Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ESTUDO FLORÍSTICO DE FORMAÇÕES CHAQUENHAS
BRASILEIRAS E CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DE UM
REMANESCENTE DE CHACO DE PORTO MURTINHO, MS, BRASIL.
Dissertação apresentada ao Mestrado de
Ecologia e Conservação da Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul, como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do
título de Mestre em Ecologia e Conservação.
Graziela Petine Nunes
Orientadora: Profª. Drª. Ângela Lúcia Bagnatori Sartori
2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Dedico à minha família,
por todo amor e compreensão!
ads:
AGRADECIMENTOS
À Deus, pois sem ele não teria chegado até aqui.
À Profª. Dra. Ângela Lúcia Bagnatori Sartori pela orientação, paciência e incentivo durante a
realização deste trabalho, pela amizade e companheirismo.
Aos amigos de trabalho Douglas Keiti Noguchi, Luis Eduardo Azevedo Marques Lescano e
Fabrício Hiroyuki Oda pela imensa ajuda durante as atividades de campo e laboratório.
Aos amigos Cida e João Carlos Donatti pelo auxílio e incentivo durante as coletas.
Ao Nelson Cintra, prefeito de Porto Murtinho-MS, e seu filho Romeu Barbosa Ribeiro pelo apoio e
infra-estrutura fornecida.
Aos colegas da Fazenda Anahí, em Porto Murtinho, pela ajuda.
Ao mestrado (em especial à Rose) pelo apoio na realização das coletas e das viagens para
divulgação deste trabalho.
Ao motorista do mestrado Jorge, pela ajuda e amizade.
Aos pesquisadores Arnildo Pott, Geraldo Alves Damasceno Júnior, Claudemir S. Caíres, Gerleni
Lopes Esteves, Inês Cordeiro, Jimi Naoki Nakajima, Laura Cristina Pires Lima, Leila Carvalho da
Costa, Letícia Ribes de Lima, Maria Candida H. Mamede, Nicolay Leme da Cunha, R. C. Oliveira,
Rosângela Simão Bianchini, Silvana da Costa Ferreira, Sônia Aragaki, Ubirazilda Maria Resende e
Vali Joana Pott, pela identificação das plantas.
A professora Kátia Luciene Maltoni pelas análises do solo e ajuda durante a interpretação dos dados
obtidos.
Ao professor Josué Raizer pela ajuda nas análises de dados.
Ao professor Otávio Froehlich pelo fornecimento da imagem de satélite das áreas estudadas.
Às amigas Gisaine de Andrade Amador, Giuliane Akamine, Laura Cristina Pires Lima, Lissandra
de Medeiros Ozuna, Mariana Ferrari Felismino, Sônia Aragaki, e Ticiane Ramires pelo carinho,
incentivo e descontração.
À família Chiuji, por todo carinho e incentivo durante o mestrado.
Aos colegas do Laboratório de Botânica pela compreensão durante a bagunça realizada na fase de
coleta e identificação das plantas.
À professora Edna Scremin Dias pelo empréstimo da Mitsubchi.
À Fundect pela concessão da bolsa de mestrado e do financiamento do projeto.
Aos meus pais e irmãos pelo carinho e paciência em casa, principalmente nos meses de intenso uso
do computador.
Aos colegas de mestrado pelo apoio e companheirismo durante os dois anos de curso.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.
Muito obrigada!
SUMÁRIO
RESUMO GERAL.............................................................................................................................01
GENERAL ABSTRACT....................................................................................................................02
INTRODUÇÃO GERAL...................................................................................................................04
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................06
CAPÍTULO 1 - ESTUDO FLORÍSTICO DE FORMAÇÕES CHAQUENHAS BRASILEIRAS
RESUMO................................................................................................................................10
ABSTRACT...........................................................................................................................11
INTRODUÇÃO......................................................................................................................12
MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................................15
Local de estudo....................................................................................................................15
Coleta e análise de dados.....................................................................................................16
RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................37
CAPÍTULO 2 - CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DE UM REMANESCENTE DE CHACO
DE PORTO MURTINHO, MS, BRASIL
RESUMO................................................................................................................................41
ABSTRACT...........................................................................................................................42
INTRODUÇÃO......................................................................................................................43
MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................................44
Local de estudo....................................................................................................................44
Coleta de dados....................................................................................................................45
Análise de dados..................................................................................................................46
RESULTADOS......................................................................................................................48
Estrutura..............................................................................................................................48
Fertilidade do solo...............................................................................................................50
Gradiente na composição da comunidade...........................................................................54
DISCUSSÃO..........................................................................................................................56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................70
CONSIDERAÇÕES GERAIS............................................................................................................74
ESUMO GERAL
Este trabalho foi realizado em florestas chaquenhas brasileiras, localizadas no município de
Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul. Foi dividido em dois capítulos: o primeiro trata da
composição florística e classificação fitofisionômica de cinco formações, e o segundo corresponde a
um levantamento fitossociológico e análise de fertilidade do solo de um remanescente de Chaco.
Para a realização do estudo florístico foram selecionadas cinco áreas nos arredores de Porto
Murtinho, onde foram levantados no total 65 pontos de amostragem dos espécimes com flores e/ou
frutos. A fitossociologia foi realizada na Fazenda Anahí, onde se demarcaram 47 parcelas de 100
m
2
para a amostragem de indivíduos com o perímetro à altura do peito (PAP) maior ou igual a cinco
centímetros, e 188 subparcelas de 1 m
2
para as herbáceas e os indivíduos com o PAP inferior a essa
medida. Realizou-se o levantamento de solo em três profundidades em cada parcela amostrada. As
variáveis de fertilidade do solo foram correlacionadas com as características estruturais da
vegetação. Todas as espécies férteis encontradas foram coletadas, identificadas, herborizadas e
incorporadas ao Herbário CGMS da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O levantamento
florístico apresentou um total de 62 famílias, 207 gêneros e 313 espécies. Neste estudo, a Fazenda
Anahí foi a área com maior número de famílias (45) e espécies (147). Leguminosae destacou-se
pela maior riqueza (65 spp.), seguida de Asteraceae (33), Poaceae (30) e Malvaceae (19).
Copernicia alba (carandá) foi a única espécie que ocorreu em quatro das cinco áreas estudadas. Na
fitossociologia, para as parcelas foram encontradas 26 famílias, 41 gêneros e 45 espécies, dentre as
quais, 31 com a forma de vida arbórea. Nas subparcelas foram amostradas 33 famílias, 101 gêneros
e 171 espécies. Leguminosae foi a família mais representativa nas parcelas e sub-parcelas. A
fertilidade do solo foi elevada na maioria das parcelas; o Al foi encontrado em apenas 34%. O Ca,
em geral, aumentou com a profundidade, porém, para o Mg, não foi observada nenhuma relação
com essa mesma. Os valores de pH e C.T.C. foram maiores nas camadas mais profundas do solo, e
a M.O. diminuiu em profundidade em todas as camadas amostradas. A correlação entre as
características químicas do solo e a estrutura da vegetação foi significativa tanto para as parcelas
(Pillai-trace = 0,455; F = 28,429; d.f. = 2 e 68; P< 0,001) como para as subparcelas (Pillai-trace=
0,563; F = 43,867; d.f. = 2 e 68; P<0,001). Neste trabalho, verificou-se que as formações
chaquenhas do Brasil apresentam uma grande diversidade, considerando-se, sobretudo, as 313
espécies amostradas na florística. Este valor, até então, somente é semelhante ao encontrado para o
Chaco da Argentina, onde o número de estudos realizados é surpreendentemente maior quando
comparado aos demais países com vegetação chaquenha. As formações chaquenhas de Porto
Murtinho encontram-se, em geral, muito degradadas e fragmentadas. Assim, considerando-se as
particularidades fisionômicas da região chaquenha brasileira e a pressão antrópica imposta, é
imprescindível que se desencadeie um firme propósito de conservação, visando à manutenção das
características naturais da área e a realização de estudos detalhados para sua caracterização
fisionômica e posterior definição de planos de manejo, que possam abranger a máxima diversidade
florística e estrutural da região do Chaco brasileiro.
Palavras-Chave: Chaco, Mato Grosso do Sul, florística, fitossociologia, solo.
GENERAL ABSTRACT
This work was accomplished in Brazilian chaquenian forests, located in Porto Murtinho city,
Mato Grosso do Sul. It was divided in two chapters: the first one deals with floristic composition
and phytofisionomic classification of five formations, and the second one corresponds to a
phytossocilogic survey and fertility analysis of soil of a chaquenian remnant. To accomplish the
floristic study five areas were selected on the outskirts of Porto Murtinho, where 65 points of
sampling of specimens with flowers and/or fruits were raised. Phytossociology was done in Anahí
Farm, where 47 plots of 100m
2
were allocated to sample individuals with perimeter at breast height
(PBH) 5cm, and 188 sub-plots of 1m
2
to the individuals with PBH inferior to this measurement.
The survey of the soil was done in three depths in each sampled plot. The variables of soil fertility
were correlated with structural characteristics of the vegetation. All fertile species found were
collected, identified, herborized and incorporated into CGMS Herbarium of Universidade Federal
de Mato Grosso do Sul. The floristic survey showed a total of 62 families, 207 genera and 313
species. In this study, Anahí Farm was the area with the largest number of families (45), and species
(147). Leguminosae stood out by the larger richness (65 spp.), followed by Asteraceae (33),
Poaceae (30) and Malvaceae (19). Copernicia alba (carandá) was the only species that occurred in
four of the five studied areas. In phytossociology, to the plots 26 families, 41 genera and 45 species
were found, among them, 31 with arborous life form. In sub-plots 33 families, 101 genera and 171
species were sampled. Leguminosae was the most representative family in the plots and sub-plots.
Soil fertility was high in most of plots; Al was found only in 34%. Ca, in general, increased with
depth, but, to Mg, no relation was observed to depth. Values of pH and capacity of cationic change
were larger in deeper layers of soil, and O.M (organic matter) decrease in depth in all sampled
layers. The correlation between chemical characteristics of soil and vegetation structure was as
much significant to the plots (Pillai-trace = 0,455; F = 28,429; d.f. = 2 and 68; P< 0,001) as to the
sub-plots (Pillai-trace= 0,563; F = 43,867; d.f. = 2 e 68; P<0,001). In this work, it was verified that
Brazilian Chaco formations show a great diversity, considering specially, the 313 species sampled
in floristic survey. This value, until then, is just similar to that one found in Argentinean Chaco,
where the number of accomplished studies is surprisingly larger when compared to those countries
with chaquenian vegetation. Chaquenian formations of Porto Murtinho are, in general, very
degraded and fragmented. Therefore, considering the physiognomic particularities of Brazilian
Chaco region and the imposed anthropic pressure, it is essential that a steady conservation intention
be unleashed, aiming at the maintenance of natural characteristics of the area and the achievement
of detailed studies to its physiognomic characterization and later definition of management plans
that can comprise the greatest floristic and structural diversity of the region of Brazilian Chaco.
Key-words: Chaco, Mato Grosso do Sul, floristic, phytossociology, soil.
INTRODUÇÃO GERAL
O termo Chaco é empregado para caracterizar um domínio vegetacional constituído de
florestas úmidas, xeromórficas e de formações de aspecto savânico, compostos por um estrato
arbustivo descontínuo, com predominância de espécies de mimosoides espinescentes, e camadas
esparsas de herbáceas intercaladas por bromeliáceas e cactáceas (Cabrera & Willink 1980,
Pennington et al. 2000). Este domínio extende-se por 800.000 km
2
na América do Sul, ocorrendo
nas planícies do norte da Argentina, oeste do Paraguai, sudeste da Bolívia e no oeste do Brasil
(Hueck 1972, Prado 1993a).
Os sistemas hidrográficos do Chaco possuem em comum a trajetória das águas de oeste
(Argentina) a leste (Brasil), seguindo o declive geral da planície Chaquenha (Ramella & Spichiger
1989). O rio Pilcomayo, no Paraguai, separa a região norte da austral e, juntamente com o rio
Bermejo, percorre o Chaco de noroeste a sudeste (Lewis et al. 1994). O rio Paraguai, um dos
principais da região chaquenha, situa-se ao leste desta formação e no verão pode ocasionar grandes
inundações (Ramella & Spichiger 1989).
O clima do Chaco é distinguido por sua forte sazonalidade, apresentando um gradiente que
o classifica como temperado úmido quente na região leste, ou Chaco Úmido, e semiárido no oeste,
Chaco Seco (Lewis 1991, Pennington et al. 2000). A média anual de temperatura varia de 18º C ao
sul para 26º C ao norte, com valores máximos absolutos chegando a 48º C durante o verão (Lewis et
al. 1994).
Determinadas comunidades vegetacionais chaquenhas recebem denominações locais,
dependendo da espécie predominante (Lewis 1991, Prado 1993b). Entre os subtipos mais citados na
literatura encontram-se os algarrobrais, os quebrachais, os “palosantales”, os “vinalares” e os
palmares. Esses mesmos são hoje objetos de discussão de vários autores, principalmente ao se tratar
da classificação fitofisionômica e do reconhecimento desses como comunidades verdadeiramente
chaquenhas (Prado 1993b). Essa questão é claramente verificada para as formações localizadas no
extremo leste do Chaco, dentre as quais se encontram as formações chaquenhas do Brasil (Prado
1993a).
As comunidades chaquenhas são muito estudadas na Argentina (Adámoli et al. 1990,
Barberis et al. 2002, Barberis & Lewis 2005, Barchuk & Díaz 1999, Cabido et al. 1993, Canaseve
et al. 1995, Carnevale & Lewis 2001, Gimenez & Rios 1999, Hilgert et al. 2003, Lewis 1991,
Lewis et al. 1990 e 1994, Marino & Persiero 2003, Tálamo & Caziani 2003). Entretanto, a
composição específica e estrutura das formações chaquenhas brasileiras ainda é pouco conhecida,
bem como as suas classificações fitofisionômicas e as relações da vegetação com os fatores
ambientais, como solo, por exemplo.
O Chaco é considerado uma das províncias fitogeográficas que integram a vegetação do
Pantanal (Adámoli 1987, Rizzini 1997), dividido em dez sub-regiões (Silva & Abdon 1998). No
Brasil, o Chaco situa-se na borda do extremo sudoeste de Mato Grosso do Sul e ocupa 6,7% da
vegetação da sub-região pantaneira do Nabileque, estando ausente nas demais (Prado 1993a, Silva
et al. 2000).
O Chaco brasileiro é classificado como Savana Estépica, e subdividido em Savana
Estépica Florestada, Arborizada, Parque e Gramíneo-Lenhosa, conforme o estrato predominante
(IBGE 1992). Diferentes autores (Adámoli 1982, Allem & Valls 1987, Cabrera & Willink 1980,
Hueck 1972 e Ramella & Spichiger 1989) relatam a ocorrência de florestas de Chaco úmido no
Mato Grosso do Sul. Além disso, as formações de Chaco de Porto Murtinho foram as únicas
classificadas como verdadeiramente chaquenhas, com cerca de 70% de elementos do Chaco sensu
stricto (Prado 1993a).
A vegetação que compõe as formações de Porto Murtinho, em geral, recebe influências da
ação antrópica que promove muitas perturbações como queimadas, retiradas clandestinas de
madeira, ocupação por moradia e mineração, etc., e representam grande ameaça à biodiversidade
dessas formações, por ser uma das poucas regiões do estado do Mato Grosso do Sul com vegetação
chaquenha (Prado et al. 1992).
É evidente que a exploração da vegetação e o desmatamento no entorno de Porto Murtinho
estão acabando com os poucos quilômetros de florestas chaquenhas que ainda restam no território
brasileiro. Mesmo assim, não existem estudos detalhados sobre estas formações, podendo colocar
em risco o conhecimento ecológico das espécies e a conservação da diversidade biológica da região.
O conhecimento da vegetação é um importante indicador da biodiversidade e do estado de
conservação de uma determinada região e, os estudos florísticos e fitossociológicos indicam
importantes relações da planta com o ambiente (Silva et al. 1997). Portanto, o trabalho foi realizado
com o objetivo de contribuir para o conhecimento da vegetação chaquenha do Brasil, encontrando-
se organizado em dois capítulos: 1) Estudo florístico de formações chaquenhas brasileiras e 2)
Caracterização estrutural de um remanescente de Chaco de Porto Murtinho, MS, Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADÁMOLI, J. 1982. O pantanal e suas relações fitogeográficas com os cerrados. Discussão sobre o
conceito de “complexo do pantanal”. Anais do XXXII Congresso Nacional de Botânica, p.109-
119.
ADÁMOLI, J. 1987. A vegetação do Pantanal. In: Allem, A. C. & Valls, J. F. M. 1987. Recursos
forrageiros nativos do Pantanal Mato-Grossense. Brasília: Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária. Centro Nacional de Recursos Genéticos.
ADÁMOLI, J.; SENNHAUSER, E.; ACERO, J. M.; RESCIA, A. 1990. Stress and disturbance:
vegetation dynamics in the dry Chaco region of Argentina. Journal of Biogeography 17: 491-500.
ALLEM, A. C. & VALLS, J. F. M. 1987. Recursos forrageiros nativos do Pantanal Mato-
Grossense. Brasília: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Recursos
Genéticos. 339pp.
BARBERIS, I. M.; BATISTA, W. B.; PIRE, E. F., LEWIS, J. P. & LEÓN, R. J. C. 2002. Woody
population distribution and environmental heterogeneity in a Chaco forest, Argentina. Journal of
Vegetation Science 13: 607-614.
BARBERIS, I.M. & LEWIS, J.P. 2005. Heterogeneity of terrestrial bromeliad colonies and
regeneration of Acacia praecox (Fabaceae) in a humid-subtropical-Chaco forest, Argentina. Rev.
Biol. Trop. 53 (3-4): 377-385.
BARCHUK, A. H. & DIAS, M. DEL P. 1999. Regeneration and structure of Aspidosperma
quebracho-blanco Schl. in the Arid Chaco (Córdoba, Argentina). Forest Ecology and
management 118: 31-36.
CABIDO, M.; GONZÁLEZ, A.; ACOSTA, A. & DÍAZ, S. 1993. Vegetation changes along a
precipitation gradient in Central Argentina. Vegetatio 109: 5-14.
CABRERA, A. L. & WILLINK, A. 1980. Biogeografía de America Latina. 2nd Ed. Serie de
Biología. Washington D.C.: Secretaria General de la Organización de los Estados Americanos. 120
pp.
CASENAVE, J. L. de; PELOTTO, J. P. & PROTOMASTRO, J. 1995. Edge-interior differences in
vegetation structure and composition in a Chaco semi-arid forest, Argentina. Forest Ecology and
Management 72: 61-69.
CARNEVALE, N. J. & LEWIS, J. P. 2001. Litterfall and organic matter decomposition in a
seazonal Forest of the eastern Chaco (Argentina). Rev. Biol. Trop. 49 (1): 203-212.
GIMENEZ, A. M. & RIOS, N. A. 1999. Crescimiento de Schinopsis quebracho-colorado
(Schlecht.) Barkl. Et Meyer, Anacardiaceae. Madera y Bosques 5(2): 35-51.
HUECK, K. 1972. As florestas da América do Sul, ecologia, composição e importância
econômica. Transl. H. Reichardt. São Paulo: Univ. de Brasília & Ed. Polígono. 466pp.
HILGERT, N. I.; PERSIERO, J. F.; MARINO, G.; LEWIS, J. P. & D’ANGELO, C. 2003.
Vegetation of the Saladillo area (Province of Santa Fe) in the south of the Chaco, Argentina.
Interciencia 28 (9): 1-27.
IBGE. 1992, Manual Técnico da Vegetação Brasielira. Rio de Janeiro: IBGE (Séries Manuais
Técnicos em Geociências, n. 1). 94pp.
LEWIS, J. P.; PIRE, E. F.; PRADO, D. E.; STOFELLA, S. L.; FRANCESCHI, E. A.;
CARNEVALE, N. L. 1990. Plant communities and phytogeographical position of a larger
depression in the Great Chaco, Argentina. Vegetatio 86: 25-38.
LEWIS, J. P. 1991. Three levels of floristical variation in the Forest of Chaco, Argentina. Journal
of Vegetation Science 2: 125-130.
