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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FFCLRP – DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA-COMPARADA
ESTUDO DA RECOMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DO
COMPONENTE ARBUSTIVO-ARBÓREO EM ÁREAS
UTILIZADAS PARA O PLANTIO DE EXÓTICAS EM UM
CERRADO DE LUIZ ANTÔNIO – SP.
Valéria Maria Melleiro Gimenez
Orientadora: Profa. Dra. Silvana Aparecida Pires de Godoy
Dissertação apresentada à Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como
Parte das exigências para a obtenção do título de
Mestre em Ciências, Área: Biologia Comparada.
RIBEIRÃO PRETO – SP
2005
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A minha querida Mãe,
Obrigada pelos nove meses de gestação e infindáveis horas de parto,
Por me criar com amor,
Pelas conversas, sorrisos, broncas...
Por me ensinar a orar e agradecer,
Pelas inúmeras vezes que sentou para estudar comigo,
Pelo sorriso, quando eu disse “sim” e fui construir meu lar,
Por estar ao meu lado quando fui mãe,
Por dedicar a seus filhos os melhores anos de sua vida,
Por seus sacrifícios,
Pelas orações e por tudo que consegui realizar sob seu amparo.
e, a você PAI,
Que através de suas aventuras me revelou um mundo encantado
De imensas florestas e rios que cortavam o Xingu, Mato Grosso, Amazônia...
Pelas imagens de índios, jacarés, onças, garças, tucanos, araras que, povoaram
minha infância
E, sutilmente me fez entender a preciosidade da natureza, e
Inconscientemente legou um sentimento que,
Aos poucos direcionou minhas aspirações...
Dedico
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A DEUS, pelo dom da vida
Ao Eduardo,
meu eterno namorado
pela confiança, apoio e comprometimento em todos os momentos e,
mesmo depois desta fase turbulenta,
continua sendo meu grande companheiro.
As minhas filhas, Carla Maria e Carolina,
pelo carinho, compreensão e críticas, que foram fundamentais nessa caminhada.
Aos meus irmãos, Kátia Izabel, Júnior e Carmen Lúcia
pelas palavras e mensagens que sempre chegaram nas horas certas...
pela torcida dos sobrinhos,
que fizeram dos obstáculos oportunidades de progresso.
Ao Dinho, pelas “dicas” e apoio.
Ao Guilherme,
por todos os momentos que não pude permanecer ao seu lado, pelo
sorriso puro e gratificante que não me deixa esquecer
que somos responsáveis pela Terra que as crianças viverão amanhã...
Obrigada por tanto que recebi e tão pouco que pude oferecer...
A Profª. Drª. Silvana Aparecida Pires de Godoy
Pela oportunidade de realizar um sonho,
Pela sensibilidade de reconhecer meus limites e,
Com extrema paciência, competência e profissionalismo
orientou esse trabalho.
AGRADECIMENTOS
A minha eterna gratidão a todos que de alguma forma contribuíram para a realização
desse trabalho e, em especial:
Ao Prof. Dr. John MacNamara, coordenador do Programa de Pós-Graduação em
Biologia Comparada da FFCLRP – Universidade de São Paulo.
Ao Instituto Florestal do Estado de São Paulo pela autorização de desenvolvimento do
projeto nas Estações Ecológica de Jataí e Experimental de Luís Antônio – SP.
Ao Sr. Antônio Carlos Scatena Zanatto, Diretor da EEJ e EELA pela amizade e
incentivo inicial para o desenvolvimento desse trabalho.
À Prof.ª Dra. Elenice Mouro Varanda, pelo empréstimo do laboratório, bibliografia
especializada, pelas conversas e sugestões durante o desenvolvimento e qualificação desse
trabalho.
Ao Prof. Dr. Carlos Alberto Martinez Y Huaman e ao Prof. Dr. Rodrigo A. Santinelo
Pereira, pelo auxílio nesse período de estudo e sugestões na qualificação.
À Dra. Olga Kotchetkoff-Henriques, pela amizade e objetividade com que assessorou
esse trabalho.
Ao Prof. Dr. José Salatiel Rodrigues Pires, do Departamento de Hidrologia da
Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR, que gentilmente permitiu o acesso ao
mosaico georreferencial e forneceu imagem e dados, que muito enriqueceram esse trabalho.
Ao Prof. Dr. Fernando Roberto Martins, professor dos Departamentos de Botânica e
Ecologia da Universidade de Campinas – UNICAMP, pelo carisma, simplicidade, valiosas
sugestões e empréstimo de materiais bibliográficos.
Ao Prof. Dr. Jorge Yoshio Tamashiro, professor do Departamento de Botânica
da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, pela amizade e pronto auxílio na
identificação de material botânico.
À Prof.ª Dra. Sigrid Luiza Jung Mendaçolli, curadora do Herbário do IAC, que
gentilmente auxiliou na identificação de espécimes da família Rubiaceae.
Ao Dr. José Batista Baitello e ao Dr Osni Tadeu de Aguiar, pesquisadores científicos
do Instituto Florestal, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, pelo auxílio
nas identificações de espécimes das famílias Lauraceae e Myrtaceae.
Ao Prof. Dr. Reinaldo Monteiro, da Universidade Estadual de Rio Claro – UNESP,
pelas preciosas sugestões e acesso bibliográfico especializado.
Ao Prof. Dr. Rogério Hartung Toppa, do Departamento de Ecologia da Universidade
Federal de São Carlos - UFSCAR, pela indicação de instrumentação adequada para coleta de
material pedológico.
A todos os amigos da Seção da Botânica, em especial a Rejane Barbosa de Oliveira,
pela amizade sincera e inestimável companheirismo desde o início desta caminhada e, aos
amigos Juliana Espada, Camila Sanches do Nascimento, Andressa Uehara Approbato, Yumi
Oki, Ricardo Barosella, Viviane de Fátima Favaretto, Hilda Hidelbrandi, Gustavo, Facista e
Bruno pelo constante apoio e sugestões que tanto me ajudaram no crescimento pessoal e
profissional.
À amiga, Veridiana de Lara Weiser, doutoranda em Ecologia da Universidade
Estadual de Campinas – UNICAMP e Prof. Dr. Fábio Nascimento, Departamento de
Entomologia – USP/Ribeirão Preto, pelas várias sugestões e auxílio no tratamento estatístico
dos resultados desse estudo.
À Marina, pelo auxílio e disponibilização do laboratório de Zoologia de Invertebrados
– FFCLRP – USP/Ribeirão Preto, para as análises granulométricas e textural de amostras de
solo.
À Renata Andrade, secretária da Pós-Graduação, pela amizade e “dicas” que muito
facilitaram nosso trabalho nas diferentes atividades no programa de Pós-graduação.
À técnica Maria Helena, pelo auxilio nas atividades junto ao Herbário e do
Laboratório de Sistemática Vegetal da FFCLRP/Ribeirão Preto.
Ao amigo, biólogo de coração e o melhor “fotógrafo da natureza”, Carlos Bolfarini
pelo companheirismo em muitos projetos que, muitas vezes pareciam impossíveis e, através
de sua câmera ficaram registrados.
À grande amiga Aparecida Novo, pelo apoio incondicional que foi fundamental no
ambiente de trabalho junto à escola Tomás Alberto Whatelly.
Aos Srs. Cristóvão, Edílson e Jaime, pelo apoio e auxílio nas viagens a campo e coleta
de material.
Meu muito obrigado especial para o Sr. Sebastião A. de Oliveira, “auxiliar de pesquisa
e especialista em Cerrado”, o amigo “Tião”, contador de histórias, “conhecedor dos matos e
dos bichos”, pela amizade, companheirismo, participação nas coletas e valiosos ensinamentos
em campo.
Meu muito obrigado.
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
I.1 - O Cerrado............................................................................................................... 3
I.2 – A introdução de exóticas....................................................................................... 7
I.2.1 – Considerações sobre Eucalyptus e Pinus, principais gêneros
plantados no Estado de São Paulo................................................................................. 9
I.3 – A vegetação no Estado de São Paulo .................................................................. 13
I.4 – O Histórico de perturbações antrópicas nas Estações Ecológicas de Jataí e
Experimental de Luiz Antônio, São Paulo.............................................................................. 14
I.5 – Análises que contribuem para os planos de recomposição florística após os
processos de perturbações antrópicas...................................................................................... 20
I.6 – Objetivos ............................................................................................................. 22
II. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................ 24
II.1 – Caracterização da Área de Estudo ..................................................................... 24
II.2 – Delineamento experimental............................................................................... 26
II.3 – Coleta de material botânico e levantamento de dados....................................... 29
II.4 – Identificação do material coletado..................................................................... 30
II.5 – Análise do solo................................................................................................... 31
II.6 – Análise dos dados .............................................................................................. 32
II.6.1 – Índices............................................................................................................. 32
II.6.2 – Parâmetros fitossociológicos .......................................................................... 34
III. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 39
III.1 – Análise do solo ................................................................................................. 39
III.2 – Inventário florístico .......................................................................................... 47
III.2.1 – Flora como um todo do componente arbustivo-arbóreo das áreas
amostradas em Luiz Antônio – SSP........................................................................................ 47
III.2.2 – Comparação entre as áreas de estudo............................................................ 60
III.3 – Fenologia .......................................................................................................... 88
III.4 – Fitossociologia.................................................................................................. 95
IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 140
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 144
viii
RESUMO
A restauração e a conservação da cobertura vegetal tem sido objeto de estudo em todo o
mundo, na expectativa de reverter o acelerado processo de degradação dos recursos naturais. O
Cerrado é considerado a floresta mais degradada do mundo, restando no Estado de São Paulo
cerca de 1% na forma de fragmentos. No último século, extensas áreas foram substituídas por
reflorestamentos homogêneos de pinus e eucaliptos que, após o abandono iniciam o processo de
sucessão.
Este trabalho apresenta a comparação florística e fitossociológica do componente
arbustivo-arbóreo de sete áreas de um Cerrado em Luiz Antônio-SP, com o objetivo de avaliar a
recomposição florística, após diferentes períodos de abandono das áreas. Uma área é de Cerrado
stricto sensu preservado (CE) e as demais são plantações de exóticas (eucalipto e pinus),
diferentes quanto ao tempo de abandono (Eu1980, Eu1990, Eu2000, Pi1980, Pi1990, Pi2000).
Em cada área (talhões de 200x200m), foram coletadas amostras de solo e distribuídas três
parcelas de 10x20m, amostrando-se todos os indivíduos com PAS5cm.
As análises químicas e granulométricas do solo indicaram latossolo ácido, arenoso,
eutrófico em Pi1990, Pi2000, Eu2000 e distrófico nas demais áreas. Os maiores teores de matéria
orgânica e alumínio concentram-se entre 0-20 cm de profundidade. Os resultados evidenciam
fatores influentes na regeneração natural, mas insuficientes para explicar a recomposição
diferenciada das áreas de eucalipto e pinus.
A análise florística amostrou 4.070 espécimes pertencentes a 210 espécies distribuídas
em 124 gêneros e 49 famílias. As famílias com maior riqueza em número de espécies foram:
Fabaceae (28), Myrtaceae (22), Bignoniaceae e Rubiaceae (13 cada uma), Malpighiaceae (12),
Asteraceae (11), Erythroxylaceae e Melastomataceae (8 cada uma), Vochysiaceae (7),
Annonaceae, Apocynaceae e Malvaceae (6 cada uma). Em conjunto, essas famílias perfazem 2/3
(140) das espécies amostradas e são também as mais abundantes, concentrando cerca de 59,1%
(2.385) dos indivíduos. Algumas espécies são notadamente abundantes, tais como: Xylopia
aromatica, Ocotea corymbosa, Siparuna guianensis, Miconia albicans, Copaifera langsdorffii,
Aegiphila sellowiana e Eugenia punicifolia, perfazendo 47,9% (1.932) dos espécimes
amostrados na área. Foram identificadas 127 espécies comuns a outros Cerrados paulistas, entre
as quais seis são típicas de floresta, 91 de Cerrado e 30 comuns ao Cerrado e floresta, indicando
que as áreas de estudo pertencem a uma faixa de transição vegetacional com predominância de
espécies do Cerrado.
ix
CE tem a maior riqueza (115 espécies) e abundância (1.533 indivíduos), seguida pelas
áreas de eucalipto (Eu1980 = 75/459, Eu1990 = 72/499, Eu2000 = 87/781) e pinus (Pi1980 =
69/289, Pi1990 = 55/234, Pi2000 = 58/259). 15 espécies (7,1%) ocorrem em todas as áreas e 87
(41,4%) são exclusivas de alguma das sete áreas amostradas. CE concentra o maior número de
espécies de ocorrência restrita (40 = 46%); 28 (13,3%) são exclusivas de eucalipto e 19 (9,1%)
de pinus. As espécies exclusivas do Cerrado pertencem a 48% das famílias amostradas e as
espécies das áreas de pinus ou eucalipto não apresentam diferenças relacionadas à idade ou
cultura que expliquem tal exclusividade.
A vegetação em recomposição não apresenta estratificação definida. As áreas de
eucalipto têm um sub-bosque mais complexo em densidade e riqueza de espécies que as de
pinus, onde a taxa de recolonização é mais baixa. Variação na compactação do solo, na riqueza
de espécies e no nível de infestação de gramíneas e lianas, indica um manejo diferenciado nas
áreas de corte raso. O efeito de borda é evidente, principalmente nessas áreas, e mais intenso nas
de pinus.
Algumas espécies mostraram diferenças nas fenofases: produção bianual de flores, frutos
e deciduidade. Zoocoria é a síndrome predominante, muito expressiva em Pi1980. CE mostra a
proporção 1:1 entre árvores e arbustos; as áreas com exóticas têm desvios para uma maior
proporção de árvores em eucalipto e arbustos em Pi1980 e Pi2000. Os fanerófitos predominam e
não há diferenças significativas entre as áreas.
Os parâmetros fitossociológicos demonstram a dominância das espécies exóticas com
altos índices de valor de importância (IVI) e área basal. As famílias de maior IVI, excluindo-se
as exóticas foram: Fabaceae, Myrtaceae, Bignoniaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Asteraceae,
Melastomataceae, Erytroxylaceae, Apocynaceae e Vochysiaceae. A distribuição diamétrica e de
altura indica povoamentos com alta freqüência de indivíduos na menor classe; os valores de
altura e diâmetro mostram correlação positiva (Pearson), mesmo com expressiva incidência de
rebrotas (13,21%). É notável a incidência em CE (18,3%), áreas com pinus (Pi2000 = 15,05% e
Pi1980 = 12,27%) e Eu2000 = 12,55%. Algumas espécies, notadamente as de ocorrência em
todas as áreas, como Xylopia aromatica e Miconia albicans apresentaram indivíduos originados
por rebrota em todas elas; Aegiphila sellowiana, Qualea grandiflora e Siparuna guianensis (em
cinco), Brosimum gaudichaudii, Copaifera langsdorffii e Ocotea corymbosa (em quatro). Entre
as exóticas, apenas três indivíduos de eucalipto apresentaram regeneração por esse processo.
A exótica constitui componente importante nas áreas em que ainda convive com as
nativas, representando mais de 52% (eucalipto) e mais de 73% (pinus) da dominância relativa,
x
devido a sua expressiva área basal. Nestas áreas, espécies como Xylopia aromatica e Siparuna
guianensis adquirem também grande importância, devido as suas altas abundâncias.
Excluindo-se as exóticas, X. aromatica e S. guianensis, as três espécies mais importantes
de CE (Ocotea corymbosa, Copaifera langsdorffii e Pterodon emarginatus) figuram entre as
cinco mais importantes de eucalipto. Nas áreas de pinus, Aegiphila selowiana destaca-se e
apenas O. corymbosa está entre os 10 maiores IVI’s em todas as áreas.
Em todas as áreas há um grande número de espécies raras, únicas e com IVI5%. O
entorno da unidade de conservação mostra inúmeras dificuldades para expandir seus limites,
elevando o risco potencial dessas espécies serem perdidas.
A maioria dos indivíduos ocupa o estrato médio, inclusive espécies de alta posição
sociológica, como Ocotea corymbosa, Copaifera langsdorffii, Eugenia punicifolia, Aegiphila
sellowiana, Xylopia aromatica e Siparuna guianensis, que são também muito abundantes. A
grande maioria das espécies é pouco abundante e de pequena dominância. Do mesmo modo, a
distribuição espacial parece estar associada à maior abundância e IVI, predominando a forma
agrupada.
A similaridade entre as áreas, medida pelo índice de Sorensen-Dice, mostra que CE
apresenta uma baixa similaridade com as áreas de exóticas, principalmente com as de plantio de
pinus e que Pi1980 tem nítido distanciamento das demais áreas com exóticas. Comparadas entre
si, as áreas de eucalipto apresentam alta similaridade (variando de 57 a 65,5%) e no caso de
pinus, apenas Pi1980-Pi1990 tem similaridade menor que 50%.
O índice de Shannon alcançou o valor médio de H’=3,31 em áreas de pinus, H’=3,14 em
eucalipto e, H’=3,61 no Cerrado preservado, semelhante a outras áreas de Cerrado s. s. A
equabilidade apresenta diferenças discretas entre as áreas e o índice de dominância de Simpson
(J) indica que as áreas de eucalipto (Eu2000 e Eu1990) e CE têm as maiores diversidades.
A avaliação do estágio real de recomposição natural pode estar mascarada pela alta
densidade e IVI de espécies com estratégia reprodutiva por xilopódio, além de rebrota. Para as
espécies exóticas não foram amostradas plântulas ou representantes nas classes inferiores de
altura ou diâmetro, sugerindo que estas espécies não estão se regenerando nas áreas.
Todas as observações sugerem que a recomposição natural resultante da sucessão
secundária após o abandono das áreas está ocorrendo, mas é ineficiente quando comparada ao
Cerrado s.s. A presença de espécimes exóticos parece interferir de forma decisiva na
recomposição natural das áreas e a retirada destes espécimes é altamente recomendável.
ABSTRACT
The restoration and the conservation of the forests have been an object of study in the
world with the expectation to revert the accelerable process of degradation of the natural
resources. The Cerrado has been considered the most degraded forest of the world, and is
represented for remaining areas about 1% area in the São Paulo state. In the last century, the
extendable areas were replaced by homogeneous reforestations of pine and eucalypt, that after
have been abandoned start the process of ecological succession.
This work presents the floristic and phytosociological comparison survey of the
shrubby and woody components among seven areas of a Cerrado in Luiz Antônio-SP, with
the purpose to evaluate the floristic recomposition after different years of abandoning. One of
them is a preserved Cerrado stricto sensu area (CE) and the others are exotic plantations areas
(eucalypt and pine), abandoned at different times ago (Eu1980, Eu1990, Eu2000, Pi1980,
Pi1990, Pi2000). In the each area (stands of 200x200m), soil samples were collected and three
plots (10x20m) were established and all individuals with stem perimeter at ground level
5cm were sampled.
The chemical and textural analyses of the soil indicated an acid and sandy latossolo,
eutrophic in Pi1990, Pi2000 and Eu2000 and dystrophic in the others areas. The higher
contents of organic matters and aluminium are at 0-20cm depth. The data indicate influent
factors in the natural regeneration, but not are sufficient to explain the different recomposition
observed between eucalypt and pine areas.
The floristic survey registered 4,070 specimens distributed in 210 species belonging to
124 genera and 49 families. The richest families were: Fabaceae (28), Myrtaceae (22),
Bignoniaceae e Rubiaceae (13 each one), Malpighiaceae (12), Asteraceae (11),
Erythroxylaceae e Melastomataceae (8 each one), Vochysiaceae (7), Annonaceae,
Apocynaceae e Malvaceae (6 each one). Together the families amounted to 2/3 (140) species
sampled and are the most abundant too with about 59.1% (2,385) of the individuals. Many
species are notably abundant such as: Xylopia aromatica, Ocotea corymbosa, Siparuna
guianensis, Miconia albicans, Copaifera langsdorffii, Aegiphila sellowiana e Eugenia
punicifolia. These species amount to 47.9% (1,932) specimens sampled in the areas. 127
species belonging equally to the other São Paulo state cerrado: six are typical of forest, 91 are
typical of Cerrado and 30 are common Cerrado and forest, indicating that the study areas
pertain to a band of vegetational transition with predominance of the Cerrado species.
CE has the higher richness (115 species) and the abundance (1,533 individuals),
following by eucalypt (Eu1980 = 75/459, Eu1990 = 72/499, Eu2000 = 87/781) and e pine
(Pi1980 = 69/289, Pi1990 = 55/234, Pi2000 = 58/259) areas. 15 species (7.1%) occur in all
areas and 87 (41.4%) are exclusive of one of seven areas sampled. CE has the highest number
of restricted species (40 = 46%); 28 (13.3%) are exclusive of eucalypt area and (19 = 9.1%) of
pine. The exclusive Cerrado species belong to 48% of the families registered. The exclusive
eucalypt and pine species don’t exhibit differences related to age or cultural treatment that can
explain such exclusiveness.
The vegetation in recomposition doesn’t show stratification well defined. The eucalypt
areas have an understory more complex than pine areas due density and richness of their
species, and the recolonization rate of the pine areas is minor. Differences in the soil compact,
richness native species and infestation level of grass and lianas indicate a distinguishable
management between areas with cut to level near the ground. The border effects are evident,
mainly in these areas, and more intensive in the pine areas.
Some species show differences in their phenofases: biannual production of flowers
and fruits and deciduously. Zoochory is the predominant dispersal syndrome, very expressive
in Pi1980. CE has the 1:1 proportion between trees and shrubs; the areas with exotic
plantation have deviations to major proportion of trees in eucalypt than shrubs in Pi1980 and
Pi2000. The phanerophytes predominate and have not significant differences among the areas.
The phytosociological parameters demonstrate the dominance of the exotic species
due their high indices of the importance value (IVI) and basal area. The families with major
IVI’s, except the exotic, were: Fabaceae, Myrtaceae, Bignoniaceae, Rubiaceae,
Malpighiaceae, Asteraceae, Melastomataceae, Erytroxylaceae, Apocynaceae e Vochysiaceae.
The distribution of diameters and heights indicates groups with high frequency of individuals
occupying the inferior class; the values of height and diameter show positive correlation
(Pearson), despite of expressive incidence of sprouts (13.21%). It is notable the sprouts
occurrence in CE (18.3%), pine areas (Pi2000 = 15.05% e Pi1980 = 12.27%) and Eu2000 =
12.55%. Many species, notably that occur in all areas, such as Xylopia aromatica and Miconia
albicans exhibited individuals originated from sprout in all areas; Aegiphila sellowiana,
Qualea grandiflora and Siparuna guianensis (in five), Brosimum gaudichaudii, Copaifera
langsdorffii and Ocotea corymbosa (in four). Among the exotics, only three individuals of
eucalypt exhibit regeneration by this process.
The exotic plants are the important component in the areas where they live together
native species, representing more of 52% (eucalypt) and more of 73% (pine) of the relative
dominance due their expressive basal area. In these areas, species as Xylopia aromatica and
Siparuna guianensis acquire the great importance too due their high abundances.
Excluding the exotic plants, X. aromatica and S. guianensis, the three species more
important of CE area (corymbosa, Copaifera langsdorffii and Pterodon emarginatus) appear
among the five most important species of the eucalypt areas. In the pine areas, Aegiphila
selowiana be separated from the others and only O. corymbosa is among the greatest ten IVI’s
in all areas.
In all the areas have a great number of rare, unique and with IVI5% species. The
neighboring of the conservation area exhibits many problems to expand its limits, increasing
the potential risk of local extinction of these species.
The majority of the individuals occupy the medium strato, including the species with
elevated sociological position as Ocotea corymbosa, Copaifera langsdorffii, Eugenia
punicifolia, Aegiphila sellowiana, Xylopia aromatica and Siparuna guianensis that are very
abundant too. The great majority of the species is not much abundant and with little
dominance. Likely, the spatial distribution seems to be associated to high abundance and IVI,
predominating the aggregated form.
The similarity among the areas, expressed by the Sorensen-Dice index, shows that CE
exhibits a low similarity with the exotic areas, mainly with the pine plantation and that Pi1980
is clearly different from others exotic areas. The eucalypt areas are very great similar (from 57
to 65,5%) and in the pine areas, only Pi1980-Pi1990 have similarity lesser than 50%.
The Shannon index reached values near the other Cerrado s.s. areas. The media H’ are:
3.31 in the pine areas, 3.14 in eucalypt and 3.61 in the preserved Cerrado. The equability is
somewhat different among the areas, and the Simpson indices (J) indicate that the eucalypt
areas (Eu2000 and Eu1990) and CE are the most diverse areas.
The evaluation of the real natural recomposition stage can be hidden due high density
and IVI of the species that reproduce by xylopode, besides sprout. Seedlings or
representatives of the inferior height and diameter classes of the exotic plants weren’t
sampled, suggesting that these species weren’t regenerate in the areas.
All observations suggest that the natural recomposition is occurring as result of
ecological succession after abandoner of the areas, but it is inefficient when compared with
Cerrado s.s. The presence of exotic specimens seems causes hard interference in the natural
recomposition of the areas and to cut off these specimens is notably recommended.
Key-words: Cerrado, Flora, Phytosociology, Regeneration, pine, eucalipyt, Luiz
Antônio.
I. Introdução
A conservação da biodiversidade representa o grande desafio deste século, em função
do elevado nível de perturbações antrópicas dos ecossistemas naturais. Algumas evidências
podem ser observadas através do processo de desmatamento das florestas tropicais que, a
partir da metade do último século aumentou exponencialmente com o advento dos
agronegócios, da indústria florestal e da colonização. A partir dos anos 70 e 80, a escala de
desflorestamento foi alarmante no Brasil e, continua em altas taxas em outros locais do
planeta. A rapidez com que esse processo tem ocorrido não apresenta precedentes na história
evolutiva das florestas tropicais (Bierregaard et al. 1992) e, o desflorestamento resultou na
fragmentação dessas florestas, que retraíram face às altas pressões regionais por parte do
desenvolvimento e colonização.
A fragmentação dos ecossistemas introduz uma série de novos fatores na história
evolutiva das populações naturais de plantas e animais, determinando alterações na sua
estrutura e dinâmica. Fatores como o tamanho e forma, grau de isolamento e heterogeneidade
da paisagem, efeito da vizinhança dos fragmentos e a relação com a população local, quando
modificados, resultam em alterações diferenciadas em cada ecossistema. No caso de espécies
arbóreas, a fragmentação afeta a abundância de polinizadores, dispersores, predadores e
patógenos, influi no recrutamento de plântulas e na ocorrência de incêndios, produz mudanças
microclimáticas, atingindo de forma mais intensa as bordas dos fragmentos. Ainda, toda esta
situação torna-se mais grave, com o aumento da distância entre os fragmentos e a diminuição
da conectividade entre eles, o que influencia diretamente na taxa de mortalidade de árvores
(Bierregaard et al. 1992).
Os efeitos físicos e biológicos da fragmentação das florestas são ainda pouco
compreendidos. A teoria de ilhas biogeográficas, um modelo em que os fragmentos florestais
representam refúgios de biodiversidade, estima que o número de espécies é variável
proporcionalmente ao tamanho da “ilha”. Nesse processo, a degradação que
conseqüentemente ocorre, reforça a hipótese de que os pequenos fragmentos não são auto-
sustentáveis sem o manejo florestal (Bierregaard et al.1992). Mesmo sem redução de área, as
evidências apontam para uma perda de espécies em função dos fatores que afetam a
demografia de populações isoladas como endogamia, problemas na polinização, dispersão e
predação de sementes. A esses fatores, somam-se ainda as perturbações de origem antrópica,
especialmente a caça, o extrativismo predatório e os incêndios florestais que tornam mais
grave o problema em florestas tropicais, que têm a característica de formar mosaicos de eco-
unidades, que representam trechos de floresta diferentes entre si quanto a diversidade e
natalidade de espécies arbóreas (Viana & Pinheiro 1998).
O isolamento explica também, parte da variância na riqueza de espécies e, age
negativamente ao diminuir o potencial de imigração (ou de recolonização). As espécies que
conseguem manter-se em fragmentos isolados tendem a tornarem-se dominantes e, dessa
forma a diversidade do habitat diminui por redução da riqueza e da equabilidade biológica. A
conectividade permite que uma espécie, restrita a um fragmento possa atravessar a paisagem e
os corredores, sendo portanto essencial no controle de fluxos hídricos e biológicos na
paisagem. Ao facilitar os fluxos entre os fragmentos de habitats, os corredores permitem
reduzir os riscos de extinção local e favorecem as recolonizações, aumentando a
sobrevivência das metapopulações (Metzger 1998).
As florestas tropicais têm recebido atenção especial por parte dos pesquisadores
devido a sua alta biodiversidade e a rapidez com que têm sido destruídas. O termo floresta
tropical inclui muitos tipos vegetacionais (floresta úmida, floresta seca, floresta úmida de
terras baixas, etc.) e as florestas secas tropicais estão entre os ecossistemas mais degradados
do mundo (Fine 2002).
Atividades antrópicas continuadas já converteram as florestas secas tropicais em áreas
de agricultura e pastagens através do uso do fogo. O fator fogo, é extremamente pouco
freqüente nos ecossistemas naturais, onde suprime processos de germinação e regeneração de
árvores nativas, além de promover o domínio constante de gramíneas, muitas delas exóticas.
As gramíneas invasoras produzem grande quantidade de liteira, o que estimula incêndios
naturais que destroem e alteram o ecossistema, dominando muitas espécies nativas (Fine
2002).
I.1 - O Cerrado
A vegetação de savanas, florestas secas no Brasil, define o Cerrado que cobre dois
milhões de km
2
do território nacional, representando 23% da superfície do país. Em termos de
área, só é ultrapassada pela floresta Amazônica (Ratter et al. 1997) e, sua região nuclear
encontra-se no planalto central do Brasil. Sua localização compreende desde o Sul da floresta
Amazônica até os estados de São Paulo e Paraná, ocupando mais de 2º de latitude e
alcançando altitudes de até 1800m. A distribuição do Cerrado é coincidente com o platô do
Brasil Central, a qual divide três das grandes bacias hidrográficas da América do Sul: a
Amazônica, a do platô Paraguai e a do rio São Francisco, através de um corredor de
“vegetação xérica”, que inclui desde a caatinga no nordeste ao Chaco no Paraguai-Bolivia-
Argentina. Esse bioma encontra-se entre as duas maiores florestas da América do Sul:
Amazônia a noroeste e Mata Atlântica a leste e sudeste (Oliveira & Marquis 2002).
Quase totalmente sob o clima tropical (Fig. 1), o Cerrado sofre geadas leves em
algumas noites de inverno somente na sua borda sul, em altitudes moderadas do Estado de
São Paulo (1000 a 1700m). Os primeiros naturalistas viajantes, destacando-se entre todos
K.F.P. von Martius, reconheceram a exuberância e diversidade do Cerrado, que foi
documentada na Flora Brasiliensis (1840-1906), obra de indiscutível valor.
O Cerrado é um dos mais diversos domínios fitogeográficos do mundo, considerado
um dos 25 “hot-spots” de absoluta importância para a conservação. É a savana de maior
diversidade do planeta, sendo responsável pela manutenção de 1/3 da biodiversidade
brasileira e onde podem ser encontradas onze biotas distintas. Apesar das dificuldades
impostas pelo tipo de solo e clima da região, a evolução da vida ao longo de milhões de anos,
produziu uma grande diversidade de plantas e animais totalmente adaptados a viver sob tais
condições. A riqueza do Cerrado também é notória quanto à fauna de invertebrados e às
plantas medicinais e frutíferas e, tudo isso se torna ainda mais espantoso quando se descobre
que apenas 30% de sua diversidade foi estudada a nível razoável (Paiva 2000).
A área original desse bioma já apresenta 40% de terras atingidas pela ação humana,
principalmente na forma de pastagens ou de interesse para a agricultura (Ratter et al. 2000). O
uso indiscriminado da madeira e também as atividades silviculturais têm reduzido de forma
drástica as áreas naturais dessa fisionomia de vegetação. Essa situação está em um ponto tão
crítico, que em áreas extensas dos estados de São Paulo e Minas Gerais, as espécies peculiares
do cerrado vão se tornando raras e outras tantas estão, provavelmente, correndo sérios riscos
de extinção. Como alertado por Toledo Filho (1984), todo este recurso natural está sendo
delapidado antes de uma avaliação de suas potencialidades.
O Cerrado é um complexo vegetacional, com fisionomias que englobam formações
florestais, savânicas e campestres (Ribeiro & Walter 1998). Reportando-se a Coutinho (1978),
é um complexo de formações oreádicas, desde as formas campestres (campo limpo) até as
formas florestais (cerradão).
Figura 1. Distribuição geográfica do Bioma Cerrado na América do Sul. A região das savanas da
Amazônia não está sendo indicada porque estão inseridas em um Bioma bastante diverso. Fonte:
Oliveira & Marquis (2002).
Tudo indica que, por ocasião dos períodos glaciais quaternários, a área nuclear dos
cerrados brasileiros, tal como a reconhecemos hoje, foi muito menor, por retração do domínio
morfoclimático e ecológico. Parte dela deve ter sido ocupada por caatingas, na metade norte
do Planalto Brasileiro, enquanto que na borda sul era dominada por estepes, pradarias mistas e
um núcleo pouco denso de Araucárias (Sul do Mato Grosso e Planalto Meridional). Pela
projeção dos domínios naturais da América do Sul, no período de 13.000-18.000 anos atrás, o
extremo Sudoeste do Estado de São Paulo era ocupado por um núcleo de cerrado com
enclaves de caatingas (Schlittler 1990).
Estudos paleoambientais têm confirmado que florestas e vegetação de Cerrado
mostram sucessivamente expansões e contrações na região do Planalto Central brasileiro,
resultado das flutuações climáticas desde o Quaternário (Oliveira & Marquis 2002). Ao
mesmo tempo, fatores que influenciaram decisivamente na distribuição da vegetação de
Cerrado foram a precipitação sazonal, a fertilidade do solo, sua drenagem e o regime do fogo.
Comparando as diferentes regiões de savanas no mundo, o clima do Cerrado varia
consideravelmente, oscilando entre 18º e 28ºC, com períodos fortemente secos durante o
inverno (Oliveira & Marquis 2002).
O oligotrofismo do Cerrado e a profundidade do lençol freático, fazem da
estratificação subterrânea um fator complexo, refletindo diretamente no espaçamento aéreo
dos indivíduos vegetais. Por causa dos fatores nutricionais limitantes, provavelmente, deve
haver uma competição no nível de sistemas subterrâneos (Castro 1996).
O pequeno porte da vegetação, em geral, além de estar associado com a deficiência de
Nitrogênio, que por si só provoca nanismo, pode estar ligado, também, à possível falta de
Zinco e, por conseguinte, à falta de hormônio de crescimento, com a interrupção do fluxo
normal de hormônios das gemas apicais para a base (Castro 1994).
Em geral, as fisionomias de Cerrado estão relacionadas a solos pouco férteis e muito
drenados, ocorrendo maior diversificação em locais com maior fertilidade dos solos e com o
aumento da disponibilidade de água. Goodland & Pollard (1973) já chamavam a atenção para
a presença do Alumínio no Cerrado. Altos níveis desse elemento são característicos em solos
distróficos, mostrando-se altamente tóxico para um grande número de plantas cultivadas,
enquanto é alto o índice de espécies nativas Alumínio-dependentes. No entanto, discussões
sobre o estado nutricional das plantas nativas, as reservas de nutrientes e sua influência no
funcionamento e estrutura dos ecossistemas naturais são poucas. Em geral, são salientados os
aspectos de baixa disponibilidade de nutrientes e sua relação com o escleromorfismo das
espécies nativas (Haridasan 2000), fato que pode ser verificado através das baixas
concentrações de nutrientes nas folhas das espécies nativas em comunidades associadas aos
solos distróficos, refletindo a baixa fertilidade dos solos.
Floristicamente, as diferenças fisionômicas do Cerrado estão relacionadas aos níveis
de Alumínio no solo, sendo possível encontrar espécies indicadoras de tolerância, além de um
número significativo de famílias que acumulam alumínio em seus tecidos. Dentro desse
grupo, pode-se destacar as Vochysiaceae, várias Rubiaceae, algumas Myrtaceae, espécies de
Miconia (Melastomataceae), Myrsine (Myrsinaceae), Symplocos (Symplocaceae), Vellozia
(Velloziaceae) e Strychnos pseudoquina (Loganiaceae) (Oliveira & Marquis 2002). Ao
mesmo tempo, grande parte da flora de cerrado, além de ser bem adaptada e tolerante ao fogo,
tem espécies dependentes desse fator (Coutinho 1990).
I.2 - A introdução de exóticas
No início do século XX, a necessidade crescente de madeira e celulose, aumentou a
pressão sobre as áreas de florestas. A maior parte da madeira, foi durante muito tempo e,
ainda continua sendo obtida de reservas nativas, onde a cobertura vegetal foi cortada
indiscriminadamente durante séculos.
A escassez da lenha em muitos países do Terceiro Mundo começou a chamar a
atenção das agências financiadoras internacionais. Diante dessa realidade, a melhor solução
para a preservação de ecossistemas foi o plantio de grandes áreas de florestas homogêneas de
rápido crescimento, reduzindo a pressão sobre os ambientes naturais.
A solução se mostrava viável por evitar danos na superfície do solo, como a erosão e
enchentes, que provocam a perda de solo e formação de bancos de areia. Registros indicam
que as primeiras áreas a serem reflorestadas utilizaram Eucalyptus globulus, a espécie mais
bem conhecida. O cenário de reflorestamento por Eucalyptus teve início na África do Sul em
1828, com 350ha; na Índia em 1843 com 450ha, na Califórnia em 1856, no Brasil em 1862
com 1052ha e Espanha em 1868 com 400ha. Eucalyptus tornou-se muito popular no Brasil,
devido a sua fácil adaptabilidade às condições climáticas, alta e rápida produção de madeira e
numerosos usos (Alves et al. 1999).
As espécies utilizadas para reflorestamentos são: Eucalyptus grandis, E. globulus, E.
camaldulensis, E. tereticornis, E. saligna, E. urophyla, E. deglupta, E. experta, E. paniculata,
E. robusta e E. citriodora. Todas essas espécies pertencem ao subgênero Symphyomyrteus,
exceto E. citriodora que pertence ao subgênero Corymbia (Alves et al. 1999), atualmente
reconhecido como gênero (Hill & Johnson 1994).
O Banco Mundial iniciou o fomento de plantio de eucalipto como parte de seu
programa de floresta social, principalmente na Índia. Porém, houve o questionamento sobre os
efeitos ambientais causados por plantios extensivos de eucalipto, que ainda se mostram tão
indefinidos quanto a própria origem dessas afirmações. Em dezembro de 1984, a FAO (Food
and Agriculture Organization), através de seu Departamento Florestal, organizou uma reunião
em Roma com a finalidade de promover uma discussão aprofundada sobre o problema. O
evento resultou na publicação The Ecological Effects of Eucalyptus, que apontava, através de
um conjunto de notícias, as hostilidades locais contra o programa de plantações de eucalipto.
Ao tomar conhecimento das notícias, o Banco Mundial suspendeu o programa, e essa
instituição agora exige um estudo mais aprofundado desses problemas sociais como parte da
aprovação de novos programas. As críticas mais comuns referem-se principalmente ao fato de
que o eucalipto é plantado principalmente na forma de monoculturas extensas, as quais são
caracterizadas por apresentar baixa diversidade ecológica, podendo promover vulnerabilidade
a mudanças climáticas, ataques de pragas e doenças. Em relação ao consumo hídrico regional
onde é instalada a cultura, dado exaustivamente referido, há interpretações generalizadas.
Embora ainda não completamente esclarecido para o gênero Eucalyptus como um todo,
conforme evidências disponíveis, há um consenso de que as espécies de eucalipto,
particularmente aquelas mais usadas no reflorestamento intensivo para abastecimento de
controle de madeira industrial, apresentam um mecanismo bem desenvolvido de controle
estomático da transpiração. Como resultado, o consumo total de água por plantação de
eucalipto situa-se dentro da faixa de variação do consumo médio apresentado por outras
espécies florestais (Lima, 1996).
No Brasil, devido ao intenso consumo de árvores nativas no início do século XX,
principalmente para a construção das estradas de ferro, se fez necessário a ampliação da fonte
madeireira. A CPEF (Companhia Paulista de Estradas de Ferro) contratou em 1903, o
engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de Andrade que, instalou no ano seguinte um ensaio
para a comparação do desenvolvimento de espécies nativas e exóticas, no Horto Florestal de
Jundiaí.
