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UNIVERSIDADE POTIGUAR
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM ODONTOLOGIA
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA VICKERS DE UMA RESINA
COMPOSTA: Efeito do tempo de exposição Utilizando unidades de
luz LED e halógena
MARIANNA POMPEU HYPPOLITO
NATAL
2006
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MARIANNA POMPEU HYPPOLITO
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA VICKERS DE UMA RESINA
COMPOSTA: Efeito do tempo de exposição Utilizando unidades de
luz LED e halógena
Dissertação apresentada à Pró-Reitoria
de Pesquisa e Pós-Graduação, da
Universidade Potiguar, como parte
integrante dos requisitos para a
obtenção dotulo de Mestre (Mestrado
em Odontologia).
Área de Concentração: Clínica
Odontológica.
Orientadora: Claudia Tavares Machado.
NATAL
2006
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MARIANNA POMPEU HYPPOLITO
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA VICKERS DE UMA RESINA COMPOSTA:
Efeito do tempo de exposição Utilizando unidades de luz LED e halógena
Dissertação apresentada à Pró-Reitoria
de Pesquisa e Pós-Graduação, da
Universidade Potiguar, como parte
integrante dos requisitos para a
obtenção dotulo de Mestre (Mestrado
em Odontologia).
Área de Concentração: Clínica
Odontológica.
Orientadora: Claudia Tavares Machado
Data de Aprovação _____/______/_______
Prof. Dr. ___________________________ (Orientador)
_________________________________________
Prof. Dr. ___________________________ (UnP)
_________________________________________
Prof. Dr.___________________________ (Convidado)
NATAL
2006
14
Dedico esta obra
Aos meus pais Hilda e João Octavio, por terem me ensinado virtudes como
educação, respeito, amor, lealdade, e por terem me dado todo apoio necessário
para esse passo tão importante na minha vida. Vocês não foram apenas pais, mas
amigos e companheiros mesmo nas horas mais difíceis. A vocês que devo toda
minha educação e formação, expresso meu reconhecimento e meus sinceros
agradecimentos.
Amo muito vocês!
Deus, por ter permeado minha vida com oportunidades de escolha, sempre
iluminando e guiando meus passos.
15
AGRADECIMENTOS
Aos meus irmãos Patrícia e João Octavio por ser a inspiração para minha
superação.
Aos meus avós Cleone e Kepler, que acompanham todas as etapas da minha
vida com muito amor.
Aos meus parentes, tios, tias e primos em especial, à tia Cleone, por seu
amor, carinho e incentivo.
¨De que mais precisa um homem senão de um amigo...¨ (Vinicius de Moraes)
À Bruninha- você é uma amiga que esta na lista de pessoas que tenho
como referência. Sempre descontraída e companheira que aos poucos foi se
tornado uma grande amiga.
À Carol, que se mostrou uma amiga a qualquer momento. Admiro muito seu
caráter, competência e honestidade.
À minha família de Natal, Nayana, Carmen , Sylvana, Henrique
Vagner, , Cavalcante , Rodrigo e Linalda. Em vocês encontrei carinho,
amizade e colo. Cada um me ensinou a ser uma pessoa um pouco melhor. Hoje, em
mim, existe um pouquinho de cada um de vocês.
Nana
alegre, sincera, espontânea, amiga sincera, uma irmã de verdade.
Sempre companheira de todos os momentos e alegrias. Carminha meiga,
delicada, mas forte e guerreira de grande coração e sempre companheira. À Syl-
com seu jeitinho especial conquista a todos e nos mostra a maravilhosa pessoa que
é. Henrique- pessoa que admiro de coração um amigo pra toda hora. Nunca
esquece dos momentos com os amigos e nunca está indisposto quando o assunto é
socializar. Vagner-sempre conversador e amigo. Está sempre contando suas
histórias... Cavalcante - com seu jeito carinhoso e ao mesmo tempo bruto, mas
sempre cumprimentando a cada uma de nós. Rodrigo-- ex-companheiro de casa,
sua determinação e força são características desejáveis. Linalda-- ex-companheira
de casa, a ¨mãezona¨, pude dividir bons momentos no meu primeiro ano de
mestrado.
. À Emília
-
sua alegria e energia são contagiantes.
16
À Laurita
,
que esteve sempre disposta a ajudar, com você pude aprender
muito como levantar a cabeça e superar as dificuldades. Você é uma vencedora!
À Mabel a força de vontade e perseverança são as características mais
adequadas para você. Supera qualquer barreira em busca de seus objetivos, mas
nunca magoando as pessoas que estão ao seu redor.
À Vandré- que desde o início se demonstrou amigo. Seu sotaque carioca e
as frases engraçadas sempre serão lembrados.
Às outras colegas de turma, pela agradável convivência.
À toda Coordenação da Pós-Graduação da Universidade Potiguar,
representada pela Professora Rejane Andrade de Carvalho e pelos professores e
funcionário que estiveram sempre presentes e dispostos à ajudar.
Aos Prof. Alex e Cícero pela enorme contribuição com as considerações
como banca da qualificação do mestrado.
Ao Prof.Antônio Eduardo Martinelli agradeço que tenha gentilmente permitido
trabalhar no departamento de Física da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, utilizando o aparelho para teste de dureza.
Ao Prof. Gerdo pela atenção e auxílio na elaboração dos artigos científicos.
Ao Prof. Doutor Kênio Costa pela realização da avaliação estatística dos
resultados deste trabalho e por sempre estar disposto a ajudar.
Às alunas da graduação, Daniela e Roberta que sempre estiveram
disponíveis com muita responsabilidade. Aprendi muito com vocês.
Às minhas amigas de coração, Claudinha, Marcelinha, Paulinha, Camila, e
por todas as outras que não foram aqui citadas, pelo apoio e força que me deram
durante esses anos do mestrado.
À minha amiga, irmã de coração Vivi, e toda sua família, pelo apoio em todos
os momentos. Por ter participado de mais uma etapa da minha vida, vibrando a cada
conquista. Sou muito grata a vocês!
Ao meu primo, Randal Sidrim pelo incentivo para que eu me tornasse mestre.
Obrigada por isso!
À Empresa SDI, pelo empréstimo do aparelho fotoativador RADII e pelo
radiômetro digital.
HOMENAGEM ESPECIAL
17
Dedico este trabalho à minha orientadora Profa. Dra. Claudia Tavares
Machado pelo seu incentivo e disponibilidade desde o início, pelos muitos
ensinamentos, pela paciência e compreensão, pela dedicação e pelo exemplo de
profissionalismo e orientação, pela sua honestidade e competência. Obrigado por ter
acreditado e confiado em mim. Sua amizade ao longo desses anos de convivência
como sua orientada me fez crescer pessoal e cientificamente.
Por tudo isso, sou muito grata.
Sumário
18
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11
2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................14
3 PROPOSIÇÃO .......................................................................................................40
4 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................41
4.1 Materiais .............................................................................................................41
4.2 Aparelhos Ativadores...........................................................................................43
4.3 Aferição dos valores de intensidade de luz dos aparelhos fotoativadores...........46
4.4 Confeão dos corpos-de-prova..........................................................................47
4.5 Obtenção das medidas de dureza.......................................................................50
4.6 Planejamento Estatístico .....................................................................................51
5 RESULTADO .........................................................................................................52
6 DISCUSSÃO ..........................................................................................................59
7 CONCLUSÃO ........................................................................................................69
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................70
ANEXOS ...................................................................................................................76
RESUMO
19
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA VICKERS DE UMA RESINA COMPOSTA: Efeito
do tempo de exposição Utilizando unidades de luz LED e halógena.
Este estudo teve como objetivo avaliar a capacidade de polimerização em
função dos tipos de aparelhos fotopolimerizadores e tempos de exposição. Amostras
foram preparadas usando um compósito microhíbrido (Charisma/Kulzer) em matrizes
cilíndricas de teflon com 3 mm de diâmetro e 3 mm de profundidade, onde foram
preenchidas em incremento único de resina composta. Para a determinação da
intensidade de luz emitida pelos aparelhos fotoativadores, utilizou-se um radiômetro
(Hilux Ledmax Curing Light Meter). Ts unidades de luz foram usadas: uma de luz
halógena, Ultralux (400 mW/cm
2
, Dabi Atlante) e dois Led’s: o Led RADII (1400
mW/cm
2
, SDI) e o Led Optilight 3 Cl (420 mW/cm
2
, Gnatus). Para as três unidades
de luz, cinco amostras foram fotoativadas pelos tempos de exposição de 40 e 65
segundos. As amostras foram armazenadas em recipiente isento de luz, por 24h. O
teste de dureza Vickers foi realizado usando uma carga de 300g por 15s (Hmv-2
Series Shimadzu Corporation). Três impressões foram feitas na superfície e no
fundo de cada amostra. Os dados foram estatisticamente analisados pelo teste
ANOVA, com pós-teste de Tukey-Kramer para um nível de significância de 5%. Para
todos os tipos de unidades de luz e tempos utilizados, as camadas superficiais
obtiveram valores maiores de microdureza que as camadas profundas. Houve
diferença estatisticamente significativa, no que diz respeito à microdureza, quando
comparou-se as luzes halógena Ultralux, Led RADII e Led Opitilight para todos os
tempos de polimerização e profundidade de restauração, com excão das
restaurações polimerizadas ao tempo de 40 segundos em camada superficial. Para
as luzes halógena Ultralux e Led RADII, o tempo de 65 segundos proporcionou
maiores valores de microdureza, tanto para a camada superficial, quanto profunda.
O aparelho Led Opitilight obteve maiores valores aos 40 segundos, apesar de que
nestes casos a camada superficial não houve diferença estatisticamente
significativa.
.
Palavras- chave: Dureza; aparelho fotoativador; Led.
20
ABSTRACT
EVALUATION OF VICKERS MICROHARDNESS ON COMPOSITE RESIN: Effect of
exposure time using visible light cured and LED.
The aim of this study was to evaluate the curing capacity in function of the light
curing unit types and exposure time. The samples had been prepared using a
microhibrid resin (Charisma/Kulzer) in cylindrical Teflon matrices with 3mm of
diameter and 3 mm of depth, where they had been filled in a unique resin composite
increment. For the determination of the intensity light emitted by the light curing unit
was used radiometer (Hilux Ledmax Curing Light Meter). Three units of light had
been used, one of halogen light, Ultralux (400 mW/cm
2
, Dabi Atlante), and two Led´s:
the Led RADII (1400 mW/cm
2
, SDI) and Led Optilight 3 CI (420 mW/cm
2
, Gnatus).
For these three units of light, five samples had been curing during 40 and 65 seconds
of exposure time. The samples had been stored in a light free recipient for 24 hours.