LEWIS, J. P.; PIRE. E. E. & VESPRINI, J. L. 1994. The mixed dense forest of the Southern Chaco.
Contribution to the study of flora and vegetation of the Chaco. VIII. Candollea 49 (1): 159-168.
MARINO, G. D. & PENSIERO, J. F. 2003. Heterogeneidad florística y estructural de los bosques
de Schinopsis balansae (Anacardiaceae) em el sur del Chaco húmedo. Darwiniana 41 (I-4): 17-28.
PENNINGTON, R. T.; PRADO, D. E. & PENDRY, C. A. 2000. Neotropical seasonally dry forest
and Quaternary vegetation changes. Journal of Biogeography 27: 261-273.
PRADO, D. E.; GIBBS, P. E.; POTT, A. & POTT, V. J. 1992. The Chaco - Pantanal transition in
southern Mato Grosso, Brazil. Pp. 451-470. In: FURLEY, P. A.; PROCTOR, J. & RATTER, J. A.
(Ed.). Nature and dynamics of forest – savanna boundaries. London: Chapman & Hill.
PRADO, D. E. 1993a. What is the Gran Chaco vegetation in South America? A review.
Contribution to the study of flora and vegetation of the Chaco. V. Candollea 48 (1):145-172.
PRADO, D. E. 1993b. What is the Gran Chaco vegetation in South America? A redefinition.
Contribution to the study of flora and vegetation of the Chaco. VII. Candollea 48 (2): 615-629.
RAMELLA, L. & SPICHIGER, L. 1989. Interpretación preliminar del médio físico y de la
vegetación del Chaco Boreal. Contribución al estúdio de la flora y de la vegetación del Chaco. I.
Candollea 44 (2): 639-680.
RIZZINI, C. T. 1997. Tratado de fitogeografia do Brasil: Aspectos e Ecológicos, Sociológicos e
Florísticos. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Ed.
SILVA, J. S. V.; ABDON, M. M.; POTT, A.; POTT, V. J. & RIBEIRO, L. M. 1997. Vegetação da
Bacia do Alto Paraguai - Pantanal Brasileiro - Detectada por Satélite. [CD-Rom]. In: Simpósio
Latino Americano de Percepcion Remota, 8, Mérida, Venezuela. Memórias... Caracas:
SELPER/ Unidade Técnica de Sistemas. Instituto de Ingenaria. Monitoreo de Recursos Naturales
(RCN_006.doc).
SILVA, J. S. V. & ABDON, M. M. 1998. Delimitação do Pantanal Brasileiro e suas sub-regiões.
Pesq. agropec. bras. 33: 1703-1711.
SILVA, M. P.; MAURO, R.; MOURÃO, G.; COUTINHO, M. 2000. Distribuição e Quantificação
de Classes de Vegetação do Pantanal Através de Levantamento Aéreo. Revta brasil. Bot. 23: 143-
152.
TÁLAMO, A. & CAZIANI, S. M. 2003. Variation in woody vegetation among sites with different
disturbance histories in the Argentine Chaco. Forest Ecology and Management 184: 79-91.
Capítulo 1
ESTUDO FLORÍSTICO DE FORMAÇÕES CHAQUENHAS BRASILEIRAS
RESUMO
As formações chaquenhas ocorrem somente no continente sul-americano. No Brasil, o
Chaco é considerado sensu stricto apenas em Porto Murtinho, MS, onde representa 6,7% da
vegetação da sub-região pantaneira do Nabileque. Os processos de explorações seletivas, pastoreio
intensivo e de queimadas, somados à deficiência de levantamentos florísticos sistematizados nessa
região, colocam em risco o conhecimento ecológico sobre as espécies. O objetivo deste capítulo foi
realizar um estudo florístico em cinco formações chaquenhas nos arredores da cidade de Porto
Murtinho, que foram denominadas de Estrada, Fazenda Anahí, Fazenda Andréa 1, Dique e
Bocaiuval, bem como classificá-las quanto às suas fitofisionomias. Em cada área foram demarcados
pontos aleatórios, onde se efetuou a coleta de todas as espécies de angiospermas férteis. Os
espécimes coletados foram herborizados, identificados e incorporados ao Herbário CGMS. Nos 65
pontos de coleta amostrados foram registradas 62 famílias, 207 gêneros e 313 espécies. A Fazenda
Anahí foi a área com maior número de famílias e espécies, seguida da Estrada, Dique, Bocaiuval e
da Fazenda Andréa 1. Leguminosae destacou-se pela maior riqueza (65 spp.), seguida de Asteraceae
(33), Poaceae (30), Malvaceae (19) e Euphorbiaceae (13). Na classificação realizada para cada área
de amostragem, foram observadas as seguintes fitofisionomias: Área 1, Estrada Savana Estépica;
Área 2, Fazenda Anahí – Savana Estépica Arbórea Aberta; Área 3, Fazenda Andréa 1 – Savana
Estépica Arbórea Aberta; Área 4, Dique – Savana Estépica Parque, Arbórea Densa e Arbórea
Aberta; Área 5, Bocaiuval – Savana Estépica. A maioria das formações chaquenhas de Porto
Murtinho encontram-se muito degradadas e fragmentadas, e em três, das cinco áreas amostradas,
essas características foram bem evidentes.
Palavras-chave: Chaco, Pantanal, Mato Grosso do Sul, florística.
ABSTRACT
The chaquenian formations occur just in South American continent. In Brazil, the Chaco is
considered sensu stricto just in Porto Murtinho, MS, where represents 6.7% of the vegetation of
pantanal sub-region of Nabileque. The processes of selective exploitations, intensive cattle pasture
and fires, added to the deficiency of systematized floristic surveys in these regions, put the ecologic
knowledge about species in danger. The objective of this chapter was to accomplish a floristic
survey in five chaquenian formations in outskirts of Porto Murtinho city, which were named as
Estrada, Anahí Farm, Andréa 1 Farm, Dique and Bocaiuval, as well as classifying them according
to their phytophysiognomies. In each area random points were allocated, where the collection of all
fertile angiosperm species was done. The collected specimens were herborized, identified and
incorporated in CGMS Herbarium. In the 65 sampled points of collection 62 families, 207 genera
and 313 species were registered. Anahí Farm was the area with the largest number of families and
species, followed by Estrada, Dique, Bocaiuval and Andréa 1 Farm. Leguminosae showed the
largest richness (65 species), followed by Asteraceae (33), Poaceae (30), Malvaceae (19) and
Euphorbiaceae (13). In the classification done to each sampling area, the following
phytophysiognomies were observed: Area 1, Estrada – “Savana Estépica”; Area 2, Anahí Farm –
“Savana Estépica Arbórea Aberta”; Area 3, Andrea 1 Farm – “Savana Estépica Arbórea Aberta”;
Area 4, Dique – “Savana Estépica Parque”, “Arbórea Densa” and “Arbórea Aberta”; Area 5,
Bocaiuval – “Savana Estépica”. The most of chaquenian formations of Porto Murtinho are very
degraded and fragmented, and in three of the five sampled areas, these characteristics were much
evident.
Key-words: Chaco, Pantanal, Mato Grosso do Sul, Porto Murtinho, floristic.
INTRODUÇÃO
De ocorrência exclusiva para a América do Sul, as formações chaquenhas ocupam
planícies no norte da Argentina, oeste do Paraguai, sudeste da Bolívia e no oeste do Brasil. Em
território brasileiro tais formações ocupam uma área de aproximadamente 70.000 km
2
e penetram
como uma estreita faixa paralela ao rio Paraguai no Mato Grosso do Sul (Cabrera & Willink 1980,
Hueck 1972, Prado 1993a, 1993b).
As formações chaquenhas se constituem principalmente de uma vegetação arbustiva,
caducifólia, micrófila e espinescente, associada a solos salinos, e muitas vezes com inclusões de
florestas-de-galeria (Hueck 1972, Silva et al. 1997, Silva et al. 2000). Sua flora lenhosa é composta
por espécies endêmicas do gênero Schinopsis (quebracho-vermelho), que dominam as florestas
chaquenhas juntamente com Aspidosperma quebracho-blanco Schltdl. (quebracho-branco),
Tabebuia nodosa (Griseb.) Griseb. (labão) e muitas espécies de Acacia e Bulnesia (Lewis et al.
1990, Pennington et al. 2000).
A variação florística chaquenha dá-se principalmente devido à presença de um gradiente
climático, que divide o Chaco em um setor leste mais úmido (Chaco Úmido) e um oriental mais
seco (Chaco Seco) (Lewis 1991, Lewis et al. 1994, Ramella & Spichiger 1989). Esse gradiente
climático, juntamente com o gradiente edáfico observado em escala local, são os responsáveis pela
existência de diferentes comunidades vegetacionais como, por exemplo, os quebrachais de
Schinopsis spp., os algarrobais de Prosopis spp., os “palosantales” de Bulnesia sarmientoi Lorentz
ex Griseb., “vinalares” de Prosopis ruscifolia Griseb. e os palmares de Copernicia alba Morong ex
Morong & Britton (Lewis 1991, Prado 1993a).
Os subtipos vegetacionais reconhecidos para as formações chaquenhas (quebrachais,
algarrobais, “palosantales”, “vinalares”, palmares) são hoje objetos de discussão de vários autores,
principalmente com relação às suas classificações fitofisionômicas e ao reconhecimento dessas
como comunidades verdadeiramente chaquenhas (Prado 1993b). Essa questão é claramente
verificada para a vegetação do extremo leste do Chaco, dentre as quais se encontram as formações
chaquenhas do Brasil (Prado 1993a).
O Chaco brasileiro representa 6,7% da vegetação do Pantanal da sub-região do Nabileque,
estando ausente nas demais sub-regiões (Silva et al.2000). Possui características vegetacionais
típicas de Chaco úmido, onde recebe influência florística em toda a área da planície situada ao oeste
da serra da Bodoquena e à margem esquerda do rio Paraguai (Adámoli 1987, Brasil 1982).
A presença de formações chaquenhas no Brasil é relatada em diversos trabalhos, como
Allem & Valls (1987), Brasil (1982), Cabrera & Willink (1980), Hueck (1972), IBGE (1992), Prado
et al. (1992), Prance & Schaller (1982), Ratter et al. (1988) e Silva et al. (1997). Essas são
classificadas de duas formas no Brasil e subdivididas em quatro grupos conforme o estrato
predominante: 1. Savana Estépica Florestada, 2. Savana Estépica Arborizada, 3. Savana Estépica
Parque e 4. Savana Estépica Gramíneo-Lenhosa segundo IBGE (1992) e PCBAP (1997); e em 1.
Savana Estépica Arbórea Densa, 2. Savana Estépica Arbórea Aberta, 3. Savana Estépica Parque e 4.
Savana Estépica Gramíneo-Lenhosa de acordo com Brasil (1982).
No Brasil, é verificada uma grande diversidade florística para a vegetação chaquenha,
observando-se vários subtipos vegetacionais como o carandazal, quebrachal e o algarrobal (Hueck
1972). Porém, as formações de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, foram as únicas
reconhecidas como Chaco sensu stricto no Brasil, tornando-se o limite oriental do domínio
chaquenho (Brasil 1982, Pott & Pott 2003, Prado 1993b , Prado et al. 1992).
Os processos de explorações seletivas, pastoreio intensivo e de queimadas que as formações
chaquenhas vêm sofrendo, têm como conseqüências vastas superfícies degradadas cobertas por
adensamentos de arbustos e arvoretas espinhentas, com um tapete herbáceo-graminóide
constituindo-se quase que exclusivamente de cactos e bromélias (Brasil 1982). A atividade humana
está alterando a vegetação nativa (Roic et al. 2000), podendo ser um dos fatores que está incidindo
na diminuição ou aumento da quantidade de indivíduos das comunidades.
Os quebrachos, comumente encontrados no Chaco brasileiro, foram muito explorados e
quase extintos durante a Segunda Guerra Mundial, devido à exploração de tanino (Brasil 1982). Nas
últimas décadas ocorreu regeneração natural da vegetação, porém, atualmente encontram-se
novamente ameaçadas pela expansão da pecuária no sudoeste do Estado (Pott & Pott 2003).
Até 1991, Porto Murtinho era considerado um dos cinco municípios que mais possuíam
áreas desmatadas na região do Pantanal, com 84.117 ha (15,5%) (Silva et al. 1998). Foi constatado
que os desmatamentos ocorriam tanto nas formações de Chaco como naquelas de transição entre
este e os biomas vizinhos (Cerrado e Floresta Estacional).
Somada a tudo isso, a deficiência de levantamentos mais sistematizados da vegetação das
formações do Chaco brasileiro coloca em risco o conhecimento ecológico sobre as espécies que as
compõem, principalmente daquelas que talvez sejam consideradas raras ou até mesmo endêmicas
da região de Porto Murtinho. Os inventários florísticos tornam-se então ferramentas importantes e
atuam como pré-requisitos necessários para muitas pesquisas fundamentais na ecologia de
populações e comunidades, tais como modelos de padrões da diversidade de espécies ou
conhecimento da distribuição das espécies que as compõem (Phillips et al. 2003).
O conhecimento sobre a flora de uma determinada área é essencial para empreender
qualquer tipo de ação vinculada a sua conservação, recuperação, aproveitamento, ou estudo de seus
problemas ambientais (Roic et al. 2000). Entretanto, além dos trabalhos florísticos realizados em
comunidades chaquenhas no Brasil serem escassos, a maioria deles não fornece um checklist das
espécies que as compõem e sim, descrições gerais do tipo de vegetação observada.
O objetivo deste primeiro capítulo foi realizar um levantamento florístico de formações
chaquenhas nos arredores da cidade de Porto Murtinho, bem como classificar essas formações
quanto às suas fitofisionomias.
MATERIAL E MÉTODOS
Local de estudo
O levantamento florístico foi baseado na seleção de cinco fitofisionomias representativas das
formações chaquenhas, localizadas nos arredores da cidade de Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul
(fig. 1). A escolha das áreas de amostragem foi realizada através de um reconhecimento preliminar
da região (em percurso por estradas, p.ex.), visando às fisionomias que pareceram ser as mais
comuns desta.
Fazenda Andréa 1
Feixe dos Morros
Bocaiuval
Fazenda Anahí
E
s
t
r
a
d
a
Brasil
Dique
Rio Paraguai
P
a
r
a
g
u
a
i
Fazenda Andréa 1
Feixe dos Morros
Bocaiuval
Fazenda Anahí
E
s
t
r
a
d
a
Brasil
Dique
Rio Paraguai
P
a
r
a
g
u
a
i
Figura 1: Imagem Landsat do município de Porto Murtinho, MS, Brasil, aproximadamente ano de 2000. Em destaque
(amarelo) alguns pontos de amostragem das cinco formações chaquenhas estudadas no levantamento florístico.
A região de Porto Murtinho é considerada a porção mais úmida da Província do Chaco, onde
a precipitação alcança em média 1.200 mm/ano; é caracterizada por apresentar clima quente e seco,
com predomínio de chuvas sazonais, às vezes concentradas em período curto de três a quatro meses,
e secas prolongadas; o solo é classificado como solonetz solodizado e planossolo (Brasil 1982,
Ramella & Spichiger 1989, Pennington et al. 2000).
A seguir encontra-se a descrição sucinta para cada área amostrada.
Área 1 – Estrada. Corresponde a vegetação localizada nas laterais da BR 267, adentrando
cerca dez a 50 metros em cada uma das bordas, ao longo de aproximadamente 50 km antes de
chegar a Porto Murtinho. A BR-267 foi construída a uma altura de 1-2 metros mais elevada (aterro)
que as áreas laterais, devido às inundações durante a época de cheia do Pantanal. Sendo assim, na
borda da estrada há “caixas de empréstimos” de acúmulo de água, permanecendo constantemente
úmida ou inundada no período de outubro a abril.
Área 2 – Fazenda Anahí. Localiza-se a 15 km de Porto Murtinho entre as coordenadas
21º41'12''S e 57º44'05''W; corresponde a um remanescente de formação chaquenha com cerca 40
ha.
Área 3 – Fazenda Andréa 1. É um remanescente de Chaco com aproximadamente 50 ha,
localizado entre as coordenadas 21º31'19''S e 57º42'54''W.
Área 4 – Dique. Encontra-se na beira do rio Paraguai, contornando a cidade de Porto
Murtinho (21º41'17''S e 57º52'41''W).
Área 5 – Bocaiuval. Está localizada na beira do rio Amonguijá, na estrada do Bocaiuval,
porção setentrional de Porto Murtinho (21º39'08''S e 57º49'28'' W).
Coleta e análise de dados
As coletas foram realizadas no período de agosto de 2004 a abril de 2005. A metodologia de
coleta adotada neste levantamento está de acordo com Marimon & Lima (2001).
O levantamento florístico das formações chaquenhas ocorreu em 65 pontos de amostragem,
sendo 15 localizados na área Estrada, 15 na Fazenda Anahí, 15 na Fazenda Andréa 1, onze pontos
no Dique e nove no Bocaiuval. Em cada área foram demarcados pontos aleatórios para coletas e
observações, sendo a quantidade desses determinada segundo o tamanho da área. Em cada ponto foi
efetuada a coleta de todas as espécies de angiospermas férteis (com flores e/ou frutos), observadas
no decorrer de uma hora de caminhada.
Esse tempo foi dividido inicialmente em blocos de quinze minutos, durante os quais foram
identificadas e coletadas todas as espécies de nova ocorrência encontradas. Esse sistema de blocos
foi adotado visando alcançar o estabelecimento da curva-de-espécies/tempo e garantir uma
amostragem satisfatória. Se, depois de transcorridos os quinze minutos, o número de espécies
tivesse aumentado, utilizavam-se mais quinze minutos de coleta adicional, e assim sucessivamente,
até atingir a estabilização da curva. Caso houvesse necessidade de observações mais detalhadas de
uma determinada espécie, a cronometragem era interrompida para não alterar o esforço amostral
entre os blocos.
Em cada fitofisionomia foram anotadas informações relevantes tais como aspectos gerais da
estrutura da vegetação, evidências de degradação, uso geral da terra, drenagem e erosão.
Os materiais botânicos coletados foram herborizados e incorporados ao Herbário CGMS. As
espécies foram identificadas por intermédio de consulta a literatura especializada, por comparação
com espécimes dos herbários CGMS e do Instituto de Botânica de São Paulo; por consulta a
especialistas deste último, da Embrapa Gado de Corte, Universidade Federal de Uberlândia (UFU),
Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),
campi Campo Grande e Corumbá. As identificações taxonômicas seguiram o sistema Angiosperm
Phylogeny Group II (APG II 2003), exceto Leguminosae, onde são reconhecidas três subfamílias
(Lewis et al. 2005).
Foi gerado checklist com todas as famílias e espécies levantadas em cada área, bem como
seus respectivos nomes populares e hábitos. As áreas foram classificadas quanto ao tipo
vegetacional predominante, de acordo com a terminologia adotada em Brasil (1982).
Foram consideradas como ervas as plantas não lenhosas com altura até 50 cm; subarbustos
as plantas eretas com ramificação próxima do chão e cujos ramos são parcialmente lignificados;
arbustos as plantas com ramificação a partir de 1 m de altura com ramos lenhosos; árvores as
plantas com ramificação próxima do ápice, formando fuste lenhoso; e trepadeiras as plantas com
hábito escandente cujo caule pode ou não ser lenhoso (adaptação de Guedes-Bruni et al. 2002). Os
indivíduos da família Cactaceae foram classificados utilizando-se as definições acima, porém, sem
levar em consideração a lignificação do caule.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A listagem florística apresentou um total de 62 famílias, 207 gêneros e 313 espécies. A
Fazenda Anahí foi a área com maior número de famílias, gêneros e espécies (tab. 1), seguida da
Estrada, Dique, Bocaiuval e da Fazenda Andréa 1.
Tabela 1: Parâmetros florísticos levantados nas cinco áreas de formações chaquenhas nos arredores da cidade de Porto
Murtinho, MS, Brasil.
Locais
Parâmetros
Estrada Anahí Andréa 1 Dique Bocaiuval
Número de espécies 143 147 23 94 73
Número de gêneros 105 117 20 75 65
Número de famílias 42 45 10 29 35
Dentre as 313 espécies, 96,5% foram identificadas em nível específico e 3,5% em nível
genérico (tab. 2). Leguminosae destacou-se pela maior riqueza (fig. 2), com 65 espécies, sendo 18
dessas pertencentes à subfamília Caesalpinioideae, seguida por 22 de Mimosoideae e 25 de
Papilionoideae.
