical 2
Câmaras
Diastólico Final
Anterior
Médio
Apical
7,19
48 0,377
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * valor p com significância
estatística.
4. RESULTADOS 73
4.4.2 – Função regional radial do ventrículo esquerdo no Grupo I
A função radial do VE foi quantificada com a utilização do corte
paraesternal eixo transversal ao nível dos ventrículos, pesquisada apenas
em parede posterior ao nível dos segmentos basal e médio. Não foi feita
medida da parede septal, pois as curvas apresentam formas mistas devido a
dupla composição de camadas do septo interventricular (Sutherland et al.,
2004). Verificamoso existir diferença estatisticamente significante do SR
e ε sistólico em relação aos segmentos basal e médio da parede posterior
do VE. As Tabelas 18GI e 19GI representam os dados obtidos de SR e ε com
seus componentes sistólico e diastólico inicial e final.
Tabela 18GI - Valores normais - Strain rate (unidades
-1
) – Função radial ventrículo
esquerdo – Grupo I
Corte Segmento/Parede
Componente Média ± DP Min / Max N
Sistólico
2,98 ± 0,78
1,65 / 5,10
Diastólico Inicial
-5,53 ± 1,70
-8,88 / -2,11 Basal/Posterior
Diastólico Final
-3,89 ± 1,73
-9,91 / -1,80
55
Sistólico
2,86 ± 0,63
1,30 / 4,69
Diastólico Inicial
-6,23 ± 2,03
-11,09 / -1,21
Paraesternal
Transversal
Médio/Posterior
Diastólico Final
-3,78 ± 1,63
-10,21 / -1,60
55
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
4. RESULTADOS 74
Tabela 19GI - Valores Normais – Strain (unidade %) – Função radial ventrículo
esquerdo – Grupo I
Corte Segmento/Parede
Componente Média ± DP Min / Max N
Sistólico
49,72 ± 12,86
31,85 / 91,93
Diastólico Inicial
-36,98 ± 10,88
-64,77 / -17 Basal/Posterior
Diastólico Final
-11,48 ± 5,62
-29,33 / -3,33
55
Sistólico
55,72 ± 12,13
36,63 / 90,17
Diastólico Inicial
-40,97 ± 9,31
-63,97 / -18,43
Paraesternal
Transversal
Médio/Posterior
Diastólico Final
-13,00 ± 5,33
-31,3 / -2,88
55
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
4.4.3 - Função longitudinal versus Função radial do ventrículo esquerdo
no Grupo I
Todas as curvas longitudinais do SR foram negativas em sístole,
indicando encurtamento miocárdico local e positivas em diástole, indicando
alongamento miocárdico local. As curvas radiais mostraram padrão
contrário às longitudinais, já que durante a sístole o miocárdio se espessa
na direção radial e se afila durante a diástole. As mesmas diferenças foram
apresentadas nas curvas do ε (Figura 7).
Os valores absolutos do SR radial, com todos os seus componentes,
na parede posterior, segmentos basal e médio foram significantemente
superiores aos do SR longitudinal, parede septal (SR sistólico 2,99 ± 0,78 s
-1
vs (-)1,90 ± 0,60 s
-1
; SR diastólico inicial (-)5,53 ± 1,67 s
-1
vs 3,19 ± 1,57 s
-1
;
R diastólico final (-)3,78 ± 1,63 s
-1
vs 2,39 ± 0,90 s
-1
, p=0,00).
4. RESULTADOS 75
Os valores do ε sistólico, diastólico inicial e final da função radial
foram cerca do dobro dos valores obtidos em direção longitudinal (ε
sistólico 49,72% ± 12,86% vs (-) 25,86% ± 4,83%; ε diastólico inicial (-)
36,98% % ± 10,89% vs 17,43% ± 4,57%; ε diastólico final (-) 11,48% % ± 5,62%
vs 7,70% ± 3,14%; p<0,001); (vide Tabelas 20GI e 21GI).
Figura 7 – Função Longitudinal x Radial
À esquerda imagem bidimensional obtida em corte apical 2 câmaras com amostra de volume
colocada na porção basal da parede inferior. Em (A) curva de SR com componente sistólico
negativo (encurtamento) e em (B) curva do ε com componente sistólico negativo. À direita (C, D)
curva radial obtida em parede posterior do corte transversal dos ventrículos ao nível dos músculos
papilares. O SR sistólico é positivo (espessamento), assim como o ε sistólico. As setas indicam o
local onde foram medidos os componentes sistólicos do SR/ε.
4. RESULTADOS 76
Tabela 20GI - Comparação entre as medidas do strain rate (unidades
-1
) das
funções radial x longitudinal do VE no Grupo I
Componente Segmento Parede Média N p
Posterior 2,99
Basal
Septal 1,90
55 0,000*
Posterior 2,86
Sistólico
Médio
Septal 1,82
55 0,000*
Posterior
-5,53
Basal
Septal
3,19
55 0,000*
Posterior
-6,23
Diastólico Inicial
Médio
Septal
2,88
55 0,000*
Posterior
-3,78
Basal
Septal
2,39
55 0,000*
Posterior
-3,67
Diastólico Final
Médio
Septal
2,10
55 0,000*
N= número de crianças em que as medidas foram comparadas; *= valor p com significância
estatística.
Tabela 21GI - Comparação entre as medidas do strain (unidades %) das funções
radial x longitudinal do VE no Grupo I
Componente Segmento Parede Média N p
Posterior 49,72
Basal
Septal 25,86
55 0,000*
Posterior 53,80
Sistólico
Médio
Septal 24,85
55 0,000*
Posterior
-36,98
Basal
Septal
17,43
55 0,000*
Posterior
-40,14
Diastólico Inicial
Médio
Septal
17,19
54 0,000*
Posterior
-11,48
Basal
Septal
7,70
55 0,000*
Posterior
-12,53
Diastólico Final
Médio
Septal
7,40
55 0,000*
N= número de crianças em que as medidas foram comparadas; *= valor p com significância
estatística.
4. RESULTADOS 77
4.4.4 – Função regional longitudinal do ventrículo direito no Grupo I
O estudo da deformação do ventrículo direito foi realizado apenas
em direção longitudinal, avaliando-se a parede livre com seus segmentos
basal, médio e apical e a parede inferior (segmento basal).
As Tabelas 22GI e 23GI demonstram os valores obtidos de SR e ε
sistólicos e diastólicos inicial e final.
Tabela 22GI - Valores normais - strain rate (unidades
-1
) – ventrículo direito -
Grupo I
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Máx N
Sistólico
-1,93 ± 0,52
-3,75 / -1,08 55
Diastólico Inicial
2,76 ± 0,77
1,31 / 5,54 55 Basal/Parede Livre
Diastólico Final
2,09 ± 0,85
0,73 / 4,57 55
Sistólico
-1,91 ± 0,45
-3,63 / -1,14 55
Diastólico Inicial
3,00 ± 1,00
0,86 / 5,20 55 Médio/Parede Livre
Diastólico Final
2,57 ± 0,99
0,74 / 5,33 55
Sistólico
-2,13 ± 0,50
-4,02 / -1,41 55
Diastólico Inicial
3,74 ± 1,35
1,65 / 7,48 54
Apical 4
Câmaras
Apical/Parede Livre
Diastólico Final
3,33 ± 1,34
1,08 / 7,22 54
Sistólico
-1,81± 0,40
-3,55 / -1,21 55
Diastólico Inicial
2,78 ± 1,14
0,84 / 6,33 55
Apical 2
Câmaras
Basal/Inferior
Diastólico Final
2,13 ± 0,83
0,86/ 4,88 54
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
4. RESULTADOS 78
Tabela 23GI - Valores normais - strain (unidade %) – ventrículo direito - Grupo I
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Máx N
Sistólico
-28,38 ± 4,90
-39,53 / -20,2 55
Diastólico Inicial
20,43 ± 4,52
12,60 / 31,20 54
Basal/Parede
Livre
Diastólico Final
8,35 ± 3,21
3,13 / 21,97 55
Sistólico
-33,20 ± 6,34
-49,77 / -22,8 55
Diastólico Inicial
22,61 ± 5,15
13,13 / 43,80 55
Médio/Parede
Livre
Diastólico Final
10,72 ± 4,07
4,30 / 22,30 55
Sistólico
-31,95 ± 5,06
-42,27 / -22,17 55
Diastólico Inicial
21,02 ± 4,01
13,97 / 29,03 55
Apical 4
Câmaras
Apical/Parede
Livre
Diastólico Final
10,87 ± 3,42
4,60 / 18,17 55
Sistólico
-27,09 ± 3,90
-37,93 / -20,53 55
Diastólico Inicial
19,00 ± 3,73
10,93 / 29,03 55
Apical 2
Câmaras
Basal/Inferior
Diastólico Final
8,12 ± 2,70
3,47 / 16,10 55
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
A avaliação regional do VD revelou que o ε sistólico foi
significativamente superior no segmento médio da parede livre do VD em
relação ao segmento basal (-33,20 ± 6,34 versus -28,38 ± 4,90, p=0,00) e
em relação ao segmento apical (-33,20 ± 6,34 versus -31,95 ± 5,06,
p=0,021). Os valores do SR e ε no segmento basal da parede inferior em
posição apical duas câmaras foram inferiores àqueles obtidos na posição
apical quatro câmaras. Quando comparamos o segmento basal com o apical
da parede livre do VD verificamos que tanto o SR quanto o ε sistólico
apresentam valores superiores no segmento apical. O comportamento dos
4. RESULTADOS 79
componentes diastólico inicial e final ocorreu da mesma forma. (vide
Tabelas 24GI e 25GI).
Tabela 24GI - Comparação regional dos segmentos da parede livre do VD através
do strain rate (unidades
-1
) - Grupo I
Corte Componente Segmento Média N p
-1,93
Basal
Médio
-1,85
55 0,392
-1,93
Basal
Apical
-2,13
55 0,037*
-1,85
Sistólico
Médio
Apical
-2,33
54 0,002*
2,76
Basal
Médio
3,00
55 0,092
2,76
Basal
Apical
3,74
54 0,000*
2,98
Diastólico Inicial
Médio
Apical
3,74
54 0,000*
2,09
Basal
Médio
2,57
55 0,005*
2,08
Basal
Apical
3,33
54 0,000*
2,58
Apical 4
Câmaras
Diastólico Final
Médio
Apical
3,33
54 0,001*
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 80
Tabela 25GI - Comparação regional dos segmentos da parede livre do VD através
do strain (unidade %) - Grupo I
Corte Componente Segmento Média N p
-28,38
Basal
Médio
-33,2
55 0,012*
-28,38
Basal
Apical
-31,95
55 0,020*
-33,2
Sistólico
Médio
Apical
-31,95
55 0,031*
20,43
Basal
Médio
22,64
54 0,017*
20,43
Basal
Apical
21,09
54 0,400
22,61
Diastólico Inicial
Médio
Apical
21,02
55 0,040*
8,35
Basal
Médio
10,72
55 0,000*
8,35
Basal
Apical
10,87
55 0,000*
10,72
Apical 4
Câmaras
Diastólico Final
Médio
Apical
10,87
55 0,767
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas;*= valor p com significância
estatística.
4.4.5 – Deformação regional do ventrículo esquerdo versus ventrículo
direito no Grupo I
Na comparação dos dados entre os ventrículos esquerdo e direito,
verificamos que houve diferença estatisticamente significativa do ε
sistólico dos segmentos basal, médio e apical com valores medidos no VD
superiores aos do VE (vide Tabelas 26GI e 27GI). O SR sistólico também
mostrou diferença significativa neste grupo inicial de pacientes com valores
4. RESULTADOS 81
aumentados no segmento apical do VD em relação ao VE. Os componentes
diastólicos inicial e final demonstraram alterações nos segmentos médio e
apical.
Tabela 26GI - Comparação regional dos segmentos do VE septal x VD parede livre
através do strain rate (unidades
-1
) - Grupo I
Componente Segmento/Parede Média N p
Basal /Septal -1,89
Basal /Parede Livre -1,93
55 0,635
Médio /Septal -1,82
Médio /Parede Livre -1,85
55 0,710
Apical /Septal -1,66
Sistólico
Apical /Parede Livre -2,15
54 0,000*
Basal/Septal 3,19
Basal/Parede Livre 2,76
55 0,069
Médio /Septal 2,88
Médio /Parede Livre 3,00
55 0,000*
Apical /Septal 3,16
Diastólico Inicial
Apical /Parede Livre 3,74
54 0,092
Basal/Septal 2,38
Basal/Parede Livre 2,09
55 0,279
Médio /Septal 2,10
Médio /Parede Livre 2,57
55 0,575
Apical /Septal 2,28
Diastólico Final
Apical /Parede Livre 2,33
54 0,000*
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 82
Tabela 27GI - Comparação regional dos segmentos do VE septal x VD parede livre
através do strain (unidade %) - Grupo I
Componente Segmento Parede Média N p
Septal -25,86
Basal
Parede livre -28,38
55 0,000
Septal -24,85
Médio
Parede livre -33,20
55 0,000
Septal -24,23
Sistólico
Apical
Parede livre -31,99
54 0,000
Septal 17,44
Basal
Parede livre 20,43
54 0,008
Septal 17,15
Médio
Parede livre 22,61
55 0,000
Septal 16,05
Diastólico Inicial
Apical
Parede livre 21,03
54 0,028
Septal 7,80
Basal
Parede livre 8,35
55 0,000
Septal 7,40
Médio
Parede livre 10,72
55 0,000
Septal 7,21
Diastólico Final
Apical
Parede livre 10,90
54 0,000
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4.4.6 – Deformação regional do Grupo II
O Grupo II, constituído por 30 neonatos que retornaram para novo
exame, apresentou os seguintes resultados nas medidas do SR sistólico,
diastólico inicial e final e ε sistólico, diastólico inicial e final da função
longitudinal do ventrículo esquerdo que estão explicitados nas Tabelas
14GII e 15GII.