The Vickers hardness test had been made using a load of 300g for 15s (Hmv-2
Series Shimadzu Corporation).Three impressions had been made in the surface and
depth of each sample. The statistics was analyzed by ANOVA test, with Tukey-
Kramer pos-test for a statistic significance of 5%. For all the types of light units and
used times, the superficial layers had gotten bigger values of micro hardness than
the deep layers. There was statistic significant difference in micro hardness when it
was compare to halogen light Ultralux, Led RADII and led Optilight, for all the
exposure times and restoration depth, except for the 40s time exposure on the
superficial surface. For the halogen lights Ultralux and Led RADII, had higher micro
hardness values when used 65s exposure time for superficial and depth surface. The
Led Optilight appliance had higher values at 40s time exposure, although in this case
there weren’t statistic significance difference on superficial surface
.
Keywords: Hardness; light curing unit; LED.
21
1 INTRODUÇÃO
As restaurações realizadas com resinas composta têm atendido aos anseios
da população no que diz respeito à estética, baixo custo, conservação do tecido
dental, menor tempo gasto para a realização do trabalho, quando comparadas às
restaurações de porcelana pura, ou até mesmo às metalocerâmicas (BASSIOUNY e
GRANT, 1978; BLANKENAU et al., 1983).
As resinas compostas restauradoras apresentam características que permite
ao cirurgião-dentista realizar restaurações funcionais e estéticas altamente
satisfatórias, aumentando dessa forma o sucesso e a longevidade das restaurações
em resina composta fotopolimerizáveis (PEREIRA, 1995; PEREIRA, 1999;
MACHADO, 2000; RASTELLI, 2004).
Atualmente, as resinas apresentam-se com dois sistemas básicos de
polimerização: sistemas quimicamente ativados e sistemas fisicamente ativados
(ANUSAVICE, 1998).
Nas resinas compostas ativadas quimicamente (sistema de duas pastas), a
reação de polimerização ocorre quando as pastas, uma contendo o iniciador
(peróxido de benzoíla) e outra o ativador constituído de uma amina terciária (N,N-
dimetil-p-toluidina), são misturadas. Assim que as pastas são espatuladas, a amina
reage com o peróxido de benzoíla para formar os radicais livres, e a polimerização
por adição é iniciada e propagada (ANUSAVICE, 1998). Foi observado nas resinas
ativadas quimicamente que sua reação de polimerização continuava após a
manipulação, mas tinha como desvantagem à técnica de manipulação, pois a
mistura das duas pastas incorporava ar no material, alterando suas propriedades
físicas, favorecendo o manchamento superficial destes materiais (POLLACK e
BLITZER, 1982). Tamm foi notado, que a polimerização ocorria em toda a massa
do material uniformemente independente da espessura apresentada (RUYTER e
OYSAED, 1982).
As resinas compostas ativadas fisicamente (fotoativadas), fornecidas na
forma de pasta única contida em uma seringa, inicialmente, eram ativadas por luz
ultravioleta produzida por uma fonte que produzia uma radiação luminosa com
comprimento de onda de 365 nm, o que proporcionava pouca profundidade de
22
polimerização, além de ser considerada nociva à saúde do cirurgião-dentista
(POLLACK e BLITZER, 1982).
As resinas polimerizadas por luz ultravioleta, ao contrário das quimicamente
ativadas, apresentam fácil manipulação, um tempo de trabalho ilimitado e melhores
propriedades físicas. Como desvantagens, apresentam uma grande penetração de
luz nos tecidos dentários, causando danos (POLLACK e BLITZER, 1982).
Como conseqüência, versões posteriores passaram a ser fotoativadas por luz
visível que, além de proporcionar maior profundidade de polimerização, permitem a
fotoativação em menor período de tempo (RUYTER e OYSAED, 1982; TIRTHA et
al., 1982).
As resinas ativadas por luz visível, apresentam uma polimerização mais
rápida e completa, podem ser polimerizadas através das estruturas dentárias e
apresentam melhores propriedades físicas, além de eliminar iniciadores como
aminas aromáticas, o que garante uma melhor estabilidade de cores. (POLLACK e
BLITZER, 1982).
Esses materiais utilizam substâncias fotossensíveis que necessitam de
intensidade luminosa suficiente para reagir com o agente redutor. O resultado dessa
combinação é a formação de radicais livres para iniciar e promover uma
polimerização adequada (BLANKENAU et al., 1983). O processo de polimerização
nesses materiais, somente ocorre em locais onde há incidência de luz apresentando
um comprimento de onda na faixa de 450 a 500 nm, o que é considerado ideal para
promover a reação-ativação do componente fotossensível canforoquinona presente
nas resinas compostas (KILIAN, 1979; BLANKENAU, et al., 1983; BAHARAV, 1988;
LAMBERT e PASSON, 1988). Foi constatado que a polimerização só ocorria onde a
luz alcançava. Verificou-se ainda, que, para se alcançar uma polimerização
adequada, era necessário colocar a resina em incrementos pequenos, pois, quando
o material era colocado em incremento único, a polimerização não se completava
adequadamente, provocando falhas na adesão e podendo causar danos à polpa.
Além do tamanho dos incrementos, a polimerização também depende da
capacidade de penetração da luz, da intensidade de luz, da composição do material
e do tempo de exposição do incremento (RUYTER e OYSAED, 1982).
O radiômetro é um aparelho capaz de medir a intensidade de luz das
unidades fotoativadoras muito utilizado na prática diária em consultórios
odontológicos (Apud MACHADO, 2003).
23
Os aparelhos à base de LED´s azuis representam uma nova opção para
fotopolimerização de resinas compostas, sendo composto por um semicondutor de
In-Ga-N (Índio-Gálio-Nitrogênio). Ao contrário da lâmpada halógena, o LED não
produz luz visível por aquecimento de filamentos melicos, mas pelas
características próprias de um semicondutor (MEDEIROS, 2001).
Os LED´s produzem uma luz divergente e não coerente, como a luz halógena,
concentrando-se dentro de um estreito espectro de emissão de luz visível e bastante
próximo do pico de absorção máxima da canforoquinona (468 nm). É neste aspecto
que se encontra a diferença de LED para os aparelhos convencionais, visto que
estes produzem luz fora do espectro de absorção do fotoiniciador (canforoquinona),
sendo que esta energia não é útil para fotoativação (FRANCO e LOPES, 2003).
Vários são os fatores que interferem no uso adequado das resinas compostas
ativadas através de luz visível. Devido a necessidade de maior informão a respeito
dos diversos aparelhos fotopolimerizadores existentes no mercado, o objetivo deste
trabalho foi averiguar a capacidade de polimerização de uma resina composta em
função de aparelhos fotopolimerizadores (led e halógeno) e tempo de exposição
utilizando a microdureza Vickers.
24
2 REVISÃO DA LITERATURA
Von Fraunhofer (1971) estudou as propriedades relacionadas com o desgaste
e a resistência à abrasão, que usou como medida, a microdureza de superfície
Reichert. Nesse estudo, foram usados corpos-de-prova em formato cilíndrico com 8
mm de diâmetro e 5 mm de comprimento, com duas resinas: Servitron e Orthofil e
dois compósitos: TD 71 e Adaptic. Para determinar a microdureza foi usada uma
carga de 20 g por 10 s após um tempo de 15, 30, 60 minutos e 24 h. A dureza
superficial dos materiais se mostrou aumentada com o aumento do tempo, mas com
relação à parte interna das amostras os valores de dureza foram inferiores. O autor
relacionou esta diferença com a incompleta polimerização que ocorre na superfície
da resina composta, e concluiu em seu estudo que a prática de armazenamento e
desgaste dessas restaurações polimerizáveis, irá torná-las mais dura, e,
consequentemente, mais resistentes à abrasão, podendo melhorar seu desempenho
clínico.
Em 1978, Bassiouny e Grant realizaram uma avaliação clínica com
compósitos ativados por luz visível, com o intuito de avaliar suas características de
manipulação e propriedades funcionais. Os autores observaram que compósitos
ativados por luz visível apresentavam vantagens sobre os sistemas de polimerização
até então conhecidos. Entre essas vantagens estão as evoluções nas características
de dureza, manipulação, radiopacidade e no tempo de trabalho. Foi observada uma
completa polimerização numa profundidade de 3 mm em um tempo de exposição de
60 segundos.
Segundo Kilian (1979) a profundidade de polimerização dos materiais
ativados por luz visível está na dependência da intensidade de luz e comprimento de
onda da luz incidente. O autor realizou um estudo com o propósito de determinar a
natureza da dependência existente neste tipo de material. O grau de polimerização
foi determinado usando teste de dureza Rockwell, escala F, realizado no fundo e na
superfície das amostras com 3 mm de espessura, estas foram polimerizadas por 60
segundos e mantidas por 1 e 24 horas a 37
0
C. Os valores de intensidade de luz
com comprimento de onda próximo a 468 nm foram medidos por meio de uma
técnica padrão. Foi feita uma correlação quantitativa entre dureza e intensidade de
luz, como esperado, foi notada uma maior dureza com o aumento da intensidade de
25
luz e as superfícies de topo apresentaram valores de dureza sempre superiores aos
da superfície de base. Tamm foi observado um aumento nos valores de dureza
em amostras que estavam armazenadas, indicando com isso que os materiais
continuavam polimerizando mesmo após a remoção da fonte de luz.
Bassiouny e Grant (1980) avaliaram as propriedades físicas de um material
recentemente desenvolvido, que foi a resina composta Fotofil polimerizada pelo
sistema de luz visível, e comparou os resultados com uma resina do tipo pasta-pasta
(Adaptic). Os resultados mostraram que os valores de dureza encontrados na
superfície da resina composta Fotofil foram significativamente menores do que na
Adaptic; a Fotofil apresentava um significante aumento na força compressiva; ambos
os materiais apresentavam força de tensão e flexão similares. Tamm foi verificada
uma dureza superficial inicialmente maior na Adaptic, mas esta situação era
invertida num período de uma semana. Os autores concluíram que havia algumas
diferenças nas propriedades físicas dos materiais estudados, mas que estas eram
consideradas insignificantes clinicamente.
Observando as características de cada resina, Pollack e Blitzer (1982) fizeram
uma classificação para as resinas compostas, em resinas quimicamente ativadas, as
ativadas através de luz ultravioleta ou visível. Foi observado nas resinas ativadas
quimicamente que sua reação de polimerização continuava após a manipulação,
mas tinha como desvantagem à técnica de manipulação, pois a mistura das duas
pastas incorporava ar no material, alterando suas propriedades físicas, favorecendo
o manchamento superficial destes materiais. As resinas polimerizadas por
ultravioleta, ao contrário das quimicamente ativadas, apresentam fácil manipulação,
um tempo de trabalho ilimitado e melhores propriedades físicas. Como
desvantagens, apresentam uma grande penetração de luz nos tecidos dentários,
causando danos. As resinas ativadas por luz visível apresentam uma polimerização
mais rápida e completa, melhores propriedades físicas, além de eliminar iniciadores
como aminas aromáticas, o que garante uma melhor estabilidade de cores. Elas
tamm podem ser polimerizadas através das estruturas dentárias.