65
33
30
19
13
88
77
666
105
0
20
40
60
80
100
120
F
abaceae
A
st
er
a
ce
ae
Poaceae
Mal
v
ac
eae
Euphorbiaceae
C
onv
ol
vu
l
aceae
Rub
i
aceae
S
a
p
i
nd
ac
ea
e
V
er
b
e
n
ac
e
ae
Apocynaceae
B
ora
g
i
naceae
Malpighiaceae
O
utr
as
50
Famílias
de espécies
Figura 2: Número de espécies por família amostradas no levantamento florístico de cinco formações chaquenhas
localizadas nos arredores da cidade de Porto Murtinho, MS, Brasil.
Em segundo lugar destacou-se Asteraceae 33 espécies, seguida de Poaceae (30), Malvaceae
(19) e Euphorbiaceae (13). Vinte e três famílias (37%) foram representadas por apenas uma espécie.
Aquelas com os maiores números de gêneros foram Leguminosae (33), Asteraceae (21), Poaceae
(18), Malvaceae (11), Rubiaceae (7), Euphorbiaceae e Apocynaceae (ambas com 6) (tab. 2).
No Estado de Mato Grosso do Sul, registros de ocorrência dos representantes da família
Leguminosae podem ser verificados em diferentes formações vegetacionais, tal como as
chaquenhas (Ratter et al. 1988). Nos trabalhos realizados por Marino & Pensiero (2003), Pott &
Pott (2003) e Prado (1993b) para o Chaco, Leguminosae ocorre como a família mais rica em
número de espécies, corroborando os resultados encontrados neste levantamento.
Roic et al. (2000) encontraram um total de 77 famílias e 411 espécies em um levantamento
florístico do Chaco na Argentina. Entretanto, neste mesmo, Poaceae foi a família com maior
número de espécies e Leguminosae ficou em terceiro lugar. Estes resultados diferem dos
encontrados para as formações de Porto Murtinho, porém 67,5% das espécies amostradas por Roic
et al. (2000) foram também registradas nesse estudo.
Prado (1993b) apresentou uma lista com 235 espécies coletadas na Província Chaquenha,
dentre as quais 78 foram amostradas nas formações brasileiras e dessas, 18 no Chaco sensu stricto
de Porto Murtinho. Das 18 espécies, oito (44%) foram também encontradas neste trabalho:
Schinopsis balansae, Aspidosperma triternatum, Tabebuia nodosa, Prosopis ruscifolia, Acacia
praecox, Capparis retusa, Sideroxylon obtusifolium e Copernicia alba.
As quatro primeiras espécies citadas acima foram coletadas apenas na Fazenda Anahí; A.
praecox foi encontrada somente na Fazenda Andréa 1, e S. obtusifolium foi a única encontrada na
Estrada do Bocaiuval. Essa última espécie é considerada de ampla distribuição, ocorrendo
principalmente em formações sazonais; é muito freqüente em formações não inundáveis e de solos
férteis, sendo comum no Chaco e na Caatinga (Pott & Pott 1994, Prado & Gibbs 1993).
Copernicia alba (carandá) foi a espécie mais freqüente nas formações de Porto Murtinho,
ocorrendo em quatro das cinco áreas analisadas. O carandá é encontrado formando florestas
monodominantes, chamadas localmente de Carandazais, que se extendem sobre a maior parte desta
região; é muito comum em áreas alagáveis e considerado como indicador de solos alcalinos ou
salinos (Brasil 1982, Hueck 1972, Pott & Pott 1994, Ramella & Spichiger 1989).
A Área 1-Estrada (fig. 3) foi classificada como Savana Estépica, porém se observaram
alguns pontos de contato entre essa formação e região de Savana. O componente arbustivo foi o
estrato predominante, com poucas espécies arbóreas; as herbáceas e subarbustos ocorreram
formando adensamentos de indivíduos, principalmente nos locais mais abertos e de solos arenosos.
Nesta formação, Leguminosae é mais representativa.
Figura 3: Área 1-Savana Estépica localizada na Estrada, BR 267 que liga a cidade de Campo Grande a Porto Murtinho,
MS, Brasil.
O remanescente estudado na Fazenda Anahí, designado como Área 2 (fig. 4), foi
classificado como Savana Estépica Arbórea Aberta. Representou-se principalmente por espécies de
Leguminosae, onde o estrato arbustivo, junto aos cactos e bromélias, formava adensamentos de
indivíduos que dificultaram o acesso a alguns pontos de amostragem. As árvores e arvoretas
estiveram presentes, com algumas poucas espécies emergentes como o carandá (Copernicia alba).
Esta área permaneceu temporariamente inundada durante os meses de outubro de 2004 a janeiro de
2005, com a lâmina d’água alcançando cerca de 50 cm de altura.
A Área 3 - Fazenda Andréa 1 (fig. 5) foi considerada como Savana Estépica Arbórea Aberta,
onde o estrato arbóreo apresentou poucos indivíduos espinescentes e bem distribuídos na área. As
árvores alcançaram em média 5m de altura, com espécies emergentes excepcionalmente
ultrapassando 7m, como o carandá. Destacaram-se a predominância de indivíduos de Machaerium
hirtum e Prosopis rubriflora, ambas pertencentes à Leguminosae. Os arbustos e ervas estiveram
presentes em menor número.
O Dique (fig. 6), ou Área 4, foi classificado como Savana Estépica Parque mesclada a
Savana Estépica Arbórea Densa e Savana Estépica Arbórea Aberta, onde se observaram
carandazais; florestas mistas de carandá, formadas por Copernicia alba, Capparis retusa, Capparis
tweediana Gris. e Mimosa spp.; e algarrobais, com predominância de Acacia farnesiana, Prosopis
rubriflora e P. ruscifolia, Acacia farnesiana é uma das leguminosas dominantes em certas
comunidades, ocorrendo nas áreas alagadas de difícil escoamento (Pott & Pott 1994). Essa área foi
representada principalmente por indivíduos arbóreos formando um dossel fechado. Na época seca,
nessas mesmas formações, ocorre Leptochloa sp., que possui ampla dispersão no local (PCBAP
1997). O estrato herbáceo no Dique esteve representado principalmente por indivíduos das famílias
Cactaceae, Apocynaceae, Leguminosae e Portulacaceae.
Figura 4: Área 2 - Remanescente de Savana Estépica Arbórea Aberta estudado na Fazenda Anahí, Porto Murtinho, MS,
Brasil.
Figura 5: Área 3 - Remanescente de Savana Estépica Arbórea Aberta localizado na Fazenda Andréa 1, Porto Murtinho,
MS, Brasil.
A área 5 - Bocaiuval (fig. 7) foi classificada como área de Savana Estépica, onde o estrato
arbóreo formando um dossel contínuo e fechado, representado por espécies comumente observadas
nas formações chaquenhas de Porto Murtinho, como Celtis pubescens, Sideroxylon obtusifolium e
Prosopis rubriflora.
As formações vegetacionais, localizadas ao leste do Chaco, representam comunidades com
diversos elementos florísticos (Prado 1993a). Essa relação foi principalmente evidenciada nas áreas
amostradas da Estrada e do Bocaiuval, pois as espécies que ocorrem nesses locais, como Tabebuia
impetigiosa e Acacia praecox, são semelhantes às observadas nas formações chaquenhas de
transição analisadas por Prado (1993b).
Figura 6: Área 4 - Savana Estépica Parque e Arbórea Densa, à esquerda e Savana Estépica Arbórea Aberta à direita,
áreas localizadas no Dique, Porto Murtinho, MS, Brasil.
Figura 7: Área 5 - Savana Estépica localizada na beira do rio Amonguijá, Bocaiuval, Porto Murtinho, MS, Brasil.
Caesalpinia paraguariensis, Diplokeleba floribunda, Goldmania paraguensis e Prosopis
ruscifolia foram espécies levantadas nas áreas do estudo. Segundo Pott & Pott (2003), essas são
espécies características do Chaco, e também encontradas em Corumbá e Miranda. Acacia
farnesiana, Gleditsia amorphoides, Machaerium hirtum e Prosopis rubriflora também foram
amostradas por esses autores; são espécies freqüentes nos solos férteis das formações chaquenhas
da Argentina, do Paraguai e da Bolívia e, em geral, colonizam áreas alteradas, como a beira da
estrada (Pott & Pott 1994).
Quatro espécies coletadas neste levantamento, Cordia glabrata, Cnidoscolus cnicodendron,
Celtis pubescens e Pterogyne nitens, ocorrem tanto no Chaco como na Caatinga, porém, as duas
últimas são consideradas de ampla distribuição (Salis et al. 2004). Ziziphus oblongifolius e Pereskia
sacharosa são elementos característicos da região do Chaco Seco, sendo encontrados em formações
xeromórficas do Pantanal mato-grossense (Prance & Schaller 1982).
Dentre as 313 espécies levantadas em Porto Murtinho, 201 (64%) ocorreram em apenas uma
das áreas de amostragem (tab. 2). Algumas espécies apesar de não serem raras no Paraguai e na
Bolívia, o são em Mato Grosso do Sul, único Estado brasileiro onde ocorrem, como: Caesalpinia
paraguariensis, Prosopis. rubriflora, P. ruscifolia, Schinopsis balansae e Tabebuia nodosa (Pott &
Pott 2003). As três primeiras espécies são citadas apenas nas formações chaquenhas do MS
(Lorenzi 2002, Pott & Pott 1994).
Algumas espécies coletadas na estrada são freqüentemente encontradas em levantamentos
realizados no Cerrado e em Florestas Semideciduais, como: Helicteres lhotzkyana, Annona nutans,
Duguetia furfuracea, Capparis retusa, Protium heptaphyllum, Guazuma ulmifolia e Tabebuia
aurea, como observado em Sano & Almeida (1998), Weiser & Godoy (2001) e Damasceno Jr.
(2005). Os pontos de amostragem na área da Estrada, mais distantes de Porto Murtinho, foram
considerados como locais de transição entre Cerrado e o Chaco.
As ervas e subarbustos representaram 59,1% do total de espécies amostradas (185 spp.). As
árvores e arbustos corresponderam a 27,8% (87 spp.), as trepadeiras a 11,5% (36) e as
hemiparasitas e epífitas a somente 1,6% (5 spp.) (fig. 8).
59,1
27,8
11,5
1,6
0
10
20
30
40
50
60
70
Ervas e
subarbustos
Árvores e
arbustos
Trepadeiras Hemiparasitas e
epífitas
Hábitos
% do total de escies
Figura 8: Porcentagem do total de espécies por hábito de crescimento no levantamento florístico de cinco formações
chaquenhas nos arredores da cidade de Porto Murtinho, MS, Brasil.
Esses valores foram diferentes dos observados por Killeen et al. (1998), na Bolívia, para o
estrato arbóreo e arbustivo, que representaram a maior porcentagem, 33%, dentre as 501 espécies
ali amostradas. Porém, as parasitas e epífitas corresponderam também à menor quantidade de
espécies registradas, como observado no Chaco brasileiro.
Com relação às características ambientais observadas, concluiu-se que a maioria das áreas
de coleta se apresentou pouco conservada. A área da Estrada, do Bocaiuval e do Dique foram os
locais com maiores evidências de perturbação, justamente por estarem localizados próximo à cidade
e por serem áreas muito antropizadas. Observaram-se no Dique, pontos com retirada seletiva de
carandá, provavelmente para a comercialização do palmito ou para a utilização do tronco na
construção de cercas. Espécies como Pfaffia glomerata, Crotalaria micans, Conyza bonariensis e
Sebastiania hispida são indicadoras de perturbação (Pott & Pott 1994) e ocorreram em grande
freqüência nas três áreas.
As formações chaquenhas de Porto Murtinho encontram-se, em geral, muito degradadas e
fragmentadas. Essa fragmentação aumenta a vulnerabilidade das formações à invasão de espécies
exóticas e/ou espécies nativas ruderais (Primack & Rodrigues 2001).
Tabela 2: Espécies encontradas nas cinco áreas de formações chaquenhas nos arredores do município de Porto Murtinho, MS, Brasil. E – Estrada; A – Fazenda Anahí; A1 –
Fazenda Andréa 1; D – Dique; B – Bocaiuval.
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
ACANTHACEAE
X
Justicia laevilinguis (Nees) Lindau Erva Junta-de-cobra
X X X
Ruellia cf. brevifolia (Pohl) C. Ezcurra Arbusto
X
Ruellia aff. erythropus (Ness.) Lind. Subarbusto
X
ALISMATACEAE
Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli Erva Chapéu-de-couro
X
Sagittaria montevidensis Cham. & Schltdl. Erva Chapéu-de-couro
X
AMARANTHACEAE
Amaranthus cf. viridis L. Erva Caruru
X
Gomphrena celosioides Mart. Erva Perpétua
X X
Gomphrena cf. celosioides Mart. var. aureiflora Erva
X
Gomphrena cf. elegans Mart. Erva
X X X
Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen Erva Ginseng-do-Pantanal
X X
ANACARDIACEAE
Myracrodruon urundeuva Allemão Árvore Aroeira
X
Schinopsis balansae Engl. Árvore Quebracho-colorado
X
ANNONACEAE
Annona cornifolia St. Hil. Arbusto Ata-de-cobra
X X
Annona nutans (R.E. Fr.) R.E. Fr. Arbusto
X X
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Saff. Arbusto Ata-brava
X
Rollinia cf. emarginata Schltdl. Árvore Arixicum-do-mato
X
APIACEAE
Eryngium ebracteatum Lam. Erva
X
APOCYNACEAE
Aspidosperma triternatum Rojas Acosta Árvore Quebracho, peroba
X
Funastrum clausum M. Arg. Trepadeira Cipó-leite
X X
Metastelma berterianum (Spr.) Decne Erva Cipózinho-de-leite
X
Prestonia coalita (Vell.) Woods Trepadeira Cipózinho-de-leite
X
Rhabdadenia pohlii Lam. Trepadeira Cipó-leiteiro-da-folha-fina
X X X
Schubertia grandiflora Mart. & Zucc. Trepadeira Cipó-leite
X
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
ARECACEAE
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. Árvore Bocaiúva
X X
Copernicia alba Morong Árvore Carandá
X X X X
ASTERACEAE
Baccharis arenaria Baker Erva
X
Barrosoa candolleana (Hook. & Arn.) R.M. King & H. Rob. Erva
X
Calea candolleana Baker Erva
X
Centratherum punctatum Cass. Erva Perpétua-roxa
X
Chaptalia cf. integérrima (Vell.) Burkart Erva Língua-de-vaca
X X
Chaptalia nutans (L.) Pol. Erva Língua-de-vaca
X
Conyza bonariensis (L.) Cronquist Erva Voadeira
X
Eclipta prostrata (L.) L. Erva Erva-de-botão
X
Elephantopus cf. mollis Kunth Erva
X
Eupatorium lilacinum Hieron. Subarbusto
X X X X
Eupatorium mattogrossense Hieron. Subarbusto
X
Eupatorium pictum Gardner Subarbusto
X
Gamochaeta purpurea (L.) Cabrera Erva
X
Gymnocoronis spilanthoides DC. Subarbusto
X
Isostigma hoffmannii O.Kuntze Subarbusto
X X
Lagascea mollis Cav. Erva
X
Mikania campanulata Gardner Trepadeira
X
Pectis gardneri Baker Subarbusto
X X
Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera Subarbusto
X
Porophyllum cf.
ruderale (Jacq.) Cass.
Erva Couvinha
X
Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC. Subarbusto
X
Pterocaulon lorentzii Malme Subarbusto
X X X
Pterocaulon purpurascens Malme Subarbusto
X X
Vernonia brasiliana (L.) Druce Subarbusto
X
Vernonia helophila Mart. ex DC. Subarbusto
X X
Vernonia muricata DC. Subarbusto
X X X
Vernonia petiolaris DC. Subarbusto
X
Vernonia reflexa Gardner Subarbusto
X
Vernonia rubricaulis Bonpl. Subarbusto
X
cf. Zexmenia goyazensis Benth. Subarbusto
X
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
Vernonia scabra Pers. Subarbusto Assa-peixe
X
Wedelia brachycarpa Baker Erva
X
Wedelia cf. trichostephia DC. Erva
X
BEGONIACEAE
Begonia cucullata Willd. Erva
X
BIGNONIACEAE
Arrabidaea florida A. DC. Trepadeira
X
Macfadyena cf. unguis-cati (L.) A.H. Gentry Trepadeira Cipó-unha-de-gato
X
Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. f. ex S. Moore Árvore Paratudo
X
Tabebuia cf. impetigiosa (Manso) B.et H. Árvore Ipê-roxo, piúva-da-mata
X
Tabebuia nodosa (Mart.) Standl Árvore Labão
X X
BIXACEAE
Cochlospermum regium (Mart. et. Schl.) Pilg. Arbusto Algodãozinho
X
BORAGINACEAE
Cordia glabrata (Gris.) Gris. Árvore Louro
X X
Heliotropium cf. filiforme (Mart.) A. DC. Erva
X
Heliotropium indicum H.B.K. Erva Crista-de-galo
X
Heliotropium cf. procumbens L. Erva
X
Tournefortia cf. paniculata Cham. Subarbusto
X
Tournefortia rubicunda Salzm. ex DC. Subarbusto
X
BRASSICACEAE
Capparis retusa Gris. Arbusto
X X X
Capparis tweediana Gris. Arbusto
X X X
Cleome cf. guianensis Eichl. Erva
X
Cleome spinosa Aubl. Erva Mussambé
X
BROMELIACEAE
Bromelia balansae Mez Erva Caraguatá, gravateiro
X
Tillandsia cf. didisticha (E. Morren) Baker Epífita, erva
X
Tillandsia duratii Vis
.
Epífita, erva Barba-de-velho
X
BURSERACEAE
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Árvore Almécega
X
CACTACEAE
Cereus sp. Arbusto Cacto
X
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
Opuntia bergeriana F.A.C. Weber Erva Tuna, cacto
X X
Pereskia sacharosa Weber Árvore
X
Rhipsalis sp.
Erva
X
CECROPIACEAE
Cecropia pachystachya Trec. Árvore Embaúba
X
CELASTRACEAE
Maytenus macrodonta Reissek Subarbusto
X
Salacia cf. elliptica (Mart. ex Schult.) G. Don Árvore Siputá
X
COMBRETACEAE
Terminalia triflora (Griseb.) Lillo Árvore Capitãozinho, amarelinho
X
COMMELINACEAE
Commelina erecta L. Erva
X X X
CONVOLVULACEAE
Evolvulus nummularius (L.) L. Erva
X
Evolvulus sericeus Sw. Erva
X X X
Ipomoea carnea (Mart. et Schl.) Pilg. Trepadeira Algodão-bravo
X
Ipomoea carnea subsp. fistulosa (Mart. ex Choisy) D. F. Austin Arbusto Algodão-bravo
X
Ipomoea chiliantha Hallier f. Arbusto Cipó-de-leite
X X X
Ipomoea serpens Meisn. Trepadeira
X
Merremia aegyptia (L.) Urb. Erva Corda-de-viola, jetirana
X
Merremia cf. umbellata (L.) Hallier f. Trepadeira
X
CUCURBITACEAE
Cayaponia cf. podantha Cogn. Trepadeira Melancia-de-pacú
X
Mormodica charantia L. Trepadeira
X
CYPERACEAE
Cyperus giganteus Vahl Erva
X
ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum cuneifolium (Mart.) O.E. Schulz Arbusto
X X X
EUPHORBIACEAE
Acalypha cf. communis Müll. Arg. Subarbusto
X
Adelia spinosa (Chodat & Hassl.) Pax & K. Hoffm. Subarbusto Laranjinha-branca
X
Bernardia sidoides (Klotzsch) Müll. Arg. Subarbusto
X X
Caperonia castaneifolia (L.) A. St.-Hil. Erva Erva-de-bicho-branca
X
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
Cnidoscolus cnicodendron Griseb. Subarbusto Cansanção
X
Croton andinus Müll. Arg. Erva
X X X X
Croton argenteus L. Erva
X X
Croton cf. bonplandianus Baill. Erva
X X
Croton campestris A. St.-Hil. Erva
X
Croton urucurana Baill. Árvore Sangra-d’água
X X
Euphorbia hyssopifolia Baill. Erva Leiterinho
X X
Sebastiania brasiliensis Spreng. Subarbusto
X X
Sebastiania cf. hispida (Mart.) Pax ex Engl. Subarbusto Mercúrio
X
LEGUMINOSAE CAESALPINIOIDEAE
Bauhinia cf. bauhinioides (Mart.) J.F. Macbr. Arbusto Espinho-do-diabo
X
Bauhinia curvula Benth. Arbusto Pata-de-boi
X
Bauhinia pentandra (Bong.) Vogel ex Steud. Arbusto Unha-de-vaca
X
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. Arbusto Pata-de-boi
X
Caesalpinia paraguariensis (D. Parodi) Burkart Árvore Guaiacã, pau-ferro
X
Caesalpinia pluviosa DC. Árvore Sibipiruna
X X
Chamaecrista flexuosa (L.) Greene Erva Mimosa, sensitiva
X
Chamaecrista cf. rotundifolia (Pers.) Greene Erva Acácia-rasteira
X X
Chamaecrista serpens (L.) Greene Erva
X X X
Gleditsia cf. amorphoides (Griseb.) Taub. Árvore Faveiro, açucará
X
Parkinsonia praecox (Ruiz & Pav. ex Hook.) Harms (= Cercidium) Árvore Brea, espinheiro
X X
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Árvore Canafístula, farinha-seca
X X
Pterogyne nitens Tul. Árvore Amendoim-bravo, chimbuca
X
Senna alata (L.) Roxb. Arbusto Mata-pasto, fedegoso
X
Senna occidentalis (L.) Link Arbusto Fedegoso
X
Senna pendula (Willd.) Irw. Barn. Arbusto
X
Senna cf. pilifera (Vog.) Barn. Subarbusto Papoula-do-brejo
X X X X X
Senna cf. splendida (Willd.) Irw. Barn.