Este ensaio incluía 60 espécies nativas como cedro, peroba, cabreúva, jequitibá,
pinheiro-do-paraná, etc., e 35 espécies exóticas como algumas coníferas, casuarinas e
eucaliptos. Após cinco anos de experimentação, as espécies de eucaliptos mostraram total
adaptação, tanto em sobrevivência como em desenvolvimento e produtividade. Em 1909, a
CPEF adquiriu terras em Rio Claro, onde Navarro de Andrade efetuou o plantio de 123
espécies de eucaliptos, embora tivesse feito o estudo sobre 144 espécies. A implantação de
florestas de espécies exóticas, nesta época, foi um reflexo do que se repetia em outros locais
no planeta.
I.2.1 - Considerações sobre Eucalyptus e Pinus, principais gêneros plantados no
Estado de São Paulo.
Eucalyptus, gênero da família Myrtaceae, constitui um grupo bastante antigo e
apresenta características derivadas, sendo o opérculo uma delas.
Myrtaceae é dividida em duas subfamílias: Myrtoideae e Leptospermoideae
(Cronquist 1981). Os representantes de eucaliptos estão em Leptospermoideae e predominam
na Austrália, sendo os representantes mais conhecidos da subfamília.
A descrição do gênero se deu em 1788, por L’Heeretier de Brutelle, e foi publicada no
Sertum Angelicum (Andrade 1939). Estudos recentes, baseados em características
morfológicas e moleculares, propõem uma nova circunscrição ao gênero. Hill & Johnson
(1994), propuseram a exclusão das espécies chamadas de “bloodwood”, reunindo-as em um
grupo, elevando o subgênero Corymbia a gênero, composto por 113 espécies, das quais
Corymbia citriodora, C. torelliana e C. maculata são as mais difundidas no Brasil.
No presente estudo, Corymbia citriodora é a espécie cultivada nas áreas sob
investigação. Trata-se de espécies arbóreas de grande porte (30-40m), de tronco reto (até
1,20m) e folhagem pendente. A casca lisa, branco-acinzentada, apresenta manchas de
tonalidades distintas e deiscência em placas ou escamas. O nome específico, derivado do
latim, alude ao odor cítrico (citronelal) de suas folhas. Os botõs florais pedicelados e
dispostos em panículas terminais de umbelas 3-5 floras, medem 7-8mmx4-5mm, tendo
opérculo esférico-apiculado menor que o receptáculo e estames dobrados. O fruto, urceolado
e de valvas totalmente inclusas, mede cerca de 10 mmx9-10 mm.
A espécie é conhecida na Austrália como Lemon-scented-gum, grupo Gum-
bloodwood. Ocorre de forma silvestre no Estado de Queensland, entre as latitudes de 17 e
26ºS, ocupando uma área mais austral que C. maculata, com a qual se assemelha
morfologicamente. Prefere terrenos ondulados, solos pedregosos ou bem drenados e clima
com precipitações estivais (625-1250mm anuais). Bastante sensível às geadas, é adequado
para regiões tropicais ou subtropicais e requer semeadura direta em embalagem, devido às
altas perdas no processo de repicagem. A madeira é castanho-clara e com densidade de 0,93 e
1,04 g/cm
3
(material procedente do Rio grande do Sul) e o óleo obtido das folhas contém 90%
de citronelal, com um rendimento de 0,8 a 1% em relação ao peso seco (Marchiori & Sobral
1997).
Pela semelhança entre os gêneros Corymbia e Eucalyptus, Hill & Johnson (1995)
sugerem que ambos sejam popularmente denominados de eucaliptos.
As interferências impostas pelos eucaliptos produzem efeitos adversos sobre o
crescimento e desenvolvimento de suas vizinhas, incluindo a competição pela redução ou
limitação de recursos para o crescimento, tais como: luz, nutrientes e água e a liberação de
compostos químicos através da biomassa, a qual interfere com as plantas mais próximas.
Interferências indiretas, físicas ou biológicas, que também influem no crescimento de plantas
e ações de herbívoros também devem ser consideradas.
Quando consideradas as interferências das espécies de eucalipto, a competição é
incapaz de explicar alguns fenômenos como a presença de barreiras sobre e ao redor do dossel
de eucaliptos. Árvores de eucaliptos que produzem resina, são geralmente circundadas por
zonas livres de espécies herbáceas anuais. Eucalyptus camaldulensis produz inibidores
voláteis capazes de atuar sobre espécies de Myrtaceae e Casuarinaceae, além de interferir na
sobrevivência de sementes por períodos de apenas 20 a 25 dias, dominando o crescimento da
vegetação; E. tereticornis interfere sobre a germinação e crescimento de Phaseolus vulgaris
sob seu dossel (Alves et al. 1999).
Outro aspecto ambiental das plantações de eucalipto, alvo de preocupações, é a sua
influência sobre o solo, tanto nas propriedades físico-químicas, quanto nos efeitos alelopáticos
sobre a microflora. A competitividade pode ter selecionado recursos limitantes ao crescimento
de outras espécies vegetais, como a eliminação de resinas que afetam a troca de cátions e
ânions, solventes que removem toxinas, adsorventes, e outros compostos secundários que
produzem sintomas ainda pouco estudados (Alves et al. 1999).
A constatação de que diversas espécies de herbáceas não crescem e deixam de
completar seu ciclo de vida sob a copa de Eucalyptus microtheca, promoveu a investigação do
solo visando encontrar diferenças significantes quanto à textura, nutrientes minerais e
orgânicos, que pudessem explicar a ocorrência. Porém, o total de Potássio, Fósforo, Cálcio,
Ferro, Manganês e Zinco, o pH e a textura não mostraram nenhuma diferença. Al-Mousawi &
Al-Naib (1975) provaram que os fatores responsáveis pela inibição no crescimento vegetal
eram substâncias de folhas frescas de E. microtheca tornando-se um efeito aleloquímico. A
formação de barreira de inibição também pode ser observada ao redor de Corymbia
citriodora, e os efeitos dos compostos a partir da decomposição das folhas da liteira sob a
copa, vão desde severos até fracos (Alves et al. 1999)
Pinus é um gênero monofilético, caracterizado pela filotaxia fascicular, com as
acículas arranjadas em fascículos de 2-8 folhas em um ramo curto protegido por escamas
foliares, denominado braquiblasto. As plantas são geralmente monóicas, os estróbilos
masculinos são numerosos e pequenos, em aglomerados densos; os estróbilos femininos são
solitários ou em grupos pequenos, e se tornam receptivos aos grãos de pólen entre 1,5 a 2
anos. As sementes aladas se desenvolvem na base de escamas ovulíferas e apresentam de 6-14
cotilédones. No sistema radicular formam-se micorrizas ectotróficas com hifas de
basidiomicetos e ascomicetos (Farjon & Styles 1997).
Pinus é o gênero mais difundido de Pinaceae tendo sua distribuição natural quase que
inteiramente no Hemisfério Norte, entre as latitudes 15ºN (-0,2 S) e 66º (-70º)N na América
do Norte e Eurásia. Foram encontrados representantes no México, América Central e no
Caribe, onde 110 espécies podem ser encontradas desde o nível do mar (P. caribaea var.
bahamensis nas Bahamas) até 4000m de altitude (P. hartwegii no México). Sua ocorrência
mais ao sul está em 12ºN na Nicarágua, onde populações na costa do Caribe de Pinus
caribaea var. hondurensis alcançam até o sul de Bluefields, na costa do Caribe.
As espécies de Pinus foram introduzidas primeiramente na região sul do Brasil, nas
áreas de ocorrência natural de Araucaria angustifolia, a fim de substituir a madeira desta
espécie para serraria, pois as empresas do sul temiam que o corte da araucária levasse a uma
escassez de madeira. A araucária necessita de um clima especial, com temperaturas baixas e
chuvas bem distribuídas durante o ano, não tolerando condições de seca e exige solos
profundos e de boa fertilidade. Assim, apenas 20% da sua área natural apresenta condições
adequadas para o seu cultivo, o que levou as empresas e os institutos florestais a buscarem
outras espécies que produzissem madeira de qualidade semelhante à da araucária e, que
apresentassem boa produtividade nas áreas disponíveis na região. As espécies de Pinus foram
então testadas e apresentaram vantagens para o desenvolvimento florestal (Aguiar & Valeri
2000).
As culturas de Pinus demonstram facilidade de dispersão para as áreas vizinhas
dominando as espécies nativas de estrutura semelhante. Tais descontroles de invasão são
preocupantes, pois sabe-se pouco sobre os efeitos ecológicos das plantações de pinheiros e,
atenção especial deve ser direcionada aos efeitos ecológicos da amplitude de pestes por
insetos e patógenos. Deve ser imediata a tentativa de prevenir a invasão de espécies exóticas
com alta probabilidade de serem bem sucedidas; se o plantio é indispensável, que seja
mantida distância suficiente para evitar a dispersão natural em áreas próximas (Knight et al.
2001).
A regeneração do dossel de pinus é esparsa devido a presença e liberação de
substâncias secundárias no solo (Kil 1992).
Onaindia & Amezaga (1999), analisando sementes coletadas em três tipos de florestas,
uma nativa e duas plantações de coníferas, sendo uma perene (Pinus radiata) e a outra
decídua (Laris kaempferi), observaram que com o plantio de coníferas algumas espécies
desapareceram dos campos das florestas nativas, pois apresentavam o mesmo ritmo sazonal,
mas outras, geralmente ausentes do banco de sementes, apareceram. Portanto, os efeitos de
plantações de coníferas podem ser diferentes para os diversos tipos de vegetação.
Embora tantos aspectos sobre o uso de espécies exóticas em reflorestamentos
mereçam maiores investigações, as plantações com este fim ocorreram em 124 países no
mundo e cobrem uma área aproximada de 3,6 bilhões ha, com uma produção de 1,65 bilhões
m
3
de madeira, utilizando várias espécies dos gêneros Eucalyptus e Pinus; as coníferas
formam 1,14 bilhão ha de florestas plantadas (Alves et al. 1999).
I. 3 - A Vegetação no Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo, até o início de século XX, mantinha intocada boa parte de sua
cobertura vegetal original, predominantemente florestal, interrompida às vezes por manchas
de outros tipos de vegetação, dentre as quais o Cerrado, que ocupava a maior área,
correspondendo a 14% do Estado (Durigan et al. 1994). Em 1962, o inventário florestal do
Estado, mostrava 1.837.820ha de Cerrado, já no inventário de 1990-92 havia somente
239.846ha, graças à ação da fronteira agrícola. Conforme estudos recentes, feitos pelo
Programa de Biodiversidade (PROBIO) da Secretaria do Meio Ambiente (SMA) do Estado de
São Paulo, o Cerrado é o ecossistema mais ameaçado de todo o Estado, em virtude da forte
pressão agropecuária das últimas décadas (Bitencourt & Pivello 1998).
Atualmente, das manchas originais de cerrado no Estado de São Paulo, restam
pequenos fragmentos que correspondem a 2.379km
2
, ou seja, menos de 1% da superfície do
Estado. Desta área, apenas 17.500ha encontram-se protegidos, na forma de unidades de
conservação, todas estaduais, administradas pelo Instituo Florestal de São Paulo (Durigan et
al. 1994).
A região administrativa de Ribeirão Preto, onde está localizada a área de estudo,
perdeu aproximadamente 80% de sua área de Cerrado, devido à rápida expansão agrícola dos
últimos 30 anos. Em 1970, dos aproximadamente 60.000ha da área do município de Luiz
Antônio, 70% eram constituídos por áreas naturais representadas por cerrado, mata mesófila e
áreas de alagamento. Atualmente, no território municipal restam apenas 31,71% de áreas
naturais e seminaturais, incluindo cerrados, áreas de alagamento e banhados, vegetação ripária
e de encostas e as lagoas marginais do Rio Mogi-Guaçu (Pires et al. 2000).
I.4 - O Histórico das perturbações antrópicas nas Estações Ecológica de Jataí e
Experimental de Luiz Antônio, São Paulo.
O conhecimento do histórico das perturbações antrópicas é importante para a
compreensão das mudanças na composição florística ao longo do tempo num fragmento,
subsidiando estudos posteriores de estratégias de conservação da biodiversidade (Nascimento
et al. 1999).
A Estação Ecológica de Jataí (EEJ) “Conde Joaquim Augusto do Vale”, com uma área
de 9.074,63ha (Decreto 47096, 18.09.2002, SP), está localizada no município de Luiz
Antônio-SP, entre as coordenadas 21º 33’ a 21º 37’ de latitude sul e 47º 45’ a 47º 57’ de
longitude oeste, a uma altitude média de 600m, fazendo limite com a Estação Experimental de
Luiz Antônio (EELA), com área de 2.021ha. A área onde estão inseridas as duas estações era
propriedade do Sr. “Conde” Joaquim Augusto Ribeiro do Valle em 1925 e denominada
“Fazenda Jatay” em alusão a Hymenaea courbaril L., o jatobá e a abelha Tetragonisca
augustula (Lateille,1811), ambos também popularmente denominados como jataí e muito
comuns na região (Maroti 2002).
Na região são distintos três ecossistemas: aquático - uma extensão de 9.300m é
percorrida pelo Rio Mogi-Guaçu, 14 lagoas, córregos e brejos -; área terrestre inundável
(várzeas) e ambiente terrestre com florestas de morros permanentemente livres de inundação,
com vegetação nativa, onde espécies típicas de Cerrado stricto sensu ocupam 1.225,8ha
(13,6%). Atualmente poucos remanescentes de pinus e eucalipto convivem com a flora nativa.
A maior parte da área de estudo (60,72% ou 5.471,8ha), compreende fisionomias florestais
classificadas por Coutinho (1978) como Cerradão, estruturalmente determinado por três
estratos: (1) superior, com árvores de 10-12m de altura e indivíduos emergentes, árvores com
18-20m e dossel contínuo; (2) médio, não muito denso, formado por arbustos e arvoretas, que
atingem até sete metros e (3) herbáceo bastante reduzido e com baixa diversidade (Pires et al.
2000).
A substituição das áreas de vegetação natural no último século, levou a alteração da
fisionomia da paisagem. Através de narrativas de antigos moradores, Maroti (2002) conseguiu
descrever essa trajetória a partir do período de 1925-1945, quando a então Fazenda Jataí foi
administrada pelo Conde Joaquim Augusto do Vale. Nessa época, houve a retirada da
vegetação nativa para a formação de pasto de pecuária leiteira e plantio de café. O cultivo
estava restrito à área da Estação Experimental de Luiz Antônio, mas a pecuária ocupava parte
significativa do que hoje é a Estação Ecológica de Jataí. Havia seis colônias de trabalhadores
rurais, uma olaria (retirava argila de um córrego hoje extinto, que deu lugar a atual represa) e
na região próxima ao Rio Mogi-Guaçu havia plantios de arroz (Fig. 2A).
No período de 1945-1959 a Fazenda Jataí foi administrada pela Companhia Mogiana
de Estradas de Ferro e era originalmente área de Cerrado (Fig. 2B). Esse período foi
caracterizado pela diminuição do cultivo de café e da pecuária e pelo aumento da silvicultura,
prioridade da Companhia Mogiana que era a produção de madeira para fins de combustível e
produção de dormentes. Essas atividades provocaram a diminuição de sua cobertura vegetal,
estabelecendo uma composição florística diferente da original, culminando com o
desenvolvimento de vegetação secundária de médio porte (Toledo Filho 1984). O
desmatamento foi realizado através da técnica do “correntão”, que simplesmente derruba toda
a cobertura vegetal local até as raízes (Antonio Carlos Zanato, atual diretor da EEJ e EELA,
com. pessoalunicação pess.). As colônias foram mantidas e as lagoas marginais continuaram
servindo para fins agrícolas e retirada de madeira.
No período de 1959 a 1982, a Fazenda Jataí passa a ser administrada pelo Instituto
Florestal do Estado de São Paulo, sendo denominada Estação Experimental de Luiz Antônio
(Fig. 3). Nesse período, as atividades de cultivo de café e da pecuária foram quase que
totalmente substituídas pelo plantio de eucalipto. Na região das lagoas havia plantio de arroz e
cebola, as colônias diminuíram para cinco e houve um aumento das atividades relacionadas à
retirada de argila.
O cenário atual apresenta menor diversidade de uso e ocupação. A Estação Ecológica
de Jataí, com área restrita para a conservação, é ocupada por mata e macega (83,57%), e o
mínimo de remanescente de eucalipto e pinus está sendo paulatinamente retirado e
naturalmente recomposto. Segundo Pires (1999), estas áreas, juntamente com outras que
constituem a bacia do Córrego do Beija-Flor, constituem a unidade de paisagem com maior
área de uso não compatível com os objetivos da EELA e têm 30,28% de sua área passível de
ser recuperada. A área referente a Estação Experimental de Luiz Antônio já abrigou 2.000
pessoas, restando atualmente menos de 40, incluindo funcionários e seus respectivos
familiares, que ainda trabalham no que restou das plantações de pinus e eucalipto e na
fiscalização da área.
No entorno das estações, vários problemas comprometem a qualidade ambiental e a
biodiversidade. O ecossistema aquático está contaminado pela deriva de agroquímicos, carga
orgânica e industrial de 39 cidades (70 ton/dia) do Estado de São Paulo, recebida pelo Rio
Mogi-Guaçu, além da mineração de areia por dragagem a montante desse mesmo rio. Os
desmatamentos e incêndios devido a práticas agrícolas que promovem a fragmentação da
paisagem e aumento de espécies invasoras com conseqüente perda de diversidade. Há ainda
translocação de espécies, a invasão de animais domésticos e de sem-terra, tudo isso agravado
pela falta de conscientização, informação e fiscalização (Pires & Santos 2000; Maroti 2002).
A problemática das áreas de entorno torna-se ainda maior quando observado o
isolamento da área. Ao sul-sudoeste a área faz limite pelo Córrego Cafundó com propriedades
de pequeno, médio e grande porte, onde ocorrem os cultivos de laranja, cana-de-açúcar e
lavouras de subsistência; à sudoeste, é limitrofe de propriedades particulares e 50 pesqueiros;
ao norte-noroeste há cultura de cana-de-açúcar e ao norte-nordeste, ocorre a criação de
bovinos, caprinos, eqüinos e suínos, cultivo de algodão, milho e soja e uma pequena área com
vegetação nativa.
Apesar deste quadro tão desfavorável, em Luiz Antônio, os talhões de antigas culturas de
pinus e eucalipto, perfazem regiões consideráveis de recuperação ambiental, já que constituem
parte de um dos poucos remanescentes de Cerrado no Estado de São Paulo protegido por
legislação vigente. Apesar da intensa ação antrópica em alguns pontos de seu interior, e no
entorno, por mais de um século, em algumas áreas a vegetação secundária está em franco
desenvolvimento e, é visível a fixação da fauna de pequeno, médio e grande porte. Trata-se de um
importante refúgio para diversas espécies de animais, algumas inclusive ameaçadas de extinção,
como o lobo-guará (Crysocyon brachyurus), espécie considerada como indicadora da qualidade
ambiental da unidade, por ser típica de topo de cadeia alimentar (Pires & Santos 2000).
A
B
Figura 2. Representação esquemática do uso do solo na Estação Experimental de Luiz Antônio e Estação
Ecológica de Jataí. A. Período do Conde (1925-1945). B. Período da Cia. Mogiana. Modificado de Maroti
(2002).
A
B
Figura 3. Representação esquemática do uso do solo na Estação Experimental de Luiz Antônio e Estação
Ecológica de Jataí. A e B. Período do Instituto Florestal do Estado de São Paulo. Modificado de Maroti
(2002)
I.5 - Análises que contribuem para os planos de recomposição florística após os
processos de perturbações antrópicas.
A flora do Cerrado, a savana de maior diversidade do mundo, é classificada como em
sétimo lugar no ranking mundial com 10.000 espécies de plantas (Eiten 1994), das quais
6.000 são fanerógamas, sendo a maior parte delas endêmica. Porém, estima-se que a perda da
cobertura vegetal nas últimas décadas está aumentando (Felfili et al. 2002); no Distrito
Federal, nos últimos 44 anos, estima-se que 57,65% da cobertura original foi perdida, e as
fitocenoses mais significativamente afetadas foram o cerrado sentido restrito (73,8%), as
matas (47,20%) e os campos (48,13%) (Felfili 2000).
Embora o indivíduo (com genótipo característico) seja encarado como o nível em que
a seleção natural ocorre, a evolução se processa dentro da comunidade, posto que em
condições naturais, indivíduos e mesmo populações raramente ocorrem isolados ou em
povoamentos puros. Há muito tempo, admite-se que as plantas são organismos sociais, com
tendência a ocorrerem juntas num certo espaço (Braun-Blanquet 1979).
Há estreita relação do ambiente físico com a comunidade que nele se instala, pois
tanto o solo, o clima e a hidrologia são modificados por ela num processo bastante dinâmico.
Daí a importância da compreensão do meio onde as plantas vivem, envolvendo aspectos tanto
abióticos (água, luz, temperatura, nutrientes, etc.) como bióticos (competidores, parasitas,
polinizadores, etc.). Noções como nicho ecológico, ecótipo e outros aspectos estão ligados à
evolução em comunidades e, a florística e a fitossociologia são ferramentas importantes para a
discussão sobre a diversidade ecológica (Martins 1990).
A florística agrega informações sobre as espécies componentes do povoamento
florestal analisado, buscando o conhecimento da importância ecológica de cada espécie e o
grau de diversidade do fragmento. Essas informações são direcionadas aos estudos para a
proteção dos recursos naturais e para a preservação dos ecossistemas, resultado de inúmeros
trabalhos e projetos (Bchierholz 1991).
Parte dos dados obtidos nesse tipo de estudo é produto da coleta visando a
caracterização da cobertura e composição vegetal de áreas de interesse. Consiste em
levantamentos florísticos qualitativos para cada fisionimia reconhecida, e produz uma lista de
espécies em ordem alfabética, por famílias, gêneros e espécies, além de dados sobre habitats e
formas de vida. Um dos aspectos fundamentais da fisionomia decorre da forma biológica dos
vegetais presentes na comunidade. Antigos pesquisadores como Warming, já colocavam a
forma biológica como a conseqüência da interação do corpo vegetativo com o ambiente.
A comunidade tem, portanto, uma estrutura própria, caracterizada pelas populações
que a compõem. O funcionamento da comunidade vegetal envolve outros aspectos como o
periodismo fenológico e as adaptações complexas que facilitam de alguma forma a
sobrevivência das populações (Goodland & Ferri 1979).
Assim sendo, a composição florística apresenta uma relação de espécies presentes em
uma dada área que, com a correta identificação taxonômica dos espécimes presentes e a
manutenção do material testemunho em Herbários é fundamental e imprescindível para o
estudo dos vários atributos da comunidade (Martins 1990).
Em paralelo ou dando continuidade à investigação, a fitossociologia aborda o estudo
das comunidades vegetais e sua relação com o meio, buscando estabelecer o padrão da
comunidade, explicitando as espécies dominantes, a distribuição e a estratificação. Os
parâmetros fitossociológicos cobrem de maneira mais uniforme os gradientes de interesse,
resultando numa maior quantidade de dados amostrais que são fundamentais para o
conhecimento da distribuição das espécies e de seu relacionamento com o ambiente.
Os dados fitossociológicos relativos aos parâmetros densidade, freqüência e
dominância relativas e valor de importância, são os mais informativos nos estudos para fins de
comparação entre riquezas, densidades totais/ha e biomassa total/ha.
Em conjunto, os dados obtidos através desses parâmetros são capazes de facilitar a
consecução e o conhecimento da vegetação local, evidenciam a estrutura da comunidade
vegetal, possibilitam documentar a diversidade alfa, informam sobre as variáveis ambientais
que influem na variação da abundância de uma população e fornecem uma base de
informações indicadoras dos recursos potenciais locais (Martins 2003).
A partir da década de 70 houve um aumento considerável de trabalhos
fitossociológicos, no entanto, ainda é restrito o número daqueles que desenvolvem discussões
no âmbito da dinâmica de comunidades. Alguns trabalhos destacam-se, tais como: Pagano
(1985), analisando um fragmento de mata semidecídua em Rio Claro-SP; Castellani (1986),
que acompanhou por um ano e meio o processo sucessional em trecho da mata de Santa
Genebra (Campinas-SP), Schlittler (1990), estudando um trecho de mata mesófila
semidecídua no Parque Estadual do Morro do Diabo e Gandolfi (1991), que estudou as
categorias sucessionais de um número expressivo de espécies.
I.6 - Objetivos
Estudos mais amplos sobre as áreas em processo de recuperação na EELA e EEJ são
imprescindíveis, já que esta região constitui um fragmento de cerrado que apresenta grande
heterogeneidade espacial, determinada pelos diversos tipos de relevo, fatores de solo, clima,
ação do fogo e geadas. E, devido a tal fragilidade se faz necessário investigar as condições de
regeneração deste ecossistema após prolongado período de diversos tipos de interferência
antrópica (Pires 1999).
O acompanhamento do processo de recomposição florística dessas áreas certamente
será útil no fornecimento de subsídios para a identificação das espécies nativas que ali
ocorrem e das reais condições de recuperação natural após o plantio de culturas exóticas.
Considerando estes aspectos, o presente trabalho realizou os levantamentos florísticos
e fitossociológicos de sete áreas, visando fornecer subsídios para a compreensão do processo
de recomposição de fragmentos florestais após o plantio de espécies exóticas (pinus e
eucalipto). Dentro do proposto, os objetivos específicos são:
1. Verificar se a composição da flora arbustivo-arbórea é distinta, segundo a exótica
instalada e o tempo de recomposição, utilizando a área preservada como padrão.
2. Relacionar as características do solo com a recomposição florística nas áreas.
3. Reunir parâmetros fitossociológicos que expliquem as diferenças observadas entre
as áreas.
4. Utilizar os dados da estrutura horizontal da vegetação nas áreas para explicar as
diferenças observadas.
5. Utilizar os dados da estrutura vertical da vegetação para estabelecer a importância
das exóticas na regeneração das áreas.
6. A partir dos dados de ocupação dos estratos no povoamento, inferir o estágio de
sucessão das áreas.
7. Estabelecer a importância ecológica das espécies a partir da sua posição sociológica
na comunidade.
8. Levantar os eventos geradores das perturbações no processo de recuperação natural
das áreas em estudo, condicionado a literatura e observações de campo.
9. Analisar os eventos fenológicos, as formas de vida e as síndromes de dispersão dos
espécimes coletados.
10. Fornecer dados que subsidiem planos de manejo para as áreas em questão.
11. Incrementar a coleção do Herbário SPFR, da FFCLRP – USP – Ribeirão Preto,
através da incorporação do material coletado.
II. Material e Métodos
II.1 - Caracterização da Área de Estudo
A investigação foi conduzida no município de Luiz Antônio-SP, entre as coordenadas
21º 33’ a 21º 37’ de latitude sul e 47º 45’ a 47º 57’ de longitude oeste, a uma altitude média
de 600m, em terras da Fazenda Pública do Estado, administrada pelo Instituto Florestal, área
aproximada de 11.000ha. Compreende as Estações Ecológica de Jataí (EEJ, com 9.074,63 ha)
e Experimental de Luiz Antônio (EELA, com 2.021ha).
Segundo informações de Toledo Filho (1984) e Pires et al. (2000), as condições
climáticas permitem classificar a região onde está inserida a área de estudo como pertencente
ao clima CWA de Koppen, ou tropical de Brasil Central, com temperaturas mais elevadas
ocorrendo no período de maior precipitação (dezembro a fevereiro) e as menos elevadas,
ocorrendo no período de menor precipitação (maio a outubro). Apenas um a três meses são
secos, com precipitação anual média, observada em 29 anos, de 1.433mm, com os maiores
valores nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. A média mensal de precipitação nos
últimos 15 anos foi em torno de 130 mm; entre o período de 1972 e 1999, as temperaturas
máxima e mínima absolutas foram 38,1 e 0,6ºC, respectivamente.
O relevo da área está representado por duas grandes unidades, as Cuestas Basálticas e
o Planalto Ocidental. As principais formas estruturais encontradas nas áreas são: (1) áreas
com relevo de degradação, constituídas por planícies aluviais, com terrenos baixos e
razoavelmente planos, junto às margens dos córregos e do Rio Mogi-Guaçu, sujeitos a
inundações periódicas; (2) relevo de morros de encostas suavizadas onde predominam baixas
declividades de até 12% e amplitudes locais de 100
a 300 metros, morros amplos constituindo
interflúvios arredondados, com área superior a 15km
2
, topos arredondados a achatados,
vertentes com perfis retilíneos a convexos, drenagem de padrão dendrítico, vales abertos e
planícies aluviais interiores restritas; (3) relevos de degradação em planaltos dissecados com
colinas amplas onde predominam interflúvios com área superior a 4km
2
, topos extensos e
aplainados, vertentes com perfis retilíneos a convexos.(4) drenagem de baixa densidade com
padrão subdendrítico, vales abertos, planícies interiores restritas com presença eventual de
lagoas perenes ou intermediárias (Área da Serra do Jataí) (Pires et al. 2000).
A geologia da área é constituída por três formações principais: a) formação Botucatu,
constituída por arenitos triásssicos; b) formação Serra-Geral, constituída pela seqüência de
derrames basálticos do Jurássico e c) formação Santa Rita do Passa-Quatro, constituída por
depósitos sedimentares do Quaternário (Pires et al. 2000).
A pedologia da área da EEJ está definida em cinco grandes classes de solos,
predominando os latossolos Vermelho-escuros (43,59% = 2.079.58ha), seguidos das areias
quartzosas (24,93% = 1.189,60ha), dos latossolos Vermelho-amarelos (16,37% = 780,91ha),
dos solos hidromórficos (12,03% = 573,99ha) e do latossolo roxo (3,08% = 147,23ha) (Pires
et al. 2000).
Com base em análises fitossociológicas e interpretação digital, Toppa (2004)
subdividiu a vegetação da Estação Ecológica de Jataí em duas grandes classes: vegetação
natural e reflorestamentos (espécies de Pinus e Eucalyptus). Estruturalmente há indícios de
áreas sob um longo período livre de perturbações (florestas naturais – cerrado e floresta
semidecídua, formações savânicas – cerrado stricto sensu, e vegetação de várzea junto ao Rio
Mogi-Guaçu) e áreas cujas fitofisionomias indicam intensa interferência antrópica,
classificadas pelo autor como cerrado em regeneração, campo sujo, plantio de pinus e
eucaliptos (plantio pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo, anterior ao decreto que
criou as unidades de conservação).
A variação altimétrica encontrada na área é de 320 metros, sendo a cota mais baixa
situada a 515m na região da planície de inundação do Rio Mogi-Guaçu, e a mais alta situada a
835m, na Serra do Jataí (Pires et al. 2000).
Toledo Filho (1984) indicou a ocorrência de uma forte geada na região em julho de
1978. Como conseqüência registrou uma diminuição de 20,9% nas espécies de cerrado
inventariadas. Observou que nas espécies onde o efeito da geada foi considerado forte,
somente um pequeno número de indivíduos morreu e a maioria brotou nos próximos meses, a
partir de uma certa altura do tronco ou a partir do nível do solo.
II.2 - Delineamento Experimental
Foram estabelecidas duas variáveis amostrais: espécies de exótica cultivada (pinus e
eucalipto) e o tempo da última intervenção antrópica (aproximadamente 1980, 1990 e 2000).
Considerou-se como unidade amostral o talhão de cultivo de exótica medindo
200x200m (4ha) com diferentes idades do último desbaste ou corte raso (Tab. 1, Fig. 4). Em
cada unidade amostral foram demarcadas aleatoriamente três parcelas de 10x20m (0,06ha),
distantes de 20m a 50m do limite dos talhões. Quatro das áreas estão localizadas na Estação
Experimental e três na Estação Ecológica. A sétima área apresenta vegetação de cerrado
preservado, tipicamente cerrado stricto sensu e, foi demarcada em área proporcional aos
talhões de exóticas. Todas as áreas (sete talhões) perfazem um total de 21 parcelas (1,26 ha).
Tabela 1. Demonstrativo das áreas escolhidas para estudo em Luiz Antônio-SP.
ÁREAS
C A R A C T E R Í S T I C A S D O S T A L H Õ E S
Pinus - Pinus caribaea
Morelet - var. hondurensis
W.H.G. Barrett & Golfari
Pi1980
Plantio – 1964
4º desbaste em 1980
Local: Retiro/Estação
Ecológica
Parcelas: 1, 2 e 3
Pi1990
Plantio – 1964
4º desbaste em 1992
Local: Talhão 129
Parcelas: 4, 5 e 6
Pi2000
Plantio – 1964
corte raso em 2001
Local: Talhão 130
Parcelas: 7, 8 e 9
Eucalipto - Corymbia
citriodora (Hook.) K.D.Hill
& L.A.S. Johnson
Eu1980
Plantio – 1964
4º desbaste em 1980
Local: Talhão 208
Parcelas: 10, 11 e 12
Eu1990
Plantio - 1964
4º desbaste em 1991
Local: Talhão 137
Parcelas: 13, 14 e 15
Eu2000
Plantio – 1964
corte raso em 2001
Local: Talhão 131
Parcelas: 16, 17 e 18
Cerrado – área controle
CE
Cerrado stricto sensu
preservado
Local: Estação
Ecológica Rua 149
Parcelas: 19, 20 e 21.
Figura 4. Mapa indicando a localização do município de Luiz Antônio no Estado de São Paulo e as
Estações Ecólogica de Jataí (EEJ) e Experimental de Luiz Antônio (EELA), ressaltada a área de 10km
de entorno. Fonte: www.lapa.ufscar.br.
Para a visualização e compreensão espacial da localização das áreas em estudo foram
medidas, no campo, as coordenadas referenciais que delimitam cada talhão, com GPS 12CX
(1999 GARMIN Corporation) Fuso 23S, calibrado em relação ao Córrego Alegre, que utiliza
as coordenadas UTM (Universal Transversa de Mercator). Esses dados foram enviados ao
Laboratório de Análise e Planejamento Ambiental – UFSCAR (São Carlos), que gentilmente
forneceu a imagem relativa a área de estudo na escala 1:10.000. Através dessas coordenadas
também foi possível obter as distâncias entre as áreas de estudo (Tab. 2).
19S41'
53W08' 43W58'
25S13'
Figura 5 - Imagem obtida a partir das coordenadas geográficas tomadas em campo e localização no
mosaico de imagens georeferenciais do Laboratório de Análise e Planejamento Ambiental – UFSCAR.
Cerrado = CE, talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000, plantio de eucalipto
(Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, ocorrência do último desbaste
em 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990 e Pi2000, plantio de pinus (Pinus
caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, ocorrência do
último desbaste em 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente.
Tabela 2. Distâncias entre as áreas de estudo. Eu1980, Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto
(Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill & L.A.S. Johnson) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último
desbaste, 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões com plantio de
pinus (Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Sénecl.) W.H.G. Barrett & Golfari) desde 1964, diferentes
quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente. CE = talhão de
cerrado stricto sensu preservado.
Áreas Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000 CE
Eu1980 0 2124 3901 3021 3290 3960 5200
Eu1990 2153 0 3396 4990 3386 4010 6300
Eu2000 3916 3960 0 5084 645 378 5300
Pi1980 2806 4956 5230 0 5480 4900 3100
Pi1990 3456 3334 671 5480 0 534 5300
Pi2000 4021 3965 405 4794 698 0 5300
CE 5200 6300 5300 3100 5300 5300 0
II.3 - Coleta de material botânico e levantamento de dados.
As coletas foram realizadas através de visitas quinzenais durante dois anos (2003 a
2004), amostrando-se todos os indivíduos com perímetro à altura do solo (PAS) 5cm.
Espécimes em estágio reprodutivo foram coletados, sendo incorporados ao Herbário SPFR
(Herbário do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto). Os procedimentos de coleta foram os já consagrados em sistemática vegetal
para Angiospermas. Para ampliar o inventário através da análise florística foram realizadas
caminhadas através de cada talhão; durante esse processo foram catalogados os espécimes em
fase reprodutiva e/ou vegetativa, sem plaqueá-los.
Para a amostragem fitossociológica os indivíduos foram plaqueados e numerados. As
medidas de PAS foram obtidas com fita métrica e as de altura dos indivíduos foram estimadas
usando os extensores (1,5m aproximadamente) da tesoura de alto poda. Quando as árvores ou
arbustos encontravam-se inclinados, adotou-se como altura a distância entre a projeção da
copa e o solo.
Cadernos de campo foram confeccionados, anotando-se as observações fenológicas e
outras julgadas relevantes. As síndromes de dispersão foram caracterizadas seguindo a
nomenclatura proposta por Pijl (1982) ou por informações existentes para as espécies nos
trabalhos de Mantovani & Martins (1993), Batalha & Mantovani (2000) e Weiser & Godoy
(2001). As formas de vida foram avaliadas no campo seguindo o sistema de Raunkiauer
consultado em Braun-Blanquet (1979).
O material coletado foi inicialmente prensado no campo, sendo posteriormente
realizada a prensagem e secagem definitiva em estufa a 70ºC, por 72 horas, na instituição.
Flores e frutos foram conservados em álcool 70% glicerinado, ou FAA
50
, para auxiliar na
identificação.
II.4 - Identificação do material coletado
O material foi analisado sob estereomicroscópio e identificado, sempre que possível, até
o nível específico. Para tanto, foram utilizadas chaves de identificação para famílias (Joly
1975), gêneros (Barroso et al. 1978, 1984, 1986) e obras de referência para espécies como
Flora brasiliensis, Flora Catarinensis, Flora Neotropica, Flora da Serra do Cipó e Flora
Fanerogâmica do Estado de São Paulo, além de outras revisões disponíveis. Foram
consultados também Lorenzi (1992, 1996, 1998, 1999, 2000), Kissmann (1997), Marchiori &
Sobral (1997), Kissmann & Groth (1999, 2000) e Durigan et al. (2004a). Para os gêneros
Casearia, Miconia e Machaerium foram utilizados os trabalhos de Torres & Yamamoto
(1986), Martins et al. 1996 e Sartori & Tozzi (1998), respectivamente. A família
Leguminosae foi identificada com o auxílio dos estudos de Lewis (1987). Para o material em
estado vegetativo foram utilizadas as chaves de identificação elaboradas para a flora do
Cerrado (Mantovani et al. 1985; Batalha et al. 1999; Batalha & Mantovani 1999). Foram
feitas consultas aos Herbários SP, SPF, SPFR, UEC e os espécimes de difícil identificação
foram encaminhados para especialistas. A lista de espécies está organizada em ordem
alfabética de famílias e espécies, estas seqüencialmente numeradas. O sistema de classificação
adotado foi o recomendado pelo The Angiosperm Phylogeny Group (2003), e atualizações
desse sistema, bem como a grafia correta dos nomes científicos e de autores seguem o
indicado no site http://www.mobot.org.
II.5 - Análise do solo
Foram realizadas 15 sub-amostras do solo às profundidades de 0 a 20cm e de 20 a
40cm, de forma aleatória, porém distantes pelo menos 70 metros uma da outra, caminhando
em zigue-zague, em cada talhão. Evitou-se áreas com formigueiros que são interpretadas
como manchas do solo, onde ocorre uma mistura de várias camadas de solo revolvido pelos
insetos.
As amostras foram feitas com o auxílio de uma SONDATERRA, confeccionada em
aço inoxidável, sendo as pontas em aço carbono, modelo S60. Além disso, foi utilizada uma
marreta de borracha para alcançar as profundidades necessárias. O material recolhido nas 15
amostras foi colocado em recipientes separados, segundo a profundidade. Ao completar a
décima quinta amostra obteve-se uma amostra composta de cada profundidade, procedimento
adotado para todos os talhões, independente da área ou tipo de solo. O solo, assim obtido
(aproximadamente 500 gramas) foi homogenizado e acondicionado em sacos plásticos
devidamente etiquetados. Do total amostrado, 300 gramas foram enviados ao Departamento
de Recursos Naturais e Proteção Ambiental, da Universidade Federal de São Carlos, no
Centro de Ciências Agrárias, em Araras-SP para a análise de macro e micronutrientes, pH,
matéria orgânica e CTC.
A análise da granulometria foi realizada na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
de Ribeirão Preto/USP/Departamento de Biologia, Seção de Zoologia de Invertebrados. A
metodologia utilizada para as análises granulométricas foi a indicada por Muehe (1996). Após
a secagem do solo em estufa a 60
0
C, realizou-se o processo de peneiramento de 50g de cada
amostra. O material após ser despejado em uma superfície formando um cone, foi cortado em
quatro quartos iguais, sendo coletado o material de dois quartos opostos entre si. O
procedimento foi repetido até a obtenção de uma amostra com 50g que, após separada, foi
peneirada durante 15 minutos no agitador de peneiras, anteriormente calibrado seguindo
metodologia usual. Em seguida, o material retido em cada peneira foi pesado em balança
analítica de precisão 0,001g, identificando-se o particulado retido segundo a escala de
tamanho de sedimentos de Wentmorth (1922), com modificações.