4. RESULTADOS 83
Tabela 14GII - Valores normais - strain rate (unidades
-1
) – Função longitudinal
ventrículo esquerdo – Grupo II
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Máx N
Sistólico
-1,80 ± 0,40
-3,13 / -0,59
Diastólico Inicial
3,11 ± 1,23
1,55 / 6,83
Basal /Septal
Diastólico Final
2,84 ± 1,73
1,26 / 9,94
30
Sistólico
-1,84 ± 0,30
-2,96 / -1,41
Diastólico Inicial
3,29 ± 1,17
1,15 / 5,84
Médio /Septal
Diastólico Final
2,61 ± 1,39
0,69 / 6,46
30
Sistólico
-1,65 ± 0,24
-2,02 / -1,23
Diastólico Inicial
4,21 ± 1,31
2,16 / 7,11
Apical /Septal
Diastólico Final
3,03 ± 1,62
0,93 / 8,00
30
Sistólico
-1,71 ± 0,33
-2,49 / -1,27
Diastólico Inicial
3,13 ± 0,96
1,36 / 5,07
Basal /Lateral
Diastólico Final
2,48 ± 0,88
1,11 / 4,33
30
Sistólico
-1,62 ± 0,25
-2,31 / -1,23
Diastólico Inicial
3,43 ± 1,26
1,51 / 6,77
Médio /Lateral
Diastólico Final
2,53 ± 1,08
1,36 / 5,28
30
Sistólico
-1,64 ± 0,18
-2,05 / -1,29
Diastólico Inicial
4,09 ± 1,24
1,52 / 5,99
Apical 4
Câmaras
Apical /Lateral
Diastólico Final
2,88 ± 1,54
1,09 / 6,64
29
continua
4. RESULTADOS 84
Tabela 14GII - Valores normais - strain rate (unidades
-1
) – Função longitudinal
ventrículo esquerdo – Grupo II (conclusão)
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Máx N
Sistólico
-1,75 ± 0,26
-2,68 / -1,31
Diastólico Inicial
3,18 ± 0,95
1,29 / 4,77
Basal /Inferior
Diastólico Final
2,23 ± 0,85
0,94 / 4,43
30
Sistólico
-1,69 ± 0,33
-2,27 / -0,41
Diastólico Inicial
3,05 ± 0,89
1,67 / 5,11
Médio /Inferior
Diastólico Final
2,40 ± 0,89
1,02 / 4,51
30
Sistólico
-1,87 ± 0,32
-2,49 / -1,16
Diastólico Inicial
3,92± 1,42
0,81 / 6,11
Apical /Inferior
Diastólico Final
2,65 ± 1,23
1,07 / 6,35
29
Sistólico
-1,77 ± 0,37
-3,12 / -1,36
Diastólico Inicial
3,28 ± 1,49
1,27 / 6,30
Basal /Anterior
Diastólico Final
2,68 ± 1,44
0,96 / 5,48
28
Sistólico
-1,70 ± 0,26
-2,34 / -1,32
Diastólico Inicial
4,01 ± 1,75
1,86 / 9,27
Médio /Anterior
Diastólico Final
3,11 ± 1,70
1,11 / 8,09
29
Sistólico
-1,51 ± 0,49
-2,61 / -0,44
Diastólico Inicial
3,33 ± 1,45
1,38 / 6,63
Apical 2
Câmaras
Apical /Anterior
Diastólico Final
2,60 ± 1,30
1,13 / 6,08
29
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas
quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas.
4. RESULTADOS 85
Tabela 15GII - Valores Normais – Strain (unidade %) – Função longitudinal
ventrículo esquerdo – Grupo II
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Máx N
Sistólico
-23,16 ± 4,55
-33,37 / -8,77
Diastólico Inicial
17,77 ± 2,86
13,17 / 24,43
Basal /Septal
Diastólico Final
6,00 ± 1,82
2,70 / 10,03
30
Sistólico
-23,10 ± 2,55
-29,83 / -19,37
Diastólico Inicial
16,40 ± 1,70
13,40 / 19,93
Médio /Septal
Diastólico Final
6,75 ± 1,79
4,30 / 10,57
30
Sistólico
-22,97 ± 2,03
-27,93 / -19,77
Diastólico Inicial
16,72 ± 2,72
11,83 / 21,80
Apical /Septal
Diastólico Final
6,41 ± 2,64
1,57 / 15,17
30
Sistólico
-22,50 ± 1,63
-25,73 / -20,53
Diastólico Inicial
16,70 ± 2,08
13,20 / 20,67
Basal /Lateral
Diastólico Final
5,86 ± 1,97
3,10 / 10,30
29
Sistólico
-23,19 ± 2,25
-28,27 / -19,6
Diastólico Inicial
17,14 ± 2,67
12,13 / 23,63
Médio /Lateral
Diastólico Final
5,99 ± 1,85
2,47 / 9,73
30
Sistólico
-23,07 ± 2,13
-29,3 / -20,6
Diastólico Inicial
17,07 ± 2,60
12,63 / 24,53
Apical 4
Câmaras
Apical /Lateral
Diastólico Final
6,00 ± 1,99
2,00 / 11,00
29
Sistólico
-22,99 ± 2,07
-28,43 / -19,7
Diastólico Inicial
16,47 ± 1,91
12,80 / 19,40
Basal /Inferior
Diastólico Final
6,58 ± 2,18
2,73 / 10,87
30
Sistólico
-23,74 ± 3,16
-32,77 / -19,93
Diastólico Inicial
17,16 ± 3,22
12,80 / 26,37
Médio /Inferior
Diastólico Final
6,60 ± 1,95
2,47 / 11,63
30
Sistólico
-24,48 ± 2,37
-29,9 / -20,27
Diastólico Inicial
18,05 ± 3,16
13,07 / 27,43
Apical /Inferior
Diastólico Final
6,54 ± 1,97
2,47 / 11,73
29
Sistólico
-24,47 ± 3,06
-32,8 / -21,4
Diastólico Inicial
18,79 ± 3,00
14,13 / 27,03
Basal /Anterior
Diastólico Final
6,37 ± 3,29
1,63 / 18,80
27
Sistólico
-24,70 ± 5,35
-48,4 / -20,2
Diastólico Inicial
19,15 ± 4,42
15,03 / 38,13
Médio /Anterior
Diastólico Final
5,92 ± 1,88
2,87 / 10,27
29
Sistólico
-23,75 ± 2,93
-33,6 / -20,57
Diastólico Inicial
17,33 ± 2,89
13,90 / 25,13
Apical 2
Câmaras
Apical /Anterior
Diastólico Final
6,78 ± 2,25
3,80 / 12,23
28
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
4. RESULTADOS 86
4.4.6.1 – Função regional longitudinal do ventrículo esquerdo no
Grupo II
Quando comparamos as paredes e segmentos do VE neste segundo
grupo verificamos que os achados apresentam certa semelhança com o
Grupo I. Ao nível da parede septal verificamos diferença estatisticamente
significante entre o SR sistólico dos segmentos basal e apical (-1,80 ± 0,40
versus -1,65 ± 0,24), p=0,05 e médio e apical (-1,85 ± 0,30 versus -1,65 ±
0,24), p=0,03. A parede anterior também apresentou redução
estatisticamente significante do SR sistólico no segmento apical quando
comparado aos segmentos basal e médio. O componente diastólico inicial
do SR demonstrou aumento dos valores nos segmentos médio e apical das
paredes septal e lateral (vide Tabela 16GII no Anexo D). O strain sistólico e
diastólico inicial demonstraram diferença significante quando comparamos
os segmentos basal e apical da parede inferior, havendo valores superiores
no segmento apical (vide Tabela 17GII no Anexo D). Verificamos ainda
diferença significativa entre as medidas do strain diastólico final nos
segmentos basal e médio da parede septal.
4.4.6.2 – Função regional radial do ventrículo esquerdo no Grupo II
As Tabelas 18GII e 19GII, no Anexo D representam as medidas dos
componentes sistólico, diastólico inicial e final do SR e strain no corte
paraesternal transversal nos segmentos basal e médio posterior. Não há
diferença significante entre as medidas.
4. RESULTADOS 87
4.4.6.3 – Função longitudinal versus Função radial do ventrículo
esquerdo no Grupo II
Como ocorreu no Grupo I, os valores absolutos do SR e ε com todos
os seus componentes (sistólico, diastólico inicial e final) da parede
posterior, incluindo os segmentos basal e médio, foram de forma
consistente e significativa superiores àqueles obtidos na parede septal (vide
Tabelas 20GII e 21GII no Anexo D).
4.4.6.4 – Função regional longitudinal do ventrículo direito no Grupo II
Como no Grupo I, a deformação do VD foi feita na direção
longitudinal, avaliando-se a parede livre com seus segmentos basal, médio
e apical e a parede inferior com seu segmento basal. As tabelas 22GII e
23GII demonstram os valores obtidos de SR e ε sistólicos e diastólicos inicial
e final.
Tabela 22GII - Valores normais – strain rate (unidades
-1
) – Ventrículo direito
Grupo
II
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Máx N
Sistólico
-2,25 ± 0,42
-3,21 / -1,47
Diastólico Inicial
4,28 ± 1,21
2,25 / 6,43
Basal /Parede Livre
Diastólico Final
3,06 ± 1,18
1,20 / 6,27
30
Sistólico
-2,25 ± 0,59
-4,01/ -1,54
Diastólico Inicial
5,03 ± 1,58
1,55 / 8,49
Médio /Parede Livre
Diastólico Final
3,93 ± 1,43
1,85 / 7,65
30
Sistólico
-2,25 ± 0,60
-3,62 / -1,45
Diastólico Inicial
4,61 ± 1,79
1,08 / 9,02
Apical 4
Câmaras
Apical /Parede Livre
Diastólico Final
3,40 ± 1,77
1,39 / 9,10
29
Sistólico
-2,05 ± 0,47
-3,65 / -1,50
Diastólico Inicial
3,78 ± 1,22
2,01 / 6,61
Apical 2
Câmaras
Basal /Inferior
Diastólico Final
2,84 ± 1,42
1,12 / 7,03
30
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
4. RESULTADOS 88
Tabela 23GII - Valores Normais -– strain (unidade %) – Ventrículo direito – Grupo II
Corte Segmento/Parede Componente Média ± DP Min / Máx N
Sistólico
-37,03 ± 5,42
-45,93 / -22,83
30
Diastólico Inicial
26,45 ± 5,69
12,97 / 35,20 28
Basal /Parede Livre
Diastólico Final
9,75 ± 3,96
5,10 / 24,53 30
Sistólico
-42,56 ± 4,76
-52,13 / -27,73
30
Diastólico Inicial
31,55 ± 3,71
23,93 / 40,67 29
Médio /Parede Livre
Diastólico Final
10,96 ± 3,69
3,67 / 17,67 30
Sistólico
-41,08 ± 5,51
-52,27 / -28,23
30
Diastólico Inicial
30,50 ± 4,93
20,80 / 41,10 30
Apical 4
Câmaras
Apical /Parede Livre
Diastólico Final
10,49 ± 3,37
3,30 / 16,67 30
Sistólico
-35,42 ± 5,26
-44,63 / -24,80
30
Diastólico Inicial
26,20 ± 5,61
14,50 / 39,27 30
Apical 2
Câmaras
Basal /Inferior
Diastólico Final
9,33 ± 2,78
3,77 / 14,87 30
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
A análise da deformação regional do VD no Grupo II demonstrou
strain sistólico significativamente superior ao nivel dos segmentos médio e
apical em relação ao segmento basal. Da mesma forma o strain diastólico
inicial foi superior nos segmentos médio e apical em relação ao basal. O SR
sistólico não demonstrou diferença entre os segmentos. O SR diastólico
final foi superior no segmento médio em relação ao basal e no segmento
apical em relação ao médio. O SR diastólico inicial foi superior no segmento
médio em relação ao basal (vide Tabela 24GII e 25GII no Anexo D).
4.4.6.5 – Função regional longitudinal do ventrículo esquerdo versus
ventrículo direito no Grupo II
De forma semelhante ao Grupo I, na comparação entre as medidas
dos ventrículos direito e esquerdo verificamos aumento do strain
miocárdico com todos os seus componentes em todos os segmentos do VD
4. RESULTADOS 89
em relação à parede septal. O SR sistólico do VD foi superior ao medido no
VE em todos os segmentos, enquanto no Grupo I havia sido superior apenas
no segmento apical. Não houve diferença significante do SR diastólico
inicial do segmento apical e do SR diastólico final no segmento médio (vide
Tabelas 26GII e 27GII no Anexo D).
4.4.7 - Comparação entre os índices de deformação miocárdica obtidos
nos Grupos I e II
4.4.7.1 – Análise da função radial do VE
Fizemos a comparação entre as medidas obtidas pela mesma criança,
com análise pareada de cada parede relacionando cada segmento (Tabelas
28 e 29).
Verificamos que houve redução significativa dos valores do
ε sistólico no segundo exame em relação ao primeiro, no segmento basal da
parede posterior (51,03% ± 14,86% vs 45,87% ± 8,92%) e no segmento médio
da parede posterior (56,13% ± 13,14% vs 51,60% ± 13,69%). Não houve
alteração significativa do SR sistólico nos dois exames. O SR diastólico final
demonstrou aumento no valor absoluto no segmento médio da parede
posterior em relação ao primeiro exame (-4,86 ± 1,78 vs -3,70 ± 1,58,
p=0,01).
4. RESULTADOS 90
Tabela 28GI/GII - Comparação entre medidas do Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
esquerdo - Função radial - Transversal posterior – strain rate
(unidades
-1
)
Componente Segmento Medidas Média N p
Tempo 1 2,90
Basal
Tempo 2 2,94
0,688
Tempo 1 2,73
Sistólico
Médio
Tempo 2 2,92
29
0,073
Tempo 1 -5,71
Basal
Tempo 2 -5,81
0,828
Tempo 1 -6,30
Diastólico Inicial
Médio
Tempo 2 -7,18
29
0,123
Tempo 1 -3,77
Basal
Tempo 2 -4,41
0,177
Tempo 1 -3,70
Diastólico Final
Médio
Tempo 2 -4,86
29
0,012*
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * valor p com significância
estatística.