Erva
X
LEGUMINOSAE MIMOSOIDEAE
Acacia caven (Molina) Molina Arbusto
X X X
Acacia aff. praecox Griseb. Arbusto Espinheiro
X
Acacia farnesiana (L.) Willd. Árvore Aromita, espinheiro
X X
Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart Árvore Angico-branco, mulateira
X X
Albizia saman (Jacq.) F. Muell. Árvore Farinha-seca
X
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
Desmanthus virgatus (L.) Willd. Subarbusto
X X
Goldmania paraguensis (Benth.) Brenan Árvore Pau-alho
X
Inga uruguensis Hook. & Arn. Árvore Ingá-do-brejo
X
Mimosa cf. acerba Benth. Subarbusto
X
Mimosa cf. bimucronata (DC.) Kuntze Árvore Marica, espinheiro
X
Mimosa debilis Humb. & Bonpl. ex Willd. Subarbusto
X X
Mimosa glutinosa (Bth.) Bren. Árvore Barreiro, santa-fé-branca
X X X X
Mimosa cf. obtusifolia Willd. Erva
X
Mimosa cf. oligophylla Micheli Subarbusto
X
Mimosa pigra L. Arbusto Jiriqui, unha-de-gato
X X
Mimosa polycarpa Kunth Subarbusto
X X X X X
Mimosa quadrivalvis var. leptocarpa (DC.) Barneby Subarbusto
X
Mimosa cf. vellosiella Herter Arbusto
X X
Neptunia pubescens Benth. Erva
X X X
Piptadenia cf. viridiflora (Kunth) Benth. Árvore Espinheiro
X
Prosopis rubriflora Hassl. Árvore Barreiro-preto, espinheiro
X X
Prosopis ruscifolia Griseb. Árvore Algarobo, pau-de-espinho
X X
LEGUMINOSAE PAPILIONOIDEAE
Aeschynomene falcata Willd. Erva
X X
Aeschynomene histrix Poir. Erva
X X X
Aeschynomene mollicula Kunth Erva
X X
Aeschynomene paniculata Willd. ex Vogel Erva
X X
Arachis sp. Erva Amendoim
X
Camptosema cf. ellipticum (Desv.) Burkart Trepadeira
X
Camptosema paraguariense (Chodat & Hassl.) Hassl. Trepadeira
X X X
Centrosema cf. angustifolium (Kunth) Benth. Trepadeira
X
Crotalaria micans (Desv.) Burk. Arbusto Guiso-de-cascavel
X
Desmodium sp. Erva Carrapicho, amarra-pinto
X
Eriosema cf. crinitum Link Erva
X
Galactia cf. striata (Jacq.) Urb. Trepadeira
X X X X
Geoffroea striata (Willd.) Morong Árvore Marizeiro
X
Indigofera hirsuta L. Erva Anileira
X
Indigofera sabulicola L. Erva
X X X
Machaerium hirtum Benth. Árvore Barreiro, espinheiro
X X
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
X
Macroptilium bracteatum (Nees & Mart.) Maréchal & Baudet Trepadeira
X X
Macroptilium lathyroides (Vell.) Stellf. Trepadeira
X
Rhynchosia minima (L.) DC. Trepadeira
Rhynchosia sp.
X
Trepadeira
Sesbania virgata (L.) DC. Arbusto Angiquinho, saranzinho
X
X
Stylosanthes humilis Kunth Erva
X X
Stylosanthes cf. scabra Vogel Erva
X
Stylosanthes viscosa (L.) Sw. Erva
X
Zornia reticulata Sm. Erva
LAMIACEAE
Hyptis aff. brevipes Poit. Erva Hortelã-brava
X
Hyptis lappacea Benth. Subarbusto Hortelã-do-campo
X
Hyptis cf. mutabilis (Rich.) Briq. Subarbusto
X
Hyptis aff. suaveolens (L.) Poit. Subarbusto
X
LIMNOCHARITACEAE
Hydrocleys nymphoides (Willd.) Buchenau Erva Lagartixa
X
LOGANIACEAE
Strychnos cf. parviflora Spruce ex Benth. Arbusto
X
LORANTHACEAE
Psittacanthus calyculatus (DC.) G. Don Hemiparasita Erva-de-passarinho
X
LYTHRACEAE
X X
Cuphea sp. 1 Erva
X
Cuphea sp. 2 Erva
Diplosudon sp.
X
Erva
MALPIGHIACEAE
X
Aspicarpa pulchella (Griseb.) O'Donell & Lourteig Trepadeira
X
Heteropterys byrsonimifolia A. Juss. Trepadeira
X
Heteropterys cf. campestris A. Juss. Trepadeira
X X
Heteropterys syringifolia Griseb. Trepadeira
X X
Janusia guaranitica (A. St.-Hil.) A. Juss. Trepadeira
X
Mascagnia stannea (Griseb.) Nied. Trepadeira
MALVACEAE
X X X
Corchorus argutus Kunth Erva Vassoura
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
Corchorus hirtus L. Erva Vassoura
X
Guazuma ulmifolia Lam. Árvore Chico-magro
X
X X X
Helicteres lhotzkyana Schum. Arbusto Rosquinha
X
Melochia cf. arenosa Benth. Subarbusto Malva-do-brejo
X X X X
Melochia parvifolia Schum. Subarbusto Malvinha
Melochia pyramidata L. Subarbusto Guanxuma-roxa
X X X
Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke Subarbusto Guanxuma, malvastro
X X
X X X
Pavonia apiculata H. B. K. Subarbusto
X X X X
Pavonia sidifolia (DC.) G. Don. Subarbusto Vassoura
X X X X X
Sida angustissima St.Hilaire Subarbusto
Sida carpinifolia L. f. Subarbusto Guanxuma, vassourinha
X X
X
Sida cordifolia L. Subarbusto Malva-branca
Sida linifolia Cav. Erva Guanxuma
X
X
Sida santaremensis Monteiro Subarbusto Guanxuma
Sidastrum paniculatum (L.) Fryxell Subarbusto Guanxuma, vassourinha
X
Triumfetta semitriloba Jacq. Arbusto Carrapixão, guaxumba
X
X X
Waltheria cf. communis A. St.-Hil. Subarbusto Malva-branca
X X X
Wissadula paraguariensis Chodat Subarbusto Malva
MARANTACEAE
X X
Thalia geniculata L. Erva Caeté
MELIACEAE
X
Guarea guidonea L. Árvore Camboatá
MORACEAE
X
Brosimum gaudichaudii Trécul Árvore Mamica-de-cadela
MYRSINACEAE
X
Rapanea cf. umbrosa (Mart.) Mez Árvore
MYRTACEAE
X
Eugenia sp. Arbusto
X X
Psidium guineense Sw. Árvore Araçá
X
Psidium kennedyanum Morong Árvore Araçá-bravo
NYCTAGINACEAE
Boerhaavia diffusa Morong Subarbusto Pega-pinto, tangará
X
X
Reichenbachia paraguayensis (D. Parodi) Dugand & Daniel Árvore
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
ONAGRACEAE
X X X X
Ludwigia lagunae (Morong) H. Hara Subarbusto Erva-de-bicho
OXALIDACEAE
X X
Oxalis cytisoides C. Mart. & Zucc. Erva
PASSIFLORACEAE
Passiflora foetida L. Trepadeira Maracujá-fedido
X
PHYTOLACCACEA
X
Microtea scabrida Urban Erva
X
Seguiera aculeata Jacq Arbusto
POACEAE
Acroceras zizanioides (Kunth) Dandy Erva Braquiária-d’água
X
X X
Chloris canterae Arechav. Erva
Dactyloctenium aegyptium (L.) Willd. Erva Capim-mão-de-sapo
X
Digitaria insularis (L.) Fedde Erva Capim-amargoso
X
X X
Digitaria sanguinalis (L.) Scop. Erva Capim
Echnochloa cf. colonum L. Erva Capim-arroz
X
X
Eragrostis bahiensis Schrad. ex Schult. Erva
X
Eragrostis cf. rojasii Hack. Erva
Eragrostis ciliaris (L.) R. Br. Erva Capim-mimoso
X
Hymenachne amplexicaulis (Rudge) Nees Erva Capim-de-capivara
X X
X
Lasiacis sorghoidea (Desv. Ex Ham.) Hitchc. & Chase Erva
X X
Leptochloa uninervia (J. Presl) Hitchc. & Chase Erva
X
Leptochloa virgata (L.) P. Beauv. Erva
X
Panicum campestre Nees ex Trin. Erva
Panicum dichotomiflorum Michx. Erva Capim-do-brejo
X
Panicum laxum Sw. Erva Grama-do-carandazal
X
X
Panicum polygonatum Kunth Erva
X X X
Pappophorum pappiferum (Lam.) Kuntze Erva
X
Paspalum cf. virgatum L. Erva
X
Paspalum plicatulum Michx. Erva
X
Paspalum pontanalis Swallen Erva
X
Pennisetum nervosum (Nees) Trin. Erva
X X
Rhynchelytrum repens (Willd.) C.E. Hubb. Erva
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
Setaria cf. geniculata P. Beauv. Erva Capim-rabo-de-rapousa
X
X X
Setaria setosa (Sw.) P. Beauv. Erva
X
Setaria vulpiseta (Lam.) Roem. & Schult. Erva
X
Sporobolus monandrus Roseng., B.R. Arrill. & Izag. Erva
X X
Sporobolus pyramidatus (Lam.) Hitchc. Erva
X
Tripogon spicatus (Nees) Ekman Erva
X X
Urochloa adspersa (Trin.) R.D. Webster Erva
POLYGONACEAE
Polygonum punctatum Elliott Erva Erva-de-bicho
X X
X
Ruprechtia cf. salicifolia (Cham. & Schltdl.) C.A. Mey. Arbusto
X
Triplaris gardneriana Wedd. Árvore Pau-de-novato, novateiro
PONTEDERIACEAE
Eichhornia azurea (Sw.) Kunth Erva Águapé, camalote
X X
Heteranthera limosa (Sw.) Willd. Erva Camalotinho, agriãozinho
X
X
Pontederia cordata L. var. cordata Erva Aguapé
X
Pontederia cordata var. lancifolia (Mart.) Solms Erva Aguapé
Pontederia subovata L. Erva Camalotinho
X
PORTULACACEAE
Portulaca cf. cryptopetala Speg. Erva Nove-horas
X
Portulaca cf. fluvialis Legr. Erva Nove-horas
X X
Talinum cf. triangulare (Jacq.) Willd. Erva Carurú, maria-gorda
X X X X
RHAMNACEAE
X
Gouania lupuloides (L.) Urb. Trepadeira
Zizyphus oblongifolius Moore Árvore Olho-de-boi
X X X
RUBIACEAE
X
Borreria cf. eryngioides C. et. S. Erva
X X
Machaonia brasiliensis (Hoffmanns. ex Humb.) Cham. & Schltdl. Arbusto
X
Machaonia cf. spinosa Cham. & Schltdl. Arbusto
cf. Mitracarpus hasslerianus Chodat Erva
X
X X
Psychotria capillacea (Mull. Arg.) Standley Arbusto
Randia armata (Sw.) DC. Árvore Espinheiro, unha-de-gato
X X
X
Spermacoceodes cf. glabrum (Michx.) Kuntze Erva
Tocoyena formosa DC. Arbusto Olho-de-boi, marmelo
X
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
RUTACEAE
X
Zanthoxylum rigidum Humb. & Bonpl. ex Willd. Árvore
SANTALACEAE
X
Phoradendron cf. affine (Pohl ex DC.) Engl. & K. Krause Hemiparasita
X
Phoradendron liga (Gillies ex Hook. & Arn.) Eichler Hemiparasita
SAPINDACEAE
X
Cardiospermum grandiflorum (C. et. S.) Schum. Trepadeira Poca
Cardiospermum halicacabum Sw. Trepadeira Poca, balãozinho
X X
Diplokeleba floribunda L. Árvore Canela-de-cotia
X
Magonia pubescens A. St.-Hil. Árvore Timbó, pau-cuia
X
Paullinia cf. pinnata Brown Trepadeira Fruta-de-pomba, cipó
X X
X
Serjania caracasana L. Trepadeira
Serjania cf. erecta (Jacq.) Willd Trepadeira Cipó-cinco-folha
X
SAPOTACEAE
X X
Sideroxylon obtusifolium (Humb. ex Roem. & Schult.) T.D. Penn. Árvore Laranjinha, coronilha
SCROPHULARIACEAE
X
Monopera perennis (Hassl.) Barringer Erva
Scoparia montevidensis (Spreng.) R.E. Fr. Erva Vassourinha-do-brejo
X X
X
Stemodia ericifolia (Kuntze) K. Schum. Erva
SMILACACEAE
X
Smilax fluminensis Steud. Trepadeira Japecanga
SOLANACEAE
Physalis cf. angulata L. Erva Balãozinho
X
Solanum americanum Stend. Erva Juá, pimenta
X X
X X
Solanum sisymbrifolium Lam. Erva Juá
Solanum viarum Dunal Erva Juá-bravo
X X X X
TURNERACEAE
X X
Piriqueta cf. australis (Urb.) Arbo Subarbusto
X
Turnera sp. 1 Subarbusto
X
Turnera sp. 2 Subarbusto
X
Turnera sp. 3 Subarbusto
ULMACEAE
X X X
Celtis pubescens Jacq. Árvore Taleira
(Continuação da tabela 1)
Localização
Espécie Hábito Nome popular
E A A1 D B
Trema micrantha (L.) Blume Arbusto Piriquiteira, crindiúva
X
VERBENACEAE
Baillonia cf. amabilis Bocq. Arbusto Sara
X
Lantana cf. canescens Kunth Subarbusto
X
Lippia alba (Mill.) N.E. Br. Arbusto Cidreira-do-campo
X
Lippia brasiliensis (L.) Silva Arbusto
X
Lippia lupulina Cham. Subarbusto
X X
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl Subarbusto Gervão
X X
Verbena cf. aristigera Schrad. Subarbusto
X X
VIOLACEAE
Hybanthus calceolaria S. Moore Subarbusto
X X
VITACEAE
Cissus sicyoides L. Trepadeira Uvinha
X X
Cissus spinosa Cambess. Trepadeira Cipó-de-arraia, uveira
X X
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADÁMOLI, J. 1987. A vegetação do Pantanal. In: ALLEM, A. C. & VALLS, J. F. M. 1987. Recursos forrageiros
nativos do Pantanal Mato-Grossense. Brasília: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de
Recursos Genéticos. p. 19-22.
ALLEM, A. C. & VALLS, J. F. M. 1987. Recursos forrageiros nativos do Pantanal Mato-Grossense. Brasília:
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Recursos Genéticos. 339pp.
APG II. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering
plants: APG II. Botanical Journal of the Linnaean Society 141: 399-436.
BRASIL. 1982. Projeto RADAMBRASIL. Folha SF-21 Campo Grande - Levantamento de Recursos Naturais, 28.
Rio de Janeiro: MME. 412pp.
CABRERA, A. L. & WILLINK, A. 1980. Biogeografía de America Latina. 2nd Ed. Serie de Biología. Washington
D.C.: Secretaria General de la Organización de los Estados Americanos. 120 pp.
DAMASCENO JR., G. A. 2005. Estudo florístico e fitossociológico de um gradiente altitudinal no planalto residual
do Urucum - Mato Grosso do Sul – Brasil. Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas, SP. 153pp.
GUEDES-BRUNI, R. R.; MORIM, M. P.; LIMA, H. C.; SYLVESTRE, L. DA S. 2002. Inventário florístico. In:
SILVESTRE, L. DA S. & ROSA, M. M. T DA, organs. Manual Metodológico para estudos botânicos na Mata
Atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Seropédica. P. 24-49.
HUECK, K. 1972. As florestas da América do Sul, ecologia, composição e importância econômica. Transl. H.
Reichardt. São Paulo: Univ. de Brasília & Ed. Polígono. 466pp.
IBGE. 1992, Manual Técnico da Vegetação Brasielira. Rio de Janeiro: IBGE (Séries Manuais Técnicos em
Geociências, n. 1). 94pp.
KILLEN, T. J.; JARDIM, A.; MAMANI, F. & ROJAS, N. 1998. Diversity, composition and structure of a tropical
semidecidous forest in the Chiquitanía region of Santa Cruz, Bolivia. Journal of Tropical Ecology 14: 803-827.
LEWIS, J. P.; PIRE, E. F.; PRADO, D. E.; STOFELLA, S. L.; FRANCESCHI, E. A.; CARNEVALE, N. L. 1990. Plant
communities and phytogeographical position of a larger depression in the Great Chaco, Argentina. Vegetatio 86: 25-38.
LEWIS, J. P. 1991. Three levels of floristical variation in the Forest of Chaco, Argentina. Journal of Vegetation
Science 2: 125-130.
LEWIS, J. P.; PIRE. E. E. & VESPRINI, J. L. 1994. The mixed dense forest of the Southern Chaco. Contribution to the
study of flora and vegetation of the Chaco. VIII. Candollea 49 (1): 159-168.
LEWIS, G.P.; SCHIRE, B.; MACKINDER, B.; LOCK, M. 2005. Legumes of the World. Kew: The Royal Botanic
Garden. 577pp.
LORENZI, H. 2002. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 2. 2.
Ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 368pp.
MARIMON, B. S. & LIMA, E. de S. 2001. Caracterização fitofisionômica e levantamento florístico preliminar no
Pantanal dos Rios Mortes-Araguaia, Cocalinho, Mato Grosso, Brasil. Acta bot. bras. 15 (2): 213-229.
MARINO, G. D. & PENSIERO, J. F. 2003. Heterogeneidad florística y estructural de los bosques de Schinopsis
balansae (Anacardiaceae) em el sur del Chaco húmedo. Darwiniana 41 (I-4): 17-28.
PENNINGTON, R. T.; PRADO, D. E. & PENDRY, C. A. 2000. Neotropical seasonally dry forest and
Quaternary vegetation changes. Journal of Biogeography 27: 261-273.
PHILLIPS, O. L.; MARTÍNEZ, R., V.; VARGAS, P. N.; MONTEAGUDO, A. L.; ZANS, M. E. C.; SÁNCHES, W. G.;
CRUZ, A. P.; TIMANÁ, M.; YLI-HALLA, M. & ROSE, S. 2003. Efficient plot-based floristic assessment of tropical
forest. Journal of Tropical Ecology 19: 629-645.
