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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR
JOSÉ WAGNER VASCONCELOS ALVES
EVOLUI – UMA METODOLOGIA PARA AUXILIAR A CRIAÇÃO DE
ONTOLOGIAS
FORTALEZA
2003
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ii
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR
JOSÉ WAGNER VASCONCELOS ALVES
EVOLUI – UMA METODOLOGIA PARA AUXILIAR A CRIAÇÃO DE
ONTOLOGIAS
Dissertação apresentada ao Curso de
Mestrado em Informática Aplicada da
Universidade de Fortaleza como
requisito parcial para obtenção do
Título de Mestre em Informática
Aplicada.
Orientador : Prof. Dr. Pedro Porfírio Farias
FORTALEZA
2003
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iii
EVOLUI – UMA METODOLOGIA PARA AUXILIAR A CRIAÇÃO DE
ONTOLOGIAS
Banca Examinadora :
Prof. Orientador Dr. Pedro Porfírio Farias
Prof. Docteur João José Vasco Furtado
Profa. Dra. Káthia Marçal de Oliveira
iv
ALVES, JOSÉ. EVOLUI – UMA METODOLOGIA PARA AUXILIAR A CRIAÇÃO DE
ONTOLOGIAS. Unifor, Dissertação (Mestrado em Informática Aplicada), 2003.
Resumo :
A Web Semântica tenciona proporcionar um ambiente no qual o conteúdo da web passará a
ser acessado mais facilmente por agentes. Para isto as ontologias terão um papel importante
para dar um caráter semântico a estas páginas. O processo manual de construção de ontologias
é tedioso e tipicamente uma atividade de modelagem. Métodos semi-automáticos são uma
alternativa viável para auxiliar a construção destas ontologias, na medida que tornam mais
rápidos e menos tediosos esta tarefa. Neste trabalho é proposto uma metodologia que a partir
da análise de textos (páginas web) e mapeamenteo entre predicados da linguagem natural e
axiomas da linguagem OWL, sugere palavras candidatas a conceito, relações taxonômicas e
não-taxonômicas para auxiliar a montagem de uma ontologia.
Palavras Chaves :
Ontologia
Engenharia do Conhecimento
Web Semântica
v
“Concerning words, also, it is further to be considered :
First, that they being immediately the signs of men’s idea;
Secondly, that though the proper and immediate signification of words are ideas.”
(John Locke, 1690,Of Words)
vi
AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente a Deus por mais um degrau galgado na minha formação
profissional.
A minha esposa Dijé e meu filho Davi, pela compreensão que tiveram nos momentos
que deixei de acompanhá-los ou de compartilhar horas de diversão ou alegria .
A minha família que tão bem compreendeu minhas ausências por conta deste trabalho.
A meu orientador Porfírio, pela paciência, pelo estímulo e pelas dicas que recebi
durante todo o processo desta dissertação.
vii
ABSTRACT
A Web Semântica tenciona proporcionar um ambiente no qual o conteúdo da web
passará a ser acessado mais facilmente por agentes. Para isto as ontologias terão um papel
importante para dar um caráter semântico a estas páginas. O processo manual de construção
de ontologias é tedioso e tipicamente uma atividade de modelagem. Métodos semi-
automáticos são uma alternativa viável para auxiliar a construção destas ontologias, na
medida que tornam mais rápidos e menos tediosos esta tarefa. Neste trabalho é proposto uma
metodologia que a partir da análise de textos (páginas web) e mapeamenteo entre predicados
da linguagem natural e axiomas da linguagem OWL, sugere palavras candidatas a conceito,
relações taxonômicas e não-taxonômicas para auxiliar a montagem de uma ontologia.
viii
ABSTRACT
Semantic Web wishes to provide an environment where Web content will be accessed
easily by agents. For this, ontologies will have a critical mission, that is, to give a semantic
face to Web. Manual process to build ontologies consumes time because it is a modelling
task. Semi-automatic methods are a viable aproach to help someone to construct those
ontologies, because they make the process to construct ontologies less tedious and more fast.
This work proposes a metodology to help ones to construct ontologies in semi-automatic
manner, suggesting concept candidates words, taxonomic and non-taxonomic relations and
axioms from texts (web pages), mapping predicates expressed in natural language to axioms
expressed in OWL.
ix
SUMÁRIO
Capítulo 1 – Introdução 1
1.1 Motivação ................................................................................................. 1
1.2 Descrição do Problema ........................................................................... 2
1.3 Descrição da Solução Proposta ................................................................ 2
1.4 Objetivo da Dissertação ............................................................................ 4
1.5 Organização da dissertação ....................................................................... 5
Capítulo 2 - Ontologias 6
2.1 Conceituação ............................................................................................ 6
2.2 Princípios para Construção de Ontologias ................................................ 7
2.3 Elementos que Compõem uma Ontologia ................................................ 9
2.4 Tipos de Ontologias .................................................................................. 10
2.5 Usos de Ontologias ................................................................................... 12
2.6 Relação entre Tesauro, Base de Conhecimento e Ontologia .................... 13
2.7 Principais Tesauros e Ontologias Conhecidas .......................................... 15
2.8 Metodologias de Construção e Métricas de Avaliação de Ontologias ..... 16
2.9 Principais Formalismos para Representar Ontologias ............................. 26
Capítulo 3 - Técnicas Semi-Automáticas e Automáticas de
Aquisição de Conceitos a partir da Linguagem Natural Escrita
47
3.1 Técnicas de Processamento Natural da Linguagem ................................. 47
3.2 Técnicas de Recuperação e Extração de Informação ............................... 48
3.3 Casamento de Padrões Léxicos e Sintáticos ............................................ 52
3.4 Técnicas de "Datamining" e "Text Datamining" ..................................... 54
3.5 Abordagens Interativas ............................................................................ 56
3.6 Abordagens Integradas ............................................................................ 57
3.7 Comparação entre as Técnicas Semi-Automáticas e Automáticas de
Aquisição de Conceitos a partir da Linguagem Natural Escrita .......
57
x
Capítulo 4 - Método de Criação de Ontologias Evolutivo (EVOLUI) 60
4.1 Descrição da Metodologia ........................................................................ 60
4.2 Descrição das Fases da Metodologia EVOLUI ........................................ 63
4.3 Comparação com Trabalhos correlatos .................................................... 74
Capítulo 5 - Aplicação do Método de Criação de Ontologias
Evolutivo (EVOLUI)
75
5.1 Planejamento da Ontologia ....................................................................... 75
5.2 Definição dos predicados dos axiomas ..................................................... 76
5.3 Aquisição das palavras candidatas a conceito .......................................... 76
5.4 Aquisição dos axiomas ............................................................................. 80
5.5 Geração e avaliação da ontologia ............................................................. 83
Capítulo 6 - Conclusão e Perspectivas Futuras
86
Referências Bibliográficas
90
Anexos
98
Anexo I - Exemplos das Linguagens SHOE, XOL, RDF-Schema, OIL e
DAML+OIL ................................. ............................................................
99
Anexo II - Linguagem OWL em EBNF ................................................... 104
Anexo III - Exemplo de Planejamento de Ontologia ................................ 106
Anexo IV - Predicados dos Axiomas utilizados ....................................... 108
Anexo V - Lista de Palavras Candidatas a Conceito ................................ 109
Anexo VI - Ontologia ............................................................................... 110
Anexo VII - Sites Extraídos no Domínio Cardiologia............................... 112
Anexo VIII - Palavras Removidas ............................................................ 115
Anexo IX - Axiomas Encontrados ........................................................... 120
Anexo X - Ontologia Referência no Domínio Cardiologia (Oliveira,
1999) .........................................................................................................
122
1
Capítulo 1
Introdução
1.1 Motivação.
Segundo DECKER (2001), a Internet foi projetada para o processamento da informação
(e conhecimento) diretamente pelo homem, mas a próxima geração, que TIM BERNERS-
LEE (1999) chama de “Semantic Web”, possuirá serviços e características inteligentes que
permitirão aos computadores processarem a informação e o conhecimento embutidos nas
páginas ou em outros depósitos de dados. LEE (2001 b) propõe que a arquitetura da
"Semantic Web" tenha três níveis ou camadas : metadados, semântico (ou esquema) e lógico.
Segundo esses autores, as ontologias representam um papel fundamental para a
construção da Web Semântica, pois irá compor o nível semântico.
STAAB e outros (2001) expressam que a construção de ontologias manualmente é um
processo extremamente trabalhoso e tedioso. O processo de construção de ontologias é
tipicamente um trabalho de modelagem.
De acordo com TOKUNAGA e outros (1977), vários autores propuseram a construção
semi-automática de dicionários a partir de textos. A maioria destes trabalhos usa tesauros
1
1
Vocabulário controlado e dinâmico de palavras usadas para representar conceitos, que relacionadas semântica
e genericamente cobre de forma extensiva um ramo específico de conhecimento (Dicionário Aurélio).
2
para a seleção e relacionamentos de palavras candidatas a conceitos
2
e alguns poucos usam
algoritmos de “data mining”. Possuindo versões em diversos idiomas, o tesauro Wordnet
(MILLER, 1995) é bastante utilizado para este intento.
Em idiomas em que o Wordnet não existe, como é o caso da língua portuguesa, ou
existam poucos tesauros, o trabalho de seleção e relacionamento entre as palavras candidatas
a conceitos torna-se ainda mais difícil. Outra desvantagem da construção semi-automática de
ontologias usando o Wordnet é que o mesmo é de propósito genérico, tornando difícil a
montagem de ontologias em domínio muito técnico, por exemplo, um domínio que trata do
estudo avançado de química orgânica.
1.2 Descrição do Problema.
Tomando como motivação a dificuldade do processo manual da construção de
ontologias e o cenário da Web Semântica :
a) como auxiliar o processo de construção de ontologias, de forma semi-automática, a
partir de textos extraídos de páginas web ?
b) como representar a ontologia sugerida para possível uso na Web Semântica ?
1.3 Descrição da Solução Proposta.
Para a solução do problema, do item 1.2, é proposta a metodologia EVOLUI, semi-
automática, interativa, para auxiliar a construção de ontologias, a partir de textos extraídos de
páginas web.
2
Palavras que serão usadas para representar conceitos.
3
Também é desenvolvida a técnica FLEX baseada na técnica de "casamento de padrões"
(POTTER, 2003). FLEX auxilia a identificação das relações entre palavras candidatas a
conceitos.
Para representar a ontologia para um possível uso na Web Semântica, foi escolhida a
linguagem OWL ("Ontology Web Language"), linguagem recentemente definida pelo
organismo W3C ("World Wide Web Consortium").
Essa metodologia propõe as seguintes contribuições ao processo de criação de
ontologias de forma semi-automática :
a) auxílio à confecção de ontologias interativamente, através de processo cíclico e
evolutivo, em que o conhecimento inicial para a confecção da ontologia parte
de expressões de consultas realizadas à web, montadas pelo usuário, para
extrair páginas relacionadas ao domínio da ontologia, podendo repetir esta
etapa inúmeras vezes, a fim de capturar mais conhecimento para a ontologia;
b) extração de palavras candidatas a conceitos combinando a frequência relativa e
a presença de predicados de relações (predicado é uma palavra ou expressão
que une duas palavras candidatas a conceito);
c) auxílio à extração de relações taxonômicas e não-taxonômicas , usando FLEX,
técnica de "casamento de padrões" (POTTER, 2003) ;
1.4 Objetivo da Dissertação.
O objetivo principal deste trabalho é criar uma metodologia interativa que auxilie e
automatize parte do trabalho de criação de ontologias, com as seguintes características :
4
a) faça uso de ferramenta automatizada;
b) no início do processo, a ferramenta automatizada receba expressões de consultas
similares aos dos sites de busca (altavista, google e outros); o resultado dessas consultas
resultará em uma lista de endereços de páginas da web, cujo conteúdo será extraído e
depois, através da análise lexográfica (WIVES, 1999), sugerir palavras candidatas a
conceito;
c) não aplique análise sintática nos textos (páginas web);
d) não use tesauros ou ontologias para auxiliar a identificação ou escolha de conceitos;
e) use a web para adquirir as fontes de extração de conhecimento ;
f) extraia conceitos, combinando a freqüência e existência de predicados definidos pelo
usuário;
g) sugira relações taxonômicas e não-taxonômicas;
h) sugira axiomas OWL
3
a partir das relações extraídas;
i) a qualidade da ontologia seja avaliada e o resultado utilizado para aperfeiçoar a
ontologia ;
j) a ontologia gerada deve estar pronta para ser usada na Web Semântica, ou seja,
codificada em linguagem compatível com a Web Semântica ;
1.5 Organização da Dissertação.
Este trabalho está dividido em sete capítulos :
O primeiro é a introdução.
3
Um axioma OWL pode ser um conceito primitivo, como o conceito "pessoa", ou uma descrição conceitual,
nomeada ou não como, por exemplo, "mulher é uma pessoa de sexo feminino" ou "mulher que caiu no chão".
5
O segundo conceitua ontologia, mostra os usos desta, faz um comparativo entre
metodologias de construção de ontologias e termina com o comparativo dos principais
formalismos usados para representar ontologias na Web : RDF-Schema, SHOE, XOL, OIL,
DAML+OIL e a recente OWL.
No terceiro, comparam-se também os vários métodos de extração de conhecimento a
partir da linguagem natural escrita. Em particular, explicam-se as técnicas de "pattern
matching" que serviram de base para a criação da técnica FLEX, contribuição desta
dissertação. No final, é apresentado quadro comparativo entre os diversos métodos.
Apresentam-se as atuais metodologias de avaliação de qualidade da ontologia.
O quarto descreve a metodologia para construção de ontologias EVOLUI e, em
detalhes, a técnica FLEX. Em linhas gerais, a metodologia EVOLUI auxilia a criação de
ontologias a partir de textos, na linguagem natural, usando a técnica FLEX. A metodologia
EVOLUI e a técnica FLEX são contribuições desta dissertação.
O quinto aplica a metodologia EVOLUI no domínio da Cardiologia e compara os
resultados obtidos com outros métodos.
O sexto, conclusões e perspectivas futuras para o trabalho, mostra as contribuições desta
dissertação e o que ainda pode ser desenvolvido para melhorar a metodologia EVOLUI e a
técnica FLEX.
6
Capítulo 2
Ontologias
2. Ontologias
2.1 Conceituação.
A palavra ontologia é formada dos prefixos gregos óntos”, que significa indivíduo, ser
e do sufixo “lógos”, que significa estudo, compreensão.
O dicionário Aurélio da língua portuguesa conceitua ontologia como : “parte da
filosofia que trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como uma natureza comum
que é inerente a todos e a cada um dos seres”.
PÉREZ (2000) diz que a palavra ontologia provém da filosofia, que significa
“explanação sistemática da Existência”. Complementa afirmando que, no campo da
Inteligência Artificial, a palavra ontologia possui outro significado, sendo inicialmente
definida por NECHES et al. (1991) : “uma ontologia define os termos e relações básicas do
vocabulário de uma área específica, bem como as regras para combinar termos e relações para
definir extensões do vocabulário”.
7
De acordo com MAHESH (1996), ontologia é um depósito de dados com informações
à respeito : a) de quais categorias (ou conceitos) existem no mundo/domínio; b) quais as
propriedades que possuem e c) como se relacionam.
Na realidade, uma ontologia, complementando a definição de Mahesh, é um depósito de
metadados capaz de descrever conceitos e suas relações de domínio, ou de todo o mundo.Esta
definição é a que será usada neste trabalho.
Segundo FARQUHAR et al. (1995), as ontologias desempenham papel fundamental
para a construção de sistemas que fazem uso da inteligência artificial (sistemas inteligentes).
De acordo com Farquhar et al. (1995), a ontologia permite a representação e o
compartilhamento do conhecimento do domínio (ou do mundo).
Porém, segundo PÉREZ (2000), a conceituação mais famosa do termo ontologia, no
campo da inteligência artificial, provém de GRUBER (1993) : “uma ontologia é uma
especificação explícita de uma conceituação”.
Resumidamente, ontologia é uma entidade computacional que descreve um domínio e é
formada por conceitos, relações, funções, axiomas e instâncias (ver item 2.3).
2.2 Princípios para Construção de Ontologias.
GRUBER (1993) propõe cinco princípios para o projeto e construção de ontologias com
a finalidade de representação e compartilhamento do conhecimento :
8
a)clareza : a ontologia deve expressar objetivamente o que pretende representar. O uso
da linguagem natural é adequado para documentá-la;
b)coerência : a ontologia deve ratificar inferências que são consistentes com as
definições dos conceitos;
c)extensibilidade : a ontologia deve permitir, a qualquer pessoa, manter (incluir, alterar
e excluir) os conceitos e relações nela existentes, sem necessidade de alterar a sua estrutura
básica;
d)dependência mínima da linguagem de metadados: o significado da ontologia não
deve depender da linguagem de meta-dados usada. Se representarmos a ontologia com outra
linguagem de metadados, o significado deve ser o mesmo;
e)cometimento ontológico mínimo : a ontologia deve fazer referência mínima ao
mundo que modela, tornando-se genérica e por isto reutilizável.
PÉREZ (2000) complementa os cinco princípios, citando outros autores :
a) distinção ontológica (BORGO et. al., 1996) : cada conceito na ontologia deve ser
distinto;
b) modularidade (BERNARAS et. al., 1996);
c) diversificação de hierarquia (ARPÍREZ, 1998):
para aumentar a possibilidade de
heranças múltiplas;
d) minimização da distância semântica entre conceitos irmãos (ARPÍREZ, 1998) :
conceitos similares devem ser agrupados e representados como subclasses de uma
classe;
e) padronização de nomes (ARPÍREZ, 1998) : a fim de evitar interpretação dúbia.
9
2.3 Elementos que compõem uma Ontologia.
PÉREZ (2000) diz que uma ontologia possui cinco elementos :
a)
conceitos
, “usados no sentido mais amplo” : “qualquer coisa que é dita sobre algo”,
assim, um conceito pode ser uma descrição de uma tarefa, função, ação, estratégia,
pensamento, processo e outros.
b) relações : “representam um tipo de interação entre conceitos de um domínio. São
formalmente definidas como qualquer subconjunto do produto cartesiano de n
conceitos, isto é, R= C
1
xC
2
xC
3
..C
N
”, em que C
1
,C
2
,C
3
..C
N
representam conceitos.
c) funções : “são um caso especial de relações no qual o enésimo elemento de um
relacionamento é único para os n-1 elementos anteriores. Formalmente definidas por F:
C
1
xC
2
xC
3
..C
N
-1 Î C
N.
” Por exemplo, a função ternária "preço-de-carro-usado" que
depende do modelo de carro, data de fabricação e número de quilômetros.
d)
axiomas
: de acordo com OLIVEIRA (1999), o objetivo dos axiomas é especificar a
semântica de termos na ontologia e restrições sobre a sua interpretação. Por exemplo,
em uma ontologia sobre animais africanos, pode-se especificar um axioma para o
conceito de elefante adulto, como sendo um elefante (é também um conceito) que
possui entre cinco e oito toneladas. Nessa mesma ontologia, pode-se também dizer que
o conceito de vegetal é distinto, diferente do conceito de animal.
e)
instâncias
: são exemplos ou elementos de conceitos . Por exemplo, em uma
ontologia sobre países do mundo, Índia é uma instância do conceito país.
10
2.4 Tipos de Ontologias.
Existem diversas classificações de tipos de ontologia, dentre estas os trabalhos de
vanHEIJST et al. (1997) e GUARINO (1997).
vanHEIJST classifica as ontologias em dois níveis : quanto a quantidade e tipo da
estrutura e, o assunto da conceituação.
Quanto a quantidade e tipo da estrutura da conceituação as ontologias podem ser
classificadas em:
a) terminológicas : quando os termos usados definem o domínio estudado;
b) de informação : quando especificam informações contidas em sistemas por exemplo,
a especificação de um registro de banco de dados;
c) de modelagem de conhecimento : quando os termos da ontologia são usados para
especificar a conceituação do conhecimento.
Quanto ao assunto da conceituação podem ser classificadas em :
a) genéricas : especificam conceitos genéricos tais como : ação, processo, estado, etc.;
b) de domínio : quando os termos da ontologia definem um assunto específico, por
exemplo cardiologia;
c) de aplicação : os termos desta ontologia combinam os conceitos das ontologias
genéricas com os das de domínio;
11
d) de representação : procuram representar as ontologias de forma neutra, sem levar em
conta o domínio, em um nível de abstração superior, o qual GUARINO (1997) chamou de
"meta-level" (meta-nível).
GUARINO (1997) propõe classificar as ontologias de acordo com o nível de detalhe e o
nível de dependência em uma determinada tarefa ou ponto de vista.
Quanto ao nível de detalhe, existem ontologias compartilhadas e ontologias de
referência. As ontologias compartilhadas são ontologias simples, sem muito detalhes e são
usadas por usuários que previamente concordam com o significado dos termos da mesma. Ele
chamou-as também de ontologias "on-line". As ontologias de referência ou "off-line" são
ontologias com grande riqueza de detalhes, que descrevem precisamente os termos do
vocabulário, usando uma sofisticada linguagem de representação de ontologia.
Quanto ao nível de dependência, existem ontologias de alto-nível, ontologias de
domínio, ontologias de tarefas e ontologias de aplicação. As de alto-nível descrevem
conceitos bem genéricos como os de espaço, tempo, matéria, objeto, evento, etc., que não
dependem de um problema ou domínio particular. Respectivamente, as de domínio e as de
tarefas descrevem o vocabulário de um determinado domínio (como medicina, automóveis)
ou de uma determinada tarefa ou atividade (como diagnosticar ou selar), especializando ou
detalhando os termos introduzidos na ontologia de alto-nível. As de aplicação descrevem
conceitos que dependem simultaneamente das ontologias de domínio e tarefas. Esses
conceitos correspondem a regras desempenhadas por entidades de domínio quando executam
uma certa atividade, como por exemplo os conceitos unidade_a_ser_substituída (a entidade é
unidade e a atividade é substituir) ou componente_de_troca (a entidade é componente e a
atividade é trocar).