II.6 - Análise dos dados
II.6.1 - Índices
Para as medidas de diversidade foram calculados os índices descritos a seguir,
seguindo as recomendações de Magurran (1988) e Martins & Santos (2004).
A. Índice de Diversidade de Shannon-Weaver (H’), obtido a partir de:
H’ = N. Ln(N) -
S
i = 1
niLn(ni) / N
em que:
N = número total de indivíduos amostrados;
ni = número de indivíduos amostrados;
S = número de espécies amostradas;
Ln = logaritmo de base neperiana (e).
Quanto maior for o valor de H’, maior será a diversidade florística da população em
estudo. Este índice é ideal para expressar riqueza e uniformidade e o conteúdo de sua
informação é dependente da proporção de indivíduos em cada espécie. Assim, pode-se
encontrar diversidade diferente entre comunidades com o mesmo número de espécies, cuja
distribuição de abundância entre as espécies seja diferente, ou, quando o número de
indivíduos seja igual, mas o de espécies diferente.
B. Índice de Uniformidade de Pielou, obtido a partir de:
C = H’ / Hmax
em que:
C = índice de uniformidade;
Hmax = Ln(S) = diversidade máxima;
S = número total de espécies amostradas = riqueza.
O Índice de uniformidade de Pielou, também conhecido por Índice de Equabilidade,
informa dentro do intervalo de (0-1), onde 1 representa a diversidade máxima, ou seja, todas
as espécies são igualmente abundantes. O oposto indica uma alta probabilidade de vários
indivíduos, tomados aleatoriamente numa comunidade, serem de uma mesma espécie; assim
sendo, quanto maior H’, menor a probabilidade disto ocorrer.
C. Índice de concentração de Simpson, obtido a partir de:
J =
S
i = 1
ni(ni-1)/[ N(N-1)]
Em que:
J = índice de dominância de Simpson;
ni = número de indivíduos amostrados da i-ésima espécies;
N = número total de indivíduos amostrados;
S = número de espécies amostradas.
O Índice de concentração de Simpson baseia-se na equabilidade e segundo o autor
pode ser usado na comparação de diferentes comunidades, independente do modelo de
distribuição de abundância sem sofrer influência do tamanho da amostra. Expressa a
probabilidade de dois indivíduos tomados de uma comunidade de modo independente e
aleatório pertencerem a uma mesma espécie. Também informa dentro do intervalo de (0-1),
sendo que a proximidade de 1 (um) indica uma menor diversidade.
D. Índice de Sørensen-Dice, obtido através da fórmula:
S = (2C / A + B) . 100
onde:
A = total de espécies da área A;
B = total de espécies na área B;
C = espécies comuns às áreas A e B;
S = índice de diversidade de Sørensen
O Índice de Sørensen-Dice foi utilizado para avaliar a similaridade florística a nível
específico entre as áreas de antigas culturas de pinus e eucalipto e do Cerrado preservado,
calculado usando o aplicativo NTSYS for Windows. Essa técnica analisa índices de
similaridade de pares de sítios, através da montagem de uma matriz onde é registrada a
presença ou ausência de espécies (dados qualitativos). Com essa matriz, se agrupam os dados
em vários níveis de ligação por média de grupo (UPGMA), o que gera um dendrograma
evidenciando os pares de grupos analisados segundo sua semelhança (similaridade). O
objetivo do uso destes recursos é encontrar consistência nos agrupamentos formados.
II.6.2 – Parâmetros fitossociológicos
A análise fitossociológica abrangeu parâmetros informativos da estrutura horizontal e
vertical, dando a conhecer a importância de cada espécie nas áreas investigadas. Os cálculos
seguiram as expressões estabelecidas por Mueller-Dombois & Ellenberg (1974) e Martins
(1993) e foram obtidos através do aplicativo Mata Nativa (Souza et al. 2004), segundo as
fórmulas descritas abaixo. A ordenação dos dados foi por ordem decrescente do Valor Médio
de Importância (IVI), que engloba as medidas de diâmetro, densidade e freqüência das
espécies inventariadas.
- estrutura horizontal
DRi = 100 (ni/N)
FAi = 100 (Pi/P)
FRi = 100 (FAi/ FA)
ABi = p
2
/ 4 π
ABT = ABi
DoAi = ABi . 10000/A
DoRi = 100. (ABi/ ABi)
VIi = DRi + FRi + DoRi
VI% = VIi/3
VCi = DRi + DoRi
VC% = VCi/2
onde:
ni = número de indivíduos da espécie i
N = número total de indivíduos
A = área amostrada em m
2
10000 = área total em m
2
de 1 hectare
Pi = número de parcelas em que ocorre a espécie i
P = número total de parcelas
p = perímetro
ABi = área basal total da espécie
A estrutura vertical das áreas foi estabelecida para ampliar o entendimento da
importância ecológica das espécies arbóreas e como elas caracterizam o povoamento. Os
valores de altura e diâmetro foram utilizados para evidenciar a distribuição dos indivíduos nas
áreas inventariadas. A freqüência desses parâmetros isoladamente, foi estimada através de
classes de altura e diâmetro.
Também foi testada a ocorrência de prováveis estratos (rol de alturas) em cada área de
estudo, representados por gráficos (construídos com o auxílio do aplicativo Excel 2.0), onde
cada barra é limitada pela amplitude das alturas de cada espécie, sendo o ponto sobre cada
linha a altura média. A numeração junto a cada traço corresponde à ordenação das espécies
amostradas pelos valores geometricamente decrescentes do índice de valor de importância
(IVI), indicados nas tabelas de parâmetros fitossociológicos, sendo possível comparar a
listagem de valores decrescentes de IVI com o gráfico e reconhecer facilmente as espécies
emergentes (Martins 1991). A representação através de um único ponto, sem a barra, indica
que para a espécie foi amostrado apenas um indivíduo e, por isso, não há dados suficientes
para estimar as alturas mínimas, intermediárias e máximas. Esses valores podem auxiliar na
inferência sobre o estágio de desenvolvimento sucessional do povoamento.
Para cada área de estudo, no campo, foi confeccionado um croqui, posteriormente
convertido em nova prancha, relacionando o perfil da paisagem numa faixa de vegetação de
20m de comprimento por 5m de profundidade, incluindo todos os indivíduos amostrados no
levantamento fitossociológico que cabem nessa faixa, distribuídos por suas alturas.
Com o objetivo de testar se as variáveis altura e diâmetro são dependentes entre si e,
se apresentam correlação positiva ou não quanto ao desenvolvimento dos indivíduos nos
diferentes povoamentos (quanto à cultura e tratamento instalado), foi utilizado o teste de
correlação linear simples - o Índice de Correlação de Pearson, através do programa EXCEL
2.0. O coeficiente de correlação (r) foi obtido por: r = Σxy/√Σx
2
Σy
2
.
O coeficiente expressa uma associação (positiva, negativa ou sem correlação) entre as
variáveis de interesse (altura e diâmetro), que implica na orientação gráfica desses valores em
cada tratamento (área) (Centeno 1982; Zar 1996 e Valentin 2000).
A posição sociológica que corresponde à importância ecológica das espécies no
povoamento, foi quantificada através dos estratos de altura total (h
j
):
Estrato Inferior: árvores com h< (h¯
-1.S)
Estrato Médio: (h¯
-1.S) h
j
<(h¯
+1.S)
Estrato Superior: h
j
(h¯
+1.S)
Em que:
h¯ = média das alturas dos indivíduos amostrados;
S = desvio padrão das alturas totais (h
j
):
h
j
= altura total da j-ésima árvore individual;
Com a estratificação, as estimativas de Posição Sociológica Absoluta (PSAi) e
Relativa (PSRi) por espécie, são obtidas pela solução das expressões abaixo (Finol 1971 apud
Souza et al. 2004):
VFij = VFj. nij;
VFj = Nj/n x 100
PSAj=
m
i =1
VFj . n
ij
PSRj= PSAj/
S
i = 1
PSAi x 100
Em que:
VFij = valor fitossociológico da i-ésima espécie no j-ésimo estrato;
VFj = valor fitossociológico simplificado do i-ésimo estrato;
n
ij
=
número de indivíduos de i-ésima espécie no j-ésimo estrato;
Nj= número de indivíduos no j-ésimo estrato;
N = número total de indivíduos de todas as espécies em todos os estratos;
PSAj= posição sociológica absoluta da i-ésima espécie;
PSRj= pos (5) = posição sociológica relativa (%) da i-ésima espécie;
S = número de espécies;
m = número de estratos amostrados.
A análise indica a importância das espécies considerando a sua participação nos
estratos verticais do povoamento. Esses estratos podem definir espécies dominantes,
intermediárias e dominadas, sendo a espécie com maior número de representantes num estrato
a de maior importância ecológica no povoamento (Souza et al. 2004).
Além da distribuição das espécies em estratos, pôde-se avaliar como os indivíduos
dessas espécies estão dispostos no povoamento através do Índice de Payandeh (1970 apud
Souza et al. 2004), que estima o grau de agregação das espécies através da relação entre a
variância do número de árvores por parcela e a média do número de árvores. O índice foi
calculado pela fórmula:
Pi = S
2
i
/ Mi
Em que:
Pi = índice de Payandeh para a i-ésima espécie,
S
2
i
= variância do número de árvores da i-ésima espécie;
Mi= média do número de árvores da i-ésima espécie.
O padrão de distribuição espacial dos indivíduos das diferentes espécies foi
classificado segundo a escala de agregação:
Pi < 1: distribuição aleatória ou não-agrupamento;
1 Pi 1,5 : tendência ao agrupamento;
Pi > 1,5 : distribuição agregada ou agrupada.
A ocorrência de indivíduos gerados por rebrota foi anotada em cada parcela,
computada por espécie e área em que foi inventariada, resultando no número de rebrota,
expresso como porcentagem do número total de espécimes amostrado no talhão e na
amostragem total:
100. (nir / N)
Onde:
nir = número de indivíduos em rebrota;
N = número total de indivíduos representado graficamente.
Foram consideradas espécies raras os táxons representados na amostragem de um
hectare por apenas um único indivíduo, seguindo a proposta de Martins (1991). Os espécimes
que tiveram uma única amostragem em uma dada área, foram considerados exemplares únicos
e não raros, pois no total da amostragem muitos foram encontrados em maior quantidade em
outras áreas ou estiveram presentes em várias (ou todas) as áreas.
III. Resultados e Discussão
III.1 - Análises do solo
As tabelas 3 a 5 apresentam os resultados das análises do solo amostrado nas áreas de
estudo. A análise química do solo (Tab. 3), em todos os talhões, revela baixos valores de
pH, caracterizando-o como fortemente ácido (4,0-4,4). A capacidade total de troca de
cátions (CTC) nas áreas de pinus (Pi1990, Pi2000) e eucalipto (Eu2000) é superior a 50%,
o que caracteriza um solo eutrófico; nos talhões de pinus (Pi1980), Cerrado (CE) e
eucalipto (Eu1990, Eu1980) é inferior a 50%, sendo portanto, considerado distrófico,
corroborando que há diferenças quanto à fertilidade entre as áreas.
Sano & Almeida (1998), consideram que pH em torno de 4,0 a 5,5 e baixos valores de
capacidade total de troca de cátions (CTC), classificam o solo como latossolo distrófico e
ácido. A variação encontrada para os valores de CTC pode explicar a ocorrência de manchas
de maior fertilidade no solo. A variabilidade nos solos do Cerrado leva, conseqüentemente a
uma diversidade vegetal e de microorganismos, refletindo em diferentes fisionomias da
fitocenose.
Ainda sobre os valores de pH, resultados semelhantes já haviam sido encontrados por
Toledo Filho (1984), que afirmou ser esse fator um provável limitante à revegetação e,
comparando os dados encontrados para Luiz Antônio com áreas do Brasil Central, evidenciou
uma acidez superior às encontradas naquela região.
Toppa (2004) encontrou em Luiz Antônio, nas diferentes fisionomias do Cerrado e
áreas com eucalipto, pH variando entre 3,6 a 4,1, indicando que as áreas do domínio Cerrado,
mesmo sem plantio de espécies exóticas, apresentam pH baixo. Paschoal (2004) observou
valores de pH mais baixos nas áreas de plantio de Eucalyptus citriodora e em regeneração
pós-corte de Pinus oocarpa, quando comparados aos das áreas de Florestas Paludosa e
Estacional Semidecídua em Botucatu (SP). Esses autores concordam que em solos com alta
acidez, as atividades microbianas são prejudicadas, devido à diminuição do fornecimento de
húmus, que funciona como agente estabilizador dos agregados e, conseqüentemente influi na
estruturação do solo.
Em relação aos dados de matéria orgânica (M.O.), CTC e fosfato (P) (Tab. 3), os
valores são superiores aos obtidos por Toppa (2004), na mesma unidade de conservação. Os
teores de matéria orgânica são significativamente maiores nas amostras coletadas entre 0-
20cm, em todas as áreas (Tab. 3), exceto na área de eucalipto - corte raso (Eu2000), sendo
ligeiramente superior nas áreas de pinus (teor médio = 17,2 g/dm
3
) que eucalipto e Cerrado
(16,6 g/dm
3
e 16 g/dm
3
, respectivamente). Segundo Bazzaz (1986), a adição de matéria
orgânica, o desenvolvimento da camada de serapilheira e a estabilização da superfície do solo
são as maiores mudanças ocorridas no solo durante o processo sucessional.
As concentrações de alumínio diferem entre as profundidades amostradas e, de modo
geral, são superiores na amostra de 0-20 cm (Tab. 3), e decrescem das áreas com quarto
desbaste mais antigo para o corte raso mais recente. Toppa (2004), encontrou em plantios de
eucalipto e pinus, respectivamente, dados bem superiores (Al em
média 9,5mmol
e
/dm
3
contra
5,1 e 10,05mmol
e
/dm
3
contra 4,5 mmol
e
/dm
3
). aos encontrados na presente análise.
Em relação ao fósforo (P), Toppa (2004) também descreve uma baixa disponibilidade
do elemento, que é altamente fixado pelo ferro (Fe), alumínio (Al) e manganês (Mn), pois os
dois primeiros elementos podem formar soluções de solo com compostos de fósforo
insolúveis, reduzindo portanto, sensivelmente a disponibilidade deste nutriente às plantas.
Malavolta (1980) cita que o fósforo é o nutriente que mais freqüentemente limita a produção
nas regiões tropicais e subtropicais. Muito possivelmente, baixos teores de nutrientes
decorrem das perdas por exportação em função de inúmeras colheitas realizadas para a
exploração comercial. Zinn (1998), utilizando solo de cerradão em Uberlândia (MG) como
controle, constatou em Latossolo Vermelho-Escuro a perda de bases e nitrogênio (N) sob o
plantio de Pinus caribaea var. hondurensis. Em solo sob plantio de Eucalyptus calmadulensis
o autor detectou aumento de cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P) e nitrogênio (N) e perda
de potássio (K), além da acidificação; dados parcialmente corroborados pela presente análise.
As análises das amostras de solo em Luiz Antônio, indicaram que o potássio (K) varia
entre as áreas de pinus e com CE (Tab. 3), podendo corroborar indicações de Lima (1996), de
que não há correlação entre retirada excessiva de potássio e plantio de eucalipto. A remoção
de potássio (K), bem como de magnésio (Mg) e cálcio (Ca), ocorre por lixiviação, conforme
diminui a capacidade de troca catiônica do solo e aumenta a precipitação pluviométrica
(Zuliani 2003).
Considerando os micronutrientes (Tab. 4), as diferenças mais expressivas foram
verificadas em relação ao Ferro, Cobre e Manganês, quando se compara o Cerrado (CE) com
as demais áreas. Comparando-se aos dados de Toppa (2004), os teores de manganês (Mn),
boro (B) e zinco (Zn) nas áreas sob plantio de exóticas, foram superiores aos valores obtidos
pelo autor, enquanto os valores de saturação de bases (V%), soma de bases (SB) e cobalto
(Co) foram bastante próximos.
O solo classificado como arenoso (Tab.5), comum às sete áreas avaliadas, apresenta
teor de argila + silte em torno de 15%. As áreas sob plantio de pinus apresentaram os menores
teores de areia; as áreas com eucalipto têm teores próximos aos do Cerrado; também há
variação entre os valores encontrados para as amostras nas profundidades de 0-20cm e de 20-
40cm. Entretanto, as diferenças não mudam a característica arenosa dos solos, que têm baixos
teores de argila e pequena capacidade de retenção de água, permitindo o desenvolvimento de
uma vegetação resistente ao deficit hídrico, com sistema radicular muito profundo.
Paschoal (2004), em estudo sobre a capacidade de regeneração da vegetação natural
em áreas de reflorestamento com espécies de Pinus e Eucalyptus, originalmente ocupadas por
florestas paludosas em Agudos (SP), coloca que a superfície arenosa exposta, sem proteção de
copas, muitas vezes sem ou com cobertura escassa de serapilheira, não retém a umidade,
podendo dificultar o processo de decomposição e facilitar a perda de matéria orgânica íntegra
por exportação.
Cabe ressaltar que nas áreas em regeneração de antigos plantios de pinus, há locais
onde o solo arenoso está exposto e, portanto mais suscetível ao processo erosivo, constituindo
um dificultador da recomposição da paisagem.
A cor predominante dos solos é o avermelhado, o que indica a presença de hematita.
Apenas na área de plantio de pinus com o quarto desbaste em 1980 (Pi1980), o solo
apresenta-se de coloração cinza. Foram identificados grânulos em todas as amostras
analisadas, provavelmente resultado de compactação por diversas atividades antrópicas. Esse
fato ocorreu com menor incidência no Cerrado preservado e, mais intensamente nas áreas de
antigos plantios de pinus.
Nessa mesma unidade de conservação, Toppa (2004) utilizando as variáveis edáficas,
verificou a natureza arenosa dos solos e que cerradão pode ser distinto do cerrado s.s.,
principalmente por areia fina ser a principal característica granulométrica do solo que explica
o agrupamento das amostras de cerrado s.s. O autor inferiu também, que as variáveis
granulométricas e químicas dos solos têm influência no estabelecimento das fisionomias
vegetacionais observadas. Encontrou para os perfis cerradão, cerrado em regeneração, campo
sujo e eucaliptal o tipo de solo Neossolo Quartzarênico Ortica (RQo) e, para os perfis de
cerrado stricto sensu e plantio de pinus, o solo tipo Neossolo Quartzarênico Hidromórfico
(RQg).
Fica evidente que, no caso das áreas utilizadas para estudo em Luiz Antônio, as análises químicas do
solo apresentaram resultados significantes para evidenciar fatores que podem influenciar a regeneração natural,
mas não são suficientes para serem responsáveis pela recomposição diferenciada observada entre as áreas de
plantios de pinus e eucalipto. Como ressaltado por Martins (1991), as relações clima-floresta-solo são muito
íntimas, tornando difícil apontar um único fator de clima e de solo como a causa de um determinado efeito
observado na vegetação, posto que, para cada reação da floresta, corresponde um conjunto de interações do
ambiente, que deve ser considerado e discutido.
_____Gimenez, V.M.M._____________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
47
Tabela 3. Características químicas (macronutrientes) do solo amostrado nas áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. P Resina – Fósforo extraído com resina; M.O. – matéria
orgânica, K – Potássio, Ca – Cálcio, Mg – Magnésio, H+Al – Hidrogênio e Alumínio, Al – Alumínio, SB – soma de bases, CTC – capacidade de troca catiônica, V% - saturação
por bases. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S.
Johnson) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões com plantio de
pinus (Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso em
2001, respectivamente.
Área /
profundidade
P Resina
mg/dm
3
M.O.
g/dm
3
pH
Ca CI
2
K
mmol
c
/dm
3
Ca Mg H+Al Al SB CTC
V
%
CE
0-20 1 20 4,2 0,4 2 1 42 7,2 3,4 45,4 7
20-40
1 12 4,3 0,3 2 1 33 5,6 3,3 36,3 9
Eu1980
0-20 2 20 4,3 0,4 2 1 38 7,4 3,4 41,4 8
20-40
2 12 4,3 0,3 2 1 31 6,0 3,3 34,3 10
Eu1990
0-20 2 20 4,3 0,4 2 1 47 5,7 3,4 50,4 7
20-40
2 12 4,4 0,3 2 1 31 4,5 3,3 34,3 10
Eu2000
0-20 1 25 4,3 0,4 2 1 55 3,5 3,4 58,4 6
20-40
3 31 4,1 0,5 2 1 72 4,3 3,5 75,5 5
Pi1980
0-20 1 14 4,2 0,3 2 1 31 6,4 3,3 34,3 10
20-40
1 7 4,4 0,2 2 1 22 4,4 3,2 25,2 13
Pi1990
0-20
3 29 4,3 0,7 2 1 68 5,3 3,7 71,7 5
20-40
2 24 4,3 0,7 2 1 52 3,6 3,7 55,7 7
Pi2000
0-20 2 29 4,4 0,5 2 1 61 4,4 3,5 64,5 5
20-40
2 22 4,4 0,3 2 1 52 3,2 3,3 55,3 6
_____Gimenez, V.M.M._____________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
48
Tabela 4. Características químicas (micronutrientes em mg/dm
3
) do solo amostrado nas áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado
stricto sensu preservado
. Eu1980, Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, diferentes
quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet - var.
hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente.
Área /
profundidade
Boro (B) Cobre (Cu) Ferro (Fe)
Manganês
(Mn)
Zinco (Zn) Enxofre (S)
CE
0-20
0,38
0,6
145
0,9
0,6
6
20-40 0,4 0,6 115 0,8 0,6 4
Eu1980
0-20
0,44
1,7
105
3,9
0,7
6
20-40 0,35 2,5 64 5,5 0,8 4
Eu1990
0-20
0,43
2,8
84
3
0,5
3
20-40 0,46 2,8 44 4,6 0,5 3
Eu2000
0-20
0,31
2,4
55
9
0,8
2
20-40 0,28 2,8 92 9,1 0,6 3
Pi1980
0-20
0,29
0,9
84
1,6
0,4
3
20-40 0,21 1,2 57 1,7 0,5 4
Pi1990
0-20
0,38
3,1
69
5,4
0,7
4
20-40 0,34 2,7 42 6,1 2,5 4
Pi2000
0-20
0,36
2,7
61
6
0,7
4
20-40 0,28 2,5 42 6,8 0,6 3
_____Gimenez, V.M.M._____________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
49
Tabela 5. Características granulométricas e classificação textural dos solos amostrados nas áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de
cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S.
Johnson) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000
= talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, diferentes quanto à
ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente.
Área/
profundidade
Areia (%)
Silte/Argila (%)
Grânulos (%)
Cor
Classificação
(segundo Sano & Almeida 1998)
CE
0-20
81,26
14,76
3,98
Avermelhado
Arenosa (areia e areia franca)
20-40 80,12 17,06 2,20 Avermelhado Arenosa (areia e areia franca)
Eu1980
0-20
80,04
8,40
7,56
Avermelhado
Arenosa (areia e areia franca)
20-40 79,22 9,64 11,58 Avermelhado Arenosa (areia e areia franca)
Eu1990
0-20
76,26
12,40
11,30
Avermelhado
Arenosa (areia e areia franca)
20-40 75,32 10,28 13,94 Avermelhado Arenosa (areia e areia franca)
Eu2000
0-20
60,8
13,62
25,64
Avermelhado
Arenosa (areia e areia franca)
20-40 57,4 6,76 32,48 Avermelhado Arenosa (areia e areia franca)
Pi1980
0-20
67,92
11,22
22,46
Cinza
Arenosa (areia e areia franca)
20-40 75,7 11,04 12,28 Cinza Arenosa (areia e areia franca)
Pi1990
0-20
56,7
12,4
30,28
Avermelhado
Arenosa (areia e areia franca)
20-40 70,5 8,62 21,62 Avermelhado Arenosa (areia e areia franca)
Pi2000
0-20
69,56
11,06
30,82
Avermelhado
Arenosa (areia e areia franca)
20-40 41,10 8,22 29,84 Avermelhado Arenosa (areia e areia franca)
_____Gimenez, V.M.M._____________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
47
III.2 - Inventário Florístico
III.2.1 – Flora como um todo do componente arbustivo-arbóreo das áreas amostradas em
Luiz Antônio-SP.
Foram realizadas 52 excursões de coleta que resultaram em 4.070 espécimes amostrados.
Foram identificadas 210 espécies distribuídas em 124 gêneros e 49 famílias (Tab. 6). As famílias
com maior riqueza em número de espécies foram: Fabaceae (28), Myrtaceae (22), Bignoniaceae
e Rubiaceae (13 cada uma), Malpighiaceae (12), Asteraceae (11), Erythroxylaceae e
Melastomataceae (8 cada uma), Vochysiaceae (7), Annonaceae, Apocynaceae e Malvaceae (6
cada uma) (Fig. 6). Em conjunto, essas famílias perfazem 2/3 (140) das espécies amostradas na
área.
Esses dados corroboram a compilação de estudos feitos por Bertoni et al.(2001), que
apontou na flora de nove áreas de cerrado do Estado de São Paulo, ser Leguminosae (Fabaceae)
a família com o maior número de espécies, seguida por Myrtaceae, Melastomataceae e
Rubiaceae. Para quase todos os levantamentos de cerrados, as seguintes famílias também são
numerosas e caracterizam a flora dos Cerrados do Estado de São Paulo: Asteraceae,
Vochysiaceae, Annonaceae, Malpighiaceae, Erythroxylaceae e Anacardiaceae. Os autores
ressaltam que os levantamentos existentes demonstram a repetição de um padrão, já observado
também em florestas, em que um pequeno número de famílias, em torno de dez, representam
mais da metade do número de espécies encontradas.
Oliveira & Marquis (2002), estudaram a estrutura e composição de espécies do Cerrado
na Reserva Ecológica do IBGE em Brasília, por um período de 17 anos e indicaram que em dois
censos realizados nos respectivos estudos, cinco famílias perfazem 49,8% de todas as espécies
amostradas: Leguminosae (Fabaceae), Palmae, Vochysiaceae, Erythroxylaceae e Compositae.
Considerando o número amostrado de indivíduos, nota-se que as famílias de maior
riqueza em número de espécies são também as que concentram o maior número de indivíduos,
_____Gimenez, V.M.M._____________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
48
cerca de 59,1% (2.385 indivíduos). Algumas espécies são notadamente abundantes na área, tais
como: Xylopia aromatica, Ocotea corymbosa, Siparuna guianensis, Miconia albicans, Copaifera
langsdorffii, Aegiphila sellowiana e Eugenia punicifolia, perfazendo 47,9% (1.932) dos
espécimes amostrados na área (Fig.7). Ao menos duas espécies abundantes nas áreas sob
investigação, também apresentaram abundância expressiva na Gleba Cerrado Pé-de-Gigante, X.
aromatica e C. langsdorffii (Batalha 1997; Fidelis & Godoy 2003).
Quanto ao número de gêneros, 29 famílias (59,2%) estão representadas por apenas um
gênero. Fabaceae, Rubiaceae, Asteraceae e Bignoniaceae estão representadas por mais de seis
gêneros na área, destacando-se Fabaceae com 22 (Fig. 8).
A maioria dos gêneros apresenta uma ou duas espécies. Entre os gêneros com mais de
três espécies amostradas, destaca-se Eugenia (9), seguido por Erythroxylum e Myrcia (8 cada
um), Miconia (7), Heteropterys e Qualea (5 cada um), Annona, Jacaranda e Solanum (4 cada
um), que em conjunto perfazem 25,7% das espécies amostradas. (Fig. 9). Esses gêneros figuram
como comuns nos cerrados brasileiros, sendo Eugenia, Erythroxylum e Qualea, referidos como
importantes em várias investigações (Heringer et al. 1977; Rizzini 1997; Ratter et al. 1996,
Batalha et al. 1997; Weiser & Godoy 2001, Fidelis & Godoy 2003).
_____Gimenez, V.M.M._____________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
49
0
10
20
30
40
50
60
70
80
FABACEAE
MYRTACEAE
BIGNONIACEAE
RUBIACEAE
MALPIGHIACEAE
ASTERACEAE
ERYTHROXYLACEAE
MELASTOMATACEAE
VOCHYSIACEAE
ANNONACEAE
APOCYNACEAE
MALVACEAE
OUTRAS
FAMÍLIAS
N
o.
ESPÉCIES
Figura 6. Famílias com maior riqueza em número de espécies na flora como um todo do
componente arbustivo-arbóreo das áreas amostradas em Luiz Antônio-SP.
163 160
124
106
2102
395
468
516
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2200
Xylopia aromatica
Ocotea corymbosa
Siparuna
guianensis
Miconia albicans
Copaifera
langsdorffii
Aegiphila
sellowiana
Eugenia punicifolia
OUTRAS
ESPÉC IES
N
o
. ESPÉCIMES
Figura 7. Espécies mais abundantes na flora como um todo do componente arbustivo-arbóreo das
áreas amostradas em Luiz Antônio-SP.
_____Gimenez, V.M.M._____________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
50
9
77
6
555
4
54
22
0
10
20
30
40
50
60
FABACEAE
RUBIACEAE
ASTERACEAE
BIGNONIACEAE
APOCYNACEAE
EUPHORBIACEAE
MALVACEAE
MYRTACEAE
MALPIGIACEAE
OUTRAS
FAMÍLIAS
N
o
. GÊNEROS
Figura 8. Famílias com o maior número de gêneros na flora como um todo do componente
arbustivo-arbóreo das áreas amostradas em Luiz Antônio-SP.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Eugenia
Erythroxylum
Myrcia
Miconia
Heteropterys
Qualea
Annona
Jacaranda
Solanum
GÊNEROS
N
o
. ESPÉCIES
Figura 9. Gêneros com o maior número de espécies na flora como um todo do componente
arbustivo-arbóreo das áreas amostradas em Luiz Antônio-SP.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
60
Tabela 6. Lista das espécies com PAS 5cm, amostradas nas áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. Formas de vida: CAM = caméfita, CAM-FAN = caméfita ou fanerófita,
FAN = fanerófita, GEO = geófita; HEM = hemicriptófita, LIA = liana e TER = terófita; síndromes de dispersão: ANE = anemocórica, AUT = autocórica e ZOO = zoocórica;
período de floração: JAN = janeiro, FEV = fevereiro, ..., NOV = novembro e DEZ = dezembro. O hífen (-) representa continuidade entre os meses. (*) Espécies registradas
apenas no levantamento florístico. (**) não observado.
FAMÍLIA / ESPÉCIE
NOME POPULAR
HÁBITO
FORMA
VIDA
SÍNDROME
DISPERSÃO
PERÍODO
FLORAÇÃO
Anacardiaceae
10. Anacardium humile A. St.-Hil.
196. Tapirira guianensis Aubl.
cajuzinho-do-cerrado
tapiriri
arbusto
árvore
CAM
CAM
ZOO
ZOO
AGO-OUT
AGO-DEZ
Annonaceae
16. Annona coriacea Mart.
17. Annona crassiflora Mart.
18. Annona dioica A. St.-Hil.
19. Annona tomentosa R.E. Fr.
63. Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff.
210. Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
araticum-do-campo
cabeça-de-negro
araticum-grande
**
marolo
pindaíba-do-campo
árvore
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
árvore
FAN
CAM
CAM
**
CAM
CAM
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
NOV-ABR
NOV-DEZ
NOV
**
OUT-JAN
JUN-NOV
Apocynaceae
22. Aspidosperma tomentosum Mart.
91. Hancornia speciosa Gomes
98. Himatanthus obovatus (Müll. Arg.) Woodson
141. Odontadenia lutea (Vell.) Markgr.
195. Tabernaemontana hystrix Steud.
197. Temnadenia violacea (Vell.) Miers
peroba-do-campo
mangaba
tiboma
cipó-cururu
leiteira
**
árvore
árvore
árvore
liana
arbusto
liana
FAN
FAN
FAN
LIA
FAN
LIA
ANE
ZOO
ANE
ANE
ZOO
ANE
SET-OUT
SET-NOV
FEV-ABR
DEZ-JUN
OUT-NOV
OUT-ABR
Araliaceae
178.
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin & Fiaschi
mandioqueiro
árvore
FAN
ZOO
FEV-NOV
Asteraceae
1. Achyrocline satureioides (Lam.) DC.*
23. Baccharis dracunculifolia DC.
43. Chresta sphaerocephala DC.
82. Eupatorium squalidum DC.
85. Gochnatia barrosii Cabrera*
86. Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera
87. Gochnatia pulchra Cabrera
154. Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker
202. Vernonia polyanthes Less.
**
alecrim-do-campo
chapéu-de-couro
charrua
cambará-veludo
candeia, cambará
cambarazinho
candeia
**
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
árvore
arbusto
árvore
arbusto
TER
CAM
**
TER
CAM
CAM
CAM
FAN
CAM-FAN
AUT
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
NOV-DEZ
JAN-MAI
**
MAR-MAI
AGO-OUT
**
ABR-MAI
DEZ-JAN
MAI
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
61
FAMÍLIA / ESPÉCIE
NOME POPULAR
HÁBITO
FORMA
VIDA
SÍNDROME
DISPERSÃO
PERÍODO
FLORAÇÃO
203. Vernonia rubriramea Mart ex DC.
204. Vernonia ruficoma Schltdl.
**
**
arbusto
arbusto
CAM
CAM
ANE
ANE
JAN-JUN
OUT-NOV
Bignoniaceae
15.Anemopaegma arvense (Vell.) Stellfeld ex de Souza
20. Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau
21. Arrabidaea florida A. DC.*
62. Distictela elongata (Vahl) Urb.
84. Fridericia speciosa Mart.
103. Jacaranda caroba (Vell.) A. DC.
104. Jacaranda decurrens Cham.*
105. Jacaranda puberula Cham.
106. Jacaranda rufa Silva Manso*
118. Memora axillaris K. Schum.
119. Memora peregrina (Miers) Sandwith*
193. Tabebuia dura (Bureau ex K. Schum.) Spragne & Sandwith*
194. Tabebuia ochracea (Cham.) Standl.
catuaba
cipó-una
cipó-neve
**
cipó-vermelho
caroba-do-campo
carobinha
carobinha
caroba-do-campo
ciganinha
**
ipê-branco-do-cerrado
ipê-do-cerrado
arbusto
arbusto
liana
liana
liana
árvore
arbusto
árvore
arbusto
liana
arbusto
árvore
árvore
HEM
CAM
LIA
LIA
LIA
CAM-FAN
CAM
FAN
CAM
LIA
CAM
FAN
FAN
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
SET-NOV
OUT-ABR
OUT-NOV
NOV-DEZ
JUN-DEZ
MAR-OUT
SET-NOV
AGO-SET
AGO-SET
NOV-ABR
SET-MAR
OUT-DEZ
SET
Boraginaceae
50. Cordia trichotoma Vell. ex Steud.*
ipê-louro
árvore
HEM
ANE
ABR-JUN
Burseraceae
159. Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand
almecegueira
árvore
FAN
ZOO
ABR-NOV
Caryocaraceae
37. Caryocar brasiliense Cambess.
piqui
árvore
FAN
ZOO
SET-NOV
Celastraceae
151. Peritassa campestris (Cambess.) A. C. Sm.
175. Salacia elliptica (Mart.) G. Don*
200. Tontelea micrantha (Mart. ex Schult.) A. C. Sm.
bacuri-do-cerrado
saputã
bacupari
arbusto
arbusto
arbusto
FAN
FAN
FAN
ZOO
AOO
ZOO
AGO-SET
JUL-SET
SET
Chrysobalanaceae
52. Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f.
111. Licania humilis Cham. & Schltd.
112. Licania rigida Benth.
oiti-do-sertão
fruta-de-ema
**
árvore
árvore
arbusto
FAN
CAM-FAN
CAM
ZOO
ZOO
ZOO
SET-OUT
ABR-SET
SET-OUT
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
62
FAMÍLIA / ESPÉCIE
NOME POPULAR
HÁBITO
FORMA
VIDA
SÍNDROME
DISPERSÃO
PERÍODO
FLORAÇÃO
Clusiaceae
107. Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc.
108. Kielmeyera grandiflora (Wawra) Saddi
paratudo
pau-santo
árvore
árvore
FAN
FAN
ANE
ANE
SET-FEV
SET-DEZ
Cochlospermaceae
47. Cochlospermum regium (Schrank) Pilg.
algodão-do-campo
arbusto
CAM
ANE
SET-NOV
Connaraceae
48. Connarus suberosus Planch.
172. Rourea induta Planch.
araribá-do-campo
pau-de-porco
árvore
arbusto
FAN
CAM
ZOO
ZOO
NOV-DEZ
AGO-DEZ
Dilleniaceae
56. Davilla elliptica A. St.-Hil.
57. Davilla rugosa Poir.
**
cipó-caboclo
arbusto
liana
FAN
LIA
AUT
AUT
ABR-JUN
ABR
Ebenaceae
59. Diospyros brasiliensis Mart. ex Miq.*
60. Diospyros hispida A. DC.
caqui-do-mato
caqui-do-cerrado
árvore
árvore
FAN
FAN
ZOO
ZOO
DEZ-FEV
DEZ-MAR
Erythroxylaceae
65. Erythroxylum anguifugum Mart.
66. Erythroxylum buxus Peyr.*
67. Erythroxylum campestre A. St.-Hil.
68. Erythroxylum cuneifolium O. E. Schulz
69.
Erythroxylum daphnites Mart.
70. Erythroxylum deciduum A. St.-Hil.*
71. Erythroxylum pelleterianum A. St.-Hil.
72. Erythroxylum suberosum A. St.-Hil.
fruta-de-pomba
**
cabelo-de-negro
fruta-de-pomba
**
fruta-de-pomba
cocão
galinha-choca
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
árvore
arbusto
arbusto
arbusto
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
SET-DEZ
SET-NOV
SET-OUT
AGO-DEZ
OUT-DEZ
**
AGO-NOV
AGO-DEZ
Euphorbiaceae
3. Actinostemon concepcionis (Chodat & Hassl.) Hochr.*
117. Manihot tripartita (Spreng.) Müll. Arg.*
149. Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.
177. Savia dictyocarpa Müll. Arg.
176. Sapium haematospermum Müll. Arg.*
**
mandioca-do-cerrado
sapateiro
**
leiteiro-chorão
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
árvore
FAN
HEM
FAN
**
HEM
AUT
AUT
AUT
**
ZOO
SET
OUT-DEZ
JAN-MAR
**
DEZ-FEV
Leguminosae-Caesalpinioideae
27. Bauhinia rufa (Bong.) Steud.
41. Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip.