PLANO DE CONSERVAÇÃO DA BACIA DO ALTO PARAGUAI – PCBAP / Projeto Pantanal, Programa Nacional
do Meio Ambiente. 1997. Diagnóstico dos meios físico e biótico, Meio Biótico, Volume II, Tomo III. Ministério do
Meio Ambiente, dos Recursos hídricos e da Amazônia Legal. Brasília: PNMA.
POTT, A. & POTT, V. J. 1994. Plantas do Pantanal. Empresa de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisa
Agropecuária do Pantanal – Corumbá, MS: EMBRAPA - SPI, 320pp.
POTT, A., POTT, V. J. 2003. Espécies de fragmentos florestais em Mato Grosso do sul. In: Costa, R. B. da
(org.) editor. Fragmentação florestal e alternativas de desenvolvimento rural na Região Centro-Oeste.
Campo Grande, MS: UCDB, p. 28-52.
PRADO, D. E.; GIBBS, P. E.; POTT, A. & POTT, V. J. 1992. The Chaco - Pantanal transition in southern Mato Grosso,
Brazil. P. 451-470. In: FURLEY, P. A.; PROCTOR, J. & RATTER, J. A. (Ed.). Nature and dynamics of forest –
savanna boundaries. London: Chapman & Hill.
PRADO, D. E. 1993a. What is the Gran Chaco vegetation in South America? A review. Contribution to the study of
flora and vegetation of the Chaco. V. Candollea 48 (1):145-172.
PRADO, D. E. 1993b. What is the Gran Chaco vegetation in South America? A redefinition. Contribution to the study of
flora and vegetation of the Chaco. VII. Candollea 48 (2): 615-629.
PRADO, D. E. & GIBBS, P. E. 1993. Patterns of species distribution in the dry seasonal forest of South America. Ann.
Missouri Bot. Gard. 80: 902-927.
PRANCE, G. T. & SCHALLER, G. B. 1982. Preliminary studr of some vegetation types of the Pantanal, Mato Grosso,
Brazil. Brittonia 34 (2): 228-251.
PRIMACK, R. B. & RODRIGUES, E. 2001. Biologia da Conservação. Londrina, PR: E. Rodrigues. 328pp.
RAMELLA, L. & SPICHIGER, L. 1989. Interpretación preliminar del médio físico y de la vegetación del Chaco Boreal.
Contribución al estúdio de la flora y de la vegetación del Chaco. I. Candollea 44 (2): 639-680.
RATTER, J. A., POTT, A., POTT, V. J., CUNHA, C. N. DA, HARIDASAN, M. 1988. Observations on woody
vegetation types in the Pantanal and at Corumbá, Brazil. Notes RBG Edinb. 45(3): 503-525.
ROIC, L. D.; CARRIZO, E. del V. & PALACIO, M. O. del V. 2000. Composición de la flora de los alrededores de la
ciudad de Santiago del Estero, Argentina. Quebracho 8: 40-46.
SALIS , S. M.; SILDA, M. P. da; MATTOS, P. P. de; SILVA, J. S. V. da; POTT, V. J. & POTT, A. 2004.
Fitossociologia de remanescentes de floresta estacional decidual em Corumbá, Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil.
Rev. bras. bot. 27 (4): 671-684.
SANO, S. M. & ALMEIDA, S. P. de. 1998. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF: EMBRAPA – CPAC, 556pp.
SILVA, J. S. V.; ABDON, M. M.; POTT, A.; POTT, V. J. & RIBEIRO, L. M. 1997. Vegetação da Bacia do Alto
Paraguai - Pantanal Brasileiro - Detectada por Satélite. [CD-Rom]. In: Simpósio Latino Americano de Percepcion
Remota, 8, Mérida, Venezuela. Memórias... Caracas: SELPER/ Unidade Técnica de Sistemas. Instituto de Ingenaria.
Monitoreo de Recursos Naturales (RCN_006.doc).
SILVA, J. S. V.; ABDON, M. M.; SILVA, M. P. & ROMERO, H. R. 1998. LEVANTAMENTO DO
DESMATAMENTO NO PANTANAL BRASILEIRO ATÉ 1990/91. Pesq. agropec. bras. 33 (Número especial): 1739-
1745.
SILVA, M. P.; MAURO, R.; MOURÃO, G.; COUTINHO, M. 2000. Distribuição e Quantificação de Classes de
Vegetação do Pantanal Através de Levantamento Aéreo. Revta brasil. Bot. 23: 143-152.
WEISER, V. de L. & GODOY, S. A. P. de. 2001. Florística de um hectare de Cerrado sensu stricto na Arie - Cerrado
Pé-de-Gigante, Santa Rita do Passa Quatro, SP. Acta. bot. bras. 15 (2): 201-212.
Capítulo 2
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DE UM REMANESCENTE DE CHACO DE PORTO MURTINHO, MS,
BRASIL
RESUMO
O Chaco ocorre em planícies da Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil, ocupando uma área de 800.000 km
2
.
Apresenta um setor leste mais úmido e um oeste mais seco, com diferentes tipos de formações vegetacionais. Os
levantamentos florísticos e estruturais para diferenciar as comunidades que integram o Chaco foram realizados
principalmente na Argentina, e os poucos estudos encontrados para formações brasileiras se restringem apenas a
levantamentos qualitativos da vegetação. O objetivo do trabalho foi caracterizar a estrutura de um remanescente de
floresta chaquenha em Porto Murtinho, MS, Brasil, bem como investigar se existe um padrão para as características
edáficas e verificar a correlação entre variáveis estruturais e do solo. O levantamento fitossociológico foi realizado pelo
método de parcelas, onde foram amostrados em 47 parcelas de 100 m
2
os indivíduos com o perímetro à altura do peito
(PAP) maior ou igual a cinco centímetros, e em 188 subparcelas de 1 m
2
, os indivíduos com o PAP inferior a cinco
centímetros. As espécies coletadas foram identificadas, herborizadas e incorporadas ao Herbário CGMS. Foi realizado
um levantamento de solo em três profundidades para cada parcela amostrada. As variáveis de fertilidade do solo
analisadas foram correlacionadas com as características estruturais da vegetação. Na amostragem das parcelas foram
encontrados 601 indivíduos distribuídos em 26 famílias, 41 gêneros e 45 espécies. Dentre as espécies coletadas, 31
apresentaram a forma de vida arbórea. Foram encontradas 33 famílias, 101 gêneros e 171 espécies para as subparcelas.
Fabaceae foi a mais representativa em ambas as amostragens. A fertilidade do solo foi elevada na maioria das parcelas; o
Al se fez presente em apenas 34% das parcelas. O Ca, em geral, aumentou com a profundidade, porém, para o Mg, não
foi observada nenhuma relação com essa mesma. Os valores de pH e Capacidade de Troca Catiônica foram maiores nas
camadas mais profundas do solo e a Matéria Orgânica diminuiu em profundidade em todas as camadas amostradas. A
correlação entre as características químicas do solo e a estrutura da vegetação foi significativa tanto para as parcelas
(Pillai-trace = 0,455; F = 28,429; d.f. = 2 e 68; P<0,001) como para as subparcelas (Pillai-trace = 0,563; F = 43,867; d.f.
= 2 e 68; P<0,001).
Palavras-chave: Chaco, Mato Grosso do Sul, Porto Murtinho, fitossociologia, solo.
ABSTRACT
The Chaco occurs in plains of Argentina, Paraguay, Bolivia and Brazil, occupying an area of 800,000 km
2
. It
shows a more humid east area and a drier west one, with different types of vegetation formations. Structural and floristic
surveys to differentiate communities that integrate Chaco were accomplished mainly in Argentina, and the few studies
found to Brazilian formations present only qualitative surveys of the vegetation. The objective of this work was to
characterize the structure of a remnant of chaquenian formation in Porto Murtinho, MS, Brazil, as well as investigating if
there is a pattern to soil characteristics and verify the correlation between structural soil variables. The phytossociologic
survey was accomplished by the method of plots, where in 47 plots of 100m
2
the individuals with perimeter at breast
height (PBH) 5cm were sampled, and in 188 sub-plots of 1m
2
, the individuals with PBH inferior to 5cm. The collected
species were identified, herborized and incorporated in CGMS Herbarium. A soil survey was done in three depths to
each sampled plot. The variables of soil fertility analyzed were correlated with structural characteristics of the
vegetation. In the sampling of plots, 601 individuals were found, distributed in 26 families, 41 genera and 45 species.
Among the collected species, 31 showed arborous life form. To the sub-plots 33 families, 101 genera and 171 species
were found. Leguminosae was the most representative family in both samplings. Soil fertility was high in most of plots;
Al was present in only 34% of plots. Ca, in general, increased with depth, although, to Mg, it was observed no relation to
depth. The values of pH and capacity of cationic change were larger in deeper layers of soil and organic matter
decreased in depth in all sampled layers. The correlation between chemical characteristics of soil and the vegetation
structure was as much significant to the plots (Pillai-trace = 0,455; F = 28,429; d.f. = 2 and 68; P<0,001) as to the sub-
plots (Pillai-trace = 0,563; F = 43,867; d.f. = 2 and 68; P<0,001).
Key-words: Chaco, Mato Grosso do Sul, Porto Murtinho, phytossociology, soil.
INTRODUÇÃO
A planície do Chaco ocupa 5% do continente sul-americano é, em geral, formada por formações úmidas,
xeromórficas e savanas (Cabrera & Willink 1980, Hang et al. 1995). Ocorre ao norte da Argentina, oeste do Paraguai,
sudeste da Bolívia e na borda oeste do Brasil, extendendo-se por uma área de 800.000 km
2
(Hueck 1972, Prado 1993a).
O Chaco é dividido em um setor leste mais úmido e um oeste mais seco (Lewis 1991). Em resposta a esse
gradiente climático, e reunido às características edáficas de cada região chaquenha, são reconhecidos diferentes
formações vegetacionais (Lewis 1991, Prado 1993b), denominadas regionalmente de quebrachais (Schinopsis spp.),
algarrobais (Prosopis spp.), “palosantales” (Bulnesia sarmientoi Lorentz ex Griseb.), “vinalares” (Prosopis ruscifolia
Griseb.) e palmares (Copernicia alba Morong ex Morong & Britton).
Levantamentos florísticos e estruturais foram realizados no Chaco por Hilgert et al. (2003), Lewis (1991), Lewis
et al. (1990 e 1994), Marino & Pensiero (2003), Paula et al. (1995), Prado (1993a e 1993b), Prado et al. (1992), Ramella
& Spichiger (1989). Porém, a maioria destes estudos ocorreu na Argentina, e os poucos realizados nas formações
brasileiras (Brasil 1982, Prado 1993b, Prado et al. 1992) se restringem apenas a levantamentos qualitativos da vegetação.
Para o Chaco brasileiro, não existem até o momento trabalhos sistematizados envolvendo os aspectos estruturais,
o que dificulta o reconhecimento da diversidade biológica desta região. Além disso, amostragens quantitativas da flora
são importantes por fornecerem o contexto necessário para a interpretação de pesquisas ecológicas e para o
desenvolvimento de planos de conservação das áreas estudadas (Phillips et al. 2003).
Além da estrutura da vegetação, a estrutura do solo também é um dos principais atributos para a adaptação das
espécies a um determinado ambiente (Martins et al. 2002). A relação entre os nutrientes do solo e a riqueza de espécies
da comunidade de plantas tem despertado o interesse de muitos pesquisadores, visto que a diversidade dos ecossistemas
da região tropical é extremamente grande e os solos, que fazem parte deste complexo de recursos naturais, também
variam significativamente (Prado 1998).
Ainda não foram observados estudos que tratam da relação solo e vegetação para o Chaco brasileiro. Portanto, o
trabalho teve como objetivos caracterizar a estrutura da vegetação de um remanescente de Chaco em Porto Murtinho,
MS, investigar se existe um padrão para as características edáficas e verificar se a variação nos componentes do solo
explica a variação na composição de espécies de plantas.
MATERIAL E MÉTODOS
Local de estudo
A área estudada corresponde a um remanescente de Chaco (ca. 40ha, fig. 1), localizado na Fazenda Anahí em
Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul, entre as coordenadas 21º41'12.1''S e 57º44'05.5''W.
Possui uma vegetação do tipo Savana Estépica Arbórea Aberta, sensu Brasil 1982, caracterizada pela presença
de árvores baixas, arbustos espinhosos e um estrato herbáceo formado principalmente por cactos e bromélias que, junto
aos arbustos, formam aglomerados que dificultam a caminhada pela área.
Figura 1: Remanescente de formação chaquenha, localizado na Fazenda Anahí em Porto Murtinho, MS, Brasil.
Os solos da região são classificados como aluviais vérticos, solonetz vértico, vertissolo e planossolo solódico
eutrófico, resultantes dos derrames aluviais dos rios Paraguai e Miranda, e do aporte de sedimentos transportados pelas
águas pluviais, provenientes da Serra da Bodoquena e da morraria do Urucum (Amaral 1987).
O clima é classificado como quente e seco, sendo considerado estacional e condicionado a longos períodos de
secas e inundações, com as chuvas concentradas em período curto de três a quatro meses (Pennington et al. 2000,
Ramella & Spichiger 1989).
Na área ocorrem inundações temporárias, mais precisamente durante o verão, permanecendo com os solos
encharcados de água até meados de abril. Os dados pluviométricos da Fazenda Anahí, durante o período de amostragem,
encontram-se representados na figura 2.
0
20
40
60
80
100
120
A
g
o
.
2004
02 Ou
t
.
1
0
Out.
1
7
O
ut.
24 Ou
t.
31 Ou
t
.
06 Nov.
11
N
ov.
17
No
v
.
2
7
No
v
.
06 Dez.
17
D
ez.
2
6
De
z
.
03 Jan.
1
0
Ja
n
.
1
9
J
a
n
.
25 J
a
n.
3
0
Jan.
23 Fe
v
.
26
F
e
v
.
02 Abr.
2
9
Ab
r
.
Precipitação (mm)
Figura 2 – Dados pluviométricos da fazenda Anahí durante o período de amostragem, Porto Murtinho, MS, Brasil (Cintra, R. com. pess. 2005).
Coleta de dados
O levantamento fitossociológico foi realizado nos meses de agosto e dezembro de 2004 e janeiro e abril de 2005,
utilizando-se o método de parcelas (Muller-Dombois & Ellenberg 1974). Para tanto, foram alocadas sistematicamente 47
parcelas de 10 x 10 m (0,47 ha), distando-se 50 metros entre si. Consideraram-se os indivíduos vivos e com o perímetro
a altura do peito (PAP) maior ou igual a cinco centímetros. Foi coletado material botânico para posterior identificação,
medido o PAP de cada indivíduo amostrado. As alturas dos mesmos foram estimadas por comparação com a tesoura de
alta poda de tamanho conhecido. Para os indivíduos ramificados abaixo de 1,30m, a área basal de cada ramo foi
calculada separadamente, e depois somadas para a análise fitossociológica. Este procedimento foi adotado por se tratar
de um ambiente onde o componente arbustivo é predominante.
Demarcaram-se através de sorteio quatro sub-parcelas de 1 x 1 m dentro de cada uma das parcelas de 100m
2
,
totalizando 188 sub-parcelas. Foram amostrados todos os indivíduos com o PAP inferior a cinco centímetros bem como
as espécies herbáceas (incluindo epífitas), onde se estimou o número absoluto de indivíduos para cada espécie coletada.
Para a maioria das espécies, foi possível distinguir e contar os indivíduos. Para as espécies clonais (como as gramíneas),
cada moita foi considerada como um indivíduo.
As espécies foram identificadas através de literatura especializada, por comparação com espécimes dos
herbários CGMS e do Instituto de Botânica de São Paulo, por consulta a especialistas deste último, da Embrapa Gado de
Corte, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul (UFMS), campi Campo Grande e Corumbá. As identificações taxonômicas seguiram o sistema
Angiosperm Phylogeny Group II (APG II 2003), exceto Fabaceae, onde são reconhecidas três subfamílias (Lewis et al.
2005). Os exemplares com flores e/ou frutos foram posteriormente herborizados e incorporados ao Herbário CGMS.
No levantamento do solo, foi coletada, com o auxílio de um cavucate (escavadeira), uma amostra simples nas
profundidades de 0–0,20cm, 0,20–0,40cm e 0,40–0,80cm, sempre no interior e próximo ao primeiro ponto da
demarcação da parcela, totalizando 141 amostras. Essas mesmas foram enviadas ao Laboratório de Solos do
Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos da Universidade Estadual de São Paulo-UNESP, localizado na
cidade de Ilha Solteira, SP, para a realização de análises de fertilidade pela pesquisadora colaboradora Profª. Drª. Kátia
Luciene Maltoni.
Análise de dados
Foram consideradas como ervas as plantas não lenhosas com altura até 50cm; subarbustos as plantas eretas com
ramificação próxima do chão e cujos ramos são pouco lignificados; arbustos as plantas com ramificação a partir de 1m
de altura com ramos lenhosos; árvores as plantas com ramificação próxima do ápice, formando fuste lenhoso; e
trepadeiras as plantas com hábito escandente cujo caule pode ou não ser lenhoso (adaptação de Guedes-Bruni et al.
2002). Os indivíduos da família Cactaceae foram classificados utilizando-se as definições acima, porém, sem levar em
consideração a lignificação do caule.
Para descrever a estrutura horizontal do remanescente, foram estimados os seguintes parâmetros
fitossociológicos nas parcelas: densidade absoluta e relativa, freqüência absoluta e relativa, dominância absoluta e
relativa, valor de cobertura (VC) e valor de importância (VI) (Muller-Dombois & Ellenberg 1974). Foram calculados
também a Riqueza de Espécies (S), o Índice de Diversidade de Shannon-Weaver (H’) e o Índice de Equabilidade de
Pielou (J’) (Magurran 1988). Para obtenção dos dados acima citados, os mesmos foram processados no software
FITOPAC 1 (Shepherd 2001).
Os resultados encontrados nas quatro sub-parcelas demarcadas dentro de cada parcela foram somados e,
portanto, reduzido o número de 188 amostras para 47. Foram determinadas as densidades e freqüências absolutas e
relativas de cada espécie coletada, utilizando-se o número de indivíduos e a área amostrada.
As análises químicas do solo foram realizadas segundo Raij et al. 1987, onde a Matéria Orgânica (M.O.) foi
determinada pelo método colorimétrico; os cátions trocáveis (fósforo, cálcio, potássio e magnésio) foram obtidos pela
extração feita com resina trocadora de íons e o alumínio trocável (Al) pela extração com KCl. A Capacidade de Troca
Catiônica (C.T.C.) foi obtida por meio da soma de bases e da acidez potencial. Através da reação do solo, fez-se a
determinação do pH em CaCl
2
(Índice de Acidez). A saturação por bases (V%) também foi determinada.
A Análise de Componentes Principais (PCA), utilizando-se todas as variáveis medidas do solo, foi usada para
identificar o principal padrão na composição química do mesmo. As variáveis do solo foram padronizadas através da
divisão pela raiz quadrada da soma dos quadrados de cada variável, para dar peso igual às variáveis analisadas.
A composição específica da vegetação amostrada nas parcelas e sub-parcelas foi avaliada separadamente através
de uma análise multivariada. Fez-se uma ordenação com os dados de presença e ausência das espécies, utilizando-se a
Análise de Coordenadas Principais (PCoA). Bray-Curtis foi à medida de distância usada na padronização dos dados dos
locais (porcentagem de cada uma das espécies em cada local). Os eixos resultantes da ordenação, no qual descrevem a
composição da comunidade de plantas, foram usados como variáveis dependentes no teste inferencial dos efeitos do solo
(variável independente) nas parcelas e sub-parcelas. Para verificar o efeito dos atributos químicos do solo (variável
independente) sobre a composição da comunidade de plantas das parcelas e subparcelas (variáveis dependentes),
representadas pela ordenação (PCoA) dos 47 tratamentos, foi utilizada a estatística Pillai Trace para um modelo de
análise de covariância multivariada (Mancova).
RESULTADOS
Estrutura
Na amostragem das parcelas foram encontrados 601 indivíduos distribuídos em 26 famílias, 41 gêneros e 45
espécies, sendo duas indeterminadas (tab. 1). A maioria das espécies coletadas (31) apresentou a forma de vida arbórea.