Ruyter e Oysaed (1982) realizaram um estudo comparativo no qual foram
utilizadas resinas fotopolimerizáveis por luz visível, ultravioleta e quimicamente
ativadas, observaram também, a influência do tempo de exposição à luz, para as
resinas fotoativadas. Quanto às resinas quimicamente ativadas, foi observado que a
polimerização ocorria em toda a massa do material uniformemente independente da
26
espessura apresentada. Nas resinas fotoativadas, foi constatado que a
polimerização só ocorria até onde a luz alcançava. Verificou-se ainda, que, para se
alcançar uma polimerização adequada, seria necessário colocar a resina em
incrementos pequenos, pois, quando o material era colocado em um único
incremento, a polimerização não se completava adequadamente, provocando falhas
na adesão e podendo causar danos à polpa. Além do tamanho dos incrementos, a
polimerização também depende da capacidade de penetração da luz, da intensidade
de luz, da composição do material e do tempo de exposição do incremento. Com
base nestas observações, os autores concluíram que as resinas compostas
convencionais apresentaram melhores níveis de polimerização do que aquelas de
micropartículas e que a dureza das resinas aumentou quando o tempo de exposição
foi ampliado de 20 s para 60 s.
Tirtha et al. (1982) procuraram obter graus de polimerização das superfícies
profunda e de topo, de resinas compostas fotoativadas, pesquisaram seis resinas
diferentes através da dureza Barcol, verificando entre outros testes, a diferença da
dureza nessas duas superfícies. Os corpos-de-prova foram polimerizados pelo
sistema de luz visível e de luz ultravioleta com um único tempo de polimerização, 60
s. As três minutos foram realizadas as leituras das durezas nas duas superfícies e
calculada as diferenças entre elas. As curvas de transmissão de luz foram obtidas
por meio de um espectrofotômetro. Ficou evidente pelas análises estatísticas, que a
diferença de mais de 1,9 unidade Barcol de dureza entre as superfícies de topo e
profunda, indicando uma mudança crítica de dureza. Verificou-se também, que as
resinas polimerizadas com luz visível mostraram maior profundidade de
polimerização que as fotoativadas com ultravioleta. Houve fraca correlação entre
estes resultados e o coeficiente de transmissão de luz, sugerindo a existência de
outros fatores importantes associados ao processo de polimerização, como tipo e
concentração de sistema ativador-iniciador. Os autores concluíram ainda, que a
técnica de medição de dureza Barcol, é muito sensível para a avaliação da
profundidade de polimerização das resinas compostas.
Blankenau et al. (1983) fizeram um estudo com intuito de avaliar a influência
da intensidade de luz e o comprimento de onda na profundidade de polimerização
da resina. Para isso, avaliaram o comprimento e a intensidade de luz visível gerada
por sete diferentes aparelhos fotopolimerizadores: Command, Visar Activator Light,
Heliomat, Visar II, Elipar Visio, Prisma-lite e Kulzer Translux. Através de um aparelho
27
monocromático de varredura, determinaram os picos de comprimento de ondas e
seu espectro. Como as unidades de fotopolimerização apresentavam variações nos
resultados numa faixa entre 468 e 480 nm, ficou determinado que estas variações
deveriam ser constantemente avaliadas, para garantir uma polimerização adequada.
Os autores concluíram que, como a intensidade de luz era baixa, não haveria
energia suficiente para uma polimerização satisfatória; que a translucidez óptica e o
índice de refração determinaram a quantidade de luz dispersa e o limite de
profundidade de polimerização, e que ela continua, mesmo após cessar a incidência
da luz sobre ela. Quanto aos aparelhos fotopolimerizadores, o Translux apresentou
os melhores resultados, enquanto o Visar II mostrou a menor intensidade de luz.
Leung et al. (1983) investigaram o grau de polimerização após exposição
adicional de luz visível e os efeitos da polimerização inicial sobre a polimerização
final das resinas compostas fotopolimerizáveis. Utilizando a resina Prisma Fil, eles
confeccionaram corpos-de-prova em matrizes de cobre com 2,5 mm e 5 mm de
diâmetro, que foram preenchidas e fotopolimerizadas com um aparelho
fotopolimerizador Prisma Lite durante os tempos de 10, 15, 20, 40 e 60 s. A dureza
foi mensurada através do teste de dureza Barcol, no topo e na base das amostras,
logo após a polimerização, um dia e sete dias, após polimerização. Os corpos-de-
prova foram armazenados a 37°C±C e 100% de umidade em um recipiente à
prova de luz. Analisando os dados obtidos, concluíram que a profundidade de
polimerização foi influenciada pelo tempo de exposição e que a reação de
polimerização alcançou um grau de estabilidade após 24 h de armazenamento.
Friedman e Hassan (1984) determinaram as medidas de dureza nas
superfícies de topo e base em corpos-de-prova confeccionados com duas resinas
compostas nas cores claras e escuras (Silux: cor Universal e G; Prisma Fil:L e GB),
polimerizados por cinco aparelhos de luz diferentes (Command, Elipar, Translux,
Optilux e o Prisma Lite). Os corpos-de-prova foram confeccionados em matrizes de
teflon de 2,5 mm de espessura com orifício central de 6,3 mm de diâmetro, uma
amostra do material foi polimerizado por 20 s e antes de mensurar a dureza, foi
polimerizado por mais 2 minutos.Todos os tempos de polimerização foram checados
com um relógio digital e as leituras foram realizadas no topo e na base dos corpos-
de-prova e estes foram submetidos a testes de dureza Barcol. Com base nos
resultados, os autores concluíram que as resinas compostas nas cores escuras
apresentaram valores de dureza menores do que as nas cores claras. Para as cores
28
U e L, houve uma relação direta entre a intensidade de luz e a dureza. E que
aparelhos com intensidade de luz mais elevadas proporcionam valores de dureza
superiores para todas as cores de resinas compostas.
Kanca (1985) fez um estudo para avaliar a uniformidade de polimerização de
resinas compostas para restaurações posteriores: P30, Sinterfil, Fulfil, Estilux
Posterior, Marathon, Heliomolar e Profile TLC, submetidas a tempos de
polimerização de 20 e 40 s, a uma distância da fonte de luz de 0 e 4 mm. A dureza
Barcol foi mensurada na superfície voltada para a luz e naquela oposta. Os
resultados mostraram que, quanto menor for a diferença de dureza entre uma
superfície e outra, maior é a uniformidade de polimerização; nas superfícies voltadas
para a fonte de luz as variações dos valores de dureza foram menores que nas
superfícies opostas; quanto maior o tempo de polimerização, menor a diferença de
dureza entre as superfícies voltadas para a fonte de luz oposta, e que, quanto maior
a distância, maior esta diferença. Baseado nos resultados, o autor concluiu que se
deve usar o tempo de 40 s para se obter uma polimerização mais efetiva.
Mandarino (1987) estudou a microdureza de três resinas compostas
fotopolimerizáveis de cor clara. As resinas foram Durafil e Heliosit de micropartículas
e Herculite com características híbridas. Tamm foram analisadas, no presente
estudo três tipos de aparelhos de luz visível Translux, Heliomat e Primelite com
tempo de exposição de 40 s. Os corpos-de-prova foram confeccionados em uma
matriz metálica cilíndrica, contendo 5 mm de diâmetro e 10 mm de comprimento.
As a polimerização, a resina removida do interior da matriz, e o material não
polimerizado era desprezado. Os corpos-de-prova foram seccionados ao meio, no
sentido longitudinal e era feita sua inclusão em uma base de gesso. Foram,
realizados testes de dureza Vickers a cada milímetro de profundidade, na superfície
interna. Com base nos resultados obtidos, o autor pôde concluir que: as resinas
compostas estudadas apresentaram, em média, níveis de dureza diferentes entre si,
o grau de dureza começou a diminuir a partir de 3 mm de profundidade e que todos
os aparelhos testados apresentaram níveis de polimerização satisfatório.
De acordo com os achados de Baharav et al. (1988) avaliaram o grau de
dureza e a profundidade de polimerização de um compósito relacionado com o
tempo de exposição. Amostras de resina composta Occlusin foram confeccionadas,
com 15 mm de profundidade e 3 mm de diâmetro e o aparelho Translux foi utilizado
com tempo de exposição de 10, 20, 30, 40, 60, 80 e 180 segundos. As 24 horas
29
foi realizado a avaliação de dureza Knoop, sendo executado ao longo eixo das
amostras e a 1 mm da superfície. Analisando os resultados obtidos, os autores
concluíram que o aumento do tempo de exposição resulta em uma maior
profundidade de polimerização, a taxa de polimerização foi aumentada nos primeiros
10 segundos.
Lambert e Passon (1988) para avaliar incompatibilidades encontradas nas
profundidades de polimerização de resinas compostas polimerizadas com aparelhos
fotoativados de luz idênticos, eles analisaram aparelhos usados por alunos da
graduação da Universidade de Odontologia do Colorado. Selecionaram 5 aparelhos
da marca Executor e Elipar, confeccionaram corpos-de-prova com a resina
composta Command na cor universal, em matrizes com cavidades de 4 mm de
comprimento por 4 mm de diâmetro de largura. Os corpos-de-prova foram
polimerizados uniformemente por 20 segundos a uma distância aproximada da
ponta ativa do aparelho para a superfície da resina de 2 mm. Em seguida foram
armazenados em ambiente 100% úmido por 24 horas. Observando os resultados, os
autores constataram que a média da profundidade de polimerização promovida
pelos aparelhos foi de 3,1 mm e que todos os aparelhos fotopolimerizadores
apresentaram resultados semelhantes. Concluíram tamm que, mesmo em
aparelhos de uma mesma marca comercial, não existe padronização exata no seu
desempenho clínico. Com base nesses resultados, os autores recomendam que
sejam feitos testes periódicos nos aparelhos fotopolimerizadores, garantindo assim
melhores resultados e certo padrão nas profundidades de polimerização das resinas
compostas.
Mandarino e Porto (1989) avaliaram a dureza de três resinas compostas,
através do seu grau de polimerização. As resinas usadas foram a Durafill, Heliosit e
Herculite, todas em cores claras, e foram usados três aparelhos fotopolimerizadores
de luz visível, de marcas diferentes; Translux, Heliomat e Premelite. Foram
confeccionados corpos-de-prova por meio de uma matriz metálica cilíndrica (aço)
com 10 mm de comprimento e 5 mm de diâmetro. O tempo de exposição à luz usada
para todos os corpos de prova foi de 40 segundos. Em seguida, demarcaram no
topo e na base do corpo-de-prova. Em seguida, o corpo-de-prova era seccionado no
sentido do longo eixo, incluso em gesso tipo IV. As 20 minutos, tempo aguardado
para a presa do gesso, fizeram o polimento, os corpos-de-prova foram removidos
das matrizes, levados para polimento e depois submetidos ao teste de dureza
30
Vickers. A observão da dureza foi feita na superfície e na base do corpo-de-prova
a cada milímetro de profundidade. Os resultados obtidos mostraram que existiu
diferença de dureza de uma resina para outra, e os autores concluíram que até 3
mm de profundidade não ocorreu variação de dureza significativa e que os
aparelhos fotopolimerizadores proporcionaram o mesmo nível de polimerização.