12
2.5. Usos de Ontologias.
As ontologias servem para :
a) melhorar a comunicação entre pessoas, sistemas e organizações, reduzindo
sentidos dúbios entre conceitos e terminologias (USCHOLD et. al, 1996);
b) melhorar a interoperabilidade entre sistemas, pois a ontologia serve de
linguagem neutra de representação entre diversas linguagens e formalismos
(USCHOLD et. al, 1996);
c) traduzir linguagem natural (MAHESH,1996);
d) representar conhecimento (SOWA, 1997);
e) extrair e recuperar informações (WELTY, 1998);
f) melhorar o projeto de sistemas baseados em conhecimento ou sistemas
comuns, pois a definição de ontologias melhoram as especificações,
confiabilidade e reutilização de sistemas computadorizados (OLIVEIRA
(1999);
g) auxiliar a gerência de conhecimento (KIM, 2000);
h) melhorar o funcionamento de sistemas para gerência de conhecimento e
comércio eletrônico (FENSEL et al. 2001a e FENSEL 2001b);
i) representar o conhecimento humano na Web Semântica (ver seção 2.9) (LEE
et.al, 2001a);
13
j) reusar e organizar o conhecimento sobre um determinado problema ou domínio
(GRUNINGER e LEE, 2002);
k) realizar inferência computacional - analisando algoritmos, entradas e saídas de
sistemas em produção (GRUNINGER e LEE, 2002);
l) dar suporte a consultas específicas, estruturadas e comparativas
(McGUINNESS, 2002);
m) organizar sites e facilitar a navegação desses (McGUINNESS,2002);
n) realizar generalizações ou especializações sobre o resultado de consultas
(McGUINNESS,2002);
o) dar suporte para testes de verificação e validação (McGUINNESS,2002);
2.6 Relação entre Tesauro, Base de Conhecimento e Ontologia.
BRUSCHINI (1998) diz que “um tesauro reúne palavras escolhidas, destinadas à
indexação e recuperação de documentos e dados num determinado campo de saber. Não é
dicionário, nem vocabulário controlado. Um tesauro distingue-se de um simples vocabulário
controlado por duas características. A primeira é que cada palavra é um conceito. Sendo
assim, essas palavras que designam conceitos não são mais simples palavras, tornam-se
"termos", ou ainda "descritores". A segunda característica é que todos os termos estão
relacionados
entre si
; nenhum termo pode figurar no tesauro sem estar relacionado a algum
outro, sendo essa relação determinada pelo seu significado.”
14
MILLER (1995) criou um tesauro eletrônico para a língua inglesa chamado Wordnet. O
Wordnet possui quatro classes de palavras : verbos, adjetivos, advérbios e substantivos. Cada
descritor do Wordnet é formado por tupla de dois elementos : palavra e senso. Os descritores
estão relacionados entre si através de uma estrutura de ponteiros, que apontam sinônimos,
antônimos, hipernônimos (descritores que conceitualmente são mais abrangentes que o atual),
hiponônimos (o contrário de hipernônimos), meronônimos (descritores que são parte de um
todo) e holonônimos (são o todo dos meronônimos).
MOURA (2002) considera o conceito de tesauro um "ancestral" do conceito de
ontologia.
O conceito de base de conhecimento é anterior ao conceito de ontologia
(computacional) e geralmente guarda regras, para ser usado pelo motor de inferência de um
sistema especialista (base de conhecimento + motor de inferência + memória de trabalho que
contém os fatos) (GIARARRATO e RILEY, 1998). Essas regras são geralmente explicitadas
em formalismos específicos para determinado sistema especialista (OLIVEIRA, 1999).
Com base nas distinções realizadas por OLIVEIRA (1999) entre ontologia e base de
conhecimento, foi montada a tabela abaixo, acrescentando a coluna tesauro.
Em relação a Tesauro Ontologia Base de Conhecimento
Métodos de
raciocínio
Geralmente não possui Geralmente não possui Geralmente possui.
Linguagem de
representação
Geralmente não possui Mais expressiva,
declarativa e
independente do
domínio.
Mais expressiva,
declarativa e geralmente
independente do domínio
Conceitos Descreve-os Descreve-os Instancia-os.
Tabela 2.1 - Comparação entre Tesauro, Ontologia e Base de Conhecimento.
15
2.7 Principais Tesauros e Ontologias Conhecidas.
Com base em NOY e HAFNER (1997) , OLIVEIRA (1999) e PÉREZ (2000) montou-
se a tabela 2.2 relatando as principais ontologias e tesauros conhecidos no mundo.
Nome/Projeto Tipo Tamanho Formalismo Imple-
mentada?
Ano Publicada ?
CYC Terminológi
ca e
Genérica
10
5
conceitos
10
6
axiomas
Linguagem
CYCL
Sim.
1990 Em www.cyc.com
Wordnet Terminológi
ca e
Genérica
95600
conceitos
Redes
Semânticas
Sim.
1990 ftp://clarity.pricenton
.edu/
pub/wordnet
Frame
Ontology
Modelagem
de
conheciment
o.
KIF Sim.
1993 Impressa (GRUBER
1993)
Unified
Medical
Language
System
(UMLS)
Terminológi
ca e de
Domínio
252982
conceitos
51 relações
Redes
semânticas
Sim 1993 Em
wwwkss.nlm.nih.gov
/Docs/
umls.fact.html
Generalized
Upper
Model
Terminológi
ca e
Genérica
250
conceitos
LOOM Sim 1994 www.darmstadt.gmd
.de/
publish/komet/genu
m/
newUM.html
Plinius Terminológi
ca e de
Domínio
150
conceitos
Frames Sim 1994 Não publicou
TOVE Terminológi
ca e de
Domínio
Frames Sim 1995 www.ie.utoronto.ca/
EIL/
tove/ontoTOC.html
Dahlgren’s
Ontology
Terminológi
ca e
Genérica
1800
conceitos
PROLOG Sim 1995 Impressa
(DAHLGREN 1998)
SOWA Terminológi
ca e
Genérica
90 conceitos
40 relações
Grafos
conceituais
Não 1997 Impressa (SOWA
1997)
Sensus Terminológi
ca e
Genérica
51000
conceitos
Sim 1997
16
Nome/Projeto Tipo Tamanho Formalismo Imple-
mentada?
Ano Publicada ?
KA
2
Modelagem
de
conheciment
o.
Sim http://www.aifb.uni-
karlsruhe.de/WBS/
broker/KA2.html
Tabela 2.2 - Principais Tesauros e Ontologias conhecidos.
2.8. Metodologias de Construção e Métricas de Avaliação de
Ontologias.
2.8.1 Metodologias para Construção de Ontologias.
DECKER et al. (2001) dizem que a construção de ontologias manualmente é um
processo extremamente trabalhoso e tedioso. Segundo os autores, o processo ideal de
construção da ontologia deve incorporar técnicas de aquisição automática de conhecimento
(“machine learning techniques”).
Segundo o autor, não existe a Engenharia de Ontologias firmada. O que existe é uma
série de contribuições nas áreas de recuperação de informação, extração de informações e
“machine learning” para a construção de ontologias. Segundo ele, também não há
metodologia padrão, aceita largamente no mundo para a construção das ontologias.
OLIVEIRA (1999) afirma que as propostas de metodologias para construção de
ontologias apresentadas na literatura são, normalmente, decorrentes da necessidade de
definição de ontologias para algum projeto específico.
As principais propostas apresentadas na literatura são mostradas na tabela 02.
17
USCHOLD e MARTIN (1995) propõem metodologia bem simples (“skeletal
methodology”), composta das seguintes fases :
a)Identificação do objetivo : nesta etapa, diz-se o porquê da construção da ontologia e
quem a usará ;
b)Criação da ontologia : constituída das seguintes subfases :
captura da ontologia : identificação dos conceitos-chaves e
relações no domínio de interesse, definição clara destes conceitos
e relacionamentos, identificação de termos para se referir a esses
conceitos;
codificação da ontologia : representação dos conceitos e relações
extraídos usando uma metalinguagem;
integração com as ontologias existentes : se já existir uma
ontologia no domínio estudado, verificar a possibilidade de
extrair conceitos e relações das metodologias.
c)Avaliação : consiste em fazer julgamento técnico da ontologia criada, considerando
referências, que podem ser especificações do usuário, questões relevantes ou o mundo
real;
d)Documentação: esta fase consiste em documentar todo o trabalho feito anteriormente.
O autor não explicita claramente como fazê-lo.
18
Segundo OLIVEIRA (1999) a metodologia de GRUNINGER e FOX possui as
seguintes fases : a) Cenários de motivação; b) Questões informais de competência; c) Lógica
de primeira ordem : terminologia; c) Questões formais de competência; d) Lógica de primeira
ordem : axiomas e e) Teoremas de completude. Ela assim explica a metodologia : “a
característica básica do projeto de GRUNINGER e FOX (1995) é o fato de, através de
formalização mais rigorosa, orientar o projeto e a avaliação de ontologias. Nesse sentido, o
propósito da ontologia é definido inicialmente em questões informais de competência que são
posteriormente formalizadas, especificadas em sentenças de primeira ordem, criando um
vínculo com os os axiomas da terminologia. São definidos, ainda, os teoremas de completude,
nos quais é especificado, em sentenças de primeira ordem, o conjunto de condições sob o qual
as soluções para o problema são completas.”
A metodologia proposta por BERNARAS et. al (1996) para o projeto KACTUS é
baseada na estratégia “bottom-up”, em quatro fases :
a)Especificação da ontologia a ser gerada;
b)Desenho preliminar da ontologia baseado em categorias relevantes de alto nível;
c)Desenho da ontologia acrescentando detalhes manualmente;
d)Se especialista achar que a ontologia não está concluída, volta-se à fase b, para novo
ciclo de definição da ontologia.
19
Proposta Projeto Característica
Básica
Definição e
Relacionamento entre
conceitos (ou primitivas
conceituais) .
Internet
como
“corpus”
ou
tesauro.
Forma de
avaliação da
ontologia
gerada
USCHOLD e
KING (1995)
Elicitação de
conhecimento.
Manualmente Não usa. Especialista.
GRUNINGER e
FOX (1995)
TOVE
(modelagem
de empresa)
Formalização Manualmente Não usa. Não
especificada.
BERNARAS et
al. (1996)
KACTUS Elicitação de
conhecimento.
Manualmente Não usa. Não
especificada.
SWARTOUT et
al. (1997)
SENSUS Extração de
ontologias de
Base de
Conhecimentos
Usa a base de conhecimento
SENSUS e algoritmos para
otimizar a ontologia.
Não usa. Não
especificada.
GÓMEZ-
PÉREZ et al.
(1996) e
FERNÁNDEZ
et al. (1997)
LOPEZ et al.
(1999)
METHONT
OLOGY
(elementos
químicos)
Documentação Manualmente. Não usa. Especialista.
MAEDCHE et
al. (2000
a,
2001)
OntoEdit,
Text-To-
Onto,
OntoAnnota
te
Elicitação de
Conhecimento
Reusa ontologias, usa
tesauro (Germanet) e utiliza
algoritmos de associação de
AGRAWAL e SRKIKANT
(1995).
Não usa. Não
especificada.
GUARINO e
WELTY (2000
e 2002)
Ontoclean Avaliação
formal de
ontologias.
Manualmente através de
anotações.
Não usa. Especialista.
NOBÉCOURT
(2001) e LAME
(2001)
Baseado em
metodologia
do TIA
(Terminolo
gie et
Intelligence
Artificielle)
Elicitação de
Conhecimento
Usa ferramentas de PLN
(LEXTER) para extração de
primitivas conceituais.
Não usa Especialista.
PINTO e
MARTINS
(2001 a e b)
Integração de
Ontologias
Manualmente. Não usa Especialista.
Tabela 2.3 – Metodologias da Engenharia de Ontologias.
Já a metodologia proposta por SWARTOUT et al. (1997) para o projeto SENSUS é
baseada na estratégia “top-down”, com três fases :
20
a)O especialista identifica uma série de termos importantes para certo domínio de
estudo;
b)Esses termos são ligados manualmente com base em uma grande ontologia, no caso a
SENSUS. A ontologia resultante é chamada ontologia esqueleto;
c)A ontologia esqueleto é otimizada com base em algoritmos heurísticos.
De acordo com OLIVEIRA (1999), a metodologia de GOMÉZ-PÉREZ et al..,
FERNANDEZ et al. e LÓPEZ et al. possui as seguintes fases : a) Especificação; b)
Conceituação; c) Formalização; d) Integração; e) Implementação e f) Manutenção. Segundo a
mesma autora, “O primeiro passo na construção da ontologia é então a definição do propósito
e escopo (especificação), seguido de uma conceituação do domínio considerado. O modelo
conceitual produzido é formalizado em uma representação lógica de descrição ou uma
representação orientada a “frame”. Deve-se integrar a ontologia, o máximo possível, com
ontologias já existentes, implementar na linguagem formal escolhida e, em qualquer
momento, poder incluir ou modificar definições na ontologia (manutenção). Todos os estágios
devem ser apoiados pelas atividades de aquisição de conhecimento, documentação e
avaliação. Finalmente, FERNÁNDEZ et al. (1997), LOPEZ et al. (1999) propõem que o ciclo
de vida que melhor se adequa para o processo de desenvolvimento de ontologias é o ciclo de
vida evolutivo dado que a ontologia cresce de acordo com a necessidade, modificando,
adicionando ou removendo definições em qualquer momento.”
MAEDCHE et al. (2000
a, 2001), propõem uma metodologia que segundo o autor, “não
garantimos que seja uma metodologia boa para todos os propósitos” . É composta das
seguintes fases :
21
a)Seleção de fontes : a partir de uma ontologia base (Germanet – tradução do
“theasaurus” Wordnet) extraem-se os conceitos das fontes que podem ser textos, html,
etc.
b)Aprendizado de conceitos : usa-se uma série de heurísticas para extração de conceitos,
algumas inerentes a características da língua alemã;
c)Foco no domínio : são removidos os conceitos que não interessam ao domínio usando
como critério para exclusão, a frequência dos conceitos;
d)Aprendizado de relações : usa-se o algoritmo de associação de regras de AGRAWAL
e SKRIKANT (1995) para fazer o relacionamento entre os conceitos.
e)Avaliação : o autor não explicita como a avaliação deve ser realizada.
GUARINO e WELTY (2000) baseiam-se nos conceitos filosóficos de rigidez,
identidade, unidade e dependência para avaliar taxonomias. A metodologia consiste
basicamente em duas etapas :
a)o especialista faz anotações, ao lado de cada nó da taxonomia, do grau de rigidez,
identidade, unidade e dependência que o mesmo possui em relações a outros nós;
b)logo a seguir, o especialista avalia a ontologia levando em conta estas anotações,
podendo alterá-la, a fim de que tenha avaliação melhor em relação aos conceitos
filosóficos elencados.
LAME (2001) e NOBÉCOURT (2001) propõem uma metodologia para extração de
ontologias a partir de textos, baseado na metodologia do grupo francês TIA (Terminologie et
Intelligence Artificielle), que é um grupo de trabalho da AFIA (Associacion Française pour
22
Intelligence Artificielle). A metodologia se beneficia da maturidade de algumas ferramentas
de processamento natural da linguagem, como é o caso da LEXTER, ver BOURIGAULT
(1996) e TERMINAE, ver BIÉBOW e SZULMAN (1999). A abordagem define um modelo
(“framework”) em que o especialista seleciona as ferramentas apropriadas, combina o uso das
mesmas e interpreta o resultado para construir um modelo de domínio. As fases são as
seguintes :
a) O engenheiro do conhecimento seleciona as ferramentas de processamento de
linguagem natural, e usa-as para extrair as chamadas primitivas conceituais (termos que,
no futuro, se tornarão conceitos, de acordo com a análise do especialista). Essas
primitivas conceituais formam a Base de Conhecimento Terminológica (TKB –
Terminological Knowledge Base) ;
b)Na segunda fase, cria-se um modelo conceitual para ligar os termos da TKB com os
elementos desse modelo conceitual. O resultado da ligação é chamado Ontologia
Terminológica Semi-Formal (SFTO – Semi-Formal Terminological Ontology);
c)Na última fase, a SFTO é formalizada usando-se uma linguagem de representação de
ontologias .
PINTO e MARTINS (2001
a e 2001 b) propõem metodologia bastante genérica para
integração de ontologias. Ela é independente do domínio e dá ênfase especial na qualidade das
ontologias envolvidas em processo particular. O processo todo necessita de um especialista
para realizar a integração. Ainda não há ferramenta disponível para apoiar a metodologia.
Possui as seguintes fases :
23
a)Identificar a possibilidade de integração entre ontologias;
b)Identificar os módulos das ontologias (subontologias) a serem integrados;
c)Identificar hipóteses e cometimentos ontológicos;
d)Identificar conhecimento a ser representado nos módulos;
e)Escolher as ontologias candidatas;
f)Estudar e analisar as ontologias candidatas;
g)Selecionar as fontes das ontologias;
h)Aplicar as operações de integração (integração , "merge" ou reuso);
i)Analisar a ontologia resultante.
2.8.2 Comparação entre as Metodologias para Construção de Ontologias.
De forma geral, pelo exposto na seção anterior, podem-se tirar as seguintes conclusões
sobre as atuais metodologias de construção de ontologias :
a)A maioria está ligada à tarefa de elicitação de conhecimento;
b)O desenvolvimento da ontologia ainda é realizado de forma manual e poucos fazem
usos de ferramentas de processamento de linguagem natural, ou algoritmos de
aprendizagem de máquina;
c)Usam dicionários, tesauros genéricos (Wordnet) ou base de conhecimentos para servir
de ontologia-núcleo para construção da ontologia definitiva;
24
d) Não usam a Internet como tesauro genérico para a construção da ontologia definitiva.
A Internet, devido ao seu caráter dinâmico, devia ser considerada um elemento
importante na definição de ontologias.
2.8.3 Avaliação de Ontologias
Existem diversas propostas para avaliação de ontologias.
GRUBER (1993) propõe cinco critérios tanto para criação como para avaliação de
ontologias : clareza, coerência, extensibilidade, independência da linguagem de representação
e cometimento ontológico mínimo, já explicitados na seção 2.2.
GRÜNINGER e FOX (1995) propõem avaliar uma ontologia logo na fase de
concepção, através das respostas às questões informais de competência. As respostas a essas
questões representam os requisitos necessários para a criação e avaliação de uma ontologia.
Por exemplo, para uma ontologia organizacional, pode-se fazer questões como estas :
Para executar uma atividade em particular, quem fornece as permissões necessárias ?
Quais metas um empregado deve atingir ?
Quais as limitações de autoridade são necessárias entre um grupo de empregados para
ser atingida uma meta ?
Se uma meta deve ser realizada somente por um empregado, quais empregados são
requeridos para auxiliá-lo para atingir a meta ?
Segundo MAEDCHE e STAAB (2000b), uma ontologia possui relações taxonômicas e
não-taxonômicas e estas últimas são importantes, pois são as que mais consomem tempo para
a sua definição.
25
MAEDCHE e STAAB (2002) avaliam ontologias comparando-as com uma ontologia
referência. Seja O
R
a ontologia referência e O
C
a ontologia a ser comparada, seja R
R
o
conjunto de relações não-taxonômicas de O
R
, R
C
o conjunto de relações totais de O
C
.
Definiram então os índices "precision" de O
C
e "recall" de O
C
como :
Estes índices podem ser interpretados da seguinte maneira :
Supondo que a ontologia referência é a ontologia ideal para representar um determinado
domínio, quanto mais relações (não-taxonômicas) em comum as ontologias possuirem entre
si, maior será o grau de acerto ("precision") de O
C
. Este grau de acerto pode ser 100 %, ou
seja, todas relações de O
C
estão em O
R
, porém o inverso pode não ser verdade, ou seja, será
que todas relações de O
R
estão em O
C
? O índice que mede a resposta à pergunta da oração
anterior é o de recuperação ("recall"). O que é melhor para medir a semelhança entre O
C
e
O
R
? Uma maior "precision" ou um maior "recall" ? Os índices "precision" e "recall"
tradicionalmente são usados na área de recuperação de informação ("information retrieval").
Nesta área, quando aplica-se estes dois índices, para se medir a semelhança entre a
informação recuperada e a pretendida usa-se um terceiro índice, chamado "f-measure" que é a
média harmônica entre o "recall" e "precision". Segundo IAN e EIBE (2000) , "f-measure" é
definido por :
c
RC
C
R
RR
O Precision
=
R
RC
C
R
RR
O Recall
=
26
Assim, quanto maior o "f-measure" maior a semelhança entre o objeto referência e o
objeto a ser comparado. Entenda objeto como sendo informação ou ontologia.
2.8.4 Comentários sobre as propostas para avaliação de ontologias
As propostas de GRUBER (1993) e GRÜNINGER e FOX (1995) são subjetivas e há
maior dificuldade de serem quantificadas.
Apesar de bastante objetiva, a proposta de MAEDCHE e STAAB (2002) depende da
existência da ontologia referência, que nem sempre é possível obtê-la.
2.9 Principais formalismos para Representar Ontologias.
Existem inúmeros formalismos para representação de ontologias. Devido a
importância que a
Internet desempenha no mundo atual, dar-se-á um enfoque naquelas
linguagens capaz de representar ontologias para a Web, em especial, para uma nova filosofia
da Web, criado por LEE et. al. (2001) chamado de Web Semântica.
2.9.1.
Web Semântica
.
Segundo LEE et al. (2001), o objetivo nuclear da Web Semântica é fazer com que as
páginas da Web possam ser “entendidas” pelos computadores, o que possibilitará relacionar
páginas a partir do conteúdo das mesmas, agilizando e tornando mais eficazes mecanismos de
precision recall
precisionx recallx 2
measure-f
+
=
27
buscas, facilitando e aumentando a troca de informações e conhecimento entre empresas,
pessoas, pessoas e empresas.
De acordo com o mesmo autor, a Web Semântica não será uma nova Web e sim a
extensão da atual. Possuirá as mesmas características básicas : universalidade e
descentralização.
Para a construção desta Web, LEE et al. (2001a) dizem o que será necessário :
a)linguagem ou linguagens de computador universais, capazes de representar dados e
regras;
b)ontologias para representar o conhecimento humano e,
c)agentes, que são entidades (hardware, software ou ambos), que percebem e agem.
Formalmente um agente é uma função que transforma percepções (P) em ação (A) :
ƒ:P*ÎA (RUSSELL e NORVIG, 1998).Os agentes serão os responsáveis para resolver
as necessidades de informação e conhecimento da Web Semântica (LEE et al. ,2001a).
A fim de que dois sistemas computacionais "entendam" a expressão enviada por um
deles, são possíveis vários níveis de interoperabilidade (EUZENAT, 2001) :
a) em nível de codificação : a decodificação da expressão é feita a nível de código usado
para representar cada carácter ;
b) em nível léxico : a decodificação da expressão é feita a nível de palavras;
c) em nível sintático : a decodificação da expressão é realizada a nível de sentenças;
d) em nível semântico : entende-se o significado da expressão;
28
e) em nível semiótico : entende-se o significado da expressão dentro de um contexto.
A arquitetura para a Web Semântica, proposta por LEE (2001b), possui níveis de
interoperabilidades semelhantes aos citados por EUZENAT (2001). LEE (2001b) propôs três
camadas, representadas na figura 2.1, adaptada de FARIA e ROSARIO (2002) : camada de
metadados, de esquema e de lógica.