A família mais rica foi Leguminosae (29%), com duas espécies da subfamília Caesalpinioideae, dez
Mimosoideae e uma Papilionoideae; seguida de Euphorbiaceae (6,7%) (fig. 3).
13
22222
19
3
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Leg
umi
no
sa
e
Euphorbiaceae
Anac
a
r
di
ac
e
ae
Annon
a
ceae
A
r
e
ca
ce
ae
Polygo
n
ace
a
e
Rubia
c
eae
Outra
s
1
9
Famílias
Nº. de espécies
Figura 3: Número de espécies por família amostradas nas parcelas do levantamento fitossociológico realizado na fazenda Anahí, Mato Grosso do
Sul, Brasil.
A família com maior número de indivíduos também foi Leguminosae, seguida de Rhamnaceae, Ulmaceae e
Cactaceae (fig. 4).
A área basal encontrada por hectare foi de 25,692 m
2
. A altura dos indivíduos levantados variou entre 1,30 e 13
metros (média = 3,47m; d.p. = 1,597), sendo Copernicia alba a espécie mais alta.
A maioria das espécies (60%) contribuiu menos que 1% com densidade relativa, entre elas Albizia niopoides,
Capparis retusa e Schinopsis balansae.
As cinco espécies mais freqüentes e com os maiores valores de importância foram Zizyphus oblongifolius,
Parkinsonia praecox, Prosopis rubriflora, Mimosa sp. e Copernicia alba (tab. 2), correspondendo a mais de 50% do VI
total e a 69,4% do número total de indivíduos amostrados. Zizyphus oblongifolius foi a única representante de
Rhamnaceae e a espécie com maior VI. A soma da área basal dos indivíduos desta espécie resultou em 3,914 m
2
, ou seja,
32,7% da área basal total levantada. O maior diâmetro encontrado tamm foi para Z. oblongifolius (69,7cm
2
).
119
21
20 19
14
11 10 10
9
77
24
330
0
50
100
150
200
250
300
350
Leguminosa
e
Rhamnaceae
Ul
m
ac
eae
Ca
ct
ace
ae
Ar
e
cace
ae
Boraginaceae
Polygonacea
e
Ola
cac
eae
Ru
bi
ace
ae
Eupho
r
biaceae
Anacardiaceae
Apocynac
e
ae
O
ut
ra
s
1
4
Famílias
Nº. de indiduos
Figura 4: Número de indivíduos por família amostrados nas parcelas do levantamento fitossociológico realizado na fazenda Anahí, Mato Grosso
do Sul, Brasil.
As famílias com maiores VIs foram Leguminosae (correspondendo a 43,23% do total), Rhamnaceae (23,56%),
Arecaceae (5,57%), Cactaceae (4,05%) e Ulmaceae (3,87%). Com a soma das áreas basais de todos os seus indivíduos,
Leguminosae obteve o maior valor: 5,54 m
2
(tab. 3).
O índice de diversidade de Shannon encontrado para o levantamento das parcelas foi de 2.688 e o índice de
equabilidade de Pielou foi igual a 0.706.
Foram amostrados 6.337 indivíduos nas sub-parcelas, pertencentes a 33 famílias, 101 gêneros e 171 espécies,
sendo 4 indeterminadas e 19 identificadas em nível de família (tab. 4).
As famílias mais ricas encontradas nesta amostragem foram Leguminosae (cinco espécies da subfamília
Caesalpinioideae, oito Mimosoideae e 12 Papilionoideae), seguida de Poaceae, Malvaceae, Asteraceae e Cyperaceae
(fig. 5).
Sporobolus monandrus apresentou o maior número de indivíduos nas sub-parcelas, seguida de Portulaca cf.
fluvialis, Hyptis lappacea, Talinum cf. triangulare e Tripogon spicatus (tab. 5). Essas cinco espécies corresponderam a
25% do número total de indivíduos amostrados.
As espécies com maiores freqüências relativas foram Macroptilium lathyroides, Talinum cf. triangulare,
Tripogon spicatus, Euphorbia hyssopifolia e Sporobolus monandrus, ocorrendo em quase 50% das parcelas levantadas.
25
24
16
11
8
77
66
555
444
34
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Le
g
um
inosa
e
P
oa
c
e
ae
M
a
lva
c
e
a
e
Asteraceae
C
y
peracea
e
A
mar
ant
ha
c
ea
e
Rubiaceae
E
uphor
bia
c
ea
e
S
c
ro
phula
ri
ac
e
a
e
Acanthace
a
e
Bi
gnoni
ac
e
a
e
C
a
ctaceae
Apoc
yna
ceae
C
o
m
me
l
inace
a
e
Verbenaceae
O
ut
ra
s
22
Famílias
Nº. de espécies
Figura 5: Número de espécies por família amostradas nas sub-parcelas do levantamento fitossociológico, na fazenda Anahí, Mato Grosso do Sul,
Brasil.
Dentre as 171 espécies encontradas nas sub-parcelas, 67 (ou 40%) ocorreram em somente uma parcela, e dessas
19 apresentaram apenas um indivíduo. Entre elas estão: Aeschynomene mollicula, Baillonia cf. amabilis, Chamaecrista
cf. serpens, Chaptalia integerrima, Corchorus argutus, Melochia cf. arenosa, Schrankia cf. leptocarpa, Tillandsia sp. e
Wedelia brachycarpa.
No levantamento das sub-parcelas, foram amostrados indivíduos jovens de dez espécies que também ocorreram
nas parcelas, tais como: Albizia sp. 1, Albizia sp. 2, Bignoniaceae sp. 1, Celtis pubescens, Cereus sp., Parkinsonia
praecox, Piptadenia sp., Prosopis rubriflora, Sebastiana brasiliensis e Zizyphus oblongifolius.
Fertilidade do solo
O resultado encontrado nas parcelas para a saturação por bases (V) na profundidade de 0–0,20 m variou entre 14
e 84% (média=60,5%); de 23 a 94% (média=70,5%) para a profundidade de 0,20 – 0,40 m; e entre 12 e 94%
(média=77,25%) para a profundidade de 0,40 – 0,80 m (fig. 6). Para a maioria das parcelas, a superfície e a camada
intermediária do solo foram classificadas como eutróficas, e a camada mais profunda como hipertrófica (de acordo com
Prado 1998).
A parcela sete apresentou um diferencial em relação às outras. A sua camada superficial foi classificada como
eutrófica e as outras duas camadas como distróficas, sendo determinada então como distrófica/epieutrófica (Maltoni, K.
L. com. pess. 2006). As parcelas 21 e 28 foram consideradas como epidistróficas, pois apresentaram camadas
superficiais distróficas e os valores da saturação por bases (V) aumentando com profundidade.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
Parcela
V (%)
V 0-20 c m
V 20-40 cm
V 40-80 cm
Figura 6: Valores de V% (saturação por bases) nas três profundidades do solo para as 47 parcelas amostradas no remanescente da fazenda Anahí,
Mato Grosso do Sul, Brasil.
Os valores de K (potássio) e P (fósforo) diminuíram com a profundidade na a maioria das parcelas (fig. 7 e 8).
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
Parcela
K (molc/dm3
)
K 0-20 cm
K 20-40 cm
K 40-80 cm
Figura 7: Valores de K (potássio) nas três profundidades do solo para as 47 parcelas amostradas no remanescente da fazenda Anahí, Mato Grosso
do Sul, Brasil.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
Parcelas
P (mg/dm3
)
P 0-20 cm
P 20-40 cm
P 40-80 cm
Figura 8: Valores de P (fósforo) nas três profundidades do solo para as 47 parcelas amostradas no remanescente da fazenda Anahí, Mato Grosso
do Sul, Brasil.
O alumínio se fez presente em 16 parcelas (34%), e na maioria delas apenas na profundidade de 0-20 cm e
atingindo 15 molc/dm
3
(fig. 9), valor não considerado alto quando comparado com os dados observados para o Cerrado,
conforme Sano & Almeida (1998). A parcela sete apresentou novamente uma grande diferença em relação às outras,
onde o alumínio esteve presente em todas as camadas de solo amostradas e aumentou com a profundidade.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
Parcela
Al (molc/dm3
)
Al 0-20 cm
Al 20-40 cm
Al 40-80 cm
Figura 9: Valores de Al (alumínio) nas três profundidades do solo para as 47 parcelas amostradas no remanescente da fazenda Anahí, Mato
Grosso do Sul, Brasil.
O cálcio (Ca), em geral, também aumentou com a profundidade (fig. 10), variando entre 3 e 68 molc/dm
3
na
profundidade de 0-20 cm (média=23,6 molc/dm
3
), de 3 a 123 molc/dm
3
na profundidade intermediária (média=30,9
molc/dm
3
) e de 7 a 118 molc/dm
3
na profundidade de 40-80 cm (média=38,5 molc/dm
3
). Porém para o magnésio (Mg),
não foi observada nenhuma relação com a profundidade (fig. 11), variando basicamente entre 1 e 24 molc/dm
3
em todas
as camadas de solo amostradas (média em torno de 6,8 molc/dm
3
).
0
20
40
60
80
100
120
140
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
Parcela
Ca (molc/dm3
)
Ca 0-20 cm
Ca 20-40 cm
Ca 40-80 cm
Figura 10: Valores de Ca (cálcio) nas três profundidades do solo para as 47 parcelas amostradas no remanescente da fazenda Anahí, Mato Grosso
do Sul, Brasil.
Os valores de pH do solo aumentaram em profundidade nas parcelas amostradas, com exceção do tratamento sete
que diminuiu com o aumento da profundidade (fig. 12). O pH apresentou valores em média de 5,3 para a camada mais
superficial; 6,3 para a intermediária e 7,1 para a mais profunda.
0
5
10
15
20
25
30
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
Parcela
Mg (molc/dm3)
Mg 0-20 cm
Mg 20-40 cm
Mg 40-80 cm
Figura 11: Valores de Mg (magnésio) nas três profundidades do solo para as 47 parcelas amostradas no remanescente da fazenda Anahí, Mato
Grosso do Sul, Brasil.
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
Parcela
pH do solo (CaCl2
)
PH 0-20 cm
PH 20-40 cm
PH 40-80 cm
Figura 12: Valores de pH nas três profundidades do solo para as 47 parcelas amostradas no remanescente da fazenda Anahí, Mato Grosso do Sul,
Brasil.
A Capacidade de Troca Catiônica (C.T.C.), em 27% dos tratamentos, aumentou em profundidade (fig. 13),
apresentando uma média de 51,7 molc/dm
3
na camada de 0-20 cm, 51,1 molc/dm
3
na intermediária e 56,4 molc/dm
3
na
camada de 40-80 cm.
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
Parcela
C.T.C. (molc/dm3
)
CTC 0-20 cm
CTC 20-40 cm
CTC 40-80 cm
Figura 13: Valores de C.T.C. (Capacidade de Troca Catiônica) nas três profundidades do solo para as 47 parcelas amostradas no remanescente da
fazenda Anahí, Mato Grosso do Sul, Brasil.
A matéria orgânica (M.O.) diminuiu em profundidade em todas as nas camadas amostradas (fig. 14).
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
Parcela
M.O. (g/dm3)
MO 0-20 cm
MO 20-40 cm
MO 40-80 cm
Figura 14: Valores de M.O. (matéria orgânica) nas três profundidades do solo para as 47 parcelas amostradas no remanescente da fazenda Anahí,
Mato Grosso do Sul, Brasil.
Gradiente na composição da comunidade
A PCoA das parcelas obtida para a composição específica de plantas explicou 45,42% da variação em dois eixos
(PcoA 1 autovalor= 4,009?% e PcoA 2 autovalor= 2,499%). Esta mesma análise realizada para as sub-parcelas também
gerou dois gradientes principais, explicando 27,57% da variação (PcoA 1 autovalor= 2,604% e PcoA 2 autovalor=
1,758%).
A análise de Componentes Principais (PCA) das parcelas obtidas pelas variáveis do solo explicou 37,64% da
variação nas características químicas amostradas (autovalor=17,69%).
Os resultados encontrados na correlação entre o eixo gerado na PCA e os eixos da PcoA, foram significativos
tanto para as parcelas (Pillai-trace = 0,455; F = 28,429; d.f. = 2 e 68; P<0,001) (fig. 15), como para as subparcelas
(Pillai-trace = 0,563; F = 43,867; d.f. = 2 e 68; P<0,001) (fig. 16).
-1 0 1 2
PCoA1
-1
0
1
2
P
C
o
A
2
Figura 15: Análise de Coordenadas Principais (PCoA 1 autovalor = 4,009?% e PCoA 2 autovalor = 2,499%) baseado na composição específica
de plantas das
parcelas, utilizando o Índice de Similaridade de Bray-Curtis. O tamanho dos pontos é proporcional à variação da composição
química do solo, determinado pelo 1º eixo da Análise de Componentes Principais (PCA 1 autovalor = 17,69%). Fazenda Anahí, Porto Murtinho,
MS, Brasil.
-1 0 1 2
PCoA1
-1
0
1
2
P
C
o
A
2
Figura 16: Análise de Coordenadas Principais (PCoA 1 autovalor = 2,604% e PCoA 2 autovalor= 1,758%) baseado na composição específica de
plantas das
sub-parcelas, utilizando o Índice de Similaridade de Bray-Curtis. O tamanho dos pontos é proporcional à variação da composição
química do solo, determinado pelo 1º eixo da Análise de Componentes Principais (PCA 1 autovalor = 17,69%). Fazenda Anahí, Porto Murtinho,
MS, Brasil.
DISCUSSÃO
Leguminosae foi a mais importante em número de espécies tanto no levantamento das parcelas como das
subparcelas. Esta família possui distribuição cosmopolita, e consta assim como o elemento principal de vários tipos de
vegetação em diferentes regiões do mundo (Heywood 1978, Heywood 1993, Lewis 1987, Polhill 1981). Este resultado
pode estar também correlacionado com a adaptação de suas espécies à área, tal como Prosopis rubriflora, a terceira
espécie com maior VI, que ocorre preferencialmente em formações secundárias, em áreas inundáveis do rio Paraguai,
onde o solo é salino e bem suprido de água (Lorenzi 2002). Os frutos de P. rubriflora são ingeridos pelo gado, o que
facilita a disseminação de suas sementes nas áreas perturbadas, já que há indícios da presença desses animais próximos
ao local do estudo.
Ziziphus oblongifolius foi a espécie com maior valor de importância. Seu fruto é também muito consumido pelo
gado e outros animais, que são os maiores responsáveis por disseminar as suas sementes (Lorenzi 2002, Pott & Pott
1994). Ocorre preferencialmente em terrenos argilosos calcários, sendo encontrada nas formações chaquenhas, no
Pantanal brasileiro, bem como na Bolívia, Argentina e Paraguai.
Schinopsis balansae, quebracho, foi uma das espécies com menor número de indivíduos neste levantamento. Este
resultado difere do encontrado por Lewis (1991), para uma floresta localizada no Chaco Leste da Argentina, onde essa
espécie além, de freqüente, ocorre colonizando áreas abertas. Este aspecto pode estar associado à exploração do
quebracho em território brasileiro, durante a Segunda Guerra Mundial, ao processo de regeneração (Pott & Pott 2003) ou
simplesmente ao fato de indivíduos desta não terem ocorrido dentro das parcelas amostradas.
Parkinsonia praecox foi freqüente na área estudada e apresentou o segundo maior VI. Este resultado é
semelhante ao encontrado por Roic et al. (2000) para as formações chaquenhas da Argentina, onde P. praecox é uma das
espécies dominantes nos sítios amostrados.
Capparis retusa, no estudo de Salis et al. (1999), ocorreu em uma área de Savana Estépica e esteve entre as
principais espécies coletadas. Entretanto, no estudo essa espécie apresentou um dos menores VIs.
O resultado encontrado na análise de equitabilidade (J’=0.706) indica que as espécies das parcelas não estão
organizadas de forma agrupada no remanescente. Observou-se a existência de uma diversidade considerável nesta área,
fator este relevante quando se considera que a área amostrada trata-se de um remanescente de chaco, e que ainda recebe
influência da perturbação antrópica devido à exploração vegetal e a presença de áreas de pastagem no seu entorno.
A fertilidade do solo foi elevada na maioria das parcelas levantadas, apresentando pequenas diferenças entre as
três profundidades analisadas. As únicas exceções foram encontradas para as parcelas sete, 21 e 28, que foram uma das
poucas que obtiveram alumínio no solo e valores de pH diminuindo com a profundidade.
Eugenia sp. ocorreu apenas nas parcelas sete e 21. Este fato pode estar relacionado à presença de alumínio nessas
parcelas.
O alumínio foi encontrado principalmente nas camadas de 0-20 cm das parcelas em que esteve presente, porém
apresentou-se inversamente relacionado ao pH nesta profundidade. Este resultado pode estar associado positivamente
aos maiores valores de matéria orgânica nas camadas superficiais, pois se observam menores valores de pH em solos
ricos em matéria orgânica. Nas camadas superficiais onde o pH foi maior que 5,6, o alumínio tendeu a valores próximos
de zero, onde este último precipita-se e assim, não ocorre em maiores profundidades (Maltoni, K. L. com. pess. 2006).
Os valores de pH observados no trabalho indicam que esse, no solo, é ácido na maioria das camadas, o que pode
influenciar nos baixos valores de cálcio e magnésio encontrados (Maltoni, K. L. com. pess. 2006). Solos muito ácidos
são pobres em Ca e Mg, e a absorção desses, por parte das plantas, é dificultada pela presença de quantidades altas de
potássio (Mello et al. 1989).
Segundo Raij (1983), os elementos potássio, cálcio e magnésio encontram-se no solo nas formas iônicas K
+ 2+
, Ca
e Mg
2+
, em solução e como cátions trocáveis. Em condições de boa drenagem, os teores de cálcio predominam sobre os
outros nutrientes, e o magnésio apresenta valores mais altos que o potássio (Raij 1983).
No remanescente estudado observou-se a presença do potássio principalmente nas camadas superficiais. Em
florestas neotropicais o potássio foi considerado como um dos elementos químicos do solo mais fortemente
correlacionado com a riqueza de espécies (Gentry 1988).
O cálcio observado para o solo analisado deveria ter comportamento semelhante ao K (Maltoni, K. L. com. pess.
2006), mas esse não foi o resultado observado.
Se o ambiente estudado fosse mantenedor de nutrientes e com drenagem lenta, os valores de Mg e K também
aumentariam com a profundidade, porém não foi isso que ocorreu. Provavelmente o material de origem do solo, aliado a
um ambiente pouco exportador, são os fatores que explicam os maiores valores de Ca nas camadas mais profundas
(Maltoni, K. L. com. pess. 2006).
Os resultados observados para a Capacidade de Troca Catiônica (C.T.C) no solo do remanescente estudado,
evidenciam uma homogeneidade deste parâmetro nas diferentes profundidades amostradas, o que é esperado para a
maioria dos sistemas (Maltoni, K. L. com. pess. 2006). Com raras exceções a C.T.C aumenta em profundidade, enquanto
a matéria orgânica diminui, indicando que a primeira é oriunda do sistema coloidal do solo.
A estrutura da vegetação amostrada nas parcelas foi melhor explicada pelas características edáficas, quando
comparada essa mesma relação com as sub-parcelas. As parcelas apresentaram uma vegetação caracterizada
principalmente pela presença de espécies arbóreas, diferentemente do observado nas sub-parcelas, onde o estrato
herbáceo foi predominante. O tipo de cobertura vegetal implica em distintos comportamentos no que diz respeito aos
atributos do solo (Martins et al. 2002).
Tabela 1: Famílias, hábitos e nomes populares das espécies encontradas na amostragem fitossociológica das parcelas, realizado na fazenda
Anahí, Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul, Brasil.
