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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE AGRONOMIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
ALIMENTAÇÃO LÍQUIDA ARTIFICIAL PARA LEITÕES DOS 2 AOS 21 DIAS
DE IDADE
Estudo de fontes de proteínas vegetais e do nível de arginina na dieta
André Ricardo Ebert
Zootecnista (UFSM)
Mestre em Zootecnia (UFRGS)
Tese apresentada como um dos requisitos
à obtenção do grau de Doutor em Zootecnia
Porto Alegre (RS), Brasil
Maio de 2005
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ii
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal do Rio Grande do Sul e à Capes pela
oportunidade.
Aos meu pais, Ari Kriese Ebert e Arlanda Markendorf Ebert, meus
irmãos, Solange e Luis, meu cunhado Neri e toda minha família, pelo
exemplo e suporte em todas as horas.
Ao professor Alexandre de Mello Kessler, pela orientação,
amizade e incentivo.
Ao professor Jack Odle, por me receber na North Carolina State
University, pela orientação e amizade e por tornar a experiência no
exterior agradável e produtiva.
Aos professores Andréa Machado Leal Ribeiro, Sérgio Luis Vieira
Antônio Mário Penz Jr., Robert Harrell e Dr. Lin Xi, pelos ensinamentos e
pelo incentivo.
Aos colegas e amigos da UFRGS e NCSU, Simone, Marson,
Adam, Luciano, Marian, Lilian, Ralph, Cátia, Lori, Emílio, Pasha, Luis
Felipe, Adilson, Oulayvanh, Ione, Germano, Sandro, Rogério, Lauro,
Daniel e tantos outros, pela ajuda, coleguismo e amizade, que ficará
para sempre.
Ao meu sobrinho Tiago, pela valiosa ajuda no experimento.
À Milk Specialities Co., Cooperativa Languirú LTDA, Nutron
Alimentos LTDA e AVIPAL SA, pela colaboração com os experimentos.
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iii
ALIMENTAÇÃO LÍQUIDA ARTIFICIAL PARA LEITÕES DOS 2 AOS 21 DIAS
DE IDADE: Estudo de Fontes de Proteínas e do Nível de Arginina na Dieta
Autor: André Ricardo Ebert
Orientador: Dr. Alexandre de Mello Kessler
Co-Orientador: Dr. Jack Odle
RESUMO
Leitões neonatos têm sido criados artificialmente com dietas líquidas
apresentando desempenho semelhante ou superior ao obtido em criações
naturais. Entretanto, o alto custo de dietas à base de derivados lácteos pode
inviabilizar a utilização comercial desta tecnologia. Dois experimentos foram
realizados para avaliar a substituição de proteínas do leite por proteínas
vegetais em dietas líquidas para leitões. No primeiro experimento, foram
testadas quatro dietas: SORO) à base de proteína de soro de leite; PVM1 e
PVM2), soro substituído em 31 e 62 % por proteína vegetal modificada e PIS)
soro substituído em 62 % por proteína isolada de soja. Foram utilizados 66
leitões, com dois dias de idade. Aos 19 dias de idade, os leitões pesaram entre
6,8 e 8,5 kg, sendo que aqueles dos tratamentos PIS e PVM2 apresentaram
maior ganho diário de peso (GDP) (391 g/dia) que os leitões do tratamento
SORO (291 g/dia). O consumo diário de matéria seca (CDR) e a eficiência
alimentar (EA) também foram maiores para PIS e PVM2 do que para SORO.
No geral, SORO apresentou maior digestibilidade ileal aparente de
aminoácidos, entretanto PVM2 e PIS consumiram mais aminoácidos essenciais
digestíveis, especialmente arginina (Arg) e apresentaram carcaças com menos
gordura e maior deposição diária de proteína. No segundo experimento foram
utilizados 65 leitões de três dias de idade. Destes, 35 leitões permaneceram
com a porca e 30 leitões foram criados artificialmente, recebendo uma das
cinco dietas experimentais que variaram na fonte de proteína e no nível de Arg:
T1) 70 % PIS, 30% soro e 1,80 % Arg; T2) 40 % PIS, 60 % soro e 1,34 Arg; T3)
53% Soro, 47 % Caseína e 0,84% Arg; T4) idem T3 com 1,34 % Arg; T5) idem
T3, com 1,84 % Arg. Aos 21 dias de idade, os leitões que consumiram dietas
artificiais pesaram 8,8 kg, 2,6 kg a mais do que os leitões permaneceram
mamando na porca. Entre os grupos que consumiram dietas artificiais, o T2
apresentou menor GDP e CDR (329 e 282 g/dia) que os demais (402 e 325
g/dia). As digestibilidades da matéria seca, proteína, gordura e energia foram
menores nas dietas com inclusão de proteínas vegetais, e esta diferença foi
maior quando calculada pelo método do indicador do que no método de coleta
total de fezes. Não foi observada diferença na retenção diária de nitrogênio. Na
criação artificial de leitões, o GDP foi muito superior ao observado na criação
natural. Tanto a PIS quanto PVM demonstraram ser boas alternativas às
proteínas lácteas em dietas para leitões neonatos. Em função do alto consumo
de dieta, não foi possível testar o efeito dos níveis de arginina.
______________________________________________________________________
Tese de Doutorado em Zootecnia Produção Animal, Faculdade de
Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil. Maio, 2005.
iv
ARTIFICIAL LIQUID FEEDING FOR PIGLETS FROM 2 TO 21 DAYS OF
AGE: Study of Vegetable Protein Sources and Arginine Levels in the Diet
Author: André Ricardo Ebert
Advisor: Dr. Alexandre de Mello Kessler
Co-Adviser: Dr. Jack Odle
Abstract
Neonatal piglets have been raised artificially using liquid diets with similar or
better performance than naturally raised piglets. However, the expensive cost of
diets based on milk by-products can make this technology cost prohibitive. Two
experiments were executed to evaluate the replacement of milk proteins for
vegetable proteins in liquid diets for piglets. In the first experiment, four diets
were tested: WHEY) based on whey protein; MVP1 e MVP2), whey replaced in
31 and 62 % by a modified vegetable protein and ISP) whey replaced in 62 %
by isolated soy protein. 48 2-day-old piglets were placed in cages individually
and fed ad libitum. At 19 days of age, piglets weighted between 6.8 e 8.5 kg
and the treatment ISP and MVP2 presented higher average daily gain (ADG,
391 g/day) than treatment WHEY (291 g/day). Daily dry matter intake (DFI) and
feed efficiency (FE) were also higher for ISP and MVP2 than for WHEY diet. In
general, WHEY diet showed higher ieal apparent digestibility of amino acids but
MVP2 and ISP had higher intake of digestible essential amino acids, especially
arginine (Arg) and presented less fat carcasses and higher daily protein
deposition. In the second experiment, 30 3-day-old piglets were placed
individually and received five diets witch changed in protein source and Arg
levels: T1) 70 % ISP, 30% whey and 1,80 % Arg; T2) 40 % ISP, 60 % whey and
1,34 Arg; T3) 53% whey, 47 % casein and 0,84% Arg; T4) idem T3 but 1,34 %
Arg; T5) idem T3, but 1,84 % Arg. At 21 days of age, piglets fed artificial diets
weighted 8.8 kg, 2.6 kg more than sow fed piglets. Among artificially fed groups,
T2 presented lower DWG and DFI (329 and 282 g/day) than other groups (402
e 325 g/day). FE was not affected by treatments. Dry matter, protein, fat and
energy digestibilities were lower in vegetable protein based diets and this
difference was higher using calculation from marker method than total feces
collection method. There was no detected difference in daily nitrogen retention.
The DWG achieved with artificial rearing system is much superior than DWG
achieved with natural rearing system. Both ISP and MVP showed to be good
alternatives to replace milk proteins in artificial liquid diets for neonatal piglets.
Becouse of the high feed intake our experiment failed in testing the effect of
arginine level in the diet.
_______________________________________________________________
Doctorate Theses in Animal Science Animal Production, Faculdade de
Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brazil. May, 2005
v
SUMÁRIO
1. Capítulo I ............................................................................................... página
1.1. Introdução e Revisão Bibliográfica.............................................................. 1
1.1.2. Mortalidade e desuniformidade pré-desmame....................................... 2
1.1.3. Lactação – mecanismos de controle e contradições ............................. 5
1.1.4. Dietas líquidas artificiais....................................................................... 15
1.1.5. Composição do leite da porca.............................................................. 20
1.1.6. Fontes de proteínas das dietas líquidas artificiais................................ 24
1.1.7. Arginina – um aminoácido essencial para leitões jovens..................... 33
1.2. Hipóteses .................................................................................................. 43
2. Capítulo II - Avaliação de fontes de proteína vegetais em dietas líquidas
artificiais fornecidas para leitões dos 2 aos 19 dias de idade
2.1. Introdução ................................................................................................. 44
2.2. Material e Métodos.................................................................................... 45
2.2.1. Local e Época ...................................................................................... 45
2.2.2. Animais e dietas .................................................................................. 46
2.2.3. Abate e coleta de amostras ................................................................. 49
2.2.4. Nitrogênio da uréia no plasma ............................................................. 50
2.2.5. Atividade da enzima Leucina Aminopeptidase..................................... 51
2.2.6. Morfologia intestinal ............................................................................. 51
2.2.7. Análise de composição corporal, aminoácidos e Cobalto.................... 52
2.2.8. Delineamento experimental e análise estatística................................. 53
2.3. Resultados ................................................................................................ 54
2.3.1. Desempenho........................................................................................ 54
2.3.2. Digestibilidade Ileal aparente da matéria seca e aminoácidos e
consumo de aminoácidos digestíveis ........................................................... 56
2.3.3. Consumo diário ajustado para peso corporal....................................... 59
2.3.4. Composição corporal e composição do ganho de peso ...................... 61
2.3.5. pH Gástrico, nitrogênio da uréia no plasma, retenção de nitrogênio e
atividade da leucina aminopeptidase............................................................ 62
vi
2.3.6. Morfologia intestinal ............................................................................. 63
2.4. Discussão ................................................................................................. 65
2.5. Implicações ............................................................................................... 74
3. Capítulo III - Avaliação da substituição parcial das proteínas lácteas
por proteína isolada de soja e do vel de arginina em dietas líquidas
para leitões dos 3 aos 21 dias de idade
3.1. Introdução ................................................................................................. 76
3.2. Material e métodos ................................................................................. 78
3.2.1. Local e época....................................................................................... 78
3.2.2. Animais e dietas................................................................................... 78
3.2.3. Coleta de amostras.............................................................................. 83
2.2.4. Análises laboratoriais........................................................................... 83
2.2.5. Cálculos de digestibilidade................................................................... 83
2.2.6. Cálculo de variabilidade no peso corporal ........................................... 84
2.2.6. Análise estatística ................................................................................ 84
3.3. Resultados ................................................................................................ 85
3.3.1. Desempenho – sistemas de alimentação ............................................ 85
3.3.1. Desempenho – dietas artificiais ......................................................... 87
3.3.3. Digestibilidade...................................................................................... 89
3.4. Discussão ................................................................................................. 91
3.5. Conclusões ............................................................................................... 97
4. Capítulo IV
4.1. Considerações Gerais............................................................................... 99
5. Capítulo V
Conclusões .................................................................................................... 106
6. Capítulo VI
6.1. Referências Bibliográficas....................................................................... 107
vii
RELAÇÃO DE TABELAS
página
Capítulo II
Tabela 1. Ingredientes das dietas experimentais..................................................48
Tabela 2. Composição das dietas experimentais..................................................49
Tabela 3. Desempenho de leitões alimentados com diferentes fontes de
proteína na dieta ..................................................................................55
Tabela 4. Digestibilidade ileal aparente da matéria seca e aminoácidos em
leitões alimentados com diferentes fontes de proteína na dieta...........57
Tabela 5. Consumo médio diário de aminoácidos digestíveis de leitões
alimentados com diferentes fontes de proteína na dieta......................58
Tabela 6. Consumo diário de matéria seca (MS), Energia Metabolizável (EM) e
proteína bruta (PB) ajustados para peso corporal................................59
Tabela 7. Consumo diário aminoácidos digestíveis dos 2 aos 19 dias de idade
ajustado para peso corporal.................................................................60
Tabela 8. Composição corporal (%) e taxa de deposição corporal (g/dia) de
proteína, gordura, água e cinzas em leitões alimentados com
diferentes fontes de proteína na dieta..................................................62
Tabela 9. pH do conteúdo gástrico, nitrogênio da uréia no plasma (NUP) e
atividade da enzima Leucina aminopeptidase (LAP) em leitões
alimentados com diferentes fontes de proteínas na dieta ....................63
Tabela 10. Altura e área de vilosidades, profundidade de criptas e relação entre
altura de vilosidades e profundidade de criptas de três porções do
intestino delgado de leitões alimentados com diferentes fontes de
proteína na dieta ................................................................................64
Capítulo III
Tabela 1. Ingredientes das dietas experimentais..................................................81
Tabela 2. Composição das dietas experimentais..................................................82
Tabela 3. Peso corporal e ganho diário de peso de leitões criados em sistemas
de alimentação artificial ou natural dos 2 aos 21 dias de idade ...........86
viii
Tabela 4. Peso corporal (PC, g), ganho diário de peso (GDP, g), consumo
diário de matéria seca (CDMS, g) e eficiência alimentar (EA,
GDP/CDMS) de leitões recebendo dietas líquidas artificiais com
diferentes fontes de proteína e níveis de arginina dos 3 aos 21 dias
de idade ...............................................................................................88
Tabela 5. Coeficientes de digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta
(PB), gordura (GB), energia bruta (EB), metabolizabilidade da
energia bruta (CMEB) das dietas e retenção de nitrogênio (RN),
calculados pelo método de coleta total ................................................89
Tabela 6. Coeficientes de digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta
(PB), gordura (GB), energia bruta (EB), metabolizabilidade da
energia bruta (CMEB) das dietas e retenção de nitrogênio (RN),
calculados pelo método do indicador Co-EDTA...................................91
ix
RELAÇÃO DE FIGURAS
página
Capítulo I
Figura 1. Destinos metabólicos da Arginina em células de mamíferos .................34
Figura 2. Vias da síntese intestinal de arginina e citrulina a partir da glutamina e
da prolina em suínos............................................................................36
x
RELAÇÃO DE ABREVIATURAS E DE SÍMBOLOS
EDTA ...............................................................Ácido etileno diamino tetra acético
PVM ...........................................................................Proteína vegetal modificada
PIS ...................................................................................Proteína isolada de soja
Arg ............................................................................................................ Arginina
LAP ................................................................................. Leucina aminopeptidase
Ig....................................................................................................Imunoglobulina
PSA.............................................................................Proteína de soja antigênica
PSNA ...................................................................Proteína de soja não antigênica
MHC.................................................. Complexo de histocompatibilidade principal
1. Capítulo I
1.1. Introdução e Revisão Bibliográfica
Os primeiros estudos a respeito da alimentação artificial de leitões
neonatos datam da década de 1940, com os trabalhos de Gyorgy et al., 1941;
Cunha et al., 1946 e Johnson, 1949, citados por Veun e Odle, 2001. Durante as
décadas de 1960 e 1970, as pesquisas continuaram com os trabalhos dos
grupos de Lecce e Jones, na Carolina do Norte, EUA e de Braude e Newport,
em Reading, Inglaterra (Odle e Harrell, 1998). Aparentemente, o principal
interesse destes pesquisadores foi o de desenvolver um sistema de criação
artificial de leitões que evitasse as altas taxas de mortalidade no período pré-
desmame observadas na época. Ainda hoje as perdas no período de lactação
são elevadas. De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos, a taxa de mortalidade na fase pré-desmame é de 12,2 %,
sendo que o esmagamento e inanição são responsáveis por mais de 70 % dos
casos (USDA, 2002). Além da mortalidade, a morbidez e o retardo no
crescimento são também importantes problemas na fase de lactação e
acometem especialmente leitões com baixo peso ao nascer (Milligan et al.,
2002).
Em anos recentes, m se observado um aumento no número de
publicações a respeito da nutrição neonatal de leitões. Em parte, este aumento
2
está relacionado ao uso do leitão como modelo para estudos de nutrição infantil
em humanos (Reeds e Odle, 1996). Por outro lado, a pressão para o aumento
no número de leitões desmamados por porca por ano e as técnicas de
desmame que visam criar animais livres de patógenos específicos têm
antecipado a idade do leitão à desmama. Isto criou a necessidade de uma
melhor compreensão do manejo e da alimentação destes animais na fase
neonatal. Apesar da maioria dos suínos produzidos comercialmente serem
desmamados entre 2 e 3 semanas de idade, leitões podem ser separados da
porca do 1
o
ao 3
o
dia de idade e criados com sucesso usando alimentação
líquida artificial, inclusive com melhor desempenho do que aquele observado
com aleitamento natural. Criar leitões neonatos nestas condições é
considerado “criação artificial de leitões”.
1.2. Mortalidade e desuniformidade pré-desmame
Apesar da produção brasileira de suínos não contar com uma
estatística oficial de índices produtivos, os dados disponíveis referentes ao ano
de 2003 dão conta de taxas de mortalidade na maternidade entre 7,21 a 8,87
% (Agroceres-PIC PigChamp). Embora estas taxas sejam inferiores àquelas
observadas na produção norte-americana (USDA, 2002), estas perdas não
podem ser ignoradas. Além do impacto econômico negativo provocado pelos
elevados índices de mortalidade na lactação, a crescente sensibilidade à
questão do bem estar animal remete a uma preocupação adicional com esta
questão (Fraser, 1990).
3
O nascimento é o início da vida de mamíferos fora do corpo da mãe
e, em espécies multíparas como suínos, existe uma vigorosa competição entre
os irmãos pelos recursos disponíveis. Esta competição se dá de duas maneiras
distintas (Fraser 1990). Nos primeiros dias após o nascimento, os leitões
competem agressivamente pelo acesso aos tetos, sendo que a maioria dos
leitões estabelece a “propriedade” sobre um teto específico, enquanto outros
sobreviverão mamando oportunisticamente. Portanto, uma alta variabilidade do
peso ao nascimento é considerada uma importante causa de mortalidade
devido à exclusão competitiva dos leitões mais leves aos tetos funcionais. Em
um segundo momento, os leitões também competem entre si indiretamente,
estimulando ou secando “seus tetos” mais efetivamente e então recebendo
uma maior fração de hormônios e nutrientes. Como conseqüência, diferenças
no peso ao nascimento são geralmente mantidas ou aumentadas durante a
lactação (Milligan et al., 2002).
De acordo com Tuchscherer et al. (2000), é possível uma
identificação precoce dos leitões neonatos em risco. Dos 1.024 leitões de 106
matrizes primíparas estudados, 14,3% o sobreviveram aos 10 primeiros dias
de vida, sendo as mortes causadas principalmente por desnutrição, frio,
doenças e esmagamento. Os leitões sobreviventes foram mais pesados ao
nascer e nasceram primeiro na ordem de parto da leitegada. os leitões que
morreram, nasceram de partos mais longos, levaram mais tempo entre o parto
e o primeiro contato com o úbere (e a primeira mamada) e apresentaram maior
queda na temperatura retal uma hora após o nascimento. Além disso, os
leitões que morreram apresentaram, imediatamente após o parto, veis
4
sangüíneos mais altos de uréia, fósforo inorgânico e cálcio, enquanto os
animais sobreviventes tiveram ao nascimento uma concentração maior de
alfa2-macroglobulina e maior proliferação de linfócitos.
Outra variável importante a ser considerada é a variabilidade de
peso ao nascimento dentro da leitegada, que tem correlação negativa com
sobrevivência ao desmame (English et al., 1977; Fahmy et al., 1978; Pettigrew
et al., 1986). Porém, esta relação pode ser confundida pela tendência de
leitegadas com maior variabilidade no peso ao nascimento serem maiores e
terem mais leitões com baixo peso ao nascer (Van der Lende e De Jager,
1991). Entretanto, Milligan et al. (2002), em estudo envolvendo 400 leitegadas,
demonstraram que o aumento na variabilidade do peso neonatal aumentou a
mortalidade pré desmama e a variabilidade de peso ao desmame,
independentemente de fatores como peso neonatal, tamanho de leitegada e
número de partos da porca.
Em resumo, leitões em risco são aqueles que nascem com baixo
peso corporal, em leitegadas numerosas e com grande variabilidade de peso.
Estes leitões geralmente ocupam posições mais tardias na ordem de
nascimento da leitegada e na ordem de parição da porca, perdem calor mais
rapidamente após o parto, demoram mais tempo até a primeira mamada e
apresentam alterações de parâmetros bioquímicos do sangue (uréia, glicose,
cálcio e fósforo) e de respostas imunológicas (Tuchscherer et al., 2000; Milligan
et al. 2002).
O benefício em reconhecer precocemente os leitões em risco está
em definir alternativas de manejo para este grupo de forma a reduzir a
5
mortalidade, uniformizar e aumentar o peso ao desmame. O reconhecimento
de que tamanho de leitegada é um dos fatores de risco é preocupante, uma
vez que o número de leitões desmamados por porca por ano é uma das
principais variáveis utilizadas para medir a produtividade das granjas, o que
leva a uma contínua pressão de seleção por leitegadas maiores. Leitegadas
maiores também têm maior variabilidade de peso ao nascimento, o que além
de correlação positiva com mortalidade, tem impacto direto negativo na
produção, dificultando o manejo nutricional do lote após a desmama. Uma
alternativa de manejo reconhecida é a transferência cruzada de leitões entre
leitegadas nascidas no mesmo período, de maneira a equalizar o número de
leitões e reduzir a variabilidade no peso.
Parece claro que os leitões em risco, seja de mortalidade ou de
crescimento reduzido, morbidez e refugagem, são, ao final, aqueles menos
aptos a competir pelos recursos disponíveis (leite da porca, principalmente).
Uma alternativa aparentemente sensata seria aumentar a disponibilidade
destes recursos. Entretanto, dentro do sistema de produção, persistem
contradições fisiológicas e ambientais que impedem que se alcance o potencial
produtivo máximo da espécie na fase de lactação.
1.3. Lactação – mecanismos de controle e contradições
A adequada nutrição da progene é um requisito fundamental para o
sucesso da estratégia evolutiva das espécies. Enquanto que em várias
espécies de vertebrados os adultos podem não encontrar no ambiente imediata
disponibilidade de alimento para sua prole, os mamíferos podem se reproduzir
6
com sucesso a partir apenas da nutrição adequada da mãe, que alimenta seus
filhos com leite. Além disso, mamíferos têm a habilidade de mobilizar suas
reservas corporais para suprir os precursores para a síntese de leite. Portanto,
uma interrupção na alimentação da mãe o interrompe imediatamente o
fornecimento de alimento para seu filho (Hartmann et al., 1997).
Contraditoriamente, a produção de leite parece ser um fator limitante
ao crescimento de lactentes em rias espécies. Uma evidência disso é o fato
de filhotes de ninhadas maiores crescerem mais lentamente do que aqueles de
ninhadas menores. Outro exemplo é que neonatos amamentados por outra
fêmea lactante, com maior capacidade de produção de leite, crescem mais
rapidamente do que quando alimentados por sua própria mãe. Em várias
espécies, inclusive humanos, a taxa de crescimento pode aumentar com
suplementação ao leite materno (Jenness, 1986).
Para espécies que criam ninhadas, é sem dúvida uma vantagem, em
termos de seleção natural, trazer para a população de reprodução um maior
número de descendentes, ainda que com uma taxa de crescimento limitada
pela quantidade de leite disponível. No caso de espécies que criam um filho
por vez, provavelmente a ausência de alimento rapidamente disponível para a
mãe seja o verdadeiro fator limitante. Mesmo vacas de raças leiteiras, cuja
seleção resultou em mais tecido mamário e maior persistência na lactação, não
terão a produção de leite esperada sem a disponibilidade de alimento
adequado e um trato digestório capaz de utilizá-lo eficientemente (Jenness,
1986).
7
A produção de leite de porcas de linhagens modernas têm
aumentado substancialmente nas últimas décadas (Revell e Willians, 1993,
citados por Revell et al., 1998) e atualmente pode atingir entre 10 (McNamara e
Pettigrew, 2002) a 13 kg/dia (Auldist et al., 2000). Tendo por base estudos com
vacas de raças leiteiras, seria de se esperar que a dieta de porcas em lactação
fosse o fator mais importante na determinação da quantidade de leite
produzido. Entretanto, segundo os trabalhos apresentados a seguir, com
exceção para quadros de subnutrição, aparentemente não existe uma relação
consistente em fêmeas suínas entre nutrição na gestação (mamogênese) e a
lactação com a produção de leite.
Porcas que receberam menor quantidade de energia (mas não de
outros nutrientes) durante a lactação produziram menos leite (Noblet e Etiene,
1986). Entretanto, o conteúdo de gordura, energia e nitrogênio no leite de
porcas que receberam baixa energia na dieta foram maiores do que no leite de
porcas que receberam alta energia na dieta, o que resultou em semelhantes
taxas de crescimento das leitegadas nos dois tratamentos.
Uma severa restrição no consumo de alimento durante a lactação
causou uma marcante redução no crescimento dos leitões durante 4 semanas
de lactação, particularmente em porcas com menos reservas corporais (Mullan
e Willians, 1989). Entretanto, ao proporcionar alto consumo de alimento
durante a lactação, as diferenças em reservas corporais no momento do parto
não afetaram o crescimento dos leitões. Isto sugere que a redução no consumo
de alimento durante a gestação não compromete a mamogênese a ponto de
afetar a produção subsequente de leite.
8
Marrãs em gestação foram alimentadas com dietas com alta ou
baixa proteína para que estas, no momento do parto, tivessem o mesmo peso
corporal porém com maior reserva de gordura ou maior reserva de tecido
magro (Revell et al., 1998). Durante a lactação, foram oferecidas dietas com
alta (51 g PB/Mcal ED) ou baixa (21g PB/Mcal ED) proteína bruta. Porcas que
tiveram mais reservas de tecido magro e receberam dietas de alta proteína não
produziram leite com mais proteínas. No outro extremo, porcas que receberam
dieta com baixa proteína foram capazes de mobilizar suas reservas corporais
de proteína para manter a composição do leite, mesmo aquelas com menor
reserva de proteína no início da lactação.
Em outro experimento, porcas foram submetidas à diferentes ganhos
de peso durante gestação e moderada ou alta perda muscular durante a
lactação (Clowis et al., 2003). A nutrição na gestação não afetou o ganho de
peso dos leitões na lactação e tampouco o peso da glândula mamária da porca
ao desmame. Entretanto os leitões das porcas que perderam mais tecido
protéico durante a lactação tiveram um crescimento 9 % menor, e a glândula
mamária destas porcas foi 9 % mais leve ao desmame. Portanto, uma intensa
mobilização das reservas de proteínas corporais da porca pode resultar em
queda no desempenho da leitegada durante a lactação.
Porcas que consumiram maior quantidade de proteína nas dietas de
gestação e lactação apresentaram maior produção de leite e proporcionaram
melhor desempenho aos leitões (Kusina et al., 1999). Segundo MacNamara e
Petigrew (2002), a redução do consumo de gordura e proteína na lactação
limitam a produção de leite e alteram a composição corporal de porcas
9
lactando leitegadas grandes. Entretanto, o aumento do consumo de energia
pode parcialmente aliviar os efeitos de redução no consumo protéico sobre a
produção de leite e a mobilização de aminoácidos dos músculos para manter a
produção de leite se torna limitante somente sob condições de severo déficit de
aminoácidos.
De qualquer forma, independentemente de diferenças na
contribuição relativa das reservas corporais ou do consumo de alimento no
fornecimento de substrato para a produção de leite, a quantidade e a
composição do leite produzido parece ser bem protegida em porcas (Revell et
al., 1998). Então, devem existir mecanismos (além da nutrição) mais eficientes
atuando sobre o controle da lactação em suínos. Desde que leitões
alimentados ad libitum têm capacidade de crescimento muito superior à de
leitões lactentes (Odle e Harrell, 1998), é também improvável que a saciedade
do leitão seja o fator determinante da produção de leite da porca.
A produção de leite da porca está positivamente relacionada ao
tamanho da leitegada e esta relação se explica pelo aumento no número de
glândulas mamárias funcionais. De fato, o tamanho da leitegada têm maior
influência sobre a produção de leite na porca do que qualquer outro fator
estudado (Auldist e King, 1995; Hartmann et al., 1997; Revell et al., 1998). Isto
parece estar associado à estratégia da espécie em priorizar o conjunto dos
filhotes ao invés de cada filhote individualmente. Para deixar isto claro,
algumas particularidades da lactação em suínos merecem ser observadas.
O início da secreção de leite no parto ocorre sob controle endócrino,
aparentemente acionado pela redução da progesterona circulante. Entretanto,
10
outro nível de controle deve existir, pois o conteúdo de gordura e as
concentrações de lactose e metabólitos associados com a síntese de lactose,
aumentam em glândulas onde os leitões mamaram comparadas àquelas que
não foram mamadas. Então é provável que, enquanto a retirada da
progesterona libera o bloqueio hormonal sistêmico para a lactogênese, tanto a
remoção do colostro pelo leitão ou o efeito local da mamada, ativam o aumento
na síntese de leite (lactose e gordura) em cada glândula mamária isoladamente
(Hartmann et al., 1997).
Leitões tendem a desenvolver uma preferência pelo teto do qual eles
obtiveram colostro pela primeira vez. Além disso, leitões nascem sem
gamaglobulinas e praticamente sem reserva de gordura. Então, a estratégia de
preferência pelo teto e o mecanismo de remoção do leite acionando a
lactogênese garantem que o último leitão nascido obtenha colostro com uma
concentração de imunoglobulinas semelhante àquela disponível para o primeiro
leitão nascido. Por outro lado, o rápido aumento nas concentrações de lactose
e gordura, ativado pela remoção do leite, garantem que, após o nascimento,
cada leitão receba um fundamental suprimento de energia, conforme ele se
estabelece em seu teto preferido (Hartmann et al., 1997).
Portanto, aparentemente, a produção de leite pela porca é regulado
em parte dentro de glândulas individuais ao invés de responder a um
mecanismo de controle metabólico sistêmico (Hartmann et al.,1997). De fato,
aumentando a pressão de mamada, as glândulas mamárias têm a sua
capacidade de produção de leite aumentada. Para demonstrar isso, Auldist et
al. (2000) avaliaram três grupos de porcas. No primeiro e segundo grupos, as
11
porcas amamentaram ininterruptamente leitegadas de 12 e 6 leitões,
respectivamente. No terceiro grupo, foi permitido o acesso alternado (por
períodos de 30 minutos) de dois grupos de 6 leitões. Em cada porca, o número
de glândulas mamárias acessíveis foi igual ao de leitões lactando. Com isso, o
intervalo entre as mamadas foi reduzido em cerca de 10 minutos no terceiro
grupo de porcas, resultando em maior pressão sobre as glândulas funcionais. A
produção total de leite foi maior nas porcas que amamentaram 12 leitões
continuamente (13,8 kg/dia), que também apresentaram o maior ganho peso
da leitegada (2,46 kg/dia), e isso claramente se deve ao maior número de
leitões e de glândulas funcionais. Entre as porcas que amamentaram
leitegadas de seis leitões, aquelas que amamentaram duas leitegadas
alternadamente tiveram maior produção de leite (8,92 contra 7,81 kg/dia P<0.1)
e maior ganho de peso da leitegada (1,95 contra 1,51 kg/dia). o ganho de
peso individual foi maior no grupo de 6 leitões (252 g/dia) comparado com o
grupo de 12 leitões (205 g/dia), enquanto que os grupos de seis leitões que
mamaram alternadamente apresentaram o pior ganho de peso individual (163
g/dia), pois tiveram o dobro da carga de leitões por glândula mamária.
Entretanto, se considerarmos o ganho de peso proporcionado por cada
glândula mamária individualmente o resultado foi melhor nos grupos de 6
leitões que mamaram alternadamente, com 326 g/dia. Embora não tenha sido
observada diferença no consumo de ração pelas porcas entre os tratamentos,
as porcas que amamentaram 12 leitões, continuamente, tiveram maior perda
de peso e gordura corporal.
12
A possibilidade da regulação local dentro de cada glândula, junto
com a preferência do leitão por uma glândula específica sugerem que o
comportamento de mamada e, em especial, o reflexo para a liberação de leite,
podem limitar a transferência de leite da porca para o leitão. Normalmente, os
leitões mamam uma vez a cada 40 ou 60 minutos e o leite só está disponível
por um período muito curto em cada mamada, entre 10 a 20 segundos. A
liberação do leite em porcas, como em outros mamíferos, é acionada pela
liberação de ocitocina no sangue. Entretanto, apesar da curta meia-vida da
ocitocina no sangue, o fluxo de leite ra na porca enquanto concentrações
significativas deste hormônio ainda permanecem na circulação (Hartmann, et
al., 1997). Então, se um leitão é removido antes da mamada, o leite não será
liberado da glândula que não foi mamada depois que o fluxo de leite das outras
glândulas for interrompido. Portanto, comparado com outros mamíferos, o
mecanismo de liberação do leite na porca deve ser mais complexo, consistindo
de dois mecanismos independentes de “ligado” e “desligado”. O mecanismo
“ligado” é o clássico reflexo do gatilho de ocitocina causando contrações das
células mioepiteliais. Já o mecanismo de “desligado” pára o fluxo de leite em
poucos segundos após a ocitocina acionar a contração das células
mioepiteliais, independente do leite ter sido removido da glândula ou não.
Assim, o termo “ejeção do leite” deve ser usado para descrever o reflexo neuro-
hormonal, o qual estimula a neurohipófise a liberar ocitocina que causa a
contração das células mioepiteliais que circulam o alvéolo e a expulsão do leite.
o termo liberação do leite” deveria ser usado especificamente para
13
descrever o espaço de tempo que o leite está disponível para o leitão após a
ejeção do leite (Hartmann et al., 1997).
É possível que a curta duração do fluxo (liberação) do leite em cada
mamada restrinja a habilidade do leitão em remover todo o leite disponível da
glândula e a variação na duração do fluxo de leite poderia explicar uma
proporção significativa da variação na produção de leite. Se isso for correto,
então é provável que mecanismos inibitórios locais (autócrino) (Peaker, 1995)
controlem a taxa de síntese de leite dentro de glândulas individuais da porca,
dependendo de quanto leite o leitão é capaz de retirar da glândula neste
limitado período de liberação do leite. O controle autócrino da síntese do leite
explicaria tanto a relação linear entre tamanho de leitegada quanto o aumento
de produção em glândulas submetidas a um aumento na demanda de
mamadas (Auldist et al., 1995). Portanto, pode-se concluir que, enquanto a
produção total de leite da porca está relacionada com o número de glândulas
funcionais e com a pressão de mamada (e resultante retirada do leite das
glândulas), o crescimento potencial do leitão individualmente está determinado
pela capacidade de produção de leite de sua glândula “particular” e, finalmente,
pela capacidade do leitão de retirar o leite desta glândula. Estas observações,
associadas ao fato de que a ejeção do leite ocorre somente se a maioria dos
leitões estão estimulando os tetos, significam que é muito difícil para o leitão
dominante conseguir leite de mais de um teto em uma mesma mamada (ejeção
de leite). Então as restrições impostas pelo forte controle sobre a ejeção e
liberação de leite na porca são estratégias que promovem a sobrevivência de
14
leitegadas grandes em detrimento da capacidade individual de crescimento dos
leitões (Hartmann et al., 1997).
A temperatura ambiente é outro fator que impede que, por um lado,
a porca expresse sua máxima capacidade de produção de leite e, de outro, que
o leitão atinja sua capacidade máxima de crescimento. Esta parece ser uma
contradição de difícil solução no sistema de produção. Enquanto que o limite
inferior na zona de conforto térmico dos leitões é maior que 30
o
C, o limite
superior da zona de conforto térmico da porca é inferior a 24
o
C (Hartmann et
al., 1997). Vários trabalhos têm demonstrado que quando a temperatura do
ambiente da porca aumenta para próximo da zona de conforto térmico do
leitão, tanto o consumo de alimento pela porca quanto a produção de leite
diminuem (Mullan et al., 1992; Azain et al., 1996). Black et al. (1993)
aumentaram a temperatura ambiente das porcas de 18
o
C para 28
o
C e
observaram a redução de 40 % no consumo voluntário de alimento e de 25 %
na produção de leite. A queda na produção de leite foi maior do que seria
esperado para uma queda equivalente no consumo em porcas dentro da zona
de conforto térmico. Isto pode ser atribuído ao fato do estresse pelo calor
redirecionar o fluxo sangüíneo para a pele, reduzindo o fluxo através de outros
tecidos, incluindo a glândula mamária (Williams et al., 1994).
Se o curto período de fluxo (liberação) de leite durante cada
mamada (ejeção) e as diferentes necessidades de temperaturas ambiente de
porcas e leitões são fatores limitantes, restringindo a produção de leite na
porca, é improvável que a manipulação endócrina ou suplementação nutricional
das porcas possam proporcionar grandes melhoras no desempenho da
15
lactação em porcas (Hartmann et al., 1997). Aparentemente, tanto o leitão
quanto a porca têm potencial para melhor desempenho, respectivamente em
taxa de crescimento e produção de leite. Entretanto, os fortes controles
fisiológicos, determinados pela estratégia evolutiva da espécie, e as
contradições ambientais dentro do sistema de produção, impedem que ambos
desempenhem todo seu potencial. A alimentação artificial de leitões é portanto
uma alternativa para contornar estas limitações e possibilitar ao leitão atingir
sua capacidade máxima de crescimento.