Figura 2.1 - Arquitetura da Web Semântica
A figura 2.1 mostra o relacionamento entre as três camadas : no nível de metadados o
dado é estruturado pelas linguagens XML (Extensible Markup Language) e RDF (Resource
Definition Framework); no nível de esquema, ao dado estruturado é atribuído semântica
definindo-o como um elemento (conceito, relação, função, axioma ou instância) de uma
ontologia; no nível lógico, tomando-se como base o significado explicitado na camada de
Engenho de
Busca
....
Comércio
Eletrônico
Web Semântica
Camada
de
g
ica
Camada de
Esquema
Camada de
Metadados
Ontologia
Ontologia
Ontologia
RDF
XML
Lógica: Regras de Inferência
29
esquema, inferências são realizadas sobre os dados e o resultado destas retornado para as
aplicações da Web Semântica, na figura 2.1, engenho de busca e comércio eletrônico.
A camada de metadados é responsável pela estruturação dos dados, nos níveis de
codificação, léxico e sintático.
A camada de esquema é responsável pela estruturação dos dados nos níveis semântico e
semiótico. Na realidade, de acordo com BROEKSTRA et al. (2002) , FARIA e ROSARIO
(2002), essa camada, juntamente com a lógica, permite realizar a representação do
conhecimento do problema estudado.
A camada lógica é responsável por definir mecanismos para fazer inferência sobre os
dados e é composta por um conjunto de regras de inferência, que fornecem, aos agentes
computacionais, o poder para "raciocinar" sobre as estruturas de dados (RAMALHO, 2002).
FENSEL et al. (2002) vislumbram duas aplicações bem importantes para a Web
Semântica : gerenciamento de conhecimento e comércio eletrônico.
Segundo FENSEL et al. (2002), o gerenciamento de conhecimento está relacionado com
aquisição, manutenção, recuperação e disponibilização de conhecimento através de uma
empresa.
De acordo com FENSEL et al. (2002), vários sistemas de gerenciamento eletrônico de
documentos (GED) procuram efetuar as ações relatadas acima, porém possuem os seguintes
pontos fracos :
a)consultas baseadas em palavras-chaves retornam muitos documentos não relevantes
para o que se está procurando;
30
b)a ação humana é necessária para extrair informações relevantes, tornando o processo
de seleção de informações importantes lento e oneroso;
c)é difícil a manutenção de textos longos, pois não existe forma de resumir, ou
representar o conteúdo do documento;
d)a maioria destes sistemas não permite geração automática de documentos,
personalizados de acordo com o perfil do usuário que acessa esses sistemas.
FENSEL et al. (2002) indicam que o uso de ontologias, nesses sistemas,
disponibilizarão novas possibilidades : buscas inteligentes ao invés de buscas através de
palavras-chaves; resposta a perguntas ao invés de recuperação de informação; troca de
documentos entre departamentos, através do mapeamento ontológico e definição de visões
para os documentos, de acordo com o definido na ontologia.
O Ontobroker é um exemplo de um Sistema de Gerenciamento Eletrônico de
Documentos, que utiliza ontologias (FENSEL et al., 2000). Ontobroker possui uma
arquitetura formada por um mecanismo de consulta, um agente de informação e uma quina
de inferência. A ontologia é o princípio geral da estruturação de dados : o agente a utiliza para
extrair fatos, o mecanismo de inferência para estruturar dados e o mecanismo de consulta para
formular as consultas.
Em relação ao comércio eletrônico, FENSEL et. al. (2000) citam os seguintes desafios
necessários para a expansão do mesmo :
a)tradução entre várias formas de representação de documento, usadas no “B2B
procurement” ;
31
b)mediação entre diferentes ontologias de produtos e serviços, de descrições formais e
hierarquias de produtos e serviços;
c)mediação entre diferentes ontologias de negócios, que especificarão processos, regras
de mercado e cadeias de valores dos fornecedores.
Em relação ao último problema, FENSEL et al. (2002) citam a solução dada pelo
projeto OBELIX (GORDIJN et al., 2000), que provê, entre outras coisas, integração e
interoperabilidade entre processos, baseado em ontologias de negócios, manipulando serviços
e produtos complexos, cadeias e redes de valores.
2.9.2. Linguagens para Representar Ontologias na Web
.
Existem diversos formalismos para representar ontologias na web : SHOE (HEFLIN,
2001), XOL (KARP, 2000), RDF-Schema (BRICKLEY e GUHA, 2002), OIL (DECKER,
2000b), DAML+OIL (DARPA, 2000) e a recente OWL (DEAN et al., 2002).
2.9.2.1 Simple Html Ontology Extensions (SHOE)
SHOE foi criado por HEFLIN (2001), na dissertação de doutourado. SHOE é definida
usando-se SGML ("Standard Generalized Markup Language"), extensão da linguagem de
marcação HTML ou XML (HEFLIN, 2000).
A marcação <ontology> define o início de uma ontologia. Os conceitos são chamados
de categorias e definidos pela marcação <def-category name ... >. O relacionamento entre as
categorias é realizado com a marcação <def-relation name ...>.
32
É possível também definir axiomas em SHOE usando a marcação <def-inference ...> .
Observe o exemplo no Anexo I , que define pequena ontologia definindo familia, retirado de
MOURA (2002).
Em SHOE (PÉREZ e CORCHO, 2002) :
a) os conceitos são chamados de categorias (DEF-CATEGORY), seus atributos são
definidos através de relações (DEF-RELATION);
b) não é possível definir partições de conceitos (conjunto de conceitos disjuntos);
c) não é possível decomposições exaustivas de conceitos;
d) não é possível restrição de cardinalidade;
e) não é possível restrição de integridade;
f) é possível definição de axiomas usando-se lógica de primeira ordem.
2.9.2.2 XML - BASED ONTOLOGY EXCHANGE LANGUAGE (XOL)
A sintaxe de XOL é baseada em XML (KARP, 2001). Uma ontologia em XOL possui a
seguinte forma :
<module>
<class>
...
</class>
...
<class>
...
</class>
...
<slot>
...
</slot>
33
...
<slot>
...
</slot>
...
<individual>
...
</individual>
....
<individual>
....
</individual>
</module>
Os módulos ("module") identificam as ontologias. As classes ("class"), os conceitos. As
divisões ("slots") os atributos e os indivíduos ("individual") as instâncias das classes. No
Anexo I há um exemplo definindo uma ontologia chamada família.
O significado das marcações XML é dado por um DTD ("Document Type
Declaration"), que possibilita o entendimento de cada uma das marcações (KARP, 2001).
Em XOL (PÉREZ e CORCHO, 2002) :
a) os conceitos são chamados de classes (Class); os atributos dos conceitos, de divisões
(Slots);
b) não é possível definir partições de conceitos (conjunto de conceitos disjuntos);
c) não é possível decomposição exaustiva de conceitos;
d) é possível restrição de cardinalidade;
e) não é possível restrição de integridade;
f) não é possível definição de axiomas .
34
2.9.2.3 RDF-Schema
O objetivo do RDF-Schema é complementar o modelo RDF básico, objetivando dar-lhe
interoperabilidade semântica. Em termos de representação de conhecimento, enquanto o
modelo RDF é equivalente à rede semântica, RDF-Schema aproxima-se do formalismo frame
(PÉREZ e CORCHO, 2002).
Enquanto que nas linguagens orientadas a objeto, a definição de classe é realizada em
termos das propriedades de suas instâncias, no RDF-Schema, as propriedades são definidas
em termos das classes dos recursos que estas se aplicam.
As primitivas do RDF-Schema podem ser agrupadas em classes, propriedades e
restrições das propriedades. A figura 2.2 mostra o relacionamento entre os objetos.
Observando a mesma, tem-se que qualquer objeto (classe, propriedade e restrição) é um
recurso.
Classes.
Através das classes podem-se definir subclasses que herdam as características das
classes ascendentes, possibilitanto implementar herança múltipla. Esta propriedade é
importante pois permite o reuso. Possuem as seguintes primitivas principais : rdfs : Resource
(classe genérica do RDF Schema) , rdfs : Class (subclasse de rdfs:Resource) e rdf : Property
(subclasse de rdfs:Resource). A letra "s" ao lado de rdf representa o "namespace" que contém
todos os elementos do RDF Schema.
35
Propriedades.
Permitem estabelecer relacionamentos entre classes e superclasses , classes e instâncias
e entre propriedades. Possuem as seguintes primitivas principais : "rdf:type" (subclasse de
rdf:Property), "rdfs:subClassOf" (subclasse de rdf:Property) e "rdfs:subPropertyOf"
(subclasse de rdf:Property).
Restrições.
Estabelecem restrições sobre as propriedades dos recursos. Exitem duas primitivas
principais : "rdfs:domain" que determina qual a classe de determinada propriedade e
"rdfs:range" que determina o intervalo de valores de determinada propriedade. Ambas são
instâncias de "rdfs:ConstraintProperty".
Figura 2.2 - Relacionamento das primitivas básicas do RDF-Schema (BRICLEY,2002)
36
Para exemplificar o uso do RDF-Schema há um exemplo no Anexo I.
Em RDF-Schema (PÉREZ e CORCHO, 2002) :
a) os conceitos são chamados de classes (Class); seus atributos de propriedades
("Property");
b) não é possível definir partições de conceitos (conjunto de conceitos disjuntos);
c) não é possível decomposição exaustiva de conceitos;
d) não é possível restrição de cardinalidade;
e) não é possível restrição de integridade;
f) não é possível definição de axiomas.
2.9.2.4 Ontology Interchange Language (OIL)
DECKER et al. (2000b) propõem uma linguagem para representação de ontologias
denominada OIL.
A ontologia descrita por OIL possui descrições de classes, slots e indivíduos. Classes
são coleções de objetos. As classes podem ser relacionadas com outras através de subclasses,
por exemplo, pessoa é uma subclasse de mamífero. Pode-se definir pessoa através da seguinte
sintaxe :
Class-def pessoa
Subclass-of mamífero
37
Slots são os atributos das classes. São constituídos pela tupla objeto e valor (A(O,V)).
Pode-se definir um slot assim :
Slot-def come
Inverse
é-comido-por
Os slots podem ser transitivos, simétricos ou funcionais.Os slots são transitivos se (x,y)
e (y,z) são instâncias do slot, então (x,z) também será uma instância do slot. Os slots são
simétricos se (x,y) é instância do slot, então (y,x) também o é. Os slots são funcionais se (x,y)
é uma instância do slot, então não existe nem um z tal que (x,z) é uma instância do slot no
qual y é igual a z. Exemplo de um slot funcional :
Slot-def
tem-mãe
Properties funcional
Um slot pode ter restrições designadas pela cláusula slot-constraint. Quando
designamos restrição, precisamos indicar o valor da restrição pela cláusula has-value ou has-
filler
. Veja exemplo no Anexo I.
OIL apresenta quatro tipos de axiomas : equivalência, disjunção, cobertura e disjunção
de cobertura. Os axiomas são definidos pelo seguinte trecho da gramática OIL em EBNF
("Extended Backus-Naür Form") :
<axiom>::=<disjoint-exp>|<cover-exp>|<disjoint-cover-exp>|<equiv-exp>
<disjoint-exp>::=disjoint <class-exp> <class-exp>+
<cover-exp>::=covered <class-exp> by <class-exp>+
<disjoint-cover-exp>::=disjoint-covered <class-exp> by <class-exp>+
<equiv-exp>::=
equivalent
<class-exp> <class-exp>+
38
Para maiores detalhes sobre o funcionamento destes axiomas, ver Anexo III.
Em OIL (PÉREZ e CORCHO, 2002) :
a) os conceitos são chamados de classes, os atributos dos conceitos são chamados de
propriedades;
b) é possível definir partições de conceitos (conjunto de conceitos disjuntos);
c) é possível definir decomposições exaustivas de conceitos;
d) é possível definir restrição de cardinalidade;
e) é possível definir restrição de integridade;
f) é possível definir alguns axiomas em lógica de primeira ordem, somente para as
classes.
2.9.2.5 DAML+OIL
A linguagem DAML+OIL é baseada na lógica descritiva, que é um subconjunto da
lógica de primeira ordem. O nome lógica descritiva
foi motivado pelo fato de que um
domínio é descrito por descrições conceituais
, isto é, conjunto de expressões que são
construídas a partir de conceitos atômicos (predicados unários) e regras atômicas (predicados
binários). Os conceitos e as regras atômicos são elaborados a partir de construtores de
conceito e regras providos pela linguagem que expressa a lógica descritiva. A lógica
descritiva difere de outros mecanismos de representação de conhecimento como redes
semânticas e frames, porque possui semântica baseada em lógica formal (BAADER,
HORROCKS e SATTLER, 2003).
39
Vamos supor o seguinte conceito em lógica descritiva : "Um homem casado com uma
médica, que tem no mínimo cinco filhos professores". Este conceito pode ser representado
pela seguinte descrição conceitual
:
Homem
I
¬ Feminino
I
Casado.Médica
I
( 5 temFilho)
I
temFilho.Professor
A descrição usa os construtores booleanos conjunção (
I
), que é interpretada como
intersecção de conjuntos, e negação (
¬
) que é interpretado como complemento de conjuntos,
bem como os construtores não booleanos de restrição existencial (
R.C, em que R é uma
regra e C um conceito) e o de restrição de valores (
R.C) e finalmente o construtor de
restrição numérica (
n).
Além do formalismo descritivo, a lógica descritiva possui os formalismos
terminológicos e declarativos ("assertional formalism").
O formalismo terminológico (T-BOX) permite introduzir nomes para descrições
complexas. Por exemplo, a descrição do conceito acima pode ser nomeada por HomemFeliz.
O termo HomemFeliz é chamado de axioma terminológico.
O formalismo declarativo (A-BOX) permite associar propriedades a indivíduos. Por
exemplo, a sentença : HomemFeliz(João), temFilho(João, Maria) diz que João é um
HomemFeliz e que Maria é uma de suas filhas.
Os três formalismos explicados acima para uma linguagem de lógica descritiva aplicam-
se também a DAML+OIL.
40
DAML significa Darpa Markup Language e foi definida em agosto do ano 2000. Em
março de 2001, foi definida a especificação DAML+OIL, que é semelhante a OIL em vários
aspectos. Porém DAML+OIL é muito mais integrada a RDF-Schema, a partir de sua
definição e serialização, feita em RDF-Schema (HORROCKS, 2002).
Uma ontologia, em DAML+OIL é formada de zero ou mais
cabeçalhos
("headers"),
seguidos de zero ou mais elementos de classes ("class elements"), elementos de
propriedades ("property elements") e instâncias ("instances").
O cabeçalho tem as marcações <Ontology> e </Ontology>, podendo ter a versão e
elementos importados.
As classes são identificadas pelas marcações <daml:Class> e podem possuir :
a) zero ou mais axiomas, rdfs:SubClassOf (subclasse) , daml:disjointWith (disjunção) e
daml:sameClassAs (equivalência);
b) zero ou mais combinações booleanas de classes;
c) zero ou mais enumerações.
As
propriedades
são identificadas pelas marcações <rdf:Property> e podem possuir :
a) zero ou mais axiomas, rdfs:subPropertyOf (subpropriedade), daml:samePropertyAs
(equivalência) , daml: inverseOf (inverso), daml: TransitiveProperty (transitividade),
daml: UniqueProperty (unicidade) e daml:unambigousProperty (não ambiguidade);
b) restrições de propriedades como em RDF-Schema : rfds:domain e rfds:range ;
41
As instâncias são escritas conforme a sintaxe RDF e RDF-Schema.
Veja o exemplo no anexo I.
Como se pode observar pela descrição dos elementos de DAML+OIL, a linguagem
possui bem mais axiomas que a linguagem OIL.
Em DAML+ OIL (PÉREZ e CORCHO, 2002) :
a) os conceitos são chamados de classes, seus atributos de propriedades;
b) é possível definir partições de conceitos (conjunto de conceitos disjuntos);
c) é possível definir decomposições exaustivas de conceitos;
d) é possível definir restrição de cardinalidade;
e) é possível definir restrição de integridade;
f) é possível definir vários axiomas em lógica descritiva, tanto para classes como para
propriedades.
2.9.2.6 Web Ontology Language (OWL)
A especificação de OWL é bastante nova (novembro de 2002) e ainda encontra-se no
formato de rascunho. OWL é derivada da linguagem DAML+OIL (DEAN et al., 2002). A
especificação EBNF da linguagem encontra-se no anexo II.
Os três formalismos para uma linguagem de lógica descritiva (descritivo, terminológico
e declarativo), comentados no item anterior, aplicam-se também a OWL. Observe a seguinte
sentença em lógica descritiva, para a descrição conceitual : "Nem carne nem peixe" :
42
¬ (carne
U
peixe)
A descrição OWL da descrição conceitual é :
<owl:complementOf>
<owl:Class>
<owl:unionOf rdf:parseType="collection">
<owl:Class rdf:resource="#carne"/>
<owl:Class rdf:resource="#peixe"/>
</owl:unionOf>
</owl:Class>
</owl:complementOf>
Em OWL podem-se descrever expressões mais complexas, como a sentença em lógica
descritiva, extraída de HORROCKS (2002), para a seguinte descrição conceitual
"Uma pessoa que tem filho médico ou que tem filho que tem filho médico" :
Pessoa
I
temFilho.( Médico
U
temFilho.Médico)
A descrição OWL da descrição conceitual é :
<owl:Class>
<owl: intersectionOf rdf:parseType="collection">
<owl: Class rdf:about="#Pessoa"/>
<owl: Restriction>
<owl:onProperty rdf:resource="#temFilho"/>
<owl:allValuesFrom>
<owl:unionOf rdf:parseType="collection">
<owl:Class rdf: about="#Médico"/>
<owl:Restriction>
<owl:onProperty rdf:resource="#temFilho"/>
<owl:someValuesFrom rdf:resource="#Médico"/>
</owl:Restriction>
</owl:unionOf>
</owl:allValuesFrom>
43
</owl:Restriction>
</owl:intersectionOf>
</owl:Class>
De uma forma genérica, para OWL, ontologia é o conjunto de axiomas e fatos (DEAN
et al. 2002). Assim conceitos e atributos de conceitos são considerados axiomas. Os conceitos
são chamados de classes e os atributos de propriedades (como em RDF, RDF-Schema e
DAML+OIL). As propriedades dos axiomas podem ter restrições quanto a valores ou
cardinalidade.
Uma ontologia em OWL, como em DAML+OIL, é formada de zero ou mais
cabeçalhos ("headers"), seguidos de zero ou mais elementos de classes ("class elements"),
elementos de propriedades ("property elements") e instâncias ("instances").
O cabeçalho tem as marcações <Ontology> e </Ontology>, podendo ter versão e
elementos importados
As classes são identificadas pelas marcações <owl:Class> e podem possuir :
a) zero ou mais expressões rdfs:SubClassOf (subclasse) , owl:disjointWith (disjunção),
owl:sameClassAs (equivalência) e owl:sameAs;
b) zero ou mais combinações booleanas de classes;
c) zero ou mais enumerações.
Exemplos de Axiomas de Classes :
1) Descrever o conceito Pessoa (Pessoa) :
44
<owl:Class rdf:ID="Pessoa"/>
2) Descrever o conceito pessoa, como subclasse de organismo (Pessoa Organismo) :
<owl:Class rdf:ID="Organismo"/>
<owl:Class rdf:ID="Pessoa">
<rdfs:SubClassOf rdf:resource="#organismo"/>
</owl:Class>
3) Descrever o conceito criança que tem pai Albino (restrição de valores, R.C) , como
subclasse de Pessoa (tem-pai.Albino Pessoa).
<owl:Class rdf:ID="Organismo"/>
<owl:Class rdf:ID="Pessoa">
<rdfs:SubClassOf rdf:resource="#organismo"/>
</owl:Class>
<owl:Class rdf:ID="Albino"/>
<owl:ObjectProperty rdf:ID="tem-pai"/>
<owl:Class rdf:ID="Criança">
<rdfs:SubClassOf rdf:resource="#Pessoa"/>
<rdfs:SubClassOf >
<owl:Restriction>
<owl:onProperty rdf:resource="#tem-pai"/>
<owl:allValuesFrom rdf:resource="#Albino"/>
</owl:Restriction>
</rdfs:subClassOf>
</owl:Class>
4) Descrever o conceito Ser equivalente ao conceito Organismo (Ser Organismo).
<owl:Class rdf:ID="Organismo"/>
<owl:Class rdf:ID="Ser">
<owl:sameClassAs rdf:resource="#Organismo"/>
</owl:Class>
5) Descrever o conceito Homem como subclasse de Organismo distintamente do
conceito Vegetal (Homem Vegetal).
<owl:Class rdf:ID="Organismo"/>
45
<owl:Class rdf:ID="Vegetal"/>
<owl:Class rdf:ID="Homem">
<rdfs:SubClassOf rdf:resource="#Organismo"/>
<owl:disjointWith rdf:resource="#Vegetal"/>
</owl:Class>
As propriedades são identificadas pelas marcações <rdf:Property> e podem possuir :
a) zero ou mais axiomas, "rdfs:subPropertyOf" (subpropriedade),
"owl:SymmetricProperty" (simetria) , "owl: inverseFunctionalProperty" (inverso), "owl:
TransitiveProperty (transitividade)", e "owl: FunctonalProperty (função)" ;
b) restrições de propriedades como em RDF-Schema : "rfds:domain" e "rfds:range" ;
As instâncias são escritas conforme a sintaxe RDF e RDF-Schema.
Segundo HARMELEN (2002), OWL possui poucas diferenças em relação a
DAML+OIL, pelo menos, de acordo com o rascunho de novembro de 2002.
As mesmas características de DAML+OIL são válidas para OWL.
2.9.2.7 Comparação entre os diversos formalismos para representação de
ontologias para a Web Semântica.
As características avaliadas das linguagens para Web Semântica estão resumidas na
tabela a seguir.
46
Segundo PÉREZ e CORCHO (2002), se pudéssemos medir a capacidade de
representação das linguagens para Web Semântica, partindo das capazes de representar
ontologias "leves" para ontologias "pesadas", a ordem seria a seguinte: XOL, RDF-Schema,
SHOE, OIL, DAML+OIL.
Na relação, acrescentaria a recente OWL, ocupando posição depois de DAML+OIL.
XOL RDF-
Schema
SHOE OIL DAML+OIL OWL
Conceitos Classes Classes Categorias Classes Classes Classes
Atributos dos
Conceitos
Slots Propriedades Relações Propriedades Propriedades Propriedades
Partições de
Conceitos?
Não Não Não Sim Sim Sim
Decomposições
exaustivas de
conceitos ?
Não Não Não Sim Sim Sim
Restrição de
cardinalidade ?
Sim Não Não Sim Sim Sim
Restrição de
integridade ?
Não Não Não Sim Sim Sim
Axiomas em
lógica
descritiva?
Não Não Não. Não Sim para
classes e
propriedades.
Sim para
classes e
propriedades.
Tabela 2.4 - Comparação de linguagens de Ontologias para a Web.
47
Capítulo 3
Técnicas Semi-Automáticas e Automáticas de Aquisição de
Conceitos a Partir da Linguagem Natural Escrita
3. Técnicas Automáticas e Semi-Automáticas de Aquisição de
Conceitos a partir da Linguagem Natural Escrita.
Podem-se relacionar algumas abordagens para aquisição de conceitos a partir da
linguagem natural escrita que usam :
a) técnicas de processamento natural da linguagem;
b) técnicas de recuperação e extração de informação;
c) técnicas de casamento de padrões léxicos e sintáticos;
d) técnicas de "data mining" ou "text data mining";
e) abordagens interativas;
f) abordagens integradas.
3.1. Técnicas de Processamento Natural da Linguagem.
O sistema TOPKAT (KINGSTON, 1994) usa um marcador léxico ("lexical tagger")
para identificar substantivos na entrevista de aquisição de conceitos. Os substantivos que
aparecem no texto com maior freqüência são identificados como os conceitos do domínio
48
estudado. Depois, o especialista descarta os substantivos considerados irrelevantes para o
domínio. O adjetivo próximo ao substantivo sugere característica ou atributo do conceito.
De forma similar, usando técnica semelhante à explicitada acima, nos sistemas
KRITON (DIEDERICH, RUHMANN e MAY, 1988) e KITTEN, (SHAW e GAINES, 1999)
o conhecimento prévio é extraído de livros para formar uma lista de substantivos que
representam conceitos, que norteará a entrevista futura com o especialista.
3.2. Técnicas de Recuperação e Extração de Informação.
Segundo HAN e KAMBER (2001)
, o problema típico de recuperação de informação é
localizar documentos relevantes, baseados nos dados fornecidos pelo usuário, tais como
palavras chaves ou documentos exemplos.
O conceito principal é relevância,
ou seja, localizar o máximo possível de documentos
relevantes (BAEZA-YATES e RIBEIRO-NETO, 1999).
VAN RIJSBERGEN (1949) diz que os documentos que irão sofrer a busca precisam ser
antes pré-processados, gerando-se a representação do documento, por exemplo, a lista de
palavras mais significativas.
Van Rijsbergen (1949) cita que ZIPF (1949)
observou ser o produto da frequência (f)
das palavras de um texto pela sua classificação (r = “ranking”) aproximadamente constante.
Este enunciado ficou conhecido como Lei de Zipf, conforme fórmula :
49
K = f*r (Lei de Zipf)
Baseado na Lei de Zipf, LUHN (1958)
propôs uma técnica para extrair as palavras mais
significativas do texto, eliminando as mais comuns e frequentes, conhecidas como negativas
ou “stop words” (palavras sem significação aparente tais como artigos, preposições, conjuções
e outras) e também as menos comuns. O gráfico abaixo mostra o corte das palavras mais e
menos significativas.
Figura 4.1 – Técnica de LUHN
Este processo foi depois denominado análise lexográfica (KORFHAGE (1997) e
SALTON (1983)). Em face das sugestões de KORFHAGE (1997) e SALTON (1983),
WIVES (1999) propõe as seguintes etapas para a análise lexográfica :
a) identificação das palavras;
b) remoção das palavras negativas;
c) cálculo da freqüência relativa;
50
d) remoção das palavras com frequência inferior ao limiar estabelecido pelo usuário;
e) utilização das palavras mais freqüentes no documento - método da truncagem
(SCHÜTZE (1997)).
As técnicas baseadas em Extração de Informação têm por objetivo extrair informações
relevantes
do texto e representá-las de alguma forma. Diferentemente das técnicas de
processamento da linguagem natural, as de Extração de Informação não visam processar o
documento todo, procurando desenvolver sistemas rápidos e práticos. Um dos pontos fortes
das técnicas de Extração de Informação é o método de avaliação dos resultados baseados em
"precision" ("precision") e "recall" (recuperação, retorno), definidos por :
Na expressão acima, elementos é a informação que se deseja extrair, ou seja, palavras,
documentos, palavras que representam conceitos, relações entre conceitos, etc. Quem avalia a
corretude dos elementos pode ser uma pessoa, ou um programa de computador que compara
com os dados considerados corretos. O índice "precision" mede a acurácia dos resultados
produzidos ( dos elementos obtidos, todos estão corretos ?) e o "recall" a extensão da
quantidade de informação extraída (nos elementos obtidos estão incluídos todos os
corretos ?).
extraídos elementosde número
corretos elementosde número
precision
=
texto no elementos possíveisde número
corretos elementosde número
recall
=
51
Segundo IAN e EIBE(2000), os gráficos das variações de "precision" (número de
elementos corretos versus número de elementos extraídos) e "recall" (número de elementos
corretos versus número de possíveis elementos no texto) são hipérboles inversas: quanto
maior o índice de "precision", menor o de "recall" e vice-versa.
"F-measure" é a medida que é a média harmônica dos índices "precision" e "recall".
Segundo IAN e EIBE (2000), "F-measure" é definida por :
O sistema CIRCUS (RILLOF e LEHNERT, 1994) foi utilizado para extrair informações
usando a idéia de nós conceituais ("concept nodes"). Os nós conceituais são estruturas
capazes de extrair informação relevante de uma sentença. O nó conceitual é identificado por
uma palavra, porém ativado dentro do contexto. Por exemplo, no domínio de terrorismo,
podem ser usados dois nós conceituais : $assassinar-voz ativa$ e $assassinar-voz passiva$.
Assim, ao aparecer a frase "os terroristas assassinaram o prefeito" , o verbo assassinar faz com
que o nó conceitual seja identificado e a voz ativa é a condição para que a informação seja
recuperada. Outros verbos podem ser utilizados para representar o nó conceitual, como o
verbo matar.
A estrutura do nó conceitual é uma estrutura simples de extração de conhecimento. Uma
vez definido em um domínio, dificilmente pode ser reutilizado em outro. Isto faz parte da
estratégia da Extração de Informação conhecida como Extração de Conhecimento Usando
Técnicas Rasas ("Shallow Knowledge Extraction" - COWIE e LEHNERT, 1996). O objetivo
precision recall
precisionx recallx 2
measure-f
+
=
52
é minimizar o conhecido esforço para extração de conhecimento usando as técnicas mais
antigas (entrevistas e análise de protocolo).
Avaliando vários métodos, APPELT e ISRAEL (1999) sugerem que, dado o corrente
estado da arte, os métodos de Extração de Informação obtêm, na média, resultados máximos
de aproximadamente 0,60 no "f-measure", ou seja, obtêm 60% de sucesso.
3.3 Casamento de padrões léxicos e sintáticos.
Nesta técnica definem-se padrões léxicos, como o padrão
<substantivo>+"de"+<substantivo>, a que se pode atribuir significado. Na oração anterior, o
padrão enunciado pode ser associado ao significado "posse".
Os sistemas PETRARCA (VERLADI, PAZIENZA e MAGRINI, 1989) e SHOWY,
(HULL e GOMEZ, 1998) são exemplos do uso dessa técnica.
No sistema PETRARCA, os textos são submetidos à análise léxica e sintática e depois o
sistema tenta derivar interpretação semântica do texto, usando padrões (como o relatado
acima) guardados e descritos numa espécie de dicionário, para relacionar o padrão com a
semântica. Os padrões são chamados de "Surface Semantic Patterns".
O SHOWY foi utilizado para adquirir conhecimento de enciclopédias que tratam da
dieta e habitat de animais. As entradas da enciclopédia são parcialmente analisadas e depois
usadas para instanciar "Verbal Concepts", estruturas em forma de frame, associadas a ações
específicas. Esta idéia é análoga ao "case frame" e "concept nodes".
53
HEARST (1992) descreve o método para aquisição de relações "hiponômicas" ("is a") e
"meronômicas" ("parte de"), usando padrões definidas pela mesma. Este método não obteve
sucesso na extração das relações meronômicas. Para a extração das relações do tipo "is a",
seguem alguns padrões :
a) "such"+<substantivo>+"as"+{,<substantivo>}*+{"or"|"and"}*+{<substantivo>};
b) <substantivo>+{,<substantivo>}*+{,}+"or other"+{<substantivo>};
c) <substantivo> {,}+"especially"+{<substantivo>}*+{or | and}+<substantivo>.
Nas expressões as chaves indicam repetição, chave asterisco indica repetição de zero a n
e a barra vertical (|) o "ou".
Para extrair os padrões HEARST (1992) usou um analisador léxico e sintático e aplicou
o método a enciclopédia Grolier's American Academic Encyclopedia.
Para avaliação comparou os resultados obtidos com o tesauro Wordnet e encontrou
"precision" de 61/106 (57,5 %) e não indicou o "recall".
BERLAND e CHARNIAK (1999) continuaram o trabalho de HEARST (1992) para
encontrar relações meronômicas (a mesma não obteve sucesso como relatado acima). Para a
extração das relações, usaram o "North American News Corpus", que é a compilação de
vários jornais americanos.
Segue alguns exemplos das relações usadas :
a) substantivo-parte+"of"+substantivo-todo;
54
b)substantivo-parte+"in"+substantivo-todo;
c) substantivo-parte+"in"+("the"|"a")+substantivo-todo, em que substantivo-parte é a
palavra que é parte do substantivo-todo.
Para avaliação também comparou os resultados com o tesauro Wordnet. A "precision"
encontrada foi da ordem de 55 %. Como HEARST (1992), também não apresentou o
"recall".
Os métodos de Casamentos de Padrões assemelham-se aos de Extração de Informação,
porém os de Extração de Informação são mais específicos, pois as estruturas de extração de
conhecimento dificilmente podem ser utilizadas em outro domínio, devido a filosofia do
"shallow knowledge".
3.4 Técnicas de "Data Mining" e "Text Data Mining".
FAURE e NÉDELLEC (1998) apresentaram método semi-automático para adquirir
conceitos de determinado domínio usando "cases frames" (FILLMORE (1968)), consistindo
de palavras (geralmente substantivos) que exercem a mesma regra sintática em relação a
verbos.
Um “Case Frame” é capaz de representar uma sentença usando um conceito principal
(por exemplo, um verbo) e vários atributos (por exemplo, substantivos). Os vários atributos
são chamados de “Slots”. Veja o exemplo de um “Case Frame” para a frase : Na rua Pedro I,
João quebrou a janela de Pedro com um martelo.
Na rua Pedro I, João quebrou a janela de Pedro com um martelo .
55
Definição do case-frame :
[(VERBO PRINCIPAL)
[case-frame
Agente : instigador da ação (tipicamente animado)
Objeto : entidade que recebe a ação ou que se transforma
Instrumento: causa do evento ou objeto usado para causar o evento
(tipicamente inanimado)
Dativo : entidade afetada pela ação (tipicamente animado).
Factitivo: objeto ou ser resultante do evento.
Locativo: local do evento.
Fonte: local a partir de onde alguma coisa se move.
Meta
: local para onde alguma coisa se move.
Beneficiário: ser em cujo interesse (ou benefício) o evento ocorreu
(tipicamente animado).
]]
Aplicação da oração ao case-frame :
[ QUEBRAR
[case-frame
Agente : João
Objeto : janela
Instrumento
: martelo
Dativo :
Factitivo: -
Locativo: rua Pedro I
Fonte: -
Meta
: -
Beneficiário: -
]]
56
O "case-frame" usado por FAURE E NEDÉLLEC tinha a forma
<verbo>+((<preposição>|<regra>)+<palavra>), em que regra representa "o papel" da palavra ,
ou seja, se a palavra expressa a noção de lugar, ação, etc., é um agente, um local, etc. A
palavra geralmente é substantivo, que representa um conceito.
Depois que os "case-frames" são extraídos, são combinados em grupos através de um
algoritmo de "conceptual clustering", que é uma técnica de "datamining". No experimento
relatado por FAURE e NÉDELLEC, obtiveram 2014 "clusters", mas apenas 114 foram
avaliados como satisfatórios, dando uma "precision" de 6%.
No experimento não foi citado o "recall" obtido.
MAEDCHE e STAAB (2000b) propuseram um método para extrair relações não-
taxonômicas (por exemplo, a relação "parte de") entre conceitos, usando o algoritmo de
associação, que é também uma técnica de "datamining". No exemplo citado no artigo,
obtiveram uma "precision" de 11% e "recall" de 13%, que possibilita um "f-measure" de 0,12.
Nesse experimento, obtiveram 2429 relações comparadas com outras relações de uma
ontologia referência, construída manualmente, composta de 284 conceitos e 88 relações.
3.5 Abordagens Interativas.
As abordagens interativas caracterizam-se pela validação e otimização dos resultados
pelo especialista.
Tem-se, como por exemplo, o sistema DASERT de BIÉBOW e SZULMAN (1993),
cujo objetivo era verificar automaticamente a consistência de especificações funcionais,
57
expressas em linguagem formal. O texto é analisado lexicamente, palavras são ligadas a
conceitos na base de conhecimento, sintaticamente estabelecidos relacionamentos entre
palavras e, depois, semanticamente, são construídas interpretações na forma de redes
semânticas.
No sistema TERMINAE (BIEBOW e SZULMAN, 1999), o objetivo era prover um
ambiente no qual especialistas podem criar ontologias, incorporando mecanismos para análise
de textos e sugerindo possíveis conceitos, que eram depois usados para obtenção de novos
conceitos.
3.6 Abordagens Integradas.
Nas abordagens integradas, são usadas algumas já citadas, de forma combinada.
MIKHEEV e FINCH (1995) criaram o "Knowledge Acquisition Workbench" cujo objetivo
era a extração de conhecimento combinando técnicas de extração de informação, casamento
de padrões e "datamining".
AUSSENAC-GILLES, BIÉBOW e SZULMAN (2000) propõem também combinar
vários métodos para auxiliar na tarefa de aquisição de conhecimento.
3.7. Comparação entre as Técnicas Automáticas e Semi-automáticas de
Extração de Conceitos a partir da Linguagem Natural Escrita.
POTTER (2003) tem opinião de que os métodos de extração de coceitos do texto estão
ainda muito incipientes e é difícil dizer qual o melhor, pois são diferentes quanto ao escopo e
objetivo.
58
Porém, para fazer diferenciação mínima entre as mesmas, foi montado o quadro 4.1
levando em conta as características principais, o uso de conhecimento prévio, os objetivos e
os melhores resultados obtidos de "precision", "recall" e "f-measure".
Na tabela 3.1, embora os índices de "f-measure" e "precision" sejam melhores para os
métodos de Extração de Informação e Casamento de Padrões Léxicos e Sintáticos, em
detrimento do métodos de "dataming" , os objetivos de cada método são diferentes.
Técnicas de Foram
usadas para
Característica
Principal
Usa
conhecimento
prévio
"precision" "recall" F-
Measure
Processamento
Natural da
Linguagem
Entender a
semântica do
texto.
Uso de
dicionários,
léxicos ou
tesauros e
analisadores
léxicos e
sintáticos
potentes.
Geralmente
não.
Não se
aplica,
devido ao
objetivo.
Não se
aplica,
devido
ao
objetivo.
Não se
aplica,
devido
ao
objetivo.
Recuperação e
Extração da
Informação
Recuperar ou
extrair a
informação
Uso de
dicionários,
analisadores
léxicos e
sintáticos.
Geralmente
usa na forma
de "Shallow
Knowlege"
- - Em
torno de
0,6.
Casamento de
padrões
léxicos e
sintáticos.
Extrair
relações
taxonômicas
entre
conceitos.
Uso de
dicionários,
analisadores
léxicos e
sintáticos.
Geralmente
não.
Em torno de
0,55
- -
Usando
Técnicas de
"Datamining"
Associar ou
agrupar
conceitos,
relacionando-
os .
Uso de
dicionários,
analisadores
léxicos e
sintáticos e
ontologias.
Pode usar. 0,06 a 0,11 0,13 Em
torno de
0,12.
Tabela 3.1 Comparação entre as técnicas de extração semi-automáticas e automáticas de
extração de conhecimento a partir da linguagem natural escrita.
59
Pode-se desenhar a escala de complexidade de objetivos, tentando relacionar as técnicas
apresentadas:
+ específico especificidade dos objetivos - específico
Figura 4.1 Complexidade de objetivos das técnicas de extração de conceitos a partir da
linguagem natural.
onde :
EI = Extração da Informação
CPLS = Casamento de Padrões Léxicos e Sintáticos
DM = "Datamining"
PNL = "Processamento da Linguagem Natural"
EI CPLS DM PLN
60
Capítulo 4
Metodologia Evolutiva de Auxílio à Criação de Ontologias
(EVOLUI)
4.1 Descrição da Metodologia.
O processo de construção de ontologias é uma atividade de modelagem e, por isso, são
necessários esforços dos especialistas que estão trabalhando na captura, escolha e definição
dos elementos da ontologia : conceitos, relações, funções, axiomas e instâncias.
O nome EVOLUI foi escolhido porque a metodologia trabalha através de ciclos
evolutivos, onde os resultados do ciclo anterior são usados para a consecução de novos
resultados. Os detalhes do processo evolutivo serão comentados ao longo da descrição da
metodologia.
A metodologia proposta neste capítulo visa auxiliar o processo de construção de
ontologias, sugerindo palavras candidatas a conceitos, identificando relações binárias entre
essas palavras e, a partir destas relações, sugerir axiomas para a futura ontologia. Os axiomas
sugeridos estão representados na linguagem para a Web Semântica OWL (Ontology Web
Language). Conforme a especificação de OWL (DEAN et al., 2002), um axioma pode ser
uma descrição conceitual atômica, por exemplo, a descrição conceitual "professor", ou
descrições conceituais mais complexas, como "os professores do curso de informática da
61
Unifor que têm duas crianças". OWL é uma linguagem de Lógica Descritiva ou Lógica de
Descrição (segundo capítulo).
A metodologia também possui as características de ser interativa, ou seja, necessita da
presença humana no refinamento dos resultados e de utilizar técnicas de recuperação de
informação (análise lexográfica - WIVES, 1999) e casamento de padrões FLEX, contribuição
desta dissertação, item 4.2.4 Aquisição dos Axiomas. A técnica de análise lexográfica é
usada para extrair as palavras candidatas a descrições conceituais atômicas, ou seja, palavras
candidatas a conceitos que tornarão axiomas OWL, depois de validadas pelo usuário da
metodologia. A FLEX sugere relações taxonômicas e não-taxonômicas que também tornarão
axiomas OWL, após validação do usuário.
EVOLUI avalia os resultados obtidos, as relações obtidas (que são axiomas OWL) e a
ontologia. Para avaliar as relações obtidas usa-se os índices "recall" , "precision" e "f-
measure" empregados em Extração da Informação. Para avaliar a ontologia são usados as
métricas "recall" e "precision" do trabalho de MAEDCHE e STAAB (2002), descritas no
item
3.4 Técnicas de "Data Mining" e "Text Data Mining"
.
A metodologia conta com as seguintes fases (figura 4.1) :
a) Planejamento da Ontologia;
b) Definição dos predicados dos axiomas;
c) Aquisição das palavras candidatas a conceitos;
d) Aquisição dos axiomas;
e) Geração e avaliação da ontologia.
Ao fim de cada etapa da EVOLUI, são gerados produtos, entradas para as fases
posteriores.
62
Fases da metodologia :
Figura 4.1 - Fases da Evolui
páginas
ontologia
(1) planejamento
da ontologia
(5)
geração e
avaliação da
ontologia
axiomas
(2) definição dos
predicados dos
axiomas
(3) aquisição de
palavras candidatas
a conceito
(4) aquisição dos
axiomas
conceitos
predicados
consulta
"web"
predicados
melhora
ontologia ?
63
4.2 Descrição das Fases da Metodologia EVOLUI.
Durante o detalhamento das fases da metodologia será utilizado um exemplo no
domínio da Biologia, contido nos anexos III a IX.
4.2.1 Planejamento da ontologia
:
Nesta fase, escolhe-se o domínio de aplicação da metodologia, as métricas a serem
utilizadas para avaliar a ontologia, bem como a linguagem de representação da ontologia.
Determinação do domínio da ontologia que será criada ;
Identificação ou criação de métricas para avaliação da ontologia : por
exemplo, métricas de MAEDCHE e STAAB (2002) ou métricas criadas
pelo próprio especialista.
Escolha da linguagem para representar a ontologia : por exemplo,
OIL, DAML+OIL, OWL
Criação de cronograma, explicitando recursos utilizados e pessoas
participantes : por exemplo, modeladores e avaliadores da ontologia.
O produto dessa etapa é o Planejamento da Ontologia, conforme anexo III.
64
4.2.2 Definição dos predicados dos axiomas:
Esta fase é no início realizada manualmente pela pessoa que irá modelar a ontologia.
Com base em experiência pessoal, definirá os termos ou expressões, que são predicados, que
unirão os conceitos da ontologia. Por exemplo, o termo "é um" pode ser escolhido como
predicado, pois expressa uma relação entre conceitos, como na oração "O homem é um
mamífero". O predicado "é um", liga o conceito homem ao mamífero.
À medida que o processo de modelagem da ontologia vai evoluindo, a pessoa que irá
modelar a ontologia tem a ajuda de ferramenta computacional (ONTOPRO), que exibe as
sentenças (ou partes destas) extraídas do texto onde estão as relações, obtidas na interação
anterior. A pessoa ao ler as sentenças exibidas pode descobrir novas relações, acrescentando
manualmente mais predicados aos já existentes.
Segundo MAEDCHE e STAAB (2000b), uma ontologia de nome O pode ser definida
através de quatro elementos O := (C, R
T
, R
NT
, A) em que C são os conceitos da ontologia, R
T
são as relações taxonômicas definidas por R
T
C x C, R
NT
as relações não-taxonômicas
definidas por R
NT
C x C x STRING, onde STRING é a palavra ou expressão que relaciona
os conceitos e, finalmente, A são os axiomas da ontologia.
Está na introdução deste capítulo que, em OWL uma descrição conceitual atômica, por
exemplo "organismo", é chamada de classe e constitui um axioma OWL. Para descrever
"organismo", usa-se a seguinte construção OWL :
<owl:Class rdf:ID="organismo">
65
Em OWL, as relações taxonômicas são representadas por cláusulas explícitas na
linguagem, ou seja, como se fossem "palavras reservadas" das linguagens de programação
tradicionais (pascal, C++ e outras). Por exemplo, a relação taxonômica "
IS A
" é expressa pela
cláusula OWL rdfs:subClassOf. Assim, para representar a descrição conceitual, "o homem é
um animal", poder-se-ia usar a seguinte construção OWL, que é um axioma OWL :
<owl:Class rdf:ID="homem">
<rdfs:label>homem</rdfs:label>
<rdfs:subClassOf rdf:resource="#animal"/>
</owl:Class>
A relação não-taxonômica "SAME AS" é expressa pela cláusula OWL
owl:equivalentClass. Para representar, por exemplo, a descrição conceitual "organismo é o
mesmo que ser", ter-se-ia a seguinte construção OWL, que também é um axioma OWL :
<owl:Class rdf:ID="organismo">
<rdfs:label>organismo</rdfs:label>
<owl:equivalentClass rdf:resource="#ser"/>
</owl:Class>
Por outro lado, as relações não-taxonômicas em OWL são representadas por restrições
sobre conceitos. O conceito de "restrição sobre conceitos" é o mesmo da Lógica Descritiva ou
Lógica de Descrição (capítulo dois). Essas "restrições" fazem o papel da STRING definida
por MAEDCHE e STAAB (2000b) na relação não-taxonômica. Assim, para representar a
descrição conceitual "o homem que matou a criança", usar-se-ia a seguinte construção OWL :
<owl:Class rdf:ID="homem">
<rdfs:label>homem</rdfs:label>
<rdfs:subClassOf rdf:resource="#animal"/>
<owl:Restriction>
<owl:onProperty rdf:resource="#que matou"/>
<owl:hasValue rdf:resource="#criança"/>
</owl:Restriction>
</owl:Class>
A tabela 4.1 dá exemplos da lista de palavras escolhidas para expressarem os axiomas
OWL.
66
Predicado Cláusula OWL Taxonômico, Não
Taxonômico ou Instância
demonstrou
demonstrava
apresentou
apresentava
mostrou
mostrava
como
composta
composto
é o
é a
é um
é uma
<owl:Class rdf:ID="conceito">
</owl:Class>
<conceito rdf:ID="instância">
</conceito>
Instância
é todo
é toda
<owl:Class rdf:ID="conceito1">
</owl:Class>
<owl:Class rdf:ID="conceito2">
<rdfs:label>conceito2</rdfs:label>
<rdfs:subClassOf rdf:resource="#conceito1"/>
</owl:Class>
Taxonômico
é a causa
<owl:Class rdf:ID="conceito1">
<rdfs:subClassOf>
<owl:Restriction>
<owl:ObjectProperty rdf:resource="#relação1"/>
<owl:SomeValuesFrom rdf:resource="#conceito2"/>
<owl:SomeValuesFrom rdf:resource="#conceito3"/>
</owl:Restriction>
</rdfs:subClassOf>
</owl:Class>
Não Taxonômico
Tabela 4.1- Exemplo de palavras escolhidas da linguagem natural para expressarem axiomas
na linguagem OWL
O produto dessa etapa está exemplificado no anexo IV: Predicados dos Axiomas
Utilizados .
4.2.3 Aquisição de palavras candidatas a conceitos:
Inicialmente, o usuário montará consultas submetidas a sites de busca : altavista,
google, etc. Estas consultas serão formadas por palavras, que provavelmente tornarão futuros
conceitos, a depender da análise da pessoa que irá modelar a ontologia. Os endereços dos sites
resultantes da consulta serão armazenados em um arquivo. O usuário pode repetir a operação
67
diversas vezes. Seguem dois exemplos de consulta realizados para escolha de sites no
domínio Biologia :
Consulta 1 : célula AND tecido AND seres AND divisão AND reprodução AND NOT
programa
No exemplo, o mecanismo de busca (altavista, google) retornará todos os sites que
tenham as palavras célula, tecido, seres, divisão, reprodução e não tenham a palavra
programa, evitando-se ementas de disciplinas.
Consulta 2 : câncer NEAR célula AND NOT programa.
O mecanismo de busca (altavista apenas) retornará todas os sites que tenham as palavras
câncer e célula e não tenham mais de vinte palavras de distância uma da outra e que não
tenham a palavra programa.
Depois, com base nos sites obtidos pelas consultas , é extraído o conteúdo HTML das
páginas e armazenadas.
A seguir faz-se a preparação dos dados, que consiste em automaticamente:
a) trocar as expressões HTML de acentuação por caracteres correspondentes. Exemplo :
&ccedil; corresponde ao caracter ç; &oacute; corresponde ao caracter ó;
b) eliminar as tags html e códigos de programação em javascript, vbscript ou estilos;
c) colocar em cada linha somente uma oração. Por exemplo :
68
Situação anterior do texto :
A célula cancerosa multiplica-se facilmente. Estudos
indicam que a taxa de multiplicação varia conforme o indivíduo.
Situação posterior do texto :
A célula cancerosa multiplica-se facilmente.
Estudos indicam que a taxa de multiplicação das células varia conforme o indivíduo.
d) eliminar do texto as linhas (linhas físicas, limitadas por "line feed" e "carriage
return") que não possuam predicados dos axiomas, definidos esses predicados na fase
Definição dos Predicados dos Axiomas.
O usuário digita as palavras que deseja eliminar, na maioria palavras vazias, isto é,
artigos, preposições, conjuções, interjeições etc, que sozinhos não podem expressar um
conceito.
Depois, são selecionadas as palavras candidatas a conceitos com base na freqüência
total das palavras, no arquivo, obtidas na fase "d" da subfase preparação de dados. Essa
seleção representa uma contribuição à área de recuperação de informação, pois combina a
freqüência total das palavras com um contexto, definido pela palavra que representa o
predicado do axioma OWL.
O passo descrito a seguir corresponde ao refinamento manual da figura 4.2. O usuário
observa a lista de palavras candidatas, verifica se há alguma palavra indesejada (adjetivos,
artigos, palavras não diretamente relacionadas com o domínio, por exemplo, a palavra
flamengo em domínio de Biologia). O objetivo é escolher principalmente substantivos que
expressem conceitos do domínio estudado. Caso haja palavra indesejada, marca-a e repete o
processo. Este passo é repetido diversas vezes até que a lista de palavras candidatas a conceito
esteja validada pelo usuário.
69
O produto dessa fase encontra-se no anexo V, Lista de Palavras Candidatas a Conceitos.
A figura 4.2 explica o processo de extração das palavras candidatas da metodologia
EVOLUI. Inicialmente, o usuário digita consultas que são submetidas a um site de busca
Figura 4.2 - Processo de extração das palavras candidatas
predicados
consulta web
4 links
web
captura páginas
5 links
6 páginas
prepara dados
altavista 2 consulta
1 digita
consultas
10 retorno
conforme
avaliação do
usuário
9 palavras a
serem excluídas
8 orações
extrai palavras
candidatas
refinamento
manual
palavras
candidatas
FIM
palavras vazias
70
(fluxos 1 e 2 da figura). Das páginas html retornadas, são extraídos os links e gravados em um
arquivo (fluxo 3). Os links são lidos do arquivo e as páginas html correspondentes a estes
links são gravadas em um arquivo de páginas (fluxos 4, 5, 6 e 7). Os predicados e palavras
vazias são digitados manualmente em arquivos separados e todo o código html, javascript e
vbscript são excluídos do arquivo de páginas (fluxos 8 e 9). As linhas do arquivo de páginas
que não têm predicados são eliminadas, dando origem a um arquivo de menor tamanho
(fluxos 8 e 9). Um programa extrai e lista em ordem decrescente as palavras candidatas a
conceito do arquivo de páginas. O usuário examina a lista de palavras candidatas e se existir
alguma relacionada com o domínio, promove a exclusão (refinamento manual). Se a
quantidade de palavras candidatas for muito pequena, o usuário pode iniciar todo o processo,
montando novas consultas e submetendo-as novamente a um site de busca.
4.2.4 Aquisição dos axiomas :
São escolhidas e aplicadas as técnicas para aquisição dos axiomas. A entrada é o
conjunto de palavras candidatas a conceito e conjunto de predicados.
Para aquisição dos axiomas OWL, é proposta a técnica
FLEX
baseada na idéia de
"casamento de padrões" (capítulo 3).
O que se propõe, na técnica FLEX, é generalizar o conceito de relação, baseado nas
definições de MAEDCHE e STAAAB (2000b) e, posteriormente. em MAEDCHE e STAAB
(2003) de relações taxonômicas, não-taxonômicas e genéricas. A relação genérica pode ser
definida por R
GEN
C x C x STRING, onde esta STRING pode expressar uma relação
taxonômica ou não taxonômica, entre os conceitos. Assim, a relação taxonômica é um caso
especial de uma relação genérica, onde a própria linguagem ou outro mecanismo de
71
representação da ontologia que expressa esta relação já possui expressões embutidas para
representá-la, como, por exemplo, em OWL, a expressão "rdfs:subclassOf" é uma relação
taxonômica (que é um axioma OWL).
O que é feito nessa fase da metodologia é a escolha de expressões ou palavras da
linguagem natural escrita, que fazem o papel da STRING na definição acima, a partir do que a
STRING será chamada de predicado da relação genérica
ou predicado do axioma OWL ou
simplesmente predicado
.
Na FLEX para cada axioma OWL será definido um predicado, representado pelo
conjunto de palavras que representam o axioma OWL.
Foi utilizado o padrão com a seguinte estrutura : predicado (primeira palavra ou
expressão, segunda palavra ou expressão), em que predicado é o termo (palavra ou
expressão) que liga a primeira palavra à segunda. As palavras serão preferencialmente
substantivos. A estrutura predicado (primeira palavra ou expressão, segunda palavra ou
expressão) representa um axioma OWL, da futura ontologia.
Observem-se os exemplos :
Quadro 4.1- Exemplo de relações representadas por axiomas na linguagem OWL
é um
(protótipo,sistema), significando que protótipo é um tipo de sistema ;
dependente (qualidade, processo), significando que qualidade está ligada a processo;
72
Aplicada a cada oração da página, onde o elemento delimitador da oração foi
considerado o ponto final, usou-se a seguinte heurística para a descoberta dos futuros axiomas
nas páginas da Internet :
a)inicialmente, localizada a palavra (ou expressão) que expressa o predicado do axioma
um, tem, formado, semelhante a, dependente, parte de ...);
b)depois, pesquisou-se do lado esquerdo da palavra que expressa o predicado do axioma, se
havia alguma palavra (ou expressão) da lista de palavras candidatas a conceito; identificada,
avança-se para o passo seguinte; caso contrário, é lida nova linha e volta-se para o passo a;
c) pesquisou-se, do lado direito da palavra que expressa o predicado do axioma, se havia
alguma palavra da lista de palavras candidatas a conceito; identificada, gera-se o axioma, caso
negativo, é lida nova linha e retorna-se para o passo a.
As entradas para a realização da tarefa foram : orações extraídas de páginas da Internet
e conjunto de palavras candidatas a conceito, obtidas na etapa "Aquisição de palavras
candidatas a conceitos"
, conjunto de palavras que expressam os predicados dos axiomas,
definidas na etapa "Definição dos predicados ".
O produto está no anexo IX, Axiomas Encontrados (Parcial).
A geração de ontologia em OWL será realizada automaticamente, onde os predicados
de relações taxonômicas serão substituídos pela expressão "rdfs:subClassOf". Os predicados
que expressam relações não-taxonômicas de semelhança serão substituídos pela cláusula
"owl:EquivalentClass", as que expressam relações de disjunção pela "owl:disjointWith" e as
73
demais pela cláusula "owl:ObjectProperty" rdf:ID=
"nome_do_predicado_que_expressa_relação".
4.2.5 Geração e avaliação da Ontologia.
Procedece-se à avaliação dos axiomas obtidos. Aplicando as métricas definidas,
verifica-se se os axiomas estão de acordo com a expectativa do usuário. Não o sendo, o
usuário poderá excluir, adicionar relações ou retornar para qualquer fase anterior.
Foi observado, quando se aplicou a técnica FLEX que a quantidade de axiomas
encontrados é função da distância entre o predicado e as palavras candidatas a conceito. Foi
alterada a ferramenta automatizada, para que esta variável (distância entre o predicado e as
palavras candidatas a conceito) fosse informada pelo usuário, antes da extração dos axiomas.
Assim, se a quantidade de axiomas encontrados for muito grande, o usuário através da
ferramenta poderá diminuir a quantidade de axiomas gerados, diminuindo a distância
Para a avaliação dos axiomas encontrados, serão utilizadas as métricas precisão e
recuperação (Aquisição de Conhecimento a Partir da Linguagem Natural Escrita).
Para a avaliação da ontologia, será utilizada a métrica de MAEDCHE e STAAB
(2002b) conforme detalhada em 2.8 Metodologias de Construção e Métricas de Avaliação
de Ontologias.
A seguir, gerar-se-á a ontologia em linguagem suportada pela Web Semântica. A nova
ontologia recém-criada será incorporada à uma base de ontologias, para futuros trabalhos de
integração.
74
O produto será a ontologia expressa em uma linguagem da ontologia, por exemplo
OWL , conforme anexo VI.
4.3 Comparação com Trabalhos Correlatos.
O trabalho mais próximo à metodologia EVOLUI é a de MAEDCHE e STAAB (2000a
e 2001). A diferença é que EVOLUI faz um mapeamento da linguagem natural com os
predicados dos axiomas das linguagens para a Web Semântica, na fase Definição dos
Predicados dos Axiomas. Essa fase facilita o processo de geração automática da ontologia na
linguagem para a Web Semântica.
A técnica FLEX é semelhante as propostas por HEARST(1992) , CHARNIAK(1999) e
MAEDCHE e STAAB (2000b), e pode ser classificada como técnica de extração de
conhecimento de linguagem natural baseada em casamento de padrões. A diferença é que a de
HEARST(1992) só extrai relações taxonômicas ("'é um", "tipo de") e a de CHARNIAK
(1999) somente um tipo de relação não-taxonômica ("parte de"). A técnica proposta por
MAEDCHE e STAAB (2000b) só extrai relações não-taxonômicas.
FLEX é mais genérica podendo sugerir qualquer tipo de relação, ou seja, relações
taxonômicas e não-taxonômicas. Além disso não foram usados analisadores sintáticos como
HEARST (1992) , CHARNIAK(1999), MAEDCHE e STAAB (2000b) para a extração das
palavras candidatas. Também não o foram ontologias como MAEDCHE e STAAB (2000b)
para extração das relações candidatas.
75
Capítulo 5
Aplicação do Método de Criação de Ontologias Evolutivo
(EVOLUI)
5. Exemplo da aplicação da Metodologia EVOLUI no domínio
CARDIOLOGIA.
5.1 Planejamento da ontologia.
Construiu-se a ferramenta OntoPro (Ontology Processor) na linguagem Java para apoiar
a metodologia. As métricas utilizadas para avaliar os axiomas foram a precisão ("precision") ,
recuperação ("recall") e "f-measure", e a ontologia foi a de MAEDCHE e STAAB (2002b)
(capítulo anterior).
O domínio escolhido foi o da cardiologia. Este domínio foi escolhido porque já existia
uma ontologia referência neste domínio, construída manualmente, retirada do trabalho de
OLIVEIRA (1999).
Para apoiar a metodologia foi construída a ferramenta ONTOPRO.
O planejamento da ontologia está no anexo III desta dissertação.
76
A ontologia referência está no anexo X desta dissertação.
5.2 Definição dos predicados dos axiomas.
Para a definição dos predicados dos axiomas, fez-se um mapeamento entre a
linguagem OWL e a linguagem natural. Procurou-se incluir predicados que conduzissem tanto
a relações taxonômicas, como a relações não-taxonômicas.
A definição dos predicados dá-se inicialmente de acordo com a experiência do usuário
naquele domínio. Como mostrado no capítulo anterior, a metodologia é cíclica, ou seja cada
conjunto de fases pode ser executado diversas vezes. À medida que o especialista vai
colhendo os resultados na fase de avaliação, analisando o produto descrito no anexo IX
gerado pela ferramenta ONTOPRO, depois de uma interação, o mesmo vai refinando os
predicados, incluindo novos e excluindo aqueles que não propiciaram boa avaliação.
A definição dos predicados está no anexo IV desta dissertação.
5.3 Aquisição das palavras candidatas a conceito.
Inicialmente o especialista digitou as seguintes consultas que foram submetidas ao site
www.altavista.com, usando a ferramenta ONTOPRO (ver figura 5.1) :
1 a. Consulta :
patologia+AND+coração+AND+NOT+programa
77
Na primeira consulta, deseja-se extrair todos os sites que tenham as palavras patologia e
coração e não possuir a palavra programa, tentando-se evitar descrição de conteúdo das
disciplina de colégios ou universidades.
Figura 5.1 – Exemplo de consulta para extrair sites no domínio Biologia.
2 a. Consulta :
anatomia+AND+coração+AND+NOT+programa
78
3a. Consulta :
exame+AND+coração+AND+NOT+programa
Foram extraídos 161 sites, relacionados no Anexo VII.
Não se fez o filtro das páginas extraídas, apesar de algumas originadas de sites que não
estão diretamente relacionados com o domínio Biologia, como por exemplo, a página
http://www.meishusama.org/homepage/oracoes-outras/autoexame_da_Fe.htm.
O filtro será realizado
quando as palavras candidatas forem analisadas pelo especialista.
Deste site foram extraídas as páginas HTML e ASP, que formaram um arquivo de 3,89
Mb contendo textos , "tags" HTML, "scripts" (JAVASCRIPT, VBSCRIPT) e definição de
"styles".
A passo a seguir foi trocar a representação de acentos em HTML para caracteres. A
tabela 5.1 (parcial) possibilita noção do que foi realizado :
Cláusula HTML Caracter
&ccedil; ç
&aacute; á
&#225; á
&#233; é
&#245; õ
Tabela 5.1 Tabela parcial de conversão das cláusulas HTML para caracteres
Depois de extraídas as tags HTML, o arquivo diminuiu para o tamanho de 0,80 Mb. O
arquivo possui 131.900 palavras e 19.078 linhas.
79
Figura 5.2 – Palavras candidatas extraídas (lista parcial).
O número que aparece ao lado da figura 5.2 representa a freqüência absoluta no texto
filtrado, ou seja, depois de excluídas as linhas que não possuíam os predicados das relações.
Foram escolhidas 172 palavras candidatas, que representam 3 % da quantidade (5736)
das palavras das linhas do texto, sem contar as repetições. Essas palavras estão relacionadas
no anexo V.
Para extração das palavras candidatas a conceitos, usou-se a técnica definida no
capítulo anterior. Combina ao mesmo tempo a análise lexógrafica (WIVES (1999)),
comentada no capítulo
Aquisição de Conhecimento a Partir da Linguagem Natural
80
Escrita com o contexto da oração, ou seja, a existência dos predicados definidos na fase
anterior.
Para a escolha das palavras candidatas a conceito, consideram-se a opinião do
especialista, também de forma interativa. Para a escolha das palavras não foram usados
tesauros ou ontologias. O programa de escolha das palavras candidatas é um analisador
léxico, que faz o reconhecimento delas. Antes de iniciar a extração, tomou-se a gramática e
cadastraram-se artigos, preposições, advérbios, numerais, pronomes, conjunções e a flexão de
alguns verbos irregulares no arquivo de palavras excluídas. Na escolha dessas palavras,
tiveram-se em consideração principalmente os substantivos, de acordo com recomendação de
VERSPOOR (1997) para criação de ontologias.
O limite de truncagem expressa a freqüência absoluta mínima que as palavras aparecem
no conjunto de orações escolhidas. O limite de truncagem adotado foi de dois, ou seja,
palavras com freqüência abaixo de dois foram desconsideradas. Se fosse adotado o limite de
truncagem igual a um, ter-se-ia que analisar mais 3449 palavras, sendo um enorme esforço
para o especialista, visto que o refinamento das palavras candidatas é realizado manualmente
pelo especialista.
As palavras removidas, ou seja, preposições, verbos, conjunções, etc., estão no anexo
VIII.
81
5.4 Aquisição dos axiomas.
Para efeito de comparação com a ontologia referência, foram escolhidas somente as
relações que possuiam conceitos e instâncias compostos por uma única palavra, uma vez que
a técnica FLEX não trabalha com conceitos formados por mais de uma palavra. A ontologia
referência possui no total 50 relações, sendo 8 formadas por conceitos de uma única palavra
(16 %) e 122 instâncias, sendo 23 ligadas a conceitos de uma única palavra (19 %).
As relações entre os conceitos e instâncias de uma palavra da ontologia referência estão
apresentados na tabela 5.2. Esta tabela também apresenta os conceitos e instâncias
encontrados.
Conceito Sub-Classe Instância Encontrado (S=Sim e
N=Nào) ?
etiopatogenia etiologia N
etiopatogenia patogenia N
artéria aorta S (duas vezes)
artéria cincunflexa N
parede pericárdio S
parede miocárdio S (duas vezes)
parede endocárdio N
função fisiologia S
função fisiopatologia N
fisiologia contração N
fisiologia transporte N
fisiologia nutrição N
diagnóstico sindrômico N
diagnóstico etiológico N
82
Conceito Sub-Classe Instância Encontrado (S=Sim e
N=Nào) ?
sindrômico angina N
terapia clínica N
terapia intervencionista N
intervencionista angioplastia S
intervencionista valvoplastia N
sintoma dispnéia S (duas vezes)
sintoma síncope S
sintoma palpitação S
sintoma diarréia S
abdome hepatomegalia S
abdome esplenomegalia S
abdome ascite S
bioquímica colesterol S
bioquímica eletrólitos N
bioquímica glicemia N
hematologia eritrograma N
hematologia leucograma N
Tabela 5.2 Conceitos e instâncias da ontologia referência com apenas uma palavra
Para extração dos axiomas, verificou-se, após sucessivos testes, que o índice "f-
measure" era função da distância (medida em bytes, que será representada pela letra D) do
predicado em relação às palavras candidatas a conceito (tabelas 5.3, 5.4 e 5.5) :
83
D Qtd. axiomas extraídos Qtd. axiomas encontrados na
ontologia referência
Precision Ontology
15 bytes 21 10 48 %
30 bytes 32 12 44 %
50 bytes 39 16 41 %
100 bytes 68 16 24 %
200 bytes 100 16 16 %
Tabela 5.3 Tabela da métrica precisão ("precision")
D Qtd. axiomas
encontrados na
ontologia referência
Qtd. axiomas da ontologia
referência
Recall Ontology
15 bytes 9 31 29 %
30 bytes 12 31 39 %
50 bytes 13 31 42 %
100 bytes 13 31 42 %
200 bytes 13 31 42 %
Tabela 5.4 Tabela da métrica recuperação ("recall")
D Precision Ontology Recall Ontology F-Measure
15 bytes 48 % 29 % 0,36
30 bytes 44 % 39 % 0,41
50 bytes 41 % 42 % 0,41
100 bytes 24 % 42 % 0,30
200 bytes 16 % 42 % 0,23
Tabela 5.5 Tabela da métrica "F-Measure"
84
Com base na tabela 5.5 escolheu-se a distância de 50 bytes para montar-se a ontologia,
visto que proporcionou o melhor índice de "f-measure" e de "recall ontology".