Família Espécie Hábito Nome popular
Myracrodruon urundeuva Allemão Anacardiaceae Árvore Aroeira
Schinopsis balansae Engl. Árvore Quebracho-colorado
Annona cornifolia A. St.-Hil. Annonaceae Arbusto Ata-de-cobra
Guatteria sp. Arbusto
Aspidosperma triternatum Rojas Acosta Apocynaceae Árvore Quebracho
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. Arecaceae Árvore Bocaiúva
Copernicia alba Morong ex Morong & Britton Árvore Carandá
Bignoniaceae Bignoniaceae sp. 1 Trepadeira
Cordia glabrata A. DC. Boraginaceae Árvore Louro
Capparis retusa Gris. Brassicaceae Arbusto, arvoreta
Cereus sp. Cactaceae Árvore Mandacaru
Cecropia pachystachya Trec. Cecropiaceae Árvore Embaúba
Terminalia triflora (Griseb.) Lillo Combretaceae Árvore
Erythroxylum sp. Erythroxylaceae Arbusto
Acalypha sp. Euphorbiaceae Subarbusto
Adelia spinosa (Chodat & Hassl.) Pax & K.
Hoffm.
Subarbusto Laranjinha-branca
Sebastiania brasiliensis Spreng. Subarbusto
Gleditsia cf. amorphoides (Griseb.) Taub. Leguminosae Árvore
Parkinsonia praecox (Ruiz & Pav. ex Hook.)
Harmse (= Cercidium)
Caesalpinioideae Árvore Brea
Leguminosae
Papilionoideae
Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Árvore Barreiro
Acacia farnesiana (L.) Willd. Leguminosae Árvore Aromita
Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart Mimosoideae Árvore Angico-branco
Albizia sp. 1 Árvore
Albizia sp. 2 Árvore
cf. Albizia sp. Árvore
Mimosa sp. Árvore
Mimosa glutinosa Malme Árvore
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Árvore Canafístula
Piptadenia sp. Árvore
Prosopis rubriflora Hassl. Árvore Barreiro, espinheiro
Casearia sp. Flacourtiaceae Árvore
Indeterminada 1 Indeterminada sp. 1 Árvore
Indeterminada 2 Indeterminada sp. 2 Árvore
Meliaceae Meliaceae sp. 1 Árvore
Brosimum gaudichaudii Trécul Moraceae Arbusto, arvoreta Mamica-de-cadela
Eugenia sp. Myrtaceae Arbusto
Reichenbachia paraguayensis (D. Parodi)
Dugand & Daniel
Nyctaginaceae Árvore
Ximenia sp. Olacaceae Árvore
Coccoloba sp. Polygonaceae Árvore
Triplaris gardneriana Wedd. Árvore Pau-de-novato
Zizyphus oblongifolius Moore Rhamnaceae Árvore Olho-de-boi
Chomelia sp. Rubiaceae Arbusto
Randia cf. armata (Sw.) DC. Rubiaceae Arbusto, arvoreta Espinheiro
Zanthoxylum rigidum Humb. & Bonpl. ex Willd.Rutaceae Árvore
Celtis cf. pubescens Spreng. Ulmaceae Arbusto, arvoreta Taleira, espinheiro
Tabela 2: Parâmetros fitossociológicos calculados para as espécies das parcelas, realizado na fazenda Anahí, Porto Murtinho, Mato Grosso do
Sul, Brasil. NI – Número de Indivíduos, NO – Número de Ocorrência (em quantas parcelas ocorreu), DR – Densidade Relativa, DoR –
Dominância Relativa, FR – Freqüência Relativa, VC – Valor de Cobertura, VI – Valor de Importância. A tabela encontra-se organizada segundo
valores decrescente de VI.
Espécie NI NO DR (%) DoR (%) FR (%) VC (%) VI (%)
Zizyphus oblongifolius 119 29 19.80 32.42 14.80 52.22 67.01
Parkinsonia praecox 90 21 14.98 17.58 10.7 32.56 43.27
Prosopis rubriflora 100 23 16.64 13.86 11.73 30.50 42.23
Mimosa sp. 83 12 13.81 8.60 6.12 22.41 28.54
Copernicia alba 15 11 2.50 3.39 5.61 5.89 11.50
Cereus sp. 20 11 3.33 1.82 5.61 5.15 10.76
Celtis cf. pubescens 21 7 3.49 3.65 3.57 7.14 10.71
Cordia glabrata 14 7 2.33 1.73 3.57 4.06 7.63
Ximenia sp. 10 6 1.66 1.27 3.06 2.93 5.99
Albizia sp. 2 9 7 1.50 0.51 3.57 2.00 5.58
Mimosa glutinosa 7 2 1.16 2.87 1.02 4.04 5.06
Gleditsia cf. amorphoides 10 3 1.66 1.85 1.53 3.52 5.05
Aspidosperma triternatum 7 6 1.16 0.19 3.06 1.36 4.42
Reichenbachia paraguayensis 2 2 0.33 2.46 1.02 2.79 3.81
Randia cf. armata 9 4 1.50 0.11 2.04 1.61 3.65
Acacia farnesiana 11 2 1.83 0.69 1.02 2.52 3.54
Acrocomia aculeata 4 3 0.67 1.23 1.53 1.90 3.43
Triplaris gardneriana 6 1 1.00 1.70 0.51 2.70 3.21
Eugenia sp. 3 2 0.50 1.59 1.02 2.09 3.11
Coccoloba sp. 5 4 0.83 0.20 2.04 1.03 3.07
Machaerium hirtum 6 3 1.00 0.16 1.53 1.15 2.69
Peltophorum dubium 5 2 0.83 0.49 1.02 1.32 2.34
Zanthoxylum rigidum 5 2 0.83 0.13 1.02 0.97 1.99
Schinopsis balansae 5 1 0.83 0.46 0.51 1.30 1.81
Sebastiania brasiliensis 6 1 1.00 0.18 0.51 1.18 1.69
Albizia sp. 1 3 2 0.50 0.05 1.02 0.55 1.57
Meliaceae sp. 1 2 2 0.33 0.07 1.02 0.41 1.43
cf. Albizia sp. 2 2 0.33 0.07 1.02 0.40 1.42
Adelia spinosa 2 2 0.33 0.03 1.02 0.36 1.38
Piptadenia sp. 3 1 0.50 0.02 0.51 0.52 1.03
Brosimum gaudichaudii 2 1 0.33 0.08 0.51 0.41 0.92
Myracrodruon urundeuva 2 1 0.33 0.04 0.51 0.37 0.88
Cecropia pachystachya 1 1 0.17 0.13 0.51 0.30 0.81
Indeterminada sp. 1 1 1 0.17 0.09 0.51 0.26 0.77
Terminalia triflora 1 1 0.17 0.06 0.51 0.22 0.73
Indeterminada sp. 2 1 1 0.17 0.04 0.51 0.21 0.72
Annona cornifolia 1 1 0.17 0.04 0.51 0.20 0.71
Guatteria sp. 1 1 0.17 0.04 0.51 0.20 0.71
Chomelia sp. 1 1 0.17 0.02 0.51 0.19 0.70
Acalypha sp. 1 1 0.17 0.02 0.51 0.19 0.70
Casearia sp. 1 1 0.17 0.02 0.51 0.19 0.70
Erythroxylum sp. 1 1 0.17 0.01 0.51 0.18 0.69
Capparis retusa 1 1 0.17 0.01 0.51 0.18 0.69
Albizia niopoides 1 1 0.17 0.00 0.51 0.17 0.68
Bignoniaceae sp. 1 1 1 0.17 0.00 0.51 0.17 0.68
Tabela 3: Parâmetros calculados para as famílias no levantamento fitossociológico das parcelas realizado na fazenda Anahí, Porto Murtinho,
Mato Grosso do Sul, Brasil. DR – Densidade Relativa, DoR – Dominância Relativa, FR – Freqüência Relativa, VC – Valor de Cobertura, VI –
Valor de Importância. A tabela encontra-se organizada segundo valores decrescente de VI.
Famílias DR (%) DoR (%) FR (%) VC (%) VI (%)
Leguminosae 54,91 46,76 28,03 101,67 129,69
Rhamnaceae 19,8 32,42 18,47 52,22 70,69
Arecaceae 3,16 4,63 8,92 7,79 16,7
Cactaceae 3,33 1,82 7,01 5,15 12,15
Ulmaceae 3,49 3,65 4,46 7,14 11,6
Boraginaceae 2,33 1,73 4,46 4,06 8,52
Polygonaceae 1,83 1,9 3,18 3,73 6,91
Olacaceae 1,66 1,27 3,82 2,93 6,75
Apocynaceae 1,16 0,19 3,82 1,36 5,18
Rubiaceae 1,66 0,14 2,55 1,8 4,35
Nyctaginaceae 0,33 2,46 1,27 2,79 4,06
Euphorbiaceae 1,5 0,23 1,91 1,73 3,64
Myrtaceae 0,5 1,59 1,27 2,09 3,36
Anacardiaceae 1,16 0,5 1,27 1,66 2,94
Rutaceae 0,83 0,13 1,27 0,97 2,94
Annonaceae 0,33 0,07 1,27 0,41 1,68
Meliaceae 0,33 0,07 1,27 0,41 1,68
Moraceae 0,33 0,08 0,64 0,41 1,05
Cecropiaceae 0,17 0,13 0,64 0,3 0,93
Indeterminada 1 0,17 0,09 0,64 0,26 0,9
Combretaceae 0,17 0,06 0,64 0,22 0,86
Indeterminada 2 0,17 0,04 0,64 0,21 0,84
Flacourtiaceae 0,17 0,02 0,64 0,19 0,82
Erythroxylaceae 0,17 0,01 0,64 0,18 0,82
Capparidaceae 0,17 0,01 0,64 0,18 0,81
Bignoniaceae 0,17 0 0,64 0,17 0,8
Tabela 4: Famílias e espécies amostradas no levantamento fitossociológico das sub-parcelas, realizado na fazenda Anahí, Porto Murtinho, Mato
Grosso do Sul, Brasil.
Família Espécie
ACANTHACEAE
Acanthaceae sp. 1
Justicia sp.
Justicia cf. laevilinguis (Nees) Lindau
Ruellia sp. 1
Ruellia sp. 2
Alternanthera sp.
AMARANTHACEAE
cf. Alternanthera sp.
cf. Gomphrena sp.
cf. Pfaffia sp.
Gomphrena celosioides Mart.
Gomphrena cf. elegans Mart.
Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen
Metastelma berterianum (Spr.) Decne
APOCYNACEAE
Prestonia coalita (Vell.) Woods
Rhabdadenia cf. pohliill. Arg.
Telminostelma sp.
Copernicia alba Morong
ARECACEAE
ASTERACEAE
Asteraceae sp. 1
Asteraceae sp. 2
Chaptalia integerrima (Vell.) Burkart
Chaptalia nutans (L.) Pol.
Eclipta prostrata (L.) L.
Gamochaeta purpurea (L.) Cabrera
Isostigma hoffmannii O.Kuntze
Pectis gardneri Baker
Vernonia helophila Mart.
Vernonia reflexa Gardner
Wedelia brachycarpa
BIGNONIACEAE
Bignoniaceae sp. 1
Bignoniaceae sp. 2
cf. Bignoniaceae
Cuspidaria sp.
Tabebuia sp.
Bromelia balansae Mez
BROMELIACEAE
Bromeliaceae sp. 1
Tillandsia
CACTACEAE
Cactaceae sp. 1
Cactaceae sp. 2
Cereus sp.
cf. Rhipsalis sp.
Opuntia bergeriana Weber
cf. Murdannia sp.
COMMELINACEAE
Commelina cf. erecta L.
Commelina sp. 1
Commelina sp. 2
Evolvulus sericeus Sw.
CONVOLVULACEAE
CYPERACEAE
Cyperaceae sp. 1
Cyperaceae sp. 2
Cyperus sp. 1
Cyperus sp. 2
(Cont. da tabela 4)
Família Espécie
Cyperus sp. 3
Cyperus sp. 4
Cyperus sp. 5
Eleocharis sp.
Acalypha sp.
EUPHORBIACEAE
Croton andinus Müll. Arg.
Euphorbia sp.
Euphorbia hyssopifolia L.
Jatropha sp.
Sebastiana brasiliensis Spreng.
Bauhinia cf. bauhinioides (Mart.) J.F. Macbr.
LEGUMINOSAE
Chamaecrista cf. serpens (L.) Greene
CAESALPINIOIDEAE
Senna cf. pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby
Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby
Parkinsonia praecox (Ruiz & Pav. ex Hook.) Harms (= Cercidium)
Albizia sp.
LEGUMINOSAE
cf. Albizia sp.
MIMOSOIDEAE
Desmanthus virgatus (L.) Willd.
Mimosa polycarpa Kunth
Neptunia pubescens Benth.
Piptadenia sp.
Prosopis rubriflora Hassl.
Schrankia cf. leptocarpa DC.
Aeschynomene falcata (Poir.) DC.
LEGUMINOSAE
Aeschynomene histrix Poir.
PAPILIONOIDEAE
Aeschynomene mollicula Kunth
Arachis sp.
Camptosema sp.
Camptosema paraguariense (Chodat & Hassl.) Hassl.
Desmodium cf. incanum DC.
Fabaceae sp. 1
Galactia cf. striata (Jacq.) Urb.
Macroptilium lathyroides (L.) Urb.
Stylosanthes cf. humilis Kunth
Zornia reticulata Sm.
INDETERMINADA 1
Indeterminada 1
INDETERMINADA 2
Indeterminada 2
INDETERMINADA 3
Indeterminada 3
INDETERMINADA 4
Indeterminada 4
Hyptis lappacea Benth.
LABIATAE
Hyptis sp. 1
Labiatae sp. 1
Cuphea sp.
LYTHRACEAE
cf. Stigmaphyllum
MALPIGHIACEAE
Ayenia sp. 1
MALVACEAE
Ayenia sp. 2
Corchorus argutus Kunth
Malvaceae sp. 1
Malvaceae sp. 2
Malvaceae sp. 3
Malvaceae sp. 4
Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke
(Cont. da tabela 4)
Família Espécie
Melochia sp.
Melochia cf. arenosa Benth.
Melochia pyramidataL.
Pavonia cf. apiculata R.E. Fr.
Pavonia sidifolia H.B.K.
Sida angustissima St.Hilaire
Sida cf. santaremensis Monteiro
Wissadula paraguariensis Chodat.
Marsilea deflexa A. Braun
MARSILEACEAE
Ludwigia lagunae (Morong) H. Hara
ONAGRACEAE
Ludwigia sp. 1
Ludwigia sp. 2
Oxalis sp.
OXALIDACEAE
Oxalis cf. cytisoides C. Mart. & Zucc.
Microtea scabrida Urban.
PHYTOLACACEAE
Seguiera aculeata Jacq.
Acroceras zizanioides (Kunth) Dandy
POACEAE
Dactyloctenium aegyptium (L.) Willd.
Digitaria sanguinalis (L.) Scop.
Echnochloa cf. colonum L.
Eragrostis cf. rojassi Hack.
Eragrostis ciliaris (L.) R. Br.
Leptochloa uninervia (J. Presl) Hitchc. & Chase
Leptochloa virgata (L.) P. Beauv.
Panicum campestre Nees ex Trin.
Panicum dichotomiflorum Michx.
Panicum laxum Sw.
Panicum polygonatum Kunth
Paspalum pontanalis Swallen
Poaceae sp. 1
Poaceae sp. 2
Poaceae sp. 3
Rhynchelytrum sp.
Setaria setosa (Sw.) P. Beauv.
cf. Setaria sp.
Sporobolus sp.
Sporobolus monandrus Roseng., B.R. Arrill. & Izag.
Sporobolus pyramidatus (Lam.) Hitchc.
Tripogon spicatus (Nees) Ekman
Urochloa adspersa (Trin.) R.D. Webster
Heteranthera limosa (Sw.) Willd.
PONTEDERIACEAE
Portulaca cf. cryptopetala Speg.
PORTULACACEAE
Portulaca cf. fluvialis Lerg.
Talinum cf. triangulare (Jacq.) Willd.
Zizyphus oblongifolius Moore
RHAMNACEAE
Chomelia sp.
RUBIACEAE
Diodia sp
.
Diodia teres Walter
Mitracarpus sp.
Randia cf. armata (Sw.) DC.
Rubiaceae sp. 1
Rubiaceae sp. 2
(Cont.. da tabela 4)
Família Espécie
Bacopa reflexa (Benth.) Edwall
SAPINDACEAE
Paullinia cf. pinnata L.
Serjania sp.
Monopera perennis (Hassl.) Barringer
SCROPHULARIACEAE
Scoparia montevidensis (Spreng.) R.E. Fr.
Scoparia sp. 1
Scoparia sp. 2
Scoparia sp. 3
Scoparia sp. 4
Smilax cf. campestris Griseb.
SMILACACEAE
Solanum viarum Dunal
SOLANACEAE
Celtis pubescens Spreng.
ULMACEAE
Baillonia cf. amabilis Bocq.
VERBENACEAE
Lantana sp.
Stachytarpheta sp.
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl
Cissus sicyoides L.
VITACEAE
Tabela 5: Parâmetros calculados para as espécies no levantamento fitossociológico das sub-parcelas realizado na fazenda Anahí, Porto Murtinho,
Mato Grosso do Sul, Brasil. NI – Número de Indivíduos, NO – Número de Ocorrência (em quantas sub-parcelas ocorreu), DA – Densidade
Absoluta, DR – Densidade Relativa, FA – Freqüência Absoluta, FR – Freqüência Relativa.
Espécie NI NO DA
DR
(%)
FA
FR
(%)
Macroptilium lathyroides (L.) Urb. 51 23 108,511 0,805 0,489 3,679
Talinum cf. triangulare (Jacq.) Willd. 299 22 636,170 4,718 0,468 3,519
Tripogon spicatus (Nees) Ekman 292 22 621,277 4,608 0,468 3,519
Sporobolus monandrus Roseng., B.R. Arrill. & Izag. 348 19 740,426 5,492 0,404 3,040
Euphorbia hyssopifolia L. 56 19 119,149 0,884 0,404 3,040
Portulaca cf. fluvialis Lerg. 337 18 717,021 5,318 0,383 2,880
Portulaca cf. cryptopetala Speg. 230 17 489,362 3,629 0,362 2,720
Hyptis lappacea Benth. 327 15 695,745 5,160 0,319 2,400
Rubiaceae sp. 1 118 15 251,064 1,862 0,319 2,400
Cyperus sp. 5 227 13 482,979 3,582 0,277 2,080
Cyperus sp. 3 197 13 419,149 3,109 0,277 2,080
Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke 15 12 31,915 0,237 0,255 1,920
cf. Murdannia 121 11 257,447 1,909 0,234 1,760
Commelina cf. erecta L. 89 10 189,362 1,404 0,213 1,600
Sida angustissima St.Hilaire 61 10 129,787 0,963 0,213 1,600
Parkinsonia praecox (Ruiz & Pav. ex Hook.) Harms (= Cercidium) 35 10 74,468 0,552 0,213 1,600
Sporobolus pyramidatus (Lam.) Hitchc. 84 9 178,723 1,326 0,191 1,440
Opuntia bergeriana Weber 14 9 29,787 0,221 0,191 1,440
Commelina sp. 2 153 8 325,532 2,414 0,170 1,280
Scoparia sp. 1 64 8 136,170 1,010 0,170 1,280
Panicum campestre Nees ex Trin. 42 8 89,362 0,663 0,170 1,280
Leptochloa virgata (L.) P. Beauv. 56 7 119,149 0,884 0,149 1,120
Setaria setosa (Sw.) P. Beauv. 56 7 119,149 0,884 0,149 1,120
Eclipta prostrata (L.) L. 47 7 100,000 0,742 0,149 1,120
Malvaceae sp. 4 43 7 91,489 0,679 0,149 1,120
Telminostelma sp.