1.4. Dietas líquidas artificiais
Vários trabalhos demonstram que leitões podem crescer além dos
limites impostos pela produção de leite da porca. Azain et al. (1996) estudaram
a suplementação com substituto lácteo em 171 leitegadas durante um período
de 3 anos e meio. De 12 grupos de porcas, seis grupos pariram em estações
frias do ano (temperatura média na instalação de 20,7
o
C) e 6 grupos em
estações quentes (temperatura média na instalação de 27,6
o
C). Metade das
leitegadas de cada grupo foi suplementada à vontade, do primeiro ao 21
o
dia
de idade, com um produto lácteo comercial contendo 25 % de proteína bruta e
13 % de gordura, reconstituído em água em 12,5 % de sólidos. A
suplementação com substituto lácteo resultou em aumento de 15 % no peso
médio dos leitões e de 17 % no peso médio da leitegada ao desmame. Quanto
à sazonalidade, foi observado que leitões nascidos nas estações quentes
estavam 12 % mais leves na desmama do que leitões nascidos nas estações
frias. O efeito da sazonalidade sobre o peso ao desmame está relacionado à
16
redução no consumo de ração pela porca nos meses quentes (redução de 36
%). Portanto, o efeito da suplementação foi maior na estação quente, quando
os leitões suplementados estavam 1,18 kg mais pesados ao desmame, contra
0,52 kg na estação fria. Nos meses quentes os leitões compensaram a redução
na produção de leite da porca consumindo quase 3 vezes mais suplemento que
na estação fria.
O efeito do peso ao nascimento e da suplementação de substituto
lácteo sobre o crescimento pré e pós-desmame e as características de carcaça
de leitões foi avaliado por Wolter et al. (2002). Os leitões foram pesados
durante as primeiras 24 horas de vida e distribuídos no grupo de peso leve (1,3
kg em média) ou pesado (média de 1,8 kg). Aos 3 dias de idade, foi iniciada a
suplementação à vontade com substituto lácteo contendo 28% de proteína
bruta, 2,3% de lisina e 3.722 kcal EM/kg, reconstituído em água na relação
1:10. Após o desmame, realizado aos 21 dias de idade, os leitões foram
alojados em grupos de acordo com sexo e tratamento original e acompanhados
até 110 kg de peso corporal, consumindo dietas idênticas de acordo com a fase
de criação. Os leitões que nasceram mais pesados foram também os mais
pesados ao desmame e consumiram mais suplemento que os leitões nascidos
mais leves. Leitões suplementados tiveram maior ganho de peso (236 contra
192 g/dia) e apresentaram maior peso ao desmame (6,6 contra 5,69 kg) que os
leitões não suplementados. Houve uma tendência (P=0,10) de redução na
mortalidade para os leitões mais pesados ao nascer e aqueles que receberam
suplementação. Animais suplementados na lactação atingiram 110 kg de peso
corporal 3 dias antes que os animais não suplementados. os animais que
17
nasceram mais pesados atingiram o peso de abate com 7 dias de antecedência
em relação aos nascidos mais leves.
Os dados apresentados anteriormente demonstram que a produção
do leite da porca pode limitar o crescimento dos leitões antes de 3 semanas de
idade. Isto pode ser observado não apenas em situações de suplementação
mas também de substituição completa do leite da porca por dietas líquidas
artificiais, como no trabalho realizado por Benevenga et al. (1990) que
demonstraram que o potencial de crescimento dos leitões (entre 4 a 10 dias de
idade) alimentados com dietas líquidas pode exceder em 35% o de seus
irmãos que permaneceram lactando. Neste estudo, o consumo de matéria seca
aumentou linearmente durante os 6 dias de experimento e a eficiência
alimentar excedeu 1,4 (ganho/consumo). Harrell et al. (1993) criaram leitões
artificialmente dos 2 aos 23 dias de idade e observaram que a produção de
leite da porca pode limitar o crescimento dos leitões na primeira semana de
vida. Além disso, os autores observaram que o crescimento acelerado se
manteve até os 47 dias de idade, bem depois da alimentação líquida ser
interrompida. Os leitões que receberam dietas líquidas atingiram os 110 kg de
peso corporal, 10 dias antes que o grupo controle que permaneceu lactando,
sendo que as características de carcaça (composição corporal) não foram
afetadas.
Leitões desmamados aos 18 dias de idade forma distribuídos em 3
tratamentos (Zijlstra et al., 1996). O tratamento 1 permaneceu lactando, o
tratamento 2 recebeu substituto lácteo (25 % PB, 2,25 % lisina e 4,19 Mcal de
EM/kg) e o tratamento 3 recebeu uma dieta inicial sólida (20 % PB, 1,38 %
18
lisina e 3,87 Mcal de EM/kg). Os tratamentos foram aplicados dos 18 aos 25
dias de idade. Durante os 7 dias do experimento, os leitões que receberam
substituto lácteo tiveram ganho diário de peso 64 % maior (471 g/dia) que os
leitões que permaneceram com a porca (288 g/dia), enquanto que o ganho de
peso dos leitões que receberam dieta inicial seca foi 57 % inferior (123 g/dia)
ao ganho do grupo lactente. Os leitões alimentados com leite de porca e
substituto lácteo ganharam peso continuadamente após os 18 dias, já os
leitões que receberam dieta inicial perderam peso no primeiro dia pós
desmama, antes de começarem a ganhar peso. Aos 25 dias de idade, a
composição corporal dos leitões que receberam substituto lácteo apresentou
proporcionalmente menos proteína, cinzas e mais água do que do grupo
lactente. Entretanto, em função do maior ganho de peso, os leitões alimentados
com substituo lácteo tiveram maior deposição corporal de proteína, gordura e
água que os animais lactentes. O consumo médio foi de 345 g/dia (matéria
seca ao ar) para os leitões consumindo substitutos lácteos e de 144 g/dia para
os leitões que receberam dieta inicial seca. Portanto, além de uma maior oferta
de nutrientes via “dieta artificial”, a forma física desta dieta é de fundamental
importância para estimular o consumo voluntário.
Melhor desempenho de leitões alimentados com dietas líquidas em
comparação com dietas secas também foi observado por Kim et al. ( 2001). As
dietas experimentais à base de proteína de soro de leite apresentaram a
mesma composição e foram fornecidas durante 14 dias a partir do desmame
realizado aos 11 dias de idade. Após este período os animais receberam a
mesma dieta conforme a fase e foram acompanhados até o abate aos 110 kg
19
de peso corporal. Aos 14 dias pós-desmame, os leitões que receberam dieta
líquida estavam 21 % mais pesados e tiveram um ganho diário de peso 44 %
maior do que os leitões que receberam a mesma dieta na forma de peletes. A
vantagem da dieta líquida foi mais pronunciada nos 3 primeiros dias pós-
desmame quando leitões alimentados com dietas líquidas cresceram quase 4
vezes mais rápido do que aqueles que receberam dieta seca (248 contra 64
g/dia). Durante todo o período experimental (0 a 143 dias), leitões que
receberam dieta líquida nas duas semanas pós-desmame apresentaram maior
ganho diário de peso e maior consumo diário de ração e, portanto, levaram
menos dias para atingir o peso de abate.
Coletivamente, estes dados obtidos a partir de diferentes
delineamentos experimentais, metodologias e formulações de dietas,
consistentemente demonstram que o crescimento de leitões pode ser
acelerado fornecendo dietas líquidas artificiais. Entretanto, a utilização em larga
escala desta tecnologia pela indústria é dependente do desenvolvimento de
equipamentos e sistemas de fornecimento de dieta líquida mais eficientes e da
comprovação do retorno econômico do investimento sob condições de
produção à campo. Aceleradas taxas de crescimento dos leitões, melhor
condição corporal das porcas, redução da mortalidade e morbidez na
maternidade, maximização do uso das instalações de maternidade com o
aumento do número de nascidos por ano, além da redução do número de dias
necessário para atingir peso de abate, estão entre os atributos econômicos
potenciais desta tecnologia, os quais devem ser contrastados com o custo de
equipamentos especiais e o alto custo relativo dos ingredientes de dietas
20
líquidas. Neste sentido, pesquisas com fontes alternativas de proteína,
carboidratos e gorduras podem levar à redução no custo destas dietas
artificiais, melhorando o potencial de retorno econômico.
Uma vez evidenciado que no aspecto quantitativo o leite da porca é
fator limitante ao crescimento dos leitões, já na primeira semana de idade,
ainda não está claro se em termos qualitativos isto também ocorre. Entretanto,
o claro aumento na expectativa de ganho de peso máximo obtido com
alimentação artificial de leitões neonatos, remete a questão de que talvez o
perfil nutricional do leite não seja o mais adequado para suportar este tipo de
ganho. Além disso, a substituição de ingredients lácteos por ingredientes de
origem vegetal para reduzir os custos destas dietas acaba resultando em dietas
com perfis nutricionais bastante diferentes daquele observado no leite da porca
e que são, no entanto, capazes de suportar excelentes taxas de crescimento
nos leitões.
1.1.5. Composição do leite da porca
A lactação tem proporcionado um nicho importante na cadeia
evolutiva, resultando em mais de quatro mil espécies de mamíferos (Jenness,
1984), vivendo em uma grande variedade de ambientes e apresentando grande
variação na maturidade ao nascimento e no desenvolvimento pós-natal. A
composição do leite in natura das diferentes espécies acompanha estas
variações, como mostram os dados de análise do leite de aproximadamente
200 espécies: a concentração de gordura varia de traços a 500 g/kg , a de
carboidratos (lactose principalmente) varia de traços a 100 g/kg, de proteínas
21
entre 10 a 200 g/kg e minerais (cinzas) entre 2 a mais de 20 g/kg (Jenness,
1986). Estas diferenças na composição do leite estão relacionadas às
necessidades específicas dos neonatos de cada espécie. Por isso, a
composição do leite da mãe é considerada apropriada e única para o neonato
no momento em que vários dos seus sistemas, como digestivo, hepático,
neural, visual, esquelético e imunológico estão funcionalmente imaturos. O
leite, seria portanto, capaz de melhorar estes “defeitos de desenvolvimento”
específicos dos filhotes de cada espécie e a partir daí, facilitar um ótimo
crescimento e desenvolvimento durante a vida neonatal. Portanto, a
composição do leite deve mudar marcadamente durante o curso da lactação
(Jenness, 1986).
No leite de porca, a composição do colostro durante os primeiros
dias de lactação é consideravelmente diferente da composição do leite nos
estágios de lactação mais avançados. A mudança na composição do leite é
gradual mas ocorre principalmente durante os dois a três primeiros dias de
lactação. O colostro tem maior porcentagem de sólidos totais e proteína do que
o leite, porém menor porcentagem de cinzas, gordura e lactose. Este alto nível
de proteína e sólidos totais reflete uma alta concentração de imunoglobulinas.
Nas primeiras 6 horas de lactação, a Imunoglobulina G (IgG) sozinha responde
pela maior parte da proteína total. Esta é uma característica dos mamíferos,
cujas experiências imunológicas humorais da mãe são transmitidas para o
sistema vascular sangüíneo do recém nascido, por um mecanismo dependente
da transferência do IgG para o lactente, durante as primeiras poucas horas
após o nascimento. A proporção relativa de imunoglobulinas também é alterada
22
com o estágio de maturação do leite. No início da lactação a relação
IgG:IgM:IgA é de 76:7:17, enquanto que ao final da lactação esta relação passa
para 7:14:78 (Klobasa et al., 1987). A concentração de sólidos é alta no
colostro (25,6 %) e decresce cerca de 30 % durante a transição para leite
maduro, mantendo no final uma concentração próxima a 18 %. a
concentração de gordura aumenta de aproximadamente 5 % nas primeiras
horas de lactação para cerca de 6,5 % dois dias mais tarde. A concentração de
lactose também aumenta, de cerca de 3 % para cerca de 5 % nos dois
primeiros dias de lactação. A concentração de proteína total é de mais de 15 %
no primeiro colostro e cai para próximo a 6 % 24 horas depois do início da
lactação (Klobasa et al., 1987).
A proteína total diminui aproximadamente 50 % durante as
primeiras 12 horas enquanto que a redução de sólidos totais é de apenas 30
%. A concentração de proteína continua a cair nas horas seguintes, de forma
que no segundo dia a concentração é de apenas 40 % do valor observado na
primeira hora do colostro. A drástica queda na concentração de proteína total
está refletida no valor da proteína de soro, que diminuiu cerca de 70 % durante
as primeiras 24 horas. A diminuição na proteína total e na proteína de soro,
mas não em sólidos totais e o concomitante aumento das concentrações de
gordura e lactose parece ser um sinal de transição entre o colostro e o leite
maduro. Nesta fase, a diminuição da contribuição da proteína do soro na
proteína total presumivelmente marca o aumento na secreção de caseína
(Klobasa et al., 1987).
23
As proteínas do leite podem, de uma forma geral, ser classificadas
em dois grandes grupos: o grupo do soro e o grupo da caseína. Como visto,
a participação de cada grupo na composição do leite muda de acordo com o
grau de maturação do leite. As proteínas do leite de porca são consideradas
altamente digestíveis. Entretanto, o leite contém certas proteínas
(imunoglobulinas, lactoferina, transferina, lisozima, etc) cuja função vai além da
nutrição, atuando, por exemplo, na proteção do epitélio do trato gastrintestinal e
promovendo crescimento e desenvolvimento. Tais proteínas são parcialmente
resistentes a digestão no trato gastrintestinal superior, então a composição de
aminoácidos totais do leite da porca pode não ser um bom estimador do valor
nutritivo do leite (Mavromichalis et al. 2001). O fato da digestibilidade dos
aminoácidos do leite da porca não ser igual a 100% pode ser atribuído às
diferentes funções dos dois maiores grupos de proteína no leite, a caseína e as
proteínas do soro.
As proteínas da caseína (aproximadamente 45 % da proteína total
no leite aos 7 dias de lactação, segundo Klobasa et al., 1987) são consideradas
a maior fonte de aminoácidos dietéticos para leitões lactentes, enquanto de as
proteínas do soro incluem a albumina e várias imunoglobulinas, sendo que
destes, a IgA é predominante no leite maduro. Estudos com crianças têm
indicado que aproximadamente 20 % da IgA do leite humano maduro é
excretado sem ser digerido (Mavromichalis et al., 2001). Proteínas do soro são
mais ricas em cistina, glicina e treonina e pobres em ácido glutâmico, prolina e
metionina do que as proteínas da caseína. Isto se reflete na digestibilidade
destes aminoácidos no leite, sendo as digestibilidades da cistina, glicina e
24
treonina (84, 87 e 84 %, respectivamente) mais baixas do que os valores
observadas para ácido glutâmico, prolina e metionina (respectivamente 100, 94
e 99 %) (Mavromichalis et al., 2001).
Segundo Mavromichalis et al. (2001) a composição de aminoácidos
do leite de porca, entre os dias 11 e 21 da lactação, expresso como
porcentagem da matéria seca contendo 30% de proteína bruta é a seguinte:
lisina 2,09 %; triptofano 0,32 %; treonina 1,24 %; metionina 0,64 %; cistina 0,53
%; leucina 2,55 %; isoleucina 1,15 %; valina 1,62 %; fenilalanina;1,11 %;
arginina 1,37 %; histidina 0,72 %; alanina 1,12 %; glicina 0,97 %; serina 1,57
%; ácido glutâmico 5,95 %; ácido aspártico 2,54 % e prolina 3,59 %.
1.1.6. Fontes de proteínas das dietas líquidas artificiais
Leite em desengordurado e uma combinação de soro de leite
seco e caseinato de sódio (relação de 2:1) foram testados como fontes de
proteínas em dietas quidas para leitões desmamados entre 2 e 3 dias de
idade (Pettigrew et al., 1977a). Neste estudo, os autores observaram que a
substituição de leite em pela combinação soro/caseína reduziu o ganho de
peso e aumentou a incidência de diarréias. Entretanto, não foi observado efeito
da dieta sobre a digestibilidade da matéria seca ou nitrogênio (excluídas as
coletas dos casos de diarréia). Seguindo a mesma linha, em outra publicação,
Pettigrew et al. (1977b) compararam o leite em pó desengordurado e um
produto hidrolisado de leite em desengordurado. Mesmo com um
desempenho aquém do esperado, os leitões que receberam leite em como
fonte de proteína na dieta apresentaram maior ganho de peso, maior consumo
25
de ração, melhor eficiência alimentar e menor ocorrência de diarréia do que
aqueles que receberam o hidrolisado. Segundo os autores, a depressão no
desempenho observada (cerca de 56 % no ganho de peso) em resposta a uma
dieta rica em aminoácidos livres não é uma característica da espécie suína,
exceto para animais jovens. Isto sugere que leitões de 2 a 15 dias de idade
necessitam de determinados componentes fisiologicamente ativos presentes
no leite para atingir o desempenho máximo.
Apesar das evidências de que certos componentes do leite
(provavelmente imunoglobulinas do soro) são necessários na composição de
dietas artificiais para leitões neonatos, é forte o apelo para a redução do custo
destas para viabilizar seu uso comercial, especialmente quando as dietas são
fornecidas a leitões mais velhos e mais pesados, que apresentam maior
consumo e pior eficiência alimentar. Neste sentido, o estudo de fontes de
proteínas vegetais alternativas é um tema recorrente na literatura. Segundo
trabalhos da década de 1950 e 1960 (Sewell et al., 1953; Cunningham e
Brisson, 1957; Maner et al., 1961; Scheider e Sarett, 1966, todos citados por
Newport, 1980), leitões podem ser criados artificialmente com dietas contendo
proteína isolada de soja suplementada com metionina, embora a proteína do
leite suporte melhores ganhos. Já no caso de animais mais velhos,
aparentemente as proteínas de soja e leite produzem resultados equivalentes.
O desempenho de leitões dos 21 aos 36 dias de idade e alimentados
com dietas líquidas contendo farinha de soja, farinha de soja hidrolisada com
ácido clorídrico ou leite em desnatado como única fonte protéica, foi
comparado por Jones et al. (1977). Não foram observadas diferenças
26
significativas no desempenho. O ganho diário de peso observado para as
dietas com leite e soja não tratada foi de 370 g. Na dieta com soja hidrolisada,
o ganho diário foi de 390 g. A conversão alimentar foi de 1,15, 1,40 e 1,50 para
dieta com leite, soja hidrolisada e farinha de soja, respectivamente. Portanto,
aparentemente não há necessidade de proteínas do leite em dietas com leitões
com mais de 3 semanas de idade.
Trabalhando com animais mais jovens, Newport (1980) investigou a
substituição de leite em desnatado por proteína isolada de soja em dietas
para leitões dos 2 aos 28 dias de idade. Quando 37 % da proteína do leite foi
substituída pela proteína de soja, não foi observado nenhum efeito no
desempenho dos leitões. Entretanto, quando o nível de substituição foi de 74%,
somente 4 dos 21 leitões que iniciaram o experimento sobreviveram até o 28
o
dia de idade, sendo estas mortes associadas com severos casos de diarréia.
No experimento de Mateo e Veum (1980), foram comparadas
caseína e proteína isolada de soja como fontes protéicas em dietas para leitões
do 1
o
até os 29 dias de idade. As fontes protéicas em teste forneceram a
totalidade das proteínas das dietas (25 % PB), formuladas para serem
isoenergéticas (3.500 kcal EM/kg). Foi utilizada ainda uma dieta controle à
base de leite em pó desnatado (86,37 %), farelo de soja (5.9 %) e óleo de milho
(5,45 %). As dietas com caseína foram suplementadas com triptofano e
arginina e as dietas com proteína isolada de soja foram suplementadas com
metionina, lisina e triptofano, de forma a equalizar a composição de
aminoácidos das dietas. Do primeiro ao 15
o
dia de idade, a dieta à base de leite
em pó proporcionou maior ganho de peso (156 g/dia) e melhor eficiência
27
alimentar (0,72) que as dietas com caseína (132 g/dia e 0,63), que por sua vez
foram superiores às dietas com proteína isolada de soja (72 g/dia e 0,37). Da
mesma forma, a digestibilidades da matéria seca, medida entre o 11
o
e o 15
dia
de idade, foi maior na dieta com leite em desnatado (96,6 %) do que na
dieta com caseína (94,2 %) e nesta, maior do que na dieta com proteína
isolada de soja (89,9 %). As digestibilidades da proteína bruta (96 %), extrato
etéreo (em torno de 90 %) e energia (aproximadamente 95 %) foram maiores
nas dietas com fontes de proteína do leite do que nas dietas com proteína
isolada de soja (respectivamente 88 %, 71 % e 90 % para PB, extrato etéreo e
energia). Não foi observado efeito da fonte de proteína sobre o desempenho a
partir da segunda semana de idade.
A menor digestibilidade da proteína isolada de soja em relação às
proteínas do leite encontra respaldo na literatura (Maner et al., 1961) e é
geralmente associado com um inadequado sistema enzimático do suíno jovem,
o qual seria insuficiente em proteinases pancreáticas (Lewis et al., 1957, citado
por Mateo e Veun, 1980). Pond et al. (1971a e b) também observaram pior
desempenho em leitões alimentados com proteína isolada de soja comparados
com leitões alimentados com dieta à base de caseína. Entretanto, não
observaram diferenças significativas nas secreções pancreáticas de
quimotripsina, tripsina, amilase ou lipase e concluíram que as diferenças no
desempenho devem ser atribuídas a outro fator limitante que não a função
exócrina do pâncreas.
Leitões com 4 semanas de idade alimentados com caseína
apresentam uma queda pós-prandial de pH no estômago mais rápida e uma
28
velocidade de passagem dos alimento no trato gastrointestinal mais lenta,
quando comparados a leitões alimentados com proteína isolada de soja (Maner
et al., 1962). Os autores também citam que a capacidade tampão da proteína
de soja poderia retardar a ativação do pepsinogênio gástrico, retardando e
reduzindo a digestão de proteínas.
Leitões dos 26 aos 33 dias de idade foram alimentados com dietas
líquidas à base de proteínas do leite de bovino, proteínas de leite bovino
hidrolisadas ou proteína isolada de soja (Moughan et al., 1990). Os autores não
observaram diferenças entre os tratamentos para pH da digesta, peso do
intestino, fígado ou pâncreas. A atividade enzimática praticamente não foi
afetada pelo tipo de proteína. Apenas a atividade da tripsina no pâncreas foi
maior para proteína isolada de soja e proteína de leite hidrolisada, entretanto,
isto não se refletiu na atividade da tripsina no conteúdo intestinal. Os autores
relatam ainda que não foi observado diferenças nutricionalmente importantes
na digestibilidade ileal de aminoácidos, exceto para o aminoácido cistina, de
menor digestibilidade na proteína isolada de soja.
Em outro trabalho, Moughan et al. (1991) utilizaram leitões com 37
dias de idade e também não observaram efeito das mesmas fontes de proteína
sobre o pH do conteúdo gástrico. Entretanto observaram um esvaziamento
gástrico mais lento para proteína isolada de soja, comparado com proteína
hidrolisada de leite. É importante observar que os últimos trabalhos citados
utilizaram animais com mais de três semanas de idade, o que pode explicar em
parte a ausência de efeitos importantes das fontes de proteína da dieta.
29
Outro fator geralmente associado às complicações digestivas em
leitões jovens alimentados com proteínas de soja é a hipersensibilidade às
proteínas glicinina e beta-conglicinina, presentes na soja. Li et al. (1990)
observaram que leitões que foram sensibilizados para proteína de soja dos
sete aos 14 dias de idade e posteriormente receberam dieta à base de farelo
de soja (21 a 56 dias de idade) tiveram menor ganho de peso dos 21 aos 28
dias de idade comparados ao grupo controle, que recebeu dieta à base de
proteínas do leite (86 e 204 g/dia, respectivamente). Esta depressão no ganho
de peso entre a 3
a
e a 4
a
semana foi acompanhada de alterações na morfologia
das estruturas intestinais (vilos menores e de formato irregular e criptas mais
profundas) e de uma alta titulação de IgG específico para proteína de soja no
soro. A formação de complexos entre antígenos presentes no farelo de soja e
os IgG sistêmicos pode ter sido responsável pelos danos nas vilosidades. A
hipersensibilidade transitória a antígenos das dietas pode levar a um aumento
na taxa de mitose nos enterócitos, cujo efeito é o alongamento das criptas.
Como a taxa de migração dos enterócitos para o topo da vilosidade aumenta,
os enterócitos o arrancados do topo do vilo a uma taxa maior e portanto o
número de enterócitos maduros diminui. Devido à capacidade absortiva destas
células e à alta atividade de sacarases na sua borda (Miller et al., 1983), uma
redução no número de células maduras resultará em menor atividade
enzimática e menor capacidade absortiva (Li et al., 1990). Entretanto, no
trabalho de Li et al. (1990), a depressão no crescimento e a anormalidade das
vilosidades e criptas não foi mais observada aos 56 dias de idade, embora a
concentração de IgG específico para proteína de soja ainda fosse alta no soro.
30
Como teoricamente leitões não são capazes de digerir completamente as
proteínas da soja, esta proteína não digerida pode favorecer crescimento
bacteriano no intestino, o que também resultaria em danos às vilosidades
(Miller et al., 1984). Portanto, não está claro se o efeito da idade do leitão sobre
a utilização da proteína da soja é devido a uma tolerância induzida aos
antígenos ou ao aumento na capacidade de digestão das proteína pelo
aumento da síntese enzimática.
Dois tipos de proteína de soja antigênica (PSA) ou não-antigênica
(PSNA - tratamento com álcool e calor, resultando em não detectável glicinina
ou beta-conglicinina reativas) foram testadas em dietas sólidas para leitões
desmamados aos 21 dias de idade, previamente sensibilizados com a soja dos
respectivos tratamentos (Dréu et al., 1994). Sete dias após o desmame, o
grupo que recebeu PSA apresentou menor área, perímetro e altura de
vilosidades mas não houve efeito sobre profundidade de cripta. Os autores
relataram maior ocorrência de diarréia e menor consumo de ração no grupo
PSA. O ganho de peso do grupo PSNA foi de 39,5 g/dia e o grupo PSA teve
perda de peso de 11 g/dia.
Zijlstra et al. (1996) estudaram as respostas metabólicas em leitões
neonatos alimentados com dietas contendo proteínas de soja intactas ou
hidrolisadas (ligações peptídicas quebradas / total de ligações peptídicas x 100
= 6,3%). As duas sojas foram comparadas com uma dieta à base de proteínas
do leite de vaca (relação caseína:soro de 40:60). Os leitões foram alimentados
via cânula gástrica (20 ml/kg peso corporal) e amostras de sangue arterial e
venoso (sistema porta) foram coletadas no estágio pré-prandial e 15, 30, 60,
31
120 e 180 minutos pós-prandial. A concentração da maioria dos aminoácidos
aumentou rapidamente tanto no plasma arterial quanto portal após a
alimentação. Em leitões alimentados com proteínas do leite, uma grande e
positiva diferença entre aminoácidos livres no plasma portal e arterial foi
observada aos 15 minutos pós-prandial, sugerindo rápida digestão e absorção
destas proteínas. nos leitões alimentados com dietas com soja, o aumento
dos aminoácidos livres no plasma foi mais lento, e atingiu um menor pico,
indicando que as taxas de digestão e absorção das proteínas do sojas foram
menores. Neste estudo, as dietas com proteínas de leite apresentavam
maiores concentrações de leucina, prolina e treonina e menores concentrações
de arginina do que as dietas com soja. Estas diferenças dietéticas foram
refletidas nas concentrações arteriais plasmáticas pós-prandiais destes
aminoácidos. Entretanto, outros aminoácidos com concentrações similares nas
dietas, por exemplo a serina, tiveram maior concentração plasmática arterial
pós-prandial nas dietas com proteínas do leite, possivelmente pela melhor
digestibilidade desta dieta em relação às dietas com soja. Não foi observada
diferença nas concentrações plasmáticas pós-prandiais de aminoácidos,
glicose ou hormônios pancreáticos entre as dietas com proteína de soja intacta
ou hidrolisada.
McCracken et al. (1998) compararam desempenho e índices
molecular e celular de inflamações intestinais em leitões alimentados com
dietas à base de caseína e soro (40:60), proteínas isolada de soja ou proteína
hidrolisada de soja (grau de hidrólise de 6,3 %). Para garantir o consumo
semelhante, a alimentação foi restrita a 27,5 ml/h x PC
0,75
de dietas com 10%
32
de sólidos, oferecida a cada 4 horas. Dos 2 aos 7 dias de idade os leitões
foram adaptados ao sistema de alimentação, consumindo um substituto cteo
comercial. Os leitões receberam as dietas experimentais dos 7 aos 17 dias de
idade. O ganho de peso de leitões que consumiram dietas à base caseína e
soro (121 g/dia) foi maior que dos leitões que consumiram proteína isolada de
soja (85 g/dia). A dieta com proteína de soja hidrolisada teve ganho de peso
intermediário (109 g/dia). Entretanto, os autores concluiram que a ausência de
efeito substancial das dietas sobre a morfologia e histologia intestinal, número
intestinal células caliciformes, mastócitos e células T, produção local de
prostaglandina E
2
e expressão local do gene MHC (complexo de
histocompatibilidade principal), demonstrou que a proteína de soja hidrolisada
ou a proteína isolada de soja não resultaram em significativa inflamação
intestinal quando fornecidas a leitões neonatos.
No conjunto destes trabalhos, a queda do desempenho de leitões
alimentados com proteínas de soja está relacionada a pelo menos um dos
seguintes fatores: reduzida digestibilidade da proteína, resposta imunológica
local a antígenos presentes na proteína e redução no consumo da dieta.
Entretanto, é difícil estabelecer uma consistente relação de causa e efeito entre
estes fatores. Aparentemente, os efeitos da hipersensibilidade intestinal aos
antígenos da proteína de soja têm sido super valorizados tanto na literatura
quanto nas recomendações práticas de alimentação de suínos jovens (embora
alguma forma de proteção à integridade intestinal poderia ser funcional neste
caso). Por outro lado, a menor digestibilidade destas proteínas pode ser
compensada por um maior consumo, desde que a proteína não digerida não
33
comprometa a saúde intestinal sendo substrato para o crescimento de
microbiota indesejável. Além disso, a redução no consumo da dieta (ou do
aporte nutricional, no caso do mesmo consumo de dietas com diferentes
digestibilidades) parece ser o fator mais consistentemente associado aos
distúrbios fisiológicos e à redução do crescimento observada nos momentos de
mudança na alimentação (especialmente no desmame). Isto pode estar
associado com o alto custo de manutenção das estruturas intestinais em
termos de nutrientes e do acelerado “turnover” protéico nestes tecidos (Wu,
1998). De qualquer forma, a proteína da soja parece ser uma boa alternativa às
proteínas do leite desde que se garanta algum nível de proteção intestinal e um
consumo adequado.
1.1.7. Arginina – um aminoácido essencial para leitões jovens
A base metabólica para a limitação do crescimento de lactentes não
é completamente conhecida, mas deve estar relacionada ao inadequado
consumo de proteína (ou de um ou mais aminoácidos essenciais) e/ou energia.
Como discutido anteriormente, o leite da porca não é produzido em quantidade
suficiente para atender às necessidades de crescimento de leitões na
primeira semana de vida. Apesar disso, as proteínas do leite são ainda
consideradas referência na formulação de dietas para leitões nesta idade.
Entretanto, resta a dúvida se o fator limitante é apenas a quantidade de leite (e
proteína e energia) disponível ou se a qualidade das proteínas do leite, em
termos de equilíbrio entre aminoácidos, pode ser também um fator limitante.
34
Em outras palavras, pode-se questionar se a proteína do leite deve continuar
sendo usada como referência para a proteína ideal para leitões em lactação.
Recentemente, vários trabalhos, em especial os trabalhos da equipe
do Dr. Guoyao Wu na Texas A&M University, têm demonstrado a importância e
a essencialidade do aminoácido arginina na nutrição de neonatos. A arginina,
um aminoácido básico, além de ser o maior carregador de nitrogênio em
humanos e animais (possui quatro nitrogênios em sua molécula), é um dos
aminoácidos mais versáteis nas lulas de animais, servindo como precursor
para síntese não apenas de proteína mas também de óxido nítrico, uréia,
poliaminas, prolina, glutamato, creatina e agmatina (Figura 1) (Wu e Morris,
1998).
H
2
N – C – NH – CH
2
2
2
– CH – COOH
NH NH
2
L-ARGININA
NO
Óxido Nítrico
L-Citrulina
Creatina
Síntese de
Proteína
Agmatina L-Ornitina
Uréia
Putrescina
L-Prolina
L-Glutamato
L-
1-
Pirrolina-5-Carboxilato
(P5C)
Figura 1. Destinos metabólicos da Arginina em células de mamíferos
(Wu e Morris, 1998).
35
No estado alimentado, as fontes de arginina circulante no plasma
são exógenas (dieta) e endógenas (degradação de proteína corporal, mais a
síntese endógena a partir da citrulina). A síntese endógena de arginina varia
conforme a espécie, estado nutricional e estágio de desenvolvimento e pode
ser feita a partir da citrulina, que por sua vez pode ser sintetizada a partir da
glutamina ou da prolina (Figura 1.2.). Estas vias metabólicas envolvem diversas
enzimas, algumas das quais estão presentes em uma grande variedade de
tipos de células, enquanto que a expressão de outras enzimas é restrita a
órgãos específicos, como fígado, mucosa intestinal e rins. Isto resulta em
funções metabólicas altamente compartimentalizadas em diferentes órgãos,
sendo que na maioria dos animais, a via metabólica completa da síntese de
arginina é encontrada somente no intestino delgado de neonatos. Em suínos,
entretanto, a via completa também está presente em animais ao desmame. Em
adultos, a maior parte síntese endógena de arginina envolve uma via inter-
órgãos (conhecida como eixo intestinal-renal), na qual o intestino delgado libera
citrulina na circulação sangüínea que é retirada primeiramente pelos rins para a
conversão em arginina (Wu e Morris, 1998).
36
L-Glutamina
H
2
O
NH
4
+
L-Glutamato
Acetil-Coa
CoA
P5CS
L-Prolina
½ O
L-
1
-Pirrolina-5-carboxilato
H
2
O
NADP
+
NDPH + H
+
Gli
L-Ornitina
α
-CTG
OAT
PO
NAGS
PDG
CP
OCT
NH
3
+ HCO
3
N-Acetilglutamato
2 ADP + Pi
2 ATP
CPS-I
ATP + Asp
L-Arginosuccinato
AMP-PPi
ASS
L-Arginina
Fumarato
ASL
L-Citrulina
Figura 2. Vias da síntese intestinal de arginina e citrulina a partir da glutamina e
da prolina em suínos (Wu et al., 2004).
ASL, Arginosuccinato liase; Asp, Aspartato; ASS, arginosiccinato sintetase; CP,
carbomilfosfato; CPS-I, carbamilfosfato sintetase I; Glu, glutamato; α-CTG, α-cetoglutarato;
NAGS, Naceilglutamato Sintetase. OAT, ornitina aminotrasferase; OCT, ornitina
carbamoiltrasferase; PDG glutaminase fosfato-dependente; P5CS, Pirrolina 5-carboxilato
sintetase e PO, prolina oxidase.
A glutamina (66 %), o glutamato (89 %) e a prolina (38 %) da dieta,
além da glutamina do plasma (25-33 %), são extensivamente catabolizados no
intestino delgado (Wu, 1998) e servem como os maiores precursores para a
síntese intestinal de arginina ou citrulina. No nascimento, o intestino delgado é
o Iocal de maior ntese quida de arginina, mas gradualmente se torna o local
de maior produção líquida de citrulina, conforme a expressão intestinal de
arginase aumenta. Esta transição é compensada pelo aumento gradual na
capacidade dos rins em sintetizar arginina a partir da citrulina. Em mamíferos
adultos, aproximadamente 60 % da produção líquida de arginina ocorre nos
rins, onde a citrulina é retirada da circulação sangüínea e convertida
37
estequiométricamente em arginina. A taxa de ntese renal de arginina em
adultos é limitada mais pela produção de citrulina em outros órgãos (como o
intestino delgado) do que pela capacidade renal de síntese. Embora os rins
também expressem arginase (arginina catabolismo), a expressão desta enzima
e das enzimas de ntese estão separadas em diferentes partes do néfron,
sendo que ocorre pouca ou nenhuma co-expressão destas duas vias
enzimáticas opostas numa mesma célula. A maior taxa de síntese de arginina
ocorre no ciclo da uréia no fígado, entretanto a produção líquida de arginina
pelo gado é possível se o ciclo da uréia estiver com excesso de
metabólitos intermediários (como a ornitina) pois o produto de cada reação
enzimática está eficientemente conectado à próxima enzima do ciclo. Além
disso, o alto nível de arginase nos hepatócitos resulta em pouca ou nenhuma
produção líquida de arginina no fígado (Wu e Morris, 1998).
Embora o seja considerado um aminoácido essencial para
adultos, arginina é um aminoácido essencial para máximo crescimento em
mamíferos jovens (incluindo leitões), que têm uma necessidade de arginina
para crescimento e funções metabólicas particularmente elevada. A deficiência
de arginina pode ocorrer em várias condições nutricionais e clínicas, incluindo
baixo fornecimento de arginina na dieta, redução da síntese intestinal de
citrulina, deficiências genéticas em enzimas envolvidas na ntese de arginina,
problemas no transporte de arginina, super-expressão do gene da arginase
intestinal e redução na conversão de citrulina em arginina nos rins. A
deficiência de arginina causa retardo no crescimento, disfunção intestinal e
reprodutiva, reduzido desenvolvimento neurológico e imune, anormalidades
38
pulmonares e cardiovasculares, reduzida capacidade de cicatrização,
hiperamonemia e até a morte (Wu et al., 2004).
Existem evidências que o leite de porca é deficiente em arginina. A
primeira evidência é a grande diferença no perfil de aminoácidos entre o leite
da porca (relação arginina:lisina de 0,35:1) e a proteína corporal de leitões de 7
dias de idade (relação arginina:lisina de 0,97:1). Além disso, Wu et al., (2000)
estimaram a necessidade de arginina para crescimento e funções metabólicas
e compararam com o fornecimento de arginina no leite. Segundo suas
estimativas, a arginina do leite é responsável por menos de 40 % da
necessidades de arginina de leitões com uma semana de idade. Então a
síntese endógena de arginina deve ter um papel importante em manter a
homeostase de arginina em leitões neonatos alimentados pela porca.