42. Chamaecrista flexuosa (L.) Greene
49. Copaifera langsdorffii Desf.
58. Dimorphandra mollis Benth.
61. Diptychandra aurantiaca Tul.
unha-de-vaca
sene
mimosa
óleo-de-copaíba
falso-barbatimão
carvão-vermelho
arbusto
arbusto
arbusto
árvore
árvore
árvore
FAN
CAM
CAM
FAN
FAN
FAN
AUT
AUT
AUT
ZOO
ZOO
ZOO
OUT-FEV
JAN-MAR
NOV-ABR
DEZ-MAR
NOV-DEZ
OUT-NOV
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
63
FAMÍLIA / ESPÉCIE
NOME POPULAR
HÁBITO
FORMA
VIDA
SÍNDROME
DISPERSÃO
PERÍODO
FLORAÇÃO
99. Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne
179. Senna rugosa (G. Don) H. S. Irwin & Barneby
jatobá-do-cerrado
boi-gordo
árvore
arbusto
FAN
FAN
ZOO
AUT
SET-NOV
JAN-ABR
Leguminosae-Faboideae
2. Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev
6. Aeschynomene paniculata Willd. ex Vogel
12. Andira fraxinifolia Benth.*
13. Andira humilis Mart. ex Benth.
14. Andira vermifuga Mart. ex Benth.*
28. Bowdichia virgilioides Kunth
54. Crotalaria vitelina Ker Gawl.
55. Dalbergia miscolobium Benth.
116. Machaerium acutifolium Vogel
150. Periandra mediterranea (Vell.) Taub.
164. Pterodon emarginatus Vogel
170. Rhynchosia phaseoloides (Sw.) DC.*
201. Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke
perobinha-do-campo
corticeira
angelim-doce
angelim-do-campo
angelim-amargoso
sucupira-do-cerrado
guizo-de-cascavel
caviúna-do-cerrado
jacarandá-do-campo
alcaçuz-do-cerrado
faveiro
**
angelim
árvore
arbusto
arbusto
arbusto
árvore
árvore
arbusto
árvore
árvore
arbusto
árvore
arbusto
árvore
FAN
HEM
FAN
GEO
FAN
FAN
HEM
FAN
FAN
HEM
FAN
**
FAN
ANE
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ANE
AUT
ANE
ANE
AUT
ANE
ZOO
ANE
NOV
OUT-JUN
NOV-DEZ
SET-NOV
MAR
NOV
JAN-MAR
SET-FEV
SET-OUT
MAR-JUN
SET-OUT
OUT-JAN
AGO-SET
Leguminosae-Mimosoideae
11. Anadenanthera falcata (Benth.) Speg.
127. Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd.
subsp. viscida (Willd.) Barneby*
128. Mimosa xanthocentra Mart.
155. Plathymenia reticulata Benth.
188. Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville
189. Stryphnodendron obovatum Benth.
190. Stryphnodendron rotundifolium Mart.
angico-do-cerrado
dormideira
juquiri
vinhático
barbatimão-verdadeiro
barbatimão-verdadeiro
barbatimão
árvore
arbusto
arbusto
árvore
árvore
árvore
árvore
FAN
**
CAM
FAN
FAN
FAN
FAN
AUT
ZOO
AUT
ANE
ZOO
AUT
ZOO
SET-JAN
OUT-DEZ
JAN-ABR
SET-NOV
SET-NOV
SET-NOV
**
Lamiaceae
4. Aegiphila lhotskiana L.
5. Aegiphila sellowiana Cham.
100. Hypenia macrantha (A. St.-Hil. ex Benth.) Harley
101. Hyptis crinita Benth.
102. Hyptis pauliana Epling*
tamanqueira
pau-de-tamanco
**
alfavaca-do-campo
**
arbusto
árvore
arbusto
arbusto
arbusto
FAN
FAN
FAN
HEM
HEM
ZOO
ZOO
AUT
AUT
AUT
NOV-DEZ
ABR-JUN
JUL-SET
JUL-SET
**
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
64
FAMÍLIA / ESPÉCIE
NOME POPULAR
HÁBITO
FORMA
VIDA
SÍNDROME
DISPERSÃO
PERÍODO
FLORAÇÃO
Lauraceae
139. Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez
140. Ocotea pulchella Mart.
canela-do-cerrado
canelinha
árvore
árvore
FAN
FAN
ZOO
ZOO
NOV-DEZ
JAN-ABR
Loganiaceae
186. Strychnos pseudoquina A. St.-Hil.
187. Strychnos rubiginosa A. DC.
quina-cruzeiro
quina
árvore
árvore
FAN
FAN
ZOO
ZOO
DEZ-MAR
JUL-SET
Malpighiaceae
24. Banisteriopsis adenopoda (A. Juss.) B. Gates*
25. Banisteriopsis argyrophylla (A. Juss.) B. Gates
26. Banisteriopsis pubipetala (A. Juss.) Cuatrec.
31. Byrsonima intermedia A. Juss.
32. Byrsonima verbascifolia (L.) DC.*
33. Byrsonima sp
93. Heteropterys byrsonimifolia A. Juss.
94. Heteropterys cochleosperma A. Juss.*
95. Heteropterys pteropetala A. Juss.
96. Heteropterys umbellata A. Juss.
97. Heteropteris sp*
148. Peixotoa tomentosa A. Juss.
**
**
cipó-prata
murici
orelha-de-veado
**
nó-de-cachorro
**
**
**
**
**
arbusto
arbusto
liana
arbusto
árvore
árvore
árvore
arbusto
liana
liana
arbusto
liana
**
LIA
LIA
FAN
FAN
FAN
FAN
**
FAN
FAN
FAN
LIA
ANE
ANE
ANE
ZOO
ZOO
ZOO
ANE
ZOO
ANE
ANE
ZOO
ANE
**
ABR
JUN-SET
SET-ABR
AGO-NOV
OUT-DEZ
AGO-SET
SET-DEZ
**
NOV-ABR
**
FEV-JUL
Malvaceae
64. Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns
92. Helicteres brevispira A. St.-Hil.*
115. Luehea grandiflora Mart.
160. Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) A. Robyns
208. Waltheria douradinha A. St.-Hil.
209. Waltheria indica L.*
paineira-do-campo
**
açoita-cavalo
embiruçu
douradinha-do-campo
**
árvore
arbusto
árvore
árvore
arbusto
arbusto
FAN
HEM
FAN
FAN
HEM
HEM
ANE
AUT
ANE
ANE
AUT
AUT
JUN-SET
JUN
MAI-JUL
JUN-AGO
**
NOV-ABR
Melastomataceae
110. Leandra sp
120. Miconia albicans (Sw.) Triana
121. Miconia langsdorffii Cogn.
122. Miconia ligustroides (DC.) Naudin
123. Miconia minutiflora (Bonpl.) DC.*
**
folha-branca
**
vassoura-preta
**
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
FAN
CAM-FAN
**
FAN
**
**
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
SET-NOV
JAN-JUN
**
NOV-JUN
AGO-OUT
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
65
FAMÍLIA / ESPÉCIE
NOME POPULAR
HÁBITO
FORMA
VIDA
SÍNDROME
DISPERSÃO
PERÍODO
FLORAÇÃO
124. Miconia pseudonervosa Cogn.
125. Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC.
126. Miconia stenostachya DC.
**
**
papa-terra
arbusto
arbusto
arbusto
FAN
FAN
CAM-FAN
ZOO
ZOO
ZOO
SET
FEV-JUL
OUT-NOV
Meliaceae
90. Guarea macrophylla Vahl*
**
árvore
FAN
ZOO
SET-NOV
Menispermaceae
44. Cissampelos ovalifolia DC.
orelha-de-onça
arbusto
HEM
AUT
NOV
Moraceae
30. Brosimum gaudichaudii Trécul
83. Ficus citrifolia Mill.
mamica-de-cadela
mata-pau
arbusto
árvore
FAN
FAN
ZOO
ZOO
SET-OUT
NOV
Myristicaceae
205. Virola sebifera Aubl.
uçuúba-do-cerrado
árvore
FAN
ZOO
AGO
Myrsinaceae
137. Myrsine sp*
imbira
arbusto
FAN
ZOO
OUT-NOV
Myrtaceae
34. Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg
35. Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg
36. Campomanesia xanthocarpa O. Berg
51. Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S.
Johnson
73. Eugenia aurata O. Berg
74. Eugenia bimarginata DC.
75. Eugenia dysenterica
DC.*
76. Eugenia klotzschiana O. Berg
77. Eugenia punicifolia (Kunth) DC.
78. Eugenia pyriformis Cambess.
79. Eugenia sp1
80. Eugenia sp2
81. Eugenia sp3
129. Myrcia albotomentosa DC.
130. Myrcia bella Cambess.
131. Myrcia guianensis (Ubl.) DC.
132. Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand
gabiroba-do-campo
gabiroba
gabirobeira
eucalipto
murtinha
**
pera-do-cerrado
pera-do-campo
cereja-do-cerrado
uvaia
**
**
**
**
casquerinho
**
brasa-viva
arbusto
arbusto
árvore
árvore
árvore
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
árvore
arbusto
arbusto
árvore
árvore
arbusto
arbusto
árvore
**
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
ZOO
ZOO
ZOO
AUT
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
SET-NOV
AGO-SET
AGO-NOV
ABR-JUN
OUT
FEV
NOV-DEZ
SET
FEV
NOV-DEZ
OUT-DEZ
NOV
**
SET-NOV
NOV-DEZ
SET-NOV
AGO-SET
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
66
FAMÍLIA / ESPÉCIE
NOME POPULAR
HÁBITO
FORMA
VIDA
SÍNDROME
DISPERSÃO
PERÍODO
FLORAÇÃO
133. Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira
134. Myrcia uberavensis O. Berg
135. Myrcia sp1
136. Myrcia sp2
161. Psidium cinereum Mart. ex DC.
cambuí
**
**
**
araçá-do-campo
árvore
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
FAN
FAN
FAN
**
CAM
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
NOV-DEZ
JUN-SET
JUL-DEZ
SET-NOV
OUT-NOV
Nyctaginaceae
88. Guapira graciliflora (Schmidt) Lundell
89. Guapira noxia (Netto) Lundell
138. Neea theifera Orsted
joão-mole
maria-mole
capa rosa-do-campo
árvore
árvore
árvore
FAN
FAN
FAN
ZOO
ZOO
AUT
OUT-NOV
SET-NOV
NOV
Ochnaceae
142. Ouratea castaneifolia (DC.) Engl.
143. Ouratea semiserrata (Mart. ex Nees) Engl.*
144. Ouratea spectabilis (Mart. ex Engl.) Engl.
farinha-seca
**
batiputá
árvore
arbusto
árvore
FAN
FAN
FAN
ZOO
ZOO
ZOO
SET
OUT
MAI-OUT
Oxalidaceae
145. Oxalis grisea A. St.-Hil. & Naudin
**
arbusto
CAM
AUT
NOV-MAR
Phyllanthaceae
152. Phyllanthus sp*
figueirinha
arbusto
TER
AUT
OUT-MAI
Pinaceae
153. Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.)
W. H. G. Barrett & Golfari
pinus, pinhero
árvore
FAN
ANE
**
Polygalaceae
29. Bredemeyera floribunda Willd.
guiné-de-campo
arbusto
FAN
ZOO
FEV
Proteaceae
171. Roupala montana Aubl.
canjica
árvore
FAN
AUT
AGO-SET
Rubiaceae
7. Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum.
8. Alibertia sp*
9. Amaioua intermedia Mart.
46. Coccocypsellum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers.
53. Coussarea hydrangeifolia (Benth.)
Benth. & Hook. f.
146. Palicourea coriacea (Cham.) K. Schum.
marmelinho-do-cerrado
**
vachila
piririca
falsa-quina
douradiha
árvore
árvore
arbusto
subarbusto
árvore
arbusto
CAM
**
FAN
HEM
FAN
CAM
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
JUN-SET
**
**
JAN-FEV
MAR
SET-FEV
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
67
FAMÍLIA / ESPÉCIE
NOME POPULAR
HÁBITO
FORMA
VIDA
SÍNDROME
DISPERSÃO
PERÍODO
FLORAÇÃO
147. Palicourea rigida Kunth
162. Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Roem. &
Schult.) Müll. Arg.
163. Psychotria tricholoba Müll. Arg.*
174. Rudgea viburnoides (Cham.) Benth.*
198. Tocoyena brasiliensis Mart.
199. Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum.
173. Rubiaceae sp
gritadeira
**
**
conconha-do-gentio
jenipapo-bravo
cafézinho
**
arbusto
subarbusto
subarbusto
árvore
arbusto
árvore
arbusto
CAM
-FAN
**
CAM
FAN
FAN
FAN
**
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
NOV-FEV
OUT-NOV
NOV-DEZ
NOV
NOV
OUT-NOV
OUT
Salicaceae
38. Casearia grandiflora Cambess.
39. Casearia sylvestris Sw.
**
guaçatonga
árvore
árvore
FAN
FAN
ZOO
ZOO
JUN-FEV
JUL-OUT
Sapindaceae
180. Serjania erecta Radlk.*
cipó-de-timbó
liana
LIA
ANE
NOV-FEV
Sapotaceae
156. Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk.
157. Pouteria torta (Mart.) Radlk.
158. Pradosia brevipes (Pierre) T. D. Penn.
abiu-do-cerrado
couriola
fruta-de-tatu
árvore
árvore
arbusto
FAN
FAN
HEM
ZOO
ZOO
ZOO
MAI-AGO
JUN-SET
OUT
Siparunaceae
181. Siparuna guianensis Aubl.
cafézinho-do-cerrado
árvore
FAN
ZOO
JUL-NOV
Solanaceae
182. Solanum grandiflorum Ruiz & Pav.
183. Solanum lycocarpum A. St.-Hil.
184. Solanum paniculatum L.
185. Solanum variabile Mart.
lobeira, fruta-do-lobo
lobeira, fruta-do-lobo
jurubebinha, joá-manso
**
arbusto
arbusto
arbusto
arbusto
**
CAM
CAM
**
ZOO
ZOO
ZOO
ZOO
MAR-DEZ
MAR-DEZ
NOV
AGO-DEZ
Styracaceae
191. Styrax camporum Pohl*
192. Styrax ferrugineus Nees & Mart.
benjoeiro
benjoeiro
árvore
árvore
FAN
FAN
ZOO
ZOO
MAR-MAI
FEV-SET
Urticaceae
40. Cecropia hololeuca Miq.
embaúva-prateada
árvore
FAN
ZOO
OUT-JAN
Verbenaceae
109. Lantana camara L.
113. Lippia balansae Briq.
114. Lippia salviifolia Cham.*
camara
**
**
arbusto
arbusto
arbusto
CAM
CAM
CAM
ZOO
AUT
AUT
DEZ-MAR
FEV-ABR
JAN-ABR
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
68
FAMÍLIA / ESPÉCIE
NOME POPULAR
HÁBITO
FORMA
VIDA
SÍNDROME
DISPERSÃO
PERÍODO
FLORAÇÃO
Vitaceae
45. Cissus erosa Rich.*
**
liana
LIA
ZOO
DEZ-ABR
Vochysiaceae
165. Qualea cordata (Mart.) Spreng.
166. Qualea grandiflora Mart.
167. Qualea multiflora Mart.
168. Qualea parviflora Mart.
169. Qualea sp
206. Vochysia tucanorum Mart.
207. Vochysia sp
dedaleira-preta
pau-terra
pau-tucano
pau terra-de-flor-miudinha
**
cinzeiro, pau-tucano
**
árvore
árvore
árvore
árvore
árvore
árvore
árvore
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
FAN
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
ANE
**
DEZ
NOV-DEZ
NOV
**
NOV-JAN
**
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
60
III. 2.2 - Comparação entre as áreas de estudo
A maior riqueza em número de espécies foi encontrada para o cerrado s.s. preservado
(CE) com 115 espécies amostradas, seguido pelas áreas de eucalipto (Eu1980 = 75, Eu1990 = 72,
Eu2000 = 87), sendo as menores riquezas encontradas para as áreas de pinus (Pi1980 = 69,
Pi1990 = 55, Pi2000 = 58).
A Tabela 7 indica a ocorrência das espécies nas diferentes áreas de estudo. Verifica-se que
apenas 15 espécies ocorrem em todas as áreas (7,1%) e 87 (41,4%) são exclusivas de alguma das
sete áreas amostradas. No primeiro grupo figuram espécies comuns no Cerrado paulista, como
Annona coriacea, Xylopia aromatica, Schefflera vinosa, Protium heptaphyllum, Miconia
albicans, ou típicas de Cerrado como Dimorphandra mollis, Campomanesia pubescens e Qualea
grandiflora, ou espécie de ampla ocorrência como Copaifera langsdorffii. As observações em
campo indicam que essas espécies merecem uma investigação pormenorizada, desde que,
aparentemente, não são suscetíveis aos fatores que dificultam o desenvolvimento de outras
nativas, e devido a essa resistência, algumas formam densos agrupamentos nas áreas, a ponto de
competirem com outras nativas, dificultando ainda mais as oportunidades de algumas espécies
voltarem a ocupar o nicho original.
As espécies de ocorrência restrita foram encontradas principalmente no cerrado s.s.
preservado (CE), perfazendo 40 (46%) das 87 observadas. 28 (13,3%) são exclusivas de eucalipto
e 19 (9,1%) de pinus.
Dentre as espécies amostradas apenas no Cerrado e, indicadas como exclusivas dessa área,
estão representantes de 48% das famílias amostradas, destacando-se Fabaceae (Andira fraxinifolia
e Andira vermifuga), Malpighiaceae (Banisteriopsis adenopoda e Banisteriopsis pubipetala),
Melastomataceae (Miconia minutifolia e Miconia pseudonervosa), Myrtaceae (Eugenia
dysenterica, Eugenia klostzchiana e Myrcia uberavensis) e Rubiaceae (Alibertia sp e Psychotria
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
61
hoffmannseggiana). Provavelmente, tais espécies apresentam dificuldades de regeneração nas
áreas de plantios de exóticas.
Outro grupo interessante para investigações pormenorizadas, são as espécies exclusivas de
áreas de plantio de eucalipto (Tapirira guianensis, Annona crassiflora, Mimosa xanthocentra e
Luehea grandiflora, entre outras) ou de pinus (Tontelea micrantha, Licania humilis, Erythroxylum
cuneifolium, Strychnos pseudoquina, etc.), que devem ser tolerantes ao sombreamento, ou
competidoras resistentes às estratégias desenvolvidas pelas exóticas para eliminar ou diminuir a
germinação de espécies nativas. As espécies exclusivas das áreas de plantio de exóticas, não
parecem sofrer influência da idade da cultura em que estão instaladas.
Considerando as fitofisionomias, caracterizadas pelos diagramas de perfil (Fig. 10 a 16),
depreende-se que a área CE enquadra-se na definição de um Cerrado stricto sensu em processo
adiantado de regeneração, sendo possível identificar um estrato na faixa de 5 a 10m com
indivíduos emergentes, destacando-se Ocotea corymbosa, Copaifera langsdorffii e Pterodon
emarginatus. O estrato intermediário é denso, com inúmeros caules finos e tortuosos, poucas
clareiras e as espécies representadas são Hancornia speciosa, Eriotheca gracilipes,
Campomanesia pubescens e Duguetia furfuracea; há ainda, indivíduos jovens de Ocotea
corymbosa e Pterodon emarginatus. No estrato inferior a vegetação é esparsa e a luz penetra com
dificuldade; ocorrem lianas, bromélias e palmeiras acaules, mas gramíneas invasoras como
Brachiaria decumbens não foram observadas.
Nas áreas onde a vegetação nativa ainda convive com as exóticas, ou ocorreu corte raso
recente, não há formação de dossel contínuo e a exótica configura-se como emergente. Nas áreas
com eucalipto com último desbaste em 1980 e 1991 (Eu1980 e Eu1990, Fig. 11 e 12,
respectivamente) observa-se uma fisionomia mais complexa, e como nas áreas com pinus com
último desbaste em 1980 e 1992 (Pi1980 e Pi1990, Fig. 14 e 16, respectivamente), a exótica é
emergente e domina a paisagem de modo acentuado.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
62
Eu1980 é caracterizada por um estrato dominante de eucaliptos com alturas de 10 a 20m,
destacando-se da paisagem e formando um dossel emergente descontínuo. As espécies nativas
adensam-se de forma descontínua, alcançando alturas entre 3 a 6m. Há ocorrência de clareiras, e
algumas espécies formam pequenos agrupamentos homogêneos em alguns pontos da área. O sub-
bosque está em franco processo de recomposição. Há predomínio de Xylopia aromatica, Siparuna
guianensis, Copaifera langsdorffii e Ocotea corymbosa, porém há a presença de espécies típicas
de Cerrado como Ouratea castaneifolia, Myrcia língua e Tocoyena formosa. O estrato inferior é
constituído de poucas espécies herbáceas e muitas gramíneas que podem ser observadas nas
proximidades das clareiras e, principalmente nas bordas da área.
Em Eu1990, nota-se espécimes emergentes de eucalipto atingindo alturas de 10 a 15m, e
as espécies nativas com altura média até 5m agregam-se de forma descontínua entre muitas
clareiras. Nessa área há abundância de indivíduos de Annonaceae distribuídos esparsamente, além
de pequenas populações de Bromeliaceae e Myrtaceae. No estrato inferior, as gramíneas e
herbáceas se distribuem de forma pouco densa no interior da área, tornando-se bem mais
agregadas nas bordas. Há a presença constante de Aegiphila sellowiana, Xylopia aromatica,
Pterodon emarginatus e Siparuna guiiianensis, e espécies típicas do Cerrado como Tocoyena
formosa, Eugenia aurata, Rourea induta, Pseudobombax longiflorum e Guapira noxia.
Em Pi1980 e Pi1990, o domínio da paisagem pela exótica é marcante. Pi1980 apresenta
espécimes de pinus de grande porte em um estrato descontínuo, e bem abaixo, ocorre a
distribuição esparsa de espécimes nativos de pequeno e médio porte. As espécies mais comuns
são Xylopia aromatica, Myrcia lingua e Eugenia punicifolia, há ainda representantes típicas de
Cerrado como Stryphnodendron rotundifolium, Kielmeyera coriacea, Pouteria ramiflora e
Aspidosperma tomentosum.
A fisionomia de Pi1990, também mostra dois estratos bem distintos; o superior com
indivíduos emergentes de pinus e o inferior ocupado plantas de menor porte, inclusive herbáceas,
gramíneas e lianas (principalmente de Apocynaceae). As espécies mais freqüentes na área são
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
110
Xylopia aromatica e Siparuna guianensis, mas ocorrem também espécies típicas de Cerrado
como Annona coriacea e Miconia albicans.
Ao comparar os perfis das áreas onde ocorreu o corte raso em 2001 (Eu2000 e Pi2000,
Fig. 13 e 16, respectivamente), nota-se que os estados de regeneração diferem. Em Eu2000, o
estrato superior é denso, bem desenvolvido e pouco contínuo, com indivíduos entre 5 e 10m de
altura, sendo comuns as espécies Siparuna guianensis, Ocotea corymbosa e Copaifera
langsdorffii, menos freqüentes estão outras espécies típicas do Cerrado como Jacaranda
puberula, Qualea grandiflora e Annona coriacea. O estrato seguinte é bem denso e a riqueza em
número de espécies é maior quando comparado com o da área de pinus (Pi2000), que recebeu o
mesmo tratamento; poucas herbáceas e bromélias são observadas no estrato inferior e a
serapilheira tem espessura média; há várias clareiras resultantes da constante queda de troncos.
Em Pi2000 há um único estrato bem definido, com componentes até 5m, a maioria em
torno de 3m. As espécies mais comuns são Aegiphila sellowiana e Siparuna guianensis. Xylopia
aromatica, Solanum lycocarpum, Eugenia punicifolia e espécies de Asteraceae como Eupatorium
squalidum também estão presentes. Essa área está em ambiente aberto, com intensa incidência
luminosa, profusão de gramíneas invasoras, evidenciando início do processo de sucessão. Além
disso, há “ïlhas” de vegetação nativa que alcançam um porte médio (2 a 4m) e que, na maioria das
vezes estão cobertas por lianas. Há inúmeros indivíduos inclinados, com alterações na forma de
suas copas devido ao excesso de lianas que as utilizam como suporte. Não foi observado nenhum
pinus em regeneração.
Embora não tenha sido possível ilustrar de modo fiel o estrato inferior em nenhuma destas
duas áreas, as observações de campo evidenciaram uma expressiva infestação de gramíneas
exóticas como Brachiaria sp em Eu2000 e espessa camada de serapilheira formada por acículas,
além de gramíneas, em Pi2000. Principalmente três gramíneas invasoras são freqüentes na área de
corte raso de pinus: Brachiaria decumbens Stapf, elemento constante e infestante de toda a área;
Melinis minutifolia Beauv. (capim-gordura), maior infestante da área, produz extensa camada de
biomassa, altura média de 1m, e Panicum maximum Jacq. (capim-colonião), infestante agressiva e
resistente que alcança até 3,5m de altura, domina toda a borda e parte da área.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
110
Tabela 7. Lista das espécies com PAS 5cm, amostradas em cada área de estudo, em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990,
Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980,
1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett &
Golfari) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente. * Espécies registradas apenas no levantamento
florístico. x = ocorrência restrita. x = ocorrência em todas as áreas.
1,4-16FAMÍLIA / ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
Anacardiaceae
Anacardium humile A. St.-Hil.
Tapirira guianensis Aubl.
x
x
x
Annonaceae
Annona coriacea Mart.
Annona crassiflora Mart.
Annona dioica A. St.-Hil.
Annona tomentosa R.E. Fr.
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff.
Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Apocynaceae
Aspidosperma tomentosum Mart.
Hancornia speciosa Gomes
Himatanthus obovatus (Müll. Arg.) Woodson
Odontadenia lutea (Vell.) Markgr.
Tabernaemontana hystrix Steud.
Temnadenia violacea (Vell.) Miers
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Araliaceae
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin &
Fiaschi
x
x
x
x
x
x
x
Asteraceae
Achyrocline satureioides (Lam.) DC.
Baccharis dracunculifolia DC.
Chresta sphaerocephala DC.
Eupatorium squalidum DC.
Gochnatia barrosii Cabrera
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera
Gochnatia pulchra Cabrera
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker
Vernonia polyanthes Less.
Vernonia rubriramea Mart ex DC.
Vernonia ruficoma Schltdl.
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
111
FAMÍLIA / ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
Bignoniaceae
Anemopaegma arvense (Vell.) Stellfeld ex de Souza
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau
Arrabidaea florida A. DC.
Distictela elongata (Vahl) Urb.
Fridericia speciosa Mart.
Jacaranda caroba (Vell.) A. DC.
Jacaranda decurrens Cham.
Jacaranda puberula Cham.
Jacaranda rufa Silva Manso
Memora axillaris K. Schum.
Memora peregrina (Miers) Sandwith
Tabebuia dura (Bureau ex K. Schum.) Spragne &
Sandwith
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl.
x
x
*
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
*
x
x
*
x
x
x
x
*
x
x
x
x
x
x
Boraginaceae
Cordia trichotoma Vell. ex Steud.
*
Burseraceae
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand
x
x
x
x
x
x
x
Caryocaraceae
Caryocar brasiliense Cambess.
x
x
x
x
x
Celastraceae
Peritassa campestris (Cambess.) A. C. Sm.
Salacia elliptica (Mart.) G. Don
Tontelea micrantha (Mart. ex Schult.) A. C. Sm.
*
x
x
Chrysobalanaceae
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f.
Licania humilis Cham. & Schltd.
Licania rigida Benth.
x
x
x
x
x
x
x
Clusiaceae
Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc.
Kielmeyera grandiflora (Wawra) Saddi
x
x
x
x
x
x
Cochlospermaceae
Cochlospermum regium (Schrank) Pilg.
Connaraceae
Connarus suberosus Planch.
Rourea induta Planch.
x
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
112
FAMÍLIA / ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
Dilleniaceae
Davilla elliptica A. St.-Hil.
Davilla rugosa Poir.
x
x
Ebenaceae
Diospyros brasiliensis Mart. ex Miq.
Diospyros hispida A. DC.
*
x
x
x
x
Erythroxylaceae
Erythroxylum anguifugum Mart.
Erythroxylum buxus Peyr.
Erythroxylum campestre A. St.-Hil.
Erythroxylum cuneifolium O. E. Schulz
Erythroxylum daphnites Mart.
Erythroxylum deciduum A. St.-Hil.
Erythroxylum pelleterianum A. St.-Hil.
Erythroxylum suberosum A. St.-Hil.
*
x
x
*
x
x
x
*
x
x
x
*
x
x
x
Euphorbiaceae
Actinostemon concepcionis (Chodat & Hassl.) Hochr.
Manihot tripartita (Spreng.) Müll. Arg.
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.
Savia dictyocarpa Müll. Arg.
Sapium haematospermum Müll. Arg.
*
x
*
*
x
x
Fabaceae-Caesalpinioideae
Bauhinia rufa (Bong.) Steud.
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip.
Chamaecrista flexuosa (L.) Greene
Copaifera langsdorffii Desf.
Dimorphandra mollis Benth.
Diptychandra aurantiaca Tul.
Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne
Senna rugosa (G. Don) H. S. Irwin & Barneby
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Fabaceae-Faboideae
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev
Aeschynomene paniculata Willd. ex Vogel
Andira fraxinifolia Benth.
Andira humilis Mart. ex Benth.
cont.
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
FAMÍLIA / ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
113
Andira vermifuga Mart. ex Benth.
Bowdichia virgilioides Kunth
Crotalaria vitelina Ker Gawl.
Dalbergia miscolobium Benth.
Machaerium acutifolium Vogel
Periandra mediterranea (Vell.) Taub.
Pterodon emarginatus Vogel
Rhynchosia phaseoloides (Sw.) DC.
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke
x
x
x
x
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Fabaceae-Mimosoideae
Anadenanthera falcata (Benth.) Speg.
Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd. subsp.
viscida (Willd.) Barneby
Mimosa xanthocentra Mart.
Plathymenia reticulata Benth.
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville
Stryphnodendron obovatum Benth.
Stryphnodendron rotundifolium Mart.
x
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Lamiaceae
Aegiphila lhotskiana L.
Aegiphila sellowiana Cham.
Hypenia macrantha (A. St.-Hil. ex Benth.) Harley
Hyptis crinita Benth.
Hyptis pauliana Epling
x
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
Lauraceae
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez
Ocotea pulchella Mart.
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Loganiaceae
Strychnos pseudoquina A. St.-Hil.
Strychnos rubiginosa A. DC.
x
x
x
x
x
Malpighiaceae
Banisteriopsis adenopoda (A. Juss.) B. Gates
Banisteriopsis argyrophylla (A. Juss.) B. Gates
Banisteriopsis pubipetala (A. Juss.) Cuatrec.
Byrsonima intermedia A. Juss.
Byrsonima verbascifolia (L.) DC.
Byrsonima sp
Heteropterys byrsonimifolia A. Juss.
*
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
114
FAMÍLIA / ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
Heteropterys cochleosperma A. Juss.
Heteropterys pteropetala A. Juss.
Heteropterys umbellata A. Juss.
Peixotoa tomentosa A. Juss.
Heteropteris sp
x
x
x
*
x
x
Malvaceae
Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns
Helicteres brevispira A. St.-Hil.
Luehea grandiflora Mart.
Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) A.
Robyns
Waltheria douradinha A. St.-Hil.
Waltheria indica L.
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
x
*
Melastomataceae
Leandra sp
Miconia albicans (Sw.) Triana
Miconia langsdorffii Cogn.
Miconia ligustroides (DC.) Naudin
Miconia minutiflora (Bonpl.) DC.
Miconia pseudonervosa Cogn.
Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC.
Miconia stenostachya DC.
x
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Meliaceae
Guarea macrophylla Vahl
*
Menispermaceae
Cissampelos ovalifolia DC.
x
Moraceae
Brosimum gaudichaudii Trécul
Ficus citrifolia Mill.
x
x
x
x
x
x
x
x
Myristicaceae
Virola sebifera Aubl.
x
x
x
x
x
Myrsinaceae
Myrsine sp
*
Myrtaceae
Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg
Campomanesia xanthocarpa O. Berg
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
115
FAMÍLIA / ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S.
Johnson
Eugenia aurata O. Berg
Eugenia bimarginata DC.
Eugenia dysenterica DC.
Eugenia klotzschiana O. Berg
Eugenia punicifolia (Kunth) DC.
Eugenia pyriformis Cambess.
Eugenia sp1
Eugenia sp2
Eugenia sp3
Myrcia albotomentosa DC.
Myrcia bella Cambess.
Myrcia guianensis (Ubl.) DC.
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand
Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira
Myrcia uberavensis O. Berg
Myrcia sp1
Myrcia sp2
Psidium cinereum Mart. ex DC.
x
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Nyctaginaceae
Guapira graciliflora (Schmidt) Lundell
Guapira noxia (Netto) Lundell
Neea theifera Orsted
x
x
x
x
x
x
x
x
Ochnaceae
Ouratea castaneifolia (DC.) Engl.
Ouratea semiserrata (Mart. ex Nees) Engl.
Ouratea spectabilis (Mart. ex Engl.) Engl.
*
x
x
*
x
*
x
x
*
x
Oxalidaceae
Oxalis grisea A. St.-Hil. & Naudin
x
Phyllanthaceae
Phyllanthus sp
*
Pinaceae
Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.)
W.H.G. Barrett & Golfari
x
x
x
Polygalaceae
Bredemeyera floribunda Willd.
x
x
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
116
cont.
FAMÍLIA / ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
Proteaceae
Roupala montana Aubl.
x
x
x
x
x
x
Rubiaceae
Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum.
Alibertia sp
Amaioua intermedia Mart.
Coccocypsellum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers.
Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. & Hook. f.
Palicourea coriacea (Cham.) K. Schum.
Palicourea rigida Kunth
Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Roem. &
Schult.) Müll. Arg.
Psychotria tricholoba Müll. Arg.
Rudgea viburnoides (Cham.) Benth.
Tocoyena brasiliensis Mart.
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum.
Rubiaceae sp
x
*
x
x
x
x
x
*
*
x
x
x
x
x
x
x
x
*
x
x
x
x
x
x
*
x
x
x
x
x
*
x
x
x
x
x
x
x
x
Salicaceae
Casearia grandiflora Cambess.
Casearia sylvestris Sw.
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Sapindaceae
Serjania erecta Radlk.
*
Sapotaceae
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk.
Pouteria torta (Mart.) Radlk.
Pradosia brevipes (Pierre) T. D. Penn.
x
x
x
x
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl.
x
x
x
x
x
x
x
Solanaceae
Solanum grandiflorum Ruiz & Pav.
Solanum lycocarpum A. St.-Hil.
Solanum paniculatum L.
Solanum variabile Mart.
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Styracaceae
Styrax camporum Pohl
Styrax ferrugineus Nees & Mart.
x
x
x
*
x
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
117
cont.
FAMÍLIA / ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
Urticaceae
Cecropia hololeuca Miq.
x
Verbenaceae
Lantana camara L.
Lippia balansae Briq.
Lippia salviifolia Cham.
x
*
x
x
Vitaceae
Cissus erosa Rich.
*
Vochysiaceae
Qualea cordata (Mart.) Spreng.
Qualea grandiflora Mart.
Qualea multiflora Mart.
Qualea parviflora Mart.
Qualea sp
Vochysia tucanorum Mart.
Vochysia sp
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
118
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
119
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
120
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
121
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
122
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
123
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
124
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
110
Figura 10. Diagrama de perfil da área CE – talhão de cerrado stricto sensu preservado,
em Luiz Antônio, São Paulo.
1. Protium heptaphyllum (Aubl.)
Marchand
10. Copaifera langsdorffii Desf.
2. Siparuna guianensis Aubl. 11. Anadenanthera falcata (Benth.) Speg.
3. Hancornia speciosa Gomes 12. Pterodon emarginatus Vogel
4. Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A.
Robyns
13. Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth.
ex Hook. f.
5. Campomanesia pubescens (DC.) O.
Berg
14. Eugenia pyriformis Cambess.
6. Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 15. Eugenia punicifolia (Kunth) DC.
7. Piptocarpha rotundifolia (Less.)
Baker
16. Byrsonima intermedia A. Juss.
8. Campomanesia xanthocarpa O. Berg 17. Qualea grandiflora Mart
9. Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D.
Legrand
18. Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
111
Figura 11. Diagrama de perfil da área Eu1980 - talhão com plantio de eucalipto (Corymbia
citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, último desbaste em 1980, em
Luiz Antônio-SP.
1. Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. & Hook. f.
10. Strychnos pseudoquina A. St.-Hil.
2. Miconia albicans (Sw.) Triana 11. Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand
3. Siparuna guianensis Aubl.
4. Casearia sylvestris Sw.
12. Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin &
Fiaschi
13. Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K.
Schum.
5. Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 14. Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex
Hook. f.
6. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 15. Bauhinia rufa (Bong.) Steud.
7. Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S. Johnson 16. Ouratea castaneifolia (DC.) Engl.
8. Copaifera langsdorffii Desf. 17. Virola sebifera Aubl.
9. Pterodon emarginatus Vogel
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
112
Figura 12. Diagrama de perfil da área Eu1990 - talhão com plantio de eucalipto (Corymbia
citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, último desbaste em 1991, em
Luiz Antônio-SP.
1. Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 10. Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.)
K. Schum.
2. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11. Siparuna guianensis Aubl.
3. Annona coriacea Mart. 12. Aegiphila sellowiana Cham.
4. Pterodon emarginatus Vogel 13. Roupala montana Aubl.
5. Myrcia sp1 14. Machaerium acutifolium Vogel
6. Eugenia aurata O. Berg 15. Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A.
Robyns
7. Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L.
A. S. Johnson
16. Rourea induta Planch.
8. Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth.
ex Hook. f.
17. Pseudobombax longiflorum (Mart. &
Zucc.) A. Robyns
9. Guapira noxia (Netto) Lundell
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
113
Figura 13. Diagrama de perfil da área Eu2000 - talhão com plantio de eucalipto (Corymbia
citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, corte raso em 2001, em Luiz
Antônio-SP.
1. Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 8. Copaifera langsdorffii Desf.
2. Siparuna guianensis Aubl. 9. Ocotea pulchella Mart.
3. Coussarea hydrangeifolia (Benth.)
Benth. & Hook. f.
10. Coccocypsellum lanceolatum (Ruiz & Pav.)
Pers.
4. Dalbergia miscolobium Benth. 11. Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker
5. Miconia albicans (Sw.) Triana 12. Jacaranda puberula Cham.
6. Qualea grandiflora Mart. 13. Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin
& Fiaschi
7. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 14. Casearia sylvestris Sw.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
114
Figura 14. Diagrama de perfil da área de Pi1980 – talhão com plantio de pinus (Pinus
caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, último
desbaste em 1980, em Luiz Antônio-SP.
1. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10. Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin &
Fiaschi
2. Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 11. Stryphnodendron rotundifolium Mart.
3. Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.)
W.H.G. Barrett & Golfari
12. Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc.
4. Copaifera langsdorffii Desf. 13. Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand
5. Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 14. Solanum lycocarpum A. St.-Hil.
6. Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 15. Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk.
7. Roupala montana Aubl. 16. Miconia albicans (Sw.) Triana
8. Annona coriacea Mart. 17. Aegiphila sellowiana Cham.
9. Aspidosperma tomentosum Mart.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
115
Figura 15. Diagrama de perfil da área de Pi1990 – talhão com plantio de pinus (Pinus
caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, último
desbaste em 1992, em Luiz Antônio-SP.
1. Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.)
W. H. G. Barrett & Golfari
6. Brosimum gaudichaudii Trécul
2. Siparuna guianensis Aubl. 7. Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
3. Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin &
Fiaschi
8. Solanum grandiflorum Ruiz & Pav.
4. Annona coriacea Mart. 9. Eugenia punicifolia (Kunth) DC.
5. Miconia albicans (Sw.) Triana
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
116
Figura 16. Diagrama de perfil da área de Pi2000 – talhão com plantio de pinus (Pinus
caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, corte
raso em 2001, em Luiz Antônio-SP..
1. Stryphnodendron rotundifolium Mart 7. Solanum lycocarpum A. St.-Hil.
2. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8. Siparuna guianensis Aubl.
3. Acosmium subelegans (Mohlenbr.)
Yakovlev
9. Annona coriacea Mart.
4. Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 10. Copaifera langsdorffii Desf.
5. Aegiphila sellowiana Cham. 11. Eupatorium squalidum DC.
6. Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin
& Fiaschi
12. Hypenia macrantha (A. St.-Hil. ex
Benth.) Harley
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
117
Outra observação, nem sempre expressa nos perfis de todas as áreas, é a ocorrência de
indivíduos gerados por rebrotas (Tab. 8), o que levou à criação do índice de rebrota para
expressar a influência desse mecanismo na recomposição florística da área. No total
amostrado de indivíduos, as rebrotas representam 13,21%. CE foi a área com o maior índice
(18,3%), seguida das áreas com pinus (Pi2000 = 15,05% e Pi1980 = 12,27%) e Eu2000 =
12,55%. As demais áreas tiveram menores índices (Eu1980 = 5,77%, Eu1990 = 7,41% e
Pi1990 = 7,7%). Das espécies de ocorrência em todas as áreas, apenas Xylopia aromatica e
Miconia albicans apresentaram indivíduos originados por rebrota em todas elas; Aegiphila
sellowiana, Qualea grandiflora e Siparuna guianensis (em cinco), Brosimum gaudichaudii,
Copaifera langsdorffii e Ocotea corymbosa (em quatro). Em relação à regeneração da exótica
por este processo, apenas três indivíduos de eucalipto foram notados.
Tabela 8. Lista das espécies amostradas em cada área de estudo, em Luiz Antônio-SP, com o respectivo número
de indivíduos gerados por rebrota. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 =
talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964,
diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980,
Pi1990, Pi2000 = talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G.
Barrett & Golfari) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso em
2001, respectivamente.
ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev 1 1 1 1
Aegiphila sellowiana Cham. 6 1 1 9 4 3
Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum. 2
Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. 3 2
Andira humilis Mart. ex Benth. 1
Annona coriacea Mart. 2 2 2
Annona dioica A. St.-Hil. 2
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau 1
Banisteriopsis pubipetala (A. Juss.) Cuatrec. 5
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. 11 2 1
Bowdichia virgilioides Kunth 4 1 2
Brosimum gaudichaudii Trécul 1 1 2 1
Byrsonima intermedia A. Juss. 5
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg 15 1
Caryocar brasiliense Cambess. 1 1
Casearia grandiflora Cambess. 2 3
Casearia sylvestris Sw. 1 1
Coccocypsellum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers.