Atmadja e Bryant (1990) estudaram alguns fatores que influenciaram na
profundidade de polimerização de quatro resinas compostas (P30, Prisma Fil,
Heliomolar e Durafil), através de teste de dureza Knoop. Os corpos-de-prova foram
confeccionados em matrizes cilíndricas com 4 mm de diâmetro e espessura que
variavam de 1 a 6 mm. Foi utilizado o aparelho fotopolimerizador Heliomat por um
tempo de exposição de 20, 40 e 60 segundos, e logo após cinco minutos de
fotopolimerização, foram realizadas as madidas de dureza Knoop. Foram realizadas
três marcações nas superfícies de topo dos corpos-de-prova com 3 mm de
espessura, e na superfície de base dos corpos-de-prova que apresentavam
espessura com variações de 1, 2, 3, 4 e 6 mm. Depois de cinco minutos, os corpos-
de-prova foram armazenados em um recipiente à prova de luz em temperatura
ambiente antes que outros testes de dureza fossem realizados após um período de
24 h e uma semana. Através dos resultados, os autores chegaram à conclusão de
que, para cada resina composta avaliada, os valores de dureza foram reduzidos com
o aumento de espessura do material; as resinas compostas de micropartículas
apresentam uma menor profundidade de polimerização devido à dispersão da luz
sobre as partículas inorgânicas; o tempo de exposição à luz foi mais efetivo com 40
segundos que com 20 segundos; a redução na espessura do incremento é o meio
mais certo para se conseguir uma polimerização adequada, melhor do que aumentar
o tempo de exposição; as resinas compostas fotopolimerizáveis continuam a reação
de polimerização mesmo após a fonte de luz ter sido removida.
Mandarino (1990) realizou um estudo para analisar o grau de polimerização
de resinas compostas ativadas com luz visível. Utilizou três resinas diferentes, duas
de micropartículas (Durafil e Heliosit), e uma híbrida (Herculite), com duas
tonalidades de cores, uma clara e outra escura. Tamm foram analisados três
aparelhos fotopolimerizadores à luz visível, (Translux, Heliomolat e Primelite), em
tempos de exposição à luz de 20, 40 e 60 segundos. Para esse estudo foram
confeccionados corpos-de-prova em matriz melica cilíndrica de 5 mm de diâmetro
por 10 mm de profundidade que, após polimerizados, foram seccionados ao meio no
31
sentido longitudinal e incluídos em gesso. A determinação da dureza foi feita através
do teste de dureza Vickers a cada milímetro de profundidade, na superfície frontal e
na área interna. Os resultados levaram o autor concluir que ovel de dureza se
apresentou diferente para cada resina, que a cor tem influência no grau de
polimerização das resinas. A maior dureza foi encontrada no primeiro milímetro da
amostra para depois ir diminuindo progressivamente, que o aumento do tempo de
exposição á luz melhora o grau de dureza e que os aparelhos fotopolimerizadores
analisados mostraram capacidade de polimerização sem diferenças significativas.
Usando diferentes resinas compostas, tanto para dentes anteriores como para
posteriores Pilo e Cardash (1992) realizaram um estudo in vitro com a finalidade de
determinar a dureza Knoop superficial e profunda. Confeccionaram corpos-de-prova
com 2 mm de espessura e 5 mm de diâmetro das resinas: Silux Plus, Visio-dispers,
Valux, Visio-sil, P-50 e Visio-molar. Os autores variaram tanto os tempos de
exposição à luz, como os intervalos de tempo de uma leitura para outra. Analisando
os dados obtidos, constataram que a dureza aumentou significativamente nas
primeiras 24 horas após a exposição da resina à luz, tanto na superfície superior
(próximo à fonte de luz) do corpo-de-prova, quanto na superfície inferior (distante da
fonte de luz). Tamm foi observado pelos autores, que o aumento do tempo de
exposição promoveu maior dureza nas duas superfícies da resina, e foi necessário
tempos de exposição maiores do que os indicados pelos fabricantes para polimerizar
as resinas, principalmente para as micropartículas. Os melhores valores de dureza
foram encontrados nas resinas com maior quantidade de carga inorgânica.
Turbino et al. (1992) utilizando apenas dois tempos de exposição à luz, 20 e
40 segundos e fazendo a leitura imediatamente após a polimerização e 24 horas
depois, realizaram um trabalho com o objetivo de verificar a dureza superficial de
resinas compostas, utilizando o teste de dureza Vickers. Confeccionaram corpos-de-
prova em uma matriz de poliacetato medindo 3 mm de largura, 4 mm de
comprimento e 6 mm de profundidade, com resinas de fabricantes diferentes e cores
variadas. Concluíram que as resinas fotoativadas por 40 segundos apresentaram
uma dureza maior do que aquelas fotoativadas com 20 segundos, independente das
cores. Leituras feitas com 24 horas após a polimerização, mostraram melhores
valores de dureza Vickers.
32
Hansen e Asmussen (1993) fizeram um estudo envolvendo a relação de uma
resina composta fotopolimerizável em função de dez aparelhos fotopolimerizadores
diferentes, avaliando também a profundidade de polimerização. Para este estudo foi
utilizada a resina Silux Plus na cor universal e os aparelhos de polimerização
Heliomat, Command II, Translux Cl, 3 Visilux, 2 Luxor e 2 Translux EC. A
profundidade de polimerização foi feita através dos testes de raspagem da resina
fotoativada. Os corpos-de-prova foram confeccionados em matriz de teflon, com 3,6
mm de diâmetro, utilizando um tempo de exposição à luz de 40 segundos,
armazenados e submetidos ao teste de dureza Vickers após 7 dias, tanto na
superfície de topo, quanto na base dos corpos-de-prova. Depois foram
confeccionadas cavidades com 4,5 mm de diâmetro e 8 e 10 mm de profundidade
em dentes molares extraídos e preenchidas com a resina dos corpos-de-prova,
feitas a polimerização com mesmo tempo e em seguida avaliada a profundidade de
polimerização, depois de desprezado o material não polimerizado. Baseado nos
resultados obtidos, os autores concluíram que não existe relação entre profundidade
de polimerização e dureza superficial em função da fonte de luz, pois aparelhos com
baixa intensidade de luz polimerizam a superfície da resina tão bem quanto os
aparelhos considerados de boa intensidade de luz, mas essa superfície externa
pode omitir porções internas.
Bayne, Heymann e Swift Jr. (1994) realizaram um estudo para determinar os
principais fatores relacionados com a polimerização insuficiente das resinas
compostas fotopolimerizadas por luz visível. Os fatores como a técnica de inserção
da resina, a espessura, as cores das resinas, intensidade de luz, técnica de
polimerização, tempo de exposição e manutenção dos aparelhos
fotopolimerizadores foram estudados e observados. Com finalidade de redução na
contração de polimerização foi verificado que incrementos não superiores a 2 mm
mostraram melhor desempenho, e quando o incremento vai ser levado a parte
cervical, deve ter 5 mm de espessura o que facilita a adesão do material ao sistema
adesivo. As resinas de cores escuras dificultam mais a penetração da luz, por isso
deve-se ter atenção na intensidade de luz, no tempo de exposição e na distância da
fonte de luz para a resina. Quanto à manutenção dos aparelhos, os mesmos devem
ser sempre avaliados com radiômetros, e os autores recomendam o uso de tempos
de polimerização superior aos recomendados pelos fabricantes, pois nem sempre os
aparelhos fotopolimerizadores estão em boas condições de uso.
33
Rueggeberg, Caughaman e Curtis Jr. (1994) realizou um estudo com objetivo
de investigar a influência da intensidade de luz e duração de exposição na
polimerização superficial e profunda das resinas composta. De uma simulação de
restauração de forma cilíndrica, foram obtidos os corpos-de-prova com 1, 2 e 3 mm
de espessura de compósito microparticulado e híbrido na cor universal e cinza. Os
espécimes foram polimerizados com várias intensidades de luz por diferentes
durações a cada milímetro do corpo-de-prova. A polimerização foi determinada por
um espectroscópio infravermelho. Analisando os resultados os autores concluíram
que a profundidade da resina tem influência importante na sua polimerização.
Profundidades maiores de 2 mm são muito susceptíveis a mudanças na intensidade
de luz onde os incrementos não devem exceder 2 mm sendo 1 mm o incremento
ideal.
Pereira (1995) desenvolveu uma pesquisa com o intuito de avaliar a
capacidade de polimerização, através de testes de dureza Vickers, de uma única
resina composta fotopolimerizável (Herculite XR na cor L), em função de diferentes
intensidades de luz e profundidade de polimerização. Foram avaliados nesta
pesquisa, 120 aparelhos fotopolimerizadores de luz visível de diferentes marcas
comerciais e tempo de vida útil variáveis. A intensidade de luz dos aparelhos foi
verificada utilizando um radiômetro (Curing Radiometer-Model 100 Demetron Res.
Corp.) que foram distribuídos em 12 grupos com diferentes intensidades (30, 90,
100, 180, 200, 260, 360, 460, 540, 600 e 800 mW/cm
2
). Foram confeccionados 5
corpos-de-prova para cada um dos intervalos de intensidade de luz, sendo utilizado
um aparelho fotopolimerizador de cada grupo de intensidade. Matrizes de teflon
medindo 7 mm de comprimento, 4 mm de diâmetro e 3 mm de profundidade, que se
justapunham por pinos guias, foram preenchidas com a resina selecionada e
expostas à luz visível durante 40 segundos. Os corpos-de-prova foram cobertos com
papel alumínio e armazenados por 24 horas em um recipiente à prova de luz, para
que fossem submetidos ao teste de dureza Vickers. Três impressões foram
realizadas a cada milímetro. O autor chegou à conclusão de que aparelhos que
emitem uma maior intensidade de luz proporcionam uma maior capacidade de
polimerização e, conseqüentemente, maior dureza dos materiais.
Na busca de se encontrar um tempo de exposição à luz, assim como sua
intensidade ideal para a polimerização das resinas compostas, Harrington, Wilson,
Shortall (1996) utilizaram o teste de microdureza Wallace, confeccionaram corpos-
34
de-prova com 2 mm de espessura. Fizeram a leitura da microdureza na superfície
próxima à fonte de luz, na base, lado oposto à fonte de luz, e numa meia distância,
uma hora e 24 horas a polimerização com tempos variados, mas sempre incluindo o
tempo recomendado pelo fabricante. Os resultados mostraram que em todos os
corpos-de-prova a dureza foi maior na superfície mais próxima da fonte de luz, e
maior tamm após 24 horas da polimerização. O tempo de polimerização de 60
segundos mostrou a menor diferença nas durezas superficiais e profundas, 13 % a
menos, até que o recomendado pelo fabricante que mostrou uma diferença em torno
de 19 a 24 %. Mesmo assim, os autores admitem que o mais seguro fosse utilizar o
tempo de polimerização orientado pelo fabricante.