Tabela 29G
I/GII - Comparação entre medidas do Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
esquerdo - Função radial - Transversal posterior – strain (unidade %)
Componente Segmento Medidas Média N p
Tempo 1 51,03
Basal
Tempo 2 45,87
0,009*
Tempo 1 56,12
Sistólico
Médio
Tempo 2 51,60
29
0,000*
Tempo 1 -36,70
Basal
Tempo 2 -37,39
0,25
Tempo 1 -40,04
Diastólico Inicial
Médio
Tempo 2 -37,46
28
0,07
Tempo 1 -11,84
Basal
Tempo 2 -11,55
0,805
Tempo 1 -13,02
Diastólico Final
Médio
Tempo 2 -14,02
29
0,267
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * valor p com significância
estatística.
4. RESULTADOS 91
4.4.7.2 – Análise da função longitudinal do VE
Comparando os dados obtidos na parede septal corte apical 4
câmaras, verificamos redução persistente de forma significativa do ε
sistólico do VE no segundo exame nos segmentos basal, médio e apical em
relação ao primeiro. No segmento basal verificamos ainda redução
significativa do ε diastólico final (7,83% ± 3,41% vs 5,60% ± 1,82%, p=0,04).
O SR diastólico inicial apresentou aumento significativo dos valores
no segundo exame no segmento apical da parede septal. O SR diastólico
final também demonstrou aumento significativo no segundo exame em
relação ao segmento basal. Não houve diferença estatisticamente
significante entre as medidas do SR sistólico.
A parede lateral demonstrou redução persistente dos valores do ε
sistólico e do ε diastólico final no segundo exame ao nível dos segmentos
basal, médio e apical. Verificamos ainda redução significativa do SR
sistólico na porção basal (-1,91 ± 0,46 s
-1
vs -1,71 ± 0,33 s
-1
, p=0,02) e
aumento do SR diastólico inicial e redução do SR diastólico final no
segmento apical.
A parede inferior demonstrou redução persistente dos valores do ε
sistólico no segundo exame em relação ao primeiro ao nível dos segmentos
basal, médio e apical. O ε diastólico final também mostrou valores
significantemente reduzidos ao nível dos segmentos basal e apical. O SR
4. RESULTADOS 92
sistólico demonstrou redução significativa dos valores no segundo exame ao
nível do segmento médio (-1,87 ± 0,40 s
-1
vs -1,73 ± 0,22 s
-1
, p=0,04).
A parede anterior apresentou comportamento semelhante às demais,
com redução dos valores do ε sistólico no segundo exame nos segmentos
basal, médio e apical.
O SR sistólico do segmento basal também mostrou redução
significativa quando comparado ao primeiro exame (vide Tabelas 30GI/GII;
31GI/GII; 32GI/GII; 33GI/GII e Figura 8).
Figura 8 – Comparação entre as medidas do ε sistólico do VE no primeiro e
segundo exames (Tempo 1 e Tempo 2)
No canto superior esquerdo a amostra de volume foi colocada no segmento apical da parede
septal no Tempo 1 para análise da função longitudinal e no canto inferior esquerdo verificamos
redução da medida do ε sistólico no Tempo 2 no mesmo local (-20,1% vs –22,5%). À direita
verificamos mesmo comportamento da medida do ε na parede posterior transversal do VE, com
redução da função radial (71,5% vs 85,6%) no Tempo 2.
4. RESULTADOS 93
Tabela 30GI/GII - Comparação entre medidas do Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
esquerdo – Função longitudinal - Apical 4 Câmaras – strain rate
(unidades
-1
)
Componente Parede Segmento Medidas Média N p
Tempo 1 -2,02
Basal
Tempo 2 -1,84
0,113
Tempo 1 -1,90
Médio
Tempo 2 -1,54
0,498
Tempo 1 -1,62
Sistólico Septal
Apical
Tempo 2 -1,65
30
0,471
Tempo 1 3,32
Basal
Tempo 2 3,11
0,614
Tempo 1 2,97
Médio
Tempo 2 3,29
0,335
Tempo 1 3,33
Diastólico Inicial Septal
Apical
Tempo 2 4,21
30
0,021*
Tempo 1 2,40
Basal
Tempo 2 2,84
0,167
Tempo 1 2,15
Médio
Tempo 2 2,61
0,142
Tempo 1 2,51
Diastólico Final Septal
Apical
Tempo 2 3,03
30
0,191
Tempo 1 -1,91
Basal
Tempo 2 -1,71
30 0,016*
Tempo 1 -1,71
Médio
Tempo 2 -1,60
29 0,137
Tempo 1 -1,67
Sistólico Lateral
Apical
Tempo 2 -1,63
27 0,534
Tempo 1 3,34
Basal
Tempo 2 3,14
30 0,56
Tempo 1 3,28
Médio
Tempo 2 3,45
29 0,647
Tempo 1 2,86
Diastólico Inicial Lateral
Apical
Tempo 2 3,99
27 0,003*
Tempo 1 2,25
Basal
Tempo 2 2,48
30 0,431
Tempo 1 2,32
Médio
Tempo 2 2,55
29 0,464
Tempo 1 1,86
Diastólico Final Lateral
Apical
Tempo 2 2,74
27 0,008*
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 94
Tabela 31GI/GII - Comparação entre medidas do Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
esquerdo Função longitudinal - Apical 4 Câmaras – strain (unidade
%)
Componente Parede Segmento Medidas Média N p
Tempo 1
-26,42
Basal
Tempo 2
-23,63
0,000*
Tempo 1
-25,58
Médio
Tempo 2
-23,10
0,000*
Tempo 1
-24,94
Sistólico Septal
Apical
Tempo 2
-22,97
30
0,001*
Tempo 1
17,57
Basal
Tempo 2
17,77
0,808
Tempo 1
17,64
Médio
Tempo 2
16,4
0,113
Tempo 1
15,61
Diastólico Inicial Septal
Apical
Tempo 2
16,72
29
0,149
Tempo 1
7,83
Basal
Tempo 2
6,00
0,004*
Tempo 1
7,34
Médio
Tempo 2
6,75
0,235
Tempo 1
7,53
Diastólico Final Septal
Apical
Tempo 2
6,41
30
0,087
Tempo 1
-25,36
Basal
Tempo 2
-22,5
0,000*
Tempo 1
-25,73
Médio
Tempo 2
-23,19
30
0,001*
Tempo 1
-25,08
Sistólico Lateral
Apical
Tempo 2
-23,16
27 0,004*
Tempo 1
16,59
Basal
Tempo 2
16,7
0,874
Tempo 1
17,27
Médio
Tempo 2
17,14
30
0,871
Tempo 1
17,54
Diastólico Inicial Lateral
Apical
Tempo 2
17,21
27 0,628
Tempo 1
7,68
Basal
Tempo 2
5,86
0,009*
Tempo 1
8,39
Médio
Tempo 2
5,99
30
0,001*
Tempo 1
7,53
Diastólico Final Lateral
Apical
Tempo 2
5,96
27 0,035*
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 95
Tabela 32GI/GII - Comparação entre medidas do Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
esquerdo – Função longitudinal apical 2 câmaras - strain rate
(unidades
-1
)
Componente Parede Segmento Medidas Média N p
Tempo 1
-1,79
Basal
Tempo 2
-1,75
0,491
Tempo 1
-1,87
Médio
Tempo 2
-1,73
30
0,036*
Tempo 1
-1,95
Sistólico Inferior
Apical
Tempo 2
-1,87
29 0,255
Tempo 1
2,94
Basal
Tempo 2
3,18
0,408
Tempo 1
2,93
Médio
Tempo 2
3,05
30
0,67
Tempo 1
3,54
Diastólico Inicial Inferior
Apical
Tempo 2
3,92
29 0,254
Tempo 1
2,07
Basal
Tempo 2
2,23
0,458
Tempo 1
2,16
Médio
Tempo 2
2,4
30
0,298
Tempo 1
2,51
Diastólico Final Inferior
Apical
Tempo 2
2,65
29 0,631
Tempo 1
-2,04
Basal
Tempo 2
-1,78
0,012*
Tempo 1
-1,74
Médio
Tempo 2
-1,71
27
0,717
Tempo 1
-1,54
Sistólico Anterior
Apical
Tempo 2
-1,5
28 0,71
Tempo 1
3,82
Basal
Tempo 2
3,81
0,251
Tempo 1
3,77
Médio
Tempo 2
4,09
27
0,578
Tempo 1
3,31
Diastólico Inicial Anterior
Apical
Tempo 2
3,38
28 0,849
Tempo 1
2,47
Basal
Tempo 2
2,71
27 0,556
Tempo 1
2,38
Médio
Tempo 2
3,18
26 0,08
Tempo 1
2,63
Diastólico Final Anterior
Apical
Tempo 2
2,63
27 0,996
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 96
Tabela 33GI/GII - Comparação entre medidas do Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
esquerdo – Função longitudinal apical 2 câmaras – strain (unidade
%)
Componente Parede Segmento Medidas Média N p
1 -25,98
Basal
2 -22,99
0,000*
1 -25,66
Médio
2 -23,74
30
0,004*
1 -26,61
Sistólico Inferior
Apical
2 -24,48
29
0,001*
1 16,67
Basal
2 16,49
0,824
1 16,76
Médio
2 17,15
26
0,679
1 18,06
Diastólico Inicial Inferior
Apical
2 18,14
27
0,907
1 8,43
Basal
2 6,58
0,009*
1 7,07
Médio
2 6,6
30
0,34
1 7,8
Diastólico Final Inferior
Apical
2 6,54
29
0,025*
1 -28,02
Basal
2 -24,44
0,002*
1 -26,68
Médio
2 -23,96
26
0,000*
1 -25,48
Sistólico Anterior
Apical
2 -23,79
27
0,011*
1 19,85
Basal
2 18,8
0,344
1 18,5
Médio
2 18,55
26
0,961
1 17,47
Diastólico Inicial Anterior
Apical
2 17,38
26
0,923
1 7,38
Basal
2 6,36
0,263
1 6,21
Médio
2 5,81
26
0,554
1 7,13
Diastólico Final Anterior
Apical
2 6,77
27
0,506
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 97
4.4.7.3 – Análise da função longitudinal do VD
Comparamos as medidas de cada segmento do ventrículo direito nos
dois exames. Houve aumento significativo dos valores do ε sistólico e
diastólico inicial nos segmentos basal, médio e apical da parede livre do VD
e no segmento basal da parede inferior no segundo exame em relação ao
primeiro. O SR sistólico apresentou também aumento significativo dos
valores ao nível dos segmentos basal e médio da parede livre e basal da
parede inferior. O SR diastólico inicial e final apresentaram aumento das
medidas no segundo exame ao nível dos segmentos basal e médio da parede
livre do VD (vide Tabelas 34GI/GII, 35GI/GII, 36GI/GII, 37GI/GII e Figura 9).
Figura 9 - Comparação entre as medidas do SR e ε sistólicos do VD no primeiro e
segundo exames (Tempo 1 e Tempo 2)
Em todos os tempos a área interrogada corresponde ao segmento médio da parede livre do VD. À
esquerda o espectro do SR demonstrou aumento significativo de seu valor absoluto no segundo
exame (Tempo 2) em relação ao primeiro ( -3,63 s
-1
vs –2,14 s
-1
) e à direita o espectro do ε também
demonstrou aumento significativo do valor em relação ao primeiro exame (-42,0% vs -23,5%).
4. RESULTADOS 98
Tabela 34GI/GII - Comparação entre medidas Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
direito – Função longitudinal - Apical 4 câmaras – strain rate
(unidades
-1
)
Componente Parede Segmento Medidas Média N p
Tempo 1
-2,00
Basal
Tempo 2
-2,25
0,013*
Tempo 1
-1,95
Médio
Tempo 2
-2,25
30
0,002*
Tempo 1
-2,23
Sistólico Parede Livre
Apical
Tempo 2
-2,24
29 0,878
Tempo 1
2,76
Basal
Tempo 2
4,28
0,000*
Tempo 1
3,07
Médio
Tempo 2
5,03
30
0,000*
Tempo 1
3,99
Diastólico Inicial Parede Livre
Apical
Tempo 2
4,61
29 0,115
Tempo 1
1,74
Basal
Tempo 2
3,06
0,000*
Tempo 1
2,54
Médio
Tempo 2
3,93
30
0,000*
Tempo 1
3,72
Diastólico Final Parede Livre
Apical
Tempo 2
3,4
29 0,368
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 99
Tabela 35GI/GII - Comparação entre medidas Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
direito - Função longitudinal - apical 4 câmaras – strain (unidade %)
Componente Parede Segmento Medidas Média N p
Tempo 1
-28,45
Basal
Tempo 2
-37,03
0,000*
Tempo 1
-33,21
Médio
Tempo 2
-42,56
0,000*
Tempo 1
-33,33
Sistólico Parede Livre
Apical
Tempo 2
-41,08
30
0,000*
Tempo 1
20,91
Basal
Tempo 2
26,45
28 0,000*
Tempo 1
21,96
Médio
Tempo 2
31,55
29 0,000*
Tempo 1
21,53
Diastólico Inicial Parede Livre
Apical
Tempo 2
30,5
30 0,000*
Tempo 1
7,95
Basal
Tempo 2
9,75
0,078
Tempo 1
11,37
Médio
Tempo 2
10,96
0,68
Tempo 1
11,63
Diastólico Final Parede Livre
Apical
Tempo 2
10,49
30
0,178
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
Tabela 36GI/GII - Comparação entre medidas Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
direito – Função longitudinal - apical 2 câmaras – basal inferior
strain rate (unidades
-1
)
Componente Medidas Média N p
Tempo 1
-1,82
Sistólico
Tempo 2
-2,05
30 0,022*
Tempo 1
2,96
Diastólico Inicial
Tempo 2
3,78
30 0,020*
Tempo 1
2,27
Diastólico Final
Tempo 2
2,85
29 0,090
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4. RESULTADOS 100
Tabela 37GI/GII - Comparação entre medidas Tempo 1 x Tempo 2 - Ventrículo
direito – Função longitudinal - apical 2 câmaras – basal inferior
strain (unidade %)
Componente Medidas Média N p
Tempo 1
-27,74 30
Sistólico
Tempo 2
-35,42 30
0,000*
Tempo 1
19,24 30
Diastólico Inicial
Tempo 2
26,20 30
0,000*
Tempo 1
8,66 30
Diastólico Final
Tempo 2
9,33 30
0,360
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; *= valor p com
significância estatística.