1
Connarus suberosus Planch. 1 1
Copaifera langsdorffii Desf. 16 1 4 4
Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S.
Johnson
1 2
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f.
2 1 1 1
Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. & Hook. f.
1
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
118
Dalbergia miscolobium Benth. 1 1 1
cont.
ESPÉCIE CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
Diptychandra aurantiaca Tul. 3
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 5
Erythroxylum pelleterianum A. St.-Hil. 1
Erythroxylum suberosum A. St.-Hil. 2 1
Eugenia aurata O. Berg 1
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 3 1 2
Eugenia pyriformis Cambess. 2
Eugenia sp2 1
Guapira noxia (Netto) Lundell 1
Hancornia speciosa Gomes 1
Heteropteris sp 1
Heteropterys byrsonimifolia A. Juss. 1
Heteropterys umbellata A. Juss. 1
Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne 3 1
Jacaranda puberula Cham. 2 1 1
Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc. 2
Machaerium acutifolium Vogel 2 1
Memora axillaris K. Schum. 2
Miconia albicans (Sw.) Triana 10 3 2 11 1 2 2
Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC. 1
Myrcia guianensis (Ubl.) DC. 2 1
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 5
Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira 3
Myrcia uberavensis O. Berg 1
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 55 1 2 12
Ocotea pulchella Mart.
1 1
Ouratea spectabilis (Mart. ex Engl.) Engl. 1 2 1
Periandra mediterranea (Vell.) Taub. 1
Plathymenia reticulata Benth. 2
Pouteria torta (Mart.) Radlk. 1
Pradosia brevipes (Pierre) T. D. Penn. 1
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 7 1
Pterodon emarginatus Vogel 29 1 1
Qualea grandiflora Mart. 8 8 1 2 2
Qualea multiflora Mart. 1 1
Qualea parviflora Mart. 1
Roupala Montana Aubl. 2 3 1 2
Rourea induta Planch. 2 1 1
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin &
Fiaschi
9 1 1
Siparuna guianensis Aubl. 8 3 1 26 4
Solanum lycocarpum A. St.-Hil. 1 1
Stryphnodendron obovatum Benth. 2 2 1
Strychnos rubiginosa A. DC. 1 1
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. 1
Tabernaemontana hystrix Steud. 2
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum.
1
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke 2
Vernonia ruficoma Schltdl. 1
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 18 7 15 15 12 1 8
TOTAL 281 27 37 98 33 18 39
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
119
Carneiro (2002), a partir da análise florística e estrutural da dinâmica de regeneração
de espécies nativas em um povoamento comercial de Eucalyptus grandis em Itatinga (SP),
observou intensa brotação de cepas após injúrias durante as diversas operações silviculturais
promovidas pela empresa e no corte do eucalipto. Na presente análise, as rebrotas foram mais
amostradas nas áreas de CE, sem exóticas, indicando que as espécies envolvidas possam ter
raízes gemíferas como estratégias de regeneração. Pode indicar também, que a área escolhida
como cerrado preservado, sofreu desmatamento no passado (dado que corrobora o histórico
das perturbações antrópicas apresentado). É importante salientar, a importância da reprodução
vegetativa na dinâmica de regeneração e sua influência na predominância do padrão de
distribuição espacial entre as espécies amostradas em um povoamento.
Considerando as Figuras 17 a 23, verifica-se que há, principalmente nas áreas com
pinus, uma maior proporção de famílias amostradas com uma espécie que nas áreas com
eucaliptos e cerrado s.s. preservado. Duas áreas de pinus (Pi1990 e Pi2000), mostram uma
expressiva representação de Asteraceae, Bignoniaceae e Solanaceae.
18
17
7
6
5555
44
33
22222222
17
0
5
10
15
20
25
FABACEAE
MYRTACEAE
RUBIACEAE
MELASTOMATACEAE
ANNONACEAE
ASTERACEAE
BIGNONIACEAE
MALPIGHIACEAE
ERYTHROXYLACEAE
VOCHYSIACEAE
APOCYNACEAE
LAMIACEAE
CHRYSOBALANACEAE
CLUSIACEAE
DILLENIACEAE
LAURACEAE
MALVACEAE
MORACEAE
SALICACEAE
SAPOTACEAE
OUTRAS
FAMÍLIAS
N
o
. ESPÉCIE
S
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
120
Figura 17. Famílias com maior riqueza em número de espécies na flora do componente
arbustivo-arbóreo, amostrada em Luiz Antônio-SP, área CE = talhão de cerrado stricto sensu
preservado.
11
10
5
44
333
2222222
18
0
5
10
15
20
25
FABACEAE
MYRTACEAE
ANNONACEAE
BIGNONIACEAE
RUBIACEAE
APOCYNACEAE
ERYTHROXYLACEAE
MALVACEAE
ASTERACEAE
LAURACEAE
MALPIGHIACEAE
MELASTOMATACEAE
NYCTAGINACEAE
SALICACEAE
VOCHYSIACEAE
OUTRAS
FAMÍLIAS
N
o
. ESPÉCIE
S
Figura 18. Famílias com maior riqueza em número de espécies na flora do componente
arbustivo-arbóreo, amostrada em Luiz Antônio-SP, área Eu1980 = talhão com plantio de
eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, último
desbaste em 1980.
13
12
5
44
3
22222222
15
0
5
10
15
20
25
FABACEAE
MYRTACEAE
ANNONACEAE
RUBIACEAE
VOCHYSIACEAE
ASTERACEAE
APOCYNACEAE
BIGNONIACEAE
CONNARACEAE
MALPIGHIACEAE
MELASTOMATACEAE
NYCTAGINACEAE
SALICACEAE
SOLANACEAE
OUTRAS
FAMÍLIAS
N
o
. ESPÉCIE
S
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
121
Figura 19. Famílias com maior riqueza em número de espécies na flora do componente
arbustivo-arbóreo, amostrada em Luiz Antônio-SP, área Eu1990 = talhão com plantio de
eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, último
desbaste em 1991.
15
11
7
6
55
3333
2222
18
0
5
10
15
20
25
FABACEAE
MYRTACEAE
RUBIACEAE
ANNONACEAE
BIGNONIACEAE
MELASTOMATACEAE
ASTERACEAE
MALPIGHIACEAE
SOLANACEAE
VOCHYSIACEAE
APOCYNACEAE
CONNARACEAE
LAURACEAE
NYCTAGINACEAE
OUTRAS
FAM ÍLIAS
N
o
. ESPÉCIE
S
Figura 20. Famílias com maior riqueza em número de espécies na flora do componente
arbustivo-arbóreo, amostrada em Luiz Antônio-SP, área Eu2000 = talhão com plantio de
eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, corte raso
em 2001.
10
9
5
44
333
222222
16
0
5
10
15
20
25
MYRTACEAE
FABACEAE
RUBIACEAE
ANNONACEAE
ASTERACEAE
CHRYSOBALANACEAE
MALPIGHIACEAE
SOLANACEAE
BIGNONIACEAE
CLUSIACEAE
LAURACEAE
LOGANIACEAE
MELASTOMATACEAE
SAPOTACEAE
OUTRAS
FAMÍLIAS
N
o
. ESPÉCIE
S
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
122
Figura 21. Famílias com maior riqueza em número de espécies na flora do componente
arbustivo-arbóreo, amostrada em Luiz Antônio-SP, área Pi1980 = talhão com plantio de pinus
(Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964,
último desbaste em 1980.
88
44
33
22222
15
0
5
10
15
20
25
FABACEAE
MYRTACEAE
BIGNONIACEAE
SOLANACEAE
APOCYNACEAE
VOCHYSIACEAE
ANNONACEAE
ASTERACEAE
CONNARACEAE
RUBIACEAE
SALICACEAE
OUTRAS
FAMÍLIAS
N
o
. ESPÉCIE
S
Figura 22. Famílias com maior riqueza em número de espécies na flora do componente
arbustivo-arbóreo, amostrada em Luiz Antônio-SP, área Pi1990 = talhão com plantio de pinus
(Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964,
último desbaste em 1992.
11
55
44
3
222222
14
0
5
10
15
20
25
FABACEAE
ASTERACEAE
MYRTACEAE
ANNONACEAE
RUBIACEAE
SOLANACEAE
BIGNONIACEAE
CONNARACEAE
LAMIACEAE
MALPIGHIACEAE
MALVACEAE
VOCHYSIACEAE
OUTRAS
FAMÍLIAS
N
o
. ESPÉCIE
S
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
123
Figura 23. Famílias com maior riqueza em número de espécies na flora do componente
arbustivo-arbóreo, amostrada em Luiz Antônio-SP, área Pi2000 = talhão com plantio de pinus
(Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964,
corte raso em 2001.
A partir dos Índices de Similaridade de Sorensen-Dice (Tab. 9) elaborou-se um
dendograma (Fig. 24), onde é possível perceber os seguintes agrupamentos, em ordem
decrescente de similaridade: (1) Eu1980-Pi1990; (2) Eu1990-Eu2000; (3) Pi2000-(1)-(2); (4)
Pi1980-(3) e (5) CE-(4). O tipo de exótica parece não ser decisivo na formação dos
agrupamentos; Pi1980 apresenta um nítido distanciamento das demais áreas com exóticas;
CE, apresenta uma baixa similaridade com as áreas de exóticas, principalmente com as de
plantio de pinus. Considerando cada área em relação a CE, verifica-se que Eu2000 é a mais
similar (59%), seguida de Eu1990 (52%) e Eu1980 (50%); as áreas com pinus são as menos
similares, próximas ou abaixo de 40%. Comparadas entre si, as áreas de eucalipto apresentam
alta similaridade (variando de 57 a 65,5%) e no caso de pinus, apenas Pi1980-Pi1990 tem
similaridade menor que 50%.
Tabela 9. Índices de similaridade de Sorensen-Dice obtidos entre as áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE =
talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto
(Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do
último desbaste, 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões com
plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964,
diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente.
CE Eu1980 Eu1990 Eu2000 Pi1980 Pi1990 Pi2000
CE 1,0000
Eu1980 0,5022 1,0000
Eu1990 0,5198 0,5823 1,0000
Eu2000 0,5902 0,5714 0,6550 1,0000
Pi1980 0,3853 0,4698 0,4690 0,5062 1,0000
Pi1990 0,4171 0,5775 0,5797 0,5677 0,4651 1,0000
Pi2000 0,3317 0,5000 0,5606 0,5369 0,5203 0,5690 1,0000
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
124
Figura 24. Dendrograma obtido a partir dos índices de Similaridade de Sorensen-DICE, calculados entre as áreas
de estudo, em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 =
talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964,
ocorrência do último desbaste em 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 =
talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari)
desde 1964, ocorrência do último desbaste em 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente.
Considerando a riqueza em número de gêneros, observa-se que CE tem o maior
número, decrescendo nas áreas de exóticas, sendo os menores números encontrados em pinus
(Fig. 25). Fabaceae, Rubiaceae, Asteraceae, Myrtaceae e Annonaceae, estiveram presentes
em todas as áreas, representadas por no mínimo dois gêneros.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
125
82
59
55
66
50
46
48
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
CE
Eu1980
Eu1990
Eu2000
Pi1980
Pi1990
Pi2000
ÁREAS
N
o
. GÊNERO
S
Figura 25. Riqueza em número de gêneros do componente arbustivo-arbóreo, segundo a área amostrada em Luiz
Antônio-SP. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de
eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, ocorrência do último
desbaste em 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões com plantio de
pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, ocorrência do
último desbaste em 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente.
A composição florística aponta algumas diferenças entre as áreas em regeneração. Os
dados corroboram a idéia de que nas áreas de antigos plantios de eucalipto, a regeneração
natural de espécies arbustivo-arbóreas nativas de áreas de cerrado ocorre de forma mais
significativa; sendo superior em número de indivíduos, espécies e famílias quando comparada
com as áreas de antigos plantios de pinus.
Moura (1997) enfatiza o papel do eucalipto nos sub-bosques de florestas plantadas,
fornecendo sombreamento para a regeneração de espécies nativas, funcionando como as
espécies arbóreas pioneiras, no caso de condições sucessionais naturais.
Por outro lado, Sartori et. al (2002), analisando a regeneração da vegetação arbórea
nativa em um sub-bosque de Eucalyptus saligna em Itatinga (SP), concluiram que o eucalipto
possibilita a regeneração de espécies nativas no sub-bosque, mas a composição florística
depende também das características edáficas do solo e da proximidade de fontes de
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
126
propágulos. Os autores ressaltam a quantidade expressiva de indivíduos jovens dessas
espécies.
A diferença de sombreamento produzido pelas exóticas, provavelmente atuou como
um dos fatores limitantes na presença e desenvolvimento de algumas espécies nativas. Há
uma marcante presença de espécies heliófilas, típicas de cerrado, adaptadas a solos arenosos e
ácidos sob o povoamento de eucalipto, além de uma grande quantidade de gramíneas e
espécies pioneiras desenvolvendo na borda. Nas áreas onde as espécies nativas se
desenvolvem sob pinus, observa-se um menor número delas, grande proliferação de lianas e
infestação de gramíneas invasoras, principalmente na área de corte raso recente. Gramíneas e
espécies pioneiras se desenvolvem na borda de áreas de pinus e eucalipto, mas em menor
quantidade onde estão presentes os pinus.
A abertura de clareiras devido à queda de árvores foi observada em todas as áreas em
regeneração, onde a incidência de indivíduos jovens torna-se maior. Saito et al. (2004),
analisando a ocorrência de espécies vegetais em diferentes condições de habitat e etapas do
processo sucessional na região de Assis (SP), observaram as mesmas condições descritas no
sub-bosque de exóticas em Luiz Antônio.
III.3 – Fenologia
As condições pedológicas associadas às condições climáticas influem nos eventos
fenológicos da vegetação regional. A fenologia é o resultado da interação de fatores bióticos e
abióticos, que através da seleção natural determinou as formas mais eficientes para o
crescimento e reprodução (Van Schaik et al. 1993). Os fatores climáticos que melhor
explicam essas adaptações são o fotoperíodo e a temperatura. Nas savanas, as fases de
reprodução dos arbustos e árvores estão associadas ao comprimento e profundidade das
raízes. O regime de luz também varia grandemente para cada forma de vida e sua
estratificação na floresta, o que pode transformar diferentes locais em microclimas específicos
e resultar em características fenológicas rítmicas ou reguláveis (Marques et al.2004).
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
127
As espécies amostradas no estudo florístico e fitossociológico foram classificadas
quanto às estratégias reprodutivas e de crescimento, na expectativa de compreender a relação
dos eventos fenológicos com os fatores ecológicos, e se auxiliam na caracterização de
algumas populações das áreas em regeneração. As observações e comparações com a
literatura indicam que a zoocoria é a síndrome de dispersão mais comum, representada por
58,7% das espécies amostradas, seguida pela anemocoria (27,4%), sendo pouco expressiva a
autocoria (13,9%).
Esses dados são proporcionalmente semelhantes aos de outros trabalhos realizados na
mesma unidade de conservação ou próximos a ela. Toppa (2004) encontrou na fitofisionomia
Cerrado stricto sensu, 66% de espécies zoocóricas, 32% de anemocóricas e 18% de
autocóricas; Weiser & Godoy (2001), identificaram na Gleba Cerrado Pé-de-Gigante (SP),
64% de zoocoria, 27% de anemocoria e 9% de autocoria.
Em áreas pouco mais distantes, os dados são menos semelhantes, como em
Pirassununga-SP, onde Batalha et al. (1997) amostraram 38,55% espécies zoocóricas, 33,52%
anemocóricas e 27,93% autocóricas e em Moji-Guaçu, onde Mantovani & Martins (1988)
encontraram 54,5% das espécies do componente arbustivo-arbóreo com síndrome zoocórica,
31,7% anemocóricas e 13,8% autocóricas.
Em relação ao hábito, 49,5% das espécies são arbustos, 42,9% árvores, 6,2% lianas e
1,4% subarbustos. Quanto às formas de vida, predominam as espécies fanerófitas (FAN –
64,5%), seguidas pelas caméfitas (CAM – 16,5%), hemicriptófitas (HEM – 7,7%) e lianas
(LIA – 6,2%), sendo caméfitas-fanerófitas (CAM-FAN – 3,1%), terófitas (TER – 1,5%) e
geófitas (GEO – 0,5%) pouco freqüentes.
Batalha & Martins (2004) num estudo sobre o espectro de formas de vida, florística e
freqüência, conduzido na Estação Ecológica e Experimental de Itirapina (SP), encontraram
uma maior representatividade de fanerófitos e hemicriptófitos, semelhante ao encontrado para
outras áreas de Cerrado.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
128
As figuras 26 a 28 apresentam a distribuição das síndromes de dispersão, hábitos e
formas de vida, em cada área, segundo as espécies amostradas. Verifica-se que zoocoria é a
síndrome predominante, sendo muito expressiva em Pi1980. Quanto ao hábito, CE mostra a
proporção 1:1 entre árvores e arbustos; as áreas com exóticas têm desvios para uma maior
proporção de árvores em eucalipto e arbustos em Pi1980 e Pi2000; cabe ressaltar que Pi1990
apresenta a proporção 2:1 e Pi2000 1:1,5 entre árvores e arbustos. Quanto às formas de vida,
em todas as áreas predominam as fanerófitas, não havendo diferenças significativas entre elas.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
CE
Eu1980
Eu1990
Eu2000
Pi1980
Pi1990
Pi2000
ÁREAS
NDROMES DISPERSÃO
ANE% AUT% ZOO% INDET%
Figura 26. Distribuição das síndromes de dispersão (%) das espécies amostradas no componente arbustivo-
arbóreo, nas áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980,
Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S.
Johnson) desde 1964, ocorrência do último desbaste em 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente.
Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W.
H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, ocorrência do último desbaste em 1980, 1992 e corte raso em 2001,
respectivamente. ANE = anemocoria; AUT = autocoria; ZOO = zoocoria; INDET = não observado.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
129
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
CE
Eu1980
Eu1990
Eu2000
Pi1980
Pi1990
Pi2000
ÁREAS
HÁBITO
ARB % ARV % LIA% SUB%
Figura 27. Distribuição dos hábitos (%) das espécies amostradas no componente arbustivo-arbóreo, nas áreas de
estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 =
talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964,
ocorrência do último desbaste em 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 =
talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari)
desde 1964, ocorrência do último desbaste em 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente. ARB =
arbusto; ARV = árvore; LIA = liana; SUB = subarbusto.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
CE
Eu1980
Eu1990
Eu2000
Pi1980
Pi1990
Pi2000
ÁREAS
FORMAS DE VIDA
CAM% CAM/FAN% FAN% GEO%
HEM % LIA % TER % INDET %
Figura 28. Distribuição das formas de vida (%) das espécies amostradas no componente arbustivo-arbóreo, nas
áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000
= talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964,
ocorrência do último desbaste em 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 =
talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari)
desde 1964, ocorrência do último desbaste em 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente. CAM =
caméfita; CAM/FAN = caméfita ou fanerófita; FAN = fanerófita; GEO = geófita; HEM = hemicriptófita; LIA =
liana; TER = terófita; INDET = não observado.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
130
Kotchetkoff-Henriques (2003), ao analisar a vegetação em 99 fragmentos de Ribeirão
Preto-SP, verificou que com o aumento das perturbações antrópicas, diminui o predomínio
das espécies secundárias iniciais e zoocóricas e aumenta a proporção das espécies pioneiras e
anemocóricas.
A maior parte da flora foi observada em flor nos meses de setembro a março, período
correspondente à estação chuvosa. Os representantes que floresceram na estação seca (abril a
agosto) estão em menor número e a frutificação pode ser observada no decorrer do ano, sendo
menos expressiva nos períodos mais secos (Tab. 6, pág. 51). Essas observações coincidem
com os dados obtidos por Batalha et al. 1997, Mantovani & Martins (1988) e Batalha &
Mantovani (2000).
Durante o período de estudo, algumas diferenças significativas quanto à periodicidade
de fenofases entre as espécies foram observadas. Em 2004, espécies como Pterodon
emarginatus, Couepia grandiflora, Caryocar brasiliense e Tocoyena formosa, produziram
flores e frutos em grande quantidade durante a estação úmida, mas tal comportamento não se
repetiu em 2003. Informações da população local indicam que nos últimos anos algumas
espécies apresentaram floração e produção bianual de frutos. Esse fato corrobora as
afirmações de Laboriau (1963) sobre muitas espécies do Cerrado não florescerem todos os
anos e, outras mais de uma vez por ano.
Mantovani & Martins (1988) argumentam que não há clareza quanto aos fatores
relacionados com a não floração de certas espécies, mas apontam alguns aspectos
morfofisiológicos que podem estar associados ao fato. A propagação vegetativa é freqüente
entre as espécies do Cerrado e, a não floração por um ou mais anos poderia representar uma
estratégia adaptativa, com a economia de reservas pelas espécies. Os mesmos autores, citam
que como a taxa de predação de frutos no Cerrado é alta, a não frutificação regular poderia ser
uma estratégia contra a ação dos predadores que dependem da sincronia dos eventos
fenológicos.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
131
Algumas espécies como Pseudobombax grandiflorum e Jacaranda puberulao
formaram folhas na época seca, surgindo folhas novas quando iniciaram as chuvas (agosto-
setembro). Morellato & Bencke (2003), observaram o mesmo para Pseudobombax
grandiflorum em florestas de planície e restinga, o que confere à espécie o caráter de
deciduidade com ritmo e intensidade semelhantes em diferentes populações e habitats. Outras
espécies que permanecem longos períodos sem folhas são Eriotheca gracilipes e Tabebuia
ochracea, cujo brotamento de novos ramos ocorre antes, durante ou depois da floração. Tal
observação corresponde ao verificado por Batalha et al. (1997), em Pirassununga-SP, inferida
pelos autores como possível estratégia para tornar as flores aparentes aos polinizadores,
concorde com Mantovani & Martins (1988), que entendiam ser deciduidade foliar um evento
mais ou menos geral, porém ter ou não folhas no período de frutificação é significativo face
ao modo de dispersão da espécie.
Outras espécies como Copaifera langsdorffii, Byrsonima intermedia, Anadenanthera
falcata, Dimorphandra mollis, Eugenia dysenterica, Campomanesia pubescens e Aegiphila
lhotskiana, iniciam a floração paralelamente ao brotamento. Há ainda, as que florescem e
frutificam ao longo do ano, como Xylopia aromatica, ou que florescem em duas estações
como Qualea grandiflora, embora o pico de floração ocorra na estação chuvosa. Semelhantes
observações foram feitas por Miranda (1995) em Alter-do-Chão (PA).
Claro está, que as fenofases estão ligadas a fatores intrínsecos, mas também
respondem às variações que ocorrem nas populações de polinizadores e dispersores.
O conhecimento das variações sazonais das espécies é essencial para o estudo da
ecologia e evolução nos trópicos e, para a compreensão da complexa dinâmica dos
ecossistemas florestais (Miranda, 1995). Porém, a dinâmica dessas adaptações relacionadas ao
sub-bosque de exóticas é muito pouco conhecida.
Antunes (2000) verificou que a floração do eucalipto, no Horto Florestal Navarro de
Andrade em Rio Claro (SP), nem sempre é coincidente com os ciclos fenológicos das espécies
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
132
nativas, pois há exemplos de extensos períodos sem floração e de árvores com ciclos bianuais
ou irregulares, fatores que poderiam limitar a manutenção da fauna local residente no sub-
bosque regenerado. Apesar disso, a florada dos eucaliptos oferece um recurso para aves
residentes e atrai espécies vagantes e migratórias, sendo suas flores importantes para a
manutenção da diversidade local. Apesar de não haver certeza sobre o fornecimento do
recurso ao longo de todo o ano, ou se esse recurso é suficiente para satisfazer as necessidades
biológicas das aves e dos artrópodes relacionados a sua dieta, depreende-se dos
questionamentos do autor, a importância do caráter zoocórico para a continuidade da
comunidade vegetal.
Onaindia & Amezaga (2000) confirmaram a hipótese de que, as nativas observadas
como as primeiras espécies a desaparecer da vegetação original por efeitos de plantações de
coníferas, têm a mesma variação sazonal que outras espécies da comunidade. Os autores
observaram efeitos negativos relacionados à viabilidade do banco de sementes da vegetação
nativa e que espécies intolerantes desaparecem das áreas com plantio, mas outras são
favorecidas. A taxa de recolonização sob plantações de coníferas é baixa e, vários fatores
podem limitar esse processo, entre eles as características de dispersão, que podem dificultar o
retorno de algumas espécies ao campo. Assim sendo, o futuro das florestas depende de planos
de manejo que atentem para a manutenção de um balanço nas áreas de plantio, onde haja uma
maior freqüência das espécies locais.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
133
III.4 – Fitossociologia
Foram amostrados 4.034 indivíduos, dos quais 1.533 (38%) em CE, 1.739 (43,1%) nas
áreas de eucalipto e 762 (18,9%) nas áreas de pinus (Fig. 29), distribuídos em 174 espécies,
sendo a maior riqueza observada para CE (115 espécies), das quais 34 (29,6%) estão
representadas por um único espécime (únicas) e 13 (11,3%) podem ser consideradas raras (um
indivíduo amostrado por hectare) e 112 (90,4%) têm valores de IVI que representam menos
que 5% do IVI total. Considerando as áreas com exóticas, as com eucalipto têm um número
maior de espécies (Eu1980 = 75 espécies, Eu1990 = 72, Eu2000 = 87) que pinus (Pi1980 =
69, Pi1990 = 55 e Pi2000 = 58), e como em CE, em todas há um expressivo número de
espécies únicas (28, 26, 29, 27, 27 e 32, respectivamente), raras (13, 8, 2, 6, 4, 5 e 30,
respectivamente) e de IVI’s que representam menos que 5% do IVI total (72, 68, 83, 66, 51 e
54, respectivamente) (Fig. 30).
Em todas as áreas, apenas três ou quatro espécies representam 30 a 50% do IVI total,
sendo no caso das áreas com eucalipto e pinus, as próprias exóticas (Tab. 10 a 16). Em CE, a
espécie com maior valor de IVI (40,08) foi Ocotea corymbosa, que também corresponde à
mais numerosa (309 indivíduos ou 20,2%), com maior densidade (20,16), dominância (18,68)
e IVC (38,83). A segunda espécie com maior IVI foi Copaifera langsdorffii, que teve 112
(7,3%) indivíduos amostrados, alcançando a densidade (7,31) e IVC (26,20) inferiores à
espécie anterior, enquanto a área basal e DoR tiveram valores ligeiramente superiores (11 e
18,90, respectivamente). Somente essas duas espécies perfazem juntas 37,6% da área basal,
37,6% da dominância relativa, 32,5% do IVC e 29,5% do IVI de todos os indivíduos
amostrados na área.
Nas áreas com espécies exóticas, estas apresentaram valores muito altos de área basal,
dominância, índices de valor de importância (IVI) e de valor de cobertura (IVC), denotando
sua importância na ocupação do espaço horizontal das áreas em questão.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
134
1533
459
499
781
269
234
259
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
CE
Eu1980
Eu1990
Eu2000
Pi1980
Pi1990
Pi2000
ÁREAS
N
o
. INDIVÍDUOS
Figura 29. Distribuição das abundâncias em número de indivíduos amostrados no componente arbustivo-arbóreo,
das áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990,
Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde
1964, ocorrência do último desbaste em 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990,
Pi2000 = talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett &
Golfari) desde 1964, ocorrência do último desbaste em 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente.
29,6
37,3
36,1
33,3
39,1
49,1
55,2
11,3
10,7
2,8
6,9
5,8
9,1
51,7
97,4
96
94,4
95,4 95,7
92,7
93,1
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
CE
Eu1980
Eu1990
Eu2000
Pi1980
Pi1990
Pi2000
ÁREAS
% ESPÉCIES
ESPÉCIES ÚNICAS ESPÉCIES RARAS IVI < 5% IVI TOTAL
Figura 30. Proporção das espécies raras, únicas e com IVI’s menores que 5% do IVI total, amostradas no componente
arbustivo-arbóreo, das áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado
stricto sensu preservado. Eu1980,
Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (
Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde
1964, ocorrência do último desbaste em 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões
com plantio de pinus (
Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, ocorrência
do último desbaste em 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
135
Nas áreas com eucalipto (Corymbia citriodora), foram amostrados apenas 28
indivíduos da espécie (1,6% do total amostrado): 19 (4,1%) indivíduos na área Eu1980, oito
(1,6%) em Eu1990 e um indivíduo em Eu2000 (0,13%), mas nas duas primeiras áreas a
espécie apresentou o maior IVI, dominância relativa e área basal (Tab. 11 a 13). Em Eu1980,
a espécie representa 55,53% da área basal e 55,6% da dominância relativa, enquanto as outras
nove espécies com maiores valores de IVI juntas perfazem 30,8% da dominância relativa e da
área basal. Na área Eu1990, ocorre algo semelhante, sendo o eucalipto responsável por
52,74% da área basal e 52,76% da dominância relativa da área. As outras nove espécies com
maiores valores de IVI somam 36,7% da área basal e da dominância relativa na área.
Em todas as áreas com eucalipto, seis espécies figuraram entre os 10 maiores IVI’s
(Tab. 11 a 13): Xylopia aromatica, Siparuna guianensis, Miconia albicans, Ocotea
corymbosa, Casearia grandiflora e Copaifera langsdorffii. Espécies típicas do cerrado como
Pterodon emarginatus, Qualea grandiflora e Caryocar brasiliense também estão presentes,
mas em densidade bem menor. Excluindo-se a exótica, Xylopia aromatica e Siparuna
guianensis assumem grande importância e no caso de Eu2000 (Tab. 13) somam 27,16% da
área basal, 27,17% da dominância e 33,3% do IVC e 23,5% do IVI total da área.
Nas áreas com pinus (Pinus caribaea var. hondurensis), foram amostrados apenas 28
indivíduos da espécie: 11 (4,1%) em Pi1980, 16 (6,8%) em Pi1990 e um (0,4%) em Pi2000.
Novamente, a exótica assume altos valores de área basal, dominância relativa, IVC e IVI nas
áreas Pi1980 e Pi1990 (Tab. 14 a 16). Entre os 10 maiores IVI’s, apenas Xylopia aromatica,
Ocotea corymbosa e Aegiphila sellowiana ocorrem nas três. Excluindo-se a exótica, X.
aromatica, A. sellowiana e Siparuna guianensis assumem grande importância.
Ao comparar as dez espécies de maior IVI em cada área (Tab. 10 a 16), verifica-se que
a exótica constitui componente importante nas áreas em que ainda convive com as nativas,
representando mais de 52% (eucalipto) e mais de 73% (pinus) da dominância relativa do total
de indivíduos amostrados nas áreas, devido a sua expressiva área basal. Nestas áreas, espécies
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
136
como Xylopia aromatica e Siparuna guianensis adquirem também grande importância,
devido as suas altas abundâncias.
Excluindo-se as exóticas, X. aromatica e S. guianensis, verifica-se que as três espécies
mais importantes de CE (Ocotea corymbosa, Copaifera langsdorffii e Pterodon emarginatus)
são as mesmas de Eu1980. Nas outras duas áreas de eucalipto, estas três espécies ainda
figuram entre as cinco mais importantes. Nas áreas de pinus, uma outra espécie assume papel
de destaque, Aegiphila selowiana, e apenas O. corymbosa está entre os 10 maiores IVI’s em
todas as áreas.
Na amostragem total das áreas em estudo, os espécimes amostrados de pinus e
eucaliptos perfazem 57 indivíduos (1,41%), com valor total de área basal de 98,269 (40,5%),
dominância relativa de 42,9% e 16% do IVI total da área. As espécies nativas com os maiores
valores de IVI – Xylopia aromatica, Ocotea corymbosa, Siparuna guianensis e Copaifera
langsdorffii somam 1.508 indivíduos (37,4% da amostra total) e apresentaram uma área basal
de 66,451 (27,41%), dominância relativa de 29,94% e 25,22% do IVI total da área.
A partir destes resultados, depreende-se que as exóticas têm uma expressiva
importância ecológica em termos de distribuição horizontal, dada pelos altos valores de área
basal, altura e dominância relativa. Entretanto, apresentam menores valores de abundância,
densidade, freqüência e representação do IVI total, quando comparadas às nativas.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
137
Tabela 10. Parâmetros fitossociológicos das espécies do estrato arbustivo-arbóreo com PAS5cm,
amostradas em Luiz Antônio-SP, área CE = cerrado stricto sensu preservado, ordenadas pelo valor
decrescente de IVI. ni = número de indivíduos de cada espécie; ABi = área basal; DR = densidade
relativa (%); FR = freqüência relativa (%); DoR = dominância relativa(%); IVC = índice de valor de
cobertura; IVI = índice de valor de importância; hmáx = altura máxima e hmín = altura mínima (em
m).
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
1. Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 309 10,88 20,16 1,24 18,68 38,83 40,08 7 0,4
2. Copaifera langsdorffii Desf. 112 11,01 7,31 1,24 18,9 26,2 27,45 8 0,4
3.
Pterodon emarginatus Vogel 73 8,14 4,76 1,24 13,97 18,73 19,98 7 0,6
4.
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg 83 2,169 5,41 1,24 3,72 9,14 10,38 5 0,5
5.
Campomanesia xanthocarpa O. Berg 82 0,704 5,35 1,24 1,21 6,56 7,8 4 0,6
6.
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 36 2,234 2,35 1,24 3,84 6,18 7,43 6 0,6
7.
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 34 1,867 2,22 1,24 3,2 5,42 6,67 3,5 0,4
8.
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin & Fiaschi 32 1,828 2,09 1,24 3,14 5,22 6,47 4 0,7
9.
Byrsonima intermedia A. Juss. 47 1,156 3,07 1,24 1,98 5,05 6,29 5,5 0,5
10.
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 49 0,543 3,2 1,24 0,93 4,13 5,37 3,5 0,4
11.
Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira 32 1,123 2,09 1,24 1,93 4,01 5,26 3,5 0,7
12
. Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. 16 1,309 1,04 1,24 2,25 3,29 4,54 8 0,5
13
. Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 42 0,306 2,74 1,24 0,53 3,27 4,51 5 0,5
14
. Bauhinia rufa (Bong.) Steud. 32 0,462 2,09 1,24 0,79 2,88 4,13 5 0,8
15
. Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne 9 1,331 0,59 1,24 2,28 2,87 4,12 8 0,4
16
. Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 23 0,596 1,5 1,24 1,02 2,52 3,77 4 0,5
17
. Siparuna guianensis Aubl. 26 0,406 1,7 1,24 0,7 2,39 3,64 3,5 0,8
18
. Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke 9 1,027 0,59 1,24 1,76 2,35 3,59 4 1
19
. Miconia albicans (Sw.) Triana 25 0,338 1,63 1,24 0,58 2,21 3,46 3,5 0,4
20
. Myrcia guianensis (Ubl.) DC. 23 0,351 1,5 1,24 0,6 2,1 3,35 3 0,3
21
. Eugenia pyriformis Cambess. 20 0,457 1,3 1,24 0,79 2,09 3,33 6,5 0,4
22
. Roupala montana Aubl. 20 0,4 1,3 1,24 0,69 1,99 3,24 2 0,4
23
. Qualea multiflora Mart. 12 0,647 0,78 1,24 1,11 1,89 3,14 7,5 1,5
24
. Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum. 21 0,139 1,37 1,24 0,24 1,61 2,85 2,5 0,4
25
. Bowdichia virgilioides Kunth 4 0,773 0,26 1,24 1,33 1,59 2,83 5 2,5
26
. Diptychandra aurantiaca Tul. 15 0,331 0,98 1,24 0,57 1,55 2,79 4 0,5
27
. Myrcia bella Cambess. 10 0,408 0,65 1,24 0,7 1,35 2,6 2,8 0,2
28
. Jacaranda puberula Cham. 19 0,054 1,24 1,24 0,09 1,33 2,58 2,5 0,5
29
. Banisteriopsis pubipetala (A. Juss.) Cuatrec. 15 0,159 0,98 1,24 0,27 1,25 2,5 3 0,6
30
. Miconia langsdorffii Cogn. 17 0,076 1,11 1,24 0,13 1,24 2,48 2,5 0,3
31
. Machaerium acutifolium Vogel 7 0,431 0,46 1,24 0,74 1,2 2,44 6 1,5
32
. Caryocar brasiliense Cambess. 5 0,687 0,33 0,83 1,18 1,51 2,34 8 1,7
33
. Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. 6 0,397 0,39 1,24 0,68 1,07 2,32 3 0,6
34
. Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. 4 0,45 0,26 1,24 0,77 1,03 2,28 6 0,5
35
. Hancornia speciosa Gomes 7 0,32 0,46 1,24 0,55 1,01 2,25 6 1,5
36. Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f.
10 0,159 0,65 1,24 0,27 0,92 2,17 3 0,5
37
. Bredemeyera floribunda Willd. 13 0,033 0,85 1,24 0,06 0,9 2,15 3 0,8
38
. Dalbergia miscolobium Benth. 4 0,597 0,26 0,83 1,02 1,29 2,12 5,5 1,1
39
. Erythroxylum pelleterianum A. St.-Hil. 10 0,042 0,65 1,24 0,07 0,72 1,97 1,8 0,7
40
. Periandra mediterranea (Vell.) Taub. 10 0,027 0,65 1,24 0,05 0,7 1,94 2 0,7
41
. Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns 9 0,301 0,59 0,83 0,52 1,1 1,93 3,5 0,5
42
. Qualea grandiflora Mart. 6 0,136 0,39 1,24 0,23 0,62 1,87 6 0,7
43
. Rourea induta Planch. 7 0,08 0,46 1,24 0,14 0,59 1,84 5,5 0,6
44
. Tabernaemontana hystrix Steud. 5 0,144 0,33 1,24 0,25 0,57 1,82 3,5 0,6
45
. Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg 7 0,062 0,46 1,24 0,11 0,56 1,81 3 0,7
46
. Coccocypsellum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. 8 0,017 0,52 1,25 0,03 0,55 1,80 1 0,35
47
. Eugenia aurata O. Berg 7 0,038 0,46 1,24 0,07 0,52 1,77 2 1
48
. Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. 4 0,134 0,26 1,24 0,23 0,49 1,74 3,5 1,5
49
. Erythroxylum suberosum A. St.-Hil. 4 0,126 0,26 1,24 0,22 0,48 1,72 1,7 0,5
50
. Ouratea spectabilis (Mart. ex Engl.) Engl. 6 0,032 0,39 1,24 0,06 0,45 1,69 2 0,6
51
. Memora axillaris K. Schum. 6 0,031 0,39 1,24 0,05 0,44 1,69 2 0,4
52
. Qualea cordata (Mart.) Spreng. 8 0,159 0,52 0,83 0,27 0,8 1,63 3,5 1,5
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
138
cont.
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
53. Stryphnodendron obovatum Benth. 4 0,044 0,26 1,24 0,07 0,34 1,58 2,5 1,6
54. Anacardium humile A. St.-Hil. 4 0,025 0,26 1,24 0,04 0,3 1,55 4 0,6
55.
Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) A. Robyns 7 0,145 0,46 0,83 0,25 0,7 1,53 4 0,8
56.
Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc. 3 0,036 0,2 1,24 0,06 0,26 1,5 2 1
57.
Annona coriacea Mart. 9 0,033 0,59 0,83 0,06 0,64 1,47 1,8 0,4
58.
Aegiphila sellowiana Cham. 7 0,037 0,46 0,83 0,06 0,52 1,35 3 1
59.
Heteropterys byrsonimifolia A. Juss. 6 0,059 0,39 0,83 0,1 0,49 1,32 3,5 0,3
60.
Styrax ferrugineus Nees & Mart. 3 0,15 0,2 0,83 0,26 0,45 1,28 2 1,8
61.
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev 1 0,466 0,07 0,41 0,8 0,86 1,28 2 2
62.
Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Roem. &
Schult.) Müll. Arg.
3 0,136 0,2 0,83 0,23 0,43 1,26 0,8 0,7
63.
Pradosia brevipes (Pierre) T. D. Penn. 5 0,018 0,33 0,83 0,03 0,36 1,19 1,5 0,6
64.
Hypenia macrantha (A. St.-Hil. ex Benth.) Harley 4 0,039 0,26 0,83 0,07 0,33 1,16 2,5 0,7
65.
Heteropterys pteropetala A. Juss. 4 0,033 0,26 0,83 0,06 0,32 1,15 3,5 0,8
66.
Casearia sylvestris Sw. 2 0,083 0,13 0,83 0,14 0,27 1,1 2,8 1
67.