Entretanto, a síntese intestinal de citrulina e arginina a partir da
glutamina e do glutamato diminui entre 70 a 73 % em leitões lactantes com 7
dias de idade comparados com leitões recém nascidos (Wu e Knabe, 1995). Da
mesma forma, as taxas de síntese de arginina e citrulina a partir da prolina nos
enterócitos são 75 a 88 % menores em leitões com 7 dias de idade
comparados à leitões recém nascidos, e permanecem baixas aos 14 e aos 21
dias de idade (Wu, 1997).
As mudanças nas concentrações plasmáticas de aminoácidos em
leitões lactantes foram avaliadas por Flynn et al. (2000), que observaram que a
concentração plasmática da maioria dos aminoácidos não foi alterada durante
o período de lactação de 21 dias. Entretanto, as concentrações de arginina e
citrulina diminuíram progressivamente entre o 3
o
e o 14
o
dias de lactação. As
39
concentrações plasmáticas de arginina e citrulina diminuíram, respectivamente,
em 20 e 26 % aos 7 dias e 37 e 41 % aos 14 dias, comparados com leitões de
um dia de idade. Outros aminoácidos que apresentaram queda de
concentrações foram isoleucina, leucina, treonina, valina, alanina e glutamina.
Porém a concentração de arginina foi a que sofreu a maior queda entre os
aminoácidos essenciais. Por outro lado, as concentrações plasmáticas de
amônia (18 e 46 % aos 7 e 14 dias, respectivamente) e nitrato mais nitrito (16 e
29 % aos 7 e 14 dias, respectivamente) sofreram aumento quando comparadas
às concentrações do primeiro dia.
Se o leite da porca não atende as necessidades de arginina dos
leitões em lactação e a síntese endógena no intestino bem como a
concentração plasmáticas de arginina nos leitões decrescem durante este
período, é razoável acreditar que exista um déficit no aporte (tanto endógeno
quanto exógeno) de arginina para atender as necessidades para crescimento
máximo. De fato, Kim et al. (2004) observaram melhora no desempenho de
leitões alimentados com dieta líquida artificial entre os 7 e 21 dias de idade,
suplementados com 0,2 e 0,4 % de L-arginina. Embora apresentassem
consumos semelhantes de dieta por unidade de peso corporal, os leitões
suplementados com 0,2 e 0,4 % de L-arginina tiveram, respectivamente, um
aumento de 28 e 66 % no ganho de peso dos 7 aos 21 dias de idade,
comparados com os animais controle. Os níveis plasmáticos de arginina,
citrulina e ornitina aumentaram nos leitões suplementados. os níveis de
lisina e histidina (e demais aminoácidos) não foram afetados pela
suplementação, demonstrando ausência de antagonismo entre aminoácidos.
40
Os níveis plasmáticos de amônia e uréia foram reduzidos com a
suplementação de L-arginina, enquanto que os níveis de insulina e hormônio
de crescimento aumentaram entre 24 a 27 % nos leitões suplementados com
0,4 % de L-arginina.
Preocupados com a viabilidade de sistemas de alimentação artificial,
Wu et al. (2004) realizaram vários experimentos para viabilizar o suprimento de
arginina em leitões lactantes naturalmente alimentados pela porca. A
suplementação de arginina na dieta da porca do primeiro ao 21
o
dia de
lactação não teve efeito sobre o nível de arginina no leite. a suplementação
oral de leitões feita duas vezes ao dia com arginina-HCl (145 mg/kg peso
corporal) aumentou os níveis plasmáticos de arginina, porém reduziu as
concentrações de lisina e histidina no plasma. Da mesma forma, a
suplementação de citrulina (121 mg/kg de peso corporal) duas vezes ao dia
aumentou os níveis de citrulina e arginina no plasma, entretanto reduziu as
concentrações plasmáticas de triptofano, histidina e lisina. Estes resultados
indicam que leitões lactantes dos 7 aos 21 dias de idade têm grande
capacidade de sintetizar arginina a partir da citrulina e que a deficiência de
arginina nesses animais é resultado do limitado suprimento de citrulina do
intestino delgado. Além disso, o efeito adverso da suplementação de arginina e
citrulina em altas doses sobre a concentração de lisina, histidina e triptofano
sugere uma redução na capacidade intestinal de absorção destes aminoácidos.
Quando a freqüência da suplementação foi aumentada de 2 para 6 vezes ao
dia (48,3 mg/kg peso corporal), ocorreu a diluição no tempo da dose diária
suplementada e não foi observada diferença na concentração plasmática de
41
lisina entre o grupo que recebeu suplementação de arginina e o grupo que
recebeu alanina ou água. Entretanto, o aumento na freqüência de
suplementação provocou um aumento nos níveis plasmáticos de cortisol (um
potente indutor da expressão da arginase nos enterócitos), resultando no
aumento da atividade da arginase em todos os leitões manipulados (recebendo
água, alanina ou arginina), de forma que os níveis de arginina plasmática dos
leitões manipulados (inclusive aqueles suplementados com arginina) foi menor
que os níveis observados no tratamento controle (sem manipulação).
A base metabólica para a redução na síntese de arginina e citrulina
no intestino delgado de leitões é explicada por Wu et al. (2004). A N-
acetilglutamato sintetase (NAGS), que catalisa a ntese de N-acetilglutamato
(NAG) a partir do glutamato e do acetil-CoA (figura1.2), é uma enzima restrita à
mitocôndria do fígado e da mucosa intestinal e sua atividade diminui
progressivamente nos enterócitos de leitões a partir dos 7 aos 14 dias de
idade, resultando na redução da concentração de NAG mitocondrial nos
enterócitos. NAG é um ativador alostérico da carbamilfosfato sintetase-I (CPS-
I), que sintetiza o carbamil fosfato (CP) mitocondrial, necessário para a
conversão de ornitina em citrulina. Então, embora a ornitina aminotransferase
(OAT) e a ornitina carbomiltransferase (OCT) sejam abundantes nos
enterócitos de leitões, somente cerca de 35 % da P5C derivada da prolina é
convertida em citrulina nos enterócitos de leitões com 14 dias de idade (Dillon
et al., 1999), em função da baixa concentração de carbamoil fosfato (CP) na
mitocôndria de leitões com 2 a 3 semanas de idade. Além disso, NAG é um
ativador da L-
1
-Pirrolina-5-carboxilato (P5C) sintetase, que cataliza a
42
formação de P5C a partir do glutamato. Então a redução da atividade da
NAGS, reduz as concentrações de NAG, que vai se refletir tanto nas
concentrações de CP quanto de P5C, reduzindo a produção de citrulina e,
consequentemente, de arginina (figura 1.2).
O citosol das lulas de mamíferos, incluindo os enterócitos,
apresenta alta atividade de enzimas (deacilases) para catabolizar NAG,
limitando o uso de NAG extracelular para aumentar a concentração
mitocondrial de NAG, limitando portanto a viabilidade da suplementação de
NAG enteral ou paraenteral. Entretanto, o N-carbamilglutamato (NCG, um
análogo do NAG) não é catabolizado por deacilases e é portanto um
metabólico estável tanto para ativação de CPS-I quanto P5C sintetase (Wu et
al., 2004). De fato, Wu et al. (2004) comprovaram que a suplementação de
NCG aumenta a produção de citrulina e arginina nos enterócitos a partir da
glutamina ou prolina, tanto in vitro quanto in vivo. No experimento in vivo,
leitões lactantes de 4 dias de idade receberam doses orais de NCG (0 ou 50
mg/kg peso corporal) a cada 12 horas até os 14 dias de idade. Aos 14 dias de
idade os leitões suplementados com NCG apresentaram um aumento de 32 %
no peso corporal (5,46 contra 4,13 kg), 61 % no ganho de peso (3,41 contra
2,12 kg) e de 68 % na concentração plasmática de arginina. Além disso, a
suplementação oral de NCG não afetou os níveis plasmáticos de lisina,
triptofano, histidina, glutamina ou amônia. A composição corporal dos leitões
também não foi afetada, mostrando que o ganho de peso se deu por uma
maior deposição absoluta de tecido protéico, ao invés de uma desproporcional
mudança na deposição de gordura.
43
Em vista dos dados apresentados, parece claro que a arginina é um
dos maiores limitantes para o crescimento máximo em leitões alimentados com
dietas à base de leite. E o aumento do suprimento de arginina, seja através do
maior consumo de dieta ou do aumento dos níveis de arginina das dietas em
leitões criados artificialmente ou do aumento da síntese intestinal endógena a
partir da suplementação oral de NCG, têm grande impacto sobre o crescimento
neonatal de leitões e grande potencial para aplicação na indústria de suínos.
1.2. Hipóteses
O objetivo dos trabalhos apresentados a seguir foi testar as
seguintes hipóteses:
1) Leitões alimentados artificialmente com dietas líquidas apresentam maiores
taxas de crescimento que leitões alimentados pela porca (Experimento 2);
2) É possível substituir parcialmente as proteínas do leite por proteínas de
origem vegetal em dietas de leitões antes dos 21 dias de idade, sem
prejuízos no desempenho (Experimentos 1 e 2);
3) A deficiência de arginina em dietas à base de proteínas podem limitar o
crescimento dos leitões e o uso de ingredientes alternativos de origem
vegetal pode aumentar os níveis de arginina na dieta sem necessidade de
suplementação (Experimento 2).
2. Capítulo II
Avaliação de fontes de proteína vegetais em dietas líquidas artificiais
fornecidas para leitões dos 2 aos 19 dias de idade
2.1. Introdução
De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA, 2002), o esmagamento e a inanição são responsáveis por 70 %
da mortalidade de leitões na fase pré-desmame. Além disso, pesquisas têm
demonstrado que a produção de leite da porca é fator limitante para o máximo
crescimento de leitões em lactação (Harrell et al., 1993; Zijlstra et al., 1996b).
De fato, Azain et al. (1996) demonstraram claro benefício na suplementação
dos leitões lactentes com substituto lácteo em aumentar o peso ao desmame,
especialmente quando as porcas estão submetidas ao estresse pelo calor.
Entretanto, o benefício econômico potencial da tecnologia de alimentação
líquida artificial deve ser avaliado levando em consideração o alto custo relativo
de equipamentos especiais e das dietas líquidas artificiais à base de
ingredientes lácteos (Odle e Harrell, 1998, 2001).
Vários ingredientes alternativos têm sido avaliados como substitutos
completos ou parciais aos ingredientes lácteos. Em termos de proteína, o farelo
de soja, proteína isolada de soja (PIS; Mateo e Veum, 1980), proteína
hidrolisada de soja (Zijlstra et al. 1996a) e glúten de trigo (Chae et al., 1999)
45
têm sido as alternativas mais comuns. Em geral, o uso de proteínas vegetais
resulta em pior desempenho para leitões jovens (menos de 14 dias de idade).
Este pior desempenho tem sido relacionado à temporária limitação enzimática
para a digestão de nutrientes de origem vegetal e a transitória
hipersensibilidade a proteínas da soja (glicinina e β-conglicinina) em suínos
jovens (Li et al. 1990). Entretanto, McCracken et al. (1998) observaram que a
proteína de soja, tanto intacta quanto hidrolisada, não produziram inflamação
intestinal significativa em leitões neonatos. De forma semelhante, Moughan et
al. (1990) relataram a ausência de diferenças na atividade de enzimas
digestíveis em leitões alimentados com dietas à base de proteína isolada de
soja ou proteínas do leite.
O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito da substituição
parcial da proteína de soro de leite por um produto comercial à base de
proteínas vegetais modificadas (PVM) ou pela proteína isolada de soja (PIS)
em dietas líquidas fornecidas para leitões dos 2 aos 19 dias de idade.
2.2. Material e métodos
2.2.1. Local e Época
O experimento foi realizado nas instalações do Department of
Animal Science da North Carolina State University (NCSU, Raleigh, North
Carolina, EUA), em duas etapas, entre outubro de 2002 a fevereiro de 2003.
46
2.2.2. Animais e dietas
Os procedimentos com os animais foram aprovados pelo Institutional
Animal Care and Use Committee of North Carolina State University. Foram
utilizados 66 leitões cruzados (genética PIC) de dois dias de idade e ambos os
sexos, pesando em média 1,8 kg, provenientes de 8 leitegadas (Murphy Family
Farms, Magnolia, NC - EUA). O experimento foi repetido no tempo (dois blocos
de tempo). Seis leitões foram abatidos no início de cada experimento para
análise da composição corporal e medidas intestinais iniciais. Os demais
leitões foram distribuídos nos tratamentos, de acordo com peso corporal inicial
e leitegada de origem e alojados individualmente em gaiolas em sala de
ambiente controlado (32
o
C) (Apêndice 1).
Durante as primeiras 8 a 12 horas do experimento, os leitões foram
treinados a consumir a dieta líquida fornecida manualmente através de um bico
de látex. Este processo foi repetido a cada intervalo de uma ou duas horas
para cada leitão, até que eles aprendessem a mamar sozinhos o leite através
do aparelho. Após o treinamento, um sistema de fluxo por gravidade (McClead
et al., 1990) foi empregado. O sistema consistiu de uma garrafa plástica de dois
litros localizada sobre a gaiola com um tubo plástico conectando a garrafa ao
bico de mamadeira preso na gaiola. Para manter os ingredientes em uma
suspensão uniforme, um agitador magnético foi utilizado sob cada garrafa
(Apêndice 1). As dietas foram reconstituídas diariamente com água na base de
15 % de sólidos e mantidas sob refrigeração a 4
o
C acada refeição. A dieta
líquida fresca foi pesada e adicionada às garrafas 4 vezes ao dia (8, 13, 18 e
23 horas) para garantir aos leitões acesso ad libitum à dieta fresca. A dieta não
47
consumida foi pesada e descartada e todos os componentes do sistema de
alimentação foram limpos duas vezes ao dia (8:00 e 16:00 h). Os leitões foram
pesados e a ocorrência de diarréia foi registrada diariamente (8:00 horas). O
período experimental foi dos 2 aos 19 dias de idade dos leitões.
As dietas foram preparadas por Milk Specialties Co. (Dundee, IL -
EUA) como fórmulas em seco, diferindo principalmente quanto à fonte de
proteína. Na primeira repetição no tempo do experimento, quatro dietas foram
utilizadas: Dieta 1) controle positivo, com o soro de leite como única fonte
protéica (SORO); Dieta 2) proteína de soro de leite parcialmente substituído
(aproximadamente 31 %) pela mistura proteínas vegetais modificadas (PVM-1),
Dieta 3) proteína de soro parcialmente substituída (aproximadamente 62 %)
pela mistura de proteínas vegetais modificadas (PVM-2) e Dieta 4) controle
negativo, com a proteína de soro sendo parcialmente substituída
(aproximadamente 62 %) por proteína isolada de soja (PIS) (Tabela 1). Devido
ao pior desempenho dos leitões alimentados com a dieta controle positivo
(SORO) comparados com as dietas em teste na primeira repetição, uma quinta
dieta foi incluída na segunda repetição do experimento. Nesta dieta
(CASEINA), aproximadamente 47 % da proteína do soro foi substituída por
caseína. Os dados desta quinta dieta foram utilizados somente como valores
de referência para o primeiro controle positivo e não foram incluídos na análise
estatística.
48
Tabela 1. Ingredientes das dietas experimentais
Dietas
Ingredientes %
SORO PVM-1 PVM-2 PIS Caseína
Soro de leite em
51,88 52,70 50,45 43,95 49,68
Proteína concentrada de soro
21.57 13,13 5,70 5,93 10,03
Soro sem lactose
a
4,25
Gordura
b
21,79 19,96 19,83 22,10 21,86
PVM
c
- 9,21 18,43 - -
Proteína isolada de soja (PIS)
- - - 18,13 -
Caseinato de sódio
- - - - 12,85
Fosfato bicálcico, dihidrato
1,39 1,25 1,19 1,00 1,15
Cloreto de Cálcio
0,62 0,86 1,10 1,26 0,82
L-lisina (HCl)
- 0,05 0,35 0,33 -
DL-metionina
0,12 0,13 0,24 0,41 0,26
Citrato de Sódio
0,7
Premix
d
2,63 2,71 2,71 2,64 2,65
a
Soro de leite seco, removido a porção de lactose.
b
A fonte de gordura utilizada foi banha de suíno, que foi adicionado como spray-dried,
encapsulada com proteína concentrada de soro (nas dietas Soro e PIS) ou PVM (nas
dietas PVM-1 e PVM-2). A mistura continha também emulsificante.
c
Proteína Vegetal Modificada, produzidas por Milk Specialties Co. (Dundee, IL 60118),
contendo proteínas de soja e trigo, processadas para aumentar a solubilidade para
utilização em dietas líquidas.
e
: Vit. E 0,04 %, premix mineral 0,5 %; premix vitamínico 0,08 %, Sorbato de Potássio
0,45 %, Aromatizante (gordura de manteiga em pó) 0.05 % e Ácido Cítrico 1.0 %.
As dietas foram formuladas (Tabela 2) para conter níveis
semelhantes de energia metabolizável e lisina total (1,94 %) e atender as
necessidades apresentadas pelo NRC (1998) para leitões dos 3 aos 5 kg de
peso. Cobalto-EDTA foi preparado conforme descrito por Uden et al. (1980) e
adicionado (0,1 %) às dietas 36 horas antes do final do experimento como
indicador indigestível.
49
Tabela 2. Composição das dietas experimentais
a
Item Dietas
SORO PVM-1 PVM-2 PIS Caseína
EM, kcal/kg 4.449 4.448 4.449 4.449 4.449
Proteína Bruta, % 21,71 24,64 27,10 26,78 23,28
Gordura, % 22,81 21,47 20,97 22,37 21,84
Lactose, % 39,64 37,68 35,75 35,22 38,56
Cinzas, % 6,39 8,05 7,83 8,31 8,35
Cálcio, % 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Fósforo, % 0,80 0,80 0,80 0,80 0,800
Sódio, % 0,36 0,49 0,65 0,57 0,48
Cloro, % 0,94 0,92 0,93 0,93 0,92
Potássio, % 1,17 1,13 1,12 1,20 1,12
Aminoácidos Totais, %
Lisina 1,85 1,94 1,98 1,95 1,99
Triptofano 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35
Treonina 1,37 1,35 1,29 1,10 1,17
Metionina 0,57 0,55 0,70 0,75 0,76
Leucina 2,22 2,26 2,34 2,25 2,51
Isoleucina 1,35 1,31 1,40 1,34 1,32
Valina 1,32 1,28 1,44 1,38 1,47
Fenilalanina 0,73 0,91 1,12 1,21 1,01
Tirosina 0,56 0,66 0,76 0,78 0,84
Arginina 0,57 0,90 1,10 1,52 0,74
Histidina 0,43 0,44 0,58 0,62 0,59
Ácido Aspártico 2,29 2,12 2,54 2,89 2,01
Ácido Glutâmico 3,63 3,54 5,22 4,96 4,87
Serina 0,83 1,12 1,03 1,00 0,92
Prolina 1,25 1,58 1,74 1,38 1,98
Glicina 0,45 1,32 0,77 0,90 0,44
Alanina 1,03 1,01 1,09 1,06 0,86
a
Valores calculados para EM, gordura, lactose e triptofano em todas as dietas e todos
aminoácidos na dieta PVM-1. Valores analisados para proteína bruta e cinzas em
todas as dietas e aminoácidos (exceto triptofano) nas dietas SORO, PVM-2, PIS e
CASEÍNA.
2.2.3. Abate e coleta de amostras
No último dia do experimento (19 dias de idade), todos os leitões
foram abatidos para amostragem da digesta gástrica e ileal e mucosa intestinal.
Os leitões foram anestesiados com gás isofluorano a 5% (v/v), a cavidade
50
abdominal foi aberta e o trato gastrintestinal foi removido a partir da junção
gastro-esofágica até a porção distal do reto. Amostras de sangue foram
coletadas da veia jugular em tubos heparinizados e mantidos no gelo. Após a
coleta, os leitões foram mortos por exsanguinação. O conteúdo gástrico foi
coletado e o pH medido imediatamente. O intestino delgado foi dissecado livre
do mesentério e organizado em quatro segmentos de igual comprimento. A
superfície externa do íleo foi lavada com água destilada para remover resíduos
de sangue e o conteúdo foi coletado e armazenado a –80
o
C. Nas posições de
25, 50 e 75 % do comprimento do intestino delgado (medido a partir do final do
piloro) dois segmentos adjacentes de 3 e 10 cm de comprimento foram
coletados. O restante da digesta no intestino foi removida e a carcaça vazia foi
armazenada a 20
o
C. O segmento de 10 cm do intestino foi aberto
longitudinalmente e a mucosa foi raspada com lâmina de vidro e pesada
(Dahlqvist, 1964). A mucosa foi transferida para um moedor de tecido Kontes e
homogeneizado em 4 volumes de solução tampão fosfato mantida no gelo
(PBS). Amostras foram congeladas a –80
o
C até análise. O segmento intestinal
de 3 cm foi imerso em tubos contendo solução fixadora gelada (FEA: formalina,
95% etanol e solução acido acético glacial) e armazenada a 4
o
C por 24 h.
2.2.4. Nitrogênio da uréia no plasma
Após a coleta, as amostras de sangue foram centrifugadas
(Beckman, modelo J-B6) em 824 x g por 10 min e o plasma foi coletado e
armazenado a -20
o
C. O plasma foi analisado para nitrogênio uréico pelo
procedimento quantitativo urease/Berthelot (Sigma Diagnostics, St. Luis, MO)
51
baseado no método descrito por Fawcett e Scott (1960) e Chaney e Marbach
(1962).
2.2.5. Atividade da enzima Leucina Aminopeptidase
O homogeneizado de mucosa intestinal foi descongelado em
temperatura ambiente e centrifugado a 1,800 x g for 10 min (Beckman, modelo
J-B6). A solução sobrenadante foi coletada e armazenada a –80
o
C. A
atividade da enzima de membrana Leucina aminopeptidase foi medida como
descrito por Goldbarg e Ruttenburg (1958), com modificações. Um ml de
homogeneizado de mucosa diluído (diluição de 1 para 400 em água destilada)
foi incubado com um ml de substrato (solução 0,00137 M de L-leucil-β-
naphthylamide hidrocloride, misturado com igual volume de solução tampão
fosfato com 0,2 M e pH 7,0) a 37
o
C por 30 min. Após 30 minutos, a hidrólise
foi interrompida pela adição de um ml de solução acido tricloroacetico 40 %. 0,5
ml desta mistura foram transferidos para outro tubo de teste e a diazonização
do β-naphthylamine foi concluída pela adição de 0,5 ml de solução de sódio
nitrito a 0,1 %. Depois de 3 minutos, o excesso de sódio nitrito foi decomposto
pela adição de 1 cc de solução de amonia sulfamato. A reação foi concluída em
2 minutos. Então, 2 ml de solução de N-(1-Naphthyl)ethylenediamine
dihidrocloride em ethanol a 95% (1 mg por ml) foi adicionado ao tubo para
produzir um azo de cor azul em pH 1,2. Após 30 minutos em temperatura
ambiente, a densidade da cor foi medida por colorimetria (560 mµ). A curva de
calibração foi preparada com 3 a 30 µg de β-naphthylamina em água. O
conteúdo de proteína no homogeneizado de mucosa foi determinado pelo
52
método de Buiret (Gornall et al., 1949). A atividade da leucina aminopeptidase
foi expressa como µmol de ß-naphthylamine liberado por minuto por g de
proteína.
2.2.6. Morfologia intestinal
Após 24 horas na solução fixadora, os segmento do intestino
delgado foram imersos em solução de etanol a 70 % e armazenados em
temperatura ambiente. Os segmentos foram desidratados durante um período
de 2 dias usando concentrações crescentes de etanol (80 % até absoluto) e
xileno. Os segmentos foram então embebidos em parafina e resfriados a 4
o
C.
Cortes tranversais de aproximadamente 5 µm de espessura foram montados
sobre lâmina de vidro. As lâminas permaneceram em estufa (60
o
C) durante a
noite e então foram coloridas com hematoxilina e eosina-Y (Luna, 1968). Seis
alturas e diâmetros de vilosidades e seis profundidades de criptas foram
medidas aleatoriamente em cada lâmina usando microscópio ótico e um
sistema computacional de morfometria (BioScan Optimetric, BioScan Inc.,
Edmonds, WA). A área das vilosidades foi calculada como sendo: Área =
(largura x 3,14) x (2 x altura + raio).
2.2.7. Análise de composição corporal, aminoácidos e Cobalto
As carcaças foram moídas duas vezes em moedor de carne. Após
cada moagem, o material foi homogeneizado. Da mistura final foi retirada uma
amostrada e armazenada a –20
o
C até posterior análise de matéria seca,
cinzas, proteína bruta (nitrogênio x 6,25) e gordura (AOAC, 1997). As análises
53
de Co e aminoácidos das dietas e da digesta ileal foram realizadas em
laboratório comercial (Experiment Station Chemical Labs, University of
Missouri), utilizando os métodos da AOAC. Somente as amostras das dietas e
da digesta ileal dos leitões que consumiram as dietas SORO, PVM-2, PIS e
CASEINA foram submetidas à análise de cobalto e aminoácidos. Foi assumido
que os valores de digestibilidade para a dieta PVM-1 seriam intermediários
entre as dietas SORO e PVM-2 e portanto não foram analisados. A
concentração de triptofano não foi determinada em nenhuma análise.
2.2.8. Delineamento experimental e análise estatística
Foi utilizado um delineamento em blocos. Os leitões foram
distribuídos nos tratamentos de acordo com a leitegada de origem e o peso
corporal, sem distinção de sexo. Cada leitão foi considerado uma unidade
experimental, totalizando, nos dois blocos no tempo, 12 repetições no grupo
inicial e 12 repetições por tratamento (mais 6 repetições no tratamento
CASEINA). O efeito da proteína na dieta foi avaliado usando análise de
variância e as médias separadas pelo teste de Tukey. O efeito do bloco
(tempo) foi incluída no modelo de análise de variância mas não foi relatado
devido à ausência de interação com efeito de tratamento. Nas variáveis de
desempenho, o peso inicial foi usado como co-variável e os valores
apresentados são as médias ajustadas (least square means, GLM, SAS - SAS
Inst. Inc., Cary, NC), nos demais casos o apresentadas as médias
aritméticas. Dois leitões foram excluídos da análise em função de severa
diarréia e baixo consumo de dieta. Os dados do tratamento CASEINA (segunda
54
repetição no tempo) não foram incluídos na análise estatística. Os demais
dados foram submetidos à análise de variância usando o procedimento GLM
do pacote estatístico SAS (SAS Inst. Inc., Cary, NC) exceto para os dados de
diarréia que foram analisados utilizando o procedimento FREQ.
2.3. Resultados
2.3.1. Desempenho
No 9
o
dia de idade, os leitões alimentados com a dieta PVM-2
estavam 25 % mais pesados do que aqueles alimentados com a dieta SORO e
12 % mais pesados que os leitões que receberam a dieta PVM-1 (Tabela 3).
Nos dias 16 e 19, os leitões alimentados com a dieta SORO estavam em média
17 % mais leves que os leitões alimentados com as outras dietas.
Durante a primeira semana do experimento, os leitões alimentados
com PVM-2 tiveram um ganho diário de peso (GDP) 60 % maior que os leitões
que receberam dieta SORO e 25 % maior que os leitões do tratamento PVM-1.
Mesmo os leitões alimentados com PIS tiveram um (GDP) 20 % maior que
aqueles alimentados com SORO. Não houve diferenças no GDP entre as
dietas PVM-2 e PIS ou entre SORO e PVM-1. De forma semelhante, durante a
segunda semana, os leitões alimentados com soro ganharam peso mais
lentamente do que os leitões alimentados com as demais dietas. Durante todo
o período experimental, os leitões do tratamento SORO ganharam
aproximadamente 100 g/dia menos peso que os leitões dos tratamentos PVM-2
e PIS.
55
Tabela 3. Desempenho de leitões alimentados com dietas quidas contendo
diferentes fontes de proteína dos 2 aos 19 dias de idade.
a
Item Dietas ANOVA
Soro PVM-1 PVM-2 PIS
P > F
Peso Corporal, g
dia. 2
1,826 ± 72 1,792 ± 72 1,856 ± 72 1,813 ± 72
0,934
dia 9
3,147 ± 109
z
3,525
± 100
yz
3,948
± 100
x
3,773 ± 110
xy
<0,001
dia 16
5,503 ± 197
y
6,398 ± 188
x
6,904 ± 180
x
6,645 ± 188
x
<0,001
dia 19
6,805 ± 244
y
7,940 ± 211
x
8,518 ± 211
x
8,079 ± 210
x
<0,001
Ganho diário de peso, g/d
d. 2 a 9
189 ± 15
z
243 ± 14
yz
304 ± 14
x
279 ± 15
xy
<0,001
d. 9 a 16
349 ± 14
y
418 ± 14
x
430 ± 13
x
436 ± 14
x
0,001
d. 16 a 19
436 ± 22
y
510 ± 19
xy
541 ± 19
x
506 ± 19
xy
0,012
d. 2 a 19
291 ± 13
y
359 ± 11
x
394 ± 11
x
388 ± 13
x
<0,001
Consumo diário de ração, g MS/d
d. 2 a 9
163 ± 11
y
174 ± 10
xy
204 ± 10
x
195 ± 11
xy
0,058
d. 9 a 16
362 ± 18
y
384 ± 17
xy
398 ± 16
xy
445 ± 17
x
0,014
d. 16 a 19
521 ± 27 545 ± 24 557 ± 24 562 ± 24
0,706
d. 2 a 19
295 ± 14
y
332 ± 12
xy
344 ± 12
x
361 ± 15
x
0,023
Eficiência alimentar (ganho/consumo)
d. 2 a 9
1,15 ± 0,06
y
1,43 ± 0,06
x
1,48 ± 0,06
x
1,47 ± 0,06
x
0,002
d. 9 a 16
0,98 ± 0,04 1,10 ± 0,04 1,09 ± 0,04 0,99 ± 0,04
0,139
d. 16 a 19
0,84 ± 0,05 0,94 ± 0,04 0,98 ± 0,04 0,91 ± 0,04
0,198
d. 2 a 19
0,99 ± 0,04
y
1,10 ± 0,03
xy
1,15 ± 0,03
x
1,09 ± 0,03
xy
0,037
a
Valores são médias ajustadas ± erro padrão; n = 9-12.
xyz
Na mesma linha, médias
sem letra em comum diferem entre si, P < 0.05.
Durante a primeira semana, o consumo diário de ração (CDR,
expresso em matéria seca) dos leitões alimentados com PVM-2 foi 25 % maior
do que dos leitões alimentados com SORO. Na a segunda semana, leitões
alimentados com PIS tiveram um CDR 23 % maior que os leitões que
consumiram a dieta SORO. No geral, os animais que consumiram as dietas
56
PVM-2 ou PIS tiveram maior CDR (~22 %) que leitões que consumiram a dieta
SORO.
Durante a primeira semana, os leitões da dieta SORO foram cerca
de 20 % menos eficientes que os leitões das outras dietas. Não foram
observadas diferenças na eficiência alimentar entre os tratamentos na segunda
semana, entretanto no período total, a dieta PVM-2 proporcionou uma
eficiência alimentar (EA) 16 % maior que a dieta SORO.
O PC aos 19 dias de idade e o GDP e CDR dos 2 aos 19 dias de
idade dos leitões no tratamento CASEINA foram: 7,265 ± 0,703 kg, 305 ± 44
g/dia e 283 ± 27 g/dia (dados não apresentados), respectivamente, sendo estes
valores semelhantes aos observados nos leitões da dieta SORO.
A ocorrência de diarréia foi baixa e registrada mais freqüentemente
durante os primeiros dias do experimento. Maior ocorrência de diarréia foi
observada na segunda repetição no tempo do experimento. No geral, leitões
alimentados com a dieta PVM-2 tiveram menos (Chi quadrado, P=0,005) casos
de diarréia (7 de 204 possibilidades) que as demais dietas. A freqüência da
ocorrência de diarréia foi 26/170 para a dieta SORO, 22/204 para a dieta PVM-
1 e 29/204 para a dieta PIS.
2.3.2. Digestibilidade Ileal aparente da matéria seca e
aminoácidos e consumo de aminoácidos digestíveis
Não foram observadas diferenças entre as dietas para a
digestibilidade ileal aparente da matéria seca (CDMS) (Tabela 4). A
digestibilidade ileal aparente da maioria dos aminoácidos foi entre 7 a 10 %
57
maior na dieta SORO comparada com as dietas PVM-2 e PIS. Para os
aminoácidos essenciais, com exceção da arginina, que não apresentou
diferença, e da histidina, que foi diferente entre SORO e PIS, todos os
outros aminoácidos essenciais foram mais digestíveis na dieta SORO do que
nas dietas PIS e PVM-2. Com relação aos aminoácidos não essenciais, a
digestibilidade da tirosina na dieta SORO foi maior do que a da dieta PIS. As
dietas SORO e PVM-2 apresentaram maior digestibilidade para prolina do que
a dieta PIS. Os ácidos glutâmico e aspártico e a alanina foram mais digestíveis
na dieta SORO e não foram observadas diferenças na digestibilidade da glicina
e serina entre as dietas.
Tabela 4. Digestibilidade Ileal aparente da matéria seca e aminoácidos em
leitões alimentados com diferentes fontes de proteína na dieta
a
Digestibilidade, % Dietas ANOVA
SORO PVM-2 PIS P > F
Matéria Seca 85,50 ± 1,06 86,14 ± 1,03 85,16 ± 0,99
0,732
Lisina 85,55 ± 1,49
x
78,87 ± 1,35
y
77,15 ± 1,41
y
<0,001
Metionina 91,30 ± 0,98
x
87,81 ± 0,89
y
86,43 ± 0,89
y
0,001
Treonina 77,24 ± 1,66
x
70,90 ± 1,50
y
66,65 ± 1,57
y
<0,001
Leucina 91,53 ± 1,43
x
81,50 ± 1,29
y
80,80 ± 1,29
y
<0,001
Histidina 86,13 ± 1,70
x
81,29 ± 1,54
xy
77,18 ± 1,54
y
0,001
Valina 86,02 ± 1,59
x
78,51 ± 1,44
y
75,38 ± 1,44
y
<0,001
Fenilalanina 87,19 ± 1,59
x
82,03 ± 1,44
y
79,26 ± 1,44
y
0,001
Isoleucina 90,79 ± 1,50
x
81,95 ± 1,35
y
77,30 ± 1,35
z
<0,001
Arginina 85,26 ± 1,54
81,99 ± 1,39
84,64 ± 1,39
0,210
Total essencial
b
86,91 ± 1,41
x
80,06 ± 1,27
y
78,71 ± 1,27
y
<0,000
Tirosina 86,35 ± 1,88
x
80,90 ± 1,70
xy
76,98 ± 1,70
y
0,001
Prolina 81,58 ± 1,81
x
79,49 ± 1,63
x
73,51 ± 1,63
y
0,004
Ácido Glutâmico 87,40 ± 1,35
x
82,76 ± 1,22
y
81,86 ± 1,28
y
<0,010
Ácido Aspártico 87,74 ± 1,46
x
78,29 ± 1,32
y
76,71 ± 1,32
y
<0,001
Alanina 84,70 ± 1,73
x
75,91 ± 1,56
y
71,39 ± 1,56
y
<0,001
Glicina 63,59 ± 2,59 67,61 ± 2,34 67,14 ± 2,46
0,453
Serina 75,02 ± 1,87 71,42 ± 1,69 70,14 ± 1,69
0,131
Total analisado, % 85,65 ± 1,44
x
79,51 ± 1,31
y
77,91 ± 1,37
y
<0,001
a
Valores o médias ± erro padrão, n = 9-12.
b
Não inclui Triptofano.
xyz
Na
mesma linha, médias sem letras em comum diferem, P < 0.05.
58
Na dieta CASEINA, os valores de digestibilidade ileal aparente
foram: 86,65 ± 1,27 %, 90,34 ± 1,27 % e 87,12 ± 2,90 %, respectivamente para
matéria seca, aminoácidos essenciais e aminoácidos não essenciais.
Tabela 5. Consumo médio diário de aminoácidos digestíveis de leitões
alimentados com diferentes fontes de proteína na dieta
Dietas ANOVA
Consumo, g/d
SORO PVM-2 PIS
P > F
Lisina 4,86 ± 0,29 5,43 ± 0,26 5,12 ± 0,26
0,375
Leucina 6,22 ± 0,33 6,65 ± 0,30 6,31 ± 0,30
0,590
Isoleucina 3,74 ± 0,19 4,00 ± 0,17 3,60 ± 0,17
0,592
Valina 3,47 ± 0,19 3,94 ± 0,18 3,62 ± 0,17
0,207
Metionina 1,58 ± 0,10
y
2,13 ± 0,09
x
2,26 ± 0,09
x
<0,001
Histidina 1,13 ± 0,08
y
1,64 ± 0,07
x
1,66 ± 0,07
x
<0,001
Fenilalanina 1,93 ± 0,15
y
3,20 ± 0,14
x
3,34 ± 0,14
x
<0,001
Treonina 3,24 ± 0,16
x
3,18 ± 0,14
x
2,53 ± 0,14
y
0,004
Arginina 1,47 ± 0,17
z
3,14 ± 0,15
y
4,49 ± 0,15
x
<0,001
Total essencial aa
b
27,67 ± 1,67
y
33,35 ± 1,52
x
32,95 ± 1,52
x
0,035
Serina 1,90 ± 0,13
y
2,56 ± 0,12
x
2,44 ± 0,12
x
0,002
Glicina 0,88 ± 0,11
y
1,81 ± 0,10
x
2,06 ± 0,10
x
<0,001
Ácido Glutâmico 9,70 ± 0,77
y
15,02 ± 0,70
x
13,86 ± 0,70
x
<0,001
Tirosina 1,47 ± 0,10
y
2,14 ± 0,09
x
2,08 ± 0,09
x
<0,001
Prolina 3,12 ± 0,21
y
4,80 ± 0,19
x
3,55 ± 0,19
y
<0,001
Ácido Aspártico 6,15 ± 0,38
y
6,92 ± 0,34
xy
7,74 ± 0,34
x
0,016
Alanina 2,66 ± 0,15 2,89 ± 0,13 2,64 ± 0,13
0,396
Total aa analisados
53,57 ± 3,51
y
69,52 ± 3,20
x
67,34 ± 3,19
x
0,005
a
Valores são médias ± erro padrão; n = 9-12.
b
Não inclui triptofano.
xyz
Na
mesma linha, médias sem letra em comun diferem, P < 0.05.