17 7 36,170 0,268 0,149 1,120
Diodia sp. 89 6 189,362 1,404 0,128 0,960
Eragrostis cf. rojassi Hack. 64 6 136,170 1,010 0,128 0,960
Galactia cf. striata (Jacq.) Urb. 24 6 51,064 0,379 0,128 0,960
Pavonia cf. apiculata R.E. Fr. 24 6 51,064 0,379 0,128 0,960
Justicia cf. laevilinguis (Nees) Lindau 30 5 63,830 0,473 0,106 0,800
Cereus sp. 25 5 53,191 0,395 0,106 0,800
Bromeliaceae sp. 1 12 5 25,532 0,189 0,106 0,800
Malvaceae sp. 1 223 4 474,468 3,519 0,085 0,640
Cyperaceae sp. 2 195 4 414,894 3,077 0,085 0,640
Dactyloctenium aegyptium (L.) Willd. 107 4 227,660 1,688 0,085 0,640
Digitaria sanguinalis (L.) Scop. 90 4 191,489 1,420 0,085 0,640
Rhabdadenia cf. pohliill. Arg. 48 4 102,128 0,757 0,085 0,640
Ludwigia sp. 1 46 4 97,872 0,726 0,085 0,640
Panicum laxum Sw. 38 4 80,851 0,600 0,085 0,640
Ayenia sp. 2 31 4 65,957 0,489 0,085 0,640
Senna cf. pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby 25 4 53,191 0,395 0,085 0,640
cf. Alternanthera sp. 16 4 34,043 0,252 0,085 0,640
Ruellia sp. 2 15 4 31,915 0,237 0,085 0,640
cf. Pfaffia sp. 11 4 23,404 0,174 0,085 0,640
Camptosema sp. 9 4 19,149 0,142 0,085 0,640
Poaceae sp. 1 7 4 14,894 0,110 0,085 0,640
(cont. da tabela 5)
Espécie NI NO DA
DR
(%)
FA
FR
(%)
Zornia reticulata Sm. 7 4 14,894 0,110 0,085 0,640
Urochloa adspersa (Trin.) R.D. Webster 220 3 468,085 3,472 0,064 0,480
Alternanthera sp. 114 3 242,553 1,799 0,064 0,480
Marsilea deflexa A. Braun 56 3 119,149 0,884 0,064 0,480
Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen 46 3 97,872 0,726 0,064 0,480
Microtea scabrida Urban. 30 3 63,830 0,473 0,064 0,480
Eleocharis sp. 28 3 59,574 0,442 0,064 0,480
Gomphrena celosioides Mart. 21 3 44,681 0,331 0,064 0,480
Camptosema paraguariense (Chodat & Hassl.) Hassl. 19 3 40,426 0,300 0,064 0,480
Vernonia helophila Mart. 15 3 31,915 0,237 0,064 0,480
Cuphea sp. 13 3 27,660 0,205 0,064 0,480
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl 11 3 23,404 0,174 0,064 0,480
Evolvulus sericeus Sw. 10 3 21,277 0,158 0,064 0,480
Ruellia sp. 1 10 3 21,277 0,158 0,064 0,480
Fabaceae sp. 1 7 3 14,894 0,110 0,064 0,480
Malvaceae sp. 2 7 3 14,894 0,110 0,064 0,480
Pavonia sidifolia H.B.K. 6 3 12,766 0,095 0,064 0,480
Desmanthus virgatus (L.) Willd. 5 3 10,638 0,079 0,064 0,480
Desmodium cf. incanum DC. 4 3 8,511 0,063 0,064 0,480
Zizyphus oblongifolius Moore 4 3 8,511 0,063 0,064 0,480
Scoparia sp. 3 95 2 202,128 1,499 0,043 0,320
Echnochloa cf. colonum L. 77 2 163,830 1,215 0,043 0,320
Rhynchelytrum sp. 52 2 110,638 0,821 0,043 0,320
Malvaceae sp. 3 50 2 106,383 0,789 0,043 0,320
Isostigma hoffmannii O.Kuntze 36 2 76,596 0,568 0,043 0,320
Panicum polygonatum Kunth 36 2 76,596 0,568 0,043 0,320
Arachis sp. 33 2 70,213 0,521 0,043 0,320
Cyperaceae sp. 1 33 2 70,213 0,521 0,043 0,320
Sporobolus sp. 31 2 65,957 0,489 0,043 0,320
Bromelia balansae Mez 28 2 59,574 0,442 0,043 0,320
Pectis gardneri Baker
27 2 57,447 0,426 0,043 0,320
Scoparia montevidensis (Spreng.) R.E. Fr. 24 2 51,064 0,379 0,043 0,320
Melochia sp. 18 2 38,298 0,284 0,043 0,320
Celtis pubescens Spreng. 12 2 25,532 0,189 0,043 0,320
Aeschynomene falcata (Poir.) DC. 11 2 23,404 0,174 0,043 0,320
Ayenia sp. 1 11 2 23,404 0,174 0,043 0,320
Rubiaceae sp. 2 11 2 23,404 0,174 0,043 0,320
Gamochaeta purpurea (L.) Cabrera 10 2 21,277 0,158 0,043 0,320
Croton andinus Müll. Arg. 8 2 17,021 0,126 0,043 0,320
Bignoniaceae sp. 1 7 2 14,894 0,110 0,043 0,320
Bauhinia cf. bauhinioides (Mart.) J.F. Macbr. 6 2 12,766 0,095 0,043 0,320
Neptunia pubescens Benth. 6 2 12,766 0,095 0,043 0,320
Stylosanthes cf. humilis Kunth 6 2 12,766 0,095 0,043 0,320
Cactaceae sp. 2 4 2 8,511 0,063 0,043 0,320
Eragrostis ciliaris (L.) R. Br. 4 2 8,511 0,063 0,043 0,320
Jatropha sp. 4 2 8,511 0,063 0,043 0,320
Poaceae sp. 3 4 2 8,511 0,063 0,043 0,320
Copernicia alba Morong 3 2 6,383 0,047 0,043 0,320
Solanum viarum Dunal 3 2 6,383 0,047 0,043 0,320
Wissadula paraguariensis Chodat. 3 2 6,383 0,047 0,043 0,320
Bignoniaceae sp. 2 2 2 4,255 0,032 0,043 0,320
Cuspidaria sp. 2 2 4,255 0,032 0,043 0,320
(cont. da tabela 5)
Espécie NI NO DA
DR
(%)
FA
FR
(%)
Mimosa polycarpa Kunth 2 2 4,255 0,032 0,043 0,320
Mitracarpus sp. 2 2 4,255 0,032 0,043 0,320
Oxalis cf. cytisoides C. Mart. & Zucc. 2 2 4,255 0,032 0,043 0,320
Randia cf. armata (Sw.) DC. 2 2 4,255 0,032 0,043 0,320
Vernonia reflexa Gardner 2 2 4,255 0,032 0,043 0,320
Scoparia sp. 2 135 1 287,234 2,130 0,021 0,160
Panicum dichotomiflorum Michx. 60 1 127,660 0,947 0,021 0,160
Poaceae sp. 2 55 1 117,021 0,868 0,021 0,160
Gomphrena cf. elegans Mart. 20 1 42,553 0,316 0,021 0,160
Diodia teres Walter 18 1 38,298 0,284 0,021 0,160
Paullinia cf. pinatta L. 17 1 36,170 0,268 0,021 0,160
Piptadenia sp. 1 16 1 34,043 0,252 0,021 0,160
Stachytarpheta sp. 15 1 31,915 0,237 0,021 0,160
Tabebuia sp. 12 1 25,532 0,189 0,021 0,160
Metastelma berterianum (Spr.) Decne 11 1 23,404 0,174 0,021 0,160
Acroceras zizanioides (Kunth) Dandy 10 1 21,277 0,158 0,021 0,160
Bacopa reflexa (Benth.) Edwall 10 1 21,277 0,158 0,021 0,160
Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby 10 1 21,277 0,158 0,021 0,160
Heteranthera limosa (Sw.) Willd. 8 1 17,021 0,126 0,021 0,160
Acalypha sp. 7 1 14,894 0,110 0,021 0,160
Cyperus sp. 2 7 1 14,894 0,110 0,021 0,160
Albizia sp. 5 1 10,638 0,079 0,021 0,160
cf. Gomphrena sp. 5 1 10,638 0,079 0,021 0,160
cf. Setaria sp. 5 1 10,638 0,079 0,021 0,160
cf. Stigmaphyllon 5 1 10,638 0,079 0,021 0,160
Cyperus sp. 4
5 1 10,638 0,079 0,021 0,160
Seguiera aculeata Jacq. 5 1 10,638 0,079 0,021 0,160
Aeschynomene histrix Poir. 4 1 8,511 0,063 0,021 0,160
Cyperus sp. 1 4 1 8,511 0,063 0,021 0,160
Indeterminada 2 4 1 8,511 0,063 0,021 0,160
Scoparia sp. 4 4 1 8,511 0,063 0,021 0,160
Sebastiana brasiliensis Spreng. 4 1 8,511 0,063 0,021 0,160
Asteraceae sp. 2 3 1 6,383 0,047 0,021 0,160
Chaptalia nutans (L.) Pol. 3 1 6,383 0,047 0,021 0,160
Indeterminada 1 3 1 6,383 0,047 0,021 0,160
Ludwigia lagunae (Morong) H. Hara 3 1 6,383 0,047 0,021 0,160
Melochia pyramidataL. 3 1 6,383 0,047 0,021 0,160
Serjania sp. 3 1 6,383 0,047 0,021 0,160
Sida cf. santaremensis Monteiro 3 1 6,383 0,047 0,021 0,160
Acanthaceae sp. 1 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
cf. Bignoniaceae sp. 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
cf. Rhipsalis 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Chomelia sp. 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Cissus sicyoides L. 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Indeterminada 4 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Justicia sp. 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Labiatae sp. 1 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Lantana sp. 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Leptochloa uninervia (J. Presl) Hitchc. & Chase 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Ludwigia sp. 2 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Monopera perennis (Hassl.) Barringer 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Oxalis sp. 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
(cont. da tabela 5)
Espécie NI NO DA
DR
(%)
FA
FR
(%)
Smilax cf. campestris Griseb. 2 1 4,255 0,032 0,021 0,160
Aeschynomene mollicula Kunth 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Asteraceae sp. 1 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Baillonia cf. amabilis Bocq. 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Cactaceae sp. 1 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
cf. Albizia sp. 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Chamaecrista cf. serpens (L.) Greene 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Chaptalia integerrima (Vell.) Burkart 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Commelina sp. 1 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Corchorus argutus Kunth 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Euphorbia sp. 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Hyptis sp. 1 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Indeterminada 3 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Melochia cf. arenosa Benth. 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Paspalum pontanalis Swallen 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Prestonia coalita (Vell.) Woods 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Prosopis rubriflora Hassl. 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Schrankia cf. leptocarpa DC. 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Tillandsia sp. 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
Wedelia brachycarpa 1 1 2,128 0,016 0,021 0,160
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, J. A. M. 1987. Solos do Pantanal. In: ALLEM, A. C. & VALLS, J. F. M. 1987. Recursos forrageiros
nativos do Pantanal Mato-Grossense. Brasília: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de
Recursos Genéticos, p. 19-22.
APG II. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering
plants: APG II. Botanical Journal of the Linnaean Socity 141: 399-436.
BRASIL. 1982. Projeto RADAMBRASIL. Folha SF-21 Campo Grande - Levantamento de Recursos Naturais, 28.
Rio de Janeiro: MME. 412pp.
CABRERA, A. L. & WILLINK, A. 1980. Biogeografía de America Latina. 2nd Ed. Serie de Biología. Washington
D.C.: Secretaria General de la Oraganización de los Estados Americanos. 120 pp.
GENTRY, A. H. 1988. Changes in plant community diversity and floristic composition on environmental and
geographical gradients. Ann. Missouri Bot. Gard. 75 (1):1-34
GUEDES-BRUNI, R. R.; MORIM, M. P.; LIMA, H. C.; SYLVESTRE, L. DA S. 2002. Inventário florístico. In:
SILVESTRE, L. DA S. & ROSA, M. M. T DA, organs. Manual Metodológico para estudos botânicos na Mata
Atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Seropédica. P. 24-49.
HANG S.; MAZZARINO, M. J.; NUÑEZ, G. & OLIVA, L. 1995. Influencia del desmonte selectivo sobre la
disponibilidad de nitrógeno el años húmedos y secos em sistemas silvopastoriles em el Chaco árido argentino.
Agroforestería em las Américas 2 (6): 9-14.
HEYWOOD, V. H. 1978. Flowering Plants of the World. Oxford: Oxford University Press.
HEYWOOD, V. H. 1993. Flowering Plants of the World. London: Batsford Ltda.
HUECK, K. 1972. As florestas da América do Sul, ecologia, composição e importância econômica. Transl. H.
Reichardt. São Paulo: Univ. de Brasília & Ed. Polígono. 466pp.
HILGERT, N. I.; PERSIERO, J. F.; MARINO, G.; LEWIS, J. P. & D’ANGELO, C. 2003. Vegetation of the Saladillo
area (Province of Santa Fe) in the south of the Chaco, Argentina. Interciencia 28 (9): 1-27.
LEWIS, G. P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew.
LEWIS, J. P.; PIRE, E. F.; PRADO, D. E.; STOFELLA, S. L.; FRANCESCHI, E. A.; CARNEVALE, N. L. 1990. Plant
communities and phytogeographical position of a larger depression in the Great Chaco, Argentina. Vegetatio 86: 25-38.
LEWIS, J. P. 1991. Three levels of floristical variation in the Forest of Chaco, Argentina. Journal of Vegetation
Science 2: 125-130.
LEWIS, J. P.; PIRE. E. E. & VESPRINI, J. L. 1994. The mixed dense forest of the Southern Chaco. Contribution to the
study of flora and vegetation of the Chaco. VIII. Candollea 49 (1): 159-168.
LEWIS, G.P.; SCHIRE, B.; MACKINDER, B.; LOCK, M. 2005. Legumes of the World. Kew: The Royal Botanic
Garden. 577pp.
LORENZI, H. 2002. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 2. 2.
Ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 368pp.
MAGURRAN, A.E. 1988. Ecological Diversity and its Measurement. New Jersey: Princeton University, 179pp.
MARINO, G. D. & PENSIERO, J. F. 2003. Heterogeneidad florística y estructural de los bosques de Schinopsis
balansae (Anacardiaceae) em el sur del Chaco húmedo. Darwiniana 41 (I-4): 17-28.
MARTINS, S. G.; SILVA, M. L. N.; CURI, N. & FERREIRA, M. M. 2002. Avaliação de atributos físicos de um
latossolo vermelho distroférrico sob diferentes povoamentos florestais. Cerne 8 (1): 32-41.
MELLO, F. DE A. F. DE; SOBRINHO, M. DE O. C. DO B; ARZOLLA, S.; SILVEIRA, R. I.; NETTO, A. C. &
KIEHL, J. DE C. 1989. Fertilidade do Solo. 3 Ed. São Paulo: Nobel. 400pp.
MULLER-DOMBOIS, D. & ELEMBERG, H. 1974. Aims and methods of vegetation ecology. New York: Willey and
Sons. 547pp.
PAULA, J. E. DE; CONCEIÇÃO, C. DE A. & MACEDO, M. 1995. Contribuição para o conhecimento do Pantanal
Passo do Lontra. Pesq. Agropec. Bras. Brasília 30 (5): 538-594.
PHILLIPS, O. L.; MARTÍNEZ, R., V.; VARGAS, P. N.; MONTEAGUDO, A. L.; ZANS, M. E. C.; SÁNCHES, W. G.;
CRUZ, A. P.; TIMANÁ, M.; YLI-HALLA, M. & ROSE, S. 2003. Efficient plot-based floristic assessment of tropical
forest. Journal of Tropical Ecology 19: 629-645.
POLHILL, R. M. Papilionoidae. 1981. In R. M. Polhill & P. H. Raven (eds.), Advances in legume systematics
part I. Kew: Royal Botanic Gardens, p. 191-208.
POTT, A. & POTT, V. J. 1994. Plantas do Pantanal. Empresa de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisa
Agropecuária do Pantanal – Corumbá, MS: EMBRAPA - SPI, 320pp.
POTT, A., POTT, V. J. 2003. Espécies de fragmentos florestais em Mato Grosso do sul. In: COSTA, R. B.
DA (org.) editor. Fragmentação florestal e alternativas de desenvolvimento rural na Região Centro-
Oeste. Campo Grande, MS: UCDB, p. 28-52.
PRADO, D. E.; GIBBS, P. E.; POTT, A. & POTT, V. J. 1992. The Chaco - Pantanal transition in southern Mato Grosso,
Brazil. Pp. 451-470. In: FURLEY, P. A.; PROCTOR, J. & RATTER, J. A. (Ed.). Nature and dynamics of forest –
savanna boundaries. London: Chapman & Hill.
PRADO, D. E. 1993a. What is the Gran Chaco vegetation in South America? A review. Contribution to the study of
flora and vegetation of the Chaco. V. Candollea 48 (1):145-172.
PRADO, D. E. 1993b. What is the Gran Chaco vegetation in South America? A redefinition. Contribution to the study of
flora and vegetation of the Chaco. VII. Candollea 48 (2): 615-629.
PRADO, H. do. 1998. Solos tropicais: potencialidades, limitações, manejo e capacidade de uso. 2 Ed. Jaboticabal:
FUNEP. 231pp.
RAIJ, B. V. 1983. Avaliação da fertilidade do solo. Piracicaba: Instituto da Potassa & Fosfato/Instituto Nacional de
potassa. 142pp.
RAIJ, B.V.; QUAGGIO, J.A.; CANTARELLA, H.; FERREIRA, M.E.; LOPES, A.S. & BATAGLIA, O.C. 1987.
Análise química do solo para fins de fertilidade. Campinas: Fundação Cargill, 170pp.
RAMELLA, L. & SPICHIGER, L. 1989. Interpretación preliminar del médio físico y de la vegetación del Chaco Boreal.
Contribución al estúdio de la flora y de la vegetación del Chaco. I. Candollea 44 (2): 639-680.
ROIC, L. D.; CARRIZO, E. DEL V. & PALACIO, M. O. DEL V. 2000. Composición de la flora de los alrededores de
la ciudad de Santiago del Estero, Argentina. Quebracho 8: 40-46.
SALIS, S. M. DE; POTT, V. J. & POTT, A. 1999. Fitossociologia de formações arbóreas da Bacia do Alto Paraguai,
Brasil. Simpósio sobre recursos naturais e sócio-econômicos do Pantanal, 1996. Corumbá, MS. Manejo e
Conservação. Anais. Corumbá, Embrapa Pantanal. 535pp.
SANO, S. M. & ALMEIDA, S. P. de. 1998. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF: EMBRAPA – CPAC, 556p.
SHEPHERD, G.J. 2001. FITOPAC 1. Manual de Usuários. Campinas: UNICAMP, 93pp.
SILVA, J. S. V.; ABDOM, M. M.; POTT, A.; POTT, V. J. & RIBEIRO, L. M. 1997. Vegetação da Bacia do Alto
Paraguai - Pantanal Brasileiro - Detectada por Satélite. [CD-Rom]. In: Simpósio Latino Americano de Percepcion
Remota, 8, Mérida, Venezuela. Memórias... Caracas: SELPER/ Unidade Técnica de Sistemas. Instituto de Ingenaria.
Monitoreo de Recursos Naturales (RCN_006.doc).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho, verificou-se que as florestas chaquenhas do Brasil são formações que apresentam uma grande
diversidade, considerando-se sobretudo as 313 espécies amostradas. Este valor, até então, somente é semelhante ao
encontrado para o Chaco da Argentina, onde o número de estudos realizados é surpreendentemente maior quando
comparado aos demais países com vegetação chaquenha.
Determinadas espécies observadas são consideradas de ampla distribuição ou freqüentes na região do Pantanal
sul matogrossense. Porém, outras espécies são encontradas somente nas formações chaquenhas, sendo consideradas por
alguns autores como restritas ou até mesmo endêmicas, como Schinopsis balansae. A realização de outros levantamentos
sistematizados no Chaco brasileiro possibilitará o conhecimento mais detalhado de sua flora, bem como, subsidiará a
realização de muitas pesquisas fundamentais na área de ecologia de populações e de comunidades.
Constatou-se também, uma correlação positiva entre os fatores edáficos e a vegetação analisada. Presume-se que
o solo seja um dos principais responsáveis pelas características estruturais observadas nas comunidades de Porto
Murtinho, porém, estudos correlacionando os demais fatores ambientais existentes com a vegetação forneceriam dados
mais precisos sobre o padrão de distribuição das espécies e complementariam as informações registradas para este bioma
até agora.
Assim, considerando-se as particularidades fisionômicas da região chaquenha e a pressão antrópica imposta, é
imprescindível que se desencadeie um firme propósito de conservação, não somente visando a manutenção das
características naturais da área, mas também para que sejam garantidos estudos mais intensivos para sua caracterização
fisionômica e fisiográfica e posterior definição e planejamento de sistemas de unidade de conservação que possam
abranger a máxima diversidade florística e estrutural da região do Chaco brasileiro.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo