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RESUMO
OLIVEIRA, Ezequiel. Avaliação da colheita mecanizada do café em maiores
velocidades operacionais. In:______. Desempenho operacional da colheita
mecanizada do café com duas passadas da colhedora. 2006. Cap 2, p.29-62.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) – Universidade Federal de
Lavras, Lavras, MG
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No início do processo de mecanização com colhedoras automotrizes ou
tracionadas, a colheita consistia em apenas uma passada da colhedora, mas, com
o aperfeiçoamento das máquinas, evoluiu para duas ou mais passadas. Hoje, o
grande desafio consiste no aumento da velocidade operacional de colheita.
Sendo assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a colheita mecanizada em
maiores velocidades operacionais, analisando seu desempenho operacional e
também avaliar a influência da vibração e ou velocidade no processo de derriça
dos grãos. O trabalho foi desenvolvido na Fazenda Capetinga, município de Boa
Esperança, MG, tendo os ensaios sido realizados utilizando-se o delineamento
inteiramente casualizado, com quatro repetições, em parcelas aleatórias
contendo, em média, 40 plantas em linha. Os ensaios foram realizados com duas
passadas da colhedora, definidos em função do índice de frutos verde na planta.
Na primeira passada, com média de 30% de verde, a velocidade foi fixada em
torno de 1,64 km.h
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, variando-se as vibrações de 10,83, 12,50, 14,17 a 15 Hz.
Na segunda passada, realizada sobre as mesmas parcelas da primeira, com média
de 10% de verde, a vibração foi fixada em 16,67 Hz, variando-se as velocidades
de 1,0, 1,6, 2,10 a 2,6 km.h
-1
. Assim, considerando-se as duas passadas, a maior
eficiência de derriça total, 97,64%, ocorreu com velocidade média de 1,64 km.h
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e vibração de 15 Hz na primeira passada e 16,67 Hz na segunda passada. Nesta
condição, a proporção efetivamente colhida pela colhedora foi de 78,64% da
carga pendente, com 19% de café caído no chão e 2,36% nas plantas. Concluiu-
se que é possível aumentar a velocidade operacional da colhedora até 1,64
km.h
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, tanto na primeira quanto na segunda passada, dispensando, inclusive, a
operação de repasse manual. Já com relação à influência da vibração e ou
velocidade no processo de derriça, concluiu-se que o volume de café colhido, a
eficiência de colheita e a eficiência de derriça sofreram ação direta da vibração
das varetas da colhedora durante a operação de derriça, o volume de café colhido
e a eficiência de colheita sofreram influência inversa da variação de velocidade e
a velocidade influenciou diretamente no volume de café caído no chão.
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Comitê Orientador: Dr. Fábio Moreira da Silva – DEG-UFLA (Orientador); Dr. Nilson
Salvador.