Não foram observadas diferenças no consumo diário de lisina,
leucina, isoleucina ou valina digestíveis entre os tratamentos (Tabela 5).
Entretanto, leitões alimentados com dieta SORO tiveram um menor consumo
diário de arginina, metionina, histidina e fenilalanina digestíveis do que os
leitões alimentados com as dietas PVM-2 e PIS. Leitões que receberam a dieta
PIS tiveram menor consumo diário de treonina digestível, porém um consumo 3
vezes maior de arginina digestível do que os leitões da dieta SORO. De forma
59
semelhante, o consumo de arginina digestível foi duas vezes maior nos leitões
da dieta PVM-2 do que nos leitões da dieta SORO. Coletivamente, o consumo
diário total de aminoácidos essenciais foi aproximadamente 20 % maior mas
dietas PVM-2 e PIS do que na dieta SORO.
O consumo diário dos aminoácidos digestíveis não essenciais
serina, glicina, glutamina e tirosina foi maior nas dietas PVM-2 e PIS do que na
dieta SORO. O consumo de prolina digestível foi maior na dieta PVM-2
enquanto que o consumo de ácido aspártico digestível foi maior na dieta PIS,
comparados com a dieta SORO. Não houve diferenças no consumo de alanina
digestível entre as dietas. O consumo diário do total de aminoácidos digestíveis
analisados foi cerca de 25 % maior para as dietas PVM-2 e PIS comparadas
com a dieta SORO.
Leitões alimentados com a dieta CASEINA tiveram um consumo
diário de aminoácidos essenciais digestíveis de 29,53 ± 2,85 g/dia e de total
aminoácidos analisados de 59,43 ± 5,57 g/dia.
2.3.3. Consumo diário ajustado para peso corporal
Tabela 6. Consumo diário de matéria seca (MS), Energia Metabolizável (EM) e
proteína bruta (PB) ajustados para peso corporal.
a
Dietas P
SORO PVM-1 PVM-2 PIS
MS, g/kg PC/d
72 ± 2,74 71 ± 2,36 70 ± 2,36 72 ± 2,75
0,7432
EM, kcal/kg PC/d
321 ± 12 317 ± 10 307 ± 10 322 ± 12
0,7432
PB g/kg PC/d
15,7 ± 0.66
b
17,5 ± 0,66
ab
18,9 ± 0.86
a
19,9 ± 0.83
a
0,0020
a
Valores são médias ± erro padrão; n = 9-12.
xyz
Na mesma linha, médias sem
letra em comum diferem, P < 0.05.
60
Quando o consumo diário foi expresso em relação ao peso corporal
(Tabela 6), não foram observados diferenças no consumo diário de matéria
seca (MS) e energia metabolizável (EM) entre os tratamentos. o consumo
de proteína bruta (PB) foi maior nos tratamentos PVM-2 e PIS, comparados
com o tratamento SORO. Os consumos ajustados no tratamento CASEÍNA
foram: matéria seca 66 ± 4,62 g/kg PC/dia; energia metabolizável, 293 ± 20
kcal/kg PC/dia e proteína bruta, 15,3 ± 1,07 g/kg PC/dia.
Os consumos diários ajustados para o peso corporal (CD/PC) dos
aminoácidos digestíveis estão apresentados na Tabela 7.
Tabela 7. Consumos diários aminoácidos digestíveis dos 2 aos 19 dias de
idade ajustado para peso corporal
a
aa, g/kg PC/dia Dietas
SORO PVM-2 PIS P
Lisina 1,21 ± 0,07 1,08 ± 0,05 1,11 ± 0,05
0,4008
Valina 0,86 ± 0,05 0,78 ± 0,03 0,77 ± 0,03
0,2682
Leucina 1,56 ± 0,09
1,32 ± 0,06 1,34 ± 0,06
0,1043
Isoleucina 0,94 ± 0,05
a
0,79 ± 0,03
b
0,76 ± 0,03
b
0,0251
Treonina 0,81 ± 0,04
a
0,63 ± 0,03
b
0,54 ± 0,03
b
<0,0001
Arginina 0,36 ± 0,05
c
0,63 ± 0,03
b
0,95 ± 0,03
a
<0,0001
Fenilalanina 0,47 ± 0,04
b
0,64 ± 0,03
a
0,71 ± 0,03
a
0,0004
Metionina 0,39 ± 0,03
b
0,42 ± 0,02
ab
0,48 ± 0,02
a
0,0324
Histidina 0,28 ± 0,02
b
0,33 ± 0,01
ab
0,35 ± 0,01
a
0,0429
Serina 0,47 ± 0,03 0,51 ± 0,02 0,52 ± 0,02
0,4985
Glicina 0,20 ± 0,02
c
0,36 ± 0,02
b
0,44 ± 0,02
a
<0,0001
Ácido Glutâmico
2,42 ± 0,19
b
3,01 ± 0,13
a
3,01 ± 0,13
a
0,0358
Tirosina 0,36 ± 0,02 0,42 ± 0,02
0,44 ± 0,02
0,0673
Prolina 0,78 ± 0,05
b
0,95 ± 0,03
a
0,75 ± 0,03
b
0,0019
Ácido Aspártico 1,53 ± 0,10
ab
1,38 ± 0,07
b
1,65 ± 0,07
a
0,0434
Alanina 0,66 ± 0,04 0,57 ± 0,02 0,56 ± 0,02
0,0752
a
Valores são médias ± erro padrão; n = 9-12.
xyz
Na mesma linha, médias sem
letra em comum diferem, P < 0.05.
61
Não foi observado diferenças no CD/PC dos aminoácidos lisina,
valina, leucina, serina, tirosina e alanina entre as dietas. Os leitões alimentados
com a dieta SORO tiveram maior CD/PC de treonina que os leitões
alimentados com PVM-2 e PIS. O CD/PC de metionina e histidina foi maior na
dieta PIS comparada com a dieta SORO. Os CD/PC de fenilalanina e ácido
glutâmico foram maiores nas dietas PIS e PVM-2 comparados com a dieta
SORO. A dieta PVM-2 apresentou maior CD/PC de prolina comparado com as
dietas SORO e PIS. O CD/PC de ácido aspártico foi maior na dieta PVM-2 do
que na dieta PIS. Os CD/PC de arginina e glicina foram maiores na dieta PIS
do que na dieta PVM-2 e nesta maiores do que na dieta SORO.
2.3.4. Composição corporal e composição do ganho de peso
A composição corporal do grupo inicial (2 dias de idade) foi 78,51 ±
0,56 % de água, 12,69 ± 0,19 % de proteína, 3,94 ± 0,52 % de gordura e 2,82 ±
0,04 % de cinzas. Após 17 dias de alimentação, os leitões que consumiram a
dieta SORO apresentaram uma composição corporal com aproximadamente 1
% menos proteína e 3 % mais gordura do que os leitões das dietas PVM-2 e
PIS (Tabela 8). O percentual de cinzas foi mais alto nas carcaças de leitões
alimentados com a dieta SORO. Não houve diferenças no percentual de água
das carcaças entre os tratamentos. A composição das carcaças dos leitões
alimentados com a dieta CASEINA teve 70,31 ± 0,91 % de água, 13,61 ± 0,10
% de proteína, 12,70 ± 0,94 % de gordura e 2,34 ± 0,03 % de cinzas. A taxa de
deposição (g/dia) de água e proteína foi respectivamente 37 % e 42 % maior
nas carcaças de leitões alimentados com PVM-2, PVM-1 e PIS do que nas
62
carcaças de leitões alimentados com SORO. A taxa de deposição de cinzas foi
maior em leitões alimentados com PVM-2 e PIS do que em leitões alimentados
com SORO.
A taxa de deposição de nutrientes na carcaça dos leitões
alimentados com CASEINA foi de 204 g/dia de água, 42 g/dia de proteína, 50
g/dia de gordura e 6,33 g/dia de cinzas.
Tabela 8. Composição corporal (%) e taxa de deposição corporal (g/dia) de
proteína, gordura, água e cinzas em leitões alimentados com
diferentes fontes de proteína na dieta.
a
Item Dietas Anova
Soro PVM-1 PVM-2 PIS
P > F
Composição Corporal, %
Água
68,10 ± 0,70 69,87 ± 0,61 70,42 ± 0,61 70,26 ± 0,71
0,083
Proteína
12,81 ± 0,22
y
13,46 ± 0,19
xy
13,68 ± 0,19
x
13,85 ± 0,22
x
0,016
Gordura
15,42 ± 0,67
x
13,09 ± 0,58
xy
12,50 ± 0,57
y
12,51 ± 0,67
y
0,010
Cinzas
2,34 ± 0,03
x
2,15 ± 0,02
y
2,10 ± 0,02
y
2,12 ± 0,03
y
<0,001
Taxa de deposição, g/d
Agua
187 ± 8,74
y
242 ± 7,55
x
268 ± 7,53
x
260 ± 8,79
x
<0,001
Proteína
37 ± 2,19
y
49 ± 1,18
x
55 ± 1,89
x
54 ± 2,20
x
<0,001
Gordura
58 ± 4,13 56 ± 3,57 58 ± 3,55 57 ± 4,15
0,983
Cinzas
6,15 ± 0,34
y
7,11 ± 0,34
xy
7,65 ± 0,29
x
7,44 ± 0,34
x
0,012
a
Valores são médias ± erro padrão, n = 9-12.
xyz
Na mesma linha, médias sem
uma letra em comum diferem, P < 0.05.
2.3.5. pH Gástrico, nitrogênio da uréia no plasma, retenção de
nitrogênio e atividade da leucina aminopeptidase
Não houve efeito de tratamento no pH do conteúdo gástrico medido
aos 19 dias de idade (segunda repetição do experimento) (Tabela 9). A
63
concentração de nitrogênio uréico no plasma (NUP) foi mais baixa em leitões
alimentados com SORO comparados com as outras dietas. Não foi observada
diferenças na eficiência de retenção de nitrogênio entre os tratamentos, sendo
que na média geral a retenção de N foi de 59 %. A atividade da enzima Leucina
aminopeptidase (LAP) medida na porção de 75 % do comprimento do intestino
delgado foi maior em leitões do tratamento PVM-1 do que em leitões do
tratamento PIS. Não foram detectadas diferenças entre os tratamentos na
atividade da LAP nas porções de 25 e 50 % do comprimento do intestino
delgado.
Tabela 9. pH do conteúdo gástrico, nitrogênio da uréia no plasma (NUP) e
atividade da enzima Leucina aminopeptidase (LAP) em leitões
alimentados com diferentes fontes de proteínas na dieta
a
Dietas Anova
Soro PVM-1 PVM-2 PIS
P > F
pH Gástrico
4,56 ± 0,15 4,31 ± 0,15 4,30 ± 0,16 4,22 ± 0,15
0,462
NUP, mg/dL
4,01 ± 0,36
x
5,32 ± 0,31
y
6,46 ± 0,32
y
5,77 ± 0,31
y
<0,001
Retenção de N, % 58,55 ± 2.55 56,17 ± 2,30 59.18 ± 2.30 61,16 ± 2,20 0,4877
LAP atividade, µmole/(min • g proteína)
25
b
129 ± 11 107 ± 10 126 ± 10 114 ± 10
0,451
50
b
144 ± 15 152 ± 15 179 ± 15 153 ± 15
0,388
75
b
278 ± 32
xy
346 ± 32
x
263 ± 30
xy
219 ± 30
y
0,045
Média
184 ± 12 202 ± 12 189 ± 13 162 ± 12
0,135
a
Valores são médias ± erro padrão, n = 6 para pH e n = 9-12 para NUP e LAP.
b
25,
50 e 75% do comprimento do intestino delgado.
xyz
Na mesma linha, médias sem letra
em comum diferem, P <0.05.
64
Os valores de pH do conteúdo gástrico, NUP e atividade média da
LAP em leitões do tratamento CASEINA foram, respectivamente 4,02 ± 0,18,
4,53 ± 0,37 mg/dL e 174 ± 10 µmol/min/g proteína.
2.3.6. Morfologia intestinal
Não foram observadas diferenças entre os tratamentos para altura de
vilosidades a 25 % do comprimento do intestino delgado (Tabela 10). A 50 %
do comprimento do intestino, os leitões alimentados com dieta SORO tiveram
vilosidades mais longas do que nos leitões alimentados com a dieta PVM-2. A
75 % do comprimento, os tratamentos SORO e PIS apresentavam vilosidades
mais curtas comparadas com as do tratamento PVM-1. A altura média de
vilosidades nas 3 porções do intestino foi maior para os leitões do tratamento
PVM-1 comparado aos do PIS.
Não foram observadas diferenças entre os tratamentos na profundidade
de cripta em nenhuma das porções do intestino. A área de vilosidade na porção
de 75 % do intestino foi maior em leitões do tratamento PVM-1 comparado aos
tratamentos SORO e PIS. O valor médio da área nas três porções foi maior
para PVM-1 do que para PIS. A relação entre altura de vilo e profundidade de
cripta na porção de 50% foi maior no tratamento SORO comparado com
HIDRO. na porção de 75% e na média das três porções a relação foi maior
nos leitões alimentados com a dieta PVM-1.
65
Tabela 10. Altura e área de vilosidades, profundidade de criptas e relação entre
altura de vilosidades e profundidade de criptas de três porções do
intestino delgado de leitões alimentados com diferentes fontes de
proteína na dieta (medido aos 19 dias de idade).
a
Item Dietas
Anova
Soro PVM-1 PVM-2 PIS
P > F
Altura de vilosidades, µm
25
b
869 ± 0,6 835 ± 0,5 851 ± 0,5 816 ± 0,5
0,924
50
962 ± 0,5
x
801 ± 0,4
xy
731 ± 0,4
y
783 ± 0,4
xy
0,018
75
935 ± 1,2
y
1.331 ± 1,0
x
983 ± 1,1
xy
781 ± 1,0
y
0,010
Média
941 ± 0,5
xy
1.019 ± 0,4
x
855 ± 0,4
xy
805 ± 0,4
y
0,019
Profundidade de criptas, µm
25
180 ± 0,10 173 ± 0,10 187 ± 0,10 164 ± 0,10
0,707
50
159 ± 0,07 163 ± 0,07 166 ± 0,06 162 ± 0,07
0,912
75
158 ± 0,09 126 ± 0,08 150 ± 0,08 153 ± 0,08
0,078
Média
168 ± 0,07 156 ± 0,06 168 ± 0,06 160 ± 0,06
0,563
Área de vilosidades, µm
2
25
634 ± 0,5 651 ± 0,5 664 ± 0,5 597 ± 0,5
0,804
50
740 ± 0,5 609 ± 0,4 569 ± 0,4 584 ± 0,4
0,077
75
703 ± 1,31
y
1.238 ± 1,1
x
785 ± 1,2
xy
590 ± 1,1
y
0,003
Média
721 ± 0,6
xy
872 ± 0,5
x
672 ± 0,4
xy
600 ± 0,4
y
0,006
Altura de vilosidades/profundidade de criptas, µm/µm
25
4,97 ± 0,38 4,91 ± 0,33 4,60 ± 0,33 5,04 ± 0,33
0,802
50
6,33 ± 0,51
x
4,98 ± 0,44
xy
4,45 ± 0,46
y
4,88 ± 0,46
xy
0,056
75
6,02 ± 1,13
y
11,09 ±0,97
x
7,07 ± 1,02
y
5,39 ± 0,97
y
0,001
Média
5,71 ± 0,42
xy
6,56 ± 0,32
x
5,15 ± 0,35
y
5,09 ± 0,33
y
0,022
a
Valores são médias ± erro padrão, n = 9 a 12.
b
25, 50 e 75% do comprimento
do intestino delgado, a partir do piloro.
xyz
Na mesma linha, médias sem letra
em comum diferem, P < 0.05.
2.4. Discussão
A média geral do ganho diário de peso (GDP) durante os 17 dias do
experimento foi 358 ± 12 g/dia, o que é semelhante aos valores observados em
outros experimentos com criação artificial de leitões com dietas líquidas (Jones
66
et al., 1977; Kim et al., 2001; Oliver et al., 2002) e maior do que observado em
leitões amamentados naturalmente, sem suplementação (aproximadamente
130 % maior do que o GDP relatado por Azain et al., (1996) e 180 % maior que
os dados apresentados por Wolter et al. (2002) para leitões de idades
semelhantes).
O pior desempenho apresentado pelos leitões do tratamento SORO
não pode ser completamente explicado apenas pelo menor consumo de dieta,
que a eficiência alimentar também foi pior na dieta SORO, especialmente na
primeira semana do experimento. Além disso, quando o consumo diário foi
ajustado para o peso corporal, não foram detectadas diferenças significativas
para consumo de matéria seca e energia metabolizável. Aparentemente, existe
uma contradição entre este resultado e o conhecimento tradicional, que
assume que leitões jovens têm necessidades nutricionais diferenciadas, que
incluem fontes de nutrientes de alta qualidade, especialmente no que diz
respeito às proteínas, sendo as proteínas derivadas do leite consideradas as
melhores fontes de proteína para leitões nesta idade.
Mateo e Veum (1980) relatam uma redução de aproximadamente 50
% no GDP de leitões de 1 a 15 dias de idade alimentados com dieta líquida à
base de proteína isolada de soja (PIS), comparado a leitões alimentados com
dietas à base de leite em desengordurado ou caseína, mas não observaram
diferenças no desempenho dos leitões dos 15 aos 29 dias de idade. Newport
(1980) não observou efeito no desempenho dos leitões dos 2 aos 28 dias de
idade com a substituição parcial de leite em pó desengordurado por uma
mistura de PIS e soro de leite em quando a proteína de soja foi responsável
67
por 37 % da proteína na dieta. Entretanto, um desempenho muito ruim foi
observado quando a proteína de soja foi responsável por 74 % da proteína da
dieta, sendo que somente quatro leitões de um total de 21 leitões neste
tratamento sobreviveram até o final do experimento. Esta alta mortalidade foi
relacionada a ocorrência de severos casos de diarréia.
Jones et al. (1977) relataram ausência de efeitos significativos sobre
o desempenho de leitões quando 25 % do leite em desengordurado foi
substituído por farinha de soja como fonte de proteína em uma dieta líquida
fornecida à leitões dos 21 aos 36 dias de idade. McCracken et al. (1998)
relataram um GDP intermediário para leitões alimentados com uma dieta à
base de proteína de soja hidrolisada (109 g/dia) comparado com dietas à base
de caseína/soro (121 g/dia) ou PIS (85 g/dia) dos 7 aos 17 dias de idade. Sohn
et al. (1994a) testaram proteína isolada e concentrada de soja, leite em e
farelo de soja como fontes de proteína em dietas de leitões dos 21 aos 35 dias
de idade. As dietas com proteínas isolada e concentrada de soja
proporcionaram GDP semelhantes às dietas com leite em e maiores GDP
que a dieta com farelo de soja. A partir destes resultados, parece claro que a
resposta à inclusão de proteínas vegetais nas dietas depende da porcentagem
de inclusão, do processamento destas proteínas e da idade dos leitões. De
fato, a melhora na eficiência de utilização de proteínas vegetais têm sido
atribuída a uma adaptação do sistema de enzimas digestivas do leitões às
fontes de proteína que ocorre com a idade (Kidder e Manners, 1980).
Entretanto, nós não encontramos na literatura nenhum dado mostrando melhor
desempenho para nenhuma dieta com fontes de proteína vegetal em
68
comparação com dietas com proteína do leite, fornecidas a leitões tão jovens
como relatado neste experimento.
No geral, a digestibilidade ileal aparente da matéria seca foi de 85,6
%, sem diferenças entre os tratamento. Este valor está de acordo com dados
de literatura com leitões alimentados artificialmente nesta idade (Oliver et al.,
2002). Trabalhando com leitões recém desmamados, Sohn et al. (1994b)
relataram menor digestibilidade ileal da matéria seca em dietas à base de
farelo de soja, porém não observaram diferenças na digestibilidade em dietas
com fontes de proteínas como leite em pó, proteína isolada de soja e proteína
concentrada de soja.
A digestibilidade ileal aparente da maioria dos aminoácidos foi maior
na dieta SORO (exceto para arginina, glicina e serina, que não apresentaram
diferenças). A digestibilidade ileal aparente da lisina foi de 85,55, 78,87 e 77,15
% nas dietas SORO, PVM-2 E PIS, respectivamente. Estes valores são mais
baixos que aqueles relatados por Sohn et al. (1994b) para dietas à base de
leite em pó (91,7%), proteína concentrada de soja (88,3%) e PIS (88,2%)
oferecidas à leitões dos 25 aos 52 dias de idade. Esta diferença provavelmente
está relacionada em parte à maduração do sistema enzimático digestivo dos
leitões, que é dependente da idade, conforme demonstrado por Chae et al.
(1999), que observaram maior digestibilidade das fontes de proteína em leitões
aos 21 dias de idade comparados com leitões com 10 dias de idade (80,7 vs.
78,1 %). Estes autores relatam também que a digestibilidade ileal aparente da
lisina foi menor em dietas à base de glúten de trigo (77,6 %) que em dietas à
base de leite em (83,8 %) e PIS (84,6 %). Nossos dados mostram que a
69
digestibilidade ileal aparente de aminoácidos essenciais e do total de
aminoácidos analisados foi em média cerca de 8 % menor na dieta PVM-2 e
cerca de 10 % menor na dieta PIS comparadas com a dieta SORO.
Mavromichalis et al. (2001) relataram valores de digestibilidade ileal
verdadeira de aminoácidos no leite de porca: lisina 88 %; metionina 99 %,
treonina 84 %, leucina 91 %, histidina 100 %, valina 87 % e arginina 90%.
Todos estes valores são superiores aos encontrados em nosso experimento,
mesmo nas dietas à base de proteínas do leite (exceto para leucina na dieta
SORO, que teve valor similar ao observado no leite da porca). Entretanto,
nossos dados não estão ajustados para a contaminação com aminoácidos
endógenos, o que pode explicar, ao menos em parte, as diferenças nos
resultados dos dois experimentos.
Apesar da maior digestibilidade dos aminoácidos na dieta SORO, o
consumo de aminoácidos digestíveis foi maior para a maioria dos aminoácidos
em leitões alimentados com as dietas PVM-2 e PIS, o que provavelmente
explica o desempenho superior dos leitões que consumiram estas dietas.
Embora não tenha havido diferença no consumo de lisina digestível, o
consumo de metionina digestível foi cerca de 39% menor na dieta SORO. De
forma semelhante, o consumo de arginina (113 a 205 %), histidina (46 %),
fenilalanina (69 %) e ácido glutâmico (42 a 54 %) digestíveis foi menor na
dieta SORO comparado às dietas PVM-2 e PIS. No geral, o consumo de
aminoácidos digestíveis essenciais e totais foi, respectivamente, cerca de 20 e
28 % menor na dieta SORO. Quando expresso em relação ao peso corporal,
as maiores diferenças no consumo de aminoácidos essenciais digestíveis
70
foram observadas para o aminoácido arginina, sendo que os leitões da dieta
SORO consumiram apenas 37 % da arginina consumida pelos leitões da dieta
PIS e 57 % da arginina consumida pelos leitões da dieta PVM-2.
Estas diferenças no consumo de aminoácidos digestíveis foram
refletidas tanto na composição corporal quanto na taxa de deposição corporal
de nutrientes. Leitões alimentados com a dieta SORO depositaram menos
proteína que os demais leitões (de 32 a 48% menos). Apesar de terem maior
porcentagem de gordura corporal, os animais do tratamento SORO não
depositaram menos gordura na carcaça em termos absolutos, o que é
resultado do menor GDP observado nestes leitões. Independente dos
tratamentos aplicados, as carcaças dos leitões deste experimento foram mais
gordas (13,38% de gordura) e apresentaram menor porcentagem de proteína
(13,45 %) comparados aos dados apresentados por Oliver et al. (2002), que
trabalhou com leitões de idade similar (11,6 % de gordura e 15,6 % de
proteína).
A concentração de lisina por unidade de energia em nossas dietas
foi 4,3 g de lisina total/Mcal de EM, o que está levemente abaixo da
recomendação do NRC (1998) para leitões dos 3 aos 5 kg de peso corporal
(4,5 g lisina total/Mcal EM) e bastante abaixo da concentração utilizada por
Oliver et al. (2002) (6,2 g de lisina total/Mcal EM). Isto pode explicar a diferença
na composição corporal entre os leitões nos dois experimentos. Entretanto, a
relação lisina/energia entre as dietas usadas neste experimento não variaram
significativamente: 3,5, 3,5 e 3,3 g de lisina digestível/Mcal de EM nas dietas
SORO, PVM-2 e PIS, respectivamente. As diferenças observadas entre os
71
tratamentos podem ser relacionadas com o desequilíbrio de algum outro
aminoácido, que não a lisina, ao invés de com a fonte de proteína em si. O
desequilíbrio de aminoácidos pode ocorrer quando excesso de
determinados aminoácidos e ou falta de algum aminoácido essencial
(aminoácido limitante). A redução no consumo de alimento é comum na maioria
destas situações (NRC, 1998). Dietas artificiais formuladas para leitões podem
ser especialmente sujeitas a este desequilíbrio entre aminoácidos, uma vez
que as necessidades de aminoácidos destes leitões muito jovens não está
ainda estabelecida.
Um dos aminoácidos que teve maior variação entre as dietas e
maior diferença no consumo foi a arginina. O vel de arginina total no leite da
porca é de 1,37 % (Mavromichalis et al., 2001), resultando em uma relação de
0,65 com o nível de lisina total no leite. o NRC (1998) sugere uma relação
de apenas 0,40 para leitões dos 3 aos 5 kg de peso vivo. Southern e Baker
(1983) recomendam uma relação de 0,48 para leitões recém-desmamados. As
relações arginina/lisina usadas em nossas dietas experimentais foram de 0,30,
0,50 e 0,78 % para as dietas SORO, PVM-2 e PIS, respectivamente. Wu et al.
(2004) demonstraram que o leite de porca é deficiente em arginina e que este é
um aminoácido essencial para máximo crescimento em leitões dos 7 aos 21
dias de idade. Kim et al. (2004) observaram que a suplementação de dietas
líquidas à base de proteínas do soro de leite com L-arginina teve grande e
positivo impacto sobre o desempenho de leitões dos 7 aos 21 dias de idade. O
consumo de arginina total observado por Kim et al. (2004) variou entre 1,8 a
3,46 g/dia ou 0,45 a 0,72 g/kgPC/dia, sendo que o ganho de peso respondeu
72
linearmente ao aumento do consumo de arginina. No presente experimento, o
consumo diário de arginina total variou entre 0,36 a 0,95 g/kgPC/dia, sendo
observado uma estabilização da resposta do ganho de peso ao aumento do
consumo de arginina entre 0,63 e 0,93 g/kg PC/dia, intervalo no qual se
encontra a resposta máximo obtida por Kim et al. (2004).
A concentração de nitrogênio da uréia no plasma (NUP) foi mais
baixa em leitões alimentados com a dieta SORO, o que parece contraditório
que a concentração de NUP é positivamente correlacionada com a taxa de
síntese de uréia e portanto, inversamente relacionada com a eficiência de
deposição de nitrogênio, que não foi diferente entre os tratamentos. Porém,
Coma et al. (1995) descreveu correlação positiva entre a concentração de NUP
com ganho de tecido magro, causado pelo confundimento do efeito do
consumo de ração. A quantidade de N ingerido tem uma correlação positiva
com NUP, e a deposição de tecido magro pode ter também uma correlação
positiva com consumo de N (como ocorreu neste experimento). Então, a
utilização da concentração de NUP como estimativa de eficiência de deposição
de N só é válida para consumos semelhantes de nitrogênio
A leucina aminopeptidase (LAP) é uma enzima digestiva da borda
em escova do intestino delgado que libera aminoácidos das ligações terminais
dos peptídeos (exopeptidase). Como a função desta enzima está relacionada
aos estágios finais da digestão protéica, ela pode não ser um bom parâmetro
para avaliar a atividade de proteinases em geral, entretanto (por ser expressa
na borda em escova) pode ser um bom parâmetro para a avaliação da saúde e
integridade das estruturas intestinais. A única diferença observada na atividade
73
da LAP foi uma maior atividade na porção de 75 % do intestino delgado de
leitões alimentados com a dieta PVM-1 comparado com leitões alimentados
com a dieta PIS. Da mesma forma, os resultados de morfologia não foram
consistentes com os resultados de desempenho, mostrando um benefício geral
para a dieta PVM-1 comparado com a dieta PIS (vilosidades mais longas nas
posições de 50 e 75 % do comprimento do intestino delgado e maior área de
vilosidades na posição de 75 %). A maior altura de vilosidades e maior relação
entre altura de vilosidades e profundidade de criptas observada na porção de
50 % do comprimento do intestino delgado para as dietas SORO comparados
com a dieta PVM-2 forma consistentes com os resultados de digestibilidade de
aminoácidos.
Dados na literatura mostram que as proteínas da soja (glicinina e β-
conglicinina) induzem à uma hipersensibilidade transitória na mucosa intestinal
de leitões recém desmamados. Li et al. (1990) relataram que leitões
alimentados com dietas contendo proteínas de soja tiveram redução no
crescimento, menor altura de vilosidades e maior profundidade de criptas
comparados com leitões alimentados com dietas à base de proteínas de leite.
Dreau et al. (1994) observaram que leitões desmamados aos 21 dias e idade e
alimentados com dieta à base de proteína de soja intacta, apresentaram uma
semana após o desmame menor área, perímetro, altura de vilosidades e
relação entre altura de vilosidades e profundidade de cripta comparados a
leitões cuja soja na dieta foi inativada para os antígenos glicinina e
betaconglicinina. Por outro lado, McCracken et al. (1998) testaram dietas
líquidas à base de proteína de soja hidrolisada, proteína isolada de soja ou
74
proteína de soro/caseína e a falta de substancial efeitos das dietas levaram os
autores à conclusão que soja hidrolisada ou intacta não causaram resposta
inflamatória significativa no intestino delgado de leitões neonatos. Neste
experimento, coletivamente, os resultados de morfologia favoráveis às dietas
SORO e PVM-1 foram inconsistentes e, embora possam ser relacionados aos
resultados de digestibilidade, não foram suficientes para alterar a saúde e as
funções intestinais a ponto de influenciar no desempenho dos leitões.
2.5. Implicações
Apesar da menor digestibilidade de aminoácidos, tanto a proteína
vegetal modificada quanto a proteína isolada de soja demonstraram ser boas
alternativas para substituição parcial das proteínas do leite utilizadas em dietas
líquidas para leitões neonatos. Mesmo que a comparação com a dieta à base
de proteína do leite tenha sido prejudicada pelo baixo desempenho no
tratamento controle positivo, os dados de desempenho das fontes de proteína
alternativas foram similares ao melhores dados encontrados na literatura
recente para leitões desta mesma idade. Os dados deste estudo revelam
também que um adequado perfil de aminoácidos pode ser mais importante que
a fonte de proteína em si. Claramente, mais estudos são necessários para
definir melhor as necessidades nutricionais (especialmente aminoácidos) de
leitões muito jovens. Em particular, nossos dados sugerem que a arginina pode
ser limitante em dietas à base de proteínas do leite. Em conclusão, existe um
valioso espaço para o uso de proteínas vegetais alternativas em dietas líquidas
para estes leitões muito jovens. A utilização desta informação pode auxiliar na
75
redução dos custos destas dietas e tornar a tecnologia de alimentação artificial
de leitões economicamente mais atrativa para a indústria de suínos.
3. Capítulo III
Avaliação da substituição parcial das proteínas lácteas por proteína
isolada de soja e do nível de arginina em dietas líquidas para leitões dos 3
aos 21 dias de idade
3.1. Introdução
A produção de leite da porca é um importante fator limitante para o
máximo crescimento de leitões em lactação e estratégias nutricionais e de
manejo não têm se mostrado eficazes no aumento da quantidade de leite
produzido (Hartmann et al. 1994). De fato, leitões criados artificialmente com
dietas líquidas apresentam taxas de crescimento muito superiores àquelas
obtidas com criação natural pela porca (Herrall et al., 1993; Zijlstra et al., 1996),
especialmente após a primeira semana de lactação. A base metabólica para
esta limitação do crescimento não está completamente esclarecida, mas está
relacionada à limitada ingestão de energia ou proteína (ou de algum
aminoácido) pelo leitão. Recentemente, trabalhos têm demonstrado que a
arginina, um aminoácido essencial para mamíferos jovens, é deficiente no leite
da porca (Wu et al., 2004) e sua suplementação em dietas artificiais à base de
proteínas do leite melhora o desempenho de leitões (Kim et al., 2004).
77
Embora o sistema de criação artificial de leitões melhore o
desempenho e reduza a mortalidade em leitões na fase pré-desmame, estas
vantagens devem ser avaliadas contra o custo relativamente alto dos
ingredientes lácteos que tradicionalmente compõem estas dietas (Odle e
Harrell, 1998 e 2001). Então, a utilização de ingredientes alternativos de origem
vegetal poderia contribuir para tornar este sistema economicamente mais
atrativo para a indústria. Porém, dietas com alta inclusão de proteínas vegetais
geralmente resultam em queda no desempenho de leitões com menos de duas
a três semanas de idade (Pettigrew et al., 1977a e b; Newport, 1980; Mateo e
Veum, 1980). Esta queda no desempenho têm sido relacionada ao fato de
leitões jovens apresentarem reduzida capacidade enzimática para digestão de
nutrientes de origem vegetal, além de hipersensibilidade transitória à antígenos
presentes na proteína de soja (Li et al., 1990; Dréu et al., 1994). Apesar disso,
dados recentes têm demonstrado que leitões podem utilizar satisfatoriamente
ingredientes de origem vegetal (Oliver et al., 2002, experimento 1). Além disso,
o novo conceito de que as proteínas do leite não apresentam um perfil ideal de
aminoácidos para ximo crescimento de leitões, abre mais espaço para a
investigação de fontes protéicas alternativas.
Os objetivos deste trabalho foram: 1) testar a eficiência de um
sistema experimental de criação artificial de leitões em relação à um sistema de
alimentação natural; 2) testar a substituição parcial das proteínas do leite por
proteína isolada de soja nas dietas experimentais; 3) avaliar o efeito do nível de
arginina das dietas e 4) comparar a os efeitos da suplementação de arginina
78
através de adição de aminoácido sintético ou do aumento na inclusão de
ingrediente rico em arginina na formulação.
3.2. Material e métodos
3.2.1. Local e época
O experimento foi realizado simultaneamente em dois locais. Os
leitões que permaneceram com as porcas (sistema de criação natural) foram
acompanhados nas instalações da Unidade Produtora de Leitões da
Cooperativa Languirú LTDA, Teutônia, RS. Os leitões do sistema de criação
artificial foram alojados nas gaiolas de metabolismo do Laboratório de Ensino
Zootécnico do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, RS.
O experimento foi realizado entre os meses de setembro e outubro o
de 2004.
3.2.2. Animais e dietas
Foram utilizados 65 leitões com dois dias de idade, de ambos os
sexos, de linhagem comercial e peso inicial de 1.618 g. Os leitões foram
provenientes de 6 leitegadas. Na maternidade, todos os leitões das seis
leitegadas foram pesados e 5 leitões de cada leitegada, com peso corporal
próximo a média da leitegada, foram identificados e transferidos para as
instalações experimentais na UFRGS. Os demais leitões (5 ou 6 leitões por
leitegada) foram identificados e retornaram à baia de lactação com a porca.
Após, leitões de outras leitegadas, com idade e peso semelhante, foram
79
adicionados às leitegadas doadoras de leitões, de forma que todas
permanecessem com 10 leitões. Nestas leitegadas, os leitões identificados
foram pesados individualmente novamente aos 9, 16 e 21 dias de idade. Nas
instalações experimentais da UFRGS, os leitões foram novamente pesados,
alojados individualmente em gaiolas de metabolismo para leitões, em sala de
temperatura controlada (32
o
C) e distribuídos nos tratamentos de acordo com a
leitegada de origem e o peso corporal.
Durante as primeiras 12 horas nas gaiolas, os leitões foram
treinados a consumir a dieta experimental líquida fornecida manualmente com
uma seringa de 60 ml através de um bico de látex. Este processo foi repetido
em intervalos de aproximadamente duas horas para cada leitão, até que eles
aprendessem a mamar sozinhos através do aparelho. Após o treinamento, um
sistema de fluxo por gravidade (McClead et al., 1990) foi empregado, o qual
consistiu de uma garrafa plástica de dois litros presa à gaiola metabólica, com
um tubo plástico conectando a garrafa ao bico de látex preso na gaiola. Para
manter os ingredientes semi-solúveis em uma suspensão uniforme, um
agitador elétrico foi montado em cada garrafa e acionado automaticamente por
30 segundos a cada intervalo de 5 minutos. O agitador consistiu de um
pequeno motor elétrico (12 VCC, entre 6 a 9 mil RPM), preso à tampa da
garrafa, que movimentava um eixo e uma pequena hélice em aço inoxidável
que estava em contado com a dieta e agitava a mistura.
As dietas foram reconstituídas diariamente com água fresca na
relação de 150 g de dieta para 1 litro de água e mantidas sob refrigeração a 4
o
C até cada refeição. A dieta líquida fresca foi pesada e adicionada às garrafas
80
quatro vezes ao dia (8, 13, 18 e 23 h) para garantir aos leitões acesso à
vontade à dieta fresca. A dieta não consumida foi pesada e descartada e todos
os componentes do sistema de alimentação limpos duas vezes ao dia (8 e 18
h). Devido ao comportamento do leitões, foi observado um considerável
desperdício da dieta líquida, parte dele foi coletado em bandeja abaixo da
gaiola, pesado e descontado do volume oferecido. Os leitões foram pesados e
o escore de diarréia foi registrado diariamente (8 h). O período experimental foi
dos 3 aos 21 dias de idade dos leitões.
Foram utilizadas 5 dietas experimentais (Tabela 1). As dietas foram
formuladas para serem isoprotéicas e isoenergéticas e conterem níveis
semelhantes de gordura, lactose e aminoácidos essenciais lisina, metionina,
treonina e triptofano (Tabela 2). Nas dietas T1 e T2 a proteína isolada de soja
(PIS) foi responsável por 70 e 40 % da proteína total da dieta, respectivamente.
A dieta controle (T3) foi formulada para apresentar uma relação entre proteína
do soro de leite e caseína semelhante à relação encontrada no leite da porca
(54 % soro e 46 % caseína). As dietas T4 e T5 mantiveram a formulação
básica da dieta T3 e foram suplementadas com L-arginina para igualar os
níveis do aminoácido observados nas dietas T2 e T1, respectivamante. Os
níveis de lisina, metionina, treonina e triptofano foram igualados entre as dietas
com adição de aminoácidos sintéticos. Após o primeiro dia do experimento, foi
adicionado 0,8 % de ácido trico às dietas. O Cobalto-EDTA foi preparado
conforme descrito por Uden et al. (1980) e adicionado (0,1 %) do 9
o
(48 horas
antes do início da coleta) ao 20
o
dia de idade dos leitões, como marcador
indigestível.
81
Tabela 1. Ingredientes das dietas experimentais
Dietas
T1 T2 T3 T4 T5
Fontes de Proteína
30% Soro
70% PIS
60% Soro
40% PIS
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
Nível de Arginina, % 1,83 1,34 0,84 1,34 1,83
Ingredientes, %
Fonte de Gordura
1
38,379
36,215
36,098
36,097
36,097
Proteína Isolada de Soja
23,815
13,579
- -
Lactose
18,135
13,960
18,546
18,025
17,535
Caseinato de Na
- - 15,857
15,857
15,857
Soro desmineralizado
2
15,000
22,745
15,000
15,000
15,000
Proteína Concentr. de Soro
1,824
11,000
12,138
12,141
12,143
Fosfato Bicálcico
0,855
1,099
1,579
1,610
1,604
Cloreto de Ca
0,728
0,557
0,429
0,424
0,424
L-lisina
0,449
0,286
- - -
DL-metionina
0,282
0,238
0,025
0,026
0,025
Treonina
0,200
- - - -
Triptofano
0,007
- - - -
L-Arginina
- - - 0,494
0,987
Premix Mineral
0,050
0,050
0,050
0,050
0,050
Premix Vitamínico
0,040
0,040
0,040
0,040
0,040
Cl Colina, 60%
0,035
0,036
0,036
0,036
0,036
Premix Ferro
0,030
0,030
0,030
0,030
0,030
Sorbato de Potássio
0,150
0,150
0,150
0,150
0,150
BHT
0,020
0,020
0,020
0,020
0,020
Ac. Cítrico
3
0,800
0,800
0,800
0,800
0,800
1
Pictalac 50. Produto comercial à base de proteína de soro de leite e gordura vegetal
encapsulada;
2
KerryLac 750. Produto comercial à base de proteína de soro
desmineralizado e lactose. ;
3
Ácido cítrico adicionado após a formulação.
82
Tabela 2. Composição das dietas experimentais
Dietas
T1 T2 T3 T4 T5
Fontes de Proteína 30% Soro
70% PIS
60% Soro
40% PIS
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
Nível de Arginina, % 1,84 1,34 0,84 1,34 1,84
Composição Calculada
Matéria Seca, % 96,23 96,18 95,67 95,69 95,71
Energia Metabolizável, kcal/kg 4.278 4.248 4.245 4.227 4.211
Proteína Bruta, % 28,00 28,00 28.00 28.00 28.00
Gordura, % 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00
Lactose, % 38,89 38,20 39,00 38,44 38,00
Cinzas, % 2,21 2,59 2,05 2,05 2,05
Cálcio, % 0,79 0,80 0,80 0,80 0,8
Fósforo, % 0,70 0,70 0,65 0,65 0,65
Arginina, % 1,84 1,34 0,84 1,34 1,84
Lisina, % 2,27 2,27 2,27 2,27 2,27
Metionina, % 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66
Treonina, % 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50
Triptofano, % 0,39 0,40 0,39 0,39 0,39
Colina, mg/kg 1.401 1.464 1.400 1.401 1.400
Cloro, % 0,59 0,61 0,66 0,66 0,66
Sódio, % 1,21 1,14 0,91 0,91 0,91
Potássio, % 0,84 0,92 0,74 0,74 0,74
Composição Analisada (Matéria Natural)
Matéria Seca, % 94,39 94,5 94,39 94,46 94,14
Energia Bruta, kcal/kg 4.947 4.946 4.948 4.973 4.993
Proteína Bruta, % 28,71 27,86 28,60 29,48 28,50
Gordura, % 18,25 18,00 18,11 18,14 18,07
Cinzas, % 5,47 5,62 5,27 5,32 5,30
Aminoácidos
a
Arginina, % 1,66 1,27 0,90 1,40 1,89
Lisina, % 2,28 2,36 2,39 2,39 2,39
Metionina, % 0,68 0,71 0,73 0,73 0,73
Met+Cis, % 0,83 0,98 1,08 1,08 1,09
Treonina, % 1,54 1,83 1,89 1,89 1,89
Histidina, % 0,68 0,64 0,75 0,75 0,75
Leucina, % 2,38 2,50 2,74 2,74 2,74
Isoleucina, % 1,47 1,68 1,77 1,77 1,77
Cistina, % 0,43 0,51 0,38 0,38 0,38
Ácido Aspártico, % 3,16 3,15 2,67 2,68 2,68
Ácido Glutâmico, % 5,11 5,09 5,73 5,73 5,73
Alanina, % 1,20 1,30 1,17 1,17 1,17
Fenilalanina, % 1,30 1,15 1,22 1,22 1,22
Glicina, % 0,97 0,82 0,59 0,59 0,59
Serina, % 1,42 1,55 1,68 1,68 1,68
Valina, % 1,48 1,64 1,91 1,91 1,91
a
Calculado a partir da análise dos ingredientes.
83
3.2.3. Coleta de amostras
Na primeira refeição do 11
o
e do 20
o
dia de idade dos leitões
experimento, foi adicionado 0,1 % de óxido de ferro para marcar o início e fim
do período de coleta de fezes. Durante este período, o total de fezes foi
coletado diariamente e armazenada a –10
o
C para posterior análise de matéria
seca, energia bruta, gordura bruta e nitrogênio. Também durante este período,
5 ml de ácido sulfúrico 50 % (vv) foram adicionados aos baldes de coleta de
urina, que foi coletada diariamente, pesada e teve uma alíquota de 10 %
retirada e conservada a –10
o
C para posterior análise de nitrogênio.
2.2.4. Análises laboratoriais
As análises de matéria seca, cinzas, proteína bruta (nitrogênio x
6,25) e gordura foram realizadas de acordo com métodos da AOAC (1997). A
energia bruta das fezes e da ração foram medidas em bomba calorimétrica
(PARR, 1988). A energia bruta da urina foi estimada utilizando a fórmula: EB =
9,17 kcal / g de nitrogênio (BLAXTER, 1989). As análises de Co e aminoácidos
das dietas foram realizadas em laboratório comercial, utilizando os métodos da
AOAC.
2.2.5. Cálculos de digestibilidade
A digestibilidade dos componentes das dietas experimentais
avaliada través de dois métodos: coleta total de fezes e do uso de Co-EDTA
como indicador indigestível na dieta. O cálculo de digestibilidade utilizando o
indicador indigestível foi realizado para minimizar o efeito do desperdício de
84
dieta sobre a avaliação da digestibilidade. As fórmulas utilizadas para os
cálculos foram as seguintes:
Método coleta total: Digestibilidade % = (Cd–Cf)/Cd*100, onde, Cd é
o componente na dieta (g), e Cf é o componente nas fezes (g).
Método do indicador: Digestibilidade % = 100-(100*Cf/Cd*Cod/Cof),
onde Cf é a concentração do componente nas fezes (%), Cd é a concentração
na dieta (%), Cod é a concentração de Cobalto na dieta (%) e Cof é a
concentração de Cobalto nas fezes (%).
2.2.6. Cálculo de Variabilidade no peso corporal
Para as comparações da variabilidade no peso corporal entre os
sistemas de alimentação natural e artificial foi utilizada a diferença relativa entre
o coeficiente de variação do peso corporal observados no início e no final do
experimento, dentro de cada grupo de alimentação (CV final / CV inicial*100) .
No sistema de alimentação natural o grupo de alimentação considerado foi a
leitegada enquanto que no sistema artificial cada tratamento foi considerado
um grupo de alimentação.
2.2.6. Análise estatística
Cada leitão foi considerado uma unidade experimental, totalizando
35 repetições no grupo alimentado pelas porcas e seis repetições em cada
dieta experimental artificial. Para a análise do efeito de sistema de alimentação
sobre o peso corporal e ganho diário de peso foram considerados dois
tratamentos (Sistema natural com 35 repetições e Sistema artificial com 30
85
repetições) em um delineamento em blocos (leitegada). Na avaliação da
variabilidade do peso corporal entre os sistemas de alimentação os leitões
foram agrupados em grupos de alimentação, totalizando 6 repetições no
sistema natural e 5 repetições no sistema artificial, em um delineamento
completamente casualizado. A análise do efeito das dietas artificiais foi
realizada separadamente, em um delineamento em blocos (leitegada)
totalizando 5 tratamentos com 6 repetições. O peso inicial foi utilizado como co-
variável nas variáveis de desempenho, sendo apresentados as dias
ajustadas. Nas variáveis de digestibilidade e metabolismo, os valores
apresentados são médias aritméticas.
As médias que apresentaram erro padrão estudentizado maior que 2
ou menor que -2 foram excluídas da análise. Os dados foram submetidos à
análise de variância e teste F, utilizando o procedimento GLM do pacote
estatístico SAS (SAS Inst. Inc., Cary, NC). As médias foram separadas pelo
teste de mínima diferença significativa.
3.3. Resultados
3.3.1. Desempenho – sistemas de alimentação
Um leitão no grupo alimentado pela porca morreu durante a primeira
semana do experimento. No início do experimento (dia 2), os leitões que
permaneceram com a porca estavam cerca de 7 % mais pesados (P=0,0316)
que os leitões submetido à alimentação líquida artificial (Tabela 3). Apesar
disso, ao final da primeira semana de experimento, os animais alimentados
artificialmente estavam aproximadamente 11 % mais pesados do que seus
86
irmãos que permaceram com a porca, resultado de um aumento de 24 % no
ganho diário de peso (GDP) dos 2 aos 9 dias de idade. Esta diferença
aumentou até os 21 dias de idade. Aos 16 dias de idade, os leitões do sistema
artificial estavam 1,2 kg (25 %) mais pesados que os leitões do sistema natural.
Aos 21 dias a diferença no peso corporal subiu para 2,6 kg (42 %) a favor do
sistema artificial. A maior diferença no GDP foi observada nos últimos 5 dias do
experimento, quando o GPD foi duas vezes maior nos leitões do sistema
artificial comparados com os leitões do sistema tradicional. No total, dos 2 aos
21 dias de idade, o GPD foi 58 % maior para os leitões do sistema artificial. A
variabilidade no peso corporal dentro das leitegadas aumentou 10 % durante o
todo o período experimental no sistema de alimentação natural. no sistema
de alimentação artificial, foi observada uma redução de 30 % na variabilidade
do peso corporal dentro dos grupos de alimentação durante o experimento.
Tabela 3. Peso corporal e ganho diário de peso de leitões criados em sistemas
de alimentação artificial ou natural dos 2 aos 21 dias de idade
1
Sistema de alimentação Anova
Artificial Natural (porca) P
Peso corporal, kg
Dia 2 (inicial)
1,567 ± 0,04 1,685 ± 0,04
0,0316
Dia 9
3,518 ± 0,05 3,156 ± 0,05
0,0001
Dia 16
6,135 ± 0,08 4,920 ± 0,08
0,0001
Dia 21
8,803 ± 0,12 6,180 ± 0,10
0,0001
Ganho diário de peso, g/dia
Dia 2 a 9
269 ± 8 217 ± 7
0,0001
Dia 9 a 16
372 ± 8 254 ± 7
0,0001
Dia 16 a 21
522 ± 12 252 ± 11
0,0001
Dia 2 a 21
377 ± 6 238 ± 6
0,0001
Variação relativa do CV do peso corporal
CV dia 21 / CV dia 2
0,71 ± 0,10 1,10 ± 0,9
0,0223
1
Valores são médias ajustadas ± erro padrão.
87
3.3.2. Desempenho - dietas artificiais
A média de peso corporal inicial (3 dias de idade) dos leitões
alimentados artificialmente foi de 1.501 g (Tabela 4). Durante todo o período
experimental, nenhum caso de diarréia foi observado nos leitões alimentados
artificialmente, independente da dieta experimental. Aos 7 dias de idade o peso
corporal (PC) médio foi de 2.793 g e não foram detectadas diferenças entre os
tratamentos (Tabela 4). Da mesma forma o GDP, CDR e EA não diferiram
entre os tratamentos dos 3 aos 7 dias de idade, sendo que os valores médios
foram 320 g/dia, 160 g/dia e 2,00, respectivamente.
Aos 14 dias de idade os leitões alimentados com a dieta 4 estavam
cerca de 10 % mais pesados que os leitões da dieta 2. Os leitões das demais
dietas apresentaram PC intermediários. Durante a segunda semana de idade,
não foram detectados diferenças significativas entre tratamentos para GDP,
CDMS e EA (na média, 331 g, 278 g e 1,18, respectivamente).
Aos 21 dias de idade, os leitões do tratamento 2 estavam em média
15 % mais leves (7.418 g) que os demais (8.728 g). Na terceira semana de
idade os leitões do tratamento 2 apresentaram GDP 25 % menor e CDMS 16 %
inferior que os leitões dos demais tratamentos, porém não foi detectada
diferença significativa para EA entre as dietas.
Durante todo o período experimental (3 a 21 dias de idade), o GDP
dos leitões do tratamento 2 foi na média 18 % menor (329 g/dia) que dos
leitões dos demais tratamentos (402 g/dia). Da mesma forma, foi observada
uma redução de cerca de 13 % no CDMS dos leitões do tratamento 2 (282
g/dia) comparados aos demais leitões (325 g/dia). Não foi observada diferença
88
significativa na EA entre as dietas durante o período total, sendo que a média
geral foi de 1,22.
Tabela 4. Peso corporal (PC, g), ganho diário de peso (GDP, g), consumo
diário de matéria seca (CDMS, g) e eficiência alimentar (EA,
GDP/CDMS) de leitões recebendo dietas líquidas artificiais com
diferentes fontes de proteína e níveis de arginina dos 3 aos 21 dias
de idade
1
Item Dietas Anova
T1 T2 T3 T4 T5 P > F
Proteína 30% Soro
70% PIS
60% Soro
40% PIS
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
Arg., % 1,84 1,34 0,84 1,34 1,84
Peso inicial, g
PC d.3
1488 ± 84
1503 ± 84
1500 ± 84
1498 ± 84
1518 ± 84
0,9994
3 a 7 dias de idade
PC d7
2808 ± 86
2705 ± 77
2900 ± 77
2769 ± 86
2784 ± 77
0,5225
GDP
324 ± 21
298 ± 19
347 ± 19
314 ± 21
318 ± 19
0,5225
CDMS
171 ± 10
157 ± 9
170 ± 9
153 ± 10
151 ± 9
0,4815
EA
1,92 ± 0,15
1,91 ± 0,14
2,03 ± 0,14
2,04 ± 0,15
2,17 ± 0,14
0,7127
8 a 14 dias de idade
PC d14
5051 ± 123
ab
4766 ± 123
b
5220 ± 123
a
5274 ± 140
a
5098 ± 123
ab
0 0857
GDP
340 ± 14 300 ± 14 337 ± 14 344 ± 15 336 ± 14
0,2333
CDMS
284 ± 12 252 ± 12 278 ± 12 295 ± 14 284 ± 12
0,2463
EA
1,20 ± 0,04
1,19 ± 0,04
1,20 ± 0,05
1,17 ± 0,05
1,18 ± 0,04
0,9894
15 a 21 dias de idade
PC 21d
8404 ± 202
a
7418 ± 202
b
8931 ± 222
a
9023 ± 231
a
8556 ± 203
a
0,0004
GDP
478 ± 21
a
378 ± 22
b
514 ± 24
a
537 ± 24
a
493 ± 22
a
0,0009
CDMS
451 ± 18
a
385 ± 18
b
466 ± 20
a
467 ± 20
a
451 ± 189
a
0,0365
EA
1,07 ± 0,05
0,99 ± 0,05
1,10 ± 0,05
1,16 ± 0,05
1,09 ± 0,05
0,3313
3 a 21 dias de idade
GDP
384 ± 11
a
329 ± 11
b
413 ± 12
a
418 ± 12
a
393 ± 11
a
0,0001
CDMS
322 ± 12
a
282 ± 12
b
328 ± 14
a
334 ± 14
a
319 ± 12
a
0,0853
EA
1,20 ± 0,04
1,17 ± 0,04
1,26 ± 0,04
1,26 ± 0,04
1,23 ± 0,04
0,5975
1
Valores são médias ajustadas ± erro padrão.
ab
Na mesma linha, médias sem letra
em comum diferem entre si (P<0,05).
89
3.3.3. Digestibilidade
A digestibilidade dos componentes das dietas, calculada pelo
método de coleta total, ficou acima de 95 % (Tabela 5). Ainda assim, as dietas
formuladas exclusivamente com proteínas lácteas apresentaram no geral
maiores digestibilidades que as dietas com inclusão de proteína isolada de soja
(PIS).
Tabela 5. Coeficientes de digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta
(PB), gordura (GB), energia bruta (EB), metabolizabilidade da
energia bruta (CMEB) das dietas e retenção de nitrogênio (RN),
calculados pelo método de coleta total
1
Item Dietas
T1 T2 T3 T4 T5
Proteína 30% Soro
70% PIS
60% Soro
40% PIS
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
Anova
Arg., % 1,84 1,34 0,84 1,34 1,84
P > F
Digestibilidade, %
MS
96,25 ± ,13
c
97,12 ± ,15
b
98,43 ± ,13
a
98,52 ± ,13
a
98,09 ± ,17
a
0,0001
PB
95,82 ± ,13
d
96,73 ± ,15
c
98,57 ± ,15
a
98,35 ± ,13
a
97,83 ± ,17
b
0,0001
GB
94,02 ± ,33
b
95,07 ± ,29
b
98,12 ± 29
a
98,20 ± 29
a
97,95 ± 33
a
0,0001
EB
96,31 ± ,33
b
95,07 ± ,29
b
98,12 ± ,29
a
98,20 ± ,29
a
97,95 ± ,33
a
0,0001
CMEB
94,27 ± ,25
c
95,05 ± ,25
b
96,02 ± ,25
a
96,06 ± ,25
a
95,33 ± ,28
ab
0,0004
CRN
72,24 ± 1,88
ab
74,19 ± 1,68
a
70,88 ± 1,68
ab
68,06 ± 1,68
b
67,01 ± 1,68
b
0,0466
RDN, g/d
6,30 ± 0,41 5,62 ± 0,41 5,82 ± 0,41 6,13 ± 0,41 6,21 ± 0,41
0,7570
EM kcal/kg 4.663 4.701 4.751 4.777 4.759 -
1
Valores são médias ± erro padrão.
abc
Na mesma linha, médias sem letra em comum
diferem entre si (P<0,05).
A dieta com maior inclusão de PIS teve digestibilidade da matéria
seca cerca de 1 % menor que a dieta com menor inclusão de PIS e cerca de 2
% menor que as dietas à base de proteínas de leite. A inclusão de PIS
provocou uma redução de aproximadamente 2% a digestibilidade da proteína
90
bruta, 3 a 4 % na digestibilidade da gordura e 1 a 2 % na digestibilidade da
energia bruta. O coeficiente de retenção de nitrogênio (CRN %), calculado pelo
método de coleta total, foi maior na dieta 2, comparada com as dietas 4 e 5.
Entretanto, não foram observadas diferenças na retenção diária de nitrogênio
(RDN). O coeficiente de metabolizabilidade da energia foi maior nas dietas sem
inclusão de PIS. A energia metabolizável das dietas variou entre 4.663 e 4.777
kcal/kg.
Quando a digestibilidade dos componentes das dietas foi calculada
pelo método do indicador (Tabela 6), foi observado uma redução geral dos
valores de digestibilidade e retenção, especialmente para as dietas com
inclusão de PIS. Nesta base de cálculo, os menores valores de digestibilidade
foram observados na dieta com níveis intermediários de PIS 2, seguido pela
dieta maior nível de PIS e após pelas dietas à base de proteínas do leite. Não
foram observadas diferenças entre as dietas para CRN ou NRD. O valor de
energia metabolizável variou entre 4.361 a 4.689 kcal/kg.
91
Tabela 6. Coeficientes de digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta
(PB), gordura (GB), energia bruta (EB), metabolizabilidade da
energia bruta (CMEB) das dietas e retenção de nitrogênio (RN),
calculados pelo método do indicador Co-EDTA
1
Item Dietas
T1 T2 T3 T4 T5
Proteína 30% Soro
70% PIS
60% Soro
40% PIS
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
53% Soro
47% Cas.
Anova
Arg., % 1,84 1,34 0,84 1,34 1,84
P > F
Digestibilidade, %
MS
92,30 ± ,45
b
90,00 ± ,45
c
96,65 ± ,40
a
96,72 ± ,40
a
95,84 ± ,40
a
0,0001
PB
91,81 ± ,32
b
90,70 ± 43
b
96,62 ± ,29
a
96,58 ± ,29
a
95,96 ± ,29
a
0,0001
GB
88,90 ± ,92
b
85,83 ± ,72
c
96,23 ± ,72
a
96,21 ± ,72
a
94,94 ± ,72
a
0,0001
EB
93,32 ± ,49
b
90,43 ± ,49
c
97,25 ± 43
a
97,26 ± ,43
a
96,44 ± ,43
a
0,0001
CMEB
90,27 ± ,53
b
88,18 ± ,60
c
94,36 ± ,47
a
94,30 ± ,47
a
93,36 ± ,47
a
0,0001
RN
66,64 ± 1,72 66,12 ± 1,54 67,79 ± 1,72 65,,89 ± 1,54 64,28 ± 1,54
0,6572
RN, g/d
5.88 ± 0,39 5,12 ± 0,39 5,67 ± 0,39 5,97 ± 0,39 6,03 ± 0,39
0,5019
EM kcal/kg 4465 4361 4668 4689 4661 -
1
Valores são médias ± erro padrão.
abc
Na mesma linha, médias sem letra em comum
diferem entre si (P<0,05).
3.4. Discussão
Os leitões do grupo de criação natural (que permaneceram com a
porca) não receberam nenhum tipo de suplementação ao leite de porca e
também não tiveram acesso à ração da matriz. Neste grupo, o ganho diário de
peso (GDP) dos 2 aos 21 dias de idade foi de 232 g/dia, valor muito
semelhante aqueles observados na literatura para leitões em idades e
condições semelhantes: 224 g/dia (Azain et al., 1996); 215 g/dia (Revell et al.,
1998); 205 g/dia (Auldist et al., 2000) e 192 g/dia (Wolter et al., 2002). o
GDP apresentado pelos leitões do sistema de criação artificial foi de 377 g/dia,
62 % maior que o GDP dos leitões alimentados pela porca. Vários autores têm
demonstrado que a produção de leite da porca não é suficiente para promover
92
o máximo crescimento dos leitões (Benevenga et al., 1990; Harrell et al., 1993;
Azain et al., 1996; Zijlstra et al., 1996; Wolter et al. 2002). Entretanto, a
manipulação nutricional das dietas de gestação e lactação não têm mostrado
ser eficiente para aumentar a quantidade e a qualidade do leite produzido, com
exceção para casos de subnutrição e intensa mobilização de reservas
corporais (Noblet e Etiene, 1986; Mullan e Willians 1989; Revell et al. 1998;
MacNamara e Petigrew, 2002 e Clowis et al., 2003). Segundo Hartmann et al.
(1997), os fortes mecanismos de controle local (autócrinos), em cada glândula
mamária individualmente, sobre a síntese e a liberação do leite em porcas,
bem como a contradição entre as temperaturas ambientais de conforto térmico
da porca e do leitão são dois dos motivos pelos quais tanto o leitão quanto a
porca não expressam sua capacidade máxima, respectivamente em ganho de
peso e produção de leite.
Uma vantagem adicional do sistema de alimentação artificial sobre o
aleitamento natural observada no experimento foi a redução na variabilidade do
peso entre os leitões. Leitões desenvolvem uma forte preferência por um teto
específica, portanto o crescimento potencial do leitão é limitado pelo consumo
do leite retirado de sua glândula preferida. Além disso, cada glândula responde
individualmente ao estímulo de mamada, aumentando a síntese de leite, que
entretanto só está disponível por cerca de 20 a 30 segundos por mamada.
Leitões maiores, com maior capacidade de estimular sua glândula preferida e
retirar mais leite em menos tempo, estão aptos a conseguir mais leite que seus
irmãos menores (Hartamann et al., 1997 e Auldist et al., 2000). Desta forma, a
lactação natural tende a manter ou até mesmo aumentar a variação no peso
93
corporal dos leitões observada no nascimento. Já na alimentação artificial à
vontade, estas restrição de tempo para alimentação e de quantidade de
alimento disponível o existem, permitindo aos leitões menores se aproximar
do peso de seus irmãos maiores.
A causa da limitação do crescimento em leitões alimentados
naturalmente não está clara, entretanto deve estar relacionado ao limitado
consumo de energia e ou proteína (ou de algum aminoácido). A estimativa do
consumo dos leitões alimentados pela porca (produção de leite (g/dia) = 2.42 *
GDP leitegada + 78,2 * Peso inicial da leitegada + 26 * Número de leitões,
Noblet e Etienne, 1989) foi de 735 g de leite por dia ou cerca de 150 g/dia de
MS, 45 g/dia de PB e 900 kcal de EB/dia. Nas dietas artificiais o consumo de
MS foi entre 282 e 334 g/dia, o consumo de PB entre 83 e 104 g/dia e o
consumo de EM entre 1.229 e 1.566 kcal/dia. Em uma estimativa grosseira, os
leitões alimentados pela porca consumiram cerca de 50 % menos de matéria
seca e proteína bruta e cerca de 40% menos energia, o que se refletiu no
desempenho dos leitões.
Além de um menor consumo de energia e proteína, existem indícios
de o leite de porca seja deficiente em determinados aminoácidos. Wu et al.,
(2004) demonstraram que o leite da porca é deficiente em arginina, um
aminoácido essencial para leitões neonatos. Além disso, Kim et al. (2004)
observaram que a suplementação de arginina em dietas artificiais à base de
proteínas lácteas produziu uma resposta linear sobre o aumento do ganho de
peso em leitões dos 7 aos 21 dias de idade. Entretanto, no presente
experimento não foi observado efeito do nível de arginina na dieta sobre o
94
desempenho dos leitões. Isso está provavelmente relacionado ao elevado
consumo de dieta e elevado ganho de peso dos leitões em relação
desempenho observado no trabalho de Kim et al. (2004). No experimento de
Kim et al. (2004) o PC dos leitões aos 21 dias de idade foi de 5,33 kg no menor
nível de arginina na dieta (0,67 %) e 7,05 kg no maior nível de arginina (1,07
%). No presente experimento, PC dos leitões alimentados com a dieta
contendo o menor nível de arginina (0,90 %) foi de 8,93 kg e 8,55 kg no maior
nível (1,89 %). O CDR dos 7 aos 21 dias de idade observado no experimento
de Kim et al. (2004) foi de 269 e 323 g/dia e o GDP foi de 180 e 298 g/dia,
respectivamente nas dietas com menor e maior nível de arginina. No presente
experimento o CDR no mesmo período foi de 371 e 367 g/dia e o GDP foi de
461 e 412 g/dia, respectivamente nas dietas com menor e maior nível de
arginina. Então, o consumo diário de arginina no experimento de Kim et al.
(2004) variou entre 2,69 a 3,45 g/dia enquanto no presente experimento a
variação foi de 3,39 a 6,93 g/dia, sendo que o menor consumo de arginina
observado no presente experimento está próximo ao maior consumo
observado no experimento de Kim et al. (2004).
No que diz respeito às fontes de proteína, embora os leitões que
consumiram a dieta com o nível intermediário de PIS (dieta 2) tenham
apresentado menor PC e GDP, o desempenho dos leitões alimentados com a
dieta com maior nível de inclusão de PIS (dieta 1) apresentaram GDP e PC
equivalentes às dietas à base de proteínas de soro e caseína. Portanto, a
inclusão de PIS na dieta 2 não pode ser exclusivamente responsabilizada pela
queda no desempenho. O pior desempenho dos leitões alimentados com a
95
dieta 2 é consistente com o menor consumo de MS nesta dieta, que foi entre
40 a 50 g/dia inferior ao observado para as demais dietas. Apesar de não ter
sido encontrada nenhuma explicação definitiva para esta redução no consumo,
é possível que o uso de uma maior quantidade de soro desmineralizado na
formulação tenha interferido na palatabilidade ou mesmo na digestibilidade da
dieta.
Em média, as digestibilidades dos nutrientes nas dietas com
inclusão de PIS (especialmente na dieta 2) foram menores que as dietas
formuladas exclusivamente à base de proteínas lácteas e esta diferença foi
maior quando as digestibilidades foram calculadas utilizando o Co-EDTA como
indicador. Mateo e Veum (1980) mediram a digestibilidade de dietas líquidas
fornecidas para leitões entre 11 a 15 dias de idade e observaram que a
digestibilidade da MS (89,9 %), PB (88,4 %) e gordura bruta (70,9 %) de dietas
líquidas à base de PIS foram inferiores aos valores observados em dietas à
base de leite em desnatado (MS 96,6%, PB 95,8 % e 95,7 % GB). A menor
digestibilidade da dieta à base de proteínas vegetais têm sido associada com o
um inadequado sistema enzimático do suíno jovem, o qual seria insuficiente em
proteinases pancreáticas (Lewis et al., 1957, citado por Mateo e Veun, 1980).
Aparentemente, esta redução na digestibilidade está de fato relacionada com a
idade do leitão. Segundo Sohn et al. (1994) a digestibilidade de dietas
contendo PIS (MS 91,7 % e nitrogênio 91,5 %) não diferiram da digestibilidade
de dieta com leite em desnatado (MS 92,5 % e PB 92,6 %) quando a
medida foi feita medida em leitões aos 28 e 35 dias de idade. Chae et al.
(1999), Richert et al. (1994) e Moughan et al. (1990) também o observaram
96
redução na digestibilidade da PB quando PIS foi adicionado às dietas de leitões
acima de 21 dias de idade.
No trabalho de Mateo e Veun (1980), a menor digestibilidade da
dieta à base de PIS foi acompanhada por um pior desempenho dos leitões que
consumiram esta dieta. Outros autores também observaram queda no
desempenho de leitões alimentados com dietas à base de PIS ou outras
proteínas de origem vegetal até os 21 dias de idade (Newport e Keal, 1982 e
Newport 1980). Entretanto, no presente experimento, a menor digestibilidade
observada nas dietas com PIS não foi suficiente para comprometer o consumo
de nutrientes e o desempenho dos leitões que receberam a dieta com maior
inclusão de PIS (dieta 1). Isto pode estar relacionado ao alto consumo de
matéria seca observada no presente experimento em relação aos experimentos
citados anteriormente. No experimento de Mateo e Veun (1980), o consumo da
dieta à base de leite em foi de foi de 250 g/dia e o ganho de peso de 167
g/dia, enquanto que o consumo da dieta à base de PIS foi de 220 g/dia e o
ganho de peso de 99 g/dia. No experimento de Newport (1980) o consumo do
2
o
ao 28
o
dia de idade foi em média 258 g/dia e o GDP médio 291 g/dia e no
experimento de Newport e Keal (1982), em média, o consumo de ração e
ganho de peso foram de 242 e 241 g/dia, respectivamente. No presente
experimento foram observados consumos de matéria seca acima de 320 g/dia
e ganhos de peso acima de 380 g/dia (exceto para a dieta 2, cujo consumo e
ganho de peso foram, respectivamente 282 e 329 g/dia).
É importante observar que os ganhos de peso e consumos de dieta
observados no presente experimento são próximos aos maiores ganhos de
97
peso apresentados na literatura para leitões nesta fase (Oliver et al.,2002) e,
portanto, possivelmente muito próximo ao potencial máximo de crescimento
para leitões nesta idade. É razoável acreditar que, neste nível de consumo de
matéria seca, os leitões que consumiram a dieta com maior inclusão de PIS
conseguiram ingerir uma quantidade de nutriente suficiente para garantir o
máximo potencial crescimento nesta fase, mesmo com a menor digestibilidade
desta dieta em relação às dietas à base de proteínas de leite.
No geral, os valores de digestibilidade dos componentes das dietas
calculados pelo método do indicador foram menores que os valores calculados
pelo método de coleta total, contrariando a expectativa inicial, que durante o
experimento foi observado desperdício de dieta, o que reduziria o valor da
digestibilidade calculada pelo método de coleta total. Entretanto é possível que
tenha havido retenção de fezes no intestino, que ocorre em animais jovens em
rápido crescimento e pode afetar as medidas de digestibilidade, especialmente
quando esta é alta. Portanto, aparentemente não foi possível recuperar a
produção total de fezes, embora tenha se observado fezes marcadas após a
refeição de início e final do período de coleta.
3.5. Conclusões
Leitões criados artificialmente apresentam taxas de crescimento
muito superiores àquelas apresentadas por leitões alimentados pela porca.
Além disso, o sistema de criação artificial de leitões pode reduzir a variabilidade
de peso corporal, em função da redução da competição pelo alimento.
98
Foi observado também que é possível a substituição de até 70 %
das proteínas lácteas nas dietas artificiais por proteína isolada de soja, sem
prejuízos para o desempenho dos leitões, o que pode contribuir para a redução
do custo das dietas artificiais e viabilizar sua utilização em sistemas de
produção comercial.
Não foi possível testar o efeito do nível de arginina na dieta, pois o
consumo de arginina superou a necessidade estimada, inclusive na dieta com
menor nível de arginina.
4. Capítulo IV
4.1. Considerações Gerais
O objetivo do primeiro experimento foi testar a viabilidade da
substituição parcial de proteínas de soro de leite por proteínas de origem
vegetal em dietas líquidas para leitões dos dois aos 21 dias de idade.
Surpreendentemente, os leitões alimentados com dietas com inclusão de
proteínas vegetais (proteína vegetal modificada PVM e proteína isolada de
soja- PIS) apresentaram maior consumo de matéria seca e maior ganho de
peso do que os leitões que receberam dietas à base de proteína de soro ou
proteína de soro e caseína, apesar das dietas com proteínas vegetais
apresentarem em média, menores valores de digestibilidade ileal de
aminoácidos. Quando o consumo foi ajustado para o peso corporal, o foram
observados diferenças no consumo de MS e energia metabolizável Entretanto,
foi observado maior consumo de PB nas dietas com proteínas vegetais
(aproximadamente 19,5 g/kg PC/dia) comparadas com a dietas à base de
proteína de soro (aproximadamente 16 g/kg PC/dia), o que se deu em função
das diferenças concentrações de PB das dietas (21,7 % na dieta SORO, 27, 0
% na dieta PVM-2 e 26,7 % na dieta PIS). Portanto, as diferenças no
desempenho dos leitões foi relacionada principalmente à fração protéica das
dietas. Entre os aminoácidos, o que apresentou maior variação no consumo
100
(variação coerente com os dados de desempenho) foi a arginina, cujo
consumo, observado na dieta SORO, foi aproximadamente 40 % menor que o
consumo observado na dieta PVM-2 (0,36 e 0,63 g/kg PC/dia,
respectivamente).
Em função da indicação de que o maior consumo de arginina foi
responsável pelo melhor desempenho dos leitões nas dietas com proteínas
vegetais no primeiro experimento, foi realizado um segundo experimento para
avaliar o efeito do nível de arginina na dieta. Porém, neste segundo
experimento não foi observado efeito consistente do nível de arginina na dieta
sobre o desempenho dos animais. Entretanto, algumas semelhanças com o
primeiro experimento foram observadas.
Primeiro, o GDP dos leitões nos melhores tratamentos foi
semelhante, muito superior ao observado nos leitões criados pela porca e
comparável aos melhores resultados registrados na literatura com leitões nesta
fase (Oliver et al., 2002). Nas dietas com inclusão de PIS os resultados foram
particularmente consistentes: na dieta com PIS do primeiro experimento o GDP
foi de 388 g/dia, enquanto que na dieta com maior inclusão de PIS no segundo
experimento o GDP foi de 384 g/dia. Isto indica claramente a viabilidade do uso
deste ingrediente na substituição das proteínas lácteas, pelo menos até o nível
de 70 %, em dietas para leitões dos 2 aos 21 dias de idade. Este dado diverge
das observações de Newport (1980), que registrou alta mortalidade em leitões
alimentados com uma dieta líquida em que com 74 % da proteína foi
proporcionada por PIS.