4.4.8 – Reprodutibilidade dos dados
A variabilidade inter-examinador e intra-examinador é mostrada na
Tabela 38. Foi feita a média de cada examinador, posteriormente a média
entre os examinadores e o desvio padrão das médias.
O coeficiente de variação inter-examinador foi considerado baixo nas
medidas do SR/ε sistólicos, aceitável na medida do SR diastólico final e
considerado alto na medida do ε diastólico final. A reprodutibilidade dos
dados intra-examinador mostrou-se relativamente alta, com coeficiente de
variação inferior a 10% em todas as medidas dos diversos componentes em
diferentes paredes e segmentos.
4. RESULTADOS 101
Tabela 38 - Reprodutibilidade dos dados: Variabilidade intra-examinador e inter-
examinador
Variabilidade
Corte Parede Componentes
Intra-examinador Inter-examinador
ε sistólico 1,69% 4,58%
SR sistólico 2,52% 4,69%
ε diastólico final 8,13% 28,21%
Apical 4
Câmaras
Septo
SR diastólico final 9,22% 10,81%
ε sistólico 7,19% 13,36%
SR sistólico 5,51% 15,18%
ε diastólico final 4,46% 34,58%
Paraesternal
eixo curto
Posterior
SR diastólico final 5,03% 10,03%
Os valores representam o coeficiente de variação (desvio padrão como porcentagem da média);
ε = strain ; SR = Strain rate.
4.4.9 - Correlação entre as velocidades sistólicas e os índices de
deformação miocárdica
Comparamos as variáveis Sm da velocidade sistólica com SR e ε
sistólicos através do coeficiente de correlação de Spearman em segmentos
basais da parede posterior do VE (função radial) e segmentos basais das
paredes septal e lateral do VE (função longitudinal) e do segmento basal da
parede livre do VD (função longitudinal) nos dois grupos. Essas correlações
foram visualizadas através de diagramas de dispersão. Verificamos não
existir nenhuma correlação clinicamente aceitável entre as duas variáveis
(Gráficos 1, 2, 3 e 4).
4. RESULTADOS
102
Gráfico 1 - Correlação entre a velocidade sistólica (Sm) e os índices de deformação
miocárdica (SR/ε) do segmento basal (b) da parede posterior do VE
(função radial)
TEMPO 1
TEMPO 2
2,0 3,0 4,0 5,0
Média do SR sist. trans/b/posterior
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
S
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WW
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W
Spearman= -0,064
40,0 60,0 80,0
Média do ε sist. tran/b/posterior
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
S
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W
W
W
W
W
W
W
Spearman= +0,244
2,0 3,0 4,0 5,0
Média do SR sist. trans/b/posterior
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
S
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W
W
W
W
W
W
Spearman= +0,269
40,0 60,0 80,0
Média do ε sist. tran/b/posterior
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
S
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W
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W
W
W
Spearman= -0,074
TEMPO 1
TEMPO 2
2,0 3,0 4,0 5,0
Média do SR sist. trans/b/posterior
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
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WW
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W
W
Spearman= -0,064
40,0 60,0 80,0
Média do ε sist. tran/b/posterior
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
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W
W
W
W
W
W
W
Spearman= +0,244
2,0 3,0 4,0 5,0
Média do SR sist. trans/b/posterior
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
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W
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W
W
W
W
W
W
W
W
W
W
W
W
Spearman= +0,269
40,0 60,0 80,0
Média do ε sist. tran/b/posterior
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
S
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W
W
W
W
W
W
W
Spearman= -0,074
4. RESULTADOS
103
Gráfico 2 - Correlação entre a velocidade sistólica (Sm) e os índices de
deformação miocárdica (SR/ε) do segmento basal (b) da parede septal
do VE (função longitudinal)
TEMPO 1
TEMPO 2
-4,0 -3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
S
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W
W
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W
W
W
W
-40,0 -30,0 -20,0 -10,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
S
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W
W
Spearman= -0,298 Spearman= +0,082
-4,0 -3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
S
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W
W
Spearman= +0,060
-40,0 -30,0 -20,0 -10,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
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W
W
Spearman= -0,021
TEMPO 1
TEMPO 2
TEMPO 1
TEMPO 2
-4,0 -3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
S
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W
W
-40,0 -30,0 -20,0 -10,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
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W
W
W
W
W
W
W
Spearman= -0,298 Spearman= +0,082
-4,0 -3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
S
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W
W
-40,0 -30,0 -20,0 -10,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
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W
W
W
Spearman= -0,298 Spearman= +0,082
-4,0 -3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
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W
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W
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W
W
Spearman= +0,060
-40,0 -30,0 -20,0 -10,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
S
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W
W
W
W
Spearman= -0,021
-4,0 -3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
S
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W
W
W
W
W
W
Spearman= +0,060
-40,0 -30,0 -20,0 -10,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/septal
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
S
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W
W
W
Spearman= -0,021
4. RESULTADOS
104
Gráfico 3 - Correlação entre a velocidades sistólica (Sm) e os índices de
deformação miocárdica (SR/ε) do segmento basal (b) da parede lateral
do VE (função longitudinal)
TEMPO 1
TEMPO 2
-3,0 -2,5 -2,0 -1,5
Média do SR sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
S
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W
-35,0 -30,0 -25,0 -20,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
S
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W
Spearman= -0,089 Spearman= -0,108
-3,0 -2,5 -2,0 -1,5
Média do SR sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
S
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W
Spearman= -0,017
-35,0 -30,0 -25,0 -20,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
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W
Spearman= -0,032
TEMPO 1
TEMPO 2
-3,0 -2,5 -2,0 -1,5
Média do SR sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
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W
-35,0 -30,0 -25,0 -20,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
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Spearman= -0,089 Spearman= -0,108
-3,0 -2,5 -2,0 -1,5
Média do SR sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
S
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W
Spearman= -0,017
-35,0 -30,0 -25,0 -20,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
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Spearman= -0,032
-3,0 -2,5 -2,0 -1,5
Média do SR sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
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m
m
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4
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Spearman= -0,017
-35,0 -30,0 -25,0 -20,0
Média do ε sist. VE4C apical/b/lateral
4,0
6,0
8,0
S
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4
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W
Spearman= -0,032
4. RESULTADOS
105
Gráfico 4 - Correlação entre a velocidade sistólica (Sm) e os índices de
deformação miocárdica (SR/ε) do segmento basal (b) da parede livre
do VD (função longitudinal)
TEMPO 1
TEMPO 2
TEMPO 1
TEMPO 2
-3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. 4C apical/b/par. livre VD
6,0
8,0
10,0
S
m
m
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-40,0 -30,0 -20,0
6,0
8,0
10,0
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W
Spearman= +0,005 Spearman= +0,168
Média do ε sist. 4C apical/b/par. livre VD
-3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. 4C apical/b/par. livre VD
6,0
8,0
10,0
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-40,0 -30,0 -20,0
6,0
8,0
10,0
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W
W
Spearman= +0,005 Spearman= +0,168
Média do ε sist. 4C apical/b/par. livre VD
-3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. 4C apical/b/par. livre VD
6,0
8,0
10,0
S
m
m
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-40,0 -30,0 -20,0
6,0
8,0
10,0
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W
Spearman= -0,153 Spearman= -0,373
Média do ε sist. 4C apical/b/par. livre VD
-3,0 -2,0 -1,0
Média do SR sist. 4C apical/b/par. livre VD
6,0
8,0
10,0
S
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m
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-40,0 -30,0 -20,0
6,0
8,0
10,0
S
m
m
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W
W
W
W
W
W
Spearman= -0,153 Spearman= -0,373
Média do ε sist. 4C apical/b/par. livre VD
5. DISCUSSÃO
5. DISCUSSÃO 107
5. DISCUSSÃO
5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
O primeiro emprego do ultra-som como ferramenta diagnóstica foi
feito em 1942, quando dois irmãos austríacos Karl Theodore e Friederich
Dussik conseguiram obter uma imagem simples do cérebro na tentativa de
localizar um tumor (Dussik, 1942). O primeiro sistema ultra-sonográfico
capacitado para estimar a velocidade do fluxo sanguíneo foi descrito 15
anos mais tarde por Satomura e foi baseado nos princípios do Doppler
contínuo. A técnica foi tendo grande evolução, com os sistemas
desenvolvendo o Doppler pulsado e em cores, possibilitando a
demonstração das velocidades em tempo real e posteriormente o Doppler
tecidual do miocárdio (Sutherland et al., 2005).
Uma extensão quase natural da medida das velocidades miocárdicas
foi o desenvolvimento da estimativa do gradiente intramiocárdico das
velocidades radiais que possibilitou certa independência da movimentação
global do coração (Fleming et al., 1994). De fato, o gradiente espacial das
velocidades radiais dentro do músculo é idêntico à taxa de deformação,
isto é, strain rate do músculo. No final da década de 90 novas aplicações
foram desenvolvidas (em modo-M e bidimensional), permitindo a estimativa
em tempo real do SR regional nas direções radial e longitudinal (Heimdal et
al., 1998; 1999). As medidas baseadas na técnica ultrassonográfica dos
índices de deformação miocárdica já foram validadas em estudos
5. DISCUSSÃO 108
experimentais com o emprego da sonomicrometria (Urheim et al., 2000) e
da ressonância magnética com tagging (Edvardsen et al., 2000).
Existem poucos estudos acerca dos índices de deformação
miocárdica em crianças e nenhum com o grupo de neonatos. Mesmo estudos
utilizando apenas as velocidades são raros em crianças (Mori et al.,2004) e
avaliaram apenas a função longitudinal.
O único estudo estabelecendo valores normais de referência para
crianças foi feito por Weidemann et al., 2002a, com casuística de 33
crianças numa faixa etária de 4 a 16 anos.
5.2 ANÁLISE DAS VELOCIDADES DO GRUPO I
As velocidades do Doppler tecidual pulsado foram medidas durante o
exame, com amostra de volume colocada na porção central do miocárdio
em diferentes paredes e segmentos (três medidas consecutivas). Obtivemos
os valores de pico das ondas Sm (sistólica) e Em e Am (diastólicas). A
relação Em/Am foi calculada posteriormente. Nem todos os segmentos e
paredes puderam ser medidos, ou por agitação ou choro da criança ou por
curva espectral tecnicamente inadequada. O padrão da curva de
velocidades foi diferente a nível radial e longitudinal, com predomínio da
onda Em na parede posterior do VE no corte paraesternal eixo transversal
do VE. Tal achado foi semelhante ao estudo de Rychik e Tian, 1996, com
crianças maiores (idade média igual a 7 ± 5 anos), explicando o maior valor
encontrado da relação Em/Am nessa parede.
5. DISCUSSÃO 109
Em relação à função longitudinal verificamos gradiente
estatisticamente significativo entre os segmentos das paredes incluindo
todas as ondas, que mostraram redução progressiva das velocidades da base
para o ápice dos ventrículos.
Na comparação entre as diferentes paredes do VE verificamos que a
onda Sm apresentou picos de velocidades mais altos na parede lateral em
relação à septal e na parede inferior em relação à anterior. A onda Em
apresentou comportamento semelhante, o que está compatível com
trabalhos da literatura com pacientes adultos (Isaaz e al., 1993; Pai et al.,
1998; Galiuto et al., 1998; Kukulski e al., 2000; Edner et al. 2000). Tal
achado pode estar relacionado à presença de mais fibras longitudinais nas
parede livres do VE em relação ao septo (Galiuto et al., 1998).
Na comparação entre as velocidades longitudinais dos ventrículos
esquerdo e direito verificamos que os picos das velocidades Sm, Em e Am
da parede livre do VD foram persistentemente superiores aos obtidos nas
paredes septal e mesmo anterior e lateral em seus diferentes segmentos.
Tal achado é compatível com estudos envolvendo crianças (Mori et al.
2000; Kapusta et al., 2000). Como particularidade verificamos que a onda
Em da parede inferior apresentou pico de velocidade significativamente
semelhante à parede livre do VD no segmento basal.
5.3 ANÁLISE DAS VELOCIDADES DO GRUPO II
Com o aumento do coração da criança verificamos aumento global
dos picos das velocidades em todas as paredes e segmentos dos ventrículos
5. DISCUSSÃO 110
esquerdo e direito em relação ao primeiro exame, consonante com a
literatura vigente (Mori et al., 2004).
A tendência do gradiente das velocidades com progressiva
diminuição dos picos até o ápice só não ficou evidente nos cortes
transversais do VE (função radial), como ocorreu com o Grupo I. A parede
inferior apresentou picos das velocidades sistólicas e diastólicas superiores
aos obtidos na parede anterior. Entretanto não houve aumento significativo
das velocidades da parede lateral em relação à septal, existindo tendência
apenas no segmento apical (p=0,055).
Os picos das velocidades sistólicas e diastólicas medidos no
ventrículo direito foram superiores aos do VE, em todos os segmentos das
paredes lateral, anterior e septal. Novamente a onda Em do segmento basal
da parede inferior foi semelhante à medida no segmento basal da parede
livre do VD. Tal achado pode ser explicado pela angulação próxima do zero
obtida com essa posição.