Os axiomas extraídos estão listados parcialmente no anexo IX.
5.5 Geração e Avaliação da ontologia.
Para avaliar a ontologia, empregou-se o índice "precision ontology" e "recall ontology"
de MAEDCHE e STAAB (2000b) conforme descrito no capítulo 4. Como dito no início deste
capítulo foi utilizada como referência a ontologia do tema cardiologia do trabalho de
OLIVEIRA (1999).
Os valores obtidos do precision ontology foram 41 % e recall ontology foram 42 %. O
índice recall encontrado indica que a ontologia obtida é 42 % semelhante a parte da ontologia
referência escolhida (relações de conceitos e instâncias de uma palavra). O índice precision é
usado para determinar-se o melhor índice de "f-measure", que é uma média ponderada entre o
recall e o precision. Sem levar em conta os objetivos dos trabalhos, analisando somente os
números em si, os índices recall e precision mostraram superiores aos obtidos nos trabalhos de
FAURE e NÉDELLEC (1998) e MAEDCHE e STAAB (2002) e inferiores aos trabalhos de
HEARST (1992) e CHARNIAK(1999).
Porém, levando-se em conta os objetivos, os resultados obtidos não podem ser
comparados com os trabalhos de HEARST (1992) e CHARNIAK(1999), pois o trabalho
presente visa obter relações taxonômicas e não-taxonômicas. O de HEARST e CHARNIAK
visava obter somente relações taxonômicas.
85
Também, pela mesma razão é difícil comparar os resultados com os do trabalho de
MAEDCHE e STAAB (2002), pois possuem objetivos diferentes. O trabalho apresentado
aqui busca obter simultaneamente relações taxonômicas e não-taxonômicas para criar uma
ontologia. O de MAEDCHE e STAAB (2002) visava enriquecer a ontologia cuja taxonomia
já estava previamente definida manualmente.
Assim, não há trabalho conhecido em que se possam comparar os índices PO (precision
ontology) e RO (recall ontology), ficando como referência para trabalhos futuros.
Depois da avaliação da ontologia, gerou-se a ontologia automaticamente em OWL
(anexo VI).
86
Capítulo 6
Conclusões e Perspectivas Futuras.
Por meio deste trabalho, define-se uma metodologia para auxiliar o processo de criação
de ontologias a partir de textos (páginas web) que :
a) no início do processo, receba expressões de consultas, similares aos dos sites de
busca (altavista, google e outros) ;
b) não aplica análise sintática nos textos (páginas web);
c) não usa tesauros ou ontologias para auxiliar a identificação ou escolha de conceitos;
d) usa a web para adquirir as fontes de extração de conhecimento ;
e) sugere conceitos, combinando a frequência e a existência de predicados definidos
pelo especialista (contribuição desta dissertação);
f) sugere relações taxonômicas e não-taxonômicas ;
g) sugere axiomas de classe da linguagem OWL a partir das relações extraídas;
h) a qualidade da ontologia é considerada e aperfeiçoada com base na avaliação, em
face dos índices "precision ontology" e "recall ontology" ;
i) a ontologia gerada está pronta para ser usada na Web Semântica, ou seja, codificada
em linguagem compatível com a Web Semântica ;
87
A metodologia possui as seguintes vantagens em relação a métodos que usam tesauros
para construção de ontologias :
a) o tesauro pode não estar disponível na língua, como é o caso do Wordnet na língua
portuguesa;
b) se for utilizado tesauro em outra língua como o Wordnet em inglês, o termo da língua
origem pode não ter tradução apropriada, como é o caso da palavra saudade, que não existe
boa tradução para o inglês;
c) a palavra pode não existir no tesauro, como termos técnicos ou gírias;
d) as relações entre os conceitos no tesauro são fixas;
e) usando o tesauro ainda há de se escolher o sentido do conceito.
Essa metodologia propõe as seguintes contribuições ao processo de criação de
ontologias de forma semi-automática :
a) ajuda a confeccionar ontologias interativamente, através de processo cíclico e
evolutivo, em que o conhecimento inicial para a confecção da ontologia parte
de expressões de consultas realizadas à web, montadas pelo especialista, para
extrair páginas relacionadas ao domínio da ontologia, podendo repetir esta
etapa inúmeras vezes, a fim de capturar mais conhecimento para a ontologia;
b) sugestão de palavras candidatas a conceitos combinando a frequência relativa e
a existência de predicados de axiomas OWL;
88
c) sugestão de relações taxonômicas e não-taxonômicas a partir de um "pattern"
genérico;
A metodologia possui uma limitação que é a definição dos predicados (fase Definição
dos predicados dos axiomas
). O usuário precisa conhecer os termos da língua natural ou do
domínio, capazes de ligar conceitos e que expressem relações de taxonomia ("is a") ou
relações não-taxonômicas (como por exemplo "part of").
Este ensaio não tem o intuito de propor a substituição da presença humana na criação de
ontologias, pois o processo é tipicamente trabalho de modelagem. O objetivo é auxiliar esta
tarefa árdua, principalmente em linguagens em que bons tesauros são ainda diminutos, como
no caso da língua portuguesa.
Para trabalhos futuros, pode-se :
a) implementar algoritmos de agrupamentos (clustering) para agrupar palavras
similares, durante a fase de escolha de palavras candidatas a conceitos ;
b) criar um algoritmo para sugerir os predicados dos axiomas, por exemplo usando
"datamining";
c) desenvolver técnicas de integração com ontologias já definidas ;
d) refinar as palavras escolhidas da relação;
e) construir a navegação semântica, que consiste em usar os conceitos e relações da
ontologia criada para percorrer outras páginas web;
f) sugerir conceitos com duas ou mais palavras;
g) troca de arquivos entre computadores com base nas ontologias criadas;
89
h) construção de ferramenta de colaboração, tipo a "ICQ", combinando ontologias
pessoais, onde estariam especificados gostos e características pessoais.
90
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ANEXOS
99
ANEXO I - EXEMPLOS DAS LINGUAGENS SHOE, XOL, RDF-Schema,
OIL e DAML+OIL
Exemplo da linguagem Simple Html Ontology Extensions (SHOE) :
Este exemplo define uma ontologia, chamada família :
<HTML>
<HEAD> <META HTTP-EQUIV="SHOE" CONTENT="VERSION=1.0">
<TITLE> Arv. Genealogica </TITLE>
</HEAD>
<BODY><ONTOLOGY ID=01.Familia-ontologia "version=1.0">
<USE-ONTOLOGY ID="base.ontology" version="1.0"PREFIX="base" url="http:..">
<DEF-CATEGORY NAME="Pessoa" ISA="base.SHOEEntity">
<DEF-CATEGORY NAME="Homem"ISA="Pessoa">
<DEF-CATEGORY NAME="Mulher" ISA="Pessoa">
<DEF-RELATION NAME="Tem pai"
<DEF-ARG POS="1" TYPE="Pessoa">
<DEF-ARG POS="2" TYPE="Pessoa">
<DEF-RELATION NAME="E irmao"
<DEF-ARG POS="1" TYPE="Pessoa">
<DEF-ARG POS="2" TYPE="Pessoa">
<DEF-RELATION NAME="nome"
<DEF-ARG POS="1" TYPE="Pessoa">
<DEF-ARG POS="2" TYPE=".STRING">
</ONTOLOGY>
</BODY>
</HTML>
E veja a definição do axioma para esta ontologia :
<DEF-INFERENCE DESCRIPTION="e irmao(?pes1,?pes2) if tem pai (pes1,? pessoa) and
tem pai (pes2,?pessoa)>
<INF-IF>
<RELATION NAME= "tem pai"
<ARG POS=1 VALUE="pes1" USAGE=VAR>
<ARG POS=2 VALUE="pessoa" USAGE=VAR>
</RELATION>
<RELATION NAME= "tem pai"
<ARG POS=1 VALUE="pes2" USAGE=VAR>
<ARG POS=2 VALUE="pessoa" USAGE=VAR>
</RELATION>
</INF-IF>
<INF-THEN>
<RELATION NAME= "e irmao"
<ARG POS=1 VALUE="pes1" USAGE=VAR>
<ARG POS=2 VALUE="pes2" USAGE=VAR>
</RELATION>
</INF-THEN>
</DEF-INFERENCE>
100
Exemplo da linguagem XML - BASED Ontology Exchange Language (XOL) :
Este exemplo define uma ontologia, chamada família :
<module>
<name> familia </name>
<class>
<name> pessoa </name>
</class>
<class>
<name> homem </name>
<subclass-of> pessoa </subclass-of>
</class>
<class>
<name> mulher </name>
<subclass-of> pessoa </subclass-of>
</class>
<slot>
<name> pai de </name>
<domain> homem </domain>
<slot-value-type> pessoa </slot-value-type>
<slot-inverse> tem pai </slot-inverse>
</slot>
<slot>
<name> tem pai </name>
<domain> pessoa </domain>
<slot-value-type> homem </slot-value-type>
<slot-inverse> pai de </slot-inverse>
</slot>
<individual>
<name> João </name>
<slot-values>
<name> tem pai </name>
<value> Carlos </value>
</slot-values>
</individual>
<individual>
<name> Carlos </name>
<slot-values>
<name> pai de</name>
<value> João </value>
</slot-values>
</individual>
</module>
101
Exemplo da linguagem RDF - Schema :
Este exemplo define uma ontologia, chamada pessoa :
<?xml version='1.0' encoding='ISO-8859-1'?>
<!DOCTYPE rdf:RDF [
<!ENTITY rdf 'http://www.w3.org/1999/02/22-rdf-syntax-ns#'>
<!ENTITY a 'http://www.w3.org/2000/01/rdf-schema#'> ]>
<rdf:RDF xmlns:rdf="&rdf;"
xmlns:a="&a;"
xmlns:b="&b;"
xmlns:c="&c;">
<b:HasValue rdf:about="_anon0">
<b:toClass rdf:resource="feminino"/>
<b:onProperty rdf:resource="sexo"/>
</b:HasValue>
<b:HasValue rdf:about="_anon1">
<b:toClass rdf:resource="masculino"/>
<b:onProperty rdf:resource="sexo"/>
</b:HasValue>
<c:Class rdf:about="feminino"/>
<b:DefinedClass rdf:about="homem">
<b:hasPropertyRestriction rdf:resource="_anon1"/>
<c:subClassOf rdf:resource="pessoa"/>
</b:DefinedClass>
<c:Class rdf:about="masculino"/>
<b:DefinedClass rdf:about="mulher">
<b:hasPropertyRestriction rdf:resource="_anon0"/>
<c:subClassOf rdf:resource="pessoa"/>
</b:DefinedClass>
<c:Class rdf:about="pessoa"/>
<rdf:Property rdf:about="sexo">
<c:domain rdf:resource="feminino"/>
<c:domain rdf:resource="masculino"/>
</rdf:Property>
</rdf:RDF>
Exemplo da linguagem OIL :
Este exemplo define uma ontologia, chamada pessoa :
Class-def
pessoa
Class-def
homem
Subclass-of pessoa
102
Slot-constraint tem-sexo
Has-filler masculino
Class-def
mulher
Subclass-of pessoa
Slot-constraint tem-sexo
Has-filler feminino
Exemplo da linguagem
DAML+OIL
:
Este exemplo define uma ontologia, chamada pessoa :
<?xml version='1.0' encoding='ISO-8859-1'?>
<!DOCTYPE rdf:RDF [
<!ENTITY rdf 'http://www.w3.org/1999/02/22-rdf-syntax-ns#'>
<!ENTITY a 'http://purl.org/dc/elements/1.1/'>
<!ENTITY b 'http://www.ontoknowledge.org/oil/rdf-schema/2000/11/10-oil-
standard#'>
<!ENTITY c 'http://www.w3.org/2000/01/rdf-schema#'>
]>
<rdf:RDF xmlns:rdf="&rdf;"
xmlns:a="&a;"
xmlns:b="&b;"
xmlns:c="&c;">
<b:HasValue rdf:about="_anon0">
<b:toClass rdf:resource="feminino"/>
<b:onProperty rdf:resource="sexo"/>
</b:HasValue>
<b:HasValue rdf:about="_anon1">
<b:toClass rdf:resource="masculino"/>
<b:onProperty rdf:resource="sexo"/>
</b:HasValue>
<c:Class rdf:about="feminino"/>
<b:DefinedClass rdf:about="homem">
<b:hasPropertyRestriction rdf:resource="_anon1"/>
<c:subClassOf rdf:resource="pessoa"/>
</b:DefinedClass>
<c:Class rdf:about="masculino"/>
<b:DefinedClass rdf:about="mulher">
<b:hasPropertyRestriction rdf:resource="_anon0"/>
<c:subClassOf rdf:resource="pessoa"/>
</b:DefinedClass>
<c:Class rdf:about="pessoa"/>
<rdf:Property rdf:about="sexo">
<c:domain rdf:resource="feminino"/>
103
<c:domain rdf:resource="masculino"/>
</rdf:Property>
</rdf:RDF>
104
ANEXO II– LINGUAGEM OWL EM EBNF .
<ontology> ::= Ontology ( [<authorship-etc>] {<directive>} )
<authorship-etc> ::= ...
<directive> ::= <include>
<directive> ::= <axiom>
<directive> ::= <fact>
<include> ::= Include ( <URI> )
<axiom> ::= Class( <classID> <modality> {<description>} )
<modality> ::= complete | partial
<axiom> ::= EnumeratedClass( <classID> {<individualID>} )
<axiom> ::= DisjointClasses( <description> {<description>} )
<axiom> ::= EquivalentClasses( <description> {<description>} )
<axiom> ::= SubClassOf( sub=<description> super=<description> )
<axiom> ::= DataProperty ( <datavaluedPropertyID> {super=<datavaluedPropertyID>}
{domain=<description>} {range=<dataRange>}
[Functional] )
<axiom> ::= IndividualProperty
( <individualvaluedPropertyID> {super=<individualvaluedPropertyID>}
{domain=<description>} {range=<description>}
[inverseOf=<individualvaluedPropertyID>] [Symmetric]
[Functional | InverseFunctional | OneToOne | Transitive] )
<dataRange> ::= <datatypeID>
<dataRange> ::= OneOf({<dataLiteral>} )
<dataLiteral> ::= <datatypeID> <lexical-form>
| <lexical-form>
<description> ::= <classID>
| <restriction>
| UnionOf( <description> {<description>} )
| IntersectionOf( <description> {<description>} )
| ComplementOf( <description> )
| OneOf({<individualID>} )
<restriction> ::= restriction( <datavaluedPropertyID> [allValuesFrom=<dataRange>]
{someValueFrom=<dataRange>} {value=<dataLiteral>}
[<cardinality>] )
<restriction> ::= restriction( <individualvaluedPropertyID> [allValuesFrom=<description>]
{someValueFrom=<description>} {value=<individual>}
[<cardinality>] )
<cardinality> ::= atleast( <positive-integer> )
| atmost( <non-negative-integer> )
| atleast( <positive-integer> ) atmost( <non-negative-integer> )
| exactly( <non-negative-integer> )
<fact> ::= <individual>
<individual> ::= Individual( [<individualID>] {type=<classID>}
{<propertyValue>} )
105
<propertyValue> ::= ( <individualvaluedPropertyID> <individual> )
| ( <datavaluedPropertyID> <dataLiteral> )
<fact> ::= SameIndividual( <individualID> {<individualID>} )
<fact> ::= DifferentIndividuals( <individualID> {<individualID>} )
106
ANEXO III– EXEMPLO DE PLANEJAMENTO DE ONTOLOGIA .
PLANEJAMENTO DE ONTOLOGIA .
1.Título : Ontrologia de Cardiologia.
2.Domínio : Cardiologia.
3.Criador : Wagner Alves.
4.Assunto : Cardiologia.
5.Versão: 1.0
6.Responsável pela publicação : Wagner Alves
7.Pessoas que contribuiram :
8.Data : 17/11/2003
9.Formato : OWL.
10.URI : ainda não disponível
11.Linguagem : OWL, português.
12.Direitos autorais : Wagner Alves
13. Fontes : páginas Web
14. Métricas :
Precisão
Recuperação
"F-MEASURE"
15. Técnicas :
FLEX : extrai axiomas usando a estrutura predicado(primeira palavra,
segunda palavra).
16. Recursos e Cronograma :
Pessoas participantes : Wagner Alves e Pedro Porfírio.
107
Cronograma :
17/11/04 Escolher domínio.
17/11/04 Fazer consultas.
17/11/04 Tratar dados (eliminar tags html, javascript, etc.)
17/11/04 Definir predicados
17/11/04 Escolher palavras candidatas
18/11/04 Refinar predicados e palavras candidatas
19/11/04 Avaliar ontologia
19/11/04 Gerar ontologia
108
ANEXO IV– PREDICADOS DOS AXIOMAS UTILIZADOS.
Predicado Cláusula OWL Taxonômico, Não
Taxonômico ou Instância
demonstrou
demonstrava
apresentou
apresentava
mostrou
mostrava
como
composta
composto
é o
é a
é um
é uma
<owl:Class rdf:ID="conceito">
</owl:Class>
<conceito rdf:ID="instância">
</conceito>
Instância
é todo
é toda
<owl:Class rdf:ID="conceito1">
</owl:Class>
<owl:Class rdf:ID="conceito2">
<rdfs:label>conceito2</rdfs:label>
<rdfs:subClassOf rdf:resource="#conceito1"/>
</owl:Class>
Taxonômico
é a causa
<owl:Class rdf:ID="conceito1">
<rdfs:subClassOf>
<owl:Restriction>
<owl:ObjectProperty rdf:resource="#relação1"/>
<owl:SomeValuesFrom rdf:resource="#conceito2"/>
<owl:SomeValuesFrom rdf:resource="#conceito3"/>
</owl:Restriction>
</rdfs:subClassOf>
</owl:Class>
Não Taxonômico
109
ANEXO V– LISTA DE PALAVRAS CANDIDATAS A CONCEITOS.
coração,exame,doenças,anatomia,sopro,doença,tratamento,cirurgia,artérias,
insuficiência,aorta,fluxo,estenose,veias,sopros,diagnóstico,clínico,exames,
teste,mitral,cateterismo,regiões,patologia,hipertensão,ventrículo,artéria,
diabetes,câncer,eletrocardiograma,músculos,sistólico,veia,força,função,
ventricular,organismo,testes,ergométrico,miocárdio,problemas,sintomas,órgão,
colesterol,pulmões,cardiopatia,cavidade,articular,cardiologia,pericárdio,
infarto,cardiopatias,obesidade,tecido,tecidos,ausculta,parede,ecocardiograma,
história,medicamentos,sentido,tricúspide,patologias,técnica,dor,angioplastia,
família,mibi,angina,aórtico,infecções,capilares,bexiga,corte,linfonodos,
sanguíneo,cirúrgico,humana,glândula,vaso,perfusão,congênitas,célula,adquiridas,
ramos,coronariana,safena,triglicérides,ramo,ponte,contraste,mapa,holter,
anatômico,primeira,traumas,terapêutico,pericardite,septo,angiografia,septos,
trajeto,glicemia,invasivo,bulha,vascular,chagásica,anemia,segunda,sinal,
pulmão,aurícula,fisiologia,abdome,bulhas,sístole,mamíferos,infecção,ventrículos,
transplante,identificação,degenerativas,diastólico,contração,motoras,inflamação,
valvar,batimentos,gínglimo,infecciosas,arco,derrame,braquial,células,estresse,
corações,sintoma,ruído,átrio,coronarianas,síncope,mav,hematologia,evidência,
morfologia,lípides,etiologia,síndrome,aterosclerose,diarréia,valvulares,
intervencionista,alvéolos,fonocardiografia,assistência,dispnéia,coronário,
enfermidades,traçado,endocárdio,demonstrou,ecg,valvares,ateroesclerótica,
enfarte,infartes,hepatomegalia,esplenomegalia,miocardio,bioquímica,ascite,
110
ANEXO VI– ONTOLOGIA NO DOMÍNIO CARDIOLOGIA.