Em segundo lugar, em ambos experimentos, as dietas com inclusão
101
de proteínas vegetais apresentaram digestibilidades menores que as dietas à
base de proteínas lácteas, o que no entanto não comprometeu o GDP dos
leitões. Os piores GDP observados nos dois experimentos foram, a princípio,
resultado de menor consumo da dieta, o que não foi necessariamente
associado com menor digestibilidade. Além disso, mesmo os menores GDP
nas dietas artificiais foram maiores do que os GDP observados com a
alimentação natural. No primeiro experimento, o menor consumo foi
acompanhado de uma menor eficiência alimentar na dieta SORO (que
apresentou, no geral, maior digestibilidade ileal aparente de aminoácidos),
enquanto que no segundo experimento as eficiências foram semelhantes.
Embora não seja possível esclarecer as razões para as diferenças
de consumo, o menor consumo da dieta SORO (primeiro experimento) pode,
ao menos em parte, ser relacionado à menor concentração de proteína bruta e
de certos aminoácidos. o menor consumo da Dieta T2, no segundo
experimento, carece de uma explicação convincente. A palatabilidade poderia
ser um fator importante neste caso, entretanto não parece razoável acreditar
que uma dieta à base de soro de leite seja menos palatável ao leitão que uma
dieta com PIS ou que uma dieta com maior concentração de PIS seja mais
palatável que outra com menor concentração. Entretanto, pode haver no
processamentos de subprodutos do leite ricos em proteínas de soro, alguma
alteração que prejudique sua palatabilidade, o que explicaria os resultados
observados.
Estes resultados indicam que um alto consumo voluntário de
nutrientes na fase inicial da alimentação artificial (assim como na fase
102
imediatamente pós desmame) pode ser determinante do desempenho
subsequente. Geralmente, as alterações nas estruturas intestinais associados
ao desmame (redução da altura de vilosidades e aumento na profundidade de
cripta) o atribuídos à presença de fatores anti-nutricionais ou antígenos da
proteína de soja (glicinina e betaconglicinina), presente na maioria destas
dietas. Porém, o custo de manutenção das estruturas intestinais é
extremamente caro, de forma que o reduzido consumo de nutrientes pode por
si acarretar estas alterações. O intestino delgado não é apenas responsável
pela digestão e absorção de nutrientes, mas tem também importante papel no
catabolismo da glutamina arterial e de aminoácidos da dieta. A maior parte da
glutamina (66 %) e quase todo o glutamato e aspartato (95 e 99 %,
respectivamente) são metabolizados pela mucosa do intestino delgado e entre
56 a 64 % de seus carbonos são metabolizados até CO
2
. A mucosa intestinal
também tem importante papel no metabolismo da arginina, prolina,
aminoácidos ramificados e talvez metionina, lisina, fenilalanina, treonina, glicina
e serina da dieta, de forma que entre 30 a 50 % destes aminoácidos não estão
disponíveis para outros tecidos além do intestino. Os aminoácidos da dieta são
as maiores fontes de energia para a mucosa intestinal, servem de precursores
para a ntese de glutationa, óxido nítrico, poliaminas, nucleotídios e
aminoácidos e são essenciais para a manutenção da massa e da integridade
da mucosa intestinal (Wu, 1998). Portanto, um reduzido consumo inicial implica
na regressão das estruturas de mucosa intestinal, o que leva não apenas a
uma redução na absorção dos nutrientes, mas também no aumento da
exigência do tecido local (mucosa) para recompor sua estrutura, reduzindo a
103
disponibilidade de aminoácidos para outros tecidos.
Em leitões lactentes, durante os primeiros 14 dias de idade, observa-
se uma redução dos níveis plasmáticos de arginina e seus precursores citrulina
e ornitina da ordem de 37, 41 e 47 %, respectivamente. A concentração
plasmática de glutamina, outro aminoácido relacionado com a síntese de
arginina, reduz 31 % entre o primeiro e o sétimo dia de vida do leitão. Embora
também se observe redução na concentração plasmática de outros
aminoácidos como isoleucina, leucina, treonina e valina (12, 10, 8 e 12 % até
os 14 dias de idade, respectivamente), a arginina e os aminoácidos envolvidos
na sua síntese são os que sofrem redução mais acentuada (Flynn et al., 2000).
Este é um indicativo importante de que o leite de porca é deficiente em
arginina. Entretanto nosso experimento falhou em demonstrar o efeito do nível
de arginina da dieta sobre o desempenho de leitões. Algumas considerações
podem ser feitas para explicar os resultados.
Wu et al. (2004) estimaram a contribuição relativa do leite contra a
produção endógena de arginina em leitões aos 7 dias de idade. O consumo de
0,78 L de leite/dia (semelhante ao consumo estimado para os leitões do
experimento 2) proporciona 1,01 g/dia de arginina digestível. Por outro lado, a
necessidade de arginina é maior que 2,7 g/dia: 1,88 g/dia para deposição
protéica (GDP=200 g/dia ou 27,2 g/dia de proteína), 0,65 g/dia perdido para o
catabolismo (arginase e óxido nítrico) e 0,17 para síntese de creatina. Então o
leite seria responsável por apenas 40 % na necessidade diária de arginina,
ficando os outros 60 % a cargo da produção endógena. No exemplo de Wu et
al., (2004) se fizermos uma estimativa variando apenas a necessidade para
104
ganho de peso para aproximar dos ganhos obtidos nos dois experimentos
(GDP de cerca de 400 g/dia (máximo) ou 55 g/dia de ganho protéico, Tabela 8
experimento 1) teremos uma necessidade diária de arginina de 3,8 g/dia para
ganho protéico e 4,62 g/dia de necessidade total (ganho + creatina + arginase
+ óxido nítrico, últimos subestimados). O consumo de arginina digestível
observado nas dietas do experimento 1 foi de 1,47 na dieta SORO, 3,55 na
dieta PVM2 e 4,49 na dieta PIS, de forma que a dieta supriu 32, 76 e 97 % da
necessidade diária de arginina, respectivamente para as 3 dietas. Embora os
leitões da dieta PVM2 tenham consumindo 25 % a menos de sua necessidade
diária de arginina, eles consumiram em média 30 % mais de prolina (4,8 g/dia)
que as outras duas dietas (3,12 e 3,55 g/dia, respectivamente na dieta SORO e
PIS). Como a prolina é um precursor direto de arginina, os leitões podem ter
compensado a deficiência dietética com produção de arginina endógena. A
estimativa para a necessidade de arginina para os leitões da dieta soro
(deposição de 37 g PB/dia) é de 3,44 ou seja, cerca de 60 % acima do
fornecido pela dieta, se encontrando em condição semelhante ao do leitão
lactente do exemplo de Wu et al. (2004).
Aplicando o mesmo exemplo para o segundo experimento, a
necessidade de arginina seria de 4,32; 3,83; 4,6; 4,6 e 4,39, respectivamente
nas dietas 1, 2, 3, 4 e 5. Os consumos diários de arginina (total) foram: 5,67,
3,77, 3,14, 4,90 e 6, 30, respectivamente para as mesmas dietas. Neste caso,
a maioria das dietas proporcionou um consumo diário de arginina semelhante
ou superior às necessidades estimadas, com exceção para a dieta 3, cujo
consumo foi de cerca de 70 % da necessidade, semelhante a condição dos
105
leitões da dieta PVM2, no experimento 1. Assim, a ausência de efeito do nível
de arginina na dieta se justifica pelo consumo total de arginina e a ausência de
diferenças na eficiência alimentar entre as dietas sugere que antes de um
problema nutricional, a queda no consumo observada na dieta 2 deve estar
relacionada com palatabilidade.
5. Capítulo V
Conclusões
Leitões criados artificialmente apresentam taxas de crescimento
muito superiores que àqueles alimentados pela porca.
Tanto a proteína vegetal modificada quanto a proteína isolada de
soja demonstraram ser boas alternativas para substituição das proteínas do
leite em dietas líquidas para leitões dos 2 aos 21 dias de idade, sendo que
estes leitões são capazes de utilizar proteínas vegetais satisfatóriamente na
primeira semana de vida.
Em função do elevado consumo, não foi possível testar o efeito dos
níveis de arginina nas dietas.
Em conclusão, existe um valioso espaço para o uso de proteínas
vegetais alternativas em dietas líquidas para leitões entre 2 a 21 dias de idade.
A utilização desta informação pode auxiliar na redução dos custos destas
dietas e tornar a tecnologia de alimentação artificial de leitões economicamente
mais atrativa para a indústria de suínos.
6. Capítulo VI
6.1. Referências Bibliográficas
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APÊNDICES
116
117
118
Apêndice 3. Peso corporal (g) dos leitões alimentados com diferentes fontes de prorteína da dieta
(experimento 1).
Trat. Rep.
PC
inicial
PC
DIA 9
PC
DIA 16
PC
DIA 19
Caseína 7 2348 4346 7763 9429
Caseína 8 1837 3617 6810 8216
Caseína 9 2601 2364 5052 6108
Caseína 10 1854 2604 5318 6856
Caseína 11 1618 3469 6590 8304
Caseína 12 2129 2598 3712 4682
PIS 1 1779 3982 7063 8739
PIS 2 1648 3364 6067 7451
PIS 3 1601 3221 5919 7080
PIS 4 2082 4261 7238 8824
PIS 5 1844 4230 7061 8482
PIS 6 1564 3593 6376 7703
PIS 7 2449 3893 7642 9262
PIS 8 1626 2849 5754 6986
PIS 9 1586 3098 6303 7957
PIS 10 1641 4045 7465 9465
PIS 11 1883 3031 5803 7299
PIS 12 2056 2734 5801 7440
PVM1 1 1864 3103 6152 7652
PVM1 2 1673 3218 5672 6822
PVM1 3 1639 3070 5891 7317
PVM1 4 1533 2870 5213 6654
PVM1 5 1912 3861 6944 8247
PVM1 6 1576 3642 6843 8452
PVM1 7 2348 3599 7250 8929
PVM1 8 1538 3516 6160 7952
PVM1 9 1477 2915 5690 7126
PVM1 10 2125 4335 7449 9179
PVM1 11 1853 3766 6486 7965
PVM1 12 1976 3612 6551 8288
Trat. Rep.
PC
inicial
PC
DIA 9
PC
DIA 16
PC
DIA 19
PVM2 1 1872 4332 7749 9523
PVM2 2 1693 3120 5871 7420
PVM2 3 1427 2689 5310 6924
PVM2 4 2037 4288 7823 9540
PVM2 5 1952 4279 7430 8918
PVM2 6 1648 3846 6741 8340
PVM2 7 2191 4217 6736 8328
PVM2 8 1483 3576 6277 7874
PVM2 9 2152 4202 7270 8601
PVM2 10 2031 4113 6970 8896
PVM2 11 1819 4171 7339 8954
PVM2 12 1975 4187 7824 9588
Soro 1 1901 2706 4802 5721
Soro 2 1415 2677 4802 5647
Soro 3 1427 2108 2962 3408
Soro 4 2049 3451 6224 7501
Soro 5 2078 3085 5531 6942
Soro 6 1384 3049 6009 7006
Soro 7 1934 3117 5435 7040
Soro 8 1871 3468 5502 6394
Soro 9 2027 2257 3425 4548
Soro 10 2125 3845 6779 8754
Soro 11 1740 3029 5783 6998
Soro 12 1962 2325 4400 5883
119
Apêndice 4. Consumo de MS (g/dia) dos leitões alimentados com diferentes fontes de porteína da
dieta (experimento 1).
Dia
Trat Rep
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Soro 1 14 247
172
112
85 90 186
201
203
261
296
365
420
426
508
547
569
Soro 2 74 167
156
149
153
202
284
295
282
345
389
446
514
486
523
522
517
Soro 3 69 70 66 67 67 116
157
122
82 153
159
212
259
259
315
368
398
Soro 4 61 198
183
209
227
232
243
269
333
381
274
323
408
413
415
407
417
Soro 5 6 109
101
108
125
133
152
196
238
296
301
342
355
388
456
486
459
Soro 6 71 200
149
152
233
243
273
251
286
322
299
340
386
384
402
281
318
PVM2
1 75 190
203
222
255
307
333
367
384
418
388
460
467
511
592
599
609
PVM2
2 61 116
135
154
179
223
255
253
287
353
401
378
441
494
454
496
502
PVM2
3 64 55 81 97 125
155
177
218
233
294
260
292
321
338
386
404
548
PVM2
4 11 162
171
196
213
226
267
308
316
382
399
444
464
514
544
599
678
PVM2
5 70 181
226
228
226
261
267
332
418
424
404
416
475
475
513
545
504
PVM2
6 31 176
205
228
236
259
336
321
306
425
399
393
445
464
496
520
518
PVM1
1 3 26 94 105
121
138
219
255
277
331
314
357
384
410
423
475
465
PVM1
2 5 129
135
147
172
211
245
262
346
334
369
456
480
453
569
503
582
PVM1
3 72 134
107
109
175
215
246
283
310
359
403
483
491
555
585
618
689
PVM1
4 24 103
130
130
106
153
197
217
226
268
266
334
351
354
409
428
429
PVM1
5 74 175
185
193
181
259
212
177
272
372
356
419
408
473
496
522
495
PVM1
6 70 154
154
183
221
254
310
320
364
431
411
484
398
564
547
561
657
PIS 1 89 171
225
251
254
272
307
335
391
448
453
536
454
505
553
648
698
PIS 2 11 161
151
144
179
225
277
310
360
348
465
521
556
547
591
628
553
PIS 3 79 123
128
172
173
216
257
297
348
377
455
344
375
385
398
427
394
PIS 4 12 142
177
205
204
288
291
304
363
334
368
425
459
451
506
526
510
PIS 5 88 180
198
224
214
254
275
301
359
403
355
454
524
525
526
505
552
PIS 6 76 133
170
178
201
212
231
244
276
359
308
415
440
442
517
546
501
120
Apêndice 4. Consumo de Ms (g/dia) dos leitões alimentados com diferentes fontes de porteína da
dieta (experimento 1). Continuação ….
Dia
Trat Rep
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Soro 7 57 142
139
144
157
152
155
161
184
260
354
432
465
599
682
512
717
Soro 8 51 207
195
259
274
220
267
313
413
525
484
557
526
429
387
465
414
Soro 9 21 317
82 169
170
198
150
111
88 81 118
147
190
211
240
329
312
Soro 10 58 199
158
237
265
269
310
390
399
464
527
474
582
407
568
792
695
Soro 11 26 116
94 124
172
191
249
273
322
331
332
388
465
547
566
627
480
Soro 12 18 16 121
66 61 66 94 216
255
261
297
304
405
367
439
558
544
PVM2
7 56 190
194
215
208
204
208
182
249
302
344
379
410
445
509
613
578
PVM2
8 59 151
168
199
214
225
244
271
261
294
342
373
435
513
539
660
676
PVM2
9 55 313
245
271
308
326
367
396
424
562
581
476
471
390
434
473
579
PVM2
10 17 189
203
242
244
246
244
293
294
364
401
367
409
456
559
657
561
PVM2
11 56 174
192
254
286
266
302
368
367
451
632
517
544
512
609
685
574
PVM2
12 57 207
225
317
346
357
368
443
380
494
499
541
487
596
590
600
701
PVM1
7 57 260
284
353
304
110
193
315
251
349
429
439
473
458
501
663
595
PVM1
8 55 173
197
198
223
223
276
303
374
466
534
591
654
694
780
627
485
PVM1
9 49 119
116
129
174
194
198
231
268
292
352
293
397
422
399
453
400
PVM1
10 17 210
223
233
275
274
319
412
386
509
515
494
632
473
629
718
667
PVM1
11 49 126
159
183
226
251
285
230
316
344
372
351
399
445
449
566
465
PVM1
12 56 176
251
273
324
279
348
397
400
444
468
466
513
496
540
600
606
PIS 7 57 250
235
284
306
307
257
354
407
574
569
593
672
687
636
520
437
PIS 8 57 156
203
260
323
321
350
377
411
527
513
587
556
582
724
610
359
PIS 9 55 138
166
188
176
193
155
169
227
304
393
430
477
518
510
596
568
PIS 10 16 128
180
234
278
291
322
319
341
431
513
568
591
715
828
804
709
PIS 11 60 115
123
100
102
133
192
213
275
358
341
312
375
394
392
478
434
PIS 12 18 108
164
112
279
148
206
322
370
534
557
567
658
691
763
804
478
CAS.
7 56 285
299
322
320
271
151
218
262
339
354
413
455
431
431
519
452
CAS.
8 53 274
293
324
279
319
227
239
296
314
301
335
383
366
402
454
492
CAS.
9 17 127
141
105
93 76 80 151
258
343
394
422
521
504
464
557
412
CAS.
10 24 83 146
101
84 63 84 155
236
285
340
373
454
491
475
584
591
CAS.
11 17 201
252
254
289
261
298
343
347
337
447
423
463
464
449
566
539
CAS.
12 18 80 163
106
87 73 53 79 130
198
243
208
181
187
208
336
428
121
Apêndice 5. Análise de variâncias das variáveis de desempenho do experimento 1
PC inicial CV=13,74 %
Causas da Variação GL SQ QM F P
Dieta
3
25746 8582 0,14 0,9375
Experimento
1
379852 379852 6,05 0,0180
Erro 43
2698501 62755
Total
47
3104099
PC dia 9 CV=9,09 %
CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM F P
Dieta
3
3475561 1158520 10,76 <,0001
Experimento
1
43872 43872 0,41 0,5275
Peso inicial 1
2113810 2113810 19,63 <,0001
Erro 34
3660447 107660
Total
39
10350261
GDP dia 2 a 9 CV=18,31 %
CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM F P
Dieta
3
70929 23643 10,76 <,0001
Experimento
1
895 895, 0,41 0,5275
Peso inicial 1
2 2 0,00 0,9760
Erro 34
74703 2197
Total
39
147926
CDR dia 2 a 9
CV=18,65 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
9713,062192 3237, 97 2,73 0,0589
Experimento
1
4255,460677 4255,460677 3,59 0,0666
Peso inicial 1
3534,242517 3534,242517 2,98 0,0932
Erro 34
40277,84323 1184,64245
Total
39
63228,05663
EA dia 2 a 9
CV=14,23 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
0,68007309 0,22669103 5,71 0,0028
Experimento
1
0,07080655 0,07080655 1,78 0,1907
Peso inicial 1
0,10687895 0,10687895 2,69 0,1101
Erro 34
1,35021274 0,03971214
Total
39
2,26089442
122
PC dia 16
CV=9,75 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
11748551,52 3916183,84 10,05 <,0001
Experimento
1
32647,61 32647,61 0,08 0,7738
Peso inicial 1
6372433,22 6372433,22 16,36 0,0002
Erro 38
14803130,11 389556,06
Total
43
33409551,16
GDP dia 9 a 16
CV=11,53 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
50426,15344 16808,71781 7,51 0,0005
Experimento
1
178,93045 178,93045 0,08 0,7790
Peso inicial 1
14962,02586 14962,02586 6,68 0,0137
Erro 38
85089,7596 2239,2042
Total
43
152357,0724
CDR dia 9 a 16
CV=14,39 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
39246,96335 13082,32112 3,99 0,0144
Experimento
1
16020,75054 16020,75054 4,89 0,0331
Peso inicial 1
10504,44479 10504,44479 3,21 0,0813
Erro 38
124443,1267 3274,8191
Total
43
201167,3859
EA dia 9 a 16
CV=14,36 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
0,13201159 0,04400386 1,94 0,1393
Experimento
1
0,06963062 0,06963062 3,07 0,0877
Peso inicial 1
0,00012233 0,00012233 0,01 0,9418
Erro 38
0,86113805 0,02266153
Total
43
1,07109485
PC dia 19
CV=9,24 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
15751510,32 5250503,44 9,84 <,0001
Experimento
1
89624,48 89624,48 0,17 0,6842
Peso inicial 1
8400688,45 8400688,45 15,74 0,0003
Erro 39
20815325,70 533726,30
Total
44
46931874,31
123
GDP dia 16 a 19 CV=13,68 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
58254,93958 19418,31319 4,11 0,0125
Experimento
1
33857,53305 33857,53305 7,17 0,0108
Peso inicial 1
14572,32085 14572,32085 3,09 0,0868
Erro 39
184090,4672 4720,2684
Total
44
316374,3309
CDR dia 16 a 19
CV=15,26 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
9765,34492 3255,11497 0,47 0,7062
Experimento
1
42344,19905 42344,19905 6,09 0,0181
Peso inicial 1
3347,74134 3347,74134 0,48 0,4919
Erro 39
271208,6705 6954,0685
Total
44
342122,5531
EA dia 16 a 19
CV=15,26 %
Causa da variação GL SQ QM F P
Dieta
3
0,09820347 0,03273449 1,63 0,1986
Experimento
1
0,00005751 0,00005751 0,00 0,9576
Peso inicial 1
0,00818818 0,00818818 0,41 0,5272
Erro 39
0,78446245 0,02011442
Total
44
0,89145872
GDP Dia 2 a 19 CV = 11,26%
Causa da variação GL SQ QM F Pr > F
Dieta 3 61906,37931 20635,45977 12,49 <,0001
Experimento 1 1918,61635 1918,61635 1,16 0,2883
PC inicial 1 4448,0478 4448,0478 2,69 0,1095
Erro 36 59463,5108 1651,7642
Total corrigido 41 126024,388
CDR Dia 2 -19 CV=13,38 %
Causa da variação GL QM SQ F Pr > F
Dieta 3 21194,45623 7064,81874 3,55 0,0238
Experimento 1 13892,84495 13892,84495 6,98 0,0121
PC inicial 1 7896,38597 7896,38597 3,97 0,054
Erro 36 71642,0616 1990,0573
Total corrigido 41 117272,7075
EA Dia 2 a 19 CV=10,55%
Causa da variação GL QM SQ F Pr > F
Dieta 3 0,12488952 0,04162984 3,14 0,0372
Experimento 1 0,05662085 0,05662085 4,27 0,0462
PC inicial 1 0,01277091 0,01277091 0,96 0,3332
Erro 36 0,47792493 0,01327569
Total corrigido 41 0,70931696
124
Apêndice 6. Digestibilidade Ileal aparente de aminoácidos (%). ( Experimento 1.)
Dieta Rep Asp. Tre Ser. Glut. Pro Gli Ala Val Met
Soro 2 88,55
80,30
77,53
88,74
85,06
59,94
84,68
86,84
90,91
Soro 4 91,37
79,70
78,23
90,99
85,77
74,32
87,55
88,64
93,27
Soro 5 89,79
83,46
80,27
90,32
87,33
71,40
85,95
88,83
90,76
Soro 6 89,87
79,85
78,10
89,26
84,55
67,95
86,76
88,26
92,55
Soro 7 81,66
69,57
66,35
81,47
75,90
42,63
77,80
79,32
87,15
Soro 8 88,79
76,83
76,25
87,42
80,95
64,94
84,83
84,22
91,57
Soro 9 82,21
73,31
70,95
83,12
76,19
53,13
81,82
81,96
89,66
Soro 10 86,77
74,77
70,77
85,95
75,85
63,49
84,34
85,50
91,63
Soro 11 92,42
80,85
80,72
91,62
85,27
70,86
89,10
90,50
94,25
Soro 12 86,27
76,19
74,71
85,08
79,82
68,57
84,62
86,04
91,87
PVM2 1 78,85
72,10
72,70
84,85
81,46
66,75
76,88
78,83
88,79
PVM2 2 78,74
71,28
70,41
82,50
79,92
71,43
76,64
79,02
87,44
PVM2 3 76,51
69,10
70,16
80,17
77,97
66,23
74,16
76,22
86,47
PVM2 4 79,53
72,14
74,18
83,48
79,69
63,64
77,17
78,40
88,41
PVM2 5 79,88
77,01
76,93
86,95
84,61
72,15
79,61
82,05
88,73
PVM2 6 83,61
76,92
78,45
88,27
84,84
74,51
77,41
82,52
90,40
PVM2 7 68,70
60,94
60,40
73,52
71,72
52,89
66,24
69,72
82,57
PVM2 8 56,26
53,82
56,22
62,15
58,62
25,44
61,88
66,82
81,27
PVM2 9 82,16
72,56
73,89
86,45
81,97
72,86
77,87
80,30
89,46
PVM2 10 75,37
67,67
67,10
80,46
77,90
65,59
72,90
75,11
85,93
PVM2 11 78,54
70,09
71,00
80,05
74,88
68,05
79,16
81,94
89,59
PVM2 12 79,39
70,20
70,44
83,66
79,47
69,74
77,06
79,46
88,16
PIS 1 51,00
41,34
40,59
50,49
45,70
41,23
43,51
53,69
76,33
PIS 2 78,53
69,37
72,28
83,37
77,35
70,00
75,55
79,02
88,31
PIS 3 71,35
57,66
61,48
54,75
61,44
51,11
63,32
72,90
82,79
PIS 4 84,68
75,62
78,23
88,92
84,23
79,41
80,44
84,52
91,34
PIS 5 77,26
67,42
69,39
81,68
76,06
65,19
73,52
76,11
87,23
PIS 6 71,35
60,51
62,07
73,84
68,19
61,48
63,86
69,46
82,47
PIS 7 70,57
57,19
61,28
77,00
66,50
54,56
61,48
64,41
79,60
PIS 8 74,73
62,30
68,32
80,97
70,56
63,23
68,31
71,57
84,06
PIS 9 79,89
69,80
75,02
85,45
78,76
73,55
75,82
79,06
89,67
PIS 10 81,29
70,64
76,63
85,82
77,71
72,28
77,52
80,15
90,32
PIS 11 79,24
69,54
77,03
84,49
77,61
70,11
77,33
80,90
88,77
PIS 12 75,00
63,46
70,13
78,66
69,53
61,24
67,94
69,80
85,84
Caseina
7 81,82
72,31
74,35
88,45
87,61
59,09
77,52
85,22
92,11
Caseina
8 82,44
74,36
76,21
87,87
86,16
63,90
79,21
86,15
91,95
Caseina
9 92,91
84,83
87,50
95,07
93,43
80,87
90,02
93,54
96,38
Caseina
10 89,79
81,57
84,59
93,41
91,79
76,48
86,55
91,25
95,08
Caseina
11 90,59
82,34
84,87
93,50
91,92
78,79
87,79
91,67
95,50
Caseina
12 84,79
74,97
79,81
89,97
88,38
65,26
81,56
88,05
92,86
125
Apêndice 6. Digestibilidade Ileal aparente de aminoácidos (%). (Experimento 1). Continuação…
Dieta Rep
Isol Leu Tir Fenil Hist Lis Arg Tot
Soro 2 91,20 91,08 85,91 86,13 86,34 87,77 86,18 86,65
Soro 4 93,56 93,91 90,00 90,68 90,23 90,05 88,95 89,15
Soro 5 92,41 91,89 86,97 87,33 87,60 88,45 83,04 88,20
Soro 6 92,15 92,73 89,09 89,45 88,84 88,48 86,67 87,85
Soro 7 86,84 86,30 75,32 76,52 77,59 81,43 75,44 78,96
Soro 8 90,71 92,33 88,10 88,58 87,08 84,71 85,19 85,76
Soro 9 87,11 88,42 82,14 83,84 80,13 78,10 82,14 81,08
Soro 10 89,55 91,67 85,71 87,50 85,38 83,72 83,96 84,21
Soro 11 94,36 95,37 92,66 93,21 91,73 89,25 92,40 90,02
Soro 12 89,98 91,80 88,01 88,49 86,38 83,87 88,72 84,98
PVM2 1 82,25 81,94 81,99 82,65 82,53 80,64 82,87 80,63
PVM2 2 82,83 80,68 80,43 82,30 81,38 80,24 80,67 79,69
PVM2 3 79,50 80,20 78,57 80,09 79,02 76,90 79,36 77,51
PVM2 4 82,41 83,67 82,68 83,28 81,23 80,60 86,34 80,58
PVM2 5 85,21 83,24 83,84 84,46 84,10 80,88 84,30 82,83
PVM2 6 85,97 85,36 85,39 85,51 85,78 84,58 85,21 84,31
PVM2 7 74,00 71,62 70,67 73,51 72,41 69,15 74,18 70,25
PVM2 8 67,62 71,60 70,37 70,37 65,90 64,60 72,12 62,84
PVM2 9 84,02 83,49 83,50 84,01 84,27 81,22 84,32 82,26
PVM2 10 78,79 77,91 77,23 78,93 78,25 76,96 78,04 76,71
PVM2 11 83,47 85,29 84,00 84,56 83,00 77,53 84,55 79,70
PVM2 12 83,06 83,15 81,71 83,14 82,27 78,89 82,08 80,25
PIS 1 51,01 54,26 53,89 59,82 51,39 49,21 60,29 51,30
PIS 2 80,66 81,91 80,21 81,87 80,73 79,68 86,88 79,92
PIS 3 74,09 77,24 73,44 77,00 71,48 53,44 80,32 66,22
PIS 4 85,99 86,67 86,00 86,56 86,88 85,17 90,54 85,47
PIS 5 77,74 80,12 77,71 80,13 78,65 77,98 85,05 77,94
PIS 6 70,92 81,09 69,58 73,33 70,31 70,41 78,39 71,58
PIS 7 68,03 71,29 64,15 68,09 67,23 69,14 77,33 69,54
PIS 8 73,85 78,04 72,36 75,91 73,50 74,09 81,94 75,01
PIS 9 82,13 83,39 82,77 83,56 83,05 79,99 88,15 81,45
PIS 10 81,03 85,19 82,93 83,82 81,69 80,59 88,65 82,00
PIS 11 83,85 86,19 83,47 84,96 82,03 81,35 91,62 81,91
PIS 12 71,28 77,88 73,33 75,78 72,32 72,71 81,98 74,24
Caseina 7 88,79
91,29
88,73 88,12
87,34
85,06 84,86
85,31
Caseina 8 89,13
92,22
90,06 89,87
88,43
88,06 87,60
86,11
Caseina 9 94,89
97,28
96,33 96,37
94,92
93,72 94,93
93,64
Caseina 10 93,68
95,67
94,00 94,15
92,78
91,74 92,13
91,49
Caseina 11 93,56
96,05
94,84 94,64
92,94
92,25 92,79
91,92
Caseina 12 90,15
93,34
91,16 91,09
89,35
87,72 88,03
87,64
126
Apêndice 7. Análise de variância da digestibilidade ileal de aminoácidos (Experimento 1).
Variável Dependente: Aspartato CV = 5,43 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 655,427132 218,475711 11,31 <,0001
Dieta 2 649,2418052 324,6209026 16,8 <,0001
Bloco (tempo) 1 11,8499359 11,8499359 0,61 0,4404
Erro 27 521,712068 19,322669
Total corrigido 30 1177,1392
Variável Dependente: Serina CV = 7,64 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 187,42488 62,47496 2,05 0,1301
Dieta 2 130,3800999 65,1900499 2,14 0,1369
Bloco (tempo) 1 62,0767646 62,0767646 2,04 0,1647
Erro 27 821,658417 30,431793
Total corrigido 30 1009,083297
Variável Dependente: Prolina CV = 6,85 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 347,71819 115,906063 4,02 0,0173
Dieta 2 295,1122935 147,5561467 5,12 0,013
Bloco (tempo) 1 48,6955791 48,6955791 1,69 0,2045
Erro 27 777,645294 28,801678
Total corrigido 30 1125,363484
Variável Dependente: Alanina
CV = 6,82 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 789,689384 263,229795 9,42 0,0002
Dieta 2 789,299478 394,649739 14,13 <,0001
Bloco (tempo) 1 1,3398804 1,3398804 0,05 0,8283
Erro 27 754,32499 27,937963
Total corrigido 30 1544,014374
Variável Dependente: Valina CV = 6,03 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 505,373513 168,457838 7,21 0,0011
Dieta 2 499,8820432 249,9410216 10,7 0,0004
Bloco (tempo) 1 8,3631787 8,3631787 0,36 0,5547
Erro 27 630,934074 23,367929
Total corrigido 30 1136,307587
Variável Dependente: Metionina CV = 3,39 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 110,519604 36,839868 4,08 0,0164
Dieta 2 110,0742877 55,0371438 6,09 0,0065
Bloco (tempo) 1 0,7926439 0,7926439 0,09 0,7693
Erro 27 243,8711056 9,0322632
Total corrigido 30 354,3907097
127
Variável Dependente: Isoleucina CV = 5,49 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 799,238484 266,412828 12,68 <,0001
Dieta 2 798,6882903 399,3441451 19 <,0001
Bloco (tempo) 1 1,7057823 1,7057823 0,08 0,7779
Erro 27 567,366058 21,013558
Total corrigido 30 1366,604542
Variável Dependente: Leucina CV = 5,61 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 613,922474 204,640825 10,72 <,0001
Dieta 2 612,4544179 306,2272089 16,05 <,0001
Bloco (tempo) 1 5,2120081 5,2120081 0,27 0,6055
Erro 27 515,252519 19,083427
Total corrigido 30 1129,174994
Variável Dependente: Tirosina CV = 7,03 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 360,748328 120,249443 3,66 0,0247
Dieta 2 357,6974627 178,8487314 5,44 0,0103
Bloco (tempo) 1 3,6999317 3,6999317 0,11 0,7398
Erro 27 887,015872 32,85244
Total corrigido 30 1247,7642
Variável Dependente: Fenilalanina
CV = 5,88 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 258,6454944 86,2151648 3,62 0,0256
Dieta 2 257,6206581 128,810329 5,41 0,0106
Bloco (tempo) 1 1,6623524 1,6623524 0,07 0,7936
Erro 27 642,6006153 23,8000228
Total corrigido 30 901,2461097
Variável Dependente: Histidina CV = 6,35 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 330,991907 110,330636 4,09 0,0162
Dieta 2 326,6172065 163,3086033 6,06 0,0067
Bloco (tempo) 1 5,0164568 5,0164568 0,19 0,6696
Erro 27 727,713481 26,952351
Total corrigido 30 1058,705387
Variável Dependente: Arginina CV = 5,60 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 36,1140568 12,0380189 0,54 0,657
Dieta 2 34,31759546 17,15879773 0,77 0,4711
Bloco (tempo) 1 3,50454878 3,50454878 0,16 0,6941
Erro 27 598,5904916 22,1700182
Total corrigido 30 634,7045484
128
Variável Dependente: Total Aa essenciais CV = 5,25 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 480,4970303 160,1656768 8,75 0,0003
Dieta 2 467,1882657 233,5941328 12,76 0,0001
Bloco (tempo) 1 8,7954011 8,7954011 0,48 0,4941
Erro 27 494,1271181 18,3010044
Total corrigido 30 974,6241484
Variável Dependente: Treonina CV = 6,50 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 594,035882 198,011961 9,07 0,0003
Dieta 2 480,5042787 240,2521393 11,01 0,0003
Bloco (tempo) 1 103,9485849 103,9485849 4,76 0,0383
Erro 26 567,593215 21,830508
Total corrigido 29 1161,629097
Variável Dependente: Ac. Gutâmico CV = 4,64 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 203,5908803 67,8636268 4,43 0,0121
Dieta 2 160,9469068 80,4734534 5,26 0,0121
Bloco (tempo) 1 46,6118741 46,6118741 3,04 0,0928
Erro 26 398,0767897 15,3106458
Total corrigido 29 601,66767
Variável Dependente: Glicina CV = 11,34 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 301,720207 100,573402 1,78 0,1761
Dieta 2 134,259035 67,1295175 1,19 0,3212
Bloco (tempo) 1 165,2159203 165,2159203 2,92 0,0994
Erro 26 1470,88193 56,572382
Total corrigido 29 1772,602137
Variável Dependente: Lisina CV = 5,3 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 404,2109181 134,7369727 7,35 0,001
Dieta 2 340,2665028 170,1332514 9,28 0,0009
Bloco (tempo) 1 66,3221785 66,3221785 3,62 0,0683
Erro 26 476,5638186 18,3293776
Total corrigido 29 880,7747367
Variável Dependente: Aa Totais CV = 5,27 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 3 308,6574238 102,8858079 5,62 0,0042
Dieta 2 276,5087571 138,2543786 7,55 0,0026
Bloco (tempo) 1 33,5589042 33,5589042 1,83 0,1876
Erro 26 476,3810429 18,3223478
Total corrigido 29 785,0384667
129
Apêndice 8. Consumo diário de aminoácidos digestíveis (g/dia). ( Experimento 1).