5.4 ANÁLISE DOS ÍNDICES DE DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA DO GRUPO I
O estudo da função regional longitudinal do VE demonstrou que
existiu certa homogeneidade para os três segmentos do VE, que foi
quebrada principalmente pela parede septal, que mostrou valores do SR e ε
sistólicos mais reduzidos no ápice em relação às porções basal e média. Tal
fato ocorreu também de maneira menos evidente nas paredes anterior e
lateral, alterando-se apenas o SR. O ε diastólico inicial foi o único a
mostrar diferença na parede septal, apresentando menor valor no
5. DISCUSSÃO 111
segmento apical. Weidemann et al., 2002a, em trabalho já mencionado,
com 33 crianças saudáveis em faixa etária maior, encontrou valores do
componente diastólico final do SR e ε reduzidos nos segmentos apicais das
paredes septal e lateral, quando comparados com os dos segmentos basais.
Uma das hipóteses para explicar nossos achados reside na possibilidade do
miocárdio neonatal desenvolver menos força que o miocárdio do adulto, já
que existe um aumento progressivo do retículo miofibrilar e sarcoplásmico
após o nascimento (Nakanishi et al., 1987; Stopfkunchen, 1987). Uma outra
possibilidade seria o ângulo de insonação não adequado da região apical
associado à direção da movimentação (Sutherland et al., 2005). Devido a
esse fato procuramos obter as curvas de deformação miocárdica nas
porções mais basais do segmento apical.
A função regional radial do VE não demonstrou diferença significativa
entre os valores medidos nos segmentos basal e médio da parede posterior.
Os valores absolutos do SR radial, com todos os seus componentes,
medidos nos segmentos basal e médio da parede posterior foram superiores
ao SR longitudinal. O ε sistólico, diastólico inicial e final foi o dobro
daquele obtido na direção longitudinal. Tais achados são compatíveis com
os dados da literatura (Kowalski et al., 2001; Weidemann e al., 2002a).
A avaliação regional do VD demonstrou aumento significativo do ε
sistólico no segmento médio em relação ao basal e aumento de todos os
componentes do SR/ε no segmento apical. Tal achado encontra respaldo na
literatura. Kowalski et al., 2001, verificaram que os índices de deformação
miocárdica do VD apresentaram comportamento contrário ao observado
5. DISCUSSÃO 112
com as velocidades, com aumento de suas medidas nos segmentos médio e
apical. Tal fato vem sendo utilizado para diagnóstico de formas incipientes
de displasia arritmogênica do ventrículo direito (Pena et al., 2004). Uma
das explicações seria possíveis alterações da arquitetura da fibra
miocárdica do VD aliadas à menor impedância arterial. Outra possibilidade
para explicar maiores valores obtidos no segmento médio seria a angulação
mais adequada do feixe ultrasônico nessa posição (Kowalski et al., 2001).
Os valores do segmento basal da parede inferior foram significativamente
inferiores àqueles obtidos na parede livre lateral do VD, provavelmente
porque a parede inferior é mais fixa, como também observado por
Weidemann et al., 2002a. Na comparação entre a parede livre do VD e a
parede septal do VE verificamos que os valores de ε com todos os seus
componentes e em todas as paredes foram superiores no VD. O SR sistólico
foi superior no segmento apical em relação ao VE. Na literatura disponível,
com faixa etária maior houve maior diferença também do SR.
5.5 ANÁLISE DOS ÍNDICES DE DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA DO GRUPO II
Os achados no Grupo II apresentaram comportamento com alguma
semelhança em relação àqueles obtidos no Grupo I. Novamente verificamos
SR sistólico das paredes septal e anterior com valores inferiores no
segmento apical em relação aos segmentos basal e médio. O ε sistólico e
diastólico inicial apresentaram valores superiores no segmento apical da
parede inferior e uma possível explicação seria o ângulo incidente do ultra-
som.
5. DISCUSSÃO 113
A função regional radial do VE foi bastante uniforme em seus
segmentos basal e médio, como no Grupo I. Na comparação entre seus
valores absolutos e aqueles representativos da função longitudinal na
parede septal, novamente verificamos superioridade de todos os seus
componentes de forma consistente, como já descrito na literatura
(Sutherland e al., 2004).
A função regional do VD demonstrou aumento significativo do ε
sistólico e do seu componente diastólico inicial nos segmentos médio e
apical. O SR sistólico entretanto, não demonstrou diferença entre os
segmentos, sendo que os componentes diastólicos e sistólicos foram
maiores nos segmentos médio e apical. Na comparação entre os índices
medidos no VE e VD verificamos aumento do ε miocárdico com todos os
seus componentes em todos os segmentos do VD em relação à parede
septal do VE. O SR demonstrou diferença significante em todos os
segmentos, mais semelhante com os dados de adultos e crianças maiores
(Kowalski et al., 2001, Weidemann et al., 2002a).
5.6 ANÁLISE COMPARATIVA DOS ÍNDICES DE DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA DOS
GRUPOS I E II
Em 30 crianças que retornaram após quatro semanas, repetimos o
exame com análise pareada de paredes e segmentos.
A função radial do VE mostrou redução dos valores do ε sistólico nos
segmentos basal e médio da parede posterior. O SR sistólico não apresentou
5. DISCUSSÃO 114
diferença significativa e o diastólico final demonstrou aumento no
segmento médio no segundo exame.
O comportamento da função regional longitudinal do VE foi estudado
nas paredes septal, lateral, inferior e anterior. O ε sistólico reduziu
significativamente em todas as paredes e todos os segmentos. O SR sistólico
mostrou redução em apenas um segmento nas paredes lateral, inferior e
anterior. O SR diastólico inicial mostrou aumento no segundo exame nas
paredes septal e lateral em relação ao primeiro.
O comportamento da função regional longitudinal do ventrículo
direito demonstrou aumento significativo e persistente dos valores do ε
sistólico e diastólico inicial em todos os segmentos da parede livre e da
parede inferior. O SR apresentou aumento dos valores dos componentes
sistólico e diastólico nos segmentos basal e médio da parede livre e no
segmento basal da parede inferior.
Nossa hipótese é de que esses achados são secundários às alterações
hemodinâmicas e funcionais que ocorrem no ambiente neonatal.
Sabe-se que as mudanças circulatórias mais dinâmicas na vida do ser
humano processam-se durante a transição da vida fetal para o ambiente
neonatal (Stopfkuchen, 1987; Haworth, 1988; Ichihashi et al., 1999; Mattos,
1999; Kozák-Bárány et al., 2001). Nesse momento o canal arterial se fecha
e o fluxo sanguíneo pulmonar aumenta em proporção direta à diminuição
da resistência vascular pulmonar. Assim, o sangue que retorna ao VE
aumenta (aumento da pré-carga) e com o aumento da pressão arterial
sanguínea devido ao fechamento da circulação placentária, o trabalho (pós-
5. DISCUSSÃO 115
carga) do ventrículo esquerdo, também é aumentado. Embora o débito
cardíaco do VD seja cerca de 24% maior em relação ao do VE, após o
nascimento, o volume de ejeção em ambos os ventrículos se torna o mesmo
(Sutton et al., 1991). A pós-carga do ventrículo direito diminui de acordo
com a diminuição da resistência vascular pulmonar.
Trabalhos na literatura demonstram que a relação entre o volume do
músculo do VD em relação à superfície corpórea e em relação ao volume
diastólico final obtido pela ecocardiografia bidimensional com traçado
manual se reduz ao fim do período neonatal (30-35 dias), indicando que as
reduções de sobrecarga de volume e pressão podem alterar o volume do
músculo do VD (Sutton et al., 1991).
Tradicionalmente a quantificação da função cardíaca pelo ultra-som
consiste na combinação da análise visual da movimentação das paredes
com a medida do espessamento ou afilamento do miocárdio. Os índices de
deformação miocárdica, derivados do Doppler tecidual foram recentemente
propostos como uma alternativa viável, confirmada em estudos
experimentais e clínicos, em que mudanças nos índices em segmentos
específicos estavam relacionadas às alterações da contratilidade (D’hooge
et al. 2000; Kowalski et al., 2001; Pislaru et al. 2002; Hoffmann et al.,
2002; Weidemann e al. 2003).
A deformação miocárdica é o resultado de uma interação complexa
de forças contráteis intrínsicas e condições extrínsicas de carga aplicadas a
um tecido com propriedades elásticas variáveis. Neste cenário, mudanças
na pré e pós-carga, assim como mudanças na tensão intrínsica da fibra
5. DISCUSSÃO 116
miocárdica são importantes determinantes do padrão e magnitude da
deformação miocárdica (Jamal et al., 2003).
Nossos achados são consonantes com esses preceitos. Nos neonatos a
redução do ε sistólico regional longitudinal do VE em todas as paredes e
segmentos é compatível com maior influência deste índice a alterações da
pré e pós-carga. Trabalhos experimentais em animais demonstraram,
comparando parâmetros de deformação miocárdica com parâmetros de
diferentes estados hemodinâmicos e de volume, que o ε sistólico
correlacionou-se melhor com mudanças no volume sistólico, enquanto o SR
sistólico teve melhor correlação com o dP/dt (índice de função contrátil),
sendo relativamente independente da freqüência cardíaca (Weidemann et
al., 2002b; Greenberg et al., 2002). Em outro estudo experimental, Jamal
et al., 2001, na tentativa de caracterizar a fuão regional no miocárdio
atordoado, durante estímulo inotrópico, verificaram que os valores de SR
quantificaram a reserva contrátil de forma melhor que os valores de ε. Em
nosso material o SR do VE reduziu em apenas um segmento das paredes
mantendo maior constância.
O aumento do SR diastólico inicial pode ser explicado pela menor
rigidez do coração do neonato após 30 dias. Marijianowski et al., 1994
verificaram em um estudo, com espécimes da parede lateral do VE de
corações humanos, que havia predomínio do colágeno tipo I, relacionado a
rigidez em detrimento do tipo III, relacionado a elasticidade. O estudo
mostrou que, apesar da quantidade total do colágeno aumentar com a
5. DISCUSSÃO 117
idade, em crianças recém nascidas a relação do tipo I/tipo III era muito
alta, alcançando níveis normais após cinco meses de vida.
Trabalhos experimentais com animais já demonstraram que o
coração no período imediato ao nascimento funciona num nível já muito
alto de desempenho, apresentando uma capacidade limitada de aumento
adicional do seu débito cardíaco (Nakanishi et al.,1987; Ichihashi et
al.,1999). Porém, aos 30 dias o coração já apresentaria uma diástole mais
completa.
Em nossa casuística ocorreu também redução do ε sistólico regional
radial no segundo exame, sem alteração do SR sistólico, que se mostrou
menos sujeito a variações. Entretanto o SR diastólico final aumentou no
segundo exame que pode ser devido às hipóteses abordadas no parágrafo
anterior.
Quanto ao comportamento dos índices no ventrículo direito,
verificamos que houve aumento sistemático dos valores do ε sistólico e
diastólico inicial em todos os segmentos da parede livre do VD e na parede
inferior. Os valores do SR sistólico e diastólico inicial e final aumentaram
no segundo exame, indicando redução da pós-carga, causada pela queda da
hipertensão pulmonar. Trabalhos experimentais com animais analisando a
função contrátil do VD durante situações diversas de carga, com
microcristais ultra-sônicos, demonstraram que o SR foi menos sensível a
variações de carga nos diferentes segmentos (Jamal et al., 2003).
5. DISCUSSÃO 118
5.7 ANÁLISE DA CORRELAÇÃO ENTRE VELOCIDADES SISTÓLICAS E ÍNDICES DE
DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA
Comparamos a onda sistólica de velocidade (Sm) com SR/ε sistólicos
obtidos no segmento basal posterior do VE (função radial) com segmento
basal das paredes septal e lateral do VE e da parede livre do VD (função
longitudinal) no primeiro e segundo exames. Na tentativa de correlacionar
essas variáveis, colocamos em gráfico uma reta de regressão. O coeficiente
de Spearman, que mede a associação entre os postos das observações em
cada variável demonstrou que a correlação não é significativa. Até mesmo
no VD, que apresentou aumento dos índices de deformação no segundo
exame e também aumento da velocidade sistólica, a correlação não teve
significância estatística.
O Doppler tecidual surgiu como uma técnica ecocardiográfica
promissora que permitiria a medida quantitativa das velocidades sistólicas
e diastólicas diretamente do miocárdio dos ventrículos. Numerosas
aplicações clínicas da utilização do Doppler tecidual têm sido relatadas em
adultos e crianças e em alguns estudos foi descrito como independente de
alterações da pré e pós-carga (Sohn et al., 1997).
Um estudo recente (Eidem et al., 2005), em pacientes portadores de
cardiopatia congênita, demonstrou redução das ondas Sm e Em no anel
mitral septal e lateral em casos com aumento da pós-carga do VE.
No nosso estudo as velocidades não foram suficientemente robustas
para detectar essas mudanças fisiológicas no período neonatal.
5. DISCUSSÃO 119
5.8 LIMITAÇÕES
Uma das maiores limitações da metodologia atual é a dependência
do ângulo do feixe ultra-sônico, o que requer um grande nível de
treinamento do operador. Deve-se tentar, em diferentes cortes e posições,
alinhar o feixe ultra-sônico o mais paralelo possível do ponto a ser
interrogado. Trata-se de uma técnica unidimensional, indicando que apenas
um componente da verdadeira deformação tridimensional de um segmento
miocárdico está sendo medido.
Outro problema significativo que pode dificultar a medida dos
índices de deformação é a presença de ruído na curvas. A curva do SR é
derivada comparando dois dados de velocidades do miocárdio e o seu
cálculo amplifica o componente de ruído. Entretanto, foi possível fazer as
medidas na maioria dos pacientes, adquirindo as imagens com taxa de
quadros/s acima de 300 fr/s.
Outra dificuldade, especialmente nos neonatos, foi manter a região
de interesse no centro da imagem bidimensional que apresenta paredes
muito finas, o que consumiu muito tempo para as medidas.