<?xml version="1.0" encoding="ISO-8859-1" standalone="no"?>
<rdf:RDF xmlns:owl="http://www.w3.org/2002/07/owl#" xmlns:rdfs="http://www.w3.org/2000/01/rdf-
schema#" xmlns:rdf="http://www.w3.org/1999/02/22-rdf-syntax-ns#">
<owl:Ontology rdf:about="">
<owl:VersionInfo>0.1</owl:VersionInfo>
</owl:Ontology>
<rdfs:comment>Exemplo de Ontologia de Cardiologia</rdfs:comment>
<owl:Class rdf:ID="abdome">
</owl:Class>
<abdome rdf:ID="hepatomegalia">
</abdome>
<owl:Class rdf:ID="parede">
</owl:Class>
<parede rdf:ID="miocárdio">
</parede>
<owl:Class rdf:ID="intervencionista">
</owl:Class>
<intervencionista rdf:ID="angioplastia">
</intervencionista>
<owl:Class rdf:ID="função">
</owl:Class>
<owl:Class rdf:ID="fisiologia">
<rdfs:label>fisiologia</rdfs:label>
<rdfs:subClassOf rdf:resource="#função"/>
</owl:Class>
<owl:Class rdf:ID="abdome">
</owl:Class>
<abdome rdf:ID="esplenomegalia">
</abdome>
<owl:Class rdf:ID="parede">
</owl:Class>
<parede rdf:ID="pericárdio">
</parede>
<owl:Class rdf:ID="bioquímica">
</owl:Class>
<bioquímica rdf:ID="colesterol">
</bioquímica>
<owl:Class rdf:ID="abdome">
</owl:Class>
<abdome rdf:ID="ascite">
</abdome>
<owl:Class rdf:ID="sintomas">
</owl:Class>
<sintomas rdf:ID="dispnéia">
</sintomas>
111
<owl:Class rdf:ID="sintomas">
</owl:Class>
<sintomas rdf:ID="diarréia">
</sintomas>
<owl:Class rdf:ID="artéria">
</owl:Class>
<artéria rdf:ID="aorta">
</artéria>
<owl:Class rdf:ID="sintoma">
</owl:Class>
<sintoma rdf:ID="palpitações">
</sintoma>
<owl:Class rdf:ID="sintoma">
</owl:Class>
<sintoma rdf:ID="síncope">
</sintoma>
</rdf:RDF>
112
ANEXO VII– SITES EXTRAÍDOS NO DOMÍNIO CARDIOLOGIA .
http://www.cmnabc.com.br/respondendo.html
http://www.infarctcombat.org/polemica-27/icem.html
http://www.anchietanum.com.br/EEVida/1Etapa/12.htm
http://coopus1.locaweb.com.br/coopus/concentrado.asp
http://www.carangolense.com.br/SuaSaude/diabetes.htm
http://publicacoes.cardiol.br/abc/2001/7604/008.htm
http://www.shoppingaleria.com.br/glossario.htm
http://www.terravista.pt/nazare/4060/vb.htm
http://www.epub.org.br/abc/6801/ja1.htm
http://www.usc.br/biblioteca/ndp.htm
http://www.hottopos.com.br/mirand9/bipolar.htm
http://www.psiconselhos.com.br/saude/saude_dicio_E.php3
http://www.santalucia.com.br/angio-p.htm
http://www.orientacoesmedicas.com.br/
http://www.uszp.com.br/casodomes/Pentalogia de Cantrell.htm
http://www.easyline.com.br/inpavet/servicos/cardiologia/cardiologia.htm
http://www.brasilmedicina.com/especial/card_t3s9s1s3.asp
http://www.sbpc.org.br/PatologiaNews2/turismo2.html
http://www.uff.br/mpt/manual.htm
http://www.hemodinamica.com.br/stent/stentrapamicina.htm
http://www.gojuryu.com.br/principal/saude/anatomia.htm
http://www.cleofas.com.br/html/sacramento/eucaristia/omilagredelanciano.html
http://www.nitnet.com.br/~jagb/dicas.htm
http://portalexame.abril.com.br/static/aberto/forumexame/edicao01.shtm
http://icb.ufmg.br/pat/esteatose.htm
http://www.sbfis.org.br/fisiologia_brasil/neurofisiologia.asp
http://www.bibliomed.com.br/book/list.cfm
http://www.laboratoriobasi.com.br/dicas/dica_04.asp.htm
http://www.terravista.pt/Enseada/1400/cardiopat.htm
http://www.planetaeducacao.com.br/coracao/enem.htm
http://publicacoes.cardiol.br/abc/2001/7605/007.htm
http://www.abas15.com.br/orient_incor.htm
http://www.unimar.br/pos/curso/
http://www.mednet.com.br/instpub/patge/mac-sete.htm
http://www.fcmmg.br/link.html
http://icb.ufmg.br/~pat/embolia.htm
http://www.jornalfo.com.br/320/17.htm
http://www.centrocardio.com.br/BOLETI/jan_03/pagina3.htm
http://www.coopecardio.org.br/corac25/pag3/pag3.htm
http://www.orientacoesmedicas.com.br/prostata.asp
http://www.ccs.ufsc.br/cardio/link.html
http://www.cardiol.br/conline/default.asp
http://www.vivendasantanna.com.br/medicina/enfarte.htm
http://www.sosdoutor.com.br/doutorcoracao/historia1_ev.asp
http://www.unb.br/fm/dd.htm
http://www.meishusama.org/homepage/oracoes-outras/autoexame_da_Fe.htm
http://www.dancini.med.br/nocoes.htm
http://www.centroluisnumeriano.com.br/e.htm
http://www.patologiaonline.hpg.ig.com.br/infarto.htm
http://uvnt.universidadevirtual.br/vet/circcorfisi1.htm
http://www.crbm1.com.br/bio46/rev26.asp
http://www.saudeplus.com/glossario.php
http://www.cignasaude.com.br/CFM/RedeCredenciadaPremiumGold.cfm
http://www.dancini.med.br/livro.htm
http://publicacoes.cardiol.br/abc/2002/7802/anatfev.htm
http://www.bioterium.com.br/bioterium/DicaDePasseio/05MuseuDeAnatomiaVeterinaria.htm
http://www.avanielmarinho.com.br/artigos/artigo27.htm
http://www.nucleodamulher.com.br/man.html
http://www.unimedlsp.com.br/links/barreto.htm
http://www.usc.br/graduacao/nutricao/grade.htm
http://www.vitaebr.com.br/especial.htm
http://cirrus.spaceports.com/~assamite/anatomia.html
http://www.jroma.pt/torsos.htm
113
http://icb.ufmg.br/anatefis/introducao_Anatomia.htm
http://www.clinicacostantini.com.br/doencas.htm
http://www.itaici.org.br/carta_itaici_ago1999.htm
http://www.obstetricia.com.br/gestar_cardiofetal.htm
http://www.jroma.pt/sis_respira_circulatorio.htm
http://www.cjb.org.br/gevura/politica/monopatologia.htm
http://www.mednet.com.br/instpub/patge/mac-seis.htm
http://www.ufba.br/~euvelozo/historia.htm
http://www.sosdoutor.com.br/doutorcoracao/item47.asp
http://www.fmvz.usp.br/museu/museu.htm
http://www.apa-cdc.pt/manual/item05.htm
http://www.ciclosporinasigmapharma.com.br/Atlas/Coracao/indice.htm
http://www.aparicoes.com.br/Oracoes/Exame_de_Consciencia.htm
http://www.amacor.com.br/servicos.htm
http://www.mauriliodealmeida.com.br/dicas/dica_04.asp
http://www.gnosisonline.org/Medicina_Esoterica/A_Anatomia_Oculta_do_Homem.shtml
http://www.medicalnet.pt/sitemap/sitemap.htm
http://web.ugf.br/odonto/grad/anatomia1.html
http://www.emedix.com.br/not2002/02dez23circ-vil-derrame.shtml
http://www.compuland.com.br/anatomia/introducao.htm
http://www.unimes.br/aulas/odontologia/aulas99/2ano/Patologia/Od200902.htm
http://www.iov.com.br/cancer07.htm
http://www.mazzarello.com.br/projetos/Tecnico_2003/Patologia/Doacao_sangue_Maio/doe_sangue_junho.htm
http://www.scardiovascular.hpg.ig.com.br/
http://www.institutodocoracao.com.br/vascular/varizes.htm
http://www.webciencia.com/11_21circula.htm
http://www.laboratoriobasi.com.br/dicas/dica_05.asp.htm
http://www.unb.br/fs/et2719.htm
http://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/circulacao/coracao/coracao_5.html
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/pecascard.html
http://www.hospvirt.org.br/cardiologia/port/historia.htm
http://www.cmsmedical.com.br/cateterismo.htm
http://www.jornaldosite.com.br/arquivo/anteriores/artivan53.htm
http://uvnt.universidadevirtual.br/vet/circcorfisi0.htm
http://www.aprespiratorio.hpg.ig.com.br/index.htm
http://www.coopersinos.org.br/jornal/a2n5/PalEspec.htm
http://www.cepis.org.pe/bvstox/p/casos/caso19/caso.html
http://www.triplov.com/biblos/athias.html
http://icb.ufmg.br/~anatmed/cronogramas.htm
http://www.mingaudigital.com.br/MaiPae/Saude/exames.html
http://www.uff.br/nesh/seh/publi.htm
http://www.fmtm.br/prodtecc03.html
http://www.sacoracao.org.br/html/glossario.html
http://www.hu.ufsc.br/~cardiologia/ciclo.html
http://www.cepis.org.pe/bvstox/e/casos/caso19/caso.html
http://www.hu.ufsc.br/~fabiano/grumad/anatom_pe.html
http://hiperlivro.ods.org/users/garciadeorta/doc/textos_gerais/galeno.htm
http://www.compuland.com.br/anatomia/vasos.htm
http://www.uep-eco.com.br/exames/descricao.htm
http://coopus1.locaweb.com.br/coopus/plena.asp
http://www.sbanatomia.com.br/congressos.htm
http://www.clinicasomma.com.br/perg_checkup.htm
http://www.ufmg.br/prorh/sast/sast_informacao.shtml
http://www.comunidadebeatitudes.com/lanciano.htm
http://www.variz.com.br/p2.htm
http://www.gine.com.br/Ginecologia.htm
http://www.ufpe.br/anatomia/extensao.html
http://www.fcm.unicamp.br/40anos/novidades/vm_dest.html
http://pop.asystsudamerica.com/NOTICIAS/exame14022002.htm
http://www.geap.com.br/manual_terminologia.asp
http://www.nitnet.com.br/~jagb/index2.htm
http://www.tropicologia.org.br/conferencia/1986doencas_cardiacas.html
http://www.usc.br/laboratorios/lab_anatomia/index.htm
http://www.epub.org.br/abc/6803/tmar15r.htm
http://www.webmedicos.com.br/
http://www.usc.br/graduacao/odontologia/grade.htm
http://www.cardiofetal.com.br/exames.php
114
http://www.gemedicalsystems.com/lapt/community/cardiac.html
http://www.viamedico.com.br/Glossario/P/p.htm
http://www4.prossiga.br/Chagas/traj/trajtext/html/pi.87-387.htm
http://www.infarctcombat.org/denuncia-2b/cirurgia.html
http://www.agendasaude.com.br/
http://www.perfline.com/neonatal/aula0199p2.html
http://www.emcor.com.br/main_servicos.html
http://www.bioterium.com.br/bioterium/MaterialPedagogico/02KitsCompletos.htm
http://www.quantamn.com.br/paci1.htm
http://www.uff.br/nesh/seh/trab.htm
http://portalexame.abril.com.br/static/aberto/forumexame/materias.htm
http://sites.uol.com.br/deusvivorj/lanciano.htm
http://www.hospvirt.org.br/anatomia/port/sub-esp.htm
http://www.ffm.br/restauro/apres.htm
http://www.po.web.pt/pt/p_405.html
http://www.usp.br/fmvz/museu.htm
http://www.medstudents.com.br/basic/anatomia/coracao/topico5.htm
http://www.unimedgoiania.com.br/Guia/NEROPOLIS.htm
http://www.santalucia.com.br/angio.htm
http://www.saudeanimal.com.br/artigo97.htm
http://www.babycor.com.br/sopro.htm
http://www.ied.ufla.br/alunos/dezembro-2002/dupla33/webquest.html
http://www.ultracor.com.br/exames.htm
http://www.odontologia.com.br/artigos/anatomia-interna.html
http://www.lincx.com.br/lincx/por_dentro/med_preventiva/med_prev_14.html
http://members.tripod.com/medworks/Cadiologia/sopros_cardiacos.htm
http://www.infomed.hpg.ig.com.br/fonocardiografia.html
http://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/circulacao/coracao/coracao_5.html
http://www.hcnet.usp.br/dicionario/patologia.htm
http://www.hcnet.usp.br/dicionario/card_cli_cirur.htm
http://www.mgar.vet.br/guiaonline/aspTermos.asp
115
ANEXO VIII– PALAVRAS REMOVIDAS .
a,à,ab,abaixo,abas,abdução,aberta,abertura,abordagem,abril,abscessos,absorve,
abuso,ação,acarretam,acentuado,acesso,acidentes,acima,ações,acompanha,acompanhamento,
acontece,acontecer,aconteceu,acordo,acredita,acreditamos,acreditava,açúcar,
acumulação,acupuntura,acústicos,adaptação,adequada,aderir,administração,
administrativa,administrativo,adolescência,adução,adulta,adulto,afastamento,
afeta,afetam,afirma,africano,agente,agir,agonista,água,aguda,agudo,agulha,
aids,ainda,ajuda,alcoólicas,além,alergia,alergias,alérgica,alergologia,
algum,alguma,algumas,alguns,alimentação,alimento,alimentos,almeida,alta,
alteração,alterações,alto,altos,alunos,amacor,amarelo,ambiente,ambos,ambulatorial,
americana,amilo,amo,amor,ampliação,amplificação,amplo,anais,análise,anatomias,
anatômica,anatomicamente,anatômicas,anatômicos,anemias,anestesiologia,aneurisma,
anfíbio,anfíbios,angiografias,angiografias,angiologia,ângulo,animais,animal,
ano,anomalia,anomalias,anormalidades,anos,antagonista,anterior,anteriormente,
antes,antiga,ânus,ao,aórtica,aórticos,aorto,aos,ap,aparecem,aparecimento,
aparelhagem,aparelho,aparelhos,aparência,apenas,apendicular,apical,após,
apresenta,apresentam,apresentar,apresentava,apropriada,apropriado,aproximadamente,
aquário,aquela,aquelas,aquele,aqueles,aqui,ar,aranha,área,áreas,arezzo,
armazena,arraia,arranjo,arritmia,arritmias,arte,arterial,arteriografia,
articulação,articulações,articulam,articulares,articulares,artistas,artrose,
árvore,as,às,ascendente,asma,aspecto,assemelha,assim,assistente,associação,
associada,associadas,associados,assunto,assuntos,astral,asyst,ataque,até,
atenção,atendeu,atendimento,atendimentos,atenua,ativa,atividade,atividades,
atlas,ato,atos,através,atrial,atua,atual,atualmente,atuam,atuar,audição,
aumenta,aumentam,aumentando,aumentar,aumento,auriculares,auscultando,auscultando,
auto,autóctones,avalia,avaliação,avaliar,ave,axiais,axial,axilar,ázigos,
b,baço,bainha,baixa,baixas,baleia,banho,base,bases,basicamente,básico,basta,
bastante,batidas,bebei,beber,bebidas,belo,bem,bertelli,bi,bibliomed,biblioteca,
bicicleta,biliar,bivalve,boa,boca,böhm,boídeo,bom,bomba,bombeia,borda,bovinos,
braço,branca,brasil,brasileira,brasileiros,brônquios,bronquite,bruscamente,
bulbo,busca,c,cabe,cabeça,cada,cadastre,cágado,cair,calcificação,cálcio,
cálculos,calorias,calota,camada,camadas,camaleão,câmara,câmaras,caminho,
campus,canais,canal,canino,caninos,canulação,capacidade,capaz,cápsula,característica,
características,cardíaca,cardíacas,cardíaco,cardíacos,cardiologistas,cardiovascular,
cardiovasculares,caridade,carlos,carne,caroços,cárpica,carretel,cartilagem,
cartilagens,cartilaginosas,cartilaginoso,casa,casal,cascavel,cascos,caso,
casos,castro,cateter,cauda,caudal,caudas,causa,causador,causal,causar,causas,
cava,cavalo,cavalos,cavidades,cavidades,cec,cedo,cegueira,central,centro,
centros,cerca,cerebelo,cerebrais,cerebral,cérebro,certas,cerveja,chacra,
chacras,chagas,chama,chamado,chamados,chegar,choque,ciclo,ciclos,cidade,
ciência,científica,cinco,cintilografia,cintura,circuito,circula,circulação,
circulatório,circundução,cirurgias,cirurgias,cirúrgica,cirurgicamente,cirúrgicos,
cirúrgicos,cistos,citado,citados,citologia,clamídia,classificação,classificada,
climáticas,clínica,clínicas,clínicos,clínicos,cm,coagulado,coartação,cobra,
código,coisas,colo,colocado,colocados,coloração,colorido,coluna,com,começa,
comei,como,compacto,comparação,comparada,complementar,complementares,completa,
completado,completo,completos,complexas,complexidade,complicações,componente,
componentes,comportamento,composta,composto,compreender,compressão,comprimento,
comprometimento,computador,computadorizada,comum,comunhão,comunicação,comunidade,
comuns,conceito,conceitos,concha,condição,condições,condução,conduto,conduz,
conduzem,cone,conexões,conferindo,configuração,congestiva,congressos,conhecido,
conhecidos,conhecimento,conhecimentos,conjuntivo,conjunto,conosco,consciência,
consciente,conselho,consequência,conseqüência,conseqüentemente,considerações,
116
considerada,consideradas,consiste,constipação,constitui,constituição,constituída,
consulta,consultas,consulte,consumo,conta,contato,contem,contém,contêm,
conteúdo,continua,continuação,contínuo,contínuos,contorno,contra,contraem,
contrário,contrastes,controla,controle,contudo,conus,convencional,convênios,
convite,copo,cor,coral,cordas,cores,coronária,coronárias,corpo,corporais,
corporal,corpos,correção,correlação,corrente,corresponde,corrosão,cortes,
cortes,costa,cotovelo,cps,cranial,crânio,crescem,crescente,crescimento,
criada,criança,cristalino,cristo,critério,crocodiliano,crônica,crônicas,
cruzi,cuidado,cuidar,cuja,cujo,cujos,cultura,cura,curiosidades,curto,cúspide,
d,da,dá,dado,dados,daí,danos,dão,daquilo,dar,das,de,débito,decoração,decorrentes,
decúbito,dedos,defeito,defeitos,deficiência,déficits,definida,definir,deformidades,
deixando,deixar,delas,deles,delgado,deliberativo,demanda,demonstrado,demonstrou,
denominada,denominadas,denominado,dens,densitometria,dente,dentes,dentre,
dentro,departamento,departamentos,depende,dependem,dependência,depois,dermatologia,
descoberta,descrição,desde,desenfreada,desenvolvimento,deslocamento,despertar,
dessa,desse,desta,destaca,destas,deste,destes,destruição,destruir,detecta,
detectam,detectar,detectem,determinada,determinado,determinados,determinar,
deus,deve,devem,deverão,deveria,devido,dia,diabético,diagnóstica,diagnosticar,
dias,diastólicos,dicas,diferença,diferenças,diferenciar,diferentemente,
diferentes,difícil,dificuldade,difusa,digestiva,digestivo,dilatação,dimensão,
dimensões,diminuem,diminui,diminuição,diminuindo,diminuir,dinossauro,direção,
direita,direitas,direito,direta,diretamente,diretor,discais,disciplina,
disco,discreta,discutida,dislipidemia,disto,distribuição,distúrbios,ditas,
diversas,diversidade,diversos,dividida,dividido,divindade,divino,divisão,
divulgar,diz,dizer,do,doce,doces,documento,doentes,dois,dolorido,doppler,
dores,dorsal,dos,doutor,doutores,dr,drogas,dst,duas,ducto,duodeno,dura,
duração,durante,e,é,ecocardiografia,econômicas,edição,editora,educação,
efeito,efeitos,eficaz,eixo,ejeção,ela,elas,elástica,ele,elemento,elementos,
eles,elétrica,elétricas,elétrico,elétricos,eletrocardiografia,elevada,elimina,
eliminados,eliminando,eliminar,elmo,em,embolia,êmbolos,embora,emergências,
emoções,empresa,encaminhar,encarado,encéfalo,enchimento,encontra,encontrada,
encontrado,encontram,encontre,endêmicas,endocrinologia,endoscopia,energia,
enfermagem,enfermidade,enfim,enfisema,enquanto,ensino,então,entidade,
entidades,entra,entrada,entrado,entre,entretanto,enviaram,envolve,epífises,
equilíbrio,equipada,equipamentos,equipe,equivale,era,eram,ergometria,erisipela,
escape,escápula,escorpião,escura,esferas,esforço,esôfago,espaço,especial,
especialidade,especialidades,especialista,especializado,especialmente,específicas,
espectro,esperança,espermatozóides,espessa,espessura,espinhal,espírito,
esponja,esponjoso,espontânea,esporão,esqueléticas,esquelético,esqueleto,
esqueletos,esquema,esquerda,esquerdo,esquistossomose,esquistossomótico,
essa,essas,esse,esses,esta,está,estabelecer,estado,estados,estalido,estando,
estão,estar,estarão,estas,este,esteira,esteja,estende,estender,estenoses,
estenoses,estéril,esternal,esterno,estes,estética,esticar,estimar,estímulo,
estímulos,estiver,estômago,estranhos,estreitamentos,estrela,estrutura,estruturais,
estruturas,estuda,estudada,estudo,estudos,esvaziamento,etanol,etc,eu,eua,
eucaristia,eucarístico,evangelho,eventos,evidências,evitar,ex,excede,excelente,
excessiva,excesso,exemplo,exemplos,exercício,exercícios,exibe,existe,existem,
existência,existentes,existir,experiência,explicar,explicativos,exposição,
expressão,extensão,exterminar,externa,externamente,externo,extra,extracorpórea,
extremamente,extremidades,faça,face,fácil,faculdade,falar,fale,FALSO,famílias,
faringe,fáscia,fase,fato,fator,fatores,faz,fazem,fazer,fé,febre,fechamento,
feita,feito,fêmea,feminino,fenômeno,fenômenos,fetais,fetal,feto,fez,fibras,
fibrosa,fibrosas,fibroso,fica,ficar,fígado,filho,filmadora,filme,filmes,
fim,fina,finalidade,finalmente,fino,fios,firme,fisiatria,físicas,físico,
físicos,fisiológicas,fisiopatológico,fisioterapia,fístula,fístulas,fixação,
117
flexão,fluido,fluxos,fmusp,foi,for,fora,foram,forçada,forças,forma,formação,
formado,formando,formas,fornece,fornecer,fornecido,forte,fórum,fósforo,
fosse,fósseis,fóssil,foto,fotografia,fotografias,frades,fragilidade,fragmentos,
freqüência,frequente,freqüente,freqüentemente,freqüentes,frio,frontais,
frontal,fumar,fumo,funciona,funcionais,funcional,funcionamento,funcionários,
funções,fundação,fundamentais,fundamental,fundo,g,galantier,galeno,ganglionares,
gânglios,gases,gastrite,gastroenterologia,gastrópodo,genéticos,genital,
gente,geral,geralmente,geriatria,gerontologia,ginecologia,ginecologista,
glândulas,glândulas,glomérulo,gominha,gonorréia,gordura,governo,graças,
gradiente,gramas,grande,grandes,grau,grave,graves,gravidez,grosso,grupo,
grupos,guia,guizo,györgy,h,há,habilitado,hábitos,habituais,hemipênis,hemodinâmica,
hepático,hepatite,hereditários,hérnias,herpes,higiene,hipotensiva,hiv,hoje,
home,homem,homens,hora,horário,horas,horizontais,horizontal,horizonte,hormônios,
hospital,hóstia,humanas,humano,humanos,humilde,i,iam,idade,ideias,identificar,
idosos,idrivepro,iguana,ii,iii,iluminada,imagem,imagens,imediatamente,importância,
importante,importantes,impulsos,imune,imunologia,incidência,incisivo,incluem,
inclui,incluía,inclusive,inconveniente,indesejado,indicação,indicações,