Dieta rep lis tre met arg glut asp ser gli
Soro 2 5,26 3,59 1,68 1,59 10,43 6,57 2,11 0,88
Soro 4 4,90 3,23 1,56 1,49 9,70 6,15 1,93 0,99
Soro 5 4,10 2,88 1,30 1,18 8,20 5,15 1,69 0,81
Soro 6 4,43 2,98 1,43 1,33 8,75 5,56 1,77 0,83
Soro 7 4,70 2,93 1,55 1,34 9,24 5,83 1,68 0,59
Soro 8 5,51 3,67 1,83 1,71 11,18 7,15 2,20 1,02
Soro 10 6,18 4,05 2,08 1,91 12,47 7,93 2,30 1,13
Soro 11 5,15 3,43 1,67 1,64 10,38 6,60 2,07 0,99
Soro 12 3,73 2,48 1,26 1,22 7,43 4,74 1,47 0,74
PVM2 1 6,00 3,48 2,34 3,43 16,63 7,51 2,79 1,92
PVM2 2 4,85 2,79 1,87 2,71 13,12 6,09 2,19 1,67
PVM2 3 3,63 2,12 1,44 2,08 9,97 4,63 1,71 1,21
PVM2 4 5,54 3,22 2,15 3,29 15,11 7,00 2,63 1,69
PVM2 5 5,63 3,48 2,18 3,26 15,93 7,11 2,76 1,94
PVM2 6 5,68 3,35 2,15 3,18 15,61 7,19 2,72 1,94
PVM2 7 4,25 2,46 1,79 2,53 11,93 5,43 1,96 1,27
PVM2 9 6,30 3,68 2,45 3,64 17,70 8,19 3,01 2,21
PVM2 10 5,14 2,96 2,03 2,90 14,20 6,48 2,36 1,71
PVM2 11 6,12 3,62 2,50 3,71 16,68 7,97 2,94 2,10
PVM2 12 6,61 3,85 2,61 3,82 18,51 8,55 3,10 2,28
PIS 2 5,50 2,69 2,34 4,67 14,79 8,05 2,58 2,23
PIS 3 3,01 1,83 1,80 3,53 8,19 6,01 1,81 1,33
PIS 4 5,43 2,71 2,24 4,49 14,51 8,01 2,57 2,34
PIS 5 5,30 2,58 2,28 4,50 14,28 7,80 2,44 2,04
PIS 6 4,23 2,04 1,90 3,66 11,48 6,38 1,93 1,70
PIS 7 5,69 2,66 2,53 4,97 15,85 8,56 2,55 2,07
PIS 8 5,89 2,80 2,58 5,09 16,17 8,77 2,76 2,32
PIS 9 4,84 2,39 2,09 4,16 13,02 7,14 2,31 2,05
PIS 10 6,73 3,34 2,90 5,78 18,07 10,04 3,26 2,79
PIS 11 4,11 1,99 1,73 3,61 10,76 5,92 1,98 1,64
PIS 12 5,67 2,80 2,58 4,99 15,37 8,63 2,78 2,21
Caseína
7 5,55 2,78 2,30 2,06 14,13 5,40 2,24 0,85
Caseína
8 5,52 2,74 2,20 2,04 13,47 5,22 2,21 0,89
Caseína
9 5,12 2,72 2,01 1,93 12,70 5,12 2,21 0,98
Caseína
10 4,91 2,57 1,94 1,83 12,23 4,85 2,09 0,90
Caseína
11 6,43 3,37 2,54 2,40 15,94 6,37 2,73 1,21
Caseína
12 2,85 1,43 1,15 1,06 7,16 2,79 1,20 0,47
130
Apêndice 8. Consumo diário de aminoácidos digestíveis (g/dia). ( Experimento 1).
Continuação…
Dieta rep ala val isol leu tir fenil hist pro
Soro 2 2,83 3,71 3,99 6,54 1,56 2,03 1,20 3,45
Soro 4 2,65 3,44 3,71 6,11 1,48 1,94 1,14 3,16
Soro 5 2,22 2,93 3,12 5,09 1,22 1,59 0,94 2,74
Soro 6 2,42 3,15 3,36 5,55 1,35 1,76 1,03 2,86
Soro 7 2,50 3,27 3,66 5,96 1,31 1,75 1,04 2,95
Soro 8 3,07 3,92 4,31 7,20 1,74 2,28 1,32 3,55
Soro 10 3,46 4,51 4,83 8,11 1,92 2,55 1,47 3,77
Soro 11 2,86 3,73 3,98 6,59 1,62 2,12 1,23 3,32
Soro 12 2,09 2,73 2,92 5,16 1,18 1,55 0,89 2,39
PVM2 1 3,15 4,27 4,33 7,20 2,33 3,47 1,80 5,32
PVM2 2 2,55 3,47 3,54 5,75 1,86 2,80 1,44 4,24
PVM2 3 1,93 2,62 2,65 4,47 1,42 2,13 1,09 3,23
PVM2 4 2,92 3,92 4,00 6,79 2,17 3,23 1,63 4,81
PVM2 5 3,04 4,15 4,19 6,83 2,23 3,31 1,71 5,17
PVM2 6 2,86 4,03 4,08 6,77 2,19 3,24 1,69 5,00
PVM2 7 2,24 3,12 3,22 5,21 1,68 2,57 1,31 3,88
PVM2 9 3,33 4,53 4,61 7,67 2,50 3,70 1,92 5,60
PVM2 10 2,69 3,65 3,73 6,16 1,99 3,00 1,53 4,58
PVM2 11 3,45 4,71 4,66 7,97 2,56 3,79 1,92 5,20
PVM2 12 3,56 4,85 4,93 8,25 2,64 3,95 2,02 5,86
PIS 2 2,83 3,83 3,81 6,53 2,20 3,49 1,76 3,75
PIS 3 1,94 2,89 2,86 5,06 1,65 2,69 1,27 2,42
PIS 4 2,78 3,79 3,75 6,37 2,18 3,41 1,75 3,78
PIS 5 2,71 3,63 3,61 6,29 2,10 3,36 1,68 3,63
PIS 6 2,08 2,91 2,90 5,63 1,65 2,71 1,32 2,87
PIS 7 2,76 3,81 3,88 6,71 2,14 3,52 1,79 3,91
PIS 8 2,96 4,07 4,06 7,11 2,32 3,77 1,88 4,01
PIS 9 2,50 3,41 3,43 5,79 2,01 3,15 1,61 3,39
PIS 10 3,52 4,77 4,67 8,17 2,78 4,36 2,19 4,62
PIS 11 2,13 2,91 2,92 5,00 1,70 2,68 1,33 2,79
PIS 12 2,88 3,90 3,85 6,96 2,31 3,69 1,82 3,87
Caseína
7 2,19 4,11 3,85 7,52 2,45 2,92 1,69 5,69
Caseína
8 2,14 3,99 3,70 7,29 2,38 2,86 1,64 5,37
Caseína
9 2,12 3,77 3,44 6,70 2,22 2,67 1,54 5,07
Caseína
10 2,00 3,61 3,32 6,46 2,12 2,56 1,47 4,89
Caseína
11 2,64 4,72 4,32 8,44 2,79 3,35 1,92 6,37
Caseína
12 1,15 2,12 1,94 3,83 1,25 1,50 0,86 2,86
131
Apêndice 9. Análise de variância do consumo de aminoácidos digestíveis (g/dia)
(Experimento 1).
Variável Dependente: Lisina CV =17,08
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 4,26891359 1,0672284 1,37 0,2715
Bloco (tempo) 1 1,3992639 1,3992639 1,8 0,1918
Dieta 2 1,58666463 0,79333231 1,02 0,3751
Peso inicial 1 0,38104656 0,38104656 0,49 0,4905
Erro 26 20,2536606 0,77898695
Total corrigido 30 24,52257419
Variável Dependente: Treonina CV = 16,51 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 3,80796237 0,95199059 3,96 0,0122
Dieta 2 3,25407958 1,62703979 6,76 0,0043
Bloco (tempo) 1 0,23595534 0,23595534 0,98 0,3311
Peso inicial 1 0,07158574 0,07158574 0,3 0,5901
Erro 26 6,2553344 0,24058978
Total corrigido 30 10,06329677
Variável Dependente: Metionina CV = 15,43 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 2,97686987 0,74421747 7,6 0,0003
Dieta 2 2,51962079 1,2598104 12,87 0,0001
Bloco (tempo) 1 0,29589828 0,29589828 3,02 0,0939
Peso inicial 1 0,05006933 0,05006933 0,51 0,4809
Erro 26 2,54496884 0,09788342
Total corrigido 30 5,52183871
Variável Dependente: Arginina CV = 16,72 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 45,9354925 11,48387313 41,59 <,0001
Dieta 2 44,94667806 22,47333903 81,38 <,0001
Bloco (tempo) 1 0,67373349 0,67373349 2,44 0,1304
Peso inicial 1 0,13328889 0,13328889 0,48 0,4934
Erro 26 7,17964943 0,27614036
Total corrigido 30 53,11514194
Variável Dependente: Ac. Glutâmico CV = 17,79 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 170,9161398 42,7290349 7,88 0,0003
Dieta 2 149,390411 74,6952055 13,78 <,0001
Bloco (tempo) 1 9,853578 9,853578 1,82 0,1892
Peso inicial 1 4,2555916 4,2555916 0,78 0,3837
Erro 26 140,9522151 5,421239
Total corrigido 30 311,8683548
132
Variável Dependente: Ac. Aspártico
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 17,30862936 4,32715734 3,34 0,0246
Dieta 2 12,54058097 6,27029048 4,85 0,0163
Bloco (tempo) 1 2,74823742 2,74823742 2,12 0,157
Peso inicial 1 0,55375976 0,55375976 0,43 0,5187
Erro 26 33,64433838 1,29401301
Total corrigido 30 50,95296774
Variável Dependente: Serina CV = 16,95 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 2,69912192 0,67478048 4,31 0,0083
Dieta 2 2,36070959 1,1803548 7,53 0,0026
Bloco (tempo) 1 0,22758294 0,22758294 1,45 0,239
Peso inicial 1 0,03369144 0,03369144 0,22 0,6467
Erro 26 4,07343292 0,1566705
Total corrigido 30 6,77255484
Variável Dependente: Glicina CV = 20, 02 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 7,63704095 1,90926024 17,85 <,0001
Dieta 2 7,4892437 3,74462185 35 <,0001
Bloco (tempo) 1 0,13178309 0,13178309 1,23 0,2772
Peso inicial 1 0,01424994 0,01424994 0,13 0,7181
Erro 26 2,78146872 0,10697957
Total corrigido 30 10,41850968
Variável Dependente: Alanina CV = 16,58 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 1,11011659 0,27752915 1,34 0,2803
Dieta 2 0,39578492 0,19789246 0,96 0,3966
Bloco (tempo) 1 0,47993474 0,47993474 2,32 0,1394
Peso inicial 1 0,04357692 0,04357692 0,21 0,6497
Erro 26 5,36755437 0,2064444
Total corrigido 30 6,47767097
Variável Dependente: Valina CV = 16,00 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 2,31140408 0,57785102 1,65 0,192
Dieta 2 1,17226738 0,58613369 1,67 0,2073
Bloco (tempo) 1 0,799077 0,799077 2,28 0,143
Peso inicial 1 0,06568756 0,06568756 0,19 0,6686
Erro 26 9,10933785 0,35035915
Total corrigido 30 11,42074194
133
Variável Dependente: Isoleucina
CV = 15,54 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 2,23816553 0,55954138 1,61 0,2018
Dieta 2 0,85356769 0,42678385 1,23 0,3095
Bloco (tempo) 1 0,8779019 0,8779019 2,52 0,1241
Peso inicial 1 0,10205689 0,10205689 0,29 0,5926
Erro 26 9,03997641 0,3476914
Total corrigido 30 11,27814194
Variável Dependente: Leucina CV = 15,52 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 5,06977087 1,26744272 1,28 0,3048
Dieta 2 1,06748931 0,53374465 0,54 0,5906
Bloco (tempo) 1 2,82274413 2,82274413 2,84 0,1038
Peso inicial 1 0,18285244 0,18285244 0,18 0,6714
Erro 26 25,82481622 0,99326216
Total corrigido 30 30,8945871
Variável Dependente: Tirosina CV = 16,60 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 2,94888383 0,73722096 7,14 0,0005
Dieta 2 2,63204883 1,31602442 12,74 0,0001
Bloco (tempo) 1 0,26348319 0,26348319 2,55 0,1223
Peso inicial 1 0,01502149 0,01502149 0,15 0,706
Erro 26 2,68509037 0,10327271
Total corrigido 30 5,63397419
Variável Dependente: Fenilalanina CV = 16,10 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 12,19828175 3,04957044 14,07 <,0001
Dieta 2 11,4627997 5,73139985 26,45 <,0001
Bloco (tempo) 1 0,59331695 0,59331695 2,74 0,11
Peso inicial 1 0,05328624 0,05328624 0,25 0,6242
Erro 26 5,63491825 0,21672762
Total corrigido 30 17,8332
Variável Dependente: Histidina CV = 16,43 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 1,96175909 0,49043977 7,99 0,0002
Dieta 2 1,7520425 0,87602125 14,28 <,0001
Bloco (tempo) 1 0,14997046 0,14997046 2,44 0,1301
Peso inicial 1 0,01896582 0,01896582 0,31 0,583
Erro 26 1,59547962 0,0613646
Total corrigido 30 3,55723871
134
Variável Dependente: Prolina CV = 16,30 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 16,93561366 4,23390342 10,6 <,0001
Dieta 2 15,25527292 7,62763646 19,1 <,0001
Bloco (tempo) 1 0,47853642 0,47853642 1,2 0,2837
Peso inicial 1 0,27764396 0,27764396 0,7 0,4119
Erro 26 10,38156053 0,39929079
Total corrigido 30 27,31717419
Variável Dependente: Aa Essenciais Totais CV = 15,88
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 282,0821578 70,5205395 2,8 0,0468
Dieta 2 191,3760465 95,6880233 3,8 0,0358
Bloco (tempo) 1 59,3199384 59,3199384 2,35 0,1371
Peso inicial 1 8,0975557 8,0975557 0,32 0,5758
Erro 26 655,5341131 25,2128505
Total corrigido 30 937,616271
Variável Dependente: Aa Totais CV = 16,38
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 1806,96045 451,740113 4,08 0,0107
Dieta 2 1424,314314 712,157157 6,43 0,0054
Bloco (tempo) 1 232,156545 232,156545 2,1 0,1595
Peso inicial 1 46,428375 46,428375 0,42 0,5229
Erro 26 2877,684834 110,680186
Total corrigido 30 4684,645284
135
Apêndice 10. Composição de carcaça e taxa (aos 2 e 19 dias de idade) de deposição de nutrientes
de leitões dos 2 aos 19 dias de idade. (Experimento 1).
Trat rep
Água
%
Cinzas
%
Gordura
%
Prot
%
H2O
g/dia
Gordura
g/dia
cinzas
g/dia
Prot
g/dia
Soro 1 71,29 2,45 11,81 12,92 151 36 5 30
Soro 2 70,13 2,27 13,05 12,48 167 40 5 31
Soro 4 67,54 2,32 15,53 13,06 204 63 6 42
Soro 5 68,81 2,38 14,15 13,93 185 54 6 41
Soro 6 69,69 2,26 14,26 12,40 223 56 7 40
Soro 7 71,20 2,25 12,88 11,96 207 48 6 35
Soro 8 61,35 2,35 22,65 12,33 146 80 6 32
Soro 10
65,04 2,31 18,51 12,84 237 90 8 50
Soro 11
67,23 2,40 16,20 12,86 197 62 7 40
Soro 12
70,79 2,37 12,84 13,04 156 39 5 30
PVM2 1 70,78 2,16 12,50 13,92 309 66 9 65
PVM2 2 70,82 2,17 11,67 14,25 230 47 7 50
PVM2 3 71,12 1,98 12,16 13,08 221 47 6 43
PVM2 4 69,36 2,12 13,61 13,81 296 71 8 62
PVM2 5 69,73 2,23 12,65 13,98 275 63 9 58
PVM2 6 68,59 2,11 13,50 14,65 260 63 8 59
PVM2 7 71,79 2,12 10,41 14,26 252 45 7 53
PVM2 8 68,00 2,18 14,90 13,25 247 65 8 50
PVM2 9 71,98 2,06 10,92 13,68 265 50 7 53
PVM2 10
75,03 1,73 10,62 10,98 299 50 6 42
PVM2 11
68,14 2,17 14,28 14,87 275 71 8 65
PVM2 12
69,73 2,21 12,89 13,51 303 68 9 61
PVM1 1 70,48 2,15 12,92 12,57 230 54 6 43
PVM1 2 69,36 2,25 12,90 14,12 200 48 6 45
PVM1 3 71,55 2,09 11,39 13,90 230 47 6 48
PVM1 4 72,25 2,10 11,03 13,39 212 39 5 41
PVM1 5 70,20 2,37 12,60 13,38 252 58 8 50
PVM1 6 68,42 2,16 14,31 13,95 267 68 8 57
PVM1 7 71,01 2,19 12,63 13,19 266 60 8 51
PVM1 8 70,39 2,00 12,79 13,57 259 56 7 52
PVM1 9 68,47 2,18 14,82 12,97 219 58 7 44
PVM1 10
68,22 2,34 14,33 13,91 271 72 9 59
PVM1 11
68,04 2,34 14,64 13,22 234 64 8 48
PVM1 12
70,05 2,17 12,77 13,46 251 57 7 50
136
Apêndice 10. Composição de carcaça e taxa (aos 2 e 19 dias de idade) de deposição de nutrientes
de leitões dos 2 aos 19 dias de idade. (Experimento 1). Continuação ..
Trat rep
Água
%
Cinzas
%
Gordura
%
Prot
%
H2O
g/dia
Gordura
g/dia
cinzas
g/dia
Prot
g/dia
PIS 1 68,99 2,10 13,89 13,33 272 67 8 56
PIS 2 72,31 2,17 9,99 12,95 240 40 7 45
PIS 3 70,71 2,12 12,37 13,99 218 49 6 47
PIS 4 68,54 2,14 14,68 13,99 260 70 7 57
PIS 5 71,42 2,11 10,74 14,42 271 50 8 58
PIS 6 69,57 2,18 12,93 13,95 243 56 7 51
PIS 7 72,29 2,15 10,28 13,89 282 49 8 57
PIS 8 73,17 1,98 10,07 13,82 227 37 6 44
PIS 9 70,25 2,04 12,64 14,14 256 55 7 55
PIS 10
68,34 2,08 15,15 14,05 305 80 9 66
PIS 11
71,63 2,10 11,55 13,39 221 45 6 44
PIS 12
70,83 2,11 12,28 13,68 216 48 6 44
Caseína
7 69,98 2,37 12,84 13,82 281 65 9 59
Caseína
8 69,36 2,36 13,64 13,80 252 61 8 53
Caseína
9 70,64 2,28 12,21 13,86 134 37 4 31
Caseína
10
69,16 2,35 13,89 13,45 194 51 6 40
Caseína
11
68,18 2,25 15,20 13,57 259 70 8 54
Caseína
12
74,56 2,46 8,46 13,21 108 18 3 20
Inicial 1 79,00 3,22 3,61 11,97
Inicial 2 79,58 2,61 3,91 12,08
Inicial 3 81,31 2,65 2,58 11,76
Inicial 4 78,00 3,48 4,71 12,68
Inicial 5 79,23 2,56 2,94 12,79
Inicial 6 78,20 2,92 2,86 13,71
Inicial 7 78,02 2,64 4,12 12,73
Inicial 8 76,84 2,80 5,12 13,44
Inicial 9 77,49 2,82 4,41 13,43
Inicial 10
78,41 2,68 4,47 12,48
Inicial 11
77,87 2,70 3,90 13,08
Inicial 12
78,18 2,82 4,71 12,19
137
Apêndice 11. Análise da variância da composição de carcaça e da taxa (aos 2 e 19 dias de
idade) de deposição de nutrientes de leitões dos 2 aos 19 dias de idade.
(Experimento 1).
Variável Dependente: H2O % CV = 3,02 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 5 40,1660603 8,0332121 1,8 0,1376
dieta 3 32,14164042 10,71388014 2,4 0,0838
Bloco (tempo) 1 5,50531427 5,50531427 1,23 0,2741
Peso inicial 1 4,55424275 4,55424275 1,02 0,3191
Erro 36 160,6595897 4,4627664
Total corrigido 41 200,82565
Variável Dependente: Proteína % CV % = 5,03
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 5 6,56199728 1,31239946 2,85 0,0288
dieta 3 5,35113721 1,7837124 3,87 0,0169
Bloco (tempo) 1 0,78645943 0,78645943 1,71 0,1997
Peso inicial 1 0,13643112 0,13643112 0,3 0,5897
Erro 36 16,58963129 0,46082309
Total corrigido 41 23,15162857
Variável Dependente: Gordura %
CV % = 15,07
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 5 67,9922507 13,5984501 3,38 0,0132
dieta 3 52,73562337 17,57854112 4,37 0,0101
Bloco (tempo) 1 11,40154389 11,40154389 2,84 0,1009
Peso inicial 1 6,17192182 6,17192182 1,53 0,2234
Erro 36 144,7662827 4,0212856
Total corrigido 41 212,7585333
Variável Dependente: Cinzas % CV = 4,60
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 5 0,36903239 0,07380648 7,28 <,0001
dieta 3 0,33823113 0,11274371 11,13 <,0001
Bloco (tempo) 1 0,01226503 0,01226503 1,21 0,2786
Peso inicial 1 0,02026533 0,02026533 2 0,1659
Erro 36 0,36481523 0,01013376
Total corrigido 41 0,73384762
Variável Dependente: H2O g/dia
CV = 10,75
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 5 41350,10709 8270,02142 12,18 <,0001
dieta 3 39194,71979 13064,9066 19,23 <,0001
Bloco (tempo) 1 637,85236 637,85236 0,94 0,339
Peso inicial 1 2653,7298 2653,7298 3,91 0,0558
Erro 36 24452,46434 679,23512
Total corrigido 41 65802,57143
138
Variável Dependente: Proteína g/dia CV = 13,21 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 5 1981,036775 396,207355 9,24 <,0001
dieta 3 1926,338214 642,112738 14,98 <,0001
Bloco (tempo) 1 2,775812 2,775812 0,06 0,8006
Peso inicial 1 103,263354 103,263354 2,41 0,1294
Erro 36 1543,367987 42,871333
Total corrigido 41 3524,404762
Variável Dependente: Gordura, g/dia CV = 21, 27 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 5 403,718666 80,743733 0,53 0,7503
dieta 3 24,0830667 8,0276889 0,05 0,9837
Bloco (tempo) 1 283,3632123 283,3632123 1,87 0,1802
Peso inicial 1 15,0974189 15,0974189 0,1 0,7542
Erro 36 5460,686096 151,685725
Total corrigido 41 5864,404762
Variável Dependente: Cinzas g/dia CV = 14,31 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 5 15,52811624 3,10562325 2,97 0,024
dieta 3 13,06076598 4,35358866 4,17 0,0124
Bloco (tempo) 1 1,39557599 1,39557599 1,34 0,2554
Peso inicial 1 1,24606828 1,24606828 1,19 0,2821
Erro 36 37,6147409 1,04485391
Total corrigido 41 53,14285714
139
Apêndice 12. pH do conteúdo gástrico, nitrogênio da uréia no plasma (NUP), retenção de nitrogênio
e atividade da enzima Leucina aminopeptidase (LAP) em leitões alimentados com
diferentes fontes de proteínas na dieta (Experimento 1).
Trat Rep Lap U/g protein pH NUP CRN %
25 % 50% 75% (mg/dl)
Soro 1 210,4 175,8 82,7 3,61 .
Soro 2 143,1 154,2 420,3 3,23 44,76
Soro 4 105,6 118,9 428,6 5,05 66,45
Soro 5 82,0 143,7 385,5 3,70 74,95
Soro 6 141,7 154,5 478,2 3,46 68,79
Soro 7 54,3 118,1 159,4 4.46 4,73 51,13
Soro 8 168,0 205,2 181,8 4.89 17,53 41,84
Soro 9 123,1 127,9 334,9 4.59 4,38 .
Soro 10 130,5 161,6 159,7 4.64 3,41 58,03
Soro 11 139,6 124,3 259,8 4.3 4,57 59,10
Soro 12 122,3 106,6 173,5 4.48 4,18 56,80
PVM2 1 109,1 164,4 325,0 7,33 63,64
PVM2 2 91,8 . 281,1 6,62 60,85
PVM2 3 116,0 184,7 318,4 7,63 67,25
PVM2 4 104,3 229,7 276,7 8,88 66,38
PVM2 5 79,3 251,5 . 6,21 61,14
PVM2 6 107,1 185,5 422,7 7,56 64,34
PVM2 7 164,1 233,7 232,5 4.49 3,87 62,94
PVM2 8 151,0 144,5 186,5 4.27 10,61 .
PVM2 9 93,5 143,3 185,2 3.71 5,91 50,27
PVM2 10 206,4 147,9 286,9 4.73 5,71 46,28
PVM2 11 172,1 124,3 138,1 4.3 5,92 59,90
PVM2 12 119,0 167,1 244,0 . 6,43 52,77
PVM1 1 81,0 164,7 437,8 5,89 68,18
PVM1 2 247,2 94,3 303,4 5,81 57,34
PVM1 3 101,3 85,2 460,4 4,62 57,42
PVM1 4 82,1 162,3 379,0 5,36 68,60
PVM1 5 92,2 189,6 403,7 4,93 65,53
PVM1 6 89,8 354,0 410,4 5,62 64,81
140
Apêndice 12 pH do conteúdo gástrico, nitrogênio da uréia no plasma (NUP), retenção de
nitrogênio e atividade da enzima Leucina aminopeptidase (LAP) em leitões
alimentados com diferentes fontes de proteínas na dieta (Experimento 1).
Continuação...
Trat Rep Lap U/g protein pH NUP CRN %
25 % 50% 75% (mg/dl)
PVM1 7 106,6 147,9 313,8 4.26 5,84 58,59
PVM1 8 112,9 195,6 585,8 4.49 4,97 52,03
PVM1 9 84,9 148,2 328,2 4.85 5,50 67,02
PVM1 10 93,8 51,3 228,7 4.7 5,55 58,63
PVM1 11 143,2 131,9 123,2 4.19 5,27 63,79
PVM1 12 49,5 104,2 185,5 3.37 4,55 52,04
PIS 1 91,8 114,6 125,9 7,14 .
PIS 2 99,9 104,5 469,0 4,19 47,52
PIS 3 112,3 179,2 154,6 5,96 60,54
PIS 4 114,7 138,8 147,2 8,23 65,13
PIS 5 99,2 233,3 189,9 3,68 61,57
PIS 6 152,9 166,8 266,1 5,12 61,71
PIS 7 133,9 174,1 315,8 4.39 4,27 50,49
PIS 8 112,6 145,6 282,5 4.15 3,74 40,65
PIS 9 129,3 156,4 146,9 4.51 7,07 65,84
PIS 10 90,0 56,3 182,4 4.26 8,00 57,69
PIS 11 106,0 151,4 74,8 3.59 5,82 62,82
PIS 12 133,1 217,2 280,1 4.44 6,03 40,87
Caseína
7 123,7 141,4 262,6 4.12 3,59 74,24
Caseína
8 140,9 103,2 178,0 . 3,73 69,42
Caseína
9 145,9 189,8 288,1 4.43 3,90 46,56
Caseína
10 194,8 142,6 183,8 . 5,69 62,59
Caseína
11 149,9 140,5 236,9 3.99 5,50 64,47
Caseína
12 99,9 159,8 . 3.55 4,80 49,83
141
Apêndice 13. Análise de variância do pH do conteúdo gástrico, do nitrogênio da uréia no
plasma (NUP), da retenção de nitrogênio e da atividade da enzima Leucina
aminopeptidase (LAP) em leitões alimentados com diferentes fontes de
proteínas na dieta (Experimento 1).
Variável Dependente: LAP 25%
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 12593,15846 1799,02264 1,27 0,2913
dieta 3 3818,671837 1272,890612 0,9 0,4514
Bloco (tempo) 1 447,25113 447,25113 0,32 0,5777
dieta*Bloco (tempo) 3 8387,811682 2795,937227 1,97 0,1343
Erro 39 55340,96367 1418,99907
Total corrigido 46 67934,12213
Variável Dependente: LAP 50% CV = 33,45 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 19261,1799 2751,5971 0,99 0,4503
dieta 3 8587,18969 2862,396563 1,03 0,3884
Bloco (tempo) 1 7582,272071 7582,272071 2,74 0,1061
dieta*Bloco (tempo) 3 3894,550909 1298,183636 0,47 0,7056
Erro 38 105176,5983 2767,8052
Total corrigido 45 124437,7783
Variável Dependente: LAP 75 %
CV = 28,24
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 227199,5794 32457,0828 2,89 0,0161
dieta 3 98847,107 32949,0357 2,93 0,0458
Bloco (tempo) 1 101380,734 101380,734 9,01 0,0047
dieta*Bloco (tempo) 3 29411,0935 9803,6978 0,87 0,4642
Erro 38 427343,1667 11245,8728
Total corrigido 45 654542,7461
Variável Dependente: LAP média CV = 22,57
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 31257,0419 4465,2917 2,58 0,0285
dieta 3 10230,38833 3410,12944 1,97 0,1353
Bloco (tempo) 1 16337,45805 16337,45805 9,44 0,004
dieta*Bloco (tempo) 3 5356,76241 1785,58747 1,03 0,3898
Erro 37 64036,83207 1730,72519
Total corrigido 44 95293,87398
Variável Dependente: PUN CV = 19,69 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 43,13523818 6,16217688 5,29 0,0003
dieta 3 31,02613627 10,34204542 8,88 0,0002
Bloco (tempo) 1 1,28603687 1,28603687 1,1 0,3004
dieta*Bloco (tempo) 3 7,86556551 2,62185517 2,25 0,0991
Erro 36 41,940805 1,16502236
Total corrigido 43 85,07604318
142
Variável Dependente: CRN % CV = 12,97 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 837,738753 119,676965 2,06 0,0747
dieta 3 144,2139679 48,0713226 0,83 0,4877
Bloco (tempo) 1 635,9244976 635,9244976 10,95 0,0022
dieta*Bloco (tempo) 3 52,6919045 17,5639682 0,3 0,8235
Erro 35 2033,405075 58,097288
Total corrigido 42 2871,143828
143
Apêndice 14. Altura de vilosidades (mm), profundidade de cripta (mm), área de viloseidades
(mm2) e relação entre altura de vilo e profundidade de cripta medidos em 3
segmentos do intestino. (Experimento 1).
Altura de vilos Prof. de cripta Área de vilo Relação vilo/cripta
Trat Rep
25 50 75 25 50 75 25 50 75 25 50 75
Soro 1 0,513
. 1,161
0,107
. 0,154
0,294
. 0,823
4,780
. 7,528
Soro 2 0,874
0,549
1,320
0,134
0,162
0,135
0,765
0,406
1,208
6,543
3,400
9,750
Soro 4 0,808
0,844
1,513
0,173
0,183
0,141
0,567
0,737
1,128
4,676
4,620
10,742
Soro 5 1,000
0,991
1,289
0,169
0,142
0,238
0,745
0,784
0,967
5,935
6,988
5,424
Soro 6 0,841
1,603
0,849
0,140
0,118
0,162
0,562
1,265
0,620
6,021
13,601
5,231
Soro 7 0,753
1,105
0,638
0,214
0,187
0,162
0,481
0,810
0,403
3,520
5,896
3,930
Soro 8 1,047
0,937
. 0,214
0,183
. 0,652
0,736
. 4,888
5,136
.
Soro 10 1,201
0,896
0,520
0,291
0,162
0,165
1,161
0,653
0,364
4,128
5,549
3,158
Soro 11 0,786
0,729
0,671
0,182
0,143
0,131
0,486
0,585
0,449
4,328
5,106
5,120
Soro 12 . 1,012
0,455
. 0,151
0,137
. 0,685
0,366
. 6,719
3,318
PVM2 1 1,058
0,948
1,880
0,218
0,166
0,137
0,866
0,761
1,784
4,866
5,701
13,759
PVM2 2 0,785
0,684
1,254
0,179
0,163
0,119
0,691
0,535
0,954
4,396
4,203
10,534
PVM2 3 0,825
0,752
0,826
0,202
0,191
0,128
0,721
0,634
0,771
4,093
3,929
6,477
PVM2 4 0,990
0,883
1,135
0,164
0,185
0,169
0,710
0,642
0,893
6,041
4,783
6,735
PVM2 5 0,885
0,674
1,600
0,217
0,132
0,141
0,683
0,446
1,393
4,071
5,092
11,386
PVM2 6 1,137
0,601
1,208
0,181
0,174
0,110
0,762
0,434
0,890
6,271
3,455
10,946
PVM2 7 0,719
0,641
0,779
0,242
0,192
0,173
0,590
0,539
0,477
2,968
3,334
4,500
PVM2 8 0,853
0,782
0,604
0,180
0,181
0,222
0,661
0,532
0,439
4,749
4,320
2,726
PVM2 9 0,724
0,687
0,579
0,168
0,188
0,146
0,600
0,517
0,416
4,311
3,665
3,966
PVM2 10 0,886
0,665
0,755
0,168
0,122
0,160
0,668
0,615
0,550
5,279
5,452
4,709
PVM2 11 0,706
0,779
0,458
0,196
0,166
0,191
0,589
0,692
0,328
3,594
4,684
2,404
PVM2 12 0,645
0,682
0,722
0,140
0,139
0,107
0,430
0,485
0,527
4,617
4,894
6,748
PVM1 1 0,935
0,875
1,762
0,174
0,146
0,100
0,693
0,555
1,749
5,387
5,978
17,618
PVM1 2 0,902
0,768
0,952
0,142
0,155
0,138
0,891
0,531
0,862
6,376
4,957
6,912
PVM1 3 0,838
0,696
1,997
0,219
0,151
0,099
0,631
0,483
2,131
3,834
4,604
20,236
PVM1 4 0,744
0,853
1,320
0,209
0,230
0,152
0,684
0,712
1,035
3,566
3,711
8,694
PVM1 5 1,049
0,765
1,124
0,148
0,183
0,134
0,656
0,502
0,777
7,081
4,182
8,378
PVM1 6 0,254
0,849
1,537
0,146
0,134
0,126
0,185
0,620
1,637
1,742
6,361
12,232
PVM1 7 1,013
0,666
0,887
0,192
0,172
0,125
0,823
0,677
0,648
5,279
3,867
7,083
PVM1 8 0,938
1,027
1,950
0,194
0,172
0,137
0,794
0,848
2,206
4,847
5,960
14,287
PVM1 9 0,818
0,839
1,354
0,168
0,156
0,114
0,666
0,606
1,244
4,881
5,389
11,879
PVM1 10 0,868
0,721
1,289
0,206
0,155
0,121
0,689
0,620
1,031
4,225
4,669
10,696
PVM1 11 0,948
. 0,471
0,163
. 0,142
0,579
. 0,300
5,817
. 3,306
PVM1 12 0,722
0,757
. 0,122
0,147
. 0,522
0,551
. 5,923
5,149
.
144
Apêndice 14. Altura de vilosidades (mm), profundidade de cripta (mm), área de viloseidades (mm2)
e relação entre altura de vilo e profundidade de cripta medidos em 3 segmentos do
intestino. (Experimento 1). Continuação...
Altura de vilos Prof. de cripta Área de vilo Relação vilo/cripta
Trat Rep
25 50 75 25 50 75 25 50 75 25 50 75
PIS 1 0,866
0,626
0,464
0,155
0,147
0,138
0,495
0,483
0,288
5,592
4,267
3,359
PIS 2 1,253
0,729
0,652
0,156
0,189
0,133
1,006
0,577
0,395
8,029
3,858
4,915
PIS 3 0,768
0,695
0,586
0,197
0,192
0,227
0,529
0,501
0,458
3,910
3,625
2,586
PIS 4 0,546
0,731
0,795
0,111
0,145
0,133
0,450
0,502
0,459
4,916
5,038
6,000
PIS 5 0,706
0,960
0,842
0,171
0,158
0,143
0,506
0,609
0,648
4,140
6,087
5,881
PIS 6 0,809
0,761
0,737
0,189
0,164
0,147
0,583
0,416
0,568
4,274
4,628
5,025
PIS 7 0,775
0,779
1,249
0,177
0,172
0,138
0,613
0,589
0,958
4,376
4,537
9,059
PIS 8 0,850
0,861
1,343
0,148
0,175
0,127
0,634
0,732
1,012
5,727
4,932
10,557
PIS 9 0,878
0,922
0,819
0,214
0,166
0,182
0,742
0,962
0,768
4,095
5,551
4,496
PIS 10 0,685
. 0,538
0,153
. 0,139
0,499
. 0,380
4,483
. 3,879
PIS 11 0,872
0,793
0,435
0,158
0,161
0,192
0,626
0,458
0,422
5,508
4,920
2,272
PIS 12 0,790
0,757
0,922
0,143
0,120
0,138
0,488
0,596
0,732
5,543
6,320
6,667
Caseína 7 0,659
0,819
0,603
0,183
0,159
0,149
0,509
0,599
0,490
3,592
5,160
4,049
Caseína 8 0,798
0,826
0,953
0,164
0,169
0,137
0,676
0,692
0,625
4,875
4,880
6,961
Caseína 9 0,693
0,931
0,497
0,193
0,125
0,155
0,460
0,612
0,342
3,582
7,474
3,204
Caseína 10 0,753
1,025
0,845
0,143
0,178
0,127
0,515
0,756
0,529
5,272
5,751
6,668
Caseína 11 0,798
0,839
0,592
0,151
0,256
0,134
0,685
0,618
0,482
5,284
3,274
4,407
Caseína 12 0,659
0,617
0,391
0,156
0,143
0,097
0,466
0,489
0,263
4,228
4,317
4,043
Grupo inicial
1 . . 0,727
. . 0,242
. . 0,369
. . 3,008
Grupo inicial
2 0,933
1,058
0,903
0,098
0,112
0,094
0,524
0,570
0,467
9,506
9,484
9,623
Grupo inicial
3 0,815
1,200
0,859
0,103
0,140
0,095
0,425
0,531
0,336
7,887
8,582
9,028
Grupo inicial
4 0,906
. 1,169
0,132
. 0,092
0,560
. 0,697
6,845
. 12,733
Grupo inicial
5 0,735
1,106
0,949
0,109
0,130
0,121
0,354
0,569
0,530
6,724
8,532
7,846
Grupo inicial
6 0,708
1,060
. 0,104
0,113
. 0,363
0,596
. 6,803
9,397
.
Grupo inicial
7 1,000
0,865
1,004
0,103
0,084
0,099
0,601
0,412
1,319
9,720
10,359
10,193
Grupo inicial
8 1,161
0,828
. 0,110
0,085
. 0,675
0,377
. 10,520
9,703
.