A análise da função diastólica pelos índices SR/ε ainda não es
totalmente estabelecida, pois os parâmetros da diástole inicial e final
podem ser influenciados pelo relaxamento miocárdico e pelos componentes
precoces do enchimento inicial. Provavelmente o número de quadros/s
disponíveis nos equipamentos atuais não é suficiente para esse registro,
especialmente nessa faixa etária (Støylen, 2001). Além disso, as medidas
5. DISCUSSÃO 120
dos componentes diastólicos tiveram pior reprodutibilidade, requerendo
investigações futuras.
5.9 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS
A obtenção de um índice regional confiável de contratilidade, não
dependente da estimativa visual que apresenta limitações já bem
estabelecidas (Kvitting et al., 1999) reveste-se da maior importância para a
prática clínica. Como se trata de índice derivado do ultra-som, tem caráter
não invasivo, podendo ser obtido à beira do leito, em unidades de terapia
intensiva ou blocos cirúrgicos, sem os inconvenientes de outras técnicas,
como por exemplo, a ressonância magnética.
Outro benefício clínico potencial inerente a essa técnica é a
temporização de eventos regionais específicos sistólicos e diastólicos em
segmentos acometidos que possam ser comparados tanto com os
marcadores globais dos eventos quanto com os eventos que ocorrem
especificamente em segmentos normais.
As cardiopatias congênitas, com seu amplo espectro levando, em
alguns casos, a grandes alterações do formato e posição dos ventrículos
fazem com que o método tradicional de avaliação da contratilidade
miocárdica seja muitas vezes insuficiente e inadequado.
Tal técnica já vem sendo utilizada para avaliação pré e pós
operatória, especialmente em casos de transposição das grandes artérias e
reimplante de coronárias (Mertens et al., 2001; Eyskens et al., 2004).
5. DISCUSSÃO 121
Entretanto, verificamos na literatura médica falta de padrões de
referência de normalidade em neonatos englobando suas fases inicial e
tardia, assim como a definição do papel dos fatores hemodinâmicos e
pressóricos na medida destes índices.
Dessa forma, esperamos contribuir para que essa técnica permita
uma distinção funcional mais clara e precisa das várias cardiopatias
congênitas que afetam o recém-nascido, favorecendo assim a instituição do
tratamento clínico ou cirúrgico de forma mais adequada e rápida.
6. CONCLUSÕES
6. CONCLUSÕES 123
6. CONCLUSÕES
1 – Os índices de deformação miocárdica (strain/strain rate) são técnicas
que podem ser aplicadas na pratica clínica em neonatos para
avaliação da função regional radial e longitudinal em ambos os
ventrículos;
2 – Ao contrário das velocidades obtidas pelo Doppler tecidual pulsado, os
índices de deformação miocárdica não apresentam gradiente bem
definido entre a base e o ápice do coração em todas as paredes;
3 – Os índices de deformação miocárdica apresentam valores maiores da
função regional radial em relação à longitudinal no ventrículo
esquerdo. Os valores obtidos no ventrículo direito são superiores aos
do ventrículo esquerdo;
4 – Os índices de deformação miocárdica apresentam mudanças no grupo de
neonatos, em períodos de alta e baixa resistência pulmonar:
verificamos aumento dos índices de strain do ventrículo direito no
período de baixa resistência pulmonar (redução da pós-carga) e
redução dos mesmos índices no ventrículo esquerdo (aumento da pré-
carga inicialmente e aumento da pós-carga);
5 – O strain rate sistólico parece ser menos dependente de alterações da
pré e pós-carga;
6. CONCLUSÕES 124
6 – O índices de deformação miocárdica demonstraram ser técnica mais
robusta que a medida das velocidades pelo Doppler pulsado tecidual
na identificação de anormalidades da contratilidade regional
ocasionadas por alterações da pré e pós-carga.
7. ANEXOS
7. ANEXOS 126
7. ANEXOS
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(Instruções para preenchimento no verso)
I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA
OU RESPONSÁVEL LEGAL
1. NOME DO PACIENTE.:................................................. ......................................................
DOCUMENTO DE IDENTIDADE Nº :.................................................... SEXO : M  F 
DATA NASCIMENTO:......../......../......
ENDEREÇO:................................................................................ Nº................ APTO:.........
BAIRRO:......................................................... CIDADE:........................................................
CEP:......................................... TELEFONE: DDD (............) ................................................
2.RESPONSÁVEL LEGAL ......................................................................................................
NATUREZA (grau de parentesco, tutor, curador ..................................................................
DOCUMENTO DE IDENTIDADE :..........................................................SEXO: M  F 
DATA NASCIMENTO.: ....../......./......
ENDEREÇO: ............................................................................ Nº ................ APTO: ...........
BAIRRO: ............................................... CIDADE: .................................................................
CEP: .............................................. TELEFONE: DDD (............)...........................................
II - DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA
1. TÍTULO DO PROTOCOLO DE PESQUISA: ALTERAÇÕES SEQUENCIAIS DA
DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA LONGITUDINAL E RADIAL (STRAIN/STRAIN RATE) E
DAS VELOCIDADES DO DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM NEONATOS NORMAIS
PESQUISADOR:JOSÉ LUIZ BARROS PENA
CARGO/FUNÇÃO: MÉDICO.........
INSCRIÇÃO CONSELHO REGIONAL Nº 12.149
UNIDADE DO HCFMUSP: INSTITUTO DO CORAÇÃO
3. AVALIAÇÃO DO RISCO DA PESQUISA:
SEM RISCO X RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO
RISCO BAIXO RISCO MAIOR
(probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como consequência imediata ou tardia
do estudo)
4.DURAÇÃO DA PESQUISA : 6 MESES.................................................................................
7. ANEXOS 127
III - REGISTRO DAS EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU
REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA, CONSIGNANDO:
1. justificativa e os objetivos da pesquisa; 2. procedimentos que serão utilizados e
propósitos, incluindo a identificação dos procedimentos que são experimentais; 3.
desconfortos e riscos esperados; 4. benefícios que poderão ser obtidos; 5. procedimentos
alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo.
1. Você está sendo convidado a participar desse estudo coordenado pelo Dr. José Luiz
Barros Pena, liberando seu (sua) filha recém-nascido (a). Essa pesquisa tem como
objetivo obter os valores de referência da função cardíaca do recém-nascido,
envolvendo os ventrículos direito e esquerdo, utilizando uma técnica dentro do exame
ecocardiográfico (ultra-som do coração), que é um procedimento não-invasivo.
2. Serão feitos exames de crianças que foram consideradas normais ao exame do berçário
e nas quais o médico pediatra não auscultou sopros. A criança fará um exame de
ecocardiograma, isto é, a utilização de um aparelho de ultra-som específico para o
coração. O exame consiste no envio de ondas ultra-sônicas através do tórax do bebê
pelo transdutor e as ondas de retorno ou ecos são eletronicamente desenhadas para
produzir uma imagem do coração na tela do aparelho chamado de ecocardiograma.
Serão colocados três eletrodos na pele do bebê para o registro simultâneo do
eletrocardiograma. Para o exame utilizamos gel que é colocado entre o transdutor e a
pele do bebê para evitar presença de ar entre as estruturas, que piora a imagem. As
imagens são obtidas em diferentes posições, tais como abdome, tórax e pescoço da
criança e gravadas em video-cassete e compact disc (CD) para posterior análise. Não
há punção de veia, coleta de sangue, sedação da criança ou qualquer outro
procedimento invasivo. O exame demora cerca de trinta minutos.
3. Não há nenhum risco para a criança e não há efeitos adversos conhecidos da
ecocardiografia em exames convencionais. A tolerância do exame pelo bebê é
excelente.
4. Será feito um exame ecocardiográfico completo da criança, que verificará a integridade
do sistema cardiovascular sem qualquer ônus para os pais. Vocês estarão contribuindo
para o entendimento da comunidade médica acerca dos padrões de normalidade das
crianças, podendo gerar reflexos positivos no diagnóstico e na rapidez do tratamento a
ser instituído.
7. ANEXOS 128
IV - ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE GARANTIAS DO
SUJEITO DA PESQUISA:
1. Acesso, a qualquer tempo, às informões sobre procedimentos, riscos e benefícios
relacionados à pesquisa, inclusive para dirimir eventuais dúvidas.
2. Liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e de deixar de participar do
estudo, sem que isto traga prejuízo à continuidade da assistência.
3. Salvaguarda da confidencialidade, sigilo e privacidade.
4. Disponibilidade de assistência no HCFMUSP, por eventuais danos à saúde, decorrentes
da pesquisa.
5. Viabilidade de indenização por eventuais danos à saúde decorrentes da pesquisa.
V. INFORMAÇÕES DE NOMES, ENDEREÇOS E TELEFONES DOS RESPONSÁVEIS
PELO ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA, PARA CONTATO EM CASO DE
INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E REAÇÕES ADVERSAS.
VI. OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES:
VII - CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me
foi explicado, consinto em participar do presente Protocolo de Pesquisa.
Belo Horizonte, de de 2004.
...................................................................................................
assinatura do sujeito da pesquisa ou responsável legal
...................................................................................................
assinatura do pesquisador (carimbo ou nome legível)
7. ANEXOS 129
ANEXO B - PROTOCOLO DO ESTUDO “ALTERAÇÕES SEQUENCIAIS DA DEFORMAÇÃO
MIOCÁRDICA
LONGITUDINAL E RADIAL (STRAIN/STRAIN RATE) E DAS
VELOCIDADES DO
DOPPLER TECIDUAL PULSADO EM NEONATOS NORMAIS
7. ANEXOS 130
7. ANEXOS 131
7. ANEXOS 132
7. ANEXOS 133
7. ANEXOS 134
7. ANEXOS 135
7. ANEXOS 136
7. ANEXOS 137
7. ANEXOS 138
7. ANEXOS 139
7. ANEXOS 140
7. ANEXOS 141
ANEXO C - INTEROBSERVER VARIABILITY
INTEROBSERVER VARIABILITY
Sequential changes in longitudinal and radial myocardial deformation in the
normal neonate heart
José Luiz B. Pena
We invite you to join this research. Five people (including me) will measure the
same parameters and we will compare. We will measure peak systolic S/SR. The end
diastolic S/SR will be measured at the minimum deformation point, which frequently
is coincident to p wave of the EKG. All images are of a baby boy with 29 days of age
(second echo).
LEFT VENTRICLE
(APICAL 4-CHAMBER- SEPTUM BASE)
STRAIN RATE SYSTOLIC ---------- ------------ -----------
STRAIN RATE EARLY DIAST ---------- ------------ -----------
STRAIN RATE LATE DIAST ----------- ------------ -----------
STRAIN SYSTOLIC ---------- ------------ -----------
STRAIN EARLY DIAST ---------- ------------ -----------
STRAIN LATE DIAST ---------- ------------ -----------
LEFT VENTRICLE
(PARASTERNAL SHOR-AXIS, PAPILARY MUSCLES, POSTERIOR
WALL)
STRAIN RATE SYSTOLIC ---------- ------------ -----------
STRAIN RATE EARLY DIAST ---------- ------------ -----------
STRAIN RATE LATE DIAST ----------- ------------ -----------
STRAIN SYSTOLIC ---------- ------------ -----------
STRAIN EARLY DIAST ---------- ------------ -----------
STRAIN LATE DIAST ---------- ------------ -----------
7. ANEXOS 142
Observer complete name:
E-mail:
Dear colleagues,
Aiguil, Anna, Anatoli and Tiia
I kindly ask you to measure some data for us to compare. The exam is on the CD and
you will receive one for each.
We will use Echopac.
This is a case of a normal neonate (the number is 35-2N) and it is his second exam
(29 days) – that’s why he has no more PDA and PFO.
I suggest following this sequence:
1- Event timing with AVO and MVO.
2 – The 4 chamber view is in page 1, number 8 of the sequence. On the left of the
screen there is 20/12/2004 15:33:17.
3 – The paraesternal short axis is in page 3, number 8 of the sequence. On the left of
the screen there is 20/12/2004 15:55:31.
3 - When you put the SRI or SI, lower the SRI Length (SL) to 6 mm to go to Q-
analysis.
4 - Set sample area shape to Height 1,0 mm, Width 1,0 mm and Tilt angle 0
degree – set as default for the measurements.
5 - I know about the controversies of measuring the diastolic strain/strain rate (early
and late). I think the results I am getting have a variation but probably not more than
for example, Frank Weidemann got in his paper published in J American Soc
Echocardiogr 2002; 15:20-8. It will be nice for us to compare if the measurements
are not trustable. Frank got a variabilitly of the late diastolic strain up to 41,7%.
6 – I think it will be easier to type the numbers and send the form back.
On the next page there is a rough sketch how the measurements are supposed to be
followed:
7. ANEXOS 143
Apical 4C
Strain rate we will measure systolic and E and A
We know sometimes it is difficult or even impossible, but it seems to be easier than
diastolic strain.
Short axis
Apical 4C longitudinal
AVC
MVO
42%
-12%
You do measure the
systolic strain and then the
late diastolic strain.
The early diastolic strain
will be deducted.
In this example:
42% - (-12%) = -30%
AVC
MVO
-25%
8%
You do measure the systolic
strain and then the late
diastolic strain(minimum
deformation point, p wave
of EKG).
The early diastolic strain
will be deducted.