Annona tomentosa R.E. Fr. 3 0,044 0,2 0,83 0,08 0,27 1,1 2,8 0,8
68.
Miconia pseudonervosa Cogn. 2 0,064 0,13 0,83 0,11 0,24 1,07 1,6 1
69.
Lantana camara L. 3 0,024 0,2 0,83 0,04 0,24 1,07 1,7 1,5
70.
Eugenia bimarginata DC. 3 0,018 0,2 0,83 0,03 0,23 1,06 2 1,8
71.
Brosimum gaudichaudii Trécul 3 0,015 0,2 0,83 0,02 0,22 1,05 2,5 0,5
72.
Diospyrus hispida A. DC. 2 0,022 0,13 0,83 0,04 0,17 1 2,5 1,9
73.
Myrcia sp2 2 0,009 0,13 0,83 0,02 0,15 0,98 1,7 1,1
74.
Qualea parviflora Mart. 3 0,211 0,2 0,41 0,36 0,56 0,97 6,5 1,8
75.
Jacaranda caroba (Vell.) A. DC. 2 0,006 0,13 0,83 0,01 0,14 0,97 2,5 1
76.
Strychnos rubiginosa A. DC. 2 0,005 0,13 0,83 0,01 0,14 0,97 1 1
77.
Solanum grandiflorum Ruiz & Pav. 3 0,18 0,2 0,41 0,31 0,5 0,92 4 1,6
78.
Andira vermifuga Mart. ex Benth. 1 0,204 0,07 0,41 0,35 0,42 0,83 2,5 2,5
79.
Plathymenia reticulata Benth. 2 0,091 0,13 0,41 0,16 0,29 0,7 3 1,8
80.
Leandra sp 1 0,096 0,07 0,41 0,17 0,23 0,65 2 2
81.
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 2 0,019 0,13 0,41 0,03 0,16 0,58 1,5 1
82.
Palicourea rigida Kunth 2 0,012 0,13 0,41 0,02 0,15 0,57 3 1,2
83.
Casearia grandiflora Cambess. 2 0,009 0,13 0,41 0,02 0,15 0,56 2,5 0,6
84.
Erythroxylum cuneifolium O. E. Schulz 2 0,005 0,13 0,41 0,01 0,14 0,55 1,7 1
85.
Myrcia uberavensis O. Berg 1 0,035 0,07 0,41 0,06 0,12 0,54 2 2
86.
Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. & Hook. f. 1 0,028 0,07 0,41 0,05 0,11 0,53 2,5 2,5
87.
Aeschynomene paniculata Willd. ex Vogel 1 0,028 0,07 0,41 0,05 0,11 0,53 1,7 1,7
88.
Guapira graciliflora (Schmidt) Lundell 1 0,023 0,07 0,41 0,04 0,1 0,52 1,5 1,5
89.
Ocotea pulchella Mart. 1 0,023 0,07 0,41 0,04 0,1 0,52 1,5 1,5
90.
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 1 0,013 0,07 0,41 0,02 0,09 0,5 1,4 1,4
91.
Eugenia klotzschiana O. Berg 1 0,013 0,07 0,41 0,02 0,09 0,5 3 3
92.
Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC. 1 0,013 0,07 0,41 0,02 0,09 0,5 1,5 1,5
93.
Myrcia sp1 1 0,011 0,07 0,41 0,02 0,08 0,5 1,3 1,3
94.
Virola sebifera Aubl. 1 0,011 0,07 0,41 0,02 0,08 0,5 1,8 1,8
95.
Eugenia sp1 1 0,011 0,07 0,41 0,02 0,08 0,5 1 1
96.
Kielmeyera grandiflora (Wawra) Saddi 1 0,01 0,07 0,41 0,02 0,08 0,5 1,9 1,9
97.
Hyptis crinita Benth. 1 0,01 0,07 0,41 0,02 0,08 0,5 2 2
98.
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 1 0,008 0,07 0,41 0,01 0,08 0,49 2 2
99.
Ficus citrifolia Mill. 1 0,006 0,07 0,41 0,01 0,08 0,49 2,5 2,5
100.
Miconia stenostachya DC. 1 0,006 0,07 0,41 0,01 0,08 0,49 2 2
101.
Senna rugosa (G. Don) H. S. Irwin & Barneby 1 0,005 0,07 0,41 0,01 0,07 0,49 1,5 1,5
102.
Erythroxylum campestre A. St.-Hil. 1 0,004 0,07 0,41 0,01 0,07 0,49 1,3 1,3
103.
Peixotoa tomentosa A. Juss. 1 0,004 0,07 0,41 0,01 0,07 0,49 1,6 1,6
104.
Psidium cinereum Mart. ex DC. 1 0,004 0,07 0,41 0,01 0,07 0,49 1,3 1,3
105.
Palicourea coriacea (Cham.) K. Schum. 1 0,004 0,07 0,41 0,01 0,07 0,49 0,7 0,7
106.
Vernonia polyanthes Less. 1 0,003 0,07 0,41 0 0,07 0,49 1,5 1,5
107.
Anemopaegma arvense (Vell.) Stellfeld ex de
Souza
1 0,003 0,07 0,41 0 0,07 0,49 0,6 0,6
108.
Davilla elliptica A. St.-Hil. 1 0,003 0,07 0,41 0 0,07 0,49 1,5 1,5
109.
Licania humilis Cham. & Schltd. 1 0,002 0,07 0,41 0 0,07 0,48 1 1
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
139
110. Annona dioica A. St.-Hil. 1 0,002 0,07 0,41 0 0,07 0,48 1,5 1,5
cont.
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
111. Odontadenia lutea (Vell.) Markgr. 1 0,002 0,07 0,41 0 0,07 0,48 2 2
112. Davilla rugosa Poir. 1 0,002 0,07 0,41 0 0,07 0,48 1,2 1,2
113.
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip. 1 0,002 0,07 0,41 0 0,07 0,48 0,7 0,7
114.
Gochnatia pulchra Cabrera 1 0,002 0,07 0,41 0 0,07 0,48 0,8 0,8
115.
Chresta sphaerocephala DC. 1 0,002 0,07 0,41 0 0,07 0,48 1,5 1,5
*** Total 1533 58,289 100 100 100 200 300 8 0,2
Tabela 11. Parâmetros fitossociológicos das espécies do estrato arbustivo-arbóreo com PAS5cm,
amostradas em Luiz Antônio-SP, área Eu1980 = talhão com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora
(Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, último desbaste em 1980, ordenadas pelo valor
decrescente de IVI. ni = número de indivíduos de cada espécie; ABi = área basal; DR = densidade
relativa (%); FR = freqüência relativa (%); DoR = dominância relativa(%); IVC = índice de valor de
cobertura; IVI = índice de valor de importância; hmáx = altura máxima e hmín = altura mínima (em
m).
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
1. Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S.
Johnson
19 19,02 4,14 2,42 55,55 59,69 62,1 15 5,5
2. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 92 2,261 20 2,42 6,6 26,65 29,06 6 0,3
3.
Siparuna guianensis Aubl. 57 1,422 12,4 2,42 4,15 16,57 18,99 6 0,7
4.
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 40 0,493 8,71 2,42 1,44 10,15 12,57 7 0,3
5.
Copaifera langsdorffii Desf. 14 1,871 3,05 2,42 5,46 8,51 10,93 8 0,5
6.
Pterodon emarginatus Vogel 6 2,37 1,31 2,42 6,92 8,23 10,65 7 1,5
7.
Miconia albicans (Sw.) Triana 23 0,174 5,01 2,42 0,51 5,52 7,94 2,5 0,3
8.
Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. & Hook. f. 6 1,053 1,31 2,42 3,07 4,38 6,8 3,5 0,4
9.
Casearia grandiflora Cambess. 7 0,766 1,53 1,61 2,24 3,76 5,37 5 0,8
10.
Roupala montana Aubl. 15 0,162 3,27 1,61 0,47 3,74 5,35 3 0,4
11.
Machaerium acutifolium Vogel 7 0,45 1,53 2,42 1,31 2,84 5,26 6 1
12
. Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 10 0,141 2,18 2,42 0,41 2,59 5,01 3 0,5
13.
Qualea grandiflora Mart. 5 0,312 1,09 2,42 0,91 2 4,42 6 1
14.
Dimorphandra mollis Benth. 3 0,736 0,65 1,61 2,15 2,8 4,41 6 1,7
15.
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. 11 0,117 2,4 1,61 0,34 2,74 4,35 5 0,6
16.
Ouratea castaneifolia (DC.) Engl. 6 0,205 1,31 2,42 0,6 1,91 4,33 6 0,5
17.
Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum. 5 0,137 1,09 2,42 0,4 1,49 3,91 2 0,7
18.
Rourea induta Planch. 6 0,014 1,31 2,42 0,04 1,35 3,77 1,7 0,4
19.
Annona coriacea Mart. 6 0,264 1,31 1,61 0,77 2,08 3,69 2,5 0,5
20.
Brosimum gaudichaudii Trécul 8 0,057 1,74 1,61 0,17 1,91 3,52 3 1
21.
Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns 3 0,112 0,65 2,42 0,33 0,98 3,4 3 2
22.
Strychnos rubiginosa A. DC. 6 0,148 1,31 1,61 0,43 1,74 3,35 4,5 0,7
23.
Aegiphila sellowiana Cham. 7 0,058 1,53 1,61 0,17 1,69 3,31 4 1
24.
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 5 0,108 1,09 1,61 0,32 1,4 3,02 3 1,5
25.
Caryocar brasiliense Cambess. 2 0,272 0,44 1,61 0,79 1,23 2,84 12 2,5
26.
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. 5 0,023 1,09 1,61 0,07 1,16 2,77 1,7 0,7
27.
Casearia sylvestris Sw. 5 0,019 1,09 1,61 0,06 1,15 2,76 2,5 1
28.
Tabernaemontana hystrix Steud. 2 0,179 0,44 1,61 0,52 0,96 2,57 4,5 4
29.
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 4 0,024 0,87 1,61 0,07 0,94 2,55 2,5 1,6
30.
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg 3 0,034 0,65 1,61 0,1 0,75 2,36 5 1
31.
Virola sebifera Aubl. 3 0,306 0,65 0,81 0,89 1,55 2,35 4,5 1
32.
Miconia stenostachya DC. 5 0,117 1,09 0,81 0,34 1,43 2,24 2,5 1,5
33.
Guapira noxia (Netto) Lundell 2 0,045 0,44 1,61 0,13 0,57 2,18 2 1,5
34.
Annona dioica A. St.-Hil. 2 0,03 0,44 1,61 0,09 0,52 2,14 2 1,5
35.
Myrcia guianensis (Ubl.) DC. 2 0,012 0,44 1,61 0,04 0,47 2,08 1,7 1,1
36.
Eugenia sp3 2 0,006 0,44 1,61 0,02 0,45 2,07 1 1
37.
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev 2 0,199 0,44 0,81 0,58 1,02 1,82 6,5 4,5
38.
Byrsonima intermedia A. Juss. 3 0,059 0,65 0,81 0,17 0,83 1,63 2,2 1,6
39.
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 3 0,047 0,65 0,81 0,14 0,79 1,6 2,5 1
40.
Erythroxylum daphnites Mart. 3 0,011 0,65 0,81 0,03 0,68 1,49 1,1 0,6
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
140
41. Jacaranda puberula Cham. 3 0,008 0,65 0,81 0,02 0,68 1,48 1,8 0,8
42.
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin & Fiaschi 3 0,007 0,65 0,81 0,02 0,67 1,48 2,7 1
43.
Stryphnodendron rotundifolium Mart. 2 0,068 0,44 0,81 0,2 0,63 1,44 4,5 1
cont.
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
44. Memora axillaris K. Schum. 2 0,038 0,44 0,81 0,11 0,55 1,35 2,2 1,7
45. Ocotea pulchella Mart. 2 0,027 0,44 0,81 0,08 0,51 1,32 3 2,5
46.
Guapira graciliflora (Schmidt) Lundell 2 0,007 0,44 0,81 0,02 0,46 1,26 1 0,8
47.
Erythroxylum anguifugum Mart. 2 0,006 0,44 0,81 0,02 0,45 1,26 0,8 0,7
48.
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville 1 0,071 0,22 0,81 0,21 0,42 1,23 3,5 3,5
49.
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 1 0,025 0,22 0,81 0,07 0,29 1,1 2 2
50.
Eugenia aurata O. Berg 1 0,02 0,22 0,81 0,06 0,28 1,08 2,5 2,5
51.
Stryphnodendron obovatum Benth. 1 0,018 0,22 0,81 0,05 0,27 1,08 2,5 2,5
52.
Aspidosperma tomentosum Mart. 1 0,013 0,22 0,81 0,04 0,26 1,06 3,5 3,5
53.
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 1 0,013 0,22 0,81 0,04 0,26 1,06 3 3
54.
Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg 1 0,01 0,22 0,81 0,03 0,25 1,05 1,6 1,6
55.
Vochysia tucanorum Mart. 1 0,008 0,22 0,81 0,02 0,24 1,05 1,5 1,5
56.
Styrax ferrugineus Nees & Mart. 1 0,008 0,22 0,81 0,02 0,24 1,05 1,5 1,5
57.
Bredemeyera floribunda Willd. 1 0,006 0,22 0,81 0,02 0,24 1,04 2 2
58.
Luehea grandiflora Mart. 1 0,006 0,22 0,81 0,02 0,24 1,04 1,8 1,8
59.
Himatanthus obovatus (Müll. Arg.) Woodson 1 0,006 0,22 0,81 0,02 0,24 1,04 2 2
60.
Waltheria douradinha A. St.-Hil. 1 0,005 0,22 0,81 0,01 0,23 1,04 1,2 1,2
61.
Banisteriopsis argyrophylla (A. Juss.) B. Gates 1 0,005 0,22 0,81 0,01 0,23 1,04 1,5 1,5
62. Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f.
1 0,004 0,22 0,81 0,01 0,23 1,04 2,5 2,5
63.
Annona tomentosa R.E. Fr. 1 0,004 0,22 0,81 0,01 0,23 1,04 1,8 1,8
64.
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. 1 0,004 0,22 0,81 0,01 0,23 1,04 1,5 1,5
65.
Palicourea rigida Kunth 1 0,003 0,22 0,81 0,01 0,23 1,03 2 2
66.
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau 1 0,003 0,22 0,81 0,01 0,23 1,03 1,7 1,7
67.
Erythroxylum pelleterianum A. St.-Hil. 1 0,003 0,22 0,81 0,01 0,23 1,03 1,2 1,2
68.
Oxalis grisea A. St.-Hil. & Naudin 1 0,003 0,22 0,81 0,01 0,23 1,03 1,5 1,5
69.
Dalbergia miscolobium Benth. 1 0,003 0,22 0,81 0,01 0,23 1,03 2,5 2,5
70.
Lippia balansae Briq. 1 0,003 0,22 0,81 0,01 0,23 1,03 1,7 1,7
71.
Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira 1 0,002 0,22 0,81 0,01 0,22 1,03 1,5 1,5
72.
Eupatorium squalidum DC. 1 0,002 0,22 0,81 0,01 0,22 1,03 1,5 1,5
73.
Anacardium humile A. St.-Hil. 1 0,002 0,22 0,81 0,01 0,22 1,03 1,5 1,5
74.
Eugenia sp2 1 0,002 0,22 0,81 0,01 0,22 1,03 1 1
75.
Crotalaria vitelina Ker Gawl. 1 0,002 0,22 0,81 0,01 0,22 1,03 1 1
*** Total 459 34,25 100 100 100 200 300 15 0,3
Tabela 12. Parâmetros fitossociológicos das espécies do estrato arbustivo-arbóreo com PAS5cm,
amostradas em Luiz Antônio-SP, área Eu1990 = talhão com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora
(Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, último desbaste em 1992, ordenadas pelo valor
decrescente de IVI. ni = número de indivíduos de cada espécie; ABi = área basal; DR = densidade
relativa (%); FR = freqüência relativa (%); DoR = dominância relativa(%); IVC = índice de valor de
cobertura; IVI = índice de valor de importância; hmáx = altura máxima e hmín = altura mínima (em
m).
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
1. Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S.
Johnson
8 21,73 1,6 2,33 52,76 54,36 56,69 15 6
2. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 154 7,879 30,86 2,33 19,13 49,99 52,31 8 0,5
3.
Siparuna guianensis Aubl. 52 2,013 10,42 2,33 4,89 15,31 17,63 5,5 0,4
4.
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 62 0,924 12,42 2,33 2,24 14,67 16,99 5,5 0,6
5.
Casearia grandiflora Cambess. 19 1,224 3,81 2,33 2,97 6,78 9,1 4,5 0,5
6.
Annona coriacea Mart. 15 0,537 3,01 2,33 1,3 4,31 6,64 2,5 0,7
7.
Copaifera langsdorffii Desf. 4 1,666 0,8 1,55 4,04 4,85 6,4 8 1,4
8.
Miconia albicans (Sw.) Triana 14 0,235 2,81 2,33 0,57 3,38 5,7 3 0,5
9.
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f. 6 0,494 1,2 2,33 1,2 2,4 4,73 4 1,3
10.
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 10 0,147 2 2,33 0,36 2,36 4,69 4,5 0,4
11.
Aegiphila sellowiana Cham. 7 0,356 1,4 2,33 0,86 2,27 4,59 6 1
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
141
12. Qualea grandiflora Mart. 7 0,242 1,4 2,33 0,59 1,99 4,32 6 1
13.
Pterodon emarginatus Vogel 6 0,547 1,2 1,55 1,33 2,53 4,08 6 3
14.
Brosimum gaudichaudii Trécul 7 0,092 1,4 2,33 0,22 1,63 3,95 4,5 1,5
cont.
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
15. Roupala montana Aubl. 6 0,102 1,2 2,33 0,25 1,45 3,78 3 0,8
16. Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin & Fiaschi 5 0,12 1 2,33 0,29 1,29 3,62 3 1,1
17.
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. 4 0,103 0,8 2,33 0,25 1,05 3,38 2,5 0,4
18.
Rourea induta Planch. 8 0,057 1,6 1,55 0,14 1,74 3,29 2,5 0,5
19.
Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. 4 0,383 0,8 1,55 0,93 1,73 3,28 4 1
20.
Myrcia bella Cambess. 3 0,014 0,6 2,33 0,03 0,64 2,96 1,5 0,6
21.
Jacaranda caroba (Vell.) A. DC. 3 0,01 0,6 2,33 0,02 0,63 2,95 2 1,5
22.
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 3 0,007 0,6 2,33 0,02 0,62 2,94 0,7 0,5
23.
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 5 0,065 1 1,55 0,16 1,16 2,71 3,5 0,7
24.
Qualea multiflora Mart. 4 0,108 0,8 1,55 0,26 1,06 2,61 5 2,1
25.
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg 4 0,067 0,8 1,55 0,16 0,96 2,51 2,5 1,3
26.
Caryocar brasiliense Cambess. 3 0,137 0,6 1,55 0,33 0,93 2,49 7 2
27.
Machaerium acutifolium Vogel 3 0,448 0,6 0,78 1,09 1,69 2,46 5 2,5
28.
Neea theifera Orsted 3 0,03 0,6 1,55 0,07 0,67 2,23 3 1,3
29.
Annona dioica A. St.-Hil. 2 0,111 0,4 1,55 0,27 0,67 2,22 1,7 1,2
30.
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 3 0,027 0,6 1,55 0,07 0,67 2,22 2,5 1,3
31.
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. 3 0,016 0,6 1,55 0,04 0,64 2,19 1,6 1,5
32.
Eugenia pyriformis Cambess. 2 0,098 0,4 1,55 0,24 0,64 2,19 4,5 1
33.
Senna rugosa (G. Don) H. S. Irwin & Barneby 3 0,011 0,6 1,55 0,03 0,63 2,18 2,5 0,7
34.
Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira 3 0,01 0,6 1,55 0,02 0,63 2,18 3,5 0,6
35.
Solanum grandiflorum Ruiz & Pav. 2 0,021 0,4 1,55 0,05 0,45 2 2,2 1,1
36.
Guapira noxia (Netto) Lundell 2 0,019 0,4 1,55 0,05 0,45 2 1,6 0,7
37.
Ouratea spectabilis (Mart. ex Engl.) Engl. 2 0,01 0,4 1,55 0,02 0,43 1,98 1 0,7
38.
Annona tomentosa R.E. Fr. 2 0,01 0,4 1,55 0,02 0,42 1,98 1,3 1,2
39.
Tabernaemontana hystrix Steud. 2 0,006 0,4 1,55 0,01 0,41 1,96 1,3 0,8
40.
Eupatorium squalidum DC. 2 0,005 0,4 1,55 0,01 0,41 1,96 1,7 1
41.
Jacaranda puberula Cham. 4 0,107 0,8 0,78 0,26 1,06 1,84 4 1,4
42.
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev 3 0,17 0,6 0,78 0,41 1,01 1,79 3 0,8
43.
Connarus suberosus Planch. 3 0,05 0,6 0,78 0,12 0,72 1,5 2,5 0,5
44.
Qualea sp 1 0,204 0,2 0,78 0,5 0,7 1,47 3,5 3,5
45.
Hancornia speciosa Gomes 1 0,173 0,2 0,78 0,42 0,62 1,4 4 4
46.
Casearia sylvestris Sw. 2 0,008 0,4 0,78 0,02 0,42 1,19 1,7 1,2
47.
Miconia stenostachya DC. 2 0,005 0,4 0,78 0,01 0,41 1,19 1,3 1,2
48.
Eugenia sp3 2 0,004 0,4 0,78 0,01 0,41 1,19 0,8 0,7
49.
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke 1 0,062 0,2 0,78 0,15 0,35 1,13 4 4
50.
Kielmeyera grandiflora (Wawra) Saddi 1 0,053 0,2 0,78 0,13 0,33 1,1 1,7 1,7
51.
Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) A. Robyns 1 0,042 0,2 0,78 0,1 0,3 1,08 2,5 2,5
52.
Myrcia sp1 1 0,031 0,2 0,78 0,08 0,28 1,05 2 2
53.
Myrcia albotomentosa DC. 1 0,031 0,2 0,78 0,08 0,28 1,05 2,5 2,5
54.
Myrcia sp2 1 0,025 0,2 0,78 0,06 0,26 1,04 2,3 2,3
55.
Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. & Hook. f. 1 0,023 0,2 0,78 0,06 0,26 1,03 2,5 2,5
56.
Stryphnodendron obovatum Benth. 1 0,023 0,2 0,78 0,06 0,26 1,03 1,7 1,7
57.
Qualea cordata (Mart.) Spreng. 1 0,017 0,2 0,78 0,04 0,24 1,02 3 3
58.
Dalbergia miscolobium Benth. 1 0,015 0,2 0,78 0,04 0,24 1,01 1,5 1,5
59.
Peritassa campestris (Cambess.) A. C. Sm. 1 0,01 0,2 0,78 0,02 0,22 1 1,3 1,3
60.
Solanum variabile Mart. 1 0,009 0,2 0,78 0,02 0,22 1 1 1
61.
Diospyrus hispida A. DC. 1 0,008 0,2 0,78 0,02 0,22 0,99 1,5 1,5
62.
Heteropterys byrsonimifolia A. Juss. 1 0,006 0,2 0,78 0,02 0,22 0,99 1,5 1,5
63.
Eugenia sp1 1 0,006 0,2 0,78 0,02 0,22 0,99 4,5 4,5
64.
Bowdichia virgilioides Kunth 1 0,005 0,2 0,78 0,01 0,21 0,99 1,5 1,5
65.
Palicourea rigida Kunth 1 0,004 0,2 0,78 0,01 0,21 0,98 1,6 1,6
66.
Dimorphandra mollis Benth. 1 0,003 0,2 0,78 0,01 0,21 0,98 1 1
67.
Vernonia ruficoma Schltdl. 1 0,003 0,2 0,78 0,01 0,21 0,98 1,2 1,2
68.
Erythroxylum daphnites Mart. 1 0,003 0,2 0,78 0,01 0,21 0,98 0,8 0,8
69.
Baccharis dracunculifolia DC. 1 0,002 0,2 0,78 0 0,21 0,98 2,5 2,5
70.
Coccocypsellum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. 1 0,002 0,2 0,78 0 0,21 0,98 0,6 0,6
71.
Byrsonima intermedia A. Juss 1 0,002 0,2 0,78 0 0,21 0,98 1,6 1,6
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
142
72. Aeschynomene paniculata Willd. ex Vogel 1 0,002 0,2 0,78 0 0,21 0,98 1,1 1,1
*** Total 499 41,196 100 100 100 200 300 15 0,4
Tabela 13. Parâmetros fitossociológicos das espécies do estrato arbustivo-arbóreo com PAS5cm,
amostradas em Luiz Antônio-SP, área Eu2000 = talhão com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora
(Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, corte raso em 2001, ordenadas pelo valor
decrescente de IVI. ni = número de indivíduos de cada espécie; ABi = área basal; DR = densidade
relativa (%); FR = freqüência relativa (%); DoR = dominância relativa (%); IVC = índice de valor de
cobertura; IVI = índice de valor de importância; hmáx = altura máxima e hmín = altura mínima (em
m).
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
1. Siparuna guianensis Aubl. 181 1,738 23,18 1,94 10,65 33,83 35,76 5 0,3
2. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 128 2,695 16,39 1,94 16,52 32,9 34,84 12 0,3
3.
Miconia albicans (Sw.) Triana 67 1,468 8,58 1,94 9 17,57 19,51 3 0,3
4.
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 83 0,817 10,63 1,94 5,01 15,63 17,57 3 0,3
5.
Casearia grandiflora Cambess. 50 0,803 6,4 1,94 4,92 11,32 13,26 3 0,6
6.
Copaifera langsdorffii Desf. 8 1,477 1,02 1,29 9,05 10,07 11,37 8 0,5
7.
Qualea grandiflora Mart. 14 0,841 1,79 1,94 5,15 6,94 8,88 6 1,1
8.
Dimorphandra mollis Benth. 4 0,732 0,51 1,29 4,48 5 6,29 7 1,5
9.
Byrsonima intermedia A. Juss. 9 0,288 1,15 1,94 1,77 2,92 4,85 5 1,3
10.
Caryocar brasiliense Cambess. 3 0,479 0,38 1,29 2,93 3,32 4,61 7 0,7
11.
Brosimum gaudichaudii Trécul 8 0,263 1,02 1,94 1,61 2,64 4,57 6 1,5
12.
Aegiphila sellowiana Cham. 11 0,142 1,41 1,94 0,87 2,28 4,22 2 0,8
13.
Pterodon emarginatus Vogel 2 0,48 0,26 0,65 2,94 3,2 3,84 1,7 0,5
14.
Annona coriacea Mart. 8 0,138 1,02 1,94 0,84 1,87 3,8 2 0,5
15.
Stryphnodendron rotundifolium Mart. 1 0,49 0,13 0,65 3 3,13 3,78 7 7
16.
Ouratea spectabilis (Mart. ex Engl.) Engl. 10 0,07 1,28 1,94 0,43 1,71 3,65 2,5 0,4
17.
Jacaranda puberula Cham. 11 0,036 1,41 1,94 0,22 1,63 3,57 2,5 0,8
18.
Qualea multiflora Mart. 3 0,287 0,38 1,29 1,76 2,14 3,43 1,7 1,3
19.
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin & Fiaschi 6 0,118 0,77 1,94 0,72 1,49 3,43 2,5 1,2
20.
Solanum grandiflorum Ruiz & Pav. 2 0,292 0,26 1,29 1,79 2,05 3,34 4,5 1,8
21.
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 5 0,227 0,64 1,29 1,39 2,03 3,32 3,5 1,7
22.
Dalbergia miscolobium Benth. 7 0,078 0,9 1,94 0,47 1,37 3,31 2,5 0,8
23.
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev 7 0,177 0,9 1,29 1,08 1,98 3,27 4 0,8
24.
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 9 0,024 1,15 1,94 0,15 1,3 3,24 1,6 0,6
25.
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 7 0,035 0,9 1,94 0,21 1,11 3,05 2 0,6
26.
Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. & Hook. f. 7 0,11 0,9 1,29 0,67 1,57 2,86 3 0,7
27.
Connarus suberosus Planch. 6 0,021 0,77 1,94 0,13 0,9 2,83 1 0,4
28.
Senna rugosa (G. Don) H. S. Irwin & Barneby 5 0,028 0,64 1,94 0,17 0,81 2,75 2,5 0,4
29.
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau 3 0,069 0,38 1,94 0,42 0,8 2,74 3,5 1,3
30.
Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. 3 0,147 0,38 1,29 0,9 1,28 2,57 4 1,7
31.
Rourea induta Planch. 4 0,012 0,51 1,94 0,07 0,58 2,52 1,5 0,7
32.
Roupala montana Aubl. 4 0,107 0,51 1,29 0,65 1,17 2,46 3,5 0,6
33.
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. 6 0,058 0,77 1,29 0,36 1,13 2,42 6 1,5
34.
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. 6 0,043 0,77 1,29 0,26 1,03 2,32 2,2 0,6
35.
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. 2 0,115 0,26 1,29 0,71 0,96 2,25 3,5 1
36.
Kielmeyera grandiflora (Wawra) Saddi 1 0,229 0,13 0,65 1,4 1,53 2,18 4,5 4,5
37.
Miconia stenostachya DC. 2 0,083 0,26 1,29 0,51 0,77 2,06 1,5 1,5
38.
Tabernaemontana hystrix Steud. 2 0,074 0,26 1,29 0,45 0,71 2 4 1,5
39.
Eugenia aurata O. Berg 2 0,177 0,26 0,65 1,08 1,34 1,98 2 1,6
40.
Guapira noxia (Netto) Lundell 4 0,025 0,51 1,29 0,15 0,67 1,96 1,6 0,7
41.
Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum. 4 0,015 0,51 1,29 0,09 0,6 1,89 1,5 0,7
42.
Solanum variabile Mart. 2 0,049 0,26 1,29 0,3 0,56 1,85 2,5 1,8
43.
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke 2 0,047 0,26 1,29 0,29 0,54 1,83 3,5 2
44.
Virola sebifera Aubl. 3 0,016 0,38 1,29 0,1 0,48 1,77 1,7 0,7
45.
Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne 2 0,136 0,26 0,65 0,83 1,09 1,74 4 3
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
143
46. Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 3 0,01 0,38 1,29 0,06 0,44 1,73 1,6 1,1
47.
Eugenia bimarginata DC. 3 0,008 0,38 1,29 0,05 0,44 1,73 1,2 1,1
48.
Tapirira guianensis Aubl. 3 0,008 0,38 1,29 0,05 0,43 1,72 1,1 0,8
49.
Solanum lycocarpum A. St.-Hil. 4 0,078 0,51 0,65 0,48 0,99 1,64 2,5 1,5
cont
.
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
50. Bowdichia virgilioides Kunth 2 0,006 0,26 1,29 0,04 0,29 1,58 0,8 0,6
51. Savia dictyocarpa Müll. Arg. 2 0,006 0,26 1,29 0,03 0,29 1,58 1,5 1,3
52.
Palicourea coriacea (Cham.) K. Schum. 2 0,006 0,26 1,29 0,03 0,29 1,58 0,8 0,8
53.
Coccocypsellum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. 2 0,005 0,26 1,29 0,03 0,29 1,58 0,7 0,7
54.
Miconia langsdorffii Cogn. 2 0,005 0,26 1,29 0,03 0,29 1,58 1,5 1,2
55.
Annona tomentosa R.E. Fr. 4 0,019 0,51 0,65 0,12 0,63 1,28 2 0,7
56.
Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S.
Johnson
1 0,08 0,13 0,65 0,49 0,62 1,27 7 7
57.
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 3 0,034 0,38 0,65 0,21 0,59 1,24 2 0,7
58.
Erythroxylum campestre A. St.-Hil. 3 0,025 0,38 0,65 0,16 0,54 1,18 1,7 1
59.
Miconia ligustroides (DC.) Naudin 2 0,045 0,26 0,65 0,28 0,53 1,18 2,5 2
60.
Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC. 1 0,053 0,13 0,65 0,33 0,45 1,1 2 2
61.
Myrcia bella Cambess. 1 0,053 0,13 0,65 0,33 0,45 1,1 2,5 2,5
62.
Annona dioica A. St.-Hil. 3 0,006 0,38 0,65 0,04 0,42 1,07 1 0,6
63.
Diospyros hispida A. DC. 2 0,007 0,26 0,65 0,04 0,3 0,95 1 1
64. Rubiaceae sp
1 0,02 0,13 0,65 0,12 0,25 0,9 2,5 2,5
65.
Heteropterys pteropetala A. Juss. 1 0,013 0,13 0,65 0,08 0,21 0,85 1,7 1,7
66.
Amaioua intermedia Mart. 1 0,011 0,13 0,65 0,07 0,2 0,84 1,5 1,5
67.
Ocotea pulchella Mart. 1 0,006 0,13 0,65 0,04 0,17 0,81 0,8 0,8
68.
Qualea sp 1 0,006 0,13 0,65 0,04 0,17 0,81 1,2 1,2
69.
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg 1 0,004 0,13 0,65 0,02 0,15 0,8 0,7 0,7
70.
Vernonia polyanthes Less. 1 0,004 0,13 0,65 0,02 0,15 0,8 1,6 1,6
71.
Chamaecrista flexuosa (L.) Greene 1 0,004 0,13 0,65 0,02 0,15 0,8 1,5 1,5
72.
Byrsonima sp 1 0,004 0,13 0,65 0,02 0,15 0,8 2 2
73.
Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira 1 0,003 0,13 0,65 0,02 0,15 0,79 0,8 0,8
74.
Jacaranda caroba (Vell.) A. DC. 1 0,003 0,13 0,65 0,02 0,15 0,79 1,5 1,5
75.
Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns 1 0,003 0,13 0,65 0,02 0,15 0,79 0,5 0,5
76.
Eugenia sp2 1 0,003 0,13 0,65 0,02 0,15 0,79 1 1
77.
Eupatorium squalidum DC. 1 0,003 0,13 0,65 0,02 0,15 0,79 0,7 0,7
78.
Cochlospermum regium (Schrank) Pilg. 1 0,003 0,13 0,65 0,02 0,15 0,79 1,2 1,2
79.
Campomanesia xanthocarpa O. Berg 1 0,003 0,13 0,65 0,02 0,15 0,79 1,1 1,1
80.
Odontadenia lutea (Vell.) Markgr. 1 0,003 0,13 0,65 0,02 0,15 0,79 0,8 0,8
81.
Annona crassiflora Mart. 1 0,003 0,13 0,65 0,02 0,15 0,79 0,6 0,6
82.
Cissampelos ovalifolia DC. 1 0,002 0,13 0,65 0,01 0,14 0,79 0,7 0,7
83.
Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg 1 0,002 0,13 0,65 0,01 0,14 0,79 1 1
84.
Neea theifera Orsted 1 0,002 0,13 0,65 0,01 0,14 0,79 1 1
85.
Machaerium acutifolium Vogel 1 0,002 0,13 0,65 0,01 0,14 0,79 0,8 0,8
86.
Memora axillaris K. Schum. 1 0,002 0,13 0,65 0,01 0,14 0,79 0,8 0,8
87.
Mimosa xanthocentra Mart. 1 0,002 0,13 0,65 0,01 0,14 0,79 1,2 1,2
*** Total 78116,321 100 100 100 200 300 12 0,3
Tabela 14. Parâmetros fitossociológicos das espécies do estrato arbustivo-arbóreo com PAS5cm,
amostradas em Luiz Antônio-SP, área Pi1980 = talhão com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet
var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, último desbaste em 1980,
ordenadas pelo valor decrescente de IVI. ni = número de indivíduos de cada espécie; ABi = área basal;
DR = densidade relativa (%); FR = freqüência relativa (%); DoR = dominância relativa (%); IVC =
índice de valor de cobertura; IVI = índice de valor de importância; hmáx = altura máxima e hmín =
altura mínima (em m).
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
144
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
1. Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.)
W.H.G. Barrett & Golfari
11 30,92 4,09 2,68 73 77,1 79,8 20 1
2. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 31 2,896 11,52 2,68 6,84 18,36 21 6 0,5
3.
Aegiphila sellowiana Cham. 42 0,864 15,61 2,68 2,04 17,65 20,3 4,5 0,5
4.
Rourea induta Planch. 15 0,967 5,58 2,68 2,28 7,86 10,5 1,8 0,6
5.
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 11 1,298 4,09 2,68 3,07 7,16 9,83 7 0,45
cont.
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
6. Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 11 0,236 4,09 2,68 0,56 4,65 7,33 2,5 0,7
7. Eugenia aurata O. Berg 8 0,443 2,97 2,68 1,05 4,02 6,7 2,5 1
8.
Solanum lycocarpum A. St.-Hil. 11 0,05 4,09 1,79 0,12 4,21 5,99 2,5 0,7
9.
Brosimum gaudichaudii Trécul 6 0,728 2,23 1,79 1,72 3,95 5,74 5 1
10.
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin & Fiaschi 4 0,584 1,49 2,68 1,38 2,87 5,55 4 2
11.
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 7 0,068 2,6 2,68 0,16 2,76 5,44 2,5 0,8
12.
Copaifera langsdorffii Desf. 4 0,66 1,49 1,79 1,56 3,04 4,83 4 0,6
13.
Dimorphandra mollis Benth. 4 0,157 1,49 2,68 0,37 1,86 4,54 2 0,7
14.
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. 3 0,291 1,12 2,68 0,69 1,8 4,48 3,5 2,7
15.
Heteropterys byrsonimifolia A. Juss. 6 0,054 2,23 1,79 0,13 2,36 4,14 2 0,5
16.
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 5 0,179 1,86 1,79 0,42 2,28 4,07 2,5 1
17.
Miconia albicans (Sw.) Triana 3 0,03 1,12 2,68 0,07 1,19 3,87 2 0,7
18.
Ouratea spectabilis (Mart. ex Engl.) Engl. 3 0,022 1,12 2,68 0,05 1,17 3,85 2 1,5
19.
Chamaecrista flexuosa (L.) Greene 3 0,007 1,12 2,68 0,02 1,13 3,81 1,5 0,8
20.
Pouteria torta (Mart.) Radlk. 4 0,159 1,49 1,79 0,38 1,86 3,65 2,8 2
21.
Stryphnodendron obovatum Benth. 5 0,221 1,86 0,89 0,52 2,38 3,27 5 1,8
22.
Vernonia polyanthes Less. 2 0,096 0,74 1,79 0,23 0,97 2,76 4 2,2
23
Strychnos rubiginosa A. DC. 2 0,089 0,74 1,79 0,21 0,95 2,74 3 1
24.
Miconia stenostachya DC. 2 0,04 0,74 1,79 0,09 0,84 2,62 1,5 1,4
25.
Roupala montana Aubl. 2 0,04 0,74 1,79 0,09 0,84 2,62 3 2,5
26.
Solanum grandiflorum Ruiz & Pav. 2 0,025 0,74 1,79 0,06 0,8 2,59 2,5 2,5
27.
Heteropterys umbellata A. Juss. 2 0,013 0,74 1,79 0,03 0,77 2,56 2 1,5
28.
Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum. 2 0,011 0,74 1,79 0,03 0,77 2,55 2,2 0,7
29.
Campomanesia xanthocarpa O. Berg 2 0,007 0,74 1,79 0,02 0,76 2,54 2 0,6
30.
Periandra mediterranea (Vell.) Taub. 2 0,004 0,74 1,79 0,01 0,75 2,54 2,1 1,1
31.
Diptychandra aurantiaca Tul. 3 0,212 1,12 0,89 0,5 1,62 2,51 3 2
32.
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 3 0,062 1,12 0,89 0,15 1,26 2,15 2,5 1,5
33.
Licania humilis Cham. & Schltd. 3 0,043 1,12 0,89 0,1 1,22 2,11 3,5 0,3
34.
Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. 2 0,141 0,74 0,89 0,33 1,08 1,97 4 2
35.
Myrcia guianensis (Ubl.) DC. 2 0,087 0,74 0,89 0,21 0,95 1,84 3 1,5
36.
Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns 2 0,073 0,74 0,89 0,17 0,92 1,81 2,5 2
37.
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f. 2 0,046 0,74 0,89 0,11 0,85 1,74 2 0,8
38.
Annona coriacea Mart. 2 0,036 0,74 0,89 0,09 0,83 1,72 2 1,6
39.
Myrcia bella Cambess. 2 0,023 0,74 0,89 0,05 0,8 1,69 1,5 1
40
. Memora axillaris K. Schum. 2 0,008 0,74 0,89 0,02 0,76 1,66 1,5 0,6
41.
Licania rigida Benth. 2 0,005 0,74 0,89 0,01 0,75 1,65 1,5 0,8
42.