Adabo, Cruz e Zavarotti (1997) realizaram um estudo in vitro com intuito de
verificar a dureza das resinas compostas avaliando diferentes métodos de
polimerização complementar. Foram utilizadas duas resinas compostas (Charisma e
Z100). Os corpos-de-prova foram confeccionados em uma matriz de aço com 5 mm
de diâmetro e 2 mm de profundidade, e estes foram submetidos a três técnicas de
polimerização. Em T1, foi usado o aparelho fotopolimerizador Translux com 60
segundos de exposição à luz, em T2 foi repetida a mesma seqüência da T1, só que
foi usada uma complementação em light-box por 7 minutos, em T3 a
complementação foi feita com estufa para esterilização (calor seco) a 120
0
C por 7
minutos. Os corpos-de-prova foram armazenados em água destilada a 37
0
C por 24
horas e, logo após, foram submetidos ao teste de dureza Vickers. Através dos
resultados obtidos, os autores puderam concluir que a resina Z100 apresentou maior
dureza superficial, quando comparada à resina Charisma. A polimerização
complementar por calor aumentou a dureza das resinas estudadas, não havendo
diferença entre estufa e light-box; após a complementação, a dureza mostrou-se
mais efetiva na resina Charisma do que na Z100, que se apresentou menos
sensível.
Araújo, Araújo e Fernandes (1997) realizaram um estudo com o objetivo de
verificar a intensidade de luz, calor emitido e a influência destes fatores em relação
ao tempo de uso de aparelhos fotopolimerizadores utilizados em consultórios
particulares. Foram utilizados 105 aparelhos fotopolimerizadores, dos quais 60 eram
novos e 45 mais antigos, ambos de modelos diferentes. Na realização do presente
estudo, foi usado um questionário aplicado aos profissionais, um radiômetro e um
calorímetro, da Demetron Research Corp. As medições da intensidade de luz e do
35
calor foram feitas, durante 10 segundos, repetidas 3 vezes. Baseados nos
resultados obtidos, foi notada uma interferência do calor sobre o tempo de uso dos
aparelhos; os aparelhos novos foram considerados adequados por emitir uma
irradiação de calor menor que 50 mW/cm
2
, seguindo a escala do calorímetro. Com
relação à intensidade de luz, houve uma relação favorável entre alta intensidade de
luz e os aparelhos novos, e o tempo de uso dos mesmos foram inversamente
proporcionais à intensidade de luz. Com base nos resultados, os autores concluíram
que os aparelhos novos irradiam uma menor quantidade de calor e apresentam uma
alta intensidade de luz, e que 75% dos aparelhos novos estavam adequados para o
uso, enquanto somente 11,1% dos aparelhos mais antigos apresentavam-se
adequados.
Vargas e Schmit (1998) estudaram a profundidade de polimerização usando
uma resina de micropartículas (Silux Plus) e uma resina híbrida (TPH), comparando
a microdureza nas profundidades de 0 a 4 mm. Neste estudo, foi usado o laser
argônio com tempo de exposição de 10, 20 e 30 segundos comparando a uma fonte
de luz convencional com um tempo de exposição de 40 segundos. Utilizou-se uma
matriz de teflon com 3 mm de largura, 3 mm de comprimento e 3 mm de
profundidade e a dureza medida foi Knoop. Os resultados indicaram que não houve
diferença na dureza superficial para ambas as resinas compostas utilizadas, fontes
de luz testadas e tempo de exposição à luz. Os autores concluíram que as resinas
de micropartículas numa profundidade de 1, 2, 3 e 4 mm tanto para o laser argônio
com 30 segundos, como para a luz visível com 40 segundos foram encontrados
valores de dureza comparável, mas os valores observados foram maiores do que
quando se utilizou o laser argônio a 20 e 10 segundos. Para resina híbrida com 3
mm de profundidade, os mesmos valores de dureza foram encontrados tanto com a
luz visível a 40 segundos como com o laser a 30 e 20 segundos. Com um tempo de
exposição à luz de 10 segundos com o laser argônio, a resina ficou muito macia
para a determinação da dureza.
Pereira (1999) analisou a relação da dureza superficial da resina composta
com vários fatores como: intensidade de luz, cor, tempo de exposição e
profundidade. O objetivo dessa pesquisa era investigar um ponto de estabilização da
dureza em função da variação da intensidade de luz. Para tanto, foram
confeccionados 144 corpos-de-prova com a resina composta Charisma nas cores A1
e C4. Matrizes de teflon contendo uma cavidade com 7 mm de comprimento, 4 mm
36
de largura e 3 mm de profundidade foram preenchidas com a resina selecionada. O
aparelho fotopolimerizador CU-100 R foi conectado ao autotransformador variável
com a finalidade de produzir alterações na emissão da intensidade de luz. Desta
forma, 12 valores de intensidade de luz foram determinados: 300, 350, 400, 425,
450, 475, 500, 525, 550, 600, 650 e 700 mW/cm
2
, os quais foram monitorados pelo
radiômetro Cure Rite. Os tempos de exposição à luz de 40 e 60 segundos foram
utilizados para o processo de fotopolimerização com cada uma das cores da resina
composta e com cada valor de intensidade de luz. Três repetições foram realizadas
para cada condição experimental. As a confeão dos corpos-de-prova, estes
foram cobertos com papel alumínio e armazenados à temperatura de 37±2
0
C em
recipiente à prova de luz, durante 24 horas, até que fosse realizado teste de dureza
Vickers em uma profundidade padronizada de 4 mm. Em seguida, foram calculadas
as médias de dureza em cada milímetro de profundidade do material. Os dados
foram submetidos à análise de variância estabelecida ao nível de significância de
5% (p<0,0001). A partir dos resultados obtidos, pôde ser concluído que a dureza
superficial da resina composta altera-se quando submetida à polimerização com
diferentes intensidades de luz, tempos de exposição, cores e profundidades. Com
relação à intensidade de luz, a dureza foi alterada pela sua variação entre 300
mW/cm
2
e 700 mW/cm
2
, e as intensidades de 475 mW/cm
2
, 500 mW/cm
2
e 550
mW/cm
2
promoveram valores de dureza Vickers estatisticamente iguais, bem como
as intensidades de 600 mW/cm
2
e 650 mW/cm
2
. Com relão ao tempo de
exposição, 60 segundos, promoveu maior dureza do que o tempo de 40 segundos.
Com relação à cor da resina composta, a cor C4 proporcionou resultados superiores
aos da cor A1. Quanto à profundidade do material, os valores de dureza Vickers
apresentaram-se reduzidos com o aumento da profundidade do material de 1 para 4
mm. Não foi possível a determinão de um ponto de estabilização da dureza entre
as intensidades de luz de 300 mW/cm
2
e 700 mW/cm
2
.
Machado (2000) avaliou a capacidade de polimerização de uma única resina
composta a Charisma na cor A3 utilizando teste de dureza Vickers em função de
diferentes aparelhos fotopolimerizadores e profundidades. Foram analisados 3
aparelhos fotopolimerizadores de marcas comerciais diferentes e tempos de
exposição preconizado pelo fabricante de cada aparelho. O radiômetro Curing
Radiometer (Demetron Res. Corp.) foi utilizado para o registro dos valores de
intensidade de luz. O aparelho Curing Light 2500 foi utilizado com 40 s e emitia uma
37
intensidade de luz na faixa de 700 mW/cm
2
a 800 mW/cm
2
. O aparelho Kreativ
Kuring Light foi utilizado com 10 s e emitia uma intensidade de luz na faixa de 800
mW/cm
2
a 1000 mW/cm
2
e o aparelho Apollo 95E foi o único que não seguiu uma
polimerização adequada usando esses tempos. Esse aparelho foi usado com 6 s,
tendo em vista informações obtidas anteriormente no plano piloto. Esse aparelho
emitia uma intensidade de luz maior que 1000 mW/cm
2
. Para cada aparelho foram
confeccionados 5 corpos-de-prova utilizando uma matriz metálica com 4 mm de
diâmetro e 5 mm de altura. As cavidades foram preenchidas com um único
incremento, após o processo de polimerização, as amostras foram envoltas com
papel alumínio e armazenas à temperatura de 37°C ± 2 ° C em um recipiente à
prova de luz, até que fossem submetidos ao teste de dureza. As medidas de dureza
foram realizadas após 24 horas e foram feitas até uma profundidade padronizada de
3 mm, em cada milímetro foram realizadas 6 impressões. O aparelho de dureza
utilizado foi o da marca Wolpert, equipado com diamante Vickers e uma carga de 50
g durante um tempo de 30 segundos. Com base na metodologia empregada pôde-
se concluir que os aparelhos testados apresentaram diferenças significantes de
dureza Vickers, independente da profundidade da resina, o aparelho Curing Light
2500 apresentou maior valor de dureza, o aparelho Apollo 95E, menor valor de
dureza, ficando o Kreativ em uma posição intermediária. À profundidade de 3 mm
apresentou menor valor de dureza enquanto a de 1 mm apresentou maior valor de
dureza. O Apollo 95E o Curing Light 2500 apresentaram valores de dureza
semelhantes entre 1 mm e 2 mm e entre 2 mm e 3 mm, o Kreativ apresentou valores
de dureza distintos nas diferentes profundidades.
Pereira (2000) realizou um estudo com intuito de analisar a relação da dureza
superficial de uma resina composta híbrida com relação a intensidade de luz, a cor,
o tempo de exposição e a profundidade do material, com o propósito de investigar
um ponto de estabilização da dureza em função da variação da intensidade de luz.
Matrizes de poliacetato contendo uma cavidade padronizada foram preenchidas com
a resina composta selecionada (Charisma- Heraeus-Kulzer) nas cores A1 e C4,
totalizando 144 corpos-de-prova. O aparelho fotopolimerizador CU- 100R(K & M
Ltda) foi conectado ao auto transformador variável Auje Ltda, com a finalidade de
produzir 12 valores de intensidade de luz: 300- 700 mW/cm
2
. Os tempos de
exposição de 40 segundos e 60segundos foram utilizados no processo de
fotopolimerização com cada cor do material e cada valor de intensidade de luz. As
38
o período de armazenamento, os corpos-de-prova foram submetidos aos testes de
dureza Vickers a cada milímetro do material, até a profundidade padronizada de 4
mm. De acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que a intensidade de luz
influenciou a dureza superficial da resina composta, pois os maiores valores de
dureza foram obtidos pelas intensidades mais elevadas. Sugerindo, portanto, que os
aparelhos fotopolimerizadores devem apresentar intensidade de luz mínima de 400
mW/cm
2
para serem capazes e promover adequada polimerização de incrementos
de 2 mm de resina composta associada ao tempo de exposição de 40 segundos.