In this example:
-25% - (+8%) = -17%
7. ANEXOS 144
Parasternal Short Axis mid papilary level
LV
MV
LV
7. ANEXOS 145
ANEXO D TABELAS DO GRUPO II
Tabela 07GII - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado nos valores médios
transversais no Grupo
II
Segmento/Parede Onda Média ± DP Média ± DP N p
Basal/ Septal Sm (cm/s) 3,72 ± 0,98 5,67 ± 0,69 0,000*
Em (cm/s) 4,75 ± 0,96 7,81 ± 2,24 0,000*
X
Am (cm/s) 4,44 ± 0,94 6,18 ± 1,34 0,000*
Basal/ Posterior
Em/Am 1,10 ± 0,25 1,31 ± 0,39
17
0,090
Basal/ Septal Sm (cm/s) 3,72 ± 0,98 5,46 ± 0,96 0,000*
Em (cm/s) 4,75 ± 0,96 8,49 ± 2,05 0,000*
X
Am (cm/s) 4,44 ± 0,94 5,65 ± 1,32 0,003*
Médio/ Posterior
Em/Am 1,10 ± 0,25 1,54 ± 0,37
17
0,000
Basal/ Posterior Sm (cm/s) 5,63 ± 0,71 5,44 ± 0,92 0,310
Em (cm/s) 7,82 ± 2,20 8,40 ± 1,99 0,282
X
Am (cm/s) 6,33 ± 1,37 5,74 ± 1,54 0,038
Médio/ Posterior
Em/Am 1,29 ± 0,39 1,54 ± 0,44
19
0,025
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
7. ANEXOS 146
Tabela 08GII - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em corte apical 4C parede
septal do VE no Grupo
II
Segmento Onda Média ± DP Média ± DP N p
Sm (cm/s) 6,05 ± 0,88 4,28 ± 1,08 0,000*
Em (cm/s) 8,49 ± 1,68 7,47 ± 1,51 0,005*
Am (cm/s) 8,09 ± 1,56 5,82 ± 1,87 0,000*
Basal X Médio
Em/Am 1,07 ± 0,24 1,36 ± 0,34
22
0,000*
Sm (cm/s) 6,05 ± 0,88 2,76 ± 0,54 0,000*
Em (cm/s) 8,49 ± 1,68 4,98 ± 1,31 0,000*
Am (cm/s) 8,09 ± 1,56 4,04 ± 1,29 0,000*
Basal X Apical
Em/Am 1,07 ± 0,24 1,30 ± 0,28
22
0,001*
Sm (cm/s) 4,28 ± 1,08 2,76 ± 0,54 0,000*
Em (cm/s) 7,47 ± 1,51 4,98 ± 1,31 0,000*
Am (cm/s) 5,82 ± 1,87 4,04 ± 1,29 0,000*
Médio X Apical
Em/Am 1,36 ± 0,34 1,30 ± 0,28
22
0,246
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
7. ANEXOS 147
Tabela 09GII - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em corte apical 4C parede
lateral do VE no Grupo
II
Segmento Onda Média ± DP Média ± DP N p
Sm (cm/s) 6,22 ± 1,47 4,34 ± 1,21 0,000
Em (cm/s) 9,13 ± 2,38 7,63 ± 2,17 0,000
Am (cm/s) 7,45 ± 1,84 5,83 ± 1,88 0,000
Basal X Médio
Em/Am 1,26 ± 0,31 1,40 ± 0,46
21
0,117
Sm (cm/s) 4,34 ± 1,21 3,10 ± 0,70 0,000
Em (cm/s) 7,63 ± 2,17 5,17 ± 1,20 0,000
Am (cm/s) 5,83 ± 1,88 3,91 ± 0,82 0,000
Basal X Apical
Em/Am 1,40 ± 0,46 1,36 ± 0,33
21
0,553
Sm (cm/s) 6,22 ± 1,47 3,10 ± 0,70 0,000
Em (cm/s) 9,13 ± 2,38 5,17 ± 1,20 0,000
Am (cm/s) 7,45 ± 1,84 3,91 ± 0,82 0,000
Médio X Apical
Em/Am 1,26 ± 0,31 1,36 ± 0,33
21
0,224
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
7. ANEXOS 148
Tabela 10GII - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em corte apical 2C parede
inferior do VE no Grupo
II
Segmento Onda Média ± DP Média ± DP N p
Sm (cm/s) 6,74 ± 1,04 4,51 ± 0,62 0,000
Em (cm/s) 9,85 ± 2,21 7,48 ± 1,28 0,000
Am (cm/s) 8,90 ± 1,87 6,31 ± 0,87 0,000
Basal x Médio
Em/Am 1,14 ± 0,26 1,22 ± 0,28
20
0,181
Sm (cm/s) 6,74 ± 1,04 3,05 ± 0,51 20 0,000
Em (cm/s) 10,00 ± 2,17 5,18 ± 1,31 0,000
Am (cm/s) 8,87 ± 1,91 4,04 ± 0,88 0,000
Basal x Apical
Em/Am 1,16 ± 0,25 1,34 ± 0,38
19
0,090
Sm (cm/s) 4,51 ± 0,62 3,05 ± 0,51 20 0,000
Em (cm/s) 7,43 ± 1,29 5,18 ± 1,31 0,000
Am (cm/s) 6,26 ± 0,87 4,04 ± 0,88 0,000
Médio x Apical
Em/Am 1,22 ± 0,29 1,34 ± 0,38
19
0,288
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
7. ANEXOS 149
Tabela 11GII - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em corte apical 2C parede
anterior do VE no Grupo
II
Segmento Onda Média ± DP Média ± DP N p
Sm (cm/s) 5,26 ± 1,20 3,80 ± 1,05 0,000
Em (cm/s) 8,29 ± 2,17 6,51 ± 1,42 0,000
Am (cm/s) 6,38 ± 2,00 4,73 ± 1,37 0,000
Basal x Médio
Em/Am 1,38 ± 0,41 1,43 ± 0,25
17
0,445
Sm (cm/s) 5,26 ± 1,20 2,87 ± 0,49 0,000
Em (cm/s) 8,29 ± 2,17 4,58 ± 1,37 0,000
Am (cm/s) 6,38 ± 2,00 3,35 ± 0,88 0,000
Basal x Apical
Em/Am 1,38 ± 0,41 1,38 ± 0,30
17
0,972
Sm (cm/s) 3,80 ± 1,05 2,87 ± 0,49 0,000
Em (cm/s) 6,51 ± 1,42 4,58 ± 1,37 0,000
Am (cm/s) 4,73 ± 1,37 3,35 ± 0,88 0,000
Médio x Apical
Em/Am 1,43 ± 0,25 1,38 ± 0,30
17
0,539
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; * = valor p com significância estatística.
7. ANEXOS 150
Tabela 12GII - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado entre diferentes paredes e
segmentos do VE no Grupo
II
Segmento/Parede Onda Média ± DP Média ± DP N p
2C Ap/Bas/Inf Sm (cm/s)
6,81 ± 1,08 5,28 ± 1,17 0,000
Em (cm/s)
10,08 ± 2,20 8,38 ± 2,14 0,002
X
Am (cm/s)
8,98 ± 1,90 6,50 ± 2,00 0,000
2C Ap/Bas/Ant Em/Am
1,15 ± 0,25 1,37 ± 0,40
18
0,019
2C Ap/Bas/Inf Sm (cm/s)
4,47 ± 0,65 3,80 ± 1,05 0,004
Em (cm/s)
7,51 ± 1,30 6,51 ± 1,42 0,000
X
Am (cm/s)
6,26 ± 0,90 4,73 ± 1,37 0,000
2C Ap/Bas/Ant Em/Am
1,23 ± 0,29 1,43 ± 0,25
17
0,013
2C Ap/Bas/Inf Sm (cm/s)
3,02 ± 0,53 2,87 ± 0,49 0,402
Em (cm/s)
5,29 ± 1,32 4,58 ± 1,37 0,108
X
Am (cm/s)
4,07 ± 0,88 3,35 ± 0,88 0,024
2C Ap/Bas/Ant Em/Am
1,36 ± 0,40 1,38 ± 0,30
17
0,809
4C Ap/Bas/Sep Sm (cm/s)
6,06 ± 0,90 6,22 ± 1,47 0,583
Em (cm/s)
8,44 ± 1,71 9,13 ± 2,38 0,098
X
Am (cm/s)
8,16 ± 1,56 7,45 ± 1,84 0,115
4C Ap/Bas/Lat Em/Am
1,06 ± 0,23 1,26 ± 0,31
21
0,005
4C Ap/Med/Sep Sm (cm/s)
4,26 ± 1,11 4,34 ± 1,21 0,808
Em (cm/s)
7,53 ± 1,52 7,63 ± 2,17 0,858
X
Am (cm/s)
5,86 ± 1,90 5,83 ± 1,88 0,964
4C Ap/Med/Lat Em/Am
1,37 ± 0,35 1,40 ± 0,46
21
0,766
4C Ap/Api/Sep Sm (cm/s)
2,75 ± 0,55 3,10 ± 0,70 0,055
Em (cm/s)
4,98 ± 1,35 5,17 ± 1,20 0,614
X
Am (cm/s)
4,04 ± 1,32 3,91 ± 0,82 0,557
4C Ap/Api/Lat Em/Am
1,30 ± 0,29 1,36 ± 0,33
21
0,370
Trans/Bas/Sep Sm (cm/s)
3,72 ± 0,98 6,08 ± 0,95 0,000
Em (cm/s)
4,75 ± 0,96 8,48 ± 1,86 0,000
X
Am (cm/s)
4,44 ± 0,94 8,32 ± 1,59 0,000
4C Ap/Bas/Sep Em/Am
1,11 ± 0,25 1,04 ± 0,24
17
0,468
continua
7. ANEXOS 151
Tabela 12GII - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado entre diferentes paredes e
segmentos do VE no Grupo
II (conclusão)
Segmento/Parede Onda Média ± DP Média ± DP N p
Trans/Bas/Pos Sm (cm/s)
5,63 ± 0,71 6,12 ± 0,92 0,029
Em (cm/s)
7,82 ± 2,20 8,54 ± 1,77 0,096
X
Am (cm/s)
6,33 ± 1,37 8,26 ± 1,55 0,000
4C Ap/Bas/Sep Em/Am
1,29 ± 0,39 1,05 ± 0,23
19
0,035
Trans/Med/Pos Sm (cm/s)
5,44 ± 0,92 4,33 ± 1,14 0,001
Em (cm/s)
8,40 ± 1,99 7,55 ± 1,60 0,115
X
Am (cm/s)
5,74 ± 1,54 5,91 ± 1,99 0,716
4C Ap/Med/Sep Em/Am
1,54 ± 0,44 1,37 ± 0,37
19
0,180
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; Ap = corte apical; Trans = corte transversal; Bas =
segmento basal; Med = segmento médio; Api = segmento apical; Inf = parede inferior; Ant = parede
anterior; Sep = parede septal; Lat = parede lateral; Pos = parede posterior; * = valor p com
significância estatística.
7. ANEXOS 152
Tabela 13GII - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em paredes do VD x VE no
Grupo
II
Segmento/Parede Onda Média ± DP Média ± DP N p
VD 4C Ap/Bas/PL
Sm (cm/s)
8,57 ± 1,67 6,27 ± 1,50 0,000*
Em (cm/s)
11,42 ± 3,39 9,20 ± 2,41 0,029*
X
Am (cm/s)
9,92 ± 2,19 7,43 ± 1,89 0,000*
VE 4C Ap/Bas/Lat
Em/Am
1,20 ± 0,35 1,28 ± 0,31
20
0,443
VD 4C Ap/Med/PL
Sm (cm/s)
6,26 ± 1,30 4,52 ± 1,13 0,000*
Em (cm/s)
9,72 ± 2,51 7,68 ± 2,26 0,018*
X
Am (cm/s)
8,82 ± 2,93 5,92 ± 1,89 0,001*
VE 4C Ap/Med/Lat
Em/Am
1,18 ± 0,38 1,38 ± 0,46
19
0,158
VD 4C Ap/Api/PL
Sm (cm/s)
4,05 ± 0,64 3,14 ± 0,73 19 0,000*
Em (cm/s)
6,53 ± 1,68 5,18 ± 1,25 0,016*
X
Am (cm/s)
5,65 ± 1,50 3,96 ± 0,87 0,000*
VE 4C Ap/Api/Lat
Em/Am
1,20 ± 0,26 1,34 ± 0,33 0,090
VD 4C Ap/Bas/PL
Sm (cm/s)
8,68 ± 1,64 6,66 ± 1,01 0,000*
X
Em (cm/s)
11,49 ± 3,47 9,73 ± 2,21 0,065
Am (cm/s)
10,02 ± 2,20 8,91 ± 1,92 0,037*
VE 2C Ap/Bas/Inf
Em/Am
1,19 ± 0,36 1,12 ± 0,26 0,496
VD 4C Ap/Med/PL
Sm (cm/s)
6,26 ± 1,30 4,49 ± 0,62 0,000*
X
Em (cm/s)
9,72 ± 2,51 7,47 ± 1,31 0,001*
Am (cm/s)
8,82 ± 2,93 6,34 ± 0,89 0,001*
VE 2C Ap/Med/Inf
Em/Am
1,18 ± 0,38 1,21 ± 0,29 0,781
VD 4C Ap/Api/PL
Sm (cm/s)
4,05 ± 0,64 3,05 ± 0,52 0,000*
X
Em (cm/s)
6,53 ± 1,68 5,28 ± 1,28 0,038*
Am (cm/s)
5,65 ± 1,50 4,09 ± 0,86 0,002*
VE 2C Ap/Api/Inf
Em/Am
1,20 ± 0,26 1,34 ± 0,39 0,288
18
continua
7. ANEXOS 153
Tabela 13GII - Descritivas e teste t pareado para comparação de médias das
velocidades do Doppler tecidual pulsado em paredes do VD x VE no
Grupo
II (conclusão)
Segmento/Parede Onda Média ± DP Média ± DP N p
VD 4C Ap/Api/PL
Sm (cm/s)
4,05 ± 0,64 2,71 ± 0,48 19 0,000*
Em (cm/s)
6,53 ± 1,68 4,72 ± 0,92 0,001*
X
Am (cm/s)
5,65 ± 1,50 3,94 ± 1,33 0,000*
VE 4C Ap/Api/Sep
Em/Am
1,20 ± 0,26 1,27 ± 0,29
18
0,262
VD 4C Ap/Bas/PL
Sm (cm/s)
8,53 ± 1,64 6,06 ± 0,90 0,000*
Em (cm/s)
11,43 ± 3,31 8,55 ± 1,84 0,000*
X
Am (cm/s)
10,11 ± 2,30 8,18 ± 1,56 0,000*
VE 4C Ap/Bas/Sep
Em/Am
1,18 ± 0,35 1,07 ± 0,23
21
0,193
VD 4C Ap/Med/PL
Sm (cm/s)
6,26 ± 1,30 4,21 ± 1,07 0,000*
Em (cm/s)
9,72 ± 2,51 7,36 ± 1,38 0,000*
X
Am (cm/s)
8,82 ± 2,93 5,76 ± 1,95 0,000*
VE 4C Ap/Med/Sep
Em/Am
1,18 ± 0,38 1,37 ± 0,37
19
0,043*
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais os
sinais de Doppler pulsado puderam ser medidos; Sm = onda de velocidade sistólica de pico; Em =
onda de velocidade de pico da diástole precoce; Am = onda de velocidade de pico da diástole tardia;
Em/Am = relação entre as ondas Em e Am; Ap = corte apical; Trans = corte transversal; Bas =
segmento basal; Med = segmento médio; Api = segmento apical; Inf = parede inferior; Ant = parede
anterior; Sep = parede septal; Lat = parede lateral; Pos = parede posterior; PL = parede livre do VD;
* = valor p com significância estatística.