Grupo inicial
9 0,901
1,141
1,006
0,106
0,081
0,068
0,408
0,615
0,484
8,522
14,053
14,835
Grupo inicial
10 1,009
0,978
0,950
0,082
0,091
0,076
0,590
0,570
0,454
12,355
10,745
12,525
Grupo inicial
11 0,977
0,867
0,853
0,088
0,106
0,075
0,566
0,391
0,426
11,055
8,220
11,373
Grupo inicial
12 1,119
0,914
0,943
0,069
0,121
0,070
0,587
0,498
0,464
16,220
7,534
13,536
145
Apêndice 15. Análise da variância da altura de vilosidades (mm), profundidade de cripta
(mm), área de viloseidades (mm2) e relação entre altura de vilo e
profundidade de cripta medidos em 3 segmentos do intestino. (Experimento
1).
Variável Dependente: Altura de vilosidades 25 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,01595033 0,00398758 0,12 0,975
dieta 3 0,01584873 0,00528291 0,16 0,9243
Bloco (tempo) 1 0,00003525 0,00003525 0 0,9743
Erro 40 1,34285247 0,03357131
Total corrigido 44 1,3588028
Variável Dependente: profundidade de cripta 25 % CV = 18,86 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,00575566 0,00143891 1,17 0,337
dieta 3 0,00364227 0,00121409 0,99 0,4072
Bloco (tempo) 1 0,00217474 0,00217474 1,77 0,1905
Erro 40 0,04904599 0,00122615
Total corrigido 44 0,05480164
Variável Dependente: Area de vilosidades 25 % CV = 27, 34 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,03002884 0,00750721 0,25 0,9096
dieta 3 0,02998395 0,00999465 0,33 0,8041
Bloco (tempo) 1 0,00004968 0,00004968 0 0,9679
Erro 40 1,21383396 0,03034585
Total corrigido 44 1,2438628
Variável Dependente: alt. vilosidade/prof. cripta 25 % CV = 23,60 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 2,95685102 0,73921275 0,56 0,6951
dieta 3 1,32263136 0,44087712 0,33 0,8021
Bloco (tempo) 1 1,59974018 1,59974018 1,21 0,2788
Erro 40 53,08677796 1,32716945
Total corrigido 44 56,04362898
Variável Dependente: altura de vilosidades, 50% CV = 19,91 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,29379021 0,07344755 2,82 0,0386
dieta 3 0,29378738 0,09792913 3,75 0,0187
Bloco (tempo) 1 0,00074476 0,00074476 0,03 0,8667
Erro 38 0,99136477 0,02608855
Total corrigido 42 1,28515498
146
Variável Dependente: Profundidade de cripta 50 % CV = 14,54 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,00032748 0,00008187 0,15 0,9641
dieta 3 0,00029607 0,00009869 0,17 0,9127
Bloco (tempo) 1 0,00002494 0,00002494 0,04 0,8346
Erro 38 0,0214407 0,00056423
Total corrigido 42 0,02176819
Variável Dependente: area de vilosidades 50 % CV = 24,43 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,19123124 0,04780781 2,09 0,1013
dieta 3 0,16924132 0,05641377 2,47 0,077
Bloco (tempo) 1 0,01523127 0,01523127 0,67 0,4196
Erro 38 0,86946592 0,02288068
Total corrigido 42 1,06069716
Variável Dependente: alt. vilosidades/prof. criptas 50 % CV = 30,18 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 19,5794433 4,8948608 2,07 0,1041
dieta 3 19,49337548 6,49779183 2,75 0,0562
Bloco (tempo) 1 0,28392465 0,28392465 0,12 0,7309
Erro 38 89,9121949 2,3661104
Total corrigido 42 109,4916382
Variável Dependente: altura de vilosidades 75 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 2,9681113 0,74202782 5,51 0,0013
dieta 3 1,73643049 0,57881016 4,3 0,0103
Bloco (tempo) 1 1,15054718 1,15054718 8,54 0,0058
Erro 39 5,25390968 0,13471563
Total corrigido 43 8,22202098
Variável Dependente: profundidade de cripta 75 % CV = 20,21 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,00687207 0,00171802 1,96 0,1206
dieta 3 0,00643636 0,00214545 2,44 0,0787
Bloco (tempo) 1 0,00038299 0,00038299 0,44 0,513
Erro 39 0,03427181 0,00087876
Total corrigido 43 0,04114389
Variável Dependente: área de vilosidades 75 % CV = 49, 18 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 3,64679679 0,9116992 5,49 0,0013
dieta 3 2,60581275 0,86860425 5,23 0,0039
Bloco (tempo) 1 0,95775501 0,95775501 5,77 0,0212
Erro 39 6,47844185 0,16611389
Total corrigido 43 10,12523864
147
Variável Dependente: alt. Vilosidades/prof. Cripta 75 % CV= 45, 90 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 289,8823246 72,4705811 6,3 0,0005
dieta 3 205,6651329 68,5550443 5,96 0,0019
Bloco (tempo) 1 78,23466 78,23466 6,8 0,0128
Erro 39 448,59189 11,5023562
Total corrigido 43 738,4742145
Variável Dependente: altura de vilosidades (média) CV = 16,91 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,36707688 0,09176922 3,98 0,0092
dieta 3 0,25926229 0,08642076 3,75 0,0196
Bloco (tempo) 1 0,08891674 0,08891674 3,85 0,0576
Erro 35 0,80759383 0,02307411
Total corrigido 39 1,17467071
Variável Dependente: profundidade de cripta (média) CV = 12,82 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,00146969 0,00036742 0,84 0,5103
dieta 3 0,00091032 0,00030344 0,69 0,563
Bloco (tempo) 1 0,00048335 0,00048335 1,1 0,3009
Erro 35 0,0153419 0,00043834
Total corrigido 39 0,0168116
Variável Dependente: área de vilosidades (média) CV = 23,22 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 0,45391375 0,11347844 4,16 0,0074
dieta 3 0,40048292 0,13349431 4,89 0,0061
Bloco (tempo) 1 0,03861141 0,03861141 1,41 0,2423
Erro 35 0,95531357 0,02729467
Total corrigido 39 1,40922732
Variável Dependente: alt vilosidades/profundidade de cripta (média) CV = 19,89 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 4 20,77945099 5,19486275 4,2 0,007
dieta 3 13,45449387 4,48483129 3,63 0,0222
Bloco (tempo) 1 6,05631266 6,05631266 4,9 0,0334
Erro 35 43,2494853 1,23569958
Total corrigido 39 64,02893629
148
Apêndice 16. Peso corporal dos leitões do experimento 2. Dados da análise de sistemas de
alimentação
Tratamento
rep
porca
dia 2
dia 9
dia 16
dia21
Tratamento
rep
porca
dia 2 dia 9 dia 16
dia21
porca 11
1 1,67
2,51
4,20 5,35
1 1 1 1,36 2,90 5,26 7,92
porca 12
1 1,64
2,80
4,53 5,61
1 2 2 1,90 3,83 6,92 9,48
porca 13
1 1,75
3,46
5,35 6,67
1 3 3 1,76 3,56 6,68 9,40
porca 14
1 1,76
3,44
5,33 6,43
1 4 4 1,29 2,65 4,86 7,12
porca 15
1 1,13
. . .
1 5 5 1,69 4,11 6,52 9,50
porca 16
1 1,20
2,24
3,67 4,56
1 6 6 1,39 3,00 5,20 7,16
porca 21
2 1,91
3,60
5,69 7,26
2 1 1 1,28 2,45 4,42 5,52
porca 22
2 1,35
2,51
4,24 5,40
2 2 2 1,29 2,71 4,64 6,82
porca 23
2 1,79
3,46
4,13 4,94
2 3 3 2,06 4,40 7,42 9,36
porca 24
2 1,82
3,80
5,80 7,08
2 4 4 1,56 3,59 6,04 8,30
porca 25
2 2,04
3,33
5,35 6,91
2 5 5 1,92 3,73 6,30 9,08
porca 26
2 1,88
2,60
4,77 6,33
2 6 6 1,29 2,71 4,46 5,98
porca 31
3 2,09
4,02
5,77 6,82
3 1 1 1,30 2,92 5,58 8,18
porca 32
3 1,92
3,94
5,87 7,25
3 2 2 1,53 3,46 5,50 6,60
porca 33
3 1,68
3,54
5,60 6,71
3 3 3 1,70 3,35 6,36 8,84
porca 34
3 1,93
4,01
5,34 7,45
3 4 4 1,60 3,72 6,70 9,50
porca 35
3 1,29
2,90
4,52 5,75
3 5 5 1,66 4,20 6,92 9,64
porca 36
3 2,07
4,04
6,33 7,82
3 6 6 1,62 3,71 6,48 9,04
porca 41
4 1,40
2,91
4,74 5,85
4 1 1 1,18 2,70 4,76 7,02
porca 42
4 1,19
2,23
3,37 4,70
4 2 2 1,56 3,36 6,04 8,62
porca 43
4 1,39
2,14
3,54 4,56
4 3 3 1,62 4,01 5,76 9,48
porca 44
4 1,57
2,61
4,24 5,23
4 4 4 1,27 3,01 5,40 8,48
porca 45
4 1,45
2,67
4,45 5,42
4 5 5 2,15 4,72 7,40 10,44
porca 46
4 1,56
3,20
5,37 6,75
4 6 6 1,62 3,48 6,00 8,94
porca 51
5 2,26
4,31
6,39 7,88
5 1 1 1,42 3,45 6,24 9,12
porca 52
5 1,80
3,13
4,67 5,77
5 2 2 1,82 4,09 6,90 9,68
porca 53
5 2,13
3,98
6,20 7,69
5 3 3 1,73 3,41 6,20 8,82
porca 54
5 2,13
3,58
5,06 6,19
5 4 4 1,31 2,67 5,10 7,00
porca 55
5 2,07
3,98
5,91 7,21
5 5 5 1,41 3,45 6,34 9,10
porca 56
5 1,82
3,64
5,88 7,47
5 6 6 1,72 3,27 6,16 8,56
porca 61
6 1,44
2,89
4,48 5,62
porca 62
6 1,25
2,91
4,11 5,12
porca 63
6 1,28
3,18
4,88 6,55
porca 64
6 1,73
3,57
5,99 7,21
porca 65
6 1,37
2,73
4,53 5,74
149
Apêndice 17. Análise da variância do peso corporal para efeito de sistema. Experimento 2
Variável Dependente: peso inicial (dia 2) CV = 13,11 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 6 2,57307292 0,42884549 9,33 <,0001
Sistema 1 0,22313019 0,22313019 4,85 0,0316
Porca 5 2,31195292 0,46239058 10,06 <,0001
Erro 57 2,62032708 0,04597065
Total corrigido 63 5,1934
Variável Dependente: Peso dia 9
CV = 9,43 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 16,6058872 2,3722696 24,17 <,0001
Sistema 1 2,14816087 2,14816087 21,89 <,0001
Porca 5 0,97059497 0,19411899 1,98 0,0961
Peso inicial 1 5,76001339 5,76001339 58,68 <,0001
Erro 56 5,4965128 0,09815201
Total corrigido 63 22,1024
Variável Dependente: GDP dia 2 a 9 CV = 18,59 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 0,10884668 0,01554953 7,76 <,0001
Sistema 1 0,04384002 0,04384002 21,89 <,0001
Porca 5 0,01980806 0,00396161 1,98 0,0961
Peso inicial 1 0,01245648 0,01245648 6,22 0,0156
Erro 56 0,11217373 0,0020031
Total corrigido 63 0,22102041
Variável Dependente: Peso dia 16 CV = 8,98 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 44,00158025 6,28594004 26,18 <,0001
Sistema 1 22,57008973 22,57008973 94,01 <,0001
Porca 5 0,95993884 0,19198777 0,8 0,5546
Peso inicial 1 14,10769012 14,10769012 58,76 <,0001
Erro 56 13,4447635 0,24008506
Total corrigido 63 57,44634375
Variável Dependente: GDP dia 9 a 16 CV = 16,22 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 0,23442842 0,03348977 13,73 <,0001
Sistema 1 0,22024762 0,22024762 90,28 <,0001
Porca 5 0,00427595 0,00085519 0,35 0,8798
Peso inicial 1 0,03752621 0,03752621 15,38 0,0002
Erro 56 0,13661533 0,00243956
Total corrigido 63 0,37104375
150
Variável Dependente: Peso dia 21 CV = 10,40 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 117,5855315 16,7979331 29,24 <,0001
Sistema 1 90,99802564 90,99802564 158,4 <,0001
Porca 5 2,45036935 0,49007387 0,85 0,5183
Peso inicial 1 18,08045926 18,08045926 31,47 <,0001
Erro 56 32,1711685 0,5744852
Total corrigido 63 149,7567
Variável Dependente: GDP dia 16 a 21 CV = 23,05 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 0,99293461 0,1418478 19,92 <,0001
Sistema 1 0,91718534 0,91718534 128,83 <,0001
Porca 5 0,01915984 0,00383197 0,54 0,7464
Peso inicial 1 0,00984428 0,00984428 1,38 0,2446
Erro 56 0,39869714 0,00711959
Total corrigido 63 1,39163175
Variável Dependente: GDP dia 2 a 21 CV = 13,42 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 7 0,28516325 0,04073761 25,6 <,0001
Sistema 1 0,25207209 0,25207209 158,4 <,0001
Porca 5 0,00678773 0,00135755 0,85 0,5183
Peso inicial 1 0,01920952 0,01920952 12,07 0,001
Erro 56 0,08911681 0,00159137
Total corrigido 63 0,37428006
151
Apêndice 18. Peso corporal dos leitões para análise do efeito das dietas artificiais.
Experimento 2.
Trat rep Sexo PC dia 3 PC dia 7 PC dia 14
PC dia 21
1 1 m 1,28 2,47 4,46 7,92
1 2 m 1,79 3,13 5,96 9,48
1 3 f 1,65 2,75 5,60 9,40
1 4 m 1,22 1,96 4,12 7,12
1 5 f 1,66 3,33 5,72 9,50
1 6 m 1,33 2,44 4,56 7,16
2 1 f 1,23 2,03 3,70 5,52
2 2 m 1,26 2,31 4,02 6,82
2 3 f 1,97 3,54 6,56 9,36
2 4 f 1,51 2,90 5,36 8,30
2 5 m 1,81 3,09 5,44 9,08
2 6 m 1,24 2,30 3,92 5,98
3 1 m 1,24 2,29 4,54 8,18
3 2 f 1,49 2,83 4,66 6,60
3 3 m 1,63 2,66 5,34 8,84
3 4 m 1,54 3,02 5,70 9,50
3 5 m 1,55 3,55 5,84 9,64
3 6 f 1,55 2,96 5,58 9,04
4 1 f 1,13 2,19 3,98 7,02
4 2 f 1,51 2,72 5,26 8,62
4 3 m 1,55 3,23 5,76 9,48
4 4 m 1,22 2,42 4,48 8,48
4 5 f 2,05 3,84 6,38 10,44
4 6 m 1,53 2,72 5,18 8,94
5 1 f 1,50 2,68 5,20 9,12
5 2 f 1,75 3,34 6,02 9,68
5 3 m 1,61 2,66 5,30 8,82
5 4 m 1,25 2,69 4,24 7,00
5 5 m 1,36 2,76 5,30 9,10
5 6 m 1,64 2,65 5,22 8,56
152
Apêndice 19. Consumo diário de matéria seca dos leitões do experimento 2.
trat rep Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 Dia 8 Dia 9 Dia 10
Dia 11
Dia 12
1 1 0,061
0,147
0,142
0,197
0,189
0,203
0,216
0,229
0,233
1 2 0,123
0,165
0,236
0,281
0,272
0,343
0,365
0,374
0,379
1 3 0,032
0,162
0,182
0,242
0,280
0,317
0,275
0,324
0,337
1 4 0,012
0,114
0,138
0,164
0,172
0,229
0,234
0,244
0,282
1 5 0,136
0,193
0,217
0,279
0,296
0,315
0,269
0,290
0,287
1 6 0,133
0,160
0,176
0,187
0,203
0,187
0,186
0,199
0,218
2 1 0,070
0,126
0,169
0,169
0,172
0,177
0,175
0,195
0,224
2 2 0,107
0,134
0,165
0,184
0,190
0,196
0,211
0,188
0,191
2 3 0,131
0,182
0,251
0,283
0,290
0,357
0,346
0,332
0,359
2 4 0,117
0,142
0,178
0,228
0,253
0,291
0,309
0,255
0,391
2 5 0,018
0,187
0,181
0,297
0,276
0,272
0,270
0,255
0,258
2 6 0,068
0,101
0,119
0,148
0,169
0,202
0,194
0,187
0,168
3 1 0,081
0,136
0,175
0,167
0,197
0,219
0,239
0,231
0,254
3 2 0,118
0,181
0,205
0,236
0,268
0,250
0,231
0,209
0,235
3 3 0,009
0,114
0,164
0,193
0,225
0,269
0,270
0,278
0,304
3 4 0,111
0,168
0,227
0,254
0,250
0,266
0,303
0,309
0,324
3 5 0,114
0,193
0,263
0,265
0,276
0,242
0,256
0,263
0,309
3 6 0,061
0,178
0,210
0,245
0,271
0,322
0,310
0,293
0,326
4 1 0,088
0,128
0,147
0,185
0,205
0,230
0,224
0,205
0,227
4 2 0,064
0,146
0,178
0,202
0,216
0,231
0,245
0,244
0,283
4 3 0,113
0,219
0,261
0,279
0,311
0,335
0,340
0,307
0,379
4 4 0,092
0,156
0,190
0,203
0,205
0,230
0,248
0,196
0,236
4 5 0,078
0,223
0,276
0,266
0,307
0,317
0,296
0,288
0,315
4 6 0,006
0,144
0,170
0,211
0,251
0,026
0,247
0,224
0,268
5 1 0,105
0,143
0,201
0,279
0,307
0,334
0,328
0,330
0,378
5 2 0,112
0,191
0,209
0,248
0,259
0,296
0,285
0,296
0,321
5 3 0,004
0,099
0,184
0,212
0,208
0,264
0,274
0,271
0,323
5 4 0,029
0,083
0,168
0,151
0,169
0,191
0,242
0,210
0,236
5 5 0,097
0,162
0,202
0,243
0,228
0,255
0,262
0,252
0,255
5 6 0,008
0,145
0,186
0,191
0,262
0,264
0,257
0,233
0,293
153
Apêndice 19. Consumo diário de matéria seca dos leitões do experimento 2. Continuação...
trat rep Dia 14 Dia 15 Dia 16 Dia 17 Dia 18 Dia 19 Dia 20 Dia 21
1 1 0,287
0,324
0,381
0,336
0,483
0,499
0,493
0,492
1 2 0,380
0,499
0,489
0,379
0,581
0,544
0,650
0,675
1 3 0,407
0,454
0,469
0,355
0,580
0,571
0,597
0,624
1 4 0,368
0,398
0,435
0,334
0,487
0,487
0,510
0,477
1 5 0,349
0,328
0,443
0,315
0,453
0,513
0,565
0,564
1 6 0,248
0,280
0,288
0,249
0,367
0,321
0,338
0,400
2 1 0,315
0,275
0,383
0,281
0,384
0,411
0,536
0,462
2 2 0,151
0,281
0,320
0,302
0,355
0,421
0,443
0,451
2 3 0,421
0,444
0,474
0,283
0,411
0,551
0,584
0,647
2 4 0,342
0,357
0,413
0,320
0,430
0,408
0,494
0,514
2 5 0,328
0,349
0,404
0,293
0,445
0,461
0,507
0,529
2 6 0,212
0,219
0,228
0,218
0,289
0,306
0,264
0,248
3 1 0,320
0,350
0,385
0,331
0,453
0,461
0,502
0,509
3 2 0,179
0,306
0,266
0,270
0,365
0,301
0,285
0,230
3 3 0,359
0,343
0,415
0,349
0,504
0,490
0,543
0,558
3 4 0,394
0,430
0,434
0,371
0,444
0,534
0,581
0,593
3 5 0,328
0,361
0,401
0,292
0,460
0,477
0,596
0,611
3 6 0,416
0,489
0,337
0,373
0,572
0,585
0,642
0,670
4 1 0,250
0,317
0,349
0,292
0,406
0,370
0,438
0,371
4 2 0,350
0,354
0,389
0,335
0,505
0,478
0,053
0,537
4 3 0,448
0,489
0,490
0,370
0,552
0,550
0,661
0,630
4 4 0,302
0,286
0,344
0,316
0,444
0,493
0,562
0,596
4 5 0,324
0,351
0,445
0,312
0,473
0,745
0,703
0,630
4 6 0,340
0,384
0,379
0,362
0,511
0,479
0,571
0,544
5 1 0,436
0,466
0,486
0,400
0,550
0,544
0,628
0,671
5 2 0,383
0,421
0,428
0,363
0,557
0,552
0,632
0,625
5 3 0,362
0,399
0,450
0,349
0,542
0,541
0,602
0,571
5 4 0,280
0,300
0,339
0,306
0,379
0,375
0,420
0,354
5 5 0,321
0,349
0,407
0,322
0,494
0,470
0,526
0,553
5 6 0,340
0,313
0,395
0,335
0,473
0,461
0,508
0,480
154
Apêndice 20 Análise de variância do peso corporal e ganho de peso dos leitões (efeito
das dietas artificiais. Experimento 2.
Variável Dependente: Peso inicial (dia 3) CV = 13,78 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 0,73457 0,08161889 1,9 0,1105
Dieta 4 0,00283333 0,00070833 0,02 0,9994
Porca 5 0,73173667 0,14634733 3,41 0,0216
Erro 20 0,85724667 0,04286233
Total corrigido 29 1,59181667
Variável Dependente: PC dia 7 CV = 6,76 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 4,63602353 0,46360235 12,95 <,0001
Dieta 4 0,11934265 0,02983566 0,83 0,5225
Porca 5 0,68622283 0,13724457 3,83 0,0165
Peso inicial 1 1,86575435 1,86575435 52,11 <,0001
Erro 17 0,6086729 0,03580429
Total corrigido 27 5,24469643
Variável Dependente: GDP, dia 3 a 7 CV = 14,72 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 0,08360147 0,00836015 3,74 0,0083
Dieta 4 0,00745892 0,00186473 0,83 0,5225
Porca 5 0,04288893 0,00857779 3,83 0,0165
Peso inicial 1 0,01341337 0,01341337 5,99 0,0255
Erro 17 0,03804206 0,00223777
Total corrigido 27 0,12164353
Variável Dependente: CDMS, dia 3 a 7 CV = 14,25 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 18099,8602 1809,98602 3,42 0,0125
Dieta 4 1920,777875 480,194469 0,91 0,4815
Porca 5 6390,314904 1278,062981 2,42 0,079
Peso inicial 1 6659,441275 6659,441275 12,59 0,0025
Erro 17 8991,45007 528,90883
Total corrigido 27 27091,31027
Variável Dependente: EA, dia 3 a 7 CV = 17,35 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 1,04433876 0,10443388 0,86 0,5869
Dieta 4 0,26050332 0,06512583 0,53 0,7127
Porca 5 0,68416445 0,13683289 1,12 0,3861
Peso inicial 1 0,11834878 0,11834878 0,97 0,3385
Erro 17 2,0739268 0,12199569
Total corrigido 27 3,11826555
155
hVariável Dependente: Peso, dia 14 CV = 5,94 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 13,70516605 1,3705166 15,07 <,0001
Dieta 4 0,88231641 0,2205791 2,43 0,0857
Porca 5 0,38593138 0,07718628 0,85 0,5333
Peso inicial 1 6,85567216 6,85567216 75,39 <,0001
Erro 18 1,6369305 0,09094058
Total corrigido 28 15,34209655
Variável Dependente: GDP, dia 7 a 14 CV = 10,28 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 0,07179904 0,0071799 6,16 0,0004
Dieta 4 0,00735449 0,00183862 1,58 0,2233
Porca 5 0,00420997 0,00084199 0,72 0,6154
Peso inicial 1 0,03664637 0,03664637 31,43 <,0001
Erro 18 0,02098675 0,00116593
Total corrigido 28 0,09278578
Variável Dependente: CDMS, dia 7 a 14 CV = 11,12 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 57171,104 5717,1104 5,93 0,0006
Dieta 4 5756,83183 1439,20796 1,49 0,2463
Porca 5 8328,77659 1665,75532 1,73 0,1795
Peso inicial 1 35413,03311 35413,03311 36,71 <,0001
Erro 18 17364,81859 964,71214
Total corrigido 28 74535,92259
Variável Dependente: EA, dia 7 a 14 CV = 10,66 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 0,07159978 0,00715998 0,44 0,9066
Dieta 4 0,00475771 0,00118943 0,07 0,9894
Porca 5 0,06749224 0,01349845 0,83 0,5446
Peso inicial 1 0,01301707 0,01301707 0,8 0,3826
Erro 18 0,29252187 0,01625121
Total corrigido 28 0,36412165
Variável Dependente: Peso, dia 21 CV = 5,88 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 32,26672008 3,22667201 13,14 <,0001
Dieta 4 9,08271573 2,27067893 9,25 0,0004
Porca 5 2,26094178 0,45218836 1,84 0,1583
Peso inicial 1 12,29064227 12,29064227 50,05 <,0001
Erro 17 4,17492278 0,24558369
Total corrigido 27 36,44164286
156
Variável Dependente: GDP, dia 14 a 21 CV = 10,87 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 0,12416311 0,01241631 4,64 0,0028
Dieta 4 0,08315132 0,02078783 7,76 0,0009
Porca 5 0,02191708 0,00438342 1,64 0,2039
Peso inicial 1 0,01964098 0,01964098 7,33 0,0149
Erro 17 0,04552406 0,00267789
Total corrigido 27 0,16968717
Variável Dependente: CDMS, dia 14 a 21 CV = 10,10 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 93021,8019 9302,1802 4,63 0,0028
Dieta 4 26317,01496 6579,25374 3,28 0,0365
Porca 5 16594,14413 3318,82883 1,65 0,1997
Peso inicial 1 37708,57097 37708,57097 18,79 0,0005
Erro 17 34121,2068 2007,1298
Total corrigido 27 127143,0087
Variável Dependente: EA, dia 14 a 21 CV = 11,51 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 0,23457152 0,02345715 1,52 0,2159
Dieta 4 0,07666586 0,01916647 1,24 0,3313
Porca 5 0,13723819 0,02744764 1,78 0,1716
Peso inicial 1 0,02295429 0,02295429 1,49 0,2396
Erro 17 0,26272592 0,01545447
Total corrigido 27 0,49729744
Variável Dependente: GDP, dia 3 a 21 CV = 7,14 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 0,07130292 0,00713029 9,41 <,0001
Dieta 4 0,02803307 0,00700827 9,25 0,0004
Porca 5 0,00697822 0,00139564 1,84 0,1583
Peso inicial 1 0,02255988 0,02255988 29,76 <,0001
Erro 17 0,01288556 0,00075797
Total corrigido 27 0,08418848
Variável Dependente: CDMS, dia 3 a 21 CV = 9,79
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 52430,73174 5243,07317 5,44 0,0012
Dieta 4 9466,75925 2366,68981 2,45 0,0853
Porca 5 6824,90049 1364,9801 1,42 0,2684
Peso inicial 1 27234,28634 27234,28634 28,25 <,0001
Erro 17 16389,66718 964,09807
Total corrigido 27 68820,39892
157
Variável Dependente: EA, dia 3 a 21 CV = 8,44 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 10 0,14555712 0,01455571 1,37 0,2751
Dieta 4 0,03019204 0,00754801 0,71 0,5975
Porca 5 0,106626 0,0213252 2 0,1303
Peso inicial 1 0,02399027 0,02399027 2,25 0,152
Erro 17 0,18125371 0,01066198
Total corrigido 27 0,32681083
158
Apêndice 21. Digestibilidade da MS, PB, GB, EB e retenção de nitrogênio, calculado pelo método
de coleta total de fezes. Experimento 2.
trat rep Dig MS
%
Dig PB
%
Dig GE
%
Dig EB
%
CMEB %
Retenção
de N %
N g/dia
1 1 95,94 95,58 93,70 96,11 94,35 74,95 6,2
1 2 96,77 95,57 96,49 97,18 95,17 71,92 7,9
1 3 96,73 96,40 96,19 97,30 94,80 66,96 7,0
1 4 95,86 95,81 92,44 95,75 94,07 76,12 7,0
1 5 96,64 96,55 94,58 96,87 93,49 56,91 5,1
1 6 95,58 95,05 93,97 95,77 93,75 71,26 4,6
2 1 97,46 97,36 96,36 97,30 96,03 82,19 5,9
2 2 95,97 95,02 93,45 95,90 94,21 74,89 4,8
2 3 97,66 97,06 96,84 97,85 95,52 69,26 6,8
2 4 96,36 96,15 93,45 96,39 93,96 67,12 5,8
2 5 97,36 96,82 95,63 97,35 95,78 78,17 6,4
2 6 96,79 96,57 94,73 96,78 94,85 73,56 3,9
3 1 97,83 97,48 97,51 98,02 96,10 74,86 6,2
3 2 98,33 98,27 97,83 98,52 96,34 72,52 4,7
3 3 98,94 98,66 99,06 99,14 96,20 63,98 5,8
3 4 98,06 98,16 97,42 98,24 94,79 57,49 5,4
3 5 98,79 98,90 98,39 98,97 96,57 70,61 6,2
3 6 98,68 98,57 98,53 98,96 96,17 65,74 6,7
4 1 98,56 98,66 98,22 98,71 96,96 78,54 5,9
4 2 98,33 98,24 97,67 98,51 95,88 67,99 6,2
4 3 98,68 98,43 98,71 98,94 95,18 55,24 6,2
4 4 97,97 97,52 97,63 98,17 96,15 74,22 5,9
4 5 99,01 98,95 98,86 99,22 96,07 62,83 6,3
4 6 98,57 98,33 98,11 98,62 96,12 69,58 6,3
5 1 98,12 98,37 97,78 98,30 96,13 73,99 8,5
5 2 97,93 97,45 97,29 98,20 95,95 70,53 7,1
5 3 98,12 97,73 97,51 98,45 94,91 55,39 5,4
5 4 98,66 98,66 97,91 98,67 96,57 73,49 5,3
5 5 97,23 97,17 95,45 97,29 94,82 67,69 5,7
5 6 98,37 97,84 98,23 98,59 95,50 60,99 5,2
159
Apêndice 22. Análise da variância da digestibilidade da MS, PB, GB, EB e retenção de
nitrogênio, calculado pelo método de coleta total. Experimento 2.
Variável Dependente: Digestibilidade da MS CV = 0,34 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 24,54727142 2,7274746 24,7 <,0001
Dieta 4 21,94806345 5,48701586 49,69 <,0001
Porca 5 2,28854512 0,45770902 4,14 0,0121
Erro 17 1,87729155 0,11042891
Total corrigido 26 26,42456296
Variável Dependente: Digestibilidade da PB CV = 0,34 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 31,73155354 3,52572817 31,05 <,0001
Dieta 4 29,6838497 7,42096242 65,35 <,0001
Porca 5 2,58891803 0,51778361 4,56 0,0089
Erro 16 1,8168003 0,11355002
Total corrigido 25 33,54835385
Variável Dependente: Digestibilidade da EB CV = 0,35 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 26,32090862 2,9245454 24,34 <,0001
Dieta 4 23,04594954 5,76148739 47,95 0,0001
Porca 5 2,97366787 0,59473357 4,95 0,0056
Erro 17 2,04256546 0,12015091
Total corrigido 26 28,36347407
Variável Dependente: Digestibilidade da GB CV = 0,76 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 90,9147848 10,1016428 18,68 <,0001
Dieta 4 81,77951905 20,44487976 37,81 <,0001
Porca 5 12,15140571 2,43028114 4,49 0,0078
Erro 18 9,732101 0,5406723
Total corrigido 27 100,6468857
Variável Dependente: CRN CV = 5,88 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 806,987622 89,665291 5,26 0,0014
Dieta 4 204,2600889 51,0650222 3 0,0466
Porca 5 599,8546639 119,9709328 7,04 0,0008
Erro 18 306,807646 17,044869
Total corrigido 27 1113,795268
160
Variável Dependente: Metabolizabilidade da EB CV = 0,65 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 16,48219152 1,83135461 4,63 0,0024
Dieta 4 13,27304583 3,31826146 8,39 0,0004
Porca 5 3,16230083 0,63246017 1,6 0,2081
Erro 19 7,51122917 0,39532785
Total corrigido 28 23,99342069
Variável Dependente: N retido, g/dia CV = 16,91 %
Fontes de variação GL SQ F Pr > F
Modelo 9 5,83532667 0,63 0,7622
Dieta 4 1,94976667 0,47 0,757
Porca 5 3,88556 0,75 0,596
Erro 20 20,73407333
Total corrigido 29 26,5694
161
Apêndice 23. Digestibilidade da MS, PB, GB, EB e retenção de nitrogênio, calculado pelo
método do Co EDTA. Experimento 2.
trat rep CDMS %
CDPB % CDGB %
CDEB %
Retenção
N %
N g/dia
1 1 90,72 90,46 86,40 91,59 69,83 5,77
1 2 93,53 91,63 93,36 94,68 67,98 7,48
1 3 93,39 93,14 92,73 94,86 63,69 6,65
1 4 88,02 88,56 79,38 88,40 68,87 6,32
1 5 91,75 92,01 87,45 92,74 52,37 4,67
1 6 92,36 91,93 90,16 93,10 68,13 4,44
2 1 88,51 88,69 84,41 88,45 73,52 5,31
2 2 88,27 86,30 81,99 88,73 66,18 4,27
2 3 93,79 92,62 92,06 94,61 64,82 6,38
2 4 93,07 93,09 88,22 93,52 64,06 5,55
2 5 88,89 87,36 82,63 89,46 68,71 5,63
2 6 90,77 90,67 85,67 91,26 67,66 3,61
3 1 96,15 95,79 95,84 96,66 73,17 6,02
3 2 96,17 96,24 95,30 96,78 70,49 4,61
3 3 97,05 96,50 97,53 97,74 61,82 5,63
3 4 96,85 97,16 96,04 97,28 56,50 5,28
3 5 96,86 97,31 96,06 97,46 69,02 6,02
3 6 96,82 96,73 96,64 97,61 63,91 6,50
4 1 96,38 96,81 95,78 96,93 76,70 5,74
4 2 96,58 96,60 95,48 97,11 66,35 6,02
4 3 97,36 97,02 97,56 97,99 53,84 6,02
4 4 96,42 95,86 96,05 96,96 72,57 5,81
4 5 97,34 97,33 97,10 98,01 61,21 6,17
4 6 96,27 95,88 95,34 96,60 67,13 6,11
5 1 95,05 95,98 94,78 95,79 71,59 8,24
5 2 96,15 95,81 95,49 96,85 68,88 6,90
5 3 96,33 96,07 95,65 97,16 53,73 5,22
5 4 95,32 95,86 93,47 95,65 70,69 5,14
5 5 95,60 96,02 93,54 95,95 66,54 5,64
5 6 96,61 96,04 96,72 97,24 59,18 5,09
162
Apêndice 24. Análise da variância da digestibilidade da MS, PB, GB, EB e retenção de
nitrogênio, calculado pelo método do Co EDTA. Experimento 2.
Variável Dependente: Digestibilidade da MS CV = 1,03 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 203,9589856 22,6621095 23,59 <,0001
Dieta 4 181,5133844 45,3783461 47,24 <,0001
Porca 5 13,4493211 2,6898642 2,8 0,0484
Erro 18 17,2892822 0,9605157
Total corrigido 27 221,2482679
Variável Dependente: Digestibilidade da PB CV = 0,75
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 149,1544326 16,5727147 32,38 <,0001
Dieta 4 129,4940328 32,3735082 63,25 <,0001
Porca 5 6,7084411 1,3416882 2,62 0,0647
Erro 16 8,1896289 0,5118518
Total corrigido 25 157,3440615
Variável Dependente: Digestibilidade da EB CV = 1,12 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 205,0222454 22,7802495 19,87 <,0001
Dieta 4 180,3181204 45,0795301 39,32 <,0001
Porca 5 18,1720038 3,6344008 3,17 0,0317
Erro 18 20,6350796 1,1463933
Total corrigido 27 225,657325
Variável Dependente: Digestibilidade da GB CV = 1,92 %
Causa da variação GL SQ QM Valor de F
Pr > F
Modelo 9 565,5495621 62,8388402 19,69 <,0001
Dieta 4 515,6242771 128,9060693 40,38 <,0001
Porca 5 53,5560538 10,7112108 3,36 0,0257
Erro 18 57,4565629 3,1920313
Total corrigido 27 623,006125
Variável Dependente: Metabolizabilidade da EB
CV = 1,26 %
Causa da Variação GL SQ QM F Pr > F
Modelo 9 155,4395769 17,27106409 12,7 0,0001
Dieta 4 132,8094667 33,20236667 24,42 0,0001
Porca 5 10,22182 2,044364 1,5 0,2407
Erro 17 23,115275 1,35972206
Total corrigido 26 178,5548519
163
Variável Dependente: CRN %
CV = 5,74 %
Causa da Variação GL SQ QM F Pr > F
Modelo 9 510,2647101 56,6960789 3,95 0,0063
Dieta 4 35,32307227 8,83076807 0,62 0,6572
Porca 5 481,1589489 96,23178979 6,7 0,0011
Erro 18 258,3579577 14,35321987
Total corrigido 27 768,6226679
Variável Dependente: N retido, g/dia CV = 17,01
Fontes de variação GL SQ F Pr > F
Modelo 9 6,6658 0,78 0,6398
Dieta 4 3,30021333 0,86 0,5019
Dieta 5 3,36558667 0,71 0,626
Erro 20 19,07954667
Total corrigido 29 25,74534667
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