De acordo com o estudo de Santos et al. (2000) avaliaram a eficácia de dois
aparelhos fotopolimerizadores do tipo pistola (de alta intensidade de luz),
comparando com um aparelho a cabo (de baixa intensidade de luz), ambos foram
utilizados com tempo de exposição de 20 e 40 segundos e em profundidade de 1 a 4
mm. Foi utilizado o teste de microdureza Knoop para avaliar o grau de polimerização
da resina. Os resultados mostraram haver diferença significante entre os tempos,
sendo que com 40 segundos a dureza foi maior que 20 segundos para as quatro
diferentes profundidades. Já no teste dos aparelhos, os do tipo pistola se
comportaram superior ao do tipo cabo da Fibralux (Dabi Atlante), e entre eles, o XL
1500 (3M) promoveu dureza maior que o Optilight II (Gnatus) no tempo de
polimerização de 40 segundos. Foi encontrada uma melhor dureza para as menores
profundidades.
Seabra (2000) realizou um trabalho com o objetivo de avaliar a profundidade
de polimerização de resinas condensáveis. As resinas utilizadas foram Alert,
Solitaire, Surefil e a resina Z100, que é uma resina híbrida, foi utilizada como
controle. Uma matriz cilíndrica de teflon branco com 1 cm de espessura por 0,5 cm
de diâmetro foi empregada na obtenção dos corpos-de-prova. Uma lamínula de 0,2
milímetro de espessura foi interposta entre a matriz e a fonte de luz (XL 2500/3M),
com ou sem a faceta de esmalte, de 1,6 milímetro de espessura, seguida de
polimerização por 40 e 80 segundos. Cinco corpos-de-prova foram confeccionados
para cada condição. Imediatamente após a fotoativação, a porção, dos corpos-de-
prova que não sofreu polimerização foi raspada com um instrumento cortante
manual. Um dispositivo especial com adaptação de um instrumento rotatório/ broca
de aço esférica nº 8, sob peso constante de 320, foi utilizado para determinar a
extensão da polimerização. A superfície oposta à fonte de luz foi considerada
polimerizada quando a penetração da broca alcançava resistência semelhante
39
àquela da superfície voltada para a fonte de luz correspondendo a,
aproximadamente, 75 unidades de dureza Barcol. O seguimento entre as duas
superfícies foi medido com um espessímetro, obtendo-se a profundidade de
polimerização para os diferentes materiais. Os resultados mostraram que a
interposição do esmalte e o tempo de exposição à luz interferem na profundidade de
polimerização, podendo afetar o grau de polimerização mínimo estabelecido pelos
fabricantes.
A profundidade das cavidades e o tempo de polimerização têm sua influência
nos materiais restauradores levados à cavidade em um só bloco. Yap (2000)
pesquisou esses efeitos utilizando as resinas Ariston pHc e Surefil. Foram usados
moldes plásticos de 2 a 4 mm de profundidade. O material foi utilizado por 40
segundos através de uma lâmina de vidro, e avaliados pelo teste de dureza Knoop.
As leituras foram repetidas com intervalos de 20 segundos de polimerização até
completar 120 segundos. Nos dois materiais não houve diferença de dureza da
superfície de topo entre os tempos avaliados. Foi observada diminuição da
efetividade da polimerização com o aumento da profundidade da cavidade, ao
contrário do tempo de exposição. A polimerização por 40 segundos foi inadequada
para profundidade de 3 e 4 mm e esta observação repetiu-se mesmo com 120
segundos de exposição, para os dois materiais. Com base nos resultados,
clinicamente, incrementos de 2 mm devem ser usados.
Turbino, Santos e Matson (2000) fizeram um estudo para avaliar o efeito de
duas matrizes de polipropileno utilizadas para confeão dos corpos-de-prova e de
resina composta, para teste de dureza. A avaliação da dureza da resina foi feita
numa profundidade de 3 mm e utilizada a microdureza Knoop. Com a resina Z 100
3M na cor C2, foram confeccionados corpos-de-prova em matrizes de polipropileno
branco e preto. A resina foi inserida e polimerizada em incremento único de 3 mm e
em três incrementos de 1 mm cada, polimerizando com o aparelho fotopolimerizador
XL 1500 (3M) por 40 segundos. Concluíram que a cor da matriz utilizada para a
confeão dos corpos-de-prova exerceu influência na dureza da resina. Os corpos-
de-prova confeccionados com a matriz de cor preta apresentaram valores de dureza
menores que aqueles confeccionados na matriz branca, e a dureza maior, foi
encontrada, nos corpos-de-prova, confeccionados em três incrementos.
40
Cunha et al. (2001) com o objetivo de verificar a influência de quatro métodos
de fotoativação sobre a dureza Knoop de cinco compósitos odontológicos: Z 100,
Solitaire, TPH, Alert e Wave. Confeccionaram corpos-de-prova cilíndricos com 3 mm
de diâmetro por 5 mm de altura que foram preparados em uma matriz bipartida,
fotoativadas por quatro diferentes métodos: luz contínua (520 mW/cm
2
por 40
segundos); dupla intensidade de luz (150 mW/cm
2
por 10 segundos, seguido por 520
mW/cm
2
durante 30 segundos); luz pulsátil (520 mW/cm
2
durante 60 segundos) e
por arco de plasma de Xenônio (2300 mW/cm
2
por 3 segundos). Logo após a
fotopolimerização, foram armazenados por 24 h a 37°C. A mensuração de dureza
Knoop foi feita num microdurômetro Tester FM, com uma carga de 50 g por 30
segundos. Cinco corpos-de-prova foram feitos para cada aparelho e para cada tipo
de compósito. Os resultados indicaram que a dureza na superfície foi maior do que a
dureza nas profundidades de 1,5 mm, 2,5 mm, 4,0 mm e região de fundo,
independente do tipo de compósito e do método de fotoativação. Os métodos de
fotoativação por luz contínua e por dupla intensidade de luz, não diferiram entre si,
porém foram superiores ao método de fotoativação por luz pulsátil e por arco de
plasma de Xenônio, independente da profundidade e do tipo de compósito. O
compósito Z 100 obteve mais alto valor de dureza, seguido pelo compósito Alert,
TPH, Solitaire e Wave.
Medeiros (2001) verificou a viabilidade de um novo dispositivo à base de
LED’s azuis, executando-se uma análise comparativa com o aparelho de
polimerização convencional e o laser de argônio. Executaram-se testes de
microdureza Vickers em espécimes de resina composta de diferentes espessuras,
exposto a diferentes tempos de irradiação. Foi executado o teste de análise térmica,
com resolão temporal, durante o processo de exposição à luz para polimerização
com finalidade de verificar a variação térmica pulpar em terceiros molares recém-
extraídos. Em seguida, determinou-se a variação das propriedades de microdureza
e resistência à tração diametral após armazenagem em alguns agentes químicos
encontrados na cavidade oral. Os resultados mostraram que o dispositivo à base de
LED’s apresentava-se viável para polimerização de compósitos dentais com
algumas vantagens em relão a outras fontes de luz utilizadas para esta finalidade.
Pereira, Porto e Mendes (2001) realizaram um experimento in vitro, com a
finalidade de mensurar a dureza superficial da resina Charisma (Heraeus-Kulzer)
nas cores A1 e C4, com três sistemas polimerizadores, associados a diferentes
41
tempos de exposição à luz. A dureza Vickers foi determinada em quatro
profundidades diferentes, e tempos de polimerização variáveis. Três aparelhos
fotopolimerizadores de marcas diferentes foram utilizados: CU-100R (DMC Ltda),
KM-200R, o sistema de polimerização escalonado, com o tempo de exposição à luz
de 40 e 60 segundos. O Kuring Light, oferece três opções: Normal (intensidade de
luz contínua) Boost (acréscimo de aproximadamente 20% da intensidade da luz) e
Ramp (intensidade gradual e progressiva), com um tempo de exposição à luz de 10
segundos. Os corpos-de-prova foram confeccionados em uma matriz de teflon com
7 mm de profundidade, 4 mm de comprimento e 3 mm de largura. Os resultados
mostraram que a cor C4 mostrou uma dureza superior a cor A1. A profundidade do
material mostrou uma média de dureza Vickers crescente à medida que a espessura
do material aumentou. As durezas foram obtidas com os maiores tempos de
exposição à luz.
Utilizando apenas uma fonte de luz halógena, Alencar Júnior (2002) realizou
um trabalho com objetivo de avaliar a influência da distância de uma fonte de luz
halógena na microdureza superficial da resina composta, considerando as
superfícies de topo e base dos corpos-de-prova que eram confeccionados de matriz
metálica com orifício central de 4 mm de diâmetro por 2 mm de espessura. As
resinas utilizadas eram de partículas pequenas- Z250 e outra de micropartículas
A110, ambas da 3M. O aparelho para ativação da resina composta foi K&M 220- R
com uma intensidade máxima de 720 mW/cm
2
. Para determinar a intensidade de
luz, utilizou-se um radiômetro (Medidor de irradiância 150-CMC, São Carlos-SP). A
resina foi introduzida em incremento único, sobrepondo uma matriz transparente de
poliéster, e um peso de 1 Kg. A fonte de luz foi fixada em uma mesa de maneira que
a saída da ponta de luz ficasse paralela à superfície do corpo-de-prova. Para
provocar o distanciamento da fonte de luz, anéis melicos de latão com espessuras
que variam de 2 mm, 4 mm e 8 mm foram utilizados, os quais eram posicionados e
após removidos para não interferir no dispersamento da luz. . Para cada uma dessas
distâncias, a intensidade de luz foi medida. E a distância de 0 mm (tocando a
superfície), variando a intensidade de 720 mW/cm
2
, 2 mm e uma intensidade de 650
mW/cm
2
, 4 mm e a intensidade de 600 mW/cm
2
e uma intensidade de 400 mW/cm
2
para uma distância de 8 mm. Os corpos-de-prova foram removidos da matriz
metálica e armazenados em recipientes à prova de luz, em temperatura que variam
entre 32 a 37°C. As medidas de dureza foram realizadas após 24 horas da
42
confeão dos corpos-de-prova. Foi utilizado um aparelho microdurômetro (MHT-100
Microhardnes Tester) Anton Paar, Paar Physica, acoplado à um microscópio ótico.As
superfícies foram divididas em três partes e duas endentações foram realizadas para
cada uma delas, com uma carga de 50 N durante 30 segundos. Concluiu-se que a
intensidade de luz aplicada sobre a resina composta influencia na sua dureza
superficial; à medida que a luz é distanciada da resina composta, ocorre uma
diminuição da intensidade de luz detectada pelo radiômetro; os aparelhos K&M- 200,
a uma distância de 8 mm ainda oferece intensidade de luz suficiente para uma
obtenção de dureza aceitável das resinas compostas avaliadas, a um tempo de 40 s
porém as de micropartículas sofrem mais com a diminuição da intensidade de luz.