indicadoras,indicativo,índice,indivíduo,indivíduos,indolor,infantil,infecciosa,
infectologia,infelizmente,inferior,inferiores,inflamatório,informação,informações,
ingestão,inicial,iniciando,iniciantes,início,injetado,inoculador,inserção,
inspeção,inspiração,instituições,insuficiências,inteligência,intensidade,
intensificar,intenso,intercorrências,intercostal,interessante,interesse,
interior,interna,internacionais,internamente,interno,interpõe,interpreta,
intervalo,intervencionistas,interventricular,intestinal,intestino,intestinos,
íntima,intra,introdução,introduzido,inúmeros,invés,invisíveis,iodo,irregular,
irregulares,irrigação,isolada,isótopo,isso,isto,iv,já,jabuti,jacaré,jararacuçu,
jesus,jorge,josé,julgar,júnior,juntura,kits,l,la,lá,laboratoriais,laboratório,
lado,lagarto,lâmina,laminar,lâmpadas,lanciano,laringe,larvas,laser,lasik,
laterais,lateral,ldl,legal,lembrando,lembrar,lembre,lenta,leonardo,lesões,
leva,levado,levam,levando,levar,leve,lhe,ligação,ligada,ligadas,ligados,
ligamento,ligamentos,ligando,ligeiramente,limiar,limitado,limulus,line,
linfadenite,linfático,linfáticos,língua,linha,links,linoli,lipomas,líquido,
líquidos,lista,litros,livre,livros,local,localiza,localização,localizado,
lógica,logo,loja,longas,longo,longos,los,lugar,lula,luz,m,machado,macho,
macro,madeira,mães,mail,maior,maiores,maioria,mais,mal,males,mama,mamas,
mamífero,mamografia,maneira,mangueira,manguito,manipulação,mantém,mantida,
mantra,mapeamento,máquina,mar,maravilhosa,marca,marcelo,marco,marfan,maria,
marinha,marinho,marinhos,martins,mas,máscara,masculino,massa,massas,mata,
máter,materiais,material,materno,mau,maurício,máximo,me,mecânicos,mecanismo,
mede,média,mediana,mediano,médica,médicas,medicina,médico,médicos,medida,
medidas,medir,medo,medula,medular,meio,melhor,melhores,membrana,membro,
membros,meniscos,menopausa,menor,menos,mentais,meramente,mercado,mês,mesentéricas,
mesma,mesmo,mestres,metabólicas,metade,metas,método,métodos,meu,mg,michelângelo,
micrótomo,middot,mídia,migração,milagre,milhares,mim,minha,mini,minuto,
minutos,miocárdica,miocardiopatia,missa,missão,misto,ml,mm,modelo,modelos,
moderada,moderna,modifica,modificações,modificam,modo,molar,molusco,momento,
momentos,monitorar,monitores,mono,monocultura,monogamia,montarem,morte,
mostra,mostram,mostrou,motora,móvel,movimento,movimentos,mucosa,muita,muitas,
muito,muitos,mulher,mulheres,múltiplas,múltiplos,mundo,muscular,musculares,
musculatura,músculo,n,na,nacional,nada,nadadeira,nadadeiras,não,naquele,
nariz,nas,nasais,nasal,nascendo,nascido,nascimento,natais,natural,natureza,
necessária,necessário,necessários,necessidade,necessita,necessitam,necessitar,
necrópsia,nefrologia,nem,nenhuma,neonatal,nervo,nervos,nervosas,nervoso,
nesses,nesta,neste,net,neurocirurgia,neurologia,neurológicos,neurônios,
nitrito,níveis,nível,nlm,no,nome,nomes,normais,normal,normalmente,nos,nós,
118
nossa,nosso,nossos,notar,novidades,novos,nu,nuclear,num,numa,número,nutrientes,
o,º,ó,objetivo,oblíquo,obra,observa,observar,observe,obstetrícia,obstrução,
obstruções,obter,obtido,occipital,oclusão,oco,ocorra,ocorre,ocorrem,ocorrência,
ocorrer,ocre,oculta,oculto,odontologia,oferecer,oftalmologia,olfação,olhe,
olho,olhos,oliveira,ombro,oncologia,ondas,onde,opção,opõe,oposto,oração,
orgânicas,orgânicos,organismos,organização,órgãos,órgãos,orgulho,orientação,
origem,origina,originam,oro,ortopedia,ortopédicos,os,óssea,ósseo,osso,ossos,
osteoporose,otorrinolaringologia,ou,ouriço,outra,outras,outro,outros,ouvido,
ovários,ovo,ovos,oxigenado,oxigênio,p,paciente,pacientes,padrão,padrões,
página,pai,países,palavra,palpável,pan,pâncreas,pão,papanicolau,para,parada,
parafina,paralelos,parasitárias,pare,parece,parecem,parecer,paredes,paredes,
parietal,parte,partes,particulares,partir,parto,passa,passadas,passagem,
passam,passar,passíveis,passo,passos,pata,patas,patológica,patológico,paulo,
pca,pé,peça,peças,peçonhenta,pediatria,pediátrica,pedipalpos,peito,peixe,
peixes,pela,pelas,pele,pelo,pelos,pélvico,penetrem,pensamento,pepino,pequena,
pequenas,pequeno,pequenos,perda,perereca,pergunta,periférica,periférico,
período,periquitambóia,permite,permitem,permitindo,permitir,persiste,pescoço,
peso,pesquisa,pesquisas,pessoa,pessoal,pessoas,pia,pico,pinga,pior,placa,
plana,plano,planos,planta,plástica,plástico,plexo,pneumático,pneumologia,
podálico,pode,podem,podemos,podendo,poder,poderá,poderão,poderia,pois,política,
polvo,ponta,pontes,ponto,pontos,população,popularmente,por,pôr,porção,porém,
porque,porta,portador,portadora,portadores,portal,portanto,portas,pós,posição,
posições,possa,possam,possibilidade,possibilitando,possíveis,possível,possuem,
possui,possuíam,posterior,posteriormente,potenciais,potencial,potencialmente,
pouca,pouco,poucos,povo,pr,prancha,prática,prazer,pré,precisão,preciso,
preço,precoce,precordial,predominantemente,preenchido,preparar,preparo,
presas,presença,presente,pressão,pressões,prevalência,prevenção,prevenida,
preventivo,primeiramente,primeiro,primeiros,principais,principal,principalmente,
prisão,problema,procedimento,procedimentos,processo,processos,procura,procurando,
procurar,procure,produção,produto,produtos,produz,produzem,produzidos,produzindo,
produzir,produziu,profissionais,profissional,profunda,profundidade,projeção,
projeto,promover,proposto,própria,próprio,próstata,proteção,protege,proteína,
próteses,prova,provavelmente,provoca,provocada,provocadas,provocando,próxima,
psa,psicologia,psiquiatria,publicações,pulmonale,pulmonar,pulmonares,punção,
punho,python,quadril,quadros,quais,qual,qualidade,qualquer,quando,quantas,
quantidade,quanto,quarenta,quatro,que,queda,quelíceras,quem,quer,queria,
questão,questões,quieta,quilty,químicos,r$,rã,radiação,radicular,radio,
rádio,radiologia,radiológico,raio,raios,raiz,rápido,rapina,razão,reabsorção,
real,realiza,realização,realizada,realizadas,realizado,realizados,realizam,
realizando,realizar,realmente,recebe,recebendo,receber,reconhecimento,recuperação,
recursos,rede,redigirem,redução,reduz,reduzir,referem,referência,reflexão,
reflexo,refluxo,reforço,região,registra,registrar,registro,registros,regius,
regra,regurgitação,rejeição,relação,relacionada,relacionados,relações,relativamente,
remover,renais,renal,repouso,representa,representação,reprodução,reprodutor,
répteis,réptil,resenha,reserva,residência,resíduos,resistência,resistências,
resolve,respeito,respiração,respiratória,respiratórias,respiratório,responsáveis,
responsável,resposta,resultado,resultados,resultante,retirada,retirar,reto,
retorno,retro,reumática,reumatologia,revascularização,revista,revistas,
ricos,rim,rinite,rins,risco,riscos,rocha,rósea,rotação,rotina,rs,rubéola,
ruim,s,sabe,saber,saberá,saco,safenas,sagital,saída,saindo,sal,sala,salivares,
sangramento,sangue,sangüínea,sangüíneo,sangüíneos,santa,santuário,são,sapo,
sast,saudável,saúde,se,search,secção,século,séculos,sedentarismo,segmento,
seguinte,seguintes,seguir,segundo,segundos,segura,seguro,sei,seio,seios,seja,
sem,semana,semelhança,semelhante,semelhantes,sêmen,seminal,sempre,sendo,senha,
senhor,sensibilidade,sensitivas,sensitivo,sentidos,sentir,ser,será,serão,
119
serem,seres,seria,série,serosa,serpente,serpentes,serve,serviço,serviços,
servidor,sesamóide,setas,seu,seus,severa,severidade,sexo,sexta,sexuais,
sexual,sexualmente,si,sido,sífilis,significa,significativamente,significativo,
silenciosa,silva,silvestres,sim,simbologia,simples,simplesmente,simultaneamente,
síndromes,síndromes,sinergistas,sínfise,singer,sinônimo,sinoviais,sinovial,
síntese,sistema,sistemas,sistêmica,sistêmicas,sistólicos,sistólicos,situação,
situações,snc,só,sob,sobre,sobretudo,sobrevida,social,sociedade,sofre,sofrimento,
sol,solares,solenóglifa,solicite,som,somente,sonografia,sons,soprou,sou,
sp,sua,suas,suave,sub,submetida,substância,substâncias,substituição,subtropicais,
sucesso,sucuri,superficial,superfície,superfícies,superintendência,superior,
superiores,suporte,supra,surgiu,sustenta,sutura,swab,tabela,tais,
tal,talão,tamanho,também,tampo,tanto,tão,taquicárdica,
tarde,tartaruga,taxa,técnicas,técnicas,técnico,técnicos,tele,telegrama,
tem,têm,temos,tempo,tendo,tendões,tenha,tenho,ter,terapêuticos,terceira,
terceiro,teremos,terminações,terminologia,termo,termos,terrosa,testemunhas,
texto,textos,tinha,típico,tipo,tipos,tireóide,tiver,toda,todas,todavia,
todo,todos,tomografia,tonalidade,toque,torácica,tórax,torna,tornando,torno,
tornou,total,touca,trabalha,trabalho,trabalhos,trabalhosa,traçador,traçador,
traçados,transdutor,transforma,transfusão,transmissão,transmissíveis,transmissor,
transmitem,transmitidas,transparente,transplantes,transplantes,transporta,
transtornos,transverso,traquéia,trata,tratadas,tratar,traumática,traumáticas,
traumatologia,traz,trazendo,trazer,treatomíneo,três,tríceps,trilobita,trompas,
tronco,tropicais,tropical,trópicos,tubarão,tubarões,tubo,tubos,túbulos,
tudo,tumores,ufmg,uísque,ulna,últimos,ultra,um,uma,umas,úmero,unhas,união,
única,único,unidade,unidades,universidade,ureteres,uretra,urina,urinárias,
urinário,urogenital,urologia,usada,usadas,usado,usar,use,uso,usp,usuário,
úteis,útero,utilização,utilizada,utilizado,utilizando,v,vagina,vai,válido,
valor,valores,valsalva,valva,valvas,valvular,válvulas,vampírica,vampiro,
vampiros,vão,variação,variações,várias,variáveis,variável,vários,varizes,
vasa,vasculares,vasculite,vasodilatador,vasodilatador,vasorum,vasos,vê,
veja,velocidade,vem,vencer,venoso,ventral,ventre,ver,verbo,verdade,verificar,
vertebral,vertical,vesícula,vez,vezes,via,vias,vibrações,vice,vida,vidro,
vigilância,vinci,vinho,virtual,virtude,vírus,visa,visando,visão,visceral,
vista,visto,vital,vitalidade,viva,vivendo,vivo,vocalizando,você,volta,voltada,
120
ANEXO IX– AXIOMAS ENCONTRADOS.
A letra X no início da linha significa que o axioma foi encontrado na ontologia referência.
O asterisco no início da linha significa que o axioma foi encontrado na ontologia referência, porém
está repetido.
[linha : 00021,049,06] * como(sintomas,dor)==> [mentos importantes nas artérias causarão sintomas como dor
no peito ou infartes e até mesmo morte.]
[linha : 00021,049,22] * como(sintomas,infartes)==> [mentos importantes nas artérias causarão sintomas como
dor no peito ou infartes e até mesmo morte.]
X [linha : 00181,010,11] * demonstrou(abdome,hepatomegalia)==> [o exame do abdome demonstrou
hepatomegalia discreta e indolor.]
[linha : 00244,006,05] * é um(cateterismo,exame)==> [como o cateterismo é um exame invasivo, é necessário
que o paciente se e]
[linha : 00244,006,11] * é um(cateterismo,invasivo)==> [como o cateterismo é um exame invasivo, é necessário
que o paciente se e]
X [linha : 00473,001,04] * é a(miocárdio,parede)==> [O miocárdio é a parede muscular do coração onde ocorre
a forma m]
[linha : 00473,001,23] * é a(miocárdio,coração)==> [O miocárdio é a parede muscular do coração onde ocorre a
forma m]
[linha : 01089,000,05] * é um(angioplastia,tratamento)==> [ angioplastia é um tratamento intervencionista.]
X [linha : 01089,000,16] * é um(angioplastia,intervencionista)==> [ angioplastia é um tratamento
intervencionista.]
X [linha : 01221,000,18] * é toda(fisiologia,função)==> [ fisiologia é toda e qualquer função do organismo
animal]
[linha : 01221,000,28] * é toda(fisiologia,organismo)==> [ fisiologia é toda e qualquer função do organismo
animal]
X [linha : 01801,002,21] * apresentava(abdome,esplenomegalia)==> [ o abdome apresentava discreta
esplenomegalia.]
* [linha : 03371,022,14] * composta(parede,miocardio)==> [estrutura formadora da parede cardíaca composta
pelo miocardio e pericárdio visceral ]
X [linha : 03371,022,26] * composta(parede,pericárdio)==> [estrutura formadora da parede cardíaca composta
pelo miocardio e pericárdio visceral ]
X [linha : 03743,001,17] * é uma(colesterol,bioquímica)==> [o colesterol é uma substância bioquímica que, para
surpresa de muit]
X [linha : 05754,013,08] * mostrou(abdome,ascite)==> [ o exame do abdome mostrou ascite volumosa.]
[linha : 06546,028,05] * como(sintomas,dor)==> [Nos pacientes que apresentam sintomas como dor, peso,
cansaço, ardência, queimação ou edema]
[linha : 06546,028,48] * como(sintomas,edemas)==> [Nos pacientes que apresentam sintomas como dor, peso,
cansaço, ardência, queimação ou edema]
X [linha : 06703,000,05] * como(sintomas,dispnéia)==> [ sintomas como dispnéia (desconforto respiratório)
sudorese na ]
X [linha : 06809,013,05] * como(sintomas,diarréia)==> [essoas de uma mesma família, apresentaram sintomas
como diarréia, vômitos, dispnéia e broncorréia; sendo]
* [linha : 06809,013,24] * como(sintomas,dispnéia)==> [essoas de uma mesma família, apresentaram sintomas
como diarréia, vômitos, dispnéia e broncorréia; sendo]
[linha : 07645,031,05] * é um(coração,vaso)==> [do coração, lembrando também que o próprio coração é um
vaso modificado.]
[linha : 07661,021,21] * como(veias,pericárdio)==> [eflexão ao nível das veias é irregular e conhecida como
seio oblíquo do pericárdio, que é limitado pelas]
X [linha : 07689,002,14] * é a(aorta,artéria)==> [ a aorta é a principal artéria sistêmica do corpo. ]
[linha : 07695,002,19] * é a(aorta,ventrículo)==> [ a aorta é a continuação do ventrículo esquerdo. em seu traje]
* [linha : 07705,002,06] * é uma(aorta,artéria)==> [ a aorta é uma artéria elástica, de túnica espessa e constituíd]
X [linha : 08301,034,05] * como(sintoma,palpitações)==> [ Quando o paciente apresenta algum sintoma como
palpitações, tonturas, síncope, etc., ele própri]
X [linha : 08301,034,28] * como(sintoma,síncope)==> [ Quando o paciente apresenta algum sintoma como
palpitações, tonturas, síncope, etc., ele própri]
[linha : 08479,003,06] * é uma(diabetes,doença)==> [ a diabetes é uma doença que pode se apresentar ]
121
[linha : 08843,031,06] * é uma(hipertensão,doença)==> [- cardiopatia hipertensiva a hipertensão arterial é uma
doença que acomete a população de todo o mundo, ]
[linha : 09279,101,24] * é o(coração,função)==> [rúrgico das doenças do coração e dos grandes vasos é o
restabelecimento da função cardíaca. as manifest]
[linha : 09309,117,05] * é um(cateterismo,exame)==> [al i) cateterismo cardíaco: o cateterismo cardíaco é um
exame feito numa sala especial equipada, com apa]
[linha : 09343,003,05] * é um(coração,órgão)==> [ o coração é um órgão de paredes musculares que tem a
finalidade]
[linha : 09349,003,05] * é um(ecocardiograma,exame)==> [ o ecocardiograma é um exame de ultra som,
semelhante a um "sonar" e qu]
[linha : 09807,110,05] * é um(ecocardiograma,exame)==> [ocardiografia com fluxo colorido o ecocardiograma
é um exame ]
[linha : 09817,000,05] * é um(teste,exame)==> [ teste ergométrico é um exame realizado em esteira rolante
(também exist]
[linha : 10401,015,32] * é a(sopro,função)==> [a morfologia do sopro é a expressão da intensidade em função
do tempo e te]
[linha : 10694,000,14] * é a causa(etiologia,doenças)==> [ etiologia é a causa das doenças. ]
[linha : 10764,000,14] * composto(exame,identificação)==> [ exame clínico é composto pela identificação ou
resenha, anamnese, exame f]
122
ANEXO X - ONTOLOGIA REFERÊNCIA NO DOMÍNIO
CARDIOLOGIA (OLIVEIRA, 1999).
SUB-TEORIA DA PATOLOGIA
Conceito Sub-Classes Instâncias
(Exemplos)
Patologia Processo Inflamatório
Malformação congênita
Processo Degenerativo
Processos Neoplásicos
Processo carencial
Processo infeccioso
Processo Inflamatório Cardite reumática
Pericardite
Malformação congênita Comunicação inter-atrial
Tetrologia de Fallot
Comunicação inter-ventricular
Processo Degenerativo Aterosclerose
Processo Neoplásicos Mixoma
Metastases
Processo carencial Beri-Beri
Processo infeccioso Doença de Chagas
Endocardite bacteriana
Trauma Ferimento por arma
Acidentes automobilísticos
Etiopatogenia Etiologia
Patogenia
Etiologia Infecção viral
Ferimento
Patogenia aumento da pressão arterial
aumento do colesterol
aumento da glicemia
SUB-TEORIA ANATOMIA DO CORAÇÃO
Conceito Sub-Classes Instâncias
(Exemplos)
Substrato anatômico Músculo cardíaco
Endocárdio
Pericárdio
Sistema excito condutor
Circulação sistêmica
Circulação pulmonar
Componente anatômico Câmara cardíaca
Artéria
Veia
Válvula
Septo
Sistema excito condutor
Parede
123
Conceito Sub-Classes Instâncias
(Exemplos)
Câmara cardíaca
Átrio direito
Atrio esquerdo
Ventrículo direito
Ventrículo esquerdo
Artéria
Aorta
Descendente Anterior
Circunflexa
Coronária direita
Artéria pulmonar
Veia
Veia cava superior
Veia cava inferior
Veia pulmonar
Válvula
Válvula tricúspede
Válvula pulmonar
Válvula mitral
Válvula aórtica
Septo
Septo inter-atrial
Septo inter-ventricular
Sistema excito condutor
Nó sinusal
Nó AV
Feixe de His
Parede
Pericárdio
Miocárdio
Endocárdio
Função Fisiologia
Fisiopatologia
Função Normal (Fisiologia) Contração
Direcionamento de fluxo
Transporte
Nutrição
Função Anormal
(Fisiopatologia)
Diminuição da contratilidade do
músculo cardíaco
SUB-TEORIA DE DIAGNÓSTICO
Conceito Sub-Classes Instâncias
(Exemplos)
Diagnóstico Sindrômico
Etiológico
Sindrômico Insuficiência cardíaca
Angina
Etiológico Miocardite viral
Doença aterosclerótica
124
SUB-TEORIA DE TERAPIA
Conceito Sub-Classes Instâncias
(Exemplos)
Terapia Clínica
Intervencionista
Clínica Trombolíticos
Intervencionista Angioplastia
Troca valvar
Revascularização miocárdica
Valvoplastia
SUB-TEORIA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA E EXAMES COMPLEMENTARES
Conceito Sub-Classes Instâncias
(Exemplos)
Evidência Quadro Clínico
Resultado de Exames
Quadro Clínico Identificação
Sintoma
Sinais
Antecedente
Identificação
Sintoma Dispnéia
Síncope
Palpitação
Diarréia
Dor Dor toráxica
Dor medio-esternal
Dor dorsal
Sinal Sinal visual
Sinal tátil
Sinal auscultatório
Sinal olfativo
Sinal Visual Facies de sofrimento agudo
Palidez
Cianose
Sinal Tátil Pulso
Abdome
Edema
Cardíaco
Pulso Caracterização do pulso
Abdome Hepatomegalia
Esplenomegalia
Ascite
Edema Edema de MMI (membros inferiores)
Sintal Tátil Cardíaco Precórdio
Ictus
Frêmito
Sinal Auscultatório
Ruído Habitual Ruído Habitual Respiratório
Ruído Habitual Cardíaco
Ruído Habitual Respiratório Som pulmonar
Ruído Habitual Cardíaco Bulha 1 (B1)
125
Conceito Sub-Classes Instâncias
(Exemplos)
Bulha 2 (B2)
Ruído Extra Habitual Ruído Extra Habitual
Respiratório
Ruído Extra Habitual
Cardíaco
Ruído Extra Habitual
Respiratório
Crepitos
Roncos
Sibilos
Ruído Extra Habitual
Cardíaco
Sopro
Pressão Arterial
Click mesossistólico
Estalido de abertura VM
Atrito
B3
B4
Sopro
Pressão Arterial
Sinal Olfativo Diabete
Antecedente Antecedente Pessoal
Antecedente Familiar
Antecedente Pessoal Tabagismo
Hipertensão arterial
Dislipidemia
Diabete
Obesidade
Stress
Pós-menopausa
Evento coronário prévio
Doenças prévias
Antecedente Familiar Diabete
Evento coronário
Cardiopatia isquêmica
Resultado de Exame
Exame Complementar Invasivos
Não Invasivos
Invasivos Cateterismo cardíaco
Estudo eletrofisiológico invasivo
Não Invasivos
Exame Laboratorial Dosagem de bioquímicos
Avaliação hematológica
Sorologia
Uroanálise
Bacteriologia
Bioquímica Colesterol
Eletrólitos
Glicemia
Hematologia Eritrograma
Leucograma
Sorologia
Uroanálise Características da urina
Bacteriologia Presença de infecção
Baseado em ultrasom Ecocardiograma transeofágico
Ecocardiograma transtorácico
Ecocardiograma de stress
126
Conceito Sub-Classes Instâncias
(Exemplos)
Ecocardiograma para cardiopatia
congênita
Baseado em sinal elétrico Eletrocardiograma
Teste Ergométrico
Holter
Baseado em radiação Medicina Nuclear
Raio-X
Tilt test
Mapa
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