Casearia sylvestris Sw. 2 0,004 0,74 0,89 0,01 0,75 1,65 1 0,5
43.
Ocotea pulchella Mart. 1 0,075 0,37 0,89 0,18 0,55 1,44 3,2 3,2
44.
Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc. 1 0,066 0,37 0,89 0,16 0,53 1,42 0,7 0,7
45.
Tocoyena brasiliensis Mart. 1 0,062 0,37 0,89 0,15 0,52 1,41 4,5 4,5
46
Kielmeyera grandiflora (Wawra) Saddi 1 0,045 0,37 0,89 0,11 0,48 1,37 2 2
47.
Styrax ferrugineus Nees & Mart. 1 0,031 0,37 0,89 0,07 0,45 1,34 1,8 1,8
48.
Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira 1 0,031 0,37 0,89 0,07 0,45 1,34 3 3
49.
Strychnos pseudoquina A. St.-Hil. 1 0,018 0,37 0,89 0,04 0,41 1,31 1,5 1,5
50.
Solanum variabile Mart. 1 0,013 0,37 0,89 0,03 0,4 1,3 2,2 2,2
51.
Palicourea rigida Kunth 1 0,013 0,37 0,89 0,03 0,4 1,3 1,5 1,5
52.
Qualea grandiflora Mart. 1 0,011 0,37 0,89 0,03 0,4 1,29 1,7 1,7
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
145
53. Eugenia bimarginata DC. 1 0,01 0,37 0,89 0,02 0,39 1,29 0,7 0,7
54.
Vernonia rubriramea Mart ex DC. 1 0,008 0,37 0,89 0,02 0,39 1,28 2 2
55.
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau 1 0,008 0,37 0,89 0,02 0,39 1,28 1,7 1,7
56.
Andira humilis Mart. ex Benth. 1 0,007 0,37 0,89 0,02 0,39 1,28 1 1
57.
Diospyros hispida A. DC. 1 0,006 0,37 0,89 0,02 0,39 1,28 1,8 1,8
58.
Coccocypsellum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. 1 0,006 0,37 0,89 0,02 0,39 1,28 0,8 0,8
cont.
ESPÉCIES ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
59. Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. 1 0,005 0,37 0,89 0,01 0,38 1,28 1,6 1,6
60. Siparuna guianensis Aubl. 1 0,005 0,37 0,89 0,01 0,38 1,28 0,7 0,7
61.
Erythroxylum cuneifolium O. E. Schulz 1 0,005 0,37 0,89 0,01 0,38 1,28 1,7 1,7
62.
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg 1 0,005 0,37 0,89 0,01 0,38 1,28 2 2
63.
Stryphnodendron rotundifolium Mart. 1 0,003 0,37 0,89 0,01 0,38 1,27 0,8 0,8
64.
Psidium cinereum Mart. ex DC. 1 0,003 0,37 0,89 0,01 0,38 1,27 1,5 1,5
65.
Tontelea micrantha (Mart. ex Schult.) A. C. Sm. 1 0,003 0,37 0,89 0,01 0,38 1,27 0,6 0,6
66.
Annona tomentosa R.E. Fr. 1 0,002 0,37 0,89 0 0,38 1,27 1 1
67.
Byrsonima intermedia A. Juss. 1 0,002 0,37 0,89 0 0,38 1,27 2 2
68.
Vernonia ruficoma Schltdl. 1 0,002 0,37 0,89 0 0,38 1,27 1,7 1,7
69.
Eupatorium squalidum DC. 1 0,002 0,37 0,89 0 0,38 1,27 1,3 1,3
*** Total 269 42,35 100 100 100 200 300 20 0,3
Tabela 15. Parâmetros fitossociológicos das espécies do estrato arbustivo-arbóreo com PAS5cm,
amostradas em Luiz Antônio-SP, área Pi1990 = talhão com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet
var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, último desbaste em 1991,
ordenadas pelo valor decrescente de IVI. ni = número de indivíduos de cada espécie; ABi = área basal;
DR = densidade relativa (%); FR = freqüência relativa (%); DoR = dominância relativa (%); IVC =
índice de valor de cobertura; IVI = índice de valor de importância; hmáx = altura máxima e hmín =
altura mínima (em m).
ESPÉCIE ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
1. Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W.H.G.
Barrett & Golfari
16 26,47 6,84 3,45 75,7 82,5 85,95 20 2,5
2. Siparuna guianensis Aubl. 39 1,98 16,67 3,45 5,66 22,32 25,77 5 0,5
3.
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 25 3,04 10,68 3,45 8,69 19,37 22,82 4 0,5
4.
Aegiphila sellowiana Cham. 25 0,588 10,68 3,45 1,68 12,36 15,81 5 0,5
5.
Miconia albicans (Sw.) Triana 23 0,153 9,83 3,45 0,44 10,26 13,71 3 0,3
6.
Brosimum gaudichaudii Trécul 8 0,254 3,42 3,45 0,73 4,15 7,59 3,5 2
7.
Copaifera langsdorffii Desf. 6 0,18 2,56 3,45 0,51 3,08 6,53 4,5 0,3
8.
Rourea induta Planch. 8 0,103 3,42 2,3 0,29 3,71 6,01 2,5 1
9.
Annona coriacea Mart. 4 0,046 1,71 3,45 0,13 1,84 5,29 2 0,6
10.
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 6 0,041 2,56 2,3 0,12 2,68 4,98 2 0,5
11.
Qualea grandiflora Mart. 3 0,085 1,28 3,45 0,24 1,53 4,97 3,5 0,5
12.
Eugenia bimarginata DC. 3 0,083 1,28 3,45 0,24 1,52 4,97 3,5 2,5
13.
Solanum grandiflorum Ruiz & Pav. 3 0,307 1,28 2,3 0,88 2,16 4,46 6 3
14.
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f. 4 0,114 1,71 2,3 0,33 2,04 4,33 4 0,7
15.
Eugenia sp2 4 0,011 1,71 2,3 0,03 1,74 4,04 0,9 0,5
16.
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev 2 0,309 0,85 2,3 0,88 1,74 4,04 2 1
17.
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 3 0,009 1,28 2,3 0,02 1,31 3,61 1,7 1
18.
Himatanthus obovatus (Müll. Arg.) Woodson 2 0,132 0,85 2,3 0,38 1,23 3,53 3 3
19.
Dimorphandra mollis Benth. 2 0,083 0,85 2,3 0,24 1,09 3,39 4 2,5
20.
Stryphnodendron rotundifolium Mart. 2 0,062 0,85 2,3 0,18 1,03 3,33 2 1,8
21.
Eupatorium squalidum DC. 2 0,005 0,85 2,3 0,01 0,87 3,17 1,8 1,2
22.
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 2 0,005 0,85 2,3 0,01 0,87 3,17 1 0,7
23.
Connarus suberosus Planch. 4 0,069 1,71 1,15 0,2 1,91 3,06 2,5 1
24.
Solanum variabile Mart. 3 0,066 1,28 1,15 0,19 1,47 2,62 3 1
25.
Casearia grandiflora Cambess. 2 0,147 0,85 1,15 0,42 1,28 2,42 5 0,8
26.
Vochysia sp 2 0,09 0,85 1,15 0,26 1,11 2,26 4 2
27.
Qualea multiflora Mart. 2 0,038 0,85 1,15 0,11 0,96 2,11 3,5 0,7
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
146
28. Virola sebifera Aubl. 2 0,019 0,85 1,15 0,05 0,91 2,06 1,2 0,8
29.
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. 1 0,132 0,43 1,15 0,38 0,8 1,95 4 4
30.
Cecropia hololeuca Miq. 1 0,113 0,43 1,15 0,32 0,75 1,9 3,5 3,5
31.
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke 1 0,057 0,43 1,15 0,16 0,59 1,74 5,5 5,5
32.
Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S. Johnson 1 0,038 0,43 1,15 0,11 0,54 1,69 1,5 1,5
33.
Bowdichia virgilioides Kunth 1 0,031 0,43 1,15 0,09 0,52 1,67 4 4
34.
Caryocar brasiliense Cambess. 1 0,023 0,43 1,15 0,06 0,49 1,64 3,5 3,5
35.
Pterodon emarginatus Vogel 1 0,02 0,43 1,15 0,06 0,48 1,63 2 2
cont.
ESPÉCIE ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
36. Memora axillaris K. Schum. 1 0,008 0,43 1,15 0,02 0,45 1,6 2 2
37. Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 1 0,008 0,43 1,15 0,02 0,45 1,6 1,5 1,5
38.
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg 1 0,006 0,43 1,15 0,02 0,45 1,59 1,7 1,7
39.
Distictela elongata (Vahl) Urb. 1 0,006 0,43 1,15 0,02 0,45 1,59 0,8 0,8
40.
Styrax ferrugineus Nees & Mart. 1 0,005 0,43 1,15 0,01 0,44 1,59 1,6 1,6
41.
Tabernaemontana hystrix Steud. 1 0,005 0,43 1,15 0,01 0,44 1,59 2 2
42.
Temnadenia violacea (Vell.) Miers 1 0,005 0,43 1,15 0,01 0,44 1,59 1,8 1,8
43.
Solanum lycocarpum A. St.-Hil. 1 0,005 0,43 1,15 0,01 0,44 1,59 1,6 1,6
44.
Jacaranda puberula Cham. 1 0,004 0,43 1,15 0,01 0,44 1,59 2 2
45.
Palicourea coriacea (Cham.) K. Schum. 1 0,004 0,43 1,15 0,01 0,44 1,59 1 1
46.
Casearia sylvestris Sw. 1 0,004 0,43 1,15 0,01 0,44 1,59 3 3
47.
Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira 1 0,003 0,43 1,15 0,01 0,44 1,58 1,5 1,5
48.
Solanum paniculatum L. 1 0,003 0,43 1,15 0,01 0,44 1,58 0,5 0,5
49.
Neea theifera Orsted 1 0,003 0,43 1,15 0,01 0,44 1,58 0,6 0,6
50.
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin & Fiaschi 1 0,003 0,43 1,15 0,01 0,44 1,58 0,5 0,5
51.
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 1 0,003 0,43 1,15 0,01 0,44 1,58 0,8 0,8
52.
Fridericia speciosa Mart. 1 0,003 0,43 1,15 0,01 0,44 1,58 1,2 1,2
53.
Eugenia aurata O. Berg 1 0,002 0,43 1,15 0,01 0,43 1,58 2 2
54.
Roupala montana Aubl. 1 0,002 0,43 1,15 0,01 0,43 1,58 0,5 0,5
55.
Crotalaria vitelina Ker Gawl. 1 0,002 0,43 1,15 0,01 0,43 1,58 0,8 0,8
*** Total 234 34,99 100 100 100 200 300 20 0,3
Tabela 16. Parâmetros fitossociológicos das espécies do estrato arbustivo-arbóreo com PAS5cm,
amostradas em Luiz Antônio-SP, área Pi2000 = talhão com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet
var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, corte raso em 2001, ordenadas
pelo valor decrescente de IVI. ni = número de indivíduos de cada espécie; ABi = área basal; DR =
densidade relativa (%); FR = freqüência relativa (%); DoR = dominância relativa (%); IVC = índice de
valor de cobertura; IVI = índice de valor de importância; hmáx = altura máxima e hmín = altura
mínima (em m).
ESPÉCIE ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
1. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 50 3,986 19,31 3,3 26,51 45,82 49,12 5 0,5
2. Siparuna guianensis Aubl. 39 1,456 15,06 3,3 9,68 24,74 28,04 6 0,5
3.
Copaifera langsdorffii Desf. 12 2,826 4,63 3,3 18,8 23,43 26,73 4,5 0,7
4.
Aegiphila sellowiana Cham. 25 1,471 9,65 3,3 9,78 19,44 22,73 5 0,6
5.
Casearia grandiflora Cambess. 7 1,023 2,7 2,2 6,81 9,51 11,71 5 0,7
6.
Solanum lycocarpum A. St.-Hil. 10 0,363 3,86 2,2 2,41 6,27 8,47 6,5 1
7.
Miconia albicans (Sw.) Triana 8 0,225 3,09 3,3 1,5 4,59 7,88 3,5 0,7
8.
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 9 0,145 3,47 3,3 0,96 4,44 7,74 2 0,6
9.
Annona coriacea Mart. 8 0,174 3,09 3,3 1,16 4,25 7,55 2,3 0,4
10.
Connarus suberosus Planch. 7 0,04 2,7 3,3 0,26 2,97 6,26 3 0,6
11.
Annona dioica A. St.-Hil. 5 0,402 1,93 1,1 2,68 4,61 5,71 2 1,5
12.
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin & Fiaschi 4 0,063 1,54 3,3 0,42 1,96 5,26 3 0,7
13.
Dimorphandra mollis Benth. 3 0,283 1,16 2,2 1,89 3,04 5,24 3,5 1,5
14.
Stryphnodendron obovatum Benth. 5 0,161 1,93 2,2 1,07 3 5,2 5,5 1
15.
Eupatorium squalidum DC. 4 0,017 1,54 3,3 0,11 1,66 4,96 1,7 1
16.
Qualea grandiflora Mart. 2 0,265 0,77 2,2 1,77 2,54 4,74 3,5 3
17.
Solanum grandiflorum Ruiz & Pav. 3 0,19 1,16 2,2 1,26 2,42 4,62 4,5 1,6
18.
Rourea induta Planch. 4 0,084 1,54 2,2 0,56 2,1 4,3 3 0,4
19.
Dalbergia miscolobium Benth. 1 0,407 0,39 1,1 2,71 3,09 4,19 2 2
20.
Tabernaemontana hystrix Steud. 5 0,111 1,93 1,1 0,74 2,67 3,77 2 1,5
21.
Vernonia polyanthes Less. 3 0,026 1,16 2,2 0,17 1,33 3,53 2 1,2
22.
Myrcia guianensis (Ubl.) DC. 2 0,063 0,77 2,2 0,42 1,19 3,39 2,5 2,5
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
147
23. Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 2 0,057 0,77 2,2 0,38 1,15 3,35 3,5 1,1
24.
Brosimum gaudichaudii Trécul 2 0,038 0,77 2,2 0,26 1,03 3,23 1,7 1,5
25.
Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum. 2 0,025 0,77 2,2 0,17 0,94 3,14 1,7 1,6
26.
Diptychandra aurantiaca Tul. 2 0,012 0,77 2,2 0,08 0,85 3,05 1,6 0,4
27.
Baccharis dracunculifolia DC. 4 0,035 1,54 1,1 0,23 1,78 2,88 2,8 1,6
28.
Machaerium acutifolium Vogel 1 0,181 0,39 1,1 1,2 1,59 2,69 1,7 1,7
29.
Heteropteris sp 1 0,132 0,39 1,1 0,88 1,26 2,36 4 4
30.
Myrcia sp1 1 0,126 0,39 1,1 0,84 1,22 2,32 2,5 2,5
31.
Virola sebifera Aubl. 1 0,113 0,39 1,1 0,75 1,14 2,24 1,5 1,5
cont.
ESPÉCIE ni ABi DR FR DoR IVC IVI hmáx hmín
32. Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. 1 0,086 0,39 1,1 0,57 0,96 2,05 3 3
33. Strychnos rubiginosa A. DC. 1 0,086 0,39 1,1 0,57 0,96 2,05 5 5
34.
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 1 0,057 0,39 1,1 0,38 0,77 1,87 3 3
35.
Plathymenia reticulata Benth. 1 0,053 0,39 1,1 0,35 0,74 1,84 4 4
36.
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke 1 0,049 0,39 1,1 0,33 0,71 1,81 3 3
37.
Ouratea spectabilis (Mart. ex Engl.) Engl. 1 0,049 0,39 1,1 0,33 0,71 1,81 2 2
38.
Stryphnodendron rotundifolium Mart. 1 0,042 0,39 1,1 0,28 0,66 1,76 4 4
39.
Vernonia ruficoma Schltdl. 1 0,011 0,39 1,1 0,08 0,46 1,56 1,5 1,5
40.
Aegiphila lhotskiana L. 1 0,011 0,39 1,1 0,08 0,46 1,56 3,5 3,5
41.
Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.)
W.H.G. Barrett & Golfari
1 0,011 0,39 1,1 0,08 0,46 1,56 1,4 1,4
42.
Lantana camara L. 1 0,01 0,39 1,1 0,06 0,45 1,55 1 1
43.
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau 1 0,01 0,39 1,1 0,06 0,45 1,55 2 2
44.
Heteropterys byrsonimifolia A. Juss. 1 0,006 0,39 1,1 0,04 0,43 1,53 1,8 1,8
45.
Palicourea coriacea (Cham.) K. Schum. 1 0,006 0,39 1,1 0,04 0,43 1,53 1 1
46.
Jacaranda puberula Cham. 1 0,006 0,39 1,1 0,04 0,43 1,53 1,5 1,5
47.
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg 1 0,006 0,39 1,1 0,04 0,43 1,53 0,8 0,8
48.
Erythroxylum suberosum A. St.-Hil. 1 0,005 0,39 1,1 0,03 0,42 1,52 1,4 1,4
49.
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 1 0,004 0,39 1,1 0,03 0,41 1,51 1,8 1,8
50.
Waltheria indica L. 1 0,004 0,39 1,1 0,03 0,41 1,51 2 2
51.
Andira humilis Mart. ex Benth. 1 0,004 0,39 1,1 0,03 0,41 1,51 0,7 0,7
52.
Solanum variabile Mart. 1 0,003 0,39 1,1 0,02 0,4 1,5 1,2 1,2
53.
Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. & Hook. f. 1 0,003 0,39 1,1 0,02 0,4 1,5 1,2 1,2
54.
Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) A. Robyns 1 0,002 0,39 1,1 0,01 0,4 1,5 0,7 0,7
55.
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev 1 0,002 0,39 1,1 0,01 0,4 1,5 4 4
56.
Qualea multiflora Mart. 1 0,002 0,39 1,1 0,01 0,4 1,5 2 2
57.
Eugenia sp3 1 0,002 0,39 1,1 0,01 0,4 1,5 1,3 1,3
58.
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 1 0,002 0,39 1,1 0,01 0,4 1,5 0,7 0,7
*** Total 259 15,03 100 100 100 200 300 6,5 0,4
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
148
As famílias de maior valor de importância, com exceção das exóticas foram: Fabaceae,
Myrtaceae, Bignoniaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Asteraceae, Melastomataceae,
Erytroxylaceae, Apocynaceae e Vochysiaceae. Comparando esses resultados com os obtidos
por Toledo Filho (1984) e Toppa (2004), nesta mesma unidade de conservação, há cinco
famílias em comum: Fabaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Bignoniaceae e Vochysiaceae.
Comparadas as listas de CE (Tab. 10) com a listagem de Toppa (2004) para a mesma
fitofisionomia (Cerrado stricto sensu), 25 espécies são coincidentes em 28 encontradas pelo
autor. Com Toledo Filho (1984) há concordância de 49 em 63 espécies identificadas para as
dez principais famílias e com Pereira-Silva et al. (2004), que identificaram 114 espécies no
Cerradão dessa mesma unidade de conservação, há coincidência de 76 espécies.
Moura (1997) comparando seu estudo do sub-bosque de eucalipto no Horto Florestal
Navarro de Andrade (Rio Claro - SP), cujas áreas diferem em idade de abandono, com outros
trabalhos, confirma que os plantios de baixa densidade de indivíduos, em função da
exploração madeireira e abandono da área, quando expostos à ação do tempo, permitem a
formação de uma comunidade secundária com estrutura fitossociológica similar a dos
fragmentos florestais da região.
Paschoal (2004), avaliando a capacidade de regeneração da vegetação natural em áreas
de reflorestamento com espécies de pinus e eucalipto em Agudos (SP), amostrou na submata
de Eucalyptus = Corymbia citriodora 129 indivíduos distribuídos em 23 espécies, das quais
12 foram encontradas nas áreas do presente estudo sob as mesmas condições. Entre as dez
espécies apontadas como de maior IVI pelo autor, três figuram entre as de maior IVI
amostradas no nesta investigação.
Além de um expressivo número de espécies raras, as áreas têm um elevado número de
espécies únicas (Fig. 30). Como o entorno da unidade de conservação mostra sinais de
grandes dificuldades em expandir seus limites, há o risco da limitação do fluxo gênico e das
chances de reprodução bem sucedida das espécies.
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
149
Pagano et al. (1989) salientam que o grande número de espécies exclusivas (únicas)
em cada uma das áreas amostradas em sua investigação, contribuiu significativamente para a
obtenção de baixos índices de similaridade. Para áreas de climas e solos semelhantes,
separadas por pequenas distâncias, seria previsível encontrar maior similaridade da vegetação.
Os valores obtidos de similaridade, no que se refere às espécies peculiares do cerrado, podem
ser explicados pelos diversos fatores de perturbações que vêm ocorrendo há pelo menos 100
anos. Tais perturbações criaram disjunções ao longo das áreas de Cerrado, resultando
atualmente em manchas isoladas. Essas perturbações afetaram também a fauna, e muitas
espécies já não dispõem de seus agentes dispersores e polinizadores.
Martins (1991) cita que a ocorrência de espécies raras nos diferentes biomas
brasileiros é variável. Nas florestas amazônicas variou de 25,14% no Pará a 56,02% no
Amazonas; nas florestas atlânticas de 9,23% em Santa Catarina a 39,52% em São Paulo. No
interior paulista, variou de 25,53% em Mogi Guaçu até 29,89% em Campinas. O autor
considera que a proporção parece elevada e contribui não só para a semelhança observada em
relação a quantidade de espécies com pequenos valores de importância (IVI), mas com a
diversidade de espécies. O autor ressalta ainda, que os elevados índices de espécies raras e de
diversidade de espécies arbóreas de florestas brasileiras, lhes conferem uma estrutura
fiossociológica especial, caracterizada pela semelhança dos valores de importância e pela
pequena significância desses valores para cada espécie.
O número elevado de espécies raras e de exclusivas nas áreas em Luiz Antônio
corroboram as indicações dos autores. Esse número é muito elevado nas áreas em regeneração
de pinus (Fig. 30), porém, isto não indica uma maior diversidade para essas áreas, mas aponta
para a necessidade de proteção urgente das áreas, pois todas apresentam espécies com risco de
não se manterem nas comunidades.
Kotchetkoff-Henriques (2003) estudou 99 fragmentos florestais entre os 102 existentes
em Ribeirão Preto (SP). A autora também amostrou um grande número de espécies raras, 275
_____Gimenez, V.M.M.___________________________RESULTADOS E DISCUSSÃO
150
espécies (52,38%) ocorrem em menos de 5% dos fragmentos e apenas nove (1,71%) ocorrem
em mais de 50% dos remanescentes. Há espécies com ocorrência rara em todos os
fragmentos, mas essa ocorrência é mais expressiva nos fragmentos maiores.
Em análise da fitofisionomia cerradão na mesma unidade de conservação, Pereira-
Silva et al. (2004), considerou 20 dentre as 114 espécies amostradas, como raras e que podem
ser apontadas como referenciais para monitoramento de reservas genéticas. A conservação
das populações dessas espécies raras garante que outras espécies, mais comuns, também
sejam conservadas. Entretanto, o limite do número de indivíduos por hectare, usado como
conceituação de raridade é relativo e depende da distribuição de abundância no ecossistema
considerado para estudo (Kageyama & Lepsch-Cunha 2001).
A análise dos valores de altura e diâmetro é importante para os estudos sobre dinâmica
de populações, pois as perturbações recorrentes no ecossistema ao longo do tempo de
abandono e da prática de manejo aplicada, produzem diferentes respostas nas populações. A
partir desses dados, informações sobre a idade e a fase de desenvolvimento do sub-bosque
podem ser estimadas.
A distribuição diamétrica, ao refletir a estrutura de uma floresta, caracteriza o número
de árvores por unidade de área e por intervalo de classe de diâmetro. A menor classe
diamétrica apresenta a maior freqüência de indivíduos e, à medida que aumenta o diâmetro,
essa freqüência diminui até atingir o seu menor índice na maior classe diamétrica. Forma-se
então uma curva do tipo exponencial ou conhecida por “J” invertido (Scolforo1998). De
modo semelhante, comporta-se a distribuição das freqüências de indivíduos nas classes de
alturas. Esse tipo de distribuição é típico de áreas que apresentam abundância de indivíduos
no componente da regeneração natural.
Os gráficos de classes de altura e diâmetro (Fig. 31 e 32) informam sobre a idade e o
provável estágio de desenvolvimento das espécies que compõem ou recompõem a comunidade.
Nos dois tipos de gráfico e na maioria das áreas, a curva formada aproxima-se da forma de um “J”
invertido, ocorrendo uma maior incidência de valores de altura e diâmetro nas primeiras classes. Os
resultados, portanto, apontam para uma enorme população de espécimes jovens, provavelmente no
início do processo de sucessão ecológica. Esses gráficos, entretanto, não permitem a visualização do
efeito das rebrotas, optando-se pelo cálculo de coeficientes de correlação entre os valores de altura e
de diâmetro (Fig. 33).
As análises indicam que há correlação positiva entre altura e diâmetro dos indivíduos
amostrados em todas as áreas, independente da cultura instalada e do tratamento ministrado.
Nas áreas Pi1980 e Pi1990, ocorreu um “gap” de descontinuidade na dispersão dos pontos
amostrados (Fig. 33), devido à grande diferença entre altura e diâmetro das exóticas e as espécies
nativas (ver perfis, Fig. 10 a 16). Para verificar se os agrupamentos isolados pelo “gap” possuem
correlação positiva, foram calculadas novas correlações isoladamente (Fig. 34), cujos coficientes
também indicaram correlação positiva.
Em todos os gráficos são notáveis vários pontos isolados, que correspondem a pequenas
alturas associadas a altos valores de diâmetro, o que indica a presença das rebrotas.
Nas áreas de estudo em Luiz Antônio, CE mostra uma alta freqüência da classe de pequenos
valores de altura e diâmetro (Fig. 31 e 32), a quantidade de indivíduos na segunda classe é bem
menor, mostrando que, provavelmente a competição entre os indivíduos jovens até alcançarem certa
altura é agressiva. Nas últimas classes, o número de indivíduos apesar de ser ainda menor, decai de
forma mais amena de uma classe para outra, ou seja, os indivíduos depois de certa altura e diâmetro
atingem quase a estabilidade.
Nas áreas que sofreram corte raso recente (Eu2000 e Pi2000), o componente arbustivo-
arbóreo evidencia que o tipo de manejo aplicado foi diferenciado entre as culturas. Ocorrem
diferenças muito significativas quanto à fisionomia, demonstradas através da amostragem nas classes
inferiores e da proporção de indivíduos entre as classes estabelecidas. Comparando-se os gráficos
(Fig. 31 e 32) e também os perfis (Fig. 13 e 16, págs. 75 e 78, respectivamente), apesar das áreas
terem tido o mesmo tratamento (corte raso em 2001), parecem estar em diferentes fases do processo
de recomposição natural. Os povoamentos presentes nas áreas diferem também em outros aspectos
como na variação da compactação do solo, quantidade de serapilheira, número e extensão de
clareiras, riqueza em espécies, presença de gramíneas invasoras e lianas.
CE
Figura 31. Distribuição da porcentagem dos indivíduos em classes de altura, amostrados no
componente arbustivo-arbóreo, das áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado
stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (Corymbia
citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do
último desbaste, 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões
com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari)
desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso em 2001,
respectivamente.
0
20
40
60
80
10 0
20-200 200-400 400-600 600-800
Classes de Altura (cm)
Nº indiduos (%
)
0
200
400
600
800
10 0 0
12 0 0
14 0 0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
20 - 200 200 - 400 400 - 600 600 - 800 800-1200 1200-1500
Classes de Alt ura (cm)
Nº indivíduos (%
)
0
50
10 0
15 0
200
250
300
350
400
Eu1980
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
20 - 200 200 - 400 400 - 600 600 - 800 800-1200 1200-1500
Classes de Altura (cm)
indivíduos (%
)
0
50
10 0
15 0
200
250
300
350
400
450
Eu1990
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
20 - 200 200 - 400 400-600 600 - 800 1200-1500
Classes de altura (cm)
Nº Indiduos (%
)
0
10 0
200
300
400
500
600
700
Indiduo
s
Eu2000
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
20 - 200 200 - 400 400-600 600 - 800 800-1200 1200-15001500-2000
Classes de Altura (cm)
Nº indivíduos (%
)
0
50
10 0
15 0
200
250
Pi1980
0
20
40
60
80
10 0
20 - 200 200 -
400
400-600 600 -
800
800-1200 1200-
1500
1500-
1800
1800-
2000
Classes de Alt ura (cm)
Nº indivíduos (%
)
0
50
10 0
15 0
200
Pi1990
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
20 - 200 200 - 400 600 - 800 800-1200
Classes de Altura (cm)
Nº indivíduos (%
)
0
50
10 0
15 0
200
250
Pi2000
Figura 32. Distribuição da porcentagem dos indivíduos em classes de diâmetro, amostrados no
componente arbustivo-arbóreo, das áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado
stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (Cor
y
mbia
citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do
último desbaste, 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 =
talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barret
t
& Golfari) desde 1964, diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso
em 2001, respectivamente.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
0,3 - 5 5,0-10,0 10,0-15,0 15,0-20,0 20,0-40,0 40,0-60,0
Classes de diâmetro (cm)
indivíduos (%
)
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
CE
0
20
40
60
80
10 0
0,3 - 5 5,0-10,0 10,0-15,0 15,0-20,0 20,0-30,0 30,0-40,0 40,0-60,0
Classes de Dmet ro (cm)
indivíduos (%
)
0
10 0
200
300
400
Eu1990
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
0,3 - 5 5,0-10,0 10,0-15,0 15,0-20,0 20,0-40,0 40,0-60,0
Classes de Diâmetro (cm)
Nº indivíduos (%
)
0
50
10 0
15 0
200
250
300
350
400
Eu1980
0
20
40
60
80
100
0,3 - 5 5,0-10,0 10,0-15,0 15,0-20,0 20,0-40,0
Classes de Diâmetro (cm)
Nº indiduos (%
)
0
200
400
600
Eu2000
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
0,3 - 5,0 5,0-10,0 10,0-15,0 15,0-20,0 20,0-
30,0
30-40 40- 60 60-90
Classes de Diâmetro (cm)
indivíduos (%
)
0
50
10 0
15 0
200
250
Pi1980
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10 0
0,3 - 5,0 5,0-10,0 10,0-15,0 15,0-20,0 20,0-40,0 40-60 60-90
Classes de Diâmetro (cm)
Nº indivíduos (%
)
0
50
10 0
15 0
200
Pi1990
0
20
40
60
80
10 0
0,3 - 5,0 5,0-10,0 10,0-15,0 15,0-20,0 20,0-40,0 40-60
Classes de Diâmetro (cm)
indivíduos (%
)
0
50
10 0
15 0
200
250
Pi2000
R
2
= 0,4014
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00
DAS (cm)
Alturas (cm)
R
2
= 0,7762
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00
DAS (cm)
Altura (cm)
R
2
= 0,4794
0,00
200,00
400,00
600,00
800,00
1000,00
1200,00
1400,00
1600,00
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
DAS (cm)
Altura (cm)
R
2
= 0,4112
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0,00 10,00 20,00 30,00
DAS (cm)
Altura (cm)
R
2
= 0,849
0
500
1000
1500
2000
2500
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
DAS (cm)
Altura (cm)
0
R
2
= 0,8463
0
500
1000
1500
2000
2500
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
DAS (cm)
Altura (cm)
R
2
= 0,2441
0
100
200
300
400
500
600
700
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00
DAS (cm)
Altura (cm)
Figura 33. Correlação amostral entre DAS (cm) e altura (cm) dos indivíduos amostrados no componente arbustivo-
arbóreo, das áreas de estudo em Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990,
Eu2000 = talhões com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964,
ocorrência do último desbaste em 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões
com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964,
ocorrência do último desbaste em 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente. R
2
= regressão linear, R= coeficiente
da correlação de Pearson, DAS = diâmetro ao nível do solo.
CE R = 0
,
6336 Eu1980 R = 0
,
8810
Eu1990 R = 0
,
6924 Eu2000 R = 0
,
6412
Pi1980 R = 0
,
9214 Pi1990 R = 0
,
9199
Pi2000 R = 0
,
4940
R
2
= 0,3207
0
10 0
200
300
400
500
600
700
800
0 1020304050
Classes de diâmetro (cm)
Altura (cm)
R
2
= 0,6828
0
500
10 0 0
15 0 0
2000
2500
0 102030405060708090
Classes de Diâmetro (cm)
R
2
= 0,2869
0
10 0
200
300
400
500
600
700
800
010203040
Classes de Dmet ro (cm)
Altura (cm)
R
2
= 0,5078
0
500
10 0 0
15 0 0
2000
2500
0 102030405060708090
Classes de Diâmetro (cm)
Altura (cm)
Figura 34. Correlação amostral isolada entre DAS (cm) e altura (cm) dos indivíduos
amostrados no componente arbustivo-arbóreo em Luiz Antônio-SP. A, B = Pi1980;
C, D = Pi1990, talhões com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var.
hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, ocorrência do último
desbaste em 1980 e 1992, respectivamente. A,C = DAS até 30cm; B,D = DAS de 30-
90cm. R2 = regressão linear, R= coeficiente da correlação de Pearson, DAS =
diâmetro ao nível do solo.
D
C
B
A
R = 0
,
5663
R = 0
,
8263
R = 0
,
5356
R = 0
,
7126
Os gráficos de distribuição vertical (rol de alturas), ampliam as informações sobre a
ocupação vertical pelas espécies nas áreas. As figuras 35 a 41 apresentam a distribuição das
espécies segundo a ordem decrescente de IVI e os valores mínimo, intermediário e máximo de
alturas, em cada área amostrada. Os 1.533 indivíduos amostrados em CE estão assim distribuídos
nos estratos: 11% (170) pertencem ao estrato inferior, 76,8% (1.177) ao estrato médio e 12%
(186) ao estrato superior.
Nas áreas de eucalipto e pinus, repete-se o predomínio da ocupação do estrato médio,
sendo maior nas áreas de pinus. Em Eu1980, apenas 3,7% (17) dos indivíduos compõem o
estrato inferior, enquanto 86,1% (395) ocupam o estrato médio e 10,2% (47) o estrato superior.
Na área Eu1990, 4,6% (23) dos indivíduos estão no estrato inferior (alturas menores que 0,7m),
79,2% (395) no estrato médio (alturas entre 0,7-3,9m) e 16,2% (81) no estrato superior (alturas
acima de 3,9m). Em Eu2000, o estrato inferior (alturas menores que 0,6m), o médio (alturas
entre 0,6-2,8m) e o superior (alturas maiores que 2,8m), concentram 3,2% (25), 86,2% (673) e
10,6% (83) do total amostrado de indivíduos, respectivamente.
Pi1980 não apresenta nenhum indivíduo no estrato inferior (alturas menores que 0,4m);
95,5% (257) dos indivíduos estão no estrato médio (alturas entre 0,4-5,3m) e 4,5% (12) ocupam
o estrato superior (alturas acima de 5,3m). Em Pi1990, também é expressiva a ocupação do
estrato médio (alturas entre 0,3-5,5m) por 96,2% (225) dos indivíduos. O estrato superior (alturas
acima de 5,5m) tem apenas 3,8% (9) indivíduos. O estrato inferior (alturas menores que 0,3m)
não está ocupado. Na área onde ocorreu corte raso (Pi2000), os estratos inferior (alturas até
0,8m), médio (alturas entre 0,8-3,2m) e superior (alturas maiores que 3,2m) são ocupados por
12,8% (33), 71,3% (184) e 15,9% (41) dos indivíduos amostrados na área.
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10 5
10 6
10 7
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Espécies
Altura (m)
Figura 35. Distribuição vertical obtida por meio dos valores de altura dos indivíduos amostrados em
Luiz Antônio-SP, numerados segundo a ordem decrescente dos valores do índice de valor de
importância (IVI). CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado.
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Espécies
Altura (m)
Figura 36. Distribuição vertical obtida por meio dos valores de altura dos indivíduos amostrados em Luiz
Antônio-SP, numerados segundo a ordem decrescente dos valores do índice de valor de importância (IVI).
Eu1980 = talhão com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson)
desde 1964, último desbaste em 1980.
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Espécies
Altura (m)
Figura 37. Distribuição vertical obtida por meio dos valores de altura dos indivíduos amostrados em Luiz
Antônio-SP, numerados segundo a ordem decrescente dos valores do índice de valor de importância (IVI).
Eu1990 = talhão com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson)
desde 1964, último desbaste em 1991.
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Espécies
Altura (m)
Figura 38. Distribuição vertical obtida por meio dos valores de altura dos indivíduos amostrados em Luiz
Antônio-SP, numerados segundo a ordem decrescente dos valores do índice de valor de importância (IVI).
Eu2000 = talhão com plantio de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson)
desde 1964, corte raso em 2001.
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Espécies
Altura (m)
Figura 39. Distribuição vertical obtida por meio dos valores de altura dos indivíduos amostrados em Luiz
Antônio-SP, numerados segundo a ordem decrescente dos valores do índice de valor de importância (IVI).
Pi1980 = talhão com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.) W. H. G.
Barrett & Golfari) desde 1964, último desbaste em 1980.
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Espécies
Altura (m)
Figura 40. Distribuição vertical obtida por meio dos valores de altura dos indivíduos amostrados em Luiz
Antônio-SP, numerados segundo a ordem decrescente dos valores do índice de valor de importância (IVI).
Pi1990 = talhão com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.) W. H. G.
Barrett & Golfari) desde 1964, último desbaste em 1992.
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Espécies
Altura (m)
Figura 41. Distribuição vertical obtida por meio dos valores de altura dos indivíduos amostrados em Luiz
Antônio-SP, numerados segundo a ordem decrescente dos valores do índice de valor de importância (IVI).
Pi2000 = talhão com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet - var. hondurensis (Senécl.) W. H. G.
Barrett & Golfari) desde 1964, corte raso em 2001.
Considerando as amplitudes médias das alturas dos indivíduos amostrados em cada área,
verifica-se que as áreas com corte raso recente (Eu2000, Pi2000) e CE têm as menores (2,8,
3,2m, 3,2m, respectivamente) e as demais áreas com exóticas têm as maiores (Eu1980 = 4,6m;
Eu1990 = 3,9m; Pi1980 = 5,3m e Pi1990 = 5,5m). Fica claro que as exóticas são as responsáveis
pelas diferenças de altura verficadas nas áreas e que ocupam o estrato com indivíduos
emergentes, sendo expressivamente maiores que as espécies nativas.
A análise da estratificação da vegetação, considerando todo o material coletado, mostra
uma densidade de plantas decrescente do estrato inferior para o superior, caracterizando uma
comunidade onde os adultos formam uma população pequena, mas suficiente para manter o
desenvolvimento. Os estratos que apresentam grande número de indivíduos são constituídos por
espécies nativas em sucessão secundária.
Como as espécies asseguram sua representatividade na estrutura da comunidade vegetal
quando ocupam o maior número de estratos, as espécies que não seguem esta regra, exceto
aquelas características dos estratos inferiores da floresta (Scolforo 1998), poderão não aparecer
nos estratos futuramente, o que poderá indicar que tais espécies não estão se reproduzindo ou
regenerando no local.
É o que parece estar ocorrendo com as exóticas, que embora dominem o estrato superior,
não estão se regenerando e, portanto, não são amostradas nos demais estratos. Esta constatação é
corroborada pelo fato das exóticas não apresentarem plântulas ou representantes nas classes
inferiores de altura ou diâmetro. Sanches-Nascimento (2004), num estudo de chuvas de sementes
e recrutamento de plântulas em algumas das áreas investigadas no presente estudo, observou
acentuada chuva de sementes viáveis das espécies exóticas, mas não encontrou plântulas de
eucalipto e as sete de pinus não completaram o desenvolvimento. Esses fatos levam a concluir
que não está ocorrendo regeneração das espécies exóticas e que os indivíduos presentes são
resultado de rebrota.
A ocupação diferencial nos estratos já havia sido abordada por Richards (1976), que
chamou a atenção para o fato de que uma espécie pode manter-se abundante em todos os estratos
(jovens nos inferiores, adultos nos superiores) ou ser abundante em um dos estratos, mas ausente
nos demais, ou por não estar regenerando (ocorre apenas no superior) ou não chegar na idade
adulta (ocupa apenas o inferior).
Martins (1991) aventa duas explicações para a regeneração mais rápida de populações
dos estratos inferiores, em relação a dos estratos superiores. Primeiro, os indivíduos maiores
levam mais tempo para crescer do que os menores, resultando numa regeneração dos estratos
superiores mais lenta. Segundo, para um indivíduo alcançar os estratos superiores, ele deve
competir com os demais dos estratos inferiores, em cada etapa de sua vida.
