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os tratos culturais para o TS, em ambas as profundidades (Tabela 6). No TM, na
profundidade de 0,00 - 0,20 m, os maiores valores de Pt foram encontrados em M1
(Tabela 6), mostrando que os tratos culturais, como roçadas e uso da palha de café,
influenciam positivamente sobre este atributo, o que é corroborado por Albuquerque
et al. (2003b), que ao trabalharem com videiras, relatam que a cobertura vegetal é
eficiente na conservação da porosidade. Entretanto, para o TI, observa-se
comportamentos distintos, sendo os menores valores de Pt verificados em M1 nas
profundidades de 0,00 - 0,20 e 0,20 - 0,40 m (Tabela 6), o que pode ser relacionado
às diferenças de tratos culturais e utilização prévia das áreas, antes de serem
implantadas as lavouras cafeeiras. Verifica-se que, em geral, os maiores valores de
Pt são observados na profundidade de 0,20 - 0,40 m, sendo que estes resultados
podem ser atribuídos à maior contribuição da fração argila nessa profundidade.
Apesar de os valores de Ds serem considerados elevados (CAMARGO &
ALLEONI, 1997), observa-se que os valores de Pt, independente do sítio de
amostragem, trato cultural adotado e profundidade estudada, encontram-se,
segundo Brady (1989), dentro do intervalo considerado ideal para solos argilosos.
Contudo, segundo Guimarães & Lopes (1986), na profundidade de 0,00 - 0,20 m, os
valores de Pt encontram-se abaixo do valor considerado ideal para as plantas de
café, que corresponde a 50%.
Para a macroporosidade (MaP) (Tabela 6), nota-se que na profundidade de
0,00 - 0,20 m, não houve diferença significativa, para os sítios de amostragem,
dentro dos tratos culturais (M1, M2 e M3). Comportamento semelhante é observado
para M1 e M3 na profundidade de 0,20 - 0,40 m. Quando se avaliam os tratos
culturais dentro dos sítios de amostragem, verifica-se que, para TS na camada
superficial do solo (0,00 - 0,20 m), como na camada subsuperficial (0,20 - 0,40 m)
para TS e TI, não houve diferença significativa entre os tratos culturais adotados.
Para os demais sítios, nota-se que há diferença significativa entre os tratos culturais
adotados. Os elevados valores de Ds e reduzidos de MaP (Tabela 6),
possivelmente, estariam favorecendo a erosão do solo e o arraste das partículas do
solo, como silte e argila ao longo do declive do terreno.
Em termos de distribuição dos poros do solo (Tabela 6), a macroporosidade
(MaP) variou de 0,08 a 0,17 m
3
m
-3
, na profundidade de 0,00 - 0,20 m, e 0,09 a 0,17
m
3
m
-3
, na profundidade de 0,20 - 0,40 m. Valores semelhantes aos apresentados,
também foram encontrados por Pedrotti et al. (2003) em Latossolo Vermelho-