Rissi e Cabral (2002) realizaram um estudo com a finalidade de discutir as
principais variáveis que podem interferir no processo de polimerização por luz visível
das resinas compostas, visando alertar os cirurgiões-dentistas para a necessidade
de constante controle dessas variáveis, tais como: tamanho dos incrementos,
intensidade de luz, distância da fonte de luz e cor da resina. Para isso, foram
confeccionadas três matrizes de plástico com 8 mm de diâmetro e 2, 4, 6 mm de
espessura que foram preenchidas com a resina composta micro-híbrida TPH
Spectrum, nas cores A2, B3 e C4, e polimerizadas por 20 segundos. Durante o
processo de polimerização a intensidade de luz emitida foi aferida através de um
radiômetro com a fonte de luz nas distâncias 2, 4 e 6 mm do ¨alvo¨. Com base nos
resultados obtidos, os autores concluíram que a fotopolimerizão ideal é essencial
para se obter os melhores desempenhos das propriedades das resinas compostas,
não existindo um valor mínimo de intensidade de energia luminosa para
desencadear o processo de fotopolimerização. Concluíram ainda que vários fatores
interfiram nesse processo, sejam eles referentes ao material (composição e
espessura), ao operador (distância da fonte de luz e orientação do feixe de luz) e ao
aparelho fotopolimerizador (espectro de emissão de luz, intensidade de luz e tempo
de exposição).
Baldi et al. (2003) fizeram um trabalho para comparar a efetividade de dois
sistemas de fotopolimerização diferentes, sobre a microdureza de uma resina
composta microhíbrida Charisma (Haraeus Kulzer) na cor A2. Os aparelhos
utilizados foram um à base de luz halógena (Curing light 2500/ 3M-ESPE) e o
aparelho à base de LED utilizado foi o Elipar Free Light/3m-ESPE. Para cada
unidade fotopolimerizadora foram confeccionados cinco corpos-de-prova com uma
43
resina composta, medindo 5 mm de diâmetro e 2 mm de profundidade em uma
matriz metálica circular. Os corpos-de-prova foram polimerizados por 40 segundos e
logo após a polimerização foram armazenados por 24 horas em recipiente escuro à
temperatura ambiente. As este tempo de armazenamento, os corpos-de-prova
foram divididos em quatro quadrantes com o auxílio de uma lâmina de bisturi n° 15,
totalizando oito impressões para cada corpo-de-prova, resultando em 80
impressões, e em seguida verificadas pelo teste de dureza Vickers. Os resultados
mostraram a semelhança entre os resultados de microdureza quando
fotopolimerizada com luz halógena e LED.
Blazzio et al. (2003) com o intuito de descobrir os fotopolimerizadores,
realizou uma pesquisa avaliando a intensidade de luz emitida dos aparelhos
radiômetro, que expressa em micro-watt por centímetro quadrado tal intensidade.
Para isso, foram medidos 100 aparelhos, utilizados no meio acadêmico, em clínicas
particulares, em entidades de classe e em grandes centros clínicos, onde foram
observados resultados alarmantes na alteração em relão a intensidade de luz, em
função da variação de distância entre fotopolimerizador e o radiômetro e que a
polimerização é um fator negligenciado pelos profissionais que preocupam-se mais
com a aquisição de materiais de última geração esquecendo de averiguar a
efetividade das unidades fotopolimerizadoras.
Cotrina et al. (2003) fizeram um estudo com o objetivo de comparar o efeito
de três aparelhos fotopolimerizadores sobre a microdureza Vickers da resina
composta Filtek Z 250/ 3M, na cor B0.5. Os aparelhos testados foram: Curing Light
2500/3M (775 mW/cm
2
), LED Elipar Free Light 2/ 3M (609 mW/cm
2
) e Ultralume
LED2 / Ultradent (818 mW/cm
2
). Para a confeão dos corpos-de-prova, foram
utilizadas matrizes metálicas contendo uma cavidade interna com 2 mm de
espessura e 5 mm de diâmetro. Cinco corpos-de-prova foram confeccionados para
cada grupo avaliados, e polimerizados por 40 segundos cada um. O microdurômetro
utilizado MMT-3 (Buehler) foi utilizado com carga de 50 g durante 30 segundos,
realizando-se 4 impressões nas superfícies de topo e base de cada corpo-de-prova.
Os resultados mostraram que o aparelho Curing Light e o Ultralume mostraram
diferenças significantes, quando comparado o valor obtido na superfície de topo com
o valor na superfície de base (p<0,05). Quando comparados os valores de
microdureza da superfície de topo entre aparelhos, houve diferença estatisticamente
significante do Curing Light com o Elipar Free-Light e o Ultralume e para a superfície
44
de base entre Curing Light e o Elipar Free-Light, comparando com o Ultralume
(p<0,05). Concluiu-se que o aparelho de luz halógena proporcionou maiores valores
de microdureza na superfície de topo, quando comparado com os aparelhos à base
de LEDs. Para a superfície de base, o aparelho Ultralume LED, proporcionou os
menores resultados.
Faria (2003) realizou um estudo avaliando a microdureza superficial e
profunda de 3 resinas compostas a FillMagic, Esthet X e a Z250, utilizando um único
aparelho fotopolimerizador o Ultralux . Foram utilizados 3 tempos de polimerização,
o preconizado pelo fabricante de cada resina e dois outros tempos, sendo 50%
maior do que o tempo de exposição preconizado pelo fabricante e 50% menor. Na
confeão dos corpos-de-prova, usou-se duas matrizes de teflon composta de uma
cavidade com 3 mm de diâmetro por 2 mm de profundidade, e com 3 mm de
diâmetro por 3 mm de profundidade. Foram confeccionados 90 corpos-de-prova,
sendo 30 para cada resina, 15 com espessura de 2 mm e 15 com espessura de 3
mm. Cada grupo de 15 corpos-de-prova foi subdividido em 3 grupos de 5 e
polimerizados com os tempos de exposição diferentes, pré-estabelecidos. As
polimerizados, foram envoltos em papel alumínio e armazenados em recipiente
escuro, para evitar exposão à luz, e posteriormente, foram armazenados por 24
horas em estufa a 37% por 2
0
C. Logo após, foram levados ao aparelho de dureza. O
aparelho utilizado foi o Shimadzu Micro Hardness Testers, equipado com diamante
Vickers e carga de 300 gramas durante um tempo de 15 segundos. Foram obtidas 3
leituras na superfície de topo e 3 na base de cada corpos-de-prova, num total de 6
leituras para cada corpos-de-prova, obtendo-se, através da média aritmética, a
dureza de cada superfície. Baseado nos resultados obtidos, o autor chegou à
conclusão de que o tempo de exposição preconizado pelo fabricante de todas as
resinas testadas, não é o que apresenta o melhor valor de dureza; o aumento do
tempo de exposição melhora a dureza das resinas e uma diminuição no tempo reduz
a dureza, sendo que a Esthet X e a Z250 não apresentaram diferença estatística; a
dureza superficial de todas as resinas se mostrou maior do que a dureza profunda, e
o tamanho do incremento interferiu na dureza das resinas, obtendo-se melhores
resultados com 2 mm de espessura.
Leite et al. (2003) fizeram um estudo com o objetivo de analisar a microdureza
de uma resina composta quando fotopolimerizada por dois aparelhos à base de LED
utilizando uma única resina composta híbrida Charisma (Haraeus- Kulzer) na cor A2.
45
Os LED utilizados foram: Elipar-FreeLight (3M-ESPE) e UltraLumeä LED 2
(Ultradent). Os autores confeccionaram cinco corpos-de-prova para cada aparelho
testado utilizando uma matriz metálica circular, fotopolimerizados por 40 segundos e
armazenados por 24 horas em recipiente escuro à temperatura ambiente. Depois
foram submetidos ao teste de dureza Vickers em um microdurômetro MMT (Buhler),
na superfície de topo e base. Os autores concluíram que os resultados de
microdureza Vickers foram semelhantes e que os aparelhos de luz avaliados
promoveram adequada polimerização para ambas as superfícies da resina
composta.
Machado (2003) avaliou o desempenho de aparelhos fotopolimerizadores
utilizando teste de dureza Vickers variando tempo de exposição e profundidade de
polimerização. Foram utilizados três tipos de aparelhos fotopolimerizadores, um de
luz visível (Curing Light XL 3000) e dois à base de LED´s (UltraLed Dabi Atlante e
o 3M ESPE Elipar
®
Free Light) e uma resina composta Charisma
®
(Kulzer) na cor
A30. Foram confeccionados cinco corpos-de-prova para todos os aparelhos com
tempos de exposição de 40 segundos e com tempo de exposição de 20 segundos
apenas para o aparelho Curing Light XL 3000 e 3M ESPE Elipar
®
Free Light. Todos
os corpos-de-prova foram confeccionados em uma matriz metálica cilíndrica
contendo uma cavidade com 4 mm de diâmetro e 5 mm de altura, preenchidas com
incremento único de resina e polimerizada com os tempos estabelecidos. As
amostras foram envoltas em papel alumínio e armazenadas por 24 horas à
temperatura de 37°± 2 °C em um recipiente à prova de luz e logo após, submetidas
ao teste de dureza. O aparelho utilizado foi o Shimadzu Micro Hardness Tester®
(HMV-2 series Shimadzu Corporation Kyoto Japan), equipado com diamante Vickers
e carga de 300 g durante um tempo de 15 segundos. Foram realizadas seis
impressões por milímetro três a cada lado, sendo uma central e duas laterais, até
uma profundidade padronizada de 3 mm. Com base na metodologia empregada
pôde-se concluir que: O Curing Light XL 3000/3M apresentou melhor desempenho
clínico com 40 segundos de exposição; Os aparelhos Curing Light XL 3000/3M e 3M
ESPE Elipar
®
Free Light, não apresentaram diferença significativa no grau de
polimerização para as profundidades de 1,2 e 3 mm com 20 segundos de exposição.
O tempo de exposição à luz de 40 segundos apresentou melhor resultado do que 20
segundos de exposição. Com relão à profundidade, para todos os aparelhos e
tempos de exposição testados, a de 3 mm apresentou menor valor de dureza,
46
enquanto a profundidade de 1 mm apresentou maior valor, ficando a de 2 mm em
posição intermediária a essas médias de dureza.