Chagas et al. (2004) desenvolveram um estudo sobre o crescimento diametral de espécies
arbóreas em Floresta Estacional Semidecidual ao longo de seis anos na Estação Ecológica de
Caetetus, Gália (SP). Os autores citam que as taxas de crescimento de árvores são altamente
variáveis. Existem grandes variações inter e intraespecíficas, além de diferenças internas
(constituição genética, fisiológica, aspectos reprodutivos, substâncias de crescimento), externas
(clima, solo e rocha de origem, iluminação e radiação, competição, fogo, topografia) e de
estabelecimento em diferentes habitats, histórico de perturbações e outros fatores, que no
conjunto promovem ou inibem o crescimento arbóreo. Assim, indivíduos de um dado tamanho
podem representar uma grande diferença de idades, da mesma forma que árvores de uma dada
idade podem alcançar diferentes tamanhos, dificultando a predição da trajetória de crescimento e
do tempo de vida.
Para Luiz Antônio, embora não haja a pretensão de definir a idade dos indivíduos
amostrados, há observações que corroboram a existência de variações entre espécies e entre
árvores da mesma espécie, que parecem mais influenciadas por outros fatores que pela idade ou
porte característico da espécie. Um exemplo bem comum é o dos indivíduos de Siparuna
guianensis, que em locais sombreados apresentaram valores consideráveis de altura, mas
pequeno diâmetro, e os de Miconia albicans e Casearia grandiflora, que em áreas abertas e
expostas diretamente à radiação solar, atingiram porte menor que os indivíduos de locais mais
sombreados.
Num estudo sobre a flora arbustivo-arbórea do Médio Paranapanema com bases para a
restauração de ecossistemas naturais, cuja vegetação original era constituída por um gradiente
ecotonal, desde formas campestres do cerrado até floresta estacional-semidecidual, Durigan et al.
(2004b) amostraram 402 espécies arbóreas e 99 arbustivas. Com esse material realizaram uma
seleção entre espécies exclusivas de cerrado, exclusivas de floresta e espécies que ocorrem em
ambos os tipos de vegetação. Entre outros dados foram inventariados o porte, o ritmo de
crescimento, a abundância e a tolerância à sombra.
Comparando a lista florística obtida pelos autores com o material amostrado em Luiz
Antônio, há 127 espécies em comum, entre as quais seis são típicas de floresta (Actinostemon
concepcionis, Savia dictyocarpa, Campomanesia xanthocarpa, Trema micrantha e Aegiphilla
sellowiana), 30 são comuns a Cerrado e floresta e 91 são espécies típicas de Cerrado.
Na categoria das espécies encontradas típicas de Cerrado, 43,3% (56) apresentaram rítmo
de crescimento lento, 23,6% (31) crescimento moderado e 3,15% (4) crescimento rápido. Entre
as espécies típicas de florestas, 0,8% (1) apresentaram crescimento lento, 3,15% (4)
apresentaram crescimento moderado e 1,6% (2) crescimento rápido. Das espécies comuns entre
as áreas de Cerrado e floresta, 7,9% (10) tiveram ritmo lento de crescimento, 13,4% (17)
moderado e 2,36% (3) crescimento rápido.
Essas informações ratificam que os indivíduos com maior altura e diâmetro, ou seja, os
indivíduos adultos, apresentam crescimento mais lento e têm menor representação nas classes de
ambos os parâmetros. Além disso, esses dados confirmam que as fitofisionomias das áreas de
estudo em Luiz Antônio estão numa faixa de transição vegetacional com elementos
predominantemente de Cerrado, porém, com representantes florestais e de transição entre
cerrado e floresta. Siparuna guianensis, por exemplo, apesar de ter sido comum em todas as
áreas com sub-bosque sombreado, é uma espécie generalista por habitat, podendo ser encontrada
tanto em florestas semidecíduas como no Cerrado (Gandolfi 2000, Martins 2003).
A importância ecológica das dez espécies com maior IVI em cada área de estudo, que
também são as mais abundantes, foi inferida a partir da posição sociológica ocupada pela espécie
no povoamento. A posição sociológica é considerada uma forma de ordenação das comunidades
vegetais delimitadas florísticamente. Cada unidade ocupa um lugar segundo seu nível de
organização sociológica e, segundo Braun-Blanquet (1979), esta forma é suficientemente
sensível para o estudo de um agrupamento de vegetação, envolvendo uma comunidade. Esse tipo
de levantamento pode se tornar complexo quando se tenta englobar aspectos da densidade de
espécies e de indivíduos, pois as interrelações geram competições por espaço e alimento, onde as
espécies mais exigentes ou mais tolerantes formam a complexidade fitossociológica. Na
construção dessa organização, entram relações vegetais muito variadas e, podem ser
evidenciadas situações estáveis ou não ao longo de seu desenvolvimento (Martins 1991).
Permite, como enfatizado por Barreira et al. (2002), a avaliação da participação dos indivíduos
no desenvolvimento da floresta, a partir da observação de sua ocupação nos diferentes estratos
(inferior, médio e superior).
Em termos de distribuição horizontal, as dez espécies de maiores IVI e IVC (Tab. 10 a
16, págs. 99 a 109), diferem nas áreas de estudo. As espécies nativas das áreas de corte raso
(Eu2000 e Pi2000) e de cerrado stricto sensu preservado (CE) apresentaram valores baixos de
IVC e IVI, denunciando sua pouca dominância na área, mas densidades e freqüências altas. Nas
áreas em regeneração de eucalipto e pinus, com espécimes exóticos presentes, a importância
ecológica e dominância destas espécies não está relacionada com a abundância, mas com os
valores de área basal, pois os valores de abundância, densidade e freqüência são baixos para as
espécies exóticas.
Considerando a ocupação vertical, dentre as dez espécies de maior IVI amostradas em
CE, não há representantes no estrato inferior (alturas menores que 0,7m) e quase a totalidade
(99,4%) ocorre no estrato médio (alturas entre 0,7-3,2m), correspondendo a 55,6% dos
espécimes amostrados na área. O estrato superior (alturas superiores a 3,2m) apresenta apenas
0,6% de representantes das dez espécies com maior IVI, o que corresponde a 0,3% da amostra
total (Tab. 17). Nas áreas em regeneração de eucalipto e pinus, as exóticas apresentam-se como
dominantes e as alturas máximas do estrato médio, decrescem do quarto desbaste em 1980 para o
corte raso em 2001 (Tab. 18 a 23).
Em Eu1980, o estrato inferior (alturas menores que 0,2m) não apresentou nenhum
representante dos dez maiores IVI’s. O estrato médio (alturas entre 0,2-4,6m), concentra 84%
dos dez maiores IVI’s, que representam 51,4% do total amostrado de indivíduos. O estrato
superior (alturas maiores que 4,6m) tem 9,4% de representantes dos maiores IVI’s, o que
corresponde a 0,3% da amostra total (Tab. 18). Na área Eu1990, entre as dez espécies com maior
IVI, 7,5% dos indivíduos ocupam o estrato inferior; 71,5% o estrato médio e 19% o superior,
correspondendo a 5,2%, 50,7% e 13,2% dos indivíduos da amostra total, respectivamente (Tab.
19). Em Eu2000, das dez espécies com maior IVI, 0,4% dos indivíduos estão no estrato inferior,
88,6% estão no estrato médio e 10,9% no superior, representando 0,2%, 60,1% e 7,7% da
amostra total, respectivamente (Tab. 20).
Entre as dez espécies com maior IVI amostradas em Pi1980, 90,6% dos indivíduos estão
no estrato médio e 9,3% no estrato superior, o que representa 50,6% e 5,2% da amostra total na
área (Tab. 21). Em Pi1990, 94,5% dos indivíduos ocupam o estrato médio e apenas 5,1% dos
indivíduos estão no estrato superior, o que representa 63,7% e 3,4% da amostra total,
respectivamente (Tab. 22). Na área onde ocorreu corte raso (Pi2000), das dez espécies com
maior IVI, 15,4% está representada no estrato inferior, 69,7% no médio e 14,8% no superior, o
que corresponde a 10,4%, 47,1% e 10% da amostra total, respectivamente (Tab. 23).
Em relação ao índice representativo da posição sociológica relativa (PoSR), apenas seis
espécies congregam os maiores valores. Ocotea corymbosa (19,8), Copaifera langsdorffii (6,07),
Eugenia punicifolia (14,4) e Aegiphila sellowiana (16,91), figuram com esta destacada posição
sociológica apenas em uma área (as duas primeiras em CE, a terceira em Eu1990 e a quarta em
Pi1980). Xylopia aromatica ocorre nas seis áreas com exóticas, com os menores valores em
pinus (Pi1980 = 11,67, Pi1990 = 11,31 e Pi2000 = 16,98) e os maiores em eucalipto (Eu1980 =
21,19; Eu1990 = 29 e Eu2000 = 15,7) e Siparuna guianensis em quatro (Eu1980 = 12,6; Eu2000
=23; Pi1990 = 17,31 e Pi2000 = 15,91).
Melo et al. (2004), em um ensaio sobre o uso de espécies arbóreas para plantio em área
de Cerrado, a fim de recuperar a cobertura vegetal em áreas degradadas ocupadas por Brachiaria
decumbens durante 20 anos, avaliou o desempenho de várias espécies de domínio em áreas de
cerradão e de uma exótica (Pinus caribaea var. hondurensis). Os resultados obtidos mostraram
que Copaifera langsdorffii e Anadenanthera falcata tiveram eficácia intermediária quanto à
sobrevivência e, portanto seriam prioritárias na utilização em plantios para pronto
restabelecimento da diversidade vegetal. Pinus caribaea var. hondurensis apresentou bom
desempenho quanto ao ganho em altura, DAP, diâmetro da copa e sobrevivência superior a todas
as espécies nativas, apresentando grande domínio na área. Assim, poderia ser utilizado para
ações voltadas ao eficaz recobrimento do terreno, mas seria inadequado para o restabelecimento
da diversidade vegetal. De modo semelhante, os dados obtidos pela presente investigação,
informam que há um domínio perigoso das exóticas nas áreas em regeneração, sendo
desaconselhável a sua permanência.
Tabela 17. Posição sociológica das 10 espécies de maior IVI, amostradas no componente arbustivo-arbóreo em Luiz Antônio-SP, área CE = cerrado stricto sensu preservado. N =
número de indivíduos amostrados; F(%) = freqüência dos indivíduos amostrados; IVI = índice de valor de importância da espécie; E inferior, E Médio, E Superior = estratos
inferior, médio e superior delimitados por VFi = valor fitossociológico da espécie; PSA = posição sociológica absoluta; PSR = posição sociológica relativa; Agregação =
distribuição espacial dos indivíduos amostrados; Pi = índice de Payandeh para a espécie; Classificação = padrão de distribuição espacial segundo a escala de Pi.
E inferior E Médio E Superior Agregação
ESPÉCIE N F (%) IVI Vfi (< 0,7) Vfi (0,7-3,2) Vfi (> 3,2) PSA PSR (%)
Pi
Classificação
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 309 20,2 39,7 0 308 1 30620 20,21 8,92 Agrupamento
Copaifera langsdorffii Desf. 112 7,3 27,1 0 110 2 10937 7,22 0,54 Não Agrupado
Pterodon emarginatus Vogel 73 4,8 19,7 0 73 0 7257,1 4,79 0,67 Não Agrupado
Campomanesia pubescens (DC.) O. Berg 83 5,4 10,3 0 83 0 8251,3 5,45 27,52 Agrupamento
Campomanesia xanthocarpa O. Berg 82 5,4 7,78 0 82 0 8151,9 5,38 0,96 Não Agrupado
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 36 2,4 7,36 0 35 1 3480 2,3 1,33 Tendência Agrupamento
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos & D. Legrand 34 2,2 6,61 0 34 0 3380 2,23 1,26 Tendência Agrupamento
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin &
Fiaschi 32 2 6,41 0 32 0 3181,2 2,1 0,97 Não Agrupado
Byrsonima intermedia A. Juss. 47 3,1 6,26 0 46 1 4573,6 3,02 4,17 Agrupamento
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 49 3,2 5,36 0 49 0 4871,2 3,22 1,61 Agrupamento
N do talhão = 1.533 857 56
Tabela 18. Posição sociológica das 10 espécies de maior IVI, amostradas no componente arbustivo-arbóreo em Luiz Antônio-SP, área Eu1980 = talhão com plantio de eucalipto
(Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, último desbaste em 1980. N = número de indivíduos amostrados; F(%) = freqüência dos indivíduos
amostrados; IVI = índice de valor de importância da espécie; E inferior, E Médio, E Superior = estratos inferior, médio e superior delimitados por VFi = valor fitossociológico da
espécie; PSA = posição sociológica absoluta; PSR = posição sociológica relativa; Agregação = distribuição espacial dos indivíduos amostrados; Pi = índice de Payandeh para a
espécie; Classificação = padrão de distribuição espacial segundo a escala de Pi.
E inferior E Médio E Superior Agregação
ESPÉCIE N F (%) IVI Vfi (< 0,2) Vfi (0,2-4,6) Vfi (> 4,6) PSA PSR (%)
Pi
Classificação
Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S. Johnson 19 4,2 62 0 1 18 307,41 0,85 2,26 Agrupamento
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 92 20 29,1 0 85 7 7548,4 20,93 7,48 Agrupamento
Siparuna guianensis Aubl. 57 12,4 19 0 50 7 4475,4 12,41 18,37 Agrupamento
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 40 8,7 12,6 0 39 1 3436,4 9,53 10,07 Agrupamento
Copaifera langsdorffii Desf. 14 3 10,9 0 11 3 1002,4 2,78 6,5 Agrupamento
Pterodon emarginatus Vogel 6 1,3 10,6 0 3 3 300 0,83 1,5
Tendência Agrupamento
Miconia albicans (Sw.) Triana 23 5 7,94 0 23 0 2019,4 5,6 6,43 Agrupamento
Coussarea hydrangeifolia (Benth.) Benth. & Hook. f. 6 1,3 6,79 0 4 2 375,6 1,04 0,5 Não Agrupado
Casearia grandiflora Cambess. 7 1,5 5,37 0 5 2 463,4 1,28 1,86 Agrupamento
Roupala montana Aubl. 15 3,3 5,35 0 15 0 1317 3,65 9,8 Agrupamento
N do talhão = 459 279 60,7
Tabela 19. Posição sociológica das 10 espécies de maior IVI, amostradas no componente arbustivo-arbóreo em Luiz Antônio-SP, área Eu1990 = talhão com plantio de eucalipto
(Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, último desbaste em 1992. N = número de indivíduos amostrados; F(%) = freqüência dos indivíduos
amostrados; IVI = índice de valor de importância da espécie; E inferior, E Médio, E Superior = estratos inferior, médio e superior delimitados por VFi = valor fitossociológico da
espécie; PSA = posição sociológica absoluta; PSR = posição sociológica relativa; Agregação = distribuição espacial dos indivíduos amostrados; Pi = índice de Payandeh para a
espécie; Classificação = padrão de distribuição espacial segundo a escala de Pi.
E inferior E Médio E Superior Agregação
ESPÉCIE N F (%) IVI Vfi (< 0,7) Vfi (0,7-3,9) Vfi (> 3,9) PSA PSR (%)
Pi
Classificação
Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill. & L. A. S. Johnson 8 1,6 56,7 0 0 8 125,05 0,42 0,13 Não Agrupado
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 154 30,9 52,3 14 107 33 8630,1 29,32 10,45 Agrupamento
Siparuna guianensis Aubl. 52 10,4 17,6 1 41 10 3222,7 10,95 2,15 Agrupamento
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 62 12,4 17 4 53 5 4068,5 13,82 0,6 Não Agrupado
Casearia grandiflora Cambess. 19 3,8 9,09 2 17 0 1287 4,37 1,47
Tendência Agrupamento
Annona coriacea Mart. 15 3 6,62 2 11 2 870,94 2,96 2,4 Agrupamento
Copaifera langsdorffii Desf. 4 0,8 6,38 0 2 2 180,36 0,61 1,75 Agrupamento
Miconia albicans (Sw.) Triana 14 2,8 5,68 2 10 2 796,39 2,71 3,5 Agrupamento
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f. 6 1,2 4,73 0 6 0 476,15 1,45 1,5
Tendência Agrupamento
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 10 2 4,67 1 8 1 562,93 2 1,3
Tendência Agrupamento
N do talhão=499 344 68,9
Tabela 20. Posição sociológica das 10 espécies de maior IVI, amostradas no componente arbustivo-arbóreo em Luiz Antônio-SP, área Eu2000 = talhão com plantio de eucalipto
(Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, último desbaste em 2001. N = número de indivíduos amostrados; F(%) = freqüência dos indivíduos
amostrados; IVI = índice de valor de importância da espécie; E inferior, E Médio, E Superior = estratos inferior, médio e superior delimitados por VFi = valor fitossociológico da
espécie; PSA = posição sociológica absoluta; PSR = posição sociológica relativa; Agregação = distribuição espacial dos indivíduos amostrados; Pi = índice de Payandeh para a
espécie; Classificação = padrão de distribuição espacial segundo a escala de Pi.
E inferior E Médio E Superior Agregação
ESPÉCIE N F (%) IVI Vfi (< 0,6) Vfi (0,6-2,8) Vfi (> 2,8) PSA PSR (%)
Pi
Classificação
Siparuna guianensis Aubl.
181 23,2 36 0 160 21 14527 22,94 42,27 Agrupamento
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 128 16,4 34,8 1 108 19 9854 15,56 16,27 Agrupamento
Miconia albicans (Sw.) Triana 67 8,6 19,5 1 65 1 5828 9,2 10,49 Agrupamento
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 83 10,6 17,6 0 79 4 7110 11,23 0,34 Não Agrupado
Casearia grandiflora Cambess. 50 6,4 13,3 0 48 2 4315,8 6,82 6,62 Agrupamento
Copaifera langsdorffii Desf. 8 1 11,3 0 4 4 397,44 0,63 2,38 Agrupamento
Qualea grandiflora Mart. 14 1,8 8,87 0 11 3 1014,1 1,6 0,07 Não Agrupado
Dimorphandra mollis Benth. 4 0,5 6,27 0 1 3 119,08 0,19 1,75 Agrupamento
Byrsonima intermedia A. Juss. 9 1,2 4,85 0 8 1 725,86 1,15 1,33 Tendência Agrupamento
Caryocar brasiliense Cambess. 3 0,4 4,6 0 1 2 109,22 0,17 1 Não Agrupado
N do talhão = 781 547 70,1
Tabela 21. Posição sociológica das 10 espécies de maior IVI, amostradas no componente arbustivo-arbóreo em Luiz Antônio-SP, área Pi1980 = talhão com plantio de pinus
(Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, último desbaste em 1980. N = número de indivíduos amostrados; F(%) = freqüência
dos indivíduos amostrados; IVI = índice de valor de importância da espécie; E inferior, E Médio, E Superior = estratos inferior, médio e superior delimitados por VFi = valor
fitossociológico da espécie; PSA = posição sociológica absoluta; PSR = posição sociológica relativa; Agregação = distribuição espacial dos indivíduos amostrados; Pi = índice de
Payandeh para a espécie; Classificação = padrão de distribuição espacial segundo a escala de Pi.
E inferior E Médio E Superior Agregação
ESPÉCIE N F (%) IVI Vfi (< 0,4) Vfi (0,4-5,3) Vfi >5,3) PSA PSR (%)
Pi
Classificação
Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W.H.G. Barrett
& Golfari 11 4 79,8 0 3 8 327,88 1,36 0,09 Não Agrupado
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 31 11,5 21 0 30 1 2838,3 11,79 0,9 Não Agrupado
Aegiphila sellowiana Cham. 42 15,6 20,3 0 42 0 3965,8 16,48 2,21 Agrupamento
Rourea induta Planch. 15 5,6 10,5 0 15 0 1416,4 5,88 1,4 Tendência Agrupamento
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 11 4 9,83 0 6 5 594,42 2,47 1,18 Tendência Agrupamento
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. 11 4 7,33 0 11 0 1038,7 4,32 1,18 Tendência Agrupamento
Eugenia aurata O. Berg 8 3 6,7 0 8 0 755,39 3,14 3,13 Agrupamento
Solanum lycocarpum A. St.-Hil. 11 4 5,99 0 11 0 1038,7 4,32 8,27 Agrupamento
Brosimum gaudichaudii Trécul 6 2,2 5,74 0 6 0 566,54 2,35 3,5 Agrupamento
Schefflera vinosa (Cham. & Schtdl.) Frodin & Fiaschi 4 1,5 5,55 0 4 0 377,7 1,57 0,25 Não Agrupado
N do talhão = 269 150 55,4
Tabela 22. Posição sociológica das 10 espécies de maior IVI, amostradas no componente arbustivo-arbóreo em Luiz Antônio-SP, área Pi1990 = talhão com plantio de pinus
(Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, último desbaste em 1991. N = número de indivíduos amostrados; F(%) = freqüência
dos indivíduos amostrados; IVI = índice de valor de importância da espécie; E inferior, E Médio, E Superior = estratos inferior, médio e superior delimitados por VFi = valor
fitossociológico da espécie; PSA = posição sociológica absoluta; PSR = posição sociológica relativa; Agregação = distribuição espacial dos indivíduos amostrados; Pi = índice de
Payandeh para a espécie; Classificação = padrão de distribuição espacial segundo a escala de Pi.
E inferior E Médio E Superior Agregação
ESPÉCIE N F (%) IVI Vfi (< 0,3) Vfi (0,3-5,5) Vfi (> 5,5) PSA PSR (%)
Pi
Classificação
Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W.H.G. Barrett
& Golfari
16 6,8 86 0 8 8 800 3,69 1,94 Agrupamento
Siparuna guianensis Aubl. 39 16,7 25,8 0 39 0 3750 17,31 4,38 Agrupamento
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 25 10,7 22,8 0 25 0 2403,9 11,09 3,88 Agrupamento
Aegiphila sellowiana Cham. 25 10,7 15,8 0 25 0 2403,9 11,09 2,68 Agrupamento
Miconia albicans (Sw.) Triana 23 9,8 13,7 0 23 0 2211,5 10,21 0,83 Não Agrupado
Brosimum gaudichaudii Trécul 8 3,4 7,59 0 8 0 769,23 3,55 1,63 Agrupamento
Copaifera langsdorffii Desf. 6 2,6 6,53 0 6 0 576,92 2,66 0,5 Não Agrupado
Rourea induta Planch. 8 3,4 6,01 0 8 0 769,23 3,55 2,38 Agrupamento
Annona coriacea Mart. 4 1,7 5,29 0 4 0 384,62 1,77 0,25 Não Agrupado
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 6 2,61 4,98 0 6 0 576,32 2,66 1,18 Tendência Agrupamento
N do talhão = 234 160 68,4
Tabela 23. Posição sociológica das 10 espécies de maior IVI, amostradas no componente arbustivo-arbóreo em Luiz Antônio-SP, área Pi2000 = talhão com plantio de pinus
(Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964, último desbaste em 2001. N = número de indivíduos amostrados; F(%) = freqüência
dos indivíduos amostrados; IVI = índice de valor de importância da espécie; E inferior, E Médio, E Superior = estratos inferior, médio e superior delimitados por VFi = valor
fitossociológico da espécie; PSA = posição sociológica absoluta; PSR = posição sociológica relativa; Agregação = distribuição espacial dos indivíduos amostrados; Pi = índice de
Payandeh para a espécie; Classificação = padrão de distribuição espacial segundo a escala de Pi.
E inferior E Médio E Superior Agregação
ESPÉCIE N F (%) IVI Vfi (< 0,8) Vfi (0,8-3,2) Vfi (> 3,2) PSA PSR (%) Pi Classifiação
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 50 19,3 49,1 11 28 11 2320,9 16,11 2,24 Agrupamento
Siparuna guianensis Aubl. 39 15 28 4 30 5 2283 15,85 0,23 Não Agrupado
Copaifera langsdorffii Desf. 12 4,6 26,7 1 8 3 634,36 4,4 0,75 Não Agrupado
Aegiphila sellowiana Cham. 25 9,7 22,7 2 20 3 1508,5 10,47 2,44 Agrupamento
Casearia grandiflora Cambess. 7 2,7 11,7 1 4 2 331,27 2,3 4,43 Agrupamento
Solanum lycocarpum A. St.-Hil. 10 3,8 8,47 0 9 1 662,16 4,6 5,2 Agrupamento
Miconia albicans (Sw.) Triana 8 3 7,88 1 6 1 459,07 3,19 3,13 Agrupamento
Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez 9 3,5 7,74 3 6 0 467,95 3,25 0,33 Não Agrupado
Annona coriacea Mart. 8 3 7,55 3 5 0 396,14 2,75 0,88 Não Agrupado
Connarus suberosus Planch. 7 2,7 6,26 1 6 0 443,24 3,08 2,29 Agrupamento
N total = 259 175 67,3
Em relação ao modo de distribuição das espécies em cada área, espécies abundantes
como Xylopia aromatica, Siparuna guianensis e Aegiphila sellowiana ocorrem em agrupamentos
ou tendem a agregarem-se, coincidente com sua expressiva ocupação nas áreas com exóticas
(Tab. 18 a 23, págs. 129 a 134).
Considerando as áreas isoladamente, verifica-se que em CE, 56,9% das espécies com
maior IVI, apresentam seus indivíduos distribuídos de modo agrupado, o que representa 31,8%
(488 indivíduos) da amostra total na área.
Nas áreas de plantios de eucalipto (Tab. 18 a 20, págs. 129 a 131), as espécies Xylopia
aromatica, Siparuna guianensis, e Ocotea corymbosa têm os maiores valores de posição
sociológica em Eu1980 e Eu2000. Em Eu1990, Ocotea corymbosa dá lugar a Eugenia
punicifolia. As duas primeiras espécies formam agregados nas três áreas.
Considerando as dez espécies com maior IVI em cada área, verifica-se que a distribuição
agrupada é dominante: (1) Eu1980 - 95,7% dos indivíduos, o que representa 58,2% (267
indivíduos) da amostra total na área; (2) Eu1990 - 69,5% dos indivíduos, o que representa 47,9%
(239 indivíduos) da amostra total na área e (3) Eu2000 - 80,1% dos espécimes, o que representa
56,1% (438 indivíduos) da amostra total na área.
Nas áreas de plantios de pinus (Tab. 21 a 23, págs. 132 a 134), verifica-se que os maiores
valores de posição sociológica são de Xylopia aromatica, Siparuna guianensis e Aegiphila
sellowiana e que apenas em Pi1990, as três apresentam distribuição dos indivíduos de modo
agrupado.
Em relação às dez espécies com maior IVI e semelhante ao verificado para eucalipto, a
distribuição agrupada é dominante: (1) Pi1980 - 44,7% dos indivíduos, o que representa 24,9%
(67 indivíduos) da amostra total; (2) Pi1990, 121 indivíduos (75,6%), o que representa 51,7% do
total amostrado na área e (3) Pi2000, 107 indivíduos (61%), o que representa 41,3% da amostra
na área.
Cabe destacar que o modo de distribuição varia para algumas espécies, segundo a área
observada. Por exemplo, Copaifera langsdorffii apresenta distribuição agrupada apenas nas áreas
com eucalipto; Ocotea corymbosa não forma agrupamentos nas áreas mais abertas (como em
Eu2000 e áreas de pinus) e Xylopia aromatica não agrupa em CE e Pi1980.
Daubenmire (1968) afirmou que as populações com grande competição interespecífica
apresentam tendência à distribuição espacial agregada, enquanto as populações com grande
competição intra-específica não demonstram essa característica.
Na presente investigação, a formação de agrupamentos parece estar relacionada à maior
abundância e valor de IVI da espécie na área em questão, caracterizando o povoamento por
poucas espécies bem adaptadas às condições locais, expressa pelo alto número de indivíduos e
sem competição intra-específica (segundo Danbenmire 1968). Entretanto, espécies como Xylopia
aromatica, que podem se propagar vegetativamente pelo xilopódio, podem mascarar a real
recomposição natural nas áreas de estudo, constituindo uma formação clonal e não uma grande
população, o que contribui para diminuir ainda mais a diversidade local. A expressiva proporção
de indivíduos gerados por rebrota (inclusive nesta mesma espécie) também é um agravante para
a ocupação das áreas.
Do mesmo modo, a ocupação preferencial do estrato médio em todas as áreas, alerta para
riscos na recomposição, pela falta de indivíduos suficientes para ocupar os diferentes níveis de
desenvolvimento na comunidade. Durigan et al. (2001), quando caracterizando dois estratos da
vegetação em uma área de Cerrado no município de Brotas (SP), observaram que algumas
espécies abundantes no estrato arbóreo, como Styrax ferrugineus, Eriotheca gracilipes,
Piptocarpha rotundifolia e Annona crassifolia, não foram amostradas no estrato inferior,
sugerindo a existência de restrições aos processos naturais de reprodução e regeneração, havendo
a possibilidade dessas espécies entrarem em risco de extinção local.
A medida da diversidade de espécies nas áreas, utilizando os dados de riqueza e
abundância, foi verificada através dos índices de Shannon-Weaver (H’), equabilidade de Pielou
(C) e de Simpson (J) (Tab.24).
Tabela 24. Índices de medida da diversidade obtidos nas áreas amostradas no componente arbustivo-arbóreo em
Luiz Antônio-SP. CE = talhão de cerrado stricto sensu preservado. Eu1980, Eu1990, Eu2000 = talhões com plantio
de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K. D. Hill & L. A. S. Johnson) desde 1964, diferentes quanto à
ocorrência do último desbaste, 1980, 1991 e corte raso em 2001, respectivamente. Pi1980, Pi1990, Pi2000 = talhões
com plantio de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senécl.) W. H. G. Barrett & Golfari) desde 1964,
diferentes quanto à ocorrência do último desbaste, 1980, 1992 e corte raso em 2001, respectivamente. N = número
de indivíduos amostrados; S = número de espécies; H’= índice de diversidade de Shannon-Weaver; C = índice de
uniformidade de Pielou e J = índice de Simpson.
Na floresta madura, os maiores valores de diversidade e equabilidade indicam uma maior
heterogeneidade florística espacial, reforçando a hipótese do aumento do número de espécies ao
longo do processo de sucessão secundária (Silva Júnior et al. 2004)
No presente trabalho, os índices de diversidade (Shannon-Weaver e Pielou) são altos. H’
é semelhante ao encontrado para o cerrado s.s. em outras áreas de Cerrado no Estado de São
Paulo (Durigan et al. 2001; Fidelis & Godoy 2003; Pereira-Silva et al. 2004 e Toppa 2004) ou
em outros estados como Minas Gerais (Silva Júnior et al. 2004 e Werneck et al. 2000) e Goiás
(Andrade et al. 2002 e Felfili et al. 2000). Os valores de equabilidade (C) estão mais próximos
de 1 (menor = 0,87 em Eu1990 e maior = 0,95 em Pi1980) que os de Simpson (J). Há, portanto,
uma alta uniformidade de abundância entre as espécies amostradas nas áreas.
Comparados aos dados de Moura (1997), os dados de H’ e C obtidos na presente análise
indicam uma maior diversidade e equabilidade das áreas em Luiz Antônio. O autor encontrou
para área de antigo plantio de Corymbia citriodora com 12 anos de abandono, valores
ÁREAS N S H' C J
CE
1.533 115 3,61 0,94 0,79
Eu1980
459 75 3,36 0,93 0,81
Eu1990
499 72 3 0,87 0,74
Eu2000
781 87 3,05 0,90 0,71
Pi1980
269 69 3,56 0,95 0,87
Pi1990
234 55 3,2 0,93 0,85
Pi2000
259 58 3,18 0,92 0,84
Total/Média 4.034 3,28 0,92 0,80
expressivamente mais baixos, tanto no estrato arbustivo (H’= 2,656, C = 0,781) como no arbóreo
(H’ = 1,98, C = 0,181).
Consideradas as áreas isoladamente, o H’ é maior na área CE que nas áreas com exóticas
(valores médios de 3,14 e 3,31 para eucalipto e pinus, respectivamente); a equabilidade apresenta
diferenças discretas entre as áreas e o índice de dominância de Simpson (J) indica que as áreas de
eucalipto (Eu2000 e Eu1990) e CE tem as maiores diversidades, com índices mais próximos
entre si que as áreas de pinus.
Quanto à equabilidade, Pereira-Silva et al. (2004) encontrou valor bem inferior (0,4) ao
analisar o componente arbustivo-arbóreo desta mesma unidade de conservação. Os dados do
autor apontam para uma distribuição desigual de indivíduos por espécie, diferente do que
indicam os dados da presente análise. O local amostrado foi definido como cerradão e, o valor
reflete a abundância de Xylopia aromatica e Siparuna guianensis e a dominância de Pterodon
pubescens e Ocotea corymbosa em relação às demais espécies amostradas.
Quanto à classificação das espécies nas categorias sucessionais tradicionais (pioneira,
secundárias iniciais e tardias), as observações feitas durante os trabalhos de campo, indicam uma
inadequação de tal prática, tendo em vista que as espécies amostradas estão sob condições
ambientais e sucessionais alteradas, inclusive a área de cerrado stricto sensu preservado, que não
é vegetação primária. Essas categorias não parecem ser aplicáveis tanto quanto para outros
ambientes de florestas tropicais.
IV. Considerações finais
A presente investigação resultou numa ampla amostragem de dados em um importante
remanescente de Cerrado do estado de São Paulo. A partir da análise pormenorizada da flora e de
parâmetros fitossociológicos obtidos em áreas sob condições diferentes de regeneração, algumas
constatações merecem destaque.
A longevidade e diversidade de interferências antrópicas, por mais de um século, são
responsáveis pelas fisionomias observadas hoje. Faz-se necessário que mudanças quanto às
estratégias de exploração de seus recursos, com novas categorias de pesquisa e valoração da
área, sejam implementadas. É necessário estabelecer um plano de manejo, que contemple a
contratação de pessoal qualificado e o questionamento dos serviços oferecidos pela unidade de
conservação, a fim de balizar os objetivos da unidade na direção da sustentabilidade do enorme
potencial genético vegetal ali instalado, dos inúmeros ambientes peculiares e muito pouco
conhecidos e da biodiversidade que a área abriga.
O histórico de perturbações e tempo de abandono destas áreas, associados aos relatos de
antigos moradores da unidade de conservação ou do entorno (Maroti 2002), indicam que a
vegetação atual apresenta densidade, porte e riqueza muito menores que no início do século
passado. Há portanto, uma premente necessidade de intensificar investigações que possibilitem
conhecer os fatores que estão dificultando a recomposição das condições originais do ambiente.
A presença de espécies nativas com alto índice de raridade, o número expressivo de
espécies únicas, poucas espécies capazes de ocupar todas as áreas, são dados relevantes para a
continuidade de estudos, visando a total compreensão de tão delicado processo que compromete
a biodiversidade deste ecossistema.
Do mesmo modo, as espécies amostradas exclusivamente no Cerrado e as espécies
comuns a todas as áreas de estudo, devem ser investigadas, pois os fatores que limitam a
ocupação dos nichos originais pelas espécies nativas e a abundância e papel na sucessão
secundária de algumas dessas espécies em áreas de plantios de exóticas são importantes
descobertas para fundamentar planos de recomposição.
A amostragem e identificação de espécies nativas capazes de se desenvolver em áreas de
alguma forma degradadas, é um fator essencial para que critérios de manejo possam ser
estabelecidos. Melo et al. (2004) alertam para os cuidados na escolha correta de espécies para a
revegetação de áreas de Cerrado, dadas às condições peculiares de baixa fertilidade do solo,
eventual déficit hídrico e competição com ervas invasoras.
O expressivo índice de valor de importância (IVI) das exóticas e de sua área basal nas
áreas onde estão instaladas, incita ao questionamento da sua permanência, tendo em vista a
recomposição da flora. Embora não haja indícios de que as exóticas estejam se regenerando nas
áreas, exercem destacada pressão, seja pela limitação de recursos ou por outros fatores, como a
ação de compostos secundários (aleloquímicos) que podem interagir e dificultar a recomposição
da comunidade.
As famílias mais representativas, o índice de diversidade, as síndromes de dispersão e as
formas de vida predominantes nas áreas de estudo são semelhantes aos encontrados em outras
áreas de Cerrado, tornando evidente que o processo de sucessão secundária da vegetação está em
andamento.
A reprodução vegetativa tem um papel de destaque na dinâmica de regeneração das áreas.
Há um expressivo número de indivíduos gerados por rebrota, além de espécies que sabidamente
são capazes de brotar a partir de raízes gemíferas (Xylopia aromatica) e têm grande importância,
principalmente pela abundância. O padrão de distribuição espacial, predominantemente
agregado, pode ser também indicativo desta estratégia de ocupação.
É notório que está havendo recomposição natural nas áreas de culturas de exóticas, mas
como a vegetação secundária está se estabelecendo é um tanto obscuro. Os indivíduos exóticos
ocupam principalmente o estrato dominante/emergente e não estão presentes em todos os
estratos, configurando um povoamento finito, sem reposição de jovens. Características do
componente microbiológico do solo dificultam a regeneração natural pela sucessão secundária
em solos degradados, como apontam os dados obtidos por Behera & Sahani (2003).
Locais ocupados por antigos plantios de eucalipto mostram um sub-bosque mais
complexo em relação ao encontrado em pinus. As diferenças mais significativas estão
relacionadas à riqueza e densidade de espécies nativas, além da serapilheira mais densa em áreas
de pinus, o que dificulta a instalação e desenvolvimento de plântulas do banco de sementes do
solo. Gramíneas invasoras como Melinis minutiflora (capim gordura), Brachiaria
decumbens
(braquiária) e (capim colonião) e diversas lianas, infestam as áreas de pinus, o que compromete
drasticamente o desenvolvimento de plântulas nativas. É comum a formação de agrupamentos de
Solanaceae, principalmente Solanum lycocarpum e Solanum grandiflorum que têm predomínio
quase total no ambiente onde se instalam. Estudos direcionados a estas populações, poderiam
esclarecer sua atuação no povoamento, se como grupo funcional de pioneiras ou invasoras.
O efeito de borda é bem evidente. Nos limites dos talhões, principalmente onde estão
instaladas as espécies exóticas, é comum observar a formação de uma malha de lianas e
espécimes jovens. Nessas áreas, foram encontradas em estágio reprodutivo, muitas das espécies
presentes no interior das parcelas e que não floresceram durante o período de estudo. Fato que
pode ter conseqüências em relação à visita de dispersores e sazonalidade da fase reprodutiva de
várias espécies no interior das áreas.
Apesar das condições pouco favoráveis, os resultados evidenciam que há regeneração
natural sob povoamentos de pinus e eucalipto, e entre as espécies amostradas, há tanto
representantes de espécies arbóreas típicas de Cerrado como algumas de mata mesófila,
reiterando que a área de estudo localiza-se em região de transição entre o Cerrado e floresta.
Concorde com o observado por Schlittler (1984), em análise do sub-bosque de
Eucalyptus tereticornis Sm., as observações levam a concluir que a retirada das árvores exóticas,
sem prejuízo dos demais indivíduos, resultaria numa vegetação típica de capoeirões ou pequenas
matas secundárias semelhantes as existentes no interior do Estado de São Paulo.
O abandono das áreas de plantios de exóticas após o quarto desbaste ou corte raso, como
forma de promover a recomposição da vegetação original pelo processo de sucessão secundária
natural, deve ser revisto. Os dados da presente investigação mostram que o método redunda em
pouco eficaz, e embora as áreas tenham destinação à conservação, designadas como áreas para
proteção natural, de fato as medidas são insuficientes em termos da capacidade de efetivar sua
função quanto à conservação biológica, como já destacado por Santos et al. (1996).
Do mesmo modo que em outras investigações (Durigan et al. 2004c) e diferente de
Parrota et al. (1997), a utilização de espécies exóticas com a função de pioneiras em plantios de
restauração, não encontra justificativa pelos resultados apresentados. Uma sugestão para o
sucesso da recomposição seria a instalação de corredores entre os fragmentos, que são habitats
de inúmeras espécies animais e vegetais, além de pouso de espécies migratórias, ao longo do Rio
Mogi Guaçu.
Finalizando, ressalta-se mais uma vez, a importância da Estação Ecológica de Jataí e
Estação Experimental de Luiz Antônio, evidenciada pela observação da dependência de
inúmeras comunidades de animais, como peixes e anfíbios em seus numerosos lagos e córregos
e, do enorme potencial genético vegetal ali instalado em inúmeros ambientes peculiares muito
pouco conhecidos.
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