7. ANEXOS 154
Tabela 16GII - Strain Rate (unidades
-1
) – Comparação entre componentes, paredes
e segmentos do Ventrículo Esquerdo no Grupo II
Corte Componente Parede Segmento Média N p
-1,80
Basal
Médio
-1,85
30 0,523
-1,80
Basal
Apical
-1,65
30 0,053*
-1,85
Septal
Médio
Apical
-1,65
30 0,003*
-1,71
Basal
Médio
-1,62
30 0,238
-1,72
Basal
Apical
-1,64
29 0,317
-1,60
Apical 4
Câmaras
Sistólico
Lateral
Médio
Apical
-1,64
29 0,556
-1,75
Basal
Médio
-1,69
30 0,399
-1,76
Basal
Apical
-1,87
29 0,163
-1,69
Inferior
Médio
Apical
-1,87
29 0,066
-1,78
Basal
Médio
-1,70
27 0,318
-1,78
Basal
Apical
-1,52
27 0,040*
-1,70
Apical 2
Câmaras
Sistólico
Anterior
Médio
Apical
-1,51
29 0,041*
3,11
Basal
Médio
3,29
30 0,567
3,11
Basal
Apical
4,21
30 0,001*
3,29
Septal
Médio
Apical
4,21
30 0,001*
3,14
Basal
Médio
3,43
30 0,306
3,17
Basal
Apical
4,09
29 0,004*
3,40
Apical 4
Camaras
Diastólico Inicial
Lateral
Médio
Apical
4,09
29 0,036*
continua
7. ANEXOS 155
Tabela 16GII - Strain Rate (unidades
-1
) – Comparação entre componentes, paredes
e segmentos do Ventrículo Esquerdo no Grupo II (conclusão)
Corte Componente Parede Segmento Média N p
3,18
Basal
Médio
3,05
30 0,524
3,24
Basal
Apical
3,92
29 0,033*
3,08
Inferior
Médio
Apical
3,92
29 0,028*
3,30
Basal
Médio
4,00
27 0,105
3,3
Basal
Apical
3,41
27 0,752
4,01
Apical 2
Camaras
Diastólico Inicial
Anterior
Médio
Apical
3,33
29 0,137
2,84
Basal
Médio
2,62
30 0,595
2,84
Basal
Apical
3,03
30 0,66
2,62
Septal
Médio
Apical
3,03
30 0,218
2,49
Basal
Médio
2,53
30 0,794
2,52
Basal
Apical
2,88
29 0,212
2,54
Apical 4
Câmaras
Diastólico Final
Lateral
Médio
Apical
2,88
29 0,309
2,23
Basal
Médio
2,41
30 0,336
2,26
Basal
Apical
2,65
29 0,151
2,43
Inferior
Médio
Apical
2,65
29 0,339
2,74
Basal
Médio
3,18
27 0,275
2,74
Basal
Apical
2,70
27 0,908
3,11
Apical 2
Câmaras
Diastólico Final
Anterior
Médio
Apical
2,61
29 0,185
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * = valor p com
significância estatística.
7. ANEXOS 156
Tabela 17GII - Strain (unidade %) – Comparação entre componentes, paredes e
segmentos do Ventrículo Esquerdo no Grupo II
Corte Componente Parede Segmento Média N p
-23,16
Basal
Médio
-23,10
30 0,943
-23,16
Basal
Apical
-22,97
30 0,827
-23,10
Septal
Médio
Apical
-22,97
30 0,777
-22,50
Basal
Médio
-23,30
29 0,085
-22,51
Basal
Apical
-23,09
28 0,239
-23,17
Apical 4
Câmaras
Sistólico
Lateral
Médio
Apical
-23,07
29 0,866
-22,99
Basal
Médio
-23,75
30 0,222
-22,89
Basal
Apical
-24,48
29 0,016*
-23,72
Inferior
Médio
Apical
-24,48
29 0,257
-24,51
Basal
Médio
-24,88
26 0,678
-24,25
Basal
Apical
-23,59
25 0,317
-23,86
Apical 2
Câmaras
Sistólico
Anterior
Médio
Apical
-23,75
28 0,849
17,77
Basal
Médio
16,40
29 0,031*
17,77
Basal
Apical
16,72
29 0,162
16,40
Septal
Médio
Apical
16,72
29 0,583
16,70
Basal
Médio
17,26
29 0,313
16,65
Basal
Apical
17,00
28 0,525
17,08
Apical 4
Câmaras
Diastólico Inicial
Lateral
Médio
Apical
17,07
29 0,993
continua
7. ANEXOS 157
Tabela 17GII - Strain (unidade %) – Comparação entre componentes, paredes e
segmentos do Ventrículo Esquerdo no Grupo II (conclusão)
Corte Componente Parede Segmento Média N p
16,47
Basal
Médio
17,17
27 0,187
16,47
Basal
Apical
18,07
26 0,026*
17,22
Inferior
Médio
Apical
18,07
26 0,236
18,78
Basal
Médio
19,31
26 0,581
18,75
Basal
Apical
17,16
25 0,073
18,47
Apical 2
Câmaras
Diastólico Inicial
Anterior
Médio
Apical
17,34
28 0,07
6,00
Basal
Médio
6,76
30 0,044*
6,00
Basal
Apical
6,41
30 0,503
6,76
Septal
Médio
Apical
6,41
30 0,549
5,86
Basal
Médio
5,99
29 0,804
5,94
Basal
Apical
6,10
28 0,763
6,03
Apical 4
Câmaras
Diastólico Final
Lateral
Médio
Apical
6,01
29 0,951
6,58
Basal
Médio
6,60
30 0,966
6,48
Basal
Apical
6,54
29 0,890
6,53
Inferior
Médio
Apical
6,54
29 0,986
6,45
Basal
Médio
5,98
26 0,476
6,25
Basal
Apical
6,90
25 0,400
5,76
Apical 2
Câmaras
Diastólico Final
Anterior
Médio
Apical
6,78
28 0,057
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * = valor p com
significância estatística.
7. ANEXOS 158
Tabela 18GII - Valores normais - Strain rate (unidades
-1
) – Função radial Ventrículo
esquerdo – Grupo II
Corte Segmento Componente Média ± DP Min-Max N
Sistólico
2,94 ± 0,83
1,53 / 4,54
Diastólico Inicial
-5,81 ± 1,36
-9,49 / -2,90 Basal Posterior
Diastólico Final
-3,96 ± 2,71
-7,80 / -2,55
29
Sistólico
2,92 ± 0,69
1,84 / 4,38
Diastólico Inicial
-7,18 ± 2,13
-12,13 / -3,05
Paraesternal
Transversal
Médio Posterior
Diastólico Final
-4,86 ± 1,78
-9,48 / -1,82
29
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
Tabela 19GII - Valores Normais Strain (unidade %) – Função radial Ventrículo
esquerdo – Grupo II
Corte Segmento Componente Média ± DP Min-Max N
Sistólico
45,87 ± 8,92
31,67 / 61,47
Diastólico Inicial
-34,44 ± 6,60
-50,03 / -20,90
Basal Posterior
Diastólico Final
-11,55 ± 4,16
-20,13/ -5,03
29
Sistólico
49,01 ± 21,37
37,47 / 93,03
Diastólico Inicial
-36,52 ± 11,84
-73,60 / -7,13
Paraesternal
Transversal
Médio Posterior
Diastólico Final
-14,02 ± 5,24
-26,60 / -5,10
29
DP = desvio padrão; Min = valor mínimo; Max = valor máximo; N = número de crianças nas quais as
curvas de SR/ε puderam ser medidas.
7. ANEXOS 159
Tabela 24GII - Comparação regional dos segmentos da parede livre do VD através
do SR (unidades
-1
) – Grupo II
Corte Segmento Componente Média N p
Basal -2,25 30
Médio -2,25 30
0,952
Basal -2,26 29
Apical -2,25 29
0,918
Médio -2,19 29
Sistólico
Apical -2,25 29
0,506
Basal 4,28 30
Médio 5,03 30
0,030*
Basal 4,23 29
Apical 4,61 29
0,226
Médio 5,03 29
Diastólico
Inicial
Apical 4,61 29
0,279
Basal 3,06 30
Médio 3,93 30
0,011*
Basal 3,12 29
Apical 3,40 29
0,431
Médio 3,99 29
Apical 4
Câmaras
Diastólico Final
Apical 3,40 29
0,024*
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * = valor p com
significância estatística.
7. ANEXOS 160
Tabela 25GII - Comparação regional dos segmentos da parede livre do VD através
do Strain (unidade %) – Grupo II
Corte Segmento Componente Média N p
Basal
-37,03
30
Médio
-42,56
30
0,000*
Basal
-37,03
29
Apical
-41,08
29
0,001*
Médio
-42,56
30
Sistólico
Apical
-41,08
30
0,216
Basal
26,45
28
Médio
31,50
28
0,000*
Basal
26,45
28
Apical
30,32
28
0,001*
Médio
31,55
29
Diastólico Inicial
Apical
30,47
29
0,221
Basal
9,75
30
Médio
10,96
30
0,149
Basal
9,75
30
Apical
10,49
30
0,309
Médio
10,96
30
Apical 4
Câmaras
Diastólico Final
Apical
10,49
30
0,559
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * = valor p com
significância estatística.
7. ANEXOS 161
Tabela 26GII - Comparação regional dos segmentos do VE Septal x VD Parede Livre
através do Strain rate (unidades
-1
) – Grupo II
Componente Segmento Média N p
Basal Septal -1,80
Basal Parede Livre -2,25
30 0,000*
Médio Septal -1,84
Médio Parede Livre -2,25
30 0,000*
Apical Septal -1,64
Sistólico
Apical Parede Livre -2,25
29 0,000*
Septal 3,11
Parede Livre 4,28
30 0,001*
Médio Septal 3,29
Médio Parede Livre 5,03
30 0,000*
Apical Septal 4,25
Diastólico Inicial
Apical Parede Livre 4,61
29 0,302
Septal 2,84
Parede Livre 3,06
30 0,564
Médio Septal 2,61
Médio Parede Livre 3,93
30 0,001*
Apical Septal 3,03
Diastólico Final
Apical Parede Livre 3,40
29 0,387
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * = valor p com
significância estatística.
7. ANEXOS 162
Tabela 27GII - Comparação regional dos segmentos do VE Septal x VD Parede Livre
através do Strain (unidade %) – Grupo II
Componente Segmento Parede Média N p
Septal -23,16
Basal
Parede livre -37,03
0,000*
Septal -23,10
Médio
Parede livre -42,56
0,000*
Septal -22,97
Sistólico
Apical
Parede livre -41,08
30
0,000*
Septal 17,85
Basal
Parede livre 26,31
27 0,000*
Septal 16,40
Médio
Parede livre 30,66
28 0,000*
Septal 16,72
Diastólico Inicial
Apical
Parede livre 30,66
29 0,000*
Septal 6,00
Basal
Parede livre 9,75
0,000*
Septal 6,75
Médio
Parede livre 10,96
0,000*
Septal 6,41
Diastólico Final
Apical
Parede livre 10,49
30
0,000*
N = número de crianças nas quais as curvas de SR/ε puderam ser medidas; * = valor p com
significância estatística.
8. REFERÊNCIAS
*
(
*
) De acordo com:
Adaptado de International Committee of Medical Journals Editors (Vancouver).
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Serviço de Biblioteca e Documentação.
Guia de apresentação de dissertações, teses e monografias da FMUSP. Elaborado por
Anneliese Carneiro da Cunha, Maria Julia de A. L. Freddi, Maria F. Crestana, Marinalva de
S. Aragão, Suely Campos Cardoso, Valéria Vilhena. São Paulo: Serviço de Biblioteca e
Documentação, 2004.
Abreviaturas dos títulos dos periódicos de acordo com List of Journals Indexed in Index
Medicus.
8. REFERÊNCIAS 164
8. REFERÊNCIAS
1. Alam M, Wardell J, Andersson E, Samad BA, Nordlander R.
Characteristics of mitral and tricuspid annular velocities determined
by pulsed wave Doppler tissue imaging in healthy subjects. J Am Soc
Echocardiogr. 1999;12:618-28.
2. Andersen NH, Poulsen SH. Evaluation of the longitudinal contraction of
the left ventricle in normal subjects by Doppler tissue tracking and
strain rate. J Am Soc Echocardiogr. 2003;16:716-23.
3. Budoff MJ, Cohen MC, Garcia MJ, Hodgson JM, Hundley WG, Lima JA,
Manning WJ, Pohost GM, Raggi PM, Rodgers GP, Rumberger JA, Taylor
AJ, Creager MA, Hirshfeld JW Jr, Lorell BH, Merli G, Rodgers GP, Tracy
CM, Weitz HH. ACCF/AHA clinical competence statement on cardiac
imaging with computed tomography and magnetic resonance: a report
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