Aguiar (2004) realizou um estudo analisando muitos fatores que podem
interferir na quantidade de energia luminosa que um incremento de compósito
recebe, entre eles, a distância entre a ponta do aparelho de fotoativação e a
superfície do compósito, a intensidade do aparelho de fotoativação, a especificidade
de luz emitida pelo aparelho de fotoativação, o tempo de fotoativação, cor,
opacidade e espessura do compósito. Assim, o objetivo do seu estudo foi avaliar as
influências: da cor do compósito na dureza superficial de topo e fundo, em simulão
clínica na qual a ponta do aparelho de fotoativação estava distante 2, 4 e 8 mm da
superfície de topo do compósito; do modo e do tempo de polimerização na dureza
superficial de topo e fundo, em simulação clínica na qual a ponta do aparelho de
fotoativação estava distante 8 mm da superfície de topo do compósito; da espessura
do compósito na dureza superficial de topo e fundo, em simulação clínica na qual a
ponta do aparelho de fotoativação estava distante 2, 4, 6 e 8 mm da superfície de
topo do compósito; da espessura do compósito e do modo de polimerização na
dureza superficial de topo e fundo, em simulação clínica na qual a ponta do aparelho
de fotoativação estava distante 8 mm da superfície de topo do compósito. A resina
utilizada foi a Z 250 (3M ESPE), foram preparados 45 anéis de teflon cilíndricos de 4
mm de diâmetro interno e 2 mm de profundidade. As matrizes foram preenchidas em
incremento único com as resinas A1; A3,5 e C2, com aparelho de pulso contínuo
550 mW/cm
2
(XL 3000 3M Espe) e polimerizadas nas distâncias estabelecidas de
2, 4 e 8 mm por 20 segundos. As matrizes foram armazenadas isentas de luz com
uma temperatura de 37°C 95% ± 5 de umidade relativa por 24 horas. Depois foram
lavadas e feita a mensuração do teste de dureza Knoop (FM - Future Tech Corp.,
Japan) com um peso de 25 g por 10 segundos. Cinco impressões foram feitas
aproximadamente no centro das amostras. Com base nos resultados obtidos e sob
as condições experimentais deste estudo, pôde-se concluir que: a dureza da
superfície de topo foi pouco afetada pelos fatores estudados, não sendo um
parâmetro adequado para mostrar a eficácia de polimerização do compósito,
entretanto a dureza da superfície de fundo foi consideravelmente afetada pelos
fatores analisados; a distância entre a ponta do aparelho de fotoativão e a
superfície do compósito foi um fator relevante, pois quanto maior esta distância,
menor foi a dureza da superfície de fundo do compósito; o compósito teve a
47
capacidade de reduzir a penetração da energia luminosa, e conseqüentemente
reduzir significativamente a dureza da superfície de fundo, independentemente dos
fatores estudados; quando a distância entre a ponta do aparelho de fotoativação e a
superfície do compósito for superior a 4 mm, deve-se triplicar o tempo de
polimerização; utilizar cores claras, desde que não haja comprometimento de
estética e fontes de luz eficientes, comprovada por estudos científicos com
credibilidade; quando a distância entre a ponta do aparelho de fotoativação e a
superfície do compósito for igual ou superior a 2 mm, deve-se utilizar incrementos de
até 1 mm de espessura, e, se a distância for igual ou superior a 8 mm, a espessura
do incremento deve ser de 0,5mm.
Com o objetivo de avaliar a influência de várias temperaturas sobre os valores
de microdureza de uma resina composta fotoativada com luz halógena e LED´s,
Caceres Benitez (2004) avaliou a influência de várias temperaturas sobre os valores
de microdureza de topo e base de uma única resina composta Z100 (3M), na cor A2,
variando dois tipos de fonte de luz (LED e halógena). Com o auxílio de uma matriz
metálica, sendo confeccionados 3 corpos-de-prova de 2 mm de espessura e 9,8 mm
de diâmetro para cada temperatura, sendo polimerizados (60 segundos) para os
LED (MM Optic, com potência de 217 mW/cm
2
e comprimento de onda de 470-480
nm) ou (40 segundos) para lâmpada halógena (tipo pistola da empresa Gnatus,
intensidade de luz 500 mW/cm
2
e mesmo comprimento de onda. As a
polimerização, as amostras foram armazenadas à seco em estufa a 37
o
C. As 24
horas as amostras foram submetidas ao teste de dureza Vickers no topo e na base.
De acordo com os resultados, o autor concluiu que a elevação da temperatura,
aumentou o valor da dureza Vickers com relação linear positiva e com ambos
aparelhos; o valor da dureza de topo foi sempre superior à dureza de base
independentemente da fonte de luz ou temperatura empregadas; o aparelho de luz
halógena só se mostrou superior à fonte de LED na região de base dos corpos-de-
prova.
Em um estudo desenvolvido por Rastelli (2004) para avaliar a capacidade de
polimerização de uma fonte de luz halógena e um dispositivo LEDs utilizado na
técnica de ativação trans-dental, foram confeccionadas amostras em uma matriz
metálica circular contendo um orifício central com 4 mm de diâmetro e 2 mm de
profundidade (utilizou a resina composta microhíbrida Filtek Z-250 (3M/ESPE), na
cor A2. Cinco amostras foram confeccionadas para cada situação diferente,
48
distribuídas em grupos da seguinte maneira: GRUPO I- aparelho Curing Light e
dispositivo LEDs utilizados pelos tempos de exposição de 40 e 60 segundos, para as
espessuras de 0 (grupo controle); 1 mm; 2 mm e 3mm de faceta de estrutura dental,
nas mesmas condições de operação armazenados em meio seco por 24 horas,
avaliados pelo teste de dureza Vickers, GRUPO II- aparelho Curing Light e
dispositivo LEDs utilizados pelos tempos de exposição de 40 e 60 segundos, para as
espessuras de 0 (grupo controle); 1 mm ; 2 mm e 3 mm de faceta de estrutura dental
nas condições originais de operação armazenados em meio seco por 24 horas e 30
dias, água destilada, saliva artificial e ácido acético a 10% por 30 dias, avaliados
pelo teste de dureza Vickers e GRUPO III- aparelho Curing Light e dispositivo LEDs
utilizados pelo tempo de exposição de 40 e 60 segundos, para as espessuras de 0
(grupo controle); 1,0 mm; 2,0 mm e 3,0 mm de faceta de estrutura dental
armazenados em rodamina G6 durante 24 horas sendo avaliados pelo teste de
espectroscopia de fluorescência. Baseado nos resultados encontrados pôde concluir
que: a fonte de luz halógena testada proporcionou maior profundidade de
polimerização pelas técnicas de ativação trans-dental; o dispositivo LEDs promoveu
maior profundidade de polimerização pela técnica trans-dental, independente da
fonte de luz utilizada devemos aumentar o tempo de exposição para 60 segundos e
reduzir a espessura do incremento, especialmente quando interpomos facetas de
estrutura dental com 2 mm ou 3 mm de espessura; a água destilada, promoveu a
maior degradação da resina composta fotoativada pela técnica trans-dental,
independente do fator analisado e o teste de difusão de corante através da resina
composta demonstra-se eficiente na avaliação da profundidade de polimerização e
demonstrou ser diretamente influenciado pelos fatores avaliados nesse trabalho
(fonte de luz, tempo de exposição, superfície da resina composta e espessura das
facetas de estrutura dental.
Machado (2005) realizou um estudo in vitro com intuito de avaliar a influência
dos fotoativadores com lâmpada halógena e Led na microdureza de um compósito,
e verificar a profundidade de polimerização em função do tipo de unidade de luz. As
amostras foram preparadas usando um compósito microhíbrido (Charisma/ Kulzer)
em matrizes cilíndricas metálicas com 4 mm de diâmetro e 5 mm de profundidade.
Os valores de dureza foram mensurados em três profundidades (1, 2 e 3 mm). Três
unidades de luz foram usadas: dois LED´s, o RADII (1400 mW/cm
2
, SDI) e o Tree
Light (130 mW/cm
2
, Clean Line) e uma de luz halógena Ultralux (400 mW/cm
2
, Dabi
49
Atlante). Para as três unidades de luz, cinco amostras foram fotoativadas por 40
segundos. As amostras foram armazenas em recipiente isento de luz, por 24 horas.
O teste de dureza Vickers foi realizado usando uma carga de 300 g por 15 segundos
(HMV- 2 Series Shimadzu Corporation). Seis impressões foram feias para cada
profundidade. Com base nos resultados foi observado que independente da
profundidade, a unidade de luz Led RADII, apresentou valores de dureza
estatisticamente superiores aos outros dois aparelhos. Na comparação entre
profundidade, a dureza em superfície e em 2 mm se mostrou estatisticamente
superior à exibida em 3 mm, para todas as unidades de luz. Entretanto os valores
exibidos em 3 mm pelo aparelho RADII se mostraram compatíveis com a dureza
exibida em superfície pelos aparelhos Ultralux e Tree Light. Concluiu-se que os
valores de dureza foram dependentes da potência emitida, independente do tipo da
fonte de luz. O Led de alta potência exibiu altos valores de dureza se mostrando
efetivo na fotoativação dos compósitos odontológicos.
Cefaly et al. (2005) avaliaram a microdureza de materiais resinosos
polimerizados com unidades de fotoativação LED e halógena. Vinte espécimes
cilíndricos (3 mm de diâmetro e 2 mm de altura) foram preparados para cada
material testado (Z100, Definite e Dyract), na cor A2 para todos os aparelhos. Os
espécimes foram fotoativados na face superior (topo), utilizando duas unidades de
fotoativação UltraLed, com 130 mW/cm
2
e Curing Light 2500, com 760 mW/cm
2
nos
tempos de 40 e 60 segundos. As medidas de dureza foram realizadas nas
superfícies do topo e da base de cada espécime. A microdureza Vickers foi realizada
usando o aparelho (Carl Zeiss, Jena, GmbH, Alemanha), três leituras foram
realizadas em cada superfície. Com base nos resultados não houve diferença
significante na dureza na face superior entre as unidades Led e halógena para o
compósito Z100 e o Dyract. Por outro lado, a dureza foi menor quando a Definite foi
polimerizada com o Led do que com a unidade halógena. Na base, a dureza de
todos os materiais foi menor com o Led do que com a unidade halógena. O
compósito Z100 apresentou maior dureza que o Dyract e que a Definite
independentemente da unidade de fotoativação. Não houve diferença significante na
dureza entre os dois tempos de fotoativação para a face superior. Na base, a dureza
foi maior quando os materiais foram polimerizados por 60 segundos. O Led não foi
capaz de produzir a mesma dureza que a unidade halógena nos materiais resinosos
testados.
50
3 PROPOSIÇÃO
De acordo com informações encontradas na literatura relacionadas às resinas
compostas polimerizáveis pelo sistema de luz visível, o propósito deste estudo ¨in
vitro¨ foi avaliar a microdureza Vickers de um compósito microhíbrido em função:
3.1 Do tipo de unidades fotoativadoras;
3.2 Do tempo de exposição;
51
4 MATERIAL E MÉTODOS:
4.1 Material e instrumental:
-Placa de vidro grossa;
-Tira matriz de poliéster (Probem);
-Resina composta (Charisma/Kulzer) Lote: 010076
-Espátula de inserção (Thompson Dental
®
, Manufacturing Co. Inc.);
-Lamínula de microscopia;
4.2 Unidades fotoativadoras
4.2.1 Ultralux Dabi-Atlante (Figura 1)
4.2.2 RADII SDI (Figura 2)
4.2.3 Opitilight 3 CL Gnatus (Figura 3)
4.3 Aferição dos valores de intensidade de luz das Unidades fotoativadoras
4.3.1 Radiômetro digital (Hilux Ledmax Curing Light Meter, Dental Bolio, Turkey-
SDI) ordem 950-750 e serial 4063022.
4.4 Confeão dos corpos-de-prova
4.4.1 Matriz teflon;
4.5 Obtenção das medidas de dureza
52
4.5.1 Shimadzu Micro Hardness Testers (HMV-2 Series).
4.6 Planejamento Experimental
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